Gravidez
Trabalho Realizado por: Ana Silva Ana Mendes
na
AdolescĂŞncia
Índice • O Que é a Sexualidade? • A Adolescência e a Sexualidade • Quando se está preparado para ter relações sexuais? • Em que idade deve ser a primeira vez?
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Estarei grávida? A gravidez indesejada... Aborto: Talvez a melhor solução... Ajuda! Preciso de ajuda! Adopção: Devo dar o bebé a uma Instituição? Conclusão
O Que é a Sexualidade? •
A sexualidade é um termo abrangente que engloba inúmeros factores e não se encaixa numa definição única.
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Teoricamente, a sexualidade inicia-se juntamente com a puberdade, ou adolescência, por volta dos 12,13 anos de idade. Mas, contrariamente, na prática sabemos que não se configura exactamente dessa maneira.
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O termo “sexualidade” remete-nos a um universo onde tudo é relativo, pessoal e por vezes paradoxal. É o traço mais íntimo do ser humano e manifesta-se diferentemente em cada indivíduo, de acordo com as vivências e com a forma do mesmo.
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A noção de sexualidade como busca de prazer, descoberta de sensações proporcionadas ao toque ou contacto, atracção por outras pessoas (do sexo oposto e/ou do mesmo sexo), entre outras características é directamente ligada e dependente de factores genéticos e principalmente culturais. O conceito fluí directamente na sexualidade de cada um.
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Este tema muitas vezes é assunto “tabu” que está ligado a muitos preconceitos. Mas para evitar comportamentos de risco e consequências graves este assunto deve ser abordado pelos familiares. Devem tentar pôr a “vergonha” de lado e informar os filhos ou adolescentes próximos sobre este capítulo por que vão passar na sua vida.
A Adolescência e a Sexualidade • Com a adolescência vem a descoberta de um novo mundo, de novos sentimentos, de nós próprios, do nosso corpo. Começamos a tomar decisões, a tornarmo-nos mais autónomos e a ter o nosso espaço e a nossa vida. • Com a adolescência vem a puberdade e as mudanças a nível do corpo e da mente. Com todas estas novas descobertas vem a instabilidade. • É, normalmente, na adolescência que iniciamos a nossa vida sexual.
Quando se está preparado para ter relações sexuais? • Não existe uma altura certa em que se está preparado a iniciar vida sexual activa. Todos sabemos que somos diferentes uns dos outros, que nos desenvolvemos a ritmos diferentes. O mesmo se sucede com a sexualidade. • Em termos físicos, a idade na qual já não é perigoso iniciar a nossa vida sexual é por volta dos 14 anos. Durante a adolescência passamos por diferentes fases de desenvolvimento. • É importante perceber que ao mesmo tempo que as mudanças do nosso corpo vão acontecendo, a sexualidade que está a aparecer permite-nos aprender novas formas de dar e receber amor e carinho.
• Esta aprendizagem leva tempo, só no final da adolescência e princípio da idade adulta é que começamos a estar preparados totalmente, tanto física como psicologicamente, para assumir uma relação de confiança, intimidade e paixão e/ou atracção física. • Só numa relação construída deste modo podemos tanto viver plenamente o prazer e os aspectos positivos da relação, como enfrentar os riscos de saúde que o início da actividade provocam.
Em que idade deve ser a primeira vez? • Tal e como não existe uma altura certa para estar preparado a iniciar a vida sexual activa, também não existe uma data para a primeira vez. • Existem várias razões pelas quais um jovem se pode sentir atraído a ter relações sexuais pela primeira vez: o Como forma de conseguir maior proximidade; o Um modo de ter novas experiências; o Para provar a maturidade que se alcançou; o Para ser como os outros amigos e conhecidos; o Como um meio de encontrar alívio de certas pressões; o Para investigar os mistérios do amor; o Por desejos e atracções sexuais; o Por amor.
• Embora existam muitos motivos que levam os adolescentes a ter relações sexuais pela primeira vez e a continuar a actividade sexual, estes não são igualmente válidos, uns são mais credíveis que outros. • Foi feita uma investigação em que se pediu a adolescentes que explicassem o que os levou a ter relações sexuais pela primeira vez. Descobriu-se que: o 73% das raparigas e 50% dos rapazes tiveram relações sexuais pela primeira vez porque se sentiram pressionados a faze-lo; o 11% das raparigas e 6% dos rapazes escolheram o amor como a razão para terem deixado de ser virgens.
• Estes dados são preocupantes, pois a maioria dos adolescentes perderam a virgindade sem o realmente o desejar e/ou sem estarem preparados.
Estarei grávida? • Ao ter relações sexuais sem protecção, sem o uso de qualquer contraceptivo, o risco de engravidar ou de contrair DST’s (Doenças Sexualmente Transmissíveis) é enorme. Se tiveres alguma situação destas deves fazer um teste de gravidez e um teste para detectar DST’s.
