.
• Lançado pelo Coletivo Artístico Dialética Sensorial, M.A.O.U- Movimento Artístico de ocupação urbana é composto por representantes das principais linguagens artísticas (artes visuais,música, teatro, dança, literatura, cinema e arquitetura), o movimento se originou de encontros de artistas, agentes culturais, sociólogos e urbanistas na cidade de Santo André .
•
Caracteriza-se por um conjunto de ações artísticas e pesquisas sociológicas realizadas inicialmente em fabricas desativadas, promovendo um debate mais amplo sobre a cidade e compartilhando diversos processos criativos característicos da urbanidade paulistana,alem de encontros de diversos exploradores urbanos.
•
Tais ações são desenvolvidas em parceria com coletivos artísticos, movimentos culturais e moradores situados nas localidades onde é feito o levantamento dos possíveis locais e por parceiros e assessores especializados em ocupação artística urbana.
•
A ação tem como temas principais a cidade, as culturas em ação nas metrópoles e as tecnologias contemporâneas, privilegiando a ação combinada desses temas na vida cotidiana dos participantes.
Em sua trajetória consta a execução de 6 edições. Atualmente implementa sua 7ª edição na Fabrica de Cimento Perus- Bairro Perus - Centro da cidade de São Paulo, no edifício Preste Maia.
NOSSA CAUSA
TEMAS CENTRAIS DE ATUAÇÃO
O MAOU, se dedica a formular, implantar e disseminar metodologias voltadas à melhoria do espaço público e a criação de novos espaços culturais a partir das ocupações artísticas em locais desativados ou não no país. • Arte contemporânea • Cultura e tecnologia social • Ocupação e produção artística urbana • Conteúdos digitais • Produtos imagéticos • Cidade e cidadania • Educação integral; • Leitura e escrita; • Juventude; • Literatura • Pesquisa e avaliação de projeto social;
MISSÃO
•Contribuir para o desenvolvimento humano e comunitário por meio da concepção e implementação de metodologias e programas no âmbito das políticas públicas de educação, cultura e assistência social.
• Foco
nas fabricas desativadas e centros urbanos; DIRETRIZES
• Transversalidade nas ações no território e na articulação das políticas públicas; • Atuação sistêmica e sustentável; • Formação de agentes educacionais, culturais e sociais; • Conduta comprometida com o enfrentamento das desigualdades sociais.
OBJETIVOS DO MOVIMENTO
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Contribuir para a formação artística de cidadãos e cidadãs ativos que, conscientes de seus desejos, deveres e possibilidades, possa construir uma sociedade justa e democrática.
• Contribuir para a permanência e reinserção ao sistema escolar bem como para a vinculação em novos processos formativos; • Aumentar e qualificar as perspectivas de acesso ao mundo da arte; • Ampliar a circulação na cidade; • Promover a produção juvenil.
JUSTIFICATIVA DA AÇÃO No Brasil, os jovens de 15 a 24 anos representam 20% da população (PNAD). A apropriação desigual da riqueza social produzida na cidade induz a segregação e exclusão, resultando aos jovens: • Pouco acesso e precária qualidade da educação; • Restritas oportunidades de formação profissional e de inserção no mercado de trabalho; • Dificuldades de acesso aos serviços, equipamentos, bens materiais e simbólicos produzidos na cidade; • Afirmação e reprodução de identidades negativas, corroboradas por estatísticas sobre desemprego, gravidez precoce, criminalidade, uso e tráfico de drogas, causa de óbitos etc.
JUSTIFICATIVA DA AÇÃO
Neste contexto, a questão da circulação e da mobilidade não é meramente uma questão de deslocamento origem-destino: • A experiência de circular e de aprender a cidade para poder sobreviver, intervir e ter as informações necessárias produzir a vida é um processo de subjetivação poderoso para os jovens. O processo de apreensão e, principalmente, de domínio dos códigos, dos pactos e das relações em curso na cidade é um processo de aprendizagem e ao mesmo tempo de constituição de sujeito. De constituição de cidadãos; •Ao circular, aprender e dominar a cidade os jovens poderão reinventar as relações políticas, as formas de convivência e de compartilhamento de valores e de futuro e interferir propositadamente nas decisões que vão afetar o futuro da vida coletiva nos territórios das cidades.
