Fundação Armando Alvares Penteado - FAAP 18 a 20 de abril 2016
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1. TEORIA E HISTÓRIA DA HABITAÇÃO COLETIVA | TEORÍA E HISTORIA DE LA VIVIENDA COLECTIVA
Mais uma vez, a abordagem do estudo da arquitetura residencial a partir de uma perspectiva histórica - e a reflexão teórica implícita - tem concentrado grande parte das contribuições incluídas no programa do II Congresso Internacional de Habitação Coletiva Sustentável. Esta resposta por parte da comunidade acadêmica e dos especialistas que participam do evento, mostra que uma compreensão holística das questões-chave da habitação coletiva contemporânea exige uma revisão profunda da evolução de suas abordagens a partir da origem do conceito de habitat coletivo.
Una vez más, el acercamiento al estudio de la arquitectura residencial desde la perspectiva histórica -y la reflexión teórica implícita- ha concentrado buena parte de las aportaciones incluidas en el programa del II Congreso Internacional de Vivienda Colectiva Sostenible. Esta respuesta por parte de la comunidad académica, y de las y los expertos participantes en el evento, demuestra que una comprensión holística de las cuestiones clave de la vivienda colectiva contemporánea requiere de una revisión exhaustiva de la evolución de sus planteamientos, desde el origen del propio concepto de hábitat colectivo.
À medida que as contribuições provêm de contextos e situações diversas, a perspectiva oferecida pelo conjunto de trabalhos publicados neste Livro de Atas não elude a diversidade de enfoques ou a complexidade das abordagens, mas, pelo contrário, reflete a heterodoxia das interpretações e a preeminência de uma leitura polissêmica da habitação. Na verdade, essa amplitude na aproximação metodológica muito enriquece o debate submetido à reflexão no Congresso, tornando este documento um recurso de enorme valor, a ser considerado para futuras pesquisas.
En la medida en que las aportaciones provienen de contextos y situaciones diversas, la perspectiva que ofrece el conjunto de comunicaciones publicadas en estas actas no elude la diversidad de enfoques o la complejidad de planteamientos, sino que, al contrario, refleja la heterodoxia en las aproximaciones y la preeminencia de una lectura polisémica de la vivienda. De hecho, esta amplitud en el acercamiento metodológico enriquece enormemente el debate sometido a reflexión en el Congreso, convirtiendo este documento en un recurso de enorme valor, a tener en cuenta por futuras investigaciones.
As abordagens a partir do ponto de vista teórico/histórico mostram uma variedade de enfoques que devem ser ressaltados.
Los acercamientos desde la perspectiva teórica/histórica muestran una variedad de enfoques que conviene resaltar.
HERANÇA E VALOR PATRIMONIAL Por um lado, a reivindicação e a valorização de certos bens patrimoniais de origem residencial é objeto de estudo em vários dos trabalhos selecionados. Alguns casos concentram sua análise no trabalho de determinados autores(as), nem sempre devidamente reconhecidos; outros abordam estudos de casos específicos, sempre
HERENCIA Y VALOR PATRIMONIAL Por una parte, la reivindicación y la puesta en valor de determinados bienes patrimoniales de origen residencial es objeto de estudio en varias de las comunicaciones seleccionadas. Algunos casos concentran su análisis en el trabajo de autores-as concretos, no siempre adecuadamente reconocidos; otros abordan casos de estudio
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assumindo a importância cultural do tecido residencial. O trabalho de Cristiana Eusepi – sobre a Casa Turca - e o artigo de Mateus dos Santos Batista, Marielle Rodrigues Pereira e Matheus Moura Martins - sobre aspectos específicos da arquitetura vernacular brasileira – mostram, de modo geral, o valor dos estudos culturais em relação à construção do habitat a nível local. A recuperação específica de certos espaços residenciais é um aspecto central nos estudos de Kátia Fernanda Marchetto – sobre o caso do Parque Guinle, no Rio de Janeiro - e de Graziela de Oliveira Becker – sobre a evolução do conjunto Vila Flores em Porto Alegre. Não menos importante é a seleção de estudos de caso incluída