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Â.MA.GO DOIS LADOS, UM ESPELHO por rita aranha

Abraçando a premissa revolucionária e imprimindo-lhe a “haute couture” numa ode à dança, nasce um espaço onde a fluidez do percurso faz a união entre dois lados individuais de características distintas numa homenagem a “Yves Saint Laurent”. Um espaço multicultural, com espaço para refeições leves, uma zona de ligação para degustação de chás e uma loja de acessórios e headpieces, que se podem transformar em espaços culturais de espetáculos ou exposições. Através de um design contemporâneo e atual, onde são cruzados os estilos clássicos de Paris e o estilo Mouro de Marrocos, entramos e percorremos um espaço agradável, coloridos, fluido que nos transporta para dois lados de um mesmo espelho, revelando nos pormenores sublimes e bem cuidados a personalidade irreverente, contrastante e provocatória de Yves Saint Laurent. No novo espaço da cidade podemos ter um misto eclético de bailado clássico na sua loja OEIL, com os ares marroquinos, regados pelos chás e aromas que se fazem sentir na fluidez deste espaço e nos levam até ao restaurante DURE.

by Lisbon School Design, 2021


1. Localização Fluindo pela baixa pombalina em direção ao Rio, à semelhança do passado sec. XIX, no coração de Lisboa, recupera-se uma referência do movimento literário e social moderno, na antiga sede do Orfeu, na “Livraria Rodrigues”, fundada em 1863, onde outrora se reuniam várias referências literárias em danças intelectuais que desenvolveram as nossas raízes, é aqui neste espaço que se edifica um novo espaço de referência da cultura, numa celebração multicultural. Dos números 186 e 188 da Rua Áurea aos números 125 e 127 da Rua dos Sapateiros, desenvolve-se um projeto de remodelação fluído como que se tratando de uma cidade da dança. Nos seus 150 m2 de área útil, do piso térreo, e pé direito de 3,5m, este projeto de remodelação, divide-se por três áreas funcionais distintas, mas interligadas: uma área multifuncional de promoção cultural; uma zona de exposição e venda ao público de acessórios para todos os praticantes de todos os estilos de dança; e uma área dedicada à venda e consumo de bens alimentares e bebidas, com carácter de confeção e digestão rápidas. Através da sua fachada frontal, em granito claro e com arcos abobadados iguais aos do interior e ao acesso pela Rua dos Sapateiros, vislumbra-se pela entrada e montra da Rua Áurea, uma zona central com uma clarabóia desenhada numa abertura na laje superior, e um corredor longitudinal que acede ao espaço de restauração e às entradas paralelas na Rua dos Sapateiros. Com acessos por ambas as ruas, mas interligadas entre si, a área comercial pode aceder-se através da Rua Áurea, que quer pela sua história, quer pela sua localização e acessibilidades, proporciona uma maior afluência ao espaço mais comercial do projeto. Em contrapartida, a zona de refeições, acede-se diretamente pela Rua dos Sapateiros, tranquilizando a hora da refeição pela menos afluência e movimento desta rua.

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Livraria Rodrigues, Lisboa


2. O Cliente Este novo espaço, que se assume como uma ode à cultura e à dança em particular, acolhe um espaço que em tudo nos espelha o estilista Yves Saint Laurent, estilista revolucionário de renome internacional no mundo da moda, com influências multiculturais, desde a Argélia donde era oriundo, passando por Marrocos e Paris, as suas maiores inspirações, que se encontram em perfeita harmonia entre a zona comercial e zona de refeições. De inspiração multicultural única, este espaço é uma viagem ao mundo e a Yves Saint Laurent, “Marraquexe em Paris, Paris em Marraquexe”. Desde o restaurante com inspiração marroquina no jardim da Villa Majorelle, servindo o famoso Couscous, refeição típica de reuniões familiares e de amigos em Marrocos, sendo a base dos vários pratos e com várias opções para juntar ao couscous. Na ligação entre a zona de restauração e a zona comercial e cultural, à semelhança de um espelho, temos dois lados diferentes ligados por um mesmo elemento, como bem definia Yves Saint Laurent nas suas criações, temos uma zona de chá, onde se misturam os dois mundos, dois lados de Yves Saint Laurent. Esta unificação diferenciada, através de uma Tea Station, une o restaurante DURE, como a zona cultural e comercial, a loja OEIL, unindo dois lados de um mesmo espelho, duas dimensões diferentes num mesmo espaço.

