TCC | O SOM DA INCLUSÃO - Centro de Especialização ao Desenvolvimento Intelectual e Cognitivo

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O SOM DA INCLUSÃO Centro de Especialização ao Desenvolvimento Intelectual e Cognitivo Débora Isabela Ferreira





Universidade São Francisco Trabalho de Conclusão de Curso em Arquitetura e Urbanismo

Orientadora: Profa. Ma. Maria Beatriz Andreotti

Itatiba - SP 2018

O SOM DA INCLUSÃO Centro de Especialização ao Desenvolvimento Intelectual e Cognitivo Débora Isabela Ferreira



PLAYLIST 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26

You Raise Me Up_Josh Groban_Daniel Jang A Million Dreams_The Greateste Showman_The Piano Guys Begin Again_Taylor Swift_The Piano Guys 7 Years_Lukas Graham_Daniel Jang All Of Me_John Legend_Daniel Jang She’s The One_Robbie Williams_Amadeus Electric Quartet One Republic_Beethoven’s 5 Secrets_The Pian Guts A Thousand Years_Christina Perri_The Piano Guys The Scientist_Coldplay_Daniel Jang Viva La Vida_Coldplay_David Garrett Perfect_Ed Sheeran_Amadeus Electric Quartet Love Me Like You Do_Ellie Goulding_DSharp Cheap Thrills_Sia_Ember Trio Flashlight_Jessie J_Daniel Jang Hallelujah_AMAVI Music Havana_Camila Cabello_Daniel Jang What Makes You Beautiful_One Direction_The Piano Guys Photograph_Ed Sheeran_Daniel Jang Rain_Simply Three Story Of My Life_One Direction_The Piano Guys Back Is Back_The Piano Guys Thinking Out Loud_Ed Sheeran_The Piano Guys This Is Your Fight Song_Rachel Platten Titanium_David Guetta_The Piano Guys Wake Me Up_Avicii_Simply Three What A Beautiful Name_Hillsong Worship_Daniel Jang


Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho por qualquer meio convencional ou eletrônico para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte. Email: debora.iferreira@hotmail.com


Dedico este trabalho a todos que lutam por direitos de dignidade humana, pela igualdade e progresso inclusivo assistencial Ă s pessoas portadoras de necessidades especiais, ou melhor dizendo, que buscam o respeito Ă diversidade.



“Estou mais do que nunca influenciado pela convicção de que a igualdade social é a única base da felicidade humana” Nelson Mandela



Sou imensamente grata à Profª Bea pela forma atenciosa com que me acompanhou durante a realização deste trabalho e por todos aprendizados e entusiasmos. Agradeço à Profª Laura pelas oportunidades, parceria e considerações que foram essenciais para meu resultado. À todos os professores que compartilharam tantos conhecimentos e me auxiliaram nestes cinco anos de formação acadêmica, em especial a Profª Roberta que me acolheu no início deste processo, e à eterna Profª Cássia, que com seu carisma me envolveu e incentivou a sempre projetar para todos, sem distinção. Aos meus pais Roque e Fatima que nunca mediram esforços para minha formação, e sempre estiveram comigo quando mais precisei. Ao meu namorado Gabriel pelo aconchego, paciência e companheirismo durante esses anos, sempre caminhando ao meu lado. Aos meus avós, meus exemplos de caminhada, de vida e de luta pela acessibilidade. Ao tio Roberto e Thamires que me mostraram o quão diversos somos, e ao mesmo tempo únicos e especiais. À tia Si, meu espelho desde pequena, pela oportunidade de experiência, pelas instruções e inspirações. Aos meus amigos Mariana, Jaini, Aguinaldo,Téo e Amanda, pelas risadas, pela amizade que construímos, e pela parceria que consolidamos. Sou grata a toda minha família, pela presença e apoio.


Referências Bibliográficas Detalhamentos

Sistemas Projetuais

Perspectivas

87

81

75

Projeto

69 63

Referências Projetuais

Bairro Novo Horizonte

53

93


19

Resumo

21

Introdução

23

Tema de projeto

27 29 45 49

SUMÁRIO

Área de Estudo Levantamento

Área de Estudo Diagnóstico

Diretrizes Urbanas

Objetivos


01

Principais eixos viários e o percurso do transporte público no recorte em estudo.

Página 30

06

Tipologias e gabaritos das habitações.

Página 35

11 Página 55

07

Rendimento médio do responsável pelo domicílio.

Página 37

Mapeamento de Centros de Referência da Pessoa Deficiente.

Página 43

16

02

Avenidas Ruy Rodrigues e John Boyd Dunlop responsáveis pelo escoamento da periferia à região central. Em destaque Página 31 o Largo do Carmo, marco zero de Campinas-SP

12

Imagem gráfica referente ao Diagnóstico da área.

Página 46

Tipologia de quadras.

17 Página 56

Detalhamento das quadras do Bairro Novo Horizonte.


LISTA DE FIGURAS

03

Localização do recorte em relação à Bacia Hidrográfica Capivari.

Página 32

08 Página 47

18 Página 59

09

Mapeamento de Centros de Saúde (Unidades Básicas de Saúde).

Página 33

Mapa de equipamentos

Página 38

13

04

Linha Férrea “Variante Boa Vista-Guaianã” e Rio Capivari segmentando os bairros.

Página 34

Página 40

Passagens realizadas com objetivo de facilitar o percurso de pedestres entre bairros.

Detalhamento do gabarito máximo dos zoneamentos.

14 Página 59

10

Mapeamento de Unidades Integrantes.

Página 41

Direcionamento de diretrizes projetuais.

15

Bairro Novo Horizonte

Página 54

Página 50

19

05

Croqui de detalhamento da Linha Férrea e a ausência de conexões resultante pela mesma.

Croqui de detalhamento do Eixo Linear do Rio Capivari, destacando os decks caminháveis.

20 Página 61

Detalhamento da principal avenida do Bairro Novo Horizonte.


21

Perspectiva da ciclovia central.

Página 60

26

Croqui de desenvolvimento do conceito do projeto, destacando a UNIVERSALIDADE projetual Página 71 do programa inclusivo e a musicalidade.

22

Croqui com o estudo da ventilação natural do Hospital Sarah Kubitschek.

27

Organograma dos pilares fundamentais de programa do projeto.

Página 64

Página 71


23

Interior do Hospital Sarah Kubitschek.

Página 65

28 Página 72

24

Área interna da Nanyang Primary School.

Página 67

Tabela de áreas e setorização.

29 Página 72

25

Destaque da localização do projeto à ser implantado no Bairro Novo Horizonte.

Página 69

Perspectiva de Setorização.

30 Página 73

Fluxograma.



RESUMO Este Trabalho de Conclusão de Curso visa a criação de um Centro de Especialização ao Desenvolvimento Intelectual e Cognitivo a ser implantado entre os Distritos Campo Grande e Ouro Verde. O local escolhido para inserção deste complexo está localizado na região Sudoeste de Campinas-SP, local carente de infraestrutura, mobilidade e equipamentos inclusivos. Margeado por rodovia e avenidas de grandes fluxos, o recorte territorial sofre com a ausência de conexão entre os bairros, resultado de um planejamento urbano inadequado. A partir das desconexões da área, a proposta projetual se fundamenta na junção arquitetônica e urbanística, possibilitando assim que um grande vazio urbano se tranforme em quadras permeáveis e que os moradores tenham mobilidade entre bairros. O Centro de Especialização ao Desenvolvimento Intelectual e Cognitivo se insere neste novo complexo urbanístico: Bairro Novo Horizonte. Planejado com a intenção de proporcionar novas áreas de lazer e conexão com o Rio Capivari, e integrar os demais bairros dos distritos Campo Grande e Ouro Verde. O projeto arquitetônico dispõe de infraestrutura educacional e apoio profissional à pessoas com deficiência ou atraso mental, paralisia cerebral e síndrome de Down, a fim de garantir o bemestar e a incorporação desses integrantes na sociedade. Com desenho universal, o projeto dialoga de maneira única com toda população, trabalhando na intenção de sensibilizar e promover reconhecimento e acolhimento às expressões da diversidade humana. O Centro perspectiva o envolvimento entre os alunos inscritos e a sociedade na interação com a natureza, a partir de soluções inclusivas, acessíveis e dinâmicas. Palavras-chave: inclusão, mobilidade, deficiência.



