BARREIRO DIACIDADE CERIMÓNIA PÚBLICA
BARREIRO RECONHECIDO 28 de junho de 2022
28JUNHO´22 38 anos de Cidade
ÍNDICE Pág. 03 - Editorial Pág. 04 - Medalhão da Cidade do Barreiro Pág. 07 - Cultura, Desporto, Educação e Ciência Pág. 12 - Associativismo, Intervenção Social e Multiculturalidade Pág. 17 - Luta pela Liberdade, Democracia e Cidadania Pág. 18 - Trabalho e Desenvolvimento Económico Pág. 21 - Medalha de Bons Serviços e Dedicação - 40 Anos
CERIMÓNIA PÚBLICA BARREIRO RECONHECIDO 28 de junho de 2022
No dia 28 de junho de 2022, o Barreiro celebra 38 anos enquanto Cidade. Galardoado como Feriado Municipal, este dia representa um importante marco para os barreirenses que presenciaram em 1984 a elevação da sua terra a Cidade. Em 1890, o Barreiro tinha cerca de 628 habitantes residentes. Hoje, somos 78.359 barreirenses, numa Cidade apaixonante e de enorme riqueza humana e paisagística. Uma Cidade de trabalho, repleta de cultura e criatividade. Uma Cidade reverenciada e com futuro, destacada nos últimos rankings como a 7ª melhor Cidade para se viver e como a 8ª melhor para se fazer negócio. Entre 2017 e 2022, o Barreiro subiu 40 lugares no Ranking Nacional, ocupando hoje uma honrosa 36ª posição. No Dia da Cidade celebramos a Cerimónia Pública “Barreiro Reconhecido” na qual atribuímos, este ano, para além do “Galardão Barreiro Reconhecido”, o “Medalhão da Cidade do Barreiro” a honrosos barreirenses, gente da nossa terra, que se destacaram na sociedade a nível local, regional, nacional e internacional. Uma Cerimónia protocolar que nos orgulha pelos homenageados presentes e pelo alcance dos mesmos nas áreas do associativismo, intervenção social, multiculturalidade, cultura, desporto, educação, ciência e pelo trabalho e desenvolvimento económico conquistado. Parabéns ao Barreiro e a todos os barreirenses!
O Presidente da Câmara
Frederico Rosa
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Medalhão da Cidade do Barreiro
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Ex-Presidentes da Câmara Municipal do Barreiro
Emídio Xavier (2001 a 2005)
Pedro Canário (1989 a 2001)
Carlos Humberto de Carvalho (2005 a 2017)
Ex-Presidentes da Assembleia Municipal do Barreiro
Eduardo Guerreirinho (a tulo póstumo) (1977 a 1982)
Álvaro Monteiro (1983 a 1989)
Eduardo Cabrita (2002 a 2005)
Frederico Fernandes Pereira (2008 a 2017)
Ex-Presidente da Câmara Municipal e Assembleia Municipal do Barreiro
Helder Madeira (1976 a 1989, 1990 a 2001 e 2005 a 2008)
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A atribuição do “Medalhão da Cidade do Barreiro" des na-se a honrar barreirenses ilustres cujos percursos de vida e de intervenção pública tenham contribuído para a afirmação do Barreiro, enquanto cidade de referência. Os cargos de Presidente de Câmara e de Presidente da Assembleia Municipal revestem-se de especial relevo, sendo a a vidade pelos mesmos desenvolvida, de par cular interesse para as polí cas implementadas em prol do Barreiro, devendo como tal os seus signatários serem dis nguidos pelo trabalho desenvolvido. A Câmara Municipal atribui, em 2022, o “Medalhão da Cidade do Barreiro”, pelo trabalho desempenhado em prol do poder local democrá co aos: Ex-Presidentes da Câmara Municipal do Barreiro Pedro Canário (1989 a 2001) Emídio Xavier (2001 a 2005) Carlos Humberto de Carvalho (2005 a 2017)
Ex-Presidentes da Assembleia Municipal do Barreiro Eduardo Guerreirinho (a tulo póstumo) (1977 a 1982) Álvaro Monteiro (1983 a 1989) Eduardo Cabrita (2002 a 2005) Frederico Fernandes Pereira (2008 a 2017)
O “Medalhão da Cidade” para o ex-Presidente da Câmara Municipal e Assembleia Municipal do Barreiro é entregue: Helder Madeira (1976 a 1989, 1990 a 2001 e 2005 a 2008)
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CULTURA, DESPORTO, EDUCAÇÃO E CIÊNCIA