nos artigos de Christine Van Sluys e Esteban Jaramillo ou de Ibrahim Massaru de Borba. Em ambos os casos, a visão crítica sobre espaços residenciais desenvolvidos em uma cidade específica ou por um arquiteto específico (os distritos de La Granja y Solanda em Quito e Vilanova Artigas, respectivamente) tornam-se metodologias de reflexão sobre os valores urbanos dos espaços habitacionais. HABITAÇÃO, POLÍTICA E MERCADO IMOBILIÁRIO Vários trabalhos mostram uma abordagem crítica sobre a habitação a partir de perspectivas que relacionam suas lacunas qualitativas com a dinâmica do mercado da habitação ou políticas habitacionais locais. Trabalhos como o de Denise Antonucci em São Paulo ou Alejandro J. Peimbert e Juan Carlos Garcia no México mostram a estreita relação entre as políticas públicas de habitação e a evolução do parque residencial de uma cidade. Com uma análise gráfica impecável, a pesquisa de Rafaela Nunes e Simone Barbosa mostra os possíveis efeitos nocivos, para as condições do habitat, a partir da tendência da redução da superfície dos apartamentos nos edifícios residenciais verticais no Brasil. De uma maneira diferente, Marcela Marques Abla aborda as políticas habitacionais a partir de uma perspectiva de gênero através do olhar de quatro proeminentes arquitetas do século XX. Uma aproximação singular nesta área seria a de Luz Paz Agras, que relata de forma crítica e irônica o fim da bolha imobiliária espanhola através de seu projeto fotográfico “Spanish Dream”. No contexto brasileiro, Larissa Casemiro Fiorin e Telma de Barros Correia abordam suas leituras históricas enfatizando a mudança trazida pela industrialização nas políticas urbanas.
específicos, asumiendo siempre la importancia cultural del tejido residencial. El trabajo de Cristiana Eusepi -sobre la Casa Turca- y la comunicación de Mateus dos Santos Batista, Marielle Rodrigues Pereira e Matheus Moura Martins - sobre aspectos específicos de la arquitectura vernacular brasileña- muestran de una manera panorámica el valor de los estudios culturales en relación con la construcción del hábitat en un ámbito local. La recuperación específica de determinados espacios residenciales es un aspecto central en las ponencias de Kátia Fernanda Marchetto -sobre el caso del Parque Guinle en Rio de Janeiro- y de Graziela de Oliveira Becker -en torno a la evolución del Conjunto Vila Flores en Porto Alegre. No menos importante es la selección de casos de estudio incluida en los artículos de Christine Van Sluys y Esteban Jaramillo o de Ibrahim Massaru de Borba. En ambos casos, la mirada crítica sobre espacios residenciales desarrollados en una ciudad específica o por un arquitecto concreto (los barrios de La Granja y Solanda en Quito y Vilanova Artigas respectivamente) se convierten en metodologías de reflexión sobre los valores urbanos de los entornos habitacionales. VIVIENDA, POLÍTICAS Y MERCADO INMOBILIARIO Varios trabajos muestran un enfoque crítico sobre la vivienda desde perspectivas que ponen en relación sus carencias cualitativas con las dinámicas del mercado inmobiliario o de las políticas de vivienda locales. Trabajos como el de Denise Antonucci en Sao Paulo o Alejandro J. Peimbert y Juan Carlos García en México ponen de manifiesto la relación íntima entre las políticas públicas de vivienda y la evolución del parque residencial de una ciudad. Con un impecable análisis gráfico, la investigación de Rafaela Nunes y Simone Barbosa muestra los efectos nocivos para las condiciones del hábitat que puede suponer la tendencia a la reducción de la superficie en los edificios residenciales verticales en Brasil. De una manera diferente, Marcela Marques Abla aborda las políticas habitacionales desde una perspectiva de género a través de la mirada de cuatro destacadas arquitectas del siglo XX. Un acercamiento singular en este ámbito sería el abordado por Luz Paz Agras, quien relata crítica e irónicamente el final de la burbuja inmobiliaria española a través su proyecto fotográfico “Spanish Dream”. En el contexto brasileño, Larissa Casemiro Fiorin o Telma de Barros Correia abordan sendas lecturas históricas que ponen el acento en el cambio aportado por la industrialización en las políticas urbanas.