INTRODUÇÃO A arquitetura inclusiva cria espaços que permitem o uso universal, para que todas as pessoas os usufruam sem distinção, além de garantir conforto e bem estar. Projetar para essa universalidade é proporcionar interação e aconchego para todos, independente de restrições motoras ou cognitivas. A inclusão possui um caráter fundamental na elaboração de desenhos arquitetônicos e urbanos, principalmente ao favorecer flexibilidade e acessibilidade igualitária. O projeto será realizado em uma área entre os Distritos Ouro Verde e Campo Grande, na região sudoeste da cidade de CampinasSP. O contexto urbano do entorno é carente de infraestrutura, acessos e conexões entre os bairros. Mesmo em meio à potencialidades urbanas como Rodovia dos Bandeirantes, Rodovia Santos Dumont e o Aeroporto Viracopos, o recorte é desprovido de áreas de lazer e saúde pública. Este trabalho visa a elaboração de um programa assistencial e inclusivo com a criação de um Centro de Especialização ao Desenvolvimento Intelectual e Cognitivo, capaz de suprir a demanda da região para as áreas de educação e saúde inclusiva. Este projeto também proporcionará espaços de lazer não apenas para os alunos inscritos no programa mas também para toda população. Nesta proposta serão ofertadas atividades nas áreas de educação pedagógica e saúde, promovendo atividades assistenciais para o desenvolvimento mental, intelectual e corporal, tendo em vista o respeito às diferenças. O Complexo contará com áreas acessíveis ao ar livre, para que todos alunos com mobilidade reduzida possam usufruir de momentos de descontração, favorecendo interação, troca de experiências e bem estar a partir do desenho universal.

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TEMA DE PROJETO Este trabalho tem como tema a aplicação do desenho universal no projeto de arquitetura, a fim de originar um edifício sem barreiras e que não diferencie usuários. O Centro de Especialização ao Desenvolvimento Intelectual e Cognitivo se constitui em um núcleo que garante infraestrutura capaz de proporcionar estímulos para o desenvolvimento aos alunos com deficiência mental. As pessoas portadoras de deficiência intelectual ou cognitiva apresentam dificuldade para interpretar e absorver conteúdos abstratos, obedecer regras, gerar relações sociais e realizar atividades cotidianas, inclusive ações de auto-cuidado. Este quadro exige que profissionais especializados realizem estratégias diferenciadas para estimulá-las e incentivá-las ao desenvolvimento. No Brasil, estima-se que 1,40% dos habitantes possuam deficiências mentais ou intelectuais, ou seja, cerca de 2.670.581 pessoas necessitam de infraestrutura especializada para garantir suporte assistencial e obtenção de desenvolvimento.1 A partir de espaços de lazer e convívio social estes alunos vivenciarão atividades de incentivo e contato coletivo para melhor desenvolvimento e progresso, além de experiências sensoriais que proporcionarão melhoria dos sentidos, sensações e emoções. O entorno do local escolhido para inserção do Centro de Especialização ao Desenvolvimento Intelectual e Cognitivo é carente de infraestrutura, mobilidade e equipamentos inclusivos. Na cidade de Campinas existem alguns centros com suporte à deficiência2, porém nenhum se localiza no Distritos Campo Grande ou Ouro Verde. 1 Brasil, IBGE. Pessoas com Deficiência, Censo 2010. 2 Campinas abrange 20 unidades de apoio ao deficiente em seu território municipal, descritas e localizadas posteriormente neste mesmo trabalho.

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A arquitetura é a peça fundamental para acessibilidade e desenho universal convidativos para que não haja segregação de pessoas com deficiência, mas sim todo apoio às suas necessidades peculiares. A meta é que qualquer ambiente ou produto seja alcançado, manipulado e usado, independentemente do tamanho do corpo do indivíduo, de sua postura ou mobilidade (Cambiaghi, 2014). 31

Qualquer indivíduo que esteja envolvido com arquitetura inclusiva acessível se insubmissa de suas limitações, possibilitando-o dialogar com os espaços e expressar sua diversidade.

26

3

Entrevista realizada com Silvana Cambiaghi, por meio da Revista Techne, em Julho de 2014.




OBJETIVOS Elaborar um projeto acessível para que não haja segregação dos portadores de deficiência, possuindo todo apoio às suas necessidades e habilidades peculiares. Incentivar pessoas com deficiência a participarem de atividades e vivências, a fim de reconhecer suas competências, auxiliar no desenvolvimento e incorporá-los à sociedade, da mesma maneira que qualquer cidadão. Colaborar para remodelação de paradigmas e concepções referente aos direitos das pessoas portadoras de necessidades especiais Propor oportunidades de educação e apoio médico para pessoas com deficiência intelectual e cognitiva a partir da arquitetura confortável, acessível e inclusiva, possibilitando melhor desenvolvimento e progresso dos alunos. Oferecer atividades nas áreas de educação pedagógica, enfermagem, fonoaudiologia, fisiatria, ortopedia, pediatria, nutrição, odontologia, psicologia, serviço social e terapia ocupacional. Propor integração dos usuários à natureza, já que o mesmo se localiza próximo ao Rio Capivari. A partir do convívio externo, o projeto se integrará ao parque linear e trará benefícios ambientais e valorização da área, bem como melhorias na qualidade de vida dos alunos inscritos e de toda sociedade. Reconhecer a importância que edíficios públicos educacionais e assistenciais voltados ao desenvolvimento físico e intelectual possuem, projetando para esse fim. Suprir a demanda populacional para que os moradores possam usufruir dos equipamentos assistenciais com mais praticidade, diante da ausência de edifícios assistenciais e inclusivos na região.

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ÁREA DE ESTUDO LEVANTAMENTO A área estudada localiza-se nos Distritos Ouro Verde e Campo Grande, na Região Sudoeste do Município de Campinas, à aproximadamente 95 km da capital paulista. A ocupação se iniciou em meados de 1950, se tornando Distritos Municipais apenas em 2015. Ouro Verde é composto por 140 bairros e aproximadamente 240 mil habitantes, classificando-se como o Distrito mais populoso da cidade de Campinas. Já Campo Grande possui cerca de 190 mil habitantes, distribuídos em 90 bairros.41

BRASIL

SÃO PAULO

CAMPINAS

Área territorial: 8.515.759,090 km² População: 208.494.900 pessoas

Área territorial: 248.219,627 km² População: 45.538.936 pessoas

Área territorial: 794,571 km² População: 1.194.094 pessoas

31

Fonte: IBGE 2018. Elaborado pela autora.

4

Fonte: Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados - SEADE

.


RECORTE Para melhor aprofundamento no levantamento de dados, foi definido um recorte margeado pelas Avenidas John Boyd Dunlop, Ruy Rodrigues e Nelson Ferreira de Souza e pela Rodovia dos Bandeirantes (imagem 01). As avenidas são vias de grande fluxo e responsáveis para a conexão da periferia ao centro (imagem 02). Os bairros deste recorte em estudo não tiveram um planejamento urbano funcional, sendo agrupados em concentrações privadas, ou seja, com acessos e saídas únicos. As ruas não possuem continuidade, com isso a transição entre os bairros vizinhos é impossível de ser realizada, induzindo as pessoas à irem até as vias de acesso principais, e então se dirigirem ao outro bairro. Já que se locomover entre os bairros é custoso, algumas passarelas foram construídas pela própria população como forma de criar atalhos e passagens para que a mobilidade de pedestres intra-bairros fosse possível de ser realizada. Ainda sobre a mobilidade, o transporte público nos Distritos Ouro Verde e Campo Grande possui um percurso limitado dentro das ruas de alguns bairros, se aglomerando nas extremidades próximas das grandes avenidas.

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Du

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Rodovia dos Bandeirantes

Joh

AV. Nelson Ferreira de Souza

Av.

Falta de conexão entre bairros Principais avenidas de acesso Percuso de transporte público

Imagem 01: Principais eixos viários e o percurso do transporte público no recorte em estudo.

32 drigues

Av. Ruy Ro

Fonte: Base Google Maps. Edição de Débora Ferreira. Setembro/2018.


