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Projeto Academico Aluno: Daniel Damasceno
Especificações técnicas
Design Gráfico 2º Período Noturno
Cores: 4x4
Editoração Eletrônica
Gramatura: 230 g/m²
Professores: Cristine Gonçalves Frederico Sá Motta
Acabamentos: Corte Vinco Laminação capa fosco Tamanho Final: 190x140 mm
Indice
Ano de Lançamento ................................................. A história do filme .................................................... Primeira Parte .......................................................... Segunda Parte .......................................................... Terceira Parte ........................................................... Comentários ............................................................ Galeria de Imagens .................................................. Referências ...............................................................
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Ano de Lancamento
Rodado em Londres no ano de 1970 e lançado mundialmente no ano seguinte, “Laranja Mecânica” virou alvo da censura na época e foi proibido no Brasil. Por quase toda a década de 70 os brasileiros só ouviam falar daquele polêmico filme realizado por Stanley Kubrick após a ópera-prima “2001 – Uma Odisséia no Espaço”.
Durante anos a única referência ao filme era sua inovadora trilha sonora que misturava experiências eletrônicas do compositor Walter Carlos (antes de virar Wendy Carlos) com as composições de Beethoven. O filme só foi liberado para exibição no Brasil em 1978 em cópias onde foram incluídas “bolinhas pretas” sobre as genitálias dos corpos nus. A anacrônica
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censura da época achava mais importante esconder a nudez do que expor as platéias à violência exacerbada que o filme mostrava de maneira até então nunca vista em uma produção mainstrean.
Hoje as “bolinhas pretas” não passam de curiosidade e mico histórico ao qual os brasileiros foram submetidos. No entanto, o mesmo não se pode dizer da violência urbana que “Laranja Mecânica” retrata e que de certa forma antecipava para o futuro.
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A historia do Filme
A recente revolta dos jovens nos subúrbios de Paris é apenas mais um episódio que confirma o quanto o livro de Anthony Burgess e o filme de Stanley Kubrick estavam à frente de seu tempo.
reprimida pela convivência social, e existe a violência do Estado, institucionalizada, amparada pela Lei e justificada pela manutenção do status quo e controle do coletivo.
“Laranja Mecânica” expõe duas formas distintas de violência, cada qual com suas origens e conseqüências. Existe a violência do indivíduo, ancestral e intrínseca no ser humano quando não
O filme de Kubrick trata destas duas formas dedicando a cada uma delas metade do filme.
Primeira Parte
Na primeira parte conhecemos o jovem Alex (Malcolm McDowell) o anti-herói que conduzirá a ação. Numa sociedade de futuro incerto as leis já não fazem muito efeito e a desagregação social parece chegar a seu limite.
É nesse ambiente que Alex leva uma vida despreocupada onde seus únicos prazeres são encher a cara de “moloko”, uma espécie de leite aditivado com drogas, fazer arruaças com os amigos e ouvir músicas de Beethoven, a quem chama de “Ludwig Van”.
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Segunda Parte
A segunda parte inicia quando Alex é detido pela polícia e conduzido para uma instituição penal. Com a perspectiva de ganhar a liberdade, Alex se submete voluntariamente a um tratamento experimental que promete reabilitar delinquêntes eliminando seu instinto natural para a violência.
Ministrado por psicólogos a serviço do Estado, o tratamento consiste em expor o criminoso a sessões contínuas de cenas chocantes de violência explícita ao som da 9ª Sinfonia de Beethoven! Depois desta lavagem cerebral o pobre Alex é transformado numa pessoa totalmente indefesa que reage com náuseas e ânsia de vômito a qualquer manifestação de violência. Vira uma “laranja mecânica”, um ser orgânico que age mecanicamente.
Terceira Parte
Redimido, Alex retorna para a sociedade e vive como um paria renegado pela própria família, vingado por vítimas do passado e humilhado por seus antigos companheiros de delinqüência. A possibilidade do livre arbítrio é um ponto de discussão que Kubrick expõe com clareza em “Laranja Mecânica”. No processo de controle da criminalidade o Sistema impõe uma solução que
transforma o indivíduo num ser robotizado, um sujeito sem a opção da escolha. E no dizer do religioso que acompanha Alex na prisão “se o homem não pode escolher, deixa de ser um homem”. Condicionado e sem opções de comportamento só resta a Alex o papel de inocente útil, manipulado por interesses políticos que o transformam em exemplo.
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Comentarios Repleto de ironia e sarcasmo, a adaptação de Stanley Kubrick do livro de Anthony Burgess é fiel. A essência da obra original está em diálogos quase literais e na utilização de neologismos como “vidiar” (ver), “entra-e-sai” (sexo), “guliver” (cabeça) e “horrorshow” (espetacular) que denunciam a origem literária. Mas Kubrick, um mestre com pleno domínio sobre as técnicas e segredos de filmagem, fez uso de inúmeros recursos para valorizar o rico material que tinha nas mãos. Sua reconhecida habilidade em utilizar músicas clássicas nas trilhas sonoras foi mais uma vez exercida com talento em “Laranja Mecânica”. Todos os elementos cinematográficos de “Laranja Mecânica” parecem hipnóticos e exagerados. Figurinos, cenografia, interpretações, música, tudo parece transmitir uma explosão sensorial de
cores, sons e ritmos, como se a visão do mundo fosse resultado de algumas doses de “moloko”. Nada mais correto se levarmos em conta que o “humilde narrador” da história é o próprio Alex, presente em 100% das cenas. É através de seus olhos e de sua percepção que somos introduzidos naquela realidade distorcida. O cinismo e a hipocrisia denunciam a personalidade egoísta do narrador que constrói o mundo de acordo com suas convicções e conveniências. Quando Alex percebe que se transformou em “objeto” cobiçado por facções políticas rivais assume sem escrúpulos o discurso dos poderosos. O povo quer ouvir mentiras com aparência de verdades, então Alex declara em alto e bom som: “Sim, estou curado”. Acredite quem quiser.
Galeria de Imagens
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Referencias http://pt.wikipedia.org/wiki/Laranja_ Mec%C3%A2nica_%28ďŹ lme%29 htt p : / / w w w. b o ca d o i n fe r n o . co m / romepeige/artigos/laranja.html h tt p : / / w w w. o v e r m u n d o . c o m . b r / overblog/laranja-mecanica http://www.ipv.pt/forumedia/5/21.htm
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