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Sumário
Editorial
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A Embarque é uma revista criada para a disciplina de Tipografia Digital, ministrada pelo professor Maurício Furlanetto, do curso de Design Visual com Ênfase em Marketing, da Escola Superior de Propaganda e Marketing de Porto Alegre.
Daniela Coelho Olmos Laura Maroneze
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Expediente Projeto Gráfico
aniela Coelho Olmos D Laura Maroneze
Editoração
aniela Coelho Olmos D Laura Maroneze
Diagramação
aniela Coelho Olmos D Laura Maroneze
Produção
aniela Coelho Olmos D Laura Maroneze
Reportagens
Site Revista Viagem
Fotografia
Flickr
Contato
embarque@revistaembarque.com.br
Conheça quatro hotéis
isolados no planeta Poucos sonham em passar suas férias num quarto de hotel que funciona no alto de um guindaste portuário, ou dormir numa suíte que fica embaixo d’água. Mas saiba que hotéis assim funcionam, e fazem sucesso entre aqueles que realmente querem se isolar do mundo. Confira:
Whitepod Resort, Valais, Suíça: Os Whitepods são confortáveis iglus modernos, construídos com material isolante a mais de 1,5 mil metros de altitude, nos Alpes Suíços. A vista panorâmica sobre a neve pura é incrível, e o silêncio é total. O resort é cem por cento ecológico: tudo é reciclado e não há energia elétrica nos pods, apenas luz de velas e lareiras. São 15 pods de até 40 metros quadrados que podem receber de duas a oito pessoas, além de um chalé central com restaurante. Se a opção dos pods não for totalmente atraente, também existem opções de alojamento convencional, em cabanas.
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Durante o dia, o resort oferece atividades para se curtir a neve: pistas exclusivas de esqui, excursões de raquete, além de um spa completo.
Utter Inn (Albergue da Lontra), Suécia:
Whitepod Resort
Se você não quiser ser incomodado, esta casinha flutuante, criação do artista sue-
co Mikael Gernberg, é uma excelente opção. Construída sobre uma plataforma de 25 metros quadrados sobre o lago sueco de Malaren, conta com uma cozinha ao nível do mar e um quarto submergido três metros embaixo d’agua, no qual você poderá observar a vida sub-aquática. Após ser deixado na casa de bote, você conta com uma canoa para passear pelas redondezas. A cozinha é bem simples, e você pode optar por receber o jantar já pronto.
Guindaste de Harlingen, Holanda: Ficar alojado em um guindaste pode parecer uma má ideia. Mas este antigo guindaste do porto de Harlingen, na Holanda, que descarregava antigamente madeira dos barcos vindos da Europa do leste, é o sonho de qualquer amante de tecnologia. A 17 metros de altura, a sala de máquinas foi transformada em suite high-tech com cama king-size e chuveiro futurista para dois. Tudo, desde as luzes até a temperatura do
quarto, são comandadas por controle remoto. Quer mais? Se estiver cansado da vista da varanda frente ao mar, você pode comandar o guindaste, que gira 360 graus. Os elevadores para chegar até a suíte são minusculos. Claustrófobos, abstenham-se.
The House in the sea (A casa no mar), Cornwall, Inglaterra: Este Bed and Breakfast (típica pousada com café da manhã incluso) fica em uma
casa na cidade Cornwall, a 400 km de Londres, e está construída sobre sua própria ilha, ligada ao continente por uma passarela. O lugar foi por muitos anos o destino predileto de Sir Arthur Conan Doyle, criador do famoso detetive Sherlock Holmes. A vista, sobre o mar, é de tirar o fôlego. A elegância, no melhor estilo inglês, garante quartos de ótima qualidade. Para garantir tran-
quilidade é melhor evitar o verão europeu, no qual a praia de Newquay, que pode ser vista desde a casa, se torna um dos pontos de predileção dos surfistas ingleses, com festas regadas a muito álcool e que duram a noite inteira. No continente, diversas opções como praias, campos de golfe e restaurantes, incluindo um dos restaurantes do badaladíssimo chef Inglês Jamie Oliver. The House in the sea
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Conheça os bares de gelo
que fervem no exterior Calor? Pense na possibilidade de visitar um ice bar. Nesses locais, as paredes, as mesas, as cadeiras e até os copos são feitos de gelo. E não pense que é um gelo qualquer. Todos os itens são construídos a partir de águas oriundas do rio Torne, próximo ao Icehotel e há 200 km do Círculo Ártico, escolhidas justamente por sua limpeza e clareza.
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O primeiro bar surgiu em 1994, na cidade sueca de Jukkasjärvi, dentro do também precursor hotel todo feito de gelo, o IceHotel. A partir de então a ideia se espalhou por diversas cidades, como Paris, Londres, Las Vegas, Milão e Tóquio. Cidades quentes, como Orlando, Sydney e Mumbai também ganharam seus bares de gelo e um foi criado até mesmo no deserto de Mojave, na Califórnia. Ainda que Jukkasjärvi, Estocolmo e Londres sejam patrocinados pela mesma marca de vodka, a Absolut, cada um possui seu próprio cardápio com drinques exclusivos. A única certeza é a de que todos são à base de vodca e que possuem um visual impressionante, proporcionado pelas cores vibrantes dos coquetéis. A aparência é garantida não só pelo uso dos tradicionais sucos e licores, mas também pelo uso de uma substância que em contato com a luz UV torna o líquido florescente. Outra característica que os diferencia é a decoração. A
Absolut adota para seus bares uma política contra o tédio: de três a seis meses eles sofrem uma intensa reforma, comandada por artistas e escultores renomeados, que transforma completamente o ambiente. Todos ficam abertos em todas as estações do ano. A temperatura ambiente fica sempre em torno dos 5º C negativos e para garantir o conforto dos clientes, na entrada são entregues luvas e roupas especiais. As visitas têm tempo limite de apenas 30 a 45 minutos e podem ser reservadas pela internet. Os valores ficam na faixa de 20 dólares.
