ROBERT K. RESSLER E TOM SHACHTMAN
MINDHUNTER PROFILE conheça a mente dos assassinos
I m agens : Arq u ivo pessoal R o b e rt R e ssler/ Alamy © / Getty i mages© 123R F S t ock p hotos©
SUMÁRIO AGRADECIMENTOS .14 19 INTRODUÇÃO .19 .26 01. CORPOS NO RIO .26 02. LÁ NO VIETNÃ .46 03. TIRO DE MAGNUM .74 96 04. SERIAL KILLERS .96 126 05. PALHAÇO MORTAL .126
166 06. CARNE HUMANA .166 198 07. MAIS DO CANIBAL .198 228 08. REINO UNIDO .228 262 09. ÁFRICA DO SUL .262 302 10. TERROR NO METRÔ .302 336 ÍNDICE REMISSIVO .336
AGRADECIMENTOS Este livro surgiu como um desdobramento do trabalho que realizei por dezesseis anos na Unidade de Ciência Comportamental do fbi . Assim como dei o devido crédito às pessoas que me inspiraram a escrever meu primeiro livro, Mindhunter Profile, gostaria de ________________________ fazer um reconhecimento similar aos que me ofereceram inspiração e ajuda na elaboração desta obra. Conversei com muitas pessoas em minhas viagens resolvendo casos e conduzindo investigações em lugares distantes. Thomas Müller, chefe do Serviço de Psicologia Criminal do Ministério do Interior da Áustria, foi alguém muito próximo e me ajudou a realizar meu trabalho em vários continentes. Micki Pistorius, também psicóloga criminal e coordenadora do Serviço de Psicologia da Polícia da África do Sul, colaborou comigo em diversos casos em sua jurisdição. George Fivaz, comissário da Polícia da África do Sul, o tenente-general Wouter Grové, o general S. Britz, o coronel Fisel Carter e os capitães Frans Van Niekerk, Johan Kotzel e Vynel Viljown também foram muito prestativos durante minhas visitas ao país, e foi um prazer trabalhar com todos eles. Carlo Schippers, do Serviço de Inteligência Criminal da Holanda; Ron MacKay, da Polícia Montada Real do Canadá; Bronwyn Killmier, da Polícia do Sul da Austrália; Phill Pyke, Ann Davies, Gary Copson e Simon Wells, da Nova Scotland Yard e da Faculdade Nacional do Crime, estabelecida em 1995 na Bramshill House, na Inglaterra; e Kenneth John e John Bassett, também da Nova Scotland Yard, me ajudaram muitíssimas vezes ao longo dos anos. Masayuki Tamura, psicólogo e chefe do Departamento de Ambiente Social do Instituto Nacional de Pesquisa da Ciência Policial de Tóquio, no Japão, também merece um agradecimento aqui.
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Craig Bowley trabalhou de forma incansável comigo na pesquisa para a entrevista com John Wayne Gacy e me ajudou muitas vezes em meu trabalho. Yuko Yasunaga, da Produção “Y”, me abriu muitas portas no Oriente e me forneceu uma assistência fundamental em assuntos de negócios. Tom Mori, Mel Berger e Bob Katz são meus agentes, e me ajudaram a publicar meus livros e materiais relacionados desde que me aposentei do fbi . Entre os profissionais do ramo médico, psiquiátrico e campos correlatos que eu gostaria de mencionar estão o dr. Derrick Pounder, chefe do Departamento de Patologia Forense da Universidade de Dundee, na Escócia; o dr. Robert Simon, do Programa de Psiquiatria e Legislação da Universidade Georgetown; o dr. Park Elliot Dietz, do Grupo de Avaliação de Ameaças; e os drs. Ann e Allen Burgess da Universidade da Pensilvânia e da Universidade Northeastern. Também gostaria de estender meus agradecimentos a Gavin de Becker e sua equipe pela assistência prestada em tempos passados e a Roy Hazelwood, do Academy Group. Por fim, gostaria de agradecer a meus amigos e colegas, tanto os de dentro como os de fora da força policial, que me ajudaram durante a escrita deste livro: Joe Conley, Bob Taubert, Ray Pierce, John E. Grant, Vernon Geberth, Robert Keppel, Bob Scigalski e John Dunn. E Jon e Meredith Beckett; Jim e Mary Kent; Harlan e Sharon Lenius; Jeffrey Snyder; meus amigos escritores Ann Rule, Mary Higgins Clark e Steve Michaud; e, claro, meu coautor, Tom Shachtman. Por fim, meu muito obrigado a minha esposa Helen, a minhas filhas Allison e Betsy e a meu filho, o tenente Aaron R. Ressler, da Força Aérea dos Estados Unidos.