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António João Sardinha António João Sardinha nasceu há 79 anos em Vila Viçosa, terra dos pais, mas considera-se um “produto natural, intrinsecamente, do Barreiro”, por ter sido concebido na Rua dos Combatentes. A viverem no Barreiro, os pais rumaram aos oito meses de gravidez para a terra natal alentejana, apenas para garan r melhores condições no parto, e de imediato regressaram. Filho de mãe domés ca e pai pedreiro, António Sardinha fez a instrução primária na Escola Conde Ferreira. Seguiu para o Externato Barreirense e mais tarde, para a Faculdade de Letras de Lisboa. Aos 21 anos já dava aulas na Escola Industrial e Comercial Alfredo da Silva, de Português e História, seguindo-se, no ano sequente, a docência no Externato Diocesano Manuel de Mello. Desde muito novo que esteve ligado ao movimento associa vo estudan l ao fazer parte da Direção Académica do Barreiro e pela sua militância católica na Juventude Escolar Católica, onde conheceu o Padre Alberto Neto, um dos homens que mais influência teve na sua vida, e que descreve como um “pilar de liberdade, de coerência e de luta pelos interesses dos jovens no País”. Em 1967, deu o nó com a mulher da sua vida, da qual teve dois filhos, e atualmente dois maravilhosos netos. Em 1972, saído da tropa, criou o Conselho da Biblioteca Municipal, um órgão consul vo cons tuído por algumas personalidades barreirenses. É ainda nesse ano que realiza uma visita com os seus alunos da Escola Alfredo da Silva, ao Convento Madre de Deus da Verderena, onde realiza um levantamento das caracterís cas e potencialidades do espaço, no sen do de lhe ser dada outra u lidade, como um museu, ou para qualquer outra finalidade que lhe desse a dignidade que merece. Sempre interveniente nas questões da educação, da cultura e do património histórico do Barreiro, António Sardinha, estava longe de saber a influência que viria a ter na comunidade barreirense e no desenvolvimento da sua terra. Ainda no início desta década, entra para a Direção Geral do Ensino Superior, como Chefe de Secção, onde se manteve até 1976. 8
A par r daqui a sua carreira foi sempre em ascensão, quer nos cargos, quer nos feitos, quer na defesa do que acreditava. Em 1979, foi convidado pelo Ministério da Educação, a integrar, como Chefe de Divisão a an ga Direção Geral de Educação de Adultos, onde ficou até 1981. É neste ano, que enquanto deputado da Assembleia Municipal do Barreiro, dá o seu grito de raiva através da apresentação de uma proposta, cuja aprovação foi, surpreendentemente inédita, naquele período, volvidos sete anos de Democracia em Portugal e cuja finalidade consis a na defesa e restauro do Convento da Verderena, enquanto parte integrante do património cultural do Barreiro. É com emoção que recorda este tempo e que relembra que chegou a ser apelidado de “maluquinho do Convento”, mas que nunca com tal se importou. O que realmente importou foi a recuperação do espaço que veio a acontecer mais tarde, ainda que, lamente, “os úl mos tempos, por não estarem a ser favoráveis à u lização do Convento”. Em 1982, é convidado a integrar a equipa da XVII Exposição Europeia da Arte, Ciência e Cultura, que decorreu em Lisboa. Uma exposição que teve uma importância de grande relevo quer no País, quer em toda a Europa, segundo relembrou, e onde teve a oportunidade de desenvolver um conjunto de a vidades relacionadas com os jogos tradicionais populares, entre outros. Entre 1983 e 1985, António João Sardinha foi adjunto do Ministro da Cultura, Coimbra Mar ns. Um momento descrito como sendo de “muita honra na sua vida porque Coimbra Mar ns era um intelectual de grande qualidade e reconhecimento. Foi sem dúvida um desafio ímpar onde ve uma estreita relação com as organizações deste âmbito e com todas as a vidades teatrais e musicais, a nível nacional”. Durante este período, foi aprovado, por