Schools Video Art Screening

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A RTE VÍDEO

e a sua síntese contemporânea A Arte Vídeo surge como uma denominação utilizada para descrever a técnica que utiliza tanto o aparelho como os processos da televisão, do vídeo ou do cinema enquanto medium de criação artística. Assume, desde a sua génese, diversas formas de produção e apresentação, das que se destacam: As gravações que são projetadas em galerias ou outros espaços culturais; Vídeos que são distribuídos através da internet; Instalações multimédia ou escultóricas que incorporam uma ou mais projeções de vídeo; Imagens captadas ao vivo; Exercícios performativos ou, entre outros, vídeos de carácter narrativo. A presença da Arte Vídeo enquanto ferramenta pedagógica na ESAD.CR remonta aos anos 90 onde estiveram presentes como docentes artistas visuais como João Onofre, Alexandre Estrela, Pedro Cabral Santo e José Carlos Teixeira, entre outros. Ou seja, uma geração de artistas visuais cuja utilidade e sustentação neste medium artístico justifica, precisamente, a constante e crescente obra audiovisual que tem vindo a ser apresentada quer no panorama artístico nacional como internacional. Independentemente dos programas, das matérias, modelos e procedimentos que estruturaram cada uma das propostas pedagógicas do passado, a componente vídeo nos cursos de artes plásticas da ESAD.CR sempre se pautou pela sua natureza de carácter experimental quer em termos formais como em termos conceptuais. Desta forma, contribuiu para o desenvolvimento de novas linguagens e estratégias da arte audiovisual e para a sua própria problematização constituindo, como tal, uma disciplina de referência. A escolha das obras aqui patente ilustra, precisamente, a multidisciplinaridade, mas sobretudo a ativação de um medium enquanto mecanismo de pensamento visual. Através destas obras, de carácter experimental e realizadas num contexto pedagógico, podemos não apenas aceder à capacidade do estudante/artista em explorar uma ferramenta de invenção e resolução de problemas plásticos e visuais, mas, particularmente, aceder às suas inquietações, às decisões face a determinados desenlaces, a ações e decisões estéticas e não apenas à contabilidade de fórmulas ou estratégias pedagógicas. Assim, as obras aqui apresentadas ilustram a maturidade de assumir que não existem formas de representação definitivas ou metodologias consumadas na produção de arte contemporânea e levam-nos a constatar não apenas uma obra de arte final, mas o seu ponto de partida, a sua forma de pensar e, consequentemente, as potencialidades da arte vídeo como dispositivo de problematização da própria arte.

David Etxeberria



A RTE VÍDEO

e a sua síntese contemporânea

ALEXANDRA SANTOS ANA VARELA ANDREIA ANDRADE CATARINA GODINHO CLÁUDIA PASCOAL EDITE REIS EDUARDO FERREIRA HELENA BRANCO INÊS LOPES JOÃO GIL JOÃO TIMÓTEO JOÃO VIDIGUEIRA LUCAS MOREIRA MARIA BERNARDINO MARIA RAMOS NÁDIA FERNANDES NUNO HENRIQUES PATRÍCIA SARDO PAULO RODRIGUES RAFAEL CALISTO RENATA COSTA RUI CASTANHO RUI GUEIFÃO RUI MAGRO TERESA GOMES VANESSA SILVA VASCO GONÇALVES



Nascida a 13 de Agosto de 1992, pelas 15:15h de uma quinta-feira solarenga, com 3,500kg e 50 cm de pura energia. De um parto doloroso, como todos, saiu cá para fora um bicho estranho, lavado em sangue, que fez questão, desde logo, de afirmar a sua fome de vida através de um grito voraz, assinalando, assim, a sua entrada neste mundo. Com um percurso académico de experiências muito heterogéneas foi construindo a sua persona a pulso, recusando concessões e procurando, sempre, fazer valer a força das suas ideias. Concluiu o ensino secundário na Escola Sá de Miranda, no ano de 2011, cursando a área de Artes Visuais onde, desde logo, deixou impressões suficientes, indicando que poderia ter uma voz eloquente neste nosso parco universo artístico. Encontra-se atualmente, neste ano de 2013, a frequentar o segundo ano do curso de Artes Plásticas na Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha, onde se mantém revestida de poesia e sempre atenta às mudanças do tempo.