MARTÍ el monstruo y “Vivi no monstro e conheço as suas entranhas” — JOSÉ MARTÍ
las entrañas”
INTRODUÇÃO
Na mente dos monstros Quando me aposentei da Unidade de Ciência Comportamental do fbi, em 1990, não pretendia sentar numa cadeira de balanço e levar uma vida mansa. E não apenas por ainda ser jovem demais para desperdiçar todo meu tempo aperfeiçoando as tacadas no campo de golfe. Na verdade, depois de passar mais de vinte anos me aprimorando como investigador, elaborador de perfis psicológicos e perito em crimes de homicídio, estava ansioso para colocar em prática essas habilidades fora do âmbito do fbi, e para aprender ainda mais sobre minha especialidade. No fbi, além de atuar como investigador, eu dava aulas; e, como todo professor que aspira à excelência bem sabe, aprendi muito com o processo de ensinar, não só pelo contato com meus alunos, mas também pela necessidade de estar sempre pesquisando para transmitir os conhecimentos mais atuais. Por isso, continuo a investigar e a aprender.
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Eu queria ter a oportunidade de fazer outras coisas também. Apesar de o fbi ter me proporcionado a chance de participar da resolução de casos importantíssimos, o fato de eu ser agente federal limitava minha esfera de ação. Por exemplo, seria inviável para mim transmitir um parecer de especialista em um julgamento como testemunha da defesa, e não da promotoria. Depois que saí do fbi, porém, pude fazer isso no caso de Jeffrey Dahmer. De forma nada surpreendente, recebi críticas de ex-colegas e outros membros de forças policiais por me envolver com a defesa nesse julgamento, assim como em outros casos. No entanto, é possível entender o quanto havia a aprender com Dahmer ao ler os extensos trechos de minha entrevista com ele publicados neste livro. Enquanto eu estava no fbi, como os leitores de Mindhunter Profile já sabem, conduzi, para propósitos de pesquisa, uma série de entrevistas com assassinos presos e condenados; os detalhes e as transcrições desses diálogos permanecem indisponíveis ao público — em parte para preservar a privacidade dos entrevistados e em parte por razões burocráticas. Mas, como profissional autônomo, pude aprofundar o relacionamento estabelecido durante anos de contato com John Wayne Gacy e conduzir uma longa entrevista com ele, cujas partes de maior destaque separei para este livro, com meus comentários a respeito. É uma das últimas entrevistas de por Gacy. Somadas, as conversas com ele e Dahmer proporcionam um vislumbre vívido e arrepiante da mente de um homicida — e revelam também um pouco da técnica que emprego para fazer esses “monstros” falarem de si mesmos e de seus crimes. Outra forma de obter uma visão privilegiada sobre meus métodos de trabalho é oferecida pelos vários casos em que os criminosos se declaram inocentes por sofrerem de transtorno de estresse pós-traumático, supostamente pela experiência vivida na Guerra do Vietnã; meus muitos anos como supervisor dos detetives da Divisão de Investigação Criminal do Exército dos Estados Unidos foram muito úteis aqui. (Mas já me aposentei do Exército também.) Esses exemplos são parte de um capítulo aqui intitulado como “Lá no Vietnã”.
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O caso Nomoto é o exemplo perfeito: uma rede de televisão japonesa perguntou minha opinião sobre evidências que apareceram boiando na baía de Yokohama, querendo saber quem poderia ter amarrado os corpos daquela maneira em particular, e eu respondi. Quando foi ao ar, a informação ajudou a polícia a enfim obter a confissão do médico que havia matado a esposa e os dois filhos. Às vezes, as aparições na mídia me põem em contato com as autoridades locais, em especial quando há a necessidade de traçar um perfil psicológico — em geral, me recuso a entregar essa ferramenta de investigação nas mãos de um jornal ou canal de televisão antes de passar a informação reservadamente à polícia. Minha intenção é sempre ajudar os policiais, não a imprensa. Apesar de não estar mais no fbi, em meu íntimo vou me considerar um policial até a morte. No capítulo sobre os casos britânicos estão relatadas as dificuldades causadas por esse tipo de escrúpulo e lealdade de minha parte. Este livro, portanto, é um registro de minha vida profissional desde a saída do fbi, e de minha jornada incessante para dentro da mente dos “monstros” que cometem múltiplos homicídios.
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NÃO INDICADO PARA PESSOAS SENSÍVEIS. RECOMENDADO PARA MAIORES DE 18 ANOS.
ACOMPANHE ROBERT K. RESSLER CAÇANDO AS MENTES DOS SERIAL KILLERS POR VÁRIAS PARTES DO GLOBO. Robert K. Ressler conta sua experiência após se aposentar do FBI, onde foi responsável pela criação de protocolos e de setores inteiros dedicados à compreensão dos serial killers. Nesta obra, ao lado de Tom Shachtman, relata os casos que ajudou a desvendar ao redor do mundo, além de entrevistas que fez com Jeffrey Dahmer e John Wayne Gacy. Ressler, uma das maiores autoridades do mundo no assunto, foi consultor de Thomas Harris, de O Silêncio dos Inocentes, e inspirou o personagem Bill Tench da série Mindhunter da Netflix.