Confira uma lista de ice bars:
Londres 31-33 Heddon Street, Mayfair
Estocolmo Nordic Sea Hotel, Vasaplan 4, 101 37
Jukkasjärv Ice Hotel, 981 91 Jukkasjärv
Barcelona Playa de Barceloneta
Las Vegas Shop101, Mandalay Place, Las Vegas Blvd South
Estocolmo Nordic Sea Hotel
Descubra o luxuoso balneário
Punta del Este Punta del Este, no Uruguai, é o que há de mais luxuoso na costa sul-americana. O balneário localizado no encontro do rio da Prata com o Mar Atlântico possui mansões de luxo, restaurantes de ponta, fantásticas praias, vida noturna intensa e hotéis-cassino cinco estrelas. E ainda: preços relativamente baratos para os padrões internacionais. Mansa e Brava são as mais conhecidas praias de Punta e não por acaso seus nomes são opostos. A primeira, com as águas calmas, atrai principalmente famílias, enquanto a outra, virada para o Oceano Atlântico, é o point predileto dos jovens. A praia Brava é parada obrigatória para apreciar o fantástico pôr-do-sol e tirar uma foto no monumento Mão Afogada, uma obra que retrata a presença do homem na natureza. Pôr-do-sol, monumento e gente: moças de corpo dourado e rapazes malhadões curtem estas praias, do tipo “ver e ser visto”. Mas se desejar um programa mais original, que tal conferir a Ilha de Lobos? Localizada a 9,5 km da costa, o local abriga cerca de 200 mil lobosmarinhos e 10 mil leões marinhos. Grande parte desses animais adestrados que estão em zoológicos vieram daqui.
A rua comercial da península é a Avenida Gorlero, com seus bares, restaurantes, lojas e galerias. Só que o colírio dos olhos de Punta ainda está por vir: o Conrad Hotel e Cassinos. Além do conforto que qualquer hotel cinco estrelas proporciona, com spa, restaurantes e vista para Praia Mansa, o seu cassino comporta mais de 60 mesas e 450 slots que funcionam 24 horas, todos os dias.
da parte correspondente a Maldonado. Trata-se das ruas onde estão localizadas as grandes mansões de Punta. Vale a pena dar uma conferida na beleza e o luxo dos casarões. Outro passeio fundamental é Casa Pueblo, uma bela mansão construída pelo escultor Carlos Paez Vilaró, que funciona como ateliê do próprio e ainda possui uma privilegiada vista do mar, em Punta Ballena.
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O porto está repleto de iates de multimilionários e embarcações de todas as partes do mundo. Para completar, ainda encontram-se no local bons restaurantes, pubs e mercado vendendo peixes frescos. Com um bairro nomeado de Beverly Hills, já dá para ter uma ideia do que se pode esperar
Visite as pacatas áreas de Barra e José Ignácio, ambas são mais vazias e calmas. Praia da Barra era uma vila de pescadores, hoje muitos jovens preferem a noite dessa parte da cidade, preterindo Punta. José Ignácio é o lugar dos que têm dinheiro e preferem um ambiente mais rústico e simples.
Turismo gastronômico para ousados
Conheça os mercados onde come-se morcego, barata e cobra
Conhecer o mundo é também se confrontar com outras culturas, com outros gostos e hábitos diferentes. Por exemplo, comer uma linguiça que, pelo cheiro, parece feita com fezes humanas. Ou se deliciar com ovos de mosca, baratas fritas e até morcegos. Visite alguns dos melhores mercados para aqueles que não tem medo em experimentar comidas esquisitas. Visite alguns dos melhores mercados para aqueles que não tem medo em experimentar comidas esquisitas.
La Merced, Mexico City, México
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Aqui você encontra uma grande variedade de comidas selvagens. Uma seção inteira é dedicada aos cactos, e há centenas de tipos de pimenta, algumas delas realmente muito fortes. A parte mais interessante é a de comidas esquisitas. Você a reconhecerá quando ver tortas de entranhas de pato, pequenos camarões brilhantes e muitos sacos de coisas estranhas, de visual não muito atraente mas que os Astecas e Maias adoravam: moscas, formigas, outros insetos e até ovos de moscas que, dizem, não têm muito sabor, mas têm uma textura parecida com a do caviar.
pagar, pode levá-los para o primeiro andar da galeria, aonde o cozinheiro do restaurante os preparará na hora: entregue sua sacola ao garçom, acerte um preço para que os produtos sejam cozinhados e compre arroz e cerveja para acompanhar. E boa sorte!
Mercado Noturno de Donghuamen, Beijing, China Os chineses parecem comer de tudo, e não desperdiçar nada. Isto fica evidente neste lugar com pequenas barracas especializadas nos mais incríveis tipos de animais que tiveram o azar de botar suas cabeças para fora de suas tocas.
Experimente pele de cobra, kebabs de pombo (no qual o pássaro é servido inteiro, com ossos e patas), baratas, larvas e escorpiões -jogados ainda vivos em óleo fervente. O lugar, barulhentíssimo, é um lugar clássico para os jovens rapazes de Beijing, que levam suas namoradas para provar sua coragem gastronômica.