A L E XA ND R A S ANTO S allexandradossantos@hotmail.com

N UA N C E S

4 ’ 1 2 ’ ’, 201 3 ht tps : //v i m e o.co m /6 39982 39

Uma casa de banho privada com mais de cem anos de história e quatro inquilinos. A porta fecha-se, sem sabermos quem está lá dentro, ou o que pode acontecer. Aqui está representada a vontade exotérica de ir a uma casa de banho, sem dissimulações, sem rodeios. Passemos do banal ao extraordinário, ou talvez não.



ANA VA R E L A anapsvarela@gmail.com

MELKE 2’ 3 8’ ’, 201 3

Nascida em 1993 em Caldas da Rainha, viveu em Alcobaça desde sempre até que, em 2011, volta à cidade natal onde atualmente vive e estuda Artes Plásticas na ESAD.CR.

“Melke”, significa “a minha imagem” em hebraico. A imagem é o corpo, o corpo humano a ser percorrido em busca do mais ínfimo detalhe na textura, acompanhando todos os movimentos e o pulsar do mesmo. A viagem acompanha todas as formas e volumetrias do corpo, dos pés à cabeça.



AND R E I A AND R A D E dadeia_andrade4@hotmail.com

Andreia Andrade nasceu em Cascais. No ano 2011, ingressou na Escola Superior de Artes e Design, estando neste momento a frequentar o segundo ano de Licenciatura em Artes Plásticas. Em 2012, participa na exposição colectiva de pintura “As flores da minha aldeia” nos Silos, com uma pintura nomeada por “Mustache”. Actualmente participa no Projecto Panaceia.

5 S E A S SO N S 42 ’ ’, 201 3

Este vídeo centra-se na passagem do tempo na vida de alguém. A ideia de um ciclo completo, isto é, começar e acabar na mesma estação do ano foi baseada no filme “Spring, summer, fall, winter.. and spring” de Ki-duk Kim.



C ATAR I NA G O D I NHO xd-catarina@hotmail.com

C AO S 2’ 01 ’ ’, 201 3

Nascida em 1992 em Figueiró dos Vinhos, Portugal, vive e estuda atualmente em Caldas da Rainha. Está no 2ºano de Artes plásticas, na ESAD.CR, do Instituto Politécnico de Leiria (2010).

Na sala 4, vista de 2 pontos distintos, encontra-se uma personagem a pintar papel. Ela pinta, ela rasga ela cola criando manchas quase que tridimensionais repetindo o processo freneticamente. Ela pinta o que lhe vai na alma, libertando os seus sentimentos de um passado turbulento. Os rasgões e as suas cores reforçam essa ideia.



C L ÁU D I A PAS COAL k.rafaelatp@hotmail.com

H I T L E R 2 0 13 2’ 0 6 ’ ’, 201 3

Nasci em 1993 na cidade do Porto (Portugal), vivo e estudo atualmente em Caldas da Rainha no Instituto Politécnico de Leiria Esad CR a tirar a licenciatura de Artes Plásticas. Tirei o secundário na Escola Artística Soares dos Reis, no curso de Produção Artística especialização de Ourivesaria. A partir deste curso realizei algumas exposições como no PORTOJOIA 2010 na Exponor (Porto), no Museu Guerra Junqueiro (Porto) e também participei no projeto Comenius onde foi realizada exposições por toda a Europa. O meu interesse pela música foi sempre imperativamente importante na minha vida. Já criei vários projetos musicais e participei vários concursos, ficando em segundo no concurso Música da Rua do Porto. Da música remeteu-me para o vídeo, “prendendo-me” atualmente para a produção de arte vídeo na área de artes plásticas.

