Texto Áureo “E para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra” (Ap 5.10).
Verdade Prรกtica
Cristo nos fez reis e sacerdotes, para anunciarmos as virtudes do seu Reino.
Objetivos
Explicar o sacerdócio em Israel;
Elencar os elementos da indumentária sacerdotal;
Compreender o papel atual dos ministros da Igreja de Cristo
Vamos interagir?
Deus havia proposto a Israel que fosse seu Reino sacerdotal e povo santo dentre todas as nações da Terra (Êx 19.5,6), proposta que foi aceita por Israel (Êx 19.8).
Mas no momento de subir ao monte, Israel recuou, não quis subir ao monte (Êx 19.13), retirou-se e se pôs de longe (Êx 20.18), tendo preferido que Moisés falasse com Deus e depois lhe transmitisse o que haveria de fazer (Êx 20.19). Demonstrando assim que a incredulidade fez com que não recebessem a lei em seus corações, lei esta que acabou sendo escrita em pedras, a indicar a necessidade de um novo concerto para o futuro.
Não podemos nos esquecer que antes da promulgação da lei, já existia o sacerdote, lembremo-nos de que a Bíblia relata sobre o rei de Salém, Melquisedeque, como “sacerdote do Senhor” (Gn 14.18; Hb 7.1-3).
Percebamos que antes da lei qualquer homem poderia desempenhar esse papel desde que tivesse capacidade para exercer.
Quando olhamos para o período patriarcal o sacerdócio era exercido pelo cabeça da família (Gn 8.20; 22.13; 26.2533.20).
Introdução
Quando lemos o capítulo 28 vemos a necessidade do povo em adorar a Deus, mas esse capítulo trata da chamada divina para o sacerdócio em Israel. Se fazia necessário que homens chamados por Deus estivessem cuidando da prática do culto ao Senhor no Tabernáculo.
Deus então separa a tribo de Levi para o serviço do Tabernáculo e também para o santo ministério sacerdotal. Dessa forma, todo sacerdote em Israel era levita, mas nem todos os levitas eram sacerdotes.
Vamos definir a palavra Sacerdócio?
Ofício;
O ministério e a função de sacerdote.
De acordo com o Wikipédia: Sacerdócio (latim sacer, que significa “sagrado”, e dos, dotis “dom”) é a condição de pessoas que executam as cerimonias. Quem participa do sacerdócio e este é responsável por proceder os cultos, os ritos, as pregações, ministrar leis e demais serviços ligados a crença do templo ao que está vinculado.
I – O sacerdócio (Êx 28.15) 1.
O sacerdote. Deus na Sua presciência, já havia, no monte, dito a Moisés que escolhera a Arão e a seus filhos para exercerem o ofício sacerdotal (Êx 28.1). O sacerdócio de Arão, é algo relacionado com a lei, de uma maneira umbilical. O sacerdócio veio como uma continuação da mediação que, iniciada por Moisés, deveria prosseguir até que viesse outro profeta como Moisés (Dt 18.15; At 7.37), que estabelecesse uma nova ordem, um novo regime de sacerdócio.
O sacerdócio de Arão, também chamado de “sacerdócio levítico”, fez-se necessário pois, mesmo diante da lei, o pecado não foi retirado do povo, mas, coberto pelo sangue de animais que eram oferecidos em sacrifício para memória dos pecados e adiamento da sua execução.
A instituição do sacerdócio levítico era mais um “remédio”, uma medida paliativa que se criava até a vinda do Messias. Dessa forma, o sacerdócio de Arão, apontava para Cristo, nosso Sumo Sacerdote eterno (Hb 6.20).
A santificação de Arão e de seus filhos(Êx 29.4). Eles foram levados à porta da tenda da congregação e ali lavados com água.
Depois Arão veste suas vestes de sumo sacerdote e é ungido.
Seus filhos só vestem as vestes sacerdotais, após a unção de Arão, e somente foram ungidos com azeite depois dos sacrifícios.
2. O ministério dos sacerdotes
A principal função de um sacerdote era a de apresentar o homem pecador diante de Deus santo.
Podemos destacar três funções básicas dos sacerdotes:
1.
Santificar o povo;
2.
Oferecer dons e sacrifícios pelo povo;
3.
Interceder pelos transgressores.
