Amazonas em Mapas

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AMAZONAS E M M A PA S

Manaus - Amazonas 2018



AMAZONAS E M M A PA S 2ª Edição - Ano base 2016

Manaus - Amazonas 2018


GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS

AMAZONINO ARMANDO MENDES VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS

JOÃO BOSCO GOMES SARAIVA SECRETÁRIO DE ESTADO DE PLANEJAMENTO, DESENVOLVIMENTO, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO JOÃO ORESTES SCHNEIDER SANTOS SECRETÁRIO EXECUTIVO LUIZ ALMIR DE MENEZES FONSECA SECRETÁRIO EXECUTIVO DE DESENVOLVIMENTO

VALDIR RODRIGUES BARBOSA SECRETÁRIA EXECUTIVA ADJUNTA DE PLANEJAMENTO

SÔNIA JANETE GUERRA DOS SANTOS GOMES SECRETÁRIO EXECUTIVO ADJUNTO DE MINERAÇÃO

RAIMUNDO DE JESUS GATO D’ ANTONA Chefe do Departamento de Estudos, Pesquisas e Informações Josenete Cavalcante Costa Equipe Técnica: Bruno Cardoso Braga de Almeida - Geoprocessamento Casemiro Rodrigues de Souza Elcy Serejo Corrêa Eliezer da Silva Pinto Elson da Silva Souza - Geoprocessamento Francisco Alves de Freitas Ícaro de Mendonça Jucá José Rezende Cavalcante Júnior - Geoprocessamento Juliane Martins Mallmann Júlio Afonso Filho Marcondes Carvalho de Noronha Marlon Andrek da Silva Alves Paula Francinette de Lima Monari Tatiana Aigba Valéria da Silva Fonsêca Revisor: Arlete Nogueira Viana Mary Anne Gama Parente Programação Visual e Diagramação: Michelly Viana Fotos: Secretaria de Comunicação Social Editor: Secretaria de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação – SEPLANCTI Departamento de Estudos, Pesquisas e Informações – DEPI Endereço: Rua Major Gabriel, 1870 – Praça 14 CEP 69020-060 Manaus-Amazonas Fone: (92) 2126-1217 E-mail: depi@seplancti.am.gov.br Site: www.seplancti.am.gov.br Copyright © 2018. Secretaria de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação – SEPLANCTI. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.


apresentação

Considerando ser a Secretaria de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação - SEPLANCTI, o órgão governamental responsável e indutor das matrizes de desenvolvimento socioeconômico do Estado, nos seguimentos públicos e privado, temos a satisfação de apresentar a 2ª Edição do “Amazonas em Mapas”, produzido pelo Departamento de Estudos, Pesquisa e Informação, da Secretaria Executiva Adjunta de Planejamento - SEAP. Levantar, mapear, organizar as informações coletadas sobre aspectos sociais e econômicos dos municípios do Amazonas, que aqui se apresentam, torna-se um instrumento de vital importância sobre o conhecimento da realidade do nosso Estado, com significativos e precisos dados. Isso vai contribuir na identificação das nossas demandas, facilitando e contribuindo dessa forma, na formulação de políticas públicas de desenvolvimento para os seguimentos sociais e econômicos nas estruturas pública e privada. Os processos metodológicos que arquitetaram o conjunto de informações obtidas, organizados, sistematizados e georreferenciados dos 62 municípios que compõem o território amazonense, foram realizados com a parcerias de órgãos federais, estaduais e municipais. Esta publicação traz abordagesns específicas sobre as características ambientais, demográficas, índice de desenvolvimento humano, infraestrutura, emprego e renda, economia, agricultura, recursos minerais, pecuária, piscicultura, transporte, segurança, saúde e educação, facilitando, dessa forma, ao usuário do presente trabalho, ter uma visão global e um raciocínio estratégico sobre a realidade de interesse. Não podíamos deixar de externar nossos agradecimentos às diversas instituições e pesquisadores que colaboraram na formatação do presente trabalho, desejando a todos que tenham o melhor proveito na leitura que fizerem.



141

13

153

Caracterização Territorial

Piscicultura

31

159

47

169

Índice de Desenvolvimento Humano

Segurança

Introdução

Demografia

55

Infraestrutura

Pecuária

Produção de Origem Animal

175

Transporte

69

183

87

203

101

227

Emprego e Renda

Economia

Agricultura

127 Extrativa

Saúde

Educação

Meio Ambiente

SUMÁRIO

11



introdução

A atual compilação do título denominado “Amazonas em Mapas”, tem o ano de 2016 como principal referência para as bases de dados, além de diversas fontes e formatos de consultas extraídos diretamente dos órgãos governamentais das esferas federais, estaduais, municipais e empresas privadas, todas devidamente preparadas, tabuladas, georreferenciadas, analisadas e coordenadas pelo Departamento de Estudos, Pesquisas e Informações – DEPI/SEPLANCTI. As visualizações foram dispostas em sua maioria por mapas temáticos, que traz a possibilidade do leitor identificar, de forma geográfica, a dimensão das informações econômicas, demográficas e sociais. Os resumos analíticos desenvolvidos destacam os indicadores com as maiores e menores variações relacionadas aos temas decorridos neste trabalho. As informações técnicas específicas de cada tema possibilitam, ainda, análises de comparação, similaridade e tendência sobre os municípios do estado do Amazonas.

amazonas em mapas 11




Divisão Político Administrativa

Fonte: SEPLANCTI


Divisão dos Municípios por Sub-Região

Fonte: SEPLANCTI


Mesorregião

Fonte: SEPLANCTI

Mesorregiões são subdivisões dos estados brasileiros que congregam diversos municípios de uma área geográfica com similaridades econômicas e sociais, que por sua vez, são subdivididas em microrregiões. Foram criadas pelo IBGE e são utilizadas para fins estatísticos e não constitue, portanto, uma entidade política ou administrativa.


Microrregiões

Fonte: SEPLANCTI

O Amazonas possui 13 microrregiões, de acordo com a Constituição Brasileira de 1988 (art. 25, §3º), um agrupamento de municípios limítrofes. Sua finalidade é integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum, definidas por lei complementar estadual.


Região Metropolitana

Fonte: SEPLANCTI

Criada pela Lei Complementar Estadual nº 52, de 30 de maio de 2007 e modificada pela Lei Complementar nº64 de 30 de abril de 2009, a Região Metropolitana de Manaus – RMM é formada pela união de 13 (treze) municípios: Autazes, Careiro Castanho, Careiro da Várzea, Iranduba, Itacoatiara, Itapiranga, Manacapuru, Manaus, Manaquiri, Novo Airão, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva e Silves. O produto Interno Bruto da RMM que se referente ao ano de 2015 correspondia a 84,78% do PIB Amazonense, registrando R$ 73.385.433 mil contra R$ 86.560.496 mil do Estado. A área territorial ocupada pela RMM é de 101.507,012 km², apresentando uma densidade populacional de 23,09 hab/km2, com uma baixíssima taxa de conurbação entre os referidos municípios .


Altimetria

Fonte: SEPLANCTI, adaptado EMBRAPA, 2005.


Solos

Fonte: SEPLANCTI, adaptado IBGE. 2007.


AR - Afloramento de Rochas

GXal - Gleissolo Háplico Alítico

PAe - Argissolo Amarelo Eutrófico

CXa - Cambissolo Háplico Alumínio

GXbd - Gleissolo Háplico Tb Distrófico

PVAa - Argissolo Vermelho - Amarelo Alumínico

CXal - Cambissolo Háplico Alítico

GXbe - Gleissolo Háplico Tb Eutrófico

PVAal - Argissolo Vermelho - Amarelo Alítico

CXbd - Cambissolo Háplico Tb Distrófico

GXvd - Gleissolo Háplico Ta Distrófico

PVAa - Argissolo Vermelho - Amarelo Distrófico

CXbe - Cambissolo Háplico Tb Eutrófico

GXve- Gleissolo Háplico Ta Eutrófico

PVAe - Argissolo Vermelho - Amarelo Eutrófico

CXk - Cambissolo Háplico Carbonático

GZn - Gleissolo Sálico Sódico

PVd - Argissolo Vermelho Distrófico

CXvd - Cambissolo Háplico Ta Distrófico

LAa - Latossolo Amarelo Alumínico

PVe - Argissolo Vermelho Eutrófico

CXve - Cambissolo Háplico Ta Eutrófico

LAd - Latossolo Amarelo Distrófico

RLd - Neossolo Litólico Distrófico

Dn - Dunas

LAw - Latossolo Amarelo Ácrico

RLe - Neossolo Litólico Eutrófico

EKg - Espodossolo Humilúvico Hidromórfico

LBd - Latossolo Bruno Distrófico

RLh - Neossolo Litólico Húmico

EKgu - Espodossolo Humilúvico Hidro-Hiperespesso

LVAa - Latossolo Vermelho-Amarelo Alumínico

RLm - Neossolo Litólico Chernossólico

ESKg - Espodossolo Ferrihumilúvico Hidromórfico

LVAd - Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico

RQg - Neossolo Quartzarênico Hidromórfico

ESKgu - Espodossolo Ferrihumilúvico Hidro-Hiperes

LVAw - Latossolo Vermelho-Amarelo Ácrico

RQo - Neossolo Quartzarênico Órtico

ESKo - Espodossolo Ferrihumilúvico Órtico

LVd - Latossolo Vermelho Distrófico

RRd - Neossolo Regolítico Distrófico

FFc - Plintossolo Pétrico Concrecionário

LVdf - Latossolo Vermelho Distroférrico

RYbd - Neossolo Flúvico Tb Distrófico

FFlf - Plintossolo Pétrico Litoplíntico

LVe - Latossolo Vermelho Eutrófico

RYbe - Neossolo Flúvico Tb Eutrófico

FFTa - Plintossolo Argilúvico Alumínico

LVw - Latossolo Vermelho Ácrico

RYve - Neossolo Flúvico Ta Eutrófico

FTal - Plintossolo Argilúvico Alítico

LVwf - Latossolo Vermelho Acriférrico

SNo - Planossolo Nátrico Órtico

FTd - Plintossolo Argilúvico Distrófico

MTo - Chernossolo Argilúvico Órtico

SXa - Planossolo Háplico Alumínico

FTe - Plintossolo Argilúvico Eutrófico

MXo - Chernossolo Háplico Órtico

SXd - Planossolo Háplico Distrófico

FXa - Plintossolo Háplico Alumínio

NVd - Nitossolo Vermelho Distrófico

SXe - Planossolo Háplico Eutrófico

FXal - Plintossolo Háplico Alítico

NVdf - Nitossolo Vermelho Distroférrico

TCo - Luvissolo Cromico Órtico

FXd - Plintossolo Háplico Distrófico

NVe - Nitossolo Vermelho Eutrófico

TCp - Luvissolo Cromico Pálico

FXe - Plintossolo Háplico Eutrófico

NVef - Nitossolo Vermelho Eutroférrico

TXo - Luvissolo Háplico Órtico

GJo - Gleissolo Tiomórfico Órtico

OXs - Organossolo Háplico Sáprico

VEo - Vertissolo Ebânico Órtico

GMbd - Gleissolo Melânico Tb Distrófico

PACd - Argissolo Acinzentado Distrófico

VGk - Vertissolo Hidromórfico Carbonático

GMbe - Gleissolo Melânico Tb Eutrófico

PAa - Argissolo Amarelo Alumínico

VGo - Vertissolo Hidromórfico Órtico

GMve - Gleissolo Melânico Ta Eutrófico

PAal - Argissolo Amarelo Alítico

GXa - Gleissolo Háplico Alumínico

PAd - Argissolo Amarelo Distrófico

Corpo d’água continental Área urbana Outros


Detalhes de Cobertura e Uso da Terra

Fonte: SEPLANCTI, adaptado IBGE, 2009.


Vilas Complexos industriais + Minerais não metálicos Outras áreas urbanizadas Outras áreas urbanizadas + Frutíferas permanentes Cidade Minerais metalicos Cana-de-açúcar + Frutíferas temporárias Cultivos temporários diversificados Cultivos temporários diversificados + Cultivos permanentes diversificados Cultivos temporários diversificados + Pecuária de animais de grande porte Cultivos temporários diversificados + Pecuária de aniamis de grande porte + Extrativismo vegetal em área florestal Cultivos temporários diversificados + Pecuária animais de pequeno porte + Extrativismo vegetal em áre florestal Cultivos temporários diversificados + Pecuária animais de pequeno porte +Extrativismo animal em área florestal Cultivos temporários diversificados + Extrativismo vegetal em área florestal Cultivos temporários diversificados + Extrativismo vegetal em área florestal +Pecuária de animais de grande porte Frutíferas permanentes Frutíferas permanentes + Cultivos temporários diversificados Pecuária de animais de grande porte Pecuária de aniamis de grande porte + Cultivos temporários diversificados Pecuária de animais de grande porte + Frutíferas permanentes Uso não identificado Unidades de conservação de uso sustentável em área florestal + Extrativismo em área florestal + Cultivos temporários diversificado s Unidades de conservação de uso sustentável em área florestal + Extrativismo em área florestal + Pecuária de animais de grande port e Unidades de conservação de uso sustentável em área florestal + Uso não identificado em área florestal Uso de conservação de proteção integral em área florestal + Cultivos temporários diversificados + Pecuária de animais de grande porte Terra indigena em área florestal Terra indígena em área florestal + Cultivos temporários diversificados Terra indígena em área florestal + Cultivos temporários diversificados + Pecuária animais de pequeno porte

Terra indígena em área florestal + Pecuária de animais de grande porte

Unidades de conservação de uso sustentável em área florestal + Cultivos temporários diversificados + Extrativismo vegetal em área floresta l

Terra indígena em área florestal + Unidades de conservação de proteção integral em área florestal + Pecuária de animais de grande porte

Unidades de conservação de uso sustentável em área florestal + Frutíferas permanentes

Terra indígena em área florestal + Unidades de conservação de proteção integral em área florestal + Unidades de conservação de uso sustentável em área florestal Terra indígena em área florestal + Unidades de conservação de proteção integral em área florestal + Unidades de conservação de uso sustentável em área florestal

Unidades de conservação de uso sustentável em área florestal + Pecuária de animais de grande porte Unidades de conservação de uso sustentável em área florestal + Pecuária de animais de grande porte + Cultivos temporários diversificados Unidades de conservação de uso sustentável em área florestal + Pecuária de animais de grande porte + Frutíferas permanentes

Terra indígena em área florestal + Unidades de conservação de uso sustentável em área florestal

Unidades de conservação de uso sustentável em área campestre + Pecuária de animais de grande porte em área campestre

Unidades de conservação de proteção integral em área florestal + Pecuária de animais de grande porte

Terra indígena em área campestre

Unidades de conservação de proteção integral em área florestal + Pecuária animais de grande porte + Cultivos temporários diversificados Unidades de conservação de proteção integral em área florestal Unidades de conservação de proteção integral em área florestal + Unidades de conservação de uso sustentável em área florestal Extrativismo vegetal diversificado em área florestal Extrativismo vegetal em área florestal + Cultivos temporários diversificados

Terra indígena em área campestre + Unidades de conservação de proteção integral em área campestre Terra indígena em área campestre + Unidades de conservação de uso sustentável em área campestre Unidades de conservação de proteção integral em área campestre Unidades de conservação de proteção integral em área campestre + Unidades de conservação de uso sustentável em área campestre Uso não identificado em área campestr e Pecuária de animais de grande porte em área campestr e

Extrativismo vegetal em área florestal + Cultivos temporários diversificados + Pecuária de animais de grande porte

Pecuária de animais de grande porte em área campestre + Cultivos temporários diversificado s

Extrativismo vegetal em área florestal + Pecuária de animais de grande porte

Unidade de conservação de uso sustentável em área campestr e Unidades de conservação de uso sustentável em corpo d’água continental + Uso diversificado em corpo d’água continental

Extrativismo vegetal em área florestal + Pecuária de animais de grande porte + Cultivos temporários diversificados

Terra indígena em corpo d’água continental

Extrativismo animal em área florestal + Frutíferas temporárias + Cultivos temporários diversificados

Terra indígena em corpo d’água continental + Geração de energia em corpo d’água continenta l

Uso não identificado em área florestal

Unidade de conservação de proteção integral em corpo d’água continental

Uso não identificado em área florestal + Cultivos temporários diversificados Uso não identificado em área florestal + Cultivos temporários diversificados + Pecuária de animais de grande porte Unidade de conservação de uso sustentável em área florestal Unidades de conservação de uso sustentável em área florestal + Cidades Unidades de conservação de uso sustentável em área florestal + Cultivos temporários diversificados Unidades de conservação de uso sustentável em área florestal + Cultivos temporários diversificados + Pecuária de animais de grande porte Unidades de conservação de uso sustentável em área florestal + Cultivos temporários diversificados + Pecuária de animais de pequeno porte

Unidade de conservação de proteção integral em corpo d’água continental + Geração de energia em corpo d’ágia continenta l Unidade de conservação de proteção integral em corpo d’água continental + Uso diversificado em corpo d’ágia continental Unidade de conservação de uso sustentável em corpo d’água continental Uso Diversificado em corpo d’água continental


Geologia Regional

Fonte: SEPLANCTI, adaptado da CPRM (2012)


Nota: Ma= MilhĂľes de anos


Principais Províncias Minerais

Legenda Capital Limite Municipal

Rio Negro [Au, Pegmatitos (Ta, Nb, Sn, Gemas)]

Classificação Mineral

Seis Lagos (Nb, Ti, ETR, Mn)

Metálicos Não Metálicos

Pitinga (Sn e outros)

Energéticos Fósseis Províncias Minerais Metálicos

Nhamundá (Bauxita)

Não Metálicos Energéticos Fósseis Era, Idade, Milhões de anos Cenozóico, 66 Ma até hoje Mesozóico, 252 Ma - 66 Ma

Alto Solimões (Linhito)

Proterozoíco, 2.500 Ma - 541 Ma

Baixo Amazonas (Gás e Óleo)

Nova Olinda (Potássio e Sal-gema)

Paleozóico, 541 Ma - 252 Ma

Urucu/Carauari (Óleo e Gás)

Rio Madeira (Au aluvionar)

Maués/Tapajós (Au)

Apuí (Fosfato)

Igarapé Preto (Sn)

Fonte: SEPLANCTI


Principais Reservas Minerais

FONTES: 1 CPRM - Programa Geologia do Brasil - 2006 2 CPRM - Programa Geologia do Brasil Levantamento da Geodiversidade - 2010 3 ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - 2008 4 Site: http://www.cetem.gov.br/imagens/palestras/2015/iiisbtr/06-itamar-dutra.pdf (06-Itamar Dutra.PDF) 5 Potássio do Brasil (SIMEXMIN, 2014)


Vegetação

Fonte: SEPLANCTI, adaptado IBGE,2007.


Da - Floresta Ombrófila Densa Aluvial

Fsu - Floresta Estacional Semidecidual Submontana Dossel Uniforme

Td - Savana Estépica Florestada

Dau - Floresta Ombrófila Densa Aluvial Dossel uniforme

Fse - Floresta Estacional Semidecidual Submontana Dossel Emergente

Tds - Savana Estépica Florestada sem palmeiras

Dae - Floresta Ombrófila Densa Aluvial Dossel emergente

Fme - Floresta Estacional Semidecidual Montana Dossel emergente

Tas - Savana Estépica Florestada sem palmeiras e sem floresta - de-galeria

Db - Floresta Ombrófila Densa Terras Baixas

Cb - Floresta Estacional Decidual Terras Baixas

Tps - Savana Estépica Parque sem palmeiras e sem floresta - de-galeria

Dbu - Floresta Ombrófila Densa Terras Baixas Dossel uniforme

Cbe - Floresta Estacional DecidualTerras Baixas Dossel emergente

Tgs - Savana Estépica Gramíneo-lenhosa sem palmeiras e sem floresta - de-galeria

Dbe - Floresta Ombrófila Densa Terras Baixas Dossel emergente

Cs - Floresta Estacional Decidual Submontana

Tgf - Savana Estépica Gramíneo-lenhosa com floresta - de-galeria

Ds - Floresta Ombrófila Densa Submontana

Cs - Floresta Estacional Decidual Submontana Dossel emergente

Pmb - Formação Pioneira com influência marinha arbustiva

Dsu - Floresta Ombrófila Densa Submontana Dossel uniforme

Lds - Campinarana Florestada sem palmeiras

Pfm - Formação Pioneira com influência Fluviomarinha arbórea

Dse - Floresta Ombrófila Densa Submontana Dossel emergente

Ldp - Campinarana Florestada com palmeiras

Pfh - Formação Pioneira com influência Fluviomarinha herbária

Dmu - Floresta Ombrófila Densa Montana Dossel uniforme

La - Campinarana Arborizada

Pab - Formação Pioneira com influência fluvial e/ou lacustre-buritizal

Dme - Floresta Ombrófila Densa Montana Dossel emergente

Las - Campinarana Arborizada sem palmeiras

Paa - Formação Pioneira com influência fluvial e/ou lacustre-arbustiva

Aa - Floresta Ombrófila Aberta Aluvial

Lap - Campinarana Arborizada com palmeiras

Paas - Formação Pioneira com influência fluvial e/ou lacustre-arbustiva sem palmeira

Aap - Floresta Ombrófila Aberta Aluvial com palmeiras

Lbs - Campinarana Arbustiva sem palmeiras

Paap - Formação Pioneira com influência fluvial e/ou lacustre-arbustiva com palmeira

Aac - Floresta Ombrófila Aberta Aluvial com cipós

Lbp - Campinarana Arborizada com palmeiras

Pah - Formação Pioneira com influência fluvial e/ou lacustre-herbácea

Aab - Floresta Ombrófila Aberta Aluvial com bambus

Lg - Campinarana Gramíneo-Lenhosa

Pahs - Formação Pioneira com influência fluvial e/ou lacustre-herbácea sem palmeira

As - Floresta Ombrófila Aberta Submontana

Lgs - Campinarana Gramíneo-Lenhosa sem palmeira

Pahp - Formação Pioneira com influência fluvial e/ou lacustre-herbácea com palmeira

Asp - Floresta Ombrófila Aberta Submontana com palmeiras

Sd - Savana Florestada

SOt - Contato Savana/Floresta Ombrófila-ecotono

Asc - Floresta Ombrófila Aberta Submontana com cipós

Sa - Savana Arborizada

ONt - Contato Floresta Ombrófila/Floresta Estacional

Asb - Floresta Ombrófila Aberta Submontana com bambus

Sas - Savana Arborizada sem floresta-de-galeria

LOt - Contato Campinara/Floresta Ombrófila-ecotono

Ass - Floresta Ombrófila Aberta Submontana com sororocas

Saf - Savana Arborizada com floresta-de-galeria

SNt - Contato Savana/Floresta Estacional-ecotono

Fa - Floresta Estacional Semidecidual Aluvial

Sp - Contato Savana/ Formações pioneiras

SPt - Contato Savana/Restingal-ecotono

Fa - Floresta Estacional Semidecidual Aluvial Dossel uniforme

Sps - Savana Parque sem floresta-de-galeria

STf - Contato Savana / Savana-Estépica-encotono

Fa - Floresta Estacional Semidecidual Aluvial Dossel emergente

Spf - Savana Parque com floresta-de-galeria

rsb - Refúgio Submontano Arbustivo

Fb - Floresta Estacional Semidecidual Terras Baixas

Sg - Savana Gramíneo - Lenhosa

rmb - Refúgio Vegetacional montano arbustivo

Fbe - Floresta Estacional Semidecidual Terras Baixas Dossel Emergente

Sgs - Savana Gramíneo - Lenhosa sem floresta-de-galeria

rmh - Refúgio Vegetacional montano herbácea

Fs - Floresta Estacional Semidecidual Submontana

Sgf - Savana Gramíneo - Lenhosa com floresta-de-galeria

rlh - Refúgio Vegetacional Altomontano herbácea


Sub-bacias Hidrogrรกficas

Fonte: SEPLANCTI, adaptado ANA



População Censitária do Amazonas

O levantamento da população censitária realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE), tem como fundamento legal a Lei nº 8.184, de 10 de maio de 1991, que regulariza e estabelece a periodicidade dos Censos Demográfi cos um máximo de dez anos para o intervalo intercensitário. Os Censos Demográfi cos são de suma importância para retratar a situação de vida da população nos municípios do país. O objetivo é contar os habitantes do território nacional, identifi car suas características e revelar como vivem, produzindo informações imprescindíveis para a defi nição de políticas públicas e a tomada de decisões de investimentos da iniciativa privada ou de qualquer nível de governo. Também constitui a única fonte de referência sobre a situação de vida da população nos municípios e em seus recortes internos, como distritos, bairros e localidades, rurais ou urbanas, cujas realidades dependem de seus resultados para serem conhecidas e terem seus dados atualizados. De acordo com o Censo 2010 (IBGE), a população apurada para os municípios do Estado foi de 3,483 milhões de habitantes. Desta população, concentra-se 79% em localidades urbanas e 21% rurais. No Censo 2000, essa proporcionalidade representava 75% na área urbana e 25% rural, quando a população era de 2,812 milhões de habitantes. O cenário na fi gura 2.2 (Censo 2010), apresenta Manaus com 52% de toda a população do Estado com 1,802 milhões de habitantes. O quantitativo populacional na faixa entre 61,45 mil e 102,03 mil hab., agruparam 4 municípios, sendo Parintins, Itacoatiara, Manacapuru e Coari, juntos representam 10% da população. No comparativo, a população rural do Amazonas avolumou 0,32% em 2010, onde o maior crescimento se deu em Maués com 7.547 hab. a mais em relação ao censo 2000. A composição da faixa populacional rural para os anos 2000 e 2010 nos municípios, pode ser visualizada nas fi guras 2.5 e 2.6, respectivamente. No censo 2000, a área rural apresentava dois municípios (Coari e Parintins) com os maiores contingentes na faixa de 26,07 mil a 32,14 mil hab. conforme fi gura 2.5. Após 10 anos (fi gura 2.6) três novos municípios passaram a concentrar sua população na faixa de 26,07 mil a 32,14 mil habitantes (fi gura 2.6), totalizando cinco municípios.

Fonte: SEPLANCTI

Fonte: SEPLANCTI

Figura 2.1 População censitária dos municípios do Amazonas - 2000.

Figura 2.2 População censitária dos municipios do Amazonas - 2010.

32 Amazonas em Mapas


População Censitária Urbana, Rural

Fonte: SEPLANCTI

Fonte: SEPLANCTI

Figura 2.3 População urbana Censo 2000.

Figura 2.4 População urbana Censo 2010.

Fonte: SEPLANCTI

Fonte: SEPLANCTI

Figura 2.5 População rural Censo 2000.

Figura 2.6 População rural Censo 2010.

demografia 33


Taxa de Crescimento Populacional

A taxa em referência demonstra o ritmo de crescimento populacional no período de 10 anos entre 2000 e 2010. A taxa é infl uenciada pela dinâmica da natalidade, da mortalidade e das migrações. A fi gura 2.7 demonstra a distribuição geográfi ca da taxa de crescimento populacional no último Censo (2010/2000) para cinco faixas percentuais. No Censo 2010, o Amazonas obteve 3,483 milhões de habitantes, ou seja, 682,1 mil a mais do que no Censo 2000. A população amazonense cresceu 2,16% em 10 anos segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE). Cinco (5) municípios (Anamã, Juruá, Manaquiri, Presidente Figueiredo e Santa Isabel do Rio Negro) apresentam as maiores taxas com crescimento acima de 4,32%. Manaquiri, apresentou o maior crescimento (6,02%) populacional frente há todos os municípios do Estado.

Gráfico 2.1 População Amazonas por sexo - 2016

50,3% Fonte: SEPLANCTI

Figura 2.7 Taxa de crescimento populacional nos anos 2000 e 2010.

34 Amazonas em Mapas

Fonte: IBGE

49,7%


Densidade Populacional

Fonte: SEPLANCTI

Figura 2.8 Densidade demográfi ca no ano 2000.

De acordo com IBGE (Censo Demográfi co 2010), o Amazonas se encontra em penúltimo lugar no ranking Brasil de densidade demográfi ca da unidade territorial, superando apenas Roraima com 2,01 habitantes por quilômetro quadrado. A estatística resulta o Estado com 2,23 hab/km2, com população de 3.483.985 habitantes em uma área territorial de 1.559.161,7 quilômetros quadrados. Em 2010 (fi gura 2.9), dentre os 62 municípios do Estado, 31 deles apresentam menor densidade populacional por quilômetro quadrado, considerando o parâmetro na faixa abaixo de 1,40 hab/km. O município de Japurá, a 743,46 quilômetros de Manaus na região da calha do médio Solimões, tem um índice de apenas 0,13 hab/km2, com 7.326 habitantes e uma área total de 55.791,9 quilômetros quadrados. Na sequência os demais municípios ocuparam as seguinte posições: Atalaia do Norte (2º), Tapauá e Barcelos (3º) e Jutaí (4º). Estes municípios têm entre 0,13 e 0,26 habitantes por quilômetro quadrado. Os quatro municípios do Amazonas com maior densidade populacional, excluindo-se Manaus, foram: Iranduba, Parintins, Tabatinga e Manacapuru, com densidade populacional na faixa de 9,78 a 48,42 hab/km2. Durante o estudo, foi possível identifi car as grandes extensões territoriais para uma pequena população. Gráfico 2.2 Densidade demográfi ca e Distribuição rural e urbana - 2010

Fonte: SEPLANCTI

Manaus

158,09

Iranduba

18,42

Parintins

17,14

Tabatinga

16,21

Manacapuru

11,62

Fonte: IBGE, Censo 2010.

Figura 2.9 Densidade demográfi ca no ano 2010.

demografia 35


População Estimada

De acordo com IBGE as estimativas anuais da população residente para os municípios, levam em conta a situação atualizada da Divisão Político-Administrativa Brasileira, refl etindo eventuais alterações ocorridas nos limites territoriais, no âmbito dos convênios que o IBGE mantém com órgãos estaduais para a consolidação dos limites e a aplicação de nova legislação que altera os limites municipais. Regido pela Lei nº 8.443, artigo 102 de 16 de julho de 1992 e alterada pela Lei Complementar nº 143, artigo 4 de 17 de julho de 2013, o IBGE encaminha ao Tribunal de Contas da União (TCU) até o dia 31 de agosto de cada ano, as estimativas populacionais dos entes federativos, a qual é divulgada no Diário Ofi cial da União (DOU) no primeiro dia útil do mês de julho. As estimativas populacionais são de fundamental importância para o cálculo de indicadores sociodemográfi cos, bem como servem de parâmetros para implementação de políticas públicas. Além disso, constituem o principal parâmetro para a distribuição das quotas partes relativas ao Fundo de Participação de Estados e Municípios - FPE / FPM, conduzida pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O Estado do Amazonas em 2017 obteve em seu contingente populacional estimado, cerca de 4,063 milhões de habitantes com crescimento de 1,55% em relação à população estimada de 2016 com 4,001 milhões de habitantes. No ano 2017, as estimativas populacionais na faixa acima de 113.833 habitantes está concentrada no município de Manaus com contingente de 2,130 milhões de habitantes, o que representa 52,4% de toda população do Estado. A segunda maior faixa entre 63.636 e 113.832 habitantes, estão quatro municípios em destaque (fi gura 2.11), onde juntos representam 9,7% da população.

36 Amazonas em Mapas

Gráfico 2.3 Maiores populações do Amazonas - 2017

Parintins

113.832

Itacoatiara

99.854

Manacapuru

96.460

Coari

84.762

Tabatinga

63.635

Fonte: IBGE, estimativa 2017.


Fonte: SEPLANCTI

Fonte: SEPLANCTI

Figura 2.10 Estimativa populacional 2016.

Figura 2.11 Estimativa populacional 2017.

demografia 37


Expectativa de Vida ao Nascer

A expectativa de vida ao nascer é o número médio de anos de vida esperado para um recém-nascido. De acordo com a Rede Internacional de Informações para a Saúde (RIPSA), a expectativa de vida representa uma medida sintética da mortalidade, não estando afetada pelos efeitos da estrutura etária da população, como acontece com a taxa bruta de mortalidade . Podemos afi rmar que o aumento da esperança de vida ao nascer, está diretamente relacionado a melhorias das condições de vida e de saúde da população, considerando as variações geográfi cas e temporais na expectativa de vida da população (RIPSA). Esse fator contribui para subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas de saúde e de previdência social, entre outras, relacionadas com o aumento da expectativa de vida ao nascer (Melhorias de serviços acompanhados dos avanços tecnológicos). O resultado encontrado no estado do Amazonas passou de 66,5 anos em 2000 para 73,3 em 2010, uma diferença abaixo de 1 ano para a média nacional. Dentre os 62 municípios pesquisados, Manaus apresenta o maior tempo de vida com 74,54 anos.

Fonte: SEPLANCTI

Figura 2.12 Expectativa de vida ao nascer no ano censo 2000.

Gráfico 2.3 Esperança de Vida ao Nascer (anos) - 2010

Manaus

74,54

Itacoatira

73,66

Presidente Figueiredo

73,10

Tefé

73,04 Fonte: SEPLANCTI

Fonte: Atlas Brasil

38 Amazonas em Mapas

Figura 2.13 Expectativa de vida ao nascer no ano censo 2010.


