Monografia - Dhanielle Bianchini - TCC 1

Page 1

UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES DHANIELLE BIANCHINI JESUS ALVES 11181502859

CENTRO CULTURAL E COMERCIAL CONJUNTO OROPÓ

Mogi das Cruzes, SP 2019


DHANIELLE BIANCHINI JESUS ALVES 11181502859

CENTRO CULTURAL E COMERCIAL CONJUNTO OROPÓ

Trabalho de Conclusão de Curso I apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Mogi das Cruzes como parte dos requisitos para conclusão de graduação

Profº Orientador: Ms. Martha Lucia Cardoso Rosinha

Mogi das Cruzes, SP 2019


DHANIELLE BIANCHINI JESUS ALVES 11181502859

CENTRO CULTURAL E COMERCIAL CONJUNTO OROPÓ

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Mogi das Cruzes como parte dos requisitos para avaliação da banca.

Aprovado em: ________________

BANCA EXAMINADORA

____________________________________ Professora Orientadora Arquiteta Martha Lucia Cardoso Rosinha Universidade de Mogi das Cruzes

____________________________________ Professor Convidado Universidade de Mogi das Cruzes

____________________________________ Arquiteto convidado


Dedicatรณria

Dedico esse trabalho a pai (memoriam) e a minha mรฃe, por se esforรงarem para que eu conseguisse realizar meu sonho.


Agradecimentos

Agradeço a Prof.ª Martha que me auxiliou nessa caminhada exaustiva a fim de um bem maior.


Resumo

O presente trabalho teve como objetivo estudar como a implantação de um centro comercial e cultural pode contribuir com uma área na cidade de Mogi das Cruzes, mas especificamente no bairro conjunto Oropó que sofre com a carência de equipamentos dessa natureza. Foram feitos estudos no local e diagnósticos que demostraram o nível de carência de equipamento na área e como é justificável a implantação de equipamentos como os propostos. A fundamentação teórica foi essencial para entender melhor o tema e saber qual a melhor forma para a implantação, quais recursos podem ser utilizados e como implantar um empreendimento desse porte em um local esquecido porem com grande potencial de crescimento. E com isso foi possível alcançar o objetivo de descentralização, do centro da cidade. Criando um novo apoio que consegue atender toda a área próxima ao bairro.

Palavras-chave: Centro Descentralização.

Comercial,

Centro

Cultural,

Conjunto

Oropó,


Abstract

The present work had as objective to study how the implantation of a commercial and cultural center can contribute with an area in the city of Mogi of the Crosses, but specifically in the joint district Oropรณ that suffers with the lack of equipment of this nature. On-site studies and diagnoses have been performed that demonstrate the level of equipment shortage in the area and how it is justifiable to implement equipment such as those proposed. The theoretical basis was essential to better understand the theme and to know the best way to implement it, what resources can be used and how to implement a business of this size in a forgotten place but with great potential for growth. And with that it was possible to achieve the goal of decentralization, downtown. Creating a new support that manages to attend the whole area near the neighborhood.

Keywords: Shopping Center, Cultural Center, Conjunto Oropรณ, Decentralization.


Lista de Figuras

Figura 1 - Troca por escambo 18 Figura 2 - Grand Bazaar Irã 20 Figura 3 - Grande Bazaar Turquia 21 Figura 4 - Shopping Iguatemi 21 Figura 5 - Shopping Aricanduva 22 Figura 6 - Mercado express. 23 Figura 7- Bibliotecas de Alexandria 25 Figura 8 - Centro Georges Pompidou 26 Figura 9 - Centro Cultural Jabaquara Paulo 27

Figura 10 - Centro Cultural São

Figura 11 – Centro Cultural Red Bull Station 28 Figura 12 - SESC Carmo 28 Figura 13 - Quintal Amendola 29 Figura 14 - Centro comercial + Criatividade e Cultura 31 Figura 15 - Centro Muy Güemes – Circulação interna e fachada das lojas 32 Figura 16 - Centro Muy Güemes - Circulação interna 32 Figura 17 - Centro Muy Güemes - Fachada de um dos bares 33 Figura 18 - Centro Muy Güemes – Fachada 34 Figura 19 - Centro Muy Güemes - Planta Térreo 34 Figura 20 – Centro Muy Güemes - Planta Pavimento Superior 35 Figura 21 - Centro Muy Gümes - Cobertura verde 35 Figura 22 - Centro Muy Güemes – Lojas 36 Figura 23 - Centro Muy Güemes – Cortes 37 Figura 24 - Mall Campos do Jordão - Fachada com corredor lateral 38 Figura 25 - Mall Campos do Jordão - Corredor lateral 39 Figura 26 - Mall Campos do Jordão - Salão de eventos do Jordão - Estacionamento subsolo 39 Figura 28 - Mall Campos do Jordão - Planta térreo 40

Figura 27 - Mall Campos


Figura 29 - Mall Campos do Jordão - Planta 1º Pavimento 40 Figura 30 - Mall Campos Do Jordão - Planta Sótão 41 Figura 31 - Mall Campos do Jordão – Cobertura Figura 32 - Mall Campos do Jordão – Fachada das lojas 41 Figura 33 - Mall Campos do Jordão - Fachada lateral 42 Figura 34 - Espaço Alana – Pátio a noite 43 Figura 35 - Espaço Alana - Pátio durante o dia 44 Figura 36 - Espaço Alana - Planta térreo 44 Figura 37 - Espaço Alana – Planta pavimento superior 45 Figura 38 - Espaço Alana - Pátio com balanço Figura 39 - Espaço Alana - Marquise 46 Figura 40 -Espaço Alana - Corte BB 46 Figura 41 - Espaço Alana - Corte CC 47 Figura 42 - Centro Cultural El Tranque - Fachada principal e lateral 48 Figura 43 - Centro Cultural El Tranque - Praça de exposições 48 Figura 44 - Centro Cultural El Tranque - Planta pavimento térreo 49 Figura 45 - Centro Cultural El Tranque - Planta pavimento superior 50 Figura 46 - Centro Cultural El Tranque - Jardim na cobertura 51 Figura 47 - Centro Cultural El Tranque – Cortes 51 Figura 48 - Centro Cultural El Tranque - Fachada principal 52 Figura 49 - Fachada SESC Belenzinho 56 Figura 50 - Torre Leste 57 Figura 51 - Área para descanso e elevadores 57 Figura 52 - Área para descanso 58 Figura 53 - Biblioteca 58 Figura 54 - Piso de vidro 59 Figura 55 - Escadas de emergência 59 Figura 56 - Planta 1º pavimento 60 Figura 57 - Recepção área administrativa 60 Figura 58 - Área de descanso em frente a área administrativa 61


Figura 59 - Clínica odontológica 61 Figura 60 - Sala de ateliê 62 Figura 61 - Planta 2º pavimento 62 Figura 62 - Sala de ginastica 63 Figura 63 - Sala de expressão corporal 63 Figura 64 - Planta 3º pavimento 64 Figura 65 – Cafeteria

Figura 66 - Balcão cafeteria 64

Figura 67 - Hall teatro e sala de espetáculos 65 Figura 68 - Entrada teatro 65 Figura 69 - Palco teatro 66 Figura 70 - Plateia teatro 66 Figura 71 - Planta 1º Subsolo 67 Figura 72 - Estacionamento 67 Figura 73 - Câmara fria 68 Figura 74 - Lanchonete piscina 68 Figura 75 - Piscinas descobertas 69 Figura 76 - Embarque e desembarque de ônibus de excursão 69 Figura 77 - Acesso a biblioteca 70 Figura 78 - Quadra coberta 70 Figura 79 - Planta comedoria 71 Figura 80 - Sanitários 71 Figura 81 - Praça 72 Figura 82 - Área externa livre 72 Figura 83 - Pilares 73 Figura 84 - Maquete física 73 Figura 85 - Fachada Fabbrica Mooca Mall 74 Figura 86 - Entrada pela rampa 74 Figura 87 - Lojas 75 Figura 88 - Fachada supermercado 76


Figura 89 - Área interna supermercado 76 Figura 90 - Saída veículos Fabbrica Mooca Mall 77 Figura 91 - Piso bloquete permeável 78 Figura 92 - Acesso por rampas 78 Figura 93 - Setorização Fabbrica Mooca 79 Figura 94 - Mapa acessos Mogi das Cruzes 80 Figura 95 - Distritos de Mogi das Cruzes 81 Figura 96 - Rua Haouru Hiramatsu 82 Figura 97 - Av. Kaouro Hiramatsu em 2018 83 Figura 98 - Rua Kaouro Hiramastsu em 2010 83 Figura 99 - Rua Kaouru Hiramatsu 2018 84 Figura 100 - Terreno total 85 Figura 101 - Área do terreno a ser utilizada para o projeto 85 Figura 102 – Terreno 86 Figura 103 - Orientação solar e ventos predominantes 87 Figura 104 – Solar 87 Figura 105 - Localização das imagens 88 Figura 106 - Portaria atual da fábrica 88 Figura 107 - Portaria atual da fábrica 89 Figura 108 - Vista Frontal e Rua Antônio Luca Cotrim 89 Figura 109 - Vista fachada frontal da fábrica 89 Figura 110 - Portaria 2 90 Figura 111 - Muro portaria 2 90 Figura 112 - Avenida Dom Paulo Rolim Loureiro 90 Figura 113 - Analise Macro 91 Figura 114 - Implantação de novos loteamentos 92 Figura 115 - Loteamento de interesse social próximo ao terreno 93 Figura 116 - Atividades relacionadas ao projeto 93 Figura 117 - Analise Micro 95


Figura 118 - Fluxo viário 96 Figura 119 - Ciclovia e pontos de ônibus 97 Figura 120 - Cheios e vazios 98 Figura 121 - Localização das imagens 99 Figura 122 - Avenida Kaouru Hiramatsu 99 Figura 123 - Avenida Kaouru Hiramatsu outro ângulo 100 Figura 124 - Rua Pedro de Siqueira. Acesso a antiga portaria 2 da Fabrica 100 Figura 125 - Rua Vital Bento vista da rua Antônio Luca Cotrim 101 Figura 126 - Rua Vital Bento vista da Avenida Kaouru Hiramatsu 101 Figura 127 - Rua Paula Sales de Abreu vista da Rua Kouru Hiramatsu 102 Figura 128 – Rua Paula Sales de Abreu vista da Rua Antônio Luca Cotrim 102 Figura 129 - Rua José Costa vista da Rua Antônio Luca Cotrim 103 Figura 130 - Rua José Costa, vista da Rua Haouru Hiramatsu 103 Figura 131 - Rua Antônio Luca Cotrim 104 Figura 132 - Rua Antônio Luca Cotrim 104 Figura 133 - Rua Pedro Luiz Alencar Gasparetto 105 Figura 134 - Rua Pedro Luiz Alencar Gasparetto 105 Figura 135 - Planta livre 124 Figura 136 - Estilo industrial 125 Figura 137 - Edifício FL 4300 125 Figura 138 - Instalação geral de cisterna 126 Figura 139 - Tintas Ecológicas 126 Figura 140 - Madeira Plástica 127 Figura 141 - Cobertura verde 127 Figura 142 - Escadas – Ábaco 129 Figura 143 - Formula largura saídas de emergência 133 Figura 144 - Escada enclausurada 136


Sumário 1.INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 14 2.DEFINIÇÃO DO TEMA.......................................................................................................................... 17 2.1 CENTRO COMERCIAL ................................................................................................................ 17 2.1.1 COMERCIO............................................................................................................................. 17 2.1.2 CENTROS COMERCIAIS .......................................................................................................... 18 2.1.3 CENTROS COMERCIAIS NO MUNDO ..................................................................................... 20 2.1.4 CENTROS COMERCIAIS NO BRASIL ........................................................................................ 21 2.1.5 CENTROS COMERCIAIS ATUALMENTE .................................................................................. 22 2.2 CENTRO CULTURAL ................................................................................................................. 23 2.2.1 CULTURA ............................................................................................................................... 23 2.2.2 CENTROS CULTURAIS NO MUNDO ........................................................................................ 24 2.2.3 CENTROS CULTURAIS NO BRASIL .......................................................................................... 27 3.ESTUDO DE CASO................................................................................................................................ 31 3.1 CENTRO COMERCIAL MUY GÜEMES ........................................................................................ 31 3.2 MALL CAMPOS DO JORDÃO ..................................................................................................... 38 3.3 ESPAÇO ALANA ......................................................................................................................... 42 3.4 CENTRO CULTURAL EL TRANQUE ............................................................................................. 47 3.5 TABELA SÍNTESE ....................................................................................................................... 53 4.VISITA TÉCNICA ................................................................................................................................... 56 4.1 SESC BELENZINHO .................................................................................................................... 56 4.2 FABBRICA MOOCA MALL.......................................................................................................... 74 5.ÁREA DE INTERVENÇÃO ..................................................................................................................... 79 5.1 LOCALIZAÇÃO: ESTADO E CIDADE ............................................................................................ 79 5.2 BAIRRO ..................................................................................................................................... 82 5.3 TERRENO .................................................................................................................................. 84 5.4 MAPAS ...................................................................................................................................... 91 6.PERFIL DO USUÁRIO ......................................................................................................................... 106 6.1 USUÁRIO................................................................................................................................. 106 6.2 FUNCIONARIO ........................................................................................................................ 107 7.PROGRAMA DE NECESSIDADES ....................................................................................................... 107 8.ORGANOGRAMA .............................................................................................................................. 118 9.FLUXOGRAMA................................................................................................................................... 119 10.AGENCIAMENTO ............................................................................................................................. 120 10.1 CENTRO COMERCIAL ............................................................................................................ 120 10.2 CENTRO CULTURAL .............................................................................................................. 121


11.CONCEITO E PARTIDO..................................................................................................................... 122 11.1 CONCEITO............................................................................................................................. 122 11.2 PARTIDO ............................................................................................................................... 124 12.DIRETRIZES E PREMISSAS ............................................................................................................... 128 12.1 ABNT NBR 9050 .................................................................................................................... 128 12.2 ABNT NBR 9077 .................................................................................................................... 130 12.3 CÓDIGO DE OBRAS ............................................................................................................... 137 12.4 LEGISLAÇÃO POR AMBIENTES .............................................................................................. 138 13.ESTUDOS PRELIMINARES ............................................................................................................... 145 14.CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................................. 153 15.REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ...................................................................................................... 154


14

1 Introdução Diversos bairros na cidade de Mogi das Cruzes sofrem com a carência de espaços de cultura e comercio. Segundo a nova proposta do plano diretor da cidade, o objetivo é que esses bairros se tornem novos pontos de centralidades, não dependendo apenas do núcleo central da cidade. A partir desse ponto, surgiu a ideia de se implantar em uma dessas regiões, mais especificamente no bairro Conjunto Oropó, que está localizado na região que a prefeitura deseja que seja explorada para esses fins, que se chama centralidade Kaoru Hiramatsu, o Centro Comercial e Cultural. A ideia é que o Centro atenda as deficiências não só do bairro, mas da região que é extremamente carente de atividades que serão propostas como, minimercado, lojas variadas, biblioteca, praça de convivência, entre outras atividades que serão inseridas no programa. O local de implantação do centro cultura e comercial sofre com a exclusão da cidade, a falta de atividades que em tese, são básicas para o funcionamento de qualquer bairro, para o conforto dos que ali habitam. Por esse motivo no estudo serão apontadas soluções para resolução das deficiências da região, e que esse estudo possa futuramente ser aplicado em outros locais que também sofram com o mesmo problema. Promovendo assim a integração de bairro-cidade, um conforto maior para os moradores do bairro e região, e a valorização da área que será revitalizada com a inserção dos centros, onde hoje está localizado uma grande área abandona que antes sediava uma fábrica que está desativada a alguns anos. Objetivo O objetivo do trabalho é levar para um bairro sem estruturas, atividades e serviços que sejam polos geradores de empregos, lazer e entretenimento. Por esse motivo serão implantados os centros de cultura e comercio, para suprir as necessidades do bairro e região.


15

A implantação do edifício proporcionara maior integração entre os moradores, facilidade em realizar tarefas básicas sem se deslocar até o centro da cidade, além de proporcionar o crescimento da região que já está acontecendo, visto que conta com dois grandes condomínios de classe média alta. Foram implantados á alguns anos e grandes áreas vazias no entorno sofrem especulação imobiliária Para atingir os objetivos, seja aproveitado um galpão da fábrica desativada que abrigará parte das instalações dos Centros, que será composto por: Setor Comercial •

Salas para lojas;

Minimercado;

Lanchonete;

Praça de convivência;

Estacionamento;

Setor Cultural •

Biblioteca;

Espaço para exposições;

Auditório;

Estacionamento;

Quadra descoberta;

Salas de ateliê;

Justificativas do tema A necessidade de se implantar o centro partiu do convívio de quase vinte anos no local, que é extremamente carente de equipamentos urbanos de qualquer natureza. Não oferece qualquer tipo de entretenimento cultural (exceto através de igrejas) e não oferece serviços para os moradores do bairro e da região. Deve ser considerada qual a necessidade dos moradores e da região onde o empreendimento será inserido, tanto do ponto de vista urbanístico, quanto do ponto de vista social.


