Após a Grande Decisão – Gordon Lindsay Digitalização: renato14
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APÓS A GRANDE DECISÃO Gordon Lindsay
Capítulo I: Após a Grande Decisão
Você tomou a grande decisão de viver para Cristo. A direção inteira da sua vida e o propósito dela se acham de hoje em diante mudados. O céu é o lugar do seu destino. Você é agora uma nova pessoa. Enquanto brilharem as estrelas do firmamento e houver Deus, você viverá. Quando alguém aceita a Cristo, geralmente nutre no coração um profundo anseio de se tornar verdadeiro cristão. Mas, como pode isso se realizar? Eis a pergunta. O objetivo deste pequeno livro é o de ajudar os novos convertidos neste importantíssimo passo de sua vida. Tornar-se cristão é o que de mais maravilhoso irá acontecer-lhe. Muitas são as alegrias e contentamentos que o aguardam na caminhada da experiência cristã. Devemos, contudo, ser francos: ser cristão nem sempre será fácil. Surgem problemas, tentações e provações que você jamais supôs encontrar em seu caminho. Lembre-se, porém, de que Cristo prometeu nunca o deixar nem o abandonar. É fato seguro que se você não O esquecer, também Ele jamais esquecerá a você. Portanto, trace a rota que irá seguir. Delibere nunca voltar atrás e que a despeito do que venha ocorrer, caminhará sempre com Cristo. Assim determinando, você alcançará, sem dúvida, a sua meta. Uma lição do irracional Em certas paragens do globo existe uma espécie de cavalo selvagem que vagueia a esmo pelas planícies. É animal extremamente bravio. Quando laçado resiste ferozmente a qualquer tentativa de se deixar conduzir. O vaqueiro, entretanto, conhece um processo melhor. Toma de um jumento bem nutrido e ata-o ao cavalo selvagem. O esperado resultado acontece. O eqüino enfurecido atira-se ao solo arrastando consigo o companheiro. Ambos levantam-se e tornam a cair muitas vezes, porém o jumento tem um
propósito. Lembra-se do lugar onde se acha o cocho com sua farta ração e para mais perto dele procura aproximar-se cada vez que se levanta do chão. Passado um ou dois dias, vai o vaqueiro encontrar os animais perto da cancela do curral. O cavalo selvagem, por esse tempo, já está completamente subjugado. Desapareceu-lhe toda vontade de lutar. O que aconteceu? O jumento é dominado por um desejo que nunca o abandona: o cocho repleto de aveia. Por outro lado o cavalo selvagem age desordenadamente e embora seja o mais forte, é conduzido pelo jumento. Este sabe para onde vai; aquele, não. A pessoa que tomou a decisão de seguir a Cristo, tem um objetivo na vida. Sabe para onde se destina. Embora, às vezes, possa parecer que contra ela militem forças adversas, todavia saíra vencedor porque segue um plano O cristão nunca olha para trás Disse Jesus: “Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus.” (Lucas 9:62). Noutras palavras: o indeciso jamais consegue ir além de acanhados horizontes. Em luta entre duas opiniões, perde o poder de iniciativa e lança a semente da sua própria derrota. Uma vez decidindo-se por Cristo, é perigoso olhar para trás. Tenha os olhos postos em Cristo O cristão põe a sua confiança totalmente em Deus. Novos convertidos que tendem a ser idealistas às vezes deixam de proceder assim. Frequentemente tem os olhos voltados para outras pessoas, e quando elas não correspondem à expectativa, mostram-se decepcionados. Convém compreender desde logo que errar faz parte da natureza humana. Pedro, um dos mais íntimos amigos e seguidores de Cristo, ao ser o Mestre levado perante o magistrado, negou que O conhecesse. Se o tivesse você observado (se você tivesse os olhos postos em Pedro) quando ele negou a Cristo, teria sido esse fato para você uma pedra de tropeço? Alguns perdem a sua experiência pessoal com Deus tropeçando nos desatinos alheios. Pedro praticou o mais sério erro que poderia ter cometido. No entanto, veio a tornar-se num dos maiores santos. Não devemos ter os olhos postos na pessoa humana, tão pouco nos seus erros. Em vez disso, sejamos agradecidos a Deus por sua tão grande longanimidade e perdão.
Portanto, logo de início, ponha toda a sua fé em Cristo. Embora falhem os homens, Cristo nunca falhará. Ao tornar-se cristão você ingressa numa carreira. Diz o apóstolo Paulo: “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis.” (1 Cor. 9:24) E novamente: “Não é dos ligeiros a carreira, nem dos valentes a peleja”, mas dos que são fiéis e se submetem às regras. Tome uma atitude Pública em Relação a Cristo Há, naturalmente, um tempo para todas as coisas. Todavia, não se mostre demorado em deixar que outros saibam que você é cristão. Desse modo, estabelecerá, desde logo, a sua verdadeira relação para com eles. Respeitálo-ão pela sua atitude e quando sentirem necessidade de socorro espiritual, não é demais supor que se voltarão para você. Una-se a uma Igreja Espiritual Talvez lhe tenha sido dito, e com propriedade, que salvação é algo mais que unir-se a uma igreja. Muitas pessoas que nunca se converteram são membros de igrejas. Contudo é passo importante, após ter alguém se decidido por Cristo, começar a frequentar com assiduidade uma igreja espiritual. Una-se a outros cristãos para levar o fardo desde o começo. Una a sua influência para servir a Cristo e a favor do que é reto e justo. Cada cristão deve também participar da manutenção da igreja e do seu pastor, bem como fazer tudo quanto Deus lhe possibilitar. Há outra razão importante para você unir-se a uma igreja. O indivíduo é como a ovelha – sozinha não tem defesa. Quando isolada do rebanho está sujeita a ataques do inimigo. Os lobos ficam à espreita de ovelhas desgarradas. Os jovens convertidos, em especial, devem permanecer com o rebanho. Ali ele terá certa medida de segurança e proteção. Lembre-se do que diz a Bíblia a este respeito: “Não abandonemos a nossa própria congregação, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações, e tanto mais quando vedes que o dia se aproxima.” (Hebreus 10:25) SEJA BATIZADO
Você deve, na primeira oportunidade, ser batizado nas águas. Não cabe aqui discutir pequenas divergências de opinião acerca de modalidades do batismo pela água. Deus vê o coração. Após você se converter, ser batizado é importante. O batismo nas águas é ato de obediência. “Quem crer (isto é, quem aceita o Evangelho e põe a sua confiança em Cristo, que ele anuncia) e for batizado será salvo (da penalidade da morte eterna); quem, porém, não crer será condenado.” (Marcos 16:16) Crer vem em primeiro lugar. Se você foi batizado em criança, ou antes, da sua conversão, seu batismo é nulo. A Bíblia diz: “crer e for batizado”. Criancinhas não podem arrepender-se. O batismo é ato de confissão pública, testemunho dado ao mundo de que você é cristão. É, porém, ainda mais. Ao ser mergulhado nas águas, você é como que sepultado em Cristo. O ato significa a morte do velho homem e a ressurreição para uma nova vida. Hoje em dia ser batizado não encerra nenhum estigma. De fato, em certos setores, é até mesmo “elegante”. Não era, porém, assim, nos dias da Igreja Primitiva. Naquela época podia inesperadamente aparecer um oficial romano e anotar cada pessoa batizada. Era frequente o confisco de propriedades delas e o cancelamento da sua cidadania. Outros eram lançados na prisão e ainda outros davam a sua vida em holocausto à sua fé. Ser cristão, naqueles tempos, tinha grande sentido. Hoje devia ter o mesmo. Capítulo II: Algumas importantes instruções para se viver uma vida cristã Quando um homem quer ingressar em algum campo de negócio, procura, se deseja ser bem sucedido, saber tudo a respeito dele. Muitos cristãos não cuidam nunca de aprender as regras do viver. Jesus apontou isso ao declarar: “Os filhos do mundo são mais hábeis na sua própria geração do que os filhos da luz.” (Lucas 16:8) Queria Ele dizer que nas coisas do mundo, os homens eram mais aptos a ter melhor conhecimento delas e a exercer melhor critério e discrição do que os filhos de Deus. Naturalmente em assuntos pertinentes ao mundo vindouro o mais humilde cristão é infinitamente mais sábio do que o mais hábil homem do mundo. Jesus salientou que se um homem constrói uma torre, deve primeiro calcular o seu custo a fim de saber se tem recursos para completá-la. Os cristãos devem usar bom critério em todos os seus negócios.
28 - Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar? 29 - Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces, e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele, 30 - Dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar. (Lucas 14:28 - 30)
Comece a orar com Regularidade Se alguém deseja tornar-se cristão vitorioso deve fazer uso dos meios que Deus para esse fim provê. Por exemplo, a primeira coisa a fazer é praticar com regularidade a oração. Nunca é demais dar ênfase a este ponto. É verdadeiramente de surpreender o que o homem ou a mulher que ora pode realizar na vida. Orar é o meio de obter de Deus resposta às petições. Eis aqui um exemplo de uma promessa que Jesus legou: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á.” (Mateus 7:7-8) Observe o poder da fé conforme declarou Jesus em Marcos 11:22-24: “Ao que Jesus lhes disse: tende fé em Deus, porque em verdade vos afirmo que se alguém disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele. Talvez o mais importante conselho que lhe possa eu dar é que faça da oração uma prática diária. Leve a Deus todos os dias seus assuntos de importância – atividades cotidianas, finanças, família, trabalho, carreira. Se permanecer fiel em assim fazer diariamente, verificará que sua vida irá desdobrar-se conforme o padrão que Deus tem em vista para você. Lembrese de que Ele tem para cada vida o melhor plano. Talvez seja você chamado para o ministério evangélico ou para o campo missionário ou, ainda, para ser um homem de negócios, ou dona de casa. A vontade de Deus é perfeita e você deve procurar pela oração, conhecer essa vontade para a sua vida. Muitos cristãos evidentemente perdem o que Deus de
melhor tem para eles. Frequentemente isto se dá com o casamento. Se uma pessoa não orar com persistência e fervor, pode escolher erradamente o companheiro e vir a sofrer a vida inteira as consequências adversas desse passo. É este um assunto que não comporta conjeturas. Estabeleça uma hora para orar conforme faziam na Igreja Primitiva (Atos 3:1). Deste modo você evitará muitos erros. Também, um dos mais importantes deveres do cristão é orar pelos problemas e necessidades alheias. É o ministério da intercessão. Não há chamado mais alto que o de interceder. E esse chamado está aberto a todos – inclusive a você. Se quiser conhecer o poder da oração intercessora, encontrará a resposta em Ezequiel 22:30-31: “Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante Mim a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei. Por isso Eu derramei sobre eles a Minha indignação, com o fogo do Meu furor os consumi; fiz cair-lhes sobre a cabeça o castigo do seu procedimento, diz o Senhor Deus.” Deus, noutras palavras, está dizendo que procurou um homem que orasse pelo povo, de sorte que este viesse a converter-se. E porque a ninguém achou, castigou-os e destruiu-lhes a terra por causa da iniqüidade deles.
LEIA A BÍBLIA DIARIAMENTE Para compreender a Bíblia você deve estudá-la tendo em mente que Deus lhe fala através da Sua Santa Palavra. Agora que você conhece o Autor do Livro – Seu Pai celestial – irá receber grande estímulo e instrução das suas páginas. Há, realmente, certos livros da Bíblia mais difíceis de compreender do que outros. Divide-se ela em duas partes constituídas pelo Velho e o Novo Testamento. O Velho Testamento foi escrito antes do nascimento de Cristo. Conta-nos como Deus agiu com o homem através dos tempos e em muitas passagens prediz o nascimento e a morte de Cristo, o Filho de Deus, que um dia viria redimir o mundo.
O Novo Testamento foi escrito após a morte e a ressurreição de Cristo. Seus primeiros quatros livros – Mateus, Marcos, Lucas e João – chamam-se “Evangelhos”. Narram a história de Cristo e da Sua missão na Terra. Todo cristão deve iniciar por eles a leitura do Novo Testamento. Segue-se o livro de “Atos dos Apóstolos”. Este nos conta que após a ascensão de Cristo, Seus discípulos e seguidores levaram avante a Sua obra e deram início à formação da Igreja. Atos é o paradigma para a igreja cristã dos nossos dias. A maior parte do Novo Testamento escreveu-a Deus por intermédio do apóstolo Paulo e dirigia-se às igrejas de várias cidades e regiões. As instruções que encerram são tão valiosas para os cristãos de hoje como o foram para os da Igreja Primitiva. Leia o Novo Testamento do começo ao fim, capítulo por capítulo, sem saltar nenhum. É o livro-guia para a sua vida cristã. Comece, depois, a ler o Velho Testamento. Nele travará conhecimento com homens e mulheres que serviram a Deus e com outros que O não serviram, e de como o Senhor com eles agiu. Rogue-Lhe que ilumine as Escrituras de sorte que você possa aprender as preciosas lições que o Velho Testamento ministra. O Novo Testamento, contudo, foi escrito especialmente para nós – os verdadeiros crentes da era da Igreja (a nova dispensação); por isso você o achará de grande auxílio. Seria bom que o cristão lesse, no mínimo, três capítulos por dia. Se tiver dificuldade em conhecer a vontade de Deus, peça ao Espírito Santo que o ilumine. Seja fiel no dar a Deus Conta-nos a Bíblia a respeito de Jacó – homem de reprováveis traços de caráter. Cresceu em mesquinhez, até que, um dia, Deus entrou em sua vida. Certa vez após se meter em sérias dificuldades por motivo de trapaça, teve de fugir de casa. Aquela noite, porém, deu-lhe Deus uma visão do céu, visão essa que lhe mudou o curso da vida. Ali mesmo fez o voto de dar a Deus com fidelidade o dízimo (isto é, a décima parte) de tudo quanto dEle recebeu. “Fez também a Jacó um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta jornada que empreendo e me der o pão para comer e roupar que me vista, de maneira que eu volte em paz para a casa de meu pai, então o Senhor será o meu Deus; e a pedra que erigi por coluna (monumento) será a casa de Deus; e de tudo quanto me concederes, certamente eu te darei o dízimo.” (Gênesis 28:20-22)