O espaço comercial, para além da venda exclusiva de acessórios headpieces “hand made”, poderá ser um espaço de apresentação de coleções e exposições de acessórios utilizadas em espetáculos famosos, especialmente de headpieces, que como todos os acessórios criados por Yves Saint Laurent conseguem transformar o mesmo vestido em looks diferentes. O cliente, pode usufruir de momentos culturais diversificados em todos os espaços, adquirir acessórios de “haute couture” personalizados para cada bailado / espetáculo e disfrutar de uma refeição leve de inspirações multiculturais à semelhança das inspirações do estilista.

Moodboard – Inspirações | conceito 3


3. Estilo Em estilo deco fusion aliado ao minimalismo de fundo, a unificação de elementos contíguos aos dois espaços, com pavimentos de betão afagado e teto em folha de ouro, fazendo uma analogia ao amago de Yves Saint Laurent através da presença de espelhos nas paredes dos espaços, reproduzindo a dimensão visual através da qual Yves Saint Laurent trabalhou em todas as suas criações.

Yves Saint Laurent, by Andy Warhol.

Planta – programa | organização | áreas. 4

Os dois principais espaços, o restaurante DURE, onde o cliente entra e degusta uma refeição sob um fundo minimal, capta a elegância, a sofisticação da natureza presente no jardim majorelle entre catos, numa mesa que espelha o reflexo de todo o espaço, mantendo a clássica bandeja onde se serve a taça de couscous e outros alimentos que vai muito de encontro da culinária marroquina, rica em cores e sabores. E a loja OEIL onde o cliente entra num mundo clássico e bouseries, trazendo a imagem clássica de Paris, dando um twist de irreverência através do papel de parede riscado e da montra que é uma ode à caixa de música, onde a/o bailarina é o Centro com cores vibrantes, numa mistura que dá profundidade através da utilização de elementos vegetais nos dois espaços e onde foram desenhados arcos de volta perfeita que emolduram um cenário que alberga os provadores, a casa de banho e acessos à zona privada.


4, As Funções Dividido em duas principais áreas e uma terceira de ligação, encontramos o restaurante Dure e a Loja OEIL, ligadas pela Tea Station, o novo espaço, tem ainda uma área secundária para preparação de alimentos / bebidas e uma área para funcionários. Apesar da sua interligação, tem horários de funcionamento desfasados entre si: o restaurante funciona entre as 12h e as 23h; e a loja entre as 09h30 e as 19h; o espaço enquanto espaço cultura, poderá ter o horário das 16h às 23h, funcionando no espaço físico da loja e da Tea Station, podendo estender-se para a totalidade do espaço, dada a fluída circulação entra as áreas. O restaurante, Dure - à área de restauração acede-se pela Rua dos Sapateiros – neste área temos um balcão corrido com carácter orgânico e com mesas redondas para 5 pessoas, um balcão de refeições com cadeiras altas, e um balcão de atendimento com vitrine para produtos alimentares. A Tea Sation – área que faz a ligação dos dois mundos – através de um balcão de distribuição selfservices de chá marroquino, com 3 bicas de extração na parede com ligação à zona da copa para “refill” de chá verde com menta e com ou sem açúcar, água, etc., servido em bule de prata. E de um balcão de distribuição self-service de chá preto em bule de porcelana clássico.