16

A área é isolada da cidade, está localizada entre dois condomínios de alto padrão, e por não ser tão adensada e populosa, não recebe o atendimento adequado do poder público. O objetivo é aproveitar as antigas instalações da fábrica de couro desativada, que possui uma área extensa e dispõem de muito potencial para abrigar todas as necessidades, isso contribuirá para que o sitio que agora está ociosa, seja usada em prol da sociedade. Com um estudo bem elaborado, o projeto e a pesquisa podem ser aplicados em outros bairros que também sofram com a falta de serviços e cultura. Com isso será possível reduzir a dependência do polo comercial do centro da cidade, criando novos pontos de centralidades. Está aí a importância do estudo, de proporcionar para diversos bairros como o estudado a oportunidade de melhor atender seus habitantes. O novo plano diretor da cidade de Mogi das Cruzes destaca a importância de implantação de serviço na área, para justamente promover a descentralização.

Problematização Como levar a áreas sem infraestrutura, cultura e serviços, os equipamentos básicos para se viver, sem precisar se deslocar por grandes distancias para executar quase todos os tipos de atividades relacionadas a compras, lazer e cultura? Para realizar qualquer tipo de atividade é necessário o deslocamento até o centro da cidade. O supermercado mais próximo, por exemplo, fica a 4 km. Não é fácil encontrar qualquer tipo de serviço nas proximidades, e única atividade que existente próxima para crianças, por exemplo, é uma instituição da LBV, que proporciona atividades fora do período de aulas durante a semana. O grande problema da área é estar esquecida e isolada, por isso a ideia do complexo, que trará maior visibilidade para o bairro e proporcionara a integração do local com a cidade.


17

2 Definição do Tema 2.1 Centro Comercial 2.1.1 Comercio

Comercio é definido como:

[...] o comércio é essencialmente troca econômica, compra e venda de bens, serviços e/ou valores por outros bens, serviços e/ou valores, intermediada hoje em dia, em sua quase totalidade, pela moeda ou documento que a represente. Visto desta maneira, o comércio é mais do que uma área profissional, constituindo-se atividade indispensável e presente em qualquer setor ou ramo da economia. No entanto, a existência de um sem-número de empresas e profissionais dedicados única e exclusivamente a atividades comerciais, e a grande importância destas como impulsionadoras da economia de um modo geral, sugerem que se trate o comércio como uma área profissional. [...] Conceito, 2011.

Até hoje não se pode datar quando o comercio surgiu, mas aconteceu a partir dos processos de troca na antiguidade.

Quando houve a troca de produtos, os grupos

de produtores trocavam suas produções por outras. Assim se inicia o comercio as pessoas trocavam o que tinham pelo o que lhes faltava. Essa troca de produtos e serviços ficou conhecida como escambo (sistema de troca sem o uso de moeda).

[...] no início do desenvolvimento do comércio moderno, os produtos eram intercambiados diretamente nos postos de troca, sendo que na época as moedas não tinham a credibilidade financeira para serem universalmente aceitas. Era a fase do escambo [...] NOVAES, 2007.

Com o passar do tempo essa troca começou a ser obsoleta já que, por exemplo, certo produtor de carne precisava circular por toda vila atrás de alguém que precisasse de carne e que lhe oferecesse um produto que ele precisasse. Havia também a dificuldade de dar valor aos produtos, para saber, por exemplo, quanto valia 1kg de carne com relação ao 1 litro de leite.


18

Figura 1 - Troca por escambo

Fonte: Mega curioso, s/d

Após esse período foi concluído que não seria possível manter esse tipo de troca, por isso foi criado um sistema que moeda com valor definido, que tornaria de certa forma mais fácil e justa a negociação entre produtos. Com o tempo os sistemas de trocas foram aperfeiçoados para chegarem como conhecemos hoje.

2.1.2 Centros Comerciais Surgiram da necessidade de se ter em um mesmo local, diversos tipos de atividades e serviços, dando maior comodidade a seus frequentadores. Tem como característica uma quantidade mínima de 12 lojas e 500 metros quadrados, as lojas normalmente estão localizadas em um bloco único, e apresentam serviços diversos. É necessário que exista uma administração geral, mesmo que cada loja tenha suas atividades distintas. Shopping Center pode ser classificado como centro comercial, porém no estudo proposto teremos um conjunto de menor escala. Além disso, os Centros Comerciais podem se dar através de, por exemplo, Supermercados ou Hipermercados, que diversas

vezes

acomodam

dentro

de

suas

dependências

espaços

como


19

restaurantes, farmácias e outros diversos serviços, que não necessariamente tenham relação com o supermercado. É comum que espaços como esses trabalhem com lojas âncoras, através delas o espaço ganha maior visibilidade e visitantes. Por diversas vezes esses espaços estão relacionados a entretenimento e lazer, por disporem de espaços amplos e convidativos para crianças e famílias. Segundo artigo do escritório de arquitetura ecossistema urbano, os primeiros centros comerciais criados nos Estados Unidos, eram restritivos e limitados, totalmente ligados a se desconectarem do meio inserido. [...] Uma atmosfera idônea somente para consumir, sem nem sequer prover espaços de descanso ou as condições para que os espaços "comuns" funcionem como um verdadeiro espaço público, entendido como espaço para a relação entre as pessoas, a socialização. Um espaço interior, de propriedade privada e com normas muito restritivas de utilização, que emula um espaço "público" exterior [...]ECOSSISTEMA URBANO, 2017.

Porém com a evolução da tecnologia e o crescimento constate sobre o consumo consciente, esses espaços ficaram cada vez mais defasados e a partir desse momento se criou a necessidade de se ter mais funções empregadas, tornando os centros comerciais espaços que não abriguem apenas lojas para consumo, esses espaços agora se dividiam espaço com a cultura, lazer e entretenimento. Além de se abrirem para o externo, retirando o paradigma de ambiente totalmente privado. [...] Uma das medidas necessárias para alcançar a maior integração possível do centro comercial nas operações de ambiente urbano é a de diluir as fronteiras entre interior e exterior, favorecendo que um entre no outro, fazendo com que o espaço fechado seja mais permeável, mais conectado física e conceitualmente com seu ambiente imediato. O limite físico de conexão entre ambos é a fachada e sobre esta se foca uma boa parte da intervenção. A fachada se torna 'interface' de conexão com os cidadãos, servindo como suporte para muitos tipos de novas atividades (escalar, descer por um tobogã, assistir filmes, visualizar uma plataforma digital para interagir via celular, aumentar a presença de espécies vegetais, etc.) [...] ECOSSISTEMA URBANO, 2017.

Segundo Figueiredo os centros comerciais devem se comportar como:

[...] O centro comercial contemporâneo encontra-se presente nas mais diversas áreas da sociedade, tais como no cinema, na literatura ou na


20

música. O seu impacto reflete-se na relação que este estabelece com o sítio em que se insere, funcionando como atração turística ou local social. Este cenário, aliado às forças do mercado, levou as câmaras municipais a unirem-se aos promotores destes centros comerciais com o intuito de combater a decadência dos centros urbanos, ao incorporar serviços inexistentes nas áreas em que se inserem. Estes fatores reforçam o papel dos centros comerciais como espaços sociais de cultura e de lazer, como parte central da vida social urbana. [...] Figueiredo, Rui, 2010.

O texto confirma a ideia de que nós dias atuais o papel dos centros comerciais vai além de espaço para compras. Como já havia sido afirmado anteriormente, com base no artigo do escritório Ecossistema Urbano. É essa a ideia que será utilizada no trabalho, um espaço comercial que não seja apenas para compras, juntamente com o centro cultural ele abrira novas portas para moradores do bairro e região. Com isso o espaço será muito mais rentável, para os comerciantes e para a população, assim como diz Figueiredo (2010, p.54) “O centro comercial funciona como centro de abastecimento e proporciona a oportunidade para atividades culturais, sociais, cívicas e recreativas, fato que se reflete no aumento de lucros para os seus promotores”.

2.1.3

Centros Comerciais no Mundo

O Shopping mais antigo que se tem registro é Grande Bazaar, no Irã. Tem cerca de 10 quilômetros de extensão e tem cobertura completa. Foi construído em por volta do século F X.A.C.

Figura 2 - Grand Bazaar Irã

Fonte: Scaliger – Grand Bazzar Irã


21

Outro centro comercial que se tem registro é o Grand Bazaar da Turquia, edificado em 1450, localizado em Istambul. Também é um grande shopping coberto. Os produtos oferecidos variam entre tapetes, cerâmicas, joias, entre outras. Figura 3 - Grande Bazaar Turquia

Fonte: Scaliger – Grand Bazzar Turquia

2.1.4 Centros Comerciais no Brasil O primeiro centro comercial da América Latina, o Shopping Iguatemi em São Paulo. Foi inaugurado em 1966. No início não deslanchou, a aceitação não foi tão boa como o previsto. Após muito tempo a ideia de shopping começou a ser aceito no Brasil, a partir desse momento o empreendimento se expandiu. Na década de 70 houve uma grande expansão de edifícios desse tipo, que passou a ser mais comum.

Figura 4 - Shopping Iguatemi

Fonte: Revista abril


22

2.1.5 Centros Comerciais atualmente Os centros comerciais nos dias de hoje estão espalhados por todo o Brasil, com muitas formas e projetos distintos. O maior shopping que temos hoje no Brasil é o Shopping Aricanduva com cerca de 424.000m² de área construída.

Figura 5 - Shopping Aricanduva

Fonte: Veja São Paulo

Os centros comerciais apresentam atividades e serviços diversos, dentre eles são os mais comuns às lojas de vestuário, supermercados, lojas de alimentação, praças de convivência/alimentação. Os supermercados, muitas vezes podem funcionar como loja âncora para o espaço por atrair um grande público. Surgiram com o conceito de autosserviço, visto que as pessoas podem realizar suas compras sem precisar de auxilio. Com o passar do tempo começaram a vender roupas, sapatos e diversos utensílios domésticos. Eram instalados principalmente em áreas de subúrbio. Existem alguns tipos de supermercados, são eles: hipermercados, empório, minimercados, atacado e mercados express.


23

Figura 6 - Mercado express.

Fonte: Portal no varejo – Mercado express.

2.2 Centro Cultural 2.2.1 Cultura A palavra cultura pode ser interpretada de formas diferentes, tudo depende contexto em que é inserida. O estudo sobre cultura é complexo, já foi estudado por diversos autores. O lexicógrafo (dicionarista) Aurélio Holanda, define cultura como:

[...]O conjunto de características humanas que não são inatas, e que se criam e se preservam ou aprimoram através da comunicação e cooperação entre indivíduos em sociedade. Como ações sociais seguem um padrão determinado no espaço. Compreendem as crenças, valores, instituições, regras morais que permeiam e identificam uma sociedade. Explicam e dá sentido à cosmologia social. É a identidade própria de um grupo humano em um território e num determinado período[...] HOLLANDA, Aurélio Buarque

A cultura normalmente define o período em que está inserida, por isso é tão variável. Em uma tradução mais literal, cultura pode ser definida por tudo aquilo que é produzido pelo ser humano. Com o passar do tempo ela vai se modernizando e se transformando. O autor Eliot confirma o que diz o autor anterior e define que a cultura do indivíduo depende da cultura de um grupo ou classe e que a cultura de um grupo ou classe


24

depende da cultura de toda a sociedade, diz ainda que a cultura do indivíduo “... é um conceito relativamente inteligível quando nos preocupamos com a auto cultivação do indivíduo, cuja cultura é vista sobre a base da cultura do grupo e da sociedade (Eliot, T S. 1965, p.22)”. A nossa cultura esta associada a herença de conhecimeto que nós é passado inicialmente por nossas familias e posteriormente pela escola, esta ligada a tudo que nós faz sentir, pensar e agir, é examente isso que os autores acima exemplicam e descrevem como cultura. No trabalho em especifico a ideia de cultura sera aplicada no sentido de espaço que transmite e amplia os conhecimento de seus frenquetadores.

2.2.2 Centros Culturais no Mundo O auto Milanesi (1997) define centros Culturais como “a reunião de produtos culturais, a possibilidade de discuti-los e a prática de criar novos produtos”, comumente os espaços culturais abrigam atividades que despertem as discussões, criações e disseminação de informação. O autor Teixeira Coelho (1986), confirma a tese do autor anterior de que as instituições e agentes de cultura devem popularizados e acessíveis a conexão e produção de cultura. Que as pessoas tomem ciência delas mesmas e do coletivo através das experiencias criativas e de contato com a arte. A criação dos primeiros centros culturais pelo que aponta os autores Silva (1995) e Milanesi (1997) se deu pelo Complexo de Alexandria (Museion), na Antiguidade Clássica. O espaço contava com algumas atividades que ainda hoje aplicamos nos centros culturais como biblioteca, anfiteatro, salas de trabalho, entre outros. Sendo assim os modelos atuais de Centros Culturais é a retomada de práticas antigas.


25

Figura 7- Bibliotecas de Alexandria

Google Imagens – Bibliotecas de Alexandria

A partir do século XIX foram criadas edificações com a função de centros culturais ou centros de arte (como eram conhecidos na época) nos modelos que conhecemos hoje, são eles edifícios ingleses. Eram apoiados pelas políticas culturais dos países socialistas. Na década de 50 surgia na França a ideia final que temos hoje sobre os Centros Culturais, programados para atender operários em suas horas de lazer, para melhorar a relação com os colegas de trabalho. A partir disso foram criadas áreas de convivência com quadras e centros sociais. O autor Silva (1995), diz que o reflexo dessas atividades para atender operários, chega até bibliotecas que acabaram se tornando casas de cultura. Em 1977 a França inaugura o Centre National d’Art et Culture Georges Pompidou, foi exemplo para o resto do mundo. A partir desse momento começam a ser disseminados edifico dessa modalidade.


26

Figura 8 - Centro Georges Pompidou

Fonte: Archdaily – Clássicos da arquitetura – Centro Georges Pompidou – Renzo Piano e Richard Rogers

Entende-se que os centros culturais além de surgirem para o lazer, vieram para substituir as antigas bibliotecas, o que provavelmente ocasionou essa situação foi a chegada das novas tecnologias. São espaços alternativos que se espalharam e foram testados em vários locais do mundo para serem a evolução das então passadas bibliotecas. Os autores Cardoso e Nogueira (1994) explicam um pouco sobre isso. [...] “O entendimento da cultura como processo se fazendo no cotidiano da existência dos homens juntamente com a percepção da explosão informacional da contemporaneidade, impulsionaram a criação de inúmeros centros de cultura por todo o mundo. Originando-se em coleções bibliográficas, tais centros buscam responder às exigências da sociedade atual: as bibliotecas modernas ultrapassam seus objetivos e acervos tradicionais ligados à leitura da palavra impressa e se projetam em direção às formas mais diversas de interpretação e representação do Mundo” [...] CARDOSO, Ana Maria e NOGUEIRA, Maria Cecília D. Projeto de implementação do Centro de Cultura de Belo Horizonte. Revista da Escola de Biblioteconomia da UFMG, BH, v.23, n2. p.203-216, jul/dez. 1994, p. 205

Com o passar do tempo as bibliotecas também se atualizaram e passaram a abrigar diversas funções, o que as torna com características bem aproximadas dos centros culturais. No geral as duas instituições se complementam.


27

2.2.3 Centros Culturais no Brasil Desde a década de 60 o Brasil já demostrava interesse nos Centros Culturais, mas só a partir dos anos 80 efetivou esse interesse com a construção do Centro Cultural Jabaquara (1977) e o Centro Cultural São Paulo (1979).

Figura 9 - Centro Cultural Jabaquara

Figura 10 - Centro Cultural São Paulo

Fonte: Archdaily–Centro Cultural Jabaquara

Fonte: Archdaily– Centro Cultural São Paulo

Os Centros Culturais edificados no Brasil costumam ser implantados em forma de grandes construções, restaurações, remendo e mistura grossa. (NEVES, 2013, p.04). Os edifícios construídos exigem grande demanda de verba, geralmente são feitos com apoio político e apresentam arquitetura suntuosa com grandes dimensões. Como é o caso dos centros culturais citados nas figuras acima. As restaurações que utilizam edifícios históricos os restauram e realizam as modificações internas necessárias e permitidas para atender o novo programa, é o caso do Espaço Cultural Red Bull Station, localizado na cidade de São Paulo. Está no instalado no prédio onde na década de 20 funcionava a estação de energia Riachuelo inativa desde 2004.


28

Figura 11 – Centro Cultural Red Bull Station

Fonte: Red Bull Station – Sobre

O espaço remendado é aquele que instaura em qualquer local, mesmo que a área útil seja razoável, o exercício das atividades de centro cultural, após passar pelas reformas necessárias, como é o caso do SESC Carmo, localizado em São Paulo. O prédio onde antes funcionava um banco foi todo adaptado para receber as instalações do cetro cultural. Por ter sido totalmente adaptado não conta com espaços como auditório, teatro ou piscina.

Figura 12 - SESC Carmo

Fonte: Google imagens - SESC Carmo


29

Já os edifícios do tipo “mistura grossa”, são aqueles implantados junto a espaços que exerçam outros tipos de funções. Como por exemplo, o Quintal da Amendola, que realiza palestras, leituras no quintal de uma residência, também localizada na cidade de São Paulo.

