Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Debora Martins Silva
2014
Revista: Educação Especial in Foco. Diretora: Debora Martins Silva Editora: Debora Martins Silva
Edição Única- Julho de 2014
Debora Martins Silva Discente do curso de Pedagogia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro; bolsista de iniciação cientifica do projeto de Escolarização de alunos com deficiência intelectual coordenado pela professora Drª Márcia Denise Pletsch.
Edição Especial Nº 1- Julho de 2014. Rio de Janeiro/ Inverno de 2014.
Sumário Pesquisas em educação especial...............................................................................1 Atendimento Educacional Especializado................................................................2 Tecnologias assistivas................................................................................................3 Violência contra crianças com deficiênciaintelectual........................................5 Fontes de pesquisa.....................................................................................................7
Pesquisas em Educação Especial Márcia Denise Pletsch, discente da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), que tem como sede
a
mesma
universidade,
completou cinco anos em 2014 e trabalha
com
pesquisas
de
educação especial voltada para a inclusão e escolarização de alunos com deficiência intelectual.
Debora Martins Silva Com
o
intuito
de
As Universidade de Santa Catarina
estudar
e
(UDESC) e a Universidade do Vale
pesquisar sobre educação especial
de
falarei de um projeto que tem
participam do projeto. Temos visto
dado
cada
super
certo
na
baixada
Itajaí dia
(UNIVALI) mais
também
pesquisas
de
fluminense do Rio de Janeiro.
qualidade produzidas pelo grupo.
Participam do projeto estudantes
O assunto de educação especial
de
três
tem cada vez mais despertado a
universidades públicas, e também
curiosidade de pesquisadores e
mestrandos que tem como objeto
estudantes. No grupo coordenado
de pesquisa a educação especial, as
pela profª Márcia Pletsch têm sido
pesquisas
discutido
graduação
deste
de
grupo
contam
e
estudado
várias
ainda com o olhar de profissionais
vertentes da educação especial
que atuam na rede pública de
que tem sido trabalhada em salas
ensino de cinco municípios do Rio
de aula do Rio de Janeiro. ®
de Janeiro. O projeto de Escolarização de alunos com deficiência intelectual coordenado pela professora Drª
O atendimento educacional especializado para pessoas com deficiência intelectual: uma análise da resolução quatro de 2009 Por: Debora Silva e Daniele
alunos com deficiência intelectual
Araújo1
objetivamos analisar a resolução 4
A
implementação
de
políticas
públicas voltadas para pessoas com deficiência intelectual se expandiu a partir do governo Lula (2003). Tais políticas vêm sendo dirigidas para pessoas com necessidades
que dispõe sobre as Diretrizes Operacionais
do
Educacional
Atendimento
Especializado
Educação
Básica,
Educação
Especial
2009).Tal
análise
na
modalidade (BRASIL, integra
as
atividades da primeira fase do projeto de pesquisa “Observatório da Educação - A escolarização de alunos com deficiência intelectual: políticas
públicas,
cognitivos
e
avaliação
da
aprendizagem”,
financiado
pelo
CAPES.
Vale
edital educacionais
especiais
decorrência
em
de
deficiências
mental/intelectual,
sensoriais
(surdez,
deficiência
auditiva,
cegueira, baixa-visão), transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.
Para
compreender
como
diretrizes
impactando
vêm
essas na
estrutura e no oferecimento de suportes
1
especializados
para
Discente do curso de pedagogia e participante do projeto de escolarização de alunos com deficiência intelectual.
processos
49
da
esclarecer Resolução
que 4
educacional
segundo o
a
atendimento
especializado
é
entendido como “o conjunto de atividades,
recursos
acessibilidade
e
organizados
de
pedagógicos
institucionalmente,
prestado de forma complementar ou suplementar à formação dos alunos no ensino regular” (Art. 1º, § 1º), a ser oferecido no contra turno
em
salas
multifuncionais
de
para
recursos os
alunos
incluídos/matriculados no ensino regular.®
Tecnologias Assistivas Debora Martins Silva O que é a comunicação
Com o objetivo de ampliar ainda
alternativa?
mais o repertório comunicativo que
A área da tecnologia assistiva que
compreensão, são organizados e
se
destina
ampliação
especificamente de
habilidades
comunicação
é
à de
denominada
de Comunicação Alternativa (CA). A comunicação alternativa destinase a pessoas sem fala ou sem escrita funcional ou em defasagem entre
sua
necessidade
comunicativa e sua habilidade de falar e/ou escrever.
e,
neste
caso,
ela
valoriza a expressão do sujeito, a partir
de
outros
canais
de
comunicação diferentes da fala: gestos, sons, expressões faciais e corporais podem ser utilizados e identificados
socialmente
para
manifestar desejos, necessidades, opiniões,
posicionamentos,
como: sim,
não,
olá,
tais tchau,
banheiro, estou bem, sinto dor, quero (determinada coisa para a qual estou apontando), estou com fome e
outros
comunicação cotidiano.