todos os Par dos, na Assembleia da República, o Plano Nacional de Alfabe zação e Educação de Base, no qual teve a oportunidade de colaborar quer na sua elaboração, quer na par cipação efe va de implementação em território nacional. Uma experiência que o marcou e que considera como uma das mais importantes da sua vida. Poucos anos depois, assume o cargo de Subdiretor Geral de Educação de Adultos e em 1996 é convidado para o cargo de Diretor Regional da Educação de Lisboa que manteve até 2000, altura em que se aposentou. António João Sardinha teve sob a sua responsabilidade um terço do sistema educa vo 9
português, mais concretamente 600 mil alunos, 44 mil professores e 20 mil funcionários não docentes. Não obstante todas estas funções e responsabilidades, o “bichinho” de ser barreirense não parou com as preocupações com a sua terra. Desse não parar e querer sempre mais, está a fundação da Rádio Sul e Sueste e a fundação da Escola de Jazz. Dois pilares importantes no Barreiro, em termos de inovação e nos quais teve imenso prazer e orgulho em trabalhar com outros amigos e interessados. A sua ligação à atual Escola de Jazz, instalada na an ga Coopera va Operária Barreirense “Os Cor ceiros”, remonta ao seu pai, pelo que desde sempre foi um espaço que fez parte da sua vida. “Foi uma ins tuição dos cor ceiros, de grande mérito da nossa terra, que abriu as portas, durante o século XIX, a toda a gente que trabalhava no Barreiro e que não estava ligado nem à CUF, nem à CP, nem sequer aos cor ceiros. Foi o que aconteceu com o meu pai que era pedreiro e que foi sócio durante muitos anos”. Amante de música clássica e com uma profunda ligação à Igreja Nossa Senhora do Rosário e à Igreja de Santa Cruz, onde cantou no coro em garoto, foi com emoção e sen do de responsabilidade que António Sardinha falou do desafio que lhe foi lançado, em 2002, pelo Padre Rodrigo Mendes. Nada mais, nada menos do que diligenciar todos os esforços que permi ssem reunir a verba necessária para a recuperação do Órgão cons tuído por 1515 tubos, que se encontrava degradado, sem emi r qualquer som há 50 anos. Uma recuperação dispendiosa, que ficou a cargo do Mestre-Organeiro Pedro Guimarães, no valor de 130 mil euros e cuja verba foi possível graças à par cipação da Igreja Nossa Senhora do Rosário, da Câmara Municipal do Barreiro, do Ins tuto Português do Património Arquitetónico e da comunidade barreirense. António Sardinha nunca irá esquecer o dia 8 de dezembro de 2007, data em que Órgão de Tubos, com 200 anos de história e cultura, mudo há cinco décadas, voltou a fazer-se ouvir. Depois disto, António Sardinha nunca mais parou e volvidos 15 anos, já organizou 51 Concertos de Órgão e que veram a par cipação de coros e cantores líricos de renome. Acompanhou as recuperações na Igreja e está responsável pelo restauro de três imagens do Santuário. São muitos os cargos, as vivências e os desafios vencidos, mas ainda assim, 10
António Sardinha diz que “há mais coisas na vida de uma pessoa que está em vias de completar 80 anos e que teve a riqueza de ter nascido no Barreiro e tem a riqueza de pensar todos os dias nas coisas que ainda sonha fazer aqui”. A homenagem que lhe é prestada foi recebida com muita admiração e comoção. “Pergunto o que é que nós fizemos na vida que não nhamos a obrigação de fazer. O interesse que ve pela minha terra, era a minha obrigação. Nada do que fiz foi forçado ou feito por favor, aquilo que fiz era a minha obrigação de cidadania”. Por uma vida dedicada à Educação, Cultura e à defesa de um Património que é de todos, que dignifica o Concelho e o País, pela sua inquietude, espírito desafiante e resiliente, e pelo seu a vismo cívico, a Câmara Municipal do Barreiro tem a honra de atribuir a António João Sardinha, o Galardão "Barreiro Reconhecido 2022", na área da Cultura, Desporto, Educação e Ciência.