Mercado Adis-Abeba, Etiópia O mercado de Adis-Abeba é o maior mercado a céu aberto da África. À primeira vista parece apenas uma feira de camelôs, com tênis e camisetas falsificados. Procurando melhor, você encontrará loji-
Mercado de Peixes Noryangjin Seul, Coréia do Sul Este é o melhor mercado no mundo para gourmets intrépidos. Encontra-se todo tipo de moluscos rastejantes e esquisitos que você nunca imaginou que fossem comestíveis. Após
Mercado Noturno de Donghuamen
nhas esquisitas que vendem acessórios da Igreja Ortodoxa da Etiópia, incensos, e roupas chamativas. As barracas de temperos vendem a famosa pimenta etíope chamada “berbere”, muito forte e essencial para preparar o delicioso curry Doro Wat, prato nacional. Outra receita tradicional é a carne crua com uísque. A vaca inteira fica pendurada, você indica ao açougueiro que parte você deseja e ele corta o pedaço desejado para você, e o serve acompanhado de um pote de tempero e uma faca enferrujada (é altamente recomendado levar a sua própria faca). O prato é servido com um generoso copo de uísque. Ok, comer carne crua na Etiópia
pode não parecer uma boa ideia, mas é delicioso, e já que você foi até aí, porque não experimentar?
Chatuchak, Bangkok, Thailândia O Mercado de Chatuchak é o maior da Tailândia, com mais de 15 mil barracas. A grande maioria pertence a pequenos vendedores, que se especializam num só produto. Há muitas variedades de comida tailandesa, como pad e tom yam, com aparência um pouco suspeita, mas ótimo sabor. Para os mais corajosos, insetos, ratos, e morcegos. Já que você vai experimentar baratas, tome cuidado com manchas marrons, que provam que elas estão expostas há varias semanas.
Rungis, Paris, França O Mercado de Rungis, a 11 quilômetros do centro de Paris, é onde os cozinheiros mais refinados compram os ingredientes mais requintados do planeta. O mercado, que abre à meia-noite e fecha às 7 da manhã (certo, o horário não é o mais prático para um simples turista), é o maior mercado alimentício do mundo. Ele tem até sua própria estação de trem. O pavilhão da caça é uma das grandes atrações, com seus faisões, lebres, pombos e javalis. A “triperie” é um festival de intestinos, necessários para a preparação de “andouilletes”, famosas lingüiças francesas que os franceses adoram, mas que têm um cheiro extremamente desagradável.
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As ilhas Cayman
são excelentes para mergulho As ilhas Cayman são frequentemente lembradas no noticiário económico e político como paraíso fiscal, local onde algumas fortunas de origem duvidosa buscam o anonimato. Há hotéis cinco estrelas, lojas de grife e locais de luxo na capital Georgetown e na Seven Mile Beach, em Grand Cayman. Mas a colônia britânica é também excelente destino para mergulhadores e turistas que desejam passar as férias isolados e tranquilos, numa paisagem de praias de areia branca, mar azul e coqueiros.
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Este arquipélago descoberto por Cristovão Colombo em 1503 e visitado pelo pirata inglés Francis Drake, fica relativamente próximo de Cuba e de Jamaica, e reúne as ilhas Grand Cayman, Cayman Brac e Pequena Cayman. Serviços financeiros e turismo representam suas maiores fontes de renda. A Seven Mile Beach corresponde à imagem do Caribe paradisíaco. Resorts e cruzeiros lotados, areias brancas, águas cristalinas, excelentes restaurantes e bares, badaladas animadíssimas e boates completam a oferta de uma natureza privilegiada. O mergulho é um ponto alto, pela clareza das águas e a rica e variada fauna. Por isso, Cayman é um dos pontos mais visitados por mergulhadores
do mundo todo. Perde apenas para as Bahamas. As águas têm temperatura média de 30°C e visibilidade de 30 metros, e uma grande riqueza de cavernas, canyons, corais e paredões. É possível mergulhar muito próximo de moreias, tartarugas e tubarões, mas o maior destaque fica por conta da colônia de arraias. Pode se nadar, alimentá-las e até pegar uma carona no seu nada lento e elegante. Oranje Canyon toma seu nome das abundantes esponjas de cor laranja. A saber: em Cayman estão as as maiores esponjas
frequentado, mas mesmo assim é bastante tranquila e relaxada. A menor das três ilhas possui um dos melhores pontos do mundo para o esporte: o Bloody Bay Wall. Esse enorme paredão submerso é revestido por um recife de coral de formidável visibilidade, além de possuir uma rica diversidade espécies aquáticas. A fauna terrestre do local não fica para trás. Para se ter uma ideia, há mais iguanas que homens e a maior população de aves Sula Sula do Caribe fica na ilha. Com uma natureza exube-
do mundo, da espécie esponjabarril, que podem chegar a três metros de altura. Há também naufrágios e uma supreendente granja especializada na criação de tartarugas marinhas.
rante, Cayman Brac é a mais bela e rústica do arquipélago. Suas paisagens oferecem muito mais que bons points para mergulho. Ultimamente, as formações rochosas do local vêm atraindo escaladores de todo mundo, trilhas podem ser percorridas na reserva ambiental de Brac Parrot.
