OM . BUDISMO ’ WAY . OF . LIFE ’ //fanzine

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BUDISMO WAY.OF.LIFE



A PAZ VEM DE DENTRO DE TI PRÓPRIO, NÃO A PROCURES Á TUA VOLTA. Buda


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BUDISMO WAY.OF.LIFE

© 2012 OM . BUDISMO’WAY.OF.LIFE’ FANZINE SEMESTRAL . PROJECTO DE DESIGN EDITORIAL II DIANA BOTELHO 4515


A PALAVRA BUDISMO 5

COSMOLOGIA 8

NIRVANA 13

INSIGHT 19

TEOLOGIA DO BUDISMO 25

OM 27

PENSAMENTOS 37


BUDA



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A palavra Budismo é derivada da palavra ‘bodhi’ que significa ‘despertar’, portanto o Budismo é a filosofia do despertar ou iluminação. Essa filosofia teve origem na experiência de um homem chamado Siddhata Gotama, conhecido como o Buda, que realizou a iluminação por si próprio com 36 anos de idade. O Budismo existe faz 2.500 anos e tem cerca de 300 milhões de adeptos no mundo todo. Até meados do séc. XIX o Budismo era um filosofia com predominância na Ásia mas desde então se expandiu para todo o mundo. A palavra filosofia provém de duas palavras, ‘filo’ que significa ‘amor’ e ‘sofia’ que significa ‘sabedoria’. Então filosofia é o amor pela sabedoria ou amor e sabedoria, ambos significados descrevem o Budismo com perfeição. O Budismo ensina que devemos tentar desenvolver todo o potencial da nossa capacidade mental de modo que possamos alcançar o claro entendimento da realidade. O Budismo também prega o desenvolvimento do amor e bondade de modo que possamos expressar verdadeira amizade por todos os seres.

No ano 560 antes de Cristo um bebê nasceu numa família real no norte da Índia. Ele cresceu rodeado pela riqueza e pelo luxo mas acabou se dando conta de que o conforto e a segurança mundanas não asseguram a felicidade. Profundamente comovido pelo sofrimento que viu ao seu redor, ele decidiu tentar encontrar o caminho para a felicidade humana. Com 29 anos de idade ele abandonou a vida de príncipe e saiu em busca da solução para os problemas humanos. Ele estudou e praticou com mestres distintos mas nenhum deles na verdade sabia a causa do sofrimento humano e como superá-lo.


O SEGREDO DA SAÚDE MENTAL E CORPORAL,ESTÁ EM NÃO SE LAMENTAR PELO PASSADO, NÃO SE PREOCUPAR COM O FUTURO, NEM SE ADIANTAR AOS PROBLEMAS, MAS VIVER SABIA E SERIAMENTE O PRESENTE. Buda

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Por fim, depois de seis anos de estudos e experimentos com todos os tipos de práticas ascéticas e meditativas, ele realizou o fim da ignorância e compreendeu a origem e a cessação do sofrimento. A partir dessa data ele passou a ser o Buda, o Iluminado. Ele viveu por mais 45 anos durante os quais viajou pelo norte da Índia e ensinou a todos que quisessem ouvir aquilo que ele havia descoberto. A sua paciência e compaixão eram legendárias e milhares de pessoas se tornaram seus discípulos. Com oitenta anos ele faleceu.


O monge desta imagem chamado Thích Quang Đoc foi imortalizado pela foto tirada por Malcon Browne enquanto dava fim a sua vida em protesto contra a perseguição que budistas vinham sofrendo no Sul do Vietnã,Thích Quang Đoc ateou fogo em seu próprio corpo em uma das estradas de Saigon e morreu sem demonstrar nenhum tipo de dor física, seu corpo foi cremado porém seu coração permaneceu intacto, sendo depois considerado pelos

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budistas como um Bodhisattva, um termo do budismo que designa seres de sabedoria elevada, que seguem uma prática espiritual que visa a remover obstáculos e beneficiar todos os demais seres. Mais tarde Malcon Browne ganhou um prêmio Pulitzer, prêmio outorgado a pessoas que realizam trabalhos de excelência na área do jornalismo, literatura e música, a foto também ficou conhecida por estampar o primeiro CD da banda americana Rage Against The Machine.


Thích Quang Doc durante a auto-imolação. Press Malcolm Browne.