Centro

yd Dunlop

Av. John Bo

Imagem 02: Avenidas Ruy Rodrigues e John Boyd Dunlop responsáveis pelo escoamento da periferia à região central. Em destaque o Largo do Carmo, marco zero de Campinas-SP. Fonte: Base Google Maps. Edição de Débora Ferreira. Junho/2018.

drigues

Av. Ruy Ro

QUESTÕES AMBIENTAIS A área estudada também é cortada pelo Rio Capivari, que tem sua nascente em Jundiaí com águas limpas, mas é contaminado em seu percurso através de oito municípios, com esgotos domésticos e industriais até desaguar nas águas do Rio Tietê. O Rio Capivari foi primordial para a formação da Paisagem Cultural da área, conhecida como Cerâmica. Esta região foi marcada pela exploração precária da argila para elaboração de telhas e tijolos52. Esta mineração induziu um novo curso paralelo ao rio, além de formar lagos no decorrer do leito. O Rio Capivari é o principal curso d’água da grande Bacia Capivari, que envolve os Estados São Paulo e Minas Gerais. Em termos econômicos, a região englobada por essa bacia é considerada uma das mais importantes do Brasil, concentrando cerca de 7% do PIB nacional (PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO). Dentro do município de Campinas, mais precisamente no recorte em estudo (imagem 03), o Rio Capivari é o grande 5 Exploração da argila desta área foi marcada na década de 1950, responsável por empregos e pelo atrativo para novos moradores. Com declínio da atividade e aumento de concorrência, as empresas foram abandonadas. Com passar dos anos, novos bairros se desenvolveram nas cavas da argila (BARBOSA, D.M.).

33


Bacia Hidrográfica Capivari Recorte de Estudo Cursos d’água

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protagonista que faz a divisa dos distritos envolvidos, intensificando a falta de conexão entre os mesmos, mas, ao mesmo tempo, gerando um dos maiores potenciais da área. Por ali também passa o córrego do Piçarrão, e sua Estação de Tratamento de água fica localizada dentro do Distrito Campo Grande. Outra questão ambiental do recorte é a área de um antigo lixão que funcionou entre os anos 1972 e 1984 contaminando o solo e o lençol freático. Após descarte inadequado de metais pesados, produtos químicos e lixo hospitalar, o material ali depositado precisou ser retirado e ter correto direcionamento. Sobre as contaminações, segundo Alexandre Gonçalves, engenheiro sanitário do Departamento de Limpeza Urbana, em entrevista em 200963, diz que foi necessária realização de uma barreira de contenção para evitar que a contaminação do solo se espalhasse. Além dessa medida, algumas moradias foram desapropriadas por estarem em área de risco de explosão, devido emissão de gases do lixão. Os materiais geraram líquidos poluentes que continuarão no solo por cerca de 50 anos, ou seja, o espaço do antigo lixão ainda continua inapropriado para receber novo uso. Após essa fase de reestruturação ambiental, uma nova análise será feita para avaliar se o lençol freático foi limpo, para então liberar a área para novas construções. 6

Publicação emitida pela Câmara Municipal de Campinas, em Junho de 2009.

Imagem 03: Localização do recorte em relação à Bacia Hidrográfica Capivari. Fonte: Elaborado pela autora. Setembro/2018.


LINHA FÉRREA E LIMITES

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A linha férrea “Variante Boa Vista-Guaianã” segmenta os bairros dos Distritos Campo Grande e Ouro Verde, de modo longitudinal (imagem 04). A linha do trem está em funcionamento até os dias atuais com transporte de cargas, sendo classificada como um dos maiores movimentos ferroviários do Estado de São Paulo (FEPASA, 2016). Para facilitar a fluidez e velocidade dos vagões e evitar consumo excessivo de combustível, os trilhos foram instalados em linha contínua praticamente plana, sem grandes curvas ou aclives. Com isso, a topografia natural sofreu consequências com os cortes na terra (taludes) para a adaptação da linha do trem, gerando descontinuidade física e interrupção de caminhos (imagem 5). Essa falta de mobilidade é percebida por moradores e visitantes que necessitam de conexões, seja para o trabalho, lazer, educação ou saúde.

Rio Capivari

Imagem 04: Linha Férrea “Variante Boa Vista-Guaianã” e Rio Capivari segmentando os bairros. Fonte: Base Google Maps. Edição de Débora Ferreira. Setembro/2018.

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A

9 metros

A

Escala 1:1000

Detalhe Escala 1:500

Perfil natural do terreno ATERRO

Corte AA Escala 1:1000

36

Imagem 05: Croqui de detalhamento da Linha Férrea e a ausência de conexões resultante pela mesma. Fonte: Elaborado pela autora. Setembro/2018.


USO E OCUPAÇÃO Os bairros em estudo, integrantes dos Distritos Ouro Verde e Campo Grande, são constituídos principalmente por residências, pequenos comércios e serviços (muitos deles informais), além da indústria Pirelli, fabricante de pneus. As construções prevalecem nas características de gabarito de 1 e 2 pavimentos, sendo a tipologia simples proveniente de famílias com baixa renda. Há várias habitações irregulares, inclusive algumas sem nenhum tipo de infraestrutura, sem sistema de esgoto encanado (imagem 06). O contexto no desenvolvimento dos Distritos diante às interrupções físicas do entorno, segregação espacial, falta de infraestrutura e de mobilidade, acarretou com a vinda de pessoas sem grande poder aquisitivo (imagem 07). Isso ocorre pelo fato de que os menos favorecidos financeiramente não possuem um leque tão abrangente de opções que os oportunizam com potenciais da área, sendo induzidos às moradias das periferias e regiões suburbanas, em que a terra é mais barata, como o caso de Ouro Verde e Campo Grande.

Imagem 06: Tipologias e gabaritos das habitações. Fonte: Acervo fotográfico Débora Ferreira. Fevereiro/2018.

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1930

1950

1960

1970

1980

2018

CRISE DO CAFÉ A cidade de Campinas é formada por grandes fazendas produtoras de café e cana de açúcar. Com mudanças na política econômica e crise de 1929, essas fazendas passam a produzir menos devido ao esgotamento do solo. Terras são vendidas e proprietários se mudam para o centro da cidade, dando início ao período de industrialização e expansão do núcleo urbano. POLO INDUSTRIAL E URBANO Se inicia uma busca por novos meios de produção: extração de areia e minérios das margens do Rio Capivari. Campinas apresenta grande crescimento populacional e inicia sua expansão urbana. Nesta década, o poder público concede incentivos para instalação de indústrias nos extremos da cidade, direcionando novos empregos e ocupações nas periferias da cidade, além de induzir parcelamento do solo e novos loteamentos populares. A Rodovia Anhanguera é a grande protagonista para locomoções, promovendo crescimento. POLÍTICAS URBANAS Com assentamentos e ocupações irregulares em áreas ambientalmente protegidas, o Poder Público resolve interferir com o aumento da vazão do Rio Capivari, porém este resulta no crescimento de exploração mineral, derrubada da mata nativa de proteção ao leito do rio, e consequentemente no impacto ecológico e o ecossistema da região. Nesta mesma década ocorre inauguração da Rodovia dos Bandeirantes, permitindo novos acessos e vinda de mais pessoas para área. PODER PÚBLICO Para suprir demanda populacional e crescimento apressado na periferia, o Poder Público libera investimentos de infraestrutura pública e urbana para região, além da construção de novos prédios populares de habitação multifamiliar. Durante esse mesmo período ocorre instalação de linhas férreas, inclusive a Variante da Boa VistaGuaianã. CONSEQUÊNCIAS Esta década é marcada pela degradação ambiental causada pela exploração mineral significativa, pelas ocupações irregulares nas margens do rio, além da contaminação do solo e do lençol freático por metais pesados e produtos químicos descartados ilegalmente às margens do Rio Capivari. Neste mesmo período, o parcelamento do solo da reigão é reduzido devido consolidação urbana do entorno, influenciada pelo setor industrial. DESENVOLVIMENTO Com crescimento municipal acompanhado de infraestrutura urbana, Campinas é reconhecida como um dos municípios mais ricos do país, polo de pesquisas e responsável por grande produção científica nacional. Por outro lado, as periferias não acompanharam tal desenvolvimento devido ausência de investimentos públicos aos acessos de educação, saúde, transporte, lazer e qualidade de vida.


