Diário do Comércio - agosto 2007

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Ano 83 - Nº 22.429

São Paulo, quarta-feira, 1 de agosto de 2007

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição concluída às 23h55

w w w. d co m e rc i o. co m . b r

Vai partir o Expresso Cumbica. Em 2010 ONZE ALERTAS ANTES DA TRAGÉDIA O apito para a partida foi dado pelo governador Serra (foto). A obra começa em 2008, por R$ 3,4 bilhões, e ficará pronta em 2010. Os passageiros farão o check-in na estação central, a 20 minutos do aeroporto, e pagarão de R$12 a R$ 28 pelo trajeto. Siga o mapa até a C 1. E boa viagem.

A pista de Congonhas está muito escorregadia, anotaram 11 pilotos no livro de ocorrências da torre de comando. Reclamaram nos dias 15,16 e 17. Neste último dia, à noite, o Airbus da TAM escapou da pista e explodiu.

Lucio Piton/Futura Press

Ampliação da cabeceira Prefeito Gilberto Kassab promete obras para escape em Congonhas. Cidades 1 Antonio Milena/AE

Luiz Prado/LUZ

Camelôs invadem a 25 de Março. De novo. Cerca de 2 mil ilegais congestionam calçadas e barram o trânsito (foto). Com a aproximação das vendas de Natal, o comércio, ameaçado, quer policiamento fixo na região. C 3

Indústria entra no 2º semestre confiante Filipe Araújo/AE

Newton Santos/Hype

HOJE Parcialmente nublado Máxima 9º C. Mínima 22º C.

AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 11º C. Mínima 24º C.

Destino: Zona Leste, via Céu. Prontos 15 pilares, de 20 m de altura, do Expresso Tiradentes. C 2

O violeiro improvisa Presidente Lula, em dia de Almir Sater, manda recado aos que vaiam a afinação do governo. Pág. 3

O Índice de Confiança da Indústria (ICI), medido pela FGV, bateu o recorde histórico de 12 anos, ao subir para 2,9% em julho. Já o novo índice da Fiesp projeta uma expansão de 4% em relação a 2006. E 1


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

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MARCEL SOLIMEO POR QUEM OS SINOS DOBRAM?

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ÀS SUAS ORDENS Por Marco Maciel

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Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br

ão importante como legislar é uma fiscalização vigilante da Administração, e ainda mais significativa do que a lei é a instrução e orientação em assuntos políticos que o povo pode receber de um Congresso disposto a discutir às claras os problemas nacionais. Estas palavras, que conservam enorme atualidade, foram proferidas em 1884 por Woodrow Wilson, então professor de economia política em Princeton e, posteriormente, presidente dos Estados Unidos. Wilson define, de forma tanto precisa quanto sintética, o importante papel do Poder Legislativo. Não me refiro aos parlamentos existentes em Roma e na Grécia, que muito ajudaram a forjar as incipientes democracias na Antiguidade clássica; antes aos hodiernos parlamentos, surgidos após a chamada Revolução Inglesa (século XVII), que contemplam, além da função legiferante, novas competências e prerrogativas, especialmente de fiscalização e controle da administração pública, ao lado da tarefa de grande fórum de debates de todas as questões.

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ais considerações têm o objetivo de chamar a atenção para fenômeno que marca o nosso País pela drástica redução da prerrogativa do Congresso da iniciativa de propor e votar leis, em virtude da utilização pelo Poder Executivo do instituto das medidas provisórias. É oportuno recordar que, ressalvado o ocorrido com a Constituição de 1988, a função de legislar pelo Executivo foi adotada sempre em períodos excepcionais da vida institucional do País, a saber: da proclamação da Repú-

blica até a promulgação da Constituição de 1891; no Governo Provisório que se instalou após a revolução de 1930; no Estado Novo, decretado por Getúlio Vargas em 1937; e no Regime Militar, por intermédio do Ato Institucional nº 2 (1965), da Constituição de 1967 e em decorrência da Emenda nº 1 de 1969, editada pela Junta Militar.

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adoção do instituto jurídico denominado de Medida Provisória , criado pela Constituinte 1987/88, decorreu de tosca adaptação ao regime presidencialista vigente no País de igual dispositivo da Constituição Parlamentarista da Itália, os chamados Provvedimenti provvisori, permitidos tão-somente em três casos: segurança nacional, calamidade pública e normas financeiras. Na versão brasileira, as Medidas Provisórias foram, contudo, bem mais permissivas do que os Decretos-leis utilizados pelos sucessivos governos militares, uma vez que neles o objeto sempre esteve limitado: no AI-2, à matéria relativa à segurança nacional; na Constituição de 1967, à segurança nacional e finanças públicas; na Emenda nº 1/69, à segurança nacional, finanças públicas, criação de cargos públicos e fixação de vencimentos, desde, ressalte-se, "que não houvesse aumento de despesa".

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ara agravar a situação, a Emenda Constitucional nº 32, de 11 de setembro de 2001, é um caso explícito de emenda pior que o soneto, pois adotou critério diferente do que vigorou nas constituições de 1967, 1969, no texto original de 1988 e na matriz italiana desse instituto jurídico, ao acolher princípio do direi-

G As Medidas Provisórias são mais permissivas do que os decretos-leis dos governos militares G A função de legislar era adotada pelo Executivo só nos períodos excepcionais do País

G A Emenda 32 é um caso explícito de emenda pior que o soneto. Acolheu o princípio do direito privado de que tudo é permitido, exceto o que está legalmente proibido. G O Executivo vem exercitando cada vez mais a faculdade de baixar Medidas Provisórias. G O Congresso foi engessado.

to privado de que tudo é permitido, exceto o que está legalmente proibido, e inverter a lógica até então predominante em matéria constitucional, prevendo apenas os casos em que o uso das Medidas Provisórias é proibido. Ademais, a Emenda nº 32/2001 estabeleceu procedimento que muito contribuiu para engessar o funcionamento das duas Casas do Congresso Nacional ao prescrever o sobrestamento das delibera-

ções legislativas, se a Medida Provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados de sua publicação.

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notório que o Poder Executivo vem exercitando cada vez mais e com enorme freqüência a faculdade de baixar Medidas Provisórias – muitas das quais sem observar os pressupostos de relevância e urgência. Na prática, esse excesso -associado ao sobrestamento da pauta - produz a procrastinação da agenda de trabalho do Poder Legislativo e o retardo do cumprimento de suas atividades. Apenas para exemplificar, conforme se extrai das atividades do plenário, nos primeiros cinco meses da Legislatura (fevereiro/junho), de 57 sessões deliberativas pautadas no período, na realidade houve apreciação de matérias legislativas somente em 28 sessões, menos da metade, portanto, do total – algumas das quais por curto espaço de tempo, suficiente apenas para a votação de itens acordados pelas lideranças. Nas restantes 29 sessões, a Ordem do Dia esteve obstruída em virtude de Medidas Provisórias. As diferentes constituições brasileiras consagraram o princípio que os poderes são independentes, mas harmônicos. O uso ilimitado do instrumento da Medida Provisória parece derrogar essa tradição republicana de equilíbrio dos poderes, impedindo o Congresso Nacional de funcionar em sua plenitude como Casa da representação popular, viga mestra da democracia brasileira. MARCO MACIEL (DEMOCRATAS-PE)

29 das 57 sessões do Congresso no primeiro semestre ficaram trancadas por causa das Medidas Provisórias

uando morava em uma pequena cidade do interior, Duartina, o toque dos sinos servia para transmitir mensagens de alegria ou de dor, conforme o ritmo de suas batidas. Para a comemoração da chegada de uma pessoa importante, ou casamento, o toque era alegre, ritmado. Quando, porém, suas batidas eram cadenciadas, informavam a morte de alguém. Muitos corriam à Igreja Matriz saber por quem os sinos estavam tocando. No dia 17, quando completar um mês da tragédia anunciada que ceifou tantas vidas, seguramente muitas igrejas estarão tocando seus sinos em forma de lamento, para anunciar a missa fúnebre de trigésimo dia para as vítimas do acidente da TAM. Nesse momento, faça uma prece silenciosa para elas, mas aproveite para se perguntar, como no célebre poema de John Donne, que indagava "Por quem os sinos dobram?".

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eguramente eles dobram pelos mortos do trágico desastre aéreo, mas, também, pelos milhares que morrem nas estradas esburacadas e não sinalizadas,

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sto porque, segundo o poeta "nenhum homem é uma ilha, completa em si mesmo; todo homem é um pedaço de continente, uma parte da terra firme. Se um torrão de terra for levado pelo mar, a Europa fica menor, como se tivesse perdido um promontório; ou, perdido o solar de um teu amigo ou o teu próprio. A morte de qualquer homem diminui a mim, porque na humanidade me encontro envolvido; por isso nunca mandes indagar por quem os sinos dobram, eles dobram por ti". Na verdade, eles dobram por todos nós. MARCEL SOLIMEO É ECONOMISTA IECONOMIA@ACSP.COM.BR

G Eles dobram

pelos mortos do trágico desastre aéreo, mas, também, pelos milhares que morrem nas estradas esburacadas, pelas vítimas das balas perdidas...

Rickey Rogers/Reuters

Ricardo Stuckert

O Congresso perdeu a iniciativa. Lula governa por MPs.

pelas vítimas das balas perdidas e daquelas com endereço certo, por todos os que são atingidos (de forma mortal ou não) pela violência urbana. Eles dobram também por aqueles que ainda não foram ou não tiveram parentes atacados por bandidos, mas que vivem trancados em suas casas por medo de sair às ruas, ou que ficam insones e angustiados noite a dentro porque seus filhos estão fora e correm todos os riscos. Eles dobram por todos aqueles que vivem as angústias de uma existência sem presente e sem futuro.

Faça uma prece silenciosa e aproveite para se perguntar, como no poema, por quem os sinos dobram

É SENADOR

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


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Congresso Planalto Suspeita CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

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GOVERNADOR PARAIBANO DIZ QUE NÃO RENUNCIA

dos 27 governadores ainda enfrentam processo e correm o risco de cassação

Francisco França/Folha Imagem

Eymar Mascaro

'FIZ OPÇÃO Avanço PELOS O POBRES' Cássio Cunha Lima (PSDBPB) é acusado de distribuir 35 mil cheques durante a campanha eleitoral de 2006

Governador teve mandato cassado e corre o risco de perder seus direitos políticos por três anos. Ele garante que não renunciará ao seu cargo

O

governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB), disse ontem, durante uma entrevista coletiva no Palácio da Redenção (sede do Governo), em João Pessoa, que seus advogados vão recorrer da decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) que cassou seu mandato por abuso de poder econômico e conduta vedada aos agentes públicos. Cunha Lima disse que só foi cassado porque fez uma opção preferencial pelos pobres. "É por causa da opção prioritária pelos mais pobres que estamos enfrentando esses obstáculos", declarou o governador , acrescentando que a decisão do TRE

não o preocupa e que ele dormiu, na madrugada de ontem, "com a tranqüilidade dos inocentes e dos homens justos". O Tribunal informou que Cunha Lima foi beneficiado eleitoralmente pela distribuição de 35 mil cheques de R$ 150 e R$ 200 durante sua campanha para moradores das regiões mais pobres da Paraíba. Além da cassação do governador tucano e do seu vice, José Lacerda Neto (DEM), o TRE aplicou multa de R$ 100 mil a cada um e decretou a inelegibilidade de Lima por três anos. A decisão ocorreu após oito horas de julgamento e não o favoreceu: foram cinco votos pela cassação e um contra.

A decisão do TRE indica que o segundo colocado nas eleições estaduais de 2006, o senador José Maranhão (PMDBPB), assumirá o governo paraibano após a publicação da decisão no Diário Oficial. Cássio Cunha disse que respeita a decisão da Justiça Eleitoral, "mas manifesto meu inconformismo". "Vou lutar não somente para manter meu mandato, mas para manter o direito de mais de 1 milhão de eleitores que votaram e confiaram em mim", acrescentou. Os advogados do tucano aguardam a publicação do acórdão do TRE, na edição de hoje do Diário da Justiça, para pedirem ao TSE que mantenha

o governador no cargo e anule a sentença do tribunal local. Cunha Lima afirmou que não renunciará ao seu mandato mesmo correndo o risco de perder os direitos políticos. "Em absoluto. Não renuncio ao mandato, que pertence a mais de 1 milhão de paraibanos", afirmou na entrevista. De acordo com o TSE, o governador da Paraíba terá um prazo de 15 dias, após a publicação da decisão, para entrar com um recurso ou renunciar ao cargo sem correr o risco de perder os direitos políticos. Além disso, há possibilidade também de renúncia após a entrada do recurso sem que a decisão tenha efeito. (AE)

Celso Junior/AE

Ricardo Stuckert/PR

Jonne Roriz/AE

Mais seis governadores estão na mira do TSE

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os 27 governadores eleitos em outubro do ano passado, sete tiveram os mandatos contestados por meio de ações em andamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo informações do tribunal, eles respondem a acusações de compra de votos, abuso de poder econômico, uso indevido de meios de comunicação, entre outras infrações previstas na legislação eleitoral brasileira. As penas vão de multas até a perda do mandato e dos direitos políticos dos envolvidos. Além do recurso contra a cassação do governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB), que ainda nem chegou ao TSE, o órgão já avalia o futuro de outro governador tuca-

Jackson Lago (PDT)

Marcelo Déda (PT) Agência o Globo

no, Marcelo Miranda (PSDB), atual chefe do executivo do estado de Tocantins. O ministro José Delgado é responsável pelo processo que contesta o diploma de governador de Miranda. Delgado pediu informações para definir se o tucano permanecerá ou não no cargo e se ele perderá seus direitos políticos. A documentação exigida pelo ministro será obtida nas secretarias estaduais e nos demais departamentos do executivo de Tocantis. O magistrado espera obter todo o material até o final deste mês. Sua decisão será divulgada entre o final

Luiz Henrique da Silveira (PMDB) Paulo Giandalia/Folha Imagem

Ivo Cassol (PPS)

Ottomar Pinto (PTB)

de setembro e o começo de outubro, informa o TSE. Além do governador do Tocantins, têm os certificados contestados no TSE os governadores de Sergipe, Marcelo

Déda (PT), do Maranhão, Jackson Lago (PDT), de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira (PMDB), de Rondônia, Ivo Cassol (PPS), e de Roraima, Ottomar Pinto (PTB). (AE)

Mínimo regional passa a vigorar a partir de hoje

O

nais pelos Estados foi regulamentada pela Lei Complementar 103, de julho de 2000. Por força da lei, os pisos não se aplicam aos servidores públicos municipais ou estaduais. A lei também não vale para os contratos de aprendizagem, que continuam vinculados ao valor do mínimo nacional. A fiscalização caberá ao Ministério do Trabalho. Veto – A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie, decidiu suspender a execução do acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) que garantia aos servidores públicos do Estado o recebimento de verbas acima do teto constitucional.

COTAÇÃO

MOVIMENTO

O levantamento realizado pelo Ibope para para o Diário do Comércio constatou que 23% dos paulistanos aprovam administração Kassab. Tudo indica que essa aceitação aumentará nos próximos meses, o que favorece o atual prefeito na disputa com os demais concorrentes ao cargo, não importa quais sejam.

Os democratas estão preocupados com o comportamento do líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Carlos Pannunzio. O parlamentar decidiu liderar um movimento para pressionar Alckmin a disputar a cadeira do executivo paulistano.

DIVISÃO O que não agrada ao DEM é a possibilidade de uma divisão de votos entre o seu candidato e o nome dos tucanos, mais precisamente Alckmin, caso ela decida mesmo concorrer. O exgovernador avalia sua entrada na disputa, mas já deu sinais que pode rever sua decisão dependendo do desempenho do democrata.

CONSTATAÇÃO Pelas contas do DEM, sem a presença de um tucano no pleito, Kassab disputará a eleição em igualdade com o candidato petista, seja ela Marta Suplicy ou qualquer outro nome da legenda. Os democratas aguardam a decisão do PSDB para definirem as estratégias de campanha.

OUTRO LADO O PT ainda pressiona Marta Suplicy a aceitar o posto de candidata em São Paulo. Marta responde que não deseja se comprometer agora com uma disputa eleitoral. Ela informa que só definirá seu futuro nos primeiros meses de 2008.

RACHA

Uéslei Marcelino / Folha Imagem

Estado de São Paulo passa a contar com pisos salariais regionais a partir de hoje. A lei, sancionada pelo governador José Serra no último dia 11 de julho, estabelece três faixas salariais –R$ 410, R$ 450 e R$ 490. Os valores, superiores ao salário mínimo nacional, que é de R$ 380, beneficiarão os trabalhadores da iniciativa privada que não possuem piso salarial definido por lei federal, convenção ou acordo coletivo de trabalho. Mais de um milhão de trabalhadores deverão ser beneficiados. O piso regional paulista valerá para todo o setor privado. A instituição de pisos regio-

s bons resultados apresentados por Gilberto Kassab (DEM) nas pesquisas eleitorais poderão facilitar a decisão do PSDB em fechar a chapa com o atual o prefeito. Os tucanos ainda avaliam os resultados de não lançar um nome na disputa pela cidade de São Paulo. Agora, o partido ainda precisa convencer o ex-governador Geraldo Alckmin a não se lançar candidato, o que complicaria a definição do caso. A única certeza é que o apoio a Kassab em 2008 será retribuído com a aliança dos democratas em 2010, ano da disputa pelo Palácio do Planalto. José Serra aguarda o desenrolar do cenário.

Assim como Kassab, Marta espera uma divisão do seu eleitorado com a deputada Luiza Erundina (PSB-SP). O dado contribui ainda mais para a indefinição da ministra do Turismo. A ex-prefeita aguardará o lançamento das principais candidaturas para decidir se concorre ou não. Ela não deseja se lançar às escuras.

INTERESSE

Suspensão: a ministra Ellen Gracie vetou salários acima do teto

A Procuradoria Geral do Estado alegou ser da competência do STF a análise do pedido de suspensão, por se tratar de matéria exclusivamente constitucional. Sustentou ainda a

ocorrência de "grave lesão à ordem pública e à economia pública", porque nesse caso, a Fazenda estadual teria um gasto suplementar de R$ 716.625 milhões por ano. (AE)

A executiva do PSB em Brasília admite que a legenda pode ganhar espaço nacional disputando a prefeitura de São Paulo. O partido lançará Erundina avaliando os resultados positivos para o exministro Ciro Gomes (CE), que pretende disputar o Planalto em 2010.

JUSTIFICATIVA Pannunzio justifica sua posição lembrando que o PSDB não pode ficar sem candidato em São Paulo. Para ele, conquistar a Prefeitura será importante para a campanha presidencial de 2010. O deputado destaca que a capital paulista chegará aos 10 milhões de eleitores no ano eleitoral.

ADESÃO O governador Aécio Neves (PSDB-MG) também defende a candidatura de Alckmin em São Paulo. O mineiro também avalia que é fundamentar para a legenda reconquistar a cidade em 2008. Ele ressalta que a capital paulista terá papel fundamental na disputa presidencial de 2010.

ALIADO Defendendo a aliança com o DEM, José Serra diz que o apoio dos democratas em 2010 será fundamental para uma vitória tucana. Além disso, o governador de São Paulo é um dos articuladores do acordo com Kassab. Sua intenção é de manter o trato entre as duas legendas e não criar um racha nessa aliança.

REFORMA O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), buscará um entendimento com as lideranças partidárias para retomar a votação da reforma política. Um dos primeiros temas a ser discutido será o financiamento público de campanha. O assunto gera divisões internas em todos os partidos.

DISTRITÃO No que depender do presidente do PMDB, Michel Temer (SP), os deputados também decidirão o futuro do projeto que sugere a adoção do voto distrital. Será uma briga e tanto. Muito parlamentares ainda preferem o sistema proporcional, o chamado "distritão" eleitoral.

FIDELIDADE A fidelidade partidária também entrará na pauta nos próximos dias. Pelo texto apresentado, o deputado que mudar de partido depois de eleito perde o mandato. As pequenas legendas ainda lutam contra o projeto que proíbe as coligações partidárias nas eleições proporcionais.


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Nacional Tr i b u t o s Finanças Estilo

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

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CDBs RENDERAM, EM MÉDIA, 0,72%

bilhões de reais foi o superávit registrado nas contas públicas no primeiro semestre

TURBULÊNCIAS TIRARAM BOLSA DE VALORES DO PRIMEIRO LUGAR DA LISTA DOS MELHORES INVESTIMENTOS

FUNDOS DI LIDERAM RANKING DE JULHO

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forte turbulência que estremeceu o mercado financeiro mundial na semana passada fez a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechar julho com perda de 0,39%. Com isso, a liderança do ranking de investimentos ficou com os fundos DI, com rentabilidade média de 0,74%. Em seguida, vieram os CDBs, com rendimento médio de 0,72%, e os fundos de renda fixa, com 0,67%. Embora tenha subido com força no meio do vaivém da semana passada, o dólar encerrou novamente em baixa ante o real. A moeda norte-americana perdeu 2,49%. No ano, a desvalorização frente ao real já bate em 11,9%. O desempenho negativo da Bovespa em julho foi o segundo de 2007 em termos mensais. O outro, de 2,29%, foi em fevereiro e se deveu principalmente aos efeitos da queda de quase 9% da Bolsa de Xangai, no dia 27. Em compensação, a Bovespa encabeçou o ranking em quatro dos sete meses do ano – março, abril, maio e junho. O ouro foi campeão em janeiro e o dólar paralelo, em fevereiro. Apesar da queda, faltou pouco para a Bovespa emplacar mais uma liderança no ranking em julho. Ontem, durante grande parte do dia, a bolsa paulista operou em alta. Na máxima, o Índice Bovespa chegou a registrar valorização de quase 2%. Se esse desempenho tivesse se mantido até o fim do pregão, as ações teriam con-

quistado a liderança do melhor investimento do mês. No entanto, outra má notícia envolvendo uma empresa de

crédito americana azedou o humor dos investidores. No meio da tarde, a American Home Mortgage Investment

Alencar: juro é culpa do BC

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autonomia do Banco Central contribui para que a taxa básica de juro permaneça elevada, segundo o vicepresidente da República, José Alencar. Em sua avaliação, o juro básico ainda está longe de ser o ideal, apesar da

manutenção da tendência declinante. Ele também defendeu a redução de autonomia das agências reguladoras. "Só há um país em que a taxa real fica um pouco acima da nossa, que é a Turquia. Isso está errado", afirmou. (AE)

(AHM), especializada em empréstimos ao setor imobiliário, anunciou estar enfrentando sérios problemas de liquidez. Suas ações despencaram pouco mais de 90%. A Bovespa acabou recuando 0,71%; o Índice Dow Jones, 1,10%; e a bolsa eletrônica Nasdaq, 1,43%. Agosto – Para os analistas, o desempenho dos mercados neste mês dependerá, fundamentalmente, dos impactos da crise imobiliária dos Estados Unidos em empresas do setor financeiro. "Vamos depender dos desdobramentos dessa crise e, também, dos indicadores de crescimento e inflação dos Estados Unidos e China", disse o administrador de investimentos Fabio Colombo. "Se os dados continuarem a indicar piora no cenário imobiliário e houver contaminação do resto da economia americana, as bolsas continuarão em baixa, o dólar terá alta, com piora do risco Brasil." O petróleo é outro fator que pode contribuir para o nervosismo nos mercados. Ontem, o barril para entrega em setembro fechou no nível histórico de US$ 78,21, em Nova York. A alta no dia foi de 1,8%. Em Londres, o produto subiu 1,73%, para US$ 77,05. Segundo analistas, o petróleo caro turbina a inflação mundial e ameaça o crescimento econômico, especialmente dos países importadores, como os Estados Unidos e a maioria das nações da União Européia. (AE)

Marcello Casal/ABr

Altamir Lopes, do BC, aposta na queda da relação entre dívida e PIB.

Superávit bate recorde no 1º semestre e em junho

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crescimento das receitas e o bom desempenho das estatais levaram o setor público – União, governo federal, estados, municípios e estatais – a acumular um superávit primário de R$ 71,674 bilhões no primeiro semestre deste ano, crescimento de 25,4% em relação aos R$ 57,154 bilhões obtidos no mesmo período de 2006. Foi o melhor resultado para o primeiro semestre desde o início da série histórica do Banco Central, em 2001. Todas as esferas de governo apresentaram resultado recorde. Com esse superávit primário – que representa as receitas do governo menos as despesas, sem considerar o pagamento dos juros da dívida –, o setor público precisa obter uma economia média mensal de apenas R$ 4 bilhões para cumprir a meta de R$ 95,9 bilhões estabelecida para este ano. "É um resultado bastante razoável para se cumprir, a despeito da aceleração do aumento do gasto esperado para o segundo semestre", disse o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes. A redução da taxa básica de juros, a Selic, por sua vez, fez com que o setor público consolidado gastasse R$ 78,854 bilhões com o pagamento de juros no primeiro semestre deste ano, queda de 3,4% em relação ao ano passado. Assim, o déficit nominal (receitas menos despesas, incluindo gastos

com juros) ficou em R$ 7,179 bilhões, também o menor valor desde 1993. O número é mais de três vezes inferior ao déficit no mesmo período de 2006, de R$ 24,486 bilhões. De acordo com Lopes, o desempenho do governo tem resultado em uma redução significativa no saldo negativo após o pagamento dos juros, tanto nos dados mensais como nos anuais. Em junho – O superávit primário de junho, de R$ 11,647 bilhões, também foi um recorde. O resultado foi impulsionado pelo desempenho positivo das contas dos governos regionais, especialmente as dos estados, que registraram saldo positivo de R$ 2,986 bilhões. A despesa com juros somou R$ 10,970 bilhões, levando o setor público a um superávit nominal de R$ 677 milhões – em maio, o déficit foi de R$ 7,452 bilhões e em junho de 2006, de R$ 6,991 bilhões. A dívida líquida total do setor público atingiu 44,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em junho, ante 44,7% em maio. Em dezembro de 2006, a relação entre dívida e PIB estava em 44,9%. Para este mês, Lopes estima estabilidade para o indicador. Embora tenha evitado projetar o superávit primário, afirmou ter "expectativas positivas" para as contas fiscais deste mês, destacando a continuidade da tendência de redução da relação entre dívida e PIB. (Agências)

Funeral contra a venda de ações do Banrisul

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om um "cortejo fúnebre", bancários e funcionários públicos do Rio Grande do Sul fizeram um protesto em frente à sede do banco estadual, o Banrisul, ontem, em Porto Alegre, contra a operação de venda de ações da instituição. Os sindicalistas consideram a colocação dos papéis como o início da privatização do banco, contrarian-

do promessa da governadora Yeda Crusius (PSDB). "Esse processo pavimenta o caminho para a privatização", afirmou o presidente do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região Juberlei Baes Bacelo. A categoria também avalia que o banco terá seu perfil alterado após a operação e será, a partir de agora, orientado para obter resultados. (AE)


Congresso Planalto Crise Aérea CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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DILMA DESMENTE JOBIM SOBRE AEROPORTO EM SP Celso Jr /AE

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

DILMA GARANTE: 3º AEROPORTO ESTÁ MANTIDO

Se houver vazamento não acontecerá dentro do Congresso Nacional. Dep. Rocha Loures

Alan Marques / Folha Imagem

Contrariando o ministro da Defesa, Nelson Jobim, a chefe da Casa Civil diz que governo mantém o plano de expansão do sistema aeroportuário do País.

a maior

tragédia

O

governo federal "não recuou um único milímetro" na decisão de construir um terceiro aeroporto para São Paulo, garantiu ontem a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Roussef. Ela garantiu que o Palácio do Planalto não cedeu a pressões do governo José Serra (PSDB) e que está mantida a busca de um local para abrigar o novo empreendimento. Com essas afirmações, Dilma contraria o ministro da Defesa, Nelson Jobim, que ontem mesmo, durante reunião de coordenação política, teria descartado momentaneamente a construção de um terceiro aeroporto em São Paulo. Para ele, seria melhor investir em uma terceira pista no aeroporto de Cumbica, na região de Guarulhos. Além disso, o governador paulista José Serra (PSDB) também afirmou ontem que o projeto de um terceiro aero-

porto é "inviável". "Não cabe um novo aeroporto na região metropolitana de São Paulo", afirmou Serra. Mesmo assim, Dilma Roussef deixou claro que continua em vigor uma resolução do Conselho Nacional de Aviação Civil (Conac), que prevê a readequação e ampliação de aeroportos, além da realização de estudos e levantamento locacional do sítio para um novo aeroporto. As medidas foram anunciadas na última segunda-feira para diminuir o número de vôos em Congonhas, onde aconteceu o acidente com o Aibus da TAM. "Esta decisão está mantida, até porque, se sabemos que o País vai crescer a taxas significativas, vai ter uma demanda sobre a malha aeroportuária muito acentuada", explicou a ministra. Segundo Dilma, o governo não abandonou a "visão de expansão" do sistema aeroportuário no Brasil, mas destacou que não é possível "providenciar um outro aeroporto da noite para o dia". A ministra disse também que o prazo de 90 dias anuncia-

do em rede de TV pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a construção de um novo aeroporto refere-se à apresentação dos locais em estudo. "Esse prazo está mantido." Dilma observou que a construção de um novo aeroporto implicará em discussão sobre toda a estrutura, inclusive de escoamento. "A expansão dos aeroportos de Cumbica, de Viracopos (Campinas) e de Jundiaí é uma solução de curto prazo. Um novo aeroporto é um projeto de médio prazo." Apesar da contradição com Nelson Jobim, Dilma destacou que as relações entre os dois estão perfeitamente harmoniosas. "Tenho certeza que o ministro Jobim está se cercando de todas as providências, em busca de uma solução para o problema do setor aéreo." Dilma deu as declarações em Cuiabá, pouco antes de o presidente Lula anunciar a liberação de R$ 521,5 milhões para obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Mato Grosso. Os recursos serão aplicados em projetos de saneamento básico no estado. (Agências)

"Governo não recuou um milímetro da decisão", disse a ministra. "É um projeto de longo prazo." Valter Campanato / ABr

Jobim pediu à Infraero estudos sobre as reformas previstas e em andamento no aeroporto.

Roberto Stuckert Filho / AOG

Jobim quer reparos imediatos em Cumbica Reparos na pista principal devem começar já; obras definitivas, só em fevereiro.

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Segredos no cofre: integrantes da CPI acompanham a guarda dos dados das caixa-pretas sob chave

Amanhã, as revelações da caixa-preta na CPI

A

CPI da Crise Aérea vai conhecer os dados das caixas-pretas do Airbus A320 da TAM em sessão secreta marcada para hoje pela manhã, quando a comissão decidirá se as informações serão divulgadas. A sessão terá também a presença do brigadeiro Jorge Kersul Filho e do coronel Fernando Camargo, ambos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáutico (Cenipa). As informações foram entregues ontem à CPI pela Aeronáutica. O conteúdo chegou em um CD dentro de um envelope branco lacrado e foi colocado em um cofre da Câmara dos Deputados. Apenas dois funcionários têm a chave do cofre. Depois da análise do material, que registra os últimos diálogos da cabine de comando da aeronave, a CPI vai decidir o que poderá ser divulgado, de acordo com o presidente interino da

Celso Júnior / AE

Schneider: alerta sobre deterioração na pista de Cumbica

comissão, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Os integrantes da CPI se sentiram pressionados pela imprensa a vazar o material e decidiram que o mais adequado é abrir as informações a todos ao mesmo tempo. "Se houver vazamento não acontecerá dentro do Congresso Nacional. Se ocorrer, ponho suspeita sobre a própria Aeronáutica e sobre

a própria Polícia Federal", disse o deputado Rocha Loures (PMDB-PR), integrante da comissão. A PF também receberia uma cópia do material. Reforma – Ao depor à CPI, ontem, o presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, disse que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, pediu para hoje estudos sobre a reforma na pista principal do aeroporto de Guarulhos, a conclusão da manutenção na de Congonhas e a acomodação de passageiros em Viracopos, em Campinas. De acordo com o superintendente de empreendimentos e engenharia da Infraero, Armando Schneider Filho, a pista principal de Cumbica, de 3.700 metros, está no fim de sua vida útil e precisa de uma reforma rápida. Ao fazer a recomendação, Schneider chegou a dizer à CPI pela manhã que o asfalto da pista está "deteriorado". (Agências)

Ministério da Defesa informou ontem que decidiu iniciar "imediatamente" a realização de reparos na pista principal do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP). Minutos antes, em nota oficial, o Ministério informou que os reparos serão feitos no período de menor movimento – de zero às 6 horas da manhã –, sem prejuízo da segurança das operações neste espaço de tempo. Nem o texto da Defesa nem a informação divulgada no começo da noite por assessores especificam, no entanto, quando começariam as obras, precisamente. A nota oficial informa que as obras definitivas necessárias no Aeroporto de

Guarulhos, no entanto, só serão iniciadas em fevereiro do próximo ano. A decisão anterior do Ministério era a de fazer essas obras a partir de março de 2008. A decisão anunciada na nota oficial foi tomada ontem à tarde, com base nas informações recebidas pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim. O texto informa que o governo decidiu que o Aeroporto de Guarulhos vai operar com 54 movimentos/hora quando as duas pistas estiverem em operação e com 33 movimentos/hora quando apenas uma das pistas estiver operando. A nota diz também que a Infraero continuará executando as obras de

fixação das ranhuras na pista principal do Aeroporto de Congonhas, com término previsto para setembro próximo. Na reunião de ontem foi decidido que a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) deve tomar todas as medidas para que as transferências dos vôos sejam feitas de forma gradativa e crescente, respeitando-se o limite da capacidade operacional dos Aeroportos de Guarulhos e Viracopos. O ministro Nelson Jobim pediu ao presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, estudos para serem entregues hoje sobre as reformas previstas e em andamento. (AE)


quarta-feira, 1 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Indicadores Econômicos

31/7/2007

COMÉRCIO

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21,83

por cento é a alta do índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, no mês de julho.


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

A esperança é o combustível da vida para realizar os sonhos Denise Costa Santos, formanda da Indiana Seguros

Cerimônia de formatura dos jovens, na sede da Associação Comercial de São Paulo: da esq. para a dir., Leôncio Arruda, Alencar Burti, Rogério Amato, Guilherme Afif Domingos e Cláudio Domingos.

Fim do ciclo. Agora, ao trabalho! Jovens concluem aprendizado na Indiana Seguros Paula Cunha

A

prender é a única coisa da qual a mente não se cansa e não se arrepende. Assim, Denise Costa Santos, oradora da turma de formandos do programa de aprendizes da Indiana Seguros definiu sua experiência no discurso de entrega dos certificados de conclusão na última quartafeira em São Paulo. Realizada na sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a cerimônia marcou o início da vida profissional dos 21 formandos que se juntam aos 33 que passaram pelo programa desde a sua implantação na Indiana Seguros, há três anos. Destes 21, 17 já saem empregados por diversas empresas do setor de seguros e seis ficam na própria Indiana.

Andrei Bonamin/Luz

acredito em caEstes jovens, ridade, mas em que passaram esforço. Com o por treinamenprojeto, as emto profissional presas estão ine educacional vestindo na integrado, coconstrução de mo manda a seres humanos Lei do Aprenrespeit áveis", diz, somam-se afirmou. aos mais de O secretário cem mil em toestadual do do o estado de Emprego e ReSão Paulo. lações do TraNa cerimôbalho e presinia, destacoudente licenciase a experiência do da Indiana q u e e s t e s j oSeguros, Guivens adquirilherme Afif ram durante a Domingos, aprendizagem lembrou que o e, ao mesmo movimento de tempo, transaprendizes foi formou a realiintroduzido na dade dos pro- O grupo dos jovens aprendizes da Indiana Seguros: o primeiro ano de um futuro profissional promissor. ACSP por fissionais que os treinaram. O secretário esta- aprendizado são uma coisa só. Alencar Burti, a necessidade é Alencar Burti porque ele acredual de Assistência e Desenvol- Esta cerimônia tem acontecido o grande combustível que mo- ditava no potencial do projeto vimento Social do Estado de São em todo o Estado e mostra que ve o jovem e, por isso, ele sabe e que ele teve continuidade Paulo, Rogério Amato, lembra todos ganham com este sistema. aproveitar as oportunidades durante toda a sua gestão. "Enque a lei enfatiza que deve exis- É uma semente que está sendo que lhes são oferecidas. "Tudo frentamos as regulamentações tir, simultaneamente, convivên- lançada". depende de crença, solidarie- e as dificuldades e, apesar de cia e aprendizado. "Trabalho e Para o presidente da ACSP, dade e amor ao próximo. Não todos os entraves, o programa

evoluiu. Ele está se expandindo e fico contente ao constatar que a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) também implantou o sistema de aprendizes recentemente. Assim, todos estamos desempenhando nosso papel social. Uma empresa, hoje, é uma unidade social que dá esperança e gera emprego e renda", concluiu. Aprendizado constante Diante destes depoimentos e das declarações dos jovens formandos, a gerente de planejamento da Indiana Seguros que implantou o projeto afirmou que ele está no rumo certo. Laureny Prates, que nunca teve convivência com jovens, contou que aprendeu muito com eles. Segundo Laureny, o contato com os aprendizes mostrou que, "mesmo aos 37 anos é possível aprender muito. Durante a vida toda, temos a oportunidade de alcançar o aprendizado. Neste caso, estive envolvida com, no mínimo, cem pessoas: os jovens, seus pais, mães e irmãos".

Sem medo do futuro

T

atiane Amaral inscreveu-se no programa da Indiana Seguros pensando que seria apenas mais um curso. Ela permaneceu na empresa e, depois, foi transferida para a corretora Antunes Pinto. "Quando fui selecionada, a ficha demorou a cair, mas quando a parte prática começou senti que estava aprendendo." E foi assim que Tatiane começou a fazer planos para a faculdade, antes uma possibilidade remota para ela. A mãe de Tatiane, Tânia Amaral Pereira Maranhão, percebeu a transformação: "Ela está mais comunicativa." Daniel Gonçalves Alves, 17 anos, diz que a experiência permitiu que ele amadurecesse: ele faz parte do grupo de seis jovens integrados à equipe após o aprendizado. O jovem, no segundo ano do Ensino Médio, contou que a adaptação foi

Andrei Bonamin/Luz

Tatiane e a mãe: a faculdade de Contabilidade já está nos planos.

rápida: agora, ele quer fazer faculdade de Direito. Aprendizado constante Diante destes depoimentos, a gerente de planejamento da Indiana Seguros que implantou o projeto afirmou que ele está no rumo certo. Laureny Prates, que nunca teve convivência com jovens, contou que

O QUE DIZ A LEI A

Lei do Aprendiz, denominada Lei 10.097, criada em 2000 e regulamentada no final de 2005 pelo decreto 5.598, estabelece que a contratação de aprendizes deve ser adotada por empresas com mais de cem funcionários. O total de aprendizes deve ser de 5% a 15% do total. De acordo com a Delegacia Regional do Trabalho de São Paulo (DRT), 40% das empresas ainda não cumprem a lei. Depois de um programa intenso de fiscalização durante o ano passado, ela constatou que o total de jovens aprendizes inseridos no mercado teve aumento de 48% sobre 2005.

A legislação prevê que o jovem aprendiz deve passar por um curso de capacitação ministrado por entidades certificadoras autorizadas pelo Conselho Municipal de Defesa da Criança e do Adolescente (CMDCA). Pela lei, o adolescente receberá mensalmente um salário mínimo, férias, décimo terceiro salário, valetransporte, seguro de vida, além dos demais encargos trabalhistas e previdenciários. O registro na carteira profissional é obrigatório. Além disso, a empresa que contrata aprendizes tem a alíquota do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS), reduzida de 8% para 2%. (PC)

aprendeu muito com eles. O contato com os aprendizes mostrou que, "mesmo aos 37 anos é possível aprender muito. Durante a vida toda, temos a oportunidade de alcançar o aprendizado. Neste caso, estive envolvida com, no mínimo, cem pessoas: os jovens, seus pais, mães e irmãos". (PC)

São Paulo contra a catarata

O

Centro Comercial Leste Aricanduva realizará neste mês o Sexto Mutirão da Catarata em postos de atendimento na Zona Leste para pessoas com idade acima de 50 anos. No dia 26 de agosto, os interessados passarão por uma triagem realizada por 900 voluntários. A meta é superar as 1.856 cirurgias de 2006. Postos de inscrição: Centro Comercial Leste Aricanduva, na avenida Aricanduva, 5.555, arco 312, de segunda a sábado das 10h às 22h, e aos domingos das 14h às 20h e Instituto São Paulo de Ação Voluntária, na rua Airi, 114, no Tatuapé. Informações: telefone (11) 6115-2486.


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Nacional Finanças Estilo Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

O minibolo da fortuna, da Amor aos Pedaços, é feito de nozes e doce de leite e custa R$ 20.

DATA DISPUTA COM DIA DAS CRIANÇAS EM VENDAS

DIA DOS PAIS

Paulo Pampolin/Hype

ESQUEÇA O PIJAMA E AS MEIAS E INOVE O Diário do Comércio reuniu dicas para agradar aos tradicionais e aos descolados Banho com levedo de cerveja e óleo de germe de trigo, para ajudar os pais estressados a relaxar.

Kety Shapazian

C

oitados dos pais. Todo ano é a mesma coisa: no dias das Mães, os filhos saem correndo para comprar presentes, se preocupam com o que vão dar, gastam dinheiro, reservam mesa em

restaurante, levam para almoçar fora... e quando chega o dia deles, dão gravata, pijama, lenço, cueca ou um par de meias. Isso quando os pais ganham alguma coisa. No ranking das melhores datas do ano para o

Banho de cerveja

comércio, o dia fica fora do pódio, disputando o quarto lugar com as crianças – Natal, mães e namorados são ouro, prata e bronze, respectivamente. Mas dá também para mudar esse panorama e agradar ao pai.

O

s pais que se identificam com o Homer Simpson (do seriado Os Simpsons, que adora cerveja) vão amar este presente: banho de ofurô de cerveja. Na Clínica Visage ele vai relaxar imerso em levedo de cerveja e óleo de germe de trigo. Telefone: 3675-1567. Custa R$ 180.

Bebida gelada e som na caixa caixa térmica com rádio AM/FM tem capacidade para até oito latinhas e vem com entrada para fone de ouvido. Na Utilplast, por R$ 237. Telefone: 3088-0862.

Fotos: Divulgação

A

Loucos por churrasco

P

ara o pai que gosta de golfe e churrasco, o presente certo é a maleta com utensílios inspirados nos tacos. Também na Utilplast, por R$ 210. Telefone: 3088-0862.

Caminho certo

O

GPS Explorer, da Multilaser, cobre 995 cidades do País – 157 municípios com informações precisas de navegação e outros 838 com mapas de referência. O aparelho lista ainda pontos de interesse, com dicas de restaurantes, comércio e hotéis. Custa R$ 1.799, nos sites gimba.com.br; submarino.com.br e shoptime.com.

Não vai restar nenhum

Drinques nada convencionais

J

ogo Resta Um, da Chocolat du Jour. O objetivo é deixar apenas uma peça de chocolate no tabuleiro de madeira. Custa R$ 187, no piso térreo do Shopping Iguatemi.

Para fãs da Harley-Davidson

A

linha Lifestyle de roupas e acessórios HarleyDavidson tem um lindo moleton, por R$ 289. Para saber o endereço da loja mais próxima é só ligar para o telefone 3087-1600.

Ursinhos das profissões

Relógio, livro, charuto...

P

O

ara o pai médico, policial, mergulhador ou chef, ursos de pelúcia personalizados, da Happy Town. É possível ainda perfumar o bicho ou gravar uma mensagem com sua voz. Custa a partir de R$ 59 (os uniformes são à parte). Telefone: 5182-5121.

kit relógio, da Le Paquet (3062-1510) custa R$ 638 e contém um livro e um portarelógios com capacidade para cinco peças. Já o kit para charutos (também Le Paquet) vem com uma caixa para guardá-los, mais cinzeiro, porta-charuto, cortador e um livro sobre cigarros.

O

kit com uísque Green Label, chá O'Connors Cream, caneca do ceramista Rui Gassen e uma receita para fazer um drink custa R$ 129, em A Loja do Chá. Telefone: 3024-4175.

O milk-shake é de graça

O

pai que for comemorar a data em algum dos endereços da Achapa ganha um milk-shake para acompanhar os diversos lanches da rede. Reservas pelo telefone 3085-0521.


Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO

1 Valter Campanato/AE

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Antes da tragédia de Congonhas, pilotos alertaram torre de comando sobre a pista.

Até 2010, trem expresso para Cumbica Obra começa em 2008. Promessa do governo do Estado é entregar Expresso Aeroporto em dois anos. No mesmo prazo, Kassab prevê área de escape em Congonhas.

a maior

Filipe Araújo/AE - 21/06/2007

tragédia

A

construção do trem expresso entre a Capital e Guarulhos (SP) vai começar no início de 2008 e deve ser concluída em dois anos, segundo anunciou ontem o governo do Estado. Segundo previsão do governo, até 2010 os trens rápidos, com velocidade superior a 100 km/h, estarão em operação entre São Paulo e o aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos. A construção do trem é importante para facilitar o acesso ao aeroporto, cujo movimento já aumentou após as restrições de vôos no Aeroporto de Congonhas, na zona sul. Em relação a Congonhas, o prefeito Gilberto Kassab afirmou ontem, em entrevista à Rádio Jovem Pan, que uma área de escape (uma espécie de margem de segurança para as operações das aeronaves) poderá ser entregue ao tráfego aéreo em dois anos. Sobre o expresso para Cumbica (veja mapa), o governo estuda duas propostas recebidas de consórcios para elaborar o projeto definitivo das duas linhas projetadas: o Expresso Aeroporto (trem direto do centro da Capital ao Aeroporto de Cumbica) e o Trem de Guarulhos (intermediário, que servirá três estações, saindo do Brás com destino ao Parque Cecap, em Guarulhos). O valor total das obras, incluindo infra-estrutura e modernização da linha existente, é estimado em R$ 3,4 bilhões, rateados entre o governo do Estado, federal e a iniciativa privada. Haverá um único edital e o vencedor da concorrência vai executar as duas obras, já que as duas linhas serão operadas sobre a mesma ferrovia. Concessão – A previsão é que as diretrizes da Parceria Público-Privada (PPP) sejam concluídas até setembro. O Expresso Aeroporto deverá ser construído, operado e explorado comercialmente (inclusive com a definição da tarifa) pela iniciativa privada, durante um período de concessão. Depois, será entregue ao Estado. As propostas para o projeto foram apresentadas em abril pelo Consórcio Expresso Guarulhos (formado pelas empresas Encalço Construções Ltda e Engevix Engenharia S/A, ambas de São Paulo; pelas espanholas Isolux Corsan Concesiones S/A e Construcciones y Auxiliar de Ferrocarriles S/A, de Madri; e pela italiana Guella, de Roma. Outra proposta é do consórcio Nova Metrópole (formado pelas empresas paulistas Assmann Consultoria Empresarial; Valente, Valente Arquitetos; Enescil Engenharia e Projetos Ltda e Uete Engenharia). Segundo o projeto de referência desenvolvido pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), o Expresso Aeroporto ligará uma estação na região central (Barra Funda, Júlio Prestes ou Luz) ao terminal aeroportuário de Guarulhos. O trem percorrerá os 31 quilômetros do trajeto em 20 minutos e terá capacidade para transportar 20 mil passageiros por dia. A previsão de intervalo entre os trens será de 12 minutos. Inicialmente, o Expresso Aeroporto vai operar uma frota de oito trens com quatro carros. Depois, ao longo do período de concessão, os trens passarão a ter oito carros. A capacidade de passageiros (entre viajantes, acompanhantes e funcionários) também será ampliada e o intervalo entre as composições será reduzido para seis minutos. O preço da passagem está estimado entre US$ 6 e US$ 14.

Ó RBITA

VIDA NO HOTEL acidente com o O Airbus A320 da TAM completou ontem

Passageiros aguardam para embarcar no aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos (acima). Projeto do trem para Guarulhos será dividido em duas linhas: uma expressa, ligando o Centro de São Paulo ao aeroporto, e uma intermediária, que vai parar em estações na Capital e em Guarulhos. Inicialmente, o Expresso Aeroporto vai atender 20 mil passageiros por dia.

Equipamentos – A estação inicial funcionará como terminal aeroportuário, com plataformas e balcões das companhias aéreas, onde o passageiro fará o check-in, adiantando o despacho de bagagem. Oferecerá escadas e esteiras rolantes, estacionamentos, lojas, lanchonetes e remessa de encomendas. A outra linha, o trem de Guarulhos, que terá estações intermediárias, sairá da Estação Brás (região central), com parada na Estação Engenheiro Goulart, na zona leste, e destino final no Parque Cecap (Conjunto Habitacional Zezinho Magalhães) de Guarulhos, próximo a Cumbica. Esse trem terá capacidade para transportar, inicialmente, mais de 100 mil passageiros diariamente e, no futuro, 200 mil. Na sexta-feira, o governador de São Paulo, José Serra, havia entregue ao novo ministro da Defesa, Nelson Jobim, um documento com propostas de curto e médio prazo para desafogar o Aeroporto de Congonhas e tentar redistribuir a malha aeroviária que cruza o Estado. Uma das medidas é justamente a ampliação da infraestrutura de transporte para melhorar o acesso aos aeroportos de Cumbica e Viracopos, em Campinas (SP), que inclui o Expresso Aeroporto. Expresso Bandeirantes Além do trem para Guarulhos, o governo do Estado estuda a construção do "Expresso Bandeirantes", que seria uma pista rodoviária que ligaria o Aeroporto de Viracopos à Rodovia dos Bandeirantes, a principal ligação entre Campinas e São Paulo. (Agências) Mais informações sobre aviação em Política, na página 5

Onze pilotos reclamaram da pista antes do acidente

O

livro de ocorrências dos dias 15, 16 e 17 de julho da torre de comando do Aeroporto de Congonhas revela que pelo menos 11 pilotos de aviões alertaram para a pista escorregadia do aeroporto. No dia 17, o Airbus A320 da TAM bateu após pousar no aeroporto, matando pelo menos 199 pessoas. O relatório foi divulgado ontem pela CPI do Apagão Aéreo da Câmara dos Deputados, durante o depoimento do presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira. O documento relata ainda a impressão dos controladores sobre o Airbus após seu pouso no aeroporto naquele dia. Segundo eles, o piloto do avião da TAM foi alertado sobre a pista escorregadia e o pouso, como já se sabe, ocorreu sem problemas. "Aparentemente pouso normal, não conseguiu parar a aeronave na pista e foi lançada sobre a avenida 23 maio (na verdade Washington Luís)", diz o relato. "Após o pouso e após a tentativa de parar, a aeronave ganhou velocidade e ultrapassou o final da pista, projetando-se para a avenida", afirmam os controladores no livro de ocorrência. A torre de comando reclamou, no relatório, da demora dos bombeiros em atender ao chamado do acidente da TAM. "Bombeiros acionados de imediato, mas foi obser-

José Luís da Conceição/AE-26/07/2007

três semanas, mesmo tempo que seis famílias quem viviam em casas localizadas perto do prédio atingido pela aeronave passaram a morar, provisoriamente, no Quality Congonhas, um hotel quatro-estrelas na região do aeroporto. Não sabem até quando ficarão por lá. Janice Aparecida é cantora sertaneja e, desde o dia do acidente, não consegue mais cantar. O nervosismo fecha sua garganta e sua voz fica fina demais. Para dormir, toma calmantes. Como Janice veste roupas vistosas, todos pensam que ela adora viver por tempo indeterminado num hotel. "Minha dor não é tão grande como a das pessoas que perderem parentes. Mas não posso ser esquecida aqui para sempre", diz. Ela exemplifica esse "esquecimento" com o que aconteceu com a filha Priscila, de 17 anos. Até anteontem, a menina, que tem síndrome de Down, não tinha o nome na lista de hóspedes. Priscila, que viajou para a Europa e nunca teve medo de avião, hoje faz um barulho com a boca toda vez que dorme: ela imita o som da explosão do avião. As seis famílias vivem em 3 dos 22 andares do hotel, mais precisamente em quartos de 22 metros quadrados. Maria Escobar, de 55 anos, gostou da idéia de ficar longe da tragédia e de se mudar por alguns dias para um hotel "Podem até me tratar como rainha, mas eu quero voltar. (Agências)

IDENTIFICADOS Instituto Médico Legal (IML) de São O Paulo identificou até as Pista de Congonhas: pelo menos 11 pilotos alertaram sobre riscos

vado dificuldade e demora para as viaturas saírem dos limites do aeroporto". No dia 16, cinco aviões tiveram problemas antes que uma aeronave da Pantanal derrapasse na pista. Segundo relatos da torre de controle, aviões da Gol e da TAM reclamaram da pista escorregadia. Logo depois, um avião da Pantanal derrapou. "Pousou, após o toque aquaplanou, saiu da pista", diz o relato da torre. Após esse incidente, um avião da TAM, do vôo 3215, "teve muita dificuldade para frear a aeronave", segundo o livro de ocorrências. De acordo com a torre de comando, o piloto teria dito que passou um "susto" com o episódio. Já o comandante do vôo 1657 da Gol teria alertado para "pista muito escorregadia".

No mesmo dia, de acordo com o relato da torre, um avião da Varig, outro da Gol e mais um da TAM também reclamaram da pista. O livro de ocorrências registra ainda quatro vôos que não puderam pousar, mas por problemas meteorológicos. No dia 17, data do acidente com o Airbus A320 da TAM, um piloto do vôo 1687 da Gol disse aos controladores que a pista estava escorregadia. Segundo a anotação dos controladores, uma inspeção foi feita logo depois para medir a água da pista. "A informação era de que não havia poças ou lâmina d'água", dizem os controladores. Indagado sobre esses relatos, o presidente da Infraero minimizou. "No mesmo dia, outros pilotos pousaram e disseram que a pista estava muito boa", afirmou Pereira. (Agências)

18h50 de ontem os corpos de 118 das 199 vítimas do acidente com o Airbus A320 da TAM, no Aeroporto de Congonhas. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o último corpo a ser reconhecido no início da noite foi o de Cássio Vieira Sérvulo da Cunha. Antes, entre os corpos identificados, estava o de Michelle Silveira Unterberger, funcionária da TAM . Apesar de ser comissária de bordo, ela não estava em serviço dentro da aeronave no momento do acidente. Segundo a TAM, 187 pessoas estavam no Airbus. De acordo com o Corpo de Bombeiros, 220 sacolas com restos mortais de vítimas foram recolhidas no local do acidente. (Agências)


Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

CONFIANÇA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO SUBIU EM JULHO O 15,8

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Pablo de Sousa

Divulgação

O setor automobilístico foi um dos que mais recorreram a inovações tecnológicas, com um aumento de 71,1% na taxa de inovação. O IBGE pesquisou ao todo 33 atividades.

Índice da FGV passou para 121,7 pontos, o maior nível da série histórica, iniciada em 1995. Índice de Confiança da Indústria (ICI), síntese da S o n d a g e m C o njuntural da Indústria de Transformação, subiu 2,9% em julho ante junho, contra uma queda de 0,6% em junho em relação a maio, informou ontem, no Rio, a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Essa é a décima edição do indicador, calculado com base em seis quesitos da sondagem. Na comparação com julho de 2006, o ICI avançou 15,8%, resultado superior à alta de 14% em junho, na mesma base de comparação. O ICI é um indicador que usa para cálculo uma escala que vai de zero a 200 pontos. O resultado do índice é de queda ou de elevação se a pontuação total das respostas ficar abaixo ou acima de 100 pontos, respectivamente. De junho para julho, ele subiu de 118,3 para 121,7 pontos. De acordo com a FGV, esse é o maior nível da série histórica, iniciada em abril de 1995. Em nota, a fundação observou que o resultado mostra que a indústria de transformação inicia o terceiro trimestre aquecida e com boas perspectivas a curto prazo. O ICI é composto por dois

por cento foi quanto o índice de confiança apurado pela Fundação Getúlio Vargas avançou na comparação com julho do ano passado

indicadores. O primeiro é o Índice da Situação Atual (ISA), que subiu 0,7% em julho ante junho, contra uma queda de 0,2% em junho em relação a maio, passando de 122,9 para 123,7 pontos de junho para julho, o maior nível desde abril passado (124,4 pontos). Com ajuste sazonal, o ISA de 130,1 pontos é o maior da série. O segundo componente do ICI é o Índice de Expectativas, que apresentou aumento de 5,3% em julho ante junho, contra uma queda de 0, 8% em junho em relação a maio. Com esse resultado, o indicador subiu de 113,7 para 119,7 pontos, entre junho e julho, atingindo o

maior nível desde julho de 2004 (119,2 pontos). Demanda –A FGV comentou, em seu comunicado, que dos quesitos integrantes do índice de confiança relacionados ao presente, o maior avanço nos últimos 12 meses ocorreu na avaliação a respeito do nível de demanda. "Entre julho de 2006 e julho de 2007, a proporção de empresas que avaliam o nível atual de demanda como forte aumentou de 14% para 25%, e a parcela das que o avaliam como fraco reduziu-se de 25% para 7%", diz a nota. Já no âmbito do Índice de Expectativas, o maior avanço ocorreu nas previsões relativas à contratação de pessoal pela indústria. Do total de 1.018 empresas consultadas, 32% prevêem aumento do contingente de mão-de-obra nos próximos três meses, e 7%, redução. Em julho de 2006, essas parcelas eram, respectivamente, de 28% e 13%. A coleta de dados para a pesquisa foi feita entre os dias 2 e 27 de julho. Realizada desde 1966, a sondagem tinha periodicidade trimestral; com a elaboração do ICC, que é mensal, a pesquisa também passou a ser divulgada todo mês. (AE)

Pesquisa da Fiesp projeta uma expansão de 4%

A

indústria brasileira de transformação deverá fechar 2007 com crescimento de 4% em relação ao ano passado. É o que mostra uma nova pesquisa de conjuntura econômica divulgada pela primeira vez, ontem, pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O trabalho, que a partir de agora será publicado todo dia 25, é um indicador do ânimo da indústria em relação a cinco fatores: mercado, vendas, estoques, nível de emprego e investimentos. De acordo com Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, a coleta de dados começou a ser feita, em testes, em junho de 2006. De lá para cá o que se viu foi um constante "vôo de cruzeiro" da indústria de transformação, com pequenas oscilações naturais. "O índice geral, que soma os cinco fatores da pesquisa, passou de 47,6 pontos em julho de 2006 para 50,4 em julho deste ano. Isso mostra que a economia melhorou nesse período", disse Francini. Para quantificar o ânimo da indústria, a pesquisa selecionou 30 grandes empresas, que

50,4

pontos foi a marca atingida pelo índice da Fiesp em julho, ante 47,6 pontos registrados no mesmo mês do ano passado. representam 19 importantes setores industriais, de um total de 23, que respondem, entre os dias 10 e 15 de cada mês, um questionário simples. Para cada fator, a pergunta é como as condições gerais evoluíram em relação ao mês anterior – se aumentaram muito, se houve um crescimento normal, se es-

tão iguais, em queda ou em queda acentuada. A reunião dos pontos de cada pergunta compõe os índices que vão de zero (estagnação) a 100 pontos (superaceleração). A série da pesquisa desde julho do ano passado mostra que houve aceleração do setor em agosto e setembro de 2006, quando o índice chegou a 53,8 pontos. Depois aparece uma queda até janeiro, quando bateu nos 49,1 pontos, já em desaceleração. Aí se iniciou uma recuperação até abril deste ano, com 54,5. De maio a julho os índices registraram queda, chegando a 50,4 em julho. O estudo não dá explicações para esses movimentos. Francini vê na estabilidade dos números uma fase relativamente boa da economia e a indicação de que o dólar desvalorizado representa um freio para o setor produtivo.

Colégio “Rodrigues Alves”

DC

Mario Tonocchi

SUPLETIVO O melhor no ENEM/2005 e 2006 Manh ã e No ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ite MATRÍCULAS ABERTAS PARA 2º SEMESTRE/2007 Reclassificação e Progressão Parcial (DP) R. Domingos de Moraes, 787 (Metrô Ana Rosa) www.colegiorodriguesalves.com.br

5571-6121 5579-1388

por cento das indústrias acham que farão mais contratações

Setor investe mais em inovação. Mas ainda é pouco.

A

s indústrias brasileiras estão investindo mais em inovação tecnológica. Em 2005, gastaram, em média, 2,8% do faturamento no setor, ante os 2,5% utilizados em 2003. De acordo com a Pesquisa de Inovação Tecnológica (Pintec 2005), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), também houve crescimento de 8,4% no número de empresas que registraram alguma inovação, como o lançamento de um novo produto, a introdução ou aprimoramento de processos, ou novidades na área organizacional. O gasto com tecnologia gerou um aumento de 23% na contratação de mão-de-obra qualificada. Segundo o IBGE, apesar da melhora no quadro, a taxa de inovação (percentual de empresas que inovaram em relação ao número total ) permaneceu estável em 33,4% em relação a 2003. No período houve grande expansão na criação de pequenas indústrias (com 10 a 49 empregados), que tradicionalmente investem menos que as médias e grandes. Com exceção desse grupo, cuja taxa de inovação ficou em 28%, houve alta na atividade inovadora em todos os outros. Nas indústrias com mais de 500 empregados, o índice foi de 79,2%. Para a Mariana Rebouças, coordenadora da pesquisa, os

55,6

por cento foi quanto as indústrias do Estado de São Paulo investiram em inovação tecnológica, em relação ao volume total resultados positivos na área são reflexos da recuperação da economia em 2005. "A decisão de inovar envolve risco. Portanto, é importante o empresário ter perspectivas favoráveis em relação à macroeconomia", afirmou. "Houve uma melhora no quadro em 2005. A taxa de juro, ainda que elevada, era inferior à de 2003; a inflação estava em declínio; cresceram o consumo das famílias, as importações e as exportações", acrescentou. Mariana ressaltou que, embora as fontes de inovação continuem se baseando principalmente na própria empresa e em fornecedores, as cooperações e parcerias com universidades e institutos de pesquisa aumentaram de 11,8%, em 2003, para 16%. "Isso mostra que a política governamental

de incentivo a essa aproximação vem dando frutos", disse. Das 33 atividades industriais pesquisadas pelo IBGE, 21 tiveram aumento da taxa de inovação, com destaque para veículos (71,1%); máquinas para escritório e equipamentos de informática (69,2%); e equipamentos de instrumentação médico-hospitalar (68%). Entre os novos produtos, estão aparelhos de raio-X de coração, esquadrias imunes à ferrugem, tecidos que hidratam a pele e alimentos com mais nutrientes. E nt r av e s – Os principais obstáculos apontados para a inovação foram custos elevados, riscos econômicos excessivos e escassez de fontes de financiamento. O levantamento investigou pela primeira vez a inovação em serviços de alta tecnologia - pesquisa e desenvolvimento, telecomunicações, informática. Nessas atividades, o índice chegou a 57,6%. Os destaques foram os segmentos de pesquisa e desenvolvimento (97,6%), consultoria em software (77,9%) e telecomunicações (45,9%). Segundo o IBGE, os gastos com inovação foram concentrados principalmente em máquinas e equipamentos (48,4%). O Estado de São Paulo foi responsável por mais da metade (55,6%) do investimento no setor. (Agências)


2

Saúde Ciência Transpor te Tr â n s i t o

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

O prejuízo urbano será pequeno se comparado ao benefício que a obra trará para a população. Gabriel Feriancic, engenheiro

COLUNAS CHEGAM A 20 METROS DE ALTURA

Fotos de Newton Santos/Hype

FURA-FILA NO RUMO LESTE Prefeitura planta os primeiros pilares da extensão do Expresso Tiradentes. Obra destaca-se pela altura das colunas, algumas com 20 metros e até 28 toneladas. Novo trecho, de 2,3 km, ficará pronto em dezembro.

Nas fotos acima e à esquerda, os pilares que darão sustentação ao novo trecho do Expresso Tiradentes. Serão mais 2,3 quilômetros, no bairro da Vila Prudente. Altura da estruturas impressiona, mas não afetarão a vida dos moradores da região, caracterizada por indústrias e grandes armazéns.

Ivan Ventura

E

struturas à base de concreto, com 20 metros de altura e peso entre 25 e 28 toneladas começam a invadir os céus da Vila Prudente. São os primeiros 15 pilares que sustentarão as vigas de metal do terceiro trecho do Expresso Tiradentes (batizado inicialmente de Fura-Fila e, depois, de Paulistão) rumo a Cidade Tiradentes, no extremo leste da cidade. Hoje, a obra está concentrada na avenida do Estado, na divisa dos bairros do Ipiranga, na zona sul, e Vila Prudente, na zona leste, ao lado dos viadutos Grande São Paulo e José Colasuonno. Há menos de duas semanas foi plantada a primeira viga metálica que ligará o eixo sudesteCentro ao trecho leste do Expresso. Sobre essas vigas passarão os ônibus do maior corredor de ônibus de São Paulo. De acordo com a secretaria de municipal de Transportes, serão necessárias 100 vigas de metal (num peso total de 1.880 toneladas) nos 985 metros de trecho elevado – de um total de 2,3 km, somatória das vias elevada e ao nível do solo de todo o trecho 3. Os primeiros pilares de concreto do novo trecho em obras são ligeiramente mais altos do que o elevado já em operação do Expresso Tiradentes e que hoje liga os terminais Sacomã, na zona sul, e D. Pedro II, no Centro. Sem opção técnica para construir o prolongamento do Fura-Fila ao nível do solo, a

Pilares do novo segmento do maior corredor de ônibus da cidade passam bem acima do trecho já em operação

Operários trabalham em grandes vigas de aço do terceiro trecho

interligação será feita sobre os viadutos Grande São Paulo e José Colasuonno, tornando-a mais alta ainda. O engenheiro e consultor da Empresa Engenharia de Transporte Tráfego e Logística (ETTL) Gabriel Feriancic acredita que uma via elevada como a da intersecção do Expresso rumo

à zona leste terá um impacto pequeno entre os moradores da região. A área caracterizase por galpões e indústrias. “É diferente de um viaduto como o Minhocão (o elevado Costa e Silva), ao longo do qual existem prédios residenciais que acabaram desvalorizados. Aqui, o prejuízo urbano será

pequeno se comparado ao benefício que a obra trará para a população”, disse. A complexa construção nos céus da Vila Prudente deverá ficar pronta até dezembro, a um custo aproximado de R$ 90 milhões. No trajeto serão construídas as estações Dianópolis e Rui Roxo, além do terminal Vila Prudente – que estará localizado na avenida Paes de Barros e rua Itamambuca. A quarta etapa do Expresso Tiradentes, interligando a praça Rui Roxo e o bairro de São Mateus, deverá começar em novembro. No último dia 24 teve início a licitação para a escolha da empresa ou consórcio que responderá pela obra. De acordo com a secretaria municipal

de Transportes, a quarta etapa do Expresso Tiradentes deverá durar 8 meses. Já o trecho 5 (de São Mateus à Cidade Tiradentes) deverá ser entregue até o final de 2008. Somados, os trechos 3, 4 e 5 deverão ter 21 estações e 24 quilômetros de extensão, a um custo superior a R$ 740 milhões. Todo o Expresso Tiradentes, incluindo o trecho do parque D. Pedro II, terá um custo estimado em R$ 1,2 bilhão e 32 quilômetros de extensão. Atualmente, cerca de 50 mil pessoas utilizam o Expresso Ti r a d e n t e s t o d o s o s d i a s . Quando a obra estiver totalmente concluída, calcula-se que 350 mil pessoas utilizem diariamente os ônibus do maior corredor da cidade.

O Expresso Tiradentes levou 10 anos para ser entregue à população e, mesmo assim, incompleto. Sua construção teve início em 1997 e era uma das principais promessas eleitorais do ex-prefeito Celso Pitta. À época, surgiram suspeitas de desvio de verba, nunca comprovadas. A obra, praticamente, não saiu do papel. Na gestão de Marta Suplicy e sob o nome de Paulistão, algumas colunas foram erguidas ao longo das avenidas Juntas Provisórias e do Estado. Mas a iniciativa logo foi abandonada. O ex-prefeito e atual governador José Serra decidiu tocar a obra. Em março, na gestão Gilberto Kassab, o corredor finalmente entrou em operação comercial.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - ECONOMIA/LEGAIS

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

3Corp Technology Distribuidora de Equipamentos S.A. CNPJ nº 04.238.297/0001-89 Balanço Patrimonial para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2006 e 2005 (centavos omitidos) 2006 2005 ATIVO 2006 2005 PASSIVO Circulante Circulante Circulante 10.357.417 259.378 Circulante 21.965.599 945.668 Financiamentos 124.258 Disponibilidades Nota 5 138.911 Fornecedores de Materiais 2.500.201 116.488 Contas a Receber de Clientes Nota 6 19.429.203 586.612 Obrigações Trabalhistas e Previdenciárias 72.480 8.763 Estoques Nota 8 1.124.625 359.056 Obrigações Tributárias Nota 13 3.879.370 9.869 Outras Contas a Receber 409.303 Contas a Pagar Nota 12 3.892.967 Impostos a Recuperar Nota 9 863.556 Provisões 12.400 Não Circulante 265.583 455.926 Permanente 265.583 455.926 Não Circulante Exigível a Longo Prazo 11.873.765 1.142.215 Imobilizado Nota 11 265.583 455.926 Contas a Pagar 2.439.553 Contas a Pagar Acionistas Nota 14 2.439.553 Patrimônio Líquido Nota 15 9.434.212 1.142.215 Capital Social 760.001 130.000 Reserva Legal 152.000 Lucros Acumulados 845.723 Prejuízos Acumulados (31.636) Resultado do Exercício 8.553.846 166.492 Total do Ativo 22.231.182 1.401.593 Total do Passivo 22.231.182 1.401.593 Demonstração da Mutação do Patrimônio Líquido para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2006 e 2005 (centavos omitidos) Capital Ações Ações Reserva Lucros Prejuízos Resultado Descrição Social Ordinárias Preferenciais Legal Acumulados Acumulados do Exercício Total Saldo em 31 de Dezembro de 2005 130.000 845.723 166.492 1.142.215 Aumento do Capital Social 630.001 - 630.001 Prejuízo até 30 de Setembro de 2006 (1.043.851) - (1.043.851) Resultado do Período de 02 de Outubro até 31 de Dezembro 8.553.846 8.553.846 Constituição da Reserva Legal 152.000 - 152.000 Saldo em 31 de Dezembro de 2006 760.001 152.000 845.723 (1.043.851) 8.720.339 9.434.212

Demonstração do Resultado para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2006 e 2005 (centavos omitidos) 2006 2005 Receitas Brutas 22.060.057 2.377.793 Mercadorias 14.890.378 1.704.109 Prestação de Serviços - Matriz 7.169.680 673.684 Deduções (4.571.028) Impostos sobre as Receitas (4.571.028) Receita Líquida 17.489.030 2.377.793 Custos (5.632.398) (956.874) Mercadorias (5.129.455) (956.874) Serviços (180) Importação (502.763) Lucro Bruto 11.856.632 1.420.919 Despesas Operacionais Serviços (566.350) (842.335) Pessoal (566.350) (842.335) Administrativas (443.342) (267.929) Pessoal (443.342) (267.929) Vendas (785.354) (8.757) Pessoal (8.757) Gerais (785.354) Tributárias (16.686) (135.405) Não Dedutíveis (35.420) Resultado Operacional 10.009.481 166.492 Receitas e Despesas não Operacionais Resultado Financeiro (84.982) Receitas Financeiras 28.537 Despesas Financeiras (113.519) Resultado não Operacional (84.982) Resultado antes do Imposto de Renda e da Contibuição Social 9.924.499 166.492 Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis para o exercício findo em 31 de dezembro de 2006 Contribuição Social (359.693) 1) Contexto Operacional - A entidade 3Corp Technology Distribuidora de liquidação duvidosa de acordo com a Lei 9.430 de 1996. 8) Estoques: Imposto de Renda (858.959) de Equipamentos S.A., inicialmente constituída sob a forma de sociedade para apropriação dos estoques é utilizado o custo médio dos produtos re- Resultado Líquido do Período 8.705.846 166.492 empresária limitada nos moldes da Lei 10.406 de 2002, foi transformada em vendidos. 9) Impostos a Recuperar: a empresa possui créditos de impos- Valor Líquido das Ações Preferenciais 11,46 02 de outubro de 2006 em sociedade anônima de capital fechado também tos referentes a retenção na fonte por seus serviços prestados de acordo Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos para os regida pela mesma Lei supracitada e pela Lei 6.404 de 1976 e posteriores com a Lei 10.833/03 além dos créditos de Imposto de Renda Retido na Fonexercícios findos em 31 de dezembro de 2006 (centavos omitidos) alterações, neste mesmo instante houve o ingresso da Spread te também oriundos dos serviços prestados e INSS, compostos da seguinte Origens de Recursos 2006 Teleinformática Ltda. alteração a composição do quadro de acionistas. A maneira: Das Operações sociedade anônima possui fins lucrativos e tem por finalidade a venda, co- Imposto/Contribuição Valor em R$ Base Legal Resultado do Exercício 8.553.846 mercialização, locação, instalação e manutenção de equipamentos de tele- Imposto de Renda 295.093,60 Decreto 3.000/99 Reserva Legal 152.000 comunicações, informática, telefonia, sistemas de rede de dados, vídeo Pis, Cofins e Contribuição Social 565.042,68 Lei 10.833/03 Aumento do Capital Social 630.001 conferência, segurança e vigilância de rede de dados; a prestação de servi- INSS 3.420,18 Lei 8.212/91 De Terceiros ços na área de intermediação de planos de serviços de telefonia móvel; a Total 863.556,46 2.439.553 prestação de serviços na área de intermediação de planos de serviços de 10) Cobertura de Seguros: A entidade possui seguros contratados em vi- Aumento do Passivo Exigível a Longo Prazo 190.342 telefonia móvel; a prestação de serviços na área de intermediação de pla- gor, sendo os montantes considerados suficientes pela gerência para co- Baixa do Ativo Imobilizado Total das Origens de Recursos 11.965.743 nos de serviços de telefonia móvel; a prestação de serviços de engenharia bertura de eventuais sinistros sobre seus ativos e/ou que decorram de sua e construção de tubulações; e teleprocessamento. 2) Apresentação das responsabilidade civil. 11) Imobilizado: o ativo imobilizado é registrado ao Aplicações de Recursos Nas Operações Demonstrações Contábeis - As Demonstrações Contábeis foram elabora- custo de aquisição e está composto da seguinte maneira: Resultado Acumulado até 30 de Setembro de 2006 1.043.851 das de acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade em especial da Percentual de 1.043.851 Resolução nº 686 de 14 de janeiro de 1990 do Conselho Federal de Conta- Categoria Descrição Depreciação Valor em R$ Total das Aplicações de Recursos 10.921.892 bilidade - CFC que orienta a forma de apresentação das Demonstrações Imobilizado Móveis e Utensílios 10% a.a. 105.420,00 Capital Circulante Líquido Demonstração da Variação do Capital Circulante Contábeis e o Pronunciamento do Ibracon - Norma e Procedimento de Con- Imobilizado Veículos 20% a.a. 35.000,00 21.965.599 945.668 21.019.931 tabilidade nº 27 de 3 de outubro de 2005 que trata do mesmo assunto. Ela- Imobilizado Máquinas e Equipamentos 10% a.a. 128.246,00 Ativo Circulante 10.357.417 259.378 10.098.039 boradas também em conformidade com a Lei das Sociedades por Ações nº Imobilizado Depreciação Acumulada (3.082,70) Passivo Circulante Capital Circulante Líquido 11.608.182 686.289 10.921.892 6.404/1976, e alterações posteriores no que lhes aplica. 3) Principais Prá- Total Imobilizado 265.583,30 ticas Contábeis - As principais práticas contábeis adotadas para a elabo- 12) Contas a Pagar: Empréstimos Bancários: a empresa possui fi- mos em moeda estrangeira estão registrados sem os encargos ração dessas demonstrações contábeis são as seguintes: Reconhecimen- nanciamentos bancários em moeda estrangeira obtidos junto ao Banco contratuais. 13) Obrigações Tributárias: as obrigações tributárias esto de Receitas, Custos e Despesas: é obedecido o regime de competên- Itaú S.A. compostos da seguinte maneira: a) contrato nº 5131065 em mo- tão compostas da seguinte maneira: cia de exercícios para o reconhecimento das receitas, custos e despesas eda estrangeira celebrado em 08/12/2006 no valor de R$ 1.071.400,00 Imposto/Contribuição Valor em R$ do período. As receitas estão apuradas pelo regime de competência, inclu- equivalente a US$ 500,000.00 a ser pago em 06/02/2007 no montante ICMS a Recolher 978.043,16 indo-se as inadimplências, os valores considerados incobráveis, o valor dos de US$ 504,416.67 à taxa de juros é de 5,30% a.a.; b) contrato nº IPI a Recolher 902.695,42 serviços prestados e as mercadorias revendidas. Os recebimentos da enti- 5052063 em moeda estrangeira celebrado em 23/11/2006 no valor de Pis a Recolher 110.107,94 dade são apurados através de comprovantes de recebimento, entre eles, R$ 700.000,00 equivalente a US$ 323,729.36 a ser pago em 26/12/2006 Cofins a Recolher 508.190,52 avisos bancários e outros. 4) Transações com Partes Relacionadas: fo- no montante de US$ 325,138.934 à taxa de juros de 75% a.a.. O referido ISS a Recolher 160.944,34 ram realizadas as seguintes operações durante o exercício de 2006: contrato foi aditado em 26/12/2006 alterando-se a data de vencimento Contribuição Social a Recolher 359.693,47 Natureza Empresa Destinatária Valor em R$ para 26/02/2007 e o montante a ser pago em US$ 328,886.55 com a Imposto de Renda a Recolher 858.958,91 Venda Spread Teleinformática Ltda. 11.820,48 mesma taxa de juros; e c) contrato nº 5261060 em moeda estrangeira Contribuições Retidas na Fonte a Recolher 736,21 Compra Genova Trading Ltda. 20.356,15 celebrado em 26/12/2006 no valor de R$ 1.455.199,16 equivalente a US$ Total 3.879.369,97 Em ambos os casos os saldos foram pagos nas datas de vencimento não 676,270.64 a ser pago em 26/02/2007 no montante de US$ 687,044.01 à 14) Contas a Pagar: o montante de R$ 2.439.552,92 incluso no saldo da havendo prejuízo de nenhuma das partes. 5) Ativo Circulante: na nomen- taxa de 9,25% a.a.. A modalidade de todos os contratos é de Cédula de referida nomenclatura é oriundo do pagamento a ser realizado aos acionisclatura disponibilidades estão considerados os saldos das contas-correntes Crédito Bancário - repasse de recursos externos - Pessoa Jurídica - re- tas durante os próximos exercícios de acordo com as deliberações dos do Banco Itaú S.A., Banco do Brasil S.A. e Banco Bradesco S.A.. 6) Clien- passe de empréstimo é a operação pela qual um banco empresta a cli- mesmos. Distribuição de lucros acumulados até 30 de setembro de 2006 tes: o saldo de contas a receber de clientes de R$ 20.214.557 é composto entes ou a outros bancos valores proveniente de empréstimos em moe- pelos antigos acionistas. 15) Patrimônio Líquido: o Patrimônio Líquido foi por duplicatas ainda não vencidas no exercício findo. 7) Provisão para Cré- da estrangeira obtidos no exterior ou no Brasil, proveniente de um em- constituído em 10 de janeiro de 2001 e está demonstrado de forma cumuladito de Liquidação Duvidosa: a entidade realizou a provisão para crédito préstimo interbancário de mesma natureza. Os valores dos emprésti- tiva até a data destas demonstrações contábeis. A DIRETORIA Contador: Raimundo Baima S. Dias Filho - CRC 1SP091.983/O-3

O funcionário SAMUEL FRIGI HERMANN, RG 20.972.174-1 e CPF 254.882.128-50 não compareceu à empresa do dia 16/06/2007 até a presente data. Comunicamos então o abandono de emprego conforme a CLT.

RETIFICAÇÃO DO ANÚNCIO DE INÍCIO DA DISTRIBUIÇÃO DA 1ª SÉRIE DE COTAS SENIORES A PETRA – PERSONAL TRADER CORRETORA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS LTDA. comunica o início da distribuição de até 3.750 (três mil, setecentas e cinqüenta) cotas escriturais seniores da 1ª (primeira) série, cada cota com valor inicial de R$ 1.000,00 (um mil reais), totalizando R$ 3.750.000,00 (três milhões, setecentos e cinqüenta mil reais)

para subscrição pública, do

FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS MULTISETORIAL REDFACTOR LP LUCIANO WERTHEIM S/A EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS

As cotas subordinadas serão colocadas privadamente e corresponderão a, no mínimo, 75% do PL. VALOR TOTAL DA OFERTA PÚBLICA EM COTAS SENIORES

Classificação preliminar de

R$ 3.750.000,00

risco das cotas seniores: Austin Rating

CARACTERÍSTICAS DO FUNDO E DA DISTRIBUIÇÃO DE COTAS SENIORES

AA

CÓDIGO ISIN: BRRDFCCTF001 1. DENOMINAÇÃO DO FUNDO: O FUNDO é denominado FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS

Instrução

relativa ao registro do FUNDO e desta distribuição foi protocolada na CVM na data de 18/04/

Instituição

CREDITÓRIOS MULTISETORIAL REDFACTOR LP, doravante chamado “FUNDO”. A documentação

2007.

2. ADMINISTRADORA DO FUNDO: PETRA - Personal Trader CTVM Ltda. - com endereço na Rua Carneiro Lobo, 468, 10º andar, Água Verde, Curitiba – Paraná. Data de deliberação da presente 13/10/2006.

oferta pela administradora:

3. INSTITUIÇÃO RESPONSÁVEL PELA DISTRIBUIÇÃO DAS COTAS: PETRA – Personal Trader CTVM

Ltda.

4. INSTITUIÇÃO RESPONSÁVEL PELA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE ESCRITURAÇÃO DE COTAS: PETRA – Personal Trader CTVM Ltda.

409,

de

18

de

agosto

de

2004,

da

CVM,

e

alterações

posteriores.

A

aplicação,

amortização e resgate de cotas do FUNDO podem ser efetuados por meio de depósito em mesma Financeira em que o FUNDO mantiver conta corrente. Será admitida a subscrição por

um mesmo investidor de todas as cotas emitidas. Se os resgates forem efetivados em feriado

municipal ou estadual na praça da sede da Administradora, os valores correspondentes serão pagos ao(s) cotista(s) no primeiro dia útil seguinte, não havendo direito por partes do(s) cotista(s), a qualquer acréscimo. É possível o resgate antecipado das cotas seniores na hipótese de liquidação antecipada do FUNDO.

10. VALORIZAÇÃO DAS COTAS: As cotas do FUNDO, independentemente da classe ou série, serão valorizadas

todo

dia

útil,

conforme

descrito

no

Regulamento.

As

cotas

seniores

possuem

benchmark de rentabilidade de 115 % (cento e quinze por cento) dos Depósitos Interfinanceiros de

direitos

um dia – “Over Extra Grupo”, expressa na forma de percentual ao ano, base de 252 (duzentos e

6. FORMA DE CONSTITUIÇÃO: O FUNDO é constituído sob a forma de condomínio fechado, de

11. AMORTIZAÇÃO DAS COTAS: A partir do 25º (vigésimo quinto) mês contado desde o mês em que

5.

O

OBJETO:

tem

FUNDO

por

objeto

a

captação

de

creditórios nos termos de sua política de investimentos.

recursos

para

aquisição

de

modo que suas cotas somente serão resgatadas ao término do prazo de duração ou em virtude de sua

liquidação.

É

admitida

a

amortização

das

cotas

do

FUNDO,

conforme

disposto

“Regulamento” do FUNDO ou por decisão da assembléia geral de cotistas.

no

7. PRAZO DE DURAÇÃO: O FUNDO tem prazo de duração de 120 meses, contados a partir da

subscrição inicial de cotas do FUNDO, podendo ser liquidado ou prorrogado por deliberação da assembléia geral de cotistas. A 1ª série de cotas seniores tem prazo de duração de 36 meses, contados a partir da data de início das atividades do FUNDO.

8. COTAS DO FUNDO: As cotas do FUNDO poderão ser “seniores” ou “subordinadas” sendo que as cotas

seniores

poderão

ser

divididas

em

séries,

com

prazos

e

valores

de

remuneração,

amortização e resgate distintos. Todas as classes de cotas terão iguais taxas, despesas e prazos,

bem como direitos de voto, observado o disposto no Regulamento. As cotas seniores são aquelas que não se subordinam às demais ou entre si para efeito de amortização, resgate e distribuição dos resultados da carteira do FUNDO. O critério para distribuição dos resultados e a amortização para

as

cotas

subordinadas

seniores

são

da

aquelas

que

(primeira)

se

série

subordinam

às

estão

previstos

cotas

seniores

no

para

Regulamento. efeito

de

As

cotas

amortização,

resgate e distribuição dos resultados da carteira do FUNDO. Somente ocorrerá a amortização e/

ou

resgate

das

cotas

subordinadas,

após

a

amortização

e/ou

resgate

das

cotas

seniores,

ressalvada a hipótese de amortização para restabelecimento do nível de subordinação prevista no Regulamento do FUNDO. A distribuição dos resultados e a possibilidade de amortização para

as cotas subordinadas estão previstas no Regulamento. As cotas subordinadas não são objeto de

cinqüenta e dois) dias, calculada e divulgada pela Câmara de Custódia e Liquidação - CETIP.

ocorra a primeira Data de Subscrição Inicial e desde que o FUNDO tenha recursos, o valor das Cotas

Seniores da 1ª (primeira) série na Data de Subscrição Inicial será amortizado em 12 pagamentos

mensais sucessivos feitos no dia 15 (quinze) de cada mês ou no primeiro dia útil subseqüente, caso a data de pagamento da amortização caia em dia não útil na praça em que a Administradora está sediada, com base no cronograma abaixo: 25º

26º

27º

28º

29º

30º

31º

32º

33º

34º

35º

36º

mês

mês

mês

mês

mês

mês

mês

mês

mês

mês

mês

mês

1/12

1/11

1/10

1/9

1/8

1/7

1/6

1/5

1/4

1/3

1/2

1

A amortização deverá respeitar a relação entre cotas seniores e patrimônio líquido do FUNDO definida

no Anexo I do Regulamento. O presente item não constitui promessa de rendimentos, estabelecendo meramente uma previsão de amortização se os resultados da carteira do FUNDO assim permitirem.

12. POLÍTICA DE INVESTIMENTO: O FUNDO irá adquirir direitos creditórios decorrentes dos segmentos

comercial,

industrial

e

de

prestação

de

serviços,

devendo

manter,

após

90

dias

do

início

das

atividades, no mínimo 50% de seu patrimônio líquido em direitos creditórios. O FUNDO é voltado à

aplicação preponderante em direitos creditórios, sempre oriundos de vendas mercantis de bens já entregues

e/ou

serviços

prestados,

representados

por

duplicatas

ou

liquidados

por

meio

de

cheques. O FUNDO só poderá adquirir direitos creditórios cuja análise e seleção tenha sido realizada

por empresa de fomento mercantil que possua o Selo de Qualidade atribuído pela ANFAC, conforme o disposto no Regulamento. As aplicações no FUNDO não contam com a garantia da Administradora nem

distribuição pública, devendo ser subscritas e integralizadas na proporção de 75% do total de

do Fundo Garantidor de Crédito - FGC. Ao investidor é recomendada a leitura cuidadosa do Prospecto

9.

13.

cotas efetivamente colocadas. CONDIÇÕES

FUNDO:

As

DE

cotas

SUBSCRIÇÃO,

INTEGRALIZAÇÃO,

representativas

do

patrimônio

NEGOCIAÇÃO inicial

do

E

RESGATE

DAS

FUNDO

serão

FUNDO

que

COTAS

subscritas

DO e

integralizadas a partir da data de subscrição inicial determinada pela instituição Administradora. Na

subscrição

em

vigor

diferente

da

no

de

cotas

data

representativas

do

patrimônio

inicial

do

ocorrer

em

dia

de subscrição inicial, será utilizado o valor da cota da mesma classe ou série

próprio

dia

da

efetiva

disponibilidade

dos

recursos

confiados

pelo

investidor

à

instituição Administradora, em sua sede ou dependências. Caso não haja colocação de todas as

cotas no prazo de 180 dias a contar da data de início de distribuição, o saldo remanescente de cotas será cancelado. As cotas serão escriturais e mantidas em conta de depósito em nome de seus respectivos titulares.

A qualidade de condômino caracteriza-se pela abertura de conta de

depósitos em nome do cotista.

Por ocasião do ingresso do condômino no FUNDO, é indispensável

sua adesão aos termos do Regulamento. Para o cálculo do número de cotas a que tem direito o

investidor, não serão deduzidas do valor entregue à Administradora quaisquer taxas ou despesas. O valor mínimo de aplicação no FUNDO será de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais). Somente

poderão

adquirir

as

cotas

do

FUNDO

os

investidores

qualificados

conforme

definidos

pela

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 31 de julho de 2007, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Requerente: Marmindústria Ltda. Requerido: FK Mármores e Granitos Ltda. ME - Rua João Bizarro da Nave, 29 - 1ª Vara de Falências Requerente: Indústria Química Anastácio S.A. - Requerido: Max Seifel Brasil Coml. Importadora Export. de Matéria-Prima

Ind. Alimentícia Ltda. - Rua do Grito, 344 - 2ª Vara de Falências Recuperação Judicial Requerente: Memnon Edições Científicas Ltda. EPP - Requerido: Memnon Edições Científicas Ltda. EPP - Rua França Pinto, 941 - 1ª Vara de Falências

e do Regulamento do FUNDO. CLASSIFICAÇÃO

DE

RISCO:

As

cotas

preliminar de risco AA da Austin Rating.

seniores

da

(primeira)

série

obtiveram

classificação

14. MERCADO SECUNDÁRIO: As cotas do Fundo colocadas junto ao público serão registradas para

CNPJ nº 46.514.527/0001-35 - NIRE nº 35300122933 Ata das Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária, realizadas em 13 de julho de 2007 1 - Data, Hora e Local: Aos treze dias de julho de 2007, às 10:00 hs, Assembléia Geral Ordinária e em seguida Assembléia Geral Extraordinária na sede da Companhia, Rua Tabapuã nº 627, 10º andar, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo. 2 - Presença e Convocação: Convocação dispensada nos termos do Parágrafo 4º do artigo 124, da Lei nº 6404/76, em razão da presença dos acionistas representando a totalidade do capital social, conforme assinaturas dos acionistas presentes, constantes da ata desta Assembléia. 3 - Mesa: Presidida pelo Sr. Luciano Wertheim e Secretariada pelo Sr. Ely Flávio Wertheim. 4 - Ordem do Dia: a) Assembléia Geral Ordinária - leitura, discussão e votação do Relatório da Diretoria, Balanço Patrimonial e Demonstrações Financeiras, correspondentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2006; b) eleição e remuneração da diretoria e c) Outros assuntos de interesse da Companhia. Em continuação, o Presidente esclareceu que o Balanço e as Demonstrações Financeiras foram publicadas nos jornais Diário do Comércio e Diário Oficial do Estado, no dia 03 de julho de 2007, tudo em conformidade com a faculdade outorgada pelo parágrafo 4º do artigo nº 133, da Lei nº 6.404/76. 5 - Deliberações: Matérias aprovadas pela unanimidade dos acionistas presentes. Foram lidos o Relatório da Diretoria, o Balanço Patrimonial e as Demonstrações Financeiras referentes ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006, que após examinados e discutidos, foram colocados em votação e ao final aprovados por unanimidade de votos. Nesta oportunidade foram ratificados, a distribuição de lucros no valor de R$ 228.651,57 (duzentos e vinte e oito mil, seiscentos e cinqüenta e um reais e cinqüenta e sete centavos) e todos os atos praticados pela Diretoria até a presente data. Em Assembléia Geral Ordinária - foi discutida e aprovada a seguinte diretoria: Diretor Presidente - Luciano Wertheim, brasileiro, casado, engenheiro civil, portador da cédula de identidade RG nº 710.391 SSP/ SP, inscrito no CPF sob o nº 006.621.278-20, com domicílio e residência à Rua Tabapuã nº 627 - 10º andar, Bairro Itaim Bibi, nesta Capital. Diretor Vice-Presidente - Rosa Reibscheid Wertheim, brasileira, casada, empresária, portadora da cédula de identidade RG nº 1.352.935 SSP/SP, inscrita no CPF sob o nº 028.293.748-00, com domicílio e residência à Rua Tabapuã nº 627 - 10º andar, Bairro Itaim Bibi nesta Capital. Diretor sem designação - Ricardo Wertheim, brasileiro, separado judicialmente, arquiteto, portador da cédula de identidade RG nº 4.187.771 SSP/SP, inscrito no CPF sob o nº 636.928.138-72, com domicílio e residência à Rua Tabapuã nº 627 - 10º andar, Itaim Bibi nesta Capital. Diretor sem designação - Ely Flávio Wertheim, brasileiro, casado, empresário, portador da cédula de identidade RG nº 4.415.114 SSP/SP, inscrito no CPF sob o nº 040.660.188-74, com domicílio e residência à Rua Tabapuã nº 627- 10º andar, nesta Capital. Diretor sem designação - Osvaldo Wertheim, brasileiro, casado, engenheiro civil, portador da cédula de identidade nº 4.415.124 SSP/SP, inscrito no CPF sob o nº 104.202.228-39, com domicílio e residência à Rua Tabapuã nº 627 - 10º andar, nesta Capital. Ficando os diretores desde já empossados, com mandato em vigor até a Assembléia Geral Ordinária que aprovar as demonstrações do exercício a se encerrar em 31 de dezembro de 2010. Em seguida, o Sr. Presidente declarou que a Assembléia deveria votar a remuneração da Diretoria. Discutido o assunto, foi decidido que a remuneração individual a cada membro da diretoria será fixada entre três e oito salários mínimos vigentes no mês em que ocorrer o pagamento. Após aprovação unânime dos presentes e não mais havendo assunto de interesse geral para tratar na Assembléia Geral Ordinária deram-se por findas as deliberações relativas à Assembléia Geral Ordinária e foram abertos os trabalhos de competência da Assembléia Geral Extraordinária, como nada havendo a tratar e ninguém se pronunciasse deu-se por encerrada a sessão. Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a reunião da qual se lavrou esta ata que, lida e achada conforme, vai assinada pelos presentes. Esta ata é cópia fiel da original lavrada em livro próprio. São Paulo, 13 de julho de 2007. a) Luciano Wertheim, Presidente da Mesa; a) Ely Flávio Wertheim, Secretário. Acionistas: a) Luciano Wertheim; a) Ricardo Wertheim; a) Rosa Reibscheid Wertheim; a) Osvaldo Wertheim; a) Ely Flávio Wertheim. Secretaria da Fazenda. Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o nº 264.205/07-8 em 27/07/07. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

negociação secundária na Somafix – Mercado de Balcão Organizado de Renda Fixa da Bolsa de Valores de São Paulo – BOVESPA.

15. DATA DO INÍCIO DE DISTRIBUIÇÃO: 04/05/2007, data da publicação deste anúncio. 16. REGIME DE COLOCAÇÃO DAS COTAS: melhores esforços.

17. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES: Os interessados em ter maiores informações sobre o FUNDO e

a distribuição de suas cotas, ou em obter cópia do Prospecto e do Regulamento, devem se dirigir a um dos

endereços

respectivos

da

sites.

Administradora

O

prospecto

ou

à

também

Comissão

está

negociação das cotas: www.bovespafix.com.br

de

Valores

disponível

no

Mobiliários

endereço

CVM,

eletrônico

ou

do

acessar

seus

ambiente

de

A CVM não garante a veracidade das informações prestadas e, tampouco, faz julgamento sobre a qualidade do FUNDO, de sua Administradora, ou das cotas a serem distribuídas.

FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR

EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL PARA REGISTRO DE PREÇOS PREGÃO Nº 044/2007-FAMESP/HEB PROCESSO Nº 264/2007-FAMESP/HEB REGISTRO DE PREÇOS Nº 032/2007-FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 01 a 13 de agosto de 2007, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli, s/nº, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680-ramal 111-FAX (0xx14)3882-1885-ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/Hospital das Clínicas, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL - PREGÃO Nº 044/2007-FAMESP/HEB, PROCESSO Nº 264/2007-FAMESP/HEB, que tem como objetivo o REGISTRO DE PREÇOS PARA AQUISIÇÃO DE CONTROLE DE COOMBS, DIALISS, HEMÁCIAS E SOROS, PARA O HOSPITAL ESTADUAL BAURU, do tipo menor preço global por lote, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação, será realizada no dia 14 de agosto de 2007, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras do Hospital Estadual Bauru, localizado na Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, n.º 1-100, Jardim Santos Dumont, na Cidade de Bauru, no Estado de São Paulo, C.E.P. 17.033-360. Botucatu, 31 de julho de 2007. Prof. Dr. Shoiti Kobayasi - Diretor Vice Presidente - FAMESP

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quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Ciência Tr â n s i t o Pirataria Transpor te

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3

COMERCIANTES QUEREM MAIS POLICIAMENTO

Só (resolve) se começarmos uma guerra. O nosso trabalho é de formiguinha. Agente da GCM

Rua 25 de Março: invadida e sem área de escape Cerca de dois mil vendedores ambulantes ilegais tomaram conta da maior rua de comércio popular do País. Ação policial é insuficiente para contê-los. A preocupação dos comerciantes aumenta à medida que se aproxima o movimento das compras de Natal e de Ano Novo, que normalmente começa no fim deste mês. Eles reclamam um efetivo maior e fixo de policiais na região. Fotos de Luiz Prado/Luz

Rejane Tamoto

C

om veículos a, no máximo, 20 km/h, a rua 25 de Março continua intransitável pela presença de ambulantes irregulares, que disputam espaço com cerca de 400 mil consumidores que circulam pela região todos os dias. As operações conjuntas entre as polícias Militar, Civil e Guarda Civil Metropolitana (GCM) não ocorrem na região há pelo menos 15 dias e o trabalho de rotina dos guardas municipais e policiais militares não consegue conter os cerca de 2 mil ambulantes que já ocupam a rua. Para o comércio, a preocupação aumenta à medida que se aproxima o movimento de final de ano, que normalmente começa no fim desse mês. Segundo o presidente da União dos Lojistas da 25 de Março e Adjacências (Univinco), Miguel Giorgi Júnior, é necessário um efetivo maior e fixo de policiais na região. "Enviamos um ofício solicitando o reforço da fiscalização e da segurança, principalmente, no trecho entre os números 460 e 1.200 da rua 25 de Março. São oito travessas dominadas pelos ambulantes irregulares", disse. Segundo Giorgi, a segurança na região precisa ser reforçada, principalmente pela chegada do movimento de Natal. Nos últimos quatro meses do ano, o movimento de clientes na 25 de Março pode passar de 700 mil pessoas/dia. A disputa pelo espaço de caminhar, gerada pelo volume de ambulantes irregulares, reflete no trânsito e atrapalha os motoristas. Umtaxista,quenão quis se identificar, disse que a velocidade máxima com que consegue trafegar na via é de 20 km/h. "Os camelôs ocupam as vias com os produtos e só retiram quando o rapa passa. Depois das blitzes que aconteceram aqui, alguns mudaram de ponto. Mas não adiantou, porque chegaram outros ambulantes", disse. Na tarde de ontem, o trabalho de rotina que envolveu tanto a GCM quanto a PM provocou um corre-corre de siris (ambulantes que, ao verem os fiscais, retiram as mercadorias de uma banca ou lona, guardam-nas em sacolas e circulam para não ter os produtos apre-

Aproximação das vendas de fim de ano aumenta preocupação dos comerciantes da 25 de Março com a invasão dos camelôs ilegais

endidos). Em diferentes pontos da rua 25 de Março também havia policiais militares, seis deles a cavalo. Por volta das 17h30, um grupo de GCMs e fiscais da Prefeitura haviam apreendido 30 sacos de mercadorias de ambulantes ilegais. O inspetor que coordenou o trabalho, que se identificou como Dias, disse que a situação está fora de controle. "Só (resolve) se começarmos uma guerra. O nosso trabalho de apreensão e de fiscalização é de formiguinha. A raiz desse problema está em quem fornece as mercadorias de procedência duvidosa, está nas fronteiras", disse. A estimativa do inspetor é de que existam na região cerca de 2 mil ambulantes irregulares. "Além de mercadorias procedentes de desvio de carga, contrabandeadas ou pirateadas, o que dificulta o trabalho é que muitos ambulantes compram produtos nas próprias lojas da 25 de Março, para revender", disse Dias. Para o supervisor da loja de pedrarias Palácio das Plumas, Leomar Francisco Marchioro, o número de camelôs aumentou muito. "A região esteve ótima até o papa Bento 16 ir embora. Havia mais guardas e policiais. Agora, eles só passam por aqui uma vez pela manhã e uma vez à tarde. Mas, é só virar as costas, que os ambulantes ocupam as vias novamente",

disse. As lonas e barraquinhas que ocupam as ruas atrapalham a circulação dos clientes da loja e chegam a obstruir a entrada do estabelecimento. "No último sábado, tive de pedir para sair da loja", afirmou.

Marchioro defende a organização dos ambulantes, já que muitos deles, para confeccionar bijuterias e vendê-las na rua, compram peças em seu estabelecimento. "Alguns até indicam minha loja, que é ataca-

dista e varejista, aos clientes. Não sou contra os camelôs, mas gostaria que fossem organizados, que não ocupassem a rua", disse. O supervisor estima que a venda aos ambulantes responda por 30% de seu

movimento. Para Giorgi, da Univinco, isso é absolutamente normal. "O comércio de atacado e varejo é aberto. Absurdo seria um comerciante colocar alguém com barraca na rua", disse.


quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Nacional Finanças Tr i b u t o s Estilo

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3 (O convênio) É mais um passo importante para prolongar a vida dessas empresas. Manassés Claudino Fonteles, Universidade Mackenzie

NOVO PRAZO TERMINA EM 15 DE AGOSTO

DIRIGENTES DE ENTIDADES EMPRESARIAIS DEFENDEM PRORROGAÇÃO ATÉ JANEIRO DE 2008 PARA ADESÃO AO REGIME

SUPERSIMPLES: PRAZO INSUFICIENTE Fotos: Andrei Bonamin/Luz

Milton Mansilha/Luz

Sílvia Pimentel*

A

Guilherme Afif Domingos, secretário estadual do Emprego e Trabalho (esq.): reforma trabalhista.

Pequenas empresas terão juizado especial Renato Carbonari Ibelli

A

Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e a Universidade Mackenzie firmaram um convênio para a criação de um juizado especial para micros e pequenas empresas. O juizado dará encaminhamento a pendências judiciais no valor de até 40 salários mínimos e fará o serviço gratuitamente. Uma comissão será montada com representantes das duas entidades envolvidas no processo para encaminhar ao Judiciário o pedido para criação do juizado, que deve começar a funcionar até o final deste ano. O desembargador Roberto Mac Cracken, professor da Faculdade de Direito do Mackenzie, disse, durante a assinatura do convênio, que o juizado dará ênfase à conciliação das partes envolvidas. Nessa fase, estarão envolvidos os alunos de Direito do Mackenzie, que serão responsáveis pelos primeiros passos do andamento legal do processo. Se a pendência subir de instância, advogados da universidade poderão assumir o caso, para que não haja despesas para os micros e pequenos empresários. O secretário do Emprego e Relações do Trabalho do Estado de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, lembrou que a medida vai desburocratizar o acesso dos pequenos à Justiça, além de ser um passo importante para a reforma trabalhista. "O tratamento diferenciado para as micros e pequenas empresas é o primeiro passo para se chegar à reforma trabalhista, visto que a informalidade é

decisão da Receita Federal de prorrogar do dia 31 de julho para 15 de agosto o prazo para as micros e pequenas aderirem ao Simples Nacional, conhecido como Supersimples, foi bem recebida por dirigentes de entidades empresariais e do setor contábil, embora defendessem a ampliação para até o início de janeiro de 2008. "Foi uma medida positiva, que vai beneficiar alguns contribuintes, mas insuficiente. O prazo poderia ser maior, pelo menos até que fosse votado o projeto de lei que tramita no Senado Federal aperfeiçoando alguns pontos da legislação", disse o diretor do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Marcel Solimeo. Em ofício encaminhado à Receita Federal na última quinta-feira, a ACSP pedia a ampliação do prazo para o dia 31 de dezembro deste ano. Devido a numerosas dúvidas de seus associados, o Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis no Estado de São Paulo (Sescon-SP) também havia solicitado ao fisco a prorrogação para janeiro. "Não foi o que desejávamos, mas as empresas vão ganhar um pouco de oxigênio", avaliou o presidente do sindicato, José Maria Chapina Alcazar. Além de maior tempo para optarem pelo novo regime tributário, Chapina destaca que a resolução nº 16 do Comitê Gestor de

Solimeo: até dia 31 de dezembro. Rafael Hupsel/Luz

Chapina: mais fácil para cancelar

Tributação também ampliou o prazo para o cancelamento da opção. "Muitas empresas confirmaram pedido para ingressar no sistema de forma precipitada. Agora, terão mais tempo para avaliar as vantagens de ingressar ou não no Supersimples", explicou. Para o consultor de políticas públicas do Serviço Brasileiro

de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), André Spinola, a prorrogação é positiva, embora a maioria dos contribuintes interessados no novo regime tributário já tenha confirmado o pedido de ingresso. "O Supersimples já tem 2,8 milhões de empresas inscritas, que migraram automaticamente ou fizeram a opção depois." No Simples anterior, havia 2,6 milhões de empresas participantes. Adesão – O secretário-executivo do Comitê Gestor do Simples Nacional na Receita Federal, Silas Santiago, informou que 2,799 milhões de empresas fizeram a opção pelo Simples Nacional. O volume de adesão, segundo ele, está acima do esperado, que era de 1,9 milhão de empresas. Do total registrado, 1,337 milhão migraram automaticamente do antigo Simples Federal para o atual sistema. O Simples Nacional é um regime especial unificado de arrecadação de tributos e contribuições, utilizado pelas microempresas e empresas de peq u e n o p o r t e . O u t ro 1 , 4 6 2 milhão de empresários solicitaram a adesão ao novo sistema, mas apenas 429 mil já tiveram o pedido aceito. Os demais processos de adesão ainda estão sob análise da Receita Federal. Santiago informou que um milhão de empresas ainda apresentaram pendências fiscais e 16.651 são empresas novas constituídas a partir de 1º de julho. Os pedidos de adesão ao Simples começaram no dia 2 de julho e terminam no dia 15 de agosto. (*Com AE)

Alfredo Cotait Neto: entrosamento entre universidade e empresa

grande nesse segmento. A criação de um juizado que resolva os problemas dos pequenos é mais um avanço no sentido de mudar o tratamento dessas empresas", disse Afif. É previsto que no juizado funcione um posto da Junta Comercial de São Paulo (Jucesp), onde os passos para abertura de empresas serão realizados. Os computadores e o aluguel do prédio onde funcionará o juizado serão mantidos pela ACSP. "As micros e pequenas empresas subsistem com dificuldade. Elas precisam do apoio de entidades fortes lutando por elas, como é o caso da Associação Comercial e da Universidade Mackenzie. A parceria dessas entidades é mais um passo importante para prolongar a vida dessas empresas", disse Manassés Claudino Fonteles, reitor da Universidade Mackenzie. Pendências no valor de até 40 salários mínimos, como as que terão encaminhamento dado pelo juizado, geralmente são resultados de cheques sem fundo de clientes, prejuízos com mercadorias que deixa-

ram de ser entregues ou contratos não cumpridos entre empresas. Grande parte desses problemas, por envolverem valores relativamente baixos, deixa de ser questionada judicialmente pelo empresário, que prefere não enfrentar a morosidade e o alto custo da Justiça. Segundo o diretor do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da ACSP, Marcel Solimeo, o juizado que atenderá os empresários vai tornar mais rápido e baratear esse trâmite jurídico. "O pequeno empresário não dispõe de recursos técnicos e financeiros para encarar a Justiça brasileira, que é demorada e cara. O juizado também ajuda a desafogar a Justiça comum," Já o secretário municipal de Relações Internacionais, Alfredo Cotait Neto, lembrou a importância da aproximação dos alunos de Direito do Mackenzie com a realidade das micros e pequenas empresas. "O entrosamento entre universidade e empresa é o caminho mais acertado para que a sociedade brasileira se desenvolva de maneira profissional."

Fiscais agropecuários buscam apoio

C

om a retomada dos trabalhos no Congresso Nacional, a partir de hoje, os fiscais federais agropecuários tentarão conseguir o apoio de parlamentares da bancada ruralista para as reivindicações da categoria. Os fiscais querem, entre outros pontos, reajuste médio de 45% sobre os vencimentos básicos. Como forma de pressionar o governo, eles fazem uma paralisação programada para durar até sexta-feira. A Associação Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa) informou que a categoria pode entrar em greve por tempo indeterminado. Os fiscais tentarão se reunir com deputados da Comissão da Agricultura e Reforma Agrária da Câmara e com senadores da bancada ruralista. Pelo menos um deputado, Odacir Zonta (PP-SC), informou que vai se reunir com os fiscais. O horário do encontro não foi definido. As informações são de Paulo César Comiran, representante da Anffa no Rio Grande do Sul.

Apesar do aparente "desinteresse" pela greve, o governo continua atento à situação. O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, afirmou ontem estar "preocupado"

com a greve dos fiscais devido aos possíveis impactos financeiros da paralisação. A categoria é responsável pela fiscalização das cargas agrícolas que transitam pelo País. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Claudia Daut/Reuters

Ó RBITA

FORÇA DE PAZ

Internacional

Conselho de Segurança da ONU aprovou o envio O de uma força de paz com 26 mil soldados a Darfur, no Sudão, para colocar um fim a quatro anos de combates e massacres que deixaram mais de 200 mil mortos. O conflito estourou em 2003, quando a população local, africana, pegou em armas contra o governo do Sudão, controlado por sudaneses árabes, que mandou milícias árabes à região. (AE)

BASTIDORES secretária de Estado dos A EUA, Condoleezza Rice, e o secretário de Defesa,

Robert Gates, uniram forças no Oriente Médio a fim de convencer aliados árabes a envolverem-se mais profundamente nos esforços para estabilizar o Iraque, contrabalançar a ascensão do Irã e ajudar no combate a terroristas da Al-Qaeda e do Hezbollah. O Irã acusou os EUA de tentar desestabilizar a região. (Reuters)

Mesmo sem mudanças, Raúl agrada cubanos

A Cuba de Raúl sinaliza reformas

Reuters

Um ano após assumir o poder na ilha, interino Raúl Castro fala em aumentar a produção e em novos investimentos estrangeiros

Raúl, ao lado do irmão Fidel, afastado do poder cubano há um ano

país. Até agora, uma das poucas reformas legais da iniciativa privada permitiu a criação de um mercado de agricultores, cuja produção vem de fazendas cooperativas próximas. Quando os pequenos e mp re en di me nt os alcançam a cota destinada ao Estado, vendem o restante do cultivo no mercado. Além disso, alguns fazendeiros já são donos de suas próprias terras. Os salários médios em Cuba são de apenas US$ 14, portanto muitos cubanos encaram com alívio o fato de Raúl estar se preocupando com questões econômicas. Até os dissidentes receberam bem o discurso de Raúl, ex-ministro da Defesa. "O discurso cria expectativa

e esperança, mas temos de ter cuidado. Há gente linha-dura colocando empecilhos no caminho das reformas", observou o economista dissidente Oscar Espinosa Chepe. Um ano sem Fidel Fidel, que faz 81 anos no mês que vem, não aparece em público desde que se afastou do cargo. Escreveu uma série de artigos no jornal nos últimos meses, mas não deu sinais de pretender voltar ao poder, enquanto a autoridade de Raúl parece crescer dia após dia. E exatamente um ano depois do afastamento de Fidel, o jornal do Partido Comunista, o Granma, trouxe uma foto de Raúl Castro na primeira página. O artigo de Fidel Castro, sobre os Jogos Pan-Americanos do Rio, foi relegado à editoria de esportes. (Agências)

Andrew Paton/Reuters

Dia histórico na Irlanda do Norte

AMEAÇA oras depois de forças de H segurança do Paquistão terem confirmado a morte de

15 radicais islâmicos no norte do país, um líder da Al-Qaeda conclamou os paquistaneses a deporem o presidente Pervez Musharraf, a quem acusou de ajudar Washington a matar muçulmanos no Afeganistão. Musharraf vem sendo pressionado pelos EUA a reforçar o combate aos insurgentes na fronteira com o Afeganistão. (Agências) Jo Yong-Hak/Reuters

que quer incentivar os investimentos estrangeiros e que são necessárias mudanças estruturais para produzir mais alimentos e reduz i r a d e p e ndência do país em relação às importações. São mudanças bem ao estilo chinês, com a abertura parcial da economia controlada pelo governo comunista. "Para ter mais, temos que começar a produzir mais. E para alcançar estes objetivos, precisamos de mudanças estruturais e conceituais", afirmou. Um economista que trabalha para o governo disse em anonimato que reformas profundas na agricultura estão sendo elaboradas, e que existem estudos para mudar as leis que regulam a propriedade no

Reuters

U

m ano depois de ter assumido interinamente o posto de presidente de Cuba, no lugar do convalescente irmão Fidel, Raúl Castro já alimenta as esperanças de que haja reformas na ilha, que amenizem as dificuldades econômicas e a escassez de comida. Nos primeiros meses, a principal preocupação de Raúl Castro foi preservar a estabilidade política, o que, até agora, não levou melhoria alguma aos nativos da ilha. Mas, recentemente, Raúl tem dado sinais de que está voltado a questões do dia-a-dia dos cubanos. Ele admitiu na semana passada, em seu primeiro discurso celebrando o Dia da Revolução, que os salários estatais são inadequados e que a agricultura é ineficiente. Disse também

Após 38 anos de ocupação, exército britânico deixa Belfast m um dia histórico, o exército britânico deixou ontem de participar, como fazia há 38 anos, das ações de polícia na Irlanda do Norte, colocando fim à sua mais duradoura operação militar. Os soldados britânicos chegaram à Irlanda do Norte em 1969 a fim de reprimir os conflitos surgidos entre uma

E

Irlandesas em frente a memorial da Armagh, braço armado do IRA

população majoritariamente protestante — que deseja manter a Irlanda do Norte sob o domínio da GrãBretanha — e os católicos. Cerca de 3.600 morreram em três décadas. A violência, no entanto, desapareceu quase por completo em 1997, quando o Exército Republicano Irlandês (IRA) declarou cessar-fogo. Em

maio de 2007, católicos e protestantes refundaram um governo de coalizão. O passado de conflitos, porém, não se apagou. Muitas das casas localizadas perto da República da Irlanda exibem a bandeira tricolor desse país e monumentos honram a Brigada Armagh do Sul, uma das unidades mais violentas do IRA. (Reuters)

PRECE A BUSH – Sul-coreana pede ajuda aos EUA para negociar a libertação dos conterrâneos seqüestrados pela milícia Talebã no Afeganistão


4

Estilo Empresas Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Telefônica encerrou a migração de 8,8 milhões de linhas fixas para cobrança por minuto

TV POR ASSINATURA TEM MAIS CLIENTES

APARELHOS ELÉTRICOS PARA O INVERNO ESTÃO ESGOTADOS EM DIVERSAS LOJAS E SITES DE COMPRAS

ESQUENTA PROCURA POR AQUECEDOR Kenji Honda/AE

Vanessa Rosal

O

s termômetros desceram muito no último final de semana e a sensação térmica de zero grau, que castigou o paulistano, fez o consumidor sair à procura de aquecedores elétricos. De acordo com lojistas do setor, a venda desses produtos aumentou até 76% em relação aos meses frios do ano passado e em alguns casos, como nas Lojas Cem, eles se esgotaram em apenas quatro dias. É o que afirma o superintendente geral da rede, Valdemir Colleone. "Colocamos 2 mil itens à disposição do cliente neste inverno e vendemos tudo nos últimos dias. Foi uma loucura", disse, informando que a empresa não venderá mais os produtos até o ano que vem. "Não adianta comprar mais, daqui a pouco vem o calor. Brasileiro só compra aquecedor quando esfria, e só compra ventilador quando esquenta. Não tem jeito." Na LG, o frio também movimentou as vendas. A empresa não fabrica aquecedores elétricos, mas tem condicionadores de ar com a opção "quente". Segundo o gerente geral de linha branca, Ivo Lutfi, o produto oferece vantagens como economia e segurança. "Os paulistanos estão se habituando com o aparelho, que é mais sofisticado e não resseca o ambiente". Só no último final de semana,

Ninguém compra antes do frio

as vendas desses produtos aumentaram 80% em relação ao final de semana anterior. Além dos aquecedores e condicionadores de ar para ambientes fechados, há modelos para lugares abertos, como restaurantes, bares e pizzarias. Segundo o gerente administrativo da General Heater, distribuidora de produtos fabri-

cados em Taiwan, Jorge Masuda, as vendas dos artigos aumentaram 50% em relação ao inverno do ano passado. Os supermercados também estão lucrando com o frio. O Wal-Mart, por exemplo, oferece cinco tipos de aquecedores elétricos, com preços que variam de R$ 48 a R$ 188. Entre abril e julho, as vendas cresceram 76% se comparadas aos mesmos meses do ano passado. Só na última semana, a procura pelos produtos foi 1000% maior que em igual período de 2006. Já no Extra Hipermercados e no Extra Eletro, unidade da empresa especializada em eletrodomésticos, no último final de semana, com recorde de baixa temperatura, as vendas de aquecedores triplicaram em relação à semana passada. Com tanto frio, muitos preferiram comprar pela internet. O site da Magazine Luiza, por exemplo, mostra que seis tipos de aquecedores do catálogo estão esgotados desde ontem.

contratados. Mais vendas foram Em São José dos a Coopertêxtil, de cobertores Campos, antiga Tecelagem

A

lém de atrair mais turistas para a Serra da Mantiqueira, o frio aumenta o movimento nas lojas que fabricam roupas de lã em Campos do Jordão. Em algumas fábricas, temporários

Parahyba, elevou a produção de julho de 1,7 mil peças por dia para 2 mil. De acordo com o diretor industrial da cooperativa, Pedro Carlos Chagas, quando esfria as grandes lojas triplicam os pedidos. (AE)

TV paga teve faturamento 19% maior Fernanda Pressinott

O

setor de TV por assinatura faturou R$ 1,6 bilhão no segundo semestre deste ano, um aumento de 19% na comparação com o mesmo período de 2006 e de 5% em relação ao trimestre anterior. O número foi divulgado ontem pela Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA) e pelo Sindicato das Empresas de TV por Assinatura (Seta). Para o ano, as entidades projetam um faturamento de R$ 6 bilhões, ante os R$ 5,5 bilhões de 2006. A base de assinantes chegou a 4,9 milhões de residências, um crescimento de 12% em relação aos meses de abril, maio e junho do ano passado. Isso significa que cerca de 20 milhões de pessoas assistem a canais pagos no País. Boa parte desse crescimento deve-se ao interesse dos usuários pela internet banda larga. O número de usuários desse meio de acesso pela rede das TVs cresceu 55% no segundo semestre de 2007 em relação ao mesmo período de 2006, somando 1,4 milhão de pessoas. O diretor-executivo da ABTA, Alexandre Annenberg, lembra, porém, que a alta taxa de crescimento deve-se ao fato de

o mercado ainda ser pequeno. "Qualquer crescimento em cima de uma base pequena é muito representativo", diz. Publicidade – O faturamento com publicidade foi de R$ 195,7 milhões de janeiro a maio, o que representa um crescimento de 8,3% sobre os cinco primeiros meses do ano passado, quando o setor faturou R$ 180,6 milhões com comerciais. Os dados são do relatório Inter-Meios, coordenado pela revista Meio&Mensagem, e o período de coleta não é trimestral, como no caso dos dados de faturamento. De acordo com o relatório, houve retração na receita de publicidade de todos os meios de comunicação no período. "O ano passado teve Copa do Mundo, o que estimula muito a publicidade; por isso os números não são animadores agora", diz o diretor-executivo da ABTA. Segundo Annenberg, a maior fonte de receitas das operadoras continua sen-

do a mensalidade de programação (veja gráfico). Sobre a entrada de novos participantes no mercado, como as operadoras de telecomunicações, as entidades informaram que não foram feitas projeções para verificar as mudanças no setor de TV por assinatura. O assunto, porém, será um dos mais discutidos na ABTA 2007 – Feira e Congresso de TV por Assinatura, que começa no dia 7. Além dele, a concorrência com as operadoras no segmento de internet por alta velocidade e a TV digital serão temas debatidos.

SERVIÇO ABTA 2007 – Feira e Congresso de TV por Assinatura, promovido pela Converge Eventos. De 7 a 9 de agosto, no ITM Expo – Rua Engenheiro Roberto Zuccolo, 555 – Vila Leopoldina. São Paulo.

Karen Bleier/AFP Photo

US$ 5 bilhões pela Dow Jones

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conselho de diretores do grupo de mídia News Corp. aprovou o acordo para comprar a Dow Jones por US$ 5 bilhões. A diretoria se reuniu para considerar a oferta de US$ 60 por ação da Dow Jones, que publica o diário Wall Street Journal. A votação ocorreu após membros da família Bancroft, detentores de pelo menos 38% das ações com direito a voto da Dow Jones, terem

A Dow Jones publica o Wall Street Journal

concordado em apoiar o negócio. Alguns membros da família disseram se opor à proposta de Murdoch por acreditar que ele iria interferir

nas operações jornalísticas da Dow Jones, enquanto outros buscavam um ágio maior do que o oferecido pela News Corp. (Reuters)

Ó RBITA J&J Empresa anunciou ontem que planeja eliminar até 4,8 mil postos de trabalho no mundo.

A TÉ LOGO Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

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Vale: lucro recorde de R$ 5 bi no segundo trimestre

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Fusões e aquisições crescem 35% até julho

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Febraban prevê mais expansão de

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crédito em 2007 Ações da Vale tiram da Petrobras liderança em ranking na AL


quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Finanças Estilo Empresas Nacional

DIÁRIO DO COMÉRCIO

5 Celular da Levi's estará em breve no mercado, ao lado das novidades em vestuário e calçados.

CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA NA MODA

Divulgação

LEVI'S ATRÁS DO CONSUMIDOR "TECNO" Calças com bolso para iPod e uma nova grife de celular são novidades da confecção para o mercado jovem Paulo Pampolin/Hype

Neide Martingo

Corrente para prender o aparelho é detalhe da confecção Paulo Pampolin/Hype

Tecido ecológico chega às lojas do Bom Retiro, um sinal para o setor.

Confecções aderem ao algodão orgânico dica o ambiente e respeita o bem-estar dos trabalhadores. Com isso, o tecido tem preço erço de onde sai a moda mais alto. "A Coagel paga em para as vitrines de todo média R$ 20 por arroba (cerca o País, o bairro do Bom de 15 quilos) do algodão orgâRetiro, em São Paulo, também nico, o que representa 30% abriga lojas que estão na van- mais sobre a arroba de algoguarda da consciência ecológi- dão comum (R$ 15)." Bambu – Mais cara também, ca. Na metade de julho, a Guelt lançou, dentro de sua coleção mas não menos confortável, é a primavera-verão 2007-2008, viscose de bambu, malha feita uma linha de blusas femininas a partir da fibra do vegetal, que produzida com algodão orgâ- custa em média 15% mais do nico, aquele que não recebe que a viscose comum. Como agrotóxicos na plantação. Se- no caso do algodão orgânico, o gundo a Câmara de Dirigentes preço não assusta os comprados Lojistas do Bom Retiro dores, que cada vez mais que(CDL), por enquanto a Guelt é rem sua marca atrelada à consa única do bairro a oferecer es- ciência ecológica. A estilista da se tipo de confecção. Mas se de- Uma, Raquel Davidowicz, por pender da boa aceitação do exemplo, desde a coleção veconsumidor, não deve demo- rão 2006 utiliza a viscose de rar para que outras sigam o bambu em suas criações. "A Uma sempre se preocumesmo caminho. A inspiração para a produ- pou com a preservação amção veio de fora. "Quando co- biental. Por isso, buscamos meçamos a exportar, uma de utilizar tecidos naturais", diz Raquel. Sen o s s a s Divulgação gundo ela, clientes o primeiro p erg un to u contato sobre o uso com a made algodão t é r i a - p r iorgânico, ma veio que é uma com a anátendência lise de tecimuito forte dos que a n o e x t eMe ne go tt i, rior", diz t e c e la g e m F á b i o do Sul do Shoel, proPaís, forneprietário da ceu para a marca. m a rc a . " A No Brasil, e x p e r i ê ntanto a prod u ç ã o c o- Produtor Osmar Pomini exporta algodão cia foi ótima, o tecimo o uso de algodão orgânico ainda são do tem boa aceitação e bom pequenos, ao contrário do que caimento", garante Raquel. A Góoc é outra que aderiu ao ocorre na Europa. Não por acaso, França e Holanda são o bambu. Já utilizando pneus redestino dos fios produzidos ciclados em sua linha de calçapela Coagel, cooperativa de dos, lançou uma coleção de caprodutores do Paraná, que be- misas com malha composta por neficia o algodão orgânico lo- 50% de fibras de bambu e 50% cal. A cooperativa vende para de fios de algodão orgânico. Sea marca francesa "Tudo Bom?" gundo Paula Kim, coordenadotoda a sua produção, entre 40 e ra do setor de confecção da Gó50 toneladas de fio por ano, oc, foram gastos dois meses de uma parte pequena das 300 to- pesquisas até se encontrar o forneladas de fio comum produ- necedor da matéria-prima, que fica em Santa Catarina. zidas por mês. A malharia paulista Marles Segundo o presidente da Coagel, Osmar Pomini, todo o foi uma das primeiras a desenprocesso, da plantação até o volver tecido com fibra de beneficiamento, é vistoriado bambu. Patenteou a linha por uma organização não go- Bamboo, que se tornou marca e vernamental (ong) ligada aos recebeu a certificação Oekocompradores europeus, que Tex Standard 100, um dos prinatestam que o produto não cipais selos ecológicos do utiliza agrotóxico ou defensi- mundo. Por enquanto, a mavo agrícola. A matéria-prima lharia importa os fios da Chisai também com certificação na, pois o Brasil não possui de que a produção não preju- produção suficiente.

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Patricia Büll

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ecnologia e respeito ao ambiente. Priorizando esses temas, a Levi's começou a diversificação de produtos para reforçar a marca institucional e atender cada vez melhor o público-alvo – os jovens, principalmente. A empresa já lançou jeans orgânicos e calças especiais para quem tem iPod e se prepara para colocar no mercado o telefone celular exclusivo da grife. Tênis "urbanos" também estão entre as próximas novidades. A calça para o usuário do iPod tem como principal vantagem a segurança, já que o fio branco do aparelho, que chama a atenção, fica totalmente oculto. "Os controles do equipamento da Apple ficam na própria calça. O headset, um fone que vem com microfone, é retrátil e personalizado", afirma o gerente de marketing da Levi's, Maurício Busin. Ele diz que o volume de vendas previsto para o produto não é grande. "O item é voltado para um consumidor diferenciado. A calça custa, em média, R$ 1,2 mil", afirma. O jeans orgânico é um lançamento recente da Levi's. Ele entrou no mercado da Europa e dos Estados Unidos no final de 2006 e começou a ser vendi-

Maurício Busin, do marketing da Levi's: celular para usar na balada

do no Brasil neste inverno. "O algodão, que vem da Turquia, não teve contato com agrotóxicos. As máquinas utilizadas não trabalharam com nenhum outro tipo de matéria-prima." Até os botões das calças entraram no clima de proximidade com a natureza: a partir de 2008 as peças ecológicas serão vendidas com botões de fibra de coco. "A linha ecológica de inverno inclui duas calças e duas jaquetas; a de verão, duas bermudas, duas calças e duas camisetas. O preço é 20% mais alto porque o processo de fabricação é mais trabalhoso e oneroso", afirma Busin. Os calçados são mais uma investida da Levi's. A empresa vai lançar em setembro dez modelos com visual urbano. "São sapatos masculinos e femininos e chinelos que vão custar entre R$ 100 e R$ 200. Os

consumidores que compram itens da marca têm que ser atendidos de forma completa. Se eles procurarem calçados, vão achar", diz o gerente. Os produtos, feitos em parceria com a empresa Fícus, terão estilo vulcanizado, feitos com couro ou lona. Celular da balada - O aparelho celular da Levi's (The Original) será lançado em setembro na Europa e deve chegar ao Brasil em novembro. O preço ficará entre R$ 1,3 mil e R$ 1,5 mil. Só a operadora ainda não foi escolhida. "As negociações com as empresas continuam, mas todas exigem exclusividade. O melhor é lançar o celular antes do Natal, para que o item seja lembrado como presente", afirma Busin. O produto foi desenvolvido, segundo ele, em parceria com a ModLabs, empresa francesa

especializada em desenvolvimento de itens customizados. "O celular terá os ícones da Levis's, conhecidos pelos consumidores. O aparelho reunirá vários recursos tecnológicos, como câmera fotográfica e tocador de MP3. Será um complemento de moda – virá com uma corrente para que o usuário possa prender o aparelho na roupa. A versão feminina terá visor espelhado, para que as moças possam passar batom", diz Busin. "Muita gente tem dois celulares, um para o dia-a-dia, outro para o final de semana. O aparelho da Levi's será o da balada." Outra forma de a empresa chegar ao consumidor é pela internet. O executivo diz que ainda não pode dar detalhes da promoção, mas adianta que a grife vai lançar um concurso no mês que vem para chamar a atenção dos que gostam de arte e música. "O objetivo é estimular a interação com o consumidor da Levi's – chegar aonde esse cliente está, inclusive na internet." A Levi's possui 74 lojas próprias no País. Os produtos estão à venda em 600 multimarcas. O gerente de marketing não fala em números, mas afirma que há expectativa de que a alta no faturamento da empresa, neste ano, seja de dois dígitos. "Os vários lançamentos vão garantir o resultado."


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OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

LENTE DE

AUMENTO

ESPERANDO DIAS MELHORES JOÃO DE SCANTIMBURGO

O

K assab: armado para enfrentar o PSDB

Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)

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PIORA TUDO Céllus

ser candidato à reeleição, mas rejeita a idéia de concorrer contra um candidato tucano. Colar em Serra ao invés de fomentar rusgas no ninho tucano é sua melhor estratégia. Suas chances de ser reeleito dependem de uma aliança com o PSDB. Principalmente agora que a crise aérea reduziu as chances de Marta Suplicy de retornar à Prefeitura em 2008. Foi fatal sua recomendação (“Relaxa e goza”) aos usuários do transporte aéreo. Sem Marta Suplicy, o PT não dispõe hoje de candidato forte. Para Kassab, o pior cenário será uma decisão do PSDB de não abrir mão de uma candidatura própria. Para o presidente do partido, senador Tasso Jereissati (CE), será difícil que o “PSDB não G Kassab lance candidato”. A direção local pensa da mesma forma. será beneficiado O presidente municipal do caso se viabilize PSDB, vereador Tião Farias, um acordo argumenta que os tucanos entre Serra sempre tiveram candidato próprio em São Paulo. “E o e Alckmin meu papel é zelar por essa tradição”, concluiu. Kassab será beneficiado política do DEM em rádio e caso se viabilize um acordo televisão em São Paulo. entre Serra e Alckmin pelo Previsivelmente, qual este último apoiaria a aumentou também a candidatura presidencial do animosidade entre os primeiro em troca de apoio partidários do governador na eleição para governador José Serra e do exde São Paulo em 2010. governador Geraldo Até lá, para exorcizar o Alckmin. A questão não é ostracismo político, Alckmin apenas local. O pano de fundo da disputa é a seleção assumiria a direção do PSDB com o apoio de Serra. Sem do candidato do PSDB para Alckmin na disputa, a sucessão presidencial em aumentariam sensivelmente 2010. Serra, que apóia a as chances do PSDB apoiar reeleição de Kassab, quer fazer da aliança PSDB-DEM Kassab. Se tudo falhar, Kassab em São Paulo a base para estará frente a uma espinhosa sua candidatura a decisão. Ou enfrenta o PSDB presidente em 2010. e o PT nas urnas, como quer Alckmin, que teme ver seu espaço político em São Paulo Rodrigo Maia, ou retira a candidatura para se ser ocupado pelos tornar secretário de serristas, aposta na Estado de José Serra eleição para prefeito e esperar por dias para o retorno ao melhores. palco político. A TRECHOS DO disputa pode levá-lo COMENTÁRIO POLÍTICO DA a aliar-se com o MCM CONSULTORES governador Aécio WWW. Neves. MCM Kassab é CONSULTORES. cauteloso. COM.BR Admite vir a debate sobre a eleição para a Prefeitura de São Paulo em 2008 esquentou com a pesquisa do Datafolha de duas semanas atrás. Não é para menos. A avaliação positiva do prefeito Gilberto Kassab dobrou em quatro meses. Em março, 15% dos entrevistados julgava sua administração “ótima ou boa”; no final de julho, o percentual saltou para 30%, ao passo que a avaliação “ruim ou péssimo” caiu de 42% para 35%. Não surpreende que a melhora na avaliação de Kassab deixasse os Democratas animados. No mês passado, Kassab foi o principal personagem do programa de propaganda

O câmbio em seu labirinto T ROBERTO FENDT

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omo este governo só reage depois de grandes tragédias, é salutar que alguém se preocupe em identificar possíveis saídas para minorar os efeitos da valorização cambial que já vai para mais de quatro anos. Esse é o sentido das sugestões que surgiram na semana passada em favor de eliminar-se a isenção do recolhimento do Imposto de Renda incidente sobre os rendimentos das aplicações financeiras de estrangeiros que investem em títulos do Tesouro Nacional. Recapitulemos as possíveis causas do problema cambial. Alguns situam o cerne do problema em fatores externos. Os mais radiais atribuem-no totalmente à desvalorização do dólar. À medida que o dólar persiste em desvalorizar, valorizamse todas as demais moedas cujas taxas de câmbio estão atreladas ao dólar. De fato, a maioria das moedas valorizou-se com relação ao dólar nos últimos dois anos. O problema é que o real valorizou-se percentualmente mais que a maioria das outras moedas. Portanto, alguma coisa especial deve estar acontecendo com o nosso País a determinar uma valorização maior, no caso do real. Alguns julgam que ocorreu uma mudança estrutural na qualidade da política econômica ou, pelo menos, na política monetária. Essa mudança estaria agora consolidada e a percepção geral é que a mudança veio para ficar. Daí a queda no Risco-país e a valorização do real. Outros apontam que essa "coisa especial" é o resultado da balança comercial brasileira, muito mais expressivo que os resultados das balanças comerciais dos outros países emergentes. Também não deixa de ter certa razão esse argumento. O Brasil, como o segundo maior exportador de produtos agrícolas, está se beneficiando mais que outros países do aumento generalizado das commodities agrícolas. Com isso, e com um saldo comercial que supera 40 bilhões de dólares, seria de se esperar que a pressão sobre o mercado de câmbio brasileiro valorizasse nossa moeda. E para conter essa pressão, a que muitos atribuem os problemas cambiais dos exportadores de produtos manufaturados, a solução esta-

ria em abrir mais as nossas importações, removendo as barreiras ainda existentes sobre os produtos importados. Finalmente, alguns argumentam que, embora verdadeiro o argumento do saldo comercial, ele não conta toda a história. O diferencial entre a taxa de juros paga pelo Tesouro brasileiro e as alternativas de investimento do capital internacional seria causa tão importante quanto o saldo comercial para explicar a valorização do real. De fato, as aplicações de estrangeiros na compra de títulos do Tesouro estão isentas do imposto de renda sobre o rendimento desses títulos. Com isso, amplia-se de forma expressiva o diferencial e se atrai um volume também expressivo de capitais externos para aplicação em títulos do Tesouro que, na ausência dessa isenção, talvez viesse para cá de forma mais moderada. E o argumento se completa observando que, dado o atual volume de compras de divisas empreendido pelo Banco Central no mercado de câmbio, torna-se necessária a colocação de títulos em reais pelo Tesouro, de forma a disponibilizar ao BC os recursos necessários à aquisição de divisas. Dado o volume já atingido pelas reservas cambiais brasileiras, é de fato questionável se uma operação necessariamente "perditiva" deve continuar. A operação é "perditiva" porque o retorno obtido pela aplicação das reservas cambiais do Banco Central é muito menor que o custo da emissão de dívida necessária para custear a acumulação de reservas cambiais.

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e concordarmos que cada um tem certa razão e que a valorização do real tem múltiplas causas, talvez eliminar a isenção do recolhimento do imposto de renda sobre o retorno das aplicações de estrangeiros em títulos do Tesouro contribua para retirar o câmbio do labirinto em que se encontra. Seria oportuno que as autoridades viessem a público esclarecer, primeiro, qual a sua estratégia com relação à acumulação de reservas, e segundo, porque julgam pertinente a manutenção do benefício fiscal aos investidores estrangeiros.

A saída para o câmbio é acabar com o benefício fiscal dos estrangeiros

Gargalo on-line MILTON LOURENÇO

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necessidade de se adequar aos desafios da logística no século XXI tem levado as partes intervenientes no processo a buscar soluções, em vez de ficar à espera de medidas oficiais, que demoram muito e, muitas vezes, não chegam. É o caso da iniciativa do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) de organizar um fluxo logístico de contêineres para embarque para exportação e cabotagem no Porto de Santos por meio de um sistema informatizado. A partir do controle das informações da cadeia de escoamento das mercadorias, o programa pretende aperfeiçoar a cadeia logística dos contêineres no complexo portuário, estabelecendo um fluxo on-line, desde a partida da fábrica até a chegada ao porto e ao navio. A princípio, a idéia de implantar uma agenda on-line não é má, mas, de antemão, há vários aspectos a serem analisados. É uma medida que envolve um grande número de usuários - exportadores, transportadores, terminais, armadores, despachantes, fiscalização e outros - e, portanto, sua implementação depende de uma ampla discussão entre todos, determinando responsabilidades quanto à atualização de dados no sistema e quem teria e como teria acesso a ele. Até agora, não houve essa discussão ampla com todos os segmentos. É de lembrar que os terminais em Santos não estão preparados para informar, em tempo adequado, quando os caminhões poderão descer a Serra do Mar. Mesmo porque eles também dependem das informações dos armadores e, hoje, esse entendimento entre terminal e armador ainda é precário. Outra questão que precisa ser bem analisada é que, muito provavelmente, es-

se sistema irá beneficiar grandes exportadores, ou seja, aqueles em que há interesse do terminal e do armador em atendê-los, ficando os pequenos e médios, como sempre, em situação pior. Portanto, eis aqui mais uma grande razão para que as discussões sobre o programa se estendam, já que é fundamental que todos os segmentos sejam ouvidos. Bem organizado, o programa facilitaria o fluxo: uma carga pode ser retida pelo exportador por mais algum tempo, caso as condições logísticas no porto estejam difíceis; em contrapartida, seu envio pode ser apressado se as condições forem favoráveis.

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e esse programa será a solução para os gargalos de infra-estrutura portuária em Santos, só o tempo dirá. O certo, porém, é que, independente do grau de solução que o programa on-line possa trazer, continuará a haver necessidade de mais investimentos públicos em obras de acesso. Com o crescimento da movimentação de contêineres, não é difícil prever que as dificuldades voltarão, ainda que a agenda on-line possa oferecer maior rotatividade nos terminais. Aliás, é de notar que, ao contrário do que ocorre nos maiores portos do mundo, Santos ainda não trabalha 24 horas por dia, com a Alfândega funcionando apenas durante parte do dia e os terminais recebendo cargas, praticamente, das 6 às 22 horas. Também não basta preocupar-se só com o segmento de contêineres. Na época de safras, a mercadoria a granel torna-se responsável pelos gargalos nas vias de acesso ao porto. MILTON LOURENÇO É PRESIDENTE DA FIORDE LOGÍSTICA

A organização on-line do fluxo de contêineres depende de ampla discussão

enho dito, nesta coluna, que o Brasil prescinde do transporte aéreo devido às longas distâncias do quase continente que geograficamente somos. Pois, exatamente, esse transporte aéreo foi interrompido com o terrível desastre da aviação comercial em Congonhas. O transporte aéreo é complexo, pois os aviões exigem tratamento especial de terra, como seja a freqüência das verificações físicas dos aparelhos, a capacidade de voar e de obedecer a todos os comandos em vôo, nas aterrissagens e decolagens. Um aeroporto como o de Congonhas, reformado recentemente, deve estar provido de todas as exigências do transporte aéreo, inclusive, em primeiro lugar com a segurança dos passageiros e com o horário do transporte severamente obedecido. Não foi o que ocorreu em Congonhas. Agora vem uma decisão inédita, a suspensão de vôos e a venda de passagens no aeroporto de Congonhas. Desde a sua construção - nos anos 30, na antiga rodovia Washington Luís até hoje, nunca tínhamos assistido à proibição de vôos ali, apesar dos atrasos já estarem se tornando excessivamente enervantes, pela incapacidade da direção do aeroporto de pôr ordem nos vôos regulares, ficando todos irregulares.

E

sse é um golpe terrível na economia nacional, que afeta o turismo e os simples vôos de recreio, que vão do Amazonas ao Rio Grande do Sul. Agora, se verifica que é urgente a necessidade de uma aviação civil bem organizada. Não conheço e nunca ouvi dizer nada sobre uma aviação comercial enfrentando situação de crise como a que está passando a brasileira. Aqui, ocorreu de tudo contra a administração pública, a administração técnica, o livre trânsito dos passageiros e o turismo organizado. Temos, portanto, uma aviação civil que não corresponde às necessidades de um grande país como o Brasil. É urgente que o governo da República aproveite a situação de crise para introduzir no seu universo os melhoramentos de que ele carece. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR

G Ocorreu

de tudo contra a administração pública, a técnica e o livre trânsito dos passageiros.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

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Política LULA SE ASSUME COMO 'ALMIR SATER'

Estamos de alma lavada porque vaiamos muito, até cansar, e é claro que o presidente ouviu e por isso ficou tão incomodado. Flávia Salem, manifestante

Ricardo Stuckert / PR

Ao lançar o PAC do Mato Grosso, o presidente Lula ganhou uma viola pantaneira, disse ser o Almir Sater do Planalto, falou sobre as vaias e partiu para o desafio: disse que leva quanta gente quiser às ruas.

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Até agora, o governo não orpresidente Luiz Inácio Lula da Sil- ganizou nenhuma estratégia va ganhou ontem para enfrentar hostilidades, uma viola regional mas pretende observar as mado prefeito de Cuiabá (MT), nifestações com cautela. Há, Wilson Santos, durante evento na avaliação do Planalto, duas para anunciar a liberação de situações distintas em meio cerca de R$ 521 milhões do Pro- aos gritos de "Fora Lula": a prigrama de Aceleração do Cres- meira, considerada natural, de cimento (PAC) para obras de indignação das famílias de vísaneamento básico. Ao pegar a timas do acidente da TAM; a viola de cocho (o violão panta- segunda, organizada pela neiro) nas mãos, Lula disse ser oposição. 'Cansei' – Um auxiliar direto o "Almir Sater do Planalto", em referência ao cantor, composi- do presidente disse que o gotor e violeiro natural de Mato verno identifica o bordão "Cansei" como uma "coisa arGrosso do Sul. As vaias ocorreram do lado mada" pelos adversários, esde fora do Centro de Eventos pecialmente do PSDB e do do Pantanal, onde acontecia o DEM. O movimento foi lançaevento, mas o presidente afir- do por empresários e gerou mou na última segunda-feira uma cisão na Ordem dos Adque não iria se intimidar com vogados do Brasil . "É um movimento estritaa s m a n i f e s t amente paulista", ções. Faixas de disse a OAB-RJ. "Fora Lula" enroEm nota publicaladas nas mãos da ontem, a entide quatro ou cinEu acho que Deus, dade fluminense co pessoas nos destacou que o pontos de ônibus quando fez a gente, "Cansei é um moe r a m a b e r t a s ele nos fez perfeitos. vimento de funquando o carro Temos duas orelhas, do golpista, esq u e c o n d u z i a uma para escutar t re i t o e q u e s ó Lula, passava. conta com a par"Eu acho que vaias e outra para ticipação de setoDeus, quando fez escutar aplausos. a gente, ele nos Presidente Lula res e personalidades das classes fez perfeitos. Tesociais mais m o s d u a s o r elhas, uma para escutar vaias e abastadas do Estado de São outra para escutar aplausos. Paulo" e declarou "não consiIsso não incomoda, sobretudo derar o movimento Cívico pese os que estão vaiando são os lo Direito dos Brasileiros (Canq u e m a i s d e v e r i a m e s t a r sei), como nacional". O verbo cansei é sempre asaplaudindo", disse Lula. Desafio – O evento foi restri- sociado a substantivos que to a autoridades, convidados e causam dor de cabeça ao Plaà imprensa, além de dezenas nalto, como corrupção e apade militantes petistas que gão aéreo. Agenda – Apesar de garanaplaudiram o presidente durante boa parte do discurso. tir que viajará para o Paraná e o "Estou fazendo este ato em lo- Rio Grande do Sul no dia 14 de cal fechado porque se trata de agosto, quando retornar de um ato institucional, que en- seu périplo pelo México e por volve prefeitos, deputados. quatro países da América CenNão vim para fazer comício. tral, o presidente não irá a SanMas se alguns quiserem brin- ta Catarina. A alegação oficial car com a democracia, eles sa- é a de que ele "não terá tempo" bem que ninguém neste país para lançar pessoalmente o consegue colocar mais gente PAC em todos os Estados. Na sexta-feira, ele pretende na rua do que eu", afirmou Lula em discurso em um centro reunir no Planalto governadores de 12 Estados . (AE/AOG) de convenções de Cuiabá.

PT anuncia reação contra a direita e a imprensa

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Executiva Nacional do PT convocará a militância para reagir ao que definiu como "nova ofensiva da direita e setores da grande imprensa" contra o partido e o governo do presidente Lula. Para isso, os membros da legenda pretendem "desmascarar as intenções e os métodos da oposição", cujo objetivo é "reconquistar a Presidência da República". Em reunião realizada ontem na sede nacional, em São Paulo, a executiva nacional aprovou a resolução que detalha de que forma a agremiação deverá atuar para enfrentar a "guerra que a oposição de direita trava contra nós". "A derrota da reforma política, as vaias contra o presidente na abertura do Pan e o tratamento dado por setores da mídia e da oposição ao acidente com o avião da TAM revelam que a oposição, articulada com setores da mídia, está 'subindo o tom' nos ataques ao governo e ao PT, tendo em vista tanto as eleições de 2008 quanto as de 2010", diz o documento. Entre as medidas que serão tomadas pelo PT, está a reaproximação dos movimentos sociais, historicamente ligados

ao partido e uma das principais bases de apoio político. "O PT fará um esforço para que estas organizações construam e implementem uma plataforma mínima de atuação frente aos ataques da oposição de direita, combinada com medidas que devem ser propostas ao governo", diz o texto. O partido também destaca o apoio à iniciativa da Central Ú n i c a d o s Tr a b a l h a d o re s (CUT), que realizará no dia 15 o Dia Nacional de Mobilização na Defesa dos Direitos e Conquistas dos Trabalhadores. Dentro do Congresso, a legenda deverá trabalhar pela melhoria da coordenação política, assegurando que a coalizão apresente resultados. Anteontem, o presidente nacional da sigla, deputado Ricardo Berzoini (SP), negou que a reunião da executiva discutiria o movimento Cansei, liderado pelos presidentes da secção de São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Luiz Flávio Borges D'Urso, e do Lide, João Dória Júnior. "Os ataques estão concentrados nos pontos mais fracos de atuação: nos flancos que deixamos abertos e nos erros cometidos", reconhece o PT, ao referir-se à crise aérea. (AE)

Ao som de protestos 'Fora Lula', presidente ganha de presente uma viola pantaneira e afirma ter "uma orelha para escutar vaias e outra aplausos"

O presidente, irritado: 'Diga para eles que o mandato é de quatro anos' Diante do 'Eu também vou vaiar Lula', o recado: mandem os descontentes se prepararem para a próxima eleição

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presidente Luiz Inácio Lula da Silva respondeu ontem a críticas e vaias que tem recebido desde a abertura dos Jogos Pan-Americanos, no dia 13 de julho, e em viagens pelo País. "Sei que isso incomoda algumas pessoas", afirmou Lula, em discurso. "Passei agora ali e tinha meia dúzia de meninos gritando 'Fora, fora, fora'. Algum de vocês com mais idade diga para eles que a eleição acabou em outubro e o mandato é de quatro anos. Mandem que se preparem para a próxima", disse. A solenidade teve cerca de duas mil pessoas reunidas no Clube Estoril, em Cuiabá e foi organizada pelo governador André Puccinelli (PMDB). "Tenho um compromisso, tenho data definida para deixar o mandato, tenho consciência do que queremos fazer e vamos fazer sem nenhuma preocupação. Todo mundo sabe das relações que eu tenho com o PSDB na maioria dos Estados. Sou amigo de muita gente do PFL (DEM) e de outros partidos. Não consigo misturar minha relação pessoal com questão partidária, mas tem gente que não pensa assim", disse o presidente. Ao falar de mesquinharia na política, Lula atacou Geraldo

Alckmin (PSDB), com quem disputou a Presidência em 2006. "A política tem um lado mesquinho, um lado pequeno. Quem perde fica dentro de casa acendendo vela cabeça de galo, cabeça de urubu, fazendo coisa para que não dê certo. Mas isso é de uma imbecilidade total, chega a ser uma coisa quase que insana. Acho um exagero a quantidade de mesquinharia que se fala numa campanha. Fui quase um gentleman na disputa com o meu adversário. Ele, que era um gentleman, virou quase que coisa louca na TV, brabo, nervoso. Terminadas as eleições é preciso dar um tempo para que o País tenha um tempo de governabilidade." Disputa eleitoral – O presidente ainda previu "uma guerra" em 2008, nas eleições municipais. "Vai ter disputa para prefeito agora, daqui a um ano começa a guerra, todo mundo xinga todo mundo, tem vereador, tem um monte de coisa. Acabou as eleições todos precisamos torcer para que o eleito consiga fazer alguma coisa para melhorar. O que eu ganho torcendo contra? Não posso ser mesquinho nesse ponto." Ontem, as vaias partiram de um grupo de manifestantes que foram barrados em um trevo de acesso a 300 metros da

solenidade. O comboio presidencial passou à toda por eles. Entre 60 a 70 pessoas, segundo cálculos da organização do movimento denominado "Eu também vou vaiar Lula", receberam Lula com gritos e assobios. Elas distribuíram adesivos e camisetas com a frase que marca o protesto. A assessoria do presidente contou "uns oito" opositores. "O recado foi dado", disse Flávia Salem, empresária de comunicação e coordenadora do movimento. "Estamos com a alma lavada porque vaiamos muito, mas muito mesmo, até cansar, e é claro que o presidente ouviu e por isso ficou tão incomodado. Não fosse o medo de represálias, a mobilização teria sido 10 vezes maior. Inclusive muito servidor público queria ter participado", disse. Jumbo trocado – Lula demonstrou ter identificado quem o tem hostilizado. "Os que estão vaiando são os que mais deveriam estar aplaudindo. Foram os que ganharam muito dinheiro nesse País no meu governo. É só ver quanto ganharam os banqueiros, os empresários." E m i ro u n o v a m e n t e e m quem o vaia. "Não conheço um deles que tem uma biografia que lhe permita sequer falar em democracia nesse País. E eu

conheço muitos deles", disse apontando para o que considera causa da inquietação rival. "Você imagina eu, um homem que tenho como formação máxima da minha vida um diploma primário e um curso de torneiro mecânico. Quando eu terminar meu mandato em 2010 vou passar para a história como o que mais fez universidade federal nesse País. Além disso, em 97 anos fizeram 140 escolas técnicas. Em 8 anos vamos fazer 160. Isso deve incomodar a muita gente." Em seguida, voltou a criticar seus antecessores. Segundo ele, os adolescentes que se envolveram com o crime "não são filhos do Lula, são filhos do modelo econômico que implantaram no Brasil, filhos do ajuste fiscal". "Querem que eu resolva em quatro anos o que não resolveram em 100?", questionou o presidente. "As pessoas dizem 'esse Lula é louco, vai gastar R$ 40 bilhões em saneamento básico'. Tem gente que pensa isto: 'está jogando dinheiro fora, fazendo coisa para pobre'." Segundo ele, os pobres só são valorizados em época de eleição. "Antes da eleição, 10 pobres valem mais que um jantar com um banqueiro. Depois, meio banqueiro vale mais que 10 mil pobres". (Agências)

Descontentamento reprimido anifestantes jovens e adultos que tentaram realizar protestos isolados no itinerário da comitiva presidencial em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, foram severamente coibidos, devido ao forte esquema de segurança que contou com 500 homens das polícias militar, civil e federal. Quem não conseguiu driblar a segurança sofreu "ato de violência", afirmaram agentes penitenciários federais e estaduais em frente à Base Aérea. Eles portavam faixas com a frase "Lula, evite o apagão penitenciário", e foram bruscamente repreendidos por membros da Companhia Independente

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de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais (Cigcoe). Os policiais avançaram nas faixas, ordenando que os manifestantes se retirassem. O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Fernando Anunciação, explicou que os servidores queriam apenas entregar uma carta ao presidente Lula pedindo apoio para a aprovação da proposta de emenda constitucional (PEC) 308, que vai beneficiar a categoria. Mais sorte tiveram os membros do chamado "Comitê Revolucionário Ultrajovem". Eles ficaram espalhados em pontos de ônibus ao longo da Avenida Duque de Caxias, por onde a

comitiva presidencial passou. Colocaram nariz de palhaço e ostentaram faixa de "Fora, Lula", sem repressão. Outro anunciado ato de vaia a Lula, este organizado por pessoas ligadas ao PSDB de Cuiabá, contou com pouco mais de uma dezena de pessoas. Barrado pela segurança do evento, o grupo ficou a quase um quilômetro de distância do presidente. Democracia – Em resposta aos manifestantes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a democracia foi conquistada com dificuldade e lembrou que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, cumpriu três anos e meio de prisão por se opor ao regime

militar. "As pessoas acham que podem gritar 'fora, fora', 'não gostei' e li que o presidente não vai sair mais e vai ficar dentro do gabinete. Quem acha que pode me vencer na rua, pode tirar o cavalo da chuva", disse. Bolsa-Família – "Essa gente fez a Marcha com Deus pela Liberdade em 1964 que resultou no golpe militar; essa gente que pensa assim levou o Getúlio Vargas ao suicídio, levou João Goulart a renunciar, ficou contente com 23 anos de regime militar e está incomodada com a democracia porque a democracia pressupõe o pobre ter direito, ter BolsaFamília, sim", complementou o presidente. (AE)


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O Brasil, ao longo da história, esteve sempre um degrau acima, mas nós sempre brigamos pelo pódio.

AFP-30/06/06

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Do ex-astro da seleção argentina Diego Maradona ontem, sobre o futebol brasileiro.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

AGOSTO

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1 Dia do Selo. Ao lado, um dos mais recentes selos emitidos no Brasil, em comemoração ao Bicentenário de Giuseppe Garibaldi

C INEMA

Com a poesia no olhar

F UTEBOL

Forcinha 'mística' à candidatura internacional, Coelho escritor está A CBF entregou ontem à Fifa a nos planos da CBF para aparecer proposta do Brasil para receber a nos principais momentos da Copa do Mundo de 2014. Rio de candidatura e do Janeiro e São Paulo Michele Limina/AFP Mundial, se for são as candidatas à mesmo realizado no abertura e à final do Brasil. Já a presença campeonato. de Romário em Ricardo Teixeira Zurique soa para convidou o escritor aliados de Ricardo Paulo Coelho e o Teixeira como um atacante Romário recado de que a para a cerimônia, em Copa pode Zurique, às 6h acontecer no Brasil (horário de Brasília). sem Pelé. Aliados de O escritor brasileiro, Teixeira defendem que na infância foi que ele deixe Pelé colega de escola de de lado e espere para ver como Teixeira, é tão admirado por Joseph Blatter, presidente da Fifa, Romário se sai. O estafe de Pelé diz que ele está em Nova York e que chega a entrar em sua sala não foi procurado pela CBF para sem ser anunciado. [Ambos são vistos juntos na foto.]Por sua fama participar da cerimônia na Suíça. T URISMO Don Emmert/AFP

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AFP

Ao lado, ichelangelo AntoAntonioni nioni, um dos no set de mais influentes cineastas italianos, filmagem em morreu aos 94 anos, deixando data incerta. Abaixo, ao como herança filmes que retralado de um tam a angústia existencial e a incartaz de comunicabilidade da sociedade moderna. Em 1995, quando so- relançamento de 'O freu um derrame e mal conseguia falar, o diretor foi homena- Passageiro' e no festival geado com um Oscar pelo conde Veneza junto de sua obra. Entre seus traem 2002. balhos mais famosos estão o indicado ao Oscar Blow-up – Chris Pizzello/Reuters Depois Daquele Beijo, Zabriskie Point e a trilogia internacionalmente aclamada composta por A Aventura, A Noite e O Eclipse. Seus filmes, propositalmente lentos e oblíquos, nem sempre agradavam ao grande público, mas seu trabalho foi considerado como fundamental por diretores como Martin Scorsese, que o descreveu como "um poeta com uma câmera na mão".

Gabriel Bouys/AFP

Uma matéria publicada ontem pelo jornal norteamericano The Washington Post afirma que, depois da pecuária e do plantio de soja, outra atividade está causando a destruição do cerrado brasileiro: o plantio de cana-de-açúcar para a fabricação de etanol. Segundo o texto, nos últimos 40 anos o cerrado perdeu metade de sua área em conseqüência dessas atividades. Um analista da organização Conservation International disse ao jornal que a taxa de desflorestamento do cerrado é mais alta do que a Amazônia e, se o ritmo for mantido, a vegetação que caracteriza o centro-oeste pode desaparecer até 2030.

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M ÚSICA

Keith Richards lançará biografia

I NTERNET

Google terá wiki-rival

DANÇA

C A R T A Z

Grupo Corpo estréia o espetáculo Breu com trilha sonora de Lenine. Teatro Alfa, Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722, Santo Amaro, tel.: 5693-4000. Ingresso: de R$ 30 a R$ 80.

G @DGET DU JOUR

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PASSADO PETRIFICADO - Cientistas húngaros anunciaram ontem a descoberta de 16 ciprestes de pântano de 4 a 6 metros fossilizados há 8 milhões de anos. As árvores podem fornecer pistas sobre o clima dos tempos pré-históricos. I RÃ

Obra de 2.400 mãos O

Atta Kenare/AFP

tapete artesanal mais longo do mundo é iraniano e custou US$ 5,8 milhões. A peça exigiu 1,5 ano de trabalho, 1.200 tecelões de três cidades, 38 toneladas de lã de Sirkhan e algodão em 25 cores diferentes. O tapete mede 5.625 m², as dimensões de um campo de futebol americano, e será instalado na imponente mesquita de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. Apesar da beleza e delicadeza, os tapetes persas enfrentam a concorrência da Ásia.

F AVORITOS

Iluminação colorida Na volta às aulas, e econômica trabalhos garantidos

www.brasilescola.com

K NUT

Ursinho luta contra a obesidade Knut, o famoso filhote de urso polar do zoológico de Berlim, está muito gordo e entrou na dieta, disse um veterinário do zoológico. Em uma dramática transformação, o urso passou de uma fofinha bola de pêlos de 800 gramas para robustos 60 quilos em sete meses. Knut gosta de beliscar e frequentemente rouba um peixe dos outros ursos. Agora, ele passará por um regime severo. Suas regulares quatro porções de mingau de cereal serão reduzidas para duas e não haverá mais mimos, como croissants e porções extras de peixe e carne. Além disso, ele fará exercícios.

Concurso 578 da DUPLA SENA Primeiro Sorteio 03

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Segundo Sorteio

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Animais são capturados por crianças para serem fotografados por turistas em Manaus Planejamento estratégico do Inpe prevê lançamento de 11 novos satélites de 2008 a 2020

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O guitarrista Keith Richards, dos Rolling Stones, assinou contrato de mais de US$ 7 milhões, para escrever uma autobiografia contando sua trajetória de menino de coro a dinossauro do rock. Mas os fãs terãod e esperar muito pelo livro. O lançamento está previsto para o segundo semestre de 2010, segundo a editora nova-iorquina Little, Brown and Co., sócia da britânica Weidenfeld & Nicolson nos direitos mundiais do livro em inglês.

L OTERIAS

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www.hometemptations.com/

O site Brasil Escola é uma alternativa a mais para quem estuda e usa a internet na busca de informações para trabalhos escolares. Com mais de 20 canais de pesquisa e milhares de páginas escritas online, o site reúne textos enviados por estudantes e colaboradores além de material elaborado pela própria equipe do Brasil Escola. Há ainda um fórum para tirar dúvidas e um canal de informações por e-mail. O site recebe cerca de 50 mil visitantes por dia e tem parcerias com vários portais brasileiros.

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Luminárias de LED que funcionam como "velas eletrônicas", para uma iluminação econômica. Cada luminária tem 20,5 cm de altura e funciona com 3 baterias, que garantem 1.500 horas de iluminação contínua. Nas cores branco, vermelho, azul e violeta. Por 35 libras.

A Grécia declarou ontem estado de emergência nas ilhas Cíclades, incluindo Mykonos e Santorini, por causa da falta d'água decorrente da onda de calor e da estiagem na região. Moradores e turistas têm reclamado dos cortes no fornecimento de água, depois de uma seca que já dura um ano e tem reduzido o número de visitantes ao país. A Grécia e outras áreas do sul da Europa sofrem com uma onda de calor que levou as temperaturas na semana passada a 46 graus.

Cerrado, paisagem em extinção

Ônibus de turismo passa pela Times Square, em Nova York. A indústria de viagem dos EUA pressiona o Congresso norte-americano para que aprove a liberação de US$ 200 milhões para um programa de marketing que visa melhorar a imagem do país e atrair mais turistas. O número de visitantes estrangeiros caiu depois dos atentados às torres gêmeas em 2001.

realmente mudaria o balanço do poder e o devolveria aos criadores de conteúdo, removendo-o do controle dos buscadores", disse Wales. A Wikia – que ajudou na criação de centenas de sites semelhantes à Wikipedia – planeja desenvolver um sistema "de fonte aberta", com a ajuda de voluntários. Os editores voluntários poderão ajudar a resolver dúvidas quanto a termos com múltiplos significados, como "palm", que pode se referir a um local, a exemplo de Palm Beach, ou a tópicos genéricos como árvores ou computadores de mão.

Seca afasta turistas

B RAZIL COM Z

Otto Herman Museum/AFP

O fundador da Wikipedia, Jimmy Wales, anunciou que prepara a estrutura para oferecer um serviço de busca desenvolvido colaborativamente para concorrer com o Google e o Yahoo. Wales declarou, em uma conferência de criadores de software realizada em Portland, Oregon, que sua empresa, a Wikia, adquiriu a Grub, pioneira no software de indexação que permitirá ao novo serviço de busca vasculhar a rede para indexar sites relevantes. "Se pudermos obter resultados de busca de boa qualidade, acredito que isso

G RÉCIA

Obra do arquiteto Oscar Niemeyer ganha exposição itinerante que será inaugurada hoje

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Concurso 1782 da QUINA 05

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Crise Aérea Planalto Senado CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

PSOL TRAZ À TONA O CASO SCHINCARIOL

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Roosewelt Pinheiro

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Estamos cumprindo com a nossa obrigação. Esperamos que o Congresso Nacional não se desmoralize mais. Heloísa Helena

Ailton de Freitas / Ag.O Globo

Eymar Mascaro

O mapa dos votos

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estado de São Paulo terá 30 milhões de eleitores em 2010. A capital paulista concentrará 10 milhões deste total. Esse saldo é um dos principais atrativos da cidade em 2008. O grandes partidos, principalmente PT e PSDB, desejam reconquistar o município, já administrado por ambos. Uma vitória no ano que vem pode representar um passo à frente na disputa presidencial. Tucanos e petistas aguardam a decisão dos seus principais nomes para o pleito, o ex-governador Geraldo Alckmin e a ex-prefeita Marta Suplicy. O único nome confirmado é o do atual prefeito Gilberto Kassab (DEM).

Renan Calheiros preside a primeira sessão do Senado após o recesso parlamentar e diz que vai provar sua inocência

RENAN EM NOVO ROUND Na volta do recesso parlamentar, PSol recepciona Renan Calheiros com uma nova representação

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om alguns quilos a mais e se esforçando para mostrar que reconquistou a calma e a cordialidade que pautavam sua relação com os colegas da Casa e mesmo com os jornalistas antes do início da crise que enfrenta, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDBAL), tentou ontem, na primeira sessão legislativa depois do recesso, mostrar tranquilidade e confiança em relação ao próprio destino no Conselho de Ética. Mas enquanto Renan conversava animadamente com colegas em plenário, o PSol já preparava uma nova representação por quebra de decoro contra ele e, no conselho, a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), uma das relatoras do seu caso, cogitava a possibi-

lidade de convocar a jornalista Mônica Veloso – com quem Renan teve uma filha – para depor em sessão fechada. "Estou pronto para demonstrar, com provas e não discurso, quem é a vítima dessa história. Estou confiante de que a verdade virá à tona. Vou provar o contrário das maledicências que disseram contra mim", disse Renan. A presidente do PSol, ex-senadora Heloísa Helena (AL) apresentou a nova representação, para investigar, desta vez, a suposta intervenção de Renan junto ao INSS e à Receita Federal em favor da cervejaria Schincariol – que comprou por R$ 23 milhões uma empresa do irmão dele, o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL), avaliada em menos de R$ 10 milhões.

Pressionado, governo Serra reestrutura CDHU

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ois meses depois que o Ministério Público Estadual denunciou à Justiça um esquema de fraude em licitações e superfaturamento em obras de casas populares da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) no interior de São Paulo, o governo do Estado anunciou um plano de reestruturação para a estatal. Serra enviará à Assembléia Legislativa um projeto de lei para a criação de um Fundo Estadual da Habitação. A proposta, que deve chegar aos deputados em setembro, é mais um passo para promover o desmonte da CDHU, foco de corrupção nesses 12 anos de gestão tucana no Estado. A previsão é que o projeto seja aprovado ainda neste ano. Alvo de 102 processos na Justiça desde 1998, a empresa é

apontada como um foco de corrupção na administração estadual. Nessas ações, o Ministério Público pede a devolução de pelo menos R$ 1,1 bilhão – em valores não atualizados – aos cofres públicos por supostos contratos irregulares firmados entre prefeituras, empreiteiras e a CDHU nos governos do PSDB. No Tribunal de Contas do Estado (TCE), a companhia também lidera o ranking de contratos julgados irregulares pela corte. Instrumento político– A avaliação da atual administração é de que o loteamento político promovido na estatal é irreversível. As seqüelas já foram mensuradas. Uma delas é o número de moradias irregulares. Hoje 30%, ou 155 mil moradias, da produção da CDHU têm problemas fundiários. São casas e apartamentos que fo-

Renan teria atuado para reverter dívidas fiscais de R$ 100 milhões da Schincariol. "Estamos cumprindo com a nossa obrigação. Esperamos que o Congresso Nacional não se desmoralize mais do que já está e abra esse novo processo investigatório", disse Heloísa. Em nota, a Schincariol negou ter débitos inscritos na Dívida Ativa da União, embora admita ainda discutir no INSS "valores que somam R$ 18 milhões e se referem a divergências habituais nas empresas". Alvo– Além de Renan, o PSol entrou com representação contra Olavo Calheiros, pelo caso Schincariol, grilagem e de suposto envolvimento do deputado com a máfia de fraudes em licitações organizada pela empreiteira GautaMilton Mansilha / LUZ

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PARAÍBA

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Serra anuncia mudanças na CDHU, alvo de 102 processos na Justiça

ram erguidos à toque de caixa para atender a interesses político-eleitorais sem que os terrenos estivessem com toda a documentação em dia. Os proprietários terminaram de pagar os imóveis, mas não conseguem tirar a escritura. O secretário da Habitação, Lair Krähenbühl, atribuiu as

mudanças apresentadas ontem a uma correção dos rumos da empresa. "A CDHU não faz política habitacional. Foi confundido esse papel no passado. Quem tem que fazer a política habitacional é a Secretaria da Habitação. A CDHU tem que ser o braço operacional dessa política", disse. (AE)

FRENTE NACIONAL DE PREFEITOS

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nsatisfeitos com a falta de recursos para as prefeituras, os prefeitos de todo o Brasil se reunirão amanhã em São Paulo durante a 50ª Reunião Geral da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), que será realizada no Auditório Elis A TÉ LOGO

Regina, no Palácio das Convenções do Anhembi. O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), que é o vice-presidente Regional Sul da FNP, vai oferecer um jantar de recepção hoje à noite aos prefeitos no Teatro Municipal de São Paulo.

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Lula vai ao Rio Grande do Sul em setembro

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Aécio diz que analisa proposta que limita MPE

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or enquanto, Cássio Cunha Lima (PSDB), governador da Paraíba , e o vice José Lacerda Neto (DEM) permanecerão nos cargos. O TSE concedeu uma liminar que suspende provisoriamente a decisão do TRE de cassação deles.

Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu suspender ontem, por liminar, o pagamento de pensão vitalícia de R$ 22.100 ao ex-governador de Mato Grosso do Sul, Zeca do PT. A relatora do caso, ministra Carmen Lúcia, entendeu que o benefício contraria os princípios da moralidade e da isonomia entre os contribuintes. A pensão foi aprovada pela Assembléia Legislativa em dezembro do ano passado, dois dias antes de o petista deixar o cargo.

ESPERANÇA Aécio está de olho nos votos dos paulistanos. O mineiro avalia que uma vitória de Alckmin pode resultar numa vantagem durante a campanha tucana de 2010. Do outro lado, Serra garante que Gilberto Kassab trabalhará pelo candidato tucano se for reeleito.

PERDA

DOBRADINHA

O PT ainda não esquece a derrota de Marta Suplicy para José Serra em 2004. A então prefeita concorria à reeleição e tinha certeza da vitória, o que não ocorreu. Serra venceu, mas depois deixou o cargo para assumir o governo do estado. Gilberto Kassab assumiu o posto e agora concorre para continuar na cadeira.

Os petistas também avaliam as chances de vitória de uma chapa formada por Marta Suplicy e pelo presidente do PMDB, Michel Temer (SP). O governo federal está convencido de que as duas legendas estarão juntas na disputa, mas ainda é preciso convencer Orestes Quércia.

PRESSÃO

Já no ninho tucano, as conversas seguem para a escolha do nome que irá compor a chapa encabeçada por Gilberto Kassab. O mais cotado é Andrea Matarazzo, secretário municipal da atual gestão. A indicação tem o dedo de José Serra.

Agora, os tucanos desejam reconquistar a Prefeitura lançando Geraldo Alckmin como candidato. Mas os aliados de José Serra são contrários a candidatura própria. O desejo é o de apoiar a reeleição de Kassab e garantir o apoio do DEM em 2010.

Conde aceita convite para presidência de Furnas

CHAPA

NA MOITA Alckmin não esconde sua vontade de concorrer em 2008, mas ele também não deseja entrar em rota de colisão com o governador Serra. O exgovernador diz que decidirá seu futuro no ano da eleição. Alckmin participou de uma série de cursos nos EUA sobre problemas que afetam as populações das grandes cidades, como São Paulo.

COLOCAÇÃO

ZECA DO PT

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ma, desvendada pela Operação Navalha da Polícia Federal. O deputado Paulo Magalhães (DEM-BA) foi outro alvo do PSol, que representou contra o ex-pefelista também pelo suposto envolvimento dele com a Gautama. O senador Renato Casagrande (PSB-ES), um dos relatores do processo contra Renan, disse que ainda não foram entregues documentos que confirmem as datas dos pagamentos feitos à Mônica Velososo. Renan não quis comentar a nova representação, mas, em nota, alegou se sentir impedido de dar encaminhamento ao pedido do PSol e decidiu transferir essa responsabilidade para o primeiro vice-presidente da Casa, senador Tião Viana (PT-AC). (AOG/AE)

CRESCIMENTO A Capital paulista oferece uma margem de 8 milhões de votos no quadro atual. Confirmando o crescimento de mais 2 milhões de títulos eleitorais ativos, a cidade confirma sua posição de destaque durante as disputas para o governo do estado e para o Palácio do Planalto.

Geraldo Alckmin, Marta Suplicy e Gilberto Kassab estão bem colocados nas pesquisas. Acontece que a cotação de Kassab sofre uma queda devido a divisão de eleitorado com o ex-governador. O prefeito disputará a vaga diretamente contra Marta Suplicy, caso o tucano não entre na "briga"

DIVISÃO O perigo de dividir votos ronda também o PT. A ministra do Turismo pode perder eleitores para a deputada Luiza Erundina (PSB). A parlamentar ainda não confirmou sua presença no pleito como candidata pelo PSB. Erundina mantém um eleitorado fiel dentro e fora do Partido dos Trabalhadores.

INCENTIVO Dentro do PSDB, Alckmin tem o apoio do governador Aécio Neves (MG) para concorrer a vaga em São Paulo. Aécio é contra a desistência por parte da legenda. Ele ressalta a importância da capital paulista nas próximas eleições para governador e presidente.

ÉTICA O Conselho de Ética do Senado deverá apreciar o relatório do caso Renan Calheiros (PMDB-AL) somente no final de agosto. Caso o documento peça a condenação do parlamentar, a etapa seguinte será a votação no plenário da Casa. Renan corre o risco de perder o mandato e seus direitos políticos.

FANTASMA Técnicos da Polícia Federal que analisam a documentação enviada recentemente pelo presidente do Senado teriam encontrado empresas fantasmas na lista de compradores do gado de Calheiros. O dado complica ainda mais a situação do político.

TÊTE-À-TÊTE Renan Calheiros aproveitou o recesso parlamentar para fazer um corpo-a-corpo com os demais senadores, principalmente com a bancada de oposição. O presidente do Senado tentou convencer seus colegas de que não tem culpa da existência de empresas fantasmas nos negócios feitos por ele. A culpa seria de quem emitiu as notas frias.


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Empreendedores Finanças Empresas Nacional

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

SETOR PROMOCIONAL EMPREGA 100 MIL PESSOAS

330

milhões de toneladas de minério de ferro deverão ser produzidos pela Vale do Rio Doce em 2008

AMPRO ORGANIZA UMA FEIRA PARA MOVIMENTAR O MERCADO E TEM EXPECTATIVA DE ALTA DE VENDAS

SETOR DE BRINDES DEVE CRESCER 20% Fotos: Divulgação

Maristela Orlowski

O

mercado de marketing promocional está aquecido. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Promocionais (Ampro), no ano passado o setor movimentou cerca de R$ 20 milhões, 15% mais que em 2005. O segmento de brindes foi responsável por R$ 4,5 milhões desse montante, frente aos R$ 4,1 bilhões alcançados no ano anterior. A expectativa é expandir os negócios em torno de 20% neste ano. O setor reúne aproximadamente 3,5 mil empresas de pequeno e médio porte (85%), a maioria com uso intensivo de mão-de-obra, e gera cerca de 100 mil empregos diretos. Uma das empresas que ingressou recentemente neste mercado e já está colhendo bons resultados é a Companhia Fabril Lepper, que completa 100 anos ainda em 2007. Segundo o gerente comercial, Evadio Baumer, desde que começou a atuar no setor têxtil de brindes, há dois anos, o segmento promocional dentro da empresa cresceu 350%. "É um mercado bastante promissor e estamos confiantes na nossa expansão", diz. Atualmente, esse segmento responde por 5% do faturamento total da Lepper. Mas a expectativa é ir além: "Queremos aumentar esse índice para 15% em um prazo máximo

Bolsa de viagem: 50% das vendas da Mallumar. Bolsas e nécessaires são as novidades para ações promocionais

À esquerda, roupão da Lepper, um dos sucessos do momento, que fez a empresa crescer 350% em dois anos.

de dois anos", diz o executivo. Toalhas de banho e de fitness aveludadas e felpudas, aventais e panos de copa, assim como chapéus e roupões, são alguns dos itens que garantem a visibilidade das marcas promovidas. Mas as grandes novidades são as toalhas que se transformam em mochilas, as mochilas que viram roupões e os protetores de cadeiras de praia e espreguiçadeiras. O sistema de industrialização utiliza a tecnologia "transfer", que, dentro do mesmo conceito de reprodução fotográfica, imprime marcas, fotos

ou imagens de empresas sobre artigos como toalhas, roupões ou outros produtos têxteis, de acordo com a necessidade do cliente e sem limite de cores. A Mallumar Produtos Promocionais, por sua vez, já atua nesse mercado há 20 anos e consolidou seu trabalho com uma linha de produtos composta por bolsas, mochilas, pastas e sacolas, além de térmicas e embalagens, pochetes e nécessaires, somando mais de 30 produtos diferentes. Segundo a gerente comercial da empresa, Lídia Cibele Moreira, a expansão dos negócios da

Protetor de cadeira de praia: tecnologia transfer

Mallumar acompanha o índice do crescimento do setor, de 20% ao ano. "Mochilas e bolsas de viagem respondem por 50% das vendas", diz. "As novidades neste ano ficam por conta das linhas de produtos infantis e executivos." Feira – Para incrementar e estimular ainda mais esse mercado, 200 fornecedores de todos os segmentos da área promocional participarão da feira Brazil Promotion, entre os dias 7 e 9, no Transamérica Expo Center, em São Paulo. Em sua quarta edição, o evento reunirá cerca de 10 mil

profissionais de gestão, marketing e promoção das principais companhias e agências de publicidade e de comunicação do País e do exterior. É a oportunidade de conhecer os lançamentos em produtos e serviços promocionais, como brindes, soluções gráficas e de merchandising em pontos-devenda, licenciamento de marcas, além de serviços para realização de eventos. Para Auli De Vitto, diretor da Forma Editora, organizadora da feira, e vice-presidente da Ampro, as empresas descobriram que campanhas publi-

citárias não são mais suficientes para atingir o público. "A competitividade do mercado, a necessidade de se diferenciar e criar estratégias para manter ou criar vínculo com clientes e de expandir a visibilidade das marcas têm provocado o aquecimento do setor promocional no Brasil. A grande jogada é a interação entre os consumidores e a marca", diz. Novidades – Produtos altamente tecnológicos e ecologicamente corretos são as grandes tendências que serão apresentadas na feira a ser promovida pela Ampro. A V-Lox, empresa da área de serviços para eventos e feiras, chamará a atenção dos visitantes com a tela holográfica HoloPro, uma película que, aplicada na superfície da tela permite que o público interaja com a mensagem exibida com um simples toque do dedo (touch screen). Segundo o sócio-gerente da empresa, Marcelo Rebouças, a tela pode ser utilizada em vitrine de lojas, feiras, exposições e todo tipo de instalação em que a tecnologia da interatividade atue para facilitar a comunicaç ã o e n t re a m e n s a g e m d o anunciante e o público-alvo. Já a empresa de moda promocional Gatto de Rua trará a Bag Market, uma bolsa que reveste o carrinho de supermercado com o intuito de organizar e facilitar o transporte das compras, dispensando o uso das sacolas plásticas, considerado antiecológico.

Vale prevê expansão na produção de minério de ferro

O

presidente da Com- de preço e oportunidade", afirpanhia Vale do Rio mou o executivo, que não quis Doce, Roger Agnelli, confirmar ter feito proposta disse ontem que a produção de pela companhia na disputa minério de ferro da empresa com a Rio Tinto, empresa que continuará crescendo a um rit- n o m ê s p a s s a d o o f e re c e u mo de 30 milhões de toneladas US$ 38,1 bilhões pela Alcan, por ano, o que projeta para derrotando as concorrentes. 2008 um volume "um pouco "A Alcan pertence à Rio Tinto, acima de 330 milhões de tone- não há nada o que se possa faladas". Ele disse ver espaço pa- zer", afirmou. Ele negou também que a Vara aumento de preços do minério de ferro no próximo ano, le esteja avaliando uma possípela demanda crescente e ele- vel compra da Alcoa. Energia – Na mira da Vale, vação dos custos da indústria, mas não quis estipular um pa- segundo Agnelli, está uma possível usina sitamar. Neste Washington Alves/Divulgação derúrgica paano, o aumenra processar to foi de 9,5%, alumina, que após um ajuss e r i a c o n ste de 19% truída junto em 2006 e com outros de 71,5% parceiros. em 2005. "Estamos "A gente vai olhando sentar e conop or tu ni daversar, eu acho des no munque há espaço do para, com (para aumenparceiros, to), não há dúinstalar um vida, mas tem projeto green a desvaloriza- Agnelli: preço deve subir field (novo)... ção do dólar em relação a várias moedas do A África pode ser uma oportumundo inteiro. Isso tem que nidade, mas estamos olhando também para o Oriente Médio ser levado em conta", disse. "Ao mesmo tempo, a de- e a América do Sul". Na África, a companhia premanda é tão forte que gera um mercado 'spot' (à vista) a um ní- vê para os próximos dias o fevel bem mais elevado que o chamento de um acordo com dos contratos de longo prazo, e uma empresa indiana que tem o mais perverso é o aumento a concessão da ferrovia por onde custo", completou. As nego- de será transportado o carvão ciações sobre preços serão ini- do projeto de Moatize (Moçambique) da empresa. "Nos ciadas em novembro. Ao dizer que a Vale ainda próximos dias a gente encerra tem espaço para se endividar, esse capítulo de fixar o frete do mesmo após a compra da pro- carvão", disse Agnelli. Outro projeto em fase de fidutora canadense de níquel Inco por cerca de US$ 18 bi- nalização é a expansão da mina lhões no final do ano passado, de Serra Sul, no Pará, que deveAgnelli descartou uma possí- rá ter custos mais baixos do que vel oferta pela produtora de outras minas da companhia, alumina canadense Alcan, por ser um projeto novo. A Vale informou, no dia 31, mas admitiu que a empresa faria "todo sentido para a Vale a lucro recorde de R$ 5,8 bilhões no segundo trimestre do ano, um preço adequado". "Seria um casamento inte- elevando os ganhos de 2007 ressante, mas é uma questão para R$ 10,9 bilhões. (Reuters)


quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Congresso Planalto VIAGEM CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

5 Presidente do México, Felipe Calderón, quer a Pemex aproveitando a experiência da Petrobras.

LULA ASSINARÁ ACORDOS COM O MÉXICO

Ronald Schemidt/AFP Ricardo Stuckert/PR

LULA VAI AO MÉXICO 'VENDER' ETANOL Presidente segue com comitiva de ministros e empresários. Na pauta estão acordos nas áreas de energia e construção. O giro também incluirá outros países da América Central e do Caribe

O

presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciará no próximo domingo um giro pelo México, Honduras, Nicarágua, Jamaica e Panamá, países em que buscará impulsionar os negócios de empresas brasileiras, especialmente as de energia e construção. Com uma comitiva formada por ministros e 50 empresários, Lula assinará na capital mexicana com o presidente Felipe Calderón um acordo de cooperação em petróleo e etanol. O encontro foi confirmado ontem por Gonzalo Mourão, diretor do Departamento do México, América Central e Caribe da chancelaria brasileira. A parceria, ainda em processo de redação, irá sugerir colaborar com o México, interessado em produzir etanol a partir da cana-de-açúcar, a estruturar seu setor açucareiro para

que receba investimentos para produzir o combustível. O diplomata, no entanto, indicou que os presidentes não tratarão de um eventual ingresso do México no Mercosul, que o Brasil integra juntamente com Argentina, Uruguai, Paraguai e a Venzuela. "É um assunto que está fora da pauta no momento", disse Mourão. Esta semana, também durante uma visita ao México, o presidente da Argentina, Néstor Kirchner, disse que o Mercosul tem interesse no ingresso do País no grupo. A visita de Lula é uma resposta a um convite feito por Calderón em outubro do ano passado, quando ele viajou a Brasília como presidente eleito e pediu apoio ao Brasil para produzir etanol em seu país. Os produtores mexicanos de cana-de-açúcar enfrentarão um grande desafio a partir de

Lula assinará acordos de cooperação entre a Petrobras e a mexicana Pemex para exploração de hidrocarbonetos em águas profundas

2008, quando o setor se abrirá à concorrência do grupos dos EUA. O Brasil é o principal produtor de etanol, usado puro ou mesclado à gasolina. Durante sua visita, Calderón informou que desejaria firmar acordos entre a Petrolífera Estatal Mexicana (Pemex) e a Petrobras, com o objetivo de aprender com a experiência brasileira na exploração e extração de hidrocarbonetos em águas profundas. Representantes da estatal brasileira, das construtoras Odebrecht e Andrade Gutierrez, da companhia aérea Ocean Air, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e outras

grandes empresas acompanharão Lula em sua visita. De acordo com a chancelaria brasileira, as construtoras nacionais estão interessadas em participar do gigantesco negócio de expansão do canal do Panamá, cujo projeto é avaliado em US$ 5,5 bilhões. O presidente também assinará acordos na área da saúde, energia e cooperação agrícola com Honduras, Nicarágua e Panamá, além de inaugurar, em Port Esquivel (Jamaica), uma usina de desidratação de etanol instalada com capital brasileiro. Mourão disse que a cooperação energética que o Brasil impulsiona com países da América Central, baseada

especialmente nos incentivos à produção de biocombustíveis, busca colaborar com essas nações e reduzir a "conta cruel" gerada pela importação de combustíveis. O acordo na área de energia refletirá os interesses dos dois países na exploração em águas profundas no Golfo do México e em outras nações. No segmento dos biocombustíveis, o México mostra-se aberto a toda cooperação brasileira para o desenvolvimento de seus canaviais e a instalação de usinas para produção de etanol. Comércio – Já no âmbito comercial, a negociação de um acordo de livre comércio entre Brasil e México foi descartada

da agenda bilateral, devido a "resistências mexicanas". Os dois lados negociarão sob as regras do acordo de preferências tarifárias de 2002, o "ACE 53", composto por uma lista de apenas 800 itens. "No momento, o livre comércio não é tema. Mas isso não significa que não desejamos esse acordo com com o México" informou Gonzalo Mourão. Segundo o ministro Henrique Sardinha, diretor do Departamento de Promoção Comercial do Itamaraty, 25 empresários seguirão o presidente Lula durante seu roteiro por Honduras, Nicarágua, Jamaica e Panamá, entre os dias 7 e 10 de agosto. (Agências)


quinta-feira, 2 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Indicadores Econômicos

1/8/2007

COMÉRCIO

9

46

falências foram decretadas no mês de julho, segundo dados da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).


Ano 83 - Nº 22.430

São Paulo, quinta-feira, 2 de agosto de 2007

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Manhã sem Metrô

Edição concluída às 23h55

C3

w w w. d co m e rc i o. co m . b r

´ DIALOGO FINAL

Spoilers, nada

Airlines.Net

Olha isso! Desacelera, desacelera... Eu não consigo, não consigo

AEROPORTOS PERIGOSOS

OH MEU DEUS!

O de Gibraltar (acima) atravessa uma avenida até estacionar. O de St. Marteen (abaixo), no Caribe, faz vôo rasante sobre a praia, antes de chegar à pista de aterrissagem. Cidades 2

Torre: Ah, não...

Airbus/Divulgação

Vai! Vai! Vira! Vira! Vira!

E cresce o mistério

Airlines.Net

"Olhe isso!", disse o comandante da TAM logo depois que o co-piloto o avisou: "spoiler, nada". O que ele terá visto? O diálogo da tragédia não esclarece o que aconteceu. Especialistas que o examinaram partem para novas hipóteses. Agora será preciso cruzar ao diálogo final as informações da caixa-preta com os dados operacionais. Cidades 1 e 2

Agliberto Lima/15/9/2003

Pé na estrada

Aeroportos lotados e vôos atrasados? A saída são os passeios via terrestre, de ônibus, motorhome, van, moto ou bicicleta. Selecionamos 15 pacotes turísticos para todo o País. E preste atenção nos conselhos para que a viagem transcorra sem problemas, a começar pelos cuidados com o automóvel.

Boa Viagem! Heather Munro/AP

Ponte cai nos EUA Com 4 pistas, ligando Minneapolis a Saint Paul, ruiu ontem no horário do rush, às seis da tarde. Ao menos 3 pessoas morreram e 30 ficaram feridas. Construída em 1967, a ponte estava em obras (foto). Página 8 Epitácio Pessoa/AE

HOJE Parcialmente nublado Máxima 26º C. Mínima 11º C.

AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 25º C. Mínima 10º C.

Frio faz bem ao varejo Vendas a prazo e à vista cresceram 6,3% em julho, ante o mesmo mês do ano passado, segundo dados da ACSP. E 1


NA ESTRADA

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

F rente à crise

aérea que o País enfrenta, o DC Boa Viagem decidiu deixar as lamentações de lado e partir para soluções que facilitem a vida dos viajantes brasileiros. Esqueça aeroportos lotados e vôos atrasados e embarque numa viagem sobre rodas, seja ela de ônibus, carro, bicicleta, moto ou até motor home. Garimpamos dicas e cuidados antes de pegar a estrada, além de pacotes para todos os cantos do País. Acelere e boa viagem! Págs. 2 e 3 Veja mais imagens desta edição na nossa galeria de fotos virtual no site www.dcomercio.com.br/ galeria/boa viagem_index.htm

DIÁRIO DO COMÉRCIO

ROTEIRO PARA GOURMETS EM CAMPOS Quem visitar esta badalada cidade da Serra da Mantiqueira até o fim do mês terá a chance de provar as delícias do festival do Grupo Cozinha da Montanha. Pág. 4

TURISMO - 1 Divulgação


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 02 de agosto de 2007

INTERNACIONAL - 8

Tragédia: ponte desaba nos EUA Internacional Reuters

Ponte ruiu sobre rio Mississippi no horário de rush. Pelo menos 3 morrem e 30 ficam feridos

P

elo menos três pessoas morreram e outras 30 ficaram feridas depois que uma ponte da auto-estrada interestadual 35W, que liga as cidades de Minneapolis e Saint Paul, nos EUA, desabou no rio Mississippi no final da tarde de ontem. O número de vítimas deve subir. Estimativas dão conta que ao menos 50 automóveis e uma c a r re t a m e rg u l h a r a m n a s águas do rio. Toneladas de concreto desabaram junto. A ponte, construída em 1967 e que estava sob manutenção há várias semanas, ruiu no horário de rush, às 18h05 local (20h05 no horário de Brasília). Algumas pessoas se seguravam em pedaços da ponte que

não caíram por completo no meio do rio. Várias pessoas foram encaminhadas a hospitais locais, algumas em estado crítico. Um grande caminhão pegou fogo em um trecho da ponte que não entrou em colapso e um ônibus escolar, que havia praticamente atravessado a ponte, ficou pendurado em uma extremidade, segundo relatos. Informações de testemunhas davam conta de que as crianças escaparam ilesas. Até o fechamento desta edição não havia detalhes sobre a causa da queda. "Não há motivo para pensar que a queda da ponte tem ligação com o terrorismo", informou em nota o Departamento de Segurança Interna. (Agências)

Ao menos 50 carros e uma carreta caíram no rio após o desabamento da ponte; autoridades descartaram a possibilidade de terrorismo

NY NA DISPUTA DA CASA BRANCA Senadora por Nova York, Hillary Clinton abre vantagem na disputa democrata. Hoje, perderia eleições para o republicano Rudolph Giuliani, ex-prefeito da cidade

A

ex-primeira dama e senadora por Nov a Yo r k H i l l a r y Clinton abriu larga vantagem em relação ao também senador Barack Obama na disputa pela vaga do Partido Democrata à presidência dos Estados Unidos, segundo pesquisa divulgada ontem. Mas o levantamento do "The Wall Street Journal/NBC" News também mostrou que, se as eleições fossem realizadas hoje, nenhum dos dois democratas derrotaria o ex-prefeito

de Nova York Rudolph Giuliani, favorito para a vaga do Partido Republicano na disputa pela Casa Branca em 2009. Dos democratas entrevistados, 43% afirmaram preferir a senadora a outros pré-candidatos, cifra superior aos 39% de apoio registrados na pesquisa realizada em junho. O resultado significa que Hillary está bastante à frente de Obama, o senador pelo Estado de Illinois que passou de 25% das intenções de voto em junho para 22% no mês passa-

Jeff Haynes/AFP

do. A pesquisa contou com a participação de 1.005 pessoas. Uma nova guerra? No mesmo dia em que a pesquisa mostrava queda nas intenções de voto, Barack Obama afirmou que mandaria tropas americanas para o Paquistão mesmo contra a vontade do presidente Pervez Musharraf. "Vou deixar bem claro: existem terroristas entrincheirados naquelas montanhas que mataram 3 mil americanos e planejam atacar novamente. Foi um erro terrível não termos

A ex-primeira dama tem 43% das intenções de voto, segundo pesquisa do Wall Street Journal; Obama tem 22%

AFP

AFP Juan Barreto/AFP

Funcionários de um hospital recolhem corpos de vítimas de atentados

Venezuelana protesta contra "o segundo fechamento" da tevê

ro do ano para os iraquianos, com 1.653 civis mortos. Ainda ontem, a Frente de Acordo, o principal bloco sunita do país, anunciou que cinco de seus ministros e um viceministro estavam deixando o governo de união. "Esta é provavelmente a mais séria crise política que enfrentamos desde que aprovamos a Constituição", disse o vice-primeiro-ministro curdo Barhim Salih. A saída do partido sunita pode tirar o status de "união nacional" do governo. (AE)

RCTV continua no ar

Em Bagdá, 73 mortos e crise no governo

P

elo menos 73 pessoas morreram ontem no Iraque, incluindo as mais de 50 vítimas em três atentados suicidas em Bagdá. A escalada de violência no país se seguiu à divulgação de um relatório do governo que mostrou que o mês de julho foi o segundo mais mortífe-

agido quando tivemos a chance de atacar uma reunião da liderança da Al-Qaeda em 2005. Se tivermos informação de inteligência sobre alvos terroristas e o presidente Musharraf não agir, nós agiremos", disse. O discurso é uma tentativa de demonstrar firmeza diante das críticas de Hillary Clinton, que considera Obama "inocente" na política externa. Obama reagiu dizendo que Hillary, ao ter apoiado a guerra do Iraque, era um "Bush-Cheney light". (Agências)

O

Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela ordenou na noite de ontem a suspensão da medida que estabelecia a cassação da licença de transmissão do canal por assinatura RCTV. A emissora foi fechada por Hugo Chávez em maio, e voltou a ser ameaçada dias após retomar suas transmissões, desta vez na

tevê a cabo. Tudo porque se negava a adequar-se a uma legislação local que a obrigava a transmitir pronunciamentos de Chávez e a executar o hino do país. A emissora entende que, como sua sede é em Miami e transmite para outros países, deveria ter o tratamento dado a canais internacionais. (Agências)

Execução em praça pública faz parte de recente plano de segurança

Irã executa 7. Para 'limpar as cidades'

O

Irã executou em público cinco prisioneiros em uma prisão da província de Khorasan, no nordeste do país, informou a agência de notícias iraniana "Mehr". Outros dois foram executados perto da capital Teerã. Na terça-feira, a Justiça havia anunciado que

nove pessoas, inclusive dois jornalistas curdos, tinham sido condenados à morte. O porta-voz do Poder Judiciário, Ali Reza Jamshidi, afirmou que os curdos foram considerados culpados de "muharebe" — termo para o crime de combater o regime fundamentalista. As outras sete pessoas foram condenadas à morte por estupro, entre outros crimes. O país aplica desde maio um plano de segurança cujo objetivo é "limpar as cidades dos criminosos". (Agências)


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Tr i b u t o s Nacional Empreendedores Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Linha de delícias e temperos inclui geléia de maracujá com cachaça e antepasto de pimentão

SPERANZA FARÁ50 ANOS EM 2008

Fotos: Masao Goto Filho/e-SIM

A DONA DA MELHOR PIZZA MARGUERITA DE SÃO PAULO Além dessa iguaria tradicional, a pizzaria Speranza investe em produtos próprios. Kety Shapazian

O LETREIRO

P

DC

aola Tarallo conta que o nome Speranza foi idéia de seu pai, Antonio. "Ele queria homenagear a mãe dele, minha avó Speranza", diz. "Ela era uma pessoa empreendedora. Quando eles chegaram no País e viram que não iriam mais ajudar na construção de Brasília – porque o lugar já estava saturado – foi ela quem segurou as pontas, quem sugeriu a abertura de uma pizzaria. Até três dias antes de morrer, com 84 anos, ela trabalhou. Morreu praticamente na cozinha, onde sentava em um banquinho porque tinha o coração fraco e não aguentava mais ficar em pé", diz.

sonho da empresária Paola Tarallo é comemorar os 15 anos de seu casamento na pizzaria fundada por seu pai no bairro da Bela Vista, mais conhecido como Bexiga. A festa será na Speranza, pizzaria que continua nas mãos da família e cuja marguerita é considerada a melhor de São Paulo. "Já ganhamos muitos prêmios com essa pizza", diz a filha de Antonio Tarallo, fundador da empresa que em 2008 se tornará cinqüentenária. Nascida no Bexiga, onde está desde 1958, a Speranza tem uma segunda casa em Moema, com capacidade para 400 pessoas. Por semana, nos dois estabelecimentos, circulam 7 mil pessoas. Recentemente, quem vai aos dois endereços pode sair com p ro d u t o s d e m a rc a própria da empresa, lançados nos últimos anos. A idéia de vender vinhos, molhos, azeites, antepastos e geléias gourmets com o nome Speranza foi de Paola. Inicialmente, ela enfrentou um pouco de resistência do pai – ele achava que a família poderia perder o foco dos negócios. Já para a fi-

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lha, seria uma boa jogada porque o vinho da casa (sempre servido em jarra) era o mais pedido. "Se temos um produto bom, por que o cliente não pode levá-lo embora?" Paola queria que a Vinícola Salton fabricasse o produto. Mas seu primeiro contato com a empresa resultou em nada. Quem a atendeu por telefone foi irredutível: a empresa só produzia com sua própria marca. Para surpresa de Paola, duas horas depois, Ângelo Salton, o proprietário, a procurou para informá-la de que era cliente da pizzaria há 40 anos e que seria "uma honra" fazer o vinho para a Speranza. Por mês, são vendidas cerca de 3 mil garrafas. Os rótulos das bebidas são uma homenagem à família: fotos em preto e branco com diversos períodos da vida dos Tarallo. O do tinto seco, feito com uva tannat, mostra dona Speranza, avó de Paola, ao lado do filho Antonio, no porto de Nápoles, em 1957, momentos antes de embarcarem rumo ao Brasil. Em outro, dona Speranza e Antonio comemoravam a abertura da pizzaria, um ano depois da chegada. O mérito da delicadeza dos rótulos é da Salton, segundo Paola. E pensar que a família veio para o Brasil para ajudar na construção da futura capital do País, Brasília. Desistiram da idéia quando souberam que a região já estava saturada de trabalhadores. Não demorou muito para perceberem, no entanto, que em São Paulo não havia ainda uma pizzaria napolitana, cuja característica principal é a iguaria de massa média, borda alta e pouco recheio. O carrochefe da Speranza foi inventado em Napoli para homenagear a rainha Margherita – o vermelho do tomate, o branco do queijo e o verde do manjericão simbolizam as cores da bandeira da Itália. Novidades A Speranza agora investe em novidades: a casa de Moema abre para o almoço. Paola quer acabar com a idéia de que pizza só pode ser apreciada à noite. "No mundo inteiro, elas são servidas durante o dia também. Menos na capital da pizza – São Paulo." Outra mudança a ser implementada pela neta da dona Speranza é o consumo de vinho branco durante as refeições. "Na Itália, essa bebida é a mais consumida nas pizzarias. O vinho branco, por ser ingerido gelado, combina mais conosco, com nosso clima", afirma.

EMPREENDEDORES Paola Tarallo, uma das proprietárias da Speranza: parceria com Salton garante sucesso do vinho da casa.

Ambiente agradável: 7 mil pessoas por mês.

Fotos da família enfeitam garrafas de vinho

Em 1990, dona Speranza morreu. E em 2006, a família se despediu de Antonio. Além de Paola, responsável pela imagem dos restaurantes, trabalham na empresa as irmãs Mônica e Marcela e o irmão Francesco. Durante dois anos, a casa de Moema passou por uma reforma, finalmente encerrada há poucos dias. O próximo passo será abrir uma loja, dentro da pizzaria, para vender os produtos de marca própria. Ao lado da geléia de maracujá com cachaça e do antepasto de pimentão, nas prateleiras vão estar outras delícias da casa.

Massa média, borda alta e pouco recheio

PEDRA

SEGREDO

O

sucesso da pizzaria Speranza é a perseverança e o respeito à história da família. "Também ficamos '24 horas' por dia dentro das duas casas", afirma uma das filhas do fundador da empresa, Paola Tarallo. "Estamos sempre de olho nos produtos. Nosso compromisso é com a qualidade." Atualmente, 140 funcionários trabalham nos dois endereços da família Tarallo, nos bairros do Bexiga e de Moema.

S

egundo Paola Tarallo, a empresa conseguiria crescer "muito mais" se houvesse incentivo fiscal. "O governo só pensa em cobrar, sem dar nada em troca". Outro empecilho são as leis trabalhistas. "O funcionário só pensa em lucrar se for mandado embora. Para o empregador é desanimador." Outro fator que atrapalha é a falta de segurança na cidade. "Temos um quadro grande de seguranças. Gastamos uma fortuna", diz Paola. (KS)


Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO

1 Milton Mansilha/Luz

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Oh, meu Deus! Diálogos na cabine do avião revelam o desespero dos pilotos. Dados ainda são insuficientes para explicar a tragédia. Milton Mansilha/Luz -19/07/2007

a maior

tragédia

A

Colégio “Rodrigues Alves”

DC

transcrição da caixa-preta com os últimos 30 minutos de conversa na cabine do Airbus A320 da TAM, que se acidentou no dia 17 de julho matando pelo menos 199 pessoas, revela que os pilotos foram avisados pela torre de controle de que a pista do Aeroporto de Congonhas estava molhada e escorregadia e eles estavam cientes dos problemas em relação a um dos reversos. Os 12 minutos finais de conversas entre pilotos e entre a aeronave e a torre foram lidos ontem na CPI do Apagão Aéreo. Alguns minutos antes da aterrissagem, já na aproximação final para pouso em Congonhas, o comandante lembra seu companheiro que a aeronave tem apenas um reverso em fun- Cenário da tragédia: pilotos sabiam que a pista principal de Congonhas estava escorregadia e que um dos reversos não funcionava cionamento. "Lembre-se: nós só temos um reverso." Um outro tripulante da aero- de: "Não consigo, não consigo." dos diálogos da caixa-preta mostra que houve nave responde: "Sim, nós só temos o esquerdo." O primeiro piloto exclama: "Oh, meu Deus". uma falha mecânica. No entanto, ponderam que Antes disso, um comissário a bordo pergunta à Desesperado, o segundo piloto grita: "Vai, vai, vi- ainda é prematuro afirmar que esse tenha sido o cabine pelo comunicador interno: "Onde será o ra, vira". Ouve-se, em seguida, um barulho de ba- motivo do acidente. "Vamos precisar ainda cruzar pouso?" Informado que seria em Congonhas, res- tida (provavelmente o toque do trem de pouso os dados da caixa-preta de voz com a caixa de daponde: "Que bom." com a mureta de proteção do aeroporto) e a última dos para que possamos definir os motivos do aciPouco antes do pouso, já com a pista 35L (pis- frase da caixa-preta, emitida pela torre de contro- dente. Não dá agora para responsabilizar os pilota principal) liberada pelo controle aéreo como le: "Ah, não". Os últimos sons são de batidas, cre- tos ou ter pré-concebida a idéia de que houve um destino do Airbus e a pouco mais de três quilô- ditados aos instantes finais do choque do avião problema da aeronave. Está claro que os freios metros do aeroporto, o comandante do avião com o prédio da TAM Express, no outro lado da não funcionaram, mas o que precisamos saber é pede informações à torre sobre condições da avenida Washington Luís. porquê não funcionaram", disse Marco Maia. pista: "torre, TAM 3054 a duas milhas, quais as A TAM informou que não vai se pronunciar soOs dados dos instrumentos de cabine podecondições da pista 35L?" Em resposta, um con- rão, em conjunto com as conversas dos pilo- bre os diálogos entre os pilotos. Só falará ao final trolador diz: "TAM 3054, pista 35L liberada para tos, determinar quais ações foram tomadas da investigação. O ministro da Defesa, Nelson Jopouso. Pista molhada e escorregadia com ven- por eles durante o pouso. Nos diálogos, não bim, disse que não vai comentar as transcrições. tos a 330 (graus em relação ao eixo da pista) e oi- há menção específica à operação do manete, "Estou conhecendo as hipóteses, mas não cabe a to nós (14,8 km/h)." alavanca que desacelera a turbina, mas as fra- mim emitir qualquer juízo, até porque isso seria Pela comunicação da cabine do Airbus, o pou- ses confirmam que houve tentativa fracassa- prematuro", afirmou. (Agências) so estava sendo efetuado normalmente até o to- da de reduzir a velocidade durante o pouso. Mais na página seguinte e em Política ( página 3) que no solo. A partir desse ponto, identificado na O relator da transcrição como um som semelhante ao toque na C P I d o A p apista, começam a aparecer sinais de problemas. g ã o , M a r c o Logo após o toque na pista, um dos pilotos afirma Maia (PT-RS) e que o Airbus está com apenas um reverso (equi- es pec ial ist as pamento que auxilia na desaceleração do avião em aeronáutidepois do pouso). Em seguida, um deles diz ca, brasileiros e "spoiler, nada", ao que o comandante responde: est rangei ros, "olhe isso." Na seqüência, o comandante pede: avaliaram que "Desacelera, desacelera". O outro piloto respon- a transcrição

SUPLETIVO O melhor no ENEM/2005 e 2006 Manh ã e No ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ite MATRÍCULAS ABERTAS PARA 2º SEMESTRE/2007 Reclassificação e Progressão Parcial (DP) R. Domingos de Moraes, 787 (Metrô Ana Rosa) www.colegiorodriguesalves.com.br

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Vai, vai, vira, vira. De um dos pilotos do Airbus, antes do choque com o prédio da TAM


DIÁRIO DO COMÉRCIO

E por que não pegar a estrada? Resultado do caos aéreo, venda de pacotes domésticos cai e roteiros rodoviários voltam a chamar a atenção Divulgação

Principal destino rodoviário na CVC é Serras Gaúchas (foto)

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om a crise aérea que assola o País há quase um ano, feriados prolongados e férias viraram sinônimo de muita dor de cabeça e longas esperas para os brasileiros. As autoridades garantem que a situação deve melhorar nos próximos meses, mas o mercado ainda está descrente. Segundo dados da Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV), as vendas de pacotes turísticos domésticos com aéreo caíram 25% em rela-

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ção ao ano passado. "Os pacotes estão no mercado e estão sendo vendidos, apesar de tudo. Mas não temos expectativas de crescimento este ano. 2007 já é um ano perdido para o turismo doméstico", diz Leonel Rossi Junior, diretor de Assuntos Internacionais da ABAV Nacional. Muita gente já pensa em ficar em casa para não ter problemas. Mas como para todo problema existe sempre uma solução, por que não esquecer um pouco aeroportos e aviões e investir em uma viagem rodoviária na próxima folga? Muitos já tiveram

Rotas traçadas virtualmente

primeiro passo para qualquer viagem é traçar o roteiro. A tarefa fica um pouco mais complicada quando o motorista será o próprio viajante. Nessa hora vale lançar mão de todos os recursos que a tecnologia oferece ao turista moderno. A começar pela internet. Na rede há vários serviços de localização. No Brasil, um dos mais conhecidos é o portal Apontador (www.apontador.com), que permite traçar rotas para mais de 5 mil cidades no Brasil. Além de indicar todos os detalhes entre os dois pontos escolhidos, o site ainda oferece informações sobre o consumo de combustível e o tempo de percurso da viagem, clima e até condições de trânsito. Outro endereço interessante na web é o Guia Rodoviário Online, do Guia Quatro Rodas ( h t t p : / / g u i a 4 r odas.abril.com.br/mapasbrasil/index.shtml), que também traça rotas, calcula o combustível que será usado e ainda informa a quantidade de pedágios ao longo do caminho e o gasto total com eles. O viajante indeciso ainda pode pegar dicas de roteiros interessantes Brasil afora. Mas se de tecnologia estamos falando, os aparelhos de navegação GPS não podem ficar de fora, afinal são a nova coqueluche de viajantes norteamericanos e europeus. Pequenos e práticos, são instala-

dos nos carros e oferecem mapas e indicam roteiros para os motoristas em telas coloridas. E apesar do preço ainda um pouco salgado aqui no Brasil, eles são de grande ajuda e valem o investimento na maioria dos casos, principalmente se você for bom de mapas e não quiser parar a cada novo posto para perguntar qual o caminho correto. O aparelho T-LEVO da Elgin (preço sugerido R$ 1.7999, venda em lojas especializadas em carros ou em lojas virtuais como Submarino, Americanas.com e Magazine Luiza), por exemplo, oferece até mil mapas, 12 capitais e 300 mil pontos de interesse - bares, restaurantes, teatros, postos de gasolina. Os pontos de interesse, aliás, também são o grande forte do Navegador Guia Quatro Rodas (R$ 1.899, venda pel o s i t e w w w . g u i a 4 r o pdas.com.br/navegador ou em lojas como Americanas, Fnac e Submarino), que conta ainda com 153 cidades em 11 Estados e 348 mil pontos de interesse, desde hotéis e pontos turísticos até lojas e lista telefônica, tudo com conteúdo das edições Abril. Assim, você não só traça a rota da viagem e acha o endereço que precisa na cidade visitada, como também pode escolher um bom barzinho indicado pela revista VI P o Guia 4 Rodas ou uma loja de móveis interessante selecionada pela Casa Claudia. (L.R.)

Presidente Alencar Burti Diretor de Redação Moisés Rabinovici Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira Editora Antonella Salem antonellasalem@uol.com.br Sub-editora Lygia Rebello lygiarebello@uol.com.br Chefe de reportagem Arthur Rosa

Editor de Fotografia Alex Ribeiro Editor de Arte José Coelho Diagramação Djinani Lima Ilustrações Abê Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122 Impressão Diário de S. Paulo

www.dcomercio.com.br

essa idéia. No mês passado, a Socicam, empresa que administra o Terminal Rodoviário Tietê, registrou um aumento de 20% no número de passageiros em relação a 2006, ou seja, passou de 850 mil para 1 milhão de pessoas. O aumento, de acordo com a empresa, é resultado das férias escolares, dos Jogos Pan-americanos e, principalmente, dos problemas na aviação. Anos atrás, quando apareceram as companhias aéreas low cost-low fare, com preços bastante competitivos, muitos turistas trocaram os bilhetes de

ônibus por passagens aéreas. Mas nem por isso, as viações deixaram de investir em conforto dentro de seus veículos e nem as agências deixaram de oferecer pacotes rodoviários. Hoje, com o caos aéreo instalado, esses roteiros voltam a chamar a atenção do viajante brasileiro. A Viação Cometa, por exemplo, registrou um crescimento progressivo, sendo que só na semana passada chegou a 30% de aumento nas vendas de passagens. Para a empresa, o maior aumento ocorreu para destinos próximos à capital paulista.

Sites de mapas e rotas na internet, como o Apontador, e aparelhos de navegação GPS, como o Navegador do Guia Quatro Rodas: duas modernidades que ajudam os viajantesmotoristas a preparar, com detalhes, o roteiro da viagem. Desde quanto combustível será gasto até indicações de restaurantes e hotéis no destino a ser visitado

Motorista, atenção antes de dirigir

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o caso de uma viagem de carro ou moto, os cuidados e precauções antes de pegar a estrada vão muito além do velho e bom conselho "se beber, não dirija". O primeiro passo, antes mesmo de entrar no carro é se certificar de que está com os documentos necessários Carteira Nacional de Habilitação e Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo, ambos em dia com relação à validade e pagamentos. É aconselhável, ainda, que o motorista descanse bastante antes de começar a dirigir e que pare a cada 160 quilômetros ou duas horas à frente do volante para relaxar um pouco. Cuidados e revisão no veículo também são imprescindíveis (veja tabela abaixo). E nunca é demais lembrar de usar o cinto de segurança durante toda a viagem, de preferência também para os passageiros do banco de trás, principalmente se estes são crianças. Kit - Pensando nas horas de espera que um turista pode enfrentar, seja nos aeroportos e rodoviárias ou em congestionamentos nas estradas, a ONG Férias Vivas - entidade sem fins lucrativos, cujo objetivo é "educar para o turismo e

Agências – "As vendas de ro- em péssimas condições." Segundo a assessoria de imdoviário já cresceram cerca de 10% por conta da crise aérea", prensa da CVC, é justamente o conta Salomão Barros Costa, di- problema das estradas que deretor comercial da Pomptur. "E a sanima a empresa a aumentar a nossa esperança é que aumente oferta. "Por enquanto, não exismuito mais." A operadora, uma tem planos de ampliar a quantidas principais do segmento no dade de roteiros rodoviários, País com 20% do total de suas até porque isto depende da quavendas de pacote rodoviário, lidade da malha rodoviária bratem frota própria. "Tem muito sileira, que não permite realizar passageiro migrando do aéreo roteiros muitos longos." "Pensando em grandes merpara o rodoviário. Estamos cados emissores, como São apostando nisso." Na CVC, os roteiros rodoviá- Paulo, destinos como Minas, rios (atualmente são 21) repre- Serras Gaúchas e interior pausentam cerca de 7% do volume lista serão beneficiados com as de vendas. No começo de 2006, viagens de ônibus. Tanto é assim que a ABAV já rerepresentavam 5%. gistrou um aumento Nesse segmento, cude 20% na ocupação jo principal destino é de hotéis que ficam a Serras Gaúchas, as até 400 km de grannovidades para este 2007 já é um des metrópoles, coano são: Brotas, Ara- ano perdido mo São Paulo, Rio, xá (Ouro Minas Hopara o turismo Porto Alegre e Recitel) e Blumenau com fe", diz Rossi Junior. Oktoberfest (em ou- doméstico. Mas viagem rodotubro). Além disso, Leonel Rossi desde julho todas as Junior, da ABAV viária não se resume apenas a ônibus. saídas dos roteiros Quem gosta de dirigir rodoviários são garantidas, independentemente tem uma infinidade de roteiros, basta apenas fazer uma revisão do número de passageiros. Na viação Itapemirim, o au- no carro antes de pegar a estrada mento na venda de passagens (leia na matéria abaixo). Amantes foi de 20% e a expectativa é que de motos também podem fazer esse número se mantenha até o as malas, mesmo que não tenha fim do ano. "Esperávamos um uma, pois há agências que ofecrescimento ainda maior, mas recem pacote com o aluguel da muita gente optou por viajar moto. A bicicleta é outra categocom o próprio carro. Acredita- ria que entra no rol de opções de mos que com a crise aérea have- viagens sem aéreo e que podem rá uma retomada nas viagens de render boas aventuras. Quer radicalizar? Então, esônibus, principalmente para viagens de curta duração", afir- queça as convenções e viaje numa Emilio Martins Mendes, ge- ma "casa sobre rodas". Sim, alugue um motor home, com morente de vendas da empresa. Estradas – Segundo Rossi Ju- torista, e curta, literalmente, a nior, da ABAV Nacional, é nesse estrada. Para facilitar sua vida, o nicho – roteiros de curta dura- DC Boa Viagem selecionou pação – que os pacotes rodoviários cotes de ônibus, bike e moto. podem sair ganhando a médio e Afinal, os aviões encurtam longo prazo. "Nosso País é um distâncias, mas omitem cenápaís de dimensões continentais rios e paisagem que fazem e mesmo com a crise aérea nin- parte do trajeto. Só mesmo guém mais quer passar dias uma viagem por terra pode renum ônibus para ir de São Paulo velar essas belezas. Embarque ao Nordeste, por exemplo. Sem nessa idéia e aproveite. (Colafalar que nossas estradas estão borou Antonella Salem)

Divulgação

Por Lygia Rebello

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

o lazer seguro e responsável - dá a dica de um "kit emergência". "É uma lista de cuidados para que o turista possa se precaver contra essas situações de longa espera, independentemente do meio de transporte, principalmente para quem viaja com crianças", explica a diretorapresidente da ONG, Sílvia Basile. "E isso significa apenas uma pequena mochila a mais", observa. Os itens básicos sugeridos são: alimentos (frutas, bolachas, cereais e outros tipos de comida que não precise de refrigeração – evitar muito chocolate), bebidas, jogos (especialmente aqueles que não possuem peças pequenas e que façam as crianças ficarem sentadas), trocas de roupa (em caso da temperatura mudar ou a roupa sujar) e produtos de higiene pessoal (imprescindível é o papel higiênico, mas pode-se incluir outros itens como pasta e escova de dentes). "No caso de adultos, para passar o tempo pode-se pensar em livros e revistinhas de palavras cruzadas", conclui Sílvia. Veja mais informações no site www.feriasvivas.org.br. (L.R.)

Reprodução

2 - TURISMO


Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

1

Milton Mansilha/Luz

Importações ajudam a conter os preços e aumentam a oferta. Alencar Burti

COM A AJUDA DO FRIO, VENDAS AUMENTARAM 6,3% EM JULHO.

Houve expansão das vendas à vista e a prazo, segundo a Associação Comercial. Marcos Fernandes/Luz

Vanessa Rosal

A

A

s vendas de roupas e calçados, impulsionadas pelo frio intenso da última semana de julho, foram o destaque do varejo no mês. De acordo com os indicadores divulgados ontem pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o movimento cresceu 6,3% sobre julho de 2006, com destaque também para os bens com maior valor agregado. O principal medidor das compras no crediário, o número de consultas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), revelou expansão de 6,7% nas vendas a prazo nesse período em relação a julho do ano passado. Já as consultas ao UseCheque, que mostram o ritmo dos negócios à vista, aumentaram 5,9%. "A proximidade do Dia dos Pais e as liquidações de inverno contribuíram para o bom desempenho do comércio", disse o economista Emílio Alfieri, da ACSP. Segundo ele, o último final de semana de julho, se comparado ao mesmo período do ano passado, apresentou crescimento de 14,2% no número de consultas ao UseCheque. "Tra-

Faturamento em elevação

O

ritmo continua aquecido no varejo paulistano em 2007. É o que mostra a nova Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), feita DC

Você já pode oferecer um importante benefício ao seu funcionário sem nenhum custo para sua empresa.

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Montadoras batem novo recorde

Liqüidações de inverno ajudaram a aumentar as vendas

ta-se de um aumento fora de qualquer previsão estatística, mas muito importante para o resultado final dos indicadores econômicos de julho." Para o presidente da ACSP, Alencar Burti, diversos fatores explicam o desempenho das vendas neste ano. "A expansão do crédito, a queda das taxas de juros e o alongamento dos prazos do crediário fazem cair o valor das prestações. Há também a melhora do emprego e da renda, além do efeito das importações, que ajudam a conter os preços e aumentam a oferta de produtos", observou o presidente da entidade. Inadimplência — A pesquisa mostra ainda que a quantidade de registros recebidos no cadastro de inadimplentes do

SCPC aumentou 7,7% se comparado a julho de 2006, enquanto o número de registros cancelados cresceu 4,8%. Segundo Alfieri, o cenário requer cautela, mas os lojistas podem ficar tranqüilos. "Como as vendas se elevam todos os meses, é natural que a inadimplência aumente um pouco também. Nada que não possa ser controlado", afirmou. Na avaliação de Burti, a ligeira alta da inadimplência serve de alerta para o lojista ficar atento na hora de conceder crédito. Ele disse que o varejo deve continuar a crescer na faixa dos 6% até o final do ano, desde que haja continuidade da política de redução das taxas de juros adotada pelo Banco Central (BC).

mensalmente pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). Em junho, na capital paulista, o faturamento real do varejo – descontada a inflação – registrou alta de 5,3% sobre o mesmo período de 2006. Foi o sexto avanço seguido.

Em 2007, o crescimento acumulado é de 4%. Segundo a Fecomercio, dos nove setores pesquisados, oito tiveram incremento. O melhor desempenho, mais uma vez, ficou por conta de móveis e decorações, com aumento de 24,1%. (AE)

indústria automobilística obteve novo recorde em julho, com vendas de 213 mil veículos, o maior volume mensal em meio século, desde a chegada das montadoras ao Brasil. A melhor marca anterior havia sido alcançada em maio, com 211,1 mil unidades. No ano, as vendas acumuladas somam 1,295 milhão de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, 26 1% a mais que no mesmo período de 2006. O resultado de julho foi 7,1% maior que o de junho e 28% superior ao de igual mês do ano p a s s a d o . C o m o m e rc a d o aquecido e a necessidade de atender à demanda, a PSA Peugeot Citroën anunciará hoje a criação de um terceiro turno de trabalho na fábrica de Porto Real (RJ), com a contratação de até 700 funcionários. Financiamentos com prazos longos e juros em queda, melhora da massa salarial e maior confiança na economia são apontados pelas empresas como os principais facilitadores das vendas. Julho teve um fator extra: a crise no setor aéreo pode ter influenciado na antecipação da compra de carros novos para viagens rodoviárias com o objetivo de escapar dos atrasos nos aeroportos.

213

mil veículos foram vendidos no mercado interno em julho, o maior volume mensal registrado em cinco décadas. "O desempenho de julho foi uma surpresa para a indústria", afirma o presidente da General Motors do Brasil, Ray Young. "Talvez as pessoas tenham deixado de viajar e trocaram de carro ou então compraram mais carros para não viajar de avião", diz. No segmento de automóveis e comerciais leves, as vendas somaram 202,4 mil unidades em julho, 7,2% a mais que em junho e 27,9% acima dos números de julho de 2006. No ano, foram vendidos 1,231 milhão de unidades, 26,2% acima do registrado no período de janeiro a julho do ano passado. A Fiat lidera o mercado, com 25,9% de participação, seguida pela Volkswagen, com

23,3% e General Motors, com 21,2%. Juntas, a Peugeot e a Citroën, que vão ampliar a produção, detêm 6% das vendas. Balanço — A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulga o balanço completo do setor na próxima segunda-feira, com dados de produção e exportações. A entidade projeta para o ano aumento de 22% nas vendas, que devem atingir 2,35 milhões de unidades. Para alcançar a meta, as empresas terão de vender, de agosto a dezembro, em média, 210 mil carros por mês. A demanda aquecida tem provocado fila de espera de alguns modelos, casos de Prisma, Celta, S10, Classic, todos da GM, e Hilux, da Toyota, e Polo, da Volkswagen. "No mês passado, entregamos 40 mil veículos para as revendas e neste mês vamos entregar 50 mil, o que deve acabar com a fila de espera", informa Young. Os modelos mais vendidos em julho continuaram sendo o Gol (23,8 mil unidades) e o Palio (19,7 mil). O recém-lançado Logan, da Renault, vendeu 1,2 mil unidades no período. De junho para julho, a montadora francesa aumentou suas vendas em 14,8%, para 5.265 veículos. (AE)


Transpor te Saúde Av i a ç ã o Ciência

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

UMA UNANIMIDADE: É CEDO PARA CONCLUSÕES

Jamil Bittar/Reuters

2

Trechos da conversa dos comandantes da TAM são exibidos durante sessão de CPI no Congresso Nacional.

Eugênio Goulart/AE -17/07/2007

Quando tudo está nas mãos do piloto

internet de papel

P

iloto com experiência de 20 mil horas de vôo em aviões da Airbus, o português José Alberto de Sousa Monteiro, comandante aposentado da TAP, relata que o A320 tem uma alavanca manual para acionar o freio localizado na asa (o spoiler), caso ele não seja acionado automaticamente. Também perito da Organização de Aviação Civil Internacional (Oaci), ele diz, no entanto, que o mais importante, agora, é o confronto da transcrição das gravações de voz do vôo 3054 com a segunda caixa preta, para saber se esse dispositivo foi usado. "Os spoilers são superfícies que saem automaticamente por cima das asas após a aterrissagem, empurrando o avião de encontro ao chão, aumentando muito o atrito e, desse modo, a eficiência da frenagem. Se eles não saem automaticamente, há uma alavanca que os faz sair se for manualmente utilizada. Foi usada essa alavanca? Não foi? Não se depreende (com a transcrição)", diz Monteiro, que pilotava um A340 para vôos de longa duração. "Só a leitura e interpretação dos parâmetros de vôo contidos nas caixas-pretas será a maior e mais fiel fonte de informação para ser possível ajuizar de forma correta o que de fato se passou. O que está em jogo são valores humanos e materiais que merecem a mais elevada consideração e respeito", acrescenta o comandante Monteiro. Insuficiente – O assessor de segurança de vôo do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), comandante Célio Eugênio de Abreu Jr., considera que a transcrição da caixa-preta com as gravações de voz do A320 da TAM ainda é insuficiente para determinar as causas do acidente, mas revela que

Reprodução/Airliners.net

DE PARAR O TRÂNSITO No aeroporto de Gibraltar (acima e à esq.), enclave britânico reivindicado pela Espanha no sul da Península Ibérica, a pista de pouso e aterrissagem cruza uma avenida de intenso movimento. Operar uma aeronave no local exige habilidade dos pilotos. E dos guardas de trânsito. Reprodução/Airliners.net

tragédia

os pilotos foram surpreendidos pela falha no freio localizado na asa (spoiler). "É preciso agora analisar a outra caixapreta, porque possivelmente alguns comandos não funcionaram", afirma o assessor do SNA, entidade de classe que integra a comissão de investigação do acidente da TAM. A pista – De acordo com um ex-piloto da Força Aérea Brasileira (FAB), a transcrição "tira o peso" da responsabilidade sobre da pista de Congonhas no acidente. "A pista não foi o fator preponderante, ela contribuiu. É preciso agora avaliar se houve falha humana, de manutenção ou estrutural do avião. Ou se foi uma conjunção de tudo isso", diz o ex-piloto, que pediu para não ser identificado. O comandante Enio Lourenço Dexheimer, ex-piloto da Varig e instrutor de vôo no simulador da Faculdade de Ciências Aeronáuticas da PUC-RS, concorda que a transcrição deslocou o foco da pista de Congonhas, mas ressalta que ela pode ter influenciado na atuação do piloto da TAM. "A pista pode ter influenciado psicologicamente. Será que o piloto esqueceu de fazer alguma coisa porque a pista estava molhada? Isso pode ter sido um fator de estresse", disse. Confronto – As primeiras informações divulgadas sobre os dados das caixas-pretas levaram o especialista em acidentes aéreos Raymond Auffray a afirmar que apenas um possível do piloto não explicaria o acidente. Segundo ele, a possibilidade de o avião desobedecer um comando manual é de uma em um bilhão. O especialista francês diz que os responsáveis pela investigação precisam confrontar todos os dados das caixa-pretas antes de tirar qualquer conclusão. Auffray investigou quase 3 mil acidentes desde 1964. Entre eles, o do avião da Varig, em Paris, em 1976. Hoje cuida de questões aeronáuticas a serviço da Justiça francesa. (Agências)

OUSADIA JAPONESA – Aeroporto em Nagoya (quarta cidade

POUSO ENTRE AS FLORES – O aeroporto da Ilha das Flores, que integra o arquipélago português dos Açores, é pequeno e está localizado em um istmo. Operações de pouso e decolagens passam por procedimentos que exigem todo cuidado dos pilotos. Reprodução/Airliners.net

a maior

Reprodução/Airliners.net

"É preciso comparar as caixas-pretas"

Reprodução/Airliners.net

Especialistas esperam análises mais completas para determinar causas

Reprodução/Airliners.net

A queda do Airbus da TAM, em São Paulo, colocou em xeque a segurança de Congonhas. Mas pelo mundo há aeroportos de arrepiar os cabelos. O site www.airliners.net mostra em detalhes como funciona o mundo da aviação.

PARAÍSO – As Ilhas Salomão são um país localizado no Oceano Pacífico e seus habitantes são súditos da rainha Elizabeth II. Trata-se de um paraíso, mas de acesso difícil, a julgar pela imagem de seu aeroporto.

mais populosa do Japão, com 2.198 633 habitantes, e centro econômico da região central do país) prima pela tecnologia e pela localização: uma espécie de grão de areia no oceano. Pilotos, além de experiência, necessitam de boa pontaria para direcionar suas aeronaves e levá-las a um pouso seguro.

