Relatรณrio FabLab Extensรฃo Universitรกria 2015/02
Emerging design processes: Design and Digit
Processos projetuais emergentes: Design e fabricação digital de abrigo responsivo.
Sempre oportuno olharmos nosso presente, mas respirando o passado. E para tal tarefa, talvez seja interessante lembrar o trabalho de Branko Kolarevic, de onde emprestamos a ideia de que historicamente, a indústria da construção geralmente tarda em adotar novas técnicas e tecnologias já adotadas por outras indústrias: Os setores de construção civil e arquitetura, sempre são os últimos, a saber. A ilustração é interessante, e ajuda-nos a refletir sobre tal assunto. O Crystal Palace foi uma construção em ferro fundido e vidro erguida em Londres para receber a Grande Exposição Internacional de 1851, onde foram expostas as últimas tecnologias desenvolvidas no recente período de industrialização. Projetado por Joseph Paxton e Willian Cubitt o edifício possuía dimensões consideráveis, inclusive para tempos atuais. O Palácio de Cristal chamou a atenção devido aos processos técnicos empregados em sua construção, mas também auxiliou a introduzir um novo conceito de espaço. O edifício possuía estrutura modular de madeira, vidro e ferro, associando novos materiais, e novos usos para materiais antigos. O processo de construção foi de fato inovador, e sua montagem foi rápida (seis meses segundo relatos) devido à utilização de um sistema estrutural em grelha montada em série, estabelecendo as bases para o raciocínio de construção standard, fortemente preconizada pelos grupos modernistas. Outra construção merece destaque, ainda tomando a narrativa de Branko Kolarevic, é a Torre Eiffel. Por definição, a torre é um grande pilar, composto de quatro vigastreliçadas verticais se unindo no topo, unidas por treliças metálicas em intervalos regulares, e também teve sua construção motivada para a Exposição Internacional, mas de 1889. Manteve seu posto como estrutura mais alta do mundo até 1930, quando foi construído o Chrysler Building. A segunda metade do século XIX foi marcada por diversas experiências empregando novas técnicas de fabricação, tanto para produtos como para edifícios, mas não nos abstendo da discussão referente a linguagem adotada, talvez houvesse um distanciamento entre processo de produção e estilo, durante o referido período. Ainda eram comuns, nesta produção, detalhes rebuscados que remetiam a um processo artesanal de períodos anteriores, e que de fato não condiziam com a realidade das máquinas e novos processos industriais.
tal Fabrication for a Responsive Shelter
Emerging design processes: Design and Digital Fabrication for a Responsive Shelter
Always timely look at our present, but breathing in the past. And for such a task, you may want to remember the work of Branko Kolarevic, from which we borrow the idea that historically, the construction industry generally slow to adopt new techniques and technologies already adopted by other industries: The construction and architecture sectors, they are always the last to know. The illustration is interesting, and helps us to reflect on such matters. The Crystal Palace was a building made of cast iron and glass built in London to receive the Great International Exhibition of 1851, where the latest technologies developed in recent industrialization period were exposed. Designed by Joseph Paxton and William Cubitt building had considerable dimensions, including current times. The Crystal Pal-
Houve um período relativamente longo entre a inauguração do Crystal Palace, e o surgimento das vanguardas modernistas, com suas indagações e proposições quanto a linguagens projetuais, estilo ou mesmo adequação da aparência dos objetos e edifícios projetados aos novos meios de fabricação vigentes.
Modernismo: Design thinking do início do século XX
Sem querer nos arriscar a discussões mais profundas, mas apenas instigando linhas de raciocínios iniciais, que por ventura possam merecer estudos mais específicos futuramente, os designers e arquitetos do início do século XX estavam criando teorias que estabeleciam uma nova forma de projetar, alinhada a uma nova forma de fabricar, onde o aspecto final dos produtos e edifícios deveria ser diferente do que vinha se fazendo até então (a linguagem acadêmica era tida como linguagem mais adequada, e baseava-se no ideário da antiguidade clássica). Havia uma preocupação entre os profissionais do início do século passado, em organizar o conjunto de métodos e processos para abordagem de problemas, relacionados à aquisição de informações e análise de conhecimento, com intuito de entregar propostas às demandas de produtos e edificações típicas do momento histórico. A industrialização já havia de fato contribuído para modificações significativas nas sociedades industrializadas, e talvez as vozes destes profissionais inconformados, passassem a encontrar mais espaço, ou mesmo o surgimento de uma massa crítica capaz de fazer coro, por mudanças conceituais e por produtos com novas soluções em termos de design. O presente ensaio, não tem por objetivos afirmar nada, como já mencionamos antes. Nossa intenção é manter-nos na confortável posição da dúvida. Mas há algo que gostaríamos de sugerir, mesmo assim: Entendemos que o Modernismo, como fenômeno aplicado as áreas do Design Industrial e Arquitetura, talvez pudesse ser compreendido como o “design thinking” do início do século XX. Se lançarmos um breve olhar sobre alguns elementos do movimento moderno, podemos extrair algumas considerações importantes para o contexto deste ensaio. Em primeiro lugar foi a definição do profissional do design industrial, que esboçou sua importância durante as primeiras fases da Revolução Industrial, mas que durante as vanguardas modernistas alcançou a cientifização de seus processos e metodologias de trabalho, culminando com a inauguração da Bauhaus, como a primeira escola de Design Industrial do mundo moderno: destacou a importância do designer como profissional e distinguiu seu universo em relação a seu antepassado, o artesão. Em
ace drew attention because of the technical processes used in its construction, but also helped to introduce a new concept of space. The building had wooden modular structure, glass and steel, combining new materials, and new uses for old materials. The construction process was innovative indeed and his mount was quick (six months according to reports) due to the use of a structural grid system mounted in series, establishing the basis for the standard construction of reasoning, strongly advocated by modernist groups. Another building worth mentioning, even taking account of Branko Kolarevic is the Eiffel Tower. By definition, the tower is a large pillar, consisting of four vertical-trusses coming together at the top, joined by metal trusses at regular intervals, as well as its construction was motivated for the International Exhibition, but in 1889. He kept his post as structure highest in the world until 1930, when it was built the Chrysler Building. The second half of the nineteenth century was marked by several experiments using new manufacturing techniques, both for products and for buildings but not in refraining from referring discussion language adopted, there might be a gap between production and style process during this period . Were common even in this production, elaborate details which referred to a craft process prior period, and that in fact did not fit with the reality of new machinery and industrial processes. There was a relatively long period between the opening of the Crystal Palace, and the emergence of the modernist avant-gardes, with their questions and propositions as the projective language, style or even fit the appearance of objects and buildings designed to force new manufacturing facilities.
Modernism: Design thinking of the early twentieth ce
segundo lugar, o arquiteto que necessitou adaptar-se as inovações disponibilizadas pela indústria, e desenvolveu novas metodologias de trabalho, baseando-se na questão industrial, acrescentando uma nova camada de conhecimentos e habilidades ao projeto de arquitetura, que agora poderia contar com processos industrializados, ou ao menos produtos industrializados em sua composição. Em ambos os casos, novos processos de produção dos objetos, resultaram em novas maneiras de concebê-los. Como exemplo mais clássico desta postura profissional, destacamos o trabalho de Le Corbusier, o famoso arquiteto e designer franco-suíço, que escreveu diversos artigos criticando a adoção de uma linguagem clássica na arquitetura, em tempos que a indústria já era um elemento institucionalizado e presente na maioria das sociedades urbanizadas do inicio do século XX. Le Corbusier sugeria que arquitetos devessem lançar um olhar mais atento à maneira como objetos diversos estavam sendo produzidos naquele período, ressaltando o trabalho de engenharia e design industrial que apropriava-se das mais avançadas técnicas de fabricação disponíveis até então. Em seu discurso, edificações deveriam não somente adotar processos industrializados, mas também levar em consideração uma linguagem mais condizente com seu meio de produção. Embora o senso comum induzisse a uma especialização dos profissionais, Le Corbusier deixava claro a necessidade de trabalhos em conjunto unindo as três disciplinas: design, engenharia e arquitetura. Seus conceitos sobre a casa como uma máquina de morar nos deixava claro como a vanguarda modernista planejava uma racionalização das construções, não somente no canteiro, mas também no processo projetual. A industrialização dos meios de produção tinha uma gramática própria, e fazia-se necessário que todos a seu redor tivessem que expressar-se de acordo com suas regras. As máquinas mecânicas, para gerarem lucros, deveriam trabalhar o máximo possível, consumindo a mesma fonte energética disponível e com menor custo possível, produzindo produtos semelhantes, de forma a maximizar lucros pela simples diferença entre custo e valor de venda. Produtos diversificados, devido ao custo de implementação de linhas de produção também diversificadas, geravam diferenças de valores, o que poderia tornar inviável a comercialização de determinado objeto. A produção em massa de produtos pouco adaptáveis forçava a população a consumi-los na mesma velocidade em que eram produzidos, fazendo rodar a economia e o fluxo de capital numa mesma sociedade. As pessoas deveriam adaptar-se aos produtos, e não o contrário.
entury
Modernism: Design thinking of the early twentieth century
Without wanting to risk deeper discussions, but only urging lines of initial reasoning, that perhaps may deserve more specific studies in the future, designers and architects of the early twentieth century were creating theories that established a new way to design, aligned to a new form of manufacturing where the final appearance of products and buildings should be different than it had been doing so far (academic language was considered more appropriate language, and was based on the ideas of classical antiquity). There was a concern among professionals in the beginning of last century to organize the set of methods and processes for dealing with problems, related to the acquisition of information and analysis of knowledge, aiming to deliver proposals to the demands of products and typical buildings of the historic moment . Industrialization had in fact contributed to significant changes in industrialized societies, and perhaps the voices of these unhappy professionals to begin to find more space, or even the emergence of a critical mass capable of chorus, for conceptual changes and products with new solutions in terms of design. This essay does not say anything by objective, as I mentioned before. Our intention is to keep us in the comfortable position of the doubt. But there is something we would like to suggest, anyway: We understand that Modernism, as a phenomenon applied areas of Industrial Design and Architecture, could perhaps be understood as the “design thinking� of the early twentieth century. If we cast a brief look at some elements of the modern movement, we can draw some important considerations in the context of this essay. First was the definition of
Outra característica do processo de produção em massa era o foco do designer no produto final. Não havia o senso de entorno. O produto deveria ser utilizado da mesma maneira em qualquer parte do mundo, e este mesmo produto não deveria necessariamente ter um compromisso em relacionar-se com o meio em que estivesse sendo utilizado. Por exemplo: designers e engenheiros não tinham como compromisso, projetar veículos que poluíssem menos o meio ambiente, ou mesmo edifícios que consumissem menos energia em seus sistemas de climatização, ou a questão do descarte dos resíduos e processos produtivos, não tinham que relacionar-se com o entorno imediato. O foco era no produto final e no máximo lucro que este processo poderia gerar. Não havia preocupação maior, além disso. O movimento moderno, enquanto elemento que integrou o design de produto e arquitetura cobrou seu preço, deixando o legado no cotidiano nas cidades urbanizadas, e alguns anos após a segunda guerra mundial, já poderiam ser observadas novas formas de pensamento, e críticas sobre o legado moderno. Logo após a segunda guerra, a indústria pode se beneficiar de uma série de inovações empregadas no esforço da guerra, principalmente no tocante a uso de ferramentas digitais. Um novo ciclo da industrialização surgiu neste momento.
O artesão digital.
Principalmente após a segunda guerra mundial, podemos observar em diversos artigos, livros e demais pesquisas, que as indústrias de uma maneira geral tiveram um grande impulso em todos os setores. Talvez seja obvio o motivo, pois com parte importante da Europa devastada, havia uma grande demanda por todo tipo de produto, uma vez que a indústria durante um longo período esteve totalmente comprometida com o esforço de guerra. Como legado da guerra, podemos imaginar que algumas novas técnicas e tecnologias, que haviam sido desenvolvidas com o intuito de aplicação direta na frente de batalha, agora estavam disponíveis para uso civil. Dentre estas novidades, podemos destacar a utilização de sistemas de informação digitais. Seria o surgimento da era da informática? Desde Alan Touring, passando pelos irmãos Packard, Norbert Wiener, Grace Hopper e outros grandes nomes que auxiliaram no desenvolvimento dos primórdios da computação moderna, temos que destacar dois eventos que talvez sejam significativos para compreendermos as modificações nos processos projetuais, que requalificaram o quadro de trabalho do designer e arquitetos atuais: Os trabalhos do Laboratório de
professional industrial design, which outlined its importance during the early stages of the Industrial Revolution, but that during the modernist vanguards reached the scientification of its processes and work methods, culminating in the inauguration of the Bauhaus, such as first school of Industrial Design of the modern world, highlighted the importance of the designer as a professional and distinguished their universe relative to its ancestor, the craftsman. Second, the architect who needed to adapt to the innovations offered by the industry, and developed new methods of work, based on the industrial issue, adding a new layer of knowledge and skills to architectural design, which could now rely on processes industrialized or less industrialized products in its composition. In both cases, new production processes objects, resulted in new ways of conceiving them. As most classic of this professional attitude example, we highlight the work of Le Corbusier, the famous architect and designer, who has written several articles criticizing
Servomecanismos do MIT na virada da década de 1940 para 1950, e o Sketchpad de Ivan Suntherland, de 1963. Talvez ai esteja a raiz para o que compreendemos hoje como sistemas CAD-CAM, que em tradução livre pode ser entendido como: desenho ajudado por computador e manufatura ajudada por computador. Seria o principio do conceito “file to factory”, que de fato pode ser entendido como elemento que impulsionou as modificações nas pranchetas de designers e arquitetos desde meados do século XX até os dias atuais?