Distrito Campo Grande

20 salários ou mais De 10 à 20 salários De 5 à 10 salários De 3 à 5 salários Até 3 salários

Imagem 07: Rendimento Médio do Responsável pelo Domicílio. Fonte: Prefeitura Municipal, 2007. Edição de Débora Ferreira. Novembro/2018

Distrito Ouro Verde

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EQUIPAMENTOS Campo Grande e Ouro verde possuem diversos Equipamentos de Infraestrutura Urbana, incluindo polos de lazer, distritos industriais, hospital, aeroporto, entre outros. No mapa a seguir é possível localizálos, e relacioná-los com as principais vias que conectam a periferia ao centro (imagem 08). Apesar da instalação de diversos equipamentos, eles não suprem a demanda de 430 mil habitantes da região. A concentração de equipamentos está propositalmente localizada nas saídas de maior movimento de pessoas. Este fato ocorre pela falta de mobilidade entre bairros, além de se beneficiarem pela grande circulação de pessoas nas vias principais. 1 - Lagoa Capivari e Parque Linear José . Mingoni 2 - Parque Ecológico Dom Bosco 3 - Parque Ecológico Luciano do Valle 4 - Aterro Delta A 5 - Aeroporto Internacional Viracopos 6 - Distrito Industrial 7 - PUC Campinas e Hospital PUC 8 - Faculdade Anhanguera 9 - Empresa Asa Aluminos S.A. 10 - Miracema Nuodex Indústria . . . Química 11 - Centro de Integração da Cidadania . Vida Nova 12 - Hospital Municipal Ouro Verde 13 - Shopping Spazio Ouro Verde 14 - Shopping Parque das Bandeiras 15 - Shopping Unimart e Atacadão . Dunlop 16 - Campinas Shopping 17 - Centro de Progressão Penitenciária 18 - ETE Capivari 1 19 - ETE Viracopos 20 - ETE Piçarrão 21 - Cerâmica . . . Mingones 22 - Cerâmica Gian Francisco 23 - Mineradora Imerys Itatex 24 - Atacadão Jardim Yeda 25 - Hipermercado Extra Amoreiras 26 - Cemitério Parque das Flores 27 - Fábrica da Pirelli

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Imagem 08: Mapa de equipamentos. Fonte: Produção em grupo através de Projeto Integrado. Março/2018.


EQUIPAMENTOS DA ÁREA DA SAÚDE Assim como a análise de equipamentos apresentada anteriormente, as Unidades Básicas de Saúde também se localizam nas proximidades dos principais eixos viários (imagem 09). Estes Centros de Saúde são responsáveis pelo início de tratamento, através do Sistema Único de Saúde, com a função de identificação de doenças e direcionamento adequado. Além disso, elas possuem a responsabilidade de supervisionamento nas áreas de gerência médica, enfermagem, saúde mental, farmácia, odontologia, vigilância sanitária e epidemiológica74. Mesmo com existência de vários Centros de Saúde, o fato de não haver mobilidade urbana e integração entre os bairros, o acesso aos equipamentos é dificultado. Além das UBSs, a área estudada engloba o Hospital Ouro Verde, que atrai pessoas de toda a região metropolitana para consultas nas especialidades de ortopedia, pneumologia, dermatologia, proctologia, urologia, cirurgia pediátrica, cirurgia geral, pneumologia, entre outros. Também oferece exames de colonoscopia, audiometria, ultrassonografia, teste ergométrico, mamografia, etc. Há 17 unidades de apoio social, incluindo odontológico, laboratorial, vigilância e atendimentos psico-sociais especializados em doenças crônico-degenerativas, transtornos mentais e reabilitação social (imagem 10). Contudo, as unidades localizadas próximas ao recorte em estudo não são suficientes para suprirem as necessidades de todos os moradores, principalmente os que necessitam de especialização médica, como é o caso de deficientes.

7 Secretaria Municipal de Saúde - cabe aos Distritos de Saúde executar atividades administrativas relativas a controles, acompanhamentos de serviços, apoio operacional, transporte e manutenção de equipamentos e unidades físicas

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42

1- Centro de Saúde “Dr. Manoel Affonso Ferreira“ 2- Centro de Saúde Aeroporto 3- Centro de Saúde “Tancredo Neves” 4- Centro de Saúde “Dr. Armando Rocha Brito Júnior“ 5- Centro de Saúde “Renato Paulo Henry“ 6- Centro de Saúde “Dr. Cláudio Luiz da Silva Braga” 7- Centro de Saúde “União dos Bairros” 8- Centro de Saúde “Dr. José Roberto Miccoli“ 9- Centro de Saúde DIC I 10- Centro de Saúde “Dr. Pedro Agápio de Aquino Netto 11- Centro de Saúde Jardim Ipaussurama 12- Centro de Saúde “Jencabema Fenz” (Elizabeth)

13- Centro de Saúde “Dr. João Gumercindo Guimarães“ 14- Centro de Saúde Lisa 15- Centro de Saúde “Dr. Francisco José Monteiro Salles” 16- Centro de Saúde Satélite Íris 17- Centro de Saúde “Laura Simões Carvalheira Amicucci” 18- Centro de Saúde Rossin 19- Centro de Saúde Santa Rosa

Imagem 09: Mapeamento de Centros de Saúde (Unidades Básicas de Saúde). Fonte: Base Google Maps. Edição de Débora Ferreira. Abril/2018.


1- SAD - Serviço de Assistência Domiciliar – Sudoeste 2-Centro de Atenção Psicossocial Sudoeste - “Novo Tempo“ 3 - Centro de Atenção Psicossocial Sudoeste - “David Capistrano da Costa Filho“ 4- Centro de Atenção Psicossocial II i Sudoeste Espaço Criativo 5- Centro de Atenção Psicossocial Sudoeste 6- Centro de Convivência e Cooperação Tear das Artes 7- Complexo Hospitalar Prefeito Edivaldo Orsi – Ouro Verde / Laboratório Municipal de Patologia Clínica de Campinas / 8- Centro de Especialidades Odontológicas “Dr. Jorge F. Baracat“ / Centro de Testagem

e Aconselhamento e Ambulatório de Hepatites Virais Ouro Verde 9- Unidade Pronto Atendimento “Dr. Sérgio Arouca” 10- Centro de Especialidades Odontológicas - CEO Noroeste 11 – Casa das Oficinas 12- Centro de Convivência Cooperativa Toninha 13- Centro de Atenção Psicossocial Travessia 14- Centro de Atenção Psicossocial Noroeste / Sudoeste - “Antonio Orlando 15- Centro de Atenção Psicossocial Noroeste – Integração 16- SAD - Serviço de Assistência Domiciliar – Noroeste 17- Vigilância em Saúde Distrital Noroeste

Imagem 10: Mapeamento de Unidades Integrantes. Fonte: Base Google Maps. Edição de Débora Ferreira. Abril/2018.

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EQUIPAMENTOS DE APOIO AOS DEFICIENTES O município de Campinas possui a Secretaria Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, que tem objetivo de disponibilizar serviço e apoio às pessoas com deficiência. Ao todo, existem 19 entidades assistencais vinculadas à prefeitura municipal. Estas envolvem profissionais especializados em deficiência auditiva, visual, cognitiva e intelecutal, mobilidade reduzida e autismo, para então oferecer suporte aos munícipes. Mesmo em quantidade significativa, estas associações se concentram na região central, ou seja, não há nenhum suporte e infraestrutura aos deficientes nas periferias, inclusive nos Distritos Campo Grande e Ouro Verde (imagem 11). Com isso, é possível analisar que os moradores dos distritos envolvidos possuem dificuldade para acessar as unidades de saúde, já que não se localizam nas periferias e regiões de expansão urbana. Na imagem estão localizadas 16 entidades e a Secretaria Municipal, situadas dentro de um raio de 15km do recorte em estudo. Além dessas unidades de apoio identificadas no mapa, existem mais três instituições: Fundação Síndrome de Down (distância de 30,9km do recorte), Instituto de Pedagogia Terapêutica Prof. Norberto de Souza Pinto (distância de 17,2km) e SOBRAPAR - Sociedade Brasileira de Pesquisa e Assistência para Reabilitação Craniofacil (distância de 35,8km).

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1- Secretaria Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Cidadania 2- Associação Campineira de Recuperação da Criança Paralítica 3- Associação de Equoterapia de Campinas 4- Associação de Pais e Amigos de Surdos de Campinas - APASCAMP 5- Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Campinas - APAE 6- Associação para o Desenvolvimento dos Autistas em Campinas - ADACAMP 7- Associação Pestalozzi de Campinas 8- Centro Cultural Louis Braille 9- Centro de Apoio e Integração do Surdocego e Multiplo Deficiente - CAIS 10- Centro de Educação Especial Síndrome de Down

11- Centro Educacional Integrado “Padre Santi Capriotti” - CEI 12- Instituto Campineiro dos Cegos Trabalhadores 13- Instituto de Educação Especial Recriar 14- Instituto Educacional Evangélico para Deficientes Auditivos 15- Instituto Educacional Professora Maria do Carmo Arruda Toledo - CADAF 16- Pró-Visão Sociedade Campineira de Atendimento ao Deficiente Visual 17- SORRI Campinas

Imagem 11: Mapeamento de Centros de Referência da Pessoa Deficiente. Fonte: Base Google Maps. Edição de Débora Ferreira. Setembro/2018.