Figura 13 - Quintal Amendola

Google imagens – Quintal Amendola

Os espaços culturais permitem que pessoas de todas as classes tenham acesso a atividades de diversos tipos, que contribuem para seu desenvolvimento social e cultural. Espaços como esse oferecem serviços geralmente gratuitos ou de baixo custo. No estudo proposto todas as atividades serão gratuitas, porém com controle de acesso para melhor organização e para melhor atendimento aos seus usuários. Além disso, a ideia dos centros culturais é a promoção de integração entre diversos grupos sociais e culturais. É de extrema importância que o local onde o centro está inserido tenha relação direta com o grupo que pretende atender, ou seja, as atividades oferecidas precisam ter relação direta com o público do local onde a implantação é destinada. Mas isso não quer dizer que o espaço não possa oferecer atividades que se relacionem com o momento atual, a ideia é sempre promover discussões, criações e disseminação de informação.


30

Segundo a prefeitura de Mogi das Cruzes, cultura é definida como:

[...]Base sólida para o crescimento, para o desenvolvimento econômico, para a geração de emprego, renda e transformação social, porém sabemos que o caminho para alcançar objetivo como esse é o investimento em pessoas, é o trabalho sistemático na construção de indivíduos conscientes, e isto está intrinsecamente ligado a tudo aquilo que esses terão a oportunidade de vivenciar, tocar, sentir, ver, experimentar e também contrapor. Afinal, na divergência muito se constrói, se aprende e se muda! [...] Prefeitura de Mogi das Cruzes, 2019.

‘Por esse motivo é de extrema importância à iniciativa de se criar nova pontos de cultura e lazer na cidade, eles transformaram e revitalizam espaços. É isso que o bairro e a região onde será instalado o centro cultural estão precisando. Além do ponto urbanístico, os moradores precisam ter uma qualidade de vida melhor e dar atividades a crianças e adolescentes que não estudem em tempo integral atividades durante a semana e aos finais de semana, ter um espaço para levar a família e ter atividades alternativas. Os centros culturais são compostos em sua maior parte por: Bibliotecas, que existem desde a antiguidade, como já ditos anteriormente, com o passar do tempo foram se modernizando e hoje passam a ser parte dos Centros Culturais. Podem ser bibliotecas públicas, que são mantidas pelo governo, bibliotecas comunitárias, que são mantidas pela comunidade onde estão inseridas. Bibliotecas infantis, que são voltadas a incentivar a leitura de crianças e jovens. Escolares que são inseridas em escolas de ensino pré-escolar a ensino médio e tem como objetivo atender aos alunos, funcionários e professores, para auxiliar nas atividades pedagógicas. As bibliotecas universitárias, que tem como objetivo apoiar as atividades de ensino, além disso, abrigam em seus acervos periódicos, dissertações entre outros gêneros. Existem também as bibliotecas temáticas, que se especializam em um tema especifico e tem uma grande base de dados sobre ele. Além das bibliotecas contam com teatros, anfiteatros ou auditórios, para grandes apresentações frequentadores.

de

personalidades

externas

ou

para

apresentação

dos


31

Alguns dispõem de salas para workshops, aulas de diversos temas de acordo com o programa e o público que o centro cultural pretende atender. Comumente também contam com loja para venda de livros ou material feitos pela instituição, espaços para exposições diversas e lanchonetes ou cafeterias. A ideia de fazer um centro comercial com o centro cultural partiu da leitura do artigo “A transformação dos shoppings sob o novo paradigma econômico urbano Ecossistema Urbano, 2017”. Diz que hoje em dia a tendência é que espaços comercias e culturais se unam em um mesmo espaço, como mostra o espaço ao lado da imagem abaixo.

Figura 14 - Centro comercial + Criatividade e Cultura

Fonte: Archadaily – Ecossistema Urbano, 2017

3 Estudo de Caso 3.1 Centro Comercial Muy Güemes

Ficha Técnica Nome: Muy Güemes Arquitetos: Agostina Gennaro e María José Péndola Localização: Córdoba, Argentina


32

Ano do projeto: 2015 Ano de conclusão da obra: 2015 Áreas: 1.247m² O centro comercial Muy Güemes está localizado no terreno onde antes funcionava um estacionamento, as arquitetas aproveitaram estrutura existente da cobertura para inserir grandes pendentes que iluminam os pátios entre os comércios.

Figura 15 - Centro Muy Güemes – Circulação interna e fachada das lojas

Fonte: Archdaily - Muy Güemes - Agostina Gennaro e María José Péndola

Ele funciona durante o dia, mas a noite tem maior fluxos de pessoas devido à quantidade de bares que tem em seu interior, mas além dos bares conta com lojas de roupas, utilidades, calçados, plantas e diversos outros produtos.

Figura 16 - Centro Muy Güemes - Circulação interna

Fonte: Archdaily - Muy Güemes - Agostina Gennaro e María José Péndola


33

O partido que regeu o projeto foi à utilização de matérias de outras obras para compor os novos espaços. Ao analisar as fotos é possível perceber que a uma grande mescla de matérias e que foram utilizados nas fachadas das lojas, as que se localizam no começo tem fachadas totalmente diferentes umas das outras com o emprego de diversos materiais como chapas metálicas, tijolinhos, esquadrias antigas e diversos outros materiais. Já as lojas que estão no meio do terreno têm fachadas com as mesmas características, grandes vitrines e acabamento em madeira e chapa metálica preta.

Figura 17 - Centro Muy Güemes - Fachada de um dos bares

Fonte: Archdaily - Muy Güemes - Agostina Gennaro e María José Péndola – Intervenção na imagemDhanielle Bianchini

Entende-se que o partido arquitetônico empregado pelas arquitetas era o uso de materiais retirados de outras obras e aproveitar os materiais que já existiam nessa obra, o programa foi muito bem atendido. A fachada principal (rua) e lojas da entrega empregam esses materiais com características de usados e trazem um ar industrial ao projeto.


34

Figura 18 - Centro Muy Güemes – Fachada

Fonte: Archdaily - Muy Güemes - Agostina Gennaro e María José Péndola

Analisando a planta baixa do edifico entende-se que a ideia de distribuir as lojas no meio e os bares nas extremidades seja pelo fato de que os bares são o principal atrativo do local, então para ir a alguns deles é obrigatório circular pelas lojas o que dá maior visibilidade a elas.

Figura 19 - Centro Muy Güemes - Planta Térreo

Fonte: Archdaily - Muy Güemes - Agostina Gennaro e María José Péndola – Planta Térreo Intervenção na imagem- Dhanielle Bianchini

O fluxo é bem resolvido, sendo uma via central com algumas faixas de alargamento por algumas lojas terem sua fachada recuada, criando espaços para o público, com cadeiras, poltronas e bancos.


35

Na planta superior vemos que apenas algumas lojas têm cobertura verde, porque os bares utilizam a cobertura (Laje) como expansão para os bares, e as lojas que estão recuadas tem cobertura com telha de fibrocimento. Pela planta podemos perceber que as coberturas não têm acesso, portanto para qualquer tipo de manutenção é necessário dispor de uma escada móvel para acessar o local.

Figura 20 – Centro Muy Güemes - Planta Pavimento Superior

Fonte: Archdaily- Muy Güemes - Agostina Gennaro e María José Péndola – Planta pavimento superior - Intervenção na imagem- Dhanielle Bianchini

Figura 21 - Centro Muy Gümes - Cobertura verde

Fonte: Archdaily - Muy Güemes - Agostina Gennaro e María José Péndola

O programa arquitetônico do projeto é simples, composto por lojas que podem ter usos variados e espaços pré-estabelecidos para bares ou restaurantes que dispõem


36

de cozinha, depósitos e utilizam a laje como área para mesas para abrigar os clientes. Além disso, existem os sanitários para o público e a loja “ancora” com maior metragem (localizada no fundo do terreno) dispõem de sanitários próprios. A quantidade de sanitários existente é pequena sendo apenas um feminino e um masculino

com

2 bacias

sanitárias

cada

e

um pne. Para

atender 22

estabelecimentos, sendo que apenas o bar que está localizado ao fundo do terreno tem banheiros próprios, pelo fato de ser a loja com maior área. Nesse ponto o projeto poderia ter previsto uma quantidade maior para evitar filas.

Figura 22 - Centro Muy Güemes – Lojas

Fonte: Archdaily - Muy Güemes - Agostina Gennaro e María José Péndola – Intervenção na imagemDhanielle Bianchini

Como é possível observar nas imagens do local as lojas não são acessíveis, há um degrau alto na entrada de todas as lojas e não existem rampas para um cadeirante acessa-las. Eles possuem banheiro para cadeirantes, mas não se lembraram da acessibilidade das lojas e bares.


37

Figura 23 - Centro Muy Güemes – Cortes

Fonte: Archdaily- Muy Güemes - Agostina Gennaro e María José Péndola – Cortes

A estrutura utilizada é metálica, a divisão da maioria das lojas é feita de divisórias, apenas áreas que já estavam construídas e faziam parte do estacionamento são de alvenaria.

ÁNALISE DE SWOT ASPECTOS POSITIVOS • •

Utilização de materiais reaproveitados. Arquitetura com linhas simples, mas de muito efeito. • Tirar partido da estrutura existente • Cobertura verde ASPECTOS DE AMEAÇA •

A inexistência de acesso a cobertura verde para possíveis manutenções

ASPECTOS NEGATIVOS •

Inexistência de saída de emergências alternativas e falta de equipamentos como extintores de incêndio. • Falta acessibilidade. ASPECTOS DE OPORTUNIDADE

Falta de deposito para as lojas. • Falta de uma administração geral. • Poucos sanitários, o que pode gerar filas e transtornos para os visitantes. •

No geral o projeto é bem resolvido, com ideias criativas de materiais e que vão de encontro com o que penso em implantar no projeto. Um ar mais industrial com linhas simples, mas com materiais que valorizem o projeto e conversem com o entorno.


38

3.2 Mall Campos do Jordão Ficha Técnica Nome: Mall Campos do Jordão Arquitetos: Arkitito Arquitetura Localização: Campos do Jordão, SP Ano do projeto: 2013 Áreas: 2.846m² O edifício construído no centro da cidade de Campos do Jordão oferece diversos serviços como farmácias, lanchonetes e lojas diversas. A arquitetura empregada acompanha as características arquitetônicas da cidade.

Figura 24 - Mall Campos do Jordão - Fachada com corredor lateral

Fonte: Archdaily - Mall Campos do Jordão - Arkitito Arquitetura

Está situado em um terreno com saída para duas ruas, o que favorece a permeabilidade das quadras. Trazendo assim maior integração com o entorno. O largo corredor nas laterais facilita o percurso de uma rua á outra e da maior visibilidade para as lojas, por estarem em rota de passagem.


39

Figura 25 - Mall Campos do Jordão - Corredor lateral

Fonte: Archdaily- Mall Campos do Jordão - Arkitito Arquitetura

As grandes marquises de estrutura metálica preta, cobertas com vidro protegem as fachadas envidraçadas das lojas e funciona como abrigo do sol e de chuvas. Além de comportar em seu térreo as lojas, no ultimo pavimento abriga dois grandes salões para eventos especiais. E no subsolo o estacionamento que é utilizado não só pelos frequentadores, mas por todas as pessoas que frequentam a região, por ser escassa a quantidade de estacionamentos no local.

Figura 26 - Mall Campos do Jordão - Salão de eventos Figura 27 - Mall Campos do Jordão Estacionamento subsolo

Fonte: Archdaily - Mall Campos do Jordão - Arkitito Arquitetura


40

As 19 lojas do térreo possuem pé direito duplo, porém não contam com depósitos ou área para alimentação dos funcionários. Além disso, os sanitários estão disponíveis apenas no andar superior o que deixa a desejar no quesito setorização e fluxo.

Figura 28 - Mall Campos do Jordão - Planta térreo

Fonte: Archdaily - Mall Campos do Jordão - Arkitito Arquitetura – Intervenção Dhanielle Bianchini

No 1º pavimento existem apenas os sanitários abertos ao público, nesse ponto o projeto deixou a desejar, porque as pessoas têm que se deslocar do térreo até lá para usar os banheiros e isso permite que o fluxo fique livre para acessarem o sótão onde estão localizados os salões de eventos, sem que tenha necessariamente um evento acontecendo.

Figura 29 - Mall Campos do Jordão - Planta 1º Pavimento

Fonte: Archdaily - Mall Campos do Jordão - Arkitito Arquitetura – Intervenção Dhanielle Bianchini


41

No último pavimento estão dispostos os salões de eventos com cozinha e um deposito no corredor. Além de sanitários que atendem apenas essa área. Nesse andar não temos problemas com setorização e fluxo.

Figura 30 - Mall Campos Do Jordão - Planta Sótão

Fonte: Archdaily – Mall Campos do Jordão – Arkitito Arquitetura – Intervenção Dhanielle Bianchini

Os materiais utilizados estrutura do edifício foram tijolos maciços e estrutura metálica, esses matérias além de sustentarem o edifício compõem a fachada, que leva as características suíças que acompanham a arquitetura da cidade no estilo suíço. A cobertura é de telhas planas com material asfáltico.

Figura 31 - Mall Campos do Jordão – Cobertura Figura 32 - Mall Campos do Jordão – Fachada das lojas

Fonte: Archdaily - Mall Campos do Jordão - Arkitito Arquitetura


42

Figura 33 - Mall Campos do Jordão - Fachada lateral

Fonte: Archdaily - Mall Campos do Jordão - Arkitito Arquitetura

ÁNALISE DE SWOT ASPECTOS POSITIVOS • •

ASPECTOS NEGATIVOS

Fachada que se integra com o entorno • Permeabilidade da quadra Elementos estruturais sendo utilizados como elementos arquitetônicos para compor a fachada

ASPECTOS DE AMEAÇA •

Os sanitários estarem localizados apenas no 1º andar.

ASPECTOS DE OPORTUNIDADE • •

3.3 Espaço Alana Ficha Técnica Nome: Espaço Alana Jardim Pantanal Arquitetos: Rodrigo Ohtake Arquitetura e Design Localização: São Paulo, SP Ano do projeto: 2014 Ano de conclusão da obra: 2015 Áreas: 800m²

Falta de elementos sustentáveis.

Falta de deposito para as lojas. Falta de uma administração geral. .


43

O instituto Alana é uma ONG que trabalha com o desenvolvimento Infanto-Juvenil. O Espaço Alana foi idealizado em uma comunidade carente no externo leste da cidade de São Paulo, para dar o suporte para a comunidade e atender crianças e jovens. Desenvolvendo atividades como música, leitura e espaços para lazer. A ideia do espaço é levar socialização e desenvolvimento de atividades para a comunidade. O arquiteto se preocupou em criar um projeto que se conectasse com o local onde seria inserido. Que se tornasse um ponto de referência, mas que não se distasse do urbano.

Figura 34 - Espaço Alana – Pátio a noite

Fonte: Archdaily - Espaço Alana - Rodrigo Ohtake Arquitetura e Design

Grandes panos de vidro com caixilhos foram utilizados na fachada para trazer maior integração entre o externo/interno, e levar para as áreas internas a iluminação necessária, além disso, foram utilizadas cores primarias para trazer vida e identidade ao projeto. Uma grande marquise na fachada traz leveza e sinuosidade para o projeto, que tem em sua maior parte linhas retilíneas.


44

Figura 35 - Espaço Alana - Pátio durante o dia

Fonte: Archdaily - Espaço Alana - Rodrigo Ohtake Arquitetura e Design

O programa arquitetônico do edifício é formado por uma biblioteca comunitária, escola de música, auditório, cantina, associação dos moradores, área administrativa, área técnica e praça coberta. Essas atividades são distribuídas em dois pavimentos, estando concentrada sua maior área no térreo. Figura 36 - Espaço Alana - Planta térreo

Fonte: Archdaily - Espaço Alana - Rodrigo Ohtake Arquitetura e Design - Intervenção na imagemDhanielle Bianchini


45

No térreo está situada a biblioteca, sala multiuso (que é utilizada como auditório), além da cantina com refeitório e as áreas técnicas. A circulação vertical é feita através de elevador ou escada, sendo que pela localização do elevador o mesmo deve ser utilizado prioritariamente pelos funcionários e pessoas com mobilidade. A área técnica está localizada em um bloco separado do edifício principal, em dias de chuvas, por exemplo, os funcionários enfrentam dificuldade para chegar ao bloco principal sem o auxílio de um guarda-chuva ou capa de chuva. Não existe uma cobertura que proteja os funcionários, exceto a marquise do bloco principal. A biblioteca abriga cerca de 1000 exemplares e com áreas para leitura e computadores para estudo. Figura 37 - Espaço Alana – Planta pavimento superior

Fonte: Archdaily - Espaço Alana - Rodrigo Ohtake Arquitetura e Design - Intervenção na imagemDhanielle Bianchini

No pavimento superior está localizada a área administrativa e associação da comunidade, com sanitário pequeno que atende as duas salas. Além disso, existe um jardim seco. A setorização do edifício não enfrente problemas, exceto na área técnica, por estar fora do prédio. Na circulação os corredores internos são estreitos, principalmente o de acesso à cantina, em horários de maior movimento podem ocorrer problemas de fluxo relacionados a esse ponto, e conflito entre os frequentadores do local e funcionários do administrativo que para sair do bloco utilizando o elevador precisam passar pela cantina.


