Devoradores de HQ #1

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DEVORADORES DEVORADORES de HQ #1 edição de lançamento

entrevista com

Maiolo colorista da DC 1 Devoradores de HQGuia / 2015 Abordagem para escrever das Eras Quadrinho e Mangá

O que é Pulp Fiction?

Mangás Inacabados



Editorial Essa revista é a prova de que devemos correr atrás de nossos sonhos, não importa o quão distante ele pareça.

Um projeto que começou com a simples idéia de mostrar a todos que histórias em quadrinhos não são coisas de criança, com o tempo foi ficando mais audaciosa, se desenvolvendo e ganhando forma até se tornar a revista que você acabou de abrir. Abordando temas relacionados a HQ e Mangá, elaboramos as matérias com os assuntos mais variados, sempre pensando na objetividade e leitura dinâmica. Com matérias que mostram desde os primórdios das HQs até os dias de hoje, entrevistas com profissionais da área e até algumas dicas para criar seu próprio Quadrinho ou Mangá, a revista Devoradores de HQ se transformou em um verdadeiro guia a todos os amantes da 9º Arte e até aqueles que estão se aventurando agora no mundo mágico dos quadrinhos. É com muito orgulho, que lhe apresento a revista Devoradores de HQ.

Cassiano Adalto Tonon


Devoradores de HQ - 2015 #1

Equipe

Cassiano Tonon Gerente Redação Revisão

Bruno De Gaspari Garnieri

Hiuri Santos

Rony Motta

Redação

Redação Diagramação

Vice Gerente Redação

Midori

Redação Diagramação

Luiz Gustavo Barbosa

Helton Cardoso Redação

Redação

Contribuidores Agradecimento a todos que tornaram possível a realização dessa revista. Em especial a: Samara P. Tedeschi, Diego Araujo, Carolina Aléscio, Karina Camacho, Daniel Martins, Renato Frigo,Tomas Guner Sniker e toda a equipe Devoradores de HQ

DevoraodoresHQ@gmail.com


Devoradores de HQ - 2015 #1

Sumário HQ Mangá Geral Origem dos Quadrinhos

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Influência á Sociedade

A evolução dos Traços nos quadrinhos

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Pulp Magazine

Geração HQ

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Os diversos temas do mangá

Guia para começar um mangá

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Mangá, Raízes no Brasil

Holy Avengers

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Mangás cancelados?

Abordagem das Eras dos Quadrinhos

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Biografia: Star Lord

Biografia: Thanos

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Entrevista: André Sette

Stan Lee, a lenda de uma Era

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Guia para começar uma Hq

Entrevista: Marcelo Maiolo

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Cuncurso Devoradores de HQ


Origem dos Quadrinhos

Texto: Helton Cardoso

Quadrinhos um seguimento de imagens e texto. Os quadrinhos já vem seguindo a humanidade desde que foram criadas as pinturas nas paredes até os grandes egípcios, mas sua grande explosão foi no século XX com o avanço da tecnologia dos meios de impressão onde a possibilidade de produção em massa se torna fácil. As histórias seguiam temas humorísticos, onde existiam somente travessuras de crianças e bichos, assim surgindo o nome Comics (começos), mas a partir dos anos 30 o gênero aventura invade o mundo das HQs como Flash Gordon (Alex Raymond) e Dick Tracy (Chester Gould)

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além de Wuma adaptação de Hal Foster para Tarzan. Esses grandes autores trazem um grande avanço para os quadrinhos, onde três gêneros eram essenciais, a Ficção Científica, Polícia e Aventura; conhecido como o início da Era de Ouro “Golden Age”. Mas a grande expansão dos Quadrinhos foi no final dos anos 30 onde surgi o primeiro Super-Herói onde dá o marco e a invasão de Heróis nos Quadrinhos como o fabuloso Superman, onde se destaca como o personagem e dá o ponto de ignição da Era de Ouro.


Influência á sociedade

Texto: Hiuri Santos

Com o aumento de filmes, séries e desenhos animados dos nossos queridos heróis, o aumento de leitores de HQ vem crescendo junto. Muitas crianças, jovens e adultos não possuíam contato com HQS, graças a expansão do gênero nas mídias, eles puderam ter um certo contato. O casamento entre esses universos, como televisão, cinema, em conjunto com os quadrinhos, está, aparentemente, dando muito certo. Ainda está longe das HQS reviverem seus melhores dias, mas, não se pode negar que foi dado um enorme impulso na cultura, graças a “parceria” entre o mundo dos cinemas e o mundo das HQS. Um exemplo fantástico dessa parceria é o filme do Homem de Ferro, tudo começou com o primeiro filme do herói em 2008, depois disso a Marvel vem mostrando o seu poder e contribuindo para o crescimento de leitores e fãs dos super-heróis. Recentemente um parceria deu muito certo entre a Marvel e a Netflix com a nova série do Demolidor lançada em 10 de abril desse ano, e nós, os leitores de HQS somos gratos por isso. A DC Comics também tem a sua fatia de contribuição nesse crescimento com a trilogia de filmes de uns dos heróis mais preferidos dos leitores e fãs, a trilogia começou com o filme Batman Begins lançado em 10 de

junho de 2005, na sequência veio Batman O Cavaleiro das Trevas lançado em 14 de junho de 2008 e por último o Batman O Cavaleiro dos Trevas Ressurge, ambos lançado no mesmo mês. Mas também tem suas séries recentemente lançadas, uma delas é a do Flash lançada em 07 de outubro de 2014 quem vem crescendo no gosto dos fãs, a outra série é a do Arrow lançado em 10 de outubro de 2012, temos também Gotham série lançada em 22 de setembro de 2014. Assim vem sendo a contribuição do mundo dos cinemas, series e desenhos animados para o mundo das HQS.

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A evolução dos Traços nos quadrinhos

Texto: Luiz Gustavo

Durante toda a história dos quadrinhos vimos várias mudanças de traços não só dos artistas, mas sim de toda era dos quadrinhos desde dos pioneiros, até a era atual e o quanto isso foi importante para a indústria dos quadrinhos.

Início Nos primórdios, os autores não utilizavam balões de diálogos. O estilo era completamente diferente do que estamos acostumados a ver.

Século XX No inicio do século XX os quadrinhos tinham uma temática humorística, assim surgindo os Cartoons. O Traço era bem básico e caricato sem muitos detalhes.