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ÁREA DE ESTUDO DIAGNÓSTICO Os Distritos Campo Grande e Ouro Verde são desprovidos de infraestrutura, especialmente os referentes a acessibilidade e inclusão social. Os moradores da macrozona 5, área cuja maior densidade demográfica do município de Campinas, são prejudicados com a falta de integração e mobilidade entre os bairros. Muitos dos edifícios públicos essenciais aos munícipes estão localizados no centro da cidade, induzindo as pessoas a percorrerem por grandes distâncias de forma radial. Após o levantamento realizado na área dos Distritos Campo Grande e Ouro Verde foi possível diagnosticar áreas de ocupações irregulares, inclusive em lugares que já foram alvos de desapropriação municipal. O local é um grande atrativo devido à ausência de uso em regiões de alagamento, torres de alta tensão e espaços próximos ao Rio Capivari (imagem 12). A dificuldade de mobilidade entre os bairros é facilmente identificada devido ruas que os cercam não possuírem conexão aos outros bairros. Algumas passagens e passarelas foram constituídas pelos moradores com a finalidade de auxiliar nos trechos (imagem 13). Outro fator relacionado a mobilidade está presente no sistema viário, cuja linha de transporte público se concentra apenas em algumas ruas próximas às Avenidas John Boyd Dunlop e Ruy Rodrigues, ou seja, nas demais ruas do bairro não há transporte público.

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LEGENDA: Falta de conexão física Vazios urbanos Ocupação irregular Limite do perímetro Equipamentos locais

1- Fábrica Pirelli 2- Cemitério Pq. das Flores 3- Hospital Ouro Verde 4- Terminal Ouro Verde 5- Shopping Ouro Verde 6- Naves- Mãe

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Imagem 12: Imagem gráfica referente ao Diagnóstico da área. Fonte: Produção em grupo através de Projeto Integrado. Junho/2018.


Imagem 13: Passagens realizadas com objetivo de facilitar o percurso de pedestres entre bairros. Fonte: Acervo fotogrĂĄfico DĂŠbora Ferreira. Fevereiro/2018.



DIRETRIZES URBANAS Com base no levantamento e diagnóstico realizados em uma área pertencente aos Distritos Campo Grande e Ouro Verde, no Município de Campinas, foi realizado um projeto de diretrizes urbanas (imagem 14). O objetivo é suprir a demanda da população e realizar maior mobilidade entre os bairros, além de integrar e valorizar o Rio Capivari. Na área há um aterro desativado, conhecido como Antigo Lixão da Pirelli. Este foi utilizado entre os anos de 1972 e 1984 de maneira ilegal, com consequências ambientais previstas até metade do século XXI. As diretrizes urbanas para esta área são: realização de barreira hídrica para que evite maior contaminação do solo e consequentemente da água, e reestruturação ambiental. A diretriz para os vazios urbanos do recorte estudado é a criação de nova malha, permitindo mobilidade entre os bairros vizinhos, além de servir como suporte às pessoas que tiveram suas moradias desocupadas devido localização em área de risco. Um dos vazios urbanos foi detalhado conforme as necessidades apontadas acima, servindo como direcionamento para os demais vazios. Neste novo tecido, chamado de Bairro Novo Horizonte, foi possível estabelecer áreas destinadas às habitações de interesse social, para famílias com moradias ilegais e desapropriadas, como também áreas destinadas ao lazer, comércio e demais usos institucionais. Com a remoção das moradias ilegais e o direcionamento das famílias para as habitações de interesse social, foi dado um novo uso às aréas de risco, garantindo segurança e evitando que haja novas ocupações. Foram previstas novas pontes para conexões entre bairros e uma área de amortecimento, proporcionando preservação e cuidado ambiental nas margens do Rio Capivari.

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Ocupações irregulares Antigo lixão da Pirelli Novos eixos viários Bairro Novo Horizonte Criação de bairro Bosque para amortecimento Pontes e conexões

Esc. 1:15000

Imagem 14: Direcionamento de diretrizes projetuais. Fonte: Produção em grupo através de Projeto Integrado. Junho/2018.




BAIRRO NOVO HORIZONTE A criação do Bairro Novo Horizonte teve o principal objetivo de propor um bairro dinâmico e com mobilidade para a área, favorecendo antigos e novos moradores a partir do zoneamento funcional planejado. Nesta nova malha urbana, áreas destinadas aos usos comerciais, residenciais, institucionais e de lazer foram criteriosamente determinadas, proporcionando quadras ativas que incentivam passagem e permanência dos moradores, principalmente de pedestres e ciclistas. Com localização de projetos âncora distribuídos organizadamente, foi possível manter movimento em toda malha, de maneira que as pessoas não se concentrem apenas nas proximidades das Avenidas John Boyd Dunlop e Rui Rodrigues, favorecendo a valorização integral do bairro e do Rio Capivari (imagem 15). Mesmo com seu uso predominantemente residencial, o bairro conta com grandes eixos de avenidas principais, que realizam direcionamento e escoamento de visitantes aos edifícios comerciais e institucionais, sem atrapalhar o fluxo interno dos moradores. As quadras possuem dimensões caminháveis e calçadas acessíveis com foco de incentivar os moradores à transitarem no bairro sem veículos. Além disso, outra tipologia de quadra adotada para priorizar os pedestres foi o recúo chanfrado em suas vértices, possibilitando aglomeração de pessoas nas esquinas sem que se sintam inseguros diante à movimentação de veículos(imagem 16). Quadras de lazer foram distribuídas neste novo tecido de modo que suprissem a demanda dos moradores em todas as direções do bairro, além de evitar possíveis ocupações ilegais em área de preservação ambiental. 55



Zona Residencial Zona Especial de Interesse Social Zona Específica de Comércio de Médio Porte Zona Específica de Comércio de Pequeno Porte Zona Específica Intitucional Zona de Lazer

Imagem 15: Bairro Novo Horizonte. Fonte: Produção em grupo através de Projeto Integrado. Junho/2018.

Imagem 16: Tipologia de quadras. Fonte: Gehl, Jan - 1936

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Imagem 17: Detalhamento das quadras do Bairro Novo Horizonte. Fonte: Produção em grupo através de Projeto Integrado. Junho/2018.

ZONEAMENTO DAS QUADRAS O Bairro Novo Horizonte possui um zoneamento urbano funcional, com destinação de usos específicos em suas quadras (Prancha 04). O objetivo deste planejamento é proporcionar aos moradores um uso misto no mesmo bairro, de modo que estes possam realizar atividades sem a necessidade de locomoção à região central da cidade. Todas as quadras desta malha urbana possuem calçadas acessíveis e caminháveis, com largura de 2 metros para os usos residenciais, comerciais e de serviço, e de 5 metros para os usos institucionais. As calçadas não são áreas úteis do terreno, ou seja, não é permitido invasão da calçada para edificação. ZONA RESIDENCIAL: A maior parte das quadras possui uso residencial, destinada exclusivamente à moradias unifamiliares. Cada família será responsável pelo seu lote, com dimensões de 10 metros na frente e nos fundos e de 23 metros da frente aos fundos. As residências podem ser construídas com gabarito de até dois pavimentos. ZONA ESPECIAL DE INTERESSE SOCIAL: As quadras são destinadas às habitações multifamiliares para famílias desapropriadas, cujo moradias foram classificadas como de risco (sem infraestrutura básica; em áreas de fios de alta tensão) ou ilegais (em área de preservação e/ou reestruturação ambiental). Nestas quadras as edificações multifamiliares são livres, podendo ocupar todo espaço útil das quadras (exceto invasão de calçadas) e atingir até 4 pavimentos. ZONA ESPECÍFICA DE COMÉRCIO DE MÉDIO PORTE: As construções são de livre ocupação, podendo ser implantadas em toda área útil do terreno. Estas quadras destinam o uso de comércio de médio porte, ou seja, um incentivo para comércios com demanda local e regional (lojas atacadistas e/ou varejistas, hipermercados, entre outros grandes comércios de diversas áreas). Não será permitido gabarito superior à 5 pavimentos.

