Revista Autoclassic

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Dezembro 2012 - Nº1 - 2.99€

Renault 4 Meio século de aventuras

VW Beetle terá versão ‘Herbie’

Mini Cooper mais antigo do mundo vendido por cerca de 19mil Euros.

Competição de sempre com designers de 92 países diferentes

Um Volvo e a História dos milhões.



Editorial Artigo do mês

Meio século do Renault 4 - Pág.4

Clássicos renascidos VW Beetle terá versão “Herbie” - Pág.10 Renaut 4ever, competição de sempre - Pág.12

Notícias Mini Cooper mais antigo do Mundo - Pág. 18 Um Volvo e a História dos milhões - Pág. 20

Classificados

Ficha Técnica DIREÇÃO EDITORIAL Director – Dario Ferro Editora Executiva – Inês Gomes Editor – Bruna Agostinho Editor de Fotografia - Jéssica Rosalino Assistente de Direcção e Redacção – José Agostinho Produção - Maria Dias - Porto Revisão – Hélia Rosalino Coordenação Fotografia/Arquivo - Edite Costa Fotógrafo – Flávia Rosalino Colaboradores- Juliana Morgado , Maria Gertrudes Relações Públicas – Pedro Gomes DIREÇÃO DE PRODUÇÃO E PAGINAÇÃO Diretor – Salvador Duarte Digitalização e Tratamento de Imagem – Lina Dias Paginação – Markus Fabian DIREÇÃO DE INFORMÁTICA Director – Nadia Aellig DIREÇÃO DE CIRCULAÇÃO Directora – Érica Morgado Linha de Apoio ao Ponto de Venda 21 436973 DIREÇÃO GERAL Director Geral – Dario Ferro DIREÇÃO FINANCEIRA – Dario Manuel

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Auto Classic

Este editorial mostra o primeiro de muitos que virão. Agradeço em nome de toda a equipa da Auto Classic por darem este voto de confiança ao adquirirem a primeira edição da nossa revista. A Auto Classic é uma revista mensal que abrange os temas mais aprofundados sobre as características emocionantes de carros intemporais do passado e as pessoas visionárias por trás deles. Possui as mais recentes notícias, eventos, tendências de mercado, conselhos para ajudá-lo a obter o máximo de o seu automóvel clássico, modelismo e classificados, para que possa obter um veículo com a máxima confiança.


Artigo do mĂŞs

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Meio sĂŠculo de aventuras


O carro mais vendido no mundo e o mais vendido em França, atingiu oito milhões de unidades vendidas e presença em 100 países . O lema português era que a 4L ia onde não iam os jipes!

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Artigo do mês

Aniversário da 4L

O

Renault 4 atinge 50 anos de existência, uma efeméride que o construtor francês não quis deixar passar em branco, e nesse sentido, aproveitando o evento de apresentação do novo motor Energy dCi 130, que decorreu em Mortefontaine, Paris, a Renault promoveu também uma pequena exposição deste ícone do mundo automóvel, denominada “Modulo 4”, que permitiu aos presentes descobrir ou redescobrir todas as un idades presentes e ainda o Renault 4 Miss Sixty, um modelo único desenhado em parceria com a Miss Sixty para integrar as comemorações do aniversário do modelo. Para além desta exposição que nos leva num regresso ao passado, foi também possível a todos

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os jornalistas percorrerem o circuito de Mortefontaine ao volante de um destes históricos modelos. O Renault 4 foi construído a partir de um conceito de Pierre Dreyfus em 1956, presidente da Régie Na-

tionale des Usines Renault, que imaginou um carro que fosse apreciado por toda a gente e utilizado em todo o lado, e que ao mesmo tempo fosse barato e que se adaptasse facilmente às mudanças da sociedade.