Raízes do processo moderno. Levemos em consideração o desenvolvimento da geometria descritiva propostas por Gaspard Monge, durante a revolução francesa, e a necessidade da indústria de padronizar processos, incluindo o projeto de produtos, para que pudessem ser fabricados em série em qualquer parte do mundo. Podemos imaginar como este processo de documentação de projetos fundiu-se de maneira quase inexorável, do modo operante de profissionais ligados a indústria e a arquitetura. Atualmente, compreende-se o arquiteto como profissional que produz desenhos, que serão executados em um canteiro de obras distante de seu escritório, e o mesmo se vale ao designer de produto. Esta divisão de ocupações, que talvez tenha surgido devido necessidades da revolução industrial, apresenta-se como processo de trabalho que coloca arquitetos, engenheiros e designers em posições distantes. Cada um em seu espaço deve em tese contribuir para a execução de um projeto, tal qual o ideário moderno apresentava em seus ideais. Mas ate que ponto esta divisão dos trabalhos é vantajosa? Até que ponto a sinergia entre as habilidades é realmente aplicada, ante um processo de trabalho que geralmente é baseado em desenhos bidimensionais? Como podemos acreditar que de fato as diferenças entre projeto e execução estão devidamente saneadas, quando o processo gera dificuldades para estabelecer relações de compatibilização entre diferentes disciplinas? Os meios computacionais adicionaram uma ferramenta interessante para solucionar problemas, como os apresentados acima: O desenho ajudado por computador ofereceu a modelagem tridimensional, como contraponto ao desenho bidimensional. Na modelagem tridimensional, problemas de compatibilização podem ser observados com mais agilidade e precisão, antevendo problemas na execução do produto. A mesma modelagem, se compartilhada, pode auxiliar a integração mais ágil e eficaz entre os diferentes profissionais envolvidos no projeto, pois todos dividem a mesma base projetual. Como se não bastasse, modelos produzidos em sistemas CAD, podem facilmente ser transportado para a fabricação, desde que as máquinas sejam controladas
the adoption of a classical language in architecture, once the industry was already an institutionalized in most societies urbanized in the early twentieth century. Le Corbusier suggested that architects were to launch a closer look at how many objects were being produced in that period, highlighting the engineering work and industrial design appropriated to the most advanced manufacturing techniques available so far. In his speech, buildings should not only adopt industrialized processes but also take into consideration a more consistent language with their production environment. Although common sense would induce an experience of professionals, Le Corbusier made clear the need to work together on combining the three disciplines: design, engineering and architecture. His views on the house as a machine for living let us clear how the modernist avant-garde planned rationalization of construction, not only in construction but also in the design process. The industrialization of the means of production had its own grammar, and it was necessary that all around him were to express themselves according to their rules. Mechanical machines, to generate profits, should work as much as possible, consuming the same energy source available and with the lowest possible cost, producing similar products, in order to maximize profits for the simple difference between cost and selling price. Diversified products, due to the cost of implementation also diversified production lines, generated differences in values, which could cripple the marketing of certain object. Mass production of some products adaptable forced the population to consume them as fast as they were produced, rocking the economy and the flow of capital in the same society. People should adapt to the products, and not vice versa. Another feature of the mass production process was the focus of the designer of the final product. There was no sense of the surroundings. The product should be used in the same way anywhere in the world, and this same product would not necessarily have a commitment to relate to the environment they were being used. Eg designers and engineers had not committed, designing vehicles that pollute less the environment, or even buildings that consume less energy in their HVAC systems, or the question of disposal of waste and production processes did not have to be related with the immediate surroundings. The focus was on the final product and the maximum profit that this process could generate. There was major concern also. The modern movement as an element that integrated product design and architecture took its toll, leaving the legacy in daily life in urbanized cities, and a few years after World War II, could already be observed new ways of thinking, and criticism of the legacy modern. Soon after WWII, the industry can benefit from a number of innovations used in the war effort, especially regarding the use of digital tools. A new industrialization cycle emerged at this time.
por computadores, gerando peças e componentes com fidelidade extrema ao projetado nas telas do computador. Tão logo, desde o dia que fundiram um computador, a uma máquina mecânica, surgiram novos paradigmas para a produção de objetos, que agora seguem uma nova lógica, que reintegra designers e arquitetos ao processo de fabricação, reposicionando sua função de meros desenhistas, ao seu passado como artesãos. Nasceu o artesão digital. Estes nem tão novos sistemas de produção agregaram novos paradigmas a produção de produtos e arquitetura de uma maneira geral, pois as máquinas controladas por computador possuem uma característica nova: podem produzir, usando a mesma fonte de energia, mas agora com maior economia de recursos, a partir de um mesmo material, produtos diferentes sem a necessidade de alterações significativas na linha de produção. Tornou-se possível produzir em massa, produtos customizados e mais adaptáveis, sem necessariamente acarretarem em custos marginais ao proprietário da linha de produção: Eis o conceito da customização em massa. Projetos para construção de máquinas controladas digitalmente já estão em um momento de seu desenvolvimento, que são de certa forma acessível a investidores menores, tornando a realidade da fabricação digital disponível a um numero maior de pessoas, possibilitando que um indivíduo comum, sem a necessidade de uma engenharia financeira complexa e investimentos pesados, montem uma linha de produção em espaços menores, e a imagem de uma indústria pulverizada, em diversos pontos da cidade, é factível e tem se tornado parte do dia a dia de grandes centros urbanos. O designer atualmente pode, sem duvidas, ser o seu próprio fabricante. Termos como “digital design” e “digital architecture” são extremamente corriqueiros, pois estes meios de produção, sem duvida promoveram uma requalificação do processo de criação, estabelecendo uma nova relação entre concepção e produção: O que pode ser concebido pode ser mais facilmente fabricado, e o envolvimento maior de arquitetos e designers na produção dos objetos, tanto um mouse como um edifício, podem ser observados nesta nova classe de produtos que estes sistemas têm apresentado. Um produto pode ser concebido e modificado até sua versão final, em
The digital craftsman.
The digital craftsman.
Especially after the Second World War, can be seen in several articles, books and other research that industries in general had a big boost in all sectors. Perhaps the reason is obvious, because with important part of the devastated Europe, there was a great demand for all sorts of products, since the industry for a long time been fully committed to the war effort. As a legacy of the war, we can imagine that some new techniques and technologies that had been developed with the direct application of order at the front, were now available for civilian use. Among these new features, we can highlight the use of digital information systems. It would be the emergence of the information age? Since Alan Touring, through the Packard brothers, Norbert Wiener, Grace Hopper and other greats who assisted in the development of early modern computing, we have to highlight two events that may be significant to understanding the changes in projective processes that requalificaram the frame designer’s work and current architects: The work of the MIT Servomechanisms Laboratory at the turn of the 1940s to 1950 and the Sketchpad Ivan Suntherland, 1963. Perhaps there is the root of what we understand today as CAD-CAM systems, which in free translation can be understood as computer aided design and computer aided manufacture. It would be the concept of the principle “file to factory�, which in fact can be understood as an element that drove the changes on the drawing boards of designers and architects since the mid-twentieth century to the present day?
Roots of the modern process. We take into account the development of descriptive geometry proposed by Gaspard Monge, during the French Revolution, and the need to standardize the process industry, including product design, so they could be mass-produced anywhere in the world. Imagine how this project documentation process merged almost inexorably, the operating mode of professionals from industry and architecture. Currently, it is understood the architect as a professional who produces designs, which will run on a construction away from your office works, and the same goes to the product designer. This division of occupations, which may have arisen due to needs of the industrial revolution, is presented as a working process that places architects, engineers and designers in distant locations. Each in its space should theoretically contribute to the
BIM and Digital Fabrication for EAC
um processo continuo devido o envolvimento de tais tecnologias de conceber e produzir serem integradas, com a vantagem de serem mais rápidos e precisos. Com o auxílio da internet, diferentes escritórios podem unir-se, mesmo que a distancia, para produzir um mesmo objeto, pois o ambiente de colaboração virtual é uma realidade tangível neste momento do desenvolvimento das tecnologias de comunicação, informação e fabricação, e isto pode minimizar perdas nos prazos dos projetos, com maior interoperabilidade. Os produtos desta nova era, “a era digital”, são diferentes que os produzidos no início do século XX, durante o movimento moderno. Por serem mais facilmente adaptáveis, podem levar em consideração sutis diferenças, que agora podem possuir qualidades como responsabilidade com o entorno. Os novos produtos podem agora sem grandes investimentos, serem mais ecologicamente corretos, e o foco do processo de concepção também possui uma característica única: não há mais o foco único no produto final, e sim o foco nas relações, entre as partes do próprio objeto, e seu entorno imediato. A sinergia entre o produto e o meio ambiente agora são palavras de ordem. Com as novas tecnologias, grupos de engenheiros, designers e arquitetos, podem com as vicissitudes que os sistemas proporcionam integrar melhor seus objetivos específicos, em prol de produtos melhores para a sociedade e o meio ambiente. Designers agora podem projetar objetos ecologicamente responsáveis, com mais praticidade.
Desdobramentos na arquitetura e construção civil: BIM e fabricação digital.
Na indústria de produtos, observamos que os sistemas integrados de projeto e fabricação são realidades do mercado há várias décadas. O processo integrado de trabalho para produzir veículos, aeronaves, embarcações, desde as décadas de 1970 são fartamente utilizados e atualmente em estagio bem desenvolvido, fato que não observamos quando o assunto é construção civil, na maioria das cidades. Arquitetos em diversas regiões, ainda continuam desenvolvendo seus projetos baseando-se em sistemas bidimensionais, mesmo que utilizando computadores. O que podemos observar, de acordo com pesquisas, é que o arquiteto simplesmente adaptou as tecnologias de informação e comunicação ao seu processo projetual habitual, que é conduzir o projeto por meio de desenhos, e a utilização de modelos tridimensionais, ainda é guardada apenas para apresentação do projeto, utilizando imagens foto realísticas.
implementation of a project, like the modern ideas presented in his ideals. But to what extent this division of labor is beneficial? To what extent the synergy between the skills is actually applied, before a work process that is usually based on two-dimensional drawings? How can we believe that in fact the differences between design and execution are properly sanitized, when the process creates difficulties to establish relations of compatibility between different disciplines? Computational means added an interesting tool to solve problems such as those presented above: The design aided by computer offered the three-dimensional modeling, as opposed to the two-dimensional drawing. In three-dimensional modeling, compatibility problems can be seen with more speed and accuracy, anticipating problems running the product. The same modeling, if shared, can help more agile and effective integration between the different professionals involved in the project, because all share the same architectural design basis. If nothing else, models produced in CAD systems can easily be transported to the manufacture, where the machines are controlled by computers, generating parts and components with extreme fidelity to designed on computer screens. Once, from the day that merged a computer, a mechanical machine, there were new paradigms for the production of objects, which now follow a new logic, which reintegrates designers and architects to the manufacturing process, repositioning their role as mere designers, the his past as craftsmen. Born digital craftsman. These nor new production provided new paradigms systems producing products and architecture in general, since the computer controlled machines have a new feature: they produce, using the same energy source, but now with greater economy of resources, from a same material, different products without significant changes in the production line. It became possible to mass produce, customized and more adaptable products without necessarily igniting in marginal costs to the production line owner, Behold the concept of mass customization. Controlled machine construction for projects digitally are already in a stage of their development, which are in a way accessible to smaller investors, making a reality of digital fabrication available to a larger number of people, making it possible for an ordinary individual, without the need for a complex financial engineering and heavy investments, assemble a production line in smaller spaces, and the image of a sprayed industry in various parts of the city, is feasible and has become part of everyday life of big cities. The designer can currently, without doubt, be your own manufacturer. Terms like “digital design” and “digital architecture” are extremely commonplace, as these means of production, no doubt promoted a renewal of the creation process, es-
Poucos arquitetos utilizam a modelagem tridimensional como elemento condutor do processo projetual, relegando ao campo do obscuro, místico e subjetivo a produção de projetos de arquitetura. Os processos de produção da maioria dos edifícios ainda é artesanal, e depende de mão de obra desqualificada, geralmente oprimida, mal remunerada e os resultados são geralmente danosos ao meio ambiente, e até o momento, não identificamos em pesquisas dados que demonstrem com clareza os prejuízos que tais sistemas de construção podem acarretar a indústria da construção civil como um todo, se comparados a processos integrados de CAD e CAM, a produção de edificações. Dentro do que podemos observar com mais facilidade, o sistema de informação que tem mais encontrados adeptos no setor de construção civil, tanto no Brasil como em outras partes do mundo, é o sistema BIM.