TIRANDO FINA – Além de praias cinematográficas, a ilha de Saint Marteen, no Caribe, oferece a seus visitantes uma atração extra e emocionante: como mostra a imagem de simulador (à esq.), aviões pousam e decolam quase rente a banhistas, carros e avenidas.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - ECONOMIA SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA:

FDE AVISA: TOMADA DE PREÇOS A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio(s) escolar(es): TOMADA DE PREÇOS N.º - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/1231/07/02 - EE Profª Luiza Collaço Queiroz Fonseca - Rua Vicente Moreira da Rocha, 44 - Vila Ferrazópolis / São Bernardo do Campo/SP - Reforma = 210; Adequação (Cobertura de Quadra) = 90 - R$ 49.942,00 – R$ 4.994,00 – 09:30 – 20/08/2007. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 03/08/2007, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 17/08/2007, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Fábio Bonini Simões de Lima Presidente

CONCORRÊNCIA A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Construção de ambientes complementares, de sala de aula com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador e Reforma de prédio escolar: CONCORRÊNCIA N.º - PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO - PRAZO - ÁREA - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR - GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/1453/07/01 - EE Prof. José Joaquim Cardoso de Mello Neto - Rua Teixeira Lopes, 95 - Jardim das Rosas - Capão Redondo - São Paulo/SP - 210 - 505,73; EE Jor David Nasser - Rua Severiano Cardoso, 280 - Jardim Macedônia - Capão Redondo - São Paulo/SP - 210 291,62 - R$ 193.714,00 - R$ 19.371,00 - 09:30 - 04/09/2007. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 - Bom Retiro - São Paulo - SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 03/08/2007, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 50,00 (cinquenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 03/09/2007, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Fábio Bonini Simões de Lima Presidente

FRIGORÍFICO CERATTI S.A. CNPJ n.º 60.832.409/0001-04 - NIRE 35.300.123.697 ATA DE ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA E EXTRAORDINÁRIA REALIZADA NO DIA 23 DE JANEIRO DE 2007 1. Data, Hora e Local: 23 (vinte e três) de janeiro de 2007, às 10:00 horas, na sede social, situada na Capital do cargos até a posse dos novos Conselheiros. §1º A investidura no cargo de Conselheiro far-se-á por termo lavrado Estado de São Paulo, na R. Comandante Taylor, 976, Ipiranga. 2.Composição da Mesa: Evelina Inês Bendetti Di e assinado no Livro de Atas de Reuniões do Conselho de Administração.§2º Em caso de impedimento ou vacância Benedetto - Presidente. Luiz Bersou - Secretário. 3.Presença: Acionistas representando a totalidade do capital do cargo de Conselheiro, caberá ao Conselho de Administração eleger o substituto que servirá até a primeira social da Companhia, conforme assinaturas apostas no livro de presença de acionistas e na lista de pre- Assembléia Geral, a ser convocada no prazo de 30 (trinta) dias da vacância,observadas as disposições deste sença,dispensada a convocação prévia,nos termos do art.124, §4º da Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976 capítulo.Art.22 A Assembléia Geral elegerá, entre os mem-bros do Conselho de Administração, o Presidente e o Presente também o Diretor, Sr.Mario Ceratti Benedetti,para fins do disposto no art.134, §1º da Lei 6.404, de 15 de Vice-Presidente deste órgão. §Único Compete ao Presidente convocar e presidir as Assembléia Gerais e as dezembro de 1976. 4.Publicações: Em conformidade com o disposto no art.133, §5º da Lei 6.404, de 15 de reuniões do Conselho, sendo substituído, nos seus impedimentos ou ausências, pelo Vice-Presidente do dezembro de 1976, foram colocadas à disposição dos acionistas sobre a mesa diretora dos trabalhos: (i) as De- Conselho, com todos os poderes e atribuições inerentes ao cargo.Art.23 O Conselho de Administração reunir-semonstrações Financeiras referentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2004,publicadas nas á, ordina-riamente, uma vez por mês e, extraordinariamente, sempre que necessário, quando convocado pelo edições de 29 de setembro de 2005 do Diário Oficial do Estado de São Paulo e do jornal Diário do Comércio; e (ii) Presidente, pelo Vice-Presidente ou por dois Conselheiros em conjunto, com antecedência mínima de 3(três) as Demonstrações Financeiras referentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2005, publicadas dias, sendo as reuniões válidas quando contarem com a presença de 2/3(dois terços) de seus membros em na edição de 20 de outubro de 2006 do Diário Oficial do Estado de São Paulo, e na edição de 20, 21 e 22 de exercício.§1º Independentemente da convocação prevista nesta cláusula, serão válidas as reuniões do Conselho outubro de 2006 do jornal Diário do Comércio. 5. Ordem do Dia: 5.1 Em Assembléia Geral Ordinária - i. exame, que contarem com a presença da totalidade dos membros em exercício. §2º As deliberações do Conselho de discussão e votação das Demonstrações Financeiras relativas aos exercícios sociais encerrados em 31 de Administração serão tomadas por maioria de votos e constarão de atas lavradas e assinadas no livro próprio.Em dezembro de 2004 e 31 de dezembro de 2005; e ii. deliberação sobre a destinação do resultado do exercício de caso de empate nas votações,a matéria será submetida à apreciação da Assembléia Geral. Artigo 24 Compete ao 2004 e 2005. 5.2 Em Assembléia Geral Extraordinária:i.ratificação das deliberações tomadas na Reunião do Conselho de Administração:a)fixar a orientação geral dos negócios da Companhia; b) eleger e destituir os Conselho de Administração da Companhia realizada em 20 de outubro de 2006, a saber: aprovação da outorga, diretores da Companhia;c)convocar a Assembléia Geral Ordi-nária e, quando necessário, a Assembléia Geral Ex pela Companhia, de fiança em favor da Omamori Indústria de Alimentos Ltda., sociedade controlada pela traordinária;d)manifestar-se previa-mente sobre o relatório da administração e as contas da Diretoria; e) propor à Companhia, em operação bancária contratada pela primeira junto ao Banco Mercantil do Brasil S.A., no valor de Assembléia Geral a destinação do lucro líquido do exercício;f)autorizar a Diretoria a praticar atos de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais); ii.inserção de §único ao art.34 do Estatuto Social para permitir aos aquisição,compra e venda,permuta, transferência ou qualquer forma de alienação ou promessa de alienação de Diretores representar a Companhia na concessão de fianças ou avais em favor de sociedades por ela controladas; bens do ativo imobilizado da Companhia em montante total superior a R$30.000,00 (trinta mil reais),corrigido a e iii. consolidação do Estatuto Social. 6. Deliberações: 6.1 Em Assembléia Geral Ordinária, os acionistas, por partir desta data pela variação do IGP-M/FGV-Índice Geral de Preços-Mercado publicado pela Fundação Getúlio unanimidade dos presentes, com abstenção dos legalmente impedidos: i.aprovaram, integralmente e sem Vargas ou,na ausência deste,por qualquer outro índice que venha a substituí-lo e reflita a desvalorização da ressalvas, as Demonstrações Financeiras, referentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2004; moeda no período;g)autorizar a Diretoria a celebrar emprés-timos e financiamentos, junto a quaisquer ii. aprovaram a destinação do lucro liquido do exercício findo em 31 de dezembro de 2004, de forma que ao estabelecimentos bancários,privados ou oficiais,instituições financeiras e outros estabelecimentos de montante de R$546.172,00 (quinhentos e quarenta e seis mil, cento e setenta e dois reais) seja dado o seguinte crédito,contratos de câmbio e contratos de prestação de serviços em montante total superior a R$200.000,00 tratamento: a) R$27.308,60 (vinte e sete mil, trezentos e oito reais e sessenta centavos) sejam destinados à conta (duzentos mil reais), corrigido a partir desta data pela variação do IGP-M/FGV-Índice Geral de Preços-Mercado Reserva Legal, nos termos do art. 39, alínea “a” do Estatuto Social da Companhia e do art. 193 da Lei 6.404/76; publicado pela Fundação Getúlio Vargas ou, na ausência deste, por qualquer outro índice que venha a substituí-lo b) R$54.617,20 (cinqüenta e quatro mil, seiscentos e dezessete reais e vinte centavos) sejam destinados ao pa- e reflita a desvalorização da moeda no período;e h)aprovar as matérias previstas no artigo 25,abaixo,para que gamento aos acionistas dos dividendos obrigatórios previstos no art.39, alínea “b” do Estatuto Social da sejam submetidas à Assembléia Geral.Art.25 Caberá ao Conselho de Administração examinar as matérias abaixo Companhia e no art.202, caput, da Lei 6.404/76; c) o saldo do lucro líquido do exercício, no montante de discriminadas que,se aprovadas,serão submetidas à Assembléia Geral:a)aumentos do capital social que não R$464.246,20 (quatrocentos e sessenta e quatro mil, duzentos e quarenta e seis reais e vinte centavos), será sejam decorrentes da correção da expressão monetária de seu valor; b)reforma do Estatuto Social; c)criação ou destinado à Reserva de Lucros disciplinada no art.39, §3º do Estatuto Social da Companhia. iii.aprovaram, extinção de espécies ou classes de ações e alteração dos direitos e vantagens das espécies ou classes de ações integralmente e sem ressalvas, as Demonstrações Financeiras relativas ao exercício social encerrado em 31 de já existentes; d)amortização ou resgate de ações e a instituição de reservas para esse fim; e)participação em dezembro de 2005; e iv. aprovaram a destinação do lucro líquido do exercício findo em 31 de dezembro de outras sociedades e investimentos imobiliários; f)participação em consórcios ou grupos de sociedades; e 2005,de forma que ao montante de R$2.544.736,00 (dois milhões, quinhentos e quarenta e quatro mil, setecentos g)incorporação, fusão, cisão ou transformação da sociedade.Capítulo V-Da Diretoria Art.26 A Diretoria será e trinta e seis reais), seja dado o seguinte tratamento: a) R$127.236,80 (cento vinte e sete mil, duzentos e trinta e composta de até 6 (seis)membros sem designação especial,acionistas ou não,mas residentes no país,eleitos pelo seis reais e oitenta centavos) sejam destinados à conta Reserva Legal, nos termos do art.39, alínea “a” do Conselho de Administração, cabendo à Assembléia Geral a fixação de seus honorários Art.27 O prazo de Estatuto Social da Companhia e do art.193 da Lei 6.404/76; b) R$254.473,60 (duzentos e cinqüenta e quatro mil, mandato da Diretoria, que é reelegível, é de 3(três) anos, mas, quaisquer que sejam as datas de suas eleições, quatrocentos e setenta e três reais e sessenta centavos) sejam destinados ao pagamento aos acionistas dos os mandatos dos Diretores terminarão na data de realização da Assembléia Geral que examinar as contas do dividendos obrigató-rios previstos no art.39, alínea “b” do Estatuto Social da Companhia e no art. 202, caput, da último exercício de suas gestões. Por outro lado, mesmo quando vencidos os respectivos mandatos, os Diretores Lei 6.404/76; c) o saldo do lucro líquido do exercício, no montante de R$2.163.025,60 (dois milhões, cento e continuarão no exercício de seus cargos até a posse dos novos Diretores.Art.28 A investidura no cargo de Diretor sessenta e três mil, vinte e cinco reais e sessenta centavos), será destinado à Reserva de Lucros disciplinada no far-se-á por termo lavrado e assinado no livro de Atas de Reuniões da Diretoria,independentemente de caução. art.39, §3º do Estatuto Social da Companhia; 6.2 Em Assembléia Geral Extraordinária, os acionistas, por Art.29 Nos impedimentos ou ausências temporárias de qualquer Diretor,o seu substituto será designado pela unanimidade dos presentes: i. ratificaram as deliberações tomadas pelo Conselho de Administração em reunião Diretoria. § Único Ocorrendo vaga na Diretoria,proceder-se-á de acordo com o estabelecido neste artigo realizada em 20 de outubro de 2006, cuja ata constitui o Anexo II à presente, na qual foi aprovada a outorga, pela perdurando a substituição interina até o provimento definitivo do cargo pelo Conselho de Administração.Além dos Companhia, de fiança em favor da Omamori Indústria de Alimentos Ltda., sociedade controlada pela Companhia, casos de morte ou renúncia,considerar-se-á vago o cargo do Diretor que sem justa causa deixar de exercer suas em operação bancária contratada pela primeira junto ao Banco Mercantil do Brasil S.A., no valor de R$1.000.000,00 funções por 30(trinta) dias consecutivos. Art.30 A Diretoria reunir-se-á sempre que convocada por qualquer de (um milhão de reais); ii. aprovaram a inserção de §único ao art.34 do Estatuto Social para permitir aos Diretores seus membros,com 3(três)dias de antecedência e essas reuniões serão válidas quando contarem com a re-presentar a Companhia na concessão de fianças ou avais em favor de sociedades por ela controladas. Em presença,ou representação, de 2/3(dois terços) de seus membros em exercício. §1º Fica dispensado o interregno vista de tal deliberação, o referido artigo passará a vigorar com a seguinte redação:“Art.34 É vedado aos Diretores de 3(três) dias no caso de a Diretoria se reunir com a presença, ou representação, de todos os seus membros.§2º concederem fianças ou avais em nome da Companhia, bem como contraírem obrigações de qualquer natureza, Nas reuniões de Diretoria,pode o Diretor ausente ser representado por outro,seja para formação de “quorum”,seja em operações estranhas aos negócios e objetivos sociais, respondendo cada um deles pessoalmente pela para a votação,e igualmente,são admitidos votos por carta, tele-grama ou telex, quando recebidos na sede social infringência desta cláusula. §Único A vedação contida no art.34 não se aplica a fianças, avais e/ou qualquer outro até o momento da reunião.§3º Em todas as reuniões de Diretoria,as deliberações serão tomadas por maioria de tipo de garantias concedidas pela Companhia em favor de sociedades das quais participe como sócia ou acionista, votos e cons-tarão de atas lavradas e assinadas no livro próprio.§4ºEm caso de empate nas deliberações da desde que nesses atos a Companhia seja representada por três Diretores.” iii. em razão da deliberação supra, os Diretoria, a matéria será submetida ao Conselho de Administração. Art.31 Além dos que forem necessários à acionistas decidiram consolidar o Estatuto Social,que passa a integrar a presente Ata como seu anexo. realização dos fins sociais e ao funcionamento regular da companhia,fica,ainda,a Diretoria investida de poderes 7.Documentos Arquivados na Sede Social: Publicações das Demonstrações Financeiras relativas aos para transigir, renunciar,desistir, firmar compromissos, confessar dívidas e fazer acordos. Art.32 Compete, exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2004 e 31 de dezembro de 2005, referidas em 4, supra. 8. especialmente, à Diretoria: a)apresentar ao Conselho de Admi-nistração o Relatório da Diretoria e as Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foi oferecida a palavra a quem dela quisesse fazer uso e, ante a Demonstrações Financeiras previstas em lei,depois de submetidas ao pa-recer do Conselho Fiscal,se em ausência de manifestações, foram encerrados os trabalhos e lavrada a presente Ata, em forma de sumário, nos funcionamento; b)deliberar sobre a instalação ou supressão de filiais,escritórios, agências,depósitos e outras termos do art. 130, §1º, da Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Concluída a lavratura do documento, este foi dependências da Companhia.§Único Os Diretores dividirão entre si as atribuições da Diretoria.Art.33 A lido, achado conforme e assinado por todos os presentes. “Estatuto Social do Frigorífico Ceratti S.A. Capítulo Companhia considerar-se-á obrigada quando representada: a)conjuntamente,por dois Dire-tores,nos atos I - Da Denominação,Sede,Prazo de Duração e Objeto Social Art.1º O Frigorífico Ceratti S.A. é uma sociedade normais de gestão; b)conjuntamente por um Diretor e um procu-rador, de acordo com a extensão dos poderes que anônima regida pelo presente Estatuto Social e pelas disposições legais que lhe forem aplicáveis. Art.2º A lhe houverem sido conferidos; c)conjuntamente por dois procu-radores, de acordo com a exten-são dos poderes Companhia tem sede na Rua Comandante Taylor, 976, no Município, Comarca e Estado de São Paulo, que é seu que lhes houverem sido conferidos; d)isoladamente por um Dire-tor ou um procurador, de acor-do com os poderes foro. §Único Por deliberação da Diretoria, poderão ser instaladas, transferidas ou extintas filiais, escritórios, que lhe houverem sido conferidos,observado o disposto no §4º, infra. §1º Nos atos de aquisi-ção,alienação,oneração, agências ou depósitos em qualquer ponto do território nacional ou do exterior. Art.3º O prazo de duração da locação ou arrendamento de bens do ativo permanente, e de celebração de contratos de qualquer natureza, de Companhia é indeterminado. Art.4º A Companhia tem por objeto: a) a fabricação e comercialização de produtos valor superior a R$ 20.000,00 (vinte mil reais), a Companhia somente poderá ser represen-tada por dois Diretores alimentícios; b)a industrialização de produtos derivados da carne bovina e suína; c)a industrialização da carne em conjunto,ou por um Diretor em conjunto com um procu-rador com poderes específicos, observado, ademais, congelada ou frigorificada; d)a exportação de produtos de sua fabricação; e e) a participação em outras o disposto nas alíneas “f” e “g” do artigo 24, supra. §2º Nos atos de constituição de procu-radores,a Companhia sociedades como sócia, quotista ou acionista. Capítulo II - Do Capital e das Ações Art.5º O capital social é de deverá ser representada por dois Diretores.§3º Salvo quando para fins judiciais, todos os demais mandatos R$1.710.818,15 (um milhão, setecentos e dez mil, oitocentos e dezoito reais e quinze cen-tavos), totalmente outorgados pela Companhia terão prazo de vigência determi-nado.§4º A representação da Companhia por um só integralizado e dividido em 50.000 (cinqüenta mil) ações ordinárias nominativas, sem valor no-minal, sendo Diretor ou procurador está limitada aos seguintes atos: a)de endosso de cheques ou duplicatas em favor de 25.000 (vinte e cinco mil) de classe “A” e 25.000 (vinte e cinco mil) de classe “B”.Art.6º A Com-panhia poderá, a estabelecimentos bancários, para efeito de depósito, desconto, caução, penhor mercantil ou cobrança, inclusive qualquer tempo, por deliberação da Assembléia Geral, criar ações preferenciais sem direito a voto ou aumentar para assinar, em nome da Companhia, os respectivos contratos, propostas e “borderaux”; b)de representação as ações preferenciais de classe existentes sem guardar proporção com as demais, até o limi-te de 2/3 (dois perante quaisquer repartições públicas federais, estaduais e muni-cipais, Banco Central do Brasil, Banco do terços) do total das ações emitidas, observadas as disposições legais e as do presente Estatuto, sendo no último Brasil, inclusive a Carteira do Comércio Exterior (CACEX),Carteira de Câmbio e quaisquer outras, Secretaria da caso dispensada a realização de Assembléia especial dos titulares de ações preferenciais. Art. 7º As ações terão Receita Federal, Secretaria da Fazenda, autarquias e Correios e Telégrafos; c)de representação perante a Justiça obrigatoriamente a forma nominativa, sendo inconversíveis em outra forma. Art.8º A cada ação ordinária do Trabalho e Sindicatos,inclusive para matéria de admissão,suspensão ou demissão de empregados e/ou nominativa corresponde um voto nas deliberações da Assembléia Geral. Art.9º Cada classe de ações ordinárias acordos trabalhistas. Art.34 É vedado aos Diretores concederem fian-ças ou avais em nome da Companhia,bem tem o direito de eleger 3 (três) membros do Conselho de Administração da Companhia. §Único A alteração do como contraírem obrigações de qualquer natureza,em operações estranhas aos negócios e objetivos Estatuto Social na parte que se refere aos direitos de cada classe de ações requererá a concor-dância expressa sociais,respondendo cada um deles pessoalmente pela infringência desta cláusula. §Único A vedação contida no da maioria absoluta dos titulares das ações da classe atingida.Art.10 As ações preferenciais, inconversíveis em artigo 34 não se aplica a fianças, avais e/ou qualquer outro tipo de garan-tias concedidas pela Com-panhia em ordinárias, não terão direito a voto nas Assembléias Gerais e gozarão das seguintes vantagens: a)prioridade no favor de sociedades das quais participe como sócia ou acionista, desde que nesses atos a Companhia seja reembolso do capital no caso de liquidação da Companhia e, após reembolsadas as ações ordinárias, participação representada por três Diretores.Capitulo V-Do Conselho Fiscal Art.35 A Companhia não terá Conselho Fiscal igualitária com essas últimas no rateio do excesso do patrimônio líquido que se verificar;b)participação,em permanente,instalando-se este somente a pedido de acionista que representem, no mínimo, 0,1(um déci-mo) das igualdade de condições com as ações ordinárias,na distribuição,pela Companhia, de lucros, bonificações ou ações com direito a voto ou 5% (cinco por cento) das ações sem direito a voto.Art.36 Caso seja solicitado seu outras vantagens, inclusive nos casos de aumento de capital mediante correção monetá-ria e capitalização de funcionamento,os acionistas deverão determinar o número de membros efetivos e igual número de suplentes que reservas e lucros. § Único O não pagamento de dividendos por três exercícios consecu-tivos conferirá às ações comporão o Conselho Fiscal;cada período de seu funcionamento terminará na primeira Assembléia Geral preferenciais o direito de voto, que persistirá até a Assembléia Geral que determinar a distribuição de dividendos. Ordinária após sua instalação.Art.37 A remuneração dos conselheiros fiscais será determinada pela Assembléia A aquisição do direito de voto não implicará na perda, para essas ações, da sua quali-dade de preferenciais. Geral que os eleger.Capítulo VI-Do Balanço,Lucros e sua Aplicação Art.38 O exercício social terminará no dia Art.11 A ação é indivisível em relação à Companhia. Quando a ação pertencer a mais de uma pessoa, os direitos 31 de dezembro de cada ano,quando serão elaboradas as demonstrações financeiras previstas na legislação a ela conferidos serão exercidos pelo representante do condomínio.Art.12 As ações nominativas não serão comercial e fiscal.Art.39 Dos lucros líquidos assim apurados,serão destinados: a)5%(cinco por cento) do lucro, pelo representadas por cautelas,presumindo-se a respectiva propriedade pela inscrição do nome do acionista no Livro menos, para a constituição da Reserva Legal, até atingir 20%(vinte por cento) do capital social; b)10% (dez por cento) de Registro de Ações Nominativas.Art.13 O acionista que desejar ceder ou transferir, a qualquer título, suas ações do lucro,pelo menos,a título de dividendos aos acionistas. §1º O dividendo previsto neste artigo não será obrigatório e/ou direitos de subscrição a terceiros e/ou a acionistas titulares de ações de classe diferente do ofertante, deverá no exercício social em que a Diretoria informar à Assembléia Geral Ordinária ser ele incompatível com a situação notificar a Diretoria da Companhia de sua intenção, por escrito, com antecedência mínima de 30(trinta) dias, para financeira da Companhia. O Conselho Fiscal, se em funcionamento, deverá dar parecer a este respeito. Os lucros,que que os demais acionistas, em igualdade de condições, e na proporção das ações que detiverem, possam exercer assim deixarem de ser distribuídos, serão registrados como reserva especial e, se não absorvidos por prejuízos em o direito de preferência na aquisição das ações e/ou direitos ofertados com observância da seguinte prioridade: exercícios subseqüentes, deverão ser pagos como dividendos tão logo o permita a situação financeira da Companhia. a)os acionistas titulares de ações da mesma classe do ofertante terão prefe-rência perante acionistas de classe §2º Quando forem pagos os dividendos a que se refere a alínea “b” deste artigo, a Assembléia Geral poderá atribuir diferente e perante terceiros;b)os acionistas titulares de ações de classe di-versa do ofertante terão preferência aos administradores uma participação nos lucros líquidos, observadas as disposições legais. Neste caso, o Conselho perante terceiros.§1º Não estão vinculadas ao disposto neste artigo as transferências de ações e/ou direitos de de Administração e a Diretoria, em reunião, deliberarão sobre a forma de distribuição de tal verba entre seus membros. subscrição feitas por acionistas a seus descendentes diretos. §2º Entre os acionistas titulares de ações da mesma §3º O saldo dos lucros líquidos terá a destinação que a Assembléia Geral determinar, podendo ser retido ou transferido classe, tais ações são livremente transferíveis.Art.14 Nos casos de reembolso de ações previstos em lei,o valor para reservas de lucros, cujos saldos, somados, não poderão ultrapassar o capital social; atingido esse limite,a de reembolso será o valor de patrimônio líquido das ações, de acordo com o último balanço aprovado pela Assembléia Geral deliberará sobre a aplicação do excesso em aumento de capital social ou na distribuição de Assembléia Geral, segundo os critérios de avaliação do ativo e do passivo fixados na Lei das Sociedades por dividendos.§4º A Assembléia Geral Ordinária poderá, desde que não haja oposição de qualquer acionista presente, Ações.Capitulo III-Das Assembléias Gerais Art.15 A Assembléia Geral reunir-se-á, ordinariamente, em um dos deliberar sobre a distribuição de dividendos inferiores aos previstos neste artigo ou a retenção de todo o lucro. Art.40 4(quatro) primeiros meses seguintes ao término do exercício social e, extraordinariamente, sempre que os A Diretoria poderá levantar balanços intermediários e declarar dividendos à conta de lucros apurados nesses balanços, interesses sociais o exigirem, guardados os preceitos de direito nas respectivas convocações,que serão feitas observadas as restrições legais. Art.41 A Diretoria poderá declarar dividendos intermediários à conta de lucros pelo Conselho de Administração.Art.16 A Assembléia Geral será instalada pelo presidente do Conselho de acumulados ou de reservas de lucros existentes no último balanço anual.Capítulo VII Da Liquidação da Companhia Administração e presidida por acionista eleito pelos presentes, a quem caberá a designação de secretário.Art.17 Art.42 A Companhia entrará em liquidação nos casos previstos em lei, cabendo ao Conselho de Administração As deliberações da Assembléia Geral serão tomadas por maioria absoluta de votos, ressalvadas as exceções determinar o modo de liquidação e nomear o liquidante que deverá atuar neste período. Cap.VIII-Das Disposições previstas em lei e neste Estatuto.Capítulo IV Da Administração da Companhia Art.18 A Companhia será Finais Art.43 A qualquer tempo, por proposta do Conselho de Administração e decisão da Assembléia Geral, poderá administrada pelo Conselho de Administração e pela Diretoria, obser-vadas as disposições legais e as deste a Companhia transformar-se em outro tipo jurídico. Art.44 Fica eleito o foro da Capital do Estado de São Paulo para Estatuto.Art.19 O Conselho de Administração será composto por 6(seis) membros acionistas, e residentes no dirimir quaisquer dúvidas e controvérsias oriundas deste Estatuto. Art.45 Aos casos omissos, aplicar-se-ão as país, eleitos pela Assembléia Geral, que fixará sua remuneração.Art.20 Cada classe de ações ordinárias elegerá disposições da Lei 6.404 de 15 de dezembro de 1976.” São Paulo, 23 de janeiro de 2007. Evelina Inês Benedetti Di em separado, por maioria de votos dentro da respectiva classe, 3(três) membros do Conselho de Administração, Benedetto - Presidente da Mesa. Luiz Bersou - Secretário. Os acionistas: RNC - Participações Ltda. (p.Rosa Calicchio os quais somente poderão ser destituídos e substituídos, a qualquer tempo, pela mesma classe que os elegeu, Ceratti).Pistóia Participações Ltda. (p. Genny Ceratti Benedetti). Evelina Inês Benedetti Di Benedetto. Genny Ceratti sempre por maioria de votos.Art.21 O prazo do mandato do Conselho de Administração, que é reelegível, é de Benedetti. Espólio de Newton Ceratti (p. Rosa Calicchio Ceratti). Sergio Trindade Figueiredo. Luiz Bersou. Maria de 3(três) anos, mas, quaisquer que sejam as datas de suas eleições, os mandatos dos Conselheiros terminarão na Lourdes Fernandes Ragazzo. Em condomínio (Genny Ceratti Benedetti, Mario Ceratti Benedetti e Evelina Inês data da realização da Assembléia Geral que examinar as contas relativas ao último exercício de suas gestões. Por Benedetti Di Benedetto). Diretor: Mario Ceratti Benedetti. JUCESP nº 49.119/07-2 em 16/02/2007. Cristiane da Silva outro lado, mesmo quando vencidos os respectivos mandatos, os Conselheiros continuarão no exercício de seus F. Corrêa - Secret. Geral.

Quer falar com 26.000 empresários de uma só vez?

SENSORMED ANALÍTICA LTDA. EPP torna público que solicitou junto à CETESB a Renovação de Licença de Operação para a atividade de “Aparelhos e instrumentos para análises físicas ou químicas (espectrômetros, calorímetros, etc), fabricação de” localizada à Rua Marianos, 153 Campo Grande - município de São Paulo. Musical Som e Acessórios para Veículos Ltda.-ME, torna público que solicitou junto à CETESB a Licença Prévia, de Instalação e de Operação para atividade de “Aparelhos de Som conjugados, qualquer combinação entre amplificadores”, localizada à Rua Vergueiro, 7339 - Subsolo - Vila Firmiano Pinto, município de São Paulo. COOPERATIVA HABITACIONAL NACIONAL-COOP Edital de Convocação de Assembléia O diretor-presidente da Cooperativa Habitacional Nacional-Coop, no uso de suas atribuições que lhe confere o artigo 35 inciso 1, e em conformidade com capítulo quarto do artigo 7º, normas e critérios A e B do estatuto, convoca seus cooperados em dia com suas contribuições estatutárias para uma assembléia, a realizar-se no dia 12/08/2007 (domingo) na rua Sapetuba s/n esquina com av. Paris Balneário Jequitibá - Itanhaém - SP, em primeira convocação, com a presença de 2/3 (dois terços) dos sócios no mínimo, em segunda convocação com metade mais um dos sócios, e em terceira convocação com 10 (dez) sócios no mínimo. § 1º - Serão excluídos da contagem do quorum estipulado os componentes da diretoria e os membros do conselho fiscal. § 2º - Será observado o intervalo de 30 minutos entre a realização por uma e outra convocação de chamada para tratar da seguinte ordem do dia: 1 - Cronograma da 8 ª lista de antecipação; 2 - Sorteio de unidades habitacionais; 3 - Seguro de Vida. Itanhaém - São Paulo. Diretor-Presidente - Narcizo dos Santos Miranda.

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS TOMADA DE PREÇOS Nº 019/2007 PROCESSO ADMINISTRATIVO N.º 10455/2007 Faço público de ordem do Senhor Prefeito Municipal de São Carlos, que se acha aberta licitação na modalidade de TOMADA DE PREÇOS, do tipo menor preço, tendo como objeto a contratação de empresa especializada para fornecimento de passagens aéreas à Prefeitura Municipal de São Carlos, pelo período de 12 (doze) meses. O Edital na íntegra poderá ser retirado na Sala de Licitações da Prefeitura Municipal de São Carlos, situada à Rua Major José Inácio, n.º 1973, Centro, São Carlos, fone 3307-4272, a partir do dia 01 de agosto de 2007 até o dia 20 de agosto de 2007, no horário das 09:00h às 12:00h e 14:00h às 16:00h, mediante o recolhimento de emolumentos no valor de R$ 30,00 (trinta reais). Os envelopes contendo a documentação e as propostas serão recebidos na Sala de Licitações até às 09:00 horas do dia 20 de agosto de 2007, quando, após o recebimento, iniciar-se-á sessão de abertura. São Carlos, 01 de agosto de 2007. Paulo José de Almeida - Presidente da Comissão Permanente de Licitações. PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO ABERTURA DE LICITAÇÃO SITE: www.riopreto.sp.gov.br MODALIDADE: PREGÃO PRESENCIAL N° 080/2007 Objeto: Contratação de empresa para a prestação de serviços de jardinagem nos próprios municipais. Data de processamento do pregão: 17/08/2007 às 08:30h, na sala de audiências da Comissão de Licitações, 2º andar do Paço Municipal. MODALIDADE: PREGÃO PRESENCIAL N° 081/2007 Objeto: Contratação de empresa para a prestação de serviços de limpeza nas unidades escolares. Data de processamento do pregão: 16/08/2007 às 08:00h, na sala de audiências da Comissão de Licitações, 2º andar do Paço Municipal. MODALIDADE: PREGÃO PRESENCIAL N° 082/2007 Objeto: Contratação de empresa para a prestação de serviços especializada em limpeza que consiste na conservação, asseio e limpeza das dependências internas e externas dos próprios municipais. Data de processamento do pregão: 16/08/2007 às 14:00h, na sala de audiências da Comissão de Licitações, 2º andar do Paço Municipal. MODALIDADE: CONCORRÊNCIA DE PREÇOS Nº 019/2007 Objeto: Alienação de bens móveis inservíveis (veículos, sucata) Limite p/entrega dos envelopes 03/09/ 2007 às 17:00h e abertura dia 04/09/2007 às 08:30h. FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL PARA ENTREGA PARCELADA PREGÃO Nº 029/2007-FAMESP PROCESSO Nº 887/2007-FAMESP

Acha-se à disposição dos interessados do dia 02 a 16 de agosto de 2007, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli, s/nº, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680–ramal 111-FAX (0xx14)3882-1885–ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/Hospital das Clínicas, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL - PREGÃO Nº 029/2007-FAMESP, PROCESSO Nº 887/ 2007-FAMESP, que tem como objetivo a AQUISIÇÃO DE CARNE BOVINA RESFRIADA IN NATURA (MÚSCULO, PATINHO, LAGARTO E NOIX), PARA ATENDER AS NECESSIDADES DO SERVIÇO TÉCNICO DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU, do tipo menor preço global por lote, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação, será realizada no dia 17 de agosto de 2007, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar, o endereço supra citado. Botucatu, 01 de agosto de 2007. Prof. Dr. Shoiti Kobayasi - Diretor Vice Presidente - FAMESP

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Obras: TOMADA DE PREÇOS N.º - OBJETO - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – ÁREA - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/1462/07/02 - Construção de ambientes complementares, de sala de aula com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador e Reforma de prédio escolar construído em estrutura pré-fabricada metálica (Sistema Nakamura) - EE Prof. Domingos Peixoto da Silva - Estrada dos Alvarengas, 7199 - Assunção - São Bernardo do Campo/SP - 210 - 495,69 - R$ 91.746,00 – R$ 9.174,00 – 10:30 – 20/08/2007. 05/1471/07/02 - Construção de ambientes complementares, de sala de aula com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador e Reforma de prédio escolar construído em estrutura pré-fabricada metálica (Sistema Nakamura) - EE Prof. Adrião Bernardes - Estrada de Itaquaquecetuba, 9953 - Bororé - São Paulo/SP – Transferência de salas Nakamura - 1ª Etapa = 30; Ampliação/Substituição - Adequação - 2ª Etapa = 150; Adequação / Reforma - 2ª Etapa = 150; Desmontagem e Transporte de Salas Nakamura - 3ª Etapa = 30 - 665,39 - R$ 137.107,00 – R$ 13.710,00 – 14:00 – 20/08/2007. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 03/08/2007, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 17/08/2007, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA Presidente

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 1 de agosto de 2007, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Requerente: Instituto Brasileiro de Ensino de Sistemas Ltda. - Requerido: Etrel Transportes Ltda. - Av. Serafim Gonçalves Pereira, 451 sala 02 - 2ª Vara de Falências Requerente: Auriverde Comércio de Metais Ltda. - Requerido: Conectec Tecnologia em Usinagem Ltda. - Rua Ernesto dos Santos, 159 - 2ª Vara de Falências

Requerente: José Vicente Aliberti Mammana Requerido: Indústria e Comércio de Bebidas Artera Ltda. - Av. Suzana, 301 - 1ª Vara de Falências Requerente: ARM Trading Ltda. - Requerido: Plantina Ind. e Comércio de Confecções Ltda. - Rua Soldado Teodoro Francisco Ribeiro, 234 - 2ª Vara de Falências

PUBLICIDADE Fone: 11 3244-3344 Fax: 11 3244-3894 O Jornal do Empreendedor


quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Polícia Saúde Transpor te Educação

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3

METROVIÁRIOS REJEITAM PROPOSTA DA COMPANHIA

Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou que 85% da frota circule normalmente.

Evelson de Freitas/AE

Assembléia de metroviários, ontem, que decidiu pela greve: pagamento de participação nos resultados

Metroviários decidem parar a partir de hoje Metroviários garantem a circulação de 85% dos trens se a bilheteria for liberada

O

s metroviários de São Paulo decidiram ontem entrar em greve por tempo indeterminado, por conta de diferenças nas propostas de pagamento da participação nos resultados (PR) aos funcionários. Para evitar que 3 milhões de pessoas fiquem sem transporte hoje, os metroviários propuseram colocar em circulação 85% da frota de trens, desde que a companhia concorde em liberar gratuitamente as catracas. Até as 20h40, o Metrô não tinha se posicionado. Se não

houver a liberação das roletas, o metrô não circulará, garantem os metroviários. Em assembléia realizada à noite, os funcionários do Metrô rejeitaram a contraproposta feita pela companhia de PR equivalente a uma folha de pagamento proporcional aos salários dos metroviários. "Essa proposta é desigual, pois beneficiaria com PR maior os maiores cargos", diz Flávio Godói, presidente do sindicato. Os metroviários querem a divisão de uma folha e meia de pagamento, em valores iguais, a to-

dos os 7.500 funcionários. Segundo nota divulgada pelo Metrô, "a greve deverá obedecer ao despacho da vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), Wilma Nogueira de Araújo Vaz da Silva, que determina o funcionamento de 85% da operação nos horários de pico, entre 6h e 9h, e entre 16h e 19 h, e de 60% nos demais horários". Ainda conforme o informativo, " o não cumprimento da decisão judicial acarretará ao sindicato responsabilidade civil e penal, além de multa diária de R$ 100 mil".(AE)


quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Empresas Finanças Va r e j o Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

PRESENTES NAS LOJAS FÍSICAS E ON LINE

3

850

mil reais foram investidos pelo Shopping Ibirapuera na campanha para o Dia dos Pais

FRIO CHEGOU TARDE, DIZEM OS LOJISTAS, MAS NÃO DEVEM FALTAR PROMOÇÕES PARA O DIA 12 DE AGOSTO

AGORA AS OFERTAS SÃO PARA OS PAIS

Reprodução do site

Leonardo Rodrigues/Hype - Julho/06

Neide Martingo

Site Flores Online oferece cestas com vinhos e patê para o Dia dos Pais

Aposta alta em presentes pela internet Paula Cunha

N

os dias que antecedem o próximo 12 de agosto, data de homenagem aos pais, o comércio online já está registrando aumento de vendas de 50% sobre igual período do ano passado. Deverá acumular faturamento de R$ 500 milhões apenas nas três semanas que antecedem a data. Os números são da Câmara e-net. Segundo o consultor do Comitê de Varejo Online da entidade, Gastão Mattos, o faturamento acumulado do setor registrou elevação de 50% nos sete primeiros meses deste ano ante o mesmo período de 2006. "O perfil do consumidor não sofreu alteração significativa no período. Ele continua adquirindo em maior quantidade livros, CDs e DVDs, produtos que apresentam vendas mais expressivas em volume. Em valor, a categoria de maior peso é a de eletroeletrônicos e itens de informática." De acordo com Mattos, o pico das vendas na internet será na próxima segunda-feira, dia 6, quando a maioria dos internautas aproveita o computador do trabalho para efetuar compras. "Esse fenômeno não se dá apenas nas datas importantes para o comércio, mas durante todo o ano. Já no comércio físico, o dia mais importante é o sábado." Para ele, o varejo online está bem preparado para o aumento de acessos que antecedem a festa dos pais. Cestas para eles – O portal Flores Online aumentou, na

temporada do Dia dos Pais, as sugestões para os que procuram presentes diferenciados e criou desconto de 15% nas compras com entregas marcadas para os dias 10, 11 e 12. Além disso, o site espera alcançar a meta de elevar as vendas em 40% nas duas semanas que antecedem a data, com a criação de diversos kits feitos para o gosto masculino. A Cesta Gourmet inclui vinho chileno, azeite extravirgem, patê e outros itens, em embalagem especial. Há, também, kits com cervejas importadas e livros e, além destes, um exclusivamente de vinhos e outros com produtos kosher para pais de origem judaica. O assistente de marketing do site, André Santoro, explica que o portal sempre adota esta estratégia de oferecer itens diferenciados em datas especiais. "Detectamos as preferências dos internautas e criamos novos produtos. Neste ano, a cerveja importada foi incluída a pedido dos clientes." Diversificação é a aposta da Livraria Saraiva no Dia dos Pais. Em seu site, www.saraiva.com.br, ela sugere, além dos livros, CDs e DVDs, dois modelos de notebook da HP para os que têm condições de gastar mais – eles custam R$ 1.799 e R$ 3.999. A expectativa é de aumento de 15% nas vendas online da livraria em relação ao mesmo período do ano passado. Compras acima de R$ 300, pelo cartão de crédito, poderão ser divididas em até 12 parcelas sem juros. O frete será grátis para encomendas de produtos nãoeletrônicos a partir de R$ 199.

Temperatura baixa nas vésperas do Dia dos Pais eleva o movimento dos consumidores e o entusiasmo dos lojistas. Quem vende espera faturar com as liqüidações de inverno. Quem compra quer aproveitar as ofertas para presentear. Vários shoppings estão preparando promoções para agradar pais de todos os tipos. "O ano está se revelando muito positivo para o comércio, e o Dia dos Pais não será diferente. O frio vai fazer com que os itens de vestuário, os de maior valor, tornem-se os alvos dos consumidores", afirma o diretor de relações com o mercado da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping, a Alshop, Luis Augusto Ildefonso da Silva. Ele estima que as vendas sejam até 7% maiores em relação à data de 2006. "A temperatura baixa chegou atrasada; por isso algumas lojas já queimaram boa parte do estoque. Mesmo assim, não vai faltar mercadoria. A meteorologia indica que o calor vai demorar a chegar." O Shopping Center Norte calcula que as vendas devam subir 15% na data comemorativa dos pais neste ano, em comparação com o ano passado. O fluxo de visitantes pode crescer 20%, principalmente nos finais de semana. "Mais de meio milhão de pessoas devem passar pelos corredores do Center Norte, que costuma atrair, só nos sábados e domingos, cerca de 150 mil clientes", afirma a diretora de marketing do centro de compras, Glori-

Frio é bom estímulo para comprar presente no Dia dos Pais

Comércio emendou liquidações de inverno com promoções para pais

nha Baumgart. "Os filhos vão economizar, já que a liqüidação dos shoppings está coincidindo com a comemoração." A campanha do Shopping Paulista, que vai exibir a ilustração de um pai abrindo o peito e mostrando o coração junto

ao coração pequenino do filho, ficou com a responsabilidade de colaborar nas vendas do centro comercial. "O investimento publicitário é de R$ 400 mil. A expectativa é de que seja registrado aumento de 11% nas vendas e de 7% no fluxo de

pessoas no período de compras para o Dia dos Pais", diz o gerente geral do empreendimento, Sérgio Fernandes. A paixão masculina por carros será o tema da campanha do Centro Comercial Leste Aricanduva. Entre 31 de julho e 12 de agosto, haverá exposição de automóveis personalizados, o que deve contribuir para que as vendas subam 10% em relação à temporada do Dia dos Pais de 2006. O movimento deve crescer 5%. "A tendência é de que os itens mais procurados sejam os produtos eletrônicos", afirma o superintendente Marcos Sérgio de Oliveira Novaes. O Shopping Interlagos estima aumento de 8% na data, em relação ao Dia dos Pais do ano passado, com crescimento de público de 6%. De acordo com a superintendente Carla Bordon Gomes, os produtos mais procurados deverão ser itens de vestuário, celulares e eletroeletrônicos. O investimento na campanha promocional foi de R$ 200 mil. Já o Central Plaza Shopping diz esperar alta de 7% nas vendas e de 5% no número de visitantes. O Shopping Ibirapuera investiu R$ 850 mil na campanha para a data. A liquidação de inverno oferece descontos de até 70%, diz o gerente de marketing Ricardo Portela. "As vendas neste Dia dos Pais devem ser até 7% maiores em comparação à data de 2006. O segundo semestre é sempre melhor para o comércio. A oferta de crédito aumentou e o dólar baixou, o que contribui para o resultado positivo", afirma o responsável pelo marketing.


Ambiente Educação Tr â n s i t o Saúde

IDENTIFICADOS O Instituto MédicoLegal já identificou 121 corpos de vítimas da tragédia do Airbus A320.

Ó RBITA

REBELIÃO Terminou ontem a rebelião de presos em Salvador, que tinha começado no domingo.

DESABAMENTO DEIXA OITO FERIDOS

O

desabamento de parte de um shopping em construção no Butantã, na zona oeste de São Paulo, deixou oito pessoas feridas. O acidente ocorreu no início da noite de ontem. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, oito pessoas teriam sido soterradas por uma laje da construção, que caiu na altura do número 1.200 da avenida Magalhães de Castro, no Butantã. Inicialmente, os bombeiros haviam

informado que seriam sete pessoas acidentadas. O acidente ocorreu por volta das 20h20. Sete equipes dos bombeiros foram deslocadas para a região. Às 21h18, as vítimas já haviam sido socorridas e encaminhadas para hospitais da região: duas para o Hospital Universitário da USP, duas para o Regional Sul e quatro para o Hospital das Clínicas, na região central. Até as 23h não havia informações sobre o estado das vítimas. (Agências)

TRÉGUA NO FRIO

ESCOLAS

Centro de oi sancionada ontem O Gerenciamento de F uma lei que cria a Emergências da Prefeitura chamada área de segurança de São Paulo registrou mínima de 7,7º C na madrugada de ontem em Parelheiros, na zona sul da cidade. Na maioria dos bairros, porém, a mínima ficou em torno de 12º C. Durante o dia, o frio deu uma trégua na cidade e os termômetros registraram mais de 20° C. A Secretaria Nacional de Defesa Civil alerta para a ocorrência de baixa umidade do ar em São Paulo, por causa de uma massa de ar seco. (Agências)

no entorno de escolas municipais. De autoria do vereador Eliseu Gabriel (PSB), a proposta promete garantir a educação e segurança de alunos num raio de 100 metros dos portões de entrada e saída das escolas. Pela lei, a Prefeitura deve intensificar a fiscalização do comércio, entre eles o ambulante, para evitar o consumo de bebidas alcoólicas, melhorar a pavimentação de ruas e a iluminação pública no entorno das escolas. (IV).

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

RADARES SERÃO INSTALADOS ATÉ DEZEMBRO

Newton Santos/Hype

4

Decreto do prefeito Gilberto Kassab muda as restrições para veículos de carga na Capital.

Novos radares vão controlar a circulação de caminhões Veículos com mais de 6,3 metros de comprimento não poderão circular na área restrita. Multa é de R$ 127,69. Fotos de Newton Santos/Hype

Ivan Ventura

O

s caminhões de carga que circulam na chamada Zona Máxima de Restrição de Veículos (ZMRC) da Capital serão vigiados pela Prefeitura de São Paulo por meio de 60 radares, que serão instalados até dezembro. Essa é a previsão da secretaria municipal de Transportes, que, na próxima quinta-feira, irá realizar uma audiência pública sobre a licitação para contratar a empresa que irá fornecer esses equipamentos de vigilância. O contrato com a empresa contemplada será de quatro anos e terá um custo de aproximadamente R$ 40,2 milhões. A aquisição dos 60 radares, que serão espalhados em pontos estratégicos da cidade, inaugura a segunda fase do decreto que muda as restrições para veículos de carga na Capital. De autoria do prefeito Gilberto Kassab (DEM), o decreto foi publicado no Diário Oficial no dia 10 de maio. A nova determinação já foi regulamentada e entrará em vigor em 120 dias a partir do meio de de novembro. Horários - De acordo com as novas regras, veículos acima de 6,3 metros de comprimento não poderão circular na ZMRC (ver mapa ao lado), uma área que corresponde a 24,5 km². Os caminhões com metragens aci-

José Conceição da Silva soube das regras pelo DC: 'ainda bem que meu caminhão está dentro da metragem'

ma dos permitidos pela lei poderão circular apenas nos seguintes horários: de segunda a sexta-feira, da 0h às 6h e das 22h à 0h. Aos sábados e domingos, de 0h às 6h e das 14h à 0h. Multa - Por enquanto, prevalece um decreto de 2005, que limita em até 5,5 metros o tamanho dos veículos de carga e que podem circular em uma área menos restritiva, correspondente a 11,4 km² da Capital. Os atuais e os novos horários para a proibição desses veículos serão os mesmos, assim como a multa no valor de R$ 127,69 e cinco pontos na carteira de motoristas – considerada falta grave. Para Rogério Helou, diretor do Sindicato das Empresas de Carga e Transporte do Estado de São Paulo e região (Setcesp) o novo decreto apresenta pontos negativos e positivos do ponto de vista da população e de empresas de carga da Capital. “Positivo porque aumentou o tamanho dos veículos de cargas que podem circular na ZMRC. No entanto, a área da ZMRC aumentou e isso acarretará em problemas na distribuição das carga, principalmente nos locais que antes não estavam na zona de restrição e que em novembro serão incluídas”. Helou afirmou que medida da Prefeitura terá um impacto negativo no trânsito na cidade. Justamente um dos motivos para a nova medida da Prefeitura. Segundo um estudo com as 100 maiores empresas de transportes da Capital há na Capital entre 7,5 mil a 10 mil caminhões dos mais variados tamanhos. “Haverá mais caminhões rodando, principalmente nos limites da ZMRC. Por exemplo, um caminhão de 8 metros será substituído por dois ou até três, justamente para compensar a ausência do veículo de carga maior. Poderemos ter até um aumento no congestionamento e não uma diminuição”, disse. Segundo a secretaria de Transportes, a área de abrangência da ZMRC corresponde quase que em sua totalidade ao Centro de São Paulo. Ontem, em ruas da região central da cidade, donos dos veículos de carga estavam enquadrados na atual metragem de 5,5 metros. Os veículos vistos pela reportagem de Diário do Comércio sequer superavam os cinco metros. Para essas pessoas, o novo decreto permitirá uma folga maior no tamanho do veículo. É o caso do caminhão do motorista Francisco Nicácio dos Santos, 53 anos. Ontem, ele cumpria mais um dia de um trabalho que já dura mais de 20 anos: transportar caixas com os mais variados tipos de produtos em diversos endereços, a maioria no Centro. “Venho

Por enquanto, podem circular caminhões com 5,5 m na área de restrição

para o Centro quase todos os dias e, apesar do meu veículo ser pequeno, ouço muita reclamação de outros motoristas e motoqueiros”, disse. Perguntado sobre a vigilância por radar destinada exclusivamente aos caminhões, Nicácio vê como positiva a medida da Prefeitura. “Para a diminuição no congestionamento da cidade a idéia é boa. Mas não devemos esquecer que todos precisam trabalhar, até quem tem um caminhão acima dos 6 metros”, disse Nicácio. Repercussão - O motorista João Marcel Evangelista Santos, 23 anos, defendeu o uso dos chamados Veículos Urbanos de Carga (VUC), justa-

mente aqueles que estão dentro dos padrões do novo decreto. “São veículos que ocupam praticamente os mesmos espaços dos carros e são mais ágeis. Caminhões maiores não entram em ruas como a 25 de Março”, disse. O motorista José Conceição Silva, 55 anos, só soube da proibição por meio da reportagem do DC. Preocupado, ele percorreu toda a lateral do veículo e fez uma metragem no veículo a olho nu. Depois de analisar por alguns segundos comentou: “ainda bem que o meu caminhão está dentro da metragem. Não quero uma multa de mais de R$ 120”, afirmou Silva.


quinta-feira, 2 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

ECONOMIA - 7


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Empreendedores Nacional Finanças Empresas

DIÁRIO DO COMÉRCIO

IEDI DEFENDE REVISÃO DE PRIORIDADES

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8,8

mil investidores de varejo compraram debêntures na emissão feita pelo BNDES no início da semana

PESSOAS FÍSICAS COMPRARAM 180 MIL PAPÉIS NA OFERTA, O DOBRO DO REGISTRADO NA OPERAÇÃO ANTERIOR

BNDES: DEBÊNTURES ATRAEM PEQUENOS O 1,35 Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ( B N D E S ) i n f o rmou ontem que a oferta de debêntures da BNDESPar, sua subsidiária, conseguiu atingir um número recorde de investidores de varejo, de 8,8 mil pessoas físicas, mais que o dobro da emissão anterior. Debêntures são títulos de renda fixa emitidos por sociedades anônimas para tomar empréstimos no mercado. De acordo com o banco, nos dias 30 e 31 de julho, foi colocado um total de 1,35 milhão de debêntures simples, com valor nominal de R$ 1,35 bilhão. Os pequenos aplicadores ficaram com 180.985 papéis. "O resultado mais que dobrou o número da oferta anterior, quando 4,25 mil investidores de varejo adquiriram 99,9 mil debêntures", informou o BNDES em nota divulgada ontem. A oferta, inicialmente estabelecida em um milhão de papéis, foi ampliada em 35%, "em face da elevada demanda apresentada por pessoas físi-

bilhão de reais foi o total captado pelo BNDESPar com a oferta de debêntures feita nos dias 30 e 31 do mês passado

cas e investidores institucionais". Segundo a instituição financeira, em volume, a operação foi a maior já realizada, em 2007, para o varejo, incluindo ofertas de ações. Trata-se da segunda emissão de debêntures do BNDESPar no âmbito de um programa de R$ 2 bilhões registrado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A primeira, de R$ 600 milhões, foi concluída em dezembro do ano passado e superou em 20% a oferta inicial, de R$ 500 milhões.

Novo PIBB — O BNDES estuda lançar no médio prazo mais uma edição do PIBB (Papéis Índice Brasil Bovespa), fundo que reproduz a carteira do índice IBrX-50 da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e possui cotas negociadas na bolsa paulista. A informação é do diretor financeiro do banco de fomento, Maurício Borges Lemos. O executivo afirmou que o PIBB faz parte da estratégia do banco para seus ativos de renda variável. No entanto, ele observou que, para estruturar a operação, é necessário que o BNDES possua os papéis que fazem parte do índice e na mesma proporção. "Será preciso remontar a carteira, como foi necessário já na segunda versão do PIBB", afirmou. Ele destacou o fato de o banco continuar ativo no mercado não só como vendedor — caso das debêntures e do PIBB — como também na ponta compradora. A participação nas ofertas públicas iniciais de ações (IPOs) neste ano chega a R$ 800 milhões. (AE)

Em dia de vaivém, bolsa sobe 0,09%

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penas dez minutos determinaram o rumo do fechamento de ontem da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Foi nesse intervalo de tempo, no final da sessão, que as bolsas em Nova York dispararam e fizeram com que o Ibovespa, principal índice de ações do mercado brasileiro, devolvesse as perdas e fechasse em alta. A bolsa encerrou a sessão na máxima do dia, com ganho de 0,09%, em 54.233 pontos. Na mínima do dia, o índice atingiu 53.036 pontos, o que corresponde a queda de 2,12%. Com o desempenho de ontem, a Bovespa passa a acumular ganho de 22% no ano. O giro financeiro somou R$ 5 bilhões. Depois de, durante todo o dia, ter reagido em baixa às notícias ruins envolvendo o crédito hipotecário de segunda li-

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por cento é a alta acumulada pelo Ibovespa, principal indicador do mercado brasileiro de ações, desde o início deste ano. nha nos Estados Unidos, os especialistas demoraram a encontrar justificativa para a recuperação no final. Quando veio, no entanto, a resposta foi unânime: depois de tantas quedas, os investidores aproveitaram as pechinchas e foram às compras.

Embora tenha trabalhado colada a Nova York, a bolsa paulista oscilou muito menos, sem ter, em momento algum do pregão, pisado em terreno positivo. Nas bolsas americanas, no entanto, o dia foi de muito vaivém, com a queda predominando em grande parte da sessão. No fechamento, o Dow Jones registrou alta de 1,14%, o Nasdaq avançou 0,3% e o S&P subiu 0,72%. Por terem encerrado antes, as bolsas européias não acompanharam o movimento e fecharam em baixa, com destaque para Londres e Paris (quedas de 1,7%) e Frankfurt (-1,5%). O dólar terminou o dia na cotação máxima, em alta de 0,53%, a R$ 1,893. O mercado de câmbio já estava fechado quando as bolsas se recuperaram. O risco caiu 6,1%, para 200 pontos-base. (AE)

Iedi critica superávit elevado

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Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) criticou ontem os resultados do setor público, divulgados na última terça-feira, e pediu uma revisão completa das prioridades do governo. "Assistimos muitas vezes a esse filme, mas não há como evitar a surpresa diante dos novos resultados", afirma o boletim "Análise Iedi" sobre o tema. O Banco Central divulgou que o superávit primário do setor público no primeiro semestre (R$ 71,674 bilhões) foi o maior da série iniciada em 1991.

A opinião do Iedi é de que "nada é tão contrário às teses desenvolvimentistas que o governo diz abraçar" quanto "o uso e o abuso da surrada e cruel combinação de aumento da carga tributária com contenção de inversões, sem que os gastos correntes do setor público tivessem qualquer redução. Pelo contrário." Apagão — Para o Iedi, a aguda restrição de investimentos públicos é, em grande parte, responsável pelo "apagão de toda ordem" que o País enfrenta ou enfrentará em breve, como no transporte de passagei-

ros, na logística dos negócios e na energia. E o fato de o Brasil ostentar uma das maiores cargas tributárias de todo o mundo em desenvolvimento restringe o mercado consumidor, incentiva a sonegação e a informalidade e reduz a competitividade da produção. "Uma revisão completa de prioridades é o que se faz necessário para o setor público brasileiro: entre gastos correntes e investimentos, entre despesas totais e carga tributária, entre mudança de perfil da dívida pública e diminuição de seu custo", afirma o boletim (AE)

Thiago Bernardes/Luz

Fábio Barbosa, presidente do Banco Real, anuncia o fim da marca Sudameris, a partir de 3 de setembro.

Real finaliza o longo processo de incorporação do Sudameris Roseli Lopes

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uatro anos depois de ter sido adquirido pelo ABN Amro Real, o banco Sudameris terá sua marca descontinuada no início de setembro. No dia 3 desse mês, as 262 agências que mantêm o logotipo do Sudameris abrirão as portas com o nome Banco Real. A unificação das marcas é o último passo do processo da incorporação, informou o presidente do Real, Fábio Barbosa. Essa etapa deve se estender até meados de 2008, com a uniformização na parte interna das agências. O fim do logotipo Sudameris não é surpresa. Quando comprou o banco do grupo italiano Intesa, em 2003, o ABN Real sinalizou não pretender manter as duas marcas por questões de custo. Não haverá qualquer impacto negativo para o 1,3 milhão de clientes do Sudameris no dia-a-dia, diz o diretor-executivo de comercial e varejo do Real, Wagner Ferrari, uma vez que a equalização de produtos, tarifas e processos já foi realizada. Desde a última segunda-feira, clientes e investidores do Sudameris começaram a ser informados sobre a unificação. Entre as mudanças a serem observadas estão o número do banco, que passa a ser 356 (indicação do Real), o endereço eletrônico e telefones. Produtos como talões de cheque e cartões serão substituídos por outros, com a marca Real. Produtos – Os cartões de crédito e débito, por exemplo, serão trocados perto da data do vencimento dos atuais ou em uma eventual reposição. Até a substituição, eles poderão ser

usados normalmente, informa Ferrari. Os números de contas correntes e de poupança serão mantidos, assim como as senhas de cartões, os limites de crédito e as condições já contratadas para investimentos e empréstimos. Ao operar com uma única bandeira, o Real ganha corpo. Segundo o diretor de marketing da instituição, Fernando Martins, a incorporação reforça a posição da instituição, que, em 2006, conquistou o terceiro posto no ranking dos maiores bancos privados do País ao desbancar o Unibanco, hoje no quarto lu-

gar. Após a compra, o Real ampliou de 2% para 5% sua participação na região Sudeste, mercado fundamental para sua expansão e onde tinha baixa penetração. A partir de setembro, o Real terá 12,6 milhões de clientes em vez de 11,3 milhões, que serão atendidos em 1,1 mil agências, 1.798 postos de atendimento bancário e 865 postos de atendimento eletrônico. Para crescer entre as pessoas físicas, 33 agências, das 50 programadas para 2007, serão abertas até dezembro (17 foram inauguradas no primeiro semestre), diz Ferrari.

Fluxo cambial positivo em US$ 11,5 bi

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fluxo cambial (entrada e saída de moeda estrangeira no país) fechou julho com saldo positivo de US$ 11,588 bilhões, quase cinco vezes mais do que o resultado de julho de 2006 (US$ 2,492 bilhões). Em relação a junho passado, quando o superávit foi de US$ 16,561 bilhões, houve desaceleração no movimento. No ano, o saldo está positivo em US$ 63,2 bilhões, muito acima do resultado de 2006 inteiro (US$ 37,27 bilhões). No mês passado, as contas financeiras foram as que mais contribuíram para o superávit. (AG)


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OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

LENTE DE AUMENTO MERCADO VOLÁTIL, MAS SEM ESTRESSE

G No horizonte de

curto prazo, quedas agudas seguidas de fortes recuperações. Mas isso não significa recessão

trimestre (crescimento de 3,4%) ter sido encorajador, os principais indicadores antecedentes da economia dos EUA estão longe de sinalizarem recessão. Por exemplo, o Chicago Fed National Activity Index (CFNAI) divulgado no último dia 23 melhorou sua leitura de maio para junho tanto no indicador mensal (de -0.32 para +0.11) como na sua média móvel trimestral (de -0.17 para -0.15). Por outro lado, aponta para elevado risco inflacionário quando se eleva acima de +0.70. Mas, voltando à questão da volatilidade, três elementos fundamentais precisam ser considerados. 1) Volatilidade possui alternância. Da mesma forma como o preço dos ativos financeiros se movimenta, para baixo ou para cima, ao longo das negociações, a amplitude destas oscilações, isto é, a volatilidade, também pode ser maior ou menor em fun-

ção dos cenários econômicofinanceiros ou do humor dos investidores. 2) Volatilidade possui persistência. Embora seja uma tarefa extremamente difícil prever se o preço de um ativo financeiro irá subir ou cair no instante seguinte, com volatilidade a situação é bastante diferente. Volatilidade possui persistência. Isto significa que, dado que nos encontramos num determinado regime (com uma probabilidade suficientemente elevada para caracterizar tal regime), a probabilidade de permanecermos neste mesmo regime nos próximos instantes de tempo é grande. Esta persistência, quando comparada com a baixíssima (ou nenhuma) persistência dos retornos diários, é notada quando elaboramos o correlograma do S&P500. 3) Períodos de alta volatilidade são menos duradouros do que os de baixa velocidade. Se estimarmos o tempo médio de permanência em cada um dos regimes (alta, média ou baixa volatilidade), perceberemos que este tempo é inversamente proporcional à volatilidade. O tempo médio de permanência no regime de baixa volatilidade (9% anuais para os retornos do S&P 500) é de 98 dias úteis ao passo que para os regimes de média (16% anuais) e alta volatilidades (28% anuais), os tempos médios são de 54 e 45 dias úteis. A probabilidade de estarmos vivendo num regime de alta volatilidade ainda é pequena, cerca de 15%. Na verdade, nos encontramos diante de um regime de volatilidade média (com probabilidade de 84%). Portanto, quedas acentuadas seguidas de fortes recuperações estarão presentes no horizonte de curto prazo. Mas isto não necessariamente significa recessão. Os dados da economia real dos EUA, em seu agregado, não apontam nesta direção. TRECHOS DO COMENTÁRIO ECONÔMICO DA MCM CONSULTORES WWW.MCMCONSULTORES.COM.BR

P rognóstico: não haverá recessão nos EUA.

Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)

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JOÃO DE SCANTIMBURGO

O TRABALHO Céllus

A

volatilidade está em alta nos principais mercados financeiros globais. No mercado de ações dos EUA, durante a semana passada, a distância média absoluta (em percentuais) das cotações mínimas e máximas registradas pelo índice S&P500 foi de 2,0%. Para se ter uma idéia, a distância média absoluta desde 1990 estava em 1,2%. Toda esta volatilidade está, obviamente, relacionada com os temores de que a crise do mercado hipotecário subprime seja mais severa do que parecia à primeira vista, e acabe desencadeando recessão econômica não só nos EUA. Não compartilhamos deste entendimento. Além do resultado do PIB do segundo

N

Os construtores do abismo OLAVO DE CARVALHO

A

experiência me ensinou que, quando uma situação se torna confusa e incompreensível ao ponto de ter algo de sinistro, não se deve ir logo jogando a culpa no diabo antes de averiguar se não houve alguma mentira humana na origem da mixórdia toda. Como é da natureza da mentira ocultar-se a si própria, depois ocultar a ocultação e por fim apagar da memória todos os rastros da sua origem, não existe mentira isolada: há uma progressão geométrica de falsificações e aquilo que parecia uma toca de coelho acaba por se tornar uma cratera imensa, um abismo insondável. Não que o diabo não tenha participação nenhuma na coisa, mas às vezes todo o seu trabalho consiste em inspirar a mentirinha inicial, deixando o resto da arquitetura abissal por conta da estupidez humana. No caso brasileiro, a mentira começou com o silêncio da mídia em torno da existência do Foro de São Paulo. Quando dezenas de governantes, ministros de Estado, líderes guerrilheiros e chefes de gangues de narcotraficantes se reúnem em lugares anunciados de antemão e milhares de repórteres, usualmente orgulhosos de seus dons investigativos, não têm a mínima curiosidade de saber do que eles estão falando, a hipótese da mera coincidência de omissões preguiçosas deve ser afastada in limine como violação da lei das probabilidades.

É

claro, é patente, é insofismável que a classe jornalística e os donos de empresas de mídia, assim como todos os políticos de esquerda, são cúmplices conscientes do segredo. Mas, quando o segredo se desenvolve em proteção ostensiva dada pelas autoridades aos técnicos de guerrilha que treinam e dirigem

quadrilhas de delinqüentes para a matança anual de cinqüenta mil pessoas, a manutenção da mentira e sua transformação em dogma se tornam necessidades absolutas para todos os envolvidos. Se os farsantes decidirem voltar atrás e revelar o que ocultavam, terão de assumir sua parcela de culpa em crimes inumeráveis. A culpa está aí, latente, e é preciso enterrá-la ainda mais fundo do que o fato inicial que lhe deu origem. Para isso é preciso falsificar toda a vida nacional, induzir a população inteira a viver uma situação hipotética, construída postiçamente como cenário real da sua vida.

N

ão é de espantar que, nessas circunstâncias, o medo, a raiva e as suspeitas espouquem por toda parte. O fato é que não há praticamente, entre as lideranças nacionais – políticas, militares, empresariais, culturais e jornalísticas –, uma única que não carregue alguma dose de culpa por esse estado de psicose nacional. As exceções se tornam tanto mais honrosas quanto mais isoladas e, por isso mesmo, ineficazes no conjunto. Mesmo a voz possante da Associação Comercial de São Paulo acaba sendo abafada pela mais portentosa orquestra de falsificações e desconversas que já estreou no palco da loucura nacional. Nunca, na história do mundo, uma rede tão coesa de mentiras e omissões se manteve imune por tanto tempo às investidas da verdade, persistindo na obediência a um pacto diabólico a despeito das conseqüências catastróficas que ele dissemina. Nunca o apego à mentira foi tão geral e obstinado, nunca a persistência na farsa foi tão longe na sua disposição de encobrir seus próprios crimes com o sangue dos inocentes.

N unca uma rede tão coesa de mentiras se manteve imune por tanto tempo

Somos todos responsáveis SÍLVIO CELESTINO

A

competência que se exige de um líder em momentos de crise não é a técnica, mas sim a capacidade de estabelecer um objetivo claro, engajar as pessoas e oferecer a estrutura necessária para realizá-lo. Olhando o caos aéreo e a inaceitável incompetência de nossos líderes, esse é o momento onde se faz necessário cobrar o que se espera deles. Em primeiro lugar, capacidade de selecionar as melhores pessoas para resolver os problemas. O melhor critério a se adotar é o da competência. O que Marta Suplicy entende de turismo e qual a sua responsabilidade pelo caos aéreo? O Ministério do Turismo deveria auxiliar a definir a localização de aeroportos de forma a criar rotas em acordo com as necessidades do turismo de lazer e, principalmente, de negócios. Sem uma agenda unificada, temos a concentração desorganizada de atividades em uma única localidade, o que aumenta o afluxo de pessoas, sobrecarrega aeroportos e a estrutura da cidade, gerando condições de risco. Falando sobre pessoas e estruturas, o cenário do setor aéreo que queremos ver definido pelos líderes é: quantos controladores de vôo precisamos? Quanto tempo demora para formá-los e o que está sendo feito para que nunca mais tenhamos falta de mão-de-obra neste ponto crucial da segurança dos vôos? No caso da infra-estrutura, afinal quem são os fornecedores dos computadores, softwares e das telas de radares a disposição dos controladores? No caso da construção e manutenção dos aeroportos: a Infraero cumpriu seu papel no passado, mas não tem velocidade e qualidade técnica

E O EMPREGO

operacional para construir e manter aeroportos dentro das exigências do mundo moderno. Seguindo o modelo bem-sucedido das telecomunicações, é o momento de privatizarmos a construção e a manutenção dos aeroportos. O Brasil tem pressa e a Infraero está muito atrasada em relação às nossas reais necessidades. Além disso, pelo esforço feito para que não sejam investigadas as evidências de corrupção, pode-se imaginar qual o nível de prioridade que seus funcionários mais elevados dão para a segurança das operações dos aeroportos. Por fim, os líderes das companhias aéreas precisam sair de suas cadeiras e salas e parar de usar seus jatos executivos. Usar os mesmos aviões que oferecem a nós, sujar as mãos e ver de perto o que ocorre com seus funcionários e passageiros na dura realidade dos aeroportos.

É

para evitar situações como estas que temos de ter o propósito maior de fazer com que pessoas bem preparadas se interessem em ocupar posições relevantes nas empresas, nos governos e no mundo. Pessoas capazes de estabelecer e cumprir compromissos. No momento do check-in, na sala de espera dos aeroportos, no interior dos aviões, na organização do sistema aéreo e de turismo nacional, vemos estarrecidos as conseqüências de se manter líderes despreparados. Orgulhosos de suas carreiras técnicas, seu carisma ou sucesso político, mas incapazes de gerir pessoas e conduzir crises. Somos todos responsáveis. SÍLVIO CELESTINO É VICE-PRESIDENTE DO CHAPTER SÃO PAULO DA

FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE COACHES

V emos estarrecidos as conseqüências de se manter líderes despreparados

os tempos do velho Instituto de Direito Social - como o mestre supremo Cesarino Júnior preferia chamar o Direito do Trabalho -, foi adotado pelo governo ou a ele submetido pelo douto professor estudos e teses sobre o Trabalho e o Emprego na legislação social brasileira. Interessou-se o governo de Getúlio Vargas em propulsionar a legislação social brasileira do trabalho como forma digna de estar num emprego que satisfaça as exigências psicológicas do cidadão. Com efeito, na Consolidação das Leis do Trabalho(CLT) foram introduzidos todos os ensinamentos do que na época se considerava a formula moral e técnica do trabalhismo, a Rerum Novar um, que abarcou, também, o emprego como forma de dignidade das relações patronais e empregatícias, na edificação de um desenvolvimento tecnicamente forte. Foram esses ensinamentos que edificaram o desenvolvimento humanístico capaz de impor o surto econômico das atividades fabris e comerciais da economia brasileira, promovendo uma mentalidade favorável ao sindicalismo pleno, que englobasse o trabalho e o emprego como dados fundamentais da política social nacional.

P

odemos dizer que entre a Lei Eloi Chaves, de 1924, até a CLT, de 1º de maio de 1942, o Brasil deu um arranco. Nem mesmo as velhas nações da Europa ou a América do Norte tinham leis como as nossas, que eram glosadas pelos institutos mais ativos dos países limítrofes e outros com os quais mantínhamos relações. A CLT teve na sua formulação e direção Getúlio Vargas, presidente da República, Alexandre Marcondes Filho, ministro do Trabalho, Lindolfo Collor, iniciador da legislação social, Segadas Viana e outros. Todos colaboraram na criação da CLT, abarcando tudo que foi possível da legislação social do Trabalho aplicada aos trabalhadores e às grandes levas de população em migração. Em suma, temos uma legislação social adiantadíssima, sujeita a reformas e a atualizações que, certamente, serão postas em prática. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR

G Entre a

Lei Eloi Chaves e a CLT, o Brasil deu um arranco. Nem mesmo as velhas nações tinham leis como as nossas.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

TURISMO - 3

Fotos: Divulgação

O pacote de 5 dias da Pomptur para Foz do Iguaçu custa R$ 696

Na CVC, o roteiro de 3 noites pelo Rio inclui visita à cidade de Paraty

Cinco dias em Brotas, pela EcoAção, garantem muita adrenalina

15 pacotes rodoviários Daniel Kfouri/Folha Imagem/22.01.2005

Viajar de ônibus ou van, com todo conforto e até serviço de bordo e guia especializado. É o que oferecem muitas agências e operadoras nacionais. Selecionamos os melhores pacotes, todos com saída de São Paulo para agosto e setembro. Aos que preferirem viajar com seu próprio carro, também há opções tentadoras, pertinho da capital paulista. Confira! Class Tour, tel. (11) 3040-5060, www.classtour.com.br. Cidades Históricas (MG): um delicioso roteiro pelas cidades históricas de Minas Gerais – incluindo Ouro Preto, Mariana, Tiradentes, Congonhas e Diamantina. Cinco dias a partir de R$ 668 por pessoa, com transporte em ônibus executivo (serviço de bordo e guia), quatro cafés da manhã, quatro refeições e passeios. CVC, tel. (11) 2191-8410, www.cvc.com.br. Rio de Janeiro: pacote de três noites de hospedagem no Hotel Glória, na Cidade Maravilhosa, com café da manhã, transporte em ônibus especial com serviço de bordo e guia acompanhante, além de passeios pelas cidades de Paraty, Cabo Frio e Petrópolis. A partir de R$ 498 por pessoa. Gramado e Serra Gaúcha (RS): pacote com duas noites de hospedagem no Blue Tree St. Michel Curitiba com café da manhã (uma noite na ida e outra no retorno), quatro noites no Alpenhaus Gramado, também com café

da manhã, transporte em ônibus especial com serviço de bordo e guia acompanhante e passeios pelas cidades de Lages, Bento Gonçalves, Garibaldi, Caxias do Sul, Nova Petrópolis, Gramado, Canela e Curitiba. A partir de R$ 1.038 por pessoa. Blue Tree Park Lins (SP): três noites nesse completo resort a 430 quilômetros da capital paulista, em apartamento duplo com pensão completa a R$ 698 por pessoa. Inclui transporte em ônibus especial com serviço de bordo e guia acompanhante, com acesso à toda infra-estrutura do resort. Designer Tours, tel. 2181-2900, www.designertours.com.br. Unique Garden (SP): para viajar com seu carro e, de preferência, ir a dois. Duas noites neste hotel em Mairiporã, com café da manhã servido 24 horas no chalé, almoço light, águas e sucos durante as refeições e um ritual de boas-vindas no spa para cada hóspede. A partir de R$ 1.053 por pessoa.

Pousada do Sandi (RJ): outra opção para ir com seu próprio carro. Nesta charmosa pousada em Paraty, duas noites com café da manhã, welcome drink, estacionamento privativo e passeio de barco pela baía de Paraty custam a partir de R$ 299 por pessoa em apartamento luxo. EcoAção, tel. (14) 3653-8040, www.ecoacao.com.br. Brotas (SP): roteiro de 5 dias a partir de R$ 563, incluindo hospedagem com pensão completa, passeios (rafting completo, bóia-cross, arvomix - arvorismo e mega tirolesa -, visita ao Parque dos Saltos e luau). Inclui também transporte São Paulo-Brotas.

Namaste, tel. (11) 6955-0886, www.namastenatureza.com.br. Petar (SP): um roteiro para ver cavernas no núcleo Caboclos, no coração do Parque do Petar. De 6 a 9 de setembro, a R$ 552 por pessoa, incluindo transporte, acampamento estruturado com barracas para duas pessoas, colchão inflável, banho quente, barraca refeitório, refeições, passeios, guias e seguro-viagem.

Freeway Adventures, tel. (11) 5088-0999, www.freeway.tur.br. São Luís do Paraitinga (SP): o pacote de três noites na Pousada primavera, inclui hospedagem com café da manhã, além de trilhas, cachoeiras e piscinas naturais, transporte em microônibus, guia e seguro-viagem. A partir de R$ 625 por pessoa.

Pisa Trekking, tel. (11) 50524085, www.pisa.tur.br. Monte Verde (SP): roteiro de um dia sai a R$ 138 por pessoa, incluindo transporte, lanches de trilha e de bordo, guias especializados e seguroviagem. Saída em 25/8. Ubatuba (SP): viagem para praticar caiaque. São três dias com acomodação na Pousada

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Com ares de aeroporto, foram investidos R$ 16 milhões em reformas

O gigante Terminal Tietê

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om 25 anos de existência, o maior terminal rodoviário da América Latina e o segundo maior do mundo - só fica atrás do de Nova York - tem vivido dias de intenso movimento por culpa do caos aéreo. Nada que não esteja acostumado, afinal passam pelo Terminal do Tietê em média 90 mil pessoas por dia (entre transeuntes e embarques e desembarques) e por mês 90 mil ônibus e 2 milhões e 50 mil pessoas (embarque e desembarque). De suas 89 plataformas saem ônibus para cerca de mil cidades do Norte, Nordeste, Sudeste e Sul do País, além dos que vão para Chile, Uruguai, Paraguai e Argentina. Nos últimos anos, R$ 16 milhões foram investidos em reformas, que deixaram o terminal mais moderno. Atualmente, há dois estacionamentos que totalizam 952 vagas e 23 pontos de alimentação, de lanchonetes como Bob’s a restaurantes como o Spoleto. Para compras, 36 lojas, como O Boticário e Le Postiche, além de sete caixas eletrônicos e duas agências bancárias. As 65 empresas que operam no terminal adotaram balcões

e algumas têm até salas vips. Novas instalações para facilitar o acesso de deficientes e melhorias na segurança, com circuito interno de câmeras, também foram realizadas, assim como foi facilitado o serviço de carrinhos para bagagens e de check-in antecipado. Até os executivos foram atendidos: há uma área de acesso gratuito à internet sem fio e três torres com tomadas para carregadores de celulares e notebooks. Mais informações no tel. (11) 3235-0322, www.socicam.com.br. (L.R.)

SERVIÇO Principais empresas de ônibus Cometa: tel. (11) 3868-5800, www.viacaocometa.com.br. Itapemirim: tel. 0800/7232121, www.itapemirim.com.br. 1001: tel. (11) 4004-5001; www.autoviacao1001.com.br. Reunidas Paulista: tel. 0300/2103000, www.reunidaspaulista.com.br. São Geraldo: tels. (11) 21091333 e 0800/311312, www.saogeraldo.com.br.

Nascentes das Gerais (MG): roteiro de três noites, pensão completa, trilhas, transporte em veículo fretado, guia, taxas ambientais e seguro-viagem. A partir de R$ 850 por pessoa. Pela Freeway, o roteiro de 3 noites para São Luís do Paraitinga sai a partir de R$ 625 por pessoa, com café da manhã e passeios incluídos

do Rosa, com café da manhã, pensão completa, transporte em van, caiaques e equipamentos, seguro e guia. A partir de R$ 695 por pessoa. Pomptur, tel. (11) 2144-0400, www.pomptur.com.br. Caldas Novas (GO): roteiro de cinco dias (três noites) no Hotel Villas diRoma , com café, quatro refeições e tour local. A partir de R$ 588 por pessoa.

Socorro (SP): duas noites no Grinbergs Village, café, quatro refeições, tour local e visita e Monte Sião. Por R$ 412 por pessoa. Foz do Iguaçu (PR): pacote de cinco dias (três noites) no Hotel Recanto Park, café da manhã, quatro refeições, passeio às Cataratas do lado brasileiro com ingresso, compras no Paraguai e cassino argentino. A partir de R$ 696 por pessoa.

Boas alternativas sobre rodas

ara os aventureiros de plantão, esse também é o momento de criar coragem e embarcar numa viagem sobre duas rodas, seja numa moto, bicicleta ou motor home. Quem preferir ir motorizado, a Dr. Moto possui roteiros nacionais e internacionais. Para fazer seus roteiros nem é preciso ter uma moto. A agência possui seis para aluguel. Entre seus roteiros, os mais famosos são os de curta duração, saindo de São Paulo: Monte Verde, Brotas, Florianópolis, Campos do Jordão... Pouco conhecidas e exploradas aqui no Brasil, as viagens em motor home podem ser uma ótima alternativa para quem quer fazer viagens mais curtas com a família toda ou com um grupo de amigos. A Itutrailers (tel. 11/4023-2314, www.itutrailer.com.br), que trabalha com esse nicho de viagens no País há 35 anos, possui cerca de seis veículos para aluguel, com capacidade para até dez pessoas. O interessante é que eles só alugam com motorista – que conhece tudo do veículo e faz as vezes de mecânico, churrasqueiro e também ajuda na limpeza. O preço médio é de R$ 600 por dia – combustível e pedágio são pagos à parte, mas boa notícia é que eles são movidos a diesel, que é mais barato. Já quem prefere se exercitar ao mesmo tempo em que faz uma viagem ecologicamente correta, vale se informar sobre os roteiros e saídas que grupos de ciclistas ou de amantes das magrelas organizam quase todo mês. É o caso do Sampa Bik e r s ( w w w . s a m p a b ikers.com.br) e do Clube de Cicloturismo (www.clubedecicloturismo.com.br). Este último inaugurou no ano pas-

sado o primeiro roteiro cicloturístico do Brasil, localizado no Vale Europeu (SC). Confira abaixo, alguns pacotes.

da, transporte, lanche de bordo, carro de apoio, mecânico, guias e seguro-viagem. MOTO

BICICLETA AuroraEco, tel. (11) 3086-1731, www.auroraeco.com.br. Estrada Real: uma viagem pedalando por estradas que há 300 anos faziam a ligação entre Minas e o litoral– hoje Patrimônio Histórico da Humanidade. No roteiro, Ouro Preto, Tiradentes, Caxambu (hotel-fazenda) e Paraty. São oito dias a partir de R$ 4.550 por pessoa, incluindo acomodação em hotéis de charme, passeio de saveiro em Paraty, bicicleta revisada com ajustes personalizados, capacete, alimentação (exceto dois jantares), traslados, transporte SP-Paraty, guia e seguro-viagem. Pisa Trekking, tel. (11) 50524085, www.pisatur.tur.br. Terras Altas da Mantiqueira: para fãs de moutain bike, vale ir de carro até Ouro Preto, ponto de onde sai o roteiro de cinco dias visitando o Parque Nacional do Itatiaia, Fragaria, Monte Belo, Rio do Prateado, Alagora, Serra do Condado, Base da Mitra do Bispo, Santo Antônio, Mirantão e Visconde de Mauá. A partir de R$ 981 por pessoa, com acomodação em pousadas, pensão completa, guias, transporte em veículo fretado, carro de apoio, mecânico de bike e seguro-viagem. Caminho do Sol: um roteiro de fé no interior de São Paulo. Cinco dias, com acomodação em hospedaria e pensão completa e passeios em Santana do Parnaíba, Salto, Mombuca e Águas de São Pedro, a partir de R$ 744 por pessoa. Inclui, ain-

Dr. Moto Brazil, tel. (11) 3571.9989, www.drmotobrazil.com. São Pedro e Brotas: no ve dias na região com direito a passeio de balão. A partir de 5 vezes de R$ 1.450, com carro de apoio e para um mínimo de três motocicletas contratadas. Inclui Moto XT 660 R, acompanhamento de médico motociclista bilíngüe, hospedagem com café, passeios, edição de fotos ao término do roteiro e bagageiro GIVI para acomodação da bagagem. Serra da Canastra: seis dias nessa bela região de Minas Gerais, com passeios em cachoeiras e vales. A partir de 5 vezes de R$ 1.115, nas mesmas condições da viagem acima.

Divulgação/Arquivo Dr. Moto Brazil

Escolha o seu estilo: de motor home com a família, pedalando Brasil afora por trilhas ecológicas ou sobre uma moto por caminhos asfaltados e de off-road


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

3 Roosewelt Pinheiro/ABr

Política JOBIM NEGA O TERCEIRO AEROPORTO O senador Tião Vianna (PT-AC) pediu o depoimento do ministro Jobim para explicar a crise aérea

Adriano Machado / AE

Ao contrário do que havia anunciado anteontem a ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, descartou a hipótese de uma nova obra. A prioridade é melhorar Cumbica. prioridade é mesmo a construção de uma terceira pista em Guarulhos e melhoria do terminal e da pista de Viracopos (em Campinas). Sem substituto – O ministro disse também que ainda não há uma decisão sobre o nome do substituto do atual presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira. Um dos nomes que estavam cotados é o de Sérgio Gaudenzi, presidente da Agência Espacial Brasileira e membro do PSB. A permanência de José Carlos Pereira na presidência da estatal ficou insustentável após o acidente com o vôo 3054 da TAM, quando, no dia 17 de julho, um Airbus da empresa caiu no Aeroporto de Congonhas depois de uma tentativa frustrada de pouso. Na segunda, Jobim antecipou que o ex-presidente do Banco do Brasil, Rossano Maranhão, não poderá assumir a presidência da estatal porque há impedimentos, segundo o ministro. Apesar disso, ele poderia ajudar no conselho administrativo da estatal. Depoimento – A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que investiga a crise no setor aéreo do País acertou o depoimento do ministro para a próxima quartafeira, às 10 horas. Segundo o presidente da comissão, senador Tião Vianna

a maior

tragédia

O

ministro da Defesa, Nelson Jobim, reafirmou ontem que o plano emergencial para superar a crise no setor aéreo não inclui a construção imediata de um terceiro aeroporto em São Paulo. Em entrevista no Palácio do Planalto, Jobim disse que um novo aeroporto no estado está, sim, nos planos do governo, mas para atender ao aumento futuro da demanda, a prioridade agora é a melhoria das condições das pistas dos aeroportos paulistas de Guarulhos e Viracopos. "Estamos pensando em uma perspectiva de aumento de demanda, para que possa esse terceiro aeroporto se preparar para a demanda futura", disse o ministro. Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em pronunciamento ao País, que o governo daria prioridade à construção de um terceiro aeroporto no Estado de São Paulo. A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, reafirmou a intenção, em duas entrevistas posteriores. Ontem, o ministro da Defesa evitou polemizar com a ministra, mas deixou claro que a

A

E vêm aí os 'consertos domésticos' em Guarulhos

D

Primeira vez: Jobim estréia em solenidade militar de promoção de oficiais no Palácio do Planalto

(PT-AC), a presença de Jobim se faz necessária porque, até agora, não foram apresentados ao País os planos de metas emergenciais e de médio prazo do governo para superar a crise no setor de aviação. A CPI ainda marcou para hoje à tarde os depoimentos dos presidentes da TAM, Marco Antonio Bologna, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuannazzi, do chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), brigadeiro Jorge Kersul Filho, e do presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), brigadeiro José Carlos Pereira. Paciência – O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Ju-

Mesmo contemplado, PMDB reduz apoio ao governo de Silas Rondeau, ao ministério de Minas Energia. Rondeau renunciou ao cargo após suspeitas de receber propina de R$100 mil reais da construtora Gautama, pivô da Operação Navalha, da Polícia Federal. Também por conta do período, a posse do ex-prefeito do Rio, Luiz Paulo Conde, na presidência de Furnas, ficou fora da análise. A nomeação de Conde, ocorrida ontem, é uma reivindicação da bancada do PMDB na Câmara e provoca distensão no ambiente político no fim do recesso parlamentar: abre caminho para que o Congresso aprove a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e da Desvinculação das Receitas da União (DRU). Segundo Aragão, o apoio do PMDB ao governo Lula é gran-

pesar de contar com amplo espaço na Esplanada dos Ministérios, o apoio do PMDB ao governo Luiz Inácio Lula da Silva diminuiu neste segundo mandato, segundo pesquisa do cientista político Murillo de Aragão e do analista Cristiano Noronha. A análise observou, entre fevereiro e julho deste ano, o comportamento dos 13 principais partidos na Câmara dos Deputados, em 27 votações de interesse do governo, entre elas a Super Receita e emendas do Programa de Aceleramento do Crescimento (PAC). Entretanto, a pesquisa não captou o período envolvendo a nomeação de dois peemedebistas: Nelson Jobim para o ministério da Defesa, no último dia 25, e a possível recondução

de, mas não como "poderia ser". "O PMDB tem mais ministros no governo, mais cargos, não tem um Garotinho para atrapalhar, o apoio deveria ser mais amplo; o que diminuiu a possibilidade de aumentar isso foram os acontecimentos do mês de maio", diz Aragão. Entre fevereiro e abril, o apoio do partido registrava tendência de alta, mas dois fatores reverteram o quadro no mês seguinte: "O PMDB perdeu a paciência com a demora do governo em indicar afilhados do partido para cargos de segundo e terceiro escalões, e o escândalo envolvendo o presidente do Senado, Renan Calheiros", acrescenta o cientista político. No mês de maio, o índice de apoio ao governo do PMDB atingiu seu numero mais bai-

epois de ter perdido o espaço publicitário gratuito que as principais redes de televisão haviam cedido e diante das acusações de motivações político-partidárias por parte da Executiva Nacional do PT e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a liderança do Movimento Cívico pelos Direitos dos Brasileiros, mais conhecido como "Cansei", marcou para amanhã um esclarecimento sobre os principais objetivos da campanha. Em nota divulgada ontem, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo (OAB-SP), Luiz Flávio Borges D'Urso, voltou a dizer que o movimento é apartidário e não se coloca contra qualquer esfera governamental, seja municipal, estadual ou

Newton Santos / Hype

'Cansei' é apartidário, diz D'Urso

D

niti Saito, ao sair da solenidade, falou rapidamente com jornalistas sobre o processo de apuração das causas do acidente com o Airbus. Saito disse que "é preciso ter paciência para esperar o relatório final das investigações" sobre o acidente. Saito fez a declaração ao sair do Palácio do Planalto após participar da solenidade de apresentação de oficiais das forças Armadas que foram promovidos (cinco de coronel a general, dois a general-de-Exército e dois a general-de-divisão. Forças Armadas – Durante a solenidade no Planalto de apresentação dos oficiais promovidos, o ministro Jobim, sem citar a questão da crise no setor aéreo, fez um discurso

D'Urso: agenda positiva.

federal. "Encerra um conceito maior que é 'cansei de não fazer nada' e quer instar a sociedade brasileira a se articular para mudar o Brasil", diz. O movimento pretende fazer uma manifestação no próximo dia 17 em frente ao

edifício da TAM Express, local do acidente que matou 199 pessoas, um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do acidente aéreo. A data marca um mês da tragédia. D'Urso também deverá anunciar a criação de uma agenda positiva, com propostas para a solução dos problemas apontados pela campanha publicitária. Na terça-feira, dirigentes do PT reagiram com indignação ao "Cansei". Para os petistas, o movimento tem intenções políticas. Segundo o secretário sindical do partido, João Felício, o "Cansei" é formado pela "ultraprogressista classe média alta paulista". "Muitos destes empresários contratam funcionários sem registro em carteira e sonegam impostos", disse Felício. (AE)

xo, 58,29%. Em junho, após nomeações como a de Moreira Franco, para a Caixa Econômica, e Maguito Vilela, para o Banco do Brasil, o apoio voltou a subir, chegando a 70,16%, de acordo com Aragão. Mesmo assim, está aquém do pretendido por Lula, que era mais de 90%. Mais aliados – Para Aragão, de certa forma, " o PCdoB é mais fiel ao governo Lula do que o próprio PT, partido do presidente". O apoio do PT e do PCdoB registram o mesmo índice (82%) em julho deste ano, mas o do PT diminui em 3 pontos porcentuais desde fevereiro de 2007, enquanto que o apoio dos comunistas não oscilou. A bancada do PT na Câmara é composta por 81 deputados – a 2ª maior – contra apenas 13 do PCdoB. (AE)

ressaltando a importância das Forças Armadas para o País. Observou que os militares foram importantes para a preservação do território nacional no período do Brasil-Colônia e que em diversos outros momentos da História estiveram à disposição do País. "Este governo está fazendo um trabalho para que as Forças Armadas tenham envergadura e estrutura para uma política de defesa condizente com o século 21". Ele disse ainda que "a Marinha, o Exército e a Aeronáutica estão sempre à disposição da Nação". Esta foi a primeira solenidade militar oficial a que Jobim compareceu, desde que assumiu o Ministério. (AE)

urante a coletiva de imprensa, o ministro Nelson Jobim disse que o governo começará, na próxima semana, "consertos cosméticos" na pista de Guarulhos, para que esta possa receber boa parte dos vôos de Congonhas. A obra definitiva da pista começará em março. O ministro afirmou que as medidas tomadas pelo governo para redistribuir os vôos de Congonhas e reorganizar a malha viária levaram em conta a segurança dos passageiros. "A regra é a segurança, e não as conveniências", afirmou. Segundo Jobim, Congonhas, onde explodiu o Airbus da TAM no dia 17, não deverá mais ser um ponto de distribuição de vôos com conexões e escalas. "Será exclusivamente um aeroporto ponto a ponto, ou seja, de vôos diretos limitados a duas horas de duração", explicou. O ministro disse que cabe às companhias aéreas se adequar às medidas adotadas pelo governo. Jobim afirmou também que não lhe cabe comentar sobre o conteúdo das caixas-pretas do Airbus da TAM, revelado oficialmente ontem na CPI da Crise Aérea. (AE)

Roosewelt Pinheiro / ABr

Base menor: nomeações não aumentaram sustentação de Lula Reprodução de TV

PT manifesta apoio ao 'top top' de Marco Aurélio

A

Executiva Nacional do PT decidiu, na terça-feira, formalizar o apoio manifestado há vários dias a Marco Aurélio Garcia, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, filmado comemorando com gestos obscenos a notícia de que o acidente da TAM em São Paulo poderia ter sido resultado de um problema na aeronave. O assessor, que é também vice-presidente do PT, reafirmou na reunião de terça que não teve a intenção de desrespeitar as vítimas do acidente e chegou a manifestar a inter-

Marco Aurélio Garcia faz gestos obcenos à reportagem do acidente.

locutores a insatisfação com o fato de alguns petistas não o terem apoiado. Na nota, o partido culpa a imprensa e diz que tem "orgulho de tê-lo entre seus quadros".

"A mídia nacional dedicou-se ao exercício do sensacionalismo barato contra Marco Aurélio, atribuindo caráter 'comemorativo' a um gesto captado clandestinamente", diz a nota. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - TURISMO

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Fotos: Agliberto Lima/DC

INVERNO

Campos do Jordão investe na boa mesa Até o fim do mês, visitantes irão se surpreender com as maravilhas culinárias à mesa na cidade. Grupo Cozinha da Montanha, da qual fazem parte 16 restaurantes e chefs, priorizou receitas com produtos locais e inovação num delicioso festival. A intenção é colocar – e firmar – o nome de Campos no roteiro gastronômico nacional Por Mario Tonocchi

E

m busca da boa gastronomia, Campos do Jordão se rende a tradicionais sabores e texturas para recriar a cozinha local. Além do essencial pinhão, a aposta, hoje, de 16 proprietários de restaurantes e chefs da Vila Capivari, reunidos no Grupo Cozinha da Montanha, mira também na truta, lança mão do arroz negro, do shitake, de frutas silvestres, ervas e castanhas, em pratos do festival gastronômico deste inverno, que vai até o próximo dia 31. Os mais ousados introduziram a carne de avestruz procurando o intercâmbio de ingredientes em uma cozinha fusion de simplicidade. Com bom resultado para quem pretende colocar a gastronomia da cidade na lembrança dos roteiros de inverno. Esse trabalho de promoção dos produtos locais está em gestação há três anos em Campos do Jordão, diz o presidente do Grupo Cozinha da Montanha, Paulo César da Costa, que há 11

anos fundou o restaurante La Gália, especializado em comida gaulesa. "Melhoramos a cada ano nossas especialidades e agora estamos prontos para colocar o nome de Campos no roteiro gastronômico nacional, aprimorando a cada estação nossa culinária", afirma. Neste festival, o La Gália prepara avestruz grelhado ao sabor do campo com arroz de pinhão. Os restaurantes da Vila Capivari servem a vários gostos e bolsos. Exemplos: instalado ao lado do famoso Baden Baden, bar-eixo da badalação gastronômica do centro, que propõe neste inverno haddock com crosta de pinhão e shitake ao molho de cerveja Baden Stout, o Safári Café, do empresário Luís Fernando Peretti, oferece simplicidade com filé ao molho de açafrão e pinhão, risoto de arroz preto, mangas com crosta de nozes e aspargos frescos. "O que queremos aplicar aqui é a comunhão entre os donos de restaurantes do Cozinha da Montanha. Se a pessoa chega dizendo que quer comer um exce-

Arvorismo e observação de borboletas

lente bacalhau digo que vai comer, com certeza. Mas vai comer onde é especialidade, no Vila Chã", afirma Peretti. Para o festival, entretanto, o Vila Chã, especialista em cozinha portuguesa, inclui no festival fondue de queijo da serra da estrela, um produto típico lusitano à base de leite de ovelha e coalho da região serrana portuguesa. Também há lugar na Vila Capivari para o descontraído e o refinado. A descontração fica a cargo do bar e restaurante Hops, montado há dois anos, que prepara flor de abóbora empanada com cerveja e recheio de gorgonzola neste inverno. O petisco é somente um pretexto para se chegar à carta de bebidas com 15 tipos de chope e 60 rótulos de cerveja. Vale uma longa conversa a respeito dos fermentados com o proprietário, o cervejeiro Marcelo Moss, um dos quatro fundadores da microcervejaria Baden Baden, vendida há pouco para a Schincariol. Também oferece uma boa conversa, quando ela consegue parar entre as mesas, a surpreendente e detalhista chef Zezé Meireles, do Ludwig Restaurant, que inova no festival com Há 15 circuitos de arvorismo, esporte praticado em meio a araucárias e eucaliptos. Mais tranqüilo é o tour ao Borboletário Flores que Voam, com 35 espécies

O

arvorismo é a mania radical de Campos do Jordão para chamar a atenção dos turistas. Saltos de galho em galho, viagens por rápidas tirolesas e caminhos cambaleantes entre árvores disputam cada vez mais espaço entre os até então preferidos rapel, vôo livre, mountain bike cavalgadas, caminhadas por trilhas e passeios de quadriciclos. Hoje, segundo a presidente da Central de Pousadas, Marta Eisenlohr, existem 15 circuitos de arvorismo. É diversão garantida para quem não tem medo de altura para aproveitar a paisagem, já que o esporte é praticado em meio a araucárias e eucaliptos, árvores típicas da região serrana. Dependendo da atividade, a duração do circuito varia de uma hora e meia a doze horas, com preços que vão de R$ 25 a 85 por pessoa. Para os mais tranqüilos, além dos passeios a pé, uma boa descontração é a visita ao Borboletário Flores que Voam, uma estufa de 500 metros quadrados onde os visitantes, por meio de uma trilha, podem conhecer 35 espécies de borboletas (no inverno permanecem no local cerca de 400 insetos) a R$ 15 por pessoa para adultos e R$ 10 para crianças e idosos. Segundo a

No restaurante Ludwig (no topo, à dir.), a chef Maria José (no topo, à esq.), prepara salmão com mandioquinha e aspargos. Malaquias (acima, à esq.), do Grande Hotel, é referência na região. No Safari Café, filé ao molho de açafrão e pinhão (acima, à dir.). Marcelo Moss (ao lado), do Hops, oferece petiscos especiais com cerveja

proprietária do borboletário, Sandra Gatto, as visitas podem ser monitoradas e a c o m p a n h adas de explicações sobre os hábitos e a funcionalidade para a natureza destes insetos. O ecoturismo foi implantado na cidade há seis anos, com o monitoramento das trilhas do horto florestal, o Parque Esta-

dual de Campos do Jordão. Outro local preferido para as caminhadas é a Pedra do Baú, em São Bento do Sapucaí. Campos também comporta a pratica do offroad, ou fora da estrada, com veículos 4x4. (M.T.)

SERVIÇO Borboletário Flores Que Voam: Avenida Pedro Paulo, 7997, Casa 1, km 10 do caminho do Horto Florestal, tel. (12) 3663-6444. ARVORISMO Bosque do Silêncio: Av. Roberto Simonsen, 1724 (caminho da Ducha de Prata e Pico do Itapeva). Tel. (12) 3663-4122. Pesca na Montanha: Estrada da Campista, Caminho da Pedra do Baú, tel. (12) 262-1987. Rancho Santo Antônio: Av. Pedro Paulo, 7997, Horto, tel. (12) 3663-1640. Tarundu: Avenida José Antonio Manso 1515, tel. (12) 3662-2590. Visual Adventure: Estrada da Estação Gavião Gonzaga, s/nº, tel. (12) 9713-6663. Parque dos Lagos: Estrada da Campista, km 11, tel. (12) 3662-1106. Aventura no Rancho: Estrada do Horto, 7997, tel. (12) 3663-7400.

medalhão de salmão ao forno com mandioquinha e aspargos. Merece atenção o fondue de queijo, escolhido no ano passado e este ano o melhor de Campos pelo Guia 4 Rodas Brasil. O sorriso largo destaca Antonino Malaquias dos Santos, 38 anos na cozinha profissional e seis no Grande Hotel Senac , que apresenta camarão flambado ao champanhe com risoto de rúcula. Referência na região, o chef Malaquias aposta no tempero local, mas avisa: "sem constante inovação não vai".

SERVIÇO Baden Baden: Rua Djalma Forjaz, 93, tel. (12) 3663-3610. Vila Chã: Avenida Eng. Diogo de Carvalho, 99, tel. (12) 3663-4702. Grande Hotel Senac: Avenida Frei Orestes Girardi, 3549, tel. (12) 3668-6000. Hops: Rua Victor Godinho, 206, tel. (12) 3663-4141. La Gália: Avenida Macedo Soares, 340, tel. (12) 3663-2993. Ludwig Restaurant: Rua Aristídes de Souza Mello, 50, tel. (12) 3663-5111. Safári Café: Rua Djalma Forjaz, 139, tel. (12) 3663-4936. MAIS RESTAURANTES E PRATOS DO FESTIVAL Bia Kaffee: Rua Isola Orsi, 33, tel. (12) 3663-1507. Cheese cake de damascos. Casa Jordão: Avenida José Manoel Gonçalves , 86, tel. (12) 3663-3472. Filé de frango ao molho de framboesas com arroz preto. Charpentier: Avenida Dr. Paulo Ribas, 295, tel. (12) 3669-1000. Vol-auvent recheado com guisado de vitela, caviar e aspargos frescos. Le Capivari: Rua Gila, 20, tel. (12) 3663-4612. Avestruz com crosta de pimentas, batata recheada com cheddar e repolho agridoce. Le Foyer: Rua Cantídio Pereira de Castro, 100, tel. (12) 3663-1278. Truta solaris com frutas e legumes. Lenz Gourmet: Estrada Paulo C. Lenz Cesar, 2.150, tel. (12) 3662-1077. Clafoutis de pêra. Matterhorn: Boulevard Geneve, loja 18, tel. (12) 3663-1841. Robalo recheado com risoto de pinhão em cama de shimeji e shiitake. O Bonde: Praça João de Sá, tel. (12) 3663-3864. Hambúrguer vegetariano com creme de pinhão. Pesca na Montanha: Estrada da Campista, km 8, tel. (12) 3662-1987. Carré de cordeiro ao vinho e mel com nhoque de mandioquinha.

Entidades se preocupam com a segurança de seus passageiros

T

anto se falou a respeito de segurança no transporte aéreo no último mês que, neste momento, as preocupações ao sair de casa para fazer uma viagem já começam no aeroporto. Antes que as grandes tragédias no sistema aéreo brasileiro acontecessem, os viajantes já se preocupavam com outro tipo de insegurança em viagem: a de roubos, assaltos e crimes em geral. Por este motivo, uma das principais entidades de viagens corporativas do Brasil, a ABGev (Associação Brasileira dos Gestores de Viagens Corporativas), juntamente com o Fohb (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil), decidiu tomar uma atitude para que este tema fosse colocado como uma das prioridades no desenvolvimento do setor de viagens a negócios. Foi a partir daí que surgiu o 1º Fórum de Segurança em Viagens Corporativas, realizado em 20 de junho, em São Paulo. "Segurança é a prioridade número um de um gestor de viagens. Em seguida vêm o conforto (que não deve ser confundido com luxo) e o preço (nem sempre o menor é o melhor" disse a presidente da ABGev, Viviânne Martins. Segundo Alberto Martins, diretor executivo da entidade, que conta com 200 associados, 35% deles gestores de viagens de grandes e médias empresas, a idéia de realizar o fórum surgiu com o aumento dos relatos, por parte dos gestores de viagens, de fatos que ocorreram dentro e nos arredores dos hotéis, assaltos nas proximidades dos aeroportos, entre outros. "Os casos mais recorrentes são de roubo de laptops. O executivo está muito vulnerável a esse tipo de insegurança, pois tem de carregar consigo os equipamentos. Os casos acontecem no momento do check-in nos aeroportos e nos hotéis", aponta a gestora de Viagens da Xerox no Brasil, Sonia Rubino. "Estes criminosos que agem dentro de hotéis e aeroportos são quadrilhas especializadas, que estudam todo o ambiente antes de organizar o crime. Sei de casos de executivos que chegaram ao destino e a poucos metros do aeroporto foram abordados no táxi, onde são roubadas as malas, os documentos e, até mesmo, a roupa do corpo", relatou o gestor de Viagens do McDonald’s no Brasil, Paulo Lima. A falta de informação foi apontada como o problema-chave a ser solucionado para garantir a se-

gurança dos viajantes. Os gestores reivindicam acesso aos índices de criminalidade em cada região do Brasil, além de posicionamento sobre os locais a serem evitados, entre outros. "A informação é essencial para o gestor repassar aos seus viajantes. Nós temos alguns intranets e um mural onde disponibilizamos os dados e os conselhos referentes às viagens", informou Sonia, da Xerox. Em empresas como o McDonald’s, a necessidade de prevenir o executivo resultou em um livro destinado aos viajantes. "Temos um book que dá orientações sobre como se comportar em certos lugares e alguns conselhos de práticas de proteção. O conteúdo para a elaboração desse material surgiu de grupos de que participamos, como é o caso do CE30 (Comitê de Executivos da ABGev) e Osac (Overseas Security Advisory Council)", explicou o gestor de Viagens do McDonald’s no Brasil. A segurança aérea também é item fundamental e nesse caso o setor de viagens corporativas pede para ser ouvido. "Nem a imprensa, nem as autoridades. Ninguém ouve os executivos em momentos de acidentes ou caos aéreo", diz Viviânne. Ela começará um lobby junto aos governantes para explicitar as necessidades e temores dos viajantes executivos, responsáveis por 70% das viagens aéreas no País. Hotéis – O diretor executivo do Fohb, André Pousada, explicou quais são as ações que a entidade vem tomando em relação ao tema. Temos diversos eixos de trabalho, sendo que um deles é ligado diretamente à segurança. A partir de agora, o Grupo de Gestão Patrimonial acrescentará ao seu nome a palavra Segurança. Entre essas ações está a criação de um padrão standard de segurança dentro das unidades das redes associadas. Além disso, a entidade quer elaborar uma cartilha para o viajante se prevenir de alguns incidentes. "Vamos criar ainda um programa de conscientização para ser levado para dentro dos hotéis. Queremos mostrar que todos os funcionários de um empreendimento, e não apenas os do departamento de segurança, são responsáveis pela segurança do hóspede", afirmou Pousada. Mais informações sobre o Panrotas Corporativo no site www.panrotas.com.br. Assinaturas pelo tel. (11) 5070-4816 ou 5070-4804, e-mail assinaturas@panrotas.com.br.


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Finanças Empreendedores Nacional Va r e j o

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Falta de bois para abate leva o Friboi, de Campo Grande (MT), a dar férias coletivas a funcionários.

IMPORTAÇÕES CONTINUAM AUMENTANDO

EXPECTATIVA É DE VENDAS AO EXTERIOR DE US$ 155 BI EM 2007. SALDO EM JULHO FOI DE US$ 3,347 BI.

GOVERNO ELEVA META DE EXPORTAÇÃO

O

governo elevou em 2% a meta para as exportações deste ano, de US$ 152 bilhões para US$ 155 bilhões, segundo o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Meziat. O aumento foi baseado no desempenho dos 12 meses encerrados em julho, quando as vendas de mercadorias brasileiras ao exterior somaram US$ 150,433 bilhões. Como a expectativa é de que os embarques continuem crescendo, o governo considerou seguro elevar a projeção. A revisão otimista foi feita apesar de no mês de julho ter sido registrada queda na média diária das exportações, que foram de US$ 641,8 milhões. O número é 1,3% menor do que o apurado em no mesmo mês de 2006 e 2,1% inferior ao de junho de 2007. Meziat atribuiu a redução a fatores sazonais. "Não se identifica perda de fôlego", afirmou o secretário. Em julho de 2006, as exportações foram atipicamente altas porque naquele mês os fiscais da Receita encerraram uma greve e houve um acúmulo de embarques. Por isso, a comparação com o mesmo mês do ano anterior mostra queda. Já a retração na comparação com junho foi atribuída às oscilações que normalmente ocorrem entre um mês e outro devido a atrasos em embarques.

Milton Mansilha/Luz

No mês passado, as exportações somaram US$ 14,12 bilhões, um recorde para o mês, enquanto as importações romperam pela primeira vez a casa dos US$ 10 bilhões, atingindo US$ 10,773 bilhões. O saldo chegou a US$ 3,347 bilhões, 40,8% menor que o de julho de 2006. No ano, o superávit foi de US$ 25,2 bilhões, 4,8% mais baixo que o dos sete primeiros meses de 2006.

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milhões de dólares foi a média diária de exportações em julho, volume 1,3% inferior ao registrado em igual mês do ano passado. Importações — Os números da balança confirmam a tendência de crescimento das importações em ritmo bem mais forte do que o das exportações. De janeiro a julho, as vendas ao exterior cresceram 16,9% na comparação com igual período do ano passado, enquanto as compras subiram 27,9%. O perfil das importações, porém, mostra um quadro mais positivo.

Enquanto no ano passado as compras no exterior eram concentradas em bens de consumo duráveis, agora os números mostram que as importações de bens de capital, matérias-primas e produtos intermediários crescem na mesma proporção. Esse comportamento indica que há mais investimentos no Brasil e reflete mais atividade na indústria. "É um perfil virtuoso de importações", disse o secretário. Já a taxa de crescimento das exportações tenderá a cair ao longo deste ano, disse. Novamente, não se trata de retração ou perda de dinamismo. Ele afirmou que o segundo semestre de 2006 registrou vendas muito fortes ao exterior. Por isso, a comparação mostrará taxas de crescimento menores que as registradas até agora. O dólar barato, segundo o secretário, não levou à queda das exportações porque as empresas estão compensando o câmbio desfavorável com aumento da produtividade, renegociação de preços e vendas para outros mercados. "É claro que isso tem um limite", admitiu. "Pode ser que para alguns setores esse limite já esteja chegando." No entanto, afirmou o secretário, nenhum sinal nesse sentido foi detectado nos estudos que levaram à elevação da meta de exportação deste ano. "Pode ser que a balança de 2008 seja afetada", acrescentou o secretário. (AE)

O sucesso do Liquida São Paulo Vanessa Rosal

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ealizada entre os dias 25 e 29 de julho pela Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), a 19ª edição da Liquida São Paulo teve a participação de 14 shoppings, que tiveram faturamento 9% maior que o obtido na troca de coleções de julho do ano passado.

Um dos setores com maior destaque na campanha foi o de cama, mesa e banho. A Zêlo, por exemplo, participou com suas 24 lojas de shoppings e três de rua e está satisfeita com os resultados. Segundo o diretor da empresa, Mauro Razuk, as vendas aumentaram 40% em relação à campanha de 2006. O presidente da Alshop, Nabil Sahyoun, afirmou que a intensa queda da temperatura,

indicadores positivos da economia e facilidades de crédito oferecidas pelos comerciantes foram fortes aliados ao Liquida São Paulo. Participaram da edição 2007 os shoppings Leste Aricanduva, Interlagos, Internacional de Guarulhos, Metrô Santa Cruz, Central Plaza, SP Market, Plaza Shopping, Frei Caneca, Continental, Lapa, Light, Taboão, Fiesta e Bonsucesso.

BC reconhece que crédito é pouco

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o relatório Economia Bancária e Crédito, divulgado ontem, o Banco Central (BC) reconhece que o volume de crédito no País ainda é muito baixo. "A despeito dos grandes avanços alcançados no passado recente, a razão entre crédito e o Produto Interno Bruto (PIB) ainda se encontra significativamente abaixo dos índices observados em economias maduras, ou mesmo em economias emergentes onde a estabilização macroeconômica se consolidou há mais tempo", diz o BC. A autoridade monetária espera, entretanto, que essa situação mude. "Mas esse cenário tende a se alterar em resposta à continuidade do processo de implementação de uma agenda voltada para facilitar cada vez mais o acesso da população ao crédito". Em 2006, a relação crédito/PIB chegou a 30,8%, ante 28,1% em 2005. O relatório avalia que a situação da economia estimulou essa expansão. "A evolução foi favorecida pelo contexto macroeconômico

positivo do período. O dinamismo da atividade econômica, os reduzidos níveis inflacionários e a continuidade tanto da redução das taxas de juros quanto da ampliação dos prazos constituíram fatores de estímulo à demanda por recursos bancários", diz o relatório. O BC destaca o crescimento das operações de crédito habitacionais, que cresceram 45,6% em três anos. "A oferta de recursos nesse segmento foi estimulada, principalmente, pela maturação das medidas institucionais de incentivo a esse mercado em anos recentes, que conferiu maior segurança jurídica às operações destinadas ao setor imobiliário". Aumento – No crédito livre, a expansão dos volumes ocorreu em função das taxas de juros finais cobradas dos consumidores, que acompanharam a redução na taxa Selic. O BC avalia também que a melhora no marco legal fez com que as operações de leasing crescessem nos últimos anos, assim como o crédito pessoal e o financiamento de veículos.

Pesquisadores e empresários unem-se para incentivar inovação André Alves

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streitar a relação entre empresas, universidades e centros de pesquisa. Este é o principal objetivo da segunda edição da Feira Inovatec, realizada pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). O evento é uma oportunidade para os três segmentos criarem um ambiente propício para criar e acelerar o processo de transferência de conhecimento, de forma que estudos desenvolvidos nessas instituições possam ser usados em novos processos e produtos. Segundo estimativas dos organizadores da Feira, devem participar do evento, entre palestrantes, expositores e visitantes, cerca de 2 mil pessoas. "Esperamos ver concretizados aproximadamente 150 contratos entre empresas, universidades e instituições de pesquisa", afirma Eduardo Molina, coordenador da Inovatec. Empreendimentos de diversos ramos de atuação marcam presença no acontecimento. É o caso das indústrias de alimentos, siderurgia, papel, eletroeletrônica, máquinas e

Molina espera 150 contratos

equipamentos, entre outras. A inovação é apontada por especialistas como um dos principais diferenciais para uma empresa em um mercado competitivo. De acordo com Marco Aurélio Rodrigues, diretor do Departamento de Tecnologia do Ciesp, os investimentos em pesquisa e desenvolvimento não devem depender somente do governo, mas também da iniciativa privada. "Infelizmente, as companhias não têm nenhum incentivo para investir. O custo Brasil inviabiliza a contratação de

TECNOLOGIA Governo deve escolher em setembro padrão de rádio digital a ser usado no Brasil.

Ó RBITA

ACIDENTES

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Sindicato dos Comerciários de São Paulo entrou ontem com recurso administrativo perante a Previdência Social requerendo a alteração do percentual de grau de risco de acidentes, vinculado ao SAT (Seguro de Acidente de Trabalho). O sindicato diz que houve equívoco na lei que alterou o Fator Acidentário de Prevenção (FAP). (AE)

FGTS

CONSTRUÇÃO DE ALCOOLDUTOS

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perspectiva de exportação de 12 bilhões de litros de etanol a partir de 2012 está levando a uma corrida pela construção de alcooldutos nas regiões Centro-Oeste e Sudeste do País com ligação aos portos de Paranaguá (PR) e São Sebastião (SP). A Transpetro (braço de logística da Petrobras), Copel (estatal paranaense de energia) e a União das A TÉ LOGO

Indústrias da Cana-deAçúcar (Unica) elaboram pelo menos cinco estudos para a construção de alcooldutos ligando o interior de São Paulo e o Centro-Oeste brasileiro aos portos de São Sebastião (SP) e Paranaguá (PR). Está nas mãos da Transpetro a tarefa de desenvolver três corredores de exportação até o início da próxima década. (AE)

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Fusão criará megaempresa de telecomunicação Greve de fiscais atravanca Porto de Santos

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Sem recessão nos EUA, diz candidato a diretor do FMI

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Procura por biocombustíveis preocupa o Japão

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Kirchner tenta atrair investimentos no México

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Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS ) aprovou ontem a redução de meio ponto percentual nos juros dos financiamentos habitacionais, com recursos do FGTS, para o tomador do crédito que for cotista há mais de três anos. (AE)

IPC-S Inflação foi de 0,28% na semana até 31 de julho, mostra a Fundação Getúlio Vargas.

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profissionais especializados e a criação de novos produtos e processos. Além dos riscos inerentes às atividades de pesquisa, os empresários ainda têm de arcar com a burocracia, a alta carga tributária e diversos muitos outros entraves", argumenta Rodrigues. Novas relações –Para estreitar a relação entre as entidades envolvidas, durante a Inovatec são realizados debates, fóruns, seminários e rodadas de negócios. Um exemplo são os seminários nos quais universidades e centros de pesquisas apresentam trabalhos desenvolvidos e os setores empresariais especificam suas demanda em termos de tecnologia e produtos. Entre os principais temas a serem debatidos durante o evento, que termina hoje, no Centro de Eventos São Luiz, em São Paulo, estão: um balanço da implementação das agências de inovação; como projetar e implantar um departamento de pesquisa e desenvolvimento em pequenas e médias empresas; a Lei de Inovação Tecnológica; e o papel das Agências de Inovação e das Fundações de Amparo e de Financiamento.

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6º GRANDE LEILÃO KLABIN A Klabin, maior produtora e exportadora de papéis do Brasil, bem como a maior recicladora de papéis da América do Sul, está realizando o 6º Leilão de Tratores e Equipamentos Agrícolas usados, incluindo: Trator de esteira Komatsu D-65-8E; Escavadeira Fiatallis FH 200; Trator Valmet 885; Trator Harvester pico 4500; Trator Massey; Trator Skidder Caterpillar, entre outros. O Leilão será realizado dia 02/08/2007, a partir das 11:00h. Os interessados deverão acessar o site da www.superbid.net, organizadora do Leilão. Para maiores informações ou agendamento de visitas, entrar em contato com a Central de Atendimento da Superbid Leilão Oficial, através do Tel/Fax: 11 2163-7800 ou via e-mail: cac@superbid.net.

Os dados do relatório mostram que a parcela relativa ao calote no spread total subiu de 35,9% para 43,4%. "Em 2006, houve acréscimo na importância do componente associado à inadimplência, reflexo do maior volume de crédito em atraso verificado nesse ano", diz o BC no documento. Em 2006, a inadimplência atingiu 5% do total das operações de crédito, ante 4,2% em 2004. Também foi verificada uma elevação na participação de tributos e taxas, que passaram de 8,1% para 8,6%. Os impostos indiretos subiram de 7,8% para 8,3%, enquanto as contribuições para o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) ficaram estáveis em 0,3%. Além disso, o peso dos custos administrativos, dos compulsórios e da parcela relativa ao lucros dos bancos caiu. A participação dos custos administrativos passou de 17,2% para 16,9%, enquanto os compulsórios, baixaram de 5% para 4,7% - tendo os depósitos à vista recuado de 5,1% para 4,9% e os a prazo um impacto inverso (de redução do spread) de 0,1% para 0,3%. Já o chamado resíduo bruto (onde estão o lucro e outros componentes do spread) caiu de 33,8% para 26,4%. O resíduo líquido, onde está o lucro após os impostos diretos, caiu de 24,3% para 19%. O BC destaca que em 2006, o spread bancário médio geral atingiu 27,2 pontos percentuais, o menor nível desde dezembro de 2004. (AE)

lnovatec: uma feira para estreitar relações entre empresas, universidades e centros de pesquisa

Indústria de calçados argentina supera a crise


Logo Logo DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - LOGO Tinha jogador que chegava entre 4 e 6 da manhã bêbado.

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Do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, ao explicar na Fifa, na Suíça, algumas das razões que fizeram a seleção brasileira perder a Copa da Alemanha em 2006.

AGOSTO

Michele Limina/AFP

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

2 Nascimento da escritora chilena Isabel Allende (1942)

E UA E M

C A R T A Z

MÚSICA

Incompetente na guerra Para 54% dos americanos, assim é o presidente George W. Bush

Boca Livre apresenta canções de todas as fases do grupo, no Teatro Fecap, às 21h. Av. Liberdade, 532, tel.: 0800-551902. Ingresso: R$ 10. I NTERNET

Informação para 'cibercondríacos' O número dos chamados "cibercondríacos", pessoas que buscam informações médicas na web, disparou para cerca de 160 milhões nos EUA em 2006, aumento de 37% sobre os dois anos anteriores, afirma uma pesquisa realizada pela Harris Interactive. "Cibercondríacos agora representam 84% de todos os adultos online, acima dos 80% do ano passado e dos 72% de 2005", diz a apresentação da pesquisa. "As razões para esse aumento são o aumento do número total de usuários da internet e um maior

percentual de pessoas que buscaram informações online subiu também". A pesquisa, conduzida a partir de entrevistas telefônicas com 1.010 adultos em julho mostrou que os "cibercondríacos" pesquisam na internet em média seis vezes por mês e que a maioria encontrou o que procura. Cerca de 86% dos entrevistados disseram que a informação médica que encontraram online era confiável, o que representa uma pequena queda em relação aos 90% registrados no ano anterior.

Yuri Gripas/Reuters

Divulgação

A

maioria dos nortea m e r i c a n o s d e sconfia do presidente George W. Bush como comandante-emchefe e de sua capacidade na condução da Guerra do Iraque, segundo uma pesquisa divulgada ontem. A pesquisa, realizada pela empresa Zogby para a agência de notícias UPI, indicou que 54% dos entrevistados desconfia da capacidade de Bush como comandante-em-chefe do Exército dos EUA, e 60% "desconfia de seu julgamento" no que se refere ao conflito no Iraque. Já 38% disse ter fé nas decisões militares do presidente e 24% o qualifica como bom condutor da guerra. O público americano desconfia também

do mais do Congresso dos EUA em relação ao conflito no país árabe, já que apenas 3% dos indagados lhe deu boas qualificações pelo manejo da guerra. Os democratas em particular, que esperavam uma mudança de rumo na guerra agora que a oposição controla o Legislativo, "expressaram profunda insatisfação com a forma como o Congresso administrou a guerra", segundo a pesquisa. O Congresso analisa um projeto de lei que financia a guerra, mas exige a retirada da maioria das tropas para o primeiro trimestre de 2008. A idéia recebeu o respaldo de 49% das pessoas que responderam a pesquisa, realizada entre 7.590 americanos pela internet em julho. Leia sobre a corrida presidencial nos EUA em Internacional

Yuriko Nakao/Reuters

C HINA Vincent Du/Reuters

M ÚSICA

Os Beatles em vídeos inéditos O site Mbop anunciou ontem a comercialização de vídeos inéditos dos Beatles, filmados pelo roadie do grupo, Mal Evans, que manteve as cenas em segredo por décadas. Além de momentos de bastidores de shows e turnês, os vídeos trazem cenas de shows e conversas descompromissadas do grupo com outras bandas, como os Beach Boys. Para ter acesso aos vídeos é preciso se dispor a pagar cerca de 3 libras por cada download, quase nada levando-se em consideração o ineditismo do material. www.mbopmegastore.com

B RAZIL COM Z

Diversidade em 1001 retalhos Jornais e sites indianos, entre eles o Fibre 2 Fashion, de moda, destacaram ontem a coleção da empresa 1001 Retalhos, inspirada nas árvores brasileiras. A empresa, que usa material reciclável em suas peças, além de sementes, couro ecológico e outros tecidos politicamente corretoscriou cinco bolsas em patchwork decoradas com crochê, fuxicos e desenhos estilizados de árvores brasileiras como o jacarandá da Bahia. O site elogia as criações da empresa como resultado de uma "iniciativa atenta aos problemas ambientais e de muito bom gosto". S AÚDE

Mutação genética que causa câncer L

ESPORTE POPULAR - Crianças controlam seus besouros em um pequeno ringue durante o Campeonato Mundial de Luta de Insetos, em Tóquio, no Japão. No país, os besouros são populares animais de estimação e o campeonato, uma diversão das férias.

Nasa/AFP

E SPAÇO

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Em busca da vida marciana

Menina de 8 anos se apresenta numa competição infantil da Ópera de Pequim na cidade chinesa de Tianjin. Cerca de 50 crianças participaram da competição que durará três dias e escolherá os melhores talentos do canto e da representação do país.

A FEGANISTÃO

Nasa lançará A no sábado a cápsula "Phoenix"

A liberdade é um aparelho de TV

F AVORITOS

Cartão que vale por um canivete suíço

Informações da área jurídica

Da espessura e do tamanho de um cartão de crédito, este canivete suíço tem 11 funções, entre elas abridor de lata, faca, abridor de garrafa, chave de fenda e régua. Feito em aço inoxidável é um kit de sobrevivência leve e prático de carregar. E custa apenas US$ 5.

O site da Associação dos Advogados de São Paulo (AASP) reúne diversas ferramentas úteis para profissionais da área jurídica. Parte do conteúdo do site é exclusivo para os associados, mas o acesso é livre para as seções de notícias, sempre atualizadas com as mais recentes decisões da Justiça, e a Jurisprudência. O site também traz uma vasta lista de links relacionados para a navegação, incluindo bases de dados, várias instâncias e áreas do Direito, sites de tribunais, concursos, ministérios e outros.

Ser viço

www.aasp.org.br

T ABAGISMO

Caçada a fumantes incendiários O Conselho Municipal de Los Angeles proibiu ontem o fumo nos parques públicos. Sob o risco de multa de US$ 250, os fumantes não poderão mais acender seus cigarros nos parques públicos, como já ocorre nas praias e playgrounds. No início de maio, o parque Griffith, onde está o famoso letreiro de Hollywood, foi devastado por um incêndio que destruiu 330 de seus 1.700 hectares, e os bombeiros acreditam que foi provocado por um cigarro mal apagado jogado na vegetação seca. L OTERIAS Concurso 745 da LOTOMANIA

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Artefatos antigos e obras de arte roubadas são recuperadas pelo governo italiano Caciques guarani-kaiowás entram em posto da Funai para protestar contra a fome

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G @DGET DU JOUR

rumo a Marte. Ela buscará traços de água e vida no planeta. O lançamento será no Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral. A cápsula viajará a cerca de 20.300 km/h e deve pousar em Marte em junho de 2008 na primeira missão ao pólo norte marciano. Caso sobreviva à missão, se transformará em uma estação atmosférica.

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programação é a mesma do resto do mundo: novelas que colocam o bem contra o mal, chefes de cozinha preparando refeições que ninguém pode comer, talk-shows engraçadinhos e reality shows. Para a população de Cabul, o horário nobre é tão sagrado quanto um chamado para as orações. "Há verdade na televisão, porque no mundo inteiro as sogras estão sempre provocando conflitos", diz o telespectador Muhammad Farid, explicando o sucesso da TV no país.

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Desde a queda do Talibã, em 2001, o Afeganistão enfrenta guerra, líderes ineptos, corrupção e as condições de vida não melhoram. Pesquisas do governo indicam que só 43% das famílias têm janelas e tetos sem goteiras, 31% têm água potável e 7% têm vasos sanitários. Mas se a queda do Talebã trouxe uma vitória foi para a indústria cultural: a televisão já está em 19% dos lares, embora apenas 14% das famílias tenham acesso à luz elétrica. A fórmula da

Cientistas identificaram uma família de genes que mudam de lugar, se fundem a outros e funcionam como uma chave de acesso que causa o câncer de próstata. A informação é de um estudo realizado na Universidade de Michigan e publicado na Nature. Os pesquisadores descobriram que algumas porções de dois cromossomos podem trocar de lugar, fazendo com que os dois genes se fundam influenciando a reprodução anormal de células. O câncer de próstata é, depois do de pele, o mais comum entre os homens.

Estimulação elétrica pode devolver alguns movimentos a paciente com dano cerebral

Concurso 889 da MEGA-SENA 20

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quinta-feira, 2 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

ECONOMIA - 5


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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LATINOS INFELIZES

ROBERTO FENDT COMO ANTÍGUA E BARBUDA

Consumidores da América Latina recuperaram o poder de compra nos últimos anos, mas a pesquisa Latinobarómetro descobriu que eles não estão contentes. O futuro não está claro e os empregos seguros não voltaram.

VENCERAM O PAN

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Por Eduardo Lora

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Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br

auge do consumo popular deveria deixar todos contentes: produtores, consumidores e governos. Mas não é assim. Os latino-americanos melhoraram seu nível de vida mas não se sentem melhor: o percentual de latinoamericanos insatisfeitos c o m s u a v i d a p r a t i c amente não mudou ao longo desta década e os que se declaram muito satisfeitos com suas conquistas aumentaram de 27% a apenas 30% nos últimos anos, segundo pesquisa do Latinobarómetro. O que está acontecendo? Por que tanto esforço para conseguir um melhor emprego, trabalhar mais horas e aproveitar o melhor possível as crescentes oportunidades de consumo não se está traduzindo numa maior percepção de bem-estar entre a população? Essas perguntas não são novas (já foram feitas por filósofos como Aristóteles ou economistas como Adam Smith), mas hoje são objeto de numerosas análises e estatísticas, graças à proliferação de pesquisas de opinião pública e à redescoberta da felicidade como tema digno de estudo dos cientistas sociais.

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ois mecanismos psicológicos impedem que o auge do consumo se traduza em maior satisfação. O primeiro é a tendência ao hábito, ou seja, se acostumar com o nível de vida material alcançado. Depois de tanto sonhar com

o carro novo ou o apartamento maior, em pouco tempo de tê-los conquistado nos esquecemos de como vivíamos antes dessas aquisições e somente nos lembramos da dívida contraída. O segundo mecanismo é o aumento das aspirações de consumo, devido sobretudo à comparação com vizinhos e colegas, e ao bombardeio publicitário. Não importa quanto o nível de consumo possa melhorar, as aspirações sempre tendem a aumentar mais.

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ssa hipótese explica o ocorrido nos Estados Unidos, onde o enorme progresso econômico do último meio século não se refletiu em nenhum aumento perceptível nos indicadores de felicidade. Apesar de que o consumo, além de certos níveis básicos, contribua muito pouco ao bem-estar, há outras variáveis econômicas que, sim, são decisivas. As mais importantes são as condições de trabalho. Se existe algo que gera sofrimento é não ter um

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Peru saiu na década de 90 da aguda crise aberta por Alan García no final dos 80. A maioria dos peruanos melhorou substancialmente sua situação econômica entre 1990 e 2001. Entretanto, segundo pôde detectar a pesquisadora peruano-americana Carol Graham, num estudo da Brookings Institution que acompanhou a trajetória de centenas de peruanos nesse período, mais da metade tiveram os maiores aumentos em seu nível de vida material se encontrava mais insatisfeita com sua situação econômica que no início. A adaptação e as aspirações conduzem o ser humano ao esforço e ao progresso material, mas não à felicidade. Ao contrário, se as pressões econômicas jogam a vida familiar e as relações sociais para o segundo plano, impedem a busca do desenvolvimento pessoal, o resultado pode ser uma maior insatisfação com a vida.

G Os peruanos melhoraram sua situação econômica entre 1990 e 2001. Mais da metade está insatisfeita. G Se existe algo

que gera sofrimento é não ter um emprego. Também é fator de mal-estar o medo de perdê-lo ou de não ter um plano de saúde. G Na Argentina e na Colômbia, a queda das taxas de desemprego contribuíram para que o percentual da população insatisfeita tenha caído também, de 34% para 28%.

emprego. Também é fator de mal-estar o medo de perdê-lo ou de não ter um plano de saúde.

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s condições de trabalho melhoraram muito pouco durante os recentes anos de auge na América Latina. Entretanto, na Argentina e na Colômbia, que começaram sua recuperação com os maiores problemas de desemprego, as notáveis reduções nas taxas de desocupação contribuíram para que o percentual da população que se declara insatisfeita com sua vida tenha se reduzido fortemente: de 34% para 28% na Argentina, e de 26% a 21% na Colômbia, segundo indica o mesmo La tinobarómetro.

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auge econômico verificado poderá gerar muito mais satisfação que agora se os governos latino-americanos se esforçarem tanto em facilitar o emprego formal e melhorar os sistemas de segurança social quanto as grandes empresas de consumo de massa se esforçam para aumentar suas vendas. Existem outras coisas que compram mais felicidade que o dinheiro, nas quais os políticos e as organizações sociais também podem ajudar, como a confiança nas instituições e a harmonia social.

EDUARDO LORA É ECONOMISTA-CHEFE INTERINO DO BID (C) AMERICA ECONOMIA

lgumas pessoas são curiosas. Vejam, por exemplo, esses torcedores anti-americanos que foram aos Jogos Pan-Americanos especificamente para vaiar a delegação dos EUA. Para ess e s t o rc e d o re s , o r a o s americanos enviaram para o Pan uma delegação de segunda categoria, como atesta a sua equipe de basquete. Ora, que ganharam medalhas demais, certamente por força de seu poder econômico. Mais pitoresco ainda, surgiu agora um cidadão criou um novo critério de avaliação dos resultados do Pan, pelo qual o grande vencedor não foram os Estados Unidos, mas as ilhas de Antígua e Barbuda. Pelo novo critério, sequer ficamos em terceiro lugar, pelo critério de maior número de medalhas de ouro: fomos deslocados para o 15º lugar, ficando atrás de países com uma longa tradição desportiva, como Bahamas e as Antilhas Holandesas. Esses países, pelo novo critério, ficam à frente não somente do Brasil e dos Estados Unidos, mas também de Cuba, segundo colocado na classificação oficial. Nosso único consolo é que os EUA, que venceram o torneio pelo critério oficial de maior número de medalhas de ouro – critério pelo qual as equipes se prepararam para vencer – caíram para a 12ª colocação.

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urpreso com resultado tão inesperado, constato que o novo critério consiste em dividir o número de medalhas de ouro obtido pela delegação de cada país pelo número de habitantes do país. Uma espécie de medalhas per capita, no caso em questão, por milhão de capita. Por essa razão, as minúsculas Antígua e Barbuda passam na frente, o mesmo ocorrendo com outros pequenos países do Caribe. Minha fonte (Anselmo Góis, n'O Globo de anteontem) diz que o autor de tão pitoresca contribuição para mostrar que o que vimos não televisão não corresponde à realidade – especialmente o brilhante desempenho de nossos atletas – criou uma espécie de IDH. Foi com esse IDH que fomos rebaixados.

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) procura superar as limitações da comparação de rendas per capita entre os países como indicador único do grau de desenvolvimento das nações. Consiste em uma média aritmética simples de três outros indicadores: Lo nge vi dad e (que mede a expectativa de vida da população), Educação (média das taxas de alfabetização e escolarização) e Renda. O IDH foi criado em 1990 pelo economista paquistanês Mahbub ul Haq. Seu uso vem se tornando disseminado, sendo utilizado em comparações internacionais de políticas públicas no relatório anual do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e, entre nós, para a distribuição de recursos em programas assistenciais, tomando por base os IDHs de cada município. Tenho cá minhas dúvidas se um indicador que resulta de uma média simples de três coisas tão díspares, como renda, expectativa de vida e educação, tem algum significado. Aprendi bem cedo que não se somam bananas com maçãs. Para fazê-lo, é necessário uma ponderação, por seus preços, por exemplo, o que permite comparar com o custo de uma outra cesta de bens.

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plicado aos esportes, fica ainda mais difícil de entender. O propósito da competição, em última análise, e deixando de lado nossas torcidas, é testar os limites da capacidade do ser humano em cada modalidade. Por isso, nos entusiasma mais que qualquer coisa (além da vitória de um atleta brasileiro), a quebra de um recorde. É o reconhecimento de que o trabalho árduo e dirigido pode superar desempenhos julgados anteriormente insuperáveis. Esse índice também não mostra que Estados totalitários investem para fazer do esporte um garoto propaganda de seus regimes. Ontem (primeiro de agosto), completaram-se 71 anos das Olimpíadas de Berlim. Naquela competição, em que tanto investiu o Estado nazista, a Alemanha ficou em primeiro lugar no quadro de medalhas, com 33 de ouro e um total de 89. Cuba ficou em segundo no Pan do Rio de Janeiro, embora já sem o mesmo brilho das competições passadas. Só não perdeu no quesito Totalitarismo, ao deportar de volta seus atletas, evitando uma fuga em massa no final dos Jogos. ROBERTO FENDT É ECONOMISTA ROBERTO@DCOMERCIO.COM.BR

G Fomos

deslocados para o 15º lugar. Nosso único consolo é que os EUA ficaram em 12º.

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


Congresso Planalto Ação cívica CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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MOVIMENTO REPETE QUE É APARTIDÁRIO

Geraldo Magela

sexta-feira, sábado e domingo, 3, 4 e 5 de agosto de 2007

Renan Calheiros: presidente do Senado é alvo de nova representação do PSol

Danilo Verpa / Folha Imagem

'CANSEI' REAFIRMA CIVISMO Presidente da OAB-SP, entidade que lidera o movimento, volta a repetir que não há partidarismo nem viés oposicionista no grupo, e que quer esclarecer isso ao presidente Lula e ao PT. Fernando Porto

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presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção de São Paulo – (OAB-SP), Luiz Flávio Borges D´Urso, afirmou ontem que o Movimento Cívico pelo Direitos dos Brasileiros – intitulado de "Cansei" – defende as mesmas causas do movimento criado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) – criado em resposta ao primeiro. "A luta contra o trabalho escravo, uma das bandeiras que a entidade está desfraldando, é também uma bandeira histórica da OAB. Portanto, apoiamos a CUT nessa mesma luta", afirmou D’Urso, durante entrevista coletiva na qual procurou defender a iniciativa.

"O movimento não é oportunista. Simplesmente, defendemos a reação quando os fatos acontecem. É um trabalho pontual", declarou. O presidente da OAB-SP informou que está agendando um encontro com o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por intermédio do ministro da Justiça, Tarso Genro, para mostrar que não há intenção de ir contra governo ou envolvimento partidário, mas sim lutas de bandeiras sociais – ações que a OAB sempre defendeu. Sobre as vaias, o advogado afirmou que não comentará manifestações que não pertencem ao movimento. "Conversei com o presidente da CUT, Artur Henrique, e ele me disse que seu movimento não tem viés de oposição com o nosso. E o nosso

CORRUPÇÃO Operação Selo prende cinco C

inco pessoas foram presas ontem na fase ostensiva da operação da Polícia Federal (PF), denominada Operação Selo, no Distrito Federal, Rio de Janeiro, Pernambuco e São Paulo. Entre os presos está o empresário Artur Vachchec Neto. Ele já havia sido preso em 2005 na primeira operação da PF nos Correios, quando foi detido também Maurício Marinho, então diretor da estatal. Marinho foi flagrado em uma fita de vídeo recebendo propina de empresários fornecedores dos Correios e a gravação teria sido feita por Vachchec. Após a divulgação da fita, o então presidente do PTB e deputado Roberto Jefferson, depois cassado, denunciou um esquema de corrupção nos Correios como 'mensalão'. O procurador da República, Bruno Acioly, informou, em entrevista coletiva ao lado de outro procurador e de

dois delegados da PF, que a organização criminosa que lesava os Correios fraudava licitações e aquisições de bens e serviços que envolviam contratos gigantescos, no valor de "alguns bilhões de reais", e desviou "dezenas de milhões" de reais. "O volume preciso (dos desvios) ainda vai ser calculado, mas eu diria que é de dezenas de milhões de reais", afirmou Acioly. Além de fraudar as licitações, os membros da quadrilha faziam combinação de preços (cartelização) e escolhiam antecipadamente os vencedores de concorrências. Segundo Acioly, a corrupção persistiu depois da briga de quadrilhas verificada em 2005. "Uma organização tomou o lugar da que saiu", disse o procurador. "A corrupção é um câncer. Não há como eliminar. Você o isola em uma parte, e ele ressurge em outra". (AE)

Operação Gerúsia desarticula golpe

A

s superintendências regionais da Polícia Federal (PF) do Distrito Federal e de Goiás desarticularam ontem uma quadrilha que fraudava benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) utilizando moradores de Goiânia que recrutavam falsos beneficiários para obter o número do Registro Geral (carteira de identidade) ou do Cadastro da Pessoa Física (CPF). Com esses dados, duas funcionárias do INSS em Brasília inseriam as informações no cadastro de benefícios junto com falsas sentenças judiciais, o que autoriza-

va a liberação do pagamento das aposentadorias. De acordo com a PF, o esquema concedeu mais de 200 aposentadorias fraudulentas por invalidez e tempo de contribuição em Goiás. O valor dos benefícios variava entre R$ 1 mil e R$ 1,4 mil e eram pagos desde 2002. O prejuízo aos cofres da Previdência Social é de aproximadamente R$ 4 milhões. Batizada de Operação Gerúsia, a ação executou dois mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e sete em Goiás. Os envolvidos responderão por crime de estelionato. (AE)

Luiz Flávio Borges D´Urso: reiterando explicações sobre o caráter cívico do movimento, aberto à participação dos interessados

apóia o da CUT nas mesmas bandeiras, como a exploração do trabalho infantil, entre outras", explicou D´Urso. Ainda sobre as acusações de "elitista" e "golpista" feitas ao movimento "Cansei" por dirigentes do PT e integrantes da CUT, D’Urso acha que não se pode generalizar e misturar alguns críticos com outros que desejam apenas desmoralizar a luta das entidades. "Essas vozes que se levantam não es-

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tão acostumadas com o processo democrático. Repito: nosso movimento é ordeiro, sereno, para o cidadão participar", acrescentou. D’Urso garante que as manifestações contrárias não impediram a próxima ação do movimento "Cansei": um minuto de silêncio, marcado para o próximo dia 17 de agosto, em frente ao edifício da TAM Express, em homenagem às vítimas do acidente aéreo,

marcando um mês da tragédia. "Não é porque um ou outro quer taxar o movimento de elitista que vamos recuar um milímetro e nos omitir", avisou. Depois do minuto de silêncio, D’Urso disse que os integrantes do movimento e outros grupos sociais levarão propostas para solucionar problemas sociais mais urgentes ao País. Em relação às críticas do presidente da Seccional Rio

de Janeiro da OAB, Wadih Damous, não reconhecendo o caráter nacional no movimento, D’Urso afirmou que procurou várias vezes Damous para conversar sobre o assunto mas não foi atendido. D’Urso ironizou a atitude, dizendo que, em lugar do diálogo, às vezes encontra deselegância e grosseria. Veja mais sobre o movimento 'Cansei' no editorial – página 6

'Sem Fronteiras' condena reação do PT contra imprensa Marcos Peron / Virtual Photo

maior organização nã o- gov ern am ent al de defesa da liberdade de imprensa do mundo, a Repórteres Sem Fronteiras (RSF), divulgou ontem, em Paris, uma carta aberta ao presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e ao presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Ricardo Berzoini, na qual critica a postura de líderes da sigla contra a imprensa no país. A ONG classifica o documento do partido como "inoportuno e infundado". A manifestação da entidade, assinada por seu secretáriogeral, Robert Ménard, veio a público dois dias após a reunião da Executiva do PT na qual os dirigentes da sigla denunciaram o suposto "aproveitamento indevido" de parte da mídia em relação ao acidente do vôo 3054 da TAM, em São Paulo, que fez 199 vítimas no último dia 17 de julho. Na terça-feira, Valter Pomar, secretário de Relações Internacionais do PT, afirmou que "existe uma tentativa da oposi-

ção de rearticular ataques ao governo" e que a "grande imprensa" estaria abordando o acidente de acordo com os interesses dessa oposição. No documento divulgado pela executiva do partido após a reunião, o vocábulo "mídia" é citado nove vezes, associandoo à "oposição". O texto do PT também se solidariza com o assessor especial da presidência, Marco Aurélio Garcia. Ele havia sido alvo de críticas depois de ter sido flagrado por uma equipe da Rede Globo fazendo gestos obscenos após a veiculação de uma reportagem sobre problemas técnicos no avião que poderiam ter levado ao acidente – revelação que, em tese, absolveria o governo de responsabilidades. Ontem, em Paris, a RSF se mostrou preocupada com as conseqüências da resolução do partido. "A resolução que o PT acaba de aprovar vem a público após o grande eco midiático dado às manifestações que se seguiram à catástrofe aérea no Aeroporto de Congonhas e

Pomar: midia estaria agindo de acordo com intereses da oposição

às vaias endereçadas ao presidente Lula durante a abertura dos XV Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro", contextualizou o autor, antes de questionar: "Este eco deve ser entendido como uma crítica sistemática ao governo? A mídia deveria deixar esses eventos

passarem despercebidos?" Dirigindo-se ao presidente Lula e a Berzoini, o texto pede calma e diz contar com "a sabedoria" de ambos. "A resolução do PT é um mau sinal, indigno de um partido democrático. Ela não faz nada além de alimentar os rancores". (AE)

Adriano Machado / AE

PSol vai às ruas para cassar Renan e Argello

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eloísa Helena, presidente do PSol, realizou ontem campanha de abaixo assinado nas ruas de Ceilândia, cidade satélite de Brasília, contra a corrupção e pela cassação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e do senador Gim Argello (PTB-DF), suplente de Joaquim Roriz. Fugindo de uma possível cassação, Roriz renunciou sob a acusação de participar de esquema de desvio de dinheiro do Banco de Brasília (BRB) e há acusações de que Argello estaria envolvido no mesmo esquema. Já Renan é acusado de ter despesas pessoais pagas por um lobista e responde a processo no Conselho de Ética no Senado. Na última quarta-feira, o PSol já havia entrado com nova representa-

ção no conselho para que se investigue a denúncia de que Renan teria favorecido a Schincariol, depois que a empresa comprou por R$ 27 milhões uma fábrica de refrigerante do irmão dele, o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL). Nesta nova representação contra Renan, o PSol lembra que a compra da indústria que estava prestes a fechar as portas – segundo reportagem da revista "Veja" – coincidiu com visitas que o presidente do Congresso teria feito à cúpula do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e da Receita Federal para tratar de questões de sonegação da cervejaria. "Estamos cumprindo a nossa obrigação de pai e mãe de ensinar aos filhos que eles não podem roubar", justificou Heloísa. (AE)

Heloísa Helena: coleta de assinaturas em Brasília


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OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 3, 4 e 5 de agosto de 2007

RESENHA

NACIONAL

APRÈS MOI, LE DÉLUGE

JOÃO DE SCANTIMBURGO

N

inguém ameaça o governo a não ser o modelo político corrupto que ameaça a infra-estrutura brasileira. Ele tem razão quando diz que, como ninguém, pode botar gente na rua. É o pessoal do MST, já acampado à beira dos grandes entroncamentos rodoviários. Essa gente recebe mesada diretamente do Tesouro Nacional. São uma espécie de funcionários públicos, mobilizáveis a qualquer momento e por qualquer causa. É a gente da CUT que conseguiu, recentemente, adiar a regulamentação do direito de greve dos servidores públicos. São ONGs administradas, direta ou indiretamente, por políticos beneficiados por estranhas e inexplicáveis verbas.

L

ulla tem razão. Nós, cidadãos de classe média, pacíficos e envolvidos pela necessidade de trabalhar para gerar nosso sustento, não somos “massa de manobra”, mas a continuar a gestão incompetente que domina o setor público, Lulla chegará ao fim de um mandato melancólico, cujo epílogo, esperamos, não seja o do Rei Sol.

G Se

COMENTÁRIO DE ARTHUR CHAGAS DINIZ NO SITE DO INSTITUTO LIBERAL WWW.INSTITUTOLIBERAL.ORG.BR

quiserem brincar com a democracia, ninguém põe mais gente na rua do que eu.

OS ÚLTIMOS Céllus

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ada tão parecido como a lendária frase do Rei Sol tinha sido dito no Brasil até ontem, quando Lulla, em cerimônia fechada, desafiou: “Se quiserem brincar com a democracia, ninguém põe mais gente na rua do que eu”. Ele está certo na sua essência. Obviamente, a declaração do nosso Rei Sol tem a ver com as últimas vaias que vem recebendo. As declarações subseqüentes, de que os ricos nunca tiveram ganhos tão elevados no País, é provavelmente correta, mas atribuir as vaias a esse grupo de pessoas é simplesmente ridículo. Se no Maracanã, estivessem cerca de 70 mil nobres ou ricos, o Brasil não seria o país que é. Ali estava gente predominantemente de classe média, em boa parte eleitores seus, de esquerda, revoltados com a impunidade e a incompetência que desmereceu o socialismo que gostariam de ver implantado no País. Se os banqueiros estão ganhando muito dinheiro é porque a política econômica de juros altos e a escassez de oferta de crédito, até agora, possibilitou um spread gigantesco entre o custo de captação do dinheiro e o seu empréstimo. É o modelo gerenciado desde, no mínimo, os Anos FHC.

Gente como a gente ALENCAR BURTI

C

om o objetivo de despertar a vontade das pessoas para protestar contra tantos desmandos, foi anunciado na última semana o Movimento Cívico pelo Direito dos Brasileiros, o Cansei. Liderado pela OAB-SP e apoiado por diversas entidades, o primeiro ato programado será o encontro, no dia 17 de agosto, em frente ao prédio da TAM Express, em São Paulo. Nossa intenção é, desde o início, que a sociedade brasileira seja ouvida. A data para esta ação foi escolhida por marcar o primeiro mês do maior desastre aéreo do País. Não é um movimento contra este ou aquele governo, como insistem aqueles que em tudo vêem interesses e possíveis vantagens partidárias. Tanto é que não estão previstos discursos. E isso também foi decidido desde as primeiras reuniões. Na última semana, durante a apresentação das peças publicitárias na OAB-SP, que podem ser vistas no site www.cansei.com.br, vi que todos ficaram sensibilizados, independente de classe social, cor, sexo e idade. Mas o que fazer para provar que não há interesses políticos num movimento como este? Isso, somente o tempo mostrará. Interesses políticos-partidários não conseguem permanecer ocultos por mais de quatro anos. A minha indignação, e tenho certeza que também a de milhares de outras pessoas, é contra a inércia na qual a sociedade se encontra. Onde nem a morte de 200 pessoas – gente como a gente, de carne e osso – sensibiliza mais. Mas começo a acreditar naquele ditado que diz “pra que ajudar, se podemos atrapalhar”. O que queremos é que o cidadão participe. Assuma a sua parcela de responsabilidade e pelo menos cobre seus representantes. Sabemos que o País está sensibilizado neste momento. Talvez por isso mesmo, seja agora a melhor hora para protestar; ainda que em silêncio num ato sem microfones, que não queremos mais ser vítimas do descaso ou da omissão de quem quer que seja. Este é um momento de despertar. Essa é a razão do “Cansei”. Criticar é um direito dos cidadãos, que estão convidados a sugerir como po-

demos agir para não partidarizar o debate. E quem sabe corrigir algum desvio no rumo do que pode ser benéfico para o todo e não somente para esta ou aquela parte. No dia 17 deste mês queremos nos solidarizar. O único pedido é para que as pessoas parem suas atividades por um único minuto, às 13 horas. Não definimos ainda o que será feito depois. Sabemos que a vida continua para os que estão aqui, e não pretendemos, em momento algum, alterar o curso da história. Só queremos mostrar, e pra quem quiser ver, que grande parte da sociedade, de gente como a gente, está indignada. Percebemos que há um desencanto geral na população. Tenho certeza que os brasileiros não agüentam mais ouvir críticas sobre a violência crescente, a corrupção e a falta de recursos para ações básicas como saúde e educação, apesar de o Impostômetro mostrar que a cada dia o brasileiro paga mais impostos.

C

ontinuo a afirmar que o “Cansei” não é um movimento partidário e sim um movimento cívico. A sociedade parece estar anestesiada e sem noção da sua importância. Sabemos que esses sintomas, juntos do cansaço e da fadiga generalizada podem, a qualquer momento, transformar-se em revolta. Cada brasileiro tem que amar este País. A sociedade precisa organizar-se para fazer valer os seus direitos. Todos têm que entender, principalmente os ocupantes de cargos públicos, que antes de defender seus próprios interesses, devem prevalecer os interesses da maioria. Não temos que esperar mais um desastre para corrigirmos problemas que vêm por décadas. Precisamos aproveitar o tempo e nos unir para cobrar ações que solucionem este caos atual. O que queremos deixar claro, de uma vez por todas, é que o “Cansei” tem o único objetivo de mostrar que nós, brasileiros, gente de carne e osso, ricos ou pobres, estamos descontentes, inconformados, tristes, indignados e cansados com o que estamos vendo.

E ste é um momento de despertar. Essa é a razão do “Cansei”.

O erro prolongado PAULO MENTE

Folha Imagem

Alan Marques/

O modelo político corrupto é a maior ameaça

Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

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omo é estranha a sociedade moderna e seus agentes de comoção. A vida urbana, recheada de individualidades, carente de meios e de processos interativos entre pessoas e grupos, agitada no seu vaivém constante, anônima, amorfa e na busca permanente das vantagens materiais, é uma catapulta certeira para a exploração de tragédias. A tragédia é parte integrante da vida urbana, parece um ingrediente indispensável na disputa por espaços. A tragédia, contudo, para emergir, requer agentes comocionais e, nesse ponto, a mídia surge como uma ferramenta inigualável. Seus prepostos vestem ternos e grifes para anunciar o extraordinário, elevando ao ponto mais alto o elemento promocional. Arrastam opiniões fuzilam membros públicos e privados da sociedade num piscar de olhos, exploram ao máximo quaisquer fatos e, ao final, retiram-se da lide como os únicos vitoriosos da cena bizarra, por terem convencido de que o erro está na tragédia e não na normalidade do dia-a-dia. Feliz será a sociedade quando se aperceber para corrigir -, que a tragédia é a simples aparição de um erro prolongado, cuja percepção passa em branco todos os dias. Um erro permanente, arraigado, que a corrói bem devagarzinho. Passa em branco por ordinário, não desperta os agentes comocionais. Caiu um Airbus em Congonhas. Perderamse 200 vidas de repente. Uma tragédia. Eram 200 vidas dependentes de um equipamento em condições perfeitas de uso, de uma tripulação habilitada à operação do equipamento e da eficiência dos serviços externos de suporte.

A

Ocorreu um erro extraordinário. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) permitem estimar que, diariamente, cerca de 0,0001% da população de um país morra decorrência de erros médicos. Essa notícia, ou informação, na forma como exposta, certamente será percebida por um número inexpressivo de pessoas. Mas é preciso usar o momento de tragédia para traduzir a informação. Estima-se que nos Estados Unidos morram 100.000 pessoas por ano em conseqüência de erros ou procedimentos médicos inadequados. E isso ocorre porque a sociedade não se apercebe desses erros ou porque a indústria da saúde, médicos, enfermeiros e outros agentes agem sem a adequada preparação ou sem a adequada fiscalização. Ao trazermos essa informação ao Brasil, não podemos esperar conseqüências diferentes. Ao contrário, é provável que os números brasileiros sejam mais graves.

N

o Brasil, um Airbus lotado cai todos os dias em conseqüência de erros médicos. É toda uma população (de 200 milhões de pessoas) dependente de equipamentos médicos adequados, de médicos e agentes habilitados tecnicamente e da eficiência da fiscalização. O erro é ordinário. A tragédia de Congonhas fugiu da normalidade. A tragédia da assistência à saúde do brasileiro, todavia é diária, é um fato ordinário. As conseqüências para a sociedade são inigualáveis, mas de percepção relativa. Ainda não foi decretado o luto oficial. PAULO MENTE, EX-PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS FUNDOS DE PENSÃO FECHADOS

tragédia da assistência à saúde é diária, um fato ordinário.

DIÁLOGOS

Q

uem viaja de avião por todo o mundo conhece alguns pontos fracos da aviação comercial e pode apontálos para servir de exemplo aos navegadores aéreos. No caso da tragédia do dia 17 de julho, temos vários exemplos nos últimos instantes dentro da cabine. O Globo de ontem traz o diálogo dramático dos últimos minutos de vida dos pilotos e passageiros. Eles tentavam frear o avião: "Não dá, não dá. Ai meu Deus". Essa foi uma das expressões do piloto em pânico, de quem - e somente dele dependiam as vidas dos passageiros, que esperavam chegar aos seus destinos. Outras gravações revelam pilotos em dificuldade para operar o Airbus. Esta, no entanto, através de sua diretoria, já informou ao mundo que o avião de sua fabricação não tem segredos. A aviação comercial tem esse ponto fraco - uma falha numa viagem de automóvel pode ser reparada, em geral sem dificuldade, ao passo que no avião exigirá treinamento psicológico dos comandantes e comissários de bordo, pois surge logo o medo, que é o mau companheiro da viagem aérea. Deduzimos que todos os aspectos do medo se manifestaram dentro do jato da TAM, o que agravou consideravelmente a calma que o pessoal de bordo deve ter nos momentos mais difíceis para conter a erupção dos passageiros amedrontados com a morte perto, muito perto.

T

enho a maior simpatia pela TAM e pela história do saudoso presi dent e-c oma ndan te Rolim, mas não devo aqui fazer acusações, que não tenho nenhum elemento para tal, mas sim me basear nas gravações das caixaspretas - tão elucidativas com os momentos trágicos. A aviação já tem algumas décadas de existência - desde os tempos da hélice, até os tempos dos jatos -, mas os problemas humanos com relação aos aviões não foram resolvidos ainda. A maioria dos passageiros faz como o presidente Lula, que ao entrar no avião entrega a alma a Deus. Enfim, o avião ainda é uma surpresa. Às vezes intolerável, na maioria das vezes benéfica. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR

G A maioria

dos passageiros faz como Lula, que ao entrar no avião entrega a alma a Deus.


Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 3, 4 e 5 de agosto de 2007

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156,5

bilhões de dólares era o total das reservas internacionais brasileiras na última quarta-feira

S&P DIZ QUE BRASIL ESTÁ PERTO DO GRAU DE INVESTIMENTO

Representante da agência de risco, no entanto, não disse quando a nota será elevada. Fotos: Newton Santos/Hype

Meirelles disse que o alto nível de reservas internacionais garante ao Brasil conforto para enfrentar crises

Turbulência pode ser saudável, na opinião de Meirelles.

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Não estamos atrás de reforma específica. O que buscamos é um pragmatismo político consistente. O Brasil tem muita liquidez e os dados macroeconômicos são cruciais para o grau de investimento. Lisa Schineller, diretora da Standard&Poor's frente e conceder um duplo upgrade, elevando a nota brasileira diretamente para o grau de investimento. Impostos — No evento, a diretora da S&P criticou a elevada carga tributária brasileira, afirmando que parte desses recursos poderiam ser usados pelo setor privado para realização de mais investimentos. Lisa comentou também que a taxa de juros do Brasil é alta, apesar de ter passado por quedas consistentes recentemente e que deve continuar a cair. Questionada sobre por que países como Índia e China, que têm problemas piores em algu-

mas áreas do que o Brasil, já obtiveram o grau de investimento, ela respondeu esclarecendo que o investment grade é dos governos e que ele representa a capacidade de um país pagar sua dívida. "Todo rating tem ponto forte e ponto fraco", disse Lisa, complementando que o da China é o setor bancário, e o da Índia a questão fiscal. Para a diretora da S&P, o México é um país cuja comparação com o Brasil é mais adequada. "O México conseguiu o grau de investimento em um horizonte de seis ou sete anos. E o Brasil tem potencial de conseguir mais cedo", disse. (AE)

FMI alerta para desaceleração

O

s riscos à expansão econômica global estão se alterando para o perigo de desaceleração, em conseqüência do enfraquecimento dos mercados financeiros mundiais e também da elevação dos preços de energia. A avaliação foi feita ontem pelo vice-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), John Lipsky, no fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), que representa 60% da produção econômica mundial.

"Percebemos que os riscos para a economia mundial estão no lado da queda. A elevada volatilidade financeira e o aumento dos preços de energia aumentaram o risco", disse. "Embora nossas projeções gerais permaneçam muito favoráveis, não tentamos dizer que não há problemas." A atual turbulência dos mercados foi tema nos encontros da Apec, que também discutiu a flexibilidade das taxas de câmbio, a segurança energética e os fluxos de capital. Dez DC

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anos após a crise financeira asiática, o ministro das Finanças da Tailândia, Chalongphob Sussangkarn, disse que a agitação dos mercados internacionais foram a maior ameaça às perspectivas para as economias emergentes da Ásia. As economias do leste asiático vão sofrer se houver desaceleração econômica nos Estados Unidos. É um erro pensar que a economia dos EUA é menos importante agora do que costumava ser, acrescentou Chalongphob. (AE)

volatilidade nos mercados internacionais, que acabou atingindo o Brasil, traz custos para os negócios, mas, de certa forma, é previsível e pode ser até considerada saudável. A afirmação foi feita pelo presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, após fechar o seminário "Brasil 2020: Crescimento de longo prazo e estratégia de investimentos". Meirelles considerou importante essa correção nos mercados internacionais, atribuindo essa volatilidade a alguns "exageros" de precificação ocorridos após um período de liquidez e crescimento prolongados. "É, portanto, um ajuste esperado, e estamos agora em um processo de busca do patamar de equilíbrio." Segundo ele, alguns setores específicos, como o de crédito imobiliário nos EUA, devem continuar a passar por correções. "Os mercados têm revisões periódicas de patamares de sustentação", argumentou. Especificamente em relação ao impacto nos negócios do

U

m possível agravamento da atual volatilidade nos mercados financeiros internacionais terá reflexos no Brasil, mas não deve atingir a economia real do País. A visão é do diretor-executivo de investment banking do Credit Suisse, José Olympio Pereira. "Mas se a crise perdurar e a fonte secar, estamos vulneráveis a isso", afirmou. O executivo destacou que boa parte dos recursos presentes atualmente no mercado financeiro brasileiro, em especial na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), são de investidores institucionais e fundos de hedge (que investem em ativos variados) internacionais, que poderão sofrer com uma maior restrição de liquidez nos Estados Unidos. Por outro lado, o especialista ressaltou que a última grave crise que atingiu os mercados globais, em maio do ano passado, não teve reflexos na economia. Pereira lembrou que, durante esse período, o Banco Central (BC) continuou promovendo reduções da taxa básica de juros (Selic). "Antigamente, a cada soluço o Brasil precisava elevar os juros para manter o capital e não afetar a

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Brasil, o presidente do BC afirmou que instabilidades como a atual sempre são negativas e geram custos. "Mas para o Brasil é melhor passarmos pelas turbulências hoje do que há poucos anos, pois agora o País tem mais força para passar por esse tipo de nervosismo", disse, acrescentando que atualmente o Brasil acumula uma grande quantidade de reservas internacionais. "É o momento mais adequado. E ousaria dizer que é melhor para o país que (essa correção nos mercados) ocorra agora do que daqui a dois ou três anos." Ele fez essa afirmação ao cogitar a possibilidade de o mercado doméstico se tornar exuberante no futuro e, ao passar por uma crise, sofrer conseqüências mais custosas. O BC continuará, segundo Meirelles, adotando a política de acúmulo de reservas internacionais. No entanto, ele ponderou que não existe meta. "Temos uma política adequada e procuramos acumular reservas sem adicionar desnecessária volatilidade ao mercado."

Inflação — Meirelles afirmou que as dúvidas sobre a meta de inflação de 2009, de 4,5%, já foram sanadas. O Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu o percentual no dia 26 de junho, mas após o anúncio o presidente do BC informou que as projeções do mercado para a inflação daquele ano estavam em 4%, de acordo com o objetivo de longo prazo do Conselho. Essa afirmação gerou incertezas entre os analistas sobre se o BC perseguirá 4% ou 4,5% como objetivo do sistema de metas de inflação. "As dúvidas já foram suficientemente esclarecidas", limitou-se a dizer. Meirelles também evitou fazer um prognóstico em relação ao momento em que o Brasil receberá um status de grau de investimento. "Tivemos aqui no evento a representante de uma das agências de risco e sua expressão estava muito positiva", afirmou (leia mais sobre o rating do Brasil nesta página). "Vamos ver se é possível interpretar alguma coisa de sua linguagem corporal", brincou. (AE)

Tensão não deve afetar economia

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diretora de análise de risco soberano para a América Latina da agência de classificação Standard&Poor's (S&P), Lisa Schineller, voltou a dizer ontem que o Brasil está "muito perto" de obter o grau de investimento (investment grade). Ela ressaltou que em moeda local o País já recebeu essa nota. Sem mencionar quando a agência vai elevar a nota do Brasil, a diretora comentou que não será um fator isolado ou só um indicador macroeconômico a chave para melhorar o rating brasileiro. O grau de investimento é uma espécie de selo de qualidade para os investidores aplicarem dinheiro no País. E sinaliza que o risco de calote é pequeno. Além da China, vários países com economias emergentes, como México, Chile e Rússia, já receberam o grau de investimento. "Não estamos atrás de reforma específica. O que buscamos é um pragmatismo político consistente", disse. "O Brasil tem muita liquidez e os dados macroeconômicos são cruciais para o grau de investimento", acrescentou Lisa, que ontem participou em São Paulo do seminário "Brasil 2020: Crescimento de longo prazo e estratégia de investimentos". Representantes da agência de classificação de risco Moody's tiveram reuniões no Ministério da Fazenda, na última quarta-feira, e alimentaram a expectativa de que o aumento da nota do Brasil sairá logo. Segundo fontes, o comitê da agência se reunirá neste mês para decidir pela elevação da classificação do País. Em maio, a Moody's pôs em revisão as notas atribuídas ao Brasil para uma possível melhora. A Moody's é a única das três grandes agências de risco que ainda mantém o Brasil a dois níveis do grau de investimento. As notas da S&P e da Fitch põem o País a apenas um passo desse patamar. Fortes rumores circularam ontem no mercado financeiro a respeito da possibilidade de a Moody's sair na

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economia", disse o executivo. Apesar de o País ainda depender fortemente de capital vindo do exterior, o diretor do Credit Suisse destacou o aumento do fluxo externo de recursos para a bolsa de valores paulista, principalmente de fundos de ações e multimercados. "Não tenho o histórico, mas posso afirmar que a participação do investidor local nas

ofertas iniciais de ações (IPOs) vem aumentando e tendo uma participação mais relevante recentemente", comentou ontem em São Paulo. Ele participou, ao lado de outros especialistas, da conferência "Brazil 2020: Crescimento de longo prazo e estratégias de investimento", promovido pelo Conselho Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri). (AE)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 3, 4 e 5 de agosto de 2007

3 Fabio Pozzebom/ ABr

Política LULA NÃO SABIA DE NADA. DE NOVO.

Se um avião pousar no Santos Dumont, cair dentro d'água e morrer todo mundo, vão dizer: por que não aterraram isso aqui?" Jorge Kersul

Roberto Stuckert / AOG

Em reunião do Conselho Político, o presidente disse que só ficou sabendo da crise aérea após o acidente com o avião da Gol, em setembro do ano passado. Ele disse que a situação é como uma 'metástase'.

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presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconheceu ontem, na reunião do Conselho Político, que o governo não sabia da gravidade dos problemas no setor aéreo. "Nessa questão, é como uma metástase (tumor que se espalha para outros órgãos do corpo) que o paciente não sabia", teria comparado Lula, de acordo com o relato de participantes. Na conversa com os dirigentes dos partidos aliados, Lula disse que só foi saber dos problemas aos poucos, com o desenrolar da crise, que começou em setembro do ano passado, a partir da queda de um Boeing da Gol em que morreram 154 pessoas. O presidente avaliou ainda que o excesso de órgãos públicos no setor da aviação civil dificulta a superação da crise aérea. "Cachorro que tem muitos donos morre de fome, porque ninguém cuida", teria dito Lula. O presidente observou que participou de cinco eleições para a presidência e que a questão aérea nunca foi debatida. Para ele, a má gestão nos governos anteriores resultou na atual crise. "O problema de gestão vem de muito tempo", disse. "É preciso resolver esse problema." Ao comentar a possível tro-

ca dos dirigentes da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac), Lula recomendou cautela. "É preciso discutir essa proposta com calma, porque o presidente nomeia, mas não pode substituir", teria dito. Carta branca – De acordo com o líder do governo na Câmara, deputado José Múcio Monteiro (PTB-PE), Lula voltou a dar "carta branca" ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, para adotar as medidas necessárias contra a crise do setor aéreo do País. "O presidente disse que o Jobim tem absoluta carta branca para tomar as providências necessárias", relatou Múcio, ao sair do Palácio do Planalto. Segundo ele, o ministro da Defesa deverá participar de uma reunião do Conselho, na próxima semana ou na seguinte, para apresentar um relatório sobre as ações adotadas. A discussão sobre a crise aérea foi provocada pelo vicepresidente do PSB, o ex-ministro Roberto Amaral. Segundo Múcio, os participantes da reunião discutiram o clima de constrangimento no País, depois do acidente com o Airbus da TAM, em Congonhas. "Essa não é uma questão que constrange apenas o governo, ou os partidos aliados. O constrangimento é nacional. Mas não podemos discutir o assunto de forma racional", afirmou

Argumento já foi usado pelo menos quatro vezes

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Lula disse ter participado de cinco eleições sem discutir questão aérea

o líder do governo. 'Mal-assessorado' – O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), criticou ontem, da tribuna do Senado, a postura do presidente Lula de não comparecer ao aeroporto de Congonhas horas após o acidente. "Lula foi mal assessorado ao deixar de comparecer ao local do acidente, a exemplo do que

fez o governador José Serra e o prefeito Gilberto Kassab. O presidente optou em desaparecer por três ou quatro dias, como se a tragédia não tivesse nada a ver com ele. Parece que, no caso, Lula ficou apenas de olho nas pesquisas de opinião pública para saber se a sua imagem seria arranhada, o que apequena o papel dele na História", disse. (Agências)

esde o seu primeiro mandato como presidente da República, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva responde a diversos questionamentos sobre seu envolvimento com escândalos que surgiram nesse tempo dizendo que "não sabia". Em outubro de 2006, ao ser questionado, no programa "Roda Viva", da TV Cultura, sobre o fato de se mostrar sempre "surpreendido" com os escândalos, Lula respondeu: "Nem um presidente, nem um pai de família tem como saber de tudo". E acrescentou: "Quantas vezes você está na cozinha, acontece algo na sala, e você não fica sabendo?". Mensalão – Quando o mensalão se tornou público, em 2005, em uma de suas primeiras declarações na época, Lula afirmou que "não sabia nada" sobre o escândalo. O esquema de compra de votos de parlamentares veio à tona com uma declaração do deputado federal

Roberto Jefferson. José Dirceu, então ministro da Casa Civil e acusado de liderar o esquema, foi cassado. O ministro e o caseiro – No caso da quebra de sigilo do caseiro Francenildo dos Santos Costa, o Nildo, em março de 2006, que envolveu o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci (PT-SP), o presidente novamente se mostrou vítima da situação. Palocci acabou sendo demitido. Dossiê – Em setembro de 2006, a poucos dias das eleições, Valdebran Padilha e Gedimar Passos, ambos do PT, foram presos pela Polícia Federal com R$ 1,7 milhão, dinheiro que seria usado para comprar um dossiê contra tucanos. O presidente, que de nada sabia, se disse "indignado" com o caso. Vavá – Em junho deste ano, o irmão do presidente, Genivaldo Inácio da Silva, foi indiciado pela Polícia Federal por tráfico de influência na Operação Xeque-Mate. Na época, Lula disse que Vavá era "ingênuo". (AE)

Fabio Motta / AE

Governo libera R$ 150 mi para terminal do aeroporto Tom Jobim

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Criticado: familiares de vítimas do acidente da TAM se queixaram a Lula sobre a falta de atitude de Jobim

Jobim condena 'duopólio' O ministro manifestou-se contra a concentração de mercado entre Gol e TAM

O

ministro da Defesa, Nelson Jobim, tem planos de estimular a aviação regional como solução de médio prazo para acomodar o aumento da demanda no setor. Ele criticou ontem a concentração no mercado brasileiro e os preços das passagens. "Temos um sistema de duopólio, e não há regra legal sobre a abusividade de tarifas", afirmou o ministro em seminário sobre o setor. As companhias TAM e Gol concentram cerca de 90% do mercado no País. Ele ressaltou que, com a nova malha aérea, haverá espaço para o surgimento ou fortalecimento de companhias regionais. "Vamos recompor essa

situação de curto prazo e fixar uma nova malha que permita a volta das empresas regionais", disse o ministro. Depois da tragédia com o Airbus A320 da TAM, há 16 dias, em São Paulo, que vitimou 199 pessoas, o governo anunciou medidas reduzindo pousos e decolagens no aeroporto de Congonhas. A meta é transferir 151 vôos, desafogando o aeroporto que se localiza numa área densamente povoada. Parte dos vôos será transferida para o aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos, que, no entanto, terá uma das pistas reformada nas madrugadas, o que pode limitar o número de pousos e decolagens adicionais.

Reclamação – Um grupo de parentes das vítimas do acidente com o Airbus da TAM aproveitou ontem o encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para reclamar de Jobim, que não conversou com eles na visita recente a São Paulo, e do assessor da Presidência Marco Aurélio García, flagrado pela "TV Globo" fazendo gestos obscenos ao receber a notícia de que o acidente poderia ter sido causado por falha mecânica. Em resposta aos familiares, o presidente disse que Jobim "falhou" em não procurá-los. Lula disse que o ministro deverá recebê-los em breve. Sobre Garcia, Lula teria respondido: "Às vezes, o que é passado não é a realidade".

epois das vaias no Maracanã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltará ao Rio, no próximo dia 20, para anunciar a liberação de R$ 150 milhões para a melhoria do Terminal 1 do Aeroporto Internacional Tom Jobim. Em entrevista ontem no Palácio do Planalto, onde foi recebido por Lula, o governador Sérgio Cabral (PMDB) disse que o presidente reafirmou a disposição do governo em transferir para o Galeão uma série de vôos do Nordeste com destino ao Sudeste, o que reduziria o tráfego em São Paulo. No Rio, Lula anunciará obras do "PAC do Transporte", com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento a serem aplicados no Arco Rodoviário do Estado e melhorias em ferrovias, portos e outras estradas do Estado. A reforma do Terminal 1 do Galeão deve aumentar, segundo o governador, o número de passageiros no aeroporto. Atualmente, a capacidade ociosa do aeroporto chega a 40%. A capacidade total é de 15 milhões de passageiros por ano. Os recursos já estão previstos no PAC. Sérgio Cabral não informou o local no Rio onde o presidente fará o lançamento do PAC do Transporte. Durante a entrevista, o governador relatou ainda que agradeceu ao presidente pela manutenção do centro de inteligência da polícia e pela presença de homens da Força Nacional de Segurança nas ruas do Rio, usados para combater a criminalidade no período dos Jogos Pan-Americanos. Cabral reconheceu, no entanto, que a violência continua. (AE)

'Congonhas não seria o aeroporto ideal', diz Zuanazzi

E

m um depoimento conjunto, somente duas das quatro autoridades convocadas a falar na CPI da Crise Aérea do Senado se destacaram ontem: o presidente da Anac, Milton Zuanazzi, e o chefe da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira. Eles, no entanto, chamaram a atenção por motivos diferentes. Enquanto Zuanazzi esteve na berlinda e foi alvo predileto dos ataques de parlamentares, o segundo acabou esquecido na sessão. Com raras perguntas dirigidas a ele, o titular da Infraero teve tempo até para cochilar. Além deles, foram chamados a depor na CPI o chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), brigadeiro Jorge Kersul Filho, além do presidente da TAM, Marco Antonio Bologna. Criticado por conduzir mal a Agência Nacional de Aviação Civil durante os dez meses de caos aéreo, Zuanazzi não foi poupado por senadores de oposição nem protegido pelos representantes do governo presentes à audiência. Ele protagonizou momentos polêmicos, foi verbalmente agredido e defendeu áreas de escape para as pistas de Congonhas. Longe do ideal – "Se fôssemos fazer um aeroporto ideal, com certeza Congonhas não seria esse aeroporto", afirmou Zuanazzi. Parlamentares criticaram o cunho político da indicação de Milton Zuanazzi para o comando do órgão e cogitam aprovar uma regra que facilite a demissão de diretores. Esta não é a primeira vez em

que Zuanazzi reconhece que a pista de Congonhas opera no limite, apesar de ressaltar que ela é segura para os padrões atuais de pousos e decolagens. "Que precisamos de um outro aeroporto lá, não há a menor dúvida", completou. Ele próprio já afirmou que a construção de um terceiro aeroporto é projeto apenas para 2050. Investidas – Pelo menos três senadores investiram contra Zuanazzi. O senador Raimundo Colombo (DEM-SC) foi o que chegou mais longe, chamandoo de "ignorante". Ele se referia ao desconhecimento do depoente sobre o aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Suposições – O brigadeiro Jorge Kersul criticou duramente à CPI da Câmara. Ele reclamou da divulgação pública dos dados confidenciais e propôs que, se as autoridades brasileiras querem violar normas internacionais de sigilo a informações, que deixem a Convenção de Chicago (tratado responsável por essas regras). Preocupado com a repercussão de suas declarações à CPI na véspera, sobre possíveis razões para o acidente, Kersul se preveniu: "Tudo o que eu falei até agora, sem exceção, não tem valor algum, porque se baseia totalmente em hipótese". Ao ser questionado sobre a qualidade e extensão da pista de Congonhas, Kersul disse que sempre há brechas para críticas e citou um exemplo hipotético: "Se um avião pousar no Aeroporto Santos Dumont, cair dentro d'água e morrer todo mundo, vão dizer: por que não aterraram isso aqui?" (Reuters)

Mais sobre a tragédia no caderno Cidades, na página 2.


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Empresas Finanças Negócios Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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PEUGEOT AUMENTA PRODUÇÃO NO BRASIL

países americanos tiveram a satisfação de seus consumidores pesquisada pela Ipsos

Divulgação

CONSUMIDORES BRASILEIROS SÃO MAIS "CRÍTICOS" Neide Martingo

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satisfação dos consumidores brasileiros está em baixa. Pelo menos é essa a constatação do levantamento feito pela Ipsos, multinacional francesa de pesquisa de mercado. A empresa pesquisou 18 diferentes tipos de serviços, públicos e privados, em oito países latino-americanos. Entre as áreas escolhidas estão a de telefonia, bancos, varejo e energia. O Brasil, ao lado de Chile, Porto Rico e Argentina, ficou abaixo da média no índice de satisfação geral. Os países com melhor avaliação foram Colômbia, Panamá, Venezuela e México. Foram pesquisados sete itens de cada serviço estudado: imagem da empresa, satisfação geral, percepção do valor desse serviço e também a disposição de continuar a usá-lo e recomendá-lo. Com resultados entre zero e 100 pontos, a Colômbia ficou com 85, en-

quanto Brasil e Argentina apresentaram a pontuação mais baixa, de 76 e 75 pontos, respectivamente. O varejo em geral foi o serviço melhor avaliado. As farmácias, concessionárias de automóveis, shoppings, supermercados e postos de gasolina ficaram entre os primeiros lugares. Os setores que mais desagradam o público são telefonia fixa e móvel, internet paga e TV por assinatura. De acordo com o diretor regional da Ipsos Loyalty, divisão do grupo Ipsos especializada em estudar e entender a lealdade e satisfação do cliente, José Roberto Labinas de Oliveira, afirmar que o Brasil está entre os piores e a Colômbia entre os melhores é uma afirmação simplista demais. "A maioria das reclamações foi para as empresas multinacionais, que prestam serviço para vários países e obtiveram notas diferentes conforme o local. A pergunta é: porque a população de um determinado lugar gosta do que é oferecido

pelas companhias e outra, não? A resposta é que existem clientes mais e menos exigentes", disse Oliveira. "Depois do Código de Defesa do Consumidor, os brasileiros ficaram mais cientes de seus direitos e menos benevolentes com os serviços oferecidos. Os consumidores no Brasil são críticos." Monopólio – Mas o diretor diz que, em alguns casos, há claros motivos para os clientes se sentirem insatisfeitos. "No México, por exemplo, existe apenas uma rede de postos de gasolina, a Pemex, que é estatal. A falta de concorrência faz com que o serviço seja precário. E esse foi classificado como o pior serviço do país." Oliveira afirma que a saída para as empresas é conhecer as necessidades, os hábitos e as crenças da população e depois adaptar os serviços oferecidos. A Ipsos vai realizar o levantamento anualmente. Foram ouvidos homens e mulheres com mais de 18 anos, com telefone em casa, e usuários dos diferentes serviços avaliados.

Log-In, da Vale, deve construir cinco navios

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Crescimento no mercado brasileiro é prioridade mundial da empresa

Terceiro turno na Peugeot

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PSA Peugeot Citroën vai ampliar em 50 mil veículos por ano a produção de sua fábrica em Porto Real, na região sul-fluminense. O aumento de produção será obtido por meio da abertura de um terceiro turno na fábrica, que hoje produz 100 mil unidades por ano e passará a funcionar 24 horas por dia a partir de dezembro. O anúncio foi feito ontem pelo diretor-geral da companhia para o Mercosul, Vincent Rambaud, que citou o possível lançamento de novos modelos no País. "Para o presidente mundial do grupo, Christian Streiff, a América do Sul, e o mercado brasileiro em particular, são prioridades", garantiu Rambaud, após doar dois carros e oito motores para a Fundação de Apoio à Escola Técnica do Rio de Janeiro (Faetec). Ele não quis, porém, comentar a possi-

bilidade de novas expansões na unidade de Porto Real, respondendo à pergunta com um ditado em francês equivalente a "uma coisa de cada vez". Segundo ele, a criação de um terceiro turno em Porto Real tem como objetivo acompanhar o crescimento do mercado interno, que bateu recorde de vendas em junho, atingindo a marca de 213 mil veículos. Pelos cálculos do executivo, as vendas da Peugeot Citroën cresceram 23% no primeiro semestre. "Prevemos um desempenho ainda melhor no segundo semestre", afirmou o executivo, informando que, em julho, o crescimento chegou a 50% em comparação ao mesmo mês do ano anterior. O diretor da montadora para o Mercosul destacou que as vendas de modelos novos no Brasil superaram as expectativas da companhia. (AE)

Log-In, empresa de logística cujo maior acionista é a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), pretende construir até 2013 cinco navios para transporte de contêineres, no valor total de US$ 350 milhões. Isso aumentará em 200% a capacidade de serviço de navegação da Log-In, dos atuais 4,5 mil TEUs (unidade que corresponde a um contêiner de vinte pés) para 13,5 mil TEUs. Fundada pela Vale em 1962 com o nome de Docenave, a empresa foi recriada em 2007 com um novo nome, quando os ativos dos serviços intermodais (ferrovia, porto e rodovia) foram agrupados e desvinculados da estrutura da Vale. Agora, a companhia também tem participação minoritária da empresa japonesa Mitsui, e tem cinco navios. As novas embarcações serão construídas no estaleiro Eisa, na Ilha do Governador, zona norte do Rio, e terão capacidade de transporte de 2,7 mil TEUs cada uma. "Essa capacidade é três vezes maior do que a de um navio médio que temos hoje", disse o diretor-presidente da empresa, Mauro Dias. Do custo total dos navios, a empresa financiará até 90% do empreendimento, com recursos do Fundo da Marinha Mercante (FMM), que já deu sinal verde ao projeto. (AE)

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CNPJ/MF nº 07.205.440/0001-24 - NIRE 35300335970 Extrato da AGE em 30/06/2007 Às 17 horas, na cidade de São Paulo/SP, na R. Pequetita, 215, cjto. 92, sala 01, Vl. Olímpia, CEP 04552-060. Presença: Totalidade. Mesa: Sr. Paulo Roberto Moreira Garcez - Presidente; Sr. Miguel Rodes Faus - Secretário. Deliberações: (i) Tomar conhecimento e ratificar a contratação anteriormente realizada pela administração da Cia. da empresa especializada Assessor Consultores Empresariais Ltda., que elaborou o Laudo de Avaliação de Bens, Direitos e Obrigações de titularidade da PMG Trading S.A. a serem conferidos ao patrimônio da Cia. (ii) Aprovar, depois de examinado e discutido, sem ressalvas, o Laudo de Avaliação de Bens, Direitos e Obrigações de titularidade da PMG Trading S.A., previamente elaborado pela Assessor, o qual foi autenticado pela Mesa, ficando arquivado na sede da Cia. e constituindo o Anexo I à presente Ata. Foram objeto da avaliação os seguintes bens, direitos e obrigações de titularidade da PMG Trading S.A.:(i) ativos rurais localizados na Fazenda Tabuleiro, líquidos das dívidas a eles vinculadas; (ii) a totalidade das ações representativas do capital social da Agrícola Deméter S.A.; e (iii) a dívida em favor da Crecera Finance Management Company, LLC, relativa ao Contrato Financeiro de Pré-Pagamento de Exportação, a ser assumida pela Cia. Conforme descrito no referido Laudo, os referidos bens, direitos e obrigações, na data-base de 30/06/2007, foram avaliados em R$ 30.303.065,48. (iii) Aprovar o aumento do capital social da Cia. no valor de R$ 30.303.065,48, mediante a emissão de 30.303.065 novas ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal, ao preço de emissão total igual ao do aumento de capital, arredondando-se os centavos, todas subscritas pela acionista PMG Trading S.A. e integralizadas mediante a conferência ao patrimônio da Cia. dos bens, direitos e obrigações de sua propriedade, nos termos do Boletim de Subscrição que constitui o Anexo II à presente Ata. Em decorrência do aumento de capital aprovado, o capital social da Cia. passará de R$ 21.524.696,00 para R$ 51.827.761,48.(iv) Em decorrência de todas as deliberações acima, alterar o caput do Art. 5º do Estatuto Social da Cia., que passará a ser alterado. Nada mais. São Paulo, 30/06/2007. Paulo Roberto Moreira Garcez - Presidente da Mesa. JUCESP nº 265.746/07-3 em 31/07/2007. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

CNPJ (MF) nº 08.356.724/0001-84 – NIRE nº 35.300.342.534 Ata da 1ª Assembléia Geral Extraordinária realizada em 27 de junho de 2007. Data, Hora e Local: 27/06/2007, às 10 horas, na sede social. Composição da Mesa: Carlos André Andrioni Salgueiro Lourenço: Presidente; Guilherme Andrioni Salgueiro Lourenço: Secretário. Convocação: Dispensada. Presença: Totalidade do Capital. Deliberações Unânimes: A) Aprovada a 1ª Emissão de Debêntures da Cia., que terá as seguintes características: Valor da emissão: R$ 20.000.000,00, dividido em 2 séries: 1ª) R$ 7.000.000,00 e a 2ª) R$ 13.000.000,00. Número de debêntures: serão emitidas 20.000 debêntures: 1ª) série 7.000 e 2ª) série 13.000. Valor nominal unitário: R$ 1.000,00, na data da sua emissão. Espécie: Sem garantia (quirografárias) e subordinadas. Tipo e Forma: Nominativa, não-endossáveis, sem emissão de cautelas ou certificados. Conversibilidade: Conversíveis em ações ordinárias de emissão da Cia., nos termos e nas condições que vierem a ser pactuadas na respectiva escritura de emissão. Remuneração: Conforme escritura de emissão, as debêntures farão jus ao pagamento de juros remuneratórios e serão atualizadas monetariamente, a partir da data da sua emissão. Os juros remuneratórios serão pagos juntamente com o valor principal, na data do vencimento. Prazo e Vencimento: O vencimento das debêntures ocorrerá no prazo de 2 anos, contados da data da sua emissão, e observará as demais condições estabelecidas na escritura de emissão. Resgate antecipado: As debêntures não estarão sujeitas ao resgate antecipado pela Cia.. Condições de subscrição: As debêntures serão subscritas pelo preço do seu valor nominal unitário. SP, 27/6/07. Carlos André Andrioni Salgueiro Lourenço: Presidente e Guilherme Andrioni Salgueiro Lourenço: Secretário. Acionistas: José Salgueiro Lourenço; Alice Andreoni Lourenço; Carlos André Andrioni Salgueiro Lourenço; Guilherme Andrioni Salgueiro Lourenço e Ana Paula Lourenço de Toledo. Jucesp: nº 251.537/07-9 em 5/7/07. Cristiane da Silva F. Corrêa – Secretária Geral.

PMG Trading S.A. CNPJ/MF nº 02.250.783/0001-97 - NIRE 35300317297 Extrato da Ata da AGE em 30/06/07 Às 18 hs, na cidade de São Paulo/SP, R. Pequetita, 215, cjto. 92, Vila Olímpia, CEP 04552-060. Presença: Totalidade. Mesa: Sr. Paulo Roberto Moreira Garcez - Presidente; Sr. Fernando Antonio Lauria Nascimento - Secretário. Deliberações: (i) Tomar conhecimento e ratificar a contratação da empresa especializada Assessor Consultores Empresariais Ltda., que elaborou o Laudo de Avaliação de Bens, Direitos e Obrigações de propriedade de Nelson Schneider, a serem conferidos ao patrimônio da Cia. (ii) Aprovar, depois de examinados e discutidos, sem ressalvas, o Laudo de Avaliação de Bens, Direitos e Obrigações referente às quotas representativas do capital social da Algonor Algodoeira Noroeste Ltda. (“Algonor”) detidas por Nelson Schneider, previamente elaborado pela Assessor e que constitui o Anexo I à presente Ata, o qual foi autenticado pela Mesa, ficando arquivado na sede da Cia. Conforme descrito no referido laudo, o valor das 60.985 quotas representativas do capital social da Algonor de propriedade de Nelson Schneider, na data-base de 30/06/2007, corresponde a R$ 134.674,98. (iii) Aprovar o aumento do capital social da Cia. no valor de R$ 134.674,98, mediante a emissão de 57.700 novas ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal, ao preço de emissão total equivalente ao do aumento de capital, todas subscritas por Nelson Schneider e por ele integralizadas mediante a conferência ao patrimônio da Cia. de 60.985 quotas representativas do capital social da Algonor Algodoeira Noroeste Ltda., conforme Boletim de Subscrição que constitui o Anexo II à presente Ata. Em decorrência do aumento de capital aprovado, o capital social da Cia. passará de R$ 52.850.251,60 para R$ 52.984.928,79. (iv) Consignar que os demais acionistas da Cia. renunciaram ao exercício do direito de preferência para subscrição das novas ações. (v) Em decorrência de todas as deliberações acima, alterar o caput do Art. 5º do Estatuto Social da Cia., que passará a ser alterado. Nada mais. São Paulo, 30/06/2007. Paulo Roberto Moreira Garcez - Presidente da Mesa. JUCESP nº 265.744/07-6 em 31/07/2007. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

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PMG Trading S.A. CNPJ/MF nº 02.250.783/0001-97 - NIRE 35300317297 Assembléia Geral Extraordinária, Realizada em 30 de Junho de 2007, às 13:00 Horas, para Aprovar Aumento de Capital Data, Hora e Local da Assembléia: Às 13:00 horas do dia 30 de junho de 2007, na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, Rua Pequetita, 215, cjto. 92, Vila Olímpia, CEP 04552-060. Comparecimento: Acionistas representando a totalidade do capital social, sendo, portanto, dispensada a convocação, nos termos do art. 124, § 4º da Lei nº 6.404/76. Mesa: Os trabalhos foram presididos pelo Sr. Paulo Roberto Moreira Garcez e secretariados pelo Sr. Fernando Antonio Lauria Nascimento. Ordem do Dia: (i) Aprovar aumento de capital da Companhia; (ii) Aprovar a alteração do artigo 5º do Estatuto Social da Companhia. Deliberações Tomadas por Unanimidade: Instalada a Assembléia e procedida a leitura da Ordem do Dia, foi deliberado, por unanimidade de votos, ressalvados os impedimentos legais, o seguinte: (i) Tomar conhecimento e ratificar a contratação da empresa especializada Assessor Consultores Empresariais Ltda., sociedade com sede na Av. Pedroso de Morais, nº 433 - 5º a 8º andares, na Cidade e Estado de São Paulo, inscrita no Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (CRCC) sob o nº 2SP-013340/0-0 e no CNPJ/MF sob o nº 52.190.527/0001-20 (“Assessor”), que elaborou os laudos de avaliação dos bens, direitos e obrigações dos acionistas Nelson Schneider e Paulo Roberto Moreira Garcez a serem conferidos ao patrimônio da Companhia. (ii) Aprovar, depois de examinados e discutidos, sem ressalvas, os Laudos de Avaliação de Bens, Direitos e Obrigações, referentes aos bens de propriedade de Nelson Schneider localizados nas Fazendas Bocaina, Renascença, Guanabara, Tabuleiro e Sete Veredas, previamente elaborados pela Assessor e que constituem, respectivamente, os Anexos I a V à presente Ata, os quais foram autenticados pela Mesa, ficando arquivados na sede da Companhia. Conforme descrito nos referidos laudos, o valor líquido total dos bens avaliados, de propriedade de Nelson Schneider, levando-se em consideração as dívidas a eles vinculadas, que serão assumidas pela Companhia, na data-base de 30 de abril de 2007, é de R$ 4.188.410,62 (quatro milhões, cento e oitenta e oito mil, quatrocentos e dez reais e sessenta e dois centavos). (iii) Aprovar, depois de examinados e discutidos, sem ressalvas, os Laudos de Avaliação de Bens, Direitos e Obrigações, referentes aos bens de propriedade de Paulo Roberto Moreira Garcez localizados nas Fazendas Bocaina, Renascença, Guanabara e Tabuleiro, previamente elaborados pela Assessor e que constituem, respectivamente, os Anexos VI a IX à presente Ata, os quais foram autenticados pela Mesa, ficando arquivados na sede da Companhia. Conforme descrito nos referidos laudos, o valor líquido total dos bens avaliados, de propriedade de Paulo Roberto Moreira Garcez, levando-se em consideração as dívidas a eles vinculadas, que serão assumidas pela Companhia, na data-base de 30 de abril de 2007, é de R$ 3.818.857,90 (três milhões, oitocentos e dezoito mil, oitocentos e cinqüenta e sete reais e noventa centavos). (iv) Aprovar o aumento do capital social da Companhia no valor de R$ 8.007.268,52 (oito milhões, sete mil, duzentos e sessenta e oito reais e cinqüenta e dois centavos), mediante a emissão de 13.113.598 (treze milhões, cento e treze mil, quinhentas e noventa e oito) novas ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal, ao preço de emissão total equivalente ao do aumento de capital, sendo 4.700.000 (quatro milhões e setecentas mil) ações subscritas por Nelson Schneider, no valor de R$ 4.188.410,62 (quatro milhões, cento e oitenta e oito mil, quatrocentos e dez reais e sessenta e dois centavos), e 8.413.598 (oito milhões, quatrocentas e treze mil, quinhentas e noventa e oito) ações subscritas por Paulo Roberto Moreira Garcez, no valor de R$ 3.818.857,90 (três milhões, oitocentos e dezoito mil, oitocentos e cinqüenta e sete reais e noventa centavos), nos termos do Boletim de Subscrição que constitui o Anexo X à presente Ata, e sendo todas as ações integralizadas mediante a conferência ao patrimônio da Companhia dos bens, direitos e obrigações de propriedade de cada um dos subscritores relacionados nos Laudos de Avaliação acima aprovados, que constituem, respectivamente, os Anexos I a V e VI a IX à presente Ata. Em decorrência do aumento de capital aprovado, o capital social da Companhia passará de R$ 44.842.983,08 (quarenta e quatro milhões, oitocentos e quarenta e dois mil, novecentos e oitenta e três reais e oito centavos) para R$ 52.850.251,60 (cinqüenta e dois milhões, oitocentos e cinqüenta mil, duzentos e cinqüenta e um reais e sessenta centavos). (v) Consignar que os demais acionistas da Companhia renunciaram ao exercício do direito de preferência para subscrição das novas ações. (vi) Em decorrência de todas as deliberações acima, alterar o caput do artigo 5º do Estatuto Social da Companhia, que passará a vigorar com a seguinte redação: “Artigo 5º - O capital social, totalmente subscrito e integralizado é de R$ 52.850.251,60 (cinqüenta e dois milhões, oitocentos e cinqüenta mil, duzentos e cinqüenta e um reais e sessenta centavos), representado por 23.809.524 (vinte e três milhões, oitocentas e nove mil, quinhentas e vinte e quatro) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, que poderão ser representadas por cautelas, certificados ou títulos simples ou múltiplos.” Autorizar a lavratura da presente Ata em forma de sumário, nos termos do art. 130, § 1º, da Lei nº 6.404/76. Encerramento: Nada mais havendo a ser tratado, o Sr. Presidente deu por encerrada a Assembléia, da qual se lavrou a presente Ata que, lida e achada conforme, foi por todos assinada. Presidente da Mesa - Paulo Roberto Moreira Garcez; Secretário - Fernando Antonio Lauria Nascimento; e Acionistas - Paulo Roberto Moreira Garcez; Nelson Schneider; e Fernando Antonio Lauria Nascimento. Confere com o original lavrado em livro próprio. São Paulo, 30 de junho de 2007. Paulo Roberto Moreira Garcez Presidente da Mesa; Fernando Antonio Lauria Nascimento - Secretário. JUCESP nº 260.301/07-3 em 20/07/2007. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 2 de agosto de 2007, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

Requerente: Maia Moreira Comércio de Tintas Ltda. - Requerido: Instituto Afro-Brasileiro de Ensino Superior - Rua Washington Luis, 235 - 1ª Vara de Falências Requerente: Ibéria Indústria de Embalagens Ltda. - Requerido: Pri Embalagens Ltda. - Rua Marcilio Dias, 104 - 1ª Vara de Falências

CNPJ/MF nº 02.250.783/0001-97 - NIRE 35300317297 Assembléia Geral Ordinária, Realizada em 27 de Junho de 2007 Data, Hora e Local da Assembléia: 10 (dez) horas do dia 27 de junho de 2007, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Pequetita, 215, 9º andar, cjto. 92, CEP 04552-060. Presenças: A totalidade dos acionistas da Companhia, de acordo com assinaturas constantes no livro de presença dos acionistas, ficando dispensada a convocação, publicação dos anúncios e observância dos prazos, nos termos do parágrafo 4º do artigo 124 e do parágrafo 4º, do artigo 133, da Lei nº 6.404/76. Mesa: Os trabalhos foram presididos pelo Sr. Paulo Roberto Moreira Garcez e secretariados pelo Sr. Miguel Rodes Faus. Ordem do Dia: (i) tomar as contas dos administradores e deliberar sobre o Balanço Patrimonial e as demais Demonstrações Financeiras da Sociedade referentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2006, conforme publicados nos jornais “Diário do Comércio” e “Diário Oficial do Estado de São Paulo”, em suas respectivas edições de 26 de junho de 2007; (ii) eleger os membros da Diretoria; e (iii) estipular a remuneração anual global da Diretoria. Deliberações Tomadas por Unanimidade: (i) Aprovar, sem ressalvas, as contas dos administradores e o Balanço Patrimonial e demais Demonstrações Financeiras da Sociedade, referentes ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2006, conforme publicados nos jornais “Diário do Comércio” e “Diário Oficial do Estado de São Paulo”, em suas respectivas edições de 26 de junho de 2007; (ii) Em razão de não terem sido apurados lucros no exercício social findo em 31 de dezembro de 2006, não haverá distribuição de dividendos aos acionistas; (iii) Reeleger os atuais membros da Diretoria, com mandato até a próxima Assembléia Geral Ordinária, a ser realizada em 2008 para deliberar sobre as contas do exercício social de 2007, quais sejam: (a) Diretor-Presidente: o Sr. Paulo Roberto Moreira Garcez, brasileiro, separado judicialmente, empresário, portador da Cédula de Identidade RG nº 4.219.601/SSP-SP e inscrito no CPF/MF sob nº 535.778.418-34, residente e domiciliado na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Fernandes de Abreu, 151, apto. 1701; e (b) Diretores: Miguel Rodes Faus, brasileiro, separado judicialmente, administrador de empresas, portador da Cédula de Identidade RG nº 6.456.187/SSP-SP, inscrito no CPF/MF sob nº 000.491.298-56, residente e domiciliado na Alameda Itapecuru, 515, apto. 511, Alphaville, na Cidade de Barueri, Estado de São Paulo e Nelson Schneider, brasileiro, casado, agropecuarista, portador da Cédula de Identidade RG nº 951.738/SSP-PR, inscrito no CPF/MF sob nº 146.451.579-49, residente e domiciliado na SHIN QL 06, Conjunto 06, Casa 13, Lago Norte, Brasília, Distrito Federal; (iv) Consignar que os membros da Diretoria ora eleitos não farão jus a remuneração; (v) Autorizar a lavratura da presente Ata na forma de sumário, nos termos do parágrafo 1º do artigo 130, da Lei nº 6.404/76. Encerramento: Nada mais havendo a ser tratado, o Sr. Presidente deu por encerrada a Assembléia, da qual se lavrou a presente ata que, lida e achada conforme, foi por todos assinada. Acionistas Presentes: Paulo Roberto Moreira Garcez, Nelson Schneider, Fernando Antônio Lauria Nascimento. Mesa: Presidente - Paulo Roberto Moreira Garcez; Secretário - Miguel Rodes Faus. A presente é cópia fiel da ata lavrada no livro próprio. São Paulo, 27 de junho de 2007. Paulo Roberto Moreira Garcez - Presidente da Mesa; Miguel Rodes Faus - Secretário. JUCESP nº 256.872/07-7 em 16/07/2007. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

PMG Trading S.A. CNPJ/MF nº 02.250.783/0001-97 - NIRE 35300317297 Assembléia Geral Extraordinária, Realizada em 30 de Junho de 2007, para Aprovar a Incorporação de Ações de Emissão da Agrícola Deméter S.A. Data, Hora e Local da Assembléia: Às 11:00 horas do dia 30 de junho de 2007, na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, Rua Pequetita, 215, cjto. 92, Vila Olímpia, CEP 04552-060. Comparecimento: Acionistas representando a totalidade do capital social, sendo, portanto, dispensada a convocação, nos termos do art. 124, § 4º da Lei nº 6.404/76. Mesa: Os trabalhos foram presididos pelo Sr. Paulo Roberto Moreira Garcez e secretariados pelo Sr. Fernando Antonio Lauria Nascimento. Ordem do Dia: (i) Aprovar a incorporação de ações de emissão da Agrícola Deméter S.A.; (ii) Aprovar a alteração do Artigo 5º do Estatuto Social da Companhia. Deliberações tomadas por Unanimidade: Instalada a Assembléia e procedida a leitura da Ordem do Dia, foi deliberado, por unanimidade de votos, ressalvados os impedimentos legais, o seguinte: (i) Aprovar o Protocolo e Justificação de Incorporação de Ações da Agrícola Deméter S.A. (“Protocolo e Justificação”), celebrado entre Agrícola Deméter S.A., companhia fechada com sede na Rodovia Unaí-Garapuava, Km 50, CEP 38610-000, na cidade de Unaí, Estado de Minas Gerais, inscrita no CNPJ sob o nº 01.327.149/0001-42 (“Deméter”), e a Companhia em 30 de junho de 2007, o qual constitui o Anexo I à presente Ata. (ii) Tomar conhecimento e ratificar a contratação anteriormente realizada pela administração da Companhia e da Deméter da empresa especializada Apsis Consultoria Empresarial Ltda., com sede na Rua São José nº 90, grupo 1.802, na Cidade do Rio de Janeiro, no Estado do Rio de Janeiro, inscrita no CNPJ/MF 27.281.922/0001-70 (“Apsis”), que elaborou o laudo de avaliação das ações da Deméter a serem incorporadas ao patrimônio da Companhia (“Laudo de Avaliação”), o qual constitui o Anexo II à presente Ata. (iii) Aprovar o Laudo de Avaliação elaborado pela Apsis, que concluiu por avaliar o total de 2.572.922 (dois milhões, quinhentas e setenta e duas mil, novecentas e vinte e duas) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, de emissão da Deméter, na data-base de 31 de maio de 2007, em R$ 72.548.766,54 (setenta e dois milhões, quinhentos e quarenta e oito mil, setecentos e sessenta e seis reais e cinqüenta e quatro centavos). (iv) Aprovar a incorporação, ao patrimônio da Companhia, de todas as ações de emissão da Deméter, com exclusão das ações já detidas pela Companhia, correspondentes a 60,25% (sessenta inteiros e vinte e cinco centésimos por cento) do capital social da Deméter, que resulta no valor de R$ 28.836.231,84 (vinte e oito milhões, oitocentos e trinta e seis mil, duzentos e trinta e um reais e oitenta e quatro centavos), conforme apontado no Laudo de Avaliação, nos termos do Protocolo e Justificação, convertendo-se a Deméter em subsidiária integral da Companhia, na forma do artigo 252 da Lei nº 6.404/76. (v) Aprovar, em decorrência da incorporação de ações de emissão da Deméter, o aumento do capital social da Companhia no valor de R$ 7.406.980,08 (sete milhões, quatrocentos e seis mil, novecentos e oitenta reais e oito centavos), mediante a emissão de 1.766.253 (um milhão, setecentas e sessenta e seis mil, duzentas e cinqüenta e três) novas ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal, ao preço de emissão total de R$ 28.836.231,84 (vinte e oito milhões, oitocentos e trinta e seis mil, duzentos e trinta e um reais e oitenta e quatro centavos), dos quais R$ 7.406.980,08 (sete milhões, quatrocentos e seis mil, novecentos e oitenta reais e oito centavos) serão destinados à conta de capital social e R$ 21.429.251,76 (vinte e um milhões, quatrocentos e vinte e nove mil, duzentos e cinqüenta e um reais e setenta e seus centavos) à conta de reserva de capital - ágio na subscrição de ações, sendo a totalidade das novas ações subscritas e integralizadas pela Deméter, por conta de seus acionistas, nos termos do 252, § 2º, da Lei nº 6.404/76, conforme respectivo Boletim de Subscrição, o qual constitui o Anexo III à presente Ata. Em decorrência do aumento de capital aprovado, o capital social da Companhia passará de R$ 37.436.003,00 (trinta e sete milhões, quatrocentos e trinta e seis mil e três reais) para R$ 44.842.983,08 (quarenta e quatro milhões, oitocentos e quarenta e dois mil, novecentos e oitenta e três reais e oito centavos). (vi) Em decorrência de todas as deliberações acima, alterar o caput do Artigo 5º do Estatuto Social da Companhia, que passará a vigorar com a seguinte redação: “Artigo 5º - O capital social, totalmente subscrito e integralizado é de R$ 44.842.983,08 (quarenta e quatro milhões, oitocentos e quarenta e dois mil, novecentos e oitenta e três reais e oito centavos), representado por 10.695.926 (dez milhões, seiscentas e noventa e cinco mil, novecentas e vinte e seis) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, que poderão ser representadas por cautelas, certificados ou títulos simples ou múltiplos.” (vii) Autorizar a administração da Companhia a praticar todos os atos necessários à implementação e formalização da incorporação e demais atos ora aprovados. (viii) Autorizar a lavratura da presente Ata em forma de sumário, nos termos do art. 130, § 1º, da Lei nº 6.404/76. Encerramento: Nada mais havendo a ser tratado, o Sr. Presidente deu por encerrada a Assembléia, da qual se lavrou a presente Ata que, lida e achada conforme, foi por todos assinada. Presidente da Mesa - Paulo Roberto Moreira Garcez; Secretário Fernando Antonio Lauria Nascimento; e Acionistas - Paulo Roberto Moreira Garcez; Nelson Schneider; e Fernando Antonio Lauria Nascimento. Confere com o original. São Paulo, 30 de junho de 2007. Paulo Roberto Moreira Garcez - Presidente da Mesa; Fernando Antonio Lauria Nascimento - Secretário. JUCESP nº 260.300/07-0 em 20/07/2007. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - LAZER

sexta-feira, sábado e domingo, 3, 4 e 5 de agosto de 2007

CINEMA Sarney na tela, pancadaria e família. Fotos: Divulgação

O ator inglês Hugh Grant, no programa Extreme Hollywood, segunda (6) pelo E! Entertainment, às 22h.

O Dono do Mar: lembranças no Maranhão.

Willis: cinquentão é Duro de Matar pela quarta vez, agora contra bandidos cibernéticos.

Terrorismo no cyberespaço Lúcia Helena de Camargo

B

Sitcom à moda da casa Regina Ricca

Califórnia Filmes/Divulgação

rido traído, durante a festa de bumbameu-boi. A perda faz Cristório relembrar seu passado de pescador. Suas lembranças abrangem navios fantasmas, assombrações e dos piocos, entidades místicas que povoam os oceanos e, furtivamente, visitam as aldeias seqüestrando as virgens. No elenco, Jackyson Costa como protagonista, e também Samara Felippo, Daniela Escobar, Regiane Alves, Alexandre Paternost, Isadora Ribeiro e uma participação de Pepita Rodriguez, como Geminiana. As Leis de Família: advogado maduro se apaixona por jovem.

tulo, além de ser o número da continuação, faz referência também ao caráter cibernético da história e à ameaça dos bandidos de desligar todos os computadores do país no feriado de 4 de julho, Dia da Independência americana. Com direção de Len Wiseman, traz no elenco também Timothy Olyphant e Kevin Smith.

O

Dono do Mar (Brasil, 2005, 110 minutos). Com direção de Odorico Mendes, roteirizada por Flávio Gomes, tendo como base o romance homônimo de José Sarney, publicado em 1995. A história, ambientada no litoral do Maranhão, conta a saga de Antão Cristório, pescador maranhense cujo filho é assassinado a facadas por um ma-

O Grande Chefe: sem-gracice.

Quando Trier perde a piada. E talvez os amigos. Geraldo Mayrink idéia até que é boa e poderia inspirar nossos executivos na sua dura luta de administar ou distribuir mentiras. O dono de uma empresa quer vendê-la e contrata um ator no seu lugar, para que tome decisões importantes ou desagradáveis em seu nome. Mas o comprador quer negociar direto com o vendedor. No começo de O Grande Chefe ouve-se uma voz: "Chega de drama. Vamos à comédia". Quem fala é o diretor, o notável dinamarquês Lars von Trier, que de drama entende até demais Dizem que ele é excêntrico, para não dizer doido. Não anda de avião, raspa a cabeça, mente para a equipe e briga com os atores. Mas quem, a não ser um doido, poderia brigar com Nicole Kidman para tê-la no elenco de um filme extraordinário, de três horas de duração, Dogville, com um orçamento de nove milhões de dólares sendo que só a bela Nicole costuma cobrar US$ 20 milhões por um único filme (e ela ainda teve de dividir seu cachê com figurões como Lauren Bacall e Bez Gazzara)? Outras proezas foram a continuação deste,

Ma nde rl ay, e mais atrás no tempo, Dançando no Escuro, Palma de Ouro no Festival de Cannes de 2000. Assim, a decepção causada por O Grande Chefe é tão espetacular como sua carreira anterior. Descobre-se que van Trier não tem senso de humor nem idéia do que seja comédia. As coisas na tela se arrastam e simplesmente não funcionam, com uma sem-gracice que constrange os atores, e logo sob as ordens de van Trier, acostumado a domar elencos. Ele é um ideólogo e um pregador de novas formas cinematográficas para expressar idéias. Tanto que liderou no seu país o grupo Dogma, que pregava uma volta do cinema a seus princípios básicos, e tão radical que redigiu um documento a ser seguido pelos participantes. Entre outras coisas, filmagens só em locação, sem cenários, uso de som ambiente, câmera na mão sem tripé, nada de ilumimação artificial, eliminados também os flashbacks ou qualquer recurso que modifique a ordem do tempo da ação. No entanto, o estilo de Trier costuma ser tão artificial e rigoroso que desmente estes mandamen-

tos. Coisa de louco. O jornal O Estado de S. Paulo publica todos os domingos entrevistas com gente de teatro, sempre confrontada com uma pergunta: a comédia é um gênero menor? Cem por cento das respostas dizem que não. Von Trier naturalmente não deve ter lido ou não acredita na maioridade do cômico. Outro mandamento do Dogma ensina que o diretor de um filme não deve ser creditado por isso. Pelo menos neste caso, parece justo e astuto. Trier perdeu a piada, e com seu nome revelado como autor poderia perder também os amigos. O Grande Chefe (The Boss of It All, Dinamarca, 2006, 99 minutos). Direção: Lars von Trier. Com Jens lbinus, Peter Gantzler, Fridrik Thor Fridriksson, Benedikt Erlingsson, Iben Hjejle, Henrik Prip. O filme será exibido hoje, sexta (3), à meia-noite, na Odisséia de Cinema do Espaço Unibanco de Cinema (Rua Augusta, 1.475, Cerqueira César, tel. 3288-6780).

A

s Leis de Família (Derecho de Família, Argentina, 2006, 102 minutos). Nesta comédia dirigida por Daniel Burman, Ariel Perelman (Daniel Hendler) é advogado, como seu pai (Arturo Goetz). Enquanto seu pai representa pequenos clientes e tem uma vida alegre, ele é defensor público e dá aulas em uma universidade. Sua vida organizada e sem grandes emoções muda quando se apaixona pela aluna Sandra (Julieta Díaz).

Cellista espanhol Asier Polo sola obra de Saint-Saëns CONCERTO

ruce Willis encarna mais uma vez John McClane, neste Duro de Matar 4.0 (Live Free or Die Hard, Estados Unidos, 2007, 129 minutos), que estréia hoje, sexta (3), nos cinemas brasileiros. Fãs e críticos têm sido unânimes em apontar que esta quarta seqüência é a melhor desde o primeiro filme, Duro de Matar, de 1988. O reflexo já é sentido nas bilheterias dos Estados Unidos. A trama é retomada 12 anos após Duro de Matar: A Vingança. E os males dos novos tempos são terrorismo e crimes pela internet. O hacker Matthew Farrel (Justin Long) invade o sistema que controla toda a infra-estrutura de comunicações, transporte e energia dos EUA. Para evitar um blecaute e outras catástrofes, entra em ação – muita ação: explosões, correrias, perseguições e avalanches de efeitos especiais – o policial McClane, que em sua missão final vai se empenhar em encontrar e desmantelar o esquema. O “4.0” do tí-

A

TELEVISÃO

A volta da Osesp. Sob a batuta de Fábio Mechetti.

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Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) retoma a temporada de 2007, depois de um mês (julho) em que esteve concentrada em estúdio para gravação de três novos discos. Rege o concerto desta semana o brasileiro Fábio Mechetti, ex-assistente de Rostropovich na Orquestra Nacional de Washington e atual diretor da Sinfônica de Jacksonville, EUA. No programa, o Concerto Nº 1 Para Cello e Orquestra, do compositor francês Camille Saint-Saëns (18351921), na foto; Bachianas Brasileiras Nº 2, de Heitor Villa-Lobos (1887-1959); A Criação do Mundo, do francês Darius Milhaud (1892-1974), que morou no Rio de Janeiro em 1917; e A Batalha dos Hunos, do húngaro Franz Liszt (1811-1886). Sala São Paulo. Praça Júlio Prestes, s/nº. Tel.: 3223-3966. Sexta (3), 21h; sábado (4), 16h30. R$ 25 a R$ 89.

O

gênero sitcom, tão bemsucedido na TV americana, nunca encontrou similares na TV brasileira mas, ainda assim, a dupla dinâmica de roteiristas formada por Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa insiste em acertar a mão e estréia terça (7), na Globo, Toma Lá, Dá Cá. O programa já ganhou um piloto no final de 2006, agradou a audiência, e se mostrou ideal para substituir A Diarista que, ao que parece, não voltará à grade da emissora. Com direção geral de Mauro Mendonça Filho, em Toma Lá, Dá Cá reinam as confusões armadas por duas famílias vizinhas transformadas após uma troca de casais. Celinha (Adriana Esteves) é mulher de Mário Jorge (Miguel Falabella, nafoto), mas já foi casada com Arnaldo (Diogo Vilela), com quem teve o filho Adônis (Daniel Torres). Arnaldo (Diogo Vilela), por sua vez, está casado com Rita (Marisa Orth), exmulher de Mário Jorge (Miguel Falabella). Rita (Marisa Orth) e Mário Jorge (Miguel Falabella) tiveram dois filhos, Isadora (Fernanda Souza) e Tatalo (George Sauma). Para dar ainda mais sabor a esse entra e sai familiar foram escaladas Arlete Salles, para viver a mãe de Celinha, e Alessandra Maestrin, na pele da diarista que trabalha nas casas das duas famílias. Para os aficcionados em gastronomia e nas graças do chef britânico Jamie Oliver uma boa notícia: o coman-

dante do badalado restaurante Fifteen, em Londres estréia duas novas séries no GNT esta semana: Em Casa com Jamie Oliver e Jamie Oliver, No Ponto!, no ar terça (7) e sexta (10), respectivamente. Na primeira, que vai ao ar às terças, às 21h, o chef rock and roll abre as portas de sua casa no campo e mostra como vem nos últimos anos cozinhando com ingredientes simples e fresquinhos, colhidos na horta de frutas e vegetais, que cultiva com a ajuda do jardineiro e amigo Brian. Jamie, generoso, ensina como é fácil cultivar os próprios alimentos, mesmo para quem mora em apartamento. No programa de estréia, ele colhe batatas direto da terra e ensina a preparar pratos deliciosos com elas. No segundo programa, J amie Oliver, No Ponto! (que vai ao ar às sextas, às 21h), ele ensina jovens chefs como montar e administrar seus próprios restaurantes. Entre os candidatos figuram, por exemplo, um ex-ladrão de carros e uma mãe solteira desempregada. E por falar em estrelas, adivinhem o que atores hollywoodianos como Paris Hilton, Mel Gibson, Hugh Grant, Nick Nolte, Janet Jackson, Lindsay Loran e Puffy Diddy têm em comum? Acertou quem respondeu ficha policial. Para quem se interessar, a vida que essa turma leva na ilegalidade vai ser mostrada nesta segunda (6), às 22h, no programa Extreme Hollywood, do canal E! Entertainment Television.

Aqui, pai é comédia.

O

s homens fazem sua revanche à série Mothern em agosto, mês dos pais, nos quatro episódios de Paidecendo no Paraíso, que o canal GNT estréia no dia 9, às 23h. Com um título tão sugestivo como esse, a idéia só poderia ter partido de uma cabeça sintonizada no humor, como a do casseta Hélio de La Peña (foto), autor das 150 engraçadíssimas páginas de O Livro do Papai (Editora Objetiva), no qual o programa foi buscar inspiração. Pai de Joaquim, 14 anos, e João, de 5, Hélio participa como ator e roteirista da série, cuja direção é assinada por Rosane Svartman, diretora e roteirista do longa Como Ser Solteiro no Rio de Janeiro e de alguns capítulos da série de TV Confissões de Adolescente. Os conflitos vividos por Renato, desde o momento que ele recebe a notícia da gravidez da mulher, Maristela, movimentam o programa. A dupla, no caso, é interpretada respectivamente pelos impagáveis Ernesto Piccolo e Sylvia Buarque. Renato é um sujeito atrapalhado que tem uma única certeza: não tem a menor vocação para exercer a paternidade, principalmente quando começa a

receber gozações e conselhos inúteis dos amigos das peladas de futebol – os piores, no caso, saem da boca do próprio Hélio de La Peña, que ensina algumas táticas a Renato, como, por exemplo, encarar o mau-humor da mulher grávida na mais intensa e prolongada crise de tensão pré-menstrual que se tem notícia. A vida de Renato piora mesmo quando ele acompanha a mulher à primeira consulta com o ginecologista (interpretado por Toni Tornado), profissional que o amigo de pelada define como "uma espécie de tarado com diploma". A partir daí, o rapaz se vê às voltas com o mundo insano dos hormônios femininos, sofre com os desejos exóticos da mulher nas madrugadas, é obrigado a freqüentar cursinho para grávidas e sente-se o último dos homens quando, ao nascer o bebê, a mulher o coloca em quarentena sexual. Como se tudo isso não bastasse, tem de enfrentar as visitas intermináveis e a presença constante da sogra, vivida por Angela Leal. Paidecendo no Paraíso vai ao ar às quintas, às 23h, com reapresentações aos sábados, às 13h, domingos, às 14h, e quintas, às 11h. (RR)

PIANISTA AMARAL VIEIRA NO TEATRO MUNICIPAL Com Orquestra Experimental de Repertório toca Wanderer Fantasie, de Schubert. Praça Ramos de Azevedo, s/nº. Tel.: 3222-8698. Domingo (5). De R$ 10 a R$ 15.


sexta-feira, sábado e domingo, 3, 4 e 5 de agosto de 2007

Empresas Finanças Nacional Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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EUA COMPRARAM 18% DAS EXPORTAÇÕES DO BRASIL

1,61

bilhão de dólares é o superávit brasileiro em relação à Argentina no primeiro semestre do ano

O MERCADO NORTE-AMERICANO AINDA FIGURA COMO O MAIOR PARCEIRO COMERCIAL INDIVIDUAL DO PAÍS

COMÉRCIO COM EUA PODE SER MAIOR Newton Santos/Hype

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m 2006, o comércio do Brasil com os Estados Unidos (EUA) somou US$ 39,12 bilhões entre exportações e importações. Um recorde. Sozinho, o mercado norte-americano comprou quase 18% (R$ 24,43 bilhões) de todo o volume de produtos brasileiros embarcados para o exterior naquele ano. Os números evidenciam que, apesar de a diversificação de mercados figurar como uma das prioridades da política externa do governo Lula, os EUA continuam sendo o maior parceiro comercial individual do Brasil. Já o País é o 14º na lista de pares mais importantes do mercado americano. Mas na avaliação do embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Antônio Patriota, tem todas as condições para figurar entre os dez primeiros. "Hoje, há um interesse renovado dos EUA pelo Brasil, e as oportunidades de ampliar o comércio entre os dois países são muitas e devem ser exploradas", disse ontem Patriota, após participar do seminário Brasil 2020: Crescimento de longo prazo e estratégias de investimentos, promovido em São Paulo pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) em parceria com o Conselho das Américas. Uma dessas oportunidades, avaliou o embaixador, poderá vir de uma maior cooperação na área de combustíveis, na

qual a competitividade do etanol brasileiro é mais do que conhecida mundialmente. A primeira reunião que discutirá o memorando de entendimento assinado em março último entre os governos Lula e Bush com o objetivo de avançar na questão do biocombustível está prevista para ser realizada ainda neste mês de agosto com a presença do subsecretário norte-americano James Jeffrey.

Os Estados Unidos pretendem aumentar em até 20% a participação do etanol nos combustíveis. Clifford Sobel, embaixador dos Estados Unidos no Brasil

Sucesso – As chances de o acordo caminhar são grandes. Os Estados Unidos, revelou o embaixador norte-americano no Brasil, Clifford Sobel, pretendem aumentar em até 20% a participação do etanol no segmento de combustíveis nos próximos dez anos. Na pauta da embaixada brasileira para ampliar a reciprocidade estão iniciativas novas. Em outubro, será lançado o Fórum de Altos Executivos, que trará ao Brasil o secretário de Comércio dos EUA, Carlos Gutierrez, informou Patriota.

O aumento dos negócios com o mercado dos EUA também passa pelo Nordeste brasileiro. A embaixada do Brasil será uma das organizadoras de um seminário para divulgar as oportunidades de investimentos na região, que será realizado neste ano em Washington. Patriota disse que olhar para o Nordeste é uma maneira de inovar os negócios com os EUA e oxigenar a relação com o mercado americano. "Já existem histórias bem-sucedidas de investimentos na região, como a da Ford, em Camaçari, na Bahia." Como em toda relação comercial, ao lado das oportunidades há os obstáculos. A embaixada brasileira vem se empenhando na questão da taxação do etanol brasileiro, que, disse ele, "gostaríamos de ver eliminada". A suspensão da cobrança tem o apoio do ex-governador da Flórida Jeb Bush, irmão de George Bush. Outros desafios estão na área agrícola. Eles deverão voltar a ser discutidos em uma nova rodada de Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC). O Brasil saiu-se bem na questão do algodão em relação aos EUA e do açúcar com a União Européia. Nesta sexta-feira, Antônio Patriota se reunirá com o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Alencar Burti, para falar das oportunidades de crescimento do comércio do Brasil com o mercado norte-americano.

Cresce superávit com a Argentina

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300

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venda da Telemig e da Amazônia Celular para a Vivo foi referendada ontem em reunião do conselho da Telpart, holding que controla as operadoras de telefonia. O negócio foi fechado por R$ 1,213 bilhão. (AE)

NESTLÉ

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Nestlé foi multada em R$ 591 mil pelo Ministério da Justiça por ter reduzido a quantidade de vários de seus produtos, sem um aviso destacado nas embalagens, prática conhecida como "maquiagem". (AE)

IPC-S Índice apurou alta de 0,04% no custo de vida em São Paulo na semana até 31 de julho.

Ó RBITA

VENEZUELA: NEGÓCIOS COM ARGENTINA

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presidente da Venezuela, Hugo Chávez, desembarca na próxima segunda-feira em Buenos Aires para anunciar investimentos conjuntos com a Argentina. Os anúncios farão parte de uma bateria de notícias sobre investimentos que o presidente Néstor Kirchner pretende dar aos argentinos. Depois da turbulência nos mercados na semana passada e da disparada do dólar, que provocou tensão em Buenos Aires, Kirchner quer mostrar que o país não se desviou do rumo de crescimento que segue nos últimos quatro anos,

quando cresceu 8% anualmente — apesar da crise energética não reconhecida pelo governo. Segundo o jornal El Cronista, Kirchner vai anunciar investimentos em turismo e agricultura. Com a Venezuela haverá acordos em energia e em finanças, com um empréstimo de US$ 1 milhão. No dia da chegada de Chávez, será a vez de selar oficialmente a compra, pela Venezuela, de US$ 500 milhões em bônus argentinos. Outros US$ 500 milhões serão adquiridos dentro de um mês. Será assinado também um acordo estratégico em energia. (AE)

A TÉ LOGO Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Telemar turbina preço de ações Governo quer ter posição em fusão da Oi e Brasil Telecom

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Calçadistas terão mais parcelas do segurodesemprego

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Unilever vai demitir 20 mil pessoas em quatro anos

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gentinas estão paralisadas, sem gás e energia elétrica. Outras quase 5 mil empresas estão semiparalisadas, já que têm fornecimento parcial de energia. Dessa forma, as expectativas argentinas de diminuir o superávit comercial brasileiro com o país, que cresce sem parar desde 2003, começam a ficar abaladas. O superávit brasileiro com a Argentina em julho foi de US$ 415 milhões, ou seja, um aumento de 16,6% em relação ao mesmo mês de 2006. Esse saldo foi possível porque as exportações brasileiras para a Ar-

TELEMIG

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indústrias argentinas estão paradas por falta de gás e energia elétrica. Isso eleva a projeção de aumento de exportações do Brasil.

gentina no mês passado totalizaram US$ 1,31 bilhão, com alta de 12,2% em relação a junho deste ano e de 15,7% em comparação com julho de 2006. C re s ci m en t o – Na contramão, as vendas argentinas para o Brasil foram de US$ 896 milhões de dólares, o equivalente a um aumento de 15,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. Mas esse crescimento – esfriado pela crise energética – foi metade da média registrada nos primeiros seis meses deste ano, quando as exportações argentinas ao Brasil – ainda livres da falta de gás e eletricidade – cresceram 30% mensais. Segundo a Abeceb, em maio o superávit brasileiro com a Argentina foi de US$ 347 milhões, ou seja, um aumento de apenas 0,3% em comparação ao mesmo mês do ano passado e o equivalente a um crescimento de 3% em relação a abril deste ano. Em maio a Argentina vendeu ao Brasil US$ 848 milhões. O volume foi equivalente a 33,1% a mais do que no mesmo mês de 2006, ou alta de 15,8% sobre abril passado. (AE)

GRENDENE Empresa registrou lucro líquido de R$ 31,2 milhões no segundo trimestre, com queda de 25%.

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os últimos meses, o superávit comercial brasileiro com a Argentina estava encolhendo, principalmente pelos efeitos negativos das valorização do real em relação ao dólar sobre as exportações brasileiras para o mercado argentino. No entanto, em julho a situação se reverteu drasticamente, já que, segundo a consultoria Abeceb, o superávit brasileiro teve um crescimento de 16,6% em relação ao mesmo mês do ano passado. O superávit também aumentou 21% em comparação com junho deste ano. O cenário foi diferente nos seis primeiros meses deste ano, quando o Brasil conseguiu um superávit de US$ 1,610 bilhão com a Argentina, o que indicava uma redução de 12% em relação ao mesmo período de 2006. O motivo da virada é a crise energética que assola a Argentina desde maio, agravada no mês passado. A crise reduziu a produção industrial do país, e conseqüentemente, desacelerou o impulso das exportações argentinas ao Brasil. Mais de 300 indústrias ar-

Embaixador brasileiro nos EUA, Antônio Patriota afirma que é preciso explorar as novas oportunidades

Gurgel: sonho acabou

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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sexta-feira, sábado e domingo, 3, 4 e 5 de agosto de 2007

Os EUA subestimam os problemas políticos do Iraque Robert Gates, secretário americano de Defesa

Internacional

Kareem Raheem/Reuters

Explosões, mortes e calor escaldante. O Iraque pede água Termômetros marcam 49 graus e a capital Bagdá já está sem água há seis dias

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Iraquiana carrega galão com água nos arredores de Bagdá. Além do terrorismo, locais lutam contra a sede

Queda de ponte nos EUA pode ter matado 30, calcula polícia

Stacy Bengs/Reuters

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quipes de resgate vasculharam o rio Mississippi, no estado de Minneapolis, nos EUA, durante todo o dia de ontem em busca de corpos ainda presos nos escombros da ponte que desabou na quarta-feira à tarde, na hora do rush. O balanço oficial de mortos permanecia em quatro, mas a polícia de Minneapolis trabalhava com a hipótese de um número muito maior de vítimas, já que mais de 50 veículos caíram no rio na hora do desabamento e pelo menos 30 pessoas continuavam desaparecidas. Funcionários de hospitais disseram que havia 79 pessoas feridas. Mergulhadores buscavam corpos nas águas turvas do rio e anotavam as placas dos veículos para que as autoridades pudessem identificar os proprietários. A retirada dos veículos deve demorar pelo menos cinco dias, pois alguns estão sob os destroços. Segundo o Corpo de Engenheiros do Exército, a profundidade da água no local do acidente varia de 1 a 4 metros. A ponte, construída em 1967, estava passando por reformas nos últimos meses. Falha estrutural As causas do acidente ainda não estão claras, mas, em 2005, a ponte de 40 anos foi qualificada como "estruturalmente deficiente", indicou um relatório federal divulgado ontem, acrescentando que possivelmente precisaria ser substituída. Numa escala de 120 pontos para medir sua segurança, a ponte alcançou 50 pontos, por isso o Departamento de Transportes a classificou como "estruturalmente deficiente". O relatório mostra que uma em cada quatro

ão bastassem os atentados e explosões diárias de carros-bomba que apenas em julho mataram 1.652 civis, um calor escaldante que atingiu os 49º esta semana já leva a maior parte de Bagdá, capital do Iraque, a sofrer com a falta d'água, tornando ainda mais miserável a vida nessa cidade transformada em zona de guerra. Moradores e autoridades disseram que grandes partes da região oeste da capital vivem virtualmente sem água nos últimos seis dias porque a já exaurida rede elétrica não consegue oferecer força suficiente para fazer funcionar sistemas de purificação nem estações de bombeamento. Jamil Hussein, um oficial militar da reserva residente no nordeste de Bagdá, disse que, há duas semanas, sua casa só recebe água por duas horas, e durante a noite. Ainda assim, chega com forte cheiro e suja. Dois de seus filhos tiveram forte diarréia, atribuída por médicos à água que chega nas torneiras, mesmo sendo fervida. Adel al-Ardawi, porta-voz do governo de Bagdá, disse que mesmo quando houver eletricidade suficiente, "vai levar 24 horas para enchermos os canos principais para que possamos começar a bombear água para as casas". Ainda assim não haverá água limpa por um tempo, pois não há eletricidade ou combustível suficientes para os geradores manterem o sistema funcionando". Noah Miller, porta-voz do programa de reconstrução dos EUA em Bagdá, disse que as estações de tratamento de água estão, "pelo que sabe-

Olivier Laban-Mattei/AFP

Soldado se banha com copo de água para aliviar o calor de 49 graus

mos", funcionando. "A falta de água pode estar ocorrendo por uma série de problemas. Um deles pode ser um vazamento nas tubulações, não permitindo que haja pressão suficiente para a água chegar às casas". Enquanto isso, os iraquianos sofrem um calor infernal. Ontem, a temperatura chegou aos 47º, um pouco menos do

VENEZUELA O governo de Hugo Chávez respeitará a decisão judicial que mantém a RCTV no ar

ERRO E OMISSÃO

Ó RBITA

que os 49º do dia anterior. Com a eletricidade, precária, disponível poucas horas por dia, mesmo aqueles que dispõem de ar condicionado não conseguem fazê-lo funcionar. E como seria esperado com a escassez de água, o preço da água engarrafada subiu 33% nos últimos dias, para cerca de R$ 3 o galão de 10 litros. (AE) ÁSIA Fortes chuvas de monção na China e em Bangladesh mataram ao menos 166 pessoas ontem

Han Jae-Ho/Reuters

A Homem é resgatado em meio aos destroços da ponte que desabou Stacy Bengs

Relatório apontou "falhas estruturais" na ponte de Minneapolis

pontes nos EUA possuía irregularidades em 2005. Segundo o porta-voz da Casa Branca, Tony Snow, "isso não quer dizer que ela apresentasse risco de desabamento, mas sim que necessitava de uma inspeção que identificasse deficiências". Já o governador do Estado, Tim Pawlenty, declarou que "ninguém pediu que a ponte fosse fechada de forma imediata".

Segundo Mark Rosenker, diretor da Agência de Segurança Nacional nos Transportes, o primeiro passo na investigação federal será recuperar as peças da ponte e juntá-las, como em um quebracabeças, para determinar o que ocorreu. Rosenker estimou que sua agência levará "cerca de um ano" para divulgar um relatório final sobre a causa da queda. (AE)

Comissão Independente de Queixas contra a Polícia, órgão responsável por investigar a polícia britânica, divulgou relatório mostrando que a principal autoridade do país na área de terrorismo enganou colegas e a opinião pública no Alexandre C. Mota/AE caso do brasileiro Jean Charles de Menezes, morto por policiais depois de ter sido confundido com um terrorista em 2005. O relatório mostra que Andy Hayman, comissário assistente de polícia e maior autoridade do país na área de terrorismo, sonegou informações a colegas, deixando de contarlhes, no dia do ocorrido, que um inocente havia sido baleado. Isso provocou a divulgação de informações errôneas. Com isso, o relatório inocenta o chefe de polícia de Londres, Ian Blair, da acusação de mentir, afirmando que autoridades de alto escalão haviam deixado de informá-lo, no dia da morte, sobre o verdadeiro acontecido. (Reuters)

NEGOCIAÇÕES

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m enviado da Coréia do Sul no Afeganistão negocia um encontro direto com membros do movimento radical islâmico Talebã, que mantém 21 sul-coreanos reféns há duas semanas no país. Dois reféns já foram assassinados a tiros quando prazos dados pelo grupo para o cumprimento das exigências expiraram. Ontem, em Seul, familiares de reféns usando máscaras e segurando velas (foto acima) realizaram protesto em frente à Embaixada americana na capital sul-coreana e voltaram a pedir a ajuda dos EUA nas negociações para a libertação dos reféns. (Agências)

TRAGÉDIA

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erca de cem pessoas morreram e 200 ficaram feridas quando sete vagões do trem no qual viajavam descarrilaram durante uma viagem pela República Democrática do Congo (antigo Zaire), na madrugada de ontem. A locomotiva parou de responder aos controles do maquinista numa viagem entre Ilebo e Kananga, impossibilitando a utilização do sistema de frenagem, informou a agência estatal que cuida das ferrovias congolesas. Uma missão presidencial foi enviada ao local para ajudar nos trabalhos de resgate e confortar as famílias. (AE)


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Tr i b u t o s Nacional Empresas Imóveis

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 3, 4 e 5 de agosto de 2007

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CAMPANHA DEFENDE AMAMENTAÇÃO NATURAL

por cento foi o crescimento do setor de produtos de higiene bucal no ano passado

Divulgação

BRAÇOS

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A polêmica repercutiu e o carro vendeu o esperado. Tanto que a agência repetiu a dose. Dessa vez no varejo, com campanha que foi retirada apenas dois dias após o lançamento, devido ao acidente com o avião da TAM. O comercial ironizava frase infeliz da ministra Marta Suplicy, convidando o consumidor a "relaxar e comprar um Peugeot", em vez de andar de avião. Agora, com duas campanhas bem mais sofisticadas, a Euro RSCG assina o lançamento do Citroën XSara Picasso 2008 e do esperado C4 Pallas. Para o primeiro, a agência criou filme que entra em cartaz neste fim de semana, com anjos babando pelo modelo. Já o do Pallas tem atrações internacionais, como o ator Kiefer Sutherland, o Jack Bauer de 24 Horas. Filmado no centro velho de São Paulo, o comercial será veiculado também na Argentina. E se a Euro RSCG está ousando, o presidente da Citroën do Brasil, Sergio Habib, também. Ele quer vender 52 mil carros neste ano, ante 35 mil de 2006, chegar a 65 mil em 2008, e a 140 mil por ano a partir de 2012. A agência vai ter de acertar muito no alvo. Envie informações para essa coluna para o e-mail: carlosfranco@revista publicitta. com.br

ANJOS: Eles babam e fazem chover ao ver o novo modelo da Citroën passeando suave na região da Luz Divulgação

Divulgação

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RELAXA E ... á quatro meses, a agência Euro RSCG vivia um clima de indefinição. As apostas no mercado publicitário eram de que estava prestes a perder contas e diminuir de tamanho. Em março, o grupo francês Havas bateu o martelo e comprou a participação de Dalton Pastore e Cláudio Carillo (os pais do famoso "tio" Sukita) no negócio, encerrou a parceria e entregou o comando operacional a Duilio Malfatti e o de criação a Jader Rosseto. A agência passou a assinar Euro RSCG Brasil e em quatro meses ganhou projeção com campanhas ousadas e polêmicas para o grupo automotivo francês PSA, dono das marcas Peugeot e Citroën. Hoje, Malfatti comemora os resultados e anuncia novos investimentos, entre os quais a criação da Euro Life, que se dedicará à propaganda de produtos farmacêuticos. Uma das primeiras ações da nova Euro RSCG Brasil, em maio, foi o comercial "Sogra" para a Peugeot, que rendeu mais de 200 reclamações e foi tirado do ar pelo Conar (Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária). Mostrava um casal num carro de outra marca que não conseguia subir uma ladeira. Eles vão se livrando de tudo, para que fique mais leve; até que olham para trás, e lá está ela, a sogra...

ma estátua depredada de Pelé é o mote de ação da Associação Desportiva de Deficientes (ADD), criada pela agência Age, para realçar o esforço daqueles que vão disputar, a partir da próxima semana, os Jogos do ParaPan Rio 2007. "Mesmo sem braços, a admiração por ele é a mesma. Não deveria ser diferente com nossos atletas", é o recado e o pedido.

Divulgação

GATAS: Elas vão seduzir os barbados em nome da marca Gillette

THIAGO Lacerda e Vanessa Lóes em defesa da amamentação

BARBADA

SOLIDARIEDADE

gigante mundial Procter&Gamble, dona de marcas como a Gillette, sinônimo do produto, anunciou que fechou contrato com Juliana Paes, Fernanda Lima e Claudia Leitte. As beldades

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vão ser as garotaspropaganda dos aparelhos descartáveis Prestobarba3. O conceito da campanha segue o das lâminas: "Um é pouco, dois é bom e três é bom demais". Para muitos barbados, bom até demais.

s atores Thiago Lacerda e Vanessa Lóes, ao lado filho Gael, que nasceu no dia 25 de junho, de parto natural, são as estrelas da campanha "A amamentação na primeira hora de vida", da Sociedade

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Brasileira de Pediatria. O comercial é assinado pela CaradeCão e tem reforço de folhetos e anúncios impressos que serão distribuídos em todo o País pelo Ministério da Saúde. O aleitamento salva vidas.