Taxa de Envelhecimento

Fonte: SEPLANCTI

Figura 2.14 Índice de envelhecimento no ano censo 2000.

O índice ou taxa de envelhecimento refl ete a razão entre o componente etário extremo (60 anos ou mais, para cada 100 pessoas menores de 15 anos de idade) na população residente em determinado espaço geográfi co, no ano considerado. É comum que, para o cálculo deste indicador, sejam consideradas idosas as pessoas de 65 e mais anos. No entanto, para manter a coerência com os demais indicadores e para atender à política nacional do idoso (Lei nº 8.842, de 4 de janeiro de 1994), utiliza-se aqui o parâmetro de 60 e mais anos (DATASUS). No levantamento realizado pelo Censo 2010, foi identifi cado o crescimento da taxa de envelhecimento da população do Amazonas, esse índice passou de 3,26% em 2000, para 4,03% em 2010 (Atlas Brasil-Censo 2000/2010). Os resultados observados demonstram o crescente número de idosos residentes no Estado, com participação percentual média de 3,83% para homens e 4,25% para as mulheres, distribuídos na maior parte dos os municípios do estado do Amazonas. Foi observado no estudo, que a transição demográfi ca encontra-se em estágio avançado e que pode-se acompanhar o ritmo de envelhecimento da população, e assim contribuir para a avaliação de tendências da dinâmica demográfi ca e subsidiar a formulação, gestão e avaliação de políticas públicas nas áreas de saúde e de previdência social. É um processo caracterizado pelo constante aumento da expectativa de vida e a queda de fecundidade. Fatores estes que juntos, resultam numa grande quantidade de idosos e uma signifi cativa redução de crianças e jovens. No levantamento realizado pelo Censo de 2010 fi cou identifi cado que doze municípios do Estado apresentam as maiores taxas de envelhecimento estando acima de 4,72% (ver fi gura 2.15). Gráfico 2.5 Taxa de Envelhecimento - 2010

Careiro da Várzea

5,60

Nhamundá

5,56

Itapiranga

5,24

Itacoatiara

5,03

Autazes

4,96

Fonte: SEPLANCTI

Figura 2.15 Índice de envelhecimento no ano censo 2010.

Fonte: Atlas Brasil

demografia 39


Razão de Dependência

A razão de dependência, compara entre um segmento etário da população defi nindo de um lado, uma parte economicamente dependente e outra potencialmente produtiva, ou seja, a razão de dependência demográfi ca pressupõe que jovens e idosos de uma população são dependentes economicamente (IBGE). Para defi nição do grau de dependência considera a população jovem, na faixa de zero a 14 anos adicionada a de idosos com idade de 65 anos ou mais, considerando como divisor o segmento etário potencialmente produtivo dentro de um intervalo de 15 a 64 anos. A razão de dependência total no Estado passou de 72,63% em 2000 para 59,33% em 2010, com participação de 59,62% para os homens e 58,95% para as mulheres (Censo – Atlas Brasil). Os resultados obtidos nos levantamentos populacionais (Censo) em 2000 e 2010 para os 61 municípios do estado do Amazonas, verifi ca-se que existe um declínio gradativo da razão de dependência e que está relacionada ao processo de transição demográfi ca. Outra situação observada foi para o município de Santa Isabel do Rio negro, sendo o único município que apresentou crescimento no grau de dependência, saindo de 89,27% em 2000 para 92,70% em 2010.

Fonte: SEPLANCTI

Figura 2.16 Razão de dependência no ano 2000.

Gráfico 2.6 Razão de Dependência (%) - 2010

Jutaí

95,88

Barreirinha

94,49

Beruri

94,16

Santa Isabel do Rio Negro

92,70

Ipixuna

91,70

Fonte: Atlas Brasil

40 Amazonas em Mapas

Fonte: SEPLANCTI

Figura 2.17 Razão de dependência no ano 2010.


Domicílios com Energia Elétrica

Fonte: SEPLANCTI

Figura 2.18 Percentual de domicílios com energia elétrica no censo 2000.

Nas informações apuradas nos Censos 2000 e 2010, notou-se um crescimento de 1,16% no consumo geral de energia em domicílios particulares e coletivos, levando em conta as áreas rural e urbana. Em 10 anos, 58 municípios apresentaram expansão de crescimento, sendo Careiro da Várzea a maior evolução (11,57%). Na contramão do crescimento, 4 municípios reduziram o percentual de domicílios com acesso à energia, estando São Sebastião do Uatumã com a maior perda (45%), saindo de 79,35% domicílios em 2000 para 75,85% em 2010. Entre 2000 e 2010, o município de Manaus, apresentou um aumento de 0,06%, em razão da rede elétrica existente atender uma demanda pontual. O crescimento está associado com a política do governo federal, o Programa Luz para Todos, onde a população mais carente pôde ter acesso ao serviço público, localizada principalmente no interior do Estado do Amazonas (rural e urbana). No censo 2010 (fi gura 2.19), reunimos doze municípios na faixa acima de 41,40% dos domicílios com energia fornecida. Dentre eles, além de Manaus, estão Rio Preto da Eva, Tefé, Iranduba, Presidente Figueiredo, etc.

Gráfico 2.7 Percentual de consumo de energia - 2010¹

52,5%

Santa Isabel do Rio Negro

96,5%

Rio Preto da Eva Fonte: Atlas Brasil Fonte: SEPLANCTI

Figura 2.19 Percentual de domicílios com energia elétrica no censo 2010.

Nota1: Maior e menor município do interior.

demografia 41


Domicílios com Água Encanada

De acordo com IBGE, o percentual da população em domicílio com água encanada é a razão entre a população que vive em domicílios particulares permanentes com água canalizada para um ou mais e a população total residente em domicílios particulares permanentes. A água pode ser proveniente de rede geral, de poço, de nascente, ou de reservatórios abastecidos por água das chuvas ou carro-pipa. O fornecimento de água encanada para domicílios permanentes residentes no Amazonas, apresentou um crescimento de 3,5% nos últimos 10 anos, ou seja no período entre 2000 a 2010 (Censo). No comparativo, 61 municípios apresentaram expansão de crescimento, sendo Fonte Boa com a maior evolução (22,7%). Na contramão do crescimento, apenas o município de Coari apresentou redução (0,1%), saindo de 32,53% domicílios com água encanada em 2000 para 32,29% em 2010. Vale ressaltar que a maioria dos municípios deram atenção a este serviço e dentre eles podemos destacar o município de Uarini onde a população residente que possuía água encanada em 1991 era 0,37% e que em 2010 atingiu 60,95% de sua população em domicílio residente. Os maiores percentuais em 2010 (fi gura 2.21), se encontram doze municípios na faixa acima de 70,96% com água encanada. Dentre eles, está Manaus em primeiro lugar (89,65%) seguido de Apuí (86,73%). O menor percentual se encontra o município de Careiro da Várzea (14,95%) com crescimento de 3,3% em relação a 2000 quando 10,77% dos domicílios possuíam água encanada. Embora este município não tenha apresentado tamanha evolução na questão da água, o mesmo apresentou o melhor desempenho no quesito de domicílios com acesso a energia elétrica.

Fonte: SEPLANCTI

Figura 2.20 Percentual de domicílios com água encanada no censo 2000.

Gráfico 2.8 Percentual de domicílios oom água encanada -2010

86,7% Apuí

Fonte: SEPLANCTI

14,9%

Careiro da Várzea Fonte: Atlas Brasil

42 Amazonas em Mapas

Figura 2.21 Percentual de domicílios com água encanada no censo 2010.


População Indígena

Fonte: SEPLANCTI

Com base no estudo “ O Brasil Indígena ” do IBGE, desde 1991 o Censo Demográfico coleta dados da população indígena brasileira, com base na categoria indígena do quesito cor ou raça. No Censo Demográfico 2010, foi introduzido um conjunto de perguntas específicas para as pessoas que se declararam indígenas, como o povo ou etnia a que pertenciam, como também, as línguas indígenas faladas. A maior população indígena da região norte, ou seja, mais de 50% está localizada no estado do Amazonas. Para tanto, foram investigadas as pessoas indígenas por localização do domicílio e para pessoas que se declaram totalmente indígenas. No estudo foi identificado que a maior concentração indígena encontra-se no município de São Gabriel da Cachoeira, com 29.017 indígenas, o que representa 17,3% de toda a população indígena do Estado, em seguida os municípios de São Paulo de Olivença com 14.974, Tabatinga com 14.855, Santa Isabel do Rio Negro com 10.749. A região do Alto Solimões abrange três municípios que detêm 39.662 índios e que representa 23,51%, são eles: São Paulo de Olivença, Benjamin Constant e Tabatinga. Seguido da região do Alto Rio Negro com os municípios de São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel do Rio Negro e Barcelos com 48.133 indígenas, o que representa 28,54%. Segundo dados Censo 2010 (IBGE), a população total de indígenas residentes no Amazonas representa 168.680.


Eleitores

Segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas - TRE, em 2016, o número de eleitores aptos a votar no estado do Amazonas computou de 2.318.722 contra 2.226.891 em 2014, correspondendo um aumento 2,04% de eleitores para o total geral do Estado. A maior concentração de eleitores encontra-se no município de Manaus com 1.257.216 votantes, contingenciando uma signifi cativa parcela de 54,2% do total de eleitores ativos no Amazonas conforme pode ser visualizado na fi gura 2.24. Considerando a estimativa populacional de Manaus de 2.094.391 em 2016, a parcela de eleitores aptos a votar, gira em torno de 60% da população residente. Depois de Manaus, a segunda maior faixa de eleitores se concentra em torno de 39.215 a 63.982, agrupando 4 municípios: Parintins, Itacoatiara, Manacapuru e Coari, onde estes juntos representam 10,2% em relação a todos os eleitores do Estado. Dentre estes, Parintins totaliza a maior zona eleitoral com 63.982 eleitores, seguido de Itacoatiara com 62.381 e Manacapuru com 61.773. Trinta e quatro dos 62 municípios, estão com o número da população abaixo de 13.160 eleitores ativos. O município com menor densidade eleitoral é Japurá, que dispõe apenas de 4.431 eleitores, porém diante da estimativa populacional com 4.660 em 2016, representa 95% dessa população está apta a votar.

Fonte: SEPLANCTI

Fonte: SEPLANCTI

Figura 2.23 Total de eleitores no ano 2014

Figura 2.24 Total de eleitores no ano 2016.

44 Amazonas em Mapas


Referências SIGLAS DATASUS – Departamento de Informática do SUS DOU - Diário Ofi cial da União FPE - Fundo de Participação de Estados e Municípios IBGE- Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística RIPSA – Rede Interagencial de Informações para a Saúde TCU - Tribunal de Contas da União TRE - Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas Fonte ATLAS BRASIL – Atlas de Desenvolvimento do Brasil. Espacialidade e Indicadores. Disponível em: <http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/consulta/>. Acesso em: Abr. 2018. ATLAS BRASIL – Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil. Taxa de Envelhecimento e Desagregação Rural e Urbana. Disponível: < http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/consulta/ >. Acesso em: Abr. 2018. ATLAS BRASIL – Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil. Perfi l Amazonas. Disponível em: < http://www. atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfi l_uf/13 > Acesso em: Abr. 2018. DATASUS. Índice de Envelhecimento – A.15. Disponivel: < http://tabnet.datasus.gov.br/tabdata/LivroIDB/2edrev/ a15.pdf >. Acesso em: Abr. 2018. IBGE, 2017. Estimativas da população residente nos municípios e para as unidades da federação brasileiros com data de referência em 1º de julho de 2017. Disponível em: < https://www.ibge.gov.br/estatisticas-novoportal/ sociais/populacao/9103-estimativas-de-populacao.html?edicao=911&t=resultados>. Acesso em: Abr. 2018. IBGE. Censo Demográfi co. Disponível em: < https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/1298 > Acesso em: Abr. 2018. IBGE. População Indígena. Disponível em: < https://indigenas.ibge.gov.br/grafi cos-e-tabelas-2.html > Acesso em: Abr. 2018. RIPSA. Rede Interagencial de Informações para a Saúde. Expectativa de Vida. Disponível em: <http://fi chas. ripsa.org.br/2010/A-11/?l=es_ES. Acesso em: Abr 2018. TRE. Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas. Dados 2016. Disponível em: <http://www.tse.jus.br/eleitor/ estatisticas-de-eleitorado/consulta-quantitativo>. Acesso em Abr 2018.




Índice de Desenvolvimento Humano Municipal

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é realizado entre parcerias pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Fundação João Pinheiro (FJP) e Secretarias e Órgãos dos Estados. Segundo Atlas Brasil (2013), o IDHM é um número que varia entre 0,0 (zero) e 1,0 (um), onde o resultado mais próximo de um, indica maior o desenvolvimento humano de uma determinada localidade, e caso contrário, pior é o desenvolvimento do município. As faixas de desenvolvimento utilizadas para classifi car o estudo e que são usadas para educação, longevidade e renda são: desenvolvimento muito baixo para índices no intervalo de 0,000 a 0,499, baixo 0,500 a 0,599, médio 0,600 0,699, alto 0,700 a 0,799 e muito alto acima de 0,800. O índice reúne três requisitos importantes para a expansão do desenvolvimento e qualidade de vida das pessoas: Saúde, relacionada a oportunidade de vida longa e saudável; Educação com acesso ao conhecimento e Renda, o poder de desfrutar de um padrão de vida digno. No contexto entre os Estados, em 2000, o Amazonas apresentou índice de 0,515 sendo classifi cado como baixo desenvolvimento humano ocupando a 22ª posição. Após 10 anos, o Estado alcançou patamares melhores com índice de 0,674, saindo de baixo para médio desenvolvimento e consequentemente, sua posição subiu para a 18ª posição, em 2010. Tanto em 2000 quanto 2010, dentre os três subíndices (Educação, Longevidade e Renda) o Amazonas apresenta os melhores resultados na longevidade, saindo de uma expectativa de vida de 66,51 anos em 2000 para 73,30 anos em 2010. No cenário municipal ano 2000 (fi gura 3.1), haviam 60 (97%) municípios classifi cados com desenvolvimento muito baixo, com índices abaixo de 0,499, sendo o município de Pauini, o pior município do Estado nesta classifi cação. Manaus, apresentou índice médio (0,601), sendo elevado pela longevidade (0,727), seguida da renda (0,674). Na fi gura 3.2, cenário Censo 2010, observou-se uma evolução, quando haviam 60 municípios que se encontravam com desenvolvimento muito baixo para 7 municípios, o que equivale numa melhoria em 88,3% dos 60 municípios. Embora Pauini se encontre dentre os 7 municípios com índices muito baixo, vale ressaltar que o mesmo melhorou e subiu 5 posições, ocupando a 57ª colocação, fi cando Atalaia do Norte o município com o menor índice do Estado. Manaus obteve melhoria, saindo de médio (0,601) para alto (0,737) desenvolvimento humano.

Gráfico 2.8 Ranking dos três menores IDHM, 2010.

IDHM - 0,479 IDHM - 0,477 IDHM - 0,450

0,733

0,772

0,737

0,481

0,529

0,461

0,259

0,266

0,323

Atalaia do Norte

Itamarati

Santa Isabel do Rio Negro

Longevidade

Renda

Educação

Fonte: Atlas Brasil, PNUD/IPEA/FJP.

48 Amazonas em Mapas


Fonte: SEPLANCTI

Fonte: SEPLANCTI

Figura 3.1 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal no ano 2000.

Figura 3.2 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal no ano 2010.

idh 49


IDH Municipal Educação

O IDHM Educação é o índice que mais infl uencia negativamente o IDH estadual. Levando em consideração a evolução deste indicador a partir dos censos demográfi cos, percebe-se que este componente do desenvolvimento humano amazonense foi quem sofreu a maior evolução entre 2000 e 2010, cerca de 5,6%. Visto isso, justifi ca-se que o Amazonas ocupava em 2000, a 23ª posição (índice 0,324 muito baixo), passando para 20ª em 2010 (índice 0,561 baixo) entre as 27 unidades federativas brasileiras. No contexto entre os Estados, em 2000, o Amazonas apresentou índice de 0,515 sendo classifi cado como baixo desenvolvimento humano ocupando a 22ª posição. Após 10 anos, o Estado alcançou patamares melhores com índice de 0,674, saindo de baixo para médio desenvolvimento e consequentemente, sua posição subiu para a 18ª posição, em 2010. Tanto em 2000 quanto 2010, dentre os três subíndices (Educação, Longevidade e Renda) o Amazonas apresenta os melhores resultados na longevidade, saindo de uma expectativa de vida de 66,51 ano em 2000 para 73,30 anos em 2010. No Censo 2000 (fi gura 3.3), todos os municípios classifi caram-se com índices abaixo de 0,499, sendo classifi cados com desenvolvimento educacional muito baixo, com destaque para o município de Pauini que ocupou a 62ª posição e Manaus a 1ª. No cenário 2010 (fi gura 3.4), percebe-se uma distribuição entre os municípios sinalizando que 77,4% dos municípios se encontram na situação de muito baixo desenvolvimento, 19,4% com baixo desenvolvimento e 3,2% em médio desenvolvimento. Os municípios de Manaus (0,658) e Parintins (0,605) foram os únicos onde o índice atingiu a classifi cação de Médio Desenvolvimento Humano em Educação, em 2010. Apesar dos esforços na educação, 48 municípios ainda apresentam muito baixo desenvolvimento, destes Atalaia do Norte e Itamarati apresentam os piores índices.

Fonte: SEPLANCTI

Fonte: SEPLANCTI

Figura 3.3 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal de Educação no ano 2000.

Figura 3.4 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal de Educação no ano 2010.

50 Amazonas em Mapas


IDH Municipal Longevidade

Fonte: SEPLANCTI

Figura 3.5 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal de Longevidade no ano 2000.

Dentre os três índices que compõem o estudo de desenvolvimento humano, a longevidade é o indicador que passa a ter destaque a partir do momento em que os estudos realizados mostram uma população com idade mais longa em relação aos estudos anteriores. No contexto entre os Estados, em 2000, o Amazonas apresentou índice de 0,692 sendo classifi cado como médio desenvolvimento humano ocupando a 19ª posição. Após 10 anos, o Estado alcançou patamares melhores com índice de 0,805, saindo de médio para muito alto desenvolvimento e consequentemente, sua posição subiu para a 14ª posição, em 2010. No Censo 2000 (fi gura 3.5), 79% dos municípios apresentaram médio desenvolvimento e 21% alto. Dentre os municípios, Iranduba apresentou maior longevidade (0,754) e Tapauá o menor (0,604). No contexto do censo de 2010 (fi gura 3.6), dos 49 municípios que se encontram na classifi cação com média longevidade, após 10 anos, 48 deles passaram para índices altos, exceto o município de Tapauá. Embora este tenha apresentado crescimento de 1,4%, ainda se manteve na faixa de média longevidade, onde sua população alcançou uma expectativa de vida de 5 anos a mais, podendo chegar em média até 66,61 anos. Por outro lado, Iranduba, que era o 1º no ranking em 2000, passou a ocupar a 7ª posição em 2010. Apesar deste ter obtido queda no ranking entre os municípios, apresentou crescimento de 0,6% em seu índice, saindo de 0,754 em 2000 para 0,799 em 2010. O município de Manaus que ocupava a 3ª posição em 2000 com índice médio (0,727) passou para a 1ª posição em 2010, alcançando a classifi cação de alto desenvolvimento humano em longevidade com índice de 0,826.

Fonte: SEPLANCTI

Figura 3.6 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal de Longevidade no ano 2010.

idh 51


IDH Municipal Renda

O IDHM Renda está relacionado com o padrão de vida dos residentes de certa localidade e é medido pela renda per capita, Atlas Brasil (2013). Assim como os outros componentes do IDHM, este índice teve uma evolução positiva no que foi observado nos Censos Demográfi cos do IBGE anteriores a 2010. No último Censo, Manaus foi o município que teve maior índice, 0,738 e foi classifi cado na faixa de alto desenvolvimento humano. O Amazonas na questão da renda, evoluiu, e apresentou crescimento de 1,1% no desenvolvimento em 10 anos, quando saiu do índice de 0,608 em 2000 para 0,677 em 2010. Apesar, do Estado apresentar índices de melhoria, no ranking entres as UFs, o Amazonas se manteve na 17ª ocupação em ambos os anos (2000 e 2010). A fi gura 3.7 demonstra o contexto da renda para o Censo 2000, onde haviam 33 (53,2%) municípios classifi cados com desenvolvimento muito baixo (índice abaixo de 0,499), 27 (43,5%) municípios com baixo (índice entre 0,50 e 0,59) e 2 (3,2%) com alto (índice entre 0,70 e 0,79). Dentre os municípios, Ipixuna apresentou menor desenvolvimento na renda (0,374) e Manaus o maior (0,674). Dez anos após (fi gura 3.8) o IDHM Renda, concentrou 10 municípios com desenvolvimento muito baixo em 2010, sendo Santo Antônio do Içá o que apresentou menor índice (0,438) dentre todos os municípios do Estado. O melhor, permanece Manaus com índice de 0,738, onde foi classifi cado com alto desenvolvimento humano.

Fonte: SEPLANCTI

Figura 3.7 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal de Renda no ano 2000.

Fonte: SEPLANCTI

Figura 3.8 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal de Renda no ano 2010.

52 Amazonas em Mapas


Referências SIGLAS FJP - Fundação João Pinheiro IDHM - Índice de desenvolvimento humano IPEA - Instituto de Pesquisa econômica Aplicada PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Fonte Índice de Desenvolvimento Humano ATLAS BRASIL - Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil. Índice de Desenvolvimento Humano. Disponível em: <http://atlasbrasil.org.br/2013/pt/consulta/> Acesso em: Abr 2018.




Consumo de Energia

Fonte: SEPLANCTI, 2016


Infraestrutura

Este tópico aborda itens que compõem a infraestrutura energética, o consumo de energia, rodovias, portos, aeroportos, comunicação de acesso multimídia, acesso de TV por assinatura, cobertura de telefonia móvel e saneamento com referência ao abastecimento de água dos municípios do estado do Amazonas. O primeiro item, refere-se a infraestrutura energética, onde os dados sobre geração bruta (MKh), potência instalada (kW) e demanda máxima (kWh) foram fornecidos pela Eletrobrás Amazonas Energia referente ao ano de 2016, a qual atualmente é responsável pela geração e distribuição de energia no Estado. Uma de suas fontes advém da Hidrelétrica de Balbina, localizada no município de Presidente Figueiredo. Todavia, somente Manaus e outros três municípios tinham oferta de energia desta hidrelétrica. A difi culdade em oferecer a outros municípios decorrem de sua extensão territorial e assim estes utilizam usina termelétricas com uso de combustíveis fósseis. Além dessa fonte de energia, Manaus interligou-se a hidrelétrica de Tucuruí no ano de 2013 e a partir de maio de 2015 funcionou comercialmente. A interligação Tucuruí-Macapá-Manaus, mais conhecido como Linhão de Tucuruí leva energia produzida da hidrelétrica de Tucuruí à região ao norte do rio Amazonas, passando a integrar o Sistema Interligado Nacional. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL o Sistema Interligado Nacional – SIN é um sistema de instalações e de equipamentos que possibilitam o suprimento de energia elétrica nas regiões do país interligadas eletricamente. Neste sentido, a linha de transmissão Tucuruí-Macapá-Manaus é um empreendimento gigantesco que teve início em 2008, possui 3.351 torres distribuídas ao longo de 1.800 km, oriunda da hidrelétrica de Tucuruí. Atualmente estão interligados ao sistema os municípios de Presidente Figueiredo, Iranduba e Manacapuru através de cabos aquáticos e terrestres provenientes da cidade de Manaus. Os municípios de Rio Preto da Eva, Itacoatiara, Itapiranga, Silves, São Sebastião do Uatumã e Urucará também serão interligados ao SIN. Parintins, Barreirinha, Boa vista do Ramos, Maués, Nova Olinda do Norte, Borba e Urucurituba possuem projetos já aprovados pelo Ministério de Minas e Energia para receberem energia a partir do segundo semestre de 2018, após as construções de subestações. Também estão previstas outras linhas de transmissão com obras para 2º semestre de 2019, ligando o município de Humaitá ao Estado de Rondônia e o município de Boca do Acre ligando ao Estado do Acre. Referente ao complexo de geração elétrica, o Sistema Manaus – Capital engloba: Usinas Termelétricas, Produtores Independentes e Usina Hidrelétrica (UTEs, PIEs e UHE). O parque gerador próprio do Sistema Manaus é composto pelas Usinas Térmicas de Aparecida (172,0 MW), Mauá (436,5 MW), UTE – Cidade Nova (15,4 MW), UTE São José (36,4 MW), UTE Flores (69,0 MW), Hidrelétrica de Balbina (250,0 MW) e há também a Usina fl utuante Electron com 120 MW. Isto resulta em uma potência efetiva de 1.099,3 MW e que para suprir a demanda do mercado é necessária a compra de energia dos Produtores Independentes. A matriz energética estadual consiste 82% de termelétricas e apenas 18% de hidrelétricas.

infraestrutura 57


Figura 4.2 Infraestrutura energética - Geração bruta (MWh) 2016.

58 Amazonas em Mapas


Infraestrutura Energética

A Geração Bruta do Estado no ano de 2016 registrou 11.446.701 MWh, um crescimento de 5,57% quando se compara com o ano de 2015, onde registrou-se 10.862.138 MWh. Esse crescimento se deu devido ao interior, no qual foi de 40,57%. Manaus que corresponde a 77,4% da geração do Estado, na comparação com 2016 e 2015, observou-se uma queda de 1,57%. Na Potência Instalada, registrou um crescimento de 35,82% no Estado na comparação 2016 com 2015, sendo em 2016 um total de 5.525.272 contra 4.068.232 KWh de 2015. A demanda máxima registrou uma queda de 1,08%, onde 2016 foi de 1.790.081 contra 1.809.582 KWh de 2015.

Fonte: SEPLANCTI

Fonte: SEPLANCTI

Figura 4.3 Infraestrutura energética - Potência instalada (KW) 2016.

Figura 4.4 Infraestrutura energética - Demanda máxima (KWh) 2016.

infraestrutura 59


Rodovias

Fonte: SEPLANCTI

A nomenclatura das rodovias estaduais do Amazonas são três números precedidos das letras “A” e “M”, que correspondem a sigla do Estado. As rodovias do Amazonas podem ser identificadas como: AM – XXX, onde X é o número da rodovia. O Estado do Amazonas possui aproximadamente 25 estradas consideradas “AM” e as principais são aquelas que se encontram no entorno da Região Metropolitana de Manaus, como a AM-010, conhecida como Manaus-Itacoatiara com 269 Km., de extensão, interligando a capital amazonense ao município de Itacoatiara, passando pelo município de Rio Preto da Eva e que de forma direta e indiretamente liga aos municípios de Silves e Itapiranga através das AM-330 e AM-363. A AM-070, estrada que liga Manaus aos municípios de Iranduba e Manacapuru e interliga também ao município de Novo Airão pela AM-352. Para ter também acesso às estradas AM-070 e AM-352 é necessário trafegar pela ponte sobre o Rio Negro que recebe o nome do Jornalista Phelippe Daou com uma extensão de 3.595 metros. Com relação às rodovias federais, quatro BRs estão localizadas dentro do Estado, são elas: BR-319 Manaus / Porto Velho, (que interliga a AM020 estrada de Autazes), BR-174 Manaus / Boa Vista-RR, (esta rodovia leva ao Município de Presidente Figueiredo e interliga a AM-240 levando até à comunidade de Balbina), BR-230 Transamazônica até Lábrea e finalmente a BR-317 que liga Boca do Acre a Rio Branco no Estado do Acre.


Aeroportos

Fonte: SEPLANCTI, adaptado ANAC, 2018.

A capital do Amazonas, possui o terceiro maior aeroporto do Brasil em volume de cargas, com capacidade para processar até 12 mil toneladas por mês. O Amazonas possui um total de 54 aeródromos, a maioria administrado pelas prefeituras municipais. Em 2016 o Estado do Amazonas tinha 26 aeroportos homologados, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) dos quais, 05 (cinco) tinham sinalização noturna, localizados nos seguintes municípios: Parintins, Tefé, São Gabriel da Cachoeira, Tabatinga, além da capital Manaus. O total de aeroportos não homologados (e que estão em fase de homologação) são 18 (dezoito) e destes apenas o aeroporto do município de Apuí tem sinalização noturna. Os deslocamentos para os municípios do Estado são deficitários e possuem uma tarifa muito elevada, principalmente nas viagens mais longas, como as realizadas entre Manaus e o município de Tabatinga, salientando que nem sempre estas viagens atingem os números desejados pelas companhias aéreas.


Portos

Fonte: SEPLANCTI, adaptado ANTAQ, 2018.

Aproximadamente 85% dos municípios do estado do Amazonas não possuem acesso rodoviário. A população destes municípios e inúmeras comunidades tem como forma principal de deslocamento o meio aquaviário, tanto para transporte de passageiros como o de cargas, facilitando a entrada e saída de mercadorias, mesmo porque o esta é a forma mais vantajosa dos sistemas de transportes pela sua relação custo-benefício. Em 2016, segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários existiam 27 portos em operação, 4 em obras e 39 projetos aprovados para construção de portos acompanhado de um terminal de passageiros, e ao final destes empreendimentos o estado do Amazonas terá 70 portos operando. Segundo a ANTAQ, o Amazonas tem 5 Portos Públicos operando no Estado, distribuídos em: 2 (dois) em São Gabriel da Cachoeira, 1 (um) em Santo Antônio do Iça, 1 (um) em Japurá e 1 (um) na capital Manaus. A construção de portos nos municípios ajudará a escoar a produção principalmente agrícola, incentivando a implementação de novos empreendimentos e com estas ações certamente levará progresso para os mesmos.


Acesso Multimídia

A Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), criada em 1997 teve com objetivo implantar novo modelo das telecomunicações, e assim oferecer um ambiente de competição entre as operadoras, tendo como parâmetro a Lei Nº 9.472, que defi ne os serviços de telecomunicação, como um conjunto de atividades que possibilita a oferta de capacidade de transmissão, emissão ou recepção, por fi o, radioeletricidade, meios ópticos ou qualquer outro processo eletromagnético, de símbolos, caracteres, sinais, escritos, imagens, sons ou informações de qualquer natureza. O Serviço de Comunicação Multimídia (SCM) é um serviço fi xo de telecomunicações de interesse coletivo, prestado em âmbito nacional e internacional, que possibilita a oferta de capacidade de transmissão, emissão e recepção de informações multimídia utilizando quaisquer meios, dentro de uma área de prestação de serviço oferecidos aos assinantes. O estado do Amazonas teve 243.627 acessos em 2015 contra 267.243 em 2016, apresentando uma alta de 9,7%. A capital Manaus é líder nos acessos em multimídia pois em 2016 ocorreram 259.359 acessos contra 237.396 em 2015 com alta de 9,3%. Os municípios que mais se destacaram em 2016 foram: Iranduba (1.586), Manacapuru (1.381), Presidente Figueiredo (939), Tabatinga (284) e Benjamin Constant com 53 acessos. Os com menores acessos são: Barreirinha (15), São Sebastião do Uatumã (13), Silves (12), Pauini e Urucará (11) e Envira com 9 acessos.

Figura 4.8 Acesso multimídia no ano de 2016.

infraestrutura 63


Acesso de TV por Assinatura

O mapa apresenta números de acessos das Prestadoras dos Serviços de TV por Assinatura nas tecnologias de TV a Cabo (TVC), de Distribuição de Sinais Multiponto Multicanais (MMDS) e de Distribuição de Sinais de Televisão e de Áudio por Assinatura via Satélite (DTH) na capital e municípios do Estado do Amazonas. No Estado do Amazonas o número de acessos de TV por assinatura (canal fechado) decresceu 0,01% no comparativo entre os anos de 2015 e 2016, e que passou de 317.362 acessos para 314.830. Em 2016, dentre os 62 municípios do Estado, Manaus atingiu 266.070 contra 274.434 acessos de TV canal fechado representando uma redução de 3,05%. No interior do Estado, destacam-se seis municípios com maior número de acessos: Manacapuru (3.743), Iranduba (3.293), Parintins (2.251), Presidente Figueiredo (2.688) e Tefé (2.098), e os municípios com menor número de acessos são: Juruá (53), Japurá (85), Envira (88), Itamarati (88) e Pauini (122).

Figura 4.9 Acesso multimídia no ano de 2016.

64 Amazonas em Mapas


Cobertura de Telefonia Móvel

Após consulta à Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL, constatamos existirem cinco empresas que disponibilizam serviços de telefonia móvel no Estado do Amazonas, são elas: Claro, Nextel Telecomunicações Ltda, Oi, Vivo e Tim. A construção dos mapas procura facilitar a visualização de cada operadora nos referidos municípios. As operadoras Claro e Vivo estão presentes nos 62 municípios. Em segundo lugar está a Nextel Telecomunicações Ltda., presente em 33 municípios ou seja representa 53% de atendimento, seguida da empresa OI com 50% de cobertura, atuando em 31 municípios e fi nalmente a TIM com 37% de participação neste mercado de serviço móvel. Vale salientar que existem dois códigos de busca para os municípios sendo 24 com código 92 e 38 com código 97.