1961

Assim, e depois de cinco anos aprisionado em folhas de desenho, o Renault 4 foi finalmente apresentado pela primeira vez em 1961, no Salão Automóvel de Paris, nas versões carrinha, berlina R3 (que desapareceu ao fim de um ano), R4 e R4L, sendo que o “L” significava nível de equipamento de luxo, tendo este nome imortalizado o modelo. Desde então, e nos mais de 30 anos em que o famoso veículo foi comercializado um pouco por todo o Mundo, foram produzidas mais de oito milhões de unidades, em fábricas situadas em 27 países diferentes, desde a Austrália e África do Sul, até Espanha e Chile. Tornou-se no terceiro modelo mais vendido no mundo, atrás do Volkswagen Carocha e do Ford Modelo T. O seu primeiro motor de 603 cm3 era capaz de entregar uma potência de 20 cavalos às 4.700 rpm, e permitia-lhe uma velocidade máxima de 95 km/h com um consumo médio de 15 km/l, que estava associado a uma caixa de três velocidades em linha. O capot abria-se de trás para a frente e a suspensão era independente nas quatro rodas, com barras de torção em ambos os eixos. Estava também equipado com uma grande novidade, o primeiro sistema de refrigeração selado do mundo, que evitava a perda e consequente reposição do líquido de refrigeração. No interior o Renault 4L era extremamente simples, acomodava bem quatro passageiros em bancos muito simples, que só tinham forro, sendo que a estrutura era visível por trás e de lado. O espaço para bagagem também era razoável, podendo chegar a 950 litros sem os bancos traseiros. Na frente do volante de três raios ficavam apenas velocímetro e marcador de combustível, e o retrovisor no centro do painel. 7

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1962

Um ano depois da sua apresentação surge a versão Super e passa a existir uma motorização de 747 cm3 de 27 cavalos, com caixa de quatro velocidades, enquanto que a velocidade máxima rompia agora os 100 km/h. Em 1965 surge a versão Fourgonette (furgão em francês) que tinha a capacidade de carga aumentada. Nesse mesmo ano surge também a versão Parisiénne, criada em parceria com a

revista feminina Elle, que tinha a particularidade de ter, nas laterais, uma pintura quadriculada escocesa, vermelha e preta, ou com tons bege e preto, bancos dianteiros individuais, e um novo motor, com 845 cm3 e 34 cavalos. A velocidade máxima era agora de 115 km/h. Um ano depois o Renault 4 ganha uma grade frontal maior, que ocupava toda a largura da frente, conferindo-lhe um aspecto mais moderno.


Artigo do mês

1975

Já no ano de 1975 o R4 ganha novos pára-choques e a grade frontal torna-se rectangular. O novo tablier, com acabamento quase todo preto, era maior e mais seguro, com protecção de borracha, os bancos ficam mais anatómicos, confortáveis e com encostos para a cabeça. Dois anos depois eram celebradas cinco milhões de unidades produzidas.

1983

Em 1983 eram introduzidos no R4 travões dianteiros de disco, bem como um motor de maior cilindrada, que equipava uma nova versão denominada GTL, com 1.108 cm3, 34 cavalos às 4.000 rpm e velocidade final de 122 km/h. Em 1991 existiam as versões TL, GTL e GTL 4×4, com tracção às quatro rodas.

1992

Em 1992, a Renault decidiu cancelar a produção do modelo, lançando uma edição especial denominada “Bye-Bye”, para celebrar o seu incrível sucesso. No entanto, o Renault 4 continuou a ser fabricado na Eslovénia e em Marrocos até 1994, embora em número reduzido. Em simultâneo ao seu sucesso nas estradas, o Renault 4 teve um campeonato próprio de corridas fora de estrada e marcou presença em várias edições do Rali de Monte Carlo e do Paris-Dakar, tendo mesmo chegado ao pódio numa edição da mítica prova de todo-o-terreno. Para além da sua integração nos desportos motorizados, o modelo francês destacou-se ainda pela participação em diversos filmes. 8 Auto Classic

Actualmente, por todo o mundo circulam ainda bastantes unidades e existem em muitos países clubes que apreciam este modelo.


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Clássicos renascidos

53

VW Beetle terá versão ‘Herbie’ Somente na Espanha Edition 53’ faz homenagem ao clássico do filme ‘Se meu Carocha falasse’. A Volkswagen lançou na Espanha a versão especial do modelo Beetle chamada de ’53 Edition’, em homenagem ao clássico Carocha do filme “The Love Bug” ou “Se meu Carocha falasse”, que apareceu pela primeira vez em 1968. Para reproduzir o “Herbie” (nome do carro no filme) moderno, a VW pagou os direitos autorais a Walt Disney Pictures e pintou o carro branco com listras vermelhas e azuis nas portas, capô e tampa do porta-malas. O carro ganhou também o número “53”. Na Espanha, o Beetle ou carocha chama-se “Escarabajo”, besouro, como no inglês. Entre os itens especiais de série estão assistência para estacionar, monitor de pressão dos pneus e rodas de 17 polegadas. Os clientes podem escolher entre quatro opções de motorização que vão desde o TSI 1.2 a gasolina de 105 cavalos de potência ao TDI 2.0 de 140, ligados a uma transmissão DSG de 6 velocidades.