Muito se fala contra a Igreja de Cristo hoje em dia. Um dos mais maliciosos argumentos era o de que A. Hitler fora católico e que suas atrocidades se devem à sua crença. “Eu acredito que hoje eu estou agindo no sentido de o Criador todo poderoso. Ao repelir os judeus, estou lutando pelo trabalho do senhor.” (Discurso no Reichstag) Lendo-se superficialmente as frases de Hitler, tem-se a impressão de que ele era, assim como Abel, um justo servidor do Senhor e que pretendia realizar no mundo os desígnios desse mesmo Senhor. Poderíamos acreditar, que ele era um católico até conservador, já que nenhum católico liberal coloca como causa de suas ações o Senhor. Neste contexto podemos não só ver que Hitler “apoiava” a religião católica, mas como acontecia o versus da situação. O papa, não só apoiou o regime, como esteve presente em uma de suas manifestações. Fato consumado. Então parece que, de fato, o nazismo oriundo de Hitler, era oriundo antes de tudo do seu catolicismo, por isso mesmo é que o papa apoiou a Hitler e seu nazismo, por ver naquilo uma expressão do catolicismo. O vídeo aqui apresentado, “Hitler 2013”, surge de duas referências principais, não só demonstrar o argumento em cima apresentado, contestando a relação entre os milhares de mortes causados por este ditador onde, aparentemente, se apoiava na palavra de Deus e onde Seus representantes na Terra (todos os elementos da religião católica) o apoiaram, ou simplesmente não fizeram nada em relação ao massacre que estava a decorrer na altura. Por outro lado também quis demostrar a adesão à religião católica nos tempos de hoje. Uma religião que em tempos causou milhões de mortes, hoje é apoiada e ensinada aos mais novos. Este vídeo apresenta assim uma relação de morte e de amor que a religião católica e um ditador tiveram e ainda têm.



EDITE REIS

edite_reis20@hotmail.com

RE

2’ 3 8’ ’, 201 3

Nascida em 1990 em Leiria, Portugal, reside atualmente nas Caldas da Rainha. Está a frequentar a licenciatura de Artes Plásticas da ESAD.CR do Instituto Politécnico de Leiria. Já realizou exposições na sua localidade e participou na organização de um evento que promoveu vários artistas da sua região.

A palavra “re”é um prefixo que é utilizado para se colocar no início de uma palavra de modo a modificar­lhe o sentido. É um elemento significativo de repetição ou ação retroativo (efeito sobre factos passados). Neste vídeo tenho como base a execução e a própria escrita de William Burroughs, tendo como consideração a conceção da linguagem como um vírus e os seus desdobramentos, tais como o uso de cut up e fold in. Interessa­-me ainda a exploração psíquica da capacidade de raciocínio e da sua execução tendo em conta que a linguagem de Burroughs provém de fluxos de (pouca ou quase nenhuma) consciência durante o uso de alucinogénios. Segundo Burroughs, podemos descobrir mais sobre o sistema psíquico e conseguir maior controlo sobre as reações; Este recomenda ouvirmos as nossas vozes recém gravadas para que saibamos quem realmente somos e, que escutemos as gravações de hoje e ontem para vermos que impressões esses sons podem fazer.



E D UA R D O FERREIRA eduardojaferreira@gmail.com

SE M T Í T U LO 3 ’ 10 ’ ’, 201 3

Eduardo José Antunes Ferreira nasceu a 12 de Agosto de 1993 em Tomar, Portugal. Vive em Caldas da Rainha onde frequenta a licenciatura de Artes Plásticas na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha (ESAD.CR).

As expressões faciais e a sua observação sempre me estimularam a curiosidade e ao assistir a concertos de jazz, principalmente da cantora portuguesa Maria João, fiquei surpreso com o poder do improviso da voz, e apercebi-me o quanto a libertação de um som intervém numa expressão facial e vice-versa. Pensei então porque não fazer performance, onde eu exponho sons e expressões influenciadas pelo dia-a-dia, pelo que oiça e observe. O que resulta disso é a série de vídeos onde parece que tento criar um novo idioma, onde tudo o que tenho dentro do meu inconsciente sai como um vómito.



HE L E NA B R ANCO hbranco2003@hotmail.com

A LU C I N AT I O N 1 ’ 32 ’ ’, 201 3

Helena Branco nasceu a 21 de Setembro de 1978 em Caldas da Rainha, Portugal. Emigrou em 1979 com seus pais para a actual Republica Democrática do Congo, tendo voltado para Portugal em 1991. Actualmente frequenta a licenciatura em Artes Plásticas na Escola Superior de Arte e Design, em Caldas da Rainha.

Existem diversos estudos que investigam o efeito que determinados sons com determinadas frequências que emitem ondas sonoras têm no cérebro humano, incluindo o facto de poderem provocar sensações estranhas ou mesmo alucinações, como recentemente tem sido experimentado através de um programa informático, I-Doser, no qual alegadamente são vendidas doses com diversos fins, incluindo o de atingir os efeitos de drogas reais. Foi a pesquisa sobre esses estudos que motivaram este trabalho.



I NÊ S LO P E S

ines_katarina@hotmail.com

SE M T Í T U LO

1 ’ 42 ’ ’, 201 3 ht tps : //v i m e o.co m /6 37 78505

Nasceu a 1993, cresceu e vive em Pataias (distrito de Leiria e conselho de Alcobaça). Frequentou aulas extra curriculares de desenho e pintura dos oito aos dezassete anos e estudei Artes Visuais na Escola Secundária Engenheiro Acácio Calazans Duarte, na Marinha Grande. Neste momento, encontra-se no segundo ano da licenciatura no curso de Artes Plásticas na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha. Concretizou a sua primeira exposição coletiva, na galeria “Capitel”, em Leiria e mais tarde, em 2010, na Câmara Municipal da Marinha Grande. Anos depois foi convidada a realizar uma exposição individual, no Sport Operário Marinhense e pouco tempo mais tarde no “Texas” bar, em Leiria, ambas em 2012 ao qual lhes deu o nome “O embrião da minha arte”.

A ideia deste trabalho surgiu de uma reflexão sobre o que é que, para mim, o vídeo consegue transmitir e até onde consegue ir. Considero a arte vídeo como a forma mais direta e real de se transmitir o que nos vai na mente, na alma, no coração, bem como recordações boas ou más, emoções e sentimentos, desejos e sonhos. Neste trabalho apresento, através de uma série de curtas filmagens, um episódio mau que se passou na minha vida e que julgo uma das situações em que ninguém imagina o que se sente. É esse sentimento de desilusão, desespero, angústia, revolta e ao mesmo tempo uma luta pela calma que pretendo mostrar, como uma espécie de desabafo para conseguir ultrapassar o que se passou. Não quero falar do episódio em si, pois isso já foi falado várias vezes e no momento presente sinto uma necessidade de mostrar aquilo que ninguém sabe – o que eu senti. Todo o vídeo, tem como base cenas que realmente se passaram e nas quais os sentimentos e pensamentos se encontravam mais à flor da pele. Assim, através de uma série de curtas filmagens, a preto e branco, repetidas simultaneamente ao longo do vídeo juntamente com sons de passos, batidas do coração, barulho da água de um duche, pretendi tornar o vídeo confuso e exaltar toda a cena dramática, tal como aconteceu realmente. Todo o vídeo, tem como base cenas que realmente se passaram e nas quais os sentimentos e pensamentos se encontravam mais à flor da pele.



J OÃO GIL

j.bragancagil@gmail.com

Nasce em Lisboa, onde frequenta a Faculdade de Belas-Artes sem terminar o curso de Pintura. Muda-se para as Caldas da Rainha, estando a concluir o curso de Design Industrial. Estando a iniciar o seu percurso, participa como membro do coletivo Anita o qual está seleccionado para uma exposição em Serralves na mostra de Projectos Originais Portugueses 2013.

H I P OT E SE 1:T H E B E S T A M A N C A N GE T 5’ 42 ’ ’, 201 3

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identidade



J OÃO T I MÓT EO timoteo_joao92@hotmail.com

J U SQU ’ I C I TO U T VA B I E N 1 ’ 39’ ’, 201 3

Nasceu em Lisboa, estudou na Escola Secundária Artística António Arroio. Actualmente frequenta o 3º ano de Design Industrial, na Escola Superior de Artes e Design . Instalação de vídeo no Caldas Late Night 2012 com o projecto : “Quando ... um português... dois ou três” Exposição na Fundação Serralves, no concurso POP’s ( Projectos Originais Portugueses) em 2013, com dois projetos desenvolvidos num coletivo: Coletivo Anita.

Eles. Eles, não sei quem são. Eles, são estranhos. Eles, impressionam-me. Eles, observam-me. Eles, são como eu quero ser. Eles, sou eu. “Jusqu’ici tout va bien” * * “Jusqu’ici tout va bien” - Frase retirada do filme “ La Haine” de Mathieu Kassovitz, em português: “Até aqui tudo bem”



J OÃO VI D I G U E I R A joãovidigueira@gmail.com

Estudante de Design Gráfico na ESAD.CR, em Portugal, Caldas da Rainha, nasceu em Santarém e foi lá que começou a ser. Auto intitula-se Apodyopsis, pois pensa ser essa a melhor maneira de se despir, intelectualmente, perante o mundo que despe no seu dia a dia. No futuro quer ser herói romântico e ter a barba mais ruiva.

SE R, D U V I DA R, D EC I D I R 57 ’ ’, 201 3

A escolha e o ter que escolher. A existência e o ter que ser. Na eminência de ter que ser alguma coisa o mais difícil é escolher não ser nada. Na eminência de ter que falar, o mais difícil é não ter nada a dizer. Não havia nada para dizer, mas mesmo assim resolvi dizê-lo.



LU C AS MO R E I R A lucasmoreira@gmail.com Lucas Moreira é estudante de artes visuais nascido no Brasil, membro do coletivo de artes Tentacle Ensemble Collective e cineasta na produtora Sanglant Filmes. Ganhador do prémio Das Artes pela faculdade Feevale, XIV Salão de Artes Visuais e como editor do curta-metragem “Página Perdida” no MVI - Mostra de Video Independente da Casa de Cultura Mário Quintana.

A LO N E

1 ’ 42 ’ ’, 201 3 ht tps : //v i m e o.co m /6 395 696 4

Alone é uma animação que acompanha um solitário planeta azul que circula sozinho em seu sistema solar.



MA R I A B E R NAR D I NO maria_bernardino@hotmail.com

C AV E 3 ’ 41 ’ ’, 201 3

Arquétipo do útero materno, a gruta figura nos mitos de origem, de renascimento e iniciação de muitos povos. A passagem por este lugar subterrâneo com um tecto abobadado afundado na terra exige a exploração do inconsciente e do eu primitivo. O filme é a imagem do Homem, a passagem, de dentro da caverna até a sua saída. Na Turquia, existe uma lenda particularmente espantosa, do séc., XIV:

Nascida em 1992 em Macau, vive e estuda nas Caldas da Rainha. Neste momento encontra-se a tirar a licenciatura em Artes Plásticas, na ESAD.CR, do Instituto Politécnico de Leiria. Expos uma vez no centro de artes das caldas da rainha, no espaço pertencente ao grupo electricidade estética.

“Nos confins da China, na montanha Negra, as águas inundam uma gruta e levam argila para o seu interior e que enche uma cavidade com forma humana. A gruta serve de molde, e, ao fim de nove meses, sob efeito do calor solar, o molde adquire vida: é o primeiro Homem, chamado Ay-Atam, meu pai lua. Durante quarenta anos, este homem vive sozinho; então uma nova inundação dá nascimento a um segundo ser Humano. Desta vez porém a cozedura não fica completa ; o ser é a mulher. Da sua união nascem quarenta filhos que se casam entre si e geram… Ay-Atam e a sua mulher morrem. O seu filho mais velho enterra-os na cavidade da gruta, esperando assim dar-lhes vida”. (Jean Chevalier, Alan Gheerbrant,, in Dicionário dos símbolos).



Maria Ramos, natural de Torres Novas, onde concluiu o secundário na área de Artes Visuais. Nascida a 11 de Novembro de 1990. Encontra-se agora a acabar licenciatura em Som e Imagem na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha, onde vive e trabalha. Através da fotografia tem explorado o seu universo e o dos que lhe são próximos, com uma abordagem intuitiva e íntima. Especial fascínio pelas artes performativas, actualmente o seu trabalhado tem incidido sobre o corpo e tenta reinventá-lo através do uso de novas perspectivas e da desconstrução / reinvenção do mesmo.

MA R I A R AMO S maria.f.s.ramos@hotmail.com

SE M T Í T U LO 2’ 2 7 ’ ’, 201 3

O corpo como objecto espiritual em perspectiva. A procura de novas imagens do corpo físico, neste caso, explorando a parte mais intima da mulher. Numa relação de distância/proximidade com o espectador e num ímpeto de provocação, o plano é estático ou percorre a linha do corpo, querendo do espectador uma respiração rítmica e silenciosa.



NÁ D I A F E R NA ND E S nadia_13_3@hotmail.com

FE A R 2’ 2 7 ’ ’, 201 3 Nádia Fernandes nasceu em Guimarães (Portugal), em 1993. Terminou em 2011, o Ensino Secundário em Artes Visuais, onde participou na sua primeira exposição. Atualmente vive nas Caldas da Rainha, onde esta a frequentar uma licenciatura em Belas Artes na Escola de Arte e Design, do Instituto Politécnico de Leiria.

