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Fica decretado que, a partir deste instante, haverá girassóis em todas as janelas, que os girassóis terão direito a abrir-se dentro da sombra; e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro, abertas para o verde onde cresce a esperança. Thiago de Mello
Relatório de atividades Rua Francisco Alves, 57, sala 04, Centro • Miguel Pereira • Rio de Janeiro • RJ CEP: 26900-000 • Tel.: (24) 2484-0505 / 2484-0453
www.institutoterra.org.br
Uma década de luta pela sustentabilidade
10 anos
1998 - 2008
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Uma dĂŠcada de luta pela sustentabilidade
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Uma d茅cada de luta pela sustentabilidade
Relat贸rio de atividades
10 anos 1998 - 2008
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O Estatuto do Homem Ato Institucional PPermanente ermanente Ar tigo I Artigo Fica decretado que agora vale a verdade. Agora vale a vida, e de mãos dadas, marcharemos todos pela vida verdadeira.
Ar tigo II Artigo 6
Fica decretado que todos os dias da semana, inclusive as terças-feiras mais cinzentas, têm direito a converter-se em manhãs de domingo.
Ar tigo III Artigo Fica decretado que, a partir deste instante, haverá girassóis em todas as janelas, que os girassóis terão direito a abrir-se dentro da sombra; e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro, abertas para o verde onde cresce a esperança.
Ar tigo IV Artigo Fica decretado que o homem não precisará nunca mais duvidar do homem. Que o homem confiará no homem como a palmeira confia no vento, como o vento confia no ar, como o ar confia no campo azul do céu. Parágrafo único: O homem, confiará no homem como um menino confia em outro menino.
Ar tigo V Artigo Fica decretado que os homens estão livres do jugo da mentira. Nunca mais será preciso usar a couraça do silêncio nem a armadura de palavras.
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O homem se sentará à mesa com seu olhar limpo porque a verdade passará a ser servida antes da sobremesa.
Ar tigo VI Artigo Fica estabelecida, durante dez séculos, a prática sonhada pelo profeta Isaías, e o lobo e o cordeiro pastarão juntos e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora.
Ar tigo VII Artigo Por decreto irrevogável fica estabelecido o reinado permanente da justiça e da claridade, e a alegria será uma bandeira generosa para sempre desfraldada na alma do povo.
Ar tigo VIII Artigo Fica decretado que a maior dor sempre foi e será sempre não poder dar-se amor a quem se ama e saber que é a água que dá à planta o milagre da flor.
Ar tigo IX Artigo Fica permitido que o pão de cada dia tenha no homem o sinal de seu suor. Mas que sobretudo tenha sempre o quente sabor da ternura.
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Artigo X Fica permitido a qualquer pessoa, qualquer hora da vida, uso do traje branco.
Ar tigo XI Artigo Fica decretado, por definição, que o homem é um animal que ama e que por isso é belo, muito mais belo que a estrela da manhã.
Ar tigo XII Artigo Decreta-se que nada será obrigado nem proibido, tudo será permitido, inclusive brincar com os rinocerontes e caminhar pelas tardes com uma imensa begônia na lapela. Parágrafo único: Só uma coisa fica proibida: amar sem amor. 8
Ar tigo XIII Artigo Fica decretado que o dinheiro não poderá nunca mais comprar o sol das manhãs vindouras. Expulso do grande baú do medo, o dinheiro se transformará em uma espada fraternal para defender o direito de cantar e a festa do dia que chegou.
Ar tigo Final Artigo Fica proibido o uso da palavra liberdade, a qual será suprimida dos dicionários e do pântano enganoso das bocas. A partir deste instante a liberdade será algo vivo e transparente como um fogo ou um rio, e a sua morada será sempre o coração do homem.
Thiago de Mello Santiago do Chile, abril de 1964
Ao PPoeta, oeta, nosso padrinho, a homenagem.