Pequena Cayman está se tornando mais conhecida, e por isso um destino turístico mais
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Alexandria, no Egito uma cidade do mundo árabe que mistura oriente e ocidente
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Localizada bem ao norte do Egito, Alexandria carrega história desde seu nome: foi fundada por Alexandre, o Grande, no século IV a.C. Aqui esteve uma das Sete Maravilhas do mundo antigo, o famoso Farol de Alexandria, e foi sede de uma das maiores bibliotecas da Antiguidade. Segunda maior cidade do Egito, com cerca de 4,1 milhões de habitantes ao longo de mais de 20 quilômetros de orla, é um destino absolutamente fora do comum. Nas suas ruas, muitos vestígios da Antiguidade, como castelos,
museus e monumentos falam dos encontros e desencontros de civilizações que a cidade testemunhou. É indispensável a visita a edifícios históricos, como o museu Greco-Romano, na Rua Mathaf al Romani, com os cerca de 40 mil itens do acervo que datam o século III a.C. O palácio Al-Montazah, que já serviu como residência real, destaca-se pelos seus mais de 370 jardins e vista para uma praia com seus iates. Mas nada é tão marcante quanto o anfiteatro romano, em pleno centro da cidade, no antigo bairro de Kom al Dekka. E
não podem faltar as mesquitas, entre elas a de Abu al-Abbas al-Mursi, a maior de Alexandria, construída por volta de 1775 pelos mouros argelinos, de cor clara e conservação impecável. Mas talvez a visita mais interessante seja a do Forte Qaitbey. Datado de 1480 d.C., foi feito com pedras reaproveitadas do Farol de Alexandria, uma das Sete Maravilhas da Antiguidade. Pompey’s Pillar, na rua Amod el Sawary, recebeu este nome de uma grande coluna de granito vermelho com mais de 30 metros de altura por 9 metros de largura. Ficava no grande
templo dedicado a Serapis e hoje está ladeado por um par de esfinges de Heliopolis. Em seu subsolo, encontram-se catacumbas. E por falar nelas, Kom el Shaqafa, na rua Tawfikeya, guarda algumas que estão 35 metros abaixo do nível do solo e são alcançadas por uma escada em formato espiral. O complexo funerário foi descoberto em 1900, acidentalmente, quando um funcionário que trabalhava no local caiu no buraco. Além das escoriações, ele levou os louros da descoberta dos tesouros. Outro sítio importante é o de Kom el Dikka, na rua Ismail Mehanna, que mais se parecia a uma “colina de cascalho” até a sua escavação nos anos 60. Após a construção de um novo edifício para proteger os mosaicos (e da retirada de 10 mil metros cúbicos de terra), Kom el Dikka guarda ruínas romanas, com colunas e um anfiteatro para 600 pessoas. Neste bairro, que pode ser acessado desde a estação Misr, pode-se observar outras obras da arquitetura romana do local. O Royal Jewelry Museum, na Ahmed Yehia Pasha, é onde estão relíquias do passado que pertenceram à família real do país, entre coleções de jóias em instrumentos de diamantes, relógios, miniaturas e medalhas.
A atual Biblioteca de Alexandria foi construída em homenagem à Grande Biblioteca, uma das maiores da Antiguidade, fundada no século III a.C. e destruída por um incêndio que a tradição atribui a um erro do imperador Júlio César . Inaugurada frente ao mar em 2002, a biblioteca é hoje a maior do mundo. A culinária é reflexo do misto de influências ocidentais e do oriente que marcam a história desta cidade excepcional. Alexandria é bem abastecida também em culinária. Os restaurantes mais conhecidos servem especialidades árabes. Comida mediterrânea e frutos do mar são servidos por casas em toda a cidade. Pode-se degustar de um saboroso shawarma (sanduíche árabe) a um kushari, o prato egípcio mais consumido, que é uma mistura de macarrão, arroz, lentilha, cebola torrada, molho de tomate e caldo de limão com alho. No Cap D’Or, bar em que as paredes são todas decoradas com antigas campanhas de publicidade, peça uma cerveja e prove
nishouga, um pequeno peixe servido como aperitivo. O ElYunani, na Sharia Memphis, em Sidi Gaber, é uma taverna grega que tem paredes azuis cobertas de cartõespostais. É um point popular entre moradores e turistas, servindo boa comida e ótimos drinques. Existe ainda o Karma, que está na rua Bab Sidra, restaurante que, a partir das 23h, transforma-se em um sofisticado clube noturno. Não se volta de Alexandria sem fazer as tradicionais compras nos mercados de rua. Os principais ficam nas ruas Attarine e Fransa, onde o turista encontra ruelas lotadas de lojinhas que vendem absolutamente de tudo ¿ de botões e tecidos até peixes e verduras. O mercado de peixes funciona todos os dias e oferece um ar de pitoresquismo único, mas exige chegar bem cedo. Por roupas e lençóis egípcios, vá até Mahattat el-Raml. Mas por coisas para casa, então Mancheya e Mostafa Kamel são mais atrativas. Para hospedar-se, uma dica: o hotel Cecil, que fica na Midan Saad Zaghloul, na Midan Ramla Area. É uma instituição de Alexandria e um memorial para a belle époque da cidade. O serviço secreto britânico funcionava em uma suíte no primeiro andar.