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ZONA ESPECÍFICA DE COMÉRCIO DE PEQUENO PORTE E SERVIÇOS: Os lotes destinados ao uso de pequenos comércios e serviços são voltados exclusivamente à construções que possibilitem atender o público local, oportunizando os moradores do Bairro Novo Horizonte e seu entorno imediato (açougue, mercearia, lanchonete, restaurante, posto de combustível, academia, chaveiro, farmácia, entre outros). Estas edificações devem possuir no máximo 3 pavimentos. ZONA ESPECÍFICA INSTITUCIONAL: Estas áreas com uso restrito institucional são as voltadas aos edifícios âncora, com objetivo de atender a demanda local, bem como atrair visitantes ao Bairro Novo Horizonte, valorizando-o. Os projetos possíveis de implantação são os que possuem aspectos educacionais, culturais, de saúde pública (Hospital, Unidade Básica de Saúde), bibliotecas, órgãos públicos, entre outros que atendam as necessidades locais e regionais. A ocupação do solo pode ser de 100% da área útil do terreno, e as edificações não podem ultrapassar gabarito de 4 pavimentos. ZONA DE LAZER: Estas quadras são destinadas ao uso exclusivo de lazer para o público infantil e/ou adulto, com espaços voltados ao esporte (pista de skate, campo de futebol, quadras poliesportivas), para pipas, brinquedoteca ao ar livre, quiosques, canteiros, hortas, entre outras atividades que enriqueçam e fortaleçam a identidade do bairro, além de incentivar possibilidades de lazer. Estas quadras não possuem marcação física de calçadas, com finalidade de trazer convite aos pedestres para caminharem pela quadra.

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Imagem 18: Detalhamento do gabarito máximo dos zoneamentos. Fonte: Produção em grupo através de Projeto Integrado. Junho/2018.

ESCALA 1/7500 IMAGEM 26 - Parque Linear Fonte: Desenvolvido pelo grupo

$UYRUp 3ULPHLUD Rosa

RIO CAPIVARI

SRUWH PpGLR i PHWURV

O projeto desenvolvido no Rio Capivari tem como principal objetivo a recuperação e preservação da área ambiental. O eixo do Rio Capivari conta com ciclovias, áreas de caminhada, decks para lazer e bosques de diversas árvores, proporcionando reconhecimento de sua importância para toda região da Bacia Capivari. Os decks caminháveis foram distribuídos de forma contínua ESCALA 1/3000 por todo eixo do rio, incentivando uso dos moradores neste parque IMAGEM 27 - Detalhamento 1 - Parque Linear Fonte: Desenvolvido pelo grupo linear, além de servir como percursos entre as margens do rio, proporcionando mobilidade sem impactar a natureza (imagem 19).

$UYRUp &DPEXFL SRUWH PpGLR i PHWURV

*Ciclovia sentido duplo largura 2,5m.

*Pista de passeio

Imagem 19: Croqui de detalhamento do eixo pavimenta com linear do Rio Capivari, destacando os decks concreto caminháveis. larguraem 2,5m. Fonte: Produção grupo através de Projeto Integrado. Junho/2018. IMAGEM 29*- Imagens Explicativas Fonte: Google

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IMAGEM 28 - Detalhamento 2 - Parque Linear Fonte: Desenvolvido pelo grupo

ESCALA 1/3000


EIXOS VIÁRIOS As principais vias do Bairro Novo Horizonte possuem uma faixa exclusiva para o transporte público com largura de 3,5 metros, além de duas faixas para veículos comuns, com largura de 3,20 metros cada, ou seja, possuem um leito carroçável de 9,90 metros para cada sentido de fluxo (imagem 20). Com esta largura é possível que ônibus públicos percorram pelo bairro todo, facilitando locomoção dos moradores à outros bairros, inclusive a chegada de visitantes. No centro dessas principais avenidas foi planjeado uma ciclovia com objetivo de valorizar e incentivar este uso sustentável de transporte (imagem 21), ligando a Avenida Rui Rodrigues ao Rio Capivari.

Imagem 20 Detalhamento da principal avenida do Bairro Novo Horizonte. Fonte: Produção em grupo através de Projeto Integrado. Junho/2018.

PROJETO INTEGRADO

OURO VERDE

10 11

DETALHAMENTO

novas vias

Imagem 21: Perspectiva da ciclovia central. Fonte: Produção em grupo através de Projeto Integrado. Junho/2018.

PARE

62 PARE

ÔNIBUS

ÔNIBUS


5.00 3.00 5.00

AGUINALDO SILVA

1.00

63

1.00 5.00

5.00 3.50

ANA TROUVA

3.50 3.20

3.20 3.20

3.20 1.00

1.00 VIA VIA

1.00 3.20 3.20

CAROLINE BORGES

2.50 53.10 1.00 3.20 3.50

3.20 5.00

DÉBORA FERREIRA

3.50 1.00 3.00

5.00

JAINI BRITO

1.00 3.00

FAIXA COMERCIAL

FAIXA LIVRE

FAIXA SERVIÇO

ÔNIBUS

FAIXA COMERCIAL

ESTACIONAMENTO

FAIXA LIVRE

FAIXA SERVIÇO

FAIXA ONIBUS

ESTACIONAMENTO

VIA

FAIXA ONIBUS

VIA FAIXA SERVIÇO

2.50 53.10 FAIXA SERVIÇO

CICLOVIA

CICLOVIA

FAIXA SERVIÇO

FAIXA SERVIÇO

VIA VIA

VIA

AVENIDAS PRINCIPAIS PROJETADAS

VIA

VENIDAS PRINCIPAIS ROJETADAS

FAIXA ONIBUS

PEDRA PORTUGUESA

FAIXA ONIBUS

ESTACIONAMENTO

3.00 FAIXA SERVIÇO

ESTACIONAMENTO

PEDRA PORTUGUESA

FAIXA LIVRE

FAIXA SERVIÇO

FAIXA COMERCIAL

FAIXA LIVRE

FAIXA COMERCIAL

PARE

PARE

ÔNIBUS

A

A A

GRAMA

GRAMA

5.00

MARIANA MOIRA

5.00



REFERÊNCIAS PROJETUAIS

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HOSPITAL SARAH KUBITSCHEK LAGO NORTE

FICHA TÉCNICA -Edifício: Centro de Reabilitação do Hospital Sarah Kubitschek Brasília Lago Norte -Localização: Brasília, Lago Norte -Tipo de uso: Institucional -Área do lote: 80.000 m² -Área construída: 24.000m² -Número de pavimentos: todos os edifícios são térreos. Existe um subsolo técnico que liga todos os edifícios. -Projeto arquitetônico: 1994 -Período das construções: 1999- 2003 -Arquiteto: João Filgueiras Lima (Lelé)

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Imagem 22: Croqui com o estudo da ventilação natural do Hospital Sarah Kubitschek. Fonte: A procura do design perfeito. Julho/2017.

Trata-se de uma rede hospitalar focada a reabilitação de vítimas de politraumatismos e problema locomotor. Possui espaços para prática de esportes e reabilitação física, áreas verdes e lago para desenvolvimento de terapias de reabilitação física e psicológica ao ar livre. Suporta atividades envolvendo a medicina, principalmente as de campo da neurologia. Com topografia acidentada, o projeto conta com rampas de acesso com localização estratégica para interligação das plataformas. Este projeto foi utilizado como inspiração arquitetônica devido suas soluções funcionais, pensando no conforto térmico e acústico, sustentabilidade e modulação. A forma da arquitetura que Lelé propôs a partir do programa hospitalar é capaz de solucionar iluminação e ventilação naturais a partir dos sheds. Além disso, o contato com a natureza a partir do lago foi um fato importante devido ao auxílio que o ambiente tem durante o processo de tratamento do paciente


Imagem 23: Interior do Hospital Sarah Kubitschek. Fonte: CAU - Conselho de Arquitetura e Urbanismo. Setembro/2014.


NANYANG PRIMARY SCHOOL

FICHA TÉCNICA -Local: NA, Singapura -Conclusão da obra: 2015 -Tipo de obra: Escola - Tipologia: Educação e Cultura -Materiais destaque: Alumínio,Concreto -Diferenciais técnicos: Design / cores -Arquitetura: Studio 505 -Arquitetura: LT & T Architects -Construção: Guan Ho -Construção: ECAS-EJ Consultants -Projeto de Paisagismo: CICADA

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Uma escola comum e antiga que passou por processo de adaptações, utilizando as cores como forma de proporcionar acolhedor, introduzindo os alunos “às cores do mundo”. Um prédio colorido foi adicionado como extensão ao complexo estudantil existente. O projeto foi de responsabilidade de Studio 505 e LT&T. O partido dos arquitetos foi de que o pátio da escola não poderia ficar limitado à arquitetura das salas de aula, mas ter um acesso conectivo com o entorno, adaptado à topografia. A escola não possui muros, integrando assim a construção à paisagem urbana, de forma convidativa. Uma área coberta para atividades ao ar livre para o jardim de infância foi criada através de um grande “recuo”. Os arquitetos sugeriram essa conexão com o externo de modo que os alunos pudessem ser participantes ativos do espaço público da escola. As cores trouxeram mais vida ao uso escolar, além de influenciar na criatividade e superação. O uso das cores é essencial durante o trabalho com crianças devido motivação e alegria. Este serviu como referência para o Centro de Apoio à Deficiência Intelectual e Cognitiva devido à intenção de uso das cores, com finalidade de proporcionar uma arquitetura mais aconchegante aos alunos inscritos para terapias e tratamentos.


