Semana do Empreendedor 2010

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Edição 01 / 2010 - Distribuição Gratuita

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Como seria bom se a natureza tivesse mais verde e a cidade tivesse mais vida, com menos poluição e congestionamentos. Andar de ônibus ajuda a diminuir a emissão de poluentes nocivos à saúde, promove a redução de veículos nas ruas e rodovias e estimula a harmonia na sociedade. Andar de ônibus é bom, seguro e confortável. É bom para todos, inclusive você!

APROXIMANDO

PESSOAS

marcopolo.com.br

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5ª SEMANA DO EMPREENDEDOR em revista

>>Palavra da presidente da ACI

O evento

Capital do empreendedorismo

rial, jovem, educacional, sustentável, turístico e rural. A mobilização gerada em muitas das 80 ações que compuseram a programação foi emocionante para aqueles que acreditam e lutam pela causa e sabem das dificuldades que é empreender no Brasil. Percebemos que muitos dos que buscam realizar o sonho em empreender novas frentes muitas vezes perdem o fôlego pela falta de preparo seja por motivos econômicos ou pouco contato com informações que facilitariam a vida desses empreendimentos. Iniciativas como a Semana do Empreendedor são oportunidades de democratizar o acesso ao conhecimento sobre esses temas para todos. Foi importante ter o apoio de empresas, poder público e organizações buscando a sustentabilidade deste projeto, sem precisar cobrar qualquer valor dos participantes. Informamos que todos os momentos da Semana do Empreendedor foram documentados em fotos, vídeos, relatórios e clipagens com repercussão na mídia. O material deixará eternizado às futuras gerações que a sociedade de Santa Cruz do Sul há muito se preocupa com o desenvolvimento regional – a nossa missão – fomentando empreendedores que se preocupem em tomar atitudes susten-

táveis. Outra intenção com esse centro de registros e documentações é formalizar um projeto de sustentabilidade como forma de buscar apoio de investidores visionários que fortalecerão a Semana do Empreendedor Um agradecimento especial a equipe de coordenação, Mara Garske e Fabiane Rosa, ao público que prestigiou a programação e aos 24 parceiros que se uniram a este movimento e ajudaram a organizar as mais de 80 ações do evento que tornou a nossa cidade, repito sem cair no lugar-comum, a Capital do Empreendedorismo. Foto: Divulgação

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ara qualquer entidade que estivesse no lugar da ACI, chegaria a ser lugar-comum dizer que foi um grande desafio assumir a liderança nas atividades da Semana do Empreendedor de 2010. O peso desse compromisso ficou ainda maior se considerarmos que nas quatro edições anteriores quem coordenou os trabalhos com competência foi o Sebrae de Santa Cruz do Sul. Em menos de cinco anos, o evento se tornou referência no ramo empresarial. Com o lançamento desta revista, é possível olhar para tudo o que foi feito e afirmar que todas as expectativas foram superadas. Em todos os aspectos, desde a qualidade das organizações participantes na execução da semana aos palestrantes convidados. Por uma semana, me arrisco a dizer como presidente da ACI, empresária e cidadã, que Santa Cruz do Sul se tornou capital do empreendedorismo. Quem tem essa mesma convicção provavelmente está com esse pensamento por causa da participação da comunidade que aderiu e abraçou este evento. Conseguimos despertar na comunidade a autoestima daqueles que desenvolvem suas atividades dentro dos nove segmentos de empreendedorismo que neste ano foram abordados: cultural, social, tecnológico, empresa-

Áurea Helena Kops Binz

Desenvolver é criar oportunidades Associação Comercial e Industrial de Santa Cruz do Sul Fones: (51) 3713.1400 - 3713.1855 3 aci@aci-scs.org.br www.twitter.com/aci_scs www.aci-scs.org.br

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5ª SEMANA DO EM PREENDEDOR em revista

apresentação

PAPEL RECICLADO Reduzir, Reutilizar e Reciclar são as palavras da hora. Faça sua parte também!

expediente Projeto e Comercialização

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s organizadores do evento optaram pela criação de uma revista que mostrasse a dimensão da programação e onde pudessem constar as atividades desenvolvidas. Por isso, está sendo lançada a Revista 5ª Semana do Empreendedor, onde é possível conferir as atividades realizadas neste evento, que já é referência no calendário do município e regional. O tema “Negócios Sustentáveis” norteou mais de 80 ações envolvendo 24 entidades, em cerca de 200 horas de atividades. Com coordenação da Associação Comercial e Industrial (ACI) de Santa Cruz do Sul, o evento promoveu discussões sobre políticas de estímulo ao empreendedorismo como um caminho para o desenvolvimento. Destacou a importância da sustentabilidade e diversificação como meio de promoção do desenvolvimento socioeconômico. A ampla programação buscou atingir todos os tipos de empreendedores, desde aqueles que pretendem abrir uma empresa, até os intraempreendedores, os empresários experientes e aqueles que buscam empreender em benefício de segmentos da sociedade. As ações abordaram os cenários do empre-

endedorismo sustentável, tornando-se instrumentos importantes para as instituições envolvidas, que podem utilizar as informações obtidas de acordo com a sua realidade. Com ações realizadas em vários pontos da cidade, a Semana teve eventos temáticos, oficinas, cursos, exposições, palestras, seminários, fóruns, worshops, shows, assessorias, feiras e ações de entretenimento. Nestes eventos, houve discussão sobre a sustentabilidade em seus diversos níveis: dilemas globais e desafios socioambientais, questões econômicas e mercadológicas e suas implicações sobre a dinâmica empresarial. Para isso, a programação teve ações temáticas para o empreendedorismo cultural, social, jovem, rural, tecnológico, turístico, educacional, sustentável e empresarial. Nas páginas desta revista também será possível ver os cases do projeto “Minha Empresa, Minha História”, lançado este ano. Empresas que desenvolvem ações de sustentabilidade na região foram selecionadas para apresentar suas experiências nesta revista. As três merecedoras do destaque são: Uniodonto, Faccin Bicicletas e Ecolog Serviços Ambientais.

Mega Comunicação e Marketing Rua Tabelião Rudi Neumann, 106 Santa Cruz do Sul - RS CEP 96810 240 Fones: (51) 3715-2595 | 3056-2595 comercial@megacomunicacao.com.br

Coordenação: Mara Garske, Gláuci Allgayer e Roberta da Rosa

Edição e Textos: Cristina Severgnini (Jornalista Reg. MTb/RS 9231) Otimiza Comunicação Empresarial e Marketing otimizacomunicacao@terra.com.br

Diagramação / Arte: Álvaro Ivan Heming

Anúncios: Max Avelar, Susiane Severo e Álvaro Ivan Heming

Impressão: Gráfica Grafocem

Distribuição gratuita Mostra de uma inovação emreendedora. “5ª Semana do Empreendedor em revista“ Autorização ACI

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>>História

Semana do Empreendedor Programações para dar novo fôlego aos empreendimentos pessoais e profissionais

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Semana do Empreendedor de Santa Cruz do Sul chegou a sua quinta edição consolidada como um momento aguardado pelas pessoas empreendedoras de vários segmentos. Este sucesso ocorreu porque a ampla programação tem possibilitado a obtenção de informações e ideias para dar novo fôlego aos empreendimentos pessoais e, principalmente, profissionais. Desde a primeira edição, realizada em 2006, várias melhorias e ajustes foram implementados pelos organizadores. Com isto, o evento cresceu e agora tem intensas atividades durante seis dias, com atrações ocorrendo concomitantemente em vários pontos da cidade. Segundo Clóvis Glesse, um dos idealizadores do evento e representante do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas empresas (Sebrae), a Semana do Empreendedor nasceu em 2006, quando a programação oferecida entre os dias 27 e 30 de junho, teve como tema central “É hora de buscar novos caminhos”. O evento - até então inédito no Rio Grande do Sul - foi voltado à gestão empresarial. Especialistas falaram sobre tendências para micro e pequenos negócios e o público de cerca de 400 empresários acompanhou palestras e discussões

sobre aspectos importantes para garantir o sucesso dos negócios. De 14 a 17 de maio de 2007, o empreendedorismo voltou a ser debatido em Santa Cruz do Sul, na segunda Semana do Empreendedor, que teve como tema “Chegou a hora de descobrir com quantos pregos se faz uma

canoa”. Por meio de palestras, workshops, oficinas, visitas técnicas, apresentações de cases, cerca de 1,5 mil pessoas obtiveram informações para gerenciar pequenas

e grandes empresas e para abrir seus negócios. Um dos destaques do evento foi a participação de estudantes do ensino médio, que se juntaram aos empresários e jovens empreendedores. A terceira edição foi realizada de 26 a 30 de maio de 2008 e teve como tema “Empreendedor, você pode ser um!”. Vários especialistas trouxeram ideias inovadoras para o público participante. Na programação, entre outros assuntos, houve debate sobre negócios criativos, biodiversidade, mercado externo, turismo rural, terceirizações e estratégias para o desenvolvimento. A rodada de negócios foi uma inovação com bons resultados para os empresários. A quarta Semana do Empreendedor teve como tema “Venha amadurecer suas ideias” e foi realizada de 25 a 29 de maio de 2009. As atividades foram de palestras com especialistas e empresários de sucesso a debates, oficinas, workshops, exposições, minicursos e feira de miniempresas com mostra de produtos. Os principais assuntos foram empreendedorismo rural, indústrias criativas, linhas de crédito, atendimento, inovação, liderança e vendas.

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>>Abertura

Importância da estratégia e do planejamento Tema foi ressaltado pelo gerente de Estratégia e Marketing da Marcopolo Foto: Christofer Dalla Lana

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gerente de Estratégia e Marketing da Marcopolo, Walter Eduardo Cruz, palestrante da abertura da 5ª Semana do Empreendedor, deu ênfase à importância da estratégia e do planejamento para o sucesso empresarial. Ao falar do processo de internacionalização da empresa, que conta com quatro fábricas de carrocerias no Brasil e oito em outros países, ele apontou a necessidade de estabelecer metas, ter o máximo em informações e fazer análises minuciosas a cada inovação pretendida pela empresa. Cruz também levou aos presentes o recado de que a crise é época de crescimento, de inovar e de investir. “Nós passamos pela crise sem tomar conhecimento dela”, disse. Em 2009, a Marcopolo lançou uma nova geração de ônibus, em plena época de instabilidade financeira mundial. “Tivemos um sucesso fantástico e o que estávamos prevendo fechar de negócios em dezembro, fechamos em setembro” contou. “A crise é um momento para criação, é quando aqueles que são fortes, fazem”, enfatizou. “Quando surgiu a crise, em 2008, analisamos o que poderia ser feito, quais eram os riscos e quais seriam os pontos positivos que tínhamos para enfrentá-la”, contou. “Controlamos todos os recursos e fomos fazendo todo o planejamento das fábricas”, explicou. A empresa fundada há 61 anos, em Caxias do Sul, atualmente tem capacidade de produção de 160 unidades por dia,

Abertura: público lotou Auditório Central da Unisc

a Marcopolo. Graças ao sucesso alcançado com o lançamento do ônibus Marcopolo, o crescimento contínuo consolidou a organização, que já produziu em suas fábricas mais de 200 mil carrocerias. São mais de 10 mil profissionais no Brasil e 18 mil no mundo todo. Presente em 100 países, a companhia é líder do mercado brasileiro no segmento ônibus e uma das maiores fabricantes do mundo. Em 2010, a estimativa é de que a produção chegue a 35 mil carrocerias, contra 19 mil registradas em 2009. Ao falar do processo de internacionalização, Walter Cruz disse que a

análise do ambiente é muito importante. Organização empresarial local, legislação, hábitos da população, logística e disponibilidade de mão de obra são alguns dos fatores a serem analisados. Com fábricas na China, Argentina, Egito, África do Sul, México, Colômbia e Índia, a Marcopolo precisou suspender as operações na Rússia e em Portugal ao analisar os efeitos da crise econômica na Europa. Mas, as operações já voltaram a ficar em alta no exterior. No Brasil, três unidades ficam em Caxias do Sul e uma no município de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. 7

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>>Abertura Foto: Christofer Dalla Lana

Transporte coletivo As estratégias de desenvolvimento da Marcopolo apostam no fato de que os transportes massivos serão a grande saída para desafogar o trânsito. Mas a sua efetiva implantação está condicionada aos órgãos públicos, que são os detentores da decisão. Segundo Walter Cruz, um estudo feito na Alemanha apontou que a ocupação média no mundo é de 1,2 pessoa por automóvel. “Esse número significa que 60 automóveis equivalem a um ônibus, ocupam muito mais espaço e poluem 100 vezes mais”, comparou. O diretor revelou que, para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, a empresa trabalhará com projetos de transportes massivos nos corredores de ônibus. “As cidades estão paradas por causa do trânsito.”