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Parque de Goiás é destino perfeito
para safári fotográfico
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É preciso paciência. Os animais estão por toda a parte, mas não necessariamente debaixo de nossos olhos. No vasto campo, em meio ao capim alto, algo balança de repente: é um grupo de porcos-do-mato ou veados campeiros. Talvez seja uma ema, a maior ave brasileira, que de tanto correr por aqui deu nome ao parque nacional. Com um pouco mais de sorte, pode ser também um tamanduá-bandeira, que encontra seu refúgio enquanto o cerrado brasileiro é tomado pelas plantações de soja. O parque nacional das Emas fica no sudoeste de Goiás, nas fronteiras com o Mato Grosso e o Mato Grosso do Sul. Junto com a chapada dos Veadeiros, ele foi declarado patrimônio natural da humanidade pela Unesco, em 2001. Uma das grandes diferenças entre a chapada e o parque é o relevo: enquanto a primeira se caracteriza pelas variações de altitude e pode alcançar até 1.600 metros, o segundo é mais nivelado. Os amplos espaços cobertos de capim podem até parecer monótonos se comparados às vistas estonteantes de outros parques do cerrado brasileiro. Mas essa reserva não foi feita para se olhar de longe, e sim de perto. Suas maiores
belezas estão nos pequenos detalhes: as flores silvestres que crescem após o início das chuvas, as cerca de 400 espécies de aves - araras, corujas, gaviões, periquitos, pica-paus -, as árvores retorcidas de casca grossa, os cupinzeiros de até dois metros de altura que emitem luzes fosforescentes em determinadas épocas do ano. Cada visitante terá seus próprios flagrantes, que merecem ser registrados em uma expedição fotográfica. Além da vastidão dos campos, eventualmente pontilhados por áreas arbóreas, o parque possui vales úmidos e cursos d’água. O principal rio é o Formoso, cujas águas azuladas são tão limpas que não conseguem camuflar as pedras. Para chegar até ele, atravessase uma agradável trilha de 2,5 quilômetros, que termina em um merecido banho.
Serviço O Parque Nacional das Emas possui duas entradas: uma a 80 km da cidade de Mineiros e outra a 25 km da cidade de Chapadão do Céu, ambas em Goiás. O ingresso na área de conservação custa R$ 3 por pessoa e, para visitá-la, é preciso o acompanhamento de um guia cadastrado. O preço da diária de um guia custa cerca de R$ 100, independente-
mente do número de pessoas no grupo. Mais informações sobre o parque no site www. agroecologica.tur.br.
Saco do Mamanguá
é “fiorde tropical” entre Rio e SP
Entre Rio de Janeiro e São Paulo, um braço de mar surpreende avançando continente adentro por 8 quilômetros. Cercado por montanhas cobertas de Mata Atlântica, o Saco do Mamanguá, em Paraty, é o único lugar do Brasil com formação similar à dos fiordes - depressões geológicas comuns nos países escandinavos. Mesmo sem o branco sobre as montanhas, o nosso “fiorde tropical” não fica devendo em exotismo e beleza. Apesar da proximidade com grandes centros, chegar até Mamanguá não é fácil. É preciso botar o pé na estrada, dirigir por um caminho de terra sem iluminação e ainda
pegar um barco que navega manso pela imensa Baía de Ilha Grande. O sacrifício é pouco, se comparado à incrível paisagem de mar e montanhas, que engloba duas ilhas, 33 prainhas, dezenas de riachos e um manguezal. No Mamanguá, vivem tartarugas, peixes, cavalos marinhos e golfinhos. O grande destaque, porém, só pode ser visto à noite, na completa ausência de luz: os plânctons - minúsculos seres que compõem a base de nossa cadeia alimentar - se movimentam aleatoriamente e, quando agitados, brilham como vaga-lumes submersos, num espetáculo visto apenas em águas quentes de locais extremamente preservados.
Tamanha integridade só existe graças ao esforço de ambientalistas e caiçaras em impedir a devastação. Jet-skis e barcos de alta velocidade não são bem-vindos, todo o lixo é reciclado e o Saco de Mamanguá não conta com energia elétrica. Ao cair da noite, são as velas e lampiões que se acendem para o jantar à beira-mar.
Serviço Quem viaja de carro, pela BR101 (Rio-Santos), deve entrar em Paraty Mirim, no km 581, e pegar uma estrada de terra por mais 7 km, até a praia. O carro fica ali para o início do percurso de barco, que dura 45 minutos. Peça o contato dos barqueiros assim que reservar a hospedagem.
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Bento Gonçalves é a rota
do vinho no Brasil
Uvas, vinhos, espumantes, caves, restaurantes, vales multicoloridos. Bento Gonçalves vive de vinhos e de tudo o que isto possa significar: aí incluídos agricultura, indústria, turismo, pesquisa, comércio, história, qualidade e cultura.
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Não, você não está na Toscana. Aqui, acredite, é o Brasil. Um Brasil de uma região de cidades médias ou pequenas, entre as quais Bento Gonçalves desponta e onde a população, acostumada às videiras há cinco gerações, se deu conta de que estava em um lugar de natureza generosa para os olhos há não mais de uma década. Rapidamente, essa população agregou o turismo à sua atividade por excelência: fazer vinhos. E deu muito certo. São dezenas de vinícolas, chamadas por aqui de caves ou cantinas, a maior parte aberta à visitação (ora gratuita, ora com preços bem aces-
síveis), muitas com cursos de degustação respeitados, de acesso fácil, em vias quase sempre asfaltadas. São desde pequenos estabelecimentos até alguns dos mais famosos do País. É uma paisagem que deslumbra os olhos, aguça o paladar, desperta o olfato. Mas visitar mais de duas ou três caves por dia, além de cansativo, não permite que você “saboreie”¿ o momento. Por isso, alugue um carro, pesquise rotas - as mais conhecidas são a do Vale dos Vinhedos e a dos Vinhos de Montanha - descubra o que os guias não indicam. Bento é propícia para isso. Nas vias
que circundam a área urbana existe uma infinidade de caminhos, linhas, distritos. Além de vinhos e paisagens, há gastronomia farta e muito boas histórias. Há até um spa do vinho, inaugurado em 2007. O Villa Europa Hotel & Spa do Vinho Caudalie Vinothérapie é uma franquia do Lês Sources de Caudalie, de Bordeaux, onde é possível fazer tratamentos de beleza a base de banhos e produtos derivados de uva e vinho. E ainda há a área urbana. É claro que nela o vinho também é a “estrela”, mas você pode comprar outros produtos, sejam gastronômicos, da indústria moveleira e da indústria têxtil; além disso, terá a oportunidade de passear pela cidade alta e pela cidade baixa. A cidade tem bastante charme e uma efervescência cultural que é destaque na região. Se preferir, pode voltar no tempo, a bordo de uma Maria Fumaça. Ou então, para não se entediar com tanta beleza e bebidas de tamanha qualidade, desça as corredeiras do Rio das Antas, faça tirolesa em uma das pontes que o cruzam, ou cascating na Cascata dos Prazeres, escale o Paredão da Eulália, percorra a mata em meio a Trilha dos Bugios. Programa é o que não falta.