Imagem 24: Ă rea interna da Nanyang Primary School. Fonte: John Gollings; Galeria de Arquitetura. 2015.



PROJETO

Imagem 25: Destaque da localização do projeto à ser implantado no Bairro Novo Horizonte. Fonte: Produção em grupo através de Projeto Integrado. Junho/2018.

O Centro de Especialização ao Desenvolvimento Intelectual e Cognitivo visa propor um programa assistencial e inclusivo, capaz de suprir a demanda da região com as áreas de educação e saúde inclusiva. Neste projeto são considerados alunos com deficiência ou atraso mental, paralisia cerebral e síndrome de Down. A partir de espaços de lazer e convívio social, estes alunos vivenciarão experiências de incentivo e contato coletivo para melhor desenvolvimento e progresso. Serão ofertados atividades nas áreas de educação pedagógica, enfermagem, fisioterapia, fisiatria, ortopedia, fonoaudiologia, pediatria, nutrição, odontologia, psicologia, entre outras terapias ocupacionais que garantirão conforto e bem estar social. Com o planejamento do Bairro Novo Horizonte proposto pelo Projeto Integrado, os moradores dos Distritos Campo Grande e Ouro Verde poderão usufruir de novos equipamentos públicos, bem como comércios, serviços e edifícios institucionais com maior praticidade. O entorno do local escolhido para inserção do Centro de Especialização ao Desenvolvimento Intelectual e Cognitivo é carente de infraestrutura, mobilidade e equipamentos inclusivos. A partir do desenho universal, o projeto envolve os alunos inscritos e toda população na interação com a natureza, a partir de soluções inclusivas e acessíveis. Aos fundos do Complexo, há uma área verde para amortecimento do Rio Capivari e preservação da natureza, com áreas de lazer e conexões para o parque linear.

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CONCEITO Conseguir usufruir todos os espaços de um edifício é algo enriquecedor, cativante e fascinante. Proporcionar uma arquitetura universal independente de quem utilize-a é oportunizar igualdade social sem obrigação de justificativas sobre habilidades ou fragilidades de cada um. Projetar uma arte convidativa é favorecer ao usuário sensações, sentimentos e inspirações, assim como ouvir uma boa música. A música é única, mas com emoções infinitas! Melhor do que simplesmente conversar, apreciar uma música é estar em constante movimento, com explosões contínuas de emoções. Emitir um som concede ao indivíduo a expressão de sentimentos: um manifesto de sentidos, para que o mesmo se torne especial, único. A música é a combinação de melodias, ritmos e harmonias que permitem explorar sentimentos e desenvolvimentos para todos os seres. Esta, vista como um meio universal para interação, foi utilizada como conceito projetual. As composições auxiliam em tratamentos psicológicos e emocionais, além de diminuir riscos de ataques epiléticos, alzheimer, depressão, dor, ansiedade, melhoram o humor, a concentração, coordenação motora, movimentos, pressão arterial e frequência cardíaca.

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PARTIDO O partido deste projeto é a acessibilidade através de desenho universal e inclusivo, que permita o uso para todas as pessoas independente de suas limitações. A partir dessa arquitetura acessível, o projeto visa a inclusão dos alunos com deficiência intelectual e cognitiva à sociedade, desde convívio social em momentos de lazer e atividades sociais, até no auxílio à tarefas profissionais. O complexo está localizado no Bairro Novo Horizonte, este planjeado para melhorar a mobilidade dos moradores, além de englobar quadras caminháveis com usos setorizados de maneira funcional (habitações, comércios, serviços, lazer). A quadra que o projeto se insere possui uma continuação de área verde vinda do rio Capivari, favorecendo no desenvolvimento de terapias devido vivência ao ar livre e contato com natureza.


Imagem 26: Croqui para desenvolvimento do conceito do projeto, destacando a UNIVERSALIDADE projetual do programa inclusivo e a musicalidade. Fonte: Elaborado pela autora. Maio/2018.

SAÚDE

ACESSIBILIDADE

ADMINISTRAÇÃO

Imagem 27: Organograma dos pilares fundamentais de Programa do Projeto. Fonte: Elaborado pela autora. Maio/2018.

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PROGRAMA DE NECESSIDADES

Imagem 28: Tabela de áreas e setorização. Fonte: Elaborado pela autora. Novembro/2018.

Imagem 29: Perspectiva de setorização. Fonte: Elaborado pela autora. Novembro/2018.

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FLUXOGRAMA

Acesso refeitório

Depósito de lixo

Cozinha Depósito de gás Depósitos de alimentos Desembarque de alimentos

Acesso alimentos

Acesso funcionários

Refeitório interno

Vestiários funcionários

Brinquedoteca

Sala de Música

Piscina

Vestiários

Sala de Espera e recepção Natação

Elevadores / Rampa

Sala de Descanso Funcionários

Pátio Superior

Refeitório externo

Limpeza

Sala de Fisioterapia, Fisiatria e Ortopedia Sala de Descanso Salas de Educação Pedagógica

Jardim interno e Espaço dos sentidos

Sala de Controle

Depósito

Sala de Odontologia

Arquibancada

Palco

Sala de Fonoaudiologia, Pediatria e Nutrição

Auditório

Camarim

Sala de Psicologia

Pátio central

Sala de enfermaria Recepção

Acesso principal

Administração Arquivo

Sala de Reunião e Serviço Social

Imagem 30: Fluxograma Fonte: Elaborado pela autora. Novembro/2018.

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C

D

Banco / arquibancada

B

B

Camarim

Prainha Infantil

Piscina

Palco Sala de controle

Capacidade 132 lugares

Sala de Espera Piscina Capacidade 80 lugares

Recebimento

LIXO

Limpeza

Despacho

Montagem

Lavagem

Brinquedoteca

alimentos secos

Cozinha

Resfriados

Congelados

Preparo

Limpeza Desembarque de alimentos

Limpeza

Jardim Masculino Sala de descanso

A

A Hall de Espera

Hall entrada

Feminino

Sala de Psicologia

Hall de entrada

Sala de Odontologia Sala de Fonoaudiologia Sala de Enfermaria Financeiro Assistente Social

Arquivo

C

D


C

D

Teto jardim

Sala de Fisioterapia, Fisiatria e Ortopedia

Sala de Descanso

Camarim

B

B

Palco

Jardim

Brinquedoteca

Pisos de texturas

Jardim

A

A

C

D


C

D

B

B

A

5.000 litros

5.000 litros

5.000 litros

5.000 litros

5.000 litros

5.000 litros

A

5.000 litros

C

D


C

D

B

B

A

A

C

D




Detalhe 1 Esc. 1:75

Detalhe 2 Esc. 1:75

Detalhe 1

Banheiros

Patio livre Pisos de texturas

Detalhe 2 Sala de descanso

Piscina

ao fundo

Pisos de texturas ao fundo

Detalhe 2




PERSPECTIVAS

77 Processo de desenvolimento projetual.


Rua O este


Rua Leste

Rua Sul


Rua te

Oes

Ru

aS ul Rua

Leste


Rua

Lest

e



SISTEMAS PROJETUAIS 1- TERRAPLENO Não será necessário grande movimento de terra e/ou alteração de curvas de nível do terreno para execução da obra. A quadra cujo projeto será inserido possui característica plana, ou seja, suas cotas de nível estão prontas para a execução do projeto que será implantado na cota +560,00. O terreno é margeado pela Rua Leste, Rua Sul, Rua Oeste e pelo Parque Linear ao norte, todos em cota +560,00. Este Parque Linear é uma área de amortecimento ambiental para proteção do Rio Capivari, implantada entre o rio e o terreno de projeto, com 78metros de extensão e 1 metro de declive, onde alcança a cota +559,00. Serão indispensáveis pequenas adequações na área externa da quadra do projeto, com propósito de permitir o mais perfeito escoamento das águas superficiais. Em toda área comum de passeio público, será instalado piso liso e antiderrapante com declividade transversal de até 1%, com intuito de permitir o fluxo das águas da chuva, evitar poças e que invada tal construção e, ao mesmo tempo, garantir acessibilidade às pessoas que ali transitam. Todo conteúdo pluvial captado no terreno será direcionado aos canteiros drenantes que farão descontaminação da água, e em seguida enviará às cisternas para o posterior reuso, como irrigação dos jardins, limpeza das vias e para abastecimento do reservatório de combate ao incêndio. O excedente das cisternas será direcionado para os reservatórios de retenção de água de chuva, com o objetivo de armazenar por um pequeno período de tempo, evitando inundações na região. Após a chuva, a água deste reservatório é liberada e, em seguida, encaminhadas às “bocas de lobo”, localizadas entre o passeio público e a via de veículos, retomando o seu curso natural.

