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ALLISON PARISE
27 AÑOS, 6 AÑOS DE BMX, PORTO BELO – (SC) / @ALLISONPARISEBMX
Como e quando você descobriu o BMX e o que te motivou a começar a praticar?
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Eu via os manos passando com a BMX indo para o rolê na pista local na cidade em que nasci. Eu ia lá olhar eles andar e me apaixonei pelo esporte! Vi que era o que eu ia levar comigo para a vida toda. Fiz amizades com a galera da cena local que me ensinaram muito e principalmente a essência de ser um BMX.
Quais foram as principais dificuldades que você enfrentou no início da sua carreira como atleta de BMX amador?
O corpo não tinha preparo físico nenhum e as pessoas tinham preconceito. Caí bastante e tomei muitos tombos feios, mas nada me fez desistir do que eu queria.
Quais são os momentos mais marcantes e as conquistas mais significativas da sua trajetória no BMX amador até agora?
Todos os momentos com a bike cam gravados na memória. Sempre é uma conquista poder andar e me divertir com minha bike e meus amigos, e fazer novos amigos.
Como você lida com a pressão e as expectativas que vêm com a prática do BMX amador?
Treino bastante meu psicológico para não me abalar com treinos frustrantes e penso em levar como diversão, não esperando ganhar nada em troca, apenas buscando diversão e momentos bons com amigos, viagens e vivências na bike.
Quais são seus maiores sonhos e objetivos no BMX, e o que você está fazendo para alcançá-los?
Meus maiores sonhos são poder andar sempre de BMX, ter condições para viajar muito e conhecer lugares novos para andar de BMX, fazer muitos amigos e chegar em um nível incrível para curtir o rolê e gravar muito!
Como você equilibra a prática do BMX com outras responsabilidades, como trabalho, estudos e família?
Trabalho a semana toda em uma mecânica de bicicletas, aproveito o máximo de tempo que posso para andar e me divertir.
Quais são os desafios que você enfrenta em termos de patrocínios, competições e a evolução contínua no mundo do BMX amador?
Temos muitas di culdades em conseguir espaços para treinos e pistas especí cas para a prática do BMX. Existem muitos pilotos bons por aí com pouca estrutura, mas somos fortes e não desistimos, sempre com fé de que coisas boas acontecerão para nós, brasileiros guerreiros da bike.
Quem são as suas principais referências e influências no BMX e como elas moldaram a sua jornada como atleta amador?
Aprendi muito com meus amigos mais experientes no mundo do BMX. Sempre uso meus brothers como referência, eles que me inspiram e fazem eu viver isso.
Quais são os conselhos mais valiosos que você recebeu ao longo da sua carreira no BMX amador?
Meu amigo Alan Carvalho sempre me dizia para andar por diversão e nunca esperar ganhar dinheiro com o BMX, porque o que levamos são os momentos e o amor que nos proporciona.
Por fim, deixe uma mensagem final e agradecimentos para a comunidade do BMX e para aqueles que te apoiaram ao longo da sua jornada.
Agradeço a todos que me incentivaram ao longo desses anos no BMX e que zeram eu mudar minha vida. Agradeço ao Dicanto Park BMX, onde vivi momentos incríveis com minha bike e peguei muita visão com os responsáveis de lá. À galera da Syre BMX, a loja Gravity, o Innova Team que me dá suporte, à loja ProBike que me emprega, e aos amigos que estão comigo diariamente na sessão, fazendo acontecer. Agradeço a todos os brothers da cena nacional e mundial que, de alguma forma, ajudam a dar continuidade nos roles mais irados que faço.
Como você começou no esporte do BMX e o que o atraiu para essa modalidade?
Comecei no BMX através do meu irmão Gilson Rodrigues dos Santos, conhecido como Gilsera BMX. Ele pratica a modalidade de atland, que é uma vertente do BMX freestyle. Eu sempre o via realizando manobras incríveis, o que despertava em mim uma vontade enorme de fazer o mesmo.
Poderia nos contar sobre o acidente que resultou na amputação de sua perna e como isso afetou sua carreira como atleta?
Meu acidente aconteceu quando eu tinha entre 16 e 17 anos. Fui atropelado por um carro e acabei colidindo com uma árvore próxima à calçada da minha casa. Isso resultou em uma fratura exposta na canela, que precisou ser amputada. Fiz a cirurgia imediatamente, mas infelizmente não foi possível salvar minha perna. Essa amputação teve um impacto signi cativo na minha carreira como atleta.
Quais foram os maiores desafios que você enfrentou ao se adaptar a uma prótese e voltar a competir no BMX?
Um dos maiores desa os foi aceitar e compreender que eu não tinha mais minhas duas pernas. Isso foi particularmente difícil, pois eu era muito jovem e tinha muitas preocupações em minha mente. Passei por momentos em que acreditava que não teria mais uma namorada, não poderia andar de bicicleta e que minha vida havia acabado ali. Em relação à prótese, enfrentei várias di culdades, pois a primeira prótese que recebi não era de boa qualidade. Era uma prótese governamental que não oferecia muito conforto nem resistência. Sempre que tentava andar de bicicleta com a prótese, ela quebrava. Minha volta ao BMX ocorreu quando recebi um patrocínio da Bionicenter, uma renomada empresa de próteses e órteses. A partir desse momento, pude praticar o BMX com total evolução. Como foi o processo de superação após o acidente e como você encontrou forças para continuar no esporte?
Minha família, especialmente minha mãe Emília, meus irmãos Gilson e Wilson, e meus melhores amigos de treino foram essenciais no processo de superação após o acidente. Eles sempre me apoiaram e me incentivaram a continuar praticando e aprendendo novas manobras. Eles me deram força e sempre havia pessoas desconhecidas que me abraçavam por causa da minha determinação em estar presente no esporte. Saber que posso mudar um sorriso ou a vida de alguém com minha motivação é algo indescritível. Isso me inspira a viver todos os dias, sabendo que há pessoas que precisam ver minha felicidade e encontrar esperança em suas próprias vidas.
Quais são as principais lições que você aprendeu ao longo de sua jornada como atleta de BMX profissional?
Ao longo da minha jornada como atleta de BMX pro ssional, aprendi que o esporte pode salvar vidas. Ele nos leva a lugares incríveis, nos permite conhecer pessoas maravilhosas e suas histórias de vida. Acredito que é importante ser uma referência para os outros, mostrando que o esporte é uma forma de melhorar a qualidade de vida.