Descubra Aruba,
a ilha com águas azuis e sem furacões Brasil está descobrindo Aruba. Dados do governo do país caribenho mostram que nos últimos cinco anos o número de turistas brasileiros nessa ilha ao norte da Venezuela subiu 74%. Praias paradisíacas, excelente infraestrutura, voos diretos e estar fora da rota principal dos furacões são alguns dos motivos que atraem cada vez mais pessoas.
Hoje Aruba é uma monarquia constitucional, onde existe um governador indicado pela rainha holandesa, e um primeiroministro e parlamento eleito democraticamente pelo povo. É no idioma papiamento que Aruba se aproxima do Brasil. Trata-se de uma língua oriunda do português-africano vindo com os escravos de Cabo Verde. A partir da chegada,
elementos do espanhol, inglês e holandês foram incorporados com o passar dos anos. Apesar de ser uma língua de mais de 300 anos, somente em 2003 ela foi considerada idioma oficial junto ao holandês. Por ser Caribe, o calor, céu brilhando e muito sol predominam durante todo ano com temperatura média de 28ºC. E o melhor: os furacões (que
assustam em muitos dos principais destinos caribenhos entre os meses de julho e novembro) aqui passam praticamente despercebidos. A primeira parada é a capital, Oranjestaad. A ilha é pequena e é possível conhecêla toda alugando um scooter ou um jipe 4x4, pois nos lugares mais remotos da ilha o caminho é precário e sem
asfalto. A melhor opção para curtas distâncias são os táxis, de preços bem acessíveis. A costa é onde você certamente passará a maior parte do seu tempo de viagem. Se quiser luxo, vá para Palm Beach, onde estão os melhores resorts all inclusive, hotéis cinco estrelas, lojas, bares, restaurantes e boates. Sua extensão de mais de três quilômetros, com águas calmas de cor azulada e areias brancas, também é ideal para relaxar, praticar esportes aquáticos e dar um bom mergulho. Não deixe de aproveitar a natureza exuberante do país. Um dos lugares mais interessantes de Aruba é o Parque Nacional Arikok, que ocupa 18% do território nacional. Por conta de seu microclima único e a formação vulcânica, parte da flora e fauna é exclusividade da região, como os casos dos pássaros shoco e pirikich. Outros pontos impressionantes são o Santuário de Pássaros de Bubali e a Fazenda de Borboletas. Além disso, boas opções são passeios de um dia para Conchi, piscina natural acessível somente de jipe 4x4 ou a Ilha Renaissance. Trata-se de uma pequena ilha fora da costa, mas para conhecer é preciso estar hospedado no Renaissance Hotel.
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Chapada Diamantina
surpreende por quantidade de atrações Encravada no interior da Bahia, a Chapada Diamantina compreende algumas das paisagens mais bonitas do país. Cachoeiras, poços, vales e grutas em meio a uma rica biodiversidade criam os cenários perfeitos para passeios de jipe, caminhadas, esportes radicais e trilhas - a pé, a cavalo ou de bicicleta. O Parque Nacional da Chapada Diamantina, criado em 1985, abrange uma área de 1.520km², sendo este a principal unidade de conservação da Chapada, que se estende por 38 mil km² de cerrado, Mata Atlântica e caatinga.
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A cidade é ponto de partida para diversos programas pela região e conta com grande oferta de restaurantes e agências de turismo. A viagem de ônibus entre Salvador e Lençóis leva cerca de seis horas. De avião, são 45 minutos. Desde abril de 2009, a Trip linhas aéreas faz voos entre as duas cidades aos sábados. Aos viajantes em busca de isolamento e tranquilidade, o povoado de Vale do Capão é uma opção bem interessante, com boas pousadas e comunidades alternativas. O vilarejo, localizado no município de Palmeiras, é ponto de partida para as principais trilhas da Chapada, como a da Fumaça, Vale do Paty, Lençóis, Andaraí, Gerais do Rio Preto, Gerais do Vieira e Gerais da Fumaça.
Tanto em Lençóis quanto no Vale do Capão existem hospedagens para todos os gostos e bolsos, desde hotéis sofisticados até campings e albergues.