Fora das caixas. O uso de sistemas de desenho assistido por computador encontra-se assimilado na maioria dos escritórios de design e arquitetura. O que tem mudado desde o início da década de 1990 é a relação entre designers, arquitetos e os sistemas de informação de uma maneira geral: alguns grupos de profissionais do setor de EAC vêm, ao longo das últimas décadas, tornando-se desenvolvedores de suas próprias ferramentas, através da utilização de programação ou script. O script, ou programação, possibilita que o designer adapte, customize ou reconfigure por completo o software de desenho assistido por computador, de acordo com suas predileções e modos de trabalho. Quando o designer ou arquiteto utiliza o script para modificar suas ferramentas, isso não somente potencializa suas tarefas repetitivas, uma vez que pode, por exemplo, combinar bibliotecas de objetos, que deveriam ser posicionadas uma a uma, a um algoritmo que posicione inteligentemente toda a biblioteca seguindo parâmetros pré-estabelecidos em uma programação prévia, planejada pelo próprio arquiteto, seguindo questões relativas ao projeto da mais variada ordem, desde elementos relacionados a desempenho lumínico, térmico, estrutural bem como segurança, economia e demais questões. Um script, no sentido mais restrito da palavra, é como escrever uma peça de teatro ou filme, onde cada cena, cada ação ou fala de um personagem, está ali planejado de acordo com uma sequência temporal. Mais do que o uso de um computador para auxiliar na tarefa de desenhar, programar modifica profundamente as relações entre o designer e seu produto. Modifica a maneira como projetamos de uma maneira geral. Programação até então era compreendida como assunto para
tablishing a new relationship between design and production: What can be conceived can be more easily manufactured and greater involvement of architects and designers in the production of objects, both a mouse as a building, can be seen in this new class of products that these systems have shown. A product can be designed and modified to its final version in a continuous process because of the involvement of such technologies to design and produce be integrated with the advantage of being faster and more accurate. With the help of the Internet, different offices can join, even if the distance to produce the same object as the virtual collaborative environment is a tangible reality at this point of development of communication technologies, information and manufacturing, and this can minimize losses in terms of projects, with greater interoperability. Products of this new era, “the digital age�, are different than those produced in the early twentieth century during the modern movement. Because they are more easily adaptable, may take into account subtle differences that can now possess qualities such as responsibility towards the environment. The new products can now without large investments, be more environmentally friendly, and the focus of the design process also has a unique feature: there is no longer the sole focus in the final product, but the focus in relations between the parties of the object itself and its immediate surroundings. The synergy between the product and the environment are now the watchwords. With new technologies, groups of engineers, designers and architects can with the vicissitudes that the systems provide better integrate your specific goals for the sake of better products for society and the environment. Designers now can design environmentally responsible objects, with more practicality.
Developments in architecture and construction: BIM and digital manufacturing.
In the processing industry, noted that integrated design and manufacturing systems are realities of the market for several decades. The integrated process of working to produce vehicles, aircraft, boats, from the 1970s are abundantly used in stage and currently well developed, which did not observe when it comes to construction, in most cities. Architects in different regions, are still developing their projects based on two-dimensional systems, even using computers. What we can see, according to research, it is that the architect simply adapted the information and communication technologies to their usual design process, which is leading the project through drawings, and the use of three-dimensional models, is still only saved presentation of the project, using realistic photo images. Few architects use three-dimensional modeling as a conductor element of the design process, relegating to the dark field, mystical and subjective production of architectural projects. The production processes of most buildings is still handmade, and depends on unskilled labor, often overwhelmed, underpaid and the results are generally harmful to the environment, and so far, not identified in research data demonstrating clearly the damage such building systems can lead to construction industry as a whole, as compared to processes integrated CAD and CAM, production buildings. Within what we can see more easily the information system has found more supporters in the construction sector, both in Brazil and elsewhere in the world, is the BIM system. The use of computer aided design systems is assimilated in most design and architecture offices. What has changed since the early 1990s is the relationship between designers, architects and information in general systems: some groups of EAC industry professionals have, over the past decades, becoming developers of their own tools,
especialistas. Não fazia parte, e nem faz, da educação básica de um designer ou de um arquiteto, mas é elemento do ciclo básico dos cursos de engenharia. Muitos arquitetos e designers agora estão cada vez mais conscientes das possibilidades projetuais diversas, que a programação pode oferecer, e tais profissionais tem cada vez mais procurado aprender programação, como autodidatas, ou criando relações interdisciplinares em centros de pesquisa de referencia. Devemos levar em conta que o ensino de sistemas de informação nas escolas de arquitetura e design brasileiras, e de muitos outros países também, possuem outras prioridades, que não apresentar os conceitos básicos dos sistemas de informação que utilizamos. A universidade, como um espaço que favoreça o pensamento livre na área de digital design, é muitas vezes coagida a colocar o foco em ensinar ferramentas e habilidades práticas, de aplicação imediata, tal como o desenho bidimensional, renderizações foto realísticas, detalhamento de partes da construção, referenciamento, composição de tabelas, memorandos e demais elementos que estão alheios a uma nova possibilidade projetual, e que, sem dúvida, deve ser levada em consideração. Tão logo, com tais prioridades, os sistemas de informação e comunicação aplicados ao design e arquitetura estão sempre carentes de cognição e estudos mais aprofundados de suas potencialidades, pois a grandes maioria dos profissionais de arquitetura no Brasil não geram, necessariamente, uma relação direta entre o objeto modelado tridimensionalmente, e seu fluxo de informações necessárias a sua documentação, construção, fabricação de componentes, cronograma de montagem na obra e manutenção do edifício depois de construído. O modelo tridimensional esta desconectado, das informações inerentes ao projeto, no fluxo comum do arquiteto nacional, sendo necessárias alterações manuais e pontuais em toda a cadeia de dados do projeto quando necessárias modificações. Existem diversas profissões em que a programação é o elemento principal, e sem a qual nada acontece. Talvez a relação computação e design ocupe uma área obscura do conhecimento para os que geralmente têm ocupado seus esforços, e mantendo o foco, na especulação de questões mais relativas ao próprio processo projetual, como as raízes de questões como criatividade ou mesmo a preeminência das práticas modernas preconizadas pela Bauhaus ou toda a escola moderna europeia. Geralmente, arquitetos e designers estão mais preocupados com questões relacionadas ao objeto em si, do que com as disciplinas técnicas relacionadas à como produzimos nossos objetos. Afinal de contas, arquitetos e designers podem desenhar com lápis, como já fazem há anos. Em algumas universidades brasileiras, o campo dos sistemas de informação e comunicação para design e arquitetura tem mantido
through the use of programming or scripting. The script or programming, allows the designer adapt, customize or completely reconfigure the design software computer aided, according to their predilections and working methods. When the designer or an architect uses the script to modify his tools, this not only enhances their repetitive tasks, since they can, for example, combining libraries of objects that should be positioned one by one, to an algorithm that intelligently place the entire library following predefined parameters in a previous program, planned by the architect himself, following issues relating to the most varied order project from elements related to lumĂnico, thermal performance, structural and safety, economy and other issues.
A script, in the narrower sense of the word, is like writing a play or film, where every scene, every action or speech of a character, there is planned according to a temporal sequence. Rather than using a computer to assist you to design, program profoundly modifies the relationship between the designer and your product. Modifies the way of a general design. Programming hitherto understood as a subject for experts. He was not part of, nor does the basic education of a designer or an architect, but is an element of the basic cycle of engineering courses. Many architects and designers are now increasingly aware of the various projective possibilities which programming can offer, and such professionals have increasingly sought to learn programming, as selftaught, or creating interdisciplinary relations in reference research centers.
We must take into account that the educational information systems in schools of architecture and Brazilian design, and many other countries also have other priorities, not to present the basic concepts of information systems we use. The university, as a space that promotes free thought in the field of digital design, is often coerced to put the focus on teaching tools and practical skills for immediate application, such as two-dimensional drawing, rendering realistic photo parts of details construction, referencing, composition tables, memos and other elements that are unrelated to a new possibility projetual, and that certainly must be taken into consideration. As soon as, with these priorities, information and communication systems applied to the design and architecture are always in need of cognition and further study of its potential, as the great majority of professionals in architecture in Brazil do not generate necessarily a direct relationship between the object modeled in three dimensions, and its flow of information necessary for their documentation, construction, component manufacturing, assembly schedule the work and building maintenance once built. The three-dimensional model is disconnected, the inherent to the project information in the ordinary flow of national architect, requiring manual and ad hoc changes throughout the project data string when necessary modifications.
There are many professions where programming is the main element, and without which nothing happens. Perhaps the relationship computing and design occupies a gray area of ​​knowledge for those who usually have occupied their efforts and keeping the focus on speculation more for the own design process issues, such as the roots of issues such as creativity or even the preeminence of practices Modern advocated by Bauhaus or any modern European school. Generally, architects and designers are more concerned about issues related to the object itself, than with the technical disciplines related to how we produce our objects. After all, architects and designers can draw with pencils, as they do for years. In some Brazilian universities, the field of information and communication systems for design and architecture have remained focused on emulating the design and analogical reasoning that architects and designers have developed over the last two centuries and, apparently, many of these pro-
o foco em emular o desenho e raciocínio analógico que arquitetos e designers desenvolveram ao longo dos últimos dois séculos e, aparentemente, muitos destes profissionais não se preocupam muito em modificar seus métodos analógicos de projeto em face de possibilidades realmente mais profundas, do ponto de vista da técnica de como fazemos os nossos produtos ou edifícios. O que vemos nas páginas da imprensa especializada mundial, principalmente no campo da arquitetura, são construções feitas por profissionais, que geralmente agrupados ou liderados por um grande nome que batiza o escritório, utilizam avançadas técnicas de programação e fabricação digital em suas obras. Curioso também notar que muitos dos vencedores dos grandes prêmios mundiais, na área de arquitetura e construção civil, também fazem uso destas mesmas técnicas projetuais. Outro fato curioso é que mesmo com uma crise mundial global, que tem afetado sensivelmente os campos da construção civil, vemos a efervescência de novas teorias nas áreas de arquitetura e design, e diversos estúdios espalhados pela Europa, América do Norte e Ásia, que tem mostrado e ensinado técnicas emergentes de projetos, utilizando igualmente estas novidades do campo das ciências da informação e comunicação aplicadas ao design de uma maneira geral, e visivelmente, percebe-se grande força nestas atividades. A ação de pioneiros nesta área contaminou um grande número de jovens profissionais, em todo o mundo, que aproveitando as possibilidades da rede de comunicação global, tem compartilhado o conhecimento de sistemas de programação de uma maneira geral, e possibilitado a profusão destes pensamentos de maneira, que seria inegável, acreditar que não estamos vivendo um momento passageiro. Mas pra que utilizarmos tais técnicas? Por que programarmos? Programamos, pois há a preeminência do script como elemento universal nas grandes obras publicadas nos últimos 20 anos, mesmo que haja uma ausência desta disciplina nos currículos das faculdades de arquitetura e design. Em segundo lugar, poderíamos destacar as inovações nas áreas de software e hardware, que permitiram interfaces mais amigáveis e equipamentos mais potentes, para rodarem as programações mais complexas, e as consequentes saídas que tais programações possibilitaram. Devemos também elencar aqui, que mesmo que pluralizem as possibilidades criativas, devido às novas mídias, existe a tendência de surgirem novas comunidades com linhas de pesquisa específicas, como o generative design que utiliza os algoritmos genéticos como base de sua produção, ou mesmo os processos de trabalho baseados em BIM. Designers e arquitetos estão se apropriando dos sistemas de programação e não criando novos. O comportamento natural do arquiteto tradicional é o de “secretizar”
fessionals do not care much to modify their methods of analog design in the face of really deeper possibilities, from technical point of view of how to make our products or buildings.