Era de Ouro Nos anos 30 inicia-se a era dos heróis. Os traços eram mais sérios e realistas. Não se via tantos detalhes e não havia muita movimentação.

Mesmo os traços não sendo bem definidos, o artista usava um tom sintético e inovador para a época. Logo surge a primeira histó- nas expressões faciais. ria em quadrinhos utilizando o Um ano depois, surge a HQ uso de balões de diálogos, The Katzenjammer Kids (The CapYellow Kid escrita por Richard tain and the Kids) criado por Fenton Outcalt. que foi dese- Rudolph Dirks, foi a primeira a 2015 / Devoradores de HQ 8 nhada em preto em branco, e utilizar o balão sistematicamenlogo passou a ser utilizado o uso te. O traço era simples, cartunesde cores. Utilizava-se um traço co e as cores eram mais vivas. simples com um certo realismo

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Era de Prata Não houve uma grande mudança nos traços, o que se pode notar é a questão da cor. Os quadrinhos se tornaram mais coloridos as cores eram mais cheias de vida.

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Era de Bronze Já podemos ver algumas mudanças. Os traços e os cenários eram mais dinâmicos e as expressões faciais foram ficando mais detalhadas.

Era Moderna Foi na Era Moderna que os quadrinhos foram tendo uma grande evolução em questão de traços. A fisionomia dos personagens foram melhorando chegando mais proximos da realidade tendo mais detalhes e sombriados. A partir da década de 80 e 90 a colorização dos quadrinhos impressos começaram a ser feita digitalmente. Logo as HQ’s começaram a ser publicadas pela midia digital. Hoje podemos ver o quanto os quadrinhos evoluiram desde das tiras de jornais até a midia digital.


Pulp Magazine Texto: Rony Motta

O berço das novas midias de ficção. Com papel barato e sem nenhum acabamento, as Pulp Magazines surgiram entre meados da década de 30, custando apenas poucos centavos, as revistas eram uma diversão barata e se tornaram famosas nos tempos pós-guerra. Após a quebra da bolsa em 1929, a população procurou por algum tipo de diversão barata, onde podiam se desconectar dos problemas eminentes na época. Seus contos traziam diversos gêneros como ficção científica, horror, erotismo, en-

tre outros. Algumas revistas apresentavam subgêneros específicos como piratas, investigação policial, aventuras românticas, guerra e qualquer outra coisa que se possa imaginar. As capas eram coloridas e apresentavam ilustrações diferentes, tudo dependia do seu conteúdo, garotas em poses luxuosas, a mocinha e o herói, monstros, alienígenas, policiais e detetives, contendo nelas uma característica sensacionalista.

Alguns exemplos de Pulp, e sobre o que elas falavam:

Amazing Stories, indicada como uma revista inovadora da época, onde o conceito de ficção cientifica, com termo que não tinha se tornado concreto, buscava histórias inovadores e de visão futurista.

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Cheia de lindas garotas a Ginger Stories, com um conteúdo mais provocante, em suas ilustrações, pin-ups, seus textos temáticas eróticas, causaram muita polêmica naquela época, Depois de um tempo a revista foi reformulada para se apresentar menos apelativa.

E no âmbito de terror, The Weird Tales, trazia histórias macabras e sem limitações, e com imagens que impactavam o público, que por sinal adoravam esse estilo. A história “A Fênix na Espada” foi uma das mais influentes.


Saiba mais... H. P. Lovecraft, escritor de histórias de de fantasia e terror, teve uma participação na série Sobrenatural (Supernatural), baseado em alguns de seus contos que descreviam adoradores de diferentes divindades. Lovecraft foi interpretado por Peter Ciuffa.;

Criador das revistas Amazing Stories, Hugo Gernsback, teve seu nome em um premiação onde as melhores ideias de ficção cientifica moderna eram classificadas, o “Hugo Awards”;

Outro héroi que foi para o cinema foi Conan, em “Conan, O Bárbaro”, o guerreiro foi interpretado por Arnold Schwarzenegger. O filme rendeu uma continuação dois anos depois como “Conan, O Destruidor”;

O filme Pulp Fiction (1994), dirigido e escrito por Quentin Tarantino, sua temática foi baseada em revista Pulp contendo violência, sexualidade e investigação, sendo três histórias diferentes que se conectam ao longo do filme; 2015 / Devoradores de HQ 11


Geração HQ Texto: Rony Motta

Qual é a sua opinião sobre histórias em quadrinhos? A Devoradores realizou uma pesquisa que reuniu sessenta e cinco pessoas, alguns fãs de HQ’s, outros que tenham algum interesse e pessoas que aparentemente não possuíam interesse. O motivo de tal pesquisa ser realizada foi para observamos como vem influenciando em nossa geração.

Você lê algum tipo de Historias em Quadrinhos? (Tirinhas, Webcomic, Comics, Mangá, entre outras).

Qual foi seu primeiro contanto com algo relacionado a HQ?

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Depois de assistir um filme ou serie que tenha relação com HQs, você buscou sobre a sua origem?

Teve vontade de desenhar ou escrever sua própria HQ?

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Os diversos temas do mangá

Texto: Midori Gushiken

Com narrativas cheias de fantasia ou mostrando a vida cotidiana de um jovem, não a gêneros que o mangá se delimite para seus insaciáveis leitores japoneses.

Mangás infantis contam histórias simples e fáceis de serem compreendidas, mostrando sempre um novo aprendizado. Histórias de mangás para adultos não precisam necessariamente conter sangue ou ação ou cenas sexuais, muitos são populares por serem ricos em filosofia e envolverem questões politicas e humanas. Exemplos: Doraemon. Yotsubato! e Astroboy

Com um enredo comum, o Slice of Life, traduzido do inglês para o português literalmente seria “fatia da vida”, mostra o realismo e o cotidiano, geralmente de estudantes, tratam desde problemas sociais até físicos e emocionais. O foco é na paisagem, às vezes mostrando como o protagonista é pequeno comparado com o mundo ao seu redor. Exemplos: Genshiken, Bakuman, Solanin

A Fantasia tem realce na imaginação, utopia e poderes mágicos. Os protagonistas no decorrer, ganham habilidades especiais e vão aprendendo a lidar com esses novos talentos, enfrentando muitas aventuras e diversos inimigos, . As páginas normalmente são simples, mas com efeitos de brilhos e luzes. Exemplos: Sailor Moon, Sakura Card Captors, Pandora Hearts

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O Romance é destinado para o público feminino, mas tem a sua parte em todos os temas. Abrangem o drama e conflitos entre amigos. Os gêneros são vários, não havendo preconceitos. Novamente o foco é nas expressões e emoções dos personagens. Exemplos apaixonantes: Fruist Basket, Kimi ni Todoke, Nana*, Ouran High School Host Club, Tonari no Kaibutsu-kun.

Grotesco e para quem tem estômago forte, o Terror tem seu aspecto próprio por que foca no medo e pânico do protagonista, que normalmente possuem uma vida simples e modesta, podendo misturar histórias de ficção. As páginas tem o contorno e o traço únicos e criaturas costumam possuir milhares de características. Exemplos: Uzumaki*, Shiki, Elfen Lied* Um dos temas principais, como Ação e Aventura, no mangá quase sempre contam suas aventuras do protagonista e os valores no qual ele aprende ao decorrer da história, com muita ação e comédia. As páginas são carregadas com traço forte, seu foco é em batalhas e o lado sensível dos personagens. Alguns exemplos populares são One Piece, Naruto, Rurouni Kenshin, Dragon Ball 2015 / Devoradores de HQ 15


Guia para começar um Mangá Texto: Midori Gushiken

Um guia rápido e fácil para aprender a criar mangá, o tão popular quadrinho japonês.

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Tenha uma história, é sempre bom ter um enredo que entretenha quem for seu público. Crie personagens fascinantes e pense em tudo, ambiente, falas, acontecimentos, pois quando for passar para o painel resumido que você for fazer, já terá o necessário para começar a criar o seu seu mangá.Feito a parte principal, comece desenhando os painéis de um jeito simples, apenas esboços e os balões de fala, para já saber como ficará quando finalizar.

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E a parte mais difícil, desenhar, não somente desenhar todos os personagens criados, mas também suas ações. Sempre pratique anatomia para não se basear somente em uma direção e pose. O espaço é um fator importante, ande com uma folhe de papel e rascunhe os lugares aonde for. Aprender a desenhar não acontece simplesmente de um dia para o outro, por isso foque no seu objetivo e estude, assim suas metas provavelmente serão alcançadas.

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Já conseguiu o traço que desejava? Finalize seu storyboard, aquele que você fez os rascunhos, use uma folha de tamanho A4 ou B4 para tracejar. A melhor escolha é a caneta nanquim ou em programas para já deixar com melhor acabamento, o GIMP e Photoshop são convenientes. Acrescente as falas e utilize bastante das onomatopeias para dar ação e sentimento para os personagens e efeitos para as emoções ou texturas.

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Lembre-se, o treino é fundamental e a perseverança é o fator decisivo para seu mangá dar certo.

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Fez todo o trabalho? Agora é só enviar para uma editora. Sempre tenha em mente que isso não será uma tarefa nada fácil, mas não desista. Publique em sites como: “www.comicgenesis.com” em que você pode ganhar doações ou com o “www. catarse.me” também, já o “www.deviantart.com” não apresenta nenhum recurso de pagamento, mas ganhar popularidade já é um ótimo começo e incentivo para querer continuar.


Mangá, Raízes no Brasil Texto: Helton Cardoso

A história do mangá no Brasil tem suas raízes nas mãos de um homem, cujo seu talento e modéstia são fortes, falo de Cláudio Seto, o famoso Samurai de Curitiba. A história deste homem tem início em Jundiaí, interior de São Paulo. A maior parte de sua infância passou no Japão, onde pôde conhecer Osamu Tezuka, sob influência de seu trabalho criou suas primeiras histórias, como “Ninja – O Samurai Mágico” e “Super Pinóquio”. Seu conhecimento em quadrinhos orientais chamou a atenção de Minami Keizi,

que o convidou para trabalhar pela primeira vez com quadrinhos na Editora Edrel em 1964. Seto não só foi lembrado pelos seus trabalhos com conceitos orientais, mas também pelas suas artes em HQs com “Marie Erótica” uma revista criada pelo Seto que sugeriu experimentar outros tipos de traços além de Mangás. Um grande artista no mundo dos quadrinhos e das raízes do mangá no Brasil, Cláudio Seto faleceu no dia 16 de novembro de 2008, mas deixou um emaranhado de trabalhos como presente.

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Holy Avengers Texto: Helton Cardoso

O mangá brasileiro! Com o grande crescimento dessa cultura de mangás e histórias em quadrinhos no Brasil, Marcelo Cassaro, JM Trevisan e Rogério Salandino tiveram uma grande ideia de adaptar sua obra para os quadrinhos, a obra deles tinha como intuito uma aventura publicada em três partes na revista Dragão Brasil, que publicava tudo sobre o jogo RPG. A história criada com os argumentos de Marcelo Cassaro e os desenhos de Érica Awono tem sua forma ambientada no cenário de Tormenta, um mundo muito popular no mundo dos RPGs, sua arte segue o padrão dos quadrinhos japoneses, teve quantia de 40 edições e foi uma das mais bem-sucedidas série da história dos Quadrinhos Nacionais, sendo chamado de o Mangá Brasileiro.

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Mangás cancelados?

Texto: Midori Gushiken

Muitas vezes, séries que estavam no ápice e ninguém imaginaria ser possível, são canceladas. O cancelamento ou encerramento antes da data prevista, envolve várias questões e pode ser uma má adaptação ou por o próprio mangá não ser atrativo. Um mangá que trata disso é o Bakuman, escrito por Tsugumi Ohba, mostrando o protagonista, Mashiro querendo se tornar um mangaká, com seu amigo Takagi, ao decorrer da história eles enviam vários one-shots (mangá de leitura rápida) e quase todos são rejeitados, até um ser aceito, porém cancelado depois pela pouca popularidade, mas, ainda assim, continuam tentando. Na realidade, os problemas são os mesmos que no anime citado, exemplo idêntico, foi de um aguardado

mangá, visto como uma das apostas para a revista semanal Shonen Jump, Beelzebub, que não conseguiu emplacar como esperado, mesmo possuindo características fortes, como poderes sobrenaturais, ação e comédia foi encerrado pela falta de popularidade. A decadência da série é outro fator marcante para o encerramento, não somente a história pode ser mal recebida, mas também o traço. Problemas com os mangakás também levam a esse fim.

E HQ’s Americanas? As influências para o cancelamento podem ser as mesmas que as histórias em quadrinhos japonesas, mas são bem mais criteriosas, como o fato de uma série conseguir mais fama e com isso a HQ ter que ser totalmente refeita. Ou então os filmes de heróis que estão populares, forçando as histórias a se manter no espaço de tempo para novos leitores, o que pode ser inconveniente para os antigos, ou acabam sendo reformuladas.

Quer conhecer alguns? Kiben Gakuha Com um gênero psicológico, conta a vida de uma estudante, Makoto, que ao notar o desaparecimento de sua melhor amiga e decide tentar encontrá-la junto com Yotsuya, um garoto ótimo em resolver casos. Os dois se unim-se para descobrir o caso.

Katekyo Hitman Reborn! A história gira em torno de Tsuna, que do nada descobre tem de ser um hitman (assassino de aluguel), com muita ação e comédia no estilo bem típico de shounen (mangás para garotos), Tsuna vai reunindo amigos e parceiros para sua nova “família”.

Enigma Focando em eventos supernaturais e muito suspense, Sumio, um estudante que tem a habilidade de ter premonições, escrevendo tudo em seu diário, até que algo terrível acontece na sua escola, aonde o verdadeiro terror acontece.

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Abordagem das Eras dos quadrinhos Texto: Luiz Gustavo

Com anos no mercado os quadrinhos foram divididos em Eras: ouro, prata, bronze, moderna e era atual.

Era de Ouro

A era de ouro se passou na década de 30, a partir do ano de 1938 com a estreia da revista Action Comics #1, que apresentou o primeiro super-herói: Superman: O Homem do amanhã (Tecnicamente o primeiro herói foi The Clack, mas Superman foi o primeiro com superpoderes). Um ano depois de sua estreia surgiu outro grande herói, já conhecido, Batman, na revista Detective Comics #27 um herói mais sombrio e que apesar de não ter superpoderes é um grande ícone até hoje.

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A era de ouro tinha como principal tema o nazismo, em várias histórias viam-se alguns heróis e principalmente o Capitão Americana enfrentando os nazistas, dando encorajamento aos soldados da Segunda Guerra Mundial. O fim da era de ouro aconteceu no ano de 1956 com a criação do Comics Code Authority, entidade que regulamentava as revistas em quadrinhos.


Era de Prata Com o fim da Era de ouro, iniciou-se a Era de prata, com a publicação da revista Showcase #4 introduzindo uma nova versão do Flash: Barry Allen. Diferente de sua antecessora, a era de prata apresentava temas mais científicos. Devido a criação do Comics Code Authority as histórias em quadrinhos da Era de Prata não poderiam ter conteúdos maduros como violência, sexo e drogas. Isso gerou a ideia de que heróis não matam. Foi nessa época que começou a surgir os Sidekicks (ajudantes mirins) como Robin, que já existiam na era de ouro, mas não eram tão populares. Esse foi um modo de fazer os heróis parecerem bonzinhos, respeitando as leis, como por exemplo: o fato do Batman não usar mais arma de fogo e sim gadgets (aqueles que ficam no cinto de utilidades) e o Superman não bater nos bandidos da mesma forma em que batia nos inimigos mais poderosos. Após alguns anos, a DC Comics criou o maior grupo de heróis dos quadrinhos: a Liga da Justiça, composta por Superman, Batman, Mulher Maravilha, Flash, Aquaman e Lanterna verde. A Liga foi inspirada na primeira equipe de heróis chamada Sociedade da Justiça, que

acabou não dando certo e foi cancelada. Liga da Justiça foi publicada e logo, se tornou um grande sucesso.

Três anos após a Liga da Justiça, a Marvel em resposta a sua rival, cria o grupo conhecido como Os Vingadores, composto por Hulk, Thor, Vespa, Homem-Formiga e Homem de Ferro. Logo em The Avengers #4 a editora ressuscita o grande Capitão América e assim começou a disputa entre as duas maiores editoras dos quadrinhos, DC Comics e Marvel Comics.

Era de Bronze Em 1970 inicia-se a Era de Bronze, nessa época as histórias eram mais sérias, se livrando do código de ética de sua antecessora. Problemas como alcoolismo, uso de drogas e racismo foram inseridos na vida dos heróis, como por exemplo: Green Lantern #76, quando os heróis Lanterna Verde e Arqueiro Verde viajam pelos EUA e confrontam problemas reais como drogas e racismo. O herói Arqueiro Verde presencia seu pupilo Ricardito (Speedy no original) sobre o uso de drogas, reforçando ainda mais essa temática mais séria e adulta. Outro momento, que foi um dos mais marcantes no começo da Era de Bronze, foi a morte de Gwen Stacy, primeira namorada do Homem-Aranha, morta nas mãos de seu Arqui-inimigo Doente Verde, com a história “A Noite Em Que Gwen Stacy Morreu” em The Amazing Spider-Man #121/122.

Nessa época junto com o feminismo surgiram as versões femininas de alguns heróis como She-Hulk, Mulher-Aranha e Ms. Marvel. Também vem a surgir heróis da minoria como Luke Cage, Blade, Tempestade e Cyborg. Com um clima mais sério e mais sombrio em suas histórias na mesma época é lançada a HQ Batman: O Cavaleiro das Trevas. 2015 / Devoradores de HQ 21


Era de Ferro/ Moderna A Era Moderna ou Era de Ferro iniciou-se com o fim da Era de Bronze com as duas maxi-séries de 12 partes: Guerras Secretas (Secret Wars) da Marvel Comics entre Maio de 1984 e Abril de 1985 e Crise nas Infinitas Terras (Crisis on Infinite Earths) entre Abril de 1985 e Março de 1986. Durante essa época as histórias se tornaram mais maduras e violentas e os heróis ficaram mais sombrios, devido à popularidade das Graphic Novel. Entre elas estão grandes histórias como Watchmen, de Alan Moore, e Cavaleiro das Trevas (Dark Knight Returns), de Frank Miller. Após o sucesso da DC Comics com Watchmen e Cavaleiro da Trevas sua rival Marvel não ficava para trás, seus Anti-heróis como Wolverine, Justiceiro e Demolidor começaram a ser tornar populares pelo fato de chegar a matar ao invés de prender como podemos ver nas histórias do Justiceiro. Durante a década de 90 alguns autores das editoras DC Comics e Marvel Comics foram

Era Atual Hoje em dia estamos vivendo na Era dos Reboots onde as duas maiores editoras dos quadrinhos iniciam-se uma nova fase. A Era Atual começa quando a DC Comics resolveu criar Os Novos 52 com a iniciativa de reestruturar seus personagens para o novo público relançando sua linha editorial. Logo em seguida como resposta a Marvel lança a Marvel Now, afim de renovar parte de sua linha editorial sem mudar o passado de seus personagens. Enfim, vivemos em uma época em que os quadrinhos influenciam o cinema, televisão e vice versa. Graças a grande mídia muitos heróis que não eram bem conhecidos estão fazendo muito sucesso trazendo consigo novos leitores. Por exemplo heróis como Homem de Ferro e a equipe intergaláctica Guardiões da Galáxia.

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saindo e então fundaram a editora independente Image Comics onde teriam liberdade criativa e os direitos autorais de suas obras.


VEM AÍ VEM AÍ VEM AÍ

VEM AÍ 2º2ºConcurso 2ºConcurso Concurso

Devoradores Devoradores Devoradores 2º Concurso

Devoradores de HQ

de HQ

de HQ

de HQ não perca!

não perca!

não perca!

não perca! 2015 / Devoradores de HQ 23


Biografia do Herói e Vilão Texto: Hiuri Santos

Star Lord Características: -Gênero -Altura -Peso -Cabelo -Olhos

Masculino 6’2’ 79kg Loiro Azuis

Curiosidades: -Criadores Steve Englehart, Steve Gan -Primeira Aparição Marvel Previa vol. 4 -Universo Terra 616 Parentesco: -Pai Jason of Sparta (Imperador do Império Spartoi) -Mãe Meredith Quill -Noiva Kitty Pryde

Peter Quill, ou melhor dizendo Senhor das Estrelas nasceu durante um momento incomum em que fenômeno estrôncio onde muitos planetas se alinham. Peter cresceu com a imagem de sua mãe sendo morta por dois alienígenas. Alguns anos depois ele vem a se tornar estagiário astronauta da NASA, onde uma entidade alienígena chamada Mestres do sol pois a disposição o cargo de Senhor das Estrelas 24 24Devoradores Devoradoresde deHQ HQ//2015 2015

(Policial interplanetário). Quill se pois a disposição do cargo mais foi rejeitado devido a seu mau comportamento a um integrante de sua equipe. A NASA ordenou seu retorno a terra, Já na Terra, Quill indignado rouba uma espaçonave volta para estação espacial tomando o cargo de seu colega, assim se tornando Senhor das Estrelas com a intenção de vingar a morte de sua mãe.


“Eu quase fiz o trabalho. Os guardiões era mais do que eu poderia esperar! Mas o universo é mais perigoso do que eu esperava! Olhe em volta! Esse é o tipo de coisa que pode acontecer! A galáxia não precisa de guardiões! Ela não precisa de almas corajosas! Se ela vai sobreviver mais um dia, vai precisar absolutamente de valentões! Vai precisar das maiores armas de todos os tempos! Pesos pesados tão assustadores quanto as ameaças que eles tem que enfrentar! Vão precisar de destruidores Flarking”

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Biografia do Herói e Vilão Texto: Hiuri Santos

Thanos Características: -Gênero -Altura -Peso -Cabelo -Olhos -Pele

Masculino 6’ 7’ 447kg sem cabelo vermelho roxa

Curiosidades: -Criadores Jim Starlin, Mike Friedrich -Primeira aparição Iron Man vol. 55 -Universo Terra-616 Parentesco: -Pai A’Lars -Mãe Sui-San (já falecida) -Filha Gamora (adotada quando criança) -Filho Thane

26 26Devoradores Devoradoresde deHQ HQ//2015 2015


“Eu não sou Thanos?! Eu não esquartejei a mulher que me deu a luz, que me forçou a vir para esse inferno chamado vida? Não é o despertar do meu passado sangrento com o sangue dos meus inimigos e aliados?! A morte está comigo cada segundo do meu dia”

Um dos vilões mais poderosos já enfrentado pelos vingadores. Filho de A’Lars e fundador da segunda colonia Eternals sobre Titan e Sui-San, gerado das cinzas com pele esconder-like possui um corpo maciço devido a síndrome Deviant. Thanos em sua infância foi obcecado pela morte, obsessão esta que levou ao aumento de seus poderes e habilidades superando assim todos os outros titaniano Eternals. Não contente com o que tinha em

mãos Thanos cresce com ambição de conquista, decide então deixar seu sistema estelar em busca de soldados e mercenários formando assim seu exército de conquistadores, ele volta ao seu planeta natal para reivindicar o que é seu por natureza, matando milhares de pessoas de seu planeta inclusive sua mãe Sui-San tornando-se assim o Governante de Titan, entretanto volta sua atenção para terra com sede de conquista 2015 / Devoradores de HQ 27


Entrevista Exclusiva Texto e Entrevista: Bruno De Gaspari

André Sette Qual foi o seu primeiro contato com alguma revista em quadrinhos? Na infância, com os gibis da Turma da Mônica e da Disney. Me ajudaram muito no aprendizado da leitura. Meu pai comprava as revistas para mim. Na pré-adolescência conheci oa álbuns do Tintim, uma descoberta maravilhosa! Adolescente conheci os quadrinhos europeus, os quadrinhos underground e a produção adulta brasileira, da geração dos 80, com as revistas “Animal”, “Circo” e “Chiclete com Banana”. Depois li muito Frank Miller: Batman, Ronin, Electra. Hoje leio pouco quadrinhos. Gosto muito das tirinhas do André Dahmer. Quando você descobriu que era isso que gostava de fazer? Não teve um momento específico. Foi um processo: minha trajetória como autor é continuidade da minha trajetória de leitor. Gostava tanto de ler quadrinhos que comecei a fazê-los. Você teve alguma influência de alguém que já trabalhava nessa área, ou foi por pura decisão? A influência não foi de alguém e nem decisão, foi um caminho natural, de sempre perseguir o que gosto de fazer. E não só nesta área. Os quadrinhos naturalmente me conduziram a trabalhar com ilustração, cartum, roteiro e ao trabalho como publicitário e designer, áreas que tenho formação universitária. Tenho Pósgraduação em marketing também. A profissão de quadrinista é muito difícil no Brasil. Não há garantias ou perspectivas de carreira: é puro risco. Num mercado onde a fatia de 86% é dominado por um só autor, Mauricio de Souza, existem poucas oportunidades de trabalho sustentável. Em

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geral, a maioria dos quadrinistas brasileiros têm outra atividade como fonte de renda. Eu trabalho com Design e ilustração e mantenho minha produção autoral de quadrinhos infantis. http://www.remitcheins.com.br/quadrinhosda-turma/quadrinhos-online.html Você tem algum quadrinista favorito? Tenho alguns: Laerte, Hergé, Milo Manara, Mauricio de Souza e Ziraldo. O que você acha da influência que as histórias em quadrinhos tem hoje pelo mundo? É uma grande influência, basta ver a produção cinematográfica recente, onde os block busters de super-heróis dominam. Acho que o mundo não dá a devida dimensão do quanto o incosciente coletivo global é recheado de referências dessa linguagem – e não me refiro apenas a super-heróis. A necessidade de ouvir e contar histórias é da humanidade, está na base de nossa construção civilizatória. E que meio expressão fantástico são os quadrinhos para contar histórias.


Algum dia você já se arrependeu do que faz? Pelo contrário! Ler quadrinhos na infância me deram formação e base para tudo que uso em minha vida profisional: texto, roteiro, composição gráfica, conceito, ilustração, poder de síntese, combinação de cores e principalmente criatividade. Até mesmo na música, onde uma composição instrumental deve sempre ter uma históra para contar. Talvez me arrependeria se minha única atividade remunerada fosse os quadrinhos, com certeza estaria com dificuldades financeiras. Qual a dica que você daria para alguém que gostaria de começar a desenhar ou ingressar neste mundo?

Acho que o caminho dos quadrinhos de autor é migrar para as livrarias, o que já acontece. Acredito que o futuro, e um desafio, é como a linguagem das histórias em quadrinhos (ou arte sequencial, como preferem alguns) irá se adaptar às novas mídias, como iPad, por exemplo. Pode até incorporar outros elementos como som e movimento, mas sem perder sua essência. Eu estou indo nessa direção. Outro fator é a internet ter dado poder de distribuição e divulgalção aos autores novos e independentes. Você não precisa mais de uma editora para chegar ao grande público, mas é preciso usar bem as ferramentas disponíveis: blogs, sites, redes sociais, aplicativos etc. É uma época empolgante pelas possibilidades que oferece.

Pensar os quadrinhos como um meio e não como fim. Que persiga sua paixão mas avalie com racionalidade o mercado de trabalho e suas perspectivas. Que procure uma profissão correlata ou de área aproximada, para ter alternativas. E desenhar e ler muito, com prazer e felicidade. Você tem alguma história que gostaria de indicar? “Palhaços Mudos” do Laerte, publicada na antiga revista CIRCO (anos 80). Achei revolucionário e foi transformador para mim ler essa história. http://www2.uol.com.br/laerte/personagens/palhacos/parte2.html Qual a sua opinião sobre o futuro das histórias em quadrinhos? A queda da vendagem em bancas de jornais é uma realidade. As revistas da Turma da Mônica tinham nos anos 90, em média, tiragens de 400.00 exemplares, hoje este patamar está em cerca de 200.000. Hoje temos outras coisas copetindo: games, internet, aplicativos...

Pergunta nerd, você tem preferência por histórias da DC COMICS ou MARVEL COMICS? Não tenho preferência, minha formação não foi com os quadrinhos de Super-heróis. E nem as aprecio muito. Mas gosto do Batman como personagem, principalmente na versão do Frank Miller (DC) nos quadrinhos e do Christofer Nolan no cinema. 2015 / Devoradores de HQ 29


Stan Lee A lenda de uma Era Texto: Bruno De Gaspari

Stanley Martin Lieber nasceu em 28 de dezembro de 1922 em Nova York, mais conhecido por seu apelido, criado por si, o famoso Stan Lee. Roteirista e empresário Stan é um dos mais notáveis criadores de histórias em quadrinhos do mercado, sendo corresponsável por grandes super-heróis e vilões da Marvel Comics, como por exemplo o Homem-Aranha, X-Men, Quarteto Fantástico e Os Vingadores.

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Stan Lee era só um garoto de 18 anos, quando começou a ingressar em uma carreira que o levaria a ser um dos maiores ícones já conhecido entre os fãs de quadrinhos. Ele começou na Timely Comics, seu chefe, Martin Goodman, levou o rapaz para sua empresa, onde Stan seria como um garoto de recados. Logo o garoto de 18 anos seria reconhecido, pois possuía uma visão clara sobre o que os fãs de histórias em quadrinhos gostariam de ver e por ter uma visão ampla no mundo dos negócios. Na década de 60 Stan Lee começou a propor para o mercado de quadrinhos personagens que exploravam um dos arquétipos mais famosos da cultura pop, o “herói bem-sucedido” mesmo quando tudo e todos estavam contra ele, o herói continuava lutando.

Por causa desse processo que Stan inventou, a empresa começou a ser criticada por minimizar quadrinistas como, Jack Kirby, Steve Ditko e Bill Everett, que foram cocriadores de grandes personagens importantes, tanto que o próprio Steve Ditko muitas vezes brigava com Stan, pois ele levava os créditos por todo o trabalho, já Kirby era um grande aliado de Stan Lee, tanto, que mesmo com muitas criticas sobre Stan ainda permaneceu ao seu lado. Stan Lee levava todos os créditos dos companheiros de trabalho, fazendo com que os colegas ficassem invisíveis ao público. Ele, era visto como um grande gênio por trás da Marvel Comics.

Sua proposição super-heroística mesclava ironia e características anti-heroicas, o que era pouco comum aos personagens de histórias em quadrinhos, trazendo heróis que conviviam com problemas ou dificuldades que também poderiam afetar o leitor comum, como a incompreensão dos semelhantes, dificuldades econômicas, conflitos com autoridades policiais e crises de consciência. Sua produtividade teve avanço nos anos de 1960 quando na posição de editor-chefe e principal escritor da Marvel, teve uma brilhante idéia, escrever quadrinhos rápidos e que seriam interessantes ao público. Basicamente esse método era escrever uma ou duas páginas datilografadas, o texto seria levado ao desenhista, que com base nessas páginas, desenharia toda a revista, após terminar todos os desenhos, tudo voltava para Stan, que colocava os diálogos nos balões.