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Sumário 06 10 11 12 13 14 16 18
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Estatuto do Homem Conselho Diretor Equipe Mensagem da Diretoria Missão Histórico Ambientes Projetos por área de atuação 19 Corredor de Biodiversidade Tinguá-Bocaina 22 Região Metropolitana Indicadores institucionais Financiadores Parceiros Créditos
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Conselho Diretor Daltro Peixoto Presidente
Ana Christina de Azevedo Abraรฃo Vice - presidente
Agnaldo Santana Secretรกrio
Glรณria Helena Manes e Morais Tesoureira
Cristina Cardoso Vogal
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Equipe
Mauricio Ruiz Castello Branco
Marconi Bezerra
Secretário Executivo
Assessor em Agroecologia
Cecilia Ruiz Castello Branco
Rafael Pereira
Diretora Administrativa
Assessor de Agroecologia
Gilberto de Souza Pereira
André Corrêa
Diretor Técnico
Assessor de Agroecologia
Francine Ramalho
Abilio Vilela
Diretora de Mobilização
Assessor em Restauração
Generosa Oliveira
Claudia Martins
Especialista em Desenvolvimento Local
Educadora Ambiental
Manoel Beauclair Especialista em Agroecologia
Assessora em Planejamento Participativo
Gabriel Antoun
Ronaldo Montenegro
Assessor de Comunicação
Assessor em Desenvolvimento Local
Marcia Alves Figueira
Marco Meirelles
Assistente Administrativa
Educomunicador
Bruno Zagallo de Amorim
Felipe da Silva Gomes
Assistente Financeiro
Estagiário
Rosa Maria de Souza
Leonardo B. Marques Assessor em Agroecologia
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Mensagem da Diretoria N 12
este ano em que o Instituto Terra faz dez anos de existência talvez seja a primeira vez em que paro pra analisar profundamente o conjunto da nossa história. Alguns diriam que isso é um absurdo, mas, de fato, nossa vida institucional se construiu na prática e é exatamente nela que reside o nosso maior patrimônio, a experiência. Isso é tão forte dentro de nós que, para trabalhar no Instituto, a única pré-condição é que sua alma seja sempre jovem, comprometida com a ecologia e disposta a assumir desafios cada vez mais complexos, como na natureza. Afinal, para nós Todo Dia é Dia da Terra! Talvez hoje sejamos uma das maiores organizações ecologistas com sede no Estado do Rio de Janeiro. Talvez não em orçamento, mas com certeza em escala de atuação. Ao mesmo tempo em que trabalhamos com
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agroecologia, seja na periferia da Baixada Fluminense ou na comunidade quilombola do Alto da Serra, mantemos uma agenda de luta diversificada junto aos governos. Nosso compromisso é muito maior do que as metas dos nossos projetos e nossa dedicação sempre foi mais livre do que a dureza dos cronogramas. Aprendemos a trabalhar assim! Olhando pra trás vejo dois grandes ciclos na nossa vida institucional: a construção de uma identidade e a consolidação de uma instituição. Pois, diferente da maior parte das organizações que já nascem com uma identidade formada e uma missão bem estruturada, o Instituto Terra constrói a sua ao longo do processo, pois não nos derivamos de um conselho de notáveis intelectuais, acadêmicos, empresários ou de um grande movimento. Nossa origem é, sobretudo, emocional, espiritual e voluntária. Ao longo da nossa luta
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amadurecemos como instituição e nos profissionalizamos, mas sempre mantendo a origem ideológica que nos faz respeitar a vida não por seu valor de mercado, mas por seu valor intrínseco. Certos de que a sociedade civil deve dar o exemplo, consolidamos uma instituição transparente, organizada e orientada para resultados, em cumprimento ao planejamento estratégico que revisamos todos os anos. Para esta década que virá pretendemos aprofundar nossa prática em cinco grandes áreas técnicas ou Ambientes Institucionais: Clima, Ecossistemas Naturais, Desenvolvimento Sócio Econômico, Águas e Responsabilidade Social para que, de maneira integrada e transversal, sejamos capazes de garantir que a sustentabilidade que buscamos para a sociedade seja construída com democracia, valorização da diversidade cultural e preservação da biodiversidade. Essa é a nossa missão!
“
Garantir que a
SUSTENT ABILID ADE SUSTENTABILID ABILIDADE
Seja construída com Democracia Participativa, Valorização da Diversidade Cultural e Preservação da Biodiversidade é a missão do
INSTITUT O TERR A. INSTITUTO TERRA. Princípios básicos da instituição: • Transparência • Objetividade e pragmatismo • Valorização das diferenças • Trabalho em rede • Solidariedade • Democracia • Integrar o saber popular com o saber científico.