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ESTUDOS SOCIAIS Outras contribuições valiosas têm sua origem em trabalhos de campo que analisam as condições habitacionais de locais específicos. Neste sentido, a seleção dos estudos de caso é altamente sugestiva e as reflexões desenvolvidas fazem delas uma leitura altamente recomendável. Giselle Cerise Gerson e Maria de Jesus Britto Leite concentram seu olhar em três áreas de baixa renda no Recife, elaborando um exaustivo estudo das necessidades dos habitantes para oferecer sugestões de intervenções para os gestores públicos. Numa abordagem diferente, mas igualmente atraente, Camilla Mayra Heck de Abreu analisa espaços comuns dos edifícios localizados na cidade de Porto Alegre. Do ponto de vista da ocupação infantil através dos espaços de lazer, a autora analisa o impacto dessa ocupação no modo coletivo de habitar os espaços. A partir de uma abordagem mais teórica, Manuela Uribe reivindica a experiência fenomenológica da habitação coletiva a partir da paisagem, e Ángela Cardiel explora a esfera semântica do habitar, enfatizando a importância da identificação dos espaços. ESTUDOS TIPOLÓGICOS E ESPAÇOS COMUNS Não faltam trabalhos que percorram e analisem diferentes espaços da habitação para obter conclusões de ordem tipológica. Enquanto Atxu Amann e Gonzalo Pardo centram seu olhar sobre a história do ambiente banheiro, diversos trabalhos refletem sobre a importância dos espaços comuns, como a rua - é o caso de Ugo Rossi, Juan Carlos Bamba ou Jaume Asensi, que abordam a questão a partir de diferentes perspectivas. O valor tipológico da flexibilidade está presente nos artigos de Fernanda Fontana e Matilde Plastina, enquanto outros abordam os fatores qualitativos apresentados por arquiteturas específicas - Lívia Paula Zanelli de Morais e David Moreno Sperling sobre a arquitetura do MVRDV - ou modelos tipológicos específicos - Graziano Brau sobre a riqueza dos Mat-Buildings. No geral, se destaca um olhar multifacetado em trabalhos de qualidade respeitável. Sob o denominador comum da análise crítica, se propõe aprender com a experiência de maneira construtiva, com o objetivo de superar conclusões aplicáveis ao habitat contemporâneo.
JOSEP MARIA MONTANER DAVID H. FALAGÁN
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ESTUDIOS SOCIALES Otras aportaciones valiosas tienen su origen en trabajos de campo que analizan las condiciones habitacionales de entornos locales específicos. En este sentido, la selección de casos de estudio es sumamente sugerente y las reflexiones vertidas hacen muy recomendable su lectura. Giselle Cerise Gerson e Maria de Jesus Britto Leite concentran su mirada en tres áreas de renta baja en Recife, elaborando un estudio exhaustivo de las necesidades de los habitantes para ofrecer sugerencias de intervenciones a los gestores públicos. En una propuesta diferente, pero con un planteamiento igualmente atractivo, Camilla Mayra Heck de Abreu analiza espacios comunes de edificios ubicados en la ciudad de Porto Alegre. Desde la perspectiva de la ocupación infantil a través del juego, la autora analiza la repercusión de esta ocupación en el modo colectivo de habitar los espacios. A partir de un planteamiento más teórico, Manuela Uribe reivindica la experiencia fenomenológica de la vivienda colectiva desde el paisaje, y Ángela Cardiel explora la esfera semántica del habitar, poniendo el acento en la importancia de la identificación de los espacios. ESTUDIOS TIPOLÓGICOS Y ESPACIOS COMUNES No faltan trabajos que recorren y analizan diferentes espacios de la vivienda para obtener conclusiones de orden tipológico. Mientras que Atxu Amann y Gonzalo Pardo concentran su mirada en la historia del ámbito de baño, varias ponencias reflexionan sobre la importancia de espacios comunes como la calle -es el caso de Ugo Rossi, Juan Carlos Bamba o Jaume Asensi, quienes enfocan el tema desde diferentes puntos de vista. El valor tipológico de la flexibilidad está presente en los artículos de Fernanda Fontana o Matilde Plastina, mientras que otras comunicaciones abundan en los factores cualitativos aportados por arquitecturas específicas -Lívia Paula Zanelli de Morais y David Moreno Sperling sobre la arquitectura de MVRDV- o modelos tipológicos concretos -Graziano Brau sobre la fortuna de los Mat-Buildings. En conjunto, destaca una mirada muy poliédrica, en trabajos de una calidad respetable. Bajo el denominador común del análisis crítico, se plantea aprender de la experiencia de manera constructiva, con el objetivo de extrapolar conclusiones aplicables al hábitat contemporáneo.