Fonte: António João Sardinha Outras Fontes: Diário do Barreiro, 14 de fevereiro de 2005 www.rostos.pt, entrevista a António Sardinha, 16 de abril de 2008 Jornal do Barreiro, 20 de março de 1981, n.º 1559 Fotografias: cedidas pelo próprio Fotografia brochura: Câmara Municipal do Barreiro 11
ASSOCIATIVISMO, INTERVENÇÃO SOCIAL E MULTICULTURALIDADE
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Manuel João Alcaria Pereira Manuel João Alcaria Pereira nasceu a 6 de fevereiro de 1948, na aldeia de Nora, pertencente ao Concelho de Borba. Aos 16 anos saiu da pacata aldeia do interior do Alto Alentejo para servir a Armada Portuguesa, onde esteve ao serviço durante uma década. Com um irmão já a residir, na altura, no Barreiro, rapidamente se apaixonou pela terra e por aqui ficou. Durante 34 anos, exerceu funções nos Transportes Aéreos Portugueses – TAP, onde foi responsável pela assistência aos aviões. Por via de uma vida profissional tão a va e controlada ao minuto, como diz Manuel Pereira, “no mundo dos aviões não pode haver atrasos, nem adiantamentos”, nem a reforma, que aconteceu há 16 anos lhe abrandou o passo. Desde muito novo esteve ligado à vida do Barreiro, enquanto munícipe que adotou este Concelho à beira-rio plantado como sua terra. Foi aqui que cons tuiu família, fez amigos e foi aqui que, muito cedo entrou no mundo associa vo. Sócio do Clube Dramá co Instrução e Recreio 31 de Janeiro "Os Celtas", há 35 anos, Manuel Pereira acabou por dedicar mais tempo à Cole vidade que tão bem conhecia, em 2008, onde assumiu o cargo de Vice-Presidente para os Corpos Sociais. Dois anos depois, com a saída do Presidente, e após alguma insistência dos sócios para que Manuel se candidatasse ao cargo, acabou por anuir. Elaborou uma lista e concorreu para a presidência da direção de uma casa que, atualmente, conta com uns honrosos 90 anos. Fundada a 31 de janeiro de 1932, a CDIR 31 de Janeiro – “Os Celtas”, localizada na Rua Dr. Manuel Pacheco Nobre nº 124, no Alto do Seixalinho, tem a dirigir o seu des no, há 12 anos, Manuel Pereira, como Presidente, em simultâneo com outros homens e mulheres que compõem os Corpos Sociais da direção e que “sem eles, nada seria possível”. Puxar pessoas para a cole vidade nunca foi problema para Manuel Pereira 13
que diz ter sido sempre rápido e fácil elaborar listas, independentemente do género, ou idade. Pelo contrário, a julgar pelo número de jovens que Manuel tem conseguido ca var para o 31 de Janeiro e que, muito em breve, quer levar para a direção. E o mesmo acontece na ca vação de sócios que somam 578, atualmente. Desde 2010 a deitar mãos à obra, é com orgulho que o Presidente do Clube fala da recuperação do espaço que se encontrava degradado, do esforço despendido em pequenos grandes arranjos que fazem toda a diferença para um maior conforto e qualidade para os sócios, assim como para ter as condições necessárias para a realização das dezenas de a vidades que aqui acontecem e que englobam momentos tão diversos como aulas de pilates, ginás ca sénior, teatro e revista, que vêm de diferentes companhias e pontos do país, grupos corais, feiras do livro, de roupa, danças orientais, ciganas e tribais, aulas da Universidade da Terceira Idade do Barreiro, diversos protocolos com ins tuições do Concelho que u lizam as instalações do Clube para as suas a vidades, ou ainda para aulas de karaté que já colocaram o Clube nas bocas do mundo graças a um campeão do mundo, um europeu e um nacional. A vertente social faz parte do 31 de Janeiro, o não cobrar o espaço para que outros que não o possuam possam fazer algo, como é disso exemplo a Associação de Imigrantes Moldavos, é um dos aspetos que Manuel Pereira sublinha com orgulho, enquanto