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Resultado com qualidade.
Feliz dia da Terra! Miguel Pereira, 23 de junho de 2008.
Mauricio Ruiz Castello Branco Secretário Executivo Instituto Terra de Preservação Ambiental
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Histórico
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O
s primeiros passos para chegar ao que hoje representa uma história de lutas e realizações em defesa da natureza foram dados em 1996, quando Mauricio Ruiz, Leonardo Marques e Daltro Peixoto, amigos que viviam na cidade de Miguel Pereira, percorriam longas trilhas nos arredores da Reserva Biológica do Tinguá. Viravam dias dentro da mata sem usar bússolas ou mapas, guiando-se apenas pela paixão e instinto. Em meados de 1997, Mauricio e seu pai, Carlos Frederico, o Calico, conheceram Cuba e Amazônia durante a
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produção de um documentário sobre a vida e obra do Thiago de Mello, poeta amazonense, conhecido internacionalmente por sua luta em favor dos direitos humanos, da ecologia e da paz mundial. O contato direto com a natureza e as conversas com o poeta fizeram Mauricio perceber a grandiosidade da Floresta Amazônica. Parecia interminável. Não pôde deixar de pensar nas matas que rodeavam sua cidade e chegou à conclusão de que a Mata Atlântica era pequena demais face a sua importância. Havia sobrado quase nada.
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Mauricio contou a Thiago de Mello sobre a Reserva Biológica do Tinguá, e perguntou como poderia contribuir para protegê-la. Thiago ressaltou que as Florestas Amazônica e Atlântica são irmãs e que Mauricio poderia tentar desenvolver projetos para sua conservação, oferecendo, para isso, total apoio. Dois meses depois, pai e filho retornaram para Miguel Pereira, onde, com Leonardo e Daltro, passaram a se informar sobre o que era necessário para desenvolver tais projetos. Descobriram que era preciso a criação de uma Organização Não Governamental e passaram então a pesquisar sobre como funcionam as ONGs. Ficaram cerca de três meses debruçados sobre estatutos até criarem a própria instituição. Dessa forma, no dia 07 de janeiro de 1998, estava fundado o Instituto Terra de Preservação Ambiental.
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Calico ajudou bastante no desenvolvimento de uma identidade visual e de uma política institucional. Uma das primeiras ações do Instituto foi fazer contato com diversas ONGs brasileiras, solicitando projetos, informações e apoio. Logo foi enviada uma infinidade de material. Os primeiros projetos desenvolvidos, de caráter voluntário, tratavam de educação ambiental e eram direcionados à Reserva Biológica do Tinguá. Com novos projetos, a ONG cresceu, estruturou-se e formou equipes multidisciplinares, ampliando seus braços de atuação. O Instituto Terra fez sua história através de mobilizações, questionamentos e, sobretudo, a partir de proposições e execução de projetos, buscando formar parcerias e redes integradas. Hoje, o Instituto está em treze municípios no estado do Rio de Janeiro, beneficiando cerca de 80 mil pessoas, através dos seus projetos e sua equipe continua trabalhando na construção de um planeta diverso e justo socialmente.
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Ambientes Climático Reúne nossas ações e planos na área das mudanças climáticas e mercado de carbono.
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Águas Projetos e planos direcionados para a gestão e conservação das águas salgada e doce.
Sócio-Econômico Responsável pelos projetos de geração de trabalho e renda de comunidades rurais e pesqueiras e da Agenda 21.
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Natur al Natural Cuida das ações e projetos ligados a conservação e restauração de ecossitemas naturais, ainda sem a presença massiva de populações humanas.
Empr esarial Empresarial Indicadores e projetos em Responsabilidade Social e Ambiental Corporativa.
