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“BARREIRO, A CIDADE DOS ARQUIVOS”
Os Tesouros do Barreiro revelados em Lisboa
Cerca de 1.500 pessoas visitaram a exposição “Os Tesouros dos Arquivos do Barreiro…em Lisboa”, patente ao público, de 4 a 31 de março, na Gare Marítima de Alcântara. Este foi um grande momento para o Barreiro, com a abertura da “Cidade dos Arquivos” ao mundo. Ao longo de quase 30 dias em que a exposição esteve patente, o público teve a oportunidade de participar na Palestra “Os Tesouros do Desporto do Barreiro”, numa Simultânea de Xadrez, e no Colóquio “Os Tesouros dos Arquivos do Barreiro”.
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Na Gare Marítima de Alcântara foi possível “descobrir” e “explorar” os objetos de destaque dos cinco arquivos de inegável importância que se encontram no “Barreiro, A Cidade dos Arquivos”: o Arquivo dos Portos de Lisboa, Setúbal e Sesimbra, o Centro de Documentação do Museu Industrial da Baía do Tejo, o Arquivo Ephemera, o Espaço Memória e o Arquivo da Fundação Amélia de Mello.
A experiência do “Barreiro, A Cidade dos Arquivos” é única em Portugal. O conjunto dos arquivos colabora entre si numa série de iniciativas voltadas para o público, para a investigação académica, os artistas, o conhecimento e a criação.
Ajudar a contar a História do País
O Vice-Presidente Rui Braga ressalvou a importância de situar a exposição em Lisboa. “Trazemos um bocadinho da nossa história e de algumas entidades que nos acompanham e que ajudam a contar a História do País. É importante sabermos contar essa História como deve de ser e estes arquivos são a melhor forma de nós entendermos aquilo que fomos, para aprendermos e implementarmos a cidade que queremos ser”. Reforçando a importância da divulgação dos arquivos e consequente “reconstrução das memórias individuais ou coletivas”, a Vereadora Maria Arlete Cruz enalteceu que “os arquivos da cidade do Barreiro disponibilizam um espólio documental vastíssimo, aberto a todos os amantes do conhecimento histórico, em particular dos investigadores, fundamental para a construção do conhecimento científico em diversas áreas do saber”. Por seu lado, a Vereadora Sara Ferreira explicou como surgiu a ideia de levar a exposição para a Capital, depois de ter estado patente ao público no Barreiro, para assinalar o Dia dos Arquivos, a 9 de junho. “A equipa considerou que seria interessante levá-la para Lisboa. A Gare Marítima de Alcântara, a Administração do Porto de Lisboa acolheu-a e acho que é uma grande forma de mostrarmos o que temos, a todas as pessoas que vivam, ou queriam viver em Lisboa”.
O responsável pelo Arquivo Ephemera, José Pacheco Pereira, considera que a exposição “tem dois aspetos fundamentais e inéditos. O primeiro é o facto de ser uma exposição conjunta de cinco arquivos do Barreiro. Não é muito comum os arquivos de uma determinada municipalidade colaborarem entre si. O segundo aspeto é o conteúdo. Esta exposição é fundamental para a História social, económica, empresarial, industrial e política de Portugal, uma vez que a atividade industrial moldou o Barreiro, durante grande parte do Séc. XX, criando um ecossistema operário e empresarial, de resistência política que é único em Portugal”, concluiu.