Presidente e homem humilde, de fácil trato e sorriso, cuja forma de estar na vida é apenas uma, “ser ú l, ajudar”. E isso serve para dirigir uma cole vidade que está no topo das associações mais a vas do Concelho, segundo afiançou, como para recolher, muitas vezes da rua, material e equipamentos ainda em funcionamento e que tantas pessoas “já desenrascou”, fosse um fogão, um esquentador ou um frigorifico, como ceder as instalações sanitárias do Clube aos sem-abrigo, no período da pandemia, como também serve para o “Manuel que vai lá a casa colocar um candeeiro que o meu marido não está capaz”, ou para ir, literalmente, arrancar algum sócio do sofá que com a pandemia se isolou e agora passa os dias a dormir. “Se assim é”, diz Manuel, “que durma, mas na cole vidade que assim ao menos sai de casa”. É desta garra que Manuel Pereira é feito e é dela que precisa em momentos 14
que diz serem duros, porque um dirigente associa vo não vive de elogios. “Ouvimos muitas crí cas e é preciso ter estofo para isso”. Manuel é um homem de consensos, de uma direção e gestão em parceria e uníssono, que não quer impor as suas ideias a ninguém porque ou somos voluntários ou não, nesta vida. “Ouço, discuto e aceito todas as opiniões e só assim temos conseguido implementar as mudanças necessárias no espaço, porque se não for para mudar alguma coisa, de nada vale aqui estar. Os presidentes e as direções que por aqui passaram fizeram o que podiam e sabiam, é o mesmo que fizemos e estamos a fazer”. Longe de se achar dono da verdade faz questão de dizer que se licenciou com a 4ª classe e que tudo o que aprendeu foi a vida, no alto dos seus 74 anos, que lhe ensinou. “Desde que fui nomeado pelos sócios para gerir esta casa que pensei em geri-la o melhor que eu sei e posso. Não é uma tarefa fácil, isto é como uma pequena empresa com empregados, negócios e um propósito”. É sobretudo a forma de trabalhar de Manuel que faz a diferença na cole vidade. Manuel Pereira não é homem de e-mails, “funciona à moda an ga”. Faz questão de ir, pessoalmente, a todas as associações entregar convites seja para as sessões solene, espetáculos ou a vidades. É isto, afirma, “que faz com que as pessoas se sintam na obrigação de retribuir e aparecer no 31 de Janeiro. É assim que se ca va pessoas”. O mesmo acontece no planeamento do que é feito. Com algumas cole vidades nas redondezas, o 31 de Janeiro, “Os Celtas” não promove nenhum espetáculo se souber que o vizinho tem algum agendado para o mesmo dia e hora. Assim também o faz nas modalidades que dispõe. “Se o meu vizinho tem danças de salão, porque é que eu não procuro Hip Pop, por exemplo?”. No final, quem beneficia são os sócios e os munícipes com toda esta preocupação na gestão. Ao pertencer à lista de mais duas associações do Concelho, Manuel Pereira acumula ainda funções como Presidente da mesa da Assembleia-Geral do Centro Sociocultural do Bairro da Liberdade e do Grupo Coral Alentejano Amigos do Barreiro. Tempo e genica não lhe faltam. “A minha filha costuma dizer que se fosse uma criança era hipera vo, mas isto é a única forma que sei estar na vida. Não tenho paciência para estar parado e enquanto puder, não largo esta casa”. 15