Causa tristeza o fato de certas pessoas que se professam cristãs, serem tão gananciosas que não dão o dízimo. Deus chama a esses de ladrões. Não estão roubando ao homem, e sim a Deus. “Roubará o homem a Deus? Todavia, vós Me roubais, e dizeis: Em que Te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, vós a nação toda. Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na Minha casa, e provai-Me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se Eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós benção sem medida.” (Malaquias 3:8-10) Depreende-se destas palavras que é coisa muito séria reter o dízimo de Deus. Fazê-lo, é cair sob a Sua maldição. Acham alguns que não podem dar a Deus o que a Ele pertence e, assim, usam para si mesmos aquilo que é do Senhor. Porém de certo modo, sofrem essas pessoas prejuízos inesperados e de várias maneiras acham cada vez mais difícil poder satisfazer os seus compromissos. Por outro lado, Deus promete derramar bênçãos especiais aos que permanecerem fiéis no dar-lhe o dízimo, que outra coisa não é senão restituir a Ele a décima parte de tudo quanto se recebe, tanto em dinheiro como em outra espécie. Tudo o que temos vem de Deus. Ele pede que ofereçamos para a Sua obra, no mínimo um décimo daquilo que nos dá. O sustento da obra de Deus vem em primeiro lugar. Por isso, toda vez que você receber em dinheiro ou em outra espécie (gêneros, mercadorias, etc., pagamento de serviços prestados, vendas realizadas, ou qualquer outro título), Deus pede que Lhe dê, primeiro, a décima parte de tudo. Nunca dê a igreja um décimo da sua renda, depois da saldar seus compromissos. O dízimo incide sobre a renda bruta. Se você der no espírito de amor e fidelidade, Deus o irá abençoar e até mesmo proteger de imprevistos, problemas e tragédias. Não negligencie a responsabilidade que todo cristão tem para com a obra missionária mundial. Todos nós temos uma dívida para com aqueles que não conhecem a Cristo. Disse o Mestre: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura.”Talvez Deus chame a você para ser ministro ou missionário. Se não o fizer, você tem a responsabilidade de colaborar no sentido de tornar possível a outro levar a mensagem. Capítulo III: Alguns Problemas da Vida Cristã
As vezes pensam alguns que ao se tornarem cristãos todos os seus problemas estarão resolvidos. Vindo-lhes as provações, surpreendem-se e ficam confusos. A verdade é que a fé em Cristo resolve certos problemas, ou seja aqueles que tem a ver com o pecado e suas consequências. O do pecado, que é o maior de todos, tem em Cristo completa solução uma vez por todas. Todavia, a conversão não remove automaticamente todos os problemas da vida. O novo convertido irá defrontar provações várias. Esperar o contrário é decepcionar-se. Satanás anda à solta no mundo, e as Escrituras advertem: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar.” (l Pedro 5:8) Cumpre-nos resistir-lhe. O cristianismo custou a Cristo o sacrifício da cruz. Devemos esperar pagar também um preço. De fato, disse Jesus aos que queriam segui-lo que antes de se tornarem discípulos Seus, considerassem o preço a pagar. Contudo, Cristo promete livra-nos de cada tentação que chega. “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel, e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar.” (l Cor. 10:13) Lede a história do apóstolo Paulo, sobretudo a relação de coisas que ele suportou, conforme registrado no capítulo 2 de sua Segunda Carta aos Coríntios. Mas, por fim, podia ele dizer: “O Senhor me livrará também de toda obra maligna, e me levará salvo para o Seu reino Celestial. A Ele, glória pelos séculos dos séculos. Amém.” Distinguindo entre Cometer pecado e Viver em pecado Eis o que todo novo convertido deve saber: Grande diferença há entre cometer pecado e viver em pecado, como conseqüência de cair em tentação. Muitas pessoas que acabam de aceitar a Cristo não compreendem isso e ao cometerem pecado sentem como se tudo estivesse perdido e inclinam-se mesmo a desistir. Foram incertas na sua deliberação de viver para Cristo e estavam certas de não falhar. Subitamente, porém, assaltoulhes a tentação num mau momento e praticaram exatamente aquilo que não queriam. Satanás talvez lhe tivesse segredado ao ouvido dizendo que não
estavam salvas. Pode ser que até mesmo lhes fizesse sentir que deviam desistir. É isso justamente o que o maligno deseja que façam. É justamente isso que não devem. Um novo convertido é uma criança em Cristo e toda criança, antes de poder correr, tem de aprender a andar. Já mencionamos Pedro, o seguidor de Cristo, o qual, certa vez, cometeu o lamentável pecado de negar seu Mestre. Mas Jesus o perdoou e, mais tarde veio ele a tornar-se líder entre os apóstolos. É importante lembrar que se confessarmos os nosso pecados, o Senhor no-los perdoará. “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos um Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo.” (I João 1:9;2:1) Viver, porém, deliberadamente em pecado é coisa diferente e aquele que o faz se encontra em perigosa situação. Pecados de soberba levam a pessoa às trevas e à desilusão. O apóstolo João, que escreveu as palavras acima transcritas, faz uma advertência acerca de pecar o homem deliberadamente, após já ter conhecimento da verdade. Os que são culpados disso ele os declara procedentes do maligno – Satanás. “Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isso se manifestou o Filho de Deus, para destruir as obras do diabo.” (I João 3:8) Todo aquele, pois que ama o pecado quer nele continuar, é filho do diabo. Diz ainda I João 3:10: “Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não pratica justiça não procede de Deus, também aquele que não ama a seu irmão.” Isto, porém, é muito diferente de pecar sob o impulso de uma súbita tentação. Se você praticou algum pecado, confesse-o a Deus e receba dEle o perdão. Todos nós cometemos erros, alguns bem sérios mesmo. O que é importante, todavia, é não fazê-lo de coração. Devemos ter a alma sempre voltada para Deus, e amá-lo em primeiro lugar. O Problema das Emoções
Há outra coisa que devemos aqui mencionar. Não se deixe você levar pelas emoções. Elas nada tem que ver com a sua salvação e podem mesmo mudar de dia para dia. Muito novo convertido dominado pela euforia dessa nova experiência supõe que esse estado de alma irá continuar indefinidamente. Vindo porém as provas e tentações, essas emoções passam deixando na pessoa a impressão de que perdeu a salvação. Erro mais grave não pode ocorrer. A nossa salvação não se alicerça em emoções, ma na obra expiatória e completa do Calvário. A morte de Cristo garante-nos a vida eterna, se a aceitarmos. Seria bom o novo convertido com atenção e repetidas vezes, a parábola do semeador. Havia ali quatro espécies de ouvintes e o efeito da Palavra sobre cada um deles foi diferente. Jesus contou essa parábola em Mateus 13:3-9, e a interpretou nos versículos 18 a 23: 18 - Escutai vós, pois, a parábola do semeador. Mateus 13:19 19 - Ouvindo alguém a palavra do reino, e não a entendendo, vem o maligno, e arrebata o que foi semeado no seu coração; este é o que foi semeado ao pé do caminho. Mateus 13:20 20 - O que foi semeado em pedregais é o que ouve a palavra, e logo a recebe com alegria; Mateus 13:21 21 - Mas não tem raiz em si mesmo, antes é de pouca duração; e, chegada a angústia e a perseguição, por causa da palavra, logo se ofende; Mateus 13:23 23 - Mas, o que foi semeado em boa terra é o que ouve e compreende a palavra; e dá fruto, e um produz cem, outro sessenta, e outro trinta. Leu você essa parábola com cuidado? A que classe de ouvintes pertence? A escolha é sua. O Problema das Decepções
Uma das coisas mais importantes que o cristão deve aprender é que aquilo que lhe parece decepção pode vir mais tarde a tornar-se benção dissimulada. É grave erro ceder a amargura porque algo em que você pôs o coração, falhou. E se alguém, porventura lhe causou algum mal, não tente nunca vingar-se. Deus manda que deixemos isso com Ele. “Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor.” (Romanos 12:19) Você como cristão deve entregar seus problemas nas mãos de Deus e não tentar “ajustar contas” retribuindo o mal com o mal. Diz o apóstolo Paulo em Romanos 12:17-18: Romanos 12:17-18 “17 –A ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas honestas, perante todos os homens. 18 - Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens.” O Problema de Ganhar para Cristo o marido ou a esposa não convertidos Não é incomum ser um membro da família convertido antes de outro. Frequentemente o não-salvo não compreende plenamente o que aconteceu na vida do salvo. Embora o não convertido possa referir-se com desprezo à experiência da conversão, os cristãos devem manifestar para com ele paciência, amor e sabedoria. Diz-nos a Escritura: “SEMELHANTEMENTE, vós, mulheres, sede sujeitas aos vossos próprios maridos; para que também, se alguns não obedecem à palavra, pelo porte de suas mulheres sejam ganhos sem palavra; Considerando a vossa vida casta, em temor.” (I Pedro 3:1-2) Muitas vezes a tendência do novo convertido é querer forçar seus companheiro a tornarem-se também cristãos, podendo disso resultar uma atitude de hostilidade ou de resistência da parte deles. Para ganhar um companheiro não salvo o melhor meio é demonstrar você em sua própria vida o que cristo nela realizou. Quando ele vir a real transformação que se
operou em você, poderá sentir no coração o desejo de ter idêntica experiência. O cristão deve por certo orar constantemente pelo companheiro não convertido. Conversão é algo mais que persuasão humana. Nela está envolvida uma revelação sobrenatural. Um dos mais citados versículos bíblicos é: “Vinde a Mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei.” (Mateus 11:28). Mas as palavras de Jesus no versículo anterior são raramente notadas: “Todas as coisas me foram entregues por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar.” (Mateus 11:27) Homens e mulheres convertem-se porque Cristo lhes revelou o Pai. E isso acontece por intermédio das orações e da intercessão do povo de Deus. Qualquer tentativa de persuasão deve ser precedida de fervorosa oração. O Problema da lembrança de um passado pecaminoso Muitos cristãos cobrem-se de vergonha ao se lembrarem do seu mau passado. Às vezes a recordação dele quase os leva ao desespero. Não devem, porém, esquecer-se que o sangue de Cristo purifica de todo pecado. Arrepender-se dos pecados é importante. Quando o fazemos podemos encarar a vida numa nova atitude. É difícil, às vezes, perdoar-nos a nós mesmos, porém o apóstolo Paulo manda que esqueçamos as coisas que para trás ficam e que prossigamos para o alvo da soberana vocação do nosso Deus. (Filipenses 3:14) O que há de mais maravilhoso na salvação é ter Deus prometido passar uma esponja sobre o nosso passado e dele não se lembrar mais. “Pois perdoarei as suas iniqüidades, e dos seus pecados jamais Me lembrarei.” (Jer. 31:34) Uma coisa que o novo convertido deve fazer é restituir sempre que possível aquilo de que porventura se tenha indebitamente apropriado. Zaqueu, um arrecadador de impostos, que recebeu Cristo em sua casa, exclamou: “Senhor resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais.” (Lucas 19:8) Outro fato que serve para animar tais pessoas é saberem que alguns dos piores pecadores se tornaram nos maiores santos. Encontram-se nas
Escrituras numerosos exemplos que nos mostram como Deus perdoou a numerosos pecadores arrependidos, entre os quais podemos mencionar a mulher samaritana junto ao poço de Sicar (João, cap.4), Maria Madalena (Lucas 8:2), a mulher adultera (João 8:3), e outros. O Problema de perdoar Algumas pessoas tem sofrido grandes males da parte de outros. Ao virem a Cristo descobrem que tem o coração ainda não liberto do ressentimento. Isto é perigoso. Jesus após afirmar Sua grande promessa de que responderia às orações, acrescentou: “E quando estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai, para que vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas. Mas, se não perdoardes, também vosso Pai celestial não vos perdoará as vossas ofensas.” (Marcos 11:25-26) Devemos estar sempre prontos a perdoar. Jesus contou uma solene parábola acerca de um homem a quem fora perdoada uma grande dívida. Por não ter com que pagar, seu senhor perdoou-lhe tudo. Infelizmente esse ingrato servo, por sua vez, lançou na prisão um dos seus devedores por não lhe poder pagar uma pequena importância. Ouvindo o senhor desse mau servo a respeito da sua ingratidão, atirou-o no cárcere até que pagasse a dívida toda. O Mestre usou essa parábola para ensinar que é necessário perdoar: “Assim também Meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão.” (Mat.18:35) Isso, não quer dizer que não possa ocorrer mudança de relação para com alguém que tenha pecado contra nós. Se a pessoa traiu um compromisso, seria falta de discernimento permitir que idêntica situação se repetisse expondo à tentação de tornar a praticar o seu mau ato. Há também aqueles que levados pela ambição, ganância e egoísmo, podem praticar o mal contra outrem e depois tentar justificar-se. No mesmo capítulo atrás mencionado, o Senhor assim falou a respeito desses: “E se ele não os atender, dize-o à igreja; se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano.” (Mat. 18:17) O importante princípio que importa manter em todos os casos é não permitir que fique no coração raiz alguma de ressentimento. (Heb.12:15) No momento em que o culpado pede perdão, este deve ser-lhe concedido sem restrições, mesmo que tenha a pessoa pecado muitas vezes contra nós.
Deus por amor a Cristo tantas vezes nos tem perdoado, que o mínimo que devemos fazer é também perdoar a nosso irmão. Capítulo IV: Alguns problemas especiais dos jovens na escolha de companheiros cristãos Em nossa vida cotidiana temos todos de nos misturar com o mundo, quer seja com os vizinhos, no escritório ou na sociedade. Quando se trata, porém, de escolher companheiros, ou lugares de diversão, a responsabilidade da escolha recai sobre nós. O tipo de pessoas com quem você se associar é o tipo com quem irá se aparecer. Os amigos que escolher irão determinar fortemente o seu destino. Se você busca e aprecia os companheiros não cristãos e mundanos, em lugar dos cristãos, irá gradativamente se tornar semelhante a eles. Não quer isto dizer que não deva ter uma disposição amiga para com todas as pessoas com as quais a vida diária o põe em contato. O próprio Jesus ceou com pecadores. Fez isso, porém, para conquistá-los. Se você descobrir que tem liberdade de dar aos seus companheiros testemunho de Cristo, é bom sinal de que os está conduzindo em sua direção, e não eles a você na direção oposta. Você, por certo, nunca deverá dar impressão de superioridade, devendo-se lembrar de que é apenas um pecador redimido pela graça e pelo amor de Deus.
O Problema do Mundanismo Mundanismo é assunto de que todo novo convertido deve ter completo conhecimento. A Bíblia fala de modo bastante definido contra conformarse com o mundo. Tiago, um dos autores do Novo Testamento, faz uma vigorosa declaração a respeito daqueles que professam Cristo e contudo ainda vivem vidas mundanas. “Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.”(Tiago 4:4) Ele compara a amizade do mundo a adultério espiritual. E “aquele que quiser ser amigo do mundo, constitui-se inimigo de Deus.” Nenhum cristão que ser adúltero. No entanto, declara esse apóstolo que ser mundano é exatamente isso. Para compreender o sentido desta expressão devemos lembrar que a Bíblia ensina que a Igreja é a Noiva de Cristo. Paulo diz em II Coríntios 11:2 que preparou seus convertidos para os apresentar qual
“virgem pura” a Cristo. Portanto, a devoção do cristão pertence somente a Cristo. Mas, se dividir a sua atenção entre Cristo e o mundo, será considerado adúltero aos olhos de Deus. As últimas palavras de Jesus aos Seus discípulos, antes da Sua morte, mostram a diferença que havia entre o Seu povo e o mundo. Ele disse que o mundo não aprovaria a vida separada do cristão: “Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia.” (João 15:18-19) O apóstolo João advertiu o cristão de que não deve por suas afeições nas coisas do mundo. Se o fizer, o amor do Pai não estará nele. “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.” (I João 2:17) Quer isso acaso dizer que o cristão deve retrair-se do mundo tanto quanto o possível? Não, ao contrário. Verificamos que Cristo, nosso exemplo, se misturou com pecadores e gente do mundo. Uma das principais acusações contra ele lançadas pelos líderes religiosos da época, era que comia com “publicanos e pecadores.” (Mat. 9:11) Quem quiser ganhar os perdidos tem de ir aonde eles estão. Cristo estava frequentemente com pecadores, mas não para participar dos seus métodos. Na sua presença eles se tornavam convictos dos seus pecados, e O buscavam para que os ajudasse a abandonar a vida pecaminosa que levavam. Simão Pedro, o pescador, sentiu-se tão profundamente convicto, que num impulso exclamou: “ Senhor, retira-te de mim porque sou pecador.” (Lucas 5:8) Isso, porém, era realmente a última coisa desejada por Pedro: que Cristo dele se retirasse. Jesus tranqüilizou-o dizendo: Não temas; de agora em diante serás pescador de homens. (Lucas 5:10)
Pedro veio a tornar-se grande ganhador de almas, todavia jamais transigiu nem reverteu aos seus antigos caminhos. Em sua epístola, diz. "Porque é bastante que no tempo passado da vida fizéssemos a vontade dos gentios, andando em dissoluções, concupiscências, borrachices, glutonarias, bebedices e abomináveis idolatrias; E acham estranho não correrdes com eles no mesmo desenfreamento de dissolução, blasfemando de vós." (I Pedro 4:3-4) A nossa rejeição em participar das coisas más do mundo, não quer dizer que nos devamos dele retrair. Quanto ao nosso modo de vestir, por exemplo, façamo-lo com bom gosto e dentro das normas da decência. O apóstolo Pedro dá bom conselho sobre este assunto em I Pedro 3:3-4. Ele explica que a verdadeira beleza emana do interior do coração e não de roupas ou de adereços. Ninguém se salva por estar vestido desta ou daquela maneira. Só a morte expiatória de Cristo é que tem poder para salvar. Só a morte expiatória de Cristo é que tem poder para salvar. Portanto, quanto menos ênfase se der à importância da indumentária, tanto melhor. *(Vestirse bem com respeito e decência é louvável, se possível.) Se alguém está em dúvidas acerca do que deva ou não fazer, fale ao pastor. Também em I Coríntios 8:13 e 10:32-33 encontrará salutar conselho a esse respeito. Capítulo V: A importância dos frutos do Espírito “Pelos seus frutos os conhecereis” Após ter nascido de novo (isto é, se convertido) deve pedir a Deus que o encha do Espírito Santo. Os resultados da presença do Espírito devem estar patentes na vida de todo cristão. Jesus ensinou que o caráter de um homem se aquilata pelos frutos do Espírito Santo em sua vida e acrescentou que no dia do juízo muitos dirão que profetizaram, possuíram dons de curar e até mesmo milagres operaram, sendo isso apresentado como prova de serem verdadeiros cristãos. Contudo, serão julgados como obreiros de iniqüidades! 21 - “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.”
22 – “Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas?” 23 - “E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.” (Mateus 7:21-23) Qual então o teste real daqueles que são genuínos seguidores de Cristo? O Senhor não nos deixa em dúvida. O verdadeiro teste está nos frutos que produzem. "Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus." (Mateus 7:15-17) A conclusão é clara. Mesmo que alguém revele possuir dons invulgares, não deve ser seguido sem que também manifeste os seus frutos. O apóstolo Paulo concorda plenamente com isso. Ao falar sobre os dons do Espírito, e após urgir com os crentes que ambicionassem dons melhores ou mais importantes, ele também acrescenta que devem buscar os seus frutos, ou de nada lhes aproveitarão esses dons: "Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho mais excelente." (I Corintios 12:31) O dom de profetizar e de entender todos os mistérios não basta sem o amor A fase da profecia que se relaciona com a predição de acontecimentos futuros é, talvez, a maior prova da inspiração das Escrituras, embora os profetas pouco compreendessem das suas próprias profecias. "Da qual salvação inquiriram e trataram diligentemente os profetas que profetizaram da graça que vos foi dada, Indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir.
Aos quais foi revelado que, não para si mesmos, mas para nós, eles ministravam estas coisas que agora vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho; para as quais coisas os anjos desejam bem atentar." (I Pedro 1:10-12) Martírio sem o amor, a coisa alguma aproveita A seguir, traça o apóstolo Paulo o quadro de um homem que dá todos os seus bens aos pobres e que está mesmo disposto a sofrer martírio. Certamente aquele que dá a sua vida pelo evangelho ocupa lugar de destaque no rol discípulos de Cristo. Quando Estevão foi apedrejado até morrer pelos inimigos do Evangelho, ele teve uma visão de Cristo à destra de Deus como que a dar-lhe as boas vindas ao lar. Tão grande foi o amor desse mártir para com os seus inimigos, que podia orar: “Senhor, não lhes imputes este pecado. Com estas palavras adormeceu.” (Atos 7:60) Esta oração foi evidentemente atendida. Saulo, o cabeça dos perseguidores, e que segurava na mão os mantos dos assassinos mais tarde se converteu e se tornou Paulo, o grande campeão da fé cristã. Mas o próprio martírio sem o amor não basta. O comunista suporta grandes privações, expõe-se a perigos e, às vezes, dá a vida pela sua causa. Por que o faz? Não é, por certo, movido pelo amor. Embora sejam vários os motivos, geralmente a causa reside num agravo contra a humanidade. O comunista em sua ilusão aguarda o dia em que ele e os seus companheiros de conspiração possam apoderar-se do poder como acontecera na Rússia. Ele pode morrer pela sua causa, mas o motivo que a isso o leva não é o amor mas os seus tristes e deformados interesses pessoais. A importância do amor O apóstolo Paulo, tendo mostrado a importância do amor na vida de cada cristão, prossegue analisando essa virtude para mostrar o que realmente ela significa. Nessa análise descobre nove frutos do Espírito, o que quer dizer que há nove ingredientes no amor divino. Anotemo-los um por um. São as graças de que tão desesperadamente carece a Igreja hoje. 1- PACIÊNCIA – O AMOR É PACIENTE
“O amor é paciente, é benigno... Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” (I Coríntios 13:4, 7) O amor dá ao homem forças para ser paciente quando tudo o mais não vai certo; forças para o manter calmo e composto quando outros perdem o equilíbrio moral. Há pessoas dotadas de talentos e habilidades excepcionais, porém dominadas de pânico se acaso, surge uma situação inesperada. O único meio de reagir que conhecem é “estourar”. A paciência é qualidade importante do amor. Ela toma em consideração as limitações e fraquezas humanas. O amor deseja o melhor para todos. Observe-se como o amor materno revela essa qualidade. Se o filho erra e todos perdem a esperança nele, a mãe continua a orar e a esperar. E muitas vezes suas orações são atendidas. Certo homem que mais tarde veio a tornar-se ministro do evangelho, abandonara o lar quando ainda jovem a fim de fugir às orações da mãe. Tendo determinado nada querer com a religião pretendeu fazer-se ateu. Acreditou ser o autor do seu próprio destino. As coisas, porém, não lhe correram favoráveis e ele se afundou cada vez mais. Por fim em desespero, decidiu suicidar-se. Foi aí, contudo que Deus o salvou. Convertido a Cristo de maneira gloriosa, regressou ao lar para dar graças à mãe que por ele com tanta fidelidade orara, e para se tornar consagrado homem de Deus. Houvesse aquela mãe perdido a paciência e a fé nas promessas de Deus, talvez a história tivesse tido epílogo diferente. Paciência é a qualidade do amor divino. Como carecemos dela hoje na igreja! 2- BENIGNIDADE – O AMOR É BENIGNO Benignidade é o amor em ação. Uma pessoa de disposição benigna jamais magoará a outrem propositadamente. Não tem prazer em tornar o fardo alheio mais difícil de suportar. A benignidade concorre para mostrar aos homens o Cristo a quem você serve. Você tornarse-á pessoa atenciosa se pensar primeiro nas necessidades alheias. Lembre-se de que é representante de Cristo e que deve, pois, agir sempre de tal maneira que os outros O vejam refletido em sua vida e venham a querer parecer-se com você.
3- BOA VONTADE – O AMOR NÃO É INVEJOSO “O amor não é invejosos.” (I Cor. 13:4) Nos dias presentes os homens do mundo só se preocupam com suas próprias pessoas. É fácil ter inveja do que outros possuem ou fazem. Não é este, porém, o caminho de Deus. Mandam as Escrituras que não nos elevemos a nós mesmos. “Quem a si mesmo exaltar, será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado.” (Mat. 23:12) Se alguém possuir algum dom especial, como por exemplo, o de cantar, o de falar em público, o de ganhar almas, incide em erro se menosprezar aqueles que não possuem esses mesmos talentos. Se os nossos vizinhos ou amigos podem pelo seu árduo trabalho adquirir alguma coisa para si, não nos é lícito agasalhar no coração nenhum sentimento de inveja por não podermos também fazer o mesmo. Devemo-nos antes alegrar com eles por isso. O amor não é invejoso e as Escrituras nos dizem que devemos amar o nosso próximo como a nós mesmos. Cristo declarou que a vida do homem não consiste em possuir, nem resulta do possuir abundância de bens ou daquilo que excede às suas necessidades. Talvez uma das mais tristes tendências do mundo hodierno é a luta pelo sucesso. Mas perigo ainda maior encontramos na esfera espiritual. Alguns almejam tornar-se o maior pregador, ou o melhor cantor, ou o mais conhecido membro da igreja. Quantas vezes descobrem os cristãos que em seu íntimo não se sentem genuinamente felizes porque vêem Deus manifestar-se em outras vidas, ou em outros grupos ou denominações. Acham eles que somente a sua igreja, ou denominação, deve realizar progresso na obra do Senhor. Mas o amor de Cristo não é invejoso das bênçãos alheias. O apóstolo Paulo diz no capítulo 12 de sua carta aos Romanos: “Assim também nós conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo, e membros uns dos outros... Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.” Às vezes Satanás, sem que o notemos, tenta-nos a praticar certas coisas que fogem aos preceitos da boa ética, a fim de elevarmos a nossa
própria pessoa, ou o nosso grupo, acima dos demais. Devemos constantemente indagar-nos a nós mesmos dos motivos que nos movem. Lembremo-nos da palavra da Escritura e conservemo-nos humildes. Se alguém nos prejudica e nos põe de lado, podemos ser tentados a perder o ânimo e a provar a amargura de não terem os nossos esforços recebido o devido reconhecimento. Todavia, cumpre-nos lembrar de que não devemos nutrir inveja ou ciúme por serem outros alvo de gratidão ao passo que nós não somos. Diz salmo 75:6-7: "Porque nem do oriente, nem do ocidente, nem do deserto vem a exaltação. Mas Deus é o Juiz: a um abate, e a outro exalta." Nosso dever é lembrar a lei do amor e deixar a Deus a recompensa de mérito. Ele diz que, se pedirmos, receberemos aqui mesmo o nosso galardão, mas coisa alguma no céu. No dia em que Ele nos der a recompensa celeste, exaltará o humilde, mas fará que se tornem os últimos aqueles que se julgam os maiores. Lembre-se que o amor é destituído de ciúme e inveja. Sua essência é a pureza em tudo quanto pensamos, dizemos ou fazemos. Se pois, pensarmos, falarmos ou agirmos a favor de outros, estaremos pondo em prática o amor e nenhum tempo teremos para ciúmes ou inveja. 4- HUMILDADE – O AMOR NÃO SE UFANA, NEM SE ENSOBERBECE (Isto é, não é arrogante, nem orgulhoso) Deus deseja ardentemente dar à Sua Igreja mais poder do que ela tem, pois declarou: "Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra." (Atos 1:8) A igreja precisa de poder para evangelizar o mundo. Mas o grande obstáculo a isso é não encontrar Deus senão uns poucos homens em quem possa confiar. Frequentemente acontece que um homem, ao ganhar influência, se torna insuportável. A ambição do poder pode leválo a tornar-se desdenhoso dos direitos alheios. Esquece-se de que outros
o ajudaram a vencer e acima de tudo, de que nada é sem Deus. O orgulho pode destruir no homem tudo o que de bom e decente nele existe. A cura da ambição profana está no amor divino. O amor não se ufana nem se ensoberbece. Quando Deus quis um homem para conduzir o seu povo do Egito, não escolheu o ambicioso Coré que procurava ser líder mas a Moisés, o mais humilde homem da terra. “Era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra” (Números 12:3) Eis aqui um homem que recusou o oferecimento de Deus para que suscitasse uma nova nação inteiramente de sua semente. (Êxodo 32:9-10) Por causa da sua humildade exaltou-o Deus e o fez libertador do Seu povo da terra do Egito. A humildade é um dos belos atributos que deve ser encontrado no verdadeiro cristão. 5- URBANIDADE – O AMOR NÃO PROCEDE MAL “O amor... não se conduz inconvenientemente.” Revela-se pelo seu padrão de conduta. Referimo-nos à cortesia comum – não àquilo a que se dá hoje o nome de “boas maneiras”. A verdadeira urbanidade transcende as tradições da sociedade e do protocolo. Uma dama pode levar sob o braço um manual de boas maneiras e no entanto infringir pelo uso ferino da língua as normas da cortesia. Um marido pode, na igreja, dar um belo testemunho e, contudo, tornar-se insuportável, no lar, a vida da esposa por causa de sua mesquinhez em assuntos de dinheiro. A verdadeira cortesia aplica-se a todas as relações da vida. Ela faz com que o patrão trate seus empregados como desejaria ele próprio ser tratado. Impede os cristãos de comentarem com maledicência as faltas alheias. 6- GENEROSIDADE – O AMOR NÃO É EGOISTA “O amor... não busca os seus interesses.” O Apóstolo Paulo, ao comentar o ministério dos seus dias, escreveu: “Pois todos eles buscam o que é seu próprio, não o que é de Cristo Jesus.” (Fil. 2:21) É essa a tendência do homem natural. Mas o amor não busca os seus próprios interesses. Que revolução ocorreria hoje na Igreja se os homens edificassem para Cristo ao invés de o fazerem para si mesmos. Foi esse amor que dominava Paulo ao declarar: “Sim,
deveras considero tudo como perda por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus meu Senhor: por amor do qual, perdi todas as cousas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo.” (Fil. 3.8) *Acrescentado: Agora na Linguagem de hoje: “E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo," Filipenses 3:8 Eis o amor de que hoje carecemos na igreja, se quisermos ver os dons do Espírito manifestados em poder. 7- BOA ÍNDOLE – O AMOR NÃO SE EXASPERA “O amor... não se exaspera.” Eis aqui um real teste que determina se a pessoa tem ou não genuíno amor. Paulo não diz que aquele que ama não se irritará nunca. O próprio Cristo, certa vez, indignou-se e tomando de um açoite de cordéis, expulsou do templo os vendilhões. (João 2:15) Todavia, ninguém jamais revelou amor maior que o dEle. Aquele que é tocado do amor divino não se irrita com facilidade. Alguns que se professam cristãos mostram-se terrivelmente irascíveis. Tem a susceptibilidade à flor da pele e não podem suportar a mínima contrariedade. O homem fácil de irritar-se frequentemente acusa a outra parte exatamente daquilo de que é culpado. Somente quem sabe dominar-se é senhor da situação. Se alguém é tentado a sentir que um gênio temperamental não prejudica a obra de Deus que considere então Tiago 1:20: “Porque a ira do homem não produz a justiça de Deus.” 8- O AMOR NÃO GUARDA REGISTRO DE INJUSTIÇAS “O amor... não se ressente do mal.” Não agasalha pensamentos oriundos do mal. É triste ver como certas pessoas vivem em constante estado de suspeita. Sendo desconfiadas,
mostram-se suspicazes das ações alheias porque esperam que os outros lhes façam o mesmo que desejariam fazer a eles. As pessoas em geral reagem da maneira pela qual esperam. Mostre terlhes confiança e, geralmente, se esforçarão por honrá-lo. Isto, contudo, nem sempre se dá. Há os que traem a confiança neles depositada. Porém o tempo revela que aqueles que confiam nos outros são os que melhores resultados colhem. Todavia, se alguém lhe causou mal, você deve estar pronto a perdoar e esquecer, assim como Cristo a você também tem perdoado. Certa vez o discípulo Pedro perguntou a Cristo quantas vezes deveríamos perdoar. Até sete? Jesus respondeu-lhe, dizendo: “Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete.” (Mat. 18:22) 9- O AMOR NÃO SE ALEGRA COM A INJUSTIÇA, MAS REGOZIJASE COM A VERDADE Há pessoas que só se sentem alegres quando ouvem algum descaridoso comentário a respeito de outrem. De fato, mostram-se até jubilosos se nos caminhos da vida, alguém incorre numa queda, esperando que o fracasso dessa pessoa lhes traga algum proveito. Porém o verdadeiro cristão não se regozija no mal, mas, na verdade. Quando o rei Davi soube da morte do seu inimigo Saul, ao invés de regozijar-se lamentou dizendo: "Ah, ornamento de Israel! Nos teus altos foi ferido, como caíram os poderosos! Não o noticieis em Gate, não o publiqueis nas ruas de Ascalom, para que não se alegrem as filhas dos filisteus, para que não saltem de contentamento as filhas dos incircuncisos." II Samuel 1:19-20 Se vemos alguém claudicar, não o devemos apontar com malícia nem nos mostrar desdenhosos ou superiores para com ele. Devemos, antes, nos entristecer por essa pessoa, orar por ela, e, se possível, procurar sinceramente ajudá-la. Quando Cristo esteve na terra, jamais se alegrou com a queda de alguém. Não desejava que ninguém perecesse. Devemos, pois, ter a mesma atitude do Mestre. SUMÁRIO
Voltando a igreja a ter mais poder, a ênfase deve recair sobre a santidade e os frutos do Espírito. A improvisação de planos medíocres e desacreditados visando atrair a atenção, o uso do sensacional em substituição à operação dos dons do Espírito Santo, não são sinal auspicioso. A ambição humana descontrolada pode causar desastre e dano à Causa. Que haja o fluir do amor divino. Que a humildade seja o espírito no qual se processe o nosso ministério ao povo. Então veremos surgir cristãos vigorosos. Então veremos os dons do Espírito de Deus se manifestar em toda a sua pureza e formosura. Então a igreja terá cumprido o deve de evangelizar o mundo e estará preparada para a volta do Noivo – Jesus Cristo. Capítulo VI: Dando bom testemunho de Cristo O que significa testificar? "Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e serme-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra." (Atos 1:8) Testificar é declarar a outros aquilo que se sabe. É tanto privilégio como dever de todo cristão falar de Cristo. Devemos fazê-lo à nossa família, parentes e amigos sempre que se oferecer oportunidades. Eis algumas sugestões que auxiliarão você a testemunhar: 1- “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.” (Romanos 3:23) Esta primeira passagem revela um problema comum a todos. E é por causa dele que todos precisam de Cristo. Mostre esse versículo a essa pessoa. O homem antes de poder ser salvo tem de se reconhecer pecador perdido. Todos tanto você como eu temos pecado. Para revelar ao seu ouvinte o que é pecado, tome, por contraste a Jesus como exemplo, e pergunte-lhe: “Por acaso somos tão justos e fiéis como Ele?” Estamos todos destituídos da glória de Deus. “Quantos pecados são necessários para fazer um pecador?” Você está procurando demonstrar que, perante Deus, somos todos pecadores culpados.
2- “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus Nosso Senhor.” (Romanos 6:23) Apresente, em seguida ao seu ouvinte este segundo versículo. Possivelmente ele admitiu ser pecador. Chame então a atenção dele para Romanos 6:23 e faça-o ler essa passagem. Nela diz a Bíblia que recebemos um salário – alguma coisa legitimamente ganha. Que salário é esse? – A morte. Diga-lhe que morte é separação espiritual de Deus. Peça-lhe que leia, agora, a segunda parte do versículo: “... mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna por Cristo Jesus Nosso Senhor.” Deus aqui fala de dom, algo que não podemos ganhar como se fora salário. Pergunte ao seu ouvinte: “Pode você fazer jus a um dom? Tudo quanto poderá fazer é aceitá-lo ou rejeitá-lo. Que dom é esse? – A vida eterna. E essa vida é mediante uma pessoa: – Jesus Cristo. Para receber o dom de Deus precisará aceitar a Jesus Cristo Seu Filho.
3- “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados.” (Atos 3:19) Ao indicar esta passagem, pergunte: “Que coisa diz o texto, devemos fazer para receber a vida eterna? Arrepender-se quer dizer sentir tristeza dos pecados cometidos e deles se desviar.” 4- “Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem em Seu nome.” (João 1:12) Aqui Deus diz que para nos tornarmos filhos Seus temos de receber a Cristo. Mostre que não é fazendo alguma coisa que alguém se torna cristão, mas é recebendo a Jesus Cristo que ele se torna filho de Deus. 5- “Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a Minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele Comigo.” (Apoc. 3:20) Conforme dissemos, Deus nos oferece o dom gratuito da vida eterna, e esse dom é pela pessoa de Jesus Cristo. Para o recebermos temos de aceitar a Cristo. De que maneira? Preste atenção, pois nesta passagem Jesus está
falando diretamente a você? “Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a Minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele Comigo.” Diga ao seu ouvinte que todo homem é dotado de livre arbítrio e tem de escolher por si mesmo. Jesus nunca entra à força em nossas vidas. Ele se posta em humildade à porta do seu coração esperando que você O convide a entrar. Compete a você decidir. Essa porta só se abre pelo lado de dentro, e só você a poderá abrir. Por exemplo, se eu fosse um amigo seu e estivesse batendo à porta da sua casa, não me mandaria você entrar? Jesus espera que Lhe faça o mesmo. Por que não agora? É chegado o momento crucial. Enquanto você aguarda a decisão do seu ouvinte, ore em silêncio a seu favor. Se ele responder: “Sim, eu O deixarei entrar”, curve a cabeça e rogue a Deus que Jesus entre naquela vida. Em seguida peça-lhe que agradeça a Deus pelo dom da vida eterna. Se, porém, responder: “Não, não quero”, ou “Não estou ainda preparado”, diga-lhe que aprecia a sua sinceridade. Esteja certo, porém, de que ele compreende bem o que está fazendo. Pergunte-lhe se está consciente de que recusando a Jesus está na realidade recusando o dom gratuito da vida eterna dado por Deus. Se ele realmente compreende a importância da decisão que está tomando, nada mais resta a você fazer. Não desanime, porém, termine a sua apresentação de Jesus assim: “Meu amigo, você não precisa nem de mim nem de mais ninguém para pedir que Jesus entre em seu coração. Sozinho, em qualquer lugar, poderá fazê-lo, e naquele momento mesmo será salvo. Não espere demasiadamente.” Anime-o a tomar essa decisão sem demora. Peça-lhe que curve a cabeça; ore a Deus pedindo-Lhe que fortaleça o coração dessa pessoa e nela torne Jesus real. Acima de tudo, deixe Cristo brilhar em sua vida e a alegria da salvação irradiar do seu semblante. Aquela pessoa poderá ser atraída a Cristo se vir Cristo refletido em você. Nenhuma persuasão por melhor que seja a convencerá se você não for uma testemunha viva do poder e da misericórdia do amor redentor de Jesus.
Nem sempre acharemos fácil a vida cristã. Quando, porém, nos encontramos com o nosso Deus, ela, sem dúvida, vale o preço a pagar. Combatamos o bom combate da fé aqui na terra, até o dia em que nos reunamos todos ao nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Published by CHRIST FOR THE NATIONS Dallas, Texas
CRUZADA DE LITERATURA PARA GANHAR AS NAÇÕES PARA CRISTO
A cruzada de literatura para Ganhar as Nações para Cristo tem um plano para imprimir milhões destes livretos. Alguns deles falam sobre a Salvação e outros dão orientação sobre as verdades básicas da Bíblia para que todos vivam vitoriosamente e possam ser vigorosas testemunhas de Cristo. Estes livros não foram escritos do ponto de vista denominacional, mas sim para ajudar qualquer pessoa, quem quer que seja, a conhecer a Cristo e servir a Deus de maneira melhor. Ao mesmo tempo, foram escritos de tal maneira, de forma que o principiante na vida cristã pode compreender os assuntos. Ainda assim, o pastor ou seminarista, achará uma ajuda prática e um entendimento mais profundo. Esta Cruzada, funcionando em mais de 45 países do mundo, colabora com literalmente milhares de igrejas, servindo como auxiliar e apoiando o seu programa de evangelização. Entre os títulos já publicados e livros programados para publicação, estão os seguintes:
Oração que Transporta Montes 24 Sinais da Próxima Vinda de Cristo Como Pode Você Curar-se Como receber o Batismo do Espírito Santo? Como viver a vida cristã? Por que a Bíblia é a palavra de Deus? É Jesus o Filho de Deus? Depois da Grande Decisão