Indústria diversifica produtos de higiene oral to popular com cabo reto e cerdas com pontas arredondadas. A tradicional Condor, com 78 segmento de higiene anos de produção de escovas oral está lançando di- dentais no País, e comercialiversos produtos, con- zação de 103 itens diferentes, fiante nos números positivos iniciou há oito anos a produção de seu crescimento. A Associa- de fios dentais, e em 2004 inção Brasileira da Indústria de gressou no mercado de cremes Higiene Pessoal, Perfumaria e dentifrícios. Segundo a coorCosméticos (Abihpec) regis- denadora de produtos de hitrou crescimento de 9,4% no giene bucal da empresa, Sanvolume de vendas em 2006. drine Laise Weiss Vitali, a parEm valor, as diversas catego- ticipação da marca no mercado rias que compõem o segmento nacional passou para 9,5% em movimentaram R$ 1,6 bilhão, volume e 6,7% em valor. Qualidade – Com a infini9% a mais do que em 2005. O carro-chefe, o segmento de cre- dade de itens dispostos nas me dental, foi responsável por prateleiras dos supermerca66% desse faturamento. Esco- dos e farmácias, e até mesmo co me rc ia li zavas dentais re- Milton Mansilha/Luz dos por ambup re s e n t a r a m lantes, resta ao 2 1 % , e e n x aconsumidor guatórios e fios tomar cuidado dentais, 9% e c o m a p ro c e4%, respectivadência. mente. De acordo As empresas c o m o p r e s iapostam na exdente da Assopansão do leciação Brasileique de produra de Odontotos, reforçando logia (ABO), tecnologia e Norberto design. A JohnFrancisco Luson & Johnson biana, normald e c i d i u a mmente, os propliar o mix de dutos disponíhigiene oral veis no mercan e s t e a n o , Luis Ruiz, da J&J: liderança do passam por quando agregou o Listerine – anti-séptico um registro na Agência Naciobucal produzido desde 1879 nal de Vigilância Sanitária pela Pfizer – ao seu portfólio. (Anvisa) e, muitas vezes, ainSegundo o gerente de grupo de da recebem uma certificação produtos da J&J, Luis Ruiz, a de qualidade da própria ABO, aquisição da marca tornou a válida por dois anos. Atualempresa líder no segmento de mente, cerca de 250 produtos enxaguatório bucal, triplican- no mercado – entre escovas, do os negócios do setor de hi- cremes e fios dentais, além de giene oral. "Hoje, em volume, enxaguatórios bucais – apreocupamos a segunda posição sentam o selo. O dirigente da associação no ranking", diz o executivo, que aposta em crescimento de diz ainda que, para garantir o dois dígitos neste ano. Quem enquadramento dos produtos lidera as vendas de escovas nas normas técnicas internadentais, com presença nos cionais de fabricação e compomais de 300 mil pontos-de- sição, o organismo analisa devendas distribuídos pelo País zenas de produtos coletados é a escova Dental Plus, produ- no comércio anualmente.

Maristela Orlowski

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - LAZER

sexta-feira, sábado e domingo, 3, 4 e 5 de agosto de 2007

GASTRONOMIA Jovem chef inova cardápio do Marcel.

Citações em Ratatouille

Fotos: Milton Mansilha/LUZ

José Guilherme R. Ferreira

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atatouille, a divertida animação da Pixar/Disney, que traz o ratinho Remy em proezas como chef de cuisine hedonista, é recheada de citações: prato cheio para gourmands e gourmets. É memorável a cena na qual o crítico gastronômico, até então irascível, vai desmontando diante de uma simples ratatouille (preparada por um bando de ratos), tão saborosa quanto às da sua infância. Os legumes montados à la Carême ilustram bem o poder de fogo de um prato com cara e alma. Os enófilos certamente identificam a homenagem feita aos vinhos Château Latour e Château Cheval Blanc. Um ouvinte do Momento do Brinde, na CBN, pediu ao crítico Renato Machado uma avaliação sobre os vinhos de Ratatouille. E o jornalista os reverenciou como duas grandes criações da civilização. No filme, o Latour é usado em

Marcel: aconchegante, com apenas 60 lugares. Fazer reservas é recomendável, para não enfrentar filas de espera. O suflê de queijo gruyère, entre os mais pedidos na casa, fundada há meio século.

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http://www.chateau-latour.com/indexh.htm www.calendarlive.com/movies/cl-fi-ratwine28jul28,0,1700405.stor y

A fiel tradição dos suflês

ADEGA

Lúcia Helena de Camargo

aphael Durand Despirite costuma vestir-se com camiseta, jeans e tênis, tem 22 anos e aparenta ainda menos. Mas é quem comanda, há quatro anos, a cozinha do restaurante Marcel. OK. Ele herdou a casa fundada há meio século por seu avô, Jean Durand, mas depois de passar a infância dentro do restaurante e um ano na França estudando culinária, mostrou-se apto a melhorar o que já era bom. Ao lado dos famosos suflês, incluiu no cardápio receitas criadas por ele. Este mês foram incorporadas as novidades inventadas após três meses em Lisboa, ao lado do chef português Vitor Sobral, do restaurante Terreiro do Paço. Chamado de cardápio "Cozinha de Autor", chega à mesa, como entrada: terrine de foie gras (fígado de ganso) cozido no vácuo, com redução de beterraba (R$ 33); brandade (uma espécie de cozido desfiado) de palmito pupunha, servida com emulsão de feijão caseiro, pequenos pedaços de calabresa e pimenta de biquinho (R$ 13); ou então salada de lula ao azeite de baunilha (R$ 18). Para o primeiro prato principal, a grande opção é o maravilhoso camarão ao açafrão e tagliatelle de cenouras (R$ 79), cujo molho vale sozinho a ida ao restaurante, ou o cherne ao aroma de castanha do Pará e rosti de palmito pupunha (R$ 53). Para os inimigos de frutos do mar ou continuar a refeição com uma carne, vale pedir o lombo de cordeiro grelhado, com redução de vinho do Porto, farofa de mandioca frita e rolinho de legumes tostados (R$ 53).

Divulgação

Raphael Durand Despirite, o chef de 22 anos: "Praticamente nasci dentro do Marcel".

Antes da sobremesa propriamente dita, pode-se pedir, à francesa, um prato de queijo coalho ao mel de engenho, interessante mistura de sabores. E os doces do menu são crepe de manga e suflê de cupuaçu (R$ 22). Os pratos podem ser pedidos individualmente à la carte ou como menu degustação, com duas entradas, dois pratos, um queijo e uma sobremesa, pelo preço fixo de R$ 98 por pessoa, servido somente no jantar. O chef avisa que o cardápio pode mudar ligeiramente em alguns dias, já que a compra dos ingredientes é feita diariamente e está sujeita à disponibilidade de produtos no mercado. Para acompanhar a aventura gastronômica, a carta de vinhos conta com uma centena de rótulos. Vencedor do prêmio Chef Revelação 2007 pela revista Prazeres da Mesa, Raphael não tem pose de herdeiro ou a arrogância das celebridades instantâneas. Se o cliente quer saber como foi feito aquilo que vai comer, ele explica sem complicar. E suas faces chegam a corar quando recebe um elogio. "Praticamente nasci dentro do Marcel. Gosto de pesquisar, criar e de falar sobre a comida que faço, mas respeito muito os suflês e nesses não mexo na receita", conta o rapaz. Evidentemente, continuam saindo muitas centenas de suflês por mês, já que a clientela fiel não abre mão da tradição, conservada nos detalhes por Demerval Despirite, pai de Raphael, e administrador da casa. Com apenas 60 lugares, convém fazer reservas, para não enfrentar filas de espera.

DANÇA E PLATÉIA

Encontros e conflitos de gerações. Na ponta dos pés.

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Restaurante Marcel Rua da Consolação, 3555, Jardins, tel.: 3064-3089. Funciona de segunda a quinta-feira, do meio-dia às 14h30 e das 19h à meia-noite. Sexta e sábado, das 12h30 às 14h30 e das 19h até uma hora da madrugada. No domingo, o horário do almoço é o mesmo, mas o jantar vai das 19h às 23h.

Interacto Cia de Dança continuará, no próximo dia 2 de setembro, domingo, às 18h30, seu projeto de apresentações para pequenas platéias, visando expor e discutir seu conceito de trabalho. A companhia foi formada no ano passado pelo Centro de Dança Jaime Arôxa da Zona Norte de São Paulo. O espetáculo Encontros e Despedidas, criado pela Interacto, é composto por dez coreografias. E tem duração de 50 minutos. A história exibe, como o título diz, encontros e desencontros; além de conflitos de gerações, passando por e aspirações dos filhos e lições paternas. A apresentação será no teatro do centro de dança, na Rua Marambaia, 310, Casa Verde, próximo à Avenida Braz Leme. Telefone: 3951-1518.

manobra para embebedar o aprendiz de cozinha e dele retirar confissões, mas o resultado foi levá-lo às nuvens. O Château Latour, produzido em Pauillac, no Médoc, é um dos mais renomados vinhos (Premier Cru) de Bordeaux, 75% Cabernet Sauvignon. O rapapé ao vinho francês provocou ciúmes e agitou o lobby dos viticultores californianos. A Disney bem pretendia imprimir o ratinho Remy em um Chardonnay 2004 da Borgonha, mas teve de desistir da idéia.

Questão de imagem Sergio de Paula Santos

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imagem é a representação da forma ou do aspecto de um ser ou objeto por meios artísticos. Em sentido amplo, é a opinião favorável ou desfavorável que o público tem de uma instituição, empresa, personalidade, marca ou produto. De um modo mais simples, é o conceito. Imagem e realidade podem coincidir ou não, mas a realidade precede a imagem. Um profissional ou uma empresa necessitam mostrar e fazer conhecidos seus méritos para adquirir um boa imagem, que poderá durar mais ou menos, mesmo quando os méritos do profissional ou da empresa já tenham desaparecido. Costuma-se dizer que custa muito fazer uma boa imagem, e pouco para perdê-la, o que na prática não é bem assim. Uma boa verba publicitária, paradoxalmente, "segura" por um bom tempo a imagem de empresas incompetentes. Como exemplo relativamente recente basta lembrar o da "nossa Varig" (como dizia sua publicidade), quebrada, mas arrogante e pretensiosa, pedindo dinheiro ao governo (o "nosso dinheiro", para sustentar sua incompetência). No final, só a classe política e a artística defendiam a empresa –"patrimônio nacional" (?) – justamente as duas classes que viajavam de graça... Quanto às suas sucessoras, talvez seja melhor nem falar, mas cabe lembrar que já tiveram uma boa imagem, que mesmo com muita propaganda, dificilmente recuperarão. Sem querer generalizar, companhias aéreas, telefonia, seguros-saúde, cartões de crédito e serviços bancários dificilmente reverterão suas imagens. Por outro lado, como se trata de empresas com bastante verba, sempre farão muita publicidade, que poderíamos até chamar de enganosa, mas também de bem intencionada. No mundo do vinho, a imagem de muitos destes é bem definida. Como dizia o filósofo Luis Pires (pouco conhecido fora de Pindamonhagaba): "O que é bom é bom, o que é ruim não presta". Vinhos de sonho - Os grandes vinhos de Bordéus, da Borgonha, da Champanhe, da Rioja, do Reno, do Porto etc são consagrados mundialmente. Se eventualmente uma ou outra safra pode falhar, com vinhos modestos, no conjunto são

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vinhos "de sonho", como os chama Louis Orizet, vinhateiro e escritor. Por outro lado, são vinhos que representam uma pequena minoria, caros e raros e sobre os quais existe como que um acordo tácito entre os consumidores, de excelência. Os demais, a imensa maioria, do Velho e do Novo Mundo, disputam a preferência dos consumidores, sendo a imagem e a relação custo/benefício dois parâmetros decisivos em sua escolha. Entre nós algumas vinículas, com dedicação e bons produtos, já construíram uma boa imagem, que possivelmente será mantida, pois que dispõem de vinhos mais simples e de vinhos superiores. O mais difícil, e não apenas no mercado dos vinhos, é reverter, mudar a imagem, de um produto corrente para superior, principalmente no difícil e saturado mercado do vinho nacional. Circunstancialmente, participamos de uma degustação, de vinhos, de uma empresa com uma imagem tradicionalmente ligada a vinhos correntes, mas com um produto bem encaminhado e investimentos na qualidade. A Vinícola Piagentini, que por 70 anos produziu vinhos correntes, fez uma reformulação, desde a seleção das uvas adquiridas, ao estágio do vinho em madeira e engarrafamento de seus produtos, que chegou a produzir vinhos de muito bom nível. Degustamos um Sanvignon Blanc 2007, uma Viognier 2007, ainda por evoluir, dois espumantes (um rosado de Pinotage/Merlot e outro de Riesling/Chardonnay/Viognier), um Teroldego, variedade pouco conhecida entre nós, e o Décima Gran Reserva Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Tannat e Merlot, 2005. O vinho, de cor púrpura, é espesso, complexo e com taninos já redondos. Muito bom vinho, que se nivela aos melhores produzidas no País. A realidade já chegou aos vinhos da Piagentini. A imagem vem depois. Sergio de Paula Santos é médico e crítico de vinhos. Membro-Fundador da Federação Internacional dos Jornalistas e Escritores do Vinho (Fijev), é autor de livros sobre vinhos, o último dos quais, Memórias de Adega e Cozinha, Senac, 2007, recém lançado.

Churrasco e vinho para o papai

ais que gostam de vinho e churrasco podem ser levados para jantar no seu dia, no domingo (12), ao Fogão Gaúcho. O restaurante dará de presente uma garrafa do vinho argentino Malbec

Monte Lindo aos pais que comerem na casa acompanhados da família. O rodízio custa R$ 45,90 por pessoa. Avenida Marquês de São Vicente, 1767, Barra Funda, tel.: 3611-3008. www.fogaogaucho.com.br.


Logo Logo DIÁRIO DO COMÉRCIO

Da primeira-dama da Argentina e líder nas pesquisas para as eleições presidenciais no país Cristina Fernández de Kirchner, rejeitando comparações com a pré-candidata à Presidência dos EUA, Hillary Clinton e referindo-se a sua carreira política de 30 anos.

sexta-feira, sábado e domingo, 3, 4 e 5 de agosto de 2007

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AGOSTO

Hillary conseguiu uma posição de destaque no cenário nacional porque o marido dela era o presidente. Ela não teve uma vida política prévia, o que não é o meu caso.

Henry Romero/Reuters

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3 Dia do Skate

B RAZIL COM Z C A R T A Z

Cada caneta, um edifício

MÚSICA

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C HINA Jianan Yu/Reuters

Jornal britânico entrevista Oscar Niemeyer às vésperas de seu centenário

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Alex Ribeiro/DC

A cantora Maga Lieri mostra canções de seu primeiro CD no Ao Vivo Bar & Groove. Rua Inhambu, 229, Moema, às 22h. Reservas 5052-0072.

brou a construção de Brasília, a parceria com Lucio Costa, a admiração de Juscelino Kubitschek, Niemeyer é retratado na simplicidade do ambiente doméstico e na ansiedade de continuar trabalhando e projetando novos edifícios. Niemeyer, que atendeu o repórter vestindo pijamas na sala de seu apartamento no Rio de Janeiro, revelou que foi convidado pelo presidente de Angola

para projetar a nova capital do país, quatro vezes maior do que Brasília. mas não admitiu que irá realizar o projeto. "Não gosto de falar de arquitetura. A vida é muito curta, um suspiro e é tudo – isso é mais importante do que os prédios". Para o arquiteto, talvez, seja assim simples. Ele revelou ao jornal que desenhar prédios, para ele é muito fácil. "Eu pego a caneta. Um prédio aparece". Mágica arquitetura.

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m uma de suas raras entrevistas concedidas, o arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, que em dezembro completa 100 anos, recebeu um repórter do jornal britânico The Guardian. Niemeyer falou sobre um presente que recebeu de Fidel Castro pela data – uma caixa de charutos Havana e um par de luvas de boxe –, sobre Hugo Chávez e socialismo. RelemReuters

M ARAVILHAS

Rumo à eternidade são o Cristo Redentor (Brasil), Chichén Itzá (México), Machu Picchu (Peru), Taj Mahal (Índia), Grande Muralha (China), o Coliseu (Itália) e a antiga cidade de Petra (Jordânia). A idéia de enviar para o espaço registros da cultura humana não é nada nova. As sondas Voyager, enviadas para os confins do Sistema Solar pela Nasa no fim dos anos 1970, carregavam um disco com clássicos musicais de vários países e uma mensagem a hipotéticos alienígenas que o encontrassem.

F INLÂNDIA

Mero ladrão de chocolates

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O suíço Bernard Weber, organizador da votação mundial que escolheu as novas Sete Maravilhas do Mundo, quer imortalizar os eleitos enviando ao espaço imagens tridimensionais de cada um deles. O plano é armazenar as imagens em um CD ou aparelho eletrônico e colocá-los num foguete. "Creio que seria valioso preservar essa memória e se certificar de que, mesmo que o mundo seja destruído, ela se conserve em algum lugar", afirmou Weber. As novas Sete Maravilhas

No país que sediará as Olimpíadas de 2008, o nascimento de um atleta do futuro. O menino de apenas 4 anos realiza treinamento profissional na província de Anhui, onde 30 ginastas entre 4 e 19 anos estão sendo formados.

C ROÁCIA Hrvoje polan/AFP

MITOLOGIAS - A estátua que representa o mito de dois grifos atacando um cervo foi uma das peças devolvidas pelo Getty Museum à Itália. A peça integrava uma coleção do governo italiano e foi roubada e vendida ao museu de Los Angeles.

Donos de uma loja de doces em Jyvaskyla, na Finlândia, descobriram um novo jeito de promover seu negócio. Eles convidam os clientes a assistir à visita diária de um esquilo que entra na casa e vai direto para a área de chocolates. Além de roubar os doces, o esquilo é exigente e escolhe aqueles em forma de ovos e que têm brinquedos dentro. "Ele remove o papel de embrulho, come o chocolate e deixa o brinquedo", diz Irene Lindroos, a gerente.

D ESIGN P ROPAGANDA

Ser ou não ser...

Da Perestroika para a Vuitton O crânio de platina com diamantes encrustados foi moldado sobre um crânio verdadeiro. Os diamantes revestem a parte interna e externa da peça que traz, bem no centro, um dos mais perfeitos diamantes do mundo

U Centenas de abelhas foram alistadas numa missão experimental nas proximidades de Zagreb, capital da Croácia. A missão não é procurar pólen, mas minas antipessoais espalhadas pelo território que estes insetos são capazes de detectar graças ao seu faro excepcional. As operárias foram têm sido especialmente treinadas por cientistas da Faculdade de Agronomia de Zagreb para que sejam capazes de identificar o cheiro dos explosivos. Em pouco tempo elas devem ser levadas a campos minados de verdade que, doze anos depois do fim da guerra da Croácia (1191-1995), ainda possui minas instaladas nas antigas zonas de combate. Para ensinar às abelhas a sentirem o cheiro das minas, os treinadores põem pequenas quantidades de TNT

em pequenos tubos e as colocam ao lado dos recipientes, alimentando-as com açúcar diluído [foto]. Os insetos passam a associar o odor do explosivo ao do alimento. São necessários apenas quatro dias para treinar estes insetos a rastrearem o cheiro do explosivo. Como na Croácia nenhum campo minado foi 100% limpo, qualquer método que permita melhorar a segurança é considerado válido. Ainda hoje cerca de 1.100 km2 do território croata, 2% da superfície total do país, são infestados por aproximadamente 250.000 minas e outros explosivos. Aos 35 milhões de euros recolhidos em 2006 pelo Centro Croata de Desminagem (CCD) será necessária a adição de 1,3 bilhão de euros para desarmar as minas do país.

G @DGET DU JOUR

F AVORITOS

Hidromassagem inflável

Como se deslocar nas cidades do País

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Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Vocabulário dos bebês cresce como uma bola de neve, revela estudo da revista Science Lua gelada e pulverizada pode estar na origem do mais misteriosos anel de Saturno

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www.apontador.com.br

Concurso 242 da LOTOFÁCIL

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inflatable-spa/index.html

O Inflatable Spa é uma banheira de hidromassagem inflável, com capacidade para dois adultos. O sistema tem 80 jatos de massagem embutidos, e aquece a água até 40 graus. Basta inflar a banheira e conectar a água e eletricidade. Com diâmetro externo de 200cm e 70cm de altura. Por US$ 900.

"Mister, a vida não é assim", disse com um sorriso no rosto Ronaldinho Gaúcho a seu treinador no Barcelona, o holandês Frank Rijkaard, depois de quase duas horas de treinamento sob forte calor, revelou o jornal espanhol Mundo Deportivo ontem. O craque brasileiro tem reclamado da intensidade dos treinos e foi visto ofegante durante a preparação puxada que o técnico impôs ao time para a nova temporada de jogos. L OTERIAS

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www.iwantoneofthose.com/

O site de mapas Apontador ampliou seus serviços e agora oferece também informações sobre pontos de alagamento e locais curiosos das principais cidades brasileiras. Os usuários também podem cadastrar nos mapas os endereços de delegacias, restaurantes, farmácias, etc e os dados ficarão disponíveis a outros internautas. . Se o usuário souber onde tem um alagamento, também pode inserir a informação e o link da notícia na internet, para que os demais usuários possam acessar a informação.

Pedala, Ronaldinho

www.whitecube.com

Detalhes da técnica de encrustação desenvolvida por Damien Hirst para a peça que já é considerada sua maior obra e seu maior prejuízo pessoal

O ex-líder comunista que promoveu a extinção da União Soviética, Mikhail Gorbachev, será o substituto da bela atriz norte-americana Scarlett Johansson nas campanha publicitária da marca francesa Louis Vuitton. Junto aos tenistas Steffi Graf e André Agassi, e da veterana atriz francesa Catherine Deneuve, Gorbachev será o garoto-propaganda da marca que terá como foco as viagens – um tema valioso para a empresa, que começou em 1854 como fabricante de baús. Gorbachev será retratado em um carro, com uma mala da Vuitton ao seu lado e o Muro de Berlim ao fundo. F UTEBOL

Reproduções

Novo esquadrão antibombas

ma obra de arte? Uma excentricidade? A dúvida cruel é do artista britânico Damien Hirst, que expôs na White Cube Gallery, em Londres, sua criação, intitulada Pelo Amor de Deus: um crânio de platina encrustada de diamantes no valor de US$ 100 milhões. A obra-prima, feita a partir de um crânio humano verdadeiro e possui dentes também reais. Foram necessários 2,156 quilos de platina e 8.601 diamantes da joalheria londrina Bentley & Skinner. A obra de arte, elogiada pela crítica não tanto por sua beleza, mas pela técnica apurada do artista, não encontrou compradores. E Hirst, que investiu US$ 28 milhões de seu próprio bolso no projeto ainda está em busca de um mecenas.

USP, Unicamp e Unesp assumiram esta semana o Instituto Virtual da Biodiversidade

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 3, 4 e 5 de agosto de 2007

LAZER - 5

Fotos: Arquivo DC

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Bergman: pensador-filósofo do cinema.

A aposta de Kabelo, o funkeiro.

Antonioni: rigorosa incomunicabilidade.

CINEMA

Aquiles Rique Reis

Devoção pelo infinito da arte

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Geraldo Mayrink

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urante sua vida e 54 filmes, Ingmar Bergman procurou Deus. Ao morrer esta semana, aos 89 anos, não o havia encontrado. "Estamos na terra e esta é nossa única vida", ele, filho de pastor e de uma educação severa, concluiu há alguns anos. Sabia que fracassaria nesta busca, e agora, morto, o mundo – quer dizer, as pessoas que vão ao cinema – terão tirado da inutilidade de seus esforços o que muitos outros só lucraram através das religiões. Deus, para ele, era a arte. Mesmo ressalvando: "Não faço obras-primas para a eternidade. Sou um artesão. Construo as cadeiras e mesas da minha casa, faço coisas para as outras pessoas usarem e, se elas não as usam, fico muito triste. Honestamente, sempre penso meus filmes como algo claro". Simples assim, enga-

nadoramente. Bergman, pela estranha e ambígua popularidade que passou a desfrutar desde os anos de 1950, tornou-se um daqueles infelizes criadores que o público identificou como portadores de uma "mensagem". Ele nos dizia – segundo a "mensagem"- que o ser humano sofre de maneira inescapável, que a humilhação acompanha o homem do nascimento à morte, que nada existe além da recordação –como em Morangos Silvestres (1957, foto), seu filme mais famoso, e Gritos e Sussurros (1975), seu filme maior. Bergman era um pensador, o mais próximo de um filóso-

fo que o cinema produziu. Diretor de teatro (126 peças encenadas), roteirista de rádio, escritor e memorialista (A Lanterna Mágica), foi no cinema que ganhou reconhe cime nto mundial. Seu último filme, Fanny e A lexandre ( 19 83 ), era um suntuoso espetáculo de três horas de duração sobre uma refinada família da Suécia de 1907, composta de artistas, bêbados, maridos adúlteros, domésticas assanhadas e crianças curiosas, que brincam de projetar imagens saídas de uma lanterna. É um filme que gosta e goza com a encenação e o jogo de atores, que se

delicia nos cortes e no claro- escuro que a câmera registra, em suma um triunfo da vida através da arte."Vale a pena viver, por momentos que seja", disse ele sobre uma cena de Gritos e Sussurros na qual três mulheres esperam a morte de uma quarta e conversam placidamente, num lampejo de felicidade. Este filme repete alguns pontos mais altos da obra de Bergman, como de Persona (1966), quando os rostos de duas mulheres se fundem num só e o fim do filme coincide com a exaltação da luz de um projetor de cinema que dava vida às imagens. "Sonho e realidade são uma só coisa. Tudo pode acontecer", diz um personagem de Fanny e Alexandre. Bergman sacrificou as dúvidas sobre Deus e o diabo ao puro prazer de trilhar os infinitos caminhos da linguagem da arte.

Não faço obrasprimas para a eternidade. Sou um artesão. Ingmar Bergman

Lucidez mergulhada em eclipses

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os três grandes da "santíssima trindade" do cinema italiano de outrora, que incluía Federico Fellini e Luchino Visconti, Michelangelo Antonioni foi o menos popular e o mais longevo. Ao morrer esta semana, aos 94 anos, estava mudo e andava de cadeira de rodas por causa de um derrame. É um milagre que nestas condições tenha conseguido dirigir Além das Nuvens (1995), orientando o colega alemão Wim Wenders, ou um episódio de Eros (2006), seu último filme. "Sou um homem cheio de dúvidas, até mesmo no meu trabalho", dizia. Que o diga o público, que o aplaudia geralmente sem compreendê-lo, mas não havia dúvida possível quanto ao fato de que ele traçara seu destino milimetricamente, a régua e compasso. Foi um ser racional muito mais que emotivo. Como Fellini e Visconti, Antonioni veio do neo-realismo, o movimento cinematográfico que filmava na rua os es-

combros da Europa devastada pela guerra, mas isto mais tarde não satisfez mais a nenhum deles. Ao contrário de Ingmar Bergman, que dizia ser seu único objetivo comunicar-se com o público, Antonioni não queria saber desta conversa. Tanto que se tornou conhecido como o "cineasta da incomunicabilidade". A esta incomunicabilidade num mundo que via cada vez mais áspero e hostil, coisificado, ele dedicou uma famoso trilogia, que começa com A Aventura (1959) e segue com A Noite (1960) e O Eclipse (1961, foto). O primeiro causou espanto com a história passada num barco do qual uma das personagens, Ana (Lea Massari), desaparece sem que se dê nenhuma explicação. Em A Noiteo elegan-

te casal Marcello Mastroianni-Jeanne Moreau visita um amigo que está à morte, ele é atacado por uma ninfomaníaca no hospital e depois saem pela noite, num tédio sem fim. Andava-se muito nos filmes de Antonioni e Jeanne Moreu caminha, caminha, caminha, para nada. Em O Eclipse, Monica Vitti procura ter um caso extramatrimonial com um corretor da bolsa de valores (Alain Delon), onde se faz um minuto de silêncio em intenção a alguém que morreu, mas nada dá certo e o escurecimento total vem com eclipse solar. Foi quando disseram que estava na hora de Antonioni, de filmes formalmente tão perfeitos, mudar de assunto. Não mudou, mas foi um Antonioni

diferente, multicolorido, que se revelou em Blow Up(1967), passado na Londres das minissaias e do rock and roll. Um fotógrafo de moda (David Hemmings) clica um casal num parque público e, ao ampliar (blow up) o negativo, descobre o corpo de um homem e a mulher (Vanessa Redgrave), a principal suspeita, tenta roubar-lhe a câmera. Ele termina jogando tênis com um grupo vestido de palhaços, mas não há bola em cena. Curiosamente, é o maior dos 19 filmes do italiano Antonioni é inglês. Não há limites geográficos para os mistérios da alma.O crítico Luiz Zanin Oricchio lembrou as palavras do escritor Alberto Moravia para descrever esta falta de limites que é também a prisão dos homens atormentados: "Antonioni se parece com certos pássaros solitários que têm apenas um verso para cantar e o ensaiam dia e noite. Através de todos os seus filmes, soletrou este verso e apenas este". (GM)

Sou um homem cheio de dúvidas, até mesmo no meu trabalho Michelangelo Antonioni

EM DVD

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GRANDES OBRAS PARA RELEMBRAR OS MESTRES

LIVRO

Lúcia Helena de Camargo

Bergman faz um autoretrato em Imagens (Martins Fontes, 441 páginas, R$ 54). Ele detalha os caminhos de sua criação e relata como lembranças e fantasias acabam gerando o argumento de um longametragem.

mbos são donos de vastas carreiras, mas é possível encontrar nas lojas e locadoras boa parte da obra dos dois grandes cineastas mortos nesta semana. E a partir de hoje, sexta (3), também na tela grande. Para homenagear Ingmar Bergman (19182007), o HSBC Belas coloca em cartaz O Sétimo Selo, adiando a programação de cinema dinamarquês prevista. O filme será exibido apenas uma vez ao dia, sempre às 19h10. Rodado em 1956, traz Max Von Sydow como um cavaleiro das Cruzadas que disputa um jogo de xadrez com a morte. Esse longa integra o primeiro volume da Coleção Bergman, que reúne também Morangos Silvestres (1957),

vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim, com o ator Victor Sjöström no papel do médico Isak Borg; Gritos e Sussurros e A Fonte da Donzela. E estão no mercado também Noites de Circo; Sorrisos de Uma Noite de Amor; Sonhos de Mulheres; Monika e o Desejo; Através de Um Espelho; Luz de Inverno; O Silêncio; Uma Lição de Amor; O Rosto; Persona; Soneto de Outono. Todos lançados pelo selo Versátil, o preço de cada filme é R$ 44,90, com exceção do DVD duplo Cenas de um Casamento, vendido a R$ 59,90. À disposição dos fãs há ainda Saraband (Sony Pictures), último longa do diretor, rodado em 2003, no qual retoma personagens de Cenas de Um Casamento.

Do cineasta italiano Michelangelo Antonioni, é possível achar o magnífico A Noite, de 1961, com Marcello Mastroianni, Jeanne Moreau e Mônica Vitti, e O Eclipse, vendidos a R$ 47,90, em cópia restaurada. Uma boa compra para quem quer tomar contato com o neo-realismo italiano em diferentes estilos é O Amor Na Cidade (R$ 44,90), de 1953. Trata-se de um longa dirigido, além de Antonioni, por Federico Fellini, Carlo Lizzani, Alberto Lattuada, Dino Risi e Francesco Mase, que aceitaram o convite de Cesare Zavattini, o mentor do movimento, para contar, cada um do seu jeito, uma história de amor na cidade de Roma. E não pode faltar na prateleira dos fãs Blow Up Depois Daquele Beijo, de 1966, marco

na linguagem cinematográfica dos anos de 1960. Outra obra-prima que chegou recentemente às locadoras e lojas é Profissão: Repórter, filme vencedor de três prêmios Oscar. O ator Jack Nicholson está no papel do jornalista David Locke, que após a morte de seu colega de quarto, em um hotel no meio do deserto africano, assume a identidade do morto, um negociante de armas. Maria Schneider é a mulher que aparece para complicar o suspense. E estão em fase de pré-venda Identificação de uma Mulher (1982); O Mistério de Oberwald (1980); A Dama sem Camélias e O Deserto Vermelho, protagonizado por uma das musas do diretor italiano, Monica Vitti.

abelo não é fraco, não, ele é o funk em estado brutalizado. Ferino em forma de pancada na lata, na cara, nas fuças, nas ruas e nos becos. Som de mangue, de vila operária e dos bailões dos bondes; Kabelo é a ranhura riscada a unha. Libido acima; escrachado a mil; safado, moleque excitado, incontido. Mal-estar à primeira vista. Liberto de fórmulas: funkeiro libertário, cantor amalucado, instrumentista longe da exuberância. Irresponsavelmente debochado, calculadamente desregrado, fatalmente contagiante. Kabelo está na praça com Kabelo, seu primeiro CD lançado pela gravadora Circuito Musical. Se liga aí, maluco! O cara está no ringue. E o tal de Kabelo, primata hi-tech, veio para cobrir de idéias os carecas de não terem a menor noção do que se passa a um palmo do nariz. Ele vem e diz: “Veja além da tua janela/ E perceberá que o caminhar é mais que o destino/ Eu sou você velho, eu sou teu avô/ Veja além do raio (...)”. Uns o adorarão, outros o idolatrarão, indiferentes poucos ficarão. Kabelo não é fraco, não. Mistura do caranguejo do mangue com o mano da periferia de São Paulo e com o brother das favelas cariocas. Repentista do esculacho. Menestrel do estapafúrdio. Liquidificador de sonoridades: capoeira e funk; berimbau e guitarra distorcida; bateria ensandecida, baixo alucinado. Kabelo, branquelo matusquelo. Baixista e vocalista cheio de elos que abraçam a estética poética do surpreendente. Nada impede sua voz de cantar palavras que espantam: ora por se sujeitarem a ter pouco ou nenhum significado, ora a sustentarem imagens poderosamente assombrosas. Kabelo foi produzido por Edson X, que igualmente toca bateria e faz vocal. Tem também os vocais, as guitarras e os violões de Leandro Gomes e o piano de Henio Fuke. Mas o negócio de deles é tirar onda com sons inquietos e inusitados. Com exceção de “Papagaio de Pirata”, que é de Alceu Valença, todas as músicas de Kabelo são de Kabelo. Algumas ele divide com parceiros, mas são todas Kabelo. Sucesso e Kabelo estão tão próximos quanto distantes poderiam estar um do outro. Consagração esfuziante, fogo de palha, vôo de galinha? Juntador de multidões ou apenas mais um a soar estranho e a cantar coisas sem sentido para um pequeno grupo de adeptos e familiares? Mas a música que ele faz, toca e canta não tem tempo de encontrar meio termo. Assim, Kabelo está mais para tudo ou nada do que para todavias e entretantos. Kabelo é ainda uma aposta. Talvez nem grave um segundo CD. Ou talvez chegue ao décimo-terceiro... Pode ser que seja mais um artista a ser reconhecido e admirado apenas nos guetos que o idolatrarão. Ou, logo, logo, ele poderá ocupar o coração, a mente e a garganta da juventude que o alçará à condição de representante daquilo que tanto carece ouvir. Kabelo está pronto para isso. Aquiles Rique Reis, vocalista do MPB4, é produtor e apresentador do programa O Gogó de Aquiles, na Rádio Roquete Pinto FM do Rio de Janeiro, às segundas-feiras, das 15h às 16h: www.fm94.rj.gov.br

Dick nostalgia

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ob o título Alguém Como Tu: Dick Farney, Jane Duboc e Pedro Mariano fazem um recital em homenagem a Dick Farney (1921/4/8/1987), considerado um dos crooners mais refinados do Brasil. Tinha fortíssimo carisma como cantor, jazzman e pianista. Sesc Vila Mariana. Rua Pelotas, 141. Tel.: 5080-3000. Sexta (3) e sábado (4), 21h; domingo (5), 18h. R$ 7,50 a R$ 20.


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 3, 4 e 5 de agosto de 2007

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Mas a internet espalhou sem nenhum respeito à majestade dos cargos que "a mentira tem pernas curtas etc, etc, etc..." O 3º. aeroporto e a 3ª. pista não duraram nem dez dias.

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NEIL FERREIRA

CADÊ O 3º. AEROPORTO QUE ESTAVA AQUI ? AVUÔ, AVUÔ.

Thomas Lohnes/AFP

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COMO ESCAPAR DO RALO ONDE BUSCAR FORÇAS QUANDO SEU MODELO DE NEGÓCIOS ESGOTOU Por Paulo Brito m certos aspectos, o comportamento dos capitais lembra muito o dos gases perfeitos – um gás perfeito tende a ocupar por igual todo o recipiente que o contém – nenhuma parte do recipiente fica vazia. Do mesmo modo, os capitais tendem a convergir para todas as oportunidades de mercado que existem – é só uma questão de tempo para que capital e oportunidade se encontrem. Visto desse modo, é como se o capital tivesse uma inércia inesgotável, que o impulsionasse eternamente na direção das oportunidades que o farão crescer.

uma muralha intransponível, e daí em diante não conseguem crescer mais. É como se as fórmulas longamente testadas de seus modelos de negócios deixassem de funcionar, como se estivessem esgotadas. O maior desafio, naturalmente, é saber quando dar a virada. Em setembro do ano passado, o presidente da Ford, Bill Ford Jr., distribuiu um memorando informando que o modelo de negócios de sua empresa não era mais suficiente para assegurar lucratividade, o que tornou a vida em Detroit assustadora por algumas semanas. Mas esse foi o anúncio de uma virada.

A Seiko descobriu que a tecnologia de engrenagens servia para impressoras A Granero descobriu que era, na verdade, uma empresa de logística U ns to pp ab le (I rref re ável, da Harvard Business School Press), de Chris Zook, fala um pouco dessa característica, embora sem este tipo de reflexão, mas é um esforço para orientar os administradores nas épocas em que as empresas se aproximam de seu próximo -nem sempre o último - estágio de crescimento: de uma forma ou de outra, todas elas c o s t u m a m a p re s e n t a r sempre alguma forma de crescimento – nem que seja vegetativo, acompanhando simplesmente os índices de inflação – mas parece que em algum momento deparam-se com

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ma das coisas que t e m l e v a d o e mpresas a essa encruzilhada é que o ambiente empresarial tem se modificado com muita rapidez, explica Chris Zook, que também é executivo da milionária consultoria Bain & Co., dos EUA. Zook acha que 2/3 das empresas terão de redefinir seus negócios dentro dos próximos dez anos, por causa de forças que vão desde a globalização até a internet. Unstoppable é seu terceiro livro sobre administração de negócios. No primeiro, de 2001, seus conselhos concentravam-se no entendimento,

definição e exploração do core business das empresas em seus diversos aspectos; em 2004, escreveu outra obra mostrando como era possível complementar os negócios essenciais oferecendo novos serviços aos clientes cativos, incluindo produtos em apresentações inovadoras. O que ele propõe na obra que acaba de lançar é que as empresas encontrem ativos ocultos para renovar seu core business e turbinar um crescimento lucrativo.

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idéia básica é aprender a localizar na própria empresa essas forças adormecidas, e as dicas podem ajudar os administradores a deflagrar com elas uma nova fase de crescimento. O que acontece muitas vezes é que há um surto de desorientação toda vez que a muralha da estagnação é atingida – empresários desabituados a raciocinar na direção que seus próprios negócios apontam podem investir em ramos dos quais não entendem nada, e potencializam assim o risco de perda do capital investido. No entanto, era isso que os consultores recomendavam nos anos 80 para todos os que queriam crescer ou tornar-se mais sólidos – diversificar era a palavra da moda, enquanto a explicação clássica era de que "colocar todos os ovos na mesma certa implica o risco de quebrar todos na primeira queda".

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ais do que diversificar, no entanto, a experiência mostrou que vale a pena descobrir o que pode ser explorado pela experiência que o core business oferece à empresa. O próprio mercado brasileiro está cheio de exemplos de sucesso desse tipo – a Granero, que era uma empresa de mudanças, descobriu que era na verdade uma

empresa de logística; as empresas de ônibus, que podiam transportar passageiros e também encomendas; foi como a Seiko, fabricante de relógios no Japão, descobriu que sua tecnologia utilizada para fazer engrenagens era perfeita para a fabricação de impressoras – é sua a marca Epson. Exemplos não faltam. Fazer isso, contudo, exige um profundo conhecimento não só do mercado como dos próprios limites em termos de recursos – humanos, tecnológicos e financeiros. Assim que as opções estão identificadas, é preciso fazer um verdadeiro raio-x da empresa para determinar quais e quantos são esses recursos, para só então iniciar qualquer movimento. Foi o que fez a Apple antes de entrar no negócio de música – quando isso aconteceu, ela já havia avaliado seus recursos em termos de design e de tecnologia. Quando sob pressão, muitas empresas acabam encontrando novos caminhos, mas algumas não. A Samsung conseguiu reorientar seus negócios, embora encolhendo e concentrando-se num número reduzido de produtos eletrônicos de consumo. Outras, como a New York Times Co., que publica o jornal The New York Times, continuam procurando um rumo seguro e tentando descobrir novas forças dentro de seus próprios recursos. Embora essas forças (ou ativos) não sejam o cerne das estratégias do passado, elas podem ser a chave para o futuro – quanto mais antiga e complexa a empresa, maiores as possibilidades de se encontrar esse tipo de recurso como jogadores de baralho que muitas vezes têm a s m e l h o re s c a r t a s n a mão, mas demoram a darse conta de que estão com o jogo ganho.

ZOOK ACHA QUE 2/3 DAS EMPRESAS TERÃO DE REDEFINIR SEUS NEGÓCIOS NOS PRÓXIMOS 10 ANOS

ircula na internet esta nova definição de mentira que transcrevo, tirando o meu da reta logo de cara. Negarei até morrer que acredito nessas patranhas maldosas e maliciosas, enviadas à minha caixa postal pela zelite golpista. Eis aqui: "A mentira tem pernas curtas, barriguinha de goró, barbichinha aparada, botox na cara, nove dedos nas mãos, um sotaque da mu le sss ta, lingua presa e um gogó de ouro, que engambela e leva meio mundo na convelsa". Três dias depois da pavorosa tragédia da TAM, o presidente da Mentirobrás convocou uma rêde de tv para dar p eç ç oa lm e nt e os pêsames às famílias enlutadas, atrasado em relação aos presidentes da Argentina e da China. P ro m e t e u m u n d o s e fundos e produziu enormes manchetes. Entre os mundos, a construção de um novo aeroporto para São Paulo, o 3º. Entre os fundos, a construção da 3ª. pista de Cumbica, cujo espaço foi invadido por uns 30 mil eleitores você sabe muito bem de quem. A ex-assaltante dilma, dita cara de fada, com sua proverbial boa educação, berrou aos jornalistas que o local desse 3º aeroporto é um segredo de Estado e que ella(e) "jamais revelaria, para não promover especulação imobiliária". Aeroporto escondidíssimo, secreto para todo o sempre, a se confiar nos ditos da dita cuja. O assunto explodiu na midia e as empreiteiras salivaram. Cortina de fumaça na tragédia, que quase ficou circunscrita aos parentes e amigos dos mortos. "Nosso franklin" tem razão, nada como novas manchetes para apagar as de ontem.

G A zelite

quer paz para trabalhar e poder pagar impostos. A cumpanherada quer paz para gozar as boquinhas já arranjadas.

generalíssimom arec ha lí ss im o chupim, que assumiu o lugar do baianinho cansado no sinistério da (in)defesa, entrou chutando no pescoço. Mandou todo mundo trabalhar, "aja, ou saia; faça, ou vá embora". Acabou com o 3º aeroporto, que avuô, e a 3ª pista virou operação tapab ur ac o . Para evitar que o sonho de candidata à presidência da Menti robrás avue com o aeroporto e dê lugar ao generalíssimomarechalíssimo, a ex-assaltante dilma esconde a cara de fada e saca a Glock 45 da guaiaca. Desmente o generalíssimo-marechalíssimo, que havia desmentido etc, etc, e confirma o 3º. aeroporto, de onde "não arredará um milímetro". Vai avuá tiro para tudo quanto é lado. Ousar lutar, ousar vencer. Enquanto isso, a z el it e encara um domingo gelado, acorda cedinho, como relata uma "amiga da coluna". Veste jeans Diesel original, de Estocolmo, um par de tênis Nike legítimo, da loja da fábrica no Oregon (nada de mão de obra escrava das Filipinas), blusa DG, Dolce Gabana, de Milão, meias de lã e casaco de esquiar de Aspen. Coloca um casaquinho de tricô no lhasa apsu "Caetano Veloso", uma bola de pelos que deve pesar no máximo uns 300 gramas depois do almoço. Luminosa, sai em direção ao Ibirapuera para juntar-se à passeata Cansei, no ar frio da manhã. "Caetano" no colo, de onde jamais sairá , nunca na vida andou mais do que a distância entre a sua caminha e o pratinho de ração importada do Tibet. Perto, a cumpanherada aloprada, cutista na maioria, reúne-se e tira a posição Cansamos em reação ao Cansei da zelite. Cansamos registrou um volume altíssimo de aplausos top- toptop ! Foi unânime.

A

coluna não tem amigos nessas latitudes, mas apurou que charutos cubanos de 30 dólares cada foram baforados. Cansei e Cansamos, zelite e isqueuda, dondocas e marilenaschauís, como são semelhantes. Israel e Palestina, primos-irmãos em luta. Querem a mesma coisa, um pouco de sossego. A ze li te quer paz para trabalhar e poder pagar a brutal massa de impostos que bateu mais um recorde. A cumpanherada quer paz para gozar as boquinhas já arranjadas. O presidente da Mentirobrás espalha que tem duzôreia, uma prus aprauzu ôtra pras vaia. Faltou uma para iscuitá que o país cansou. CANSEI. CANSAMOS. QUE VENHAM MAIS FERIADOS. NEIL FERREIRA É PUBLICITÁRIO NEILFERREI@GMAIL.COM

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Nacional Finanças Tr i b u t o s Negócios

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 3, 4 e 5 de agosto de 2007

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CNI ATACA CPMF E GASTOS DO GOVERNO

milhões de reais foi o total de compras, pelo governo federal, de produtos de empresas de pequeno porte neste ano.

VÁRIOS ARTIGOS DA LEI GERAL DETERMINAM QUE GOVERNO DÊ PREFERÊNCIA PARA AS COMPRAS DO SETOR

PEQUENAS GANHAM MAIS ESPAÇO Marcelo Casal Jr/ABr

CPMF Rogério Santanna diz que o pregão eletrônico atrai as empresas do segmento porque tem menor custo e é menos burocrático

tecnologia da informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna, o pregão eletrônico atrai as companhias de menor porte porque tem custo reduzido e menos burocracia. "Dessa forma, a empresa não precisa deslocar funcionários e pagar estadia, porque tudo é feito pela internet. Já no pregão presencial, é necessário o deslocamento, o que, em alguns casos, gera despesas de quase R$ 10 mil para os empresários", explica Santanna. A modalidade também não exige do governo a análise da documentação de todos os concorrentes antes da compra. No pregão eletrônico, só são verificados os documentos do vencedor. Com essa simplificação, a compra leva 17 dias,

enquanto na carta-convite são necessários 22 dias e na tomada de preços, cerca de 90. Uma concorrência, por sua vez, dura, em média, 120 dias. "A economia do Governo Federal com o pregão eletrônico chega a 30%", diz o secretário. Com a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, espera-se que os governos federal, estadual e municipal aumentem as aquisições feitas do setor. O motivo é simples: vários artigos determinam que elas devem ter preferência nas compras governamentais, como ocorre com o 47. A lei prevê, por exemplo, que elas serão as fornecedoras exclusivas nos casos de despesas com valores de até R$ 80 mil. As micros e pequenas tam-

bém não serão prejudicadas nas licitações, mesmo que tenham dívidas com o fisco. Para isso, precisam ingressar em um dos programas de regularização tributária, pelos quais terão longos prazos para pagar seus débitos. Esse segmento de empresas ainda terá preferência em casos de empate. Elas serão escolhidas se suas propostas foram iguais ou até 10% superiores à da vencedora. Na modalidade de pregão eletrônico, esse valor baixa para 5%. Com essas vantagens, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) acredita que 971 mil empregos serão gerados no segmento por conta do aumento das vendas ao governo.

CNI defende a redução da contribuição. Agora.

A

Confederação Nacional da Indústria (CNI) propõe a redução imediata da alíquota da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e a definição de um cronograma para sua extinção. Para a entidade, o crescente aumento da carga tributária permite diminuir o tributo, que deveria passar a 0,2% já em 2008. Segundo nota da entidade, apenas neste ano, a contribuição deverá colocar nos cofres públicos nada menos que R$ 36,2 bilhões. Para 2008, a previsão é de a arrecadação chegar a R$ 39 bilhões. A CNI alega que a Receita Federal deverá ter, no próximo ano, uma receita líquida de aproximadamente R$ 548 bilhões, contando com os recursos da CPMF. Ou seja, R$ 46 bilhões a mais do que o estimado para 2007. Esse valor é supe-

rior aos R$ 39 bilhões a serem obtidos com a contribuição. A entidade lembra que a carga tributária no Brasil cresce continuamente há mais de dez anos e hoje representa cerca de 35% do Produto Interno Bruto (PIB). Assim, começar a eliminação gradual do tributo já no próximo ano é a "oportunidade se iniciar um processo de contenção dos gastos públicos, passo crucial para reduzir o peso dos impostos no Brasil". A CNI argumenta que, para manter a atual situação, o governo diz ser necessário cortar gastos para só então diminuir os impostos. A entidade alega que, de posse dos recursos da CPMF, o setor público certamente encontrará formas de alocá-los. Dessa forma, a perda da receita da contribuição seria "uma maneira de forçar a adequação dos gastos públicos a uma receita menor". (DC)

Cacciola perde, e Ayala ganha na Justiça.

O

banqueiro ítalo-brasileiro Salvatore Alberto Cacciola, denunciado por crime contra o sistema financeiro nacional, não conseguiu trancar a ação penal instaurada contra ele. Cacciola alegou ter sofrido constrangimento ilegal por parte de um juiz, que solicitou à Itália, onde vive desde 2000, autorização para vir prestar depoimento no Brasil. O banqueiro, com nacionalidade italiana, não pode ser extraditado. A presidência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) indeferiu o pedido em que a defesa pretendia trancar o processo por falta de justa causa. A ação penal refere-se à denúncia do Ministério Público, recebida parcialmente pelo Juízo Federal da 2ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, relativa ao delito de emissão de debêntures (títulos de renda fixa emitidos por sociedade anônima para tomar empréstimo no mercado) sem lastro ou garantia. O banqueiro foi indiciado por gestão fraudulenta e utilização de in-

formações privilegiadas. Já o Superior Tribunal de Justiça (STJ) mandou libertar Sergio Gomes Ayala, procurador da Fazenda Nacional preso por suposto envolvimento nas fraudes detectadas pela Operação Têmis, da Polícia Federal. O STJ estendeu a Ayala liminar concedida ao advogado Luís Roberto Pardo. Ele estava preso preventivamente sob a acusação de violar segredo de Justiça. A operação policial desarticulou uma quadrilha especializada na compra de sentenças judiciais para facilitar a obtenção de créditos tributários e permitir o funcionamento de bingos. A defesa do procurador pediu a extensão da decisão favorável ao advogado, afirmando que ambos estavam na mesma situação. O ministro Peçanha Martins, no exercício da presidência do STJ, deferiu o pedido porque tanto o advogado como o procurador respondem pelo mesmo delito e uma única decisão decretou a prisão dos dois. (AE) DC

A

criação do pregão eletrônico, em 2000, fez as micros e pequenas empresas encontrarem no governo um excelente cliente. Números do Ministério do Planejamento mostram que, no primeiro semestre deste ano, o Governo Federal adquiriu delas produtos no valor de R$ 236 milhões. A quantia é parecida à obtida nos primeiros seis meses do ano passado e quase cinco vezes maior que a de 2005, de R$ 42,8 milhões. Esse negócio, no entanto, pode ficar ainda melhor. Como a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa prevê tratamento preferencial para o segmento, o ministério estima que a participação delas nas compras governamentais cresça de 17% para 30% em todas as esferas – União, estados e municípios – no próximo ano. Do total comprado pelo Governo Federal no primeiro semestre do ano, R$ 4,1 bilhões foram por pregão eletrônico. Desse total, R$ 236 milhões foram comprados das micros e pequenas empresas. Esse negócio virtual representou quase a metade do total gasto pelo Governo Federal com as aquisições de produtos das companhias desse porte em todas as modalidades, que somou R$ 555 milhões. Grande atração – De acordo com o secretário de logística e

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 - LAZER

sexta-feira, sábado e domingo, 3, 4 e 5 de agosto de 2007 Jefferson Pancier/Divulgação

Fotos: Divulgação

João Caldas/Divulgação

Fotos: Divulgação

Em vez de bola, time de atores da trupe Jogando no Quintal corre atrás de improvisação. No palco do Teatro do Colégio Santa Cruz é o público quem escolhe o tema e o vencedor do jogo

TEATRO

RECEITA DE RISO

IRREVERÊNCIA EM CAMPO Sérgio Roveri

É

como se um time talentoso acostumado a disputar peladas nos campos de várzea, onde conquistou a cumplicidade de uma torcida fiel e o respeito dos cronistas fosse, de repente, convidado a mostrar seu futebol no estádio do Morumbi. Já que eles se definem como palhaços atletas, a comparação neste caso não está fora de propósito: a partir desta sexta (3), a trupe do Jogando no Quintal, grupo de 12 atores que se tornaram os reis do improviso na cidade, finca seu mastro por dois meses no bem equipado palco do Teatro do Colégio Santa Cruz, depois de seis anos de apresentações em quintais domésticos e picadeiros de circo. E para quem desconfiar que a infra-estrutura do teatro pode vir a abafar a irreverência do grupo, aqui vai o alerta de César Gouvêa, ator e palhaço que criou o Jogando no Quintal de sua casa na Rua Cotoxó, no Bairro da Pompéia: “O quintal é a essência do nosso trabalho. Hoje estamos mais maduros e podemos carregar o quintal dentro da gente, para qualquer lugar em que nos apresentarmos”, diz. “O teatro vai apenas aprimorar o acabamento do nosso espetáculo. A acústica será melhor, a iluminação também. Mas nada disso é mais importante que o contato com o público e a improvisação que caracterizam o nosso trabalho”. A chegada do Jogando no Quintal ao Santa Cruz também serve para dar

A

ntes de ingressar no cinema, terreno em que conquistaria reconhecimento mundial graças a filmes como Segredos e Mentiras, O Segredo de Vera Drake e Tudo ou Nada, o inglês Mike Leigh, 64 anos, escreveu mais de 20 peças, a maioria destinada à cena teatral britânica ou a programas da rede BBC. Com décadas de atraso, a faceta do dramaturgo Mike Leigh começa a ser revelada a partir de hoje ao público paulistano com a estréia da comédia A Festa de Abigaú, escolhida a melhor peça de teatro adulto do último Festival da Cultura Inglesa. Prêmio mais do que justo: A Festa de Abigaiú é uma das mais inteligentes, sarcásticas e patéticas comédias a entrar em cartaz na cidade nos últimos tempos – e talvez uma das mais fiéis ao tão comentado humor inglês. Abigaiú é uma adolescente que não aparece em cena. Ela está fazendo sua festa de aniversário na casa ao lado de onde se passa a ação. Para deixar a garota em paz com seus convidados, a mãe de

largada ao II Festival Jogando no Quintal de Improvisação – Edição Internacional, que de hoje até o próximo dia 12 vai mostrar o trabalho de grupos da Argentina, Espanha, Equador e Colômbia que também encontram na improvisação a matéria-prima de sua pesquisa. Alguns dos destaques do festival são o grupo brasileiro de percussão corporal Barbatuques, que se apresenta na segunda (3) e os espanhóis do Impromadrid Teatro, que mostram no sábado (11) o premiadíssimo espetáculo Chup Suey, um conjunto de peças curtas criadas na hora a partir das sugestões

da platéia. O Santa Cruz passa a ser exclusivo do Jogando no Quintal a partir do dia 18. Desde 2001, os espetáculos do Jogando no Quintal foram vistos por mais de cem mil pessoas nos cinco endereços já ocupados pela grupo: a casa de Gouvêa na rua Cotoxó, um estádio na rua Faustolo, na Lapa, um centro esportivo na Barra Funda, uma escola no Butantã e, por último, a Cachaçaria Pompéia. Em todos eles, a base do trabalho tem sido sempre a mesma: dois times de palhaços atletas disputam a atenção do público como se fosse um jogo de futebol, sob os olhares de um árbitro

e de uma banda que também cria na hora a trilha e as vinhetas da partida. Em vez de bola, no entanto, os palhaços correm atrás da improvisação. É o público quem determina o tema do dia e, ao final, aponta o vencedor do jogo. “O público é o co-autor de cada apresentação que fazemos”, diz Gouvêa. “Nós apenas provocamos, mas quem decide tudo é a platéia”. Traduzindo: durante os dois meses de temporada, é aconselhável que Jogando no Quintal tenha dezenas de coelhos em sua cartola para atender aos diferentes ânimos das arquibancadas.

Palhaços atletas disputam a atenção da platéia como se fosse um jogo de futebol. Disputa inusitada acontece sob os olhares de um árbitro e de uma banda de música.

Em 90 minutos, peças dão uma pausa na melancolia e prometem resgatar o sorriso dos paulistanos

P Jogando no Quintal, no Teatro do Colégio Santa Cruz, Rua Orobó, 277, tel.: 3024-5191. Sábados às 21h e domingo às 19h. Ingressos a R$ 40.

oucas vezes como nas últimas semanas o paulistano andou tão cabisbaixo. O acidente da TAM, o caos nos aeroportos e a impiedosa frente fria mergulharam a cidade numa melancolia gigante, que a deixou ainda mais cinza do que de costume. Para quem acredita que o teatro pode oferecer algum alento – e às vezes realmente pode – seguem algumas indicações de peças que prometem, ainda que por apenas 90 minutos, resgatar os sorrisos que andam meio esquecidos.

P

edras nos Bolsos: os atores Marco Antonio Pâmio e Rubens Caribé dão conta de 15 hilariantes personagens que compõem esta comédia escrita pela irlandesa Marie Jones. Um vilarejo empoeirado do interior da Irlanda recebe uma equipe de Hollywood decidida a rodar ali um desses filmes arrasa-quarteirões. Interessados em conquistar seus 15 minutos de fama, os moradores locais fazem o possível para conseguir ao menos uma figuração. Espaço Parlapatões, Praça Roosevelt, 158, tel.: 3258-4449. Quarta e quinta às 21h. Ingressos a R$ 20.

F

amília Muda-se: o ator Odilon Wagner escreveu e protagoniza esta história de um arquiteto que decide sair de casa no meio da crise dos cinqüenta. Quanto retorna, dois anos depois, não reconhece mais a família que deixou para trás: sua mulher namora um rapaz muito mais jovem, a filha se tornou uma rebelde sem causa e a tia agora sofre do mal de Alzheimer. Teatro Cultura Artística, Rua Nestor Pestana, 196, tel.: 3258-3344. Sexta e sábado às 21h e domingo às 18h. Ingressos de R$ 60 a R$ 70.

Abigaiú convida Abigaiu, a sofisticada Susan, aceita o convite para tomar alguns drinques na casa de seus vizinhos, o casal Beverly, uma alpinista social com um gosto para música e decoração de dar dó, e Lawrence, um impaciente corretor de imóveis.

O cenário se completa com a chegada de um segundo casal, a enfermeira simplória Ângela e seu marido Tony, um ex-jogador de futebol que cultivou uma indecente barriga de cerveja. Com estes cinco personagens, que de

A Festa de Abigaiú: comédia das mais engraçadas em cartaz na cidade é uma espécie de happy hour de trintões desesperançados e amargurados

algum modo simbolizam todas as classes sociais da Londres dos anos 70, dos assumidamente pobres àqueles que querem imitar o american way of life, Mike Leigh desenhou uma crítica social capaz de vencer o tempo e qualquer geografia. Seus diálogos são de uma banalidade atroz e, raridade nos palcos, conseguem ser tão engraçados quanto os embaraçosos momentos de silêncio. Com um elenco afiadíssimo em que se destacam as atuações de Éster Laccava e Ana Andreatta, A Festa de Abigaiú é uma espécie de happy hour de trintões desesperançados e com um talento fenomenal para trazer à tona todas as amarguras de uma classe média cada vez mais espremida entre o desejo de ascensão social, o bolso vazio e a solidão. Se alguém quiser encontrar alguma semelhança entre os personagens da peça e a realidade brasileira, pode ficar à vontade. Sempre cabe mais um convidado na festa de Abigaiú. (SR)

O

A Festa de Abigaiú, estréia hoje, sexta (3), no Teatro de Cultura Inglesa de Pinheiros, Rua Deputado Lacerda Franco, 333, tel.: 38140100. Espetáculos sexta e sábado às 21h e domingo às 19h. Ingressos a R$ 30.

s Homens são de Marte...e é Pra Lá Que Eu Vou: o texto da atriz e autora Mônica Martelli não é nenhuma pérola – as situações são conhecidas e as piadas têm um quê de requentadas. Ainda assim, a platéia, na maioria mulheres, vem abaixo com os percalços enfrentados por uma jornalista que, com quase 40 anos nas costas, só quer conseguir um namorado. O ponto alto da montagem termina sendo a própria atuação de Martelli, simpática e desenvolta. Teatro Procópio Ferreira, Rua Augusta, 2823, tel.: 3083-4475. Sexta e sábado às 21h30, domingo às 19h. Ingressos de R$ 50 a R$ 60.

À

s Favas com os Escrúpulos: as sátiras políticas têm dado o tom à produção teatral de Juca de Oliveira. Não é diferente neste espetáculo em que o ator vive um senador corrupto que mantém por anos um casamento de fachada, enquanto seu real interesse recai sobre a secretária jovem e bonita, papel de Adriane Galisteu. Até que um dia sua mulher, a sempre genial Bibi Ferreira, descobre a traição e ainda consegue uma maneira de manter o marido nas mãos mediante chantagem das boas. Teatro Raul Cortez, Rua Doutor Plínio Barreto, 285, tel.: 3188-4141. Quinta e sexta às 21h30, sábado às 21h e domingo às 18h. Ingressos a R$ 80. (SR)

"A ÚLTIMA QUIMERA" ESTRÉIA NO SESC AVENIDA PAULISTA Montagem com Cia Les Commediens Tropicales é inspirada em Ana Miranda. Sexta e sábado, às 21h30; domingo, às 18h. Av. Paulista, 119, tel.: 3179-3700. R$ 10 a R$ 15.


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Gover no Planalto Congresso CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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PRESIDENTE QUER PRORROGAÇÃO DA CPMF

bilhões de reais é o montante arrecadado pelo governo por meio da CPMF em 2006

Antonio Cruz/ABr

CPI pedirá inquérito para apurar vazamento de caixa-preta

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Deputado José Múcio (PTB) indicou o ex-ministro Antonio Palocci (PT) como relator do projeto de prorrogação

LULA QUER A CPMF AINDA NESTE ANO Presidente pede prioridade na prorrogação da contribuição no Congresso

O

presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem aos líderes dos partidos aliados que a principal missão do governo no Congresso nesse semestre é aprovar a prorrogação da CPMF. A avaliação, na reunião do conselho político, foi de que o Orçamento da União não pode abrir mão da arrecadação de R$ 34 bilhões anuais. "A votação da CPMF será o grande desafio por causa da questão dos prazos. Não podemos deixar que esse assunto seja politizado. O governo não pode abrir mão da receita ", avaliou o líder do governo na Câmara, José Múcio Monteiro (PTB-PE). Em busca de consenso sobre o texto, que está na Comissão de Constituição e Justiça, o líder do PTB, Jovair Arantes (GO), disse que a proposta de seu partido é a renegociação da dívida dos estados como alter-

nativa à divisão da CPMF com governadores e prefeitos. A tendência é que a base aliada indique o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci (PT-SP) como relator da emenda da CPMF na comissão especial que será criada para o tema. Palocci – O nome de Palocci foi proposto ontem durante a reunião do Conselho Político. "É um nome evidentemente técnico, que já discutiu essa questão... Daríamos alguns passos e recuperaríamos algum tempo perdido", afirmou Múcio após o encontro. Segundo o líder do governo, a discussão sobre a vigência da contribuição será "um desaguadouro das questões políticas e de ressentimentos", o que reforça a necessidade de um relator que tenha credibilidade técnica no setor financeiro. Múcio disse que o presidente Lula e os demais ministros presentes à reunião não co-

mentaram sua proposta. Ainda na tarde de ontem, governistas e oposicionistas fecharam um acordo na CCJ para que o relatório seja lido na próxima terça-feira, quando será apresentado um pedido de vista de duas sessões para a matéria. Na quarta-feira, a comissão promoverá uma audiência pública com juristas para discutir a questão e a votação deverá ocorrer na semana seguinte. Após a aprovação pela Comissão de Constituição e Justiça, será criado um novo grupo especial que avaliará o mérito da prorrogação. Só então o tema seguirá para votação em plenário. O governo conta com a participação da bancada PMDB para garantir a prorrogação da CPMF. Para garantir os votos dos peemedebistas, o Planalto nomeou o ex-prefeito do Rio, Luiz Paulo Conde presidente de Furnas. (Agências)

Garcia leva 'puxão de orelha' verbal

A

Comissão de Ética Pública considerou como "grosseira" e "imprópria" a atitude do assessor especial do Palácio do Planalto Marco Aurélio Garcia de comemorar com gestos obscenos a versão de que o acidente com o avião da TAM, no último dia 17, no aeroporto de Congonhas, foi causado por falha mecânica. Como o governo esperava, a punição ficou só nas palavras e não houve punição para Garcia nem para o assessor de imprensa Bruno Gaspar, também flagrado pela câmera da "TV Globo" fazendo gestos considerados obscenos. Em nota divulgada ontem, assinada pelo presidente em exercício da comissão, Marcílio Marques Moreira, o órgão "lembrou" que o momento é de "reflexão", "sentimento de pesar" e "ação". A nota destaca que os integrantes do grupo, reunidos no Rio na última segunda-feira, observaram que o agente público deve dar sempre o bom exemplo. "O exercício da função de servir ao público exige, entre outras responsabilidades, motivar o respeito e a confiança do público em geral, o que não comporta atitudes grosseiras", ressalta. Na prática, informa a nota, a função da comissão é orientar e identificar supostas ações de conflitos éticos na administração pública. O órgão é composto por sete membros – todos escolhidos e designados pelo presidente da República.

No entanto, na sua atual formação, só quatro membros são "titulares" do grupo. As outras três vagas não possuem titulares. São membros confirmados do órgão: Marcílio Marques Moreira, presidente em exercício, Hermann de Assis Baeta, José Ernanne Pinheiro e Roberto de Figueiredo Caldas. Os mandatos são de três anos com possibilidade de recondução. No último mês de junho, a Comissão de Ética Pública registrou sua preocupação com recentes declarações e atitudes

por parte de integrantes do governo federal em relação a problemas decorrentes da crise do setor aéreo. Em nota divulgada, a comissão havia recomendado que "as altas autoridades do governo federal, bem como todos os servidores públicos e concessionários de serviços públicos, tenham sempre presente que o exercício da função de servir ao público exige, entre outras responsabilidades, motivar o respeito e a confiança do público em geral". (Agências)

Michel Filho / AOG

VOANDO ALTO – Estrela do momento, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, acabou ofuscado pela sua assessora, Solange Vieira, a grande atração do debate sobre a crise aérea, no BNDES, no Rio.

presidente da CPI do Apagão Aéreo, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou ontem que a comissão vai determinar a abertura de um Inquérito Policial Militar para apurar se a Aeronáutica vazou as informações sobre os dados da caixa-preta do Airbus da TAM. O chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), brigadeiro Jorge Kersul Filho, esclareceu que, para ouvir o CD, é necessário um software especial que não está disponível nem no próprio Cenipa. Segundo Kersul, o que os deputados poderão ver é a transcrição, em inglês, dos diálogos gravados na cabine do Airbus momentos antes do acidente. Por isso, segundo Kersul, os dados da caixa-preta não devem ter sido vazados pelos parlamentares. "Se não podemos ouvir o CD, por que os dados vieram para cá?", questionou, irritado, o deputado Vic Pires Franco (DEM-PA). Kersul esclareceu que a Aeronáutica, ao enviar o CD, cumpriu o requerimento da CPI. Segundo o brigadeiro, os deputados podem ter acesso à decodificação dos dados técnicos da segunda caixapreta do Airbus que podem ser rodados com programas convencionais. Os deputados aprovaram a divulgação, única e exclusivamente, da transcrição das conversas entre os pilotos em inglês. A deputada Solange Amaral (DEM-RJ) argumentou que não há motivos para a CPI manter secretos dados que foram vazados à imprensa. No começo da sessão, Cunha mostrou que o envelope entregue na terçafeira, pela Aeronáutica aos deputados, continuava lacrado. O relator da CPI, Marco Maia (PT-RS), reiterou que a comissão não vazou as informações (AE / AC)

Deputados deveriam renunciar, diz Demóstenes

O

senador Demóstenes Torres (DEM), integrante da CPI do Senado que investiga a crise aérea, defendeu ontem que todos os 24 deputados da CPI da Câmara que trata do mesmo assunto "deveriam renunciar aos seus mandatos", por terem violado acordos internacionais na última quarta-feira. Os deputados divulgaram o conteúdo das caixas-pretas do Airbus da TAM que explodiu no dia 17 de julho no Aeroporto de Congonhas. Em resposta, o 1º vicepresidente da CPI da Crise Aérea, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), repudiou as declarações do senador . "É um desrespeito a quem trabalhou no recesso, por quem estava de férias", disse, referindo-se ao fato de a CPI do Senado não ter funcionado nos 14 dias de recesso parlamentar. A única informação divulgada das caixas-pretas, observou Cunha, foi o conteúdo das conversas entre os pilotos do avião e a torre de controle. (AE)

Eymar Mascaro

Na moita

P

esquisa encomendada pelo PT com eleitores de São Paulo apresentou um índice de 28% de intenção de voto para Marta Suplicy . O resultado será levado à ministra para convencê-la de uma vez por todas a disputar o pleito em 2008. Até o momento, Marta mantém sua política da "boca fechada". Não assume a candidatura, mas também não a descarta por completo. Marta diz que só decidirá seu futuro no ano que vem. A ex-prefeita teme o teor dos ataques de seus adversários. A ordem no PT, no entanto, é reconquistar a prefeitura de São Paulo, para ajudar na campanha de 2010.

GOVERNO A ministra diz que só disputaria um cargo executivo em 2010, provavelmente o governo do estado de São Paulo. Os petistas da capital ainda não desistiram do seu nome. Eles continuarão insistindo para que ela concorra em 2008 e volte para a prefeitura.

CORPO FORA Marta descarta qualquer conversa sobre sua candidatura ao Planalto em 2010. A ministra não quer pisar no calo de ninguém dentro do PT. Ela também segue a orientação do presidente Lula, que pediu para nenhum dos seus ministros se posicionar como précandidato à presidência, principalmente os petistas.

PRESSÃO Para forçar uma resposta da ex-prefeita, o PT decidiu divulgar que possui outros interessados na vaga, mais precisamente os deputados Arlindo Chinaglia, José Eduardo Martins Cardozo e Jilmar Tatto. Nomes sem grandes resultados nas últimas pesquisas, mas a legenda avalia que a possibilidade de perder essa chance poderá apressar a decisão de Marta Suplicy.

governador, a coligação é fundamental para disputa ao Planalto. Mas existem tucanos um pouco descrentes dessa força toda de uma chapa PSDB/DEM.

INCENTIVO Alckmin, caso decida concorrer ao cargo de prefeito de São Paulo, terá o apoio do deputado Antonio Carlos Pannunzio (SP), líder da bancada do PSDB na Câmara, e pelo governador Aécio Neves (MG). Os dois já assumiram que o colega paulista deve concorrer e vender a disputa, devolvendo a capital para o tucanato.

RACHA Correndo por fora das novelas tucana e petista, a deputada Luiza Erundina (PSB-SP) dá sinais claros que disputará a vaga em 2008. Erundina entrará a disputa "acertando" Marta Suplicy, pois a parlamentar agrada uma parte considerável do eleitorado petista.

REGRA TRÊS Além dos deputados, o senador Aloizio Mercadante (SP) também é apresentado como um dos interessados em disputar a cadeira paulistana em 2008. Mercadante, ao contrário dos demais, apresenta boa aceitação nas pesquisas de intenção de voto. Ele será a "arma" petistas para pressionar a ex-prefeita.

OUTRO CASO Assim como Marta, Alckmin vive um quadro parecido dentro do PSDB. O tucano não quer assumir sua candidatura, mas é pressionado por uma ala do partido, após apresentar um bom percentual de aprovação nas últimas pesquisas de intenção de voto. Ele garante que só definirá sua situação em 2008.

ACORDO Alckmin fará de tudo para não bater de frente com o governador José Serra (PSDB-SP). Ele sabe que o companheiro de legenda é favorável a uma coligação entre tucanos e democratas, cujo candidato será o atual prefeito Gilberto kassab (DEM-SP). O democrata aparece bem nas pesquisas, o que complica ainda mais a vida de Alckmin.

DUAS MÃOS Serra lembra aos tucanos que apoiar Kassab em 2008 resultará na garantia do apoio dos democratas em 2010, ano da eleição presidencial. Para o

MANDATO O PSol insistirá na cassação do mandato de Renan Calheiros (PMDBAL). O partido da exsenadora Heloísa Helena (AL) acusa o presidente do Senado de ter beneficiado uma empresa de bebidas que tinha débitos com a Receita Federal. Como as demais, o presidente do Senado nega a acusação e ataca os parlamentares da legenda de oposição. Ele garante a ação tem motivação política.

TRANSAÇÃO Segundo o PSol, a empresa de bebidas comprou do deputado Olavo Calheiros (AL), irmão de Renan, uma fábrica de refrigerantes pelo valor de R$ 27 milhões. A fábrica, diz a bancada do partido de oposição, não valia mais do que R$ 10 milhões. Como contrapartida, os Calheiros teriam aliviado as dívidas do grupo com a Receita Federal.

JULGAMENTO Membros do Conselho de Ética do Senado confirmam que o caso de Renan Calheiros será votado no final de agosto. A Polícia Federal continua a pesquisa sobre os documentos apresentados pela defesa do parlamentar. Renan usará esse tempo para convencer os demais senadores de sua inocência em todas as acusações.


sexta-feira, sábado e domingo, 3, 4 e 5 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Indicadores Econômicos

2/8/2007

COMÉRCIO

7

11,8

por cento foi a queda no número de cheques sustados por roubo ou extravio em julho.


A participação nos lucros dos metroviários foi paga com o sofrimento de 1,7 milhão de passageiros do metrô e 152 km de lentidão no trânsito. A Cia. do Metropolitano ofereceu R$ 800 em setembro, como adiantamento, mas os metroviários querem mil a mais. Sem acordo, hoje será como ontem (fotos, e C 1 e 2). Outra vítima: o comércio. Ano 83 - Nº 22.431

São Paulo, sexta-feira a domingo, 3 a 5 de agosto de 2007

Edição concluída às 23h50

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

w w w. d co m e rc i o. co m . b r Fotos: Rogerio Cassimiro/Folha Imagem

Divulgação

Nosso Patriota em Washington Newton Santos/Hype

João Marcos Rosa/Ag. Nitro/Divulgação

Êh, trem bão! Duas companhias mineiras estréiam na

cidade. O Corpo dança o espetáculo Breu (acima), com música de Lenine. O Galpão encena Pequenos Milagres, obra criada com textos de "pessoas comuns". Mais teatro: divirta-se com o humor de palhaços bons de bola em Jogando no Quintal. Mais: Osesp, DVDs de mestres do cinema, suflês e Roda do Vinho.

Antônio Patriota (foto), embaixador do Brasil nos EUA, diz que o comércio entre os dois países tem muito espaço para crescer. Ele fala hoje na ACSP sobre novas oportunidades de negócios. E 3

HOJE Parcialmente nublado Máxima 27º C. Mínima 11º C.

AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 27º C. Mínima 12º C.

O Grupo Galpão selecionou quatro de 560 histórias para compor Pequenos Milagres em cartaz no Teatro Sesc Anchieta. Entre as peças, está O Pracinha da FEB (acima): show de dramatização e cenografia.


Tr i b u t o s Nacional Imóveis Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

JUROS DE FINANCIAMENTO PASSAM DE 12%

Fernando Anthony/Digna Imagem

8

sexta-feira, sábado e domingo, 3, 4 e 5 de agosto de 2007

Um imóvel valoriza, em média, 18% desde a planta até a entrega das chaves, diz a Embraesp.

AQUISIÇÕES DE APARTAMENTOS E SALAS OU APLICAÇÕES EM FUNDOS DE AÇÕES SÃO RECOMENDADAS

CHEGOU A VEZ DE INVESTIR EM IMÓVEIS Newton Santos/Digna – Agosto/2003

Sonaira San Pedro

C

M&M

flação desses espaços. "Mesmo assim, novos empreendimentos nas áreas nobres ainda devem se valorizar significativamente, e isso pede a atenção dos investidores", afirma Pompéia. Ele também cita as regiões próximas a áreas verdes e pouco verticalizadas como boas opções de compras. Tipo de negócio – Na hora de comprar um imóvel é preciso focar em que tipo de negócio se quer investir. De acordo com o consultor financeiro e autor do livro Dinheiro – Os Segredos de Quem Tem, Gustavo Cerbasi, imóveis comerciais oferecem Paulo Pampolin/Hype – Julho/2005

Pompéia: crédito vai aumentar.

mais chances de lucro, mas apresentam riscos maiores de desvalorização, já que pontos comerciais podem se deslocar com o passar dos anos. "Conjuntos em edifícios comerciais são as compras mais indicadas", diz Cerbasi. "As salas são compactas, além de poderem concentrar vários negócios." Segundo ele, quanto menor o imóvel mais fácil é locar, e maior é o percentual de rentabilidade sobre o valor total. Por exemplo: um sala comer-

Manutenção, Conservação e Limpeza

DC

om a queda dos juros e os incentivos de crédito e fiscais por parte do governo, além da abertura de capital de muitas empresas do ramo de construção civil, as expectativas são as melhores para quem investe nesse segmento. É possível lucrar, mesmo com o aumento nos preços dos imóveis, e ter esse tipo de ativo no portfólio de investimentos. Também há opções como fundos imobiliários e a compra de papéis de empresas do setor listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que exigem bem menos capital e têm maior liqüidez. "Os juros devem cair ainda mais e a oferta de crédito deve aumentar, junto com o alongamento dos prazos", diz o presidente da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), Luiz Paulo Pompéia. Enquanto no Brasil os juros dos financiamentos giram em torno de 12% ao ano e os prazos não passam de duas décadas, em países mais desenvolvidos as taxas não atingem 5% ao ano e o financiamento se estende por até seis décadas. Quem pretende esperar por melhores condições precisa saber que os imóveis devem valorizar muito. De 1995 a 2007, o valor médio do metro quadrado subiu de R$ 724 (valor nominal) para R$ 1,8 mil na capital paulista. "Não há boom, mas existe uma recuperação do mercado e é possível ganhar dinheiro com isso", afirma Pompéia. A primeira opção que sempre passa pela cabeça do investidor é comprar um imóvel. "É um investimento alto, mas não apresenta riscos de perda, como uma aplicação de renda variável, por exemplo", afirma Pompéia. "A desvantagem é a liqüidez, já que o prazo médio de venda de um imóvel é de seis meses." De acordo com dados da Embraesp, um imóvel valoriza, em média, 18% desde a planta até a entrega das chaves. E é preciso atenção para comprar: o aplicador deve analisar se a demanda para determinado local está atendida, tanto para imóveis comerciais como para residenciais. Outro fator importante é o tamanho dos cômodos, pois espaços muito pequenos podem ser um obstáculo para a venda. "O valor do terreno, tópico que nem sempre é analisado, pode representar 30% do valor total do imóvel", diz Pompéia. Segundo ele, com o dinheiro que as principais construtoras e incorporadoras levantaram abrindo capital em Bolsa, elas compraram os melhores terrenos nas regiões nobres da capital, o que levou a uma superin-

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cial que custe R$ 100 mil pode ser alugada por R$ 1,5 mil ao mês, o que equivale a 1,5% do valor. Já o mesmo imóvel cotado em R$ 300 mil geralmente é alugado a R$ 2,5 mil por mês, o que representa 0,83%. O investidor que preferir comprar um imóvel residencial deve ficar atento às possibilidades de melhoria na região. "Isso vale para construções de shoppings, estações de metrô e novos prédios", diz o consultor financeiro. "É muito importante checar a demanda no bairro". Ele cita o caso dos lofts, muito requisitados e valorizados na região da Avenida Paulista, mas pouco procurados em bairros residenciais. Fundos – Quem não dispõe de capital suficiente para comprar um apartamento, casa ou sala comercial inteira pode adquirir uma parte. E não precisa fazer sociedade com um amigo. A opção são os fundos imobiliários, que funcionam como os demais, mas são lastreados em imóveis, e não por títulos públicos ou privados. Os cerca de 60 fundos que existem no mercado hoje oferecem rendimentos médios de 1,2% ao mês, que vêm das receitas com locações das lojas de um shopping center ou de andares de um prédio comercial. O investimento é a partir de R$ 500. "A grande vantagem desse tipo de investimento é que se economiza em burocracia e despesas", diz o analista do Banco Ourinvest, Rodrigo Ferrari. "Somente comprando cotas dos fundos, o pequeno investidor pode se tornar sócio de grandes empreendimentos." Ele se refere a negócios como o shopping Pátio Higienópolis, Hospital da Criança e o complexo comercial Torre Norte. Na hora da venda, segundo Ferrari, o aplicador não deve se preocupar com a falta de liqüidez desses fundos, já que na Bovespa estão disponíveis ofertas de compra e venda de suas cotas. "O fato de muitas construtoras abrirem capital na bolsa tem gerado mais confiança e transparência." Há cerca de 20 construtoras e incorporadoras listadas na Bovespa. "Mas não se deve investir em qualquer uma, só porque essa área aparece em evidência", alerta o analista da corretora Coinvalores, Carlos Nunes. "Muitas aproveitaram a liquidez do mercado para abrir capital e acabaram arrecadando mais do que o próprio patrimônio, por isso é preciso estudar o histórico dos candidatos a compra." Ele recomenda a compra de papéis da Gafisa, Rossi e Cyrela.

De 1995 a 2007, o valor médio do metro quadrado subiu de R$ 724 para R$ 1,8 mil em São Paulo J F Diorio/AE – Julho/2003

Na compra de imóveis residenciais é importante checar as possibilidades de melhoria da região

Bancos consideram que mercado tem espaço para crescer

R

edução das taxas de juros dos financiamentos, alongamento dos prazos, produtos mais flexíveis, processos ágeis de liberação de crédito e a presença de empresas do setor no mercado de capitais devem movimentar ainda mais o setor imobiliário no curto prazo, segundo os executivos da área financeira que participaram do workshop O Dia do Crédito Imobiliário, realizado ontem pelo Sindicato da Habitação (Secovi-SP). Para o vice-presidente de incorporação imobiliária da entidade, João Batista Crestana, o boom do setor ainda está longe de ocorrer, "mas será realidade". "A tendência é que o crescimento do mercado se espalhe para todo o País, e não se limite só ao eixo Rio-São Paulo", disse Crestana. "O foco dos empreendimentos e dos pacotes de financiamento oferecidos pelas instituições financeiras já começam a atingir famílias de renda mais baixa, que recebem entre cin-

co e dez salários mínimos." De olho também nesse público, os bancos divulgam novos produtos, cada vez mais flexíveis para o bolso do consumidor. Há prestações fixas em financiamentos por período de 20 anos, e até a escolha de um mês do ano por parte do cliente para não pagar a prestação. "Crédito imobiliário tem de seguir a mesma lógica da Casas Bahia; tem de fazer a prestação caber no bolso do consumidor", afirmou o superintendente de crédito imobiliário do banco Santander Banespa, José Manoel Alvarez Lopez. Para ele, apesar do crescimento do setor mostrar-se expressivo, tamanho alvoroço no mercado ainda não se justifica. "O México, que tem uma economia de mercado equivalente a nossa e metade da população brasileira, vendeu o dobro de unidades residenciais que o Brasil nos últimos anos", disse. "Isso indica que temos espaço para crescer." Para o gerente do departa-

mento de empréstimos e financiamentos do banco Bradesco, José da Silva Aguiar, a expectativa é de manutenção da estabilidade da economia nas próximas três décadas e de queda continuada dos juros. "Tanto que oferecemos prestações fixas em financiamentos que se estendem por 20 anos, sem qualquer ligação com as taxas de inflação", disse. De acordo com ele, de cada três contratações de crédito imobiliário, uma é de tomador de crédito com prestações fixas. Lotes – Estender o financiamento imobiliário com recursos de caderneta de poupança também a terrenos urbanos deve ser o próximo passo para o desenvolvimento do setor. "Esperamos que o governo aprove um projeto de lei que trate desse assunto e tramite no Congresso", disse o membro titular do Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, Celso Petrucci. "As instituições financeiras já começam a preparar suas ofertas para isso." (SSP)


C idades Metroviários decidem manter greve DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 3, 4 e 5 de agosto de 2007

1

Pedro Mendes/Agência O Globo

Desorientados, passageiros tentam encontrar condução para o Centro.

Na terceira greve do ano, o metrô funcionou parcialmente ontem e prejudicou 3 milhões de passageiros. Sindicalistas rejeitam proposta e devem manter paralisação.

A

greve dos metroviários complicou ontem a vida dos paulistanos. E as dificuldades devem continuar hoje, já que, sem acordo com a companhia, os grevistas decidiram manter o movimento por tempo indeterminado. Ontem, os mais prejudicados foram os moradores da zona leste, já que a Linha 3 (Vermelha) ficou completamente parada, assim como a Linha 5 (Lilás, na zona sul). As demais funcionaram, mas algumas estações permaneceram fechadas. Segundo o Metrô, cerca de 1,7 milhão de pessoas foram prejudicadas diretamente com a paralisação, mas todos os 3 milhões de passageiros transportados diariamente pelo metrô acabaram sendo afetados, já que muitos não sabiam que a greve era parcial. A paralisação adiou por duas horas a abertura das estações. Os trens, que começam a circular por volta das 4h30, só começaram a funcionar às 6h. A Linha Azul funcionou em toda a extensão, mas com maior intervalo entre os trens, pois o número de composições foi reduzido. A Linha Verde operou apenas no trecho entre as estações Clínicas e Ana Rosa. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) suspendeu o rodízio de veículos. Sem metrô, os passageiros da zona leste lotaram os trens da CPTM, que operou com capacidade máxima. A São Paulo Transporte (SPTrans) informou que antecipou a saída de ônibus das garagens e toda a frota da cidade, cerca de 15 mil veículos, funcionou desde as primeiras horas do dia. Além disso, 100 linhas de ônibus tiveram o itinerário prolongado até o Centro. Uma linha especial foi colocada para levar passageiros da estação Itaquera, na zona leste, até o Parque Dom Pedro II. Trânsito - O reflexo foi sentido no trânsito: às 9h30, havia 152 km de lentidão na cidade. Não foi possível comparar a lentidão com as médias dos anos anteriores, já que a CET modificou a metodologia para medição do trânsito. Para garantir a operação parcial, o Metrô convocou cerca de 700 funcionários administrativos, ex-operadores e supervisores (10% da categoria, de cerca de 7.000 funcionários). De acordo com o secretário dos Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, os trens dos dois ramais que funcionaram (Azul e Verde) foram operados dessa maneira. "Estamos operando com nossos supervisores e pessoal de confiança, em toda a Linha 1 e parcialmente na Linha 2, entre as estações Ana Rosa e Clínicas", disse Portella. PLR - A paralisação ocorre por conta da negociação para pagamento de Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Os metroviários pedem R$ 1.800, mas a Companhia do Metropolitano propôs R$ 800, a título de adiantamento, a ser pago em setembro, vinculado a metas estabelecidas pela empresa. No entendimento do TRT da 2ª Região, mesmo em greve, os metroviários devem manter os trens em funcionamento nos horários de pico, sob pena de multa diária. Essa é a terceira vez que os metroviários param este ano. No dia 23 abril, a categoria parou por duas horas contra a Emenda 3, que trata de contratação de pessoa jurídica sem vínculo empregatício. No dia 14 de junho, foi por causa da campanha salarial. Os metroviários conseguiram 4,35% de reajuste e 3,09% nos benefícios. Desta vez, a greve é para au-

Rogério Cassimiro/Folha Imagem

Passageira é socorrida ao passar mal durante tumulto na Estação Luz do metrô, ontem: PM teve de ser acionada para controlar multidão que queria embarcar na volta para casa

3

milhões de passageiros são transpor tados diariamente no Metrô e foram prejudicados.

152

quilômetros de lentidão no trânsito foram registrados ontem de manhã nas vias da Capital.

7

mil metroviários pararam e 700 funcionários foram deslocados para a operação parcial. mentar a participação nos lucros da empresa. Sem metrô, a volta para casa também foi complicada. Às 17h, a CET registrou 90 km de lentidão. Na Estação Luz, por volta das 18h, a Polícia Militar teve de ser acionada para conter um tumulto de passageiros, provocado pelo grande volume de pessoas que queriam entrar na estação (leia mais na página 2). Hoje deve ser mais um difícil, pois o movimento deve continuar. Ontem à tarde, os metroviários e a direção do Metrô não chegaram a um acordo durante uma audiência de conciliação ocorrida no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Às 18h, uma assembléia no sindicato decidiu pela manutenção da paralisação. Uma nova assembléia será realizada hoje à tarde, para definir os rumos do movimento. (Agências) Mais informações sobre a greve do metrô na página 2.

Metrô pode ter trens 'anti-greve': sem operadores

Nilton Fukuda/AE

Comércio registra quedas de até 50%

O

Greve dos metroviários impediu a chegada de trabalhadores a seus postos de trabalho. Muitas lojas ficaram horas à espera de clientes, igualmente prejudicados Fernando Vieira

A

trasos, filas, tumulto e complicações no trânsito. São tantas as conseqüências de uma greve no sistema de transporte público em São Paulo que fica difícil dimensionar o real impacto sobre a cidade. Uma coisa, no entanto, é certa: para o comércio, as três paralisações do metrô, só neste ano, são sinônimos de prejuízo. Nas duas primeiras greves dos metroviários em 2007, o faturamento das lojas registrou prejuízos de até 50%. E ontem, na terceira paralisação em pouco mais de sete meses, não foi diferente. A dificuldade de se deslocar pela cidade afastou os clientes e derrubou as vendas. No centro comercial da Penha, na zona leste, o movimento nas lojas no período da manhã ficou praticamente parado. “Ao saber da greve, a pessoa que quer ir às compras logo cedo deixa de sair de casa por causa do trânsito, principalmente porque sabe da confusão que acontece com as outras pessoas tentando chegar ao trabalho”, disse o comerciante Silvio Andreoni, de 43 anos, proprietário de uma loja de

Aglomeração e confusão na tentativa de conseguir transporte

jóias na rua João Ribeiro. À tarde, timidamente, alguns clientes começaram a aparecer no centro comercial da Penha. Mas não foi o suficiente para recuperar o prejuízo acumulado. “O faturamento no fim do dia ficará comprometido em, pelo menos, 50%”, afirmou Andreoni. “Não há como recuperar o tempo e o cliente perdido. Quem trabalha por conta própria sabe o que significa um dia a menos nas vendas”, completou o comerciante Mauro Akamine, de 43 anos, proprietário de uma loja de objetos de decoração na mesmo bairro da zona leste. Na região da rua 25 de Março, no Centro, o impacto foi igualmente significativo. Pela manhã, não apenas os clientes não apareceram como também grande parte dos funcionários das lojas. Em muitos estabelecimentos era possível ouvir histórias de atrasos e de longas horas na tentativa de chegar até o trabalho. “Não podemos fazer nada. Temos de relevar

porque ninguém aqui tem culpa”, disse Elias Pauletti, gerente de uma loja de calçados da 25 de Março. Dos 60 funcionários, cerca de 20 perderam a hora de entrada no serviço, de manhã. O vendedor Pedro da Costa, que havia se atrasado três horas na última greve dos metroviários, desta vez se preveniu para chegar no horário certo: trocou de turno. “Como fiquei sabendo da greve na noite de ontem (quarta-feira), pedi para trocar de horário com um colega que não depende do metrô para chegar”, disse Pedro. “Não fosse por isso, com certeza, eu teria me atrasado de novo”, afirmou. Segundo Pauletti, o saldo do dia foi de 20% a menos no faturamento. “Acho que não foi tão grave dessa vez, porque ficamos sabendo da greve com antecedência. Além disso, o frio está impulsionando as vendas e acabamos compensando a situação”, afirmou o gerente da loja de calçados.

secretário de Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, afirmou ontem que o Metrô vai investir em trens que circulem sem necessidade de operador. As composições seriam controladas de uma central de operações. "Vamos contratar mais 100 operadores que vão funcionar como uma força de emergência e vamos começar a atuar com carros 'driverless', ou seja, carros que não exigem operadores, porque tem de acabar essa chantagem em São Paulo", disse Portella ao SPTV, da Rede Globo. O secretário afirmou que o sistema chamado de "driverless" é uma maneira de contornar as greves realizadas pelo Sindicato dos Metroviários de São Paulo. A assessoria de imprensa da secretaria dos Transportes Metropolitanos, porém, informou que não há previsão para implementação do sistema sem controlador. Serra - O governador de São Paulo, José Serra, ameaçou demitir metroviários, caso o Tribunal Regional do Trabalho julgue a greve abusiva. Em entrevista ao programa Brasil Urgente, da TV Bandeirantes, Serra considerou a greve "perversa" e fez um apelo para que a categoria volte ao trabalho "Não adianta pedir ao sindicato, então eu peço isso aos metroviários", afirmou. Serra considerou improcedentes as reivindicações da categoria, que, segundo o governador, quer uma antecipação do pagamento da Participação nos Resultados (PR) da companhia em 2007. Serra afirmou que pedir essa antecipação é "um abuso", já que o ano ainda não terminou. De acordo com o tucano, os metroviários já tem "benefícios demais". Exemplo disso seria o fato de esses profissionais receberem a primeira parcela do 13º salário em janeiro, quando para a maioria da população isso ocorre em novembro. Segundo o governador, o Estado vai tomar medidas punitivas contra os metroviários para forçar a volta ao trabalho, caso a categoria decida manter a paralisação. (Agências)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 3, 4 e 5 de agosto de 2007

LAZER - 1

Fotos: João Marcos Rosa/Divulgação

TEATRO

ESTA PODE SER A SUA HISTÓRIA Sérgio Roveri

N

o início do ano passado, depois de duas temporadas dedicadas a clássicos da dramaturgia (O Inspetor Geral, de Gogol, e Um Homem é Um Homem, de Brecht) o grupo de teatro Galpão, de Belo Horizonte, decidiu buscar no povo a inspiração para seu trabalho

A

necessariamente otimistas. O grupo recebeu 560 histórias e selecionou, numa primeira fase, 50 delas, depois 44, em seguida 12 até, finalmente, chegar às quatro que, dramatizadas, deram origem ao espetáculo Pequenos Milagres, que estréia hoje, sexta (3), no Teatro do Sesc Anchieta em

comemoração aos 25 anos da companhia. As histórias receberam um considerável upgrade antes de chegar ao palco. “Foi necessário criar para elas um universo que os relatos originais não tinham”, diz o ator Eduardo Moreira, um dos fundadores do Galpão. “Alguns dos relatos eram

sucintos demais, às vezes vinha apenas a descrição de alguma situação. Então preservamos o núcleo das tramas e criamos personagens e situações que garantiriam uma moldura teatral para cada uma delas”. As quatro histórias que entraram para o espetáculo têm o poder,

acredita Moreira, de sintetizar o grosso do material recebido pelo grupo. “Até porque a maioria das cartas trazia relatos de pobres que venceram na vida. Nossa edição teve a preocupação de levar ao público situações mais abrangentes e inusitadas”.

Testes de sobrevivência. Em busca de finais felizes.

primeira das histórias do espetáculo, Cabeça de Cac h o r ro , é uma espécie de rito de passagem, um teste de sobrevivência para um garoto de 11 anos que se vê obrigado a viajar sozinho para São Paulo com a missão de entregar à Vigilância Sanitária a cabeça do cão que mordeu seu irmão mais novo no dia anterior. Apresentada em seqüências curtas, é a história que vai costurar Pequenos Milagres. “Colocamos nesta história uma cena de pesadelo que resume bem o nosso trabalho de dramaturgia”, diz Moreira. “A cena não existia no relato original, mas a narrativa resultou muito mais teatral com ela”. O Pracinha da FEB, que entra em cena na seqüência, mostra um velho expedicionário ainda traumatizado com as batalhas da Segunda Guerra Mundial – as cenas de guerra são reproduzidas em flashback e ganham um realismo exacerbado graças à trilha sonora. A mais lírica de todas as tramas, O Vestido, acompanha da infância à maturidade uma garota pobre cujo principal sonho na vida

Jorge Bispo/Divulgação

seguinte. Nasceu assim o projeto Conte sua História, um convite para que as pessoas enviassem à companhia, por meio de cartas ou e-mails, relatos verídicos de no máximo duas folhas que abordassem alguns milagres do cotidiano, histórias de superação pessoal não

Fotos: Guto Muniz/Divulgação

sempre foi o de cobrir seu corpo com um vestido de luxo. A última história de Pequenos Milagres, Casal Náufrago, comprova que o Galpão não estava somente interessado em finais felizes ao escolher esta descrição de um casal endividado – ela manicure, ele motorista de táxi – que deixa a fortuna escapar pelas mãos num famoso programa de televisão. O Galpão pretende, na última semana da temporada paulistana de Pequenos Milagres, no fim de agosto, lançar em livro ao menos 40 histórias das 560 recebidas. “São aquelas que também renderiam bons espetáculos se tivéssemos tempo e disponibilidade para trabalhar nelas”. (SR) Pequenos Milagres, estréia hoje, sexta (3) no Teatro Sesc Anchieta, Rua Doutor Vila Nova, 245, tel.: 3234-3000. Quinta a sábado às 21h, domingo às 19h. Ingressos de R$ 20 a R$ 30.

Casal Náufrago (acima, à esq.), com Eduardo Moreira e Lydia Del Picchia; e Cabeça de Cachorro (acima, à dir.), com Antonio Edson, Júlio Maciel, Chico Pelúcio e Paulo André. No alto, cenas de O Vestido, com Inês Peixoto e Paulo André.

Paixão e psicanálise. Sem as armadilhas do divã.

O

Fotos: Arquivo DC

Os atores André Fusko e Taís Araújo. E Jung, Rilke e Freud

primeiro é considerado o pai inconteste da psicanálise. O outro, também psicanalista, desenvolveu a noção revolucionária do inconsciente coletivo. E o terceiro, nascido em 1875 em Praga, tornou-se um dos maiores e mais modernos poetas que a língua alemã já produziu. Eles nem sempre seguiram os mesmos caminhos e tampouco defenderam as mesmas teses, mas quando o assunto era o amor, Sigmund Freud, Carl-Gustav Jung e o poeta Rainer Maria Rilke pareciam concordar de bom grado. Tanto que usaram praticamente as mesmas definições para dissecar o sentimento que costuma aproximar – ou afastar, no caso de uso indevido – as pessoas do mundo inteiro. Com este achado em mãos, o ator André Fusko escreveu a comédia romântica Os Solidores, que busca discutir a paixão sob o ponto de vista psica-

nalítico mas sem cair nas armadilhas do divã. A peça estréia hoje no Espaço dos Parlapatões com o próprio Fusko dividindo o palco com a estrela global Taís Araújo – em seu batismo no território mais cult da cidade: a praça Roosevelt. Diretora do espetáculo, Vivien Buckup procurou dar um tom um pouco mais casual à montagem, colocando os dois atores no balcão de um bar, cenário típico para início e fim de inúmeros relacionamentos. O texto flagra o casal em meio a uma chuva de diálogos que podem, a qualquer momento, escapar da realidade e entrar na mais assumida ficção. (SR) Os Solidores, estréia hoje, sexta (3), no Espaço dos Parlapatões, Praça Roosevelt, 158, tel.: 3258-4449. Sexta e sábado à meia-noite. Ingressos a R$ 30.

MAMBEMBES DIVERTEM TROPAS FASCISTAS. EM "AY, CARMELA". De José Sanches Sinisterra. Ambientada durante a Guerra Civil Espanhola. Inst. Capobianco. R. Álvaro de Carvalho, 97. Tel.: 3237-1187. Estréia sábado (20), 20h. R$ 20.


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Ambiente Educação Av i a ç ã o Saúde

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 3, 4 e 5 de agosto de 2007

PRESIDENTE DA TAM DEPÕE NA CPI DO APAGÃO

Rogério Cassimiro/Folha Imagem

A gente não consegue ter de volta nossos entes queridos, mas podemos dar condições de apoio. Marco Antonio Bologna, presidente da TAM

TAM tem US$ 1,5 bilhão para pagar indenizações Informação foi dada ontem pelo presidente da empresa aérea, em depoimento à CPI do Apagão

a maior

tragédia Confusão na Luz: tumulto começou por causa do fechamento de acesso

P

Metrô repete hoje esquema especial

ara tentar diminuir os na avenida Cásper Líbero. problemas ocorridos Com isso, os passageiros se com a paralisação dos aglomeraram em outra entrametroviários, o Metrô prepa- da, na Praça da Luz. De acordo com a CPTM, o ferou um esquema especial de funcionamento para hoje, se- chamento foi uma medida de melhante ao de ontem. Segun- segurança, já que o espaço na do nota da companhia, haverá área de embarque pela rua esquema especial para o fun- Cásper Líbero não comporta a cionamento da Linha 1 - Azul quantidade de usuários que (Tucuruvi-Jabaquara) e 2 - Ver- queriam embarcar. Policiais militares de três bade (Ana Rosa e Clínicas). No caso da Linha Verde, estará em talhões foram acionados. Seoperação o trecho entre as esta- gundo o tenente Siqueira, responsável pelas operações no ções Clínicas e Ana Rosa. O Metrô, em conjunto com a local, por volta das 18h um SPTrans, manterá o Paese, com a grupo chegou a quebrar um extensão de linhas de ônibus e portão da entrada. A situação reforço da frota, principalmente foi controlada e um carro da nos horários de pico. A frota de PM ficou de vigilância no portrens da Companhia Paulista de tão, que teve de ser fechado. Às 19h30, a Trens Metropoentrada era feilitanos (CPTM) ta de forma contambém será trolada pela reforçada e a Todo mundo correu PM, apenas por Polícia Militar para lá (portão da dois portões simanterá o poliPraça da Luz), mas eu tuados na Praça ciamento, prinda Luz. A entracipalmente perdecidi ficar onde da na estação só to das estações. estou. Deve estar um era permitida L u z - O t uinferno lá. conforme os multo ocorrido Ana Paula Cumino, t r e n s c h e g ana Estação da auxiliar administrativa vam. A CPTM Luz no fim da estima que o tarde de ontem movimento tefoi apenas um dos reflexos da greve dos fun- nha aumentado em 10% em cionários do Metrô em São suas estações por causa, ou 160 Paulo. Além do empurra-em- mil passageiros a mais. A recepcionista Emily Sapurra para entrar na estação, o dia foi marcado por trânsito mara Silva Rocha, de 24 anos, complicado, ônibus lotados e chegou à Luz por volta das longas filas nos trens. Estas ce- 18h30. "Me disseram que estanas podem voltar a se repetir va fechada. Quero pegar o hoje, já que os grevistas não trem para Guaianazes, mas os chegaram a um acordo com a policiais disseram que fechacompanhia e resolveram con- ram os portões por causa do tutinuar de braços cruzados. Ho- multo e que não há hora para je ou na segunda-feira, a greve abrir. Estou pensando em coserá julgada pelo Tribunal Re- mo vou chegar em casa." A auxiliar administrativa gional do Trabalho (TRT). A confusão na Estação da Luz Ana Paula Cumino, de 34 anos, começou por causa do fecha- pretendia pegar o trem para Itamento de uma catraca, para quera, na zona leste. "Eles (os controlar o fluxo de passageiros policiais) passaram por aqui e nas plataformas do trem e do disseram que a estação ia abrir. metrô. Por dia, 250 mil passagei- Todo mundo correu para lá ros passam pela Estação da Luz, (portão da Praça da Luz), mas eu decidi ficar onde estou. Deve de acordo com a CPTM. O tumulto começou por estar um inferno lá. Acho essa volta das 17h30, com o fecha- greve um absurdo", afirmou mento da entrada da estação Ana Paula. (Agências)

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m depoimento à CPI do Apagão Aéreo, o presidente da TAM, Marco Antonio Bologna, disse ontem, em Brasília, que a empresa reservou US$ 1,5 bilhão (cerca de R$ 2,8 bilhões) para o pagamento de indenizações e gastos materiais do acidente com o AirbusA320. Desse montante, faz parte o pagamento aos parentes das vítimas e a cobertura da parte material do acidente. Segundo Bologna, trata-se de "um amplo valor para cobrir danos às pessoas e aos bens. A TAM vai se responsabilizar integralmente pelo pagamento da indenização. O que nos consola é a fé e a crença. A gente não consegue ter de volta nossos entes queridos, mas podemos dar as necessárias condições de apoio", afirmou. Bologna, negou que sua companhia tivesse pressionado o governo para autorizar uma superutilização do Aeroporto de Congonhas e da frota de aviões. O executivo lembrou que hoje há uma média de 33 pousos e decolagens por hora em Congonhas, número que já chegou a ser de 62 em 2001. O deputado Pepe Vargas (PT-RS) questionou o fato de a TAM ter mantido o Airbus A320 em serviço, apesar dos sinais de problemas no equipamento e na pista, verificados antes do acidente do último dia 17. Bologna respondeu que a TAM tem aviões reservas e suspenderia o vôo se não considerasse a aeronave segura. O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) perguntou ao presidente da TAM sobre o fato de a empresa possuir "sete mandamentos", sendo que o primeiro deles é o lucro acima de tudo. Bologna respondeu que, na verdade, os mandamentos da TAM não têm hierarquia, ou seja, um não é mais importante que o outro. A deputada Luciana Genro citou o lucro em primeiro lugar ao falar sobre o baixo custo de manutenção da TAM. Edifício – O prédio atingido pelo Airbus 320 da TAM só será demolido quando o laudo do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) estiver concluído. Apesar de a estrutura estar abalada e do edifício já ter

se movimentado cerca de 10 centímetros desde o dia do acidente com o Airbus 320 da própria TAM, ainda não há previsão para a implosão. A Polícia Civil, a Polícia Federal e o Ministério Público já liberaram o local, porém ainda falta essa autorização do Cenipa. Assim que todos os laudos estiverem prontos, a subprefeitura de Santo Amaro autorizará a implosão. De acordo com o subprefeito Geraldo Mantovani, a avenida Washington Luís será liberada depois que o edifício da TAM Express for demolido. A implosão demorará poucos segundos. IML – O Instituto Médico-Legal identificou mais três vítimas do acidente, subindo para 128 o número de corpos reconhecidos. Os peritos identificaram os corpos de Janus Lucas Leite Silva, de 27 anos, de Gustavo Pereira Rodrigues, de 23 anos, e de Nádia Bianchi Moysés, de 32 anos. (Agências)

Rooselwet Pinheiro/ABr

O presidente da TAM, Marco Antonio Bologna, durante depoimento


DIÁRIO DO COMÉRCIO

DANÇA Grupo Corpo retrata violência urbana ao som de Lenine Fotos: Divulgação

Coreografia com quedas bruscas e penosa morosidade nas subidas parece condenar os corpos a se reter por mais tempo ao rés do chão

ATRITOS E AFAGOS NA ESCURIDÃO Rita Alves

Q

uedas bruscas, choque de corpos e movimentos repentinos compõem Breu,a nova coreografia do Grupo Corpo, em cartaz no Teatro Alfa. O que parece pouco comum ao trabalho da companhia mineira nasceu depois que o coreógrafo Rodrigo Pederneiras ouviu a trilha sonora composta pelo pernambucano Lenine. O peso e a estranheza da música fizeram com que ele elegesse a violência dos nossos tempos como tema do balé. "Foi a trilha do Lenine que deu o mote para a idéia da coreografia. A partir daí foi tudo direcionado para esse sentido", diz o coreógrafo. Pederneiras conta que trabalhou cerca de cinco meses. "Foi bom porque pude errar muito durante esse tempo". Para escolher o criador da trilha não foi difícil. Ele revela que não conhecia Lenine pessoalmente, mas sempre foi fã do músico e há tempos tinha a idéia de chamá-lo para compor para o Corpo. "Ele tem uma música que eu sempre adorei. É urbana, moderna, mas tem sempre um pé em Pernambuco". O coreógrafo conta que não considera Breu sua coreografia mais dramática, mas diz que ela tem um peso especial pelo tema. "Quando resolvi seguir essa linha vi que tinha que fazer uma coisa mais atirada, com pessoas se jogando, se chocando. Nesse sentido é o trabalho mais pesado". Apesar do tema ter surgido quase que naturalmente, a escolha do nome do espetáculo foi mais penosa. "Demoramos muito para achar uma palavra ideal. A idéia era falar de uma escuridão onde não se vê uma luz no fim do túnel. E essa palavra caiu muito bem". Nos cartazes e no programa o nome

Breu aparece em letras brancas sobre um fundo preto. De acordo com o coreógrafo, a intenção foi remeter, de forma sutil, a cor das letras às carreiras de cocaína. Toda essa dramaticidade de Breu é, de certa forma, um reflexo da opinião de Pederneiras sobre o futuro do mundo. "Essa violência em que a gente vive parece circular. Ela se alimenta dela mesma. E o pior é que parece não ter fim, por mais que se lute contra isso". Lenine já é mais esperançoso. "Minha visão de mundo? Eu sou míope!", brinca. "Eu sou míope, mas no fundo sou um otimista. Acredito no poder do homem para o bem e invisto nele". O músico, que pela primeira vez compôs para um grupo de bailarinos, diz que o maior impacto que teve foi quando assistiu ao primeiro ensaio. "Quando vi a forma generosa e delicada com que o Rodrigo tratou a trilha e compôs a coreografia fiquei muito feliz. Foi uma experiência muito gratificante visualizar a música, que é uma coisa abstrata que está na cabeça da gente. Quando vi cada nota como um corpo, cada passagem harmônica como um pas-de-deux, eu vi a música tridimensional pela primeira vez". A música é uma suíte de oito movimentos, sem uma letra qualquer para não dividir a atenção do espectador. O coreógrafo deu a Lenine a liberdade de criar o que quisesse no tempo de 40 a 50 minutos. A recomendação não poderia ter sido melhor. "Foi muito bacana porque houve uma confiança artística muito grande". O deleite foi tanto que Lenine não disfarça a empolgação. "Estou louco para que me chamem logo logo para eu fazer outra".

Estampas geométricas e costas com negro intenso: figurino do caos

Sete ou Oito Peças para um Ballet: coreografia faz parte do programa duplo exibido na turnê nacional Teatro Alfa Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722, Santo Amaro, tel.: 5693-4000. De hoje, sexta (3), a domingo (5) e do dia 8 a 12 (quarta a sábado, às 21h, domingo, às 18h). Ingressos: de R$ 30 a R$ 80.

LAZER - 3

Museu Afro Brasil exibe objetos criados com fragmentos e pinturas de Rubens Ianelli VISUAIS

sexta-feira, sábado e domingo, 3, 4 e 5 de agosto de 2007

Artista procurou intervir pouco nos objetos que encontrou

Tinta, pincel e acaso.

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edaços de madeira destruídos por cupins podem ser sinônimo de lixo para muitos. Para o paulistano Rubens Ianelli, não. Em suas mãos o material vira obra de arte. O resultado estará, a partir de sábado (4), na exposição Algures no Museu Afro Brasil. Além dos 17 objetos feitos com materiais simples, restos e lixo, definidos pelo artista plástico como obras do acaso, a mostra ainda reúne 24 pinturas de óleo sobre tela. Algures - que significa em alguma parte ou em algum lugar - abriga trabalhos produzidos em São Paulo entre 2003 e 2007. Nas pinturas mais recentes o artista usou camadas de tinta menos espessa, aplicada com pincel. Já nas da série Cidades Perdidas a tinta foi trabalhada primeiro com a espátula e depois com o pincel. Entre os objetos expostos alguns foram feitos com fragmentos de caramujos marinhos encontrados por ele na Bahia. A idéia de usar madeira para criar mais obras do acaso surgiu durante a reforma do ateliê de Ianelli. O artista enxergou o improvável no madeiramento do forro estragado por cupins e dispensado pelos operários que trabalhavam no seu estúdio. "No momento em que eles retiraram essa madeira e a jogaram para ser colocada em uma caçamba encontrei obras minuciosamente esculpidas". A garimpagem não parou por aí. Ianelli ainda conseguiu outros restos de madeira com a vizinha que também fazia reforma. "Depois, passando pelas ruas das redondezas, adquiri o hábito de observar o conteúdo das caçambas dos lixos e encontrei mais fragmentos de madeira comidos por cupins, que se revelaram uma matéria-prima natural de inestimável valor artístico". (RA) Museu Afro Brasil. Parque do Ibirapuera, Avenida Pedro Álvares Cabral, s/n (entrada pelo portão 10). Terça a domingo, das 10h às 18h. Grátis. Até 16 de setembro.


sexta-feira, sábado e domingo, 3, 4 e 5 de agosto de 2007

Saúde Educação Urbanismo Ambiente

DIÁRIO DO COMÉRCIO

PRIMEIRA AUDIÊNCIA SERÁ NA PENHA

3 MAIS NA INTERNET: www.dcomercio.com.br J Confira o calendário com as datas, horários e locais de cada audiência pública.

É hora de revisar Plano Diretor de SP População volta a debater revisão do plano a partir da próxima semana. Sugestões da ACSP buscam dinamizar as atividades econômicas e o crescimento da cidade. Paulo Pampolim/Digna Imagem

Rejane Tamoto

A

revisão do Plano Diretor Estratégico (PDE) da cidade voltará a ser discutida pela população a partir da próxima terça-feira, em uma audiência na subprefeitura da Penha. De acordo com a secretaria municipal de Planejamento (Sempla), até o final de agosto serão realizadas quatro audiências públicas sobre o PDE, além de 31 assembléias regionais nas subprefeituras para a discussão dos Planos Regionais Estratégicos (PREs) e a Lei de Uso e Ocupação do Solo (LUOS). Os documentos do processo de revisão do Plano Diretor estão disponíveis no site da Sempla, no htt p://s empla .prefe itura.sp.gov.br. O calendário com as datas, horários e locais de cada audiência e assembléia podem ser conferidos no site www.dcomercio.com.br. Na ocasião, as propostas elaboradas pela Comissão de Política Urbana (CPU), em conjunto com os Comitês Técnicos de Política Urbana das Distritais da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), serão apresentadas e discutidas. As propostas da ACSP para a revisão do Plano Diretor estão, na íntegra, no site www.acsp.com.br. "É importante que os associados participem da revisão do Plano Diretor porque o objetivo dessa movimentação é

CORREIOS Polícia Federal prende cinco acusados de fraudes contra os Correios.

Audiências públicas vão discutir as propostas da população para a revisão do Plano Diretor da Capital: mais áreas verdes, comerciais e alternativas econômicas nos bairros

tornar cada vez melhor os bairros onde cada um de nós vivemos. Vamos acompanhar todas as audiências e assembléias para saber se nossas propostas serão incorporadas e aceitas", disse o diretor e coordenador da Comissão de Política Urbana da ACSP, Antônio Carlos Pela. Propostas - De acordo com a arquiteta do Comitê de Políticas Urbanas da ACSP, Larissa Campagner Arcuri, a maioria

Ó RBITA

SEM ÁGUA Mais de 8 milhões de paulistanos ficarão sem água amanhã, segundo a Sabesp.

DESABAMENTO DEIXA 9 FERIDOS

N

ove operários ficaram feridos após o desabamento de parte da laje da obra do Shopping Cidade Jardim, na marginal Pinheiros, próximo à avenida Cidade Jardim, zona oeste de São Paulo, na noite de anteontem. De acordo com a assessoria de imprensa da subprefeitura do Butantã, o desmoronamento aconteceu por volta das 21h, quando os trabalhadores concretavam a laje. A Polícia Científica, a Defesa Civil de São Paulo e os engenheiros da subprefeitura que

estiveram no local ordenaram a interdição imediata da parte que cedeu. As vítimas foram encaminhadas a hospitais da região, com ferimentos leves. A Hochtief do Brasil, construtora responsável pela obra, informou, em nota divulgada na tarde de ontem, que "o acidente foi de pequena proporção e que os colaboradores sofreram ferimentos leves, foram socorridos e liberados prontamente". A empresa declarou ainda que os motivos e causas do acidente estão sendo apurados e que a "obra está desenvolvendo seus serviços normalmente". (Agências)

AJUDA DO DISQUE-DENUNCIA

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o primeiro semestre deste ano, 2.385 crimes relacionados ao tráfico de drogas foram solucionados com o auxílio do disquedenúncia. Nesse serviço, a população passa informações à polícia pelo telefone 181. De acordo com o policial civil Wagner Fancio, o tráfico de drogas é o crime mais denunciado, respondendo por 43% dos casos. A iniciativa, que surgiu em abril de 2000, por meio de parceria entre a Secretaria Estadual de Segurança Pública e o Instituto São Paulo Contra a Violência, garante o anonimato dos denunciantes por meio

de um sistema que impede a identificação do número do telefone. Na avaliação da polícia, isso fez com que as pessoas perdessem o receio de denunciar os responsáveis por crimes. O supervisor de operação, Eduardo Leal, ressalta que não há como quebrar o sigilo telefônico do denunciante porque a ligação não pode ser registrada em nenhum sistema. Desde que o serviço foi criado, quase 27 mil casos foram elucidados. Os atendentes recebem em média 350 denúncias por dia. São Paulo possui a única central do disque-denúncia no Brasil, que funciona 24 horas por dia. Os gastos são pagos por empresas privadas. (Agências)

das propostas, elaboradas em conjunto com as Distritais, estão relacionadas a mudanças no zoneamento e a melhorias no sistema viário da cidade de São Paulo. "Em relação ao zoneamento, por exemplo, há propostas para o aumento do coeficiente de aproveitamento c o n s t ru t i v o , q u e p e r m i t e maior adensamento em algumas regiões. Outro aspecto importante são as propostas de mudanças de uso no zonea-

mento, que permitiria o comércio em algumas áreas nas quais o comércio já está consolidado. E essa é uma questão ligada à obtenção do alvará de funcionamento", disse. Segundo a arquiteta, também há propostas de zoneamento que solicitam zonas de preservação ambiental, com a construção de parques, para algumas regiões da Capital, principalmente as carentes de áreas verdes.

Em resumo, as sugestões da ACSP buscam dinamizar as atividades econômicas e o crescimento da cidade. "O caráter das propostas está concentrado nos planos regionais, em relação às demais entidades. No nosso trabalho, há sugestões de pessoas de cada região da cidade", afirmou Larissa. Segundo Pela, a Associação Comercial foi a primeira entidade a apresentar ao poder público paulistano sugestões ao

Plano Diretor Estratégico e aos Planos Regionais da cidade. A proposta foi elaborada pelo Comitê de Políticas Urbanas (CPU), em conjunto com os Comitês Técnicos que existem em cada uma das 15 Distritais da Associação Comercial de São Paulo. "A finalidade dos comitês, em cada distrital, é levantar problemas e detectar as sugestões que o bairro apresenta, para modificações necessárias", afirmou Pela.


Transpor te Tr â n s i t o Publicidade Ciência

DIÁRIO DO COMÉRCIO

NOVA LEGISLAÇÃO ESTIMULOU PUBLICITÁRIOS

sexta-feira, sábado e domingo, 3, 4 e 5 de agosto de 2007 Leonardo Rodrigues/Hype

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TV Minuto, um novo tipo de mídia que oferece publicidade e informação em tempo real.

Cidade Limpa estimula criatividade Além de novas opções de mídia, o efeito Cidade Limpa aumentou a procura por um profissional pouco conhecido do público em geral: o tecnólogo da informação Fotos de Leonardo Rodrigues/Hype ídia

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Nas caixas de pizzas a criatividade para a veiculação de anúncios: idéia da agência foi levar o anúncio publicitário, vetado nas ruas, para dentro das residências. Os resultados, segundo o publicitário português Antonio Trigo de Moraes, têm sido positivos. "É a publicidade que entrou na casa do consumidor, de forma inesperada, mas que agrada pela originalidade”, disse.

A

criatividade de uma parcela dos publicitários paulistanos envolvidos na divulgação de suas marcas ou produtos foi posta à prova logo após a aprovação da Lei Cidade. Sem acesso aos outdoors, panfletos, faixas, backlights, frontlights e outras mídias externas que se multiplicavam pelas ruas e avenidas da Capital, esses profissionais se viram frente a frente a um grande desafio em forma de pergunta: como divulgar uma marca em larga escala, a um custo acessível, sem contrariar a nova lei? Dilema posto, os publicitários de São Paulo já se debruçam sobre suas pranchetas de trabalho ou sobre as telas de seus computadores à procura de alternativas inteligentes e práticas de divulgação. E surgiram as primeiras idéias, algumas até impensadas há alguns meses. Nessa relação de inovações desta- Estações do metrô paulistano começam a receber número maior de publicidade: uma boa alternativa à nova legislação ca-se a publicidade nas caixas de pizza e em televisores instalados no interior de elevadores. A necessidade de inovar reacendeu até a procura de mídias preteridas por parte dos an un ci an te s, como é o caso da publicidad e n a s e s t ações e nos vaNo interior das composições do metrô, mensagens veículadas pela TV Minuto gões do metrô. N e s s e u n iv e r s o d e n o“Com 3 milhões de pessoas utili- dos painéis estáticos espalhados vas idéias, a zando diariamente o sistema, a vi- nas estações e dentro dos trens. publicidade sibilidade das marcas é muito Com a TV Minuto projetamos um em caixas de grande, maior que a audiência de faturamento muito maior”. pizza é uma O outernet também aparece como muitos programas de televisão”, das alternatidisse o gerente de marketing e ne- opção em elevadores ou lugares va mais curiocom grande movimento de pessoas. gócios do Metrô, Marcelo Borg. sas. O portuAlém dos painéis estáticos, o Shopping centers, prédios residenguês Antonio Metrô prepara a implantação nos ciais e, principalmente, comerciais já Trigo de Motrens de todo o sistema da TV Mi- possuem elevadores com esse tipo raes, diretor nuto, novo tipo de mídia que ofere- de publicidade. Uma das especialiscomercial da Publicidade poderá injetar R$ 71 milhões nos cofres do Metrô ce publicidade e informação em tas nesse segmento é a empresa EleOne Mídia – tempo real denominada outernet. mídia, que somente em 2005 instaempresa especializada em publi- ao Brasil há pelo menos 3 anos e já No momento, os televisores da lou mais de 250 desses televisores cidades em caixas de pizza – simu- chama a atenção de grandes anun- TV Minuto só podem ser encontra- em prédios comerciais da cidade. lou a inserção da mídia no interior ciantes. A One Mídia, por exem- dos nas composições que circulam Além de novas opções de mídia, o das residências. “Uma pessoa en- plo, divulga produtos e marcas na Linha 2 Verde (Alto do Ipiranga- efeito Cidade Limpa aumentou a comenda uma pizza e pede que a dos bancos Bradesco, Citibank, Vila Madalena). “Por enquanto, procura por um profissional pouco entreguem em sua casa. Essa pes- além da operadora Vivo. “A lei Ci- não há publicidade sendo veicula- conhecido do público em geral: o soa está descontraída, indiferente dade Limpa ajudou a impulsionar da, mas essa é uma grande aposta tecnólogo da informação, que tem aos problemas que deixou da por- os negócios. Tanto que só no pri- do Metrô, que deve começar em fe- entre suas funções a pesquisa do púta para fora. Eis, então, que apare- meiro semestre de 2007 tivemos vereiro de 2008. Também estuda- blico alvo e os melhores locais para a ce o entregador da pizza com uma um aumento de até 40% na procu- mos a instalação desses televisores divulgação de produtos e marcas. caixa diferente, colorida e, nela, a ra pelos nossos produtos”, disse nas estações”, disse Borg. “A lei Cidade Limpa aumentou a marca de um produto. É a publici- Moraes. O resultado? Só no ano Os novos anunciantes deverão procura por especialistas em tecdade desse produto que entrou na passado a empresa confeccionou deslocar para os cofres do Metrô nologia da informação. Reparacasa do consumidor, de forma mais de 2 milhões de caixas de pi- cerca de R$ 71 milhões até o fim do mos que está voltando o marketing inesperada, mas que agrada pela zzas personalizadas. ano. Só em 2006, a publicidade direto ou a divulgação da marca originalidade”, disse. O Metrô também se mostra inte- (também chamada de receita não pelo telemarketing”, revelou o tecA idéia de publicidade na tam- ressado em atrair os órfãos dos out- tarifada) foi de R$ 56 milhões. “E nólogo da informação da empresa pa de uma caixa de pizza chegou doors e de outras mídias externas. olha que esse dinheiro vem apenas STW, Wlamir Carvalho.


São Paulo, segunda-feira, 6 de agosto de 2007

DCARRO

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PRÓXIMA QUINZENA

VEM AÍ O FIAT PUNTO

Divulga

ção

Lançamento oficial do novo hatch médio será esta semana em Buenos Aires ALZIRA RODRIGUES

P

ara concorrer no disputado segmento de modelos hatch médios, chega ao mercado brasileiro na segunda quinzena de agosto o Fiat Punto. O carro será lançado oficialmente nesta semana, em evento que a montadora realiza em Buenos Aires, na Argentina, quando divulgará sua lista de preços e projeções de venda. Entre seus principais concorrentes estão Chevrolet Astra, Volkswagen Golf, Focus, Peugeot 307, e o recém-lançado Nissan Tiida, que é importado do México. Pelas suas linhas marcantes e inovadoras, o Punto deve representar um novo marco para a Fiat brasileira, que até então tem se destacado pela participação predominante no segmento de carros pequenos e mais populares. A montadora já adiantou que o novo hatch da marca trará uma tecnologia inédita para o consumidor brasileiro: o Blue&MeTM. É um sofisticado sistema de comunicação e entretenimento, que permite maior interação entre homem e máquina, fazendo do veículo uma extensão do escritório e de casa. Também aumenta a segurança, pois o motorista não desvia sua atenção do trânsito para utilizar seus diversos recursos, como realizar chamadas de celular por comando inteligente de voz e ouvir, através do sistema de áudio, as mensagens de SMS (Short Message Service) recebidas. A principal característica do

Modelo traz sistema inédito de comunicação e entretenimento

equipamento é o sistema de reconhecimento de voz, que permite ordenar a discagem de números de telefone através de qualquer nome memorizado na agenda ou, então, dígito por dígito. Também é possível ditar comandos para o reprodutor de Mp3, como “anterior”, para voltar a faixa, ou “parar”, entre outros. O Blue&MeTM, que concentra os botões de comando no volante, foi desenvolvido pelo Centro de Pesquisas da Fiat, na Itália, em parceria com a Microsoft® e com suporte da Magneti Marelli. Trata-se da primeira vez que a Microsoft® desenvolve com a indústria automobilística uma tecnologia de última geração, utilizando o Windows Mobile®, com o objetivo de facilitar a vida do usuário de automóvel.

DUAS RODAS

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SCOOTER DA SUZUKI EM PRATA A nova cor está disponível na linha 2008 do AN125 Burgman Divulgação

s concessionárias Suzuki começam a receber este mês o modelo 2008 do AN125 Burgman. No mercado desde 2005, o scooter da marca japonesa já é líder de vendas em sua categoria, tendo totalizado 11.098 unidades emplacadas durante o ano passado. Na nova linha, a opção da cor prata, que se soma às já existentes amarela, preta e vermelha. Segundo a Suzuki, o scooter abrange um público diversificado, tendo conquistado desde executivos até mulheres que nunca haviam pilotado uma motocicleta. O fabricante avalia que isso ocorre devido à fácil pilotagem do modelo, que possui transmissão automática, sem necessidade, portanto, de trocar de marcha. Seu reduzido peso, de apenas 112 kg, permite agilidade no trânsito, principalmente nos grandes

centros urbanos. O motor monocilindro quatro tempos, de 125 cc refrigerado a ar por ventoinha, com duas válvulas, comando no cabeçote e alimentação por carburador Mikuni, garante um bom arranque e permite alcançar velocidade máxima em torno de 100 Km/h. Preço promocional - O scooter da Suzuki vem completo de fábrica, com partida elétrica, rodas de liga leve, painel com velocímetro, hodômetro, luzes indicadoras de seta e farol alto e indicador de combustível, farol multirrefletor, porta-luvas e porta-objetos sob o banco. Seu preço sugerido é de R$ 5.990, mas as concessionárias autorizadas Suzuki estão oferecendo o modelo a um preço promocional de R$ 5.758. Todas as motocicletas da marca japonesa têm um ano de garantia (sem limite de quilometragem).


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DCARRO

São Paulo, segunda-feira, 6 de agosto de 2007

São Paulo, segunda-feira, 6 de agosto de 2007

DCARRO

OMEGA CHEGA COM FORÇA À 4ª GERAÇÃO Substituto do Omega brasileiro, o australiano vem bem preparado para uma boa briga com sedans de alto luxo do mercado ANTÔNIO FRAGA

CHEVROLET

Divulgação

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esde que foi lançado no Brasil, em 1992, o Chevrolet Omega se tornou um símbolo de conforto, status e riqueza. Era o top de quem tinha se dado bem na vida. Chegou com a tarefa de substituir o que, durante décadas, foi o nosso único carro de luxo, o Opala. Mais que um simples substituto, o Omega trouxe novos conceitos de design, tecnologia embarcada e conforto. Mesmo com a abertura do mercado, foi mantendo a pose, enfrentando os importados da época. Em 1998, com cerca de 10 mil exemplares produzidos, a

General Motors do Brasil descontinuou o modelo nacional e optou por importar o carro da Holden, subsidiária do grupo na Austrália. Manteve o nome famoso, para aproveitar a excelente imagem que tinha no País, e garantiu seu espaço mesmo não atingindo os bons números do seu antecessor. Inclusive pelo preço. Esta é a sua quarta geração, desde que começou a ser importado. E, creiam, é um show. Não lembra nenhuma das anteriores e, muito mais que as outras, dá prazer em dirigir. O novo Omega chegará às revendas na segunda quinzena deste mês e vem com

força e méritos para brigar com BMW, Mercedes, Audi, Passat e outros. E eles que se cuidem, pois se o consumidor perder uns minutinhos prestando atenção nele, vai dar o “australiano” na cabeça. Design e tecnologia - O Omega ganhou várias inovações tecnológicas, como gerenciamento eletrônico do motor, com nova calibração e novo sistema de exaustão dos escapes duplos. O sensor de estacionamento traseiro é de série. No visual, ficou mais bonito e esportivo.

Destaque também para a maior distância de entreeixos, 12 cm, que proporcionou excelente espaço interno, principalmente para os bancos traseiros. Por maior que seja o passageiro da frente, quem vai atrás deita e rola. E vale destacar que o entreeixo maior não mexeu com o tamanho do carro - que ficou até um pouco menor - e nem com o seu comportamento. E a suspensão melhorou muito. Com junta esférica dupla na dianteira e braços multilink na traseira, proporcionam uma dirigibilidade muito boa. A estabilidade é excelente, mesmo em velocidades maiores (é bem verdade que tem um monte de letrinhas para ajudar, tipo ESP (Electronic Stability Program), EBD (Electronic Brakeforce Distribution), EBA (Electronic Brake Assist) e o TCS (Traction Control System). O motor - Ele é o mesmo, mas foi recalibrado, dando maior prestígio ao

Elegante, confortável, potente, carregado de eletrônica, o novo Omega, que custa R$ 145 mil, merece atenção do consumidor de automóveis luxuosos

torque. Assim, o Alloytec V6 de 3.6 litros e potência de 254 cv a 6000 rpm, teve uma diminuição de quatro cavalos, mas o torque melhorou passando para 35,7 kgf.m a 2600 rpm. O modelo anterior era de 34,7 kgf.m a 3.200 rpm. Segundo a GM, o atual acelera de 0 a 100 km/h em 8s1, atingindo a máxima de 229 km/h. O câmbio automático de cinco marchas, com excelente escalonamento, tem o dispositivo "Active Select" na própria manopla do câmbio. É um dos melhores e mais eficientes do mundo, oferecendo, inclusive, a opção de trocas manuais. Com uma grande vantagem. Se o motorista entra numa curva em terceira, mesmo que ultrapassando o limite de giros, a marcha subseqüente não entra, respeitando a vontade e a segurança de quem está dirigindo. Na sua grande maioria, quando atingem o limite de giros do motor, os câmbios automáticos ditos inteligentes soltam as marchas subseqüentes, desgovernando o carro. Os freios a disco nas quatro rodas cumprem bem sua tarefa, e são auxiliados pelo ABS. E por falar em freios, o de estacionamento, que poderia ser elétrico, agora é do lado do motorista. Ou seja, não há mais necessidade daquela ginástica, pois o freio de mão nos anteriores ficava do lado direito do console central, já que no seu projeto inicial o carro foi desenvolvido para ter volante do lado direito. O interior - Por dentro, o carro ganhou mais conforto e sofisticação, com acabamento todo em couro. Diante dos concorrentes, o Omega faz bonito e até deixa muitos de nível superior babando. Achar a posição para melhor dirigir é fácil, graças ao diversos ajustes, e todos os controles estão próximos das mãos. O painel, com computador de bordo com diversas funções, comunica-se com o motorista em português, como é falado no Brasil e não o de Portugal. O sistema de áudio e imagem, incluindo sistema DVD, é de altíssimo nível. Air bags não faltam no modelo. Tem de todas as maneiras e gosto: cortina, dianteiros e laterais. Uma festa em termos de segurança. O melhor Omega já colocado à disposição do consumidor no Brasil, ainda conta com um preço competitivo: R$ 145 mil. A concorrência que se cuide.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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ACSP istritais SANTO AMARO SAI EM DEFESA DAS REPRESAS Fotos: Newton Santos/Hype

Distrital participa de projeto que pretende recuperar, urbanizar e preservar as bacias das represas Guarapiranga e Billings. Participam do programa quatro subprefeituras da capital. André Alves

Paulo Pampolin/Hype/11-03-06

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roteger, recuperar e urbanizar as bacias das represas Guarapiranga e Billings. Esses são os principais objetivos do projeto Operação Defesa das Águas, que visa o desenvolvimento dos mananciais e está sendo executado pela Prefeitura e pelo Governo do Estado, com o apoio da Distrital Santo Amaro. O projeto conta com a fiscalização, recuperação e limpeza das represas e córregos da região, além de investimentos em habitação, saneamento e infra-estrutura. As primeiras intervenções começaram em março, com a criação de diversos núcleos, entre eles a Guarda Ambiental e os Comitês de Coordenação Local, que funcionam nas quatro subprefeituras envolvidas (Capela do Socorro, M'Boi Mirim, Parelheiros e Cidade Ademar). "Já estão funcionando rondas diárias a fim de coibir construções irregulares. O início de obras clandestinas é detectado e as mesmas são demolidas", disse Valdir Ferreira, subprefeito da Capela do Socorro. Por enquanto, o projeto foi iniciado apenas na represa Guarapiranga. Posteriormente irá pra a Billings. Para a superintendente da Distrital Santo Amaro, Ângela Simões, "é necessário mostrar para a cidade a importância da região e da conservação dos mananciais, que infelizmente estão afetados e prejudicados". Valdir Ferreira ressaltou o papel primordial da distrital em trazer para discussões um assunto que afeta a qualidade de vida. "A questão dos mananciais é crucial. Se o poder público não tomar nenhuma atitude, vai ser um crime contra a saúde da população". Recuperação - Diversas medidas fazem parte do plano de recuperação da orla da Guara-

Hoje

I Santana Reunião da Comissão

de Política Urbana. Às 8h30, rua Jovita, 309.

Amanhã I Centro – 6ª. reunião ordinária do

Comitê de Política Urbana. Às 9h, rua Galvão Bueno, 83. I Penha – Palestra Administração do Capital de Giro. Às 10h, av. Gabriela Mistral, 199. I Workshop – O conselheiro José Cândido Senna participa do workshop Exportando Artesanato . Às 14h, rua Boa Vista, 51/11º andar I Pinheiros – Reunião ordinária do conselho diretor. Às 19h, rua Simão Álvares, 517. I Mooca – A distrital promove a peça O cavalo na montanha, de José Antonio de Souza. Às 19h, na Anhembi Morumbi, rua Dr. Almeida Lima, 1134. Nova apresentação amanhã. I Pirituba – Reunião da diretoria executiva e do conselho diretor. Às 19h30, av. Raimundo Pereira de Magalhães, 3.678. I Comex – O vice-presidente da ACSP Renato Abucham coordena reunião da comissão de Comércio Exterior. Às 17h, rua Boa Vista, 51/11º.

Quarta I Movimento – O vice-presidente

da ACSP Roberto Ordine vai ao lançamento do Dia Mundial sem Carro. Às 10h, rua Fco. Leitão, 469. I CCIC – O vice-presidente da ACSP Hélio Nicoletti coordena reunião do Conselho de Câmaras

Ângela Simões (acima), Antônio Costa e Walter Tesch (à esquerda), Eliseo Fidêncio e Leonardo Ugolini (abaixo, à esquerda), durante reunião para discussão do projeto realizada na Distrital Santo Amaro

Cláudio Schefer (acima, esquerda) Gilberto Natalini (acima) e Valdir Ferreira (esquerda)

piranga. Um dos principais objetivos é desenvolver o esporte, lazer e turismo de maneira sustentável, de forma a possibilitar emprego e renda e

GIr Agendas da Associação e das distritais Internacionais de Comércio com palestra do jornalista Paulo Saab, com o tema O Brasil de Hoje - Quem somos e como aqui chegamos. Às 12h30, rua Boa Vista, 51/12º. I Santo Amaro – Reunião da comissão do Natal Iluminado. Confirmar no 5521-6700 ou stoamaro@acsp.com.br. Às 16h, Mário Lopes Leão, 406. I Santo Amaro – Reunião ordinária da diretoria executiva e do conselho diretor. Às 19h, av. Mário Lopes Leão, 406. I Sudeste – A distrital, o Sescon SP e a OAB Jabaquara promovem a palestra Mediação, conciliação e arbitragem extrajudicial . Às 19h30, rua Afonso Celso, 1659.

Quinta I Jabaquara – Café com negócios

com a palestra Financiamento e refinanciamento de imóvel comercial e giro de capital. Às 8h30, av. Santa Catarina, 641. I SP Chamber – O vice-presidente da ACSP Alfredo Cotait Neto coordena reunião do Conselho de Relações Internacionais da São Paulo Chamber of Commerce. Às 10h, rua Boa Vista, 51/11º.

melhorar a qualidade de vida. As ações prioritárias são: implantar cinco parques, três praias urbanas, um ponto para pesca e 10 piers para interligar a represa; despoluir os córregos afluentes e as margens; substituir os muros por 2 mil metros de gradil; e implantar 4,5 mil metros de calçadas permeáveis nas vias de acesso. O prazo para o término do projeto é julho de 2008. As obras estão orçadas em R$ 44 milhões, sendo R$ 30 milhões da Prefeitura e R$ 14 milhões da Sabesp e Secretaria Estadual de Saneamento e Energia. "Além do aspecto ambiental, a área vai gerar uma boa movimentação econômica. Será uma ótima oportunidade de lazer", ressaltou Walter Tesch, subprefeito de Parelheiros. "Essa iniciativa não seria nada sem a parceria da comunidade e de entidades como a ACSP. É muito importante a participação dos empresários", concluiu Antonio Rodrigues Filho, coordenador de planejamento e desenvolvimento urbano da subprefeitura de M'Boi Mirim.

I Centro – Reunião de

aquarelistas do Empreender. Às 14h, rua Galvão Bueno, 83. I Comus – O conselheiro da ACSP José Candido Senna coordena reunião do Comitê de Usuários de Portos e Aeroportos . Às 17h, rua Boa Vista, 51/11º andar. I Santana – A distrital promove audiência pública com revisão do Plano Diretor Estratégico. Às 19h, UniSantanna, rua Voluntários da Pátria, 421, bl. I, 6º a. I Mooca – 6ª. reunião ordinária com a palestra O que o mercado fala hoje de varejo?, com Joaquim R. de Oliveira Filho. Às 19h, rua Madre de Deus, 222 (reservas- 6694-2730). I Centro – Reunião do núcleo de óticas do Projeto Empreender. Às 19h30, rua Galvão Bueno, 83. I Tatuapé – A distrital e o Conselho da Mulher realizam reunião com a palestra Mulher na política, coordenada pela presidente nacional do Liname (Liga Nacional das Mulheres Eleitoras), Adelina Silveira de Alcântara. Às 19h30, praça Sílvio Romero, 29. Reservas: 6192-2979 e 6941-6397.

Sexta I Educação – O vice-presidente

da ACS, Roberto Mateus Ordine participa da palestra com Diane Tillman, da Alive (Associação Internacional Vivendo Valores na Educação). Às 9h30, no auditório da Fecomércio, rua Dr. Plínio Barreto, 285 - 3º andar.

Garça na Guarapiranga: projeto prevê fiscalização, recuperação e limpeza das represas e córregos Andrei Bonamin/Luz

Apresentação do Plano Integrado de Revitalização da Liberdade na Distrital Centro

Primeiros socorros para comerciantes da Liberdade

Todos ganharão. A melhoria social implica em ganhos ambientais e econômicos para o bairro. Joaquim de Medeiros, diretor do Bandeirantes

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Hospital Bandeirantes desenvolveu um programa com foco no desenvolvimento humano, ambiental e urbano dirigido para o bairro da Liberdade, na região central da cidade. Denominado Plano Integrado de Revitalização da Liberdade, a iniciativa é composta por um conjunto de ações e parcerias para melhorar a qualidade de vida naquela área da capital. A Distrital Centro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) apóia integralmente o projeto, que começará a ser executado amanhã. Desenvolvimento – A proposta do programa é, por meio do aperfeiçoamento humano, atingir o desenvolvimento ambiental e urbano. A primeira ação, que será realizada amanhã, gratuitamente das 9h às 12h e das 14h às 17h, na praça da Liberdade, será um treinamento de primeiros socorros que envolverá aproximadamente 200 funcionários do comércio da região. "Ensinaremos como agir

em emergências como ataques cardíacos, paradas cardíacas, derrames cerebrais, engasgos e o que fazer em uma situação de risco cardiológico, disse Áurea Barros, gerente de desenvolvimento do Instituto Viva Melhor, braço executor dos projetos sociais do Hospital Bandeirantes. Nesta primeira ação, a distrital participará divulgando e convocando os comerciantes a realizarem o treinamento. "Trata-se de uma iniciativa muito válida no contexto da responsabilidade social. A partir do momento em que uma empresa realiza um projeto dessa natureza, ela capacita e traz novas pessoas ao bairro, promovendo uma atividade econômica para o desenvolvimento da região", afirmou Marcelo Flora

Stockler, superintendente da Distrital Centro. Depois do treinamento de primeiros socorros, o Hospital Bandeirantes promoverá um concurso junto às universidades do bairro que premiará os três melhores projetos de desenvolvimento para a Liberdade. "O programa vencedor será executado por uma ONG da região, por meio de recursos provenientes da premiação e de parcerias com outras empresas. Procuraremos a prefeitura para colaborar conosco neste projeto. No final, todos ganharão, já que a melhoria social implica em ganhos ambientais e econômicos para o bairro", concluiu Joaquim Antonio de Medeiros, diretor-geral do Hospital Bandeirantes.


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DCARRO

São Paulo, segunda-feira, 6 de agosto de 2007

MERCADO

CUSTO ELEVADO LIMITA USO DO ABS AGÊNCIA AUTOINFORME

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Cesvi (Centro de Experimentação e Segurança Viária) constatou, em pesquisa inédita, que a maioria dos motoristas não sabe como funciona o ABS. Até porque ainda são poucos os carros brasileiros que têm este tipo de freio. As montadoras locais ainda cobram caro para colocar o ABS quando o consumidor exige. Na melhor das hipóteses, ele custa 5% do valor do carro. Sem contar casos em que o sistema é incluído em um pacote de opcionais, como acontece no caso do Fiesta Hatch 1.6 flex. Seu custo chega a R$ 15.190 ou 44% do preço do veículo. Para saber sobre o conhecimento do ABS, o Cesvi colocou carros na pista de Interlagos durante sete dias e chamou 338 motoristas para andar com os dois tipos de freios, fazendo manobras simulando situações de emergência, numa pista molhada. Dos participantes, 69,5% informaram ter carros com freio convencional e 29% com ABS, enquanto 1,5% não soube sequer especificar o tipo de equipamento do seu veículo. Interesse existe - Dos motoristas que usam o ABS, 75,8% disseram que ele veio de série e em 11,6% dos casos que foi colocado como opcional. Deste último grupo, 90,9% compraram um pacote que incluia o freio especial. Do total consultado, 73,7% informaram que nunca tiveram qualquer instrução sobre o seu funcionamento. A conseqüência é que muitos simplesmente não sabem utilizálo e tiram o pé do freio quando ele começa a trepidar, o que é normal. A partir dos

Divulgação/Cesvi

Pesquisa do Cesvi mostra que a maioria não tem informações sobre como utilizar este sistema de freio, mais seguro

O Cesvi realizou testes em Interlagos, envolvendo 338 motoristas

testes feitos pelo Cesvi, aumentou o número de pessoas dispostas a pagar pelo equipamento. Mas desde que o seu preço fique em torno de R$ 1.500. Os realizadores da pesquisa acham que é preciso fazer uma grande divulgação para que os carros brasileiros comecem a ter ABS de série. E isto só acontecerá com a conscientização da população. Há três projetos de lei tramitando na Câmara dos Deputados para que seja obrigatório equipamentos de segurança, entre eles este tipo de freio. Um é do deputado Tourinho Dantas, de 1992; outro de Adhemar de Barros Filho, de 1995, e o terceiro de Dimas Ramalho, de 2006. Para o gerente técnico do Cesvi, Sérgio Ricardo Fabiano, a imposição pode fazer com que o carro encareça muito. "O melhor caminho é o diálogo e a cons-

VAREJO

cientização da população de que o ABS pode salvar muitas vidas, pois reduz significativamente o risco de acidentes". Situação atual - Pela pesquisa do Cesvi, 61% dos carros vendidos no Brasil não têm ABS e nem a possibilidade de colocálo como opcional. O hatchs médios são os mais desprovidos deste equipamento. Em 60% não há como incorporá-lo ao carro. Entre os modelos pequenos, apenas o Peugeot 206 tem duas versões com o ABS de série, sendo que nas outras seis ele sequer é oferecido como opcional. O C3, que tem um nível um pouco superior, chamado de compacto premium, tem três versões com este freio de série e outras três nas quais não há tal opção. Nos modelos Fox, Palio e Polo o ABS pode ser colocado como opcional, mas com um

valor de, no mínimo, 5% do preço do automóvel. Fiesta e Clio têm uma versão com ABS opcional, enquanto o Gol tem quatro. A situação é pior nos casos do Corsa, Ka, Uno e Celta. No catálogo das empresas ele nem está disponível. Nos sedans pequenos, o equipamento é opcional no Polo, Siena, Fiesta e Clio, mas Corsa, Prisma e Classic sequer o disponibilizam. Os hatchs médios têm uma situação melhor, já que apenas o Focus não oferece o ABS nem mesmo como opcional. Peugeot 307, A3 e New Beetle oferecem todas as versões com ele de série. No Astra são duas com este freio, uma opcional e outras três sem tal disponibilidade. O Stilo tem um modelo de série e em dois outros como opcional, enquanto o Golf tem duas de série e outras seis sem a possibilidade de adquiri-lo.

OBRIGATÓRIO

MINIVAN, O FRACASSO DO ANO AGOSTO DE 2009: TODOS OS O segmento tem desempenho abaixo da média do mercado

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segmento das minivans vai de mal a pior. Num momento em que o mercado está crescendo 25,7% em relação ao primeiro semestre do ano passado, modelos como Meriva e Zafira, ambos da Chevrolet, tiveram aumento de vendas de apenas 12,91% e 15,74%, respectivamente. Pior foi o desempenho das concorrentes. Na categoria das minivans derivadas de carros pequenos, a Fiat Idea, por exemplo, teve um crescimento ainda menor, de apenas 7,7%. E no caso das que derivam de carros médios, como Scénic e Picasso, a situação é ainda mais de-

salentadora. A minivan da Renault teve queda de 15,21% no primeiro semestre e a Picasso de 8,31%. No primeiro caso as vendas caíram de 2.597 para 2.202 e, no segundo, de 5.227 para 4.346. O segmento de minivans vendeu, no total, 34.202 unidades no acumulado de janeiro a junho de 2007, apenas 4,12% a mais do que no ano passado, quando foram comercializadas 32.793 unidades em idêntico período do ano passado. Vale repetir que no mesmo tempo o crescimento do mercado total, incluindo automóveis, peruas e demais veículos de passeio, foi de 25,7%.

VEÍCULOS COM RASTREADOR Determinação consta da Resolução 245 do Contran

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s ladrões vão ter muito mais trabalho a partir do segundo semestre de 2009. É que a partir de 1º de agosto daquele ano, todos os veículos vendidos no Brasil, fabricados aqui ou importados, terão de ter rastreadores. A determinação é do Contran, pela Resolução 245, publicada no Diário Oficial da União do último dia 1º. Assim, em dois anos, nenhum veículo novo poderá ser licenciado sem o equipamento. Pela resolução, "todos os veículos no-

vos, saídos de fábrica, produzidos no País ou importados, a partir de 24 meses da data da publicação (01/08/2007), somente poderão ser comercializados quando equipados com dispositivo antifurto". Entre as empresas que atuam no sistema de rastreamento, a Graber oferece planos mensais a partir de R$ 99, com monitoramento 24 horas, tratamento de alarmes e bloqueio em todo o território nacional. O kit de instalação custa a partir de R$ 699.


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Facesp nterior

CARTÃO ACCREDITO É SUCESSO EM ITAPECERICA

Fotos: Newton Santos/Hype

Funcionários de 50 empresas filiadas à associação comercial da cidade já foram beneficiados com o desconto em folha, isenção de anuidade e juros baixos do cartão

gastos realizados com o cartão são retidos na folha de pagamento pelos empregadores ançado no município que assinarem o contrato como de Itapecerica da Ser- conveniados. Em Itapecerica, os usuários ra, na Grande São Paulo, em setembro do ACCredito têm opções de de 2006, o cartão ACCredito, compra em estabelecimentos da Associação Comercial e de diversas áreas de atuação, Empresarial da cidade (Aceis), como supermercados, farmájá se consolidou como uma das cias, papelarias, postos de principais opções de crédito combustível, entre outros. para os seus usuários. O cartão "Uma das principais vantajá foi implantado em 50 dos 600 gens é que o usuário do cartão tem a possibilidaestabelecimentos Divulgação de de antecipar comerciais filiaaté 30% de seu sados à entidade, lário como limite além dos 2,9 mil d e c r é d i t o , e nusuários da prequanto o lojista feitura. A meta, garante a venda e até o final do ano, é o re c e b i m e n t o , captar clientes de uma vez que as mais estabelecicompras efetuamentos, incluindo das são debitadas duas grandes emdiretamente na presas de Itapecef o l h a d e p a g arica que, juntas, mento do consupossuem 2,1 mil midor", afirmou funcionários. O ACCredito é O ACCredito faz com Valério. De acordo com um cartão focado o coordenador de nos funcionários que as empresas de empresas asso- associadas ampliem expansão do ACC r e d i t o d a F aciadas às associa- seus negócios e cesp, Giovanni ções comerciais do fidelizem seus Guerra, o cartão sistema Facesp. clientes. possui taxas e cusCom ele, os funJoão Antonio Valério, tos de operação cionários podem presidente da Aceis menores do que realizar compras outros similares. em rede credenciada local, além de contar com "Não há taxa mensal ou anual benefícios adicionais, tais co- para o usuário. Já para o como seguro de vida (opcional), merciante conveniado, as taprazo para pagamento, parce- xas são cerca de 30% a 40% lamento das compras, progra- mais baixas do que as praticama de fidelidade e sorteio de das no mercado". Conveniadas - A grande prêmios (vinculado ao segumaioria dos lojistas está satisro). Fidelização - Segundo o pre- feita com o ACCredito em Itasidente da Aceis, João Antonio pecerica. Conveniado desde o Valério, o cartão somente é início do programa na cidade, a c e i t o n o c o m é rc i o l o c a l . o empresário José Sérgio da Sil"Além de fomentar a economia va, proprietário de um posto do município e fortalecer as as- de combustível, comemora os sociações comerciais, o AC- bons resultados alcançados. Credito faz com que as empre- "Nosso faturamento aumensas associadas ampliem seus tou cerca de 15% desde o início negócios e fidelizem seus do convênio, devido à abranclientes", disse. O programa gência de empresas conveniatrabalha apenas com desconto das no município. O fato de haem folha, ou seja, 100% dos ver poucos postos que aceitam

André Alves

Pedro Joel, gerente do Supermercado Bandeira, disse que a idéia é excelente e que as vendas aumentaram 8% com a chegada do cartão

Agliberto Lima

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Holambra: ingressos para Expoflora à venda

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José Sérgio comemora os bons resultados: 15% de crescimento

o cartão também está nos beneficiando bastante". Pedro Joel, gerente do Supermercado Bandeira, com duas unidades na cidade, ressaltou que a baixa taxa de juros para o segmento está atraindo muitos clientes para os estabelecimentos. "O ACCredito é uma forma de fidelizarmos

Notícias das associações comerciais e industriais do interior do Estado

MOGI MIRIM

ITUPEVA

ITATIBA

oi lançado, no mês passado, o Circuito Gastronômico de Mogi Mirim, que, em sua etapa inicial, reunirá 31 estabelecimentos. O projeto pretende transformar a cidade, a médio prazo, em pólo gastronômico regional, fortalecendo o turismo. O circuito foi idealizado pelo Sindicato do Comércio Varejista de Mogi Mirim (Sicovamm) e pela Associação Comercial e Industrial (Acimm), com parcerias de outras entidades. Para Maria Sílvia Rahal, vice-presidente da Acimm, o projeto é a menina dos olhos da associação. "É maravilhoso Mogi Mirim poder implantá-lo".

em mesmo o frio registrado nos dias 28 e 29 de julho espantou os visitantes da Feira do Setor de Transporte, uma novidade apresentada dentro da 5ª Procissão de Caminhoneiros de Itupeva. Segundo João Salles, da comissão organizadora, nos dois dias de evento o valor em negócios superou os R$ 4 milhões. "Estamos surpresos e satisfeitos com estes números. A feira surgiu naturalmente. Nas outras edições da procissão algumas empresas vinham até a concentração para expor seus produtos, então neste ano resolvemos oferecer melhores condições aos expositores", afirmou.

Associação Industrial e Comercial de Itatiba (Aicita) realiza, de hoje a sexta-feira, mais uma edição do curso Fluxo de Caixa: Como Administrar. As aulas acontecem das 18h30 às 22h30, no salão de cursos da associação, e o investimento é de R$ 50 por pessoa. No conteúdo, constam itens como: organização de documentos para controle de caixa; análise e identificação de documentos que dão origem aos registros das entradas e saídas de caixa; elaboração de plano de contas para poder classificar os saldos de caixa diários; controle de contas a receber e contas a pagar; entre outros.

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novos consumidores, além de ser um processo com pouca burocracia e com um método operacional fácil e rápido. Desde que o convênio foi firmado, nossas vendas aumentaram em torno de 8%. A idéia é excelente, mas precisa-se colocar mais cartões na praça", concluiu o empresário.

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UBATUBA

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omeça hoje e prossegue até o dia 27, em Ubatuba, no litoral norte do Estado, o 3º Festival Gastronômico e Cultural da cidade, quando os restaurantes irão oferecer receitas da região e pratos sofisticados feitos com ingredientes típicos. O evento alia oficinas gastronômicas, palestras, intervenções culturais, degustações e outras atividades. Com o apoio de empresas privadas e parcerias realizadas com a Prefeitura e com universidades da região, o festival já tem um público fiel, com alto poder de compra e considerado formador de opinião para a cidade.

Associação Comercial e Empresarial de Holambra (ACE) já começou a venda de convites para a próxima Expoflora. A ACE é o único ponto em Holambra aberto para a comercialização dos ingressos. Os convites serão vendidos com preços diferenciados em relação aos preços praticados na portaria do evento. Para associados, o ingresso custa R$ 15,00. Quem preferir o passaporte, que permite livre acesso à Expoflora em todos os dias, o preço é de R$ 40,00. Para os não-associados, o convite sai por R$ 18,00. A Associação Comercial terá atendimento também nos sábados 18 e 25 de agosto e 1º de setembro, das 8 às 12h. Durante a semana, o convite pode ser adquirido das 7h30 às 18h. A ACE fica na rua Rota dos Imigrantes, 470, Galeria Top Centrum, no centro de Holambra. Mais informações no (19) 3802-2020. Explofora - Durante quase um mês, a Expoflora vai movimentar Holambra. O evento acontece entre 30 de agosto e 23 de setembro. Na edição 2007, uma das atrações especiais será o show de Fábio Júnior, em 22 de setembro, às 17h30.

Aproximadamente 300 mil visitantes são esperados. Neste ano, o tema é Flores, Essência e Sonhos. Os cenários e vitrines estarão em uma área de 720m² e vão mostrar o forte impacto das flores e das plantas nas emoções e no estado de ânimo das pessoas. Os decoradores holandeses Willen van der Boon e Jessica Drost coordenam a mostra. A Expoflora apresenta novamente a Mostra de Paisagismo Minha Casa, Meu Jardim, com idéias e sugestões para pequenos e amplos espaços. A Parada das Flores e a Chuva de Pétalas, já tradicionais do evento, também estão programadas. Por dia são utilizados 150 quilos de pétalas de rosas, o que corresponde a 1.500 dúzias ou 18 mil flores. Lista – Os usuários que quiserem ter seu nome e número de telefone publicados na Lista Telefônica de Holambra devem atualizar os dados. A ACE já iniciou o cadastro de atualização, que vai até 15 de setembro. Os interessados devem informar os seguintes dados: nome completo, endereço e número de telefone. Pessoas físicas não terão custos para divulgação do telefone. Paulo Pampoli

n/Digna Imag

Agliberto Lima

nceição/AE

em

Leonardo Rodrigues/Digna Imagem

José Luiz da Co

A tradicional festa das flores de Holambra vai de 30 de agosto e 23 de setembro. Ingressos já estão à venda.


São Paulo, segunda-feira, 6 de agosto de 2007

DCARRO

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AUTOMOBILISMO

PRIMEIRA TEMPORADA DO GT3 NO BRASIL O campeonato começa no fim de semana em Tarumã

Divulgação

Porsche e Ferrari entre as marcas que participam do GT3 no Brasil

ALZIRA RODRIGUES

stréia no Brasil no próximo final de semana, no Autódromo de Tarumã, em Porto Alegre (RS), o GT3 Championship, nova categoria do automobilismo nacional. Sucesso na Europa desde o ano passado, o campeonato envolve carros esportivos, como Ferrari F430, Porsche 997 e Dodge Viper Coupe. Haverá mais quatro provas este ano: Curitiba (PR), Rio de Janeiro e duas em São Paulo. Para participar, é preciso adquirir um carro que se enquadre nos padrões do campeonato. Eles custam, em média, 200 mil euros. Cada veículo tem de ter dois pilotos de níveis diferentes. São quatro classes de

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acordo com a experiência de cada um: Platina, Ouro, Prata e Bronze. Um piloto "Platina" ou "Ouro", por exemplo, só poderá formar dupla com um "Bronze". Ao todo serão cinco marcas diferentes na primeira corrida da categoria em 2007, com um máximo de seis carros em cada uma delas. O regulamento determina ainda que, obrigatoriamente, no decorrer de cada uma das provas, eles se revezem ao volante do carro. Ou seja, os dois pilotos devem dirigir nas duas baterias que compõem o campeonato. O GT3 está sendo lançado no Brasil pela SRO Latin America, que tem como diretores Antonio Hermann, Walter Derani e Luis Roberto de Souza. A prova tem o patrocínio da Michelin, Lobini e Mitsubishi.

Volkswagen

CORRIDA NA FÁBRICA DE SBC Primeiro colocado ganhará um Gol City 1.0 zero-quilômetro Volkswagen vai abrir as portas da sua unidade industrial de São Bernardo do Campo, no dia 30 de setembro, para a realização da “Volkswagen Run”, uma corrida de pedestrianismo de 10 km de extensão. O trajeto inclui os principais pontos da maior fábrica da empresa no Brasil, inclusive a linha de montagem do Fox e do Polo. Os interessados podem se inscrever pelo site www.vw.com.br/vwrun. As inscrições vão até o dia 21 de setembro e custam R$ 35 para empregados da Volkswagen e R$ 50 para os demais interessados. Das 5 mil

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vagas disponíveis, mil foram reservadas para funcionários. Os vencedores da prova, tanto na categoria feminina, como na masculina, levarão um Gol City 1.0. Os demais colocados receberão prêmio em dinheiro na seguinte ordem: 2º (R$ 4.000); 3º (R$ 3.000); 4º (R$ 2.000); 5º (R$ 1.000) e do 6º ao 10º (R$ 500). Além disso, todos os atletas inscritos que cruzarem a linha de chegada no tempo de até 1h45 receberão uma medalha de participação no fim da prova, e poderão concorrer ao sorteio de uma Parati Plus 1.6 Total Flex.

DCARRO POR AÍ

RENAULT CHEGA AOS 500 MIL CARROS

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Renault do Brasil atingiu no final de julho a marca de 500 mil carros produzidos no Brasil, em sua fábrica localizada no Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais (PR). O veículo número 500 mil foi um Logan Privilège 1.6 16V. No fim da semana passada, a empresa também chegou à casa de 1 milhão de blocos de motores produzidos na planta de motores que, ao lado das unidades de utilitários e de veículos de

passeio, integra as instalações industriais do complexo paranaense. “Mais do que atingir o volume de 500 mil veículos fabricados internamente, este marco simboliza o crescimento e a consolidação das operações da marca no Brasil. Temos a confiança de que novos patamares de produção, cada vez mais significativos, serão atingidos pela empresa no País”, afirma Patrice André, diretor de Fabricação Mercosul da Renault.

PEUGEOT/CITROËN TERÁ 3º TURNO

BRASIL LIDERA VENDAS DA SCANIA

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PSA Peugeot Citroën inicia em dezembro o terceiro turno na linha de montagem de veículos na fábrica de Porto Real, no Rio de Janeiro. A informação foi divulgada na semana passada por Vincent Rambaud, diretor-geral Brasil e Mercosul da companhia, durante cerimônia de doação de veículos e componentes para a Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro (Faetec), realizada no Palácio Guanabara. Para operar em três turnos, a PSA já iniciou processo de contratação de 700 novos funcionários.

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Brasil é o maior mercado mundial da Scania. Balanço do primeiro semestre do ano indica que as vendas no mercado brasileiro atingiram 3.142 caminhões, com um crescimento de 38% sobre o mesmo período do ano passado. A Alemanha, com 2.681 unidades comercializadas, perdeu o posto de líder e passou para o segundo lugar. A Scania vendeu também, de janeiro a junho, 486 ônibus e 1.087 motores industriais e marítimos, volumes 45% e 10% maiores que no primeiro semestre do ano passado, respectivamente.

UMIDIFICADOR

CENTROS PARA

AUTOMOTIVO

EXTRAPESADOS

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Quantum Tecnologia iniciou a venda do Umidificador Automotivo Quantum QUA, destinado principalmente a pessoas com problemas respiratórios, como renite, bronquite e sinusite. O QUA libera névoa de água carregada com íons negativos, o que restabelece o equilíbrio na umidade do ar ambiente. O preço médio sugerido para o consumidor final é de R$ 180. Para instalar o aparelho, basta ligá-lo na entrada do acendedor de cigarros do painel e fixá-lo no porta-copos ou no painel do veículo.

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Mercedes-Benz do Brasil implantou no mês passado duas novas unidades do Axor Center (Centro Especializado em Extrapesados), que oferecem área exclusiva para atender os clientes desse segmento. As concessionárias que passam a oferecer este tipo de serviço são a Campo Grande Diesel e a Cuiabá Diesel. A montadora programa abrir mais três Axor Center até o final do ano, passando a totalizar 40 unidades instaladas em sua rede nacional de distribuição.

DE OLHO NOS JOGOS OLÍMPICOS

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Nissan Motor Co. e a Beijing Transportation Center (BTIC) anunciam um inovador protótipo de navegador baseado no conceito do Sistema de Transporte Inteligente (ITS). A novidade permite a comunicação entre o veículo e uma base de dados sobre o trânsito para facilitar e evitar o congestionamento nas vias das cidades, reduzindo em até 20% o tempo dos trajetos. O sistema fornece aos usuários in-

formações sobre as rotas mais rápidas para seus destinos, utilizando aquelas vindas de mais de 10.000 táxis que circulam na cidade. Os dados primários são coletados pelos servidores da BTIC e enviados para o condutor em tempo real e em forma de mapas. A novidade deverá ser implementada na frota de táxis de Pequim no próximo ano para melhorar as condições de tráfego na cidade durante os Jogos Olímpicos.


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DCARRO

São Paulo, segunda-feira, 6 de agosto de 2007

CITROËN

Divulgação

Pallas C4 chega para disputar o forte mercado dos sedans, oferecendo espaço, conforto e o maior porta-malas do segmento

Picasso até que precisa de mudança mais drástica na sua aparência. Mas isto é difícil num desenho futurista.

NOVOS C4 PALLAS E PICASSO NO MERCADO A marca francesa promoveu pequenas alterações no Picasso e nenhuma no seu preço, que vai de R$ 58.315 a R$ 73.380. O Pallas custa entre R$ 64.990 e R$ 80.990. ANTÔNIO FRAGA

O

novo Citroën Xsara Picasso segue oferecendo conforto para cinco passageiros, um belo porta-malas e bom desempenho. Mas mesmo com alterações estéticas na frente e poucas atrás, que o deixaram mais jovial, o modelo ainda precisava de reformulação maior, dificultada pelas suas formas fortes e ovaladas. Uma característica da marca francesa, que se destaca pelas linhas exclusivas, futurísticas e belas, porém difíceis de serem alteradas. Com mais de 70 mil exemplares vendidos, merecia um pouco mais. Mas é inegável que ganhou novo apelo para manter as vendas. Sem alterações no seu interior, a não ser na cor dos veludos e nos acabamentos das portas, o Xsara Picasso continua com sua posição de dirigir muito diferente, mas confortável. Estranho é o painel digital, no centro do carro. Na frente do motorista, só o volante. Andando, o carro é silencioso e muito agradável. Surpreende pela estabilidade, levando-se em consideração a sua altura. O Xsara Picasso manteve as duas op-

ções de motorização: 1.6i 16V Flex e 2.0i 16V. O primeiro mantém os 110 cv quando utilizado com gasolina e 113 cv com álcool. O 2.0 litros de 16 válvulas ainda não é bicombustível, mas tem boa potência e respostas muito interessantes. Ele tem opção de câmbio manual e automático, que se destaca pela eficiência. C4 Pallas - Agora lançado oficialmente, o Citroën C4 Pallas confirma aquilo que achamos no pré-lançamento há algumas semanas: um carro com design diferenciado, bom espaço interno, um portamalas de fazer inveja a muita perua, mas barulhento principalmente atrás, em pisos irregulares ou ásperos. Isso, por acaso, é uma característica da grande maioria dos carros franceses. Todos os C4 Pallas contam com motor 2.0 litros, 16 válvulas e 143 cv de potência máxima. A diferença, além do acabamento, fica por conta do câmbio manual ou automático. Acelerando, o carro responde muito bem, demonstrando um bom conjunto.


Tr i b u t o s Empresas Comércio Exterior Nacional

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 6 de agosto de 2007 Divulgação

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RELAÇÃO ENTRE BRASIL E EUA DEVE CRESCER EM 2008

BOM MOMENTO PARA NEGÓCIOS COM OS EUA

O grupo de embalagens acumulou exportações de US$ 1,2 milhão

Newton Santos/Hype

Embaixador do Brasil nos Estados Unidos diz que os países estão próximos e devem permanecer parceiros Sergio Leopoldo Rodrigues

Newton Santos/Hype

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embaixador brasileiro em Washington (EUA), Antônio Patriota, considera que as relações entre Brasil e EUA vivem um bom e importante momento. Para ele, a aproximação política e comercial deverá progredir, mesmo que, depois do final do mandato do presidente George W. Bush, seja eleito novamente um presidente republicano, ou um democrata. Quanto à Área de Livre Comercio das Américas (Alca) foi bem claro: "Está hibernando". Mas não descartou acordos bilaterais firmados entre EUA e Mercosul, com ou sem a Venezuela. "Não só o presidente Lula precisa convencer os brasileiros, mas também o presidente Bush precisa convencer (os americanos) dos benefícios da Alca", disse para uma seleta platéia de empresários na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), na última sexta-feira. Segundo Patriota, a visita de Bush a Lula, em 2005, estabeleceu um novo patamar de relacionamento com o Palácio do Planalto. Ali, esclareceu, firmaram-se mecanismos de diálogo que os EUA mantinham com apenas quatro países em todo o mundo: Rússia, Índia, Japão e Austrália. O Brasil tornou-se o quinto da lista. Esse entrosamento foi aprimorado

Patriota: governos precisam convencer populações sobre a Alca

e aprofundado na visita que o presidente Bush fez a São Paulo em 2006, quando foi discutida a questão energética e se acertou uma parceria na área de biocombustível. A "inflexão" bilateral, observou Patriota, foi ampliada para uma cooperação triangular que in-

clui, além da América Latina, também o Caribe. A visita também abriu novos horizontes para a inserção do Brasil como "player global", e não apenas regional, como já se admite nos EUA desde o início da gestão Bush. Essa postura global deverá

ficar mais acentuada a partir de 2008, quando o Brasil participará de encontros em Bruxelas e em Miami, envolvendo governos, setor privado e agências internacionais, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em torno de temas que vão além do biocombustível. Privilégio – Patriota garantiu que o Brasil tem uma posição privilegiada hoje no cenário político norte-americano, conturbado com a guerra do Iraque e com a antecipação da disputa eleitoral de 2008. "Washington valoriza a relação com o Brasil". Para ele, isso ocorre por quatro razões: o entendimento direto entre Lula e Bush, o respeito dos Estados Unidos pela democracia brasileira, o bom desempenho da economia do Brasil e o esforço desenvolvido pelo Itamaraty ao longo dos últimos anos. Alencar Burti, presidente da ACSP, disse que o Itamaraty pode contar com a rede capilar das Associações Comerciais em São Paulo e no Brasil para ampliar as relações comerciais com os EUA. "Por isso trabalhamos junto com o governo para impulsionar as exportações do setor privado", disse. O secretário de Relações Internacionais da prefeitura paulistana e coordenador da SP Chamber, da ACSP, Alfredo Cotait Neto, lembrou que "o embaixador também pode contar com a cidade de São Paulo como parceira nesse esforço".

Burti: trabalho com o governo impulsiona exportações

N gócios

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oportunidades

África do Sul em exposição

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departamento comercial do Consulado da África do Sul comunica a realização, no dia 14 de agosto, do evento "Oportunidades de Negócios com a África do Sul", constituído de seminário e workshop para apresentar o comércio com esse importante país africano e as oportunidades de investimento. Juntamente com Índia e Brasil, a África do Sul negocia um tratado de livre comércio, conhecido pela sigla Ibas. O evento, que ocorre na Federação das Indústrias do Es-

Setor de merchandising quer exportar A Fátima Lourenço

m grupo de empresas brasileiras especializadas em merchandising, representado pela entidade do setor, o Popai Brasil, integrou-se ao projeto Graphics Arts Industry Alliance (Graphia) de olho no potencial de venda para novos mercados, especialmente na América do Sul e México. A parceria ganhou contornos em junho último e permitirá, já neste ano, que as empresas participem de uma grande feira do setor, a In Store, programada para o final de setembro em Chicago (EUA). O projeto, em seu quarto ano de atividade, facilita e estimula as exportações por meio da presença em feiras e missões comerciais. O Graphia é fruto de parceria entre a Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf) e a Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil).

Divulgação

U

Feira em Las Vegas: participação facilita exportações

"Temos três grupos dentro do projeto: o de papelaria, o editorial e o de embalagens. As empresas de merchandising

entram como um outro grupo, denominado Pop", explica o gerente de embalagens do Graphia, Daniel Hsu. O evento, explica o gerente, reúne 30 empresas do setor gráfico e tem investimento total de R$ 2 milhões – metade subsidiada pela Apex. Segundo contabiliza Hsu, só o grupo de embalagens acumulou, durante o ano todo de 2006 até junho último, exportações equivalentes a US$ 1,2 milhão. "E temos acertados mais US$ 600 mil para os próximos meses". Parcerias – O empresário Sergio Brusco, da Escala 7, participa do Graphia há três anos. Ele aderiu ao projeto interessado em exportar as embalagens que fabrica. Hoje, além delas, produz displays para pontode-venda. Vice-presidente de gestão do Popai Brasil, ele foi um dos articuladores da adesão do grupo de merchandising ao projeto da Abigraf. O empresário afirma que a participação da Escola 7 nas

feiras do setor já lhe rendeu negócios. Por enquanto, as exportações não representam nem 1% do faturamento. A meta do empresário, no entanto, é que esse percentual varie entre 10% e 15% dentro de dois ou três anos. Futuro – "O Popai Brasil persegue essa parceria com a Apex há muito tempo", diz o presidente da entidade, Chan Wook Min. A dificuldade, explica, era compor um grupo com esse objetivo. Nesta primeira etapa, apenas cinco empresas participam da empreitada. A exportação brasileira de produtos acabados para o merchandising de ponto-devenda ainda é incipiente, feita basicamente por iniciativas individuais, diz o presidente do Popai Brasil. "Como associação, temos que olhar cinco anos à frente. Participar do projeto Graphia é um aprendizado. Para exportar é preciso entender os mercados", ressalta. Segundo o executivo, os países da América Latina estão entre os mercados mais interessantes para o setor. O gerente do grupo de embalagens, Daniel Hsu, explica que o projeto tem, neste ano, ações concentradas na América do Sul e México. Na etapa seguinte também fará prospecções nos Estados Unidos. "As embalagens e os produto de ponto-de-venda produzidos no Brasil têm muitas possibilidades no México, pela qualidade que apresentam e pela criatividade no design", analisa Hsu, com base nas observações feitas durante recente feira do setor naquele país. É para o México, aliás, que Sergio Brusco despacha um lote de displays, até o dia 15 de agosto, para servirem de expositores em uma rede norteamericana com negócios naquele país, a Office Depot, semelhante à brasileira Kalunga.

tado de São Paulo (Fiesp), se estenderá por todo o dia, com apresentações de produtos e oportunidades de negócios de diversas províncias (estados). A intermediação é feita pelas agências de desenvolvimento econômico dessas províncias. Ao longo dos trabalhos será oferecida uma degustação de vinhos sul-africanos. Informações e inscrições podem ser feitas diretamente no departamento comercial do Consulado da África do Sul, pelos telefones (11) 3265-0441 e 0443, com Vânia ou Mark.

Vender para crescer

próxima ediçãodoevento "Exportar para Crescer - Novos Caminhos para o Mercado Externo", que integra o Projeto Exporta, São Paulo, será realizada no dia 16 de agosto, na cidade de Presidente Prudente. O projeto é uma parceria entre o governo do estado, por meio da Secretaria Estadual de Desenvolvimento, a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e a São Paulo Chamber of Commerce, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). A mobilização deverá envolver indústrias exportadoras, ou com potencial para essa atividade, de toda a região. Além do seminário, composto por diversas palestras, os participantes poderão sanar dúvidas com as empresas de despachos executivos, repre-

sentadas pela FedEx (exportações e importações simplificadas), Sutaco (exportação de artesanato), instituições financeiras (financiamento à exportação), Codesp (Porto de Santos), Progex/IPT (adequação de produtos para exportação), Sebrae/SP e a Central de Atendimento ao Exportador (dúvidas em geral). Também estarão disponíveis para contato traders e empresas comerciais exportadoras. Indústrias da região poderão levar amostras e material promocional para que essas traders avaliem o potencial exportador dos produtos. O evento será realizado no Aruá Hotel. Informações e inscrições estão centralizadas na Associação Comercial e Industrial local, pelo telefone (18) 2101-1500 e 1542 ou pelo e-mail: juliana@acepp.com.br.

Videoconferência com Miami

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o próximo dia 8, um grupo de empresários de Miami estará na sede do International Business Council of Florida, em contato por videoconferência com contrapartes interessadas na São Paulo Chamber of Commerce, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Cerca de 20 empresas norte-americanas participarão do encontro virtual, com interesses nos seguintes produtos/setores: telefonia digitalizada; tradução de documentos; digitalização de plantas de engenharia e arquitetura; imobiliárias (venda e financiamento de imóveis comerciais e residenciais); construção; rastreamento de veículos e pessoas;

produtos médicos descartáveis; venda de equipamentos médicos recondicionados; criação e marketing de produtos nos Estados Unidos e América Latina, representação de produtos brasileiros nos Estados Unidos, América Central e Caribe; escritórios de advocacia especializados na área internacional, imigração e logística (aérea e portuária); agenciamento de cargas; relações públicas e promoção de marcas nos Estados Unidos; partes de aeronaves e importação de etanol e açúcar (ICUNSA 45). Os interessados devem confirmar participação com Teresa, pelo telefone (11) 3244-3500 ou pelo e-mail tneuma@acsp.com.br.

Departamento de Comércio Exterior da Associação Comercial Gerente: Sidnei Docal R. Boa Vista, 51— Telefones: 3244-3500 e 3244-3397


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Demoramos muito para chegar até o topo, agora temos de manter.” Diego Tardelli, do São Paulo Paulo Pinto/AE

Esporte

Giuliano Gomes/AE

O VELHO DUELO ENTRE SÃO PAULO E BOTAFOGO UH/Arquivo Público do Estado de São Paulo

São Paulo e Botafogo enfrentaramse 84 vezes, com 33 vitórias tricolores, 19 empates e 32 vitórias botafoguenses, 150 gols marcados pelo São Paulo e 136 pelo Botafogo. No Campeonato Brasileiro, foram 39 jogos, com 17 vitórias do São Paulo, 14 do Botafogo e 8 empates, 60 gols tricolores e 44 alvinegros. A maior goleada de todos os tempos, no entanto, pertence aos cariocas: Botafogo 8 a 1, pelo Torneio Rio-São Paulo de 1940, competição que não chegou ao fim. A partida, disputada nas Laranjeiras, aconteceu no dia 10 de julho de 1940, e marca a maior goleada já sofrida pelo São Paulo.

UM MOMENTO DECISIVO PELO BRASILEIRO São Paulo e Botafogo jamais fizeram a decisão do Brasileiro. Mas no primeiro ano da competição, em 1971, participaram do triangular decisivo ao lado do Atlético-MG. No primeiro jogo, o São Paulo perdeu para o Galo no Mineirão (1 a 0). Na segunda partida, o Tricolor goleou o Botafogo no Pacaembu (4 a 1), e ficou dependendo de uma vitória botafoguense sobre os mineiros, no último jogo, no Maracanã, para ficar com o título. Mas com um gol de Dario o Atlético venceu por 1 a 0 e sagrou-se o primeiro campeão brasileiro. “Vamos torcer pelo São Paulo contra o Botafogo, assim poderemos ganhar o título com um simples empate no Maracanã.” (Fábio Fonseca, então presidente do Atlético Mineiro, após a vitória por 1 a 0 sobre o São Paulo, no primeiro jogo decisivo do Campeonato Brasileiro de 1971.)

São Paulo de Borges faz 2 a 0 no Grêmio, ganha a quinta seguida e vem com tudo para o jogo de quarta

VALE A LIDERANÇA

N

esta quarta-feira, às 21h45, no Maracanã, Botafogo e São Paulo fazem o jogo mais importante do Campeonato Brasileiro até aqui. De um lado, com 34 pontos conquistados após a vitória de ontem por 2 a 0 sobre o Grêmio, em Porto Alegre, estará o São Paulo, o novo líder da competição. Do outro lado, com 32 pontos ganhos porém com um jogo realizado a menos em relação ao Tricolor, estará o Botafogo, que ontem não foi além de um 0 a 0 com o Paraná Clube em Curitiba. Quem vencer praticamente garante o título simbólico de campeão do primeiro turno, e parte para a segunda etapa do campeonato com moral para conquistá-lo.

“O Botafogo joga hoje o melhor futebol do Brasil. Melhor, até, que o do São Paulo”, procurava desconversar o técnico são-paulino, Muricy Ramalho, ontem, logo depois dos 2 a 0 sobre o Grêmio. No entanto, havia, sim, motivos de sobra para comemorar mais essa vitória, a quinta seguida na competição. “Foi muito importante essa vitória, porque assim conseguimos assumir o primeiro lugar de vez”, valorizava o atacante Diego Tardelli, que entrou no segundo tempo e marcou o gol que fechou o placar no Estádio Olímpico (no primeiro tempo, Borges fez 1 a 0), para logo depois avaliar: “O Botafogo é adversário direto, precisamos tomar cuidado”. Cuidado, sobretudo, com o

atacante Dodô. Ele esteve em campo ontem, contra o Paraná, e enfrentará o São Paulo. Dodô virou alvo de críticas de Muricy Ramalho, que já demonstrou irritação com o fato de o Superior Tribunal de Justiça Desportiva da CBF ter absolvido o atacante da acusação de doping. “Um absurdo, vergonha, é por isso que o Brasil está desse jeito, tudo acaba em pizza”, comentou o treinador do São Paulo antes do embarque para Porto Alegre. “Agora liberou geral para quem quiser se dopar.” Além de ter de enfrentar o atacante botafoguense, o São Paulo não poderá contar com Souza. O meia, que atuou como ala-direito contra o Grêmio, levou o terceiro cartão

Rody Trindade/Futura Press

Valdivia comemora, o Fluminense lamenta e o Palmeiras sobe na classificação do Campeonato Brasileiro Guilherme Dionízio/Futura Press

Com a derrota de sábado, por 1 a 0, para o Corinthians, no Morumbi, o Goiás segue com 998 gols marcados ao longo de sua história no Campeonato Brasileiro. A expectativa da marcação dos gols 999 e 1 000 continua na próxima partida, depois de amanhã, contra o Atlético-MG, em Goiânia. Morreu quinta-feira, dia 2, de infarto, enquanto disputava uma pelada em Itaúna (MG), o ex-jogador Ângelo, do Atlético-MG. Ângelo tinha 54 anos e atualmente trabalhava como auxiliar nos juniores do Atlético. Ângelo Paulino de Souza nasceu em Onça do Pitangui (MG), em 31 de maio de 1953. Revelado pelo próprio Atlético, era volante titular do time vice-campeão brasileiro em 1977, quando fraturou a perna na decisão com o São Paulo.

Júnior Lago/Futura Press

Botafogo de Zé Roberto perde a vantagem no número de pontos, mas ainda tem um jogo a menos

Celso Unzelte

TRICOLOR VENCE NA HISTÓRIA DO CONFRONTO

Agora vamos encostar nos quatro de cima e disputar o título.” Vanderlei Luxemburgo

Neco Varella/AE

almanaque

São Paulo e Botafogo disputam a liderança do Brasileiro rodada a rodada e enfrentam-se depois de amanhã, no Maracanã. No entanto, o duelo entre esses dois grandes times vem de longe. Na foto acima, são necessários dois são-paulinos (Benê e Riberto) para tentar segurar o botafoguense Garrincha. Não conseguiram: naquele dia, 11 de março de 1962, deu Botafogo, 2 a 1, no Maracanã, pelo Torneio Rio-São Paulo. O próprio Garrincha fez o primeiro gol botafoguense e Amarildo marcou o segundo. Aílton descontou para o São Paulo.

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Marcos Aurélio vibra após marcar o segundo gol: Santos 3 a 0 no Flamengo, cada vez mais embaixo na tabela

amarelo e terá de cumprir suspensão automática. A expectativa no Morumbi é pela volta de Dagoberto, já praticamente recuperado da lesão no tornozelo direito, que o tirou dos últimos jogos. É provável que, contra o Botafogo, Muricy volte a escalar o time no 4-4-2. Contra o Grêmio, o São Paulo jogou com três zagueiros (Alex Silva, Breno e Miranda), com Souza e Jorge Wagner novamente como alas. No meio, Josué e Richarlyson na marcação e Hugo sozinho com a função de armar. Muricy prevê que o jogo contra o Botafogo terá o mesmo tom, com o time da casa saindo para atacar: “Temos que marcar forte e explorar o contra-ataque, porque os espaços vão existir”. Enquanto o São Paulo vence, Palmeiras e Santos fazem o mesmo. Com o 1 a 0 de ontem sobre o Fluminense, no Maracanã, o Palmeiras sobe da oitava para a sexta posição. Isso graças ao gol solitário de Valdivia, mas principalmente à atuação de seu goleiro, Diego Cavalieri. Até pênalti, cobrado por Somália no início do segundo tempo, ele defendeu. O técnico Caio Júnior o apontou como um dos principais responsáveis pelo bom resultado: “Ele foi brilhante no pênalti. Aquele lance acabou sendo decisivo para nossa equipe”. O anfitrião Renato Gaúcho também atribuiu a Diego Cavalieri uma parcela considerável pela derrota de seu time: "Ele fez a diferença". Na Vila Belmiro, o Santos, com uma tranqüila vitória por 3 a 0 sobre o Flamengo, alcançou a nona posição. Para os cariocas, nem mesmo o carisma do técnico Joel Santana, que reestreou no comando do time, parece ser suficiente para salvá-los da zona do rebaixamento (estão no 19º lugar, com 12 pontos em 13 jogos). “A vitória em Minas criou o ambiente favorável para jogarmos bem diante do Flamengo”, avaliou o técnico Vandelei Luxemburgo. Para o jogo contra o Paraná, quinta-feira à noite, na Vila Belmiro, ele contará com a volta de Rodrigo Souto e Carlinhos, que ontem cumpriram suspensão pelo terceiro amarelo, e provavelmente com o recém-contratado Baiano, que será apresentado hoje às 15 horas no CT Rei Pelé. O lateral-direito, que tem contrato até 2009 com o Rubin Kazan, da Rússia, ficará emprestado ao Santos até o fim do ano.

GRÊMIO 0 Saja, Patrício (Itaqui), William, Pereira e Bustos; Gavilán, Sandro Goiano, Tcheco (Douglas) e Diego Souza; Éverton (Kelly) e Tuta. T é cn i co : M ano Menezes.

SÃO PAULO 2 Rogério Ceni, Breno, Miranda e Alex Silva; Souza, Josué, Richarlyson, Hugo e Jorge Wagner; Leandro (Reasco) e Borges (Diego Tardelli). Técnico: Muricy Ramalho. Gols: Borges, 2/1; Diego Tardelli, 42/2. Local: Estádio Olímpico. Árbitro: Héber Roberto Lopes (PR). Cartões amarelos: Sandro Goiano (G); Josué (SP), Richarlyson (SP), Souza (SP), Borges (SP), Hugo (SP) e Rogério Ceni (SP).

FLUMINENSE 0 Ricardo Berna, Thiago Silva, Luiz Alberto e Roger (David); Carlinhos (Cícero), Romeu (Jean), Arouca, Thiago Neves e Júnior César; Soares e Somália. Técnico: Renato Gaúcho.

PALMEIRAS 1 Diego Cavalieri, Wendel, Gustavo, Dininho e Leandro; Pierre, Martinez, Makelele e Valdivia (Caio); Luiz Henrique (William) e Edmundo. Técnico: Caio Júnior. Gol: Valdivia, 40/1. Local: Maracanã. Árbitro: Leonardo Gaciba da Silva (RS). Cartões amarelos: Valdivia (P), Thiago Silva (F), Pierre (P). Cartão vermelho: Pierre (P).

SANTOS 3 Fábio Costa, Adaílton, Domingos e Marcelo; Alessandro, Adoniran, Kléber, Pedrinho (Adriano) e Dionísio (Rodrigo Tabata); Marcos Aurélio (Vítor Júnior) e Kléber Pereira. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

FLAMENGO 0 Bruno, Leonardo Moura, Irineu, Ronaldo Angelim e Juan; Jaílton (Paulo Sérgio), Cristian, Ibson, Renato Augusto e Roger (Maxi Biancucchi); Obina. Técnico: Joel Santana. Gols: Pedrinho, 21/1; Marcos Aurélio, 32/1; Kléber, 5/2. Local: Vila Belmiro. Árbitro: Evandro Rogério Roman (PR). Cartões amarelos: Roger (F) e Dionísio (S).


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Passe Livre Série B Camp. Brasileiro Série C

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Temos time para brigar pelas primeiras posições. O objetivo é a Libertadores.” Felipe, goleiro do Corinthians

CORINTHIANS VOLTA A VENCER APÓS 10 JOGOS

Daniel Augusto Jr./AE

VAMPETA MOSTRA O CAMINHO

paSse livre Roberto Benevides

Basta 1 a 0

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D

emorou, mas depois de dez rodadas o Corinthians voltou a ganhar um jogo pelo Brasileiro. Foi 1 a 0, contra o Goiás, sábado, no Morumbi. Herói do jogo, Marcos André Batista dos Santos, o Vampeta, voltava ao futebol aos 33 anos de idade, depois de mais de um ano parado. “Foi um sufoco, mas ganhamos. Finalmente conseguimos ganhar e vamos caçar os líderes do Brasileiro. A fase boa só está começando”, prometeu o jogador. Destaque da noite, ele fez um pouco de tudo: acertou 50 de seus 52 passes, cobrou os companheiros de equipe e, de quebra, participou do lance do gol de Clodoaldo dando um belo toque de trivela. “Eu não sou bobo. Estava há um ano sem jogar futebol. Sei que preciso melhorar fisicamente. Mas sei que fiz bem a minha parte.” Os jogadores concordavam. “Com o Vampeta, a alegria voltou. Ele é um craque. A gente sentiu o respeito dos jogadores do Goiás por ele. Nós jogamos de maneira mais consciente e conseguimos sair do Morumbi sem tomar gol”, comemorava o goleiro Felipe. Os jogadores, que tremiam com a possibilidade de rebai-

xamento, agora sonham com vaga na Libertadores da América. Como recompensa, Vampeta deve ganhar a tarja de capitão da equipe. Talvez já contra o Vasco, quinta, no Rio. Os primeiros minutos de jogo davam a impressão de que a torcida sofreria novamente com o Corinthians. Afobados, os jogadores queriam resolver a partida de qualquer jeito. Vampeta, aproveitando sua experiência, tentava comandar os mais jovens, posicionando seus companheiros. O treinador corintiano perdeu o meia Marcelo Oliveira, que sofreu lesão no joelho esquerdo. Após mais uma semana em que tudo deu errado para o Corinthians, tudo caminhava para mais crise. Foi quando a estrela de Vampeta brilhou. Ainda no sábado, a diretoria do Corinthians confirmou a saída do zagueiro Betão, para o Sochaux, da França, por US$ 1,2 milhão (cerca de R$ 2,2 milhões). E que o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, apresentou uma proposta de US$ 20 milhões (cerca de R$ 38 milhões) pelo meia Willian. Porém o vice-diretor de futebol do Corinthians, Rubens Gomes, disse que pretende segurar o craque pelo menos até o fim do ano.

Djalma Vassao/GAZETA PRESS/AE

Volante de 33 anos volta ao futebol na vitória por 1 a 0 sobre o Goiás e dá novo ânimo ao Corinthians do técnico Paulo César Carpegiani

CORINTHIANS 1 Felipe, Eduardo Ratinho, Fábio Ferreira, Zelão e Wellington; Ricardinho, Marcelo Oliveira (Moradei), Vampeta e Willian; Éverton Santos (Arce) e Clodoaldo (Dentinho). T éc n i co : Paulo César Carpegiani.

GOIÁS 0 Harlei, Amaral, André Leone e Leonardo; Fábio Bahia, Cléber Gaúcho (Cristiano), Paulo Baier, Élson e Diego; Fabiano Oliveira (Harisson) e Felipe ( Wendell). T é cn ico : Paulo Bonamigo.

Gol: Clodoaldo, 19/1. Local: Morumbi. Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (RJ). Cartões amarelos: Wellington (C), Amaral (G), Fábio Ferreira (C). Cartão vermelho: Amaral (G).

será na quarta-feira o mais importante jogo deste primeiro turno do Campeonato Brasileiro, o Botafogo x São Paulo que vale a liderança da competição. Em números absolutos, o São Paulo já é o líder, com 34 pontos ganhos em 17 jogos. Em números relativos, São Paulo e Bota, que fez um jogo a menos, estão empatados - com 66,6% de aproveitamento. O tira-teima será no Maracanã. O confronto entre os dois melhores times deste Brasileirão oferece atrativos especiais: o Bota tem 100% de aproveitamento como mandante, o São Paulo tem a melhor campanha de visitante, com cinco vitórias, dois empates e uma só derrota. A campanha parelha não disfarça diferenças entre São Paulo e Botafogo neste Brasileirão. Os cariocas vêm jogando um futebol vistoso e ofensivo, marcaram 35 gols e sofreram 21 em 16 jogos. Os paulistas praticam um futebol de resultados e marcaram apenas 20 gols em 17 jogos. Em compensação, só sofreram sete gols até agora. A conta mostra que o São Paulo é um time mais competitivo, empenhado prioritariamente em somar pontos. Por exemplo: tem três vitórias por 1 a 0. O Bota quer sempre mais e, assim, faz a alegria dos cronistas esportivos e muitas vezes a tristeza da torcida. Por exemplo: não venceu nenhuma vez por 1 a 0. A noite da quarta promete, pois, o primeiro tira-teima entre estes dois times tão diferentes e tão próximos na briga pelo título brasileiro. O São Paulo certamente se dará por satisfeito com um novo 1 a 0. Será que o Botafogo vai querer mais?

OS ÚLTIMOS

O ÚLTIMO

E lá vai o garoto Alexandre Pato dar fino trato à bola em campos da Itália com a camisa do Milan, apenas uns poucos meses depois da estréia fulminante com a camisa do Internacional nos 4 a 1 sobre o Palmeiras no Brasileirão do ano passado. Antes de Pato, já tinham deixado o Brasileirão deste ano o santista Zé Roberto, o são-paulino Ilsinho, o gremista Lucas, o tricolor Carlos Alberto, o rubronegro Renato. Entre outros.

Rubens Barrichello já não se incomoda de fechar a fila nos GPs da Fórmula 1. Último colocado entre os 18 pilotos que correram até o fim o GP da Hungria, Rubinho não se acanha de ainda não ter conseguido um pontinho sequer nesta temporada. Continua com a cabeça no passado, reclamando do tempo em que corria atrás de Michael Schumacher. Agora, corre atrás de outros 17. Sem reclamar.

*Com Agência Estado e Reuters

SÉRIE B

Seis vezes Ponte Preta Sérgio Assis/AE

Goleada sobre o Santa Cruz, em Campinas, recoloca o time na briga

D

os resultados alcançados pelos times paulistas na 16ª rodada da Série B, o melhor foi o da Ponte Preta. Jogando em Campinas, no sábado, a equipe goleou o Santa Cruz por 6 a 0 e voltou à briga por um dos quatro primeiros lugares, que garantirão o acesso para a Série A em 2008. O paulista mais bem colocado continua sendo o Marília. Também no sábado, o MAC foi ao ABC e derrotou o Santo André por 2 a 1, mantendo o segundo lugar, atrás do Criciúma. Na sexta-feira, enquanto o Paulista de Jundiaí surpreendia o Vitória vencendo por 1 a 0, em Salvador, e saía da lanterna do campeonato, a Portuguesa perdia para o Barueri por 1 a 0. Amanhã tem rodada completa. A Ponte vai a Santa Catarina enfrentar o Avaí. A Portuguesa recebe o Coritiba. O Paulista joga com o Criciúma em Jundiaí. O Ituano vai a Belém enfrentar o Remo. O Barueri pega o Ceará em Fortaleza. O Santo André joga com o Gama, em Brasília. O Marília recebe o Ipatinga e o São Caetano, o Fortaleza.

16ª Rodada Coritiba 1 x 0 Avaí Ituano 2 x 1 São Caetano Vitória 0 x 1 Paulista Barueri 1 x 0 Portuguesa Fortaleza 3 x 0 Remo Ponte Preta 6 x 0 Santa Cruz Brasiliense 3 x 2 Ceará Criciúma 3 x 0 CRB Ipatinga 3 x 0 Gama Santo André 1 x 2 Marília

Classificação

P

V

SG

GP

1 Criciúma

36

11

20

36

2 Marília*

29

11

10

34

3 Coritiba

29

9

5

22

4 Brasiliense

28

8

7

30

5 Barueri

27

7

3

24

6 Vitória

24

8

10

32

7 Ponte Preta

24

7

8

31

8 Portuguesa

24

7

4

23

9 Fortaleza

23

7

-3

20

10 Ipatinga

22

6

-3

16

11 CRB

21

6

-1

21

12 Gama

21

6

-6

20

13 São Caetano

20

5

0

20

14 Ceará

19

5

-6

23

15Avaí

18

5

-6

25

16 Ituano

16

5

-9

22

17 Santo André

16

4

-6

19

18 Paulista

16

4

-9

20

19 Santa Cruz

15

3

-7

22

20 Remo

14

4

-11

23

*Perdeu seis pontos no STJD.

SÉRIE C

Três paulistas estão classificados T

erminou neste fim de semana a primeira fase da Série C. Entre os 32 times que seguem na competição, três são paulistas: Bragantino, Guarani e Rio Claro. A classificação mais dramática foi a do Guarani. Ontem, em Campinas, o time precisava vencer o Jaguaré-ES para ficar com o segundo lugar do Grupo 11. O gol da vitória por 2 a 1 só foi marcado por Talles aos 44 minutos do segundo tempo. O

primeiro lugar do grupo ficou com o América-RJ, mesmo com a derrota de ontem para o Tupi, em Juiz de Fora: 1 a 0. O Rio Claro ficou com o primeiro lugar do Grupo 12, após a vitória de ontem, fora de casa, sobre o Volta Redonda por 1 a 0. Apesar da derrota, o Volta Redonda também se classificou, em segundo, pois em Bauru o Friburguense só empatou com o Noroeste em 2 a 2. Único paulista que entrou em campo

ontem já classificado, o Bragantino fez 2 a 0 no CENE-MS, em casa, e ratificou o primeiro lugar do Grupo 13. O segundo colocado foi o Águia NegraMS, que ontem, em casa, fez 3 a 2 no eliminado Sertãozinho. O Juventus era outro paulista que tinha chances de classificação no Grupo 14, mas só empatou ontem (0 a 0) com o Democrata, em Governador Valadares. Nesse grupo, classificaram-se os mineiros Villa

Nova e Democrata. Pelos demais grupos, classificaram-se: Rio Branco-AC, Fast-AM, Nacional-AM, Tuna Luso-PA, Araguaína-TO, ImperatrizMA, Barras-PI, Sampaio Corrêa-MA, Nacional-PB, PortoPE, ABC-RN, Atlético-PB, Bahia-BA, Confiança-SE, Coruripe-AL, Linhares-ES, AtléticoGO, CRAC-GO, Vila NovaGO, Itumbiara-GO, Roma Apucarana-PR, Ulbra-RS, Joinville-SC e Esportivo-RS.


França Inglaterra Pato Pré-temporada

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3 Roberto Barretti/AFP

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

DO INTERNACIONAL PARA O MILAN

Pato é um jovem com muito potencial que precisará amadurecer aqui em Milão." Carlo Ancelotti, técnico do Milan

PATO À MILANESA

A

festa da torcida foi maior na despedida de Porto Alegre do que no desembarque em Milão, mas o Milan parece disposto a mimar Alexandre Pato. Assim que desembarcou no Aeroporto de Malpensa, neste domingo, o jogador contratado ao Internacional por US$ 20 milhões foi levado para a casa de praia de Adriano Galliani, vice-presidente do clube italiano. E hoje vai passar o dia todo lá, relaxando e curtindo o sol do litoral italiano. Pato chegou acompanhado de seu pai (Geraldo), seu procurador (Gilmar Veloz) e do diretor-geral do Milan, Ariedo Braida. O atacante dormiu durante quase toda a viagem. No saguão do aeroporto de Milão, muitos jornalistas aguardavam sua chegada. Quando Pato apareceu, a confusão obrigou os policiais a formar um cordão de isolamento para que o garoto chegasse ao carro. Pato disse que estava viven-

Daniele Buffa/Reuters

O ex-colorado Alexandre Pato desembarca em Milão, protegido por policiais italianos, mas só vai poder vestir a camisa do Milan em 2008

Quem pára o Lyon? C Jeff Pachoud/AFP

Juninho contra Lejeune, do Auxerre: estréia vitoriosa do hexacampeão

Adrian Dennis/AFP

omeçou neste fim de semana o Campeonato Francês, a primeira das principais ligas européias a rolar a bola. E começou como o torcedor se habituou a ver nas últimas seis temporadas: com vitória do Lyon, 2 a 0 sobre o Auxerre. Fred, contundido, não jogou, e Juninho Pernambucano entrou apenas nos minutos finais, porque está se recuperando de uma lesão muscular. Baros e Benzema marcaram os gols da equipe, que é apontada até pelos técnicos rivais como favorita ao heptacampeonato nacional. Por enquanto, o time ainda está em segundo, já que o Valenciennes venceu o Toulouse por 3 a 1 e lidera. Mas os outros times apontados como candidatos já decepcionaram logo de cara: o Lens, vice na última temporada, levou 1 a 0 do Bordeaux; o Olympique de Marselha não saiu do 0 a 0 com o Strasbourg; e o Monaco, agora treinado pelo brasileiro Ricardo Gomes, empatou em casa com o Saint-Étienne, por 1 a 1. A tarefa do Lyon nesta temporada, em tese, é mais difícil, já que o time perdeu o técnico Gerard Houlier - Alain Perrin é o substituto - e jogadores importantes como o zagueiro Caçapa (foi para o Newcastle), o lateral Abidal (Barcelona) e o meia Malouda (Chelsea). Na segunda rodada, a equipe visita o Toulouse, às 12 h (de Brasília) de sábado, jogo que deve ter transmissão do SporTV - o canal passa sempre pelo menos dois jogos por rodada do CampeonatoFrancês, um no sábado e outro no domingo.

O HERÓI DO DIA – O veterano goleiro holandês Van Der Sar foi o grande astro do duelo entre os gigantes Manchester United e Chelsea: pegou três pênaltis e garantiu ao Manchester o título da Community Shield, jogo que abre oficialmente a temporada inglesa. O jogo terminou 1 a 1 no tempo normal e 3 a 0 para o Manchester nos pênaltis. O brasileiro Ânderson não jogou.

O

do o sonho de passar a ser companheiro de ídolos como Ronaldo e Kaká. O jogador e as três pessoas que o acompanhavam entraram numa van e partiram para Forte dei Marmi, que fica a 250 quilômetros de Milão e onde Adriano Galliani tem casa. Em Forte dei Marmi, todos jantaram no restaurante do Grande Hotel Imperiale, onde Gilmar Veloz e o pai do jogador ficaram hospedados. Pato foi levado para dormir na casa de Adriano Galliani. Ele ficou emocionado por ter recebido telefonemas de boas-vindas de Ronaldo e Cafu. Por causa da ida para a praia, os exames médicos do atacante foram adiados de hoje para amanhã, quando também será apresentado oficialmente aos tifosi. Pato deve usar a camisa 7 - que era de Ricardo Oliveira antes de ir para o Zaragoza - a partir de 2008. Como só vai fazer 18 anos no dia 2 de setembro, Pato não poderá disputar os jogos do Campeonato Italiano em 2007.

Tempo é dinheiro

Real Madrid perdeu o título do Torneio de Moscou com uma derrota por 2 a 1 para o PSV Eindhoven. Em Pequim, o Barcelona venceu o Beijing Gouan por 3 a 0, com direito a um belo gol de falta de Ronaldinho Gaúcho. Os resultados foram diferentes, mas os dois

arqui-rivais espanhóis tiveram um ponto em comum ao entrar em campo no fim de semana: encheram de euros seus cofres. A preparação técnica acaba em segundo plano na prétemporada dos gigantes europeus: exibir suas estrelas e aumentar o faturamento

vem em primeiro lugar. O Milan também esteve na Rússia, e o Barça segue no Oriente: joga amanhã no Japão e sexta em Hong Kong. “Esse tipo de viagem não ajuda em nada”, já reclamou o zagueiro Thuram. Para ele pode não ajudar, mas o tesoureiro do clube agradece.


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Hipismo Vôlei Fórmula 1 Vôlei de praia

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 6 de agosto de 2007 Ivan Milutinovic/Reuters

Esta foi a pior corrida da minha vida. É um fim de semana para esquecer.” Felipe Massa

HAMILTON VENCE NA HUNGRIA

AGORA É GUERRA segundo, e Massa apenas o 13º, depois de um péssimo treino. Daqui a três semanas, na Turquia, a scuderia promete reagir, e recuperar seu lugar no campo de batalha. MUNDIAL DE PILOTOS:1. Hamilton (ING/McLaren), 80; 2. Alonso (ESP), 73; 3. Raikkonen (FIN/Ferrari), 60; 4. Massa (BRA/Ferrari), 59; 5. Heidfeld (ALE/BMW), 42; 6. Kubica (POL/ BMW), 28; 7. Fisichella (ITA/Renault), 17; 8. Kovalainen (FIN/Renault), 16; 9. Wurz (AUT/Williams), 13; 10. Coulthard (ESC/ Red Bull) e Weeber (AUS/Red Bull) 8; 12. Trulli (ITA/Toyota) e Rosberg (ALE/Williams), 7; 14. Schumacher (ALE/Toyota), 5; 15. Sato (JAP/Super Aguri), 4; 16. Vettel (ALE/ BMW) e Button (ING/Honda), 1.

Laszlo Balogh/Reuters

“F

oi um fim de semana cheio.” A frase de Lewis Hamilton define bem como foi o GP da Hungria, nem tanto pela prova em si, monótona como quase sempre acontece na travada pista de Hungaroring, mas pela briga de bastidores que deve tomar conta da McLaren nas seis provas que faltam para o fim da temporada. O ambiente na Hungria já era tenso por conta do escândalo de espionagem à Ferrari, que pode eliminar a McLaren do Mundial. E o caldeirão quase explodiu no treino de classificação, quando Fernando Alonso ficou parado no boxe e atrapalhou a chance de Hamilton tentar a pole. O espanhol fez o melhor tempo, mas foi punido e largou em sexto. O inglês foi beneficiado, levou bronca do chefe Ron Dennis e respondeu com palavrões. Na pista, com a McLaren sobrando e Alonso longe, Hamilton venceu e se distanciou na liderança, sete pontos à frente de Alonso, que chegou em quarto. “Houve muita emoção para nossa equipe”, disse o vencedor. “Se não fosse a punição, poderia ter vencido”, rebateu Alonso. À Ferrari, restou assistir - Raikkonen foi

Hamilton venceu e abriu vantagem para Alonso, mas a McLaren sai dividida do GP da Hungria, onde a Ferrari foi só coadjuvante

CON ST RU TO RE S: 1. McLaren, 138; 2. Ferrari, 119; 3. BMW, 71; 4. Renault, 33; 5. Williams, 20; 6. Red Bull, 16; 7. Toyota, 12; 8. Super Aguri, 4; 9. Honda, 1.

A festa de Doda e Athina Fotos: Sergio Castro/AE

F

icou tudo em casa: o brasileiro Álvaro Affonso de Miranda Neto, o Doda, duas vezes medalhista olímpico com o Brasil, foi eleito o melhor cavaleiro do Athina Onassis International Horse Show, a maior competição de hipismo já realizada no País. O evento foi idealizado e organizado por ele mesmo e levou o nome de sua mulher, a neta e herdeira do bilionário armador grego Arisoteles Onassis. Mas não foi uma mera festinha caseira: reuniu dezenas de nomes da elite do esporte, ofereceu mais de US$ 1 milhão em prêmios e recebeu 13 mil pessoas em cinco dias. “Só não havia mais gente porque os ingressos se esgotaram”, explicou Doda. O cavaleiro venceu uma prova na sexta-feira, terminou em terceiro ontem e apresentou os resultados mais regulares do torneio. Premiado, recebeu beijos da amada e fez questão de homenagear um de seus primeiros treinadores, o veterano campeão pan-americano Renyldo Ferreira. “Ninguém ganha nada sozinho. Ficamos dez anos juntos, e ele me ensi-

E

O cavaleiro brilhou no torneio de hipismo que levou o nome de sua mulher, em São Paulo

C

om dois quartos lugares na Hungria, nos intervalos da Fórmula 1, o brasileiro Lucas di Grassi ficou a apenas um ponto de assumir a liderança da GP2, a principal categoria de acesso à elite do automobilismo. Ele tem 54 pontos, contra 55 do alemão Timo Glock, piloto de testes da BMW e que abandonou as duas provas do fim de semana. Os outros brasileiros não foram bem: Bruno Senna e Xandinho Negrão não pontuaram nos dois dias. Assim como a F1, a GP2 entra em “férias de verão” e só volta daqui a três semanas, na Turquia.

De olho no to, facilitando a atração de patrocindor e investidores. Acer- Pré-Olímpico nou muito do que me levou a ser o cavaleiro que sou hoje”, agradeceu Doda. Não foi o único a sair feliz ontem da Sociedade Hípica Paulista, na zona sul de São Paulo. Tão sorridente quanto Doda estava o inglês John Whitaker, que completava 52 anos e ganhou a última prova,

que lhe rendeu um “presentinho” de 75 mil euros. Veterano de quatro Olimpíadas, Whitaker ficou impressionado com a animação do público, que acenou com guardanapos brancos após a premiação. “Foi perfeito, fantástico. A torcida ficou entusiasmada, o que fez de tudo

um show. Já não gosto muito de comemorar aniversário, mas fiquei especialmente feliz por ganhar.” O torneio fez parte do Global Champions Tour, espécie de “Grand Slam” do hipismo, e Doda admitiu, desde o início, que o nome Onassis seria garantia de sucesso para o even-

tou na mosca: a Hípica, em Santo Amaro, não ficou devendo a Wimbledon no quesito luxo. Foram R$ 11 milhões em investimentos, muitos negócios e muita gente, apesar do preço pouco convidativo: havia lugares que custavam R$ 2 mil. No ano que vem, o evento pode ir para o Complexo de Deodoro, que recebeu o hipismo nos Jogos Pan-Americanos.

Mais um bom começo

m sua “estréia de fato” no Grand Prix, o Brasil venceu ontem a Itália por 3 a 2 (25/19, 24/26, 26/24, 24/26 e 15/8), em Verona, e terminou a primeira semana de jogos na liderança, com 100% de aproveitamento. Nos dois primeiros jogos, o Brasil obteve vitórias fáceis por 3 a 0, contra Holanda e Taiwan, e apenas neste domingo o técnico José Roberto Guimarães pôde realmente testar suas jogadoras, que buscam o sétimo título da competição e tentam esquecer a tragédia do Pan. “Nossa força é o conjunto. As atletas que entram conseguem ajudar e manter o nível do time, e no Grand Prix quem tem um grupo forte conquista bons resultados”, explicou Zé Roberto, que das 12 jogadoras só não usou ontem a oposto Renatinha. Ele enalteceu tam-

Di Grassi perto da liderança

FIVB

bém o fato de o time não ter dado bola para a torcida italiana. “O ginásio estava cheio e o time respondeu bem.” Sheilla foi a pincipal jogadora do Brasil, com 26 pontos, e está otimista para o próximo quadrangular, em Tóquio, onde a equipe enfrentará Japão e novamente os sacos de pancada Holanda e Taiwan. “Essa vitória nos dará mais confiança, o quinto set do jogo foi nosso melhor até agora.” O Grand Prix é disputado por 12 seleções, em três quadrangulares por semana - nesta, a única equipe que também venceu os três jogos foi Cuba. Os cinco melhores na classificação geral mais a China vão para a fase final, em Ningbo. Ataques de Sheilla foram fundamentais para a vitória de ontem sobre a Itália, a terceira seguida

T

ricampeã pan-americana, a seleção de basquete masculino treina até o fim desta semana em São Paulo, no Paulistano, reforçada pelos craques da NBA, para o Pré-Olímpico de Las Vegas, que começa no dia 22 de agosto e vale duas vagas na Olimpíada de Pequim. O grande astro dos primeiros dias de treino, neste fim de semana, foi o armador Leandrinho, do Phoenix Suns. “Estou muito feliz por voltar à seleção, vamos treinar forte para dar mais uma alegria a nossa torcida”, afirmou. “Precisamos de muita força coletiva”, avisa o técnico Lula Ferreira.

Mais um título dos reis da praia

D

uas semanas depois da medalha de ouro no Pan, Ricardo e Emanuel conquistaram ontem o título do último Grand Slam desde ano do Circuito Mundial de vôlei de praia, em Klagenfurt, na Áustria. Na final, bateram os alemães Klemper e Koreng por 21/13 e 21/14, e conquistaram seu quarto título do ano. “É muito empolgante jogar aqui, a torcida é impressionante”, festejou Emanuel. No feminino, Juliana e Larissa ficaram com a prata, derrotadas na decisão pelas norteamericanas Walsh e May, por 21/16 e 23/21.


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Valter Campanato/ABr

Não dá para avaliar agora se a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) funciona ou não funciona." Nélson Jobim, ministro da Defesa

www.dcomercio.com.br/logo/

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

AGOSTO

2 - LOGO

6 Nascimento da comediante norte-americana Lucille Ball (1911-1989)

S AÚDE R ELIGIÃO

Reencarnações controladas Depois de dominar o território do Tibete, berço do budismo, o governo chinês decidiu que controlará também as reencarnações do Buda Tibetano. O gabinete de Assuntos Religiosos do país anunciou no fim de semana que, a partir de agora, toda reencarnação de Buda tibetano vivo deverá ter o aval oficial do governo chinês. As novas regras entrarão em vigor no dia 1º de setembro, marcando "uma etapa importante para institucionalizar a gestão das reencarnações de Budas vivos", explicou a agência oficial Nova China. De acordo com estas regras, apenas os templos de budismo tibetano creditados pelas autoridades comunistas terão o direito de solicitar o reconhecimento de uma

reencarnação. Os Budas ("despertados") vivos são um elemento importante do budismo tibetano, grupo de monges eméritos, que supostamente reencarnam. Vários candidatos estão na fila para serem escolhidos. Pequim pretende manter um rigoroso controle dos assuntos religiosos, principalmente nesta região. As autoridades chinesas haviam recusado em 1995 a escolha pelo Dalai Lama, líder tibetano que vive no exílio na Índia, da reencarnação do panchen lama, número dois na hierarquia do budismo tibetano. Retirado de sua casa pelas autoridades, o 11º panchen lama, uma criança de seis anos, nunca mais foi visto. Pequim escolheu seu próprio panchen lama, que foi apresentado em 2006.

T ECNOLOGIA

D IREITOS CIVIS

Falta tratamento no DF Conselhos da Juventude denunciam a inexistência de centros de atendimento

A

Promotoria de Justiça de Defesa da Infância e da Juventude e os Conselhos Tutelares reclamam a falta de um centro hospitalar de tratamento para crianças e adolescentes envolvidos com drogas. Segundo a promotora de justi-

ça Leslie Marques de Carvalho, é grande o número de jovens com problemas de dependência química e o poder público no Distrito Federal não tem tido a preocupação de solucionar essa carência. "Posso dizer que, de cada dez adolescentes recebidos

por nós, oito são por envolvimento com drogas", afirma. A promotora lembra que, ao encaminhar o adolescente ao Conselho Tutelar, é feita uma requisição de tratamento. "Mas nem todos os estados ou cidades podem contar com esse serviço", lamenta.

Jens Koehler/GERMANY OUT

C ULTURA

Filmes brasileiros brilham em NY O verão é a época da grande temporada do cinema brasileiro em Nova York. Este ano, ela começou com 12 filmes exibidos em julho na 5ª edição do Première Brazil. E continua este mês, com 19 títulos, um no circuito normal e 18 no 5º Brazilian Film Festival of New York. A agenda brasileira de agosto começou sábado (4), no Museum of the Moving Image, com a préestréia de "Manda Bala" (Send a Bullet), documentário que levou o Grande Prêmio do Júri do Sundance Film Festival, em janeiro. O filme entra em cartaz na cidade dia 17. B RAZIL COM Z

Lua-de-mel nos trópicos

Kiyoshi Ota/Reuters

Bush consegue: xeretice vira lei

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E M

Um carro ultra leve, para transportar apenas uma pessoa, foi uma das atrações de uma feira de robótica em Tóquio.

A Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou, no sábado, projeto de lei que dá poder às agências de espionagem do país para realizar escutas e interceptar e-mails entre residentes no país e estrangeiros sem autorização judicial, por seis meses. A Câmara ratificou a proposta, já sancionada pelo Senado no dia anterior, por 227 votos a favor e 183 contra. Grupos de direitos civis protestaram contra a nova lei. O presidente George W. Bush afirmou que essa autorização é essencial para proteger o país.

ATRAÇÃO TURÍSTICA - Um agricultor alemão usou um GPS para "desenhar" um porquinho em um campo de milho de sua fazenda, que tem 37 mil metros quadrados de área. A imagem, que pode ser vista do alto, transformou-se uma atração turística local.

O jornal britânico The Times publicou no fim de semana uma reportagem intitulada "Como organizar uma lua-demel no Brasil". No texto, que responde a uma pergunta de um leitor, o especialista em viagens sugere a Amazônia como principal destino e dá dicas sobre hospedagem no meio das árvores, observação de pássaros e animais. Outra dica de destino romântico no País, na opinião do especialista inglês, é o Pantanal. Uma passagem pelo Rio também é recomendada, mas sem grande entusiasmo.

C A R T A Z A RTE

LAMBRETAS

M EIO AMBIENTE

Musas do ocidente Reproduções

U

m vídeo colocado no YouTube pelo usuário eggman913 tem rodado a internet mostrando retratos de mulheres, feitos por grandes artistas do ocidente nos últimos 500 anos [algumas obras estão nesta página]. As imagens se transformam umas nas outras ao som de Bach. O artista fez o mesmo trabalho com fotos de mulheres no cinema. Para ver o vídeo e identificar as obras, consulte os links abaixo. http://br.youtube.com/watch?v=nUDIoN-_Hxs http://www.maysstuff.com/womenid.htm

Doze lambretas raras estão expostas em mostra que conta um pouco a história do veículo, famoso na década de 60. Shopping D (piso1), Av. Cruzeiro do Sul, 1100. Grátis.

Hospedagem em todo o Brasil

A fabricante francesa Haier anunciou a Wash20, máquina de lavar roupas que usa íons de água e não detergente para limpar as peças. O sistema quebra as moléculas de água em seus componentes OH- e H+, que atraem e removem a sujeira. Por enquanto só é vendida na França, por US$ 957.

O site Pousadas & Spas possui um verdadeiro banco de dados sobre esse tipo de hospedagem menos convencional em todo o País. Para obter as informações basta informar o tipo de estabelecimento procurado, a cidade ou região ou o tipo de destino desejado (praia, campo, cidade, montanha...) Além desse tipo de consulta, o site ainda traz dicas de pacotes turísticos, mapas, informações meteorológicas, dicas e curiosidades. Há também notícias e promoções.

www.wash2o.fr

www.pousadasespas.com.br

Outras telas incluem obras de Mondrian e Tyranov

A TÉ LOGO

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Falta de saneamento atinge jovens na América Latina Preservação ambiental une empresário e clientes

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Lava-roupa sem detergente

Orkut também no celular

Vênus de Boticelli e Françoise, de Picasso (imagens maiores)

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F AVORITOS

Embora manifeste preocupação diante da expansão da soja no Mato Grosso, o coordenador do Programa Xingu, do Instituto Sociambiental (ISA), André Villas-Bôas, aponta um aumento na conscientização sobre a importância de preservar os recursos hídricos. "Você começa a notar um consenso de que isso é básico, de que água é uma questão econômica", diz. Ele salienta que está sendo feito um planejamento mais cuidadoso do uso da propriedade rural. T ECNOLOGIA

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G @DGET DU JOUR

Consciência ambiental em MT

Pequenos agricultores e pescadores não conseguem crédito

Um novo aplicativo que foi colocado no mercado permite aos viciados em Orkut transformarem o site de relacionamento em um "acessório" portátil. O mKut é permite ler recados, enviar mensagens, conferir datas de aniversários e muito mais. O download do software é gratuito, mas o usuário pagará à operadora de telefonia pelo acesso. Segundo estimativas dos desenvolvedores do mKut, acessar a conta, visualizar 10 recados mais recentes (com até 20 palavras cada) e responder a duas dessas mensagens (até 10 palavras) custa entre R$ 0,07 e R$ 0,18. www.jmobi.com.br/mkut


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

7

E

ANTONIO DELFIM NETTO

ENERGIA E CRESCIMENTO

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Luludi/LUZ

Se esta rua fosse minha... A cidade protegida ganha um novo aliado: traffic calming, a blindagem de ruas. POR JÚLIO MORENO

T

rês décadas depois de ter sido criado na Europa, o conceito de traffic calming chega a São Paulo. Em essência, trata-se de reduzir o impacto da circulação de veículos numa determinada região residencial da cidade, evitando sua degradação. A blindagem de ruas, de uma certa maneira, já teve uma primeira onda com a criação dos calçadões no centro paulistano, mas o objetivo naqueles anos 70 era priorizar o tráfego de pe-

sagismo de ruas igualmente comerciais, tais como Joaquim Nabuco, João Cachoeira, Oscar Freire e mais recentemente a Avanhandava. Nessa fase, a iniciativa foi sempre dos comerciantes, que custearam não apenas os projetos, mas também as obras necessárias. Agora, finalmente, chegou a vez de garantir a tranqüilidade das ruas residenciais. Proposta novamente de iniciativa da população, ganhou apoio da Companhia de En-

também projetos para São Mateus, Vila Carmosina e Cidade Tiradentes. A Vila Paulista, que fica entre os corredores da Brigadeiro Luis Antônio e da avenida Antônio Joaquim Moura Andrade, terá esquinas com passeios avançados, pisos diferenciados e rebaixamento para portadores de mobilidade reduzida e deficientes físicos. A rua Henrique Martins será a única “via funcional” que permitirá o cruzamento do bairro sem bloqueios.

Agliberto Lima/DC

A

Masao Guto Filho/e-Sim

As ruas de classe média alta, ultravigiadas, querem antes de mais nada sossego. Mas a cidade ainda é sinônimo de cruzamento de vidas.

destres, diminuir a poluição atmosférica e sonora da região, sem contudo tirar a vitalidade do core da cidade. Há hoje quem argumente que o tiro saiu pela culatra, pois os calçadões teriam afastado do centro os grandes bancos e magazines, o que contribuiu para sua deterioração. A segunda onda teve início entre nós no princípio da década com as reformas de calçadas e pai-

genharia de Tráfego (CET), através do projeto Cidade Protegida. A rua Pedralva, no Alto de Pinheiros, serviu de laboratório e o trânsito diminuiu pela metade. Outros 14 projetos estão em estudo, sendo que três devem se concretizar em breve: Vila Paulista, Alto de Pinheiros 1 e City Boaçava. Bairros de gente abastada, como outros casos em desenvolvimento, mas há

rua pode ser entendida, em sua origem, como a extensão do caminho rural: apenas um eixo de circulação. Na época dos romanos, a Ruga como a Via (ainda que esta menos rústica) não passavam de sulco entre duas fileiras de casas em uma povoação. O conceito foi exacerbado na cidade medieval, onde as casas ganharam porte, sacrificando espaços de ruas. Curiosamente, esse estreitamento das ruas “contribuiu para dar ao ambiente da cidade medieval um caráter mais intimista, “romântico”, com repetidas surpresas visuais", observou o urbanista inglês A.E. J. Morris. Em fins do século XIX, a criação de estações ferroviárias de grande porte, o aparecimento das lojas de departamento e dos hotéis de luxo e sobretudo o crescimento do mercado financeiro, que trouxe consigo a especulação imobiliária, levam as cidades a se expandir. Os caminhos estreitos já não atendem aos novos tempos e Hausmann impõe um plano urbanístico para modernizar Paris com uma estruturação monumental, com praças grandiosas e avenidas amplas e arborizadas. Às avenidas largas, sucederam-se as vias expressas que transformaram Los Angeles na capital do automóvel.

C

irculação, circulação, circulação. Uma rua não é só isto. Elas são também conforme a urbanista canadense Jane Jacobs – o palco da vida social, o local onde ocorre um coquetel de encontros, movimentos, desencontros e repouso. A rua é a personificação da cidade e de seus moradores. Com o mesmo propósito que a Companhia City planejou, nas décadas iniciais do século XX, ruas tortuosas para proteger os Jardins e o Pacaembu, a CET hoje abençoa os projetos de traficc calming sugeridos pela população. Esse conceito, na Europa, levou comunidades a resgatarem laços de amizade com os vizinhos. Algo que misturou o “romantismo” das ruas das cidades medievais com o civilizado cruzamento de vidas e experiências humanas nas calçadas urbanas defendido por Jane Jacobs. É pouco provável que isto ocorra aqui com a mesma intensidade. Nos bairros de classe média alta, com seus prédios ultravigiados, o que os moradores querem é antes de mais nada sossego, maior segurança e proteção ao valor de seus imóveis. Cidadania hoje, civilidade um dia quem sabe. A ver. O que não tira o mérito da iniciativa, uma vez que ela evita degradações dos bairros de São Paulo considerados de uso estrita ou preferencialmente residencial. Degradações que poderiam custar caro numa cidade com orçamento insuficiente para acelerar o transporte público ou mesmo contar com semáforos inteligentes – de 1256 instalados, só 230 estão ativos. Resta saber qual é a solução que a CET vai encontrar para o aumento de tráfego no resto da malha viária, em especial os já congestionados c o r re d o re s d a C i d a d e Desprotegida.

CIRCULAÇÃO, CIRCULAÇÃO, CIRCULAÇÃO. UMA RUA NÃO É SÓ ISTO.

uarta-feira da semana passada, na Folha de S.Paulo, sob o título Conseqüências, fiz um comentário tratando da questão energética, quando procurei mostrar o engano das pessoas que se opõem à construção de hidrelétricas, acreditando que estão defendendo a preservação do meio ambiente e o bem estar das populações mais pobres que, eventualmente, tenham que se deslocar das margens dos rios. O título do artigo se refere exatamente ao fato que a ação dos "ambientalistas", atrasando as obras das usinas em Rondônia, recentemente, tornou-se o exemplo mais flagrante das conseqüências não intencionais de ações bem intencionadas, pois o déficit da oferta da energia limpa do rio Madeira vai ser coberto com a oferta de energia suja das termelétricas de petróleo. Suspeito que, pela reação que colhi da maioria dos leitores, nossos "ecologistas" que se opõem às hidrelétricas logo receberão troféus de sugismundos e retrógrados, pois além de ajudarem a poluir o ambiente, evitam que as populações mais pobres (próximas ou distantes das margens das represas) recebam a luz elétrica barata em suas casas. Isso porque há uma relação muito estreita entre o crescimento da economia (mais emprego, mais renda, melhoria do bem estar) e o consumo de energia.

T

udo é energia. A própria "força de trabalho" é a conversão da energia dos alimentos que o cidadão consome (que é, por sua vez, produto da energia para produzi-los). A quantidade de energia de que dispomos na Natureza é constante: não pode nem ser criada nem destruída. Os homens apenas aprenderam a controlá-la em benefício do aumento da sua produtividade. Trata-se de uma fatalidade termodinâmica que não pode ser alterada por nenhuma pajelança.

nergia e desenvolvimento são os dois lados indispensáveis, umbilicalmente ligados, de uma mesma possibilidade: melhorar o bem-estar da sociedade. O que depende de nossa decisão é escolher a melhor forma de organizar a energia dispersa na natureza para pô-la à nossa disposição. E é mais do que evidente que a energia hidrelétrica – quando pode ser obtida – é a mais conveniente: é renovável, é limpa e consome muito pouco do que em breve será uma das commodities mais raras do mundo, porque seu consumo cresce exponencialmente e sua oferta é fixa: a própria água. O bárbaro apagão de 2001, a maior demonstração de incompetência de qualquer governo brasileiro – desde a expulsão de José Bonifácio em 1823 – destruiu a grande vantagem comparativa que o Brasil tinha na sua matriz energética. Em desespero e sem alternativa, começamos a super-enfatizar as termelétricas (necessárias numa matriz harmoniosa) e vamos terminar nas átomoelétricas, com custos marginais crescentes e prejuízos maiores para o meio ambiente. Quando se atrasa as hidrelétricas, deixamos de produzir a energia limpa e renovável que reduziria a poluição das habitações pobres que utilizam a madeira, o querosene e às vezes o estrume para produzir a energia que necessitam para a sua sobrevivência.

Q

uando essa energia é produzida pelas termelétricas, tal redução é anulada pela sua própria poluição ambiental. É um bom exemplo das conseqüências não-intencionais de ações bem intencionadas, mas mal informadas. ANTONIO DELFIM NETTO É PROFESSOR EMÉRITO DA FEA/USP , EX-MINISTRO DA FAZENDA, DA AGRICULTURA E DO PLANEJAMENTO CONTATODELFIMNETTO@ TERRA.COM.BR

G Depende de

nossa decisão escolher a melhor forma de organizar a energia dispersa na natureza e colocá-la à nossa disposição.

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


Reprodução

RENAN CERCADO

A pauta do Congresso é o presidente do Senado, Renan Calheiros. Se ele se mantiver no cargo, nada deverá ser votado. A nova denúncia de Veja, retomada pelo O Jornal (à esq.), que foi de Renam com duas rádios, tudo comprado em nome de laranjas, levou o DEM a prometer para amanhã uma nova representação ao Conselho de Ética. "Este caso já vem pronto", explicou o senador Torres (DEM-GO). O cerco a Renam, página 3.

Ano 83 - Nº 22.432

São Paulo, segunda-feira, 6 de agosto de 2007

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição concluída às 23h25

w w w. d co m e rc i o. co m . b r

RUÍNAS DE UMA TRAGÉDIA

JB Neto/AOG

A tragédia que matou 200 pessoas virou ruína em cinco segundos. O entulho vai encher mil caminhões. Depois, nascerá uma praça. C 5 Márcio Fernandes/AE

Divulgação

Omega canguru na 4ª geração O Omega da Austrália chega a São Paulo

Newton Santos/Hype

Cartaz para Kassab na Cidade Limpa

É o projeto mais popular do prefeito, diz o Ibope. C 1

Trevisan quer reforma tributária já

Auditor vai a Mantega para levar proposta. E 2

HOJE Parcialmente nublado Máxima 21º C. Mínima 12º C.

AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 24º C. Mínima 13º C.

Jóias eternas que brilham no próximo verão

130 expositores mostram suas jóias até amanhã. E 3

Liderança em jogo no Brasileiro Agora líder, São Paulo de Borges (foto) enfrenta vice Botafogo, na quarta-feira. Esporte


C idades PAULISTANO DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

1 Em todos os serviços, a avaliação da população é positiva, com nota mínima 6, numa escala de 0 a 10. Maurício Garcia, gerente de projetos do Ibope

Vera Gonçalves/Folha Imagem - 03/04/2007

QUER A CIDADE LIMPA Pesquisa Ibope/Diário do Comércio mostra que 73% dos paulistanos conhecem a lei Cidade Limpa, que combate a poluição visual em São Paulo. Para 56%, a nova legislação melhorou um pouco ou melhorou muito o visual da cidade.

O prefeito Gilberto Kassab, que decretou guerra à poluição visual e acompanhou pessoalmente a retirada de outdoors. A lei Cidade Limpa deu visibilidade à administração municipal. Próximo passo: melhorar a qualidade do ar.

Rejane Tamoto

A

lei Cidade Limpa, que proíbe a publicidade externa na cidade e estabelece regras para o anúncio indicativo do comércio, é o projeto da gestão do prefeito Gilberto Kassab mais conhecido pelos paulistanos. De acordo com a pesquisa Ibope/Diário do Comércio, 73%, de um total de 805 entrevistados na Capital, conhecem a lei de combate à poluição visual. O segundo programa mais conhecido, por 63% da população, é a Assistência Médica Ambulatorial (AMA), iniciada nessa gestão. A Nota Fiscal Eletrônica de Serviços é um dos projetos recentes menos conhecidos da atual administração, por apenas 24% dos entrevistados. "A lei Cidade Limpa teve um impacto muito grande na mídia e aparece entre as medidas mais conhecidas pela população, se considerarmos apenas os projetos específicos desta gestão. Avaliamos outras ações e serviços básicos, inclusive iniciados na gestão anterior. Em todos os serviços, a avaliação da população é positiva, com nota mínima 6, numa escala de zero a 10", explicou Maurício Garcia, gerente de projetos do Instituto Ibope Inteligência. O número de pessoas que conhecem a lei Cidade Limpa aumenta para 82% quando questionadas se ouviram falar da nova legislação. A maioria dos que ouviram falar da Cidade Limpa são homens (84%) e têm de 25 e 29 anos (89%). Segundo a pesquisa, a maior parte deles reside no Centro (89%), 97% têm ensino superior e 96% têm renda familiar de mais de cinco salários mínimos. A opinião de 36% das pessoas que conhecem a lei Cidade Limpa é que o visual da cidade melhorou um pouco, seguido por 20%, que consideram que a paisagem de São Paulo melhorou muito. Críticas – Para 56% dos entrevistados, a lei Cidade Limpa deixou a cidade mais bonita e para 29% trouxe mais benefícios à população. Por outro lado, a pesquisa mostra que um número considerável de pessoas tem críticas à lei de combate à poluição visual. Para 41% deles, a nova legislação municipal gerou

mais desemprego e, para 39%, trouxe mais prejuízos para a população paulistana. "A pesquisa mostra pontos a favor e contra a lei Cidade Limpa. E isso está atrelado à comunicação. Há um estigma impopular em relação à geração de empregos. E o evento crucial para esse estigma ocorreu no início da lei, quando o prefeito bateu boca com um

desempregado da área de publicidade externa. A Prefeitura deveria mostrar como a lei pode gerar empregos", disse Garcia. Continuidade – A pesquisa Ibope/Diário do Comércio verificou que a continuidade da lei Cidade Limpa é apoiada pela população. Após o combate à poluição visual, a segunda fase do projeto será focada na

melhoria da qualidade do ar. Essa medida tem a aprovação de 90% da população. Outra questão que tem apoio dos paulistanos é o controle de camelôs sem licença, aprovada por 49% dos entrevistados, contra 42%, que desaprovam a medida. Avaliação – Quando a lei Cidade Limpa é avaliada junto a

outros projetos, obras ou ações da Prefeitura de São Paulo, 10% responderam espontaneamente que a redução da poluição visual e a retirada das placas é um dos principais projetos ocorridos no último ano. O projeto Cidade Limpa só não é mais bem avaliado quando comparado a outras ações importantes para São Paulo.