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Projetos por área de atuação
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Corr edor de biodiv ersidade Corredor biodiversidade Tinguá-Bocaina
Com uma área de 195.000 hectares, o Corredor de Biodiversidade TinguáBocaina envolve parte do território de nove municípios do estado do Rio de Janeiro (Vassouras, Miguel Pereira, Paty do Alferes, Barra do Piraí, Piraí, Paracambi, Engº Paulo de Frontin, Mendes e Rio Claro). Essa região foi uma das mais críticas do Corredor da Serra do Mar, pois é exatamente ali que o maior cordão de Mata Atlântica do país foi rompido, impedindo o trânsito de espécies entre o maciço florestal que tem início na Reserva Biológica do Tinguá e vai até o Parque Estadual do Três Picos, com o maciço que começa nos limites do Parque Nacional da Serra da Bocaina e se estende até litoral norte do Paraná. Apesar do intenso ritmo de fragmentação da Mata Atlântica, esta região ainda abriga elevados índices de biodiversidade
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que mantém constante a produção de água na Bacia do Rio Guandu que abastece quase toda a região metropolitana do Rio de Janeiro. Ou seja, investir no Corredor Tinguá-Bocaina é preservar a biodiversidade e a água! Para tratar deste corredor, estruturamos um programa dentro do Instituto Terra que trabalha através de três grandes eixos: Conservação da Biodiversidade (criação e implementação de UCs públicas e privadas e restauração florestal), Geração de Trabalho e Renda (sistemas agroflorestais, ecoturismo e pagamento por serviços ambientais) e Gestão Participativa (apoio a formação de conselhos e fóruns da agenda 21 locais). Este programa conta com um conselho consultivo composto por 32 entidades da sociedade civil, poder público e empresas.
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2005 – W ork shop Work orkshop Integrar a sociedade civil, o poder público e as universidades dos nove municípios que compõem o Corredor de Biodiversidade TinguáBocaina, através de um Workshop trianual, proporcionando troca de experiências, capacitação e planejamento para a conservação.
Financiador es: Financiadores:
2006 – PPrrojetos Demonstr ativos de Demonstrativos Conser Conservvação Busca a implementação de ações integradas de fomento a projetos demonstrativos e de criação, estabelecimento de áreas protegidas, capacitando atores com potencial de multiplicação, implantação de Sistemas Agroflorestais em assentamentos e comunidade Quilombola e Planos de Manejo participativos
Mico Leão Dourado, Aliança para a Conservação da Mata Atlântica e Critical Ecosystem Partnership Fund.
Financiador es: Financiadores:
2005 – Agenda 21
2006 – Coletivos Educadores
Apartir de metodologias participativas que unem sociedade civil e poder público, a Agenda 21 de Paty promoveu um raio-x das potencialidades e vulnerabilidades do município, tendo em vista um plano estratégico de ações para o desenvolvimento de uma cidade sustentável.
160 educandos são selecionados em meio a sociedade civil e treinados para educar outros 1600 nos nove municípios do Corredor. O objetivo é a formação de uma rede para colocar em prática ações que valorizam a biodiversidade e a mobilização social.
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Financiador: Fundo Nacional do Ministério do Meio Ambiente
Ministério do Meio Ambiente (PDAPPG7) e Banco KFW
Financiador: Ministério do Meio Ambiente
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2007 – PPrrodutor es de Água e odutores Flor esta Floresta Trata-se do projeto piloto de pagamento por serviços ambientais do Estado do Rio de Janeiro e acontece na Bacia do Rio Piraí, principal afluente do Rio Guandu. Utiliza a concepção do Protetor – Recebedor, onde proprietários rurais são remunerados para conservar suas florestas, além de ter suas terras restauradas.
Par ceir os: arceir ceiros:
2008 – FForça orça TTar ar efa par arefa paraa err as PPúblicas úblicas e Conser erras Conservvação em TTerr Priv adas rivadas Integração entre Governo Federal, Estadual, Municipal, sociedade civil e proprietários rurais para a ampliação do Parque Nacional da Serra da Bocaina, criação do Parque Estadual Cunhambebe, Área de Proteção Ambiental do Alto Piraí e mais sete RPPNs, somando aproximadamente 90.000 hectares de florestas protegidas e conectando a Reserva Biológica do Tinguá ao Parque da Bocaina através de um mosaico de áreas protegidas.
Secretaria de Estado do Ambiente, Comitê de Bacia do Guandu, The Nature Conservancy e Prefeitura Municipal de Rio Claro.