3. O sumo sacerdote
Era o sacerdote mais importante. Arão foi o primeiro sumo sacerdote da história de Israel (Êx 28:1-3), cuja função era, primordialmente, a de interceder a Deus por todo o povo, notadamente no dia da expiação (Lv 16; 23:2632), quando ingressava no lugar santíssimo e ali, depois de ter feito sacrifício antes por si mesmo, oferecia um sacrifício em nome de todo o povo, ocasião em que Deus aplacava a sua ira e diferia, por mais um ano, a punição pelos pecados cometidos. Era responsabilidade do sumo sacerdote aspergir sangue sobre o propiciatório - como era chamada a tampa de ouro da arca do concerto -, que ficava dentro do lugar santíssimo, e este sangue trazia favor ao povo de Israel, pois, por causa deste sangue, o pecado do povo era coberto e Deus se mostrava favorável, não castigando o povo pelo pecado cometido.
O sumo sacerdócio era um cargo hereditário (Ex 28:43), dado ao primogênito do vigente sumo sacerdote, com exceção dos casos de enfermidade ou mutilação previstos pela Lei (Nm 3:1-13; Lv 21:16-23). No caso da família de Arão, como o primogênito Nadabe e seu irmão Abiú foram mortos por levarem fogo estranho diante de Deus, Eleazar sucedeu o sumo sacerdócio (Nm 20:25,26).
Restrições
Por ser tão honrosa e de muita responsabilidade, o sumo sacerdote era cercado de uma série de restrições, muito superiores a todo e qualquer outro israelita. Assim, por exemplo, não podia descobrir a sua cabeça, nem tampouco rasgar os seus vestidos (Lv 21:10), como também não poderia se chegar a qualquer cadáver, nem mesmo de seus pais (Lv 21:11), tendo de casar com mulher virgem, sendo-lhe vedado casar com mulher repudiada ou, mesmo, viúva (Lv 21:13,14).
II - A INDUMENTÁRIA DO SACERDOTE
As vestes sacerdotais tinham o objetivo de santificar o sacerdote para que ele pudesse administrar o sacerdócio (Ex.28:3). Hoje em dia, somente se nos santificarmos, se nos mantivermos com as nossas vestes mais alvas do que a neve (Sl.51:7), é que poderemos exercer o sacerdócio que Deus nos confiou, podendo, assim, evangelizar o mundo e trazer os pecadores ao encontro de Cristo Jesus.
1. A tunica de linho e o éfode (Êx 28.-28).
A primeira das peças do vestuário sacerdotal eram os calções de linho, que fazia o contato com os lombos e as coxas do sacerdote, cobrindo a parte mais vergonhosa do corpo, ou seja, as genitálias, provando, assim, que aquelas partes que eram reputadas menos honrosas, eram muito mais honradas, tendo uma peça específica para eles (I Co.12:23). Daí já temos uma importante lição espiritual, qual seja, a de que Deus honra a todos os integrantes do corpo de Cristo, independentemente do que os homens pensem a respeito deles.
Os calçõoes eram de linho fino, pois o linho representa a justiça dos santos (Ap 19.8). Tratava-se de um tecido da cor branca, a indicar a santidade do sacerdote.
Esta brancura dos vestidos é a representação da santificação operada pelo Senhor Jesus quando somos salvos, ocasião em que nos tornamos mais alvos do que a branca lã (Is.1:18), mais alvos do que a neve (Sl.51:7). É o sangue de Jesus que nos purifica de todo o pecado (I Jo.1:7) e, diante desta purificação, somos santificados, podendo passar a pertencer ao povo de Deus, à Igreja (I Co.1:1,2).
O linho também simboliza a voluntariedade do serviço, pois este tecido fora escolhido para evitar que os sacerdotes suassem enquanto estivessem oficiando, por se tratar de um material leve (Ez.44:18). O serviço ao Senhor deve ser exercido de forma voluntária, como algo que traduz a nossa gratidão a Deus e não como produto de uma opressão, como um castigo, como algo que seja considerado penoso e sofrido, pois é isto que representa o suor nas Escrituras, como se vê em Gn.3:19. Tudo que for feito na obra de Deus deve ser feito de forma voluntária e com alegria, pois é isto que agrada ao Senhor (II Co.8:11,12; 9:7).
Éfode
o éfode, também conhecido como estola sacerdotal (Ex.28:6-12). O éfode era de ouro, azul, púrpura, carmesim e de linho fino torcido, ou seja, do mesmo material do manto, indicando, assim, a unidade que existia entre todas as peças, a nos mostrar que tudo apontava para o único Sumo Sacerdote, o único Mediador entre Deus e os homens – Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, pois em nenhum outro nome há salvação (At.4:12).