Em primeiro, segundo e terceiro lugares, o projeto de combate à poluição visual é considerado importante para 4% dos entrevistados. Segundo o estudo, 47% consideram mais importante a construção de novos hospitais e 27% a melhoria do transporte coletivo. Em terceiro lugar, há um empate entre a AMA e a urbanização de favelas, com 23% respectivamente. Nota – Em geral, a nota média que o paulistano dá aos serviços e obras da Prefeitura, iniciados nesta gestão ou nas anteriores, é positiva. Quem recebeu a melhor nota média foi o Bilhete Único, com 8,7, e a construção de CEU's (Centro Educacional Unificado), que teve nota 7,9, empatando com a nota da AMA. O programa Mãe Paulistana teve nota 7,8 e o projeto Cidade Limpa teve 6,6. "Essa é uma comparação das médias de todos os serviços testados e conhecidos pelos entrevistados. Mais da metade dos serviços têm nota superior a 7,0. A pior nota dada é 6,0 (para as UBS's - Unidades Básicas de Saúde). E essa não é uma nota baixa, considerando que a média é 5,0, em uma escala de zero a dez", afirmou o gerente de projetos do Instituto Ibope Inteligência. Para Garcia, os serviços prestados pela Prefeitura têm boa avaliação geral da população que, contraditoriamente, desaprova a atuação da atual administração. "É contraditório, mas 49% desaprovam a atuação da Prefeitura. Esse número talvez tenha relação com a falta de uma marca que identifique a pessoa do prefeito com a administração da Prefeitura. Como ele não foi eleito pela população, ainda sofre com o problema do desconhecimento. Isso influencia muito, já que existem administradores que pouco fazem, mas por força de recall e carisma se mantêm por muito tempo", avaliou Garcia. A pesquisa Ibope/Diário do Comércio foi realizada entre os dias 20 e 25 de julho e ouviu 805 pessoas, entre homens e mulheres, com idade a partir de 16 anos, em todas as sete regiões da capital. A margem de erro é de três pontos porcentuais, para mais ou para menos.


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Ambiente Educação Transpor te Saúde

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

TRÂNSITO RUIM AUMENTA USO DE HELICÓPTERO

Marcos Fernandes/Luz

Tempo economizado pelos executivos compensa o alto custo das aeronaves.

Greve: Justiça tenta fazer valer punições Recursos tornam multas ineficientes, evidenciando a impunidade dos grevistas Paulo Liebert/AE

Fernando Vieira

A

Helicóptero decola do Campo de Marte, na zona norte: uma opção para o trânsito caótico da cidade

Contra o caos no trânsito, saída pelo ar Greve dos metroviários dobrou o uso de helicópteros na cidade Valéria Gonçalvez/AE

Flávia Gianini

P

ara fugir do caos provocado pela greve dos metroviários, que inviabilizou a vida de 3 milhões de pessoas na quinta e sexta-feiras, a solução foi voar. Apesar de acessível ainda a uma parcela restrita da população, o helicóptero foi a solução encontrada por executivos e empresários, preocupados com a possibilidade de perder horas em engarrafamentos. Resultado: o número de helicópteros cruzando o céus da capital dobrou: os 219 pousos e decolagens diárias saltaram para 400, segundo Mário Amaral, diretor da Associação Brasileira de Pilotos de Helicópteros (Abraphe). "Os clientes buscaram agilizar seus deslocamentos e, em média, fizeram duas vezes mais viagens aéreas, especialmente para trajetos curtos e traslados para os aeroportos de Congonhas e Cumbica", confirmou a coordenadora de vôo da Master Taxi Aéreo, Juci Bredoff. O custo de uma viagem de helicóptero entre o Campo de Marte e o aeroporto de Cumbica gira em torno de R$ 2 mil, variando conforme o horário, número de passageiros e o tipo de aeronave empregada. Mas algumas empresas e clientes fixos podem pagar R$ 600 por trechos curtos (de até uma hora), segundo o gerente da Helicopter, Antônio Diniz. Para ele, a popularização do helicóptero como meio de transporte não é um fenômeno recente, mas a deterioração do trânsito em São Paulo, a estag-

Greve do metrô comprometeu mais ainda a circulação pelas ruas

nação nos valores das viagens e a violência nas ruas e rodovias aceleraram o processo nos últimos anos. "A cartela de clientes aumentou 20% no ano passado", disse Diniz. Mesmo pagando caro, voar acaba sendo mais vantajoso para alguns empresários. "O prejuízo de ficar preso no trânsito é maior do que o custo de uma viagem aérea", explicou o executivo Eugênio Dario. São Paulo tem o maior tráfego aéreo de helicópteros na América Latina e o segundo do mundo, depois de Nova York. Dos 1.049 helicópteros existentes no Brasil, quase metade se encontra no Estado de São Paulo, com aproximadamente 480 aeronaves. De acordo com

dados do Serviço Regional de Proteção ao Vôo de São Paulo (SRPV), órgão responsável pela fiscalização dos quase 200 helipontos na cidade, o número de viagens realizadas na região metropolitana aumentou de 12.268, em 2001, para 17.264, no ano passado. "Julgou-se necessária a implantação de Serviço de Controle de Tráfego Aéreo para Helicópteros em função desse aumento de demanda", disse Carlos Herédia, consultor de tráfego aéreo do SRPV. O sistema de controle de tráfego foi implantado na região oeste da capital, onde estão instalados os escritórios das empresas que administram cerca de 46% do PIB nacional.

aplicação de multas pesadas pela Justiça em casos de greve em serviços públicos essenciais, consideradas abusivas, tem se mostrado ineficiente. A penalidade, que deveria atingir diretamente o caixa dos sindicatos, não se mostra suficientemente capaz de levar grevistas a manter uma estrutura mínima de atendimento à população. Pior: as penalidades também não se mostram capazes de promover uma mudança de postura dos grevistas, no sentido de serem menos radicais em futuras paralisações. O Poder Judiciário já se deu conta da situação e procura novas formas de recuperar o respeito às suas decisões. Entre os fatores que contribuem para o descrédito em relação às determinações judiciais estão a própria morosidade da Justiça e a ampla gama de recursos processuais à disposição dos sindicatos. Os dois fatores são utilizados para postergar o cumprimento das penalidades ou, até mesmo, para o não pagamento das multas, que, numa segunda instância de decisão, podem ser rediscutidas ou até mesmo reduzidas. Impunidade – No fim das contas, fica a sensação de impunidade de grevistas que paralisam serviços essenciais (transporte público entre eles). “O não pagamento imediato de uma multa é constitucionalmente garantido pelo direito da ampla defesa, que prevê a possibilidade de recursos. Mas o problema é que o processo judicial é muito demorado. E é exatamente ele que entrava a efetividade do direito”, disse a procuradora Suzana Leonel Farah, do Ministério Público do Trabalho de São Paulo. No caso da greve dos metroviários, que teve início na madrugada de quinta-feira e se estendeu até o final da tarde de sexta-feira, o sofrimento imposto a 3 milhões de pessoas teve um preço a ser pago pelo sindicato dos metroviários: R$ 200 mil. Afinal, a multa estipulada foi de R$ 100 mil por dia de paralisação, segundo decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região. Por pouco, três votos a dois, não foi aplicada, pela primeira vez, a penhora online, um tipo de garantia da execução do va-

Avenida Radial Leste lotada de carros e os trilhos do metrô vazios Valéria Gonçalvez/AE

População pagou caro pelos dois dias de greve dos metroviários

lor integral da multa, de forma imediata na conta bancária do sindicato, o que não afasta a possibilidade de recurso posterior. A medida seria uma novidade em matéria de efetivo pagamento da multa atribuída pela Justiça. Online – Em compensação, o fato de dois juízes terem votado a favor da penhora online revela a existência de um movimento com o objetivo de reverter o cenário atual de impunidade. Somando-se à multa tradicional pelo descumprimento de ordem judicial, destacam-se dois outros fatores importantes na decisão da última sexta-feira do TRT, no sentido de inibir novas posturas de desrespeito à manutenção mínima dos serviços essenciais em casos de greve. A primeira delas é a também inédita condenação do

sindicato dos metroviários por litigância de má-fé, com multa estipulada em 5% do valor de uma folha e meia de salários, o que corresponde a R$ 1,8 milhão. A segunda é a não garantia de estabilidade dos grevistas, abrindo a possibilidade de substituição de trabalhadores quando ficar comprometida a manutenção do serviço essencial. "Toda multa é um problema. É a categoria que contribui. Nós já pagamos multas por outras greves, mas conseguimos parcelar", disse ontem Flávio Godoy, presidente do sindicato dos metroviários de São Paulo. Segundo ele, o sindicato vai recorrer das multas. "O valor total de R$ 2 milhões (os R$ 200 mil mais R$ 1,8 milhão) representam 10 meses de faturamento do sindicato".


Congresso Planalto Par tidos CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 6 de agosto de 2007 Caetano Barreira/Reuters

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PSDB E PT DISCUTEM QUESTÕES PROGRAMÁTICAS

Alckmin: ex-governador teria o apoio do partido para disputar a prefeitura paulistana em 2008

Eymar Mascaro

Tucanos buscam atualização Pontapé inicial

Congresso estadual do PSDB discute meio ambiente, sustentabilidade e modernização

D

epois de dois dias de discussões e painéis, o presidente do PSDB de São Paulo, deputado federal Antonio Carlos de Mendes Thame, destacou a questão ambiental e a sustentabilidade no encerramento do II Congresso Estadual do partido, que visa modernizar o programa do partido. "Nós estamos vivendo o início de uma quarta revolução industrial, que é a revolução ambiental." O deputado afirmou que a proposta de São Paulo para a atualização do programa nacional do partido se baseou em alguns eixos majoritários. Além da questão ambiental e da sustentabilidade, foram debatidas a criação de oportunidades de emprego, crescimento econômico e segurança, a reforma tributária e políticas

sociais, como educação, saúde e transferência de renda. O evento, que teve cerca de 800 inscritos e reuniu cerca de mil pessoas no ginásio da Colônia de Férias do Sindicato dos Vendedores Viajantes, na Vila Mirim, em Praia Grande, teve calorosa participação da ala denominada "Juventude". O grupo, que vaiou e aplaudiu os tucanos que discursavam, tinha como grito de guerra a frase "PSDB, esquerda pra valer". De acordo com Thame, a frase reforça a idéia de que o partido acredita no socialismo. "Mesmo tendo o socialismo real sucumbido, por não revelar a verdade econômica, o socialismo como um sonho de maior igualdade entre os homens permanece entre nós", afirmou. Thame. Eleições – O governador José Serra participou da entrega

Sérgio Castro / AE

D

iversos veículos começam a circular pelas ruas do Rio de Janeiro com adesivos nos pára-brisas fazendo publicidade do governador de Minas, Aécio Neves, que disputa com José Serra a legenda presidencial do PSDB em 2010. Aécio costuma passar os fins de semana nas praias do Rio e, com isso, criou afinidade com os eleitores cariocas. O governador mineiro se prepara para iniciar uma série de viagens pelo País para estreitar seu relacionamento com dirigentes tucanos nos estados, muitos deles com direito a voto na convenção que vai indicar quem será o presidenciável do partido.

DISPUTA Serra premia o prefeito de Jundiaí, Ary Fossen, destaque tucano

dos prêmios "tucano de ouro", para dois prefeitos e dois vereadores com atuação de destaque no partido. Serra destacou que o PSDB governa para todos, "não para uma patota, nem para um grupo de amigos". Ele disse que é muito cedo para decidir sobre uma dobradinha paulista ao

lado de Geraldo Alckmin nas eleições de 2008. "Isso é uma coisa do ano que vem", disse. "Se Alckmin disser que é candidato a prefeito, não conheço quem possa se opor, no partido. Então, nós faremos um novo esforço para manter a aliança com os Democratas", comentou Thame. (AE)

PT poderá antecipar eleição interna

Fernando Pereira / AE

PT paulista confirmou ontem o apoio à proposta de antecipar para o fim deste ano a escolha de todas as diretorias do partido. Durante a etapa estadual do 3º Congresso da legenda, realizada no fim de semana na capital paulista, 710 dos 1.290 delegados que compareceram à votação foram favoráveis a que a escolha das novas direções ocorra entre fim de novembro e começo de dezembro. Houve 573 votos contra e 7 votos brancos e nulos.

O

Ex-ministro José Dirceu vota no 3º Congresso da legenda

Associação

Comercial

DE SÃO PAULO

Reunião Plenária (informações, debates e busca de soluções)

Palestrante Ray Young

Presidente da General Motors do Brasil Ltda. Tema: “Brasil: Um País do Futuro?”

Dia: 13 de agosto de 2007, segunda-feira Horário: às 17 horas Local: Rua Boa Vista, 51, 9º andar

A decisão não é determinante para que a eleição de fato seja realizada este ano, já que somente a etapa nacional do Congresso, marcada para o fim deste mês, baterá o martelo em relação ao assunto. Ainda assim, a etapa paulista ajuda a trazer ânimo aos apoiadores da proposta. Isso porque, no estado de São Paulo, são escolhidos entre 30% e 40% do total de delegados do Congresso Nacional. Anteontem, os delegados que participaram do encontro já haviam votado a proposta por meio de um sistema em que cada um levanta um cartão para manifestar o apoio ou rejeição. A dificuldade de determinar visualmente qual posição obteve maioria levou a direção do Congresso a buscar a confirmação em urnas. O PT paulista também aprovou a redução de três para dois anos a duração dos mandatos dos dirigentes. (AE)

Ações no TSE impedem definição de alianças

R

estando 60 dias para o final do prazo de filiação dos candidatos interessados nas eleições municipais de 2008, três mandados de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) poderão complicar a formação das coligações. De autoria do DEM, PSDB e PPS, com base em resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as ações ainda buscam tomar o mandato de parlamentares que trocaram ou decidam trocar de legenda. A briga judicial resultou num clima de insegurança na maioria das legendas, que decidiram adiar a definição de suas alianças para 2008. Como exceção, na base governista, inflada pelo trocatroca usual dos parlamentares, a ordem é seguir filiando e, depois, brigar na Justiça para garantir os cargos dos eleitos. (AE)

Se a escolha tucana levar em conta a colocação dos candidatos nas pesquisas, Serra levará vantagem sobre Aécio. O governador paulista tem arrancado nos levantamentos o dobro do índice de seu colega mineiro. Por enquanto, Serra tem a preferência da maioria no partido.

ARRANCADA Aécio espera melhorar sua imagem com as viagens que fará pelos estados e com uma campanha do seu governo na televisão. O mineiro dispensa o convite para ser vice de Serra, mesmo com a promessa de que teria garantida a legenda do PSDB em 2014. Aécio prefere ser candidato em 2010.

alimentam a pressão para que Luíza Erundina se candidate à Prefeitura de São Paulo. Sua presença na disputa poderia melhorar a situação eleitoral do partido na capital paulista. Erundina já foi prefeita de São Paulo.

NÃO APROVA Quem não endossa o lançamento da candidatura de Luíza Erundina é o PT. Os petistas acham que Erundina poderia prejudicar a votação de Marta Suplicy, caso a ministra decida disputar a sucessão de Gilberto Kassab (DEM), candidato à reeleição.

CONCORRÊNCIA Aécio Neves admite que não deseja disputar a eleição em 2014 porque teria de enfrentar Lula. O presidente já deu sinais de que pretende ser candidato naquele ano. O mineiro lembra que, para 2010, o PT não dispõe de candidato forte para ganhar a eleição.

ASSÉDIO O governador mineiro pode ser candidato a presidente mesmo que perca a legenda do PSDB para Serra: basta aceitar o convite de Michel Temer e migrar para o PMDB. Mas, por enquanto, Aécio não fala em trocar de partido. Prefere deixar a decisão para momento mais oportuno.

APOIO No PMDB, Aécio poderia alcançar o apoio de Lula. O presidente já admitiu que pode apoiar um candidato de outro partido, caso o PT não disponha de nome forte. No momento, o partido de Lula tem alguns pretendentes, como o governador da Bahia, Jacques Wagner, e os ministros Tarso Genro, Dilma Rousseff e Marta Suplicy.

DOBRADINHA Aécio poderia formalizar uma chapa tendo como candidato a vice o deputado Ciro Gomes (PSB-CE), mas, para isso, o mineiro teria que migrar para o PMDB. Os socialistas preparam Ciro para disputar a presidência, mas não afastam a hipótese de seu deputado ser vice do mineiro.

CANDIDATURA Prevendo o lançamento de Ciro, os socialistas

DIVISÃO A mesma preocupação com uma divisão de votos tem os democratas, caso o PSDB decida pelo lançamento de Geraldo Alckmin. As pesquisas têm registrado que, se Kassab e Alckmin forem candidatos, haverá divisão de votos entre eles, beneficiando o principal adversário, o PT.

COLIGAÇÃO É para evitar a divisão que Serra defende o apoio dos tucanos à reeleição de Kassab. Além de não permitir a divisão, o apoio dos tucanos resultaria na coligação do DEM com o PSDB em 2010, isto é, no apoio dos democratas ao candidato tucano.

RECADO Em artigo publicado na Folha de S. Paulo, o líder empresarial Alencar Burti nega que o "Cansei" seja um movimento partidário com objetivo de fazer oposição a qualquer governo. Burti garante: é um movimento cívico de indignação.

SILÊNCIO Burti, um dos criadores do "Cansei", convida a todos para que no dia 17, às 13h, façam um minuto de silêncio para mostrar indignação com o que vem acontecendo no País. O empresário diz que a sociedade parece estar "anestesiada e sem noção da sua importância".


segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Congresso Planalto Congresso CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

5 Lula Marques/Folha Imagem

PRIORIDADE É A ARRECADAÇÃO

Os democratas são contra a CPMF. O imposto tem data para morrer: 31 de dezembro de 2007. Ônix Lorenzoni (DEM-RS)

GOVERNO SÓ QUER APROVAR CPMF E DRU De todos os projetos de lei que poderiam – e deveriam – ser aprovados neste segundo semestre, os únicos que de fato contarão com uma força-tarefa do governo federal são a prorrogação da cobrança da CPMF e a Desvinculação da Receita da União (DRU), instrumentos indispensáveis para ajudar o Planalto a manter a arrecadação nas alturas. Ficam em segundo plano as reformas tributária e política, à mercê do desenrolar do caso Renan Calheiros

Com a CPMF e a DRU, a reforma tributária vira perfumaria, ou seja, não é prioridade da administração. Denis Rosenfield

Monalisa Lins / AE 02.04.06

Sergio Kapustan

A

gravamento da crise aérea, duas CPIs, medidas provisórias que trancam a pauta, loteamento de cargos no governo para atender a base aliada e o desfecho de denúncias contra Renan Calheiros (PMDB/AL) e Gim Argello (PTB/DF) no Senado. Esses são os principais entraves que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá que enfrentar para aprovar projetos no Congresso neste segundo semestre. Para que uma lei seja aprovada, ela precisa ser discutida e aprovada na Câmara e no Senado. As duas casas estão com a pauta trancada por conta das medidas provisórias do governo e não aprovaram nada na primeira semana de trabalho. A situação mais delicada é no Senado. Desde que explodiu a denúncia contra o presidente da Casa, Renan Calheiros, por supostamente ter contas pessoais pagas por um lobista da empreiteira Mendes Júnior, o Senado começou a andar mais devagar. Tudo indica que o ritmo não vai mudar até o caso do senador alagoano chegar a uma solução. De uma lista de 11 projetos a serem votados, dez interessam ao governo e um ao Legislativo: a reforma política. Dos dez projetos do governo, três são prioritários: o Supersimples, a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e a Desvinculação das Receitas da União (DRU). O resto é uma incógnita. A re f o r m a p o l í t i c a , p o r exemplo, depois de muita discussão no primeiro semestre, foi adiada por falta de acordo. Há a expectativa de que se vote o financiamento público de campanha para eleições majoritárias, a federação de partidos e a fidelidade partidária. O Supersimples faz parte da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. O projeto é responsável pela unificação de impostos federais, estaduais e municipais. Já existe acordo para votá-lo. Os dois últimos representam a "prioridade das priori-

dades" do governo pois, sem contar com esses recursos, não há como manter o equilíbrio das contas públicas. No ano passado, o governo arrecadou cerca de R$ 32 bilhões com a CPMF. Para conseguir prorrogar o tributo, o Planalto e parte da oposição já fecharam um acordo para apressar a votação. A DRU, por sua vez, dá ao governo a liberdade para gastar 20% da receita tributária da União que seria voltada à área social como ele bem quiser. Geralmente esses recursos são desviados para o pagamento de juros da dívida pública. "As prioridades estão definidas. As CPIs e a crise do Senado não vão atrapalhar a votação dos projetos", garante o deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP), um dos articuladores do governo na Câmara. E os demais projetos? Segundo ele, o governo vai trabalhar para fechar acordos. "Vamos listar os projetos e conversar com as bancadas. Não há outro caminho", completa. Um dos maiores críticos do governo, o senador Jefferson Péres (PDT-AM), confirma: não é hora de deixar o presidente Lula na mão. "Sem a CPMF e DRU, o governo não fecha as contas e pode quebrar", declara o pedetista. O filósofo e professor Denis Rosenfield (UFRGS) acrescecenta que em um governo que não corta despesas o caixa não pode ficar zerado. "O que interessa ao governo no segundo semestre é dinheiro em caixa. A CPMF e a DRU vão garantir a continuidade. Com isso, a reforma tributária vira perfumaria, ou seja, não é prioridade da administração", diz. Agências – De olho no caos aéreo, o governo deve entrar em pauta, assim que a Câmara se livrar das medidas provisórias, o projeto de reestruturação das agências reguladoras. O principal alvo é a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), cujo presidente, Milton Zuanazzi, está com a cabeça a prêmio. Setores do governo e do PT defendem o controle político das agências reguladoras. O PSDB, que as idealizou há dez anos, não aceita que o governo quebre as pernas das institui-

Paulo Pinto / AE 25.05.04

Marcos Fernandes / LUZ 04.05.05

Celso Jr / AE 20.03.07

Evandro Monteiro / Digna Imagem

Célio Azevedo / Ag. Senado

Acima, o deputado tucano José Aníbal defende o consenso, o professor da UFRGS, Denis Rosenfield não poupa o governo e o senador Jefferson Péres diz que a situação pode ficar ainda pior

De cima para baixo o expresidente FHC; o deputado Cândido Vacarezza (PT), líder do governo na Câmara; e do lado dele, Leonardo Piciani, relator do projeto das agências reguladoras

semestre foi reservado para Caos aéreo, viagens presidenciais aos para lançar os cargos e Renan estados projetos do PAC, cuja ainda não foi são obstáculos votação concluída.

A

bola da política está ainda nos pés do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas as condições do jogo mudaram um pouco. A avaliação é de políticos e especialistas, sobre o segundo semestre do presidente no Congresso. Nos primeiros seis meses, as medidas provisórias do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) dominaram as votações e o presidente nadou de braçada. Já o segundo

Popularidade – O acidente da TAM em Congonhas, no entanto, tirou o clima de euforia. Lula começou a receber vaias em eventos públicos, o que o levou a cancelar, por exemplo, uma viagem que faria ao Rio Grande do Sul. Mais: a disputa por cargos dentro da base aliada não tem fim. Ao se reunir com o Conselho Político, na semana passada, Lula avisou os 11 líderes aliados: vai encerrar as nomeações em duas semanas.

Para piorar, o caso Renan Calheiros, um dos homens fortes de Lula no Congresso, não sai das manchetes. "Enquanto o governo não solucionar o fator Renan, o Senado vai continuar capenga", diz o professor Aldo Fornazieri, da Fundação Escola de Sociologia Política de São Paulo. "Se a oposição apostar na derrubada dele, vai causar danos". Para o senador Jefferson Péres (PDT), a soma da crise Renan com a distribuição de cargos é um péssimo negócio. "O governo já é chantageado pela base de apoio, e pode ficar ainda mais refém. Depois as crises estouram", critica. (SK)

ções. O embate será forte, prometem os tucanos. Prevendo o fogo cruzado, o relator da matéria, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), diz que o projeto mantém a autonomia das agências, propõe o controle externo do Congresso e a demissão de pessoal por incapacidade técnica e prejuízo à população. "A autonomia das agências não pode servir de garantia para a falta de competência", acrescenta o relator. Espera – Defendida por governadores e empresários, a reforma tributária é outro item da pauta de votações que, segundo Vaccarezza, vai depender de negociação. O texto da reforma deve ser apresentado até o final do mês pelo ministro do Planejamento Paulo Bernardo. Também estão na fila a lei do gás, que regulamenta o transporte, a exploração e a comercialização do gás natural; o projeto de Defesa da Concorrência, que define regras para evitar a cartelização; a lei do salário mínimo, que dispõe o valor de R$ 380 a partir de 1º de abril; e o auxílio-doença, do senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que cria um teto para a liberação de recursos. Já a lei que regulamenta a greve no funcionalismo público está em fase de discussão no governo. Embate e divisão –Algumas divergências persistem entre governo e oposição, como é o caso da prorrogação da CPMF . Segundo o deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP), os tucanos aceitam votar o projeto com modificações. Uma delas é repartir o bolo com estados e municípios. O líder do DEM, Ônix Lorenzoni (RS), é taxativo: "Os democratas são contra a CPMF. O imposto tem data para morrer: 31 de dezembro de 2007", diz Lorenzoni. Para o deputado José Aníbal (PSDB-SP), não é hora de divergir. "A gestão pública federal está esfacelada no Brasil e isso tem reflexo no parlamento", afirma o tucano. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirma que cabe a oposição trabalhar de forma responsável e, ao mesmo tempo, dura. "Quem é de oposição não pode ser conivente", sentencia FHC.


8 - INTERNACIONAL/OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

MuNDOreAL por OLAVO DE CARVALHO, de Washington, DC

A lógica da destruição

N

ão conheço hoje em dia um único esquerdista que consiga ler uma página inteira de Hegel, mas na prática a conduta política e até pessoal de todos eles reflete a lógica do filósofo de Jena com uma exatidão quase literal. O modo dialético de pensar se impregnou tão profundamente na cultura do movimento revolucionário, que se transmite aos militantes, simpatizantes e “companheiros de viagem” por impregnação passiva de hábitos, de símbolos, de reações emocionais, de giros de linguagem, sem necessidade de aprendizado consciente nem possibilidade de filtragem crítica. Os adversários do esquerdismo, por sua vez, estão de tal modo habituados a esquemas de pensamento lógico-formais, absorvidos seja das ciências naturais, seja da economia austríaca, seja mesmo da formação escolástica no caso dos católicos, que tendem incoercivelmente a explicar a conduta esquerdista em termos da coerência linear entre doutrina e prática, ou entre fins e meios, e assim perdem de vista o que há de mais característico no movimento revolucionário, que é justamente o aproveitamento sistemático das contradições. Só isso pode explicar que seus repetidos sucessos no campo econômico e tecnológico sejam acompanhados de derrotas cada vez mais espetaculares na cultura e na política. Não posso aqui dar um resumo da filosofia de Hegel, mas há alguns pontos mínimos sem os quais nenhuma compreensão da mente esquerdista é possível. Quem não tiver a paciência de aprendê-los deve portanto conformar-se em ser vítima inerme e cega do processo revolucionário, sem direito a sentir-se perplexo quando este o conduzir a um campo de trabalhos forçados ou à vala comum dos “inimigos de classe”. Desde que Platão enfatizou a separação entre o mundo dos entes corpóreos e o mundo das “idéias” (ou mais propriamente “formas”), a distinção entre o absoluto e o relativo, entre o Ser e os entes, entre o permanente e o transitório, entre estrutura e processo, se incorporou às raízes do pensamento filosófico e científico no Ocidente ao ponto de que não é exagero resumir todo o esforço intelectual de dois milênios e meio na busca dos fatores estáveis por trás dos fenômenos em mudança. A idéia mesma de “leis científicas” é isso e nada mais. O empreendimento de Hegel consistiu em introduzir nesse sistema de distinções uma confusão profunda, geral e aparentemente insanável. Partindo da observação milenar de que o mundo dos fenômenos é uma aparência ou manifestação do fundamento absoluto, ele dá um giro de cento e oitenta graus na relação entre os dois mundos e reduz o absoluto ao conjunto das suas manifestações relativas. Diz ele que o Ser, considerado em si mesmo, é idêntico ao nada; só a sucessão das suas manifestações temporais lhe dá alguma consistência; logo, o tempo é a substância da eternidade, o devir é a única realidade do ser. Já expliquei em outro lugar por que essas teses são absurdas e por que não acredito que Hegel as tenha emitido por mero engano, e sim por vigarice consciente (v. O Jardim das Aflições, São Paulo, É Realizações, 2004, pp. 168-169 e 176-179). Mas o que interessa aqui é mostrar as conseqüências metodológicas que ele tirou delas, pois foram essas conseqüências que acabaram por moldar a mentalidade do movimento revolucionário. Se o devir é o Ser e se o único processo autoconsciente no conjunto do devir é a história humana, esta se torna automaticamente o campo por excelência da auto-realização do Ser. O Espírito, o Absoluto ou Deus é uma potencialidade inconsciente de si, que só se conhece e se realiza no pro-

cesso histórico tal como Hegel o compreende (o que implica, naturalmente, que Hegel em pessoa seja o ponto mais alto da autoconsciência divina, modéstia à parte). Como no curso do processo todos os momentos altos e baixos são igualmente necessários, todos eles são igualmente portadores da verdade. A diferença entre a aparência e a realidade, que para o pensamento antigo coincidia com a fronteira entre o transitório e o permanente, é assim sutilmente deslocada para dentro do terreno do próprio transitório: a única verdade de cada fenômeno é o lugar que ele ocupa no conjunto do processo (tal como Hegel entende o processo). O falso, o ilusório, é apenas o que está isolado do processo, mas, como nada está isolado do processo, o falso não existe, é apenas uma aparência de falsidade. A verdade, por sua vez, consiste apenas em estar inserido no fluxo total, isto é, em ir para onde Hegel acha Georg W. F. Hegel que as coisas vão. (1770-1831) Essa é a lei profunda que orienta e unifica o movimento revolucionário em todas as suas variantes e nante incorporaram-se não só à modificações. Por exemplo, é notó- práxis do movimento revolucionário que Marx ou Lênin jamais se rio, mas à personalidade de cada preocuparam em descrever como um dos seus participantes, tornanseria a futura sociedade socialista. do-as virtualmente incompreensíAo mesmo tempo, asseguram que veis ao adversário que desconheça todo o movimento histórico vai na a dialética de Hegel. direção do socialismo. Mas como é Hegel acrescentou a essa conpossível saber com certeza que um cepção a idéia peculiarmente diacerto desenlace é inevitável, se não bólica do “trabalho do negativo”. O se sabe nem mesmo dizer que de- movimento deve reduzir ao mínisenlace é esse? A resposta implícita mo indispensável o compromisso é a seguinte: não é a finalidade que com objetivos definidos e concendetermina o processo, mas o pro- trar-se na destruição do existente. A cesso é que determina a finalidade. destruição acabará determinando Esta não é senão o processo mesmo os objetivos em cada etapa, pronta considerado na sua totalidade. Isso a trocá-los no instante seguinte se implica, naturalmente, que a finali- isto for útil à unidade do processo. dade conscientemente alegada em A mobilidade que esse modo cada momento pode mudar de fi- de pensar confere à ação revolugura um número infinito de vezes cionária desnorteia por completo sem que se perca a unidade do pro- o adversário, que ao opor-se aos cesso. Por isso é que os esquerdistas objetivos momentâneos da revotanto mais se apegam à unidade do lução nem imagina que pode já movimento revolucionário quanto estar colaborando com a próxima mais os objetivos pelos quais lutam etapa do processo. Um dos aspecem vários lugares e momentos são tos mais perversos da mente revoinconexos e contraditórios entre si. lucionária é justamente que nela é Os militantes seguem a liderança impossível distinguir com clareza com igual fidelidade quando ela os a ação profunda e a camuflagem manda fomentar a economia de externa. O que num momento é mercado ou substituí-la pela estati- mera camuflagem e pretexto pozação dos meios de produção; de se transformar em objetivo real quando ela os manda combater todo nacionalismo como expressão Para o da obstinação reacionária ou, ao contrário, criar movimentos naciorevolucionário nalistas; quando ela apóia o nazishegeliano (...) não mo ou luta contra o nazismo; quanexiste a verdade dos fatos do ela condena a liberdade sexual nem a verdade do ser: a como sinal da decadência burgueúnica verdade é a do sa ou quando ela fomenta a mais processo histórico, isto é, a extrema anarquia erótica contra o império do “moralismo burguês”. E verdade da revolução. assim por diante. O observador alheio às sutilezas do esquerdismo vê nisso incoerências escandalosas da ação no instante seguinte, e vique, a seu ver, ameaçam a unidade ce-versa. Quando o adversário do movimento revolucionário ao imagina que desvendou o ardil reponto de torná-lo inofensivo pe- volucionário, o ardil já se transforrante os triunfos econômicos e téc- mou no seu oposto. O governo nicos do capitalismo. Mas é dessas militar brasileiro, por exemplo, incoerências que se alimenta o pro- achou que perseguindo a “escesso – e o processo é tudo. Quan- querda armada” e fazendo vista do já no século XIX os revolucioná- grossa às ações aparentemente rios adotaram o uso de designar-se inócuas da “esquerda desarmada” a si próprios genericamente como estava dividindo e enfraquecen“o movimento”, estava claro para do o movimento revolucionário. eles que a unidade desse movi- Mas a ala desarmada se aproveimento não estava na luta por obje- tou dessa mesma divisão para ir tivos definidos, mas na capacidade tecendo em segredo a rede da heilimitada de comandar o processo gemonia cultural gramsciana entotal das transformações, pouco quanto os soldados trocavam tiimportando a direção para onde ros com Marighela e Lamarca. estas fossem a cada momento. A Quando o regime caiu, a esquerda ambigüidade, as manobras em zi- que parecia vencida se levantou guezague, a incoerência mais aluci- como que do nada e rapidamente

dominou o país, fazendo da derrota das guerrilhas uma vitória política espetacular. O movimento revolucionário, enfim, não obedece às leis da “ação racional segundo fins” conforme as definia Max Weber e pelas quais o adversário procura em vão explicá-la. Na ação normal humana, a distinção entre meios e fins é essencial ao ponto de que o predomínio dos meios serve como prova de que os fins não foram atingidos. Quando, ao contrário, o objetivo é nebulosamente indefinido e tudo quanto conta é a unidade profunda do movimento em si, os meios transformam-se incessantemente em fins e os fins em meios e pretextos. Alguns estudiosos de Hegel disseram que sua Lógica não é propriamente uma lógica, mas uma ontologia, uma teoria sobre a estrutura da realidade. Acreditei nisso durante algum

(...) não há contradição objetiva entre o virulento moralismo petista dos anos 90 e o festival de devassidão governamental da década seguinte.

O 'esquerdista honesto', no fundo, é o mais vigarista de todos. Onde o verdadeiro e o falso são intercambiáveis, também têm de sê-lo o certo e o errado, o lícito e o ilícito.

tempo, mas hoje vejo que não pode haver uma teoria do ser quando se começa por dissolver a substância do ser na idéia do processo. A lógica de Hegel é nada mais que uma psicologia, um estudo dos processos cognitivos que orientam (ou melhor, desorientam) o movimento da história humana. Sob certos aspectos, é mesmo uma psicopatologia – a lógica interna do desvario revolucionário. É interessante, por exemplo, observar a imensa distância que há entre os critérios de veracidade do revolucionário e os do intelectual ou homem de ação formado

na tradição ocidental da lógica e da ciência. Para estes últimos, a ve r d a d e é o p e n s amento confirmado pela experiência, de modo que as verdades podem ser conhecidas uma a uma, articulando-se aos poucos em conjuntos maiores. Para o revolucionário hegeliano, ao contrário, não existe a verdade dos fatos nem a verdade do ser: a única verdade é a do processo histórico, isto é, a verdade da revolução. Cada idéia ou proposição que se pretenda verdadeira deve portanto ser julgada tão somente pelo papel que desempenha no conjunto do processo. Se ela o faz avançar ou fortalece, ela é verdadeira; caso contrário é falsa, mesmo que coincida com os fatos. Vou lhes dar um exemplo local. Quando começaram a espoucar os movimentos de protesto contra o governo Lula, a reação dos porta-vozes petistas foi imediatamente atribuí-los às “elites”. Mas não era o próprio PT que, poucos meses antes das eleições de 2002 e 2006, se gabava de ter (e tinha mesmo) o voto da classe mais culta, portanto mais rica, enquanto os demais partidos exploravam a credulidade de uma multidão de pobres analfabetos? É inútil, diante disso, acusar o petismo de hipocrisia. A hipocrisia subentende a distinção entre a verdade conhecida e a falsidade alegada. Mas, na perspectiva revolucionária, verdade e falsidade factuais são intercambiáveis, já que não existe verdade no nível dos fatos e sim apenas no processo como um todo. Fortalecer o partido revolucionário é realizar a verdade do processo, que abarca e transcende ou anula as verdades parciais e transforma as falsidades em verdades. Ser o partido dos pobres é uma imagem que fortalece o partido revolucionário, mas ser o partido das pessoas cultas também o fortalece. A ênfase do discurso pode portanto recair num ponto ou no outro conforme as circunstâncias. Fatos e pretextos são apenas a matéria plástica com que o discurso revolucionário molda a verdade do processo, isto é, a sua própria vitória. Outro exemplo. O mesmo movimento revolucionário que criminaliza a religião, lutando para eliminála por meios que vão da propaganda ao genocídio, busca se traduzir numa linguagem religiosa que o apresenta como a mais pura e elevada expressão dos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Novamente, a verdade não está nem na pregação anti-religiosa nem na parasitagem do Evangelho: está no processo que se fortalece e se amplia pela força dessa mesma contradição, absorvendo ao mesmo tempo a energia da crença religiosa e a do ódio anti-religioso. Pessoalmente, já fui acusado por esquerdistas de ser um pobretão fracassado e de ser um afilhado de poderosos, beneficiado por um fluxo abundante de verbas misteriosas. Não sou tolo o bastante para denunciar isso como contradição. Se o processo tem de avançar seja pela afirmação seja pela negação, seu adversário tem de ser acusado e destruído per fas et per nefas, como o cordeiro da fábula. Isto pode nos parecer o cúmulo da canalhice, mas nenhuma canalhice em particular se compara com a mãe de todas as canalhices, que é o movimento revolucionário em si. O militante que o serve por meio de uma conduta moralmente impecável – segundo critérios “burgueses”

de julgamento – pode parecer mais aceitável aos observadores ignorantes do que o trapaceiro compulsivo tipo José Dirceu ou Lula. Mas ele sabe perfeitamente que sua elevada moralidade é a camuflagem com que o movimento encobre as ações dos embusteiros e vigaristas, tão necessárias quanto as dele e unidas a elas por um nexo de solidariedade essencial. O “esquerdista honesto”, no fundo, é o mais vigarista de todos. Onde o verdadeiro e o falso são intercambiáveis, também têm de sê-lo o certo e o errado, o lícito e o ilícito. Mas o abismo entre a mente revolucionária e a lógica do homem comum vai ainda mais fundo. Este último acredita que pode conhecer verdades parciais por observação direta e inferência simples, mesmo ignorando as verdades últimas e supremas. Não é preciso ser um sábio ou profeta iluminado para distinguir a verdade e o erro nas situações imediatas. Qualquer que seja o sentido último da existência, e mesmo supondo-se que jamais venhamos a conhecêlo, os fatos são os fatos, e eles julgam a veracidade ou falsidade das nossas idéias. Para o revolucionário, no entanto, os fatos são aparências parciais ambíguas, cuja única veracidade está no “todo”, isto é, no conjunto do processo revolucionário. É este que julga os fatos, sem poder ser julgado por eles. A diferença de planos entre esses dois modos de apreensão da realidade é irredutível e imensurável. Os fatos são conhecidos por intuição direta a partir dos sentidos. O “processo”, ao contrário, é uma construção mental complexa, uma teoria. O homem comum, quando constrói teorias, as erige com base nos fatos e testa sua veracidade pelos fatos. O revolucionário não pode fazer isso. Ele inverte portanto a ordem racional do “dado” e do “construído”, do evidente e do hipotético, tomando este último como verdade imediata e aquele como sinal algébrico cujo valor só a teoria, realizando o processo num prazo incerto e por meios imprevisíveis, poderá decidir. Não há, pois, diálogo entre o revolucionário e o homem comum. Este não entende a lógica daquele, aquele rejeita e destrói pela violência da teoria e da práxis os critérios de veracidade em que este deposita toda a sua confiança. Esse abismo cognitivo revelase, a todo momento, nas análises e previsões que os conservadores e liberais inexperientes em estudos revolucionários insistem em fazer de um processo cuja lógica lhes escapa no todo e nos detalhes. Eles se escandalizam, por exemplo, de que o partido líder das campanhas moralizantes tenha se transformado no mais corrupto de todos os partidos tão logo seu chefe chegou à Presidência. Apelam até ao adágio “O poder corrompe”, explicando o contraste pelas más companhias, sem notar que as únicas más companhias visíveis no horizonte são os chamados “neoliberais”, isto é, eles mesmos, que assim aparecem no fim das contas como os culpados dos crimes do partido governante, com grande regozijo para as facções de esquerda que desejam se desvincular da imagem do PT conservando intacto o mito da santidade esquerdista. Mas é claro, para quem conhece o assunto, que não há contradição objetiva nenhuma entre o virulento moralismo petista dos anos 90 e o festival de devassidão governamental da década seguinte. Ambos são momentos do processo, igualmente necessários, igualmente úteis, igualmente meritórios do ponto de vista da moral revolucionária. Ambos fazem parte do “trabalho do negativo”: a onda de acusações indignadas destrói a confiança pública nas instituições, a corrupção desde cima desmantela a ordem legal para que o Partido se sobreponha ao Estado e o neutralize.


Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

PREVISÕES PARA O DIA DOS PAIS: DE 2% ATÉ 11% DE AUMENTO.

1 Malharias do Circuito das Águas já igualaram o resultado de 2006

Divulgação

Compra média de presente para a data é calculada pela ACSP em R$ 70 Leonardo Rodrigues/Hype em 5/8/2006

Mario Tonocchi Carrefour acaba de inaugurar loja no Jabaquara, mas as grandes cidades já estão saturadas.

O

s p re s e n t e s d o s pais geralmente são "econômicos". De acordo com Emílio Alfieri, economista do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a média histórica de presentes para os pais é de R$ 70, medidos pelo volume de cheques utilizados para pagar as contas. "O Dia dos Pais não representa uma data de bons negócios para o comércio. As principais ainda são o Natal, Dia das Mães e Dia das Crianças", afirma o economista. Ele estima em 2% o aumento nas vendas deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, que teve o dobro desse aumento – 4%. Mas o faturamento pode ser maior, dependendo do clima. "Se esfriar, as vendas explodem", disse. Mais otimistas estão representantes de setores como a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), que prevê crescimento nas vendas de 7% neste ano em relação a 2006. De acordo com o presidente da associação, Nabil Shayoun, peças de vestuário, calçados e acessórios devem ter boa saída. A Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) está ainda mais confiante e aposta em 11% de aumento nas vendas. De acordo com o presidente da entidade, Luiz Fernando Veiga, além do vestuário, os eletroeletrônicos devem ser bem vendidos. Dentro dos shoppings, grandes redes divergem nas expectativas. A Fotoptica es-

SUPERMERCADOS Empresas marcham para o Norte e o Oeste

D

Comerciantes esperam, pelo menos, vender "lembrancinhas".

pera pelo menos 10% de crescimento, baseado nas vendas de câmeras digitais. Na linha da beleza, O Boticário aposta em 18% de alta, enquanto A Esportiva calcula pelo menos 13% de aumento nas vendas deste ano sobre 2006. No comércio popular, a Associação dos Lojistas do Brás (Alobrás) também espera 10% a mais nas vendas, com a circulação prevista de, pelo menos, 500 mil pessoas no bairro. "A data coincide com as liqüida-

ções e com o lançamento da coleção de primavera-verão", disse o diretor de relações públicas, Jean Makdissi Júnior. A União dos Lojistas da 25 de Março e Adjacências (Univinco), de acordo com o presidente Miguel Giorgi Junior, percebeu, na semana passada, aumento de pelo menos 30% no movimento de pessoas na principal rua de comércio popular de São Paulo. Sua expectativa quanto ao aumento das vendas vai de 5% a 7%.

Acerte no presente dele Q

uer dar um presente que surpreenda seu pai no próximo dia 12? Então, preste atenção nele, perceba o que realmente o emociona e troque aquela velha e gasta lembrancinha funcional de todos os anos

por algo que diga respeito somente a ele. A dica é do escritor e publicitário especialista em marketing Dominique de Souza, que recomenda: se for uma caixa de ferramentas dê uma que ele utilize

exclusivamente para o próprio hobby. "Não precisa ser algo caro. Pode ser realmente uma lembrança, desde que não seja algo relacionado ao trabalho dele", diz o publicitário. (MT)

Malharia recupera perdas de abril

O

frio que tomou conta da região Sudeste nas últimas semanas animou os fabricantes e comerciantes da rota paulista do Circuito das Malhas, formada pelas cidades de Águas de Lindóia, Socorro e Serra Negra. Segundo eles, a frente fria que chegou ao estado em meados de julho já compensou o calor atípico do mês de abril, quando as vendas caíram até 40%. Agora, a expectativa é elevar as vendas entre 20% e 30%, caso os ventos polares continuem soprando em direção ao território brasileiro. Para Adilson Marchi, proprietário da Floco de Neve – malharia localizada em Serra Negra, a 150 quilômetros da capital paulista –, quanto mais frio, melhor. "Até agora, as vendas estão no mesmo patamar do ano passado. O que vier daqui para frente é lucro", diz o comerciante. Segundo

ele, o período de inverno responde por 50% dos negócios da empresa, que tem o atacado como carro-chefe. "Comercializamos cerca de 100 mil peças a cada inverno. É o dobro do verão", acrescenta. A gerente-geral da Van Bel Malhas, de Serra Negra, Kátia Vicentin Cuculi, também recuperou nas últimas semanas as vendas perdidas em abril. "O frio pegou o fim das férias, e isso elevou as vendas, mesmo nos dias de semana", diz. Segundo ela, muitos turistas chegam à cidade apenas para passar o fim de semana e aproveitam para fazer compras. "Mas estas férias foram diferentes. Recebemos muitos visitantes, até do Sul do País." Em Socorro, a 135 quilômetros de São Paulo, os termômetros de vendas estão seguindo a mesma alta das demais regiões do circuito. Segundo o presidente da Associação da

Feira Permanente de Malhas, João Bosco Bueno, a malharia – especialmente o tricô – é a principal atividade econômica da região. As 400 empresas existentes na cidade são responsáveis por 25% do total arrecadado na cidade. "Somente neste ano, o setor cresceu 40% em relação ao mesmo período do ano passado", revela. Para Bueno, proprietário de duas malharias, a chegada do frio veio para incrementar os negócios e liqüidar o estoque de inverno. A aposta, agora, é na estação quente. Os comerciantes acreditam que podem se tornar grandes expoentes da moda verão, assim como já são da moda de inverno. "Os modelos, os fios, as cores se renovam a cada estação, sob orientação de estilistas especializados. No momento, estamos trabalhando com novos tecidos, como o viscolycra." Maristela Orlowski

epois de dar prioridade à inauguração de supermercados de tamanho reduzido e voltados para descontos nos preços, as grandes empresas mundiais de distribuição que atuam hoje no Brasil voltam os olhos para a interiorização, nos vários formatos de pontos-de-venda. Seguir para dentro do País é a saída para o entrave que apresentam os grandes centros, principalmente no Estado de São Paulo, cujas áreas estratégicas para o comércio e a busca de novos consumidores estão quase saturadas. O movimento para o interior, identificado pelo presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumo Honda, está nas estratégias das três redes top desse varejo no Brasil, a francesa Carrefour, o Pão de Açúcar e a norte-americana Wal-Mart. Elas disputam um mercado que, de acordo com o Índice Nacional de Vendas da Abras, registrou em junho passado aumento de vendas, já deflacionadas pelo Indice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA/IBGE), de 8,23% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Já na comparação com o mês de maio, houve queda de 0,82%. "O que temos hoje é um caminho muito claro das grandes distribuidoras para o Norte e Nordeste e Goiás, por exemplo, em um movimento para a área central do País", disse o presidente da Associação. É uma aposta alta, segundo Honda, considerando que esse mercado opera com margem de 1,5% a 1,7% e tem 80% de seus custos baseados na logística. Mas o custo operacional vale a pena para um setor que representa 5,3% do Produto Interno Bruto (PIB), e contabilizou faturamento de R$ 124,1 bilhões em 2006, cerca de 0,6% a mais que em 2005, já descontada a inflação do período. Somente as três grandes empresas varejistas responderam por 34,1% desse valor total. Fecham a lista dos cinco primeiros do ranking varejista nacional o grupo G. Barbosa, que atua em Sergipe, Bahia e Alagoas, e a Cia. Zaffari, do Rio Grande do Sul, com 1,2% do faturamento total cada um. Mesmo na saturada cidade de São Paulo, o Carrefour joga suas fichas em um novo grande investimento. Abriu as portas, na semana passada, de um novo hipermercado localizado no Jabaquara, num investimento de R$ 30 milhões. Na inauguração, o diretor-superintendente do Carrefour Brasil, Jean-Marc Pueyo, disse que a nova loja é uma evidência de que a rede reafirma sua políti-

ca de investimentos no Brasil. O grupo quer aplicar ainda R$ 600 milhões no País, na abertura de mais 20 lojas neste ano. Já estão anunciadas duas no Rio Grande do Sul, duas em Pernambuco e outra no bairro paulistano da Penha, além de mais uma loja Carrefour Bairro, também em São Paulo . Com 147 lojas hoje no Brasil, consta que o Carrefour chegou a cogitar o fim da opera-

5,3

por cento do PIB brasileiro é o que representa o setor de supermercados, que busca agora crescer em regiões distantes dos principais centros ção brasileira ao extinguir a bandeira Champion e perder o segundo lugar no ranking nacional de supermercados para o Wal-Mart. Mas reassumiu a liderança há dois meses, ultrapassando o primeiro colocado Pão de Açúcar, com a compra de 34 lojas da rede Atacadão, por R$ 2,2 bilhões. O faturamento da rede em 2006 foi de R$ 17,9 bilhões. Pão de Açúcar – Com fatura-

mento de R$ 16,5 bilhões no ano passado, o Pão de Açúcar, que mantinha a liderança do ranking desde 2000, perdeu o lugar neste ano para o Carrefour, mas trabalha para retomar o posto. Para isso conseguiu novo financiamento junto ao Bando Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de US$ 89,2 milhões e anunciou abertura de mais 30 lojas neste ano. O grupo, que passa por reestruturação, deve fechar outras dez unidades e reforçar a aposta nos supermercados de vizinhança das bandeiras Extra Perto, Sendas e Compre Bem. Além disso fechou, na semana passada, negócio com a rede de porte médio Rossi Monza, que registrou faturamento de R$ 150 milhões em 2006. O contrato prevê, por enquanto, apenas o aluguel dos ativos . Wal-Mart – No Brasil desde 2004, o Wal-Mart planeja investir neste ano cerca de US$ 476,2 milhões e dobrar o ritmo de inaugurações, que devem chegar a 28 unidades. Em 2006, foram abertas 14 lojas; e o fechamento de balanço ficou em R$ 12,9 bilhões. A expansão visa ao consumidor de baixa renda. Das novas unidades, 12 serão voltadas para esse público, das quais dez no formato Todo Dia e duas no Maxxi Atacado. A empresa tem, ainda para este ano, outros projetos de inauguração. (MT)


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nacional Finanças Tr i b u t o s Empresas

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

A capacidade de arrecadar do governo é cada vez maior. Antoninho Trevisan

GOVERNO DEVERIA ACABAR COM A CPMF

REFORMA TRIBUTÁRIA: A MELHOR HORA É AGORA. rou em

ob Carga d

O auditor Antoninho Marmo Trevisan vai discutir com o ministro Guido Mantega, no próximo dia 17, proposta de mudança elaborada pelo "conselhão"

s

20 ano

Sílvia Pimentel

D

esde a década de 1970, o auditor e consultor Antoninho Marmo Trevisan é um incansável colaborador do governo quando o assunto é aperfeiçoar o sistema de cobrança de tributos no Brasil. De sua parte, não faltam sugestões para melhorar o ambiente de negócios para as empresas nesse campo, nem sempre acatadas. "Quem monta a legislação tributária no País é o Executivo, não o Legislativo", critica, ao justificar o porquê da existência de uma carga fiscal que hoje beira a 35% do Produto Interno Bruto (PIB). Desta vez como integrante do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), Trevisan, que é conselheiro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), vai discutir, no próximo dia 17, com o ministro Mantega, a proposta de reforma tributária elaborada pelos membros do chamado "conselhão". "Esta é a hora certa para se fazer essa reforma", afirma.

Milton Mansilha/Luz

assunto é carga tributária? Trevisan – No Brasil, tradicionalmente, os governos olham os tributos exclusivamente como uma fonte de recursos para o Tesouro. Não se preocupam se a cobrança exagerada afeta o ambiente de negócios, ou em devolver para a sociedade o que foi cobrado na forma de serviços públicos. Não à toa, nos últimos 20 anos, o peso dos impostos tem dado saltos inimagináveis. Temos hoje quase o dobro de carga fiscal que tínhamos. Ela passou, nos anos 80, de 24% do PIB para quase 35%, no ano passado.

No Brasil, os governos olham os tributos apenas como fonte de recursos. Não se preocupam em devolvê-los na forma de serviços, ou se a cobrança é exagerada.

Como o senhor analisa as diversas propostas de reforma tributária, que nunca saem do papel ao gosto da sociedade? Tre vi s an – A reforma de 1967, quando foi criado o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), foi a melhor que tivemos no País. De lá para cá, o sistema tributário foi perdendo a simplicidade, neutralidade e clareza, abrindo brechas para se cometerem verdadeiras atrocidades, como, por exemplo, tributar várias vezes uma mesma base. É o caso do Imposto de Renda (IR) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), que incidem sobre o faturamento. Por que ganhamos de outros países quando o

Quais as principais conseqüências de pagar tantos impostos? Trevisan – Não vemos investimentos, porque não sobram recursos para o comerciante, para o médio industrial. Chegamos a um ponto em que o empresário brasileiro ou se endivida para pagar tributos ou pelo fato de não pagá-los. Hoje, grande parte das cerca de 320 mil médias empresas brasileiras estão cheias de dívidas. O grande problema é que não existe legislador para o sistema tributário. Quem elabora a legislação tributária no País é o Executivo, não o Legislativo.

Trevisan reclama da incapacidade dos governos de cortar gastos. O contribuinte sempre paga a conta.

Esquimar Comércio e Indústria de Náutica Ltda-ME. Torno público que estou recebendo a licença de operação n° 33002895 válida até 24/07/2011. Atividade: Fabricação de Embarcações de Esporte e Lazer. Rua São Canuto, 132, Vila Santa Cruz, Cep 04456-110, São Paulo, SP.” HOSPITAL GERAL DE VILA NOVA CACHOEIRINHA

COMUNICADO Comunicamos que está suspensa a sessão de encerramento da Concorrência Pública nº 001/07, destinada à Seleção de Empresa para Operação e Exploração Comercial de Estacionamento de Veículos Automotores para o Hospital Geral de Vila Nova Cachoeirinha, com data prevista para o dia 25/09/2007 às 10:30 hs, por interesse desta Administração. Posteriormente será divulgada a nova data para realização da sessão.

CRUSAM-CRUZEIRO

O sistem a tributá rio perd eu a simplic idade e a neutra lidade, abrind o brech as para se comete rem verdad eiras atrocid ades.

DO

SUL

SERVIÇO

DE

ASSISTÊNCIA

CNPJ Nº 45.646.726/0001-34 - NIRE 353003262-53

MÉDICA

S/A

ATA SUMÁRIA DA ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA REALIZADA EM 29 DE JUNHO DE 2007.

Data, hora e local: 29 de junho de 2007, às 09:00 horas, na sede social, na Praça das Orquídeas nº 124, Barueri,

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA: TOMADA DE PREÇOS – TIPO TÉCNICA E PREÇO A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que achase aberta licitação para execução de serviços técnicos especializados de projeto executivo completo: TOMADA DE PREÇOS N.º - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO – PRAZO – ÁREA DE CONSTRUÇÃO (m²) - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA). 46/1052/07/02 - EE Frei Paulo Luig – Rua Carlos de Campos, 841 - Pari - São Paulo/SP – 90 - 553,60 09:30 – 23/08/2007. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 06/ 08/2007, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO, PROPOSTA TÉCNICA e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na Supervisão de Licitações, na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA - Presidente

SP. Mesa: Aclamado para presidir os trabalhos o acionista Dr. Roberto Cavalieri Costa e para secretariá-los o acionis-

ta Dr. Denir do Nascimento. Convocação: Através da ata da assembléia geral da Sociedade realizada em 25 de

abril de 2007, com a presença de acionistas representando a totalidade do capital social da empresa, com o seguin-

te teor: “Ficou deliberada, ainda, a convocação de uma outra assembléia geral extraordinária, para o dia 29 de junho de 2007, às 09:00 horas, com a seguinte ordem do dia: (a) examinar e aprovar o Boletim de Subscrição; e (b) em vista desse resultado, alterar o artigo 5º do Estatuto Social;”e de carta entregue a cada um dos acionistas, com o

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

seguinte teor: “Crusam Cruzeiro do Sul Serviço de Assistência Médica S/A. C.N.P.J. nº 45.646.726/0001-34 Assembléia Geral Extraordinária - Convocação. Fica convocado o Senhor Acionista desta sociedade para se

reunir em Assembléia Geral Ordinária, a realizar-se no dia 29 de junho de 2007 às 9:00 (nove) horas, em sua sede social, na Praça das Orquídeas, 124 na cidade de Barueri, Estado de São Paulo, a fim de tomarem conhecimento e deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: a) Examinar e a aprovar o boletim de subscrição b) Em vista desse resultado, alterar o Artigo 5º do Estatuto Social. Barueri, 15 de junho de 2007. Dr. Roberto Cavalieri Costa - Diretor”. Quorum: Acionistas representando a totalidade do Capital Social. Deliberações: a) após minucioso exame, por una-

nimidade de votos, foi aprovado, sem qualquer restrição, o Boletim de Subscrição das novas ações da Sociedade; b)

em razão da aprovação supra, também, por unanimidade, o plenário aprovou a alteração da redação do artigo 5º do Capital Social da empresa, que passará a vigorar da seguinte forma: “Artigo 5º - O capital social é de R$ 3.000.000,00 (três milhões de reais), dividido em 3.000.000 (três milhões) de ações ordinárias com direito a voto, nominativas, no valor nominal de R$ 1,00 (hum real) cada uma.”; Dada a palavra aos presentes, não houve qualquer outra manifestação. Documentos: ficam arquivados na sede da Sociedade, os documentos referentes à presente Assembléia Geral Extraordinária. Aprovação da Ata: A ata, redigida na forma prevista no art. 130, parágrafo

1º, da Lei nº 6.404/76, foi lida e aprovada pelos acionistas presentes. aa) Dr. Roberto Cavalieri Costa - Presidente da Mesa, Dr. Denir do Nascimento - Secretário. Acionistas: Dr. Denir do Nascimento, Dr. Rubens Correa da Costa Filho, Dr. Ronaldo Jorge Azze e Dr. Roberto Cavalieri Costa. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o Sr. Presi-

dente declarou encerrada a presente Assembléia Geral Extraordinária. Barueri, 29 de junho de 2007. A presente é

cópia fiel da ata transcrita no livro próprio. Dr. Roberto Cavalieri Costa - Presidente da Mesa, Dr. Denir do Nascimento - Secretário da Mesa. JUCESP sob nº 264.828/07-0 em 30.07.07. Cristiane da Silva

F. Corrêa - Secretária Geral.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 3 de agosto de 2007, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Requerente: Gilberto Hernandes Requerido: Construtora Comercial de São Paulo Ltda. Rua Ribeiro de Lima, 362 - 1ª Vara de Falências Requerente: Canaã Alimentos Ltda. - Requerido: Baratito Santa Zita Mercadinho Ltda. ME -

Rua Buena Ventura, 327 - 1ª Vara de Falências Recuperação Judicial Requerente: Supermercado Nani Ltda. - Requerido: Supermercado Nani Ltda. - Rua Pedro Escobar, 651 - 1ª Vara de Falências

FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Obras: TOMADA DE PREÇOS N.º - OBJETO - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – ÁREA - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/1469/07/02 - Construção de prédio escolar em estrutura pré-moldada de concreto / Construção de ambientes complementares, de sala de aula e Reforma de prédio escolar - EE Prof. Mario Arminante - Rua José Roschel Rodrigues, 146 - Recanto Campo Belo - São Paulo/SP – 150 - 1.226,16 - R$ 139.710,00 – R$ 13.971,00 – 10:30 – 23/08/2007. 05/1461/07/02 - Construção de ambientes complementares, de sala de aula e Reforma de prédio(s) escolar(es) - EE Ver Tadao Sakai - Rua Antonio Rosendo de Lima, 315 - Quatinga - Mogi das Cruzes/SP – 210 - 216,72; EE Prof. Antonio de Pádua Paschoal de Godoy - Estrada do Soma, 2950 - Soma - Ribeirão Pires/SP - Desmontagem de 3 salas Nakamura - 1ª Etapa = 30; Subst. de Ambiente (Construção de Sala de Aula)/Adequação (Constr. de Ambiente) - 2ª Etapa = 120; Adequação (Adaptação de Ambiente) / Reforma - 3ª Etapa = 90 - 259,20 - R$ 132.025,00 – R$ 13.202,00 – 14:00 – 23/08/2007. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 06/08/2007, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 22/08/2007, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA Presidente

Quer falar com 26.000 empresários de uma só vez?

Publicidade - 11 3244-3344 Fax: 11 3244-3894

Quais os principais pontos da reforma proposta no âmbito do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES)? Trevisan – Estabelecer um limite para a carga tributária, de 25% a 30% do PIB. Propomos que, ultrapassado esse patamar, haja uma adequação nas alíquotas dos diferentes impostos. Nota-se que a capacidade das Receitas, tanto federal como estaduais, em arrecadar está cada vez maior, resultado do uso intensivo da tecnologia, da maior eficiência no cruzamento de dados e no aumento da fiscalização. Isso significa que mais contribuintes estão pagando tributos e há possibilidade de o sistema cobrar muito mais. Nada mais justo, então, do que estabelecer um limite. Há sugestões no que diz respeito à maior transparência na relação entre o fisco e o contribuinte? Trevisan – Sim. Uma delas é que todas as alterações de alíquotas ou de sistema cumulativo para não-cumulativo sejam matematicamente calculadas e auditadas para não se repetir o que aconteceu com o Programa de Integração Social (PIS) e com a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Houve um golpe na mudança de sistemática de cálculo dessas contribuições. O governo prometeu que, em caso de aumento na arrecadação, faria ajustes, o que evidentemente não foi cumprido. Isso

está parado na garganta dos contribuintes, pois houve uma elevação descarada da carga. Como o senhor analisa a questão dos gastos públicos? Trevisan – Os governos já demonstraram sua total incapacidade para cortar gastos. Por natureza, eles existem para gastar. Mas o contribuinte não pode trabalhar indefinidamente para pagar essa enorme conta provocada pelas despesas. É preciso haver um acordo. Ou seja, o cidadão aceita pagá-las até um limite que seja razoável. Nada mais justo. Tradicionalmente, tudo o que se transfere para o setor público em forma de impostos é desperdiçado, ao passo que, nas mãos do setor privado, os recursos viram investimentos produtivos. O que o "conselhão" está propondo em relação à CPMF? Trevisan – Teremos até o final deste ano um excesso de arrecadação equivalente ao recolhimento de duas CPMFs, ou seja, cerca de R$ 70 bilhões de sobra. Nossa proposta para esse tributo, que é ruim porque incide em cascata e atinge a todos os que operam com cheque, é a instituição de uma lei prevendo uma alíquota simbólica. Ou seja, a contribuição deve ser usada como um instrumento de fiscalização. Outra sugestão é que o montante pago pelas empresas seja abatido da contribuição patronal sobre a folha de pagamentos. Isso promoveria o aumento do emprego.

Chegamos a um ponto em que o empresário brasileiro ou se endivida para pagar tributos ou pelo fato de não pagá-los. Qual é sua opinião sobre a proposta de reforma em estudo pelo governo federal? Trevisan – Acho interessante a criação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) federal e estadual, que incorpora o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), PIS-Cofins e, eventualmente, o Imposto sobre Serviços (ISS). Essa medida deve melhorar a qualidade da arrecadação e permitir, com a ajuda da nota fiscal eletrônica, uma câmara de compensação para os estados que eventualmente perderem recursos. O momento é favorável para a discussão de uma reforma no sistema tributário? Trevisan – Sem dúvida. Todas as tentativas de reformular o sistema tributário foram feitas em momentos de crise econômica. Hoje, o País reúne todas as condições para que isso ocorra. Além de crescimento do PIB, assistimos a recordes de arrecadação. É a melhor hora para a reforma. No próximo ano teremos eleições, e certamente tudo ficará mais difícil.


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OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

LENTE

DE AUMENTO

INFLAÇÃO SEGURA A QUEDA DO JURO

G O Grupo dos

Top 5 começou a rever para cima as estimativas da inflação do ano que vem.

Em primeiro lugar, não é novidade que a demanda agregada no Brasil tem crescido a taxas vigorosas. O indicador de vendas no varejo, principal termômetro da demanda, aumentou 9,5% entre janeiro a maio de 2007, em relação ao mesmo período do ano passado. Nossas estimativas mostram que continuará avançando em ritmo forte em junho, na comparação com junho/06. A absorção doméstica – soma de consumo, investimento e gastos públicos – se expandiu a quase 7% em termos anualizados, do 4° trimestre de 2006 para o 1º de 2007. Este ritmo de expansão da demanda é certamente superior ao que se entende ser o potencial de crescimento da economia nacional. A inflação ainda não refletiu tal desencontro de taxas devido à existência de um grande colchão externo, ou seja, as importações têm contribuído para expandir a oferta de

bens e serviços domesticamente. Os níveis historicamente elevados dos principais indicadores do Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) são sinais adicionais do vigor da demanda doméstica. O comportamento da atividade econômica ganha importância uma vez que, desde o início do atual ciclo de distensão monetária, as taxas de juros já foram cortadas em 825 pontos. Na verdade, é possível encontrar todos estes argumentos na ata da reunião do Copom de julho. Entretanto, o conjunto de informações de que o BC dispunha naquele momento não contemplava (i) o forte aumento da volatilidade no mercado americano e (ii) uma deterioração adicional das expectativas de inflação. No front da inflação, a última pesquisa Focus trouxe novidades. A expectativa de inflação para 2008 continua estacionada em 4%. Normalmente, atribui-se esta estabilidade por tempo tão prolongado ao fato de que os analistas de inflação somente irão rever suas projeção para o período seguinte a partir de setembro. No entanto, recentemente as instituições integrantes do chamado Gr up o dos top 5 começaram a rever para cima suas estimativas. Este comportamento coincide com o aumento da média das expectativas gerais. Portanto, a transição para ritmo mais parcimonioso de redução do juro, a partir de setembro, parece evento certo. Na verdade, devido à maior volatilidade do ambiente externo (leia-se, maior aversão a risco) e a movimentação “suspeita” das expectativas de inflação para cima, num ambiente de atividade econômica vigorosa, a melhor recomendação para quem toma risco no mercado financeiro seria, inclusive, a de considerar cenário alternativo que contemple a interrupção estratégica da queda do juro no final deste ano, ou no início de 2008. TRECHOS DO COMENTÁRIO ECONÔMICO DA

MCM CONSULTORES WWW.MCMCONSULTORES.COM.BR

A s importações ajudaram a expandir a oferta

Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)

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JOÃO DE SCANTIMBURGO A CONSTRUÇÃO Céllus

A

o que tudo indica, ninguém mais no mercado financeiro acredita que o Banco Central continuará derrubando os juros em passos de cinqüenta pontos. Um cálculo simples da probabilidade de corte da Selic em setembro mostra que as apostas estão concentradas em vinte e cinco pontos, indicando um momento de rara convergência, que se consolidou após a forte elevação da volatilidade do mercado americano nos últimos dias. Antes dos eventos externos que abalaram o mercado brasileiro recentemente, já havia razões suficientes para a condução mais cautelosa da política monetária, a partir de setembro. Vale a pena relembrá-las.

N

Sucatão Brasil PAULO SAAB

T

alvez sejam os tempos. Talvez seja o cansaço. Talvez seja, de fato, o desalento decorrente de tanta coisa errada acontecendo ao mesmo tempo. Até mesmo o cantado sucesso dos Jogos Pan-americanos no Rio serviu para evidenciar a distância – monumental - entre a potencialidade dos brasileiros e aquilo que se traduz no cotidiano da vida do País . De cada cidadão deste país. A começar, no caso do Pan, entre o orçamento inicial de custos de sua construção e organização e o que de fato foi gasto. Monumentalmente além do orçado e previamente aprovado. É hora de prestação de contas de onde foi a dinheirama toda. Felizes - de modo contido, pelo luto nacional com os muito bons desempenhos pátrios nos Jogos, não podemos perder de vista o que, de fato, está acontecendo no Brasil. Reitero que não sei se a culpa é da gestão Lula. Em grande parte penso que é, porque ele foi eleito, como eu já escrevi aqui, para mudar tudo e se tornou o mais perfeito seguidor do que antes condenava. Aprimorou as práticas negativas de governos anteriores e jogou sobre o País um manto de cobertura dos erros, muitos deles dramáticos e de altos prejuízos morais, financeiros e vitais. A verdade é que o Brasil está sucateado. O avião presidencial, que custou mais 85 milhões de dólares é novinho em folha, com todo o requinte da decoração interna. E ainda assim, cada vez que a milionária aeronave presidencial fecha a porta, nosso insigne líder entrega sua vida nas mãos de Deus. O que será da vida dos comuns mortais? Brinquedos em parques saem dos trilhos ou projetam as pessoas. As estradas estão esburacadas, sem sinalização e fiscalização. Os aeroportos; bem, desses nem é preciso mencionar agora. Espero que os aviões não sejam todos sucatões, como o avião presidencial reserva é ainda chamado.

As cidades, os portos, os serviços, a infra-estrutura, rigorosamente tudo está sucateado no Brasil por falta de investimentos prioritários, renovadores, mantenedores no que se construiu no País ano após ano. Hospitais, escolas, repartições, pedem socorro. Funcionários públicos estão sucateados em seus vencimentos, motivação e até na vontade de servir ao público. Vide a greve do metrô paulistano. Médicos, engenheiros, advogados, economistas, arquitetos - para citar os mais tradicionais profissionais liberais - estão sucateados porque a população está sucateada em sua capacidade de gerar renda. A única coisa que vai bem (generalizando, para uma compreensão mais abrangente) é o governo. Quem está no governo...

O

exercício do poder, especialmente o público, revigora as pessoas. Renova suas energias e suas contas bancárias, aqui ou mesmo as de abertas no exterior. Ou principalmente estas. Quando setores da classe média se dizem cansados, os reacionários, viúvas do socialismo morto e enterrado na prática mundial (restam algumas viúvas carcomidas, como Fidel, e filhotes desengonçados como Chávez) respondem berrando que são "elites", pequenos burgueses, etc. e tal. É um discurso anacrônico, ultrapassado. Quem lidera pode não ter maiores necessidades, mas estão apenas atendendo às pressões do dia-a-dia da classe média, que os alimenta e sustenta, perdendo a capacidade até de respirar. Penso que o cansaço maior é o de ver, ouvir, ler, acompanhar tanta bobagem sem conteúdo, tanto desatino sem fim, tanta falta de resultados concretos em não-realizadas ações que poderiam, de fato, melhorar a vida de todos os brasileiros. A divisão de classes que vem sendo imposta aos brasileiros é, além de tudo, burra. Sucateia o Brasil da mesma forma.

A única coisa que vai bem é o governo. Quem está no governo.

Ética e confiança SACHA CALMON

I

magino que os leitores devam submeterse a outros saberes ou às habilidades alheias, quando o carro quebra ou a televisão ou a rede elétrica doméstica. Vamos dar um passo à frente. Em caso jurídico, há que recorrer a um advogado e, talvez, a um juiz. Se a questão envolve a saúde, há que ir ao encontro dos médicos. Como se sentiriam ao saber que os consertos do carro ou da televisão foram feitos com gambiarras? Como se sentiriam se o advogado, a troco de suborno, sabotasse a sua causa em favor da outra parte, ou se o médico leviano levasse seus pacientes a uma operação desnecessária? E o juiz, por malquerença ou interesse, lhe negasse o direito? Há momentos na vida em que somos obrigados a nos entregar aos saberes e às habilidades dos outros e somos possuídos pela legítima convicção de que “os outros” darão o melhor de suas aptidões para solucionar nossos problemas. De outro lado, como juízes ou médicos ou advogados ou legisladores ou mecânicos – não importa o que somos ou a quem representamos –, somos demandados por nossos semelhantes para cuidar com afinco e dedicação de seus problemas. É assim que se dá o entrelace social, a vida em comum nas sociedades politicamente organizadas. Foi para reger as relações inevitáveis das pessoas em sociedade que as religiões, a ética e o direito explicitaram suas regras para tornar o convívio o mais sério possível, a bem de todos e felicidade das nações. Em nossas sociedades tão involuídas espiritualmente, desde os Estados Unidos até PapuaNova Guiné, em que todos têm que sobreviver, a força interiorizada nas consciências individuais dos preceitos éticos e jurídicos tornou-se fundamental à vida em sociedade. Sem ética não há salvação individual ou coletiva.

DE AEROPORTOS

Portanto, a ética, palavra abstrata de origem grega, deve ser entendida por todos e sua transgressão punida com rigor jurídico e repulsa social, por duas razões básicas: primeiro, por permitir a cada um vida com dignidade; outra, por permitir a cada um ter confiança no seu próximo e nas instituições. O que assistimos no País é uma dupla crise. A primeira é econômica - não há emprego para todos. A segunda é ética - o pão de muitos vem do crime, saída que tenta perversos (sem culpa) e necessitados (com culpa). Os que são empurrados para o crime por necessidade merecem compaixão, sem excluir a punição, mas para os que praticam deslizes e crimes sem necessidade, às custas da Nação, sangrando a república, não pode haver desculpas nem compaixão. A corrupção se generalizou no País, como "nunca dantes jamais se viu", com o beneplácito acomodatício dos mais altos dignitários da República. Algo precisa ser feito e urgentemente.

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ão quero saber de boas intenções nem de complacências. Quero ação, pressão de baixo para cima ou naufragaremos todos nesse mar de lama. Algumas medidas podem ser tomadas de pronto: a) reduzir em 70% os cargos em comissão - o caso é que ele criou agora mesmo 620 novos cargos...; b) tornar o Orçamento impositivo e, pois, cercar as emendas parlamentares; c) privatizar estradas, portos, aeroportos, empresas estatais etc; - quanto menos Estado, menores os gastos e menor a corrupção; d) transformar o Estado-concedente no Estado-regulador. Quem parte e reparte fica com a maior parte. Viva a sabedoria popular! SACHA CALMON É PROFESSOR TITULAR DE DIREITO TRIBUTÁRIO DA UFRJ

Q uero ação, pressão de baixo para cima, ou naufragaremos nessa lama.

ão se pode procurar um modelo de aeroporto, pronto e acabado, nas ruas do velho e celebrado Triângulo desta megalópole que não pára de crescer. De todas as obras civis que a engenharia enfrenta, nenhuma é mais complexa do que o aeroporto. Vamos aos casos concretos. Primeiro temos que escolher o local apropriado; confesso que não vejo em São Paulo um terreno adequado a se prestar à um aeroporto de grande circulação, segundo as verbas necessárias para sua construção, num Tesouro apertado de obrigações fatais e inadiáveis. Tudo isso leva tempo, custa dinheiro e as gerações passam. O próprio Aeroporto de Congonhas está sendo construído e reconstruído desde a década de 30, quando se iniciou sua construção na antiga via Washington Luís, ali aberta por uma companhia de construção civil. Fala-se agora em aeroportos com uma banalidade de conversa sem responsabilidades, quando, no entanto, viu-se pelo acidente que roubou tantas vidas que a construção de um aeroporto é da maior importância . A construção de Cumbica, aproveitado de um aeroporto militar, está dando um resultado admirável, motivo porque não deve ser objeto de cogitação como está sendo. O aeroporto de Viracopos foi "descoberto" pelo famoso comandante Vachet, da AirFrance, que me procurou no jornal para fazer a primeira entrevista sobre o novo aeroporto. Esse aeroporto é excelente, mas está muito distante da capital, geradora de tráfego intenso. A Força Aérea Brasileira (FAB), contudo, vai decidir o que fazer com esse aeroporto. Deve ser mais um que se acrescentará ao complexo aeroviário da capital paulista, origem e destino de gigantesco tráfego, crescendo sempre e exigindo novas instalações aéreas para os seus milhares de viajantes. Como se vê, não é fácil decidir sobre um aeroporto, principalmente se não temos ainda nem o terreno. O assunto é complexo, repito, e deve ser tratado com máximo de cuidado e máximo de tecnologia. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR

G Fala-se agora em aeroportos como uma banalidade. Não é fácil decidir sobre um aeroporto se não temos ainda nem o terreno.


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Tr i b u t o s Negócios Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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FEIRA DE JÓIAS MOSTRA TENDÊNCIAS

bilhões de reais foram faturados em 2006 pelo setor, que tem crescido cerca de 5% ao ano.

EM OURO, PRATA OU PEDRAS PRECIOSAS, PRODUTOS DA 45ª FENINJER DEVEM VENDER 5% A MAIS NESTE ANO

AS JÓIAS DA MODA PARA O PRÓXIMO VERÃO Newton Santos/Hype

Neide Martingo

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Quinto, da Morellato: união.

Brinco na tendência da moda

Vânia e Cibele Andrade: compras para atender os clientes mineiros.

Na onda do consumo consciente

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uro amarelo, branco, rosa (com cobre na trama), tudo combinando entre si, além de brincos compridos, parecidos a "plantas aéreas", flores, florestas. Esses produtos e temas serão usados nos pescoços e dedos das mulheres na primavera/verão 2007/2008.

Mas não basta às jóias ostentar beleza. A moda agora é passar uma mensagem. "O consumo consciente é importante para quem vende e compra os produtos. As madeiras nobres são usadas com certificação do Ibama, assim como o couro de jacaré. As jóias são para sempre, não vão para o lixo", diz a

CPMF Representantes de várias entidades participam hoje, às 10h, de ato contra o imposto na Fiesp.

SEM ULTIMATO

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presidente venezuelano Hugo Chávez negou ter dado um ultimato ao Brasil para aprovar a entrada da Venezuela ao Mercosul e reiterou que "Washington" é responsável pelos mal-entendidos. (AE)

AFTOSA

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AQUISIÇÃO A Akzo Nobel fechou um acordo para comprar a ICI por 8 bilhões de libras esterlinas.

SAI MODELO DE EDITAL DO MADEIRA

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Ministério de Minas e Energia deverá encaminhar nesta semana à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a modelagem do edital do leilão da hidrelétrica de Santo Antônio, a primeira das duas usinas do Rio Madeira a ter sua concessão colocada em disputa. Essa modelagem vem sendo aguardada

ansiosamente pelas empresas que já manifestaram interesse em entrar no bilionário projeto Madeira, uma vez que trará, oficialmente, qual é a proposta do governo para a organização dos consórcios que disputarão o leilão. A questão-chave é a da participação das estatais nos consórcios que disputarão o leilão. (AE)

A TÉ LOGO Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

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Um milhão de notas fiscais eletrônicas emitidas

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IBGE prevê expansão da soja em Mato Grosso

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m laboratório de pesquisa administrado pela fabricante francesa de medicamentos SanofiAventis e pela norteamericana Merck é suspeito de ter sido a fonte da ocorrência de aftosa no Reino Unido. (AE)

Ó RBITA

consultora de tendências do IBGM, Regina Machado. Ela diz que os acessórios dão "graça" a um look. "A roupa pode ser simples, mas, dependendo da jóia, ganha vida". Regina dá uma dica: "As correntes compridas rejuvenescem as mulheres. Elas devem apenas trocar o pingente." (NM)

Ruralistas elevam o tom de críticas a Kirchner

Valéria Barbosa, da Vancox, espera vender 15% a mais em 2007.

o diretor João Carlos Brunca. Jóias masculinas – O Grupo Morellato anunciou na Feninjer a compra da Sector Group. As duas são italianas e as operações se complementam: uma das 15 companhias da Morellato fabrica pulseiras de relógios para as principais marcas do mundo; a Sector produz relógios. "As empresas passam a operar em 60 países. A expectativa, para 2008, é de as vendas crescerem 30% em relação ao montante a ser alcançado neste ano. Há planos para abrir uma loja própria do grupo no Brasil", revela o diretor para a América do Sul da Morellato e Sector, Raffaele Quinto. "A grande novidade são as jóias masculinas. Os homens gostam de usar anéis, correntes e pulseiras, mas não há produtos para eles". A diretora de marketing da Vancox, Valéria Barbosa afirma que a empresa participa da Feninjer há 12 anos. "O evento é tão importante que nossos lançamentos de coleções são realizados aqui." Segundo ela, as vendas devem ser 15% maiores nesta edição, em comparação com as da feira realizada em agosto de 2006. "Os lojistas vêm em busca de produ-

tos para o Natal, por isso o volume de compras é maior. Além disso, 80% das aquisições são feitas por mulheres. Os homens compram presentes, mas agora elas trabalham, têm o próprio dinheiro e podem adquirir o que querem", afirma Valéria. A Feninjer é realizada duas vezes por ano, acompanhando as estações. As sócias Cibele Andrade e Vera Andrade vieram de Belo Horizonte para comprar jóias e abastecer a joalheria, como fazem há dez anos. Para elas, a viagem vale a pena porque no evento encontram estilo e novidades. "É possível saber o que vai ser mais usado e passar as informações para as clientes", diz Cibele. "O que mais chamou a atenção foi o ouro rosa", detalha Vera. Os irmãos Javier Noriega de Los Rios e Aldo Noriega vieram do Peru especialmente para participar da feira. Eles elogiam o design dos produtos nacionais, mas criticam o preço. "As peças da China custam 50% menos", afirma Los Rios. "As jóias brasileiras são vanguarda no exterior. Mas os preços deveriam ser diminuídos, assim mais pessoas comprariam", reclama Noriega.

Colégio “Rodrigues Alves”

DC

Natália Salomão, do IBGM: exportações de US$ 1,2 bilhão em 2006.

s fabricantes de jóias têm um desafio: a cada estação, criar itens para acompanhar as tendências de moda, sem perder a "eternidade". Se ouro e pedras preciosas são para sempre, passam de mãe para filha, como adequá-los ao que está se usando num determinado momento? A resposta está na 45ª Feira Nacional da Indústria de Jóias, Relógios e Afins, a Feninjer, que vai até amanhã no Transamerica Expo Center. Os 130 expositores mostram a moda do próximo verão – e registram boas vendas. De acordo com a gerente de marketing do Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM), Natália Salomão, a expectativa é de que a feira movimente 5% mais em negócios em relação ao evento de 2006. "As vendas do setor de jóias chegaram a R$ 4,5 bilhões em 2006. O segmento cresce 5% anualmente." As exportações alcançaram US$ 1,2 bilhão o ano passado. Segundo Natália, as empresas esperavam um aumento de 30% nas vendas externas neste ano, em comparação a 2006. "A valorização do real em relação ao dólar fez com que a projeção de elevação das exportações caísse de 30% para 20%, o índice de aumento registrado em 2006 em relação a 2005", afirma. A Gênesis Jóias espera vende 20% a mais do que em agosto de 2006. A "marca registrada" da empresa é a religiosidade: os pingentes das correntes de ouro reproduzem imagens de santos, do Espírito Santo, de oratórios, tudo em tamanhos grandes, em ouro amarelo, diamantes, rubis e safiras. "Os designers da Gênesis passaram dez dias em Portugal para desenvolver as peças", afirma

SUPLETIVO O melhor no ENEM/2005 e 2006 Manh ã e No ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ite MATRÍCULAS ABERTAS PARA 2º SEMESTRE/2007 Reclassificação e Progressão Parcial (DP) R. Domingos de Moraes, 787 (Metrô Ana Rosa) www.colegiorodriguesalves.com.br

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ABr

Política

Como é que a empresa de rádio foi parar nas mãos do filho de Renan. Demóstenes Torres (DEM)

Geraldo Magela/AE

Essas vozes que se levantam não estão acostumadas com o processo democrático. Luiz Flávio Borges D´Urso, presidente da OAB-SP, sobre as críticas ao "Cansei". Pablo de Sousa/LUZ

Os prefeitos anteriores foram muito ruins para São Paulo. Kassab é excelente. Claúdio Lembo, exgovernador e líder democrata.

Um aeroporto ideal não seria Congonhas. Milton Zuanazzi, presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), admitindo erro de avaliação. Presidente do Senado sofrerá nova representação no Conselho de Ética após reportagem de "Veja". Oposição bloqueará votações até sua saída

DEM DENUNCIARÁ RENAN

Jamil Bittar/Reuters

Temos duas orelhas, uma para escutar vaias e outra para escutar aplausos. Presidente Lula, após vaias em Cuiabá (MT)

A resolução do PT é um mau sinal, indigno de um partido democrático. Robert Ménard, secretário-geral da Repórteres Sem Fronteiras

A

lvo de representações do PSol, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), será denunciado também pelo segundo maior partido da Casa. Os dirigentes do DEM pedirão nesta semana ao Conselho de Ética que investigue a suspeita de que o peemedebista é o verdadeiro dono de duas emissoras de rádio em Alagoas que valem cerca de R$ 2,5 milhões. Segundo a revista "Veja", Calheiros também era proprietário de um jornal, avaliado em R$ 3 milhões, mas o vendeu há dois anos. Os negócios, segundo a publicação, são administrados por 'laranjas'. O líder do DEM, senador Jo-

Eu sou doutor em vaias; o PT me vaiou o tempo todo. Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, comentando as queixas de Lula.

Roosewelt Pinheiro/Ag. Senado

Estamos cumprindo a nossa obrigação, de todo pai e de toda mãe de ensinar aos filhos que eles não podem roubar. Heloísa Helena, presidente do PSol

Uma organização tomou o lugar da que saiu. Bruno Acioly, procurador da República, sobre as prisões da Operação Selo, da PF, nos Correios

Fiz opção pelos pobres. Cássio Cunha Lima, governador da Paraíba, cassado por distribuir 35 mil cheques durante campanha eleitoral.

Temos um sistema de duopólio, e não há regra legal sobre a abusividade de tarifas. Nelson Jobim, ministro da Defesa, criticando o domínio TAM-Gol.

sé Agripino (RN), afirmou que reunirá a bancada do partido amanhã para formalizar o pedido de investigação contra Renan. "Pedi ao setor jurídico a elaboração de uma representação. Acertei isso com o presidente do partido, deputado Rodrigo Maia (RJ), e agora quero ouvir a bancada para que a atitude seja de todos". Na avaliação do senador Demóstenes Torres (DEM-GO), a nova denúncia apresentou um vasto volume de provas contra o senador alagoano. Ele lembrou que no caso das contas pessoais supostamente pagas pela empreiteira Mendes Júnior, o próprio Renan se encarregou de complicar sua situação, ao se defender com uma

Lula viaja atrás de novas parcerias

O Fábio Pozzebom/ABr

O Congresso foi engessado. Marco Maciel, senador (DEM-PE) sobre o excesso de medidas provisórias do governo Lula.

Dida Sampaio/AE

Calheiros é acusado de utilizar 'laranjas' na compra de emissoras de rádio e de um jornal em Alagoas

presidente Luiz Inácio Lula da Silva começou ontem uma viagem a cinco países – México, Honduras, Nicarágua, Jamaica e Panamá –, a fim de reforçar laços comerciais e, segundo a Secretaria de Comunicação Social, apresentar o conhecimento brasileiro na área de biocombustíveis. Nesses países deverão ser fechados acordos de cooperação também nas áreas de saúde, agricultura e desenvolvimento social. Um grupo de cerca de 50 empresários brasileiros acompanha o presidente durante a viagem. "Em todos os países haverá eventos empresariais e seminários, dos quais o presidente participará de alguma forma, seja na abertura ou no encerramento", explicou o diretor do Departamento de Promoção Comercial do ministério, ministro Henrique Sardinha. As empresas brasileiras, detalhou, estão interessadas em investimentos principalmente na área de infra-estrutura e de biocombustível. As grandes construtoras, por exemplo, têm interesse em participar das licitações para ampliação

do Canal do Panamá. "Algumas já estão associadas entre si ou com empresas estrangeiras", disse Sardinha. Além do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, está confirmada a ida do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, e da Agricultura, Reinhold Stephanes. No México, primeira parada da viagem, tramita no Senado projeto de lei sobre adição de etanol (álcool combustível) à gasolina. "O presidente pedirá o apoio do país para o estabelecimento de um mercado mundial para combustíveis mais limpos, mais baratos e renováveis", informou o portavoz da Presidência da República, Marcelo Baumbach. Na Jamaica, Lula inaugurará uma usina de etanol próxima à Kingston. Em Honduras, se reunirá com o presidente Zelaya Rosales e encerrará um encontro empresarial. Na Nicarágua, os dois governos vão avaliar acordos de cooperação em diversas áreas. E no Panamá, Lula conhecerá o projeto de ampliação do Canal do Panamá, retornando na sexta-feira. (Agência Brasil)

documentação suspeita de ser fria. "Mas este novo caso já vem pronto, com tudo apresentado", afirmou. "Como é que a empresa de rádio foi parar nas mãos do filho de Renan?", questionou, referindo-se à informação de que um dos 'laranjas' do peemedebista, o funcionário do Senado, Carlos Santa Ritta, transferiu a participação para Renan Calheiros Filho, o Renanzinho, prefeito da cidade de Murici (AL). Renato Casagrande (PSBES), um dos relatores do processo que já tramita contra Calheiros no Conselho de Ética, também reconhece que as novas denúncias são graves e que precisam ser investigadas. "Há uma correlação entre os casos,

uma vez que se discute o patrimônio do senador", afirmou. P re ss ão – Enquanto esperam os trâmites burocráticos para dar seqüência às investigações, os senadores prometem manter Renan sob pressão dentro do Congresso. Partidos de oposição ameaçam bloquear a pauta de votação caso o senador não se afaste do comando da Casa. Agripino avisou que conversará com o PSDB e o PDT para que nada mais seja votado sob a presidência do peemedebista. Na sua edição de ontem, o diário alagoano "O Jornal", que teria pertencido a Renan Calheiros, detalhou as denúncias da revista "Veja" na sua primeira página. (Agências)

Roberto Stuckert Filho / AOG

Longe dos protestos: Lula e comitiva só retornam na sexta-feira

Aprovação mantida

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popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se mantém em alta e não foi afetada nem pela crise do setor aéreo que se estende há dez meses no País, mostrou nova pesquisa Datafolha divulgada ontem. Pelos dados da sondagem, realizada nos dias 1° e 2 de agosto, 48% dos brasileiros consideram que o governo Lula continua ótimo ou bom. O índice é o mesmo registrado

pelo Datafolha em março e quase igual ao de outubro de 2006 (49%). A desaprovação ao governo, medida pela avaliação ruim e péssima, apresentou pequena alteração, passando de 14% em março para 15% agora. Esta foi a primeira sondagem realizada após o acidente com o Airbus A320 da TAM, o maior da história da aviação brasileira, que vitimou 199 pessoas. (Reuters)


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Nacional Finanças Empresas Tr i b u t o s

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MIX DE LOJAS DE SHOPPINGS DEFINE TIPO DE NEGÓCIO

BOA ESCOLHA DO PONTO-DE-VENDA É DECISIVA PARA O SUCESSO

Há institutos especializados em pesquisar a sóciogeografia de um lugar. Luciane Robic, consultora.

Divulgação

Fluxo de pessoas e público-alvo são os fatores a serem levados em consideração Fátima Lourenço

A

brir um negócio próprio é uma idéia recorrente no Brasil, considerado um dos países mais empreendedores do mundo. Quem planeja ser seu próprio patrão, no entanto, deve levar em conta o alerta de especialistas de que é impossível ter sucesso sem uma escolha cuidadosa do ponto. "O local é um aspecto estratégico, que determina o fluxo de pessoas na loja", lembra a especialista em marcas e varejo da Trevisan Escola de Negócios, Luciane Robic. Ela recomenda que antes mesmo de sair buscando um imóvel, o empresário tenha clareza sobre o tipo de cliente que pretende atrair. "É preciso saber o perfil desse público (se é homem, mulher, criança, de alto ou baixo poder aquisitivo) e observar os hábitos de compra da clientela" – aspectos que já sinalizam quais regiões devem ser pesquisadas.

Em São Paulo, exemplifica, as pessoas em geral consomem onde moram ou onde trabalham. "Por isso, vemos essas torres que são montadas (shopping centers vizinhos a prédios comerciais), com tudo o que as pessoas precisam." Cada região tem suas características. Em São Paulo, além do hábito de freqüentar esses centros de compra, a população tem algumas regiões de varejo especializado como referência, diz Luciane, referindose a concentrações como as da Rua da Consolação (lustres), Santa Ifigênia (eletrônicos) e Oscar Freire (moda e luxo). "Há institutos especializados em pesquisar a sócio-geografia de um lugar", diz a consultora. Os estudos do gênero trazem dados quantitativos (como número de famílias da região, com as respectivas classes sociais) e qualitativos (como os hábitos de compra). A análise de um ponto comercial também requer a observação de questões como acesso (do público e dos fun-

cionários), segurança e possibilidade de ampliação, acrescenta Luciane. Se o imóvel for de rua, a oferta de estacionamento e a segurança podem ser a diferença entre atrair ou não a clientela. Shopping – Até os shopping centers, que aparentam contemplar todas essas exigências, merecem análise cuidadosa, ensina o diretor de Relações com o Mercado da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping Centers (Alshop), Luís Augusto Ildefonso. Em grandes cidades, como São Paulo, há regiões que podem acomodar vários shoppings. "O empresário deve pesquisar o mix de produtos de todos eles, para saber se é viável montar seu negócio ali." O ideal, segundo Ildefonso, é conferir o ponto pessoalmente, em diferentes dias e horários, apesar das informações que os corretores dos shoppings sempre oferecem. Ildefonso recomenda que o empresário busque consultoria especializada para analisar

Para facilitar o fluxo da clientela, o Habib's busca terrenos com metragem mínima de 1.200 m²

o contrato. Em geral, eles têm duração de cinco anos, com reajuste anual pelo Índice Geral de Preços de Mercado (IGPM) ou o Índice de Preços ao Consumidor - Fipe (IPC).

Além do aluguel, o lojista arcará mensalmente com um valor pelo condomínio, mais a verba de promoção. Há casos – e vale prestar atenção – em que os contratos prevêem reajustes

futuros, calculados com base em projeções de crescimento do empreendimento. Lu va s – A cobrança de luvas, valor que se paga pelo ponto, é comum nos shoppings e em imóveis de rua. E não é ilegal, explica o diretor de legislação e inquilinato do Sindicato da Habitação (Secovi), Jaques Bushatsky. "É um valor negociado à parte. Pode constar no contrato ou em outro documento. É proibida na renovação do contrato", diz. Antes de definir esses detalhes, no entanto, é preciso saber qual a quantidade de pessoas que o imóvel comporta, alerta Bushatsky. Um prédio antigo pode não ter condições de arcar com o peso de uma livraria, por exemplo. Além disso, há condomínios que proíbem algumas atividades. Também é preciso certificar-se de que a pessoa que assina o contrato tem autorização legal para isso. Há imóveis com vários donos.

Divulgação

João Augusto Penna, do Habib's: rigidez na escolha do local.

Habib's faz análise rigorosa

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té o final deste ano, a rede de comida árabe Habib's, umas das maiores franquias de alimentação do Brasil, deverá abrir 25 novas lojas, totalizando 309 restaurantes da marca, prevê o diretor de expansão, João Augusto Ribeiro Penna. O número só não é maior em razão da rigidez da empresa na escolha dos pontos. Em Maceió (AL), por exemplo, a rede não está presente, apesar de já ter candidatos a franqueados. Todos os pontos analisados, afirma Penna, não eram ideais para o sucesso do negócio. Ao longo de seus quase 20 anos de mercado, o Habib's criou equipe própria para analisar os pontos, além de ter o auxílio de corretores externos. "Eles nos enviam material para análise. Se valer a pena, um profissional do Habib's vai conferir pessoalmente; eu também verifico e, antes de assinar o contrato, o Alberto

(Antonio Alberto Saraiva, fundador do Habib's), vai ao local e dá a palavra final", explica o diretor. De acordo com Penna, a equipe Habib's está em fase de análise de 52 potenciais pontos, em diferentes regiões do País. Entre os critérios, pesa especialmente o fluxo de pessoas, fundamental para compensar o tíquete médio baixo dos restaurantes da marca. Para facilitar o fluxo da clientela, a rede busca terrenos com metragem mínima de 1.200 metros quadrados, preferencialmente em esquinas. A presença da concorrência por perto costuma ser bom indicativo. "Aumenta o fluxo. A propaganda do concorrente ajuda a atrair a clientela", diz Penna. Além disso, o valor da locação não deve representar mais que 5% do faturamento previsto para a loja.


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ECONOMIA - 5


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Nacional Empresas Finanças Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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CAIXA GANHOU 800 MIL NOVOS CLIENTES

bilhões de reais foi o valor da carteira de crédito do banco em dezembro de 2006

GRANDES MUDANÇAS FEITAS PARA MUDAR O PERFIL DA INSTITUIÇÃO COMEÇAM A DAR RESULTADOS

O NOVO ROSTO DA NOSSA CAIXA Milton Mansilha/Luz

Clarice Santos/Chromafotos/17/5/2005

Adriana Gavaça

D

epois de passar por um período de grandes transformações, a Nossa Caixa se diz, finalmente, pronta para disputar de igual para igual o concorrido mercado bancário brasileiro. As mudanças incluíram a criação de subsidiárias de cartão de crédito, previdência e seguro, venda de consórcio de imóveis e a abertura de capital da instituição, no final de 2005. Nem o nome original foi poupado. Da marca Nossa Caixa Nosso Banco só restou a primeira parte. Uma pequena alteração, cujo objetivo foi torná-la mais enxuta e de fácil identificação pelos clientes. Tudo isso faz parte de um grande plano para dar cara nova à instituição bancária. "O banco está em sintonia com o mercado financeiro no Brasil. Passada a fase de mudanças, a ser encerrada com a comercialização de títulos de capitalização, até dezembro nossa preocupação será investir em tecnologia de ponta, à altura das exigências dos clientes", disse o presidente Milton Luiz de Melo Santos. As transformações começam a dar frutos. Os últimos números divulgados mostram que a instituição tem tido resultado positivo em praticamente todos os segmentos do chamado "varejão", e começa a ganhar terreno em áreas im-

Milton Santos, da Caixa: pronto para competir com os grandes

portantes, como a do crédito, cuja carteira passou de R$ 3 bilhões, em dezembro de 2002, para R$ 6,3 bilhões, no final do ano passado. Os ativos totais também aumentaram consideravelmente em igual período. Saíram de R$ 28,6 bilhões para R$ 39,3 bilhões. Os resultados levaram a Nossa Caixa para o terceiro lugar do ranking das maiores instituições financeiras públicas do País e a nona na área de varejo. É bem verdade que esses nú-

meros ainda estão bem distantes dos apresentados por gigantes como o Bradesco, cujos ativos totais, por exemplo, somaram R$ 265,5 bilhões ao final de 2006. Mas é preciso considerar que a Nossa Caixa ainda tem atuação regional e que até há pouco tempo funcionava apenas como um banco público de depósito. "A instituição nasceu com esse objetivo. Ainda hoje, depois de 90 anos, grande parte das pessoas físicas têm conta

poupança", analisa o presidente. A Nossa Caixa tem atualmente cerca de 5,5 milhões de clientes pessoa física. Subtraindo-se os servidores públicos – 1,1 milhão – restam 4,4 milhões de correntistas. Desses, 1,7 milhão possuem conta poupança. "É um número muito representativo e demonstra que os clientes associam o banco a um local para guardar suas economias", afirmou. M an c ha – Nem mesmo a ameaça de abertura de CPIs, para investigar possíveis desvios de recursos da Caixa para campanhas dos tucanos, foi capaz de ofuscar a nova fase. "A CPI está morta e enterrada. É claro que quando nosso nome é envolvido em qualquer escândalo, ficamos expostos diante da opinião pública. O que é uma pena. A Nossa Caixa tem procurado dar mais transparência às suas ações, em linha com as exigências da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para as empresas de capital aberto. Por isso, lamentamos esses fatos", disse Santos. A ameaça da CPI não deixou seqüelas. Uma prova de que o problema foi superado, segundo o executivo, está no número de novos clientes. Ele aumentou em 800 mil no primeiro trimestre de 2007. Desse volume, 600 mil referem-se a funcionários públicos transferidos do Santander-Banespa. "Mas 200 mil foram novos correntistas que escolheram espontaneamente a Nossa Caixa como o seu banco", comemorou.

Mesmo sendo regional, o banco quer ganhar mais espaço no mercado

Pequenas e médias na mira da instituição

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ossa padaria, nossa farmácia, nossa banca... Basta ligar a TV aberta em horário nobre para se deparar com a mais nova campanha da Nossa Caixa. Nos comerciais, o banco se apresenta como um parceiro, uma espécie de sócio do negócio. "As pequenas e médias empresas são nosso atual foco de ação", disse o presidente da instituição bancária, Milton Luiz de Melo Santos. De acordo com o executivo, muitos empresários ainda desconhecem o trabalho realizado nessa área. Mas tem esperança de que a campanha publicitária possa corrigir esse erro. "As empresas ainda não enxergam a Nossa Caixa como parceira. Não sabem que temos uma linha completa de produtos e taxas competitivas", afirmou. A instituição financeira possui atualmente cerca de 200 mil companhias em sua base de clientes, mas só tem pouco mais de R$ 2 bilhões em empréstimos para esse público. A campanha na televisão, porém, segundo o executivo, é apenas parte de uma série de ações adotadas pelo banco pa-

ra atrair novos clientes. Para se ter uma idéia, só neste ano, a Nossa Caixa anunciou a redução de juros em sete linhas de crédito para pessoas jurídicas, além de ampliar o prazo das operações de empréstimo pessoal do programa "Cred Mais", dirigidas a pessoas físicas, de 24 para 36 meses. "Pretendemos oferecer não só crédito para as empresas, como convencê-las a trazer para o banco sua folha de pagamento e estendermos nosso atendimento também para os funcionários desses empresários, com produtos como o crédito consignado e linhas de empréstimo pessoal, como o Cred Mais", afirma. Além disso, o banco tem investido na ampliação e modernização de sua rede. Só no início de julho, foram inauguradas três novas agências, um posto de atendimento e transferidas três unidades para locais com instalações mais amplas e confortáveis. A Nossa Caixa tem atualmente 2.213 pontos de atendimento, entre agências e postos, estrutura reforçada por 1.338 correspondentes bancários. (AG)

Banco chama a atenção dos analistas de mercado

T

odo trabalho realizado pela Nossa Caixa, para torná-la mais competitiva, já começa a chamar a atenção de analistas do mercado. Apesar de alguns ainda olharem para o banco com certa ressalva, a maioria é unânime em achar que a instituição tem hoje uma saúde financeira muito superior à do passado e está pronta para brigar com os grandes do mercado pela preferência dos correntistas. Na avaliação do analista financeiro Vinicius Martins Castilho, do Instituto de Ensino e Pesquisa em Administração (Inepad), a Nossa Caixa é hoje, sem sombra de dúvida, um banco muito melhor, com estrutura mais eficiente para atender os mais diferentes tipos de clientes. Brecha – "O único problema é ele ainda concentrar grande parte de seus ativos, pouco mais de 50%, em títulos públicos, diminuindo suas chances de alcançar lucros maiores, como vem ocorrendo com as grandes instituições privadas, que optaram por dar mais espaço ao crédito", disse.

O analista também acredita que a Nossa Caixa ainda precisa investir muito em novos produtos, especialmente na área empresarial. "O banco tem pouca atuação nesse segmento. Já começamos a ver algumas ações para esse público, mas é preciso transformálas em números", avaliou. Do ponto de vista do investidor, o analista continua indicando os papéis do banco como uma boa opção de investimento lucrativo. Isso apesar de o valor da ação, cujo preço inicial era de R$ 35 em 28 de outubro de 2005, quando a instituição abriu o capital, ter sido cotado a R$ 31,79 (fechamento) em 31 de julho passado. "Mas é preciso levar em conta que o papel já bateu em R$ 54,10 em 30 de janeiro de 2006 e atingiu o valor máximo de negociação de R$ 56 no dia seguinte. Não podemos esquecer que negócios em bolsa de valores estão sujeitos a todo tipo de influência. Mas o mercado olha o maior valor de negociação de uma ação para definir seu potencial de valorização", afirmou. (AG)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Indicadores Econômicos

7

6,6

3/8/2007

por cento foi a alta nas consultas do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) em julho, se comparadas ao mesmo mês de 2006.

Informe Publicitário FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda

Fundo

Empresarial LP Esher LP Hope LP JCP-SUL LP Master Recebíveis LP Múltiplo LP Redfactor LP Valecred LP

Posição em:

01/08/2007 01/08/2007 01/08/2007 01/08/2007 01/08/2007 01/08/2007 01/08/2007 01/08/2007

P.L. do Fundo

16.749.437,90 24.429.448,07 12.905.743,41 763.430,52 1.959.308,97 12.139.649,74 6.619.158,20 2.511.430,61

Valor da Cota Subordinada

1.480,770642 1.338,976954 1.148,883587 1.000,488784 1.214,934946 1.377,659803 1.061,255821 998,704235

% rent.-mês

0,0623 0,6259 0,1031 0,0735 -0,0222 0,1821 0,1315 0,0333

% ano

14,00 13,79 14,89 0,05 2,05 10,03 6,13 -0,13

Valor da Cota Sênior

% rent.-mês

% ano

1.023,180900

0,0479

2,32

1.229,367608

0,0470

7,84

1.115,989850

0,0470

7,82

rating

A (Austin) BBB (Austin) AA- (Austin) AA- (Austin) A+ (Austin) A+ (Austin) AA (Austin) A (Austin)

DC

COMÉRCIO


segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Nonononono Nononoon Aeropor tos Noononono

DIÁRIO DO COMÉRCIO

RECAPEAMENTO DA PISTA DE CUMBICA COMEÇA HOJE

5 Chega a 160 o número de vítimas do acidente da TAM já identificadas pelo IML até ontem à noite

Serra: é preciso ter área de escape Após a implosão do prédio atingido pelo Airbus A320 da TAM, governador diz que é necessário construir uma área complementar para se evitar novas tragédias.

a maior

Paulo Pinto/AE

tragédia

A

necessidade de construção de uma área adjacente, de escape, no aeroporto de Congonhas é cada vez mais evidente para impedir tragédias como a ocorrida no último dia 17 com o Airbus A320 da TAM, em que morreram cerca de 200 pessoas. A observação veio do governador de São Paulo, José Serra, que acompanhou ontem a implosão do prédio da TAM Express atingido pelo avião da própria companhia aérea. Para Serra, o momento, agora, é de olhar para a frente e trabalhar para se evitar novos acidentes. "A implosão encerra uma das etapas, vamos seguir para as outras" disse, sem responder quais seriam essas outras. O prédio da TAM, atingido no maior acidente aéreo da história do País, foi posto abaixo ontem às 15h30. Os 75 quilos de dinamite usados derrubaram o galpão em menos de cinco segundos. Para a demolição a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) interditou ruas e avenidas próximas por motivos de segurança. O prédio onde funcionava o sistema de entregas da TAM teve sua fachada envolta por telas para evitar que os estilhaços se espalhassem pela área vizinha. Mas a implosão acabou destruindo, também, três edículas – pequenas construções nos fundos de um terreno – situadas junto ao prédio, na Rua Baronesa de Bela Vista. Já a estrutura de uma parede à esquerda do imóvel resistiu e teve de ser derrubada por uma retroescavadeira, assim como o posto de gasolina ao lado. Os trabalhos de limpeza começaram imediatamente à implosão, especialmente na área externa do imóvel destruído. Em menos de duas horas após a demolição do prédio, a CET liberou a pista da Av. Washington Luís no sentido zona sul, que estava interditada há 19 dias. Também os pousos e decolagens do aeroporto de Congonhas, que haviam sido suspensos por conta da implosão, foram liberados pela Infraero, empresa que controla os aeroportos do País. Doação – A TAM informou, por meio de nota, que doará a área à Prefeitura de São Paulo para a construção de uma praça em memória das vítimas do acidente. Estima-se que 18 toneladas de entulho devam ser retiradas nos próximos dias do local onde ficava o prédio atingido pelo Airbus A320. Também nos próximos dias deve-

Implosão do prédio da TAM Express durou menos de cinco segundos. Terreno será doado pela TAM à Prefeitura de São Paulo para a construção de uma praça em memória às vítimas

rão ser liberados pela Defesa Civil os 22 imóveis interditados desde o dia do acidente. A devolução aos proprietários ainda depende de vistorias, que serão feitas na presença dos próprios moradores. O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que também acompanhou o trabalho da implosão, não quis falar sobre a eventual desapropriação de imóveis na região do aeroporto para que possa ser construída uma área de escape mencionada pelo governador. Pista – A pista principal do aeroporto de Congonhas foi reaberta ontem às 12h05. Devido à chuva fraca que caiu na cidade, ela ficou fechada desde as 6 horas. Com isso, das 69 partidas programadas, 33 haviam sido canceladas até o meio-dia. A Infraero registrou três atrasos com mais de uma hora. Por determinação da Aeronáutica, a pista só deve ser liberada se estiver seca. Hoje, é a vez da pista principal do Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, começar a ser recapeada. Com vida útil esgotada há 5 anos, a pista de 3.700 metros tem fissuras e buracos de até oito centímetros. (Agências)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Que ultimato posso dar ao Congresso do Brasil, que é soberano? Hugo Chávez, presidente da Venezuela

Internacional

Enrique De La Osa/Reuters

Chuvas matam 330 na Ásia

Farah Colina, ao lado dos troféus do marido Guillermo: ele volta para Cuba, mas não para casa

O

s pugilistas Guill e r m o R i g o ndeaux, 26, e Erislandy Lara, 24, dados como desertores pelo gov e r n o c u b a n o a o abandonarem a delegação do país durante o Pan-2007, chegaram ontem a Havana depois de terem sido detidos e deportados pelo governo brasileiro. "Careciam de documentação", explicou Fidel Castro em um artigo no jornal "Juventud Rebelde". Dias antes ele havia acusado os atletas de serem "desportistas mercenários".

Reuters

O boxer Erislandy Lara

Eles foram localizados na última quinta-feira em Araruama, na região dos lagos fluminenses, e embarcaram para Havana num vôo fretado pelo governo cubano no sábado à noite. Fidel garantiu que os esportistas "não sofrerão repre-

sálias carcerárias". Ficarão na chamada "casa protocolar", disse o presidente afastado de Cuba, e terão a permissão de ver seus familiares. Posteriormente, "serão oferecidas tarefas decorosas e em favor do desporte, de acordo com seus conhecimentos e experiência", disse o presidente afastado. Segundo o delegado federal Felício Laterça, da delegacia da Polícia Federal em Niterói (Grande Rio), os atletas não demonstravam temer punições na volta à ilha e recusaram o pedido de refúgio. (AE)

Jamal Saidi/Reuters

AFP

Dissidentes cubanos de volta para casa

Em Bangladesh, mulher coleta água limpa

O

s temores sobre a possibilidade de epidemias atingirem milhões de pessoas isoladas ou desabrigadas pelas enchentes no sul da Ásia, especialmente na China, Índia e Bangladesh, aumentaram no final de semana, quando fortes chuvas de monção voltaram a devastar diversas localidades, elevando o número de mortos para ao menos 330 pessoas. ESTADOS UNIDOS O Congresso americano aprovou uma proposta de orçamento de US$ 459,6 bilhões para a Defesa, que não inclui verbas para o Iraque e o Afeganistão

SEMPRE BUSH

Nas últimas semanas, enchentes de grandes proporções afetaram a vida de 35 milhões de pessoas, desabrigando até 10 milhões delas. No Estado de Bihar, área empobrecida da Índia, quatro helicópteros da Força Aérea entregaram alimentos, remédios e roupas para 10 milhões de pessoas atingidas. As enchentes pioraram na região após rios romperem barreiras e diques. (Reuters)

Ó RBITA

VIOLÊNCIA A polícia do Iraque informou ter encontrado 60 corpos em decomposição na cidade de Baquba, no norte de Bagdá. Ontem, um morteiro matou 11 pessoas na capital

Toru Hanai/Reuters

Mohsin Raza/Reuters

Larry Downing/Reuters

LEMBRANÇA AMARGA

Oposição canta vitória no Líbano

N

o mais recente confronto entre o governo e a oposição, milhares de libaneses foram às urnas para substituir Pierre Gemayel e Walid Eido, os dois congressistas mortos em atentados. Eles eram aliados do governo libanês apoiado pelos EUA e oponentes da Síria. Apesar de os resultados oficiais não terem sido divulga-

dos, o líder da oposição cristã, Michael Aoun, anunciou que seu candidato, Camille Khoury, derrotou por margem estreita o ex-presidente Amin Gemayel, membro-chave da coalizão governista. A disputa pela cadeira maronita que ficou vaga depois do assassinato de Pierre Gemayel acabou se configurando como prova de força entre a

coalizão governista e a oposição, semanas antes da eleição prevista de um presidente maronita para o Parlamento. O primeiro-ministro Fouad Siniora saudou a eleição parlamentar pacífica, que descreveu como resposta civilizada aos assassinatos de políticos. "A democracia vai derrotar o terrorismo no Líbano", disse ele em comunicado. (Agências)

nquanto, no Paquistão, E ativistas islâmicos queimavam bonecos de

George W. Bush, o presidente se encontrava, em Camp David, com o colega afegão Hamid Karzai. A Al-Qaeda e o Talebã dominaram as conversas. A violência no país atingiu o ponto mais alto desde a invação americana em 2001. (Agências)

cidade de Hiroshima, no vítimas da radiação. No dia 9 de agosto daquele ano, sul do Japão, lembrou A 74 mil pessoas morreram ontem o 62º aniversário do início da era nuclear. Foi em 6 de agosto de 1945 que o bombardeiro americano "Enola Gay" lançou a bomba A sobre Hiroshima, arrasando instantaneamente a cidade. Cerca de 140 mil pessoas — mais da metade da população da cidade em 1945 — morreram imediatamente e nos meses que se seguiram,

no segundo bombardeio atômico, sobre Nagasaki. Durante uma cerimônia em homenagem aos mortos, o primeiro-ministro Shinzo Abe se desculpou, pela primeira vez, da declaração do exministro da Defesa, Fumio Kyuma, para quem os ataques de 1945 foram justificáveis. (Agências)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

Divulgação

DCARR São Paulo, 6 de agosto de 2007

Nº 180

Picasso chega com modificações e vendas do Pallas começam neste mês.

Divulgação

OMEGA

TODAS AS LUZES PARA A NOVA ATRAÇÃO Páginas Páginas 44 ee 55


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DCARRO

São Paulo, segunda-feira, 6 de agosto de 2007

índice PRODUÇÃO NACIONAL - 3 A Fiat promete para a segunda quinzena o início das vendas do Punto.

CAPA - 4 e 5 Elegante e confortável, novo Omega chega ao Brasil com preço na faixa de R$ 145 mil.

MERCADO - 6 Pesquisa do Cesvi mostra que a maioria dos motoristas não sabe como funciona o freio ABS.

AUTOMOBILISMO - 7 No próximo final de semana, a primeira temporada do GT3 Championship Brasil.

LANÇAMENTO - 8 A Citroën acaba de lançar o novo Picasso, com poucas alterações, e o C4 Pallas.

DIFICULTE A VIDA DO LADRÃO

A

maioria dos moradores das grandes cidades brasileiras já teve um carro roubado ou conhece algum colega, amigo ou parente que sofreu esse tipo de violência. Como reduzir as chances dos ladrões de veículos e proteger o nosso patrimônio? Algumas dicas do site fiquetranquilo.com vão dificultar a vida dos bandidos, o máximo que se pode fazer contra esse tipo de atividade criminosa. Não compre componentes para seu carro em desmanches ou locais suspeitos. Recorra a concessionárias dos fabricantes ou a oficinas conhecidas. Comprar coisas de origem duvidosa estimula o crime. Não rode sem seguro. Mesmo o mais simples é melhor do que correr o risco de perder milhares de reais sem chance de recuperá-los. Se não der, dificulte ao máximo o trabalho do ladrão, instale alarmes sonoros, trancas, imobilizadores na chave, dispositivos para cortar o fluxo de combustível etc. Se a verba não é bastante para ter um carro blindado, mande blindar os vidros. Não carregue armas no carro. Além do risco de seu uso em uma discussão banal de trânsito, saiba que os bandidos não pensam duas vezes antes de atirar. Evite circular por ruas de risco, principalmente à noite (exceto em vias com policiamento ostensivo), quando o ideal é usar o serviço de táxi. Se o carro for mesmo necessário, evite deixá-lo na rua.

Mantenha sempre os vidros fechados. Não os abra em cruzamentos para dar esmolas, dinheiro a malabaristas ou outros artistas desses pontos da cidade. Pode ser o começo de um assalto. Não leve bolsas, carteiras, telefones celulares, máquinas fotográficas ou notebooks expostos sobre os bancos. Evite o uso de jóias ou relógios caros. Guarde-os no portamalas até o destino. Antes de seguir para locais distantes, especialmente aqueles que você não conheça bem, consulte o guia de ruas da cidade. Rodar sem conhecer o trajeto, tendo que parar para pedir informações, pode facilitar assaltos e roubos. Pense em usar um serviço de van quando o grupo for grande e necessitar de dois ou mais carros. O passeio fica mais econômico e seguro. E todo mundo vai poder até, se quiser, passar dos limites na bebida. Menos o motorista, claro! Os tuneiros devem ter cuidados especiais com seus carros personalizados, com som, rodas especiais, cromados etc. Eles chamam mais atenção. São mais adequados, portanto, para rodar durante o dia, em vias menos inseguras. E, se o carro não for blindado e o bandido apontar uma arma, entregue o que ele pedir, sem esboçar reação, nem fazer movimentos bruscos. Grupo Nordeste

aGenDa Hoje

A Anfavea, a associação das montadoras, divulga dados de vendas e produção dos primeiros sete meses do ano. No Hotel Sofitel, em São Paulo.

7 de agosto

A Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos lança o livro "Conduzindo o Progresso - a História do Transporte e os 20 anos da NTU".

12 de agosto

Encerra-se no próximo domingo, no Shopping Penha, a "Exposição de carros em miniaturas".

Presidente Alencar Burti Diretor de Redação Moisés Rabinovici Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira Editor chicolelis chicolelis@dcomercio.com.br Repórteres Alzira Rodrigues alzira@dcomercio.com.br Anderson Cavalcante acavalcante@dcomercio.com.br

Chefe de reportagem Arthur Rosa Editor de Fotografia Alex Ribeiro Editor de Arte José Coelho Diagramação Lino Fernandes Ilustração Abê / Céllus / Jair Soares Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122 Impressão S/A O Estado de S. Paulo www.dcomercio.com.br/dcarro


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E mais Sistemas Soluções Te l e f o n i a

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Encontro de negócios com equipamento da Mude: som e imagens perfeitos. Como se fosse ao vivo.

NÃO PRECISA COMPRAR O SISTEMA: ALUGUE.

Reuniões sem apagão O preço dos sistemas de videoconferência variam de R$ 5 mil a R$ 90 mil. Mas sempre há a alternativa da locação, dos equipamentos e dos escritórios virtuais.

M

A norueguesa Tandberg, uitas empresas estão trocando os tem a sua versão semelhante, bilhetes aéreos o tudo-em-um T770 MPX, pela comodida- com lente direcionada, zoom, de da videoconferência. A visualização de mais de uma Pernambucanas é uma delas: tela, ao preço médio de R$ 14 a rede já integrou 13 lojas com mil, e ligado à TV/monitor e à soluções de videoconferência rede IP da empresa. "É um (sistema VSX 7000, da Poly- produto para os pequenos e com). O BicBanco, o frigorífi- médios negócios", informa co JBS Friboi, a Legião da Boa Marcos Conforto, gerente de Vontade, e mais as corretoras produtos de convergência da de seguros, hospitais e as Mude, distribuidora da margrandes corporações, tam- ca. Cerca de 120 unidades já foram vendidas. A Tandberg, bém aderiram. Algumas soluções são proje- que só atuava no País através tadas para uma sala de reu- de canais, instalou escritório niões, outras são utilizadas em regional em São Paulo no fiescritórios ou no próprio com- nal do ano passado, mas suas putador. Em todas as situa- vendas são feitas via duas disções, se consegue imagens em tribuidoras (a Mude e a TES) e movimento, qualidade de som 14 revendas. Alugar, uma alternativa – Se e poder trabalhar como se as a empresa for pequena e não tipessoas estivessem na sala. "Não importa o porte do ne- ver uma rotina de reuniões que justifique o ingócio, existe vestimento em sempre um proum sistema caro, duto que se a solução, segunadapta a ele", do Renato Batisdiz Renato Ba- Sempre há um tipo de t i s t a , d a N e t- serviço que se adapta ta, da NetGlobe, é o aluguel de serGlobe. Os valoàs necessidades do viços (equipares começam mentos e assisem R$ 5 mil e po- interessado: não tência técnica) dem chegar a R$ importa o tamanho por períodos de 90 mil, depen- da empresa. 24 ou 36 meses d e n d o d o n úRenato Batista, o u , e v e n t u a lmero de pontos, NetGlobe. mente, a locação de acessórios de salas. O pre(telas, microfones, câmeras) e da sofistica- ço/hora de uma sala (equipada ção. Equipamentos entre R$ com todos os recursos necessá10 mil e R$ 18 mil contam com rios para o bom andamento da lentes profissionais, com qua- reunião) chega a R$ 400. O custo de um projeto com lidade de voz e recursos de home theater. "O investimen- dois equipamentos para peto se paga em poucos meses, quenas salas, mas com qualise o fluxo de viagens na em- dade de áudio e vídeo (com o presa for elevado", calcula VSX 5000, da Polycom), um para cada ponto da empresa Batista. O mais vendido – A Poly- (no Rio e em São Paulo, por com é a líder deste segmento no exemplo), e com até 14 pessoas País, com crescimento de 50% em uma mesma reunião, é de nas vendas nos últimos 12 me- R$ 20.600, segundo avalia a Esses. Seu diretor de Operações, tado da Arte. A Sony também oferece Pierre Rodriguez, informa que o produto mais vendido da linha equipamentos de videoconfeé o VSX 7000s. O equipamento rência para pequenos e médios custa em torno de R$ 18 mil (de- usuários, desde o PCS-1 ponpendendo dos opcionais). Para to-a-ponto, com IP nativo e opusá-lo, basta uma tela (monitor cionais de conexão em ISDN, de LCD ou TV tela plana) e uma até o modelo PCS-G50, com banda larga de 128 Kbps. Ao compartilhamento de dados e VSX 7000s podem ser conecta- capaz de cobrir até 10 lugares. dos outros periféricos. Barbara Oliveira

lho Fique de o a r na web. Pa conseguir go. um empre

A

té o final do mês, recémformados e universitários de todo o País têm acesso gratuito aos programas de seleção de jovens talentos de 12 companhias de ponta – Nestlé, Vivo, Monsanto, Cargil, Grupo Ultra, Eternit, Johnson & Johnson, entre outras. A SÓ Talentos, consultoria de recrutamento e seleção especializada na interface entre as organizações e os profissionais em início de carreira, realiza pelo segundo ano consecutivo a Feira Virtual de Recrutamento de Trainees & Estagiários, desta vez com 12 empresas. Ao todo, serão cerca de 350 vagas em aberto, entre programas de estágio e de trainee, sendo conferida aos interessados a possibilidade de inscri-

ção em mais de um processo seletivo. A inteligência do sistema facilita essa operação, uma vez que, ao ser incluído no banco de dados da SÓ Talentos, o candidato fica dispensado de preencher novamente parte dos itens requeridos. Com seu CPF e senha, ele dispõe também de flexibilidade para atualização do currículo, sem nenhum custo. A II Feira Virtual de Recrutamento de Trainees & Estagiários foi estruturada à semelhança de empreendimentos do gênero. Ao acessar w w w. s o t a l e n t o s r h . c o m . br/feira, o internauta fica diante da porta principal do evento, podendo adentrar em um de seus dois pavilhões: Empresas e Oportunidades ou Serviços. No primeiro, as companhias expõem seu perfil corporativo nos "estandes", detalhando os programas dirigidos aos jovens em início de carreira. Já o outro pavilhão reúne produtos e serviços voltados ao públicoalvo da Feira, tais como orientação de carreira, intercâmbio e crédito estudantil.

O executivo que trocou os aviões pelo notebook Divulgação

Carlos Manzini, da CommLogik.

A

CommLogik Corporation, distribuidora de produtos de telecomunicações, com filiais no Brasil, Argentina, Colômbia, México e sede em Miami, substituiu, há dois anos, a rotina dos executivos com as viagens (e com todos os dissabores e as despesas que as viagens têm representado) pela videoconferência. Carlos Manzini, diretor-geral da CommLogik no Brasil, lembra que as reuniões aconteciam a cada três meses num país diferente. Hoje, são feitas via sistemas da Polycom. "A economia é gritante: os custos de uma viagem de dois dias para Miami eram de 2 mil dólares por pessoa. Nosso investimento em sistemas de videoconferência foi amortizado em quatro meses." Ele conta que faz reuniões dentro da empresa ou mesmo em casa ou de um hotel, com seu notebook, graças a um software específico. O notebook, para isso, deve ter uma webcam acoplada e estar ligado a uma rede de banda larga. "Os sistemas estão mais intuitivos e amigáveis. É tão fácil quanto usar um telefone." A CommLogik também atua na outra ponta, como distribuidora de sistemas da Polycom, e, como tal, registrou um aumento de 100% nas vendas de soluções de áudio e videoconferência neste primeiro semestre de 2007 em relação ao ano todo de 2006. "Somos procurados por bancos, redes de varejo e empresas de materiais de construção."

Divulgação

Calcule os seus impostos. Sem calculadora.

Gerenciar m riscos. Co toda . segurança

A

Easy-IRPJ: permite exportação direta ao sistema da Receita Federal.

P

ara ajudar as empresas a fazerem o controle tributário, a Easy-Way desenvolveu o Easy-IRPJ. O software realiza o cálculo mensal dos impostos, que envolve IRPJ, CSLL, FUST, FUNTEL, PIS, PASEP e COFINS, além de permitir a escrituração do Livro de

Apuração do Lucro Real (LALUR). Com base nos cálculos mensais ao final do período base, é possível realizar o preenchimento da DIPJ completa, através da geração do arquivo para exportação direta no software da Receita Federal. www.ewb.com.br.

CLM Software traz para o Brasil o SecureVue, da americana eIQnetworks. Trata-se da primeira plataforma de gerenciamento de riscos, que integra, em um único sistema, a segurança da informação, o gerenciamento de eventos (SIEM), a segurança dos equipamentos e análise de vulnerabilidades. O presidente da CLM Software, Francisco Camargo, explica que "a integração de segurança, risco e compliance, na gestão de frameworks, inaugura um novo paradigma em termos de SOC. Da mera correlação de eventos para a adoção das melhores práticas na gestão da segurança da informação, implicando no gerenciamento adequado do Risco Operacional".

Ideal para empresas, governo e provedores de serviços de segurança gerenciada, o SecureVue utiliza um modelo de dados integrado, com correlação de ponta-a-ponta, para as aplicações, a rede e os servidores e appliances, e, ainda, conta com ferramentas que consolidam, combinam, correlacionam, analisam e apresentam dados das diversas áreas. Deste modo, consegue oferecer uma visão ampla e consolidada da infra-estrutura de segurança e de posturas de risco na organização. "Até agora, as arquiteturas de segurança eram tratadas por produtos separados, o que geravam uma grande quantidade de dados a serem monitorados e correlacionados manualmente para, então, se fazer análises do ambiente". O SecureVue permite visualizar condições de alto-risco, a partir dos dados extraídos, do monitoramento e correlação de dados, dos alertas, dos relatórios e da sua base de conhecimento de crimes virtuais. Preço: a partir de US$ 40 mil (FOB Estados Unidos).


DIÁRIO DO COMÉRCIO

8 - INTERNACIONAL

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Fuzis 'somem' O no Iraque

Soldado observa iraquiana em Bagdá

Na neve. Na areia. No barro.

C

riado pelo russo Mikhail Kalashnikov durante a Segunda Guerra (1939-1945), o AK-47 é, até hoje, um dos rifles de assalto mais utilizados mundo afora. A fácil utilização, o relativo baixo custo de produção e o bom desempenho em situações adversas (neve, areia e barro) explicam o sucesso. A arma faz parte, até, da bandeira de Moçambique. Mohammed Abed/AFP

Damir Sagolj

Internacional

Relatório mostra que Pentágono desconhece o paradeiro de 190 mil fuzis AK-47

Pentágono não sabe onde foram parar cerca de 190 mil fuzis de assalto AK-47 e pistolas entregues às forças de segurança iraquianas em 2004 e 2005, criando temores de que as armas tenham caído em mãos de insurgentes que combatem as próprias forças americanas no Iraque. Segundo um relatório do Departamento de Contabilidade do Governo (órgão do Congresso norte-americano encarregado de fiscalizar o governo), oficiais americanos não conseguem dar conta de 30% das armas que os EUA distribuíram a forças iraquianas de 2004 ao começo deste ano. Washington gastou U$ 19,2 bilhões tentando desenvolver forças de segurança iraquianas desde 2003, segundo o GAO, incluindo pelo menos U$ 2,8 bilhões para a compra e a entrega de equipamentos. O relatório mostra também que o Departamento de Defesa tampouco conhece o paradeiro de 135 mil peças de proteção pessoal e 115 mil capacetes entregues às forças iraquianas até 22 de setembro de 2005. Uma importante autoridade do Pentágono afirmou ao 'The Washington Post' que parte das armas havia sido usada, provavelmente, contra soldados dos EUA. A autoridade disse que uma brigada iraquiana em Fallujah desintegrou-se em 2004 e começou a lutar contra os militares americanos. O Pentágono limitou-se a dizer que trabalha para melhorar o controle sobre as armas entregues aos iraquianos. Abandono e mortes Cinco ministros sunitas, leais ao ex-premiê Ayad Allawi, abandonaram o governo, aprofundando ainda mais uma crise política que ameaça derrubar a administração do primeiro-ministro Nouri alMaliki, que busca a reconciliação entre a maioria xiita e as minorias sunita e curda. Ainda ontem, um caminhão-bomba matou pelo menos 28 pessoas na cidade de Tal Afar, incluídas 19 crianças. No total, ao menos 39 morreram ontem em diferentes ataques. (Agências)

Em Gaza, palestinas protestam pela libertação de parentes em Israel

8 horas no ar. E Chávez se aproxima de Fidel Presidente venezuelano bate recorde no ar com seu programa "Alô, Presidente"

O

presidente da Venezuela, Hugo Chávez, celebrou no domingo o recorde de duração do seu já habitualmente longo programa dominical de rádio e televisão. Foram quase oito horas no ar, ainda incapazes de bater o recorde

do cubano Fidel Castro, conhecido por longos e inflamados discursos. "Quebramos o recorde do programa 'Alô, Presidente', disse Chávez, após perguntar à produção se a marca fora superada. Diante da resposta positiva, Chávez aplaudiu.

Toda semana, Chávez passa muitas horas na rádio e na tevê. Na edição desta semana, o presidente falou em se aproximar politicamente dos guerrilheiros das Farc, para tentar colaborar na solução do conflito interno da Colômbia. (Reuters)

Estado palestino em jogo

N

a primeira reunião em solo palestino entre o presidente Mahmoud Abbas e o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, o líder israelense manifestou a esperança de que as negociações para um acordo de paz sejam lançadas em breve. Mas deixou claro que é cedo demais para começar a discutir temas como a criação de um território palestino independente. Olmert tornou-se o primeiro líder de Israel a visitar uma cidade palestina depois de sete anos de um sangrento conflito. As forças de segurança israelenses e palestinas trabalharam em conjunto para protegê-

lo, bloqueando todos os acessos ao hotel de cinco estrelas no oásis bíblico de Jericó. Assessores de Abbas e de Olmert tinham idéias totalmente diferentes sobre quais deveriam ser os próximos passos. Os palestinos querem que, depois de anos de postergação, as negociações girem em torno da criação do futuro estado, o que inclui o estabelecimento de fronteiras definitivas, a remoção de colônias judaicas e a partilha de Jerusalém. Israel deseja um avanço mais lento, uma vez que as negociações de 2000 chegaram a um impasse quando esses mesmos assuntos entraram em pauta. (AE)

Ó RBITA

DERROTA governo pró-Ocidente do Líbano sofreu um O duro golpe ao ver a

confirmação de que seu candidato, o ex-presidente cristão Amin Gemayel, foi derrotado por um concorrente pró-Síria em uma tensa votação parlamentar para substituir deputados assassinados. O país vive há meses um impasse político entre forças governistas e oposicionistas. O Parlamento está paralisado. (AE)


Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 7 de agosto de 2007

1 A CPMF foi instituída para ser provisória, mas o governo vem tornando-a permanente com as prorrogações. Alencar Burti, presidente da ACSP

ABAIXO-ASSINADO COM UM MILHÃO DE ASSINATURAS SERÁ ENTREGUE AO CONGRESSO NACIONAL

AUMENTA PRESSÃO PELO FIM DA CPMF Thiago Bernardes/Luz

Renato Carbonari Ibelli

P

arlamentares, empresários e outras lideranças lançaram ontem em São Paulo a Frente Estadual de Vereadores Contra a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). A frente, que faz parte do movimento "Sou Contra a CPMF", é uma reação à intenção do governo de prorrogar até 2011 o prazo de cobrança do tributo. Desde julho, quando foi lançado, o movimento já recolheu cerca de 500 mil assinaturas pedindo o fim da cobrança da CPMF. Ontem, durante o lançamento da Frente, quatro computadores foram colocados na entrada da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) para facilitar a adesão da população. Segundo o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, 1 milhão de assinaturas devem ser colhidas até o final desta semana, quando o abaixo-assinado será levado para o Congresso Nacional com o objetivo de convencer deputados e senadores a votar contra a prorrogação da cobrança. O governo federal deve arrecadar cerca de R$ 35 bilhões com a CPMF em 2007, e prevê no orçamento do próximo ano que o montante chegue próximo a R$ 39 bilhões. Quando entrou em vigor, a contribuição tinha alíquota de 0,22%. Hoje, a cada transação bancária reali-

Fiesp instala computadores para facilitar adesão ao movimento

Alencar Burti, presidente da ACSP: governo não cumpriu acordo.

zada – seja para sacar ou pagar contas –, a CPMF abocanha 0,38% do valor da movimentação. Em 2000, o fisco passou a usar a contribuição para cruzar informações bancárias com as declarações de Imposto de Renda (IR) à procura de indí-

cios de sonegação. De acordo com o movimento, o fim da CPMF não resultaria em prejuízo para os setores subsidiados pela contribuição. As lideranças da frente argumentam que o montante desperdiçado com o mau gerencia-

Campanha pede fim do tributo

Skaf: mau uso do dinheiro.

mento dos recursos públicos supera o arrecadado com a contribuição. "Não é verdade que o governo, abrindo mão do tributo, teria de abandonar programas patrocinados por ele. Mesmo sem a CPMF, o governo deve ter um aumento de R$ 50 bi-

lhões na arrecadação neste ano. Basta usar corretamente o que arrecada", disse Skaf. O movimento também diz que o uso estratégico da contribuição para controlar o pagamento de impostos não justifica a prorrogação, já que existem

outros instrumentos legais. Segundo o deputado federal Paulo Bornhausen (DEM-SC), "a Lei Complementar n° 105 prevê os mesmos mecanismos para fiscalizar os sonegadores". O presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Alencar Burti, lembrou que, ao prorrogar a CPMF, o governo quebrou o pacto que havia feito com a sociedade. "Ela foi instituída para ser provisória, mas o governo vem tornando-a permanente com as prorrogações. Se o compromisso com a sociedade não é cumprido, o País está no caminho errado", disse Burti. A contribuição está "provisória" desde 24 de agosto de 1996. Os líderes do movimento também criticam o fato de o governo não dividir a arrecadação com estados e municípios. Segundo o vereador Celso Jatene, "em 2006, só a cidade de São Paulo contribuiu com quase R$ 15 bilhões para a CPMF, mas o governo federal repassou apenas R$ 900 milhões para a pasta de saúde do município". Apesar do impacto do tributo cotidiano da população, pesquisa realizada pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) mostrou que a maioria dos brasileiros não sabe que o governo cobra 0,38% sobre toda transação bancária. A pesquisa mostrou que a cobrança é desconhecida para 58% dos brasileiros. O mesmo levantamento revelou que 69% dos entrevistados querem o fim da CPMF.


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OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 7 de agosto de 2007

LENTE DE

AUMENTO

MERCADOS ESTÃO SEGUINDO MINSKY

G Nem mesmo

o excelente PIB dos EUA no 2° semestre foi suficiente para tranqüilizar o mercado

Hoje, o mercado hipotecário s u b - pr i m e dos EUA está passando pela terceira fase do ciclo - a aversão ao risco, a recessão - e a grande pergunta é se este movimento irá contaminar o restante da economia, causando recessão, não só nos EUA, como em boa parte do mundo. Hyman Minsky - economista norte-americano de cunho keynesiano radical, que tinha como principal linha de pesquisa as relações entre sistema financeiro e ciclos econômicos - responderia positivamente a esta questão. Ele acreditava tanto na Hipótese da Instabilidade Financeira como sendo intrínseca à evolução do sistema capitalista que duvidava até da capacidade de os bancos centrais, no caso o FED, emprestadores de última instância e reguladores do sistema bancário, atuarem como agentes estabilizadores das crises financeiras. Pena que não viveu tempo suficiente para

presenciar a maneira eficaz pela qual o FED agiu em 1997 para evitar que a quebra do LTCM Fund provocasse uma crise sistêmica de largas proporções. Curiosamente, o LTCM Fund possuía dois economistas laureados com o Prêmio Nobel encabeçando a sua gestão estratégica. Minsky, por sua vez, nunca recebeu nenhum. O mercado, nos últimos dias, comportou-se como forte adepto da visão minskyana. Como se sabe, algumas notícias dando conta de piora recente no já combalido mercado imobiliário norte-americano e a desistência de bancos de investimentos de colocar no mercado cerca de US$ 20 bilhões para honrar empréstimos para fundos de private equity, desencadearam o temor de que a deterioração das condições de crédito nos EUA seria mais séria do que se imaginava antes. Piora da percepção de risco, aumento de spreads de crédito e forte queda de preços de ativos, foram a tônica da semana passada. Nem mesmo o excelente dado relativo ao PIB norte-americano do segundo semestre foi suficiente para devolver a tranqüilidade ao mercado.

N

ossa visão não é tão pessimista. Não sub e s t i m a m o s o e stresse por que passa o mercado financeiro nestes dias. Os preços dos ativos devem continuar voláteis, sendo mesmo provável que sofram correções adicionais para baixo, que podem demandar algum tempo para serem revertidas. Nosso ponto é que os fundamentos positivos da economia mundial, incluindo a norte-americana, a solidez do setor bancário nos EUA e a capacidade de o FED funcionar como agente estabilizador, são elementos fortes para evitar a deflagração de uma crise que leve à reversão do atual ciclo econômico positivo, no mundo e no Brasil. TRECHOS DO COMENTÁRIO ECONÔMICO DA

MCM CONSULTORES WWW.MCMCONSULTORES.COM.BR

O estresse do mercado financeiro diminuirá

Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)

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JOÃO DE SCANTIMBURGO

OS ERROS Céllus

O

Financial Market Update, relatório divulgado no último dia 25 pelo FMI e que traça uma radiografia dos riscos associados ao sistema financeiro global, ressalta alguns elementos que podem ser perfeitamente compreendidos à luz da abordagem minskyana. O FMI nota que nos últimos anos, principalmente a partir de 2004, os financiamentos imobiliários norteamericanos foram sendo concedidos com menor rigor de avaliação e com condições contratuais cada vez mais favoráveis aos tomadores (primeira fase do ciclo minskyano: a expansão). Porém, a partir de 2005, as taxas de default nestes financiamentos já eram uma realidade que paulatinamente se agravou.

P

O despertar da classe média ALENCAR BURTI

G

rande parte da população brasileira, especialmente da classe média, formada por micros e pequenos empresários, profissionais liberais, operários especializados, professores, prestadores de serviços e outros, vêm apresentando sintomas de um profundo desânimo com a situação brasileira, resultante de uma série de acontecimentos. Isoladamente não são suficientes para desencadear alguma reação, mas em seu conjunto configuram um quadro de insegurança perante a violência, indignação com os desvios de recursos públicos, preocupação com a falta de ações e investimentos na infra-estrutura, inconformismo com a paralisia e omissão do Congresso e revolta contra a contínua escalada fiscal. Esse processo de desgaste, que vem se arrastando há muitos anos, tem levado a sociedade a viver num clima de certa apatia, cada um achando que nada pode fazer, que não há a quem re-

correr, pois os canais tradicionais de mediação entre governo e sociedade - como os parlamentares e os partidos políticos - não respondem às angústias da população, ocupados apenas com o jogo do poder presente ou futuro.

Q

uando as pessoas começam a conversar sobre a situação nacional, percebem que existe mais gente com a mesma preocupação, desejosos também em exprimir seu inconformismo, mesmo que não se proponha, num primeiro momento, alternativas concretas, mas que, pelo menos, se mostre que a até agora classe silenciosa deseja sim ser ouvida por todos os que têm responsabilidades nos destinos da Nação. Esse é o sentido da manifestação do dia 17, quando o minuto de silêncio pretenderá se converter num grito de alerta contra a deterioração do quadro político e social do País. Não é contra ninguém. É a favor do Brasil.

O minuto de silêncio no dia 17 não é contra ninguém. É a favor do Brasil.

Transferência de créditos no Supersimples GILSON J. RASADOR

A

través da Lei Complementar n.º 123 foi instituído o Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, cujo artigo 23 determina que as pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional não farão jus à apropriação, nem transferirão, créditos relativos à impostos e contribuições abrangidos por esse sistema. O veto à apropriação e transferência de créditos refere-se especificamente ao Imposto sobre Produtos Industrializados(IPI), ao Imposto sobre Operações de Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços de Transporte e de Comunicação (ICMS), à contribuição ao PIS/PASEP e a Cofins, tributos esses que têm conformações definidas pela Constituição Federal. O regime do Simples Nacional, conquanto tenham as micros e as pequenas empresas opção pela sua adoção, não pode representar impedimento a que os contribuintes que delas adquirem produtos ou mercadorias, posto que a norma constitucional resultará desobedecida. Portanto, a norma inscrita no artigo 23 da citada lei complementar, ao pretender vedar que o adquirente de produtos ou mercadorias de contribuintes optantes pelo Simples Nacional compense o IPI e o ICMS cobrados nas operações anteriores, está desprovido de suporte constitucional. Não há de se falar que não houve cobrança dos impostos nas compras feitas a optante pelo Simples Nacional, pois se considerarmos como exemplo uma pequena indústria de caixas de papelão, quando ela adquire a matéria-prima (papelão ondulado ou papel-cartão) incidirão tanto o IPI quanto o ICMS e, sobre a receita obtida com a posterior venda, será cobrada mais uma parcela de cada imposto desse pequeno empresário. Não é demais anotar que é entendimento pacificado pelo Supremo Tribunal Federal o direito ao crédito do IPI quando o produto adquirido para emprego no processo de industrialização encontra-se no campo de incidência desse tributo e exista alíquota definida, como é exemplo as aquisições de insumos isentos. Também não pode haver impedimento para que o contribuinte submetido ao regime não-cumulativo em relação ao PIS/PASEP e à Cofins apure créditos sobre as aquisições de mercadorias e insumos feitas a micros e pequenas empresas. O artigo 149, § 12 da Constituição atribui à lei a definição das atividades econômicas para os quais as contribuições serão não-cumulativas.

É importante compulsar as Leis n.º 10.637/02 (PIS/PASEP) e n.º 10.833/03 (Cofins), cujos artigos 2.º dispõem que os valores das contribuições serão apurados pela aplicação da alíquota de 1,65% e 7,6%, respectivamente, sobre a base de cálculo apurada na forma prevista. Os artigos 3.º determinam, a sua vez, que do valor apurado a Pessoa Jurídica submetida ao regime de apuração não-cumulativo poderá descontar créditos calculados em relação às aquisições de insumos e mercadorias para revenda. É de ver que não há nestas leis, nem na Constituição, limitação do crédito ao montante cobrado nas operações anteriores, ou sobre a receita obtida pelo fornecedor, tanto é assim que o contribuinte submetido ao regime não-cumulativo, que adquire insumos ou mercadorias para revenda de pessoa jurídica que submete-se ao regime cumulativo e por isso paga PIS/PASEP e Cofins pelas alíquotas de 0,65% e 3,0%, respectivamente, tem direito de abater créditos calculados pelas alíquotas de 1,65% e 7,6%. O direito da pessoa jurídica tributada pelo regime não-cumulativo é forma de determinação dessas contribuições sociais, sendo que não há transferência de créditos de um para outro contribuinte, até porque as incidências ocorrem sobre a receita bruta, assim entendida a totalidade das receitas obtidas em períodos mensais pelos contribuintes que a ele se sujeitam, independente no sistema ou do regime a que se submete o fornecer ou o adquirente de bens ou serviços.

D

iante dessas sucintas anotações, pode-se concluir que, com referência ao IPI e ao ICMS, é flagrante a ilegalidade máxima do artigo 23 da Lei Complementar n.º 123/06, eis que a Constituição da República garante aos respectivos contribuintes o direito de compensar com os impostos devidos em cada operação os montantes cobrados nas operações anteriores. No que diz respeito ao PIS/PASEP e à Cofins, a vedação imposta pelo artigo 23 retro citado não pode implicar em impedimento para que o contribuinte sujeito a essas contribuições pelo regime não-cumulativo apure o quanto a pagar abatendo créditos sobre todas as aquisições de insumos ou mercadorias, inclusive aqueles feitos a micro ou pequena empresas. GILSON J. RASADOR É DIRETOR DA PACTUM CONSULTORIA

O veto à compensação do IPI e o ICMS não é constitucional

E O DESASTRE ara quem não sabe, a Airbus é um conjunto de financiamentos e tecnologia de quatro países integrantes da União Européia. Foi um achado primoroso, que os franceses encontraram e anunciaram como sendo obra do conjunto. A Airbus realizou a façanha de construir um avião para quinhentos passageiros e seus demais aviões se mostram ao curioso - como é o meu caso - uma máquina perfeita para quem acompanha o desenvolvimento científico da área aeronáutica. Daí a surpresa que me assaltou ao ler as detalhadas notícias do desastre aéreo. O ex-chefe da Infraero veio a público e diz que os erros da Airbus e da TAM devem ser esclarecidos. Os erros da TAM têm alcance apenas aqui, mas os erros da Airbus têm um alcance universal, podendo causar novas vítimas, motivo porque é preciso alertar os seus fabricantes franceses, e as nações associadas, sobre a eventualidade de desastres, que afetarão duramente o bom nome da empresa e a grande propaganda que os fabricantes fizeram dessa máquina de notável consistência. Eu, da minha parte, fiz quatro viagens à Paris no Airbus e o achei esplêndido, sem dever nada aos aviões americanos, que são os preferidos das companhias aéreas brasileiras.

N

a aviação tudo se resume a atender bem ao passageiro, seja ele eventual ou contumaz, como ocorre na ponte aérea São Paulo - Rio de Janeiro. O que está em jogo, agora, é esclarecer o que houve na parte técnica deste horrendo desastre do dia 17 de julho, que vitimou 199 pessoas. Fizemos um grande progresso na aviação comercial. Houve momentos dessa evolução em que ficamos perto dos EUA em matéria de transporte aéreo, satisfazendo durante meses - e mesmo anos - os freqüentadores assíduos de seus assentos, nos aviões que voavam na Ponte Aérea e em outras rotas. Mas agora vemos que o transporte aéreo está atrasado, exigindo providências imediatas, sem delongas, contra os apagões e pela restauração do crédito que acumulamos em anos de bons serviços. Temos uma aviação e o que precisamos é de organização. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR

G O transporte

aéreo está atrasado, exigindo providências imediatas, sem delongas.


Nacional Empresas Tr i b u t o s Agronegócio

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 7 de agosto de 2007 Helvio Romero/AE

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REFORMA DA PREVIDÊNCIA SAIRÁ EM 2008

Precisamos olhar para daqui a 30, 40 ou 50 anos e projetar a sustentabilidade da Previdência. Luiz Marinho, ministro

DE ACORDO COM O MINISTRO WALFRIDO MARES GUIA, IDÉIA É AUMENTAR CONTRATAÇÕES

GOVERNO ESTUDA DESONERAR FOLHA

O

tados e municípios. Radical, o Democratas quer "deixar que acabe" no final deste ano, como prevê a legislação. Do ponto de vista do governo, a CPMF, prevista para terminar em dezembro, é importante para manter o equilíbrio das contas públicas. Uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que começa a ser discutida nesta semana prorroga o tributo até 2011.

Defendemos o compartilhamento da CPMF, que seria justo com estados e municípios. Deputado Antonio Carlos Pannunzio

Mudança na Previdência não atingirá quem está na ativa

O

ministro da Previdência Social, Luiz Marinho, afirmou ontem, em São Paulo, que as discussões do Fórum Nacional da Previdência, do qual participam trabalhadores, empresários e governo, envolvem mudanças de longo prazo que assegurem o futuro do sistema. Marinho voltou a dizer que a proposta de reforma previdenciária que deve ser apresentada ao Congresso em setembro não valerá para os trabalhadores que estão na ativa, atualmente. "Queremos focar o futuro e, acima de tudo, os futuros trabalhadores. Portanto, eu quero, mais uma vez, transmitir uma mensagem de tranqüilidade aos trabalhadores: quem está próximo de se aposentar não precisa correr para

poderá ser avaliado no primeiro semestre de 2008, mesmo considerando se tratar de um ano eleitoral, em que, tradicionalmente, não há votação de proposições dessa natureza. O ministro afirmou também que o Fórum da Previdência discute a eliminação do que considera distorções do sistema, como jovens que se casam com aposentados apenas para receber pensão de forma vitalícia. A partir de ontem o INSS colocou em prática o Plano de Ações Prioritárias, para acabar com o estoque de processos de benefícios, reduzir o tempo de espera entre o agendamento eletrônico nas agências e o atendimento, e acabar com as filas que ainda existem nas portas das agências antes do horário de atendimento. (AE)

a fila porque não haverá mudanças para quem está no mercado. As eventuais mudanças serão para os futuros trabalhadores", disse. "Precisamos olhar para daqui a 30, 40 ou 50 anos e projetar a sustentabilidade da nossa Previdência." Ele admitiu que uma das mudanças que deverá afetar os futuros trabalhadores envolve uma combinação entre tempo de contribuição e idade mínima. "Essas mudanças são as principais, eu diria, que estão inseridas no debate", disse. Segundo Marinho, as alterações são necessárias por causa do aumento da expectativa de vida no País. "Hoje, temos mais de 30 mil brasileiros com mais de cem anos." Na avaliação de Marinho, se enviado ao Legislativo até setembro, o projeto de reforma

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A TÉ LOGO

Especialista avalia que preço da Suzano ficou 30% acima do mercado

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Microempresários receiam que Supersimples eleve carga tributária

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"Nossa posição não passa pela extinção. Defendemos o compartilhamento que seria justo com estados e municípios. O governo vem arrecadando mais e mais. Claro que precisa gastar melhor", disse o líder da bancada do PSDB na Câmara, deputado Antonio Carlos Pannunzio (SP). A partilha desses recursos, que devem atingir R$ 38 bi-

lhões, é uma reivindicação antiga dos governadores e já foi apresentada muitas vezes ao presidente Lula. "Somos pela extinção da CPMF. Existe superávit, existem recursos e reservas", afirmou o líder do Democratas, deputado Onyx Lorenzoni (RS), afastando o argumento do governo de que os recursos da contribuição são necessários para fechar as contas. "O governo tem R$ 150 bilhões em reservas", apontou. Quanto à divisão com estados e municípios, Lorenzoni não mede as palavras e diz que se trata de "hipocrisia dos tucanos". "Dividir é uma ética inaceitável. É migalha que não justifica a não extinção da CPMF", criticou, alertando que o DEM vai obstruir todas as tentativas de votação da medida na Câmara. Criada em 1996, pelo período de dois anos, para arrecadar recursos para a área da saúde, a CPMF foi sendo prorrogada. Atualmente a alíquota é de 0,38% sobre as movimentações financeiras. Faz parte do pacote também a manutenção da Desvinculação de Receitas da União (DRU) de 20% do total de receitas, instrumento que confere maior mobilidade para o governo manejar o Orçamento. (AE)

L

ministro das Relaç õ e s I n s t i t u c i onais, Walfrido Mares Guia, disse ontem que o governo está estudando a possibilidade de desonerar a folha de pagamentos. "Vamos encontrar outras formas de desoneração. O ministro Mantega já tem dito que a preferência do governo de desonerar qualquer tributo recai sobre a folha de salários, porque formalizará mais as contratações". Ao participar ontem do Comitê de Articulação Federativa, elo entre o governo federal e os municípios, Mares Guia disse que a votação da CPMF não está custando nada ao governo. "Absolutamente nada, já que foi criada no começo da década de 90 e já foi prorrogada duas ou três vezes", disse o ministro. Mares Guia afirmou que a reforma tributária será a melhor forma de compensar os estados e municípios. A previsão do governo é enviar o projeto da reforma no próximo mês ao Legislativo. Oposição – A prorrogação da CPMF, um dos principais debates do Congresso neste segundo semestre, mobiliza o governo e encontra a oposição dividida. O PSDB concorda com a manutenção da contribuição desde que os recursos sejam compartilhados com es-

Decisão do STF sobre sigilo pode prejudicar fiscalização de bancos

UVCC Adm. e Participações S/A

NENIS ELETRÔNICA LTDA. torna público que recebeu da CETESB a Renovação da Licença de Operação Simplificada N° 31000047, válida até 25/07/2011, para INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PRODUTOS ELETRÔNICOS à RUA DOM LÚCIO DE SOUZA, nº 32, VILA GUMERCINDO, SÃO PAULO/SP.

CNPJ (MF) nº 61.594.172/0001-25 Ata da Assembléia Geral Ordinária realizada no dia 23/07/2007 Local e Hora: na sede da UVCC, na Rua Amaral Gurgel, 560, São Paulo, às 19:30 horas em segunda convocação. Presença: acionistas representando 37,56% do capital social, cujas assinaturas foram apostas no livro de “Presença dos Acionistas”. Convocação: convocação realizada em 21/06/2007, 03/ 07/2007 e 13/07/2007, por meio de publicação no jornal Diário do Comércio. “Ordem do Dia: 1. Tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e votar as demonstrações financeiras, bem como analisar a responsabilidade dos administradores da UVCC; 2. Alteração da forma de alienação do Patrimônio Imobiliário, a cargo da Comissão de Vendas instituída em Assembléia Geral; 3. Eleição de um novo membro para a Comissão de Vendas; 4. Redução do capital social e outros assuntos de interesse da UVCC. Obs: em conformidade com o disposto no artigo 133 da Lei 6.404/76 acham-se à disposição dos acionistas na sede da UVCC, o relatório de administração, cópia das demonstrações financeiras, parecer do auditor e demais documentos pertinentes a assuntos incluídos na ordem do dia. Maury Sergio Lima e Silva - Diretor Presidente”. Abrindo a sessão, o Diretor Presidente da Empresa, Dr. Maury Sergio Lima e Silva, convidou para secretário o Senhor Anselmo Raffaelli que aceitou. Após, o Diretor Presidente teceu comentário sobre a administração anterior que não cumpriu a deliberação tomada em Assembléia Geral de 19.12.2005, para viger em 2006, no sentido de reduzir o número de Membros no Conselho de Administração, de seis para três e limitar o valor dos salários para dois salários mínimos. Ao invés de obedecer ao determinado pela Assembléia Geral, o Conselho de Administração manteve seis membros recebendo salários e pagando os encargos correspondentes durante todo o ano de 2006, acarretando despesas não autorizadas pela Assembléia Geral. Esclareceu o Diretor Presidente que é cabível mover processo contra os ex-Membros do Conselho de Administração que não atenderam a determinação da Assembléia Geral, contudo esclareceu que uma ação judicial demanda tempo e tem custos. Após estas ponderações passou-se à Ordem do Dia 1 - Tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e votar as demonstrações financeiras, bem como a responsabilidade dos administradores da UVCC. Por unanimidade ficou aprovado: 1- Rejeitar as contas apresentadas pelos ex-administradores. 2- Processar os ex-administradores para ressarcir a UVCC de todos os valores pagos com salários e demais encargos, acima do limite determinado na Assembléia Geral de 19.12.2005. Ordem do Dia 2 - Alteração da forma de alienação do Patrimônio Imobiliário, a cargo da Comissão de Vendas, instituída em Assembléia Geral. Por unanimidade foi aprovada a alienação após o desmembramento das unidades e não por leilão dos prédios como todo, conforme havia sido decidido em Assembléia anterior. Assim, fica a Administração da UVCC, nos termos do seu estatuto, autorizada a proceder à venda de cada uma das unidades desmembradas de todos os imóveis da UVCC, após prévia aprovação dos termos e condições da venda pela Comissão de Vendas. Ordem do Dia 3 - Eleição de um novo membro para a Comissão de Vendas. O Diretor Presidente pediu a palavra e renunciou ao cargo de membro da Comissão de Vendas, visto que estava acumulando o cargo de Diretor Presidente e membro da Comissão da Vendas. A seguir, elegeu-se dois novos componentes para a Comissão de Vendas que passou a ser composta pelos senhores Anselmo Raffaelli, José Zanetti Neto e Maria Antonietta Defina Lima e Silva. Ordem do Dia 4 - Redução do capital social e outros assuntos de interesse da UVCC. Explicou o Diretor Presidente que este tópico é importante, pois há um prejuízo acumulado nos registros contábeis da Companhia no montante total de R$ 797.990.300,00, conforme evidenciado no Balanço Patrimonial datado de 31/12/2006. Em razão disso, decidem os acionistas, nos moldes do artigo 173, da Lei 6.404/76, conforme alterada, reduzir o capital social da companhia atualmente de R$ 4.523.898,00 para R$ 3.725.907,94, a fim de fazer frente ao prejuízo. Em conseqüencia disso, o artigo 5º do Contrato Social da UVCC, passa a vigorar com a seguinte nova redação: “Art. 5º O Capital Social, inteiramente subscrito, é de R$ 3.725.907,94, dividido em 4.523.898 ações ordinárias nominativas no valor de R$0,8236, cada, que é integralizado no presente ato através de seu patrimônio líquido constituído por seus bens imóveis, imóveis e moeda corrente disponível”. Decidem os acionistas, ainda, que a administração fica desde já autorizada a aguardar o prazo legal para arquivamento da ata na Junta Comercial competente, bem como realizar todos os atos necessários à implementação da redução ora aprovada. Encerramento - Nada mais havendo a tratar e como ninguém mais quisesse fazer uso da palavra, foi encerrada a sessão por volta das 20:30 horas, da qual foi lavrada Ata no livro de Assembléias Gerais da UVCC. Assinaturas. Diretor Presidente - Maury Sergio Lima e Silva, Secretário - Anselmo Raffaelli.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 6 de agosto de 2007, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Requerente: Vega Distribuidora de Petróleo Ltda. - Requerido: Posto de Serviços Macapá da Cidade Ademar Ltda. - Rua Itata, 216 - 2ª Vara de Falências Requerente: Lego Fomento Mercantil Ltda. - Requerido: Química Fina In-

dústria e Comércio Ltda. - Rua Bom Pastor, n/c - 2ª Vara de Falências Requerente: Marco Pólo Têxtil Indústria e Comércio - Requerido: Globalsurf Ltda. - Rua Vinte e Um de Abril, 773 - 1ª Vara de Falências

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O Jornal do Empreendedor

RETIFICAÇÃO DE ANÚNCIO DE INÍCIO DA DISTRIBUIÇÃO DA 1ª SÉRIE DE COTAS SENIORES A PETRA – PERSONAL TRADER CORRETORA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS LTDA. comunica o início da distribuição de até 500 (quinhentas) cotas escriturais seniores da 1ª (primeira) série, cada cota com valor inicial de R$ 1.000,00 (um mil reais), totalizando R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) para subscrição pública, do

FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS MULTISETORIAL JCP-Sul LP As cotas subordinadas serão colocadas privadamente e corresponderão a, no mínimo, 90% do PL.

VALOR TOTAL DA OFERTA PÚBLICA EM COTAS SENIORES

Classificação preliminar de

R$ 500.000,00

risco das cotas seniores: Austin Rating

CARACTERÍSTICAS DO FUNDO E DA DISTRIBUIÇÃO DE COTAS

AA-

CÓDIGO ISIN: BRJCPSCTF005

1. DENOMINAÇÃO DO FUNDO: O FUNDO é denominado FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS

de depósito em mesma Instituição Financeira em que o FUNDO mantiver conta corrente. Será admi-

CREDITÓRIOS MULTISETORIAL JCP-Sul LP, doravante chamado “FUNDO”, que foi registrado na

tida

03.05.2007.

pondentes serão pagos ao(s) cotista(s) no primeiro dia útil seguinte, não havendo direito por partes

a

subscrição

por

um

mesmo

investidor

de

todas

as

cotas

emitidas.

Se

os

resgates

forem

CVM sob o nº 191-0. Esta distribuição foi registrada na CVM sob o nº CVM/SRE/RFD/2007/021 em

efetivados em feriado municipal ou estadual na praça da sede da Administradora, os valores corres-

2. ADMINISTRADORA DO FUNDO: PETRA - Personal Trader CTVM Ltda. - com endereço na Rua Carneiro

do(s) cotista(s), a qualquer acréscimo. É possível o resgate antecipado das cotas seniores na hipóte-

Lobo, 468, 10º andar, Água Verde, Curitiba – Paraná. Data da deliberação da presente oferta pela

se de liquidação antecipada do FUNDO.

3. INSTITUIÇÃO RESPONSÁVEL PELA DISTRIBUIÇÃO DAS COTAS: PETRA – Personal Trader CTVM Ltda.

lorizadas todo dia útil, conforme descrito no Regulamento. As cotas seniores possuem benchmark de

administradora: 21/08/2006.

10. VALORIZAÇÃO DAS COTAS: As cotas do FUNDO, independentemente da classe ou série, serão va-

4. INSTITUIÇÃO RESPONSÁVEL PELA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE ESCRITURAÇÃO DE COTAS: PETRA –

rentabilidade de 105% (cento e cinco por cento) dos Depósitos Interfinanceiros de um dia – “Over Extra

5. OBJETO: O FUNDO tem por objeto a captação de recursos para aquisição de direitos creditórios nos

culada e divulgada pela Câmara de Custódia e Liquidação - CETIP.

Personal Trader CTVM Ltda.

termos de sua política de investimentos.

6. FORMA DE CONSTITUIÇÃO: O FUNDO é constituído sob a forma de condomínio fechado, de modo

Grupo”, expressa na forma de percentual ao ano, base de 252 (duzentos e cinqüenta e dois) dias, cal-

11. AMORTIZAÇÃO DAS COTAS: A partir do 37º (trigésimo sétimo) mês contado desde o mês em que ocorra a primeira Data de Subscrição Inicial e desde que o FUNDO tenha recursos, o valor das Cotas

que suas cotas somente serão resgatadas ao término do prazo de duração ou em virtude de sua liqui-

Seniores da 1ª (primeira) série na Data de Subscrição Inicial será amortizado em 12 pagamentos men-

FUNDO ou por decisão da assembléia geral de cotistas.

de pagamento da amortização caia em dia não útil na praça em que a Administradora está sediada,

dação.

É

admitida

a

amortização

das

cotas

do

FUNDO,

conforme

disposto

no

“Regulamento”

do

7. PRAZO DE DURAÇÃO: O FUNDO tem prazo de duração de 120 meses, contados a partir da subscrição inicial de cotas do FUNDO, podendo ser liquidado ou prorrogado por deliberação da assembléia

geral de cotistas. A 1ª série de cotas seniores tem prazo de duração de 48 meses, contados a partir da data de início das atividades do FUNDO.

8. COTAS DO FUNDO: As cotas do FUNDO poderão ser “seniores” ou “subordinadas” sendo que as co-

tas seniores poderão ser divididas em séries, com prazos e valores de remuneração, amortização e

sais sucessivos feitos no dia 15 (quinze) de cada mês ou no primeiro dia útil subseqüente, caso a data com base no cronograma abaixo: 37º

38º

39º

40º

41º

42º

43º

44º

45º

46º

47º

48º

mês

mês

mês

mês

mês

mês

mês

mês

mês

mês

mês

mês

1/12

1/11

1/10

1/9

1/8

1/7

1/6

1/5

1/4

1/3

1/2

1

resgate distintos. Todas as classes de cotas terão iguais taxas, despesas e prazos, bem como direitos

A amortização deverá respeitar a relação entre cotas seniores e patrimônio líquido do FUNDO definida

demais ou entre si para efeito de amortização, resgate e distribuição dos resultados da carteira do

meramente uma previsão de amortização se os resultados da carteira do FUNDO assim permitirem.

de voto, observado o disposto no Regulamento. As cotas seniores são aquelas que não se subordinam às FUNDO. O critério para distribuição dos resultados e a amortização para as cotas seniores da 1ª (pri-

meira) série estão previstos no Regulamento. As cotas subordinadas são aquelas que se subordinam às

cotas seniores para efeito de amortização, resgate e distribuição dos resultados da carteira do FUN-

DO. Somente ocorrerá a amortização e/ou resgate das cotas subordinadas, após a amortização e/ou resgate das cotas seniores, ressalvada a hipótese de amortização para restabelecimento do nível de

subordinação prevista no Regulamento do FUNDO. A distribuição dos resultados e a possibilidade de amortização para as cotas subordinadas estão previstas no Regulamento. As cotas subordinadas não

são objeto de distribuição pública, devendo ser subscritas e integralizadas na proporção de 90% do total de cotas efetivamente colocadas.

9. CONDIÇÕES DE SUBSCRIÇÃO, INTEGRALIZAÇÃO, NEGOCIAÇÃO E RESGATE DAS COTAS DO FUN-

DO: As cotas representativas do patrimônio inicial do FUNDO serão subscritas e integralizadas a

partir da data de subscrição inicial determinada pela instituição Administradora. Na subscrição de cotas representativas do patrimônio inicial do FUNDO que ocorrer em dia diferente da data de subs-

no Anexo I do Regulamento. O presente item não constitui promessa de rendimentos, estabelecendo 12. POLÍTICA DE INVESTIMENTO: O FUNDO irá adquirir direitos creditórios decorrentes dos segmentos comercial, industrial e de prestação de serviços, devendo manter, após 90 dias do início das atividades, no mínimo 50% de seu patrimônio líquido em direitos creditórios. O FUNDO é voltado à aplicação

preponderante em direitos creditórios, sempre oriundos de vendas mercantis de bens já entregues e/ ou serviços já prestados, representados por duplicatas ou liquidados por meio de cheques. O FUNDO

só poderá adquirir direitos creditórios cuja análise e seleção tenha sido realizada por empresa de fomento

mercantil

que

possua

o

Selo

de

Qualidade

atribuído

pela ANFAC,

conforme

o

disposto

no

Regulamento. As aplicações no FUNDO não contam com a garantia da Administradora nem do Fundo

Garantidor de Crédito - FGC. Ao investidor é recomendada a leitura cuidadosa do Prospecto e do Regulamento do FUNDO.

13. CLASSIFICAÇÃO DE RISCO: As cotas seniores da 1ª (primeira) série obtiveram classificação preliminar de risco AA- da Austin Rating.

14. MERCADO SECUNDÁRIO: As cotas do Fundo colocadas junto ao público serão registradas para ne-

crição inicial, será utilizado o valor da cota da mesma classe ou série em vigor no próprio dia da

gociação secundária na Somafix – Mercado de Balcão Organizado de Renda Fixa da Bolsa de Valores de

sede ou dependências. Caso não haja colocação de todas as cotas no prazo de 180 dias a contar da

15. DATA DO INÍCIO DE DISTRIBUIÇÃO: 09/05/2007, data da publicação deste anúncio.

efetiva disponibilidade dos recursos confiados pelo investidor à instituição Administradora, em sua data

de

início

de

distribuição,

o

saldo

remanescente

de

cotas

será

cancelado.

As

cotas

serão

escriturais e mantidas em conta de depósito em nome de seus respectivos titulares. A qualidade de

condômino caracteriza-se pela abertura de conta de depósitos em nome do cotista. Por ocasião do

ingresso do condômino no FUNDO, é indispensável sua adesão aos termos do Regulamento. Para o

cálculo do número de cotas a que tem direito o investidor, não serão deduzidas do valor entregue à Administradora quaisquer taxas ou despesas. O valor mínimo de aplicação no FUNDO será de R$

25.000,00 (vinte e cinco mil reais). Somente poderão adquirir as cotas do FUNDO os investidores

qualificados conforme definidos pela Instrução 409, de 18 de agosto de 2004, da CVM, e alterações

posteriores. A aplicação, amortização e resgate de cotas do FUNDO podem ser efetuados por meio

São Paulo – BOVESPA.

16. REGIME DE COLOCAÇÃO: melhores esforços

17. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES: Os interessados em ter maiores informações sobre o FUNDO e

a distribuição de suas cotas, ou em obter cópia do Prospecto e do Regulamento, devem se dirigir a um

dos endereços da Administradora ou à Comissão de Valores Mobiliários – CVM, ou acessar seus respectivos sites. O prospecto também está disponível no endereço eletrônico do ambiente de negociação das cotas: www.bovespafix.com.br

A CVM não garante a veracidade das informações prestadas e, tampouco, faz julgamento sobre a qualidade do FUNDO, de sua Administradora, ou das cotas a serem distribuídas.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 7 de agosto de 2007

3 Fabio Pozzebom/ ABr

Política LULA PROMETE UM BRASIL EM OBRAS O Zuanazzi tem preparo, qualificação e competência. Walfrido dos Mares Guia

Daniel Aguillar/ Reuters

Presidente diz que vai transformar o País " em um verdadeiro canteiro de obra" do PAC

O

presidente presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que em breve o Brasil irá se transformar em "um verdadeiro canteiro de obra". Ele prometeu que na próxima semana, quando voltar da viagem que está fazendo pela América Central, irá começar a anunciar as obras de infra-estrutura, como estradas, ferrovias, gasodutos a portos e aeroportos. "Algumas (obras) já estão em andamento, outras vão começar a andar agora, outras ainda precisam de licenciamento", afirmou em seu programa semanal de rádio "Café com o Presidente". No domingo, Lula chegou ao México e deve iniciar uma visita pela América Central, passando por Honduras, Nicarágua, Panamá e Jamaica. Além do setor de transportes, o presidente disse que importantes investimentos também serão feitos na área social, algo que, segundo ele, não tem ocorrido porque "na cabeça de muitos políticos brasileiros não dá voto". "Para fazer saneamento básico, tem que cavar um buraco, enfiar o tubo e tapar o buraco. Ou seja, significa que é uma obra que você não pode colocar uma placa, você não pode colocar o nome de um parente", disse. Serão investidos R$ 504 bilhões no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – R$ 106 bilhões em habitação e R$ 40 bilhões em saneamento – até 2010. Lula disse que o critério para o investimento nas cidades será técnico, não partidário. "Eu quero saber se aquela cidade tem as condições técnicas que permitem que este dinheiro seja aplicado... Ou seja, nós olhamos para a cara da população, para as necessidades da população e aí, se tiver o problema, recebe o dinheiro."

Na sexta-feira ele anunciou R$ 6 bilhões em investimentos do PAC para urbanização de favelas e saneamento básico. Lula disse que o governo federal chamou governadores e prefeitos de 375 cidades para assinarem um protocolo com as obras de prioridade. Ele explicou que a prioridade foi para regiões metropolitanas, porque, segundo ele, é lá que está o maior problema de degradação de moradia, estrutura familiar, violência, crime e narcotráfico. "Quando nós chegarmos com urbanização de uma favela, o saneamento básico, junto vai chegar uma escola, junto vai chegar uma área de lazer, um ponto de cultura. Junto vai chegar, sabe, uma melhoria na segurança pública naquele bairro", discursou. Lula disse que além de melhorar a qualidade de vida dos brasileiros, as obras vão gerar empregos. "O nosso desejo, agora, é que essas obras que foram anunciadas agora, até fevereiro elas estejam licitadas e estejam gerando os empregos e a melhoria de vida que tanto nós precisamos para o nosso Brasil". Acordo no México –Lula firmou com seu colega mexicano, Felipe Calderón, um acordo para a realização de projetos conjuntos de exploração de petróleo, ao mesmo tempo em que defendeu o álcool como sendo o combustível do futuro. Calderón elogiou a Petrobras e disse que a empresa brasileira poderia ajudar sua equivalente mexicana, a Pemex, a fazer explorações em águas profundas --o que a estatal do Brasil já faz na parte norteamericana do Golfo do México. "A Petrobras tem muito que contribuir em conhecimento, tecnologia e experiência com a Pemex", disse Calderón em entrevista coletiva. (AE/Reuters)

Ariel Gutierrez/Reuters

Ao chegar para encontro com o presidente mexicano Felipe Calderón, Lula comete pequeno deslize: se esquece de saudar a bandeira brasileira

Constrangimento na visita ao México Presidente afirma que mudanças na Anac só depois de discutir o assunto com o ministro Jobim

D

iante de uma pergunta dos jornalistas brasileiros sobre uma possível mudança na diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, desconversou. Disse apenas que a Anac tem um mandato por lei e que discutirá essa questão com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, assim que voltar ao Brasil. Seu retorno está previsto para o próximo sábado, ao final de uma turnê por mais quatro países da América Central. Embora sem falar de mudanças na Anac, o presidente brasileiro se

Gaudenzi diz que assume Infraero com carta branca

A

Lula ganha camisa 10 de Calderón e elogios aos craques brasileiros

Futebol, paixão em comum de dois presidentes

A

princípio pareceu um insulto disfarçado de elogio, pelo fato de o Brasil ter perdido de 2 a 0 do México na abertura da Copa América, em julho. Mas depois ficou claro que era uma homenagem verdadeira. Ontem, o presidente da Confederação Mexicana de Futebol, Justino Compean Palacios, entregou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante encontro com empresários brasileiros e mexicanos, um troféu em "reconhecimento ao futebol brasileiro". Lula também recebeu uma camisa oficial da seleção mexicana, com o número 10 nas costas e escrito "Lula da Silva". O presidente, que estava bemhumorado, fez pose com os regalos do dirigente. Coube ao presidente mexicano, Felipe Calderón, tecer loas ao futebol verde-amarelo. Em meio a seu discurso sobre a

declarou convencido de que o Brasil resolverá os seus problemas de infra-estrutura. Foi para isso, segundo Lula, que seu governo lançou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Pouco antes, ao falar em uma reunião com empresários brasileiros e mexicanos, Lula havia estimulado a iniciativa privada dos dois países a impulsionar o comércio e os investimentos recíprocos. Gafe – Ao chegar a uma solenidade no México, Lula cometeu um pequeno deslize ao. Passou pela bandeira brasileira e se esqueceu de saudá-la. Passou reto. Ao ver que o mexicano Felipe

necessidade de ampliar o comércio entre os dois países e a intenção mexicana de buscar mais oportunidades na América Latina, Calderón fez parênteses para elogiar a qualidade do futebol brasileiro, que fez história no México e influenciou o esporte no país. Pelé – O líder mexicano fez questão de elogiar, sobretudo, a seleção de 70, tricampeã do mundo justamente em terras mexicanas. "Nunca esqueceremos que por aqui jogou e se coroou, há 37 anos, a que foi considerada a melhor seleção de futebol de todos os tempos. Me refiro, claro, ao time do grande Pelé, que encarna o afeto dos mexicanos pelos brasileiros". E, em tom de declaração de amor, pontificou: "Me atrevo a dizer que depois de nossa seleção, a seleção do Brasil é a favorita dos mexicanos". (AOG)

ntes de assumir a presidência da Infraero, o e n g e n h e i ro S é rg i o Gaudenzi garantiu que trabalhará para criar uma harmonia entre o Comando da Aeronáutica, a Infraero e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), órgãos que apresentaram total falta de sintonia durante os 10 meses de crise no setor aéreo. "Preciso que os três órgãos se entendam ", disse Gaudenzi a jornalistas, acrescentando que usará sua experiência administrativa na presidência da Agência Espacial Brasileira para atingir seu objetivo. Sérgio informou que recebeu carta branca do ministro da Defesa, Nelson Jobim, para tomar suas decisões, e apesar da experiência política, sua indicação também é técnica. O novo presidente da Infraero reclamou da falta de informações aos passageiros nos aeroportos, queixa feita anteriormente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Como usuário de aeroporto não fico satisfeito com a prestação do serviço. Tenho que trabalhar para que esta prestação melhore muito", disse. Sobre as denúncias de corrupção dentro da Infraero, ele afirmou que não pode confirmar ou negar nada, até que um processo real seja aberto dentro da empresa estatal. Gaudenzi evitou qualquer tipo de

crítica à diretoria da Anac. Mares Guia – O ministro de Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, defendeu ontem o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil , Milton Zuanazzi, e o trabalho do órgão regulador. Confirmando que o governo não está "morrendo de satisfação" com a atuação da Anac, o ministro elogiou Zuanazzi. "É um homem preparado. Ele entrou há um ano e quatro meses na Anac, com a quebra da Varig, o desastre do Legacy, a questão dos controladores, a superpopulação nos aeroportos e agora esse acidente que deixou todos constrangidos, consternados e com o coração partido. O Zuanazzi tem preparo, qualificação e competência", afirmou o ministro Mares Guia disse também que o presidente da agência foi "referenciado" por 29 entidades de turismo na sua indicação. "Um engenheiro que se revelou um secretário extraordinário de turismo durante o governo de Olívio Dutra (PT) no Rio Grande do Sul", avaliou. Sobre a Anac, o ministro ressaltou que o órgão não trabalha sozinho, mas tem um marco legal a cumprir, e o Conselho de Aviação Civil (Conac) é quem dá as diretrizes para a sua atuação. "Temos de lembrar também que o Conac é que dá as diretrizes para a

Calderón estava saudando a bandeira, o presidente voltou correndo para corrigir o erro. Em visita ao país, Lula convocou empresários brasileiros e mexicanos a intensificar os investimentos e negócios bilaterais, enfatizando o potencial das áreas de biocombustível e de agronegócio. OAB – O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) decidiu ontem ajuizar uma ação civil pública pedindo o afastamento dos diretores da Anac. "Tudo aconteceu nesse acidente aéreo, menos eficiência administrativa", justificou o integrante do Conselho Federal Siqueira Campos, em

referência ao acidente da TAM, no dia 17 de julho, que matou 199 pessoas. Uma comissão será formada por conselheiros federais da OAB para elaborar a ação e decidir a que instância do judiciário será apresentada. Segundo o presidente da OAB, Cezar Britto, os dirigentes da Anac não cumpriram a função para a qual foram nomeados, que é a de fiscalizar o setor aéreo. "O Conselho vai ajuizar uma ação civil pública discutindo que a Anac não cumpriu sua função de fiscalizar e isso responsabiliza os dirigentes da Anac por parte do caos que ai está." (AE / Agência Brasil)

Jamil Bittar/ Reuters

Sérgio Gaudenzi quer harmonia entre órgãos responsáveis pelo setor aéreo

Anac, ela não trabalha do zero, tem um marco legal, dado pela legislação. No fundo, o Conac é a correia transportadora entre o governo federal e a agência reguladora". Mas, durante seu discurso em defesa à Anac, ele fez uma ressalva: "Isso não significa que nós estamos morrendo de satisfação (com a agência), pelo contrário, muitas das ações tomadas vieram tarde demais. Mares Guia acrescentou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu ao ministro Nelson Jobim "total apoio para agir na busca de soluções mais rápidas e sobretudo configurando conforto e segurança para os usuários dos aeroportos."

O ministro de Relações Institucionais também garantiu apoio às discussões sobre o projeto de lei que unificará as regras de mandato das agências reguladoras, mas que ainda aguarda sua votação no Congresso. "Temos que discutir isso no Congresso e com a sociedade civil. O modelo de agência prevê que ela não é um órgão do governo, mas não pode negar que existe um governo eleito", avaliou o ministro. Para Mares Guia, o governo precisa aproveitar essa discussão sobre as agências reguladoras e levar o debate até os ministérios, para que nenhuma dúvida paire sobre as suas responsabilidades. (AE)


terça-feira, 7 de agosto de 2007

Empresas Nacional Tr i b u t o s Agronegócio

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3

SÃO PAULO TEM O MAIOR NÚMERO DE INFRAÇÕES

37,85

por cento das infrações são identificadas pelo cruzamento da CPMF com o Imposto de Renda

O COMÉRCIO FOI O SETOR QUE MAIS RECEBEU AUTOS DE INFRAÇÃO, QUE SOMARAM R$ 45,14 BILHÕES

RECEITA AUTUA 20 MIL COMERCIANTES Renato Carbonari Ibelli

O

comércio foi o setor que mais recebeu autos de infração entre 2001 e 2006. No período, os comerciantes foram autuados 20.145 vezes pela Secretaria da Receita Federal, de acordo com o Instituto Brasileiro de Levantamento Tributário (IBPT). No total, no intervalo de tempo da comparação, foram emitidos pela Receita 58.579 autos de infração contra pessoas jurídicas, o que gerou um crédito tributário de R$ 254 bilhões. Apesar de o comércio liderar em número de infrações – o que se explica pela maior quantidade de estabelecimentos –, o valor resultante de suas irregularidades atingiu R$ 45,14 bilhões, montante menor do que o acumulado pelo setor industrial, que foi de R$ 76,28 bilhões. Segundo o IBPT, o comércio e a indústria são os setores que oferecem ao fisco as maiores possibilidades de realização de cruzamentos fiscais. A principal ferramenta usada pelo fisco para identificar as infrações foi o cruzamento de dados da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) com o Imposto de Renda (IR) do contribuinte. Em um período mais amplo, entre 1999 e 2006, o levantamento do IBPT aponta que a Receita apurou 37,85% das infrações usando esse recurso. A segunda maior fonte de autos do fisco é pela glosa de despesas e custos – quando os gastos declarados não são aceitos pela Receita (29,59%).

Segundo o presidente do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral, a difusão da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) vai dar ainda mais subsídios para a fiscalização da Receita. "Com a NF-e, o fisco vai poder acompanhar as movimentações das empresas no mesmo momento em que elas são realizadas", diz. O presidente o IBPT lembra que o estudo poderia apresentar números ainda maiores, já que não levou em conta os dados coletados pelo Sistema Integrado de Informações sobre Operações Interestaduais com Mercadorias e Serviços (Sintegra), em operação desde meados do ano passado. O sistema

padroniza as informações enviadas ao fisco. Com relação aos tributos, o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) são os que mais levam os empresários a serem autuados pela Receita (43,25%). O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) continua a ser o que resulta em infrações mais caras. Na comparação entre estados, São Paulo foi o que apresentou o maior número de autos, com 36,85% do total, seguido por Minas Gerais (14,24%), Rio Grande do Sul (10,26%) e Rio de Janeiro (6,71%).


terça-feira, 7 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

INFORMÁTICA - 3


Logo Logo DIÁRIO DO COMÉRCIO

Cento e tantos processos no tribunal de contas, na Controladoria Geral da União, no Ministério Público, na Polícia Federal... Se fosse um convento bem organizado, com as freirinhas cantando de manhã, certamente não teria isso tudo.

Marcelo Casal Jr./ABr

Do ex-presidente da estatal, brigadeiro José Carlos Pereira, em entrevista á Folha de S. Paulo.

www.dcomercio.com.br/logo/

terça-feira, 7 de agosto de 2007

AGOSTO

2 - LOGO

7 Em 1944, o pintor espanhol Pablo Picasso terminava o famoso quadro O tomateiro

I RÃ I NTERNET

A imprensa sob véu

Com a ficha limpa Além de se preocupar com currículos bem feitos para conseguir o emprego dos sonhos, os candidatos agora têm um outro desafio pela frente: melhorar sua imagem online. Para isso, contam com uma nova categoria de empresas destinadas a limpar e criar imagens na internet. Por US$ 10 ao mês, o site Reputation Defender realiza buscas com o nome do cliente em inúmeros sites, incluindo os de acesso restrito, e fornece um relatório sobre o que encontra. Para quem pagar US$ 30, a

companhia elimina as referências desfavoráveis ao cliente, assegurando que todos os links relacionados a elas não apareçam durante uma busca online. Um estudo realizado entre 1.150 mil gerentes de seleção conduzido pelo Careerbuilder descobriu que 26% das empresas usam ferramentas de busca como o Google em seu processo de contratação. Além disso, 12% declararam ter contado com sites de redes sociais como o Facebook ou Orkut para o processo. www.reputationdefender.com

F OTOGRAFIA Paulo Pampolin

L

O fotógrafo Paulo Pampolin, da agência Hype, foi o terceiro colocado no Prêmio Sesc de Fotografia Marc Ferrez - Edição 2007 com a foto acima, publicada no Diário do Comércio em abril de 2004.

Justiça manda fechar jornal por entrevista com poetisa que critica o regime

O

Atta Kenare/AFP

geral do Departamento Poder Judipara Jornais e as Agênciário do Irã cias Nacionais do escritóordenou onrio de Assuntos Relaciotem o fechanados à Imprensa, declamento do jornal reforrou à agência Isna que a mista Sh a rgh ( O ri e n te ) poetisa "tem fama de devido à publicação de promover o homosseuma entrevista com a esxualismo". critora e poetisa Saghi O advogado do diário, Ghahraman, acusada peMahmoud Alizadeh, relas autoridades de "atuar jeitou as acusações concontra a revolução" islâtra Shargh e classificou mica e de promover o hode "ilegal" a decisão de mossexualismo. fechar o veículo. "Não Ghahraman vive exilapodem impedir a publida no Canadá e é conhecicação de um periódico da por suas críticas ao repor uma entrevista em gime conservador xiita de que não foram abordaTeerã. Nasser Seray, redos assuntos imorais", presentante do Poder Juclassificou Alizadeh. diciário, assegurou, em Postura similar teve o dicitação reproduzida pela retor do diário, Mehdi agência Mehr, que a deciRahmanian, ao lembrar são de fechar o jornal foi que na entrevista "não tomada de forma unâniJornalista deixa a redação do jornal fechado havia nada imoral". me por uma comissão iraO jornal Sh argh re sniana que supervisiona a imprensa. da Cultura e da Orientação Islâ- surgiu no Irã em maio passa"Foi fechado por ter publica- mica, Ali Reza Malekian, se- do, depois de ter sido fechado do uma entrevista com uma gundo a agência Irna. Ele se re- pela primeira vez por ter pupessoa que tem fama de publi- feria à revista eletrônica manti- blicado uma charge tida como car temas imorais", disse o vice- da pela escritora na internet ofensiva em relação ao presidente do país, o ultraconservadiretor para Assuntos Relacio- chamada Cheragh (lâmpada). nados à Imprensa do Ministério Mohamad Parvizi, diretor- dor Mahmoud Ahmadinejad. Toru Hanai/Reuters

R ELIGIÃO

Não roubarás o fiel mais próximo

MEMÓRIA - Menino observa uma foto de Hiroshima após o bombardeio atômico de 6 de agosto de 1945. A foto está no Museu da Paz de Hiroshima, no Japão, onde aconteceu ontem uma cerimônia para lembrar os 62 anos do bombardeio realizado pelos EUA.

Belezas roubadas

Pode parecer loucura, mas alguém que não gosta de falar no celular inventou um fone tradicional para ser plugado ao aparelho e tornar a conversa mais "confortável". Disponível nas cores laranja, vermelho, cinza e preto, custa US$ 45 e precisa de um adaptador, dependendo da marca de seu celular, que custa US$ 5. www.curiosityshoppeonline.com/

A Recicloteca Online é um site que reúne centenas de textos e imagens com informações sobre questões ambientais, vantagens da reciclagem, curiosidades, dicas sobre materiais e roteiros para reaproveitamento artesanal de embalagens, além de dicas de quanto os materiais recicláveis valem no mercado. Há também uma lista de pessoas e instituições que recebem material reciclável e uma agenda de atividades – como cursos, oficinas, palestras e seminários que a Recicloteca oferece no Rio de Janeiro.

cephhe.html

www.recicloteca.org.br

Eric Estrade/AFP

O embaixador etanol O jornal espanhol El País publicou ontem um artigo em que afirma que "o combustível que o Brasil produz a partir da cana-de-açúcar se tornou a ponta de lança mais afiada da política externa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está convencido de que se trata de uma arma ideal para combater o aquecimento global e também a miséria nos países mais pobres". Segundo o diário espanhol, em cada escala que o presidente brasileiro fará em seu giro pela América Central – México, Honduras, Nicarágua, Jamaica e Panamá – serão assinados convênios de cooperação na área do etanol.

A China não cumpriu a promessa melhorar a situação dos Direitos Humanos antes das Olimpíadas de 2008, disse ontem a Anistia Internacional. Da última vez em que avaliou o gigante asiático, a organização concluiu que tanto militantes dos Direitos Humanos quanto jornalistas continuam sendo vítimas de intimidação e abusos, publicações continuam sendo fechadas e as "prisões sem julgamento acontecem cada vez com mais freqüência". A organização diz ainda que "as sérias violações que continuam sendo praticadas são uma afronta aos princípios essenciais da Carta Olímpica". H OLLYWOOD

Matt, o melhor custo-benefício

Pesquisa da revista Forbes publicada ontem mostrou que o ator Matt Damon é o "mais rentável" de Hollywood, obtendo mais que o dobro de renda de bilheteria que astros como Tom Hanks e Tom Cruise. Para cada dólar pago ao astro de O Ultimato Bourne por seus três últimos papéis, os filmes receberam US$ 29 de renda.

Alegoria da terra, de Brueghel (alto); Falésias perto de Dieppe, de Monet (à dir.) e A rua dos álamos de Moret, de Sisley (alto). O outro quadro roubado, que não está na página, foi Alegoria da água, de Brueghel.

L OTERIAS Concurso 243 da LOTOFÁCIL

A TÉ LOGO

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Tudo sobre reciclagem

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Um fone para seu celular

omens armados roubaram do museu Cheret de Nice, sul da França, quatro telas dos impressionistas Monet, Sisley e do holandês Jan Brueghel. A polícia acredita em roubo encomendado, já que as obras são bem conhecidas e difíceis de vender. Além disso, as telas já foram roubadas em 1998 pelo ex-curador do museu.

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F AVORITOS

B RAZIL COM Z

AFP - 15/07/04

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G @DGET DU JOUR

A presença da duquesa da Cornualha, Camilla, no serviço religioso em memória da princesa Diana de Gales, é considerada inapropriada por 54% dos cidadãos britânicos – e 61% das mulheres – segundo uma pesquisa encomendada pelo jornal Daily Mail. Camilla foi acusada por Diana de ter se intrometido em seu casamento, devido a sua relação adúltera com o príncipe Charles. A presença de Camilla, hoje esposa de Charles, só é aceita por 39% dos entrevistados. O ato pelo décimo aniversário da morte de Diana será realizado em 31 de agosto.

China ainda viola direitos humanos

A RTE

Mostra expõe 20 pinturas que têm sua origem em desenhos de crianças brasileiras de comunidades de baixa renda, recriados pelas mãos de artistas plásticos. Galeria Múltipla de Art, Av. Morumbi, 798, tel.: 5041 0157. Grátis. Até sábado (11).

Homenagem a Diana, sem Camilla

O LIMPÍADAS 2008

C A R T A Z

VISUAIS

E M

"Evangélicos e pentecostais vão participar do diálogo pela primeira vez, e encaramos isso como um bom sinal para o sucesso do projeto", disse Juan Michel, do CMI. As duas correntes, que se destacam pelo proselitismo, tiraram fiéis de outras organizações cristãs, especialmente a igreja católica, na América Latina, África e Ásia. O CMI afirma que o código pode amenizar a tensão do Vaticano com outras igrejas e com líderes islâmicos que consideram apóstatas os muçulmanos que se convertem.

L

As igrejas cristãs discutem a adoção de um código de ética sobre as conversões, divulgou ontem o Conselho Mundial de Igrejas (CMI). A conversão, às vezes chamada de "furto de rebanho", é causa de conflitos entre religiões diferentes. Grupos militantes freqüentemente são acusados de usar táticas desleais para "roubar fiéis". Por isso, o CMI, que tem sede em Genebra, realizará em Toulouse esta semana uma reunião para iniciar as discussões sobre o código, que deve ser finalizado em 2009.

G RÃ-BRETANHA

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Traficantes Marcinho VP e Eduardo Luiz Paixão, o Duda, vão a júri popular hoje no Rio Condenadas 8 integrantes de quadrilha acusada de traficar medicamentos pela internet Mutirão da Paternidade mostra que pais mostram mais interesse em assumir os filhos

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Tr i b u t o s Agronegócio Nacional Empresas

DIÁRIO DO COMÉRCIO

BOLSAS SOBEM APESAR DA TURBULÊNCIA

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19,38

por cento é o ganho da Bovespa desde o início do ano, apesar da incerteza dos últimos dias.

O BANCO EMPRESTOU R$ 80,98 BILHÕES PARA AS EMPRESAS, EM ESPECIAL PARA AS PEQUENAS E MÉDIAS.

BRADESCO REGISTRA LUCRO RECORDE 4 O Roseli Lopes

lucro de R$ 4,007 bilhões anunciado ontem pelo Bradesco, referente ao primeiro semestre deste ano, fez a instituição bater novo recorde. O resultado é o maior já conseguido por um banco privado no período nos últimos 20 anos, de acordo com levantamento da consultoria Economática. Representa, ainda, uma alta de 27,9% sobre o lucro verificado entre janeiro e junho de 2006. O ganho com os empréstimos, com títulos de valores mobiliários, com a oferta de serviços e com as captações representou 69% do resultado, o equivalente a R$ 2,782 bilhões. Os restantes 31% vieram da carteira de seguros, que somou R$ 1,225 bilhão. Nas operações financeiras, a carteira de crédito teve participação significativa e deverá ser um dos focos do Bradesco para o segundo semestre. Em especial no crédito com desconto em folha (consignado). Com a aprovação pelo Banco Central (BC), na semana passada, da operação de compra

bilhões de reais foi o lucro do Bradesco no primeiro semestre deste ano, o melhor resultado de um banco privado para o período há 20 anos.

do BMG, o banco "vai reforçar sua carteira de empréstimos, em especial no crédito consignado", disse o presidente Márcio Cypriano. O BMG tem tradição nesse tipo de empréstimo. Assim, a instituição mira a liderança, segundo o diretor de relações com investidores, Milton Vargas. Crédito – Entre janeiro e junho, o banco emprestou um total de R$ 130,8 bilhões (entre avais, cartões de crédito e fianças), valor 22,9% superior ao total liberado no mesmo período de 2006. Daquele montante, a s e m p re s a s f i c a r a m c o m R$ 80,98 bilhões. O maior crescimento foi sentido na carteira

das pequenas e médias, cuja variação foi de 26,2% em relação ao mesmo período do ano passado, ante alta de 21,9% da carteira de pessoas físicas. O bom resultado no crédito às empresas fez o banco revisar para cima sua expectativa de expansão do número de clientes. Segundo Cypriano, o crescimento deverá ficar entre 19% e 24%. Estava entre 17% e 22%. Já a estimativa para a pessoa física se manteve entre 25% e 30% neste ano. O banco pretende fechar 2007 com um acréscimo de 2,5 milhões de novos clientes. Apenas no primeiro semestre, 1,1 milhão de contas correntes foram abertas. Outro impacto positivo no lucro semestral do Bradesco veio de eventos extraordinários ocorridos no segundo trimestre, como a venda de sua participação na Serasa e do investimento na siderúrgica Arcelor, que colocaram R$ 501 milhões em seus cofres. Os ativos totais do banco somaram R$ 290,6 bilhões, um crescimento de 24,7% sobre o primeiro semestre do exercício anterior. Seu patrimônio líquido (PL) evoluiu 28,2% no período, encerrando o mês de junho em R$ 27,5 bilhões.

Rafael Hupsel/Luz – 12/2/2007

Persiste a instabilidade nos mercados mundiais

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O presidente Márcio Cypriano promete aumentar o crédito consignado Maurilo Clareto/Luz

Banco abrirá corretora em Londres

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previsão era para 2008, mas o crescimento da procura por papéis brasileiros por parte de investidores estrangeiros fez o Bradesco antecipar para este ano a instalação de uma corretora em Londres. Ela deverá entrar em funcionamento em 90 dias contados a partir do anúncio, feito ontem – sua instalação ainda depende de autorização do Banco Central (BC). A idéia é atuar na intermediação de operações feitas por investidores europeus no Brasil, informou o vice-presidente do banco, José Luiz Acar Pedro, e não como uma unidade geradora de negócios. A equipe de Londres, um total de quatro pessoas inicial-

mente, fará a distribuição das ofertas primárias conduzidas pelo banco aos investidores europeus. "Além disso, atuará na captação de ordens para o mercado secundário e na distribuição de títulos de renda fixa ", disse o executivo. Nova estratégia – A abertura da corretora em Londres, a primeira do Bradesco na Europa, faz parte da estratégia de expansão do Banco Bradesco de Investimento (BBI). "Inicialmente prevíamos atuar apenas no Brasil e em Nova York (a Bradesco Securities, aberta há seis anos), mas com a demanda sempre crescente por papéis brasileiros chegou o momento de termos uma instalação física em Londres", disse Acar.

A corretora nasce com capital inicial de US$ 5 milhões. Posteriormente, informa Acar, serão investidos 2,5 milhões de libras na nova unidade. O superávit deverá vir já no segundo ano. O objetivo é dinamizar as operações, deixando em segundo plano a realização de novos negócios. A nova unidade estará ligada administrativamente ao BBI. Mas deverá operar também com a Bradesco Securities, em Nova York. A unidade em Nova York tem conseguido, segundo Acar, movimentar volumes significativos no mercado secundário da bolsa. Nos últimos três meses, por exemplo, obteve US$ 20 milhões em negócios. (RL)

Venda dá lucro de R$ 1 bi ao Itaú

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Itaú informou ontem que a operação de venda de parte da Redecard terá um impacto de R$ 1 bilhão nos resultados do terceiro trimestre. O banco continua com participação de 23,21% no controle da empresa, uma das líderes da indústria de cartões de pagamento do mercado brasileiro, após ela

ter vendido 8,73% de seu capital por meio de Oferta Pública Inicial (IPO). A Redecard conseguiu o maior IPO da história da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), levantando R$ 4,6 bilhões. A maior parte dos recursos, 90%, foi para o bolso dos acionistas vendedores – Unibanco, Itaucard e Citibank. O Citigroup, maior banco dos Estados Unidos,

DIRETORIA PLENA CONVOCAÇÃO Ficam convocados os senhores membros da Diretoria Plena para a reunião a realizar-se no dia 13 de agosto de 2007, às 16h30, no edifício-sede da entidade - Rua Boa Vista, 51 - 9º andar, para deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: I - Exame e votação da proposta da Diretoria Executiva de alteração da denominação da Comissão de Meio Ambiente para Comissão Socioambiental, para atender à Norma 16.001 de Responsabilidade Social; II - Outros assuntos. São Paulo, 06 de agosto de 2007. Alencar Burti Presidente

informou, em meados de julho, esperar registrar US$ 400 milhões de lucro no terceiro trimestre do ano, depois da venda de 41,75 milhões de suas ações da Redecard. A instituição reduziu sua participação na Redecard de 31,9% para 25%. O Unibanco, por sua vez, detinha 12,5% da empresa, fatia reduzida para 5,3% depois do IPO. (Reuters)

Focus: aumento do PIB e do IPCA

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pesquisa semanal Focus, divulgada ontem pelo Banco Central (BC), revela que as projeções do mercado para o crescimento da economia subiram de 4,5% para 4,51% neste ano e de 4,2% para 4,3% para 2008. O levantamento eleva de 3,72% para 3,75% a estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2007, a segunda alta consecutiva. Para 2008, o mercado manteve as apostas em 4%. As projeções para a taxa básica de juros, a Selic, para o final do ano, mantiveram-se em 10,75%. Para 2008, continuam as previsões que o juro feche em 9,75% ao ano. (AE)

O governador Souza Braga anuncia boas oportunidades no estado

Amazonas quer atrair mais recursos produtivos rizam nossa floresta, nossas riquezas naturais", adiantou. Créditos de carbono – Sougovernador do Ama- za Dias informou também que zonas, Carlos Eduar- a região possui áreas desmatado de Souza Braga das antes dos anos 1990 que (PMDB), está convencido de podem servir para projetos de que seu estado é a mais nova biodiesel. Garantiu ainda que fronteira brasileira para tornar a Amazônia tem mais de 90% viáveis bons investimentos das suas matas intactas, o que produtivos, parcerias em infra- garante uma posição imporestrutura e em produtos ecolo- tante para negociar créditos de gicamente corretos. "E aposta- carbono, a partir das regiões mos nos incentivos fiscais para desmatadas já existentes. "Porque os créditos só garantir a viabilisão concedidos dade desses nopara áreas reflovos projetos", disrestadas", explise ontem durante cou Braga. palestra no FóEle adiantou rum de Debates ainda que já exisPolítico e Empretem 8,5 mil famísarial, da Assolias cadastradas e ciação dos DiriR$ 20 milhões disgentes de Vendas poníveis para o e Marketing do "Bolsa Floresta", Brasil (ADVB), projeto para evirealizada em São tar o aumento do Paulo. desmatamento. Disposto a leFinalmente, o var recursos para Burti: é preciso melhorar a o A m a z o n a s , infra-estrutura brasileira. g o v e r n a d o r d o Amazonas espera Souza Braga criticou a concentração da rique- que o presidente Luiz Inácio za nacional nas regiões Sudes- Lula da Silva vete o projeto de te e Sul e garantiu que a Zona lei aprovado que cria novas Franca de Manaus está mais Zonas de Processamento de forte e pronta para dar um sal- Exportações (ZPEs), "porque, to de crescimento, baseado em sem controle, elas poderão prejudicar toda a indústria nanovas tecnologias. Adiantou que vai usar como cional". O presidente da Assoatrativo para os investidores ciação Comercial de São Paulo um novo modelo de desenvol- (ACSP), Alencar Burti, disse, vimento sócio-ambiental sus- durante o evento, que é preciso tentável, baseado nas riquezas dar prioridade aos projetos naturais da Amazônia. "São que ajudem a melhorar a infraarranjos produtivos que valo- estrutura do Brasil.

Sergio Leopoldo Rodrigues

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esvaziada agenda de indicadores nos EUA, a concordata da American Home Mortgage, o rebaixamento pela agência de classificação de risco Moody's do rating do IKB Deutsche Industriebank e a saída do co-presidente do Bear Stearns, Warren Spector, realimentaram o mau humor dos investidores até o início da tarde de ontem. Depois de operar em alta modesta durante boa parte do pregão, as bolsas ganharam fôlego na última hora em Nova York, impulsionadas por compras de caçadores de barganhas e o declínio de 4,5% nos preços do petróleo. Depois da grande "liquidação" de sexta-feira, o Dow Jones, o principal indicador da Bolsa de Nova York, fechou o dia em alta de 2,18%, aos 13.468,8 pontos. O Nasdaq teve elevação de 1,44%, para 2.547,33 pontos, e o S&P avançou 2,42%, para 1.467,67 pontos – os dois últimos índices fecharam na máxima do dia. A disparada externa arrancou a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) do terreno negativo em que se encontrava praticamente desde a abertura do pregão. Depois de ter se aproximado de uma queda de 3% no final da manhã, a bolsa paulista inverteu a mão. O Ibovespa encerrou a sessão com valorização de 0,46%, aos 53.091,1 pontos. O volume financeiro totalizou R$ 5,074 bilhões. Ao longo do dia, o índice oscilou entre a mínima de 51.317 pontos (-2,89%) e a máxima de 53.207 pontos (+0,68%). Com o desempenho de ontem, a queda acumulada em agosto diminuiu para 2,01%, ainda influenciada pela forte desvalorização de 3,37% ocorrida na última sexta-feira. No ano, a Bovespa registra alta, de 19,38%. O dólar à vista desacelerou o ganho durante a tarde, acompanhando a virada das bolsas em Nova York e em São Paulo. A moeda norte-americana terminou com ganho de 0,32%, a R$ 1,907 na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). Com a recuperação do mercado acionário, o risco Brasil também reagiu positivamente. No final da tarde, o risco país caía três pontos, para 198 pontos-base. Hoje, os olhos dos investidores se voltam para a reunião do Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano. Os analistas mantêm a previsão de que o juro ficará inalterado em 5,25% ao ano. Mas, por conta das incertezas sobre a economia dos EUA, acirradas pelo agravamento da crise no mercado de fundos imobiliários, alguns apostam nas chances de a instituição retirar o viés de inflação de seu comunicado sobre a política monetária. Para esses analistas, o comunicado deverá falar no aumento dos riscos impostos ao crescimento da economia local, em função da deterioração no mercado de imóveis residenciais. Os especialistas não acreditam que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) fará observações explícitas ao mercado de hipotecas subprime. Para o diretor de pesquisa econômica do JP Morgan, Bruce Kasman, o que pode haver é uma citação mais genérica, como "aumento das incertezas, em virtude dos ajustes em andamento no setor imobiliário americano". (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Informática Viajar no caos?

1 Conheça, na última página, as atrações do PhotoImageBrazil, a grande feira da imagem.

Só virtualmente. O negócio de aluguel de sistemas e equipamentos de videoconferência cresceu 30% em julho. É mais um dos efeitos do apagão aéreo. Marcelo Soares/Hype

NESTA EDIÇÃO Rafael Hupsel/Luz

Seu programa favorito, na telinha do celular. uita gente, como Sylvia Figueiredo (na foto), já assiste TV pelo celular. Funciona? A imagem é boa? Veja as respostas na página 7.

M

Inteligência dentro do PC ntenda como funcionam, e para que servem, os softwares de Business Intelligence. Na pág. 4.

E Nada de ecos, interferências ou vozes truncadas: os sistemas de videoconferência (como este, da Commlogick do Brasil) têm imagem e som perfeitos. É como uma reunião ao vivo.

S

Barbara Oliveira

eja sincero: você ain- de reuniões online. Kemily Boff, coordenadora da se anima em sair do escritório em São de Marketing da Infinity, diz Paulo para uma reu- que seus clientes desistiram de nião de trabalho no, vamos di- viajar por insegurança. E revezer, Rio de Janeiro? O vôo entre la: até empresas ligadas ao tuas duas cidades é o de menos – rismo estão optando pelas sasão apenas 50 minutos. O pro- las de videoconferência. A NetGlobe, distribuidora blema é o tempo que se gasta de soluções e também com váaté a decolagem. Faça as contas: uma hora, no rias salas na capital paulista, mínimo, para chegar a Congo- destaca um crescimento de nhas, mais duas a quatro horas 40% na procura pelo serviço no do check-in ao embarque (de primeiro semestre do ano em acordo com a mais otimista das relação ao mesmo período do previsões), mais o tempo de ano passado, segundo seu dideslocamento do Santos Du- retor Renato Batista. "São promont, no Rio, até o escritório jetos iniciados há alguns meses carioca. Tempo: de cinco a sete e que começam a ser fechados horas. Um dia inteiro perdido. agora por causa da crise." A consultoria Frost & Sullivan, E ainda tem a volta... e s p e c i al i z a d a Não é por meem monitorar nos que a procutendências tecra por empresas nológicas, diz q u e o f e re c e m que o mercado serviços de vi- Antes, recebíamos de videoconfedeoconferência consultas apenas de rência cresceu aumentou cerca especialistas em TI. 22% nos últimos de 30% em jucinco anos no lho, comparado Hoje, atendemos mundo, mas na ao mês anterior. interessados de todos América Latina Com o recurso, os ramos de negócio. crescerá 35% é possível fazer Patrícia Grumach, n o s p ró x i m o s re u n i õ e s c o m Estado da Arte. dois anos. um ou mais esCoisa de procritórios em fissional – As pontos remotos – em cidades do Brasil ou do fornecedoras de soluções de exterior. Sem aborrecimentos conferências de áudio e vídeo de aeroportos ou sem riscos de comemoram a grande procura – e não apenas por causa do estradas mal conservadas. O serviço é uma mão-na-ro- caos aéreo. A disseminação da da para qualquer tipo de ne- banda larga no País também gócio, como atesta Patrícia ajudou nessa arrancada, já que Grumach, diretora de Marke- sem a internet rápida as reuting da Estado da Arte, em- niões virtuais não teriam a presa que vende e aluga equi- qualidade desejada. Nada de ecos, voz interrompamentos para videoconferência. "Antes, recebia con- pida, imagens paradas, MSN s u l t a s a p e n a s d e p e s s o a s ou Skype. Isso é para amadoligadas ao setor de TI em bus- res ou usuário domésticos. Faca da solução, agora atendo b r i c a n t e s c o m o P o l y c o m , interessados de todos os ra- Tandberg, Sony, só para citar três grandes competidores, mos de atividade." Muita procura – Desde o aci- oferecem sistemas profissiodente da TAM, em julho, a pro- nais para pequenos escritócura na Estado da Arte aumen- rios, desde aqueles com dois tou 30%. A Infinity Officing ou três pontos no País, até Network, com 15 salas para grandes corporações. alugar em várias cidades braConheça, na pág. 6, algumas sileiras, teve um incremento empresas que optaram pelo de 38,5% no uso dos escritórios sistema. E confira os preços.


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Imagem E mais Sistemas Te l e f o n i a

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Pequenas empresas não precisam comprar, podem contratar serviços de terceiros.

FERRAMENTAS QUE AJUDAM A GERENCIAR O NEGÓCIO

Um toque de inteligência em seus negócios Em geral, as informações estão espalhadas na empresa. O objetivo do BI é pegar essas informações, fazer o cruzamento dos dados e dar respostas. Luiz Carlos de Assis

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as prateleiras, bons e caros queijos franceses. No caixa do supermercado, nada. Ou quase nada: poucos compravam aqueles queijos, exatamente por serem caros. Em reunião da diretoria do estabelecimento, chegou-se à conclusão: é melhor deixar de vender os produtos. Sim, todos concordaram – menos um. Esse diretor, estreando um programa novo, fizera um cruzamento de dados e tinha razões para manter o queijo onde ele estava. Era o que dizia o software de Business Intelligence (BI), ou inteligência de negócios. Inteligência de negócios é um meio de gerenciar empresas pela análise de volumes enormes de dados, aparentemente desconexos entre si. Entram aí informações sobre estoques, custos, vendas, clientes, reclamações, fornecedores e concorrentes. Parece tudo embaralhado, mas a inteligência de negócios propõe exatamente destrinchar essa montanha e ajudar a tomada de decisões a partir de todos os dados que, afinal, referem-se à empresa. "Todas essas informações são geradas na empresa", diz Marcos Abellón, diretor-geral da W5, empresa especializada em soluções de Business Intelligence. "Precisa-se, apenas, de uma boa interface". A maioria das corporações convive com uma profunda ironia – diz José Cláudio Pinheiro, diretor da StatSoft South America. Elas lidam, simultaneamente, com a falta de informações em meio ao excesso de dados, especialmente os dados não-estruturados, como emails e arquivos em Word, Excel e outros. Garimpo – Uma das faces da inteligência de negócios, na verdade o seu coração, é a mineração de dados (data mining), que garimpa informações decisórias em meio a um emaranhado de dados que normalmente as pessoas não percebem. Em outros tempos – e em estabelecimentos menores – o dono sabia exatamente

tudo que havia no estoque e conhecia cada cliente e suas preferências. O data mining estava no cérebro do dono. Ele sabia por que deveria ou não deveria vender queijos caros. Com o crescimento das lojas, do número de itens à venda e a multiplicação de filiais, a cabeça do dono não dá conta. Atualmente, as organizações possuem um grande número de informações – arquivos de clientes, históricos de vendas e transações, e é importante que elas entendam o que os dados podem oferecer. Para uma organização que oferece mais de uma linha de produtos, uma análise do comportamento de clientes já existentes

As corporações convivem com uma profunda ironia: lidam com a falta de informação em meio ao excesso de dados. José Cláudio Pinheiro, StatSoft South America.

pode levar a um eficiente cross-selling (venda cruzada) de produtos, aumentando a rentabilidade da empresa e fortalecendo o relacionamento com seus clientes. Programas de inteligência e data mining, diz a StatSoft South America, auxiliam na análise preditiva de custos, uso e outros comportamentos dos clientes, e ajudam na venda do produto ou mix de produtos. Foi mais ou menos assim que ocorreu com aqueles queijos. Respostas – Um bom sistema de análise de dados pode ser muito recompensador. "O investimento em estatística vale para qualquer tipo de empresa, para qualquer tipo de bolso. Até um curso de estatística, que custa cerca de R$ 500, já traz ganhos", diz José Cláudio Pinheiro, da StatSoft. O preço dos softwares da empre-

sa (para grandes corporações) variam de R$ 10 mil a R$ 1 milhão, mas Pinheiro garante um retorno de 150%. De acordo com a StatSoft, que comercializa o programa Statistica, um bom programa de Business Intelligence pode ajudar a responder questões como estas: como colocar os seus produtos nos expositores, nos catálogos, nas apresentações? Quem compra o produto A também compra o B e o C? Quais os clientes que melhor aderem aos cartões de fidelização? Qual a seqüência mais visitada na página Web? E, até, por que se deve vender o que parece que não vale a pena. Já a Linx Sistemas tem uma solução de ponto-de-venda (LinxPOS) que no mês passado vendeu à rede de lojas Mario Hernandez, de origem colombiana, para lojas no México. A padronização da ferramenta de ponto-de-venda da Linx em todas as lojas Mario Hernandez, possibilitará a consolidação das informações de vendas, estoque e finanças, além de, segundo a Linx, tornar o processo de tomada de decisões mais rápido e eficaz. E, afinal, o que importa mesmo é tomar decisões. Sem informações, é virtualmente impossível. Agora, responda: o que você faria com os tais queijos franceses que pouco vendiam na rede de supermercados? Sua primeira resposta é eliminá-los da lista de mercadorias – custam caro e vendem pouco. A resposta do diretor, que tinha os dados do sistema de inteligência de negócios, foi mantê-los porque descobriu que os clientes que compravam queijos franceses eram os que compravam itens de altíssima lucratividade. Então, a solução não era eliminar os queijos, apenas adequar as compras e os estoques à baixa demanda. Sem os queijos, porém, provavelmente aqueles clientes iriam comprar nos concorrentes – todos os demais itens lucrativos, inclusive. Essa é a diferença entre ter e não ter informações.

DECISÕES PELA REDE omo as pequenas e médias empresas podem se beneficiar dos softwares de inteligência de negócios se em geral são caros, exigem máquinas de altíssimo desempenho e gente altamente especializada? A resposta está em alugar – não comprar. E acessá-lo pela internet. Pela web, a empresa usa equipamentos que só seriam acessíveis a grandes empresas. Uma aplicação normal em uma grande empresa utiliza dois servidores (para garantir que esteja disponível o tempo todo), tem mais de 200 milhões de registros, ocupa 100 usuários e pode custar cerca de R$ 30 mil mensais. Para uma pequena empresa, com acesso pela web, basta um único funcionário, não exatamente especializado. Deve ser, porém, uma pessoa que conheça bem o negócio que está gerindo, e ninguém melhor do que o próprio dono. "Pode-se conseguir relatórios por produto, por categoria, região ou

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Alugar o sistema é uma opção

Segurança? Procure uma franquia. m novo segmento econômico adota o franchising para viabilizar a expansão dos negócios. Em seu 13º ano de mercado, a empresa goiana de vigilância eletrônica New Line finaliza a formatação da franquia da marca e estabelece novas metas de crescimento. O projeto inclui expandir a operação para Brasília, ainda este ano, e ampliar, a partir de 2008, a atuação no Estado de São Paulo. A empresa já está presente no estado com uma filial em Campinas, além de pontos estratégicos em outras cidades do interior paulista. A capilaridade já implantada visa atender a uma carteira de clientes de grande porte, entre os quais

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grandes instituições bancárias, explica o sócio-fundador da empresa, Sidney Monteiro de Oliveira. A marca também mantém filiais em Belém (PA), Manaus (AM), Palmas (TO) e Campo Grande (MS). História - A New Line nasceu como uma pequena instaladora de alarmes de segurança, na cidade de Goiânia (GO), acomodada, inicialmente, na residência de Oliveira. A vigilância monitorada (por meio de uma central) dos sistemas de alarmes começou a ser feita um ano depois, explica o sóciofundador da empresa, desde então dividindo o negócio com o irmão e sócio, Sérgio. Hoje, a empresa opera em sede própria de 650 metros

segmento de clientes", diz Marcos Abellón. E o custo mensal pode cair para a faixa da centena de reais. Com isso, o comerciante pode descobrir quais produtos estão sendo mais vendidos, em que hora do dia, em qual loja e para que tipo de cliente. Pode mudar preços, estabelecer promoções rápidas – como fazem as grandes redes – e pedir novos relatórios para definir novas decisões. Esses relatórios podem mudar a qualquer momento, mesmo várias vezes por dia. "O que a BI para pequenas empresas pretende é oferecer flexibilidade com uma ferramenta de uso facilitado", diz Abellón. Entre as soluções disponíveis para pequenas empresas estão a da própria W5, que pode ser acessada em qualquer computador. Como funciona? O cliente fornece as informações do seu negócio e pode acessar o sistema, que pode ser alocado no data center do fornecedor do sistema, e a partir Divu

desse acesso realizar consultas, extrair informações e criar gráficos e tabelas. A grande vantagem é que pagam o serviço por um baixo custo e têm a garantia de sigilo, backup e manutenção do sistema. Mobilidade - No início de agosto, a MicroStrategy lançou seu produto Mobile, que também pode ser acessado por aparelhos portáteis como os smartphones Blackberry. Os relatórios podem ser acessados mesmo quando o usuário encontra-se off-line ou quando o smartphone estiver fora da sua região. Com a solução, os usuários de negócios têm acesso aos mesmos relatórios que estão disponíveis em desktop, sem necessidade de nova formatação ou realimentação dos dados, podendo tomar decisões de negócios em trânsito. "As informações são imediatas e agilizam o processo de tomada de decisão, independente da localização física ou do acesso à internet", diz Flávio Bolieiro, vice-presidente para a América Latina da MicroStrategy. (L.C.A)

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ão

Sidney Monteiro de Oliveira

Divulgação

Sede da empresa de vigilância New Line, em Goiânia.

quadrados, em Goiânia, onde implantou, em 2006, o projetopiloto da franquia, sob a orientação do consultor da Rizzo Franchise, Marcus Rizzo.

Franquias - O consultor explica que geralmente empresas com esse perfil atuam regionalmente. Pesa contra a expansão – e a adoção do franchi-

sing – o investimento alto que uma central de monitoramento requer. "O diferencial da New Line é o monitoramento centralizado, que baixa o investimento inicial", afirma Rizzo. A dinâmica do negócio prevê que toda a rede New Line compartilhe, com rateio dos custos, a central de monitoramento de Goiânia. De acordo com o gerente de franquias da New Line, Albanir Borges da Silva, uma loja damarca exige investimento de R$ 300 mil – já incluídos taxa de franquia, reforma do ponto, mobiliário, estoque inicial e capital de giro. "Nosso projeto para dez anos prevê 180 lojas no mercado nacional", diz. De acordo com a empresa,

candidatos a uma franquia da marca não precisam ter experiência no ramo. O trabalho inclui venda, instalação e manutenção dos sistemas de alarmes, cercas elétricas e circuitos fechados de televisão, para clientes residenciais e corporativos. O monitoramento dos alarmes é feito pela central de Goiânia. O franqueado é acionado, quando necessário, para que consulte seu cliente sobre a providência que deseja tomar. Estima-se que uma nova New Line fature R$ 640 mil ao longo do primeiro ano de operação. É preciso o pagamento mensal de royalties e taxa de propaganda, de 7% e 2%, respectivamente. Fátima Lourenço


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 7 de agosto de 2007

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PAULO SAAB O DEBATE ERRADO

D

Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br

Claro Cortes IV/Reuters

O PC CHINÊS CONTROLA DE PERTO QUALQUER TENTATIVA DE MUDANÇA

O PARTIDO (AINDA) FALA MAIS ALTO POR GUY SORMAN

O

século 21 não será da China. Sim, a China tem exercitado seus músculos como superpotência e a imprensa internacional tem se impressionado com ela. Com certeza, sua economia está crescendo. Sim, chovem investimentos externos. G A nova Delegações políticas e emclasse presariais do Ocidente média correm para Pequim num chinesa, fluxo contínuo, confiantes vivendo no que lêem e vêem. Conas roando o novo status da cidades, China, Pequim vai sediar a vai exigir Olimpíada de 2008, mas todemocracia da essa solidez exuberante como é, pelo menos em parte, fizeram os construção ideológica. É verdade, 200 milhões coreanos? Improvável. de seus súditos, sortudos o suficiente para trabalhar num mercado global em G Me expansão, desfrutam de recuso um confortável padrão de a aceitar vida de classe média. O que o PC um bilhão restante, porepresente rém, permanece sendo um toda a dos povos mais pobres e China. mais explorados do mundo. Em termos de renda G Os per capita, a China se enmuitos contra no número 101 no ranking das nações. A inanos que satisfação popular está passei surgindo, principalmente lá me mostraram na zona rural, onde ela se transforma em confrontos como os sangrentos com as autorichineses dades do Partido Comusão iguais nista, famintas por poder a nós acima de tudo. O partido em seu gasta uma extraordinária desejo por energia suprimindo as liliberdade e berdades dos chineses – a riqueza. mídia atua sob uma censu-

ra sufocante e a oposição política pode resultar em expulsão ou prisão – ao mesmo tempo que tenta seduzir o Ocidente. Curiosamente, o Ocidente confere ao Partido Comunista Chinês mais legitimidade que os próprios chineses.

C

om paciência e vontade, pode-se mergulhar na China real. Desde 1967, tenho visitado o país regularmente e passei todo o ano de 2005 e parte de 2006 e 2007 viajando por suas prósperas cidades, bem como por seus recantos mais profundos, aonde poucos ocidentais vão. Não tenho nenhuma pretensão de conhecer a China totalmente, uma missão ambiciosa e impossível. Eu simplesmente quero registrar as palavras e impressões de alguns impressionantes homens e mulheres da China, sofrendo em silêncio ou clamando, quando podem, por uma nação livre.

C

ertamente as coisas mudaram, muitas para melhor. Porém o Partido Comunista, como 60 milhões de filiados, se mais sutil, continua cruel e onipresente. Mais uma vez, da perspectiva de seus membros, o PC está repleto de vitórias. Ele tem conseguido se manter no poder, promovendo o crescimento econômico

para a China e a legitimidade internacional. Enquanto isso, fornece aos membros do partido e a suas famílias carteiras cheias. Então, por que ele deveria correr o risco de abrir as portas ao debate político ou qualquer tipo de democratização? O PC controla de perto qualquer tentativa de mudança nessa combinação perfeita. Essa é a razão pela qual qualquer protesto camponês ou operário será brutalmente eliminado, qualquer líder religioso enviado a um campo de reeducação e qualquer dono de blog preso ou executado como terrorista.

Q

uando confrontados com esse tipo de críticas, que eu nunca hesitei de fazer quando estava na China, os dirigentes comunistas argumentam comigo que a China está em transição. Para onde? As pessoas da zona rural, tratadas como cidadãos de segunda classe, têm bem pouca esperança de escapar de suas dificuldades. A economia atualmente cria apenas 20 milhões de empregos por ano. A “transição” pode levar 40 anos para trazer o campo para um vida digna. O bem-estar dos agricultores pode ser melhorada levando-se educação e serviços médicos para as vilas: isso não é feito. Vai a

nova classe média, vivendo nas cidades, exigir democracia como fizeram os coreanos e os taiwanenses? Improvável.

N

ada disso sugere que o Ocidente deva boicotar a China. Pelo contrário, ele deve ampliar suas trocas com a China, não só pelo comércio, mas também pela cultura. O renascimento da China, apesar de imperfeito, é uma boa notícia. Centenas de milhões de pessoas estão começando a deixar a pobreza para trás. Ainda que seja um processo lento e caótico, é melhor do que totalitarismo e fome. Mas me recuso a aceitar que o PC represente toda a China. Os muitos anos que passei na China me mostraram o quão muito os chineses são como nós em seu desejo por liberdade e riqueza. Sem dúvidas, a voz do partido fala mais alto, mas também devemos escutar os cansados, os desprotegidos, os pobres, os fracos. O despotismo esclarecido do partido está destinado a ser substituído: por uma ditadura militar, caos ou (com muita esperança) por uma democracia liberal? Não vejo razão, cultural ou qualquer outra, pela qual a China não possa se tornar um país livre como outros. TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA

e n t re a s m u i t a s distorções que ocorrem no País em função do debate político e dos interesses que flutuam em torno do poder público, há uma que em face da gestão do presidente Lula ser considerada de esquerda, embora na prática seja apenas uma gestão com seu estilo próprio -, chega a ser cômica em alguns momentos a ênfase dada pelos que enxergam uma orquestração para derrubar o governo em qualquer manifestação de descontentamento para com a Administração ou com o comportamento lulopetista dos aliados. Basta surgir entrevista, movimento, declaração, apupo, enfim, qualquer tipo de expressão de descontentamento com esse estilo do presidente Lula, e os resultados palpáveis de sua gestão no terreno da moralidade pública, para sua linha de defesa - com interesses claros no aparato estatal - sair berrando que a direita está se unindo para um golpe. Ou, ainda, que são manifestações, como o próprio Lula disse, de "gente que deveria o estar aplaudindo por estar ganhando muito dinheiro em seu governo".

V

ivemos tempos bicudos. As coisas estão tão distorcidas que tudo cheira à divisão, confronto, má-intenção. Não posso conceber que brasileiros bem intencionados desejem que o País vá mal. Oposição política é uma coisa. Aliás, Lula e seu partido foram especialistas em oposição destrutiva, agressiva, devastadora. No poder, pregam a moderação e, por incompetência ou comprometimento das suas oposições, na verdade não têm oposição de verdade.

inda assim, quando alguém ousa emitir posição contrária à forma dos "companheiros" se comportarem no poder, a única reação capaz de ser esboçada, sempre em tom odioso, é de fomento à luta de classes, separação entre as zelite e as camadas pobres da população. Ninguém é mais membro das zelites dessi paiz do que o presidente Lula e toda a sua equipe pessoal, de governo e amizades. A verdadeira "abertura democrática" desse grupo significa "não receber críticas". A noção de "liberdade de expressão" passa pela afirmação de que a deles é sagrada e a de quem não concorda com isso é dispensável e deve ser reprimida. A distorção sobre a realidade só interessa a quem está no poder. É certo que existe manipulação por parte de quem não se sente satisfeito com o estilo de gestão de Lula. Uma espécie de mistura de pragmatismo sindical com "neoliberalismo-necessário" e algumas pitadas de discursos socialista-marxistas. As tentativas de ação impositiva, prática de recomendações marxistas, esbarram na reação dos "burgueses", ou seja, a sociedade brasileira.

E

stá na hora de a oposição ser oposição. Está na hora de o governo esconder seus erros e fraquezas atrás de uma divisão ideológica que só ele pratica. Está na hora de se pensar em Brasil e não em quem está no poder. O leitor acredita que isso é possível? Chega de distorções! Ops, falei chega! Vou ser acusado de conspiração. Para os que diziam Fora Collor!, Fora Itamar!, Fora FHC!, hoje no poder, o ato falho está sempre presente. PAULO SAAB É JORNALISTA PSAAB@UOL.COM.BR

G Está na hora

de a oposição ser oposição. Está na hora de o governo esconder seus erros e fraquezas atrás da divisão ideológica que ele pratica. Está na hora de se pensar em Brasil e não em quem está no poder. O leitor acredita que isso é possível?

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


terça-feira, 7 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

ECONOMIA - 5


DIÁRIO DO COMÉRCIO

Te l e f o n i a Imagem E mais Sistemas

Nas ondas do rádio

As primeiras transmissões

1910

Victor RC-3

1928

RCA 4X

1936

Delco R-1227

1947

terça-feira, 7 de agosto de 2007 Divulgação

EU NAVEGO

DE TUDO UM POUCO PARA A SUA INFORMAÇÃO

O LAPTOP DE U$ 180

D

epois de dois anos de que um computador convenprojeto, o laptop XO cional pode fazer, menos arB4 começará a ser mazenar dados. Baixo consumo – Baseado distribuído a partir de outubro em todo o mundo - em Linux, o laptop XO B4 foi no Brasil, inclusive. A previ- pensado para ser resistente, ter são é da Organização Um Lap- baixo consumo de energia e top por Criança, (OLPC, na si- também ter desenho atraente e gla em inglês), a organização funcional. Seu projeto prevê americana encarregada de uso em ambientes hostis – da produzir e vender o equipa- poeira do deserto a umidade mento aos governos de países dos trópicos. O gabinete, que em desenvolvimento. O laptop XO é destinado Divulgação às crianças de família de baixa renda que receberão o equipamento nas escolas. As máquinas devem chegar a um preço de cerca de 180 dólares, 80 acima do estimado originalmente. O governo paga a conta. Na primeira Resistente. E com cores vivas. leva, 3 milhões de laptops deverão ser produzidos pela Quan- conta com antena Wi-Fi inteta Computer, de Taiwan, maior grada, foi projetado para resisfabricante mundial de laptops tir a quedas de até 1,5 metro e e distribuídos para os países proteger os componentes internos da água. As baterias poemergentes. O XO B4, diz a OLPC, ga- dem ser carregadas por enernhou vários aprimoramentos gia elétrica gerada por qualtécnicos em comparação aos quer fonte, ou manualmente, primeiros protótipos. Tem por meio de manivela. As cores são sempre vivas e mais memória e maior capacicada criança poderá escolher a dade de processamento, entre cor do logotipo na tampa para outras melhorias. As máquimelhor identificar seu equipanas terão dispositivo para comento. As máquinas B4 usam nexão sem fio com a internet. menos de 1 watt de energia Várias cidades brasileiras já dispõem desse tipo de cone- quando usadas como um livro xão, que é gratuita. Os laptops virtual e, nessas condições, poXO poderão fazer quase tudo dem operar por mais de 12 ho-

O cartunista Laerte navega pelo blog da escritora Indigo: http://diariodaodalisca.zip.net

Conecte-se. Por R$ 7,50.

ras sem recarga de bateria. A tela concentra alta dose de tecnologia: é totalmente legível sob a luz do sol e tem alto nível alto de claridade. Seu preço unitário é em torno de 35 dólares, mais barato que uma tela de cristal líquido. Na versão final, o laptop ganhou uma nova dobradiça que permite maior inclinação da tela para facilitar o ângulo de visualização. Várias corporações colaboram com o projeto da OLPC, presidida pelo cientista americano Nicholas Negroponte, um dos fundadores e professor do Media Lab, laboratório multimídia do Massachusetts Instit u t e o f Te c h n o l o g y (MIT), Estados Unidos. Preço baixo – O segredo do preço baixo? "Reduzimos o custo da tela e cortamos gorduras: dois terços dos softwares dos laptops convencionais são usados para administrar o outro terço", responde Negroponte. Por fim, diz ele, os equipamentos serão vendidos em grande quantidade. Estima-se que até o próximo ano o XO B4 passe a custar os 100 dólares anunciados. Algumas unidades do laptop da OLPC, incluindo a versão B4, já vêm sendo testadas em algumas escolas públicas no Brasil. Na maioria dos casos, contudo, as crianças só têm acesso ao equipamento na escola, não podem levar o netebook para casa. A filosofia de criar um laptop (e não um desktop) era justamente permitir mobilidade.

esde sexta-feira passada vigora em todo o País a conexão à internet ao preço subsidiado de R$ 7,50 mensais. A iniciativa é parte do programa Computador para Todos. As concessionárias de

D

telefonia fixa subsidiam a conexão em banda estreita. O preço não inclui o provedor. Para ter acesso aos 600 minutos mensais de navegação por esse preço, o assinante deve pedir cadastro em sua operadora de telefone.

Divulgação

Divulg ação

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Dell XPS: usuários avançados.