46

A estrutura utilizada no edifico é metálica com perfis em I, que se mostram na estruturação da marquise e nos pilares aparentes.

Figura 38 - Espaço Alana - Pátio com balanço Figura 39 - Espaço Alana - Marquise

Fonte: Archdaily - Espaço Alana - Rodrigo Ohtake Arquitetura e Design

Nos cortes também é possível identificar claramente a estrutura utilizada, exceto o tipo de fundação que não estão demostradas no corte.

Figura 40 -Espaço Alana - Corte BB

Fonte: Archdaily - Espaço Alana - Rodrigo Ohtake Arquitetura e Design


47

Figura 41 - Espaço Alana - Corte CC

Fonte: Archdaily - Espaço Alana - Rodrigo Ohtake Arquitetura e Design

ÁNALISE DE SWOT ASPECTOS POSITIVOS • • •

ASPECTOS NEGATIVOS

Ambientes que aproveitam a iluminação natural. Arquitetura com linhas simples, mas de muito efeito. Ambientes acessíveis para pessoas com necessidades especiais. ASPECTOS DE AMEAÇA

Corredores estreitos em local onde muitas pessoas circulam.

Falta auditório próprio, a sala multiuso pode se tornar por vezes inapropriada para alguns tipos de apresentações, por exemplo.

ASPECTOS DE OPORTUNIDADE Área técnica em bloco separado pode gerar transtornos para funcionários, por não ter uma ligação coberta com o bloco principal.

3.4 Centro Cultural El Tranque Ficha Técnica Nome: Centro Cultural El Tranque Arquitetos: Bis Arquitetos Localização: El Tranque 10300, Lo Barnechea, Santiago, Chile Ano do projeto: 2015 Áreas: 1.400m² O centro cultural nasceu da necessidade de equipamentos de lazer e comercio na área residencial em crescimento, localizada aos pés da Cordilheira dos Andes de Lo


48

Barnechea. O governo tinha um programa de proporcionar infraestrutura para áreas com mais de 50.000 mil habitantes que não tenham esse tipo de equipamento.

Figura 42 - Centro Cultural El Tranque - Fachada principal e lateral

Fonte: Archdaily - Centro Cultural El Tranque – Bis Arquitetos

O projeto se liga a praça já existente na lateral do edifício. A área é toda cercada por grades, mas na lateral que tem acesso a praça foram implantados portões que se abrem para promover a integração entre edifico e praça.

Conectando a praça

interna a praça externa. Figura 43 - Centro Cultural El Tranque - Praça de exposições

Fonte: Archdaily - Centro Cultural El Tranque – Bis Arquitetos


49

A ideia do projeto era promover a integração entre a cidade e o edifício, esse foi mais um dos motivos pelo qual a praça do térreo foi implantada, para a população se sentir convidada a adentrar os portões. O projeto se desenvolve em dois volumes. Dois grandes L que formam um vazio no meio. A cobertura do pavimento térreo é utilizada como um belo jardim que se conecta com a circulação do pavimento superior. As estruturas metálicas que sustentam o 1ºpavimento além de terem função estrutural embelezam o edifício por terem formas angulares em diversas direções. Figura 44 - Centro Cultural El Tranque - Planta pavimento térreo

Fonte: Archdaily - Centro Cultural El Tranque – Bis Arquitetos Intervenção: Dhanielle Bianchini

Os pavimentos recebem programas separados, no térreo estão localizadas as atividades que são abertas para o público em geral como auditório, sala de exposições, cafeteria e área de exposições externas, sanitários além de uma parte administrativa. Como circulação vertical disponibilizam escadas e um elevador. O terreno está em aclive os arquitetos aproveitam esse desnível e por isso precisaram implantar algumas escadas, mas todos os acessos estão equipados com rampas, tornando o espaço acessível a pessoas com mobilidade reduzida. Existe um


50

estacionamento descoberto ao lado do prédio que da acesso direto ao edifico, através de uma rampa. Todas as áreas fechadas do térreo estão dispostas do mesmo lado, deixando a visão livre para a praça do terreno vizinho. Figura 45 - Centro Cultural El Tranque - Planta pavimento superior

Fonte: Archdaily - Centro Cultural El Tranque – Bis Arquitetos Intervenção: Dhanielle Bianchini

No pavimento superior estão localizadas as salas de aula, onde estão disponíveis oficinas de artes musicais, plásticas, cênicas e culinárias, entre outros. Além disso ainda existe uma área de administração e uma praça feita na cobertura do pavimento térreo. O acesso para todas as salas é feito por um único corredor que circula por toda a extensão do pavimento superior, formando um vazio no meio, por onde é possível ver a praça no pavimento térreo.


51

Figura 46 - Centro Cultural El Tranque - Jardim na cobertura

Fonte: Archdaily - Centro Cultural El Tranque – Bis Arquitetos

O edifício mistura dois tipos de estrutura para sua sustentação, em algumas áreas é utilizada a estrutura metálica, como já citada acima nos pilares em ângulos visíveis no térreo. As vigas pelo que se entende no corte do projeto são de concreto e as fundações também. Figura 47 - Centro Cultural El Tranque – Cortes

Fonte: Archdaily - Centro Cultural El Tranque – Bis Arquitetos- Cortes


52

O projeto do edifico foi muito bem elaborado, a arquitetura das fachadas ganha alguns elementos que a deixam mais elaborada, mesmo tendo linhas simples e retilíneas. As cores e materiais utilizados são neutros e não causam, grandes impactos na área onde o edifico foi implantado. O programa arquitetônico não é extenso, mas oferece atividades diversificadas o que atrai um público maior e variado. Figura 48 - Centro Cultural El Tranque - Fachada principal

Fonte: Archdaily - Centro Cultural El Tranque – Bis Arquitetos-Fachada principal

ÁNALISE DE SWOT ASPECTOS POSITIVOS •

• •

Setorização onde são separadas as atividades do público em geral com o público que participa dos ateliês. Arquitetura com linhas simples, mas de muito efeito. Ambientes acessíveis para pessoas com necessidades especiais.

ASPECTOS NEGATIVOS •

ASPECTOS DE AMEAÇA •

O edifício é cercado por um gradil, isso causa uma barreira visual grande com relação a integração com a praça.

A opção de acesso ao pavimento superior apenas por um elevador sem opção de rampa pode causar situações desagradáveis quando o elevador não estiver funcionando, impossibilitando o acesso de pessoas com mobilidade reduzida ao pavimento superior. ASPECTOS DE OPORTUNIDADE

Estacionamento descoberto pode gerar transtornos em dias de chuva.


53

3.5 Tabela Síntese

Para um melhor aproveitamento dos estudos de caso é necessário realizar um comparativo entre os mesmo para avaliar os pontos negativos e positivos de cada um e como eles se relacionam entre sim. Tabela Síntese de Análises de SWOT Projetos

Aspectos Positivos

Aspectos Negativos

Aspectos de Ameaça

Aspectos de Oportunidade

Centro comercial Muy Güemes

-Utilização de materiais reaproveitados.

-Inexistência de saída de emergências alternativas e falta de equipamentos como extintores de incêndio.

-A inexistência de acesso a cobertura verde para possíveis manutenções

-Falta de deposito para as lojas.

-Arquitetura com linhas simples, mas de muito efeito. -Tirar partido da estrutura existente

-Falta de uma administração geral. -Poucos sanitários, o que pode gerar filas e transtornos para os visitantes.

-Falta acessibilidade.

Cobertura verde Centro comercial Mall Campos do Jordão

-Fachada que se integra com o entorno -Permeabilidade da quadra -Elementos estruturais sendo utilizados como elementos arquitetônicos para compor a fachada

-Falta de elementos sustentáveis.

-Os sanitários estarem localizados apenas no 1º andar.

-Falta de deposito para as lojas. -Falta de uma administração geral.


54

Síntese

Os edifícios têm características estéticas bem diferentes, o Muy Guemes por vezes parece uma edificação abandonada, já o Mall Campos do Jordão segue a linha arquitetônica da cidade com tijolos na fachada, que nos dá a sensação de local mais requintado. A organização das lojas é feita em forma linear nos dois edifícios a diferença é que em um as lojas são uma de frente para outra, formando um único corredor central e no outro foram criadas duas linhas de lojas que estão de “costas” umas para as outras. A acessibilidade não pode ser vista no centro Muy Guemes nem o acesso ao edifício é munida de rampa, já no Mall Campos do Jordão essa questão foi solucionada com a implantação de elevadores para acesso aos andares e rampas no acesso ao térreo. O Muy Guemes utiliza materiais reutilizados, além da implantação do telhado verde, já o Mall Campos do Jordão não adotou medidas que possam ser consideradas sustentáveis em sua construção. Nenhum dos dois centros comercias, possui administração geral, não possuem depósitos para as lojas e apenas o Mall Campos do Jordão dispõem de espaço de copa para os funcionários realizarem suas refeições. Por mais que tenham características estéticas bem diferentes, o programa arquitetônico é muito parecido, podendo ser seguido usado como exemplo no presente trabalho.

Espaço Alana

-Ambientes que aproveitam a iluminação natural. -Arquitetura com linhas simples, mas de muito efeito. -Ambientes acessíveis para pessoas com necessidades especiais.

-Falta auditório próprio, a sala multiuso pode se tornar por vezes inapropriada para alguns tipos de apresentações, por exemplo.

-Corredores estreitos em locais onde muitas pessoas circulam.

-Área técnica em bloco separado pode gerar transtornos para funcionários, por não ter uma ligação coberta com o bloco principal.


55

Centro cultural El Tranque

-Setorização onde são separadas as atividades do público em geral com o público que participa dos ateliês. -Arquitetura com linhas simples, mas de muito efeito. -Ambientes acessíveis para pessoas com necessidades especiais.

Síntese

-A opção de acesso ao pavimento superior apenas por um elevador sem opção de rampa pode causar situações desagradáveis quando o elevador não estiver funcionando, impossibilitando o acesso de pessoas com mobilidade reduzida ao pavimento superior.

-O edifício é cercado por um gradil, isso causa uma barreira visual grande com relação à integração com a praça.

Estacionamento descoberto pode gerar transtornos em dias de chuva.

Os dois centros comerciais foram projetados com uma arquitetura com linhas retas em sua maioria, mas que deram muito efeito para as fachadas, os tornando belas construções. O programa arquitetônico dos centros culturais é um pouco diferente, no Espaço Alana ele não dispõe de auditório e a estrutura é bem menor de salas para cursos diversos é bem menor que o El Tranque. Como o Alana tem caráter de ong ao invés de instalarem uma cafeteria onde os produtos seriam pagos, optaram por refeitório para a alimentação dos jovens e adolescentes que frequentam o espaço. Os dois são bem setorizados, as salas são separadas das áreas de administração e áreas de apoio. E tem muitas características que podem ser empregadas no programa arquitetônico do centro cultural proposto.


56

4 Visita Técnica

4.1

SESC Belenzinho

Figura 49 - Fachada SESC Belenzinho

Fonte: Dhanielle (2019)

Inaugurado em 2010, com projeto arquitetônico do arquiteto Ricardo Chahin, está localizado entre duas ruas e uma avenida, são elas: Av. Álvaro Ramos, Rua Tobias Barreto e Rua Padre Adelino. É uma edificação de grande porte, e pode ser considerado um ponto de referência para a região, por sua grande volumetria e o vermelho que é a cor comumente usada em edifícios do SESC (Serviço Social do Comercio de São Paulo). Ao lado do edifício está localizada a sede do SESC, em um prédio totalmente independente e sem nenhum tipo de conexão. O terreno possui 32mil m², e abrigava uma fábrica de tecido desativada. Foi utilizada parte da estrutura dos galpões para abrigar a torre denominada de torre leste, com 4 andares e parte foi demolida dando espaço para as construções de espaços novos. A torre leste como já dito acima é composta por quatro 4º andares + térreo, onde está distribuída a maior parte das atividades, que são distribuídas de forma setorizada e organizada.


57

Figura 50 - Torre Leste

Fonte: Dhanielle (2019)

No que eles chamam de térreo superior estão localizadas as seguintes atividades: Área de conveniência espaçosa com muitos bancos e poltronas para descanso dos visitantes.

Figura 51 - Área para descanso e elevadores

Fonte: Dhanielle (2019)


58

Figura 52 - Área para descanso

Fonte: Dhanielle (2019)

Loja SESC, que é um padrão de todas as unidades e biblioteca com espaço para leitura infantil, área para contar histórias, espaço para leitura de surdos e mudos e espaço para brincar.

Figura 53 - Biblioteca

Fonte: Dhanielle (2019)


59

Além de uma grande área no centro com piso de vidro, de onde é possível observar a piscina olímpica localizada no andar abaixo. Essa área também é utilizada para exposições e atividades diversas. Figura 54 - Piso de vidro

Fonte: Dhanielle, 2019

Sala de exposição, que no dia da visita estava sendo montada, por esse motivo não foi possível verificar as características desse espaço. Estão disponíveis quarto elevadores e três escadas, sendo que duas dessas escadas fazem parte da estrutura original do edifício.

Figura 55 - Escadas de emergência

Fonte: Dhanielle (2019)


60

O primeiro andar é ocupado pela área administrativa que é composta por todos os núcleos e secretaria, área odontológica, ateliês de oficina e o espaço de tecnologia denominado por ETA. Todas essas áreas são cercadas por um corredor largo que da vista para um vão livre que da visão para o piso de vidro do térreo.

Figura 56 - Planta 1º pavimento

Fonte: Sesc Belenzinho – Intervenção na figura Dhanielle

Figura 57 - Recepção área administrativa

Fonte: Dhanielle (2019)


61

Figura 58 - Área de descanso em frente a área administrativa

Fonte: Dhanielle, 2019

Figura 59 - Clínica odontológica

Fonte: Dhanielle (2019)


62

Figura 60 - Sala de ateliê

Fonte: Dhanielle (2019)

O segundo andar é composto em sua maior área por atividades desportivas. Uma grande academia e salas de expressões corporais fazem parte do programa arquitetônico, além disso, estão dispostos nesse andar uma sala para crianças e sala para os professores.

Figura 61 - Planta 2º pavimento

Fonte: Sesc Belenzinho – Intervenção na figura Dhanielle


63

Figura 62 - Sala de ginastica

Fonte: Dhanielle (2019)

Figura 63 - Sala de expressão corporal

Fonte: Dhanielle (2019)

O terceiro andar abriga o grande teatro para 400 pessoas, duas salas de espetáculos modulares, que são salas com todas as paredes pintadas de preto, com cadeiras removíveis para a criação de ambientes diversos de acordo com a proposta de cada apresentação. Além disso, uma cafeteria, com uma pequena cozinha para produção de alguns insumos e uma varanda para a o consumo dos produtos adquiridos na cafeteria.


64

O teatro tem à disposição um elevador monta carga, que tem no térreo um acesso direto para caminhões desembarcarem os materiais e eles subirem diretamente para o teatro. E o palco tem piso com placas removeis que dão acesso a uma sala de onde as artistas surgem em alguns espetáculos.

Figura 64 - Planta 3º pavimento

Fonte: Sesc Belenzinho – Intervenção na figura Dhanielle

Figura 65 – Cafeteria

Fonte: Dhanielle (2019 )

Figura 66 - Balcão cafeteria

Fonte: Dhanielle (2019)


65

Figura 67 - Hall teatro e sala de espetรกculos

Fonte: Dhanielle (2019)

Figura 68 - Entrada teatro

Fonte: Dhanielle (2019)


66

Figura 69 - Palco teatro

Fonte: Dhanielle (2019)

Figura 70 - Plateia teatro

Fonte: Dhanielle (2019)

O quarto andar comporta apenas o mezanino do teatro e sanitários. Sendo que o acesso a esse andar só é permitido em dia de espetáculos. O prédio dispõe de dois subsolos, o primeiro abriga estacionamento, piscinas cobertas e a câmara fria da comedoria, que foi locada lá por falta de espaço para instalação na cozinha. Nesse mesmo nível na parte descoberta estão localizadas as piscinas descobertas, sala medica, vestiário e lanchonete que atende apenas as piscinas.


67

Figura 71 - Planta 1º Subsolo

Fonte: SESC Belenzinho – Intervenção na figura Dhanielle

Figura 72 - Estacionamento

Fonte: Dhanielle (2019)


68

Figura 73 - Câmara fria

Fonte: Dhanielle (2019)

Figura 74 - Lanchonete piscina

Fonte: Dhanielle (2019)


69

Figura 75 - Piscinas descobertas

Fonte: Dhanielle (2019)

Existe também um acesso para execuções que dá acesso por uma escada à biblioteca no térreo superior, esse local é especifico para receber os ônibus, para o embarque e desembarque seguro dos visitantes.