PRINCIPAIS PROPOSIÇÕES DO MAOU
• O M.A.O.U Movimento Artístico de Ocupação Urbana assume a juventude como momento bastante significativo na história de vida pessoal, cultural e social e que esta juventude pode interferir na história dos territórios em que vive; • O M.A.O.U Movimento Artístico de Ocupação Urbana acredita que os jovens compõem diversos grupos caracterizados por suas condições de vida, seus interesses e escolhas e que são capazes de propor ações relevantes e de contribuir para o bem comum; • O M.A.O.U Movimento Artístico de Ocupação Urbana na juventude por meio de três ações estratégicas: formação, redes sociais e relações institucionais e valorização dos territórios.
FORMAÇÃO DA JUVENTUDE
O direito dos jovens à cidade O Programa M.A.O.U Movimento Artístico de Ocupação Urbana investe para que os jovens acessem e explorem múltiplos espaços e equipamentos que compõem a vida das metrópoles. Práticas de circulação na cidade promovem a expansão de relações juvenis e concretizam o usufruto de direitos e de bens simbólicos e materiais que as cidades oferecem. Multiplicidade cultural é conteúdo para a formação dos jovens O Programa M.A.O.U Movimento Artístico de Ocupação Urbana aproveita o potencial das cidades, convocando os jovens a experimentarem eventos formativos com as formas e as diferentes composições da cidade: arquiteturas, sistemas produtivos (mundo do trabalho arte, cultura e tecnologias) produções artísticas, modos de vida de grupos sociais, etc.
FORMAÇÃO DA JUVENTUDE
A aprendizagem dos jovens: circulação e exploração, experimentação e produção Os processos formativos do Programa M.A.O.U Movimento Artístico de Ocupação Urbana considera três fortes características associadas à juventude e aos modos pelo quais os jovens constroem conhecimento: • O espírito artístico exploratório (“ver como é”); • A motivação para empreender descobertas, (“ver como se faz”); • A disposição para produzir e inventar (“fazer e aprender a fazer”). Ao vivenciarem situações de exploração, experimentação e produção em diferentes territórios das cidades, os jovens poderão ver modificados seus modos de pensar, dizer, agir e se relacionar, produzindo transformações nas suas subjetividades e, principalmente, ampliar e enriquecer perspectivas de futuro e desencadear projetos pessoais e sociais.
FORMAÇÃO DA JUVENTUDE
Expansão e melhoria das perspectivas de acesso ao mundo trabalho O Programa M.A.O.U Movimento Artístico de Ocupação Urbana acredita que educação de qualidade articulada ao acesso a conhecimentos tecnocientíficos e ao contato com diferentes possibilidades de trajetórias laborais e profissionais pode expandir e enriquecer os horizontes de trabalho dos jovens. Focar a formação profissional das juventudes na cidade significa uma abertura direta para o desenvolvimento das práticas sociais de trabalho e a promoção de encontros com as populações e produções desse campo social (empresários, trabalhadores de todos os tipos, maquinários, técnicas, tecnologias etc.).
REDES E RELAÇÕES INSTITUCIONAIS
Articulação entre diferentes atores sociais: órgãos públicos, instituições e organizações da sociedade civil, empresas públicas, empresas privadas, comunidades locais entre outros envolvidos com as problemáticas da cidade e juventude: • A juventude, como segmento da sociedade, assim como a infância, velhice, demanda investimentos articulados de diferentes setores da sociedade civil e do Estado (educação, trabalho, saúde, esporte, lazer, cultura etc.); • O programa reconhece a incompletude institucional e afirma a necessidade em compartilhar interesses compondo ações mais legítimas e efetivas. Dessa forma, seu desenho e funcionamento pressupõem uma lógica de ação em rede. A realização de ações conjugadas e em rede confere legitimidade, dá suporte técnico e político e agrega capital social às instituições e atores envolvidos; • Ao fomentar o trabalho conjugado entre atores com papéis distintos e variados na dinâmica produtiva dos centros urbanos, o programa investe na criação, no suporte e na ampliação de redes comprometidas com melhoria das condições de vida nas cidades, na democratização das informações e na transparência das ações políticas, técnicas e financeiras.