Sofisticação

P

ara usuários mais exigentes, a Dell trouxe a linha premium Dell XPS. O desktop XPS720 é ideal para usuários que buscam alta performance e desempenho em computadores, com opção de até duas placas de vídeo de alto desempenho. O equipamento pode ser configurado pelo usuário e é voltado para usuários avançados e gamers. Projetado para máximo desempenho em jogos, com gabinete que combina estilo,design, periféricos silenciosos e forte capacidade térmica No caso do notebook XPS M1330, ele vem em três cores – preto, branco e vermelho –, acabamentos diferenciados, e telas cristalinas compõem o visual sem precedentes do equipamento, que é o notebook de 13,3" mais fino do mundo. Além disso, tanto o XPS720 quanto o XPS M1330 podem ser personalizados para atender às necessidades específicas de cada cliente.

Notebook A101: custa R$ 2.199

O note de R$ 2 mil

A

A m a z o n P C ( w w w. a m azonpc.com.br) lançou o notebook A101, um portátil de baixo custo, que pesa apenas 2,3 Kg. Ele é baseado no processador AMD Sempron 3400 e vem como sistema operacional Microsoft Windows Vista SE, ao contrário de outros equipamentos na mesma faixa de preço, que vem com sistema operacional Linux. Dentro de uma configuração com tela de 14,1 " widescreen, 1 GB de memória RAM, disco de 80 GB, gravador de DVD-RW, placa de som 3D, placa de rede, placa de fax modem 56 K V92, bateria com autonomia de até 3 horas, o equipamento tem preço sugerido de R$ 2.199. "Este notebook possui uma combinação excelente de preço, qualidade e agilidade. É um verdadeiro coringa dentre as opções de notebooks que hoje estão no mercado, com o melhor custo benefício", considera o presidente da Amazon PC, Carlos Diniz.

Crtl+Alt+Del: na última edição, afirmamos que PC Card, da HP, ("Mouse na toca") pode funcionar sem Bluetooth. Não pode.

1954

Este monitor é uma beleza!

Air Castle 2036

1967

Radiosophy, o primeiro digital.

2007 Texto e pesquisa Sergio Kulpas

Monitor LCD 971P, da Samsung

Divulgação

Regency: primeiro portátil.

Samsung conquistou o primeiro lugar na edição de 2007 do IDEA - International Design Excellence Awards, na categoria "Computer Equipment", com o monitor com tela de cristal líquido 971P. O modelo de 19 polegadas alia alta tecnologia com design inovador e atende às expectativas de usuários domésticos e empresariais

A

que prezam por estilo e beleza, sem deixar de lado o desempenho. O monitor já é vendido no mercado nacional e custa R$1.499. Referência no mundo do design, o prêmio internacional, idealizado pela IDSA - Industrial Designers Society of America, contou este ano com cerca de 1.700 participantes em diversas categorias, de 30 países.

Super MP3 player

Impressão rápida

Divulgação

Divulgação

Divulgação

Meio Digital: opção de leitura.

Nova revista

A

Editora Meio & Mensag e m l a n ç o u a re v i s t a "Meio Digital" (www.meiodigital.com.br). A nova publicação amplia o portfólio da editora no segmento de revistas, que voltou a crescer em circulação, depois de três anos de queda. Em 2006, o setor registrou crescimento de 11% com relação ao ano anterior e a estimativa para 2007 é de uma expansão da ordem de 8%.

Zen Micro Photo: 4 mil músicas.

MP4000 TH: 250 mm/segundo.

-

A

Nova distribuidora oficial de produtos Creative no Brasil, a Superkit apresenta ao mercado os últimos lançamentos da fabricante, como o MP3 player Zen Micro Photo (custa R$ 999) Disponível em 10 cores diferentes, o aparelho possui 8 GB de capacidade e permite que o usuário leve para qualquer lugar mais de 4 mil músicas ou 1 milhão de fotos. Seu visor reproduz mais de 262 mil cores diferentes, garantindo a qualidade e preservando os menores detalhes de fotos e imagens armazenadas. É possívelvisualizar as fotos de diferentes ângulos.

Bematech, empresa que fornece soluções completas para automação comercial, lançou a miniimpressora térmica MP4000 TH, que compõe a linha Black. Com velocidade de impressão de 250 mm/s – ou 59 linhas por segundo – o produto é o mais rápido do mercado, proporcionando agilidade nas transações, o que reduz o tempo de atendimento no checkout. A MP4000 TH oferece interface Ethernet e recurso Buzzer, que emite um sinal sonoro para informar ao atendente que há novos pedidos, como por exemplo em comanda de cozinha.

Música brasileira on-line da melhor qualidade, 24 horas por dia? Sintonize www.vitrolabrasileira.com.br.

Sergio Kulpas sergiokulpas@gmail.com

Varejo se prepara para entrar na era dos sinalizadores digitais

U

ma pesquisa realizada pela RocSearch India revela que o uso da sinalização digital como ferramenta de varejo e marketing está em crescimento acelerado. A firma de consultoria e pesquisa avalia que até 2011, os sistemas de sinalização eletrônica vão movimentar US$ 14,6 bilhões no mercado mundial. O estudo da RocSearch comparou as telas de plasma e LCD usadas na sinalização digital, e descobriu que os modelos de plasma rendem os maiores resultados para o setor. Apesar disso, a tecnologia LCD está em crescimento, e deve representar 40% do mercado em 2009, contra 38% das TVs de plasma. O uso de TVs digitais e painéis eletrônicos está em forte crescimento nos setores de hotelaria, restaurantes, aeroportos, academias de ginástica, shopping centers, sedes corporativas e até órgãos governamentais e também em museus. Segundo a avaliação da RocSearch, nos próximos 5 a 10 anos, a publicidade digital em mobiliário urbano vai crescer exponencialmente. Entre 2003 a 2008, estima-se que as vendas de displays digitais para ambientes internos e externos terão crescimento de 300%. A indústria de sinalização digital envolve aparelhos de exibição como TVs de plasma e LCD e painéis eletrônicos de vários tipos e tamanhos, além de softwares de exibição, sistemas de transmissão pela internet ou por rádio, e provedores de conteúdo (principalmente os anúncios e as notícias). Muitas empresas estão oferecendo pacotes completos de si-

nalização digital para o varejo: desde a instalação dos televisores ou painéis, até o fornecimento do conteúdo exibido. A publicidade eletrônica em ambientes comerciais é considerada uma forte tendência do marketing atualmente, e deve ter fôlego para um grande crescimento nos próximos anos. Em uma loja, a sinalização digital tende a substituir os cartazes e banners impressos tradicionais. As telas podem exibir anúncios e informações dinâmicas, com possibilidade de alteração em tempo real. Esse tipo de sinalização está sendo muito bem recebido pelo comércio, porque algumas pesquisas indicam sua eficiência para alavancar vendas. As empresas que oferecem sistemas de sinalização digital estão evoluindo rapidamente. É uma convergência entre agências de publicidade e empresas de tecnologia e comunicações que está fazendo surgir uma nova geração da publicidade indoors. Essa tendência deve mudar muito o lay-out dos estabelecimentos comerciais para integrar melhor a comunicação. As telas Divulgação

e painéis serão posicionados estrategicamente para exibir produtos e promoções. No Brasil, redes como a Livraria Cultura, Fran's Café e Habib's já usam sistemas de sinalização eletrônica em suas lojas. Em grandes centros urbanos, como São Paulo e Rio, os painéis eletrônicos estão se espalhando rapidamente. Antes da nova legislação sobre publicidade externa, São Paulo já contava com dezenas de outdoors eletrônicos. Agora, esses investimentos devem se concentrar no interior dos ambientes comerciais. Segundo avaliação da agência norte-americana OgilvyOne, até 2020, cerca de 80% das mídias serão digitais. No País há diversas empresas que atuam no setor de sinalização digital. Entre elas estão a Inbox Mídia (http://www.inboxmidia.com.br/); Elemidia (http://www.elemidia.com.br/); Indoor TV (http://www.indoortv.com.br/empresa.htm); On Projeções (http://www.onprojecoes.com.br/on.htm) e STRAT D i g i t a l S i g n a g e (http://www.stratdigitalsignage.com.br/).

Mercado vai movimentar Mais de US$ 14 bilhões em 2011.


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Congresso Planalto Crise Aérea CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 7 de agosto de 2007 Roosewelt Pinheiro/ ABr

É um caso estarrecedor e mostra o nível civilizatório em que está a sociedade. Tião Vianna

COMEÇA A CAÇA AOS RESPONSÁVEIS

Márcia Kalume / Agência Senado

CPI VAI INVESTIGAR PILHAGEM NA GOL

Eymar Mascaro

Tititi no PT

O

racha entre petistas aliados a Marta Suplicy e os que apoiam as decisões do senador Aloizio Mercadante ficou claro após o encontro da executiva paulista, realizado no último final de semana, na capital paulista. A briga pelo controle dentro do partido tem como principal fator a antecipação ou não das eleições para eleger os novos dirigentes petistas. Os "martistas" desejam o pleito ainda neste ano, já os "aloizistas" pedem a manutenção da data original: o segundo semestre de 2009. Lideranças petistas avaliam que a posição de Marta também deixa clara sua intenção de tirar o atual presidente do partido, Paulo Frateschi, do comando.

Integrantes da comissão querem saber como ocorreu o saque e quem responderá por isso

O

depoimento do comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, à CPI do Apagão Aéreo da Câmara, marcado para amanhã, será o ponto de partida da investigação sobre a pilhagem de documentos e objetos de vítimas do acidente com o avião da Gol, em setembro do ano passado. O presidente interino da CPI, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), confirmou ontem que Saito será questionado sobre as denúncias, publicadas pelo jornal "O Estado de S. Paulo" no último domingo. A reportagem mostrou que o documento de uma vítima chegou a ser usado para obtenção de um financiamento para a compra de um carro. Em ou-

tro caso, o celular de uma das vítimas foi parar no Rio de Janeiro. O receptor do aparelho ligou para o marido da vítima e informou sobre o roubo. Os parlamentares das CPIs da Câmara e do Senado se disseram chocados com as notícias da pilhagem. O deputado Wanderley Macris (PSDB-SP) anunciou que encaminhará requerimento para que a Aeronáutica dê informações oficiais sobre a responsabilidade da guarda dos bens dos 154 mortos no acidente. O presidente da CPI do Senado, Tião Vianna (PT-AC), também pedirá informações à Aeronáutica. "Tenho grande respeito pela Aeronáutica e acredito que eles trabalharam com responsabilidade. Mas vamos pedir um esclarecimen-

Diretora da Anac vai processar ex-presidente da Infraero

A

cusada pelo ex-presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, de fazer lobby para beneficiar empresário que administra aeroporto de Ribeirão Preto, a diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Abreu, vai processar o brigadeiro por calúnia. Sem rebater diretamente as acusações de José Carlos Pereira, Denise Abreu tornou pública sua intenção de ir à Justiça contra o brigadeiro em nota da assessoria de comunicação da Anac, publicada no site da agência, que faz parte do Ministério da Defesa. Pereira acusou Denise Abreu de patrocinar a transferência para o aeroporto

de Ribeirão Preto do setor de cargas de Congonhas e Viracopos, um negócio que movimenta R$ 400 milhões por ano. Segundo o brigadeiro, em entrevista ao jornal "O Globo", o terminal de cargas de Ribeirão Preto é "dominado pelos amigos dela, pelo empresário Carlos Ernesto Campos". "A Denise é terrível. Se eu não estivesse saindo da Infraero, ia comprar uma grande briga com ela", disse José Carlos na entrevista. De acordo com a nota da Anac, Denise não pretende bater boca com o brigadeiro por intermédio da imprensa. Nota oficial – Segundo o texto, " o aeroporto de Ribeirão Preto não tem infraestrutura para operações de

SUCESSÃO

RACHA

Além da eleição interna, a disputa pela prefeitura de São Paulo também fomenta a divisão entre os petistas. Marta e Aloizio são os principais nomes do PT para a disputa. A exprefeita tem 28% de aprovação nas pesquisas de intenção de voto. Ela ainda leva vantagem sobre o senador.

Tucanos e democratas não desejam uma disputa entre Alckmin e Kassab. Tudo indica que haverá uma divisão de votos entre os dois políticos. Sem o exgovernador, o atual prefeito disputaria a cadeira em igualdade com candidato petista, seja ele quem for.

Saito: ministro da Aeronáutica será o primeiro a depor, quarta-feira.

to, porque ficou evidente que há um ponto de vulnerabilidade", afirmou o senador. "É um caso estarrecedor e mostra o nível civilizatório em que está a sociedade", lamentou. Para o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), a pilhagem "é mais um fator que mostra o tamanho da falta de estrutura (no setor aéreo) e um motivo a

mais para o drama das famílias". Fruet defende que seja aberta uma investigação para tentar recuperar os bens que foram levados. Segundo Eduardo Cunha, a partir das informações do brigadeiro Saito a CPI vai decidir que outros órgãos do setor aéreo ou da polícia deverão prestar esclarecimentos. (AE)

APELO

Dida Sampaio/ AE - 31/03/07

ÍNDICE

Denise Abreu, da Anac, se diverte em festa de casamento na Bahia

cargueiros e o governo do Estado de São Paulo encaminhou à agência plano diretor para ampliação de pista neste sentido". O texto afirma ainda que a Anac impôs limitações ao plano, "especialmente quanto a cargas e tipos de aeronaves cargueiras". "O governo de São Paulo apresentou proposta de

revisão do plano que ainda aguarda análise técnica antes de ser apreciado pela diretoria colegiada. Ou seja, nem mesmo o Plano Diretor foi, até a presente data, aprovado pela Anac", explica a nota, enfatizando que "não existe nenhum tipo de ligação do empresário vencedor da licitação com a Anac". (Reuters)

Na eleição para governador que disputou contra José Serra, Aloizio Mercadante alcançou 34% dos votos na Capital, e acabou derrotado. O senador acredita que pode iniciar uma campanha para prefeito com o mesmo índice de sua concorrente interna. Mas essa teoria não é aceita pelo PT.

PRETENDENTES Caso Marta e Mercadante desistam da prefeitura de São Paulo, o PT realizará uma prévia para escolher o nome que concorrerá ao cargo. Três deputados estão interessados no posto: Arlindo Chinaglia, José Eduardo Martins Cardozo e Jilmar Tatto.

Fábio Pozzebom/ABr- 22/01/07

CHAPA

Ó RBITA

TSE DEIXA PASSAR

O

Tribunal Superior Eleitoral (TSE) arquivará os recursos do Ministério Público Eleitoral (MPE) de São Paulo contestando a aprovação das contas dos deputados federais: Antonio Palocci Filho (PT-SP); Michel Temer (PMDB-SP); Valdemar Costa Neto (PR-SP); e João Eduardo Leite Carvalho (PDT-SP). Todos eleitos nas eleições de outubro de 2006. Os procuradores alegavam que os recursos declarados e os gastos apresentados após as eleições não batiam, o que dava margem a prática de operar via "caixa 2". A TÉ LOGO

A única questão definida, até o momento, é a escolha de um vice indicado pelo PMDB na chapa em São Paulo. Michel Temer (SP) é o mais cotado para levar o posto. A liderança petista é totalmente favorável a aliança. Será um sinal claro de apoio as decisões do governo federal em relação a legenda "amiga".

CONVOCAÇÃO O PSDB pediu a convocação dos ministros Celso Amorim e Tarso Genro. O partido quer explicações sobre a deportação dos boxeadores cubanos

NA CADEIA

O

Ministério Público pediu ontem à Justiça Federal a manutenção da prisão temporária do empresário Arthur Wascheck Neto, preso pela Operação Selo da Polícia Federal (PF). Ele é acusado de comandar uma quadrilha que fraudava licitações dentro da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT). As investigações mostram que nos últimos cinco anos o grupo teria desviado cerca de R$ 180 milhões mediante fraudes e acerto de preços nos contratos para fornecimento de bens e serviços à estatal.

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

L

Angra 3 pode sair do papel a partir de outubro

L

Heloísa Helena critica o Congresso Nacional

L

Voto distrital pode ser votado nesta semana

ADVERSÁRIO Rondeau volta ao cargo graças à perícia favorável e pressão do PMDB

Ministro prevê retorno de Silas Rondeau

O

ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, disse ontem que o ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau deve voltar ao cargo, mas não especificou quando. A volta de Rondeau já havia sido sinalizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro deixou o cargo em maio último, por suposta participação na chamada máfia das obras públicas, desmontada pela Polícia Federal, sob a acusação de receber R$ 100 mil em

propina. Rondeau tem a seu favor um laudo feito pelo perito Ricardo Molina, professor da Universidade de Campinas (Unicamp) , que contesta a versão da PF. Depois do escândalo envolvendo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), líderes peemedebistas têm pressionado o presidente da República pela volta de Rondeau. Neste embate, a Polícia Federal já garantiu que não pretende interromper as investigações. (AE)

DIVISÃO O fantasma da divisão de votos também ameaça o PT. A legenda sabe que a entrada da deputada Luiza Erundina (PSB-SP) na disputa levará a uma migração de eleitores. A parlamentar é bem aceita em São Paulo. Ela já foi prefeita e pode dar "trabalho".

Para enfrentar o candidato petista, os tucanos esperam pela candidatura de Geraldo Alckmin, que está bem nas pesquisas. O ex-governador é o melhor candidato do PSDB, mas sua candidatura encontra a oposição do governador José Serra.

ACORDO Serra defende o apoio do partido à reeleição de Gilberto Kassab (DEM). O governador deseja o apoio dos democratas à sua candidatura a presidente em 2010, no caso de seu nome ser mesmo o escolhido. O DEM garante que apoiará o nome tucano se tiver a contrapartida em em 2008.

Lula insistirá no apelo que fez aos partidos aliados: confirmar as coligações e vencer nas capitais. Se a tese do presidente prevalecer, o PSB deixaria de lançar Erundina e passaria a apoiar a candidatura do PT.

IMPORTÂNCIA Lula pediu empenho total da legenda para vencer em São Paulo. O presidente avalia que a capital paulista terá papel fundamental durante a campanha ao Planalto em 2010. Além da capital paulista, Lula deseja a vitória nas principais capitais brasileiras. Ele não quer saber de desistência por parte da legenda.

RECONQUISTA Lula lembrou aos petistas de São Paulo os números da capital paulista: serão 10 milhões de eleitores em 2010, um número mais do que desejado por ele. O presidente já avisou que, caso seja preciso, ele irá procurar a liderança do PSB em Brasília e pedir que não seja lançada a candidatura de Erundina. Lula fará de tudo para evitar uma divisão de votos.

INTERESSE Do lado do PSB, a candidatura de Erundina interessa ao deputado Ciro Gomes (CE), que prepara sua candidatura à presidência em 2010. O parlamentar avalia que a campanha de Erundina pode ajudar o partido a conquistar eleitores em São Paulo. Ciro também poderá entrar na disputa presidencial como vice do tucano Aécio Neves (MG).

DOBRADINHA Essa aliança já é vista com bons olhos dentro do PSB. A chapa seria formada pelo ex-ministro e pelo governador de Minas Gerais, desde que Aécio aceite deixar o PSDB e migre para o PMDB. A coligação receberia até o apoio de Lula, que não esconde sua simpatia pelo tucano mineiro. O presidente também admite ficar ao lado de um nome fora do PT na disputa pelo Planalto.


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Nacional Agronegócio Empresas Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 7 de agosto de 2007

A Hope desenvolveu peças para serem usadas com vestidos decotados

VENDAS NO BOM RETIRO DEVEM CRESCER 8%

A QUINTA EDIÇÃO DO EVENTO DE MODA DO BAIRRO DEVE AJUDAR OS LOJISTAS DA REGIÃO A FATURAR MAIS

BOM RETIRO MISTURA LUXO E POPULAR Fotos: Marcelo Soares/Hype

Fotos: Paulo Pampolin/Hype

Neide Martingo

U

ma loja com a sofisticação de shopping, porém com dois sacos pretos enormes jogados num canto, cheios de mercadorias e típicos de sacoleiras. Essa mistura de requinte e popular é o que o Bom Retiro oferece aos clientes de varejo e de atacado. E esse mesmo mix está presente nas coleções primavera-verão 2008 na quinta edição do Bom Retiro Fashion Business. "O Bom Retiro é formador de opinião, lançador de tendências. Os estilistas fazem pesquisas na Europa e adaptam os conceitos mostrados lá, transformando-os em moda comercial", afirmou a secretária executiva da Câmara Brasileira de Lojistas (CDL) do Bom Retiro, Kelly Lopes. Segundo ela, nos próximos 15 dias, as vendas da região devem subir até 8% em razão do evento. "Antes, os desfiles duravam quatro dias. Foram cortados pela metade. Os custos caíram 40% e a alta do faturamento se manteve. Foi um pedido dos compradores, que não tinham tempo de ver todas as coleções." Kelly disse que o Bom Retiro foi pioneiro na organização de desfiles. Segundo ela, o bairro do Brás, que também passou a promover a apresentação das coleções, não é concorrente, apesar dos preços baixos. "O Brás é forte nos jeans; o Bom

A lingerie preta contrastou com os tons alegres das coleções de primavera-verão das marcas do Bom Retiro. A grife Smack investiu na presença da apresentadora Irislene Stefanelli.

Retiro, na moda feminina. E outro bairro vai organizar um evento desse tipo: o Itaim." A proprietária da Sécia, Juliana Koo, há 12 anos no bairro, participou ontem pela primeira vez do evento. Ela afirma que vale a pena, já que o fluxo de pessoas aumentou 30%, logo após a apresentação das peças na passarela. "O bairro hoje tem uma cara bem diferente da que eu vi quando cheguei. As lojas são chiques agora." As vendas totais, segundo ela, vão crescer também 30%. A grife Smack patrocinou a presença da apresentadora Irislene Stefanelli. A gerente da loja, Andréia Felizatti, não revela quanto foi o investimento. Mas estima que as vendas vão crescer 70% com a par-

ticipação da empresa no desfile – 10% vêm da publicidade obtida com Irislene. "Ela tem o estilo do Bom Retiro." A comerciante Magda Dib, de Ribeirão Preto, fez coro com os lojistas do Bom Retiro. Ela compra no bairro há 15 anos. Magda disse que a região está mais bonita, mas continuou com os preços baixos. "As roupas custam 30% menos em relação a outros bairros." Tendências – Na passarela, a moda real. Shortinhos, legging, vestidos que viram batas, barrigas de fora ou calças com cintura alta. Mas foi a lingerie que agradou. Tons claros contrastaram com o preto, com babados, bordados, transparências e cintas-liga. Para fantasia nenhuma botar defeito.

Fotos: Leonardo Rodrigues/Hype

Cerca de 55% das lojas da 25 de Março são de bijus

Peças feitas de acrílico e cristais serão os destaques

25 de Março terá desfile de bijus Maristela Orlowski

C

ores vibrantes, designs arrojados e muito acrílico, as tendências para o segmento de bijuterias e acessórios na temporada primavera-verão 2007/2008. Os lojistas do setor já podem conferir a nova coleção em dois eventos que estão agitando a cidade de São Paulo nesta semana: a 39ª edição da Bijóias SP – que continua até amanhã no Centro de Convenções do Shopping Frei Caneca – e o Bijoux Fashion & Cia – que ocorre hoje na Rua 25 de Março. De acordo com Vera Masi, organizadora da Bijóias, o evento reúne cerca de 200 expositores e designers de todo o

País. A expectativa é gerar R$ 40 milhões em negócios só nesta edição da feira, que ocorre cinco vezes ao ano em São Paulo e duas no Rio de Janeiro. "No primeiro semestre, que teve quatro mostras, o evento movimentou quase R$ 500 milhões", disse a executiva. A designer paulista Camila Klein afirmou que 30% do faturamento anual da empresa é gerado graças à feira. Neste ano, o futurismo foi o mote para a coleção, intitulada Guerra nas Estrelas. As peças têm como destaque materiais como acrílico e cristal. "São 110 modelos diferentes de brincos, colares e pulseiras." Já a designer Cilene Dutra, da grife Flor de Canella, de Campo Grande (MS), trouxe

mais de mil peças para a feira, confeccionadas em níquel e ouro velho, além de pedrarias brasileiras e materiais do Centro-Oeste, como couro de jacaré, chifres e ossos bovinos. Na Rua 25 de Março, a primeira edição da Bijoux Fashion & Cia reunirá a variedade de bijuterias e acessórios da região. Serão dois desfiles, às 11 horas e às 15 horas, que mostrarão a criatividade de mais de 40 participantes." O objetivo do desfile é mostrar a força da região como pólo de bijuterias e acessórios e lançar um calendário de eventos", disse a produtora Jô Ribes. Segundo ela, das 3 mil lojas presentes na região, 55% são voltadas para o segmento de bijuterias e acessórios.

Feira deve movimentar R$ 180 milhões

A Hope investiu R$ 2 milhões em marketing

Salão tem lingerie com bambu, ouro e até cheiro de chiclete. Vanessa Rosal

L

ingerie com cheiro de chiclete, com fibra de bambu, renda sem costura e até feita com ouro são alguns dos destaques da 4ª edição do Salão Lingerie Brasil, que termina hoje no Centro de Exposições Imigrantes, na capital paulista. A previsão é de que a feira vai movimentar R$ 180 milhões em volume de negócios, valor resultante da comercialização de, em média, três meses de produção das empresas expositoras. A expectativa é de que 10 mil pessoas visitem o evento, segundo a diretora da feira, Ana Flores. "Além de lojistas nacionais, representantes de 45 países conhecerão as lingeries brasileiras desenvolvidas especialmente para a primaveraverão 2008." Nas estações mais quentes do ano, destaque para as peças rendadas, com flores, bolinhas e risca de giz. O preto e a estampa estilo oncinha continuam em alta, além das cores cru e bordô, presentes em cal-

cinhas maiores e sem costura. Ousadia – Já as peças masculinas estão mais ousadas, com enchimento e estampas que vão dos tons estilo camuflado a zebra, além das ecologicamente corretas, confeccionadas em fibras de bambu. É o caso da Upman, que inova ao lançar a cueca com micropartículas perfumadas. "O produto foi desenvolvido para os homens vaidosos, que não abrem mão do conforto e da beleza", explicou o diretor geral da marca, Sidimar Gotardo Remussi. Segundo ele, a peça mantém o perfume até a 30ª lavagem. "A expectativa é que a empresa cresça 30% em volume de vendas sobre 2006, em razão dos lançamentos." Nessa mesma proposta, a Hope desenvolveu as calcinhas com cheiro: chiclete de tutti frutti, cereja, coco, menta e chocolate são as apostas da empresa para o verão 2008, além do sutiã com decote profundo, para ser usado com blusas ou com vestidos muito decotados. Segundo a diretora comercial da marca, Roseli

Montes, a empresa deverá crescer 30% neste ano. "Investimos R$ 2 milhões em ações de marketing", disse, revelando que até o final do ano a Hope terá produzido aproximadamente 9,6 milhões de peças. Há ainda lançamentos curiosos como o da Trifil, que tem o "sutiã 100 maneiras de usar". Nesse caso, a consumidora escolhe onde prender a alça, trançando a parte traseira ou usando como tomara-quecaia. Já a Robia, empresa de lingerie de Fortaleza, criou um sutiã de ouro, para ser usado por cima de blusas ou até vestidos de noiva. Segundo a idealizadora do projeto, Núbia Rocha, a peça custa R$ 15 mil, mas ainda não há previsão de quando irá para o varejo. "Patenteamos a idéia e agora estamos aguardando alguma empresa que queria investir no produto, que é uma jóia." O mercado de lingerie movimentou R$ 4,07 bilhões de reais em 2006. A previsão, segundo a organização do Salão Lingerie Brasil, é de que esse número aumente 20% neste ano.

Crédito sustenta vendas de carros

A

produção e as vendas do setor automotivo bateram recordes em julho e no acumulado dos primeiros sete meses do ano, segundo o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Schneider. A fabricação de automóveis em julho somou 268,2 mil unidades e as vendas, 217,4 mil. De janeiro a julho, a produção foi de 1,65 milhão e as vendas, de 1,3 milhão de veículos. De acordo com o executivo,

a manutenção do ritmo mostra que o setor vem registrando um crescimento sustentado. O presidente da entidade reiterou que o volume de crédito é um dos principais pilares da evolução. Segundo a Anfavea, os financiamentos disponíveis no setor cresceu 24,6% em junho de 2007 em relação ao mesmo mês do ano passado e alcançou R$ 71 bilhões. Schneider destacou ainda que a queda de juros para o setor também contribui positivamente, lembrando que nos úl-

timos 12 meses houve uma redução de 5,2 pontos percentuais, caindo para 19,4%. O alongamento dos prazos é outro ponto favorável. Conforme a Anfavea, em junho de 2007 49% das operações de financiamento para carros novos tinham prazos acima de 36 meses. No mesmo período do ano passado, esse tipo de operação respondia por 34%. O presidente da Anfavea ressaltou que a inadimplência tem se mantido em patamares baixos, de 3,2%. (AE)

Começa cobrança de água Mário Tonocchi

A

Agência Nacional das Águas (ANA) inicia, neste mês, a cobrança, de 1.340 boletos divididos em seis parcelas do pagamento estadual pelo uso das águas das bacias hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí e do rio Paraíba do Sul. As duas bacias – as primeiras das 16 do Estado de São Paulo que até 2010 vão realizar a cobrança – devem arrecadar, este ano, R$ 13,8 milhões. O dinheiro tem de ser revertido para a recuperação dos rios. Pagam para retirar águas dos rios empresas de abastecimento público de água, coleta e tratamento de esgotos, in-

dústrias, hotéis, clubes, shopping centers e grandes empreendimentos do agronegócio. De acordo com Laura Stela Naliato Perez, da Coordenadoria de Recursos Hídricos da Secretaria de Estado do Meio Ambiente de São Paulo, as empresas podem repassar os custos ao consumidor. A Sociedade de Saneamento e Abastecimento de Água (Sanasa) de Campinas já decidiu que não vai repassar o pagamento dos 3,1 mil litros por segundo que produz para atender a uma cidade com 1 milhão de habitantes. A empresa, que já contribui com R$ 1 milhão pelo uso do Rio Atibaia (federal), deve pagar mais R$ 1,438 milhão pela utilização dos recursos hídricos estaduais.


terça-feira, 7 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Soluções Sistemas Te l e f o n i a Imagem

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EM ALGUNS CELULARES, JÁ DÁ PAR ASSISTIR TELEVISÃO.

O Blackberry Pearl, um dos celulares que podem captar (em algumas regiões) imagens da TV.

Alô! É a TV de bolso chamando. Rafael Hupsel/Luz

Realidade nos EUA, Europa e Japão, a tevê no celular é oferecido no Brasil pela Vivo, Claro e TIM. Luiz Carlos de Assis

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ito assim – tevê no tícias sobre o Vaticano). O celular – parece se Idéias TV, da Claro, oferece dez tratar simplesmente opções de conteúdo, via streade apertar o botão, ming. Neste primeiro momenescolher o canal e deixar pro- to, a operadora tem programas gramas e filmes rolarem na tela das produtoras A&E, Bloomdo telefone. Na prática, é mais berg, Cartoon Network, CNN complicado. Primeiro, é preci- International, Discovery Móso estar em uma área de rede vel, TV Climatempo, ESPN celular de alta velocidade. É Móvel, Fashion TV, The Histofundamental que a operadora ry Channel, Maxx Esportes e tenha o serviço, naturalmente, Nickelodeon. A maioria é e o aparelho tem de ser apro- transmitida em português, com exceção de priado. O resulCNN Internatiot a d o s ã o i m anal, Fashion TV e g e n s à s v e z e s Ainda há muitos Maxx Esportes. ótimas mas nem fatores adversos: As operadoras sempre. Mas já freqüências destacam que o está aqui e, logo, necessárias, força de usuário pode logo, todo munbaixar clipes e vído vai assistir a sinal, antenas e deos pelas redes programas no capacidade da rede. de voz. Os servicelular. É uma ços podem ser revolução ineviadquiridos por preços que vão tável e irresistível. Realidade na Europa, no Ja- de R$ 3,30 a R$ 140 por mês, depão e nos Estados Unidos, a te- pendendo do pacote. Na prática - Ainda há muivê pelo telefone celular no Brasil tem poucos serviços ope- tos fatores adversos: freqüênrando. Vivo, Tim e Claro ofere- cias necessárias, força de sinal, cem a reprodução móvel de antenas e capacidade da rede. canais, com certas limitações. Tudo conspira contra a tecnoA Vivo usa redes de alta velo- logia. O video streaming precicidade EV-DO, para transmitir sa de processadores mais rápios canais Bandeirantes e RTP, dos nos celulares. Mas, se não de Portugal. Já a Tim utiliza o houver problemas com o sinal GPRS (General Packet Radio das operadoras, o usuário terá System), destinado à troca de uma boa experiência de tevê. Esse é o caso de Sylvia Fisvoz e não de dados, para transmitir os canais Bloomberg (ne- cher Figueiredo, que trabalha gócios), Climatempo (previ- em uma empresa de óleo e gás, são de tempo) e SAT 2000 (no- em São Paulo, e é cliente da

Sylvia: as imagens e o som são de boa qualidade, ao menos aqui em São Paulo.

Claro. Ela usa a tevê no celular principalmente para entreter seu filho com o canal de desenhos Cartoon Network. Mas também vê noticiário na CNN, previsão do tempo no Climatempo e esportes na ESPN, quando está em locais onde é obrigada a esperar por longo tempo, como em consultórios médicos. Há cerca de seis meses, Sylvia comprou um Nokia N80 – por um preço muito parecido com o de celulares comuns – e está satisfeita. "As imagens e o som são de

PARA VER TEVÊ ão vários os modelos de celulares que permitem ver tevê. Como são smartphones, também acessam internet e verificam e-mail. Os preços variam de R$ 299 a R$ 3 mil, dependendo dos recursos e do subsídio de cada operadora. Blackberry Pearl: tela de 240 x 260 pixels, 65.000 cores pesa 89 gramas, memória de 64 MB, expansível para 2 GB comk o uso de cartão..

S

Divulgação

Smartphone Palm Treo 700wx.

LG Shine ME970: tela de 240 x 320 pixels, 256 mil cores, pesa 120 gramas, memória de 50 MB. Motorola RAZR V8: tela de 240 x 320 pixels, 256 mil cores, pesa 117 gramas, memória de 512 MB até 2 GB. Nokia N80: tela de 352 x 416 pixels, 256 mil cores, 134 gramas, memória de 40 MB. Palm Treo 700wx: tela de 240 x 240 pixels, 65 mil cores, pesa 180 gramas, memória interna de 128 MB.

Divulgação

Chegou o gravador e de DVD d alta definição

DVD R155: a facilidade de operação lembra os antigos videocassetes.

A

Samsung lançou o gravador de DVD R155, capaz de reproduzir e gravar mídias em alta qualidade (720p/1080i). O novo equipamento custa R$ 699 e é

a combinação perfeita para os televisores de plasma e LCD. Com acabamento refinado e design arrojado, o gravador possui a exclusiva função EZ Mode, desenvolvida para facilitar o processo de gravação, relembrando os aparelhos de videocassete. A partir dessa característica, os discos são inicializados e

finalizados automaticamente: basta apertar uma única tecla para começar. É possível controlar o DVD e a tevê usando um controle remoto. Algumas funções são executadas automaticamente, como ligar o televisor no momento de reproduzir um DVD ou desligar o player acionando a tevê.

Monte uma ilha de edição em sua casa

A

Pinnacle Systems lança este mês a linha Studio 11 de softwares para edição de vídeo, em três versões. O Studio 11 está disponível nas soluções MovieBox USB (R$ 500) e MovieBoard PCI (R$ 600). Foi desenvolvido para simplificar a edição de vídeos para usuários de primeira viagem, com efeitos de transição entre cenas 2D e 3D e movimento de panorâmica e zoom em fotos. O Studio 11 Plus (R$ 1 mil) complementa as ferramentas do Studio 11 com tecnologias para edição, como o efeito de

Studio 11 MovieBox USB: voltado para usuários amadores. Divu

lgaç

ão

recorte de fundo verde/azul infinito conhecido como ChromaKey, duas trilhas de vídeo e a a possibilidade de se editar com formato high-definition. O Studio 11 Ultimate (R$

349) combina as características do Studio Plus com ferramentas profissionais, de forma a atender à demanda bastante específica de videomakers e semi-profissionais.

boa qualidade, não há descontinuidade, ao menos aqui em São Paulo. Nunca viajei para outros lugares com o aparelho", diz ela. "Claro que nenhum celular vai substituir a tevê, mas quando o usuário está fora de casa e não quer perder uma partida esportiva, precisa se inteirar das noticias ou não quer perder um capitulo do seriado favorito ou da novela, com os novos modelos vai ter a melhor experiência possível", diz Henrique Freitas, gerente de

produtos da Motorola. Até o fim de agosto, a Motorola lançará dois modelos – simultaneamente no Brasil e no mundo: o Z6 e o V8, segundo Freitas, de alta qualidade de imagem, perfeitos para vídeo streaming e preparados para a tevê digital. Hoje, o mercado brasileiro tem aparelhos da Motorola, da Nokia, Palm, Pearl e LG. Todos são produtos de luxo, nem sempre caros. "O Shine valida a decisão da LG de lançar uma categoria de produtos super

premium, também para celulares" ressalta, Eduardo Toni, diretor de Marketing da LG Electronics. Há cerca de dois meses, na 6ª edição do Tela Viva Móvel, em São Paulo, o gerente da divisão MediaFLO – uma das tecnologias de transmissão –, da Qualcomm, José Luciano do Vale, falou sobre tevê móvel por assinatura e enfatizou que em outros países a tecnologia já é realidade (na Inglaterra, os programas mais assistidos são notícias, novelas, música e documentários).


terça-feira, 7 de agosto de 2007

Congresso Planalto Senado CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

5

2,5

SITUAÇÃO DE RENAN SE COMPLICA

milhões de reais é o valor de duas emissoras de rádio de Alagoas que seriam de Renan

Pablo Valadares/AE

DEM INVESTE CONTRA RENAN E NÃO VOTARÁ Partido decide que só examinará matérias se o presidente do Senado sair

O

líder do Democratas no Senado, José Agripino (RN), anunciou ontem ter pedido a advogados de seu partido que elaborem uma representação contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, e assegurou que o partido pretende não votar mais matérias no Senado enquanto Renan não deixar a presidência da Casa. A representação será baseadas nas novas acusações da revista "Veja". De acordo com a revista, Renan teria comprado em parceria com João Lyra, exdeputado, duas emissoras de rádio em Alagoas, quando teria pago sua parte em dinheiro vivo, com dólares e reais. Pela lei, parlamentar não pode ser proprietário de empresas de rádio ou televisão.

A

Também ontem, o procurador geral da República, Antonio Fernando de Souza, encaminhou abertura de inquérito ao Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar as denúncias contra Renan (veja ao lado). Em resposta, o senador disse que o procurador atende a um pedido seu. "Eu pedi para o procurador me investigar. Eu me dispus a abrir meu sigilo", afirmou Renan, acrescentando que não entende por que a revista "Veja" insiste em fazer denúncias "infundadas" contra ele. Carta – O presidente do Senado disse que encaminhou ontem uma carta a cada um dos 80 senadores na qual também faz acusações a revista. "Quem sabe (a 'Veja') quer me usar como cortina de fumaça para que, por suas sombras,

acabe por ser celebrada uma nebulosa transação de cerca de R$ 1 bilhão envolvendo a venda de uma concessão de canal de televisão pelo grupo Abril, proprietário da revista 'Veja', a uma empresa estrangeira?", disse, sobre a venda da TVA pela Abril para a Telefônica. Segundo Renan, essa operação, sim, é um assunto que "verdadeiramente interessa à sociedade" brasileira. "Talvez fosse o caso de investigar o negócio bilionário que se deseja manter na obscuridade". O negócio foi aprovado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) com a condição de que a TVA e a Telefônica alterem o acordo de acionistas. O caso, agora, vai será apreciado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). (AE)

OAB-Nacional não apóia (nem critica) o 'Cansei'

pós muita discussão, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) decidiu, em reunião realizada ontem, não participar do Movimento Cívico pelo Direito dos Brasileiros, conhecido como 'Cansei'. O movimento, apartidário, protesta contra a corrupção e a impunidade. "O Conselho Federal não fez juízo de valor sobre o movimento, entende que toda a sociedade deve se manifestar como bem entende, porque faz parte da democracia a manifestação da sociedade, mas não é um movimento do Conselho Federal", afirmou o presidente da OAB, Cezar Britto. A decisão veio após a OABSP ter se manifestado publicamente a favor do movimento, que também tem o apoio de entidades como a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e TV (Abert) e outros grupos. Segundo o site dos organizadores, a proposta do 'Cansei' é sensibilizar os cidadãos a parar durante um minuto no próximo dia 17, quando o acidente com o Airbus da

Alex Ribeiro/DC 19.03.2007

D'Urso: 'Apenas a OAB-RJ se manifestou contra o movimento'

TAM completa um mês. A OAB-RJ já criticou o movimento afirmando que há intenções políticas dentro dele, que classifica como "golpista, estreito e que só conta com a participação de setores e per-

sonalidades das classes mais abastadas do estado de São Paulo". Ontem, ao participar da reunião do Conselho Federal, o presidente da OAB-RJ, Wadih Damous, afirmou: "Ou vamos fazer uma homenagem as vítimas, ou vamos criticar o governo". Em nota oficial, o presidente da OAB-SP, Luiz Flávio Borges D´Urso, considerou positiva a decisão do conselho Federal. Segundo ele, a neutralidade da OAB federal apenas reafirma a autonomia das seccionais. D´Urso reforçou que só a OAB-RJ foi contra. "Duas Seccionais já aderiram ao Movimento, DF e PE. A Seccional do Rio Grande do Sul tem movimento semelhante e as do AM e BA estudam realizar movimentos com as mesmas propostas", destacou o presidente da OAB SP. (Agência Brasil)

Na ofensiva: acusado pela revista "Veja", Renan pede investigação sobre negócios da Editora Abril.

STF abre inquérito para investigar presidente do Senado

O

Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ontem abrir um inquérito para investigar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), suspeito de ter despesas pessoais pagas por um lobista da Construtora Mendes Júnior. O pedido veio do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza. O ministro Ricardo Lewandowski foi escolhido como relator da ação. Ele determinará ou não a realização de diligências

DC

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pedidas pelo procurador para investigar a documentação apresentada pelo senador para comprovar seus rendimentos, principalmente a relação de notas fiscais de venda de gado a frigoríficos. Concluída a fase de investigação, o relator encaminhará ao procurador os resultados do inquérito. Após apreciação do material, Antonio Fernando decidirá se há indícios para apresentar uma denúncia

contra Calheiros. Se ele apresentá-la e o Supremo aceitar, uma ação penal será aberta contra o presidente do Congresso, que passará a réu no caso. Ainda na tarde de ontem, o procurador informou que pedirá investigações sobre o suposto uso de laranjas na compra de duas rádios em Alagoas, segundo revelou a reportagem da revista "Veja". Fernando de Souza disse que não há prazo para a conclusão do inquérito no Supremo. (Agências)


terça-feira, 7 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Indicadores Econômicos

6/8/2007

COMÉRCIO

7

0,7

por cento foi a alta média dos fundos atrelados ao dólar em junho, de acordo com a Anbid.


Ano 83 - Nº 22.433

São Paulo, terça-feira, 7 de agosto de 2007

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição concluída às 23h55

w w w. d co m e rc i o. co m . b r

Thiago Bernardes/LUZ

Já são 500 mil assinaturas para o "Sou contra a CPMF", que irá para o Congresso ao completar um milhão. A foto ao lado marca a adesão, ontem, dos vereadores. O governo está arrecadando mais e não precisa da CPMF, provisória desde 1996. E 1

Multas para 20 mil no comércio IBPT faz balanço das autuações de 2001 a 2006. E 3 Marcelo Soares/Hype

Reunião de negócios em tempos de apagão aéreo Para fugir das incertezas das viagens aéreas, executivos têm optado por videoconferências (na foto, reunião virtual da Commlogick). Aluguel de equipamentos cresceu 30% em julho.

Software para administrar melhor Business Intelligence organiza dados e mostra caminhos para empresas. Informática HOJE Parcialmente nublado Máxima 26º C. Mínima 13º C.

AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 25º C. Mínima 12º C.

O sumiço de fuzis AK-47 no Iraque Página 8

RENAN AGORA NO STF Supremo Tribunal Federal abre inquérito para investigar Renan Calheiros, a pedido do procurador-geral da República. Pág. 3

Marcelo Soares/Hype

Luxo pop no Bom Retiro Desfile da Aslan Trends (foto) na 5ª edição do Fashion Business. Lojistas faturam. Economia 6

Bradesco tem lucro recorde Economia 4


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Soluções Te l e f o n i a Imagem E mais

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 7 de agosto de 2007

CONHEÇA AS ÚLTIMAS NOVIDADES EM FOTOGRAFIA

Destaque: convergência tecnológica estará presente em quase todos os estandes da feira.

O melhor da fotografia digital A maior feira de imagem digital da América Latina, a PhotoImageBrazil, começa hoje com 150 expositores e muitas novidades.

Monte álbuns e livros

Ana Maria Guariglia

C

omeça hoje a PhotoImageBrazil, a maior feira internacional de imagem da América Latina. O evento ocorre no Centro de Exposições Imigrantes até a próxima sextafeira e é realizado pela Alcântara Machado Feiras de Negócios. São cerca de 150 estandes, que estarão exibindo mais de 500 produtos, com a participação de fabricantes do setor. Segundo Duda Escobar, diretora da feira, a convergência das tecnologias está presente em cada um dos estandes. "Isso torna o evento mais abrangente, com a presença de empresas fornecedoras de tecnologias de outros segmentos da produção de imagens", observa. Logo ao entrar na feira, o visitante vai perceber que a resolução não é a única prova de evolução das câmeras digitais. Agora, são representantes típicas da convergência tecnológica, com soluções diferenciadas, com chips capazes de reproduzir os recursos das câmeras tradicionais e muito mais. Tocam MP3, editam imagens, conectam-se à rede sem fio, filmam por longos períodos, são à prova d'água, possuem mecanismos contra fotos tremidas e várias funções de flash. Eventos paralelos - Pela primeira vez, a PhotoImageBrazil abrigará o Congresso Nacional da PMAI/Brasil (Photo Marketing Association International). A notícia ganha ainda mais ineditismo com a fusão deste com o 33º Congresso Brasileiro do SEAFESP (Sindicato das Empresas de Artes Fotográficas no Estado de São Paulo), realizado anualmente. Juntos, formam o mais importante evento educacional do setor, dedicado aos profissionais desse mercado. "As entidades entenderam que devem unir seus esforços para apresentar aos públicos interessados, de fotógrafos a lojistas, o que há de melhor em termos de informação e atualização profissional", explica o diretor de atividades da PMAI/BR, Roberto Ricci, ao lembrar o importante apoio da ABIMFI (Associação Brasileira da Indústria de Material Fotográfico e de Imagem). Ainda há tempo para assistir a palestra "A loja de fotografia do século 21", com a presença do professor Glenn Omura, do M i c h i g a n S t a t e U n i v e r s ity/EUA), que será dada na quinta-feira, dia 9, às 9h. Omura é consultor de Planejamento d e M e rc a d o d a P M A , n o s EUA, e criou modelo inovador de loja de foto direcionado, sobretudo ao público feminino". Os visitantes poderão participar do Fórum IPTV sobre os recursos da internet na tevê digital, com o jornalista Ethevaldo Siqueira, Anatel, Ministério das Comunicações, Congresso Nacional e TV Globo. A Associação Brasileira para Proteção da Propriedade Intelectual dos Jornalistas (Apijor) vai debater sobre os direitos autorais.

A O QUE HÁ DE NOVO A feira estará mostrando equipamentos para diversos públicos e bolsos, todos com muitos recursos.

Canon Powershot A550 – 7.1 MPs de resolução, zoom óptico de 4x, usa duas pilhas AA e custa R$ 799.

Olympus Stylus 770 – Permite fotos debaixo d'água até 10 metros de profundidade, tem 7.1 MP de resolução e custa R$ 1.400.

Nunca se vendeu tanto

Mirage Action – Custa R$ 499, possui design de filmadora, é webcam, tocador MP3 e MP4. Oferece resolução de 5 MP.

O Multilaser CR 518 – Funciona como câmera digital de 5 MP, filmadora e webcam. Custa R$ 500.

Multilaser DC 580 – Custa R$ 799, filma, toca MP3 e é gravador de voz. A resolução é de 5 MP, com memórias internas de 32 MB.

Kodak C743 – Resolução de 7.3 MP e preço de R$ 900.

Samsung S730 – Resolução de 6 MP, zoom de 3x, preço de R$ 699.

Panasonic DMCLS70BS– Modelo tem resolução de 7.2 MP, sistema anti-trepidação e preço de R$ 699.

Finepix A800 – Custa R$ 900, oferece 8 MP, zoom óptico 3x.

Sandisk– . Cartão de memória MemoryStick Pro.

SERVIÇO 15ª PhotoImageBrazil Data: 7 a 10 de agosto. Horário: das 14h às 21h. Local: Centro de Exposições Imigrantes (Km 1,5 da rodovia) São Paulo - SP Entrada: Para profissionais e visitantes mediante convites. (Não é permitida a entrada de menores de 14 anos, mesmo que acompanhados de seus responsáveis).

Norimatsu Album Maker– Permite ao consumidor produzir o seu livro de fotos ou álbuns em apenas 15 minutos.

Noritsu, fabricante japonesa de mini laboratórios, está lançando na feira o Album Maker, equipamento para ser instalado nas lojas especializadas e que permite ao consumidor produzir o seu livro de fotos em 15 minutos. O trabalho é realizado em três etapas, com ajuste das fotos nas páginas, passagem pelo processo térmico de laminação e encadernação e recorte do álbum. Já a Digipix, pioneira no País do fotolivro, leva para a feira duas versões do software DBook, que produz os livros, para o consumidor comum e profissional. A primeira está disponível gratuitamente nas loj a s o u n o s i t e d a e m p re s a (www.fotolivro.com.br), com diagramação e montagem do livro feita pelo usuário. O PhotoFácil lança o software para produzir páginas com centenas de fotos. Funciona como tela de toque ou mouse e roda em todos os computadores de uma rede com uma única licença. Depois de pronto, o álbum pode ser impresso em qualquer minilab digital, impressora ou plotter. (A.M.G.)

Nikon S50C – Resolução de 7.2 MP e se conecta à internet sem fio (WiFi). O seu preço é de R$ 1.800.

mercado de câmeras digitais no Brasil vai de vento em popa. Segundo a IDC (International Data Corporation), as vendas saltaram de 1,5 milhão de unidades em 2005 para 2,6 milhões em 2006, com aumento de 67%, de acordo com o levantamento, realizado com grandes varejistas, lojas especializadas e pequenas lojas, excluindo vendas diretas e pela internet (80% do mercado de varejo). A taxa de domicílios que possuem máquinas digitais no País contabilizou 14,7% nesse período. O mercado brasileiro representou 37% das vendas de câmeras digitais na América Latina, que comercializou 6,7 milhões de unidades em 2006, salto acima de 55% em relação ao volume de 4,3 milhões atingidos em 2005. Para Herson Manfrinato, presidente da ABIMFI (Associação Brasileira da Indústria de Material Fotográfico e de Imagem), o mercado brasileiro está em expansão. "Cada vez mais o consumidor substitui as câmeras analógicas pelas digitais. Armazena-se muito e ainda se imprime pouco, mas isso está mudando." Para ele, o consumidor está redescobrindo o prazer de imprimir fotos digitais nas lojas, ainda não no nível que a indústria gostaria, mas aos poucos o hábito vai se instituindo novamente, com a vantagem de poder imprimir somente as fotos que escolher. "Os visitantes da PhotoImageBrazil vão para coletar informações e tomar decisões importantes quanto à sua percepção de mercado, o que o leva a decidir como, quando investir e no quê. Para os expositores, é uma oportunidade de mostrar seu portfólio de produtos e soluções, visando fazer negócios e ajudar no processo de decisão do visitante." I D C - w w w . i d c l at i n . c o m / m e t h o d o l ogy.asp?ctr=bra (A.M.G)


Empresas Nacional Agronegócio Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

FEIRA PROMOVE CONSUMO DO MEL EM SP

MEL SOFRE COM ALTOS E BAIXOS DO MERCADO EXTERNO

terça-feira, 7 de agosto de 2007 Divulgação/Joail Abreu

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Produtos das colméias, como o mel, têm grande aceitação fora do Brasil.

Paulo Pampolin/Hype

Brasil tem boa capacidade, mas não consegue desenvolver mercado interno. Divulgação

Adriana David

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Brasil deve enviar neste ano 97% de toda sua exportação de mel para os Estados Unidos. O País tem produzido por volta de 25 mil toneladas de mel por ano e exporta a maior parte disso, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e A l i m e n t a ç ã o ( FA O ) . No ano passado, entretanto, o Brasil exportou menos por causa da exigência de controle de resíduos pela União Européia, o que acabou gerando embargo. Com as restrições, as exportações para a Europa foram reduzidas de 11 mil toneladas em 2005 para 3,6 mil toneladas no ano passado, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). Para os Estados Unidos foram embarcadas 10,7 mil toneladas. A soma total no ano passado, incluindo a mercadoria vendida para os países europeus, foi de 14,3 mil toneladas de mel brasileiro exportado. O impulso da produção brasileira foi dado em 2002, quando o maior produtor mundial de mel, a China, com capacidade produtiva atual de 200 mil toneladas, teve a mercadoria embargada, pelos Estados Unidos e pelo bloco europeu, por conter resíduos de agrotóxicos e antibióticos. Com isso, aumentaram as vendas do Brasil, que na ocasião conseguia produzir 10 mil toneladas na região Sul. "Foi também o 'boom' da apicultura no Norte e Nordeste", diz o produtor Joail Rocha Abreu, há 58 anos na atividade no Brasil e nos Estados Unidos, onde chegou a ter 15 mil colméias. Abreu diz que o valor do mel no mercado externo chegou a atingir US$ 2,70 por quilo no atacado, com o dólar a R$ 3,00.

Apicultor Darcy Keller, no varejão: meta é vender de oito a dez toneladas de mel até o final do mês.

Uma festa nos varejões da Ceagesp

A

Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) realiza a Festa do Mel nos varejões das quartasfeiras, sábados e domingos do mês de agosto. O quilo do mel, que normalmente é vendido a R$ 12,00, sai por R$ 8,00 durante a promoção. Própolis, pólen e favo, provenientes de Major Gersino (SC), região de mata

atlântica, também poderão ser comprados no evento. Um dos promotores da feira é o apicultor Darcy Keller, há 15 anos permissionário do Ceagesp, processador de mel responsável pelo fornecimento do produto no local. Ele espera que durante este mês sejam vendidas de oito a dez toneladas do produto, dez vezes mais do que se vende normal-

mente nos varejões. Keller também tem intensificado a produção de pólen. Deve produzir 500 quilos neste ano ante 300 de 2007. Apesar de ser mais trabalhoso, o pólen é obtido uniformemente durante quase todo o ano, enquanto o mel é colhido por apenas 90 dias. Keller se dedica ao aumento da clientela. "Exportar? De jeito nenhum!". (AD)

Manejo precisa melhorar. E muito.

U Joail Abreu diversificou para o pólen, produto quatro vezes mais valorizado que o mel.

Em 2006, a China retornou ao mercado e colocou o preço do mel "no chão", como dizem os produtores – a US$ 1,70. Diversificação – Com grande capacidade instalada para produção, os apicultores brasileiros deveriam diversificar os negócios, sugere o produtor Joail. Ele tem hoje 300 colméias para mel em Piraí (RJ), e passou a produzir, com 200 colméias, pólen de abelha em Quissamã, próximo de Macaé, também no Estado do Rio de Janeiro. O faturamento do pólen, retirado das flores, é cerca de quatro vezes maior do que o do mel. O maior entrave para alavancar a produção de pólen é o baixo consumo no mercado interno. "Na Europa, há interessados, mas precisamos ter

DC

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mais quantidade. Além disso, os custos são altos", diz. O apicultor afirma que, se fosse começar a produzir mel hoje, iria para a região amazônica, especialmente Rondônia, Acre ou Mato Grosso, onde o ar é mais seco. Exportaria mel e pólen com a marca da selva, pois se valoriza muito tudo que é originário da região amazônica no exterior. Ele brinca que já houve venda de garrafas contendo "ar amazônico" em feira de negócios realizada nos Estados Unidos. A busca por opções na apicultura está relacionada com a atual situação da atividade mundial. "A apicultura é lucrativa, mas com a desvalorização cambial e o baixo consumo no mercado interno, tem sido pouco atrativa." Está ocorrendo uma mudança nas regiões produtoras, informa o produtor. O Estado do Piauí, com flora nativa extensa, que inclui marmeleiro, sabiá, camarantuba e anjico de bezerro, hoje é o segundo maior produtor do País. Há crescimento no Ceará, e pesquisas apontam a possibilidade de se retirar até 55 kg de mel por colméia a partir do caju e manga em Petrolina (PE). Mas os estados da região Sul, como Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que têm se dedicado a culturas com menor número de floradas, registram queda na produção. Abreu diz que a apicultura é economicamente viável somente se tiver volume. Hoje, é possível ter uma margem de lucro em torno de 30%. "Mas, para se obter essa margem, é preciso que os pequenos apicultores se associem em cooperativa para reduzir custos de processamento do mel", diz Abreu, que considera baixos os gastos necessários ao cultivo, como caixas, colméias e vestimentas de segurança. O investimento é recuperado em dois ou três anos. A cooperativa também é condição para o Banco do Nordeste financiar a atividade.

m ponto negativo da apicultura brasileira é a falta de qualidade no manejo do mel. Caso contrário, a produtividade por colméia seria maior. Esta é a opinião da pesquisadora Fábia de Mello Pereira, da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuária (Embrapa) Meio-Norte, especialista no assunto. Entre os cuidados a serem

seguidos pelo apicultor está a troca freqüente de quadros das colméias, assim como a substituição das rainhas a cada dois anos. Ela explica que, quanto mais nova a rainha, maior a produtividade. Quanto ao quadro, ao envelhecer, ele fica mais raso e cabe menos mel. Além disso, as crias ficam menores, o que influencia na capacidade de carregar peso, o

que representa menos mel na colméia. "Os apicultores brasileiros poderiam ter um retorno melhor", avalia. Em 2,4 milhões de colméias dos EUA, são produzidos 32 quilos anuais de mel por colméia. No Brasil, a média é de 29 quilos, em 836 mil colméias. Fábia diz que o melhoramento genético pode aumentar a produtividade. (AD)

Risco: as abelhas estão sumindo.

O

uso de repelentes e agrotóxicos, junto com a proliferação de fungos, está sendo apontado como a possível causa do desaparecimento de abelhas nos Estados Unidos. O "sumiço" se agravou no fim do ano passado, mas vem ocorrendo há 30 anos, geralmente no outono. A diminuição dos insetos é chamada de Doença de Outono. Segundo a pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuária (Embrapa) Meio-Norte, Fábia de Mello Pereira, as estimativas são de que 50% das colméias foram extintas. Há casos de apicultores que perderam até 90% das abelhas. Mais de 30 estados americanos apresentam o problema, que teve início quando um apicultor levou colméias do Texas para a Califórnia para polinização de frutas.

A pesquisadora explica que o sumiço é abrupto, como se as abelhas fugissem. Some a rainha, rareiam as operárias e não são vistas abelhas mortas. "As que sobrevivem não são atacadas por inimigos. A impressão que se tem é de que há algum repelente ou agrotóxico que deixa resíduos na colméia", relata Fábia. Os pesquisadores já descartaram várias hipóteses, entre elas, a de que o sumiço teria sido provocado por milho transgênico. Mas há estudos que provam que a variedade do grão não é tóxica e, além disso, ele não é plantado nas regiões onde ocorreram os desaparecimentos. Levantou-se também a possibilidade de que as ondas de celulares estariam interferindo no sistema de comunicação das abelhas. Numa outra possibilidade, um ácaro pa-

rasita de abelha também poderia ser a causa do problema, mas não foram encontrados vestígios dele. Reflexo – O sumiço das abelhas tem impacto na polinização de frutas no território norte-americano. "A polinização contribui para o aumento da produção de laranja", exemplifica a pesquisadora. Fábia acredita que o sumiço pode ter reflexo no aumento de exportação brasileira de laranja, que seria beneficiada com a redução da produção americana. Já para o apicultor Joail Abreu, o problema não deve ter impacto nos negócios brasileiros. Além disso, diz ele, o mel enviado para os Estados Unidos é um insumo, vai para a indústria alimentícia e de cosméticos e não é usado nem para polinização, nem para consumo em mesa. (AD)

Países embargam carne do Reino Unido

D

esde a confirmação do foco de febre aftosa em um rebanho bovino no sul da Inglaterra, na última sexta-feira, sete países além da União Européia (UE) já anunciaram embargo e restrições às importações de carnes e seus derivados produzidas no país. Japão, Estados Unidos, Canadá, Rússia, Coréia do Sul, Emirados Árabes e Nova Zelândia proibiram as importações de animais vivos, carne suína e produtos derivados. A doença atingiu 39 animais em uma fazenda, em Surrey, a 50 quilômetros de Londres. A Nova Zelândia adotou restrições fitossanitárias nos aeroportos internacionais que estão equipados com máquinas para detectar qualquer material orgânico na bagagem dos passageiros provenientes

do Reino Unido. No sábado, o Japão anunciou o embargo às importações de carne suína do sul da Inglaterra. O país compra apenas cinco toneladas do produto britânico, mas adotou a medida em resposta à descoberta do foco. Ainda no sábado, os Estados Unidos também proibiram as importações de todas as carnes e produtos derivados passíveis de contaminação de febre aftosa. Por conta da encefalopatia espongiforme (mal da vaca louca), as importações de carne bovina da Grã-Bretanha já estavam embargadas. O Canadá também embargou as importações de animais vivos e de derivados de todos os tipos de carne britânicos. O ministro da Agricultura canadense, Chuck Strahl, afirmou que "a proteção do rebanho canadense

e das indústrias relacionadas a esse setor é uma prioridade para nós". Como medida de precaução, o governo canadense está analisando os dados sobre as importações de animais nos últimos três meses para avaliar se há riscos para o rebanho local. Para evitar o avanço da doença, o governo britânico adotou como medida a proibição de transporte de gado, carneiros e suínos por todo o Reino Unido. "Nossa resposta foi muito mais rápida agora do que em 2001", disse David Coplow, da Associação Britânica de Veterinária. Segundo ele, naquele ano, o atraso do governo em proibir o trânsito de animais favoreceu o avanço da doença. Em 2001, foram confirmados 2.030 casos da doença em todo o país. Cerca de seis milhões de animais foram abatidos. (AE)


Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Thiago Bernardes/Luz

1 O projeto tem de ser iniciado o mais rápido possível, para não atrapalhar vendas de Natal. Roberto Mateus Ordine, vicepresidente da ACSP

Ó RBITA

RODOANEL governador José Serra autorizou a O privatização do trecho

oeste do Rodoanel. Os motoristas que trafegam nos 32 quilômetros da via vão ter de pagar pedágio. O decreto foi publicado no Diário Oficial de sábado. Será realizada concorrência pública, ainda sem data, para escolher a empresa que administrará o trecho. O governo não informou quanto irá arrecadar com a privatização e o preço do futuro pedágio. (Agências)

FUVEST

C

omeçou ontem a venda do manual do candidato para a Fuvest 2008, o maior vestibular do País. O manual custa R$ 9 e é vendido em agências do SantanderBanespa. O valor da taxa de inscrição é R$ 100 e pode ser paga em qualquer agência bancária. A venda do manual vai até 12 de setembro. O vestibular para 2008 oferece 10.552 vagas, divididas na USP, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa e para a Academia de Polícia Militar do Barro Branco. (Agências)

ARMAS elo menos uma P dezena de pistolas calibre ponto 40

pertencentes a policiais militares amazonenses que atuaram junto à Força Nacional, na segurança dos Jogos Pan-Americanos, sumiram de um vôo da TAM, na madrugada da última sexta-feira, quando os soldados retornavam do Rio de Janeiro para Manaus. Dois vôos da TAM transportaram os policiais militares ao Amazonas. Um vôo tinha vinte e nove PMs e outro, 11. (Agências)

SAÚDE té sexta-feira, A homens com mais de 40 anos poderão fazer

check-ups, gratuitamente, no Hospital do Ipiranga, na avenida Nazaré. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, o objetivo é prevenir, diagnosticar e tratar doenças, como câncer de próstata, varizes, diabetes e hipertensão. O atendimento é das 8h às 17h. Não é necessário agendamento prévio. Casos graves serão acompanhados para atendimento especializado. (Agências)

Enquanto o projeto das ruas-modelo não tem início, a rua Teodoro Sampaio apresenta dois cenários: fachadas já adaptadas à lei Cidade Limpa (esq.) e outras deterioradas

Comércio quer reformas até o Natal Lojistas da Teodoro Sampaio querem que projeto das ruas-modelo comece o mais rápido possível, antes das vendas natalinas Rejane Tamoto

O

s estudos para transformar a rua Teodoro Sampaio em um modelo de adequação à lei Cidade Limpa avançaram, pelo menos no papel. Segundo a diretora de Meio Ambiente e Paisagem Urbana da Emurb, Regina Monteiro, ainda falta fazer o levantamento da situação dos imóveis que estão em duas quadras da Teodoro Sampaio. "Fizemos todas as vistorias, sabemos quais imóveis são regulares ou irregulares e quais estão pichados. Estamos fazendo o levantamento fotográfico da rua. Em seguida, nos reuniremos com os comerciantes e eles decidirão se aderem ou não às nossas sugestões de adaptação de fachadas", disse. O projeto que institui as ruas-modelo será aplicado, posteriormente, em cerca de 50 vias, de 31 subprefeituras, conforme parceria entre a Prefeitura e a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), firmada há cerca de um mês. "O projeto tem de ser iniciado o mais rápido possível, para não atrapalhar o comércio nas vendas de Natal. E pode começar pela reforma de calçadas, que faz parte da parceria de ruas comerciais, feita com a subprefeitura de Pinheiros", afirmou o vicepresidente da ACSP e coordenador das Sedes Distritais, Roberto Mateus Ordine. Calçadas – A Subprefeitura de Pinheiros informou, em nota, que já comprou o piso de bloco intertravado e deu início à licitação para as obras de revitalização das calçadas da rua Teodoro Sampaio, no trecho compreendido entre a rua Henrique Schaumann e o Largo da Batata. O início das obras, no entanto, depende da conclusão do processo de licitação, previsto para até o final desse mês. A subprefeitura de Pinheiros assumirá as obras das calçadas e o comércio da região, em contrapartida, arcará com a inserção de mobiliário urbano, paisagismo e com a melhoria das fachadas, previstas na lei Cidade Limpa. As calçadas são uma reivindicação antiga dos comerciantes da Teodoro. Um acordo, feito em 2006, entre a subprefeitura e a Distrital Pinheiros da ACSP será cancelado porque a empreiteira que havia se comprometido a executar as obras, que seriam custeadas pelos comerciantes, desistiu de cumprir as cláusulas e cancelou o contrato. "Quando o subprefeito de Pi-

Sílvia Ogusuka: espera reforma das calçadas até dezembro

Todeschini: exemplo de antecipação às definições da Prefeitura

nheiros decidiu assumir a troca das calçadas, solicitamos a ampliação do trecho para as reformas", afirmou o diretor-superintendente da Distrital Pinheiros da ACSP, Roberto Frias. A comerciante da Local Video, Silvia Regina Antunes Ogusuka, disse que os engenheiros e técnicos da subprefeitura de Pinheiros visitaram o trecho entre os números 567 e 473 da rua Teodoro Sampaio por duas vezes, para realizar medições, fotos e levantamentos dos estabelecimentos. "Mas não me informaram uma data para o início das obras nas calçadas. Só

esperamos que elas ocorram até dezembro", disse. Enquanto o projeto da Prefeitura não começa, algumas lojas, como a de projetos de cozinhas Todeschini, estão arcando com os custos de adaptação à lei Cidade Limpa, com a esperança de buscar uma compensação IPTU, prometida pelo prefeito para 2008. Modelo - De acordo com Regina Monteiro, da Emurb, a reforma das calçadas da Teodoro Sampaio deve começar junto com a das fachadas do comércio. A diretora da Emurb disse, no entanto, que o prazo de iní-

Wagner de Jesus: fachada da loja terá apenas pintura e placa

cio das obras dependerá da adesão dos comerciantes. "A Emurb não vai atrasar e não fará interferências que atrapalhem o lojista. As sugestões para as fachadas serão simples e podem ser executadas em um fim de semana, como por exemplo a pintura dos imóveis e inserção de uma placa de madeira", afirmou. Regina disse que as idéias a serem apresentadas aos comerciantes serão de baixo custo, proposta que se encaixa na realidade em muitos dos estabelecimentos que estão com a fachada deteriorada, principalmente no trecho

entre os números 2554 e 2442 da Teodoro Sampaio. Caso da loja de roupas Torra Torra que, segundo o gerente Wagner Bezerra de Jesus, deve receber apenas pintura e uma placa. Segundo Regina, em alguns casos, os comerciantes poderão contar com patrocínio de empresas de tintas e de toldos, que ainda estão em negociação. Para agilizar o trabalho, a diretora da Emurb se reunirá com representantes da Faculdade de Belas Artes para negociar a participação voluntária de 155 estudantes no projeto de ruas-modelo.


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Ambiente Educação Av i a ç ã o Saúde

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 7 de agosto de 2007 Marcelo Soares/Hype

MORADORES COMEÇAM A VOLTAR PARA CASA

Moradores de Pinheiros continuam morando em hotéis, por causa da cratera do metrô.

Marcelo Soares/Hype

Ônibus extras põem segurança em xeque Motoristas de ônibus afirmam fazer longas jornadas extras. Empresas negam.

a maior

Fotos de Milton Mansilha/Luz - 23/07/2007

tragédia Flávia Gianini

Casal Alex Azevedo e Adriana com o filho Victor, que moram em hotel há sete meses: acampamento de luxo

a maior

tragédia Defesa Civil libera casas interditadas Após morarem em hotéis, moradores começam a voltar para casa após a tragédia do Airbus A320.

A

Kelly Ferreira *

Defesa Civil começou ontem a liberar os imóveis próximos ao Aeroporto de Congonhas e que haviam sido interditados por causa do acidente com o Airbus A320 da TAM, no dia 17 de julho. Até as 15h30, seis dos 22 imóveis interditados foram liberados, nas ruas Baronesa de Bela Vista e Otávio Tarquínio de Souza. Segundo a Defesa Civil, os demais imóveis seriam liberados ao longo do dia, após inspeções realizadas junto com a subprefeitura de Santo Amaro. Até ontem, os moradores estavam com suas vidas transformadas ao serem obrigadas a abandonar as pressas suas casas e morar em hotéis. É o caso da cantora sertaneja Janice San. Após a tragédia da TAM, ela e sua filha, Priscila, de 17 anos, tiveram de deixar a casa as pressas. A sua vizinha, Vera Lúcia Rodrigues, também está hospedada no mesmo hotel. A outra vizinha, Ida Esteves, preferiu se hospedar na casa da filha. O mesmo aconteceu com o casal Alex e Adriana Azevedo. Só que por um período bem maior. Eles e o filho Victor, de 12 anos, moram há quase sete meses no quarto 601 do hotel Golden Tower. São vítimas da crate-

Luiz Prado/Luz

dias, dar uma olhada e pegar algumas coisas. É difícil ficar longe de casa, mas é melhor ficar no hotel do que ficar vendo o local da tragédia direto. Sem contar a mordomia", disse. Metrô - A vida da restauradora Adriana e do protético Alex Azevedo também mudou repentinamente. No dia 12 de janeiro deste ano, após a abertura de uma cratera na obra da estação Pinheiros do Metrô, eles tiveram de deixar o seu apartamento rumo a um quarto de hotel. Era um período provisório, de Janice San: vida ficou 'de pernas para o ar' uma semana no máximo. Mas já se passaram ra que se abriu nas obras da es- quase sete meses. "Achamos tação Pinheiros do metrô, no dia que iríamos ficar uns três dias, 12 de janeiro, e que, como no ca- por isso trouxemos poucas so da TAM, tiveram de fazer de roupas. Mas o tempo foi passando e continuamos sem resum quarto de hotel a sua casa. "Estou totalmente perdida. posta de como fica a nossa siMinha vida está de pernas pa- tuação", disse Adriana. "Estamos em um acampara o ar. Nem trabalhar eu posso, não consigo mais cantar. mento de luxo. Hotel pra mim Tomo calmantes o dia inteiro. é para passar alguns dias, não Minha vida está parada. Tudo meses", contou Adriana. O o que preciso para trabalhar, marido vai além. "Estamos em roupas, acessórios, estão na ca- um presídio de luxo. Não tesa. Não posso nem viajar para nho nem mais endereço pródivulgar o meu CD. Como vou prio", disse Alex. Para o psicólogo e professor sem saber que a situação está da PUC, Antonio Carlos Amanormalizada?", disse Janice. A tragédia foi vista da sacada dor Pereira, essa situação é comda casa de Janice, onde estavam preensível. Mudar repentinaela, a filha e sua produtora. As mente de residência causa um chamas do incêndio causadas estresse muito forte, ainda mais pelo acidente do Airbus ainda nessa situação, onde as pessoas estão na lembrança. "Minha fi- saíram por conseqüências de lha não pode ouvir barulho de tragédias, e vivem na incerteza avião que logo começa a gritar: de quando irão retomar suas vivai cair, vai cair mamãe. Não sei das ou até mesmo se serão indeo que é pior, ficar lá e lembrar da nizados, disse ele. "Essas pessoas estão impotragédia ou ficar aqui sem saber quando poderei retomar a mi- tentes e têm de aceitar o que lhe nha vida. Quero voltar para ca- são oferecidos. Ficar no hotel é bom, quando se está viajando. sa", disse Janice. A aposentada Vera Lúcia A adaptação a um lugar difeRodrigues ocupou o quarto rente é fácil porque a pessoa sa802 do hotel Quality Congo- be que vai voltar para casa. nhas, próximo à sua residên- Quando isso não acontece, se cia. "O meu dia-a-dia está nor- perde o chão, a referência", exmal. Vou à minha casa todos os plicou o psicólogo. (Com AE)

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certeza de chegar ao destino no horário certo parece ser determinante para trocar o avião pelo ônibus. Além do caos aéreo, longas jornadas ao volante desanimam os que viajam a trabalho. Assim, os ônibus parecem ser a opção mais segura. Será? A resposta é não é tão afirmativa, segundo os próprios motoristas de ônibus. O motivo seriam as longas jornadas de trabalho após o apagão aéreo, que chegam a 14 horas por dia, redução no período de folga e a situação das estradas, segundo explicam os motoristas, que pediram para não ser identificados por medo de retaliações das empresas. O aumento na procura por passagens rodoviárias gerou uma corrida das empresas para a colocação de veículos extras. Foram 45 ônibus mais de São Paulo para o Rio de Janeiro nas últimas semanas, além dos 80 carros diários. O motorista é o mais prejudicado com o aumento no número de viagens. "Para atender a demanda estamos sendo obrigados a ir e voltar do Rio de Janeiro, Curitiba e Belo Horizonte no mesmo dia", revelou um funcionário da Viação Cometa. Ir e voltar a capital mineira significa cerca de 15 horas ao volante. As reclamações sobre o aumento da jornada de trabalho são compartilhadas por motoristas da Itapemirim, Viação 1001 e Gontijo. Juntas, as empresas são responsáveis por 80% das linhas entre as capitais do Sudeste. A Itapemirim confirma o aumento de 35% na venda de passagens, mas explicou que o crescimento acontece na ocupação de lugares. Em média, cada ônibus deixava a rodoviária do Tietê com 27 lugares ocupados. Hoje, o número chega a 42 passageiros. A empresa garante não sacrificar a segurança dos passageiros e aumentou em 5% o número de carros extras. "Um motorista roda no máximo oito horas e pára por 11 horas. Isso é tempo suficiente para descansar", afirmou o gerente de vendas da Itapemirim, Emílio Martins. O presidente do Sindirodoviários, Edson Bastos, contes-

Embarque no Terminal do Tietê: motoristas reclamam de longas jornadas

Para atender demanda de passageiros do apagão aéreo, ônibus extras

tou a afirmação e disse que os motoristas passam de 20 a 30 dias longe da família. "Nosso trabalho não é valorizado. Somos responsáveis pela vida de 40 pessoas no ônibus, dirigindo por estradas em péssimas condições", afirmou. O gerente comercial da Viação 1001, cujo grupo também é composto pela Viação Cometa, Carlos Lacerda, afirmou que a carga horária dos motoristas depende da época do ano e o número de viagens diárias depende do trecho. Segundo Lacerda, o motorista que viaja de São Paulo para o Rio gasta cerca de

5h40 minutos (a empresa informa 7h para os passageiros). Chegando ao Rio, o motorista tem refeitório e alojamento, para descansar 11 horas. "Se ele sai de São Paulo às 6h21, chega no Rio 12h. O motorista volta dirigindo o ônibus das 24h", disse. Mas o gerente afirmou que isso acontece quando o quadro de funcionários está completo. Hoje, são 105 motoristas para 68 viagens diárias. Procurada pela reportagem, a viação Gontijo não se manifestou. Mais sobre aviação na página 4 e em Política (páginas 3 e 4)


terça-feira, 7 de agosto de 2007

Saúde Ciência Transpor te Educação

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3 Sistema de participação dos lucros da empresa aos empregados não será alterado pelo Metrô.

GRUPO VAI OPERAR TRENS EM GREVES

Fotos: Vinícius Pereira/AOG

Paralisação fechou estações de metrô durante dois dias: concurso para contratar 40 novos operadores de trem

Metrô: 61 demitidos Governo reagiu à greve da semana passada e reforçou plano de emergência

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Metrô anunciou ontem 61 demissões e reforço do plano de emergência para operação dos trens em situações de crise ou emergência. Segundo nota divulgada ontem à noite pela diretoria da companhia, as medidas foram tomadas após avaliação da greve realizada pelo Sindicato dos Metroviários na quarta e na quinta-feira passadas. A greve foi considerada abusiva pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo. Segundo a nota, serão demitidos 61 empregados que tiveram desempenho abaixo dos “padrões desejados pelo Metrô” em avaliações realizadas

até o mês de julho. A companhia também confirmou a contratação de 100 empregados, através de concurso público, para ocupar 60 vagas na supervisão de tráfego e 40 na operação das composições. Além disso, serão treinados 30 bombeiros e “mais de 300 supervisores de estação” para operação do Metrô em situações de crise ou emergência. Em relação ao pagamento da participação dos lucros e resultados da empresa para os empregados, motivo alegado para a paralisação, o Metrô informou que será mantido o pagamento a todos os empregados da companhia, nos mesmos parâmetros estabelecidos an-

tes da greve. Ou seja, o resultado da reivindicação foi nulo. Para evitar problemas para a população durante paralisações, o Metrô também anunciou, como medida do pacote de situações de crise, formar um grupo de trabalho, nos moldes da Defesa Civil, para potencializar todos os recursos da Secretaria de Transportes Metropolitanos, EMTU, CPTM e Metrô para operar os sistemas de transportes. A greve durou dois dias e prejudicou 3 milhões de passageiros. Durante a paralisação, o governo acionou um esquema de emergência para manter em operação parcial duas linhas: 1 e 2 (Azul e Verde). (Agências)


Transpor te Saúde Av i a ç ã o Ciência

DIÁRIO DO COMÉRCIO

REFORMA EM CUMBICA COMEÇA EM MARÇO

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Marcelo Soares/Hype

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Com sua vida útil saturada há 5 anos, a pista de 3.700 metros tem fissuras e buracos .

Marcelo Soares/Hype - 23/07/2007

A pista de 3,7 quilômetros do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Cumbica, Guarulhos, passará por reformas de caráter definitivo, segundo nota do Ministério da Defesa. Obras começam em março de 2008.

Obras em Cumbica serão definitivas

Marcos Peron/Virtual Photo - 26/07/2007

Justiça manda prender dono da boate Bahamas

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Governo descarta obra emergencial. Vôos serão desviados para Viracopos.

a maior

Luiz Carlos Murauskas/Folha Imagem

tragédia

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partir de março de 2008, uma das pistas do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, será fechada para reformas de seu trecho central. O anúncio foi feito ontem pelo Ministério da Defesa, por meio de nota do ministro Nelson Jobim. A reforma de Cumbica não mais terá caráter emergencial, como chegou a ser cogitado pelo ministro Jobim. Desde segunda-feira passada, a Infraero vem procedendo o "desemborrachamento" da pista de 3,7 km de modo a retirar do piso o excesso de borracha dos pneus das aeronaves e, assim, melhorar o atrito. Com sua vida útil saturada há 5 anos, a pista de 3.700 metros tem fissuras e buracos de até oito centímetros de comprimento. A obra estava inicialmente marcada para começar no dia 23 de julho, mas, por causa do acidente com o Airbus da TAM em Congonhas, foi cancelada. Antes da reforma, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) deve fazer uma audiência pública com todas as partes afetadas, inclusive com os moradores da região do aeroporto. Viracopos – Enquanto durarem as obras, os vôos de Cumbica serão transferidos para o Aeroporto Internacional de Viracopos, localizado em Campinas, a cerca de 100 quilômetros da Capital, que receberá ampliações. Ainda não está definido o tempo que a pista fi-

Jatinhos continuarão em Congonhas, que passa por reformas

cará fechada nem quando as obras vão começar. De qualquer forma, sabe-se que a reforma desse trecho central será, na verdade, a terceira e última etapa da reforma. De acordo com o Ministério da Defesa, na primeira etapa das obras será reformado um terço da pista em uma das cabeceiras. A parte restante ficará liberada para pousos e decolagens. Quando for concluída essa fase, o trecho será reaberto e as reformas passarão a ser feitas na outra cabeceira. Segundo as previsões, tanto na primeira como na segunda etapa da obra, o fechamento da pista está descartado. A partir de março, de acordo com as primeiras previsões, a obra será finalizada com a reforma do

trecho central. O cronograma final da obra depende de estudos conclusivos da Infraero. Memorial – A Prefeitura de São Paulo desapropriará quatro imóveis para construção de uma praça em homenagem às vítimas do acidente com o Airbus A320 da TAM. Na tragédia, ocorrida em 17 de julho, morreram 199 pessoas. Ontem, o prefeito Gilberto Kassab assinou o decreto que torna de utilidade pública a área do prédio da TAM Express, implodido domingo. O prédio foi doado pela empresa à Prefeitura. Além da área do imóvel da TAM, a praça englobará o terreno de três casas e do posto de gasolina próximos ao local do acidente. A praça, cujo projeto deverá ser apresen-

Durante a reforma, vôos de Cumbica serão desviados para Viracopos

tado em 30 dias, vai ocupar uma área estimada em 7,8 mil metros quadrados. Kassab voltou a defender a necessidade de construção de uma área de escape em Congonhas, mas nada adiantou em relação a prováveis desapropriações. Jatinhos – A aviação geral, que compreende os jatinhos particulares e as empresas de táxi-aéreo, vai continuar a operar no Aeroporto de Congonhas. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, recuou da idéia de transferir a aviação geral para o Campo de Marte, na zona norte de São Paulo, e Jundiaí, no interior. A saída dos jatinhos particulares e das empresas de táxi-aéreo fazia parte das mudanças anunciadas pelo Conselho Nacional de Aviação Civil (Conac) para re-

duzir o tráfego aéreo em Congonhas, logo após a tragédia com o avião da TAM. Jobim decidiu manter a operação da aviação geral no aeroporto, reduzindo-a para três slots ("vagas" para pousos ou decolagens) por hora. Antes da decisão do Conac, o setor operava seis slots/hora. Jobim disse a assessores que reconsiderou a decisão porque reconheceu que não há como desperdiçar a imensa infra-estrutura montada em Congonhas. O ministro lembrou ainda que, com a redução da operação do aeroporto, com o fim das conexões e escalas das grandes companhias aéreas, não haveria problemas em manter uma janela para a aviação geral. (Agências)

Justiça decretou ontem a prisão preventiva do empresário Oscar Maroni, dono da boate Bahamas e do Oscar’s Hotel, cujo prédio foi construído a 600 metros da cabeceira da pista do Aeroporto de Congonhas. Maroni é acusado pelo Ministério Público Estadual (MPE) de formação de quadrilha, tráfico de mulheres, exploração de prostíbulo e favorecimento à prostituição. A denúncia feita pelo promotor José Carlos Blat foi aceita pelo juiz Edson Aparecido Brandão, da 5ª Vara Criminal de São Paulo. A investigação começou em 2004, quando foram apreendidos na boate documentos contendo nomes e telefones pessoais de funcionários da Prefeitura de São Paulo (são citados Contru, Secretaria da Habitação e Administração Regional), policiais e de militares da Aeronáutica. "Eles podem evidenciar a facilitação para obtenção de benefícios visando o funcionamento sem qualquer interferência das autoridades públicas do prostíbulo, além da eventual facilitação na obtenção de documentos para a edificação e futuro funcionamento de hotel", informa a denúncia. (Agências)


terça-feira, 7 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

INFORMÁTICA - 5


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

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Banco Bradesco S.A. Companhia Aberta

CNPJ 60.746.948/0001-12 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP

Relatório da Administração Senhores Acionistas, Submetemos à apreciação de V.Sas. as Demonstrações Financeiras do 1o semestre de 2007, do Banco Bradesco S.A., bem como as consolidadas, na forma da Legislação Societária. A economia brasileira exibe inequívocos sinais de retomada do crescimento. O estímulo às famílias e empresas para tomar riscos aumenta na medida em que a taxa básica de juros vem sendo reduzida, ininterruptamente, desde setembro de 2005. A inflação segue com boa ancoragem de expectativas, abaixo da meta do governo. O investimento privado responde à maior previsibilidade e à dinâmica bastante favorável do mercado doméstico de consumo, abrindo expectativas para o aumento do volume de crédito. A avaliação positiva dos mercados em relação aos fundamentos da economia brasileira faz o risco-Brasil convergir para o observado em países já classificados como grau de investimento, gerando boas perspectivas para investimentos estrangeiros diretos. Na Organização Bradesco, entre os acontecimentos que marcaram o período, destacam-se: •

em 23 de janeiro, a assinatura do compromisso de transferência, para o Bradesco, do controle acionário do Banco BMC S.A. e suas controladas. O BMC é um dos maiores bancos privados em crédito consignado. A operação reafirma os objetivos do Bradesco de fortalecer a sua presença e atuação no mercado de crédito ao consumidor do País. O processo de aquisição, já autorizado pelo Banco Central do Brasil, em sessão de 1.8.2007, será homologado em Assembléias Gerais Extraordinárias dos acionistas das sociedades;

em 29 de março, início do Compartilhamento de Terminais Externos de AutoAtendimento entre o Bradesco e o Banco do Brasil, visando a favorecer capilaridade e eficiência na prestação de serviços. Com a finalização do projeto, a Rede Compartilhada contará com, aproximadamente, 8.200 pontos externos de atendimento;

em 27 de abril, a Moody’s Investors Service alterou o Rating de Força Financeira de Bancos (BFSR) do Bradesco de C- para B-. Esse rating é o maior atribuído nessa categoria a Bancos brasileiros; e

parcerias firmadas no segmento de Cartão de Crédito: com a empresa O Boticário, que atua no ramo de cosmética, composta por mais de 2.400 lojas em todo o País e no Exterior, para o lançamento do Cartão de Crédito O Boticário Visa; e com a Drogasil, rede de farmácias e drogarias, com mais de 180 lojas distribuídas em vários Estados brasileiros, com o objetivo de emitir e administrar Cartões de Crédito Drogasil Visa.

1.

Resultado no Período O Bradesco, no 1o semestre de 2007, registrou Lucro Líquido de R$ 4,007 bilhões, correspondente a R$ 2,00 por ação e rentabilidade anualizada de 36,32%(*) sobre o Patrimônio Líquido médio. O retorno anualizado sobre os Ativos Totais foi de 2,78%, comparado a 2,71% do mesmo período do ano anterior. No período, os impostos e contribuições, inclusive previdenciárias, pagos ou provisionados, decorrentes das principais atividades desenvolvidas pela Organização Bradesco, somaram R$ 3,607 bilhões, equivalentes a 90% do Lucro Líquido. A melhora do Índice de Eficiência Operacional - IEO, acumulado por 12 meses, de 43,24%, em 30 de junho/2006, para 41,95%, em 30 de junho/2007, reflete o rígido controle das despesas administrativas e o esforço permanente para o aumento das receitas. Os Juros sobre o Capital Próprio e Dividendos, mensais e intermediários, pagos e os provisionados aos acionistas somaram R$ 1,397 bilhão. Assim, para cada ação, foram atribuídos R$ 0,731673 (R$ 0,647204 líquido de IR Fonte), que incluem o adicional de 10%, para as ações preferenciais, e R$ 0,665157 (R$ 0,588367 líquido de IR Fonte) para as ações ordinárias.

2.

Capital e Reservas Ao findar o semestre, o Capital Social realizado era de R$ 18 bilhões. Somado às Reservas Patrimoniais de R$ 10,231 bilhões, compôs o Patrimônio Líquido de R$ 27,515 bilhões, com evolução de 28,21% sobre igual período do ano anterior, correspondendo ao valor patrimonial de R$ 13,75 por ação. O Patrimônio Líquido Administrado representa 9,49% dos Ativos consolidados, que somaram R$ 290,568 bilhões, 24,74% de crescimento sobre junho/2006. Os índices de solvabilidade, com isso, alcançaram 18,17% no consolidado financeiro e 16,11% no consolidado econômico-financeiro, superiores, portanto, ao mínimo de 11% estabelecido pela Resolução no 2.099, de 17.8.1994, do Conselho Monetário Nacional, em conformidade com o Comitê de Basiléia. No encerramento do semestre, o índice de imobilização, em relação ao Patrimônio de Referência Consolidado, registrou 47,43% no consolidado financeiro e 8,49% no consolidado econômico-financeiro, enquadrado assim no limite máximo de 50%. Em atenção ao disposto no Artigo 8o da Circular no 3.068, de 8.11.2001, do Banco Central do Brasil, o Bradesco declara possuir capacidade financeira e intenção de manter até o vencimento os títulos classificados na categoria “títulos mantidos até o vencimento”. 3.

Captação e Administração de Recursos Com evolução de 22,69% sobre igual período do ano anterior, os recursos captados e administrados pela Organização Bradesco, em 30 de junho, correspondiam a R$ 421,602 bilhões, a saber: •

R$ 136,357 bilhões em Depósitos à Vista, a Prazo, Interfinanceiros, Outros Depósitos, Mercado Aberto e Cadernetas de Poupança;

R$ 161,281 bilhões em recursos administrados, compreendendo Fundos de Investimento, Carteiras Administradas e Cotas de Fundos de Terceiros, crescimento de 17,17% em relação ao mesmo período do ano anterior;

R$ 65,205 bilhões registrados na Carteira de Câmbio, Obrigações por Empréstimos e Repasses, Capital de Giro Próprio, Cobrança e Arrecadação de Tributos e Assemelhados, Recursos de Emissão de Títulos, Dívida Subordinada no País e Demais Captações;

R$ 52,900 bilhões registrados em Provisões Técnicas de Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização, com evolução de 20,37% em relação ao mesmo período do ano anterior;

R$ 5,859 bilhões em Recursos Externos, por meio de emissões públicas e privadas, Dívida Subordinada e Securitização de Fluxos Financeiros Futuros, representando US$ 3,042 bilhões.

4.

Operações de Crédito O saldo das operações de crédito consolidadas, ao final do semestre, somou R$ 108,191 bilhões, evoluindo 22,05% em relação a junho/2006, incluindo-se nesse montante: • R$ 6,128 bilhões em Adiantamentos sobre Contratos de Câmbio, para uma Carteira total de US$ 7,622 bilhões de Financiamento à Exportação; • US$ 1,117 bilhão de operações em Financiamento de Importação em Moedas Estrangeiras; • R$ 4,848 bilhões em Arrendamento Mercantil; • R$ 7,903 bilhões em negócios na Área Rural; • R$ 40,065 bilhões em Financiamento do Consumo; • R$ 11,129 bilhões referentes às operações de repasses de recursos externos e internos, originários principalmente do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. No segmento de Crédito Imobiliário, a Organização destinou, no semestre, recursos à construção e aquisição de casa própria no montante de R$ 1,541 bilhão, compreendendo a 13.121 imóveis. O saldo consolidado de provisão para créditos de liquidação duvidosa atingiu R$ 7,033 bilhões, equivalente a 6,50% do volume total das operações de crédito, com R$ 1,110 bilhão de provisão excedente em relação ao mínimo requerido pelo Banco Central. 5.

Operações de Mercado de Capitais O Bradesco, por meio do Banco Bradesco BBI S.A., em apoio à capitalização de empresas, intermediou operações primárias e secundárias de ações, debêntures e notas promissórias, além de operações de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios, que somaram, no período, R$ 12,635 bilhões, correspondendo a 31,40% do volume total destas emissões registradas na CVM - Comissão de Valores Mobiliários. Destacou-se ainda em Fusões e Aquisições, Financiamentos de Projetos, Operações Estruturadas e Tesouraria, cuidando dos negócios de estruturação, originação, distribuição e administração de ativos, fluxos e estoques financeiros de clientes. (*)

Não considera o efeito da marcação dos Títulos Disponíveis para venda registrado no Patrimônio Líquido.

6.

Rede de Atendimento Bradesco A Rede da Organização Bradesco, mantida à disposição dos clientes e usuários, ao final do semestre, compunha-se de 24.055 pontos de atendimento, dotada paralelamente de 24.498 máquinas da Rede de Auto-Atendimento Bradesco Dia&Noite, 23.706 delas funcionando inclusive nos finais de semana e feriados. Além disso, mais 3.504 máquinas do Banco24Horas, disponíveis aos Clientes Bradesco para operações de saque, emissão de extratos e consulta de saldos. 3.031 Agências no País (3.029 do Bradesco, 1 do Bradesco BBI e 1 do Banco Finasa); 3 Agências no Exterior, sendo 1 em Nova York, 1 em Grand Cayman e 1 em Nassau, nas Bahamas (Boavista); 5 Subsidiárias no Exterior (Banco Bradesco Argentina S.A., em Buenos Aires, Banco Bradesco Luxembourg S.A., em Luxemburgo, Bradesco Securities, Inc., em Nova York, Bradesco Services Co., Ltd., em Tóquio e Cidade Capital Markets Ltd., em Grand Cayman); 5.709 Agências do Banco Postal; 9.699 Pontos Bradesco Expresso; 2.645 Postos e Pontos de Atendimento Bancário em Empresas; 2.571 Pontos Externos da Rede de Auto-Atendimento Bradesco Dia& Noite; 392 Filiais da Finasa Promotora de Vendas, empresa com presença em 18.455 pontos de revenda de veículos e 21.616 lojas que comercializam móveis e decoração, autopeças, programas e equipamentos de informática, material de construção, pneus, turismo, telefonia, entre outros. 7.

Grupo Bradesco de Seguros e Previdência Com marcante atuação nas áreas de Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização, o Grupo Bradesco de Seguros e Previdência apresentou em 30 de junho Lucro Líquido de R$ 1,225 bilhão e Patrimônio Líquido de R$ 8,449 bilhões. Os prêmios emitidos líquidos registraram R$ 9,871 bilhões, evolução de 15,28% em relação a igual período do ano anterior. 8.

Governança Corporativa A Organização Bradesco, por meio da adoção das melhores práticas de Governança Corporativa, busca aprimorar seu relacionamento com acionistas e demais partes interessadas (stakeholders), bem como fortalecer seu desempenho em todos os segmentos de atuação. Muitas têm sido as iniciativas até aqui adotadas, entre elas: pagamento mensal de dividendos e/ou juros sobre o capital próprio; adesão ao Nível 1 de Governança Corporativa da Bovespa; tag along de 100% para as ações ordinárias e de 80% para as preferenciais; Código de Ética Corporativo; Códigos de Ética Setoriais para as Áreas de Administração Contábil e Financeira e para as Unidades Envolvidas na Administração e Gestão de Recursos de Terceiros e na Prestação de Serviços de Custódia e de Controladoria; instituição dos Comitês Estatutários de Auditoria, Conduta Ética, Controles Internos e Compliance e de Remuneração, bem como dos Comitês Executivos de Governança Corporativa, Divulgação, Responsabilidade Socioambiental, de Avaliação de Despesas, entre outros; transparência na divulgação de informações ao mercado em três idiomas (português, inglês e espanhol); presença de 2 membros independentes no Conselho de Administração; por ter ações negociadas em bolsas de valores no Exterior, produz as suas demonstrações financeiras também em US GAAP, práticas contábeis norte-americanas; e definição precisa de atribuições de cada Órgão da Administração. No intuito de reafirmar o compromisso permanente de fortalecer a Organização e, conseqüentemente, contribuir para a sua perenidade, foi instituída, pelo Conselho de Administração, a Política de Governança Corporativa da Organização Bradesco. Foram instituídas, ainda, as Políticas de Divulgação de Ato ou Fato Relevante e de Negociação de Valores Mobiliários, de Controles Internos e Compliance , Corporativa de Responsabilidade Socioambiental, de Gerenciamento dos Recursos Humanos, de Segurança da Informação e de Gestão de Risco Operacional. Em março de 2007, foi criada a Área de Governança de TI, com a finalidade de harmonizar os processos de Gestão de TI, na direção do atendimento às metas e reais necessidades de negócios decorrentes das decisões estratégicas. O Banco possui o rating específico de Governança Corporativa com classificação AA (Ótimas Práticas), o que evidencia o compromisso da Organização com seus acionistas, clientes, investidores, colaboradores e com o público em geral, realçando os aspectos diferenciais de solidez, transparência, liquidez e responsabilidade socioambiental. No período, cabe registrar que a Organização Bradesco, em consonância com o teor da Instrução no 381, da Comissão de Valores Mobiliários, não contratou e nem teve serviços prestados pela PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes não relacionados à auditoria externa em patamares superiores a 5% do total dos custos desta. A política adotada atende aos princípios que preservam a independência do Auditor, de acordo com critérios internacionalmente aceitos, quais sejam: o auditor não deve auditar o seu próprio trabalho, nem exercer funções gerenciais no seu cliente ou promover os interesses deste. Na Assembléia Geral Ordinária realizada em 12 de março, deliberou-se pela manutenção do Conselho Fiscal, composto por 3 membros efetivos e 3 suplentes, com mandato até 2008, sendo 1 membro efetivo e seu suplente escolhidos dentre os detentores de ações preferenciais. 8.1. Controles Internos e Compliance O Sistema de Controles Internos e Compliance adotado pela Organização Bradesco constitui importante instrumento de gerenciamento de riscos e Governança Corporativa. No sentido amplo, é um processo estruturado que abrange o Conselho de Administração, os Comitês que o assessoram, as Diretorias, as Gerências e todos os colaboradores da Organização, com o propósito de permitir condução mais segura, adequada e eficiente dos negócios e em linha com a regulamentação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. A Organização reavalia, continuamente, os fluxos de seus processos e sistemas e, ao mesmo tempo, tem aplicado regularmente os testes de aderência para aferir a efetividade dos controles existentes, com pleno envolvimento das Áreas, dos Comitês de Controles Internos e Compliance e de Auditoria, com reportes pontuais ao Conselho de Administração. O trabalho está estruturado com base nos principais frameworks de controles, como o COSO - Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission e o COBIT - Control Objectives for Information and Related Technology, que abrangem aspectos de Negócio e de Tecnologia, respectivamente, assim como contempla requerimentos estabelecidos pelo PCAOB - Public Company Accounting Oversight Board e cumpre integralmente os requerimentos da Lei Sarbanes-Oxley. O Bradesco, por possuir ADRs - American Depositary Receipts negociados na Bolsa de Nova York e enquadrar-se na categoria de emissor estrangeiro, protocolou na Securities and Exchange Commission - SEC, em junho do corrente ano, o formulário denominado 20-F, que tem como uma de suas finalidades registrar a certificação e a eficácia dos controles internos adotados pela Organização e assegurar a veracidade das informações contábeis, econômicas e financeiras, referentes ao exercício fiscal do ano anterior, em atendimento aos requerimentos da Seção 404 da Lei americana Sarbanes-Oxley. As certificações foram emitidas pela PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes e pelos Chief Executive Officer - CEO e Chief Financial Officer - CFO do Banco, concluindo que os controles internos da Organização Bradesco sobre o relatório financeiro eram efetivos em 31 de dezembro de 2006. Prevenção à “Lavagem” de Dinheiro O Banco conta com programa para evitar e combater o uso de seus produtos e serviços na “lavagem” de dinheiro oriundo de atividades ilícitas, inclusive os ligados aos casos de corrupção e terrorismo. Para tanto, possui políticas, processos e sistemas específicos de controle e prevenção à “lavagem” de dinheiro. A participação da Alta Administração no Comitê Executivo de Prevenção e Detecção à “Lavagem” de Dinheiro assegura o alinhamento entre as diversas áreas e atividades da Organização e se reúne ao menos trimestralmente para avaliar o andamento dos trabalhos e a adoção de medidas necessárias para mantê-los em linha com as melhores práticas internacionais no que se refere à prevenção e combate à “lavagem” de dinheiro e financiamento ao terrorismo. As políticas Conheça seu Cliente e Conheça seu Funcionário, os fortes investimentos em treinamento, processos e sistemas de controles e monitoramento de operações permitem a identificação tempestiva de situações atípicas que, depois de analisadas por equipe de especialistas, são enviadas para deliberação do referido Comitê quanto à pertinência de encaminhamento dos casos às autoridades competentes, tendo ou não a operação sido realizada. As unidades de negócios têm toda a autonomia para recusar negócios e operações que considerarem suspeitas ou atípicas, sendo de qualquer maneira a proposta de negócio atípico recusada e reportada ao mencionado Comitê. Segurança da Informação A Segurança da Informação é constituída, basicamente, por um conjunto de controles, incluindo políticas, processos, estruturas organizacionais e normas e procedimentos de segurança. Objetiva a proteção das informações dos clientes e da Organização, nos seus aspectos de confidencialidade, integridade e disponibilidade. A Organização Bradesco instituiu a Política Corporativa de Segurança da Informação, que pode ser encontrada no site www.bradesco.com.br, e mantém uma infra-estrutura formal, com o objetivo de promover a gestão corporativa da Segurança da Informação, proporcionando proteção efetiva aos Ativos de Informação. A Política Corporativa de Segurança da Informação contempla Diretivas de Privacidade, voluntariamente estabelecidas pela Organização Bradesco, com o propósito de proteger a privacidade de dados dos clientes, o que reflete os valores da Organização e reafirma o seu compromisso com a melhoria contínua da eficácia do processo de Proteção de Dados. Com o objetivo de preservar total aderência a esses procedimentos, são mantidos constantes programas de treinamento, conscientização dos colaboradores e revisões das políticas. 8.2. Políticas de Transparência e Divulgação de Informações Em seu relacionamento com investidores e o mercado em geral, o Bradesco, no período, promoveu 75 reuniões internas e externas com analistas, 17 conferências telefônicas, 6 apresentações à APIMEC - Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais e 8 eventos no Exterior, além da divulgação trimestral do Relatório de Análise Econômica e Financeira, uma compilação minuciosa das informações mais solicitadas pelos leitores especializados. Participou, também, do evento “Encontro com o Investidor”, promovido pelo INI-Instituto Nacional de Investidores, respondendo às questões dos investidores pessoas físicas.

No site www.bradesco.com.br, Seção Relações com Investidores, estão disponíveis informações relacionadas à Organização Bradesco, como, por exemplo, o seu perfil, histórico, estrutura acionária, relatórios de administração, resultados financeiros, últimas aquisições, reuniões nas APIMECs, além de outras sobre o mercado financeiro, nas versões Português, Inglês e Espanhol. O Banco distribui mensalmente o informativo “Cliente Sempre em Dia”, com tiragem de 700 mil exemplares; trimestralmente, o “Acionista Sempre em Dia”, com 35 mil; a “Revista Bradesco”, 26 mil e a “Revista Bradesco Rural”, 5 mil, todos voltados ao público externo. Anualmente, edita também o Relatório da Administração e o de Sustentabilidade. 9.

Administração de Riscos Subordinada diretamente a um Diretor Executivo e à Presidência do Banco e exercida de modo independente, a administração de riscos envolve um conjunto integrado de controles e processos, abrangendo risco de crédito, risco de mercado e risco operacional. Por princípio, a Organização adota política conservadora em termos de exposição a riscos, sendo as diretrizes e os limites definidos pela Alta Administração. 9.1. Risco de Crédito O gerenciamento de Risco de Crédito na Organização, em linha com as melhores práticas, sempre reconhecendo a realidade do mercado brasileiro, é um processo contínuo e evolutivo de mapeamento, aferição e diagnóstico dos modelos, instrumentos, políticas e procedimentos vigentes, exigindo alto grau de disciplina e controle nas análises das operações efetuadas, preservando a integridade e a independência dos processos. Objetiva ainda atender aos requisitos propostos no Novo Acordo de Basiléia. 9.2. Risco de Mercado Com base em metodologias e modelos alinhados às melhores práticas dos mercados nacional e internacional, o risco de mercado é cuidadosamente acompanhado, aferido e gerenciado, atendendo ainda às recomendações e normas dos órgãos reguladores. A política de gestão de riscos de mercado é conservadora, sendo os limites de VaR (Value at Risk) definidos pela Alta Administração e monitorados, diariamente, de maneira independente. 9.3. Gestão de Risco Operacional A Organização Bradesco considera a atividade de Gestão de Risco Operacional fundamental para a geração de valor agregado e seu sucesso é baseado na disseminação da cultura, disponibilização de ferramentas, divulgação de políticas e implantação de metodologias corporativas. Essas premissas permitem a melhoria de processos internos, bem como do suporte às áreas de negócios, com o objetivo de aprimorar a eficiência operacional e reduzir o comprometimento de capital. Com contínuo trabalho de alinhamento às melhores práticas de mercado na gestão de risco operacional, o Bradesco está preparado para atender às orientações do Novo Acordo de Capitais de Basiléia, de acordo com o cronograma estabelecido pelo Banco Central do Brasil. A meta da Organização é alcançar qualificação para o Modelo de Alocação de Capital pela Abordagem de Mensuração Interna Avançada (AMA), pois a adoção desse método propiciará menor alocação de capital. Ressalte-se o processo de desenvolvimento de nova plataforma sistêmica corporativa, que integrará em base de dados única as informações de Risco Operacional e Controles Internos, abrangendo inclusive os requisitos estabelecidos na Seção 404 da Lei Sarbanes-Oxley. 10. A Ação Socioambiental da Organização Bradesco 10.1. Responsabilidade Socioambiental A questão socioambiental e seus impactos sobre o desenvolvimento econômico do País ocupam espaço importante no planejamento estratégico do Bradesco. O Banco adotou a versão revisada dos Princípios do Equador, ratificando o compromisso de avaliar todo financiamento de projeto com valor igual ou superior a US$ 10 milhões. Foi o primeiro Banco a lançar programa de medição de sua participação direta e indireta na emissão de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, com objetivo de neutralizar essa produção, e, entre os seus materiais de consumo, passou a utilizar o papel reciclado também na confecção de talões de cheques, impressos com a mesma segurança, qualidade e confiabilidade já atestadas por todo o mercado. Atualmente, cerca de 90% do papel consumido é reciclado. Nessa linha, e reafirmando o compromisso com a transparência e prestação de contas em relação às suas práticas, o Bradesco passou a adotar, em 2006, as diretrizes da Global Reporting Initiative - GRI em seus Relatórios de Sustentabilidade e Anual. Cabe enfatizar que o Bradesco é a primeira instituição financeira das Américas a receber a Norma SA 8000®, certificação concedida pela Social Accountability International SAI , que atesta a adoção de boas práticas de responsabilidade social, como respeito aos direitos humanos, aos direitos da criança e aos direitos fundamentais do trabalho, além do ambiente de trabalho seguro e saudável. Com o objetivo de disseminar as práticas de responsabilidade socioambiental, o Bradesco vem realizando, no âmbito de seus relacionamentos, reuniões com fornecedores de produtos e serviços que consome, dos mais variados segmentos, visando à difusão e conscientização sobre a vital importância dessa questão. No site de Responsabilidade Socioambiental do Banco, www.bradesco.com.br/rsa, encontra-se disponível a Política Corporativa de Responsabilidade Socioambiental, que define as diretrizes sobre o tema, o que amplia a visibilidade das ações da Organização direcionadas ao desenvolvimento sustentável. 10.2. Fundação Bradesco A Organização, na área social, tem seu pilar central no trabalho educacional e assistencial desenvolvido pela Fundação Bradesco, há mais de 50 anos, dedicado à formação de crianças, jovens e adultos de baixa renda. Por meio de suas 40 Escolas próprias, instaladas em todos os Estados Brasileiros e no Distrito Federal, já formou e capacitou mais de 662 mil alunos em Educação Básica, Educação Profissional Técnica de Nível Médio, Educação de Jovens e Adultos e Formação Inicial e Continuada de Trabalhadores, no maior programa de investimento social privado em educação do País. Neste exercício, com orçamento previsto de R$ 189,851 milhões, atenderá com ensino gratuito a mais de 108 mil alunos. Desses, mais de 50 mil alunos da Educação Básica recebem, também gratuitamente, além do ensino de qualidade, alimentação, assistência médico-odontológica, uniforme e material escolar.

10.3. Programa Finasa Esportes O Programa Finasa Esportes, promovido pela Organização Bradesco, apresenta como principal objetivo o desenvolvimento de crianças e adolescentes, por meio de atividades como a prática esportiva, ações de educação, saúde e bem-estar. É mais uma demonstração de apoio da Organização em prol da cidadania e inclusão social. Estruturado em 52 núcleos de formação para o ensino de vôlei e basquete na Fundação Bradesco em Osasco, SP, e em Escolas e Centros Esportivos do Município, atende hoje a 3.000 meninas de 9 a 18 anos. 11. Recursos Humanos A Organização Bradesco, reconhecendo no valor do desempenho e no potencial realizador das pessoas a base de sustentação de seus negócios, dá continuidade ao aprimoramento profissional do quadro de pessoal, por meio de programas de treinamento, visando à sua qualificação para que possa sempre oferecer aos clientes atendimento de excelência, além de garantir oportunidade de crescimento e desenvolvimento profissional. Dessa maneira, no semestre, foram ministrados 1.028 cursos, com 462.225 participações. Ressalta-se ainda que os benefícios assistenciais voltados à melhoria da qualidade de vida, bem-estar e segurança dos funcionários e seus dependentes abrangiam, em 30 de junho, 175.633 vidas. São fatos que consolidam a Política de Gerenciamento dos Recursos Humanos como uma das prioridades da Organização. 12. Reconhecimentos Ranking - No semestre, destacam-se: • Marca mais valiosa no setor financeiro da América Latina, no ranking elaborado pela consultoria Brand Finance e divulgado pela revista América Economia; • Marca mais valiosa do Brasil, pelo segundo ano consecutivo, no ranking da DINHEIRO/BrandAnalytics. A Marca Bradesco atingiu o valor de US$ 3,710 bilhões, 49% mais do que o registrado no período anterior; • Instituição financeira brasileira com melhor colocação no ranking da revista Fortune, alcançando o 224o lugar na classificação geral das 500 maiores empresas do mundo. Rating - No período, a Standard & Poor’s e a Fitch Rating elevaram a classificação de risco em moeda estrangeira do Banco, posicionando-o na categoria de investment grade (grau de investimento). 13. Agradecimentos O registro de todos esses fatos evidencia o compromisso do Bradesco de oferecer sempre produtos e serviços de padrão superior. Pelas realizações e avanços alcançados, desejamos agradecer o apoio e a confiança dos nossos acionistas e clientes, e a dedicação e empenho dos nossos funcionários e demais colaboradores.

Cidade de Deus, 3 de agosto de 2007 Conselho de Administração e Diretoria

CONTINUA


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quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Omar Sobhani/Reuters

Internacional

AFEGANISTÃO

O terror está de volta Atentados como o de junho, em Cabul, são cada vez mais comuns no Afeganistão. Ontem, quase setenta militantes morreram em conflito

P

Talebã e Al-Qaeda se fortalecem e voltam a atacar

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Olivier Laban-Mattei/AFP

O Iraque faz fila por comida

E

m um raro dia sem atentados com carros-bomba, milhares de iraquianos saíram de casa e fizeram fila para receber ajuda em alimentos do Ministério do Comércio. Na capital, autoridades reforçaram postos militares e anunciaram a proibição da circulação de veículos entre hoje e sábado, para receber uma peregrinação religiosa na qual os muçulmanos xiitas marcam o aniversário da morte de um reverenciado santo. A mesma procissão foi marcada por uma tragédia em 2005, quando mais de mil pessoas morreram pisoteadas.

À FORÇA oliciais e soldados israelenses retiraram centenas de colonos judeus que ocupavam um antigo mercado palestino na cidade de Hebron, na Cisjordânia. Os colonos invadiram o antigo mercado palestino com o objetivo de expandir a presença judaica na cidade. Hebron, palco rotineiro de tensão entre israelenses e palestinos, é uma cidade da Cisjordânia onde 500 colonos judeus vivem em assentamentos fortificados em meio a mais de 170 mil palestinos. Confrontos são freqüentes. Quatro soldados, 14 policiais e 12 colonos ficaram feridos durante o despejo. (AE)

TRAGÉDIA 16 morreram e 29 ficaram feridos na queda de um ônibus em um barranco na Bolívia

Ó RBITA

INVASÃO

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Geórgia acusou a Rússia de "agressão aberta", garantindo que dois aviões de combate invadiram seu espaço aéreo e um deles disparou um míssil, que caiu perto de uma aldeia, sem explodir. Moscou, com uma longa história de atrito com o país vizinho, negou a acusação, após a chancelaria georgiana convocar o embaixador russo. (AE)

NAUFRÁGIO 75 estão desaparecidos no naufrágio de um barco no rio Ganges, na Índia

DERROTA

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m parlamentar eleito pelo Partido Democrata do Japão foi escolhido pelo Senado para presidir a casa, numa votação história que levou pela primeira vez um membro da oposição ao cargo. O Senado japonês elegeu Satsuki Eda em uma votação unânime após a derrota do partido do premiê Shinzo Abe nas eleições de 29 de julho. (AE)

BASTIDORES

A

Colômbia negou que a ex-candidata à presidência, a francocolombiana Ingrid Betancourt, seqüestrada em 2002 pelas Farc, esteja prestes a ser libertada. A informação circulou na imprensa venezuelana, que apontou o presidente Hugo Chávez como “negociador intermediário" entre o governo francês e a guerrilha. A informação foi divulgada pelo jornal venezuelano "El Universal", e dava conta de que Betancourt estava sendo mantida num sítio na Venezuela pertencente a um líder rebelde, esperando apenas os acertos finais para sua libertação. (Reuters)

A preocupação com o fortam grupo de 75 militantes do Talebã lecimento das milícias é grant e n t o u c a p t u r a r de. Tanto que o Departamento uma base da coali- de Defesa dos EUA anunciou zão internacional liderada pe- no início do mês que enviará los Estados Unidos no sul do 1.700 soldados ao Afeganistão, Afeganistão, ontem, num raro para substituir, a partir de deataque frontal que deixou pelo zembro, outras unidades dedimenos 24 milicianos mortos. cadas à instrução do Exército Ainda ontem, choques entre afegão. Atualmente, há cerca insurgentes do movimento is- de 11 mil soldados americanos lâmico e membros do exército postados em Cabul, e outros 14 e da polícia deixaram ao me- mil procedentes de países da nos 35 guerrilheiros mortos. Organização do Tratado do Outro ataque do exército do Atlântico Norte (Otan). À Paquistão na fronteira afegã princípio, o cerco dá resultados. Ontem, forças do exército matou ao menos outros dez. Os incidentes aconteceram afegão e a polícia detiveram um dia depois que o presiden- dois dirigentes talebãs que este do país, Hamid Karzai, e o tariam envolvidos em vários dos EUA, George W. Bush, reu- atentados no leste do país. Encontro niram-se para discutir a escaA escalada Talebã levará lada de violência no país, que alcançou no último mês o nível quase 700 líderes tribais e relimais alto desde a invasão nor- giosos afegãos e paquistaneses a se reunir, a partir de amanhã, te-americana no fim de 2001. Os presidentes prometeram em Cabul, em uma assembléia acabar com o Ahmad Masood/Reuters Talebã, grupo que Karzai descreveu como uma "força derrotada e frustrada que ataca civis, mas que não representa ameaça ao governo". A declaração acontece num momento em Afegãs e a tradicional burca: uma herança talebã que cresce a preocupação com o recrudes- para examinar a maneira mais cimento da rede terrorista Al- eficaz de combater os rebeldes Qaeda e seus aliados Talebãs, dos dois lados da fronteira. que estariam se reagrupando Ataques dos militantes próno sul do Afeganistão e na re- Talebã no Paquistão, especialgião fronteiriça do Paquistão. mente nas zonas tribais de Os radicais do Talebã domi- fronteiras com o Afeganistão, navam o Afeganistão até os ganharam força desde a operaataques de 11 de setembro de ção militar no mês passado 2001 contra os EUA e eram contra a Mesquita Vermelha acusados de dar refúgio aos de Islamabad, onde estavam militantes da rede Al-Qaeda. entrincheirados islamitas raForam expulsos do poder pela dicais fortemente armados. invasão liderada pelos EUA, Quase 100 militantes morreem retaliação aos ataques. ram no incidente. (Agências)


quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Paulo Pampolin/Hype

Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO

1 O prazo é muito curto para que os problemas sejam identificados e processados. Vera Lúcia Zanutti, da Agecom Contabilidade

SENADO APROVA MUDANÇAS NO SIMPLES NACIONAL No final da noite de ontem, o plenário do Senado votou projeto de lei que corrige distorções do Supersimples. O prazo para a adesão vence no próximo dia 15.

Técnicos da Receita esclarecem dúvidas sobre o novo regime tributário em palestra realizada na capital

O Minassian desconfia das vantagens

A contadora Vera Lúcia Zanutti reclama da demora do fisco

EMPRESÁRIOS AINDA NÃO ENTENDEM O SUPERSIMPLES Renato Carbonari Ibelli

A

pouco mais de uma semana para o fim do prazo de adesão ao Supersimples – que se encerra no dia 15 de agosto –, empresários e contadores ainda têm dúvidas sobre os passos e prazos para solucionar pendências tributárias e cadastrais. Ontem, esses temas dominaram boa parte das perguntas dirigidas a representantes da Superintendência da Receita Federal, em São Paulo, que iniciou um novo ciclo de palestras sobre o novo regime tributário. Desta vez, entretanto, compareceram à sede do fisco cerca de 50 pessoas, ante 200 participantes da palestra realizada antes da prorrogação do prazo de adesão. Segundo a sócia-proprietária da Agecom Contabilidade, Vera Lúcia Zanutti, "os órgãos municipais e estaduais não têm conseguido dar encaminhamento às pendências cadastrais por causa da grande demanda gerada depois da entrada em vigor do Supersimples". Para poder aderir ao novo regime tributário, a empresa não pode ter pendência cadastral ou com o fisco. "O prazo é muito curto para que os problemas sejam identificados e processados pelo diferentes órgãos. Só em julho é que realmente tivemos idéia de como o novo regime iria funcionar", disse Vera Lúcia.

O auditor fiscal da Receita Federal, Ritsutada Takara, informou que estão sendo realizados mutirões para dar conta da grande quantidade de pedidos de regularização de pendências cadastrais das empresas. Ainda segundo o auditor, em alguns órgãos, estão sendo feitas 1.500 alterações cadastrais por dia. Em dias normais, o fisco faz 200 procedimentos do gênero. O problema apontado por Takara é reforçado pelo auditor fiscal da prefeitura de Diadema, Luiz Paulo Thomaz. "Verificamos que várias empresas operavam sem estar inscritas no município. Agora, elas tiveram a adesão ao Supersimples negada por causa dessa pendência e estão correndo para resolvê-la", informou Thomaz. Batom – O novo regime de tributação, que entrou em vigor no dia 2 de julho, tem recebido outras críticas. O empresário Humberto Michel, proprietário de uma pequena emp re s a d e c o s m é t i c o s , p o r exemplo, enfrenta problemas com um detalhe na legislação. De acordo com ele, por causa de um simples batom, a sua empresa está impedida de aderir ao regime tributário. Isso porque sobre esse produto incide uma alíquota de 22% do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) e o novo regime tributário só permite o enquadramento de firmas cujos itens produzidos paguem até 20%

do mesmo tributo. "O batom é apenas um dos cinco itens da minha produção, mas responde por 80% do meu faturamento total. Se eu pudesse entrar no Supersimples, só pagaria 5% de IPI. Fora, pago 22% de IPI e mais 25% de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Como não há como repassar esse custo para meus clientes, terei de abrir mão do carro-chefe da minha empresa para continuar concorrendo com os outros itens", informou o empresário. Alíquotas – As tabelas com as alíquotas são outra dor de cabeça para os empresários e contadores, desde que o novo regime tributário entrou em vigor. A tabela nº 5 é a que tem gerado as maiores dúvidas e reclamações entre os contribuintes interessados em ingressar no sistema. "Optei pelo Supersimples, mas acho que fui enquadrado nessa tabela. Ainda não consegui descobrir se terei ou não alguma vantagem tributária", disse o empresário George Minassian, que possui uma agência de propaganda. Empresas enquadradas no chamado anexo cinco só pagarão menos impostos caso suas despesas com folha de salários correspondam a mais de 40% da receita bruta. Novas palestras serão realizadas nos próximos dias 13, 14 e 15 de agosto, na Avenida Prestes Maia, 733, das 14h30 às 17h30.

Senado aprovou no final da noite de ontem o Projeto de Lei Complementar da Câmara (PLC 43/07) que altera dispositivos do Supersimples, por 56 votos a favor e nenhum contra. O presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresa (Sebrae), Paulo Okamoto, esteve ontem no Congresso Nacional para sensibilizar os senadores a votar o projeto 43, que modifica a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, que instituiu o Simples Nacional. Ele reforçou a mobilização que empresários fizeram na Casa em favor da aprovação. Na opinião do presidente do Sebrae, tratava-se de necessidade urgente em virtude da situação de indefinição por que passam as micros e pequenas. "Há indefinições em vários setores, desde tributárias à própria viabilidade dos negócios", disse. O presidente do Sebrae conversou com líderes de segmentos empresariais interessados que ocupavam as galerias do Senado e incentivou as mobilizações. De acordo com Okamo-

Paulo Okamoto, presidente do Sebrae, esteve ontem no Senado para convencer parlamentares a votar logo o projeto de lei que aperfeiçoa a lei do Supersimples.

to, os senadores Osmar Dias, Romero Jucá e Ideli Salvati garantiram apoio ao projeto de lei que aperfeiçoa vários pontos na lei do Supersimples. A proposta acabou entrando na ordem do dia, depois da apreciação de medidas provisórias que trancavam a pauta. O senador Osmar Dias lembrou que a votação não poderia ser adiada sobretudo porque a matéria tem de ser sancionada pelo presidente da Re-

pública até o próximo dia 15, data limite para que as micros e pequenas empresas que estão com tributos atrasados iniciem o pagamento de seus débitos e, assim, fiquem aptas a aderir ao novo regime de tributação. O projeto de lei corrige várias distorções da legislação atual para permitir que empresas ligadas aos setores de sorveterias, cosméticos e fogos de artifício passem a ter direito ao sistema. (Agências)


OPINIÃO

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quarta-feira, 8 de agosto de 2007

LENTE DE

AUMENTO

O HEROÍSMO

RETORNA ÀS AULAS

G Governos,

famílias, professores e alunos já não falam a mesma linguagem. de educacional a que ainda é relegada grande parte da população. Por que? A resposta oficial é: porque a escola é a porta de entrada para a inclusão social. É uma resposta parcialmente verdadeira. A escola não pode ser considerada unicamente em si mesma, isolada dessa ars combinatoria que integra também a família e o trabalho. Numa época em que há tanta confusão (ruptura de paradigmas, inovação tecnológica acelerada, reestruturação da produção, relativização dos valores, aviltamento das instituições políticas etc), o estudo pode representar uma grande chance, uma excepcional oportunidade para um direcionamento existencial. Por mais que os governos se proclamem artífices da valorização educacional, temos motivos de sobra para desconfiar dessa retórica. Mesmo quem lhes der ouvidos crédulos, convém cultivar a vigilância e, sem esperar pelo

fim dos tempos, cobrar a coerência que se espera de quem faz promessas sobre assunto tão vital para o destino de um povo. É verdade que governos, famílias, professores e alunos já não falam mais a mesma linguagem. Difícil encontrar pessoas mais aturdidas do que os professores. Acabo de participar de um congresso nacional de professores. Constatamos, mais uma vez, que eles vivem quase esmagados pela insatisfação com a falta de infra-estrutura, salários insuficientes para a dignidade que o trabalho requer, a coação para se adequar exclusivamente à preparação de suprimentos do mercado. Muitas vezes a falta de horizontes fatalmente os torna repetidores mecânicos de receitas, dificilmente suportando a pressão ideológica pelo unanimismo de pensamento, sobretudo nas universidades. Realmente, só o heroísmo os faz resistir ao falatório da moda. Uma análise realista pôde nos mostrar que, infelizmente, as escolas – públicas, privadas, confessionais etc. – muitas vezes podem se tornar o mais requintado ambiente de opressão, verdadeiros cemitérios, e ainda por cima mal administrados. Pior ainda: por delegação e chancela dos pais, da sociedade e, obviamente, do poder público. Quem tiver ampla experiência de magistério sabe muito bem o que significa trabalhar sob a orientação de reitores, diretores, coordenadores, chefes e chefetes que se crêem iluminados, sem a mínima vocação para o diálogo, tudo decidindo no consórcio monotônico de compadres ou até mesmo cúmplices. Vamos esperar, e trabalhar, para que o novo semestre não seja mais um peso morto, que represente uma mudança de visão e procedimentos, para o bem de nossas crianças e jovens, e que se abram esperançosas portas para os professores, que são os operários da primeira e de todas as horas no universo da educação DOMINGOS ZAMAGNA É REDATOR DA REVISTA

DIGESTO ECONÔMICO E PROFESSOR DE FILOSOFIA

A escola ainda representa uma chance?

Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

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JOÃO DE SCANTIMBURGO Céllus

O

mês de agosto põe fim às férias escolares e inaugura o retorno às aulas. A escola, portanto, eclipsa as atenções quotidianas. Isso deveria ser uma festa. E, de fato, para tantas famílias se trata de uma festa, isto é, para aquelas cujos filhos têm acesso a esse patamar de excelência que são ou deveriam ser as instituições de ensino. Mas para muitíssimas famílias brasileiras, inclusive em municípios ricos, a escola ainda é um bem proibido para crianças, adolescentes e adultos. Se, de um lado, devemos louvar as conquistas e avanços ocorridos na esfera educacional, quantitativa e qualitativamente, de outro lado devemos lamentar a exclusão, ou a baixíssima qualida-

Excelentíssimos réus CLAUDIO WEBER ABRAMO

D

e todas as categorias profissionais, a dos políticos é certamente a que mais comparece às páginas dos jornais envolvida em alguma espécie de malfeitoria. Tomando-se os jornais brasileiros mais importantes de todos os estados e recolhendo-se o noticiário sobre corrupção publicados neles, obtém-se a cifra espantosa de 3,6 novos casos por dia, em média, ocorridos em algum lugar do País. São mais de 1300 por ano. Quase todos envolvem políticos. (Os dados são do projeto Deu no Jornal, da Transparência Brasil – www.deunojornal.org.br). Não é de espantar, portanto, que a estima do brasileiro pelas instituições políticas seja muito baixa – na verdade, a mais baixa da Ibero-América, conforme levantamento coordenado pelo Instituto Gallup. Outro projeto da Transparência Brasil, o Excelências (www.excelencias.org.br), compila informações sobre parlamentares federais e estaduais brasileiros e as apresenta na internet. Entre os dados que se recolhem estão processos criminais em que eles são réus (excetuando-se crimes contra a honra) e ocorrências em tribunais de contas (multas, sentenças determinando a devolução de dinheiro etc.). O projeto Excelências está cobrindo gradualmente os estados brasileiros, mas o quadro que se apresenta, em termos da porcentagem de parlamentares que apresentam ocorrências dessa natureza, chega a ser espantoso. Nada menos de 30 dos 70 deputados estaduais do Rio de Janeiro (ou seja, 43%) têm problemas criminais ou nos tribunais de contas. Em seguida vêm os do Rio Grande do Sul, com 40% (22 dos 55 deputados), seguidos dos de São Paulo com 38% (36 em 93), Bahia com 29% (18 em 63), Distrito Federal com 25% (6 em 24) e Minas Gerais com 19% (156 em 77). Na Câmara dos Deputados, os parlamentares com problemas graves são 166, nada menos que 32% da Casa. E no Senado eles são ainda mais, 38% (30 em 80 – o suplente do recém-falecido ACM, que aliás é seu filho, ainda não tomou posse).

Ou seja, parece evidente que o Legislativo brasileiro está tomado em larga medida por indivíduos que não poderiam estar lá. Eles são acusados variadamente de peculato, apropriação indébita, irregularidades graves em licitações públicas, compra de votos, abuso do poder econômico em eleições e assim por diante. Um dos problemas graves da legislação eleitoral brasileira é admitir a participação, no processo eleitoral, de pessoas já condenadas em segunda instância por crimes contra a administração pública, mas que entraram com recursos nos tribunais superiores. O pretexto é que as sentenças não transitaram em julgado. Com a lentidão da Justiça brasileira e com a extraordinária profusão de oportunidades para a interposição de recursos procedimentais, um réu que tenha dinheiro para pagar advogados continuamente tem pouquíssima chance de jamais vir a ser condenado. Antes que o processo atinja seu termo, o crime prescreveu.

L

amentavelmente, é isso o que muitos políticos fazem. Alguns até mesmo entram na política para obter proteção adicional contra a Justiça. Acontece que deputados e senadores (por exemplo) têm prerrogativa de foro, a saber, processos contra eles só podem correr no Supremo Tribunal Federal. É a sopa no mel, porque, se as varas de primeira instância são em geral lentas, o STF é devagar quase parando. Um ministro pede vistas num processo e senta-se sobre ele durante anos, sem que nada aconteça. O Conselho Nacional de Justiça tem tentado disciplinar os prazos de resposta dos magistrados, mas até agora a medida "não pegou". Os ministros do STF continuam a postergar decisões. (O processo contra a turma do mensalão, por exemplo, até agora não foi sequer aceito pelo STF). A transformação do Legislativo em asilo para réus não pode dar em boa coisa. As conseqüências atingem diretamente o mecanismo de representação democrática, que conta com decrescente confiança do eleitor.

A transformação do Legislativo em asilo para réus não pode dar em boa coisa

Cansamos do quê? THOMAS KORONTAI

A

s vaias ao presidente da República, no Maracanã, têm repercutido bastante. A internet vem sendo usada para transmitir mensagens sobre os riscos da democracia, até sobre golpe contra o atual governo. Convenhamos, seria uma vergonha e um retrocesso impressionante do Brasil, em plena era de crescimento global. A declaração do presidente em Cuiabá preocupou muita gente, tendo sido interpretada como uma contra-ameaça, um alerta às eventuais pretensões de derrubá-lo, de atentar contra o regime democrático. As palavras expressam uma situação tensa e, de fato, preocupante. Movimentos como o Basta! e o Cansei, entre tantos outros liderados pela população descontente, são importantes para expressar suas preocupações e indignações aos descasos e falta de controle gerencial em praticamente tudo no Brasil. Cinco anos se passaram e nada. O caos que se verifica em praticamente todos os setores, especialmente os de infra-estrutura, é resultado do discurso sem ações. O problema que se apresenta é: onde queremos chegar com isso? Há que se considerar outros tantos problemas que vêm explodindo, além de aviões. A indiferença e o afastamento social da política estão perigosamente substituindo o civismo e os necessários acessórios da participação ativa do cidadão. Os recentes movimentos parecem ter rompido a barreira da indiferença, ajudados pela mídia. Mas, o que se pensa em fazer, caso o presidente seja impedido? Vale lembrar que nosso maior problema não são os homens, e sim a estrutura do modelo organizacional brasileiro, excessiva e cada vez mais absurdamente centralizada no governo federal. Mensalões, sanguessugas, caos e des-

mandos, desencontros e falta de sinergia dentro do próprio governo, apagões e tudo o mais são conseqüências do modelo centralizado. Eventualmente, um novo presidente poderá resolver vários problemas, mas as causas encadeadas, que formam uma síndrome contínua de conseqüências, permanecerão. Se tentar mexer em apenas um artigo da Constituição será atacado de todos os lados, por diversos corporativismos. Se tentar fazer MPs saneadoras ou modernizadoras do Estado, idem. Tem saída? Sim, mas através de um profundo movimento nacional de conscientização sobre o poder local, a responsabilidade local, com descentralização geral, ampla e irrestrita dos poderes encastelados em Brasília. A partir dessa reflexão, outro questionamento se apresenta: o País conta com políticos à altura de propor essa mudança?

O

Brasil chegou a uma situação de imobilidade involuntária, de não ter para onde correr. A recomendação é orientar a energia da indignação para a objetividade, e esta se resume na reorganização do modelo de Estado brasileiro, para o federalismo pleno das autonomias. Não é fácil e tampouco se resolve da noite para o dia, mas o redirecionamento objetivo dos vetores políticos e sociais nesse rumo começará a substituir a pauta de problemas e incêndios, para a pauta de soluções e a tomada de coragem para o salto de qualidade, sob uma nova Constituição, preferencialmente via referendo nacional. Felizmente, o trabalho já começou. THOMAS KORONTAI É PRESIDENTE DO PARTIDO FEDERALISTA

O País conta com políticos à altura para executar uma mudança radical?

A LIDERANÇA DO SÃO PAULO

P

eço licença aos meus leitores para não ser acadêmico, como é o meu dever, vindo a escrever sobre a extraordinária carreira do São Paulo Futebol Clube. Aqui na A s s oc i a ç ã o Comercial de São Paulo t emos um dirigente do futebol campeão, o Dr. Márcio Aranha, a quem todos nós, funcionários da Casa, admiramos e respeitamos. O São Paulo Futebol Clube nasceu no Clube Atlético Paulistano há muitos anos. Sua carreira no futebol estipendiado não foi segura até o momento em que foram assentadas definitivamente as suas bases, com o grande estádio do Morumbi. O futebol, como vem sendo dito muitas vezes, é o esporte das multidões e há torcedores que chegam aos tiros contra seus adversários, ainda que amigos. Na Copa do Mundo, em dias de jogos, todas as atividades são paralisadas para atender ao entusiasmo dos torcedores, que não querem perder a um único passe das jogadas. E o futebol paulista está excelentemente bem representado por todos os seus clubes, sob a liderança do São Paulo.

O

Brasil teve um atleta mundial no futebol, o conhecido Pelé, cujo nome atravessou todas as fronteiras e hoje é pronunciado com ênfase e aplausos em todo o mundo. Mas no passado teve também grandes craques, como Arthur Friendenreich, um ás adorado pelas multidões, como agora os novos ídolos são aplaudidos pela torcida ululante das novas gerações ao entrarem nos estádios. O futebol tem o valor de uma descarga psicológica. Basta uma vitória do clube querido para apaziguar rancores de amigos que se gostavam.

O

futebol fez a grandeza da imprensa e, em especial, da imprensa esportiva, sobretudo os jornais diários dedicados às estrelas futebolísticas. Os que deixam o jogo quando a idade aconselha a saída honrosa deixam também numerosos torcedores inconformados em perder o jogador admirado e aplaudido. O Brasil tem uma dívida para com o futebol e é por isso que lhe dedico um editorial do nosso jornal. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR

G O futebol

é o esporte das multidões. O Brasil tem uma dívida para com o futebol.


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Nacional Empresas Tr i b u t o s Finanças

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quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Essa imensa rede das Associações Comerciais pode trabalhar na defesa da livre iniciativa no Brasil. Alencar Burti, da ACSP

NOVAS REGRAS DEVEM SIMPLIFICAR O CRÉDITO

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA APROVA A CRIAÇÃO DE LISTAS DE BONS E MAUS PAGADORES

CADASTRO POSITIVO VAI AO SENADO

A

Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou, em caráter conclusivo, o substitutivo da Comissão de Defesa do Consumidor ao Projeto de Lei 836/03, do deputado Bernardo Ariston (PMDB-RJ), que regulamenta a inclusão de consumidores adimplentes e inadimplentes em listas de serviços de proteção ao crédito. O texto prevê a divulgação das listas de cadastro negativo e positivo (de bons pagadores). O substitutivo, que também tem como base o PL 5870/05, do Poder Executivo, seguirá agora para análise do Senado. A votação seguiu o parecer do relator, deputado Maurício Rands (PT-PE). Ele avalia que as novas regras vão simplificar o crédito no Brasil, barateando os procedimentos. O cadastro positivo registraria itens como a pontualidade de pagamentos por parte dos clientes da lojas. "Se o consumidor faz um financiamento e paga, será registrado positivamente. Se faz e não paga, será registrado negativamente", explica Rands. "Isso criaria uma espécie de rating (cotação) com a classificação do consumidor." Além de correções na redação do texto, Rands acrescentou parágrafo que remete à legislação específica as regras para bancos de dados instituídos ou administrados por pessoas jurídicas de direito público interno. "Os bancos de dados públicos, regidos pelo direito administrativo, não têm como finalidade primordial a sua utilização em operações comerciais", argumentou.

Fábio Pozzebom/ABr

Andrei Bonamim/Luz

Maurício Rands: será uma espécie de rating (cotação) do consumidor.

"Eles têm como fim maior auxiliar as atividades de supervisão do Estado, por isso, não devem estar sob o mesmo marco legal dos bancos de dados privados voltados a relações de consumo", afirmou. Identidade – O substitutivo permite a inclusão, em bancos de dados, de informações sobre qualquer dívida não paga, desde que emitido título ou documento fiscal correspondente e que o devedor seja informado. A exceção é para os casos em que a identidade do comprador não possa ser confirmada no momento da venda, como transações pela internet ou telefone. Informações sobre a origem social, etnia, estado de saúde, orientação sexual, convicções políticas e religiosas do consumidor não poderão constar dos cadastros. A responsabilidade pelas informações divulgadas é da administradora do cadastro e da fonte da informação, e dados

comprovadamente equivocados devem ser retirados imediatamente do cadastro. Só poderão ter acesso às informações disponíveis nesses bancos de dados, além do próprio consumidor cadastrado, pessoas naturais ou jurídicas que tenham ou pretendam manter relações comerciais com ele. Mais crédito – A aprovação da proposta de criação do cadastro positivo deverá permitir ao consumidor brasileiro a vantagem de negociar as taxas de juros nos empréstimos com lojas e financeiras. Foi o potencial de crescimento do crédito no País que motivou a irlandesa Experian a comprar a Serasa recentemente. Segundo o presidente da companhia, Gilberto Vasconcelos, a empresa está formatando um produto para se adequar à nova legislação. "O mercado de crédito está só começando no Brasil e representa 35% do Produto Interno Bruto (PIB) do País." (AE/DC)

CPMF: novo prazo é "inoportuno"

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presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, classificou ontem de "inoportuna, inconveniente e um grande equívoco" a proposta de emenda constitucional do governo federal que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). A proposta está em aprecia-

O presidente da ACSP, Alencar Burti (à esq.), e Celso Muniz de Araújo, da Associação Comercial de Pernambuco: nova batalha.

ção na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Britto não afasta a possibilidade de a OAB ingressar no Supremo Tribunal Federal (STF) com Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra a medida, caso ela venha a ser aprovada pelo Congresso Nacional. Ele ressaltou, porém, que a questão precisará ainda ser apreciada pelo Conselho Fe-

deral da entidade. Na opinião do presidente da OAB, o Congresso Nacional tem o papel de discutir, em nome da nação e do povo brasileiro, o que é melhor para a população, e estamos aguardando que ele rejeite essa medida, que tão somente aumenta a fome arrecadadora do setor público", disse Brito, por meio de sua assessoria. (AE)

Alencar Burti: união contra tributo Sergio Leopoldo Rodrigues

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epois da luta pela recriação da Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), pela defesa da indústria têxtil e de confecções e contra a Medida Provisória 232 – que propunha aumentar os impostos para empresas prestadoras de serviços –, a Associação Comercial de Pernambuco (ACP) vai apoiar também as batalhas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) contra a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e pela redução da carga tributária no Brasil, entre outras. "Se formos convocados, podem contar com a gente", disse

Confaz não chega a acordo

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s secretários estaduais de Fazenda, reunidos ontem em Brasília, no Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), adiaram mais uma vez a decisão sobre a convalidação dos atuais incentivos fiscais concedidos por meio do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços

ontem o presidente da ACP, Celso Muniz de Araújo, durante encontro com o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Alencar Burti, na sede da entidade. Araújo, que tomou posse para um terceiro mandato, em abril passado, adiantou que a ACP vai se empenhar em campanhas que promovam o desenvolvimento do Brasil e do seu empresariado. Alencar Burti, que também preside a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), relatou que o encontro serviu para uma troca de experiências entre as duas entidades centenárias – a ACP é a segunda mais antiga do País, com 178 anos. "Essa imensa rede das Associações Comerciais

pode trabalhar na defesa da livre iniciativa no Brasil e como agente de mudanças que resultem em mais crescimento, geração de emprego e renda para a população", disse Burti. Celso Muniz de Araújo relatou que sua gestão vai estimular a discussão técnica e econômica vinculada à geração de energia e proteção do meio ambiente. Lembrou que ao lutar por mais oportunidades de trabalho e emprego em seu estado, "a ACP está contribuindo para a redução da violência e da criminalidade que tanto nos aflige". Burti enfatizou que um ambiente econômico favorável, com menos impostos e burocracia, vai estimular o empreendedorismo, "abrindo caminho para uma nação socialmente mais justa".

(ICMS), considerada vital para o fim da guerra fiscal. Uma nova reunião foi marcada para o próprio dia 21. O governo federal avisou que, se um acordo não for fechado até lá, o texto da emenda constitucional a ser enviada ao Congresso em setembro invalidará benefícios concedidos depois de 6 de agosto. "Não queremos que essa indefinição gere uma nova corrida aos incentivos fiscais. Por isso, se não

houver acordo sobre a convalidação, o governo vai adotar a data de ontem (6) na sua proposta de reforma tributária", disse o secretário de Política Econômica, Bernard Appy. Mas a convalidação não é a principal polêmica entre as autoridades fazendárias dos estados do Sul e Sudeste, de um lado, e Goiás e outros. Problema maior diz respeito à abrangência e ao prazo de convalidação. (AE)

TROÇO SEM TRAÇA MÓVEIS E DECORAÇÕES LTDA.

Begoldi Comércio Participação e Administração S.A. CNPJ/MF 43.036.540/0001-38 - NIRE nº 35.300.339.622 Ata da 1ª Assembléia Geral Ordinária realizada em 30 de Abril de 2007 Data, Hora e Local: dia 30.04.2007, às 11hs., na sede social da Cia., na R. Solimões, 335/363, sala 01, Barra Funda, em São Paulo/SP. Presenças: Acionistas representando a totalidade do capital social da Cia., conforme assinaturas constantes do Livro de Registro de Presença dos Acionistas da Cia. Presentes também os Diretores da Cia. Mesa: Presidente, Marcio Luiz Goldfarb; Secretário, Décio Goldfarb. Publicações: (a) Dispensadas as publicações dos avisos a que se referem os Artigos 124 e 133 da Lei nº 6.404/76, tendo em vista a presença de acionistas representando a totalidade do capital social; e (b) Relatório da Administração, Demonstrações Financeiras referentes ao exercício encerrado em 31.12.2006. Ordem do Dia: (i) Tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e deliberar acerca das Demonstrações Financeiras da Cia., do Balanço Patrimonial e do Relatório dos Auditores Independentes, referentes ao exercício findo em 31.12.2006; e (ii) Deliberar acerca da destinação do lucro líquido da Cia. apurado no exercício findo em 31.12.2006 e a distribuição de dividendos aos acionistas da Cia. Deliberações: (i) Foram aprovadas, sem ressalvas, as Demonstrações Financeiras relativas ao exercício social findo em 31.12.2006. Também foi aprovado o Relatório dos Auditores Independentes relativo às Demonstrações Financeiras do exercício social findo em 31.12.2006; (ii) que não haverá distribuição de dividendos aos acionistas em vista dos prejuízos auferidos pela Cia. no exercício social de 2006. Encerramento: Nada mais, e como ninguém desejasse fazer uso da palavra, foi encerrada a reunião, da qual se lavrou a presente ata, que lida e achada conforme, foi por todos assinada. Presentes os acionistas - MG Administração e Participações Ltda. (P. Marcio Luiz Goldfarb), Twister Participações Ltda. (P. Décio Goldfarb), RTM Participações Ltda. (P. Denise Goldfarb Terpins), Marcio Luiz Goldfarb, Décio Goldfarb, Denise Goldfarb Terpins. Mesa: Marcio Luiz Goldfarb - Presidente, e Décio Goldfarb - Secretário. São Paulo, 30.04.2007. JUCESP nº 265.539/07-9 em 30.07.07. Cristiane da Silva F. Corrêa - Sec. Geral.

Bankpar Arrendamento Mercantil S.A. CNPJ no 27.098.060/0001-45 - NIRE 35.300.151.372 Extrato da Ata das Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária realizadas cumulativamente em 18.4.2007 Data, Hora e Local: Aos 18 dias do mês de abril de 2007, às 14h, na sede social, Calçada dos Mirtilos, 33, 1o piso, Centro Comercial de Alphaville, Barueri, SP. Presença: Totalidade do Capital Social; senhores Arnaldo Alves Vieira, Diretor Vice-Presidente, e Washington Luiz Pereira Cavalcanti, representante da empresa PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes. Constituição da Mesa: Presidente: Arnaldo Alves Vieira; Secretário: Milton Almicar Silva Vargas. Convocação: Dispensada (§ 4o do Artigo 124 da Lei no 6.404/76). Deliberações: Assembléia Geral Ordinária: I) aprovadas, sem reservas, as contas dos Administradores, o Relatório da Administração, as Demonstrações Financeiras e o Parecer dos Auditores Independentes, relativos ao exercício social findo em 31.12.2006; II) aprovada a proposta da Diretoria para a destinação do lucro líquido do exercício encerrado em 31.12.2006, no valor de R$827.999,13, conforme segue: R$41.399,96 para a conta “Reserva de Lucros - Reserva Legal de 2006”; R$589.949,38 para a conta “Lucros Acumulados de 2006”; e R$196.649,79 para pagamento de Dividendos, os quais deverão ser pagos até 31.12.2007; III) reeleitos, membros da Diretoria da Sociedade, com mandato até a Assembléia Geral Ordinária de 2008, os senhores: Diretor Presidente: Márcio Artur Laurelli Cypriano, brasileiro, casado, bancário, RG 2.863.339-8/SSP-SP, CPF 063.906.928/20; Diretores Vice-Presidentes: Laércio Albino Cezar, brasileiro, casado, bancário, RG 3.555.534/SSP-SP, CPF 064.172.724/00; Arnaldo Alves Vieira, brasileiro, viúvo, bancário, RG 4.847.312/SSP-SP, CPF 055.302.378/00, todos com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP; Luiz Carlos Trabuco Cappi, brasileiro, casado, bancário, RG 5.284.352/SSP-SP, CPF 250.319.028/68, com domicílio na Avenida Paulista, 1.415, parte, Bela Vista, São Paulo, SP; Sérgio Socha, brasileiro, casado, bancário, RG 208.855-0/SSP-SC, CPF 133.186.409/72; Julio de Siqueira Carvalho de Araujo, brasileiro, casado, bancário, RG 3.272.499/IFP-RJ, CPF 425.327.017/49; Milton Almicar Silva Vargas, brasileiro, casado, bancário, RG 7.006.035.096/SSP-RS, CPF 232.816.500/15; José Luiz Acar Pedro, brasileiro, casado, bancário, RG 5.592.741/SSP-SP, CPF 607.571.598/34; Norberto Pinto Barbedo, brasileiro, divorciado, bancário, RG 4.443.254/SSP-SP, CPF 509.392.708/20; Diretor-Gerente: Paulo Eduardo D’Avila Isola, brasileiro, divorciado, bancário, RG 6.610.670-9/SSP-SP, CPF 857.044.828/72, todos com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP; e Diretor: Evanir Coutinho Ussier, brasileiro, casado, bancário, RG 12.192.880/SSP-SP, CPF 880.914.578/04, com domicílio na Alameda Santos, 1.420, 12o andar, Cerqueira César, São Paulo, SP, sendo que permanecerão em suas funções até que a Diretoria a ser eleita no ano de 2008 receba a homologação do Banco Central do Brasil e seja a Ata arquivada na Junta Comercial e publicada; IV) fixado o montante global anual da remuneração dos Administradores, no valor de até R$46.200,00. Assembléia Geral Extraordinária: aprovada a proposta da Diretoria para a alteração do Estatuto Social, no Parágrafo Segundo do Artigo 6o, substituindo a Instituição Financeira Depositária das ações da Sociedade de Banco Bradesco S.A. para Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários, passando a vigorar com a seguinte redação: “Art. 6o) Parágrafo Segundo - Todas as ações da Sociedade são escriturais, permanecendo em contas de depósito na Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários, em nome de seus titulares, sem emissão de certificados, podendo ser cobrado dos acionistas o custo do serviço de transferência da propriedade das referidas ações.”. Declaração: Declaramos para os devidos fins que a Ata das referidas Assembléias encontra-se lavrada em livro próprio, homologada pelo Banco Central do Brasil e arquivada conforme segue: “Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob número 264.394/07-0, em 27.7.2007. a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.”. Bankpar Arrendamento Mercantil S.A. aa) Sérgio Socha e Milton Almicar Silva Vargas.

EDITAL DE CONVOCAÇÃO Em razão do encerramento de nossas atividades, por força do falecimento de nosso sócio quotista, Paulo Rogério Giorgi, convocamos a todos os consignantes para que compareçam, observado o prazo improrrogável de quinze, (15), dias, a contar da data de publicação deste, na R. Fidalga, nº 417, Vl. Madalena, a fim de retirar seus produtos e/ou procederem acerto de contas. Salientamos que ao final de referido prazo, estarão nulos todos os contratos de consignação anteriormente pactuados.

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

AVISO DE ABERTURA DE LICITAÇÃO – TP 03/2007 Entrega de envelopes: 23.08.2007, às 8h30. Abertura da Habilitação: 23.08.2007, às 8h35. Objeto: Contratação de empresa especializada para realização de serviços de limpeza e desinfecção de reservatórios de água. Custo estimado global: R$ 148.168,20. Informações sobre o Edital na Rua Antonio de Godoy, 2181, Jardim Seixas, Fone/fax: (17) 3211-8105 e internet: www.semae.riopreto.sp.gov.br. São José do Rio Preto, 07.08.07. Ronaldo L. de Oliveira - Presidente da C.L. UNIDADE DE GESTÃO ASSISTENCIAL II HOSPITAL IPIRANGA PROCESSO Nº. 001.0132.0307/2006 OBJETO: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE VIGILÂNCIA/SEGURANÇA PATRIMONIAL, COM A EFETIVA COBERTURA DOS POSTOS DESIGNADOS, NO ÂMBITO DA UGA II – HOSPITAL IPIRANGA. PREGÃO PRESENCIAL Nº: 105/2007. Acha-se aberto na UGA II – HOSPITAL IPIRANGA, Pregão Presencial nº: 105/2007 destinado à “Prestação de Serviços de Vigilância / Segurança Patrimonial, com a Efetiva Cobertura dos Postos Designados, no âmbito da UGA II - Hospital Ipiranga”, do tipo menor preço. A realização da sessão se dará em 22/08/2007, às 14:30 horas na sala de licitações da Uga II – Hospital Ipiranga sito à Av. Nazaré, 28 – 11º andar – Ipiranga – São Paulo – SP. O Edital e demais informações encontram-se disponíveis no sitio e-negociospublicos.com.br.

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

PREGÃO (presencial), para Registro de Preço DSE nº 43/07. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 4517/5900/2007. OBJETO: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DESTINADA AOS FUNCIONÁRIOS/ SERVIDORES DA SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO (DSE / REDE DO SABER / CENP), LOTADOS E/OU PRESTAM SERVIÇOS NO PRÉDIO ONDE ESTÁ INSTALADO O DEPARTAMENTO DE SUPRIMENTO ESCOLAR. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 09:30h do dia 20 de agosto de 2007. Edital completo à disposição dos interessados, via Internet, pelo Site www.enegociospublicos.com.br. INFORMAÇÕES: fones: (11) 3866-1615/1616, de 2ª a 6ª feira, no horário das 8h às 17h. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE SUPRIMENTO ESCOLAR

FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR

EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL PARA ENTREGA IMEDIATA PREGÃO Nº 030/2007-FAMESP PROCESSO Nº 889/2007-FAMESP Acha-se à disposição dos interessados do dia 08 a 21 de agosto de 2007, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli, s/nº, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680– ramal 111-FAX (0xx14)3882-1885–ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/ Hospital das Clínicas, o Edital de Pregão Presencial - Pregão nº 030/2007-FAMESP, Processso nº 889/2007-FAMESP, que tem como objetivo a Aquisição de Materiais de uso Laboratorial (Cartões, Perfil, Soluções e Soros), para atender às necessidades do Hemocentro do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, do tipo menor preço por item, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação, será realizada no dia 22 de agosto de 2007, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar, no endereço supra citado. Botucatu, 07 de agosto de 2007. Prof. Dr. Shoiti Kobayasi Diretor-Vice Presidente - FAMESP

UVCC Adm. e Participações S/A

CNPJ (MF) nº 61.594.172/0001-25 Ata da Assembléia Geral Ordinária realizada no dia 23/07/2007 Local e Hora: na sede da UVCC, na Rua Amaral Gurgel, 560, São Paulo, às 19:30 horas em segunda convocação. Presença: acionistas representando 37,56% (trinta e sete, cinqüenta e seis por cento) do capital social, cujas assinaturas foram apostas no livro de “Presença dos Acionistas”. Convocação: convocação realizada em 21/06/2007, 03/07/2007 e 13/07/2007, por meio de publicação no jornal Diário do Comércio. “Ordem do Dia: 1. Tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e votar as demonstrações financeiras, bem como analisar a responsabilidade dos administradores da UVCC; 2. Alteração da forma de alienação do Patrimônio Imobiliário, a cargo da Comissão de Vendas instituída em Assembléia Geral; 3. Eleição de um novo membro para a Comissão de Vendas; 4. Redução do capital social e outros assuntos de interesse da UVCC. Obs: em conformidade com o disposto no artigo 133 da Lei 6.404/76 acham-se à disposição dos acionistas na sede da UVCC, o relatório de administração, cópia das demonstrações financeiras, parecer do auditor e demais documentos pertinentes a assuntos incluídos na ordem do dia. Maury Sergio Lima e Silva - Diretor Presidente”. Abrindo a sessão, o Diretor Presidente da Empresa, Dr. Maury Sergio Lima e Silva, convidou para secretário o Senhor Anselmo Raffaelli que aceitou. Após, o Diretor Presidente teceu comentário sobre a administração anterior que não cumpriu a deliberação tomada em Assembléia Geral de 19.12.2005, para viger em 2006, no sentido de reduzir o número de Membros no Conselho de Administração, de seis para três e limitar o valor dos salários para dois salários mínimos. Ao invés de obedecer ao determinado pela Assembléia Geral, o Conselho de Administração manteve seis membros recebendo salários e pagando os encargos correspondentes durante todo o ano de 2006, acarretando despesas não autorizadas pela Assembléia Geral. Esclareceu o Diretor Presidente que é cabível mover processo contra os ex-Membros do Conselho de Administração que não atenderam a determinação da Assembléia Geral, contudo esclareceu que uma ação judicial demanda tempo e tem custos. Após estas ponderações passou-se à Ordem do Dia 1 Tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e votar as demonstrações financeiras, bem como a responsabilidade dos administradores da UVCC. Por unanimidade ficou aprovado: 1- Rejeitar as contas apresentadas pelos ex-administradores. 2- Processar os ex-administradores para ressarcir a UVCC de todos os valores pagos com salários e demais encargos, acima do limite determinado na Assembléia Geral de 19.12.2005. Ordem do Dia 2 - Alteração da forma de alienação do Patrimônio Imobiliário, a cargo da Comissão de Vendas, instituída em Assembléia Geral. Por unanimidade foi aprovada a alienação após o desmembramento das unidades e não por leilão dos prédios como todo, conforme havia sido decidido em Assembléia anterior. Assim, fica a Administração da UVCC, nos termos do seu estatuto, autorizada a proceder à venda de cada uma das unidades desmembradas de todos os imóveis da UVCC, após prévia aprovação dos termos e condições da venda pela Comissão de Vendas. Ordem do Dia 3 - Eleição de um novo membro para a Comissão de Vendas. O Diretor Presidente pediu a palavra e renunciou ao cargo de membro da Comissão de Vendas, visto que estava acumulando o cargo de Diretor Presidente e membro da Comissão da Vendas. A seguir, elegeu-se dois novos componentes para a Comissão de Vendas que passou a ser composta pelos senhores Anselmo Raffaelli, José Zanetti Neto e Maria Antonietta Defina Lima e Silva. Ordem do Dia 4 - Redução do capital social e outros assuntos de interesse da UVCC. Explicou o Diretor Presidente que este tópico é importante, pois há um prejuízo acumulado nos registros contábeis da Companhia no montante total de R$ 797.990,06, conforme evidenciado no Balanço Patrimonial datado de 31/12/2006. Em razão disso, decidem os acionistas, nos moldes do artigo 173, da Lei 6.404/76, conforme alterada, reduzir o capital social da companhia atualmente de R$ 4.523.898,00 para R$ 3.725.907,94, a fim de fazer frente ao prejuízo. Em conseqüencia disso, o artigo 5º do Contrato Social da UVCC, passa a vigorar com a seguinte nova redação: “Art. 5º O Capital Social, inteiramente subscrito, é de R$ 3.725.907,94, dividido em 4.523.898 ações ordinárias nominativas no valor de R$0,8236, cada, que é integralizado no presente ato através de seu patrimônio líquido constituído por seus bens imóveis, móveis e moeda corrente disponível”. Decidem os acionistas, ainda, que a administração fica desde já autorizada a aguardar o prazo legal para arquivamento da ata na Junta Comercial competente, bem como realizar todos os atos necessários à implementação da redução ora aprovada. Encerramento - Nada mais havendo a tratar e como ninguém mais quisesse fazer uso da palavra, foi encerrada a sessão por volta das 20:30 horas, da qual foi lavrada Ata no livro de Assembléias Gerais da UVCC. Assinaturas. Diretor Presidente - Maury Sergio Lima e Silva, Secretário - Anselmo Raffaelli. Publica-se a presente Ata em substituição à publicada em 07/08/07 que fica anulada.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, no dia 7 de agosto de 2007, não houve pedido de falência na Comarca da Capital-SP.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

O programa da Prefeitura prevê mais seis sessões de cinema, do dia 24 de agosto a 11 de dezembro.

Comida, diversão. E cinema. Fotos: Rafael Hupsel/Luz.

José Silva (de azul) e Filomeno Ferreira: dominó no núcleo do Parque São Rafael e sessões de cinema.

Programa da Prefeitura incentiva os idosos a participar de programas culturais. As sessões de cinema são as mais concorridas. A trama mostra como vivem idosos no Rio de Janeiro. Muitos dos participantes evando a sério o verso não iam ao cinema há mais da banda Titãs que de 30 anos. Para eles, foi um diz "a gente não quer programa que será sempre só comida, a gente lembrado. José Oliveira da Silva, de 69 quer comida, diversão e arte", a Secretaria Municipal de As- anos, diz que a experiência foi sistência e Desenvolvimento muito boa. A última vez que foi Social criou em maio deste ano ao cinema foi há quatro anos o programa "Cine Maior Ida- quando assistiu o filme "do pade", exclusivamente para ido- dre Marcelo Rossi, não me lemsos. O objetivo é oferecer ativi- bro o nome". Para ele, foi ótimo dades culturais aos freqüenta- conhecer a sala da Cinemateca. dores dos Núcleos de Convi- "Gostei muito vência do Idoso localizados da música ao em diversos bairros da capital. vivo antes da A previsão é de que o progra- sessão. Moro ma continuará até 11 de de- aqui perto, no zembro e dele já participaram Jardim Santa Adélia, onde 316 pessoas. Segundo dados do Instituto raramente apaBrasileiro de Geografia e Esta- rece um circo e tística (IBGE), com o aumento o único lazer é da expectativa de vida da po- e s t e c e n t ro e pulação, a terceira idade já cor- ver televisão. responde a 15 milhões de bra- Gostei muito sileiros. Em 2025, o país terá 32 do filme com a milhões de idosos. Por isso, ór- F e r n a n d a gãos públicos, ONGs e empre- Montenegro: o sas já realizam ações para in- final surpreendeu". cluir este grupo à sociedade. Sala conforExperiência – Os freqüentadores do Núcleo de Convivên- tável – Paulo Neri do Nascicia do Idoso Verbo Divino do mento ficou impressionado com a sala da CiParque São Ranemateca pelo fael, na zona seu conforto e Leste da capital pela atenção que paulista, tiveos funcionários ram uma expe- Aqui no Jardim Santa dispensaram ao riência única, no Adélia raramente grupo. Ele gosmês passado ao aparece um circo. tou muito do p a r t i c i p a r d o Nossa única diversão c u r t a - m e t r aprograma (mais é o núcleo para os gem sobre São informações no siP a u l o p o rq u e te www.prefeitu- idosos e ver TV. rasp.gov.br), reaJosé Oliveira da Silva, "vivi aquela vilizado em parce69 anos de idade. da e me lembrei dos trajes que se ria com a Fundausava e de quanção Mapfre e a Nossa Caixa Mapfre Vida e do o cinema era mudo e a música ao vivo acompanhava o Previdência. Eles foram levados em uma filme." E lembrou que não ia ao van até a Cinemateca Brasilei- cinema há cinco ou seis anos. ra, na Vila Mariana, para assis- Achou interessante o filme tir um curta-metragem sobre a "Do Outro Lado da Rua" porSão Paulo dos anos 30 e o longa que ele mostra muitas coisas "Do Outro Lado da Rua", diri- que acontecem atualmente cogido por Marcos Bernstein, mo crimes que demoram 20 com Fernanda Montenegro, anos para serem resolvidos. A aposentada Filomena FerRaul Cortez e Laura Cardoso.

Paula Cunha

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reira Oliveira não ia ao cinema há 30 anos. Aos 76 anos de idade, ela se lembra do bairro e suas transformações. "Cheguei da Bahia em 1957 e, quando mudei para cá, não havia nada. Agora, ele não tem nem mais cinema. O mais próximo fica em Santo André. Só saio de casa para visitar os meus dez filhos", diz. Por isso, ela gostou muito da sessão na Cinemateca e da música ao vivo. Durante a projeção do curta-metragem dona

Paulo Neri do Nascimento, impressionado com o conforto da Sala Cinemateca: lembranças do cinema mudo.

Filomena disse que parecia estar dentro da história "quando um homem gritou. Por isso, tive a sensação de que tudo mudou para mim quando saí daqui para ver os filmes." Novas sessões – Segundo a assessoria da Secretaria Municipal de Assistência Social, o programa continuará e terá, em sua segunda fase, mais seis sessões entre o dia 24 de agosto e 11 de dezembro. Os núcleos de Convivência do Idoso serão selecionados. Já participaram as unidades dos bairros de Vila Mariana, São Mateus, Vila Prudente, Mooca, Sé, Itaquera, Jabaquara e Ipiranga. Após cada sessão, os coordenadores de cada uma dessas unidades realizam atividadees complementares que analisam os filmes e estimulam o debate entre os idosos sobre seu conteúdo. Depois, os participantes encenam peças baseadas nestas discussões.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

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José Cruz/ABr

Polít ica STF QUEBRA SIGILOS DE RENAN

Você (Renan) daria um belo gesto de presente à Nação se prosseguisse no seu direito legítimo de defesa como senador. Arthur Virgílio (PSDB)

Supremo Tribunal Federal (STF) abre caminho para uma investigação completa contra o presidente do Senado a partir da quebra dos sigilos fiscal e bancário Lula Marques / Folha Imagem

Bate-boca e troca de acusações no Senado

Agripino anuncia obstrução

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anúncio de que a oposição vai obstruir as votações do Senado até que Renan Calheiros (PMDB-AL) deixe a presidência do Senado, feito pelo líder do DEM, José Agripino Maia (RN), causou um bate-boca no plenário, ontem à tarde. Em resposta, Renan citou "concessões e financiamentos estatais" que Agripino teria: "Se sofresse a pressão que sofro por duas semanas, não agüentaria", disse. O líder do DEM interrompeu o presidente do Senado cobrando esclarecimentos sobre as acusações: "Débitos? Que débitos? Vossa Excelência tem obrigação de dizer". Renan respondeu: "O que falei é que estou submetido a devassa e que poucos teriam a condição de abrir declaração de renda como fiz. Mas que se Vossa Excelência estivesse na minha situação não o prejulgaria". Agripino pediu novamente explicações: "Meus negócios são todos legítimos. Se tem alguma acusação contra mim, deixe claro". "Nada tenho a temer, nada tenho a esconder", disse o senador em sua defesa. E não poupou acusações à revista "Veja". No início de seu discurso, afirmou que há dois meses vem sendo vítima de um "impiedoso ataque que já se transformou em campanha". Renan reafirmou ainda que não renuncia à presidência do Senado Federal. (AE)

Virgílio diz que saída é 'presente à Nação'

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líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio, também pediu ontem a saída temporária de Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado. "Você daria um belo gesto de presente à Nação se prosseguisse no seu direito legítimo de fazer sua defesa como senador, provisoriamente, substituído por direito, num processo que se Deus quiser haverá de correr celeremente", disse. O pedido de Virgílio foi polido, para não agravar o calor da discussão. "Não pode haver nada que provasse que eu quisesse fazer mal a você. Não quero, quero proteger a nação. Mas esse direito de defesa vai se verificar e o processo só vai fluir se você se defender com seu vigor, experiência. Seria mais conveniente mais acertado. Portanto, eu não entenderia como gesto de fraqueza de vossa excelência dissesse: 'estou me licenciando para me defender'. Mesmo, entenderia como serviço prestado ao País, à Nação." Para que a investigação possa fluir, afirmou Virgílio, é "preciso que você (Renan) se licencie para o Senado se encontrar. É um apelo que lhe faço do coração, por entender que o Senado deve ser a instituição honrada por todos nós." (AE)

Sai ou não sai: Renan Calheiros reafirma que não deixará a presidência do Senado, mas a oposição pressiona o governo com votação de CPMF

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Supremo Tribunal Federal (STF) determinou ontem a quebra dos sigilos fiscal e bancário do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O ministro Ricardo Lewandowski pediu ao Banco Central e à Receita Federal os dados de Renan desde 2000. À Receita, foram pedidas as declarações de imposto de renda e ao BC, cópia da movimentação financeira do parlamentar. Também foram pedidos todos os documentos contra o senador no Conselho de Ética e na Mesa Diretora. Renan responde a processo por quebra de decoro sob a acusação de ter despesas pessoais pagas por um lobista. A abertura de inquérito sobre o caso foi autorizada pelo STF na última segunda-feira com base no pedido feito pelo procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza. No mesmo dia, Lewandovski foi designado relator da investigação no Supremo. O objetivo do inquérito é apurar suspeitas de enriquecimento ilícito, uso de documento falso, prevaricação e crimes financeiros atribuídos a Renan. O procurador quer saber se o senador usou notas fiscais frias para justificar a origem dos recursos para pagamento de pensão à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha fora do casamento. POLÍCIA FEDERAL A investigação no Supremo tem caráter criminal e será tocada pela Polícia Federal (PF). Segundo o procurador, o inquérito no STF é distinto e corre paralelo ao processo do Conselho de Ética, cuja pena é política: perda do mandato e suspensão dos direitos políticos por oito anos. O procurador requereu o envio de todo o material em poder do Conselho de Ética e também o relatório da perícia preliminar, realizada pela PF há dois meses, além do laudo que está sendo preparado. Souza quer ver esclarecidas as suspeitas de favorecimento ilícito ao grupo Schincariol. LARANJAS NÃO Só não foi incluída no pedido a denúncia de que Renan usou parentes como laranjas na compra de duas emissoras de rádio em Alagoas, porque só tomou conhecimento do fato no fim de semana. Souza explicou, no entanto, que o caso poderá ser anexado ao inquérito, ao longo da investigação.

ogo após ouvir o pronunciamento de defesa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), fez um apelo diretamente a Renan para que ele se afaste da presidência da Casa e não crie mais constrangimentos aos colegas. E anunciou que seu partido obstruirá todas as votações em protesto. "É um direito que lhe assiste (continuar na presidência), mas nós temos o direito de fazer o que pactuamos. O DEM delegou a mim a tarefa de estabelecer um processo de obstrução e quero declarar que, a partir da votação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, começaremos a obstruir as votações, o que inclui a CPMF ", disse. (AE)

Uéslei Marcelino / Folha Imagem

REPRESENTAÇÃO Os senadores do DEM (exPFL) e o presidente do partido, deputado Rodrigo Maia (RJ), decidiram no início da tarde de ontem entrar com representação no Conselho de Ética do Senado contra o presidente da Casa, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), pela denúncia de que teria comprado duas emissoras de rádio em Alagoas utilizando-se de "laranjas". O partido decidiu ainda obstruir as votações de projetos de interesse do Governo enquanto o caso Renan não for julgado. Segundo o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), a representação será feita em conjunto, se possível, com os senadores do PSDB, que estão reunidos neste momento para tratar do mesmo assunto. Membros da Mesa diretora do Senado discutem boicote nas votações para forçar a queda de Renan

INVESTIGAÇÃO Ainda sobre o caso Renan, a Mesa Diretora da Casa se reunirá às 15h30 para tratar da representação do PSol que pede a investigação da compra de uma fábrica de refrigerantes da família Calheiros pela cervejaria Schincariol. Após a compra, Renan teria intercedido em favor da empresa no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e na Receita Fede-

Há 15 dias pedi ao procurador da República que fizesse a investigação, para que eu pudesse demonstrar todas as minhas verdades. Renan Calheiros

ral. A fábrica, que estava prestes a fechar, foi comprada por R$ 27 milhões. NOVO PROCESSO Um parecer da Advocaciageral do Senado já recomendou à Mesa não abrir novo processo contra Renan. O documento é apenas uma recomendação à Mesa, que pode aceitar ou rejeitar a avaliação do advogado-geral, Alberto Cascais. O presidente do Senado já é alvo de investigação no Conselho de Ética sob a acusação de ter despesas pagas por um lobista. O futuro de Renan depende ainda da perícia que está sendo realizada pela PF nos documentos em que nega envolvi-

mento com a empreiteira Mendes Júnior. Notas fiscais e recibos do "pacote" teriam sido forjados para mostrar que ele teve rendimentos de R$ 1,9 milhão em quatro anos. SÓCIO SUSPEITO Os partidos da oposição estão de olho no papel de Ildefonso Antônio Tito Uchôa Lopes, um dos supostos laranjas dos negócios do senador Renan Calheiros em Alagoas, e querem levá-lo para Brasília para ser ouvido, assim que possível. Tito Uchôa, como é conhecido, foi acusado formalmente pelo Ministério Público Federal, em novembro do ano passado, por improbidade administrativa. Ele e outros ex-servidores da Delegacia Regional do Trabalho em Alagoas são apontados como responsáveis por um esquema de direcionamento de licitações, fraude em contratos e superfaturamento de preços no órgão. Tito Uchôa foi delegado do Trabalho em Maceió de 1995 até 2002. A ação do MPF elenca diversas problemas em sua gestão entre os anos de 2000 e 2002, quando ele acabou afastado do cargo após um processo administrativo. Entre outras irregularidades, ele teria beneficiado indiretamente a Construtora Uchôa, de seu irmão Jubson Uchôa Lopes , segundo pareceres do Tribunal de Contas da União (TCU). A edição desta semana da revista "Veja" informa que Tito Uchôa serviu como emissário do presidente do Senado na compra de um jornal, em Maceió, em sociedade com o ex-

deputado e atual inimigo político João Lyra. Renan teria pago em dinheiro sua parte no negócio (R$ 1,3 milhão). A compra, feita em 1998, fazia parte dos planos de expansão dos negócios ocultos do senador na área de comunicação. Além do jornal, ele tem participação em duas emissoras de rádios e uma gráfica. As empresas estão registradas em

Por que esta revista (Veja) fica discutindo coisas menores, quando deixa na obscuridade um negócio de R$1 bilhão? Renan Calheiros

nome de seu filho Renanzinho Calheiros, prefeito de Murici base do clã Calheiros –, de Tito Uchôa e outros sócios. No dia 8 de novembro do ano passado foi protocolada na Justiça Federal de Alagoas ação de improbidade administrativa contra Tito Uchôa e outras 13 pessoas movida pelo Ministério Público Federal. Procurado na segunda, Tito Uchôa limitou-se a afirmar que suas contas na DRT foram aprovados pelo TCU. Sobre as relações e negócio mantidos com os Calheiros, disse tratarse de questões pessoais que não iria comentar. Nenhum representante da Ativa e da Construtora Uchôa foram localizados.

RESPOSTA O presidente do Senado afirmou que a decisão do procurador da República de pedir ao STF uma investigação das denúncias contra ele atende a um pedido que ele próprio fez. "Há 15 dias pedi ao procurador da República que fizesse a investigação, para que eu pudesse demonstrar todas as minhas verdades", disse ele, acrescentando que, numa carta do dia 10 de julho ele se dispôs a abrir seu sigilo bancário, fiscal e telefônico. Também na segunda, Renan reagiu às novas denúncias feitas no fim de semana pela revista "Veja", garantindo que são "inverdades" as alegações de que seria o dono oculto de duas emissoras de rádio. Ele acusou o Grupo Abril, que edita a revista, de ter feito "uma sociedade secreta" com o ex-deputado João Lyra (PTBAL) para comprar também um jornal diário em nome de laranjas. Para o presidente do Senado, o Grupo Abril pretende simplesmente usá-lo como "cortina de fumaça" para ocultar a venda de sua emissora de TV a cabo, a TVA, a uma empresa estrangeira, por um R$ 1 bilhão. "O que todo mundo quer saber é por que esta revista fica discutindo coisas menores, quando deixa na obscuridade um negócio de R$1 bilhão", afirmou. Em uma nota a respeito das reações do presidente do Senado, o Grupo Abril afirmou que a "Veja investiga, apura e denuncia tudo o que prejudica o Brasil e pretende continuar fazendo isso". (AE)


quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Empresas Finanças Nacional Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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PEQUENAS DOMINAM SETOR DE LIMPEZA NO PAÍS

A Semp Toshiba construirá uma fábrica no Brasil para produzir máquinas de lavar, geladeiras e aparelhos de ar condicionado.

ABRALIMP ESTIMA CRESCIMENTO DE 6% NESTE ANO, MAS POTENCIAL DE EXPANSÃO DO SETOR É MAIOR.

INDÚSTRIA DE LIMPEZA ESTÁ EM ALTA Fotos: Divulgação

Fátima Lourenço

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A Higiexpo e o congresso Higicon vão até amanhã no Expo Center Norte, em São Paulo.

Cidadania Fiscal vai à votação hoje Sergio Kapustan

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Assembléia Legislativa vota hoje projeto do governador José Serra (PSDB) que devolve ao bolso do consumidor até 30% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) recolhido pelo estabelecimento comercial em que ele fez a compra. O objetivo da lei, denominada Programa de Estímulo à Cidadania Fiscal do Estado de São Paulo, é combater a sonegação e ajudar o contribuinte a pagar menos imposto. Para participar do programa, o consumidor deve exigir

do comerciante o cupom, nota fiscal tradicional ou a nova nota fiscal online e informar o número do seu CPF ou o CNPJ. A empresa deverá entregar ao cliente o cupom ou emitir a nota fiscal eletrônica diretamente no site da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo. O consumidor escolherá a forma de receber os créditos: em depósito na conta corrente, para abater o valor da fatura do cartão de crédito, pagar o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) ou mesmo transferir o valor dos créditos para terceiros. Antes de votar o projeto, a Assembléia realizou ontem

INFLAÇÃO O IGP-DI subiu 0,37% em julho, a segunda maior taxa do ano, segundo a FGV.

INDÚSTRIA

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SOJA A área plantada com soja na safra 2007/08 deve crescer no mínimo 5% no ano agrícola.

Ó RBITA

REINO UNIDO QUER CARNE DO BRASIL

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upermercados e empresas de alimentos britânicas estão sendo orientadas a procurar fornecedores brasileiros e de outros países até o final da semana para evitar uma escassez de carne no Reino Unido. Ontem, um novo foco de aftosa foi identificado no país e, em Bruxelas, a União Européia (UE) convocou para hoje uma reunião de emergência dos veterinários do bloco. A TÉ LOGO

Os Estados Unidos, Rússia, Europa e Japão decretaram embargo à carne britânica. Oficialmente, a UE rejeita a tese de ampliar as cotas para o produto brasileiro. O tema é um dos mais polêmicos dentro das negociações comerciais entre o Mercosul e a Europa. A cota destinada ao País é de 5 mil toneladas de carne bovina, que entra no mercado europeu com um imposto de apenas 20%. (AE)

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Substitutivo pode obrigar União a partilhar CPMF

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Agroindústria cresceu 4,6% no primeiro semestre

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atividade industrial no segundo semestre deve ter comportamento semelhante ao do primeiro: produção em alta e faturamento arrefecido pelo impacto do câmbio. A avaliação é do economista Paulo Mol, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Após cinco meses consecutivos de expansão, a atividade industrial apresentou acomodação em relação ao mês anterior e redução do uso do parque fabril. Os dados das horas trabalhadas mostram crescimento de 2% no segundo trimestre e de 3,6% no primeiro semestre. (AE)

uma audiência pública. Em nome do governo, o secretárioadjunto da Fazenda Estadual, George Tormin, apresentou as linhas básicas da proposta. De acordo com o secretário, o governo quer combater a sonegação fiscal – de R$ 4 a 13 bilhões. A bancada do PT, de oposição, criticou a proposta. Segundo os petistas, os pequenos comerciantes da periferia podem falir porque não dispõem de recursos para adquirir os equipamentos necessários para fazer o operação eletrônica. Para resolver o problema, foi discutida a proposta de abertura de uma linha especial de financiamento da Nossa Caixa.

Embrapa e Basf criam soja transgênica brasileira

b u s c a p o r s o l uções que reduzam o impacto ambiental ganha espaço no mercado institucional de limpeza. A 18º Feira de Produtos e Serviços para Higiene, Limpeza e Conservação Ambiental (Higexpo), aberta ontem em São Paulo, no Expo Center Norte, apresenta algumas dessas soluções, concebidas por fabricantes de produtos e equipamentos do ramo. A preocupação com a sustentabilidade ambiental também é o tema central do congresso i n t e r n a c i o n a l d o s e t o r, o 19º Higicon, que é realizado paralelamente à feira, que termina amanhã. De acordo com levantamento da Associação Brasileira do Mercado Institucional de Limpeza (Abralimp), as 13 mil empresas do setor tiveram crescimento da ordem de 6% em 2006. O presidente da entidade, Ricardo Monteiro da Silva, estima uma expansão semelhante para este ano, mas afirmou que o Brasil tem espaço para índices maiores, com o avanço da limpeza institucional em segmentos como o educacional e o de hotelaria. A cadeia produtiva desse mercado, no Brasil, é formada por fabricantes de produtos químicos, de equipamentos, ferramentas e acessórios, além

Monteiro: setor está otimista.

das prestadoras de serviço, que representam 90% das empresas – a maioria de pequeno e médio portes. Para os executivos desse ramo, a maior carência é a qualificação da mãode-obra. "Esse ainda é um mercado com forte canibalismo, por conta de muita informalidade", comenta Silva. Ele diz que o setor não tem legislação específica para disciplinar as questões relacionadas à sustentabilidade ambiental. "A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já regulamentou alguns produtos para a área de limpeza", afirma. As referências mais consolidadas vêm das normas européia e norte-americana. A discussão em torno de uma lei específica para o País começa ainda neste mês na Anvisa. Empresas como a multinacional Johnsondiversey, ou a brasileira Eco Química, anteci-

param-se a essa discussão. A primeira, segundo o diretor de marketing para a América Latina, Arnaldo Betta, só utiliza matérias-primas biodegradáveis "e já respeita as normas mais rígidas do mundo para controlar o impacto ambiental", incluindo etiquetas. Há 25 anos no Brasil, a empresa aproveita a Higiexpo para mostrar novidades no tratamento de piso e ampliação da linha de produtos com embalagem dotada de dosador exclusivo. A paulistana Eco Química, com 15 anos de mercado, cresceu 25%, em 2006, ancorada nos desinfetantes, detergentes e limpadores biodegradáveis que fabrica. A sócia-diretora, Anna Paula Cortez, espera crescer pelo menos mais 20% neste ano. Na feira, ela apresenta a linha Iluminatti, para tratamento e limpeza de granito, mármore, entre outros tipos de superfícies. Reciclagem – De olho no futuro e em uma eventual falta de matéria plástica para fabricar aspiradores de pó, a IPC Brasil faz da feira o palco para o lançamento de seu primeiro equipamento ecológico, o Woody – lançado pela matriz italiana há aproximadamente dois meses. O produto tem seu tanque fabricado 100% com papelão reciclado, além de trabalhar com um filtro antibactericida, explica o diretor da empresa Miguel Angel Echeverria.

Volks lança linha de caminhões

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Volkswagen Caminhões e Ônibus lançou ontem, em Campinas, interior de São Paulo, sua linha de caminhões extrapesados, com a qual pretende faturar meio bilhão dos R$ 5,5 bilhões previstos para este ano no segmento de caminhões e ônibus. Segundo o presidente da unidade, Roberto Cortes, o investimento no setor foi baseado no crescimento econômico e do agronegócio. Os maiores clientes da marca no segmento de caminhões extra-pesados são as grandes transportadoras e as empresas de agribusiness. Segundo dados divulgados pelo Departa-

mento de Marketing da unidade Caminhões e Ônibus, esse segmento representa R$ 5 bilhões em vendas no mercado este ano. Estima-se a venda de 23 mil veículos em 2007 – o equivalente a 20% dos caminhões vendidos no País. "O mais importante é que estamos falando de um segmento em que o valor agregado é muito grande porque são caminhões maiores. Por isso, a Volkswagen entra hoje num segmento que não atuávamos (extra-pesados), com previsões de atender 35% desse mercado", afirmou. "O consumidor passa a ter uma alternativa às marcas que estão no mercado (Merce-

des, Scania, Volvo e Iveco)." Os caminhões extra-pesados são utilizados para percorrer distâncias muito grandes, para transporte de grãos e de cana-de-açúcar. "E esse é um mercado que está em expansão, por causa do crescimento considerável da agricultura", disse Cortes. A procura é crescente. Para obter um caminhão para transporte de grãos, um dos mais procurados, por exemplo, a espera pode demorar até quatro meses, segundo o executivo. O objetivo da Volks é vender 1,5 mil unidades de caminhões extra-pesados esse ano e 4 mil unidades por ano, a partir de 2008. (AE)

Vendas de usados em alta

da Associação dos Revendedores Independentes de Veículos Automotores no Estado de São Paulo (Assovesp). Do total de negócios realizados, 65,9% (90.230) foram feitos com veículos de motor 1.0, significando um aumento

de 0,85% em relação ao montante de negócios com esse tipo de carro registrado no mês anterior (89.473 transações estimadas em junho). Em julho, 71% dos negócios foram financiados, ante 75% de junho. (AE)

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s vendas de carros usados no Estado de São Paulo cresceram 7,08% em julho, em relação a junho, segundo dados


Logo Logo DIÁRIO DO COMÉRCIO

O Brasil tem todas as condições para ter uma posição de destaque, se for capaz de manter a solidez da economia.

www.dcomercio.com.br/logo/

Divulgação

Do norte-americano Nouriel Roubini, que foi economista-chefe do governo Bill Clinton, ao afirmar que o Brasil será uma potência mundial em 30 ou 40 anos.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

AGOSTO

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8 Em 1969, foi tirada a foto da capa do álbum Abbey Road, dos Beatles, lançado em setembro do mesmo ano.

H ISTÓRIA

50 anos sem Oliver salário como Oliver Hardy. Ele se jogou no barro, e foi atingido por pianos, bolos, sopas, caçarolas e até tijolos", disse a animadora e especialista em humor gráfico Nancy Beiman, que integra o grupo de fãs. Hardy e Stan Laurel, "o Magro", rodavam seus filmes duas vezes. A primeira versão era em inglês, e a seguinte em espanhol, idioma que desconheciam, mas que aprendiam foneticamente para se apresentar sem dublagem aos espectadores latinos e espanhóis.

A RTE Fotos: AFP

Marco Polo chegou antes

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costa ocidental da América teria sido descoberta por Marco Polo 200 anos antes de Cristóvão Colombo, de acordo com um mapa da Biblioteca do Congresso em Washington, examinado pelo FBI desde 1943. A história será divulgada pela revista francesa VSD hoje. Denominado Map-with-ship ("Mapa com um navio"), o documento mostra um brasão sob o navio, com o nome Marco Polo. O estreito que separa a Sibéria e o Alasca é retratado no mapa. A revista mostra que Marco Polo, que retornou a Veneza em 1295, pode ter levado para a Europa as primeiras informações sobre a existência da América do Norte.

Se o mapa pertenceu realmente a Marco Polo, ele chegou à América dois séculos antes de Colombo e desenhou o estreito que separa a Ásia da América quatro séculos antes. Marco Po-

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A Irlanda sediará, entre os dias 24 e 27 de agosto, um encontro de fãs do humorista Oliver Hardy, o "Gordo", da série O Gordo e o Magro, morto há 50 anos, vítima de uma trombose cerebral. A festa reunião não será fúnebre, mas sim um encontro bemhumorado, organizado pelo grupo "Sons of the Desert" ("Filhos do Deserto"), que adotou como nome o título de um dos filmes mais famosos do ator. "Ninguém trabalhou tão duro para ganhar seu

C ELEBRIDADES AFP

Biblioteca do Congresso/site: www.loc.gov

H UMOR

lo, que nunca escreveu sobre o descobrimento de terras do Alasca em seus relatos de viagem, teria dito aos amigos em seu leito de morte: "Não escrevi metade do que vi".

Reuters

O cobiçado solteiro e herdeiro do trono britânico príncipe William ganhou uma estátua de cera no museu Madame Tussauds de Hong Kong. Um sapatinho de cristal o acompanha, para que as moças vejam se são a Cinderela do partidão.

B RAZIL COM Z

Bate-bola na Nigéria L

A polícia francesa recuperou ontem duas obras do pintor espanhol Pablo Picasso roubadas em fevereiro em Paris, no apartamento de uma de suas netas. Os ladrões de Maya com a boneca (1938, à esquerda) e Retrato de Jacqueline (1961, à direita), foram presos.

C RIANÇAS

Excesso de produtos diet engorda

E M

comer em excesso quando estão em pleno desenvolvimento. Por isso, os pratos com baixas calorias acabam levando a um consumo de maior quantidade de comida. Os cientistas chegaram a esta conclusão sobre a obesidade infantil após uma série de experiências com ratos nas quais demonstraram que os alimentos e bebidas de baixas calorias provocaram um consumo excessivo de comida, tanto em animais de peso normal como em obesos.

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As comidas e bebidas dietéticas podem causar um consumo excessivo de alimentos de crianças e, consequentemente, obesidade. A informação é de um estudo realizado na Universidade de Alberta, no Canadá, e divulgado pela revista Obesity. Segundo os cientistas, os animais tendem a relacionar o sabor de um alimento com a quantidade de energia que contêm. Entretanto, as crianças podem confundir esta informação, o que pode levá-las a

MODA - Mulher chinesa exibe suas unhas decoradas com os mascotes dos Jogos Olímpicos de Pequim 2008. As Olimpíadas já começam a influenciar a moda chinesa e já são temas de desfiles, catálogos, campanhas e programas de TV no país. A RQUEOLOGIA

C A R T A Z

PAISAGENS O

F AVORITOS

Chaveiro com fotos digitais

Para corações femininos

Primeiro Sorteio 21

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Segundo Sorteio

A TÉ LOGO

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo: 06

Cientistas norte-americanos descobrem planeta gigante na Constelação de Hércules Embrapa estuda desenvolvimento de soja transgênica com propriedades terapêuticas

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www.coracaodemulher.com.br

Concurso 580 da DUPLA SENA

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photoframe-keyring/index.html

O Digital Photoframe Keyring é a versão moderna do chaveiro com foto. O chaveiro tem uma tela de 1,5 polegada e memória de 8 Mb, capaz de guardar até 31 fotos de alta qualidade. Os arquivos podem ser baixados via PC ou MAC. O chaveiro tem 4,5 cm de lado e 1,5 cm de largura. Custa US$ 80.

Leigos e monges budistas vestindo aventais brancos e máscaras limpam uma estátua do Grande Buda de 15 metros de altura no tempo de Todaiji, na cidade de Nara, no Japão. Participaram da limpeza sagrada 210 pessoas.

L OTERIAS

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www.iwantoneofthose.com/digital-

O site Coração de Mulher ensina traz uma série de dicas sobre como evitar problemas cardiovasculares nas moças de todas as idades. De acordo com o site, problemas do coração são a primeira causa de mortalidade de pessoas do sexo feminino, provocando cerca de 8 milhões de mortes por ano no mundo. Alimentação saudável, exercícios físicos e índice de massa corporal (IMC), bem como sua relação com os problemas do coração são detalhados no site, que também tem entrevistas e seção de perguntas.

Reuters

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G @DGET DU JOUR

R ELIGIÃO

esqueleto de Lucy, a "vovó" de toda a humanidade, iniciou uma turnê de seis anos pelos EUA que preocupa os especialistas etíopes. Acredita-se que o esqueleto fossilizado de Lucy tem entre 3 milhões e 4 milhões de anos e pertence ao hominídeo mais antigo já encontrado. Os especialistas temem pela preservação dos frágeis ossos do raro fóssil. Lucy e outros 190 objetos, incluindo obras de arte antigas [foto menor] que contam sua história, estão expostos no Museu de Ciências Naturais em Houston. Cientistas dizem que o esqueleto, quase completo, é um marco na busca pelas origens da humanidade. Mas poucos etíopes podem ver tal tesouro. A Lucy exposta no Museu Nacional da Etiópia é uma réplica, mas o fóssil real foi aos EUA.

Fotos: AFP

Patagônia chilena é retratada em fotos e vídeo de Magdalena Correa. No Museu da Casa Brasileira, Av. Faria Lima, 2705, tel.: 3032-3727, Jardim Paulistano. Ingresso: R$ 4.

A agência de notícias chinesa Xinhua publicou com destaque ontem, em seu site em francês, o acordo realizado entre Brasil e Nigéria para promover o futebol no país africano. De acordo com a agência, o Instituto de Futebol do Brasil (BFUT) abrirá uma escola do esporte em Lagos, maior cidade nigeriana, com cerca de 10 milhões de habitantes. A escola de futebol terá treinadores, jogadores e equipes de formação em teoria, tática e técnica do esporte contratados no Brasil. O objetivo dos nigerianos é reduzir os custos de formação de craques no país, que não precisarão mais ser enviados ao Brasil para a formação. O começo das aulas já está agendado: entre 20 e 30 de outubro.

Agricultura dos países em desenvolvimento será a mais afetada pelo aquecimento global

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Concurso 1785 da QUINA 22

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Empresas Finanças Nacional Estilo

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

AQUECIMENTO DO COMÉRCIO NA FESTA DOS PAIS

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por cento é quanto representa a indústria do Estado de São Paulo na produção nacional

COMÉRCIO DE PRODUTOS ELETROELETRÔNICOS ESPERA FATURAR MAIS NO DIA DOS PAIS DESTE ANO

O PRESENTE QUE NÃO É "LEMBRANCINHA"

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epois das vendas aquecidas de julho, beneficiadas pelas férias escolares e pela temperatura fria da semana final do mês, o varejo paulistano volta a apostar em bons negócios com o Dia dos Pais. As maiores expectativas para a data do dia 12 próximo estão com os lojistas de eletroeletrônicos, como câmeras digitais, aparelhos de som, TV e DVD, computadores e itens de informática. As lojas, supermercados e vendas online calculam que podem crescer até 72% em relação a 2006, no segmento. Com 35 lojas, a rede Fast Shop acredita que, além de celulares, haverá boa saída de barbeadores elétricos e home teathers. Já a Fotoptica aposta em crescimento de 10%, impulsionado pelas vendas de câmeras digitais. O superintendente geral da Lojas Cem, Valdemir Colleone, diz que telefones celulares e computadores são muito procurados pelos filhos nessa época do ano. Segundo ele, a expectativa é de que a venda de eletroeletrônicos aumente 10% sobre o ano passado, com tíquete médio de R$ 450 por cliente. "A data dos pais é tão significativa para nós, que criamos a campanha 'A loja inteira em promoção' – tudo com desconto." A área de itens de tecnologia também é diversificada nos hi-

Lojas oferecem muita tecnologia

permercados. O Extra oferece mais de 120 itens da categoria, incluindo recentes lançamentos da indústria, como computadores, impressoras, periféricos, softwares, notebooks, câmeras digitais, monitores e palm tops, de várias marcas e modelos, com descontos e, em alguns casos, com primeiro pagamento só para novembro. A expectativa de crescimento para as vendas da seção é de 72% em comparação com a mesma data comemorativa, em 2006. Já o Wal-Mart espera vender 15% mais aparelhos eletroeletrônicos do que no ano passado. Uma das apostas da rede são as TVs de plasma. O modelo de 42 polegadas é oferecido a R$ 3.396, com pagamento em 12 meses sem juros. Internet – O Submarino investiu na campanha "meu pai é tudo pra mim", para incremen-

tar as vendas de eletroeletrônicos no período. Logo na primeira página do site, várias ofertas chamam a atenção dos clientes, como monitores de LCD a R$ 699 e aparelhos de DVD a R$ 99. Tudo pode ser pago em até doze vezes sem juros, com entrega em até um dia útil, dependendo da região. Na livraria online da Saraiva, que também vende produtos eletroeletrônicos, a expectativa para o Dia dos Pais é vender 15% a mais em relação à data do ano passado. Compras acima de R$ 300 poderão ser divididas no cartão de crédito. A empresa sugere como presente para os pais, além dos livros, CDs e DVDs, e dois modelos de notebook da HP que custam R$ 1.799 e R$ 3.999. Alta – Para o economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Emílio Alfieri, o Dia dos Pais, é considerado a quinta data no calendário do varejo, atrás de Natal, Dia das Mães, Namorados e Dia das Crianças. Mas, para o setor de eletroeletrônicos, é um momento de alta nos negócios. "A queda dos juros, o pagamento financiado em várias vezes e o crédito facilitado contribuem para a aquisição desses produtos", afirma. Segundo ele, as vendas de itens de maior valor agregado devem aumentar entre 5% e 6% no período, mas a grande maioria das compras deverá se resumir às "lembrancinhas" que custam entre R$ 20 e R$ 60.

Milton Mansilha/Luz

TVs, informática e celulares atraem clientes nas lojas especializadas, nos sites e nos hipermercados

Vendas de agosto surpreendem

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s vendas no comércio brasileiro cresceram 3,9% no último final de semana que antecede o Dia dos Pais, entre os dias 3 a 5 de agosto, em comparação com o mesmo período do ano passado. Só em São Paulo, o incremento foi de 3,8%. As informações, nacionais, são do Indicador Serasa do Nível de Atividade do Comércio. Na avaliação da última semana antes do Dia dos Pais, o indicador apontou avanço um pouco mais tímido, de 3,2%,

em relação ao período de 31 de julho a 6 de agosto do ano passado. Na capital paulista, nesta mesma base comparativa, o crescimento das vendas foi de 1,5%. Considerada uma época de comércio mais fraco do que o Dia das Mães, o resultado nacional do final de semana que antecede o Dia dos Pais, surpreendeu. Ele ficou apenas um pouco inferior ao índice verificado na data comemorativa das mães, que apresentou avanço de 4,1% neste ano. No ano passado, as vendas no

período que antecedeu a semana do Dia dos Pais apresentaram crescimento de 2,6%, enquanto as do fim de semana, evolução de 4,3%, sempre em relação aos mesmos períodos de 2005. Para os especialistas da Serasa, a evolução do crédito, as facilidades de pagamento, as promoções, a melhoria do poder aquisitivo da população, a maior oferta de produtos importados e as frentes frias de julho têm favorecido o consumo. É esperado novo crescimento nesta semana. (AE)

Indústria brasileira cresce nas 14 regiões

A DC

Vanessa Rosal

AD VOGADO Julio Cesar Ferreira da Silva Fones: (11) 6262-2968 / 6204-2467 Av. Nova Cantareira, 1725 Tucuruvi - SP - CEP: 02331-003 SECRETARIA DE COORDENAÇÃO DAS SUBPREFEITURAS NOTIFICAÇÃO O Subprefeito de Vila Maria/Vila Guilherme, ANTONIO DE PÁDUA PEROSA, em conformidade com o disposto no Decreto 15.627 de 15/12/79 e Portaria nº 022/SMSP/GAB/2005, notifica os proprietários dos veículos abaixo relacionados a comparecer a esta Subprefeitura à Rua General Mendes nº 111, no prazo de 30 dias a contar da data desta publicação, para providenciar sua retirada, satisfeitas as exigências legais, sob pena de serem alienados por meio de leilão: ADRIANO MARTINS OLIVEIRA Placa CBN 8648/SP Chassi 9BGJG69SSSB046435 GM/MONZA/GL/1995 - CINZA Processo 2007-0.133.695-8 JUAREZ MIRANDA DA SILVA Placa CMY 2433/SP Chassi 9BGJK 11 TLLB029332 GM/MONZA SL/E 2.0/1990 - VERDE Processo 2007-0.133.700-8 FRANCISCO CAETANO TEIXEIRA Placa CFS 8099/SP Chassi 9BFBXXLBABGS92629 FORD/ESCORT XK-3/1986 - CINZA Processo 2007-0.133.715-6 PAULO BENTO OLIVEIRA Placa CBD 5228/SP Chassi 9BFZZZ54ZSB729325 FORD/ESCORT 1.0 HOBBY/1995 - PRETA Processo 2007-0.133.725-3 EDIVALDO SUARES DE ARAUJO Placa DID 1834/SP Chassi 9BWZZZ21ZDP032533 WM/KOMBI/1983 - BEGE Processo 2007-0.137.172-9 VALTER ORIENTE Placa CDG 3387/SÃO BERNARDO DO CAMPO Chassi 9BWZZZ32ZGP064250 VW/PASSAT SPECIAL - BRANCA MD 1986 FB 1986 Processo 2007-0.182.029-9 SILVIA REIS NASCIMENTO DE SOUZA Placa BRL 6379/SP Chassi VF1B56CKCRS110164 IMO/RENAUKT LAGUNA 2.0 - VERMELHA MD 1995 FB 1994 Processo 2007-0.182.036-1 ADAMILTON CORDEIRO DOS SANTOS Placa BFC 1121/SP Chassi LB4PXS49533 FORD/BELINA II LDO - VERDE MD 1979 FB 1979 Processo 2007-0.182.040-0 ANDREZA VIRNO Placa CNT 5851/SP Chassi BV 199075 VW/VARIANT - VERMELHA MD 1974 FB 1974 Processo 2007-0.182.048-5

produção industrial no Estado de São Paulo, que representa 40% da nacional, cresceu 6,7% nos cinco meses de fevereiro a junho, superando a média do Brasil no mesmo período, que foi de 4,7%. A expansão nacional no primeiro semestre alcançou todas as 14 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, não foi homogênea, variando de 8,5% no Rio Grande do Sul, onde refino de petróleo, fabricação de automóveis, máquinas e equipamentos são destaques, a 0,2% no Amazonas, que enfrenta queda de 30,2% na produção de material eletrônico e de comunicação. No resultado de junho, a produção de 12 regiões aumentou, ante junho de 2006, com destaque para Minas Gerais, com 11,3%, onde os melhores desempenhos foram os de automóveis, minérios, combustíveis, eletrodomésticos e metalurgia. De maio para junho, metade das regiões pesquisadas teve redução e a outra metade, elevação. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

13

Banco Bradesco S.A. Companhia Aberta

CNPJ 60.746.948/0001-12 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP

Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras

CONTINUAÇÃO

27)

b) Movimentação do capital social em ações no semestre

Ordinárias

Quantidade Preferenciais

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2007 2006 2007 2006

Total

Quantidade de ações em circulação em 30.6.2006 489.316.804 489.908.438 979.225.242 Quantidade de ações em circulação em 31.12.2006 500.071.456 500.811.468 1.000.882.924 Ações adquiridas e não canceladas ................... (28.800) (366.400) (395.200) Bonificação de 100% ........................................... 500.042.656 500.637.068 1.000.679.724 Quantidade de ações em circulação em 30.6.2007 1.000.085.312 1.001.082.136 2.001.167.448 Em Assembléia Geral Extraordinária de 5 de outubro de 2006, deliberou-se aumentar o capital social, no valor de R$ 1.200.000 mil, mediante a emissão de 21.818.182 novas ações, nominativas-escriturais, sem valor nominal, sendo 10.909.152 ordinárias e 10.909.030 preferenciais, ao preço de R$ 55,00 por ação, mediante subscrição particular pelos acionistas no período de 19 de outubro a 20 de novembro de 2006, na proporção de 2,226746958% sobre a posição acionária que cada um possuía na data da assembléia. Os acionistas integralizaram as ações subscritas em 7 de dezembro de 2006, correspondentes a 96,41% das ações emitidas, as sobras equivalentes a 3,59% do total da oferta foram alienadas no leilão realizado em 4 de dezembro de 2006 na Bovespa e a liquidação financeira ocorreu também em 7 de dezembro. O excedente da importância destinada à formação de capital social, no valor de R$ 18.295 mil, apurado pela diferença entre o preço de emissão e o de venda das ações em leilão, foi contabilizado na conta “Reserva de Capital - Ágio de Ações”. O processo foi homologado pelo Bacen em 2 de janeiro de 2007. Em Assembléia Geral Extraordinária de 12 de março de 2007, deliberou-se aumentar o capital social no valor de R$ 3.800.000 mil, elevando-o de R$ 14.200.000 mil para R$ 18.000.000 mil, mediante a utilização de parte do saldo da conta “Reservas de Lucros - Reserva Estatutária”, atribuindo aos acionistas da Sociedade, gratuitamente, a título de bonificação, 1 (uma) ação nova, da mesma espécie, para cada ação possuída. Foram emitidas 1.000.679.724 ações nominativas-escriturais, sem valor nominal, sendo 500.042.656 ordinárias e 500.637.068 preferenciais. Simultaneamente à operação no Mercado Brasileiro, e na mesma proporção, foram bonificados os DRs - Depositary Receipts nos Mercados Americano (NYSE) e Europeu (Latibex), sendo que os investidores receberam 1 (um) DR novo para cada DR possuído, os quais continuaram a ser negociados na proporção de 1 (uma) ação preferencial para 1 (um) DR, nos respectivos mercados. O processo foi homologado pelo Bacen em 15 de março de 2007. c) Juros sobre o capital próprio/Dividendos As ações preferenciais não possuem direito a voto, mas conferem todos os direitos e vantagens das ações ordinárias, além da prioridade assegurada pelo Estatuto Social no reembolso do capital e adicional de 10% (dez por cento) de juros sobre o capital próprio e/ou dividendos, conforme disposto no inciso II do parágrafo 1o do Artigo 17 da Lei no 6.404/1976, com a nova redação na Lei no 10.303/2001. Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados juros sobre o capital próprio e/ou dividendos que somados correspondam, no mínimo, a 30% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária. Os juros sobre o capital próprio são calculados com base nas contas do patrimônio líquido, limitandose à variação da taxa de juros de longo prazo (TJLP), condicionados à existência de lucros computados antes de sua dedução ou de lucros acumulados e reservas de lucros, em montante igual ou superior a duas vezes o seu valor. A política de remuneração do capital adotada pelo Bradesco visa distribuir juros sobre o capital próprio no valor máximo calculado em conformidade com a legislação vigente, os quais são computados, líquidos de Imposto de Renda na Fonte, no cálculo dos dividendos obrigatórios do exercício previsto no Estatuto Social. Em Reunião do Conselho de Administração de 7 de fevereiro de 2007, aprovou-se a proposta da Diretoria para majorar em 10% o valor dos juros sobre o capital próprio mensais, pagos antecipadamente aos acionistas, em conformidade com a sistemática da remuneração mensal, elevando-os de R$ 0,032775000 para R$ 0,036052500, relativos às ações ordinárias, e de R$ 0,036052500 para R$ 0,039657750, relativos às ações preferenciais, a vigorar a partir dos juros sobre o capital próprio referentes ao mês de março de 2007, pagos em 2.4.2007, beneficiando os acionistas que estavam inscritos nos registros da Sociedade em 1o.3.2007. As ações resultantes da bonificação deliberada na Assembléia Geral Extraordinária de 12 de março de 2007 têm direito a dividendos e/ou juros sobre o capital próprio mensais e, eventualmente, complementares declarados após 23 de março de 2007, porém não implicaram em aumento da distribuição dos mesmos, posto que visam apenas à melhora da sua liquidez. Assim, o valor dos juros sobre o capital próprio mensais, declarados após 23 de março de 2007, foram ajustados, passando de R$ 0,036052500 para R$ 0,018026250 por ação ordinária e de R$ 0,039657750 para R$ 0,019828875 por ação preferencial, de maneira que os acionistas continuem a receber igual montante de juros sobre o capital próprio. Em Reunião Extraordinária do Conselho de Administração de 5 de março de 2007, aprovou-se a proposta da Diretoria para o pagamento aos acionistas de dividendos complementares aos juros sobre o capital próprio e dividendos relativos ao exercício de 2006, no valor de R$ 0,038062452 por ação ordinária e R$ 0,041868697 por ação preferencial, cujo pagamento foi efetuado em 15 de março de 2007. Em Reunião do Conselho de Administração de 27 de junho de 2007, aprovou-se a proposta da Diretoria para o pagamento aos acionistas de dividendos intermediários relativos ao 1o semestre de 2007, no valor de R$ 0,153223130 por ação ordinária e R$ 0,168545440 por ação preferencial, cujo pagamento foi efetuado em 23 de julho de 2007. O cálculo dos juros sobre o capital próprio e dividendos relativos ao 1o semestre de 2007 está demonstrado a seguir

Lucro líquido do semestre ............................................................ (+) Ágio amortizado integralmente líquido de efeitos tributários

R$ mil 4.006.622 119.773

Lucro líquido do semestre ajustado ............................................

4.126.395

(–) Reserva legal ..........................................................................

(206.320)

Base de cálculo ajustada ............................................................

3.920.075

Juros sobre o capital próprio mensais, pagos e a pagar ............. Juros sobre o capital próprio complementares provisionados (a pagar) .....................................................................................

219.612 855.388

Juros sobre o capital próprio (bruto) .......................................... Imposto de renda na fonte relativo aos juros do capital próprio ..

1.075.000 (161.250)

Juros sobre o capital próprio (líquido) no 1o semestre de 2007 Dividendos complementares propostos (a pagar) .......................

913.750 321.978

Juros sobre o capital próprio (líquido) e dividendos acumulados no 1o semestre de 2007 .............................................................

1.235.728

% (1)

31,52

Juros sobre o capital próprio (líquido) acumulados no 1o semestre de 2006 .......................................................................... 975.460 (1) Percentual dos juros sobre o capital próprio/dividendos sobre a base de cálculo. Foram pagos e provisionados juros sobre o capital próprio conforme segue Valor pago/ provisionado Preferenciais bruto

Por ação (Bruto) (1) Descrição Juros sobre capital próprio mensais ............. Juros sobre capital próprio intermediários .... Juros sobre capital próprio complementares provisionados ........... Total no 1o semestre de 2006 .......................... Juros sobre capital próprio mensais ............. Juros sobre capital próprio complementares provisionados ........... Dividendos Intermediários (2) ....................... Total no 1o semestre de 2007 .......................... (1) (2)

Ordinárias

31,51

Em 30 de junho - R$ mil Valor pago/ IRRF provisionado (15%) líquido

0,091917

0,101108

188.978

28.347

160.631

0,163875

0,180263

336.991

50.549

286.442

0,302286

0,332515

621.631

93.244

528.387

0,558078

0,613886

1.147.600

172.140

975.460

0,104880

0,115368

219.612

32.942

186.670

0,407054

0,447760

855.388

128.308

727.080

0,153223

0,168545

321.978

321.978

0,665157

0,731673

1.396.978

161.250

1.235.728

Ajustado pela bonificação de 100%; e Deliberados pelo Conselho de Administração em 27.6.2007, para pagamento em 23.7.2007.

d) Reservas de Capital e de Lucros 2007 Reservas de Capital .................................................................... Reservas de Lucros .................................................................... - Reserva Legal (1) ....................................................................... - Reserva Estatutária (2) .............................................................. (1)

(2)

Em 30 de junho - R$ mil 2006

55.459 7.596.750 1.487.923 6.108.827

36.456 7.877.422 1.191.509 6.685.913

Constituída obrigatoriamente à base de 5% do lucro líquido do exercício, até atingir 20% do capital social realizado, ou 30% do capital social, acrescido das reservas de capital. Após esse limite a apropriação não mais se faz obrigatória. A reserva legal somente poderá ser utilizada para aumento de capital ou para compensar prejuízos; e Visando à manutenção de margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas da Sociedade, pode ser constituída em 100% do lucro líquido remanescente após destinações estatutárias, sendo o saldo limitado a 95% do Capital Social Integralizado.

e) Ações em Tesouraria Até 30 de junho de 2007, foram adquiridas e permaneciam em tesouraria 780.800 ações ordinárias e 372.800 ações preferenciais (sendo que das preferenciais, 180.800 antes e 192.000 após a bonificação de 100%), no montante de R$ 75.274 mil. O custo mínimo, médio ponderado e máximo por ação é, respectivamente, de R$ 58,23638, R$ 69,34011 e R$ 85,12395 antes da bonificação, e de R$ 41,44318, R$ 44,77473 e R$ 46,81595 após a bonificação. 24)

RECEITAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS Semestres findos em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2007 2006 2007 2006 Conta corrente ........................................... Rendas de cartão ...................................... Operações de crédito ................................ Administração de fundos .......................... Cobrança ................................................... Tarifa interbancária .................................... Arrecadações ............................................ Administração de consórcios ................... Serviços de custódia e corretagens ......... Outras ........................................................ Total ...........................................................

25)

1.157.353 1.138.016 909.188 678.178 415.282 154.674 136.055 110.110 105.194 363.674 5.167.724

1.004.653 703.161 739.203 608.892 362.698 143.363 119.858 92.067 76.750 280.638 4.131.283

1.139.678 395.269 655.577 330.586 415.136 154.673 136.056 – 60.423 70.248 3.357.646

983.205 295.153 560.748 323.065 362.309 143.333 118.413 – 49.102 62.726 2.898.054

DESPESAS DE PESSOAL Semestres findos em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2007 2006 2007 2006 Proventos .................................................. Encargos sociais ...................................... Benefícios ................................................. Treinamentos ............................................. Participação dos empregados nos lucros Provisão para processos trabalhistas ...... Total ...........................................................

26)

1.507.115 545.090 639.134 28.792 257.785 131.318 3.109.234

1.393.795 505.428 600.696 22.750 189.937 175.068 2.887.674

1.200.858 440.886 531.656 21.853 200.365 107.385 2.503.003

1.143.027 416.533 500.567 16.016 156.619 334.625 2.567.387

OUTRAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS Semestres findos em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2007 2006 2007 2006 Serviços de terceiros ................................ Comunicação ............................................ Depreciação e amortização ...................... Serviços do sistema financeiro ................ Transporte .................................................. Propaganda, promoções e publicidade .... Aluguéis .................................................... Processamento de dados ......................... Manutenção e conservação de bens ....... Segurança e vigilância ............................. Materiais ................................................... Arrendamento de bens .............................. Água, energia e gás .................................. Viagens ..................................................... Outras ........................................................ Total ...........................................................

717.792 452.151 266.318 251.500 248.380 236.669 195.548 186.413 138.342 92.876 92.766 90.713 90.305 31.191 92.682 3.183.646

536.149 376.081 222.521 224.192 236.933 196.633 163.526 113.642 142.708 82.329 82.562 110.505 81.706 34.694 87.618 2.691.799

DESPESAS TRIBUTÁRIAS

463.845 339.551 204.265 238.039 224.893 138.271 209.665 194.522 184.550 90.439 77.120 87.663 81.004 9.657 39.264 2.582.748

345.760 291.724 177.985 216.505 216.960 106.676 198.221 129.797 174.078 79.570 68.268 107.306 72.346 11.714 38.367 2.235.277

Contribuição ao Cofins ............................. Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS ................................................ Despesas com CPMF ............................... Contribuição ao PIS .................................. Despesas com IPTU ................................. Outras ........................................................ Total ........................................................... 28)

731.206

654.122

439.646

384.973

166.569 120.887 126.655 24.310 61.300 1.230.927

141.294 106.422 110.469 21.010 44.255 1.077.572

124.189 30.277 71.532 23.458 24.071 713.173

106.494 36.332 62.649 20.338 19.030 629.816

2007 Ativos (passivos)

Repasses interfinanceiros (g): Outros controladores, controladas e coligadas ...................................................... – (54) (4.513) (107) Operações de securitização (h): Cia. Brasileira de Meios de Pagamento (350.317) VISANET ................................................ (12.382) (569.360) (19.618) Negociação e intermediação de valores: Nova Paiol Participações S.A. ................. – – – (19) Aquarius Holdings S.A. ............................ – – (6.018) (14.838) Bradesco Seg. e Prev. Investimentos Ltda. – (31.801) – – Banco Bankpar S.A. ................................. 453 (2.216) – – Outros controladores, controladas e coligadas ...................................................... 3 153 – – Dívidas subordinadas: Fundação Bradesco .................................. (429.154) (19.929) (266.733) (19.446) NCD Participações Ltda. .......................... (92.844) (6.811) (45.670) (1.595) NCF Participações S.A. ............................ (4.858) (335) – – Titanium Holdings S.A. ............................. (40.376) (3.048) (26.078) (1.880) Cidade de Deus Companhia Comercial de Participações .......................................... (230.546) (9.018) (23.785) (1.798) Valores a receber/pagar: Companhia Brasileira de Soluções e Serviços - VisaVale ...................................... 2.228 – 1.622 – Embaúba Holdings Ltda. .......................... 5.419 – 5.419 – Outros controladores, controladas e coligadas ...................................................... 30 – – – a) Aplicações interfinanceiras de liquidez - depósitos interfinanceiros de ligadas, com taxas equivalentes às do CDI - certificado de depósito interfinanceiro; b) Recompras e/ou revendas a liquidar, de operações compromissadas, lastreadas em títulos públicos, com taxas equivalentes às do “overnight”; c) Diferenciais a receber e a pagar de operações de “swap”; d) Empréstimos no exterior, captados em moeda estrangeira, para financiamento à exportação, com encargos equivalentes à variação cambial e juros do mercado internacional; e) Basicamente contratos celebrados com a Scopus Tecnologia S.A. para serviços de manutenção de equipamentos de informática e com a CPM S.A. para serviços de manutenção de sistemas de processamento de dados; f) Obrigações em títulos e valores mobiliários no exterior - “fixed rate euronotes e eurobonds”, com variação cambial e juros equivalentes aos de colocação de títulos no mercado internacional; g) Recursos captados para repasse em operações de crédito rural, com encargos equivalentes aos praticados nessa modalidade de operação; e h) Operações de securitização do fluxo futuro de recebíveis de faturas de cartão de crédito de clientes residentes no exterior.

OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS Semestres findos em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2007 2006 2007 2006 Outras receitas financeiras ....................... Reversão de outras provisões operacionais Resultado na venda de mercadorias ........ Receitas de recuperação de encargos e despesas ................................................ Outras ........................................................ Total ...........................................................

29)

211.485 161.810 45.749

266.278 19.910 25.659

33.116 24.240 –

109.756 4.741 –

29.681 187.487 636.212

71.108 187.911 570.866

23.933 85.709 166.998

10.097 71.921 196.515

OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS Semestres findos em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2007 2006 2007 2006 Outras despesas financeiras .................... Despesas com perdas diversas ............... Custo dos produtos vendidos e serviços prestados ................................................ Despesas de outras provisões operacionais Amortização de ágio ................................. Outras ........................................................ Total ...........................................................

30)

859.056 479.502

581.439 332.360

227.970 391.721

148.224 286.714

371.614 165.056 – 444.313 2.319.541

321.902 228.640 241.423 307.731 2.013.495

– 54.280 – 365.763 1.039.734

– 116.499 185.490 184.083 921.010

RESULTADO NÃO OPERACIONAL Semestres findos em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2007 2006 2007 2006 Resultado na alienação e baixa de valores, bens e investimentos (1) .......................... 608.829 (17.610) (12.716) (17.348) Constituição/reversão de provisões não operacionais .......................................... (15.049) (24.013) (13.355) (2.921) Outros ........................................................ 6.844 21.127 3.129 (156.699) Total ........................................................... 600.624 (20.496) (22.942) (176.968) (1) Em 2007 compreende, basicamente, o resultado na venda parcial do investimento na Serasa.

31)

32)

TRANSAÇÕES COM CONTROLADORES, CONTROLADAS E COLIGADAS (DIRETAS E INDIRETAS) As transações com controladores, controladas, controladas de controle compartilhado e coligadas (diretas e indiretas) são efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações, e estão assim representadas: 2007

Juros sobre o capital próprio e dividendos: Bradesco Seguros S.A. ............................ Banco Mercantil de São Paulo S.A. ......... Banco Alvorada S.A. ................................ Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil ....................................................... Elba Holdings Ltda ................................... Alvorada Cartões, Crédito, Fin. e Investimento S.A. .............................................. Banco Boavista Interatlântico S.A. .......... Banco Finasa S.A. .................................... Cidade de Deus Companhia Comercial de Participações .......................................... Fundação Bradesco .................................. Outros controladores, controladas e coligadas ...................................................... Depósitos à vista: Bradesco Vida e Previdência S.A. ........... Finasa Promotora de Vendas Ltda ............ Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil ....................................................... Bradesco Auto/RE Cia. de Seguros ......... Banco Bankpar S.A. ................................. Bradesco Seguros S.A. ............................ BRAM - Bradesco Asset Management S.A. DTVM ...................................................... Outros controladores, controladas e coligadas ...................................................... Depósitos a prazo: Cidade de Deus Companhia Comercial de Participações .......................................... Bradesco Argentina de Seguros S.A. ....... Bradesco Auto/RE Cia. de Seguros ......... Bradesco Securities Inc. .......................... Outros controladores, controladas e coligadas ...................................................... Depósitos no exterior em moedas estrangeiras: Banco Bradesco Argentina S.A. ............... Aplicações em moedas estrangeiras: Banco Bradesco Luxembourg S.A. .......... Captações/aplicações em depósitos interfinanceiros (a): Captações: Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil ....................................................... Banco Alvorada S.A. ................................ Banco Mercantil de São Paulo S.A. ......... Banco Bradesco BBI S.A. ........................ Banco Finasa S.A. .................................... Banco BEC S.A. ....................................... Alvorada Cartões, Crédito, Fin. e Investimento S.A. .............................................. Zogbi Leasing S.A. Arrendamento Mercantil Banco Boavista Interatlântico S.A. .......... Outros controladores, controladas e coligadas ...................................................... Aplicações: Banco Finasa S.A. .................................... Banco Bankpar ......................................... Outros controladores, controladas e coligadas ...................................................... Captações/aplicações nomercadoaberto(b): Captações: Alvorada Serviços e Negócios Ltda. ........ Cia. Brasileira de Meios de Pagamento VISANET ................................................ Bradesco S.A. - CTVM .............................. Banco Finasa S.A. .................................... Banco BEC S.A. ....................................... Bankpar Banco Múltiplo S.A. ................... Outros controladores, controladas e coligadas ...................................................... Aplicações: Banco Bradesco BBI S.A. ........................ Banco Alvorada S.A. ................................ Instrumentos financeiros derivativos (swap ) (c): Banco Finasa S.A. .................................... Outros controladores, controladas e coligadas ...................................................... Obrigações por empréstimos e repasses no exterior (d): Banco Bradesco Luxembourg S.A. .......... Banco Boavista Interatlântico S.A. .......... Prestação de serviços (e): Scopus Tecnologia S.A. ........................... CPM S.A. .................................................. Outros controladores, controladas e coligadas ...................................................... Aluguéis de agências: Paineira Holdings Ltda. ............................ Bradesco Seguros S.A. ............................ Banco Mercantil de São Paulo S.A. ......... Outros controladores, controladas e coligadas ...................................................... Títulos e valores mobiliários: Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil ....................................................... Cibrasec - Companhia Brasileira de Securitização ..................................................... Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior (f): Cidade Capital Markets Limited ...............

Em 30 de junho - R$ mil 2006 Receitas Ativos (passivos) (despesas)

Ativos (passivos)

Receitas (despesas)

1.845.982 – 232.267

– – –

1.222.190 130.186 108.731

– – –

81.666 455.516

– –

77.187 –

– –

41.078 58.974 53.650

– – –

– 39.718 28.309

– – –

(82.083) (32.678)

– –

(6.636) (3.265)

– –

173.551

90.120

(46.253) (6.109)

– –

(34.662) (11.727)

– –

(90) (38) (5.717) (3.983)

– – – –

(7.817) (1.700) (2.841) (1.146)

– – – –

(349)

(678)

(14.850)

(15.506)

(86.974) (941) (11.779) (1.615)

(11.129) (370) (38) (9)

(90.462) (19.982) (12.202) (4.503)

(243) (455) – (4)

(15.969)

(1.966)

(14.659)

(417)

14

16

28.219

794

110.787

859

(29.447.579) (4.496.068) – (683.573) (445.139) –

(1.708.003) (255.393) – (48.227) (6.013) –

(15.744.397) (3.956.292) (1.680.027) (841.428) – (469.070)

(1.175.359) (233.425) (210.199) (59.213) (520) (29.766)

(2.994.388) (244.512) (743.698)

(170.004) (14.262) (5.640)

(277.327) (134.794) (85.314)

(20.064) (10.109) (6.603)

(167.746)

(8.254)

(84.734)

(3.018)

22.281.703 366.476

1.388.639 21.297

17.874.360 –

1.323.590 –

134.049

4

(278.498)

(15.867)

(245.938)

(17.815)

(108.868) (53.908) (40.743) – (1.062)

(7.661) (5.213) (4.540) – (115)

(97.830) (33.800) (24.077) (1.503) –

(8.379) (6.473) (4.474) (24.467) –

(908.745)

(14.039)

(52.111)

(5.676)

225.722 50.249

11.677 2.875

561.791 49.740

40.708 24.761

1.306

53

8.253

2.268

683

26

81

46

(169.696) (16.863)

(4.115) (450)

(144.866) (17.625)

(2.814) (431)

(14.953) (4.171)

(96.264) (22.568)

(11.165) (6.176)

(82.785) (39.966)

(3.046)

(42.904)

42

2.165

– – –

(12.167) (9.003) –

– – –

(21.418) (13.766) (4.993)

(34.641)

(12.637)

27.294.195

1.547.347

13.080.961

944.846

12.445

828

14.490

961

(9.774)

(284)

(24.520)

(560)

Receitas (despesas)

Em 30 de junho - R$ mil 2006 Ativos Receitas (passivos) (despesas)

INSTRUMENTOS FINANCEIROS a) Processo de Gerenciamento de Riscos O Bradesco aborda o gerenciamento de todos os riscos inerentes às suas atividades de modo integrado, apoiado na sua estrutura de Controles Internos e Compliance. Essa visão multidisciplinar proporciona o aprimoramento dos modelos de gestão de riscos e evita a existência de lacunas que comprometam sua correta identificação e mensuração. Gerenciamento de Risco de Crédito Risco de Crédito é a possibilidade da contraparte de um empréstimo ou operação financeira vir a não desejar ou sofrer alteração na capacidade de cumprir suas obrigações contratuais, podendo gerar assim alguma perda para a Organização. Visando a mitigação do Risco de Crédito, o Bradesco atua continuamente no acompanhamento dos processos das atividades de crédito, nos aprimoramentos, aferição e elaboração de inventários dos modelos de concessão e recuperação de crédito, no monitoramento de concentrações e na identificação de novos componentes que ofereçam riscos de crédito. Além disso, o direcionamento dos esforços, focado na utilização de modelos avançados de mensuração de riscos e na melhoria contínua dos processos, tem refletido na qualidade e performance da carteira de crédito, tanto em resultados quanto em robustez, os diversos cenários passados e futuros. Gerenciamento de Risco de Mercado O risco de mercado está ligado à possibilidade de perda em função da oscilação de taxas referentes aos descasamentos de prazos, moedas e indexadores das carteiras ativa e passiva da Instituição. Este risco tem sido acompanhado com crescente rigor pelo mercado, com substancial evolução técnica nos últimos anos, no intuito de evitar, ou pelo menos minimizar, eventuais prejuízos para as instituições, dada a elevação na complexidade das operações realizadas local e internacionalmente. No Bradesco, os riscos de mercado são gerenciados por meio de metodologias e modelos aderentes e condizentes com a realidade do mercado nacional e internacional, permitindo embasar decisões estratégicas da Organização com grande agilidade e alto grau de confiança. Apresentamos o Balanço Patrimonial por moedas em 30 de junho de 2007 e a posição em moedas estrangeiras em 2006: 2007

Em 30 de junho - R$ mil 2006 Estrangeira Estrangeira (1) (2) (1) (2)

Balanço Nacional ATIVO Circulante e realizável a longo prazo 287.069.988 258.370.830 28.699.158 26.413.875 4.915.684 4.619.679 Disponibilidades ................................ 296.005 423.313 Aplicações interfinanceiras de liquidez 27.394.282 26.067.307 1.326.975 3.056.050 Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos ........ 103.577.387 97.021.948 6.555.439 7.541.412 Relações interfinanceiras e interdependências ...................................... 20.256.784 20.246.391 10.393 10.744 Operações de crédito e de arrendamento mercantil .............................. 94.671.249 83.784.273 10.886.976 7.175.667 Outros créditos e outros valores e bens 36.254.602 26.631.232 9.623.370 8.206.689 Permanente ........................................ 3.498.204 3.494.285 3.919 401.377 Investimentos ..................................... 585.130 585.130 – 399.121 Imobilizado de uso e de arrendamento 2.215.684 2.211.898 3.786 1.757 Diferido ............................................... 697.390 697.257 133 499 Total .................................................... 290.568.192 261.865.115 28.703.077 26.815.252 PASSIVO Circulante e exigível a longo prazo .. 262.817.808 243.539.624 19.278.184 19.803.163 Depósitos ........................................... 82.600.618 80.395.928 2.204.690 3.340.809 Captações no mercado aberto ........... 53.755.946 51.574.900 2.181.046 924.165 Recursos de emissão de títulos ........ 6.645.148 3.229.451 3.415.697 2.740.747 Relações interfinanceiras e interdependências ...................................... 1.926.345 681.328 1.245.017 1.292.308 Obrigações por empréstimos e repasses 19.165.015 12.247.644 6.917.371 5.806.669 Instrumentos financeiros derivativos 2.124.188 2.072.852 51.336 246.582 Provisões de seguros, previdência e capitalização .................................... 52.899.514 52.890.988 8.526 11.243 Outras obrigações: - Dívidas subordinadas ...................... 13.202.983 10.505.955 2.697.028 2.991.193 - Outras ............................................... 30.498.051 29.940.578 557.473 2.449.447 Resultados de exercícios futuros ..... 173.303 173.303 – – Participação minoritária nas controladas ................................................. 62.557 62.557 – – Patrimônio líquido .............................. 27.514.524 27.514.524 – – Total .................................................... 290.568.192 271.290.008 19.278.184 19.803.163 Posição líquida de ativos e passivos 9.424.893 7.012.089 Derivativos posição líquida (2) .......... (13.732.117) (11.098.015) Outras contas de compensação líquidas (3) ............................................... (223.088) (86.524) Posição cambial líquida (passiva) .... (4.530.312) (4.172.450) (1) Valores expressos e/ou indexados basicamente em dólares norte-americanos; (2) Excluídas as operações vencíveis em D+1, a serem liquidadas em moeda do último dia do mês; e (3) Referem-se a compromissos de arrendamento mercantil e outros, registrados em conta de compensação. A política da Organização, em termos de exposição a riscos de mercado, é conservadora, sendo os limites de VaR (Value at Risk) definidos pela Alta Administração e o cumprimento destes acompanhado diariamente por área independente à gestão das carteiras. A metodologia adotada para a apuração do VaR tem nível de confiança de 97,5%. As volatilidades e as correlações utilizadas pelos modelos são calculadas a partir de bases estatísticas, sendo usadas em processos adotados com visão prospectiva, de acordo com estudos econômicos. A metodologia aplicada e os modelos estatísticos existentes são validados diariamente utilizando-se técnicas de backtesting. Apresentamos a seguir quadro contendo o VaR: Em 30 de junho - R$ mil 2007 2006

Fatores de riscos Prefixado ...................................................................................... Cupom cambial interno ................................................................ Moeda estrangeira ........................................................................ IGP-M ............................................................................................ IPCA ............................................................................................. TR ................................................................................................. Renda variável ............................................................................. Soberanos/Eurobonds e Treasuries ............................................. Outros ........................................................................................... Efeito correlação ..........................................................................

26.083 930 5.107 14.451 59.679 4.550 967 17.493 5.328 (68.877)

15.114 8.609 851 10.343 40.855 6.164 2.935 41.098 1.002 (41.206)

65.711 85.765 VaR (Value at Risk) ...................................................................... Não estão sendo contemplados no cálculo do VaR, por serem estrategicamente gerenciados de maneira diferenciada, os investimentos no exterior protegidos por operações de hedge, em valores que levam em consideração os efeitos fiscais, que minimizam a sensibilidade a riscos e correspondentes impactos nos resultados, assim como as posições de títulos externos que estão casadas com captações. Risco de liquidez A gestão do risco de liquidez tem por objetivo controlar os diferentes descasamentos dos prazos de liquidação de direitos e obrigações da Instituição, assim como a liquidez dos instrumentos financeiros utilizados na gestão das posições financeiras. O conhecimento e o acompanhamento desse risco são cruciais, sobretudo para habilitar a Organização a liquidar as operações em tempo hábil e de modo seguro. No Bradesco, a administração do risco de liquidez envolve um conjunto de controles, principalmente no que diz respeito ao estabelecimento de limites técnicos, com permanente avaliação das posições assumidas e instrumentos financeiros utilizados. Apresentamos o Balanço Patrimonial por prazos em 30 de junho de 2007: Em 30 de junho - R$ mil 1 a 30 dias

ATIVO Circulante e realizável a longo prazo ................................................................................................................. Disponibilidades ................................................................................................................................................... Aplicações interfinanceiras de liquidez ............................................................................................................... Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos (1) ............................................................. Relações interfinanceiras e interdependências ................................................................................................... Operações de crédito e de arrendamento mercantil ............................................................................................. Outros créditos e outros valores e bens ............................................................................................................... Permanente ........................................................................................................................................................... Investimentos ........................................................................................................................................................ Imobilizado de uso e de arrendamento ................................................................................................................. Diferido .................................................................................................................................................................. Total em 2007 ........................................................................................................................................................ Total em 2006 ........................................................................................................................................................

161.273.154 4.915.684 20.088.067 82.539.693 19.846.301 13.808.165 20.075.244 250.188 – 154.378 95.810 161.523.342 131.304.823

31 a 180 dias

181 a 360 dias

Acima de 360 dias

37.610.712 – 3.960.051 570.069 4.787 29.676.207 3.399.598 155.111 – 104.130 50.981 37.765.823 32.382.200

27.376.577 – 2.716.804 6.573.218 2.250 15.932.875 2.151.430 186.101 – 124.923 61.178 27.562.678 16.763.686

60.809.545 – 629.360 13.894.407 403.446 35.254.002 10.628.330 1.906.464 – 1.417.043 489.421 62.716.009 51.032.126

Prazo indeterminado – – – – – – – 1.000.340 585.130 415.210 – 1.000.340 1.452.271

Total 287.069.988 4.915.684 27.394.282 103.577.387 20.256.784 94.671.249 36.254.602 3.498.204 585.130 2.215.684 697.390 290.568.192 232.935.106

PASSIVO Circulante e exigível a longo prazo .................................................................................................................... 144.589.566 17.844.475 14.050.571 85.751.348 581.848 262.817.808 Depósitos (2) ......................................................................................................................................................... 51.990.906 4.657.304 4.272.715 21.679.693 – 82.600.618 Captações no mercado aberto .............................................................................................................................. 29.934.202 3.563.865 2.330.046 17.927.833 – 53.755.946 Recursos de emissão de títulos ........................................................................................................................... 163.164 1.342.232 841.369 4.298.383 – 6.645.148 Relações interfinanceiras e interdependências ................................................................................................... 1.926.345 – – – – 1.926.345 Obrigações por empréstimos e repasses ............................................................................................................. 1.102.179 5.225.285 5.369.275 7.468.276 – 19.165.015 Instrumentos financeiros derivativos .................................................................................................................... 1.967.996 11.853 7.543 136.796 – 2.124.188 Provisões de seguros, previdência e capitalização (2) ....................................................................................... 37.601.126 1.812.456 586.619 12.899.313 – 52.899.514 Outras obrigações: - Dívidas subordinadas ......................................................................................................................................... 36.538 18.575 – 12.566.022 581.848 13.202.983 - Outras .................................................................................................................................................................. 19.867.110 1.212.905 643.004 8.775.032 – 30.498.051 Resultados de exercícios futuros ........................................................................................................................ 173.303 – – – – 173.303 Participação minoritária nas controladas ........................................................................................................... – – – – 62.557 62.557 Patrimônio líquido ................................................................................................................................................. – – – – 27.514.524 27.514.524 Total em 2007 ........................................................................................................................................................ 144.762.869 17.844.475 14.050.571 85.751.348 28.158.929 290.568.192 Total em 2006 ........................................................................................................................................................ 112.644.068 11.770.746 11.669.149 74.681.626 22.169.517 232.935.106 Ativos líquidos acumulados em 2007 .................................................................................................................. 16.760.473 36.681.821 50.193.928 27.158.589 – – Ativos líquidos acumulados em 2006 .................................................................................................................. 18.660.755 39.272.209 44.366.746 20.717.246 – – (1) As aplicações em fundos de investimento estão classificadas no prazo de 1 a 30 dias; e (2) Os depósitos à vista, de poupança e as provisões técnicas de seguros, previdência e capitalização, representadas por produtos “VGBL” e “PGBL”, estão classificados no prazo de 1 a 30 dias, sem considerar a média histórica do giro.

CONTINUA


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

SUPERSIMPLES: O EMPRESÁRIO PODE FICAR PRESO NA JAULA DO LEÃO?

17

OPTAR OU NÃO? SE O PRAZO FOSSE MAIOR, AS EMPRESAS PODERIAM AVALIAR QUAL O MELHOR REGIME TRIBUTÁRIO E PAGAR MENOS IMPOSTOS.

D

ROBERTO FENDT QUEM O MURO SEPARA?

N

Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br

As regulamentações poderão tornar a opção vantajosa ou não

D

ia 14 termina o prazo para as pessoas jurídicas optarem pelo Simples Nacional instituído pela Lei Complementar nº 123/06. Apesar disso, tramita no G É preciso Congresso Nacional o Prover muitos jeto de Lei Complementar nº aspectos 79/07, que pretende alterar e não alguns itens da Lei Geral, tais como: somente o aumento a) ampliar o prazo de adesão ao Simples Nacional da carga tributária. para o último dia útil da primeira quinzena de agosto/07; G Do ponto b) retirar a cobrança anvista tecipada do ICMS nas financeiro fronteiras dos estados paé preciso ra evitar a bi-tributação; comparar c) possibilitar aos prestodas as tadores de serviços do seformas de tor de transportes intertributação. municipais e interesta-

duais de passageiros e de cargas optarem pelo Simples Nacional; d) ampliar o parcelamento de débitos, permitindo a inclusão daqueles que vencerão até 31 de maio de 2007, entre outras. Optar ou não? Esta é uma pergunta impossível de responder se não levar em consideração outros aspectos que não somente o aumento da carga tributária. Do ponto vista financeiro, é necessário comparar todas as formas de tributação - tais como: Lucro Real, Lucro Presumido, Lucro Arbitrado e Simples Nacional - para saber qual é a menos onerosa. Após analisar esses aspectos é que o contribuinte poderá

optar ou não com a devida segurança e certeza. As regulamentações apenas começaram a ser editadas e já se pode observar discrepância. Uma que merece registro é o fato de que contribuintes de mesma atividade, com o mesmo valor de receita bruta, poderão pagar imposto em valor diferente, o que é inconstitucional. Uma empresa constituída em 2004 deverá ser tributada observando o parágrafo primeiro da Resolução nº 5/07, ou seja, deverá identificar a alíquota a ser aplicada com base na receita bruta acumulada nos últimos doze meses. Essa receita bruta acumulada define a alíquota de 4%. Outra empresa, cons-

tituída em julho de 2007 deverá ser tributada observando a regra do parágrafo segundo; ou seja, deverá multiplicar a receita do próprio mês por doze. A mesma tabela identifica o percentual correspondente a 5,47%. É visível a discrepância entre esses dois contribuintes. Obviamente isto deverá ser objeto de apreciação por quem de direito. Por fim, é prudente recomendar vigilância quanto às normas regulamentares que ainda serão editadas, as quais poderão tornar a opção vantajosa ou não. LÁZARO ROSA DA SILVA É CONSULTOR DO

CENTRO DE ORIENTAÇÃO FISCAL - CENOFISCO

Ficou para o prestador de serviços a carga mais pesada do Supersimples

R

esolução publicada na terça-feira, 31 de julho, pelo Comi tê Gestor do Simples Nacional prorrogou para o dia 14 de agosto, o prazo para as empresas fazerem o cancelamento de sua adesão ao Supersimples, além de estender para o dia 15 de G Empresas agosto, o prazo para novas e governo adesões. A dilatação do para cancelamento só teriam a prazo da adesão atendeu às reiganhar se o vindicações de alguns seprazo para tores da economia que adesão constataram desvantafosse gens em aderirem ao novo estendido sistema. Entre elas, a perpara da ao direito aos créditos do ICMS. janeiro Segundo informações divulgadas pela Receita G Com Federal, o volume de adetempo são ao novo regime atinhábil o Congresso giu, até o dia 31 de julho, 2,9 milhões de empresas, poderia sendo que 1,337 milhão harmonizar migraram automaticaa Lei Geral, mente. O número de aderecheada sões superou as expectatide vas do órgão, que o projeexceções. tava em 1,9 milhão.

Ainda conforme a Receita Federal, 1,462 milhão de empresários solicitaram a sua inclusão, mas somente 429 mil foram aceitos. Os outros pedidos estão sob análise. Vale indagar: conseguirá a Receita, num prazo tão exíguo, avaliar a inclusão ou não destas empresas na nova sistemática? Uma breve análise permite observar que todos os envolvidos – empresas e governo - só teriam a ganhar caso o prazo para adesão fosse estendido para janeiro próximo. O primeiro ponto é o sucesso alcançado com a implantação do Supersimples, que superou o objetivo de adesões traçado. Caso o prazo fosse maior, as empresas teriam condições melhores para avaliarem corretamente por qual regime tributário optar para operarem na legalidade. As empresas barradas por conta de dívidas tributárias com estados e municípios teriam um prazo

mais elástico que possibilitasse a elas fazerem o parcelamento, pago um maior número de parcelas, o que as credenciariam com mais propriedade ao sistema. E a extensão do prazo permitiria que o Congresso já tivesse votado a emenda que atende solicitação de empresas de serviços, cuja inclusão automática no Anexo 5 da legislação impôs, incorretamente, a cerca de 90 setores, o pagamento por fora do INSS. Como último ponto, o Congresso teria tempo suficiente para desburocratizar a legislação, uma vez que ela foi inteiramente baseada em exceções, fato evidenciado pelo número excessivo de tabelas usadas para calcular o valor do imposto. Cabe destacar ainda, que a implantação do novo regime tributário mostrou a boa vontade do empresariado brasileiro em

cumprir com suas obrigações fiscais e tributárias, desde que elas sejam justas. Ao governo federal, cabe o mérito de atender à antiga reivindicação das micro e pequenas empresas de redução em sua carga tributária. No entanto, ficam aqui duas solicitações. A primeira delas é a prorrogação do prazo de adesão ao Supersimples para janeiro próximo. A segunda, dar início imediato a uma reforma tributária que priorize a desoneração do setor terciário, os prestadores de serviços. Restou a eles a maior carga tributária, o veto a vários ramos de atividade e, além disso, aqueles que puderam aderir, terão que pagar o INSS por fora. É preciso respeitar a capacidade contributiva de cada um. GLAUCO MARTINS BOU ASSI É CONTABILISTA E SÓCIO DA

MARTINS BOU ASSI CONTABILISTAS ASSOCIADOS

a Venezuela, onde me encontro por razões de trabalho, acompanho pela televisão e pelos jornais o noticiário do dia. A inflação no ano já chega a 8,3% e nos últimos doze meses encerrados em julho deste ano a inflação gira em torno de 17,2%. O ministro da Alimentação tranqüiliza a população, afirmando que não faltarão, frangos, carnes e leite. A matéria ao lado reporta que chega o primeiro carregamento de ovos importados da Colômbia. A despeito das palavras tranqüilizadoras do senhor ministro, os preços dos alimentos subiram 20,6% nos últimos doze meses. Ocorreu também aqui, na semana passada, reunião do Fórum Social Mundial. Todo o tipo de gente exótica está na televisão, recomendado como salvação para os problemas da humanidade o retorno aos "tempos de ouro" da aurora da humanidade, supostamente localizados na Idade da Pedra. Ontem, um francês afirmava que até aqui se propôs reduzir a pobreza; daqui para a frente, o que há por fazer é eliminá-la... Não propôs a pura e simples eliminação da propriedade privada – a propriedade dos pequenos agricultores e artesãos será preservada. Tudo o mais, é claro, estatizado!

T

roco de canal e me deparo com um jovem de lenço vermelho ao pescoço pontificando que há que ter muito cuidado no processo de eliminação da pobreza via estatização dos meios de produção. "Em 1923, Lênin já advertia que não podemos produzir menos que o capitalismo ao estatizar as empresas. Devemos estatizá-las, sim, mas na medida de nossa capacidade gerencial", disse o revolucionário. Troco de canal novamente e me deparo com o presidente Chávez. Está deitando falação sobre o muro em construção pelos EUA na fronteira com o México. "É a maior prova de cinismo dos gringos", diz o presidente. "Proclamam o livre comércio, mas na verdade bloqueiam o acesso de mexicanos, centro-americanos, caribenhos e outros povos sul-americanos ao país".

esligo a televisão. Ela é mais um instrumento de catequização do povo em torno do "socialismo bolivariano". Aqui, ele é massacrada pela profusão de cartazes com fotos do presidente Chávez e palavras de ordem. Bolívar, aliás, é arroz de festa em Caracas: qualquer coisa pública remete ao termo "bolivariano". Assim, as pessoas do povo estão convictas de que Chávez está "mais popular que nunca", como me disse o motorista que me levou do aeroporto à capital. Por outro lado, está se criando uma imagem ruim dos EUA lá e em toda a América Latina. Não somente de seu governo, mas de seu povo. A construção do muro é emblemática dessa percepção ruim dos EUA. O muro separa os que querem entrar dos que não querem que entre mais ninguém. Os que não querem que entrem não são as empresas, mas principalmente os trabalhadores americanos menos qualificados e seus sindicatos. Da mesma maneira que cada profissão protege a sua "reserva de mercado" como uma reserva de caça, exigindo que a lei mande que determinados serviços sejam prestados somente por pessoas de determinadas qualificações, nos EUA os menos qualificados querem que os maus empregos sejam reservados para os locais.

Q

ue o fenômeno não é tipicamente americano, atestao bem a querela dos dentistas brasileiros em Portugal. Ou a lei brasileira dos "dois terços" – que impôs que 2/3 dos empregos nas empresas são para brasileiros natos. O que há de típico, no caso americano, é o simbolismo do muro. Por essa razão, é natural que Chávez se referisse a ele em sua arenga. Traz popularidade; ninguém, do México à Venezuela, gosta de barreiras no caminho para uma sociedade, no mais, aberta. Faltou apenas a Chávez referir-se ao "muro aquático" entre os EUA e Cuba. Por ser natural, não é simbólico. E, ao contrário do muro de concreto na fronteira terrestre dos EUA, serve para impedir que os cubanos saiam de Cuba para os EUA. Mas desse "muro", que separa o socialismo real do mundo contemporâneo, nem Chávez nem os demais participantes do Fórum Social Mundial falaram. ROBERTO FENDT É ECONOMISTA ROBERTO@DCOMERCIO.COM.BR

G Chávez

está deitando falação sobre o muro na fronteira dos EUA com o México. Mas não fala do muro entre Cuba e os EUA.

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


DIÁRIO DO COMÉRCIO

Finanças Tr i b u t o s Empresas Nacional

ARTESANATO MOVIMENTOU R$ 37 BI EM 2006

Desfiles no Bom Retiro: cada vez mais profissionais. Região vive momento de glamour, que é revertido em boas vendas

Lima/DC

O

segundo e último dia de desfiles do Bom Retiro Fashion Business marca o momento "glamour" do bairro. As vitrines parecem saídas de um shopping center, e as passarelas exibem modelos exclusivos, que serão vistos nas ruas do País na estação quente. O próximo passo, depois da profissionalização e qualidade das roupas, é ligar o nome do Bom Retiro aos grandes estilistas. O movimento começou com a grife Nutrisport, presente na região há quase 30 anos e que contratou Jun Nakao para ser o coordenador de estilo. "Houve a necessidade de renovação da marca. Chamamos um estilista renomado para repaginar as peças, sem que o foco fosse perdido", diz a coordenadora de produto da Nutrisport, Diana Sternfeld. "As mulheres clássicas, maduras, mas bem informadas e modernas, são o nosso público." Diana afirma que a mudança estará presente já na próxima coleção. "A expectativa é de que as vendas das peças pri-

mavera-verão cresçam até 20% em relação ao mesmo período do ano passado." Desfiles – A proprietária da grife de moda praia Alvim, Adriana Zaitz, diz que a participação nos desfiles do Bom Retiro Fashion Business alavanca as vendas da empresa. Mas o importante, para ela, é a visibilidade. "As peças ficam ainda mais bonitas quando a equipe pensa que tudo será exibido na passarela. É um estímulo." Para ela, os maiores problemas dos lojistas – mesmo estando no Bom Retiro, região conhecida como ponto de encontro de atacadistas que querem comprar barato – são os camelôs e os altos impostos. "A mão-deobra tem que ser terceirizada, porque o governo não ajuda a manter o funcionário", reclama Adriana. "Mostrar a coleção na passarela vai fazer com que as vendas cresçam 60% na próxima estação, em comparação com o m e s m o p e r í o d o a n t erior", acredita a gerente da Aramodu, Leandra dos Santos. "A principal divulgação da marca acontece com a Agliberto

Neide Martingo

Fotos: Leonardo Rodrigues/Hype

Excesso de colares é tendência

Brilho e glamour nas coleções

Verão promete bijuterias extravagantes Maristela Orlowski

P

eças glamorosas e extravagantes continuam em alta. Na primavera-verão 2007/2008, a moda em bijuterias são os acessórios impactantes. Os visuais apresentados ontem na Bijoux Fashion & Cia, primeiro desfile promovido pela União dos Lojistas da 25 de Março (Univinco), no Mercado Municipal da Cantareira, em São Paulo, evidenciaram o uso de peças coloridas, de tamanho exagerado e em grande quantidade. As bijuterias que entrarão na moda sugerem uma viagem ao túnel do tempo, com referências às décadas de 1920, 1960 e 1980, e exploram o romantismo, o modernismo e o etnografismo. Os destaques ficam com colares e brincos longos, com estruturas articuladas e formas geométricas. As pulseiras e os braceletes, sensações do verão passado, permanecerão fortes na estação do sol, conforme mostraram os looks da Hypinôse. Os pulseirões serão maciços, coloridos e volumosos. A temporada sugere cores cítricas, como verde, amarelo, laranja e roxo, além dos clássicos branco e preto. "Estamos sempre antenados com as tendências internacio-

nais", ressalta Paulo Sôo Wook Kim, um dos proprietários da Hypinôse. Segundo ele, 40% das peças presentes em sua loja são importadas. Já a Ph Fit, fabricante de fitas têxteis, apostou no romantismo de fitas de cetim, veludo e gorgurão, imprimindo um toque delicado e sofisticado às bijuterias que iluminarão as mulheres na primavera-verão. As peças criadas pelas designers Rosely Beçak e Regina Cavenaghi apresentaram voais lisos e com bordas, entremeios em cetim e cordões metalizados. Vitrines – As peças exploradas no desfile já estão enfeitando as vitrines das lojas da região da Rua 25 de Março. Segundo o presidente da União dos Lojistas da 25 de Março (Univinco), Miguel Giorgi Júnior, a diversidade do comércio de bijuterias e acessórios é muito grande. "Há artigos para todos os gostos, bolsos e estilos, do chique ao popular." Das 3 mil lojas existentes na região, 55% são voltadas ao segmento. Na opinião do gerente da Bijoumania, Célio Estevão de Souza, apesar da concorrência, que aumentou nos últimos sete anos, as vendas devem crescer entre 5% e 10% nos próximos meses. "Promoções e prazos alongados conquistam e fidelizam os clientes."

participação no evento. É o maior retorno registrado pela grife." Para ela, a grande pedra no sapato dos comerciantes é a concorrência imposta pelos produtos chineses. "A competição é desleal." De acordo com a secretária executiva da Câmara de Dirigentes Lojistas do Bom Retiro, que organiza os desfiles, Kelly Lopes, as apresentações fazem com que as vendas da região cresçam até 8%. O objetivo agora é conseguir um espaço para um terminal de compras nos dias de desfile, como o que existe no Mega Pólo Moda. "Já foi pedida autorização para a prefeitura de São Paulo. A falta de um lugar que possa receber os clientes de fora faz com que os lojistas percam compradores." A lojista de Espírito Santo do Pinhal, cidade do interior paulista, Cláudia Maragliano, afirma que vem à cidade duas vezes por semana só para comprar. Só ontem, a comerciante gastou R$ 7 mil. Ela diz não ter tempo para ver os desfiles. "Só os curiosos param para assistir às apresentações. Eu venho com ou sem desfile."

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Agliberto Lima/DC

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Temporada de apresentações no Bom Retiro aumenta as vendas em 8%

Fotos: Luiz Prado/Luz

Simone: cultura em evidência.

Afif Domingos: é preciso desburocratizar as exportações.

Artesãos de olho no exterior Vanessa Rosal

O

artesanato vem ganhando cada vez mais espaço na economia brasileira. De acordo com pesquisa realizada pela Midiagrupo com 4 mil artesãos, o setor movimentou R$ 37 bilhões no ano passado, cerca de R$ 9 bilhões a mais que o valor registrado pelo estudo anterior, de 2002. Pensando nesse potencial e na qualidade dos profissionais envolvidos, a São Paulo Chamber of Commerce, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), realizou ontem o workshop "Exportando Artesanato". Idealizado em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo, com a Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades (Sutaco) e com a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), o evento discutiu os principais entraves para a exportação de pequenas empresas e, principalmente, para o artesão que trabalha sozinho.

"O artesanato é uma das atividades na qual o Brasil é mais rico, por isso é importante que as empresas exportem para o mundo. Mas, antes, precisamos desatar os nós da burocracia, que tanto atrapalham o pequeno empreendedor. Estamos lutando para isso", disse o secretário do Emprego e Relações do Trabalho do Estado de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, durante o workshop. Para a coordenadora de comercialização e exportação da Sutaco, Simone Pangrazi, o artesão que exporta aumenta sua renda, sua produção e emprega mais. "Além disso, é importante para divulgar a cultura brasileira para outros países.", disse. Segundo ela, o artesanato está chamando a atenção dos estrangeiros, que estão cada vez mais exigentes. Os arranjos produtivos locais (APLs) também foram lembrados durante o workshop. Segundo o assessor especial da Secretaria de Desenvolvimento, Milton Lamanauskas, os grupos de empresas que atuam em torno de u m a a t i v i d a d e p ro d u t i v a

principal estão recebendo informações sobre logística e adequação de produtos. "Nosso principal objetivo é inserir esses empresários no mercado internacional". Essa também é a intenção da artista plástica Luciana Marcassa, que faz tecidos pintados a mão, e da artesã Ana Dias, que administra uma microempresa de confecção de bolsas e produtos de papelaria. "Precisamos de informações básicas sobre como iniciar o processo para exportar e crescer, e esse encontro está ajudando muito." Cerca de 100 artesãos acompanharam o evento, que ainda teve as presenças do coordenador do projeto Exporta São Paulo, José Cândido Senna; do superintendente do trabalho artesanal nas comunidades da Sutaco, Valmir Madázio; e do diretor executivo do Programa Yellow Pages Brazil, Daniel Machado de Magalhães, que apresentou o guia eletrônico das empresas exportadoras, importadoras e prestadores de serviços. Mais informações no site: www.yellowpagesbrazil.net.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Banco Bradesco S.A. Companhia Aberta

CNPJ 60.746.948/0001-12 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP

Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras

CONTINUAÇÃO

Risco de capital O gerenciamento de risco de capital na Organização busca otimizar a relação risco versus retorno de modo a minimizar perdas, por meio de estratégias de negócios bem definidas, em busca de maior eficiência na composição dos fatores que impactam no Índice de Solvabilidade (Basiléia). Apresentamos o cálculo do Índice de Solvabilidade: Em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Base de cálculo - Índice de Solvabilidade (Basiléia) Financeiro EconômicoFinanceiro Econômico(1) financeiro (2) (1) financeiro (2) Patrimônio líquido ............................................................................................................ Redução dos créditos tributários conforme Resolução no 3.059 do Bacen .................... Redução dos ativos diferidos conforme Resolução no 3.444 do Bacen ......................... Redução dos ganhos/perdas de ajustes a valor de mercado em DPV e derivativos conforme Resolução no 3.444 do Bacen ..................................................................... Minoritários/outros ............................................................................................................ Patrimônio de referência nível I ...................................................................................... Soma dos ganhos/perdas de ajustes a valor de mercado em DPV e derivativos conforme Resolução no 3.444 do Bacen ............................................................................ Dívida subordinada/outros ............................................................................................... Patrimônio de referência total nível II ............................................................................. Patrimônio de referência total (nível I + nível II) ............................................................. Ativos ponderados de risco ............................................................................................ Índice de solvabilidade ....................................................................................................

27.514.524 (78.917) (81.501)

27.514.524 (78.917) (107.143)

21.460.690 (149.154) –

21.460.690 (149.154) –

(251.757) 122.315 27.224.664

(251.757) 61.574 27.138.281

– 182.465 21.494.001

– 54.061 21.365.597

251.757 10.350.651 10.602.408 37.827.072 208.231.161 18,17%

251.757 10.351.634 10.603.391 37.741.672 234.318.460 16,11%

– 9.650.262 9.650.262 31.144.263 166.798.013 18,67%

– 9.651.255 9.651.255 31.016.852 187.850.722 16,51%

34)

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2007 2006 2007 2006 Resultado antes do imposto de renda e contribuição social ......................................... Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente ............................................................................................................ Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Participações em coligadas ............................................................................................ Perda cambial .................................................................................................................. Despesas indedutíveis líquidas de receitas não tributáveis .......................................... Crédito tributário de períodos anteriores constituídos ..................................................... Juros sobre o capital próprio (pagos e a pagar) ............................................................... Outros valores .................................................................................................................. Imposto de renda e contribuição social do período ....................................................... b) Composição da conta de resultado de imposto de renda e contribuição social

Financeiro (1) Movimentação no patrimônio de referência: Início do período .............................................................................................................. • Lucro líquido do período ................................................................................................. • Juros sobre o capital próprio/dividendos ....................................................................... • Ajuste ao valor de mercado - TVM e derivativos ........................................................... • Dívida subordinada ........................................................................................................ • Ativo diferido .................................................................................................................. • Outros ............................................................................................................................. Final do período ............................................................................................................... Movimentação na ponderação de ativos: Início do período .............................................................................................................. • Títulos e valores mobiliários .......................................................................................... • Operações de crédito ..................................................................................................... • Serviço de compensação de cheques e assemelhados .............................................. • Crédito tributário ............................................................................................................. • Risco (swap, mercado, taxa de juros e câmbio) ............................................................ • Contas de compensação ............................................................................................... • Outros ativos .................................................................................................................. Final do período ...............................................................................................................

Econômicofinanceiro (2)

Impostos correntes: Imposto de renda e contribuição social devidos ............................................................ Impostos diferidos: Constituição/realização no período sobre adições temporárias ..................................... Utilização de saldos iniciais de: Base negativa de contribuição social ............................................................................. Prejuízo fiscal .................................................................................................................. Crédito tributário de períodos anteriores constituídos: Base negativa de contribuição social ............................................................................. Prejuízo fiscal .................................................................................................................. Adições Temporárias ........................................................................................................ Constituição/utilização no período sobre: Base negativa de contribuição social ............................................................................. Prejuízo fiscal .................................................................................................................. Total dos impostos diferidos .......................................................................................... Imposto de renda e contribuição social do período ....................................................... c) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos

Em 30 de junho - R$ mil 2006 Financeiro Econômico(1) financeiro (2)

35.108.743 4.006.622 (1.396.978) 292.928 (60.411) (81.501) (42.331) 37.827.072

35.045.676 4.006.622 (1.396.978) 292.928 (60.411) (107.143) (39.022) 37.741.672

25.605.239 3.132.385 (1.147.600) 77.614 3.360.429 – 116.196 31.144.263

25.657.731 3.132.385 (1.147.600) 77.614 3.360.429 – (63.707) 31.016.852

187.173.212 5.294.969 9.780.053 309.485 2.163.354 (4.554.025) 2.940.111 5.124.002 208.231.161

212.719.711 8.636.134 9.657.398 309.485 1.824.714 (4.529.509) 2.919.622 2.780.905 234.318.460

148.391.646 888.429 5.004.906 345.183 2.161.971 (2.769.444) 3.570.564 9.204.758 166.798.013

168.476.982 4.298.089 4.976.928 345.183 2.435.655 (2.727.544) 3.577.223 6.468.206 187.850.722

Financeiro (1) Início do período .............................................................................................................. Movimentação no patrimônio de referência: • Lucro líquido do período ................................................................................................. • Juros sobre o capital próprio/dividendos ....................................................................... • Ajuste ao valor de mercado - TVM e derivativos ........................................................... • Dívida subordinada ........................................................................................................ • Outros ............................................................................................................................. Movimentação na ponderação de ativos: • Títulos e valores mobiliários .......................................................................................... • Operações de crédito ..................................................................................................... • Serviço de compensação de cheques e assemelhados .............................................. • Crédito tributário ............................................................................................................. • Risco (swap, mercado, taxa de juros e câmbio) ............................................................ • Contas de compensação ............................................................................................... • Outros ativos .................................................................................................................. Final do período ............................................................................................................... (1) Inclui somente empresas financeiras; e (2) Empresas financeiras e não financeiras.

18,76 1,45 2,14 (0,74) 0,15 (0,03) (0,07) (2,04) (0,56) (0,95) (0,03) (0,18) 0,39 (0,25) (0,46) 18,17

16,48 1,26 1,89 (0,66) 0,13 (0,02) (0,08) (1,63) (0,70) (0,71) (0,02) (0,12) 0,31 (0,20) (0,19) 16,11

Financeiro (1) 17,26 3,73 2,11 (0,77) 0,05 2,27 0,07 (2,32) (0,13) (0,67) (0,05) (0,24) 0,31 (0,40) (1,14) 18,67

Saldo em 31.12.2006

Valor Valor de contábil mercado 30 de junho de 2007

Econômicofinanceiro (2) 15,23 3,18 1,86 (0,68) 0,05 1,99 (0,04) (1,90) (0,46) (0,50) (0,03) (0,21) 0,23 (0,32) (0,61) 16,51

(1.552.793)

(1.553.233)

(1.227.649)

5.472 (295.548) (78.956) 51.698 267.810 207.480 (1.827.017)

11.723 (170.162) (77.007) – 277.007 81.612 (1.429.620)

998.557 (294.542) (57.823) – 267.810 77.521 (561.710)

786.790 (169.168) (52.770) – 277.007 (92.558) (478.348)

(2.532.801)

(2.225.975)

(1.269.524)

(1.210.668)

614.117

887.801

707.814

732.320

(12.437) (64.443)

(22.840) (68.606)

– –

– –

9.744 29.959 11.995

– – –

– – –

– – –

31.056 85.793 705.784 (1.827.017)

– – 796.355 (1.429.620)

– – 707.814 (561.710)

– – 732.320 (478.348)

Aquisição

Constituição

Realização

Saldo em 30.6.2007

Em 30 de junho - R$ mil Saldo em 31.12.2006

Constituição

Realização

Saldo em 31.6.2007

Provisão para créditos de liquidação duvidosa .............................................................. 2.150.317 678.368 430.577 2.398.108 Provisão para contingências cíveis ................................................................................ 118.101 48.212 28.315 137.998 Provisão para contingências fiscais ............................................................................... 571.125 136.935 2.911 705.149 Provisão trabalhista ......................................................................................................... 394.201 62.287 75.901 380.587 Provisão para desvalorização de títulos e investimentos .............................................. 16.873 1.613 1.263 17.223 Provisão para desvalorização de bens não de uso ........................................................ 39.098 5.118 3.869 40.347 Ajuste a valor de mercado dos títulos para negociação ................................................. 107.732 128.206 107.732 128.206 Ágio amortizado ............................................................................................................... 102.382 56.645 22.297 136.730 Provisão de juros sobre o capital próprio (1) ................................................................... – 193.142 – 193.142 Outros ............................................................................................................................... 17.143 114.772 44.619 87.296 Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias ......................................... 3.544.448 1.397.822 690.008 4.252.262 415.730 – 70.310 345.420 Contribuição social - Medida Provisória no 2.158-35 de 24.8.2001 (2) ........................... Total dos créditos tributários (Nota 11b) ......................................................................... 3.960.178 1.397.822 760.318 4.597.682 Obrigações fiscais diferidas (Nota 34f) ........................................................................... 301.686 235.485 206.956 330.215 Créditos tributários líquidos das obrigações fiscais diferidas ...................................... 3.658.492 1.162.337 553.362 4.267.467 - Proporção dos créditos tributários líquidos sobre o patrimônio de referência total 10,4% 11,3% (Nota 32a) ....................................................................................................................... - Proporção dos créditos tributários líquidos sobre o ativo total .................................. 1,5% 1,6% (1) O crédito tributário sobre os juros sobre o capital próprio é contabilizado até o limite fiscal permitido; e (2) Até o final do exercício há previsão de realização do valor de R$ 35.155 mil, que será contabilizado quando de sua efetiva utilização. d) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias, prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social e crédito tributário de contribuição social M.P. no 2158-35 Semestres findos em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO Diferenças temporárias Prejuízo fiscal e base negativa

Em 30 de junho - R$ mil Lucro (Prejuízo) Não Realizado sem efeitos fiscais No Resultado No Patrimônio Líquido 30 de junho 30 de junho 2007 2006 2007 2006

Imposto de renda 2007 ..................................................................................................... 2008 ..................................................................................................... 2009 ..................................................................................................... 2010 ..................................................................................................... 2011 ..................................................................................................... 2012 (1o sem.) ..................................................................................... Total .....................................................................................................

Determinação do valor de mercado dos instrumentos financeiros: • Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos, investimentos, dívidas subordinadas e ações em tesouraria baseiam-se em cotação de preços de mercado na data do balanço. Se não houver cotação de preços de mercado, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos de definições de preços, modelos de cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes; • Operações de crédito prefixadas foram determinadas mediante desconto dos fluxos de caixa estimados, adotando as taxas de juros praticadas pela Organização Bradesco em novos contratos de características similares. As referidas taxas são compatíveis com o mercado na data do balanço; e • Depósitos a prazo, recursos de emissão de títulos e obrigações por empréstimos e repasses foram calculados mediante o desconto da diferença entre os fluxos de caixa nas condições contratuais e as taxas praticadas no mercado na data do balanço. BENEFÍCIOS A EMPREGADOS O Bradesco e suas controladas são patrocinadores de um plano de previdência complementar para seus funcionários e administradores, na modalidade Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL). O PGBL é um plano de previdência do tipo de contribuição variável, que permite acumular recursos financeiros ao longo da carreira profissional do participante mediante contribuições pagas por ele mesmo e pela empresa patrocinadora, sendo os recursos investidos em um FIE (Fundo de Investimento Exclusivo). O PGBL é administrado pela Bradesco Vida e Previdência S.A. e a BRAM - Bradesco Asset Management S.A. DTVM é a responsável pela gestão financeira dos fundos FIEs. As contribuições dos funcionários e administradores do Bradesco e suas controladas são equivalentes a 4% do salário, exceto para os participantes que em 2001 optaram em migrar do plano de benefício definido para o plano de contribuição variável (PGBL), cujas contribuições foram mantidas nos níveis que vigoravam no plano de benefício definido quando da transferência de plano, observando-se sempre o mínimo de 4% do salário. As obrigações atuariais do plano de contribuição variável (PGBL) estão integralmente cobertas pelo patrimônio do FIE correspondente. Além do plano de contribuição variável (PGBL) anteriormente apresentado, estão assegurados aos participantes transferidos do plano de benefício definido um benefício proporcional diferido, correspondente aos seus direitos acumulados nesse plano. Para os participantes do plano de benefício definido, transferidos ou não para o PGBL, participantes aposentados e pensionistas, o valor presente das obrigações atuariais do plano está integralmente coberto por ativos garantidores. O Banco Alvorada S.A. (incorporador do Banco Baneb S.A. e por sua vez incorporador do Banco BEA) mantém um plano de previdência complementar administrado pela Caixa de Previdência dos Funcionários do BEA-CABEA, que se encontra em processo de retirada de patrocínio, com data-base fixada em 30 de novembro de 2002, cujas contribuições do patrocinador cessaram a partir de 1o de dezembro de 2002. Os participantes também deixaram de contribuir a partir dessa mesma data. As obrigações atuariais do plano estão integralmente cobertas pelo patrimônio do plano. O Banco Alvorada S.A. (incorporador do Banco Baneb S.A.) mantém planos de aposentadoria complementar de contribuição variável e de benefício definido, por meio da Fundação Baneb de Seguridade Social - BASES (relativos aos ex-empregados do Baneb). As obrigações atuariais dos planos de contribuição variável e benefício definido estão integralmente cobertas pelos patrimônios dos planos. O Banco Bradesco BBI S.A. (atual denominação do Banco BEM S.A.) patrocina planos de aposentadoria complementar de benefício definido e de contribuição variável, por meio da Caixa de Assistência e Aposentadoria dos Funcionários do Banco do Estado do Maranhão - Capof. A Alvorada Cartões, Crédito, Financiamento e Investimento S.A. (Alvorada CFI) (incorporadora do Banco BEC S.A.) patrocina plano de benefício definido por meio da Cabec - Caixa de Previdência Privada do Banco do Estado do Ceará. Os recursos garantidores dos planos de previdência são investidos de acordo com a legislação pertinente (títulos públicos e privados, ações de companhias abertas e imóveis). O Bradesco em suas dependências no exterior proporciona para seus funcionários e administradores plano de pensão com contribuição variável, que permite acumular recursos financeiros ao longo da carreira profissional do participante, mediante contribuições pagas por ele mesmo e em igual proporção pelo Bradesco. As contribuições dos funcionários, administradores e do Bradesco em suas dependências no exterior são em conjunto equivalentes a no máximo 5% do salário anual do benefício. As despesas com contribuições efetuadas durante o 1o semestre de 2007 totalizaram R$ 153.121 mil (2006 - R$ 149.801 mil), BRADESCO MÚLTIPLO - R$ 129.633 mil (2006 - R$ 125.239 mil). Além desse benefício, o Bradesco e suas controladas oferecem aos seus funcionários e administradores outros benefícios, dentre os quais: seguro saúde, assistência odontológica, seguro de vida e de acidentes pessoais e treinamento profissional, cujo montante dessas despesas, incluindo as contribuições mencionadas anteriormente, totalizaram no período - R$ 667.926 mil (2006 - R$ 623.446 mil), BRADESCO MÚLTIPLO - R$ 553.509 mil (2006 - R$ 516.583 mil).

(1.984.973)

BRADESCO MÚLTIPLO

Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos (Notas 3c, 3d e 8) .................... 103.577.387 105.117.181 4.475.511 1.715.375 1.539.794 789.106 - Ajuste de Títulos Disponíveis para Venda (Nota 8 cII) – – 2.935.717 926.269 – – - Ajuste de Títulos Mantidos até o Vencimento (Nota 8d item 7) ................................................... – – 1.539.794 789.106 1.539.794 789.106 Operações de Crédito e de Arrendamento Mercantil (1) (Notas 3e e 10) ............................................ 108.191.182 108.655.006 463.824 386.642 463.824 386.642 Investimentos (2) (Notas 3h e 13) ........................... 585.130 587.433 2.303 58.408 2.303 58.408 Ações em Tesouraria (Nota 23e) ............................. 75.274 55.889 – – (1.036) (19.385) Depósitos a Prazo (Notas 3k e 16a) ....................... 32.359.675 32.358.885 790 88.929 790 88.929 Recursos de Emissão de Títulos (Nota 16c) .......... 6.645.148 6.636.726 8.422 (13.545) 8.422 (13.545) Obrigações por Empréstimos e Repasses (Notas 19.153.106 11.909 31.935 11.909 31.935 17a e 17b) ............................................................. 19.165.015 Dívidas Subordinadas (Nota 19) ............................. 13.202.983 13.674.083 (471.100) (485.933) (471.100) (485.933) Lucro não realizado sem efeitos fiscais ................ 4.491.659 1.781.811 1.536.557 854.506 (1) Inclui adiantamentos sobre contratos de câmbio, operações de arrendamento mercantil e outros créditos com características de concessão de crédito; e (2) Referem-se a ações de companhias abertas e não considera a mais-valia em investimentos em coligadas.

33)

3.610.733

Provisão para créditos de liquidação duvidosa ................................. 2.936.779 7.875 911.113 665.777 3.189.990 Provisão para contingências cíveis ................................................... 253.646 29 63.135 38.036 278.774 1.062.150 – 193.159 11.635 1.243.674 Provisão para contingências fiscais .................................................. Provisão trabalhista ............................................................................ 424.086 – 66.030 82.847 407.269 Provisão para desvalorização de títulos e investimentos ................. 143.209 – 5.747 16.340 132.616 Provisão para desvalorização de bens não de uso ........................... 76.046 – 6.625 9.398 73.273 Ajuste a valor de mercado dos títulos para negociação .................... 108.315 – 128.245 108.151 128.409 Ágio amortizado .................................................................................. 879.821 – 62.132 137.257 804.696 Provisão de juros sobre o capital próprio (1) ...................................... – – 193.142 – 193.142 Outros .................................................................................................. 138.862 – 102.297 36.072 205.087 Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias ............ 6.022.914 7.904 1.731.625 1.105.513 6.656.930 Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social ..................... 586.024 – 156.552 76.880 665.696 Subtotal ............................................................................................... 6.608.938 7.904 1.888.177 1.182.393 7.322.626 o 657.034 – – 85.721 571.313 Contribuição social - Medida Provisória n 2.158-35 de 24.8.2001 (2) Total dos créditos tributários (Nota 11b) ............................................ 7.265.972 7.904 1.888.177 1.268.114 7.893.939 1.276.713 – 613.509 299.855 1.590.367 Obrigações fiscais diferidas (Nota 34f) .............................................. Créditos tributários líquidos das obrigações fiscais diferidas ......... 5.989.259 7.904 1.274.668 968.259 6.303.572 - Proporção dos créditos tributários líquidos sobre o patrimônio de 17,1% 16,7% referência total (Nota 32a) ................................................................ - Proporção dos créditos tributários líquidos sobre o ativo total ..... 2,3% 2,2% (1) O crédito tributário sobre os juros sobre o capital próprio é contabilizado até o limite fiscal permitido; e (2) Até o final do exercício há previsão de realização do valor de R$ 73.070 mil, que será contabilizado quando de sua efetiva utilização (item d).

b) Valor de mercado O Valor contábil, líquido das provisões para desvalorizações, dos principais instrumentos financeiros:

Carteiras

4.568.332

Em 30 de junho - R$ mil

2006

Econômicofinanceiro (2)

4.567.039

BRADESCO CONSOLIDADO

Em % 2007

5.838.156

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2007 2006 2007 2006

Variação do Índice de Solvabilidade (Basiléia) - em R$ mil e % 2007

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social

Contribuição social

1.383.849 2.157.505 1.007.062 336.076 71.698 1.028 4.957.218

Imposto de renda

Contribuição social

Total

475.582 746.954 330.770 120.549 25.528 329 1.699.712

47.269 12.814 1.919.514 98.546 27.519 3.030.524 125.355 55.512 1.518.699 177.066 49.121 682.812 30.139 27.429 154.794 8.920 6.006 16.283 487.295 178.401 7.322.626 Semestres findos em 30 de junho - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO Diferenças temporárias

Imposto de renda 2007 ...................................................................................................................... 2008 ...................................................................................................................... 2009 ...................................................................................................................... 2010 ...................................................................................................................... Total .....................................................................................................................

Contribuição social

Total

328.926 566.994 146.863 65.017 1.107.800

949.851 1.620.119 395.617 178.875 3.144.462

1.278.777 2.187.113 542.480 243.892 4.252.262

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO 2007 Total ..........................................................

73.070

2008

Crédito tributário de contribuição social M.P. no 2.158-35 2009 2010 2011 2012 a 2013

91.987

67.291

90.085

150.233

98.647

Total 571.313

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO 2007

Crédito tributário de contribuição social M.P. no 2.158-35 2008 2009 2010 2011 2012

Total

Total .......................................................... 35.155 45.447 36.752 46.974 115.129 65.963 345.420 A projeção de realização de crédito tributário é uma estimativa e não está diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis. O valor presente dos créditos tributários, calculados considerando a taxa média de captação, líquida dos efeitos tributários, monta a R$ 7.488.524 mil (2006 - R$ 5.535.552 mil) BRADESCO MÚLTIPLO - R$ 4.394.747 mil (2006 - R$ 3.545.233 mil), sendo R$ 6.360.269 mil (2006 - R$ 4.534.305 mil) BRADESCO MÚLTIPLO - R$ 4.085.376 mil (2006 - R$ 3.135.078 mil) de diferenças temporárias, R$ 612.460 mil (2006 - R$ 355.402 mil) de prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social e R$ 515.795 mil (2006 - R$ 645.845 mil) BRADESCO MÚLTIPLO - R$ 309.371 mil (2006 - R$ 410.155 mil) de crédito tributário de contribuição social M.P. no 2.158-35. e) Créditos tributários não ativados Não foram constituídos créditos tributários no montante de R$ 365.038 mil (2006 - R$ 555.285 mil), os quais serão registrados quando apresentarem efetivas perspectivas de realização de acordo com estudos e análises elaboradas pela administração e pelas normas do Bacen. f) Obrigações fiscais diferidas BRADESCO CONSOLIDADO 2007 2006 IRPJ, CSLL, PIS e Cofins sobre ajuste a valor de mercado de instrumentos financeiros derivativos ............................................................................................................... Superveniência de depreciação ...................................................................................... Operações em mercado de liquidação futura .................................................................. Outras ............................................................................................................................... Total .................................................................................................................................. 35)

990.015 324.420 33.428 242.504 1.590.367

339.650 172.073 331.675 193.420 1.036.818

Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO 2007 2006 144.984 – 33.428 151.803 330.215

30.422 – 331.672 129.962 492.056

OUTRAS INFORMAÇÕES A Organização Bradesco administra fundos de investimento e carteiras, cujos patrimônios líquidos em 30 de junho de 2007 montam a R$ 161.281.733 mil (2006 - R$ 137.648.633 mil).

Resumo do Relatório do Comitê de Auditoria Introdução O Comitê de Auditoria, instituído na Assembléia Geral Extraordinária dos acionistas do Banco Bradesco S.A. (Bradesco) de 17.12.2003, é composto por quatro membros, nomeados na Reunião Extraordinária do Conselho de Administração do Bradesco realizada em 12.3.2007, com mandato até a 1a Reunião do Conselho de Administração que se realizar após a Assembléia Geral Ordinária de 2008, estando seu Regimento disponível no site www.bradesco.com.br, página de Governança Corporativa. O Conselho de Administração do Bradesco optou por um Comitê de Auditoria único para todas as empresas integrantes do Conglomerado Financeiro, inclusive para as do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência (Grupo Segurador), de acordo com a Resolução CNSP no 118/2004, do Conselho Nacional de Seguros Privados, que estabeleceu as condições de funcionamento do Comitê de Auditoria para as Sociedades Seguradoras, de Capitalização e entidades abertas de Previdência Complementar.

com conteúdo e freqüência, possibilitando aos seus membros opinar de modo independente sobre o sistema de controles internos, a qualidade das demonstrações financeiras e a eficiência das auditorias externa e interna. O programa de trabalho do Comitê de Auditoria para o exercício de 2007 tem como foco os riscos e os processos mais relevantes para os negócios da Organização Bradesco. Para formar opinião sobre a qualidade dos processos avaliados, os principais riscos inerentes e a efetividade dos controles correspondentes, o Comitê estruturou reuniões, devidamente registradas em Atas, envolvendo áreas de negócios no Brasil e no exterior, de controle, gestão de riscos e com os auditores internos e externos. Nessa forma de atuação do Comitê, as informações sobre os pontos considerados relevantes ou críticos são checadas por meio de diferentes fontes. Sistema de Controles Internos

Dentre as atribuições do Comitê de Auditoria estão também aquelas requeridas pela Lei Americana SarbanesOxley para as Companhias registradas na U.S. Securities and Exchange Commission e cotadas na Bolsa de Nova York.

O Sistema de Controles Internos da Organização Bradesco é adequado ao porte e complexidade de seus negócios e foi estruturado de modo a garantir a eficiência das suas operações, dos sistemas que geram os relatórios financeiros, bem como a observância às normas internas e externas, a que se sujeitam as transações.

O Comitê tem como Coordenador um membro do Conselho de Administração do Bradesco, sendo que os demais integrantes, inclusive o profissional especialista, não participam de outros órgãos da Organização.

É avaliado periodicamente para identificar pontos que mereçam aperfeiçoamento, objetivando melhor atender aos negócios e às boas práticas de gestão de riscos na Organização Bradesco. Os trabalhos preconizados pela Seção no 404 da Lei Americana Sarbanes-Oxley foram finalizados dentro dos prazos requeridos às Companhias Estrangeiras registradas na U.S. Securities and Exchange Commission e cotadas na Bolsa de Nova York e contribuíram para melhoria do ambiente de controles internos da Organização, sendo auditados e certificados pela PricewaterhouseCoopers.

Compete ao Comitê zelar pela integridade e qualidade das demonstrações financeiras do Conglomerado Financeiro Bradesco, inclusive do Grupo Segurador, pela observância às normas internas e externas, pela efetividade e independência da atividade de auditoria e pela qualidade e eficiência dos sistemas de controles internos. É de responsabilidade da Administração a elaboração das demonstrações financeiras das empresas que compõem a Organização Bradesco, sendo fundamental assegurar a qualidade dos processos relacionados às informações financeiras, bem como às atividades de controle e de gestão de riscos. À PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes (Price), auditor externo das demonstrações financeiras, cabe assegurar que estas representem adequadamente a posição patrimonial e financeira do conglomerado, de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade, com a legislação societária brasileira e com as normas da Comissão de Valores Mobiliários - CVM, do Conselho Monetário Nacional, do Banco Central do Brasil, do Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP e da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP. Atividades do Comitê O Comitê de Auditoria, por ser Órgão de assessoria do Conselho de Administração, tem utilizado as estruturas já existentes na Organização para estabelecer um canal de comunicação direto e um fluxo de informações estruturado

Nas reuniões com as diversas áreas da Organização, o Comitê de Auditoria teve a oportunidade de oferecer aos gestores sugestões de melhoria nos seus processos, observando o pronto comprometimento da Administração na implementação dos aperfeiçoamentos necessários. Auditoria Externa O Comitê discutiu com os auditores externos o planejamento dos seus serviços nas empresas da Organização Bradesco para 2007 e, no decorrer do semestre, reuniu-se com as equipes encarregadas para conhecer os resultados e principais conclusões dos trabalhos realizados naquele período. O Comitê julgou que os trabalhos desenvolvidos pelas equipes foram adequados aos negócios da Organização, solicitando exames focados nos controles relativos aos riscos de crédito, mercado e atuarial, principalmente no que se refere aos modelos matemáticos/estatísticos e respectivas premissas adotadas pela Organização Bradesco.

Auditoria Interna (Inspetoria Geral) O Comitê de Auditoria solicitou à Auditoria Interna que considerasse, no seu planejamento para o ano de 2007, diversos trabalhos em linha com temas abrangidos na agenda do Comitê para o ano. No semestre, a Auditoria Interna reportou ao Comitê de Auditoria os resultados e as principais conclusões dos seus trabalhos. A equipe de auditoria interna tem desenvolvido seus trabalhos com foco nos riscos e processos, respondendo adequadamente aos pedidos do Comitê de Auditoria para que seus membros possam formar opinião sobre os assuntos discutidos. Demonstrações Financeiras Consolidadas O Comitê reuniu-se com as áreas de Contadoria Geral, Orçamento e Controle e Inspetoria Geral para avaliação das demonstrações financeiras mensais, trimestrais e semestral. Nessas reuniões, foram analisados e avaliados os aspectos de preparação dos balancetes e balanços, individuais e consolidados, as notas explicativas e relatórios financeiros publicados em conjunto com as demonstrações financeiras consolidadas. Foram também consideradas as práticas contábeis adotadas pelo Bradesco na elaboração das demonstrações financeiras e a observância aos princípios fundamentais de contabilidade, bem como o cumprimento da legislação aplicável. Antes das divulgações das Informações Financeiras Trimestrais (IFTs) e do balanço semestral, o Comitê reuniu-se reservadamente com a Price, para avaliar os aspectos de independência e do ambiente de controle na geração dos números a serem divulgados. Com base nas revisões e discussões acima mencionadas, o Comitê de Auditoria recomenda ao Conselho de Administração a aprovação das demonstrações financeiras auditadas, relativas ao semestre findo em 30 de junho de 2007.

Cidade de Deus, Osasco, SP, 3 de agosto de 2007.

Mário da Silveira Teixeira Júnior Hélio Machado dos Reis Paulo Roberto Simões da Cunha Yves Louis Jacques Lejeune

CONTINUA


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Banco Bradesco S.A. Companhia Aberta

CNPJ 60.746.948/0001-12 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP

Balanço Patrimonial em 30 de junho – Em Reais mil

CONTINUAÇÃO BRADESCO MÚLTIPLO 2007 2006

BRADESCO CONSOLIDADO 2007 2006

CIRCULANTE ........................................................................................................................ DISPONIBILIDADES (Nota 6a) .............................................................................................. APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ (Notas 3b e 7) ...................................... Aplicações no Mercado Aberto ............................................................................................. Aplicações em Depósitos Interfinanceiros ........................................................................... Provisões para Perdas .......................................................................................................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS (Notas 3c, 3d, 8, 32b) ......................................................................................................... Carteira Própria ...................................................................................................................... Vinculados a Compromissos de Recompra ......................................................................... Instrumentos Financeiros Derivativos .................................................................................. Vinculados ao Banco Central ............................................................................................... Vinculados à Prestação de Garantias .................................................................................. Títulos Objeto de Operações Compromissadas com Livre Movimentação ......................... RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS ........................................................................................ Pagamentos e Recebimentos a Liquidar .............................................................................. Créditos Vinculados: (Nota 9) - Depósitos no Banco Central ............................................................................................... - Tesouro Nacional - Recursos do Crédito Rural ................................................................... - SFH - Sistema Financeiro da Habitação ............................................................................. Repasses Interfinanceiros .................................................................................................... Correspondentes ................................................................................................................... RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS ................................................................................... Transferências Internas de Recursos .................................................................................... OPERAÇÕES DE CRÉDITO (Notas 3e, 10 e 32b) ................................................................ Operações de Crédito: - Setor Público ....................................................................................................................... - Setor Privado ....................................................................................................................... Provisão para Operações de Crédito de Liquidação Duvidosa (Notas 3e, 10f, 10g e 10h) . OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL (Notas 2, 3e, 10 e 32b) ........................ Operações de Arrendamento a Receber: - Setor Público ....................................................................................................................... - Setor Privado ....................................................................................................................... Rendas a Apropriar de Arrendamento Mercantil ................................................................... Provisão para Créditos de Arrendamento Mercantil de Liquidação Duvidosa (Notas 3e, 10f, 10g e 10h) ............................................................................................................................ OUTROS CRÉDITOS ............................................................................................................. Créditos por Avais e Fianças Honrados (Nota 10a-2) ........................................................... Carteira de Câmbio (Nota 11a) .............................................................................................. Rendas a Receber ................................................................................................................. Negociação e Intermediação de Valores .............................................................................. Prêmios de Seguros a Receber ............................................................................................ Diversos (Nota 11b) ............................................................................................................... Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa (Notas 3e, 10f, 10g e 10h) .......... OUTROS VALORES E BENS (Nota 12) ................................................................................. Outros Valores e Bens ........................................................................................................... Provisões para Desvalorizações .......................................................................................... Despesas Antecipadas (Notas 3g e 12b) .............................................................................

146.752.780 4.799.048 39.245.448 23.244.100 16.001.453 (105)

133.087.140 3.067.180 37.994.271 22.755.847 15.238.497 (73)

226.260.443 4.915.684 26.764.922 22.968.129 3.796.898 (105)

179.631.456 3.161.288 27.094.311 22.191.566 4.902.818 (73)

14.040.175 2.165.946 4.390.974 1.931.955 4.310.319 1.238.725 2.256 20.760.068 1.478.319

15.766.963 2.891.281 10.818.041 478.406 681.478 894.708 3.049 18.684.564 1.729.426

89.682.980 71.854.299 7.823.704 1.982.501 5.279.051 2.741.169 2.256 19.714.577 394.194

57.596.911 55.189.516 224.671 477.785 681.478 1.023.461 – 17.660.635 649.614

19.265.740 578 9.743 2.940 2.748 137.211 137.211 45.900.363

16.936.779 578 6.551 – 11.230 159.256 159.256 39.541.079

19.277.486 578 9.793 2.940 29.586 138.761 138.761 57.272.937

16.948.478 578 9.433 – 52.532 160.420 160.420 49.459.243

64.870 50.063.492 (4.227.999) –

201.031 42.824.852 (3.484.804) –

64.870 62.128.091 (4.920.024) 2.144.310

201.031 53.320.302 (4.062.090) 1.483.979

– – –

– – –

31.212 4.033.882 (1.833.416)

40.527 2.936.284 (1.431.106)

– 21.391.495 1.055 12.047.030 2.676.073 119.514 – 6.607.299 (59.476) 478.972 206.685 (118.667) 390.954

– 17.552.992 15 10.123.248 1.720.603 299.517 – 5.529.739 (120.130) 320.835 181.321 (109.031) 248.545

(87.368) 24.208.600 1.055 12.047.077 204.707 151.994 1.240.568 10.642.064 (78.865) 1.417.672 366.972 (181.473) 1.232.173

(61.726) 21.821.491 15 10.123.315 174.639 1.629.657 1.123.600 8.901.473 (131.208) 1.193.178 386.611 (190.327) 996.894

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ........................................................................................... APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ (Notas 3b e 7) ...................................... Aplicações no Mercado Aberto ............................................................................................. Aplicações em Depósitos Interfinanceiros ........................................................................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS (Notas 3c, 3d, 8, 32b) .......................................................................................................... Carteira Própria ...................................................................................................................... Vinculados a Compromissos de Recompra ......................................................................... Instrumentos Financeiros Derivativos .................................................................................. Vinculados ao Banco Central ............................................................................................... Moedas de Privatização ....................................................................................................... Vinculados à Prestação de Garantias .................................................................................. RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS ........................................................................................ Créditos Vinculados: (Nota 9) - SFH - Sistema Financeiro da Habitação ............................................................................. OPERAÇÕES DE CRÉDITO (Notas 3e, 10 e 32b) ................................................................ Operações de Crédito: - Setor Público ....................................................................................................................... - Setor Privado ....................................................................................................................... Provisão para Operações de Crédito de Liquidação Duvidosa (Notas 3e, 10f, 10g e 10h) . OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL (Notas 2, 3e, 10 e 32b) ........................ Operações de Arrendamento a Receber: - Setor Público ....................................................................................................................... - Setor Privado ....................................................................................................................... Rendas a Apropriar de Arrendamento Mercantil ................................................................... Provisão para Créditos de Arrendamento Mercantil de Liquidação Duvidosa (Notas 3e, 10f, 10g e 10h) ............................................................................................................................ OUTROS CRÉDITOS ............................................................................................................. Rendas a Receber ................................................................................................................. Negociação e Intermediação de Valores .............................................................................. Diversos (Nota 11b) ............................................................................................................... Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa (Notas 3e, 10f, 10g e 10h) ........... OUTROS VALORES E BENS (Nota 12) ................................................................................. Outros Valores e Bens ........................................................................................................... Provisões para Desvalorizações .......................................................................................... Despesas Antecipadas (Notas 3g e 12b) .............................................................................

88.476.640 10.997.524 48.633 10.948.891

41.880.357 7.688.464 8.167 7.680.297

60.809.545 629.360 48.633 580.727

47.525.221 475.085 8.167 466.918

46.225.737 12.372.872 29.362.129 459.603 1.998.087 18.459 2.014.587 403.446

11.311.427 5.509.287 3.791.253 17.661 657.611 5.903 1.329.712 218.188

13.894.407 8.300.016 3.032.212 459.596 1.049.011 89.729 963.843 403.446

12.785.237 9.314.152 1.393.101 17.661 657.612 69.985 1.332.726 390.869

403.446 25.241.987

218.188 18.488.081

403.446 32.735.751

390.869 24.171.593

726.334 25.943.350 (1.427.697) –

635.845 19.093.364 (1.241.128) –

786.274 33.789.728 (1.840.251) 2.518.251

702.976 24.969.308 (1.500.691) 1.563.317

– – –

– – –

108.044 4.602.352 (2.094.024)

118.140 3.110.423 (1.596.524)

– 5.220.056 429.057 361.751 4.432.378 (3.130) 387.890 – – 387.890

– 3.878.457 187.027 64.702 3.630.621 (3.893) 295.740 – – 295.740

(98.121) 9.913.635 1.727 361.751 9.558.032 (7.875) 714.695 7.956 (1.043) 707.782

(68.722) 7.587.056 1.623 64.702 7.529.492 (8.761) 552.064 8.153 (1.547) 545.458

PERMANENTE ...................................................................................................................... INVESTIMENTOS (Notas 3h, 13 e 32b) ................................................................................ Participações em Coligadas e Controladas: - No País ................................................................................................................................ - No Exterior ........................................................................................................................... Outros Investimentos ............................................................................................................ Provisões para Perdas .......................................................................................................... IMOBILIZADO DE USO (Notas 3i e 14) ................................................................................. Imóveis de Uso ..................................................................................................................... Outras Imobilizações de Uso ................................................................................................ Depreciações Acumuladas ................................................................................................... IMOBILIZADO DE ARRENDAMENTO (Nota 14) .................................................................... Bens Arrendados ................................................................................................................... Depreciações Acumuladas ................................................................................................... DIFERIDO (Notas 2, 3j e 15) .................................................................................................. Gastos de Organização e Expansão .................................................................................... Amortização Acumulada ....................................................................................................... Ágio na Aquisição de Empresas Controladas, Líquido de Amortização (Nota 15a) ............

30.485.583 28.585.671

25.526.179 23.874.801

3.498.204 585.130

5.778.429 1.044.832

27.540.732 1.029.371 72.112 (56.544) 1.312.887 269.828 3.032.738 (1.989.679) – – – 587.025 1.398.563 (811.538) –

23.004.577 865.959 68.256 (63.991) 1.142.214 263.348 2.809.824 (1.930.958) – – – 509.164 2.004.597 (1.495.433) –

426.954 – 518.256 (360.080) 2.187.522 1.046.863 4.149.052 (3.008.393) 28.162 40.468 (12.306) 697.390 1.682.630 (985.240) –

430.923 – 1.014.284 (400.375) 2.075.400 1.104.263 3.939.088 (2.967.951) 15.911 31.872 (15.961) 2.642.286 1.471.572 (883.907) 2.054.621

T OT A L ................................................................................................................................

265.715.003

200.493.676

290.568.192

232.935.106

ATIVO

PASSIVO

BRADESCO MÚLTIPLO 2007 2006

BRADESCO CONSOLIDADO 2007 2006

CIRCULANTE ........................................................................................................................ DEPÓSITOS (Notas 3k e 16a) ............................................................................................... Depósitos à Vista .................................................................................................................. Depósitos de Poupança ........................................................................................................ Depósitos Interfinanceiros .................................................................................................... Depósitos a Prazo (Nota 32b) ............................................................................................... Outros Depósitos ................................................................................................................... CAPTAÇÕES NO MERCADO ABERTO (Notas 3k e 16b) ..................................................... Carteira Própria ...................................................................................................................... Carteira de Terceiros .............................................................................................................. Carteira Livre Movimentação ................................................................................................ RECURSOS DE EMISSÃO DE TÍTULOS (Notas 16c e 32b) ................................................ Recursos de Aceites Cambiais ............................................................................................ Recursos de Letras Hipotecárias .......................................................................................... Recursos de Debêntures ....................................................................................................... Obrigações por Títulos e Valores Mobiliários no Exterior ..................................................... RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS ........................................................................................ Recebimentos e Pagamentos a Liquidar .............................................................................. Repasses Interfinanceiros .................................................................................................... Correspondentes ................................................................................................................... RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS ................................................................................... Recursos em Trânsito de Terceiros ....................................................................................... OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS (Notas 17a e 32b) ...................................................... Empréstimos no País - Instituições Oficiais ........................................................................ Empréstimos no País - Outras Instituições .......................................................................... Empréstimos no Exterior ....................................................................................................... OBRIGAÇÕES POR REPASSES DO PAÍS - INSTITUIÇÕES OFICIAIS (Notas 17b e 32b) .. Tesouro Nacional ................................................................................................................... BNDES .................................................................................................................................. CEF ........................................................................................................................................ FINAME ................................................................................................................................. Outras Instituições ................................................................................................................ OBRIGAÇÕES POR REPASSES DO EXTERIOR (Notas 17b e 32b) .................................... Repasses do Exterior ............................................................................................................ INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS (Notas 3d e 32) ........................................ Instrumentos Financeiros Derivativos .................................................................................. PROVISÕES DE SEGUROS, PREVIDÊNCIA E CAPITALIZAÇÃO (Notas 3l e 21) ............. OUTRAS OBRIGAÇÕES ........................................................................................................ Cobrança e Arrecadação de Tributos e Assemelhados ........................................................ Carteira de Câmbio (Nota 11a) .............................................................................................. Sociais e Estatutárias ........................................................................................................... Fiscais e Previdenciárias (Nota 20a) .................................................................................... Negociação e Intermediação de Valores .............................................................................. Fundos Financeiros e de Desenvolvimento ......................................................................... Dívidas Subordinadas (Notas 19 e 32b) ............................................................................... Diversas (Nota 20b) ...............................................................................................................

141.143.805 70.015.376 20.923.807 28.405.401 9.719.415 10.379.526 587.227 35.975.128 14.425.416 19.497.518 2.052.194 2.291.658 – 857.251 – 1.434.407 1.248.773 1.084.127 – 164.646 1.757.802 1.757.802 6.355.910 – – 6.355.910 5.293.763 33.550 3.094.530 10.832 2.154.190 661 19.350 19.350 1.936.295 1.936.295 – 16.249.750 1.514.303 6.404.291 1.295.843 346.185 86.687 1.137 36.538 6.564.766

106.575.116 61.961.837 16.537.450 24.834.740 7.628.281 12.675.785 285.581 17.593.916 2.392.521 14.620.973 580.422 1.754.288 – 819.685 – 934.603 1.279.067 1.081.825 4.513 192.729 1.767.333 1.767.333 5.208.621 – – 5.208.621 3.802.268 17.535 1.835.986 7.469 1.940.440 838 182 182 393.878 393.878 – 12.813.726 1.361.245 4.677.775 1.066.928 945.134 328.974 1.618 40.116 4.391.936

176.484.612 60.920.925 21.019.183 28.405.401 230.980 10.679.982 585.379 35.828.113 14.425.417 19.350.502 2.052.194 2.346.765 1.907 871.072 49.154 1.424.632 164.646 – – 164.646 1.761.699 1.761.699 6.273.999 211 349 6.273.439 5.417.227 33.550 3.094.530 12.264 2.276.222 661 5.513 5.513 1.987.392 1.987.392 40.000.201 21.778.132 1.566.436 6.405.313 1.311.757 2.346.141 142.051 1.137 55.113 9.950.184

135.925.698 54.965.814 16.645.884 24.834.740 162.763 13.044.998 277.429 17.511.529 2.392.521 14.541.625 577.383 1.830.993 – 838.006 62.959 930.028 192.729 – – 192.729 1.769.833 1.769.833 5.142.662 320 21.700 5.120.642 3.891.582 17.535 1.835.986 9.368 2.027.855 838 182 182 394.764 394.764 31.874.874 18.350.736 1.413.591 4.678.807 1.105.747 2.115.936 1.650.679 1.618 63.492 7.320.866

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ................................................................................................. DEPÓSITOS (Notas 3k e 16a) ............................................................................................... Depósitos Interfinanceiros .................................................................................................... Depósitos a Prazo (Nota 32b) ............................................................................................... CAPTAÇÕES NO MERCADO ABERTO (Notas 3k e 16b) ..................................................... Carteira Própria ...................................................................................................................... RECURSOS DE EMISSÃO DE TÍTULOS (Notas 16c e 32b) ................................................ Recursos de Aceites Cambiais ............................................................................................ Recursos de Letras Hipotecárias .......................................................................................... Recursos de Debêntures ....................................................................................................... Obrigações por Títulos e Valores Mobiliários no Exterior ..................................................... OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS (Notas 17a e 32b) ...................................................... Empréstimos no País - Instituições Oficiais ........................................................................ Empréstimos no Exterior ....................................................................................................... OBRIGAÇÕES POR REPASSES DO PAÍS - INSTITUIÇÕES OFICIAIS (Notas 17b e 32b) .. BNDES .................................................................................................................................. CEF ........................................................................................................................................ FINAME ................................................................................................................................. Outras Instituições ................................................................................................................ INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS (Notas 3d e 32) ........................................ Instrumentos Financeiros Derivativos .................................................................................. PROVISÕES DE SEGUROS, PREVIDÊNCIA E CAPITALIZAÇÃO (Notas 3l e 21) ............. OUTRAS OBRIGAÇÕES ........................................................................................................ Sociais e Estatutárias ........................................................................................................... Fiscais e Previdenciárias (Nota 20a) .................................................................................... Negociação e Intermediação de Valores .............................................................................. Dívidas Subordinadas (Notas 19 e 32b) ............................................................................... Diversas (Nota 20b) ...............................................................................................................

96.956.453 51.414.243 29.734.260 21.679.983 19.172.492 19.172.492 1.741.263 – 4.082 – 1.737.181 271.435 – 271.435 6.987.219 2.923.731 66.537 3.996.003 948 136.796 136.796 – 17.233.005 – 3.682.596 7.258 12.547.870 995.281

72.394.806 39.142.595 15.753.010 23.389.585 12.118.998 12.118.998 1.837.900 – 7.227 – 1.830.673 362.175 – 362.175 5.980.297 2.839.220 48.656 3.090.860 1.561 1.780 1.780 – 12.951.061 – 1.968.006 – 10.239.720 743.335

86.333.196 21.679.693 – 21.679.693 17.927.833 17.927.833 4.298.383 5.020 4.082 2.552.100 1.737.181 265.969 405 265.564 7.202.307 2.923.731 71.987 4.205.641 948 136.796 136.796 12.899.313 21.922.902 138 7.278.559 7.258 13.147.870 1.489.077

75.335.389 23.390.007 – 23.390.007 11.746.125 11.746.125 4.370.047 – 7.227 2.552.100 1.810.720 359.365 614 358.751 6.091.661 2.839.220 55.382 3.195.498 1.561 1.780 1.780 12.071.664 17.304.740 – 5.119.734 – 10.839.720 1.345.286

RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS ......................................................................... Resultados de Exercícios Futuros ........................................................................................

100.221 100.221

63.064 63.064

173.303 173.303

158.274 158.274

PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA NAS CONTROLADAS (Nota 22) ..........................................

62.557

55.055

PATRIMÔNIO LÍQUIDO (Nota 23) ........................................................................................... Capital: - De Domiciliados no País .................................................................................................... - De Domiciliados no Exterior ............................................................................................... Reservas de Capital .............................................................................................................. Reservas de Lucros .............................................................................................................. Ajuste ao Valor de Mercado - TVM e Derivativos ................................................................. Ações em Tesouraria (Notas 23e e 32b) ...............................................................................

27.514.524

21.460.690

27.514.524

21.460.690

16.756.490 1.243.510 55.459 7.596.750 1.937.589 (75.274)

11.991.527 1.008.473 36.456 7.877.422 585.572 (38.760)

16.756.490 1.243.510 55.459 7.596.750 1.937.589 (75.274)

11.991.527 1.008.473 36.456 7.877.422 585.572 (38.760)

PATRIMÔNIO LÍQUIDO ADMINISTRADO PELA CONTROLADORA ......................................

27.577.081

21.515.745

T OT A L ................................................................................................................................

265.715.003

200.493.676

290.568.192

232.935.106

Demonstração do Resultado – Em Reais mil

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos – Em Reais mil

BRADESCO MÚLTIPLO 2007 2006

BRADESCO CONSOLIDADO 2007 2006

BRADESCO MÚLTIPLO 2007 2006

RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA .................................................................. Operações de Crédito (Nota 10j) ........................................................................................... Operações de Arrendamento Mercantil (Nota 10j) ................................................................ Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários (Nota 8f) ................................. Resultado Financeiro de Seguros, Previdência e Capitalização (Nota 8f) .......................... Resultado com Instrumentos Financeiros Derivativos (Nota 8f) .......................................... Resultado de Operações de Câmbio (Nota 11a) ................................................................... Resultado das Aplicações Compulsórias (Nota 9b) .............................................................

16.948.133 7.957.544 – 6.234.780 – 1.837.003 288.078 630.728

15.559.060 7.629.220 – 5.190.958 – 1.612.087 463.934 662.861

20.056.506 9.930.637 384.517 3.261.337 3.686.229 1.870.489 292.569 630.728

18.770.521 9.684.280 285.372 2.580.223 3.455.379 1.624.110 464.039 677.118

DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ................................................................ Operações de Captações no Mercado (Nota 16e) ................................................................ Atualização e Juros de Provisões Técnicas de Seguros, Previdência e Capitalização (Nota 16e) ........................................................................................................................... Operações de Empréstimos e Repasses (Nota 17c) ............................................................ Operações de Arrendamento Mercantil (Nota 10j) ................................................................ Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (Notas 3e, 10g e 10h) ..............................

10.946.871 8.718.470

10.328.972 7.658.569

10.970.946 5.616.294

– 271.037 – 1.957.364

– 1.085.237 – 1.585.166

RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ..................................................

6.001.262

OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS ............................................................. Receitas de Prestação de Serviços (Nota 24) ...................................................................... Prêmios Retidos de Seguros, Planos de Previdência e Capitalização (Notas 3l e 21d) .... Prêmios Emitidos Líquidos ................................................................................................. Prêmios de Resseguros e Prêmios Resgatados ................................................................ Variação de Provisões de Seguros, Previdência e Capitalização (Nota 3l) ........................ Sinistros Retidos (Nota 3l) .................................................................................................... Sorteios e Resgates de Títulos de Capitalização (Nota 3l) .................................................. Despesas de Comercialização de Planos de Seguros, Previdência e Capitalização (Nota 3l) .............................................................................................................................. Despesas com Benefícios e Resgates de Planos de Previdência (Nota 3l) ....................... Despesas de Pessoal (Nota 25) ........................................................................................... Outras Despesas Administrativas (Nota 26) ......................................................................... Despesas Tributárias (Nota 27) ............................................................................................. Resultado de Participações em Coligadas (Nota 13c) ......................................................... Outras Receitas Operacionais (Nota 28) ............................................................................... Outras Despesas Operacionais (Nota 29) ............................................................................. Amortização Integral de Ágios (Nota 15a) ............................................................................

RESULTADO OPERACIONAL ................................................................................................

BRADESCO CONSOLIDADO 2007 2006

ORIGEM DOS RECURSOS ...................................................................................................

26.539.205

21.238.768

29.155.551

27.511.497

Lucro Líquido ........................................................................................................................

4.006.622

3.132.385

4.006.622

3.132.385

Ajustes ao Lucro Líquido ...................................................................................................... Depreciações e Amortizações .............................................................................................. Amortização de Ágio ............................................................................................................. Provisão (reversão) para perdas em aplicações interfinanceiras de liquidez e investimentos Resultado de Participações em coligadas e controladas .................................................... Outros ....................................................................................................................................

(2.487.231) 204.265 166.604 (65) (2.070.631) (787.404)

(1.755.310) 177.985 350.476 (23.670) (1.816.534) (443.567)

466.583 266.318 181.474 1.178 (16.094) 33.707

674.568 222.521 433.502 50.451 (34.480) 2.574

10.604.017 5.552.770

Variação nos Resultados de Exercícios Futuros ................................................................

10.073

59.881

(7.157)

106.142

Variação na Participação Minoritária ..................................................................................

5.117

(3.004)

2.140.553 705.786 4.688 2.503.625

1.958.429 1.034.537 3.853 2.054.428

5.230.088

9.085.560

8.166.504

(1.409.988) 3.357.646 – – – – – –

(1.442.387) 2.898.054 – – – – – –

(3.848.028) 5.167.724 7.448.639 9.855.856 (2.407.217) (1.760.482) (2.931.416) (653.549)

(3.578.969) 4.131.283 6.745.640 8.645.715 (1.900.075) (1.044.904) (2.985.398) (572.697)

– – (2.503.004) (2.582.748) (713.173) 2.070.631 166.998 (1.039.734) (166.604)

– – (2.567.387) (2.235.277) (629.816) 1.816.534 196.515 (921.010) –

(521.794) (1.224.634) (3.109.234) (3.183.646) (1.230.927) 16.094 636.212 (2.319.541) (181.474)

(494.145) (1.293.554) (2.887.674) (2.691.799) (1.077.572) 34.480 570.866 (2.013.495) –

Ajuste ao Valor de Mercado - Títulos Disponíveis para Venda ............................................ - Aumento dos Subgrupos do Passivo ................................................................................. Depósitos ............................................................................................................................ Captações no Mercado Aberto ............................................................................................ Recursos de Emissão de Títulos ........................................................................................ Relações Interfinanceiras ................................................................................................... Obrigações por Empréstimos e Repasses ......................................................................... Instrumentos Financeiros Derivativos ................................................................................ Provisões Técnicas de Seguros, Previdência e Capitalização ......................................... Outras Obrigações ............................................................................................................... - Diminuição dos Subgrupos do Ativo .................................................................................. Relações Interdependências .............................................................................................. Prêmios de Seguros a Receber .......................................................................................... - Alienação (Baixa) de Bens e Investimentos ...................................................................... Bens não de Uso Próprio .................................................................................................... Imobilizado de Uso e de Arrendamento .............................................................................. Investimentos ...................................................................................................................... Alienação (Baixa) do Diferido ............................................................................................. - Juros Sobre o Capital Próprio e Dividendos Recebidos e/ou Provisionados de Coligadas e Controladas ....................................................................................................................

292.928 23.167.631 1.132.952 6.957.280 996.443 1.241.412 1.753.721 1.552.742 – 9.533.081 44.656 44.656 – 329.013 51.454 96.831 180.583 145

77.613 18.627.791 3.341.410 4.656.132 6.250 1.139.874 – 155.171 – 9.328.954 11.890 11.890 – 94.524 61.244 5.651 27.362 267

292.928 23.913.230 – 6.080.513 1.008.869 158.832 1.745.970 1.605.184 3.770.300 9.543.562 64.307 47.577 16.730 404.666 80.050 170.794 152.338 1.484

77.613 23.292.379 2.950.179 4.618.770 – 53.536 – 158.071 3.083.983 12.427.840 12.411 12.411 – 168.236 92.086 9.138 37.180 29.832

1.175.513

989.994

9.255

50.767

APLICAÇÃO DOS RECURSOS .............................................................................................

26.307.347

21.462.962

29.001.839

27.713.250 1.147.600

4.591.274

3.787.701

5.237.532

4.587.535

RESULTADO NÃO OPERACIONAL (Nota 30) ........................................................................

(22.942)

(176.968)

600.624

(20.496)

RESULTADO ANTES DATRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO E PARTICIPAÇÕES ..................

4.568.332

3.610.733

5.838.156

4.567.039

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (Notas 34a e 34b) .................................

(561.710)

(478.348)

(1.827.017)

(1.429.620)

PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA NAS CONTROLADAS .........................................................

(4.517)

(5.034)

LUCRO LÍQUIDO ....................................................................................................................

4.006.622

3.132.385

4.006.622

3.132.385

JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO E DIVIDENDOS (Nota 23c) .....................................

(1.396.978)

(1.147.600)

Número de ações em circulação (Notas 23a e 23b) ............................................................. Lucro por ação em R$ ..........................................................................................................

2.001.167.448 2,00

979.225.242 3,20

– –

– –

Juros Sobre o Capital Próprio e Dividendos Pagos e/ou Provisionados ..........................

1.396.978

1.147.600

1.396.978

Aquisições de Ações de Própria Emissão ..........................................................................

24.864

11.406

24.864

11.406

Inversões em ........................................................................................................................ Bens não de Uso Próprio ...................................................................................................... Imobilizado de Uso e de Arrendamento ................................................................................ Investimentos ........................................................................................................................

1.326.472 58.296 291.019 977.157

2.790.487 54.370 147.609 2.588.508

750.722 92.827 440.898 216.997

546.717 109.459 293.361 143.897

Aplicações no Diferido .........................................................................................................

95.601

104.429

143.992

1.779.848

Aumento dos Subgrupos do Ativo ........................................................................................ Aplicações Interfinanceiras de Liquidez .............................................................................. Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos ................................ Relações Interfinanceiras ..................................................................................................... Operações de Crédito ............................................................................................................ Operações de Arrendamento Mercantil ................................................................................. Outros Créditos ...................................................................................................................... Prêmios de Seguros a Receber ............................................................................................ Outros Valores e Bens ...........................................................................................................

22.996.942 4.185.209 2.017.982 2.052.475 8.221.125 – 6.470.432 – 49.719

16.178.755 3.728.181 1.342.365 2.189.321 3.948.758 – 4.924.647 – 45.483

24.916.676 1.404.209 6.327.385 993.217 10.293.719 911.003 4.836.748 – 150.395

23.016.124 2.562.999 5.919.332 1.129.339 5.302.034 635.997 7.251.936 50.598 163.889

Redução dos Subgrupos do Passivo ................................................................................... Depósitos .............................................................................................................................. Recursos de Emissão de Títulos .......................................................................................... Relações Interdependências ................................................................................................ Obrigações por Empréstimos e Repasses ...........................................................................

466.490 – – 466.490 –

1.230.285 – – 131.346 1.098.939

1.768.607 1.304.595 – 464.012 –

1.211.555 – 2.846 131.080 1.077.629

AUMENTO (REDUÇÃO) DAS DISPONIBILIDADES ..............................................................

231.858

(224.194)

153.712

(201.753)

Início do Período .............................................................................. Fim do Período .................................................................................

4.567.190 4.799.048

3.291.374 3.067.180

4.761.972 4.915.684

3.363.041 3.161.288

Aumento (Redução) das Disponibilidades ......................................

231.858

(224.194)

153.712

MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA

(201.753)

CONTINUA


Palácio CPI Congresso Gover no

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

SENADORES PEDEM EXPLICAÇÕES AO GOVERNO

DEPORTAÇÃO SOB SUSPEITA Senado cobra explicações dos ministros da Justiça e das Relações Exteriores sobre a saída de Cubanos

O

Senado investigará a deportação dos dois boxeadores cubanos que abandonaram a delegação do país durante os Jogos PanAmericanos. A decisão foi confirmada ontem pelo presidente do Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), senador Heráclito Fortes (DEM -PI). Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara chegaram em Cuba no último domingo após serem detidos no Rio. De acordo com Heráclito, a comissão fará hoje um pedido ao ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e ao ministro da Justiça, Tarso Genro, para falarem sobre o episódio. "Precisamos ouvir toda a história sobre isso", disse Fortes. Após a confirmação da deportação, O presidente de Cuba, Fidel Castro, disse que ambos seriam tratados justamente em Cuba. Mas o líder da oposição no S e n a d o , A r t h u r Vi r g í l i o (PSDB- AM), disse que era "revoltante" o governo ter utiliza-

O

básico para a escolha dos novos dirigentes é o técnico. No entanto, admitiu a possibilidade de nomear políticos, desde que tenham características de técnicos. "Se assim não fosse, eu excluiria a mim mesmo", justificou. Questionado sobre a possibilidade de a Infraero abrir o seu capital e tornar-se uma empresa com ações em bolsa, Gaudenzi disse que é preciso discutir bem essa proposta, mas afirmou que não tem "preconceito" em relação ao tema. 'Tempo curto' – De sua parte, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, cobrou agilidade e rapidez na solução da crise aérea no País. Em discurso, durante a solenidade de transmissão de cargo da presidên-

Eymar Mascaro

O alvo é 2008

P

ALIADOS

Boxeadores cubanos deixaram a delagação durante o Pan do Rio

to comissariado da Organização das Nações Unidas (ONU), em São Paulo. Ele busca uma autorização para obter a carteira de trabalho e os demais documentos exigidos para permanecer legalmente no Brasil como atleta, mas a liberação dos papéis não representará a confirmação do asilo político, informou a ONU. Capote abandonou a delegação de handebol cubana du-

rante o Pan e seguiu para São Paulo, onde pretende morar. No último dia 18, o secretárioexecutivo do Ministério de Justiça, Luiz Paulo Telles, informou que a melhor saída para o cubano seria firmar um contrato de trabalho e conseguir um visto do governo federal. "Para reivindicar a condição de refugiado, ele teria que demonstrar que sofre perseguição de seu país", explicou.

Jamil Bittar/Reuters

Os três partidos são aliados de Lula e integram a base do seu governo no Congresso. O PT insistirá para que eles apoiem o candidato petista em São Paulo. Lula não quer uma divisão de votos entre os eleitores de "esquerda.

CANDIDATURA Tudo indica que as três legendas, juntas, indicarão o nome com melhor desempenho nas pesquisas de intenção de voto. Luiza Erundina levaria vantagem no atual cenário. A deputada apresentou o melhor percentual de aceitação nos últimos levantamentos. O quadro desagrada ainda mais o PT.

APELO

Gaudenzi busca espaço para trabalhar. Jobim, rapidez nas ações.

cia da Infraero do brigadeiro José Carlos Pereira para o engenheiro Sergio Gaudenzi, ele afirmou que o tempo é curto e a sociedade exige respostas. "O tempo não é nosso, é da nação. Quando desejamos encontrar soluções, muitas vezes tendemos a criar grandes comissões, mas neste caso não te-

Precisamos ouvir toda a história sobre isso. Não podemos deixar passar. Heráclito Fortes (DEM -PI)

DT, PSB e PCdoB programam uma série de encontros de suas executivas nos principais municípios. As legendas avaliam uma aliança para as eleições municipais de 2008. Entre as capitais selecionadas está São Paulo. Os líderes dos três partidos desejam concorrer com candidato único, o que daria mais chances de vitória, pois atrairia os votos da esquerda. Em São Paulo ainda não há consenso em relação ao nome que disputará a cadeira de prefeito. O PDT oferece o deputado Paulinho da Força Sindical; o PSB tem Luiza Erundina e o PCdoB indica Aldo Rebelo. O PT já reclama dessa "união socialista".

Marcos D´Paula A/E

do a polícia para prender e deportar os atletas que buscavam liberdade em outro país. Autor do requerimento de convocação, o senador tucano afirmou que o episódio "patrocinado pelo governo Lula causou profunda indignação. "A tradição da diplomacia brasileira sempre foi a de garantir, sem qualquer posicionamento político-partidário, todos os direitos e garantias a qualquer cidadão estrangeiro." disse. Para Virgílio, Tarso e Amorim precisam explicar os motivos que levaram o governo a tomar a decisão contra os dois atletas. Além disso, avalia o senador, os ministros terão que convencer o Senado de que era necessário pedir a intervenção policial no caso e que essa decisão não trará consequências negativas para o corpo diplomático brasileiro. Nem um dos dois ministros respondeu se aceitará ou não o pedido de convocação. Aj ud a – O cubano Rafael Dacosta Capote , de 19 anos, passou ontem por uma entrevista com representantes do al-

Gaudenzi quer cargos à disposição na Infraero

presidente da Empresa Brasileira de InfraEstrutura Aeroportuária (Infraero), Sérgio Gaudenzi, anunciou ontem à noite que pedirá à diretoria da estatal, aos superintendentes regionais e assessores ligados à presidência que coloquem os seus cargos à disposição. Em entrevista coletiva após assumir formalmente o cargo, Gaudenzi informou que já dispõe de uma lista de nomes para escolher, entre eles os que assumirão esses cargos. Ele evitou antecipar nomes, afirmando que ainda vai discuti-los com o ministro da Defesa, Nelson Jobim. Gaudenzi afirmou que recebeu carta branca para reestruturar a Infraero e que o critério

Leopoldo Silva/Ag. Senado

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mos tempo para isso", disse. Jobim voltou a afirmar que os três paradigmas que devem nortear as autoridades do setor aéreo são a segurança, a pontualidade e a regularidade nos vôos. Ele reafirmou também que não se sente constrangido em sacrificar o conforto em nome da segurança. (AE)

Futuro de Bragato será definido hoje na Assembléia

Lula já fez um apelo pedindo uma união entre as legendas de esquerda em torno do candidato petista. O presidente teme o resultado de uma divisão de votos. Ele deseja a reconquista da capital paulista de olho no potencial de votos da cidade em 2010. Serão cerca de 10 milhões de eleitores.

QUEM SERIA Para entrar na disputa com chances reais de vitória, o PT quer um candidato forte. A melhor opção, na avaliação dos líderes petistas, ainda é Marta Suplicy. Pesquisa que o partido recebeu recentemente apresentou um índice de 28% na intenção de voto do paulistano, patamar próximo ao de Alckmin.

Sergio Kapustan

ACORDO O governador José Serra, por exemplo, mantém sua posição em apoiar à reeleição de Gilberto Kassab (DEM). O tucano sabe que essa decisão terá como contrapartida a garantia do apoio dos democratas em 2010, quando ele pretende levar a vaga de candidato dos tucanos à presidência.

DIFICULDADE Geraldo Alckmin lembrou que se disputar a vaga de prefeito em 2008 não poderá se candidatar ao governo estadual em 2010. Serra defende que Geraldo deve se preocupar com o Palácio dos Bandeirantes, deixar a prefeitura para Kassab.

REPETIÇÃO Alckmin diz que não seguirá o modelo de José Serra, que ficou um ano na prefeitura e depois disputou o governo do estado de São Paulo. O exgovernador garante que, eleito em 2008, permanecerá no cargo por quatro anos. O PT garante que Alckmin fará o mesmo que Serra.

ESCOLHA O DEM já decidiu que Gilberto Kassab será candidato à reeleição, mas há quem aposte num acordo entre o partido e o PSDB. As duas legendas lançariam o nome com mais chances de vitória, seja ele um democrata ou um tucano.

VAIA

O

Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Assembléia Legislativa de São Paulo (Alesp) decide hoje, durante uma reunião fechada, se dará ou não proseguimento a duas representações – uma do PT e outra do PSol – contra o ex-líder do PSDB, Mauro Bragato. O tucano é suspeito de se beneficiar por meio de pagamentos patrocinados pela FT Construções em 2004, na região de Presidente Prudente, quando era secretário estadual de Habitação. A empreiteira seria pivô da máfia da CDHU, que envolve fraude em licitações e superfaturamento de obras de casas populares. Bragato nega participação no escândalo. Se o processo for adiante, ele terá que se defender no conselho e depois haverá um julgamento . O caso do tucano é uma das pendências do primeiro semestre, já que o Conselho decidiu adiar o julgamento alegando que as denúncias se basearam em matérias de jornais. Após o recesso, os deputados pediram à Procuradoria-Geral de Justiça cópias de documentos referentes à investigação. Os parlamentares receberam ontem o material, mas, por sugestão de aliados de Bragato, suspenderam a reunião.

coligação com os democratas.

ALTERNATIVA Caso Marta Suplicy mantenha sua decisão de disputar uma eleição somente em 2010, o PT pode optar pelo senador Aloizio Mercadante (SP), que já disputou o governo do estado em 2006, quando obteve 34% dos votos válidos. Também são pretendentes: os deputados Arlindo Chinaglia, José Eduardo Martins Cardozo e Jilmar Tatto.

COMPORTAMENTO No encontro do último final de semana, realizado na cidade de Praia Grande, os tucanos não chegaram a uma conclusão em relação a candidatura de Geraldo Alckmin. Enquanto alguns líderes, como o deputado Wanderley Macris, defenderam a confirmação do nome ex-governador na disputa, alguns ainda bateram o pé em apoio a

O PT está preocupado com as vaias ao presidente Lula sofre durante suas visitas oficiais. A legenda prepara uma ação para contra-atacar. O partido irá colocar no mesmo espaço grupos de aliados presentes às solenidades públicas para ampliar o "som" dos aplausos, reduzindo o impacto as vaias.

DESAFIO Assim que regressar de sua viagem pela América Central, Lula agendará suas visitas aos estados do Sul. Ele anunciará a liberação de verbas federais para aplicação do PAC na região. O presidente foi avisado que será hostilizado por manifestantes.

META Para Lula, a oposição não suporta reconhecer o nível de popularidade da sua administração. Ele diz que o candidato que receber o seu apoio terá chances reais de vitória em 2010. O presidente mantém a disposição de apoiar um candidato de um partido aliado, caso o PT não tenha um nome forte.


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Nacional Estilo Finanças Empresas

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

4,016

TRABALHADOR COMEÇA A RECEBER O PIS

bilhões de reais foi o lucro do Itaú de janeiro a junho deste ano, 35,8% a mais que em 2006.

O DESEMPENHO FOI IMPULSIONADO PELO AUMENTO DE 40,2% NAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO NO 1º SEMESTRE

LUCRO RECORDE LEVA ITAÚ À LIDERANÇA

lhões referentes aos efeitos não-recorrentes, como a venda de sua participação acionária na Serasa e da venda da antiga sede do BankBoston, o lucro semestral foi de R$ 3,820 bilhões e o do segundo trimestre, de R$ 1,919 bilhão. A receita de R$ 1 bilhão referente à venda da Redecard, anunciada pelo banco na segunda-feira, deverá ter impacto no resultado do terceiro trimestre Segundo o diretor-executivo de Controladoria do Itaú, Silvio de Carvalho, "a melhora dos indicadores econômicos,

que fizeram os spreads médios do mercado caírem de 29,5% no início de 2006 para 21,6% em junho deste ano, ajudaram o banco a ampliar os ganhos com o crédito". Veículos – Assim como o Bradesco, o crescimento de 40,2% dessa carteira do Itaú veio principalmente do segmento de micros, pequenas e médias empresas, com crescimento de 59,7% sobre o primeiro semestre de 2006, somando R$ 21,255 milhões, e dos financiamentos de veículos, cuja carteira somou R$ 22,282 bi-

lhões, 58,6% a mais. Os empréstimos às pessoas físicas, que até 2006 puxavam a a carteira, saltaram 32,9% entre janeiro e junho sobre igual período de 2006, fechando em R$ 45,035 bilhões. Com uma carteira de crédito consignado de R$ 2,5 bilhões em junho, crescimento de 25% em relação ao mesmo mês de 2006, esse empréstimo continua sendo "uma operação muito interessante para o banco", afirmou Silvio de Carvalho. O executivo evitou comentar sobre a compra da carteira de crédito do BMG, banco mineiro com o qual o Itaú tem uma parceria na concessão de empréstimos e um contrato de preferência de compra de sua carteira de crédito consignado, que expira em novembro. O Itaú encerrou o semestre com um patrimônio líquido de R$ 26,546 bilhões (alta de 51,2% sobre 2006). O total de ativos evoluíram 48,1%, somando R$ 255,418 bilhões.

na sigla em inglês) reafirmou sua preocupação com a inflação, relegando ao segundo plano as turbulências do mercado financeiro causadas pela crise do setor imobiliário. Segundo o comunicado, o crescimento econômico dos Estados Unidos foi moderado no primeiro semestre deste ano, há grande volatilidade no

mercado financeiro nas últimas semanas, as condições de crédito tornaram-se mais difíceis tanto para pessoas físicas como para jurídicas. "Mesmo assim, parece provável que a economia continue a se expandir num ritmo moderado ao longo dos próximos trimestres, apoiada por um crescimento sólido no emprego e na

renda, e em um crescimento global robusto, " diz o documento. A preocupação com o controle de preços, no entanto, ainda é o grande problema para o Fomc. O órgão destaca que o núcleo da inflação registrou pequena queda nos últimos meses, mas o efetivo controle das pressões "ainda deve ser demonstrado." (AE)

Roseli Lopes

O

Itaú anunciou ontem um lucro de R$ 4,016 bilhões no primeiro semestre deste ano, 35,8% a mais do que no mesmo período do ano passado. O resultado foi impulsionado principalmente pelos ganhos com as operações de crédito, que cresceram 40,2%, somando R$ 104,821 bilhões – elas incluem avais, fianças e cartões de crédito. Esse desempenho alça o Itaú à liderança dos bancos privados, com o maior lucro em um primeiro semestre nos últimos 20 anos, segundo a consultoria Economática. Essa posição havia sido assumida na segunda-feira pelo Bradesco, que divulgou ganho de R$ 4,007 bilhões também no primeiro semestre. No trimestre encerrado em 30 de junho, o banco teve lucro de R$ 2,115 bilhões. Tirando desse resultados os R$ 196 mi-

Juros não mudam nos EUA

O

Federal Reserve (Fed), o banco central americano, decidiu manter inalterada em 5,25% a taxa básica de juros. Ao contrário do esperado por alguns analistas, o comunicado do Comitê de Mercado Aberto do Federal Reserve (Fomc,

Caixa começa a pagar o PIS para quem não teve antecipação

A

Caixa Econômica Federal (CEF) começa a liberar, a partir de hoje, os rendimentos do PIS e o abono salarial para os trabalhadores que não se enquadram nas regras de recebimento antecipado. Serão pagos mais de 8,7 milhões de abonos salariais e 25,6 milhões de rendimentos do PIS, de acordo com o mês de aniversário do trabalhador. Esses números, somados aos valores já pagos pelo crédito antecipado, totalizarão R$ 5,5 bilhões, a serem injetados na economia. No dia 12 de julho, a Caixa começou a pagar os benefícios para os trabalhadores que têm conta no banco e para os empregados de empresas que fizeram o convênio PIS/Empresa. Para os dois grupos, foram liberados 3 milhões de abonos e 4,2 milhões de rendimentos do PIS, no valor total de R$ 1,2 bilhão. Os trabalhadores poderão receber tanto o abono quanto os rendimentos até 30 de junho de 2008, segundo informações divulgadas pela instituição financeira. Informações – O abono salarial foi atribuído aos trabalhadores mediante as declarações enviadas pelas empresas na Relação Anual de Informações

Sociais (RAIS), ano-base 2006, e representa o valor de um salário mínimo vigente na data do pagamento, atualmente ele é de R$ 380. De acordo com as regras do programa do Ministério do Trabalho e Emprego, poderá sacar o benefício todo trabalhador cadastrado no PIS/PASEP até 2002, que tenha trabalhado formalmente – com carteira assinada – no mínimo 30 dias em 2006 e que tenha recebido, em média, até dois salários mínimos por mês. Já os rendimentos do PIS estarão disponíveis aos participantes cadastrados no PIS/PASEP até 4 de outubro de 1988, desde que ainda possuam saldo de quotas do PIS. Como proceder – Com o Cartão do Cidadão e a senha cadastrada, o trabalhador poderá sacar seu benefício em um terminal de auto-atendimento da instituição, em casas lotéricas, na Caixa Aqui ou em qualquer agência do banco. Quem não tem o Cartão do Cidadão, deve procurar uma agência, levando documentos de identidade e comprovante de inscrição no PIS. Outras informações podem ser obtidas pelo Disque Caixa. O número é 0800 726-0101. N a i n t e r n e t , o e n d e re ç o é www.caixa.gov br. (AE)

Brasilcap ganha com produtos customizados

C

om 1,588 milhão de clientes e 2,768 milhões de títulos de títulos ativos, a Brasilcap, braço financeiro do Banco do Brasil (BB) para a venda de produtos de capitalização, encerrou o primeiro semestre com um lucro líquido de R$ 64,4 milhões e uma receita de R$ 923,72 milhões. Apesar de o resultado ter sido inferior ao de 2006 no mesmo período (R$ 82,4 milhões), a empresa manteve-se na liderança desse mercado. O resultado menor deveu-se à redução do spread. "O impacto foi sentido no nosso resultado financeiro, mas a performance de nossa carteira melhorou, com uma rentabilidade considerada excelente", disse o diretor-administrativo e financeiro da Brasilcap, José Fernando Romano. Para ele, o desempenho foi muito bom e reflete as ações que a empresa vem desenvolvendo. Elas permitiram um aumento no índice de partici-

pantes , que passou de 15,69 em 2006 para 17,5 no primeiro semestre deste ano. "O desenvolvimento de produtos com o perfil do cliente (os chamados customizados), tanto para as empresas quanto para pessoas físicas, tem ampliado o número de títulos por consumidor", disse Romano. Nesse segmento, o destaque tem sido o Ourocap Empresa, lançado em junho de 2006 e que já vendeu 37.139 títulos, com um total de receitas igual a R$ 9 milhões. O foco da Brasilcap tem sido os produtos de incentivo, criados sob medida para as empresas que queiram ofertá-los a clientes, por meio de ações promocionais. Para isso, tem feito parcerias com algumas companhias. Atualmente, são quatro: Brasilprev, Aliança do Brasil, CNA, e SINAF. O objetivo da Brasilcap é ter mais três companhias parceiras até dezembro para a venda desses produtos, informou Romano. (RL)

Começa definição da petroquímica do Sudeste

P

etrobras e Unipar realizarão hoje a primeira reunião depois do anúncio da compra da Suzano Petroquímica. No encontro, executivos das duas empresas iniciarão as negociações sobre o papel do Grupo Unipar no novo desenho da petroquímica do Sudeste brasileiro. Hoje, Suzano, Unipar e Petrobras dividem o controle das centrais petroquímicas da região, mas todos falam em uma reestruturação entre os sócios para fortalecer os grupos e viabilizar os projetos de expansão. Segundo observadores próximos às empresas, o modelo de valorização dos ativos das

companhias, que vai definir qual será a participação acionária de cada uma, é o principal foco de conflito. Os critérios de avaliação de cada empresa são bem diferentes dos que vinham sendo usados pela própria Unipar, em sua proposta de compra da Suzano. A diferença chega a US$ 350 milhões. Ontem, as ações da Unipar dispararam 10,29% na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). A dificuldade que o mercado espera no processo de ajuste é que a Unipar deverá pressionar a Petrobras a usar, na avaliação de seus ativos, os mesmos critérios da oferta à Suzano. (AE)


Economia 2 Ano 83 - Nº 22.434

São Paulo, quarta-feira, 8 de agosto de 2007

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Senado aprova mudanças no Supersimples

Edição concluída às 23h55

Economia 1

w w w. d co m e rc i o. co m . b r Evaristo Sá/AFP

O STF juntou-se ao cerco da CPI, PF, DEM, PSDB e PSOL a Renan Calheiros, quebrando-lhe o sigilo fiscal e bancário, mas, aparentemente, tudo isso não o abalou. Ante toda pressão e ameaça de paralisia do Congresso, ele repete que continua presidente do Senado. Pág. 3. Leia também o editorial Excelentíssimos Réus, na pág. 16

O megatraficante colombiano Juan Carlos Ramirez Abadia foi preso ontem pela PF na sua mansão em Aldeia da Serra. Submetido a cirurgias plásticas para esconder-se, vivia há cerca de 3 anos no Brasil. Acumulou fortuna de US$ 1,8 bilhão. C 1 Márcio Fernandes/AE e Reprodução/TV Globo no detalhe

Patrícia Santos/AE

Maurilo Clareto/LUZ

FAB aos procuradores: meia-volta, volver ! Comando da Aeronáutica barra na Justiça apreensão de documentos (foto) em aeroportos e no Cindacta-1. Cidades 3 HOJE Parcialmente nublado Máxima 26º C. Mínima 12º C.

AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 26º C. Mínima 13º C.

Itaú: lucro de R$ 4,016 bilhões. Agora é líder. Página 6

Bonde e coreto para a festa de Pinheiros Inspirado nos anos 20, artista Eduardo Kobra cria mural para os 447 anos do bairro. C 2


quarta-feira, 8 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Indicadores Econômicos

7/8/2007

COMÉRCIO

7

1,907

reais é o valor de cada dólar comercial para venda, de acordo com a cotação de ontem.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

7

Banco Bradesco S.A. Companhia Aberta

CNPJ 60.746.948/0001-12 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil

CONTINUAÇÃO

CAPITAL REALIZADO ATUALIZADO

EVENTOS

RESERVAS DE CAPITAL INCENTIVOS FISCAIS DO IMPOSTO DE RENDA

CAPITAL SOCIAL

OUTRAS

RESERVAS DE LUCROS

AJUSTE AO VALOR DE MERCADO TVM E DERIVATIVOS

LEGAL

PRÓPRIAS

ESTATUTÁRIA

SALDOS EM 31.12.2005 ........................................................................................................................................................................ ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ......................................................................................................................................... AQUISIÇÃO DE AÇÕES EM TESOURARIA .......................................................................................................................................... CANCELAMENTO DE AÇÕES EM TESOURARIA ................................................................................................................................ AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TÍTULOS DISPONÍVEIS PARA VENDA ..................................................................................... LUCRO LÍQUIDO ..................................................................................................................................................................................... DESTINAÇÕES: - Reservas ................................................................................................................................................................... - Juros sobre o Capital Próprio ...................................................................................................................................

13.000.000 – – – – – – –

2.103 – – – – – – –

33.929 424 – – – – – –

1.034.889 – – – – – 156.620 –

4.860.325 – – (2.577) – – 1.828.165 –

(71.097) – – – (36.974) – – –

AÇÕES EM TESOURARIA

COLIGADAS E CONTROLADAS 579.056 – – 114.587 – – –

LUCROS ACUMULADOS

(29.931) – (11.406) 2.577 – – – –

TOTAIS

– – – – – 3.132.385 (1.984.785) (1.147.600)

19.409.274 424 (11.406) – 77.613 3.132.385 – (1.147.600)

SALDOS EM 30.6.2006 ..........................................................................................................................................................................

13.000.000

2.103

34.353

1.191.509

6.685.913

(108.071)

693.643

(38.760)

21.460.690

SALDOS EM 31.12.2006 ........................................................................................................................................................................ AUMENTO DE CAPITAL COM RESERVAS ........................................................................................................................................... ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ......................................................................................................................................... AQUISIÇÃO DE AÇÕES EM TESOURARIA .......................................................................................................................................... AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TÍTULOS DISPONÍVEIS PARA VENDA ..................................................................................... LUCRO LÍQUIDO ..................................................................................................................................................................................... DESTINAÇÕES: - Reservas ................................................................................................................................................................... - Juros sobre o Capital Próprio ................................................................................................................................... - Dividendos Propostos ..............................................................................................................................................

14.200.000 3.800.000 – – – – – – –

2.103 – – – – – – – –

52.902 – 454 – – – – – –

1.287.592 – – – – – 200.331 – –

7.499.514 (3.800.000) – – – – 2.409.313 – –

12.762 – – – (22.872) – – – –

1.631.899 – – – 315.800 – – – –

(50.410) – – (24.864) – – – – –

– – – – – 4.006.622 (2.609.644) (1.075.000) (321.978)

24.636.362 – 454 (24.864) 292.928 4.006.622 – (1.075.000) (321.978)

SALDOS EM 30.6.2007 ..........................................................................................................................................................................

18.000.000

2.103

53.356

1.487.923

6.108.827

(10.110)

1.947.699

(75.274)

27.514.524

Informações Suplementares – Fluxo de Caixa dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil BRADESCO MÚLTIPLO 2007 2006 Atividades Operacionais: Lucro Líquido ........................................................................................................................ Ajustes para Reconciliar o Lucro Líquido ao Caixa Líquido Proveniente de (Aplicado em) Atividades Operacionais .................................................................................................... Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa ............................................................... Provisão (Reversão) para Perdas em Aplicações Interfinanceiras de Liquidez e Investimentos ............................................................................................................................... Depreciações e Amortizações ............................................................................................ Amortização de Ágio ........................................................................................................... Resultado de Participações em coligadas e controladas .................................................. Outros .................................................................................................................................. Lucro Líquido Ajustado ......................................................................................................... Variação de Ativos e Obrigações ....................................................................................... Redução (Aumento) em Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ..................................... Redução (Aumento) em Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos .............................................................................................................................. Redução (Aumento) em Relações Interfinanceiras ............................................................ Redução (Aumento) em Relações Interdependências ....................................................... Redução (Aumento) em Operações de Crédito ................................................................... Redução (Aumento) em Operações de Arrendamento Mercantil ........................................ Redução (Aumento) em Prêmios de Seguros a Receber ................................................... Redução (Aumento) em Outros Créditos ............................................................................. Redução (Aumento) em Outros Valores e Bens .................................................................. Baixa da Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa ................................................ Aumento (Redução) em Provisões Técnicas de Seguros, Previdência e Capitalização .. Aumento (Redução) em Outras Obrigações ........................................................................ Aumento (Redução) em Resultados de Exercícios Futuros ............................................... Ajuste ao Valor de Mercado - Títulos Disponíveis para Venda ........................................... Caixa Líquido Proveniente de (Aplicado em) Atividades Operacionais ............................ Atividades de Investimentos: Redução (Aumento) em Depósitos Compulsórios no Banco Central do Brasil ................. Alienação de Bens Não de Uso Próprio ............................................................................. Alienação de Investimentos ............................................................................................... Alienação de Imobilizado de Uso e de Arrendamento ....................................................... Redução do Diferido ............................................................................................................ Aquisição de Bens Não de Uso Próprio ............................................................................. Aquisição de Investimentos ............................................................................................... Aquisição de Imobilizado de Uso e de Arrendamento ....................................................... Aplicação no Diferido .......................................................................................................... Juros Sobre o Capital Próprio e Dividendos Recebidos e/ou Provisionados de Coligadas e Controladas .................................................................................................................... Caixa Líquido Proveniente de (Aplicado em) Atividades de Investimentos ...................... Atividades de Financiamentos: Aumento (Redução) em Depósitos ..................................................................................... Aumento (Redução) em Captações no Mercado Aberto ..................................................... Aumento (Redução) em Recursos de Emissão de Títulos ................................................ Aumento (Redução) em Obrigações por Empréstimos e Repasses .................................. Dívida Subordinada ............................................................................................................. Juros Sobre o Capital Próprio e Dividendos Pagos e/ou Provisionados ........................... Aquisições de Ações de Própria Emissão ......................................................................... Variação na Participação Minoritária .................................................................................. Caixa Líquido Proveniente de (Aplicado em) Atividades de Financiamentos .................... Aumento/(Redução) em Disponibilidades, Líquidas ........................................................... Modificações em Disponibilidades, Líquidas

Atividade

4.006.622

3.132.385

4.006.622

3.132.385

(529.867) 1.957.364

(170.144) 1.585.166

2.970.208 2.503.625

2.728.996 2.054.428

(65) 204.265 166.604 (2.070.631) (787.404) 3.476.755 (13.385.791) (4.185.209)

(23.670) 177.985 350.476 (1.816.534) (443.567) 2.962.241 (10.809.708) (3.728.181)

1.178 266.318 181.474 (16.094) 33.707 6.976.830 (13.097.103) (1.404.209)

50.451 222.521 433.502 (34.480) 2.574 5.861.381 (12.962.331) (2.562.999)

(465.240) (196.543) (421.834) (8.516.872) – – (6.470.959) (49.719) (1.661.090) – 8.278.674 10.073 292.928 (9.909.036)

(1.187.194) (549.800) (119.456) (4.465.988) – – (4.914.041) (45.483) (1.078.542) – 5.141.483 59.881 77.613 (7.847.467)

(4.722.201) (221.605) (416.435) (10.660.066) (936.652) 16.730 (4.822.439) (150.395) (2.125.938) 3.770.300 8.290.036 (7.157) 292.928 (6.120.273)

(5.761.260) (572.191) (118.669) (6.066.031) (659.386) (50.598) (7.237.535) (163.889) (1.281.444) 3.083.983 8.243.933 106.142 77.613 (7.100.950)

(614.520) 51.454 180.583 96.831 145 (58.296) (977.157) (291.019) (95.601)

(499.647) 61.244 27.362 5.651 267 (54.370) (2.588.508) (147.609) (104.429)

(612.780) 80.050 152.338 170.794 1.484 (92.827) (216.997) (440.898) (143.992)

(503.612) 92.086 37.180 9.138 29.832 (109.459) (143.897) (293.361) (1.779.848)

1.175.513 (532.067)

989.994 (2.310.045)

9.255 (1.093.573)

50.767 (2.611.174)

1.132.952 6.957.280 996.443 1.753.721 1.254.407 (1.396.978) (24.864) – 10.672.961 231.858

3.341.410 4.656.132 6.250 (1.098.939) 4.187.471 (1.147.600) (11.406) – 9.933.318 (224.194)

(1.304.595) 6.080.513 1.008.869 1.745.970 1.253.526 (1.396.978) (24.864) 5.117 7.367.558 153.712

2.950.179 4.618.770 (2.846) (1.077.629) 4.183.907 (1.147.600) (11.406) (3.004) 9.510.371 (201.753)

4.567.190 4.799.048 231.858

3.291.374 3.067.180 (224.194)

4.761.972 4.915.684 153.712

3.363.041 3.161.288 (201.753)

Início do período .............................................................................. Fim do período ................................................................................. Aumento/(Redução) em disponibilidades, líquidas ........................

Informações Suplementares – Demonstração do Valor Adicionado dos Períodos de 1o de janeiro a 30 de junho – Em Reais mil BRADESCO MÚLTIPLO 2007 R$ Composição doValor Adicionado Resultado Bruto da Intermediação Financeira ...... Receitas de Prestação de Serviços ..................... Outras Receitas/Despesas Operacionais ............. Total ....................................................................... Distribuição do Valor Adicionado Remuneração doTrabalho .................................... Proventos ............................................................ Benefícios ........................................................... Fundo de Garantia por Tempo de Serviço ........... Outros Encargos .................................................. Remuneração do Governo .................................... Despesas Tributárias ........................................... Imposto de Renda e Contribuição Social ........... INSS .................................................................... Juros sobre o capital próprio pagos/dividendos pagos e / ou provisionados ................................ Reinvestimento de Lucro ...................................... Total .......................................................................

BRADESCO CONSOLIDADO 2007 2006 R$ % R$

2006 %

R$

%

%

6.001.262 3.357.646 (1.574.399) 7.784.509

77,1 43,1 (20,2) 100,0

5.230.088 2.898.054 (1.320.206) 6.807.936

76,8 42,6 (19,4) 100,0

9.085.560 5.167.724 (4.079.484) 10.173.800

89,3 50,8 (40,1) 100,0

8.166.504 4.131.283 (3.770.536) 8.527.251

95,8 48,4 (44,2) 100,0

2.191.682 1.200.858 531.656 129.564 329.604 1.586.205 713.173 561.710 311.322

28,2 15,5 6,8 1,7 4,2 20,4 9,2 7,2 4,0

2.272.845 1.143.027 500.567 121.991 507.260 1.402.706 629.816 478.348 294.542

33,3 16,7 7,3 1,8 7,5 20,6 9,3 7,0 4,3

2.722.232 1.507.115 639.134 158.087 417.896 3.444.946 1.230.927 1.827.017 387.002

26,8 14,8 6,3 1,6 4,1 33,9 12,1 18,0 3,8

2.531.176 1.393.795 600.696 148.930 387.755 2.863.690 1.077.572 1.429.620 356.498

29,7 16,4 7,0 1,7 4,6 33,6 12,6 16,8 4,2

1.396.978 2.609.644

17,9 33,5

1.147.600 1.984.785

16,9 29,2

1.396.978 2.609.644

13,7 25,6

1.147.600 1.984.785

13,5 23,2

7.784.509

100,0

6.807.936

100,00

10.173.800

100,0

8.527.251

100,0

Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras

6) 7) 8) 9) 10) 11) 12) 13) 14) 15) 16) 17)

CONTEXTO OPERACIONAL APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS INFORMAÇÕES PARA EFEITO DE COMPARABILIDADE BALANÇO PATRIMONIAL E DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO AJUSTADOS POR SEGMENTO DE NEGÓCIO DISPONIBILIDADES APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS - CRÉDITOS VINCULADOS OPERAÇÕES DE CRÉDITO OUTROS CRÉDITOS OUTROS VALORES E BENS INVESTIMENTOS IMOBILIZADO DE USO E DE ARRENDAMENTO DIFERIDO DEPÓSITOS, CAPTAÇÕES NO MERCADO ABERTO E RECURSOS DE EMISSÃO DE TÍTULOS OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS E REPASSES

18) ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES E OBRIGAÇÕES LEGAIS FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS 19) DÍVIDAS SUBORDINADAS 20) OUTRAS OBRIGAÇÕES 21) OPERAÇÕES DE SEGUROS, PREVIDÊNCIA E CAPITALIZAÇÃO 22) PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA NAS CONTROLADAS 23) PATRIMÔNIO LÍQUIDO (CONTROLADOR) 24) RECEITAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 25) DESPESAS DE PESSOAL 26) OUTRAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS 27) DESPESAS TRIBUTÁRIAS 28) OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS 29) OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS 30) RESULTADO NÃO OPERACIONAL 31) TRANSAÇÕES COM CONTROLADORES, CONTROLADAS E COLIGADAS (DIRETAS E INDIRETAS) 32) INSTRUMENTOS FINANCEIROS 33) BENEFÍCIOS A EMPREGADOS 34) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 35) OUTRAS INFORMAÇÕES

1)

CONTEXTO OPERACIONAL O Banco Bradesco S.A. (Bradesco) é uma companhia aberta de direito privado que, operando na forma de Banco Múltiplo, desenvolve atividades bancárias em todas as modalidades autorizadas, por meio de suas carteiras comerciais, de operações de câmbio, de crédito ao consumidor, de crédito imobiliário e de cartões de crédito. Por intermédio de suas controladas, direta e indiretamente, atua também em diversas outras atividades, com destaque para as atividades de Arrendamento Mercantil, Banco de Investimentos, Administração de Consórcios, Seguros, Previdência e Capitalização. As operações são conduzidas no contexto do conjunto das empresas integrantes da Organização Bradesco, atuando no mercado de modo integrado. Nesse contexto, em 23 de janeiro de 2007, o Bradesco celebrou com os controladores do Banco BMC S.A. (BMC) “Instrumento Particular de Compromisso de Incorporação de Ações e Outras Avenças”, para a aquisição do BMC e suas controladas BMC Asset Management Ltda. - Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários, BMC Previdência Privada S.A. e Credicerto Promotora de Vendas Ltda. A operação envolve a transferência de 100% das ações representativas do capital social do BMC para o Bradesco. O pagamento será feito mediante a entrega, aos acionistas do BMC, de ações de emissão do Bradesco correspondentes a aproximadamente 0,94% do seu capital social, que será aumentado em aproximadamente R$ 800 milhões. A incorporação proporcionará ao Bradesco uma plataforma escalável no segmento de maior crescimento do mercado de crédito ao consumidor do País, bem como o reforço da presença de financiamento em empresas de pequeno e médio porte. A operação foi homologada pelo Banco Central do Brasil (Bacen), em 1o de agosto de 2007 e dessa maneira, não gerou impacto nas atuais demonstrações financeiras.

2)

APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras do Bradesco abrangem as demonstrações financeiras do Banco Bradesco, suas agências no exterior, empresas controladas e controladas de controle compartilhado, direta e indiretamente, no país e no exterior, bem como Entidades de Propósito Específico (EPE), e foram elaboradas a partir de diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, associadas às normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN), do Banco Central do Brasil (Bacen), da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), da Superintendência de Seguros Privados (Susep) e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), e consideram as demonstrações financeiras das sociedades de arrendamento mercantil pelo método financeiro, com a reclassificação do imobilizado de arrendamento para a rubrica de operações de arrendamento mercantil, deduzido do valor residual recebido antecipadamente. Para a elaboração dessas demonstrações, foram eliminadas as participações de uma empresa em outra, os saldos de contas patrimoniais, as receitas, as despesas e os lucros não realizados entre as empresas, bem como foram destacadas as parcelas do lucro líquido e do patrimônio líquido referentes às participações dos acionistas minoritários. No caso dos investimentos nas sociedades em que o controle acionário é compartilhado com outros acionistas, os componentes do ativo, do passivo e do resultado foram agregados às demonstrações financeiras consolidadas na proporção da participação no capital social de cada investida. O ágio na aquisição de investimentos em controladas e nas de controle compartilhado estava apresentado no ativo diferido até 30 de junho de 2006, tendo sido amortizado integralmente no 3o trimestre de 2006. Os ágios apurados em aquisições posteriores a esta data foram integralmente amortizados nos períodos em que ocorreram aquisição dos investimentos (Nota 15a). A variação cambial das operações das agências e empresas controladas no exterior foi distribuída, nas linhas da demonstração de resultado, de acordo com os respectivos ativos e passivos que lhe deram origem. As demonstrações financeiras incluem estimativas e premissas, como a mensuração de provisões para perdas com operações de crédito, estimativas do valor justo de determinados instrumentos financeiros, provisão para contingências, outras provisões, o cálculo de provisões técnicas de seguros, planos de previdência complementar e capitalização, e sobre a determinação da vida útil de determinados ativos. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas. Destacamos as principais sociedades incluídas na consolidação em 30 de junho: Atividade Ramo Financeiro - País Alvorada Cartões, Crédito, Financiamento e Investimento S.A. ................................. Crédito e Financiamento Banco Alvorada S.A. ................................................................................................... Bancária Banco Bankpar S.A. (2) (3) (4) ..................................................................................... Bancária Banco Bradesco BBI S.A. ........................................................................................... Banco de Investimentos Banco BEC S.A. (5) (6) ................................................................................................ Bancária Banco Boavista Interatlântico S.A. ............................................................................. Bancária Banco Finasa S.A. ....................................................................................................... Bancária Banco Mercantil de São Paulo S.A. (6) ....................................................................... Bancária Bankpar Arrendamento Mercantil S.A. (2) (4) (7) ........................................................ Arrendamento Bankpar Banco Múltiplo S.A. (2) (4) (8) ...................................................................... Bancária Bradesco Administradora de Consórcios Ltda. ........................................................... Adm. de Consórcios Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil ........................................................ Arrendamento Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários .......................................... Corretora Bram - Bradesco Asset Management S.A. DTVM ....................................................... Adm. de Ativos Companhia Brasileira de Meios de Pagamento - Visanet (1) (9) (10) (11) ................. Prestação de Serviços

ParticipaçãoTotal 2007 2006 100,00% 99,88% 100,00% 100,00% – 100,00% 100,00% – 100,00% 100,00% 99,99% 100,00% 100,00% 100,00% 39,67%

100,00% 99,88% 99,99% 100,00% 99,54% 100,00% 100,00% 100,00% 99,99% 99,99% 99,99% 100,00% 100,00% 100,00% 39,67%

99,99% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%

99,99% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%

Ramo Segurador, de Previdência e de Capitalização Atlântica Capitalização S.A. ....................................................................................... Capitalização Áurea Seguros S.A. (1) (9) (10) .................................................................................... Seguradora Bradesco Argentina de Seguros S.A. .......................................................................... Seguradora Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros ................................................................ Seguradora Bradesco Capitalização S.A. ...................................................................................... Capitalização Bradesco Saúde S.A. .................................................................................................. Seguradora/Saúde Bradesco Seguros S.A. ............................................................................................... Seguradora Bradesco Vida e Previdência S.A. .............................................................................. Previdência/Seguradora Finasa Seguradora S.A. ............................................................................................... Seguradora Indiana Seguros S.A. (1) (10) (13) ................................................................................ Seguradora Seguradora Brasileira de Crédito à Exportação S.A. (1) (9) (10) ................................. Seguradora

100,00% 27,50% 99,90% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 40,00% 12,09%

100,00% 27,50% 99,90% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 40,00% 12,09%

Outras Atividades Átria Participações Ltda. (14) ...................................................................................... Bankpar Participações Ltda. (2) (15) ........................................................................... Bradescor Corretora de Seguros Ltda. ......................................................................... Bradesplan Participações Ltda. (16) ........................................................................... Cia. Securitizadora de Créditos Financeiros Rubi ...................................................... Cibrasec - Companhia Brasileira de Securitização (1) (9) (10) ................................... CPM Holdings Limited (9) ............................................................................................ Nova Paiol Participações Ltda. (17) (18) ..................................................................... Scopus Tecnologia Ltda. ............................................................................................. Serasa S.A. (9) (19) ..................................................................................................... Tempo Serviços Ltda. (2) (20) ...................................................................................... União Participações Ltda. ...........................................................................................

100,00% – 99,87% 99,98% 100,00% 9,08% 49,00% 99,88% 99,87% 8,36% 99,99% 99,99%

100,00% 99,99% 99,87% 99,98% 100,00% 9,08% 49,00% 100,00% 99,87% 26,41% 99,99% 99,99%

(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11)

Bancária Bancária Bancária Bancária Bancária Corretora

Holding Holding Corretora de Seguros Holding Aquisição de Créditos Aquisição de Créditos Holding Holding Informática Prestação de Serviços Prestação de Serviços Holding

Empresas cujos serviços de auditoria em 2006 foram efetuados por outros auditores independentes; Empresa adquirida em junho de 2006; Atual denominação do Banco American Express S.A.; Aumento na participação pela transferência dos investimentos para o Banco Bradesco S.A., face redução de capital da Tempo Serviços Ltda., em fevereiro de 2007; Empresa tornou-se subsidiária integral, no 3º trimestre de 2006; Empresa incorporada pela Alvorada Cartões, Crédito, Financiamento e Investimento S.A. em novembro de 2006; Atual denominação da Inter American Express Arrendamento Mercantil S.A.; Atual denominação do American Express Bank (Brasil) Banco Múltiplo S.A.; Empresas consolidadas proporcionalmente, em consonância com a Resolução no 2.723 do CMN e Instrução CVM no 247; Empresas cujos serviços de auditoria/revisão, em 2007, foram efetuados por outros auditores independentes; Está sendo consolidada a entidade de propósito específico denominada Brazilian Merchant Voucher Receivables Limited, sociedade participante da operação de securitização do fluxo futuro de recebíveis de faturas de cartão de crédito de clientes residentes no exterior (Nota 16d); Está sendo consolidada a entidade de propósito específico denominada International Diversified Payment Rights Company, sociedade participante da operação de securitização do fluxo futuro de ordens de pagamentos recebidas do exterior (Nota 16d); Empresa considerada como controlada em função da participação acionária de 51% do capital votante; Atual denominação da Átria Participações S.A.; Empresa incorporada pela Tempo Serviços Ltda., em janeiro de 2007; Atual denominação da Bradesplan Participações S.A.; Redução na participação em virtude da venda do investimento para o Banco Alvorada S.A.; Atual denominação da Nova Paiol Participações S.A.; Redução de participação acionária em virtude de venda parcial do investimento em junho de 2007; e Atual denominação da American Express do Brasil Tempo Ltda.

(12) (13) (14) (15) (16) (17) (18) (19) (20)

Informações suplementares às demonstrações financeiras: Com o objetivo de propiciar informações suplementares, apresentamos a demonstração do fluxo de caixa pelo método indireto e a demonstração do valor adicionado, não requeridas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil e pelo Bacen, as quais foram elaboradas em consonância com a estrutura do Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional - Cosif. 3)

ÍNDICE DAS NOTAS EXPLICATIVAS Apresentamos as Notas Explicativas que integram o conjunto das Demonstrações Financeiras do Banco Bradesco S.A., distribuídas da seguinte forma: 1) 2) 3) 4) 5)

Ramo Financeiro - Exterior Banco Bradesco Argentina S.A. .................................................................................. Banco Bradesco Luxembourg S.A. ............................................................................. Banco Boavista Interatlântico S.A. Nassau Branch ................................................... Banco Bradesco S.A. Grand Cayman Branch (12) ..................................................... Banco Bradesco S.A. New York Branch ..................................................................... Bradesco Securities, Inc. ............................................................................................

BRADESCO CONSOLIDADO 2007 2006

ParticipaçãoTotal 2007 2006

PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro são apresentadas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro-rata” dia e calculadas com base no método exponencial, exceto aquelas relativas a títulos descontados ou relacionadas a operações com o exterior, as quais são calculadas com base no método linear. As operações com taxas pós-fixadas ou indexadas a moedas estrangeiras são atualizadas até a data do balanço. Os prêmios de seguros e cosseguros, e comissões, deduzidos dos prêmios cedidos em cosseguro e resseguro e comissões correspondentes, são apropriados ao resultado quando da emissão das respectivas apólices e faturas de seguro, e diferidos para apropriação, em bases lineares, no decorrer do prazo de vigência das apólices, no período de cobertura do risco, por meio de constituição e reversão da provisão de prêmios não ganhos e da despesa de comercialização diferida. As operações de cosseguros aceitos e de retrocessões são contabilizadas com base nas informações recebidas das congêneres e do IRB - Brasil Resseguros S.A. (IRB), respectivamente. As contribuições de planos de previdência complementar e os prêmios de seguros de vida com cobertura de sobrevivência são reconhecidos no resultado quando efetivamente recebidos. As receitas dos planos de capitalização são contabilizadas quando do seu efetivo recebimento. As despesas com colocação de títulos, classificadas como “Despesas de Comercialização”, são reconhecidas contabilmente quando incorridas. As despesas de corretagem são registradas quando do efetivo recebimento das contribuições aos planos de capitalização. Os pagamentos dos resgates por sorteios são considerados como despesas do mês em que os mesmos se realizam. As despesas com provisões técnicas de previdência e capitalização são contabilizadas simultaneamente ao reconhecimento das correspondentes receitas. b) Aplicações interfinanceiras de liquidez As operações compromissadas realizadas com acordo de livre movimentação são ajustadas pelo valor de mercado. Os demais ativos são registrados ao custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidos de provisão para desvalorização, quando aplicável. c) Títulos e valores mobiliários Títulos para negociação - adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; Títulos disponíveis para venda - que não se enquadrem como para negociação nem como mantidos até o vencimento, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários; e Títulos mantidos até o vencimento - adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento, são avaliados pelo custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período. d) Instrumentos financeiros derivativos (ativos e passivos) São classificados de acordo com a intenção da Administração, na data do início da operação, levando-se em consideração se sua finalidade é para proteção contra riscos (hedge) ou não. Os instrumentos financeiros derivativos que não atendam aos critérios de hedge contábil estabelecidos pelo Bacen, principalmente derivativos utilizados para administrar a exposição global de risco, são contabilizados pelo valor de mercado, com as valorizações ou desvalorizações reconhecidas diretamente no resultado do período. e) Operações de crédito, de arrendamento mercantil, adiantamentos sobre contratos de câmbio, outros créditos com características de concessão de crédito e provisão para créditos de liquidação duvidosa As operações de crédito, de arrendamento mercantil, adiantamentos sobre contratos de câmbio e outros créditos com características de concessão de crédito são classificados nos respectivos níveis de risco, observando: (i) os parâmetros estabelecidos pela Resolução no 2.682 do CMN, que requer a sua classificação em nove níveis, sendo “AA” (risco mínimo) e “H” (risco máximo); e (ii) a avaliação da Administração quanto ao nível de risco. Essa avaliação, realizada periodicamente, considera a conjuntura econômica, a experiência passada e os riscos específicos e globais em relação às operações, aos devedores e garantidores. Adicionalmente, também são considerados os períodos de atraso definidos na Resolução no 2.682 do CMN, para atribuição dos níveis de classificação dos clientes da seguinte forma: Período de atraso • • • • • • •

de 15 a 30 dias ................................................................................................................................................................... de 31 a 60 dias ................................................................................................................................................................... de 61 a 90 dias ................................................................................................................................................................... de 91 a 120 dias ................................................................................................................................................................. de 121 a 150 dias ............................................................................................................................................................... de 151 a 180 dias ............................................................................................................................................................... superior a 180 dias .............................................................................................................................................................

Classificação do cliente B C D E F G H

A atualização (accrual) destas operações vencidas até o 59o dia é contabilizada em receitas e, a partir do 60o dia, em rendas a apropriar. As operações em atraso classificadas como nível “H” permanecem nessa classificação por seis meses, quando então são baixadas contra a provisão existente e controladas, por no mínimo cinco anos, em contas de compensação, não sendo mais registradas em contas patrimoniais. As operações renegociadas são mantidas, no mínimo, no mesmo nível em que estavam classificadas. As renegociações de operações de crédito, que já haviam sido baixadas contra a provisão e que estavam em contas de compensação, são classificadas como nível “H” e as eventuais receitas provenientes da renegociação somente são reconhecidas quando efetivamente recebidas. Quando houver amortização significativa da operação ou quando fatos novos relevantes justificarem a mudança do nível de risco, nos termos da Resolução no 2.682 da CMN, poderá ocorrer a reclassificação da operação para categoria de menor risco. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é apurada em valor suficiente para cobrir prováveis perdas e leva em conta as normas e instruções do Bacen, associadas às avaliações procedidas pela Administração, na determinação dos riscos de crédito. f) Imposto de renda e contribuição social (ativo e passivo) Os créditos tributários de imposto de renda e contribuição social, calculados sobre prejuízo fiscal, base negativa de contribuição social e adições temporárias, são registrados na rubrica “Outros créditos - Diversos”, e a provisão para as obrigações fiscais diferidas sobre superveniência de depreciação e ajustes a valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é registrada na rubrica “Outras obrigações - Fiscais e previdenciárias”. Os créditos tributários sobre adições temporárias serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos. Os créditos tributários sobre prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social serão realizados de acordo com a geração de lucros tributáveis. Tais créditos tributários são reconhecidos contabilmente baseados nas expectativas atuais de sua realização, considerando os estudos técnicos e análises realizadas pela administração. A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. g) Despesas antecipadas São contabilizadas as aplicações de recursos em pagamentos antecipados, cujos benefícios ou prestação de serviços ocorrerão em períodos futuros, conseqüentemente, são registrados no ativo considerando o princípio da competência, que estabelece que as receitas e despesas devem ser incluídas na apuração dos resultados dos períodos em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento. Os pagamentos antecipados correspondem à parcela já paga pelos direitos por serviços a serem recebidos, ou pelo uso futuro de bens ou recursos financeiros de terceiros. Esse grupo está representado basicamente por comissão na colocação de financiamentos, contratos de prestação de serviços bancários, despesas na comercialização de seguros, despesas de seguros e demais custos sobre captações no exterior e despesas de propaganda e publicidade, conforme descrito na Nota 12b. Dessa forma, com base nos princípios contábeis da “competência” e “confrontação da receita com a despesa”, nas despesas antecipadas são registrados os custos incorridos que estão relacionados com ativos correspondentes que gerarão receitas em períodos subseqüentes, os quais são apropriados ao resultado de acordo com os prazos e montantes dos benefícios esperados e baixados diretamente no resultado quando os bens e direitos correspondentes já não fazem parte dos ativos da instituição ou os benefícios futuros esperados não puderem ser realizados. h) Investimentos Os investimentos em controladas, controladas de controle compartilhado e coligadas quando relevantes, são avaliados pelo método de equivalência patrimonial. As demonstrações financeiras das agências e controladas no exterior são adaptadas às diretrizes contábeis vigentes no Brasil e convertidas para reais, sendo seus efeitos reconhecidos no resultado do período. Os títulos patrimoniais das Bolsas de Valores, da Câmara de Custódia e Liquidação - Cetip e da Bolsa de Mercadorias & Futuros - BM&F são avaliados e ajustados pelo valor patrimonial, não auditado, informado pelas respectivas bolsas em contrapartida à conta destacada no patrimônio líquido, e os incentivos fiscais e outros investimentos são avaliados pelo custo de aquisição, deduzidos de provisão para perda, quando aplicável. i) Ativo imobilizado É demonstrado ao custo de aquisição, líquido das respectivas depreciações acumuladas, calculadas pelo método linear de acordo com a vida útil-econômica estimada dos bens, sendo: imóveis de uso - 4% ao ano; móveis e utensílios e máquinas e equipamentos - 10% ao ano; sistemas de transportes - 20% ao ano; e sistemas de processamento de dados - 20% a 50% ao ano. j) Ativo diferido Está registrado ao custo de aquisição ou formação, líquido das respectivas amortizações acumuladas de 20% ao ano, calculadas pelo método linear. O ágio na aquisição de investimentos em controladas e controladas de controle compartilhado, com base em expectativa de rentabilidade futura, com amortização de 10% a 20% ao ano, estava registrado no ativo diferido até 30 de junho de 2006. O ágio relativo a 30 de junho de 2006 foi revisado pelos Órgãos da Administração e totalmente amortizado no 3o trimestre de 2006, bem como o ágio apurado no 1o semestre de 2007, conforme mencionado na Nota 15a e no Bradesco Múltiplo como investimentos. k) Depósitos e captações no mercado aberto São demonstrados pelos valores das exigibilidades e consideram, quando aplicável, os encargos exigíveis até a data do balanço, reconhecidos em base “pro-rata” dia.

CONTINUA


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

15

Banco Bradesco S.A. Companhia Aberta

CNPJ 60.746.948/0001-12 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP

CONTINUAÇÃO

Órgãos da Administração (1)

Parecer dos Auditores Independentes Ao Conselho de Administração e aos Acionistas Banco Bradesco S.A.

Conselho de Administração Presidente Lázaro de Mello Brandão

Vice-Presidente Antônio Bornia

Membros Mário da Silveira Teixeira Júnior Márcio Artur Laurelli Cypriano João Aguiar Alvarez Denise Aguiar Alvarez Valente Raul Santoro de Mattos Almeida Ricardo Espírito Santo Silva Salgado

Diretoria Diretores Executivos Diretor-Presidente Márcio Artur Laurelli Cypriano

Diretores Vice-Presidentes Laércio Albino Cezar Arnaldo Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi Sérgio Socha Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro Norberto Pinto Barbedo

Diretores Gerentes Armando Trivelato Filho Carlos Alberto Rodrigues Guilherme José Alcides Munhoz José Guilherme Lembi de Faria Luiz Pasteur Vasconcellos Machado Milton Matsumoto Odair Afonso Rebelato Aurélio Conrado Boni Domingos Figueiredo de Abreu Paulo Eduardo D’Avila Isola Ademir Cossiello Sérgio Alexandre Figueiredo Clemente

Diretores Departamentais

Comitê de Remuneração

Adineu Santesso Airton Celso Exel Andreolli Alexandre da Silva Glüher Alfredo Antônio Lima de Menezes André Rodrigues Cano Antônio Carlos Del Cielo Candido Leonelli Cassiano Ricardo Scarpelli Clayton Camacho Douglas Tevis Francisco Fábio Mentone Fernando Barbaresco Jair Delgado Scalco Jean Philippe Leroy José Luiz Rodrigues Bueno José Maria Soares Nunes Josué Augusto Pancini Laércio Carlos de Araújo Filho Luiz Alves dos Santos Luiz Carlos Angelotti Luiz Carlos Brandão Cavalcanti Júnior Luiz Fernando Peres Marcelo de Araújo Noronha Marcos Bader Maria Eliza Sganserla Mario Helio de Souza Ramos Marlene Moran Millan Mauro Roberto Vasconcellos Gouvêa Moacir Nachbar Junior Nilton Pelegrino Nogueira Octavio Manoel Rodrigues de Barros Ricardo Dias Robert John van Dijk Roberto Sobral Hollander Toshifumi Murata Walkíria Schirrmeister Marquetti

Lázaro de Mello Brandão Antônio Bornia Mário da Silveira Teixeira Júnior Márcio Artur Laurelli Cypriano

Diretores Regionais Altair Antônio de Souza Aurélio Guido Pagani Cláudio Fernando Manzato Fernando Antônio Tenório Luiz Carlos de Carvalho Márcia Lopes Gonçalves Gil Marcos Daré Paulo de Tarso Monzani Tácito Naves Sanglard

1.

Examinamos os balanços patrimoniais do Banco Bradesco S.A. e os balanços patrimoniais consolidados do Banco Bradesco S.A. e empresas controladas em 30 de junho de 2007 e de 2006 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, bem como as demonstrações consolidadas do resultado e das origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade da administração do Banco. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras.

2.

Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do Banco e empresas controladas, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração do Banco, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

3.

Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco Bradesco S.A. e do Banco Bradesco S.A. e empresas controladas em 30 de junho de 2007 e de 2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos, bem como o resultado consolidado das operações e as origens e aplicações de recursos consolidadas dos semestres findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

4.

Nossos exames foram conduzidos com o objetivo de emitir parecer sobre as demonstrações financeiras referidas no primeiro parágrafo, tomadas em conjunto. As demonstrações do fluxo de caixa e do valor adicionado dos semestres findos em 30 de junho de 2007 e de 2006, que estão sendo apresentadas para propiciar informações suplementares sobre o Banco Bradesco S.A. e o Banco Bradesco S.A. e empresas controladas, não são requeridas como parte integrante das demonstrações financeiras, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Essas demonstrações foram submetidas aos mesmos procedimentos de auditoria descritos no segundo parágrafo e, em nossa opinião, estão adequadamente apresentadas em todos os seus aspectos relevantes em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

5.

Conforme mencionado na Nota 15, no decorrer do segundo semestre de 2006 foram amortizados os ágios sobre os investimentos em coligadas e controladas.

Comitê de Auditoria Mário da Silveira Teixeira Júnior Hélio Machado dos Reis Paulo Roberto Simões da Cunha Yves Louis Jacques Lejeune

Comitê de Controles Internos e Compliance Mário da Silveira Teixeira Júnior Milton Almicar Silva Vargas Domingos Figueiredo de Abreu Roberto Sobral Hollander Nilton Pelegrino Nogueira

Comitê de Conduta Ética Domingos Figueiredo de Abreu Arnaldo Alves Vieira Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro Carlos Alberto Rodrigues Guilherme Milton Matsumoto Nilton Pelegrino Nogueira Roberto Sobral Hollander

São Paulo, 3 de agosto de 2007

Comitê Executivo de Divulgação Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Carlos Alberto Rodrigues Guilherme José Guilherme Lembi de Faria Domingos Figueiredo de Abreu Luiz Carlos Angelotti Denise Pauli Pavarina de Moura Jean Philippe Leroy Antonio José da Barbara

Washington Luiz Pereira Cavalcanti Contador CRC 1SP172940/O-6

Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5

Parecer do Conselho Fiscal Os infra-assinados, membros do Conselho Fiscal do Banco Bradesco S.A., no exercício de suas atribuições legais e estatutárias, tendo examinado o Relatório da Administração e as Demonstrações Financeiras relativos ao primeiro semestre de 2007, e à vista do parecer da PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, apresentado sem ressalvas, são de opinião que as citadas peças, examinadas à luz da legislação societária vigente, refletem adequadamente a situação patrimonial e financeira da Sociedade.

Conselho Fiscal Efetivos Domingos Aparecido Maia José Roberto Aparecido Nunciaroni Ricardo Abecassis Espírito Santo Silva Cidade de Deus, Osasco, SP, 3 de agosto de 2007

Suplentes João Batistela Biazon Nelson Lopes de Oliveira Renaud Roberto Teixeira

Domingos Aparecido Maia

Departamento de Contadoria Geral (1) Data-Base 30.6.2007

José Roberto A. Nunciaroni

Moacir Nachbar Junior Contador-CRC 1SP198208/O-5

Ricardo Abecassis E. Santo Silva

POLÍTICA Celso Júnior/AE

Caso Renan: Lula ameaça senadores Presidente promete "dura conversa" com líderes caso eles impeçam votações

O

presidente Luiz Inácio Lula da Silva advertiu ontem durante entrevista coletiva em Tegucigalpa (Honduras) que, se houver atraso no Senado nas votações de projetos de interesse do País, chamará os líderes da Casa e dos partidos políticos para "uma dura conversa" assim que retornar ao Brasil. "Nenhum caso individual pode atrapalhar as votações de coisas de interesse do nosso País", disse Lula. O presidente se referia ao estado de paralisia do Senado, causado pela resistência do presidente da Casa, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), de deixar o cargo em função das denúncias, pelas quais se tornou alvo de investigação do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Polícia Federal. A paralisia aumentou com a decisão do DEM (ex-PFL) de obstruir a votação de projetos. Renan responde a processo no

Conselho de Ética por quebra de decoro sob a acusação de ter despesas pessoais pagas por um lobista. Na última segunda-feira, o STF determinou a abertura de inquérito do caso e já autorizou as quebras dos sigilos bancário e fiscal do senador peemedebista. Sem palpites -– Sobre a situação crítica no Senado, Lula argumentou que, por mais importante que o presidente da República possa ser, ele "não dá palpite" sobre o que vai ocorrer na Suprema Corte. Para Lula, o atraso em votações no Senado pode estar relacionado "a 'N' fatores". Ao ser abordado sobre essa questão, Lula não se mostrou ciente da decisão do Supremo de abrir inquérito para investigar o presidente do Senado. Mas acrescentou que seria preciso esperar pelo resultado das investigações do Conselho de Ética do Senado. "Sei que Renan está sendo investigado há muito tempo.

Sei também que ele tem apresentado documentos para provar sua inocência", completou o presidente. Missão Honduras – Lula desembarcou ontem na Base Aérea de Tegucigalpa, capital de Honduras, onde realizou a primeira visita de um chefe de estado brasileiro a aquele país. Em artigo publicado no jornal hondurenho "La Tribuna", Lula destacou especialmente o interesse do governo brasileiro em estimular ali a produção de biocombustíveis. O presidente de Honduras, Manuel Zelaya, mostrou publicamente sua gratidão ao governo brasileiro, pela interseção junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento em favor da renegociação da dívida hondurenha. Lula e Zelaya presidiram, ainda, a cerimônia de assinatura de acordos bilaterais de assistência jurídica, ajustes na saúde, agropecuária, recursos hídricos e banco de leite. (AE)

Celso Júnior/AE

Lula assinou acordos bilaterais com Manuel Zelaya, mas não perdeu a oportunidade de dar um "recado" aos senadores. Ao lado, ele brinda com Marisa, celebrando a primeira visita presidencial a Honduras.

Marcelo Ximenez/AE

Lulinha, segundo Mainardi, deverá ser interrogado pela Polícia Federal, junto com Antoninho Trevisan

A

Lulinha está na mira da PF, revela colunista de 'Veja'

Polícia Federal instaurou inquérito, acatando pedido do Ministério Público, para analisar todos os contratos de venda e de patrocínio da Gamecorp – empresa de Fábio Luiz da Silva, o Lulinha, filho do presidente da República. A informação foi divulgada ontem, em podcast de Diogo Mainardi, colunista da revista "Veja". A mesma notícia foi endossada e reproduzida no blog de Reinaldo Azevedo, também colunista da publicação semanal. De acordo com Mainardi, o Ministério Público solicitou também aos delegados da PF o o interrogatório de Lulinha, e de Antoninho Marmo Trevi-

san, consultor empresarial e intermediário da venda da empresa de Lulinha. Para comprovar a informação, o colunista cita a identificação do inquérito policial pelo número 1267, do ano de 2007, que estaria sob a responsabilidade da Delefaz – Delegacia de Crimes Fazendários do Rio de Janeiro. Delito – Mainardi cita também, como evidência, um ofício emitido em 18 de outubro de 2006, pelo procurador Rodrigo Ramos Poerson, do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, que foi encaminhado ao superintendente da Polícia Federal carioca. No documento, o procurador denun-

ciava, segundo dedução do colunista, "tráfico de influência" ao citar a "ocorrência de fatos capazes de configurar, em tese, o delito previsto no artigo 332 do Código Penal". Ao finalizar seu comentário, em gravação de podcast no site, Diogo Mainardi cita uma frase do procurador do MPF que, no pedido à Polícia Federal, solicita a investigação sobre a suspeita de que "desproporcional aporte de recursos financeiros estaria sendo direcionado à empresa Gamecorp, única e exclusivamente em razão de contar com a participação acionária do filho do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva". (DC)


Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

1 Marcio Fernandes/AE

Mansão em Aldeia da Serra era quartelgeneral do traficante preso.

PF prende megatraficante e desmonta cartel colombiano

A

Polícia Federal prendeu ontem de madrugada o meg a t r a f i c a n t e c olombiano Juan Carlos Ramirez Abadía, de 44 anos, um dos traficantes mais procurados do mundo. A prisão ocorreu na casa do colombiano, um condomínio de luxo em Aldeia da Serra, na Grande São Paulo. Chupeta, como era conhecido, era procurado pelo DEA (Departamento Americano de Combate a Drogas) dos Estados Unidos e é considerado o chefe do maior cartel da Colômbia, o Vale do Norte. Segundo informações da PF, ele vivia há cerca de três anos no Brasil e foi preso enquanto dormia junto com a sua mulher, também colombiana. O traficante foi detido pela Operação Farrapos da Polícia Federal, cujo objetivo é desarticular a quadrilha internacional de drogas. A PF chegou até o megatraficante com o auxílio da DEA. Na mansão em Aldeia da Serra, a PF apreendeu relógios caros, automóveis e dinheiro (dólares, euros e reais), além de 150 celulares. Segundo informações da polícia, ele controlava os negócios de casa, por telefone e internet. Durante o tempo em que foi investigado no Brasil, cerca de dois anos, Chupeta pouco saía de casa. Segundo a PF, ele evitava contato com pessoas que não conhecia. "Ele mantinha casas de alto padrão e bem equipadas para não precisar sair delas", diz Fernando Francischini, chefe do setor de entorpecentes da PF. Por volta das 3 horas, 20 agentes da Polícia Federal chegaram à mansão. Não houve resistência à prisão e, segundo a PF, ele teria confessado ser o traficante procurado pelos Estados Unidos, já que, por causa de pelo menos três plásticas, estava com a fisionomia diferente. Na residência, a PF também encontrou diversos passaportes e documentos falsos. O dinheiro, pelo menos US$ 300 mil, estava escondido em compartimentos espalhados pela residência, como caixas de som. Por meio de operações ilegais, o traficante acumulou uma fortuna estimada em US$ 1,8 bilhão, segundo o Departamento de Estado dos Estados Unidos. No Brasil, de acordo com a PF, ele seria proprietário de cerca de 16 empresas. Recentemente, a polícia colombiana descobriu 350 lingotes de ouro escondidos em cinco esconderijos em bairros da cidade de Cali. A PF ainda avalia o tamanho do patrimônio do traficante no Brasil. "Ele tinha até jatinhos particulares e uma lancha de 52 pés", diz o superintendente da PF em São Paulo, Jaber Saadi. Abadía é acusado de ser o mandante da execução de vários traficantes na Colômbia. É considerado uma pessoa violenta e tratava tanto colegas quanto rivais com truculência. Recompensa - O governo norte-americano oferecia US$ 5 milhões por informações que levassem ao traficante. Como a investigação que levou à pri-

Márcio Fernandes/AE

O traficante colombiano Juan Carlos Ramirez Abadía, o Chupeta, foi preso ontem em casa, em Aldeia da Serra, pela Polícia Federal. Considerado um dos maiores traficantes do mundo, Abadía era procurado pela polícia dos EUA. Sua fortuna é estimada em US$ 1,8 bilhão. Reprodução/TV Globo

Governo dos EUA ofereceu US$ 5 milhões de recompensa por captura

Um novo Pablo Escobar

S Ramirez Abadía chega à PF, na Lapa: violento, traficante comandava rede mundial de tráfico de sua mansão Márcio Fernandes/AE

Durante prisão, foram apreendidos dólares, euros e reais escondidos

são foi comandada pela Polícia Federal, o governo americano deve doar o valor da recompensa para a PF, com a orientação de que o dinheiro seja usado no combate às drogas. Em nota, a PF afirma que a organização lavava dinheiro por meio de "investimentos no ramo imobiliário (hotéis e mansões), industrial e na aquisição de veículos". Ainda de acordo com a PF, Ramirez Abadía era dono de diversas propriedades de luxo no Brasil. Uma delas, uma casa de praia em Jurerê, em Florianópolis, estaria sendo vendida por R$ 3 milhões. Além da casa em Santa Catarina, a po-

lícia investiga outras propriedades em Angra dos Reis, Curitiba, Porto Alegre e uma fazenda em Pouso Alegre, sul de Minas Gerais. Na propriedade em Minas, foram apreendidos computadores e documentos. Segundo a polícia, ele usava o local para encontros, reuniões e lavagem de dinheiro. Extradição - Abadía permanecerá preso, à disposição da Justiça, na sede da superintendência regional da PF, na Lapa, zona oeste. O ministro de Defesa da Colômbia, Juan Manuel Santos, afirmou que o traficante pode ser extraditado para os EUA diretamente do Brasil.

O ministro, que foi informado durante a madrugada da prisão de Ramirez Abadía, disse a rádios e televisões colombianas que no Brasil "estão sendo antecipados os trâmites de extradição de 'Chupeta' para os EUA". "Aparentemente, esse vai ser o procedimento", mas isso "depende das autoridades brasileiras", ponderou o ministro colombiano. No fim do dia, o governo norte-americano confirmou que entrará com pedido de extradição do colombiano para os Estados Unidos. De acordo com o adido de imprensa da Embaixada dos EUA no Brasil, Richard Mei, funcionários da agência norte-americana de combate ao tráfico no Brasil e em Washington formalizarão o pedido a autoridades brasileiras. Estados Unidos e Brasil têm um acordo que permite a extradição de criminosos. Para o governo colombiano, a captura de Chupeta é um dos maiores golpes na quadrilha, já que é um dos chefes do tráfico de drogas mais procurados no mundo. Farrapos - Ontem, os agentes da PF cumpriram outros 16 mandados de prisão e 28 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Até o início da noite, pelo menos 13 pessoas haviam sido presas, incluindo o colombiano. Foram feitas seis prisões no Rio Grande do Sul e cumpridos seis mandados de busca e apreensão em Porto Alegre e Guaíba. Entre os presos está um piloto comercial, suspeito de dar suporte à organização criminosa na lavagem de dinheiro. Os presos serão indiciados por crime financeiro e por associação para o tráfico. (Agências) DC

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egundo informações divulgadas pelo site do Departamento de Estado norte-americano, o megatraficante Juan Carlos Ramirez Abadía começou no tráfico vendendo heroína na Colômbia, na década de 80, e logo se envolveu com esquemas de lavagem de dinheiro na região de Cali. Atualmente, é conhecido como um poderoso traficante de cocaína em todo o mundo. Nascido em 1963, em Palmira, na Colômbia, Abadía foi o mais jovem líder do cartel de Cali na década de 90. De acordo com o jornal britânico Telegraph, o jovem traficante assumiu cerca de 80% do tráfico de cocaína no país depois que o traficante Pablo Escobar foi morto em Medellín, em 1993. Na década de 90, a organização criminosa liderada pelo colombiano foi responsável pela entrada de milhares de quilos de cocaína em Los Angeles e San Antonio, nos Estados Unidos, por meio

da fronteira com o México. Abadía também tinha uma rede de distribuição de cocaína em Nova York. O traficante foi preso pelo menos duas vezes na Colômbia. De acordo com a Justiça norte-americana, Ramírez foi indiciado por tráfico de drogas no Colorado, em 1994 e 1996. Movimentação - Em dez anos, Abadía, por meio do cartel de tráfico, movimentou cerca de US$ 10 bilhões e enviou aos Estados Unidos pelo menos mil toneladas de cocaína. Além de tráfico, de acordo com a Polícia Federal, Abadía também é procurado por homicídios: 15 nos Estados Unidos e cerca de 300 na Colômbia. No Brasil, ele não teria cometido nenhum assassinato, segundo a PF. Na época em que esteve preso na Colômbia, os Estados Unidos pediram a extradição de Abadia pelo 'presumível envolvimento' com o cartel, mas o pedido não foi atendido pela Colômbia. (Agências)


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Amigos virtuais aproveitaram para comemorar o Dia do Escritor

GRUPO JÁ TEM UMA E-ZINE – REVISTA DE FÃS

Fotos: Paulo Pampolin/Hype

Novos autores usam comunidade Bar do Escritor para publicar livros Grupo, que já tem 1,5 mil membros, lança trabalhos pelo Orkut.

os amigos. É ele quem dá as primeiras pinceladas sobre a comunidade. "O Bar do Escritor foi criado pelo Giovani Iemeni com a finalidade de agregar pessoas que gostam de escrever em todo o País. É para tir a r a p o e s i a d e d e n t ro d a gaveta mesmo. Estamos com cerca de 1,5 mil membros e crescendo de forma impressionante. O pessoal de Brasília, como a Larissa, eu já conhecia.

Larissa Marques, aquela de Brasília, já lançou nove livros "artesanalmente", impressos em casa usando papel reciclado e deixados em universidades para serem vendidos. Recentemente, publicou seu primeiro trabalho por meio de uma editora, a All Print. "Entre o negro e o nada" é, segundo a autora, um passeio entre a ausência de luz (o negro) e a ausência de tudo (o nada). Com tiragem inicial de mil exemplares, "Entre o negro e o nada" é o primeiro título de uma trilogia – "Infernos Íntimos", sobre o universo feminino, será o segundo; e "O oco e o homem", o terceiro. Larissa aproveitou a visita a São Paulo para se encontrar com um editor na cidade. "Não é fácil publicar, mas eu tive sorte de conhecer uma pessoa que resolveu patrocinar minha obra." Klotz também corre atrás de uma editora para publicar seu trabalho. "Tenho dois livros prontos. Escrevo contos e crônicas. Alguns dos meus contos foram premiados em concursos literários. Não é nenhum Jabuti. Ainda", disse, referindo-se ao prêmio-mor da literatura brasileira patrocinado pela Câmara Brasileira do Livro. Um dos livros dele, "Aventuras culinárias", relata acidentes na cozinha – "o doce de gengibre que a pessoa deixa em cima da pia para esfriar e fica cheio de formiga ou o vento que espalha a farinha por todo o lugar". Klotz acaba rindo da própria sinopse. O advogado Anderson Hen-

Roberto Klotz, autor de contos e crônicas, tem dois trabalhos prontos.

rique lançou o primeiro e-book do Bar do Escritor. Autor de "Tormenta", ele conta que o livro virtual foi idéia do criador da comunidade. "O Giovani é o entusiasta número um do que eu escrevo." Segundo Henrique, o grupo acabou crescendo tanto e tão rápido que já tem dois filhotes – um blog e uma ezine (uma revista de fãs). Mensalmente, por meio de votação, os melhores textos do Bardo Escritor são escolhidos e vão parar na e-zine. "Eu passo o dia criando; a poesia me consome. Só trabalho quando tenho audiência, quando vou ao fórum. Não sei se existe algo mais gostoso do que escrever uma palavra que será lida por muitos. Veja o poeta Gentileza, no Rio de Janeiro. Ele dizia 'gentileza gera gentileza' nos muros e postes da cidade e conseguiu tocar as pessoas com poucas palavras. Isso é poesia. É pisar em brasas com pés descalços." A conversa continua, regada

a muita cerveja e pastel, oferecido por um rapaz que passeia por entre as mesas carregando uma enorme forma de bolo. Barbara Leite, a única a beber suco de laranja, comenta que escreve poemas (muitos), prosa (um pouco) e letra de música. "Os poemas são sobre amor. Estou sempre apaixonada – sou libriana", justifica. Chegam as retardatárias Maria Júlia e Ivone Francisco dos Santos. "Você... vou adivinhar... I don't believe! Roberto! Deixe eu te abraçar", disse Ivone para Klotz. "Vocês existem", se emociona Maria Júlia. A comoção é tamanha que uma garrafa de cerveja quase vai ao chão. Ivone, autora de "nanocontos" (contos minúsculos), tenta justificar o atraso (ela mora na rua da Mercearia) dizendo que "estava esperando por Maria Júlia". No final, pessoal enturmado, Henrique se empolga e convida a repórter para uma galinhada na casa dele. "A Larissa vai cozinhar."

Anderson Henrique e Barbara Leite durante o primeiro encontro real do grupo

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DC

Ivone é autora de nanocontos

Larissa Marques é uma das poucas da comunidade que editou um livro de forma tradicional

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s integrantes da comunidade virtual Bar do Escritor, enfim, encontraramse num bar real no Dia do Escritor, comemorado em 25 de julho. O lugar escolhido para a reunião dos 20 internautas que se conheceram pelo site de relacionamento Orkut foi a Mercearia São Pedro, na Vila Madalena, reduto conhecido por abrigar em suas mesas escritores e que, além de bar, é livraria, mercadinho, quitanda e até locadora. Os amigos virtuais foram chegando, um a um, trazendo esposas, namorados. Num estilo 'nunca-te-vi-mas-semprete-amei' iam se reconhecendo. "É o China!", "Olha o Filipe!", "Gente, a Ivone Santos!", tudo com muita exclamação. Roberto Klotz mora em Brasília. "Vim e vou voltar de avião", disse, desafiando qualquer crise aérea para estar com

Já os colegas do Rio se encontraram na última Feira Literária Internacional de Parati (Flip). E talvez seja realizada uma reunião na Paraíba e outra na próxima Oktoberfest, em Blumenau (SC), entre os autores do Sul do Brasil." Livro virtual Cada membro da comunidade tem direito a uma postagem de texto por dia. Não há limite de tamanho e são aceitos trabalhos de todo tipo de literatura. Mas não pense que o pessoal é bonzinho na hora das críticas. "O autores 'descem a lenha', 'metem o bedelho', ninguém 'doura a pílula'", diverte-se Ruy Villani, que entende de infra-estrutura urbana e literatura. Um ou outro não agüenta escutar (ou melhor, ler) as depreciações públicas. "Tem gente que fala 'pô, eu nem conheço o cara e ele diz que eu não sei acentuar!'", brincou Klotz, um "ex-engenheiro civil" dono de um humor ácido. "Larguei tudo. Só quero saber de escrever."

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Banco Bradesco S.A. Companhia Aberta

CNPJ 60.746.948/0001-12 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP

Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras

CONTINUAÇÃO l)

Provisões relacionadas às atividades de seguros, previdência e capitalização As provisões técnicas são calculadas de acordo com notas técnicas atuariais aprovadas pela Susep e ANS, e com os critérios estabelecidos pela Resolução CNSP no 162/2006. • Seguros de ramos elementares, vida e saúde - A provisão de prêmios não ganhos é constituída pelos prêmios retidos que são diferidos no decorrer do prazo de vigência dos contratos de seguros, determinando o valor “pro-rata” dia do prêmio não ganho do período do risco a decorrer (risco futuro das apólices em vigência). Quando por cálculos atuariais for constatada a insuficiência desta provisão, será constituída a Provisão de Insuficiência de Prêmios. - A provisão de sinistros ocorridos mas não avisados (IBNR) é calculada atuarialmente para quantificar o montante dos sinistros ocorridos e que não foram avisados pelos segurados/beneficiários. A provisão é constituída líquida de recuperações de cosseguro e resseguro. - A provisão de sinistros a liquidar é constituída com base nas estimativas de pagamentos de indenizações, líquidas de recuperações de cosseguro e resseguro, conforme os avisos de sinistros recebidos dos segurados até a data do balanço. A provisão é atualizada monetariamente e inclui todos os sinistros em discussão judicial. - Outras provisões referem-se à provisão para segurados com 59 anos ou mais dos planos de saúde individuais comercializados posteriormente à Lei no 9.656/98 para os benefícios de remissão e para fazer face à diferença entre os valores resultantes da aplicação às mensalidades do seguro “saúde individual” dos reajustes autorizados anualmente pela ANS e aqueles calculados tendo como base o reajuste de preços do setor, que onera o valor médio dos eventos indenizados. • Previdência complementar aberta e seguros de vida com cobertura de sobrevivência - A provisão matemática de benefícios a conceder refere-se aos participantes cujos benefícios ainda não iniciaram. A provisão matemática de benefícios concedidos refere-se aos participantes que se encontram em gozo de benefícios. As provisões matemáticas relacionadas aos planos de previdência conhecidos como “tradicionais” representam a diferença entre o valor atual dos benefícios futuros e o valor atual das contribuições futuras, correspondentes às obrigações assumidas sob a forma de planos de aposentadoria, invalidez, pensão e pecúlio. São calculadas segundo metodologia e premissas estabelecidas em Notas Técnicas Atuariais. As provisões que estão vinculadas aos seguros de vida com cobertura de sobrevivência (VGBL) e aos planos de previdência da modalidade “gerador de benefícios livres” (PGBL) representam o montante das contribuições efetuadas pelos participantes, líquidas de carregamentos e de outros encargos contratuais, acrescidas dos rendimentos financeiros gerados pela aplicação dos recursos em fundos de investimento especialmente constituídos (FIEs). - A provisão de insuficiência de contribuição é constituída para complementar as provisões matemáticas de benefícios a conceder e concedidos, caso estas não sejam suficientes para garantir os compromissos futuros. A provisão é calculada atuarialmente e leva em consideração a tábua atuarial AT-2000. - A provisão de oscilação financeira é constituída até o limite de 15% da provisão matemática de benefícios a conceder relativa aos planos de previdência na modalidade de contribuição variável com garantia de rendimentos para fazer face a eventuais oscilações financeiras. - A provisão de despesas administrativas é constituída para cobrir as despesas administrativas dos planos de benefício definido e de contribuição variável. É calculada em conformidade com metodologia estabelecida em Nota Técnica Atuarial. • Capitalização - A provisão matemática para resgates é calculada sobre os valores nominais dos títulos e atualizada monetariamente, quando aplicável, com base em Notas Técnicas Atuariais aprovadas pela Susep. - As provisões para resgates são constituídas pelos valores dos títulos vencidos e também pelos valores dos títulos ainda não vencidos mas que tiveram solicitação de resgate antecipado pelos clientes. As provisões são atualizadas monetariamente com base nos indexadores previstos em cada plano. - As provisões para sorteios a realizar e a pagar são constituídas para fazer face aos prêmios provenientes dos sorteios futuros (a realizar) e também aos prêmios provenientes dos sorteios em que os clientes já foram contemplados (a pagar). m) Ativos e Passivos Contingentes e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias O reconhecimento, a mensuração e a divulgação das contingências ativas e passivas e obrigações legais são efetuados de acordo com os critérios definidos na Deliberação CVM no 489/05. • Ativos Contingentes: não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui total controle da situação ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo. Os ativos contingentes com probabilidade de êxito provável são apenas divulgados nas notas explicativas (Nota 18a); • Passivos Contingentes: são constituídos levando em conta a opinião dos assessores jurídicos, a natureza das ações, a similaridade com processos anteriores, a complexidade e o posicionamento de Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável, o que ocasionaria uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes classificados como de perdas possíveis não são reconhecidos contabilmente, devendo ser apenas divulgados nas notas explicativas, e os classificados como remotos não requerem provisão e nem divulgação (Notas 18b e 18c); e • Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias: decorrem de processos judiciais relacionados a obrigações tributárias, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou constitucionalidade, que, independentemente da avaliação acerca da probabilidade de sucesso, têm os seus montantes reconhecidos integralmente nas demonstrações financeiras (Nota 18b). n) Outros ativos e passivos Os ativos estão demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias e cambiais auferidos (em base “pro-rata” dia) e provisão para perda, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e das variações monetárias e cambiais incorridos (em base “pro-rata” dia). 4)

INFORMAÇÕES PARA EFEITO DE COMPARABILIDADE Não houve reclassificações ou outras informações relevantes no período que afetem a comparabilidade com as demonstrações financeiras em 30 de junho de 2007.

5)

BALANÇO PATRIMONIAL E DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO AJUSTADOS POR SEGMENTO DE NEGÓCIO Apresentados de acordo com as definições do Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional - Cosif. a) Balanço patrimonial Financeiras (1) (2) País Exterior ATIVO Circulante e realizável a longo prazo ... Disponibilidades ...................................... Aplicações interfinanceiras de liquidez .. Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos ........................... Relações interfinanceiras e interdependências ................................................... Operações de crédito e de arrendamento mercantil ................................................ Outros créditos e outros valores e bens ... Permanente .............................................. Investimentos ........................................... Imobilizado de uso e de arrendamento .... Diferido ..................................................... Total em 2007 ........................................... Total em 2006 ........................................... PASSIVO Circulante e exigível a longo prazo ........ Depósitos ................................................. Captações no mercado aberto ................. Recursos de emissão de títulos .............. Relações interfinanceiras e interdependências .................................................. Obrigações por empréstimos e repasses Instrumentos financeiros derivativos ....... Provisões de seguros, previdência e capitalização ................................................. Outras obrigações: - Dívidas subordinadas ............................ - Outras ..................................................... Resultados de exercícios futuros ........... Patrimônio líquido/participação minoritária nas controladas ..................................... Patrimônio líquido controlador ................ Total em 2007 ........................................... Total em 2006 ........................................... b) Demonstração do resultado

Grupo Segurador (2) (3) País Exterior

Outras Atividades (2)

Em 30 de junho - R$ mil Total Eliminações (4) Consolidado

a) Resumo da classificação consolidada dos títulos e valores mobiliários por segmentos de negócio e emissor Em 30 de junho - R$ mil Seguradoras/ Financeiras Capitalização Previdência Títulos para negociação ............... - Títulos públicos ........................... - Títulos privados ........................... Instrumentos financeiros derivativos (1) ......................................... - Títulos vinculados a produtos PGBL/VGBL ............................. Títulos disponíveis para venda .... - Títulos públicos ........................... - Títulos privados ........................... Títulos mantidos até o vencimento (4 ) ........................................... - Títulos públicos ........................... - Títulos privados ........................... Subtotal ........................................ Operações compromissadas (2) .. Total geral ...................................... - Títulos públicos ........................... - Títulos privados ........................... - Títulos vinculados a produtos PGBL/VGBL ............................. Subtotal ......................................... Operações compromissadas (2) ... Total geral ......................................

Outras atividades

2007

2006

%

206.234.863 4.773.629 26.186.616

21.249.962 103.143 1.265.729

65.893.634 98.622 –

20.136 2.234 –

1.153.227 24.034 –

(7.481.834) (85.978) (58.063)

287.069.988 4.915.684 27.394.282

34.705.508

7.495.293

61.824.443

16.101

772.573

(1.236.531)

103.577.387

20.246.391

10.393

20.256.784

86.888.184 33.434.535 20.271.741 17.798.594 1.830.633 642.514 226.506.604 177.852.804

11.820.566 554.838 3.889 – 3.756 133 21.253.851 19.519.634

– 3.970.569 1.058.578 763.736 241.398 53.444 66.952.212 54.747.760

– 1.801 30 – 30 – 20.166 25.046

– 356.620 159.365 18.199 139.867 1.299 1.312.592 1.413.721

(4.037.501) (2.063.761) (17.995.399) (17.995.399) – – (25.477.233) (20.623.859)

94.671.249 36.254.602 3.498.204 585.130 2.215.684 697.390 290.568.192 232.935.106

198.812.448 80.465.471 51.854.373 4.651.791

12.633.132 2.280.292 2.181.046 3.161.814

58.455.626 – – –

8.757 – – –

389.679 – – –

(7.481.834) (145.145) (279.473) (1.168.457)

262.817.808 82.600.618 53.755.946 6.645.148

1.922.448 21.239.926 2.090.265

3.897 1.749.738 33.877

– 5 –

– – –

– 344 46

– (3.824.998) –

1.926.345 19.165.015 2.124.188

52.890.987

8.527

52.899.514

10.505.955 26.082.219 173.303

2.697.028 525.440 –

– 5.564.634 –

– 230 –

– 389.289 –

– (2.063.761) –

13.202.983 30.498.051 173.303

6.329 27.514.524 226.506.604 177.852.804

8.620.719 – 21.253.851 19.519.634

8.496.586 – 66.952.212 54.747.760

11.409 – 20.166 25.046

922.913 – 1.312.592 1.413.721

(17.995.399) – (25.477.233) (20.623.859)

62.557 27.514.524 290.568.192 232.935.106

Grupo Segurador (2) (3) País Exterior

4.854.766 2.911.181 1.943.585

26.604.525 242.227 405.072

989.934 800.328 189.606

59.465.566 21.829.296 9.236.947

65,0 23,8 10,1

37.468.406 7.938.868 7.823.160

57,5 12,2 12,0

2.442.097

2.442.097

2,7

495.446

0,8

– 8.278.535 5.804.959 2.473.576

– 954.287 81.042 873.245

25.957.226 11.787.851 10.319.654 1.468.197

– 24.151 – 24.151

25.957.226 21.044.824 16.205.655 4.839.169

28,4 22,9 17,6 5,3

21.210.932 23.434.736 18.527.787 4.906.949

32,5 35,9 28,4 7,5

939.191 939.191 – 36.234.067 4.488.683 40.722.750 24.619.710 11.614.357

4.248.944 4.248.944 – 10.057.997 2.553.101 12.611.098 7.241.167 2.816.830

6.302.301 5.838.057 464.244 44.694.677 4.534.777 49.229.454 16.399.938 2.337.513

– 11.490.436 – 11.026.192 – 464.244 1.014.085 92.000.826 – 11.576.561 1.014.085 103.577.387 800.328 49.061.143 213.757 16.982.457

12,5 12,0 0,5 100,0

4.303.511 4.266.655 36.856 65.206.653 5.175.495 70.382.148 30.733.310 13.262.411

6,6 6,5 0,1 100,0

– 36.234.067 4.488.683 40.722.750

– 10.057.997 2.553.101 12.611.098

25.957.226 44.694.677 4.534.777 49.229.454

– 25.957.226 1.014.085 92.000.826 – 11.576.561 1.014.085 103.577.387

28,2 100,0

21.210.932 65.206.653 5.175.495 70.382.148

32,5 100,0

53,3 18,5

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil Outras Total Eliminações Atividades (2) (4) Consolidado

BRADESCO CONSOLIDADO 2007 2006 4.619.633 296.005 46 4.915.684

2.737.930 423.313 45 3.161.288

Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO 2007 2006 4.527.734 271.297 17 4.799.048

2.663.446 403.717 17 3.067.180

APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ a) Composição e prazos Em 30 de junho - R$ mil 1 a 30 dias

31 a 180 dias

BRADESCO CONSOLIDADO 181 a 360 Acima de dias 360 dias

BRADESCO MÚLTIPLO 2007

Aplicações no mercado aberto: Posição bancada .......................... 447.828 1.104.891 – 48.633 1.601.352 • Letras financeiras do tesouro ...... 147.165 – – – 147.165 • Notas do tesouro nacional .......... 23.082 206.363 – – 229.445 • Letras do tesouro nacional .......... 179.829 779.104 – – 958.933 • Outros .......................................... 97.752 119.424 – 48.633 265.809 Posição financiada ....................... 17.318.700 2.054.205 2.042.505 – 21.415.410 • Letras financeiras do tesouro ...... 12.351.830 – – – 12.351.830 • Notas do tesouro nacional .......... 972.346 710.267 – – 1.682.613 • Letras do tesouro nacional .......... 3.994.524 1.343.938 2.042.505 – 7.380.967 • Outros .......................................... – – – – – Subtotal ......................................... 17.766.528 3.159.096 2.042.505 48.633 23.016.762 Aplicações em depósitos interfinanceiros: • Aplicações em depósitos interfinanceiros ................................... 2.321.644 800.955 674.299 580.727 4.377.625 • Provisões para perdas ................ (105) – – – (105) Subtotal ......................................... 2.321.539 800.955 674.299 580.727 4.377.520 Total em 2007 ................................ 20.088.067 3.960.051 2.716.804 629.360 27.394.282 % .................................................... 73,3 14,5 9,9 2,3 100,0 Total em 2006 ................................ 22.022.729 4.350.546 721.036 475.085 % .................................................... 79,9 15,8 2,6 1,7 b) Receitas de aplicações interfinanceiras de liquidez Classificadas na demonstração de resultado como resultado de operações com títulos e valores mobiliários

2006

2007

2006

7.076.674 114.806 414.787 6.489.511 57.570 15.123.059 3.991.188 2.326.421 8.804.851 599 22.199.733

1.730.158 50.249 229.445 1.184.655 265.809 21.562.575 12.498.995 1.682.613 7.380.967 – 23.292.733

7.561.607 680.788 414.787 6.408.462 57.570 15.202.407 4.036.736 2.326.421 8.838.651 599 22.764.014

5.369.736 (73) 5.369.663

26.950.344 (105) 26.950.239 50.242.972

22.918.794 (73) 22.918.721

27.569.396 100,0

45.682.735

Em 30 de junho - R$ mil 2007

TÍTULOS (3)

1 a 30 dias

TÍTULOS PÚBLICOS ............. 4.280.614 Letras financeiras do tesouro 122 Letras do tesouro nacional .... 4.107.689 Notas do tesouro nacional .... 156.199 Títulos da dívida externa brasileira ................................... 16.604 Moedas de privatização ........ – Títulos de governos estrangeiros ........................................ – Outros .................................... – TÍTULOS PRIVADOS ............. 7.371.356 Certificados de depósito ban462.877 cário ..................................... Ações .................................... 3.214.032 Debêntures ............................ 1.307 Títulos privados no exterior ... 656.061 Instrumentos financeiros derivativos (1) ............................ 1.850.087 Outros .................................... 1.186.992 Títulos vinculados a produtos PGBL/VGBL ......................... 6.221.486 Subtotal ................................. 17.873.456 Operações compromissadas (2) 5.445.083 Total geral .............................. 23.318.539

180.133 1.334.431 100 93.495 1.608.159 224.658 1.832.817

2006 Valor de mercado/ Marcação contábil a (6) (7) (8) mercado

31 a 180 dias

181 a 360 dias

Acima de 360 dias

Valor de mercado/ contábil (6) (7) (8)

730.166 209.299 185.913 265.000

7.073.886 917.381 5.815.788 336.722

36.976.477 4.025.796 3.857.522 25.458.931

49.061.143 5.152.598 13.966.912 26.216.852

47.052.756 5.153.739 13.958.179 24.614.590

– –

1.967 –

3.532.531 89.729

3.551.102 89.729

3.174.601 67.897

376.501 21.832

5.289.190 184.228

240.695 (559)

69.954 – 780.062

– 2.028 1.008.095

11.865 103 7.822.944

81.819 2.131 16.982.457

81.620 2.130 15.852.251

199 1 1.130.206

104.046 2.108 13.262.411

12 (36) 640.816

391.996 – 160.060 72.298

161.932 – 649.164 127.563

1.938.391 – 3.701.474 1.299.727

2.955.196 3.214.032 4.512.005 2.155.649

2.955.196 2.292.808 4.511.622 2.128.549

– 921.224 383 27.100

6.451.711 1.807.717 1.265.070 2.162.158

– 634.535 (41.168) 2.300

94.276 61.432

38.138 31.298

459.596 423.756

2.442.097 1.703.478

2.288.372 1.675.704

153.725 27.774

495.446 1.080.309

62.583 (17.434)

1.319.055 2.829.283 231.913 3.061.196

3.385.743 11.467.724 1.368.080 12.835.804

15.030.942 25.957.226 25.957.226 59.830.363 92.000.826 88.862.233 4.531.485 11.576.561 11.576.561 64.361.848 103.577.387 100.438.794

– 3.138.593 – 3.138.593

21.210.932 65.206.653 5.175.495 70.382.148

– 985.029 – 985.029

Valor de custo atualizado

Marcação a mercado

2.008.387 30.733.310 (1.141) 4.272.152 8.733 3.709.007 1.602.262 17.172.579

344.213 (2.834) 4.440 102.495

c) Classificação consolidada por categorias, prazos e segmentos de negócio I) Títulos para negociação

31 a 180 dias

181 a 360 dias

Acima de 360 dias

7.435.553 4.106.694 –

976.227 182.283 97.439

6.901.820 5.335.307 841.448

11.702.741 3.049.853 1.557.159

27.016.341 12.674.137 2.496.046

26.813.466 12.665.404 2.497.452

202.875 8.733 (1.406)

6.939.883 2.371.258 1.824.893

59.469 4.442 233

16.111

50.635

26.879

1.157.038

1.250.663

1.250.663

823.401

1.850.087 405

94.276 82.940

38.138 540.121

459.596 2.914.362

2.442.097 3.537.828

2.288.372 3.513.821

153.725 24.007

495.446 178.643

62.583 (974)

12.148 3.031 656.061

– 265.000 72.298

– 316 115.578

37.452 2.313.922 209.805

49.600 2.582.269 1.053.742

44.589 2.577.229 1.045.840

5.011 5.040 7.902

54.393 158.965 444.396

3.970 (1.676) (9.313)

– 40.423 750.593

69.954 – 61.402

– – 4.033

3.554 – –

73.508 40.423 816.028

73.645 40.423 816.028

(137) – –

90.783 7.340 490.365

204 – –

884.450 – 995

233.903 9.366 –

616.646 9.370 422.189

3.119.767 1.535.212 541.338

4.854.766 1.553.948 964.522

4.854.765 1.553.947 964.522

1 1 –

5.983.497 1.535.212 643.546

3 3 –

370.717 114.552 102.205 – 295.981 6.359.588 – 38.616

174.773 – – 49.764 – 1.523.175 44.810 –

92.526 – – 84.187 8.374 3.501.638 22.263 –

692.919 278.159 – 10.689 61.450 15.220.124 – 83.230

1.330.935 392.711 102.205 144.640 365.805 26.604.525 67.073 121.846

1.330.935 392.711 102.205 144.640 365.805 26.604.525 67.073 121.846

– – – – – – – –

2.666.637 813.395 69.902 146.684 108.121 24.166.623 5.630 11

– – – – – – – –

– – 57.009 – –

159.310 – – – –

23.575 53.308 – – –

– – – – 2.074

182.885 53.308 57.009 – 2.074

182.885 53.308 57.009 – 2.074

– – – – –

2.403.960 4.820 55.485 114.243 186.527

– – – – –

6.221.486 42.477 2.920 1

1.319.055 – 35.294 6.293

3.385.743 16.749 43.165 195

15.030.942 103.878 908.555 512.514

25.957.226 163.104 989.934 519.003

25.957.226 163.104 989.934 519.003

– – – –

21.210.932 185.015 378.403 114.153

– – (712) –

459 – 138 – 2.322 14.682.511 5.445.083 2.242.759

4 3.630 25.367 – – 2.768.599 231.913 524

13.132 4.984 24.854 – – 11.063.269 1.368.080 446.240

47.690 266.331 75.640 6.380 – 30.951.187 4.531.485 1.799.160

61.285 274.945 125.999 6.380 2.322 59.465.566 11.576.561 4.488.683

61.285 274.945 125.999 6.380 2.322 59.262.690 11.576.561 4.488.683

– – – – – 202.876 – –

30.957 187.301 1.682 20.264 24.046 37.468.406 5.175.495 1.966.341

– – – – (712) 58.760 – –

1.855.460 1.346.864 20.127.594

51.369 180.020 3.000.512

286.152 635.688 12.431.349

360.120 2.372.205 35.482.672

2.553.101 4.534.777 71.042.127

2.553.101 4.534.777 70.839.251

– – 202.876

1.554.210 1.654.944 42.643.901

– – 58.760

(1.967.996)

(11.853)

(7.543)

(136.796)

(2.124.188)

(2.133.220)

9.032

(396.544)

(6.450)

TÍTULOS (3)

1 a 30 dias

- FINANCEIRAS ..................... Letras do tesouro nacional .... Letras financeiras do tesouro Certificados de depósito bancário ..................................... Instrumentos financeiros derivativos (1) ............................ Debêntures ............................ Títulos da dívida externa brasileira ................................... Notas do tesouro nacional .... Títulos privados no exterior ... Títulos de governos estrangeiros .................................. Ações .................................... Outros .................................... - SEGURADORAS E CAPITALIZAÇÃO .............................. Letras financeiras do tesouro Letras do tesouro nacional .... Certificados de depósito bancário ..................................... Notas do tesouro nacional .... Ações .................................... Debêntures ............................ Outros .................................... - PREVIDÊNCIA .................... Letras financeiras do tesouro Notas do tesouro nacional .... Certificados de depósito bancário ..................................... Letras do tesouro nacional .... Ações .................................... Moedas de privatização ........ Debêntures ............................ Títulos vinculados a produtos PGBL/VGBL ......................... Outros .................................... - OUTRAS ATIVIDADES ........ Letras financeiras do tesouro Certificados de depósito bancário ..................................... Letras do tesouro nacional .... Debêntures ............................ Notas do tesouro nacional .... Outros .................................... Subtotal ................................. Operações compromissadas (2) - FINANCEIRAS ..................... - SEGURADORAS E CAPITALIZAÇÃO .............................. - PREVIDÊNCIA .................... Total geral .............................. INSTRUMENTOSFINANCEIROS DERIVATIVOS (PASSIVO) .... II)

426.695 1.030.808 – – 1.457.503 240.816 1.698.319

27.075 1.353.000 100 93.495 1.473.670 1.629.211 3.102.881

465.415 1.048.925 – – 1.514.340 1.563.176 3.077.516

2006 Valor de mercado/ Marcação contábil a (6) (7) (8) mercado

Valor de mercado/ contábil (6) (7) (8)

Valor de custo atualizado

Marcação a mercado

Títulos disponíveis para venda Em 30 de junho - R$ mil 2007

TÍTULOS (3) (4)

31 a 180 dias

181 a 360 dias

Acima de 360 dias

948.575 –

4.058 –

23.921 –

7.301.981 –

8.278.535 –

7.549.452 –

729.083 –

9.482.240 14.747

343.214 (2)

4.456 – – – 56.310 728 843.468 –

– – – – 2.039 1.989 – –

1.967 11.985 – – 5.799 – – –

2.555.888 1.089.922 3.054.517 87.960 40.324 116.799 – 89.729

2.562.311 1.101.907 3.054.517 87.960 104.472 119.516 843.468 89.729

2.190.821 1.082.709 3.005.618 87.873 104.472 152.957 540.811 67.897

371.490 19.198 48.899 87 – (33.441) 302.657 21.832

4.184.547 1.676.913 2.057.973 150.667 485.730 174.273 406.042 69.984

236.725 11.613 (63.327) (3.426) – (35.077) 212.621 (559)

– 43.613

– 30

– 4.170

8.311 258.531

8.311 306.344

7.975 308.319

336 (1.975)

13.263 248.101

(192) (15.162)

750.668 – 702.587 28 3.436 – – – 44.617 1.468.318 1.468.197 – 121 – 23.376 15.844 – 143 7.389 3.190.937

34.942 29.785 – – 5.157 – – – – 21.606 – – 21.606 – 78 78 – – – 60.684

14.583 14.583 – – – – – – – 29.522 – – 29.522 – 23 21 2 – – 68.049

154.094 36.333 – 117.420 – – 341 – – 10.268.405 – – 296.618 9.971.787 674 420 254 – – 17.725.154

954.287 80.701 702.587 117.448 8.593 – 341 – 44.617 11.787.851 1.468.197 – 347.867 9.971.787 24.151 16.363 256 143 7.389 21.044.824

759.818 80.698 547.688 107.631 8.593 – 341 – 14.867 9.775.811 1.004.654 – 347.693 8.423.464 24.026 16.363 256 18 7.389 18.109.107

194.469 3 154.899 9.817 – – – – 29.750 2.012.040 463.543 – 174 1.548.323 125 – – 125 – 2.935.717

3.345.278 339.279 580.751 101.426 18.927 3.993 1.786.797 487.335 26.770 10.584.523 688.095 475.341 302.318 9.118.769 22.695 22.099 494 102 – 23.434.736

215.024 130 253.930 (781) – – (36.659) – (1.596) 367.947 167.900 (4.336) 226 204.157 84 – – 84 – 926.269

1 a 30 dias

- FINANCEIRAS ..................... Letras do tesouro nacional .... Títulos da dívida externa brasileira ................................... Títulos privados no exterior ... Notas do tesouro nacional .... Letras financeiras do tesouro Certificados de depósito bancário Debêntures ............................ Ações .................................... Moedas de privatização ........ Títulos de governos estrangeiros .................................. Outros .................................... - SEGURADORAS E CAPITALIZAÇÃO ............................... Letras financeiras do tesouro Ações .................................... Debêntures ............................ Certificados de depósito bancário Títulos privados no exterior ... Notas do tesouro nacional .... Letras do tesouro nacional .... Outros .................................... - PREVIDÊNCIA .................... Ações .................................... Debêntures ............................ Letras financeiras do tesouro Notas do tesouro nacional .... - OUTRAS ATIVIDADES ........ Certificados de depósito bancário Debêntures ............................ Ações .................................... Outros .................................... Total geral .............................. III)

2006 Valor de mercado/ Marcação contábil a (6) (7) (8) mercado

Valor de mercado/ contábil (6) (7) (8)

Valor de custo atualizado

Marcação a mercado

Títulos mantidos até o vencimento Em 30 de junho - R$ mil 2006

2007

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2007 2006 2007 2006 Rendas de aplicações em operações compromissadas: Posição bancada ............................................................................................................. Posição financiada .......................................................................................................... Posição vendida .............................................................................................................. Títulos de livre movimentação - Operações genéricas ................................................... Subtotal ............................................................................................................................ Rendas de aplicações em depósitos interfinanceiros ................................................... Total (Nota 8f) ....................................................................................................................

47,1 20,4

b) Composição da carteira consolidada por emissor

DISPONIBILIDADES

Moeda nacional ...................................................................................................................... Moeda estrangeira .................................................................................................................. Aplicações em ouro ................................................................................................................ Total .........................................................................................................................................

%

27.016.341 17.875.560 6.698.684

Em 30 de junho - R$ mil

Receitas da intermediação financeira ..... 15.792.088 683.845 3.717.087 1.312 45.460 (183.286) 20.056.506 Despesas da intermediação financeira ... 8.545.179 467.930 2.140.553 – 1.719 (184.435) 10.970.946 Resultado bruto da intermediação financeira ....................................................... 7.246.909 215.915 1.576.534 1.312 43.741 1.149 9.085.560 Outras receitas/despesas operacionais .. (4.044.687) (21.254) 157.205 846 61.011 (1.149) (3.848.028) Resultado operacional ............................. 3.202.222 194.661 1.733.739 2.158 104.752 – 5.237.532 Resultado não operacional ...................... 601.620 (7.223) 7.123 21 (917) – 600.624 Resultado antes da tributação sobre o lucro e participações ........................... 3.803.842 187.438 1.740.862 2.179 103.835 – 5.838.156 Imposto de renda e contribuição social ... (1.271.380) (2.310) (512.427) (47) (40.853) – (1.827.017) Participação minoritária nas controladas (577) – (3.759) – (181) – (4.517) Lucro líquido em 2007 ............................. 2.531.885 185.128 1.224.676 2.132 62.801 – 4.006.622 Lucro/prejuízo líquido em 2006 ............... 1.901.548 132.458 1.042.333 (729) 56.775 – 3.132.385 (1) Segmento “Financeiras” é representado por: instituições financeiras; empresas holdings (que basicamente administram recursos financeiros); empresas administradoras de cartões de crédito e de ativos; (2) Estão sendo eliminados os saldos de contas patrimoniais, as receitas e as despesas entre empresas do mesmo segmento; (3) Segmento “Grupo Segurador” é representado por empresas seguradoras, de previdência e de capitalização, cujas informações financeiras estão adaptadas às políticas contábeis do controlador; e (4) Representam as eliminações entre empresas de segmentos diferentes, bem como entre operações realizadas no país e exterior.

7)

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS Apresentamos as informações relativas a títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos:

2007

Financeiras (1) (2) País Exterior

6)

8)

TÍTULOS (4) FINANCEIRAS ......................................................... Títulos da dívida externa brasileira ......................... Títulos privados no exterior ..................................... SEGURADORAS E CAPITALIZAÇÃO ..................... Notas do tesouro nacional ...................................... PREVIDÊNCIA ........................................................ Debêntures .............................................................. Notas do tesouro nacional ...................................... Total geral (5) ...........................................................

1 a 30 dias

31 a 180 dias – – – – – 8 8 – 8

181 a 360 dias – – – – – – – – –

– – – 103.983 103.983 232.423 – 232.423 336.406

Acima de 360 dias 939.191 939.191 – 4.144.961 4.144.961 6.069.870 464.236 5.605.634 11.154.022

Valor de custo atualizado (6) (7) (8)

Valor de custo atualizado (6) (7) (8)

939.191 939.191 – 4.248.944 4.248.944 6.302.301 464.244 5.838.057 11.490.436

1.087.106 1.050.250 36.856 – – 3.216.405 – 3.216.405 4.303.511

CONTINUA


2

Transpor te Saúde Memória Ciência

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

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MURAL DEVE FICAR PRONTO NO FIM DA SEMANA J Confira todo o cronograma das comemorações

dos 447 anos do bairro de Pinheiros.

Fotos de Maurilo Clareto/Luz

Presente de aniversário: no muro de 135m² da Igreja do Calvário, uma cena do passado revive o Largo de Pinheiros do início do século 20, reproduzida, com técnicas de grafite, pelo artista plástico Eduardo Kobra.

Para comemorar 447 anos, Pinheiros pinta o passado Com bonde e coreto, artista reproduz em mural Largo de Pinheiros dos anos 20 Rejane Tamoto

Q

uem passa pela rua Henrique Schaumann, na Igreja do Calvário, junto a praça Benedito Calixto, em Pinheiros, depara-se com uma cena inusitada: um bonde e um coreto numa rua tranqüila, com pessoas passeando, vestidas ao estilo da década de 20. O cenário acima retrata uma foto do largo de Pinheiros dessa época, que o artista plástico Eduardo Kobra está reproduzindo com técnicas de grafite no muro de 135 m² da Igreja do Calvário. A obra é um presente ao bairro de Pinheiros, que comemora 447 anos no dia 15. Além do mural de Kobra, o bairro terá uma programação de eventos e palestras, que começam na próxima semana e se estendem até o final do mês. O mural, que começou a ser

elaborado há 15 dias, deverá estar pronto até o fim da semana, quando poderá ser apreciado integralmente pelo público, que já observa a cena com curiosidade, seja ao volante ou a pé. "Estamos em fase de acabamento, vamos fazer os detalhes do céu, escrever o itinerário ‘Pinheiros’ no alto do bonde e colocar esculturas de artistas da época nas laterais do mural", disse Kobra. O artista disse que o próximo passo é conseguir parcerias para desenhar o bonde em outros muros do bairro de Vila Madalena. "A idéia é espalhar o bonde, em tamanho real, em vários muros de ruas por onde ele passava, como a Fidalga e a Harmonia", afirmou. Grafite – O mural que Kobra pinta na Igreja do Calvário teve o apoio do Projeto Aprendiz, que obteve o patrocínio da empresa Suvinil, que forneceu mais de 230 litros de tinta. A

imagem escolhida para o mural, diz o artista, é de uma foto da coleção de Jurandir Goldschimidt, eleita pela comunidade da praça Benedito Calixto como o lugar mais significativo do bairro. Para ser reproduzida com técnicas de grafite e com o uso de uma pistola de gravidade, a foto foi ampliada e colorida em uma simulação feita em computador, antes de ir para o muro. Kobra, que já pintou outros quatro murais que retratam a São Paulo antiga, disse que o curioso de trabalhar no muro da Igreja do Calvário é a abordagem que recebe das pessoas, principalmente das de idade mais avançada. "Eles viveram naquela época, se sentem homenageados e interagem. Um deles veio me dizer que o bonde que desenhei no mural era da linha 29A", disse. Mas não são só os mais velhos que param para olhar o mural e

O artista plástico Eduardo Kobra dá retoques na imagem do bonde

pensar sobre a São Paulo de antigamente. Um grupo de 25 crianças, de 7 a 8 anos, alunas de artes no núcleo sócio-educativo da Igreja do Calvário, se organizaram em fila indiana, no estrei-

to canteiro central da rua Henrique Schaumann para observar o mural, na tarde de ontem. "Parece que tem vida", disse uma delas. A observação logo vira exercício de imaginação, quan-

do a professora de artes, Marli de Carvalho, pede uma comparação. "Não tinha trânsito, violência e bandido. Era muito calmo", conclui uma aluna. "Ah, mas era muito parado", critica um menino, às gargalhadas. Kobra, de 31 anos, adentrou o universo da arte urbana via grafite, em 1987. "Aos dez anos, influenciado pela cultura hip hop do grafite ‘street’ norte-americano, comecei e não parei mais. O meu hobby continua sendo intervir na paisagem urbana para transformar as ruas em galerias de arte", disse. O artista, autodidata, trabalha na decoração de empresas, mas não revela números. O preço de um mural é estipulado caso a caso, de acordo com o tamanho da imagem. Eventos – Quem apreciar o mural da Igreja do Calvário também pode esticar até um dos eventos gratuitos, promovidos pela subprefeitura de Pinheiros, que ocorrerão na região a partir da próxima semana. Haverá apresentações musicais, que vão de banda de chorinho do bairro a música clássica da Orquestra Bachiana, regida pelo maestro João Carlos Martins. A programação inclui feiras de artesanato, caminhada, bolo de aniversário e um ciclo de palestras. As comemorações começam no dia 15, com uma missa que terá participação de representantes da Distrital Pinheiros da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), na Igreja Mont Serrat, no largo de Pinheiros.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

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Banco Bradesco S.A. Companhia Aberta

CNPJ 60.746.948/0001-12 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP

Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras

CONTINUAÇÃO

III)

d) Composição das carteiras distribuídas pelas rubricas de publicação 1 a 30 dias

31 a 180 dias

181 a 360 dias

Acima de 360 dias

Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO

Carteira própria ...................................................... 17.366.717 2.484.232 7.078.501 53.224.865 80.154.315 14.538.818 Títulos de renda fixa ............................................... 14.152.685 2.484.232 7.078.501 53.224.865 76.940.283 14.452.047 • Letras financeiras do tesouro ................................ 122 177.444 634.999 3.317.232 4.129.797 1.312.997 • Operações compromissadas (2) ........................... 5.445.083 231.913 1.368.080 4.531.485 11.576.561 – • Notas do tesouro nacional .................................... 156.199 – 336.722 20.398.877 20.891.798 293.336 • Títulos da dívida externa brasileira ....................... 16.604 – 1.967 1.469.640 1.488.211 1.476.063 • Certificados de depósito bancário ........................ 462.877 391.996 161.932 1.938.391 2.955.196 51.506 • Letras do tesouro nacional .................................... 5.954 80 379.007 1.335.656 1.720.697 633.865 • Títulos privados no exterior ................................... 656.061 72.298 127.563 1.065.698 1.921.620 1.885.506 • Debêntures ............................................................ 1.307 160.060 649.162 3.701.220 4.511.749 7.740.500 • Títulos de governos estrangeiros .......................... – 69.954 – 11.865 81.819 78.031 • Títulos vinculados a produtos PGBL/VGBL ........ 6.221.486 1.319.055 3.385.743 15.030.942 25.957.226 – • Outros .................................................................... 1.186.992 61.432 33.326 423.859 1.705.609 980.243 Títulos de renda variável ........................................ 3.214.032 – – – 3.214.032 86.711 • Ações de companhias abertas (provisão técnica) 1.598.219 – – – 1.598.219 – • Ações de companhias abertas (outras) ................ 1.615.813 – – – 1.615.813 86.711 Títulos vinculados ................................................... 4.101.735 482.688 5.716.909 10.677.387 20.978.719 43.333.280 A compromisso de recompra ................................. – 365.708 4.229.541 6.260.667 10.855.916 33.753.103 • Letras do tesouro nacional .................................... – 100.708 4.157.060 1.940.736 6.198.504 5.972.279 • Títulos da dívida externa brasileira ....................... – – – 2.062.891 2.062.891 2.062.891 • Letras financeiras do tesouro ................................ – – 72.479 92.694 165.173 165.173 • Notas do tesouro nacional .................................... – 265.000 – 1.930.063 2.195.063 2.195.063 • Títulos privados no exterior ................................... – – – 234.029 234.029 234.029 • Debêntures ............................................................ – – 2 254 256 23.123.668 Ao Banco Central .................................................... 4.101.711 – 228.264 1.998.087 6.328.062 6.308.406 • Letras do tesouro nacional .................................... 4.101.711 – 208.607 – 4.310.318 4.310.318 • Notas do tesouro nacional .................................... – – – 1.470.923 1.470.923 1.470.923 • Letras financeiras do tesouro ................................ – – 19.657 527.164 546.821 527.165 Moedas de privatização ......................................... – – – 89.729 89.729 18.459 A prestação de garantias ....................................... 24 116.980 1.259.104 2.328.904 3.705.012 3.253.312 • Letras do tesouro nacional .................................... 24 85.125 1.068.858 581.130 1.735.137 1.483.184 • Letras financeiras do tesouro ................................ – 31.855 190.246 88.706 310.807 208.696 • Notas do tesouro nacional .................................... – – – 1.659.068 1.659.068 1.561.432 Instrumentos financeiros derivativos (1) ............... 1.850.087 94.276 38.138 459.596 2.442.097 2.391.558 Títulos objeto de operações compromissadas de livre movimentação .............................................. – – 2.256 – 2.256 2.256 • Letras do tesouro nacional .................................... – – 2.256 – 2.256 2.256 Total em 30 de junho de 2007 ................................. 23.318.539 3.061.196 12.835.804 64.361.848 103.577.387 60.265.912 % .............................................................................. 22,5 3,0 12,4 62,1 100,0 Total em 30 de junho de 2006 ................................. 9.441.755 8.936.630 10.346.290 41.657.473 70.382.148 27.078.390 % .............................................................................. 13,4 12,7 14,7 59,2 100,0 (1) Para efeito de comparabilidade com o critério adotado pela Circular no 3.068 do Bacen e pela característica dos títulos, estamos considerando os instrumentos financeiros derivativos na categoria “Títulos para Negociação”; (2) Referem-se a recursos de fundos de investimento e carteiras administradas aplicados em operações compromissadas com o Bradesco, cujos proprietários são empresas controladas, incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas; (3) As aplicações em cotas de fundos de investimento foram distribuídas de acordo com os papéis que compõem suas carteiras, preservando a classificação da categoria dos fundos; (4) Em 30 de junho de 2007, foram transferidos R$ 8.321.604 mil de “Títulos Disponíveis para Venda” para “Títulos Mantidos até o Vencimento”, em função da intenção da administração quanto a sua realização; (5) Atendendo ao disposto no Artigo 8o da Circular no 3.068 do Bacen, o Bradesco declara possuir capacidade financeira e intenção de manter até o vencimento os títulos classificados na categoria mantidos até o vencimento. A capacidade financeira é evidenciada pela Nota 32a, na qual são demonstrados os vencimentos das operações ativas e passivas, com base em 30 de junho de 2007; (6) Na distribuição dos prazos, foram considerados os vencimentos dos papéis, independentemente de sua classificação contábil; (7) A coluna reflete o valor contábil após a marcação a mercado, exceto os papéis classificados em títulos mantidos até o vencimento, cujo valor de mercado é superior ao valor de custo atualizado no montante de R$ 1.539.794 mil (2006 - R$ 789.106 mil); e (8) O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado de acordo com a cotação de preço de mercado disponível na data do balanço. Se não há cotação de preços de mercado disponível, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos de definições de preços, modelos de cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes. No caso das aplicações em fundos de investimento, o custo atualizado reflete o valor de mercado das respectivas cotas.

Contratos futuros ..................................................... Contratos de opções ............................................... Contratos a termo .................................................... Contratos de swap ................................................... Total em 2007 .......................................................... Total em 2006 ..........................................................

Contratos futuros ..................................................... Contratos de opções ............................................... Contratos a termo .................................................... Contratos de swap ................................................... Total em 2007 .......................................................... Total em 2006 .......................................................... IV)

2007 Contratos futuros Compromissos de compra: .......... - Mercado interfinanceiro ............... - Moeda estrangeira ....................... Compromissos de venda: ............. - Mercado interfinanceiro ............... - Moeda estrangeira ....................... - Outros .......................................... Contratos de opções Compromissos de compra: .......... - Mercado interfinanceiro ............... - Moeda estrangeira ....................... Compromissos de venda: ............. - Mercado interfinanceiro ............... - Moeda estrangeira ....................... Contratos a termo Compromissos de compra: .......... - Mercado interfinanceiro ............... - Moeda estrangeira ....................... Compromissos de venda: ............. - Mercado interfinanceiro ............... - Moeda estrangeira ....................... - Outros .......................................... Contratos de swap Posição ativa: ............................... - Mercado interfinanceiro ............... - Prefixados ................................... - Moeda estrangeira ....................... - Taxa referencial - T.R. .................. - Selic ............................................ - IGP-M ........................................... - Outros .......................................... Posição passiva: .......................... - Mercado interfinanceiro ............... - Prefixados ................................... - Moeda estrangeira ....................... - Taxa referencial - T.R. .................. - Selic ............................................ - IGP-M ........................................... - Outros ..........................................

5.602.246 2.075.178 3.527.068 58.401.804 45.496.520 12.905.284 – 4.774.982 4.405.450 369.532 9.127.505 4.932.900 4.194.605 1.835.114 243.665 1.591.449 2.049.511 1.509.121 540.390 – 19.719.591 7.524.060 1.669.462 9.000.125 819.593 495.449 9.682 201.220 19.278.397 1.413.942 568.490 16.318.560 144.261 74.981 357.704 400.459

2006

– – 43.421.342 9.378.216 –

9.087.099 2.520.938 6.566.161 26.013.193 15.636.135 10.305.761 71.297

527.450 3.825.073

1.265.456 – –

– – 7.318.435 – – 348.022 199.239

13.115.197 3.739.600 71.297 – – – 1.289.629

1.449.954 – 1.449.954 801.702 – 680.165 121.537

– 1.051.059

6.110.118 1.100.972 – 675.332 420.468 – –

– –

150.233 – 150.233 1.439.862 – 1.439.862

– –

2007

Valor líquido Valor global

– 769.789 – – 121.537

21.069.548 11.481.148 669.312 7.177.679 803.951 721.461 71.734 144.263 20.842.541 1.544.583 761.882 18.012.811 105.715 104.784 310.767 1.999

9.936.565 – – 698.236 616.677 – 142.264 – 92.570 10.835.132 – – 239.033 –

4.382.177 855.109 3.527.068 57.822.214 45.012.758 12.809.456 – 4.774.982 4.405.450 369.532 8.300.630 4.932.900 3.367.730 1.984.352 194.897 1.789.455 2.049.511 1.509.121 540.390 – 19.493.838 7.377.875 1.782.112 8.938.663 819.593 495.449 7.182 72.964 19.053.464 1.457.560 568.490 16.257.271 144.261 74.981 355.204 195.697

– –

V)

44.157.649 9.282.388 –

150.233 – 150.233 1.439.862 – 1.439.862

– – 527.450 2.998.198

1.652.508 – 1.652.508 801.702 – 680.165 121.537

– 1.249.065 1.314.224 – – 5.920.315 1.213.622 – 675.332 420.468 – – – – 7.318.608 – – 348.022 122.733

21.102.306 11.481.148 764.610 7.115.716 803.951 721.461 71.734 143.686 20.873.792 1.699.454 722.678 17.928.788 105.715 104.784 310.767 1.606

VI)

f)

Ajuste a receber - swap ........................................... Compras a termo a receber ..................................... Vendas a termo a receber ........................................ Prêmios de opções a exercer ................................. Total do Ativo ........................................................... Ajuste a pagar - swap .............................................. Compra a termo a pagar .......................................... Venda a termo a pagar ............................................. Prêmios de opções lançadas ................................. Total do Passivo ......................................................

481.475 244.070 1.533.148 29.679 2.288.372 (183.281) (374.477) (1.509.611) (65.851) (2.133.220)

170.907 (81) (294) (16.807) 153.725 (27.907) 81 294 36.564 9.032

Custo atualizado

652.382 243.989 1.532.854 12.872 2.442.097 (211.188) (374.396) (1.509.317) (29.287) (2.124.188)

Ajuste a valor de mercado

305.933 – 121.536 5.394 432.863 (141.041) – (121.536) (127.517) (390.094)

9)

Ajuste a receber - swap ........................................... Compras a termo a receber ..................................... Vendas a termo a receber ........................................ Prêmios de opções a exercer ................................. Total do Ativo ........................................................... Ajuste a pagar - swap .............................................. Compra a termo a pagar .......................................... Venda a termo a pagar ............................................. Prêmios de opções lançadas ................................. Total do Passivo ......................................................

480.492 196.884 1.533.155 29.679 2.240.210 (179.164) (326.839) (1.509.611) (62.247) (2.077.861)

Ajuste a valor de mercado 168.463 (14) (294) (16.807) 151.348 (29.416) 14 294 33.878 4.770

Custo atualizado

648.955 196.870 1.532.861 12.872 2.391.558 (208.580) (326.825) (1.509.317) (28.369) (2.073.091)

306.953 – 121.536 5.394 433.883 (141.952) – (121.536) (127.517) (391.005)

8.334.655 602.648 488.938 2.154.720 11.580.961 10.775.213

17.058.081 625.748 505.425 1.694.406 19.883.660 7.064.357

14.263.352 9.367.919 243.859 12.294.222 36.169.352 11.996.788

1.407.304 820.383 2.227.687

2006

62.204.391 13.075.612 4.033.863 18.844.884 98.158.750

34.957.339 1.590.095 2.454.210 20.728.924 59.730.568

BRADESCO MÚLTIPLO 2007 2006

1.294.150 93.573 1.387.723

1.315.506 757.678 2.073.184

1.294.150 93.573 1.387.723

Valores das receitas e das despesas líquidas

780.216 (7.350) 291.652 805.971 1.870.489

1.551.823 (80.159) 7.961 144.485 1.624.110

744.422 (7.350) 290.393 809.538 1.837.003

1.554.645 (95.016) 7.962 144.496 1.612.087

Valores globais dos instrumentos financeiros derivativos, separados por local de negociação

BRADESCO CONSOLIDADO 2007 2006

Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO 2007 2006

16.651.159 84.207.212 100.858.731

16.428.834 81.729.916 98.158.750

11.429.836 48.208.994 59.638.830

11.461.973 48.268.595 59.730.568

Resultado com títulos e valores mobiliários, resultado financeiro de seguros, previdência e capitalização e instrumentos financeiros derivativos

1.899.868 1.832.817 (765.567) 294.219 3.261.337 3.686.229 1.870.489 8.818.055

Remuneração Compulsório sobre depósitos à vista ..................................................... não remunerado Compulsório sobre depósitos de poupança ........................................... índice da poupança Compulsório adicional ............................................................................ taxa Selic Créditos vinculados ao SFH ................................................................... taxa referencial - TR Recursos do crédito rural ........................................................................ não remunerado Total ......................................................................................................... b) Resultado das aplicações compulsórias

13.181.175 3.747.351 71.297 – – – 1.289.629

1.650.941 1.698.319 (856.978) 87.941 2.580.223 3.455.379 1.624.110 7.659.712

3.117.760 3.102.881 – 14.139 6.234.780 – 1.837.003 8.071.783

2.114.003 3.077.516 – (561) 5.190.958 – 1.612.087 6.803.045

BRADESCO MÚLTIPLO

2007

2006

2007

2006

6.763.618 5.641.504 6.872.364 413.239 578 19.691.303

5.478.248 4.984.141 6.486.089 400.302 578 17.349.358

6.751.872 5.641.504 6.872.364 413.189 578 19.679.507

5.467.457 4.983.233 6.486.089 224.739 578 17.162.096

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2007 2006 2007 2006

– 972.343

Créditos vinculados ao Bacen (depósito compulsório) ................................................... Créditos vinculados ao SFH ............................................................................................ Total ..................................................................................................................................

– – 121.537

10)

9.781.694 41.932 – 698.236 616.677 – 142.080

610.297 20.431 630.728

660.525 16.593 677.118

610.297 20.431 630.728

656.987 5.874 662.861

OPERAÇÕES DE CRÉDITO Apresentamos as informações relativas às operações de crédito, que incluem adiantamentos sobre contratos de câmbio, operações de arrendamento mercantil e outros créditos com características de concessão de crédito: a) Modalidades e prazos Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO Curso normal 31 a 60 dias

1 a 30 dias

– – 10.813.072 – – 239.033 –

Empréstimos e títulos descontados .......................... 9.292.376 6.984.367 Financiamentos ................. 2.326.277 2.137.391 Financiamentos rurais e agroindustriais ................. 462.094 342.317 Subtotal ............................. 12.080.747 9.464.075 Operações de arrendamento mercantil .......................... 281.060 179.451 Adiantamentos sobre contratos de câmbio (1) ....... 1.370.543 987.863 Subtotal ............................. 13.732.350 10.631.389 Outros créditos (2) ............. 87.170 14.634 Total das operações de crédito (3) ....................... 13.819.520 10.646.023 Avais e fianças (4) ............ 548.348 505.898 Total geral em 2007 ........... 14.367.868 11.151.921 Total geral em 2006 ........... 12.569.628 10.520.028

61 a 90 dias

91 a 180 dias

181 a 360 dias

4.114.625 1.817.224

6.461.704 5.038.798

5.916.511 12.784.055 45.553.638 7.635.413 15.976.685 34.931.788

39,1 35.514.831 30,0 29.720.401

37,7 31,5

478.995 1.250.043 1.217.060 3.914.920 7.665.429 6.410.844 12.750.545 14.768.984 32.675.660 88.150.855

6,6 6.530.492 75,7 71.765.724

6,9 76,1

3,9

3.034.677

3,2

901.795 1.696.759 1.108.370 – 6.065.330 7.495.904 14.975.845 16.808.350 35.166.350 98.810.188 16.849 39.356 77.443 169.925 405.377

5,2 5.684.648 84,8 80.485.049 0,3 469.462

6,0 85,3 0,5

7.512.753 15.015.201 16.885.793 35.336.275 99.215.565 570.205 966.166 2.057.494 12.676.475 17.324.586 8.082.958 15.981.367 18.943.287 48.012.750 116.540.151 7.884.000 12.763.167 15.973.431 34.613.257

85,1 80.954.511 14,9 13.369.000 100,0 94.323.511

85,8 14,2

183.265

528.541

Acima de 360 dias

930.996

Total em 2007 (A)

2.490.690

% (5)

4.594.003

Total em 2006 (A)

% (5)

100,0

Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO Curso anormal Parcelas vencidas 1 a 30 dias Empréstimos e títulos descontados .................................... Financiamentos ..................... Financiamentos rurais e agroindustriais ............................ Subtotal ................................. Operações de arrendamento mercantil .............................. Adiantamentos sobre contratos de câmbio (1) ................. Subtotal ................................. Outros créditos (2) ................. Total geral em 2007 ............... Total geral em 2006 ...............

Valor de mercado

66.429 – (61) (4.184) 62.184 (2.916) – 61 (1.798) (4.653)

22.548.303 2.479.297 2.795.641 2.701.536 30.524.777 29.894.210

2007

Em 30 de junho - R$ mil

372.761 – 121.475 1.210 495.446 (145.754) – (121.475) (129.315) (396.544)

Ajuste a valor de mercado

Acima de 360 dias

BRADESCO CONSOLIDADO

2006 Valor de mercado

181 a 360 dias

– –

BRADESCO MÚLTIPLO Custo atualizado

91 a 180 dias

Tipos de margem oferecida em garantia para instrumentos financeiros derivativos, representados basicamente por contratos futuros

Em 30 de junho - R$ mil 2007

59.638.830

RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS - CRÉDITOS VINCULADOS a) Créditos vinculados

Valor de mercado

66.828 – (61) (4.184) 62.583 (4.713) – 61 (1.798) (6.450)

35.100.292 1.590.095 2.251.656 20.696.787

Total

1 a 90 dias

Títulos de renda fixa ......................................................................................................... Aplicações interfinanceiras de liquidez (Nota 7b) ........................................................... Alocação da variação cambial das agências e controladas no exterior ........................ Títulos de renda variável .................................................................................................. Subtotal ............................................................................................................................ Resultado financeiro de seguros, previdência e capitalização ...................................... Resultado com instrumentos financeiros derivativos ..................................................... Total ..................................................................................................................................

2006 Valor de mercado

2006

64.004.050 13.902.487 3.884.625 19.067.209 100.858.371

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2007 2006 2007 2006

BRADESCO CONSOLIDADO Ajuste a valor de mercado

15.611.652 9.367.919 243.859 12.524.525 37.747.955 12.013.859

Cetip (balcão) ................................................................................................................... BM&F (bolsa) .................................................................................................................... Total ..................................................................................................................................

Em 30 de junho - R$ mil

Custo atualizado

17.413.612 625.748 505.425 1.694.208 20.238.993 7.055.180

Contratos de swap ............................................................................................................ Contratos a termo ............................................................................................................. Contratos de opções ........................................................................................................ Contratos futuros .............................................................................................................. Total ..................................................................................................................................

Nos derivativos estão incluídas as operações vencíveis em D+1. II) Composição dos instrumentos financeiros derivativos (ativos e passivos), demonstrada pelo seu valor de custo atualizado e valor de mercado

2007

8.334.655 602.648 488.938 2.148.689 11.574.930 10.828.983

2007

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2007 2006 2007 2006

Valor líquido

8.978.758 2.434.971 6.543.787 25.978.581 15.616.146 10.291.138 71.297

22.644.131 3.306.172 2.646.403 2.699.787 31.296.493 29.740.808

Títulos públicos Notas do tesouro nacional ............................................................................................... Letras do tesouro nacional ............................................................................................... Total ..................................................................................................................................

2006

Valor líquido Valor global

Acima de 360 dias

Em 30 de junho - R$ mil

BRADESCO MÚLTIPLO

Valor líquido Valor global

181 a 360 dias

BRADESCO CONSOLIDADO 2007 2006

Em 30 de junho - R$ mil

Valor global

91 a 180 dias

Em 30 de junho - R$ mil

Valor dos instrumentos registrados em contas patrimoniais e de compensação BRADESCO CONSOLIDADO

Total

1 a 90 dias

BRADESCO MÚLTIPLO

e) Instrumentos financeiros derivativos O Bradesco participa de operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos, registrados em contas patrimoniais e de compensação, que se destinam a atender às necessidades próprias e de seus clientes. Os instrumentos financeiros derivativos, quando utilizados pelo Banco como instrumentos de hedge, destinam-se a protegê-lo contra variações cambiais e variações nas taxas de juros de ativos e passivos. Os derivativos geralmente representam compromissos futuros para trocar moedas ou indexadores, ou comprar ou vender outros instrumentos financeiros nos termos e datas especificadas nos contratos. Os contratos de opções proporcionam ao comprador o direito, mas não a obrigação, de comprar ou vender um instrumento financeiro com preço específico de exercício em data futura. I)

Contratos futuros, de opções, de termo e de swap

Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO BRADESCO CONSOLIDADO MÚLTIPLO

373.382 – 121.475 1.210 496.067 (144.868) – (121.475) (129.315) (395.658)

31 a 60 dias

61 a 90 dias

181 a 720 dias

91 a 180 dias

Total em 2007 (B)

% (5)

Total em 2006 (B)

% (5)

408.527 218.422

362.470 201.605

421.063 79.471

747.358 163.118

729.981 140.540

2.669.399 803.156

73,3 22,1

2.216.566 612.089

72,8 20,1

5.572 632.521

11.343 575.418

5.527 506.061

5.922 916.398

9.521 880.042

37.885 3.510.440

1,0 96,4

85.315 2.913.970

2,8 95,7

11.390

8.096

4.214

10.188

6.119

40.007

1,1

21.836

0,7

19.137 663.048 8.343 671.391 832.762

29.945 613.459 2.153 615.612 447.340

1.264 511.539 666 512.205 382.790

3.359 929.945 1.714 931.659 597.465

8.494 894.655 15.173 909.828 782.984

62.199 3.612.646 28.049 3.640.695

1,7 99,2 0,8 100,0

82.223 3.018.029 25.312

2,7 99,1 0,9

3.043.341

100,0

Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO Curso anormal Parcelas vencidas 1 a 30 dias Empréstimos e títulos descontados .................................................. Financiamentos .................................................................................. Financiamentos rurais e agroindustriais ............................................ Subtotal .............................................................................................. Operações de arrendamento mercantil .............................................. Adiantamentos sobre contratos de câmbio (1) .................................. Subtotal .............................................................................................. Outros créditos (2) .............................................................................. Total das operações de crédito (3) .................................................... Avais e fianças (4) ............................................................................. Total geral em 2007 ............................................................................ Total geral em 2006 ............................................................................

232.699 211.026 3.561 447.286 9.301 – 456.587 5.001 461.588 – 461.588 433.305

31 a 60 dias 216.503 192.204 3.079 411.786 7.309 – 419.095 418 419.513 – 419.513 395.360

61 a 90 dias

181 a 360 dias

91 a 180 dias

167.267 181.686 3.602 352.555 7.265 – 359.820 352 360.172 – 360.172 353.761

348.900 484.083 4.706 837.689 22.184 – 859.873 1.090 860.963 – 860.963 792.091

Total geral Total em 2007 (C)

Acima de 360 dias

432.058 718.360 7.592 1.158.010 42.299 – 1.200.309 1.596 1.201.905 – 1.201.905 1.063.893

522.413 1.200.666 177.263 1.900.342 125.682 – 2.026.024 4.757 2.030.781 – 2.030.781 1.607.186

% (5)

1.919.840 2.988.025 199.803 5.107.668 214.040 – 5.321.708 13.214 5.334.922 – 5.334.922

Total em 2006 (C) 36,0 56,0 3,8 95,8 4,0 – 99,8 0,2 100,0 – 100,0

Total em 2007 (A+B+C)

% (5)

1.666.507 2.597.718 249.698 4.513.923 121.231 – 4.635.154 10.442 4.645.596 –

35,8 55,9 5,4 97,1 2,6 – 99,7 0,3 100,0 –

4.645.596

100,0

% (5)

50.142.877 38.722.969 7.903.117 96.768.963 4.848.050 6.127.529 107.744.542 446.640 108.191.182 17.324.586 125.515.768

Total em 2006 (A+B+C) 39,8 30,9 6,3 77,0 3,9 4,9 85,8 0,4 86,2 13,8 100,0

% (5)

39.397.904 32.930.208 6.865.505 79.193.617 3.177.744 5.766.871 88.138.232 505.216 88.643.448 13.369.000

38,6 32,3 6,7 77,6 3,1 5,7 86,4 0,5 86,9 13,1

102.012.448

100,0

No Bradesco Múltiplo, as operações de curso normal apuradas nas mesmas bases do quadro anterior montam a R$ 95.019.129 mil (2006 - R$ 77.355.996 mil), as parcelas vencidas montam a R$ 2.803.814 mil (2006 - R$ 2.355.404 mil), e as vincendas a R$ 2.646.384 mil (2006 - R$ 2.432.155 mil). (1) Os adiantamentos sobre contratos de câmbio estão classificados como redutor da rubrica “Outras obrigações”; (2) A rubrica “Outros créditos” compreendem créditos por avais e fianças honrados, devedores por compra de valores e bens, títulos e créditos a receber, rendas a receber sobre contratos de câmbio e créditos decorrentes de contratos de exportação; (3) No total de operações de crédito estão contemplados os financiamentos de operações com cartões de crédito e operações de antecipação de recebíveis de cartões de crédito, no montante de R$ 4.907.717 mil (2006 - R$ 2.362.783 mil). Os demais créditos a receber relativos a cartões de crédito no montante de R$ 5.303.513 mil (2006 - R$ 4.406.930 mil) estão classificados na rubrica “Outros créditos - Diversos” e apresentados na Nota 11b; (4) Registrados em conta de compensação, que incluem R$ 2.721.136 mil referentes a operações em que o beneficiário é o Banco Bradesco S.A. Grand Cayman Branch; e (5) Relação entre modalidade e o total da carteira com avais e fianças. b) Modalidades e níveis de risco Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO NÍVEIS DE RISCO OPERAÇÕES DE CRÉDITO Empréstimos e títulos descontados ....................................................... Financiamentos ....................................................................................... Financiamentos rurais e agroindustriais ................................................. Subtotal ................................................................................................... Operações de arrendamento mercantil ................................................... Adiantamentos sobre contratos de câmbio ............................................ Subtotal ................................................................................................... Outros créditos ........................................................................................ Total das operações de crédito em 2007 ............................................... % .............................................................................................................. Total das operações de crédito em 2006 ............................................... % ..............................................................................................................

AA

A

B

C

D

E

11.331.719 4.350.335 267.425 15.949.479 186.883 3.650.026 19.786.388 126.781 19.913.169 18,4 16.658.987 18,8

22.750.213 20.894.936 3.307.708 46.952.857 1.703.263 1.190.063 49.846.183 80.083 49.926.266 46,1 41.178.371 46,4

4.354.986 4.303.576 982.754 9.641.316 1.135.134 879.173 11.655.623 121.848 11.777.471 10,9 8.455.342 9,5

6.474.168 7.324.646 2.529.380 16.328.194 1.633.903 376.019 18.338.116 51.524 18.389.640 17,0 15.653.835 17,7

1.060.188 492.198 351.276 1.903.662 55.798 18.856 1.978.316 32.872 2.011.188 1,9 1.768.855 2,0

595.550 235.723 92.293 923.566 20.450 1.248 945.264 336 945.600 0,9 753.419 0,8

F 568.901 199.838 145.253 913.992 28.051 630 942.673 12.328 955.001 0,9 714.445 0,8

G

H

471.760 146.545 141.019 759.324 12.274 1.628 773.226 45 773.271 0,7 756.379 0,9

2.535.392 775.172 86.009 3.396.573 72.294 9.886 3.478.753 20.823 3.499.576 3,2 2.703.815 3,1

Total em 2007 50.142.877 38.722.969 7.903.117 96.768.963 4.848.050 6.127.529 107.744.542 446.640 108.191.182 100,0

%

Total em 2006 46,3 35,8 7,3 89,4 4,5 5,7 99,6 0,4 100,0

%

39.397.904 32.930.208 6.865.505 79.193.617 3.177.744 5.766.871 88.138.232 505.216

44,5 37,1 7,7 89,3 3,6 6,5 99,4 0,6

88.643.448 100,0

100,0

CONTINUA


Saúde Educação Av i a ç ã o Urbanismo

DIÁRIO DO COMÉRCIO

INVESTIGAÇÃO PROVOCA DISPUTA JUDICIAL

3 Márcio Fernandes/AE

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Ministério Público terá de devolver ao governo documentos apreendidos no Cindacta e aeroportos.

Governo reage a devassa em aeroportos Comando da Aeronáutica barra na Justiça apreensão de documentos realizada pelo Ministério Público Federal no Cindacta-1 e aeroportos de Cumbica e Congonhas

O

governo federal reagiu ontem com firmeza a uma ampla operação do Ministério Público Federal (MPF), que pretendia fazer uma devassa em documentos relativos ao controle do tráfego aéreo brasileiro. Durante o dia, o MPF conseguiu na Vara Federal de Guarulhos (SP) uma autorização judicial para apreensão simultânea de registros de ocorrências sobre o tráfego aéreo do Cindacta-1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), em Brasília, e nos departamentos de controle de tráfego aéreo dos aeroportos de Cumbica e Congonhas. Apenas no aeroporto internacional de Cumbica foram aprendidas mais de 30 caixas com documentos. À tarde, porém, a presidente do TRF (Tribunal Regional Federal), desembargadora federal Marli Ferreira, cassou a liminar concedida pela juíza Maria Isabel do Prado, da 2ª Vara Federal de Guarulhos, que permitiu a busca e apreensão simultânea solicitada pelo Ministério Público. Maria Isabel argumentou na decisão que o direito à vida e à segurança são direitos fundamentais e o sigilo sobre as informações de acidentes não podem se sobrepôr a esses direitos. Pela decisão do TRF, o Ministério Público Federal teria de devolver ainda ontem todo o material apreendido: livros e registros de ocorrências do controle de tráfego aéreo, in-

Antonio Cruz/ABr

Roberto Stuckert Filho/AOG

Comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito: operação do MPF atrapalha controle do tráfego aéreo

Tenente-coronel Fernando Camargo: reclamações do governo francês

clusive meios magnéticos e gravações de áudio. Segundo a assessoria de imprensa do TRF, alegando motivos de segurança nacional, o governo federal entrou com pedido de suspensão da liminar que garantia a apreensão. “A abertura de todo o acervo documental dos registros de ocorrências do controle de tráfego aéreo, tal como determinado pela decisão cuja execução pretende-se suspender, sem qualquer restrição, pode comprometer os interesses nacionais de defesa e segurança nacional”, disse a presidente do TRF, no despacho.

França formaliza queixa

O

tenente-coronelaviador Fernando Camargo, que depôs ontem na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Crise Aérea, disse que o governo francês e a empresa Airbus encaminharam queixa formal contra a divulgação do conteúdo da caixa-preta do avião Airbus A320 da TAM, acidentado em 17 de julho, matando 199 pessoas em São Paulo. A reclamação dos franceses foi recebida pela comissão criada pelo Cenipa para analisar o acidente. Camargo, que preside a comissão, afirmou que a queixa foi feita porque a divulgação desses dados no Brasil contraria acordo

CORPO NO RIO Bombeiros localizaram corpo no rio Pinheiros, junto à Ponte Bernardo Goldfarb.

internacional do setor de aviação. O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo, Marco Maia (PT-RS), disse que vai apresentar amanhã à comissão um requerimento para contratar especialista em questões aeronáuticas, para poder entender os gráficos das caixas-pretas do acidente com o avião da TAM. A contratação foi sugerida pelo tenentecoronel-aviador Fernando Camargo, responsável pela investigação do acidente, no âmbito da Aeronáutica, e que em sessão secreta, ontem, na comissão, afirmou que não poderia ajudar os parlamentares. (Agências)

Ó RBITA

HOTEL FICA

PEDÁGIO Motoristas pagarão até R$ 4,40 em pedágio do trecho oeste do Rodoanel.

METRÔ

ma decisão do Sindicato dos U Tribunal de Justiça de O Metroviários de São São Paulo liberou a obra do Paulo convocou hotel pertencente ao dono da boate Bahamas, na região do Aeroporto de Congonhas. A construção foi interditada pela Prefeitura na semana passada, que alegou que o hotel prejudicava pousos e decolagens. "Fica vedado à Prefeitura interditar, e muito menos colocar blocos de concreto, para impedir a entrada e utilização do hotel", afirma a decisão. De acordo com a Justiça, o hotel não poderia ter sido interditado, já que é beneficiado pela Lei Municipal de Anistia 13.558/2003. (Agências)

assembléia para o fim da tarde de hoje para discutir a decisão do Metrô de demitir 61 funcionários que participaram da greve realizada pela categoria entre quinta e sexta-feira da semana passada. Segundo o sindicato, serão analisadas diversas alternativas de protesto e uma nova paralisação não está descartada. Apesar de confirmar que os funcionários demitidos participaram da greve, o Metrô informou que o motivo das demissões seria o baixo desempenho desses profissionais. (Agências)

O MPF afirmou que a Aeronáutica estaria dificultando o acesso aos documentos. O Comando da Aeronáutica informou que não houve intenção de dificultar a execução das buscas e que a demora seria justificada pela busca e detalhamento das informações solicitadas. Segundo a presidente do TRF, a liminar concedida ao Ministério Público autorizando a busca deveria ter sido “precedida pela oitiva da União Federal acerca do interesse do Ministério Público Federal, manifestado nos autos da ação originária, sob pena de

afronta ao princípio do contraditório”, ou seja, a União deveria ter sido ouvida antes da decisão da Justiça Federal de primeira instância, em Guarulhos. Operação - A operação de busca e apreensão foi coordenada pelo Ministério Público Federal. Em Cumbica, foram reunidas 30 caixas com documentos sobre o controle do tráfego aéreo do terminal. Do total, cinco guardam fitas e transcrições das ocorrências, de acordo com a assessoria do MPF em São Paulo. Os agentes da Polícia Federal, que execu-

taram a apreensão, também recolheram um computador durante a busca. Segundo o MPF, o objetivo das buscas seria garantir a apreensão dos registros de ocorrências, que contêm informações sobre as falhas no controle de tráfego aéreo, o que permitirá avaliar os riscos aos quais estão expostos os passageiros e tripulantes de aeronaves que cruzam o espaço aéreo brasileiro. “Há uma blindagem de informações feita pelo Ministério da Defesa", afirmou o MPF, que alegou necessidade de elementos que comprovem a fre-

qüência, natureza e gravidade das falhas técnicas e humanas no controle do tráfego aéreo. O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, criticou a operação. Segundo ele, a execução dos mandados atrapalha o controle de tráfego aéreo porque é preciso parar os trabalhos para entregar as informações solicitadas. Ao saber da autorização para a busca, o comandante determinou que a Força Aérea Brasileira (FAB) entrasse com o pedido de suspensão das apreensões, através da Advocacia Geral da União (AGU). (Agências)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Banco Bradesco S.A. Companhia Aberta

CNPJ 60.746.948/0001-12 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP

Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras

CONTINUAÇÃO

Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO NÍVEIS DE RISCO OPERAÇÕES DE CRÉDITO Empréstimos e títulos descontados ....................................................... Financiamentos ....................................................................................... Financiamentos rurais e agroindustriais ................................................. Subtotal ................................................................................................... Adiantamentos sobre contratos de câmbio ............................................ Subtotal ................................................................................................... Outros créditos ........................................................................................ Total das operações de crédito em 2007 ............................................... % .............................................................................................................. Total das operações de crédito em 2006. .............................................. % .............................................................................................................. c) Faixas de vencimentos e níveis de risco

AA 10.817.244 4.345.551 267.425 15.430.220 3.649.980 19.080.200 118.031 19.198.231 23,1 16.121.988 23,5

A 21.958.665 6.157.876 3.307.708 31.424.249 1.190.063 32.614.312 80.075 32.694.387 39,3 27.255.860 39,6

B 4.204.435 2.773.427 982.754 7.960.616 879.173 8.839.789 17.321 8.857.110 10,6 6.342.518 9,2

C 6.405.542 6.401.913 2.529.380 15.336.835 376.019 15.712.854 41.128 15.753.982 18,9 13.514.794 19,6

D 1.027.309 318.631 351.276 1.697.216 18.856 1.716.072 4.045 1.720.117 2,1 1.555.527 2,3

E

F

574.778 103.342 92.293 770.413 1.248 771.661 336 771.997 0,9 626.286 0,9

G 429.186 49.119 141.019 619.324 1.628 620.952 44 620.996 0,8 583.986 0,8

547.343 77.980 145.253 770.576 630 771.206 2.197 773.403 0,9 578.786 0,8

H 2.432.305 270.283 86.009 2.788.597 9.886 2.798.483 7.751 2.806.234 3,4 2.250.573 3,3

Total em 2007 48.396.807 20.498.122 7.903.117 76.798.046 6.127.483 82.925.529 270.928 83.196.457 100,0

%

Total em 2006 38.287.675 17.601.912 6.865.505 62.755.092 5.766.808 68.521.900 308.418

58,2 24,6 9,5 92,3 7,4 99,7 0,3 100,0

% 55,6 25,6 10,0 91,2 8,4 99,6 0,4

68.830.318 100,0

100,0

Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO NÍVEIS DE RISCO OPERAÇÕES EM CURSO ANORMAL B

C

D

E

G

H

Parcelas Vincendas ................................................................................ 01 a 30 ..................................................................................................... 31 a 60 ..................................................................................................... 61 a 90 ..................................................................................................... 91 a 180 ................................................................................................... 181 a 360 ................................................................................................. Acima de 360 .......................................................................................... Parcelas Vencidas .................................................................................. 01 a 14 ..................................................................................................... 15 a 30 ..................................................................................................... 31 a 60 ..................................................................................................... 61 a 90 ..................................................................................................... 91 a 180 ................................................................................................... 181 a 360 ................................................................................................. Acima de 360 ..........................................................................................

AA – – – – – – – – – – – – – – –

A – – – – – – – – – – – – – – –

1.367.560 127.234 116.407 101.069 219.920 308.338 494.592 196.362 17.900 170.405 8.057 – – – –

1.337.489 131.023 114.134 94.633 222.028 308.929 466.742 474.822 73.214 120.871 276.454 3.346 937 – –

527.625 43.039 39.409 34.417 85.742 118.590 206.428 331.800 22.760 52.329 100.305 151.209 5.187 10 –

414.237 28.260 26.745 22.970 58.237 81.196 196.829 305.264 13.529 23.880 59.113 76.490 130.612 1.640 –

F 382.493 28.768 23.104 20.844 53.724 70.460 185.593 341.960 11.157 22.444 42.377 58.799 204.577 2.606 –

266.332 18.583 17.707 15.393 38.932 52.834 122.883 313.815 8.540 37.048 24.225 38.669 202.799 2.534 –

1.039.186 84.681 82.007 70.846 182.380 261.558 357.714 1.676.672 40.588 56.726 105.081 183.692 387.547 871.201 31.837

Total em 2007 5.334.922 461.588 419.513 360.172 860.963 1.201.905 2.030.781 3.640.695 187.688 483.703 615.612 512.205 931.659 877.991 31.837

Subtotal ................................................................................................... Provisão específica ................................................................................

– –

– –

1.563.922 15.640

1.812.311 54.370

859.425 85.943

719.501 215.850

724.453 362.226

580.147 406.103

2.715.858 2.715.858

8.975.617 3.855.990

%

Total em 2006 100,0 8,6 7,9 6,8 16,1 22,5 38,1 100,0 5,2 13,3 16,9 14,1 25,5 24,1 0,9

%

4.645.596 433.305 395.360 353.761 792.091 1.063.893 1.607.186 3.043.341 318.112 514.650 447.340 382.790 597.465 625.090 157.894

100,0 9,3 8,5 7,6 17,1 22,9 34,6 100,0 10,5 16,9 14,7 12,6 19,6 20,5 5,2

7.688.937 3.053.611 Em 30 de junho - R$ mil

BRADESCO CONSOLIDADO NÍVEIS DE RISCO OPERAÇÕES EM CURSO NORMAL AA

A

B

C

D

E

Parcelas Vincendas ................................................................................ 01 a 30 ..................................................................................................... 31 a 60 ..................................................................................................... 61 a 90 ..................................................................................................... 91 a 180 ................................................................................................... 181 a 360 ................................................................................................. Acima de 360 .......................................................................................... Provisão genérica ...................................................................................

19.913.169 2.569.354 1.868.967 1.272.739 3.662.278 3.687.438 6.852.393 –

49.926.266 7.866.296 5.955.716 3.871.832 7.050.150 8.398.140 16.784.132 249.631

10.213.549 982.895 857.241 716.584 1.594.324 1.626.616 4.435.889 102.124

16.577.329 2.072.931 1.734.236 1.494.520 2.445.277 2.744.045 6.086.320 497.320

1.151.763 151.714 63.179 59.655 102.951 204.037 570.227 115.175

226.099 28.797 17.084 16.076 29.991 41.440 92.711 67.830

F 230.548 21.064 13.289 15.116 21.693 30.350 129.036 115.274

G 193.124 14.130 8.695 8.859 14.943 18.647 127.850 135.185

H 783.718 112.339 127.616 57.372 93.594 135.080 257.717 783.718

Total em 2007 99.215.565 13.819.520 10.646.023 7.512.753 15.015.201 16.885.793 35.336.275 2.066.257

Total geral em 2007 ................................................................................ Provisão existente .................................................................................. Provisão mínima requerida ..................................................................... Provisão excedente ................................................................................

19.913.169 – – –

49.926.266 250.292 249.631 661

11.777.471 119.706 117.764 1.942

18.389.640 782.618 551.690 230.928

2.011.188 534.087 201.118 332.969

945.600 465.160 283.680 181.480

955.001 644.357 477.500 166.857

773.271 736.708 541.288 195.420

3.499.576 3.499.576 3.499.576 –

108.191.182 7.032.504 5.922.247 1.110.257

Total geral em 2006 ................................................................................. Provisão existente .................................................................................. Provisão mínima requerida ..................................................................... Provisão excedente ................................................................................