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No ano de 1961 a Marvel Comics vivia uma crise pois a indústria dos quadrinhos ia de mau a pior (crise que iniciou em meados dos anos 50 por causa que alguns especialistas diziam que histrias em quadrinhos transformavam jovens em delinqüentes e incentivavam eles a violência , em 60 a Marvel não tinha personagens que davam lucros a empresa), Stan Lee que deu anos de sangue pelo mercado de quadrinhos agora era obrigado a ver tudo aquilo se desmoronar, mas um belo dia, algo que mudaria o destino dele aconteceu. Martin Goodman, estava em uma partida de golfe com Jack Liebowitz, dono da editora rival DC Comics, que conversando com Goodman revelou que estava juntando seus personagens mais famosos como Batman, Superman, Mulher-Maravilha e Lanterna Verde em uma única revista, chamada Liga da Justiça da América, em seguida, Goodman foi

para o escritório e falou para Stan Lee roubar a ideia e inventar uma equipe de heróis, Stan não ficou muito contente com isso e decidiu ir pra casa, chegando lá teve uma conversa com sua esposa e disse que estava querendo pendurar as chuteiras, ela convenceu Stan de continuar e disse a ele que o pior que poderia acontecer era ele ser demitido. Depois de muitos rascunhos ele chegou a quatro personagens, ele então, foi direto a Jack Kirby que era seu artista de maior confiança, assim eles criaram o Quarteto Fantástico, uma família que exposta a radiação do espaço ganharam super-poderes, isso não era bem o que Goodman queria, mas as vendas do Quarteto Fantástico explodiram e muitos fãs mandavam cartas para a Marvel. Após o estouro de Quarteto Fantástico, Stan trouxe vários outros heróis como Homem-Aranha, e outros três personagens que ajudou a criar naquela época, Thor, Homem Formiga e o Hulk, voltou ao mercado de quadrinhos com suas criações e seus aliados quadrinistas.

Até hoje Stan Lee com seus 92 anos é reconhecido, viu e vê seus personagens ganhando vida em filmes, séries e animações. Figura carimbada em todos os filmes da Marvel, sempre faz uma aparição para seus fãs terem o gostinho de tentar achá-lo, também fez aparições no desenho do Ultimate Homem-Aranha, no Jogo MARVEL LEGO e sua última aparição foi na animação Big Hero 6 onde ele aparece na cena pós-crédito.Stan Lee é um grande herói para todos nós, pois junto com outros, nos proporcionou este magnífico mundo das Histórias em Quadrinhos.

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Guia para começar uma HQ Texto: Cassiano Tonon

Pensando em todos que sempre sonharam em ter sua própria HQ, nós da revista devoradores de HQ juntamos um conteúdo que te colocará na direção certa. Agora você não tem mais desculpas para começar a criar suas próprias histórias para os outros devorarem. Se no final desse guia você desenvolveu aquela HQ que sempre sonhou, mande no nosso email devoradoresdeHQ@gmail.com, que ficaremos muito contentes por receber, e se você permitir, ainda postaremos na nossa página do facebook. A Ideia: Antes de começar a escrever uma HQ você deve ter uma história em mente, assim como seus personagens e ambientação. Algumas dicas para criar seu personagem: • Ele tem super poderes? Quais? • Qual a motivação dele para sua atitude ao decorrer da história? • Quais suas características e origem? • É um herói ou anti-herói? • E nunca se esqueça de fazer um personagem cativante. O Roteiro: Agora que você tem a ideia, é hora de escrever. Escreva sem medo, sempre que surgir alguma ideia coloque no papel, nunca é demais e no decorrer você pode ir riscando o que não será usado. Você pode construir seu roteiro assim: [Aqui você coloca como quer o layout de sua cena, como detalhes da postura do personagem, o que ele está fazendo e o ambiente] -Aqui você coloca os diálogos que aparecerão nos balões. A parte legal de se escrever quadrinhos é que você tem o auxílio de imagens. Não há necessidade de descrever uma cena se você pode desenhá-la. Então atenção com redundância nos seus quadros. Utilize elementos grá-

ficos e onomatopeias para dar mais ênfase sem utilizar textos. Lembre-se que você ainda é principiante nisso, então nada de programar supersagas, comece com histórias one-shot, já é o suficiente

para praticar e mostrar a todos o que você sabe fazer. Com a produção de histórias curtas você vai adquirindo prática e aprendendo com seus erros e depois, você poderá partir para sagas maiores.

O Desenho: Com o surgimento dos crowdfunding, sites de financiamento e arrecadação de fundos, a área dos quadrinhos vem ganhando cada vez mais praticantes. Por mais que para quem está

começando a desenhar agora é comum copiarmos traços que gostamos, ao fazer sua própria HQ busque um traço e estilo de desenho só seu, com o mercado saturado você tem que encontrar maneiras de se sobressair se

quiser ganhar dinheiro com isso. As dicas que darei podem ser usadas para a concepção do personagem e cena, e não devem ser levadas inteiramente à risca. Desenvolva sua própria arte. 2015 / Devoradores de HQ 33


1º passo: Esboço rápido Antes de começar o personagem, desenhe os quadros da página, busque colocar poucos quadros em suas páginas para não ficar muito carregado e confundir o leitor. Comece seus desenhos com formas geométricas e esboços rápidos. Procure trabalhar com o lápis solto na mão para ter traços mais fluídos.

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2º passo: Detalhes e Sombras Essa é a hora que você começa a definir o relevo anatômico do seu personagem, os músculos e onde pega a sombra sombreado. Com um traço um pouco mais forte, acrescente os detalhes do personagem e informações relevantes. Depois dos detalhes do personagem, adicione os detalhes do ambiente.


3º passo: Contornar os traços com tinta Feito isso você pode passar à tinta o seu traço. Lembre-se que não é somente um contorno, pois para passar a sensação de profundidade, alterne seu traço com linhas grossas e finas. A caneta pincel ajuda muito nessa fase. Exemplo: Maior incidência de luz: Linha mais fina. Menor incidência de luz: Linha mais grossa.

4º passo: Colorização Depois de finalizado o desenho é hora de colorir. Para passar o desenho no computador você pode escanear. 1200 dpi é uma ótima resolução. Quando terminar, salve a imagem em .tiff, e é só abrir no programa de sua preferência e começar a pintar. A primeira camada de cor é chapada, na segunda camada você começa a adicionar detalhes, sombras e luzes. 2015 / Devoradores de HQ 35


Entrevista exclusiva Texto: Bruno De Gaspari Agradecimento pela entrevista: Daniel Martins

Marcelo Maiolo Se é possível conjugar genialidade e humildade, virtuose e lucidez, sucesso e descontração, Marcelo Maiolo é autoridade no assunto. O grande nome da coloração digital na HQ do momento é brasileiro, trabalha para as gigantes Marvel e DC Comics e assusta pela simpatia e proximidade com o público. O leitor o conhece por trabalhos de fôlego como Arqueiro Verde e Constantine, e sabe que o ídolo, cuja reputação ecoa nos grandes circuitos mundiais, reside na vizi-

nha Piracicaba e preenche seu tempo com aulas que ministra em seu estúdio particular. Maiolo faz parte do seleto time de coloristas que agora entra para o rol dos grandes nomes da 9ª arte. Maiolo, com seu trabalho singular, colocou o nome do colorista na capa. Maiolo é técnico, instintivo, irrequieto e implacável. Além disso, é gente boa pra caramba! Confira abaixo a troca de ideias com o artista.

DANIEL MARTINS: Não vou começar perguntando da sua trajetória e início de carreira. Outros entrevistadores já te aporrinharam bastante com essa pergunta. Na verdade queria saber mais sobre seu contato inicial com os Quadrinhos: Foi na infância? Adolescência? Lia o quê naquela época? Você tem alguma HQ de cabeceira? Algo que te marcou profundamente? MARCELO MAIOLO: Bom, comecei no mundo das HQs mesmo antes de saber ler. Era simplesmente apaixonado por aquela mídia desde que a vi pela primeira vez. Comecei lendo Maurício de Sousa e, aos 11 anos, fui para os super-heróis. Como leitor, não tenho uma obra específica, mas dois gibis que mexeram comigo na época foram Maus e Gen, Pés Descalços. DM: Atualmente você faz parte do casting da DC Comics. Como é trabalhar para Editoras de peso que fizeram parte da sua formação como leitor de HQs? O adolescente Marcelo Maiolo, comprando gibi na banca, alguma vez já se imaginara nessa situação? Era um sonho antigo seu? MM: Hoje estou na DC e na Marvel e sim, sempre foi um sonho de infância. Quando todos os meus amigos queriam ser jogadores de futebol e eu já pensava em desenhar o Homem-Aranha.

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DM: Algo que me marcou no seu Talk do último sábado [Maiolo foi convidado da DVD Shop Locadora para o dia do Orgulho Nerd, no último dia 01 de maio] foi quando você afirmou que a cor é “mais sentida do compreendida”. Muitas vezes o público geral, tão fluente para opinar sobre o roteiro ou o desenho, parece não ter muitas ferramentas para analisar a cor. São bastante conhecidos os estudos de Goethe ou de Kandinsky sobre a teoria das cores ou, pra citar um exemplo mais próximo, o Da Cor à Cor Inexistente, do Israel Pedrosa. Gostaria de perguntar se você busca esses referenciais teóricos no seu trabalho. MM: Sim, estou sempre lendo e estudando livros sobre cores e, apesar de achar o livro do Pedrosa meio chato, ele não pode faltar em coleção alguma. Com cores, assim como em qualquer parte do processo artístico, você começa estudando e com o tempo se torna intuitivo.


DM: Marcelo, você cita mais referências fora dos Quadrinhos do que dentro da 9ª Arte. Ouvi você falar dos expressionistas e até mesmo dos prérafaelitas! Isso, claro, me faz lembrar de Dave McKean, Bill Sienkiewicz e David Mazzucchelli, que transitam tão bem na fronteira com as artes plásticas e o design. Você considera esse diálogo com as outras artes fundamental para o profissional dos Quadrinhos? MM: Eu sempre digo aos meus alunos que, em matéria de arte, você deve sempre somar. Nunca subtrair. A inspiração – ou o insight – pode vir de qualquer lugar! Pode vir até de uma conversa na fila do banco. Acho empobrecedor ficar preso apenas a uma mídia. Ainda mais se essa mídia pode dialogar com tantas outras... DM: O mercado brasileiro das HQs cresceu absurdamente nos últimos anos. Surgiram muitos títulos autorais e independentes, além de maior abertura para profissionais que buscam um lugar lá fora. A internet, evidentemente, foi um trampolim importante na formação deste novo cenário: ela proporcionou visibilidade para os artistas; embora, reze a lenda, ameace a continuidade do material impresso. Você vê com otimismo o futuro dos Quadrinhos Brasileiros?

DM: Achei muito legal você diferenciar, no seu Talk, uma boa história de um quadrinho inovador. Para exemplificar o segundo caso, citou Watchmen, que representou, muito além de um bom roteiro, uma ressignificação dos meios de se contar uma história por meio da narrativa gráfica. Claro que me lembrei na hora de Asterios Polyp. É difícil encontrar HQs que revolucionem a própria mídia em si? MM: Acredito que isso é difícil em qualquer mídia. Mas, de tempos em tempos, surge alguém que, através de muito talento (ou às vezes até sorte), dá uma virada na mesa e as coisas são percebidas de forma diferente.

MM: Com certeza! O mercado nacional está a plenos pulmões e acredito que vai surpreender muita gente ainda. Assim que o artista perceber que não depende da editora, o jogo vai virar de vez e o mercado terá ainda mais material criativo. E, acredite, sem a obrigação de gerar lucros astronômicos.

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VENCEDO VENCED DO CON

DO CON

Com uma proposta simples, o concurso Devoradores de HQ foi a maneira que encontramos de fazer os alunos da FAAL queimarem a ponta do lápis, e mostar o que eles sabem fazer de melhor. Com o auxílio de 3 professores que entendem, e muito do assunto, selecionamos os 3 melhores trabalhos. Vai, vire a página e confira!

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ORES RES NCURSO

NCURSO

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Jo達o Barbosa

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3ยบ Lugar

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Marina Gonรงalves

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2ยบ Lugar

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Karina Del Passo

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1ยบ Lugar

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OBRIGADO PELA LEITURA

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