Automovel do filme “Herbie”

Versão especial custa a partir de 22.090 euros.

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Clássicos renascidos

Competição de sempre

O

concurso Renault 4ever foi organizado pelo site designboom, e teve colaboração da Renault, participaram 3.273 designers de 92 países diferentes e foram escolhidos três vencedores. Os participantes criaram um conceito revolucionário para o renomado veículo Renault 4, produzindo um modelo icónico com um estilo actual e futurista. O carro apelidado por “calças de ganga", lançado pelo criador e ex-presidente da Renault, Pierre Dreyfus, já foi o carro mais vendido em terceiro lugar no mundo. A competição "Renault 4ever" pediu aos participantes para continuar a imagem da 4L como um meio confiável de transporte com uma interpretação, robusta e contemporânea. Os designers também foram convidados a criar maneiras na construção do veículo para poder alcançar um efeito positivo sobre o meio ambiente. O júri foi composto por: Laurens van den Acker , chefe do departamento de design do Grupo Renault, Ellen MacArthur , fundador da fundação MacArthur ellen Stephen Norman , vice-presidente global de marketing e comunicação, SAS benoit Bochard , director de planeamento de produto para carros compactos, diretor Maï ikuzawa , fundador da agência internacional de Bow Wow Birgit Lohmann , editor-chefe do site designboom.

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Clássicos renascidos

“r4volution” 1º Prémio O 'R4' ('r4volution') criado pela estilista britânica Mark Cunningham é uma criação para todos os fins de adaptação familiar, compacto da Renault '4 L ',além de utilizar práticas de produção sustentável, o conceito envolve um sistema em que o corpo do veículo e o motor são separados, facilitando a substituição e modernização ao longo do tempo, sem a necessidade de com-

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prar um carro novo. O design do 'r4' é um dos 50 projectos finalistas da recente competição do designboom da RENAULT 4 EVER , que pediu aos participantes para redesenhar o Renault 4 com um olho para a linha histórica, estética contemporânea, e sustentabilidade. Com cinco portas o 'r4' satisfaz uma série de necessidades da família todos os dias, com um porta-bicicletas integrado e porta-bagagens de grandes dimensões. A sua fabricação está centrada prin-

cipalmente na reutilização e reciclagem, utilizando materiais reciclados para os painéis do corpo. Tem pequenas calhas de chuva na base do pára-brisas para recolher e filtrar a água da chuva, para encher o reservatório de fluido. O novo 'r4' não possui um aparelho de som mas sim um conector de entrada, presumindo-se que a maioria dos compradores do veículo já possui e preferem usar um leitor de mp3. A variação evita um custo substancial e utilização de recursos.


“r4 rali” 2º Prémio O “r4 rali” foi criado pelos designers Yann Terrer e garzon Jerônimo. Com destaque no ciclo de energia, este redesenho proposto é um veículo movido a energia solar, que integra nanotecnologia com materiais ecológicos. Com base nos contornos icónicos do Renault 4, a 'r4 rali ", acrescenta factores sustentáveis para melhorar a eficiência durante a sua fabricação, bem como a sua utilização. Feito de tecidos esticados numa estrutura tubular, o corpo utiliza consideravelmente menos energia durante a produção do que carro um convencional feito de aço. As portas são também estruturas abertas que exigem menos material para a fabricação. Usando a nanotecnologia, este tecido corporal permite que a energia solar seja absorvida e aproveitada; as superfícies das janelas de vidro também são convertidas em painéis solares. Ao terem observado que a maior parte da vida de um carro é a ser gasto, imóvel e não utilizado , a 'r4 rali' dá aos carros estacionados a nova função de gerar electricidade - tanto para sua própria bateria como para uso doméstico em geral.

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Clássicos renascidos

3º Premio O designer americano Allen Zadeh criou o “Renault eleve”, como um conceito novo de design para o Renault 4. Enquanto captura de estilo icónico do veículo, este modelo converte-se num descapotável versátil, com várias configurações possíveis, e interactividade para atrair um público mais jovem. Nomeado após a palavra francesa para "estudante", "eleve" é projectado para flexibilidade, apresentando painéis exteriores facilmente trocados e modificados. Fazendo uso de inovações tecnológicas e ecológicas, os painéis externos do veículo são feitos de compostos naturais, e todas as partes interiores são igualmente feitas de tecidos reciclados.

