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Manoel Mourivaldo Santiago Almeida
from Revista Pixé 19
Se Sempre fiz poemas... Eram tantos e todos Para os olhos de ninguém Mas... Nunca os imaginei Soltos de “alguém” que minha alma chama Para si sempre (embora almas sejam) Porque em si quer construir Num instante (que não se acabe) O lugar onde a vida é leve E o querer bem permanece Num tempo (que não se conte) Num lugar (que não o caiba ou cerque) Num tamanho (que não se meça) Num volume (que não se possa dosar) Se este poema é para teus olhos Não posso negar que (embora solto) Está preso a ti E, então, posso dizer Que, antes de ti, Eu fazia poemas invisíveis...
Manoel Mourivaldo Santiago Almeida
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É doutor e livre docente, professor titular e pesquisador da Universidade de São Paulo-USP de onde é, atualmente, chefe do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas.