Como alcançar sua libertação

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Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha Edição agosto/2009

Gerência de Comunicação Ana Paula Costa Transcrição: Else Albuquerque Copidesque: Adriana Santos Revisão: Marcelo Ferreira Capa e Diagramação: Junio Amaro


Introdução Estamos envolvidos em uma guerra espiritual. Sabemos que a nossa luta não é contra a carne e o sangue. Há muitas coisas que você atribui a situações naturais, acha que não têm importância, mas que envolvem coisas espirituais. Você já deve ter percebido que algumas vezes você sai da reunião, do culto, cheio da graça e, de repente, quando chega em casa, encontra uma situação tão adversa! Às vezes é o marido que está bravo, bêbado, quase como que endemoniado. Ora são os filhos inquietos, desobedientes, rebeldes. Uma confusão só! E você pergunta: “Meu Deus, por quê?” 5


Quantas e quantas vezes há lutas! Há dias em que era para você amanhecer cantando, mas, ao contrário, acorda mal humorado, e começa a perceber algumas coisas esquisitas, algo quase que tangível, como que as trevas o envolvendo. Você diz: “Eu estou estressado, estou tão cansado!” Mas não é bem assim. Nós queremos trazer fundamentos na área de libertação. Eu sei que o inimigo não quer que você conheça a Palavra. Por isso, eu tomo a autoridade, em nome de Jesus, contra toda a opressão das trevas. Em nome de Jesus, eu proclamo que nós estamos debaixo do sangue do Cordeiro, e os demônios não alcançarão vez em nosso meio, e que o povo do Senhor será um povo liberto, cheio da vida e da vitória do Senhor, na autoridade do nome de Jesus. Minha mais profunda oração e meu sincero desejo é que após ler essa obra, o Senhor possa tocálo. E mais que isso. Capacitá-lo a resistir ainda mais toda e qualquer oposição e situação das trevas que porventura vierem sobre ti. Em nome de Jesus! Amém!

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A postos. “Esquerda volver...” Só para começar, gostaria que acompanhasse comigo o texto de 1 Pedro capítulo 5, versos 8 e 9. Leiamos: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar; resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão se cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo.” 7


“Sede sóbrios.” Em primeiro lugar, temos de ser sóbrios, pois precisamos estar vigilantes. Sobriedade fala de lucidez, de todos os sentidos aguçados, em alerta, para algo ou contra algo. Por isso é que várias vezes Jesus disse: “Vigiai e orai.” O contexto de tais palavras de Jesus é o próprio fim dos tempos. E o que é vigiar? É estar atento, acordado, porque se cochilarmos um pouco, seremos nocauteados. É como em uma luta de boxe. Se no meio da luta você fechar os olhos ou se distrair, o adversário pode lhe derrubar com um só golpe certeiro. “Sede sóbrios e vigilantes”. Interessante que Pedro recomenda essa sobriedade e vigilância num contexto em que ele se dirige à liderança, em específico, aos presbíteros. E presbíteros em outra tradução ou versão da Bíblia é tido como “ancião”. E faz sentido, porque no verso 5 do mesmo capítulo Pedro se dirige aos jovens. A intenção clara de Pedro é uma só: orientar a quem for preciso para que não se macule, manche, o testemunho por meio de uma conduta ilibada. E tal ato de um bom testemunho evita que sejas dado brecha ou oportunidade para o diabo agir, pois é disso que ele precisa. Após ter recomendado aos anciãos e jovens como de8


vem agir, Pedro então recomenda a sobriedade e vigilância. Interessante até mesmo como Pedro dispõe as palavras. Por que “sede sóbrios e vigilantes” e não “sede vigilantes e sóbrios”? Simples: porque ninguém pode ser ou estar vigilante se não ser ou estiver sóbrio. Todas as vezes que o inimigo alcança uma brecha na sua vida e/ou no seu lar, é exatamente porque você cochilou. Faltou sobriedade e vigilância. “O diabo, vosso adversário.” Adversário não é amigo; e o adversário quer matar, roubar e destruir. “O diabo, vosso adversário, anda em derredor como leão que ruge procurando alguém para devorar”. Note que a Palavra diz que ele anda ao derredor, e não ao redor, porque quem anda ao seu redor é o anjo do Senhor. Davi mesmo o disse: “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem e os livra.” (Salmo 34.7.) Ao seu redor está o anjo do Senhor e ao seu derredor, o diabo e os demônios. Por isso é que você precisa estar sóbrio e vigilante. O diabo anda ao seu derredor procurando alguém para devorar. Mas você não é comida de leão, ainda mais de um leão derrotado pelo Senhor Jesus. Você precisa assumir a sua posição de vitória. 9


Você é parte do povo de Deus, parte da família e do exército de Deus. Este exército não pode e não deve experimentar derrota, porque Aquele que vai à sua frente sempre foi vencedor. Aleluia! A Palavra declara: “Resisti-lhe firme na fé.” Não é para você derrotar o diabo, para você vencê-lo, porque Jesus já o venceu há dois mil anos no calvário. A vitória de Jesus Cristo foi plena. A nossa posição deve ser apenas essa: de resistir, de fazer oposição. O diabo tenta trazer palavras ao seu coração, lançando seus dardos inflamados, suas setas, seu engano. Mas a sua atitude deve ser uma só: resistir. No momento em que você abre a guarda e começa a crer no que ele diz, você se torna um alvo fácil para ser ferido. Se você observar os evangelhos, perceberá que grande parte do ministério de Jesus Cristo foi trazer libertação a pessoas possessas e opressas por demônios. Jesus disse, citando as palavras do profeta Isaías (61.1): “O Espírito do Senhor está sobre mim [...] enviou-me para proclamar libertação aos cativos.” (Lucas 4.18.) Jesus confrontou o diabo por inúmeras vezes, não somente na sua própria vida, mas em seu ministério. Quando foi tentado terrivelmente 10


no deserto (veja capítulos 4 e 5 de Mateus), Ele sempre venceu o inimigo proclamando: “Está escrito.” Se você não tiver um conhecimento da Bíblia, certamente enfraquecerá diante das mentiras do anjo caído, Lúcifer. Jesus Cristo, ao derrotar o inimigo na tentação, Ele o confrontou com a Palavra. A cada ataque, o contra-ataque: “Está escrito, está escrito, está escrito”. Você também precisa fazer o mesmo quando for ou estiver sendo tentado. Uma das obras que o Espírito Santo realiza é a de fazer-nos lembrar de tudo o que ouvimos e vimos. Ao lermos e estudarmos a Bíblia, ele como que a registra, a grava, dentro de nós. Você pode esquecer, mas, no momento que o inimigo vem, o Espírito Santo faz você se lembrar. Exatamente quando vem a tentação ou quando o diabo lança um dardo sobre a sua vida, aquele texto que você leu vem à sua memória, pois ficou gravado no seu espírito. No momento de luta, de tentação, de prova, quando o inimigo levanta a bandeira contra você, o Espírito Santo traz à tona à sua memória exatamente aquele texto, para que você diga: “Está escrito”. Ao ler a Bíblia, pode ser que você não entenda muitas coisas, mas você vai gravar a Palavra de Deus 11


no seu espírito. O Senhor disse: “Examinai as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim.” (João 5.39.) Quando se fala de vida eterna não se trata apenas de quantidade (eterna), mas de qualidade. Pois o inferno também é eterno. E a qualidade de vida está no fato de conhecer ao Senhor. É uma vida em plenitude a cada instante. Em Mateus 4.23-24, está escrito: “Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo. E a sua fama correu por toda a Síria; trouxeram-lhe, então, todos os doentes, acometidos de várias enfermidades e tormentos: endemoniados, lunáticos e paralíticos. E ele os curou.” Note bem! Jesus trazia o ensino, pregando o evangelho do reino e curando toda a sorte de doenças e enfermidades entre o povo. O verso 24 já começa a explicitar algo no ministério do Senhor: “E a sua fama correu por toda a Síria e trouxeram-lhe todos os doentes: endemoniados, lunáticos e paralíticos. E Ele os curou.” Grande parte do ministério do Senhor foi dedicada em trazer não a cura apenas , mas a libertação. 12


Em Mateus 12.28, quando Jesus estava sendo confrontado pelos fariseus pelo fato de expulsar demônios, Ele disse: “Se, porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós.” Uma das evidências de que o reino de Deus havia chegado era exatamente o fato de Jesus Cristo estar expulsando demônios. “Se eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus.” Em 1 João 3.8 encontramos umas das definições mais gloriosas porque Jesus Cristo veio. Jesus Cristo não veio para fundar uma igreja ou para ser um mestre, nada disso. Na parte final do verso 8 está escrito: “Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo.” A palavra destruir significa aniquilar, zerar; é uma vitória absoluta, completa. Quando Jesus curava as pessoas, Ele também expulsava os demônios. Ele reconhecia que os homens podiam ser afligidos diretamente por enfermidades e também por espíritos malignos. Quando Jesus Cristo ordenou que o evangelho fosse pregado em todos os lugares (Mc 16.15-18), Ele nos delegou a grande comissão de Jesus: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o 13


evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado. Estes sinais hão de acompanhar aqueles que creem: em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre os enfermos, eles ficarão curados.” “Quem crer e for batizado será salvo”. Você precisa ser batizado, pois o batismo traduz a sua identificação com Jesus Cristo. O batismo não é uma opção. A Palavra não brinca. Tudo o que está registrado é para ser cumprido. Você precisa ser batizado, porque o batismo proclama a sua identificação com Jesus na sua morte, no seu sepultamento e na sua ressurreição. Jesus disse: “Estes sinais hão de acompanhar aqueles que creem: em meu nome expelirão demônios.” Quem pode expelir demônios? Todos aqueles que creem. A autoridade do nome de Jesus que o realiza. A Palavra diz que estes sinais hão de acompanhar aqueles que creem, e o primeiro sinal é: “Em meu nome expelirão demônios.” Você pode expulsar demônios não sua força, mas pelo poder que há no nome de Jesus. Se você crer, você tem autoridade para falar: “Sai, em nome de Jesus.” 14


Eis aí seu inimigo Mais ou tão importante que saber da existência de uma batalha é saber contra o que ou quem é essa batalha. E de antemão, informo: não é contra homens ou coisas, mas contra os agentes infernais que se valem das pessoas e situações para atingir a cada um de nós. E esses agentes do inferno são os demônios. E quem são os demônios? São os anjos 15


caídos. E como eles caíram? Voltemos no tempo. Há muitos e muitos anos atrás, antes mesmo de o mundo e o homem ter sido criado, havia os anjos, os seres celestiais, que servia única e exclusivamente a Deus. Até que alguém decidiu se rebelar por contra própria. Houve então uma revolução no céu. Um querubim tremendo chamado Lúcifer quis se colocar em uma posição acima do trono de Deus. Foi punido por isso e uma terça parte dos anjos celestiais o acompanhou nesta rebelião. Nós encontramos alguns fundamentos a respeito desta rebelião em Isaías capítulo 14, a partir do verso 12. Os demônios fazem parte deste grande exército das trevas, cujo chefe é Satanás. A Bíblia diz que o nome original dele era Lúcifer. No capítulo 12 de Isaías vemos como começou o pecado. O pecado não começou no Jardim do Éden, mas no coração de Lúcifer: a soberba, o orgulho, a rebelião contra a vontade de Deus. Aqueles anjos que o acompanharam se transformaram em demônios. São milhares que foram expulsos do céu e que integram o chamado reino das trevas, a ponto do próprio Jesus se referir a Satanás como o príncipe desse mundo, exercendo autoridade nesse mundo. 16


O homem havia recebido de Deus autoridade na Terra, no jardim do Éden. Ele fora revestido com a glória de Deus. Mas ele passou esta autoridade para as mãos de Satanás quando pecou. Esta fora uma das tentações de Jesus: “Se prostrado me adorares, todo este reino eu te darei.” Jesus respondeu: “Ao Senhor teu Deus adorarás e só a Ele prestarás culto.” Os demônios estão aí. Eles não têm corpos físicos, e para se manifestarem, precisam de um corpo. Daí entrarem em bichos, animais e pessoas. Como você reconhece uma pessoa endemoniada? Quando ela parece manifestar uma outra personalidade muito além da normalidade. Conhecemos as evidências de possessões demoníacas porque temos o discernimento do Espírito. Quantas vezes estamos conversando com alguém e logo o Espírito Santo começa a nos inquietar, sinalizando os espíritos que estão incorporados na pessoa! Aquele que tem o Espírito Santo não fica enganado, pois esse mesmo Espírito Santo o guia à verdade. Logo, você percebe, de uma forma clara, o que pertence às trevas. Quando você encontra alguém que conhece há algum tempo e nota que ela está apresentando uma atitude diferente do normal, pode ser que essa pessoa esteja opressa ou possessa. 17


A opressão é do lado de fora. A possessão é de dentro para fora, ou seja, de dentro da pessoa. Na pessoa opressa, o demônio está do lado de fora, cercando, instigando. Quantas vezes você convida alguém para ir à sua casa e está almoçando aquela comidinha gostosa que você preparou com tanto carinho e, de repente, parece que o tempo fecha, uma nuvem escura surge, e aquilo que não estava no “cardápio” cai à sua mesa! Alguém deixa o copo cair e quebrar, e por causa de um fato simples assim, surge uma briga, uma discussão terrível, e você se pergunta: “Mas como tudo isso foi acontecer?” O que era para ser um momento abençoado, de comunhão, se tornou uma guerra. Nessas horas, vale ter em mente a recomendação de Pedro: “Não deis lugar ao diabo.” Basta apenas uma brecha – uma questão não resolvida, uma ira, um rancor, uma mágoa, enfim – para que o inimigo se aproveite do contexto, da situação para usar a própria pessoa que exiba tal comportamento. E como o diabo é mestre em agir nas sombras, às escondidas, se tal pessoa abriga em seu coração e sua alma tudo isso que acabamos de falar, é só uma questão de tempo para que a possessão se manifeste. 18


Nós lemos na Bíblia sobre espírito de enfermidade, sobre o espírito de cegueira, de mudez, de impureza e de surdez, e de tentos outros espíritos. Existem espíritos como existem também situações que são patológicas. Há pessoas que têm uma deficiência física, mas há também outras que vivem doentes. Mesmo com os exames, tudo parece normal e perfeito. Mas ainda assim não tem força, não levanta, vive prostrado. Pode ser que haja um espírito de enfermidade. Não existe remédio para espírito de enfermidade a não ser a libertação que vem através do nome de Jesus.

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Nas entrelinhas Nós estamos vivendo um período em que toda verdade é paralela, ou seja, ao mesmo tempo em que a Igreja do Senhor está crescendo, as trevas estão inquietas se movimentando, se mobilizando, se arregimentado. E muitas vezes você traz para dentro da sua própria casa as trevas também. Você abre espaço na sua casa quando assiste a programas de televisão que transmitem cenas de pornografia, adultério, mentiras e mais mentiras e muitas outras questões delicadas. Por trás de tudo isso há 21


diversos espíritos que contaminam a sua vida. Você tem uma casa pura, um desejo puro na sua vida, mas por permitir que a televisão da sua casa fique ligada em certos programas, ministrações demoníacas bagunçam toda a sua casa e sua vida. Ministrações onde o inimigo encontra uma brecha para poder alcançá-lo. Por isso é que se perde o prazer pela leitura da Bíblia, a alegria de ir à igreja. Enfim, se perde o desejo de estar mais próximo de Deus. Quantos moços envolvidos em imoralidade na vida! Adultos também. Alguns até mais que os moços. O que acontece? Por que isso? Não é pela falta do conhecimento, do ensino, mas por causa das influências demoníacas que existem. Acredita-se que a maioria dos pacientes que estão em hospitais, principalmente para doentes mentais, não seja porque estão dentes de fato, mas porque se encontram opressas e possessas. Se a pessoa tem, na sua saúde, alguma fraqueza, muitas vezes ela não consegue lutar rejeitando e, em razão disso, ela se torna alvo e facilmente cai. Algo que precisamos sempre enfatizar é a vitória de Jesus Cristo, a vitória daquele que olha para Jesus. Quando o homem, Adão e Eva, caíram no Jardim 22


do Éden, perderam-se as forças, estando sujeito a partir de agora, ao medo, e a ele escravizado. Não o medo natural da vida, mas aquele medo que o demônio instiga: o medo da morte, da vida, chuva, do trovão, de tudo. O medo toma conta da vida da pessoa por causa da ministração que ela recebeu. No momento em que a pessoa recebe a Jesus como único e suficiente Salvador, ela se torna completamente liberta. Porém, ela tem que lutar para preservar a libertação e a vitória que o Senhor trouxe para ela. Nunca Satanás é mencionado na Bíblia sem que seu nome seja ligado à declaração da sua completa sujeição e da sua derrota. Não há um lugar sequer na Escritura que o nome do inimigo apareça, sem que do outro lado apareça também a compreensão da vitória sobre ele. Ele é um leão procurando alguém que possa tragar, mas é um leão que foi derrotado. Esta é a verdade do Senhor. Uma das ministrações de Satanás que traz opressão é quando a pessoa não resolve, num ato de fé, o problema da culpa. Ela vive com culpa e o inimigo fica instigando, dizendo: “Você pecou, seu pecado não tem perdão, não há misericórdia para você, não tem solução na sua vida.” Veja o que está escrito em 23


Apocalipse 12, verso 7: “Houve peleja no céu. Miguel e seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos; todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles. E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos.” O livro de Apocalipse traz algumas revelações lá da origem, antes mesmo da terra existir. Quando você lê este livro, você tem que ter o entendimento de que esse é um livro espiritual. Ele traz verdades do presente e do futuro. Ele também nos leva a ver coisas que aconteceram antes da criação do mundo. No verso 10 de Apocalipse 12 está escrito: “Então, ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus.” De quê o inimigo pode nos acusar? Qual o pecado que traz autoridade ao inimigo de nos acusar? De qual pecado ele nos acusa diante de Deus? Um pecado deve ser confessado uma só vez. Existem pessoas que vivem sob culpa, achando que têm que pagar algo pelo pecado vá24


rias vezes. Nós não precisamos pagar, pois o Senhor já pagou por nós. Temos apenas que tomar posse. A Palavra diz que quando Jesus morreu, derramou o seu sangue e perdoou todos os nossos pecados, do passado, do presente e do futuro. O ponto de autoridade que o inimigo alcança para nos acusar diante de Deus é quando não perdoamos alguém que nos ofende. Se alguém o magoou, o entristeceu, o traiu, o feriu e até destruiu a sua vida, e por isso você guardar em seu coração a falta de perdão, o inimigo encontrará uma brecha para acusá-lo. Todos os outros pecados são perdoados pelo sangue de Jesus, incondicionalmente, mas você precisa perdoar aqueles que o ofenderam. Está escrito: “Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tampouco vosso Pai vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.” (Mateus 6.14-15.) A questão do perdão é tremenda, pois quando há esse perdão, abre-se um espaço de autoridade ao inimigo para nos acusar diante de Deus. Por isso, a última preocupação de Jesus, na cruz, foi a de trazer perdão: “Pai, perdoalhes porque não sabem o que fazem.” Estevão, quan25


do estava sendo apedrejado, trouxe também perdão, dizendo: “Senhor não lhes impute este pecado.” (Atos 7.60.) Voltemos a Apocalipse 12, agora o verso 11: “Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida.” Um ponto salta aos olhos nesse verso. Eles o venceram, venceram o acusador, o diabo, como? “Por causa da palavra do testemunho que deram.” Agora veja a advertência do verso 12: “Por isso, festejai, ó céus, e vós, os que neles habitais. Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta.” A guerra foi ganha, mas a batalha não terminou. Ainda estamos no mundo, embora não sendo dele. É exatamente por isso que estamos vivendo, agora uma situação tão tremenda. Podemos observar a loucura nesses últimos anos: o aspecto moral, o aspecto financeiro, o aspecto espiritual. O inimigo sabe que pouco tempo lhe resta. Temos visto um proliferar tão grande de seitas e outras coisas mais. Mas por outro lado, estamos vendo, como nunca na história, o avanço glorioso da glória de Deus sobre a Terra. Aleluia! Nunca, em dois mil anos da história da Igreja, 26


ela teve a graça de tantas vitórias como nos dias de hoje. Há uns anos atrás, as igrejas evangélicas tinham trinta, quarenta membros, batizavam uma, duas pessoas por ano; éramos chamados de protestantes. Não é que não tenhamos uma história, raízes protestantes. Hoje há milhares de congregações, só em Belo Horizonte. Estamos orando pela unidade da Igreja e já vemos esta unidade fluindo. Deus tem uma Igreja, Deus tem um povo. Barreiras têm sido quebradas, temos visto o manifestar da graça de Deus. Por um lado, o inimigo usando de todas as suas estratégias de engano. Mas por outro lado, percebemos todo o poder do Espírito Santo agindo, atuando, trazendo o seu poder a seu favor. Quando Jesus morreu e ressuscitou, Ele venceu Satanás em cinco áreas: Jesus derrotou o autor do pecado. Jesus derrotou o autor das enfermidades. Jesus o derrotou no campo da morte. Jesus o derrotou como príncipe do reino deste mundo. E em último lugar, Jesus o derrotou no domínio de todo o universo. A vitória de Jesus foi completa, absoluta. Na questão do domínio do pecado, Jesus disse: “O pecado não terá domínio sobre vós.” (Romanos 6.14.) É por isso que podemos passar um dia intei27


ro sem pecar. Podemos passar uma semana inteira sem pecar. Não existe algo dentro de nós que nos obrigue a pecar. Você pode viver uma vida bonita, tão santa. “Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo.” (1Jo 3.8.) Não há coisa mais gostosa do que viver tendo a sua vida pura, sua vida limpa, transparente, sem pecado. Em 2 Coríntios 5.21, lemos: “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.” Na cruz, Jesus se fez pecado por nós, pois a Bíblia diz: “Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro.” (Gálatas 3.13.) A morte de Jesus foi uma morte substitutiva, pois Ele tomou o nosso lugar. Jesus nunca pecou, mas Ele se fez pecado por nós “para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.” Você pode se ver como a justiça de Deus em Cristo Jesus. Quem é você hoje? Eu sou a justiça de Deus em Cristo Jesus. Quando o filho pródigo chegava à sua casa, o pai mandou que tirassem aquelas roupas sujas, imundas, com o mau cheiro do pecado, da miséria, e ordenou que colocasse roupas novas. Estas vestes novas representam os atos de justiça de Cristo Jesus. Nós o amamos porque Ele nos amou primeiro. 28


Aquele que não conheceu pecado, ele se fez pecado por nós. Jesus, no Getsêmani, orou: “Pai, se queres, passe de mim este cálice.” (Lucas 22.42.) Não que Jesus tivesse medo da morte, pois não tinha medo dos cravos, das chicotadas, da coroa de espinhos, medo dessas coisas. Mas a única coisa que Ele temia era o fato de se transformar em pecado por nós, pois a única coisa que separa o homem de Deus é o pecado, e naquele momento Jesus iria se separar de Deus.

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Revendo nossa posição No livro de Isaías está registrado que “a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus.” (Isaías 59.1-2.) Naquela hora, quando Jesus se fazia pecado por nós, o Pai voltou o rosto a seu Filho. Por isso Ele disse: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” Não que Deus o ti31


vesse desamparado, mas Jesus experimentara a dor da solidão, da separação, para que jamais a experimentássemos. Ele se fez pecado por nós, para que nele fôssemos feitos justiça de Deus. Isto é glorioso, é grande demais! “Certamente, Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.” (Isaías 53.4) Quantas vezes o inimigo tem procurado nos machucar, entristecer, trazendo doenças. Nem toda doença tem origem maligna, mas muitas têm. Mas diz a Palavra que “Ele tomou sobre si as nossas dores e as nossas enfermidades.” Jesus derrotou Satanás quando Ele ressuscitou. Jesus venceu a morte. Em Hebreus 2.14-15, encontramos um texto que você precisa gravar no seu coração: “Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida.” Lemos em Apocalipse 1.18: “E aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno.” 32


Jesus venceu e tem o poder da morte. Jesus a derrotou, derrotou o príncipe deste mundo. Ele disse: “Ele nada tem em mim”. Mas também lemos em Apocalipse 11.15: “O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos.” Quando o evangelho chegou a Belo Horizonte, a cidade deixou de ser parte deste mundo, e passou a ser parte do reino do Senhor. É por isso que reivindicamos Belo Horizonte para Jesus. Belo Horizonte é do Senhor Jesus Cristo. O Brasil é do Senhor Jesus Cristo. “O reino deste mundo se tornou do Senhor e do seu Cristo e ele reinará pelos séculos dos séculos.” Aleluia! A derrota do inimigo foi completa e há autoridade sobre sua vida. Muitas vezes você se esquece da autoridade que possui, da vitória que o Senhor conquistou e que hoje é sua. Em Lucas 10.19 lemos: “Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo poder do inimigo, e nada, absolutamente, vos causará dano.” A expressão “serpentes e escorpiões” não significa serpente e escorpião no sentido natural, mas Satanás e seus demônios. É uma promessa: “Eis que vos dei autoridade”. Agora, é 33


necessário que você tome posse com uma fé real. Há uma identificação entre você e o Senhor, por isso não brinque. Tenha uma vida séria com o Senhor. Tenha a sua vida santa. Não ofereça espaço algum para o inimigo. “Cristo em vós, a esperança da glória.” É o que a Palavra diz. Fique encharcado pela Palavra de Deus. A Bíblia diz que eles o venceram por causa do testemunho e por causa da Palavra. (Veja Apocalipse 12.11). Leia a Bíblia, com entendendo, mas também com discernimento. Deixe a Palavra encher a sua vida e jamais despreze o poder que há no nome de Jesus. A autoridade que você tem foi delegada pelo Senhor, no nome de Jesus. Nunca despreze o poder que há também no sangue de Jesus. Quando falamos do sangue de Jesus e da obra realizada no Calvário, há o poder do Espírito Santo. Por isso, tenha a vida cheia do Espírito Santo. Dedique-se à oração, ao jejum. Para você ter sempre a vitória, é preciso nascer de novo, ter o seu nome no chamado Livro da Vida. Seja cheio do Espírito Santo: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas encheivos do Espírito, falando entre vós com salmos 34


entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais, louvando.” (Efésios 5.18.) Esteja também vestido com toda a armadura de Deus (Veja Efésios 6). Você não apenas deve ter a vitória na sua vida, mas deve espalhar essa vitória do Senhor. Quantas pessoas estão necessitando da sua ajuda, do seu testemunho! Quantas pessoas até da sua própria família estão tão opressas e precisam ser libertas em nome de Jesus! Você precisa entender o que vem de forma natural e o que tem o dedo das trevas. Muitas vezes você está amarrado, alguma coisa impede você, nada dá certo. Quem sabe é um rolo na vida e você precisa desamarrar aquilo! Em nome de Jesus, comece a profetizar, comece a quebrar da sua vida o que vem do inimigo, para que não aja espaço nenhum. Jesus disse: “Lá vem o príncipe deste mundo e ele nada tem em mim”. Jesus também afirmou: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” (João 8.36.) Jesus não disse estas palavras para os incrédulos, mas para aqueles que já haviam crido nele. O que o Senhor quer é que você seja totalmente livre, contemplando o Senhor e vivendo para sua glória. 35


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O maior trunfo do inimigo Visto que sabe agora que já está na batalha e qual é seu inimigo, é preciso conhecer um de seus maiores trunfos, uma de suas maiores armas dentre as muitas de seu arsenal. E a rejeição é uma de suas maiores armas contra nós, contra o povo de Deus, nessa batalha. A rejeição é sentimento que está presente no coração de muitas pessoas. Podemos dizer que dentre 37


cinco pessoas, pelo menos uma delas é afetada de uma forma tremenda com a rejeição, muitas vezes desde o ventre da mãe. Ela quer fazer parte do grupo, mas parece que está sempre por fora. Muitos estão sendo destruídos e não têm amigos; outros estão vivendo a destruição da sua própria casa por causa do sentimento terrível da rejeição. E é acerca disso também que quero tratar, pois o diabo tem também se valido desse dardo para atingir e aprisionar a muitos. Veremos um pouco do que a Palavra de Deus nos fala sobre a rejeição. Vamos estudar a Palavra e permitir que o Espírito Santo, como o Consolador, traga o bálsamo de Gileade sobre o seu coração para curar feridas profundas. Que você não mais tenha este sentimento de rejeição, e que seu coração fique cheio do sentimento profundo de que somos aceitos pelo Amado. Gostaria que agora acompanhasse comigo o texto de Isaías 54.6, que diz: “Porque o Senhor te chamou como a mulher desamparada e de espírito abatido; como a mulher da mocidade, que fora repudiada, diz o teu Deus.” A mulher a que se refere o texto é o povo de Israel. Por intermédio do profeta Isaías, Deus toma emprestado da figura da relação marido 38


e mulher para falar de uma remissão, de uma restauração. Essa restauração se cumprirá nesse tempo do fim, pois se trata de uma restauração não só do Israel natural, mas também espiritual. Essa mulher é descrita como rejeitada e desamparada e de espírito abatido. Percebemos aqui a expressão desamparada e de espírito abatido. Quando a pessoa se abate, não se abate do lado de fora, mas é lá dentro, no espírito. E é tão difícil para a pessoa alcançar a cura para o espírito abatido. Observe o que está escrito em Provérbios 18.14: “O espírito firme sustém o homem na sua doença, mas o espírito abatido, quem o pode suportar?” A rejeição atinge exatamente o espírito, o interior do homem, quando suas emoções são tocadas. E aquele que experimenta a rejeição não pode simplesmente se medicar, ainda que tal medicamento seja eficaz no plano natural. Aquele que tem o espírito abatido se cala, se prostra, e experimenta a rejeição. Mais que uma dor física, é uma dor de alma. Às vezes a pessoa enfrenta um problema que parece tão superficial, mas por trás dessa suposta superficialidade está a dor da rejeição. Qual é a cura para a rejeição? Qual a receita bíblica para trazer a 39


cura para este sentimento? A rejeição pode ter sido originada antes do nascimento. Quantas vezes uma mãe, quando percebe que está grávida, e a gravidez não foi programada, sonhada e esperada, ela começa a ter um sentimento de rejeição com relação ao filho, antes mesmo dele nascer! Quantas pessoas dizem ser filhos da rejeição! Muitos são até filhos de mães solteiras e vieram ao mundo sem que sua mãe os quisesse. Mas há também aqueles que foram planejados, mas que foram rejeitados pelo modo como foram tratados dentro de casa por uma situação ou outra e até pelos próprios irmãos e parentes. Vemos também o caso de a mulher ficar grávida, mas pelo fato de o marido estar desempregado, reclamam: “Já temos tantas bocas para alimentar, e vem mais uma!” Os pais começam a rejeitar aquela criança ainda no ventre da sua mãe, antes do nascimento, e quando nasce, não recebe apoio, amor. Então, o sentimento de rejeição passa a acompanhar a criança durante a vida. Ela cresce se sentindo abandonada e rejeitada. Muitos não foram rejeitados, mas os pais não souberam expressar amor por eles. Você se lembra, na sua infância, de seu pai o tomar no colo e abra40


çá-lo, beijá-lo e dizer: “Filho, eu te amo”? Muitos pais não sabem demonstrar amor. Quantos pais nunca beijaram seus filhos? Muitos pais nunca sequer se aproximaram de seus filhos. Deus nos deu as mãos exatamente para tocar, em amor e não malícia, claro. Pesquisas já divulgadas indicam que crianças na mais tenra idade, ainda bebês, que são amadas até mesmo na forma como são tocadas e tratadas ainda no hospital têm mais chance de sobreviver que outras que não recebem tal tratamento. Foi o que aconteceu bem recentemente num hospital da Inglaterra. Uma sala especial foi criada para que profissionais contratados pudesse embalar e dar carinho àqueles bebês. É tão interessante o fato de que Deus se fez homem para nos tocar. Jesus tocava as crianças, os leprosos, os necessitados. Jesus tocava as pessoas. Quantos pais não mostram ao filho que ele é o filho da aceitação, que ele é amado, querido, que ele é aceito, que ele não é rejeitado! Quantas vezes vemos moças que se entregaram a rapazes de uma forma triste, e quando procuramos a razão disso, descobrimos que muitas vezes o pai nunca dissera para a filha: “Filha, eu te amo; filha, você é querida, 41


você é bonita”. E o primeiro que aparece e diz que ela é bonita, ela se deixa enganar por ele e se entrega. De repente ela encontrou alguém que trouxe para ela a sensação de ser aceita. Claro que isso não é o aspecto geral, mas é algo que nós temos visto. Muitos pais não conseguem demonstrar amor para os seus filhos. Quantos pais acham que a sua obrigação é a de somente colocar a comida na mesa, dar roupa, teto e educação! Tudo isso é necessário, mas as pessoas não vivem apenas da roupa e da comida. Há algo mais profundo, intenso. Há uma necessidade maior dentro do coração. O problema maior não está do lado de fora, mas de dentro. O problema é dentro do coração. Muitos pais ao invés de passarem para os seus filhos o sentimento de aceitação, abrem um espaço para o sentimento de rejeição, onde a criança pensa não ser querida. Outras vezes, em uma casa onde há muitos filhos, o pai demonstra mais carinho por um, talvez o mais bonito ou o mais inteligente, e o outro começa a se sentir rejeitado. Outras vezes o pai tenta compensar a sua ausência dando coisas materiais para o filho. Mas o filho não quer coisas. Ele quer o pai. Como a esposa não quer coisas, ela quer o seu marido. E como o marido não quer coisas, ele quer a sua esposa. A vida é tão simples, mas nós a complicamos. 42


A rejeição pode começar antes do nascimento, como pode começar a brotar no curso da vida. Quantos filhos são amargurados porque os pais lhes dão tudo, mas não lhe dão tempo, não lhe dão amor! A rejeição sempre traz a solidão, que também é outro sentimento triste. E é possível se sentir só mesmo em meio a uma multidão. E o melhor lugar que muitos encontram para se esconder da solidão é no meio de muita gente. A rejeição sempre leva à solidão. Uma pessoa que sofre com a rejeição, carrega o problema tão grave da solidão. Há muitas pessoas que riem e que parecem extrovertidas, mas na realidade sofrem de solidão. A solidão é sempre seguida da auto-piedade ou autocomiseração. A pessoa sente dó dela mesma e pensa: “Os outros podem, por que eu não posso? Os outros casaram, por que eu não me casei? Os outros têm, por que eu não tenho? Por que Deus me fez assim?” Com a rejeição, vem a solidão, a piedade própria, para em seguida vir a depressão, que pode levar ao desespero. E o desespero carrega dois “passageiros”. Um é a morte. A pessoa sente o desejo de morrer, e ao alimentar esse desejo, atrai um espírito de morte. 43