Fonte: SEPLANCTI

Fonte: SEPLANCTI

Figura 4.10 Abrangência de telefonia da operadora Claro.

Figura 4.11 Abrangência de telefonia da operadora Oi.

infraestrutura 65


Fonte: SEPLANCTI

Fonte: SEPLANCTI

Figura 4.12 Abrangência de telefonia da operadora Tim.

Figura 4.13 Abrangência de telefonia da operadora Vivo.

Fonte: SEPLANCTI

Figura 4.14 Abrangência de telefonia da operadora Nextel.

66 Amazonas em Mapas


Saneamento

Atualmente no estado do Amazonas existem três modelos principais da gestão de águas. A empresa Manaus Ambiental é a concessionária que atua nos serviços de distribuição de água, coleta e tratamento em Manaus, capital do Estado do Amazonas A Companhia de Saneamento do Amazonas - COSAMA é uma empresa de economia mista enquadrada no regime jurídico de direito privado como sociedade anônima, e foi criada em novembro de 1969. Sua atividade compreende a realização de estudos, projetos e execução de obras relativas a novas instalações e ampliação de redes. A COSAMA está presente em apenas 12 dos 62 municípios do estado do Amazonas. Nos demais municípios a responsabilidade pelo abastecimento recai sobre as Prefeituras, que contratam serviços de terceiros para desenvolver esta atividade, fi cando as instituições municipais com a responsabilidade de acompanhar a realização do serviço.

Figura 4.15 Abastecimento de água.

infraestrutura 67


Referências

Fonte

SIGLAS ANAC - Agência Nacional de Aviação Civil ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica ANTAQ - Agência Nacional de Transportes Aquaviários ANATEL - Agência Nacional de Telecomunicações COSAMA - Companhia de Saneamento do Amazonas DTH - Distribuição de Sinais de Televisão e de Áudio por Assinatura via Satélite MMDS - Distribuição de Sinais Multiponto Multicanais MW - Megawatt MWh - Megawatt hora UTE - Usina Termelétrica UHE - Usina Hidroelétrica PIE - Produtores Independentes SCM - Serviço de Comunicação Multimídia SIN - Sistema Interligado Nacional TVC - Televisão a Cabo

ANEEL. Sistema Interligado Nacional. Disponível em: <http://www.aneel.gov.br/busca?p_p_id=101&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&_101_struts_action=%2Fasset_publisher%2Fview_content&_101_returnToFullPageURL=http%3A%2F%2Fwww.aneel.gov.br%2Fbusca%3Fp_auth%3D5xqpYXgr%26p_p_id%3D3%26p_p_lifecycle%3D1%26p_p_state%3Dnormal%26p_p_state_rcv%3D1&_101_assetEntryId=15056363&_101_type=content&_101_groupId=656835&_101_urlTitle=sistema-interligado-nacional-sin&inheritRedirect=true>. Acesso em Abr. 2018. Eletrobras Disponível em: http://eletrobras.com/pt/SobreaEletrobras/Relatorio_Anual_Sustentabilidade/2016/Relatorio-Anual-Eletrobras-2016.pdf. Acesso em: Abr. 2018 Gestão Energética no Amazonas Disponível em: http://www.fucapi.br/tec/2014/09/30/gestao-energetica-no-amazonas-a-alternativa. Acesso em: Abr. 2018 Instalações Portuárias Disponível em: http://dados.gov.br/dataset?sort=score+desc%2C+metadata_modifi ed+desc&q=minist%C3%A9rio+dos+transportes&organization=ministerio-dos-transportes-portos-e-aviacao-civil-mtpa#content. Acesso em: Abr. 2018 Infraestrutura Federal de Transportes - Aeródromos Disponível em: http://dados.gov.br/dataset?sort=score+desc%2C+metadata_modifi ed+desc&q=minist%C3%A9rio+dos+transportes&organization=ministerio-dos-transportes-portos-e-aviacao-civil-mtpa#content. Acesso em: Abr. 2018 Cosama Disponível em: http://www.cosama.am.gov.br/a-cosama/. Acesso em: Abr. 2018



Percentual da Renda Proveniente de Rendimentos do Trabalho

O gráfi co 5.1 demonstra a participação percentual das rendas provenientes do trabalho (principal e outros) na renda total dos municípios, referente ao Censo 2010. No Censo 1991, todos os municípios fi caram acima de 80% da renda oriunda de rendimentos do trabalho. Em 2000 esse número caiu consideravelmente, com apenas 32 municípios possuidores de 80% da renda oriunda do trabalho, mostrando um crescimento no grau de dependência de outras fontes de renda. Em 2010 houve uma retração consistente, onde tão somente 10 municípios continuaram com percentual maior que 80% da renda proveniente do trabalho, com destaque para os municípios de Presidente Figueiredo, São Sebastião do Uatumã, São Gabriel da Cachoeira, Apuí e Japurá. Este estudo demonstra o alto nível de dependência fi nanceira dos municípios.

Fonte: SEPLANCTI

Figura 5.1 Percentual da renda proveniente de trabalho no censo 2000.

Gráfico 5.1 Percentual da renda nos cincos maiores municípios no ano de 2010.

Japurá

Apuí São Gabriel da Cachoeira São Sebastião do Uatumã Presidente Figueiredo

91,64%

86,14%

84,53%

83,06%

82,97% Fonte: SEPLANCTI

Figura 5.2 Percentual da renda proveniente de trabalho no censo 2010. Fonte: Atlas Brasil.

70 Amazonas em Mapas


Percentual de Pobres e Extremamente Pobres

Fonte: SEPLANCTI

Figura 5.3 Percentual de extremamente pobres no censo 2010.

A defi nição de pobre é dada ao indivíduo com renda domiciliar per capita igual ou inferior a R$140,00 mensal e superior a R$70,00, segundo IBGE. O universo de indivíduo é limitado àqueles que vivem em domicílios particulares permanentes. Em 2010, a incidência de pobreza era maior nos municípios de porte médio (10 mil a 50 mil habitantes). Em referência ao Censo 1991, cinquenta e três municípios do Estado do Amazonas possuíam mais de 55% da população em estado de pobreza. Em 2000 o número de municípios chegou a 54, porém 35 municípios desse total apresentaram uma redução no percentual de pessoas em estado de pobreza dentro do seu território. No ano de Censo 2010 foi observado uma signifi cativa melhora, onde 21 municípios conseguiram entrar nas classes mais baixas, que perfazem valores abaixo de 49,8% da população em estado de pobreza, e com tendência a diminuir cada vez mais. As pessoas extremamente pobres, representam uma parcela da população que vive com renda domiciliar per capita igual ou inferior a R$70,00 mensais, dados divulgados pelo IBGE para ano de 2010, considerando a condição limitante de indivíduos que vivem em domicílios particulares permanentes nos municípios com população entre 10 a 20 mil habitantes. Em 1991, oito municípios tinham uma população entre 60,5% e 80,1% vivendo em extrema pobreza nos municípios de Santo Antônio do Içá, São Paulo de Olivença, Atalaia do Norte, Tapauá, Ipixuna, Urucurituba, Benjamin Constant e São Sebastião do Uatumã. No ano de 2000, houve uma redução no índice que mede a pobreza extrema, sendo que a classe mais alta variou de 55,7% a 68,5%, abrangendo 8 municípios do Estado do Amazonas. Tendo o ano de 2010 como referência, tivemos uma nova redução, com a média da classe variando entre 46,3% a 55,8% da população em extrema pobreza, sendo composta pelos seguintes municípios: Santo Antônio do Içá, Itamarati, Santa Isabel do Rio Negro, Maraã, Guajará, São Paulo de Olivença, Barcelos, Pauini e Barreirinha.

Fonte: SEPLANCTI

Figura 5.4 Percentual de pobres no censo 2010.

emprego e renda 71


Percentual de Vulneráveis à Pobreza

É considerada vulnerável à pobreza, os indivíduos com renda domiciliar per capita igual ou inferior a R$ 255,00 mensais, isto em agosto de 2010, equivalente a 1/2 salário mínimo nessa data, segundo Censo Demográfi co de 2010, divulgado pelo IBGE. O universo de indivíduos é limitado àqueles que vivem em domicílios particulares permanentes, dados divulgados pelo IBGE. O resultado em percentual de vulneráveis à pobreza, refere-se à parcela da população que vive em situação de vulnerabilidade a ponderação de pobreza. Em 1991, destacaram-se 21 municípios como os mais vulneráveis à pobreza, tendo a faixa percentual de 90,4% a 94,1% como critério. Em 2000, houve uma melhora da situação, reduzindo para 7 municípios seguindo no mesmo raciocínio do resultado e faixa de vulneráveis. Em 2010, acentua-se a capital Manaus, como o município com menor percentual de 33,5% da população vulnerável à pobreza. Os demais municípios estão distribuídos em quatro outros intervalos e podemos observar que 30 municípios, ou seja, aproximadamente 50% dos municípios do Estado estão vulneráveis à pobreza para um intervalo de 75,36% a 88,6%.

Fonte: SEPLANCTI

Figura 5.5 Percentual de vulneráveis à pobreza no censo 2000.

Gráfico 5.2 Percentual de renda nos cincos maiores municípios no ano censo 2010.

Itamarati Santo Antônio do Içá Ipixuna

Maraã

88,60%

86,79%

86,43%

85,30% Fonte: SEPLANCTI

São Paulo de Olivença

Fonte: Atlas Brasil.

72 Amazonas em Mapas

Figura 5.6 Percentual de vulneráveis à pobreza no censo 2010.

84,66%


Renda Per Capita

Fonte: SEPLANCTI

Figura 5.7 Renda per capita no censo 2000.

Caracterizado como renda média dos residentes de determinado município, a renda per capita é um dos elementos que servem de parâmetro para a produção do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). De acordo com os Censos Demográfi cos, foi possível identifi car que ao longo do tempo, a renda per capita da capital Manaus em relação à média do Estado está retraindo, em 1991 fi cou com 55%, 2000 com 51% e 2010 em 46%. Analisando a evolução deste indicador percebe-se que de 1991 a 2010 houve um incremento de 21% para Manaus, progredindo de R$537,29 para R$790,27 e para o Amazonas 25% passando de R$345,82 para R$539,80 respectivamente. O Amazonas fi gura na quinta posição entre os Estados da região Norte. O destaque é Rondônia com R$670,82. No ranking Brasil, o estado do Amazonas encontra-se na 18ª posição entre as Unidades de Federação.

Gráfico 5.3 Renda per capita dos cincos maiores municípios no censo 2010.

Tefé Presidente Figueiredo Humaitá

Apuí

Itacoatiara

R$421,41

R$396,51

R$382,13

R$380,62

R$373,71

Fonte: SEPLANCTI

Figura 5.8 Renda per capita no censo 2010.

Fonte: Atlas Brasil

emprego e renda 73


Percentual da Renda Apropriada pelos 10% mais ricos e pelos 40% mais pobres

Fonte: SEPLANCTI

Fonte: SEPLANCTI

Figura 5.9 Percentual da renda apropriada pelos 10% mais ricos Censo 2010.

Figura 5.10 Percentual da renda apropriada pelos 40% mais pobre Censo 2010.

74 Amazonas em Mapas


Gráfico 5.4 Percentual da renda apropriada pelos 10% mais ricos em 2010.

De acordo com Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil, a renda apropriada que compõe para defi nição dos 10% mais ricos e 40% mais pobres de uma região, bem como diversos indicadores de desigualdade de renda (renda per capita por quinto da população, razão entre a renda per capita dos 10% e dos 20% mais ricos e a renda, per capita dos 40% mais pobres, índices de Gini e de Theil), serve como suporte à análise da dimensão do IDHM. Os gráfi cos demonstram em percentual, a concentração de renda dentro do Estado do Amazonas, considerando a distribuição de renda pelos 10% mais ricos e 40% mais pobres para cada município dentro da sua realidade econômica e populacional. Em 2010, dezessete municípios do Amazonas registraram distribuição acima de 55,01% pelos 10% mais ricos, contra 25 e 18 municípios respectivamente nos anos de 1991 e 2000. Resultado de 2010 destaca os municípios com maior percentual, mostrando a proporção concentrada da renda de todo o município sob o poder dos 10% mais ricos. (ver gráfi co 5.4). O resultado apurado em 2010 revela a concentração de renda dos 40% mais pobres para os municípios do Amazonas, utilizando como critério de classifi cação a faixa percentual entre 8,1% a 10,8%, dentro desse parâmetro encontram-se somente 13 municípios, contra 17 em 2000 e 44 em 1991, alertando para o crescimento signifi cativo de desigualdade social de cada região, pois a concentração de renda está cada vez mais escassa nas mãos dos mais pobres.

70,15% 68,58% 59,17%

58,68% 56,69%

Itamarati São Gabriel Guajará da Cahoeira

Pauini

Jutaí

Fonte: Atlas Brasil Gráfico 5.5 Percentual da renda apropriada pelos 40% mais pobres em 2010.

10,80%

9,74% 9,67% 9,63%

9,45%

Presidente Carauari Japurá São Sebastião Apuí Figueiredo do Uatumã Fonte: Atlas Brasil

emprego e renda 75


Emprego Formal

Fonte: SEPLANCTI


Emprego Formal

Gráfico 5.5 Percentual de Emprego formal por atividade - 2016

O Estado do Amazonas por infl uência da capital Manaus é uma das regiões mais industrializadas, por conta do Polo Industrial de Manaus (PIM). Foram mais de 39.000 postos de trabalho a menos quando comparado com o saldo do ano anterior. O saldo do emprego formal em 2016 sofreu retração de 6,4%, tendo como base o resultado obtido em 2015 que mesmo diante de uma crise econômica afetada por uma infl ação acumulada de 10,67% (BC), manteve a média do estoque de empregos em 3 anos. Diante dos números consolidados, foi observado o percentual de participação das pessoas de 14 anos ou mais de idade empregada no período de referência (4º Trimestre 2016) dividido por sexo, mesmo possuindo grau de instrução e ocupação de cargos similares, a atuação da mão de obra para o sexo feminino foi de 40,4%. Para os homens computou em 59,6% (PNAD-T) no total geral de empregos formais do Amazonas, revelando a desproporção de salários e participação da força de mão de obra de acordo com o gênero. Os setores da Construção Civil e Extrativa Vegetal foram os que mais tiveram redução na demanda ofertada de empregos (PDET).

0,7%

0,2% 17,2%

32,2%

1,1% 3,6% 16,7% 28,3% Extrativa mineral

Comércio

Indústria de transformação

Serviços

SIUP

Administração Pública

Construção Civil

Agropecuária, extração vegetal, caça e pesca

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - MTE/RAIS

emprego e renda 77


Números de Empregos Formais Extrativa Mineral

O setor da extrativa mineral totalizou 1.129 postos de trabalho formal em 2016, contra 1.341 em 2015, uma retração de 15,8%. Em contrapartida ocorreu uma modesta melhora na média salarial, saindo de R$ 14.134,74 em 2015 para R$ 14.763,95 em 2016. Do total de 62 municípios do Estado, somente cinco tiveram participação na composição do estoque de emprego para este setor, dentre eles, a capital Manaus dispõe de uma parcela considerável somando 586 postos e participação de 52% do total geral, logo atrás vem o município de Coari com participação de 37%, totalizando 417 empregos diretos gerados. O município de Manacapuru apareceu pela primeira vez no ranking, contribuindo com três empregos formais diretos, motivado pela exploração de areia, argila, brita e cascalho.

Gráfico 5.7 Empregos formais na extrativa mineral - 2016.

586 417

95 28 3 Manaus

Fonte: SEPLANCTI

Figura 5.12 Número de empregos formais na extrativa mineral.

78 Amazonas em Mapas

Fonte: MTE/RAIS

Coari

Presidente Figueiredo

Urucará

Manacapuru


Números de Empregos Formais Comércio

O setor terciário, mais especifi camente o de comércio, possui grande relevância para composição no saldo geral do emprego para o estado do Amazonas. O número de empregos formais no Estado apresentou 95.358 postos de trabalho considerando o ano em vigência 2016, um recuo de 5,7% comparado com ano anterior. O município de Manaus possui o maior número de empregados nesse setor e soma em média uma parcela de 89,80% (2015 e 2016) de todo o contingente de mão de obra no Amazonas. A média do salário passou de R$ 1.407,78 em 2015 para R$ 1.514,19 em 2016, uma variação que acompanhou a atualização do salário mínimo. Depois de Manaus, podemos acompanhar no gráfi co 5.8 os cinco municípios destaque do Estado que dispunham de maior força de trabalho na atividade comercial e empregaram juntas 5.697 pessoas em 2016.

Gráfico 5.8 Empregos formais no comércio - 2016.

1.791 1.307 939

876

Itacoatiara Parintins Manacapuru Tefé

Fonte: SEPLANCTI

784

Humaitá

Fonte: MTE/RAIS

Figura 5.13 Número de empregos formais no comércio.

emprego e renda 79


Números de Empregos Formais Indústria de Transformação

O estado do Amazonas concentra na sua capital Manaus o Polo Industrial de Manaus – PIM, sendo hoje o grande motor da economia da região. A indústria de transformação é responsável por um número signifi cativo de empregabilidade com carteira assinada no Estado. Essa indústria é o tipo que transforma matéria-prima em um produto fi nal ou intermediário e fornece para outras indústrias de transformação. Este setor teve participação de 17,18% de todo quantitativo do saldo de empregos apurado pelo Estado em 2016. A capital Manaus alcançou a marca de 93.291 postos de trabalho, representando 95% de todos os postos gerados no Amazonas em 2016. Em 2015 o contingente foi de 108.138 empregados com carteira assinada, representando 95,13% de todo o Estado. Os municípios com notoriedade dentre os demais, depois de Manaus, agregaram juntos 3.759 e participação de 3,83%, contra 3,63% em 2015. A média salarial atingiu R$ 2.490,96, um reajuste de 8,16% em comparativo a 2015.

Gráfico 5.9 Empregos formais na indústria de transformação - 2016.

1.114 940 854 577 274 Presidente Iranduba Itacoatiara Manacapuru Boca do Figueiredo Acre

Fonte: SEPLANCTI

Figura 5.14 Número de empregos formais na indústria de transformação.

80 Amazonas em Mapas

Fonte: MTE/RAIS


Números de Empregos Formais SIUP

Os Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP) são representados pelos empregos formais nos serviços de energia elétrica, água e limpeza pública. O SIUP registrou em 2016 uma redução de 1,11% nas ofertas de empregabilidade em comparativo com o ano anterior, segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho e Emprego (RAIS/MTE). O fornecimento de energia elétrica para todo o estado do Amazonas é de responsabilidade da Amazonas Energia - subsidiária da Eletrobrás. No fornecimento de água, existe uma divisão entre os entes municipais, onde a cidade de Manaus está sob a responsabilidade da Manaus Ambiental, enquanto doze dos outros municípios estão sob a responsabilidade da COSAMA. Os demais sob a administração das prefeituras de cada município. Os serviços de limpeza pública são terceirizados ou fi cam sob a responsabilidade das prefeituras municipais. Em 2015, o setor SIUP agrupou o quantitativo de 6.388 postos de trabalho com remuneração média mensal nominal no ano de R$ 4.679,20, contra 6.317 pessoas ocupadas em 2016 e a média da remuneração de R$ 5.417,86.

Gráfico 5.10 Empregos formais nos serviços industrias de utilidade pública - 2016.

134

112 108

99 76

Manacapuru Parintins Presidente Itacoatiara Figueiredo Fonte: SEPLANCTI

Iranduba

Fonte: MTE/RAIS

Figura 5.15 Número de empregos formais serviços industriais de utilidade pública.

emprego e renda 81


Números de Empregos Formais Construção Civil

De acordo com dados divulgados pela Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho e Emprego (RAIS/MTE), em 2016, vinte (20) municípios do sstado do Amazonas ofertaram empregos formais no setor da Construção Civil, e o destaque é para a cidade de Manaus, com 20.104 postos de trabalho nesse setor, o que representa 97,1% de todo o contingente empregado no Estado na construção civil. No comparativo entre 2015 e 2016, o setor apresentou um recuo de 19%, com impacto vindo da capital Manaus, que detém a maior parcela de responsabilidade empregatícia do Estado. Manaus subtraiu 4.060 empregos diretos com carteira assinada em 2016, impactando diretamente no saldo total do Estado, considerando a infl uência residual do fator pós-copa e a alta infl ação de 2015. Os municípios preponderantes neste setor, além da Capital Manaus, que mantiveram participação destaque, foram: Boca do Acre e Presidente Figueiredo, e para os demais municípios a redução ultrapassou 50% do seu estoque de 2015.

Gráfico 5.11 Empregos formais na construção civil - 2016.

201

94 67

Boca do Presidente Iranduba Acre Figueiredo Fonte: SEPLANCTI

Figura 5.16 Número de empregos formais na construção civil.

82 Amazonas em Mapas

Fonte: MTE/RAIS

54

Apuí

50 Itacoatiara


Números de Empregos Formais Serviços

O setor de serviços na Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho e Emprego (RAIS/MTE) no ano de 2016 correspondeu cerca de 30% dos empregos formais do estado do Amazonas, agregando o saldo com 162.807 postos fi xos de trabalho. O setor terciário envolve a comercialização de produtos em geral e o fornecimento de serviços comerciais, individuais ou comunitários. Contudo, 95,1% dos empregos formais deste setor, concentraram-se na capital do Amazonas, Manaus. É o setor que detém o segundo lugar em contratações de mão de obra, fi cando atrás somente do setor da Administração Pública. Na RAIS de 2016, a remuneração média mensal nominal no ano girou em torno de R$ 2.211,59, considerando os gêneros (masculino/ feminino), frente à média salarial de 2015 que foi de R$ 2.075,41, um reajuste discreto de R$ 136,18 reais.

Gráfico 5.12 Empregos formais nos serviços - 2016.

1.889 843 691

Itacoatiara

Fonte: SEPLANCTI

Boca do Acre

555

Parintins Manacapuru

500 Tefé

Fonte: MTE/RAIS

Figura 5.17 Número de empregos formais nos serviços.

emprego e renda 83


Números de Empregos Formais Administração Pública

A Administração Pública envolve todos os servidores com emprego formal disponibilizados no serviço público estadual, federal e municipal e apresenta um contingente de 32,1% de todos os empregos formais no Estado do Amazonas. Em 2016 o Estado registrou 183.850 empregos neste setor, contra 189.935 no ano de 2015, apresentando uma retração moderada de 3,2%. Observamos que, o setor da Administração Pública contribui com a maior parcela no estoque de empregos gerados no Estado. Na capital Manaus, onde há uma concentração maior de oferta de novos postos empregatícios, verifi cou-se no período de 2016 em relação a 2015, um recuo de 0,85% na oferta dos postos de trabalho. Desconsiderando a capital Manaus, os municípios com maior número de empregos gerados na Administração Pública foram: Coari, Tefé, Itacoatiara, Iranduba e Parintins. Juntos totalizaram 17.353 e agregaram uma fatia de 9,4% no saldo geral do Estado.

Gráfico 5.13 Empregos formais na administração pública -2016.

6.711

3.614 3.032 2.040

Coari Fonte: SEPLANCTI

Figura 5.18 Número de empregos formais na administração pública.

84 Amazonas em Mapas

Fonte: MTE/RAIS

Tefé

Itacoatiara Iranduba

1.956 Parintins


Números de Empregos Formais Agropecuária, Extração Vegetal, Caça e Pesca

Com base nos dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o setor de agropecuária, extração vegetal, caça e pesca, possui umas das menores participações na ação de geração de empregos para o Estado, destacando-se somente a frente do setor de extrativa mineral. Em 2016, o resultado de todo o Estado do Amazonas obtido para este setor, totalizou 3.611 contratações formais com carteira assinada (diretos e indiretos), com participação de 23 municípios nesse setor. Os municípios de Manaus e Presidente Figueiredo, foram os destaques com maior número de contratações, gerando os respectivos saldos de 1.390 e 1.364 postos além de um crescimento de 1,91% e 6,24% no estoque de empregos, mesmo diante de uma retração no saldo geral do Estado de 6,4% comparado com 2015. A remuneração média mensal nominal no ano de 2016 registrou valores de R$1.315,44 para mulheres e de R$1.728,45 para os homens, tendo em vista a procura mais acentuada de força de trabalho do sexo masculino.

Gráfico 5.14 Empregos formais na agropecuária, extração vegetal, caça e pesca - 2016.

1.390

1.362

173

155 121

Manaus

Fonte: SEPLANCTI

Presidente Rio Preto Iranduba Figueiredo da Eva

Lábrea

Fonte: MTE/RAIS

Figura 5.19 Número de empregos formais na agropecuária, extração vegetal, caça e pesca.

emprego e renda 85


Referências

SIGLAS BC – Banco Central IBGE – Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística IDH – Índice de Desenvolvimento Humano MTE – Ministério do Trabalho e Emprego PIM – Polo Industrial de Manaus PDET – Programa de Disseminação das Estatísticas do Trabalho PNAD-T – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Trimestral RAIS – Relação Anual de Informações Sociais SIUP – Serviços Industriais de Utilidade Pública

Fonte ATLAS – Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil Disponível em:< http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/consulta/ >. Acesso em: Abr. 2018. ATLAS – Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil Disponível em:< http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/o_atlas/metodologia/idhm_renda/>. Acesso em: Abr. 2018. Banco Central Disponível em: < http://www.bcb.gov.br/pt-br/#!/n/BOLETIM >. Acesso em: Abr. 2018 Ministério do Trabalho – PDET (Programa de Disseminação das Estatísticas do Trabalho) Disponível em: < http://bi.mte.gov.br/scripts10/dardoweb.cgi >. Acesso em: Abr. 2018 IBGE – Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística Disponível em: < https://sidra.ibge.gov.br/tabela/4093#resultado >. Acesso em: Abr. 2018.



Produto Interno Bruto

Fonte: SEPLANCTI


Economia

O Produto Interno Bruto (PIB) de um país/estado nada mais é do que a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos, durante um período determinado (mês, trimestre, ano etc). Outro fator de importância deste indicador, é quantificar a atividade econômica de uma região. O PIB do Estado do Amazonas, entre 2014 e 2015, teve uma queda nominal de 0,12%, passando de R$ 86,668 bilhões em 2014 para R$ 86,560 bilhões em 2015. As cinco maiores economias do Estado foram em 2015: Manaus, Coari, Itacoatiara, Manacapuru e Parintins totalizando R$ 77.896.149 mil, representando cerca de 85% do PIB do Estado. Por outro lado as cinco menores economia do Estado totalizaram apenas R$ 370.190 mil reais, e corresponde aos municípios de Anamã, itapiranga, Itamarati, Amaturá e Japurá. O PIB por setor econômico em relação a 2015 ficou assim distribuído: Agropecuária 6,68%, Indústria 27,99%, Serviços 49,30% e Impostos que incidem sobre a produção 16,03%.

Gráfico 6.1 Produto Interno Bruto do Estado do Amazonas em milhões de reais. 2015 R$ 86.560

2014 R$ 86.669

2012 R$ 72.243

2013 R$ 83.051

Fonte: IBGE/SEPLANCTI, 2015.

economia 89


Produto Interno Bruto per capita

A renda per capita ou renda média para cada habitante de um país, estado ou região, calcula-se dividindo a renda total acumulada pelo número de habitantes do país. Em 2015 o pib per capita do Estado do Amazonas, ficou em torno de R$21.979 tendo uma pequena queda em relação ao ano anterior de 1,76%. Os cinco maiores pib per capita do Estado em 2015 foram: Manaus (R$32.593); Codajás (R$27.682); Coari (R$27.261); Presidente Figueiredo (R$23.179) e Itacoatiara (R$18.130). Com referência aos cinco menores municípios em relação ao pib per capita de 2015 foram: Nova Olinda do Norte (R$5.568), Barcelos (R$5.526), Urucurituba (R$5.385), São Paulo de Olivença (R$5.307) e por último Ipixuna (R$4.487).

Fonte: SEPLANCTI

Fonte: SEPLANCTI

Figura 6.2 Produto Interno Bruto per capita no ano 2014.

Figura 6.3 Produto Interno Bruto per capita no ano 2015.

90 Amazonas em Mapas


Valor Adicionado Bruto Agropecuária

Fonte: SEPLANCTI

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o valor adicionado é o valor que a atividade agrega aos bens e serviços consumidos no seu processo produtivo. É a contribuição ao produto interno bruto pelas diversas atividades econômicas, obtida pela diferença entre o valor de produção e o consumo intermediário absorvido por essas atividades. O valor adicionado em 2015 para o setor Agropecuário teve um incremento de 11,68% em relação ao ano anterior. Os municípios que tiveram maior participação foram Manacapuru (12,03%), seguido por Codajás (10,38%), Itacoatiara (7,30%), Rio Preto da Eva (4,15%) e Parintins (3,94%). As cinco menores economia no setor agropecuária do Estado em 2015 foram: Novo Airão, Tonantins, Canutama, Ipixuna e Amaturá.


Valor Adicionado Bruto Indústria

Fonte: SEPLANCTI

O valor adicionado da Indústria em 2015 teve uma queda de 2,2% em relação ao ano anterior. Os cinco maiores municípios que representam o setor industrial e que mais contribuíram para este setor durante o ano de 2015 foi Manaus com um incremento de 0,48%, onde localiza-se o Polo Industrial de Manaus (PIM), e onde encontram-se as principais empresas multinacionais, como Moto Honda, Yamaha, Samsung, Pioneer, dentre outras. Na sequência vem Coari, onde desponta o gasoduto Coari-Manaus e a base de exploração de petróleo e gás do Estado, Presidente Figueiredo com a exploração de bauxita, cassiterita e demais derivados do alumínio, Itacoatiara e Tefé. A participação fatiada pelo segmento da indústria em relação ao PIB do Amazonas tem a seguinte distribuição: indústria extrativa queda de (27,3%); indústria de transformação (5,2%); eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação queda de (15,7%) e construção civil (12,7%).


Valor Adicionado Bruto Serviço

Fonte: SEPLANCTI

O valor adicionado do setor de Serviço ao longo dos anos mostra uma participação cada vez maior na economia e detém a maior parcela de participação do Estado onde em relação ao PIB (2014) teve um incremento de 1,76%. As principais atividades dos Serviços que se destacaram foram: Saúde Mercantil (planos de saúde etc) 22%, Serviços de Informação 10,3%, Educação Mercantil 9,2% e Comércio 3,0%. A distribuição espacial dos recursos pelos cinco maiores municípios do Estado foram: Manaus com um incremento de 1,65% e equivalente a R$ 31.848.509.334 seguido por Itacoatiara com uma participação relativa de 2,37%, Coari com 1,95%, em função da diminuição nas transferências dos royalties do petróleo para o referido município, Parintins com um pequeno avanço em relação ao ano anterior, teve uma participação de 1,50% e por último Manacapuru com 1,38%.


Arrecadação do ICMS

O Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Prestação de Serviço (ICMS) é um tributo de competência dos Estados e do Distrito Federal, que incide sobre a circulação de mercadorias, serviço de transporte interestadual e intermunicipal, comunicações, energia elétrica, fornecimento de água, entrada de mercadorias importadas etc. O ICMS é regulamentado pela Lei Complementar 87/1996, a chamada “Lei Kandir”. Cada estado possui autonomia para estabelecer suas próprias regras de cobrança do imposto, respeitando as regras previstas na lei. A arrecadação de ICMS no Estado do Amazonas, no biênio 2015/2016 foi de R$7.375.145.277 em 2015 e R$7.054.310.637 em 2016 apresentando uma queda de 4,35% na arrecadação. Em relação a 2016 a participação relativa do ICMS por setores da economia ficou assim distribuída: Industria 43,4%, Comércio 45,3% e Serviços 11,3% . Os municípios que mais se destacaram com as maiores arrecadações foram Manaus R$6.973.420.204 (2015) e R$6.459.026.478 (2016) apresentando uma queda de 7,4%, seguido por Coari com um incremento de 2,1%, passando de R$322.652.602 em 2015 para R$329.480.486 em 2016. Na sequência vem Itacoatiara com R$9.679.915 em 2015 dando um salto de R$191.890.777 em 2016.

Gráfico 6.4 Três maiores municípios em arrecadação do ICMS, 2016. Manaus R$ 6.459.026.478

Coari R$ 329.480.487 Itacoatiara R$ 191.890.777

Fonte: SEPLANCTI

Figura 6.7 Arrecadação do ICMS no ano de 2016.

94 Amazonas em Mapas

Fonte: SEFAZ


Importação dos Municípios

Os dados abaixo mostram as importações realizadas pelo Estado nos últimos 2 anos. No biênio 2015/2016 as importações tiveram uma queda de 29,3%. Isso se deve a recessão pelo o qual o país passou. Dentre os municípios analisados, Itacoatiara obteve o maior crescimento nas importações alcançando 93,4%, isso se deve a compra de insumos agrícolas no exterior por parte do Grupo Maggi e empresas do Mato Grosso, Goiás principalmente, pelo uso da hidrovia do Rio Madeira até Rondônia onde segue por estrada até o destino final. Outro município que teve destaque foi Presidente Figueiredo com um incremento de 8,4%, nos demais municípios as importações mostraram uma tendência de queda onde o município de Iranduba teve uma retração de 88,3%, seguido de Coari (compras da PETROBRAS) com queda de 47,3%.

