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A ERA DE INUVA'TAR

Toda cultura almeja uma solução para o significado da vida. Através desta busca eles vêm a mitificar os fenômenos no qual não conseguem compreender. A existência divina é algo que o ser humano sempre questionou e ao mesmo tempo abraçou solenemente, tal força inexplicável, que sem saber, lhe fornece força para compreender o inexplicável e obter forças contra o incompreensível.

Ao longo do tempo as religiões e os deuses mudam como o pensamento humano; os deuses surgem para humanizar a sociedade e levá-los a ter uma consciência espiritual única. O que o tempo não consegue mudar em relação à religião retorna as origens. Explicar de onde viemos, aonde estamos e para onde vamos é a essência da necessidade básica do homem sobre o desconhecido.

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A Criação

O Único

O único, fonte de poder eterno se encontrava cercado pelo vazio, olhando a sua volta ele decidir criar o Plano Material, então levantou seu poderoso "braço" e criou primeiramente os Navü’rs para sua adoração.

Com o poder da criação e a explosão que se fez em seguida, encheu-se o vazio de estrelas, formando assim o firmamento e com ele nasceram todos os Navü’rs.

Foram dezesseis, sendo eles: Hagr, Mays, Corllow, Töwer, Krân, Morûn, Meril, Pyrus, Dracus, Cronus, Hydrus, Navôr, Magnus, Stack, Lorean e Tourus.

O Único vendo a beleza de sua criação transferiu parte de seu poder a cada um dos seus filhos Navü’rs, dando a eles também o poder de criar.

Os Navü’rs, por adoração ao Único, decidiram utilizar do poder da criação. Reuniram-se então e o fizeram, criando mundos e cada um deu-lhes a beleza de sua alma.

Mas precisavam de algo mais, algo que os admirassem e adorassem sua beleza, seus criadores. Os Navü’rs criaram então sua maior obra, a vida.

Hagr

Foi o primeiro, de coração puro era o primogênito e o mais forte entre seus irmãos, irradiava o poder supremo do próprio ÚNICO. Olhou então para o mundo que criaram e disse:

“Que apareçam os homens. E que a nossa lei reine sobre eles”, e assim se fez.

Mays

Foi a segunda, a mais bela e vaidosa entre os Navü’rs, olhou para o mundo e vendo que todos os homens eram iguais falou:

“Que haja diversidade”.

Olhou novamente e viu que agora haviam homens brancos, negros, amarelos, loiros, morenos, ruivos e a variedade só aumentava com o tempo. Mas ainda faltava algo. Olhou novamente aos homens e disse:

“Que esse tenha seu oposto, de beleza nata e inigualável” e assim se fez; a beleza feminina passou a habitar a terra.

Corllow

O terceiro a se pronunciar, o ser de pura bondade e o segundo mais poderoso entre os Navü’rs.

Olhando para a criação ele disse:

“Da mesma forma que nós recebemos nossa liberdade de escolha, eu livro todos os seres para que tenham liberdade de escolha e adoração, e que eles saibam o que é o certo e o errado perante as leis de Hagr, e que saibam que todos seus feitos serão pesados na sua balança no final de seus dias”.

Vendo que os homens se corromperam facilmente na maldade, e fugiam da lei de Hagr, ele criou os Elfos, fadas e seres místicos de bondade natural, para que estes o representassem em terra e reparassem o mal que corroía o coração dos homens quando lhes deu liberdade de escolha.

Töwer

Olhou para o mundo e viu que este evoluía rapidamente e que brevemente o espaço ficaria restrito. Disse então:

“Que os humanos façam guerra para conquistar seu espaço neste mundo e que as criaturas lutem, porque a luta me engrandece. A guerra traz a renovação e a esperança e reforça os elos perdidos”.

Vendo como eram fracos os homens na arte da guerra, ele ergueu as mãos e da rocha surgiram os anões; fortes em bravura e coragem.

Morûn

O terceiro em maior poder, mais também o mais ganancioso dos Navü’rs invejou a criação dos seus primeiros irmãos e adiantando-se, ergueu as mãos ele disse:

“Eu crio o fim dos humanos e de todas as criaturas que respiram, pois vejo que tais míseras criaturas não são dignas de nossa atenção, e assim encerramos esta reunião”.