Fear é a representação de um momento da nossa vida onde na nossa caminhada encontramos um obstáculo e sentimo-nos a hesitar, a questionar se devemos dar o próximo passo ou desistir e conformarnos a ficar ali parados. Mostra-nos uma segunda parte que nos dá a perspectiva da personagem onde sentimos o seu cansaço e a noção de que ele esta confiante na sua caminhada.



NU NO HE NR I Q U E S nunoh2@gmail.com

R ECO N ST RU Ç ÃO 1 ’ 10 ’ ’, 201 3

Nuno Camilo Ferreira Henriques, nasceu a 26/06/1991 em Tomar, vive e estuda nas Caldas da Rainha. Neste momento encontra-se a tirar a licenciatura de Som e Imagem na ESAD.CR. Expos uma única vez na exposição fotográfica Waste na Escola Profissional da Zona do Pinhal em Pedrógão Grande.

Tendo como referencia o rosto humano, o vídeo “Reconstrução” têm como principal característica reconstruir o rosto humana retirando toda a proporcionalidade existente no mesmo. Neste trabalho podemos observar um rosto humano dividido em nove planos registados através da técnica fotografia macro, conseguindo assim registar pequenos detalhes do rosto humano com a melhor qualidade possível.



Patrícia Sardo nascida em Caldas da Rainha no ano de 1977, vivera sempre em Peniche. Estudante do 2º ano do curso de Artes Plásticas na (ESAD) Escola Superior de Arte e Design de Caldas da Rainha, aos 13 anos de idade emigra para o Canada, província de Quebec, cidade de Montréal, onde permaneceu aproximadamente durante 6 anos. Frequentou a Escola Secundária Jeanne-Mance, e concluiu os estudos secundários. Aos 19 anos volta para Portugal, deixando tudo para trás, pais e irmão, regressa para a cidade de Peniche, ficando perto de seus avós. Após uma formação profissional de Empregada de Mesa e Barmaid, inicia a sua atividade profissional na área hoteleira. Posteriormente conclui o Curso de Especialização Tecnológica de Gestão Hoteleira na (ESTM) Escola Superior e Tecnologias do Mar. Neste momento encontra-se a estudar Artes Plásticas, na tentativa de mudança de rumo e na espectativa de um futuro melhor.

PAT R Í CI A S AR D O patysardo@hotmail.com

SE M T Í T U LO 2’ 5 7 ’ ’, 201 3

Este vídeo foi criado a partir do trabalho de pintura, mais precisamente, como o seu prolongamento. Trata-se de um misto de imagens, que se fundem umas nas outras e que estão diretamente ligadas entre si. Aqui é retratado um momento de inspiração artística, onde a observação do artista é elevada a um grau de sublimação. A sua formação devese a alguns pontos de vista que foram registados sequencialmente, onde o fim desvenda o referente em questão, quebrando um pouco a divagação experimentada pelo espectador.



PAU LO RO D R I G U E S paulo.r3112@gmail.com Paulo Rodrigues nasceu no dia 31 de Dezembro de 1992 na cidade de Lisboa. Viveu em Sintra até atingir 13 anos de idade, altura em que se mudou para a região de Peniche, onde actualmente reside. Encontra-se no terceiro ano do curso de Som e Imagem da Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha, especificando os seus estudos na área de Imagem. Quer focar-se principalmente nos domínios da realização e pós-produção de imagem e pretende assim um dia trabalhar no mundo do cinema e/ou televisão.

V I SÕ E S 2’ 30 ’ ’, 201 3

Uma rapariga encontra-se sozinha à beira de uma praia a apreciar a paisagem envolvente. No meio dos seus pensamentos, começam esses, de um momento para o outro, a tornarem-se visões, alucinações que parecem lhe seguir. São imagens dela própria que não conseguem sair da sua cabeça, das quais não consegue fugir. Não é possível escapar de si própria.



R AFA E L C AL I S TO rafaelcalistosilva@gmail.com

Rafael Calisto, nasceu em 1992 na cidade de Leiria, Portugal. Concluiu o ensino secundario em Artes Visuais, ingressando em 2010 na licenciatura em Fotografia do Instituto Politécnico de Tomar, onde completou o primeiro ano. Actualmente frequenta o segundo ano da licenciatura em Som e Imagem da ESAD.CR. Ja em 2013, com a curtametragem ERMO, venceu o Prémio para Melhor Ficção no Toma La Arte.