What we see in the pages of the world’s trade press, especially in the field of architecture, buildings are made by professionals who usually grouped or led by a big name who baptizes office, using advanced programming techniques and digital fabrication in his works. Also curious to note that many of the winners of the great world awards in the field of architecture and construction, also make use of these same projective techniques. Another curious fact is that even with a global world crisis, which has significantly affected the fields of construction, see the effervescence of new theories in the fields of architecture and design, and various studios across Europe, North
os processos pelos quais tomou como base, colocando toda uma áurea mítica em seu trabalho. Exatamente oposta à postura que jovens profissionais têm tomado, pois compartilham todo o seu processo na internet. Esta é a quarta razão pela qual se torna interessante programar. Tais níveis de generosidade podem significar, que enquanto novas rodas têm sido inventadas nos escritórios fechados de arquitetura espalhados pelo mundo, jovens profissionais são mais propícios a mesclarem suas programações e processos projetuais, a ponto de permitirem o crescimento de uma comunidade criativa mundial permitindo assim a proliferação de novas correntes de design no mundo todo. Avanços nas técnicas de fabricação digital devem ser elencadas quando o assunto é o interesse por arquitetos em programação. O processo que envolve fabricação digital requer algum grau de programação por parte dos arquitetos, ou no mínimo modificações em seus processos de trabalho, que passem por estes princípios. As práticas na área de construção civil podem se beneficiar dos processos de prototipagem rápida ou fabricação de componentes finais para edifícios, que se baseiem em máquinas controladas por CNC (computer-numerically controlled), uma vez que podem ser aliados poderosos em esquemas de just-in-time, podendo abastecer a cadeia produtiva com objetos mais precisos e econômicos. Mais profissionais compreendem que a tecnologia da informação, aliada a programação e técnicas de fabricação digital, são perfeitamente unidas a mudanças nas estruturas organizacionais. A automação de projetos e processos da construção civil podem entregar uma reconfiguração estratégica que torna legitimo o trabalho criativo em círculos maiores, envolvendo gamas diferentes de profissionais de áreas diversas, acelerando o fluxo de informações de um campo para outro, na cadeia produtiva da construção civil, como já mencionado anteriormente. A gramática própria de cada período. Ao longo dos últimos dois séculos, arquitetos e designers habituaram-se a desenhar antes de construir ou fabricar, atos que indubitavelmente diferenciam meras construções de arquitetura e artesanato de design industrial. Desta forma, o desenho tem sido um método de organização de informações e ideias, compreensão do espaço e afins. Com a evolução dos métodos de desenho, surgiram novos estilos e escolas. A perspectiva na renascença, as axonométricas do modernismo, marcaram suas possibilidades de representação nas linhas de raciocínio de cada período. Cada técnica de representação esteve atrelada a certos instrumentos durante séculos, como papel, régua e compasso, e cada técnica, associada a sua ferramenta, criavam um meio de traduzir em um vocabulário geométrico, os gestos e ideias do profissional, estabelecendo um link direto entre a ideia e o sinal. O processo analógico de projetar produtos e edifícios é basicamente um processo aditivo: os elementos do projeto são adicionados um a um, sobrepondo-se sinais traçados em papel. Não existem relações associadas. A consistência do desenho não é garantida pelo meio, mas encrustada no próprio designer, uma vez que o desenho não é um meio inteligente, mas sim um código baseado em convenções. Existem questões específicas neste processo que devemos levar em consideração, afinal de contas, devem existir mais razões que atraiam designers e arquitetos a programação além das listadas acima. Primeiramente, o ato de desenhar é limitado devido à diferenciação de mecanismos cognitivos, realçando os processos criativos, que trabalha para
Shape Grammar for each period
America and Asia, which has shown and taught emerging technical projects, also using these new field of information sciences and communication applied to the design in general, and obviously, we can see great strength in these activities. The action of the pioneers in this area infected a large number of young professionals worldwide, that taking advantage of the possibilities of global communication network, has shared the knowledge of programming in general systems, and enabled the profusion of these thoughts so which would be undeniable, we believe that we are not living a fleeting moment.
But for which we use such techniques? Why programarmos? We scheduled because there is the preeminence of the script as a universal element in the great works published in the last 20 years, even if there is an absence of this discipline in the curricula of architecture and design schools. Secondly, we could highlight the innovations in the areas of software and hardware that allowed friendlier interfaces and more powerful equipment to rotate the most complex schedules, and resulting outputs that such schedules allowed. We must also to list here, that even if pluralizem the creative possibilities due to new media, there tend to arise new communities with specific research areas such as generative design that uses genetic algorithms as the basis of their production, or even the process BIM-based work. Designers and architects are grabbing the programming systems rather than creating new ones. The natural behavior of the traditional architect is to “secretizar� the processes by which was based on, putting all a mythical golden in their work. Exactly the opposite stance that young professionals have taken, because they share the whole process online. This is the fourth reason becomes interesting program. Such generosity levels can mean that while new wheels have been invented in the closed offices of architecture around the world, young professionals are more likely to meld their schedules and projective
estabelecer inter-relações, mais do que adicionar informação. O desenho jamais conseguiria adicionar elementos físicos relevantes ao mundo real, e que fatalmente induziriam a modificação de suas formas finais. O desenho tradicional não tem como simular, por exemplo, os esforços da gravidade e demais constrangimentos, que restringiriam deformações e deslocamentos das peças de uma estrutura, por exemplo. Estas características básicas, do processo analógico, acabam por induzir os processos projetuais a tomadas de decisão, que geralmente, passam por soluções já conhecidas, que garantem resultados que acabam por restringir a inovação. A expansão do uso do desenho ajudado por computador, para além do sistema de representação baseado na documentação, agora capaz de incluir análises diversas, simulações e inclusive fabricação digital de componentes do edifício, integrando tanto ferramentas standard como ferramentas desenvolvidas pelo próprio arquiteto, possibilita um melhor gerenciamento do processo de projeto e construção de um edifício, contribui para a emergência do conceito de Building Information Modeling, que é capaz de reduzir o vácuo entre diversas disciplinas e profissionais. Porém, ainda existem desafios a serem resolvidos, como o problema de interoperabilidade entre os diferentes softwares necessários a implementação de tal tecnologia. A Modelagem de Informações do Edifício (traduzindo o termo Building Information Modeling, BIM) é uma tecnologia emergente e um método de trabalho que proporciona um indubitável avanço para a indústria da Arquitetura, Engenharia, Construção e Operações (AECO). Para alguns pesquisadores o termo BIM é considerado como de vital importância para a comunicação e compreensão de uma situação projetual. Mesmo que haja contestações, por parte de alguns pesquisadores, o BIM tem proliferado tanto nos ambientes das empresas, como em círculos acadêmicos. Em muitos seminários e congressos, o conceito é entendido como um catalisador de mudanças nos processos de trabalho necessários a projetos de edificações, pois é capaz de reduzir a fragmentação da indústria de construção civil atual, impondo novos patamares de eficiência, garantindo baixo custo devido a operações ineficientes que se encontra na indústria atual. Muitas divergências, em diversos aspectos, são encontrados nas metodologias de aplicação para sistemas BIM, como questões construtivas inerentes a estudos organizacionais, e campos regulatórios referentes a sistemas de informação, e tais elementos justificam a criação de pesquisas que auxiliem na formação de um quadro teórico adequado a implementação plena do conceito de modelagem de informações do edifício. Podemos observar, mediante as informações colhidas nos textos de especialistas no assunto, que os sistemas de informação que visem integrar concepção e fabricação digital de componentes para edificação, necessitam de estudos teóricos e práticos que possam entregar ainda mais eficiência a indústria de construção civil brasileira. No caso específico do Brasil, que possui um déficit habitacional de grande monta, estes estudos possuem ainda mais valor, pois a aplicação de tecnologias podem gerar espaços construídos de melhor qualidade, associando custos menores e prazos condizentes com a necessidade da população de baixa renda.
Computational Design Thinking
Desde a revolução industrial o conhecimento e as habilidades necessárias para fazer projetos de arquitetura e design industrial tem-se adaptado as incessantes novidades que anualmente a indústria disponibiliza. Desde a década de 1780, marco histórico da revolução industrial, segundo Eric Hobsbawn, arquitetos, engenheiros e
processes as to allow the growth of a global creative community thus allowing proliferation of new design currents worldwide.
Advances in digital manufacturing techniques shall be listed when it comes to interest in architects programming. The process involving digital manufacturing requires some degree of programming by the architects, or at least changes in its work processes, passing through these principles. Practices in the construction sector can benefit from rapid prototyping processes or manufacture of final components for buildings, which are based on machines controlled by CNC (computer-numerically controlled), since they can be powerful allies in just- schemes in-time and can supply the production chain with more accurate and economic objects. More professionals understand that information technology, combined with programming and digital manufacturing techniques are perfectly united to changes in organizational structures. The automation projects and process construction can deliver a strategic reconfiguration that makes legitimate creative work in larger circles, involving different ranges of professionals from different areas, accelerating the flow of information from one field to another in the supply chain of construction as previously mentioned.
The very grammar of each period.
Computational design thinking
designers tiveram a incumbência de criar objetos mais eficientes sob os mais diversos aspectos e amparando-se nas tecnologias emergentes de cada período. Conseguiram não somente produzi-los como também resolveram o problema das grandes escalas de produção necessárias, para aplacar a demanda por bens diversos. Ao longo destes 235 anos de história da indústria moderna, podemos destacar diversos momentos em que grupos de artistas, arquitetos e designers propagaram novas formas de projetar e de construir: muitas vezes chocando a opinião pública num primeiro momento, mas depois de assimilada pelas vozes mais receosas, tornavam-se ideias institucionalizadas e de prática comum e reconhecida por diversos grupos, inclusive os antes contrários. Especialmente falando da virada do século XX para XXI, devemos ressaltar inovações no campo das ciências da comunicação e informação, que influenciaram a maneira como organizamos nossos dados. Nicholas Negroponte apontou no livro “Being Digital” a ideia da substituição do átomo para o bit. Neste conceito, percebemos a desintegração da informação em relação ao suporte. Antes da rede que interliga nossos computadores, a informação estava inserida em um suporte constituído por um elemento físico indissociável. Na era digital a informação separouse do suporte: posso acessar a mesma informação, mas com suportes diferentes, como meu notebook, desktop, celular ou tablete. Mas quais as consequências para o designer e arquiteto neste processo como um todo? Será que se pensarmos design, como um processo de materialização de um conjunto de informações em um objeto físico, até que ponto a desmaterialização da informação, de átomo para bit, modifica efetivamente a maneira como projetamos nossos produtos e edifícios? A nova classe de edifícios e produtos que surgiu na era digital constitui uma classe única de objetos (segundo Rivka Oxman 2006), o que nos leva a acreditar que o design digital é um fenômeno capaz de modificar a maneira como projetamos e fabricamos, a ponto de causar o mesmo furor que causou o Movimento Moderno do início do século XX em termos conceituais. Em Dezembro de 1995, John Frazer escreveu um texto intitulado “The Architectural Relevence of Cyberspace” que abordava as relações entre a arquitetura e linhas de raciocínio derivadas de novas tecnologias. Frazer nos mostrou como uma nova consciência emergiu com profundas implicações para a arquitetura e o design. Segundo Frazer, a internet é um mundo paralelo ao nosso compreendido no que ele conceituou como ciberespaço, sustentado pela existência de computadores interligados, que abrigam a manifestação de profundas modificações culturais e tecnológicas, que foram capazes de reformular nossas visões do mundo a partir
Over the last two centuries, architects and designers have become used to design before building or manufactured, acts undoubtedly differentiate mere constructions of architecture and industrial design crafts. Thus, the design has been a method of organizing information and ideas understanding of space and the like. With the development of design methods, there were new styles and schools. The perspective in Renaissance, modernism the axonometric, marked their representation of possibilities along the lines developed for each period. Each representation technique has been linked to certain instruments for centuries, such as paper, ruler and compass, and each technique, combined with its tool, created a means to translate into a geometric vocabulary, gestures and professional ideas, establishing a direct link between the idea and the sign.
The analog process design products and buildings is essentially an additive process: design elements are added one by one, overlapping signals plotted on paper. There are associated relations. The consistency of the drawing is not guaranteed by means but crusted the designer himself, since the design is not an intelligent way, but a convention-based code. There are specific issues in this process that we should consider, after all, there must be more reasons to attract designers and architects programming than those listed above. First, the act of drawing is limited due to the differentiation of cognitive mechanisms, enhancing the creative process, working to establish interrelationships rather than add information. The design could never add physical elements relevant to the real world, and that inevitably induce the modification of their final forms. The traditional design has no way to simulate, for example, the efforts of gravity and other constraints that restrict deformations and displacements of the parts of a structure, for example. These basic features of the analog process, eventually induce projective processes to decision-making, which usually go through already known solutions that guarantee results that end up restricting innovation. The expansion of computer aided design use, in addition to the representation system based on documents now able to include various analyzes, simulations and including digital fabrication building components, integrating both standard tools such as tools developed by the architect itself, enables better management of the design process and construction of a building contributes to the emergence of the concept of Building Information Modeling, which is able to reduce the gap between various disciplines and professionals. However, there are still challenges to be solved, such as the problem of interoperability between the different software required to implement such technology.