Foto: Christofer Dalla Lana

Autoridades acompanharam abertura da programação

O empreendedor

é visto como alguém que tem a atitude diferente de fazer algo novo.” Walter Cruz: crise é momento para inovar e investir

Áurea Binz: empreendedor é quem tem a atitude diferente de fazer algo novo

ACI Ao fazer a abertura da Semana do Empreendedor, a presidente da Associação Comercial e Industrial (ACI) de Santa Cruz do Sul, Áurea Binz, falou do objetivo de levar o máximo em conhecimento para todos os públicos empreendedores. “O empreendedor é visto como alguém que tem a atitude diferente de fazer algo novo”, disse. “Queremos que as pessoas tomem a iniciativa e empreendam”, completou, lembrando dos eixos abordados: empresarial, cultural, rural, social, jovem, turística e tecnológica.

Prêmio MPE Brasil A abertura da programação da Semana também foi o momento de lançamento regional do “MPE Brasil, Seja um Vencedor - Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas”. Liane Klein, gerente do Sebrae Vales Taquari e Rio Pardo, lembrou que as categorias são agronegócio, comércio, indústria, serviços de educação, serviços de saúde e serviços de tecnologia de informação. Ela também falou dos casos de sucesso de empresas locais, como a indústria Tecnilange, que venceu 12 mil concorrentes na etapa estadual em 2009. Na fase nacional, ficou em 34º lugar entre 58 mil.

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>>Intraempreendedorismo

Em palestra promovida pelo Senac, o psicólogo e mestre em Educação, Sergio Guimar Pezzi, abordou o tema “Educação e empreendedorismo: o que, para que e para quem”. Na ocasião, ele destacou a importância do empreendedorismo na educação como forma de evolução nas escolas do Rio Grande do Sul e do país. “Não podemos estreitar nosso modo de ver”, disse, salientando a importância de aprender, estudar e se especializar. Lembrou também que a educação tem ligação com os fundamentos de empreender, que é ousar, e praticar algo apesar das dificuldades. Pezzi comentou ainda que faltam pessoas qualificadas para os empregos, o que ocorre porque não querem ou porque não estão aptas a evoluir. “As perspectivas são sombrias em relação à realidade que contempla a educação e o empreendedorismo e fico preocupado, pois vejo que o Rio Grande do Sul decresceu na área do ensino”, afirmou o psicólogo. E acrescentou que os profissionais da educação têm que olhar criticamente a escola onde trabalham. “Para ser empreendedor não basta saber escrever, é preciso fazer ligação e é nisso que as escolas pecam”.

Senac

Programação especial de palestras abordou desenvolvimento profissional

Sergio Pezzi: olhar criticamente a educação

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Escola de Educação Profissional do Serviço Nacional do Comércio (Senac) de Santa Cruz do Sul preparou algumas palestras e oficinas com o objetivo de disseminar ideias de empreendedorismo. A diretora do Senac, Viviane Bertholdi, ressaltou a importância do evento. “Ficamos honrados em poder contribuir”, disse. Uma das atividades especiais foi a palestra “Empreendendo na empresa: as características do profissional realizador”, com Ricardo Leite, instrutor nas áreas de liderança, relacionamento, atendimento, marketing e vendas. Ao falar sobre as competências e o perfil do profissional realizador, ele disse que existem algumas características que devem ser desenvolvidas pelo profissional empreendedor, principalmente aquele que atua dentro de uma empresa já constituída, o chamado intraempreendedor. As principais competências, segundo o palestrante, são a disponibilidade para mudanças, a iniciativa a disposição para inovar. Leite salientou que, quando se fala em empresa, os profissionais precisam estar sempre atentos a qualquer movimento do mercado. “Apenas preço, condição de pagamento, produto e tecnologia, não vão garantir a manutenção de diferencial por muito tempo”, disse. “Os produtos, preços e tecnologias podem ser copiados, mas as pessoas são únicas”, salientou. “As pessoas são motivadas, dispostas ou não, que elaboram e que implementam os processos de trabalho”, acrescentou. “As pessoas precisam saber onde querem chegar e, automaticamente, estarão mais dispostas a inovar”, explicou.

“O diferencial está no capital humano de qualquer organização.” Outra característica importante na visão de Ricardo Leite é o foco nos resultados. “Está todo mundo empenhado em fazer o melhor e o diferencial não é fazer o melhor e sim fazer diferente”, ressaltou. “A criatividade é fundamental no perfil do profissional realizador dentro de uma empresa”.

As pessoas

precisam saber onde querem chegar e, automaticamente, estarão mais dispostas a

Foto: Christofer Dalla Lana

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Educação e Empreendedorismo

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inovar.”

Ricardo Leite: em qualquer organização, o diferencial está nas pessoas

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>>Leis de Incentivo

Financiamentos de projetos culturais Empreendedorismo cultural teve espaço na programação da 5ª Semana Foto: Cristina Severgnini

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m seminário ministrado pela Secretaria Estadual de Cultura em parceria com a ACI e a presença do secretário do Ministério da Cultura, Henilton Parente de Menezes, foram momentos de discussão sobre os financiamentos a projetos culturais. Os empreendedores culturais tiveram a oportunidade de discutir tanto a política de distribuição de recursos estaduais como federais. Um dos eventos foi o Seminário de Capacitação da Lei de Incentivo à Cultura (LIC), realizado durante todo o dia 25 de maio. O coordenador do sistema LIC no Rio Grande do Sul, Fábio Rosenfeld, e o assessor técnico Rafael Balle, explicaram como funciona a avaliação das solicitações de recursos. Eles também deram dicas sobre as formas de apresentação dos projetos para não prejudicar os serviços de avaliação, nem ter os recursos negados. Os palestrantes comentaram que a LIC garante R$ 28 milhões em recursos por ano, mas o preenchimento incorreto do formulário impossibilita a análise de diversos projetos. Conforme Fábio Rosenfeld, R$ 10 milhões do orçamento no ano de 2009 não foram usados. Disse que foram apresentados R$ 107 milhões em solicitações, mas a falta de dados impediu a apreciação de muitos deles. “Sobraram recursos, isto por falta de bons projetos, bem formatados”, disse. Rosenfeld explicou que os projetos são instrumentos de programação e planejamento que visam alcançar

Empreendedores culturais buscaram mais informações em seminário no Centro de Eventos do Charrua Hotel

objetivos, envolvendo um conjunto de operações limitadas no tempo. Alertou que quanto mais informações e mais objetivas forem, é melhor para análise. Por exemplo, o ano de realização de um evento precisa ter o dia de início e o final. Lembrou que um erro comum cometido frequentemente é a data que, muitas vezes, não confere com a programação. O palestrante salientou ainda que a finalidade deve ser cultural e o que não se enquadra é automaticamente excluído. São considerados os projetos que envolvem cinema e vídeo, literatura, restaurações de acervo e patrimônio histórico, música, artesanato e folclore,

educação direcionada às artes e cultura, e reforma e construção de teatros, cinemas e casas de cultura. Porém, Rosenfeld disse que houve maior democratização à informação depois do recadastramento dos produtores, porém há espaço para poder trabalhar melhor com os recursos da cultura. Com o cadastramento, o número de produtores passou de 3,5 mil no Estado para 720 mil. “Com isto, as verbas deixaram de ser concentradas nos projetos de pouco produtores”, explicou. Já Rafael Balle falou sobre os documentos necessários, e as instâncias de avaliação pelas quais passam os projetos até a avaliação final.

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Mudanças na Lei Rouanet

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utra atividade relacionada aos financiamentos culturais foi a reunião-almoço com o secretário do Ministério da Cultura, Henilton Parente de Menezes, também promovida pela ACI. Na ocasião, o palestrante falou sobre as propostas de alterações na Lei Rouanet de Incentivo à Cultura, que deverão mudar a política de distribuição dos recursos federais para ações culturais. A reforma é polêmica e tem gerado discussões, especialmente entre os produtores culturais e as empresas financiadoras de cultura, que poderão ser impedidas de direcionar porcentagem dos impostos para financiar atividades culturais. Segundo Menezes, a proposta, que tramita no Congresso Nacional, pode acabar com o desequilíbrio dos recursos destinados para atividades culturais. Disse que, mesmo depois de 20 anos, a atual Lei Rouanet não conseguiu resolver a grande concentração de financiamento nos estados de Rio de Janeiro e São Paulo. “Não dá para aceitar que 80% dos recursos destinados à cultura sejam alocados somente em dois estados e o resto do país não tenha acesso”, salientou. O representante do Ministério da Cultura criticou a lei em vigor dizendo que impede que sejam estabelecidas políticas compensatórias para a redistribuição mais justa dos recursos. “Tem causado uma distorção muito grande no trato com a cultura”, disse, lembrando que apenas 3% dos proponentes conseguem captar 50% das verbas. Salientou que a nova lei pretende corrigir essas distorções, propiciando uma distribuição mais equilibrada entre as regiões do país. Menezes defendeu ainda a proposta de emenda constitucional (PEC) 150 do Plano Nacional de Cultura, que deverá obrigar a União a destinar 2% dos recursos à cultura, o Estado 1,5% e os municípios 1%. O palestrante disse ainda que as cidades brasileiras devem criar as suas próprias leis de incentivo e falou da intenção do governo de criar o vale-cultura para que as classes econômicas mais baixas tenham acesso a produtos culturais. Ele também criticou a invasão do cinema norte-americano no Brasil. “Isso é um problema gravíssimo que lida com poderes que fogem à nossa governabilidade”, disse. Lembrou de uma pesquisa do Itaú Cultural realizada em 1997, que apontou que os dois filmes mais assistidos no Brasil eram norte-americanos. “Nesse mesmo ano, o Brasil produziu 100 filmes, mas a maioria não conhece.”

Iran da Costa Pas Produtor Cultural

“Todo tipo de iniciativa e fomento que coloca a cultura num patamar de existência e relação social, é extremamente importante. E, quando se pensa a lógica de empreendedorismo e se coloca a cultura dentro desse contexto, automaticamente está se posicionando esse ativo social como algo fundamental numa visão de crescimento e desenvolvimento. Sob essa ótica, a participação da cultura na 5ª Semana do Empreendedor deve ser elogiada em todos os sentidos.”

“Os esclarecimentos sobre a Lei de Incentivo à Cultura foram muito importantes porque temos um problema sério com o número de rejeição de projetos, talvez por inabilidade nossa na hora de formular os projetos ou por falta de informação ou de qualificação. Então, se torna necessária essa interação com os técnicos da LIC para que se possa melhorar a elaboração dos projetos. Embora eu discorde do atual modelo, que faz com que se tenha que pedir favor às empresas para usar dinheiro público, a discussão é sempre válida.”

Foto: Christofer Dalla Lana

Foto: Cristina Severgnini

Neidmar Roger Charão Alves Delegado Regional do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversão do RS

Foto: Cristina Severgnini

>>Opinião de quem pa rti

cipou

Fábio Rosenfeld: grande número de projetos rejeitados por problemas de elaboração

Henilton Menezes: melhorar distribuição dos recursos da Lei Rouanet

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>>Geração Click

O despertar para o em

Atividades incentivaram uso de recursos tecnológicos para obter informaçõ

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m dia inteiro de programação direcionada especificamente aos jovens fez parte da 5ª Semana do Empreendedor. A velocidade da informação é a marca da Geração Click. Os estudantes vivem num mundo bastante dinâmico e usam as ferramentas da internet para se comunicar e interagir com o mundo. E o desafio das atividades foi mostrar que os recursos disponíveis e a facilidade em obter informações devem ser usados para empreender. Foram várias atividades realizadas no ginásio da Comunidade São João Batista, todas falando a linguagem dos jovens e com vistas a despertar o espírito empreendedor. Com animação dos apresentadores da Rádio Gazeta FM, as palestras e atividades para os estudantes do ensino médio tiveram também momentos de descontração, numa ação inovadora dentro da programação do evento. Os comunicadores Maiquel Thessing, Fábio Pagliuca e Pepe Soares conversam com a gurizada e distribuíram brindes. Um dos palestrantes foi o executivo da Associação Santa Cruz Novos Rumos, Carlos Esau, que buscou fazer com que os jovens refletissem sobre as oportunidades. Ele levou a mensagem de que os recursos tecnológicos amplamente usados, como MSN, Orkut, Twitter e Facebook, podem se transformar em grandes aliados para aqueles que buscam empreender. Disse que, além de serem ótimas redes de relacionamento, coisas que não existiam para as gerações anteriores, a facilidade de obter informações é um grande diferencial para os jovens da atualidade.