16.658.987 – – –

41.178.371 206.539 205.901 638

8.455.342 110.195 84.553 25.642

15.653.835 779.244 469.614 309.630

1.768.855 466.678 176.886 289.792

753.419 368.753 226.026 142.727

714.445 483.078 357.222 125.856

756.379 714.896 529.466 185.430

2.703.815 2.703.815 2.703.815 –

%

Total em 2006 100,0 13,9 10,8 7,6 15,1 17,0 35,6

%

80.954.511 12.261.374 9.233.020 7.218.791 11.938.578 14.459.098 25.843.650 1.699.872

100,0 15,2 11,4 8,9 14,7 17,9 31,9

88.643.448 5.833.198 4.753.483 1.079.715 Em 30 de junho - R$ mil

BRADESCO MÚLTIPLO NÍVEIS DE RISCO OPERAÇÕES EM CURSO ANORMAL B

C

D

E

G

H

Parcelas Vincendas ................................................................................ 01 a 30 ..................................................................................................... 31 a 60 ..................................................................................................... 61 a 90 ..................................................................................................... 91 a 180 ................................................................................................... 181 a 360 ................................................................................................. Acima de 360 .......................................................................................... Parcelas Vencidas .................................................................................. 01 a 14 ..................................................................................................... 15 a 30 ..................................................................................................... 31 a 60 ..................................................................................................... 61 a 90 ..................................................................................................... 91 a 180 ................................................................................................... 181 a 360 ................................................................................................. Acima de 360 ..........................................................................................

AA – – – – – – – – – – – – – – –

A – – – – – – – – – – – – – – –

274.719 48.943 45.170 33.974 44.375 50.087 52.170 97.780 12.819 84.461 500 – – – –

491.130 69.138 60.648 42.501 79.151 94.074 145.618 335.221 31.562 97.195 205.106 1.238 120 – –

353.253 30.192 28.255 23.834 57.786 79.012 134.174 280.000 17.000 45.647 84.447 130.494 2.412 – –

297.541 19.264 18.926 15.522 39.414 55.083 149.332 256.000 9.121 18.691 48.707 64.837 114.014 630 –

F 281.499 16.063 16.088 14.370 37.395 48.939 148.644 280.081 7.125 12.253 32.904 48.251 178.231 1.317 –

195.609 12.314 12.362 10.431 26.763 36.989 96.750 235.277 5.491 8.944 16.877 30.699 171.537 1.729 –

752.633 60.714 61.464 51.843 134.211 191.408 252.993 1.319.455 28.290 41.609 76.488 152.755 279.009 717.305 23.999

Total em 2007 2.646.384 256.628 242.913 192.475 419.095 555.592 979.681 2.803.814 111.408 308.800 465.029 428.274 745.323 720.981 23.999

Subtotal ................................................................................................... Provisão específica ................................................................................

– –

– –

372.499 3.725

826.351 24.791

633.253 63.325

553.541 166.062

561.580 280.791

430.886 301.620

2.072.088 2.072.088

5.450.198 2.912.402

%

Total em 2006 100,0 9,7 9,2 7,3 15,8 21,0 37,0 100,0 4,0 11,0 16,6 15,3 26,6 25,7 0,8

%

2.432.155 253.876 239.652 207.288 409.178 511.796 810.365 2.355.404 256.331 314.151 327.732 321.829 465.699 525.986 143.676

100,0 10,5 9,9 8,5 16,8 21,0 33,3 100,0 10,9 13,3 13,9 13,7 19,8 22,3 6,1

4.787.559 2.370.624 Em 30 de junho - R$ mil

BRADESCO MÚLTIPLO NÍVEIS DE RISCO OPERAÇÕES EM CURSO NORMAL AA

A

B

C

D

E

Parcelas Vincendas ................................................................................ 01 a 30 ..................................................................................................... 31 a 60 ..................................................................................................... 61 a 90 ..................................................................................................... 91 a 180 ................................................................................................... 181 a 360 ................................................................................................. Acima de 360 .......................................................................................... Provisão genérica ...................................................................................

19.198.231 2.503.263 1.851.286 1.232.558 3.561.137 3.557.473 6.492.514 –

32.694.387 6.398.861 4.934.230 2.905.868 4.530.193 4.680.447 9.244.788 163.472

8.484.611 834.285 770.341 644.007 1.382.679 1.260.684 3.592.615 84.847

14.927.631 1.918.850 1.650.602 1.412.364 2.217.652 2.374.718 5.353.445 447.829

1.086.864 113.556 61.065 57.713 97.762 197.123 559.645 108.686

218.456 26.245 16.684 15.735 29.238 40.709 89.845 65.537

211.823 18.845 12.961 14.833 21.048 29.760 114.376 105.912

190.110 12.656 8.535 8.736 14.704 18.483 126.996 133.077

734.146 100.835 125.926 55.833 90.005 130.792 230.755 734.146

77.746.259 11.927.396 9.431.630 6.347.647 11.944.418 12.290.189 25.804.979 1.843.506

Total geral em 2007 ................................................................................. Provisão existente .................................................................................. Provisão mínima requerida ..................................................................... Provisão excedente ................................................................................

19.198.231 – – –

32.694.387 163.881 163.472 409

8.857.110 90.341 88.572 1.769

15.753.982 701.619 472.620 228.999

1.720.117 461.271 172.011 289.260

771.997 381.575 231.599 149.976

773.403 524.046 386.703 137.343

620.996 589.335 434.697 154.638

2.806.234 2.806.234 2.806.234 –

83.196.457 5.718.302 4.755.908 962.394

Total geral em 2006 ................................................................................. Provisão existente .................................................................................. Provisão mínima requerida ..................................................................... Provisão excedente ................................................................................

16.121.988 – – –

27.255.860 136.706 136.279 427

6.342.518 88.511 63.425 25.086

13.514.794 714.222 405.444 308.778

1.555.527 411.795 155.553 256.242

626.286 307.999 187.886 120.113

578.786 393.094 289.393 103.701

583.986 547.055 408.790 138.265

2.250.573 2.250.573 2.250.573 –

d) Concentração das operações de crédito

f)

2007 Maior devedor ............................................... Dez maiores devedores ............................... Vinte maiores devedores ............................. Cinqüenta maiores devedores ..................... Cem maiores devedores .............................. e) Setor de atividade econômica

1.133.519 6.805.206 10.640.946 17.492.028 23.190.361

2007 Setor Público ............................................... 992.906 Federal ......................................................... 538.177 Petroquímica ................................................ 398.921 Intermediários Financeiros ........................... 139.256 Produção e distribuição de energia elétrica – Estadual ....................................................... 452.222 Produção e distribuição de energia elétrica 452.222 Municipal ...................................................... 2.507 Administração direta .................................... 2.507 Setor Privado ............................................... 107.198.276 Indústria ....................................................... 26.879.923 Alimentícia e bebidas .................................. 6.694.442 Siderúrgica, metalúrgica e mecânica .......... 4.123.112 Química ........................................................ 3.107.615 Veículos leves e pesados ............................ 2.078.643 Papel e celulose .......................................... 1.784.335 Extração de minerais metálicos e não metálicos ............................................................ 1.496.632 Têxtil e confecções ...................................... 1.329.842 Artigos de borracha e plásticos ................... 1.191.058 Autopeças e acessórios .............................. 910.611 Eletroeletrônica ............................................ 735.603 Móveis e produtos de madeira ..................... 672.229 Materiais não metálicos ............................... 576.466 Artefatos de couro ........................................ 561.530 Edição, impressão e reprodução ................. 448.412 Refino de petróleo e produção de álcool ..... 436.691 Demais indústrias ........................................ 732.702 Comércio ...................................................... 16.071.878 Produtos em lojas especializadas .............. 3.606.473 Vestuário e calçados .................................... 2.122.088 Produtos alimentícios, bebidas e fumo ....... 1.859.596 Artigos de uso pessoal e doméstico ........... 1.557.480 Varejista não especializado ......................... 1.225.762 Veículos automotores ................................... 924.791 Resíduos e sucatas ..................................... 826.848 Atacadista de mercadorias em geral ........... 801.815 Reparação, peças e acessórios para veículos automotores ................................................. 763.442 Combustíveis ............................................... 671.573 Produtos agropecuários ............................... 550.232 Intermediário do comércio ............................ 493.222 Demais comércios ....................................... 668.556 Intermediários Financeiros ......................... 385.010 Serviços ....................................................... 17.723.098 Transportes e armazenagens ....................... 4.908.007 Construção civil ........................................... 2.958.645 Atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas .............................. 2.362.328 Produção e distribuição de eletricidade, gás e água ......................................................... 1.211.360 Serviços sociais, educação, saúde, defesa e seguridade social .................................... 1.094.873 Telecomunicações ....................................... 944.528 Holdings, atividades jurídicas, contábeis e assessoria empresarial .............................. 851.171 Atividades associativas, recreativas, culturais e desportivas ....................................... 823.529 Alojamento e alimentação ........................... 528.059 Demais serviços .......................................... 2.040.598 Agricultura, Pecuária, Pesca, Silvicultura e Exploração Florestal .................................. 1.444.030 Pessoa Física .............................................. 44.694.337 Total .............................................................. 108.191.182

BRADESCO CONSOLIDADO % 2006 1,0 6,3 9,8 16,2 21,4

%

830.072 5.528.995 8.808.448 14.741.232 20.085.447

BRADESCO CONSOLIDADO % 2006

2007 0,9 6,2 9,9 16,6 22,7

%

1.131.744 6.622.705 10.276.487 17.075.390 22.649.888

2007

F

G

830.072 5.019.590 7.620.011 12.127.961 16.436.903

1,3 8,1 12,3 19,6 26,6

Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO % 2006 %

0,9 0,5 0,4 0,1 – 0,4 0,4 – – 99,1 24,8 6,2 3,8 2,9 1,9 1,6

1.065.490 465.095 265.367 158.667 41.061 597.364 597.364 3.031 3.031 87.577.958 21.069.498 4.921.817 3.403.093 2.364.785 1.698.536 1.498.514

1,2 0,5 0,3 0,2 – 0,7 0,7 – – 98,8 23,8 5,6 3,9 2,7 1,9 1,7

793.710 338.981 338.981 – – 452.222 452.222 2.507 2.507 82.402.747 25.577.599 6.478.031 3.873.050 2.824.865 2.017.198 1.743.435

0,9 0,4 0,4 – – 0,5 0,5 – – 99,1 30,7 7,8 4,7 3,4 2,4 2,1

836.875 239.297 198.236 – 41.061 597.364 597.364 214 214 67.993.443 19.891.974 4.753.770 3.264.940 2.164.410 1.691.157 1.456.077

1,2 0,3 0,3 – – 0,9 0,9 – – 98,8 28,9 6,9 4,7 3,1 2,5 2,1

1,4 1,2 1,1 0,8 0,7 0,6 0,5 0,5 0,4 0,4 0,8 14,9 3,3 2,0 1,7 1,4 1,1 0,9 0,8 0,8

836.888 1.046.438 925.147 627.907 738.369 630.088 451.186 376.288 412.485 309.789 828.168 12.944.894 3.288.118 864.382 1.581.556 1.008.144 1.059.582 835.071 983.356 794.726

0,9 1,2 1,0 0,7 0,8 0,7 0,5 0,4 0,5 0,3 1,0 14,5 3,7 1,0 1,8 1,1 1,2 0,9 1,1 0,9

1.444.085 1.278.736 1.108.800 889.787 710.367 612.525 521.260 547.158 405.843 425.908 696.551 14.874.388 3.238.235 2.088.439 1.674.783 1.484.419 1.113.563 870.853 766.391 724.853

1,7 1,5 1,3 1,1 0,9 0,7 0,6 0,7 0,5 0,5 0,8 17,9 3,9 2,5 2,0 1,8 1,3 1,0 0,9 0,9

794.972 1.004.350 848.961 592.292 694.102 586.825 405.308 365.237 375.870 299.660 594.043 11.969.587 3.000.812 829.647 1.429.688 945.736 979.458 774.773 933.945 735.352

1,2 1,5 1,2 0,9 1,0 0,9 0,6 0,5 0,5 0,4 0,9 17,5 4,4 1,2 2,1 1,4 1,4 1,1 1,4 1,1

0,7 0,6 0,5 0,5 0,6 0,4 16,4 4,5 2,7

659.598 613.117 658.626 349.700 248.918 321.080 14.508.657 4.132.768 1.772.340

0,7 0,7 0,7 0,4 0,3 0,4 16,4 4,7 2,0

668.873 604.854 541.991 462.325 634.809 338.301 15.100.769 3.838.954 2.657.692

0,8 0,7 0,7 0,6 0,8 0,4 18,2 4,6 3,2

591.092 552.678 651.181 322.197 223.028 266.355 12.694.056 3.318.590 1.691.019

0,9 0,8 0,9 0,5 0,3 0,4 18,3 4,8 2,5

2,2

2.157.481

2,4

1.882.415

2,3

1.793.449

2,6

1,1

1.787.917

2,0

1.205.991

1,4

1.785.667

2,6

1,0 0,9

965.898 1.014.255

1,1 1,1

929.999 920.928

1,1 1,1

814.148 990.255

1,2 1,4

0,8

522.704

0,6

769.639

0,9

505.042

0,7

0,8 0,5 1,9

547.058 371.342 1.236.894

0,7 0,4 1,4

772.584 484.918 1.637.649

0,9 0,6 2,1

502.598 339.078 954.210

0,7 0,5 1,3

1,3 41,3 100,0

1.174.424 37.559.405 88.643.448

1,3 42,4 100,0

1.333.062 25.178.628 83.196.457

1,6 30,3 100,0

1.138.453 22.033.018 68.830.318

1,7 32,0 100,0

Total em 2007

%

Total em 2006 100,0 15,3 12,1 8,2 15,4 15,8 33,2

%

64.042.759 10.889.497 8.170.617 6.217.362 9.252.171 10.504.689 19.008.423 1.526.719

100,0 17,0 12,8 9,7 14,4 16,4 29,7

68.830.318 4.849.955 3.897.343 952.612

Composição das operações de crédito e da provisão para créditos de liquidação duvidosa

Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO % 2006 % 1,4 8,0 12,4 20,5 27,2

H

Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO Saldo da carteira Curso anormal Nível de risco

Vencidas

AA A B C Subtotal D E F G H Subtotal Total em 2007 ................ % .................................... Total em 2006 ................ % ....................................

Vincendas – – 1.367.560 1.337.489 2.705.049 527.625 414.237 382.493 266.332 1.039.186 2.629.873 5.334.922 4,9 4.645.596 5,2

– – 196.362 474.822 671.184 331.800 305.264 341.960 313.815 1.676.672 2.969.511 3.640.695 3,4 3.043.341 3,5

Total - curso anormal

Curso normal

– – 1.563.922 1.812.311 3.376.233 859.425 719.501 724.453 580.147 2.715.858 5.599.384 8.975.617 8,3 7.688.937 8,7

Total

19.913.169 49.926.266 10.213.549 16.577.329 96.630.313 1.151.763 226.099 230.548 193.124 783.718 2.585.252 99.215.565 91,7 80.954.511 91,3

% Acumulado em 2007

%

19.913.169 49.926.266 11.777.471 18.389.640 100.006.546 2.011.188 945.600 955.001 773.271 3.499.576 8.184.636 108.191.182 100,0 88.643.448 100,0

18,4 46,1 10,9 17,0 92,4 1,9 0,9 0,9 0,7 3,2 7,6 100,0

% Acumulado em 2006

18,4 64,5 75,4 92,4

18,8 65,2 74,7 92,4

94,3 95,2 96,1 96,8 100,0

94,4 95,2 96,0 96,9 100,0

Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO Provisão Mínima requerida

Nível de risco

% Mínimo de provisionamento requerido

AA A B C Subtotal D E F G H Subtotal Total em 2007 % ..................... Total em 2006 % .....................

0,0 0,5 1,0 3,0 10,0 30,0 50,0 70,0 100,0

Específica Vencidas

Vincendas

– – 1.964 14.245 16.209 33.180 91.579 170.980 219.671 1.676.672 2.192.082 2.208.291 31,4 1.815.078 31,1

– – 13.676 40.125 53.801 52.763 124.271 191.246 186.432 1.039.186 1.593.898 1.647.699 23,4 1.238.533 21,2

Total específica – – 15.640 54.370 70.010 85.943 215.850 362.226 406.103 2.715.858 3.785.980 3.855.990 54,8 3.053.611 52,3

Genérica – 249.631 102.124 497.320 849.075 115.175 67.830 115.274 135.185 783.718 1.217.182 2.066.257 29,4 1.699.872 29,2

Total

Excedente

– 249.631 117.764 551.690 919.085 201.118 283.680 477.500 541.288 3.499.576 5.003.162 5.922.247 84,2 4.753.483 81,5

Existente

– 661 1.942 230.928 233.531 332.969 181.480 166.857 195.420 – 876.726 1.110.257 15,8 1.079.715 18,5

– 250.292 119.706 782.618 1.152.616 534.087 465.160 644.357 736.708 3.499.576 5.879.888 7.032.504 100,0 5.833.198 100,0

% Em 2007 (1)

% Em 2006 (1)

– 0,5 1,0 4,3 1,2 26,6 49,2 67,5 95,3 100,0 71,8 6,5

– 0,5 1,3 5,0 1,3 26,4 48,9 67,6 94,5 100,0 70,7

6,6

Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO Saldo da carteira Curso anormal Nível de risco AA A B C Subtotal D E F G H Subtotal Total em 2007 ...... % ......................... Total em 2006 ...... % .........................

Vencidas

Vincendas

Total - curso anormal

– – 97.780 335.221 433.001 280.000 256.000 280.081 235.277 1.319.455 2.370.813 2.803.814 3,4 2.355.404 3,4

– – 274.719 491.130 765.849 353.253 297.541 281.499 195.609 752.633 1.880.535 2.646.384 3,2 2.432.155 3,6

– – 372.499 826.351 1.198.850 633.253 553.541 561.580 430.886 2.072.088 4.251.348 5.450.198 6,6 4.787.559 7,0

Curso normal

Total

19.198.231 32.694.387 8.484.611 14.927.631 75.304.860 1.086.864 218.456 211.823 190.110 734.146 2.441.399 77.746.259 93,4 64.042.759 93,0

19.198.231 32.694.387 8.857.110 15.753.982 76.503.710 1.720.117 771.997 773.403 620.996 2.806.234 6.692.747 83.196.457 100,0 68.830.318 100,0

% 23,1 39,3 10,6 18,9 91,9 2,1 0,9 0,9 0,8 3,4 8,1 100,0

% Acumulado em 2007

% Acumulado em 2006

23,1 62,4 73,0 91,9

23,5 63,1 72,3 91,9

94,0 94,9 95,8 96,6 100,0

94,2 95,1 95,9 96,7 100,0

CONTINUA


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

11

Banco Bradesco S.A. Companhia Aberta

CNPJ 60.746.948/0001-12 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP

Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras

CONTINUAÇÃO

Em 30 de junho - R$ mil

b) Composição dos investimentos nas demonstrações financeiras consolidadas Em 30 de junho - R$ mil

BRADESCO MÚLTIPLO Provisão

COLIGADAS

Mínima requerida %Mínimode Específica provisioTotal namento Nível de Vencidas Vincendas específica risco requerido Genérica AA 0,0 – – – – A 0,5 – – – 163.472 B 1,0 978 2.747 3.725 84.847 C 3,0 10.057 14.734 24.791 447.829 Subtotal 11.035 17.481 28.516 696.148 D 10,0 28.000 35.325 63.325 108.686 E 30,0 76.800 89.262 166.062 65.537 F 50,0 140.041 140.750 280.791 105.912 G 70,0 164.694 136.926 301.620 133.077 H 100,0 1.319.455 752.633 2.072.088 734.146 Subtotal 1.728.990 1.154.896 2.883.886 1.147.358 Total em 2007 1.740.025 1.172.377 2.912.402 1.843.506 % ..................... 30,4 20,5 50,9 32,2 Total em 2006 1.456.633 913.991 2.370.624 1.526.719 % ..................... 30,0 18,9 48,9 31,5 (1) Relação entre provisão existente e carteira, por nível de risco. g) Movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa

Excedente

Total

– 409 1.769 228.999 231.177 289.260 149.976 137.343 154.638 – 731.217 962.394 16,8 952.612 19,6

– 163.472 88.572 472.620 724.664 172.011 231.599 386.703 434.697 2.806.234 4.031.244 4.755.908 83,1 3.897.343 80,4

% Em 2007

Existente – 163.881 90.341 701.619 955.841 461.271 381.575 524.046 589.335 2.806.234 4.762.461 5.718.302 100,0 4.849.955 100,0

– 0,5 1,0 4,5 1,2 26,8 49,4 67,8 94,9 100,0 71,2 6,9

• IRB - Brasil Resseguros S.A. ............................................................................................................................... • Bradesco Templeton Asset Management Ltda. (1) .............................................................................................. • BES Investimento do Brasil S.A. ......................................................................................................................... • NovaMarlim Participações S.A. ........................................................................................................................... • Marlim Participações S.A. ................................................................................................................................... • Outras ................................................................................................................................................................... Total em coligadas ................................................................................................................................................. - Incentivos fiscais ................................................................................................................................................. - Banco Espírito Santo S.A. (2) .............................................................................................................................. - Outros investimentos ........................................................................................................................................... Provisão para: Incentivos fiscais ................................................................................................................................................... Outros investimentos ............................................................................................................................................. Total geral dos investimentos consolidados ......................................................................................................... (1) Investimento alienado em julho de 2006; e (2) Investimento transferido para o ativo circulante em dezembro de 2006.

% Em 2006 – 0,5 1,4 5,3 1,5 26,5 49,2 67,9 93,7 100,0 69,9

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2007 2006 2007 2006 Constituição ..................................................................................................................... Recuperações (1) ............................................................................................................. Despesa líquida de recuperações .................................................................................. (1) Classificadas em receitas de operações de crédito (Nota 10j). Movimentação da carteira de renegociação

2.503.625 (396.028) 2.107.597

2.054.428 (274.890) 1.779.538

1.957.364 (298.791) 1.658.573

1.585.166 (221.673) 1.363.493

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2007 2006 2007 2006 2.708.521 2.020.341 2.686.965 2.000.131 1.243.293 1.235.215 1.243.293 1.235.215 (714.624) (637.803) (762.525) (630.960) (410.700) (247.483) (415.344) (252.199) 2.826.490 2.370.270 2.752.389 2.352.187 1.823.444 1.454.527 1.799.680 1.444.456 64,5% 61,4% 65,4% 61,4%

Saldo inicial ..................................................................................................................... - Renegociação ................................................................................................................ - Recebimentos ................................................................................................................ - Baixas ............................................................................................................................ Saldo final ........................................................................................................................ Provisão para créditos de liquidação duvidosa .............................................................. Percentual sobre a carteira .............................................................................................. Receitas de operações de crédito e de arrendamento mercantil

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2007 2006 2007 2006 Empréstimos e títulos descontados ................................................................................ Financiamentos ................................................................................................................ Financiamentos rurais e agroindustriais .......................................................................... Subtotal ............................................................................................................................ Recuperação de créditos baixados como prejuízo ......................................................... Alocação da variação cambial das agências e controladas no exterior ........................ Subtotal ............................................................................................................................ Arrendamento mercantil, líquido de despesas ................................................................ Total .................................................................................................................................. 11)

6.247.057 3.635.501 370.023 10.252.581 396.028 (717.972) 9.930.637 379.829 10.310.466

5.760.682 3.618.120 325.825 9.704.627 274.890 (295.237) 9.684.280 281.519 9.965.799

5.935.884 1.352.846 370.023 7.658.753 298.791 – 7.957.544 – 7.957.544

5.559.626 1.522.096 325.825 7.407.547 221.673 – 7.629.220 – 7.629.220

OUTROS CRÉDITOS a) Carteira de câmbio Saldos patrimoniais

Patrimônio líquido ajustado

Capital social

Empresas

Quantidade de ações/cotas possuídas (em milhares)

Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO 2007 2006

Ativo - Outros créditos Câmbio comprado a liquidar ............................................................................................ 8.715.860 7.828.104 8.715.813 7.828.037 Cambiais e documentos a prazo em moedas estrangeiras ............................................ 15.293 5.173 15.293 5.173 Direitos sobre vendas de câmbio .................................................................................... 3.477.642 2.503.503 3.477.642 2.503.503 (-) Adiantamentos em moeda nacional recebidos ........................................................... (247.697) (285.760) (247.697) (285.760) Rendas a receber de adiantamentos concedidos ........................................................... 85.979 72.295 85.979 72.295 Total .................................................................................................................................. 12.047.077 10.123.315 12.047.030 10.123.248 Passivo - Outras obrigações Câmbio vendido a liquidar ............................................................................................... 3.470.820 2.476.435 3.470.820 2.476.435 Obrigações por compras de câmbio ................................................................................ 9.043.644 7.956.640 9.043.598 7.956.577 (-) Adiantamentos sobre contratos de câmbio ................................................................. (6.127.529) (5.766.871) (6.127.483) (5.766.808) Outras ............................................................................................................................... 18.378 12.603 17.356 11.571 Total .................................................................................................................................. 6.405.313 4.678.807 6.404.291 4.677.775 Carteira de câmbio líquida .............................................................................................. 5.641.764 5.444.508 5.642.739 5.445.473 Contas de compensação Créditos abertos para importação .................................................................................... 256.554 174.981 256.554 174.981 Créditos de exportação confirmados .............................................................................. 24.109 25.517 24.109 25.517 Resultado de câmbio Composição do resultado de operações de câmbio ajustado, para melhor apresentação do resultado efetivo Semestres findos em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2007 2006 2007 2006 Resultado de operações de câmbio ................................................................................ 292.569 464.039 288.078 463.934 Ajustes: - Rendas de financiamentos de moedas estrangeiras (1) ............................................... 9.000 95.627 9.000 95.627 - Rendas de financiamentos à exportação (1) ................................................................. 25.118 22.272 25.118 22.272 - Rendas de aplicações no exterior (2) ............................................................................ 3.800 114.689 3.800 114.689 - Despesas de obrigações com banqueiros no exterior (3) (Nota 17c) ............................ (17.913) (557.490) (21.007) (560.506) - Outros ............................................................................................................................. (149.037) 20.158 (149.037) 20.158 Total dos ajustes .............................................................................................................. (129.032) (304.744) (132.126) (307.760) Resultado ajustado de operações de câmbio ................................................................. 163.537 159.295 155.952 156.174 (1) Classificadas na rubrica “Receitas de operações de crédito”; (2) Demonstradas na rubrica “Resultado de operações com títulos e valores mobiliários”; e (3) Relativas aos recursos de financiamentos de adiantamentos sobre contratos de câmbio e financiamentos à importação, registradas na rubrica “Despesas de operações de empréstimos e repasses”. b) Diversos Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2007 2006 2007 2006 Créditos tributários (Nota 34c) .......................................................................................... Operações com cartão de crédito .................................................................................... Devedores por depósitos em garantia ............................................................................. Tributos antecipados ........................................................................................................ Devedores diversos ......................................................................................................... Títulos e créditos a receber .............................................................................................. Pagamentos a ressarcir ................................................................................................... Devedores por compra de valores e bens ....................................................................... Outros ............................................................................................................................... Total ..................................................................................................................................

Cotas

O.N. I - CONSOLIDADAS A) Ramo Financeiro ........................ Banco Alvorada S.A. (1) .................. Banco BEC S.A. (2) ......................... Banco Bradesco BBI S.A. (1) .......... Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários (3) .............. BRAM - Bradesco Asset Management S.A. DTVM (3) ................................. Banco Boavista Interatlântico S.A. (1) Banco Bradesco Argentina S.A. (1) Banco Bradesco Luxembourg S.A. (1) Banco Finasa S.A. (1) ..................... Banco Mercantil de São Paulo S.A. (2) Bradesco Administradora de Consórcios Ltda. (1) .................................. Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil (1) .................... Banco Bankpar S.A. (1) ................... Bankpar Banco Múltiplo (1) ............. Alvorada Cartões, Crédito, Financiamento e Investimento S.A. (1) ....... Bradport - SGPS, Sociedade Unipessoal Lda. (1) ....................... Ganho/perda cambial das agências no exterior (1) ................................. Demais empresas financeiras ........ B) Ramo Segurador e Previdência Bradesco Seguros S.A. (1) .............. Bradesco Saúde S.A. (4) ................. C) Outras atividades ....................... Elba Holdings Ltda. (1) (5) ............... Tempo Serviços Ltda. (1) ................ União de Participações Ltda. (6) ..... Aquarius Holdings Ltda. (6) ............. Serel Participações em Imóveis S.A. (1) Demais empresas controladas ....... TOTAL DAS CONSOLIDADAS ......... II - NÃO CONSOLIDADAS BES Investimento do Brasil S.A. Banco de Investimento (7) .............. IRB-Brasil Resseguros S.A. (7) ....... American BankNote S.A. (8) ........... Marlim Participações S.A. (7) ......... NovaMarlim Participações S.A. (7) Bradesco Templeton Asset Management Ltda.(9) ............................................ Demais empresas ........................... TOTAL DAS NÃO CONSOLIDADAS

7.893.939 5.303.513 3.926.400 845.683 719.321 591.364 478.775 193.635 247.466 20.200.096

6.072.231 4.406.930 3.167.264 827.470 326.207 692.771 443.555 270.627 223.910 16.430.965

Ajuste decorrente de avaliação (10)

30.6.2007

30.6.2007

30.6.2006

55 – 1.401.176

– – –

65,314% – 100,000%

99,881% – 100,000%

492.072 – 65.698

14.992.350 3.472.592 – 1.289.198

418.753 321.188 – 65.698

478.564 217.370 221.349 49.650

11.949

– 1.222.850 58.919 131.656 562.969 –

– 1.521.067 58.723 285.063 1.256.312 –

– 2.569.275 30.000 2 1.980.059 –

– – – – – –

– 100,000% 99,999% 99,947% 100,000% –

– 100,000% 99,999% 100,000% 100,000% –

– – 206.981 1.521.067 (197) 58.722 8.911 284.912 225.947 1.256.312 – –

– 206.981 (197) 8.906 225.948 –

5.986 11.602 (43) 6.366 119.230 153.098

95.800

207.698

95.800

99,999%

99,999%

66.362

207.696

66.362

49.023

2.014.485 318.000 132.114

2.502.108 123.811 126.489

9 347.487 39.687

– – –

100,000% 100,000% 100,000%

100,000% 100,000% 100,000%

140.830 20.093 42.304

2.502.108 123.811 126.489

140.830 20.093 42.304

107.247 – –

2.949.759

3.463.052

4.820.483

100,000%

100,000%

173.015

3.463.052

173.015

11.678

349.894

577.082

100,000%

100,000%

15.012

577.082

15.012

10.252

– –

– –

– –

– –

– –

– –

– –

3.998.377

8.441.336

922

100,000%

100,000%

1.226.725

– 109.309 8.441.336 8.441.336

3.932.188 1.567.853 – – 53.778 –

3.964.978 1.513.982 – – 529.108 –

– – – – 7.018 –

3.187.432 1.567.853 – – – –

81,064% 100,000% – – 48,594% –

100,000% 100,000% – – 100,000% –

195.998 32.902 – – 444.990 –

5.111.800 3.211.588 1.513.982 – – 243.642 142.588 28.545.486

24.617

4.597.682 3.918.753 1.518.426 170.312 162.080 186.890 189.088 111.809 184.637 11.039.677

3.890.069 3.103.466 1.359.331 150.996 69.417 96.888 184.104 167.787 138.302 9.160.360

28.570.103

141.698 92.613 98.310 22.993 11.735 7.579 374.928 394.764

para perdas (47.885) (92.613) (28.858) – (6.785) (6.375) (182.516) (191.874)

2006

Custo

93.813 – 69.452 22.993 4.950 1.204 192.412

117.887 – 62.920 19.257 2.374 452

65.169 85.896 39.598 14.544 1.341 137 206.685 181.321

202.890

para perdas

2007

(16.516) (85.896) (15.987) – (268) – (118.667) (109.031)

BRADESCO CONSOLIDADO 2007 2006

48.653 – 23.611 14.544 1.073 137 88.018

Comissão na colocação de financiamento (1) ................................................................ 880.246 751.380 27.594 46.141 Contrato na prestação de serviços bancários (2) ............................................................ 583.425 306.765 583.425 306.765 Despesas de comercialização de seguros (3) ................................................................ 283.004 257.715 – – Despesas de seguros e demais custos sobre captações no exterior (4) ....................... 62.770 82.491 62.770 82.491 Despesas de propaganda e publicidade (5) .................................................................... 75.690 64.571 75.690 64.572 Outras ............................................................................................................................... 54.820 79.430 29.365 44.316 Total .................................................................................................................................. 1.939.955 1.542.352 778.844 544.285 (1) Comissões pagas a lojistas e aos revendedores de veículos; (2) Valores desembolsados para prestação de serviços bancários; (3) Comissões pagas aos corretores sobre as comercializações de produtos de seguros, previdência e capitalização; (4) Despesas de seguros e demais custos pagos antecipadamente quando da contratação das captações junto a banqueiros/investidores no exterior; e (5) Despesas de propaganda e publicidade pagas antecipadamente, cuja veiculação na mídia ocorrerá em períodos futuros.

BRADESCO CONSOLIDADO

Saldo em 31.12.2006

Movimentação no período (1)

Saldo em 30.6.2007

Saldo em 30.6.2006

Banco Bradesco S.A. Grand Cayman Branch ................................................................. 7.946.515 (691.330) 7.255.185 5.436.363 Bradport SGPS, Sociedade Unipessoal, Lda. ................................................................ 525.089 51.993 577.082 399.376 Banco Bradesco S.A. New York Branch ........................................................................... 339.581 (23.992) 315.589 330.968 Banco Bradesco Luxembourg S.A. .................................................................................. 306.517 (21.454) 285.063 301.906 Cidade Capital Markets Limited ....................................................................................... 72.749 (5.271) 67.478 71.214 Bradesco Securities, Inc. ................................................................................................. 48.369 (7.842) 40.527 47.988 Banco Bradesco Argentina S.A. ...................................................................................... 35.952 22.770 58.722 35.273 Banco Boavista S.A. Nassau Branch .............................................................................. 18.836 (1.560) 17.276 18.683 Bradesco Argentina de Seguros S.A. .............................................................................. 10.408 990 11.398 12.615 Bradesco International Health Service, Inc. .................................................................... 177 61 238 213 Imagra Overseas Ltd. (Amex Brasil) ................................................................................ 1.842 (171) 1.671 1.877 Total .................................................................................................................................. 9.306.035 (675.806) 8.630.229 6.656.476 (1) Representada pela variação cambial negativa no montante de R$ 869.551 mil, equivalência patrimonial no montante de R$ 187.155 mil, ajuste ao valor de mercado de títulos disponíveis para venda no montante de R$ 6.590 mil.

23.419 (276) 34.480

2.070.631

1.816.534

Imóveis de uso: - Edificações ................................ - Terrenos ...................................... Instalações, móveis e equipamentos de uso .................................. Sistemas de segurança e comunicações .................................... Sistemas de processamento de dados ......................................... Sistemas de transportes .............. Imobilizações em curso .............. Subtotal ........................................ Imobilizado de arrendamento ...... Total em 2007 ............................... Total em 2006 ...............................

BRADESCO MÚLTIPLO Valor residual

Valor residual

Taxa anual

Custo

Depreciação

2007

2006

Custo

Depreciação

2007

2006

4% –

607.730 439.133

(362.473) –

245.257 439.133

348.230 407.440

203.215 66.613

(133.131) –

70.084 66.613

69.794 66.813

10%

2.216.735

(1.285.974)

930.761

877.702

1.688.008

(927.940)

760.068

698.376

10%

145.475

(87.945)

57.530

48.806

133.589

(81.740)

51.849

43.488

20 a 50% 20% – – –

1.694.671 28.330 63.841 5.195.915 40.468 5.236.383 5.075.223

(1.256.251) (15.750) – (3.008.393) (12.306) (3.020.699) (2.983.912)

438.420 12.580 63.841 2.187.522 28.162 2.215.684

379.348 9.384 4.490 2.075.400 15.911

1.127.304 22.999 60.838 3.302.566

(833.255) (13.613) – (1.989.679)

294.049 9.386 60.838 1.312.887

256.448 5.867 1.428 1.142.214 –

2.091.311

3.073.172

(1.930.958)

1.142.214

Os imóveis de uso da Organização Bradesco apresentam mais-valia não contabilizada de R$ 1.205.034 mil (2006 - R$ 1.108.382 mil) baseada em laudos de avaliação elaborados por peritos independentes em 2007, 2006 e 2005. O índice de imobilização em relação ao patrimônio de referência “consolidado econômico-financeiro” é de 8,49% (2006 - 16,40%) e no “consolidado financeiro” é de 47,43% (2006 - 48,03%), sendo o limite máximo de 50%. A diferença entre o índice de imobilização do “consolidado econômico-financeiro” e do “consolidado financeiro” decorre da existência de empresas controladas não financeiras que dispõem de elevada liquidez e baixo nível de imobilização, com conseqüente aumento do índice de imobilização do “consolidado financeiro”. Quando necessário, podemos fazer a realocação de recursos para as empresas financeiras, mediante o pagamento de dividendos/JCP para empresas financeiras ou de reorganização societária entre as empresas financeiras e não financeiras possibilitando assim a melhora deste índice. 15)

DIFERIDO a) Ágios No 1o semestre de 2007, os ágios apurados pela aquisição de investimentos representados, basicamente, pela Josema Administração e Participações S.A. (controladora da Credifar S.A. Crédito, Financiamento e Investimento), no montante de R$ 181.474 mil, foram amortizados integralmente. No 2o semestre de 2006, foram revisados pelos Órgãos da Administração os ágios existentes e conforme deliberação do Conselho de Administração de 18 de setembro de 2006 e objeto de aviso aos acionistas naquela mesma data, os referidos ágios, que correspondiam a R$ 2.108.723 mil, foram amortizados integralmente. As propostas do Conselho de Administração dessa data foram aprovadas pela Assembléia Geral Extraordinária de 5 de outubro de 2006. b) Outros ativos diferidos Em 30 de junho - R$ mil

Desenvolvimento de sistemas ..... Outros gastos diferidos ................. Total em 2007 ................................ Total em 2006 ................................ 16)

BRADESCO CONSOLIDADO Amortização Valor residual

1.663.435 19.195 1.682.630 1.471.572

(968.207) (17.033) (985.240) (883.907)

2007

2006

695.228 2.162 697.390

584.579 3.086 587.665

Custo 1.398.563 – 1.398.563 2.004.597

BRADESCO MÚLTIPLO Valor residual Amortização (811.538) – (811.538) (1.495.433)

2007

2006

587.025 – 587.025

507.796 1.368 509.164

DEPÓSITOS, CAPTAÇÕES NO MERCADO ABERTO E RECURSOS DE EMISSÃO DE TÍTULOS a) Depósitos Em 30 de junho - R$ mil

• Depósitos à vista (1) ................... • Depósitos de poupança (1) ......... • Depósitos interfinanceiros .......... • Depósitos a prazo (2) .................. • Outros depósitos (3) ................... Total em 2007 ................................ % .................................................... Total em 2006 ................................ % ....................................................

1 a 30 dias

31 a 180 dias

21.019.183 28.405.401 59.356 1.921.587 585.379 51.990.906 62,9 47.441.121 60,5

– – 120.829 4.536.475 – 4.657.304 5,6 3.309.528 4,2

BRADESCO CONSOLIDADO 181 a 360 Acima de dias 360 dias – – 50.795 4.221.920 – 4.272.715 5,2 4.215.165 5,4

– – – 21.679.693 – 21.679.693 26,3 23.390.007 29,9

BRADESCO MÚLTIPLO 2007 21.019.183 28.405.401 230.980 32.359.675 585.379 82.600.618 100,0

2006 16.645.884 24.834.740 162.763 36.435.005 277.429

2007

2006

20.923.807 28.405.401 39.453.675 32.059.509 587.227 121.429.619

16.537.450 24.834.740 23.381.291 36.065.370 285.581

78.355.821 100,0

101.104.432

(1) Classificados no prazo de 1 a 30 dias, sem considerar a média histórica do giro; (2) Considera os vencimentos estabelecidos nas aplicações; e (3) Depósitos para investimentos. b) Captações no mercado aberto Em 30 de junho - R$ mil

INVESTIMENTOS a) Movimentação dos investimentos em agências e controladas diretas e indiretas no exterior, eliminados integralmente no processo de consolidação das demonstrações financeiras Investimentos em agências e controladas no exterior

– (175) 16.094

IMOBILIZADO DE USO E DE ARRENDAMENTO Demonstrado ao custo de aquisição. As depreciações são calculadas pelo método linear, com base em taxas anuais que contemplam a vida útil-econômica dos bens. Em 30 de junho - R$ mil

72.290 Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO 2007 2006

1.590 – 2.113 3.936 3.698

14)

2006 49.307 – 14.229 8.209 502 43

1.875 14.903 – (1.854) 1.345

Dados relativos a 30 de junho de 2007; Empresas incorporadas em 30 de novembro de 2006 pela Alvorada Cartões, Crédito, Financiamento e Investimento S.A.; Empresas passaram a ser controladas pelo Banco Bradesco BBI S.A. em abril de 2006; Empresa passou a ser controlada pela Bradesco Seguros S.A. em abril de 2006; Atual denominação da Elba Holdings S.A.; Empresas passaram a ser controladas pela Bradesplan Participações Ltda. em junho de 2006; Dados relativos a 31 de maio de 2007; Investimento alienado parcialmente em maio de 2006 e a parcela remanescente transferida para o Ativo Circulante; Empresa vendida em julho de 2006; e Ajuste decorrente de avaliação, considera os resultados apurados pelas companhias a partir da aquisição e inclui variações patrimoniais das investidas não decorrentes de resultado, bem como os ajustes por equalização de práticas contábeis, quando aplicáveis.

BRADESCO MÚLTIPLO Valor residual Provisão

2007

(866.300) (497.554) (1.087) 1.361 1.212.414 1.037.673 1.212.414 1.036.406 – 1.267 423.370 265.817 158.658 77.355 32.902 – – 122.435 – 38.720 216.224 – 15.586 27.307 2.054.537 1.782.054

(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10)

Custo BRADESCO CONSOLIDADO Valor residual Provisão

13)

Valor contábil Bradesco Múltiplo

5.317.089 – 1.289.198

Em 30 de junho - R$ mil

Custo

(279.680) (120.695) 1.044.832

3.728.879 – 1.040.700

OUTROSVALORES E BENS a) Bens não de uso próprio/Outros

Imóveis .......................................... Bens em regime especial ............. Veículos e afins ............................. Estoques/almoxarifado ................. Máquinas e equipamentos ............ Outros ............................................ Total em 2007 ................................ Total em 2006 ................................ b) Despesas antecipadas

(291.485) (68.595) 585.130

ParticiParticiLucro pação pação líquido/ direta no consolidada (prejuízo) no capital capital ajustado social social

TOTAL GERAL ................................

BRADESCO CONSOLIDADO 2007 2006

12)

346.871 32.604 20.425 17.769 12.707 547 430.923 325.631 399.121 289.532

R$ mil

Saldo inicial ..................................................................................................................... 6.646.038 4.958.649 5.422.028 4.331.878 - Provisão específica (1) .................................................................................................. 3.635.341 2.287.589 2.740.010 1.888.287 - Provisão genérica (2) ..................................................................................................... 1.910.790 1.657.570 1.717.435 1.495.708 - Provisão excedente (3) .................................................................................................. 1.099.907 1.013.490 964.583 947.883 Constituição ..................................................................................................................... 2.503.625 2.054.428 1.957.364 1.585.166 Baixas .............................................................................................................................. (2.125.938) (1.281.444) (1.661.090) (1.078.542) Saldo oriundo de Instituições adquiridas (4) .................................................................. 8.779 101.565 – 11.453 Saldo final ........................................................................................................................ 7.032.504 5.833.198 5.718.302 4.849.955 - Provisão específica (1) .................................................................................................. 3.855.990 3.053.611 2.912.402 2.370.624 - Provisão genérica (2) ..................................................................................................... 2.066.257 1.699.872 1.843.506 1.526.719 - Provisão excedente (3) .................................................................................................. 1.110.257 1.079.715 962.394 952.612 (1) Para operações que apresentem parcelas vencidas há mais de 14 dias; (2) Constituída em razão da classificação do cliente ou da operação e, portanto, não enquadrada no item anterior; (3) A provisão excedente é constituída considerando a experiência da Administração e a expectativa de realização da carteira de créditos, de modo a apurar a provisão total julgada adequada para cobrir os riscos específicos e globais dos créditos, associada à provisão calculada de acordo com a classificação pelos níveis de risco e os respectivos percentuais de provisão estabelecidos como mínimos na Resolução no 2.682 do CMN. A provisão excedente por cliente foi classificada nos correspondentes níveis de riscos (Nota 10f); e (4) Representado pela Credifar em 2007, pelo Banco BEC S.A. e Amex Brasil em 2006. h) Recuperação e renegociação Despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa líquida da recuperação de créditos baixados (“Write-off”).

j)

2006

381.581 – 24.617 12.393 8.144 219 426.954 329.041 – 189.215

c) Os ajustes decorrentes da avaliação pelo método de equivalência patrimonial dos investimentos foram registrados em contas de resultado, sob a rubrica “Resultado de participações em coligadas”, e corresponderam em 2007 R$ 16.094 mil (2006 - R$ 34.480 mil), BANCO MÚLTIPLO - R$ 2.070.631 mil (2006 - R$ 1.816.534 mil).

7,0

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2007 2006 2007 2006

i)

2007

Carteira própria ............................ • Títulos públicos ........................... • Títulos privados - CDB ................ • Debêntures de emissão própria .. • Exterior ........................................ Carteira de terceiros (1) ............... Carteira livre movimentação (1) ... Total em 2007 (2) ........................... % .................................................... Total em 2006 ................................ % .................................................... (1) (2)

1 a 30 dias

31 a 180 dias

10.386.735 7.766.770 – 1.049.447 1.570.518 19.350.502 196.965 29.934.202 55,7 15.137.809 51,7

1.708.636 33.852 – 1.649.826 24.958 – 1.855.229 3.563.865 6,6 1.955.824 6,7

BRADESCO CONSOLIDADO 181 a 360 Acima de dias 360 dias 2.330.046 352.445 – 1.977.601 – – – 2.330.046 4,3 417.896 1,4

17.927.833 87.506 – 17.254.757 585.570 – – 17.927.833 33,4 11.746.125 40,2

BRADESCO MÚLTIPLO 2007 32.353.250 8.240.573 – 21.931.631 2.181.046 19.350.502 2.052.194 53.755.946 100,0

2006 14.138.646 97.342 473.046 12.644.092 924.166 14.541.625 577.383

29.257.654 100,0

2007

2006

33.597.908 8.240.572 – 23.176.290 2.181.046 19.497.518 2.052.194 55.147.620

14.511.519 97.342 473.046 13.016.965 924.166 14.620.973 580.422

29.712.914

Representada por títulos públicos; e Inclui R$ 11.576.561 mil (2006 - R$ 5.175.495 mil) de recursos de fundos de investimento aplicados em operações compromissadas com o Bradesco, cujos cotistas são empresas controladas, integrantes das demonstrações financeiras consolidadas (Notas 8 a e 8b).

CONTINUA


DIÁRIO DO COMÉRCIO

12

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Banco Bradesco S.A. Companhia Aberta

CNPJ 60.746.948/0001-12 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP

Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras

CONTINUAÇÃO c) Recursos de emissão de títulos

V-

Movimentação das provisões

R$ mil

Em 30 de junho - R$ mil 1 a 30 dias

31 a 180 dias

BRADESCO CONSOLIDADO 181 a 360 Acima de dias 360 dias

2007

2006

2007

595.262 305.400 481.550 481.550 1.863.762

20.8.2010 20.8.2012 20.5.2014 20.5.2014

6,750 4,685 libor + 0,225 libor + 0,550

223.545 170.410 481.550 483.126 1.358.631

17)

997.717 2.423.871 2.804.201 356.517 (1.049.888) 83.876 5.616.294

939.956 2.625.367 2.007.906 423.738 (584.321) 140.124 5.552.770

997.715 2.412.090 2.851.594 157.270 – 2.299.801 8.718.470

927.531 2.606.466 2.068.230 170.717 – 1.885.625 7.658.569

2.140.553 7.756.847

1.958.429 7.511.199

– 8.718.470

– 7.658.569

19)

Papel

No país .......................................... • Instituições oficiais ..................... • Outras instituições ...................... No exterior .................................... Total em 2007 ................................ % .................................................... Total em 2006 ................................ % .................................................... b) Obrigações por repasses

367 18 349 818.609 818.976 12,5 1.113.241 20,2

87 87 – 3.086.293 3.086.380 47,2 1.453.883 26,4

BRADESCO CONSOLIDADO 181 a 360 Acima de dias 360 dias 106 106 – 2.368.537 2.368.643 36,2 2.575.529 46,9

20)

2007

2006

965 616 349 6.539.003 6.539.968 100,0

22.634 934 21.700 5.479.393

2007

2006

– – 6.627.345 6.627.345

– – 5.570.796

5.502.027 100,0

31 a 180 dias

Do país .......................................... 277.690 2.138.905 • Tesouro nacional ......................... – – • BNDES ........................................ 42.416 1.206.115 • CEF .............................................. 1.599 4.937 • Finame ......................................... 233.675 927.522 • Outras instituições ...................... – 331 Do exterior • Vinculados a repasses a mutuários 5.513 – Total em 2007 ................................ 283.203 2.138.905 % .................................................... 2,2 17,0 Total em 2006 ................................ 295.913 1.407.242 % .................................................... 3,0 14,1 c) Despesas de operações de empréstimos e repasses

BRADESCO CONSOLIDADO 181 a 360 Acima de dias 360 dias

2006

21)

2007

2007

2006

7.202.307 – 2.923.731 71.987 4.205.641 948

12.619.534 33.550 6.018.261 84.251 6.481.863 1.609

9.983.243 17.535 4.675.206 64.750 5.223.353 2.399

12.280.982 33.550 6.018.261 77.369 6.150.193 1.609

9.782.565 17.535 4.675.206 56.125 5.031.300 2.399

– 3.000.632 23,8 2.188.609 21,9

– 7.202.307 57,0 6.091.661 61,0

5.513 12.625.047 100,0

182

19.350 12.300.332

182

230 63.359 63.589

98 50.332 50.430

151 62.216 62.367

2.242 214.995 3.541 262.576 84

1.456 185.891 2.931 285.807 155

2.242 214.995 3.222 248.026 139

1.381 185.886 2.520 273.349 230

17.913 (269.379) 231.972 422.200 705.786

557.490 (1.002) 1.032.728 (61.780) 1.034.537

21.007 (269.024) 220.607 – 271.037

560.506 (1.002) 1.022.870 – 1.085.237

ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES E OBRIGAÇÕES LEGAIS - FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS a) Ativos Contingentes No período, não foram reconhecidos contabilmente ativos contingentes, porém, existem processos cuja perspectiva de êxito é provável, sendo os principais: - Imposto sobre o Lucro Líquido - (ILL) R$ 353.390 mil (BRADESCO MÚLTIPLO - R$ 205.408 mil): pleiteia a devolução, mediante compensação ou restituição, dos valores recolhidos a título de Imposto sobre o Lucro Líquido instituído pelo artigo 35 da Lei no 7.713/88, uma vez que referido tributo foi julgado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal; e - Programa de Integração Social - (PIS) R$ 101.756 mil: pleiteia a compensação do PIS sobre a Receita Operacional Bruta, recolhido nos termos dos Decretos Leis no 2.445 e 2.449/88, naquilo que excedeu ao valor devido nos termos da Lei Complementar no 07/70 (PIS Repique). b) Passivos Contingentes classificados como perdas prováveis e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias A Organização Bradesco é parte em processos judiciais, de natureza trabalhista, cível e fiscal, decorrentes do curso normal de suas atividades. As provisões foram constituídas levando em conta a opinião dos assessores jurídicos, a natureza das ações, a similaridade com processos anteriores, a complexidade e o posicionamento de Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável. A Administração da Organização entende que a provisão constituída é suficiente para atender perdas decorrentes dos respectivos processos. O passivo relacionado à obrigação legal em discussão judicial é mantido até o ganho definitivo da ação, representado por decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, ou a sua prescrição. I - Processos trabalhistas São ações ajuizadas por ex-empregados, visando a obter indenizações, em especial o pagamento de “horas extras”. O valor das contingências trabalhistas é provisionado com base no valor médio apurado pela totalidade dos pagamentos efetuados de processos encerrados nos últimos 12 meses, considerando a similaridade desses processos. Com a implantação do controle efetivo da jornada de trabalho em 1992, por meio do sistema de “ponto eletrônico”, as horas extras são pagas durante o curso normal do contrato de trabalho, de modo que as ações trabalhistas ajuizadas a partir de 1997, individualmente, reduziram substancialmente seus valores. II - Processos cíveis São pleitos de indenização por dano moral e patrimonial, na maioria referentes a protestos, devolução de cheques e inserção de informações sobre devedores no cadastro de restrições ao crédito. Essas ações são controladas individualmente e provisionadas para processos específicos com base na opinião de assessores jurídicos, levando em consideração: a natureza das ações, similaridade com processos anteriores, complexidade e posicionamento de Tribunais. As questões discutidas nas ações normalmente não constituem eventos capazes de causar impacto representativo no resultado financeiro. Aproximadamente 60% das ações envolvem Juizado Especial de Pequenas Causas, no qual os pedidos estão limitados em 40 salários mínimos. Cerca de 50% de todas as causas são julgadas improcedentes e o valor da condenação imposta corresponde a uma média histórica de apenas 5% dos pleitos indenizatórios. Não existem em curso processos administrativos significativos por descumprimento das normas do Sistema Financeiro Nacional ou de pagamento de multas que possam causar impactos representativos no resultado financeiro. III - Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias A Organização Bradesco vem discutindo judicialmente a legalidade e constitucionalidade de alguns tributos e contribuições, os quais estão totalmente provisionados não obstante as boas chances de êxito a médio e longo prazo, de acordo com a opinião dos assessores jurídicos. As principais questões são: - CSLL - R$ 1.185.652 mil (BRADESCO MÚLTIPLO - R$ 495.959 mil): questionamento da CSLL exigida das instituições financeiras nos anos-base de 1995 a 1998 por alíquotas superiores às aplicadas às pessoas jurídicas em geral, em desrespeito ao princípio constitucional da isonomia; - Cofins - R$ 1.312.320 mil (BRADESCO MÚLTIPLO - R$ 1.017.738 mil): pleiteia calcular e recolher a Cofins, a partir de outubro de 2005, sobre o efetivo faturamento, cujo conceito consta do artigo 2o da Lei Complementar no 70/91, afastando-se assim a inconstitucional ampliação da base de cálculo pretendida pelo parágrafo 1o do artigo 3o da Lei no 9.718/98; - CSLL - R$ 458.636 mil: pleiteia o não recolhimento da CSLL dos anos–base de 1996 a 1998, anos nos quais algumas empresas da Organização Bradesco não possuíam empregados, uma vez que o inciso I, artigo 195, da Constituição Federal prevê que essa contribuição somente é devida pelos empregadores; - INSS Corretores Autônomos - R$ 493.541 mil: discute a incidência da contribuição previdenciária sobre as remunerações pagas aos prestadores de serviços autônomos, instituída pela Lei Complementar no 84/96 e regulamentações/alterações posteriores, à alíquota de 20% e adicional de 2,5%, sob o argumento de que os serviços não são prestados às seguradoras, mas aos segurados, estando dessa forma fora do campo de incidência da contribuição prevista no inciso I, artigo 22, da Lei no 8.212/91, com nova redação contida na Lei no 9.876/99; - IRPJ/Perdas de Crédito - R$ 571.103 mil (BRADESCO MÚLTIPLO - R$ 474.211 mil): pleiteia deduzir, para efeito de apuração da base de cálculo do IRPJ e da CSLL devidos, o valor das perdas efetivas e definitivas, totais ou parciais, sofridas nos anos-base de 1997 a 2005, no recebimento de créditos, independentemente do atendimento das condições e prazos previstos nos artigos 9o a 14 da Lei no 9.430/96 que só se aplicam às perdas provisórias; e - PIS - R$ 246.553 mil (BRADESCO MÚLTIPLO - R$ 236.194 mil): pleiteia a compensação dos valores indevidamente pagos a maior nos anos-base de 1994 e 1995 a título de contribuição ao PIS, correspondentes ao excedente ao que seria devido sobre a base de cálculo constitucionalmente prevista, ou seja, receita bruta operacional, como definida na legislação do imposto de renda - conceito contido no artigo 44 da Lei no 4.506/64, nele não incluídas as receitas financeiras. IV - Provisões segregadas por natureza

Processos trabalhistas ............................................................................................ 1.244.548 Processos cíveis ..................................................................................................... 872.299 Subtotal (1) ............................................................................................................... 2.116.847 Fiscais e Previdenciárias (2) ................................................................................... 6.046.665 Total .......................................................................................................................... 8.163.512 (1) Nota 20b; e (2) Classificados na rubrica “Outras obrigações - fiscais e previdenciárias” (Nota 20a).

1.010.747 871.522 1.882.269 4.625.836 6.508.105

Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO 2007 2006 1.119.376 405.875 1.525.251 2.659.796 4.185.047

6.046.665 1.590.367 1.535.612 452.056 9.624.700

4.625.836 1.036.818 1.130.530 442.486 7.235.670

2.659.796 330.215 865.276 173.494 4.028.781

1.640.325 492.056 623.925 156.834 2.913.140

Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO 2007 2006 3.690.984 1.969.966 1.420.811 1.312.065 1.525.251 1.230.027 443.551 369.027 129.755 65.264 91.884 17.266 257.811 171.656 7.560.047 5.135.271

BRADESCO CONSOLIDADO 2007 2006 4.838.578 2.959.706 2.676.272 2.565.412 2.116.847 1.882.269 1.309.489 991.329 129.470 56.244 91.884 17.266 276.721 193.926 11.439.261 8.666.152

905.840 324.187 1.230.027 1.640.325 2.870.352

VIDA E PREVIDÊNCIA (1)

2006

2007

2006

CAPITALIZAÇÃO 2007

TOTAL

2006 Passivo Circulante e Exigível a Longo Prazo Provisão matemática de benefícios a conceder ................................... – – 36.731.223 30.743.738 – – 36.731.223 30.743.738 Provisão matemática de benefícios concedidos .................................. – – 3.656.719 3.311.228 – – 3.656.719 3.311.228 Provisão matemática para resgates – – – – 1.903.466 1.780.055 1.903.466 1.780.055 Provisão de IBNR .......................... 1.229.138 1.369.378 397.941 346.544 – – 1.627.079 1.715.922 Provisão de prêmios não ganhos 1.432.225 1.392.849 41.030 35.049 – – 1.473.255 1.427.898 Provisão de insuficiência de contribuição (2) ..................................... – – 2.120.221 1.099.733 – – 2.120.221 1.099.733 Provisão de sinistros a liquidar .... 713.031 565.188 517.186 404.039 – – 1.230.217 969.227 Provisão de oscilação financeira – – 562.471 617.079 – – 562.471 617.079 Provisão de excedente financeiro – – 400.401 353.384 – – 400.401 353.384 Provisão para sorteios e resgates – – – – 380.334 350.184 380.334 350.184 Provisão para contingências ........ – – – – 12.166 43.360 12.166 43.360 Provisão de despesas administrativas ............................................. – – 228.878 379.282 67.178 53.387 296.056 432.669 Outras provisões (3) ...................... 1.752.972 818.026 752.934 284.035 – – 2.505.906 1.102.061 Total das Provisões ...................... 5.127.366 4.145.441 45.409.004 37.574.111 2.363.144 2.226.986 52.899.514 43.946.538 (1) Compreende as operações de seguros de pessoa e previdência; (2) A provisão de insuficiência de contribuição é calculada de acordo com a tábua biométrica AT-2000 e a taxa de juros de 4,5% a.a; e (3) Referem-se, basicamente, à provisão técnica na carteira de "saúde individual" constituída: (i) para equacionar o nivelamento dos prêmios dos segurados com 59 anos ou mais dos planos anteriores à Lei no 9.656/98; (ii) para equacionar os benefícios de remissão; e (iii) para fazer face à diferença entre os valores resultantes da aplicação aos prêmios dos reajustes autorizados anualmente pela ANS e os valores calculados tendo como base o reajuste de preços do setor, os quais oneram o valor médio dos eventos indenizados. As notas técnicas destas provisões foram aprovadas pela ANS. b) Provisões técnicas por produto

9.782.747

146 51.468 51.614

BRADESCO CONSOLIDADO 2007 2006

Em 30 de junho - R$ mil BRADESCO MÚLTIPLO 2007 2006

OPERAÇÕES DE SEGUROS, PREVIDÊNCIA E CAPITALIZAÇÃO a) Provisões por conta

SEGUROS

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2007 2006 2007 2006

18)

2006

Em 30 de junho - R$ mil

3.000.632 33.550 1.845.999 5.728 1.115.025 330

Empréstimos: • No país ........................................................................................................................... • No exterior ...................................................................................................................... Subtotal de empréstimos ................................................................................................. Repasses do país: • Tesouro nacional ............................................................................................................ • BNDES ........................................................................................................................... • CEF ................................................................................................................................. • Finame ............................................................................................................................ • Outras instituições ......................................................................................................... Repasses do exterior: • Obrigações com banqueiros no exterior (Nota 11a) ....................................................... • Outras despesas com repasses do exterior .................................................................. Subtotal de repasses ....................................................................................................... Alocação da variação cambial das agências e controladas no exterior ....................... Total ..................................................................................................................................

2007

OUTRAS OBRIGAÇÕES a) Fiscais e previdenciárias

5.570.796

9.983.425 100,0

Remuneração

Operações com cartão de crédito .................................................................................... Provisão para pagamentos a efetuar ............................................................................... Provisão para passivos contingentes (cível e trabalhista) (Nota 18b IV) ....................... Credores diversos ............................................................................................................ Obrigações por aquisição de bens e direitos .................................................................. Obrigações por convênios oficiais .................................................................................. Outras ............................................................................................................................... Total ..................................................................................................................................

BRADESCO MÚLTIPLO 2007

Vencimento

Provisão para riscos fiscais (Nota 18b IV) ...................................................................... Provisão para imposto de renda diferido ......................................................................... Impostos e contribuições sobre lucros a pagar ............................................................... Impostos e contribuições a recolher ................................................................................ Total .................................................................................................................................. b) Diversas

Em 30 de junho - R$ mil 1 a 30 dias

Emissão

BRADESCO CONSOLIDADO 2007 2006

BRADESCO MÚLTIPLO

405 405 – 265.564 265.969 4,1 359.374 6,5

Valor da operação

NO PAÍS: CDB subordinado ..................... março/2002 528.550 2012 100,0% da taxa DI – Cetip 1.257.979 1.111.593 CDB subordinado ..................... junho/2002 41.201 2012 100,0% da taxa CDI + 0,75% a.a. 98.518 86.396 CDB subordinado ..................... outubro/2002 200.000 2012 102,5% da taxa CDI 439.639 387.281 CDB subordinado ..................... outubro/2002 500.000 2012 100,0% da taxa CDI + 0,87% a.a. 1.122.638 983.328 CDB subordinado ..................... outubro/2002 33.500 2012 101,5% da taxa CDI 72.965 64.355 CDB subordinado ..................... outubro/2002 65.150 2012 101,0% da taxa CDI 141.009 124.447 CDB subordinado ..................... novembro/2002 66.550 2012 101,0% da taxa CDI 143.698 126.820 CDB subordinado ..................... novembro/2002 134.800 2012 101,5% da taxa CDI 291.539 257.137 CDB subordinado ..................... janeiro/2006 1.000.000 2011 104,0% da taxa CDI 1.213.553 1.067.046 CDB subordinado ..................... fevereiro/2006 1.171.022 2011 104,0% da taxa CDI 1.409.391 1.239.241 CDB subordinado ..................... março/2006 710.000 2011 104,0% da taxa CDI 842.543 740.826 CDB subordinado ..................... junho/2006 1.100.000 2011 103,0% da taxa CDI 1.249.682 1.100.173 CDB subordinado ..................... julho/2006 13.000 2011 102,5% da taxa CDI 14.733 – CDB subordinado ..................... julho/2006 505.000 2011 103,0% da taxa CDI 570.944 – CDB subordinado ..................... agosto/2006 5.000 2011 102,5% da taxa CDI 5.588 – CDB subordinado ..................... maio/2007 995.978 2012 103,0% da taxa CDI 1.012.962 – Debêntures subordinadas ........ setembro/2001 300.000 2008 100,0% da taxa CDI + 0,75% a.a. 312.541 315.739 Debêntures subordinadas ........ novembro/2001 300.000 2008 100,0% da taxa CDI + 0,75% a.a. 306.034 307.637 Subtotal no país ....................... 7.669.751 10.505.956 7.912.019 NO EXTERIOR: Dívida subordinada (DÓLAR) ... dezembro/2001 353.700 2011 Taxa de 10,25% a.a. 288.017 323.058 Dívida subordinada (YEN) (1) .. abril/2002 315.186 2012 Taxa de 4,05% a.a. 262.175 294.258 Dívida subordinada (DÓLAR) ... outubro/2003 1.434.750 2013 Taxa de 8,75% a.a. 973.814 1.093.305 Dívida subordinada (EURO) ..... abril/2004 801.927 2014 Taxa de 8,00% a.a. 591.173 626.800 Dívida subordinada (DÓLAR) (2) junho/2005 720.870 – Taxa de 8,875% a.a. 581.848 653.772 Subtotal no exterior ................. 3.626.433 2.697.027 2.991.193 Total geral ................................ 11.296.184 13.202.983 10.903.212 (1) Incluindo-se o custo de “swap” para dólar, a taxa eleva-se para 10,15% ao ano; e (2) Em junho de 2005, foi efetuada emissão de dívida subordinada perpétua no valor de US$ 300.000 mil, com opção de resgate exclusiva por parte do emissor, em sua totalidade e mediante autorização prévia do Bacen, desde que: (i) decorrido o prazo de cinco anos da data da emissão e posteriormente a cada data de vencimento dos juros; e (ii) a qualquer momento caso ocorra mudança na lei fiscal no Brasil ou no exterior que possa acarretar aumento dos custos para o emissor e caso o emissor seja notificado por escrito, pelo Bacen, de que os títulos não podem mais ser incluídos no capital consolidado para fins de cálculo do índice de solvabilidade.

Em 30 de junho - R$ mil 31 a 180 dias

DÍVIDAS SUBORDINADAS Em 30 de junho - R$ mil

OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS E REPASSES a) Obrigações por empréstimos

1 a 30 dias

BRADESCO MÚLTIPLO Fiscais e PreTrabalhista Cível videnciárias (1)

No início do período ................................................ 1.267.579 872.429 5.084.445 1.138.275 347.355 1.888.758 Atualização monetária ............................................ 77.360 10.297 192.474 75.814 – 84.716 Constituições .......................................................... 131.318 169.093 810.568 107.385 141.799 698.585 Reversões ............................................................... (4.741) (15.366) (9.300) – – (9.300) Saldo adquirido/cedido ........................................... – (1.951) – – – – Pagamentos ............................................................ (226.968) (162.203) (31.522) (202.098) (83.279) (2.963) No final do período .................................................. 1.244.548 872.299 6.046.665 1.119.376 405.875 2.659.796 (1) Compreende, substancialmente, obrigações legais. c) Passivos Contingentes classificados como perdas possíveis A Organização Bradesco mantém um sistema de acompanhamento para todos os processos administrativos e judiciais em que a instituição figura como “autora” ou “ré” e amparada na opinião dos assessores jurídicos classifica as ações de acordo com a expectativa de insucesso. Neste contexto os processos contingentes avaliados como de risco de perda possível não são reconhecidos contabilmente, sendo o principal relacionado ao ISSQN de empresas de Arrendamento Mercantil, no montante de R$ 130.942 mil, em que se discute a exigência do referido tributo por municípios outros que não aqueles onde as empresas estão instaladas para os quais o tributo é recolhido na forma da lei.

351.775 217.585 – – 569.360

Securitização do fluxo futuro de ordens de pagamentos recebidos do exterior .............................. Total ......................................................................... Securitização do fluxo futuro de recebíveis de faturas de cartão de crédito de clientes residentes no exterior ................................................................... 10.7.2003 800.818 15.6.2011 5,684 350.318 484.651 Total ......................................................................... 800.818 350.318 484.651 e) Despesas com operações de captação do mercado e atualização e juros de provisões técnicas de seguros, previdência e capitalização Semestres findos em 30 de junho - R$ mil BRADESCO CONSOLIDADO BRADESCO MÚLTIPLO 2007 2006 2007 2006 Depósitos de poupança ................................................................................................... Depósitos a prazo ............................................................................................................ Captações no mercado aberto ......................................................................................... Recursos de emissão de títulos ...................................................................................... Alocação da variação cambial das agências e controladas no exterior ........................ Outras despesas de captação ......................................................................................... Subtotal ............................................................................................................................ Despesas de atualização e juros de provisões técnicas de seguros, previdência e capitalização ................................................................................................................. Total ..................................................................................................................................

BRADESCO CONSOLIDADO Fiscais e PreTrabalhista Cível videnciárias (1)

2006

Títulos e valores mobiliários - País: • Aceites cambiais ........................ 800 945 162 5.020 6.927 – – – • Letras hipotecárias ...................... 74.278 635.951 160.843 4.082 875.154 845.233 861.333 826.912 • Debêntures (1) ............................. – 49.154 – 2.552.100 2.601.254 2.615.059 – – Subtotal ......................................... 75.078 686.050 161.005 2.561.202 3.483.335 3.460.292 861.333 826.912 Títulos e valores mobiliários Exterior: (2) • Eurobonds ................................... – – – – – 428.798 – 432.940 • Euronotes .................................... – – – – – 2.281 – 2.281 • MTN Program Issues ................... 82.629 561.285 582.989 225.961 1.452.864 1.255.658 1.462.639 1.276.044 • Securitização do fluxo futuro de ordens de pagamentos recebidos do exterior (d) ............................... 4.509 52.493 53.758 1.247.871 1.358.631 569.360 1.358.631 569.360 • Securitização do fluxo futuro de recebíveis de faturas de cartão de crédito de clientes residentes no exterior (d) .................................... 948 42.404 43.617 263.349 350.318 484.651 350.318 484.651 Subtotal ......................................... 88.086 656.182 680.364 1.737.181 3.161.813 2.740.748 3.171.588 2.765.276 Total em 2007 ................................ 163.164 1.342.232 841.369 4.298.383 6.645.148 4.032.921 % .................................................... 2,4 20,2 12,7 64,7 100,0 Total em 2006 ................................ 186.023 1.240.046 404.924 4.370.047 6.201.040 3.592.188 % .................................................... 3,0 20,0 6,5 70,5 100,0 (1) Refere-se à parcela de emissões de debêntures simples não conversíveis em ações da Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil com vencimento em 1o de maio de 2011 remunerados em 102% do Certificado de Depósito Interfinanceiro - CDI, cuja parcela relativa aos juros é classificada no curto prazo; e (2) Representados por recursos captados em bancos no exterior, sendo emissão de títulos no mercado internacional e Resolução no 2.770 do CMN, para: (i) repasses a clientes locais, com vencimentos até 2011, não excedendo o prazo de vencimento dos recursos captados e sujeitos a encargos financeiros pagos correspondentes à libor acrescida de spread ou juros prefixados; e (ii) aplicação em operações comerciais de câmbio, de compra e venda de moedas estrangeiras, relativas a desconto de letras de exportação, pré-financiamento à exportação e financiamento à importação, substancialmente a curto prazo. d) Desde 2003, a Organização Bradesco utiliza determinados acordos para otimizar suas atividades de captação e administração de liquidez por meio de Entidades de Propósito Específico (EPEs). Essas EPEs denominadas Brazilian Merchant Voucher Receivables Limited e International Diversified Payment Rights Company são financiadas com obrigações de longo prazo e são liquidadas por meio do fluxo de caixa futuro dos ativos correspondentes, que basicamente compreendem: (i) Fluxos de ordem de pagamento atuais e futuros remetidos por pessoas físicas e jurídicas localizadas no exterior para beneficiários no Brasil pelos quais o Banco atua como pagador; e (ii) Fluxos atuais e futuros de recebíveis de cartões de crédito oriundos de gastos realizados no território brasileiro por portadores de cartões de crédito emitidos fora do Brasil. Os títulos de longo prazo emitidos pelas EPEs e vendidos a investidores serão liquidados com os recursos oriundos dos fluxos das ordens de pagamento e das faturas de cartão de crédito. O Bradesco é obrigado a resgatar os títulos em casos específicos de inadimplência ou encerramento das operações das EPEs. Os recursos provenientes da venda dos fluxos atuais e futuros de ordens de pagamento e recebíveis de cartões de crédito, recebidos pelas EPEs, devem ser mantidos em conta bancária específica até que seja atingido um determinado nível mínimo. Demonstramos a seguir as principais características das notas emitidas pelas EPEs: Em 30 de junho - R$ mil Total Valor da Remuneração Emissão operação Vencimento % a.a. 2007 2006 20.8.2003 28.7.2004 11.6.2007 11.6.2007

2007

BRADESCO MÚLTIPLO

2006

2007

Em 30 de junho - R$ mil SEGUROS Saúde (1) ....................................... Auto/RCF ....................................... Dpvat ............................................. Vida ............................................... Ramos elementares ...................... Plano Gerador de Benefícios Livres PGBL ............................................ Vida Gerador de Benefícios Livres VGBL ........................................... Planos tradicionais ....................... Capitalização ................................ Total das Provisões Técnicas ....... (1) Vide Nota 21a item 3. c) Garantias das provisões técnicas

VIDA E PREVIDÊNCIA

CAPITALIZAÇÃO

2007

2006

2007

– – 114.423 1.829.785 –

– – 92.408 1.327.550 –

TOTAL

2007 2.743.924 1.740.629 76.716 37.141 528.956

2006 1.795.664 1.665.280 173.208 33.254 478.035

2006

8.697.886

7.291.906

8.697.886

7.291.906

– – – 5.127.366

– – – 4.145.441

21.059.117 13.707.793 – 45.409.004

15.390.875 13.471.372 – 37.574.111

– – 2.363.144 2.363.144

– – 2.226.986 2.226.986

21.059.117 13.707.793 2.363.144 52.899.514

15.390.875 13.471.372 2.226.986 43.946.538

– – – – –

– – – – –

2007 2.743.924 1.740.629 191.139 1.866.926 528.956

2006 1.795.664 1.665.280 265.616 1.360.804 478.035

Em 30 de junho - R$ mil SEGUROS 2007

2006

VIDA E PREVIDÊNCIA

CAPITALIZAÇÃO

2007

2007

2006

Cotas de fundos de investimento (VGBL e PGBL) ........................... – – 29.757.003 22.682.781 Cotas de fundos de investimento (exceto VGBL e PGBL) .............. 4.728.747 3.610.202 11.432.682 10.299.075 Títulos públicos ............................. 72.435 172.587 2.355.166 3.412.487 Títulos privados ............................. 2.591 16.240 464.237 479.669 Ações ............................................ 1.517 1.543 1.437.738 685.665 Direitos creditórios ........................ 481.775 440.175 – – Imóveis .......................................... 11.236 16.948 – 1.289 Depósitos retidos no IRB e depósitos judiciais ............................. 43.740 67.353 47.177 36.262 Total das Garantias das Provisões Técnicas ...................................... 5.342.041 4.325.048 45.494.003 37.597.228 d) Prêmios retidos de seguros, contribuições de planos de previdência e títulos de capitalização

TOTAL

2006

2007

2006

29.757.003

22.682.781

2.136.131 – 117.420 158.964 – 10.731

2.036.630 141 98.653 140.648 – 10.996

18.297.560 2.427.601 584.248 1.598.219 481.775 21.967

15.945.907 3.585.215 594.562 827.856 440.175 29.233

90.917

103.615

2.423.246

2.287.068

53.259.290

44.209.344

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Prêmios emitidos ................................................................................................................................................... Contribuições de previdência complementar (inclui VGBL) .................................................................................. Receitas com títulos de capitalização .................................................................................................................. Prêmios de cosseguros cedidos ........................................................................................................................... Prêmios restituídos ................................................................................................................................................ Prêmios emitidos líquidos ..................................................................................................................................... Prêmios resgatados ............................................................................................................................................... Prêmios de resseguros cedidos, consórcios e fundos ......................................................................................... Prêmios retidos de seguros, planos de previdência e capitalização ................................................................. 22)

4.611.339 4.670.369 744.764 (106.362) (64.254) 9.855.856 (2.088.390) (318.827) 7.448.639

PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA NAS CONTROLADAS Em 30 de junho - R$ mil 2006

2007 Indiana Seguros S.A. .................................................................................................................................................... Banco Alvorada S.A. .................................................................................................................................................... Baneb Corretora de Seguros S.A. ................................................................................................................................. BEC S.A. (1) .................................................................................................................................................................. Outros minoritários ........................................................................................................................................................ Total ............................................................................................................................................................................... (1) Aquisição de ações de acionistas minoritários do BEC S.A. no 3o trimestre de 2006. 23)

4.386.648 3.693.700 665.568 (40.943) (59.258) 8.645.715 (1.580.078) (319.997) 6.745.640

52.323 6.327 3.486 – 421 62.557

44.463 5.829 3.209 1.408 146 55.055

2007 1.000.866.112 1.001.454.936 2.002.321.048 (780.800) (372.800) 2.001.167.448

Em 30 de junho 2006 489.914.304 489.908.838 979.823.142 (597.500) (400) 979.225.242

PATRIMÔNIO LÍQUIDO (CONTROLADOR) a) Composição do capital social em ações O capital social, totalmente subscrito e integralizado, é dividido em ações nominativas-escriturais, sem valor nominal.

Ordinárias ............................................................................................................................................................... Preferenciais .......................................................................................................................................................... Subtotal .................................................................................................................................................................. Em tesouraria (ordinárias) ...................................................................................................................................... Em tesouraria (preferenciais) ................................................................................................................................. Total em circulação ................................................................................................................................................

CONTINUA


Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

1

600

sentenças são favoráveis ao pagamento da contribuição apenas no Estado de São Paulo

DECISÃO DE MINISTROS DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA OBRIGA SETOR A CONTRIBUIR. AINDA CABE RECURSO.

SISTEMA S: SERVIÇOS DEVEM PAGAR Sílvia Pimentel

A

s empresas prestadoras de serviços d e v e m re c o l h e r 2,5% sobre a folha de salários ao Serviço Social do Comércio (Sesc) e ao Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), entidades que compõem o chamado Sistema S. Essa foi a decisão da primeira turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que analisou, ontem, o recurso interposto pela Bolsa de Telefones S/C Ltda. Na ação, a empresa pleiteava a isenção do pagamento da contribuição. A discussão sobre a obrigatoriedade das empresas de serviço contribuírem com o Sistema S foi iniciada no STJ nos anos 1990. Em 2001, os minis-

tros da corte decidiram pela legalidade da cobrança. Com o julgamento do recurso, advogados tributaristas esperavam reverter esse entendimento, apostando na mudança de diversos integrantes do STJ nos últimos anos. De acordo com o advogado de defesa do Senac, Roberto Moreira da Silva Lima, apesar de não ser definitiva, a decisão é importante, pois reforça decisões dos tribunais inferiores sobre o assunto. Só no Estado de São Paulo, calcula o advogado, são cerca de 600 sentenças favoráveis ao pagamento da contribuição. "Não é justo os prestadores de serviços deixarem de pagar, pois podem usufruir das benesses e de todas atividades desenvolvidas pelas duas entidades", conclui.

SP aprova projeto que devolve imposto ao cidadão Sérgio Kapustan

O

s deputados estaduais paulistas aprovaram ontem projeto do governador José Serra (PSDB) que devolve ao bolso do consumidor (pessoa física ou jurídica) até 30% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) recolhido pelo estabelecimento comercial em que ele fez a compra. O objetivo é combater a sonegação e diminuir a carga tributária . Segundo o secretário-adjunto da Fazenda George Tormin, a lei denominada Programa de Estímulo à Cidadania Fiscal no Estado de São Paulo pode render aos cofres públicos de R$ 4 a R$ 13 bilhões. Para ganhar os créditos, o consumidor deve exigir do comerciante o cupom, a nota fiscal tradicional ou a eletrônica e informar o número de seu CPF ou CNPJ.

A empresa deverá entregar ao cliente o cupom ou emitir a nota fiscal eletrônica diretamente no site da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo. O consumidor escolherá a forma de receber os créditos: em depósito na conta corrente, para abater o valor da fatura do cartão de crédito, pagar o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) – somente na cota-parte do estado – ou até transferir o valor dos créditos para terceiros. A lei foi criticada por deputados de oposição – PT e PSol votaram contra – e por representantes do setor de supermercados. No entendimento deles, o pequeno comércio vai perder clientes para as grandes redes porque vende basicamente produtos da cesta básica, que têm isenção de ICMS, e não dispõe de recursos para comprar o equipamento eletrônico para fazer a operação.

CPMF

Fabio Pozzebom/ABr/25/5/2007

Governo monta uma força-tarefa para garantir prorrogação

O

governo montou uma verdadeira operação de guerra para aprovar no Congresso Nacional a prorrogação tanto da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) como da Desvinculação das Receitas da União (DRU), previstas para terminar em dezembro. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendeu, na noite de terça-feira, em São Paulo, a continuidade da cobrança da CPMF, alegando que o fim do tributo poderá levar à suspensão de vários programas sociais mantidos pelo governo. O ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, por sua vez, afirmou ontem não ver possibilidade de extinção da contribuição porque "vamos trabalhar para ela ser aprovada." Os dois representantes do governo Lula ignoraram solenemente os vários movimentos da sociedade civil que defendem ou a pura extinção da CPMF ou, na pior das hipóteses, a cobrança meramente simbólica, transformando o tributo em apenas mais arma contra a sonegação.

"Se o governo abrir mão desses recursos, terá de suspender algum tipo de programa social ou investimento", afirmou Mantega. Segundo ele, a contribuição gera uma arrecadação de cerca de R$ 37 bilhões por ano. Constitucionalmente, cerca de R$ 15 bilhões vão para a saúde; R$ 8 bilhões, para o Fundo da Pobreza (que paga parte do Bolsa Família); R$ 8 bilhões, para a Previdência; e o restante é utilizado pelo governo de diversas formas. Depois de participar da entrega do prêmio Maiores e Melhores da revista Exame no Teatro Alfa, Mantega disse que pretende convencer senadores e deputados federais a manter a cobrança da CPMF. "Procurarei convencer os parlamentares da necessidade de não acabar nem reduzir a contribuição. Se for para mexer em algum tributo, deveríamos diminuir os incidentes sobre a folha de pagamentos, que teria repercussão melhor para o País", disse. Para Mantega, a alíquota da CPMF poderá ser reduzida, mas não agora. "Acho que, no futuro, poderemos diminuir a contribuição. No momento,

Mares Guia faz parte do esforço de convencer os parlamentares

acho mais importante cortar outros tributos que têm importância maior para o crescimento da economia". Parte do sistema – Já Mares Guia alegou que a CPMF foi incorporada ao sistema tributário brasileiro e "é hoje uma designação constitucional". A afirmação foi feita ao chegar ao Ministério da Fazenda, onde foi discutir a estratégia a ser adotada pelos governistas com o ministro Mantega. Mares Guia explicou ainda que uma possível repartição

da arrecadação da CPMF com estados e municípios não pode ser adotada sem se discutir a destinação dos recursos. "Essa receita tem alocação pertinente, determinada pela Constituição. Não pode, sem mais delongas, ser repartida ao belprazer desta ou daquela pessoa", afirmou. Mares Guia garante que a prorrogação da CPMF e a Desvinculação das Receitas da União serão aprovadas pelo Congresso a tempo de valerem a partir do próximo ano. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - ECONOMIA/LEGAIS

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Bankpar Arrendamento Mercantil S.A. CNPJ no 27.098.060/0001-45 - NIRE 35.300.151.372 Extrato da Ata da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 4 de junho de 2007

Bradesco Seguros S.A. CNPJ no 33.055.146/0001-93 - NIRE 35.300.329.091 Grupo Bradesco de Seguros e Previdência Extrato da Ata da 113a Assembléia Geral Extraordinária realizada em 24.7.2006

Data, Hora e Local: Aos 4 dias do mês de junho de 2007, às 11h, na sede social, Calçada dos Mirtilos, 33, 1o piso, Centro Comercial de Alphaville, Barueri, SP. Presença: Totalidade do Capital Social. Constituição da Mesa: Presidente:ArnaldoAlves Vieira; Secretário: MiltonAlmicar Silva Vargas. Convocação: Dispensada (§ 4o do Artigo 124 da Lei no 6.404/76). Deliberações: a) registrado o pedido de renúncia ao cargo de Diretor da Sociedade, formulado pelo senhor Evanir Coutinho Ussier, em carta desta data, consignando-se, nesta oportunidade, agradecimentos pelos serviços prestados durante sua gestão; b) aprovada a proposta da Diretoria para alterar o Estatuto Social nos Artigos 7o e 10, reduzindo de 4 (quatro) para 3 (três) o número mínimo e de 11 (onze) para 10 (dez) o número máximo de cargos na Diretoria, com a extinção do cargo de Diretor sem designação especial, passando a vigorar com as seguintes redações: “Art. 7o) A Sociedade será administrada por uma Diretoria, eleita pela Assembléia Geral, com mandato de 1 (um) ano, composta de 3 (três) a 10 (dez) membros, sendo 1 (um) Diretor-Presidente; de 1 (um) a 8 (oito) Diretores Vice-Presidentes e 1 (um) Diretor Gerente. Art. 10) Além das atribuições normais que lhe são conferidas pela lei e por este Estatuto, compete especificamente a cada membro da Diretoria: a) ao Diretor-Presidente, presidir as reuniões da Diretoria, supervisionar e coordenar a ação dos seus membros; b) aos Diretores Vice-Presidentes, colaborar com o Diretor-Presidente, no desempenho das suas funções; c) ao Diretor Gerente, o desempenho das funções que lhe forem atribuídas, reportando-se ao Diretor-Presidente e aos Diretores Vice-Presidentes.”. Declaração: Declaramos para os devidos fins que a Ata da referida Assembléia encontra-se lavrada em livro próprio, homologada pelo Banco Central do Brasil e arquivada conforme segue: “Secretaria da Fazenda Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob número 264.886/07-0, em 30.7.2007. a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.”. Bankpar Arrendamento Mercantil S.A. aa) Milton Almicar Silva Vargas e Norberto Pinto Barbedo.

Data, Hora e Local: Aos 24 dias do mês de julho de 2006, às 10h, na sede social, Avenida Paulista, 1.415, parte, Bela Vista, São Paulo, SP. Quorum: Totalidade do Capital Social. Mesa: Presidente: Luiz Carlos Trabuco Cappi; Secretário: Samuel Monteiro dos Santos Júnior. Convocação: Dispensada (§ 4o do Artigo 124 da Lei no 6.404/76). Deliberação: eleito Diretor Geral de Tecnologia, com mandato coincidente com o dos demais membros da Diretoria, até 28.3.2007, o senhor Aurélio Conrado Boni, brasileiro, casado, bancário, RG 4.661.428/SSP-SP, CPF 191.617.008/00, com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, indicado para exercer a função em 28.3.2006, cujo nome será levado à aprovação da Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, após o que tomará posse de seu cargo, sendo que permanecerá em suas funções até que a Diretoria a ser eleita no ano de 2007 receba a homologação da Superintendência de Seguros Privados – SUSEP e seja a Ata arquivada na Junta Comercial e publicada. Em conseqüência, a Diretoria da Sociedade fica assim composta: Diretor-Presidente – Luiz Carlos Trabuco Cappi; Diretor Geral de Tecnologia: Aurélio Conrado Boni; Diretor Administrativo e Financeiro: Samuel Monteiro dos Santos Júnior; Diretores Gerentes: Luiz Tavares Pereira Filho, Marcos Suryan Neto e Ivan Luiz Gontijo Júnior; Diretor: Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa. Declaração: Declaramos para os devidos fins que a Ata da referida Assembléia encontra-se lavrada no livro próprio, homologada pela Superintendência de Seguros Privados – SUSEP e arquivada conforme segue: “Secretaria da Fazenda – Junta Comercial do Estado de São Paulo – Certifico o registro sob o número 260.312/07-1, em 20.7.2007. a) Cristiane da Silva F. Corrêa – Secretária Geral. Bradesco Seguros S.A. aa) Marcos Suryan Neto e Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa.

Banco Bradesco S.A. CNPJ no 60.746.948/0001-12 - NIRE 35.300.027.795 Companhia Aberta Assembléia Geral Extraordinária Edital de Convocação Convidamos os senhores acionistas desta Sociedade a se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária, a ser realizada no próximo dia 24 de agosto de 2007, às 17h, na sede social, Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, no Salão Nobre do 5o andar, Prédio Novo, a fim de: I. examinar propostas do Conselho de Administração para: 1. incorporar a totalidade das ações representativas do Capital Social do Banco BMC S.A. (BMC) ao Banco Bradesco S.A. (Bradesco), convertendo o BMC em subsidiária integral do Bradesco, de conformidade com o disposto nos Artigos 224, 225 e 252 da Lei no 6.404/76, mediante: a)

ratificação da nomeação das Patrimônios das Sociedades;

empresas

avaliadoras

dos

b)

exame e aprovação do “Instrumento de Protocolo e Justificação de Incorporação da Totalidade das Ações Representativas do Capital Social do Banco BMC S.A.”, bem como dos Laudos de Avaliação dos Patrimônios das Sociedades;

c) aumento do Capital Social do Bradesco, no valor de R$789.559.000,00, elevando-o de R$18.000.000.000,00 para R$18.789.559.000,00, mediante a emissão de 18.599.132 novas ações nominativas-escriturais, sem valor nominal, sendo 9.299.618 ordinárias e 9.299.514 preferenciais, na proporção de 0,086331545 fração de ação do Bradesco para cada ação do BMC, a serem atribuídas aos acionistas do BMC, sendo 0,043166014 fração de ação ordinária e 0,043165531 fração de ação preferencial, com a conseqüente alteração do “caput” do Artigo 6o do Estatuto Social; 2. aumentar o Capital Social do Bradesco em R$210.441.000,00, elevando-o para R$19.000.000.000,00, mediante a capitalização de parte do saldo da conta “Reserva de Lucros - Reserva Legal”, sem emissão de ações, de acordo com o Parágrafo Primeiro do Artigo 169 da Lei no 6.404/76, com a conseqüente alteração do “caput” do Artigo 6o do Estatuto Social; 3. alterar parcialmente o Estatuto Social, formalizando a instituição de Ouvidoria, já existente na Sociedade, em atendimento à Resolução no 3.477, de 26.7.2007, do Conselho Monetário Nacional; no Artigo 9o, aprimorando a redação da letra “e”, e incluindo na letra “p” a figura do Ouvidor; no Artigo 13, especificando as situações em que a Sociedade poderá ser representada isoladamente por Membro da Diretoria ou Procurador; e no Artigo 24, elevando de 8 (oito) para 9 (nove) o número de membros do Comitê de Conduta Ética;

Embaúba Holdings Ltda. CNPJ no 07.436.414/0001-07 - NIRE 35.221.205.259 Extrato do Instrumento Particular de Alteração do Contrato Social - 3a Alteração - 28.6.2007

BRASMOTOR S.A. CNPJ/MF 61.084.984/0001-20

Companhia Aberta

NIRE 35300026667

ATA DA REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DE 06 DE JULHO DE 2007 DATA: 06 de julho de 2007, às 16:00 horas. LOCAL: Sede Social, na Avenida das Nações Unidas, n.º 12.995, 32º andar, sala 03, São Paulo, SP. PRESENÇA: Maioria dos membros do Conselho de Administração da Companhia. MESA: Sr. Paulo Frederico Meira de Oliveira Periquito, Presidente; Paula Maria Hashimoto Hirata, Secretária. ORDEM DO DIA: Substituição do Diretor de Relações com Investidores. DELIBERAÇÃO: Nos termos do Estatuto Social, procedeu-se a eleição do Sr. ENRICO ZITO, brasileiro, casado, administrador de empresas, portador da Cédula de Identidade RG nº 4.507.926.2-SSP/SP, inscrito no CPF/MF sob o nº 090.356.638-96, como DIRETOR DE RELAÇÕES COM INVESTIDORES, nos termos do artigo 5º da Instrução CVM nº 202/93, alterada pela Instrução CVM nº 309/99 e da Instrução CVM nº 358/02 alterada pela Instrução CVM nº 449/07, com prazo de gestão até a realização da Assembléia Geral Ordinária, que aprovar o balanço e as demonstrações financeiras do exercício social de 2008, em substituição ao Sr. JOÃO CARLOS COSTA BREGA, brasileiro, separado, administrador de empresas, portador da Cédula de Identidade RG nº 9.185.345-SSP/SP, inscrito no CPF/MF sob nº 048.506.488-00, com endereço comercial na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Av. das Nações Unidas, 12.995, 32º andar, que apresentou sua renúncia no dia 02 de julho de 2007. Antes do encerramento dos trabalhos, o Presidente da mesa, em nome da administração, solicitou que fosse registrado uma nota de agradecimento ao Sr. João Carlos Costa Brega, pela importante colaboração prestada a esta Companhia durante vários anos. ENCERRAMENTO E LAVRATURA: Nada mais havendo a tratar, foi lavrada a presente que, depois de lida e aprovada, foi por todos os presentes assinada. São Paulo, 06 de julho de 2007. CONSELHEIROS: Paulo Frederico Meira de Oliveira Periquito e Ernesto Heinzelmann. MESA: Paulo Frederico Meira de Oliveira Periquito, Presidente, Paula Maria Hashimoto Hirata, Secretária. A presente é cópia fiel da Ata, lavrada em forma de sumário, no Livro próprio. Paula Maria Hashimoto Hirata - Secretária. CERTIDÃO: Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob nº 269.959/07-5, em 07/08/2007 - Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

Publicidade - 11 3244-3643

Pelo presente Instrumento Particular, Banco Boavista Interatlântico S.A., com sede na Cidade de Deus, Prédio Novíssimo, 4o andar, Vila Yara, Osasco, SP, CNPJ no 33.485.541/0001-06, NIRE 35.300.188.501; Banco Alvorada S.A., com sede na Cidade de Deus, Prédio Novíssimo, 4o andar, Vila Yara, Osasco, SP, CNPJ no 33.870.163/0001-84, NIRE 35.300.329.619; e Banco Bradesco S.A., com sede na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, CNPJ no 60.746.948/0001-12, NIRE 35.300.027.795, representados por seus Diretores, senhores Sérgio Socha, brasileiro, casado, bancário, RG 208.855-0/SSP-SC, CPF 133.186.409/72, e José Luiz Acar Pedro, brasileiro, casado, bancário, RG 5.592.741/SSP-SP, CPF 607.571.598/34, ambos com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP; e Bradesco SegPrev Investimentos Ltda., com sede na Cidade de Deus, Prédio Novíssimo, 4o andar, Vila Yara, Osasco, SP, CNPJ no 07.394.162/0001-09, NIRE 35.219.883.211, representada por seus Diretores, senhores Ivan Luiz Gontijo Júnior, brasileiro, casado, advogado, Registro no 44.902/OAB, CPF 770.025.397/87, e Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa, brasileiro, casado, contador, CRC RJ-075823/0-9, CPF 756.039.427/20, ambos com domicílio na Avenida Paulista, 1.415, parte, Bela Vista, São Paulo, SP, Sócios-Cotistas representando a totalidade do Capital Social da Embaúba Holdings Ltda., com sede na Cidade de Deus, Prédio Novíssimo, 4o andar, Vila Yara, Osasco, SP, CNPJ no 07.436.414/ 0001-07, NIRE 35.221.205.259, deliberam, por unanimidade: 1) reduzir o Capital Social em R$682.413.639,00, por julgá-lo excessivo, de conformidade com o disposto no Artigo 173 da Lei no 6.404/76, alterando-o de R$1.127.664.910,00 para R$445.251.271,00 com o cancelamento de 682.413.639 cotas, e com pagamento em moeda corrente nacional, proporcionalmente à participação dos Sócios-Cotistas; 2) em conseqüência do item anterior, o “caput” e o Parágrafo Primeiro da Cláusula Quarta do Contrato Social, passam a vigorar com as seguintes redações: “Cláusula Quarta - O Capital Social é de R$445.251.271,00 (quatrocentos e quarenta e cinco milhões, duzentos e cinqüenta e um mil, duzentos e setenta e um reais), dividido em 445.251.271 (quatrocentos e quarenta e cinco milhões, duzentas e cinqüenta e uma mil, duzentas e setenta e uma) cotas, do valor nominal de R$1,00 (um real) cada uma, totalmente integralizado. Parágrafo Primeiro - O Capital Social encontra-se assim distribuído entre os sócios: Cotistas Qtd. Cotas Vr. R$ Banco Boavista Interatlântico S.A. 371.813.856 371.813.856,00 Bradesco SegPrev Investimentos Ltda. 54.762.016 54.762.016,00 Banco Alvorada S.A. 15.055.245 15.055.245,00 Banco Bradesco S.A. 3.620.154 3.620.154,00 Total 445.251.271,00” 445.251.271 Cidade de Deus, Osasco, SP, 28 de junho de 2007 - Sócios-Cotistas: Banco Boavista Interatlântico S.A.; Banco Alvorada S.A.; e Banco Bradesco S.A., representados por seus Diretores senhores Sérgio Socha e José Luiz Acar Pedro; Bradesco SegPrev Investimentos Ltda., representada por seus Diretores senhores Ivan Luiz Gontijo Júnior e Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa. Testemunhas:Ariovaldo Pereira - RG 5.878.122/ SSP-SP - CPF 437.244.508-34; Dagilson Ribeiro Carnevali - RG 10.145.653/SSP-SP - CPF 032.509.788/ 76.

FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR PREGÃO Nº 046/2007- FAMESP/HEB PROCESSO Nº 279/2007 – FAMESP/HEB REGISTRO DE PREÇOS Nº 033/2007- FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 9 à 21 de agosto de 2007, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli s/n, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680–ramal 111FAX(0xx14)3882-1885–ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/ HospitalEstadualBauru, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL Nº 046/2007- FAMESP/HEB, PROCESSO Nº 0279/2007 - FAMESP/HEB, REGISTRO DE PREÇOS Nº 033/2007- FAMESP/ HEB, que tem como objetivo o REGISTRO DE PREÇOS PARA AQUISIÇÃO DE MATERIAIS MÉDICO-HOSPITALARES (ESCOVA GINECOLÓGICA, CAIXA COLETORA, CATÉTER, ETC), PARA O HOSPITAL ESTADUAL BAURU, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação será realizada no dia 4 de setembro de 2007, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras do Hospital Estadual Bauru, Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, nº 1-100 – Jardim Santos Dumont, Município de Bauru, Estado de São Paulo. Botucatu, 8 de agosto de 2007. Prof. Dr. Shoiti Kobayasi - Diretor Vice-Presidente - FAMESP.

4. consolidar o Estatuto Social, a mencionadas nos itens anteriores.

fim

de

refletir

as

propostas

II. optar pela utilização de demonstrações financeiras consolidadas no Bradesco, na apuração dos limites operacionais de que trata o Artigo 1o da Resolução no 2.283, de 5.6.96, do Conselho Monetário Nacional, englobando todas as empresas financeiras controladas pelo BMC. Documentos à Disposição dos Acionistas: este Edital de Convocação, as Propostas do Conselho de Administração, o “Instrumento de Protocolo e Justificação de Incorporação da Totalidade das Ações Representativas do Capital Social do Banco BMC S.A.” e seus anexos encontram-se à disposição dos acionistas no Departamento de Ações e Custódia do Bradesco, Instituição Financeira Depositária das Ações da Sociedade, Cidade de Deus, Prédio Amarelo, Vila Yara, Osasco, SP, podendo inclusive ser visualizados no site www.bradesco.com.br - seção Governança Corporativa - Documentos Societários. Cidade de Deus, Osasco, SP, 8 de agosto de 2007 Lázaro de Mello Brandão Presidente do Conselho de Administração 9, 10 e 14.08.07

Quer falar com 26.000 empresários de uma só vez?

PUBLICIDADE Fone: 11 3244-3344 Fax: 11 3244-3894 FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 8 de agosto de 2007, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

Requerente: Pires do Rio – CITEP Com. e Ind. de Ferro e Aço Ltda. - Requerido: Servelev Elevadores Comércio e Engenharia Ltda. - Rua dos Pescadores, 100 - 1ª Vara de Falências Requerente: Multimex S.A. - Requerido: Confecções Parrala Ltda. EPP - Rua Barão de Ladário, 845 - 847 - 2ª Vara de Falências


O governo devolve à sociedade o que arrecada

Ernesto Rodrigues/AE

Os empresários explodiram em gargalhadas na premiação das 'Melhores e Maiores', no Alfa. Mantega falou que o Leão devoraria parte do grande lucro anunciado pelos bancos. E diante de visível malestar na platéia, emendou: o imposto será devolvido à sociedade. E 6

Ano 83 - Nº 22.435

São Paulo, quinta-feira, 9 de agosto de 2007

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição concluída às 23h50

w w w. d co m e rc i o. co m . b r

Da Nicarágua, presidente manda recado: "Esse caso não pode ficar a vida inteira dependendo dos discursos políticos". Página 4

Cupom fiscal. E o ICMS de volta.

Jobim fala de tudo Quer mais espaço nos aviões, questiona a Anac, exige vôos na hora certa... Pág. 3

Deputados aprovam projeto do governador José Serra. Economia 1

Uéslei Marcelino/Folha Imagem

O QUE MAIS CRESCE EM SP

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C idades PARA 'NÓIAS', DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

1 O usuário de droga procura o traficante. E ali (na Cracolândia) ele o encontra, infelizmente. Andrea Matarazzo

Fotos de Andrei Bonamin/Luz

CRACOLÂNDIA AINDA É PARAÍSO Apesar de ações da Prefeitura, dependentes de drogas voltam a invadir a região Ivan Ventura

A

região recém-batizada de Nova Luz, um conjunto de ruas que compreende os bairros da Luz e Campos Elíseos, no Centro da cidade, voltou a ser a velha e triste Cracolândia. Essa metamorfose (ou regressão) foi constatada no início desta semana, com o retorno maciço dos "nóias" (usuários de drogas, a maioria viciados em crack) ao quadrilátero formado pelas avenidas Duque de Caxias e São João e as alamedas Cleveland e Nothman e que emoldura 13 ruas. A reportagem do Diário do Comércio circulou por ruas da Luz e Campos Elíseos e constatou a volta dos "nóias", que, às dezenas, consomem pedras de crack em plena luz do dia. Na área, os dependentes da droga (homens, mulheres, jovens, idosos e até crianças) acendiam cachimbos com o crack sem o menor constrangimento. A presença de pedestres não os intimida. Depois de consumir a droga, alguns deles deitavam-se e adormeciam no chão. Escudo – A situação mais grave foi flagrada na rua Helvetia, próximo à avenida São João. Um grupo de pelo menos 15 pessoas se espremia na estreita calçada da rua para consumir o crack. Explicar o grande número de usuários da droga num mesmo local não foi difícil: o grupo usou um caminhão estacionado como escudo, ficando, de alguma forma, longe dos olhos de quem passava a pé ou de automóvel pela rua. Em um bar na avenida Cásper Líbero, próximo à estação Luz do Metrô, uma outra situação envolvendo um usuário de drogas. Um homem não identificado, de estatura mediana e aparentando ter entre 30 e 35 anos, pede para usar o banheiro de um estabelecimento comercial. O balconista percebe o cachimbo na mão do usuário e nega o uso do banheiro. Resmungando, o homem decide ir embora. Nesse momento, o funcionário do bar dispara. “É sempre assim. Esses viciados querem usar o banheiro do bar para fumar pedra”. O retorno do velho problema da Cracolândia, ou seja, o tráfico e o consumo de drogas, coloca em dúvida a eficiência das três operações denomina-

O cenário na Luz é o mesmo de meses atrás: usuários de drogas, especialmente de crack, se reúnem em grupos e, com seus cachimbos, fumam o entorpecente. O crack tem efeito rápido e devastador. Entre os dependentes, homens, mulheres, jovens, idosos e até crianças. Para o secretário Andrea Matarazzo, "a Prefeitura faz a sua parte: encaminha o usuário para centros de desintoxicação. No entanto, não podemos obrigá-los a permanecer nesses locais e muitos voltam às ruas”.

das Nova Luz (conduzidas pelas policias Civil e Militar, agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e fiscais da Prefeitura, entre outros órgãos municipais), realizadas este ano e que tiveram a busca de uma solução para a questão do usuário de drogas como um dos objetivos. Balanço – A última dessas ações teve início no dia 23 de maio e encerrou-se no dia 29 de junho. No total, 80 pessoas foram presas em flagrante, 34 procurados pela Justiça foram recapturados, 10 armas foram apreendidas, 4 mil pessoas foram encaminhadas a abrigos da Prefeitura de São Paulo e 84 adolescentes foram encaminhados ao Centro de Referência da Criança e Adolescente.

Além disso, 250 estabelecimentos comerciais passaram pelo crivo da fiscalização. O secretário municipal das Subprefeituras, Andrea Matarazzo, defendeu ontem as ações da força-tarefa e disse que resolver a questão do usuário de drogas depende da vontade do viciado de querer largar as drogas. “A Prefeitura faz a sua parte: encaminha o usuário de droga para centros de desinto-

xicação. No entanto, não podemos obrigá-los a permanecer nesses locais e muitos deles acabam retornando para as ruas”, disse. “Além do mais, o usuário de droga procura o traficante. E ali ele o encontra, infelizmente”, comentou Matarazzo. Longo prazo – O tenente PM Emerson Massera Ribeiro, do Comando de Policiamento da Capital, disse que as operações

efetuadas em conjunto com a Prefeitura restringiram a presença dos usuários de drogas em algumas ruas. No entanto, ele a c re d i t a q u e uma solução definitiva somente virá a longo prazo. “ P r i n c i p a lmente porque o Centro de São Paulo caracteriza-se por ter uma grande população flutuante. No caso do usuário de droga, ele procura a região para o consumo da droga e, depois, migra para uma outra área da cidade, só retornando em uma outra ocasião", explicou Ribeiro. Seja como for, essa situação parece não atrapalhar a proposta de revitalização do Cen-

tro, segundo afirmou Andrea Matarazzo. Uma das idéias para a recuperação da Cracolândia é a criação de um pólo comercial e de serviços, principalmente para empresas da área tecnológica. O projeto, que já foi aprovado pela Câmara Municipal, oferece incentivos fiscais como reduções de 50% no IPTU e no ITBI (Imposto sobre Transmissão Intervivos de Bens Imóveis) – cobrado em transações imobiliárias – e de 60% do ISS, por cinco anos, além de créditos do bilhete único para empresas que investirem no mínimo R$ 50 mil na área. Depois de concluído o investimento, a empresa terá direito ao Certificado de Incentivo ao Desenvolvimento (CID) e outras formas de abatimentos de ISS, por exemplo. Serão contemplados estabelecimentos residenciais, comerciais e para negócios no setor de serviços.


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Polícia Saúde Ambiente Tr â n s i t o

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de agosto de 2007 Thiago Bernardes/Luz

Esse é o espírito que queremos: a mobilização e a vontade de participar. Gilberto Kassab, prefeito

OBJETIVO É HUMANIZAR A CIDADE

Por um dia sem automóvel

Thiago Bernardes/Luz

Prefeito pede que no dia 22 de setembro a população deixe seus carros na garagem e desfrute a cidade Rejane Tamoto

Thiago Bernardes/Luz

O

A partir da esq., Luigi, Natalini, Maria José e Burti, presidente da ACSP

ACSP engajada na luta contra o aquecimento André Alves

P

romover um amplo debate sobre as causas e efeitos do aquecimento global para a cidade de São Paulo. Este é o principal objetivo da Sexta Conferência Municipal "Produção Mais Limpa", que será realizada no dia 22 de agosto no Memorial da América Latina. O evento visa difundir a prática do desenvolvimento limpo nos órgãos da administração pública, pequenas, médias e grandes empresas, terceiro setor, instituições de ensino e sociedade civil. A conferência, realizada desde 2002, surgiu a partir de um projeto de lei municipal do vereador Gilberto Natalini, e é realizada anualmente por meio de parcerias entre a iniciativa privada e órgãos governamentais. Ao término do evento, é produzido um documento intitulado "carta de conferência para a cidade de São Paulo". "Posteriormente entregamos este documento ao poder público para que ele se transforme em projeto de lei, decreto ou resolução do Executivo. Nossas experiências sempre obtiveram êxito", diz Natalini.

Importância – A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) é uma das entidades apoiadoras do evento. Seu presidente, Alencar Burti, ressalta a importância do tema escolhido para esta edição da conferência. "O aquecimento global é um assunto de fundamental relevância. Ou encontramos soluções para a questão ou daqui a 10 ou 20 anos não teremos mais alternativas. A responsabilidade não é apenas do governo, mas de toda a sociedade". Segundo a coordenadora da Comissão de Meio Ambiente da ACSP, Maria José Ribeiro, "a entidade está trabalhando na divulgação do evento por meio de suas 15 Sedes Distritais, além de ajudar na captação de parceiros". "A conferência cresce a cada ano, graças ao vereador Gilberto Natalini, que desenvolve um trabalho transparente, amplo e participativo. Trata-se de uma luta necessária", afirma Gaetano Brancati Luigi, assessor especial da presidência da ACSP. Para esta edição da conferência, Natalini estima a presença de mais de 1 mil pessoas e de 50 entidades e empresas parceiras, mais do que o dobro do evento de 2006, quando compareceram 450 participantes e 17 parceiros.

s paulistanos estão convidados a deixar seus veículos na garagem e conhecer a cidade sob outro ângulo e ritmo no dia 22 de setembro, Dia Mundial Sem Carro, organizado pelo Movimento Nossa São Paulo é Outra Cidade e apoiado pela Prefeitura e mais de 250 Organizações Não-Governamentais (Ongs). Pela primeira vez, desde que a data entrou para o calendário oficial de São Paulo, há dois anos, o Dia Mundial Sem Carro cairá num sábado. A iniciativa começou na França, em 1997, e é adotada por duas mil cidades, sempre no dia 22. O objetivo é que as pessoas se apropriem dos espaços da cidade, das ruas e dos parques e reflitam sobre o impacto do uso do automóvel e sobre soluções para o transporte coletivo. Na manhã de ontem, o prefeito Gilberto Kassab anunciou para o dia 22 de setembro, a realização de uma Virada Esportiva, com duração de 24 horas (nos mesmos moldes da Virada Cultural), o reforço da frota de ônibus, além de ações que beneficiem os ciclistas, de modo a incentivar a participação da população. Virada –Segundo o secretário de Esportes, Walter Feldman, a Virada Esportiva começará às 14h do dia 22 e terminará no mesmo horário no dia seguinte. O objetivo é oferecer um cardápio de atividades esportivas, com a participação de academias, passeios ciclísticos, arenas esportivas, espaços de competição e jogos de inclusão na área de todas as 31 subprefeituras. Os eventos deverão ocorrer em instalações da Prefeitura, em centros olímpicos, estádios, universidades, clubes e parques. A Virada Esportiva, que ainda não tem uma programação completa, contará com o apoio

O prefeito Gilberto Kassab, que defendeu o uso do transporte coletivo Luiz Prado/Luz - 26/12/2005

Avenida vazia por um dia: sonho possível, segundo o prefeito Kassab

de 14 secretarias, de associações, Ongs, fundações, federações, instituições de ensino e empresas privadas. "Que esse seja um dia símbolo, uma data de referência para que o Brasil saiba das aspirações de São Paulo, que quer mais qualidade de vida, voltada ao transporte coletivo, com cada vez mais investimentos expressivos em metrô, corredores e Rodoanel", afirmou o prefeito. Segundo Kassab, não há hipótese de a cidade ter mais qualida-

Vivi Zanatta/AE

Oslaim Brito/AOG

COLISÃO NA DUTRA

U Ó RBITA

SEQÜESTRO

D

ois ladrões foram presos anteontem após baterem o carro em um muro, durante um seqüestro-relâmpago, em em São Miguel Paulista. A vítima foi solta. (Agências)

de de vida se as pessoas não deixarem seus veículos na garagem e passarem a usar o transporte coletivo. Hoje, circulam pelas ruas 3 milhões de carros/dia, de uma frota de 5,5 milhões. Os congestionamentos tornam a cidade mais lenta: a velocidade média no horário de pico, à tarde, é de 17,7 km/h. Com o engarrafamento, vem a poluição, responsável, em 2005, pela internação de 49,9 mil pessoas com problemas relacionados ao aparelho

ma pessoa morreu e duas ficaram feridas em um acidente envolvendo três carretas e três carros, ontem, na via Dutra, em Guarulhos. Segundo a Polícia Rodoviária, uma das carretas bateu na traseira de um caminhão, provocando a colisão em série dos veículos, entre eles uma kombi. O motorista da carreta que provocou o acidente, Oswaldo Barbosa, 48, morreu no local. (Agências)

respiratório. De acordo com a secretaria de Transportes do município, cerca de 80% da frota de ônibus e vans estarão em operação na cidade no Dia Mundial Sem Carro, um acréscimo de 20%, em relação aos outros dias. Bikes – O fato é que, neste ano, o Dia Mundial Sem Carro poderá estimular quem não usa o transporte público coletivo. A proposta do Movimento Nossa São Paulo é fechar vias e abrir espaço para roteiros ciclísticos entre os parques. Há circuitos de bicicleta propostos para a CET, entre o Parque da Juventude e o Hipódromo (Trote) e entre o Parque do Piqueri e Tiquatira, , na zona leste, e entre o Parque Ibirapuera, Parque do Povo e Parque Villa Lobos, nas zonas sul e oeste . "Estamos apoiando esses passeios ciclísticos", afirmou o prefeito Kassab. Segundo ele, já há investimentos no combate à poluição do ar, com o início da inspeção veicular, em 2008, e em ciclovias. O mais recente investimento nesse sentido foi a liberação de R$ 9 milhões para a construção de uma ciclovia de 13 km, paralela à avenida Radial Leste, entre as estações de Metrô Corinthians-Itaquera e Tatuapé, na zona leste. Participação – Kassab comparou a mobilização das Ongs em favor da participação da população no Dia Mundial Sem Carro à lei de combate à poluição visual, a Cidade Limpa. Segundo o prefeito, no início, o projeto Cidade Limpa era tímido, mas, aos poucos, a população expressou sua indignação com a poluição visual. "Por incrível que pareça, a Prefeitura recebe três mil denúncias por dia em relação a casos de poluição visual, por e-mails e cartas. Esse é o espírito que queremos: a mobilização e a vontade de participar", disse Kassab.


quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Ambiente Educação Incêndio Saúde

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Vivi Zanatta/AE

Fogo se espalhou rapidamente e moradores tentaram salvar móveis e eletrodomésticos na rua.

BARRACOS DESTRUÍDOS NA ZONA LESTE

Júlio César Costa/Agência O Globo

Ó RBITA

INCÊNDIO

G

uarnições do Corpo de Bombeiros conseguiram controlar na manhã de ontem um incêndio que atingiu lojas localizadas na região da rua 25 de Março, na área central de São Paulo. O fogo atingiu uma loja de produtos de pesca, na rua Barão de Duprat. A região é tradicional endereço de comércio popular na cidade. Não houve feridos. Não se sabe o que teria provocado o incêndio, segundo os bombeiros. As chamas da loja atingiram os estabelecimentos do entorno. Os bombeiros utilizaram 12 carros para conter o fogo. O incêndio teve início por volta das 11h30 e foi controlado por volta das 13h. Em seguida, tiveram início os trabalhos de rescaldo. A interdição nas ruas Barão de Duprat e Carlos de Souza Nazareth feita pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) foi mantida até a conclusão do rescaldo. A rua Barão de Duprat concentra lojas que vendem produtos variados como artigos para casamentos e papelarias. (Agências)

TRÊS HORAS NAS FERRAGENS

A

auxiliar de administração Daniela Camargo foi resgatada com vida após passar três horas presa nas ferragens de um carro esmagado por um caminhão, ontem, em Campinas (SP). O Fiat Uno de Daniela estava parado em um semáforo, atrás de um ônibus. O caminhãobetoneira, de 12 toneladas, estava atrás e não conseguiu frear. O impacto foi tão forte que ficou apenas um

pequeno espaço entre a traseira do ônibus e o caminhão. O carro ficou prensado no meio. No meio das ferragens, Daniela conseguiu alcançar o celular e ligar para a mãe. “Ela me falou que tinha sofrido um acidente. Estava presa no carro”, contou Ângela Regina Camargo, a mãe. Os bombeiros tentaram mover os veículos, mas havia o risco de ferir a vítima. (Agências)

FOGO ATINGE FAVELA NA ZONA LESTE

U

m incêndio destruiu cerca de 150 barracos ontem de madrugada em uma favela localizada no jardim Limoeiro, próximo ao terminal de ônibus de Cidade A.E. Carvalho, região de Itaquera, na zona leste da Capital. Onze caminhões do Corpo de Bombeiros foram deslocados para controlar o fogo, que começou por volta das 3h. Duas horas depois do início do combate às

chamas, ainda era possível ver focos de incêndio em meio aos barracos completamente destruídos. Moradores tiveram de deixar às pressas suas casas, a grande maioria feita de madeira, pois as chamas se alastraram rapidamente. Móveis e eletrodomésticos foram levados para a rua. Segundo os bombeiros, as causas do incêndio ainda não foram descobertas. Não houve feridos. (AE)


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Urbanismo Saúde Transpor te Educação

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de agosto de 2007 Helvio Romero/AE

Trecho da rua dos Pinheiros é fechado por tempo indeterminado.

MORADORES DE PINHEIROS SE ASSUSTAM

Metrô: obra volta a assustar Pinheiros Q Solo na rua dos Pinheiros afunda 1,5 metro e preocupa moradores da região. Solapamento foi provocado pela escavação dos túneis do metrô na estação Oscar Freire. Evelson de Freitas/AE

uase sete meses após a tragédia da cratera do metrô, que matou sete pessoas, as obras da futura Linha-4 (Amarela) voltou a assustar o bairro de Pinheiros. Ontem à tarde, um trecho da rua dos Pinheiros afundou cerca de 1,5 metro. A rua havia sido interditada anteontem para a passagem do equipamento responsável pela abertura dos túneis da obra, chamado de tatuzão, que perfura o trecho do túnel que levará à futura estação Oscar Freire. Às 14h20 de ontem a rua havia sido liberada, mas voltou a ser fechada às 15h50, depois que o solo cedeu. A primeira interdição durou cerca de 20 horas por causa do tatuzão e o bloqueio ocorreu a pedido do Consórcio Via Amarela, responsável pelas obras da Linha 4. O solo afundou cerca de 1,5 metro na altura do número 570 da rua dos Pinheiros. Para o diretor de engenharia e obras do Metrô, Luís Carlos Grillo, o afundamento do solo não é um problema. "Não foi um problema, não houve falha", disse Grillo. "O único prejuízo é o da interdição da rua", completou. Para reparar a via, o Metrô teve de abrir um buraco de 1,5 metro de profundidade e 2 metros de diâmetro e preenchê-lo com concreto. A previsão era que o trabalho terminasse durante a madrugada de hoje. Segundo Grillo, o solapamento da rua ocorreu por causa da qualidade do solo na região, que seria muito arenoso,

Metrô teve de escavar buraco e injetar concreto para estabilizar o solo. Segundo a companhia, não há riscos de novas tragédias, como a de janeiro.

e à existência de uma galeria sob a pista. "É um fato que ocorre normalmente em obras, mas estamos tomando todas as providências para que não prossiga", disse. O engenheiro afirmou que, pelo fato de o solo ser muito arenoso, há vazios que precisam ser preenchidos. Segundo ele, o trabalho de colocar cimento para o terreno não ceder é preventivo. Ele disse que esses vazios ocorrem gradativa-

mente e na área acidentada há uma galeria de águas pluviais, mas não soube dizer se essa galeria pode ter causado o afundamento do terreno. O tatuzão, cujo nome técnico é Shield EPB (escavadeira de pressão balanceada de terra), faz o acabamento definitivo do túnel com revestimento estrutural por meio de anéis de concreto, além de perfurá-lo. Apesar de reconhecer que o terreno cedeu, o diretor de en-

genharia do Metrô salientou que o local não cederá mais e negou qualquer falha nas obras. “Não corremos nenhum risco. Não há necessidade de providência nenhuma com os imóveis”, disse, negando que irá interditar imóveis na região. Segundo ele, a rua dos Pinheiros poderá ficar interditada hoje, para serem feitos trabalhos de análise. O bloqueio é realizado entre as ruas Moura-

to Coelho e Mateus Grou. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) montou um esquema de desvio na rua. A assessoria de imprensa do Consórcio Via Amarela informou durante a tarde que o tatuzão estava em operação e encontrou um espaço oco. Foi necessária uma parada técnica para a injeção de concreto para o equipamento continuar o trabalho. A assessoria informou que é necessário esperar a

secagem do cimento para a máquina voltar a operar. O diretor de contrato do Consórcio Via Amarela, Marcio Pellegrini, deu prazo de 48 horas para o trecho da rua ser reaberto e para que o tatuzão volte a operar. Segundo ele, a ponta do equipamento está 30 metros à frente do buraco e a 12 metros de profundidade. Pellegrini admitiu que existe a possibilidade de outros buracos se abrirem por causa do solo arenoso na região e que o monitoramento dos espaços vazios, que já havia sido detectado pelos engenheiros da obra, é feito pelo próprio tatuzão. Manifestação - No sábado, os moradores de Pinheiros farão um protesto em frente à estação Pinheiros da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Integrantes do Sindicato dos Metroviários também participarão do ato público. O sindicato afirmou que enviará uma equipe hoje ao local para vistoriar a obra. Segundo o presidente do sindicato, Flavio Godói, o acidente de ontem foi mais um indicativo de irregularidades no projeto e execução da obra. Segundo os organizadores, o protesto será contra os contratos na Linha 4, pela imediata reparação dos imóveis e danos causados aos moradores após o desabamento da Estação Pinheiros do Metrô, em janeiro, além de prestar solidariedade às famílias das vítimas dos acidentes com avião da Gol, em setembro, e com o avião da TAM, no dia 17 de julho. (Agências)

Thiago Bernardes/Luz

Ó RBITA

RADARES stá agendada para as 9 horas de hoje a audiência E pública de início do processo

de licitação para contratar empresas que fiscalizarão com radares o tráfego de caminhões na Zona de Máxima Restrição à Circulação (ZMRC). A audiência será realizada na avenida Marquês de São Vicente, nº 2.154, Barra Funda. Em novembro, passa a vigorar o decreto que aumenta a área da ZMRC de 11,4 km para 24,5 km, onde poderão circular veículos de até 6,3m de comprimento, ante os 5,5m estipulados anteriormente. Os veículos autorizados poderão fazer carga e descarga de segunda a sexta-feira, entre 0h e 6h e das 22h à 0h; aos sábados, de 0h às 6h e entre 14h e 0h. (Agências)

BAHAMAS advogado Thales Solon O de Mello, um dos responsáveis pela defesa do

empresário Oscar Maroni Filho, dono da boate Bahamas, entrou ontem com pedido de habeas-corpus no Tribunal de Justiça de São Paulo, para revogar o pedido de prisão preventiva decretado contra o empresário na última segunda-feira. Maroni é acusado pelo Ministério Público Estadual (MPE) de formação de quadrilha, tráfico de mulheres, exploração de prostíbulo e favorecimento à prostituição. O empresário está foragido e, segundo o advogado, espera o julgamento da liminar, que pode demorar cerca de três dias, para decidir sobre seu futuro. A hipótese de se entregar às autoridades não está descartada. (Agências)

Ambulantes passam o dia acorrentados: protesto por mais permissões

Camelôs do Brás apelam para correntes Fernando Vieira

C

erca de 30 camelôs passaram o dia de ontem acorrentados na rua Ministro Firmino Whitake, no Brás, região central, em protesto contra a diminuição de Termos de Permissão de Uso (TPUs) emitidos pela Prefeitura para a região, que autorizam o trabalho de ambulantes na rua. A mobilização, organizada pelo Sindicato dos Camelôs Independentes de São Paulo (Sindicisp), começou às 7h e se estendeu até as 18h. Ainda na madrugada, cerca de 100 camelôs se reuniram na rua Oriente, onde acontece a feirinha da madrugada, para planejar a manifestação. De início, pensaram em uma passeata pelas ruas do Brás. Mas desistiram da idéia e permaneceram em uma rua próxima ao largo da Concórdia. Ali, pelo menos 30 ambulantes ilegais se acorrentaram nos braços e entrelaçaram as pernas com cordas. Outros 20 ficaram sentados ao redor, e 10 fizeram

uma batucada durante todo o dia. “É a Bateria do bate-lata”, se intitulavam. O restante do grupo de camelôs se espalhou pelas ruas do bairro. Durante todo o dia, a rua Ministro Firmino Whitake teve o acesso de veículos bloqueado, já que os manifestantes ocupavam o meio da via. Nas ruas da região, muitos policiais estavam de prontidão para controlar possíveis ações de violência. Mas o protesto foi pacífico. Segundo Afonso José da Silva, o Afonso Camelô, presidente do Sindicisp, a reivindicação dos ambulantes ilegais é “pela volta imediata ao trabalho com a devolução dos TPUs cassados pela Prefeitura”. Ele afirma que dos 1800 ambulantes que teriam direito, apenas 600 possuem o TPU. Afonso também pede a legalização da feirinha da madrugada da rua Oriente, que reúne cerca de quatro mil ambulantes ilegais. A Prefeitura não deve ceder às reivindicações. Os comerciantes reclamaram da diminuição no movimento por causa da confusão na rua.


Suplemento Especial/São Paulo,9 de agosto de 2007 Paulo Pampolin/Hype

O grande momento do mercado imobiliário

F

inanciamentos mais acessíveis, prazos longos - e assim o mercado imobiliário atravessa seu melhor momento desde 1980. As grandes construtoras agora também se voltam para as classes mais baixas, o Salão do Imóvel e o Feirão da Caixa são um sucesso e os bancos públicos e privados abrem seus leques na área de crédito. Neste caderno especial, todos os motivos para a euforia do mercado

Este é o Çiragan, com 36 imóveis residenciais e 12 comerciais, que a Cyrela acaba de construir na Ministro Rocha Azevedo


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - ESPECIAL

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Divulgação

O recomeço do processo industrial imobiliário no País Financiamentos fáceis, prazos mais longos. Dizem que este é o melhor momento para o mercado desde 1980. “O Brasil é a bola da vez no mercado imobiliário”, diz Romeu Chap Chap, presidente do Secovi MARÍLIA BALBI

A

s notícias otimistas do mercado imobiliár i o b r a s i l e i ro das últimas semanas prevêem um bom futuro para o segmento residencial em todas as classes, com centros de compras e projetos renovadores, como parcerias e financiamentos de bancos e incorporadoras com prazos maiores. O Itaú aumentou para 25 anos os contratos firmados com a construtora Gafisa e Even. Bradesco e Real também anunciaram a ampliação de crédito habitacional para imóveis novos e usados. E as grandes incorporadoras e construtoras, como a Cyrela,

Gafisa e Rossi, estão diversificando seus produtos e entrando no mercado de imóveis econômicos. A Caixa Econômica Federal está financiando até 100% imóveis de baixa renda com a Gafisa, como o Fit residencial em Jaçanã, os chamados imóveis econômicos. A Rossi inova com sua Vila Flora, um bairro bonito e urbanizado para a classe média no Interior de São Paulo, em Sumaré, perto de Campinas. A Cyrela Brazil Realty, uma das empresas mais sólidas do setor da construção civil, lança produtos econômicos, os imóveis Living, na Vila Matilde, Freguesia do Ó, etc. “O Brasil é a bola da vez no mercado imobiliário”, diz animado Romeu Chap Chap, presidente do Secovi: “Os bancos estão disputando clientes, é o recomeço do processo indus-

A Gafisa deve entregar o Eldorado Business Tower em outubro. São 32 andares de 2.100 m² de área total cada, além da cobertura. É assim a ocupação constante da Marginal Carlos Villalba/Hype-24/04/2007

trial imobiliário”. Para ele, a lei 10.931, implantada pelo então ministro Antonio Pallocci, no primeiro mandato do governo Lula, acelerou o desenvolvimento imobiliário e deu aos bancos condições de financiar empresários e compradores de imóveis. Outro avanço veio em novembro de 2005, com a abertura de capital das empresas do setor. As maiores do mercado imobiliário brasileiro que iniciaram o processo, como a Cyrela, Rossi, Gafisa, Company, Klabin, Brascan, São Carlos e Abyara, captaram em 2006 mais de R$ 5,8 bilhões por meio da oferta de suas ações. Em 2007, Tecnisa, Camargo Correa, Rodobens, PDG, Realty, Agra, Inpar, entre outras, captaram R$ 7,7 bilhões e atualmente há vinte empresas no novo mercado imobiliário. Os empreendedores, empresários, sindicatos e associações do setor comemoram e consideram que este é o melhor momento para o mercado imobiliário desde 1980, para ser mais radical. Pelo menos, nunca foi tão bom desde 2002, quando o mercado recebeu as medidas do governo federal para regulamentar o setor (ve-

Romeu Chap Chap: “Os bancos estão disputando clientes”

ja na página seguinte as leis que mudaram o setor). Outros fatores como a valorização imobiliária, queda dos juros, a diversificação dos produtos pelas empresas de capital aberto e a atuação no Interior e outros estados do País ajudaram a promover o atual momento. Este ciclo é benéfico para o setor de empreendimentos em conjunto, sem saturar o mercado, pois a prática é observada por grupos estrangeiros que analisam negócios no Brasil. Além da diversidade de recursos de financiamentos vindos do FGTS, BNDES, instituições e fundos, o governo fe-

deral anunciou em junho novas medidas para o crédito habitacional, para reduzir o custo do crédito na aquisição da casa própria, bem como estimular a construção civil e dar um empurrão no PAC Programa de Aceleração do crescimento. Os recursos para 2007, segundo pesquisa Secovi, som a m R $ 2 0 , 9 b i l h õ e s ( S BPE/Poupança e Caixa Econômica Federal - FGTS/Par), sem contar os R$ 5 bilhões para financiamentos pela Caixa Econômica Federal contemplados no PAC. Esses recursos beneficiam uma cadeia produtiva da construção civil que representa 2% do PIB nacional e emprega cerca de doze milhões de pessoas. Os resultados atuais do setor de construção e de financiamento imobiliário apontam para um crescimento. Os bancos começam a mirar no atendimento habitacional às famílias de baixa renda que antes só podiam recorrer à Caixa e às companhias habitacionais dos Estados e Municípios. O perfil desses imóveis, principalmente nas regiões Oeste e Sul da cidade, se caracteriza por área privativa média

inferior a 80 metros quadrados, com valor médio de comercialização inferior a R$ 270 mil. Grandes construtoras já começam a se estruturar para atender este segmento e os bancos privados estudam novas formas de financiamento. Muitos desafios também para pequenas empresas, que já estão no mercado imobiliário há mais de trinta anos financiando para classe média e renda baixa e podem temer ser engolidas pelas grandes incorporadoras. “É preciso observar as lições do mercado, porque tamanho não é tudo, o importante é conhecer as peculiaridades de cada localidade,” diz Celso Petrucci, diretor executivo e vicepresidente de Incorporação do Secovi, em recente palestra no Secovi-SP sobre O novo mercado imobiliário. Mas a oferta imobiliária continua a crescer e ainda existe um vasto manancial de investidores de imóveis, como proprietários de um imóvel querendo se mudar para outro, além daqueles que querem deixar de pagar aluguel - todos se encaixam no déficit de oito milhões de moradias.

O salão de imóveis está de volta. E bem maior este ano

A

expectativa dos investidores é de muitas vendas de apartamentos residenciais na 2º edição da Sisp2007 - Salão Imobiliário São Paulo, de 27 a 30 de setembro, no Anhembi. O evento poderá atrair 50 mil visitantes e gerar até R$ 5 bilhões em investimentos, diz Ricardo Matrone, diretor da Reed Exibitions em joint venture com a Alcântara Machado, campeã no mercado de feiras no País. No ano passado, com um número menor de parceiros, o primeiro salão da SISP recebeu quase 32 mil visitantes. Mais de 200 empresas se inscreveram e as principais incor-

poradoras, seguradoras, bancos e construtoras já garantiram o seu espaço. Primeiro os organizadores encomendaram 5 mil m2, depois 11 mil2, agora já estão nos 16 mil2, resultado da procura. Ricardo Matrone diz que o mercado publicitário das incorporadoras logo será equiparado com os grandes anunciantes cervejeiros. Agora, com a nova lei da cidade limpa do prefeito Gilberto Kassab, sem os outdoors, os anúncios vão migrar com maior volume para outras mídias, como rádio, TV, jornais, internet e feiras como oportunidade de empreendimentos. Matrone conhece:

Presidente Alencar Burti

Editor de Fotografia Alex Ribeiro

Diretor de Redação Moisés Rabinovici

Editor de Arte José Coelho

Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira

Diagramação Hedilberto Monserrat Junior Ilustrações Abê

Editor Luciano Ornelas Chefe de reportagem Arthur Rosa

Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122

Repórter Marília Balbi

Impressão Diário de S. Paulo

www.dcomercio.com.br

afinal, a Reed Exibitions Brasil é uma empresa do grupo britânico Reed Elsevier Pla, líder mundial na área de informação empresarial, com mais de 460 eventos anuais em 38 países e que aproxima mais de 90 mil clientes expositores do mundo inteiro todos os anos. Além do Brasil, com a Alcântara Machado, a Reed Exibitions faz novas parcerias com empresas na Rússia, China e Índia, os gigantes da vez. Na feira da Espanha, realizada no fim de maio, o Sima - Salón Inmobiliário de Madrid, na sua 8º edição e num espaço de 52 mil m2, o Brasil participou com SISPImtur, segmento imobiliário de turismo Norte e Nordeste do Brasil. Lá estiveram a Incorporadora Cyrela Brazil Realty, além de outros brasileiros como Reta Atlântico, Lê Terrace, OptiumBR, Sanca e Taguaíba, Construtora Delphi, Construtora Construgar, Josinha Pacheco, Adit (Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Nordeste), Cofeci (Conselho Federal dos Corretores de Imóveis). O estande brasileiro ficou localizado estrategicamente no pavilhão internacional e teve apoio do Secovi-SP, FIABCI-Brasil, Câmara Oficial Espanhola de Comércio

no Brasil, Ministério das Relações Exteriores, Embratur, TV Record na Espanha, Revista BrasilEspanha, entre outros. Os espanhóis e os portugueses adoram o nosso turismo imobiliário, diz Matrone, e já estão investindo na sua segunda residência no Norte e Nordeste brasileiro. É grande o interesse estrangeiro em investir em empreendimentos no Brasil. O Ministério do Turismo calcula que grupos internacionais estão investindo R$ 3,6 bilhões em 140 novos meios de hospedagem no País. Os dados do BC reforçam este interesse: no ano passado os investimentos estrangeiros diretos (IED) em construção de hotéis e condomínios somaram cerca de R$ 2,8 bilhões, valor superior ao verificado nos cinco anos anteriores e 372,72% maiores que o de 2005. Em 2008 a presença dos brasileiros vai ser muito mais expressiva, diz Ricardo Matrone. Visibilidade maior No primeiro salão, a SISP2006 iniciou a feira mais institucional, “mas logo mudamos o formato ao ver a enorme procura para a venda de imóveis no Anhembi”, conta Matro-

ne. Foram 32 mil interessados no mercado imobiliário e o visitante em potencial foi de classe média e de renda mais baixa, além dos investidores à procura de bons negócios. Este ano haverá grandes focos, um para classe média alta e A, e novidades em parcerias para a classe C e D, a partir de imóveis de R$ 45 mil, os imóveis econômicos. Participarão do evento incorporadoras e construtoras como Tenda, Rodobens Incorporações, Garden, Cyrela Brazil Realty, Rossi Residencial, Itaplan Imóveis, Fernandez Mera, Company Empres. Imobs S/A Ltda, Camargo Correa, Gafisa, Garden, Odebrecht, Lindencorp, Abyara, Agra e outras. E entre os financiadores estarão Bradesco, Itaú, Santander, Real, CityBank, Nossa Caixa, Unibanco, HSBC, Caixa Econômica Federal. Parceiros para a vida, diz Matrone, pois os clientes que compram imóveis passarão de 15 a 30 anos em relacionamento com as financiadoras, que possuem outros serviços, como seguro de vida, residencial, capitalização, etc. O Brasil tem um grande potencial para investimentos no setor imobiliário. Por isso, na 3º edição do SISP2008, 10% do sa-

lão serão internacionais, com empresas dos Estados Unidos, Espanha, entre outros. Os tempos mudaram, diz Matrone, “principalmente de 2000 para cá, porque antes quase ninguém queria emprestar para o mercado imobiliário. A Caixa abria de vez em quando”. Agora a legislação mudou, os bancos estão financiando, há investimentos do capital estrangeiro. Para Matrone, que morava na Vila Mariana, nos últimos quinze anos quase não se viu empreendimentos por lá: “Agora eles estão voltando, assim como na Vila Clementino, Mooca, Campo Belo. E com a revitalização do centro da cidade, há residencial com garagem até na praça da República!” A diferença entre o Salão de Imóveis e o Feirão da Caixa é o foco, segundo Matrone: "O Caixa é só dela, para imóveis de 45 mil reais e muitos deles são devolvidos porque o mutuário não pagou". O Salão de Imóveis "é do mercado imobiliário, e a CEF também participa. São imóveis vendidos a partir de 60 mil até 2 milhões ou mais. É para todos os bancos, incorporadoras e mais de 200 empresas com diferentes produtos e taxas". MB


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quinta-feira, 9 de agosto de 2007

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Leis que mudaram os caminhos para a casa própria

ulho/2002 - Resolução 3005 - Devolução do FCVS virtual Fundo de Compensação de Variações Salariais em 100 meses, cerca de R$ 30 bilhões. Abril/2004 - Resolução 3177/04 - FCVS passa para 50 meses e institui penalidade de rendimento de 80% da TR para os recursos não aplicados. Nasce a Lei 10.931. Novas regras para o setor: Patrimônio de Afetação - separação dos valores para cada empreendimento, das operações da incorporada. Na hipótese de ocorrer falência da empresa incorporadora, os compradores podem contratar outra empresa, e garantir a entrega de imóvel comprado na planta. Alienação Fiduciária - o imóvel só será entregue após a quitação do preço total da aquisição. No caso do não pagamento do valor, a propriedade do imóvel que serve de garantia ficará consolidada em nome do credor. Incontroverso - em eventual contestação de valores relacionados ao contrato (questionamento de juros cobrados, etc.), o principal do crédito concedido deve ser honrado pelo adquirente, assim como as despesas com condomínio, IPTU, serviços de energia elétrica e água e esgoto, itens considerados incontestáveis. Janeiro/05 - Resolução 3259/05 - Criação dos multiplicadores para imóveis novos abaixo de R$ 150 mil (para bancos financiarem unidades de menor valor). Abril/05 - Resolução 3280/05 - Isonomia para imóveis usados. Julho/05 - Resolução 3304/05 - Redução de taxa de juros por período mínimo de 36 meses. Bancos reduzem taxa de juros de 12% para 9% ao ano nos primeiros 36 meses. Novembro/2005 - Lei 11.196 (“MP do Bem”): Isenção de IR para quem utilizar o dinheiro da venda de uma imóvel residencial na compra de outro (estimula venda novos e usados); viabilização do Patrimônio de Afetação, desoneração tributária - Pis/Pasep e Cofins; elevação, para R$ 35 mil, do valor dos imóveis que podem ser vendidos sem taxação do IR; utilização de planos de previdência complementar como garantia na contratação de fin a n c i a m e n t o s i m o b i l i ários;?criação de fundos de investimento para garantia de locação imobiliária, em substituição ao fiador. Fevereiro/06 - Pacote da Construção: Redução do IPI primeira redução: 5% para 0% - tubos, portas e janelas, fios de cobre, etc.; de 10% para 5% tintas e vernizes, azulejos, vidros, etc.; de 12% para 5% - torneiras e válvulas tipo gaveta. Segunda redução: de 5% para 0% - portas e janelas de alumínio ou plástico; de 10% para 5% - ladrilhos, massa niveladoras etc.; de 12% para 5% - válvulas. Terceira redução: de 10% para 5% - chuveiros elétricos, bidês e sanitários, revestimentos de pavimentos, etc. Dezembro/06 - Pacote Habitacional: aos bancos, financiamentos com prestações fixas (sem TR). Possibilidade de eliminação da TR representa maior segurança aos compradores e afasta o fantasma da correção monetária que, entre 1995 e 1998, gerou descompasso entre salários e prestações, ocasionando inadimplência e saldos devedores impagáveis (ver quadro abaixo) De 1995 a 1998, com exceção de 1996, o financiamento foi trágico para os mutuários. Já quem financiou no período de 1999 a 2005 obteve vantagens com crédito consigna-

do para aquisição do imóvel comprometendo até 30% do salário. O decreto de 5.892/06 coloca regras para consignação do crédito imobiliário, Introduz a construção civil na lei geral de micro e pequenas empresas. CEF cria crédito para financiar as construtoras, liberando R$ 1 bilhão em 2006 e R$ 3,5 bilhões em 2007. A Caixa tam-

bém passa a financiar 85% do valor da obra (antes era 50%), adotando operações customizadas/estruturadas com os empresários. O BNDES cria financiamento para fábricas e moradias para seus trabalhadores; passa a financiar pesquisa e inovação na construção, R$ 100 milhões com prazos de até 12 anos. O pacote de desoneração do IPI inclui no-

vos itens: chuveiro elétrico, bidês, sanitários, caixas de descarga e produtos para revestimento/pavimentos plásticos ou auto-adesivos (como ladrilhos). A taxa do IPI cai de10% para 5%. Plano de Aceleração do C r e s c i m e n t o ( PA C ) d e 22/02/2007 definiu o setor Prioridade a investimentos na construção (infra-estrutu-

ra, saneamento, habitação). Para as atividades imobiliárias cria a concessão pela União de crédito de R$ 5,2 bilhões para a Caixa Econômica Federal ampliar os empréstimos nas áreas de habitação e saneamento a estados, municípios e iniciativa privada. PAC também eleva a liquidez do Programa de Arrendamento Residencial (PAR), permitindo a antecipa-

Newton Santos/Hype

Mais um incentivo para quem tem conta no FGTS

A

última boa notícia do mercado veio no dia 1º deste mês: a taxa de juros para a casa própria será de 7,66% ao ano acima da TR (Taxa Referencial de Juros) para quem tem conta ativa do FTGS há mais de três anos e renda acima de cinco salários mínimos até R$ 4,9 mil. A taxa anterior era de 8,16% e de 8,66% para quem tem renda acima de R$ 4,9 mil. A taxa de juros anterior era de 10,16% ao ano mais TR, até maio deste ano, quando passou para 8,66%. Também foi aprovada a ampliação do valor do imóvel a ser financiado com recursos do FGTS. Passou de R$ 100 mil para R$ 130

Muitas construções. Mas permanece o déficit de 8 milhões de moradias

mil para as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e São Paulo e também no Distrito Federal. Nas demais capitais das regiões Sul e Sudeste e também no entorno do Distrito Federal, passou de R$ 80 mil para R$ 100 mil. Nas demais regiões do País não podem ultrapassam o valor de R$ 80 mil. Antes da mudança esse valor era de R$ 72 mil. Os financiamentos com recursos do fundo atendem a todos os trabalhadores, independente de terem ou não conta vinculada. E permanece a taxa de 6% para quem tem renda até cinco salários mínimos.

ESPECIAL - 3

ção da opção de compra pelo mutuário; desonera investimento, sobretudo em infra-estrutura e construção civil; reduz de 5% para zero a alíquota de IPI para perfis de aço; reduz a TJLP e os spreads do BNDES para financiamento de investimentos em infra-estrutura, logística e desenvolvimento urbano; e também cria projeto de lei complementar para definir competências na proteção ambiental. Recursos do PAC para São Paulo- 26/6/07 - governo federal assina protocolo de cooperação que destina recursos do PAC para o Estado de São Paulo. Os R$ 3,8 bilhões que serão investidos permitirão gerar 160 mil empregos diretos e indiretos, produção de mais de 28 mil novas moradias e de 96 mil urbanizações com regularização fundiária, beneficiando quase 125 mil famílias (ou meio milhão de pessoas). (MB)


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ECONOMIA - 7


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OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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RESENHA

NACIONAL VENDENDO ENERGIA NA AMÉRICA LATINA

G A alternativa

bioenergética oferecida pelo Brasil tende a ganhar mais espaço nos próximos meses político regional, via concessão de benefícios na forma de petróleo e gás. O presidente venezuelano soube aproveitar-se, até o momento, das vantagens que o imediatismo traz para ampliar seu cacife político com a diplomacia do petróleo e dos petrodólares. Chávez não necessita de nenhuma revolução para arvorar-se sobre uma matriz energética continental já amplamente dependente do petróleo. Em linhas gerais, junto com sua diplomacia do Juan Mabromata/AFP

petróleo, Chávez buscou promover um modelo de integração fundado essencialmente em uma visão política (com forte viés anti-norte-americano). Dependente de energia importada na forma de gás e petróleo, a Argentina tem flertado com o bolivarianismo chavista, colhendo como resultados empréstimos, energia e um contraponto à esmagadora presença brasileira na região. A fria recepção do presidente Hugo Chávez em Buenos Aires, às vésperas da sucessão presidencial argentina, no entanto, parece sinalizar, uma vez mais, um esgotamento do viés político e da influência do presidente venezuelano na região. Não por acaso, Chávez deverá encerrar seu périplo com o amigo Evo Morales . Compondo o quadro geral da disputa entre petróleo e álcool na América do Sul – e, por que não?, de uma disputa mais ampla entre um certo pragmatismo incorporado à visão brasileira sobre a integração e a visão voluntarista da Venezuela –, a alternativa bioenergética oferecida pelo Brasil tende a ganhar mais espaço nos próximos meses na interlocução com novos e velhos sócios no continente americano. Será mais um teste para o potencial de liderança do Brasil na região e uma boa oportunidade para fazer prevalecer a tal visão pragmática da integração. COMENTÁRIO DO CONSULTOR POLÍTICO MURILLO DE ARAGÃO HTTP://WWW.ARKOADVICE.COM.BR Daniel Aguilar/Reuters

JOÃO DE SCANTIMBURGO

FECHANDO Céllus

E

nquanto o presidente Lula segue em sua viagem por cinco países da América Latina (Central , Caribe e América do Sul) o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, transita nesta semana por Argentina, Uruguai e Bolívia. A contrapor os presidentes brasileiro e venezuelano, percepções distintas sobre integração regional e base energética saltam aos olhos. Não é a primeira vez que Chávez aproveita-se de um tour lulista com objetivo de promover os biocombustíveis para, ao mesmo tempo, mostrar-se contrário à opção bioenergética e tentar ampliar sua base de apoio

O preço das ilusões OLAVO DE CARVALHO

N

uma carta enviada a José Sarney em 15 de abril de 1985, José Guilherme Merquior aconselhava ao então presidente fazer "desde já certos gestos simpáticos à esquerda" especialmente "reatar relações com Cuba. Eles [os esquerdistas] ficariam meio ano digerindo este pitéu, obrigados a achar que 'pô, esse Sarney até que não é assim tão reaça...'." (v. José Mário Pereira, "O Fenômeno M e rq u i o r " , e m h t t p : / / w w w. o l a v o d e c a r v alho.org/convidados/0122.htm ). Explicando as razões dessa idéia que deve ter lhe parecido tão genial quanto ao destinatário da mensagem, o autor de A Astúcia da Mímesis ponderava: "Cuba hoje não oferece maiores perigos na América do Sul. O guevarismo já era. E o reatamento tem pelo menos três vantagens para nós: a) abriria um significativo potencial de exportações brasileiras; b) permitiria ao Brasil influir, em boa medida, na conduta internacional de Havana, como faz o México, em sentido moderador e realista; c) evitaria que, no futuro, nosso reatamento se desse a reboque de uma reconciliação diplomática Cuba-USA, reconciliação essa, a médio prazo, tão certa quanto o foi o reconhecimento de Pequim por Washington na década passada." Se houvesse um concurso mundial de previsões erradas, esse parágrafo não perderia nem para os prognósticos do ministro iraquiano Mohammed al-Sahaf quanto ao futuro glorioso de Saddam Hussein. Por si só, ele explica por que José Guilherme Merquior, depois de morto, se tornou o direitista predileto da esquerda brasileira. Seus livros não exerceram nela grande influência. Não consta que algum esquerdista tenha abjurado da admiração por Michel Foucault por ler O Niilismo de Cátedra, nem aderido, exceto por fingimento tático, ao triunfalismo liberal de A Natureza do Processo. Em compensação, essas breves palavras dirigidas a um presidente da República deixaram

marcas duradouras. Sarney não só pôs em prática a sugestão de reatar as relações do Brasil com Cuba já no ano seguinte, mas, no doce embalo da morte do guevarismo, mandou tirar a disciplina "Guerra Revolucionária" do currículo das escolas militares, deixando duas gerações de oficiais brasileiros desaparelhadas para lidar com a expansão subversiva nas décadas seguintes. Para a esquerda, foi realmente um pitéu em dose dupla. Para o Brasil, vejamos: a) Do total das exportações brasileiras, Cuba compra não mais de 0,2 por cento (dados de 2005; v. http://www.apexbrasil.com.br/media/cuba.pdf ). b) O Brasil não influencia em nada a política cubana, mas Cuba, através do Foro de São Paulo, determina e orienta a política de vários países da América Latina, entre os quais o Brasil. c) A reconciliação entre EUA e Cuba, anunciada como inevitável, simplesmente não aconteceu. d) Quanto ao falecido "guevarismo", é o cadáver mais enérgico que já se viu. Hoje em dia a esquerda é praticamente a única força política organizada do continente, amparada no narcotráfico, no apoio da mídia internacional, na ajuda das fundações bilionárias e no poder bélico das Farc. É, aliás, muito mais eficazmente coordenada pelo Foro de São Paulo do que jamais o foi pela velha Organização de Solidariedade LatinoAmericana (OLAS). Em comparação com isso, as guerrilhas dos anos 60-70 parecem escaramuças de crianças.

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oucos políticos de esquerda podem se gabar de haver contribuído tanto para criar essa diferença quanto a dupla Merquior-Sarney. No entanto, uma coisa continua imutável: na "direita" brasileira ainda predominam os que acreditam antes em ilusões animadoras do que em diagnósticos realistas. É uma gente doente e covarde, que paga para ser enganada.

A esquerda é a única força política organizada do continente; a direita é covarde

Carta aberta ao Renan JOÃO CAPIBERIBE

C C hávez com petróleo e gás, Lula com bioenergia

Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

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aro Renan, não se aborreça e nem me leve a mal, mas bateu uma vontade incontida de falar um pouco da vida cotidiana do Brasil da planície, que já o aguarda com certa ansiedade. Continuo tocando com entusiasmo minha militância política. Agora, sem o mandato de senador, que você ajudou a retirar de mim com bastante empenho. Tendo em vista a situação inusitada da instituição que você preside e levando em conta os acontecimentos nos quais você figura com destaque, me pergunto se não seria o caso de agradecer o mal que você me causou. Pelo sim pelo não, melhor garimpar os labirintos da memória. O PMDB, vinte dias após as eleições de 2002, impetrou recurso junto ao TRE pedindo a cassação do meu mandato e de minha companheira Janete, pela compra de dois votos por R$ 26 cada, pagos em duas suaves prestações. Acusação sustentada por duas testemunhas que até hoje sobrevivem por conta deste processo. O feito não prosperou e fomos declarados inocentes. Mas o PMDB recorreu ao TSE. Relembro um momento raro na história da Casa que você ainda preside. Refiro-me a sessão do dia 25 de outubro de 2005. Você avocou para si os poderes da Mesa, do Regimento Interno, da Constituição Federal e do plenário, fazendo ouvido de mercador aos apelos de 52 senadores para que eu tivesse respeitado o direito de defesa. Você manteve-se inflexível e cassou o meu mandato, para em seguida, em clima festivo e triunfante, dar posse ao seu então assessor de gabinete Gilvam Borges. Decisão revertida em menos de 24 horas pelo STF, que determinou minha reintegração. Você acatou a decisão, mas pressionou a Mesa Diretora a criar um rito sumário de cinco dias para a minha defesa, um prazo inexeqüível para uma mínima investigação.

Não resta dúvida que se trata de um sentimento que poucos ousam confessar, entretanto, como sou franco, admito que sinto uma ponta de inveja ao comparar sua situação de desassossego, com a que tive de enfrentar. Não pretendo descer no varejo dos sentimentos, falemos do que é fundamental para esclarecer as acusações que lhe atingem para comparar com as que me atingiram. A diferença é que você ganhou o direito de ser investigado pelo Conselho de Ética, pela Polícia Federal e, sobretudo pela imprensa. É sobre esses aspectos que não posso esconder que realmente invejo a sua situação, pois tudo que queria era ser investigado. No entanto não me foi dado esse direito. O Ministério Público Eleitoral não investigou por que, segundo ele, não havia crime, o TRE, e por isso declarou nossa inocência e a imprensa não procurou contar o nosso rebanho para saber se teríamos bois suficientes para pagar os dois votos que supostamente eu e minha companheira compramos para nos eleger.

N

o nosso caso, bastou a acusação do candidato derrotado do PMDB para nos cassarem os mandatos. É por isso que o considero um homem de muita sorte, pois dispõe em abundância de tudo aquilo que você me negou: os meios necessários para provar minha inocência. Para finalizar, me surpreendo pensando em voz alta - se diante daqueles absurdos cometidos por você contra mim tivesse o Senado agido como determina o exercício do poder republicano, certamente não chegaríamos à situação caótica do presente. JOÃO CAPIBERIBE, EX-SENADOR 3º VICE-PRESIDENTE NACIONAL DO PSB

A diferença é que você ganhou o direito de ser investigado e eu não

O CERCO

Q

uando, alguns dias atrás, escrevi que o caso Renan Calheiros estava enjoativo, enganei-me, pois o cerco só se fecha com a Justiça investigando a vida pregressa do ebuliente presidente do Senado. Agora, o Superior Tribunal de Justiça vai investigar a vida e enriquecimento rápido do senador e dar a sua sentença sobre divertido político. O que se vê na investigação da vida do senador, felizmente, é o interesse pela instituição que ele ainda representa. O Senado não pode ficar maculado nessa era das grandes comunicações e num momento de transição política acentuada como a atual. Tudo o que se deveria dizer a respeito do senador Renan Calheiros já foi dito, vindo agora apenas a informação sobre a aquisição em surdina de órgãos de comunicação em Alagoas. Já citei numerosas vezes nesta coluna o estudo alentado sobre o Senado do Império do conhecido professor Taunay. Aquela Casa de representação política emerge com brilho na fase imperial e mesmo no período republicano ela foi sempre respeitada, como instituição digna de todos os encômios. O Senado foi sempre respeitado, nos tempos do velho Partido Republicano ou posteriormente, no período getulino - que foi extenso - e, finalmente, nos sucessivos períodos à partir da Constituição de 1946.

N

ão será, portanto, o caso Renan Calheiros que fará decair essa instituição, ao se engolfar na mesma lama que atingiu outros políticos e outras instituições políticas, por culpa de políticos que delas não cuidaram. Esse é um motivo pelo qual a reforma política deve preceder a todas as outras, fortalecendo desde logo a instituição política democrática brasileira como queremos e, assim, se firmar a Nação, que já passou por tantas revoluções, tantas mudanças de regime, que as novas gerações não compreendem ao estudá-la. O caso Renan Calheiros serviu para despertar o brio brasileiro, que saiu fortalecido nas sucessivas investigações e colocou o presidente do Senado em má situação. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR

G O caso Renan

serviu para despertar o brio brasileiro e colocou o presidente do Senado em má situação.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

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Política JOBIM QUER VÔO SEGURO E CONFORTÁVEL Robson Fernandes/AE

Isso é muito grave porque demonstra que a Aeronáutica sabe que o reverso pinado oferece risco. Luciana Genro (Psol-RS)

Roosewelt Pinheiro/ABr

Ministro da Defesa questiona a necessidade da Anac e defende, entre outros pontos, o aumento do espaço entre as poltronas e a garantia da pontualidade

O

ministro da Defesa, Nelson Jobim, defendeu a aplicação de "multas economicamente eficazes" para as empresas aéreas de modo a privilegiar os passageiros. Durante sua exposição à CPI do Senado, ele informou que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) fará um estudo do espaço entre as poltronas, que deverão seguir o tamanho médio do brasileiro. O ministro ressaltou que as empresas são responsáveis por garantir a pontualidade dos vôos, mas, muitas vezes, fazem a conta se compensa colocar os passageiros em uma segunda aeronave ou atrasar os vôos e pagar a multa. "Então temos que pensar nisso no sentido de criar a responsabilidade", afirmou Jobim. Segundo ele, é preciso pensar com a lógica dos controles de infração no trânsito, com aplicação de multas, penalidades e cômputo de pontos na carteira de habilitação. Jobim disse que é dever da autoridade estatal garantir a segurança por meio da infraestrutura aeroportuária e tráfego aéreo, mas que não está preocupado em buscar culpados. "Não estou preocupado em retaliar o passado, mas em recompor o futuro", declarou. Em relação à regularidade, Jobim explicou que o objetivo é garantir ao cidadão a possibilidade de programar o ir e vir dentro do País, com a regularidade dos vôos. Para isso, seria preciso investir em aparelhos que garantam as aterrissagens dos aviões mesmo sem visibilidade, como acontece nos países nórdicos. "Se tiver problema de comodidade, será um preço a pagar por segurança", disse. Do lado das empresas aéreas, o ministro disse que elas terão que ga-

rantir a manutenção dos aparelhos de vôos. Jobim destacou que os três paradigmas adotados por ele são na seguinte ordem: segurança, regularidade e pontualidade. "Temos que ter absoluta segurança do tráfego aéreo nessa ordem", disse. POLTRONAS O ministro determinou à Anac um estudo sobre a recomposição vital dentro dos aviões, atendendo o interesse do cidadão e não a necessidade das empresas de carregar mais passageiros. "Os espaços entre as poltronas estão reduzidos", disse o ministro, contando que com seu 1,90 m de altura tem dificuldade para se acomodar nas poltronas dos aviões.

Sigo uma frase de Deng Xiaoping: não me interessa saber qual é a cor do gato, mas saber se ele come os ratos. Nós queremos comer o rato. Nelson Jobim Segundo ele, o aumento da capacidade de vôos no Brasil foi menor que o crescimento da demanda, o que fez com que sumissem os aviões menores e os vôos regionais e as companhias aéreas passaram a usar aviões maiores, mais "comprimidos". Nelson Jobim pôs em dúvida a necessidade da existência da Anac, sobre a qual não tem poderes diretos já que os diretores têm mandato de quatro anos garantido por lei. "Não entro na discussão teórica sobre as agências regula-

doras, mas me pergunto em quais setores da economia as agências são realmente necessárias", provocou o ministro em sua exposição inicial. Jobim recordou que, quando era ministro da Justiça no governo Fernando Henrique Cardoso, redigiu as emendas constitucionais que criaram as agências nacionais de energia (Aneel), telefonia (Anatel) e petróleo (ANP). "A Aneel e a Anatel foram criadas para responder à privatização destes setores. A Anac (criada no governo atual) apenas substituiu o antigo DAC (Departamento de Aviação Civil da Aeronáutica), mas a operação do setor já era privada antes disso", afirmou. DENG XIAOPING Para sustentar que sua abordagem sobre as agências, assim como sobre o tema da desmilitarização do controle do tráfego aéreo, seria pragmática e não ideológica ou partidária, o ministro da Defesa citou Deng Xiaoping, o líder do processo de reformas econômicas na China. "Sigo uma frase Deng: não me interessa saber qual é a cor do gato, mas saber se ele come os ratos. Nós queremos comer o rato", disse Jobim. TROCA DE COMANDO Ontem, Jobim anunciou que o brigadeiro Cleonilson Nicácio da Silva assumirá a diretoria de operações da Infraero no lugar do atual diretor, Rogério Barzellay. O nome de Nicácio é o primeiro anunciado por Jobim para a Infraero depois que o ex-presidente da Agência Especial Brasileira, Sérgio Gaudenzi, assumiu a presidência da estatal, na última segundafeira. Na sexta-feira ele irá se reunir com Gaudenzi para definir outros nomes. (AE)

Ministro da Defesa, Nelson Jobim, quer aplicar lógica dos controles de infração no trânsito a empresas aéreas

Fato Relevante Comunicado-Conjunto O Banco Bradesco S.A. (Bradesco) - CNPJ no 60.746.948/0001-12 e o Banco BMC S.A. (BMC) - CNPJ n o 07.207.996/ 0001-50, comunicam ao mercado, aos seus acionistas e clientes que foi autorizada pelo Banco Central do Brasil, em 1 o .8.2007, a aquisição do controle acionário do BMC pelo Bradesco , e em cumprimento ao disposto na Instrução CVM n o 319, de 3.12.99, informam que em Assembléias Gerais Extraordinárias das Sociedades, a serem realizadas em 24.8.2007, será proposta a incorporação da totalidade das ações representativas do Capital Social do BMC pelo Bradesco , de conformidade com o disposto nos Artigos 224, 225 e 252 da Lei n o 6.404/76, conforme “Instrumento de Protocolo e Justificação de Incorporação” firmado nesta data, tornando o BMC subsidiária integral do Bradesco . A operação, uma vez autorizada, terá as seguintes características: 1.

objetiva alcançar melhores níveis de competitividade e produtividade, pela absorção de expertise em segmento de grande atratividade para a atividade bancária, potencializando sinergias existentes entre as duas Instituições, além de promover, através da reorganização societária, a racionalização e, conseqüente redução de custos operacionais, administrativos e legais;

2.

custo de aproximadamente R$2 milhões;

3.

as avaliações dos Patrimônios das Sociedades foram feitas conforme segue: a) a valor contábil, com base nos Balanços Patrimoniais levantados pelo BMC e Bradesco , em 31.12.2006, devidamente auditados, respectivamente, pela KPMG Auditores Independentes e PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes; e b) a valor econômico, referente ao BMC , em 31.12.2006, pela Ernst & Young Assessoria Empresarial Ltda.;

4.

de acordo com os Balanços Patrimoniais específicos das Sociedades, levantados em 31.12.2006, foram apurados os seguintes Patrimônios Líquidos Contábeis: BMC - R$284.584.311,99; e Bradesco R$24.636.361.909,09;

5.

será efetivada, em 24.8.2007, adotando-se os seguintes critérios de relação de substituição das ações: a) às 215.438.425 ações nominativas, representativas de 100% (cem porcento) do Capital Social do BMC , objeto de transferência para o Bradesco na presente operação de Incorporação de Ações , foi atribuído o valor de R$789.559.000,00, equivalente a R$3,664894041 por ação, com base no valor econômico das ações do BMC , objeto de avaliação, anteriormente mencionada; b) às ações do Bradesco, foi atribuído o valor de R$84,902779 por ação, calculado com base na cotação média diária intra-dia das ações ordinárias e preferenciais de emissão do Bradesco , verificada nos pregões realizados na Bolsa de Valores de São Paulo – BOVESPA no período compreendido entre 8 e 22.1.2007;

6.

tendo em vista o valor econômico de R$3,664894041 por ação do BMC , e o valor de R$84,902779 por ação do Bradesco (valor de cotação média em janeiro de 2007, ocasião em que as partes firmaram o compromisso para incorporação das ações de emissão do BMC pelo Bradesco , objeto de Fato Relevante publicado em 25 e 26.1.2007), a relação de troca será na proporção de 0,086331545 fração de ação do Bradesco, sendo 0,043166014 fração de ação ordinária e 0,043165531 fração de ação preferencial, para cada ação de emissão do BMC (já ajustada considerando-se os efeitos da bonificação de 100% das ações efetivada na Assembléia Geral Extraordinária do Bradesco de 12.3.2007). Serão portanto atribuídas aos acionistas do BMC , em substituição às ações de que eram proprietários, 18.599.132 novas ações nominativas-escriturais, sem valor nominal, sendo 9.299.618 ordinárias e 9.299.514 preferenciais, representativas do Capital Social do Bradesco, a fim de manter a mesma proporção de ações ordinárias e preferenciais existente no Capital Social do Bradesco , na época da assinatura do citado compromisso;

7.

aprovada a operação, haverá aumento do Capital Social do Bradesco no valor de R$789.559.000,00, elevando-o de R$18.000.000.000,00 para R$18.789.559.000,00, mediante a emissão de 18.599.132 ações nominativas-escriturais, sem valor nominal, sendo 9.299.618 ordinárias e 9.299.514 preferenciais, a serem atribuídas aos acionistas do BMC na proporção estabelecida no item “6”, passando a ser representado por 2.020.920.180 ações nominativas-escriturais, sem valor nominal, sendo 1.010.165.730 ordinárias e 1.010.754.450 preferenciais, com a conseqüente alteração do “caput” do Artigo 6 o do Estatuto Social do Bradesco ;

8.

as ações a serem emitidas no Bradesco e atribuídas aos acionistas do BMC terão os seguintes direitos e vantagens: Ordinárias - direito de voto e no caso de oferta pública decorrente de eventual alienação do controle da Sociedade, as ações ordinárias não integrantes do bloco de controle terão direito ao recebimento de 100% (cem porcento) do valor pago por ação ordinária de titularidade dos controladores; Preferenciais - sem direito a voto; prioridade no reembolso do Capital Social, em caso de liquidação da Sociedade; dividendos 10% (dez porcento) maiores do que os atribuídos às ações ordinárias; inclusão em oferta pública decorrente de eventual alienação do controle da Sociedade, sendo assegurado aos seus titulares o recebimento do preço igual a 80% (oitenta porcento) do valor pago por ação ordinária, integrante do bloco de controle;

9.

as ações detidas pelos acionistas do BMC , que pela aplicação da relação de troca prevista no item “6” resultarem em frações de ações, não assegurando o direito ao recebimento de uma ação do Bradesco , serão agrupadas e vendidas na Bolsa de Valores de São Paulo, a preços de mercado, e o valor apurado ficará à disposição dos acionistas do BMC , proporcionalmente à fração que tenham direito a receber;

10.

fica reservado aos acionistas do BMC , detentores de ações ordinárias e preferenciais, e aos do Bradesco , detentores de ações ordinárias, o direito de se retirarem das Sociedades, nos termos dos Artigos 137, 230 e 252 da Lei n o 6.404/76, mediante o reembolso do valor patrimonial contábil, na data-base de 31.12.2006, de R$1,320954291 por ação para os acionistas do BMC , e de R$12,30731453 por ação ordinária, detida por acionista do Bradesco na data da primeira publicação do edital de convocação da referida Assembléia Geral Extraordinária, nos termos do Parágrafo Primeiro do Inciso VI do citado Artigo 137, já considerados os efeitos da bonificação de 100% das ações do Bradesco , conforme item “6” acima;

11.

as ações do Bradesco, a serem atribuídas aos acionistas do BMC , terão direito a Dividendos e/ou Juros sobre o Capital Próprio Mensais e eventualmente Complementares que vierem a ser declarados a partir da data de sua inclusão na posição dos acionistas. Farão jus também, de forma integral, a eventuais vantagens atribuídas às demais ações a partir da citada data;

Uéslei Marcelino/ Folha Imagem

Aerolula não voa com reverso travado, diz Juniti Saito

O

comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, disse ontem, em depoimento à CPI da Crise Aérea na Câmara, que o avião presidencial não voa sem o reverso funcionando, por questão de segurança. E disse não acreditar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou o ministro da Defesa, Nelson Jobim, tiveram contato com as informações das caixas pretas do Airbus da TAM que se acidentou no Aeroporto de Congonhas. O Aerolula é um Airbus 319. "Por norma de segurança, por transportar o mais alto mandatário, o grupo de transporte especial não permite o vôo sem o reverso", disse o brigadeiro, respondendo pergunta do presidente interino da CPI, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). "Mais isso é norma de segurança porque transporta o presidente da República. Quanto à operação de outros Airbus, acho que o fabricante, melhor do que ninguém, sabe quais são as limitações que isso pode causar. Acredito que no final desse relatório podem surgir importantes recomendações", completou Juniti Saito, referindo-se às investigações sobre o acidente da TAM. "Isso é muito grave porque demonstra que a Aeronáutica sabe que o reverso pinado oferece risco, por menor que

Juniti Saito acredita que Lula e Jobim não sabiam de caixa preta

ele seja. Tanto que não permite que o avião do presidente voe dessa forma", afirmou a deputada Luciana Genro (PSol-RS) , após a sessão da CPI. Busca e apreensão – Saito afirmou também que a Aeronáutica não abriu inquérito para apurar o vazamento das informações da caixa preta do Airbus da TAM para a imprensa. O comandante da Aeronáutica justificou também o fato de a União ter pedido, na última terça-feira, ao Tribunal Regional Federal (TRF) de São Paulo, que suspendesse a liminar que ordenava ao Ministério Público Federal (MPF) e à Polícia Federal a apreensão de documentos sobre tráfego aéreo nos Aeroportos de Congonhas e de Cumbica e no 1º Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (Cindacta-1), em Brasília. O brigadeiro afirmou que "não seria conveniente" a divulgação daqueles documentos, pois possuem informações sobre o tráfego

de aviões civis e militares, já que o sistema de controle aéreo é integrado. Saito afirmou que a Aeronáutica nunca apresentou obstáculos a nenhuma informação requisitada, seja pela CPI ou pela Polícia Federal, e por não ter tido nenhuma solicitação prévia, a diligência foi recebida com surpresa. Durante a operação que chegou a ser iniciada pela PF, Saito garantiu que houve "perfeito entendimento" e que 56 volumes e um CD-ROM de registros de tráfego aéreo foram entregues aos agentes. "Mas aí veio a decisão de suspensão e eles recolheram o material", contou. A suspensão da busca e apreensão de documentos foi determinada por decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que cassou a liminar da 2ª Vara Federal. A desembargadora Marli Ferreira considerou que a União deveria ter sido ouvida antes da decisão que autorizou a apreensão de documentos do Cindacta-1, Congonhas e Guarulhos. (AE)

12. as empresas responsáveis pelas avaliações acima mencionadas declaram que não possuem qualquer conflito ou comunhão de interesses, atual ou potencial, com os acionistas controladores ou minoritários do Bradesco e do BMC , ou relativamente a qualquer outra sociedade envolvida na operação, e seus respectivos sócios, e tampouco com a operação objeto deste Fato Relevante; 13. a operação será submetida à aprovação do Banco Central do Brasil. O Edital de Convocação, este Fato Relevante, as Propostas do Conselho de Administração, o “Instrumento de Protocolo e Justificação de Incorporação” e seus anexos encontram-se à disposição dos acionistas no Departamento de Ações e Custódia do Bradesco, Instituição Financeira Depositária das Ações da Sociedade, Cidade de Deus, Prédio Amarelo, Vila Yara, Osasco, SP, podendo inclusive ser visualizados no site www.bradesco.com.br - seção Governança Corporativa - Documentos Societários. Cidade de Deus, Osasco, SP, 8 de agosto de 2007 Banco Bradesco S.A.

Banco BMC S.A.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

TURISMO - 1

SERRA GAÚCHA

Divulgação

ENTRE O MAR E AS MONTANHAS DO ESPÍRITO SANTO Moqueca, doces caseiros, praias, fazendas, trilhas... Vitória (foto), a capital do Estado, é o ponto de partida para uma viagem pela serra capixaba. Pág. 4 Fotos: Cris Berger

Roteiro 'trilegal'!

D e Gramado, palco do famoso festival de cinema (dias 12 a 18 deste mês), passando pela cidade dos parques, Canela, até chegar à intocada São Francisco de Paula, as montanhas do Rio Grande do Sul convidam a uma deliciosa viagem regada a ofurô, massagens, café colonial e chimarrão. Págs. 2 e 3

Veja mais imagens desta edição na nossa galeria de fotos virtual no site www.dcomercio.com.br/ galeria/boa viagem_index.htm

Estilo europeu em meio a araucárias é a marca da região. Grandes hotéis, como o Casa da Montanha (à esq.) em Gramado, até pequenas hospedarias, como a Pousada do Engenho (acima, à dir.), em São Francisco de Paula, recebem casais e famílias com charme e conforto. Vista para o Vale do Quilombo (acima) é a atração na estrada entre Gramado e Canela. No caminho, vale uma parada para saborear as iguarias da Cantina 28 (abaixo), instalada numa casa de 100 anos


quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Empresas Finanças Nacional Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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PERÍODO É O MELHOR PARA SETOR DE FERRAMENTAS

Proprietários de animais abatidos por febre aftosa poderão ser indenizados, segundo o Projeto de Lei de Conversão (PLV) 18/07, aprovado ontem.

EMPRESAS QUE VENDEM FERRAMENTAS E PEÇAS PARA BRICOLAGEM COMEMORAM A DATA

PRESENTES UTILITÁRIOS PARA OS PAIS

SUPERSIMPLES M

Marcelo Soares/Hype

Vanessa Rosal

Quem aderiu poderá parcelar dívidas de 2007

Renato Carbonari Ibelli

120

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s micros e os pequenos empresários que optaram pelo Supersimples poderão quitar dívidas de 2007 pelo programa de parcelamento instituído pela Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, que criou o novo regime tributário. A vantagem consta do Projeto de Lei Complementar da Câmara (PLC 43/07), aprovado na última terça-feira pelo Senado. O texto agora precisa ser sancionado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que deve vetar dois pontos da matéria. Com a aprovação do projeto, as dívidas abrangidas pelo parcelamento da lei geral passam a ser aquelas com fatos geradores até 31 de maio de 2007. A medida garante cerca de um ano e meio a mais de pendências cobertas pelo parcelamento especial da nova legislação. Antes do PLC 43/07 passar no legislativo, apenas dívidas acumuladas até 31 de janeiro de 2006 podiam ser parceladas. O parcelamento especial da lei geral prevê 120 pagamentos mensais, com valor mínimo das parcelas de R$ 100, e deve ser requerido até o próximo dia 15 de agosto. O projeto também estabelece que cerca de 80 categorias de prestadores de serviços, entre eles borracharias, estacionamentos e empresas de proces-

parcelas é o prazo máximo de pagamentos dos débitos com o fisco no programa de parcelamento especial. samento de dados, sejam tributadas na forma do anexo III da lei geral, que determina alíquotas menores. Esses prestadores de serviço estavam inclusos na tabela V da nova legislação. Nesse enquadramento, tributaristas dizem que a empresa só pagará menos impostos caso suas despesas com folha de pagamento correspondam a mais de 40% da sua receita bruta. Os beneficiados – Empresas fabricantes e distribuidoras de cosméticos e de fogos de artifício, entre outras, também foram beneficiadas pelo projeto de lei. Isso porque a matéria aprovada no Senado derruba a proibição de adesão ao Supersimples dos estabelecimentos que tenham em sua produção itens sobre os quais incidem alíquota de Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) superior a 20%. Esse era o caso

das empresas de cosméticos e fogos de artifício. Vetos – O PLC 43/07 saiu da Câmara dos Deputados no início de julho e seguiu em caráter de urgência para o Senado. Na casa, acordos tiveram de ser feitos por causa da pressão de estados e municípios, que temem perder arrecadação com o Supersimples. Entre os acordos, ficou decidido que dois vetos ao projeto seriam feitos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva após sua aprovação no Senado. Um dos pontos que deve ser vetado pelo presidente é referente à proibição da cobrança antecipada do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas fronteiras dos estados. O procedimento é chamado de antecipação tributária, que o projeto previa coibir. O outro veto deve excluir empresas de transporte da possibilidade de aderirem ao novo regime tributário. Limite para inclusão – O Supersimples é o principal item englobado na Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. Esse novo regime tributário unifica os tributos federais, estaduais e municipais. O prazo para adesão a esse novo dispositivo tributário termina no dia 15 de agosto. Só é permitida a adesão de empresas que faturam até R$ 2,4 milhões ao ano, desde que não tenham nenhuma pendência tributária ou cadastral junto ao fisco.

Consumidor quer comprar móveis Mário Tonocchi

A

pesquisa trimestral de intenção de compras do Programa de Administração de Varejo (Provar), da Fundação Instituto de Administração (FIA), realizada desde 1999, aponta que, entre julho e setembro deste ano, os consumidores querem comprar móveis. O item apareceu em primeiro lugar, com 11,4% da preferência de gastos, entre as 500 pessoas entrevistadas, na cidade de São Paulo, do dia 1º a 15 do mês passado. Depois dos móveis, o consumidor quer levar para casa equipamentos de informática (10,6%), seguidos de linha

branca com 9,2% e celulares (7,2%). Em último lugar estão as autopeças com 1,2% de intenção de compra, atrás de automóveis com 4,4%. A oferta maior de crédito, a redução gradual da taxa básica de juros – ainda que no patamar de 11,5% ao ano – e a desvalorização da cotação do dólar, que caiu 9,71% nos últimos 12 meses, de acordo com o coordenador-geral do estudo, Cláudio Felisoni de Ângelo, são influências determinantes para a disposição de consumo. A proximidade do Dia dos Pais também estimula a compra, avaliou o coordenador. Além de automóveis, autopeças, telefonia, móveis e informática entraram na pesqui-

sa os itens como equipamentos eletroeletrônicos (6,6%), cama, mesa e banho (5,6%), materiais de construção (5,4%), além de foto e ótica (4,6%). No geral, a pesquisa mostra que 57,2% dos consumidores informaram que pretendem realizar aquisições de objetos entre julho e setembro deste ano. O índice é maior que o registrado no trimestre anterior, que chegou a 54,8%. Já o percentual de consumidores que não têm intenção de comprar esses produtos caiu de 45,2% para 42,8% neste trimestre. Ainda segundo a pesquisa, o número de pessoas sem intenção de compra ficou acima do registrado na mesma época do ano passado, com 31,4%.

Farmácias: apenas remédios Fernanda Pressinott

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diz que "é preciso perceber que uma farmácia tem sim que dar lucro, mas com serviços voltados ao paciente, e não com venda de guloseimas. Quem quer vender bala, deve montar um mercado", afirma. A consulta pública está disponível no site da Anvisa (www.anvisa.gov.br) e recebe propostas até o dia 10 de setembro.

A TÉ LOGO Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

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Adesão ao Simples Nacional ultrapassa 3 milhões

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Empresas de autopeças ganham da Ford na Justiça

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Oi defende menos restrições à fusões no setor

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Vendas de computadores cresceram 19%

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Conselho Regional de Farmácia de São Paulo (CRF-SP) defendeu ontem, por meio de nota, a normatização das farmácias e drogarias como estabelecimentos de saúde. A entidade se diz favorável à consulta pública nº 69, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que proíbe a comercialização de alimentos e bebidas nesses estabelecimentos. "A comercialização de produtos como biscoitos, guloseimas e refrigerantes, tal como ocorre em lojas de conveniência, fere os princípios éticos da profissão farmacêutica e não colabora para a imagem da farmácia como estabelecimento

de promoção e recuperação da saúde", diz a nota. Os comerciantes afirmam que, se aprovada a proibição, o prejuízo pode chegar a R$ 2,1 bilhões por ano, o equivalente a 8% do faturamento total do s e t o r, q u e é d a o r d e m d e R$ 26,62 bilhões ao ano. Sobre isso, a presidente do CRF-SP, Raquel Rizzi Grecchi,

Produtor rural terá isenção de PIS/Pasep e Cofins

artelos, furadeiras e parafusadeiras estão incrementando as vendas de supermercados e redes de material de construção. Segundo lojistas do setor de ferramentas, o Dia dos Pais é a melhor data para a comercialização dos produtos, e a expectativa é a de que as vendas aumentem entre 10% e 20% em relação ao mesmo período do ano passado. "O varejo comemora o Natal e o Dia das Mães, mas para nós esse é o melhor período do ano", diz a vendedora da De Meo Ferramentas, Eliciane Gomes. A loja, que oferece 4,2 mil tipos de produtos, iniciou uma campanha especial para os consumidores há duas semanas. Alguns itens, como as furadeiras da Black & Decker, estão com descontos de 5% para compras parceladas. "Mas esse desconto sobe muito para quem paga à vista", informa Eliciane. Segundo ela, o tíquete médio do presente dos pais fica em torno de R$ 72, mas há quem desembolse até R$ 650. "Nossa meta é vender 10% a mais sobre o mesmo período de 2006", diz. O destaque deste ano é o aumento de mulheres dentro da loja. "Da mesma forma que elas presenteiam as mães com panelas e eletrodomésticos, compram ferramentas para os pais." O gerente da Nova Ferra-

A vendedora Eliciane: Dia dos Pais garante o melhor período do ano.

mentas, Humberto da Silva, também tem essa impressão. "O público feminino é mais cuidadoso, gosta de um embrulho bonito", observa. Para atrair o consumidor, ele criou uma campanha com direito a coração na entrada da loja e descontos em kits de ferramentas. Um dos mais vendidos custa R$ 88 e vem em uma caixa dobrável nas cores azul e amarelo. "O movimento está muito bom. Agosto, para nós, é o melhor mês do ano", ao afirmar que as vendas deverão crescer 20% sobre o mesma data do ano passado. A rede de lojas Multicoisas, que vende produtos como eletrodomésticos, itens de escritório e informática, também espera aumentar as vendas em 20% neste Dia dos Pais sobre o exercício anterior. Segundo o diretor de marketing e expansão da empresa, Luis Stockler, "agosto é o melhor mês em nosso ramo". Os itens mais comer-

cializados são os kits variados (R$ 190), e a parafusadeira (R$ 87). "Nesse período, o tíquete médio aumenta de R$ 30 para R$ 32. Com uma média de 4 mil vendas por mês, faz muita diferença", calcula. Além das lojas especializadas, outros setores comemoram as vendas de ferramentas. É o caso da Leroy Merlin que aproveitou para lançar a campanha de aniversário junto com a do Dia dos Pais. A empresa oferece produtos para todos os perfis, sejam pais interessados em carpintaria, pintura, jardinagem ou os que adoram quando aparece um "probleminha" em casa para resolver com as ferramentas. Os sites de vendas online também apostam nesses produtos para incrementar as vendas do mês. O Submarino criou uma página especial de ferramentas com 30% de descontos e fretes grátis para os pais amantes da bricolagem.


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quinta-feira, 9 de agosto de 2007

CONTA DE ENERGIA ELÉTRICA SEGURA INFLAÇÃO

28,49

por cento foi a alta do grupo leite e derivados na inflação brasileira deste ano

IPCA ACUMULADO DO ANO SOBE, PREÇOS DIMINUEM EM JULHO, MAS PRESSÃO DE ALTA CONTINUA

PREÇO DA COMIDA PRESSIONA INFLAÇÃO N 5,26 Alex Ribeiro/DC

os primeiros sete meses de 2007, a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a medida oficial da inflação no País, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) acumulou 2,32%, pouco mais da metade do centro da meta de inflação do ano, de 4,5%. O cálculo da meta inflacionária do governo é feito justamente pelo IPCA, que se refere às famílias com renda de um a 40 salários-mínimos. A taxa acumulada em 12 meses confirmou a tendência de alta, ampliando-se de 3,69% no período encerrado em junho para 3,74% em julho. O índice acumulado do grupo Alimentação, até julho, está em 5,26%, superando o total acumulado de janeiro a dezembro em 2006 (1,22%), 2005 (1,99%) e 2004 (3,86%). A alta verificada no acumulado do ano foi revertida pelos números do mês de julho, e principalmente pelos preços medidos na região metropolitana de São Paulo, que tiveram deflação e seguraram o índice

Em São Paulo, deflação.

A

região metropolitana de São Paulo teve em julho deflação de 0,17%, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e

nacional. (Ver matéria abaixo.) Os produtos não alimentícios tiveram queda de preços de 0,03% em julho. Também teve destaque de queda o álcool combustível, com menos 6,96%, ao lado da redução de 0,51% no preço da gasolina. Pressão – Assim mesmo, o preço dos alimentos pressiona a inflação brasileira. O item leite e derivados se acelerou de 7,35% em junho para 11,31% em julho, acumulando 28,49% este ano. Oito das 11 regiões pesquisadas pelo IBGE tiveram taxas mais altas do que a

média nacional em julho. Em cinco delas, a taxa local foi mais que o dobro da brasileira, variando de 0,5% a 0,58%. Não há indicações de desaceleração no preço do leite para agosto, que está tendo redução da oferta e aumento da demanda, tanto nacional como mundial, de acordo com a coordenadora de índices de preço do IBGE, Eulina Nunes dos Santos. Somando isso ao efeito de um aumento já ocorrido em julho na telefonia fixa, que ainda tem cerca de 1,5% para ser captado neste mês e prováveis aumentos de preços na energia elétrica e no álcool, ela concluiu que "a inflação em agosto não ficará perto do zero". Explicação – A alta dos preços dos alimentos no mercado interno é em parte reflexo do cenário externo, em que dois fatores têm elevado as cotações dos principais produtos agrícolas, avaliou ontem o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, falando sobre a inflação. O primeiro fator de alta, disse ele, é o crescimento da economia mundial nos últimos cinco anos, que não era

registrado desde 1970. "O crescimento atual significa melhoria do consumo, sem que a produção agrícola consiga dar uma resposta no mesmo ritmo", explicou o ministro. O segundo fator de sustentação para os preços internacionais é o interesse mundial pela agroenergia, disse Stephanes. Mas o ministro não acredita que no Brasil a disputa por terras para produção de cana-deaçucar levará à diminuição da produção de alimentos. "No caso de outros países, há uma disputa pelas áreas que podem ser destinadas à produção de biocombustíveis ou grãos. Essa disputa não acontece no Brasil", garantiu. Na avaliação dele, o reflexo da agroenergia e da demanda mundial por alimentos é pequeno no mercado interno porque o Brasil é grande produtor de grãos. Mas, com tudo isso, Stephanes disse que não é possível esperar recuo de preços. "Esses fatores deverão elevar os preços dos produtos agrícolas num patamar ligeiramente acima do registrado nos últimos anos." (Agências)

Estatística (IBGE). A queda foi decisiva para segurar o IPCA nacional do mês passado, que ficou em 0,24%, abaixo dos 0,28% de junho. São Paulo representa um terço da taxa nacional e a última vez que registrou deflação foi em junho de

2006, de menos 0,3%. Em junho, teve taxa positiva de 0,35%. Além de São Paulo, só Brasília (0,06%) e Goiânia (0,19%) tiveram inflação abaixo da média nacional. A deflação paulista foi causada principalmente pelas contas de energia

elétrica, que caíram 9,12%, com redução de 12,66% nas tarifas da Eletropaulo. Só esse fator teve contribuição de -0,3 ponto percentual, para a queda. As contas de telefone fixo em São Paulo também tiveram queda de 0,63% em julho. (AE)

por cento é o índice acumulado do grupo Alimentos, que teve forte influência dos preços do leite e derivados.

102 dias anuais com greve de alguma categoria profissional no porto

Greves no porto: perdas de US$ 116 milhões.

A

s empresas exportadoras perderam aproximadamente US$ 116,3 milhões no ano passado em decorrência das greves nos portos brasileiros. Segundo o levantamento Diagnóstico dos Portos Brasileiros, elaborado pelo Centro de Estudos em Logística (CEL) da Coppead/UFRJ, em 2006 os fiscais da Anvisa, do Ibama, da Receita Federal, agropecuários, agentes do fundo de Marinha Mercante e caminhoneiros avulsos paralisaram suas atividades em níveis nacional ou regional por 156 dias. O coordenador do CEL, Paulo Fleury, afirmou que as greves provocam principalmente a perda da confiança dos importadores com o cum-

ALUGO ARMAZÉM - 1.000 m² Pé Direito de 7m, Mezanino e Estacionamento Rua Saldanha Marinho, 123 - Belenzinho ARMAZÉM - 850 m² Pé Direito de 7 m, Estacionamento e Escritório Rua Paulo Andreghetti, 1.476 (Entre Ponte Vila Guilherme e Vila Maria) a 50 metros da Marginal do Tietê FONE: (11) 3052-1677 (HORÁRIO COMERCIAL) PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO ABERTURA DE LICITAÇÃO Site: www.riopreto.sp.gov.br MODALIDADE: CONCORRÊNCIA DE PREÇOS Nº 020/2007 Objeto: Permissão de uso de espaços públicos dentro da área pública usada para deposição de galhos oriundos da coleta pública, junto ao IPA para processamento de resíduos de podas de árvores proveniente da coleta pública. Limite p/ entrega dos envelopes 10/09/2007 às 17:00h e abertura dia 11/09/2007 às 08:30h.

Alfa Previdência e Vida S.A. C.N.P.J. nº 02.713.530/0001-02 e NIRE 35 3 0015729 0 Ata da Assembléia Geral Ordinária Realizada em 30 de Março de 2007 Data: 30 de março de 2007. Horário: 11:00 horas. Local: Sede social, Alameda Santos, 466, 7º andar, São Paulo - SP. Presença: a) acionistas representando a totalidade do capital social; b) auditoria externa independente, KPMG Auditores Independentes (CRC 2SP 14428/O-6), representada pelo Sr. Zenko Nakassato (CRC 1SP160769/O-0). Mesa: Carlos dos Santos Presidente. José Antonio Rigobello - Secretário. Flávio Márcio Passos Barreto - Secretário. Ordem do Dia: 1. tomar as contas dos Administradores, examinar, discutir e votar o Relatório Anual da Administração, as Demonstrações Financeiras, incluindo a destinação do Lucro Líquido do exercício, e o Parecer dos Auditores Independentes, relativos ao exercício social, encerrado em 31/12/2006, publicados no Diário Oficial do Estado de São Paulo e no Diário do Comércio, edições de 28/02/2007; 2. eleger a Diretoria e 3. fixar a remuneração da Diretoria, bem como a participação dos lucros dos Diretores. Leitura de Documentos: Todos os documentos citados no item 1 da Ordem do Dia foram lidos, colocados sobre a mesa e entregues à apreciação dos acionistas. Deliberações Tomadas por Votação Unânime: 1. aprovados o Relatório Anual da Administração, as Demonstrações Financeiras e o Parecer dos Auditores Independentes, relativos ao exercício social encerrado em 31/12/2006; 2. ratificada a distribuição de juros sobre o capital próprio, relativos ao exercício social encerrado em 31/12/2006, no valor de R$ 519.016,00; 3. aprovada a destinação do lucro líquido do exercício, sendo a importância de R$ 92.876,47 para Reserva Legal, e o saldo remanescente do lucro líquido de R$ 1.245.636,84 para Reservas Estatutárias a saber: R$ 1.121.073,16 para Reserva para Aumento de Capital e R$ 124.563,68 para Reserva Especial para Dividendos. Aprovada ainda a destinação do saldo de lucros acumulados de R$ 927.248,02 para Reservas Estatutárias da seguinte forma: R$ 834.523,22 para Reserva para Aumento de Capital e R$ 92.724,80 para Reserva Especial para Dividendos; 4. reeleitos os membros da Diretoria, com mandato até a realização da Assembléia Geral Ordinária de 2008, para Diretores, os Srs.: Carlos dos Santos (CPF nº 221.432.897-15 - RG nº 25.308.088-5-SSP-SP), brasileiro, casado, economista, residente e domiciliado em Barueri - SP; e Luiz Henrique Souza Lima de Vasconcellos (CPF 011.505.966-00 - RG nº 5.459.225-SSP-SP), brasileiro, separado judicialmente, economista, residente e domiciliado no Rio de Janeiro-RJ, e para Diretores Gerentes, os Srs. Farid Eid Filho (CPF nº 069.118.958-71 - RG nº 8.280.810-SSP-SP), brasileiro, casado, engenheiro civil, residente e domiciliado em São Paulo-SP e Celso Luiz Dobarrio de Paiva (CPF nº 016.986.818-44 - RG nº 5.591.811-SSP-SP), brasileiro, casado, engenheiro, residente e domiciliado em São Paulo-SP, todos com endereço comercial na Alameda Santos, 466 - 5º andar, São Paulo-SP; 5. ratificada a indicação do Diretor, Sr. Carlos dos Santos, como Diretor tecnicamente qualificado para responder, perante à SUSEP, pelo acompanhamento, supervisão e cumprimento das normas de Contabilidade e de Auditoria Independente, conforme previsto na Regulamentação em vigor, e como Diretor responsável pelos Controles Internos da Sociedade; 6. ratificada a indicação do Diretor Gerente, Sr. Farid Eid Filho, como Diretor Responsável Técnico e Diretor Responsável pelo cumprimento do disposto na Lei nº 9.613, de 03/03/1998; 7. deliberado fixar em até R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais), em média mensal, a remuneração da Diretoria, nos termos do Estatuto Social. Essa verba vigorará a partir de abril do corrente ano até a próxima Assembléia Geral Ordinária, e poderá ser reajustada, de acordo com os índices da inflação. Poderá a Sociedade proporcionar, aos seus administradores, transporte individual e, para alguns, também segurança e 8. aprovado, na forma do Estatuto Social, atribuir aos Diretores uma participação nos lucros de até vinte e cinco milésimos do lucro líquido ajustado, relativo ao último exercício, cabendo à Diretoria deliberar sobre a forma de distribuição dessa verba entre os seus membros. Os membros da Diretoria reeleitos declararam, sob as penas da lei, que preenchem os requisitos previstos na Resolução CNSP nº 136, de 2005, do Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP para exercer a administração. O Conselho Fiscal deixou de ser instalado por não haver pedido dos senhores acionistas nesse sentido. Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente encerrou os trabalhos desta Assembléia Geral Ordinária, lavrando-se no livro próprio a presente ata que, lida e achada conforme, foi aprovada por todos os presentes, que a subscrevem. São Paulo, 30 de março de 2007. Carlos dos Santos - Presidente da Mesa; José Antonio Rigobello - Secretário; Flávio Márcio Passos Barreto - Secretário. Os Acionistas: Corumbal Participações e Administração Ltda. - a.a.) Aloysio de Andrade Faria - José Antonio Rigobello; Administradora Fortaleza Ltda. - a.) Aloysio de Andrade Faria; Alfa Holdings S.A. - a.a.) Aloysio de Andrade Faria - Flávio Márcio Passos Barreto; Consórcio Alfa de Administração S.A. - a.a.) Aloysio de Andrade Faria - Flávio Márcio Passos Barreto. Declaração - Declaramos, para os devidos fins, que a presente é cópia fiel da ata original lavrada no livro próprio, e que são autênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. Alfa Previdência e Vida S.A. Carlos dos Santos - Diretor. Celso Luiz Dobarrio de Paiva - Diretor Gerente. Certidão. Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o nº 268.336/07-6, em 03/08/2007. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

primento dos prazos de entrega dos produtos. "Essas greves afetam a imagem do Brasil como exportador. Um país que vende, mas não consegue embarcar", argumentou, acrescentando que algumas empresas acabam buscando outras opções nos momentos de paralisação "para honrar seus compromissos e não perder os clientes, mesmo que isso provoque aumente do custo da exportação". Além disso, o pesquisador ressaltou que as greves provocam a ampliação dos estoques das empresas, já que não conseguem escoar as mercadorias, o que resulta na redução da produção. "Parando a produção, podem ocorrer demissões." Segundo ele, o problema das paralisações é agravado ainda mais com a ineficiência burocrática da infra-estrutura portuária brasileira. No ano passado, os fiscais da Anvisa ficaram em greve 71 dias, os da Receita Federal, 66 dias, os do Ibama, 29 dias, os fiscais agropecuários, 18 dias e os agentes do fundo de Marinha Mercante, 16 dias. Em 102 dias de 2006, pelo menos uma categoria de servidor público esteve em greve. (AE)

Continua alta a importação de eletrônicos

O

déficit da balança comercial do setor elétrico e eletrônico cresceu 26% no primeiro semestre de 2007 na comparação com igual período do ano passado, passando de US$ 5,05 bilhões para US$ 6,37 bilhões. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), o incremento ocorreu pelo aumento de 14,1% nas importações e de apenas 0,3% nas exportações. Segundo o presidente da entidade, Humberto Barbato, o acesso ao crédito e o crescimento das vendas de produtos do setor tem demandado muitos componentes importados para a produção interna. No acumulado do primeiro semestre, as importações atingiram US$ 10,79 bilhões, ante US$ 9,46 bilhões do mesmo período do ano passado. Conforme a Abinee, as importações de componentes apresentaram taxas modestas de crescimento (1,8%), enquanto as áreas destinadas a produtos finais registraram expressivas altas, variando de 9,5% para equipamentos industriais até 72,7% para bens de informática. Já as exportações entre os meses de janeiro e junho somaram US$ 4,42 bilhões, ante US$ 4,41 bilhões em relação ao mesmo período de 2006. As exportações de telecomunicações (- 20,9%), informática (-13,3%) e material elétrico de instalação (- 3,7%) foram as que mais caíram. (AE)


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

ECONOMIA - 5


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - ESPECIAL

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Andrea Felizola/LUZ-01/09/2006

Agora, todas as fichas na Marginal Pinheiros Rogério Albuquerque/AFG

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Na Marginal Pinheiros, prevê-se a entrega de mais 120 mil metros quadrados de escritórios só neste ano. A grande vantagem aqui é a disponibilidade de terrenos

Uma fileira de arranha-céus se ergue por toda a cidade Penha e Tatuapé continuam em destaque no crescimento da Zona Leste, assim como Morumbi e Butantã do outro lado da cidade. Áreas verdes concentram imóveis de alto padrão, como Ibirapuera ou Villa-Lobos Divulgação

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Pompéia: imóveis de alto padrão se concentram perto dos grandes parques da cidade

para se construir em qualquer lugar é saber as restrições impostas pelos órgãos públicos. Se tal árvore no terreno é tombada, as restrições dos próprios loteadores, etc. A Companhia City, ao desenvolver o primeiro condomínio de alto padrão em São Paulo, por volta dos anos 40, no Jardim América, “criou o plano diretor para os seus loteamentos”. Determinou aos ocupantes o respeito à taxa de ocupação - a superfície que se pode construir no terreno, se as ruas eram sinuosas, ajardinadas, surgiu então a legislação préestabelecida do loteamento, respeitando as restrições, o

que agrega valor ao empreendimento, diz Pompéia. Neste momento se determina que naquele loteamento não haverá fábricas ou escolas que atrapalhem o trânsito, que faça barulho. A Chácara Flora, por exemplo, nunca foi condomínio planejado, mas os moradores cercaram com muros, colocaram três portarias e depois a fecharam para a avenida Washington Luis, com entrada e saída de veículos. Com algumas regras de preservação se criou conceito de moradia fechada, na horizontal, embora não fosse “de verdade um empreendimento com lei de loteamento”. Afinal, foi um em-

DC

bairro da Penha vem crescendo bastante, o Morumbi cresce tradicionalmente, assim como o Butantã, ali no limite entre Parque dos Príncipes com São Fernando Golfe Clube, na divisa entre Osasco e São Paulo, diz o consultor Luis Paulo Pompéia, diretor da Embraesp - Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio, que há 34 anos faz consultoria imobiliária para empresas nacionais, estrangeiras, entidades públicas e privadas. A empresa desenvolve estudos de vocação imobiliária, avaliações e possui um imenso banco de dados sobre o mercado residencial e comercial para a região metropolitana de São Paulo. A Embraesp prepara há dez anos a tabela de preços médios publicada todos os domingos na “Bolsa de Imóveis Novos” do jornal O Estado de S. Paulo. Naturalmente o trabalho de Luis Paulo Pompéia é “pensar a cidade”. Ele sabe que a área verde é a praia de São Paulo e por isso em bairros como Vila Nova Conceição, ao lado do Ibirapuera, os imóveis são mais caros. Da mesma forma os imóveis próximos do parque da Aclimação, ou do Alfredo Volpi, no Morumbi, e do Villa-Lobos. O bairro do Tatuapé, diz Luiz Paulo Pompéia, recebe “uma verticalização forte” pela direita da Radial Leste e pela esquerda da estrada de ferro, ancorados pelo parque Piqueri. Mas, apesar de a área verde sempre dignificar o imóvel, a primeira tarefa e fundamental

preendimento além do aeroporto de Congonhas, nos anos 50. A Lei do Zoneamento foi sendo modificada e a cidade crescendo. Os primeiros bairros construídos e planejados foram Campos Elíseos, Higienópolis, Jardim América, Chácara Flora. Uma história que começou na cidade de São Paulo com a construção da primeira estrada de ferro em 1868. Em 1876 eram 30 mil habitantes. Em 1877, foi a vez da construção da Estrada de Ferro Sorocabana. Depois, em 1892, a construção do Viaduto do Chá. Em 1895 a cidade já possuía 130 mil habitantes. Em 1901 foi construída a Estação da Luz e o início da abertura da avenida Paulista. Em 1960, na região metropolitana, havia 4 milhões e 791 habitantes. Em 2006 eram 20 milhões e, no Estado de SP, 40 milhões e 300 mil (Fonte IBGE). Desses, quase oito milhões de pessoas ainda não compraram a sua casa própria. De um lado a grande demanda, do outro, as incorporadoras, construtoras e a urbanização da cidade, com suas legislações, muitas vezes dificultando, outras em defesa pela conservação das áreas verdes. A última complicação para os investidores do setor da construção foi em 2005, durante o governo de Marta Suplicy, diz Pompéia, quando a prefeita vetou um artigo que a Câmara dos Vereadores havia modificado. Logo depois vieram as eleições e a cidade ficou sem lei de fevereiro a agosto de 2005, conta Luiz Paulo Pompéia. Nada se aprovava para os empreendimentos imobiliários: “Teve o problema com as garagens, havia uma mancha grande na cidade onde não se podia construir nada, em parte do

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Brooklyn, Moema e Vila Uberabinha”. Se o setor hoje vive um dos seus melhores momentos, “de um modo geral a inadimplência caiu muito, e é uma garantia maior para os empreendedores e financiadores”, diz o consultor da Embraesp, Luiz Paulo Pompéia. Mas para ele os juros para a compra do imóvel para a classe média ainda é elevado: “Principalmente para a fatia mais popular os juros precisam cair para 6% ou 7% mais a TR, para chegar a 9%, aí sim, atingiria uma parcela mais significativa”. E os prazos deveriam ser maiores também até trinta anos, assim as prestações seriam menores. Pompéia dividiria a classe média baixa de 3 a 5 salários mínimos, a classe média de 5 a 12 salários, a média alta de 15 a 22 salários e a A1, acima de 22 mil reais, o topo da pirâmide. Até três salários é difícil a iniciativa privada resolver o problema de moradia dessa população, tem o custo do terreno, somado ao custo da construção. Essa tarefa, diz Pompéia, fica para os governos. Hoje são inúmeros bairros que crescem por todas as regiões da cidade, mas no futuro haverá financiamento ao lote urbanizado, com regularização e eliminação das ocupações clandestinas em mananciais e áreas de risco, além dos subsídios para a moradia de baixa renda (FGTS), com desburocratização do crédito imobiliário e das operações de compra e venda, com financiamentos até 100% do imóvel, segundo a Expansão do crédito imobiliário, palestra de Luis Paulo Pompéia, da Embraesp Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio, no Sinduscon. MB

mportantes investimentos imobiliários nos últimos vinte tornaram a região da Marginal Pinheiros um novo pólo comercial e cultural da cidade de São Paulo. Sua estrutura já é considerada de ponta. No entanto, o futuro dessa área promete ser ainda mais promissor para o mercado imobiliário comercial e conseqüentemente para o mundo dos negócios, segundo uma pesquisa da CB Richard Ellis, considerada uma das maiores consultorias de imóveis comerciais no mundo, com sede em Los Angeles e escritório em São Paulo. O volume de escritórios ali chega a 2,3 milhões de m², e 84% são edifícios com ar condicionado central. A região da Marginal inclui desde o parque Villa-Lobos até Interlagos. Ainda existe grande quantidade de espaço disponível para ser ocupado, cerca de 13%, diz Reginaldo Vellosa (foto acima), gerente da pesquisa CB Richard Ellis. O centro da cidade ainda tem 9%, a Paulista 6%, e o menor espaço para construir empreendimentos comerciais fica com a região dos Jardins, com 3%. Em outras onze microrregiões, segundo a pesquisa, ainda existem 13% de espaço. Neste primeiro trimestre a procura por imóveis na região da Marginal aumentou consideravelmente, diz a pesquisa. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, a taxa de vacância (número de imóveis vazios) teve uma redução de 22%. A previsão para este ano é que mais de 120 mil metros quadrados de escritórios sejam entregues. Em 2008, esperase um crescimento de 70% em relação a este ano. O grande trunfo da região é a grande disponibilidade de terrenos que possibilitam a construção de imóveis como o Rochaverá Corporate Towers, da incorporadora norte-americana Tischmann, atualmente o maior empreendimento corporativo em construção no País, com mais de 120.000 m² de escritórios - 30.000 m² a serem entregues este ano. Do outro lado da Marginal, outros empreendimentos comprovam o interesse e disponibilidade, como da Incorporadora Rossi e da JHSS, responsáveis pelo Shopping Cidade Jardim, além do antigo esqueleto da Eletropaulo, que se transforma em quatro torres de escritórios comerciais numa área de 70 mil m2. No ano que vem deve começar a circular a linha 4 (amarela) do metrô, que será interligada pela estação Pinheiros, com a linha azul existente na Marginal Pinheiros, conectando esta região com toda a malha do metrô, o que poderá incentivar ainda mais a procura da região pelas grandes empresas. MB


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CARTÕES DE CRÉDITO FATURAM ALTO

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12,2

por cento foi o percentual de queda no lucro líqüido da Gerdau

MINISTRO DA FAZENDA COMEMORA O CRESCIMENTO DO PAÍS E DA ARRECADAÇÃO DE IMPOSTOS

MANTEGA FALA E O PÚBLICO GARGALHA O período, com lucro de R$ 4,007 bilhões. Até agora, os ganhos dos 10 bancos que apresentaram balanços do primeiro semestre apresentam crescimento de 44,5% em relação ao mesmo período do ano passado, somando um total de R$ 10,9 bilhões, segundo a consultoria Austin Rating. A revista Exame identifica anualmente as 500 maiores empresas do País e elege as melhores em resultados de 18 setores, além de escolher a melhor de todas, que este ano foi a Santa Elisa, do setor de energia. Por setor, as eleitas foram Officer (atacado), Fiat (automóveis), CBC (bens de capital), Natura (bens de consumo), Wirex (eletroeletrônico), Mantecorp (farmacêutico), Engevix (construção), Positivo (indústria digital), Samarco (mineração), Suzano (papel e celulose), Copesul (química e petroquímica), Visanet (serviços), Caraíba (siderurgia e metalurgia), Telemar (telecomunicações), A l p a rg a t a s ( t ê x t i l ) , TA M (transporte), Lojas Americanas (varejo), além da própria Santa Elisa (energia). (AE)

Braskem recupera fôlego

A

Braskem obteve lucro líqüido de R$ 281,127 milhões no segundo trimestre deste ano, revertendo prejuízo anterior de R$ 53,734 milhões apurado no mesmo período do ano passado. A receita líquida cresceu 56% no período, para R$ 4,968 bilhões, e o lucro bruto fechou em R$ 932,112 milhões (+144%). O resultado operacional da empresa somou R$ 516,162 milhões de abril a junho, revertendo prejuízo anterior

de R$ 154,815 milhões apurado no mesmo período de 2006. No acumulado dos seis primeiros meses de 2007, a Braskem contabilizou lucro de R$ 387,987 milhões, com alta de 468,7% no comparativo com o mesmo intervalo do ano passado. Os dados são consolidados. A Braskem é a maior empresa petroquímica da América Latina e está entre as três maiores indústrias brasileiras de capital privado. (AE)

SECRETARIA DE COORDENAÇÃO DAS SUBPREFEITURAS EDITAL A Subprefeitura de Pinheiros comunica que os veículos abaixo descritos foram apreendidos. Os interessados poderão retirá-los mediante apresentação de documento de propriedade do veículo e do pagamento das taxas devidas no prazo de 30 dias, nos termos do art. 5º do Decreto nº 15.627/79 e Portaria 022/SMSP/GAB/2005, dirigindo-se para tanto à Unidade Técnica de Fiscalização. Proprietário Placa Marca Marcel A. Tabaciniki CJP-0217 GM/Vectra José Assis Gomes BWA-0749 Kombi Manoel Ap. M. de Oliveira CII-1254 Trailler Antonio P. R. de Vasconcelos COE-8430 Corcel Afilo Justino Vital Filho DEM-1872 Trailler Francisco A. B. dos Anjos CLL-5938 Trailler Eloísa Ap. de Góes CBM-7237 Saveiro Marina Ap. Pravadelli e CAT-9955 Uno José Augusto Forshaid Emp. Artes e Projetos Palio CIR-0981 e Edições Artísticas Ltda. Wekeende Cássio Murilo Bonfim CWF-6343 Polo Belarmino Luz CVZ-9102 Kombi Laelson Vieira de Souza CAD-7173 Fiat 147 Silvio J. S. Cavalcanti DOG-6066 Dodge Dart Francisco A. Duarte Maciel CGB-6004 Espero Diogo M. de O. Ribeiro DIH-2632 Trailler Antonio F. do Carmo Jr. DMJ-6245 Uno Paulo Garcia de Queiroz CTH-2493 Kombi Radha A. P. Abramo BMM-1456 Laika Flávio da Cunha CAF-3592 Monza Ari Virgílio Cota CCX-8511 Parati Josias Caetano Soares CEB-4805 Parati Antonio G. Rodrigues BPB-8527 Camioneta Plínio T. Pinho Ramos BJR-7065 Dodge 1800 Allfitas Com. e Ind. Ltda. BLG-4949 Monza José Carnevale BRN-5959 Fiorino Renato de Figueiredo CFB-8293 Tempra Sandra G. dos Santos CLT-9491 Trailler

Chassis 9BGJK19BVVB591881 BH565572 9A9TY0511V1DA2056 LB4KYL95297 9A9TR05111SCZ8120 9A9TY0511W1DA2094 9BWZZZ30ZHT063327

Ano 1997 1978 1997 1981 2001 1998 1987

9BD146000P5089240

1994

9BD178858V0272716

1997

8AWZZZ6K2WA529114 BH305064 9BD147A0000488167 G022228 KLAJF19W1RB734559 9A9RJ0TAK3SDH6074 9BD15802544507217 BH472243 XTA210530P1350430 9BG55JK08ZEB032528 9BWZZZ30ZHT0544393C 9BWZZZ30ZFT036229 C144JBR14626P B090410 9BGJK11SPNB017273 9BD146000L8157614 9BD159044T9156597 9A9TR0511WSCZ8080

1999 1973 1981 1976 1995 2003 2004 1977 1993 1984 1987 1985 1969 1980 1993 1990 1996 1998

Ernesto Rodrigues/AE

CVM: operação pente-fino nas negociações com papéis da Suzano

A

Melhores e maiores: Mantega arranca gargalhadas da platéia ao comentar distribuição de receitas.

Cartões podem fechar mês com faturamento de R$ 15,4 bi Roseli Lopes

A

indústria de cartões de crédito aposta no aumento da emissão de cartões em agosto para fechar o mês com um faturamento de R$ 15,4 bilhões. Em julho, foram emitidos 87 milhões de plásticos. O mercado fala em 88 milhões de novas emissões em agosto. Se confirmada a perspectiva, que aparece na pesquisa Indicadores do Mercado de Meios Eletrônicos de Pagamento, realizada mensalmente pela Itaucard, empresa de cartões do Itaú, o resultado representará uma evolução de 21,4% sobre o faturamento de agosto de 2006, quando chegou a R$ 12,7 bilhões. "O resultado de R$ 15,4 bilhões ficaria atrás apenas da marca histórica de R$ 17,6 bilhões registrada em dezembro do ano passado, mês em que o uso de cartões costuma ser maior por conta das festas de final de ano", disse o diretor de marketing de cartões do banco Itaú, Fernando Chacon. Segundo ele, a perspectiva de aumento da base de cartões está sustentada na evolução do po-

der de compra do brasileiro, gerado pela melhora dos indicadores econômicos, como, por exemplo, a queda da taxa básica de juros (Selic). O aumento das emissões de cartões de crédito, disse Chacon, também terá o reforço dos cartões private label, conhecidos como cartões de loja. Muitos estabelecimentos, lembrou, vêm embandeirando seus cartões, ou seja, acoplando ao private label a função de crédito. O que tem ajudado a ampliar o total de cartões em circulação no País. Espaço para crescer há, na avaliação de Chacon: "No Brasil, a média é de 2,9 cartões por pessoa, enquanto nos Estados Unidos essa relação chega a cinco cartões, apesar do tamanho maior desse mercado",

disse. Parte desse alargamento da base poderá vir do público de baixa renda. Levantamento feito pela Itaucard com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) detectou que entre os brasileiros que têm uma renda média mensal inferior a R$ 1 mil, menos de 30% (22% na pesquisa) têm cartão de crédito. Uma oportunidade de a indústria crescer entre esse público, segundo o diretor do banco. Para o ano de 2007, Chacon diz que a estimativa é de que a indústria de cartões de crédito chegue a um faturamento de R$ 181 bilhões, mantendo, assim, o crescimento médio anual de 20% que vem sendo verificado nos últimos anos.

Gerdau lucra R$ 856 mi no semestre

A

Gerdau registrou lucro líquido de R$ 856,426 milhões no segundo trimestre deste ano, uma queda de 12,2% em relação aos R$ 975,938 milhões de igual período de 2006. A receita líquida totalizou R$ 6,713 bilhões, com aumento de 13 76%, e o lucro bruto avançou 2,8%, para R$ 1,752 bilhão. De acordo com os dados, o lucro operacional da empresa

totalizou R$ 1,147 bilhão, com recuo de 3,69%. O ebitda (ganho antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 1,429 bilhão, um aumento de 0,98%. No primeiro semestre, a Gerdau registrou lucro líqüido de R$ 1,725 bilhão, uma queda de 4,6% sobre igual período de 2006. Metalurgia – Já a Metalúrgica Gerdau registrou lucro líquido de R$ 299,2

milhões no segundo trimestre deste ano, volume 14% menor no comparativo com igual período de 2006, segundo dados da Economática. De acordo com relatório da empresa, o ganho líquido de abril a junho de 2007, equivalente a R$ 1,63 por ação, "teve origem basicamente de equivalência patrimonial sobre os investimentos em controladas/coligadas". (AE)

Comissão de Valores Mobiliários (CVM) vai passar um pente-fino em todos negócios com ações da Suzano Petroquímica na semana passada e não descarta a possibilidade de novos bloqueios de operações por suspeita de uso de informação privilegiada. Na quarta-feira, a autarquia e o Ministério Público conseguiram na Justiça bloquear operações irregulares feitas por dois investidores, que juntos lucraram R$ 1,5 milhão. A CVM suspeita de vazamento no processo de venda do controle da petroquímica para a Petrobras. A presidente da CVM, Maria Helena Santana, afirmou que ainda é cedo para saber se algum executivo das duas companhias será envolvido na investigação, que corre sob segredo de Justiça. Na lista encaminhada pela Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) à autarquia, com o nome dos investidores que operaram com os papéis da Suzano na semana passada, não consta nenhum executivo das empresas. Segundo ela, a relação completa dos participantes da negociação de compra e venda será entregue hoje por Petrobras e Suzano. Por isso, Maria Helena admite que novos nomes possam surgir. A Petrobras informou que vai colaborar com as investigações. A estatal, no entanto, ainda não abriu qualquer processo interno de apuração, uma vez que a CVM não identificou os nomes dos investidores que tiveram suas contas bloqueadas. Nas investigações sobre a Ipiranga, por exemplo, um gerente executivo da estatal foi afastado após ter sido indicado como um dos que ganharam com a compra de ações da Ipiranga às vésperas do fechamento do negócio. Na segunda-feira, em entrevista coletiva, o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, disse confiar nos executivos que participaram das negociações para a compra da Suzano. Ele comentou que não acreditava na participação de nenhum empregado da empresa em negócios com papéis da petroquímica. Mas admitiu que "muita gente" participa de negociações desse tipo. A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados quer ouvir explicações da Petrobras e do governo sobre essa operação. Os deputados aprovaram ontem a realização de audiências públicas para averiguar as intenções da Petrobras no setor. (AE)

DC

ministro da Fazenda, Guido Mantega, arrancou gargalhadas da platéia formada por centenas de empresários que participaram, na noite de terça-feira, no Teatro Alfa, em São Paulo, da entrega do prêmio "Melhores e Maiores" da revista Exame. Ao comentar o crescimento do País e da arrecadação de impostos, ele falou dos bancos, que têm apresentado os melhores resultados da história, e citou o Bradesco e o Itaú, ambos com lucros recordes no primeiro semestre. "É lógico que a Receita Federal vai receber um bom pedaço desse lucro", afirmou o ministro, causando algumas manifestações entre os presentes. Logo na seqüência, emendou: "E o devolverá à sociedade." A reação foi uma gargalhada generalizada na platéia. Na terça-feira de manhã, o Itaú anunciou lucro de R$ 4,016 bilhões no primeiro semestre, o maior em 20 anos, e 35,8% maior que o valor obtido em 2006. Um dia antes, o Bradesco também havia anunciado seu melhor resultado para o

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Nacional Finanças Empresas Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de agosto de 2007 Divulgação

Ela (padaria) não pode ficar restrita a um bairro em que toda a população passa o dia fora de casa. Enzo Donna, consultor

FATURAMENTO FOI DE R$ 103,8 BILHÕES

ABIA PREVÊ ALTA DE 4,5% PARA O PIB E ACREDITA QUE O SETOR PODERÁ REGISTRAR EVOLUÇÃO DE ATÉ 5,3% NESTE ANO

INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA CRESCE 4,59% Paulo Pampolin/Hype

Fátima Lourenço

O

aumento da oferta de emprego, com a conseqüente melhora do poder aquisitivo da população, e maior disponibilidade de crédito são apontados como os principais impulsionadores da indústria de alimentação no primeiro semestre deste ano. Segundo o balanço do período divulgado ontem pela Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), o setor contabilizou crescimento real de 4,59% em relação aos primeiros seis meses de 2006, e acumulou, no período, faturamento da ordem de R$ 103,80 bilhões. A produção física, na mesma base de comparação, cresceu 5,82%. Para o presidente da Abia, Edmundo Klotz, o desempenho do primeiro semestre indica que a indústria de alimentação poderá fechar o ano com desempenho melhor do que o registrado em 2006. "Não há um crescimento explosivo, mas não temos grandes quedas." A entidade projeta para 2007 crescimento de 4,5% para o Produto Interno Bruto (PIB) e aumento das vendas reais da indústria alimentícia entre 4,8% e 5,3%. Klotz prefere pesar os resultados "com cautela". Ele considerou que um crescimento entre 5% e 6% para 2008 seria uma "expansão sólida e sustentável". A expansão das vendas

Rafael Hupsel/Luz

Klotz: crescimento entre 5% e 6% para 2008 seria "sustentável"

reais, de 4,59%, é a maior do setor desde 2002, quando o salto de faturamento sobre o ano anterior foi de 5,86%. O balanço divulgado ontem

pela Abia aponta os derivados de carne como o principal destaque dessa boa performance do setor. No período de janeiro a junho, o segmento acumulou

faturamento de R$ 15,96 bilhões, com variação real de vendas de 14,15%, especialmente pelo desempenho dos embutidos e industrializados de carne bovina. Houve uma recuperação do segmento, que no primeiro semestre de 2006 sofreu impacto da gripe aviária na Europa, e da febre aftosa, no Mato Grosso do Sul e Paraná. Exportações – Além do bom desempenho interno, a indústria brasileira de alimentação também exportou mais ao longo do primeiro semestre deste ano. O crescimento em volume foi de 21,4%; e em valor, de 31,3%, contabilizando um total de US$ 12,17 bilhões. Quase 60% das vendas externas estão concentradas na União Européia, Leste Europeu e Oriente Médio. "Apesar da valorização do real frente ao dólar, o setor recuperou as exportações, em razão das vendas externas de carne e suco de laranja", disse o diretor de economia da Abia, Denis Ribeiro. O balanço da Abia mostra que no início deste ano essa indústria investiu R$ 21,6 bilhões em ações de marketing, distribuição, novos produtos e equipamentos, entre outras. O montante também inclui os R$ 10,459 bilhões que se destinaram a fusões e aquisições no setor. As maiores movimentações ocorreram na indústria de carnes e derivados (R$ 3,153 bilhões), seguida por bebidas (R$ 2,564 bilhões), e açúcar e álcool (R$ 2,445 bilhões).

Serviços de catering ajudam as padarias a vender mais

Padarias lucram com novos hábitos do consumidor

E

stima-se que dentro de 15 anos o brasileiro destinará 40% das despesas com alimentação para comer fora de casa. As padarias estão entre os locais escolhidos para esses gastos. A Pesquisa "Padarias 2007", da ECD Consultoria em Food Service, já aponta avanço da participação dos serviços de alimentação no faturamento desses estabelecimentos. De acordo com o estudo, o índice saltou de 23%, no período 2004-2005, para 28% no ano passado. Na mesma base de comparação, houve recuo da participação dos serviços de padaria/confeitaria (de 54% para 47%), enquanto a chamada "revenda" (outros produtos) ganhou espaço na composição da receita, de 23% para 25%. "São Paulo e Rio de Janeiro são as cidades onde o food service apresentou os maiores índices de participação", detalha o diretor da ECD, Enzo Donna. Na capital paulista, a participação chegou a 42,5% e, no Rio de Janeiro, a 35,86%. As duas capitais são as praças onde o faturamento do setor mais cresceu. O Rio ocupa o topo desse ranking, com 39,44%, seguido de São Paulo (30,71%), Recife (12%), Porto Alegre (10,8%), São Luís (10%), Brasília (7,8%) e Belo Horizonte (7,15%). Juntas, as cidades pesquisadas representam 22% do consumo brasileiro de pão e 27% do consumo de refeições fora de casa, afirma Donna. O estudo também mediu a

participação dos serviços de catering (vendas externas) no faturamento. Donna não considera expressivo o percentual geral de participação, de 15,6%, mas ressalva que a padaria, especialmente nos grandes centros, pode usar o potencial do catering para crescer. "Ela não pode ficar restrita a um bairro, onde toda a população passa o dia fora de casa", alerta. Donna comenta que em São Paulo, por exemplo, há padarias que atendem empresas, com encomendas de coffeebreaks; ou restaurantes, com pães especiais. "É a vocação industrial da padaria. Muitas estão se profissionalizando." Projeções – Os estudos da ECD apontam crescimento menor para o setor em 2007, com índice geral de 25,9%, ante 26,5% no ano passado. De acordo com as projeções, apenas São Luís e Belo Horizonte contabilizarão crescimento, de 14,6% (ante 10% em 2006) e 9,2% (ante 7,15%), respectivamente. Espera-se, para São Paulo, expansão de 29,6% em 2007, não muito diferente dos 30,71% de 2006. A situação não é muito diferente no Rio de Janeiro, com aumento projetado em 39,17%, ante 39,44%. O trabalho da ECD também constatou que a maioria das padarias (55,7%) tem estrutura para oferecer o serviço de entrega, responsável por 21,3% do negócio dessas empresas. O estudo mostra ainda que os empresários do setor apontam os impostos como principal entrave do segmento. (FL)

Na hora da compra, mulher decide a marca do biscoito Neide Martingo

O

que era apenas um mito, agora é oficial: são as mulheres que mandam. Pelo menos quando vai comprar biscoitos. Essa é a constatação da pesquisa realizada pelo Sindicato da Indústria de Massas e Biscoitos do Estado de São Paulo (Simabesp). O estudo, feito em 2006 com fabricantes do produto, mostra que 70% das compras desses itens ocorrem pela decisão das mulheres, que os escolhem de acordo com o gosto de cada familiar. Segundo o presidente do Simabesp, José dos Santos Reis, o biscoito é comprado por 98% das famílias brasileiras. "As pessoas consomem o produto em vários momentos do dia: no café da manhã, entre as refeições, antes de dormir, com chá ou para reunir os familiares. As mulheres preferem os biscoitos doces; os homens, os salgados; e as crianças, os recheados", destaca. Existem hoje no Brasil 400 fabricantes do produto – as 20 maiores companhias repre-

sentam 75% do segmento. Os norte-americanos são os que mais apreciam os biscoitos – logo atrás vêm os brasileiros. O consumo anual per capita no Brasil é estável – nos últimos cinco anos foi de seis quilos. Foram fabricadas 1.112 toneladas de biscoito em 2006. Isso representa um faturamento de R$ 7 bilhões. "Se a economia brasileira melhorar, o consumo per capita pode chegar a oito quilos nos próximos dez anos", afirma Reis. Ele destaca que 45% das vendas dos fabricantes são feitas nos supermercados, 35% pelos atacadistas, 20% pelos distribuidores e 5% direto ao varejo. Reis dá sugestões aos fabricantes: "Uma família, de acordo com pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é constituída, em média, por quatro pessoas. Cada uma delas tem um gosto diferente. Por isso, é necessário fazer embalagens menores, individuais, para que a compradora possa satisfazer a todos." Ele diz ainda que a apresentação do produto deve mudar sempre, para atrair o cliente. "O público quer novidades."


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quinta-feira, 9 de agosto de 2007

ESPECIAL - 5

Os números da euforia, os melhores em vinte anos Os financiamentos imobiliários aumentaram 67,4% no primeiro semestre deste ano em relação a 2006. O número de unidades financiadas pulou de 51.031 para 80.907 no mesmo período Luiz Prado/LUZ-21/02/2006

A

notícia virou manchete nos jornais em julho e animou ainda mais o setor: nos primeiros seis meses de 2007, os financiamentos imobiliários contratados pelos agentes que integram o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) alcançaram R$ 6,94 bilhões, superando em 67,4% o volume de operações do primeiro semestre de 2006. Somente em junho o volume de contratações atingiu R$ 1,4 bilhão, superando em 56,14% o volume contratado no mesmo mês de 2006. O resultado do mês passado foi o segundo melhor do ano, superado apenas pelo de maio. Nos últimos doze meses, o total de recursos destinados ao mercado superou R$ 12,1 bilhões. O número de unidades financiadas em junho foi de 16.704 e, no primeiro semestre, de 80.907, contra 51.031 unidades do primeiro semestre de 2006. Também foi expressivo em junho o ritmo da captação de recursos. Os depósitos em contas de poupança superaram os saques em R$ 1,8 bilhão, elevando a quase R$ 6 bilhões o total líquido captado nos primeiros seis meses do ano. Os resultados são excelentes, diz Carlos Eduardo Fleury, superintendente geral da Abecip: “Nos últimos vinte anos, este é o primeiro movimento para o sistema com a caderneta

A estabilidade econômica deixa os compradores mais seguros para planejar o futuro e financiar seu imóvel

de poupança”. O último resultado com esses índices favoráveis ocorreu em 1981, quando foram vendidas 230 mil unidades financiadas. Depois desta fase, só houve quedas. Em 2002 foram 36 mil unidades, mas em 2006 começou a subir novamente, com cem mil unidades; no ano passado, 150 mil unidades financiadas. Os resultados do primeiro semestre de 2007 permitem prever que o número total de famílias atendidas pelos agentes financeiros do SBPE, que operam com recursos das cadernetas de poupança, poderá superar 150 mil. “Um crescimento necessário, sustentável para a economia brasileira”, diz Carlos Eduardo Fleury. E para quem pensa que o calote dos financiamentos imobiliários dos Estados Unidos na semana passada pode afetar o Brasil, um recado do Fleury: “Nada tem a ver com a nossa economia”. Lá funcionam os chamados subprime - hipotecas de alto risco, em que as dívidas ficam maiores que o financiamento do imóvel. É quando o comprador do imóvel (já financiado em 50% por um banco) vai a outro banco e hipoteca a casa para financiar, por exemplo, os estudos do filho ou para fazer uma viagem: “É comum ao sistema financeiro americano fazer a primeira hipoteca e a segunda hipoteca de um imóvel financiado. E se a inadimplência aumenta com o desemprego, a garantia não paga nem a própria dívida”. E mesmo que essa crise imo-

biliária se aprofunde nos Estados Unidos, o Brasil vai bem para o setor imobiliário, diz Fleury, pois continuam crescendo os investimentos estrangeiros no País, a taxa de juros brasileira é atrativa e uma das responsáveis pelos resultados positivos para as empresas investidoras. Tanto o desempenho das contratações como da captação de recursos decorrem, entre outros fatores, da estabilidade econômica. Estes resultados aumentam a segurança das pessoas, que podem planejar a longo prazo a tomada de um financiamento imobiliário. Nos bancos Os bancos estão com novas condições financeiras: Bradesco, Itaú, Nossa Caixa, Santander, ABN Real, HSBC e Unibanco financiam imóveis até R$ 100 mil a R$120 mil com juros de 8% a 12%, com parcelas fixas, juros decrescentes e redução de burocracia. Novos bancos estão prontos a entrar neste mercado para atender o déficit habitacional. Como Citibank, que parou em 2000 e volta a atuar, Panamericano e BMG aproveitam a experiência para financiar as classes C e D. O PNB Paribas (francês) estuda alternativas no mercado de capitais. Banco Votorantin estrutura área especializada em crédito imobiliário a construtoras, o Banco do Brasil aguarda autorização do BC e atua em parceria com a Poupex, entre outros. MB

Nas parcerias da Caixa, financiamento até sem juros Em programas de baixa renda com parcerias pública, a CEF financia imóveis sem juros. Nas operações de balcão, a menor taxa é de 6% e ainda pode ser reduzida por convênios específicos

A

ugusto Bandeira Vargas, Superintendente Regional da CEF, analisa nesta entrevista o bom momento do mercado imobiliário brasileiro e mostra o papel do banco no financiamento da casa própria. A Caixa está neste negócio desde 1º de junho de 1931, quando realizou seu primeiro financiamento. Conta desde aquela época com mais de 1,7 milhões de financiamentos ativos, que ultrapassam R$ 28 bilhões.

DC - A Caixa Econômica Federal está com uma propaganda no ar na tevê em que o jogador Raí fala dos 50 mil imóveis vendidos no último feirão da CEF? A Caixa Econômica Federal financia 100% do imóvel para quais empreendimentos? Augusto Vargas - As propagandas do feirão da Casa Própria são padronizadas, veiculadas no País todo, mas procurando salientar os aspectos comuns para o interessado em qualquer região do País. A Caixa financia há muitos anos, dentro dos programas que utilizam recursos do FGTS, 100% de imóveis novos (menor valor entre avaliação e compra e venda). Essa premissa da Caixa visa o fomento e construção de imóveis no País, incentivando as construtoras, o poder público - que opera através de parcerias e programas próprios e o próprio cliente. Dessa forma, todos os imóveis novos, com valores até R$ 100 mil (em SP/RJ/DF, e R$ 80

Divulgação

mil nas demais regiões), possuem a possibilidade de financiamento do valor total. Vale salientar que essa ação não engloba apenas construtoras ou empreendimentos específicos, mas qualquer imóvel novo, feito em parceria ou não com a Caixa. DC - O prazo de financiamento da casa própria na Caixa já chegou aos 25 anos e pode chegar aos 30? A CEF é considerada a que tem os menores juros para a aquisição da casa própria. De quanto? Augusto Vargas - O prazo máximo de financiamento operado hoje pela Caixa é de 240 meses - 20 anos. Acompanhando o mercado atual e visando resguardarmos o equilíbrio financeiro das operações, tanto para a Caixa quanto para nossos clientes, a Caixa está sempre atenta a possíveis alterações. Porém, no momento não tem previsão de ampliação do prazo. A Caixa é o banco que possui as menores taxas, tanto para financiar o cliente, quanto para financiar o construtor. Hoje, a Caixa possui programas para a baixa renda com parcerias públicas que não possuem juros. Nas operações de balcão, a menor taxa operada é de 6,00% a.a., podendo ser reduzida através de convênios específicos. DC - Os contratos são realizados em parceria com algumas construtoras? A MRV Construtora faz parceria há 25 anos com a Caixa. Estas parcerias são realizadas com qualquer incorporadora? Augusto Vargas - Não exis-

Augusto Vargas: prazo máximo de financiamento pela Caixa é de vinte anos

tem pré-seleções de construtoras para operar com a Caixa. Qualquer construtora poderá solicitar a análise de seu projeto. Será efetuada uma análise através de uma avaliação de risco de crédito, na qual será verificada a possibilidade e parâmetros onde ela operará. Uma vez aprovado, a Caixa avaliará seus projetos e o enquadramento dentro dos programas que operamos. Todos os meses novas construtoras/incorporadoras tornamse parceiras da Caixa. DC - O mutuário obtém crédito para que valores do imóvel? Há quanto tempo existe este

financiamento na Caixa Econômica Federal? Já financiaram quantos imóveis até hoje? Augusto Vargas - Não há limite para o crédito ao cliente. Ele será calculado conforme a capacidade de pagamento do cliente e o enquadramento do imóvel. A Caixa possui programas que englobam todos os tipos de imóveis, tanto nas contratações varejo quanto para empreendimentos. O primeiro contrato hipotecário, visando o crédito habitacional, foi assinado pela Caixa em 01.06.1931. Possuímos hoje em nossa base mais de 1,7 milhões de financiamentos ativos, que

ultrapassam R$ 28 bihões. Hoje o cliente encontra uma facilidade para financiar imóveis. Visando possibilitar que os clientes que antes não conseguiam acesso a financiamentos por não possuírem rendimentos formais - o que hoje abarca uma grande população do País, as formas de comprovação de renda se tornaram mais maleáveis, podendo ser comprovada até através de extratos bancários. DC - O senhor acredita que o mercado imobiliário está vivendo um momento especial de crescimento e vai aproveitar o déficit da habitação de quase

oito milhões? Os bancos são obrigados por lei a financiar a habitação, mas há muita inadimplência? Quando são realizados os leilões da Caixa Econômica? Augusto Vargas - O mercado imobiliário de SP hoje está extremamente ativo e espelha um momento ideal para que todos os segmentos envolvidos com a Construção Civil possam angariar esforços visando o fomento da habitação em nosso País. A Caixa, dentro do seu papel social e de sua missão, sempre buscou em programas junto com o governo federal possibilitar ao cidadão a aquisição da casa própria e a redução do déficit habitacional. Hoje a inadimplência está sob controle. Foram lançados instrumentos e marcos regulatórios que possibilitam ao sistema financeiro imobiliário trabalhar semelhantemente aos demais países que têm mercados de financiamento muito mais desenvolvidos. Mas ainda há regulações e instrumentos a aperfeiçoar, visando dar maior transparência e agilidade aos financiamentos, inclusive perante o judiciário. DC - Qual foi o resultado do último feirão de imóveis realizado pela Caixa Econômica em SP? Augusto Vargas - O último feirão da Casa Própria de SP foi considerado um sucesso. Recebemos 154 mil visitantes e encaminhamos mais de 23 mil negócios em valores que superaram R$ 1,4 bilhão. (MB)


quinta-feira, 9 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Indicadores Econômicos

8/8/2007

COMÉRCIO

9

0,24

por cento foi a alta do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em julho. No ano, o indicador acumula 2,32%.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 - ESPECIAL

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

As maiores empresas e suas ações nas bolsas

O

crédito imobiliário corresponde a 2% do PIB brasileiro, enquanto no México é de 11%, no Chile 17%, na Argentina 9%, na Espanha

46% e na Holanda, os inacreditáveis 110%, informa o Secovi. Portanto, o País ainda pode e deve crescer muito nessa área. O setor já provou o

crescimento de suas empresas com a abertura de capital. A Rossi hoje é composta por 46% de acionistas da família e 54% negociados na bolsa. A Gafisa

S/A, 80% são de capital de acionistas e, na Cyrela Brazil Realty, 35,6% pertencem ao grupo controlador e Eli Horn, fundador da incorporadora

(apontado pela Forbes entre os cem mais ricos do mundo), que também abriu seu capital, 6,2% da incorporadora pertencem à empresa canadense Janus

capital, outros 6,2% à empresa uruguaia Eirenor, 2,4% para os administradores e 49,6% são capital de acionistas na bolsa de valores (free fload).