VALORIZAÇÃO DOS TERRITÓRIOS
Programa M.A.O.U Movimento Artístico de Ocupação Urbana assume a necessidade de investir nos distritos/ Bairros e reconhece como estratégica a ação das comunidades locais na luta pela garantia e respeito aos direitos das crianças e dos jovens e na vocalização de demandas e necessidades específicas dessas realidades. • O programa busca atuar em coerência com as realidades e contextos locais, incluindo a voz dos diferentes atores da cidade em seu desenho, e em sua lógica de intervenção (realização de colóquios, seminários, reuniões entre outros formatos de encontro); • Por meio de ações de formação para educadores e gestores das organizações locais, investe para que estas instituições se fortaleçam e multipliquem nossas ações e estratégias gerindo de forma eficiente a aplicação de seus recursos.
GOVERNANÇA
A governança garante transparência e comunicação qualificada, o que dá segurança a todos os envolvidos no programa. O sistema exige a divulgação de informações, assegurando credibilidade e prestação de contas, atendendo aos aspectos de responsabilidade social. No programa inclui as seguintes estratégias: Comitê gestor – Coletivo Dialética Sensorial e coordenação técnica M.A.O.U. Discute, avalia e valida o programa do ponto de vista da sua gestão e gerenciamento; Comitê executivo – coordenação técnica M.A.O.U, coordenadores e dirigentes dos espaços ocupados. Delibera sobre a execução do programa, obtém informações estratégicas sobre o seu desenvolvimento, garante a comunicação direta com as ONGs e, principalmente, dá transparência aos procedimentos técnicos e financeiros; Conselho de acompanhamento – Dialética sensorial , coordenação técnica M.A.O.U, ONGs, jovens e parceiros. Instância de monitoramento, consulta e avaliação para todos os segmentos do programa, garantindo voz aos diferentes participantes.
PESQUISA AVALIATIVA O programa foi alvo de um estudo para medir resultados na vida dos jovens artistas e retorno econômico (pesquisa realizada por meio da criação de grupo controle um ano após a finalização da primeira etapa do programa). Principais indicadores: resultados escolares, probabilidade de trabalho e renda salarial, freqüência de leitura, abrangência da circulação pela cidade e envolvimento com a polícia. O resultado da pesquisa foi positivo e estatisticamente significativo em relação ao trabalho e renda dos jovens. A média de renda mensal dos participantes foi de R$ 63 a mais em relação ao grupo controle. A quantidade de jovens empregados também foi maior entre os que participaram do programa: ela cresceu de 15% em 2004 para 47% em 2005. Em relação ao envolvimento com a polícia, a avaliação demonstrou uma redução significativa de 8,1 pontos porcentuais entre os participantes do programa – 10% deles relataram algum envolvimento em 2005. A pesquisa constatou que os jovens egressos do M.A.O.U Movimento Artístico de Ocupação Urbana apresentam maior segurança em habilidades como falar e se expressar bem, pensar soluções inovadoras e escrever e entender textos..
PROGRAMA M.A.O.U MOVIMENTO ARTÍSTICO DE OCUPAÇÃO URBANA : SISTEMATIZAÇÃO DE UMA METODOLOGIA Ao longo de cinco edições do programa na cidade de São Paulo construímos, consolidamos e registramos uma metodologia de trabalho com jovens artistas que vivem em situação de falta de espaços para desenvolver seus trabalhos artísticos nas metrópoles brasileiras. Acreditamos que experiências significativas de formação de jovens devem ser compartilhadas e socializadas. Aqueles que criam e implementam projetos no campo da educação brasileira têm o compromisso social e político de disseminar e de colocar à disposição da sociedade os saberes que produzem. A publicação “Programa M.A.O.U Movimento Artístico de Ocupação Urbana : sistematização de uma metodologia” tem como objetivo contribuir para o avanço das políticas e ações sociais voltadas aos jovens brasileiros. Apresenta as crenças e valores que sustentam as escolhas do programa além de uma descrição rigorosa de todos os passos para sua implementação: ações preparatórias, execução, acompanhamento dos projetos de intervenção dos jovens e governança e monitoramento. Outra publicação “Caderno Cenpec: Juventudes Urbanas” apresenta as principais referências teóricas do Jovens Urbanos e conforma com a sistematização o resultado de uma trajetória de desafios, aprendizagens e conquistas para os jovens, para a cidade, enfim, para todos nós.