Figura 76 - Embarque e desembarque de ônibus de excursão

Fonte: Dhanielle (2019)


70

Figura 77 - Acesso a biblioteca

Fonte: Dhanielle (2019)

A escada que é possível ver na figura 49 e no fundo da figura 72 tem seus degraus vazados o que possibilita a ventilação para o estacionamento do 1º subsolo, além

de um pouco de iluminação. O subsolo 2 é apenas de estacionamento.

O prédio novo, edificado para receber a comedoria, atendimento aos associados, quadras cobertas, vestiários das piscinas cobertas e área para exposição, tem sua maior área de atividades no térreo superior.

Figura 78 - Quadra coberta

Fonte: Dhanielle (2019)


71

Figura 79 - Planta comedoria

Fonte: SESC Belenzinho – Intervenção na figura Dhanielle

Figura 80 - Sanitários

Fonte: Dhanielle (2019)


72

A comedora dispõe de uma grande cozinha, que não foi possível visitar, mas que vai ser possível visualizar na planta cedida pela instituição. Uma grade área para mesas e um palco onde são realizadas apresentações nos horários de almoço e jantar, em dias programados. Além dessas áreas cobertas o SESC ainda abriga quadras descoberta, praça e diversas áreas para atividades diversificadas.

Figura 81 - Praça

Fonte: Dhanielle (2019)

Figura 82 - Área externa livre

Fonte: Dhanielle (2019)

Eles também dispõem de uma pequena estação de tratamento para água da chuva, que é utilizada nos sanitários e para manutenção dos jardins.


73

Para destacar os pilares da estrutura existente os mesmos foram pintados de cinza e os pilares novos de vermelho. Toda a estrutura foi reforçada desde a fundação para estruturar melhor o 3º e 4º andar. Toda estrutura do prédio existente é de concreto e toda a estrutura de reforço e nova de metálica.

Figura 83 - Pilares

Fonte: Dhanielle (2019)

A cobertura do pé direito duplo, da torre leste e do da área de comedoria, são do tipo Shed, que permite a entrada de iluminação e ventilação, para as áreas que circundam esse espaço. Na maquete física do edifico é possível ver como funciona essa cobertura. Figura 84 - Maquete física

Fonte: Dhanielle (2019)

Além da cobertura na figura 84 é possivel ver alguns acessos para o edifico.


74

4.2

Fabbrica Mooca Mall

O centro de compras e serviços foi inaugurado em 2011, com projeto arquitetônico do escritório Espaço Novo, que trabalha com muitas obras comerciais. Figura 85 - Fachada Fabbrica Mooca Mall

Fonte: Fabbrica Mooca Mall

Está localizado no bairro da Mooca na Av. Cassandoca, bairro conhecido por ser cheio de antigas fabricas desativadas. Uma rede de supermercados comprou a área com a proposta de instalar uma franquia de sua rede, nas instalações da antiga fábrica de lingerie italiana, a Portalano, que foi fundada em 1939. A ideia era preservar as antigas instalações da fábrica e usar como partido para a implantação do supermercado. Figura 86 - Entrada pela rampa

Fonte: Dhanielle (2019)


75

O programa arquitetônico do centro comercial tem o foco principal no supermercado, mas a área é composta por mais cinco lojas, distribuídas de forma que o supermercado está ao centro do terreno e as lojas nas extremidades laterais. As edificações novas foram feitas de estrutura metalica e as fachadas são de grandes panos de vidro, e todas elas possuem mezanino. As formas curvas que foram utilizadas se suavisam em relação ao supermeracado com paredes de tijolinho em um estilo mais rustico. Tornado a arquitetura atemporal e agradavel aos olhos.

Figura 87 - Lojas

Fonte: Dhanielle (2019)

Toda a estrutura que pode ser aproveitada para o supermercado foi mantida, porem parte da estrutura teve que ser reforçada para garantir segurança ao novo uso. A estrutura original é de concreto com paredes grossas de tijolos aparentes. A área da fábrica não era suficiente para atender ao programa do supermercado, por isso foi necessário criar uma extensão que atendesse ao programa, essa extensão foi feita com estrutura metálica com fechamento de vidro. A parte da frente ocupa todo o espaço de exposição de produtos e ao fundo estão as instalações de cozinha, câmara fria, vestiários e uma pequena área de administração.


76

Figura 88 - Fachada supermercado

Fonte: Fabbrica Mooca Mall

A fachada do supermercado tem uma grade marquise que foi projetada para o embarque e desembarque de usuários, além de fazer parte da nova cobertura que tem que ser feita em toda a área. As antigas tesouras da cobertura foram mantidas e reforçadas, mas os aparelhos de ar condicionado, por exemplo, não puderam ser instalados no teto para evitar uma sobrecarga e por isso esses equipamentos foram locados nas paredes, no teto foi colocado apenas eletro calhas para a iluminação do espaço. Algumas partes da cobertura são feitas com o sistema shed, originais da edificação antiga.

Figura 89 - Área interna supermercado

Fonte: Espaço novo – Fabbrica Mooca Mall


77

O terreno da implantação tem uma área de 5.400m², a área construída é de 3.030m². Um dos partidos utilizados pelos arquitetos que idealizaram o projeto era a permeabilidade da quadra, que era fechada, por isso a entrada do edifico é feita por uma hora e a saída pela rua lateral, o que deixou a quadra aberta.

Figura 90 - Saída veículos Fabbrica Mooca Mall

Fonte: Dhanielle (2019)

Como a área sofre com constantes focos de enchentes, toda pavimentação é foi feita com bloquete permeável, para ajudar na absorção da água e evitar que esse tipo de problema acontece no local. Em frente às lojas existem calçadas largas onde são colocadas mesas e cadeiras para os usuários das lojas utilizarem e também para alguns shows que começaram a ser feitos recentemente no local.


78

Figura 91 - Piso bloquete permeável

Fonte: Dhanielle (2019)

Todo espaço é acessível com rampa nas áreas de desnível e com sinalização em todo o espaço. Figura 92 - Acesso por rampas

Fonte: Dhanielle (2019)


79

Como a visita não foi autorizada, não foi possível acessar as plantas do local, mas um esquema montado com a imagem de satélite expressa bem como as atividades foram divididas no terreno. Figura 93 - Setorização Fabbrica Mooca

Fonte: My Maps Fabrrica Mall – Intervenção na imagem Dhanielle (2019)

5 Área de intervenção 5.1 Localização: Estado e cidade

O terreno escolhido está situado no bairro Conjunto Oropó, na cidade de Mogi das Cruzes, SP. Mogi das Cruzes é uma cidade localiza a aproximadamente 62km da cidade de São Paulo e a 50km do Litoral Norte.


80

Figura 94 - Mapa acessos Mogi das Cruzes

Fonte: Mapa Emplasa Intervenção Dhanielle Bianchini

Mogi das Cruzes, antiga Vila de Sant’Anna de Mogi Mirim era local de passagem dos Bandeirantes. Em 1611 foi elevada a vila e em 1855 foi elevada a cidade, no século XIX se tornou centro cafeicultor e algodoeiro. A cidade se desenvolvia de forma lenta, até que em 1876 com a chegada da linha férrea a cidade dava mais um passo no desenvolvimento urbano. Na década de 40 foi à vez das mineradoras e da imigração invadirem a cidade e acelerarem a expansão, tanto economicamente como no modo de vida dos Mogianos, que antes viviam de forma pacata e agora precisavam se acostumar com a nova rotina da cidade. Nessa época a desigualdade social deu um salto enorme, que com o passar dos anos só cresceu.


81

Na década de 50 outras indústrias chegaram até Mogi das Cruzes além da mineração, por isso foi nessa época o maior salto de desenvolvimento da cidade. Por volta de 1970 as universidades foram fundadas, sendo elas Universidade de Mogi das Cruzes e a Universidade Brás Cubas, que transformaram a cidade em um polo universitário. Essas implantações trouxeram o crescimento para a cidade e a transformarão em como é hoje. Mogi é o quarto município mais antigo do Estado de são Paulo (Comphap, 2019), hoje com 458 anos. Com densidade demográfica de 712,54Km² (Emplasa, 2018) e população de 440.769 mil habitantes (IBGE, 2018).

Figura 95 - Distritos de Mogi das Cruzes

Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes


82

5.2 Bairro Não se tem a data precisa que o bairro foi criado, mas segundo relatos de antigos funcionários e moradores, o bairro surgiu após a implantação da Cortidora Brasitânia fundada em 1961. Conforme a empresa foi se ampliando o proprietário construiu algumas casas para os funcionários morarem. A cada ano o número de funcionários aumentava e alguns dos funcionários acabaram adquirido terrenos ali para morarem perto do trabalho. Foi assim que surgiu o Conjunto Oropó, como um bairro operário. A maior parte dos moradores já trabalhou na empresa. Não há dados concretos, mas segundo pesquisas o córrego que passa pelo bairro se chama córrego Oropó, provavelmente por esse motivo o bairro tenha esse nome. O bairro tem cerca de 500 moradores, sem dimensionar a quantidade de pessoas residentes nos condomínios vizinhos e nas redondezas. Há alguns anos a especulação imobiliária cresceu na área e grandes lotes vazios se transformaram em condomínios de alto padrão. Além disso, uma recente obra de duplicação de via e calçadas foram implantadas na Avenida Kaouru Hiramatsu, que corta o bairro. Nas figuras 51, 52, 53 e 54 é possível ver como o bairro era a nove anos atrás e como estava em 2018. Figura 96 - Rua Haouru Hiramatsu

2010 Fonte: Google Maps - Street View – Av. Kaouru Hiramatsu, 2010


83

Figura 97 - Av. Kaouro Hiramatsu em 2018

2018 Fonte: Google Maps - Street View – Av. Kaouru Hiramatsu, 2018

Figura 98 - Rua Kaouro Hiramastsu em 2010

2010 Fonte: Google Maps - Street View – Av. Kaouru Hiramatsu, 2010


84

Figura 99 - Rua Kaouru Hiramatsu 2018

2018 Fonte: Google Maps - Street View – Av. Kaouru Hiramatsu, 2018

É perceptível como essa área foi modificada após a intervenção da prefeitura. Mas essas mudanças foram feitas apenas na Avenida Kaouro Hiramatsu, porque o restante do bairro continua com má pavimentação e pontos de alagamento em chuvas fortes.

5.3 Terreno O terreno está localizado na Rua Antônio Luca Cotrim. Ocupa um quarteirão e tem seu limite no córrego. Seu principal acesso é pela rodovia Dom Paulo Rolim Loureiro ou pela Avenida Kaouru Hiramatsu. Tem as dimensões aproximadas de 252x116m sendo uma área total de 32.558m². A metragem real do terreno é muito maior, porque além da área onde a fábrica está construída, os proprietários dispõem de uma grande área onde estão localizadas as suas residências, mas para esse projeto utilizarei apenas a área da fábrica. Nas figuras 50 e 51 é possível visualizar a dimensão do terreno e a área a ser utilizada.


85

Figura 100 - Terreno total

Fonte: My Maps – Rua Antônio Luca Cotrim

Figura 101 - Área do terreno a ser utilizada para o projeto

Fonte: My Maps – Rua Antônio Luca Cotrim

O terreno tem a área total de 32.558m², sendo que dessa área 6.821m² é referente a área de proteção permanente. Sendo assim a área útil do terreno a ser utilizada é de 25.737m². Está inserido no zoneamento Zoc 2(Zona de Ocupação Condicionada), tendo taxa de aproveitamento de 50% (12.868,50m²), coeficiente de aproveitamento


86

de 1 (25.737m²) e taxa de permeabilidade de 20% (5.147,40m²). Os recuos mínimos são 5m de frente, 1,5m lateral e 2m de fundo, sendo especificamente na área do terreno recuo de 30 metros por ter um córrego no local. Art 58 As Zonas de Ocupação Condicionada ZOC constituem parcelas do território municipal com baixa intensidade de ocupação e baixa oferta de infraestrutura instalada, com predomínio de uso residencial. Condiciona-se a aprovação de novos empreendimentos à implantação de infraestrutura. Lei nº 7200, 2016.

Figura 102 – Terreno

Fonte: Dhanielle (2019)

O terreno possui algumas curvas de nível em declive, sendo a curva mais baixa em relação ao nível da rua de 2 metros na parte frontal e 5m na lateral direita. Os ventos são predominantes vem do sudeste e o Norte aponta para o fundo do terreno, na figura 58 uma ilustração de como são os ventos e trajetória solar e na


87

figura 59 a orientação solar no terreno em alguns meses e horários diferentes do ano.

Figura 103 - Orientação solar e ventos predominantes

Fonte: My maps – intervenção na imagem Dhanielle

Figura 104 – Solar

Fonte: Dhanielle (2019)


88

A maior parte das edificações existentes será demolida, apenas um prédio será mantido, o mais antigo que é da década de 60, construído de tijolinho com paredes extremamente grossas. Essa demolição tem a liberação dos proprietários. É possível verificar na figura 52 os prédios a demolir e o que vai ser mantido. Por se tratar de uma propriedade privada, não foi possível tirar fotos da parte interna, mas como morei por 17 anos no local, e meu pai era funcionário, por diversas vezes andei pela área, e guardo as memorarias que me auxiliaram na execução do projeto. Figura 105 - Localização das imagens

Fonte: Google Maps – Rua Antônio Luca Cotrim

Figura 106 - Portaria atual da fábrica

Fonte: Dhanielle Bianchini (2019)


89

Figura 107 - Portaria atual da fábrica

Fonte: Dhanielle, 2019 Figura 108 - Vista Frontal e Rua Antônio Luca Cotrim

Fonte: Dhanielle (2019)

Figura 109 - Vista fachada frontal da fábrica

Fonte: Dhanielle (2019)


90

Figura 110 - Portaria 2

Fonte: Dhanielle (2019)

Figura 111 - Muro portaria 2

Fonte: Dhanielle (2019)

Figura 112 - Avenida Dom Paulo Rolim Loureiro

Fonte: Goole maps – Cortidora Brasitania


91

5.4 Mapas Para entender melhor a situação do entorno do terreno, é necessário realizar primeiramente a analise macro ambiental. Para obter informações que levem ao total entendimento da escolha do terreno. Para isso foi necessário abrir um leque de aproximadamente 800m, só assim foi possível captar informações necessário para dar embasamento ao terreno.

Figura 113 - Analise Macro

Fonte: My maps – Intervenção Dhanielle

É possível perceber que mesmo com o aumento do raio de influência, ainda assim há carência dos equipamentos de lazer, cultura, comercio e serviços. Bem próximo à área de intervenção está instalada uma unidade da Legião da Boa Vontade (LBV), que acolhe crianças e jovens para atividades fora do período de


92

aula, oferendo atividade didáticas e alimentação. Além de auxiliar com mantimentos as crianças e jovens que estão em situação de extrema pobreza. Dados das atividades prestadas nas unidades podem ser acessados no site da instituição. Além da LBV encontramos duas propriedades educacionais, sendo ela uma escola de ensino primário e a escola rural do APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). Nas redondezas existem alguns comércios como mercadinho e loja de material de construção. A produção rural é forte nessa área, antigamente existia uma produção de caqui e uma granja que com a especulação imobiliária deram espaço para os terrenos hoje vazios onde serão implantados novos loteamentos.

Figura 114 - Implantação de novos loteamentos

Fonte: Dhanielle (2019)

Em 2016 foram entregues mais de 500 unidades habitacionais de interesse social próximo ao bairro e isso gerou um fluxo muito grande de pessoas, esse foi mais um dos motivos da escolha do terreno dar oportunidades de lazer e serviços para esses novos moradores.


93

Figura 115 - Loteamento de interesse social próximo ao terreno

Fonte: Google Maps - Street View – Avenida Kaouru Hiramatsu

É importante relacionar os estabelecimentos que ofereçam atividades similares com a do projeto, a figura 116 apresenta através de mapa os pontos com relação ao terreno.

Figura 116 - Atividades relacionadas ao projeto

Fonte: My maps – Intervenção Dhanielle


94

É visível que as atividades relacionadas com o projeto ficam distantes, por isso abaixo relação de distancias precisas entre os pontos demarcados na figura em relação ao terreno. Além da distância, o tempo de trajeto de carro e transporte público também foi relacionado, mas não foi considerado o tempo de espera do transporte público. Mogi Shopping – Localizado a 8km do terreno, o trajeto de carro leva 20 minutos e de transporte público 30 minutos. Centro Comercial Open Mall Nova Mogilar - Localizado a 8,2km do terreno, o trajeto de carro leva 20 minutos e de transporte público 30 minutos. Centro Comercial Mogi Plaza - Localizado a 9km do terreno, o trajeto de carro leva 20 minutos e de transporte público 27 minutos. Mercado Extra - Localizado a 5km do terreno, o trajeto de carro leva 10 minutos e de transporte público 12 minutos. Supermercado Alabarce - Localizado a 4,3km do terreno, o trajeto de carro leva 06 minutos e de transporte público 43 minutos. Centro Cultural de Mogi das Cruzes - Localizado a 6,7km do terreno, o trajeto de carro leva 15 minutos e de transporte público 18 minutos. Ciarte - Localizado a 8,1km do terreno, o trajeto de carro leva 16 minutos e de transporte público 23 minutos. Galpão Arthur Neto - Localizado a 6,8km do terreno, o trajeto de carro leva 15 minutos e de transporte público 22 minutos. Centro Cultural Antônio Pinhal - Localizado a 6,5km do terreno, o trajeto de carro leva 12 minutos e de transporte público 21 minutos. Centro de Cultura e Memoraria Expedicionários - Localizado a 6,7km do terreno, o trajeto de carro leva 21 minutos e de transporte público 17 minutos. Além das análises apresentadas acima é necessário realizar a analise micro ambiental do entorno.