• Gravidez: o Existem vários sinais que indicam uma gravidez: Falta de um ou mais períodos menstruais; Alterações do tamanho e da consistência das glândulas mamárias; Náuseas (enjoos) e vómitos; Outros sinais, como a fadiga, aumento da frequência urinária, sensações de cheiros estranhos e aumento da sensibilidade aos estímulos.
• Perante um ou mais destes sinais, sobretudo dos três iniciais, deves dirigir-te ao teu médico de família e/ou ginecologista a fim de confirmar a gravidez. • É feito um teste às urinas que confirma, com uma alta taxa de segurança, se ela existe ou não. •
Os testes vendidos em farmácias para serem feitos em casa também são bastante fiáveis. As falhas a eles atribuídas devem-se, em geral, a uma má técnica de execução por parte de que os compra.
• Outras técnicas mais sofisticadas podem ser utilizadas, como é o caso da ultra sonografia, vulgarmente conhecida como ecografia, que permite não só confirmar a gravidez como avaliar o tempo de evolução e vitalidade do feto.
A gravidez indesejada... • Engravidas-te e agora? • Sabes que não consegues passar por isto sozinha. • Deves falar com os teus pais mas tens medo da reacção. • Tens de contar ao pai da criança mas tens receio de que te abandone. • Não sabes se queres ter esta criança. • Mas no meio de tantas dúvidas, o que fazes?
• Devido a um comportamento de risco ou simplesmente devido ao facto de não terem usado qualquer modo contraceptivo, engravidas-te. • Tens de falar com o pai da criança pois ele, sendo o pai, também tem algo a dizer, também deve participar na tua decisão. • Tens de contar aos teus pais, sendo a reacção deles negativa ou positiva. • Tens de tomar uma decisão, se vais ter a criança ou fazer um aborto, até às 10 semanas pois se a tua decisão for abortar para o fazeres legalmente só podes efectuá-lo até essa data. --------------------------------------------------------------------------o Muitas vezes, ou porque já sabem, imaginam ou têm medo da reacção do pai, omitem-lhe então a gravidez. o A maioria das adolescentes que engravidam não informam os pais da gravidez, pois o sexo continua a ser um assunto “tabu” no seio de muitas famílias, arranjando apoio nos braços de amigas/os. o Para muitas das adolescentes que se encontram nestas situações o tempo legal para abortar não é uma prioridade, efectuando depois abortos clandestinos ou caseiros.
Aborto • O Aborto é a interrupção voluntária ou espontânea da gravidez, matando o feto junto com os anexos ovulares. • As adolescentes, não querendo dar a conhecer nem aos pais nem ao companheiro da gravidez, recorrem ao aborto. Muitas utilizam métodos caseiros, outras consultam um médico e tomam a medicação indicada pelo mesmo. • Algumas adolescentes cometem um erro ao não recorrerem a um médico, pois ao fazerem um aborto sem quaisquer informações, com apenas a ajuda de um(a) amigo(a) pode provocar consequências graves. • Após ter abortado, já não sendo portadora do feto, as reacções do corpo podem ser variadas, diferenciando de pessoa para pessoa, podendo até, em casos extremos, vir a ter problemas, não só de saúde mas igualmente psicológicos.
Ajuda! Preciso de ajuda! • Após um aborto muitas adolescentes ficam com remorsos pelo acto, ou arrependem-se pelo terem feito, pois apesar de tudo era uma criança, um ser humano. • Outras têm a criança, não abortando e assumindo as suas responsabilidades. • Em ambos os casos, as adolescentes devem pedir auxílio a familiares, amigos ou a profissionais para as ajudar a superar ou um aborto ou a gravidez. • Muitas vezes os pais de algumas adolescentes, ao saberem da gravidez, não as aceitam, pois na nossa sociedade as gravidezes na adolescência e o sexo ainda estão envoltos em preconceitos. • Nesses casos existem instituições específicas para ajudar e acompanhar as raparigas que se encontram nestas situações complicadas.
Adopção: Devo dar o meu filho a uma Instituição? • Muitas adolescentes decidem não abortar e ter os seus filhos. Mas e depois? Como vão ser as suas vidas? • Para poderem assegurar uma vida melhor para os seus filhos, elas podem dá-los para adopção ou deixá-los ao cuidado de uma instituição ou até de uma família de acolhimento, não perdendo o contacto com os seus filhos. • Ao dá-lo para adopção, as possibilidades de poder, mais tarde, viver com o seu filho e ser a mãe que não pôde ser são limitadas. • Ao deixá-lo numa instituição, sem permissão para adopção, ou numa família de acolhimento, fazendo visitas diárias ou regulares e passando algum tempo com o bebé, esperando até poder “tê-lo” com ela, são boas decisões.
Conclusão • Com este trabalho percebemos a verdadeira importância de usar contraceptivos, de sermos responsåveis perante os nossos erros e perante os outros e compreendemos melhor certos assuntos neste trabalho abordados.