Gráfico 6.3 Cinco maiores municípios em Importação, 2016.

Manaus US$ FOB 6.204.326.012

Itacoatiara US$ FOB 3.572.941 Presidente Figueirdo US$ FOB 3.572.941 Coari US$ FOB 2.296.557 Iranduba US$ FOB 302.810

Fonte: MDIC Fonte: SEPLANCTI

Figura 6.8 Importação no ano de 2016.

economia 95


Exportação dos Municípios

As exportações do Estado do Amazonas, apresentou uma significativa queda de 26,5% entre 2015 e 2016. Manaus teve uma queda de mais de 30% em suas exportações, seguido de Iranduba com 44%. Por outro lado os municípios de Manacapuru teve um incremento em suas exportações de mais de 300%, seguido de Itacoatiara com 110%. No caso de Itacoatiara o principal produto exportado foi soja apesar do município não ser produtor de grãos de referida cultura. A soja embarcada no porto do município vem dos Estados do centro oeste via estrada até Rondônia, onde são embarcadas via hidrovia do Rio Madeira até o município de Itacoatiara onde é escoada para Estados Unidos e Europa.

Gráfico 6.4 Cinco maiores municípios em Exportação, 2016.

Manaus US$ FOB 551.542.255

Itacoatiara US$ FOB 38.013.879 Presidente Figueirdo US$ FOB 26.415.267 Manacapuru US$ FOB 1.811.095 Iranduba US$ FOB 730.926

Fonte: SEPLANCTI

Figura 6.9 Exportação no ano de 2016.

96 Amazonas em Mapas

Fonte: MDIC


Financiamento Imobiliário

Dados disponibilizados pelo Banco Central do Brasil demonstram estatísticas dos financiamentos imobiliários bancários do estado. As informações abaixo mostra o comportamento do crédito imobiliário no biênio 2015\2016 quando houve um incremento de 1,7 % nos investimentos do setor habitacional. Manaus detém a hegemonia sobre os financiamentos habitacionais com R$3.312.467.647 em 2015 do total financiado, em 2016 saltou para R$3.563.262.197, representando um crescimento de 93,25% do total financiado, na sequência vem Parintins com R$42.409.607 (2015) e R$50.225.477 (2016), Iranduba R$22.282.339 (2015) e R$32.767.699 (2016) respectivamente.

Gráfico 6.5 Cinco maiores municípios em Financiamento Imobiliário, 2016. Manaus R$ 3.606.430.348

Parintins R$ 55.682.926 Iranduba R$ 39.780.080 Manacapuru R$ 20.710.107 Tefé R$ 16.831.330

Fonte: Banco Central do Brasil. Fonte: SEPLANCTI

Figura 6.10 Financiamento imobiliário no ano de 2016.

economia 97


Número de Agências Bancárias

Segundo estatística disponibilizadas no Banco Central do Brasil, no ano de 2015, o Estado do Amazonas possuía 215 agências bancárias, sendo que desse total 58,6% localiza-se na capital e os restantes distribuídos entre os demais municípios. Em 2016 o número de agências instaladas no Estado sofreu um incremento de 2,8%, tendo esse incremento sido realizado em Manaus.

Gráfico 6.6 Cinco maiores municípios em abrangência de agências bancárias. Manaus 59,7%

Parintins 2,3% Humaitá 1,8%

Coari 1,8%

Fonte: Banco Central do Brasil. Fonte: SEPLANCTI

Figura 6.11 Número de agências bancárias no ano 2016.

98 Amazonas em Mapas

Manacapuru 2,3%


Arrecadação do IPVA

O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) é um tributo estadual pago anualmente pelo proprietário de todo e qualquer veículo automotor que seja exigido emplacamento e lhe dá permissão para transitar. Os Departamentos de Trânsito de cada unidade da federação acatam normas do Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN). A arrecadação de IPVA no biênio 2015/2016 teve uma queda de 1,04%. Por ser a capital do Estado, Manaus em termos absoluto é quem mais arrecada o IPVA, mas em termos relativos Iranduba com um incremento de 6,58% foi quem mais cresceu no mesmo biênio, na sequência vem Presidente Figueiredo com 3,04%. O gráfico 6.1 detalha os cinco maiores municípios em termos de arrecadações com o IPVA durante o ano de 2016.

Gráfico 6.1 Cinco maiores municípios em Arrecadação de IPVA 2016. Manaus R$ 266.173.183

Itacoatiara R$ 2.415.941 Manacapuru R$ 2.232.452 Presidente Figueiredo R$ 2.156.611 Iranduba R$ 1.552.761

Fonte: SEPLANCTI

Fonte: SEFAZ

Figura 6.12 Arrecadação de IPVA no ano de 2016.

economia 99


Referências SIGLAS

Fonte

DENATRAN - Departamento Nacional de Trânsito ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços IPVA - Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotivos MDIC - Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviço PIB - Produto Interno Bruto PIM - Polo Industrial de Manaus

Banco Central do Brasil - BCB Instituto Brasileiro Geografia e Estastística - IBGE Secretaria de Estado da Fazenda - SEFAZ Secretaria de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação - SEPLANCTI Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA




Lavoura Permanente

Lavoura Permanente é a área plantada ou em preparo para plantio de culturas de longa duração, isto é, aquelas que após a colheita não necessitam de plantio, produzindo por vários anos consecutivos, facilitando inclusive a previsão de nova safra. Estas informações foram extraídas do Censo Agropecuário e estão disponibilizadas no acervo da Produção Agrícola Municipal – PAM, com dados sobre quantidade produzida e valor da produção, disponibilizados na página do IBGE com tema agricultura. Dentre as várias culturas da lavoura permanente existentes no Estado, apresentamos neste tópico as dez culturas de maior produção distribuída dos municípios. No ano de 2016 a produção das dez culturas em análise apresentaram 158.119 toneladas contra 193.415 toneladas de 2015, uma retração de 18,25%. A banana foi a cultura que apresentou o maior percentual com uma participação de 50,82% na Lavoura Permanente, com 83.351 toneladas. A laranja em 2016 ocupou a segunda colocação do ranking da lavoura permanente, com 40.329 toneladas, uma representabilidade de 25,51%. Outras culturas que também podemos destacar são: Maracujá com 14.697 toneladas, Mamão com 10.412 toneladas e Coco-da-Baía com 4.021 toneladas.

agricultura 103


Banana

Segundo o site Vix Saúde banana é um alimento altamente nutritivo, sendo uma das frutas mais calóricas que existem depois do abacate. Cada 100 gramas de banana tem aproximadamente 90 calorias, são ricas em açúcares e contém vários minerais como o potássio, magnésio, ferro, betacaroteno e um pouco de sódio. O consumo de bananas, aportam vitaminas do grupo A, B, C e E, assim como ácido fólico e fibra. Nos últimos anos a produção da banana no Estado do Amazonas vem apresentando crescimento, registrando no ano de 2015 uma quantidade produzida de 73.444 toneladas contra 80.351 toneladas em 2016, um crescimento de 9,40%. O nível menor dos rios favoreceu o plantio nas áreas de várzea, que são extremamente férteis, facilitando o plantio de frutas como a banana. Os principais municípios produtores tiveram aumento significativa em relação ao fruto, segundo dados divulgados pelo IBGE e que estão disponibilizados no acervo da Produção Agrícola Municipal – PAM. O município de Manicoré que no ano de 2015 teve uma produção de 17.000 toneladas registrou uma produção de 22.800 toneladas em 2016. O segundo maior produtor do Estado é Rio Preto da Eva, apresentando um crescimento de 2,08% na comparação entre os anos de 2015 e 2016. A figura 7.1 nos mostra os principais produtores da banana, sendo Manicoré o principal produtor (22.800 toneladas), seguido por Rio Preto da Eva (4.900), Presidente Figueiredo (4.632 ), Novo Aripuanã (3.816) e Careiro (3.000). Os municípios que tiveram as maiores variações foram Eirunepé (807,80%) e São Gabriel da Cachoeira (650%).

Gráfico 7.1 Valor de produção de banana em mil reais no ano de 2016.

34.200

9.540

Manicoré

Fonte: SEPLANCTI

Figura 7.1 Quantidade produzida de banana no ano de 2016.

104 Amazonas em Mapas

Fonte: IBGE

Novo Aripuanã

9.254

Presidente Figueiredo

8.500

Atalaia do Norte

8.085 Rio Preto da Eva


Laranja

Segundo o site Faz bem viver, a laranja é uma fruta popularmente conhecida em todo país e pode ser encontrada com abundância em qualquer época do ano. A laranja é rica em vitamina C, oferece ácido fólico, cálcio, potássio, magnésio, fósforo e ferro. Ela também contém fibras e flavonoides que aumentam seu valor nutritivo. Seus benefícios vão do Combate o colesterol aos cuidados com a saúde da pele. Amazonas produziu 55.837 toneladas de laranja em 2015 contra 40.329 toneladas em 2016 apresentando uma queda de 27,77%. Os maiores produtores ainda continuam sendo os Municípios de Rio Preto da Eva, com uma produção de 25.600 toneladas e Itacoatiara, com 3.960 toneladas, para o ano de 2016, representando 73,30% da produção de laranja do Estado do Amazonas. Dos cinco maiores produtores do Estado, apenas Itacoatiara obteve crescimento na sua produção, registrando 5,88% na comparação entre 2016 e 2015. E apesar de Rio Preto da Eva ser o maior produtor do Estado, quando compara os anos, registra-se uma queda de 16,23% Dos municípios que tiveram um crescimento significativo podemos citar Caapiranga (900%) e Urucará (300%). As importações dos produtos relacionados com a laranja em 2016 registrou um valor de US$ 575 milhões.

Gráfico 7.2 Valor de produção de laranja em mil reais no ano de 2016.

64.000

7.920 Rio Preto da Eva Fonte: SEPLANCTI

Itacoatiara

4.643

3.933

Manaus

Iranduba

2.528 Manaquiri

Fonte: IBGE.

Figura 7.2 Quantidade produzida de laranja no ano de 2016.

agricultura 105


Maracujá

Segundo a nutricionista Tatiana Zanin, em uma publicação no site Tua Saúde, o maracujá apresenta benefícios que ajudam no tratamento de diversas doenças, como ansiedade, depressão ou hiperatividade, e no tratamento de problemas de sono, nervosismo, agitação, pressão alta ou inquietação, por exemplo. Este pode ser usado na formulação de remédios caseiros, chás ou tinturas, e podem ser usadas as folhas, flores ou o fruto do maracujá. Além disso, também pode ser usado para emagrecer e no combate ao envelhecimento, pois está repleto de antioxidantes como as vitaminas A e C, e apresenta propriedades diuréticas. A quantidade produzida de maracujá em 2016 foi (41%) menor em comparação com o registrado no ano anterior. Em 2015 foram totalizados 24.999 toneladas contra 14.697 toneladas em 2016 no estado. Quanto ao valor da produção no estado, no comparativo de 2015 com 2016, ocorreu uma redução de ganhos da ordem de 31%, onde tínhamos R$ 66.727 em 2015 contra R$ 46.183 em 2016. Dentre os municípios do estado, Iranduba apresentou o maior valor gasto de produção com cifras estimadas de R$ 9.250, seguido por Itacoatiara com R$ 9.000 em 2016. Quando analisamos a representatividade da produção em 2016, temos o município de Iranduba com 25% de toda a produção no estado, seguido por Itacoatiara com 20,41%, Manaus com 9,80% e Atalaia do Norte com 5,10%. O município que teve a maior variação na comparação com 2015 e 2016 foi Novo Airão, com um crescimento na sua produção de 1.850%, seguido por Anamã, com um crescimento de 1.530%.

Gráfico 7.3 Valor de produção de maracujá em mil reais no ano de 2016.

9.250

9.000

5.040 3.750 1.960 Iranduba

Fonte: SEPLANCTI

Figura 7.3 Quantidade produzida de maracujá no ano de 2016.

106 Amazonas em Mapas

Itacoatiara

Fonte: IBGE

Manaus

Atalaia do Norte

Autazes


Mamão

Segundo o site Beleza e Saúde, o mamão é uma fruta muito nutritiva, que contém vitaminas A, C e do complexo B. Possui também sais minerais como: ferro, cálcio e fósforo. Ele possui também a papaína, uma enzima que auxilia na digestão dos alimentos e absorção de nutrientes pelo organismo. Ajuda a regular o intestino, pois possui boa quantidade de fibras, que aumentam o peristaltismo (contrações), facilitando assim a evacuação. Possui carotenoides que estão relacionados a funções antioxidantes ou ações biológicas, como fortalecimento do sistema imunológico, diminuição do risco de doenças degenerativas como o câncer, doenças cardiovasculares, entre outras. Rico em vitaminas do complexo B (B1, B2 e B5), que auxiliam no sistema imunológico. A quantidade produzida do fruto no Estado em 2015 foi de 1.481.190 toneladas, contra uma produção de 1.424.650 toneladas em 2016 atingindo uma redução de 3,8% na produção. Diferente da produção, o valor da produção teve um aumento de 24,62%, esse aumento contrário a produção se dá devido ao preço do mamão está mais caro no ano de 2016. Dentre os municípios, Iranduba é o maior produtor da fruta, onde em 2016 a sua quantidade produzida foi de 3.700 toneladas, e quando compara-se com o ano de 2015, percebe-se uma queda de 4,88%, sendo dos cincos maiores municípios, o único que apresentou queda na sua produção. Na figura 7.4 observa-se os principais municípios produtores, que além de Iranduba, temos Itacoatiara, como o segundo maior produtor com uma produção de 3.000 toneladas, apresentando um crescimento de 37,61% na comparação 2015/2016 e Manaus com uma produção de 1.440 toneladas e um crescimento de 118,18%.

Gráfico 7.4 Valor de produção de mamão em mil reais no ano de 2016.

5.175

3.000 2.384 1.940 Iranduba

Fonte: SEPLANCTI

Itacoatiara

Manaus

Rio Preto da Eva

840 Coari

Fonte: IBGE

Figura 7.4 Quantidade produzida de mamão no ano de 2016.

agricultura 107


Coco-da-Baía

Do coco tudo se aproveita, a camada externa serve para fabricar capachos, brochas, escovas e tecidos grossos para sacos; da casca interna ou seja a casca dura serve para artesanatos; as partes comestíveis do fruto, a polpa e a água são consumidos e tem valores nutritivos que varia de acordo com o seu estado de maturação. A medida que a polpa amadurece, aumenta o teor de gorduras, o fruto também contém sais minerais, como potássio, fósforo, sódio e cloro, possui ainda proteínas importantes para o funcionamento do organismo e fibras que estimulam a atividade intestinal. A produção de coco-da-baía no Amazonas em 2016 foi de 1.766.164 toneladas contra 1.785.805 toneladas em 2015, com um decréscimo de 1,10%. Ao contrário da sua produção que teve uma redução, o seu valor de produção apresentou um aumento de 10,44%, se deve a inflação de 2016 ser maior que de 2015, com isso aumentando o preço do coco-da-baía. Entre os municípios, os cincos maiores produtores encontram-se na Região Metropolitana de Manaus, como podemos ver na figura 7.5, destacando o município de Itacoatiara, como sendo o maior produtor, com 880 toneladas, seguido por Rio Preto da Eva, com 580 toneladas, Presidente Figueiredo, com 517, Manaus e Novo Airão com 490 e 400 respectivamente.

Gráfico 7.5 Valor de produção de coco-da-baía em mil reais no ano de 2016.

1.760

580

Itacoatiara

Fonte: SEPLANCTI

Figura 7.5 Quantidade produzida de coco-da-baía no ano de 2016.

108 Amazonas em Mapas

Fonte: IBGE

Rio Preto da Eva

545

Manaus

517

Presidente Figueiredo

400 Novo Airão


Cacau

Segundo site Benefícios Naturais, o cacau é um fruto alongado, amarelo e de casca dura, chegando a medir 20 centímetros de comprimento. Sua polpa é mucilaginosa, podendo ser branca ou rósea, e envolve sementes avermelhadas. O fruto, desde a polpa até as sementes, possui alto valor nutricional e muitos benefícios para a saúde. Seu cultivo sempre foi popular para obter as sementes e produzir o chocolate. No entanto, pode ser totalmente utilizada. A casca pode ser utilizada in natura, ou também na forma de farinha, além de servir para a alimentação de bovinos, suínos, aves e peixes. Além do consumo alimentício, pode ser usada para produção de fertilizantes e álcool, e para a extração da pectina, utilizada na produção de geleias. Em 2016 o Amazonas registrou queda de 23,16% na produção do cacau em relação ao ano de 2015. O maior produtor em 2016 foi o município de Coari, com 160 toneladas, registrando um crescimento de 23,08% na comparação entre os anos de 2015 e 2016. Após Coari, vem os municípios de Manicoré e Boca do Acre, com 158 toneladas e 103 toneladas, respectivamente. Na figura 7.6, podemos ter uma ilustração dos maiores produtores. Apesar de Coari ser o maior produtor de cacau no Amazonas em 2016, o seu valor de produção foi de R$ 480 mil, ficando em terceiro no ranking. Os municípios que tiveram o maior valor de produção foram Manicoré com R$ 632 mil e Boca do Acre com R$ 489 mil.

Gráfico 7.6 Valor de produção de cacau em mil reais no ano de 2016.

632

489

480 438

Manicoré

Fonte: SEPLANCTI

Boca do Acre

Coari

Borba

350

Novo Aripuanã

Fonte: IBGE

Figura 7.6 Quantidade produzida de cacau no ano de 2016.

agricultura 109


Limão

Segundo a nutricionista Tatiana Zanin, em uma publicação no site Tua Saúde, o limão é um fruto muito versátil, que pode ser usado tanto como tempero em diversos pratos de carne ou peixe, como na preparação de sobremesas ou sucos ricos em vitamina C. Cada 100 gramas e limão possui apenas 26 calorias, e os seus benefícios podem ser obtidos usando o seu suco ou raspas da casca, rica em óleos essenciais. O limão ajuda a melhorar a imunidade, sendo por isso um ótimo aliado para combater gripes e resfriados, especialmente quando usado na preparação e chá com mel, por exemplo. A produção no Amazonas em 2016 registrou 1.262.353 toneladas, um crescimento de 6,94% comparado com o ano de 2015, onde foi de 1.180.396 toneladas. Esse crescimento se dá devido ao Estado está livre da praga cancro cítrico, que ataca frutos cítricos. Os principais municípios produtores encontram-se na Região Metropolitana de Manaus, tendo Iranduba como o principal produtor, com 550 toneladas em 2016, e quando se compara com 2015, houve um decréscimo de 3,51%. Após Iranduba, vêm os municípios de Itacoatiara e Rio Preto da Eva com 490 e 220 respectivamente, como podemos observar na fi gura 7.7, tendo Manaus logo em seguida com 178. Entre o valor da produção, Itacoatiara lidera o ranking, tendo faturado em 2016, R$ 1.715 mil, seguido por Iranduba com R$ 1.045 mil e Rio Preto da Eva com R$ 440 mil.

Gráfico 7.7 Valor de produção de limão em mil reais no ano de 2016.

Fonte: SEPLANCTI

Figura 7.7 Quantidade produzida de limão no ano de 2016.

110 Amazonas em Mapas

Fonte: IBGE


Dendê

Segundo Semira Adler Vainsencher, pesquisadorada Fundação Joaquim Nabuco, o dendezeiro (Elaeis guineensis) é uma palmeira de origem africana que se desenvolve bem em regiões tropicais, com clima quente e úmido. O fruto do dendê produz dois tipos de óleo: o óleo de dendê, extraído do mesocarpo, a parte externa do fruto e o óleo de palmiste, extraído da semente do fruto. O azeite de dendê - devido à sua consistência e por não rancificar - é apropriado para a fabricação de margarinas, gorduras vegetais, pães, bolos, tortas, sorvetes, barras de chocolate, biscoitos finos e cremes, assim como óleos de cozinha. Cerca de 80% da produção mundial desse azeite é destinada a alguma aplicação alimentícia. Os restantes 20%, representados pelo óleo de palmiste, são usados como matéria prima na indústria de cosméticos, na fabricação de sabonetes, sabão em pó, detergentes e amaciantes de roupas biodegradáveis, lubrificantes, cosméticos, velas, produtos sanitários e farmacêuticos, assim como biocombustíveis (chamado dendiesel) para motores à diesel. A produção de Dendê no Amazonas em 2016 foi de 1.647.417 contra 1.585.088 toneladas em 2015, um crescimento de 3,93%. Consequentemente a toneladas, o seu valor de produção também teve um crescimento quando se compara 2016 com 2015, registrando 12,81%. Apenas dois municípios do Estado do Amazonas produziram Dendê, entre eles Benjamin Constant, com 1.800 toneladas de cachos de coco e Rio Preto da Eva, com 290 cachos de coco, como podemos ver na figura 7.8. Dentre esses dois municípios, apenas Rio Preto da Eva registrou produção em 2015 com 330 cachos de coco e Manicoré com 100 cachos de coco.

Gráfico 7.8 Valor de produção de dendê em mil reais no ano de 2016.

288

104

Benjamin Constant Fonte: SEPLANCTI

Rio Preto da Eva

Fonte: IBGE

Figura 7.8 Quantidade produzida de dendê no ano de 2016.

agricultura 111


Café

Apreciado, amplamente consumido, saboreado de várias maneiras, o café faz parte da alimentação brasileira. O café está no topo dos alimentos mais consumidos, é rico em vitamina B, lipídios e sais minerais. Se consumido moderadamente, pode auxiliar na prevenção de inúmeras doenças, como o mal de Parkinson, depressão, diabetes, cálculos biliares, e outros. A cafeína presente na bebida estimula a atividade cerebral, a produção de endorfinas, melhora a taxa de oxigenação do sangue, possui propriedades antioxidantes e combate os radicais livres presente no organismo - site Viva Saúde. No Estado do Amazonas apenas dez municípios produzem o fruto, e estas informações foram oriundas da Produção Agrícola Municipal – PAM. A pesquisa é realizada anualmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, e no ano de 2016 a produção do fruto alcançou 3.019.051 toneladas contra 2.647.504 toneladas em 2015, um crescimento de 14,03%. O Valor da produção do Estado, assim, como a quantidade produzida, também teve um crescimento, de 34,55%, sendo o seu valor de R$ 21.360.915 mil em 2016. Entre os municípios, Apuí foi o maior produtor, com 375 toneladas, que apesar de ser primeiro do ranking, na comparação com o ano de 2015, houve um decréscimo de 77,54%. Logo em seguida vêm os municípios de Manicoré e Envira, com 84 e 36 toneladas respectivamente. Na figura 7.9 temos uma ilustração dos dez municípios que produziram café em 2016, dando destaque para Apuí e Manicoré.

Gráfico 7.9 Valor de produção de café em mil reais no ano de 2016.

1;088

244 137 68 Apuí Fonte: SEPLANCTI

Figura 7.9 Quantidade produzida de café no ano de 2016.

112 Amazonas em Mapas

Fonte: IBGE

Manicoré

Envira

Humaitá

39 Silves


Guaraná

“ O guaraná ganhou o nome científi co de Paullinea em homenagem ao médico e botânico alemão C. F. Paullini, morto em 1712. No entanto é uma planta tipicamente brasileira, nativa da Floresta Amazônica e hoje adaptada e cultivada também em outras regiões do país. De coloração avermelhada, apresenta-se entreaberto, quando 120 maduro, exibindo sementes negras com arilo branco e espesso, que lembram pequenos “olhos”. Suas propriedades medicinais e fi toterápicas, são: Adstringente, afrodisíaco, analgésico, antibacteriano, antiblenorrágico, antidiarréico, antitermico, diurético, estimulante físico e psiquico, estimula a memória, melhora a concentração, regulador intestinal, retardador da fadiga, sudorífero, tônico, vasodilatador ” - Portal São Francisco. O Estado do Amazonas em 2016 produziu 3.726 toneladas contra 3.596 em 2015, registrando um incremento de 3,62%. O valor de produção do Estado também registrou um crescimento, comparando os anos de 2015 com o 2016, o crescimento foi de 1,48%. O município que se destaca na produção do guaraná é Maués, onde todos os anos ocorre a sua festa, geralmente no mês de dezembro, trazendo várias atrações nacionais. Maués registrou em 2016, 329 toneladas de sementes, a mesma quantidade que em 2015. Depois de Maués, o segundo maior município produtor é Presidente Figueiredo, com 129, um crescimento de 32,99% na comparação de 2015. E Urucará com 120 toneladas de sementes, encontra-se em terceiro no ranking dos maiores produtores, registrando um crescimento signifi cativo de 140%. Na fi gura 7.10 ilustra os municípios que tiveram as maiores produções.

Gráfico 7.10 Valor de produção de guaraná em mil reais no ano de 2016.

Fonte: SEPLANCTI

Fonte: IBGE

Figura 7.10 Quantidade produzida de guaraná no ano de 2016.

agricultura 113



Lavoura Temporária

A lavoura temporária abrange as áreas utilizadas para o cultivo de curta duração (geralmente inferior a um ano) que só produz uma vez, pois na colheita destrói-se a planta. Em 2016 o Estado do Amazonas produziu 1.155.089 toneladas contra 1.194.434 toneladas de 2015, uma retração de 3,29%. O principal produto da Lavoura Temporária é a Mandioca, representando 65,53% das culturas, onde em 2016 a produção foi de 756.949 toneladas contra 801.299 em 2015, havendo uma queda de 5,53%. Outra cultura que se destaca é a cana-de-açúcar com uma participação de 19,43% na lavoura temporária, em 2016 a quantidade produzida foi de 224.429 toneladas contra 232.389 em 2015. A cultura do Abacaxi encontra-se na terceira colocação, com uma participação de 8,89%, um crescimento significativo de 48,60% entre os anos de 2015 e 2016. Em 2015 registrou-se 69.090 toneladas, passando em 2016 para 102.668 toneladas, assim também obtendo um crescimento significativo em seu valor produzido de 172,72%. Outras culturas que se destacam são: Melancia com 52.063 toneladas, Milho com 8.062 toneladas e Batata-Doce com 5.675 toneladas.

agricultura 115


Mandioca

A mandioca é uma cultura altamente versátil, cultivada por pequenos agricultores em mais de 100 países. As raízes são ricas em hidratos de carbono, enquanto as suas folhas tenras contém até 25 por cento de proteína, além de ferro, lipídios, carboidratos, fibras, cálcio e vitaminas A, B1, B2, C. Outras partes da planta podem ser usadas na alimentação de animais, e o gado criado à base de mandioca possui uma maior resistência a doenças e baixas taxas de mortalidade - site Página Rural. A mandioca tem grande importância social e econômica para o Estado do Amazonas, contribuindo com participação acima de 4% da produção nacional, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A produção da mandioca teve um decréscimo de 5,53%, na comparação entre os anos de 2015 e 2016, onde em 2016 a produção foi de 756.949 toneladas contra 801.299 toneladas de 2015. Apesar da quantidade produzida ter crescido, o valor da sua produção registrou um crescimento de 25,34%. Esse aumento do valor da produção foi devido a baixa produção, levando o agricultor a aumentar o preço como alternativa para nãp ter prejuízo. A figura 7.11 nos mostra os maiores produtores do Estado, onde destacam-se Tefé com uma produção em 2016 de 96.000 toneladas, registrando um crescimento de 75,95%. Outro município que se destaca é Manicoré, produzindo em 2016 um total de 90.000 toneladas. Manacapuru que nos últimos anos vinha sendo o município de maior produção, em 2016 não houve registro devido a uma falha nas pesquisas. O município de Tefé também se destaca como tendo o maior valor da produção com R$ 67.200 mil, seguido por Uarini e Manicoré com R$ 62.291 mil e R$ 54.000 mil respectivamente.

Gráfico 7.11 Valor de produção de mandioca em mil reais no ano de 2016.

67.200

62.291 54.000 46.725 36.000

Tefé Fonte: SEPLANCTI

Figura 7.11 Quantidade produzida de mandioca no ano de 2016.

116 Amazonas em Mapas

Fonte: IBGE

Uarini

Manicoré

Alvarães

Autazes


Cana-de-açúcar

Segundo o RankBrasil, site de recordes brasileiros, introduzida no período colonial, a cana-de-açúcar se transformou em uma das principais culturas da economia brasileira. O Brasil não é apenas o maior produtor de cana. É também o primeiro do mundo na produção de açúcar e etanol, conquistando, cada vez mais o mercado externo com o uso do biocombustível como alternativa energética. O Estado do Amazonas registrou uma retração de 3,43%, onde em 2016 a quantidade produzida foi de 224.429 toneladas contra 232.389 toneladas de 2015. O valor da produção da cana-de-açúcar também teve um crescimento, e a comparação entre os anos de 2015 e 2016, esse crescimento foi de 18,27%, sendo o seu valor em 2016 de R$ 51.600.903 mil. Entre os municípios, Presidente Figueiredo é o maior produtor, sendo que a representabilidade do município em 2016 foi de 96,35% de toda a produção do Estado, chegando a 216.237 toneladas. Eirunepé e Maués vêm logo em seguida com 2.500 e 1.288 toneladas respectivamente. A figura 7.12 ilustra os maiores produtores do Estado, podemos observar também que Parintins se destaca entre os maiores, no qual a sua produção em 2016 foi de 1.250 toneladas.

Quadro 7.1 Valor de produção de cana de açúcar no ano de 2016.

Valores de produção (mil reais) - 2016 Presidente Figueiredo

Fonte: SEPLANCTI

57.303

Maués Eirunepé

386 250

Ipixuna

230

Tonantins

224

Fonte: IBGE

Figura 7.12 Quantidade produzida de cana de açúcar no ano de 2016.

agricultura 117


Melancia

Segundo a nutricionista Patrícia Bertolucci em uma publicação ao site de saúde e bem- estar Minha Vida, a Melancia apresenta uma boa fonte de vitaminas A, B6, C, potássio e fitoquimicos importantes como o licopeno e a citrulina. A cor avermelhada da polpa da melancia tem grande concentração de um poderoso antioxidante chamado licopeno, que neutraliza os radicais livres (substâncias nocivas ao corpo e os grandes responsáveis pelo envelhecimento da pele e aparecimento de diversos tipos de câncer). Além disso, a melancia também contém quantidades moderadas de potássio, um mineral essencial para o bom funcionamento de todas as células do corpo, órgãos e tecidos. Outro fitoquímico importante presente na melancia é chamado citrulina que é convertida em arginina, um aminoácido importante na entrega de nutrientes para o músculo. A produção de Melancia no Estado do Amazonas em 2016 teve uma queda de 10,20% quando comparada ao ano de 2015, sendo produzida 52.063 toneladas em 2016 contra 57.979 toneladas em 2015. O valor da produção do Estado consequentemente apresentou queda, registrando um faturamento de R$ 71.072 mil em 2016 e de R$ 77.993 mil em 2015, uma queda de 8,87%. O município de Manicoré apresentou a maior produção do Estado, como é notado na figura 7.13, no qual a sua produção em 2016 foi de 7.530 toneladas, um crescimento de 7,57% comparado ao ano anterior. Seguido dos municípios, Tapauá, com produção de 5.580 toneladas em 2016 e 3.885 toneladas em 2015, um crescimento significante de 43,63%, Itacoatiara produziu 4.275 toneladas em 2016 e 3.420 toneladas em 2015, com crescimento de 25,0%, Iranduba apresentou uma queda na produção, com 4.000 toneladas em 2016 e 4.720 toneladas em 2015, com queda de 15,25%, e o quinto maior produtor foi Borba, com produção de 2.400 toneladas de melancia em 2016, e no ano de 2015, apresentou 2.620 toneladas, com queda de 8,40% na produção.

Gráfico 7.13 Valor de produção de melancia em mil reais no ano de 2016.

9.789

6.696 6.413 6.000 3.075 Manicoré

Fonte: SEPLANCTI

Figura 7.13 Quantidade produzida de melancia no ano de 2016.

118 Amazonas em Mapas

Fonte: IBGE

Tapauá

Itacoatiara

Iranduba

Manaus


Abacaxi

Segundo o site Melhor com Saúde, a polpa do abacaxi tem grande quantidade de água e fibras, mas não é a única parte comestível, sua casca também pode beneficiar a saúde. O abacaxi é encontrado em países tropicais e subtropicais (temperaturas médias e altas), mas sua origem é americana. Sua árvore é o abacaxizeiro, da família bromeliaces e na América latina é também conhecido como ananás. Possui as vitaminas B1, C e A. Hoje é mundialmente conhecido e apreciado. O abacaxi pode ser utilizado para fazer sorvetes, geleias, sucos, bolos, compotas etc. O seu suco possui 12% de açúcar natural (frutose). É composto pelos ácidos cítrico, málico e a bromelina. Sua casca auxilia no tratamento de gripes e resfriados, basta fervê-la juntamente com água, tomando como um chá quente. A escolha da melhor época de plantio é crucial para o cultivo de abacaxi de sequeiro. A época de plantio mais indicada é aquela relativa ao período de final da estação seca e início da estação chuvosa. A quantidade produzida do abacaxi no Estado do Amazonas teve um crescimento significativo de 48,60% entre os anos de 2015 e 2016, no qual em 2015 registrou 69.090 toneladas, passando em 2016 para 102.668 toneladas, obtendo um crescimento significativo em seu valor produzido de 172,72%. A figura 7.14 nos mostra os principais municípios produtores, os três maiores encontrando-se na Região Metropolitana de Manaus. Itacoatiara se destaca como o principal produtor de abacaxi no ano de 2016, com uma quantidade produzida de 87.500 toneladas, onde registrou um crescimento de 59,96%. Careiro da Várzea e Careiro também destacam-se como principais produtores com 2.700 toneladas e 1.480 toneladas respectivamente.