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2 – FUNDAÇÃO A construção será implantada a 110 metros de distância do Rio Capivari. Seu solo é instável devido grande quantidade de argila e presença de elevado nível de lençol freático, ou seja, torna-se inviável o emprego de fundações do tipo rasa. Apenas após execução de sondagem será admissível dimensionar a fundação, ou seja, só assim haverá precisão do número de estacas e seu respectivo comprimento de penetração necessário para garantir que supra os esforços solicitantes da estrutura. A solução indicada para execução desta obra é de estacas pré-moldadas de concreto, com objetivo de transmitir as cargas provenientes da superestrutura para as camadas mais profundas e resistentes do solo, pela combinação da resistência de ponta e atrito lateral do fuste. As estacas pré-moldadas de concreto são elementos estruturais concebidos em ambiente fabril industrial, com devidos controles de qualidade. Posteriormente são transportadas ao canteiro e cravadas no terreno por percussão, proporcionando uma obra limpa, sem resíduos oriundos de escavação.

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3 – ESTRUTURA O projeto estrutural foi elaborado a partir de modulação 1,20m x 1,20m, garantindo repetição em grid e racionalização de material sem desperdício de matéria prima. A estrutura será concebida por pilares e vigas pré-fabricados em concreto armado, com condutores de água pluvial embutidos. Os pilares serão responsáveis e dimensionados para suportar as cargas provenientes da estrutura dos pavimentos e da cobertura. O pavimento superior será solucionado com vigas e lajes préfabricadas em concreto protendido. Já o espaço central possuirá pé direito duplico em um grande vão, ou seja, não terá interrupção de pilares ou paredes. Essa estrutura será aporticada a fim de garantir livre circulação, seguida de uma cobertura arcada.


4 – COBERTURA Está pressuposto que a estrutura do arco principal do trecho central será executada com arcos e terças de MLC (Madeira Lamelada Colada), com posterior cobertura com telhas zipadas de aço galvalume com pintura nas duas faces na cor branco. Será previsto abertura entre as modulações proporcionando trocas de ar e iluminação natural. Os arcos constituem um símbolo harmônico do edifício, vencendo vão de 35 metros dos eixos Norte e Sul. Já as demais coberturas menores dar-se-á com estrutura metálica leve com pintura eletrostática e telhas duplas perfil trapezoidal tipo sanduiche com isolamento termo acústico em Poliuretano com pintura na face superior na cor Branco. 5 – VEDAÇÃO Os planos verticais de vedação resultam em paredes de blocos de concreto da família 14, realizando a divisão dos ambientes, sempre seguindo dimensões do projeto arquitetônico. Todo dimensionamento dos ambientes foi planejado a partir de módulos de 1,20m x 1,20m, ou seja, os eixos das vedações foram projetados nas linhas de mudança dos grids. 6 – VÃOS A comunicação entre os ambientes é feita por esquadrias de alumínio com pintura eletrostática na cor branca, dimensionadas em projeto técnico. Foi previsto o emprego de vidro fosco nas esquadrias dos compartimentos em que exigem privacidade e vidro transparente nos ambientes que necessitam maior iluminação. As portas possuem largura mínima de 1,00m para garantir acessibilidade em todos os departamentos projetuais. 7 – REVESTIMENTO Em toda a alvenaria será aplicada argamassa mista de cal, cimento e areia e pintura colorida, variando cores, tons e sensações nos ambientes. Nas áreas úmidas (cozinha e banheiros) serão empregados azulejos e pastilhas de vidro, permitindo facilidade na limpeza e

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higienização. Já o revestimento externo será variável de acordo com as fachadas: Com o intuito de garantir a ventilação natural e proteger da iluminação solar direta, o bloco da fachada Oeste possui o revestimento colorido StreapWeave, com lâminas metálicas perfuradas e entrelaçadas entre perfis tubulares de aço inoxidável. Este revestimento é formado por faixas de revestimento metálico, projetadas com módulo de 1,20m. Ainda na face oeste, o conjunto de salas de saúde e administração possuem proteção solar através de brises horizontais. Na fachada sul, em especial, haverá jardim vertical na parede cega. 8 – PAVIMENTO O piso externo possui projeto de piso e de paisagismo planejado para passagem e/ou permanência de pessoas. Este projeto é dividido entre permeável e impermeável. O piso impermeável é constituído por concreto e asfalto, já o permeável por bloquetes e jardins de chuva com finalidade de reter água do local, descontaminá-la, reutilizá-la e posteriormente direcioná-la ao Rio Capivari. O piso interno é todo impermeável, com sistema de laje-piso de concreto. Os mezaninos e pavimento superior contam com laje de concreto e piso elevado, com o intuito de facilitar a implantação, acesso, manutenção e possíveis adaptações das instalações elétricas.

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9 - INSTALAÇÕES HIDRO-SANITÁRIAS O fornecimento de água potável, assim como a coleta e tratamento de esgoto gerado será de responsabilidade da concessionária atuante no município de Campinas-SP. As instalações de hidráulica serão dimensionadas e executadas com o objetivo de garantir o fornecimento contínuo e eficaz de água em todo projeto, conforme normativa vigente. O planejamento dos pontos de água, cabines sanitárias, lavatórios, bebedouros, tanques e demais itens de acesso comum do edifício se deu a partir de análise técnica minuciosa, tendo em vista o conforto, acessibilidade, segurança e dificuldades motoras e sensitivas


dos usufruidores. Foi previsto em projeto uma Área Técnica para o Reservatório Inferior de Água (3/5 da capacidade prevista) e uma Área Técnica para Reservatório Superior de Água (2/5 da capacidade prevista + reserva de incêndio). Para as funcionalidades do edifício (saúde, educação e natação) que visam atender 200 pessoas (100 funcionários e 100 alunos inscritos), há consumo diário de 20.000 litros por dia (100 litros/pessoa). Para 400 refeições diárias, há consumo de 10.000 litros/dia no refeitório e cozinha (25 litros/refeição). Para os 132 lugares do auditório, calcula-se 264 litros por dia de apresentação (2 litros por lugar). Com isso, estima-se consumo diário de 30.264 litros, ou 60.528 litros em dois dias. Conforme exigido pela norma ABNT NBR5626/1998, é necessário que o edifício tenha um reservatório suficiente para consumo de água em dois dias, prevendo possível falta de abastecimento público. Assim sendo, o Reservatório Superior possui capacidade de armazenar 24.211 litros, garantindo 40% do consumo em dois dias, além de 10.000 litros destinados para reserva de incêndio. O restante de água retida fica no reservatório inferior, localizado no subsolo. Este com capacidade de 36.317 litros, armazena 60% do consumo para 2 dias, garantido, assim, o mínimo exigido pela norma ABNT NBR5626/1998. 10 - INSTALAÇÕES ELETRO-MECÂNICAS O fornecimento de energia elétrica fica à cargo da concessionária prestadora de serviços atuante no referido município. As instalações serão dimensionadas e executadas de forma a garantir o conforto, suprir as necessidades e prezar pela segurança dos usuários, conforme normativa vigente. O planejamento das botoeiras, sensores, pontos de luz e tomadas se darão a partir de análise pontual dos ambientes, levando em considerações as exigências e necessidades dos usuários, com alturas acessíveis.

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DETALHAMENTOS

Detalhamento do módulo utilizado na criação do projeto. Escala:1:25

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Detalhamento do banheiro acessĂ­vel. Escala 1:50


Detalhamento do vestiĂĄrio da piscina acessĂ­vel. Escala 1:50

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O stripweave é composto por lâminas metálicas que são entrelaçadas entre perfis tubulares. Com metal perfurado inoxidável, as lâminas auxiliam no conforto bioclimático ao proteger a fachada oeste da iluminação solar direta, e ao garantir ventilação natural. A fachada é formada por 40 fitas de revestimento metálico. Cada fita possui uma cor diferente, organizadas sequencialmente.

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Detalhamento do Striapweave. Hunter Douglas. Escala 1:50


Perspectiva da rampa central. Escala 1:200

Detalhamento da rampa central, projetada de acordo com padrĂľes de acessibilidade da NBR9050. Escala 1:100

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Tio Roberto Montanhez. Para nรณs, Ruru. (Paralisia Cerebral)



Thamires Ferreira, minha tĂŁo amada prima. (SĂ­ndrome de Down)






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