“…Esta peça dividia-se em duas partes: frente e costas, unidas por duas pedras de ônix, com os nomes das doze tribos que Arão levava diante do Senhor. Sobre Seus ombros, Jesus suporta, com o Seu poder, todo o Seu povo. Notem as cores desta peça: o ouro, o azul e o carmesim, que falam dos aspectos do caráter de Jesus…” (ALMEIDA, Abraão de.op.cit., p.38).
O peitoral era quadrado e dobrado, de um palmo de lado e deveria ser cheio de pedras de engaste, com quatro ordens de pedras: a primeira ordem — sárdia, topázio, carbúnculo; a segunda ordem — esmeralda, safira e diamante; a terceira ordem — jacinto, ágata e ametista e a quarta ordem — turquesa, sardônica e jaspe, todas elas engastadas com ouro (Ex.28:17-20).
Na Nova Jerusalém, as doze tribos de Israel têm seus nomes nas doze portas da cidade (Ap.21:12), que são doze pérolas (Ap.21:21), enquanto que o muro da cidade tem doze fundamentos, cada um de pedras preciosas, representando cada pedra um dos apóstolos do Cordeiro (Ap.21:14). Isto nos mostra, com absoluta clareza, que as pedras simbolizam o povo de Deus, tanto o povo de Israel, como a Igreja, o zambujeiro enxertado na oliveira (Rm.11:17).
2. O Urim e o Tumim
palavra cujo significado é “as luzes e as perfeições”, para que estivessem sobre o coração de Arão, quando este entrasse diante do Senhor. Arão, assim, levaria o juízo dos filhos de Israel sobre o seu coração diante do Senhor continuamente (Ex.28:30). “…Que linda figura! Jesus leva o nosso julgamento sobre seu coração diante do Senhor!
III – Ministros de Cristo para a Igreja
1.
Chamados por Deus. Podemos diferenciar o ministro verdadeiro, pois ele é VOCACIONADO por Deus. O que falta em muitos ministros é saber que ser vocacionado por Deus NÃO É STATUS, mas sim compromisso com o Dono da obra.
Qualificações.
2.
O sacerdote não poderia se apresentar diante do povo de Deus e do próprio Deus de qualquer maneira. Assim também o pastor da igreja deve ser dar um bom testemunho (1 Tm 3.17). O pastor deve ser em tudo o exemplo (Tt 2.7).
.
3.
Compromisso com a Palavra.
.Assim
como os sacerdotes tinham como uma de suas funções a de ensinar a Palavra de Deus, os ministros tem a mesma função. De acordo com 1 Tm 3.2, o ministro deve ser apto para ensinar a Palavra. A missão dos ministros de Cristo é de administrar bem os negócios de Deus, com fidelidade e santidade.
.Infelizmente,
o que vemos nos dias de hoje, são ministros que fazem alianças que ao seu modo de ver, são boas, mas que tem trazido muitas anomalias no meio da igreja. Lembremo-nos das alianças que fez o rei Josafá (bom rei), com o reino de Israel (apóstata):
o. Uma
aliança comercial;
o. Casamento o. Uma
de seu filho Jorão, com Atalia, filha de Acabe;
aliança militar.
Características dos ministros infiéis
Insaciáveis e amantes dos prazeres (Is 56:10-12)
Dispersam o rebanho (Jr 23:1-2)
Desviam as ovelhas (Jr 50:6)
Devoram as ovelhas em lugar de alimentá-lo (Ez 34:1-3; Zc 11:7).
São mercenários e abandonam as ovelhas (Jo 10:12)
Não oram (Sl 53:4; Is 43:22; 64:7; Jr 10:21; Dn 9:3)
Características dos verdadeiros ministros
Chamados por Deus - Ex 28:1 cf Hb 5:4 Qualificados por Deus - Is 6:5-7; II Cor 3:5-6
Comissionados por Deus - Mt 28:19
Enviados por Deus - At 13:1-4
Têm autoridade da parte de Deus - II Cor 10:8; 13:10
Separados para o Evangelho - Rm 1:1
Foi-lhes confiado o Evangelho - I Ts 2:4
conclusão
Hoje aprendemos que os sacerdotes levavam o povo até a presença de Deus. O sacerdócio de Arão apontava para o sacerdócio perfeito de Cristo.
Você ministro de Cristo, tenha cuidado com sua maneira de viver e de administrar o rebanho de Cristo. Lembre – se o rebanho é de Cristo e não seu, você não é dono e sim mordomo.