Quadro 7.2 Valor de produção de abacaxi no ano de 2016.

Valores de produção (mil reais) - 2016 Itacoatiara

Fonte: SEPLANCTI

262.500

Careiro da Várzea Careiro

5.400 2.960

Tefé

2.268

Rio Preto da Eva

1.700

Fonte: IBGE

Figura 7.14 Quantidade produzida de abacaxi no ano de 2016.

agricultura 119


Milho

Segundo o site Info Escola, o milho pertence à família Poaceae, ao gênero Zea e sua espécie única recebe o nome de Zea mays. É um cereal de alto valor nutricional e por isso mesmo está sendo largamente utilizado na composição de rações animais e outros alimentos humanos (Marília Araújo, Bióloga pela Universidade federal do Pará). Mesmo quando submetido a procedimentos industriais, mantém a casca que é uma excelente aliada na excreção das toxinas ingeridas durante as refeições. O milho não contém glúten, o que aumenta a gama de consumidores que estavam restringidos ao consumo de trigo, aveia e cevada, por exemplo. Este grão maravilhoso ainda tem uma vitamina especial, a B1 ou tiamina, como é mais conhecida, que confere tônus ao músculo cardíaco ajudando a manter o ritmo cardíaco normal. Também tem a vitamina E muito utilizada como conservante alimentar, já que apresenta a propriedade antioxidante. Mas não é só isso, esta vitamina também auxilia, segundo alguns estudos científi cos, no combate a degeneração muscular e confere proteção ao aparelho reprodutor. A produção de milho no Estado do Amazonas registrou em 2016 uma totalidade de 8.062 toneladas contra 16.816 de 2015, tendo uma decrescimento de 52,06%. Também houve queda signifi cativa no valor de sua produção, caindo 55,29% na comparação dos anos 2016 com 2015, sendo em 2016 um faturamento de R$ 8.312 mil e em 2015 de R$ 18.589 mil. Nos Municípios, observa-se na fi gura 7.15 que Boca do Acre é o principal produtor, com 1.500 toneladas, seguido pelos municípios de Itacoatiara e Tapauá com 1.075 e 810 toneladas respectivamente.

Gráfico 7.15 Valor de produção de milho em mil reais no ano de 2016.

Fonte: SEPLANCTI

Figura 7.15 Quantidade produzida de milho no ano de 2016.

120 Amazonas em Mapas

Fonte: IBGE


Arroz

Segundo a nutricionista Tatiana Zanin em uma publicação ao site Tua Saúde, o arroz é uma planta da família das gramíneas que alimenta mais da metade da população humana do mundo. É a terceira maior cultura cerealífera do mundo, apenas ultrapassada pelas de milho e trigo. É rico em hidratos de carbono. Para poder ser cultivado com sucesso, o arroz necessita de água em abundância, para manter a temperatura ambiente dentro de intervalos adequados, e, nos sistemas tradicionais, de mão-de-obra intensiva. Em qualquer dos casos, a água mantém-se em constante movimento, embora circule a velocidade muito reduzida. Muito embora o Amazonas não seja tradicionalmente produtor de grãos, mais de 20.000 famílias de agricultores, no interior do Estado, trabalham anualmente com as culturas de arroz, milho e feijão. Esses produtos são utilizados na própria comunidade para o consumo humano, na criação de pequenos e médios animais como aves e suínos e comercializado para reforçar a renda familiar. A produção de arroz no Estado do Amazonas teve uma retração de 80,02%, onde em 2016 a sua produção foi de 819 toneladas contra 4.099 toneladas em 2015. O valor da produção do Estado em 2016 foi de R$ 1.041 mil e em 2015 de R$ 4.306 mil, uma variação de 75,82%. Entre os municípios, podemos ver em destaques na fi gura 7.16, Boca do Acre como o principal produtor com 250 toneladas, Envira com 140 e Jutaí com 131, Ipixuna com 81 e Humaitá com 45. Esses mesmos municípios se destacam como tendo os maiores valores de produção, onde Boca do Acre foi de R$ 400 mil, Envira de R$ 140 mil e Jutaí com R$ 131 mil, Ipixuna com R$ 80 mil e Humaitá com R$ 54 mil.

Gráfico 7.16 Valor de produção de arroz em mil reais no ano de 2016.

Fonte: SEPLANCTI

Fonte: IBGE

Figura 7.16 Quantidade produzida de arroz no ano de 2016.

agricultura 121


Malva

Segundo uma publicação do Jornal A Crítica, a malva no Amazonas fez do Brasil o único país fora da Ásia a fazer concorrência à produção indiana. No auge da produção, em 1960, mais de 60 mil famílias das áreas de várzea dos Estados do Amazonas e Pará viviam da extração das fi bras, sem contar as fábricas e prensas que surgiram e outras que se transferiram do Sudeste para o Norte e se instalaram em cidades polos, como Castanhal, Belém e Santarém, no Pará, e Parintins e Manaus, no Amazonas, fazendo o Brasil autossufi ciente para importação da fi bra. A produção de Malva do Estado do Amazonas no ano de 2016 foi 2.189 contra 3.812 toneladas de 2015, uma retração de 42,58%. A fi gura 7.17 mostra uma visão dos principais municípios produtores do Estado em 2016, entre eles Coari, com produção de 960 toneladas, registrando um crescimento signifi cativo de 380% em comparação com o ano de 2015. Outro município que se destaca na produção de Malva é Urucará, onde em 2016 a sua produção foi de 281 toneladas, um crescimento de 100,71% quando se compara com o ano anterior. O valor da produção da malva entre os Municípios, Coari também lidera o ranking dos principais valores, onde em 2016 foi de R$ 1.920 mil, e Anamã fi cando na segunda colocação com R$ 562 mil. Parintins se encontra em terceiro dos maiores valores produzidos no Estado, com R$ 432 mil.

Gráfico 7.17 Valor de produção de malva em mil reais no ano de 2016.

Fonte: SEPLANCTI

Figura 7.17 Quantidade produzida de malva no ano de 2016.

122 Amazonas em Mapas

Fonte: IBGE


Batata-Doce

Segundo a nutricionista Tatiana Zanin, em uma publicação no site Tua Saúde, a batata-doce tem uma excelente capacidade para fornecer energia devido aos seus carboidratos saudáveis que não elevem em excesso o nível de açúcar no sangue, sendo uma excelente opção para quem malha frequentemente. Além disso, quando consumida em pequenas quantidades, também pode ser usada em dietas de emagrecimento pois ajuda a diminuir rapidamente a fome. A produção de batata-doce no Estado do Amazonas em 2016 teve um crescimento de 11,41%, quando compara-se o ano de 2015, totalizando uma produção de 5.675 toneladas contra 5.094 toneladas em 2015. O Valor da produção do Estado também apresentou crescimento, passando de R$ 7.532 mil em 2015 para R$ 8.950 mil em 2016, uma variação de 18,83%. Manaquiri é o Município que teve a maior produção de batata-doce do Estado em 2016, registrando 2.824 toneladas, um aumento de 12,96% em comparação ao ano anterior. Na fi gura 7.18, observam-se os seguintes municípios de Careiro da Várzea com 700, Careiro com 650, Envira com 384 e São Gabriel da Cachoeira têm 300 toneladas produzidas de batata-doce. Quando compara-se o valor da produção entre os municípios, também podemos destacar Manaquiri, com R$ 4.236 mil, Careiro da Várzea com R$ 1.155 mil, Careiro com R$ 975 mil, Envira com R$ 576 mil e São Gabriel da Cachoeira com R$ 540 mil.

Gráfico 7.18 Valor de produção de batata doce em mil reais no ano de 2016.

Fonte: SEPLANCTI

Fonte: IBGE

Figura 7.18 Quantidade produzida de batata doce no ano de 2016.

agricultura 123


Feijão

Segundo uma publicação do site Conquiste Sua Vida, o feijão, em suas mais diversas formas e tipos, é uma leguminosa superpoderosa para a nossa alimentação. Altamente nutritiva, essa iguaria também se destaca por sua versatilidade culinária fazendo parte dos mais tradicionais pratos e composições gastronômicas. Ao todo existem 14 tipos de feijão disponíveis para consumo. No Brasil os mais utilizados são: carioquinha, preto, de corda, jalo, branco, rosado, fradinho, rajado e bolinha. Além deles, o azuki, o roxo, o moyashi, o verde e o vermelho, completam a lista. Em relação a seus aspectos nutricionais, o feijão dispensa maiores apresentações. Ideal para ser incorporado a uma dieta diária, ele proporciona nutrientes essenciais ao organismo como proteínas, ferro, cálcio, vitaminas (principalmente do complexo B), carboidratos e fi bras. Por contar com metabólitos secundários, os denominados fi toquímicos, em sua composição, o consumo médio vem sendo associado ao combate de doenças como o diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares e até mesmo neoplasias. A produção de feijão no estado do Amazonas teve uma queda de 21,98% em 2016 quando se compara com o ano anterior, cujo a sua produção foi de 1.899 contra 2.434 toneladas de 2015, consequentemente, afetou o valor de produção, passando de R$ 4.852 mil em 2015 para R$ 4.663 mil em 2016, uma retração de 4,57%. Entre os municípios, como pode-se observar na fi gura 7.19, destacam-se como maiores produtores Itacoatiara com 651, Lábrea com 400, Tapauá com 270, Tefé com 80 e Atalaia do Norte com 77 toneladas. Como mostra o gráfi co 7.19, os destaques no valor produzido foram os seguintes municípios: Itacoatiara (R$ 1.780 mil), Tapauá (R$ 675 mil), Lábrea (R$ 600 mil), Atalaia do Norte (R$ 308 mil) e Envira (R$ 156 mil).

Gráfico 7.19 Valor de produção de feijão em mil reais no ano de 2016.

Fonte: SEPLANCTI

Figura 7.19 Quantidade produzida de feijão no ano de 2016.

124 Amazonas em Mapas

Fonte: IBGE


Tomate

Segundo uma publicação postada no site Beleza e Saúde, o tomate, fruto arredondado e de cor vermelha, é rico em licopeno, um agente antioxidante e anticancerígeno que intervém nas reações em cadeia das moléculas de radicais livres. Está associado a índices reduzidos de câncer de pâncreas, cervical e próstata. Ele protege o organismo de infecções bacterianas, assim como de perturbações digestivas e pulmonares. Ele age como desinflamatório, sendo também muito benéfico para a atividade cerebral. O suco de tomate puro servido com salsa ajuda a dissolver cálculos renais. Além disso, é ótimo para combater as infecções e exerce efeito antisséptico no corpo, neutralizando resíduos ácidos. Assim como a maioria dos produtos da lavoura temporária, o tomate também teve uma retração no ano de 2016 de 34,94% quando compara-se com o ano anterior. O valor da produção também teve uma retração 40,02%, no qual em 2015 foi de R$ 987 mil, passando para o ano de 2016 um valor de R$ 592 mil. No Estado do Amazonas, apenas cinco municípios tiveram produção de tomate, como observa-se na figura 7.20, Barcelos, com 80 toneladas, Coari com 50 toneladas, Eirunepé com 16 toneladas, Careiro com 11 toneladas e Silves com cinco toneladas.

Quadro 7.3 Valor de produção de tomate no ano de 2016.

Valores de produção (mil reais) - 2016

Fonte: SEPLANCTI

Barcelos

400

Eirunepé Careiro

112 40

Coari

25

Silves

15

Fonte: IBGE

Figura 7.20 Quantidade produzida de tomate no ano de 2016.

agricultura 125


Referências SIGLAS IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística SEPROR - Secretaria de Estado de Produção Rural Fonte: Amazonas Atual <http://amazonasatual.com.br/mapa-reconhece-amazonas-como-livre-de-praga-que-ataca-laranja/ > Acesso em: Abr. 2018 Conquiste sua Vida <http://www.conquistesuavida.com.br/ingrediente/feijao_i545138/1> Acesso em: Abr. 2018 Beleza e Saúde <https://belezaesaude.com/tomate/> Acesso em: Abr. 2018 Faz Bem Viver <http://fazbemviver.com.br/bem-estar/5-frutas-ricas-em-vitaminas-que-fazem-bem-a-saude/> Acesso em: Jun. 2018 Fundaj - Fundação Joaquim Nabuco <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=article&id=247> Acesso em: Jun. 2018 Info Escola - Navegando e Aprendendo <https://www.infoescola.com/plantas/milho/> Acesso em: Abr. 2018 IBGE <https://www.ibge.gov.br/> Jornal Acritica <https://www.acritica.com/channels/governo/news/estudo-conta-a-historia-da-cultura-da-juta-e-da-malva-no-brasil-e-amazonia> Acesso em: Abr. 2018 Melhor com Saúde <https://melhorcomsaude.com.br/abacaxi/> Acesso em: Abr. 2018 Minha Vida <http://www.minhavida.com.br/alimentacao/materias/18542-beneficios-da-melancia-para-a-saude> Acesso em: Abr. 2018 Tua Saúde <https://www.tuasaude.com/beneficios-da-batata-doce/> Acesso em: Abr. 2018 SEPROR - Secretaria de Estado de Produção Rural <http://www.sepror.am.gov.br/mandioca-2/> Acesso em: Abr. 2018 Wikipédia <https://pt.wikipedia.org/wiki/Arroz> Acesso em: Abr. 2018




Extrativa Vegetal

O Extrativismo é a atividade de extração ou coleta de produtos naturais, seja de origem animal, mineral ou vegetal. É o uso racional dos recursos renováveis de forma sustentável, destinados à comercialização. Na extrativa vegetal encontram-se as matérias primas como madeira,éfolhas, raízes e frutos. No estadoou docoleta Am- de produtos naturais, seja de origem animal, mineral ou vegetal. O Extrativismo a atividade de extração azonas a exploração da extrativa vegetal baseia-se pela extração É o uso racional dos recursos renováveis de forma sustentável, destinados à comercialização. Na extrativa vegetal encontram-se e coleta nas categorias: Alimentícios (açaí, castanha do ePará); as matérias primas como madeira, folhas, raízes frutos. No estado do Amazonas a exploração da extrativa vegetal baseia-se Borrachas (Hevea-Látex coagulado); Fibras; Gomas não elásticas pela extração e coleta nas categorias: Alimentícios (açaí, castanha do Brasil); Borrachas (Hevea-Látex coagulado); Fibras; Gomas Oleaginosos (copaíba, babaçu, cumaru) e extrativas manão(sorva); elásticas (sorva); Oleaginosos (copaíba, babaçu, cumaru) e extrativas madeireiras (lenha, carvão vegetal e deireiras (lenha, carvão mineral e madeira em tora). madeira em tora). NoNo estado, o principal produto explorado é oexplorado açaí (Euterpe éOl-o açaí (Euterpe Oleracea Mart.), fruto típico e popular da região Estado, o principal produto eracea Mart.), fruto típico e popular da região ganamazônica, ganhando nos últimos anos amazônica, o reconhecimento devido aos benefícios à saúde, associados a sua composição hando nos últimos anos o reconhecimento devido aos benefícios fitoquímica e a capacidade antioxidante. Este fruto está presente nos 62 municípios do estado do Amazonas e sua à saúde, no associados composição e a capacidaderepresentando 73,20% de todos os produtos extraídos no Estado. produção ano dea sua 2016, atingiufitoquímica 57.573 toneladas Esteafruto está presente nos 62 municípios do esta- em 43 municípios e juntos conseguiram 12.903 toneladas, além Em antioxidante. seguida vem coleta de castanha que é realizada do do Amazonas e sua oprodução no ano detambém 2016, atingiu 57.573 destas duas culturas extrativismo é realizado com a copaíba, borracha e piaçava. toneladas representando 73,20% de todos os produtos extraídos no estado, seguido pela coleta de castanha que é realizada em 43 municípios e juntos conseguiram 12.903 toneladas, além destas duas culturas o extrativismo também é realizado com a copaíba, borracha e piaçava.

extrativa 129


Açaí

O açaizeiro pertence à família das Arecaceae, é uma palmeira perene nativa da Floresta Tropical Amazônica, comumente encontrada na vegetação de terra firme, várzea e igapó. Os frutos do açaizeiro, o açaí (Euterpe oleracea Mart), são pequenos e redondos, roxos ou verdes, dependendo da espécie, com aparência semelhante às uvas, é rico em vitaminas B1 e E, ferro, fósforo, magnésio, potássio, cálcio, manganês e proteínas, além de possuir propriedades antioxidantes, e segundo estudos ajudam no combate de doenças cardiovasculares e melhora os índices de colesterol e triglicérides. A semente do açaí é muito grande e ocupa a maior parte do fruto. Na Amazônia, o fruto é consumido principalmente em forma de bebida, porém, quando liofilizadas, podem ser transformados em pó, licor, sucos, cremes e suplementos nutricionais, vez que o açaí é um alimento altamente energético. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, o Amazonas desponta na segunda colocação com 26,7% da produção em tonelada, atrás apenas do vizinho Pará. No estado do Amazonas foram produzidos mais de 57 mil toneladas do fruto em 2016, sendo o município de Codajás o maior produtor de açaí. Este é responsável por 43,4% de toda produção do Estado com total de 25.000 toneladas. A segunda maior produção variando de 2.100 a 5.300 toneladas estão os municípios de Itacoatiara, Lábrea, Humaitá e Manicoré, que juntos correspondem a 25,2% do toda extração do Estado.

Quadro 8.1: Valores de produção do Estado, 2016.

Fonte: SEPLANCTI

Figura 8.1 Quantidade produzida de açaí no ano de 2016.

130 Amazonas em Mapas

Codajás

R$ 40.000

Itacoatiara

R$ 7.950

Lábrea

R$ 7.500

Coari

R$ 5.670

Anori

R$ 4.500

Fonte: IBGE


Castanha

A Bertholletia excelsa, também conhecida como Castanha do Brasil, é um fruto da família das oleaginosas encontrado nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Roraima, Rondônia, Pará, Maranhão e Mato Grosso. É uma das espécies mais altas da Amazônia, podendo atingir até 50 metros de altura. Da castanheira podem ser utilizados os produtos e subprodutos, que vai do uso dos ouriços como combustível e confecção de objetos, bem como as amêndoas que podem ser consumidos como alimento ou usados para extração de óleos. Considerado um alimento rico em proteínas, lipídios e vitaminas, torna-se um alimento funcional, pois possui propriedades que além de nutrir, fazem muito bem à saúde. O consumo regular da castanha auxilia na prevenção de doenças cardiovasculares. Isso porque os ácidos graxos insaturados presentes no fruto, ajudam na redução da pressão alta arterial, na diminuição das taxas de triglicérides e colesterol. Dentre as muitas propriedades na castanha, o selênio é o principal nutriente, protege o cérebro, previne o câncer e melhora o funcionamento da glândula conhecida como tireoide. O Amazonas aparece na primeira colocação com 43,1% da produção nacional. A produção da amêndoa de castanha no estado do Amazonas atingiu 14.945 toneladas no ano de 2016, representando crescimento de 6,9% em relação à produção de 2015. Os municípios que se destacaram na produção do fruto, foram: Humaitá com a maior produção do estado, com 3.360 toneladas na produção total do Amazonas, seguido de Coari (2.600), Beruri (1.300), Lábrea (1.300) e Boca do Acre (902).

Quadro 8.2: Maiores produtores do Estado, 2016.

Fonte: SEPLANCTI

Coari

R$ 10.400

Humaitá

R$ 9.576

Boca do Acre

R$ 4.512

Manicoré

R$ 2.646

Codajás

R$ 2.500

Fonte: IBGE

Figura 8.2 Quantidade produzida de castanha no ano de 2016.

extrativa 131


Copaíba

A copaibeira (Copaifera langsdorffii Desf), é uma árvore pertencente à família das fabáceas, e produz um óleo-resina chamado de óleo de copaíba, é uma planta medicinal, muito utilizada na indústria de fármacos, cosméticos e também como aditivos na fabricação de vernizes e tintas. Na medicina popular, é utilizado no tratamento de diversas enfermidades, cujos efeitos como anti-inflamatório, gastroprotetor, analgésico e antitumoral já foram comprovados cientificamente. Podem ser encontrado em farmácias ou lojas de produtos naturais sob a forma de cremes, loções, xampus, pomadas e sabonetes. O estado do Amazonas é o maior produtor do óleo de copaíba em toda a região norte brasileira, com uma produção de 142 toneladas no ano de 2016, responsável por 86,1% extração de toda a produção a nível Brasil. Ressaltamos que além do Amazonas outros quatro Estados produzem este produto em escala bem menor, o estado do Pará com produção de 15 toneladas em 2016, seguido de Rondônia com 8 toneladas e Mato Grosso com apenas 1 tonelada. Dentre os 62 municípios do Amazonas apenas 19 apresentam atividades de extração do óleo em 2016, com destaque para o município de Novo Aripuanã com extração de 55 toneladas de óleo e participação de 38,7% de toda a produção do Estado seguidos do município de Apuí (13,5%) e Nhamundá (12,8%) e um aumento de 100% da sua produção. A somatória desses municípios representa a participação de 65,2% de toda extração realizada no Amazonas em 2016.

Quadro 8.3: Maiores produtores do Estado, 2016.

Fonte: SEPLANCTI

Figura 8.3 Quantidade produzida de copaíba no ano de 2016.

132 Amazonas em Mapas

Novo Aripuanã

R$ 1.265

Apuí

R$ 564

Nhamundá

R$ 450

Manicoré

R$ 136

Maués

R$ 117

Fonte: IBGE


Borracha

A borracha natural é o produto primário da coagulação do látex da Hevea brasiliensis conhecida pelos nomes comuns de seringueira e árvore-da-borracha. O Estado do Amazonas possui uma produção histórica de borracha, apesar de não mais deter de uma produção em larga escala como ocorria no Ciclo da Borracha (entre os séculos XIX e XX). A borracha é um produto com extração exclusiva na Amazônia, e dentre os estados da região norte cuja produção alcançou 1.188 toneladas, o estado do Amazonas apresentou extração de 866 toneladas permanecendo na liderança dentre os produtores da região, com participação de 71,6% de toda produção Brasil. Em seguida estão os estados do Acre com 107 toneladas, Rondônia com 155 toneladas, Pará com extração de 60 (t) e Mato Grosso com 18 toneladas. No estado do Amazonas, 20 municípios continuam com extração ativa das seringueiras e produção de borracha, contra 27 estados que participavam da extração nos últimos 5 anos, representando uma queda na exploração de 20%. Destacamos a seguir os cinco maiores produtores na extração do Hevea (látex coagulado) em 2016: Manicoré com 316 toneladas e participação de 36,4% no total geral do Estado, considerado hoje como o maior produtor. Em segundo lugar temos o município de Lábrea com 80 toneladas, seguido de Itacoatiara com 65 toneladas, Humaitá 60 toneladas e Novo Aripuanã com 55 toneladas.

Quadro 8.4: Maiores produtores do estado, 2016.

Fonte: SEPLANCTI

Manicoré

R$ 790

Lábrea

R$ 472

Humaitá

R$ 300

Itacoatiara

R$ 221

Jutaí

R$ 200

Fonte: IBGE

Figura 8.4 Quantidade produzida de borracha no ano de 2016.

extrativa 133


Piaçava

A fibra da Attalea funífera Mart. , mais conhecida como Piaçava (Amazônia), encontra-se no Estado do Amazonas apenas na região do médio e alto Rio Negro. É utilizada na fabricação de vassouras, cordas, chapéus, esteiras, coberturas de quiosques, além de outras serventias comerciais. Os municípios de Barcelos, São Gabriel da Cachoeira e Santa Izabel do Rio Negro foram responsáveis por toda a produção do Estado, somando o total de 2.654 toneladas de piaçava no ano de 2016, contra 1.763 no ano de 2015, caracterizando uma alta de 50,5%. O valor de produção em 2016 foi R$4,6 mil reais contra R$ 3,1 mil de 2015, com variação positiva de 45,5% no valor total da produção. Dentre os três municípios produtores, Barcelos foi destaque por representar maior participação na produção total do Estado, com 94,2% de relevância comparada com resultado de 2015. Considerando o crescimento em produção, temos o município de São Gabriel da Cachoeira com aumento 100% contra o resultado de 2015 que não apresentou produção. Completando o quadro de produtores, temos o município de Santa Izabel do Rio Negro com 54 toneladas, contra 107 em 2015, uma queda de 49,5%.

Quadro 8.5: Maiores produtores do Estado, 2016.

Barcelos Santa Izabel do Rio Negro São Gabriel da Cachoeira

Fonte: SEPLANCTI

Figura 8.5 Quantidade produzida de piaçava no ano de 2016.

134 Amazonas em Mapas

Fonte: IBGE

R$ 4.250 R$ 190 R$ 180


Extrativa Madeireira

O Extrativismo é a atividade de extração ou coleta de produtos naturais, seja de origem animal, mineral ou vegetal. É o uso racional dos recursos renováveis de forma sustentável, destinados à comercialização. Na extrativamadeireiro vegetal encontram-se as matérias O extrativismo no Estado do Amazonas está concentrado no beneficiamento de madeira em tora, primas madeira, e frutos.vegetal. No estado do Amna como produção defolhas, lenharaízes e carvão azonas da extrativa vegetalmadeireiros baseia-se pelaexistentes extração a exploração Os recursos florestais na região dispõem de uma rica variedade de espécies, localizadas e coleta nas categorias: Alimentícios (açaí, castanha do Pará); em áreas de terra firme e várzea. Nos solos de terra firme encontram-se as madeiras nobres, onde são utilizadas Borrachas (Hevea-Látex coagulado); Fibras;eGomas nãobens elásticas na produção de móveis, portas outros duráveis. Já os solos de várzea reúnem madeiras de baixa qualidade, (sorva); Oleaginosos (copaíba, babaçu, cumaru) e extrativas mageralmente empregadas na construção civil como azimbre e bóias para construção de casas flutuantes. deireiras (lenha, carvão apresentados mineral e madeira em tora). Os dados estão relacionados ao extrativismo madeireiro no Amazonas referente ao ano 2016, tendo No estado, o principal produto explorado é o açaí (Euterpe disponibilizada Olcomo base de consulta o acervo da Silvicultura pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nas eracea Mart.), fruto típico e popular da região amazônica, ganfiguras podemos verificar a localização dos municípios do Amazonas produtores de madeira em tora (m³) e lenha (m³). hando anos o reconhecimento devido aos benefícios nos últimos O Amazonas apresentou em 2016 uma produção de 993,54 mil (m³) de madeiras em tora, 734,91 mil (m³) à saúde, associados a sua composição fitoquímica e a capacidade de lenha e 1,3 mil (m³) de carvão vegetal. antioxidante. Este fruto está presente nos 62 municípios do estado do Amazonas e sua produção no ano de 2016, atingiu 57.573 toneladas representando 73,20% de todos os produtos extraídos no estado, seguido pela coleta de castanha que é realizada em 43 municípios e juntos conseguiram 12.903 toneladas, além destas duas culturas o extrativismo também é realizado com a copaíba, borracha e piaçava.

extrativa 135


Carvão Vegetal

O carvão vegetal produzido a partir da biomassa da madeira propicia que a lenha seja a quarta fonte de energia primária mais utilizada na matriz energética brasileira (EMBRAPA, 2015). Além disso, é utilizado como combustível de aquecedores, lareiras, churrasqueiras, fogões a lenha, além de abastecer alguns setores industriais, como as siderúrgicas. Produzido de forma artesanal, em 2016 apenas 31 municípios do Estado manufaturaram o carvão vegetal com produção acima de uma tonelada e com o custo de insumo foi de R$ 2,390 milhões. A fabricação deste produto no estado do Amazonas apresentou relativa retração de 5,3% quando saltou de 1.350 toneladas em 2015 para 1.278 em 2016. Esse processo no Estado vem apresentando redução de 9,5% quando observada a série entre os anos de 2011 até 2016. As maiores produções deste produto em 2016 concentraram-se nos municípios de Itacoatiara com 300 toneladas e participação de 23,5% permanecendo como líder no ranking, seguido do município de Careiro da Várzea (15,6%). As produções que variaram entre 63 a 175 toneladas, tiveram participação relativa dos municípios de Rio Preto da Eva (13,7%), Manicoré (13,1%) e Boca do Acre (4,9%). Estes cinco municípios juntos, representam 70,9% de toda a produção do Amazonas.

Quadro 8.6: Maiores produtores do Estado, 2016.

Fonte: SEPLANCTI

Figura 8.6 Quantidade produzida de carvão vegetal no ano de 2016.

136 Amazonas em Mapas

Itacoatiara

R$ 600

Rio Preto da Eva

R$ 525

Careiro da Várzea

R$ 320

Manicoré

R$ 168

Alvarães

R$ 115

Fonte: IBGE


Lenha

A lenha oriunda de florestas nativas ou reflorestamento é utilizada através da queima direta ou pela combustão que gera o carvão. Toda produção de lenha no Brasil é transformada em carvão com cerca de 40% da produção (EMBRAPA, 2015). Entre os Estados da região norte, o Amazonas aparece na terceira colocação com 734.916 mil toneladas, com participação de 15% sobre a produção da região Norte e 2,94% no ranking Brasil. Em primeiro e segundo colocados destacam-se o Pará e Tocantins respectivamente. No estado do Amazonas, a extração da lenha apresentou retração de 9,53% quando passou de 812.373 em 2015 para 734.916 metros cúbicos (m³) em 2016. Esse processo vem apresentando redução de 10,2% quando observado a série entre os anos de 2011 até 2016. As maiores produções do produto extrativo (lenha) em 2016 concentraram-se nos municípios de Tefé com 100.000 mil(m³), Tapauá (97.600 m³) e Manicoré (90.000 m³), juntos formam 39% do total extraído no Estado. Fatores como a logística ainda surgem como um contratempo para escoação da produção de lenha, onde Tefé, Tapauá e Manicoré, impactando no valor final e custo da produção no valor de R$1.000 mil, R$586 mil e R$1.260 mil, respectivamente. Para manufaturar a lenha, foi necessário o custo de insumo no valor de R$7.094 mil em 2016 contra R$7.306 mil em 2015.

Quadro 8.7: Maiores produtores do estado, 2016.

Fonte: SEPLANCTI

Manicoré

R$ 1.260

Tefé

R$ 1.000

Silves

R$ 762

Tapauá

R$ 586

Novo Aripuanã

R$ 440

Fonte: IBGE

Figura 8.7 Quantidade produzida de lenha no ano de 2016.

extrativa 137


Madeira

O estado do Amazonas possui áreas protegidas onde a extração de madeira dentro das unidades de conservação e terras indígenas é ilegal. Para isso o estado do Amazonas conta com o apoio de órgãos fiscalizadores como o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) sendo estes, os responsáveis pelo licenciamento da madeira e outros produtos, com intuito de controlar e assegurar os direitos de conservação do meio ambiente e a economia local. No estado do Amazonas, a extração da madeira em tora apresentou aumento de 33,5% quando passou de 744.485 m3 em 2015 para 993.548 em 2016, fator esse observado nos municípios de Itapiranga com quantidade produzida de 500m³ de tora em 2015 contra 140.977 em 2016 e Lábrea passando de 45.000m³ de 2015 para 118.709 explorados em 2016. Em contrapartida, apesar de ter apresentado uma crescimento neste período, em anos anteriores considerando o período de 2013 a 2015, houve um retração 3,8% nesta produção, quando passou de 803.985 m3 em 2013 para 744.485 m3 2015. No Estado existem 44 municípios licenciados pelos órgãos competentes para exploração deste produto, como destaque das maiores produções em 2016, estão os municípios de Manicoré com 150.000 m³, Itapiranga com 140.977m³ e Itacoatiara com 135.947 m³ de madeira em tora, representando juntos 41% de toda a extração de madeira. Fatores como a logística podem impactar na extração, escoação e consequentemente na comercialização do produto. No Estado para manufaturar a madeira em tora, foi necessário o custo de insumo no valor de R$157.056 mil.

Quadro 8.8: Maiores produtores do Estado, 2016.

Fonte: SEPLANCTI

Figura 8.8 Quantidade produzida de madeira no ano de 2016.