Programação direcionada aos jovens empreendedores foi realizada na Comunidade São João Batista

Ao comentar que a geração atual está cercada pela instantaneidade das informações, Esau ressaltou que os estudantes precisam canalizar isso para o crescimento pessoal. “Tornar-se empresário hoje está muito mais fácil por causa dessas ferramentas”, disse. Mas lembrou que a capacitação deve ser constante porque as mudanças ocorrem muito mais rápidas, a cada momento surgem tecnologias que favorecem novas descobertas. Outra atividade da programação foi a apresentação de case Zappateria, com Daniel Ferreira da Silva, um jovem empreendedor que buscou a customização de calçados para apresentar um diferencial nos seus serviços. Falou sobre

sua trajetória desde estudante, quando observava o mercado. Após pesquisar o perfil das sapatarias tradicionais, viu a possibilidade de ter na customização seu diferencial. “Não é tão difícil assim a gente sair da zona de conforto e tentar fazer alguma coisa, por mais difícil que pareça ser”, disse. “Às vezes, a oportunidade está bem próxima, basta a gente percebê-la”, salientou. Já a apresentação das atividades da Aiesec foi feita por André Mauren e Camila Assmann, que falaram sobre liderança e qual é o papel dos jovens para o futuro. Eles disseram que a Aiesec incentiva os jovens a criarem um impacto positivo através de liderança e intercâmbio. “Para conseguir enviar

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empreendedorismo Foto: Cristina Severgnini

Foto: Christofer Dalla Lana

nformações

Foto: Cristina Severgnini

Animadores da Rádio Gazeta levaram mensagem falando a linguagem dos jovens

estudantes e trazer jovens de todas as partes do mundo para cá, a gente tem uma estrutura que funciona como uma empresa, com setores de comunicação, recursos humanos, finanças e marketing”, disse Camila. O momento teve a presença da intercambista holandesa, Iris de Kort, que falou sobre sua experiência ao buscar

conhecimentos e experiências em outros países. Outros temas abordados no evento da Geração Click foram planejamento financeiro, ferramentas de tecnologia da informação e importância de aprender idiomas, ministrados por docentes do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).

Carlos Esau: ferramentas da internet representam oportunidades e facilidades

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>>Geração Click

Controle das despesas pessoais

Senai: mostra de projetos premiados

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Senai Entre as atrações para a Geração Click, teve ainda e exposição de Mecatrônica do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), com a presença de alunos que foram medalha de ouro estadual nas Olimpíadas do Conhecimento. O espaço teve mostras dos projetos desenvolvidos e premiados em concursos e informações sobre as inscrições para os cursos. “Temos o privilégio de ter estes alunos dentro do Senai e a instituição estimula para que desenvolvam essas capacidades”, lembrou a orientadora educacional da Escola de Educação Profissional Carlos Tannhauser, Marli Henker.

Jaqueline Silveira: importante começar controlando despesas pessoais

não será possível comprar tudo o que se deseja, mas sim tudo o que se precisa. Para facilitar o planejamento das finanças pessoais, ela aconselha a elaborar uma planilha para monitorar os gastos semanais ou diários. E lembra que é importante traçar metas, como organizar as despesas sempre pensando em reservar algum valor, que deve sobrar no fim do mês.

“Na palestra sobre empreendedorismo deu para aprender bastante, que se deve enfrentar novos horizontes, não só pensar em festas, mas sim em investir nas coisas que se está ganhando. A gente não pode só pensar no agora, mas também projetar mais pra frente, o futuro. Na verdade, se tem o mundo nas mãos, é só saber usar os recursos.”

Caroline Becker, 16 anos Estudante

Foto: Cristina Severgnini

>>Opinião de quem participou

Foto: Cristina Severgnini

controle das finanças de uma empresa é fundamental para o sucesso no mundo dos negócios. É preciso ter pleno conhecimento sobre os recebimentos e pagamentos e se o saldo confere com as entradas e saídas de dinheiro. Essa prática deve começar cedo e cuidando das despesas pessoais. A dica foi dada professora do Senac, Jaqueline Silveira, na oficina “Planejamento Financeiro - a importância do controle das despesas pessoais”, durante a programação da Geração Click. Segundo a palestrante, a visão empreendedora começa em simples atitudes do dia a dia, pequenas ações que podem resultar em uma grande diferença no final do mês. Mas, ter controle das despesas pessoais não é fácil e implica em mudança comportamental, principalmente em controlar a compulsão por compras. Jaqueline fez um alerta sobre as propostas tentadoras do comércio, como as facilidades de pagamento, pois, quanto maior o número de parcelas, maior o risco de inadimplência. Controlando os impulsos e estabelecendo prioridades, com certeza

“Com essas palestras, deu pra gente ver que qualquer um pode conquistar um bom futuro, é só ter vontade, dedicação, se empenhar e procurar se informar. Isto porque hoje em dia nós temos recursos suficientes e quem quer consegue. É só tirar bom proveito da tecnologia e da informação que a gente tem hoje em dia.”

Igor Antônio Figueira, 16 anos Estudante

IDB Informática 14

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>>Ensino

Qualificação profissional Painelistas debatem a educação como uma estratégia de desenvolvimento e empregabilidade Foto: Cristina Severgnini

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realização do III Seminário de Qualificação Profissional possibilitou o debate sobre o tema “Qualificação Profissional - uma estratégia de desenvolvimento” durante a Semana do Empreendedor. Realizado na Sede do Sindilojas, o evento contou com a presença da presidente da ACI, Áurea Binz, do professor-doutor Moacir Fernando Viegas, e do chefe de Divisão de Atendimento ao Trabalhador da Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) Luiz Müller. Também fizeram parte do debates o secretário da Comissão Municipal de Emprego (CME), Paulo Lima; a conselheira da Comissão Estadual de Emprego, Maria Helena de Oliveira; e o coordenador de Departamento de Economia Solidária da Secretaria de Desenvolvimento e integrante da Comissão Municipal de Emprego, Jonas Mello de Oliveira, entre outros convidados. Houve análise e discussão sobre o atual modelo de geração de emprego e renda com vista a subsidiar os municípios da região a aumentar e melhorar seus projetos de qualificação profissional. Com a participação de cerca de 70 pessoas, entre dirigentes sindicais, líderes comunitários, estudantes e representantes das diferentes categorias de trabalhadores, o debate teve foco na relação entre qualificação profissional e o mercado de trabalho. Áurea Binz e Paulo Lima fizeram uma explanação sobre a composição da Comissão Municipal de Emprego, os objetivos e ações em andamento e em planejamento. O professor Moacir Viegas apresentou pesquisa realizada pelo

Debatedores abordaram profissionalização

Núcleo de Pesquisa da Universidade de Santa Cruz do Sul (Nupes/Unisc) com base nos dados do Sistema Nacional de Emprego (Sine), que demonstrava a alta escolaridade dos trabalhadores desempregados de Santa Cruz do Sul em comparação com o restante do Brasil. Ele também ressaltou o problema da falta de profissionalização técnica para ocupar as vagas de emprego existentes na região. Por sua vez, Luiz Müller lembrou que, na atualidade, o mais importante é aprender a fazer, o que as pessoas podem conseguir tanto no ensino técnico como no superior. Ele disse ainda que, após anos de discurso reafirmando a ideia de que somente o curso superior poderia ser o caminho para o jovem conseguir um trabalho decente, as pessoas não querem mais fazer serviço braçal, como se não fosse digno. Porém, Müller salientou que o diploma não garante colocação no mercado de trabalho. E, quando consegue, nem sempre recebe remuneração condizente com o alto investimento

Seminário no Sindilojas teve auditório lotado

financeiro e de tempo de dedicação que exige o curso superior. “Apostar na qualificação dos trabalhadores é apostar no desenvolvimento do Brasil”, destacou o representante do MTE. Ele disse ainda que é importante a valorização das profissões para que as pessoas tenham autoestima e sintam satisfação aos realizar qualquer tipo de trabalho. Já a conselheira da Comissão Estadual de Emprego, Maria Helena de Oliveira, destacou a importância do trabalho feito em Santa Cruz do Sul. Citou como exemplo o curso de padeiro e confeiteiro realizado no Loteamento Beckenkamp, onde existe uma parceria com o setor empresarial, o que dá aos participantes as oportunidades de contratação imediata. 15

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>>Empreendedorismo rural

Turismo, agroindústrias e plantio florestal Sugestões e possibilidades apresentadas valorizam os recursos existentes

Foto: Cristina Severgnini

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m evento coordenado pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), a Semana do Empreendedor possibilitou reflexões e apontou caminhos e possibilidades de empreendedorismo na área rural. Algumas palestras e apresentações de cases mostraram o turismo organizado como uma das possibilidades de aproveitar as belezas naturais para agregar renda. Outras apresentações falaram sobre as possibilidades de agroindústrias e de cultivo de florestas. Segundo o vice-presidente da Afubra, Heitor Álvaro Petry, a Semana foi um verdadeiro mutirão de instituições num esforço de estimular o empreendedorismo. “Temos a convicção de que o meio rural possui um grande potencial e é isso que demonstramos com nossa participação”, disse. A programação de palestras foi aberta pela tursimóloga e membro da diretoria da Associação de Turismo do Vale do Rio Pardo (Aturvarp), Silvani Frantz, que falou sobre “Turismo no meio rural como atividade de renda”. Ela assegurou que as características da região são propícias ao desenvolvimento de atividades turísticas. Disse que a geografia, o artesanato, a gastronomia e as próprias atividades rurais são atrações para visitantes. Dalvo Schmidt, proprietário do Sítio 7 Águas, uma área de lazer em Boa Vista, interior de Santa Cruz do Sul, falou sobre seu empreendimento, que se tornou um dos locais mais procurados da região nos finais de semana.

Público lotou Adunisc para saber mais sobre empreendedorismo rural

Há 11 anos, o produtor rural passou a agregar valor à propriedade onde viveram várias gerações da família. “Hoje temos infraestrutura, cabanas, local para eventos, restaurante com pratos típicos, museu, área de camping e comércio de produtos coloniais. Ele disse que o negócio está consolidado e atualmente é administrado pelos filhos. Já o turismólogo Ruy Kelermann Junior falou sobre o seu empreendimento Rota Aventuras, que foi criado

para oferecer atividades de turismo de aventura no interior de Candelária. O negócio fez sucesso e atualmente vários outros valores foram agregados, como cabanas para hospedagem, serviço de bar e até internet wireless no meio da mata, às margens do Rio Pardo. Atualmente a Rota Aventuras oferece 14 produtos de turismo de aventuras. Ruy disse que o negócio foi criado após observar o potencial histórico e natural de Candelária.

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01 Silvani Frantz: potencial para o turismo rural 02 Kelermann: turismo de aventuras em Candelária 03 Dalvo Schmidt: centro de lazer em Boa Vista 04 Marinês Bock: agroindústrias 05 Juarez Pedroso: potencial da floresta 03

05

Florestas

O tema “Agroindústria para agregar valor” foi abordado pela engenheira agrônoma da Emater de Passo do Sobrado, Marinês Rosali Bock. Ao apresentar o case da Agroindústria Mulheres Guerreiras, ela disse que o a sustentabilidade é conseguida quando é possível dar condições para que as pessoas permaneçam no meio rural. “A agroindústria descentraliza a produção e leva ao desenvolvimento da comunidade local”, acrescentou. “Também proporciona novas formas de associação rural, de redes alternativas e forma vínculos no mercado local”. Ao falar sobre a agroindústria Mulheres Guerreiras, que tem a produção orgânica como diferencial, Marinês Bock lembrou que o sucesso é resultado de um trabalho organizado, com capacitação, estudo de viabilidade, cuidados com a matéria-prima e boas práticas de fabricação. Legalização, rótulos, adequação sanitárias são outros fatores importantes para aqueles que querem investir em agroindústrias. “No começo se encontra vários entraves, tudo é difícil, mas é preciso persistir”, disse.