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“Renault eleve”


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Notícias

“Mini Cooper mais antigo do mundo será vendido por cerca de 19mil Euros.”

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onhece o Mini Cooper, o compacto mais lindo e estiloso já criado por uma montadora, pois um modelo original mais antigo do mundo foi descoberto em uma garagem meio enferrujado completamente abandonado e com motor sem funcionar, será vendido por 15 mil libras. O motor foi o oitavo produzido pela empresa em 1959. Por nunca ter sido restaurado, muitos entusiastas estão animados com a possibilidade de recuperar suas características originais.

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O Austin Mini Se7en De Luxe Saloon que vai ser vendido foi construído em julho de 1959, três meses antes do modelo começar a ser produzido em quantidade. Seu motor de 848 cilindrada rodou 30 mil quilómetros, mas hoje não funciona mais. Por baixo da ferrugem é possível ver sua pintura original e o interior é básico, mas possui todos os acessórios originais, incluindo o velocímetro no painel. Segundo o jornal inglês The Sun, John Polson, que está vendendo o carro, disse que o Mini, por ser um dos carros mais importantes do século XX, sempre será colecionável. "Alguns colecionadores vão querer deixá-lo novo, enquanto outros vão manter suas características originais". O Mini foi concebido em uma época em que o trânsito já era motivo de preocupação entre os ingleses. O projeto ficou a cargo de Alec Issigonis, que desenhou o carrinho em menos de um ano. Vários fornecedores se envolveram na empreitada. Os pneus de 10 polegadas criados pela Dunlop e o óleo especial que lubrificava motor e câmbio ao mesmo tempo eram 19 Auto Classic

apenas dois exemplos das soluções peculiares idealizadas pelos projetistas. Após a realização dos testes com os protótipos, o mini chegou ao mercado inglês em abril de 1959. Batizado com dois nomes diferentes (Austin Seven e Morris Minor), o compacto foi posteriormente apelidado de Mini e impressionava por suas dimensões reduzidas: 3,05 metros de comprimento,

1,40 metros de largura e 1,35 metros de altura. O bom desempenho também se tornaria marca registrada do carro. Pesando apenas 570 quilos, o Mini vinha de fábrica com um motor de 848 cm3 capaz de gerar 34 cv de potência. A velocidade máxima de 115 km/h era adequada, mas não demorou muito para surgirem versões mais bravas.


Notícias

Um Volvo e a história dos milhões

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Apresentado ao público no salão Bruxelas em 1960 e produção no ano seguinte, o P 1800 chegou às 46.000 unidades até 1973. Em 2011 e depois de celebradas as bodas de ouro, o modelo escolhido por Sir Roger Moore na série O Santo” tem outro proprietário não menos carismático. O americano Irv Gordon, 70 anos e reformado da sua carreira como professor de Ciências, comprou o seu Volvo P1800 em junho de 1966, e apaixonou-se imediatamente pelo seu novo carro conduzindo 1500 milhas nas primeiras 48 horas. Um percurso diário de 125 milhas, a sua dedicação à manutenção de veículos e uma paixão por conduzir, levaram Gordon a, facilmente, contabilizar 500.000 milhas em 10 anos de utilização “normal” da sua viatura. Em 1998, com 2,7 milhões de quilómetros percorridos, Irv e o seu P1800 entraram para o livro “Guinness World of Records”. Depois, em 2002, já com direito a cerimónia protocolar e cobertura mediática internacional ultrapassou a fasquia dos dois milhões de milhas (3,218 milhões de quilómetros), uma marca cumprida em Nova Iorque na área comercial de Times Square. Com mais de 4.800.000 Km, Gordon enfatizou: O automóvel já provou que conseguirá ir muito mais longe, mas não estou assim tão certo em relação a mim. De qualquer forma, o que conseguirmos para além destes números será mais uma prova fantástica da engenharia da Volvo, bem como da resiliência das pessoas da minha idade. Em relação ao futuro do automóvel, o seu feliz proprietário acha que depois desta quilometragem, vender o automóvel poderá ser boa ideia e quanto ao preço já está decidido que será um dólar por cada quilómetro percorridos. E quanto ao que fará ao dinheiro, Irv Gordon respondeu que tenciona gartar tudo a viajar e por estrada.

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