O outro é o isolamento. A pessoa que trilha por esse caminho é levada à amargura e é lançada no mar da auto-suficiência. Ela acredita que pode viver sozinha, que não depende de ninguém. Ela passa a habitar num lugar chamado indiferença. E ela nutre essa indiferença. Se voltarmos ao início, podemos ver que a raiz de tudo é a rejeição. O último passo da indiferença é a rebelião. A rebelião é um pecado semelhante à feitiçaria. É quando a pessoa se rebela contra Deus. Quantas vezes ele não diz com palavras, mas lá dentro, no coração, é como se dissesse: “Deus, eu te odeio; por que o Senhor me colocou neste mundo?” Quantos se rebelam contra Deus, contra a Palavra, contra a igreja, contra as autoridades! A rebelião é semelhante ao pecado da feitiçaria e quem entra por este pecado se destrói. Como vemos em 1 Crônicas 10.13-14: “Assim, morreu Saul por causa da sua transgressão cometida contra o Senhor, por causa da palavra do Senhor, que ele não guardara; e também porque interrogara e consultara uma necromante e não ao Senhor, que, por isso, o matou e transferiu o reino a Davi, filho de Jessé.”

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O contraataque Meus irmãos, o nosso objetivo não é tanto falar sobre a rejeição e suas consequências, mas sim, trazer a solução por meio da Palavra. Nós temos a solução para a rejeição. E a Palavra de Deus nos traz essa solução radical. Não uma solução temporária, superficial, um paliativo, mas uma solução definitiva. E toda solução de Deus para os nossos problemas é única. Deus só tem uma resposta para os problemas do homem, tanto físicos, quanto emocionais ou espirituais, que é a cruz. Deus não 45


tem outra resposta para o homem a não ser a cruz. A cruz é o lugar onde encontramos a solução para todos os nossos problemas. Quando olhamos a cruz, vemos como o Senhor morreu. Ali na cruz Jesus foi punido pelos nossos pecados, para que pudéssemos ser perdoados, Jesus foi ferido pelas nossas enfermidades, para que pudéssemos ser curados. Jesus Cristo foi feito doença para que pudéssemos ter saúde. Jesus foi rejeitado para que nós fôssemos aceitos, Jesus Cristo morreu a nossa morte para que pudéssemos ter a vida eterna. Lemos em Isaías 53.3: “Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso.” Durante três anos e meio, Ele deu a sua vida totalmente para o homem, perdoando os pecados, curando os enfermos, libertando os oprimidos do diabo. Durante três anos e meio uma grande multidão o acompanhava e Ele abraçava a todos, aceitava a todos, dava o seu perdão, a sua misericórdia, intervia divinamente. Durante três anos e meio, Ele andou fazendo o bem. Muitos foram curados, tocados pelo Senhor, aceitos por Ele. No capítulo 27 46


de Mateus temos a narração do momento em que Jesus fora levado a Jerusalém para estar ante ao governador Pilatos e ser interrogado por este. Por costume da época, o governador soltava um preso conforme desejo da multidão. Era o povo que fazia a escolha. Havia um homem chamado Barrabás, preso por ter cometido crimes, e foi ele o candidato eleito pelo povo a assumir a vaga “liberdade”. Barrabás, um ladrão, assassino, um crápula, liberto. Jesus, puro, santo, inocente, condenado. Quem sabe no meio da multidão não estava uma vítima das ações de Barrabás? Barrabás ou Jesus? E o povo gritou: “Queremos Barrabás”. Então perguntaram: “E o que faremos com Jesus?” E a multidão gritou: “Crucifica-o!” “Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso.” Mas, ali na cruz, Ele disse: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem.” Ele estava em agonia, Ele estava experimentando a rejeição, e a rejeição na cruz não era a rejeição do homem, mas a rejeição do Pai. Em Mateus 27.46, Jesus clamou: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” Não houve 47


resposta, não houve um anjo para consolá-lo, não houve ninguém para cuidar das suas feridas. O Pai ficou surdo para ouvir o clamor do seu Filho. Naquele instante, Jesus sentiu a rejeição. O que machucava o Senhor, o que quebrou o coração de Jesus não foi a rejeição dos homens, mas a rejeição do Pai. Naquele instante, o Pai não o ouviu. Ele, Jesus, se sentiu só e desamparado, porque, quando Ele assumiu a nossa culpa, estava absorvendo nossos pecados, nossas iniquidades, nossas transgressões. Em Habacuque 1.13, lemos: “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal e a opressão não podes contemplar.” Naquela hora, Jesus não apenas acolhia os nossos pecados, mas se transformava em pecado por nós. E diz a Palavra que “Deus, o Pai, é tão puro de olhos, que não pode ver o mal.” Naquela hora, Jesus soubera realmente o que é a rejeição. Ele foi feito pecado e rejeitado pelas nossas transgressões. Deus voltou às costas para o seu Filho, mas Jesus disse: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito!” Não foi a rejeição humana, nem o momento em que Jesus ficou diante da multidão, ao lado de Barrabás, quando a multidão escolheu soltar Barrabás, rejeitando Jesus. Não foi absolutamente esse tipo de rejeição. 48