“O potencial da floresta” foi o assunto apresentado pelo engenheiro florestal da Afubra, Juarez Pedroso Filho, no evento. Ele disse que o cultivo de florestas é uma oportunidade para empreender. “São importantes para a humanidade, auxiliam no controle climático e, além disso, constituem perspectivas de negócios”, salientou. Ao falar sobre a cadeia produtiva da madeira, Juarez Pedroso lembrou que possibilita negócios em vários estágios, desde toras até produtos madeireiros. Um caso bem sucedido de negócios com plantio florestal foi apresentado por Giovane Dalbosco, ao falar da serraria da família Dalbosco, em Boqueirão do Leão. Ele disse que, ao buscar diversificar as atividades da propriedade fumicultora da família, seu pai, Ademir Dalbosco, passou a criar frangos de corte e plantar florestas. Atualmente, a serraria é o ponto forte da propriedade, com vários funcionários. “Eu e meu irmão fizemos curso superior e continuamos na propriedade rural, administrando os negócios da família”, disse Giovane.

Carin Shultz: ouviu empreendedores do meio rural

Foto: Cristina Severgnini

Agroindústrias

Clarice da Rosa: sugestões para levar para propriedade

Foto: Cristina Severgnini

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>>Opinião de quem participou Foto: Cristina Severgnini

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Fotos: Cristina Severgnini

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Amanda Bublitz: motivação para melhorar a propriedade da família

Carin Shultz Aluna, escola Agrícola

“As palestras sobre empreendedorismo rural foram bem interessantes porque, além das palestras, tivemos a oportunidade de ouvir os verdadeiros empreendedores. O que nós pudemos ver foi bem focalizado, com a presença das pessoas que empreenderam seus negócios. Não foi coisa repetitiva e foi bem interessante.”

Clarice Luana da Rosa, Estudante, de Sinimbu

“Eu achei bem interessante porque o evento tratou das coisas que são ligadas ao nosso dia a dia. Tem muitas coisas que os palestrantes falaram que podem ser levadas para as nossas propriedades, pois a gente está buscando diversificar a propriedade, trazer novos produtos e ter lucro.”

Amanda Inês Bublitz Estudante

“Foi muito motivador para nós, pois somos filhos de agricultores. Foi um modo de a gente se espelhar nas pessoas que falaram dos seus negócios e buscar motivação. Acho que a partir disso, a gente passa a poder melhorar a propriedade das nossas famílias.”

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>>Empreendedorismo rural

Empreendimento hoteleiro em Rio Pardo

A

o perceber que a cidade histórica de Rio Pardo tinha muitas atrações turísticas, mas não contava com hotéis adequados para dar conforto aos visitantes, alguns empreendedores começaram a planejar a construção do Hotel Recanto do Imperador. O case do empreendimento foi apresentado pela gerente do hotel e turismóloga, Paula Maria Benevolo de Castro, durante a Semana do Empreendedor. A palestrante explicou que foram realizadas pesquisas para verificar a viabilidade da implantação do hotel em Rio Pardo e a possibilidade

apontou para o sucesso do empreendimento. Após a inauguração, o Hotel Recanto do Imperador possibilitou vários avanços para a cidade e influenciou até o poder público e a comunidade para melhorar o atendimento aos turistas. Atualmente, o hotel é sede inclusive de vários eventos que movimentam a cidade e agregam empregos e renda às pessoas. Além disso, Rio Pardo tornou-se um ponto de hospedagem também para eventos regionais. Por exemplo, as reservas esgotam meses antes para festas como a Oktoberfest e a Fórmula Truck.

Foto: Silvani Frantz

Iniciativa já traz benefícios para o turismo no município

Paula da Castro falou sobre implantações do empreendimento

Turismo na região A Semana do Empreendedor contou com várias palestras e apresentações de cases sobre o desenvolvimento turístico como uma possibilidade para os empreendedores, em especial o turismo rural. Segundo a turismóloga e membro da diretoria da Associação de Turismo do Vale do Rio

Pardo (Aturvarp), Silvani Frantz, o objetivo das atividades foi incentivar as pessoas que querem empreender a aproveitar as oportunidades. “Também é muito importante saber o que é preciso fazer antes de abrir um negócio ligado ao turismo, tem que fazer pesquisa e planejar”, explica.

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>>Experiência

Cases de sucesso Inovações foram apresentadas na 5ª Semana do Empreendedor

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lguns empresários que implantaram inovações em suas empresas foram convidados para falar de suas experiências, numa atividade conjunta entre a 5ª Semana do Empreendedor e a 11ª Semana do Curso de Administração da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). As apresentações dos cases empresariais foram realizados na universidade, com salas lotadas de alunos e novos empreendedores que buscaram conhecer a atuação dos empresários mais experientes. A diretora da Panificadora Jamaica e do Café Augusta, Maria Augusta Kessler, explicou sobre as inovações administrativas implantadas na empresa para garantir a qualidade e controlar a produção. Ela também falou sobre a associação das padarias em rede, com vistas a conseguir melhores negócios.

01 Tironi Ortiz: produtos tecnológicos 02 Áurea Binz: adesão ao programa de boas práticas de fabricação 03

03 Maria Augusta Kessler: inovações administrativas

A sócia diretora da Sulprint e presidente da ACI, Áurea Helena Kops Binz, palestrou sobre o negócio de embalagens flexíveis. Como responsável pelo processo produtivo, Áurea falou sobre a adesão ao programa de Boas Práticas de Fabricação (BPF), Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) e Programas de Qualidade. Disse que foram oferecidos treinamentos de conscientização para todos os profissionais e adequações no processo produtivo, o que despertou o sentimento de participação, refletindo em maior rentabilidade e qualidade final. Também falou da importância de atualização constante da direção e administração familiar. Já o diretor da Imply Tecnologia Eletrônica, Tironi Paz Ortiz, contou a história da empresa fundada em 2003 por jovens empreendedores, sendo a primeira a integrar o Polo Tecnológico de Santa Cruz do Sul. Destacando-se desde o início como sinônimo de qualidade e inovação, a empresa possui clientes em diversos continentes e é conhecida nos mercados nacional e internacional por seus produtos diferenciados e tecnologia de última geração.

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>>Senai

Projetos de inovações tecnológicas Especialista falou sobre propriedade intelectual e patentes

O que mantém as empresas no mercado não é apenas ter produtos bons, mas ter sempre produtos que são atraentes para os usuários e consumidores”.

Foto: Cristina Severgnini

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omo fazer projetos de inovação tecnológica e a legislação que envolve o assunto foi o tema central do workshop “Projetos de Inovação Tecnológica” realizado na Escola Técnica Senai Carlos Tannhauser durante a Semana do Empreendedor. Aspectos como desenvolvimento e inovação na área de metal-mecânica e mecatrônica, agências e bancos de fomento, financiamento de projetos e outros incentivos fiscais para as empresas foram aprofundados durante o curso. Outros assuntos abordados foram o panorama das possibilidades da Lei de Incentivo à Inovação, a parceria entre os setores público e privado, as modalidades de contratos para realização de projetos e a propriedade intelectual e patentes. Um dos palestrantes foi o coordenador do grupo de Pesquisa em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia e Inovação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luiz

Pimentel: parcerias entre empresas e universidades para fazer pesquisa

Otávio Pimentel. Os participantes do workshop ouviram também as informações transmitidas pelo responsável jurídico do Núcleo de Inovação Tecnológica do Instituto Stela e diretor da Aliança Capital Assessoria Empresarial, Marcelo André Marchezan. Segundo Luiz Pimentel, nem toda novidade é inovação. “Inovações são os produtos, processos ou serviços colocado no setor produtivo que vão para o mercado com êxito”, explicou. E, para ter sempre novidades no mercado, é preciso se manter em evolução, o que é conseguido com pesquisas constantes para fazer inovação. “Para inovar, se deve alocar recursos para fazer pesquisas e desenvolvimento, montar máquinas que os outros não têm, ou transferir tecnologias de outros

países ou de outras empresas para o nosso negócio”, explicou Pimentel. Com foco nos projetos de inovação que envolvem pesquisa e desenvolvimento, o curso deu ênfase às parcerias entre empresas e centros de pesquisa, como é o caso das instituições de ensino públicas e privadas. O palestrante lembrou que por meio dessas uniões é possível captar os recursos que o governo tem para inovação. Porém, depois de fazer pesquisa e inovação, o resultado é o conhecimento tecnológico. “Que deve ser protegido pela propriedade intelectual para evitar cópias e plágios”, disse Pimentel. Por isso, a programação reservou espaço para mostrar os registros de patentes e o que é preciso fazer para obter essa proteção.

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>>Curso

Dinâmica empresarial aos empreendedores Atividades buscaram enriquecimento pessoal e profissional

Fotos: Divulgação

O

curso “Dinâmica Empresarial na Prática”, ministrado pelas instrutoras Alexandra Rocha de Oliveira e Michelle Brescia, da Manynn Treinamento e Desenvolvimento Empresarial, foi mais uma das atividades da Semana do Empreendedor. Realizadas no hotel fazenda Pinus Parque, as atividades tiveram o objetivo de enriquecimento da experiência pessoal e profissional. A ação buscou apresentar aos empreendedores algumas dinâmicas vivenciais, que servem para identificar e analisar a forma como lidam com situações conflitivas. Também contribuíram para ampliar a capacidade de liderar processos de mudança. Foram realizadas as dinâmicas centopeia, rali de balões, caminho pedregoso, travessia em “V” e escrita cooperativa. Depois de cada ação, houve discussão no grupo e comparação com a ocorrência do fenômeno ao vivo, para enriquecimento da experiência pessoal e profissional. Conforme as instrutoras, as dinâmicas possibilitam a vivência de situações, nas quais a sinergia grupal se manifesta por processos que envolvem integração para o alcance de objetivos e consenso e organização. Alexandra e

Curso foi ministrado ao ar livre, no hotel fazenda Pinus Parque

Michelle lembraram que as atividades possibilitam ainda análise das diversas formas de liderança, estabelecimento de diretrizes e objetivos, submissão, espírito de equipe, tempo de ação e compreensão, importância do feedback, planejamento estratégico e confiança.

Dinâmicas tiveram meta de enriquecimento da experiência pessoal e profissional

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5ª SEMANA DO EMPREENDEDOR em revista

>>Sebrae

Assessoria individual para orientação aos empresários Serviço busca suprir problemas de gestão

cias nas questões de gestão do negócio e dos números da empresa. “Há falta de controle, falta de conhecimento sobre como apurar os resultados mensais”, constatou. Porém, ele lembrou que a assessoria apenas aponta caminhos para que o empreendedor veja o que deve ser melhorado e procure se capacitar, obter assessoria que aprofunde mais o assunto ou implantar alguma ferramenta gerencial na empresa. Essa é uma possibilidade divulgada na Semana do Empreendedor, mas que pode ser obtida no Sebrae. Segundo Glesse, o Sebrae refor-

çou a equipe técnica em todo o Rio Grande do Sul com a contratação de 38 profissionais para que seja feito o atendimento individual em todo o Rio Grande do Sul. “Tivemos uma formação mais específica na área financeira e de marketing, justamente para podermos dar essa ajuda inicial aos empresários”, finalizou. Foto: Cristina Severgnini

A

assessoria individualizada foi uma das várias atividades oferecidas pelo Sebrae Regional Vales do Taquari e Rio Pardo na Semana do Empreendedor. Ministrada por Clóvis Alberto Glesse, a assessoria constou de atendimentos técnicos especializados e específicos nas áreas de finanças, marketing ou outras questões nas quais o empreendedor tenha enfrentado dificuldade. “O empresário traz sua demanda e nós damos orientação sobre soluções para as dificuldades que ele tem”, disse. Glesse explicou que percebeu como principais dificuldades as carên-

Procuramos orientar para que o empresário tenha a compreensão de como pode ter mais controle para alavancar o negócio”.