Cronus

O mais ponderado de todos os Navü’rs, interveio. Olhou a sua volta e fixou os olhos em Morûn dizendo:

Não repudiarei a vontade de meu irmão, mas também não deixarei que tudo criado até aqui seja consumido, assim, ordeno que tudo que respira deva ser consumido, mas, todos merecem seu tempo, tempo de aprendizado e de crescimento. Após isso, todos serão consumidos por minha criação. Se eles não forem destruídos por si mesmos, como disse Töwer, eles terão O TEMPO que merecem para crescer, eu lhes dou esse tempo”. E assim se fez o tempo.

Krân

O irmão cruel de Morûn, nascidos de um único centro de energia, herdeiro da força devastadora do Único, olhou para todos com desdém e disse:

“Eu não dou escolha a meus súditos, eles farão a minha vontade. Crio a discórdia entre os homens para que o caos me fortaleça”. Olhou então para alguns homens e estes sofreram em dor com o seu ódio, assumindo formas horrendas. Assim se fez os primeiros Trolls.

Estes são os relatos contidos no Livro da Sabedoria, um livro escrito pelos deuses na Era de Inuva’ tar - a era em que os deuses reinavam - e o relato apocalíptico do que viria a ocorrer com primeira destruição da criação.

:: Diagrama da Criação ::

Os ENDÜ´RS

Os Endü’rs também são filhos da criação, nasceram no exato momento que os Navü’rs foram criados, mas estão longe de serem Navü’rs. Imperfeitos, inferiores em poder e grandeza, mas ao mesmo tempo muito superiores as criações dos Navü´rs, os mortais.

O poder criador do único foi imenso no momento da criação e a medidas que os Navü’rs eram criados, parte deste poder dava origem a diversos Endü’rs, alguns mais poderosos outros menos, e tais seres surgiram para servir aos Navü’rs.

Como não eram nem deuses, nem mortais, os Endü’r tinham algo de grande valia para os Navü’rs, eles eram capazes de viajar entre os planos. Podiam viajar para o Plano Material sem causar a destruição do tecido da realidade, o que não era permitido as divindades.

Os Endü’rs passaram a servir os Navü’rs e a levar até a criação o conhecimento a eles destinados, tornaram-se pastores de um "rebanho" formado por Elfos, Humanos, Anões e outras infinidades de seres que surgiram com a criação.

Ocorreu que alguns Navü’rs se rebelaram contra o panteão e deixaram o Palácio de Halos, o palácio onde florescia o poder do ÚNICO. Quando estes Navü’rs se afastaram, levaram com eles uma legião de Endü’rs que os serviam. Estes se tornaram os primeiros caídos.

Os Navü’rs que se rebelaram, passaram a ser conhecidos de Eloü’rs que significa Caos na língua celestial. Os Endü’rs que os acompanharam, passaram a ser chamados de Taunü’rs, os esquecidos.

Os Eloü’rs odiavam a criação e tinham como objetivo destruí-las, mas os Navü’rs e os Endü’rs a defendiam, e uma guerra se instalou nos Planos da Criação se estendendo até o fim da existência.

No início, o poder da criação dos Navü’rs fluía pela superfície e alimentava planícies, florestas, mares e desertos. As criaturas daquela época eram magníficas e o poder concedido a elas era inimaginável. Podiam viver séculos sem envelhecer e morrer.

Esta época gerou grandes líderes, grandes artefatos foram forjados e a estes líderes foi dada a missão de guiar seu povo.

A ERA DOS ENDÜ´RS

Entre 130 mil e 12 mil anos antes da era dos Homens

Os Primeiros Senhores

Logo após a criação, os Navü’rs escolheram três Endü´rs e os enviou para guiar e proteger as criaturas contra os Taunü’s que poderiam ser enviados pelos caídos.

Estes Endü’rs tinham a missão de guiar, ensinar e proteger a criação dos Navü’rs durante seus primeiros anos de existência. Foram os escolhidos: Barla, Aél e Merkhul.

Esta trindade era única entre os Endü’rs, os três surgiram de uma única fagulha de poder no momento da criação, assim, eram os mais fortes entres os Endü’rs, quase Navü’rs, já que não nasceram diretamente de nenhum Navü’r como os demais Endü’rs.

Alguns teólogos acreditam que os três irmãos eram para ter sido um único ser e seriam considerados o 17º Navü’r, mas esse poder se dividiu em três, criando assim poderosos Endü’rs, e os mais próximos em poder dos Navü’rs, mas ainda assim, incomparáveis a eles.

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