Financiador es: Financiadores:
2008 – Banco de Ár eas par Áreas paraa Restaur ação da Mata AAtlântica tlântica estauração
Aliança Para a Conservação da Mata Atlântica (SOS Mata Atlântica e Conservação Internacional), The Nature Conservancy e PPMA-RJ.
Levantamento de 3.000 hectares de áreas diponíveis para a restauração florestal que serão classificadas por ordem de importância e vocação.
Financiador es: Financiadores: Aliança Para a Conservação da Mata Atlântica (SOS Mata Atlântica e Conservação Internacional), The Nature Conservancy.
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Região Metr opolitana Metropolitana 2002
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Este recorte territorial limita-se, à direita, ao fundo e face ocidental da Baía de Guanabara e, por outro, a porção mais baixa da bacia hidrográfica do Rio Guandu. Esta região apresenta-se fortemente urbanizada e dependente dos serviços ambientais, principalmente a água, gerados no Corredor de Biodiversidade Tinguá-Bocaina. Desta maneira, nesta região atuamos por meio de atividades de geração de trabalho e renda, assim como políticas de planejamento territorial e Responsabilidade Sócio-Ambiental (RSA) corporativa.
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2002 – Plano de Gestão Costeir Costeiraa da Baía de Guanabara
2006 – Agricultur amiliar em Agriculturaa FFamiliar Faixas de Dutos
Construção de um plano de gestão que integrou, sob uma mesma perspectiva, entidades diversas, visando o uso sustentável do espelho d’água e de seu entorno imediato, além da recuperação, preservação e conservação de seus ecossistemas.
Produção de 100.000 m2 de hortas orgânicas sobre as faixas de dutos que cruzam comunidades de baixa renda nos municípios de Nova Iguaçu e Duque de Caxias, capacitação e treinamento dos agricultures que vivem no entorno das faixas afim de torná-los autogestores de suas hortas.
Financiador: Ministério do Meio Ambiente
Financiador: Petrobrás 23
2003 - Plano de Estrutur ação do Estruturação anca Par que Estadual da PPedr edr arque edraa Br Branca e do Corr edor Ecológico FFrrei Corredor Velloso Levantamento e mapeamento das ocupações residenciais no interior do parque e do corredor, verificando seu perfil sócio-econômico e a situação legal das propriedades. Identificação das terras públicas estaduais e composição de um mapa fundiário.
Financiador: Banco Interamericano de Desenvolvimento
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Indicadores institucionais T
odos os indicadores de resultado al cançados e almejados pelo Instituto Terra listados e discriminados detalhadamente. Foram avaliados 9 campos de atuação diferentes: • Conservação da Biodiversidade
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• Restauração Florestal • Geração de Trabalho e Renda • Gestão Participativa e Empoderamento Local • Políticas Públicas • Produção e Replicação de Metodologia • Atuação em Rede e Troca de Conhecimento • Reconhecimento Público
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1. Conser ersidade Conservvação da Biodiv Biodiversidade Indicador es Alcançados Indicadores
Indicadores Esperados (curto e médio prazo)
Criação de Unidades de Conservação:
Criação de Unidades de Conservação:
• Apoio direto a criação de 3 Unidades de Conservação do tipo Uso Sustentável, somando 46.000 hectares;
• Criação de uma unidade de conservação do tipo Proteção Integral;
• Apoio direto a criação de 2 Unidades de Conservação do tipo Proteção Integral, somando 39.600 hectares; • Apoio a criação de 10 RPPNs, sendo 2 municipais e 8 estaduais, somando 610 hectares; Implementação de Unidades de Conservação: • Elaboração de Plano de Manejo, formação de Conselho Consultivo e sinalização de 3 Unidades de Conservação (finalização em 2008);
• Apoiar criação de 150 RPPNs, somando 10.000 hectares. Implementação de Unidades de Conservação • Elaboração de Plano de Manejo e formação de Conselhos Consultivos em mais 2 Unidades de Conservação; • Apoiar a criação de infra-estrutura em 5 Unidades de Conservação, com centro de visitantes, guaritas, e infra-estrutura de fiscalização;
Áreas Prioritárias: • Consolidação de 85.000 hectares de áreas prioritárias para a conservação e áreas núcleo da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.