Clóvis Glesse: analisar problemas individualmente

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>>Federasul

Associações devem ser autossustentáveis Planejamento é fundamental

Sobreviver é diferente de trabalhar de forma autossustentável.”

associações filiadas e que as que estão em dificuldades são justamente aquelas onde há falta de planejamento. “São associações que apenas sobrevivem e não possuem metas para os próximos anos”, comentou. Outra questão abordada é a dependência dos recursos para manter os

serviços, que muitas vezes são dependentes das mensalidades. Ela disse que a Federasul está à disposição para auxiliar as entidades em sua gestão, criação de projetos e identificação das necessidades das regiões. “A avaliação da sustentabilidade de uma entidade deve ser vista de forma integral”, salientou. Foto: Cristina Severgnini

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tema “Gestão Autossustentável nas Associações Comerciais” foi ministrado em palestra pela coordenadora da área de atendimentos às filiadas da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul), Christine Gehring, na Semana do Empreendedor. Segundo ela, a receita para o crescimento e o desenvolvimento das entidades está ligada à possibilidade de criar produtos e serviços para auxiliar os associados e, também, gerar os recursos necessários à manutenção geral das atividades. A executiva da Federasul chamou a atenção para a necessidade de comprometimento e união dos empresários para buscar soluções conjuntas das suas dificuldades comuns. Christine lembrou que a federação possui 230

Christine Gehring: entidades devem ter planejamento estratégico

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>>Cidadania

Educação fiscal e controle social Analista da Receita Federal aconselhou fiscalização do dinheiro público normas que poucos conhecem, como a obrigatoriedade de os órgãos federais também comunicarem às câmaras as verbas transferidas aos municípios. Lembrou que os conselhos gestores de políticas públicas e os conselhos municipais devem procurar saber no que o dinheiro público é aplicado. Acrescentou que o site www.transparencia.gov. br tem informações que precisam ser observadas e confrontadas com aquelas que ganham publicidade. Segundo Orçay, existe ainda o controle eleitoral, que pode se mostrar bastante eficaz se as pessoas avaliarem

os candidatos antes de votar. Ele apontou como indícios de corrupção pessoas com histórico comprometedor, falta de transparência, sinais exteriores de riqueza, relutância em prestar contas, falta de divulgação dos pagamentos e discurso que mostra perseguição a candidatos honestos. Também lembrou que são sinais de irregularidades as licitações dirigidas e as fraudes nas licitações e nas arrecadações, as distribuições de ranchos e a presença de fornecedores profissionais de nota fiscal, que são usados para dar a impressão de que as atitudes são honestas. Foto: Christofer Dalla Lana

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palestra “A Educação Fiscal e o Controle Social”, ministrada pelo analista tributário da Receita Federal do Brasil, Leandro Caiaffa Orçay, reuniu o público interessado no workshop sobre cidadania e educação fiscal em evento na Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul. A promoção foi do Comitê Tributário de Santa Cruz do Sul e Comdica e teve o objetivo de alertar para a importância de as pessoas se envolverem na fiscalização. Em sua explanação, Leandro Orçay chamou a atenção para que as pessoas exijam a fiscalização e ajudem a observar os destinos do dinheiro público. “A corrupção atrasa nossa vida e atrasa o país e, por isso, a sociedade precisa exigir a gestão correta”, disse. Ele lembrou que a situação pode ser melhorada quando a sociedade civil organizada fizer o controle social por meio de associações, organizações não-governamentais, movimentos sociais e mídia. Ao lembrar que existem alguns tipos de monitoramentos legais que são divulgados, como a Lei da Responsabilidade Fiscal, disse que há outras

Leandro Caiaffa Orçay: observar sinais de irregularidades

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>>Sebrae

Oficina ensinou a elaborar um plano de negócios Participantes aprenderam como fazer o planejamento

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oficina “Elaborando um Plano de Negócios”, realizada pelo Sebrae durante a 5ª Semana do Empreendedor, cumpriu o objetivo de ensinar a elaborar um empreendimento. Ministrada pelo consultor Delacir Barbosa Júnior, de Bento Gonçalves, a atividade constou de um trabalho prático, direcionado aos candidatos a empreendedores. A oficina mostrou conhecimentos sobre como fazer o planejamento, o passo a passo de elaboração do novo plano de negócio.

Através de uma metodologia desenvolvida pelo Sebrae, o participante teve um melhor embasamento do plano do empreendimento. Os principais aspectos abordados foram sobre como avaliar melhor as oportunidades do negócio, se são viáveis ou não. Além disso, foi discutido sobre como se posicionar no mercado e se o produto ou serviço tem algo de diferente e que se destaque. Conforme Clóvis Alberto Glesse, do Sebrae Regional Vales do Taquari e Rio Pardo, o objetivo da ação é que

os novos empreendedores, quando iniciam suas atividades, tenham melhor condição de enfrentar a concorrência do mercado e sejam melhor posicionados. “Infelizmente hoje as estatísticas são muito ruins no que diz respeito ao fechamento prematuro de empresas novas”, disse. “Em média, 50% dos novos negócios não emplacam dois anos”, lamentou. “Acredito que através de um melhor planejamento a gente possa contribuir para diminuir essas estatísticas tão ruins para os novos empreendedores”.

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>>Empreende Tchê!

Empreendimentos tecnologicamente inovadores Concurso selecionou e premiou melhores ideias teve ainda apresentação de casos reais de êxito, a feira de inovação tecnológica e empreendedorismo e networking empresarial e de relacionamento entre universidade, governo e investidores. A abertura contou com a presença do reitor da Unisc, Vilmar Thomé, que destacou a união entre a universidade, o poder público e os empresários para promover o desenvolvimento. Elogiou também os temas escolhidos para as palestras, principalmente os financiamentos, importantes para colocar as ideias em prática. “Para que tenhamos um país desenvolvido de fato, deve haver avanço tanto do ponto de vista econômico como social”, disse.

Abertura do Empreende Tchê: no auditório central da Unisc

Financiamento de pr Foto: Christofer Dalla Lana

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om o objetivo de fomentar a criação de empreendimentos tecnologicamente inovadores, foi realizado o evento “Empreende Tchê!” durante a Semana do Empreendedor. Com organização da Incubadora Tecnológica da Universidade de Santa Cruz (Itunisc), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Serviço de apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), foram realizadas várias atividades, como palestras e o concurso “Empreende Tchê!”. Segundo a coordenadora da Incubadora, Caroline Albrecht, a programação cumpriu o papel de apoiar e fomentar a criação de empreendimentos tecnologicamente inovadores, com alto potencial de crescimento e valor agregado. Dentro da programação

O desenvolvimento humano deve crescer na mesma proporção, pois ainda é muito desigual”.

Vilmar Thomé: importante poder colocar as ideias em prática

O palestrante da noite de abertura do “Empreende Tchê!”, Clediston dos Santos, proprietário da SEA Tecnologia abordou o tema “Como obter financiamentos milionários a fundo perdido”. Falou sobre os financiadores de projetos inovadores e deu dicas sobre a forma como as propostas devem ser apresentadas para obterem aprovação. “Não há idade para empreender, só é preciso coragem”, salientou. “Poucos sabem desses recursos e, por isso, sobra dinheiro disponível”. Ele citou como exemplo a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que financiam as boas ideias e que não

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Foto: Cristina Severgnini

5ª SEMANA DO EMPREENDEDOR em revista

Foto: Christofer Dalla Lana

o de projetos é preciso devolver os recursos desde que haja prestação de contas. “É preciso observar as chamadas pública”, lembrou. E disse que recentemente foi criada uma linha de financiamento para empresas, que tem a vantagem de ter aprovação mais rápida e menos burocracias. Ao mostrar o passo a passo para a apresentação dos projetos, ele disse que é preciso, em primeiro lugar, ter uma boa ideia, de preferência que seja brilhante. O segundo passo é buscar um parceiro tecnológico, que pode ser uma universidade. Também é preciso encontrar profissionais capacitados para trazer para o projeto. E, depois, fazer as contas do custo global, que seja

Clediston do Santos: milhões a fundo perdido destinados a projetos inovadores

o mais aproximado possível do real e, que tenha coerência. “Não se pode dar margem a dúvidas”, salientou. Entre as dicas, Clediston disse que, ao preencher a proposta, não pode deixar nenhum espaço em branco. “É preciso ler o edital muito bem, pois geralmente existem itens financiáveis e não financiáveis”, lembrou. Ele comentou também é preciso dizer qual o impacto que o projeto vai ter no mercado e apresentar diferenciais competitivos, como equipe qualificada, profissionais sérios, empresa e instituição conhecidas.

O concurso de inovação e negócios teve a inscrição de vários empreendedores, que apresentaram suas idéias e projetos a um júri qualificado, em atividade realizada nas dependências da Unisc. A premiação teve por objetivo potencializar empreendimentos e possibilitar apoio das principais organizações que se relacionam com a inovação tecnológica. Houve vencedores em duas categorias: Melhor Ideia de Negócio e Melhor Empreendimento (Start Up). Como Melhor Ideia de Negócio, o primeiro lugar ficou com o projeto “Zion – Testes de Software”, apresentado por Antônio Marcos Scherer da Luz. Na segunda posição ficou o “Carro de Compras Eletrônico Autokon”, de Luis Henrique Witz. E na terceira posição, o projeto vencedor foi “Autoatendimento Rodoviário Pirtitek”, apresentado por Tiago Jean da Silva, Maurício Luís Sehn e Luís Eduardo Helfer. Na categoria Melhor Empreendimento, a empresa Valoriza foi vencedora em primeiro lugar, com o projeto “In Target – Inteligência em Marketing Interativo”, apresentado por Alisson Mann e Fábio Tusset. Na segunda colocação ficou a Agritécnica Comercial de Máquinas, com o projeto “Rolos Desparelhadores de Espigas de Milho”, de Sérgio Hansel. E o terceiro lugar foi da empresa Tekann Mobile Solutions com o projeto “TKN Research”, apresentado por Ismael Brixius e Vitor Wolschick. Os critérios de avaliação envolveram oportunidade e ideia de negócio, produto, processo ou serviço (benefícios e diferenciação). Também foram avaliadas as competências do proponente empreendedor, a possibilidade de crescimento no mercado, o plano comercial e as projeções financeiras. Dentre as premiações estavam rodadas de investimentos, assessorias em marketing, consultorias do Sebrae, assinatura da revista Amanhã, MP4 e notebook.

Foto: Cristina Severgnini

Melhores ideias

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5ª SEMANA DO EMPREENDEDOR em revista

>>Empreende Tchê!

Empreendedorismo e inovações tecnológicas Feira foi realizada no Ginásio Pedagógico da Unisc

Foto: Christofer Dalla Lana

Alexandre Eduardo Paulo Estudante, de Vera Cruz

“A feira é interessante e bem organizada. Ao participar das palestras do evento, vi que temos que tomar cuidado ao abrir uma empresa porque, se não tiver planejamento, a gente pode se atrapalhar. Sem conhecimento, se pode criar expectativa sobre uma coisa que não existe. Vi que, se a gente tem pesquisa, diminui o risco.”

Foto: Christofer Dalla Lana

Foto: Cristina Severgnini

Foto: Christofer Dalla Lana

Oliveira: primeira vez como expositor

“Vim a convite do Senai para ver a palestra da Imply e acabei vendo mais duas palestras. Achei bem legal ver como é o trabalho das empresas, como é possível conseguir financiamentos e descobri que existem investidores de vários tipos, inclusive pessoas que investem seu dinheiro em projetos de inovação. Na Feira do Empreendedorismo, o que mais gostei foi a exposição do Senai, pois me interesso por tecnologia eletrônica.”

Aiesec: programa para jovens

Foto: Christofer Dalla Lana

Lucas Daniel Back Estudante

Redes de Cooperação: presente na feira

Senai mostrou cursos oferecidos

>>Opinião de quem participou

Foto: Cristina Severgnini

O Senai usou seu espaço na feira para divulgou os cursos técnicos, de Eletrônica, Mecânica e Mecatrônica, e alguns projetos desenvolvidos na unidade local. Estavam expostos o autokon, um carrinho de compras de supermercado eletrônico, e o big boy, um robô educacional programável. Composta exclusivamente por acadêmicos, a UniJr esteve presente na feira para mostrar os serviços de consultoria e projetos para empresas. O objetivo da empresa júnior é preparar os universitários para desenvolver o espírito empreendedor por meio da aplicação da prática dos conhecimentos teóricos. Atualmente, 15 estudantes integram o grupo. O empresário Márcio Oliveira, sócio da Agência Elefante, foi outro participante expositor da Feira do Empreendedor. Ele disse que aceitou o convite da equipe organizadora, pois a iniciativa buscava dar apoio aos empreendedores. “É nossa primeira experiência como expositores e viemos com uma grande expectativa”, disse.

Foto: Cristina Severgnini

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urante dois dias da programação da 5ª Semana do Empreendedor, foi realizada no Ginásio Pedagógico da Unisc a “Feira de Empreendedorismo e Inovação Tecnológica”. A atividade promovida pela Incubadora Tecnológica da Universidade de Santa Cruz (Itunisc), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e Serviço de apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), foi mais uma atividade do Empreende Tchê!. Várias empresas e instituições mostraram seus produtos e serviços, especialmente as inovações de cada uma e as ideias que deram certo e se tornaram empreendimentos.