De sen do de humor apurado, Manuel diz ser “pau para toda a colher”. Tanto o podemos encontrar em cima de um escadote nas pinturas, a carregar mobiliário que pode ser ú l a alguém, a fazer de Bispo, indumentária verdadeira que já realizou, simbolicamente, um casamento a um casal de sócios à porta da cole vidade, ou de Pai Natal, nos úl mos anos, a distribuir prendas pelas crianças das escolas do Barreiro. Surpreendido e emocionado pela dis nção que hoje recebe, Manuel Pereira diz que “não a merece, que nada fez ou faz para ser compensado” e dá vivas aos sócios e às an gas direções, que lhe permi ram estar hoje onde está. Sempre fui ambicioso. “Estou aqui, mas estou sempre a pensar no que vou fazer a seguir. Só assim sei viver! E não digam que o associa vismo está em crise, porque isso é men ra. Saibam chamar os jovens, saibam convencê-los, ouvindo as suas ideias. É isso que faço. Se as puder implementar assim o faço, se não puder, explico a razão e vamos em busca de outras alterna vas. Mas o que importa é ouvi-los, porque eles têm muito a dizer. Este prémio, não é para mim, mas para o Movimento Associa vo do Barreiro, para os meus dirigentes e sócios e para a minha família que sempre me apoiou e aceitou esta paixão”. Pela sua dedicação ao Movimento Associa vo do Concelho, pela preocupação com o outro, pelas ambições em querer sempre mudar para mais e melhor, pelo espírito pragmá co e caráter interven vo e pela forma abnegada à vida associa va, a Câmara Municipal do Barreiro tem a honra de atribuir a Manuel Pereira, o Galardão "Barreiro Reconhecido 2022", na área do Associa vismo, Intervenção Social e Mul culturalidade.
Fonte: Manuel João Alcaria Pereira Fotografias cedidas pelo próprio 16
LUTA PELA LIBERDADE, DEMOCRACIA E CIDADANIA
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TRABALHO E DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO
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Empresa Albino Macedo & Filhos, Lda. Os registos existentes recuam até 1951 apontando este como o seu ano de nascimento. Fundada por Albino José de Macedo, a Albino Macedo & Filhos faz parte do tecido empresarial do Concelho, há mais de sete décadas. Começou por vender bicicletas, dedicando-se, atualmente, à área dos combus veis e ramo do gás. A primeira sede social foi na Rua Dr. Câmara Pestana. Hoje está na Rua Dr. Eusébio Leão. No coração da cidade. Os escritórios, quo diano de trabalho, encontram-se no posto de abastecimento da BP, na Av. Escola dos Fuzileiros Navais, bem visível no Alto da Telha – o edi cio mais an go da firma. Tem, atualmente, um total de três postos de combus vel – Alto da Telha, Barreiro, junto ao centro comercial Forum, e Penalva –, além do espaço no âmbito do ramo do Gás, pela Rubis, na Rua Dr. Eusébio Leão. Conta com cerca de 30 funcionários, mas centenas já por ela passaram e ajudaram a fazer o que representa hoje para o panorama empresarial e para o Concelho. Com raízes bem “entranhadas” nesta terra, o seu sobrenome é necessariamente associado ao desporto, nomeadamente na fundação do FC Barreirense e na sua ligação ao basquetebol, tendo dado ao País enormes referências na modalidade. Atenta, também por isso, ao que se passa no Concelho, tem-se unido, não raras vezes, ao movimento associa vo através da atribuição de apoios – sendo esta mais uma forma de marcar presença e contribuir para a comunidade. 19
Na terceira geração na família, Pedro Macedo, representante legal da firma, neto do fundador, sublinha a importância do cole vo para explicar a virtude da empresa. Trabalhadores, atuais e passados, todos contribuíram para a história e são a chave do sucesso de uma “casa” que quer crescer e, por isso, se mantém dinâmica e atenta às oportunidades e tendências do mercado. Nos seus já longos 70 anos de história, esta dis nção, é frisado, é um reconhecimento do trabalho das centenas de pessoas que passaram pela empresa. Pelo seu trabalho e empreendedorismo, que contribui para a dinamização e engrandecimento do tecido empresarial e do Concelho, a Câmara Municipal do Barreiro tem a honra de atribuir à empresa Albino Macedo & Filhos, Lda., o Galardão “Barreiro Reconhecido 2022”, na área do Trabalho e Desenvolvimento Económico.