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2. R estaur ação Flor estal Restaur estauração Florestal Indicador es Alcançados Indicadores
Indicadores Esperados (curto e médio prazo)
• Cadastramento de 125 propriedades rurais disponíveis para a restauração florestal, somando aproximadamente 500 hectares de áreas disponíveis;
• Cadastrar e mapear 500 propriedades ou 3.000 hectares de áreas para restauração florestal;
• Experiência de restauração florestal concluída em 3 hectares.
• Restaurar 500 hectares de florestas por ano, utilizando diferentes metodologias;
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3. Ger ação de TTrrabalho e R enda Geração Renda Indicador es Alcançados Indicadores
Indicador es Esper ados Indicadores Esperados
• Inclusão social de 55 famílias, provenientes de comunidades pobres, com renda superior a um salário mínimo mensal;
• Inclusão social de 100 famílias, provenientes de comunidades pobres, com renda superior a um salário mínimo mensal;
• 60% das famílias passaram a ser administradas por mulheres;
• Manter a proporção de mulheres chefes de família;
• Implantação de 55 hortas familiares orgânicas em 55.000m2;
• Implantar 100 hortas familiares orgânicas em 100.000m2;
• Implantação de 11 unidades demonstrativas de sistemas agroflorestais em 1 Assentamento da Reforma Agrária e 2 comunidades negras, tendo como cultura principal o palmito pupunha;
• Implantar mais 100 hectares de sistemas agroflorestais em assentamentos da reforma agrária e comunidades negras;
• Desenvolvimento da primeira e segunda fase do programa piloto de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), que irá gerar renda para 125 proprietários rurais e conservação de 5.000 hectares de bacia hidrográfica prioritária; • Desenvolvimento de 2 planos de ecoturismo para comunidades localizadas em unidades de conservação.
• Apoiar a formação de uma cooperativa de reflorestadores e coletores de sementes florestais; • Apoiar o desenvolvimento de planos de negócio para unidades de conservação, em especial as RPPN. • Replicar a metodologia de PSA para mais três bacias hidrográficas prioritárias; • Apoiar a implantação de um circuito ecoturístico de base comunitária em 5 unidades de conservação.
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4. Gestão PPar ar ticipativ articipativ ticipativaa e Empoder amento Local Empoderamento
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Indicador es Alcançados Indicadores
Indicador es Esper ados Indicadores Esperados
• Apoio à formação de 3 Fóruns da Agenda 21 Local; Paty do Alferes – Mendes e Vassouras
• Fortalecimento dos fóruns criados com a formação contínua de seus integrantes;
• Coordenação da formação do Fórum da Agenda 21 Regional do Corredor de Biodiversidade Tingua Bocaina;
• Apoio à formação de uma cooperativa de agricultores familiares orgânicos;
• Construção de 1 Plano de Desenvolvimento Sustentável, Agenda 21 municipal, com a participação direta de 483 pessoas e 27 instituições; • Elaboração de 2 Planos de Manejo Participativos; • Coordenação e apoio a constituição de 2 Conselhos Consultivos de Unidades de Conservação;
• Apoiar e financiar a criação de uma cooperativa de reflorestadores; • Apoiar a criação de 2 Conselhos Consultivos de Unidades de Conservação; • Apoiar a formação de um Conselho Gestor Regional, integrando representantes de todos os conselhos consultivos locais.
• Apoio à formação de 4 Grupos de Gestão Local de Agricultores Familiares, que formarão Cooperativa de Trabalhadores em Agricultura;
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5. PPolíticas olíticas PPúblicas úblicas Indicador es Alcançados Indicadores
Indicador es Esper ados Indicadores Esperados
• 3 Leis de RPPN Municipal; • 1 Lei de RPPN Estadual;
• Apoiar a formulação de Códigos Municiais de Meio Ambiente em 9 Municípios;
• Lei do ICMS Ecológico no Rio de Janeiro;
• Monitorar a aplicação da Lei do ICMS Ecológico no Rio de Janeiro.