Durante toda a eternidade houvera uma comunhão estreita entre o Pai e Ele. Havia uma aceitação plena, absoluta, completa. Mas em razão do amor do Senhor, o Pai não olhou para Ele. Jesus, ali na cruz, se identificou com a sua rejeição e Ele pode ajudá-lo, porque Ele experimentou o que você está experimentando. Ele sabe o que é o desprezo, e por causa disso, sabe, como ninguém, o que você está passando. O oposto da rejeição é a aceitação. Jesus foi rejeitado para que nós pudéssemos ser aceitos. o apóstolo Paulo escreveu em Efésios, capítulo 1, verso 6: “Ele nos concedeu gratuitamente no Amado.” Outra tradução diz assim: “Fomos aceitos no Amado.” Fomos aceitos. Quando você vem para a família de Deus, você é aceito. Na família de Deus não há filhos de segunda classe. A família de Deus é a melhor família do universo. Quando Jesus diz que o aceita, Ele não está dizendo que o tolera. Ele diz: “Eu te quero, você é bem-vindo, Eu estou te esperando há tanto tempo!” Quando o filho pródigo voltou, ninguém precisou dizer ao pai que o filho voltara, porque o primeiro que ficou sabendo que o filho voltara foi o 49


próprio pai. Ninguém foi correndo dizer ao pai que o filho estava voltando, pois o pai olhava e esperava pelo filho. Quando o filho veio com as roupas sujas, todo em desalinho, carregando um fardo de culpa, sentindo-se um trapo, mas desejando estar em casa, o pai o recebeu e o aceitou sem reservas. E assim Deus nos recebe. Em Lucas 15.7 está escrito: “Digo-vos que, assim, haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.” Você que tem experimentado a rejeição na sua vida, saiba que há júbilo no céu por você também.

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Conclusão Nós precisamos compreender dois pontos básicos: Cristo, ali na cruz, carregou a nossa rejeição, e, ali na cruz, tomou o nosso lugar, e fomos aceitos porque Ele foi rejeitado. Eu pertenço à família de Deus e posso ficar porque sou aceito. Deus me ama, me quer. Ele cuida de mim. Quando você diz “Eu não posso”, você está dizendo: “Eu não quero”. Mas que neste momento, que você possa dizer: “Eu quero”. Deus é Pai, e está vendo a sua situação, pois Ele se importa, Ele quer mostrar que você é aceito. Basta você querer. Ele quer tirar de dentro de você e jogar fora toda a amargura, todo ressentimento, 51


todo ódio. Você tem que aceitar o fato de que você é aceito por Deus. Você tem que aceitar o fato de que Jesus foi rejeitado para que você fosse aceito. Nós lemos em Romanos 9.20: “Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?! Porventura, pode o objeto perguntar a quem o fez: Por que me fizeste assim?” Que o Espírito Santo de Deus traga a cura ao seu coração. Jesus disse: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.” (João 10.10.) Para encerramos esta mensagem, eu o convido a fazer uma oração comigo. Se possível, ore comigo em voz alta. Se não, apenas em pensamento, repita comigo: “Pai, em nome de Jesus, eu lanço fora a amargura, o ressentimento, o ódio, o sentimento de rejeição. Eu te agradeço, pois rejeitaste Cristo Jesus, para que eu fosse aceito como filho. Eu sou filho de Deus, sou aceito por Ele. Eu pertenço à melhor família do universo. Há o sangue real em minhas veias. Senhor Jesus, eu creio que tu és o Filho de Deus, que tu és o único caminho para Deus, que tu morreste na cruz pelos meus pecados e que ressuscitaste e hoje vives em mim. Eu me arrependo de todos os meus pecados, eu perdoo a cada pessoa, a todos os que têm me rejeitado, a 52


todos os que têm me ferido, a todos os que não têm me demonstrado amor. Eu perdoo a todos agora. Senhor Jesus, eu confio no teu perdão, eu creio que eu sou aceito, que eu sou o alvo do teu cuidado, do teu carinho. Eu sou a menina dos teus olhos. Senhor Jesus, eu jogo fora, em teu nome, toda a rejeição e eu declaro que estou curado de todo sentimento de rejeição porque eu sou aceito e amado por ti. Pai de amor, enche-me com a tua graça, para que o meu coração jamais venha abrigar esse sentimento. Senhor Jesus, eu te louvo porque foste rejeitado para que hoje eu fosse aceito. Para o louvor da tua glória. Em nome de Jesus. Amém!” Que Deus abençoe! Pr. Márcio Valadão

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JESUS TE AMA E QUER VOCÊ! 1º PASSO: Deus o ama e tem um plano maravilhoso para sua vida. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.“ (Jo 3.16.) 2º PASSO: O Homem é pecador e está

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separado de Deus. “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus.“ (Rm 3.23b.) 3º PASSO: Jesus é a resposta de Deus, para o conflito do homem. “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.“ (Jo 14.6.) 4º PASSO: É preciso receber a Jesus em nosso coração. “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome.“ (Jo 1.12a.) “Se, com tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação.” (Rm 10.9-10.) 5º PASSO: Você gostaria de receber a Cristo em seu coração? Faça essa oração de decisão em voz alta:

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“Senhor Jesus eu preciso de Ti, confesso-te o meu pecado de estar longe dos teus caminhos. Abro a porta do meu coração e te recebo como meu único Salvador e Senhor. Te agradeço porque me aceita assim como eu sou e perdoa o meu pecado. Eu desejo estar sempre dentro dos teus planos para minha vida, amém”. 6º PASSO: Procure uma igreja evangélica próxima à sua casa. Nós estamos reunidos na Igreja Batista da Lagoinha, à rua Manoel Macedo, 360, bairro São Cristóvão, Belo Horizonte, MG. Nossa igreja está pronta para lhe acompanhar neste momento tão importante da sua vida. Nossos principais cultos são realizados aos domingos, nos horários de 10h, 15h e 18h horas. Ficaremos felizes com sua visita!

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Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha Gerência de Comunicação

Rua Manoel Macedo, 360 - São Cristóvão CEP 31110-440 - Belo Horizonte - MG www.lagoinha.com

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