construídos como
auxílios
cartões
pranchas
de
de
externos
comunicação, comunicação,
pranchas
alfabéticas
palavras,
vocalizadores
e
de
ou
o
próprio computador que, por meio de
software
tornar-se
específico, uma
pode
ferramenta
poderosa de voz e comunicação. Os recursos de comunicação de cada
A CA pode acontecer sem auxílios externos
envolve habilidades de expressão e
conteúdos necessários
de no
pessoa são construídos de forma totalmente personalizada e levam em
consideração
várias
características que atendem às necessidades deste usuário.
Tecnologia assistiva A tecnologia assistiva consiste na adaptação
de
pessoas
com
múltiplas. tinham
materiais
para
deficiências
Para incluir alunos que essa
deficiência,
professores da educação básica objetos começaram a criar objetos adaptados para proporcionar aos alunos conforto em atividades de sala de aula, proporcionando assim
um ensino de qualidade para alunos especiais. ®
laranja são os substantivos (visualiza-se o
símbolo
"perna"),
azuis
são
adjetivos
(visualiza-se
Material adaptado, proporcionando
"gostoso")
e
maior comunicação.
diversos que não se enquadram nas categorias
branco
o
símbolo
são
símbolos
anteriormente
(visualiza-se o símbolo "fora").
Descrição da imagem: A imagem apresenta vários cartões de
comunicação
gráficos
com
símbolos
representativos
de
mensagens.
Os
cartões
organizados
por
categorias
de
símbolos
cada
categoria
se
e
estão
distingue por apresentar uma cor de moldura diferente: cor de rosa são os
os
cumprimentos
e
demais
expressões sociais, (visualiza-se o símbolo "tchau"); amarelo são os sujeitos, "mãe");
(visualiza-se verde
são
o
símbolo
os
verbos
(visualiza-se o símbolo "desenhar");
Material adaptado para higiene.
citadas
Violência contra crianças com deficiência intelectual Debora Martins Silva Observamos que os responsáveis
acreditam que seus filhos são
desconsideram
incapazes.
o
que
está
As
pessoas
garantido por lei, muitos vezes por
deficiência
desconhecerem os direitos de seus
vezes são desrespeitas.
filhos, alguns pais, principalmente os dos deficientes intelectuais
intelectual
com muitas
A visão que muitos pais tem é de que seus filhos são como objetos, que necessitam a todo momento de atenção e muitas vezes o sufocam. Entendemos a preocupação dos pais quando falamos em escolhas, pois os pais são responsáveis por seus filhos e querem o seu bem estar, por isso muitas vezes o superprotegem ou os abandonam. Quando esta proteção é saudável, isso se torna bom para seus filhos.
adolescente.
O
incesto
foi
manifestação mais recorrente. Fragmentando
está
à
2
analise,
observamos que muitos casos de violência acontecidos com crianças atualmente
ocorrem dentro da
casa da própria criança e muitas vezes quem prática a violência são os
familiares
padrastos,
(pai,
irmãos,
mãe,
tios,
etc),
como
especificado nos dados descritos.
Agora quando ocorre o abandono é
Observamos
ai que surge a preocupação, nessa
este é um tema muito relevante
premissa pauta-se nossa pesquisa.
em
Pesquisas têm apontado que o número
de
psicológica
e
violência
(física,
sexual)
contra
crianças tem crescido. No Brasil segundo o Disque- Denúncia 100 registrou, de 2003 a 2010 houve um crescimento de 683 % no
que
nossa
recentemente sociedade
e
extremamente delicado de ser tratado com crianças de qualquer natureza, trabalho ocorrida
abordaremos a
com
adolescentes deficiência
violência
neste sexual
crianças
e
portadores
de
intelectual.
®
número de denúncias, a violência sexual encontrava-se em primeiro lugar, empatada com a violência física
e
psicológica
(36
%),
seguidas de negligência (28 %). Analisando os dados da violência sexual, dos 36 % dos casos de violência sexual registrados, 65,08 % referiam-se a casos de abuso sexual, 34,02 % a exploração sexual, 0,60 % a pornografia e 0,30 % a tráfico de criança e
2
Dados extraídos do Guia Escolar: Identificação de sinais de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes.
Fontes de pesquisa BRASIL. Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial. Resolução n° 4. Brasília, 2009. _______. Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília, janeiro de 2008.
SANTOS, B. R. & IPPOLITO, R. Guia Escolar: identificação de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. Seropédica/ Rio de Janeiro, 2011. Tecnologia assistiva http://www.assistiva.com.br/ca.html