Robô foi uma das atrações

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>>Capacitação Empresarial

Planejamento estratégico Minicurso ensinou a elaborar o passo a passo do plano de negócios

Foto: Christofer Dalla Lana

O mais importante é que todas as pessoas que estão envolvidas na empresa, comunguem dos mesmos objetivos, do mesmo plano”

Foto: Cristina Severgnini

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Gilberto Fidelis Pacheco: é importante ter bem claros os objetivos da empresa Foto: Cristina Severgnini

or meio de um minicurso ministrado pelo diretor da AGQ Capacitação Empresarial, Gilberto Fidelis Pacheco, os participantes puderam aprender na prática como fazer o planejamento estratégico da empresa. Além de mostrar a importância de planejar adequadamente, o palestrante mostrou a metodologia básica para construir um planejamento. Por meio de uma dinâmica, os participantes foram reunidos em grupos e constituíram empresas fictícias. E, através dessas empresas, foram construídas todas as etapas do planejamento, desde a constituição do negócio até a elaboração dos planos de ação para atender às estratégias que haviam sido definidas inicialmente. Segundo Gilberto Pacheco, independente do tamanho ou segmento do empreendimento, é necessário que haja um mínimo de planejamento. “É comum os empresários terem boas ideias, mas pecarem por causa do mau planejamento”, disse. “E aí não conseguem dimensionar os resultados, o esforço necessário e o investimento que devem fazer para atingir os objetivos”, lamentou.

Dinâmica de grupos mostrou os passos básicos para elaborar o planejamento

Outro problema da falta de planejamento claro ocorre quando sócios ou equipes não estão afinadas sobre quais são realmente os objetivos da empresa. “Quando isso não é claro para o empresário, ele acaba não tendo o foco do seu negócio e não conseguindo crescer da maneira como queria”, explicou. “É muito comum as empresas acabarem se perdendo no meio do caminho ou os processos se tornarem

mais dolorosos e demorados porque a empresa não passa pelas etapas necessárias para conseguir os resultados que deveria ter”. O palestrante disse ainda que o planejamento dá a oportunidade de a empresa ser conhecida internamente e poder traçar os objetivos de uma forma clara. “Assim, todas vão estar incluídas e levar a empresa rumo àquilo que foi definido”, acrescentou. 29

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>>Terceiro setor Foto: Christofer Dalla Lana

Geração de renda e sustentabilidade

Empreendedorismo social esteve em exposição na Casa das Artes

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Foto: Cristina Severgnini

Foto: Cristina Severgnini

Artigos artesanais

Exposição para mostrar produção de entidades sociais

da exposição vários tipos de produtos artesanais, além de camisetas e uniformes. Todos são produtos originalmente confeccionados no município e as atividades exercidas pelos expositores garantem uma fonte de renda para as pessoas atingidas. Conforme a presidente da ACI, Áurea Binz, a exposição mostrou o potencial desse tipo de empreendedorismo. “As organizações buscam na confecção e venda de produtos uma melhor qualidade de vida para todas as pessoas envolvidas no processo, que são geradoras de renda e cidadania”, salientou. Ela disse também que existe a intenção de ampliar a participação de entidades sociais na próxima edição da Semana do Empreendedor.

Foto: Christofer Dalla Lana

om o objetivo de proporcionar visibilidade e valorizar as iniciativas de empreendedores sociais do município, a ACI Santa Cruz, em parceria com a Associação Pró-Cultura e a Unidade da Parceiros Voluntários local (UPVSC) promoveu a exposição “Empreendedorismo Social - Geração de Renda e Cidadania”. O evento, realizado na Casa de Artes Regina Simonis, teve a exposição de produtos feitos pela Cooperativa Uniforte, do Bairro Bom Jesus, pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) do município e pelo projeto social das apenadas do Presídio Regional. Segundo a coordenadora da UPV de Santa Cruz do Sul, Najara Lourenço dos Santos, a ação teve o objetivo de aproximar a comunidade do trabalho desenvolvido por esses empreendedores. “Durante os quatro dias da exposição, eles tiveram a oportunidade de expor e comercializar o que produzem e a comunidade teve a chance de valorizar essas iniciativas, adquirindo produtos de ótima qualidade e, mais do que isso, de contribuir para uma causa social”, explicou Najara. A iniciativa mostrou que o empreendedorismo social gera ações para a comunidade. Organizações preocupadas em transformar a realidade buscaram soluções para os problemas sociais emergentes na confecção e venda de produtos, obtendo melhor qualidade de vida para todas as pessoas envolvidas no processo. Fizeram parte

Artesanato das apenadas do Presídio Regional

Peças feitas na Apae: para decoração

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Foto: Cristina Severgnini

>>Sesi

Liane e Venute: produtos da Cooperativa Uniforte

Cooperativa Para as representantes da Cooperativa Uniforte, poder expor os produtos em locais públicos é ótimo para o sucesso da entidade. A presidente Liane Lima e a presidente do Conselho Fiscal, Venute Santos, disseram que a iniciativa foi bem interessante para mostrar o que é feito no bairro. “Onde nos convidam, nós vamos”, disse Liane. Venute acrescentou que a exposição é uma oportunidade para apresentar o resultado dos trabalhos. “Para nós, é muito importante expor nossos produtos”, salientou. Elas também lembraram da importância dos apoiadores para o sucesso das atividades da cooperativa. “Estamos vivos graças aos parceiros, que são entidades e empresas da comunidade”, disse Liane. A cooperativa vende uniformes, sacolas ecológicas, capas para notebook personalizadas, camisetas, almofadas, chaveiros e toalhas de mesa.

Cine Empreendedor Jovens reunidos debateram filme

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realização de Cine Empreendedor, no auditório do Serviço Social da Indústria (Sesi) de Santa Cruz do Sul, possibilitou a um grupo de estudantes adolescentes discutir sobre empreendedorismo. A atividade foi conduzida pela coordenadora educacional Raquel Liára Klafke e teve o objetivo de promover um ambiente de aprendizagem para disseminar a cultura empreendedora, por meio de sessões de cinema seguidas de debates teóricopráticos. Após a projeção do filme “Duelo de Titãs”, houve debate sobre as atitudes empreendedoras dos personagens. Na produção cinematográfica, Herman Boone é um técnico negro de futebol americano contratado para trabalhar no comando de um time dividido pelo racismo. Inicialmente, Boone sofre preconceitos raciais por parte dos demais técnicos e até mesmo de seus jogadores, mas aos poucos ele conquista o respeito de todos e tornase um grande exemplo para o time e também para a cidade.

O filme mostra como um grupo de jovens, comandados por um técnico determinado, conseguiu vencer os desafios que se colocavam entre eles e a vitória e levou o time a um título consagrador. Os participantes do Cine Empreendedor discutiram a necessidade da disciplina e regras para alcançar os objetivos, reconheceram a importância do papel do líder no resultado da equipe e debateram as consequências dos preconceitos raciais e sociais. Também houve identificação das características do perfil empreendedor e a competência comportamental para a ação empreendedora, além do reconhecimento de que persuadir outros a colaborar com seus projetos é determinante para atingir objetivos. Na dinâmica do trabalho, os estudantes apontaram como características empreendedoras demonstradas no filme o estabelecimento de metas, a persistência, o comprometimento, a persuasão e rede de contatos. Outras qualidades verificadas foram relacionamento interpessoal, disciplina, trabalho em equipe e confiança. Foto: Christofer Dalla Lana

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Apae Com produtos bonitos e de qualidade, a Apae também foi sucesso na exposição. Mais de 50 alunos são envolvidos nos trabalhos das oficinas, em atividades que vão do recorte até a pintura dos materiais. Os suportes para chimarrão e as mesinhas foram os destaques, além das demais opções de decoração. Os produtos também são vendidos no bazar, que é aberto à comunidade durante todo o ano. Estudantes discutiram atitudes empreendedoras de personagens de filme

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>>Empreende Tchê!

Rodada de Inovação e Negócios

Apresentação de 11 casos de sucesso ocorreu no auditório central da Unisc

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twitter. O internauta pode encontrar dicas de curiosidades, promoções, saber sobre eventos ou até mesmo acompanhar o que acontece de importante na internet no momento. Ele falou também sobre a web 2.0, que é marcada pela interatividade e pela personalização de serviços. “O usuário comum não precisa mais ter nenhum conhecimento de programação para colocar um conteúdo no site”, lembrou. Outro empresário convidado foi o diretor da empresa Imply Tecnologia Eletrônica, Tironi Paz Ortiz. A empresa que

atuação do empreendimento, que trabalha com o conceito de software livre. Ele contou que, depois de enfrentar algumas dificuldades de gestão, a administração se profissionalizou e, atualmente, são 60 pessoas envolvidas, todos jovens de talento encontrados nas universidades. “Temos independência tecnológica e trabalhamos com todos os tipos de tecnologias”, contou. E os empreendedores Fábio Tusset e Alison Mann, da empresa Tekan Mobile Solutions, disseram que a empresa se consolidou após a redefinição da iden-

Fotos: Cristina Severgnini

II Rodada de Inovação e Negócios, promovida pela Itunisc, Sebrae e Senac durante a 5ª Semana do Empreendedor, reuniu pessoas que obtiveram êxito em várias área de atuação. O evento foi realizado no auditório da Universidade de Santa Cruz do Sul, com apresentação de 11 histórias de sucesso. Um dos palestrantes foi o paulista Jonny Ken Itaya, criador do sistema migre.me, uma ferramenta de compactação de endereços de sites (URLs) para o twitter. São, em média, 30 redireciona-

Da esquerda para a direita: Adriana Eick, Tironi Ortiz, Jonny Ken Itaya, Caroline Albrecht, Junior Alex Mulinari e Alison Mann

mentos por segundo. “Com o crescimento do twitter, a ideia é que mais pessoas acabem usando a ferramenta para filtrar os conteúdos”, disse. “É tudo momentâneo e se consegue também contar o número de cliques e quantas vezes essa URL foi repassada, o que dimensiona se o link é interessante ou não”, acrescentou. Itaya explicou que o migre.me virou um portal dos links interessantes, contemplando também quem não usa

produz sistemas de informação e entretenimento tem produtos implantados em todos os estados brasileiros e em 30 países estrangeiros. Ele explicou que a tecnologia produzida é ecologicamente correta e a fábrica possui soluções para causar o mínimo possível de impactos ao meio ambiente. “Empreendedorismo é persistência e não se pode desistir diante das dificuldades”, aconselhou. O criador da empresa Solis, de Lajeado, Junior Alex Mulinari, falou sobre a

tidade visual e o lançamento da fábrica de softwares. Empresa apoiada pela Incubadora Tecnológica da Unisc (Itunisc), a Tekan possui como diferencias competitivos a tecnologia móvel corporativa, o software móbile, que está disponível para download na internet. “Nossa tecnologia é totalmente nacional e pode ser configurada facilmente em equipamentos Smartphone, I-phone, BlackBarry, Palm, Windows Mobile e Andróide”, explicou Tusset.

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Empreendedores na universidade O espírito empreendedor é despertado na universidade. Por isso, a empresa UniJr, um projeto de extensão da Unisc, tem forte atuação comunitária. As representantes da empresa junior, Dieme Castoldi e Emilin Grings, explicaram a atuação junto a empresas da região. “Somos uma empresa multidisciplinar, com estudantes de vários cursos, todos com espírito empreendedor, e todos

Fomento A Incubadora Tecnológica da Unisc é o espaço da universidade que dá suporte para que as empresas se consolidem no mercado. Em sua palestra, a coordenadora da incubadora, Caroline Albrecht, falou sobre os serviços oferecidos. “É dado suporte tanto na área técnica, como de gestão, além de

Já para esclarecer sobre os financiamentos para pesquisa e desenvolvimento da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), houve explanação realizada por Marco Antônio Nunes. Ele disse que o Finep possui financiamento reembolsáveis e não reembolsáveis para empreendedores inovadores. Nunes lembrou ainda do Prêmio Finep de Inovação, que

Propriedade intelectual A vantagem de obter a patente sobre ao invento serve para proteger o inventor contra cópia e pirataria. Ao pales-

que uma das funções da entidade é o desenvolvimento de jovens líderes. Apresentou o caso da empresa santacruzense Metalúrgica Mor, que possui duas intercambistas no quadro de funcionários. A diretora de Exportação da Mor, Lialice Schmidt, disse que o trabalho das intercambistas tem sido muito importante para os negócios da empresa no exterior. “Já não imagino mais nosso setor na empresa sem alguém da Aiesec”, salientou.

orientação na elaboração do negócio”, disse. “O vínculo com a universidade auxilia novos investimentos”, acrescentou. E o Polo de Modernização Tecnológica da Unisc foi criado para alavancar os setores de desenvolvimento da região. Os serviços oferecidos foram apresentados por Adriana Hintz Eick e Isabel Grunewald. Elas disseram que a

equipe do Polo atende a comunidade, elabora projetos e realiza serviços de assessorias e consultorias. São atendidas necessidades nas áreas de meio ambiente, tecnologia da informação, alimentos e materiais. Foram mostrados alguns trabalhos em andamento, inclusive os serviços de proteção do conhecimento produzido, com registro de propriedade intelectual.