95

Figura 117 - Analise Micro

Fonte: My mapas – Intervenção Dhanielle

Percebe-se que o local tem sua maior parte ocupada por residências de até dois pavimentos. Além disso, dispõem de alguns equipamentos considerados como cultura, que são igrejas e um centro espírita. Essas atividades são as únicas que proporcionam um movimento maior de veículos e pessoas pelo bairro, porque tem o costume de atrair pessoas de outras regiões, principalmente o centro espírita Caminheiros, que é muito conhecido na cidade e em São Paulo. Os comércios são escassos como se pode ver, só contam com uma pequena quitanda, e um bar. E o serviço disponível se trata apenas de uma borracharia. Lazer é uma atividade que também não se tem no local, existem um pequeno parquinho para as crianças em frente a borracharia e muito próximo da avenida, o


96

que demostra que o local não é de maneira alguma adequada para esse tipo de equipamento. Como já justificado no início desse trabalho, o bairro não dispõe de equipamentos e serviços básicos, sendo necessário o deslocamento para bairros não tão próximos ou o centro da cidade que dispõem de todos os serviços necessários. Há pouco tempo à prefeitura realizou um trabalho de reestruturação viária da Avenida Kaouru Hiramatsu, onde foram implantas a Rua Pedro Luiz Alencar Gasparetto que não existia para que as pessoas que quisessem acessar a rodovia Mogi Bertioga não precisassem passar pelo bairro, diminuindo assim o fluxo de veículos, principalmente nas época do Verão onde o número de veículos sobe muito e gerando congestionamento. Pelo mapa apresentado abaixo é possível identificar que as ruas locais do bairro têm trafego baixo e apenas as avenidas dispõem de trafego regular ou intenso.

Figura 118 - Fluxo viário

Fonte: My mapas – Bairro Conjunto Oropó


97

Com as melhorias feitas no viário, que envolveu o alargamento das vias e a implantaram de ciclovia do lado direito da Av. Kaouru Hiramatsu, que vai desde o encontro com a Mogi Bertioga, até a Avenida Japão. Uma única linha circula pela Avenida Hiramatsu, ela circula com intervalos de 30 minutos e pode ser observar um aumento no fluxo da lotação desse ônibus devido a entrega de muitas unidades habitacionais no final da avenida, próximo a Av. Japão. Os moradores têm a opção de circular com os ônibus que tem o seu trajeto pelo Mogi Bertioga, são ao todo quatro linhas, com o intervalo médio de 30 minutos também.

Figura 119 - Ciclovia e pontos de ônibus

Fonte: My mapas – Bairro Conjunto Oropó

Há uma grande quantidade de terrenos vazios na área, que circulam pela especulação imobiliária e há boatos que em breve se tornaram condomínios fechados de alto padrão, por possuíram grandes dimensões e serem particulares. O entorno já conta com empreendimentos dessa natureza e a tendência é que eles se intensifiquem cada vez mais.


98

Figura 120 - Cheios e vazios

Fonte: My mapas – Bairro Conjunto Oropó

A área escolhida é cercada por áreas verdes, alguma delas protegidas como áreas de APA, por serem várzeas de córregos. Isso justifica a quantidade de vazios ser muito maior que a área ocupada. Para complementar o entendimento sobre a situação atual do bairro abaixo um mapa com indicações de espaços que serão apresentados através de fotos.


99

Figura 121 - Localização das imagens

Fonte: Google maps – Bairro Conjunto Oropó

Figura 122 - Avenida Kaouru Hiramatsu

Fonte: Dhanielle (2019)


100

Figura 123 - Avenida Kaouru Hiramatsu outro ângulo

Fonte: Dhanielle (2019)

Figura 124 - Rua Pedro de Siqueira. Acesso a antiga portaria 2 da Fabrica

Fonte: Dhanielle (2019)


101

Figura 125 - Rua Vital Bento vista da rua AntĂ´nio Luca Cotrim

Fonte: Dhanielle (2019)

Figura 126 - Rua Vital Bento vista da Avenida Kaouru Hiramatsu

Fonte: Dhanielle (2019)


102

Figura 127 - Rua Paula Sales de Abreu vista da Rua Kouru Hiramatsu

Fonte: Dhanielle (2019)

Figura 128 – Rua Paula Sales de Abreu vista da Rua Antônio Luca Cotrim

Fonte: Dhanielle (2019)


103

Figura 129 - Rua José Costa vista da Rua Antônio Luca Cotrim

Fonte: Dhanielle (2019)

Figura 130 - Rua José Costa, vista da Rua Haouru Hiramatsu

Fonte: Dhanielle (2019)


104

Figura 131 - Rua Antônio Luca Cotrim

Fonte: Dhanielle (2019)

Figura 132 - Rua Antônio Luca Cotrim

Fonte: Dhanielle (2019)


105

Figura 133 - Rua Pedro Luiz Alencar Gasparetto

Fonte: Dhanielle (2019)

Figura 134 - Rua Pedro Luiz Alencar Gasparetto

Fonte: Dhanielle, 2019


106

6 Perfil Do Usuário

6.1 Usuários Com o objetivo de atender toda a população do bairro e seus arredores, os edifícios devem contar com atividades que alcancem um público diverso. O centro cultural vai disponibilizar oficinas para pessoas carentes da região que poderão passar as horas que hoje são ociosas aprendendo novas atividades. A biblioteca vai atender a todo o público que goste de ler, pesquisar e aprender. Os espaços de exposição visam o público que admira arte e gosta de admirar obras das diversas naturezas, e esse espaço também pode ser utilizado para feiras de artesanatos, por exemplo. O público em geral atendido será diversificado e como na região não se encontra equipamento dessa magnitude a ideia é não excluir nenhum tipo de público, exceto para as oficinas que como dito acima darão preferência para pessoas carentes. O centro comercial deve atender uma demanda maior de pessoas, visto que é escassa a ofertas de comércios e serviços. O Minimercado deve ser o espaço com maior demanda, visto que o supermercado mais próximo está localizado a cerca de 4km, principalmente no verão quando o fluxo na rodovia Mogi Bertioga é intenso. A ideia é que as lojas prestem serviços além da venda de produtos, o maior fluxo de pessoas a utilizarem com certeza serão os dos moradores do bairro e os moradores dos condomínios que estão nos arredores. A cafeteria é uma opção de alimentação que não existe no local, sua maior utilização deve ser pelo público visitante que encontra ali a única opção de alimentação. Como o público do bairro e dos condomínios tem classe econômica bem diferente, as atividades e serviços oferecidos visam atender aos públicos de forma igualitária, sem segregação, e sem separar os públicos pelo perfil econômico. A ideia é de projetar de forma que a classe média alto-média se sinta confortável em estar no local. Assim como a classe baixa, que as pessoas do bairro não se sintam


107

desconfortáveis, e que o ambiente possa proporcionar a ideia de que qualquer público pode frequentar o espaço e dividir atividades em comum. 6.2 Funcionários Os empreendimentos devem gerar muitos empregos, a ideia é que os funcionários sejam os moradores do bairro e região, além de dar a oportunidades para os moradores abrirem seus comércios no local. Isso vai gerar um fluxo maior de pessoas que além de trabalharem lá, poderão utilizar usufruir dos outros comércios na hora de almoço por exemplo.

7 Programa de Necessidades Programas de Necessidades Centro Comercial Setor

Social

Ambiente

Função

12 Lojas Pequenas

Venda de produtos

2

7 Lojas Médias

Venda de produtos

4

1 Loja Âncora

Venda de produtos

40

Sanitários Loja Âncora

Higiene pessoal

Populaç Mobiliário Condicionante ão s Ambientais

4

Expositore s, balcão para caixa, PD 6.00m (com provadores mezanino) , displays e prateleiras.

Área Mínima

35m²

70m² 140m²

PD 2.30m Iluminação Vaso natural de 1/8 sanitário, da área do piso pia, cuba, e ventilação papeleira e natural de no toalheiro. mínimo metade da área de iluminação

10m²


108

Cafeteria

Sanitários

Venda de alimentos

Higiene pessoal e Necessidade s Fisiológicas

Fraldário

Higiene de bebes

Copa Fraldário

Refeições dos Bebes

6

Balcão de caixa, PD 6.00m (com mesas, mezanino) lixeira, pia Iluminação de cuba, 1/10 da área do esterilizado piso e área de r, máquina ventilação de de no mínimo refrigerant metade da área e, de iluminação geladeira e fogão.

200m²

5

PD 2.30mIluminaçã Vaso o natural de 1/8 sanitário, da área do piso pia, cuba, e ventilação papeleira e natural de no toalheiro. mínimo metade da área de iluminação

10m²

4

Banheira, trocador, poltrona, toalheiro, papeleira.

10m²

4

Microondas pia e cuba

Social

Minimercado

Compra de alimentos

50

PD 2.30m Iluminação natural de 1/8 da área do piso e ventilação natural de no mínimo metade da área de iluminação

Caixas para PD 6.00m pagamento Iluminação das natural de 1/10 compras, da área do piso expositore e ventilação s de natural de no mercadoria mínimo metade , da área de geladeiras iluminação e freezers.

4m²

300m²


109

Padaria Compra de Minimercado pães e bolos

Açougue Minimercado

Compra de carnes e aves

Higiene Sanitários pessoal e Minimercado Necessidade s Fisiológicas

Social

Estacioname nto

Estacionar automóveis

5

4

4

1 vaga a cada 50m²

Total Setor Social Comercial

Balcão para atendiment o, expositore s, mesa, forno para assar pães, pia, PD 2.50m cuba, Iluminação esterilizado natural de 1/10 re da área do piso geladeira. e ventilação natural de no Câmara mínimo metade fria, da área de freezer, iluminação geladeira, mesa para corte, bancada para atendiment oe expositore s.

40m²

PD 2.30m Iluminação Vaso natural de 1/8 sanitário, da área do piso pia, cuba, e ventilação papeleira e natural de no toalheiro. mínimo metade da área de iluminação Vagas e cancela para ticket

30m²

PD 2.30 Iluminação e ventilação natural 1159m²

10m²

300m²


110

Cozinha da Cafeteria

Mesa, bancadas de apoio, cuba com furo para detritos, carrinhos para transporte de PD 2.50 m alimentos, Iluminação esterilizado natural 1/10 da r, câmera área do piso frigorifica, Ventilação prateleiras, natural forno industrial, freezer e geladeira.

10m²

9m²

Preparo de alimentos

4

Despensa da Cafeteria

Armazename nto de alimentos e utensílios

4

Prateleiras

Vestiários Cafeteria

Higiene pessoal e troca de vestimentas

3

Armário, vaso sanitário, pia, cuba, chuveiro e banco.

10

Mesas, cadeiras, microondas e geladeira.

Acesso Restrito

Copa funcionários das lojas médias e pequenas

Consumo de alimentos

PD 2.50 m Iluminação natural 1/8 da área do piso Ventilação natural

15m²

20m²


111

Cozinha do Minimercado

Preparo de alimentos

Refeitório

5

Consumo de alimentos Minimercado

20

Vestiários Minimercado

Higiene pessoal e troca de vestimentas

20

Vestiários Loja Âncora

Higiene pessoal e troca de vestimentas

20

Acesso Restrito

Copa Loja Âncora

Consumo de alimentos

Administraçã Administrar o minimercado Minimercado

Mesa, bancadas de apoio, cuba com furo para detritos, carrinhos para transporte de PD 2.50 m alimentos, Iluminação esterilizado natural 1/10 da r, câmera área do piso frigorifica, Ventilação prateleiras, natural forno industrial, freezer e geladeira. Mesas, cadeiras, microondas e geladeira.

Armário, vaso sanitário, pia, cuba, chuveiro e banco.

20

Mesas, cadeiras, microondas e geladeira.

3

Mesas, cadeiras, computado res, impressora e armários.

10m²

10m²

15m²

PD 2.50 Iluminação 1/8 da área do piso e ventilação natural de no mínimo metade da área de iluminação

15m²

20m²

10m²


112

Acesso Restrito

Gerencia Gerenciar Minimercado minimercado

1

Mesas, cadeiras, computado res, impressora e armários.

Almoxarifado Armazename Minimercado nto

2

Prateleiras

10m²

DML Minimercado

2

Armário e tanque

4m²

DML Loja Âncora

Administraçã o Loja Âncora

Gerencia Loja Âncora

Limpeza

Limpeza

Administrar Loja Âncora

Gerenciar Loja Âncora

Almoxarifado Armazename Loja Âncora nto

PD 2.50Iluminação 1/8 da área do piso e ventilação natural de no mínimo metade da área de iluminação

10m²

2

Armário e tanque

3

Mesas, cadeiras, computado res, impressora e armários.

1

Mesas, cadeiras, computado res, impressora e armários.

10m²

2

Prateleiras

10m²

Subtotal Setor Comercial Restrito

4m²

10m²

177m²


113

Centro Cultural

Recepção

Auditório

Receber e direcionar os visitantes

Apresentaçõ es

3

PD 2.50 Mesas, Iluminação 1/5 cadeiras, da área do piso computado e ventilação de res, no mínimo impressora metade da are e armários. ade iluminação

20m²

80

Cadeiras

PD 6.00Iluminação eventilação podemser mecânicas 1%das cadeiras paraobesos e pessoascom mobilidaderedu zida e 2%para cadeirantes

100m²

Bancos

PD 6.00 Iluminação 1/8 da área do piso e ventilação de no mínimo metade da are ade iluminação

50m²

PD 2.50 Cadeiras, Iluminação 1/5 mesa, da área do piso computado e ventilação de res e no mínimo impressora metade da are . ade iluminação

21m²

Social

Foyer

Bilheteria

Praça de convivência

Área de espera

Compra de Ingressos

Convivência

40

3

50

Mesas, cadeiras, bancos e plantas.

Ao ar livre

50m²


114

Sala de exposições

Exposições de produtos em geral

5 ateliês para aulas

Espaço para aulas de artesanato e cursos rápidos

Sala Multiuso

Área para diversas finalidades como para entreteniment o, apresentaçõe s e etc.

Social

Brinquedotec a

Descontraçã o para as crianças

Biblioteca

Área de leitura, consulta de acervo e espaço para estudo.

Sanitários

Higiene Pessoal e Necessidade s Fisiológicas

50

20

30

30

Mesas, cadeiras e armários.

PD 6.00 Iluminação 1/8 da área do piso e ventilação de no mínimo metade da are ade iluminação

Mesas, cadeiras e armários e lavatórios.

Pé direito mínimo de 3.00m Área iluminante deve Mesas, ser de 1/5 do cadeiras e piso e a área de armários. ventilação natural deve ser metade da área de iluminante. Mesas, O ambiente cadeiras, deve ter tapetes, comunicação armário e direta com o brinquedos exterior .

100m²

Área 1,5m² por aluno sendo 30m² a área mínima

30m²

Área 1,5m² por aluno sendo 30m² a área mínima

50

Prateleiras, mesas, cadeiras e estantes.

200m²

10

PD 2.30 Vaso Iluminação 1/8 sanitário, da área do piso pia, cuba, e ventilação de papeleira e no mínimo toalheiro. metade da are ade iluminação

10m²


115

Quadra Poliesportiva

Social

Atividades físicas

Ar livre

Vestiários

Higiene pessoal e troca de vestimentas

10

Armário, vaso sanitário, pia, cuba, chuveiro e banco.

Estacioname nto

Estacionar automóveis

1 vaga a cada 50m²

Vagas e cancela para ticket

Subtotal Setor Cultural Social

PD 2.50Iluminação 1/8 da área do piso e ventilação natural de no mínimo metade da área de iluminação

PD 2.30 Iluminação e ventilação natural

Tamanho mínimo 27,00x16, 00m

15m²

300m²

941m²

Local para os artistas aguardarem o início das apresentaçõe s

5

Camarim

Local para preparação

5

Deposito

Armazenar

2

Prateleiras

10m²

2

PD 2.30Iluminação Vaso 1/8 da área do sanitário, piso e pia, cuba, ventilação de papeleira e no mínimo toalheiro. metade da are ade iluminação

10m²

Coxia

Acesso Restrito

Banheiro Camarim

Higiene Pessoal e Necessidade s Fisiológicas

Cadeiras e mesas de apoio PD 2.50 Iluminação 1/8 da área do piso Bancadas, e ventilação de cadeiras, no mínimo sofás e metade da are armários. ade iluminação

20m²

4m²


116

DML

Acesso Restrito

Limpeza

2

Sala dos professores

Reunir professores

5

Copa

Refeições rápidas

5

Armário e tanque

PD 2.50 Iluminação 1/8 da área do piso e ventilação natural de no mínimo metade da área de iluminação

Pé direito mínimo de 2,70m Área iluminante deve ser de 1/5 do piso e a área de ventilação natural deve ser metade da área de iluminante. Mesas, O ambiente cadeiras, deve ter geladeira, comunicação microdireta com o ondas e exterior bancada com pia. Mesa, cadeira e armário.

Subtotal Setor Cultural Restrito

4m²

10m²

4m²

62m²

Área Administrativa Geral e Serviços

Social

Recepção

Acess Administraçã o o Geral e Restrit Controle do o condomínio

Atender e Controlar o acesso de pessoas

Administrar

2

PD 3.00 Iluminação 1/8 Computadore da área do piso s, mesas, e ventilação cadeiras e natural de no armários. mínimo metade da área de iluminação

20m²

4

PD 2.50 Iluminação 1/8 Mesas, da área do piso cadeiras, e ventilação computadores natural de no , impressora e mínimo metade armários. da área de iluminação

10m²


117

Gerência

Acess o Restrit o

Gerenciar o condomínio

1

Mesas, cadeiras, computadores , impressora e armários.

10m²

10m²

10m²

Diretoria

Dirigir o condomínio

1

Mesas, cadeiras, computadores , impressora, armários e poltronas.

Segurança

Garantir a segurança do complexo

3

Mesas, cadeiras e monitor.

Copa

Consumo de alimentos

Vestiários

Higiene pessoal e troca de vestimentas

Manutenção

Concerto e troca de itens relacionados com o condomínio

Almoxarifado

DML

5

PD 2.50 Iluminação 1/5 Mesas, da área do piso cadeiras, e ventilação micro-ondas e natural de no geladeira. mínimo metade da área de iluminação Armário, vaso . sanitário, pia, cuba, chuveiro, box e banco

6.00 m²

15m²

2

Mesas, cadeiras, computador, armários e prateleiras.

15m²

Armazename nto de utensílios

2

Armários

10m²

Limpeza

2

Armários e tanque

4m²


118

Docas e Recebimento Abastecimen de to mercadorias

Acess o Restri to

3

PD 2.50, iluminação 1/8 da área do piso Carinhos para e ventilação levar as natural mínimo mercadorias metade da área de iluminação.

Reservatório Armazename de água nto de água

Lixeira

Descarte de resíduos

Água

Lixeiras para cada tipo resíduo

10m²

Ser dimensionado conforme número de usuário

Ser dimension ado conforme número de usuário

Ao ar livre

10m²

Subtotal Setor Administrativo e serviços

130m²

Total

2469m²

8 Organograma

Centro Comercial

Centro Cultural

Área administrativa


119

9 Fluxograma


120

10 Agenciamento

10.1 Centro Comercial

Guarita Copa

Estacion amento

Loja Médias e Pequenas Deposi to

Sanitári os Sanitário

Administr ação Gerencia

Sanitário s

Sanitários

Loja Âncor a

Almoxarif ado

DML

Fraldario

Cozinha

Cafeteria

Vestiários

Copa

com copa

Despens a

Vestiário


121

Padaria Açougu e

Sanitári os

Sanitário s Geren

Cozinh a

cia

Fraldario

Cozinha

Minimerc ado

com

copa

Cafeteri a

Refeito rio

Admini stração

Vestiári o

Despens a

Almoxa rifado DML

10.2 Centro Cultural

Foyer

Bilheteria

Sanitário

Auditorio

Coxia

Deposito

Camarim

Vestiário


122

Sanitario

Sala Multiuso

Sanitario

Sanitario

Estaciona mento

Sala dos professores

Garita

Copa

Sanitário

Sanitario

Recepção

Biblioteca

Sanitario

Sala de aula

Brinquedote ca

Praça de Convivência

Sala de Exposições

11 Conceito e Partido

11.1 Conceito Os conceitos aplicados para a execução do projeto serão baseados na integração entre o centro cultural e comercial, a relação do edifício com o entorno inspirado na arquitetura industrial de forma que a edificação tenha uma arquitetura atemporal, e assim consiga manter a essência da antiga estará fábrica sempre viva.


123

A integração dos centros de comercio e cultura visa ligar o externo com o interno e conectar os edifícios, para que com isso mesmo que os edifícios tenham características distintas, possam se interligar e dividir espaços em comum.

O

objetivo dessa integração é que o público desses espaços se aproxime e compartilhem as áreas em comum. Um dos motivos da escolha do estilo de arquitetura industrial são espaços amplos, com plantas livres e flexíveis. Essa característica vai permitir que os espaços e públicos sejam integrados como dito acima. O conceito de integrar o edifício com o bairro, visa atender ao perfil dos usuários que precisam dessa identidade para se sentirem confortáveis em utilizar os espaços oferecidos, mas que ao mesmo tempo o edifício tenha características que chamem a atenção de outros públicos, que seja vistoso. Além disso é importante lembrar da sustentabilidade que não pode ser considerada como conceito, por ser obrigatoriedade há algum tempo nas construções. Quando se projeto com essa intenção há milhares de possibilidades que podem ser empregadas para esse fim ser executado com sucesso.

A concepção de sustentabilidade pressupõe uma relação equilibrada com o ambiente em sua totalidade, considerando que todos os elementos afetam e são afetados reciprocamente pela ação humana. A sustentabilidade, portanto, diz respeito às escolhas sobre as formas de produção, consumo, habitação, comunicação, alimentação, transporte e também nos relacionamentos entre as pessoas e delas com o ambiente, considerando os valores éticos, solidários e democráticos. SESC, 2019

No projeto o uso de materiais alternativos será empregado nas dependências em pisos, paredes e coberturas, além da reutilização de água para abastecimento de banheiros e da cobertura verde. Proporcionado assim um ambiente que se integre com a grande malha verde existente ao fundo do terreno, espaços que sejam agradáveis para os visitantes, funcionários e moradores do bairro. Além de proporcionar uma economia de água e um ar mais limpo.


124

11.2 Partido Para alcançar o objetivo de conceito de integração, as plantas dos edifícios serão em sua maior parte integradas, claro que me alguns ambientes essa integração não será possível, mas em todas as áreas que foram cabíveis essa integração será feita como na figura 130.

Figura 135 - Planta livre

Fonte: Archdaily – Santini e Rocha Arquitetos- Nova Fabrica

O estilo industrial geralmente é representando por paredes de tijolos, tubulações de hidráulica e elétrica aparentes, pisos de cimento queimado e os elementos estruturantes à vista. Dessa forma o conceito industrial será mantido, mas de uma forma bem planejada. Mantendo a identidade do local, mas chamando a atenção das pessoas da região e de outros locais.


125

Figura 136 - Estilo industrial

Fonte: Galeria da Arquitetura – Nóz Cafés e Pães

Para a conexão do edifício com o prédio, além da arquitetura do prédio, a ideia de do terreno não ter fechamento, permitindo o acesso livre a praça de convivência externa 24 horas por dia, como na figura 132.

Figura 137 - Edifício FL 4300

Fonte: Arcoweb– Complexo FL 4300


126

Para alcançar os objetivos de sustentabilidades serão empregadas cisternas, que armazenarão as águas pluviais, para serem reutilizadas nas dependências do edifício. Figura 138 - Instalação geral de cisterna

Fonte: Catálogo Acqualimp

Tintas minerais naturais para pintura das paredes e tetos, que são muito resistentes, podem ser usadas em diversas superfícies, duram muito tempo e são laváveis. Além de deixar o ambiente livre de mofos e fungos. Essas tintas estão disponíveis em várias tonalidades e a ideia é utilizar pontos de cor em algumas áreas.

Figura 139 - Tintas Ecológicas

Fonte: Ecocasa


127

O uso de madeiras plásticas para áreas de deck e áreas internas também serão adotados como uma forma de utilizar materiais alternativos que não agridam o meio ambiente e são resistentes tanto quando as madeiras naturais.

Figura 140 - Madeira Plástica

Fonte: Ecopex

O uso de cobertura verde também será aplicado em algumas partes da cobertura, para ajudar na drenagem de água de chuva, manter o ambiente fresco e agradável.

Figura 141 - Cobertura verde

Fonte: Arquitetura Sust Residencial


128

Para garantir que o conceito modernista seja concretizado serão utilizados grandes panos de vidro, linhas simples na arquitetura das fachadas, alguns pontos de cores e a aplicação de tijolinhos aparentes para dar identidade ao projeto e o relacionar com o entorno.

12 Diretrizes e Premissas

As diretrizes e premissas são realizadas para dar direcionar o projeto para que ele se enquadre nas normas, que são obrigatórias para um projeto funcional e seguro. Esse estudo será baseado nas legislações NBR 9050, NBR 9077, Código de obras de Mogi das Cruzes e o Decreto N.12.342, de 1978 do Código Sanitário. Todas elas apresentam disposições gerais e especificas para os ambientes, por isso antes de dizer o que as normas dizem por setores irei realizar um resumo das disposições gerais.

12.1 ABNT NBR 9050 A norma apresenta todos os parâmetros necessários para a projeção de espaços adequados para pessoas com necessidades físicas especiais como cadeirantes, visuais, auditivos, pessoas com nanismo e etc. Apresenta as medidas antropométricas, as áreas de transferência de pessoas em cadeira de rodas para o dimensionamento de circulações, a sinalização adequada visual, tátil e sonora, além do dimensionamento correto para saída de emergência e rampas. Usa como parâmetro as seguintes siglas para parâmetros antropométricos. M.R. – Módulo de referência; P.C.R. – Pessoa em cadeira de rodas; P.M.R. – Pessoa com mobilidade reduzida;


129

P.O. – Pessoa obesa; L.H. – Linha do horizonte. Estabelece que as rampas tenham inclinação máxima de 8,33% sendo que inclinações entre 6 e 8,33% devem prever áreas de descanso nos patamares a cada 50 metros. A tabela abaixo apresenta as inclinações possíveis, a altura que cada desnível pode alcançar por patamar e o número de seguimentos permitido.

ABNT NBR 9050, 2004

As rampas devem ter corrimão de ambos os lados e largura mínima de 1,20m, mas a largura deve ser dimensionada de acordo com o fluxo de pessoas. No início e fim da rampa deve ser previsto patamares. As escadas devem ser dimensionadas, conforme a figura 144.

Figura 142 - Escadas – Ábaco

ABNT NBR 9050, 2004


130

A seção 6.6.4.3, estabelece que as escadas devem ter largura mínima de 1,20m, mas o recomendado é 1,50. Porém deve ser observada a ABNT NBR 9077 que dimensiona assim como as rampas a largura pelo fluxo de pessoas. Os patamares devem ter no mínimo 1.20m sendo que quando há mudança na direção a medida deve ser igual à largura da escada. Corredores Segundo a norma no artigo 6.9.11, a largura mínima para corredores de uso comum até 4 metros é 0,90. Para corredores com até 10 metros 1,20 e acima disso 1,50. Porém qualquer corredor de uso público a largura de deve ser de 1,50m. Portas As portas devem ter vão livre de 0.80m e altura de 2.10 e as janelas devem ser abertas com uma única alavanca.

12.2 ABNT NBR 9077 Essa norma técnica estabelece os parâmetros para saída de emergência em edifícios de todos os tipos. Visa que as pessoas possam sair de forma segura de edifícios em situações de incêndios. Como disposições gerais a norma estabelece que cada tipo de edifico tenha suas saídas dimensionadas de acordo com a altura e distância entre as extremidades até as rotas de fuga. O primeiro parâmetro deve ser de acordo com o uso da ocupação. Esses usos são especificados na tabela 1, anexa a norma. O projeto em especifico se esquadra nas seguintes divisões: C: C-3; F: F-1, F-2 e F8. Abaixo a tabela 1, onde está descritor as características das divisões citadas acima.


131

ABNT NBR 9077, 1993 – Tabela alterada, foram selecionados somente os grupos pertinentes a esse trabalho

A altura do edifico como citado acima, também influencia na saídas de emergência, como a altura do edifício ainda não está definida, a estimativa é que ele se encaixe entre edificações baixas com H≤6,00m simbolizadas pela letra L e edificações de média altura que variam entre 6,00m ˂ H ≤ 12,00m, simbolizadas pela letra M. A área do pavimento é um fator muito importante para o dimensionamento das saídas, por isso a tabela abaixo apresenta um código de acordo com a metragem final de cada pavimento.


132

ABNT NBR 9077, 1993

O material que será utilizado para a construção do prédio também influencia, por isso o projeto se esquadra na categoria Z, são edificações com alta resistência ao fogo. O volume de pessoas que circulam pelos edifícios, também influencia nas saídas de emergência e segundo a norma devem ser calculados seguindo os dados obtidos na tabela 1, que são C: C-3; F: F-1, F-2 e F8. A tabela 5 anexa na norma, dos parâmetros de pessoas por m², as aplicáveis no projeto estão grifadas em vermelho na tabela a abaixo.

ABNT NBR 9077, 1993


133

Largura das Saídas de Emergência A largura de todas as saídas de emergência deve ser calculada de acordo com os números obtidos na tabela acima, que dimensionada o número de pessoas. A largura é dada pela formula da figura abaixo.

Figura 143 - Formula largura saídas de emergência

Fonte: ABNT NBR 9077, 1993

As escadas para saída de emergência exigem que sejam utilizadas normas especificas, que indiquem a largura necessária, altura de piso e espelho. A ABNT 9077 diz que, seja qual for o caso as larguras mínimas devem ser 1,10 se corresponderem a duas unidades de passagem de 55cm, para ocupações em geral. Não sendo admitidas saliências que diminuam esse vão. E nas edificações do grupo F o vão mínimo passa a ser 1,65. A distância máxima a ser percorrida entre pelos usuários do edifício, varia de acordo com a classificação de uso estipulados pela tabela 1 e pela tabela 3 que define a classificação quanto a resistência ao fogo. Por isso a distância na edificação deve ser 30,00 m com saída única; 40,00 m com mais de uma saída se não houver chuveiro automático. Com chuveiro automático a distância passa a ser de 45,00m com saída única e 55,00m para mais de uma saída. Essas informações podem ser encontradas na tabela 6, anexa a norma. O número mínimo de saídas é definido pela tabela 7, anexa a norma que determina de acordo com a ocupação e metragem do pavimento, as quantidades e o tipo de


134

saídas a serem adotadas. Abaixo a tabela com as classificações que serão utilizadas.

ABNT NBR 9077, 1993 – Tabela alterada. Foram selecionados somente os grupos pertinentes a esse trabalho.

Assim como na ABNT NBR 9050 exemplifica parâmetros para as rampas A ABNT NBR 9077 apresenta parâmetros que complementam a norma anterior. Indica que a declividade das rampas externas deve ser no máximo de 10%, assim como para rampas internas classificadas com ocupação F. Para ocupações classificadas como C a inclinação máxima deve ser de 12%. As escadas podem ser feitas de diversas formas para serem utilizadas como saída de emergência, mas todas devem seguir os parâmetros como largura que deve ser dimensionada de acordo com a quantidade de usuários. Os degraus devem ter espelhos com altura entre 0,16m e 0,18m. As escadas devem ser calculadas pela fórmula de Blondel: 63 cm ≤ (2 h + b ) ≤ 64 cm. As pisadas devem ter bocel de 1,5cm, no mínimo sendo passantes ou ter espelho inclinado. Os patamares devem ser feitos pela formula p = (2h + b)n + b, o patamar deve ter no mínimo igual à largura da escada.


135

Se de acordo com a tabela a escada se encaixar como edificações que precisem de escadas enclausuradas, devem ser aplicadas as seguintes regras. 4.7.10.2 As janelas das escadas protegidas devem: a) estar situadas junto ao teto, estando o peitoril, no mínimo, a 1,10 m acima do piso do patamar ou degrau adjacente e tendo largura mínima de 80 cm; b) ter área de ventilação efetiva mínima de 0,80 m2, em cada pavimento (ver Figura 10); Se as escadas forem a prova de fumaça (PF), seguiram os seguintes critérios: 4.7.12 Antecâmaras 4.7.12.1 As antecâmaras, para ingressos nas escadas enclausuradas, devem: a) ter comprimento mínimo de 1,80 m; b) ter pé-direito mínimo de 2,50 m; c) ser dotadas de porta corta-fogo na entrada, de acordo com a NBR 11742, e de porta estanque à fumaça na comunicação com a caixa da escada; d) ser ventiladas por dutos de entrada e saída de ar; Dependendo da população e do tamanho da edificação, algumas escadas necessitam de antecâmara com dutos para ventilação, a NBR 9077 também exemplifica detalhadamente como devem ser esses dutos. 4.7.13.1 Os dutos de ventilação natural devem formar um sistema integrado: o duto de entrada de ar (DE) e o duto de saída de ar (DS). 4.7.13.2 Os dutos de saída de ar devem: a) ter aberturas somente nas paredes que dão para as antecâmaras; b) ter secção mínima calculada pela seguinte expressão: Ω = 0,105 n Onde:


136

Ω= secção mínima, em m2 n = número de antecâmaras ventiladas pelo duto c) ter, em qualquer caso, área não-inferior a 0,84 m e, quando de secção retangular, obedecer à proporção máxima de 1:4 entre suas dimensões; d) elevar-se 3,00 m acima do eixo da abertura da antecâmara do último pavimento servido pelo eixo, devendo seu topo situar-se a 1,00 m acima de qualquer elemento construtivo existente sobre a cobertura; Abaixo a figura exemplifica tudo que foi dito no texto acima.

Figura 144 - Escada enclausurada

ABNT NBR 9077, 1993


137

12.3 Código de Obras e Edificações

O código de obras e edificações de Mogi das Cruzes, estabelece diretrizes para elaboração e aprovação de projetos em todo território municipal. Para o fechamento das divisas do terreno o código estabelece no art. 171 que os muros ou elementos de fechamento devem ter altura mínima de 1,80m e qualquer outro fechamento deve ter altura máxima de 3,00. Para as áreas permeáveis obrigatórias seguindo o zoneamento a norma estabelece que alguns tipos de pisos drenantes podem ser utilizados e computados como área permeável, mas sendo considerado com uma menor porcentagem, o artigo 210 diz que esses pisos serão considerados como área permeável de 50% independentemente do tipo de piso permeável. Estabelece alguns parâmetros para alguns tipos de pisos drenantes, são eles: I-

Piso de “blocos de concreto intertravados”: 20% (vinte por cento);

II-

Piso “Concregrama: 50% (cinquenta por cento);

III-

Piso de concreto drenante: 50% (cinquenta por cento);

Circulação Vertical Para a circulação vertical atraves de escadas, estabelece que as escadas de uso coletivo terão largura mínima de 1,50m, sendo admissivel 1,20m. Os degraus devem seguir parametros para altura dos espelhos e largura das pisadas sendo elas: I.

– escada de uso privativo restrito: e ≤ 0,20m e p ≥ 0,20m;

II.

– escada de uso privativo: e ≤ 0,19m e p ≥ 0,25m;

III.

– escada de uso coletivo e protegido: 0,16m e ≤ e ≤ 0,18m e 0,28m ≤ p ≤ 0,32m;

Os patamares teram largura equivalnete a largura da escada para escadas de uso coletivo. Para as rampas a norma prevê inclinação maxima de 8,33%, quando for utilizada como meio de escoamemto vertical. Os patamares das rampas devem ter lagura de 1,50m, sendo minimo de 1,20m para inicio e terminio de rampa e entre os seguimentos. Mas se o patamar for em mudança de direção deverá ter a dimensão igual a largura da rampa.


138

12.4 Legislação por ambientes

Estacionamento Segundo a ABNT NBR 9050 as vagas para estacionamento devem ter sinalização obrigatória, ter espaço adicional de 1,20m de largura, sendo que esse espaço pode ser compartilhado por duas vagas se forem paralelas. As vagas devem ser dimensionadas seguindo a tabela abaixo.

ABNT NBR 9050, 2004

Segundo o Código de Obras e Edificações de Mogi das Cruzes os estacionamentos devem ter acesso independente aos acessos para pedestres. A entrada e saída dos estacionamentos deverão ser separadas, sendo permitida e entrada e saída por ruas diferentes. As aberturas para acesso devem ter largura mínima de 3,50m. É obrigatório ter áreas de acumulação para veículos, que devem seguir a proporção de para até 30 vagas 1 área de acumulação e de 31 a 80 vagas 2 áreas de acumulação. As rampas para acesso ao estacionamento devem ter recuo de 4,00 m do alinhamento dos logradouros, declividade máxima de 20% para utilitários e automóveis e para caminhões e ônibus inclinação de 12%. As vagas devem ter dimensão de 2.50x4x80m para automóveis, de 3,00x7,00m para veículo de carga, de 1,20+2,50x5,00m, de 1,20x2,50m para motocicletas e de 0,70x0,85m para bicicletas. Para vagas ao lado de paredes acrescentar 0,20m. Segundo o decreto do código sanitários estabelecimentos escolar e/ou cultural, ou qualquer outra edificação não especificada nos itens do presente artigo – a área de estacionamento deverá ser calculada com base na proporção de um carro para cada 50,00m2 (cinquenta metros quadrados) da área construída.


139

Sanitários e Vestiários Segundo a ABNT NBR 9050 na seção 7.2.2 os sanitários e vestiários de uso comum ou uso público devem ter no mínimo 5% do total de cada peça instalada acessível, respeitada no mínimo uma de cada. Quando houver divisão por sexo, as peças devem ser consideradas separadamente para efeito de cálculo. Recomenda-se a instalação de uma bacia infantil para uso de crianças e de pessoas com baixa estatura. Os sanitários devem ter dimensão mínima de 1,50x1,70m, a largura mínima da porta de 0,80m. Os boxes para chuveiro devem ter dimensão mínima de 0.90x0.95m, com área de transferência livre de obstáculos e transposição de 0.30m. Para os vestiários com cabine individual a dimensão mínima deve ser de 1.80x1.80. O decreto do código sanitário estabelece que o local deverá ter uma área mínima de 6,00m², um pé direito de 2,50m. A área iluminante deve ser 1/8 da área do piso. O ambiente deve ter uma comunicação direta com o exterior e a área de ventilação natural deve ser metade da área iluminante. Devem ser locados onde acontecerão a prática de esportes ou educação física, devendo haver chuveiros na proporção de 1 para cada 100 usuários e devem ser separados por sexo. Auditórios Segundo a ABNT NBR 9050, devem ter espaços destinados para P.C.R (pessoa em cadeira de rodas), assentos para P.M.R(pessoa com mobilidade reduzida) e assentos para P.O (pessoas obesas). Os lugares devem estar localizados me rota acessível de fuga, estar distribuídos pelo

espaço,

preferencialmente

em

todos

os

setores,

ter

assento

para

acompanhantes ao lado, ter conforto, boa visibilidade e acústica. Além disso os lugares devem estar localizados em planos horizontal e plano A tabela abaixo especifica a quantidade de lugares reservados para P.C.R, P.M.E e P.O.


140

ABNT NBR 9050, 2004

O dimensionamento dos assentos deve ser no mínimo de 0,80x1,20m. Para os palco e bastidores deve ser prevista rota acessível para P.C.R conseguir acessar. Quando houver desnível entre o palco e a plateia deve ser vencido através de rampas com largura mínima de 0,90, inclinação máxima de 16,66% para vencer até 0,60m e de 10% para vencer alturas superiores. O código sanitário estabelece que o local deverá ser construído com material incombustível. Podendo estar localizada no pavimento térreo ou 1º pavimento, para que assim possa haver o escoamento fácil de pessoas no caso de emergência. As portas devem abrir para o lado de fora, sendo dimensionado um vão de um cm por pessoa, com um mínimo de um vão de 2,00m. As cabines de projeção de cinema devem ter uma área mínima de 12m², e um pé direito de 3,00m. Camarim De acordo com o decreto do código sanitário os camarins devem ter uma área mínima de 4,00m², podendo ser dotado por iluminação natural ou por meio de dispositivos mecânicos. Sendo coletivos ou individuais devem ser separados por sexo e serem servidos por instalações com bacias sanitárias, chuveiros e lavatórios na proporção de um conjunto para cada cinco camarins individuais, ou para cada 20,00m² de camarim coletivo.


141

Salas de exposições A ABNT NBR 9050 estabelece que locais de exposição e visitação pública devem estar e rotas acessíveis. Bilheterias e Guaritas A ABNT NBR 9050 diz que as bilheterias devem estar localizadas em rotas acessíveis e ter os guichês com altura máxima de 1,50m do piso. Deve ser garantida área para manobra com rotação de 180. O

Código de Obras e Edificações de Mogi das Cruzes estabelece que as portarias

podem estar localizadas em faixas de recuos. Devem ter pé direito mínimo de 2,60m, a dimensão não pode ser superior a 5,00m e sua área máxima deve ser de 15m². Devendo ter sanitário privativo As bilhererias também devem ter pé direito minimo de 2,60m, os acessos devem ser dispostos de forma que as filas não conflitem com os acessos. Cafeteria Para espaços com essa finalidade a ABNT 9050 estabelece que 5% do total de mesas, com no mínimo 1 devem ser acessíveis. E a distribuição deve ser feito de forma que a circulação não seja prejudicada para os P.C.R. O Decreto do código sanitários estabelece que o local deverá ter uma área mínima de 6,00m² e um Pé Direito de 2,50m. A área iluminante deve ser 1/8 da área do piso. O ambiente deve ter uma comunicação direta com o exterior, e a área de ventilação natural deve ser metade da área iluminante. Além disso, o local deve ter o piso e as paredes revestidas até a altura de 2,00m no mínimo, com material liso, resistente, impermeável e lavável. Quadra poliesportiva Para os locais de esporte e lazer a ABNT 9050 estabelece que todas as portas destinadas a praticantes de esportes que utilizem cadeira de rodas devem ter vão livre de 1,00m, incluindo sanitários e vestiários. As arquibancadas devem ter espaço


142

destinados a P.C.R e assentos para P.M.R e P.O. É obrigatório que uma rota acessível interligue os acima aos sanitários e vestiários. De acordo com o decreto do código sanitário é obrigatório a existência de instalações sanitário no local, sendo estipulado no mínimo 1 bacia sanitária e 1 mictório para cada 200 usuários, uma bacia sanitária para cada 100 usuárias e um lavatório para cada 200 usuários Praça de convivência Para a Praça de convivência a ABNT NBR 9050 estabelece que todo mobiliário que o espaço possuir deve ser acessível. A área deve ser toda acessível e quando houver mesas para jogos e refeições 5% do total sejam acessíveis. Biblioteca A ABNT NBR estabelece que as bibliotecas devem ter todas as suas dependências públicas acessíveis. Ter distância mínima de 0,90m entre as estantes de livros e a cada 15m deve haver espaço para manobra de 180º. Lojas e Mercado Para os espaços de comercio e serviço devem ser atendidas as seguintes especificações segundo ABNT NBR 9050. Nos comércios os corredores a cada 15m espaço para manobra de 180°, os vestiários e provadores devem ser pelo menos um acessível, tendo entrada com largura mínima de 0,80m e dimensão interna mínima de 1,20x0,90m, livres de obstáculos. Pelo menos 5% dos caixas para pagamento devem acessíveis, sendo o mínimo 1. Para o Código de obras as galerias comercias devem ter corredores e pé direito com no mínima de 4,00m. Se as lojas forem localizadas apenas de um lado será permitido corredor com largura mínima de 3,00m. As lojas precisam ter largura mínima de 10,00m². Deverão dispor de sanitários acessíveis em áreas de circulação coletiva.


143

A ventilação poderá ser feita através de vãos com acesso a pátios. As lojas poderão tem mezaninos, com pé direto em baixo do mezanino de 2,70m e com pé direito de 2,70na parte superior, podendo ser reduzida a 2,40m se for utilizado apenas para deposito. A área deve ser equivalente a no máximo 1/3 da área da loja. No supermercado os corredores deverão ter largura mínima de 1,50m se a área total for até 300m² e de 2,50m se tiverem mais de 300m². Cozinha O código sanitário diz que a cozinha deve ter uma área mínima construída de 10m² e um pé direito mínimo de 3,00m. A área iluminante dos ambientes deve ser 1/5 da área total do piso, o ambiente deve ter um contato direto com o exterior e a área de ventilação natural deve ser metade da área iluminante. O local deve ter o piso e as paredes revestidos até 2,00m de altura no mínimo, sendo com material liso, resistente, impermeável e lavável. Salas administrativas De acordo com o decreto do código sanitário o local deve ter um pé direito mínimo de 2,70m. A área iluminante deve ser 1/5 da área do piso. O ambiente deve ter uma comunicação direta com o exterior, e a área de ventilação natural deve ser metade da área iluminante.


144

13 Estudos Preliminares Figura 145 - Implantação

Figura 146 - Praça de Convivência

Figura 147 - Lojas


145

Figura 148 - Minimercado

Figura 149 - Minimercado


146

Figura 150 - Centro Cultural

Figura 151 - Praça de Convivência e Cafeteria


147

Figura 152 - Centro Cultural

Figura 153 - Quadra Poliesportiva


148

Figura 154 - Fachada

Figura 155 - Fachada 2


149


150


151


152

14 Considerações Finais O presente trabalhou visava levantar informações suficientes para dar embasamento a construção de um centro comercial e cultural no bairro Conjunto Oropó. Mediante a todos os levantamentos feitos, estudo de mapas, plantas e de edifícios com o mesmo programa, acredita-se que tenha se alcançado o objetivo de comprovar que o local tem sim potencial para abrigar esse tipo de empreendimento e que com a sua implantação muitas pessoas sendo elas da cidade ou não, se beneficiaram do feito. E a partir disso prova-se que pode ser viável a instalação desses equipamentos para a criação de novos polos centralizadores na cidade, como já é objetivo do novo plano diretor.


153

15 Referências bibliográficas ASSOCIAÇÃO BRASILIERA DE NORMAS TECNICAS. NBR 9050. 2004. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. NBR 9077. 1993. ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE CENTROS COMERCIAIS. Definição de centro comercial.

Disponível

em:

<http://www.apcc.pt/centros-comerciais/definicoes-e-

tipologias/definicao-de-centro-comercial/3>. Acesso em: 17 fev. 2019. BATISTA, Péricles Alves. A ORIGEM E A CONSTITUIÇÃO ATUAL DOS CENTROS COMERCIAIS DE CAMPINA GRANDE - PB. Sociedade e Território, Natal, v. 28, n. 2,

p.

136-152,

jun./dez.

2016.

<https://periodicos.ufrn.br/sociedadeeterritorio/article/view/10066>. Acesso em: 29 de mar. 2019. BRETTAS, Aline Pinheiro. A BIBLIOTECA PÚBLICA: UM PAPEL DETERMINADO E DETERMINANTE NA SOCIEDADE. Revista do Instituto de Ciências Humanas e da Informação, [S.L], v. 24, n. 2, p. 101-118, dez. 201. Disponível em: <https://periodicos.furg.br/biblos/article/view/1153>. Acesso em: 26 mar. 2019. CARDOSO, A. M. P.; NOGUEIRA, M. C. D. Projeto de implantação do centro de cultura de belo horizonte. Revista da Escola de Biblioteconomia da UFMG, v. 23, n. 2, 1994. Disponível em: <http://hdl.handle.net/20.500.11959/brapci/76598>. Acesso em: 28 fev. 2019. "Centro Cultural El Tranque / BiS Arquitectos" [El Tranque Cultural Center / BiS Arquitectos],

11

Fev

2018.

Disponível

em:

https://www.archdaily.com.br/br/887710/centro-cultural-el-tranque-bis-arquitectos. Acesso em: 12 mar. 2019. CONCEITO

de

cultura.

[S.

l.],

10

fev.

2011.

Disponível

em:

https://conceito.de/cultura. Acesso em: 20 mar. 2019.

ELIOT, Thomas. Notas para definição de cultura. 1 ed. [S.L.]: é realizações, 1948. 144 p.


154

"Espaço Alana / Rodrigo Ohtake Arquitetura e Design" 02 Dez 2016. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/800524/espaco-alana-rodrigo-ohtake-arquitetura-edesign. Acesso em 05 mar. 2019 FIGUEIREDO, Rui Jorge Rodrigues De. Cidade, Centro Comercial: o centro comercial como elemento de revitalização urbana: caso de estudo: Fórum Viseu. Universidade de Coimbra, [S.L], dez. 2010. Mall Campos do Jordão / ARKITITO Arquitetura" 13 Jun 2017. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/871530/mall-campos-do-jordao-arkitito-arquitetura. Acesso em: 10 abr. 2019 MILANESI, Luís. A casa da invenção: biblioteca, centro de cultura. 3. ed. rev. e aum. São Caetano do Sul: Ateliê, 1997. 271p. MILANESI, Luís. A casa da invenção: biblioteca e centro de cultura. 4. ed rev. e ampl. São Paulo: Ateliê, 2003. MOGI DAS CRUZES. Lei Complementar nº 143, de 15 de janeiro de 2019. Código de Obras. Mogi das Cruzes, 2019. MORGADO, Ana Cristina. As múltiplas concepções de cultura. Múltiplos Olhares em Ciência da Informação, [S.L], v. 4, n. 1, p. 1-8, mar. 201. Disponível em: <http://portaldeperiodicos.eci.ufmg.br/index.php/moci/article/view/2333>. Acesso em: 26 mar. 2019. "Muy Güemes / Agostina Gennaro + María José Péndola" [Muy Güemes / Agostina Gennaro

+

María

José

Péndola],

10

Out

2015. Disponível

em: https://www.archdaily.com.br/br/775064/muy-guemes-agostina-gennaro-plusmaria-jose-pendola. Acesso em: 20 fev. 2019. NOVAES, Antônio Galvão. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição: estratégia, operação e avaliação. Rio de Janeiro: Campus, 2001. SÃO PAULO. Decreto nº 12.342, de 27 de setembro de 1978. Decreto Código Sanitário. São Paulo, 1978 URBANO, Ecosistema. Reinventar-se ou morrer: a transformação dos shoppings sob o novo paradigma econômico/urbano. ArchDaily, [S.L], 11./mai. 2019. Disponível


155

em:

<https://www.archdaily.com.br/br/871024/reinventar-se-ou-morrer-a-

transformacao-dos-shoppings-sob-o-novo-paradigma-economico-urbano>. em: 27 fev. 2019.

Acesso


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.