R E S TO S

3 ’ 10 ’ ’, 201 3 ht tps : //v i m e o.co m /6 3701 950

A estrada nova impôs-se, trouxe máquinas e destruiu o que achou necessário, os restos, ficaram. Os restos ficaram, os estragos também, ninguém se parece preocupar, todos passam rápido, sem tempo para olhar para o lado. Da bomba de gasolina ficou o edifício principal, intacto deixa ver através de si os antigos clientes, talvez um dia venha uma estrada nova e o deite abaixo, de vez.



R E NATA CO S TA renataadrianocosta@gmail.com

SN I P

4 ’ 3 8’ ’, 201 3

Renata Costa (1993), natural de Torres Vedras, estudante na Escola Superior de Artes e Design no segundo ano do curso de Artes Plásticas.

O projecto partiu da ideia de um esboço anterior. Consistia na fotografia de retrato onde eram inseridos recortes de papel de várias partes do rosto no próprio rosto. Do mesmo modo, o conceito do vídeo consistia de semelhante forma. Utilizando este formato, não existindo apenas a representação do rosto, é representado o corpo humano, onde recortes de partes do corpo são colocados no mesmo, como anteriormente tinha sido feito. Assim, pretende-se explorar o tema da identidade, enquanto corpo presente, também ele mutável.



RU I C AS TANHO rruimcc@gmail.com

SE M T Í T U LO 2’ 48’ ’, 201 3

Rui Castanho nasceu em Lisboa a 6.9.1986, vai vivendo debaixo do sol e mantendo-se castanho. Vive actualmente nas Caldas Da Rainha onde frequenta o 2ºAno de Licenciatura de Artes Plásticas. Desde 2001 vive activamente o mundo da pintura e das artes fora do circuito académico. Trabalha essencialmente com pintura vídeo e fotografia.

Neste video, ao contrario do que é normal, o “jogo” não é tentar perceber nem desvendar conceitos ou andar a fazer malabarismo com o raciocínio para tentar chegar a alguma conclusão racional. Vejo este video como um ritual, em que o “prémio” é estar presente visualmente na duração dessa viagem. Nesta viagem de formas informes e abstractas é normal e automático a nossa vontade de definir esse mesmo abstracto, remetendo para o microcosmo ou macrocosmo, ou para formas do quotidiano desde caras a coelhos e tudo aquilo que seja possível a cada um lá ver. Acredito que o esforço será então o de não pormos nada entre a imagem do video e os nossos olhos, não tentar definir ou perceber ou racionalizar essa mesma realidade, estar presente visualmente como se duma meditação visual se tratasse.



RU I G U E I FÃO gueifao.m@gmail.com

SE M T Í T U LO 2’ 1 8’ ’, 201 3

Rui Gueifão (1993), natural de Almada, estudante na Escola Superior de Artes e Design no segundo ano de Artes Plásticas.

O vídeo tem como objectivo trabalhar a realidade tal como ela é e mostrar também que as coisas mais simples podem ser ambíguas e alvos de subjectividade. Com a água a correr para o ralo consigo uma exploração tanto do espaço como do tempo sem planos, cortes ou grandes produções, quero então uma representação da realidade crua e simples como ela é e a partir dai deixar o espectador, num pensamento introspectivo, explorar todos os possíveis caminhos que poderão sair de um simples ralo e da água a correr. Para mim não faria sentido se de outro modo fosse feito tendo em conta o que é: um ralo e agua a correr. Vou assim buscar uma realidade do quotidiano que nos passa despercebida e torno-a ambígua e versátil através de simplesmente filmá-la como ela é.



RU I MAG RO defstoner_jr@hotmail.com Nasceu a 10 de Novembro de 1992 em Lisboa, mas aos 5 anos foi morar para o Cartaxo, onde fez o seu ensino básico e secundário. Frequentou o curso de som e imagem nas Caldas da Rainha. O seu maior hobbie e também desporto é o skate, do qual faz um modo de viver, e é um grande amante da vida, interessado e curioso.

K I LLE R 1 ’ 1 1 ’ ’, 201 3

Alguém recorda numa viagem momentos obscuros presentes no seu passado.