138 Amazonas em Mapas

Itacoatiara

R$ 54.379

Lábrea

R$ 23.742

Silves

R$ 18.720

Boca do Acre

R$ 10.956

Manicoré

R$ 7.500

Fonte: IBGE


SIGLAS

Referências

EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IPAAM - Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas SEPROR - Secretaria de Estado de Produção Rural SNIF - Sistema Nacional de Informações Florestais Fonte Ageitec – Agência Embrapa de Informação Tecnológica <http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/agroenergia/arvore/CONT000fbl23vn002wx5eo0sawqe3md3rkrs.html> Acesso em: Abr. 2018 Ageitec – Agência Embrapa de Informação Tecnológica <http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/manejo_florestal/arvore/CONT000gf13qvg702wx5ok0dnrsvxdrxcnxs.html>Acesso em:Abr.2018 Brasil Escola <https://brasilescola.uol.com.br/quimica/borracha-natural-sintetica.htm>Acesso em: Jun.2018 EMBRAPA – EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA <https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/171653/1/Artigo-04-Extrativismo-de-produtos-florestais-nao-madeireiros-na-amazonia.pdf> Acesso em: Abr. 2018 IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística <https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/25011936/embrapa-capacita-para-producao-de-mudas-de-castanha-do-brasil> Acesso em: Abr. 2018 Portal São Francisco <https://www.portalsaofrancisco.com.br/biologia/piacava>Acesso em:Jun.2018 Quero Viver Bem <https://www.queroviverbem.com.br/castanha-do-para-beneficios/>Acesso em:Jun.2018 SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Disponível em: <http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/o-cultivo-e-o-mercado-da-castanha-do-brasil,c0ca9e665b182410VgnVCM100000b272010aRCRD>. Acesso em: Abr.2018 Sistema Ambiental Paulista <http://www.ambiente.sp.gov.br/2016/03/copaiba-o-balsamo-da-floresta/> Acesso em:Jun.2018 Sistema IBGE de Recuperação Automática - SIDRA <https://sidra.ibge.gov.br/tabela/289#resultado> Acesso em:Abr.2018 SNIF – Sistema Nacional de Informações Florestais <http://www.florestal.gov.br/snif/images/Publicacoes/boletim_snif_2016_ed2.pdf> Acesso em:Abr. 2018





Pecuária

O rebanho existente em solo amazonense está localizado em áreas de várzea ou terra fi rme, onde as maiores difi culdades estão situadas na várzea. A várzea compreende a parte inundada periodicamente pela cheia do rio, quando o seu nível se eleva, alagando as pastagens nativas. Nessa situação, os criadores transferem seus rebanhos para a terra fi rme ou mantêm os animais em currais suspensos chamados de marombas. As informações ora apresentadas são relacionadas aos efetivos de rebanho existentes nos 62 municípios do Amazonas referentes ao ano 2016, e foram coletadas no acervo da Pesquisa Pecuária Municipal (PPM) disponibilizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE). A Pecuária tem grande infl uência econômica para o Estado do Amazonas, principalmente no setor Agropecuário do Produto Interno Bruto, onde é representado por 10,57%. Analisando o comportamento do efetivo no Estado para os anos 2015 e 2016, observamos um crescimento de 2,12% nos rebanhos. Os únicos rebanhos que obtiveram queda foram os bubalinos, com decrescimento de 7,33%, e ovinos com queda de 5,86%. O rebanho com maior crescimento na comparação dos anos 2015 e 2016 foi o de Codorna, com um crescimento de 29,70%, passando de 22.410 em 2015 e para 29.065 em 2016. Galináceos apresentou o maior efetivo de aves, totalizando 4.456.817 bicos em 2016, um crescimento de 2,28%, comparando com o ano anterior. Outros rebanhos da pecuária em destaque são bovinos, com 1.315.821 efetivos, suínos, com 65.507 efetivos, e caprino com 14.113 efetivos.

pecuária 143


Galináceos

Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE) demonstram que em 2016 o estado do Amazonas possuía 4.456.817 bicos de galinhas, frangos(as) e pintos, contra 4.357.501 bicos em 2015, apresentando um crescimento de 2,28%. Entre os municípios, os principais criadores de galináceos encontram-se na Região Metropolitana de Manaus, como nota-se na fi gura 9.1, sendo Manaus com 2.641.800 bicos, Iranduba com 652.556 bicos, Manacapuru com 143.466 bicos e Itacoatiara com 108.500 bicos. Ao todo, esses municípios representam 79,57% de todos os galináceos do estado do Amazonas e Manaus sendo o principal criador, com a representabilidade de 59,28%.

Quadro 9.1: Maiores produtores de galináceos (bicos) no Estado, 2016.

Manaus Iranduba Manacapuru Itacoatiara Maués

Fonte: SEPLANCTI

Figura 9.1 Efetivo de galináceos (bicos), 2016.

144 Amazonas em Mapas

Fonte: IBGE

2.641.800 652.556 143.466 108.500 86.246


Bovino

O rebanho bovino do estado do Amazonas conta com aproximadamente 1.315.821 cabeças em 2016 contra 1.293.325 em 2015, registrando um crescimento de 1,74%. O estado do Amazonas tem participação de 2,74% da Região Norte, onde o Pará é o principal criador de bovinos da Região. A criação de bovinos tem bastante infl uência no setor econômico, na área Agropecuária do Estado, tendo uma participação de 8,29% no Valor Adicionado da Agropecuária do Produto Interno Bruto. A fi gura 9.2 nos mostra que a maior concentração de criação de bovinos encontra-se no sul do Estado, onde Lábrea é o principal município, com 315.237 cabeças, seguido por Boca do Acre com 200.317, Apuí com 132.182, Manicoré e Parintins com 95.100 e 56.456 cabeças, respectivamente.

Quadro 9.2: Maiores produtores de bovino (cabeças) no Estado, 2016.

Lábrea

315.237

Boca do Acre Apuí Manicoré

200.317 132.182 95.100

Parintins

56.456

Fonte: IBGE Fonte: SEPLANCTI

Figura 9.2 Efetivo de bovinos (cabeças), 2016.

pecuária 145


Suíno

No ano de 2016 o Estado do Amazonas possuía 65.507 cabeças de suínos contra 62.613 em 2015, apresentando um crescimento de 4,62%. No comparativo com os estados da Região Norte, o Amazonas representa 4,54%, fi cando na quinta posição, tendo o Pará como o principal criador de suínos. A criação de suínos tem uma representabilidade de 0,05% do valor adicionado da Agropecuária no Produto Interno Bruto. Os principais municípios que têm criação de suínos estão ilustrados na fi gura 9.3, onde Manicoré é o principal município com 8.891 cabeças, registrando uma queda de 1,2% quando se compara 2016 com o ano de 2015. Outro Município em destaque é Parintins, com 6.220 cabeças e com um crescimento de 4,9%. Outros municípios que também podemos citar são Envira e Rio Preto da Eva, com 5.000 e 4.571 cabeças de suínos, respectivamente.

Quadro 9.3: Maiores produtores de suinos no Estado, 2016.

Fonte: SEPLANCTI

Figura 9.3 Efetivo de suinos, 2016.

146 Amazonas em Mapas

Manicoré

8.891

Parintins

6.220

Envira

5.000

Rio Preto da Eva Apuí

4.571 3.660

Fonte: IBGE


Bubalino

A cultura de bubalinos, se refere à criação de búfalos. No ano 2016 houve uma retração de 7,33%, quando o rebanho passou de 81.241 cabeças em 2015 para 75.287 cabeças em 2016. No comparativo com outros estados da região Norte, o Amazonas ocupa a terceira posição, com participação de 8,3% de um total de 906.867 efetivos da região, fi cando atrás do Pará (57,29%) e Amapá (32,58%). Os municípios de Autazes e Itacoatiara são os que detêm os maiores rebanhos, com 24.706 e 13.591 efetivos respectivamente, possuem participação de 50,87% de todo o efetivo do Estado. O município de Careiro da Várzea, como terceiro maior produtor, apresentou um crescimento de 2,29% no efetivo, quando passou de 5.426 cabeças em 2015 para 5.550 cabeças em 2016.

Quadro 9.4: Maiores produtores de bubalinos no Estado, 2016.

Fonte: SEPLANCTI

Autazes

24.706

Itacoatiara

13.591

Careiro da Várzea

5.550

Parintins Barreirinha

5.333 4.416

Fonte: IBGE

Figura 9.4 Efetivo de bubalinos, 2016.

pecuária 147


Ovino

A cultura de Ovino, se refere a criação de carneiro. No ano de 2015 o estado do Amazonas possuía 111.074 cabeças de ovinos contra 99.304 em 2016, apresentando uma retração de 5,86%. No comparativo com outros estados da região Norte, o Amazonas ocupa a quinta posição, com participação de 6,53% do total de 684.950 rebanhos da região, fi cando atrás do Pará (40,89%), Tocantins (19,62%), Rondônia (14,50%) e Acre (14,33%). Em 2016 o município de Boca do Acre apresentou o maior número de criação de ovinos, sendo 6.722 cabeças, seguido por Parintins com 4.983 cabeças e Manaus com 2.890 cabeças, como é visto na Figura 9.5. Outros municípios que podemos destacar são Manaus, com 2.890 cabeças, Barreirinha e Manicoré com 2.570 cabeças e 2.530 cabeças respectivamente.

Quadro 9.5: Maiores produtores de ovinos no Estado, 2016.

Boca do Acre

6.722

Parintins

4.983

Manaus

2.890

Barreirinha

2.570 2.530

Manicoré

Fonte: SEPLANCTI

Figura 9.5 Efetivo de ovinos, 2016.

148 Amazonas em Mapas

Fonte: IBGE


Caprino

A atividade de caprino destina-se à criação de cabra ou bode. Em 2016 o Estado do Amazonas possuía 14.113 cabeças de caprinos contra 13.767 em 2015, apresentando um crescimento de 2,51%. No comparativo com outros estados da região Norte, o Amazonas ocupa a terceira posição com a participação de 9,25% do total de 152.611 efetivos da região, fi cando atrás do Pará (53,05%) e Tocantins (16,56%). O município que mais se destaca nessa atividade é Parintins, com efetivo de 3.016 cabeças. Com efetivos de 1.510 cabeças, o município de Nhamundá ocupa a segunda colocação no Estado, como é possível observar na fi gura 9.6. Ocupando a terceira colocação no Estado, Autazes também se destaca como um dos principais criadores de caprino, com 1.182 cabeças. Os três maiores municípios representam 40,44% da criação de todo o estado do Amazonas.

Quadro 9.6: Maiores produtores de caprino no Estado, 2016.

Fonte: SEPLANCTI

Parintins

3.016

Nhamundá

1.510

Autazes

1.182

Manicoré

827

Barreirinha

650

Fonte: IBGE

Figura 9.6 Efetivo de caprino, 2016.

pecuária 149


Codornas

A criação de codorna, embora apresente baixa produção no estado do Amazonas, frente a outras produções da pecuária, obteve crescimento de 29,70% no comparativo entre 2015 e 2016, quando saiu de 22.410 para 29.056 bicos. No comparativo com outro estado da região Norte, o Amazonas ocupa a segunda posição, com participação de 17,40% do total de 167.073 efetivos da região, fi cando atrás apenas de Rondônia (50,61%). No estado apenas 12 municípios apresentam efetivos de codornas como é visto na fi gura 9.7. A maior concentração dessa produção é no município de Manaus com 17.000 bicos, seguido dos municípios de Iranduba e Autazes, com produção de 5.000 e 2.950 bicos respectivamente. Podemos destacar Iranduba, pois não havia criação de Codornas nos anos anteriores, sendo o ano de 2016 já ocupando a segunda colocação do Estado do Amazonas.

Quadro 9.7: Maiores produtores de cordonas no Estado, 2016.

Manaus

17.000

Iranduba

5.000

Autazes

2.950

Tefé

2.420

Fonte Boa

Fonte: SEPLANCTI

Figura 9.7 Efetivo de codornas, 2016.

150 Amazonas em Mapas

Fonte: IBGE

525


Equino

A atividade do Equino, refere-se à criação de cavalo. Em 2016 o estado do Amazonas possuía 27.758 cabeças de equino contra 25.363 em 2015, apresentando um crescimento de 9,44%. No comparativo com outros estados da região Norte, de um total de 897.858 cabeças, o Amazonas ocupa a quinta posição com a participação de 3,09% de todo o efetivo da região, fi cando atrás do Pará (42,42%), Tocantins (21,32%), Rondônia (18,33%) e Acre (10,91%). O município que mais se destaca nesta atividade é Boca do Acre, com 7.478 cabeças, como pode ser visualizado na fi gura 9.8. Com efetivos de 3.150 e 2.974, os municípios de Parintins e Apuí, totalizam juntos 6.124 cabeças em 2016. Destaca-se o município de Iranduba com o maior crescimento (197,47%), quando em 2015 detinha 79, subindo para 235 cabeças de equino.

Quadro 9.8: Maiores produtores de equinos no Estado, 2016.

Fonte: SEPLANCTI

Boca do Acre

7.478

Parintins

3.150

Apuí

2.974

Envira Nhamundá

1.950 1.752

Fonte: IBGE

Figura 9.8 Efetivo de equinos, 2016.

pecuária 151


Referências

Sigla: IBGE - Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística PPM - Pesquisa Pecuária Municipal Fonte: IBGE - Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística <https://sidra.ibge.gov.br/acervo#/S/Q> Acesso em: Abr. 2018



Leite Bovino

Os dados da Pesquisa Pecuária Municipal (PPM) informado pelo Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE) apresentam a produção de leite bovino referente ao ano de 2016 para os municípios do estado do Amazonas. Os cinco principais municípios produtores de leite bovino do Estado, estão listados no quadro 10.1. Autazes é quem detém a maior participação na produção leiteira do Estado, no ano de 2016 registrou 10.505 mil litros. Careiro da Várzea é o segundo maior produtor do Estado, com 8.990 mil litros para o ano de 2016, seguido por Apuí com 6.500 mil litros, Parintins com 3.790 mil litros e Itacoatiara com 3.704 mil litros.

Quadro 10.1: Maiores valores de produção em mil reais, 2016.

Leite bovino em litros (mil reais)

Fonte: SEPLANCTI

Figura 10.1 Produção de leite por mil litros no ano de 2016.

154 Amazonas em Mapas

Autazes Careiro da Várzea Apuí

R$ 15.758 R$ 13.485 R$ 5.685

Parintins

R$ 5.556

Itacoatiara

R$ 5.200

Fonte: IBGE


Ovos de Galinha

Os dados da Pesquisa Pecuária Municipal (PPM) informados pelo Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE) apresentam a produção de ovo de galinha referente ao ano 2016 para os cinco maiores municípios do estado do Amazonas. A produção de Ovos de galinha (Gallus gallus domesticus) teve uma queda signifi cativa(20,2%) entre os anos de 2015 e 2016. Dentre os municípios com maior produção do Estado, citados no quadro 10.2, apenas dois apresentaram queda na produção: Rio Preto da Eva (34,1%) e Manaus (26,6%). Pela proximidade de um grande centro consumidor, o município de maior produção de ovos em 2015 foi Manaus, com o total 49.985 mil dúzias produzidas, equivalente à participação de 77,7% de toda a produção do Estado. Em 2016 a participação de Manaus caiu para 71,5%, mantendo a hegemonia na produção de ovos de galinha. Na sequência, vem Iranduba com 12,1% de participação em 2016.

Quadro 10.2: Maiores valores de produção em mil reais, 2016.

Ovos de galinha (mil reais)

Manaus Iranduba Manacapuru

Fonte: SEPLANCTI

R$ 91.763 R$ 15.511 R$ 7.931

Itacoatiara

R$ 4.230

Rio Preto da Eva

R$ 3.449

Fonte: IBGE

Figura 10.2 Produção de ovos por dúzia no ano de 2016.

produção de origem animal 155


Mel

Os dados da Pesquisa Pecuária Municipal (PPM) informada pelo Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE), apresenta a produção de origem animal de Mel de abelha em quilogramas (kg) referente ao ano 2016 para os municípios do estado do Amazonas. A produção de Mel de abelha no Estado apresentou uma queda de 6,5% entre 2015 e 2016, quando passou de 35.655 kg em 2015 para 33.310 em 2016. O quadro 10.3 demonstra os cincos maiores municípios produtores de mel de abelha no Estado, sendo o município de Humaitá com a maior representatividade com uma produção de 5.000 kg por três anos consecutivos, seguido de Manaus com produção de 3.500 kg em 2016. Vale ressaltar que em 2013 Humaitá se encontrava na 9ª posição dos municípios com as maiores produções passando para a 1ª posição a partir de 2014. Com relação ao crescimento na produção no comparativo entre os anos 2015 e 2016, Itapiranga teve um aumento signifi cativo, com um incremento de 32,3%, seguido por Manaus com 11,1%, Manacapuru com 4,8% e Maués com 3,5%. A fi gura 10.3 ilustra a localização geográfi ca dos 62 municípios em 2016 para uma composição de cinco faixas de produção de mel de abelha. Neste, 24 municípios não possuem produção, e são destacados os maiores produtores.

Quadro 10.3: Maiores valores de produção em mil reais, 2016.

Produção de mel (Mil reais)

Fonte: SEPLANCTI

Figura 10.3 Produção de mel por quilograma (kg) no ano de 2016.

156 Amazonas em Mapas

Humaitá Manaus Maués

R$ 150 R$ 90 R$ 80

Manacapuru

R$ 77

Itapiranga

R$ 70

Fonte: IBGE


Referências

Sigla PPM - Pesquisa Pecuária Municipal Fonte IBGE - Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística





Piscicultura

Nos Estados da região Norte a produção de pescado vem de duas diferentes modalidades. A primeira refere-se a pesca artesanal praticada em rios, lagos, igarapés, enquanto a segunda, a piscicultura é a criação de pescados realizada em tanques. A piscicultura é uma atividade econômica de grande potencial para a indústria do pescado no estado do Amazonas, favorecido principalmente pelo grande volume de água doce e também pelo produção de proteína animal a preços acessíveis à população de baixa renda. As informações apresentadas são relacionadas às produções das espécies mais comuns cultivadas no Amazonas (tambaqui, matrinxã, pirarucu, pirapitinga e curimatã) referente ao ano 2016 que foram consultadas no acervo da Pesquisa Pecuária Municipal (PPM) disponibilizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE). Em 2016, a produção total do Estado fi cou em torno 21.044.082 kg, em que a maior produção nesta cultura destina-se ao tambaqui com 13.438.442 kg e participação de 63,9%, seguido de matrinxã com 7.439.340 kg e participação de 35,4%, pirarucu com 93.400 kg e participação de 0,44 %, pirapitinga com 52.600 kg e participação de 0,25% e curimatã com 20.300 kg e participação de 0,1%.

Quadro 11.1 Ranking por produção (kg) no ano de 2016.

3

2

1

Tambaqui

Matrinxã

13.438.442

Pirarucu

7.439.340

93.400

5

4 Pirapitinga

Curimatã

52.600

20.300

Fonte: IBGE - Pesquisa Pecuária Municipal

piscicultura 161


Pirarucu

O Pirarucu é o maior peixe de escamas de água doce do Brasil e um dos maiores do mundo com comprimento variando de 2 a 3 metros. Em 2016 o estado do Amazonas teve uma queda em sua produção de 9,3% em relação ao ano anterior, onde saiu de 103.000 kg produzidos em 2015 para 93.400 kg em 2016. Dos 62 municípios do Amazonas apenas sete possuem produção de pirarucu, o que equivale a 11,3% de todos os municípios (fi gura 11.1). O município com maior produção no Estado foi Coari, que em 2015 teve produção de 13.500 kg e em 2016 sua produção aumentou para 25.000 kg, cresceu cerca de 85,2%. A segunda maior produção foi do município de Codajás, com 20.000 kg em 2015 e 23.000 em 2016, com crescimento de 15%. Juntos, os dois municípios te apresentaram participação de 51,4% da produção total do Estado. A maior queda na produção ocorreu no município de Itacoatiara, com 13,3%, que passou de 15.000 kg de pescado em 2015, para 13.000 em 2016. De todos os Estados da região norte, apenas Roraima não tem participação no pescado. A produção total da Região norte é de 8,41 milhões de quilogramas de pirarucu. O Estado com a maior participação do pescado é Rondônia com 94,8% de produção, e o Amazonas fi cou na 4º posição, com participação de 1,1% da produção.

Quadro 11.2 Valor de produção do pirarucu em mil reais 2016.

Fonte: SEPLANCTI

Figura 11.1 Quantidade produzida de pirarucu (kg) em 2016.

162 Amazonas em Mapas

Coari

R$ 250

Codajás

R$ 230

Manacapuru

R$ 160

Itacoatiara

R$ 130

Manicoré

R$ 62

Fonte: IBGE


Tambaqui

Entre as várias espécies de pescado cultivados no Amazonas, destaca-se o tambaqui, nativo da bacia do Rio Amazonas e muito apreciado pelas comunidades ribeirinhas e urbanas do Estado. Diante da expansão da piscicultura, 79% dos municípios passaram a cultivar essa espécie em 2016. A atividade de criação de tambaqui em cativeiro no estado do Amazonas apresentou uma queda de 7,0% em sua produção, entre os anos de 2015 e 2016, passando de 14.450.200 kg em 2015 para 13.438.442 kg em 2016. Das cinco espécies analisadas neste tópico, o tambaqui apresentou a maior produção do Estado, com participação de 63,9% do total de 21.044.082 kg de pescado em 2016. No comparativo com outros estados da região Norte, o Amazonas ocupa a 2ª posição com participação de 12,3% de um total de 109,375 milhões de quilogramas de tambaquis, fi cando atrás de Rondônia, que apresenta a maior produção desse pescado, com participação de 63,7%. Localizado na região Metropolitana de Manaus, Rio Preto da Eva é o município que detém a maior produção com 54,2% do total do Estado. A produção reduziu 4% em 2016 quando comparada com 2015, saindo de 7.580.000 kg em 2015 para 7.280.000 em 2016. O valor da produção em 2016 foi de 43.680 mil reais.

Quadro 11.3 Valor de produção do tambaqui em mil reais 2016.

Fonte: SEPLANCTI

Rio Preto da Eva

R$ 43.680

Presidente Figueiredo

R$ 6.743

Itacoatiara

R$ 6.300

Manaus

R$ 5.310

Benjamin Constant

R$ 4.930

Fonte: IBGE

Figura 11.2 Quantidade produzida de tambaqui (kg) em 2016.

piscicultura 163


Matrinxã

O matrinxã é uma espécie originária da bacia Amazônica, tem grande demanda de mercado e sua carne é bastante valorizada, tornando-se uma excelente escolha para criação comercial, de rápido crescimento e de fácil adaptação ao cativeiro e comercialização. A criação da matrinxã em cativeiro no Amazonas apresentou queda de 6,3%, passando de 7.943.283 kg em 2015 para 7.439.340 em 2016. Das cinco espécies analisadas nesta temática, a matrinxã apresenta a segunda maior produção do Estado, depois do tambaqui, com participação de 35,4% do total de 21.044.082 kg de todas as espécies em 2016. Dentre os estados da região Norte, apenas cinco apresentam produção desse pescado, sendo o Amazonas o maior produtor, com participação de 87,9% de um total de 8,466 milhões de quilogramas de matrinxã. Localizado na região Metropolitana de Manaus, Rio Preto da Eva é o município que detém a maior produção do Estado. Sua produção teve queda de aproximadamente 6,4%, passando de 6.520.000 kg em 2015 para 6.100.000 em 2016. Os produtores demandaram em 2016 o valor de R$ 45.750 mil para produzir essa espécie.

Quadro 11.5 Valor de produção do matrinxã em mil reais 2016.

Rio Preto da Eva

R$ 45.750

Manaus

R$ 3.060

Manacapuru

R$ 1.500

Benjamin Constant

R$ 992

Presidente Figueiredo

R$ 832

Fonte: IBGE Fonte: SEPLANCTI

Figura 11.3 Quantidade produzida de matrinxã (kg) em 2016.

164 Amazonas em Mapas


Curimatã

Curimatã é um peixe apreciado pelo amazonense, conhecido popularmente como curimatá, curimbatá e curimba, com coloração prateada e de tamanho geralmente médio. É um peixe admirado na pesca esportiva por sua força e capacidade de luta após fi sgado. A criação do curimatã em cativeiro no estado do Amazonas apresentou queda de 49,0%, quando passou de 39.800 kg em 2015 para 20.300 em 2016. Essa queda está associada a falta de produção ocorrida em 2016 no município de Benjamin Constant contra a produção de 20.000 kg de peixe em 2015. No Estado em 2016 a participação deste pescado é a menor, com 0,1% do total de 21.044.082 kg de todas as cinco espécies de peixes analisadas. Dentre os estados da região Norte, apenas quatro apresentam produção, totalizando 589,674 mil quilogramas de curimatã, onde o Amazonas fi cou em 4° lugar na produção do peixe, com participação de 3,4%. O maior produtor da região é o estado do Acre, com participação de 78,9% em 2016. Dos 62 municípios do Estado, três apresentam produção de curimatã: Envira, com participação de 78,8% da produção com 16.000 kg de pescado, seguido de Guajará, com de 19% e 3.850 kg; e Tonantins, com 2,2% e 450 kg. Todos os municípios pertencem ao sudoeste amazonense. Os aquicultores demandaram o montante no valor de R$ 167 mil em 2016.

Quadro 11.5 Valor de produção do curimatã em mil reais 2016.

Fonte: SEPLANCTI

Envira

R$ 128

Guajará

R$ 37

Tonantins

R$ 2

Fonte: IBGE

Figura 11.4 Quantidade produzida de curimatã (kg) em 2016.

piscicultura 165


Pirapitinga

A Pirapitinga, também conhecido popularmente como Pacu Negro e Caranha, é um peixe de água doce, com escamas e corpo arredondado, podendo alcançar até 80 cm de comprimento e 20 Kg de peso. A criação dessa espécie em cativeiro no estado do Amazonas apresentou queda 15,3%, quando passou de 62.110 kg em 2015 para aproximadamente 52.600 em 2016. Essa queda está associada a falta de produção ocorrida em 2016 no município de Benjamin Constant contra a produção de 20.000 kg de peixe em 2015. Dentre os estados da região Norte, apenas cinco apresentam produção, totalizando 1,548 milhões de quilogramas de Pirapitinga, onde o Amazonas ocupa a 4ª posição na produção, com participação de 3,4%, depois do Acre (56,6%), seguido do Pará (31,7%) e Amapá (5,8%) em 2016. As maiores produções estão localizadas nos municípios de Ipixuna e Novo Airão, com produções de 33.000 kg e 10.000 kg de peixes, respectivamente. Juntos, representam 81,7% de toda a produção do Estado. Para produzir este pescado, os aquicultores demandaram um montante no valor de R$ 495 mil em 2016.

Quadro 11.5 Valor de produção do pirapitinga em mil reais 2016.

Fonte: SEPLANCTI

Figura 11.5 Quantidade produzida de pirapitinga (kg) em 2016.

166 Amazonas em Mapas

Ipixuna

R$ 330

Novo Airão

R$ 80

Tefé

R$ 50

Envira

R$ 26

Tonantins

R$ 8

Fonte: IBGE


Referências

Sigla IBGE - Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística SIDRA - Sistema IBGE de Recuperação Automática PPM - Pesquisa da Pecuária Municipal Fonte Pesquisa da Pecuária Municipal - Produção da Aquicultura, por tipo de produto. Disponível em:<https://sidra.ibge.gov.br/tabela/3940> Acesso em: Fev. 2018





Roubos

O roubo está enquadrado no código penal brasileiro, segundo o Decreto-Lei nº 2.848, de 07 de dezembro de 1940, inserido pelo Artigo 157, em que consiste no ato de subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência à pessoa. (PLANALTO, 2018). Conforme o Anuário Brasileiro de Segurança Pública (ano 11, 2017, pg 68), no Amazonas as despesas realizadas com a defesa civil reduziram 82,68%, quando em 2015 saltou de R$ 68,136 milhões para R$ 11,799 milhões em 2016. A despeito dos esforços das políticas públicas empregadas, podemos observar um crescimento de 0,43% na taxa de roubo no Estado, quando saltou 1.058,9 em 2015 para 1.063,5 em 2016 para cada 100 mil habitantes (vide gráfi co 12.1). A visualização espacial apresenta os registros de roubos nos municípios do estado do Amazonas em 2016 fornecidos pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP). Em 39 municípios, os casos inexistentes de roubo estão relacionados a dados subnotifi cados, ou seja, notifi cação não formalizada, conforme pode ser visualizada na fi gura 12.1. Dentre os municípios do Estado, Manaus quer possui o maior contingente populacional, obteve registro acima de 543 roubos em 2016. No comparativo, houve redução de 0,5%, quando ocorreram 40.921 roubos em 2015 contra 40.851 em 2016. No interior, Manacapuru e Iranduba aparecem na faixa de 243 a 542 roubos respectivamente. Destes, Manacapuru fi gura como primeiro no ranking, onde foram contabilizados 542 roubos, e Iranduba com 395 em 2016. Embora Iranduba tenha se posicionado em segundo no lugar, apresentou crescimento de 287,3% no comparativo entre 2015 e 2016, enquanto Manacapuru foi de 75,4%.

Gráfico 12.1 Taxa de roubos no Amazonas por 100 mil habitantes

1.058,9

1.063,5

924,9

2014 Fonte: SEPLANCTI

2015

2016

Fonte: SEPLANCTI adaptado, SSP/AM, 2016.

Figura 12.1 Números de roubos.

Segurança 171


Estupro

Dos crimes contra a dignidade sexual está o estupro, enquadrado no código penal brasileiro, segundo o Decreto Lei nº 2.848, de 07 de dezembro de 1940, inserido pelo Artigo 213, em que consiste no ato de constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso (PLANALTO, 2018). Outro fator que rege o estupro é a Lei Federal nº 12.015/2009, que altera a conceituação de “estupro”, passando a incluir, além da conjunção carnal, os “atos libidinosos” e “atentados violentos ao pudor”. Dependendo do grau do ato do estupro, a pessoa que o pratica pode levar uma pena de reclusão de até 30 anos de cadeia. Estatísticas publicadas no Anuário Brasileiro de Segurança Pública (ano 11, 2017, pg 42) apresentam o desempenho das Unidades da Federação (UF). Em 2016, o ranking das maiores taxas entre as 27 UFs, o Amazonas encontra-se na 14ª posição com taxa de estupro de 23,2 para cada 100 mil habitantes, e entre os estados da região Norte, o ocupa a 7ª colocação. O mapa apresenta na fi gura 12.2 o número de casos de estupros nos municípios do estado do Amazonas referentes ao ano 2016 fornecidos pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP). Em 38 municípios, os casos inexistentes de estupro estão relacionados a dados subnotifi cados, ou seja, notifi cação não formalizada. As maiores ocorrências se encontram no município de Manaus, na faixa acima de 43 casos. No comparativo entre os anos 2015 e 2016, Manaus apresentou crescimento de 10,9% quando saiu de 706 para 783 estupros. No interior, Manacapuru e Iranduba aparecem na faixa de 18 a 42 casos. Destes, Manacapuru no primeiro lugar com 42 registros, e Iranduba com 31 em 2016. Vale ressaltar o município de Presidente Figueiredo, que em 2015 não apresentou nenhum caso, no entanto, em 2016, registrou 17, sendo o 4º no ranking entre todos os municípios do estado.

Gráfico 14.2 Cinco maiores municípios em números de estupros.

783

42 31 17

Manaus

Fonte: SEPLANCTI

Figura 12.2 Número de casos de estupro.

172 Amazonas em Mapas

Manacapuru Iranduba

Fonte: SSP/AM, 2016.

16

Presidente Humaitá Figueiredo


Taxa de Homicídios / 100 mil hab

O homicídio está enquadrado no código penal brasileiro, segundo o Decreto-Lei nº 2.848, de 07 de dezembro de 1940, inserido pelo Artigo 121, que consiste no ato de matar alguém. (PLANALTO, 2018). No Amazonas, estatísticas publicadas no Anuário Brasileiro de Segurança Pública (ano 11, 2017 pg 15), apresentam o desempenho das Unidades da Federação. No ranking entre os estados com as menores taxas de homicídios, o Amazonas apresentou melhora no desempenho, quando saltou da 16ª posição em 2015 para a 11ª em 2016, com taxas de 33,2 e 25,3 mortes para cada 100 mil habitantes, respectivamente. Os esforços no combate ao crime, representam uma redução de 23,7% em vítimas mortais. Entre os estado da região Norte, o Amazonas ocupa a 3ª colocação, fi cando atrás de Roraima (1ª) e Tocantins (2ª) em 2016. O cenário na fi gura 12.3 apresenta as taxas de homicídios por 100 mil habitantes nos municípios do estado do Amazonas referentes ao ano 2016. O número de vítimas foi fornecido pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP/AM) e as taxas calculadas pela Secretaria de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Seplancti). Os municípios com as maiores taxas se concentraram na Região Metropolitana de Manaus. Os maiores registros agrupam 5% dos municípios com taxas acima de 38,61 homicídios por 100 mil habitantes. Destes, Presidente Figueiredo apresentou 68,24 mortes, seguido de Manacapuru (55,60) e Iranduba (53,53). Na faixa de 21,68 a 38,6 mortes, localizam-se quatro municípios, dentre eles, Manaus com 38,25 vítimas em 2016. Em 26 municípios, os casos inexistentes de homicídios, estão relacionados à dados subnotifi cados, ou seja, notifi cação não formalizada. Vale ressaltar que o município de Presidente Figueiredo, embora tenha apresentado as maiores taxas de morte em 2015 e 2016, houve uma redução de 10% entre os anos observados.