de meados da década de 1990. Mudou nossa percepção das coisas onde trocamos nossa percepção de um universo de objetos, para focar-nos nas relações entre tais objetos, que é a característica mais paradigmática da mudança de cenário na virada do século XX para XXI. O mais importante passou a ser o processo, e não o objeto, e por diversas razões. O novo século é descentralizado, dessincronizado, diverso, simultâneo, anárquico, customizado e as chaves conceituais para tais mudanças são a informação, sustentabilidade, participação e demais propriedades emergentes. Estes fenômenos constituem uma mudança social e tecnológica trabalhando para a reversão de nossas decisões, inclusive políticas. Devemos ressaltar que tais mudanças paradigmáticas estão não apenas na maneira como enxergamos o futuro, mas como olhamos e compreendemos nosso passado. Ao migrarmos de átomos para bits e interligarmos nossos sistemas de processamento de dados através da internet, democratizamos o acesso à informação. Com o incremento da capacidade de transmitir mais bits por segundo, a cada novo dia, as vantagens em distribuir a informação pelo mundo possibilitou que não fossemos apenas receptores, mas também nos colocou como emissores de informação, graças aos constantes desdobramentos do aumento no trânsito de bits. Desta forma, reforçamos a coexistência de uma nova Inteligência Coletiva, que Cristopher Hight e Chris Perry apresentaram na edição de outubro de 2006 da revista AD. Nesta mesma edição os autores citam Pierre Levy, que trabalhou o mesmo conceito, ampliando seu sentido não apenas como um objeto cognitivo, mas para além da compreensão de seu senso etimológico de junção, de proximidade, como unindo não apenas ideias, mas pessoas e construindo uma sociedade. A colaboração não emerge de dois autores, isolados em uma voz uníssona, e sim ligada à ideia da proliferação que cria o coro de uma multidão. Se analisarmos o fenômeno da internet, e seus efeitos mediante uma população cada vez mais plugada, a distribuição de informações pelo globo, perfeitamente pode modificar uma série de atividades humanas, inclusive o design e a arquitetura. Tal fluxo de informação possibilitou o estreitamento entre as disciplinas: a transdisiplinaridade é uma característica das novas sociedades baseadas no trânsito de informação. Por este prisma, a ligação entre informática, telecomunicações e novas organizações sociais, políticas e econômicas sugerem que a tradicional divisão nas áreas do design, que ocorreu nos séculos anteriores, e que colocaram as habilidades de quem constrói e de quem concebe em profissões distintas, tende a desaparecer, e serem substituída por diferentes organizações de conhecimento e prática. O intercâmbio interdisciplinar de práticas descentralizadas emergiu para reposicionar e fornecer um novo ferramental para os profissionais de arquitetura e design, de forma a engajá-los na solução de problemas não convencionais, questões complexas das forças do local, questões inerentes à sustentabilidade e processos de manufatura digital. Marshall McLuhan já chamava a atenção, desde a década de 1960, para o surgimento de novos organismos sociais, baseados nos princípios de descentralização e coletividade. Em partes McLuhan, que se embasava nas já disponíveis novidades das telecomunicações, comentava sobre o surgimento de uma “vila global”. As tecnologias de comunicação e informação não apenas ampliaram ordens sociais pré-existentes, mas potencializaram a capacidade humana de raciocínio, com modos autômatos de produção e isso acarretou mudanças paradigmáticas profundas, que acaloram debates há pelo menos 50 anos, desde o início da discussão de revisões de processos da década de 1960. O conceito global apontado nas ideias acima, não pode ser tomado como algo novo. Buckiminster Fuller já aspirava por uma visão globalizada das informações, que
The Building Information Modeling (translating the term Building Information Modeling, BIM) is an emerging technology and a working method that provides an undoubted step forward for the industry of Architecture, Engineering, Construction and Operations (AECO). For some researchers the term BIM is considered of vital importance to the communication and understanding of a situation projetual. Even though there are challenges, by some researchers, BIM has proliferated so much in environments of enterprises, as in academic circles. In many seminars and conferences, the concept is understood as a catalyst for change in work processes required for building design, it is able to reduce the fragmentation of the current construction industry, imposing new levels of efficiency, ensuring low cost due to inefficient operation which is the current industry. Many differences in many aspects, are found in the application of methodologies for BIM systems, such as construction issues related to organizational
associava a realização técnica de um ciberespaço com a simultânea desmaterialização dos meios de comunicação global, tendo impacto direto sobre nosso entorno físico e suas relações como nossos mundos. Ainda de acordo com Frazer, a rede eletrônica de informações é heterogênea, independente do seu local, informal, ativa e em uma análise rasa, podemos observar que é exatamente o oposto do que encontramos na arquitetura tradicional, e isso nos leva a imaginar a morte das cidades como as conhecemos de tal forma a compreender que a simbólica função da nova arquitetura é tornar visíveis nossos edifícios: não somente como monumento a expressões formais de sua função, mas como parte essencial de sua função. A arquitetura como um órgão essencial de interação com o seu entorno, alternando tanto a recepção como a transmissão de informações. Remontando conceitos presentes em outro trabalho de John Frazer, “A Natural Model for Architecture. The nature of evolutionary body”, a nova arquitetura e design emergentes dos tempos atuais, devem ser subprodutos concebidos no âmbito de uma comunidade mundial, baseada na cooperação global, envolvendo ideias de responsabilidade ecológica e social, usando a computação como um acelerador evolucionário. A ênfase mudou do produto para o processo tal como Buckiminter Fuller, John Cage e Marshall McLuhan já haviam salientado em seus estudos. Mudou das formas para as relações entre as formas, das formas e seu entorno e das formas e suas relações com seus usuários. Este novo modelo irá modificar nosso entendimento e interpretação da arquitetura do passado, e certamente irá modificar nosso conceito de novo. Com tantas variáveis disponíveis para inserirmos em nossos projetos, somente utilizando ferramentas digitais, seriamos capazes de concebermos edifícios e produtos capazes de darem uma resposta a estas novas questões de alta complexidade. Novamente, devemos ressaltar, que novas formas de projetar, geralmente seguem acompanhadas, ou precedendo, novas formas de construir. Devemos destacar o desenvolvimento de sistemas de fabricação controlados por computador, os sistemas CNC (controle numérico computadorizado pelo IMT em 1951) bem como a popularização do uso dos computadores nas décadas de 1980 e 1990, que aceleraram a maneira como arquitetos e designers relacionavam-se com os meios digitais, como mencionado anteriormente. Com tais avanços na utilização de meios digitais, tanto para fase conceitual, como nas etapas de fabricação dos produtos de uma maneira geral, gerou-se uma nova classe de objetos, e no campo da construção civil, as modificações apresentam-
studies, and regulatory fields relating to information systems, and these elements justify setting up research to assist in the formation of a theoretical framework suitable for full implementation of the concept of building information modeling.
We can see by the information gathered in the expert texts on the subject, the information systems that aim to integrate design and digital fabrication of components for building, require theoretical and practical studies that could still deliver more efficiently the Brazilian construction industry. In the specific case of Brazil, which has a housing deficit of major consequence, these studies still have more value because the application of technologies can generate built best quality spaces, combining lower costs and deadlines consistent with the need of the low income population.
se profundas e abriram novas linhas de pensamento, que revisam as relações entre o arquiteto e seu edifício, que vão desde o papel do desenho dentro de uma nova realidade produtiva, onde as construções de edificações são gerenciadas por informações digitalizadas, e a postura projetual que o arquiteto deve assumir face tais inovações tecnológicas. Avaliando o trabalho de Branko Kolarevic, pode-se afirmar que há uma nova classe de edifícios sendo produzidos no período classificado como a “era digital”. Poder-se-ia aqui, ainda embalado no seu raciocínio, pensar que o elemento central e comum a esta nova classe de produtos é o fato que as novas técnicas estão possibilitando a conexão direta entre o que pode ser projetado, e como pode ser construído, trazendo à tona o aspecto primordial do significado da informação, influenciando a produção, a comunicação, a aplicação e o controle da indústria da construção civil de uma maneira geral. O que nos chama a atenção em especial neste processo apontado por Kolarevic é a maneira como a integração entre concepção e construção/fabricação são extremamente diferentes do que estamos acostumados no processo tradicional de projetar. Geralmente devemos preparar desenhos, que serão materializados em um canteiro de obras, após serem interpretados por pedreiros, carpinteiros e todo um exército de mão de obra corriqueiramente de baixa qualificação. Neste processo o arquiteto ocupa a posição de um profissional que prepara tais desenhos. Apenas. Este papel diluiu a posição do arquiteto, que em eras anteriores, ocupava o papel do mestre da obra, associando a execução e criação em um único meio. Não eram necessários desenhos para orientar o trabalho de esculpir blocos de pedra ou outros materiais. Desenhava-se diretamente no material. O desenho agora possui um novo papel: é elemento que conduz a geração de um G Code, que alimenta o sistema de fabricação adotado, traduzindo em materialidade, todos os elementos tidos como virtuais nas telas de nossos computadores. Devido ao grau de complexidade das peças geradas, é necessário que a montagem das peças siga as instruções, que estão presentes na tela do mesmo computador, integrando o meio digital desde a concepção, a fabricação e a montagem dos sistemas desenvolvidos. Para um sistema de informação, a materialidade é um dado. E como tal, é um elemento do mundo virtual. O processamento da informação é um sistema virtual. Já a fabricação, seja de qualquer elemento, por métodos completamente manuais ou utilizando máquina mecânica é ligado à materialidade, ao mundo real. Máquinas controladas por computador conseguem associar estes dois mundos distintos e as consequências para os envolvidos na fabricação de objetos (mesmo um edifício) são muitas.
Computational Design Thinking
Since the industrial revolution the knowledge and skills needed to make projects of architecture and industrial design has been adapted to the incessant news that annually the industry offers. Since the 1780s, landmark of the industrial revolution, according to Eric Hobsbawm, architects, engineers and designers had the task of creating more efficient objects under the most diverse aspects and supporting her in emerging technologies of each period. They could not only produce them but also solved the problem of large production scales necessary to placate the demand for various goods. Over the 235 years of the history of modern industry, we can point out several times when groups of artists, architects and designers spread new ways to design and build: often shocking the public at first, but after assimilated by more voices afraid, they became institutionalized ideas and common practice and recognized by several groups, including the prior contrary. Â Especially talking about the turn of the twentieth century to the twenty-first, we must
Belas Artes study group
Atualmente, seria difícil encontrar uma única ferramenta digital, que facilitasse todas as etapas necessárias para coletar, processar e gerenciar os dados referentes à construção ou mesmo retrofit de um edifício, e que ao mesmo tempo, também coordenasse processos de fabricação digital dos componentes necessários a construção. É necessária a adoção de diversos softwares para abarcar tal tarefa, e dai surgem problemas diversos referentes à interoperabilidade de sistemas de informação. Não somente informações de áreas distintas estão em jogo, mas também profissionais de diferentes campos do ramo da indústria de engenharia, arquitetura e construção civil. Como organizar tantas variáveis? Como permitir um fluxo rápido da informação, necessária a executar etapas do projeto, bem como a fabricação dos componentes do edifício? Como resolver às questões inerentes a interoperabilidade, que se impõem como barreira neste processo como um todo? Seriam estas tecnologias efetivamente capazes de reduzir custos e prazos no projeto de reabilitação de edifícios destinados a habitação de interesse social? Seriam mais vantajosas do ponto de vista da qualidade construtiva, espacial e serem realmente alternativas viáveis em face às técnicas tradicionais?
Grupo de estudos FabLab Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Tudo começou com a inauguração do Laboratório de Prototipagem Rápida e Fabricação Digital do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, auto intitulado FabLab Belas Artes, onde tivemos como incumbência introduzir a cultura “maker” (cultura do faça você mesmo baseando-se em modelagem e fabricação digitais de design e arquitetura). Não apenas utilizar impressoras 3d, maquinas de corte a laser e centros de usinagem CNC, tínhamos que apresentar as diversas propostas teóricas e mudanças de comportamento que acompanhavam as modificações que designers e arquitetos digitais tem em comum. O primeiro desafio foi de mostrar que os usos de ferramentas computacionais vão além de um instrumental para representação, e devem ser considerados como parte de um processo mais complexo e atual, foi (e tem sido) a principal tarefa do nosso grupo. A maioria dos integrantes da nossa comunidade Belas Artes, compreendiam que o computador não era capaz de introduzir novas camadas de complexidade ao processo de trabalho como um todo, ainda ressaltando que meios analógicos de criação ainda são vertentes inexoráveis do processo de criação para design e arquitetura. A segunda tarefa do grupo, foi de apresentar o conceito do ambiente virtual e colaborativo de trabalho, onde a interação entre o designer, arquiteto e engenheiros, deve ser plena e auxiliada pelo uso intenso de ferramentas digitais em todo o processo: concepção, modificação e fabricação dos objetos finais. Mostrar que não há espaço para menosprezar nenhum aspecto de cada disciplina em um mesmo projeto, evitando inclusive a cultura das colocações jocosas que existem entre um
profissional e outro, faz parte de nossa empreitada: Arquitetos e Designers unidos em prol do mesmo objeto, em um ambiente de colaboração mutua e aplicando a sinergia necessária para conclusão de tarefas complexas e implementação plena do “Digital Design Thinking”, como a mais contemporânea estratégia projetual. As atividades são desenvolvidas seguindo o princípio da reflexão na ação, onde durante a atividade de resposta a uma de manada prática são geradas as questões que alimentam a investigação teórica e a discussão entre os integrantes do grupo, bem como a comunicação dos resultados em congressos e demais ambientes reflexivos. O processo metodológico para esta atividade foi dividido em três frentes de trabalho que se iniciaram um semestre antes da inauguração efetiva do Laboratório de Fabricação Digital e Prototipagem Rápida e que ocorreram simultaneamente: A divulgação do conteúdo teórico; treinamento dos alunos na utilização de softwares específicos, uma vez que na instituição as aulas de informática aplicada não estavam atualizadas às novas tecnologias e enfocavam a utilização de tais técnicas exclusivamente para representação; e aplicação dos conhecimentos adquiridos resolvendo o problema de projeto e fabricação de um abrigo responsivo.