Teresa Lopes da Costa Gomes nasceu em Lisboa, a 5 de Janeiro de 1993. Completou o ensino secundário, na área das Artes visuais, na Escola Secundária do Restelo no ano letivo de 2010/2011. Estuda Artes Plásticas, na Escola Superior de Artes e Design, Caldas da Rainha. Ilustrou vários livros e contos para criança, dos quais “A praia dos caracóis e a maldita Gelatina” de Manuel do Carvalhal, entre outros do mesmo autor; uma alegoria política, “Joaninha Avô-Avô, Sátira Política” do juiz jubilado, Sousa Dinis. Ganhou uma menção honrosa no concurso de artes plásticas “A mulher e a água” do clube soroptimistic das Caldas da Rainha, em 2012, e o prémio Toma lá arte, na categoria de Ilustração, 2013.

TERESA G O ME S teresalcg93@gmail.com

U N T I T LE D

2’ 52 ’ ’, 201 3 ht tps : //v i m e o.co m /6 3509993

“Uma personagem deambula num espaço a ela desconhecido, explora, corre, brinca, experimenta - é lhe dada liberdade - no entanto esta é finita, dado o espaço que lhe é proposto explorar, Não só é limitado pelas suas paredes, pelos seus obstáculos, mas por ser um “acidente da minha imaginação.”



VANE S S A S I LVA vanessafrsilva93@gmail.com

Vanessa Silva nasce em França em 1993, muda-se em 2006 para Braga. Encontra-se atualmente no 2o ano da licenciatura em Artes Plásticas na Escola Superior de Artes e Design nas Caldas da Rainha. Participou em 2012 na exposição de pintura “As Flores da Minha Aldeia” que decorreu nos Silos, nas Caldas da Rainha.

SE M T Í T U LO 1 ’ 50 ’ ’, 201 3

A luz hipnótica que emana do ecrã absorve-nos num estado semiconsciência. A narrativa oculta-se nas entrelinhas das interferências, os atores reduzidos a meros espectros, o ruído continua incessante. O cinema reduzido a um estado de sonolência.



VAS CO G O NÇ ALVE S vascosantamartha@gmail.com

HEADEAD 1 ’ 50 ’ ’, 201 3

reflexo do lado sombrio do artista. medo (latim metus, -us) s. m. 1. Estado emocional resultante da consciência de perigo ou de ameaça, reais, hipotéticos ou imaginários. = FOBIA, PAVOR, TERROR 2. Ausência de coragem (ex.: medo de atravessar a ponte). = RECEIO, TEMOR ≠ DESTEMOR, INTREPIDEZ 3. Preocupação com determinado facto ou com determinada possibilidade (ex.: tenho medo de me atrasar). = APREENSÃO, RECEIO 4. [Popular] Alma do outro mundo. = FANTASMA

Nascido em 1992 em Lisboa, Portugal, vive e estuda nas Caldas da Rainha. Estudou na Escola Secundária Artística António Arroio onde desenvolveu capacidades no ramo de Design Gráfico, passando por várias outras áreas onde se inclui vídeo, fotografia, técnicas de impressão, entre outras. Actualmente frequenta o terceiro ano do curso de Design Gráfico na Escola Superior de Artes e Design ( Instituto Politécnico de Leiria). Começa agora o seu percurso de exploração na área de Arte de Vídeo, onde procura conhecer os limites da imagem e do som na relação com o espectador físico. Procura desenvolver um trabalho que explore as emoções e a sua habilidade de manipular o estado de espírito de quem as produz.

“Um dos efeitos do medo é perturbar os sentidos e fazer que as coisas não pareçam o que são.” É constituída por uma mistura de imagem retiradas do universo da web acessíveis a qualquer pessoa, e baseia-se, em geral, numa representação do medo. A ideia de medo, terror, pânico é por isso a base da obra. Uma obcessão pelo lado sombrio do cérebro, pela repetição de fobias e traumas, leva o artista a extrair um pouco do seu lado negro e a coloca-lo sobre a tela. A obra não se desenvolve sobre forma de narrativa, mas sim como uma sequência de imagens em loop. São utilizadas variadas imagem de situações assustadoras, traumatizantes e tensas, demonstrando que o medo é um sentimento bem presente no dia-a-dia, sobre a forma das mais variadas situações. O espectador é transportado para um ambiente escuro e claustrofóbico e é assolado pela sensação de medo, até mesmo pânico ao ser confrontado com imagens de natureza bizarra, mórbida e de certa forma violenta. O som envolve o espectador numa nuvem sombria e bloqueia os seus outros sentidos de forma a que só e apenas a visão e a audição façam parte desta experiência.


ESAD.CR/2013


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