Fonte: Representante legal da Albino Macedo & Filhos, Lda., Pedro Macedo 20
MEDALHA DE BONS SERVIÇOS E DEDICAÇÃO 40 ANOS
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Bombeiro de 1ª - José Rodrigo Pato Inverno José Rodrigo Pato Inverno ingressa como Aspirante nos Bombeiros Voluntários do Barreiro – Corpo de Salvação Pública, em maio de 1982, cumprindo, assim, o desejo de criança. “Era uma paixão que já vinha desde miúdo, ao ver as fanfarras dos bombeiros e os desfiles na vila do Barreiro. Perdi a vergonha e ingressei neste corpo de bombeiros”. No ano de ingresso, é promovido a Bombeiro de 3ª. Alcança o posto de Bombeiro de 2ª, em 1983, e de Bombeiro de 1ª, em 1985. É honrado com o Crachá de Ouro, conferido pela Liga dos Bombeiros Portugueses e com as Medalhas da Liga, de Assiduidade, graus Cobre, Prata e Ouro - 25 anos. A Câmara Municipal do Barreiro condecora-o com as Medalhas de Bons Serviços e Dedicação, graus Bronze, Cobre e Prata. Nos 40 anos de serviço, José Rodrigo Pato Inverno par cipa em inúmeras operações de socorro, no Município, no distrito de Setúbal e por todo o País. Ao longo do seu percurso, frequenta centenas de horas de formação técnica especializada nos cursos de “Salvamento e Desencarceramento”, “Chefe de Equipa em Combate a Incêndios Florestais”, “Técnicas de Socorrismo”, “Módulo Prá co de Combate a Incêndios Urbanos”, entre outros. A sua dedicação à causa dos bombeiros contribui para dignificar a imagem dos soldados da paz, honrar a farda e elevar o bom nome da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Barreiro – Corpo de Salvação Pública, inspirando várias gerações de futuros bombeiros. A Câmara Municipal do Barreiro tem a honra de condecorar José Rodrigo Pato Inverno, com a Medalha de Bons Serviços e Dedicação – 40 anos.
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Chefe - Arlindo Rodrigues da Silva Arlindo Rodrigues da Silva ingressa como Aspirante nos Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste, em 1982 e, aos 18 anos, concre za um sonho de menino. “Foi uma coisa que sempre gostava desde pequenino, ser ú l para a sociedade”. Mais tarde, no ano de 1983, é promovido a Bombeiro de 3ª Classe, após conclusão dos respe vos cursos. Alcança o posto de Bombeiro de 2ª, em 1991, e Bombeiro de 1ª, em 1998. Seis anos depois, é promovido a Subchefe. Em 25 de novembro de 2013, assume as funções de Chefe da Corporação, até aos dias de hoje. É honrado com o Crachá de Ouro, conferido pela Liga dos Bombeiros Portugueses, a 23 de julho de 2017, pela prá ca de atos e serviços altamente relevantes à causa dos bombeiros portugueses. Recebe, ainda, a Medalha de Bons Serviços e Dedicação – Grau Ouro, conferida pela Câmara Municipal do Barreiro, em 2016, e a Medalha de Dedicação Grau Ouro - 25 anos, conferida pela Liga dos Bombeiros Portugueses, em 2011. Possui dezenas de louvores e condecorações pelos serviços prestados em representação da Corporação. No decorrer da sua carreira frequenta centenas de horas de formação técnica especializada nos cursos de “Salvamento e Desencarceramento”, de “Gestão de Emergência em Ambiente Ferroviário”, “Suporte Básico de Vida”, “Chefe de Equipa em Combate a Incêndios Florestais” e “Gestão Inicial de Operações de Incêndios Urbanos e Industriais”, entre outros. A Câmara Municipal do Barreiro tem a honra de condecorar Arlindo Rodrigues da Silva, com a Medalha de Bons Serviços e Dedicação – 40 anos. 23
28JUNHO´22 38 anos de Cidade