Frente 01: Tutoriais e ferramentas de programação: O Grasshopper como atividade complementar. O uso de sistemas de desenho assistido por computador encontra-se assimilado pela maioria dos professores e alunos de nossa instituição, porém nosso corpo discente e docente desconhecia que designers e arquitetos vêm, ao longo das últimas décadas, tornando-se desenvolvedores de suas próprias ferramentas, através da utilização de programação ou script. Como mencionado, utiliza-se em nossa escola os meios digitais apenas para representação de projetos. Tivemos que induzir, em nossa comunidade, as pessoas a raciocinarem a partir de algumas perguntas básicas: Mas para que utilizarmos tais técnicas? Por que programarmos? Qual a motivação para modificar o processo de trabalho? Apresentamos o assunto programação a partir da preeminência do script como elemento universal nas grandes obras publicadas nos últimos 20 anos, mesmo que haja uma ausência desta disciplina nos currículos das faculdades de arquitetura e design. Em segundo lugar, destacamos as inovações nas áreas de software e hardware, que permitiram interfaces mais amigáveis e equipamentos mais potentes, que rodam programações mais complexas e as consequentes saídas para fabricação digital que tais técnicas
emphasize innovations in the field of communication sciences and information that influenced the way we organize our data. Nicholas Negroponte pointed out in the book “Being Digital” the idea of atomic replacement for the bit. In this concept, we see the disintegration of information relative to the support. Before the network that interconnects our computers, information was inserted in a support made of inseparable physical element. In the digital information separated from the support, I can access the same information but with different supports, as my notebook, desktop, mobile phone or tablet.
But what are the consequences for the designer and architect in this process as a whole? Would we consider design as a process of materialization of a set of information on a physical object, to what extent the dematerialization of information, atom
possibilitaram. Como se sabe, o script, ou programação, possibilita que o designer adapte, customize ou reconfigure por completo o software de desenho assistido por computador, de acordo com suas predileções e modos de trabalho. Quando o designer ou arquiteto utiliza o script para modificar suas ferramentas isso não somente potencializa suas tarefas repetitivas, uma vez que pode, por exemplo, combinar bibliotecas de objetos que deveriam ser posicionadas uma a uma, a um algoritmo que posicione inteligentemente toda a biblioteca seguindo parâmetros pré-estabelecidos em uma programação prévia, planejada pelo próprio arquiteto, seguindo questões relativas ao projeto da mais variada ordem, desde elementos relacionados a desempenho lumínico, térmico, estrutural, bem como segurança, economia e demais questões. Mais do que o uso de um computador para auxiliar na tarefa de desenhar, programar modifica profundamente as relações entre o designer e seu produto, seja um mouse ou um edifício, modifica a maneira como projetamos de uma maneira geral. Programação até então era compreendida como assunto para especialistas. Não fazia parte, e não faz, da educação básica de um designer ou de um arquiteto, mas é elemento do ciclo básico dos cursos de engenharia (Burry, 2011). Os professores e alunos de nossa escola não conheciam os conceitos de script aplicados ao processo projetual do arquiteto ou designer. Apresentou-se inicialmente a possibilidade de facilitar as tarefas repetitivas e gradualmente demonstrou-se que o script pode ser uma nova maneira de contribuir no processo de trabalho como ferramenta que potencializa a análise de dados necessários ao projeto. Devemos levar em conta que o ensino de sistemas de informação, não somente em nossa instituição mas na grande maioria das escolas de arquitetura e design brasileiras, possuem outras prioridades que não apresentar os conceitos básicos dos sistemas de informação que utilizamos. A universidade, como um espaço que favoreça o pensamento livre na área de digital design, é muitas vezes coagida a colocar o foco em ensinar ferramentas e habilidades práticas, de aplicação imediata, tal como o desenho bidimensional, renderizações foto-realísticas, detalhamento de partes da construção, referenciamento, composição de tabelas, memorandos e demais elementos que estão alheios a uma nova possibilidade projetual e que, sem dúvida, deve ser levada em consideração. Tão logo, com tais prioridades, os sistemas de informação e comunicação aplicados ao design e arquitetura estão sempre carentes de cognição e estudos mais aprofundados de suas potencialidades, pois as grandes maiorias dos profissionais de arquitetura no Brasil não geram necessariamente uma relação direta entre o objeto modelado tridimensionalmente e o fluxo de informações necessárias a sua documentação, construção, fabricação de componentes, cronograma de montagem na obra e manutenção do edifício depois de construído. O modelo tridimensional esta desconectado das informações inerentes ao projeto no fluxo de trabalho do arquiteto comum, sendo necessárias alterações manuais e pontuais em toda a cadeia de dados do projeto quando necessárias modificações. Uma vez apresentada a razão pela qual podemos utilizar o script como parte de nosso processo projetual, passou-se a apresentar os alunos à prática de tais técnicas, e foram disponibilizadas aulas extras, em formato de Workshops, nos laboratórios de informática da própria escola, oferecendo aos alunos abatimento de sua carga de horas de atividades complementares. Utilizando uma base virtual com vídeo aulas em português e divulgadas por redes sociais além do próprio site da escola, houveram também diversos encontros presenciais envolvendo a utilização dos softwares Ecotect, Rhinoceros, e seu modelador paramétrico Grasshopper com os plug ins Kangaroo, Weaverbird, Geco e Mesh +. Os alunos integraram tais atividades complementares e adquiriram treinamento básico, sendo apresentados ao universo do projeto auxiliado por algoritmo.
to bit, effectively changes the way we design our products and buildings? The new class of buildings and products that emerged in the digital age is a unique class of objects (according Rivka Oxman 2006), which leads us to believe that digital design is a capable phenomenon to change the way we design and manufacture to the point to cause the same furor that caused the Modern Movement of the early twentieth century in conceptual terms.
In December 1995, John Frazer wrote a text entitled “The Architectural Relevence of Cyberspace” that addressed the relationship between architecture and lines of reasoning derived from new technologies. Frazer showed us how a new consciousness emerged with profound implications for architecture and design. According to Frazer, the internet is a parallel world to ours understood what he conceptualized as cyberspace, supported by the existence of interconnected computers that host the manifestation of deep cultural and technological changes that were able to reshape our views of the world from the middle 1990s changed our perception of things where we change our perception of a universe of objects, to focus on the relationships between such objects, which is the most paradigmatic feature of the change of scene at the turn of the twentieth century XXI. The most important is now the process rather than the object, and for many reasons. The new century is decentralized, out of sync, diverse, simultaneously, anarchic, customized and conceptual changes are keys to such information, sustainability, participation and other emergent properties. These phenomena constitute a social and technological change working for the reversal of our decisions, including policies. We should emphasize that such paradigm shifts are not only in how we see the future, but we look and understand our past.
To migrate from atoms to bits and interligarmos our data processing systems over the internet, democratize access to information. With increased ability to transmit more bits per second, with each new day, the advantages in distributing information around the world made possible if we were not only receivers but also put us as information transmitters, thanks to the constant developments of the increase in traffic bits. In this way, we reinforce the coexistence of a new Collective Intelligence, which Christopher Hight and Chris Perry presented in the October issue of 2006 AD magazine. In this same edition the authors cite Pierre Levy, who worked the same concept, broadening their meaning not only as a cognitive object, but beyond the understanding of its etymological sense junction, proximity, such as uniting not only ideas, but people and building a society. Collaboration does not emerge of two authors, isolated in a united voice, but linked to the idea of proliferation that creates the chorus of a crowd. If we analyze the phenomenon of the internet, and their effects in an increasingly plugged population, the distribution of information across the globe, can perfectly modify a range of human activities, including design and architecture. Such flow of information enabled the narrowing between the disciplines: transdisiplinaridade is a feature of the new companies based on traffic information. In this light, the connection between computer, telecommunications and new social organizations, political and economic suggests that the traditional division in the areas of design, which occurred in previous centuries, and they put the skills of those who build and those who design in different professions, tends to disappear and be replaced by different organizations of knowledge and practice. The interdisciplinary exchange of decentralized practices emerged to reposition and deliver new tools for professionals in architecture and design, in order to engage them in solving unconventional problems, complex issues of local forces, issues related to sustainability and manufacturing processes digital.
Frente 02: Teoria e projeto na era digital. Além da importância de apresentar as ferramentas de trabalho aos alunos, não poderiam deixar de ser apresentados também, certos conceitos e noções relacionados a novos quadros teóricos extremamente importantes para compreensão do processo digital de projeto. Tão logo, a bibliografia pertinente ao assunto deveria ser explorada, mas de maneira superficial. Embora alguns estudantes tenham interesse na pesquisa acadêmica, é notório o desinteresse da grande parte dos alunos em adquirir conhecimentos teóricos, principalmente tratando-se de uma atividade extra que não seria cobrada via exames ou aprovações em disciplinas específicas. A estratégia adotada foi mesclar as atividades. As presenciais ocorriam no laboratório de informática, onde estavam instaladas as ferramentas, porém os assuntos eram mesclados: em algumas aulas, aplicavam-se apenas estudos práticos; em outras, iniciava-se com assunto prático, e conduzia-se o desenrolar da aula para slides com obras emblemáticas e tópicos relevantes de estudos de pesquisadores como Rivka Oxman, Willian Mitchel, Branko Kolarevic e John Frazer, sempre fazendo menção a alguma bibliografia de apoio. Desta forma, conseguiu-se apresentar conceitos fundamentais a todos os alunos que participavam das atividades, mesmo aos que não estavam envolvidos em Iniciação Científica e trabalhando diretamente o assunto. Um grupo maior de alunos tomou conhecimento de que existem muitos outros elementos além do software e que são necessárias novas maneiras de raciocinar que vão além das telas dos computadores. Pareceu adequado iniciar a apresentação dos conceitos que formam o quadro teórico base para a arquitetura e design digitais a partir da modificação social que as tecnologias da informação e comunicação suscitaram, que tais mudanças não deviam se restringir a maneira como nos comunicamos, mas que afetariam diversos campos do conhecimento e que os processos projetuais não estariam de fora deste quadro. Especialmente falando da virada do século XX para XXI, devemos ressaltar inovações no campo das ciências da comunicação e informação, que influenciaram a maneira como organizamos nossos dados. Nicholas Negroponte apontou no livro “Being Digital” a ideia da substituição do átomo para o bit. Neste conceito, percebemos a desintegração da informação em relação ao suporte. Antes da rede que interliga nossos computadores, a informação estava inserida em um suporte constituído por um elemento físico indissociável. Na era digital a informação separou-se do suporte: posso acessar a mesma informação, mas com suportes diferentes, como meu notebook, desktop, celular ou tablete. Neste ponto, passou-se a conduzir os alunos a partir de uma pergunta base: Quais as consequências para o designer e arquiteto neste processo como um todo? Será que se pensarmos design, como um processo de materialização de um conjunto de informações em um objeto físico, até que ponto a desmaterialização da informação, de átomo para bit, modifica efetivamente a maneira como projetamos nossos produtos e edifícios? A nova classe de edifícios e produtos que surgiu na era digital constitui uma classe única de objetos (segundo Rivka Oxman 2006), o que nos leva a acreditar que o design digital é um fenômeno capaz de modificar a maneira como projetamos e fabricamos, a ponto de causar o mesmo furor que causou o Movimento Moderno do início do século XX em termos conceituais. Em Dezembro de 1995, John Frazer escreveu um texto intitulado “The Architectural Relevence of Cyberspace” que abordava as relações entre a arquitetura e linhas de raciocínio derivadas de novas tecnologias. Frazer nos mostrou como uma nova consciência emergiu com profundas implicações para a arquitetura e o design. Segundo Frazer, a internet é um mundo paralelo ao nosso compreendido no que ele conceituou como ciberespaço, sustentado pela existência de computadores
Marshall McLuhan drew attention, from the 1960s to the emergence of new social organizations based on the principles of decentralization and community. In McLuhan parts, which underlay the already available new telecommunications, commenting on the emergence of a “global village”. Communication technologies and information not only expanded pre-existing social orders, but worsened the human capacity for reasoning with automatons modes of production and this resulted in profound paradigm shifts, which acaloram debates for at least 50 years since the beginning of discussion review processes of the 1960s.
The overall concept pointed out in the above ideas can not be taken as something new. Buckiminster Fuller has longed for a global view of information that linked the technical realization of a cyberspace with the simultaneous dematerialisation of global media, having a direct impact on our physical surroundings and their relationship to our worlds. Also according to Frazer, the electronic information network is heterogeneous, regardless of their location, informal, active and in a shallow analysis, we can see that is the exact opposite of what we find in traditional architecture, and this leads us to imagine death the cities as we know them in such a way to understand the symbolic function of the new architecture is to make visible our buildings: not only as a monument to formal expressions of their function, but as an essential part of their function. The architecture as an essential organ of interaction with its surroundings, alternating both the reception and transmission of information.
Dating back concepts present in other work of John Frazer, “The Natural Model for Architecture. The nature of evolutionary body, “the new emerging architecture and design of the times, by-products should be designed as part of a world community based on global cooperation, involving ecological and social responsibility ideas, using the computer as an evolutionary accelerator. The emphasis has shifted from product to process as Buckiminter Fuller, John Cage and Marshall McLuhan had pointed out in their studies. It changed the forms for relations between the forms, shapes and its surroundings and shapes and their relationships with their users. This new model will modify our understanding and interpretation of the architecture of the past, and will surely change our concept again. With so many variables available for inserting in our projects, only using digital tools, we would be able to conceive buildings and products that can give a response to these new issues of high complexity.