Gráfico 14.3 Taxa de homicídios por 100 mil habitantes.

68,24

55,60 53,53

38,60

Presidente Figueiredo Fonte: SEPLANCTI

Manacapuru

Iranduba

Novo Airão

38,37

Rio Preto da Eva

Fonte: SEPLANCTI adaptado, SSP/AM, 2016.

Figura 12.3 Taxa de homicídios por 100 mil habitantes.

Segurança 173


Referências

Sigla SEPLANCTI - Secretaria de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação SSP - Secretaria de Estado de Segurança Pública Fonte ANUÁRIO Brasileiro de Segurança Pública (ano 11, 2017, pg 68). Gastos com segurança, <http://www.forumseguranca.org.br/publicacoes/11o-anuario-brasileiro-de-seguranca-publica/>. Acesso em Abr. 2018. PLANALTO, Decreto Lei 2.848/40, Art. 157 do Código Penal. Roubo. <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ decreto-lei/Del2848compilado.htm>. Acesso em: Abr. 2018. PLANALTO, Decreto Lei 2.848/40, Art. 213 do Código Penal. Estupro. <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ decreto-lei/Del2848compilado.htm>. Acesso em: Abr. 2018. PLANALTO, Decreto Lei 2.848/40, Art. 121 do Código Penal. Dos Crimes contra a Vida. <http://www.planalto. gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848compilado.htm>. Acesso em: Abr. 2018. SSP/AM - Secretaria de Estado de Segurança Pública do Amazonas, Dados 2016.




Frota de Carro

Os dados provenientes do Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN) demonstram a frota de carros nos municípios do estado do Amazonas para o ano 2016. Nesse contexto, para compor a frota de carros foram considerados três tipos de veículos, como automóveis, camionetas e utilitários. Destes, em sua maioria, 92% compreendem a frota de automóveis, 7% camioneta e 1% carros utilitários. Em 2016 foram registrados 8.193 novos emplacamentos de carros, totalizando 398.269 veículos no Amazonas. No cenário apresentado na fi gura 13.1, a maior frota encontra-se em Manaus, na faixa acima de 3.125 veículos, o que corresponde a participação de 94,8% de toda a frota do Estado (gráfi co 13.1). Na faixa de 1.915 a 3.124, encontram-se os municípios de Itacoatiara e Manacapuru, em que juntos, representam 1,52% da frota do Estado. Os 2 municípios com os menores registros são Itamarati e Japurá, com quatro unidades cada. No comparativo entre 2015 e 2016, os três maiores municípios do Estado que apresentaram crescimento em número absoluto foram Manaus (7.579), Humaitá (97) e Manacapuru (62).

Gráfico 13.1 Participação (%) das frotas no Amazonas.

94,8% Manaus

2,8% RMM

2,40% Interior

Fonte: SEPLANCTI

Figura 13.1 Frota de carro.

Fonte: SEPLANCTI, adaptado DENATRAN 2016. Nota: RMM - Região Metropoitana de Manaus. A participação da frota para RMM não inclui Manaus.

transporte 177


Frota de Moto

Com os dados levantados junto ao Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), e análise realizada pela SEPLANCTI/DEPI, podese demonstrar o quantitativo de veículos duas rodas existentes nos municípios do estado do Amazonas. O ano de 2015 apresentou uma frota de 272.902 unidades contra 286.878 no ano de 2016, representando um crescimento de 4,9% para este período. Manaus detém o maior volume de veículos duas rodas, possuindo 60% de unidades veiculares. Em 2015 contava com 162.815 unidades contra 171.647 em 2016, apresentando um crescimento de 5,2%. Os municípios fi cam com 115.231 unidades representando 40% de toda a frota, cabendo à Itacoatiara 17.190 motocicletas, fi cando como primeiro no ranking, seguida de Parintins, com 14.891, Manacapuru, 9.938 e Tefé, 8.952.

Gráfico 13.2 Municípios com maiores frotas em 2016.

171.647 Manaus

17.190 Itacoatiara 9.938 Manacapuru

Fonte: SEPLANCTI

Figura 13.2 Frotas de motos.

178 Amazonas em Mapas

14.891 Parintins 8.952 Tefé

Fonte: SEPLANCTI, adaptado DENATRAN, Dezembro 2016.


Frota de Ônibus

Neste texto daremos ênfase ao transporte coletivo de passageiros ou transporte de massa, para isso envolvemos a categoria de ônibus, que segundo a Resolução do CONTRAN Nº 811/96, defi ne ônibus como veículo automotor coletivo com capacidade para mais de 20 (vinte). A frota de ônibus existente no Amazonas em 2016 registrado pelo DENATRAN, totalizou 8.787 veículos. Deste total, Manaus, detém a maior concentração com 88% dos transportes coletivos e 12% no interior, conforme ilustração gráfi ca 13.3. A frota de transporte coletivo para o interior do Estado, destacam-se na faixa de 44 a 159 ônibus, onde concentraram-se seis municípios sendo: Itacoatiara com 159 veículos, seguido de Iranduba (121), Manacapuru (111), Presidente Figueiredo (93), Rio Preto da Eva (77) e Careiro (70), conforme pode ser visualizado na fi gura 13.3.

Gráfico 13.3 Percentual da frota de ônibus.

12% Interior

Fonte: SEPLANCTI

88% Capital

Fonte: SEPLANCTI, adaptado DENATRAN, dezembro 2016.

Figura 13.3 Frota de ônibus.

transporte 179


Frota de Caminhão

Foram levantadas informações referentes à frota de caminhões e caminhonetes junto ao Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN) para os 62 municípios do estado do Amazonas, levando em consideração veículos automotores destinados ao transporte de carga com peso bruto total até 3.500 Kg. A frota total existente nos 62 municípios foi de 101.595 unidades em 2016 contra 99.971 em 2016, que correspondeu um crescimento modesto da ordem de 1,6%. Manaus, por sua vez possuía um total de 88.324 caminhões em 2015 contra 89.523 em 2016, onde houve um crescimento de 1,4%. Os municípios que têm as maiores frotas são: Manaus com 89.523 veículos, Manacapuru (1.425), Itacoatiara (1.325), Presidente Figueiredo (1.144), Iranduba (1.058) e Rio Preto da Eva (709). Pode-se observar que todos estes municípios fazem parte da Região Metropolitana.

Gráfico 13.4 Municípios com maiores frotas em 2016.

Manaus

Fonte: SEPLANCTI

Figura 13.4 Frota de caminhões.

180 Amazonas em Mapas

89.523

Manacapuru

1.425

Itacoatiara

1.325

Presidente Figueiredo

1.144

Iranduba

1.058

Fonte: DENATRAN , Dezembro 2016.


Referências

Sigla CONTRAN - Conselho Nacional de Trânsito DENATRAN - Departamento Nacional de Trânsito DEPI - Departamento de Estudos, Pesquisas e Informações SEPLANCTI - Secretaria de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação Fonte CONTRAN - Conselho Nacional de Trânsito. Resolução Nº 811/96 para defi nição de micro-ônibus e ônibus. <https:// pt.scribd.com/document/192665377/RESOLUCAO-CONTRAN-N%C2%BA-811-96>. Acesso em: Abr. 2018. DENATRAN - Departamento Nacional de Trânsito. Frota dezembro 2016. Disponível em: <http://www.denatran. gov.br/estatistica> Acesso em: Nov. 2017.




Número de Médicos

Em 2017 o estado do Amazonas possuía em seu quadro funcional um total de 3.598 médicos ligados ao Sistema Único de Saúde (SUS), dos quais 2.738 concentrados em Manaus. O gráfi co 14.1 mostra a taxa de médicos para cada 1.000 habitantes, onde pode-se obser Manaus acima está acima da média do Estado, com 1,29 profi ssionais para cada mil habitantes. A fi gura 14.1 mostra que nove municípios possuem entre 24 e 66 profi ssionais disponíveis, que juntos representam cerca de 10% de todos os médicos do Estado. A capital do Estado concentra aproximadamente 76% de todos esses profi ssionais.

Gráfico 14.1 Taxa de médicos por 1.000 habitantes.

1,29

0,89

0,44

Amazonas Fonte: SEPLANCTI

Figura 14.1 Número de médicos.

184 Amazonas em Mapas

Interior

Manaus

Fonte: SEPLANCTI, adaptado CNES - 2017


Número de Enfermeiros

O enfermeiro é um dos principais protagonistas do sistema de saúde, pois cabe a ele assistir aos pacientes, monitorar o progresso e os resultados desejados. Em 2017, o estado do Amazonas possuía em seu quadro funcional um total de 3.302 enfermeiros ligados ao Sistema Único de Saúde (SUS), dos quais 40% localizados na capital e 60% distribuídos no interior. A maioria dos profi ssionais nessa área concentra-se na capital, no total de 1.976 enfermeiros ligados ao SUS, com taxa de cobertura de 0,93 profi ssionais para cada mil habitantes, no interior são 1.326 com alcance de 0,69 profi ssionais para cada mil habitantes, conforme exposto no gráfi co 14.2. De acordo com a fi gura 14.2, pode ser observado que 50% dos municípios do Amazonas contam com no máximo 15 enfermeiros. Dentre os 62 municípios do Estado, desconsiderando Manaus, os que possuem maior número de enfermeiros disponíveis são: Itacoatiara (79), Coari (78), Parintins (65) e Manacapuru (60).

Gráfico 14.2 Taxa de enfermeiros por 1.000 habitantes.

0,93 0,81

0,69

Amazonas

Interior

Manaus

Fonte: SEPLANCTI, adaptado CNES, 2017. Fonte: SEPLANCTI

Figura 14.2 Número de enfermeiros.

saúde 185


Número de Dentistas

Dados extraídos do Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil – CNES apresentam o quantitativo de dentistas ligados ao Sistema Único de Saúde (SUS) referente ao ano 2017. O estado do Amazonas possui em seu quadro funcional um total de 994 dentistas ligados ao SUS, dos quais 49% estão localizados na capital e 51% distribuídos no interior. A maioria dos profi ssionais nesta área concentra-se no interior, com 505 dentistas ligados ao SUS, com taxa de cobertura de 0,261 profi ssionais para cada mil habitantes e na capital, são 489 lcom alcance de 0,230 para cada mil habitantes, como pode ser observado no gráfi co 14.3. No interior do Estado, as maiores concentrações desses profi ssionais estão em Iranduba (32), Itacoatiara (30), Parintins (23), São Gabriel da Cachoeira (23) e Tabatinga (23), conforme fi gura 14.3.

Gráfico 14.3 Taxa de dentista por 1.000 habitantes.

0,261

0,245

0,230

Amazonas

Fonte: SEPLANCTI

Figura 14.3 Número de dentistas.

186 Amazonas em Mapas

Interior

Manaus

Fonte: SEPLANCTI, adaptado CNES - 2017.


Estabelecimento de Saúde

Dados extraídos do Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil – CNES apresentam o quantitativo de estabelecimentos de saúde ligados ao Sistema Único de Saúde (SUS) referente ao ano 2016. Foram considerados como estabelecimentos de saúde os centros de saúde/ unidades básicas de saúde, hospitais especializados e gerais, policlínicas, postos de saúde, unidades de pronto atendimento e prontos-socorros gerais. O estado do Amazonas totaliza 827 estabelecimentos, sendo 60% deles no interior e 40% concentrados na capital como observado no gráfi co 14.4. Os municípios do interior que possuem mais estabelecimentos de saúde são Itacoatiara (22), Manacapuru (22), Presidente Figueiredo (21), Iranduba (19), Parintins (19), Maués (18), Careiro (16), Coari (16) e Tefé (16), conforme fi gura 14.4. No gráfi co 14.5 pode-se observar a composição dos estabelecimentos de saúde no Amazonas em 2016, sendo 59,7% Centros/Unidades Básicas de Saúde, seguido de 19,6% de Postos de Saúde, 12,7% de Hospital Especializado e Geral, 6,7% Policlinicas e 1,3% pronto atendimento e P.S.Geral.

Gráfico 14.4 Estabelecimentos de saúde no Amazonas

40%

Gráfico 14.5 Tipos de estabelecimentos de saúde no Amazonas.

60%

Capital Interior Fonte: SEPLANCTI, adaptado CNES - 2016.

Fonte: SEPLANCTI, adaptado CNES - 2016.

saúde 187


Fonte: SEPLANCTI

Figura 14.4 NĂşmero de estabelecimentos de saĂşde.

188 Amazonas em Mapas


Leitos de Saúde

A fi gura 14.5 apresenta a distribuição de leitos hospitalares no estado do Amazonas em 2016, de acordo com o Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil – CNES. Considerando o interior do Estado, seis municípios possuem as maiores quantias de leitos de saúde: Parintins (158), Tefé (118), Coari (108), Itacoatiara (108), São Gabriel da Cachoeira (104) e Maués (90). Este total é composto por leitos hospitalares de internação e leitos complementares, pertencentes ou não ao SUS. A quantidade total de leitos no Amazonas em 2016 era de 6.590, dos quais 63,4% estão localizados em Manaus. Em 2016, o Amazonas possuía a taxa de cobertura de 1,62 leitos para cada 1.000 habitantes, enquanto que a taxa de cobertura de Manaus é superior, chegando à proporção de 1,96 para mil (Gráfi co 14.6). No interior do Estado, o total de leitos hospitalares é de 2.411 sendo 97,2% pertencentes ao SUS. Na capital corresponde a 76,1%. Em comparação com o ano de 2015, o número de leitos no Estado teve ligeiro aumento, cerca de 0,5%, quando saiu de 6.556 leitos em 2015para 6.590 em 2016. Na capital, o total de leitos neste período aumentou 0,9%, quando em 2016 registrou 4.179 leitos contra 4.143 em 2015.

Gráfico 14.6 Leitos de saúde no Amazonas em 2016.

1,96

1,62

1,26

Interior Fonte: SEPLANCTI

Amazonas

Manaus

Fonte: CNES - 2016

Figura 14.5 Número de leitos.

saúde 189


Taxa de Mortalidade Infantil

O Ministério da Saúde classifi ca a taxa de mortalidade infantil como uma estimativa do risco que as crianças nascidas vivas têm de morrer antes de completar um ano de idade. A taxa é calculada considerando cada 1.000 crianças nascidas vivas. É um indicador considerado para medir as condições de vida e saúde da população, assim como o acesso e a qualidade dos recursos disponíveis para atenção à saúde materna e da população infantil. A fi gura 14.6 apresenta a distribuição espacial da taxa de mortalidade infantil no Amazonas, no qual apresenta elevadas taxas, principalmente, no norte e oeste do Estado. Em 2016, morreram 15,9 crianças para cada 1.000 nascidas vivas no Amazonas. Conforme pode ser visto no gráfi co 14.7, os índices demonstram as maiores taxas nos municípios de Barcelos (62,5), sendo o primeiro no ranking, seguido por Eirunepé (43,2), Envira (35,2), São Gabriel da Cachoeira (34,3) e Lábrea (30,7). Por outro lado, 21 municípios apresentaram taxas inferiores a 15 mortes em crianças de até 1 ano de vida. Nesta faixa, encontra-se a capital do Estado com baixa taxa, contabilizando 12,8 mortes para cada 1.000 nascidos vivos.

Gráfico 14.7 Taxa de mortalidade infantil por 1.000 nascidos vivos¹.

Lábrea São Gabriel da Cachoeira Envira Eirunepé Barcelos

Fonte: SUSAM/FVS, 2016.

Nota 1: O ranking contém as cinco maiores taxas de mortalidade em municípios do estado não levando em consideração Manaus.

190 Amazonas em Mapas

30,7 34,3 35,2 43,2 62,5


Fonte: SEPLANCTI

Figura 14.6 Taxa de mortalidade infantil por 1.000 nascidos vivos.

saĂşde 191


Nascidos vivos

O número de nascidos vivos é utilizado para o cômputo da taxa de mortalidade infantil, que por sua vez é utilizado para avaliar o nível de saúde e de condição de vida de uma determinada localidade. Os dados extraídos do Ministério da Saúde no DATASUS demonstram o quantitativo de nascidos vivos referentes ao ano 2016. No estado do Amazonas, 76.354 crianças foram declaradas nascidas vivas em 2016. Deste total, 64,1% foram de partos normais, 35,8% de partos cesáreos e 0,1% ignorados. A faixa etária mais comum das mães foi de 20 a 24 anos, com um total de 21.709 nascidos vivos (gráfi co 14.8). De acordo com a fi gura 14.7, na capital, nasceram 39.541 crianças, representando 51,8% de todos os nascidos vivos do Estado e no interior, seis municípios representaram cerca de 14% do total de nascidos vivos no estado, como: Itacoatiara (2.204), Parintins (1.930), Manacapuru (1.790), Tabatinga (1.750), Tefé (1.676) e Coari (1.644).

Gráfico 14.8 Nascidos vivos por faixa de idade da mãe².

15 a 19 anos

18.016

20 a 24 anos

21.709

25 a 29 anos

15.946

30 a 34 anos 35 a 39 anos

Fonte: SEPLANCTI

Figura 14.7 Nascidos vivos em 2016.

Nota 2: O gráfi co contém somente as 5 faixas etárias que abrangem o maior número de mães.

192 Amazonas em Mapas

Fonte: SINASC - 2016

11.784 5.919


Número de Óbitos de Crianças Menores de um ano de idade

Fonte: SEPLANCTI

Figura 14.8 Número de óbitos de crianças menores de um ano de idade.

Gráfico 14.9 Óbitos de crianças menores de um ano - 2016³.

São Gabriel da Cachoeira

43

O registro do número de óbitos de crianças menores de um ano de idade é essencial para o cômputo da taxa de mortalidade infantil,como uma forma de avaliar o nível de saúde e condição de vida da uma determinada localidade. Os dados extraídos do Ministério da Saúde no DATASUS demonstram o quantitativo de óbitos de crianças menores de um ano de idade referentes ao ano 2016. No estado do Amazonas foram a óbito 1.216 crianças com até um ano de idade. Destes, 58,1% são do sexo masculino, 41,6% do sexo feminino e 0,2% declarados ignorados. Dos registros de óbito, em 27,9% dos casos a criança morreu antes de completar um dia de vida. Cerca de 50% do número de óbitos em crianças menores de um ano no estado do Amazonas ocorreram no período chamado neonatal precoce (antes de sete dias completos de vida) e aproximadamente 71% ocorreram com, no máximo, um mês de vida (gráfi co 14.10). Na capital foram a óbito 506 crianças com idade inferior a um ano, representando 41,6% de todas as mortes no Estado. Como exposto na fi gura 14.8, oito municípios do interior registraram entre 24 e 43 mortes, totalizando 23,5% dos óbitos, estando São Gabriel da Cachoeira em primeiro lugar (43). No gráfi co 14.9 pode ser observado o ranking dos cinco maiores, excluindo-se Manaus. Gráfico 14.10 Óbitos de crianças com menos de um ano de idade por tempo de vida³.

2 a 11 meses

Parintins

41

28 dias a 1 mês

Tabatinga

41

7 a 27 dias

Tefé Eirunepé Fonte: CNES - 2016

36 34

1 a 6 dias Menos de 24 horas

350 110 147 270 339

Fonte: CNES - 2016

Nota 3: O gráfi co contém somente os cinco maiores registros de novos casos em municípios do Estado, exceto Manaus.

saúde 193


Incidência Parasitária Anual de Malária (IPA)

O nível de saúde da população nas áreas endêmicas localizadas na região Amazônica e outras regiões do Brasil, é avaliado pelos valores expressos no Índice Parasitário Anual de Malária (IPA). O índice estima o risco de ocorrência de malária numa determinada população em intervalo de tempo determinado. Os dados informados no Sistema da Informação e Vigilância Epidemiológica do DATASUS, demonstram o IPA de Malária referente ao ano 2016. Em dois anos, no estado do Amazonas, houve redução do índice parasitário de malária, quando passou de 17,24 casos em 2014 para 12,48 casos positivos por mil habitantes em 2016, o que corresponde a uma redução de cerca de 28%. As maiores incidências estão concentradas nos municípios localizados no norte e sudoeste do Estado, conforme demonstrado na fi gura 14.9. O município de São Gabriel da Cachoeira lidera o ranking das maiores IPAs em 2016, com 241 casos por mil habitantes, seguido por Japurá (162), Barcelos (143), Santa Isabel do Rio Negro (141) e Guajará (128). (gráfi co 14.11) Considerando os menores índices do IPA, 20,7% dos municípios apresentaram registros de 1 a 19 casos por mil habitantes e 22,6% dos municípios não apresentaram nenhum registro.

Gráfico 14.11 Cinco maiores incidências parasitária de malária por mil habitantes

Guajará Santa Isabel do Rio Negro Barcelos Japurá São Gabriel da Cachoeira

Fonte: SEPLANCTI

Figura 14.9 Íncidência parasitária anual de malária por 1.000 habitantes.

194 Amazonas em Mapas

Fonte: SVS - SINAN 2016

128 141 143 162 241


Malária

A Malária é uma doença parasitária que causa febre alta, sudorese, calafrio, náusea, vômito e sintomas similares à gripe. É transmitida pela picada da fêmea do mosquito Anopheles. Os dados informados no Ministério da Saúde pelo Sistema de Informação de Agravos de Notifi cação (SINAN) demonstram os casos notifi cados de malária referentes ao ano 2016. Os casos diagnosticados de malária são utilizados para o cálculo do Índice Parasitário Anual. No estado do Amazonas em 2016 houve redução de 32,9% nos casos notifi cados, quando foram registrados 49.929 casos de malária contra 74.369 em 2015. A fi gura 14.10 mostra a distribuição dos casos de Malária nos municípios do estado do Amazonas em 2016, onde se destacam Sâo Gabriel da Cachoeira e Manaus, que apresentaram os maiores índices do Estado, com 10.563 e 8.476 casos, respectivamente. O ranking dos cinco municípios com mais notifi cações é composto ainda por Barcelos, Santa Isabel do Rio Negro e Atalaia do Norte que apresentaram acima de 2 mil notifi cações. (gráfi co 14.12).

Gráfico 14.12 Casos de malária

Atalia do Norte

2.294

Santa Isabel do Rio Negro Barcelos Manaus São Gabriel da Cachoeira

Fonte: SEPLANCTI

3.254 3.949 8.476 10.563

Fonte: SVS - SINAN 2016

Figura 14.10 Número de casos de malária.

saúde 195


Dengue

Dengue é uma doença parasitária transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, sendo considerada como doença grave, podendo levar o paciente a óbito. Seus sintomas são febre alta, dor de cabeça, dor nos olhos, perda do paladar e apetite, manchas e erupções na pele, náuseas, vômitos, tonturas, moleza e dor no corpo, e muitas dores nos ossos e articulações. O transmissor da dengue prolifera-se em recipientes onde haja água limpa parada (vasos de plantas, pneus velhos, cisternas, folhas etc.). Os dados informados pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas - FVS-AM que é vinculada a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas demonstram os casos notifi cados de dengue referentes ao ano 2016. No Estado em 2016 houve redução de 28,2% nos casos notifi cados, quando foram registrados 2.034 casos de dengue contra 2.831 casos em 2015. Dos 62 municípios a doença esteve presente em 54,8% em 2016. De acordo com a distribuição espacial, exibida na fi gura 14.11, as cidades com as maiores notifi cações são Manaus e Tabatinga, com respectivamente, 846 e 256 casos da doença.Por outro lado, 45,2 % dos municípios do Estado não apresentaram nenhum registro da doença. O ranking dos cinco municípios com mais notifi cações é composto ainda por Maués, Coari e Itacoatiara que apresentaram acima de 98 casos.

Gráfico 14.13 Casos de dengue.

Itacoatiara Coari Maués Tabatinga Manaus

Fonte: SEPLANCTI

Figura 14.11 Número de casos de dengue.

196 Amazonas em Mapas

Fonte: SUSAM/FVS, 2016

98 112 142 256 846


AIDS

A AIDS é um vírus da imunodefi ciência humana. É uma doença que, na maioria dos casos, é transmitida pelo ato sexual sem proteção, agulhas e seringas contaminadas, da mãe para o bebê na gravidez, etc. Os dados informados pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas - FVS-AM que é vinculada a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas demonstram os novos casos notifi cados de AIDS diagnosticos em todas as faixas etárias referentes ao ano de 2016. No estado do Amazonas, houve redução de 21,9% no registro de novos casos, quando passou de 580 em 2015 para 453 em 2016. Os maiores registros foram na capital, com 398 casos, representando 87,9 % de todos os casos novos do Amazonas em 2016. Considerando apenas os municípios do interior (gráfi co 14.14), Iranduba liderou o ranking dos cinco maiores com oito novos casos registrados em 2016. Em 37 municípios do Estado não foram registrados novos casos. A fi gura 14.12 traz a distribuição espacial dos registros de novos casos em 2016.

Gráfico 14.14 Novos casos de AIDS4.

Nova Olinda do Norte

4

Maués

4

Itacoatiara Barreirinha Iranduba

Fonte: SEPLANCTI

5 6 8

Fonte: SUSAM/FVS, 2016.

Figura 14.12 Número de casos de AIDS.

Nota 4: O gráfi co contém somente os cinco maiores registros de novos casos em municípios do Estado, exceto Manaus.

saúde 197


Tuberculose

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) denomina a Tuberculose como uma doença infectocontagiosa e endêmica, provocada pelo Mycobacterium tuberculosis, podendo atingir quase todos os tecidos do corpo, afetando principalmente os pulmões. Os principais sintomas são o emagrecimento acentuado, tosse com ou sem secreção, febre, sudorese, cansaço excessivo, falta de apetite, palidez, rouquidão etc. Os dados consultados no Sistema de Informações de Agravos de Notifi cação - SINAN NET vinculado ao Ministério da Saúde demonstram novos casos de Tuberculose referentes ao ano 2016. A fi gura 14.13 mostra a distribuição espacial dos novos casos da doença no Amazonas, com Manaus registrando 499 do total e o interior do Estado 255, por outro lado, em 11 municípios do Estado não houve registro. No gráfi co 14.15 é mostrado o ranking dos cinco municípios do interior que mais apresentaram notifi cações da doença. Manacapuru lidera com 23 casos seguida por Autazes (22), Humaitá (14), Tabatinga (14) e Iranduba (12).

Gráfico 14.15 Novos casos de tuberculose5.

Iranduba

12

Tabatinga

14

Humaitá

14

Autazes

22

Manacapuru

Fonte: SEPLANCTI

Figura 14.13 Número de casos de turbeculose.

Nota 5: O gráfi co contém somente os 5 maiores registros de novos casos em municípios do Estado, exceto Manaus.

198 Amazonas em Mapas

Fonte: Ministério da Saúde/SINAN NET- AM, 2016.

23


Diarreia

Os casos de diarreia em geral ocorrem durante o período da cheia nos rios do Amazonas. Ela pode vir acompanhada de náusea, vômito, febre e dor abdominal. É autolimitada, com duração entre 2 a 14 dias e não confere imunidade duradoura. Os dados consultados no Sistema de Informações de Agravos de Notifi cações - SINAN NET vinculado ao Ministério da Saúde demonstram os casos de doença diarreica aguda referente ao ano 2016. No estado do Amazonas houve crescimento de 8,8 % de novos casos de diarreia, quando passou de 2.356 em 2015 para 2.563 casos em 2016. Na fi gura 14.14 pode ser vista a distribuição espacial dos casos registrados nos municípios do Estado. O maior número de registros foi na capital, com 1.619 casos, representando 63,2 % em 2016. No comparativo com 2015, houve crescimento de 21,5%, quando foram confi rmados 1.332 casos. No interior do Estado, o ranking é liderado por Manicoré, com registro de 108 novos casos da doença, seguido por Borba (94), Tefé (81), Santo Antônio do Içá (79) e Itacoatiara (79), conforme gráfi co 14.16. O interior do Estado apresentou redução dos casos registrados de diarreia, passando de 1.024 em 2015 para 944 em 2016.

Gráfico 14.16 Novos casos de diarreia6

Santo Antônio do Içá

79

Itacoatiara

79

Tefé

81 94

Borba

108

Manicoré

Fonte: SEPLANCTI

Fonte: Ministério da Saúde/ SINAN NET, 2016.

Figura 14.14 Número de casos de diarreia

Nota 6: O gráfi co contém somente os cinco maiores registros de novos casos em municípios do Estado, exceto Manaus.

saúde 199


Hepatite

O Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), ligado à Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, defi ne hepatite como sendo a infl amação do fígado causada por agentes infecciosos (vírus, bactérias, parasitas) ou tóxicos (álcool, antibióticos, etc.), e caracterizada por icterícia, acompanhada de febre e outras manifestações sistêmicas como cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Alguns estudos realizados pela Fiocruz indicam que a hepatite C (HCV) pode ser usada para predizer o desenvolvimento de câncer de fígado. Os dados informados pelo Ministério da Saúde no portal da saúde (DATASUS) demonstram os casos confi rmados de hepatites virais referentes ao ano 2016. No estado do Amazonas foram confi rmados 305 novos casos de hepatite, o que demonstra uma redução de 13,4% na notifi cação em relação a 2015. A fi gura 14.15 exibe a distribuição espacial de novos casos da doença no Amazonas em 2016, onde o maior número registrado foi em Manaus, com 197 casos, representando 64,6%. No comparativo com o ano anterior, houve redução de 12,4%, quando foram registrados 225 casos. De acordo com o gráfi co 14.17, pode ser observado o ranking dos cinco municípios no interior do Estado que mais apresentaram casos da doença. Tefé lidera o ranking com 15 casos, seguido por Barcelos (12), Tabatinga (12), Coari (11) e Boca do Acre (9).

Gráfico 14.17 Novos casos de hepatite7.

15

Tefé Barcelos

12

Tabatinga

12

Coari Boca do Acre

Fonte: SEPLANCTI

Figura 14.15 Número de casos de hepatite.

Nota 7: O gráfi co contém somente os 5 maiores registros de novos casos em municípios do Estado, exceto Manaus.

200 Amazonas em Mapas

11 9

Fonte: Ministério da Saúde/SINAN NET, 2016.


Sigla CNES - Cadastro Nacional de Estabelecimentos de saúde FVS-AM - Fundação de vigilância em saúde SINASC - Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos SIM - Sistema de Informações sobre Mortalidade SINAN - Sistema de Informação de Agravos de Notifi cação SIVEP DDA - O Sistema Informatizado de Vigilância Epidemiológica de Doenças Diarreicas Agudas SIH - Sistema de Informações Hospitalares SVS - Secretaria de Vigilância em Saúde SUS - Sistema Único de Saúde SUSAM - Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas

Referências

Fonte CNES - Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde. Recursos humanos - profi ssionais - indivíduos - segundo CBO 2002 - Amazonas. Disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ deftohtm.exe?cnes/cnv/prid02am.def> Acesso em: Mar. 2018. CNES - Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde. Estabelecimentos por tipo - Amazonas Disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?cnes/cnv/estabam.def> Acesso em:Mar. 2018. CNES - Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde. Recursos físicos - hospitalar - leitos de internação - Amazonas Disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?cnes/cnv/leiintam.def> Acesso em: Dez. 2017. CNES - Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde. Recursos físicos - hospitalar - leitos complementares - Amazonas Disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?cnes/cnv/leiutiam.def> Acesso em: Dez. 2017. CNES - Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde. Nascidos vivos - Amazonas Disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sinasc/cnv/nvam.def> Acesso em: Mar. 2018 CNES - Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde. Óbitos infantis - Amazonas - dados preliminares Disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sim/cnv/pinf10am.def> Acesso em: Mar. 2018 CNES - Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde. Tuberculose - casos confi rmados notifi cados no sistema de informação de agravos de notifi cação - Amazonas Disponível em:<http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinannet/cnv/tubercam.def> Acesso em: Jan. 2018 CNES - Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde. Hepatite - casos confi rmados notifi cados no sistema de informação de agravos de notifi cação - Amazonas Disponível em:<http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sinannet/cnv/hepaam.def> Acesso em: Jan. 2018 SUSAM - Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas - Número de casos de Malária, diarreia e gastroenterite, Dengue, AIDS - 2016





Escolas

A temática apresenta o quantitativo total de estabelecimentos de ensino da Educação Básica no Amazonas, com abrangência em todas as dependências administrativas (Federal, Estadual, Municipal e Privada) registradas pelo Censo Educacional (MEC/INEP/SEDUC-2016). Em 2016 o Estado contou com um total de 5.436 escolas ativas localizadas nas áreas rural (69%) e urbana (31%), conforme gráfi co 15.1. O comparativo anual de estabelecimentos educacionais considerou todas as dependências administrativas que apresentaram redução (1,02%) em 2016, quando havia 5.492 escolas em 2015. Essa redução foi infl uenciada por situações de escolas paralisadas ou extintas, na área rural das unidades de ensino da rede municipal. A ilustração na fi gura 15.1 demonstra as faixas de estabelecimentos de ensino para os 62 municípios. Manaus, com o maior contingente populacional, apresentou 969 escolas em 2016. Dentre os municípios do interior, os que possuíam mais estabelecimentos educacionais fi caram concentrados na faixa de 113 a 250 escolas, totalizando nove municípios: São Gabriel da Cachoeira (250), Maués (190), Parintins (176), Manicoré (170), Manacapuru (164), Lábrea (162), Coari e Itacoatiara ambos (161) e Borba (160). Por outro lado, 13 municípios se concentraram na faixa de até 39 escolas, com os menores quantitativos de ensino. Dentre eles, o município de Silves é o menor (14 escolas), sendo o 4º com menor contingente populacional estimado (9.147) pelo Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE).