Trilhas Próxima ao Vale do Capão está a Cachoeira da Fumaça, uma das principais belezas da Chapada e uma das quedas livres mais altas do Brasil, com cerca de 380m de altura. A forma mais rápida e fácil de conhecê-la é pela trilha de duas horas que leva ao topo da cachoeira. Para quem gosta de caminhar, vale fazer a trilha de três dias, conhecida como Fumaça Por Baixo. O percurso permite ver a queda por cima, de frente e banhar-se em seu poço. A caminhada inclui dormir duas noites em barracas ou grutas, tomar banho só de cachoeira (sem sabão) e andar muito - essa é considerada a trilha mais radical da Chapada. Mas todo o esforço é mais do que recompensado. Além da atração principal, que já faz valer a caminhada, o percurso inclui também outras paisagens
inacreditáveis e várias outras cachoeiras, como a do Palmital. Para fazer a Fumaça por baixo é indispensável a presença de um guia. As trilhas, em geral criadas na época do garimpo, são fechadas e sem sinalização. Celulares não funcionam e não há nada nem ninguém na região além de grupos visitando o local. Tamanho isolamento pode ser na medida para quem quer descansar a cabeça (mas trabalhar o corpo!) e esquecer por alguns dias o trânsito, computador e celular. A proposta é caminhar muito, refrescar-se em cachoeiras incríveis e se surpreender com a beleza das paisagens, orquídeas e bromélias.
Vale do Paty Caminhar por vários dias também é essencial para conhecer o Vale do Paty, mas suas trilhas são mais amenas que as da Fumaça. A beleza do lugar é única e impressionante. No vale, há a possibilidade de acampar ou dormir nas casas dos poucos nativos, que oferecem instalações modestas e saborosa comida caseira. As agências de turismo fazem trilhas de um a cinco dias pelo Paty. Assim como na trilha da Fumaça, os que visitam o Paty têm a chance de se refrescar em várias cachoeiras maravilhosas.
Os trilheiros levam suas roupas, lanches e devem voltar com todo o lixo que produzirem. Na bagagem para a Bahia, é bom constar. De dezembro a março chove mais na região, o que contribui para aumentar a beleza das cachoeiras e do verde da paisagem. Por outro lado, a chuva pode prejudicar os passeios, e ainda há o risco de uma tromba d’água - enxurrada em decorrência do acúmulo de água na cabeceira de um rio. Porém, mesmo nessa época as chuvas não são tão frequentes. De abril a outubro chove pouco e aí algumas cachoeiras podem secar. Antes de viajar, vale conferir a situação das cachoeiras e a previsão do tempo. Além da Fumaça, outra cachoeira imperdível na Chapada é a do Buracão. Em Ibicoara, a 90km de Mucugê, a Cachoeira do Buracão é uma queda d’água de 80 metros no fim de um cânion magnifíco. Por estar longe das principais atrações da Chapada, ela é menos visitada, mas não deixe de conhecê-la.
Grutas, poços e pinturas rupestres As maravilhas e a grandiosidade da Chapada não se limitam à sua superfície: lá está o maior acervo espeleológico da América do Sul, importan-
te por sua beleza e relevância científica. Entre as centenas de cavernas da região, a mais conhecida é a do Poço Encantado. A água ali é de cor azul turquesa devido aos raios do sol que penetram na gruta através de uma fenda. Dada a transparência da água, é possível até ver o fundo do poço, que tem de 30 a 60 metros de profundidade. Destino obrigatório para os amantes do ecoturismo, quem viaja pela região se impressiona não só com as belezas naturais, mas também com a consciência e o senso de preservação ambiental dos habitantes, como guias e donos de pousadas. O Poço Azul tem características semelhantes às do Poço Encantado, e é permitido mergulhar em suas águas. Ainda com tom azul e águas cristalinas há a Gruta da Pratinha. Entre as cavernas secas, as mais visitadas são a da Torrinha, Lapa Doce, Paixão, Lapão, Bolo de Noiva, Fumaça, Gruta Azul e Brejões. A região conta ainda com um rico patrimônio cultural, que inclui 65 sítios de pinturas ru-
pestres, casarões centenários, feiras e artesanatos.
Esportes radicais A Chapada também é um destino imperdível para os adeptos dos esportes radicais. A lista das modalidades que podem ser praticadas na região é longa, mas vale destacar a escalada, a tirolesa, o canyoning - rapel em cachoeira - e o mountain biking. De bicicleta, é possível dar a volta no parque em cerca de sete dias. São 273 km de trilhas de diferentes graus de dificuldade. A viagem entre Vale do Capão e Lençóis dura cerca de cinco horas pedalando, e é um dos trechos mais difíceis da volta. De Igatu a Mucugê, o esforço já é bem menor: duas horas de trilha com descidas na maior parte do tempo. Agências de turismo oferecem roteiros que incluem pedalar e caminhar. Na boca da caverna do Lapão, em Lençóis, há o cave jumping, semelhante ao bungee jumping. Entre os locais de escalada, os de maior destaque são o Parque Municipal de Muritiba, em Lençóis, com mais de 50 rotas, e Igatu, no município de Andaraí. A região tem atrativos demais para uma viagem só. Quem visita a Chapada uma vez, volta ao local na primeira oportunidade.