disponibiliza premiações que vão de R$ 120 mil a R$ 1 milhão nas regionais. Além dos recursos governamentais, existe a possibilidade de obter capital privado, pois há pessoas que investem em projetos de inovação. O diretor da Floripa Angels, Marcelo Casado, explicou que os investidores anjos são pessoas com perfil discreto que buscam contribuir com os projetos daqueles que têm boas ideias. “Eles investe, mas que-

rem resultados”, salientou. Casado lembrou que existem investidores anjo em todo o mundo, mas no Brasil a prática ainda é pequena. “Quem tem um projeto inovador, tem grandes chances de obter financiamento”, afirmou. “Os investidores buscam ideia inovadora com algo de concreto”. Ele disse que é importante também ter cultura vencedora, fluxo de caixa, senso de propriedade e repartir os lucros.

trar na Rodada de Inovações, a assessora técnica em Transferência de Tecnologia da Pontifícia Universidade Católica (PUC/RS), Juliana Edi de Pauli, explicou que a proteção dá exclusividade para o uso da tec-

nologia. “Muitos documentos de patente chegam a valer mais do que o patrimônio material da empresa”, disse. “A propriedade intelectual é um ativo intangível que serve até para obter financiamentos”. Fotos: Cristina Severgnini

Fotos: Cristina Severgnini

Financiamentos

passamos por um processo de seleção para fazer parte da UniJr”, explicou Dieme. “Trabalhamos sempre com a orientação de professores, o que garante a qualidade dos serviços”, lembrou. Outra forma de os jovens obterem sucesso cedo no mercado de trabalho é por meio da Aiesec, que possibilita o intercâmbio de estudantes e recém graduados para terem experiências noutros países. A presidente da Aiesec Santa Cruz, Camila Assmann, lembrou

Da esquerda para a direita: Marco Antônio Nunes, Marcelo Casado, Juliana de Pauli, Isabel Grunewald, Dieme Castoldi, Emilin Grings e Lialice Schmidt

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>>MEI

Se tornou mais fácil ser microempreendedor individual

Palestrante do Sebrae falou sobre a legislação

Foto: Christofer Dalla Lana

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s facilidades para ser Microempreendedor Individual (MEI) foram explicadas pela consultora do Sebrae, Silvana Marlei Rockenbach, durante a 5ª Semana do Empreendedor. Ela disse que se tornou mais fácil o registro no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e houve simplificação na tributação. Mas, existem algumas exigências para se enquadrar. “Deve ter apenas um funcionário e que este receba o piso da categoria, além de ter faturamento de até R$ 36 mil por ano”, explicou. O candidato a microempreendedor individual também não pode ser sócio de outra empresa. As atividades que podem ser enquadradas são comércio, indústria em geral e serviços de natureza não intelectual. Silvana Rockenbach lembrou também que os escritórios de contabilidade que estão enquadrados no Simples são obrigados a registrar as microempresas individuais gratuitamente. Como a empresa será registrada no CNPJ e terá personalidade jurídica, poderá comprar, vender e até participar de licitações. Poderão ser emitidas notas fiscais para todas as vendas, sendo obrigatórias somente quando houver

Público lotou Adunisc em busca de informações

venda para pessoas jurídicas. Entre as profissões que podem ser microempreendedores estão camelôs, ambulantes, vendedoras de cosméticos, verdureiros, cabeleireiros, eletricistas e outros profissionais que vivem sem poder comprovar renda formal e sem poder emitir nota fiscal.

Silvana Rockenbach

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>>Sustenplast

Uso inteligente do plástico

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esmitificar a imagem do plástico como um vilão ambiental foi o objetivo da palestra “Programa Sustenplast - Os Artefatos Plásticos e o Meio Ambiente”, promovida pelo Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado (Sinplast), em parceria com a ACI Santa Cruz. O presidente do Sinplast, Alfredo Schmitt, e o coordenador do Programa Sustenplast, Julio Cezar Roedel, falaram para o público que se fez presente no Auditório da Unisc no penúltimo dia de atividades da 5ª Semana do Empreendedor. Um grupo formado por funcionários da empresa Conesul, responsável pelo recolhimento de lixo de Santa Cruz do Sul, também participou da atividade. Segundo Schmitt, o plástico tem muito valor para a humanidade, pois está presente em produtos importantes usados no dia a dia. “É leve, não poluente e totalmente reciclável”, salientou. “O vilão não é o plástico, mas sim o descarte inadequado”, disse. “O plástico não tem pernas, não tem asas e não tem nadadeiras, então, se está em lugar inadequado, é porque uma ação do homem o colocou lá”. Ao lembrar que não existe plástico biodegradável, o sindicalista disse que a poluição causada pelo produto é apenas visual. “O plástico é o produto que tem o menor consumo de energia, tanto na fabricação quanto na reciclagem, por-

tanto não se trata de um problema de produção, mas sim de educação”, ressaltou Schmitt. Quando descartados corretamente, os artefatos, além de serem reutilizados, podem ser fonte de energia. “Se a gente imaginar um plástico sendo queimado, como é feito no Japão e na Europa, podemos dizer que um quilo libera quantidade de energia equivalente a um litro de óleo diesel”, comentou. “Por isso, separar o plástico dos demais resíduos é o primeiro passo para a preservação do ambiente e para o bem-estar humano”, disse. “E isso depende também de política governamental.” Na avaliação do palestrante, as leis brasileiras sobre o plástico não são claras. Está sendo feita a primeira legislação de descarte de resíduos sólidos, que vai trazer algumas modificações importantes como o recolhimento das peças de plástico e dos artefatos. Porém, ele lembrou que os catadores e as cooperativas têm que ser contemplados, já que o Brasil possui 11,3 mil empresas produtoras com 330 mil empregos diretos. Ao apresentar o Programa Sustenplast, os palestrantes explicaram que o objetivo é contribuir para uma mudança cultural sobre a utilidade, descarte correto e a reciclabilidade. “Somos o primeiro sindicato que faz esse movimento de fornecer informações verídicas sobre o plástico”, disse Julio Cezar Roedel. A ideia

Fotos: Divulgação

Diretores do Sinplast apresentaram campanha

Camiseta da Seleção Julio Roedel

Ao sortear uma camiseta oficial da Seleção Brasileira de Futebol entre os participantes da palestra, os representantes da Sinplast disseram que foi produzida com fio de poliéster reciclado de oito garrafas pet recolhidas das ruas. Lembraram que existem infinitas condições de utilização para o plástico reciclado.

Alfredo Schmitt

Campanha Sustenplast

é difundir informações como as possibilidades de uso do plástico reciclado. Pode ser transformado em móveis, vassouras, baldes, cabides, escovas e cerdas, garrafas e frascos, sacolas e outros tipos de filmes, bonecas, carrinhos e outros brinquedos, bijuterias e objetos decorativos, telhas e painéis para construção civil.

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Foto: Christofer Dalla Lana

>>Debate

Painel do Empreendedor Evento teve transmissão pela Rádio Gazeta AM

onde a pessoa tem estabilidade, e ir para algo arriscado. “Inovações tecnológicas não têm histórico de mercado para se basear, é tudo novo e aí está o desafio”, comentou. Outra dificuldade foi apontada por Jair Jasper. Ele alertou que é complicado tentar ampliar sem bom planejamento. “Mas deve-se acreditar na ideia e persistir”, disse o secretário. “A empresa tem que ser economicamente viável e dar lucro, pois só assim poderá contribuir com a sociedade”, explicou. “Também tem que ser socialmente justa e ecologicamente correta”, ressaltou o secretário municipal. A falar sobre o ramo da consultoria web, William Ceolin lembrou que, para empreender, é preciso estudar e levar em conta o que o mercado ainda não tem. “Como na web tudo anda muito rápido, se tem mais campo para empreender”, disse. A participação interativa dos ouvintes se deu por meio dos universitários do curso de Jornalismo, que apresentaram questões do público enviadas

via twitter, MSN e e-mail. As perguntas direcionadas aos participantes foram respondidas na hora e cada um deles utilizou da sua experiência para esclarecer, incentivar e dar dicas aos futuros e antigos empreendedores. Os alunos participantes foram Renan Silva, Marília Nascimento, João Caramez, Pedro Piccoli Garcia e Vanessa Kannenberg. No intervalo de cada bloco da transmissão, houve divulgação e premiação dos vencedores do Empreende Tchê.

Foto: Christofer Dalla Lana

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o dia em que completou 30 anos, a Rádio Gazeta comemorou transmitindo ao vivo o Painel do Empreendedor, evento realizado no Auditório da Unisc, com a participação dos acadêmicos do Curso de Comunicação Social. Mediado pelo jornalista Leandro de Siqueira, o painel teve como convidados os seguintes debatedores: o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico de Santa Cruz do Sul, Jair Jasper; o diretor da SIM Telecomunicações, Alessandro Ribas; o diretor da InternetSul, Fabiano Vergani; e presidente do Conselho das Entidades de Tecnologia da Informação no Estado e consultor em web, William Ceolin. Ao falar sobre empreendedorismo, todos os painelistas concordaram que não é fácil criar algo novo para a sociedade, mas que as boas ideias aliadas ao bom planejamento, tornam as iniciativas viáveis. Segundo Alessandro Ribas, para as ideias serem colocadas em prática, é preciso coragem. Advertiu que um entrave é sair do emprego,

Debatedores convidados deram dicas sobre empreendedorismo

Atividades transmitidas ao vivo do auditório da Unisc

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>>Negócios sustentáveis Ponto Pão

Feira na praça Empreendedores mostraram negócios na Praça Getúlio Vargas Fotos: Cristina Severgnini

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Praça Getúlio Vargas, no centro da cidade de Santa Cruz do Sul, foi palco de grande parte das atrações do último dia da Semana do Empreendedor. A “Feira de Negócios Sustentáveis” teve a participação de algumas redes do programa Redes de Cooperação, que expuseram seus trabalhos e fizeram a divulgação dos produtos e serviços. O Redes é uma iniciativa da Secretaria do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais (Sedai) para desenvolver a cultura associativa entre micro, pequenas e médias empresas e busca fomentar a cooperação, estimular o empreendedorismo e fornecer suporte técnico para a formação, consolidação e desenvolvimento das redes. A feira foi uma oportunidade para demonstrar estratégias que obtiveram êxito e resultados altamente satisfatórios. Além de expor produtos, os participantes ajudaram a divulgar o conceito de práticas sustentáveis para os visitantes. Nas bancas era possível encontrar produtos feitos de acordo com esse propósito. Além de exibições artísticas e culturais, foram oferecidos serviços gratuitos como massagens, verificação de pressão arterial, orientações saúde e testes de estresse, oferecidos pelo Sesi. O chimarrão ficou por conta da Ervateira Santa Cruz.

A Rede Ponto Pão esteve na Feira de Negócios sustentáveis para mostrar as vantagens de se unir a parceiros com coragem, empenho e qualidade para obter sucesso. As 13 padarias estavam juntas na praça, onde distribuíram biscoitos da sorte. Segundo a presidente da Rede, Maria Augusta Kessler, a feira foi uma oportunidade muito boa de mostrar a importância dessa cooperação e de trabalhar em rede. “Mesmo sendo concorrentes, estamos todos juntos, buscando melhorias para o nosso setor, que é o da panificação”, salientou.

Artesãos de Rio Pardinho 01

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A presença de vários artesãos da Rota Germânica de Rio Pardinho foi uma atração a mais na Feira de Negócios Sustentáveis. Gládis Kanitz e Maria Overbeck levaram suas peças, todas com etiquetas indicando a procedência. Conforme Maria Overbeck, presidente da Associação de Artesanato de Sinimbu (Artesin), as artesãs empreendem em suas casas, usando suas habilidades manuais, e levam os produtos para venda em feiras. Ela tem também uma loja de produtos artesanais em casa, fazendo parte das atrações da Rota Germânica.