COSMOLOGIA



Cosmologia budista é a descrição do formato e da evolução do Universo de acordo com a tradição canônica e comentarial do budismo. A cosmologia budista considera que o Universo é composto por vários sistemas mundiais, sendo que cada um desses possui um ciclo de nascimento, desenvolvimento e declínio que dura bilhões de anos. Num sistema mundial existem seis reinos, que por sua vez incluem vários níveis, num total de trinta e um.

O reino dos infernos situa-se na parte inferior. A concepção do inferno budista é diferente da concepção cristã, na medida em que o inferno não é um lugar de permanência eterna nem o renascimento nesse local é o resultado de um castigo divino; os seres que habitam no inferno libertam-se dele assim que o mau carma que os conduziu ali se esgota. Por outro lado, o budismo considera que existem não apenas infernos quentes, mas também infernos frios.

Acima do reino dos infernos pelo lado esquerdo, encontra-se o reino animal, o único dos vários reinos perceptível aos humanos e onde vivem as várias espécies. Acima do reino dos infernos pelo lado direito, encontra-se o mundo dos espíritos ávidos ou fantasmas (preta). Os seres que nele vivem sentem constantemente sede ou fome, sem nunca terem essas necessidades saciadas. A arte budista representa os habitantes desse reino como tendo um estômago do tamanho de uma montanha e uma boca minúscula.

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QUANTO MAIS EVITAREM QUALQUER ACOMODAÇÃO, MAIS NITIDAMENTE CONSEGUIRÃO DISTINGUIR ENTRE É CERTO E O ERRADO. NÃO SOU EU QUEM DIZ ISTO, ESTE É O DESEJO, O ESPÍRITO DE NITIREN DAISHONIN. Daisaku Ikeda


PROJETISTAS FAZEM CANAIS, ARQUEIROS AIRAM FLECHAS, ARTÍFICES MODELAM A MADEIRA E O BARRO, O HOMEM SÁBIO MODELA-SE A SI MESMO. Buda

O reino seguinte é o dos reino dos Asura (termo traduzido como "Titãs" ou dos antideuses). Os seus habitantes ali nasceram em resultado de acções positivas realizadas com um sentimento de inveja e competição e vivem em guerra constante com os deuses.O quinto reino é o reino dos seres humanos. É considerado como um reino de nascimento desejável, mas ao mesmo tempo difícil. O último reino é o reino dos devas (deuses) e é composto Nos níveis mais próximos do reino humano, vivem seres

que, devido à prática de boas ações, levam uma ação harmoniosa. Os níveis situados entre o vigésimo terceiro e o vigésimo sétimo são denominados como “Residências Puras”, sendo habitadas por seres que se encontram perto de atingir a iluminação e não voltarão a renascer como humanos. Segundo o ensinamento budista, há um ciclo de mortes e renascimentos para os seres vivos chamado Moksha. Esse ciclo pode e deve ser transcendido por meio da prática do Nobre Caminho Óctuplo.

Algumas fontes, principalmente advindas da Teosofia, atribuem a esses renascimentos características similares às da reencarnação e a palavra reencarnação é inclusive usada com frequência para se referir aos renascimentos. No entanto, é geralmente aceito pelos instrutores budistas atuais que, em vista das doutrinas budistas de anatta (não-eu) e anicca (impermanência), reencarnação é um conceito considerado por muitos como incompatível com o ensinamento budista.


À parte da cosmologia e mitologia tradicional de renascimento do corpo físico também pode-se compreender este ensinamento como o ciclo de morte e renascimento da consciência de uma mesma pessoa. Momentos de distração, anseios e emoções destrutivas são momentos em que a consciência morre para despertar em seguida em momentos de atenção, compreensão e lucidez. Nesta visão os agregados impuros, skandhas, são levados a diante para o momento seguinte em que a consciência toma uma nova forma.

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Mahatma Gandhi, Jahanabad, 28 de março de 1947.