Paleta – texturas | padrões | formas

A Loja OEIL – área comercial e cultural, com acesso pela Rua Áurea – com arcos definindo a localizado dos provadores e das entradas para a casa de banho e armazém, revelando uma zona central para os serviços e as duas alas laterais para os espaços principais, contem ainda um banco corrido de carácter orgânico, que revela a fluidez do espaço entre as diversas áreas, e que, aquando do encerramento da loja, serve de apoio ao espaço cultural, para lançamento de espetáculos, exposições de acessórios ou de coleções de designer e headpieces utilizados em espetáculos de referência, por exemplo, “o lago dos cisnes”. 5


5. Geometria Num design fluido e orgânico assim como se revela a dança, as formas fluidas e orgânicas, ao longo dos vários espaços, dando notas movimento, interligação e com o clássico e multicultural, através da introdução de arcos de volta perfeita com carácter clássico e as vegetações de grande escala, apresentam-nos a multiculturalidade presente na criatividade de Ives Sant Laurent. A complexidade e inspiração em várias culturas da personalidade de Yves Saint Laurent, está bem presente através dos padrões zelij no balcão do restaurante com inspiração marroquina, das vegetações presentes na decoração utilizada, ou até mesmo do papel de parede riscado na vertical em ode ao “texudo” que atribui a verticalidade criado por Yves Saint Laurent. É notória a utilização de formas circulares (mesas, candeeiros suspensos, provadores, balcões) para enaltecer a fluidez e a organicidade do espaço, reflectindo variadas escalas nas paredes espelhadas que criam a memória do movimento. Atribuindo a tridimensionalidade com a utilização de espelhos, com a bouserrie usadas nas paredes, e em balaço visual com o orgânico da vegetação e do banco corrido dando um carácter de movimento inspirado na dança, faz deste espaço um lugar único de referência ao estilista e a uma das suas grandes paixões, a dança.

Perspectiva/ Simulação 3D

6. Cor As cores deste novo projeto, apelam à criação, à fluidez de movimento, ao espírito criativo, contrastante e multicultural, através de pequenos pormenores que tão bem refletem a personalidade de Yves Saint Laurent e das suas criações. A utilização de chão em microcimento com pigmento em rosa, que nos transmite a sensação da areia das terras marroquinas e o teto pintado em folha de ouro, que nos ilumina como se do próprio sol se tratasse, fazem a união entre os dois espaços principais. O volume principal em tons de azul, revela o coração do projeto, o local onde a criação acontece, o amago da criação, à semelhança do jardim majorelle, o local por excelência de criação / inspiração de Yves Saint Laurent.

Paleta de cores 6

Os apontamentos em amarelos dos candeeiros e cadeiras do restaurante DURE, complementam e equilibram o espaço com os tons verdes pastel numa colagem à natureza, como se nos encontrássemos a tomar a refeição num jardim. Na loja OEIL os apontamentos em verde água e rosa-chá, transpõem a delicadeza e o luxo do mundo clássico de Paris.


Os boiseries ao longo das paredes, como que se de uma moldura se tratasse, conferem a ideia clássica do ballet, à semelhança dos metais utilizados, todos em cor de ouro. No tea station utilizou-se revestimento da marca dos ateliers zelij, de cor verde e argamassa branca. O balcão da DURE foi revestido a azulejos de formas irregulares em 3 tons verdes também da marca dos ateliers zelij, conferindo uma ligação marroquina dando-lhe o brilho. Na loja OEIL os arcos pintados em azul majorelle afastados permitindo a implantação de vegetação natural de árvores de jacarandá. O revestimento da parede em papel de parede em tecido transmitindo uma sensação de conforto e acolhimento. Na montra foram utilizados materiais que refletissem a imagem do interior, nomeadamente o espelho e o vidro colorido, denotando-se através do conceito de pedaços de vidro colorido que ornamentam, a ideia de contas usadas para a criação dos produtos comercializados na loja – acessórios e headpieces.