• Leis e Decretos de criação de UCs; • Merenda Escolar orgânica em dois municípios 29
6. PPrrodução e R eplicação de Metodologia Replicação Indicador es Alcançados Indicadores
Indicador es Esper ados Indicadores Esperados
• Agenda 21 Local considerada referência nacional e replicada para Bacia do Rio São Francisco e no ZEE Caatinga;
• Consolidar a experiência de gestão e implantação de Corredores de Biodiversidade;
• Agricultura Familiar em Faixa de Dutos, metodologia referência nacional e internacional, já apresentada para países da África, Ásia, Europa, América do Sul e Central e na Malásia.
• Replicar a experiência da Agenda 21 Local em mais 9 municípios;
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• Replicar a Metodologia de Agricultura familiar em faixa de Dutos em mais 10 cidades do país;
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7. PPrrodução de Conhecimento Científico Indicador es Alcançados Indicadores • Mapa de áreas prioritárias para a produção de água.
8. AAtuação tuação em R ede e TTrroca de Rede Conhecimento 30
Indicador es Alcançados Indicadores • Membro da Coordenação Nacional da Rede de Ongs da Mata Atlântica; • Coordenação Sudeste da Rede Brasileira de Agendas 21 Locais • Membro do Comitê Organizador do Fórum Social Carioca; • Membro da Câmara de Compensação Ambiental do RJ, representando a Rede de ONGs da Mata Atlântica.
9. R econhecimento PPúblico úblico Reconhecimento Indicador es Alcançados Indicadores • 1 Prêmio Internacional; • 2 Prêmios Nacionais; • Participação na Cúpula da Agenda 21 do Mercosul, representando o Brasil;
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Financiadores
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Parceiros
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• Associação de Amigos e Moradores da Várzea do Inhame • Associação dos Agricultores Rurais da Fazenda São Bernardino • Associação dos Produtores Rurais de Vila de Cava • Associação de Moradores e Amigos de Palmares • Associação de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do Alto da Serra Nós da Roça • Associação Mutirão Paracambi do Assentamento Vitória da União • Associação Patrimônio Natural • Casa do Menor São Miguel Arcanjo • CEDAE • Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Guandu • Comissão Pastoral da Terra • Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Nova Iguaçu • Conservation Strategy Fund • Cooperativa Cedro • CREA/RJ
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• Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro • Embrapa Agrobiologia • Esperança Verde • Fórum da Agenda 21 local de Paty do Alferes • Fórum das Entidades da Sociedade Civil Organizada de Mendes • Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais • Fórum Estadual de Agroecologia • IBAMA • Instituto Bioatlântica • Instituto Chico Mendes • Instituto de Desenvolvimento e Ação Comunitária • Instituto de Estudo da Religião – ISER • Instituto Estadual do Ambiente – INEA • Light S/A • Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra • Entidade Ambientalista Onda Verde • Organização Sócio-Ambiental Ipê Amarelo
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• Paróquia São Pedro e São Paulo de Miguel Couto • Prefeitura de Barra do Piraí • Prefeitura de Duque de Caxias • Prefeitura de Engenheiro Paulo de Frontin • Prefeitura de Mendes • Prefeitura de Miguel Pereira • Prefeitura de Paracambi • Prefeitura de Piraí • Prefeitura de Paty do Alferes • Prefeitura de Nova Iguaçu • Prefeitura de Rio Claro • Prefeitura de Vassouras • Rotary Club de Paulo de Frontin • Reserva da Biosfera da Mata Atlântica • Secretaria de Agricultura de Duque de Caxias
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• Secretaria de Agricultura de Nova Iguaçu • Secretaria de Educação de Duque de Caxias • Secretaria de Educação e Saúde de Nova Iguaçu • Secretaria de Estado do Ambiente • Secretaria Especial de Segurança Alimentar de Duque de Caxias • Secretaria Municipal de Agricultura de Paracambi • Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente de Rio Claro • Sociedade Ativa de Vassouras • UFRRJ
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Créditos Coordenação e produção editorial Gabriel Antoun
Projeto Gráfico Monnerat design gráfico
Ilustração Christian Monnerat
Tiragem 1.000
Inverno de 2008
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Fica decretado que, a partir deste instante, haverá girassóis em todas as janelas, que os girassóis terão direito a abrir-se dentro da sombra; e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro, abertas para o verde onde cresce a esperança. Thiago de Mello
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Uma década de luta pela sustentabilidade
10 anos
1998 - 2008
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