A FELICIDADE NÃO ESTÁ EM VIVER, MAS EM SABER VIVER. NÃO VIVE MAIS O QUE MAIS VIVE, MAS O QUE MELHOR VIVE. Mahatma Gandhi

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Cada momento é a experiência de um estado mental específico: um pensamento, uma memória, uma sensação, uma percepção. Um estado mental nasce, existe e, sendo impermanente, cessa dando lugar ao próximo estado mental que surgir. Assim a consciência de um ser sentiente pode ser entendida como uma série contínua de nascimentos e mortes destes estados mentais. Esta explicação do renascimento como um ciclo de consciência é consistente com os demais conceitos budistas, como anicca (impermanência), dukkha (insafistatoriedade), anatta (ausência de identidade) e é possivel entender o conceito de karma como um elo de causa e consquências destes estados mentais.


NIRVANA



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Nivana, a libertação última de toda delusão, possui muitos aspectos e com freqüência é mal compreendido; algumas vezes tido por aniquilação, outras, por felicidade suprema, raramente como a cessação da ignorância através do insight, e ainda mais raramente como o fim de todo o esforço, como a solução de um problema através da dissolução do mesmo. Não é através do pensamento que o insight faz surgir o despertar do entendimento, se a mente finita, com as suas limitações de pensamento, pudesse compreender nibbana, então nibbana também seria limitado e finito, relativo e condicionado. Não seria nibbana. O insight ocorre através da compreensão de que todos os problemas e conflitos surgem de um mal-entendido quanto à origem de toda ação, o “eu”.


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Só com a experiência da cessação de todo o pensamento volitivo é que uma negação poderá ser entendida, sem a busca de uma resposta para um problema que será sempre no interesse de um “eu”. Primeiro, o aspecto ético.impli Primeiro, o aspecto ético.implica a destruição de todas as impurezas mentais, (asava), a remoção definitiva de todos os obstáculos, (nivarana), e a libertação de todos os grilhões, (samyojana). Em vista de todas essas remoções, nirvana é chamado libertação, (vimutti). Nibbana não pode ser mirado como um ideal positivo, pois “o fim do mundo não pode ser conhecido, visto ou alcançado viajando” (se esforçando). Segundo, o aspecto mental, que é a culminação de uma evolução no processo de entendimento.

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É o desenvolvimento gradual através dos quatro estágios da iluminação. Finalmente, o aspecto filosófico e metafísico, que proporciona ao conceito de nirvana certo caráter positivo, muito embora a maioria dos seus sinônimos seja negativa. Nesse sentido, nirvana é visto como o imortal, (amata), o incondicionado, (asankhata), o summum bonum, (parama sukha). É o absoluto por não haver relatividade, não havendo assim, distinção entre “eu” e “não-eu,” nenhuma oposição e nenhum conflito. Como tal, é não-fabricado, não-causado, não-criado, não-condicionado. Apesar de inconcebível, ele pode ser experimentado, não através do esforço e prática, mas com o entendimento, experimentando e vivendo de acordo com a verdade. Uma vez que a verdade seja vista, não mais ocorrerá nenhuma alucinação, porque as fontes, que produzem esses mal-entendidos, que são o desejo e a fabricação do eu, foram esgotadas. Nirvana não é o resultado de um objetivo alcançado, visto que isso seria a

realização de um “eu” finito e faria de nirvana algo limitado, uma propriedade, uma condição, um efeito, sujeito ao esforço e à cessação. A libertação absoluta é a imagem do objetivo que a mente estabeleceu. E então, o pensamento começa a fazer experimentos! Primeiro com a renúncia, afastando-se de todos os embaraços do mundo. Depois em isolamento e com mais concentração, disciplinando a mente e eliminando as distrações mentais a partir do nosso interior. Mais adiante, o caminho da prática poderá nos conduzir aos elevados níveis dos jhanas imateriais. Mas ainda há o pensamento; há a lembrança dos estados de absorção e do êxtase; há o afã de permanecer nesse isolamento. E isso significa que ainda há o “eu” querendo ser/existir, querendo permanecer, querendo experimentar. É o “eu” que deseja saber, adquirir conhecimento. Quando o conhecimento não ajuda, mas, ao invés disso, se transforma num obstáculo para o entendimento, que outro método poderá conduzir ao objetivo?


A CAUSA DA DERROTA, NÃO ESTÁ NOS OBSTÁCULOS, OU NO RIGOR DAS CIRCUNSTÂNCIAS, ESTÁ NA FALTA DE DETERMINAÇÃO E DESISTÊNCIA DA PRÓPRIA PESSOA. Buda

As religiões reveladas classificaram essa questão como impossível e sem encontrar uma resposta perceberam a necessidade de introduzir um fator externo: a graça divina. Não é através do esforço humano que pode haver a salvação, mas unicamente através da graça divina. Porém, a adição de conceitos não irá tampouco proporcionar uma solução para o problema. O problema encontra-se na volição dos pensamentos e a solução só será alcançada com a cessação da volição, na cessação dos pensamentos. a memória perde o seu valor, visto que ela não se encontra no presente. Para ver o problema no presente não pode haver uma dependência do passado. Mas sem o passado não há pensamento no presente. Se o pensamento for o reflexo de uma experiência, que passa a fazer parte do passado assim que ocorre um pensamento a seu respeito, então, no presente há apenas a experiência em si, sem

um pensamento a seu respeito. No presente há apenas a experiência, enquanto que o pensamento se refere a uma experiência que não existe mais. Quando não há o pensamento a respeito de algo, tão pouco há um pensador. Há apenas a ação sem reação. Experienciar não é conhecer, pois no conhecimento há o conhecedor que armazena o seu conhecimento, ao experienciar não há um pensamento a respeito de uma experiência e por conseguinte não há um experienciador que conhece. O pensamento é a última defesa do “eu” por meio das reações, do esforço, da busca por resultados, por meio das tentativas de realização e do ser/existir. Experienciar não é concentrar-se num objeto escolhido, e sim concentrar-se naquilo que é. E o que é? O que acontece na experiência? A beleza das montanhas não está nas montanhas ou nos efeitos da luz, mas na reação da mente.

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A dor causada por uma palavra ofensiva não está na palavra, nem na pessoa que ofende, mas na reação dentro da mente. A beleza pode ter desaparecido com o anoitecer, as palavras ofensivas terão sido carregadas pelo vento, porém a reação está aqui e agora dentro de mim. Sem ter de alcançar algo, há a libertação do pensamento. Essa extinção é chamada nirvana, que é quando o conflito, (dukkha), proveniente da resistência contra a impermanência, (anicca), é visto e entendido como vazio, porque não há um eu, (anatta), para resistir. No presente há apenas a experiência, enquanto que o pensamento se refere a uma experiência que não existe mais. No presente há apenas a experiência, enquanto que o pensamento se refere a uma experiência que não existe mais. O pensamento é a última defesa do “eu” por meio das reações, do esforço, da busca por resultados, por meio das tentativas de realização e do ser/existir.

E O que acontece na experiência? A beleza das montanhas não está nas montanhas ou nos efeitos da luz, mas na reação da mente. A dor causada por uma palavra ofensiva não está na palavra, nem na pessoa que ofende, mas na reação dentro da mente. A beleza pode ter desaparecido com o anoitecer, as palavras ofensivas terão sido carregadas pelo vento, porém a reação está aqui e agora dentro de mim. Sem ter de alcançar algo, há a libertação do pensamento. Essa extinção é chamada nirvana, que é quando o conflito, (dukkha), proveniente da resistência contra a impermanência, (anicca), é visto e entendido como vazio, porque não há um eu, (anatta), para resistir. Nesse momento não há memória e não há desejo, não há passado nem futuro. É o momento em que o pensamento pára, ou seja, os pensamentos condicionados pelo passado, pela memória e tradição e os pensamentos condicionados pelo futuro, pela antecipação e pelo desejo.


PORTANTO, HÁ PERMANÊNCIA NA LIBERTAÇÃO DA DELUSÃO. E ISSO RESULTA EM: FELICIDADE SUPREMA, (PARAMASUKHA). O CAMINHO SE REVELA DESIMPEDIDO PARA SER CAMINHADO, EMBORA ELE NÃO CONDUZA A UM OBJETIVO, POIS ELE MESMO É A LIBERDADE E O OBJETIVO. E TÃO POUCO HÁ UM CAMINHADOR, UM PROPÓSITO, UM SUJEITO OU UM OBJETO, SÓ O QUE PERMANECE É A LIBERDADE PARA CAMINHAR, A LIBERDADE PARA VIVER, A LIBERDADE DE SER LIVRE, AGORA!


Mahatma Gandhi, Juhu Beach, Bombaim, maio / junho de 1944.