Again, we must emphasize, that new forms of design, generally follow accompanied, or preceded, new ways to build. We must emphasize the development of computer-controlled manufacturing systems, CNC systems (computerized numerical control by IMT in 1951) as well as the popularization of the use of computers in the 1980s and 1990s, which accelerated the way architects and designers were related with digital media as mentioned above.
With these advances in the use of digital means, both for conceptual stage, as in the manufacturing stages of products in general, we generated a new class of objects, and the field of construction, modifications present themselves deep and opened new lines of thought, which reviewed the relationship between the architect and his building, ranging from the role of drawing in a new production reality, where the buildings of buildings are managed by digitized information, and projetual stance that
interligados, que abrigam a manifestação de profundas modificações culturais e tecnológicas, que foram capazes de reformular nossas visões do mundo a partir de meados da década de 1990. Mudou nossa percepção das coisas onde trocamos nossa percepção de um universo de objetos, para focar-nos nas relações entre tais objetos, que é a característica mais paradigmática da mudança de cenário na virada do século XX para XXI. O mais importante passou a ser o processo, e não o objeto, e por diversas razões. O novo século é descentralizado, dessincronizado, diverso, simultâneo, anárquico, customizado e as chaves conceituais para tais mudanças são a informação, sustentabilidade, participação e demais propriedades emergentes. Estes fenômenos constituem uma mudança social e tecnológica trabalhando para a reversão de nossas decisões, inclusive políticas. Devemos ressaltar que tais mudanças paradigmáticas estão não apenas na maneira como enxergamos o futuro, mas como olhamos e compreendemos nosso passado. Ao migrarmos de átomos para bits e interligarmos nossos sistemas de processamento de dados através da internet, democratizamos o acesso à informação. Com o incremento da capacidade de transmitir mais bits por segundo, a cada novo dia, as vantagens em distribuir a informação pelo mundo possibilitou que não fossemos apenas receptores, mas também nos colocou como emissores de informação, graças aos constantes desdobramentos do aumento no trânsito de bits. Desta forma, reforçamos a coexistência de uma nova Inteligência Coletiva, que Cristopher Hight e Chris Perry apresentaram na edição de outubro de 2006 da revista AD. Nesta mesma edição os autores citam Pierre Levy, que trabalhou o mesmo conceito, ampliando seu sentido não apenas como um objeto cognitivo, mas para além da compreensão de seu senso etimológico de junção, de proximidade, como unindo não apenas ideias, mas pessoas e construindo uma sociedade. A colaboração não emerge de dois autores, isolados em uma voz uníssona, e sim ligada à ideia da proliferação que cria o coro de uma multidão. Se analisarmos o fenômeno da internet, e seus efeitos mediante uma população cada vez mais plugada, a distribuição de informações pelo globo, perfeitamente pode modificar uma série de atividades humanas, inclusive o design e a arquitetura. Tal fluxo de informação possibilitou o estreitamento entre as disciplinas: a transdisiplinaridade é uma característica das novas sociedades baseadas no trânsito de informação. Por este prisma, a ligação entre informática, telecomunicações e novas organizações sociais, políticas e econômicas sugerem que a tradicional divisão nas áreas do design, que ocorreu nos séculos anteriores, e que colocaram as habilidades de quem constrói e de quem concebe em profissões distintas, tende a desaparecer, e serem substituída por diferentes organizações de conhecimento e prática. O intercâmbio interdisciplinar de práticas descentralizadas emergiu para reposicionar e fornecer um novo ferramental para os profissionais de arquitetura e design, de forma a engajá-los na solução de problemas não convencionais, questões complexas das forças do local, questões inerentes à sustentabilidade e processos de manufatura digital. Marshall McLuhan já chamava a atenção, desde a década de 1960, para o surgimento de novos organismos sociais, baseados nos princípios de descentralização e coletividade. Em partes McLuhan, que se embasava nas já disponíveis novidades das telecomunicações, comentava sobre o surgimento de uma “vila global”. As tecnologias de comunicação e informação não apenas ampliaram ordens sociais pré-existentes, mas potencializaram a capacidade humana de raciocínio, com modos autômatos de produção e isso acarretou mudanças paradigmáticas profundas, que acaloram debates há pelo menos 50 anos, desde o início da discussão de revisões de processos da década de 1960.
the architect must take face such technological innovations. Assessing the work of Branko Kolarevic, it can be said that there is a new class of buildings being produced in the period classified as the “digital age�. Power would be here, still packed in its reasoning, thinking that the central and common element to this new class of products is the fact that the new techniques are enabling the direct connection between what can be designed, and how it can be built , bringing up the primary aspect of the meaning of information, influencing the production, communication, implementation and control of construction in general industry.
What draws our attention especially in this case pointed out by Kolarevic is how the integration between design and construction / fabrication are extremely different from what we are used in the traditional process of designing. Usually we prepare drawings, which will materialize in a construction site after being interpreted by masons, carpenters and whole labor army routinely unskilled. In this process the architect occupies the position of a professional preparing such designs. Only. This paper diluted the position of the architect, who in previous eras, occupied the masterpiece of the paper, associating the execution and creation in a unique environment. It was not necessary drawings to guide the work of carving blocks of stone or other materials. It drew directly on the material. The design now has a new role: is element that leads to generation of a G Code, which feeds the manufacturing system adopted, translating into materiality, all factors taken as virtual on the screens of our computers. Due to the complexity of the generated parts, it is necessary for assembling the parts follow the instructions that are present in the same computer screen, integrating the digital environment from design, manufacturing and installation of the systems developed.
For an information system, materiality is a given. And as such, it is an element of the virtual world. Information processing is a virtual system. Already the manufacturing, whether any element, for completely manual methods or using mechanical machine is connected to the materiality, the real world. Computer controlled machines can associate those two distinct worlds and the consequences for those involved in the manufacture of objects (same building) are many.
Currently, it would be difficult to find a single digital tool that facilitates all the necessary steps to collect, process and manage data relating to the construction or even retrofit of a building, and at the same time also coordinate digital manufacturing processes of the necessary components construction. It is necessary to adopt various software to embrace this task and hence arise various problems concerning the interoperability of information systems. Not only different areas of information are at stake, but also professionals from different fields of the branch of the engineering industry, architecture and construction. How to organize so many variables? How to allow a rapid flow of information needed to perform stages of the project, as well as the production of building components? How to solve the issues related to interoperability, which are imposed as a barrier in the process as a whole? Are these technologies effectively able to reduce cost and time in building rehabilitation project intended for social housing? It would be more advantageous from the constructive point of view, spatial quality and actually are viable alternatives to traditional techniques in the face? Study group FabLab University Center Fine Arts of SĂŁo Paulo.
O conceito global apontado nas ideias acima, não pode ser tomado como algo novo. Buckiminster Fuller já aspirava por uma visão globalizada das informações, que associava a realização técnica de um ciberespaço com a simultânea desmaterialização dos meios de comunicação global, tendo impacto direto sobre nosso entorno físico e suas relações como nossos mundos. Ainda de acordo com Frazer, a rede eletrônica de informações é heterogênea, independente do seu local, informal, ativa e em uma análise rasa, podemos observar que é exatamente o oposto do que encontramos na arquitetura tradicional, e isso nos leva a imaginar a morte das cidades como as conhecemos de tal forma a compreender que a simbólica função da nova arquitetura é tornar visíveis nossos edifícios: não somente como monumento a expressões formais de sua função, mas como parte essencial de sua função. A arquitetura como um órgão essencial de interação com o seu entorno, alternando tanto a recepção como a transmissão de informações. Remontando conceitos presentes em outro trabalho de John Frazer, “A Natural Model for Architecture. The nature of evolutionary body”, a nova arquitetura e design emergentes dos tempos atuais, devem ser subprodutos concebidos no âmbito de uma comunidade mundial, baseada na cooperação global, envolvendo ideias de responsabilidade ecológica e social, usando a computação como um acelerador evolucionário. A ênfase mudou do produto para o processo tal como Buckiminter Fuller, John Cage e Marshall McLuhan já haviam salientado em seus estudos. Mudou das formas para as relações entre as formas, das formas e seu entorno e das formas e suas relações com seus usuários. Este novo modelo irá modificar nosso entendimento e interpretação da arquitetura do passado, e certamente irá modificar nosso conceito de novo. Com tantas variáveis disponíveis para inserirmos em nossos projetos, somente utilizando ferramentas digitais, seriamos capazes de concebermos edifícios e produtos capazes de darem uma resposta a estas novas questões de alta complexidade. Novas formas de projetar, geralmente seguem acompanhadas, ou precedendo, novas formas de construir. Devemos destacar o desenvolvimento de sistemas de fabricação controlados por computador, os sistemas CNC (controle numérico computadorizado pelo IMT em 1951) bem como a popularização do uso dos computadores nas décadas de 1980 e 1990, que aceleraram a maneira como arquitetos e designers relacionavam-se com os meios digitais. Com tais avanços na utilização de meios digitais, tanto para fase conceitual,
It started with the inauguration of the Laboratory for Rapid Prototyping and Digital Manufacturing University Center Fine Arts of São Paulo, self titled FabLab Fine Arts, where we had the incumbency to introduce the culture “maker” (the make culture yourself relying on modeling and digital manufacturing design and architecture). Not only using 3D printers, laser cutting machines and CNC machining centers, we had to present the various theoretical proposals and behavioral changes that accompanied the changes that digital designers and architects have in common.
The first challenge was to show that the computational tools uses go beyond an instrumental for representing, and must be considered as part of a more complex and current process was (and has been) the main task of our group. Most members of our Fine Arts community understood that the computer was not able to introduce new layers of complexity to the work process as a whole, even pointing out that analog means of creation are still inexorable aspects of the creation process for design and architecture .
The second task of the group was to present the concept of virtual and collaborative work environment, where interaction between the designer, architect and engineers, must be fully and aided by the extensive use of digital tools in the whole process: design, modification and manufacturing of the final objects. Show that there is room for belittling any aspect of each subject in the same project, including avoiding the culture of playful settings that exist between a trader and another part of our endeavor: Architects and Designers united towards the same object, in a mutual collaboration environment and applying the synergy needed for completion of complex tasks and full implementation of the “Digital Design Thinking”, as the most contemporary architectural design strategy.
The activities are developed following the principle of reflection in action, where during the response activity to a herd of practice are generated questions that fuel the theoretical research and discussion among group members, and reporting the results at conferences and too reflective environments.
The methodological process for this activity was divided into three work fronts that began half a year before the actual opening of the Digital Fabrication Laboratory and
como nas etapas de fabricação dos produtos de uma maneira geral, gerou-se uma nova classe de objetos, e no campo da construção civil, as modificações apresentamse profundas e abriram novas linhas de pensamento, que revisam as relações entre o arquiteto e seu edifício, que vão desde o papel do desenho dentro de uma nova realidade produtiva, onde as construções de edificações são gerenciadas por informações digitalizadas, e a postura projetual que o arquiteto deve assumir face tais inovações tecnológicas. Avaliando o trabalho de Branko Kolarevic, pode-se afirmar que há uma nova classe de edifícios sendo produzidos no período classificado como a “era digital”. Poder-se-ia aqui, ainda embalado no seu raciocínio, pensar que o elemento central e comum a esta nova classe de produtos é o fato que as novas técnicas estão possibilitando a conexão direta entre o que pode ser projetado, e como pode ser construído, trazendo à tona o aspecto primordial do significado da informação, influenciando a produção, a comunicação, a aplicação e o controle da indústria da construção civil de uma maneira geral. O que nos chama a atenção em especial neste processo apontado por Kolarevic é a maneira como a integração entre concepção e construção/fabricação são extremamente diferentes do que estamos acostumados no processo tradicional de projetar. Geralmente devemos preparar desenhos, que serão materializados em um canteiro de obras, após serem interpretados por pedreiros, carpinteiros e todo um exército de mão de obra corriqueiramente de baixa qualificação. Neste processo o arquiteto ocupa a posição de um profissional que prepara tais desenhos. Apenas. Este papel diluiu a posição do arquiteto, que em eras anteriores, ocupava o papel do mestre da obra, associando a execução e criação em um único meio. Não eram necessários desenhos para orientar o trabalho de esculpir blocos de pedra ou outros materiais. Desenhava-se diretamente no material. O desenho agora possui um novo papel: é elemento que conduz a geração de um G Code, que alimenta o sistema de fabricação adotado, traduzindo em materialidade, todos os elementos tidos como virtuais nas telas de nossos computadores. Devido ao grau de complexidade das peças geradas, é necessário que a montagem das peças siga as instruções, que estão presentes na tela do mesmo computador, integrando o meio digital desde a concepção, a fabricação e a montagem dos sistemas desenvolvidos. Para um sistema de informação, a materialidade é um dado. E como tal, é um elemento do mundo virtual. O processamento da informação é um sistema virtual. Já a fabricação, seja de qualquer elemento, por métodos completamente manuais ou utilizando máquina mecânica é ligado à materialidade, ao mundo real. Máquinas controladas por computador conseguem associar estes dois mundos distintos e as consequências para os envolvidos na fabricação de objetos (mesmo um edifício) são muitas. Para complementar as aulas práticas (e práticas/teóricas) nos laboratórios foram convidados profissionais que de longa data trabalham o assunto. Franklin Lee, Afonso Orciuoli, Eduardo Sampaio Nardelli e Anne Save foram convidados a prestigiar o projeto, proferindo palestras no auditório da escola. Com a vinda de profissionais não vinculados à nossa escola, os alunos e colegas professores puderam tomar conhecimento de que é necessário um novo quadro teórico para compreensão correta das novas obras que tem surgido nos últimos 20 anos, e que para montagem de tal quadro se faz necessário novas pesquisas. (Oxman, 2006). Frente 03: Fabricação digital e modelagem paramétrica. Logo após a inauguração do Laboratório foi firmada uma parceria com a empresa Masisa, que forneceu chapas e os ensaios do recém-lançado MDF resistente à água, a partir de então a proposta de um projeto para um abrigo responsivo, a ser montado
Rapid Prototyping and occurring simultaneously: Disclosure of theoretical content; student training in the use of specific software, since the institution of the computer classes applied were not updated to new technologies and focused on the use of such techniques exclusively for representation; and application of acquired knowledge by solving the design problem and making a responsive shelter.