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Dublin
cerveja, simpatia e cultura
Talvez a principal marca da cidade seja sua quantidade de pubs. Especula-se que existem mais de 600 espalhados por Dublin. O Temple é o principal quarteirão da boemia e o mais conhecido pub do local leva o seu nome. O The Brazen Head e The Cobblestone são outros tradicionais pubs da cidade, em que o primeiro se destaca pela música ao vivo e o segundo pela cerveja artesanal. Se for amante da literatura, o Dublin Literary Pub Crawl é um tour guiado por artistas entre os principais estabelecimentos boêmios frenquentados pelos antigos escritores irlandeses. Não se esqueça também que diferente de outros nativos europeus, os irlandeses são extremamente simpáticos com turistas. Portanto, aproveite o ambiente dos bares para conhecer um pouco do povo local. Alguns museus também merecem a visita. O National Museum of Irland é o principal e abriga algumas relíquias da igreja católica e peças pré-históricas. O National Gallery possui a mais vasta coleção de arte nacional e obras europeias de diferentes movimentos artísticos, enquanto Kilmainham
Gaol Historical Museum retrata um pouco da história dos prisioneiros políticos que foram presos e torturados durante o processo de independência do país. Dois museus retratam a história da literatura local: o Dublin Writers Museum e o James Joyce Museum. Por fim, a cerveja Guinness, a mais tradicional da Irlanda, possui Guinness Storehouse, museu que conta um pouco da história da bebida. Nos últimos 15 anos, Dublin, a outrora pacata capital da Irlanda, passou por um boom econômico, se modernizou e agora e é considerado um dos principais pólos turísticos da Europa. E dos mais caros, também. Motivos para escolher este destino menos tradicional é que não faltam. Se desejar caminhar são excelentes as opções de lugares abertos e fechados. O Phoenix é o maior parque de Dublin. Exposições a céu aberto são feitas e o Ashtown Castle, um castelo medieval pode ser visitado.
A flora do lugar é encantadora e vale um passeio de bicicleta. Fora do parque, outros castelos são paradas obrigatórias. O Dublin Castle, centro do poder britânico por sete séculos, é hoje principal centro administrativo do governo irlandês. Visite os aposentos de aparato, onde residia a corte britânica, a capela de estilo gótico e a torre do castelo. Outra opção, o Malahide Castle, além de muito bem preservado, possui em seu jardim cerca de 5 mil espécies de flores e plantas. A Christ Church e a St. Patrick Church são as duas principais igrejas da cidade. Ambas tiveram que passar por um processo de restauração, mas seguem lindas. Da arquitetura inicial, só a Christ Church possui estruturas originais. Já a St. Patrick Church foi toda remodelada no século 14, por conta de um incêndio, e hoje, assistir o coral é uma das principais atrações do local. Antes de partir, não deixe de conhecer o Rio Liffery: visite a pé o cais ou faça um tour de barco . E se desejar fazer compras, a rua Grafton Street oferece as melhores opções de lojas e butiques de Dublin.
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Turista esperto viaja mais
gastando menos
Esticar o dinheiro das férias, ou alcançar destinos normalmente mais distantes do orçamento, é possível para quem se planejar. Existem épocas que museus ficam vazios, as praias desertas e, principalmente, os preços compatíveis com o seu bolso. Por exemplo, quem quiser ir à Europa, deve reservar um tempo entre outubro e março. Durante essa época, os hotéis estão mais baratos (tirando semana de Natal e Ano Novo).
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Claro, é preciso ficar atento para o clima: principalmente os meses de dezembro e janeiro podem ser muito frios e com dias curtos. Em Londres, por exemplo, chove bastante e o sol se põe antes das quatro horas e, por isso, o melhor é conhecer a cidade entre outubro e novembro. Paris é outro caso de uma cidade onde a inteligência e o bom planejamento fazem diferença no bolso. Durante os meses de dezembro e janeiro, sempre esquecendo a última semana do ano, é possível subir a Torre Eiffel ou visitar o Louvre sem se preocupar com as numerosas filas. Além disso, a “Cidade Luz” ainda recebe uma belíssima iluminação de Natal que faz jus ao codinome dado à capital francesa. Alguns alimentos de luxo, que normalmente atingem preços proibitivos, ficam bem em conta nesse período do ano. Procurando com atenção, é
possível jantar num dos muitos pacotes oferecidos por restaurantes e bistrôs, o vinho da casa costuma ser bem melhor do que a maioria dos tintos de preço médio nas prateleiras dos restaurantes brasileiros. Compre um guia de atrações e atente para as propostas gratuitas: concertos, mostras de arte e peças de teatro costumam ser oferecidas. Muitos países da ex-União Soviética ainda estão passando por um processo de incorporação à União Europeia e por isso oferecem bons preços comparados com o resto da Europa. Praga, na República Tcheca, e Budapeste, na Hungria, são dois bons exemplos: vale a pena aproveitar antes que fiquem caras. E vale lembrar que o preço da sua viagem não está apenas condicionada pela época: é possível economizar com passagens, comida e hospedagem. Para circular pela Europa, fique atento a sites das companhias aéreas EasyJet e Sky Europe, que sempre oferecem excelentes promoções. Para achar um lugar onde dormir com sossego talvez seja ne-
gócio reservar um quarto individual em albergues, que têm preços mais amenos. Mas se desejar a tranquilidade de um hotel, procure a melhor opção para o seu bolso. Como na Europa, a baixa temporada dos Estados Unidos é no inverno. Assim, em Nova York e os melhores meses, no que diz respeito a preços, são entre dezembro e março. Mas é importante estar bem agasalhado: a “Grande Maçã” fica congelada. Para quem curte neve é grande a chance de ver o Central Park todo branco. Além disso, assim como Paris, a Quinta Avenida fica um espetáculo à parte por estar toda decorada para o Natal. Já para ir à Disney, janeiro, setembro e dezembro são os meses mais vazios e portanto mais baratos. Vantagem adicional: os parques ficam tranquilos e pode-se repetir quantas vezes quiser os brinquedos, sem se preocupar com filas. Mas se o negócio for fugir dos preços altos sem ter de passar frio na empreitada, vá para o Caribe em maio. Além de estarem 50% mais baratos que nas altas temporadas, os resorts ainda oferecem praias vazias com uma temperatura extremamente agradável. Mais barato ainda é entre julho e novembro, mas é a temporada de furação na América Central.
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