INSIGHT




POR MAIS QUE NA BATALHA SE VENÇA A UM OU MAIS INIMIGOS, A VITÓRIA SOBRE A SI MESMO É A MAIOR DE TODAS AS VITÓRIAS. Buda

O caminho para o entendimento é um caminho de insight momento a momento, mas não com o objetivo de compreensão. O insight tem de ver aquilo que está presente e aquilo que não está presente, e porque isso é assim. Ver sem discriminação; sem volição; sem seleção e sem intenção. Aquilo que está presente não evoca reação, o ideal cessa de provocar o desejo e com a ausência de reação e projeção, de memória e desejo, não há nem

passado e tampouco futuro, não há ser/existir e tampouco não ser/ existir. Meras palavras? Elas com certeza não têm significado nenhum fora da experiência. A negação total proporciona a libertação dos conceitos, que é a libertação do ser/existir, do renascimento, da continuidade do infeliz conceito de um eu, da distorção do pensamento que se opõe, do caos e da aversão.

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A DIVINDADE: não existe nenhum Deus absoluto ou pessoal. A existência do mal e do sofrimento é uma refutação da crença em Deus. Os que querem ser iluminados, necessitam seguir seus próprios caminhos espirituais e transcendentais. ANTROPOLOGIA: o homem não tem nenhum valor e sua existência é temporária. SALVAÇÃO: as forças do universo procurarão meios para que todos os homens sejam iluminados (salvos). A ALMA DO HOMEM: a reencarnação é um ciclo doloroso, porque a vida se caracteriza em transições. Todas as criaturas são ficções. O CAMINHO: o impedimento para a iluminação é a ignorância. Deve-se combater a ignorância lendo e estudando.


/ Posição ética: existem cinco preceitos a serem seguidos no Budismo: PROIBIÇÃO DE MATAR PROIBIÇÃO DE ROUBAR PROIBIÇÃO DE TER RELAÇÕES SEXUAIS ILÍCITAS PROIBIÇÃO DO FALSO TESTEMUNHO PROIBIÇÃO DO USO DE DROGAS E ÁLCOOL


DALAI LAMA

OM



Apropriadamente, o símbolo do OM consiste de três curvas (curvas 1, 2 e 3), um semicírculo (curva 4) e um ponto. A curva maior 1 simboliza o estado de vigília, neste estado a consciência é voltada para o interior através dos portões dos sentidos. O tamanho grande significa que este é o estado mais comum (‘maioria’) da consciência humana. A curva de cima 2 mostra o estado de sono profundo ou estado de inconsciência.


NÃO VIVA NO PASSADO, NÃO SONHE COM O FUTURO, CONCENTRE A MENTE NO MOMENTO PRESENTE. Buda

Este é um estado onde quem dorme não deseja nada nem passa por nenhum sonho. A curva do meio 3 (que se localiza entre o sono profundo e o estado de vigília) significa o estado de sonho. Neste estado a consciência do indivíduo é voltado para o interior e o sonhador contempla uma visão encantadora do mundo atrás das pálpebras dos olhos. Estes são os três estados da consciência de um individuo, já que o pensamento místico Indiano acredita que a realidade manifestada inteira se origina desta consciência, portanto estas três curvas representam o fenômeno físico. O ponto significa o quarto estado da consciência, conhecido em Sânscrito como turiya. Neste estado a consciência não parece nem extrínsica nem intrínsica, nem os dois juntos. Significa o voltar para a quietude de toda existencia relativa e diferenciada. Este estado quieto

total, pacífico e bem-aventurado é o alvo absoluto de toda atividade espiritual. Este estado Absoluto (não-relativo) ilumina os outros três estados Finalmente, o semi círculo simboliza Maya e separa o ponto das outras três curvas. Deste modo, é a ilusão de maya que nos previne da realização dos mais altos estados de bem-aventurança. O semi-círculo é aberto no topo e não toca o ponto. Isto significa que este estado mais alto não é afetado por maya. Maya só afeta o fenômeno manifestado. Este efeito é quem previne o investigador de alcançar seu alvo final, a realização do Um, do onisciente, do não-manifesto, do princípio Absoluto. Desta maneira, a forma de OM representa tanto o não-manifesto e o manifesto, o númeno e o fenômeno. Como um som sagrado também, a pronúncia das três sílabas AUM é aberto para uma rica análise lógica.