Front 01: Tutorials and programming tools: The Grasshopper as a complementary activity. The use of design systems assisted by computer is assimilated by the majority of teachers and students of our institution, but our student body and teaching unaware that designers and architects come, over the past decades, becoming developers of their own tools , through the use of programming or scripting. As mentioned, is used in our school just for digital media projects representation. We had to induce, in our community, people to reason from some basic questions: But for that we use such techniques? Why programarmos? What is the motivation to modify the process work? Introducing the subject programming from the preeminence of the script as a universal element in the great works published in the last 20 years, even if there is an absence of this discipline in the curricula of architecture and design schools. Secondly, it highlights the innovations in the areas of software and hardware that allowed friendlier interfaces and more powerful equipment, which run more complex schedules and the resulting outputs for digital manufacturing such techniques enabled. As we know, the script or program, enables the designer adapt, customize or completely reconfigure the design software computer aided, according to their predilections and working methods. When the designer or an architect uses the script to modify his tools that not only enhances their repetitive tasks, since they can, for example, combining libraries of objects that should be positioned one by one, to an algorithm that intelligently position throughout the following Library predefined parameters in a previous program, planned by the architect himself, following issues relating to the most varied order project from elements related to lumĂnico, thermal, structural performance and security, economy and other issues. Rather than using a computer to assist in the task of designing, programming profoundly modifies the relationship between the designer and its product, be it a mouse or a building, designed modifies the way in general. Programming hitherto understood as a subject for experts. It was not part of, and does not, the basic education of a designer or an architect, but is an element of the basic cycle of engineering courses (Burry, 2011). Teachers and students of our school did not know the script concepts applied to the design process the architect or designer. He presented himself initially the possibility to facilitate repetitive tasks and gradually it was shown that the script can be a new way to contribute to the work process as a tool that enhances the data analysis required for the project. We must take into account that the educational information systems, not only in our institution but in most schools of architecture and Brazilian design, have priorities other than to present the basic concepts of information systems we use. The university, as a space that promotes free thought in the digital design field, is often coerced to put the focus on teaching tools and practical skills for immediate application, such as two-dimensional drawing, rendering photo-realistic, parts of detail construction, referencing, composition tables, memos and other elements that are unrelated to a new possibility projetual and that certainly must be taken into consideration. As soon as, with these priorities, information and communication systems applied to the design and architecture are always in need of cognition and further study of its potential
em área de propriedade da escola, foi lançada. Após a coleta dos dados iniciais, os alunos que participaram das etapas anteriores, orientados pelo professor responsável, iniciaram um processo de trabalho 100% digital, utilizando as ferramentas e bases conceituais que tomaram conhecimento no semestre anterior e criaram uma série de algoritmos possíveis à solução do problema. Devido à natureza do material e os dados técnicos obtidos com os ensaios laboratoriais fornecidos pela empresa, uma das premissas do projeto era a adoção de uma geometria que fosse capaz de absorver e distribuir bem esforços de compressão e minimizar esforços de tração, sem necessariamente adotar formas ortogonais, que dificultariam a relação do volume a ser edificado em harmonia com as forças do lugar, como insolação, sombreamento, ventos e demais parâmetros, uma vez que os algoritmos desenvolvidos sugeriam uma melhor adaptação de um objeto que possuísse formas orgânicas. Para equacionar o problema da forma necessária com o material disponível, a partir da leitura do material de Arturo Tedeschi “Algorithm Aided Design – Parametric architecture with Grasshopper” partiu-se à compreensão mais clara de processos de trabalho que não utilizavam o desenho como elemento principal do processo de trabalho. Foram estudadas as obras de arquitetos como Luigi Moretti, Frei Otto e Anthony Gaudi. Os alunos descobriram (e os professores aprofundaram) a maneira peculiar como estes profissionais conduziam suas pesquisas utilizando técnicas de “Form Finding”, onde a força da gravidade e o próprio comportamento dos materiais eram elementos que definiam a forma do objeto de estudo. Destes arquitetos, o que realmente influenciou o grupo de alunos foi o trabalho de Gaudi, especificamente o uso que ele fez do arco catenário em seu projeto da “Sagrada Família”. Nota-se que em arcos catenários as deformações ocorrem, em sua quase totalidade, por compressão. Esta característica também foi observada na obra do engenheiro uruguaio Eladio Dieste, que empregava com grande destreza o uso de materiais como tijolos, que assim como as placas de MDF, são excelentes materiais quando submetidos a tais esforços. Definida a necessidade de compreender melhor o arco catenário, orientou-se uma pesquisa mais atenta ao assunto, procurando compreender as funções matemáticas que geram tais curvas, bem como as diferenças básicas entre diferentes tipos de arcos e suas propriedades estruturais. Traduzindo em experiência prática os conhecimentos de “Form Finding” observados nos estudos acima descritos foi tomada uma direção digital para testar tais possibilidades. Notório pela versatilidade, e facilidade no uso, o plug-in para Grasshopper “Kangaroo” foi escolhido como acelerador de partículas.
because the vast majority of professionals in architecture in Brazil does not necessarily create a direct relationship between the object modeled in three dimensions and the flow of information needed its documentation, construction, component manufacturing, assembly schedule the work and building maintenance once built. The three-dimensional model is disconnected from information inherent in the project in common architect workflow, requiring manual and ad hoc changes throughout the project data string when necessary modifications. Once presented the reason why we can use the script as part of our design process, it started to introduce students to the practice of such techniques, and extra lessons were available in Workshop format in computer labs of the school, offering students a rebate load hours of complementary activities. Using a virtual based video lessons in Portuguese and published by social networking beyond the school site itself, there were also many face meetings involving the use of Ecotect, Rhinoceros software, and its parametric modeler Grasshopper with plug ins Kangaroo, weaverbird, Gecko and Mesh +. Students have integrated these complementary activities and acquired basic training, being presented to the universe aided design algorithm. Front 02: Theory and design in the digital age. In addition to the importance of presenting the work tools to students, could not fail to be presented also certain concepts and notions related to new extremely important theoretical frameworks for understanding the digital design process. As soon as the relevant literature to the subject should be explored, but superficially. Although some students are interested in academic research, it is clear disinterest of most of the students in acquiring theoretical knowledge, especially in the case of an extra activity that would not be charged via surveys or approvals in specific disciplines. The strategy adopted was to merge the activities. Face occurred in the computer lab, where they were installed the tools, but the subjects were mixed: in some classes, were applied only practical studies; in others, it was initiated with practical matter, and led to the development of the class to slide with emblematic works and relevant topics of researchers studies as Rivka Oxman, William Mitchell, Branko Kolarevic and John Frazer, always making mention of any bibliography support. In this way, we were able to present key concepts to all students who participated in activities, even those who were not involved in Scientific Initiation and directly working it. A larger group of students learned that there are many other elements besides software that requires new ways of thinking that go beyond computer screens. It seemed appropriate for the presentation of the concepts that form the basis of theoretical framework for digital architecture and design from the social change that information and communication technologies have raised, such changes should not restrict the way we communicate, but that would affect many fields of knowledge and the projective processes would not be out of this framework. Especially talking about the turn of the twentieth century to the twenty-first, we must emphasize innovations in the field of communication sciences and information that influenced the way we organize our data. Nicholas Negroponte pointed out in the book “Being Digital” the idea of atomic replacement for the bit. In this concept, we see the disintegration of information relative to the support. Before the network that interconnects our computers, information was inserted in a support made of inseparable physical element. In the digital information separated from the support, I can access the same information but with different supports, as my notebook, desktop, mobile phone or tablet.
At this point, it started to drive students from a basic question: What are the consequences for the designer and architect in this process as a whole? Would we consider design as a process of materialization of a set of information on a physical object, to
Como o trabalho ainda encontra-se em desenvolvimento, o que conseguiu-se produzir até o momento foram arcos catenários construídos digitalmente e utilizando-se MDF. Estas atividades serviram como testes de assertividade, tanto do processo digital de trabalho como para testar o carregamento das estruturas produzidas. Atualmente estão sendo desenvolvidos, no Laboratório de Fabricação Digital da escola, protótipos para uma cúpula, a partir de arcos catenários, baseando-se nos abrigos da tribo Musgum, do norte do Camarões. Para a produção dos arcos foram necessárias diversas reuniões para definições dos algoritmos mais adequados. Ao optarmos pelo uso do Kangaroo, a modelagem base teve que ser toda em meshes, o que de fato favoreceu o preparo de modelos para fabricação digital já que estas não possuíam dupla curvatura quando geradas, o que otimizava o processo de usinagem sensivelmente no tocante a tempo de trabalho. Com o apoio dos equipamentos do laboratório, que possui técnicas de fabricação digital por adição (impressoras 3d Makerbot que utilizam PLA ou ABS) e técnicas de subtração (máquina de corte a laser e router CNC), os alunos tiveram a possibilidade de criar modelos físicos, tanto em escala reduzida como em escala um para um, sempre que algum algoritmo criado gerasse algum resultado razoável, o que ampliou as possibilidades de interação com os objetos criados virtualmente, contribuindo sensivelmente com a agilidade nas tomadas de decisão, devido a alta fidelidade e precisão que tais técnicas oferecem. Resultados Em linhas gerais, podemos destacar diversas observações que, na etapa do desenvolvimento desta pesquisa, aparecem aqui como conclusivas. A ideia de desenhar sobre o material, que indiretamente sugere o processo de projeto adotado, levou o grupo a modificações na condução de decisões em tempo real, em função de sistemas de encaixe entre peças e problemas construtivos diversos que em processos analógicos de trabalho apresentam-se como implícitos, mas dentro de um fluxo digital de projeto e fabricação, utilizando modelagem paramétrica e prototipagem rápida, aparecem como explícitos e demandam imediata solução. Embora a atividade ainda esteja em andamento, como mencionado, pode-se notar que a aplicação do pensamento digital sobre o projeto dinamiza a relação entre o arquiteto ou designer e seu objeto, agilizando e aprimorando sensivelmente os caminhos a serem tomados durante o processo projetual, entregando altíssima qualidade. Do ponto de vista acadêmico, a experiência tem mostrado que há um custo inicial para compreender e aplicar as novas formas digitais de projetar, devido à escassa bibliografia em língua portuguesa, poucos interlocutores nacionais, as diversas críticas
what extent the dematerialization of information, atom to bit, effectively changes the way we design our products and buildings? The new class of buildings and products that emerged in the digital age is a unique class of objects (according Rivka Oxman 2006), which leads us to believe that digital design is a capable phenomenon to change the way we design and manufacture to the point to cause the same furor that caused the Modern Movement of the early twentieth century in conceptual terms.
de colegas contrários às novas técnicas, que culminam em uma rarefeita massa crítica que de suporte e agilize a troca de informações necessárias à condução de experiências desta natureza, mas mesmo assim, a conta parcial desta questão tem provado ser favorável aos meios digitais aplicados em arquitetura e design, de acordo com o grupo. Esta atividade de extensão tem gerado, embora de forma lenta, a sensibilização da comunidade do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo ao assunto digital, e este resultado é muito animador. A fabricação de protótipos em escala natural permite a todos da escola visualizarem as experiências do grupo, atraindo novos alunos e professores de todas as áreas de conhecimento da instituição. Sob o âmbito técnico, especificamente do ponto de vista da fabricação digital e uso de softwares, observamos que o trabalho só pode ser realizado com o conhecimento disponível pelo grupo devido à utilização do plug-in Kangaroo combinado ao Weaverbird. As formas geradas em diversos algoritmos criados pelos alunos resultavam em superfícies com dupla curvatura, que seriam posteriormente entendidas como partes a serem usinadas pelo router, uma vez que a escola disponibilizou o software V Carve, responsável pela criação de Gcodes para controle dos movimentos de nossa router CNC. Com a combinação destas ferramentas, o grupo criou geometrias que puderam ser divididas em seguimentos planos, e assim adequando o projeto a suas variáveis imediatas, que é a utilização de placas de MDF em sistemas de fabricação digital com router.
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