Perspectiva/ Simulação 3D

7. Materiais

Uma escultura retroiluminada pelo interior, a peça escultórica é uma bailarina que tem uma presença central, mas que o seu reflexo é visto e projetado em todos os materiais usados para a construção do espaço da loja.

Para a criação e/ou articulação dos espaços necessários às suas funções, foi necessária a demolição de algumas paredes, sem significado estrutural. Os arcos foram forrados a pladur e pintados em cor verde água e azul turquesa, ambas em tons pastel. A clarabóia existente foi reaproveitada para iluminação e extração da zona da copa. As paredes revestidas por tinta entre cores azul forte majorelle, verde água da marca CIN – Vinyl Clean, para promover a limpeza fácil das superfícies. Os pavimentos no geral, assim como o balcão da loja, são em Epóxi, com pigmento rosa velho da marca CIN E245-WB. Com materiais que variam desde o veludo de côr verde, do lado do restaurante e em cor azul água do lado da loja no banco orgânico e em amarelo nas cadeiras altas da marca Arflex com utilização de pele nas cadeiras da marca Arflex que se assumem como catos no jardim à transparência azulada das mesas de vidro da marca Classicon. O espelho neste projecto, é usado como elemento estratégico de multiplicação espacial, encontra-se em diversas partes, seja em paredes de fundo, ou em paredes laterais.

Montra / Simulação 3D 7


Planta de iluminação

8. Iluminação Visando sempre o conforto e bemestar dos clientes no interior do espaço, a iluminação foi pensada de diferentes formas, consoante cada espaço. No espaço de restauração, optouse por uma iluminação decorativa através da utilização de pendentes criados em tiras de algodão tingido de amarelo ocre, tendo no interior uns spots de iluminação amena e com uma temperatura de 3000k, mais quente e acolhedora. Esta iluminação foi também utilizada no balcão, focada nos produtos de alimentação. Utilizou-se um letreiro Neon na parede por detrás do balcão, garantindo assim a iluminação perfeita, quer diurna, quer noturna, tal como a indicação de WC, colocada na parede espelhada. Para a Tea Station, local de transição entre as duas zonas principais, utilizou-se a iluminação geral vinda do teto, e toda ela embutida em forma de spots, escondida por detrás da pérgula suspensa com coentros, criando uma zona de cheiros naturais. 8

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1- Siren S Solitarie by Preciosa Lighting, 750€ 2- Eugene M Contemporary Colors by Preciosa Lighting , 3180€


Acrescem spots direcionáveis para a parede com um exemplar do auto-retrato de Yves Saint Laurent, uma obra de Andy Warhol. Neste local de transição, foram colocados moveis com iluminação led encastrada, que reflete na moldura em ouro, definindo a área das bicas de chá marroquino. Na loja OEIL a iluminação decorativa é localizada através de candelabros da marca “preciosa lighting”, suspensos, e em apliques na parede, o que lhe confere o carácter clássico, mas contemporâneo através da materialização dos mesmos, em vidro colorido azul, verde e rosa. Os arcos spot direcionáveis de iluminação amena e com uma temperatura de 3000K, luz quente e acolhedora. Estão também presentes as iluminações direcionáveis nos móveis de exposição – nichos das paredes e vitrine do balcão, com carácter neutro para não adulterar os tons das peças. Ainda na montra a iluminação usada é através da escultura retroiluminada pelo interior.