NÃO ACREDITE EM ALGO SIMPLESMENTE PORQUE OUVIU. NÃO ACREDITE EM ALGO SIMPLESMENTE PORQUE TODOS FALAM A RESPEITO. NÃO ACREDITE EM ALGO SIMPLESMENTE PORQUE ESTA ESCRITO EM SEUS LIVROS RELIGIOSOS. NÃO ACREDITE EM ALGO SÓ PORQUE SEUS PROFESSORES E MESTRES DIZEM QUE É VERDADE. NÃO ACREDITE EM TRADIÇÕES SÓ PORQUE FORAM PASSADAS DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO. MAS DEPOIS DE MUITA ANÁLISE E OBSERVAÇÃO, SE VOCÊ VÊ QUE ALGO CONCORDA COM A RAZÃO, E QUE CONDUZ AO BEM E BENEFICIO DE TODOS, ACEITE-O E VIVA-O. Buda

A CAUSA DA DERROTA, NÃO ESTÁ NOS OBSTÁCULOS, OU NO RIGOR DAS CIRCUNSTÂNCIAS, ESTÁ NA FALTA DE DETERMINAÇÃO E DESISTÊNCIA DA PRÓPRIA PESSOA.” Buda

O HOMEM QUE BUSCA A FAMA, A RIQUEZA E CASOS AMOROSOS É COMO UMA CRIANÇA QUE LAMBE MEL NA LÂMINA DE UMA FACA. AO LAMBER E PROVAR A DOÇURA DO MEL, A CRIANÇA CORRE O RISCO DE TER A LÍNGUA FERIDA. É COMO O TOLO QUE CARREGA UMA TOCHA CONTRA O VENTO FORTE; CORRE O RISCO DE TER O ROSTO E AS MÃOS QUEIMADOS. Buda


QUAL É O OBJETIVO DA VIDA? NENHUMA OUTRA PERGUNTA TRAZ À TONA RESPOSTAS TÃO VARIADAS. NENHUMA OUTRA QUESTÃO É TÃO DIFÍCIL DE RESPONDER CLARAMENTE NO NÍVEL FUNDAMENTAL. EM ANÁLISE FINAL, O PROPÓSITO DA VIDA ESTÁ NA FELICIDADE. ENTÃO QUAL O PROPÓSITO DA FÉ? É ATINGIR O ESTADO DE BUDA NA VIDA PRESENTE, OU SEJA, CONCRETIZAR UMA CONDIÇÃO DE VIDA DE INDESTRUTÍVEL FELICIDADE

A MENSAGEM DE BUDA É CLARA “SE VOCÊ REALMENTE QUER PAZ NA TERRA, CRIE PAZ EM SEU CORAÇÃO, EM SEU SER. ESSE É O LUGAR CERTO PARA COMEÇAR E ENTÃO ESPALHAR, IRRADIAR PAZ E AMOR”. O HOMEM SABE DISSO. PORÉM, PERMANECE APEGADO AO MUNDO MATERIAL, VIVENDO DE ACORDO COM A EXPECTATIVA DOS OUTROS. INSISTE EM SE ENCONTRAR BUSCANDO DO LADO DE FORA. COMO ISSO É POSSÍVEL? A RESPOSTA URGENTE PARA SEUS QUESTIONAMENTOS SÓ PODE VIR DE UMA CONEXÃO PROFUNDA COM A TERRA, COM O SEU EU DIVINO. E QUANDO PERCEBER QUE SUA EXISTÊNCIA HUMANA É APENAS MAIS UMA EXPERIÊNCIA DO ESPÍRITO, ABRIRÁ OS OLHOS, DA ALMA. PERMITA-SE CURAR, SE AUTO CONHECENDO. EM HARMONIA PRIMEIRO CONSIGO MESMO, DEPOIS COM O TODO. VOCÊ SERÁ UNO COM ELE. DESPERTE! Buda

Daisaku Ikeda

O LEITE FRESCO DEMORA EM COALHAR; ASSIM, OS MAUS ATOS NEM SEMPRE TRAZEM RESULTADOS IMEDIATOS. ESSES ATOS SÃO COMO BRASAS OCULTAS NAS CINZAS E QUE, LATENTES, CONTINUAM A ARDER A TÉ CAUSAR GRANDES LABAREDAS Buda


SÓ HÁ UM TEMPO EM QUE É FUNDAMENTAL DESPERTAR. ESSE TEMPO É AGORA. Buda


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