Gráfico 15.1 Localização das escolas do Amazonas.

31,0%

Urbana

69,0%

Rural Fonte: SEPLANCTI, adaptado de MEC/INEP/SEDUC, 2016. Fonte: SEPLANCTI

Figura 15.1 Total de escolas.

educação 205


Escolas por Dependência Administrativa

A estrutura educacional básica do Estado em 2016 concentrou-se em sua maioria na rede municipal (80,6%), seguida da estadual (13,6%), particular (5,6%) e federal (0,3%), conforme pode ser visualizado no gráfi co 15.2. A oferta das estruturas idealiza a localização dos municípios por dependência administrativa, conforme fi guras 15.2, 15.3, 15.4 e 15.5. Na rede estadual (fi gura 15.2), Manaus obteve um total de 234 escolas, onde 98,7% estão na área urbana. Dentre os municípios do interior, seis apresentaram um quantitativo de 16 a 23 escolas: Parintins (23), Manacapuru (22), Tefé (19), Itacoatiara (18), São Gabriel da Cachoeira (17) e Coari (17). Pode-se dizer que nem sempre os municípios com os maiores contingentes populacionais correspondem aqueles com maiores números de escolas. Nesse caso, São Gabriel da Cachoeira aparece na 13ª posição com a maior estimativa populacional 2016, sendo o 5º no ranking com as maiores quantidades. As escolas da rede municipal (fi gura 15.3) apresentaram a maioria das unidades registrada em Manaus (488), que corresponde a 11,1% do total de escolas municipais do Estado. Na rede federal do Estado (fi gura 15.4) existe um total de 16 escolas com abrangência em 13 municípios. A maior quantidade está concentrada em Manaus com quatro unidades, sendo três Institutos Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Amazonas (IFAM) e um colégio militar. No interior do Estado o IFAM conta com 12 escolas do campo, proporcionando um ensino técnico de nível médio em modalidade integrada profi ssional de qualidade a todas as regiões do Amazonas. As unidades escolares das redes particular (fi gura 15.5) tiveram o maior registro em Manaus (243), com concentração de 95,0% na área urbana.

206 Amazonas em Mapas

Gráfico 15.2 Escolas por dependência administrativa.

0,3% Federal

5,6% Particular 13,6% Estadual

80,6% Municipal Fonte: SEPLANCTI, adaptado do MEC/INEP/SEDUC, 2016.


Fonte: SEPLANCTI

Fonte: SEPLANCTI

Figura 15.2 Escolas estaduais.

Figura 15.3 Escolas municipais.

Fonte: SEPLANCTI

Fonte: SEPLANCTI

Figura 15.4 Escolas federais.

Figura 15.5 Escolas particulares.

educação 207


Matrículas no Amazonas

As matrículas são de suma importância para traçar um panorama da educação básica e servem para a formulação de políticas públicas e execução de programas de governo, incluindo as transferências de recursos públicos como alimentação e transporte escolar, distribuição de livros, implantação de bibliotecas, Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB), etc. Segundo dados da Secretaria de Estado da Educação e Qualidade de Ensino do Amazonas (SEDUC-AM), em 2016 registrou um total de 1,171 milhões de matrículas iniciais, onde 78,0% foram localizadas na áreas urbana e 22,0% na rural. Estas matrículas envolvem a educação básica de ensino de todos os tipos de dependência administrativa (estadual, municipal, federal e particular) e todos os níveis de ensino (educação infantil, ensinos fundamental e médio). Vale ressaltar que o mesmo aluno pode ter mais de uma matrícula. A ilustração gráfi ca 15.3 demonstra as maiores matrículas no ensino fundamental (61,5%), seguidas do médio (16,4%), educação infantil (11,9%), educação profi ssional, especial e EJA (10,2%). A fi gura 15.6 refere-se ao total de matrículas iniciais dos 62 municípios do Estado distribuídos em cinco faixas. Manaus concentrou um total de 561.045 matrículas, onde, 97,5% foram na área urbana e 2,5% na rural. No interior, cinco municípios concentraram-se na faixa de 21.612 a 35.094 matrículas, sendo Parintins com 35.094, Itacoatiara (33.733), Manacapuru (31.161), Tefé (26.076) e Coari (25.128).

Gráfico 15.3 Percentual matrícula inicial por nível/modalidade de ensino. 2,6% Educação Profissional 0,2% Educação Especial

7,4% EJA

11,9% Educação Infantil

16,4% Ensino Médio

61,5% Fundamental

Fonte: SEPLANCTI

Figura 15.6 Matriculas totais.

208 Amazonas em Mapas

Fonte: SEPLANCTI, adaptado do MEC/INEP/SEDUC, 2016.


Matrícula por Dependência Administrativa

A oferta da educação básica é considerada como uma das principais prioridades para iniciar o processo de mudança social e de desenvolvimento sustentado dos países em vias de desenvolvimento. O panorama geral de matrículas no Estado foi abordado na fi gura 15.6, onde em 2016 foi registrado um total de 1.171.015 matrículas iniciais da educação básica. Deste total, concentram-se as matrículas por dependência administrativa na rede municipal (50,6%), estadual (40,0%), particular (8,5%) e federal (0,9%). Ao observar as fi guras 15.7, 15.8, 15.9 e 15.10, Manaus se destaca com os maiores registros de matrículas em todas as dependências administrativas, por apresentar o maior contingente populacional. No interior, a rede estadual (fi gura 15.7) concentrou cinco municípios na faixa de 7.938 a 15.156 matrículas, dentre os quais Parintins apresenta o maior quantitativo (15.156), com 51,8% das matrículas no ensino fundamental. A rede municipal concentrou oito municípios na faixa de 9.564 a 19.492 matrículas, com destaque para Itacoatiara que possui o maior quantitativo (fi gura 15.8). Na rede federal, concentram-se na faixa de 585 a 742 cinco municípios dentre os quais, São Gabriel da Cachoeira é o maior quantitativo de matrículas (Figura 15.9). Na rede particular, concentraram na faixa de 1.067 a 1.936 e dentre estes, Itacoatiara é o maior quantitativo de matrículas (fi gura 15.10).

Gráfico 15.4 Percentual matrícula por dependência.

0,9% Federal

8,5% Particular 40,0% Estadual

50,6% Municipal Fonte: SEPLANCTI, adaptado do MEC/INEP/SEDUC, 2016.

educação 209


Fonte: SEPLANCTI

Fonte: SEPLANCTI

Figura 15.7 Matrícula estadual.

Figura 15.8 Matrícula municipal.

Fonte: SEPLANCTI

Fonte: SEPLANCTI

Figura 15.9 Matrícula federal.

Figura 15.10 Matrícula particular.

210 Amazonas em Mapas


Funções Docentes do Amazonas

O papel do docente é fundamental no andamento das atividade em qualquer nível de ensino. Segundo dados da SEDUC, o Amazonas registrou um total de 44.212 docentes em 2016, considerando todas as dependências administrativas da educação básica de ensino. Os dados que se dispõem na fi gura 15.11 referem-se às funções docentes, onde o professor pode atuar em mais de uma dependência administrativa. No Amazonas foi registrado um total de 51.636 em 2016. Destes, seis municípios do interior apresentaram-se na faixa de 1.024 a 1.726 funções. Dentre as dependências administrativas, a rede municipal corresponde a 52,0% do total das funções (Ver gráfi co 15.5). Considerando as funções docentes que atuam nas escolas localizadas em zonas urbana e rural do Estado, temos um total de 35.616 e 16.020 funções, respectivamente (fi guras 15.12 e 15.13).

Gráfico 15.5 Percentual de docentes por dependência administrativa.

1,7% Federal

8,9% Particular 37,4% Estadual

52,0% Municipal Fonte: SEPLANCTI

Fonte: SEPLANCTI, adaptado do MEC/INEP/SEDUC, 2016.

Figura 15.11 Funções docentes no Amazonas.

educação 211


Fonte: SEPLANCTI

Fonte: SEPLANCTI

Figura 15.12 Docentes no Amazonas na รกrea urbana.

Figura 15.13 Docentes no Amazonas na รกrea rural.

212 Amazonas em Mapas


Funções Docentes da Rede Estadual

Segundo o MEC/INEP/SEDUC (2016), a rede estadual de ensino registrou um total de 16.206 docentes. Quanto às funções docentes, temos 19.330, o que corresponde a 81,8% das atuações na zona urbana e 18,2% na rural (ver gráfi co 15.6). A fi gura 15.14 ilustra os 62 municípios distribuídos em cinco faixas de funções docentes. Manaus, como maior formador, concentrou-se na faixa acima de 560, com um total de 7.196. Na faixa de 335 a 560 funções agruparam-se sete municípios, onde Parintins apresenta a maior quantidade, com 560 funções, seguido de Tefé (497), São Gabriel da Cachoeria (492), Manacapuru (475), Itacoatiara (440), Coari (423) e Tabatinga (383). As menores quantidades de funções localizam-se na faixa até 136, concentrando 25 municípios, onde Envira é o menor com 92 funções.

Gráfico 15.6 Percentual de funções docentes estadual por zona.

Rural 18,2%

81,8% Urbana

Fonte: SEPLANCTI

Fonte: SEPLANCTI, adaptado do MEC/INEP/SEDUC, 2016.

Figura 15.14 Docentes no Amazonas no nível estadual.

educação 213


Funções Docentes da Rede Municipal

Segundo dados do MEC/INEP/SEDUC, o total de professores em escolas municipais foi de 26.823. Na contrapartida da rede estadual, a rede municipal apresenta maior contingente com 7.545 funções a mais, totalizando 26.875 funções docentes. Deste total, a cobertura de funções docentes na área rural corresponde a 46,3% e em escolas da área urbana, representa 53,7% (gráfi co 15.7). A fi gura 15.15 agregou na faixa acima de 1.161 funções o município de Manaus, com um total de 7.116 funções, o que representa 26,5% do total de funções docentes da rede municipal. Na faixa de 616 a 1.161 funções agruparam-se seis municípios, com destaque para o município de Itacoatiara, que fi cou no topo com 1.161, seguido de Maués com 850 funções. As menores quantidades em funções localizam-se na faixa até 227, concentrando 32 municípios, onde São Sebastião do Uatumã é o menor deles (75).

Gráfico 15.7 Percentual de funções docentes por zona.

46,3%

53,7%

Urbana

Rural

Fonte: SEPLANCTI

Figura 15.15 Docentes no Amazonas no nível municipal.

214 Amazonas em Mapas

Fonte: SEPLANCTI, adaptado do MEC/INEP/SEDUC, 2016.


Funções Docentes da Rede Federal e Particular

Segundo dados do MEC/INEP/SEDUC (2016), a rede federal de ensino básico registrou um total de 853 docentes e um total de 860 funções docentes. O gráfi co 15.8 demonstra as funções docentes da rede federal, com predominância de 52,1% no município de Manaus e 47,9% distribuídos em 61 municípios. A fi gura 15.16 demonstra 49 municípios com ausência de infraestrutura escolar e sem atuação docente, o que corresponde a 79,0% dos municípios do Estado, na rede federal. No cenário da rede particular, registrou-se um total de 4.570 docentes e 4.571 funções docentes. Do total de funções, a maior proporção está concentrada em Manaus (88,3%), conforme demonstrado no gráfi co 15.9. Quanto à inexistência da rede particular, 41 municípios, em sua maioria representam 66,1% de todo o Estado (vide fi gura 15.17).

Gráfico 15.8 Percentual de funções docentes na rede federal. Fonte: SEPLANCTI

Figura 15.16 Docentes na rede federal.

47,9%

52,1%

Interior Manaus

Fonte: SEPLANCTI, adaptado do MEC/INEP/SEDUC, 2016. Gráfico 15.9 Percentual de funções docentes na rede particular.

Interior 11,7%

Manaus

88,3%

Fonte: SEPLANCTI

Figura 15.17 Docentes na rede particular.

Fonte: SEPLANCTI, adaptado do MEC/INEP/SEDUC, 2016.

educação 215


IDEB do Amazonas

Segundo o Ministério da Educação (MEC), o IDEB é o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica criado em 2007 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), utilizado para medir a qualidade educacional que combina informações do desempenho em exames padronizados (Prova Brasil ou Saeb) obtido pelos estudantes ao fi nal das etapas de ensino (4ª e 8ª séries do ensino fundamental e 3ª série do ensino médio), com informações sobre rendimento escolar (aprovação). Quando avaliada a evolução das variáveis que compõem o índice ao longo do tempo, os esforços empregados na área educacional com infraestrutura e professores qualifi cados, justifi cam a mehoria nos níveis de ensino da educação básica. Como o IDEB é calculado bienalmente, os resultados apresentados são referentes à última publicação (ano 2015), onde o desempenho do Amazonas melhorou em todas a séries do ensino. O ensino fundamental da 4ª série (5º ano) passou de 3,1 em 2005 para 5,5 em 2015, fi cando este último acima da meta projetada de 4,5 pontos. Na 8ª série (9º ano), saiu de 2,7 em 2005 para 4,4 em 2015, fi cando acima da meta projetada de 4,0 pontos. No ensino médio, saltou de 2,4 em 2005 para 3,7 em 2015, ultrapassando a meta projetada de 3,3 pontos. O desempenho das 4ª séries observada na fi gura 15.18, apresenta quatro municípios do Estado com os melhores índices entre 5,2 e 6,1 pontos, sendo, Boca do Acre (6,1), Manaus (5,5), Parintins (5,4), Beruri (5,3) e Nhamundá (5,3). O resultado das 8ª séries ilustradas na fi gura 15.19, demonstra 14 municípios com os melhores índices na faixa de 4,3 a 4,6 pontos, onde Parintins é o primeiro (4,6 pontos) colocado. O MEC/INEP não disponibiliza o Ideb do ensino médio por município.

Fonte: SEPLANCTI

Fonte: SEPLANCTI

Figura 15.18 IDEB - Ensino fundamental da 4ª série até o 5º ano.

Figura 15.19 IDEB - Ensino fundamental do 8º ano ao 9º ano.

216 Amazonas em Mapas


IDEB Estadual e Municipal

Os mapas ilustrados nas fi guras 15.20, 15.21, 15.22 e 15.23 demonstram a distribuição espacial dos municípios do Amazonas no desempenho do Ideb para as escolas das redes, estadual e municipal do ensino fundamental anos iniciais (4ª série / 5º ano) e fi nais (8ª série / 9º ano). Segundo nota do INEP, os municípios que constam nas fi guras com Ideb inexistente, informa que o número de participantes na Prova Brasil foi insufi ciente para que os resultados sejam divulgados. Na análise da rede municipal de ensino (fi gura 15.20) no que refere-se ao 4° ano/5ª série na última avaliação do IDEB em 2015, os municípios de Boca do Acre, Manaus e Nhamundá apresentam destaques positivos nas suas políticas públicas para educação básica. Quando avaliado em 2013 o índice apontava: Presidente Figueiredo (5,0), Boca do Acre (4,7), Barcelos (4,7), Manaus (4,6) e Urucará (4,6). Já em 2015 o cenário alterou para algumas localidades como em Boca do Acre que obteve a melhor colocação no Estado (6,0), Manaus também galgou posições (5,4) alcançando a segunda posição seguido por Nhamundá (5,1), este por sua vez, encontrava-se em 2013 apenas no oitavo lugar no ranking (4,5). Outro relevante salto na melhoria da qualidade do ensino básico percebeu-se em Maués (4,9) em relação à 17ª colocação em 2013 (4,3) e fechando os cinco municípios mais bem avaliados no índice aparece Presidente Figueiredo (4,9) com uma redução frente à última nota (5,0). Já na avaliação 8°ano/9ªsérie (fi gura 15.21) o cenário de avanços e recuos é presente. Boca do Acre saltou uma posição quando comparado a 2013, aparecendo na melhor colocação também nesta faixa (5,2) assim como Tefé (4,5) que na última avaliação era terceiro ocupando hoje a segunda melhor nota do Amazonas. Logo em seguida vem Manaus (4,3), a capital do Estado no último ranking era apenas o 21° município e saltou 18 colocações. Anori manteve seu nível de ensino (4,2) igualando o último resultado em 2013. Nhamundá (4,1) saltou da oitava para quinta fechando os cinco melhores no Ideb. Quanto a rede estadual o desempenho no Ideb para alunos do 4° ano/5ª série (fi gura 15.22) destaca-se os municípios de Beruri (8,2), Envira (7,1), Anamã (6,9) e Novo Airão (6,8). Salienta-se a periodicidade quanto a avaliação de Beruri no Ideb tendo sido o melhor do Estado em 2013 (7,6) e segundo em 2011 (6,5). Para 8°ano/9ªsérie da rede estadual (fi gura 15.23) de ensino têm-se Novo Airão (5,7), Envira (5,1), Nhamundá (5,0), Itapiranga (4,9), Parintins (4,9), Itapiranga (4,9), Itacoatiara (4,8) e Presidente Figueiredo (4,8). Vale ressaltar a avaliação positivo em ambos os níveis na cidade de Envira obtendo destaque assim como Novo Airão.

educação 217


Fonte: SEPLANCTI

Fonte: SEPLANCTI

Figura 15.20 IDEB Municipal - Ensino fundamental da 4ª série até o 5º ano.

Figura 15.22 IDEB Estadual - Ensino fundamental da 4ª série até o 5º ano.

Fonte: SEPLANCTI

Fonte: SEPLANCTI

Figura 15.21 IDEB Municipal - Ensino fundamental do 8º ano ao 9º ano.

Figura 15.23 IDEB Estadual - Ensino fundamental do 8º ano ao 9º ano.

218 Amazonas em Mapas


Taxa de analfabetismo 15 anos ou mais de idade

Segundo o ATLAS BRASIL (2013), a taxa de analfabetismo indica a porcentagem das pessoas analfabetas (de um grupo etário) em relação ao total de pessoas (do mesmo grupo etário). São consideradas analfabetas as pessoas que se declararam não saber ler e escrever um simples bilhete. No censo 2010, o Amazonas obteve taxa de 9,84% da população analfabeta acima de 15 anos de idade, sendo os homens com representatividade maior (10,33%) que as mulheres (9,63%). No comparativo entre os Censos 2010/2000, houve uma redução geométrica populacional de analfabetos em 10 anos de 4,20%. Os mapas dispostos nas fi guras 15.24 e 15.25 apresentam a distribuição espacial dos municípios do Amazonas referente à taxa de analfabetismo para a faixa etária de 15 anos ou mais de idade, para os anos censitários 2000 e 2010 realizados pelo IBGE. O Censo 2000 (fi gura 15.24) apresentou quatro municípios (Itamarati, Pauini, Atalaia do Norte e Ipixuna) com taxas acima de 48,35% de analfabetos, sendo dentre estes Itamarati, com a maior taxa (59,49%). As menores taxas concentraram em 11 municípios na faixa até 14,92%, sendo Manaus a menor taxa (5,63%). Após 10 anos os quatro municípios classifi cados com as maiores taxa em 2000 melhoraram seus desempenhos. No Censo 2010 (fi gura 15.25), em comparação com o Censo 2000 a faixa de 48,36% a 59,50% de analfabetos, não se encontrou em nenhum município. As maiores taxas fi caram na faixa de 37,22% a 48,35%, destacando-se os municípios de Ipixuna (38,41%) e Itamarati (37,73%). Manaus apresentou redução de 3,9% no comparativo entre 2000 e 2010, mantendo com a menor taxa (3,78%) dentre os municípios do Estado em 2010.

Fonte: SEPLANCTI

Fonte: SEPLANCTI

Figura 15.24 Taxa de analfabetismo de 15 anos ou mais no ano 2000.

Figura 15.25 Taxa de analfabetismo de 15 anos ou mais no ano 2010.

educação 219


Taxa de Analfabetismo 18 Anos ou mais de Idade

Segundo ATLAS BRASIL (2013), a taxa de analfabetismo indica a porcentagem das pessoas analfabetas (de um grupo etário) em relação ao total de pessoas (do mesmo grupo etário). São consideradas analfabetas as pessoas que se declararam não saber ler e escrever um simples bilhete. No Censo 2010, o Amazonas obteve taxa de 10,47% da população analfabeta acima de 18 anos de idade, sendo os homens com representatividade maior (10,31%) que as mulheres (10,31%). No comparativo entre os Censos 2000 e 2010, houve uma redução geométrica populacional de analfabetos em 10 anos de 4,25%. Os mapas dispostos nas fi guras 15.26 e 15.27 apresentam a distribuição espacial dos municípios do Amazonas referente à taxa de analfabetismo para a faixa etária de 18 anos ou mais de idade, para os anos censitário 2000 e 2010 realizados pelo IBGE. No Censo 2000 (fi gura 15.26), apresentou cinco municípios (Barcelos, Santo Antônio do Içá, Uarini, Presidente Figueiredo e Novo Airão) com taxas acima de 50,49% de analfabetos, sendo dentre estes, Barcelos com a maior taxa (62,10%). As menores taxas concentraram em 11 municípios na faixa até 15,62%, sendo Caapiranga a menor taxa (6,10%). Após 10 anos, os cinco municípios classifi cados com as maiores taxa em 2000 melhoram seus desempenhos. No Censo 2010 (fi gura 15.27), na faixa de 50,49% a 62,10% de analfabetos não se encontrou nenhum município onde as maiores taxas mudaram para a faixa de 38,87% a 50,49%, contendo dois municípios, sendo Barcelos (40,71%) e Uarini (40,62%). Embora estes dois municípios tenham apresentado as maiores taxas em 2010, houve redução quando comparado com o ano 2000 na taxa de analfabetos de pessoas com 18 anos ou mais de idade, sendo Barcelos e Uarini com queda de 34,4% e 24,4%, respectivamente. O município de Manaus apresentou taxa de analfabetismo de 22,53%, com posição no 24º lugar no ranking dentre os municípios com as maiores taxas de analfabetismo em 2010.

Fonte: SEPLANCTI

Fonte: SEPLANCTI

Figura 15.26 Taxa de analfabetismo de 18 anos ou mais no ano 2000.

Figura 15.27 Taxa de analfabetismo de 18 anos ou mais no ano 2010.

220 Amazonas em Mapas


Taxa de Analfabetismo 25 Anos ou mais de Idade

Segundo o ATLAS BRASIL (2013), a taxa de analfabetismo indica a porcentagem das pessoas analfabetas (de um grupo etário) em relação ao total de pessoas (do mesmo grupo etário). São consideradas analfabetas as pessoas que se declararam não saber ler e escrever um simples bilhete. No Censo 2010, o Amazonas obteve taxa de 12,3% da população analfabeta acima de 25 anos de idade, sendo os homens com maior representatividade (12,69%) que as mulheres (12,27%). No comparativo entre os Censos 2000/2010, houve uma redução geométrica populacional de analfabetos em 10 anos (4,32%). Os mapas dispostos nas fi guras 15.28 e 15.29 apresentam a distribuição espacial dos municípios do Amazonas referente à taxa de analfabetismo para a faixa etária de 25 anos ou mais de idade, para os anos censitários 2000 e 2010 realizados pelo IBGE. No Censo 2000 (fi gura 15.28), apresentou 4 municípios (Barcelos, Santo Antônio do Içá, Uarini e Presidente Figueiredo) com taxas acima de 56,48% de analfabetos, sendo dentre estes, Barcelos, com a maior taxa (69,38%). As menores taxas concentraram em 10 municípios na faixa até 17,10%, sendo Caapiranga a menor taxa (7,63%). Após 10 anos, os quatro municípios classifi cados com as maiores taxas em 2000 melhoraram seus desempenhos, apresentando redução no Censo de 2010 com 25,7%, 20,7%, 15,0% e 14,0%, em Santo Antônio do Içá, Barcelos, Presidente Figueiredo e Uarini, respectivamente. No Censo 2010 (fi gura 15.29), na faixa de 56,49% a 69,40% de analfabetos não se encontrou em nenhum município, onde as maiores taxas mudaram para a faixa de 43,56% a 56,48%, abrangendo quatro municípios, sendo Barcelos (48,14%), Uarini (46,58%), Benjamin Constant (44,08%) e Presidente Figueiredo (43,57%). Manaus apresentou taxa de analfabetismo de 26,88%, ocupando no ranking no 24º lugar dentre os municípios com as maiores taxas de analfabetismo em 2010.

Fonte: SEPLANCTI

Fonte: SEPLANCTI

Figura 15.28 Taxa de analfabetismo de 25 anos ou mais no ano 2000.

Figura 15.29 Taxa de analfabetismo de 25 anos ou mais no ano 200.

educação 221


Universidade Estado do Amazonas - UEA

Fonte: SEPLANCTI

A Universidade do Estado do Amazonas (UEA) é uma instituição de ensino superior pública vinculada ao Governo do Estado, instituída pela Lei nº 2.637, de 12 de janeiro 2001. Segunda a UEA (©2001 - 2018), em sua estrutura estão cinco Unidades Acadêmicas na capital (Escolas Superiores); seis Centros de Estudos Superiores e 12 Núcleos de Ensino Superior no interior do Estado. A Cidade Universitária da UEA encontra-se em construção e está localizada em Iranduba (município a 25 quilômetros de Manaus). É a maior universidade multicampi do País, ou seja, é a instituição de ensino superior brasileira com o maior número de unidades que integram a sua composição. Possui diversos cursos de graduação e pós-graduação Lato e Stricto Sensu. As formas de ingresso na Universidade podem ser via Vestibular, sistema de ingresso seriado – SIS/UEA e outras formas como portador de diploma, transferência facultativa, e transferência ex-offício.


Instalações físicas e corpo técnico da UEA no Amazonas

A universidade atua em todos os municípios do estado do Amazonas, com infraestrutura própria, cedida pela prefeitura ou escola do governo (UEA, 2016). A fi gura 15.31 ilustra as instalações físicas da UEA no Estado em 2016, onde 32 municípios desenvolvem suas atividade acadêmicas em infraestrutura cedida e 20 em sede própria. Essa abrangência pode ser visualizada na fi gura 15.35, onde em 2016, 52 (84%) municípios tiveram registro de matrícula para realizar suas atividades. Por outro lado, 10 (16%) municípios não houve registro de dados de alunos matriculados em cursos de graduação. A composição geral de recursos humanos compreende um total de 1.138 docentes e 680 técnicos administrativos distribuídos nos municípios do Estado e podem ser visualizados segundo as faixas nas fi guras 15.32 e 15.33, respectivamente. Em função do maior número de demanda discente, em 2016 a UEA possuía em seu corpo docente 846 professores na capital, seguido do polo de Parintins (77), Tefé (72) e Tabatinga (64). Quanto ao corpo técnico administrativo, os maiores centros são, 529 em Manaus, seguido de Parintins com 24, Tefé (18), Tabatinga (16) e Itacoatiara (18). Na fi gura 15.34, podemos visualizar as matrículas médias distribuídas em cinco faixas. Considerando todos os cursos, a maior faixa (de 1.857 a 10.212) de matrícula se encontra no município de Manaus com média de 10.212 matrículas. Na faixa média de 714 a 1.856 matrículas, se encontram três municípios, sendo: Tefé (1.856) Parintins (1.835) e Tabatinga (1.590).

Gráfico 2.8 Formas de cobertura acadêmia

16,1% Nenhum

32,3% Própria 51,6% Cedida Fonte: SEPLANCTI, adaptado UEA, 2016.

educação 223


Fonte: SEPLANCTI

Fonte: SEPLANCTI

Figura 15.31 População censitária urbana no ano 2000.

Figura 15.32 População censitária urbana no ano 2010.

Fonte: SEPLANCTI

Fonte: SEPLANCTI

Figura 15.33 População censitária rural no ano 2000.

Figura 15.34 População censitária rural no ano 2010.

224 Amazonas em Mapas


Referências

Sigla FJP - Fundação João Pinheiro IBGE - Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística IDEB - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada MEC - Ministério da Educação PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento SEDUC - Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino UEA - Universidade do Estado do Amazonas Fonte ATLAS BRASIL - Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil. Defi nição Taxa de Analfabetismo. 2013. Disponível em: <http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/o_atlas/glossario/> Acesso em: Abr. 2018. ATLAS BRASIL - Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil. Banco de Dados Atlas dos Municípios, <http:// www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/download/> Acesso em: Nov. 2017. INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Índice da Educação Básica - IDEB. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/web/guest/ideb> Acesso em: Jan. 2018. INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Nota técnica. Disponível em:<http://portal.inep.gov.br/web/guest/documentos-e-legislacao3> Acesso em Abr. 2018. SEDUC/AM - Secretaria de Estado da Educação, Dados 2016. UEA - Universidade do Estado do Amazonas. Histórico (© 2001 - 2018). Disponível em:<http://www3.uea. edu.br/sobreuea.php?dest=historico> Acesso em: Abr. 2018. UEA - Universidade do Estado do Amazonas, Dados 2016.




Fonte: SEPLANCTI

Figura 16.1 Desmatamento por quilometro quadrado em 2016

228 Amazonas em Mapas


Taxa de Desmatamento

As taxas de desmatamento são obtidas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) por intermédio do projeto de desmatamento (PRODES) que realiza monitoramento por satélite. . Em 2016, o Estado do Amazonas fi cou em 4° lugar no ranking de desmatamento dos nove estados participantes da Amazônia Legal. Dentre estes, o estado com maior desmatamento foi o Pará, seguido do Mato Grosso e Rondônia. A fi gura 16.1 apresenta a distribuição espacial das taxas de desmatamento no estado do Amazonas em 2016. Em três municípios foram registrados desmatamentos com áreas entre 1.912 e 4.176 km². Cerca de 34% dos municípios do Estado apresentaram taxas de no máximo 223 km² de área desmatadas. O município de Lábrea registrou a maior área de desmatada em 2016 (4.175,7 km²). O ranking dos cinco municípios que apresentaram as maiores áreas desmatadas pode ser visualizado no gráfi co 16.1. Os cinco que mais desmataram representam juntos 33% de todas as áreas desmatadas do Amazonas. No comparativo entre 2015 e 2016, a taxa de desmatamento no Estado apresentou crescimento de 2,7%, passando de 37.153 km² para 38.171 km². Esse aumento pode ser explicado pelo incremento na taxa de alguns municípios. Novo Aripuanã, por exemplo, apresentou grande aumento entre 2015 e 2016, cerca de 15%.

Gráfico16.1 Cinco maiores municípios em desmatamento km² no Estado.

4.176 2.411 2.290 1.911

Lábrea

Boca do Acre

Apuí Manicoré

1.209

Novo Aripuanã

Fonte: INPE/PRODES, 2016.

meio ambiente 229


Focos de Incêndio

Os dados contabilizam as unidades de focos de incêndio ou calor obtidos no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) por meio do monitoramento de queimadas. As informações foram consideradas em todos os satélites de captação no período diurno e noturno. A queima da vegetação é um aspecto relevante de monitoramento, principalmente no período de estiagem. A fi gura 16.2 apresenta a distribuição espacial dos focos de incêndio nos municípios do estado do Amazonas em 2016. Lábrea e Barcelos apresentaram números alarmantes de focos de incêndio; com 22.618 e 16.547 respectivamente. Cerca de 27% dos municípios do Amazonas apresentaram entre 680 e 1.523 registros. O ranking dos cinco municípios com maiores números de focos de incêndio pode ser visualizado no quadro 16.2. No comparativo entre os anos 2015 e 2016, o Estado apresentou redução de 14% no número de focos de incêndio, quando passou de 130.804 em 2015 para 112.289 em 2016. Manaus, por sua vez, também apresentou retração de 46% em 2016 quando foi apurado 444 focos contra 822 em 2015.

Quadro 16.2 Maiores municípios em focos de incêndios.

Lábrea

22.618

Barcelos

16.547

Boca do Acre

10.531

Apuí

10.437

Novo Aripuanã

Fonte: SEPLANCTI

Figura 16.2 Número de ocorrências em 2016.

230 Amazonas em Mapas

Fonte: INPE/PRODES, 2016.

7.222


Unidades de Conservação Estadual

Fonte: SEPLANCTI, adaptado RDS, 2016.

meio ambiente 231


Unidades de Conservação Federal

Fonte: SEPLANCTI, adaptado MMA, 2017.


Terras IndĂ­genas

Fonte: SEPLANCTI, adaptado FUNAI, 2017.


Referências

Sigla APA - Área de Proteção Ambiental INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais FUNAI - Fundação Nacional do Índio MMA - Ministério Meio Ambiente PAREST- Parque Estadual PRODES - Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite. REBIO - Reserva Biológica RESEX - Reserva Extrativista RDS - Reserva de Desenvolvimento Sustentável Fonte Coordenação geral de observação da Terra, programas, Amazônia e outros biomas. Disponível em: <http://www.obt.inpe.br/prodes/index.php>



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