9. Orçamento O valor estimado deste projeto é de 150.000€, incluindo intervenções estruturais, mobiliário e elementos decorativos. Entre as intervenções estruturais, encontram-se considerados os revestimentos, todos os trabalhos hidráulicos e eléctricos de acordo com o projecto. Alguns dos preços estimados do material usado seja na estrutura, mobiliário, equipamentos, decoração, etc. Os mobiliários de assento utilizados, como cadeiras e bancos são da marca Arflex®, dada a simplicidade e diferenciação dos elementos e carácter de fabrico. As peças chave, as mesas da marca ClassicCon®, em vidro azul e detalhe em ouro, que espelha o espírito marroquino e a luminosidade nos seu reflexos. Nos revestimentos a aposta recaiu na marca dos Ateliers zelij® em que os seus azuleijos criados manualmente dão um caracter ínico aos espaços. A iluminação ficou a cargo da marca Preciosa Lighting® pela sua singularidade e irreverência clássica. O revestimento do chão em betão afagado com pigmento rosa velho da marca Epoxi. A louça sanitária da marca sanindusa®, incluíndo os elementos de apoio aos utentes de mobilidade reduzida, como as barras de utilização. Todos os materiais e produtos escolhidos tiveram em conta o desgaste pela utilização, tratando-se de um espaço de uso público, onde todo e qualquer elemento colocado no ambiente deve ter um comportamento bastante resistente aos factores externos a que está sujeito.

Conceptboard 9


LOJA DE UNDERWEAR

10. Espaço

DURE / Simulação 3D

Num vislumbre da projecção em 3D, o design transforma a visão do cliente em realidade executável, num resultado espetacular! De notar que alguns elementos na representação podem ser apenas ilustrativos e não corresponder diretamente ao mapa de projeto real. Restaurante DURE - Traduz o conceito de jardim majorelle num espaço com características modernas e minimais, com elementos orgânicos e vegetais, onde a sua extensão vegetal traduz-se e expelha-se nas mesas e bancos, que refletidas na parede em espelho conferem uma dimensão ao jardim onde a iluminação com caraterísticas naturais lhe trazem a luminosidade, criando um ambiente prefeito para a degustação de uma refeição leve e saudável entre amigos e família.

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DURE / Simulação 3D

Sendo a reunião familiar, ou de amigos uma das premissas que conduziu à utilização de mesas para 5 lugares O espaço DURE – que perdura – é o reflexo de um dos lados de Yves Saint Laurent, o seu lado mais público, um antagonismo da realidade, sendo em majorelle que se inspirava e desenhava as suas coleções. Um espaço fluído confortante e alegre. É respeitada a natureza do espaço que já trazia os arcos abobadados trabalhando-se sobre eles. Sobre a funcionalidade do espaço, o mesmo foi pensado para permitir a livre circulação inclusiva, ou seja, os utentes com mobilidade reduzida não estão esquecidos neste projeto, pois tanto as circulações quanto as instalações sanitárias estão preparadas para recebê-los.


OEIL / Simulação 3D

OEIL / Simulação 3D

Loja OEIL - Através do olhar minucioso, surge uma loja especializada na criação de acessórios de “haute couture”, para espetáculos de dança. Acessórios e headpieces exclusivas, com o olhar criterioso dos artesões. A montra consegue traduzir todo o carácter do espaço, onde o dançarino é o centro, e o seu reflexo espelha-se em todas as dimensões, assim como em todos os materiais. Os provadores são delicados e caracterizam-se pelo seu material branco, como Yves Saint Laurent executava as suas provas, é um serviço “haute couture” para acessórios, pois estes conseguem-se traansformar e complementar qualquer espetáculo de dança. Foram colocados totem que refletem o cunho cultural de expositores com peças usadas em espetáculos de grande carisma, como por exemplo, “o lago dos cisnes”.

Aquando do encerramento da loja, este espaço é palco de lançamentos de espetáculos de dança perante a comunicação social, mostras de estilistas, lançamento de colecções periódicas da marca OEIL, assim com do museu permanete de peças de relevância cultural. Em ambos os espaços, é visível o espelho, elemento de grande importância para Ives Saint Laurent, pois na sua visão era onde conseguia traduzir a total dimensão do poder da mulher e o seu lado privado. O espaço que interliga os dois lados de Yves Saint Laurent, o lado público e o lado privado, é a Tea Station, onde o chá, fluído, translúcido, carregado de cheios, traduz a união, podendo-se escolher um lado classico – Paris e um lado mais informal - Marrocos, uma mesma visão de um só homem.

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12 2021 by Lisbon School Design,


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