Desenvolvimento sustentável 05

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01 - Maria Augusta Kessler 02 - Maria Overbeck 03 - Silmar Haas 04 - Redes de Cooperação 05 - Massagens: um dos serviços oferecidos 06 - Rede de padarias: empresas unidas 07 - Apresentações artísticas fizeram parte da programação

Cada vez mais, as empresas estão fazendo a gestão ambiental, pois são vários os benefícios para a empresa e para a comunidade. Ao divulgar seu trabalho de consultoria ambiental na Feira de Negócios Sustentáveis, o proprietário da Dinosgeo, Silmar Haas, disse que o ramo de gestão ambiental está crescendo muito. “Além de ser importante pelas questões de preservação do meio ambiente, a gestão ambiental dá retornos financeiros para as empresas”, disse. E explicou que existem menos gastos na produção quando a empresa gera menos resíduos e economiza em matéria-prima. “Sempre que se faz gestão ambiental, se tem retorno também financeiro”, salientou. 37

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Foto: Divulgação

>>Ajesc

Franquias Opção segura para empreendedores

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uma realização da Associação de Jovens Empresários de Santa Cruz do Sul (Ajesc), foi realizado, durante a Semana do Empreendedor, o Workshop de Franquias, ministrado pelo consultor e empresário Paulo Ricardo Genehr, da Franca Varejo & Franchising. Ele apresentou alguns conceitos de franquias e alertou para alguns cuidados a serem observados ao adquirir uma franquia. Também houve uma dinâmica individual, com um teste de empreendedorismo aplicado aos presentes.

Paulo Ricardo Genehr: franquias são negócios já testados e provados

Segundo Genehr, as franquias normalmente são bons negócios porque já vêm com métodos testados e aprovados. “Outro empreendedor formatou da melhor maneira possível o negócio e distribui esse modelo de sucesso para o mercado”, disse. Ele lembrou também que em torno de 30% dos negócios fecham em menos de cinco anos. “Já quando se trata de franquias, esse número cai para menos de 5%”, disse.

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>>Especial

Encerramento

Música tema

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Além disso, o Supermercado Rede Vivo proporcionou degustações diferenciadas de produtos, com destaque para uma feijoada. O encerramento teve show da Banda da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), emocionando as pessoas que assistiam ao empreendedorismo dos profissionais vencedores da instituição. Segundo Lucas Rubinger, diretor de demandas ACI Zona Sul, a atividade teve um resultado positivo, principalmente por contar com duas entidades filantrópicas comprometidas com o desenvolvimento regional. Foto: Lucas Rubinger

Foto: Áurea Binz

5ª Semana do Empreendedor de Santa Cruz do Sul teve sua programação encerrada com uma tarde de atividades na Zona Sul da cidade. Várias atrações foram oferecidas pela Escolinha de Trânsito do CFC Celso, com atividades no centro comercial do Supermercado Rede Vivo do Bairro Arroio Grande. Muitas crianças e adultos participaram das ações propostas. Houve montagem de veículos de papel, vídeos educacionais, desenhos para pintura e ainda jogos interativos de consciência no trânsito.

Foto: Christofer Dalla Lana

Último dia teve atividades na Zona Sul da cidade

A 5ª edição da Semana do Empreendedor teve uma música tema oficial, criada pelo cantor e compositor Marcelo Maya. Na canção “Mata Verde”, que integra a trilha sonora do CD Pássaro Noturno, o artista fala em respeitar a vida, a natureza e o ser humano. A música se refere à temática da Semana - negócios sustentáveis - e foi executada ao vivo em vários dos eventos da programação. A iniciativa foi uma ação de estímulo ao empreendedorismo cultural, pela oportunidade de visibilidade e divulgação do trabalho de um artista local.

Marcelo Maya: composição fala em respeito à vida e à natureza Escolinha de Trânsito: atividades para crianças

Apresentação da Banda da Apae

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a palestra “Soluções e Serviços para Potencializar seu Negócio”, o empresário Odécio Dreissig, apresentou a possibilidade de apoio virtual para tirar dúvidas e para tornar mais fácil e crescimento empresarial. A metodologia criada pela empresa Business Soluções e Serviços oferece aten-

dimento instantâneo por meio de um site, que pode ser direto com instrutores ou com as informações disponíveis aos clientes. “Montar um negócio tem várias etapas e, depois disso, entram as soluções e serviços para potencializar as ações e o dia a dia das atividades”, ressaltou.

Foto: Christofer Dalla Lana

Apoio virtual para as empresas

Dreissig: auxílio para a gestão do negócio

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>>Opinião de quem participou Conhecimentos que fazem a diferença

transmitidas por Ricardo Leite, que falou sobre intraempreendedorismo; por Jaqueline Silveira, na explanação sobre finanças pessoais; e de Gabriela Knak, que palestrou sobre língua inglesa. “Também gostei de saber mais sobre o plástico, pois eu sempre achava que o plástico era o vilão, mas é um material muito importante. É só as pessoas reciclarem ou darem o destino adequado”, comentou, ao falar da palestra do presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico (Sinplast). Depois dessas e das demais palestras que assistiu, Lúcia passou também a pensar sobre como poderia empreender na propriedade rural da família, mas pretende conhecer mais sobre as possibilidades. Esta foi a primeira edição do evento que ela participou, e já adianta que pretende assistir a todas as palestras

que puder na Semana do Empreendedor de 2011. “Achei a semana bem proveitosa, pois indo atrás, se consegue informações interessantes”, disse.

Foto: Cristina Severgnini

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ara o público, a 5ª Semana do Empreendedor fez a diferença das mais variadas formas. Mas todos saíram com aumento na sua bagagem de conhecimentos. A funcionária pública Lúcia Rosângela Frantz, merendeira em uma escola estadual, participou de todas as palestras que pode nas tardes e noites, pois trabalha pela manhã. Ela disse que as palestras foram bem proveitosas e levaram a pensar nos rumos futuros. Lúcia pretende fazer um curso superior e talvez, se dedicar a um pequeno empreendimento, e não quer errar. Conta que, por isso, busca o máximo em conhecimento em todas as áreas. Como achou a programação da Semana do Empreendedor interessante e ainda gratuita, foi conferir o que diriam os especialistas de vários segmentos. Cita como mensagens especiais as

Lúcia Rosângela Frantz: foi a todas as palestras que pode

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Minha Empresa, Minha História Faccin Bicicletas

Ecolog – Serviços Ambientais

Uniodonto

No ano de 1971, Danilo Faccin troca o seu caminhão por um carro, um terreno e uma borracharia no centro de Santa Cruz do Sul. Localizada na Rua Senador Pinheiro Machado, a borracharia consertava, principalmente, pneus de carros e caminhões. Um ano depois, Faccin instala-se no Bairro Arroio Grande e já, naquele tempo, percebe a mudança do mercado na área. Ele vê a necessidade de se oferecer serviços de conserto, pois os ciclistas tinham que se deslocar até outras cidades para ter suas bicicletas consertadas. Somente oito anos depois é concretizado o desejo de ter uma empresa que consertasse e vendesse bicicletas. Ele não abandona o conserto de pneus de automóveis, mantendo por algum tempo a oferta dos dois tipos de serviço. “Durante um período eu arrumava bicicletas sem parar de arrumar pneus, para que um negócio viabilizasse o outro”, comenta Faccin. Para o comerciante, hoje aposentado, a preparação para se inserir e ajustar-se no mercado é fundamental, aliando conhecimento técnico e estrutura capacitada. Faccin revela que seu negócio alavancou nos anos 90, decidindo consideravelmente para o sucesso e reconhecimento da empresa. Danilo Faccin recomenda aos empresários que racionalize seu investimento para começar algum negócio sem dívidas posteriores. Em 1998, Seu Faccin deixa a administração para seus filhos mas não se desliga completamente do convívio da atividades da empresa. Ele salienta que o tempo firma e referencia o nome da empresa. O empreendedor mantém um forte vínculo com o Arroio Grande, pois acredita no seu potencial, o que o torna uma figura de muita respeitabilidade perante outros empresários do bairro. Danilo Faccin

A ideia de criação da Ecolog surgiu da vontade de ajudar a todos que, inevitavelmente, são geradores de resíduos perigosos ao meio ambiente a terem a oportunidade de destinarem adequadamente esses resíduos. Muitas pessoas têm vontade de preservar, fazer a sua parte, mas não tinham oportunidade, meios e nem locais para descartar certos materiais que podem interferir direta e indiretamente na qualidade de vida de todos. Então decidimos criar a Ecolog, empresa cujo objetivo principal é ser o elo entre a ideia de preservar e a ação de preservação, formando uma rede de cooperação e principalmente viabilizando junto aos clientes, parceiros e comunidade, formas para que o maio número possível de pessoas possa destinar corretamente esses resíduos e que isso não seja considerado um problema e sim uma prática aplicada no nosso dia a dia. Essa ideia começou há seis anos e hoje já estamos presentes nas comunidades de mais de 200 municípios do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, realizando o gerenciamento de resíduos industriais, químicos, de saúde, lâmpadas, celulares, pilhas e baterias, entre outros, a clientes da esfera pública e privada. Também desenvolvemos campanhas gratuitas de preservação e educação ambiental através de coletores ecológicos em mais de 400 pontos nesses municípios. Conseguimos também gerar e distribuir renda, através da oportunidade de triar materiais recicláveis que eventualmente são coletados junto aos demais resíduos e doá-los a associações de catadores que os encaminham para reciclagem, diminuindo o volume do passivo ambiental nos aterros e gerando renda. Podemos citar também as oportunidades de empregos que podemos gerar nesse período, com cerca de uma dezena de vagas preenchidas. Acredito que podemos fazer muito mais e que já estamos ajudando a multiplicar ações de preservação, o que no futuro certamente poderemos nos orgulhar desse pioneirismo. Diego Dutra Leite

A Uniodonto é uma cooperativa odontológica nos Vales do Taquari e Rio Pardo integrada à sociedade e mantém a prática constante em ações. Preocupada com o sustentável tem vários projetos realizados com a participação da diretoria, cooperados e colaboradores, tendo assim seu êxito garantido. Anualmente acontece a Convenção Nacional e, em 2009, o tema do encontro foi “Nova Realidade Novos Rumos” e um dos tópicos desta convenção foi o engajamento das cooperativas em relação ao “Sustentável”. Na oportunidade a unidade VTRP recebeu o Selo Uniodonto Sustentável por suas ações. Abaixo as ações desenvolvidas: Palestras - Orientação para a prevenção de doenças da gengiva, câncer bucal, cárie e explanação sobre patologias. Participação em eventos comunitários Projeto Materno Infantil - Cuidados com a saúde bucal, importância da amamentação e alimentação para as gestantes e seus bebês. Auxílio à Fundef - Contribui financeiramente com material de apoio e com atendimento aos pacientes. Recolhimento do lixo séptico - Armazenado em local próprio, onde é coletado por empresa autorizada em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente de Venâncio Aires. Programa Qualificar - Cursos de atualização e aperfeiçoamento para os cooperados e colaboradores. Projeto Pescar - Orientação e atendimento integral com procedimentos curativos e radiografias. Água da Chuva - Para irrigação de jardim, lavagem de área externa e utilização nas caixas d’água dos banheiros. Sorria com Saúde Bucal - Instrução de escovação dentária e distribuição de folders. Prevenção ao Câncer Bucal - Exames de lesão e orientação sobre a prevenção do câncer bucal e distribuídos folders de autoexame. Projeto Marista - Atividades lúdicas, orientações, instrução de escovação dental, uso do fio dental, alimentação saudável e com atendimentos realizados nos ambulatórios. Mariele Filter Schuh

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5ª SEMANA DO EM PREENDEDOR em revista

>>Reconhecimento

Público apontou alto nível de satisfação

De 653 pesquisas entregues, 298 classificaram a organização como ótima

O

s participantes da 5ª Semana do Empreendedor apontaram alto nível de satisfação na avaliação das atividades. Das 653 pesquisas entregues, 298 classificaram a organização geral como ótima, 309 disseram que foi boa, 31 apontaram como regular e seis acharam ruim. Com base nas informações obtidas, a organização geral do evento vai implementar melhorias para oferecer ainda mais excelência na edição de 1011.

Nos questionários de avaliação, ao ser solicitada opinião sobre os palestrantes, 364 disseram que a atuação foi ótima, 241 classificaram como boa e 21 julgaram regular. E a respeito dos assuntos das palestras, 356 apontaram como ótimo, 253 como bom e 33 como regular. Já sobre a divulgação do evento, 181 classificaram como ótima, 314 como boa e 130 como regular. E no questionamento sobre como ficaram sabendo do evento, a pesqui-

sa apontou várias mídias e formas de divulgação. Do total, 36 receberam a informação pela TV, 39 pelo rádio e 57 pelo jornal. E 116 foram informados por e-mail, 121 por folders, 112 por cartazes e 180 obtiveram as informações através das redes sociais.

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