Fotos: Marcos Peron/Virtual Photo

No condomínio Vila Flora, em Sumaré, 2.400 casas e prédios de cinco andares, jardins e praças em vez de muros. Além de centro comercial, posto policial, creche, escola, clube e capela ecumênica

Rossi agora lança planos em todas as direções A empresa faz seis lançamentos no segmento econômico este ano, ao mesmo tempo em que anuncia mais 35 empreendimentos de alto padrão em mais de trinta cidades do País. É a tendência do mercado

S

egmento de baixa renda será o foco para seguir a tendência do mercado imobiliário, informa a Incorporadora Rossi, ao lançar vários empreendimentos no segmento econômico. Além de novas unidades no Vila Flora, bairro em Sumaré, a 110 km de São Paulo, que começou a ser construído em 1999, uma tendência mexicana. Outros seis lançamentos deste ano caminham na mesma direção nas cidades de Campinas, Santo André, São José dos Campos, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Serra, no Espírito Santo. Uma das principais incorporadoras do Brasil, que há quase três décadas compete no mercado de produtos e serviços no setor imobiliário, lança também outros 35 empreendimentos de alto padrão em mais de trinta cidades do País. O condomínio Vila Flora, com 2.400 casas e prédios de cinco andares chamam a atenção pelo bom gosto, longe daqueles prédios sem graça dos antigos BNH. As casas são de dois e três dormitórios, sem muros, com jardins e praças por todos os lados, centro comercial, posto policial, creche, escola, clube e capela ecumênica. Além de uma associação de moradores que organizam a vida da comunidade do Vila Flora, anteriormente criada pela incorporadora. Foi criada a ong Girasonhos para integrar os moradores e criar uma verdadeira comunidade no local. Renato Diniz, diretor do segmento de imóveis econômicos da Rossi, viajou para o México nos anos 90 e trouxe as novidades do bairro planejado, em gleba bruta. O projeto continua com sucesso e será repetido em outros estados. O mer-

cado ficou bom, afirma Diniz, comparado com o passado, quando os imóveis tinham financiamentos de dez anos. Agora passaram para até mais de vinte anos, com juros entre 8% a 12%, mais TR. Preocupada com o meio ambiente e a comunidade, a Rossi investiu em programas de sustentabilidade em parceria com a Unicamp, que incluem o controle de resíduos nos canteiros e a análise do entorno para reduzir o impacto das obras sobre a população local. O programa com a Unicamp traz mestrandos e doutorandos de engenharia e seus projetos. Assim como o professor Renato Diniz se reúne na universidade quando procura por soluções: “O programa tem três importantes pilares: o projeto nasce sustentável, a execução da obra e o uso do imóvel”. No começo a incorporadora a Rossi construía para a classe média, mas os problemas econômicos do País alteraram sua rota, construindo imóveis de alto padrão. Hoje, com a economia mais estabilizada e os

inúmeros financiamentos dos bancos, ela volta a focar o segmento econômico. A empresa é representada por escritórios em São Paulo, Campinas, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Salvador, para uma “melhor percepção das necessidades de cada região e que aproxima a empresa de seus clientes e parceiros”. Todo o trabalho se reflete em mais de cinqüenta prêmios já conquistados e certificações como a ISO 9001, além do Nível A do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat. Na década de 80, a companhia lançou o conceito de lofts e flats, investindo em empreendimentos residenciais para um público com maior potencial aquisitivo, com áreas superiores a 90m². Em 1992 realizou o Plano 100, empreendimentos voltados à classe média baixa, com problemas de financiamento imobiliário. O Plano 100 resultou em mais de treze mil unidades entregues em diversas regiões do País como São Paulo, Natal, Salvador, Maceió, Vitória, Curitiba, Bauru, Belo Horizonte, Uberaba e Uberlândia. Para a expansão dos negócios, em 1997 a Rossi lançou ações na Bovespa e ADRs na Bolsa de Nova York, captando US$ 100 milhões para investimento em novos negócios, principalmente produtos da linha Plano 100. Em 2000, a empresa diversificou o portfólio de produtos e

investiu em empreendimentos sofisticados, voltados para um público com maior poder aquisitivo. Com a aquisição da América Properties em outubro de 2002, a empresa reforçou a atuação nos segmentos de imóveis residenciais de alto padrão e iniciou suas atividades no segmento comercial. Um ano depois a Rossi realizou uma nova emissão de ações no montante de R$ 80 milhões e aderiu ao Nível 1 de Práticas Diferenciadas de Governança Corporativa da Bovespa, tendo apenas ações ordinárias e oferecendo 80% de Tag Along. Com a entrada no Novo Mercado da Bovespa, em janeiro de 2006, a companhia a m p l i o u p a r a 1 0 0 % o Ta g Along. Em fevereiro de 2006 foram captados R$ 1,012 bi-

lhão para a compra de novos terrenos, reforçando a estratégia de diversificação regional, além de saldar dívidas e financiar o capital de giro dos novos empreendimentos. De 1992 até o primeiro trimestre de 2007, a Rossi lançou 35.213 imóveis, num total de 3,84 milhões de metros quadrados de área construída. Ao final do primeiro trimestre de 2007, possuía 77 empreendimentos em construção, com 8.953 novas unidades autônomas e 1,37 milhões de metros quadrados em construção. Entre os empreendimentos em andamento, a segmentação do VGV lançado por faixa de preço unitário dos imóveis residenciais indica que 30% são com preço inferior a R$ 200 mil, 31% entre R$ 200 e R$ 350 mil, 20% entre R$ 351 mil a R$ 500 mil e 14% acima de R$ 500

mil. Os imóveis comerciais representam 5% do total. Nos programas de Qualidade de Construção e de Pesquisas e Desenvolvimento da Engenharia, a Rossi utiliza diversas tecnologias no planejamento dos projetos. “Testamos produtos, padronizamos procedimentos e pesquisamos e desenvolvemos produtos próprios ou em parcerias com fornecedores”, diz a Rossi. Como investe também “em eficientes sistemas de informações e softwares de planejamento e controle de obras que otimizam e integram processos de trabalho, automatizam rotinas, agilizam o fluxo de informações e aprimoram processos de planejamento e controle das atividades, alocação dos recursos e atendimento ao cliente”. MB

MRV, especialista em residenciais populares

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MRV é a maior incorporadora e construtora brasileira no segmento de Empreendimentos Residenciais Populares em número de unidades incorporadas e cidades atendidas, com maior histórico e experiência no acesso aos programas de financiamento especiais da CEF, diz Camila Freitas, gerente de Marketing da empresa com sede em Belo Horizonte. A incorporadora atua há 27 anos com foco nas classes populares e os Empreendimentos Residenciais Populares construídos pela MRV têm índices abaixo do preço médio entre as empresas do setor de incorporação e construção listadas na Bovespa . Segundo ela, o preço médio de venda dos seus produtos, nos últimos dois

anos, foi de R$ 1.338/m2, valor 58% abaixo do preço médio entre as empresas do setor de incorporação. A média da margem líquida (luc ro l í q u i d o d o e x e rc í c i o dividido pela receita operacional líquida) nos exercícios de 2004, 2005 e 2006 foi de 19,0%, valor 57,2% superior à média de 14 empresas do setor que disponibilizam esta informação de acordo com o mesmo critério. A MRV desenvolve três produtos para as classes populares: Linha Parque (área útil de 40 a 55 m2 e preço máximo de venda de aproximadamente R$ 77 mil por unidade); Linha Spazio (área útil de 42 a 70 m2 e preço de venda entre R$ 70 mil e R$140 mil); e Linha Village (área útil de 70 a 120 m2 e preço de venda por unidade en-

tre R$ 100 mil e R$220 mil). A incorporadora atua em 35 cidades de sete estados (Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Goiás e Espírito Santo), e no Distrito Federal. P a r a C a m i l a F re i t a s , a MRV e o segmento de mercado em que atuam, são os maiores beneficiados pelo aumento da disponibilidade de crédito para o setor imobiliário, pela redução da taxa de juros e pela melhora nas condições macroeconômicas do País. O total de empréstimos para o setor no âmbito do SFH cresceu na média 76% ao ano nos últimos três anos, “e a expectativa é que esses volumes continuem em trajetória ascendente”. Entre 2004 e 2006, a MRV lançou 6.374 unidades. MB


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Tr i b u t o s Nacional Empreendedor Empresas

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

O projeto garante o convívio da pessoa com os animais e a natureza. Cristina Prado, da Altamira

CURSOS DE HIPISMO NO CENTRO DE SÃO PAULO

Paulo Pampolin/Hype

Cavalo no Parque, uma história de sucesso e de amor ao hipismo. A paixão de Cristina do Prado pelos cavalos se traduz em vários cursos em sua escola Kety Shapazian

Q LETREIRO

C

ristina conta que o nome da Altamira Vivências tem duas origens. A primeira vem da infância, quando a empresária viu num livro imagens das cavernas de Altamira, na Espanha, e imaginou que o cavalo retratado nas pinturas rupestres do lugar tinha o mesmo nome. "Também é o nome da cidade onde nasceu meu ex-sogro, no Pará." Já Vivências é porque a escola proporciona novas experiências aos alunos.

uando criança, a paulistana Cristina Cintra do Prado ia dormir vestida com o uniforme na véspera das aulas de equitação. "Tinha medo de perder o horário." Essa paixão se estendeu até a adolescência – quando foi para o intercâmbio cultural nos Estados Unidos, colocou no formulário que gostaria de se hospedar numa fazenda com cavalos, onde poderia trabalhar com eles. Foi lá, na cidade de Grand Rapids, no estado de Michigan, que Cristina aprendeu a domar os animais, aos 16 anos. Voltou ao Brasil e foi para a faculdade de direito, no Largo de São Francisco. "No quarto ano, já sabia que não queria aquilo para minha vida. Terminei o curso, mas não fiz o exame da Ordem dos Advogados", conta. Aos 26 anos, ela já tinha outras duas faculdades no currículo – fez Cinema, na Escola de Comunicações e Artes (a ECA, na USP), e até o terceiro ano de Veterinária. "Tem que ter vocação para médico, tanto de gente como de bicho." Apesar dos três cursos superiores, a paixão pelos cavalos prevaleceu e, em 1981, arrumou seu primeiro emprego na área. "Fui montar e dar aula de equitação. Pegava ônibus e ia a vários luga-

SECRETARIA DE COORDENAÇÃO DAS SUBPREFEITURAS NOTIFICAÇÃO O Subprefeito de Vila Maria/Vila Guilherme, ANTONIO DE PÁDUA PEROSA, em conformidade com o disposto no Decreto 15.627 de 15/12/79 e Portaria nº 022/SMSP/GAB/2005, notifica os proprietários dos veículos abaixo relacionados a comparecer a esta Subprefeitura à Rua General Mendes nº 111, no prazo de 30 dias a contar da data desta publicação, para providenciar sua retirada, satisfeitas as exigências legais, sob pena de serem alienados por meio de leilão: ADRIANO MARTINS OLIVEIRA Placa CBN 8648/SP Chassi 9BGJG69SSSB046435 GM/MONZA/GL/1995 - CINZA Processo 2007-0.133.695-8 JUAREZ MIRANDA DA SILVA Placa CMY 2433/SP Chassi 9BGJK 11 TLLB029332 GM/MONZA SL/E 2.0/1990 - VERDE Processo 2007-0.133.700-8 FRANCISCO CAETANO TEIXEIRA Placa CFS 8099/SP Chassi 9BFBXXLBABGS92629 FORD/ESCORT XK-3/1986 - CINZA Processo 2007-0.133.715-6 PAULO BENTO OLIVEIRA Placa CBD 5228/SP Chassi 9BFZZZ54ZSB729325 FORD/ESCORT 1.0 HOBBY/1995 - PRETA Processo 2007-0.133.725-3 EDIVALDO SUARES DE ARAUJO Placa DID 1834/SP Chassi 9BWZZZ21ZDP032533 WM/KOMBI/1983 - BEGE Processo 2007-0.137.172-9 VALTER ORIENTE Placa CDG 3387/SÃO BERNARDO DO CAMPO Chassi 9BWZZZ32ZGP064250 VW/PASSAT SPECIAL - BRANCA MD 1986 FB 1986 Processo 2007-0.182.029-9 SILVIA REIS NASCIMENTO DE SOUZA Placa BRL 6379/SP Chassi VF1B56CKCRS110164 IMO/RENAUKT LAGUNA 2.0 - VERMELHA MD 1995 FB 1994 Processo 2007-0.182.036-1 ADAMILTON CORDEIRO DOS SANTOS Placa BFC 1121/SP Chassi LB4PXS49533 FORD/BELINA II LDO - VERDE MD 1979 FB 1979 Processo 2007-0.182.040-0 ANDREZA VIRNO Placa CNT 5851/SP Chassi BV 199075 VW/VARIANT - VERMELHA MD 1974 FB 1974 Processo 2007-0.182.048-5

res. Devo conhecer uns 38 municípios da Grande São Paulo. Logo vi que as condições de trabalho eram muito ruins, e a remuneração, péssima. É um setor com dificuldade de profissionalização." Aos 28 anos, a empresária, decepcionada, parou com as aulas e foi trabalhar como assessora de imprensa. Porém, continuava insatisfeita. "Vivia somente para os fins de semana. Demorou 10 anos para conseguir me articular e ter meu próprio negócio com cavalos", diz. Criou um acampamento de férias, onde a criançada pudesse montar. Foi um sucesso. Cristina chegou a ter temporadas lotadas, recebendo 40 crianças por semana. O acampamento, batizado de Altamira, era realizado em diversas regiões do estado – Lorena, Campos do Jordão, Amparo, São Pedro. "Eu me sentia muito bem oferecendo recursos para a meninada realizar essa necessidade de convívio e interação com o cavalo." Mas a rotina era cansativa. "Em fevereiro e março, eu dormia. Em abril, começava a ir atrás de monitores, funcionários, enfermeiras, etc. Não é fácil cuidar de 40 crianças". Para a cidade Em 1996, uma amiga que trabalhava no Parque Doutor Fernando Costa, o Parque da Água Branca, perguntou se Cristina não queria levar seus cavalos e alunos para uma demonstração no Dia do Meio Ambiente. "A fila para passar a mão nos animais era enorme." Foi quando a empresária criou o projeto Cavalo no Parque e a escola Altamira Vivências Hipismo. "O projeto garante um convívio seguro e saudável no espaço público. Ele responde à necessidade do cidadão urbano de contato consigo mesmo e com a natureza. E ainda divulga as artes eqüestres", afirma. No programa Kids, crianças entre seis e oito anos têm um contato inicial com o cavalo uma vez por semana, durante 40 minutos de aula. "Nessa idade, ela deve aprender a confiar no animal e no instrutor. É um esporte completo. Trabalha a tonacidade muscular, o equilíbrio, a coordenação. Ajuda na auto-estima, na timidez, no controle de agressividade, na iniciativa." A mensalidade custa R$ 180. Para o adulto à procura de lazer, o projeto oferece aulas de equitação quinzenais, semanais ou duas vezes por semana. Uma hora por semana custa R$ 240 por mês, ou seis parcelas de R$ 180, para os planos semestrais. Existe um programa de terapia – "ioga para cavaleiros" –, para quem quiser unir equitação e equilíbrio. Tem também workshop para quem quer saber como vivem os animais e

EMPREENDEDORES Cristina, da Altamira Vivência, é uma das instrutoras da escola de equitação no Parque da Água Branca

O contato com os animais beneficia tanto os adultos como as crianças

Várias cursos para todas idades

Equipe de salto treina no local

participar do cuidado diário deles. Há curso de manejo de cavalos para estudantes de Veterinária e Zootecnia. Tem ensino da equitação para profissionais, amadores e alunos de diversos cursos – com aulas em inglês, para quem preferir. Atualmente, a escola tem cerca de 170 alunos, uma equipe de salto, 14 cavalos e três instrutores, além da proprietária. Nos últimos 11 anos, mais de 10 mil pessoas já passaram pelo projeto Cavalo no Parque. "A Altamira é uma história de amor aos animais. Não é uma empresa como outra qualquer. Estar no parque, poder trazer cavalos para cá, é terapêutico para mim. E graças a eles, sempre fui muito bem recebida", diz Cristina.

Depois de três faculdades, empresária decidiu trabalhar com cavalos

SEGREDO

P

ara a empresária, ter muita determinação é o segredo do sucesso. "Tem de querer muito neste País. Se não, nada acontece." Ela cita ainda a aceitação do projeto – "muito boa". Para dar uma idéia dessa aceitação, seu programa Voltinhas, que integra o Cavalo no Parque e é realizado somente nos feriados, já chegou a atender 800 crianças em apenas um dia. Por R$ 2, os baixinhos que estiverem no parque da Água Branca podem dar duas voltinhas num cavalo – "só para sentir como é".

PEDRA

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ristina Cintra do Prado diz que as dificuldades não são poucas no dia-a-dia da empresa. "Falta tudo – apoio, compromisso com as coisas públicas, investimento... Eu encontro muitos obstáculos. Mas minha situação não é diferente da dos outros empresários. É a luta de muita gente. E por isso não me sinto isolada. O descaso é o mesmo nos esportes, na educação, na cultura. As iniciativas são muito isoladas", desabafa.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

ESPECIAL - 7

Gafisa, do alto luxo às moradias de baixo custo A empresa, conhecida no mercado pelos empreendimentos de alto padrão, se volta agora para o segmento de baixa renda. Suas parcerias permitem financiamento com juros baixos e longo prazo de pagamento Divulgação

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Wilson Amaral

Rafael Hupsel/LUZ

Gafisa S/A lançou novos produtos neste sem e s t re p a r a a classe média e ampliou seu portfólio, como a FIT Residencial, o Bairro Novo, com "Financiamento na Planta", além dos últimos três empreendimentos de alto padrão: os condomínios Acácia, Prímula e Dália na Colina de São Francisco, bairro planejado pela companhia há doze anos. No primeiro trimestre de 2007 a Gafisa passou a atender também o segmento de baixa renda com a FIT Residencial, subsidiária integral que desenvolverá moradias de baixo preço em áreas urbanas, como o FIT Jaçanã. Uma joint venture com a Odebrecht, uma das maiores empresa brasileira de engenharia e construção, desenvolverá projetos residenciais de grande escala no segmento popular fora de áreas metropolitanas, onde se concentram mais de 90% do déficit habitacional. A Caixa Econômica Federal, a Gafisa e a FIT Residencial firmaram, além disso, o primeiro convênio nacional para a produção e financiamento de imóveis aos adquirentes finais, de acordo com o PAC - Programa de Aceleração do Crescimento. Pelo convênio, a CEF porá à disposição recursos para financiamento de até seis mil unidades habitacionais, previstas para o primeiro ano do convênio em vários Estados do Brasil. A modalidade inovadora de financiamento à casa própria, o "Financiamento na Planta", é outro novo produto da incorporadora que permite aos compradores parcelar a entrada de 10% e garantir um financiamento de 25 anos com um banco para os outros 90% antes mesmo de sua construção. Compradores sem histórico de crédito estabelecido obterão qualificação à medida que pagarem em dia suas prestações mensais. Além disso, os compradores receberão suas unidades seis a dez meses antes do prazo normalmente utilizado para a entrega das unidades. A nova modalidade de financiamento oferece aos consumidores uma taxa de juros favorável, com longo prazo de pagamento. Neste programa, a Gafisa receberá do banco uma parte substancial do valor financiado antes da construção. Assim, diminuirá sua exposição de caixa em tais projetos, e não precisará manter recebíveis após a entrega das unidades, resultando em ciclos de produto mais curtos. "Com o crescimento agressivo do nosso negócio, ficou claro que precisávamos nos aproximar do setor bancário para ampliar a base do financiamento e endereçarmos possíveis soluções para a questão do capital de giro. O Financiamento na Planta muda o paradigma da compra do imóvel próprio no Brasil. Acreditamos que essa inovação no financiamento à casa própria será bem recebida por nossos clientes, contribuindo para diminuir nossa exposição de caixa e melhorar nossos retornos", diz Wilson Amaral, diretor-presidente da Gafisa. Como uma das líderes no seg mento de classe média e média alta, a Gafisa também entrou em cinco novos mercados neste primeiro trimestre: Goiânia (GO), São Caetano (SP), Duque de Caxias (RJ), Nova Iguaçu (RJ) e Campo Grande (MS). Além da aquisição no começo do ano da AlphaVille, uma das maiores incorporadora de projetos de desenvolvimento urbano no Brasil, fortalecendo ainda sua

A Gafisa constrói prédios de alto padrão nos últimos terrenos da Colina de São Francisco, bairro que planejou há doze anos Fotos:César Ogata/AFG

versos custos, com economia d e re c u r s o s , c o m o á g u a e energia. No sistema de arcondicionado, por exemplo, a água proveniente da condensação será utilizada para o paisagismo e limpeza.

O FIT Residencial desenvolve moradias de baixo preço em áreas urbanas, como este do Jaçanã

posição e expandindo geograficamente sua presença em 16 estados e 35 cidades. O volume de lançamentos do primeiro trimestre da Gafisa foi de R$ 303,1 milhões, representando um crescimento de 87% em relação ao primeiro trimestre de 2006. As vendas contratadas alcançaram R$ 254,5 milhões, 67% a mais que no mesmo período do ano passado. Wilson Amaral comenta os resultados: “Os sólidos resultados da Gafisa no primeiro trimestre de 2007 são uma indicação clara de que a nossa estratégia de crescimento está no rum o c e r t o e e n t re g a n d o o s resultados esperados”. Como uma das maiores incorporadoras residenciais no Brasil, com grande diversificação geográfica e de produtos, a Gafisa, diz Wilson Amaral, “está em uma posição ideal para se beneficiar do crescimento do mercado. A crescente confiança do consumidor, a queda da taxa de juros e o forte redirecionamento de recursos dos bancos para o crédito imobiliário, comprovado por um crescimento de 116% no volume de financiamentos para habitação em março deste ano em relação ao mesmo período de 2006, ajudaram na expansão da demanda por novas moradias”. Colina de São Francisco No bairro planejado pela companhia há doze anos serão construídos nos últimos terrenos os condomínios Acácia, Prímula e Dália. Perto da Cidade Universitária, do Parque Villa-Lobos e do São Francisco Golf Club, o Colina de São Francisco é um dos bairros privilegiados de São Paulo. Com apenas dois acessos (um pela avenida Doutor Cândido Motta Filho e o outro pela avenida Conde Luiz Eduardo Matarazzo), permite maior segurança aos moradores e o privilégio de um bosque de 49.000 m² de mata nativa pro-

jetado por Burle Marx. Oferece ainda centro comercial com academia Runner Club e infra-estrutura de supermercados, bancos, farmácias e colégios, como o Albert Sabin, Santa Cruz e Palmares. A estratégia de expansão A Gafisa e a Quality DI, incorporadoras que vem crescendo em São Paulo, lançaram o residencial Enseada das Orquídeas, primeiro empreendimento das empresas em Santos, Litoral Sul de São Paulo. O projeto faz parte da estratégia de expansão geográfica das companhias. O empreendimento Eldorado Business Tower, avançado edifício corporativo do Brasil, será o primeiro ecologicamente correto do Brasil, construído segundo as rígidas especificações e orientações do Green Build - selo norte-americano que certifica edifícios. A entrega de 100% da torre está prevista para outubro de 2007. Desenvolvido pelo escritório

de arquitetura Aflalo e Gasperini, o Eldorado Business Tower terá 32 andares de 2.100 m² de área total cada, além da cobertura, e foi concebido dentro dos principais conceitos de flexibilidade, conectividade e modernidade. O edifício terá, por exemplo, 100% de automação predial, o que implica em controle total de acesso, energia, condicionamento de ar, iluminação e elevadores, permitindo o monitoramento e gerenciamento dessas funções por comando externo, via web. Com esse recurso é possível, por exemplo, permitir o acionamento automático via crachá de diversas funções no escritório, como iluminação, travas e ar-condicionado, entre outras, de acordo com o interesse do comprador. Para abrir caminho para toda essa tecnologia, todo o prédio terá forro flutuante e piso elevado que comportará a passagem de fio e cabos óticos. O conceito de prédio inteligente e ecologicamente correto permitirá a redução de di-

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Padrões mundiais A Gafisa foi fundada em 1954 no Rio de Janeiro com a denominação de Gomes Almeida, Fernandes. Em 1988 o nome da empresa mudou para Gafisa Imobiliária e em dezembro de 1997 foi constituída a Gafisa S.A, uma associação entre Gafisa Imobiliária e a GP Investimentos, que na ocasião possuía 50% do controle da empresa. Em dezembro de 2003 a GP Investimentos passou a ser acionista majoritária da Gafisa que, desde 2004, tem investido na ampliação dos seus negócios nos segmentos de obras para terceiros e loteamentos urbanos a fim de impulsionar a atividade da empresa em praças fora do eixo Rio-São Paulo. Em mais de meio século de existência a Gafisa estabeleceu-se no mercado com empreendimentos para diversos segmentos. Atualmente, com sede em São Paulo e operações em outras cidades do País, a Gafisa assinou mais de 900 empreendimentos, o que representa cerca de dez mi-

lhões de metros quadrados de construção. Em 2005 a Gafisa passou a contar com um novo acionista: a Equity International (EI), companhia americana focada em investimentos no setor imobiliário. A empresa, do Equity Group Investments (LLC), é presidida por Sam Zell e aportou R$ 135 milhões na companhia brasileira. Uma das maiores investidoras do mercado imobiliário mundial, a EI detém participações no setor imobiliário fora dos Estados Unidos, principalmente na América Latina. No ano passado, a empresa ingressou no Novo Mercado de governança corporativa da Bovespa, a partir da realização da oferta pública inicial de ações da companhia, em fevereiro. A companhia também criou a Gafisa Vendas, subsidiária focada na comercialização de seus empreendimentos em São Paulo. No primeiro trimestre de 2007 obteve conquistas significativas, entre elas a oferta pública de ações da Gafisa na Bolsa de Nova York (NYSE), a primeira incorporadora residencial brasileira listada na NYSE. “Este foi um momento ímpar na história da companhia, que consolidou sua posição como uma empresa em linha com padrões mundiais, com amplo acesso ao capital internacional e uma reputação global de excelência financeira e operacional. Estou muito feliz com as oportunidades ao nosso alcance e continuo confiando na força e na habilidade de nossa equipe para manter nossa estratégia de crescimento a longo prazo”, concluiu Amaral. MB


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quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Imóveis econômicos na linha de sucesso da Cyrela Paulo Pampolin/Hype

A empresa criou a marca Living para lançar uma série de empreendimentos voltados ao público que compra seu primeiro imóvel ou investe no futuro. São onze lançamentos no segmento econômico

Escritórios de vila, a novidade no Villa-Lobos

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uma parceria com a Elwing, a Cyrela construirá cinco torres e 90 escritórios de vila exclusivamente para uso comercial, o Villa-Lobos Office Park. “É o primeiro empreendimento nestes moldes lançado em São Paulo e a expectativa é a de criar um novo centro comercial aliado ao conceito de bem-estar em horário comercial”, afirma o diretor de Incorporação da Cyrela, Ubirajara Spessotto. O Villa-Lobos Office Park será construído num terreno de mais de 32 mil metros quadrados próximo ao shopping e ao parque Villa- Lobos e terá como público-alvo investidores e profissionais liberais). “O conceito do empreendimento é inovador, sucesso nos EUA, que tem nos escritórios de vila um importante diferencial. Está localizado em uma região que passa por uma grande transformação urbanística, como o eixo VillaLobos, cercada por uma completa infra-estrutura”, destaca Spessotto. Serão 739 unidades - 90 escritórios de vila com 95m² de área privativa, além de outros 649 escritórios, que variam de 33m² a 1170m² privativos. O condomínio ainda prevê nas áreas comuns um restaurante para 150 pessoas, Centro de Convenções para 250 pessoas, Business Center, Beauty Center, além de uma praça central de 6.000 m² concebida pelo especialista Benedito Abbud. Com uma fachada inspirada na arquitetura espanhola (terraços, fechamentos de janelas), o paisagismo que remete ao bem-estar, diz Ubirajara Spessotto. O VillaLobos Office Park terá o serviço de Facilities Office, que oferece serviços como a manutenção de áreas comuns e a contratação de serviços de limpeza: “O objetivo do Facilities neste empreendimento é proporcionar uma gestão conjugada de infra-estrutura, tecnologia e profissionais de suporte”. Os usuários poderão acessar um sistema de ordem de serviço monitorado até a efetiva consecução do pedido através de um Portal de Serviços Personalizados, via Web.

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cios residenciais têm serviços de alta tecnologia e bem-estar, como piso aquecido, espelho Cyrela Brazil que não embaça, janelas com Realty é uma in- proteção acústica, tratamento corporadora de acústico na tubulação hidráucapital aberto, lica de banheiros, rede de fibra há 40 anos no mercado imobi- ótica para alta velocidade na liário de alto padrão e classifi- transmissão de dados, imacada no ranking das cem maio- gem e voz, sistema de câmeras res empresas de e-commerce em circuito fechado de tv e asdo País, segundo a revista Info piração central. A causa do sucesso dos emExame. O diretor de incorporações Ubirajara Spessoto con- preendimentos da Cyrela, pasidera que a empresa está vi- ra Ubirajara Spessoto, está na vendo um momento de grande preocupação em entregar quadesenvolvimento do setor lidade de ponta a ponta, ou seimobiliário, como todas as em- ja, “qualidade nas parcerias, presas: “A Cyrela Brazil Real- nas práticas construtivas, no ty, com sua filosofia de respeito planejamento, até a entrega aos clientes, parceiros, forne- das chaves”. O cliente Cyrela, cedores e funcionários, conse- garante o diretor Spessoto, guiu uma trajetória acima da “tem a garantia de comprar média nos últimos anos, entre- um empreendimento na plangando resultados sólidos e ta e a certeza de recebê-lo após consistentes aos seus acionis- quase 36 meses”. O sucesso vem também do tas. Mas a maior beneficiária é a população que, com taxas de conhecimento do mercado juros mais baixas e maior dis- comprador, “saber o que inteponibilidade de crédito imobi- ressa para os clientes, quais são suas necessiliário, pode ter Divulgação dades e, com a acesso a esse tudo isso em mercado”. mãos, criar Spessoto se e m p r e e n d irefere ao novos mentos que la nç ame nt os c o r r e s p o nde produtos dam ao desejo Living, uma dos moradomarca criada res”, finaliza pela Cyrela paSpessoto. ra representar A t r a i r i numa série de vestimentos e m p r e e n d iA Cyrela mentos voltaBrazil Realty é dos ao público o resultado da que está coni n co r p o r aç ã o quistando seu do grupo Cyprimeiro imóUbirajara Spessoto: rela pela Brazil vel ou investindo para o fu- “Maior beneficiária é a população Realty. Consique pode ter acesso a esse derada uma t u r o . A t u a lmente a Living mercado com taxas de juros mais das empresas conta com on- baixas e maior disponibilidade mais sólidas de crédito imobiliário” do setor da ze lançamenconstrução citos de imóveis do segmento econômico. Em vil, conta com mais de 40 anos São Paulo, eles estão sendo de atuação e 4,5 milhões de m² construídos no Novo Campo construídos. Atualmente opeBelo, Jardim Novo Avelino, Vi- ra em dez estados e 16 cidades. la Matilde e Freguesia do Ó, Em 1996, a Brazil Realty foi além de São Caetano, Guaru- uma das pioneiras no setor da construção civil ao acessar o lhos e na cidade de Jundiaí. No Rio de Janeiro, em Jacare- mercado de capitais brasileiro paguá e Zona Norte e, no Sul, e norte-americano. Desde enem Porto Alegre. Ele explica tão são mais de doze mil unique a estratégia de crescimen- dades entregues, outras nove to da Cyrela está também cen- mil em construção e mais de 18 trada na expansão geográfica mil clientes. Em 2006 a companhia lançou de seus empreendimentos. Para os imóveis do segmen- 42 empreendimentos e contato econômico, a Cyrela fechou bilizou 101 terrenos no seu esacordos com vários bancos co- toque. Criou a marca Living, merciais para financiamento para atuar no segmento econôde 40 mil unidades Living com mico, e obteve um crescimento taxa entre 8% e 9% mais TR e de 120% no portfólio da Facilicom prazos até 20 anos. Os ties, marca do grupo que faz a bancos são Santander, ABN gestão de processos e serviços dos empreendimentos sob esta Amro, HSBC, entre outros. Os financiamentos de imó- bandeira. Em janeiro de 2007 a veis de alto padrão são finan- Cyrela Brazil Realty passou a ciados diretamente pela Cyre- compor o Índice IBovespa, a la, mas o cliente tem a opção de primeira empresa do setor de financiamento por um banco Incorporação e Construção de seu relacionamento após a Imobiliária a fazê-lo. Todas essas realizações fazem da Cyrela entrega das chaves. O preço destes imóveis varia Brazil Realty “uma empresa camuito pela localização, tama- da dia mais sólida, rentável e nho e serviços oferecidos, mas com grande potencial para podem variar de R$ 450 mil a atrair investimentos”. MB mais de R$ 10 milhões. Edifí-

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Faria Lima Square, outro “Triple A” da Cyrela

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Çiragan, lembrança árabe perto da Paulista

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i r a g a n , e m p re e n d imento da Cyrela Brazil Realty, que está sendo entregue neste mês de agosto, próximo a um dos maiores centros de negócios da cidade, tem um diferencial: na mesma torre funcionam 36 imóveis residenciais e 12 comerciais. Eles compõem uma mesma fachada e dividem o

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mesmo terreno de 6.357 m², mas com entradas independentes. Na rua Ministro Rocha Azevedo, nº38, perto da avenida Paulista, o prédio é uma fusão de estilos e de tendências, para lembrar o que o palácio Çiragan representou para a cultura árabe. Erguido em meados do século 18 às margens do pequeno estreito de Bósforo, em Istambul, na Turquia, Çiragan (se pronuncia "tchirragan")

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separa com seus 35 quilômetros a parte européia da parte asiática da cidade, conectando o mar de Mármara ao Mar Negro. E, por ser o ponto de encontro entre o Oriente e o Ocidente, a região serviu de palco e foi testemunha dos principais acontecimentos do início da história moderna. O Çiragan contemporâneo é um museu e um luxuoso hotel, de cujos terraços se aproveita a vista única do Bósforo. O Çiragan perto da avenida Paulista tem arquitetura de Itamar Berezin, paisagismo de Benedito Abbud e decoração de Débora Aguiar. E para lembrar o Çiragan histórico, fica perto de grandes corporações nacionais e internacionais, com várias opções de lazer, gastronomia, cultura e entretenimento.

Faria Lima Square, da Cyrela, é um exemplo de inovação e alta tecnologia, com lajes de mais de 1.800 m² de área. O empreendimento, lançado este ano, recebeu a classificação de “Triple A”, concedida pelo Núcleo de Real Estate da Escola Politécnica da USP, a única entidade brasileira que classifica e concede certificados para o mercado imobiliário. Para receber este selo, a Cyrela precisou atender a mais de 300 itens, desde o sistema de ar condicionado central e automação predial à sustentabilidade do sistema operacional. Além dele, o Faria Lima Financial Center é outro empreendimento da Cyrela com esta classificação, dentre os quatro existentes no Brasil, todos em São Paulo. O Faria Lima Square teve investimentos de R$ 170 milhões e, antes da entrega, 30% dos andares já haviam sido locados. A região é considerada um dos três eixos comerciais mais disputados de São Paulo (os outros dois são as avenidas Paulista e Luis Carlos Berrini), que começam a apresentar sinais de esgotamento para expansão de empreendimentos.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - TURISMO

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Na cidade dos festivais

O Festival de Cinema, principal do gênero do País, lota Gramado entre os dias 12 e 18. De alta gastronomia a comida caseira, de pousadas aconchegantes a grandes hotéis, o principal pólo turístico da Serra Gaúcha tem atrações para todo tipo de turista e boa estrutura com charme serrano Por Cris Berger

Fotos: Cris Berger

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ramado é a cidade dos festivais – de cinema, de turismo, publicidade e por aí vai... Entre todos, o primeiro é o mais importante e glamouroso. Entra ano, sai ano, ele atrai figurinhas carimbadas no tapete vermelho do Palácio dos Festivais. Atores, cineastas e afins do eixo Rio-São Paulo rumam para o Rio Grande do Sul para celebrar a sétima arte entre um cálice de cabernet e uma caneca de chocolate quente. A temperatura promete sempre estar fria e há até esperança de que vá nevar. E é só mencionar uma paisagem branquinha para que cerca de 120 mil turistas lotem a cidade em busca de calor humano. Este ano, o festival celebra sua 35° edição, de 12 a 18 deste mês, no principal evento cinematográfico do País que exibe curtas e longas metragens nacionais e latinos. Mas não é apenas na grande tela que Gramado faz sucesso. A cidade também arranca suspiros à mesa. No inverno, agrada com sua gastronomia feita de generosos cafés coloniais, que são mesas completíssimas, com todos os itens produzidos na região, que vão dos embutidos aos bolos doces, das geléias artesanais aos famosos pães coloniais. Estas casas existem por toda Gramado e mesmo assim formam-se filas. Além dos cafés, fondues são muito procuradas. De queijo, carne, chocolate, frutas. E para quem tem dificuldade de escolher, não tem problema, é só entrar numa "seqüência de fondues" e provar um pouco de todos! No verão, em dezembro, Gramado é célebre pelo Natal Luz, quando é decorada com temas natalinos e espetáculos noturnos que encerram o dia com fogos de artifício. Na verdade, a cidade encanta o ano inteiro com suas charmosas pousadas e hotéis e o aconche-

Com bela arquitetura européia (acima), Gramado inspira romantismo. Muito procurado também por famílias e grandes grupos, o destino reserva boas compras a seus visitantes, seja nas lojas da avenida principal (acima, à esq.), seja na famosa Rua Coberta, onde há de comércio de roupas a restaurantes de comida típica. Nos arredores, a possibilidade de praticar rapel em paredões de granito

gante clima serrano visto nas araucárias, hortênsias e montanhas. Sem falar naquela neblina que antecede o sol nas primeiras horas da manhã. Romance – Gramado é um destino procurado por casais em lua-de-mel, afinal, o ambiente romântico das arquiteturas italiana e alemã emprestam um ar bucólico ao cenário e deixam os casais ainda mais apaixonados. Famílias em busca de descanso também são assíduas nessa parte da

Serra Gaúcha. E este é um destino procurado por grandes grupos que chegam a bordo de excursões e vêm descobrir o que o friozinho do Sul tem de tão atraente. Tamanha diversidade mostra que o principal pólo turístico da serra contempla o gosto de gregos e troianos. Quem prefere uma acomodação mais familiar e íntima tem um bom número de boas pousadas. Já quem gosta do serviço de grandes hotéis não vai ter difi-

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A igreja no centrinho é toda de pedra, construída no estilo gótico inglês

Presidente Alencar Burti Diretor de Redação Moisés Rabinovici Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira Editora Antonella Salem antonellasalem@uol.com.br Sub-editora Lygia Rebello lygiarebello@uol.com.br Chefe de reportagem Arthur Rosa

Editor de Fotografia Alex Ribeiro Editor de Arte José Coelho Diagramação Djinani Lima Ilustrações Paulo Carvalho Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122 Impressão Diário de S. Paulo

www.dcomercio.com.br

culdade em encontrar um. O mesmo vale para o quesito restaurante. Há desde alta gastronomia passando por uma comidinha mais caseira e colonial até chegar ao velho rodízio de galeto. Passeios – Há opções para os mais chegados no esporte de fazer compras e os que não podem ficar sem adrenalina de verdade. Não mais do que 30 minutos separam o centrinho de lojas dos altos paredões de granito que ficam no

interior da serra onde se pratica rapel. O comércio oferece chocolate caseiro em tal quantidade de lojas que fica difícil comprar sem degustação, pois todos são de excelente qualidade. A maioria das lojas situa-se na avenida principal, embora toda a cidade seja centro de boas compras e boa comida. A Borges de Medeiros, coração comercial de Gramado, oferece quase que uma loja ao lado da outra. O mesmo acontece

com roupas de couro, casacos, jaquetas e botas. Em frente ao Palácio dos Festivais existe a já famosa Rua Coberta, um tipo calçadão coberto de uma ponta à outra por enorme toldo, que oferece distração, lojas de chocolate, roupas e, principalmente a boa comida gramadense, e tudo bem aquecido pelos pelegos (lã de ovelha) nas cadeiras dos restaurantes e calefação eficiente. Gramado sabe como agradar. Vale visitá-la sempre.

Canela é a simpática vizinha

anela é a charmosa vizinha de Gramado. Elas estão lado-a-lado separadas apenas por sete quilômetros de uma estrada asfaltada, com vista para o Vale do Quilombo. A verdade é que parecem uma só. A estrada que as liga está repleta de cafés e restaurantes, o que sugere ser uma continuação. Porém, ao chegar ao centrinho de Canela se pode observar as mudanças. Menos suntuoso que o de Gramado, digamos que é mais tímido - cá entre nós -, menos turístico. O que não quer dizer desinteressante, pelo contrário. Sua igreja é toda de pedra, construída no estilo gótico inglês. Por estes lados não ocorre festival de cinema, mas sim de bonecos, todo mês de junho. Canela é menos “patricinha” que Gramado. Para entendermos melhor, alguns exemplos: em Gramado existe o Hotel Casa da Montanha e em Canela tem a Pousada Don Ramon. O primeiro é um hotel com cara de grande empreendimento. Destes com salões, piscina térmica, sauna e muitos quartos. O segundo é menor, mais aconchegante, com uma sala de massagem com lareira, sala de ofurô e atendimento personalizado. Enquanto o restaurante de carnes de caça do Casa da Montanha é chique e bem cotado, Canela oferece o rústico e delicioso Strudelhaus, que serve comida alemã. Os donos fazem o atendimento. O marido faz o papel de chef, a esposa atende as mesas e a filha fecha as contas. Tudo em família. Não espere encontrar muita cerimônia. Eles conversam alto entre si, o que pode parecer estranho em um primeiro momento e será completamente normal até o final do jantar. O

No Parque do Caracol, cachoeira Véu de Noiva tem 131 m. Mais selvagem é o da Ferradura. Hospedagem? Na pequena Pousada Don Ramon

ambiente não poderia ser mais descontraído. Entre as duas cidades, na metade do caminho de Gramado e Canela, uma dica: o Cantina 28 é pouco conhecido, exige reservas, só atende ao meiodia e fica nos pés do Vale do Quilombo, em uma casa de 100 anos, mais precisamente em um paiol reformado que hoje virou restaurante. Especialidade? Massas e polentas. Imperdível. Mas não espalhe, pois é o ouro da serra. Os parques – Canela é famosa por seus lindos parques: Caracol e Ferradura. O clássico cartão-postal onde aparece a impressionante queda d’água de 131 metros chamada Véu de Noiva é do Parque do Caracol, cheio de trilhas e mirantes. Pode parecer um exercício e tanto descer - e depois subir - 927 degraus, mas por dois motivos a

façanha vale a pena. Primeiro porque chegar à base da cascata é emocionante. E a paisagem compensa cada degrauzinho. Termino com o lembrete de que a saborosa culinária serrana vem acompanhada de um número expressivo de calorias. Pertinho dali está o Parque da Ferradura. Seu nome vem

do formato em “u” que o Rio Caí faz ao redor da vegetação nativa. Visto de cima, é um visual de tirar o fôlego. O Ferradura parece mais selvagem que o Caracol. Oferece trilhas de até três horas e muitos mirantes para os olhos contemplarem a beleza natural da Serra Gaúcha. (C.B.)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

São Chico: a serra intocada

TURISMO - 3 Fotos: Cris Berger

Distante 42 quilômetros de Gramado, São Francisco de Paula é o destino para quem quer conhecer a autêntica – e nada badalada – Serra Gaúcha

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eixando Gramado, pela RS 020 e rodando 42 quilômetros pela Rota Romântica, na Região das Hortênsias, chega-se a São Francisco de Paula, uma outra faceta da Serra Gaúcha. Por estes lados costuma-se dizer que o tempo parou há um par de décadas. Ela é uma simples cidade do interior que vive o dia-adia de forma pacata, como Deus manda. Carinhosamente chamada de São Chico, mantém seus ares tranqüilos, onde volta e meia se podem avistar cavalos e seus cavaleiros na rua principal sem o menor constrangimento. A moda por lá, aliás, segue sendo o traje de gaudério (típico do homem do Sul), composto pela bombacha, a bota de cano alto, o lenço no pescoço e o chapéu. A paisagem é formada por planícies que levam o olhar para longe quase a se perder no horizonte serrano. As ruas estão repletas de alegres casinhas coloridas. Observe como são bem cuidadas. É notável o capricho com que seus moradores gostam de misturar cores nas janelas e portas. Um corredor de plátanos emoldura o canteiro da avenida principal, a Júlio de Castilhos, única da cidade. Ali, você não vai encontrar cafés e restaurantes no estilo alemão ou italiano. São Chico é uma cidade para quem quer conhecer o verdadeiro jeito de ser do homem da serra. Portanto vá desprovido de qualquer expectativa e certamente você terá bem-vindas surpresas. Dentro deste espírito livre e simples faça um reconhecimento de campo. As sugestões: comece com uma visita à Associação Rural que vende bomba-

Simples e pacata cidade do interior, São Chico exibe ruas com alegres casinhas coloridas e paisagem de planícies e lagos. No centro, a dica é visitar as lojas de artesãos locais, como a do seu Batista (abaixo, à dir.), que vende botas de couro feitas à mão e sob medida, e a de Joema (abaixo, à esq.), de roupas e mantas

chas, chapéus, cintos, celas para cavalo, cuia e bomba para chimarrão e faça algumas comprinhas. Os preços são bons e os produtos de ótima qualidade. Depois siga até a loja do seu Batista e se esbalde. Ele vende botas de cano alto de couro, feitas à mão e sob medida com tornos de madeira no lugar de pregos. Ofício que exerce há 50 anos. O sujeito é meio calado. Herança de família – Então, digamos que sua intenção seja bater um papo para conhecer mais as tradições. A solução é rumar para a loja da família Valim e procurar pela falante e simpática Joema. O nome da loja é Artelã e como era de se esperar fica na Júlio de Castilhos - tudo fica nesta avenida. Provavelmente ela esteja tomando um mate. Caso você ainda não tenha se familiarizado com o ter-

RAIO X COMO CHEGAR A Gol (tel. 0300/1152121, www.voegol.com.br), oferece vôos para Porto Alegre saindo de São Paulo, ida-e-volta, a partir de R$ 260. Na TAM (tel. 11/40025700, www.tam.com.br), a partir de R$ 320. Gramado e Canela ficam a 115 km da capital do RS, com acesso pela BR 116. No Aeroporto Salgado Filho, pode-se alugar um carro ou contratar um traslado. A Loc aliza (tel. 0800/9792000 www.localiza.com.br) cobra diária com quilometragem livre por R$ 89. De Gramado até São Francisco de Paula são 42 km pela RS020, a Rota Romântica. ONDE DORMIR GRAMADO Hotel Casa da Montanha: Avenida Borges de Medeiros, 3166, tel. (54) 3295-7575, www.casadamontanha.com.br. Oferece piscina térmica, sauna, salão com lareira e restaurante especializado em caças. Diárias para casal a partir de R$ 373, com café da manhã. Hotel Bavária: Rua da Bavária, 543, Bairro Bavária, tel. (54) 3286 1362, www.h otelbavaria.com. Tem campo de mini golfe. Diárias para casal, com café, R$ 170. Hotel Ritta Hoppner: Rua Pedro Candiago, 305, tel. (54) 3 2 8 6 - 1 3 3 4 , w w w. r i t t a h o p pner.com.br. São chalés e quartos aconchegantes, perto do Lago Negro. Diárias para casal com café a partir de R$ 220, com direito a entrada ao Mini Mundo. CANELA Pousada Don Ramón: Rua José Piva, 745 (Estrada do Caracol), tel. (54) 3282-3306, www.donramon.com.br. Tem boa sala de massagem e com ótimo atendimento. Diárias para casal a par tir de R$ 192, com café da manhã. Pousada Vila Suzana: Rua Ten. Manoel Correa, 1100, tel. (54) 2828787 www.vilasuzana.com.br. Com quadra de tênis e sala de ginástica. Diárias a partir de R$ 150. Pousada do Bosque: Rua José Piva, 333 (Estrada do Caracol), tel. (54) 3282-2522, www.pousadadobosque.com.br. Simples com ambiente tranqüilo. Diárias para casal com café da manhã a partir de R$ 130. SÃO FRANCISCO DE PAULA Pousada do Engenho: Rua Odon Cavalcante, 330, bairro São Bern a r d o, t e l . ( 5 4 ) 3 2 4 4 - 1 2 7 0 , w w w . p o u s a d a d o e n g enho.com.br. A melhor opção de

hospedagem da região. Cabanas com jaccuzzi com hidromassagem. Para casais. Diárias com café da manhã a partir de R$ 295. ONDE COMER GRAMADO Casa di Pietro Gril: Rua Pedro Benetti, 05, tel. (54) 3286-4077. Serve sopas e grelhados, é um dos mais tradicionais da cidade. A atração é a sopa de pinhão. Casa das Sopas: Rua São Pedro, 1190, tel. (54) 3286-1718. Clássico endereço das sopas na Serra Gaúcha, com 26 diferentes opções. Ristorante Moscerino: Avenida das Hortênsias, 1095, tel. (54) 3286-3544, www.ristorantemoscerino.com.br. Culinária italiana e ambiente requintado com atendimento de primeira. CANELA Restaurante Boccatta: Largo da Estação Férrea, tel. (54) 32827070. Serve pizzas, polentas recheadas, sopas assadas em forno a lenha, bolinha de batata alemão (original) que faz bastante sucesso. Segundasfeiras têm sarau, quar tas encontros de violão e sextas piano. Empório Canela - Café Gourmet: Rua Felisberto Soares 258, tel. (54) 3031-1000. Funciona como uma livraria e bistrô. Cantina 28: Vale do Quilombo, Linha 28, 1828, tel. (54) 3036-0324. Serve polentas e massas, atendimento personalizado, ambiente rústico. Só atende sob reserva. FAÇA AS MALAS Passeios de Land Rover: Apoema Ecoturismo, tel. (54) 32826232, www.apoema.tru.br. Oferece passeio a bordo de jipes Land Rover fechados pelo interior de Gramado e Canela, com caminhadas por trilhas e rapel mediante reservas. Loja do Seu Batista: Júlio de Castilhos, 948, São Francisco de Paula. das 9h30 às 12h30 e das 13h30 às 18h de segunda á sábado. Ar telã: Júlio de Castilhos, 721. Das 9h30 às 12h30 e das 13h30 às 17h30, de segunda a sábado. Pacotes: com as seguintes operadoras e agências, Maktour Turismo (tel. 11/3818-2222, www.maktour.com.br), Ouro e Prata Turismo (tel. 51/33575353, www.ouroeprataturismo.com.br), S7 Viagens ( te l . 5 1 / 2 1 0 8 - 7 1 7 1 , w w w. s 7 v i agens.com.br).

mo, saiba que o chimarrão é um chá tomado dentro de uma cuia que nada mais é do que um fruto, o porongo. Servido com água quente e tragado com uma bomba de metal ou prata que faz o papel de canudinho. Voltando à Joema, ela é a quarta geração das mulheres Valim. Ali você vai encontrar um sem-fim de roupas e mantas distribuídas em prateleiras que tomam conta de todos os lados. Na parede estão penduradas fotos do processo de tosa, mostrado ovelhas sendo tosadas, a lã lavada até estar apta a tecelagem. Registros de jornais e revistas revelam que Joema já é íntima das câmaras, o que explica sua rapidez e desenvoltura em mostrar como é seu trabalho. O que certamente ele fará a você com a maior boa vontade. (C.B.)

Pousada do Engenho, pérola da região

Nos dez bangalôs, há lareira e jacuzzi para dois. Decoração rústica está por todo canto desta romântica pousada. A gastronomia é outro destaque. Neste mês está programado por lá um fim de semana gourmet

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cartão-postal de São Chico é o lindo Lago São Bernardo, grande e tranqüilo, perfeito para caminhadas ao redor de seus 1.900 metros de extensão. Pertinho dele está a pérola da região, uma pousada que figura entre as melhores do País pelo romantismo. A Pousada do Engenho, com seus dez privativos e aconchegantes bangalôs, têm tudo o que mortais apaixonados podem desejar. O clima é de total paixão. Em meio a dois hectares de intensa vegetação a ordem é relaxar e namorar e os anfitriões se esforçam para que tudo saia de acordo com o que o amor pede. Nos bangalôs, há lareira, jacuzzi para dois com hidromassagem, tapetes com lã de carneiro, decoração rústica, velas, CDs de música selecionados a dedo e a varanda com rede e cadeira de balanço com mantas. Tudo pede por dias frios e muito amor. O casarão completa o quadro de atrações com a salinha do ofurô com vista para a mata por meio de dois janelões. Ao lado dele

está a massagem e o fitness. Lareiral - Verdade seja dita: em São Chico chove bastante. O que não atrapalha em nada quando se está curtindo as mordomias do Engenho. E por conta da abençoada chuvinha que vem molhar a terra que os larerais foram criados. Lareiral é uma mistura de lareira com luau. O que no Norte do Brasil se faz à luz do luar, no Sul se faz com o calor do fogo e no embalo de uma boa violada no comando de Alex, músico e um dos donos da propriedade. Volta e meia, hóspedes famosos e não famosos sobem ao palco para animar as noites junto com ele. Os petiscos e a seleção de vinhos ficam por conta da Suravi, outra feliz proprietária e chef. E para terminar as apresentações, o Ananta, terceiro sócio, fez as vezes de arquiteto. Construiu os bangalôs. Todo este clima de inverno apetece ainda mais o paladar. A gastronomia da pousada é louvável. O café da manhã vem com pães quentinhos, granola feita em casa e uma vista encantadora do jardim.

Os almoços e jantares seguem agradando os olhos, o olfato e o paladar. O cordeiro ao molho de gengibre e mel é famoso e tem uma lista de fãs. O carreteiro de lingüiça, típico da Região Sul, é outro sucesso da casa. Para quem aprecia os prazeres da gula vai gostar de saber que este mês tem novidades: Alex, Suravi e Ananta resolveram criar um fim de semana

gourmet entre hódspedes e chef. O primeiro encontro ocorre dia 18 com o chef gaúcho Jorge Nascimento, ocasião em que todos irão para a cozinha. O que vai acontecer lá ninguém sabe, mas dizem as boas línguas que o chef irá revelar seus segredos e no final os manjares preparados serão devorados. Um legítimo caso do pagar para ver. (C.B.)


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4 - TURISMO

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

LAZER Fotos: Divulgação

Paisagem do litoral capixaba encanta em Vitória, a maior ilha de um arquipélago formado por outras 33

Em Venda Nova do Imigrante – a última parada do roteiro –, sítios e fazendas recebem turistas

Pela Rota do Mar e das Montanhas No Espírito Santo, o caminho turístico que começa na capital, Vitória, é salpicado de cidades onde o destaque é o agroturismo, a arquitetura européia e o friozinho serrano Por Kelly Ferreira

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idade do Sol, Cidade Presépio, terra do coco, do maracujá, do mamão, do cacau e do mármore, Vitória, a capital do Espírito Santo, é o ponto de partida (e a única representante do litoral capixaba ) para a rota do Mar e das Montanhas. Nela, é possível contemplar praias e aproveitar o friozinho serrano. C o m 1 0 4 , 3 q u i l ô m e t ro s quadrados, Vitória é a maior ilha de um arquipélago formado por outras 33. Com águas calmas, as praias dali, entre elas a Curva da Jurema e a Ilha do Boi, são um convite para quem gosta de caminhar, andar de bicicleta ou simplesmente jogar conversa fora. O centro nos remete ao século

Produtos caseiros: uma tentação

passado, com prédios belíssimos, como o Teatro Carlos Gomes e o Palácio Anchieta, sede do governo estadual. Quem escolhe a capital capixaba como destino, encontra ainda igrejas, parques e uma noite animada. O ponto de encontro é o Triângulo das Bermudas, na Praia do Canto, e os restaurantes da orla, onde pode ser saboreada a moqueca capixaba, atração da culinária local. O passeio da Rota do Mar e das Montanhas segue por Viana, região metropolitana de Vitória. O destaque do município é o agroturismo e o turismo rural. Quem percorrer essa rota poderá ver de perto como são feitos produtos ca-

Abav-ES investe em eventos de turismo

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Associação Brasileira de Agências de Viagens do Espírito Santo (Abav-ES) realizou no primeiro semestre deste ano dois grandes eventos em Vitória. Um deles foi a Expotur, feira para divulgar o turismo capixaba, que recebeu 6 mil pessoas. O segundo evento, o Top Tur, em sua 2ª edição, premiou 14 categorias do setor no Estado, entre elas o de Destino Turístico Capixaba para a cidade de Domingos Martins.

seiros. Viana também é uma boa opção para quem gosta de esportes radicais, como vôo livre e trilhas. Vista Linda – Da praia para a montanha em 40 minutos. É o tempo que se leva para chegar até o município de Domingos Martins, a 42 km de Vitória, uma das principais atrações da rota. Antes de chegar lá, vale a pena passar por Vista Linda. Não é a toa que a pousada e o restaurante do local têm esse nome. É lá também que estão o teatro do seu Arlindo, o menor do mundo, onde bonecos de madeira representam a passagem de Jesus Cristo na terra, sua morte e ressureição, e o relógio movido a água. Chegando a Domingos Martins é visível na arquitetura a herança da colonização alemã e italiana. Com um charme todo especial, a região é habitada por descendentes de seus colonizadores, além de austríacos, luxemburguenses e pomeranos. Na culinária pode-se provar essas heranças nos deliciosos cafés coloniais. O clima agradável e considerado um dos três melhores do mundo, com média de 18ºC, mas que pode chegar a 8ºC no inverno, também é um convite ao relaxamento. Turismo de aventura – Outra característica de Domingos Martins é a infra-estrutura, inclusive para os que gostam do turismo de aventura. Uma das referências para a prática dos esportes é o Parque Estadual Pedra Azul – uma das principais atrações da cidade –, com trilhas e piscinas naturais. A visitação a Pedra Azul, cartão-postal da serra capixaba, é imperdível. Ela faz parte do parque estadual, criado para proteger um conjunto de valores naturais da região. Com 1.822 metros de altitude, a Pedra Azul, conhecida também como Pedra do Lagarto – uma outra formação rochosa na pe-

dra lembra o formato de um lagarto – pode ser vista desde a BR 262. Quem optar por visitar a pedra deve levar um agasalho, principalmente se a visita for feita no final do dia, já que o clima por lá é bem frio nessa época do ano. A próxima parada é a cidade de Marechal Floriano, a 46 km de Vitória e a 544 metros de altitude. Com um friozinho que pode chegar a 6ºC, Marechal tem muita história para contar em seus centros culturais. Colonizada também por alemães e italianos, o município ainda é conhecido como Cidade das Orquídeas, por uma vasta quantidade de espécies da planta nas matas que circulam Marechal. Uma boa pedida é visitar o orquidário Nego Plantas ou a Florabela Orquídeas. Em Venda Nova do Imigrante, a próxima e última visita da Rota do Mar e das Montanhas, uma das principais atrações é a visita aos sítios e fazendas que fazem parte do agroturismo. A Carnielli, conceituada por lá, é famosa por seu café despolpado e o queijo com carvão. As plantações de frutas, como o araçá, resultam em deliciosos licores e vinhos. Ali, delicie-se com as especialidades e até compre algumas para trazer na mala como lembrança desta parte do Espírito Santo. A viagem foi oferecida pela Associação Brasileira de Agências de Viagens do Espírito Santo - ABAV-ES.

RAIO X COMO CHEGAR A partir de São Paulo, a TAM (tel. 4002-5700, www.tam.com.br) e a Gol (tel. 0300/1152121, www.voegol.com.br) têm vôos para Vitória. Ida-evolta a partir de R$ 339 e R$ 528, respectivamente. ONDE DORMIR Hotel Ilha do Boi: Rua Braúlio Macedo, 417, Ilha do Boi, tel. (27) 33450111, www.hotelilhadoboi.com.br. Localizado na área nobre de Vitória, a 12 km do aeroporto. Diárias custam a partir de R$ 150 no fim de semana. Aroso Paço Hotel: BR 262 km 89, em Pedra Azul, no município de Domingos Martins, tels. (27) 3248-1147 e 3248-1150, www.aroso.com.br. A 89 km de Vitória, o hotel oferece excelente infraestrutura. Diárias para casal a partir de R$ 475, com pensão completa. ONDE COMER Restaurante Atlântica: Avenida Antonio Gil Veloso, 80, Praia da Costa, em Vila Velha, tel. (27) 3329-2341. Vale a pena experimentar a moqueca capixaba e o camarão no coco, especialidade do chef Ricardo Bodevan. Cantinho do Curuca: Avenida Santana, 96, na Praia de Meaípe, tels. (27) 3272-1262 e 3272-1150. As moquecas são feitas na hora. ONDE COMPRAR Fazenda Carnielli: Rodovia Pedro Cola, km 4, Venda Nova do Imigrante, tel. (28) 3546-1272, www.carnielli.com.br. Lá são vendidos queijos, produtos sem lactose, cafés, embutidos e biscoitos. Kebis Biscoitos Caseiros: Avenida Presidente Vargas, 10, Domingos Martins, tels. (27) 3268-1600 e 3268-3044.

Pedra Azul (acima), em Domingos Martins, é o cartão-postal da serra. Já em Viana, uma atração é a Estação Ferroviária (à dir.). Festas típicas italianas e alemãs atraem na região

Travel managers querem ser ouvidos pelo governo PANROTAS - Como está o crescimento e a consolidação da atividade do travel manager ou gestor de viagens no Brasil?

as tarifas baixaram muito e essa discussão ainda não chegou.

VIVIÂNNE MARTINS - O Brasil tem muitos tra- PANROTAS - E como o setor vê a crise aérea? vel managers, mas a profissão ainda é pouco VIVIÂNNE - É preciso entender que o que moreconhecida. O primeiro passo é esse, termos vimenta as viagens corporativas é a econoesse reconhecimento, depois vem a questão mia. Mas de nada adianta termos uma econoassociativa, a necessidade de as empresas se mia boa se os executivos não conseguem voar. conscientizarem da importância dessa fun- Aqui cabe um movimento, que estamos inição, entre outros passos que temos de dar no ciando, para que o setor de viagens corporamercado brasileiro. A questão associativa é tivas seja mais ouvido nas principais decisões difícil no Brasil, pois há empresas que não dei- do turismo. Os executivos nunca são ouvidos. xam seus funcionários E nossas necessidades Divulgação dedicarem par te de vão desde segurança seu tempo a uma cauaté tomadas suficientes sa ou associação. Hoje para ligar laptops e funjá temos 200 associacionários bilíngües nos d o s n a A B G e v, d o s aeroportos. Temos de quais 35% travel mafazer lobby por nossa nagers. Estamos crescategoria e essa é nossa cendo e a Academia meta nesse segundo de Viagens Corporatisemestre. Quanto ao vas tem ajudado nisso, setor aéreo específico, pois viajamos pelo falta infra-estrutura e Brasil dando cursos e Viviânne Martins, presidente da ABGev logística ao País. chamamos atenção para essa necessidade de se ter uma associa- PANROTAS - Como vê a evolução da relação ção forte e um travel manager reconhecido e entre os travel managers (e suas empresas) e as valorizado. travel management companies (TMCs ou agências de viagens)? Há uma coexistência PANROTAS - Uma das grandes questões pacífica? debatidas nos principais fóruns do segmento é VIVIÂNNE - Nos Estados Unidos, essa questão já em relação ao preço dos produtos e serviços está definida e TMCs e empresas são parceiros, turísticos. No Brasil, assistimos nos últimos trabalham lado a lado. Isso porque desde 2000 meses a uma queda significativa das tarifas não há mais comissão e cada um tem um papel aéreas. A tarifa mais barata é sempre a melhor? bem definido. As agências prestam serviço e as VIVIÂNNE - Nem sempre a menor é a melhor. empresas pagam por isso. No Brasil, enquanto Para o gestor de viagens, a prioridade número houver esse ambiente híbrido, há essa sensaum é a segurança, em seguida o conforto (e não ção de que um tem mais vantagem que o outro, estamos falando de luxo) e o preço vem em termas é só sensação. ceiro lugar. Pegar um vôo com tarifa baixa, mas com muitas escalas ou com muitas multas e ta- Mais informações sobre o Panrotas Corporativo xas para qualquer mudança pode gerar muita no site www.panrotas.com.br. Assinaturas pelo tel. (11) 5070-4816 ou 5070-4804, dor de cabeça e mais custo. No Brasil realmente e-mail assinaturas@panrotas.com.br.


Logo Logo DIÁRIO DO COMÉRCIO

Depende também de o presidente [da CBF] Ricardo Teixeira entender que a seleção brasileira não é dele. A seleção é do povo, que traz felicidade e orgulho para ele. Se os torcedores me quiserem de volta, eu estarei sempre disponível.

Reuters - 11/03/07

www.dcomercio.com.br/logo/

Do atacante brasileiro Ronaldo, do Milan, em entrevista ao jornal italiano "Gazzetta Dello Sport", sobre uma hipotética volta para a equipe nacional.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

AGOSTO

2 - LOGO

9 Dia do Administrador

M ÚSICA E M

C A R T A Z

Memória do rock à venda

DESIGN

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oodstock, a famosa fazenda que reuniu 400 mil roqueiros para três dias de sexo, drogas e música no festival mais importante da história do rock and roll. O preço da memória do rock: US$ 8 milhões. Roy Howard, o atual dono, decidiu vender a propriedade depois de anos de negociação com as autoridades locais para conseguir permissão para um encontro que lembrasse o famoso festival de 1969, que ajudou a formar a geração hippie. Também serão vendidos o ca-

Curiosidades do universo dos objetos da escrita em mostra no Shopping Pátio Higienópolis. Av. Higienópolis, 618, tel.: 3823-2300. Piso Veiga Filho, das 10h às 21h. Grátis.

sarão que pertenceu ao fazendeiro Max Yasgur, o celeiro e 103 hectares de terras a cerca de 130 Km da cidade de Nova York. O valor inclui também uma cozinha com um forno viking, uma pia antiga, uma banheira para dois, chuveiro aquecido e bidê. O campo de alfafa onde os shows foram realizados não está incluído na venda. Ele pertence ao magnata da TV a cabo Alan Gerry, que transformou recentemente o espaço em um auditório para 4.800 pessoas. Yasgur alugou a área da plantação para o festival de-

pois de a polícia proibir que os shows acontecessem próximos à cidade de Woodstock. Cerca de 400 mil pessoas lotaram o campo entre 15 e 17 de agosto de 1969, para assistir a apresentações de artistas como Jimi Hendrix e The Who. Yasgur e sua fazendo foram homenageados na canção de Joni Mitchell, Woodstock, tornada popular na versão de Crosby, Stills, Nash and Young: "Eu vou para a fazenda de Yasgur/Vou entrar para uma banda de rock'n'roll". Durante os anos 1990, outros eventos foram realizados na área

B RAZIL COM Z

Arrepios importados O músico brasileiro Toninho Horta e o show que realizou na segunda-feira em Nova York foram destaque do diário norte-americano The New York Times. O músico brasileiro apresentou composições próprias, uma delas em homenagem a Gershwin, e canções de Tom Jobim. Segundo o jornal norteamericano, Toninho Horta levou a platéia a se arrepiar com seu som e pode ser a explicação para o fato de os músicos de jazz serem enfeitiçados pela Bossa Nova.

D ESIGN T URISMO

O relógio do Big Ben, um dos monumentos mais famosos de Londres, ficará em silêncio por um mês, quando será feita sua manutenção. As engrenagens que acionam o carrilhão e o relógio serão substituídas. A torre do Palácio de Westminster, que abriga o Parlamento britânico, ficará silenciosa a partir da manhã de sábado e até setembro. Os trabalhos de revisão devem durar de quatro a seis semanas. Embora vá funcionar na maior parte do tempo em que estiver sendo

reformado, o Big Ben ficará parado por várias horas. A manutenção acontece a cada cinco anos e é a última fase de um programa que tem como objetivo mantê-lo em bom funcionamento até seu 150º aniversário, que será comemorado em 2009.

Folha Imagem-23/07/04

Silêncio e atraso do Big Ben

E UA

Verão é tempo de lançar moda e os designers gráficos norte-americanos elegeram a queridinha dos cartazes, anúncios, campanhas publicitárias e manchetes de jornal da temporada quente de 2007: a fonte Grouch [no texto ao lado]. A opção pela fonte é uma espécie de revival da década de 70. A fonte ITC Grouch foi desenhada por Tom Carnase e Ronnie Bonder em 1970 e sua característica é a casualidade e simplicidade das linhas. O Diário do Comércio já entrou nessa nova moda do design gráfico e utilizou a Grouch na manchete de hoje, de terça-feira e no título deste texto. H ISTÓRIA

Teh Eng Koon/AFP

Compositores judeus no bunker

George Frey/AFP

Uma coleção de discos levados do quartel-general de Adolf Hitler no final da Segunda Guerra Mundial inclui obras de compositores russos e judeus, segundo uma reportagem da revista alemã Der Spiegel. A coleção de cerca de 100 discos foi levada à chancelaria do Reich em Berlim quando a cidade foi conquistada pelo Exército Vermelho em 1945. Entre os álbuns, O navio fantasma, de Richard Wagner, o preferido de Hitler, Tchaikovsky e Artur Schnabel, pianista judeu da Áustria. Não está claro se os discos pertenciam ao Füher.

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L

Tom Green é visto na foto ao lado de suas cinco esposas e alguns de seus 32 filhos no dia em que foi para a corte no estado norte-americano de Utah. Em 2001, Green foi condenado à prisão por bigamia. Ontem ele foi solto sob a condição de não encontrar mais com quatro de suas esposas nem com os filhos que teve com elas.

CONTRA O TEMPO - A estátua que mostra dois atletas no momento do revezamento de bastão é uma das peças em exposição em Pequim. A capital chinesa iniciou ontem a contagem regressiva de um ano para o início dos Jogos Olímpicos de 2008.

I NTERNET

E VOLUÇÃO

Comente o noticiário

M ODA

Origem do homem posta em xeque

F AVORITOS

Sabonete em forma de peixinho

Site ensina tudo sobre informática

O "My Pet Fish Soap" parece aquele saquinho com um peixe que você compra na loja de animais. Mas em vez de água, o peixinho está "nadando" em um sabonete de glicerina natural. Custa US$ 6,95.

Quais tem conhecimentos pífios sobre informática pode começar a melhorar o repertório no site Ensino.net. Além de trazer informações sobre diversas áreas do conhecimento, o site reúne no link informática uma série de "aulas" sobre software, hardware, sistemas operacionais, história dos computadores, ética na internet, linguagens de programação, dicas sobre programas multimídia e projetos gráficos. Além de aprender sobre informática, o site também permite que o usuário avalie o material disponível. www.ensino.net

O

papa Bento XVI não está na breve lista dos 23 homens mais bem vestidos do mundo elaborada pela revista Esquire, mas acaba de integrar um seletíssimo grupo no qual é identificado como o "melhor portador de acessórios" do ano por seus sapatos de couro da famosa grife italiana Prada. Esse grupo inclui cerca de dez homens, cujo vestuário é "controvertido" ou "significativo", e entre eles está o papa. Os sapatos de couro vermelho foram parte do vestuário dos Pontífices durante pelo menos dois séculos, mas o fato de Bento XVI usar sotainas (uma espécie de bata) um pouco mais curtas que alguns de seus antecessores torna mais visível seu calçado. Segundo Richard Dorment, um dos diretores da revista Esquire, "é importante o detalhe pessoal, algo que distingue um homem de todos os outros". A lista dos 23 homens mais bem vestidos em 2007 da Esquire é liderada pelo jogador de futebol americano Tom Brady, seguido pelo músico Jay-Z, o ator Daniel Craig e o senador americano e pré-candidato presidencial Barack Obama.

A TÉ LOGO

L OTERIAS Concurso 747 da LOTOMANIA 03

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Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Entidade britânica Survival International alerta para a subnutrição de índios no Mercosul Ucraniano supera chinês em 21 centímetros e se torna o homem mais alto do mundo

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www.spoonsisters.com

O Google anunciou ontem que está desenvolvendo uma ferramenta que permitirá a seus usuários comentar notícias que aparecem relacionadas nas buscas feitas no Google News. Inicialmente, o Google vai liberar os comentários somente para um grupo específico de usuários, preferencialmente pessoas ou empresas envolvidas na produção das notícias. A idéia, no entanto, é permitir que qualquer pessoa deixe seu comentário online. "Todos os comentários serão publicados livremente, sem edição, porém identificados como comentários", explicou Dan Meredith, engenheiro do Google News no blog do Google.

Vicenzo Pinto/AFP

G @DGET DU JOUR

O papa vende Prada

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Homo habilis até o Homo sapiens, passando pelo Homo erectus. A pesquisa foi conduzida por cientistas da Sociedade National Geographic e da University College London. Os dois fósseis foram encontrados no ano 2000 a leste do lago Turkana, no Quênia, dentro do projeto de pesquisa Kooby Fora, ligado aos Museus Nacionais do Quênia. A proximidade entre eles indica que as duas espécies tinham fontes de alimento e comportamentos diferentes.

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Um crânio e o maxilar superior de duas das mais antigas ramificações da árvore genealógica dos seres humanos – o Homo erectus e o Homo habilis – indicam que os dois tipos de ancestrais do homem viveram bem próximos um do outro por cerca de 500 mil anos, disseram pesquisadores em um artigo publicado na revista Nature. Os fósseis, descobertos no leste da África, põem em xeque a idéia de que os seres humanos tenham evoluído em sequência, desde o

Ônibus espacial Endeavour chega amanhã à Estação Espacial com 7 astronautas a bordo

Concurso 891 da MEGA-SENA 15

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OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

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OUTRA NUVEM EM NAGASAKI BENEDICTO FERRI DE BARROS

BURRICE TECNOLÓGICA

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Arquivo DC

62 ANOS DEPOIS, UMA MANCHA SINISTRA NO CÉU LEMBRA A BOMBA ATÔMICA

POR LUIZ CARLOS LISBOA

Q

uando desembarquei do Shinkansen, o trem-bala que liga as principais cidades japonesas, ao sair da pequena mas bem organizada estação ferroviária de Nagasaki vi no céu alguma coisa que me arrepiou o cabelo na nuca. No céu branco de verão, uma nuvem em forma de cogumelo parecia pendurada sobre a cidade. Enquanto esperava na fila do táxi ela se dissolveu completamente, e logo tudo voltou à aparência geral do Japão, de absoluta paz e perfeita harmonia. Ainda a caminho do hotel comecei a ler o pequeno guia oficial que conta a história da cidade, e fiz a mim mesmo a pergunta que muita gente fez mundo afora em agosto de 1945, sobretudo em alguns lugares como Roma e Lisboa, São Paulo e Tóquio, entre uns poucos historiadores, gente culta e pessoas bem informadas sobre o passado: por que a cidade de Nagasaki foi escolhida como vítima da segunda bomba atômica, aquela que pôs um ponto final na Segunda Grande Guerra? Não foi ela o lugar que acolheu os primeiros europeus cristãos no século XVI, entre os quais estava São Francisco Xavier? Não é ali que estão ainda hoje os únicos sinais da primeira influência européia na história do Japão?

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randes centros industriais de material bélico, cidades-quartéis e centros de pesquisa de armas letais foram deixados de lado na escolha de locais para os ataques nucleares ao Japão, aquela nação militarista que havia promovido o ataque de surpresa a Pearl Harbor, quatro anos antes. A escolha de Nagasaki para o sacrifício resultou, uma vez mais na história dos conflitos humanos, de um simples desconhecimento da História. Para evitar um morticínio maior de americanos numa guerra sem fim, os Estados Unidos, a grande nação cristã do Ocidente, decide usar uma poderosa nova arma de destruição em massa contra o inimigo nipônico. E escolhe algumas cidades para atacar. Logo a segunda delas foi Nagasaki, há quatro séculos a semente do Cristianismo no Japão, encontro de que ficaram para sempre vestígios na língua e nos costumes japoneses. Desnecessário dizer que esse tipo de erro não foi exclusivo dos americanos. Atenienses e espartanos, cruzados e muçulmanos, franceses e ingleses através dos séculos, Alexandre, César e Napoleão cometeram o mesmo tipo de gafe que hoje recebe, em escala individual, o nome técnico de "fogo amigo". Como quase nada sobreviveu daquela visita européia – porque no Japão prevalecem o Xintoísmo e o Budismo como base de sua cultura – o país nunca se sentiu especialmente ofendido com a opção de Nagasaki, mas no Ocidente era de esperar que essa memória fosse preservada.

"converter os gentios", e isso aborreceu os japoneses que pareciam felizes com seu Xintoísmo e seu Budismo. A expulsão oficial dos jesuítas europeus deuse em julho de 1587. Em Quioto, onde vivia a nobreza, alguns intelectuais japoneses haviam sido convertidos, mas com o tempo eles voltaram às convicções religiosas antigas.

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oje em Nagasaki resta daquele tempo apenas Dejima, uma ilha artificial que os comerciantes da cidade construíram em 1636 para os mercadores europeus -- holandeses, que ficaram muito tempo no Japão porque a seu modo seguiram o exemplo de São Francisco Xavier, que não quis converter logo todos os japoneses que encontrava. Dejima é uma vila-museu que conta a história dos europeus no Japão. Em outros lugares do país e em outras partes do mundo, um conjunto de biombos – da arte Namban – conta a história da passagem dos portugueses por terras japonesas, poucos anos depois da descoberta do Brasil. Olho essas pinturas, examino o céu branco do verão japonês e paro na saída do Museu da Bomba, em Nagasaki. Parece cada vez mais difícil entender o que o noticiário da televisão e os jornais nos conta, a cada manhã. LUIZ CARLOS LISBOA É ESCRITOR E JORNALISTA

Luiz Carlos Lisboa

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ão Francisco Xavier foi o cronista maior dessa descoberta do Japão pelos portugueses. Nas cartas que mandava a seus superiores jesuítas ele conta sua chegada a Nagasaki em 1549: "Esse povo vive maravilhosamente uma vida saudável, e há muitos idosos entre eles, os japoneses são prova convincente de como nossa natureza precisa de pouco para sobreviver". Mas se Xavier era um observador interessado daquela civilização desconhecida, os que vieram depois dele tinham a obsessão de

DOIS MARCOS NA CIDADE: O ALVO DA BOMBA E A CHEGADA DOS CRISTÃOS

título deste artigo é meio burro pois é quase um pleonasmo qualificar de burra uma coisa que tende naturalmente à burrice. Como tudo o mais, as coisas tecnologicamente mais avançadas têm uma longa história que vem do Pithecantropus erectus para cá, coisa aí de uns 500.000 anos. Nos tempos modernos, metade do diagnóstico foi feita por Adam Smith na sua obra A riqueza das nações (1776), quando a identificou com a divisão do trabalho e a especialização das funções. Esse processo adquiriu velocidade progressiva nos últimos 500 anos com o desenvolvimento da população, e a ciência experimental, da qual a tecnologia é filha bastarda. Quando dizemos que Adam Smith enunciou metade do diagnóstico devemos acrescentar que a outra metade se acha no fato de que quem sem especializa não tem tempo de se dedicar a generalidades, com o que perde a visão geral. Daí a conseqüência é um médico que entende profundamente só da narina esquerda...

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odemos aqui passar das generalidades para a ponta-delinha das especialidades. E como a imprensa é nosso fundo de quintal, vamos dar alguns exemplos do que nele acontece. Os mais notáveis e notórios são o uso de certos recursos gráficos, como apresentar os textos em negativo, isto é, letras brancas sobre fundos escuros. Isto, em lugar de destacar o texto e facilitar a leitura, passa-o para o segundo plano, borra a nitidez das letras e dificulta sua leitura. Ora, o pressuposto é que o texto é escrito e publicado para ser lido. Como se não bastasse, tenta-se colocar o máximo de matéria no mínimo de espaço e uma macarronada de ilustrações a cores que nada têm que ver com a matéria, mas produz um efeito visual psicodélico no leitor. A visão tem que se desembaraçar de todos esses penduricalhos para

ler o texto. Como se o showbiz fosse o acme da tecnologia da comunicação. E a imprensa devesse fazer concorrência com o remeleixo de ancas e bumbuns dos programas de auditório. Sem dúvida isto se acha, como se diz, subordinado ao contexto da época, dominada de um lado pelo vetor magno do custo-benefício e de outro pelo imperativo categórico de afirmar a qualquer preço a individualidade de cada um. O indivíduo que tem uma cara com olhos, nariz, boca, queixo e outros pertences – naturalmente semelhante aos de outros hominídeos - a esconde pela barba, ou a máscara com cortes de cabelo como o dos mohicanos e pinturas como as de palhaços.

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unca antes a gritaria, a violência e o sexo assumiram a importância que hoje assumem na comunicação em geral. Apelação pura. Outro recurso dos comunicantes para capturar os comunicados é o terrorismo, muito usado por irradiadores de competições esportivas. Como nos veículos de comunicação espaço e tempo custam muito dinheiro, as ilustrações se apresentam velocíssimamente e a fala é tão rápida que não dá para saber do que se trata. E após ver e ouvir requintadas comunicações de tecnólogos da comunicologia, não se sabe o que-que-comunica-oquê. E grande número desses inflados e chochos anúncios desfecham num apelo de uma inutilidade e burrice antológicas, como "venha correndo." Como se o mais cretino ouvinte ou espectador fosse um babão que se levantasse de sua cadeira ou poltrona com aprontidão de um recruta para obedecer à ordem de um sargento.

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leitor pode ter a impressão que todas as palavras acima foram escritas no estilo apelativo e desbundante que hoje rege as comunicações. Está certo. Foram sim. Isto não chega a ser um artigo. É uma paródia no estilo do tempo. BENEDICTO FERRI DE BARROS É ESCRITOR PAJOLUBE@TERRA.COM,BR

G Nunca antes

a gritaria, a violência e o sexo assumiram tanta importância na comunicação. Apelação pura.

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


Gover no Planalto Congresso CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

LULA QUER DEFINIÇÃO DO CASO RENAN

LULA COBRA SOLUÇÃO PARA O CASO RENAN

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23h, do Walfrido, me contando que o Congresso tinha votado todas as coisas que tinham importância. Eu liguei para o Renan para dar os parabéns a ele. Então ele me contou que o processo estava em andamento na Suprema Corte". Questionado se o presidente do Senado tem o apoio presidencial, Lula disse que todos os brasileiros o tem, já que todos são inocentes até que provem o contrário. E acrescentou estar "contente" com a atuação do atual Congresso. Sem medo – Ainda na tarde de ontem, Renan Calheiros disse que não temia a possibilidade de a oposição obstruir as sessões da Casa enquanto ele não deixar o cargo, em razão do processo por quebra de decoro contra ele. Pouco antes do início da sessão em memória do senador Antônio Carlos Magalhães, morto no dia 20, Calheiros respondeu sobre uma possível insatisfação de Lula devido ao atraso na votação dos projetos. Ele comentou com os senadores presentes sobre a ligação que recebeu do presidente. "Vocês sabem que, com o presidente, mais do que uma relação político-partidária, eu tenho uma relação pessoal, ele é meu amigo", disse Renan. Sobre a possibilidade de Lula cobrar a realização das votações de projetos importantes,

Eymar Mascaro

Vento a favor

O

s democratas ficaram satisfeitos com o resultado da pesquisa realizada pelo Ibope sobre a administração Gilberto Kassab (DEM): 24% dos entrevistados avaliaram como "boa" e "ótima" as ações da atual administração paulistana; 44% a classificaram como "regular". Para Kassab, o resultado do levantamento ajudará na busca pelo apoio do PSDB à sua reeleição. A manutenção desses índices de aprovação nas próximas pesquisas poderá garantir a coligação entre as duas legendas. O cenário ainda é incerto tanto no DEM quanto no PSDB em relação à coligação. Todos esperam por uma definição.

CANDIDATURA

Calheiros disse que não teme a obstrução da pauta pela oposição Beto Barata/AE

m política, "os acomodados são sempre os primeiros a serem incomodados". Com essa frase, o professor de ciência política, jornalista e presidente do Instituto de Cidadania Brasil, Paulo Saab, fez um alerta para líderes do Conselho de Câmaras Internacionais de Comércio (CICC), da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), sobre a importância da educação, como instrumento para despertar a consciência política aos jovens que desejam um Brasil economicamente próspero e socialmente justo. Ele apresentou sua palestra "Construindo uma Nação", cujo objetivo é mostrar aos alunos que estão entrando na idade de votação, "que há sim um caminho para cada um deles influir nas mudanças que o País precisa". Esse trabalho, que faz parte do projeto Prêmio Construindo uma Nação, já mobilizou 650 mil estudantes paulistanos do 2º Grau, e deverá atender 52 escolas, até outubro próximo. Saab também tem viajado para ajudar a instalar o projeto em outras cidades, com previsão para atingir 6,5 milhões de estudantes em todo o Brasil, até 2010. Segundo o professor e jornalista, trata-se de um esforço para mostrar que "apenas a educação dá acesso a uma vida melhor, ainda que seja um árduo e, às vezes, um cansativo

Do outro lado, os tucanos continuam divididos sobre a confirmação de Geraldo Alckmin (PSDB-SP) na disputa. O líder da bancada na Câmara, deputado Antonio Carlos Pannunzio bate o pé e defende a candidatura própria em São Paulo.

É CONTRA O governador José Serra é contra a candidatura de Alckmin. Serra acha que o exgovernador deve disputar o governo do Estado em 2010. O tucano argumenta que o PSDB não terá um nome de "peso" para concorrer ao Palácio dos Bandeirantes. Manifestantes pediram a saída de Gim Argello (PTB-DF) e de Renan

Calheiros disse que "ele (Lula) não iria cobrar nada. Ele chefia um Poder. Eu chefio outro." Sigilo – Renan também comentou a quebra de seus sigilos bancário e fiscal pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele afirmou que a iniciativa – tomada pelo ministro Ricardo Lewandowski – será "uma oportunidade" para ele demonstrar que é inocente. "Estou absolutamente tranqüilo. Já fiz as provas contrárias. Respondo pelos meus atos e o que for preciso demonstrar eu vou demonstrar. Meu sigilo já foi aberto. Fiz questão de abri-lo. Entreguei minhas declarações

de renda. Agora, chegou a hora de abrir os demais sigilos." Protesto – Cerca de 25 integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) fizeram ontem um protesto no Senado, pedindo a cassação do senador Gim Argello (PTB-DF). Argello ocupou a vaga do ex-senador Joaquim Roriz (PMDBDF), que renunciou ao ser acusado de irregularidades, como ter recebido e dividido R$ 2,2 milhões obtidos com Nenê Constantino, dono da Gol. O presidente do Congresso também foi alvo do protesto. Sua saída também foi exigida pelos manifestantes. (AE)

A educação como base para uma vida política participativa Sergio Leopoldo Rodrigues

Andrei Bonanin/ LUZ

ACORDO Serra argumenta que seu partido não pode correr o risco de perder o governo do Estado em 2010, o que justificaria a desistência de Alckmin em 2008. O governador também é favorável a coligação entre o DEM e PSDB. Ele deseja o apoio dos democratas em 2010, caso seja mesmo o candidato do tucanato à presidência.

DUAS MÃOS Serra sabe que só terá o apoio do DEM em 2010, na disputa pelo Planalto, se em 2008 garantir a coligação dos tucanos com os democratas. Kassab conta com essa parceria para disputar com igual a cadeira paulistana contra o PT.

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Processo aberto

E

presidente do Conselho de Ética e O Decoro Parlamentar,

Paulo Saab: "Somente a educação dá acesso a uma vida melhor"

caminho a trilhar". D es co b ri m en to - Paulo Saab retoma as origens do descobrimento para mostrar a fragilidade da sociedade brasileira, que pouco conhece as funções do Congresso Nacional e que vive sob um Estado que começou a se esboçar em 1808 (vinda da família real para o Brasil) e que ainda tutela a Nação em formação. Daí, segundo ele, a necessidade de introduzir os estudantes na vida política nacional. "Precisamos mudar a cultura de não participar, de delegar a terceiros as responsabilidades pelas deci-

Esse caso não pode ficar a vida inteira dependendo dos discursos políticos. Presidente Lula

Lula Marques/ Folha Imagem

Presidente pede uma decisão rápida sobre as denúncias que pesam contra o senador alagoano

presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem, durante sua visita a Nicarágua, que o caso envolvendo o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), não pode ficar "a vida inteira dependendo dos discursos políticos". "Penso que o Senado, em algum momento, vai tomar uma decisão. Esse caso não pode ficar a vida inteira dependendo dos discursos políticos. Em algum momento vai ter que decidir" e ainda completou: "Ou o Senado julga ou a Polícia Federal investiga ou a Suprema Corte (Supremo Tribunal Federal) julga, porque tudo tem um começo, meio e fim. Acho que está chegando a hora de ter um fim, na medida que se façam as investigações completas". Lula ponderou que, no caso da investigação no Conselho de Ética, cabe ao Congresso determinar esse tempo. "Quem sou eu para dizer qual o tempo que o Congresso terá para decidir? O máximo que faço é decidir minha agenda e as coisas no Executivo". O presidente disse que recebeu um telefonema do ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, que o informou sobre as votações ocorridas na última terçafeira no Senado. "Recebi um telefonema ontem, por volta das

Miguel Alvarez/AFP

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sões que cabem a cada um de nós sobre nosso futuro". O coordenador da CCIC, Hélio Nicoletti, acrescentou que a "despolitização", o comodismo e o "desencanto" com a política abre espaço para desvios na democracia. "Por isso consideramos importante essa palestra como um chamado à participação", disse. De sua parte, o sub-coordenador da CCIC, Robert Shoueri, lembrou que esse alerta faz parte da formação de um verdadeiro "espírito público no Brasil, sem o qual não chegaremos a lugar algum".

deputado Ricardo Izar (PTB-SP), informou ontem que os processos contra os deputados Olavo Calheiros (PMDB-AL) e Paulo Magalhães (DEMBA) foram abertos, pois as representações do PSol contra os dois parlamenatares por quebra de decoro parlamentar já foram numeradas e publicadas pela Mesa Diretora. A partir de agora, eles têm cinco sessões do Plenário para apresentar suas defesas preliminares por escrito. Ainda não foram designados os relatores. Os dois políticos foram acusados pela Polícia Federal (PF), após a divulgação dos resultados da Operação Navalha, de fraudar licitações de obras públicas executadas pela empreiteira Gautama. No caso de Olavo Calheiros, irmão do presidente do Senado, Renan Calheiros, o PSol também pediu uma investigação sobre a Operação Cevada, relativa a negócios com a cervejaria Schincariol. (AE)

ainda neste ano. Mas a ministra não deseja antecipar qualquer decisão. Ela prefere deixar tudo para o ano que vem. Marta é a principal candidata no seu partido.

REGA TRÊS Enquanto a ministra do turismo continua sob pressão, os petistas pensam numa alternativa. O mais cotado é o senador Aloizio Mercadante (PT-SP). O parlamentar registou um bom resultado quando disputou o governo do estado, cerca de 34% dos votos válido, na eleição de 2006 em São Paulo.

NEGOCIAÇÃO Os petistas seguem o conselho de Lula e já negociam com outros partidos de esquerda o lançamento de um candidato único. O presidente pede ao PDT, PSB e PCdoB que não lancem ninguém em São Paulo. Ele espera uma coligação forte para vencer na capital.

DECISÃO Mesmo com o pedido de Lula, o PSB ainda prepara a candidatura de Luiza Erundina. A legenda diz que precisa melhorar sua posição em São Paulo, já que o deputado Ciro Gomes pode ser candidato ao Planalto em 2010. Ele dependerá dos votos paulistas.

ENTENDIMENTO O PSB decidiu fomentar a candidatura de Ciro Gomes desde agora. O partido trabalha com duas possibilidades: candidato a presidente ou vice na chapa do PMDB. O exministro pode entrar na coligação de Aécio Neves, caso o mineiro deixe o PSDB e migre para o PMDB.

CHAPA APOIO Não é apenas o deputado Pannunzio que insiste na candidatura de Alckmin. O exgovernador tem o apoio do governador de Minas, Aécio Neves (PSDB-MG). O mineiro também não vê com bons olhos a desistência da legenda em São Paulo.

IMPORTÂNCIA Nos encontros que mantém com líderes do PSDB, Aécio lembra que a prefeitura paulistana será peça fundamental na campanha presidencial de 2010. O mineiro lembra que a capital paulista terá 10 milhões de eleitores. O estado de São Paulo chegará aos 30 milhões.

CONTRAPONTO Já no PT, continua a pressão para que Marta Suplicy confirme sua candidatura à prefeitura

José Serra decidiu ignorar o convite que Michel Temer (PMDB-SP) fez para Aécio Neves, convidando o mineiro a deixar o PSDB, e decidiu insistir na sua proposta: uma chapa "pura" dos tucanos. Ele sairia como presidente e o mineiro, como seu vice. Como contrapartida, o governador paulista garante que apoiará Aécio na disputa pelo Planalto em 2014.

INSISTÊNCIA O governador paulista insistirá na sua proposta nos próximos meses. Ele acredita que essa chapa única será boa para todos dentro do PSDB. O partido sairia forte em 2010 e 2014. Aécio avalia que as chances de vencer são menores depois da próxima eleição presidencial. Lula pode voltar ao cenário eleitoral.


quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Congresso Planalto Lula no Exterior CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

5 O presidente está desconfortável com a situação (de Rondeau), de cometer uma injustiça. Walfrido dos Mares Guia

IMPASSE EM ACORDOS NA NICARÁGUA

Roosewelt Pinheiro/ABR

LULA E ORTEGA: DIFERENÇA IDEOLÓGICA

Júlio Molina/AFP

Apesar do clima saudosista entre os dois presidentes, discursos foram destoantes

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encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o presidente da Nicarágua Daniel Ortega, em Manágua, foi marcado por saudosismo e por discursos diferentes. Enquanto Lula demonstrava que se globalizou, e que o adjetivo de esquerdista, o qual já rejeitou, ficou nas memórias da década de 80, Ortega parecia reafirmar que os 16 anos em que ficou fora do poder de seu país serviram apenas para congelar suas concepções de mundo. Graças a essas diferenças, o debate sobre etanol e biocombustíveis ganhou um perfil ideológico e não avançou o quanto Lula queria. Entre as mensagens de Ortega contra o neoliberalismo e o "capitalismo selvagem", Lula recordou os anos em que ambos viveram distantes do poder e chamou a atenção de seu velho companheiro para o fato de que os tempos mudaram.

"Nós vemos os companheiros sandinistas, que não são mais tão jovens como eram nos anos 80, que já estão mais calejados, têm mais experiência. As alianças políticas mudaram, você tem mais amigos nos governos (latino-americanos). O fato de não ter guerra nos países vizinhos traz para a região a possibilidade de maior desenvolvimento", disse Lula. Cravo da paz – Ortega discursou primeiro e foi surpreendido, ele e a platéia, com um gesto de carinho de Lula. Enquanto o nicaragüense falava de sua preocupação com a monocultura, para a produção de etanol, Lula pegou um cravo do arranjo floral à sua frente, cheirou-o e o colocou no bolso da camisa de Ortega para demonstrar que são amigos. A informalidade, por sinal, marcou a visita do presidente Lula à Nicarágua. Ele chegou anteontem vestido a rigor, de terno e gravata, e foi recebido por um informal presidente ni-

Los hermanos: Daniel Ortega e Lula em clima de confraternização. Amigos, amigos, ideologias à parte

caragüense, em mangas de camisa, quando passaram em revista as tropas. Ontem, Lula já tinha aderido à informalidade e, bem-humorado na maior parte do tempo, vestia uma camisa azul fora da calça, bem à vontade. O presidente brasileiro foi recebido no aeroporto por Ortega e sua companheira, Rosario Murillo, ex-combatente sandinista que atualmente, ao invés de segurar um fuzil, ostenta em todos os seus dedos vários anéis de prata e pedras. Em seu discurso, o petista lembrou que a primeira vez que esteve na Nicarágua foi em julho de 1980, quando era líder

sindical e havia um ano Ortega e os sandinistas haviam chegado ao poder. Do aeroporto, Lula seguiu para o hotel com Ortega. No caminho, várias ruas sem iluminação pública por causa do apagão diário de oito horas, resultado, segundo o presidente nicaraguense, "do neoliberalismo que governou o país por 16 anos". Modelo Chávez – Ortega assemelha-se a Hugo Chávez, presidente venezuelano no culto à personalidade. Nas ruas, "outdoors" com fundo vermelho e foto dele estampada na qual se lê: "Arriba los pobres del mundo. Más democracia y poder". (AOG) (AE)

Rondeau: sem definição

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ministro de Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, afirmou ontem que a decisão de um eventual retorno de Silas Rondeau ao cargo de ministro das Minas e Energia é exclusiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele comentou que Lula está "desconfortável" com a possibilidade de ter cometido uma injustiça quando aceitou a demissão dele, após acusações da Operação Navalha.

"O presidente está desconfortável com a situação, de cometer uma injustiça, mas a decisão é exclusiva dele", afirmou Mares Guia. Questionado sobre a declaração que deu na última segunda-feira, quando disse que Silas Rondeau deveria voltar ao cargo, desta vez o ministro foi bastante cauteloso: "Eu disse que ele 'poderia' voltar. E 'voltar' é diferente. 'Poderia' é condicional", justificou. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quinta-feira, 9 de agosto de 2007

AFP

Internacional

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deserção dos pugilistas Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara, que abandonaram a delegação cubana durante os Jogos Panamericanos do Rio de Janeiro e foram deportados pelo Brasil no último sábado, levou o presidente licenciado de Cuba, Fidel Castro, a analisar a possibilidade de não enviar boxeadores a competições que qualificam atletas para a disputa das Olimpíadas de Pequim, em 2008, com o objetivo de evitar novas deserções. "Cuba não sacrificará sua honra por causa de medalhas de ouro", disse o mandatário. No mais recente de uma série de artigos publicados na imprensa cubana, Fidel escreveu também que os dois boxeadores cubanos deportados pelo governo brasileiro "chegaram a um caminho sem volta" na seleção de boxe do país. Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara estão sob custódia enquanto o governo decide o futuro de ambos. Rigondeaux é bicampeão olímpico e Lara é um campeão mundial amador. O líder cubano assegurou que os dois estão sendo tratados de "forma humana". Fidel informou que autoridades cubanas estão trabalhando na elaboração de uma lista de boxeadores para a Olimpíada de 2008. Os pugilistas selecionados deveriam participar do campeonato mundial nos Estados Unidos, em outubro, e de mais dois eventos classificatórios para os Jogos Olímpicos antes de viajarem para a China. "Apenas imaginem os tubarões da máfia rondando em busca de carne fresca", escreveu Fidel Castro sobre os agentes que poderiam incitar os lutadores cubanos a desertarem. Para evitar deserções, escreveu Fidel, as autoridades cubanas estão "analisando todas as alternativas possíveis, inclusive alterações na lista de pugilistas ou simplesmente a possibilidade de não enviar delegação, apesar das penalidades que possam estar reservadas para nós". A empresa alemã de marketing esportivo Arena anunciou recentemente que Rigondeaux e Lara assinaram contratos de cinco anos, mas ambos foram detidos em Cabo Frio, no litoral do Rio, por terem ficado no Brasil além do tempo permitido pelo visto. Em depoimento à Polícia Federal, os pugilistas disseram que saíram da vila do Pan para fazer compras e foram dopados e mantidos presos em uma apartamento em Copacabana por dois empresários — um alemão e um cubano. Segundo a versão de Rigondeaux, ele e Lara saíram da Vila sem autorização após perceberem que tinham aumentado de peso e que não poderiam lutar. O procurador da República Leonardo Figueiredo Costa, que esteve com os pugilistas antes de eles deixarem o Brasil, disse que os atletas só voltaram a Cuba por "livre e espontânea vontade". (Agências)

Guillermo Rigondeaux: carreira interrompida Juan Mabromata/AFP

Fidel garante "tratamento humano" a desertores

Desertores solicitam asilo político

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BOXE DE CUBA VAI A NOCAUTE Após deserção de dois pugilistas nos Jogos Panamericanos do Rio de Janeiro, presidente afastado de Cuba analisa hipótese de pendurar as luvas e não enviar atletas para torneios classificatórios para as Olimpíadas de Pequim, em 2008

Imaginem os tubarões da máfia rondando em busca de carne fresca Fidel Castro

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ada vez mais favorita às eleições presidenciais de outubro, com 45% das intenções de voto, a primeira-dama Cristina Kirchner está no meio de um processo que a imprensa local batizou de "Operação Sedução" com os mercados e governos de países do primeiro mundo. Cristina dá sinais de que um eventual governo seu será amável com investidores. Ontem, reuniuse com a vice-primeira-ministra espanhola, María Teresa Fernández de la Vega, a mulher mais poderosa da Península Ibérica, que tratou Cristina como presidente eleita.

P o u c o mais de 24 horas antes, Cristina se reunia com o v en ez ue lano Hugo Chávez, o principal salva-vidas financeiro e energético da Argentina. Ela também já fechou acordos com o México. O jornal "Ámbito Financiero" ironizou a mudança de cenário: "tão peronista, tão versátil. Um dia com o tailleur vermelho (a cor bolivariana), no dia seguinte com a bandeira das barras e estrelas (dos Estados Unidos) atrás". (AE)

AFP

Cristina Kirchner fortalece sua "Operação Sedução"

SUBMERSA Fortes chuvas mataram uma pessoa e alagaram o sistema de metrô de Nova York

OFENSIVA A coalizão matou, no Iraque, 32 militantes suspeitos de transporte de bombas desde o Irã

Ó RBITA

EMERGÊNCIA governo do presidente O do Paquistão, Pervez Musharraf, não descarta a

possibilidade de decretar "estado de emergência" devido a "ameaças externas e internas" ao país e à deterioração da segurança no noroeste, ameaçada pela insurgência islâmica de milícias como o Talebã e a Al-

Qaeda. Tariq Azim, ministro da Informação, disse que os boatos de que Musharraf, que cancelou uma viagem ao Afeganistão, decretará em breve estado de emergência, não estão confirmados. Mas acrescentou que essa possibilidade já foi discutida. Uma decisão pode sair hoje. (AE)

A Venezuela quer o Mercosul. Mas Chávez não quer esperar

O

presidente venezuelano, Hugo Chávez, disse, durante visita ao Uruguai, que seu país precisa entrar no Mercosul, mas dificilmente pode esperar até depois do fim do ano para completar sua adesão, que "inexplicavelmente" está demorando. Mas negou que fizesse um ultimato. A Venezuela está em processo de adesão c o m o i n t egrante pleno do bloco, formado por B r a s i l , A rgentina, Uru-

REUTERS/Andres Stapff

jogador de handebol Rafael Capote, desertor cubano durante o Pan2007, pediu asilo político no Brasil. A confirmação veio horas depois de o ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmar que o atleta receberia o status de refugiado "assim que pedisse". Outro desertor, o treinador de ginástica Lázaro Lamelas Ramírez, também solicitou asilo. O Comitê Nacional para Refugiados, vinculado ao Ministério da Justiça, é o órgão que outorga refúgio no Brasil. O processo dura seis meses. Na terçafeira, Capote passou por entrevista com representantes da ONU para conseguir autorização para tirar carteira de trabalho, CPF e permanecer no País. (Agências)

guai e Paraguai, num processo que para ser concretizado deve ser aprovado pelos congressos de todos os sócios. No último mês, Chávez chegou a fazer um ultimato aos congressos, dizendo que se a entrada de Caracas no bloco não fosse concretizada até setembro, ele retiraria o pedido de adesão. "Entramos num esfriamento inexplicável porque nada foi dito sobre as razões. É incômodo", disse, junto ao colega uruguaio, Tabaré Vázquez, com quem costurou acordos energéticos. A Venezuela também fechou acordos com Argentina e Equador. (Reuters)


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OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 10, 11 e 12 de agosto de 2007

RESENHA

NACIONAL

ATÉ AQUI, TUDO BEM!

G Caberia uma

manchete assim: Lula cai nas capitais, mas esse processo ainda não atingiu o interior. pá-las, de forma a que não possam ainda retratar uma dinâmica negativa. Depois, com a publicação e a reprodução religiosa de seus resultados pela imprensa, os governos procuram reverter a dinâmica existente, tentando desconstruí-la. Por isso mesmo a imprensa não deve se açodar em criar manchetes e furos, com pesquisas no início de um processo de mudança de opinião pública. Ingenuamente, passam a servir aos governos. Terminam dizendo que nada mudou, quando pode estar mudando. Lembrem-se da piada do suicida arrependido, que se jogando do vigésimo andar de um prédio, ao passar pelo décimo andar gritava: - Até aqui, tudo bem! Nesse momento não seria aconselhável analisar os patamares formais agregados que uma pesquisa informa. Mas analisar dentro da própria pesquisa se há razões pa-

ra, se há elementos que permitam identificar esta ou aquela tendência. É importante conhecer os pontos de deflagração e como a opinião pública futura está sendo formada. As pesquisas disponíveis -desde as “vaias” - vão mostrando isso. Por exemplo, a realizada na cidade de SP sobre o acidente do avião que mostrava Lula caindo. Ou as pesquisas de outros institutos em Salvador, Rio e municípios da Baixada Fluminense, que mostraram o mesmo. A recente pesquisa Datafolha mostrou não apenas que nos segmentos de maior escolaridade Lula havia caído uns cinco pontos (o que ajudava as análises que querem circunscrever os fatos à classe média, quando se trata apenas de ponto de deflagração), como mostrou que a diferença entre ótimo+bom e ruim+péssimo na capitais caiu também cinco pontos. Curiosamente, enquanto a mesma diferença para o interior não teve qualquer mudança no caso dos municípios das regiões metropolitanas, teria havido uma melhora de seis pontos. Certamente essa melhora não ocorreu e ela deve ser incluída na margem de erro. Nas capitais se pode confirmar por outras pesquisas e outros institutos. Caberia uma manchete diferente. Algo assim: L ula cai nas capitais mas esse processo ainda não atingiu o inter i or . E tratar os municípios metropolitanos como margem de erro. Os círculos concêntricos, produto do lançamento de uma pedra num lago, vão chegando progressivamente e mais rápido se outras pedras forem jogadas nas áreas periféricas dos círculos. A leitura do agregado pode não informar. Pode desinformar, na medida que não ajuda o leitor não-especialista a formar sua opinião. Segundo Champagne, isso é nada mais que o esperado no tratamento que a imprensa dá às pesquisas e como as usa e para quê. COMENTÁRIOS DE CESAR MAIA, PREFEITO DO RIO, NO EX-BLOG HTTP:// CESARMAIA.BLOGSPOT.COM

O governo quer desconstruir a opinião pública

JOÃO DE SCANTIMBURGO

UMA TELECOM Céllus

O

uso das pesquisas de opinião pela imprensa tem sido objeto de muitos estudos acadêmicos. Patrick Champagne, sociólogo francês, é um exemplo. Ele chama a atenção para o uso das pesquisas de opinião como se fossem elas mesmas a opinião pública, substituindo a opinião de políticos e acadêmicos, que passam a ser comentaristas das pesquisas publicadas. E muitas vezes retratam o passado de opinião e não o processo. As pesquisas de opinião dependem muito de como são aplicadas, quando, com que método, etc... E são extremamente perigosas quando a opinião publica se encontra em processo de mudança. Neste momento interessa muito aos governos anteci-

Mau humor ROBERTO FENDT

O

Boletim Focus do Banco Central traz esta semana uma queda na previsão do saldo da balança comercial de 800 milhões de dólares relativamente à previsão da semana passada, quando estava em 43,8 bilhões de dólares. O que estaria indicando essa mudança do humor do mercado com relação ao saldo comercial? A pergunta não é trivial. O saldo comercial tem sido em 2007 a principal fonte do fluxo de divisas para o País. No mês de julho, por exemplo, o fluxo cambial foi de US$ 11,6 bilhões, dos quais US$ 6,1 bilhões ficaram por conta do fluxo comercial e US$ 5,5 bilhões vieram da conta de operações financeiras. O que estaria acontecendo com o nosso comércio exterior? Em primeiro lugar, não há lugar para alarmismo. Há quatro semanas, a previsão do saldo para este ano era de 42,6 bilhões. Portanto, relativamente à primeira semana de julho, a previsão desta semana se mostra ainda mais positiva. Em segundo lugar, é natural que se comece a reduzir a previsão do superávit comercial deste ano. Fechados os números de junho, observa-se que as exportações cresceram 14,7% em relação a junho de 2006, enquanto as importações cresceram 26,2% pelo mesmo critério. Até o mês de junho estimava-se que as exportações fechassem em torno de US$ 158 bilhões (crescimento de 14,9% em relação a 2006) e que as importações alcançassem US$ 114 bilhões (crescimento de 24,7% no mesmo período), resultando um saldo comercial de US$ 44 bilhões. Como se apontou anteriormente, o mercado agora espera um saldo acumulado no ano de US$ 43 bilhões. É possível que os números do primeiro semestre e as projeções para o ano já estejam refletindo um maior realismo com relação ao crescimento das exportações. Nos meses de abril e maio do ano passado, as exportações foram prejudicadas por greves que retardaram os embarques. Em vista disso, quando se computaram as taxas de crescimento das exportações dos meses de abril (27%) e maio (32,8%) deste ano, relativamente aos mesmos meses do ano passado, estavam artificialmente infladas.

O

quadro ainda é positivo do ponto de vista das exportações, comandado pelo expressivo crescimento das exportações de produtos básicos e semi-manufaturados nos doze meses encerrados em junho deste ano relativamente ao mesmo período do ano anterior (29,5% e 23,4%, respectivamente). As exportações de produtos manufaturados, pelo mesmo critério, cresceram 15,4%. Já as importações apresentaram, como observou-se anteriormente, crescimento mais

expressivo, com destaque para as importações de bens de consumo duráveis (crescimento de 65,5% nos 12 meses terminados em junho), bens de consumo não-duráveis (34,6%), bens de capital (26%) e os bens intermediários (25%). O crescimento das importações de combustíveis (21,9%) se mostrou o mais modesto entre todas as categorias de importações. Um último dado que merece reflexão é o comportamento diferenciado das quantidades exportadas e dos preços de exportação este ano. De fato, desde outubro do ano passado os preços de nossos produtos exportados vêm apresentando desaceleração em suas taxas de crescimento. Por outro lado, as taxas de crescimento das quantidades exportadas, da ordem de modestos 3% no início do ano, acelerou para mais de 7% no final do semestre. Diferentemente das exportações, a taxa de crescimento do volume importado vem se acelerando desde junho do ano passado, ao mesmo tempo em que o aumento dos preços desacelerou consistentemente no mesmo período.

O

que pode ser dito sobre as causas do comportamento da balança comercial e de suas perspectivas para o futuro mais imediato? Parece claro, em primeiro lugar, que a grande explosão de preços observadas nos últimos anos está tendendo a se estabilizar. O fenômeno está se observando tanto com relação aos preços de exportação como de importação. E se está muito clara uma tendência de explosão do crescimento do volume importado (corroborado pelos números de julho), não é claro se a recente tendência de crescimento do volume exportado reflete fatores passageiros ou estruturais. Em segundo lugar, tudo parece indicar que algum efeito a valorização do real está tendo sobre as exportações e as importações, estas últimas ajudadas também pela retomado do ritmo de crescimento. Finalmente, muito do desempenho do comércio exterior brasileiro vai depender do comportamento da economia americana nos próximos meses. Até agora, os efeitos do mercado imobiliário parecem restritos a esse mercado, sem maiores impactos sobre a economia americana como um todo. Se assim for, e se a economia americana continuar a desacelerar vagarosamente, tudo terminará bem. Se esse quadro for perturbado pelas voláteis expectativas do mercado, o efeito final poderá ser uma queda mais expressiva no saldo comercial, com redução no fluxo cambial. Nesse cenário mais pessimista, a nota de otimismo seria uma maior desvalorização do real, há tanto reclamada pelo setor produtivo nacional.

O vendaval dos mercados financeiros reduziria ainda mais o saldo comercial

Proteção digital? MAURO DE MARTINO JUNIOR

Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

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A

informatização da época em que vivemos vai cada vez mais além de lazer, prazer e produção. Com o indispensável uso da tecnologia, a questão de maior repercussão no momento é a segurança no ambiente digital. Órgãos públicos, empresas, profissionais especializados e os demais cidadãos, que trocam mensagens por vias digitais, estão sujeitos a interrupções na comunicação no que se refere à autenticidade, validade jurídica, confidencialidade e integridade das informações. Para garantir a segurança dos processos comunicativos passamos a ser obrigados em alguns casos – como no caso da entrega da Declaração de Imposto de Pessoa Jurídica DIPJ – a utilizar a Certificação Digital. Um documento eletrônico constituído de um nome, número público exclusivo (chave de validade do certificado), nome e assinatura da entidade que assinou o certificado, número de série e a validade do certificado. Melhor impossível, certo? Errado.

De nada valem as facilidades e utilizações do sistema sem a devida responsabilidade que cabe a cada um de nós. A nossa chave privada e assinatura digital não podem, de forma alguma, escaparem de nós mesmo. A proteção da chave, em qualquer forma que se apresente: cartão - smart cards, token, através do computador ou softwares. A instituição da certificação digital não aceita o repúdio à operação. Ou seja, a falta presencial não justifica ao usuário do sistema negar posteriormente a realização daquela transação.

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em a menor sombra de dúvida o avanço da tecnologia cada vez mais nos trará inúmeras facilidades. E com isso a necessidade de aprimoramento e atualização constante são cada vez mais necessárias para garantir a segurança no ambiente virtual. MAURO DE MARTINO JÚNIOR É PRESIDENTE DA FECONTESP - FEDERAÇÃO DOS CONTABILISTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO

O uso da certificação digital não cancela a responsabilidade individual

BRASILEIRA

O

Brasil já teve uma grande telecom, sob a denominação de Telebrás, cuja subsidiária paulista, a Telesp, foi vendida à empresa espanhola Telefônica. Agora, leio estupefato que o governo da República pretende recriar uma telecom para entrar em grande estilo na era da publicidade. Tudo, como se vê, gastando verbas preciosas para o serviço social no Nordeste e no Norte do País, que vão sendo deixados para as calendas. Não se falará mais das suas necessidades, de suas populações abandonadas e na sua baixa situação social! O Brasil já tem uma organização de comunicação e informação admiravelmente bem posta em funcionamento continuado, dando a impressão de que um organizador gigantesco tem aproveitado dos dons pessoais dos brasileiros para c o n s t ru i r u m a t e l e c o m grandiosa e bem informativa. Até hoje não tivemos uma telecom como pretende organizar o governo federal, fazendo parceria com a televisão, que o próprio governo pretende lançar. As telecons ocupam um lugar singular entre as empresas de comunicação que os governos querem manter sob custódia, afim de dirigir a comunicação popular. Isso não é democrático. Sirvam-nos de exemplo os infalíveis EUA, onde foram organizadas as maiores cadeias de comunicação em caráter particular.

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ão se justifica usar verbas altíssimas para manter uma telecom nacional, quando tantos problemas de ordem social aguardam decisões dos maiorais da política. Os países possuem um sistema de telecomunicação, geralmente sob tutela do Estado, e dão-se por satisfeitos, mas nós queremos mais do que isso. Não vemos como uma telecom com capital oficial possa corresponder às necessidades do País, que deve se voltar para outros terrenos mais carentes e de atendimento mais urgente em suas necessidades. É por esse motivo que fiquei estupefato com esta notícia da recriação de uma telecom oficial. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR

G Não se

justifica usar verbas altíssimas para manter uma telecom nacional


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 10, 11 e 12 de agosto de 2007

3 Fabio Pozzebom/ ABr

Política DEFESA DE RENAN: ATACAR GRUPO ABRIL

Presidente do Senado põe sob suspeita venda da TVA, do grupo Abril, à empresa espanhola Telefônica e afirma que não será silenciado

O

presidente do Senado, Renan Cal h e i ro s ( P M D B AL), adotou uma nova estratégia de defesa: atacar para se proteger. Diante da enxurrada de denúncias veiculadas sobre ele pela revista "Veja"– como o caso Mônica Ve l l o s o / M e n d e s J ú n i o r, Schincariol e concessões de rádio em Alagoas –, o senador decidiu devolver parte das suspeitas ao grupo Abril, responsável pela publicação. Renan aponta irregularidades na venda da TVA (a cabo) pela Abril à Telesp, da espanhola Telefônica. Renan chamou de "campanha persecutória e sem provas" o que vem sendo feito pela "Veja". "A empresa agride os interesses brasileiros, estapeia o mercado e rasga definitivamente a Constituição. Trata-se de um método sub-reptício reprovável. A editora que vive a enxovalhar pessoas sem provas é a mesma que recorre a métodos pouco ortodoxos". O senador mandou ofícios pedindo investigações sobre o negócio, chamado por ele de "fraude", à Procuradoria-Geral da República, ao Ministério

Antonio Cruz/ABr

da Justiça, à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), ao Conselho Administrativo de Direito Econômico (Cade) e ao Senado da Espanha. "A operação pretende ilegalmente passar da Editora Abril para a Telefônica espanhola o controle de 100% de uma operadora de TV em São Paulo por microondas (...) ameaça transferir 86,7% de uma operadora a cabo também em São Paulo, a Comercial Cabo, e 91,5% da TVA Sul, em Curitiba, Foz do Iguaçu, Florianópolis e Camboriú", disse em discurso da tribuna do Senado. Denúncia de Renan – A operação, que teria o valor de R$ 922 milhões, segundo o senador, foi aprovada com restrições em 18 de julho pela Anatel, que exigiu mudanças no acordo de acionistas dentro de de 30 dias. O negócio tem de ser submetido ao exame de concorrência pelo Cade. Parecer do conselheiro da Anatel Plínio Fraga Junior, contrário ao negócio, sustenta que, pelo acordo de acionistas, a espanhola Telefônica teria na prática o controle sobre concessão de TV, o que a Constituição proíbe por ser uma empre-

Renan diz que Brasil não pode ser terreno de ambição empresarial

sa estrangeira. Também seria ilegal o acúmulo de concessão de TV e operadora de telefonia (Telesp) em São Paulo. Renan disse mais uma vez que as denúncias contra ele não foram provadas, "nem uma sequer". "Eles (grupo Abril) sabem que eu vou lutar, não me silenciarão. Não me acovardo, não abaixo a cabeça para seus interesses menores. Acabo de requerer formalmente todos os votos da Anatel que trataram desse assunto". E completou: "O Brasil não pode continuar sendo visto como terreno fértil para ambição de empresários". O presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado, Wellington Fernandes (PMDB-MG), disse que vai convocar os envolvidos na autorização de venda da TVA. Em nota, a Editora Abril classificou de "leviana" a acusação, disse que o negócio está "dentro da lei" e que já foi aprovado pela Anatel. O texto reitera que as revelações de "Veja" foram apuradas "rigorosamente" e que os problemas do senador "derivam de sua conduta". A Telefônica não se pronunciou. (Reuters/AE)

Sobre a rádio aprovada para o filho... Tucanos mantêm obstrução

O

presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), desconversou e demonstrou irritação com a notícia veiculada pelo jornal "O Estado de S. Paulo" de que autorizou, na última terça-feira, concessão para a rádio JR Rádio Difusão Ltda. A emissora está em nome de seu filho, José Renan Calheiros Filho, de Carlos Ricardo Nascimento Santa Rita e de Ildefonso Antonio Tito Uchoa Lopes. Esses dois são apontados como sócios ocultos de Renan. Santa Rita é funcionário dele em Brasília e Tito Uchoa é empresário e primo do senador. A

autorização, assinada por Renan, foi publicada no Diário Oficial da União e renova a concessão por mais dez anos. Questionado sobre a autorização, salientou apenas que a decisão não foi dele. "O presidente do Senado despacha o expediente. Ele informa às pessoas o que acontece. Não é o Congresso que aprova, são as comissões técnicas", afirmou. A autorização para a concessão prevê que a emissora esteja modulada no município de Joaquim Gomes, em Alagoas, Estado de Renan. Um detalhe interessante é que a decisão foi aprovada pelo Congresso an-

teontem, mesmo dia em que Renan deixou, pela primeira vez, a direção da sessão para, da tribuna, se defender das acusações de utilizar laranjas para erguer um império regional na área de comunicação. O contrato da JR Radiodifusão Ltda consta que o filho dele virou um dos sócios da emissora em 15 de maio de 2005. No mesmo dia Tito Uchoa também se incorporou à sociedade. Anteriormente, a rádio estava registrada em nome de Santa Rita e de José Carlos Pacheco Paes. Com a alteração, Paes deixou a empresa, mas Santa Rita permaneceu (AE)

Tuma promete investigar o caso

O

corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), disse ontem que vai pedir ao ministro das Comunicações, Hélio Costa, todos os documentos da empresa JR Radiodifusão, suspeita de pertencer ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), mas que estaria em nome de laranjas. Tuma confirma que nos documentos que chegaram do ministério para análise da concessão pelo Senado, não consta o nome de Renan. "Precisamos analisar se

depois houve a mudança na sociedade", afirmou o corregedor. A denúncia é objeto de uma representação de iniciativa dos democratas e do PSDB. Na última terça-feira, a Mesa Diretora deve encaminhar a denúncia ao Conselho de Ética. O presidente do colegiado, senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO), adiou para esta segunda-feira a divulgação do nome dos relatores das duas representações contra Renan: a que trata da existência de laranjas atuando

em favor do senador, e a de iniciativa do PSol sobre a suspeita de que Renan Calheiros teria favorecido a Schincariol no Instituto de Seguro Social (INSS) e na Receita Federal, após a empresa ter pago R$ 27 milhões por uma fábrica de refrigerante pertencente ao deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL), irmão de Renan, que estava prestes a fechar as portas e valeria muito menos. Quintanilha convidou dois colegas para as relatorias, mas disse que eles pediram tempo para pensar. (AE)

Primo de senador é réu em AL

A

juíza da 3.ª Vara Federal de Alagoas, Cíntia Brunetta, decidiu ontem investigar atos de improbidade administrativa cometidos pelo ex-delegado Regional do Trabalho Idelfonso Antônio Tito Uchôa Lopes, que é primo do presidente do Senado, Renan Calheiros, e que vem sendo acusado de ser "laranja" do senador alagoano, na compra de emissoras de rádio em Alagoas. Além de Tito Uchôa, passaram a figurar como réus desse mesmo processo sete ex-servidores da Delegacia Regional d o Tr a b a l h o e m A l a g o a s (DRT/AL) e sete representantes de empresas que participaram de um esquema de direcionamento de licitações, fraude em contratos e superfaturamento de preços no órgão. Processos – A investigação atendeu ao pedido da Procura-

doria-Geral da República em Alagoas. A partir dessa decisão, a juíza solicitou à DRT-AL cópias de processos de pagamento, do processo de aditamento do contrato celebrado com a empresa Seta Construtora Ltda, de dois processos de Tomada de Preços, além do referente ao contrato de manutenção de aparelhos de ar-condicionado celebrado com a empresa Comercial Conclima Ltda., bem como o do contrato para aquisição de calculadoras celebrado com a empresa Suprinorte Comércio e Serviço Ltda. Na decisão em que recebeu a ação proposta pelo Ministério Público Federal, a juíza Cíntia Brunnetta afirmou ainda que o fato de o Tribunal de Contas da União (TCU) ter aprovado algumas das contas dos agentes públicos não inibe a atuação do Poder Judiciário, já que o

TCU é um órgão administrativo. "Não interessa ao Poder Judiciário, na análise da improbidade alegada, se houve absolvição ou condenação dos agentes pela instância administrativa. Mas apenas os fatos a eles imputados." Crimes – A ação de improbidade administrativa foi proposta pelo MPF em novembro do ano passado e teve como base um procedimento administrativo da própria DRT que revelou diversas anomalias em vários procedimentos licitatórios e contratos celebrados entre os anos de 2000 e 2002, durante a gestão de Tito Uchôa. Auditorias e fiscalizações realizadas por órgãos de controle interno e externo constataram, além dessas irregularidades, deficiências nas gestões de patrimônio, de pessoal e de suprimento de bens e serviços do órgão. (AE)

O

Pedido recusado - O tucanapresidente do PSDB, senador Tasso Jereis- to recebeu ontem uma má nosati (CE), afirmou on- tícia. O ministro Celso de Meltem que o seu partido conti- lo, do Supremo Tribunal Fedenuará obstruindo as votações ral (STF), negou um pedido de no Senado como forma de liminar do partido em ação pressionar o presidente da Ca- que buscava reaver os mandasa, Renan Calheiros (PMDB- tos de sete deputados que, eleiAL), a deixar o cargo até que se- tos pelo PSDB, decidiram mujam concluídas as investiga- dar de legenda. Os tucanos tinham entrado ções sobre as suspeitas de quecom um mandado de seguranbra de decoro parlamentar. "É melhor o presidente Re- ça no STF contra a decisão do p re s i d e n t e d a nan deixar a preCâmara dos Desidência, até para putados, Arlinse defender", do Chinaglia destacou o senaA permanência (PT-SP), que redor. Na avaliação jeitou o requerid e J e re i s s a t i a de Renan Calheiros mento da sigla permanência de é ruim para a para considerar Renan Calheiros instituição renúncia ao na presidência (Congresso), porque mandato a mudo Senado "é tira a credibilidade dança de filiaruim para a instição. tuição, porque ti- do Senado. TSE – Em marra a credibilidade Tasso Jereissati ço, o Tribunal Sudo Senado". perior Eleitoral Novo processo – O PSDB, DEM e PSol estão concluiu que os mandatos de movendo processo por quebra deputados e vereadores perde decoro parlamentar contra tencem aos partidos e não aos Renan justamente porque, parlamentares. Diante dessa contra ele, pesa a suspeita de resolução, DEM e PPS também ser o dono de emissoras de rá- recorreram ao STF para reaver dio em Alagoas e de utilizar la- os mandatos. Os processos ainda não foram julgados. ranjas como sócios. Na decisão, Celso de Mello, Além de responder a duas representações no Conselho relator do processo no STF, diz de Ética, Renan pode acumu- "considerar necessária a conlar mais uma. O PSol entrou cretização e aplicação do princom novo pedido para que ele cípio constitucional da fidelifosse investigado por suposto dade partidária". Ele arguelo com a cervejaria Schinca- menta, no entanto, que recuriol. Renan já é alvo de proces- s o u o p e d i d o d a l e g e n d a so por quebra de decoro parla- baseado nas decisões do plementar, por supostamente ter nário do Supremo, que julgadespesas pessoais pagas por ram inaplicável o princípio da Cláudio Gontijo, lobista da fidelidade partidária aos empossados. (AE) construtora Mendes Júnior. Roosewelt Pinheiro/Ag. Senado-03/04/2007

Precisamos analisar se depois houve a mudança na sociedade. Romeu Tuma (DEM-SP)

O calvário de Renan Calheiros 26/05

José Cruz/ABr

"Veja" revela que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDBAL), teve despesas pessoais pagas por um lobista. Renan Calheiros Ed Ferreira/AE

28/05 Cláudio Gontijo, funcionário da Construtora Mendes Júnior, teria pago a pensão de uma filha de Renan. Cláudio Gontijo

31/05

09/06 Da tribuna do Senado, Renan diz Renan apresenta que pagou com declaração de recursos próprios imposto de renda e a pensão da filha comprovantes de fora do casamento rendimentos que que teve com revelam lucros Mônica Velloso. expressivos com a venda de gado.

Ailton de Freitas

13/06 Mônica Velloso, jornalista e mãe da filha de Renan, diz que recebia, desde 2005, pensão paga por Cláudio Gontijo. Mônica Velloso

14/06 Relator do processo contra Calheiros, o senador Epitácio Cafeteira, pede o arquivamento do processo.

Elza Fiúza/ABr

Epitácio Cafeteira

19/06 O presidente do Conselho de Ética, senador Sibá Machado (PT), impede o arquivamento e mantém as investigações.

02/07

Celso Junior/AE

04/07

Jornal Nacional, da rede "Globo", revela que notas fiscais das empresas de gado apresentadas por Renan Calheiros eram frias.

Cafeteira deixa a relatoria do caso. Wellington Salgado (PMDB) assume, mas dias depois também renuncia. Wellington Salgado Célio Azevedo

09/07 Oposição aumenta a pressão sobre o Conselho de Ética. Como resultado, Sibá Machado (PT), presidente do órgão, renuncia. Sibá Machado Moreira Mariz

11/07 Leomar Quintanilha (DEM) assume o Conselho. Ele devolve o processo à mesa do Senado. Leomar Quintanilha

20/07 Pressionado pelos protestos da oposição e da própria base aliada, Renan desiste de presidir a sessão da LDO no Congresso.

03/08 Fim do recesso. Novas acusações. Renan teria influenciado ajuda à Schincariol em troca da venda de empresa falida da família.

06/08 Rena é acusado de comprar duas rádios em Alagoas por meio de laranjas e de ter sido dono de jornal com João Lyra.

Andre Dusek/AE

João Lyra

08/08 Presidente do Senado preside 09/08 sessão que prorroga Sob intensa concessão de rádio campanha para do próprio filho, deixar a Renanzinho, por presidência do mais dez anos. Senado, Renan ataca a oposição e a Editora Abril, dona da "Veja".

Tasso Jereissati volta a dizer que tucanato mantém boicote a Renan


DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nacional Empresas Tr a b a l h o Finanças

FIESP APONTA AUMENTO DE EMPREGO

sexta-feira, sábado e domingo, 10, 11 e 12 de agosto de 2007

A terceirização e as novas gestões de mão-de-obra esvaziaram os sindicatos ligados à indústria. Márcio Pochmann

Andrei Bonamin/ LUZ

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SINDICATOS BRASILEIROS RECUPERAM, EM PARTE, PERDAS DE FILIADOS OCORRIDA NA DÉCADA DE 1990.

TERCEIRIZADOS ENTRAM NOS SINDICATOS Emprego em São Paulo cresce em julho

O

nível de emprego da indústria paulista em 2007 dá mostras de que deve superar o desempenho dos anos de 2005 e 2006, ficando aquém apenas do resultado apresentado em 2004, o melhor da década. De acordo com o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Francini, o resultado de julho, que apresentou alta de 0,42%, foi bastante positivo. Ele explicou que o Indicador de Nível de Atividade da Indústria (INA), que encerrou os últimos meses com crescimento, costuma se refletir no nível de emprego quatro meses depois. "Ou seja, devemos ter expansão do emprego também nos meses de agosto, setembro e outubro",

disse. Francini adiantou que o nível de emprego da indústria paulista deve fechar o ano com alta entre 2,5% e 3%. Álcool e açúcar – Desde janeiro de 2007, o emprego tem apresentado crescimento se comparado com os mesmos meses de 2006. Nos últimos 12 meses, o indicador teve alta de 1,5%. O setor sucroalcooleiro tem tido grande influência no indicador de nível de emprego da indústria paulista. Sem o segmento, o indicador, em vez de acusar crescimento de 7,31% no acumulado deste ano, teria ficado num crescimento menor, de 2,63%. Dos 151 mil empregos gerados nos primeiros sete meses do ano, 96.640 são ligados à indústria de açúcar e álcool e 54.360 pertencem às demais áreas da indústria paulista. (AE)

DIANA PAOLUCCI S/A. INDÚSTRIA E COMÉRCIO CNPJ/MF 60.715.703/0001-28 – NIRE 35300033264 Ata de Assembléia Geral Extraordinária em 03 de agosto de 2007 Data, Hora e Local: 03/08/2007, 15:00 hs , na sede social. Quorum: Acionistas representando a totalidade do Capital Social com direito a voto, conforme se verifica pelas assinaturas lançadas na Lista de Presença. Edital de Convocação: Dispensadas as publicações, a teor do § 4º do artigo 124 da Lei 6.404/76. Mesa: Assumiu a presidência dos trabalhos o Sr. João Paolucci, também presidente do Conselho de Administração, que convidou para secretariá-lo o Sr. Stanislau Ronaldo Paolucci. Ordem do Dia: 1) Aprovação da lavratura da presente ata de forma sumária, nos termos do artigo 130 da Lei n.º 6.404/76; 2) Deliberação sobre a continuidade da utilização do imóvel de propriedade da empresa sito à Rua Dom Bosco, 766, São Paulo, Capital, como depósito de produtos ligados à saúde. Deliberações: 1) De início, resolveram os acionistas, por unanimidade de votos, aprovar a lavratura desta ata de forma sumária, nos termos do artigo 130 da Lei n.º 6.404/76. 2) Então, passou o Sr. Presidente para a deliberação do 2º item da ordem do dia, submetendo ao exame, discussão e aprovação dos presentes, a proposta da diretoria em continuar utilizando o imóvel de propriedade da empresa sito à Rua Dom Bosco, 766, São Paulo, Capital, como depósito para o recebimento, armazenamento, controle e expedição de produtos ligados à saúde, visto que o mesmo possui instalações adequadas para esse tipo de material e obedece às especificações da ANVISA, inclusive possuindo a Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE). Após examinarem e discutirem a matéria, os acionistas, por unanimidade de votos, aprovaram tal proposta. Então, sem que ninguém mais houvesse se manifestado, o Sr. Presidente deu por encerrados os trabalhos, lavrando-se ata, que lida e aprovada, foi assinada pelos acionistas presentes. São Paulo, 03/08/ 2007. João Paolucci: Presidente da Assembléia; Stanislau Ronaldo Paolucci: Secretário da Assembléia. Acionistas: Abelardo Paolucci, Stanislau Ronaldo Paolucci e João Paolucci. Secretaria da Fazenda. Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o nº 296.273/07-7 em sessão de 09/08/2007. Cristiane da Silva F. Corrêa – Secretária Geral.

Fernanda Pressinott

O

s sindicatos brasileiros voltaram a conquistar trabal h a d o re s , a i n d a que parcialmente. Entre 1999 e 2005, a taxa de sindicalização – número de pessoas empregadas ligadas a algum sindicato – cresceu 14,3%. No período, 13,7 milhões de pessoas tornaram-se ocupadas, com o adicional de 4,2 milhões de novos sindicalizados. Ou seja, 31% dos que ingressaram no mercado de trabalho filiaram-se a alguma entidade do tipo. Mesmo assim, a taxa de sindicalização atual (18,4%) não chega a dois terços do que era em 1989, época do milagre econômico e melhor período das agremiações sindicais. Esses dados fazem parte do estudo "A Sindicalização do Emprego Formal Terceirizado no Estado de São Paulo", elaborado pelo professor e pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit), da Universidade Estadual de Campinas ( U n i c a m p ) , M á rc i o P o c hmann, a pedido do Sindicato dos Empregados em Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros (Sindeepres). De acordo com o pesquisador, do início dos anos 1990 até o começo de 2000, as bases da sindicalização no País foram abaladas pela privatização de alguns setores produtivos, terceirização de algumas atividades do setor público, processo

de enxugamento em grandes empresas e expansão dos micros e pequenos negócios. No período, a taxa de sindicalização caiu quase 18%. Depois foi retomada, com a melhora da economia. Na atividade econômica urbana, o estudo mostra que o crescimento do número de trabalhadores sindicalizados nos

últimos anos deu-se principalmente no setor terciário, com importância destacada para o comércio e reparação (crescimento de 69,8%) e administração pública (1,6%). No setor industrial, em contrapartida, houve redução na taxa de sindicalização de 11,6% entre 1999 e 2005. "O deslocamento geográfico de empresas, a ter-

ceirização e novas formas de gestão de mão-de-obra esvaziaram os sindicatos ligados à indústria. Além disso, as entidades não se atualizaram e a retórica ficou inadequada à realidade", diz o professor. Sobre o perfil do sindicalizado, o destaque é a diminuição progressiva, desde 1995, no número dos que têm mais de 11 anos de escolaridade. "Não há dados sobre as causas, mas provavelmente isso está ligado às novas formas de contratação de pessoas com alto grau de escolaridade, aos salários ligados a metas e à prestação de serviços, relações trabalhistas, que não são consideradas pelos sindicatos e que afastam os trabalhadores das entidades", acredita Pochmann. Terceirizados – O estudo também retrata a relação dos trabalhadores terceirizados de São Paulo com os sindicatos. Entre 1993 e 2006, a quantidade de empregados terceirizados passou de 155 trabalhadores para 148.543. Nos últimos três anos, diz Pochmann, 27 mil pessoas sindicalizam-se por ano ao Sindeepres. "No ano passado, um em cada três trabalhadores terceirizados era sindicalizado, o que mostra o fortalecimento do setor", diz. Nesse mesmo período, o nível de emprego terceirizado foi multiplicado 3,6 vezes. São Paulo lidera esse tipo de sindicalizado, com 31,7% dos trabalhadores formais do setor. No Brasil, os empregados sindicalizados terceirizados não alcançam os 19%.

INTERNATIONAL POLICE ASSOCIATION

Edital de Convocação A International Police Association convoca seus associados, para participarem da A.G.E. que se realizará no dia 24/08/07, em 1ª chamada às 16:00 hs. em 2ª chamada às 17:30 hs. nesta Capital na Av. Cásper Líbero, 390, 5º andar, Cjto. 503, nos termos do estatuto em vigor, para deliberarem quanto a: Reforma do Estatuto Social aos Termos da Lei 11.127/05 e Ratificação das Deliberações tomadas na Assembléia Geral de 28/05/07, onde foi eleita e empossada a Diretoria Executiva Gestão 2007/11. São Paulo, 09/08/07. José Raymundo Nogueira dos Santos - Presidente.

Banco Bradesco S.A. CNPJ no 60.746.948/0001-12 - NIRE 35.300.027.795 Companhia Aberta Assembléia Geral Extraordinária Edital de Convocação

HOLCIM (BRASIL) S.A.

Convidamos os senhores acionistas desta Sociedade a se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária, a ser realizada no próximo dia 24 de agosto de 2007, às 17h, na sede social, Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, no Salão Nobre do 5o andar, Prédio Novo, a fim de:

CNPJ/MF n.º 60.869.336/0001-17 - NIRE n.º 35.300.044.924 AVISO AOS ACIONISTAS Inicia-se em 11 de agosto de 2007 o prazo de 30 (trinta) dias para o exercício do direito de preferência de subscrição do aumento do capital social aprovado pela Assembléia Geral Extraordinária realizada em 03 de agosto de 2007. Sob pena de decadência, os acionistas interessados deverão comparecer na sede social para assinatura do boletim de subscrição e realização das ações subscritas. São Paulo, 09 de agosto de 2007. Karl Franz Bühler - Diretor Presidente.

1. incorporar a totalidade das ações representativas do Capital Social do Banco BMC S.A. (BMC) ao Banco Bradesco S.A. (Bradesco), convertendo o BMC em subsidiária integral do Bradesco, de conformidade com o disposto nos Artigos 224, 225 e 252 da Lei no 6.404/76, mediante: ratificação da nomeação das Patrimônios das Sociedades;

empresas

avaliadoras

b)

exame e aprovação do “Instrumento de Protocolo e Justificação de Incorporação da Totalidade das Ações Representativas do Capital Social do Banco BMC S.A.”, bem como dos Laudos de Avaliação dos Patrimônios das Sociedades;

dos

FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR

EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL PARA REGISTRO DE PREÇOS PREGÃO Nº 031/2007-FAMESP PROCESSO Nº 891/2007-FAMESP REGISTRO DE PREÇOS Nº 016/2007-FAMESP Acha-se à disposição dos interessados do dia 10 a 23 de agosto de 2007, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli, s/nº, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680–ramal 111FAX (0xx14)3882-1885–ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br das Clínicas, o Edital de Pregão Presencial - Pregão nº 031/2007-FAMESP, Processo nº 891/2007-FAMESP, que tem como objetivo o Registro de Preços Solução Salina, Viscoelático, Bisturi, Ponteira, Fio Mononylon, Kits e K-sets, com fornecimento de Equipamento em Comodato, para o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, do tipo menor preço por item, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação, será realizada no dia 24 de agosto de 2007, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar, no endereço supra citado. Botucatu, 09 de agosto de 2007. Prof. Dr. Shoiti Kobayasi - Diretor Vice Presidente - FAMESP.

3. alterar parcialmente o Estatuto Social, formalizando a instituição de Ouvidoria, já existente na Sociedade, em atendimento à Resolução no 3.477, de 26.7.2007, do Conselho Monetário Nacional; no Artigo 9o, aprimorando a redação da letra “e”, e incluindo na letra “p” a figura do Ouvidor; no Artigo 13, especificando as situações em que a Sociedade poderá ser representada isoladamente por Membro da Diretoria ou Procurador; e no Artigo 24, elevando de 8 (oito) para 9 (nove) o número de membros do Comitê de Conduta Ética; de

refletir

as

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS

propostas

II. optar pela utilização de demonstrações financeiras consolidadas no Bradesco, na apuração dos limites operacionais de que trata o Artigo 1o da Resolução no 2.283, de 5.6.96, do Conselho Monetário Nacional, englobando todas as empresas financeiras controladas pelo BMC. Documentos à Disposição dos Acionistas: este Edital de Convocação, as Propostas do Conselho de Administração, o “Instrumento de Protocolo e Justificação de Incorporação da Totalidade das Ações Representativas do Capital Social do Banco BMC S.A.” e seus anexos encontram-se à disposição dos acionistas no Departamento de Ações e Custódia do Bradesco, Instituição Financeira Depositária das Ações da Sociedade, Cidade de Deus, Prédio Amarelo, Vila Yara, Osasco, SP, podendo inclusive ser visualizados no site www.bradesco.com.br - seção Governança Corporativa - Documentos Societários. Cidade de Deus, Osasco, SP, 8 de agosto de 2007 Lázaro de Mello Brandão Presidente do Conselho de Administração 9, 10 e 14.08.07

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA:

2. aumentar o Capital Social do Bradesco em R$210.441.000,00, elevando-o para R$19.000.000.000,00, mediante a capitalização de parte do saldo da conta “Reserva de Lucros - Reserva Legal”, sem emissão de ações, de acordo com o Parágrafo Primeiro do Artigo 169 da Lei no 6.404/76, com a conseqüente alteração do “caput” do Artigo 6o do Estatuto Social;

fim

FDE AVISA:

TOMADA DE PREÇOS A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta Licitação para Execução de Reforma de Prédio(s) Escolar(es): Tomada de Preços nº - Prédio – Localização - Prazo – Patrimônio Líquido Mínimo p/Participar – Garantia de Participação – Abertura da Licitação (Hora e Dia) 05/1589/07/02 - Prédio Escolar – Rod. Pref. Luiz Salomão Chamma, km-43 - Vila Ramos - Franco da Rocha / SP – 240 - R$ 136.721,00 – R$ 13.672,00 – 09:30 – 29/08/2007. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 10/08/2007, na SEDE DA FDE, de segunda a sextafeira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 28/08/2007, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Fábio Bonini Simões de Lima - Presidente

c) aumento do Capital Social do Bradesco, no valor de R$789.559.000,00, elevando-o de R$18.000.000.000,00 para R$18.789.559.000,00, mediante a emissão de 18.599.132 novas ações nominativas-escriturais, sem valor nominal, sendo 9.299.618 ordinárias e 9.299.514 preferenciais, na proporção de 0,086331545 fração de ação do Bradesco para cada ação do BMC, a serem atribuídas aos acionistas do BMC, sendo 0,043166014 fração de ação ordinária e 0,043165531 fração de ação preferencial, com a conseqüente alteração do “caput” do Artigo 6o do Estatuto Social;

4. consolidar o Estatuto Social, a mencionadas nos itens anteriores.

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

PREGÃO (PRESENCIAL) DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 36/0943/07/05 OBJETO: AQUISIÇÃO DE CADEIRAS GIRATÓRIAS – CD 04 A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação de Registro de Preços para aquisição de cadeiras giratórias - CD 04. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 10/08/2007, na sede da FDE, na Supervisão de Licitações na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – CEP 01121-900 – São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br. O credenciamento do representante das proponentes e o recebimento dos Envelopes “Proposta” e “Documentos de Habilitação” ocorrerão na sede da FDE, no endereço acima mencionado, às 09:30 horas do dia 23/08/2007. Todas as propostas deverão obedecer rigorosamente o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA - Presidente.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

I. examinar propostas do Conselho de Administração para:

a)

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR PREGÃO Nº 047/2007 - FAMESP/HEB PROCESSO Nº 281/2007 - FAMESP/HEB REGISTRO DE PREÇOS Nº 034/2007 - FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 10 a 22 de agosto de 2007, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli s/n, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680-ramal 111FAX(0xx14)3882-1885-ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/ HospitalEstadualBauru, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL Nº 047/2007 - FAMESP/HEB, PROCESSO Nº 0281/2007 - FAMESP/HEB, REGISTRO DE PREÇOS Nº 034/2007 - FAMESP/ HEB, que tem como objetivo o Fornecimento mensal por um período de 12 meses de REAGENTES para Tempo de protrombina (TP com ISI < 1,20), Tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPA) e Fibrinogênio, assim como dos controles diários, diluentes, soluções de limpeza, cubetas e quaisquer materiais necessários para realização dos referidos testes, com concessão de uso gratuito, de um equipamento analisador automático de coagulação, para o Hospital Estadual Bauru, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação será realizada no dia 23 de agosto de 2007, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras do Hospital Estadual Bauru, Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, nº 1-100 Jardim Santos Dumont, Município de Bauru, Estado de São Paulo. Botucatu, 09 de agosto de 2007. Prof. Dr. Shoiti Kobayasi - Diretor Vice Presidente - FAMESP

TOMADA DE PREÇOS Nº 020/2007 - PROCESSO ADMINISTRATIVO N.º 10458/ 2007 - Faço público de ordem do Senhor Prefeito Municipal de São Carlos, que se acha aberta licitação na modalidade de TOMADA DE PREÇOS, do tipo menor preço, tendo como objeto a construção do Centro da Juventude do bairro Cidade Aracy, relativo ao Projeto Redes Locais de Atenção à Criança e ao Adolescente, parceria entre a Prefeitura Municipal e o Banco de Desenvolvimento Social, conforme Memorial Descritivo e Projeto, constantes dos Anexos IV e VI do presente edital, que serão fornecidos em CD-ROM. O Edital na íntegra poderá ser retirado na Sala de Licitações da Prefeitura Municipal de São Carlos, situada à Rua Major José Inácio, n.º 1973, Centro, São Carlos, fone 3307-4272, a partir do dia 09 de agosto de 2007 até o dia 27 de agosto de 2007, no horário das 09:00h às 12:00h e 14:00h às 16:00h, mediante o recolhimento de emolumentos no valor de R$ 30,00 (trinta reais). Os envelopes contendo a documentação e as propostas serão recebidos na Sala de Licitações até às 09:00 horas do dia 27 de agosto de 2007, quando, após o recebimento, iniciar-seá sessão de abertura. - São Carlos, 09 de agosto de 2007. Paulo José de Almeida Presidente da Comissão Permanente de Licitações.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 9 de agosto de 2007, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

Reqte: Athenabanco Fomento Mercantil Ltda. Reqdo: Office Plus Material de Escritório - Rua Paganini, 40 - 1ª Vara de falências Reqtes: José Manuel da Silva Figueiredo - Mauro Moreno - Donzília Domingues da Silva - Antonio Torres Capela - Reqdo: Lanches, Bar e Restaurante Esquina do Sheik Ltda. Rua General Júlio Marcondes Salgado, 147 - 1ª Vara de Falências

Recuperação Judicial Reqte: Indústria e Comércio Têxtil ICTC Ltda Reqdo: Indústria e Comércio Têxtil ICTC Ltda. - Rua Lord Cockrane, 851 - 2ª Vara de Falências Reqte: JLB Projetos e Construções Ltda. Reqdo: JLB Projetos e Construções Ltda. - Av. Yervant Kissajikian, 3.061 - 1ª Vara de Falências


sexta-feira, sábado e domingo, 10, 11 e 12 de agosto de 2007

Finanças Empresas Nacional Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

MIL CONSUMIDORES FALAM DE CONFIANÇA

3 A Gol teve um aumento de 60% no lucro líquido do segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano passado.

CONFIANÇA NA ECONOMIA ESTÁ EM ALTA. E POPULAÇÃO DE BAIXA RENDA QUER COMPRAR CARROS.

CRISES NÃO AFETAM O CONSUMIDOR

Paulo Pampolin/Hype

Kety Shapazian

O

Casal Hannel: viagem de compras e presentes arrematados na faixa dos R$ 80.

Gravatas e jóias para os pais Vanessa Rosal

M

odelos especiais de roupas e muitas cores para o pai esportista, casual, mais moderno ou executivo. As redes de vestuário em geral estão investindo em campanhas e coleções criativas para atrair o consumidor na data que é considerada a quinta melhor pelo comércio varejista. As opções vão desde as tradicionais camisas e gravatas, passando por ternos, calçados, relógios e até jóias. Faltando apenas um dia para o Dia dos Pais, lojistas do setor esperam aumentar as vendas em até 15% sobre o mesmo período do ano passado. É o caso da marca Dudalina, que antecipou os lançamentos do verão para sair na frente da concorrência e impressionar o consumidor. Segundo a presidente da empresa, Sônia Hess, um dos destaques é a camisa em fio 170 feita com algodão egípcio. "Criamos os modelos nos tons vermelho, amarelo,

verde e laranja." Para ela, a data equivale a um segundo Natal, por causa da grande demanda por roupas masculinas. "Devemos crescer 15% em relação ao ano passado". A Colombo também aposta na venda de camisas sociais, modelos pólo e gravatas para alavancar as vendas neste Dia dos Pais. Para atrair o consumidor, a empresa veiculará até o dia 12 de agosto uma campanha assinada pela agência Le Pêra, com peças para televisão, rádio e mídia impressa. Há também promoções para clientes fiéis, que possuam o cartão da loja: nas compras acima de R$ 200, eles ganham uma exclusiva nécessaire. Camisas sociais, lisas ou listradas, de algodão ou microfibra, por exemplo, variam de R$ 40 a R$ 80. As gravatas de jacquard importado custam R$ 40 e as gravatas de jacquard de seda, para ocasiões mais especiais, saem por R$ 60. A professora Ana Maria Matangrano escolheu um presente para o marido na Colombo da Ave-

nida Paulista. Com R$ 150, ela comprou três peças de roupa. "Montei um kit para ele: calça, camisa e jaqueta. Sempre dou roupas. É mais prático." Já a bióloga Cíntia Prado Hannel, que mora em São José dos Campos, veio para São Paulo com o marido especialmente comprar o presente do pai. Ela escolheu camisas na faixa de R$ 80. Na loja de sapatos masculinos CNS, o gerente Elvis Couto disse que a data é a segunda melhor em vendas, junto com o Dia dos Namorados. O tíquete médio é de R$ 130. "Em alguns casos o consumidor leva mais de um presente. Um cinto, ou uma carteira, para combinar com o sapato". Apostando nos homens mais vaidosos, a Relojoaria A Suissa projeta crescimento de 12% em relação ao evento anterior. Segundo o diretor da rede, Alexander Medeiros, o tíquete médio no período fica em torno de R$ 120, mas há quem desembolse até R$ 1,5 mil em jóias para os pais.

Mercadorias ainda estão nos portos

A

pesar do otimismo dos lojistas, o varejo de vestuário prevê problemas para os consumidores no Dia dos Pais. De acordo com a Associação Brasileira do Varejo Têxtil (Abeim), a morosidade da fiscalização nos portos para as A TÉ LOGO

mercadorias que passam pelo chamado "canal cinza" (sistema de fiscalização vigente nos portos) tem atrasado, em até 90 dias, a chegada de novas peças às prateleiras nacionais. "Vestuário é um produto perecível, que perde valor com o tempo, por se tratar de

moda", explica o presidente da entidade, Sylvio Mandel. Tirando o problema com as importações, a Associação prevê crescimento de 8% nas vendas de roupas, calçados e acessórios para o Dia dos pais. Estão associadas à entidade grandes redes como C&A, Renner e Marisa. (VR)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

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Brasileiro pagou R$ 45 bi em tarifas bancárias em 13 anos

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TCU investiga oferta da Petrobras para compra da Suzano

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Projeto de devolução do ICMS mantém itens polêmicos

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INSS não vai cobrar na Justiça dívidas abaixo de R$ 10 mil

Índice Nacional de C o n f i a n ç a ACSP/Ipsos, elaborado pela Ipsos Public Affair para a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), revela que o consumidor brasileiro continua otimista e acha que "as coisas vão melhorar ainda mais" nos próximos seis meses. "Brasileiro, profissão esperança. Câmbio, bolsa, apagão aéreo, nada o afeta", conclui o economista do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da ACSP, Emílio Alfieri. O Índice Nacional de Confiança, além de indicar a percepção do estado da economia para a população em geral, visa prever o comportamento do consumidor no mercado. Apesar de a pesquisa registrar uma ligeira queda na confiança do consumidor (passando de 129 para 128), o índice continua otimista e é superior ao medido há um ano, quando estava em 126 pontos. Foram feitas mil entrevistas em 70 cidades de nove regiões metropolitanas do País e a margem de erro é de três pontos percentuais para cima ou para baixo. A explicação para o otimismo, segundo Alfieri, é simples. "Mais de 60% dos entrevistados são das classes C, D e E, ganham até três salários mínimos e têm ensino fundamental completo ou incompleto. Esse consumidor não lê jornal, não é afetado pelos escândalos do

governo ou pela crise aérea porque ele não viaja de avião. Se tiver uma crise, como a do mercado imobiliário dos Estados Unidos, ele não fica sabendo porque não o interessa. Dos entrevistados, não chegam a 10% as pessoas de nível universitário", diz o economista. O Sudeste é o mais otimista, com 144 pontos (de zero a 100 é considerado pessimista e acima de 100, otimista). Em seguida, está o Norte/Centro-Oeste, que teve queda de cinco pontos na comparação com o mês de junho deste ano, passando para 128 pontos. O Nordeste manteve os 128 pontos registrados no mês passado. Já o Sul continua pessimista, inclusive com um novo recorde de baixa, caindo de 86 para 79. "O otimismo da região Sul está em queda livre. Isso pode estar relacionado ao dólar baixo, que prejudica a exportação de calçado e vestuário, setores fortes nesses estados, e as pes-

soas talvez se sintam com seus empregos ameaçados. Mas isso é apenas uma hipótese já que a pesquisa não foi a fundo na causa do pessimismo." O índice indica uma boa situação para o mercado de eletrodomésticos – 42% dos entrevistados disseram ser mais favoráveis a essas aquisições, contra 30% que responderam ser menos favoráveis. Com relação aos bens de grande valor, como automóveis e imóveis, 38% não se sentem favoráveis a compras. "Carro e casa estão no mesmo item, mas deveríamos vê-los separadamente, porque 2007 vai ser o melhor ano da história no setor automobilístico, com três milhões de automóveis vendidos. Agora, a taxa de crescimento de imóveis é boa, mas não é nenhum recorde. O consumidor brasileiro está achando melhor comprar carro à casa." A solução, segundo Alfieri, seria "repensar o financiamento."

Bons resultados também para o Unibanco, que lucrou R$ 1,4 bi

O

lucro líquido do Unibanco cresceu 33% no p r i m e i ro s e m e s t re deste ano e atingiu R$ 1,4 bilhão. É o terceiro melhor resultado do setor no período, atrás apenas do Bradesco e do Itaú, que lucraram cerca de R$ 4 bilhões cada um. Segundo o vice-presidente corporativo do Unibanco, Geraldo Travaglia, eventos extraordinários contribuíram para esse resultado divulgado, como a venda da participação na Serasa e a entrada do Deutsche Bank como sócio do Unibanco Participações Societárias (UPS). Travaglia destacou o bom momento da economia brasileira, com aquecimento da atividade, queda dos juros e manutenção da inflação em patamares reduzidos. Esse cenário impulsionou a demanda por crédito, tanto no segmento de pessoa física como jurídica. A expansão foi acompanhada por uma rígida política de administração de riscos, adotada desde 2005, que resultou na melhora da qualidade dos ati-

vos do banco. "A melhora da carteira de crédito possibilitou a queda de 18,4% na provisão para perdas com créditos no segundo trimestre", explicou. No primeiro semestre, a carteira de crédito da instituição cresceu 23,2% em relação a igual período do ano passado e atingiu R$ 51,6 bilhões. O maior aumento foi no empréstimo consignado, com aumento de 136% em relação a junho de 2006, para R$ 3,6 bilhões. Em seguida, veio o financiamento de automóveis – avanço 44,7%, para R$ 5,8 bilhões. Nas linhas de crédito para pessoa jurídica, o destaque ficou com segmento de pequenas e médias empresas, que cresceu 23,4% e somou R$ 9,7 bilhões. A carteira para grandes empresas também apresentou desempenho positivo, de 16,9%, para R$ 21 bilhões. O índice de inadimplência caiu em relação ao primeiro semestre do ano passado. Nas operações com atraso há mais de 60 dias, o recuo foi de 6,9% para 5,2% do total da carteira.

Nos atrasos há mais de 90 dias, a queda foi de 5,1% para 4,3%. A melhora deve-se ao fato de a expansão do crédito ter ocorrido em linhas de menor risco. O bom desempenho da carteira de crédito fez o banco rever a previsão de crescimento para o ano. No início de 2007, disse Travaglia, a expectativa era de um avanço de 20%. "Após os resultados do primeiro semestre, estamos esperando expansão de 25%", comemorou o executivo, detalhando que o portfólio de pessoa física deverá apresentar alta de 35% e jurídica, de 20%. A rentabilidade do Unibanco alcançou 29,3% no primeiro semestre ante 23,6% de 2006. O índice de eficiência ficou em 48% – era de 47,2%. "Os números da instituição foram muito positivos, tanto do ponto de vista quantitativo como qualitativo", avaliou o analista de renda variável da Meta Asset Management, Rodrigo Santos, destacando o crescimento extremamente saudável da carteira de crédito do banco. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - LAZER

sexta-feira, sábado e domingo, 10, 11 e 12 de agosto de 2007

Rubens Ewald Filho e Nilu Lebert lançam O Cinema Vai à Mesa GASTRONOMIA

Fotos: Reprodução

Il Libretto das italianas José Guilherme R. Ferreira

O

Pato com laranja (Duck A L´Orange), receita feita por Kate (Catherine Zeta-Jones) no filme Sem Reservas.

Filmes que deixam água na boca Lúcia Helena de Camargo

I

O livro: 28 filmes e 62 receitas.

magine um cinema no qual é possível sentir os aromas e sabores que aparecem na tela. Alguns filmes acabariam por eliminar o jantar depois da sessão. “Não vou ao restaurante”, diria alguém. “Fui ver Tampopo, os Brutos Também Comem Espaguete e estou cheio de tanto comer macarrão”. Como não foi ainda inventado tal projetor que contempla os sentidos do olfato e do paladar, o recém-lançado livro O Cinema Vai à Mesa (Editora Melhoramentos, 192 páginas, R$ 59), de Rubens Ewald Filho e Nilu Lebert, supre uma lacuna: traz ficha técnica, uma rápida descrição da história e receitas – criadas por conhecidos chefes de cozinha – de pratos de 28 filmes, desses que deixam com água na boca até o mais inapetente cidadão. O citado Tampopo (Japão, 1985) discorre sobre a maneira mais precisa do preparo do lamen (ou ramen), no Brasil popularizado pela marca Miojo. O chef Adriano Kanashiro ensina sua fórmula, que leva ingredientes como udon, horenso, alga nori, iriko, hondashi e konbu, entre outros, tudo para tornar o lamen o mais autêntico possível. O mais famoso filme a ter gastrono-

mia como tema é, sem dúvida, A Festa de Babete. Entre as receitas, Savarin, por Erika Okazaki, e Blinis de Caviar e Creme de Leite, por Emmanuel Bassoleil. Pode-se aprender a fazer o Salmão Assado servido em A Época da Inocência, na receita de Sílvia Percussi. Já Mara Salles ensina a fazer a Moqueca Baiana que aparece à mesa em Dona Flor e Seus Dois Maridos (Brasil, 1976). O Frango ao Vinho (Coq ao Vin), por Marie-France Henry, do La Casserole, foi criado com base no prato servido em Quem Está Matando os Grandes Chefes da Europa? (Inglaterra/Alemanha/França, 1978), este infelizmente não disponível no Brasil em DVD ou VHS. Ewald Filho, além de respeitado crítico cinematográfico, é apreciador da boa mesa. Ele juntou forças com Nilu, jornalista especializada em gastronomia. Mas unir cinema e comida só em livro. Ele diz não comer enquanto vê filmes. Nem pipoca. "Eu sou do tempo em que a venda da pipoca era proibida no cinema", diz. Mas confessa: "Para falar a verdade, eu como jujuba no cinema, para alimentar a criança que existe em mim". Entre as receitas já tentadas em casa pelo autor, está o Trio de Risotos (Pro-

secco, pesto e camarão), do chef Hamilton Mellão, inspirado no filme A Grande Noite. "Gosto de fazer frutos do mar. Sou de Santos, então minha família sempre preparou lulas, caranguejos", diz. E ele não resiste às sobremesas. "A minha favorita é pudim de leite com calda vermelha, que está no filme Volver (chef Waldete Tristão). Os doces portugueses me encantam também... tudo com ovos... fios de ovos e pastel de Santa Clara", saliva o gourmant. A animação Ratatouille, ainda em cartaz na cidade, não entrou na galeria de Ewald Filho, mesmo sendo o mote do filme Todos conseguem cozinhar, título do livro de Auguste Gusteau, o mentor do ratinho. Mas a estréia Sem Reser vas (veja na página 6) é citada, por ser a refilmagem de Simplesmente Martha, embora traga apenas as receitas do primeiro filme. Mas e quando o filme ou a refeição deixa a desejar? Rubens opta por sofrer no cinema. "Prefiro ver um filme ruim do que comer mal. Aliás, uma superdica é que nunca devemos reclamar da refeição quando estamos no restaurante. Nunca sabemos o que vai acontecer na cozinha."

EM DVD Fotos: Reprodução

Parente é Serpente, de 1992, Volver (2006), de Almodóvar. Casamento Grego e A Festa de Babette, o mais famoso. Helena de Castro/Divulgação

Canela de vitela de Juscelino Pereira e a Sopa Nikomi Udon, de Kanashiro (à direita). Os autores Rubens Ewald Filho e Nilu Lebert: enquanto vê filmes, o crítico come jujuba.

SHOW

Leila, suave. Leila Pinheiro (foto) canta músicas do CD/DVD Nos Horizontes do Mundo ao Vivo. Em boa parte do espetáculo ela se acompanha ao piano, apoiada por um conjunto instrumental formado por baixo, teclado e bateria. Entre outras canções, interpreta Renata Maria, de Chico Buarque e Ivan Lins e Tempo Perdido, de Renato Russo. Teatro do Sesc Pompéia. Rua Clélia, 93. Tel.: 387171-7700. Sexta (10) e sábado (11), 21h. Domingo (12), 18h. R$ 10 a R$ 25.

casal proprietário da Villa de Montecastelli, um monastério beneditino do século XI inteiramente restaurado, perto de Siena, no centro da Toscana, tem se esmerado na defesa das mais de 2 mil castas regionais da Itália. Jens e Ruth Schmidt, ele alemão, ela norte-americana, são agora negociantes de vinhos, mas imigraram para a Itália atrás de um sonho: produzir um azeite de oliva orgânico. Hoje compram vinhos de pequenos produtores, ajudam na lida desses "heróis" e vendem garrafas de uma produção muito limitada, principalmente para os Estados Unidos. Jens e Ruth são, antes de tudo, amantes das cepas únicas. Acreditam que só elas são capazes de tirar da obviedade o mercado global do vinho, que ainda se apoia preguiçosamente nos cultivares clássicos. De certa maneira, o casal ajuda a mapear parte da terra incógnita, que é como a escritora Jancis Robinson

chama o universo de milhares de cepas ainda a ser descoberto pelos apreciadores de vinho. Il Libretto é um projeto que o casal cuida com carinho. Está baseado na idéia de que a "diversidade é algo precioso, que deve ser protegido". Canaiolo, Montepulciano, Dolcetto, Barbera, Uva di Troia, Sagrantino, Ciliegiolo, Nero d'Avola, Nero Buono di Cori, Vermentino, Verdicchio, Ansonica, Ribolla, Gialla, Aglianico, Lagrein, Corvina, Casavecchia, Masseretta, Pallagrello Bianco, Pallagrello Nero e Piedirosso são as cepas que a empresa Montecastelli Selection adotou, apoiando pesquisa, manejo e comercialização. Il Libretto (veja o site) apresenta cada uma das cepas e oferece ao leitor história e geografia dessa viticultura familiar, muitas vezes "escondida" em pequenas propriedades, ao longo da belíssima paisagem da Itália....

http://www.montecastelli.com/tmplt.cfm/page/libretto_eng.htm http://www.montecastelli.com/

ADEGA

O livro de mestre Robert de Nola Sergio de Paula Santos

O

Libre de Coch, de Mestre Robert de Nola, editado em Barcelona em 1520, em catalão, é um dos mais antigos livros de cozinha que se conhece. Sua primeira edição castelhana é de 1525. A final da Reconquista cristã da península ibérica, após o desaparecimento do árabe e do moçarabe, o castelhano que vinha se impondo aos dialetos regionais, não sobrepujara ainda o catalão como língua culta da Ibéria. Existe uma concordância entre os historiadores e bibliófilos eu a edição catalã do livro de Nola, de 1520, não seria a primeira. Esta seria de 1477, mas foi perdida. A edição castelhana de 1525, ao que parece é a tradução de um texto catalão anterior a 1520. O livro teve pelo menos cinco edições catalãs quinhentistas (1520, 1535, 1560, 1568 e 1578) e outras dez castelhanas nesse mesmo século, o que o faz um verdadeiro "best seller" da época, comparável apenas ao Quixote no século seguinte. Paradoxalmente, apenas em 1977 apareceu uma edição crítica do livro de Nola, embora anteriormente alguns autores tenham se ocupado do mesmo, como Dionísio Pérez em 1929 e Carmen Tranzo em 1962, ambos reeditados posteriormente em 1994 e 1982 respectivamente. Foi assim, no dizer dos historiadores um "clássico esquecido", por quatro séculos... A cuidada edição crítica de 1977, de Veronika Leimgruber, (Curial Ed. Catalanes) é rigorosa e abrangente, mas editada apenas em catalão. As rivalidades e os regionalismos na Espanha continuam ainda vivos. É preciso ter em conta que a redação do livro de Nola é pouco anterior à chegada dos produtos americanos à Europa, que alteraria muito a cozinha do continente. Além do receituário propriamente dito, o livro de Nola nos dá um interessante quadro da sociedade e da vida na corte do século XVI, o século de ouro de Carlos V. O texto inicia-se com detalhados ensinamentos de como trinchar as diferentes carnes, de vaca, de porco, de coelho, de aves, do ritual de

lavar as mãos e do serviço do vinho. Trata da apresentação e do serviço das carnes, especificando as funções, do "mayordono", do "maestresala", do "guardarropa", do camarero, do copeiro, do trinchante, do "veedor" (cargo da maior importância responsável pela compra dos alimentos), do despensero, do valariço e naturalmente do cozinheiro e seus auxiliares. Comenta da hierarquia de todas essas funções e de seu relacionamento e posição em relação aos senhores aos quais prestam serviços. O texto apresenta duas introduções (edição de 1520), com 228 itens (capitols), dos quais 13 sobre a maneira de trinchar as carnes, 142 receitas para os "tempos carnais" (tempos carnals), 51 para os "tempos quaresmais" e 10 sobre variações dessas receitas. Encontram-se várias receitas mediterrâneas típicas, 3 da Catalunha, italianas, francesas e mouriscas. Várias receitas para enfermos e curiosamente nenhuma especialidade castelhana. Com relação aos ingredientes, várias receitas com açúcar (154) e canela, em seus doces, manjares, gengibre, açafrão, pimenta e ervas aromáticas. A variedade de peixes e de frutos do mar, da lagosta à sardinha é igualmente muito grande. Não cabendo aqui reproduzir receitas, a ser o livro de Mestre Robert realmente de 1477, seria dos primeiros livros de cozinha do Ocidente. Em um meio como o nosso, onde se vem publicando um sem número de livros mediocres de cozinha, o de Mestre Robert de Nola, um "clássico esquecido", bem mereceria uma edição em português. Uma tradução do estudo de Veronika Leimgruber seria muito bem vinda. Sergio de Paula Santos é médico e crítico de vinhos. Membro-Fundador da Federação Internacional dos Jornalistas e Escritores do Vinho (Fijev), é autor de livros sobre vinhos, o último dos quais, Memórias de Adega e Cozinha, Senac, 2007, recém lançado.


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Imóveis Nacional Empresas Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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13,8

RESPONSABILIDADE SOCIAL NA PUBLICIDADE

por cento foi a queda verificada no número de pedidos de patentes no Brasil em 2005

Divulgação

QUANTO VALE? Coca-Cola começa a veicular no fim de semana campanha com o slogan "Cada Gota Vale a Pena", para falar da participação do consumidor na construção de um mundo melhor cada vez que compra o produto. A empresa, que é uma fábrica de marketing, escalou a agência DPZ para criar as peças. Elas são bonitas e jogam foco em programas de responsabilidade socioambiental da multinacional no Brasil, como o "Reciclou, Ganhou", o Água das Florestas Tropicais Brasileiras e o Programa de Valorização do Jovem. Não é sem motivo que essa gigante com sede em Atlanta (Georgia, EUA), lidera o ranking por sete anos consecutivos da Interbrand, maior consultoria em avaliação de marcas do mundo. A marca está cotada a US$ 65,234 bilhões, seguida de Microsoft (US$ 56,079 bilhões) e de IBM (US$ 57,091 bilhões). Para Alejandro Pinedo, diretor-geral da Interbrand no Brasil, a Coca-Cola tem conseguido manter a posição devido à sua forte presença global e a campanhas publicitárias que falam ao coração dos consumidores. Ele acredita que, cada vez mais, questões como o investimento em programas socioambientais vão dar o tom das marcas mais valiosas. Tanto que a Natura é uma de

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suas apostas para figurar no ranking das 100 marcas mais valiosas do mundo, onde não há brasileiras em 2007. Em seguida às três marcas mais valiosas do mundo, estão a GE (US$ 51,569 bilhões), Nokia (US$ 33,696 bilhões), To y o t a ( 3 2 , 0 7 0 ) , I n t e l (US$ 30,954 bilhões), McDonalds (US$ 29,398 bilhões), Disney (US$ 29,210) e Mercedes Benz (US$ 23,568). Mas o McDonald's? A rede de lanchonetes que tem sido alvo de críticas dentro e fora dos EUA por vender produtos que estimulam a obesidade?´"É exatamente esse o X da questão. A rede se preparou para enfrentar as críticas, oferecendo novas opções no cardápio, desde saladas a iogurtes até frutas naturais. Ocupou o espaço com cafeterias e valorizou o hambúrguer, deixando claro que tem, agora, opções para todos. Isso valoriza uma marca", diz Pinedo. Numa outra ponta, a população de alto poder aquisitivo mundial cresceu 8% em 2006 e as marcas de luxo tiraram proveito disso. De acordo com a lista, esse setor cresceu 10% por conta de marcas como a Louis Vuiton, avaliada em US$ 20,321 bilhões. Um luxo. Envie informações para essa coluna para o e-mail: carlosfranco@revista publicitta. com.br

SIMPSONS: Atração no cinema, no estômago e no bolso dos pais.

YUPIII!!! ara comemorar a tão aguardada estréia de "Os Simpsons – o filme" nos cinemas dia 17 de agosto, o Burger King – segunda maior cadeia de hambúrgueres do mundo – lança grande promoção, que incluirá sanduíche exclusivo, bonecos dos personagens e campanha

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Divulgação

nacional de marketing baseada na popular série de televisão criada por Matt Groening. Em homenagem ao notório apetite de Homer, os fãs poderão dar continuidade à experiência do filme nas lanchonetes. Para a criançada, bonecos... Ou o berreiro de Bart. Divulgação

GOTAS: Coca-Cola reforça seu "lado bom" em campanha da DPZ

QUEM VAI COMPRAR? Banco Pátria se prepara para vender uma das mais reluzentes marcas do mundo das franquias: a Casa do Pão de Queijo, que deverá trocar de mãos a partir de 2008 e até 2009. O banco que administra uma carteira de private equity, que reúne grandes investidores, inclusive institucionais, como o fundo de pensão dos funcionários

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da Companhia Vale do Rio Doce, agora partirá para outros investimentos. É a regra dos private equity. A rede começou em 1967, quando o engenheiro Mário Carneiro abriu uma primeira loja, no Centro de São Paulo. A idéia era servir para os paulistas o famoso pão de queijo da Dona Arthêmia, sua mãe. Fez sucesso. Hoje, são mais de 420 lojas.

PÉS nas crateras da lua

GUARANÁ de cara nova

MARATONA

BALADA

Dez Brasil assina campanha que divulga o GelNimbus 9, última geração do tênis para corrida da Asics. O anúncio convida para a "1ª maratona da Lua Asics" com o intuito de realçar a leveza do produto. Mas há dicas reais no hotsite www.maratonadalua.com.br.

AmBev adora festa. Mas até hoje não havia feito uma para o Guaraná Antarctica. Chegou a hora. Dia 1º de setembro, a empresa realiza, pelas mãos da B\Ferraz, o GAS (Guaraná Antarctica Street Festival), em São Paulo. As latas já entram no embalo nesta semana.

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Brasil está mal colocado no ranking de patentes

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Brasil perde espaço afirmou Francis Gurry, viceem inovação tecnoló- diretor-geral da OMPI. D es in te r es se – No Brasil, gica e usa mal seus recursos destinados à ciência. porém, a situação é sombria. O Em seu levantamento anual, a número de patentes pedidas Organização Mundial de Pro- caiu 13,8% em 2005, a maior priedade Intelectual (OMPI) queda entre os 20 principais esaponta que, entre 2004 e 2005, o critórios de patentes no munnúmero de patentes pedidas do. No total, o Brasil recebeu no País caiu 13,8%, enquanto 16,1 mil pedidos de patentes em praticamente todo o mun- de fora do País em 2005, ficando aumentou. Hoje, um quarto do em 13º no mundo. Concede toda a tecnologia disponí- deu 249 registros para emprevel no planeta já está nas mãos sas nacionais e 2,1 mil para esde apenas três países asiáticos: trangeiros. A redução foi de 1,8% em relação a 2004, ante China, Japão e Coréia do Sul. Pelos dados de 2005, os últi- aumento de 9,7% nos Estados mos disponíveis, 600 mil pa- Unidos e 16% na Coréia. Em tentes foram dadas a empresas 2005, a China recebeu 170 mil e universidades em todo o pedidos de patentes, concemundo. Mas a concentração é dendo 20 mil para nacionais e grande: 74% delas estão no Ja- 32 mil para estrangeiros. Mas a maior queda, no Brapão, Estados Unidos, China, sil, se refere às patentes pediCoréia e Europa. O caso mais impressionante das por estrangeiros, um indié o da China. Entre 2004 e 2005, cador do interesse em investir em tecnologia. o país asiático A redução nesaumentou 33% se caso foi de as patentes rePara cada US$ 1 17,5%, a maior gistradas. Em milhão gasto em entre os 15 prinapenas dez ciência, 0,29 cipais centros anos, o número patentes são no mundo. de patentes reregistradas no O País ainda gistradas se conta com um multiplicou por Brasil. Com o mesmo dos piores índidez na China. gasto, na Coréia, ces de aproveiPara a OMPI, issão 5 patentes, tamento dos reso prova que a no Japão, 3,3, cursos à ciência China não seria e na Russia, 1,5. no registro de mais apenas o patentes. Para país da piratacada US$ 1 miria, pois tenta desenvolver sua própria tec- lhão em ciência e tecnologia, n o l o g i a . N a a v a l i a ç ã o d a 0,29 patentes são registradas OMPI, os números refletem as no Brasil. Na Coréia, são 5 papolíticas do governo chinês de tentes para cada US$ 1 milhão transformar o país em um cen- gastos em ciência, 3,3 no Japão, tro de tecnologia. O resultado é 1,8 na Nova Zelândia e 1,5 na que o escritório de patentes da Rússia. Com 5,6 milhões de patentes China já se tornou o quarto maior do mundo, superando a em vigor hoje no mundo, a Europa. Apenas americanos, OMPI admite que o sistema injaponeses e coreanos ainda re- ternacional está chegando ao gistram mais patentes que os limite. Hoje, um pedido de rechineses. "Há uma explosão de gistro leva dois anos para ser invenções na China e um nú- aprovado nos Estados Unidos, mero cada vez maior de em- onde 900 mil patentes esperapresas quer garantir a proteção vam a aprovação do governo a seus investimentos no país", americano em 2005. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Thaier al-Sudani/Reuters

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O povo americano deve ficar preocupado com o Irã? Sim George.W. Bush, presidente dos EUA

Internacional

Três milhões peregrinam para Bagdá

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rês milhões de peregrinos muçulmanos xiitas chegaram a uma mesquita em Bagdá como parte de uma procissão anual em homenagem a um venerado santo. Enquanto alguns batiam as mãos no peito e na cabeça, outros dançavam em círculos para homenagear Moussa al-Kadhim, santo conhecido por sua capacidade de ocultar a raiva. A procissão ocorreu em meio a um rigoroso esquema de segurança. Mais de 1,8 mil agentes iraquianos revistaram os peregrinos e as autoridades impuseram restrições à circulação de carros para evitar ataques. A procissão foi marcada por uma tragédia há dois anos, quando mil pessoas morreram pisoteadas. Apesar do esquema de segurança, sete foram mortos a tiros ontem. (AE)

Procissão de xiitas a Bagdá, capital do Iraque, começou ontem e termina apenas no sábado. Apesar do forte esquema de segurança, sete pessoas morreram a tiros ontem, informou a polícia local Marcos Adandia/AFP

Maleta derruba outro assessor de Kirchner

Ó RBITA

AMEAÇA presidente dos EUA, O George W. Bush, insistiu que o Irã é uma força

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"Escândalo da Maleta" — denominação do caso de corrupção cujo pivô é uma valise carregada de US$ 800 mil que entrou na Argentina sem declaração pelas mãos de um venezuelano — provocou ontem sua primeira baixa. O argentino Claudio Uberti, um dos principais homens de confiança do poderoso ministro do Planejamento e Obras Públicas, Julio De Vido, teve que deixar o cargo 12 horas depois que a Justiça divulgou que ele era um dos nove integrantes do vôo, proveniente de Caracas, que no sábado de madrugada pousou em Buenos Aires em um jato bancado por uma estatal portenha trazendo a maleta com o contrabando. O presidente Néstor Kirchner fez alarde de combater a corrupção. "Eu não escondo nada. E quando algo acontece, tomo as medidas que correspondem. Pela primeira vez, neste país, a corrupção é combatida a sério", afirmou. O escândalo acontece um mês depois de a ministra da Economia de Kirchner ter sido obrigada a renunciar depois da descoberta de US$ 60 mil no banheiro de seu gabinete. O fa-

Eu não escondo nada e tomo as medidas que correspondem. Pela primeira vez, neste país, a corrupção é combatida a sério Néstor Kirchner, presidente argentino to serve para minar cada vez mais o governo de Kirchner, antes visto como uma administração austera e relativamente limpa, depois dos grandes escândalos de corrupção que atingiram os governos argentinos nos anos 1990. Após a renúncia de Uberti — principal negociador de acordos com a Venezuela (chamado de "o embaixador paralelo" de Kirchner) — existia a expectativa de que outro integrante do vôo, o argentino Exequiel Espinosa, presidente da estatal petrolífera Enarsa (que havia alugado o jatinho), também deixasse o cargo. O escândalo ameaça provocar uma catarata de denúncias sobre as relações obscuras dos

governos Kirchner e Hugo Chávez. O deputado Esteban Bullrich, da coalizão de centrodireita Proposta Republicana, diz que existe superfaturamento nas compras argentinas de diesel venezuelano, entre outras irregularidades. Ontem, o governo argentino tentou desvincular-se da maleta da discórdia, colocando a culpa nos passageiros venezuelanos, todos homens de confiança de Chávez. Este, por sua vez, disse que o episódio era uma manobra da oposição ao seu governo. Porém, segundo a imprensa local, o portador da maleta, Guido Alejandro Antonini Wilson, teria viajado com o próprio Chávez para Montevidéu, e de lá o suposto opositor partiu para a Venezuela. Na madrugada de sábado, um jato particular pousou no aeroporto Jorge Newberry, com oito passageiros a bordo: três funcionários do governo argentino, quatro executivos da PDVSA e Wilson, que levava a maleta com o dinheiro. O caso veio à tona na segunda-feira e, em um primeiro momento, a versão era de que o portador da valise era da comitiva de Hugo Chávez, que desmentiu. (Agências)

"Escândalo da maleta" mina ainda mais o governo de Kirchner

Negócios bilionários Evo, Kirchner e Chávez reúnem-se na Bolívia

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s presidentes da Argentina, Néstor Kirchner, Bolívia, Evo Morales, e Venezuela, Hugo Chávez, assinam hoje vários acordos na área de energia. Segundo o ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Carlos Villegas, os acordos envolverão investimentos de US$ 1,120 bilhão, conforme a Agência Bolivariana de Notícias. O convênio entre Morales e Chávez prevê uma sociedade entre as estatais YPFB e PDVSA, para a constituição de uma petroquímica avaliada em US$ 600 milhões. Já o acordo entre Morales e Kirchner prevê investimentos de US$ 450 milhões para a construção de uma planta separadora de líquidos de gás natural em Tarija, localizada na

fronteira com a Argentina. A planta entraria em funcionamento em meados do próximo ano e complementaria a obra do Gasoduto do Nordeste, conforme acordo anterior assinado em julho de 2006, por ambos os presidentes. Também está prevista a assinatura de um terceiro acordo, entre Bolívia e Venezuela, para iniciar a construção de uma nova planta termoelétrica com 100 megawatts de potência, e que contará com um investimento de US$ 70 milhões. Fonte do governo argentino revelou que o encontro servirá, também, para uma "conversa política" entre Kirchner e Chávez sobre o escândalo da maleta com US$ 800 mil. (AE)

desestabilizadora no Iraque e ameaçou o país caso continue a fornecer armas para milícias xiitas do país vizinho. O governo de Teerã rebateu as acusações e declarou, ao receber o primeiro-ministro iraquiano, Nuri Al Maliki, que está ajudando na segurança do país. (Reuters) Saif Dahlah/AFP

Claudio Uberti, principal negociador com a Venezuela do governo argentino, caiu após Justiça confirmar seu nome no vôo no qual empresário de Caracas entrou na Argentina com maleta com US$ 800 mil. Não declarados

GAZA – Um jovem foi morto por soldados de Israel após ignorar disparos de alerta para se afastar da cerca que separa as regiões

PAQUISTÃO presidente do Paquistão, O Pervez Musharraf, rejeitou decretar estado de

emergência em virtude da violência que tomou conta do país depois do massacre na Mesquita Vermelha, e disse que não adiará as eleições. O estadista vem sendo pressionado pelos EUA a combater a Al-Qaeda e o Talebã, que se reorganizam no noroeste do país. (Reuters)

DC

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Pedro rey/AFP

Fernando [Alonso] foi campeão da Fórmula 1 duas vezes, mas Lewis [Hamilton] está apenas começando e está dando muitas dores de cabeça para Fernando e, para ele, isso é muito difícil de lidar. Do piloto finlandês Mika Hakkinen, ex-bicampeão mundial de Fórmula 1, sobre a rivalidade que se instalou na McLaren.

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Nascimento do romancista brasileiro Jorge Amado (1912-2001)

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R ANKING C A R T A Z

As 7 maravilhas do 'mal'

FOTOGRAFIA

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M ÚSICA Mike Clarke/AFP

Revista elege sete monumentos do autoritarismo espalhados pelo mundo

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um caça dos EUA, na Líbia, promovido pelo líder do país, Muammar Khaddafi; o Monumento ao presidente Laurent Kabila, na República Democrática do Congo, governante que devastou a economia do país e

assistiu a uma guerra civil que deixou quase 4 milhões de mortos; o Mausoléu de Lênin, na Rússia, onde é exposto o corpo do líder embalsamado [foto]; o Monumento ao presidente Saparmurat Niyazov, no Turcomenistão; a estátua de Mao Tse Tung liderando o exército de libertação popular da China; as Mãos da Vitória, no Iraque, erguido pelo ditador Saddam Hussein para celebrar o fim da guerra do país contra o Irã e o Monumento à fundação do partido dos trabalhadores da Coréia do Norte.

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Mostra reúne 60 trabalhos de fotógrafos brasileiros que retratam a diversidade natural e cultural do País. Saguão do Edifício Altino Arantes (Torre Banespa), Rua João Brícola, 24, Centro, das 10h às 17h. Grátis.

Reprodução/Lenin Mausoleum

moda de eleger maravilhas realmente pegou. Depois da eleição que mobilizou os internautas para eleger as novas sete maravilhas do mundo, a revista Esquire decidiu fazer a lista das 7 maravilhas do mundo antidemocrático. Com uma boa dose de pró-americanismo, a revista escolheu grandes monumentos que homenageiam ditadores violentos e impiedosos, guerras sangrentas e ideais autoritários. As 7 maravilhas do "mal" são: o Punho destruindo

Mark Ralstom/AFP

S AÚDE

Esperança contra a gripe aviária Pesquisadores anunciaram em artigo publicado na edição de hoje da revista Science uma forma de vacinar as pessoas contra a gripe aviária antes de uma eventual pandemia da doença. Os especialistas diziam que a vacina era inviável por ser impossível saber de antemão que cepa do vírus se adaptaria aos humanos. O atalho foi anunciado por pesquisadores do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas, de Maryland, e

B RAZIL COM Z

da Escola de Medicina da Universidade Emory, em Atlanta, ambos nos EUA. A vacina pode proteger as pessoas contra mutações do vírus H5N1 que o habilitariam a atacar os humanos. O vírus atinge principalmente aves. O vírus só afeta pessoas que têm contato direto com aves doentes, mas cientistas temem que ele sofra uma mutação que permita o contágio direto entre humanos, propiciando uma pandemia.

Retrospectiva de Renan

R ECORDE

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Sergei Supinsky/AFP

PARA ADULTOS - Membros da organização posicionam cartazes de uma marca chinesa de lingerie no centro de exposição de Xangai, onde começou ontem uma feira internacional de brinquedos para adultos, usados por 30% da população do país. A RTE

Warhol versus Banksy L

O ucraniano Leonid Stadnyk, que aos 34 anos entrou para o Livro dos Recordes como o homem mais alto do mundo, posa ao lado de George Wessels, sapateiro alemão que o presenteou com um novo par de calçados. Stadnyk tem 2,57m calça o número 64 e é cirurgião veterinário.

P ALEONTOLOGIA

Sorte de principiante Um paleontólogo amador encontrou na Suíça o que pode ser o maior cemitério de dinossauros da Europa ao desencavar os restos de dois plateossauros. Os ossos apareceram quando ele iniciou escavações para a construção de uma casa na aldeia de Frick, perto da fronteira com a Alemanha. Há décadas plateossauros vêm sendo achados na região, mas a nova descoberta sugere que a presença dos fósseis pode ser muito maior do que se pensava. A região de Frick continha os ossos de um animal a cada 100 metros quadrados, segundo Martin Sander,

paleontólogo especializado em dinossauros da Universidade de Bonn (Alemanha). A área toda pode ter mais de 100 plateossauros. Esse herbívoro pacífico, que media até 10 metros, habitava deltas fluviais em grandes bandos há cerca de 210 milhões de anos. Na época, a maior parte da Suíça era desértica, com uma paisagem semelhante à do atual delta do Nilo. Há dois outros cemitérios importantes de plateossauros na Alemanha, mas suas extensões são desconhecidas porque um deles está sob a cidade de Halberstadt e o outro, perto de Trossingen, coberto pela floresta.

G @DGET DU JOUR

F AVORITOS

Uma cabana flutuante

Curiosidades sobre os animais

O jornal britânico Financial Times deu a largada e foi seguido pelas agências Reuters e Bloomberg na publicação de uma retrospectiva do caso Renan Calheiros no Senado. Do pagamento a Monica Velloso aos benefícios concedidos a uma cervejaria e ao artifício da compra de estações de rádio por laranjas, o Financial Times analisa todo o histórico do senador e mostra como ele tem se mantido na presidência do Senado num verdadeiro "balança mas não cai". Se não renunciar, Renan, entretanto, não deve sobreviver ao congelamento dos trabalhos para renovação da CPMF. S EGURANÇA

Luz, uma arma não letal

Winston Churchill, a sopa Tesco e Kate Moss: trabalhos de Banksy com referências à Campbell e à Marilyn de Warhol

O Departamento de Segurança Interna dos EUA já considera a hipótese de armar seus agentes federais com uma arma que parece uma laterna e não é letal. O chamado LED Incapacitator emite uma luz tremulante e muito brilhante. Segundo os especialistas, o ritmo e as cores da luz emitida são absorvidos pela retina humana e desorientam o cérebro, cegando temporariamente, por muitos segundos, a pessoa que ficar na mira dessa luz. O objetivo é que, ao usá-la, os policiais tenham tempo de prender suspeitos ou pessoas surpreendidas em ação criminosa sem colocar em risco a vida de outras pessoas. L OTERIAS Concurso 244 da LOTOFÁCIL

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Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Depois de onda de furtos, museus e bibliotecas do Rio investem pesado em segurança Aparentemente sem danos, Endeavour deverá chegar à Estação Espacial na tarde de hoje

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www.renctas.org.br/kids/

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ma exposição que tem recebido inúmeros elogios da crítica foi inaugurada ontem no espaço The Hospital, em Covent Garden, Londres. A mostra apresenta trabalhos de Andy Warhol (1928-1987) e do controverso e premiado grafiteiro britânico Banksy lado a lado. O britânico deu sua interpretação a obras clássicas de Warhol. Banksy substitui ícones norteamericanos como a atriz Marilyn Monroe e a sopa Campbell por ícones britânicos como a modelo Kate Moss, a sopa Tesco e o ex-primeiro ministro Winston Churchill.

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A Floating Cabana é uma bóia inflável de nylon com uma cobertura de quase dois metros quadrados. É confortável para três ou quatro pessoas. Vem com uma bóia extra, que funciona como geladeira. Por US$ 300.

Luke MacGregor/Reuters

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www.hammacher.com/

A Renctas é uma organização não-governamental que desenvolve projetos ligados á preservação da biodiversidade. O site da ONG tem uma área específica para crianças que, além de trazer seções de desenhos para colorir, quebra-cabeças e jogo das sombras, também traz informações e curiosidades sobre as espécies animais. para os adultos o site tem notícias, artigos e relatórios sobre biodiversidade, meio ambiente e dicas sobre como participar da preservação da fauna brasileira.

O cantor de ópera Luciano Pavarotti (acima em foto de 2005), diagnosticado com câncer em 2006, foi internado em um hospital em Modena, na Itália. Ele contraiu uma pneumonia, o que deve atrasar seu retorno aos palcos, previsto para este ano.

Nagasaki lembra os 62 anos do ataque nuclear com alerta sobre arsenais nucleares

Concurso 1786 da QUINA 26

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

ECONOMIA - 5


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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LAZER - 5

LEITURA

A trajetória de Scliar, na vida e na obra Renato Pompeu

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este livro O texto, ou: a Vida – Uma Trajetória Literária (272 páginas, R$ 39), editado pela Bertrand Brasil, o famoso escritor gaúcho Moacyr Scliar, um dos autores brasileiros mais traduzidos no exterior, cumpre o que promete: retraça o entrelaçamento entre sua vida e seus textos, uma trajetória vitoriosa nas duas vertentes. O livro serve especialmente como orientação para leitores em geral e, em particular, para jovens candidatos a escritores. Scliar conta como sua vida influenciou seus textos e, vice-versa, como seus textos influenciaram sua vida. Suas notas autobiográficas estão entremeadas da reprodução de textos que produziu nas diferentes fases de sua vida e, assim, o leitor sai enriquecido não só pelas lições de vida, como também pelo prazer da leitura, ou re-

leitura, de contos e outros escritos do autor, que surgem banhados por uma nova luz. Ficamos assim sabendo como a vivência do menino Moacyr no bairro do Bom Fim em Porto Alegre, habitado predominantemente por judeus, ou suas leituras da Bíblia e de Monteiro Lobato, ou sua atuação no movimento esquerdista judaico, ou sua passagem pela Faculdade de Medicina, foram se entremeando com o trabalho como escritor, com cada fase ou cada aspecto de sua vida ou de suas leituras influenciando e sendo influenciada pelas mudanças em suas obras – e o melhor é que, de cada transformação em sua vida e trabalho, ele nos oferece, como um valioso presente, um trecho de seus escritos de cada época e de cada mutante estado de espírito e de cabedal cultural.

Da sua vivência de menino Scliar guardou a necessidade impetuosa de ouvir e contar histórias – e até hoje, por volta da sétima década de vida, ele vê e ouve a vida com olhos e ouvidos de criança, tal é o frescor juvenil mesmo de seus textos mais tardios. Mesmo em seus textos mais recentes ele descreve pessoas e coisas como se as estivesse descobrindo pela primeira vez, com o maravilhamento de uma criança que aprende a conhecer o mundo. Seus familiares e vizinhos tinham muitas histórias para contar, desde a vida nos confins da Europa Oriental até os choques das adaptações à vivência em terras brasileiras, primeiro nos

campos gaúchos, depois no burburinho da capital do Estado. O jovem Moacyr, assim, cresceu querendo contar também suas histórias, e o bairro do Bom Fim é uma referência marcante em sua obra. Da leitura da Bíblia, Scliar herdou o tom profético e de parábola que marcou muitos de seus escritos. Essa formação serviu à perfeição para ele escrever uma crítica ao regime militar em pleno regime militar, por meio de alegorias e parábolas em que a repressão do regime militar aparece travestida na convivência com monstros e animais ferozes. Das leituras de autores como Monteiro Lobato, Scliar recebeu o difícil dom de escrever de modo

cada vez mais acessível e de se tornar um escritor profundamente democrático, que não se dirige a uma elite intelectual, mas a qualquer pessoa que tenha aprendido a ler. Da sua militância no movimento esquerdista judaico, que visava preparar quadros para o então jovem Estado de Israel, Scliar herdou a outra vertente crítica de sua obra, o ataque às desigualdades sociais e, particularmente, à crescente mercantilização da vida em aspectos que não são propriamente econômicos e que não são beneficiados, ao contrário, são prejudicados pelo dinamismo da economia de mercado. Ao mesmo tempo, Scliar permanece um áspero crítico do caráter pesadamente repressivo do chamado socialismo real. De sua vivência como estudante de medicina e como médico, guar-

dou um certo fascínio pela humanidade da pessoa doente, das pessoas mais abandonadas e mais carentes por causa de doenças mais ou menos graves, mais ou menos incapacitantes. Sua atuação na saúde pública lhe possibilitou conhecer a miséria das condições em que vivem grandes parcelas da população brasileira, e o resultado disso são textos pungentes e candentes. De tudo isso nasce um grande escritor, e nascem grandes 30 textos, como os que são reproduzidos no novo livro. Vale a pena ler, e se for o caso reler, a vida e a obra de Scliar. Renato Pompeu é jornalista é escritor, autor do romance-ensaio O mundo como obra de arte criada pelo Brasil, Editora Casa Amarela.

TEATRO

Um clássico sobe ao palco. Aplausos e lágrimas. Sérgio Roveri

Fotos: Paulo Pampolin/Hype

Paulo Autran, 85 anos em setembro, ganha teatro com seu nome. "Eu acho fundamental colocar humor em tudo que faço na vida", diz.

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m pé, sozinho e vestido de preto no centro do imenso palco do Teatro Sesc Pinheiros, o ator Paulo Autran, 85 anos em setembro, magnetiza e leva às lágrimas uma platéia de notáveis ao declamar com absoluta autoridade os versos de Meus Oito Anos, clássico poema de Casimiro de Abreu: "Ai, que saudades que eu tenho, da aurora da minha vida, da minha infância querida, que os anos não trazem mais." Findos o poema e a ovação que se seguiu a

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ele, o teatro foi naquele instante rebatizado e, desde a última quarta-feira, passou a se chamar Teatro Paulo Autran. Como se não fosse o maior ator brasileiro, Autran perguntava aos convidados, durante o coquetel que veio a seguir, se eles haviam gostado da homenagem e de sua performance solitária. "Sabe, eu procurei colocar um pouco de humor para que não ficasse uma cerimônia triste. Eu acho fundamental colocar humor em tudo que faço na vida", dizia.

A cerimônia que deu o nome de Paulo Autran ao Teatro Sesc Pinheiros foi aberta com um discurso de Abram Szajman, presidente da Federação do Comércio do Estado de São Paulo e dos Conselhos Regionais do Sesc e do Senac. "Nomear este teatro tem o sentido de manter vivos a tradição e o culto aos homens exemplares", disse Szajman. "Este é o momento de celebração de uma vida dedicada ao teatro. Vê-lo atuando é reconhecer que sua

missão é fazer o bem por meio da arte". Szajam provocou as primeiras risadas da noite ao dizer que a formação de advogado havia sido um acidente de percurso na vida de Paulo Autran, "graças a Deus sem maiores conseqüências". Antes do discurso de Szajman, o pianista Fábio Torres mostrou um pot-pourri com algumas canções de musicais de sucessos interpretados por Autran, entre eles O Homem de La Mancha, My Fair Lady, Morte e Vida Severina e Liberdade, Liberdade.

A vida, segundo palhaços radicais.

figura do palhaço sempre funcionou como uma espécie de farol a conduzir as criações do Grupo Lume. Mesmo quando ele não está diretamente em cena, a filosofia e a estética do clown podem ser facilmente percebidas em espetáculos de sucesso como Café com Queijo e O Que Seria de Nós Sem as Coisas Que Não Existem. A partir desta sexta (10), no entanto, o público poderá ver o mais radical mergulho do Lume no trabalho de palhaço com a estréia do espetáculo Cravo, Lírio e Rosa, criação de 1996 que pela primeira vez entra em temporada regular na cidade depois de já ter sido apresentado nos Estados Unidos e Europa. Cravo, Lírio e Rosa também é um dos trabalhos em que o Lume mais leva a sério sua opção pela simplicidade: não há cenário e os objetos no palco limitam-se a quatro malas de diferentes tamanhos e um ou outro adereço. Com esta escassez de recursos cênicos, os atores Carlos Simioni e Ricardo Puccetti constroem uma tocante narrativa sobre os relacionamentos humanos a partir da figura de dois palhaços – Carolino, o autoritário e cheio de certezas, e Teotônio, frágil, bobo mas incrivelmente talentoso na hora de extrair da ingenuidade a sua alegria de viver. “Eles não são duas crianças, mas dois seres dotados da criatividade e da capacidade para promover o caos que

só as crianças parecem ter”, diz Puccetti. “À maneira deles, estes dois palhaços mostram que a nossa vida é aquilo que fazemos dela”. Cravo, Lírio e Rosa é uma peça sem texto, que recorre ao humor físico para ilustrar seu diagnóstico sobre as relações humanas. O nome do trabalho faz referência aos dois atores em cena e também a Luis Otavio Burnier, um dos criadores do Lume, morto em 1995. “Nós formávamos um trio de palhaços que perdeu o rumo com a morte de Burnier”, diz Puccetti. “Este espeAdalberto Lima/Divulgação

Drama da

táculo é baseado muito no trabalho de improvisação que fazíamos juntos. As três flores, de alguma maneira, representam cada um de nós”. Mais do que isso, as flores assumem uma importância fundamental na cena final – e talvez a mais emocionante – deste novo-velho trabalho do Lume. (SR) Cravo, Lírio e Rosa, estréia hoje, sexta (10), no Teatro do Sesc Avenida Paulista, Avenida Paulista, 119, tel.: 3179-3700. Sexta a domingo às 20h. Ingressos a R$ 15.

violência, comédia do absurdo.

O

diretor Gerald Thomas confessa que não teve coragem de comparecer ao enterro da mãe. Mas soube que, durante a cerimônia, foi lida uma carta, Divulgação

Quando chegou sua vez de subir ao palco, Autran foi econômico nas palavras. Disse apenas que os organizadores da cerimônia tinham pedido para que ele apresentasse algum número e que sua escolha havia recaído sobre o poema Meus Oito Anos porque "a despeito de Freud, relembrar a infância é um momento de delicada ternura". Como prova de que nem a idade nem a saúde atualmente precária haviam embaçado sua ironia precisa, Autran aproveitou a presença do diretor

regional do Sesc São Paulo, Danilo Santos de Miranda, para dizer que Sesc e Senac davam um exemplo de empreendedorismo para um governo federal que nada fazia pela cultura. "O Danilo Miranda não toca violão, não canta e nem usa trancinhas. Ele só é competente. Um presidente inteligente o convidaria para ser ministro", disse Autran. "O duro seria convencê-lo a aceitar, porque trabalhar em cargo público neste país é alguma coisa que beira o infernal".

espécie de manifesto, em homenagem aos torturados, desaparecidos e vítimas de outras tantas agressões físicas ou psicológicas. Recuperada, a carta volta a ser lida, na íntegra, durante a peça Rainha Mentira, escrita pelo diretor e em cartaz no Teatro Sesc Anchieta. O espetáculo faz um inventário de algumas tragédias mundiais, como as grandes guerras e o atentado de 11 de setembro, para relacioná-las a fatos que dizem respeito somente ao diretor e à sua própria família. Dentro deste princípio, Thomas recupera e leva

para a cena um dos episódios mais traumáticos da biografia da mãe, responsabilizada ainda menina pelo suicídio de seu irmão mais velho, um jovem homossexual que não via mais perspectivas na Alemanha dominada por Hitler. A inédita Rainha Mentira é apresentada ao lado de outra peça de Thomas, Terra em Trânsito, esta já vista em São Paulo no ano passado dentro da tetralogia Asfaltaram a Terra. Na peça, uma comédia que flerta com o absurdo, a atriz Fabiana Guglielmetti dá vida a uma cantora de ópera que, trancada em seu camarim, ouve desesperada aos sinais sonoros que indicam que ela já deveria estar entrando no palco. No camarim, ela confabula com um cisne a quem não pára um só instante de alimentar, com a intenção de transformá-lo em breve numa generosa porção de patê de foiegras. Enquanto alimenta o animal e enlouquece progressivamente, a diva lírica ouve no rádio um discurso nervoso na voz do jornalista Paulo Francis. (SR)

Grupo Lume: estética do clown (esquerda). E Rainha Mentira (direita): exercício cênico de Gerald Thomas.

Rainha Mentira e Terra em Trânsito, em cartaz no Teatro Sesc Anchieta, Rua Doutor Vila Nova, 245, Bela Vista, tel.: 32343000. Terça e quarta às 21h. Ingressos a R$ 15.

ÚLTIMA SEMANA PARA VER "NO RETROVISOR" De Marcelo Rubens Paiva. No Centro Culural São Paulo. Rua Vergueiro, 1000. Tel.: 3383-3402. Sexta (10) e sábado (11), 21h. Até domingo (12), às 19h45. R$ 15.


NEIL FERREIRA NÃO DESANIME COM A PESQUISA. NÃO ENTREGUE A RAPADURA. VAIE LULLA SEM MODERAÇÃO.

Mark Halston/AFP

Q

POR PAULO BRITO

Como os preços baixos garantem vida longa aos produtos chineses

Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br

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Japão viveu essa fase, mas hoje é a terceira economia do planeta. Agora, o fenômeno de meio século atrás parece repetir-se, porém com intensidade e velocidade maiores, por conta da segunda economia do planeta – a China. Dragons a t Yo u r D o o r ( d e M i n g Zeng e Peter J. Williamson) e How Countries Com-

Samantha Sin/AFP

N

o final dos anos 50 e início dos anos 60, havia uma verdadeira febre de contrabando no Brasil. Pelas ruas das capitais, neste país onde os produtos de consumo ainda eram raros e o plano de metas de JK estava em conclusão, camelôs faziam sucesso vendendo de tudo que havia em termos de manufaturados contrabandeados – cigarros, relógios, sandálias de espuma de borracha (que deram origem às Havaianas), lenços de seda, jaquetas de tecido sintético, câmaras fotográficas, ferramentas de qualidade duvidosa, brinquedos a pilha, rádios portáteis... Grande semelhança com o que vendem os camelôs do século XXI. Nessa época, quase 50 anos atrás, a esmagadora maioria desses artigos vinha gravada com a frase Made in Japan. Quase tudo podia ser considerado cópia (às vezes piorada) de algum artigo de boa qualidade produzido no Ocidente – câmaras Nikon imitavam as Leica alemãs, os relógios Seiko imitavam os Tissot suíços e assim por diante. Mas da cópia à superação dos originais, enriquecendo os produtos com inovações, foi apenas o passo seguinte da indústria japonesa.

G Made in China é sinônimo de baixa qualidade e cópias baratas. Mas os chineses já estão prontos para oferecer produtos sofisticados (acima).

pete (de Richard H. K. Vietor) são bons livros da Harvard Business School Press para quem quer entender o significado da China e da investida de seus empresários pelo mundo, assim como as causas da globalização que impulsionam essa e outras economias – de certo modo, o primeiro livro mostra a execução de uma estratégia descrita no segundo. Queiramos ou não, a China está fazendo pelo mercado de consumo a mesma coisa que o Japão fez no final dos anos 50: está esmagando os preços e pouco-a-pouco ocupando territórios. E se hoje suas marcas e a inscrição Made in China são sinônimo de baixa qualidade, é possível que o jogo se inverta dentro de algum tempo, tal como aconteceu com os produtos japoneses. O que ninguém pode ter dúvida é de que a China tem um papel transformador da economia mundial. Ming Zeng e Peter J. Williamson

7

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O Dragão tomou conta da rua A INDÚSTRIA CHINESA ESTÁ ESMAGANDO O PREÇO DOS PRODUTOS PARA GANHAR O MÁXIMO DE MERCADOS POSSÍVEL. A ESTRATÉGIA DO DRAGÃO SEGUE O SUCESSO DOS JAPONESES NOS ANOS 60: PRODUZIR BARATO, TOMAR CONTA DA CALÇADA E CONSEGUIR, POR FIM, FINANCIAR PRODUTOS DE ALTA TECNOLOGIA

OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 10, 11 e 12 de agosto de 2007

acham que por trás da investida dos chineses há uma estratégia quase invencível de corrosão de preços. O "quase" fica por conta das suposições (dos autores) de que esses dragões podem ser vencidos - mas se isso fosse fácil já teria acontecido. É que os preços baixos estariam sendo deliberadamente utilizados para forçar a entrada dos produtos chineses nos vários mercados, que depois passam a ser progressivamente ocupados por empresas chinesas, à medida que concorrentes mais fracos vão sendo deixados para trás.

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eng, Williamson e Vietor acham que quando isso ocorrer os chineses estão prontos para oferecer produtos inovadores e sofisticados, naturalmente com margens de lucro maiores, de modo que a concorrência acaba se deslocando para nichos com produtos mais caros, onde teoricamente também acaba morrendo. Mas a vida real não é bem assim – ou ao menos as coisas não acontecem assim no curto prazo: as empresas reagem, a legislação pode interferir e a comunidade das nações tomaria providências se a concorrência se tornasse perigosamente predatória. Claro que hoje esse país tem uma grande vantagem competitiva, que são salários baixos e uma taxa de câmbio favorável. No longo prazo, no entanto, o que mais interessa ao empresariado, seja de onde ele for, é que a China enriqueça e se torne um mercado consumidor muito mais poderoso (mas não à custa de liqüidar os merca-

dos para as indústrias do Ocidente). Embora o raciocínio dos autores seja um pouco simplista, a obra chama a atenção para a cadeia de acontecimentos que ocorre com a desistência dos empresários ocidentais nos mercados de produtos mais baratos ou populares que a China vem ocupando.

P

or trás de chineses e ocidentais, contudo, está o tema central de How Countries Compete: a estratégia dos países em busca do bem-estar de seus povos. Além de descrever o ambiente econômico atual, Vietor arrisca-se a dizer que rumos estão tomando China, Índia, Japão, Singapura, Estados Unidos, México, Rússia, Arábia Saudita e África do Sul. Ele explora, ainda, o acelerado crescimento econômico na Ásia, problemas na América do Sul, África e Oriente Médio; e os déficits, dívidas e estagnação no terceiro mundo. "Hoje, diz ele, Ryad e Mumbai não estão mais muito distantes de Nova York e Bruxelas, instantaneamente conectadas pela internet – é uma só economia global com integração cada vez maior de mercados, problemas políticos e questões sociais." Richard Vietor mostra como essas direções são determinadas pelas decisões dos governos, que ao mesmo tempo criam o clima apropriado para o desenvolvimento econômico e avanço da iniciativa privada. O que acontece é que empresas fazem concorrência para lucrar. Mas países competem para crescer. PAULO BRITO É JORNALISTA E CONSULTOR DE EMPRESAS

ualquer pesquisa vai dar uma vaia na vaia do Maracanã e outra na tragédia da TAM. Não desanime. Nunca antes neççe país elle tinha ficado tão grogue no palanque. Agora é o Datafolha, pode esperar as próximas. Quem ouviu as vaias do Maracanã afirma que contou seis. A sétima seria após o discurso de abertura do Pan, a ser pronunciado por S. Excia. o Minuto de Silêncio, que amarelou, calou e afinou ao perceber o clima. Foi uma vaia colossal de estimados 90 mil espectadores, que desabafaram sua indignação contra a corrupção da cumpanherada petista. No encerramento, a cada vez que a prezidênssia da repúbrica era citada nas falas dos importantões, vaias vigorosas eram "pronunciadas". Recordar é viver. A vaia bem que poderia ser o pronunciamento do povo. Não foi, a se acreditar nos comentaristas chapas-brancas, que as atribuíram à zelite. Zeliteé a vanguarda das tropas inimigas do Povo de Deus. O Povo de Deus, os mocinhos, os "pobres", são elles. Os outros, os bandidos, os "ricos", somos nós. Núcleo pobre e núcleo rico, igual novela da Globo. S. Excia. o Minuto de Silêncio já declarou que ler é uma chatice. Ler, disse, é "mais chato do que andar de esteira". Como elle mesmo afirmou num discurso recente, nóis samus u qui nóis samus... Se lesse, saberia que o mais genial observador da alma das platéias esportivas, Nelson Rodrigues, sentenciou que o Maracanã "vaia até minuto de silêncio". S.Excia.. o Minuto de Silêncio recebeu a consagração com todas as honras.

G Ninguém

foi tão merecedor das vaias quanto elle, homenagem ao çeo ilustre governo e ao çeo imaculado partido. A vaia obrigou-o a submergir.

inguém foi tão m e re c e d o r d a s vaias quanto elle, justa homenagem ao çeo Ilustríssimo Governo e ao çeo imaculado partido. A vaia obrigou-o a submergir, qual lulla en su tinta, por três longos dias, antes de convocar a tv para dar pêsames às famílias atingidas pela tragédia da TAM e mentir a todos nós, na maior cara de pau, ao prometer o 3º. aeroporto de São Paulo e a 3ª. pista de Cumbica, abatidos em pleno vôo de galinha pelo rreneralíssimo-marechalíssimo chupim, sinistro da (in)defesa. Repito isso, que todo mundo está careca de saber, porque tenho um incurável desvio profissional. Minha boca é tortíssima pelo cachimbo que pito há mais de quarent´anos. Sou publicitário e na publicidade repetir é preciso, essencial, indispensável, obrigatório, vital. Esquecer, jamais. Olhe o Datafolha. Aprovação lá em cima, não cai. Avião cai, mortos às centenas. Um novo diretor da Infraero assume, com impecável folha corrida e ticket infalível para o bolsa-nomeação, prenunciando vitoriosa carreira neççe governo: "Não conheço nada desse assunto", auto-elogia-se. Deram o recado completo, top-top-top e fuc-fucfuc , sobre o que pensam de nós. Mais explícito e direto impossível.

E

lles têm os arapongas da Abin. Têm a informação. Informação é poder. Sempre sabem de antemão o que as pesquisas darão. Ç a be m tudo. Çabiam também que haveria pesadas defecções entre a banquerada protestante (banquerada protestando, rsrs). Elle arengou que a banquerada não tem do que protestar, nuncaganhou grana tão preta como hoje e é a pura verdade. Os bancos anunciam lucros quaquiliárdários, reclamar do quê ? Aposto o dedinho da mão delle, vendido como chaveiro santo em Garanhuns, que até içço elle çabia. Mesmo não mexendo um cisco de poeira na pesquisa, a vaia atingiu S.Excia. o Minuto de Silêncio numa possivel área de fragilidade – o fígado. Ou sei lá qual outra parte do corpo seja usada para filtrar mensalão, dirceu, "meu irmão" paloffi, sanguessugas, vampiros, "nosso" delúbio, valerioduto, a quadrilha denunciada pelo Procurador Geral, lullinha, cumpadis, irmãos, aloprados, renans, cuecas e caixas de dólares, malas de reais, lorenzettis, Anac, Infraero. A vaia rompeu çua couraça de teflon, feriu-o gravemente, bata na ferida aberta. Mais do que nunca é preciso vaiar. Saque sua vaia e vaie lulla sem moderação. A vaia é tão mortal quanto uma AK-47. A VAIA É A SUA ARMA. USE E ABUSE. NEIL FERREIRA É PUBLICITÁRIO NEILFERREI@GMAIL.COM

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


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Nacional Tr i b u t o s Av i a ç ã o Empresas

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 10, 11 e 12 de agosto de 2007

Apesar do caos no setor, Brasil promove a Labace, feira de aviação executiva que deve receber 5 mil visitantes.

MOTIVADA PELA CRISE, EMPRESA SORTEIA AVIÃO

MAIOR EVENTO DA AMÉRICA LATINA, A LABACE REÚNE EMPRESAS DO MUNDO NO AEROPORTO DE CONGONHAS

AVIAÇÃO EXECUTIVA FATURA US$ 200 MI Fotos: Paulo Pampolin/Hype

Mário Tonocchi

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atual crise aérea vai fortalecer a aviação executiva no Brasil. A afirmação é do presidente da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), Rui Thomaz de Aquino, que também preside a Táxi Aéreo Marília, empresa pioneira do Grupo TAM. O executivo abriu, ontem, a quarta edição da Latin American Business Aviation Conference & Exhibition (Labace), com expectativa de US$ 200 milhões em negócios e cinco mil visitas de interessados e aficcionados em aviões no hangar da Vasp, dentro do Aeroporto Internacional de Congonhas. Nos três dias de exposição e debates, a pauta principal será a segurança na aviação brasileira. Para Aquino, a crise aérea vai passar, assim como outras crises que já aconteceram no País. Ele garante que confia no novo ministro da Defesa, Nelson Jobim, e espera que a autoridade abra diálogo com os empresários para debater os problemas que explodiram nos últimos meses nos aeroportos nacionais. "Temos que criar novos aeroportos para atender a demanda", disse. Segundo o presidente da TAM Táxi Aéreo Marília, a aviação executiva está em franco crescimento no País. Hoje, existem aproximadamente dez mil aeronaves no Brasil. Destas, 1,6 mil operam

Embraer: o Legacy 600, produto nacional, por US$ 23 milhões

Vista: graças à crise aérea, empresários do setor vislumbram boas oportunidades nos ares locais

em viagens executivas. "Nos próximos dois anos o mercado brasileiro vai receber 500 novas aeronaves executivas. Depois disso, nos próximos anos, a expectativa é de que o crescimento fique entre 3% e 4% ao ano", acredita. O diretor da OceanAir Táxi Aéreo, José Eduardo Brandão, também aposta na crise aérea comercial da grande aviação para crescer . Apesar de otimista, ele observa que o momento não é apropriado para "euforias comerciais" já que ainda paira a consternação com o acidente do AirbusA320 da TAM, que explodiu no último dia 17 de julho. Mas, falando em negócios, além de apresentar uma das próprias aeronaves na exposição, a OceanAir trouxe para a

mostra o turboélice PC-12 da suíça Pilatus Business Aircraft. Voam pelo Brasil, hoje, 18 modelos antigos deste avião. A nova versão, de acordo com Brandão, chega ao País no ano que vem com o mesmo preço: US$ 3,4 milhões, o que é uma "grande vantagem" sobre os concorrentes. A exposição tem produtos diversificados que custam de US$ 460,7 mil para a compra de um norte-americano SR22 G3/GTS da Cirrus a US$ 27 milhões por um Challenger 605, jato executivo de alto desempenho da canadense Bombardier Bussines Aircraft. Sérgio Beneditti, da Cirrus Brasil, também espera aumentar as vendas com a exposição em Congonhas. De acordo com ele, já foram vendidos cinco

unidades no Brasil e ainda existem 25 pedidos confirmados. "É o único avião do mundo que tem pára-quedas", disse o representante. A Embraer ainda marca presença com o modelo Legacy 600, vendido por US$ 23 milhões. A Empresa Brasileira de Aeronáutica também apresenta a maquete em tamanho natural do Phenon 300, que deve estrear no mercado somente no início de 2008, com preço fixado em US$ 6,8 milhões. A aeronave, ainda em desenvolvimento, é uma versão ampliada do Phenon 100, que fez o vôo inaugural no início do mês passado. O 100, que sai por US$ 3,05 milhões, deve pousar em Congonhas amanhã, seguindo depois para a área de exposição da Labace.

Rede atrai consumidor com sorteio de um avião Como participar – Nas lojas é entregue ao cliente um cupom a ser preenchido e depocaos aéreo que atinge sitado em uma urna. O mesmo o País inibe muitas cupom tem uma 'raspadinha', pessoas a viajar de que indica o prêmio instantâavião. No entanto, contra essa neo que o cliente pode ganhar. tendência, a rede do ramo de Tem direito a um cupom quem alimentação Montana Grill, comprar um grelhado e um reque tem a dupla Chitãozinho frigerante. No rodízio, o pedi& Xororó como sócios, aposta do de um refrigerante é a sesuas fichas em uma promoção nha. "Fizemos um acordo com diferenciada para aumentar as a Ambev, visando aumentar as vendas: sortear um avião. De- vendas das bebidas", afirma o nominada "Embarque Nesse empresário. Para os consumidores dos Sabor", a promoção, que começou há um mês, já conta com produtos da linha Montana cerca de 500 mil inscritos. Os Premium Beef, há, nas embalaprimeiros resultados começa- gens, uma etiqueta que indica ram a aparecer. O movimento a promoção e uma senha que de clientes nos pontos-de- ven- serve para cadastramento no site da rede da aumentou (w ww. m on t a20% nesse pe- Divulgação nagrill.com.br), ríodo. dando o direiA idéia de to de concorrer sortear um ao aeroplano. avião, segundo Nesse caso, o sócio da rede n ã o h á p r êMontana Grill, mios instantâClóvis Cabrino neos. O sorteio Júnior, surgiu do avião será c o m o " u m a Modelo do avião a ser sorteado no dia 7 de oumaneira de atrair a atenção das pessoas e tubro no programa Terceiro da mídia, já que se trata de um Tempo, da rede Record, com a produto inusitado e de alto va- presença de Chitãozinho e Xolor agregado", diz. O avião em roró. As inscrições podem ser questão é um monomotor In- feitas até o dia 30 de setembro. A pessoa que ganhar o paer, modelo Conquest 180, avaliado em aproximadamen- avião, se não desejar permanete R$ 200 mil. Além do avião, a cer com o mesmo, poderá veniniciativa contempla 40 mil dê-lo facilmente. "Temos uma sorteios instantâneos de brin- lista de clientes dispostos a des como facas para churrasco, comprá-lo assim que o sorteio canetas, canivetes, camisetas, for realizado", diz Cabrino. Os consumidores das oito entre outros produtos. Podem participar os clientes unidades da Montana Grill Exda rede de grelhados fast-food press que estão sendo implanMontana Grill Express, com 70 tadas em diversos estados pounidades espalhadas pelo derão participar da promoção País, das cinco churrascarias caso as lojas sejam inauguralocalizadas nas cidades de São das dentro do prazo de inscriPaulo, Campinas, Goiânia, ção. "Além disso, estamos proPorto Alegre e Rio de Janeiro, curando um ponto para inaualém dos consumidores da li- gurar mais uma churrascaria. nha Montana Premium Beef, Ainda não temos um local definido", conclui Júnior. vendida em supermercados.

André Alves

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Preços sobem em meio ao caos

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s preços das passagens aéreas subiram 11,15% no mês passado, mas ainda registram queda de 10,61% no primeiro semestre do ano, um dos períodos mais turbulentos da crise do setor aéreo. Segundo o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Braz, o mês de julho é conhecido por ser de reajustes nos preços das passagens. Porém, de acordo com a FGV, o aumento efetuado foi o mais intenso, para esse mês, nos últimos sete anos. Para o economista, as empresas podem ter aproveitado para elevar mais os preços das passagens, e assim recuperar suas margens de lucro prejudicadas pelo caos no setor. Os dados constam de levantamento especial da FGV, com base na movimentação de preços medida pelo Índice de Preços ao Consumidor -

Disponibilidade Interna (IPC-DI). Segundo a análise, nos últimos 18 meses, período no qual o setor aéreo enfrentou crises sucessivas, como a quebra da Varig, paralisações de controladores de tráfego aéreo e queda de aviões, os preços das passagens aéreas já acumulam queda de 34,6%. Essa flutuação pode ser percebida em pelo menos um balanço de empresa. Ontem, a Gol divulgou o desempenho do segundo trimestre deste ano. No período, a companhia informou que a tarifa média foi reduzida em 11,5%, de R$ 190,0 para R$ 168,2. Para Braz, a elevação de preços sofreu algum impacto sazonal, visto que o mês é característico de férias. Com o aumento na demanda, as empresas aproveitam para elevar os preços e assim melhorar sua margem de lucro. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 - LAZER

sexta-feira, sábado e domingo, 10, 11 e 12 de agosto de 2007

CINEMA Uma mulher bela e sensível romantiza a arte culinária. Em uma comédia saborosa.

Zeta-Jones: chef de múltiplos talentos.

ROMANCE À LA CARTE Lúcia Helena de Camargo

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em Reservas, que estréia nesta sexta (10) nos cinemas brasileiros, é uma deliciosa comédia romântica, cuja receita é conhecida: mistura romance com prazer à mesa. A protagonista é Catherine Zeta-Jones, bela atriz que atuou recentemente também em A lenda do Zorro (The Legend of Zorro, 2005) e Doze Homens e Outro Segredo (O cean's Twelve, 2004). Agora ela chega no papel de Kate Armstrong, uma chef de cozinha extremamente perfeccionista. Os outros ingredientes também são de boa qualidade: Aaron Eckhart vive Nick Palmer (foto), o subchef contratado para ajudar, e Abigail Breslin é Zoe, sobrinha de Kate que acaba indo morar com a tia em razão de circunstâncias trágicas. Quem juntou tudo em uma nova fórmula foi a roteirista Carol Fucks. Mas ela não usou apenas imaginação. A base da trama é Simplesmente Martha

(Bella Martha, Mostly Martha), produção ítalo-germânica de 2001, dirigida por Sandra Nettelbeck. No original europeu, o ritmo era mais lento e o subchefe era de fato italiano. Em Sem Reservas, dirigido por Scott Hicks (Shine Brilhante), o palco é um elegante restaurante de Manhattan, na cidade de Nova York. E Palmer, apesar de americano, estudou em escolas italianas e é craque em preparar massas. O mundo de Kate é ordenado. Ela vive para o seu trabalho. Levanta às quatro horas da madrugada para ir ao mercado de peixes, chegar antes dos demais compradores e conseguir os melhores produtos, seu passatempo é ler livros de culinária. E quando vai ao psicanalista, cozinha para ele, em vez

de falar de seus problemas. Para exemplificar como jamais abandona suas ferramentas de trabalho, há a emblemática cena do escritório, na qual usa uma enorme faca para cortar o papel que descreve o menu. Na cozinha, comanda a equipe com rigidez, coordena a preparação de centenas de pratos por noite, assa, tempera, esmera-se na apresentação das iguarias que serve. É cultuada por clientes, que vão ao restaurante 22 Blecker para comer carrè de cordeiro, pato com laranja, codorna, creme brullè e seu famoso e invejado molho de açafrão, cujo ingrediente secreto ela não revela nem sob tortura. Quando quer recobrar a paz de espírito, Kate entra na câmera fria, onde

ficam armazenados os alimentos. Curiosamente, é ali que ela encontra em si sentimentos menos gelados. E começa a mudar. Ela herdará a guarda da sobrinha Zoe, de nove anos. E não saberá o que fazer com uma criança em casa. O recém-contratado subchefe também provocará desavenças. E a adição de alguns temperos à sua vida algo insossa. Sem Reservasé um filme sem pretensões à obra prima. E por isso mesmo bom de assistir. Como o macarrão que conquista Zoe, é simples e gostoso. Fosse um jantar, sem dúvida seria "sim" a resposta dada ao garçom que pergunta, ao final da refeição, antes de retirar os pratos da mesa: "estão satisfeitos?" Sem Reservas (No Reservations, EUA, 2007, 103 minutos). Direção: Scott Hicks. Com Catherine Zeta-Jones, Aaron Eckhart, Abigail Breslin.

Macabro e engraçado: é o livro O Triste Fim do Pequeno Menino Ostra e Outras Histórias, de Tim Burton. POESIA

Fotos: Warner Bros/Divulgação

Obra traz o mesmo espírito das esquisitices vistas nos filmes Edward Mãos de Tesoura e O Estranho Mundo de Jack

T

im Burton (foto) é completamente louco. No cinema, produz maluquices originais e ternas como Edward Mãos de Tesoura (1990), O Estranho Mundo de Jack (1993) e Noiva Cadáver (2005), sempre com seu ator preferido que também tem fama de esquisitão, Johnny Depp. E no mesmo espírito desses longas-metragens chega agora ao Brasil como autor do livro infantil O Triste Fim do Pequeno Menino Ostra e Outras Histórias. A obra é composta por versos e ilustrações do autor, que vão compondo pequenos contos sobre personagens bizarros, como Menino Palito e Garota Fósforo; O Menino Robô, nascido de uma estranha ligação: mãe humana e um forno de microondas como pai; e A Menina de Olhos Fitos, vencedora da finalíssima no concurso “Garota que Não Pisca”. Os poemas breves, de apenas duas ou três linhas, são ainda mais carregados das tiradas características de Burton, como em Luciano: “Papai Noel às vezes comete seus enganos:/ dar um ursinho de pelúcia pra Luciano, / que foi atacado por um urso-negro este ano!”. Ou em O Menino Brie: “Menino Brie tinha um sonho-profecia: / De seu rosto inteiro só iria sobrar uma fatia.” A saga do menino ostra, infeliz como anunciada no título do livro, pode até não ser considerada infantil, já que os motivos que levam o pequeno a desaparecer talvez não sejam facilmente compreendidos por crianças pequenas. Assim, é provável que os adultos divirtam-se mais com O Triste Fim do Pequeno Menino Ostra. Mas um bom teste para saber se alguém com cerca de dez anos já pode apreciar o livro é lembrar se gostou do filme A Fantástica Fábrica de Chocolate. Caso a resposta seja positiva, provavelmente terá também prazer nessa leitura, pois trata-se do mesmo humor, apenas em um tom acima, na particular e lúgubre visão de mundo de Tim Burton. (LHC) O Triste Fim do Pequeno Menino Ostra e Outras Histórias, de Tim Burton (tradução de Márcio Suzuki), Editora Girafinha, 128 páginas, R$ 27.

Primo Basílio: paixão em família.

O

Fantasia, patinação, adultério e a paisagem do Cairo.

Edíficio Yacoubian (Omaret Yakobean, Egito, 2006, 161 minutos). No centro do Cairo, está o Yacoubian, um dos prédios mais antigos e charmosos do local. Num cenário permeado de corrupção e luxúria, vivem um playboy decadente, uma jovem pobre que é seduzida pelo patrão e um jornalista gay. Direção: Marwan Hamed.

E

Mimzy - A Chave do Universo: poderes mágicos em caixa de brinquedos.

scorregando para a Glória (Blades of Glory, EUA, 2007, 93 minutos). A elegância da patinação no

gelo em dupla muda de figura quando dois destaques passam a brigar e são expulsos do esporte . Anos mais tarde, os dois voltam à ativa. Dirigido por Will Speck e Josh Gordon.

O

Fim do Sem-Fim (Brasil, 2000, 93 minutos). O sumiço de algumas profissões é investigado nesse documentário de Lucas Bambozzi, Beto Magalhães e Cao Guimarães. O trio percorreu dez estados entrevistando parteiras, faroleiros, entre outros.

M

estre Bimba - A Capoeira Iluminada (Brasil, 2005, 78 minutos). O baiano Manoel dos Reis Machado, apelidado de Mestre Bimba era um famoso mestre de capoeira e agora é tema do documentário de Luiz Fernando Goulart. O longa traz depoimentos e curiosidades sobre o personagem.

M

imzy - A Chave do Universo (The Last Mimzy, EUA, 2007, 90 minutos). A aventura conta a história de dois irmãos que

encontram uma misteriosa caixa de brinquedos e adquirem talentos especiais depois do achado. Direção: Riann Wilson.

P

rimo Basílio (Brasil, 2007, 106 minutos). Luísa é casada com Jorge e durante uma viagem do marido passa a ver Basílio, seu primo e paixão da juventude. Dirigido por Daniel Filho.

NOITÃO "ESTRANHOS NO NINHO" NO HSBC BELAS ARTES O Ultimato Bourne, em pré-estréia, será exibido a meia-noite desta sexta (10). No elenco Matt Damon e Joan Allen. Rua da Consolação, 2423, tel.: 3258-4092. R$ 15.


O Dow Jones fechou em queda de 387,18 pontos, a segunda pior do ano. O Nasdaq caiu 2,16%. Os títulos do tesouro americano dispararam.

Timothy A. Clary/AFP

Bovespa despencou 3,28%. Dólar, em forte valorização, fechou a R$ 1,926. Risco Brasil saltou 6,8% e foi para 187 pontos.

Mauricio Lima/AFP

O pânico começou no BNP Paribas, que congelou ativos de US$ 2,2 bilhões. Depois, alastrou-se para a Alemanha e Canadá.

MEDO NOS MERCADOS DO MUNDO TODO Beathan/Corbis

Crise no mercado imobiliário dos EUA chega à Europa. E BCs injetam bilhões para acalmar o sistema financeiro. E 1. Em Opinião: Mau humor do mercado pode reduzir ainda mais o saldo comercial Ano 83 - Nº 22.436

São Paulo, sexta-feira a domingo, 10 a 12 de agosto de 2007

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição concluída às 23h55

w w w. d co m e rc i o. co m . b r

SUSTO NO BOEING PT GOV Divulgação

Com 15 deputados a bordo, saiu de Brasília para Congonhas. Falha no trem de pouso fez piloto aterrissar em Cumbica. C 2 Ed Viggiani/AE

spetáculos de dança continuam em alta na cidade: grupo Momix (acima) capricha em coreografias exóticas. E o Banco do Brasil abre série com jovens bailarinos. Paulo Autran (esq.) volta à ribalta para receber homenagem: agora também é nome de teatro. Pródiga em

'Airbus não tinha defeito' Palavra oficial da empresa construtora do avião da tragédia à CPI. Cidades 1

Divulgação

E

exposições, São Paulo estréia mais uma: arte popular no Sesc Avenida Paulista (fotos). Mais: gastronomia em livro e no cinema; reverência ao flautista Benedito Lacerda; Cuba real em documentário de TV; leitura: obra de Scliar; música de concerto grátis no Ibirapuera e Roda do Vinho.

Paulo Pamplin/Hype

Renan vai à tribuna e se defende com ataques Alegando "dever de prestar esclarecimentos à Nação", presidente do Senado (foto) atacou ontem o Grupo Abril. "Não há provas contra mim." Pág. 3

HOJE Parcialmente nublado Máxima 28º C. Mínima 11º C.

AMANHÃ

Lula Marques/Folha Imagem

Parcialmente nublado Máxima 26º C. Mínima 13º C.


Congresso Planalto Crise aérea CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

MINISTRO QUER MELHORAR SERVIÇOS

sexta-feira, sábado e domingo, 10, 11 e 12 de agosto de 2007

O que hoje mais irrita todo mundo é uma só palavra: a impunidade. Fernando Henrique Cardoso

Monalisa Lins/AE

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José Cruz/ABr

Eymar Mascaro

O alvo é voto

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PT quer saber se depois do mensalão, do apagão aéreo e das vaias, o candidato de Lula à presidência em 2010 levará vantagem sobre os demais na disputa por votos. Ou seja, se o eleitor aprovará ou não o nome referendado pelo presidente. Um sinal de que sua administração também foi aprovada. Os petistas estão satisfeitos com o índice de popularidade alcançado por Lula na última pesquisa Datafolha (48%), mas ainda existem dúvidas se esse prestígio ajudará ou não na disputa pelo Planalto. Dentro da legenda há quem aposte no favoritismo dos tucanos na próxima campanha a presidente da República.

CANDIDATO

DOBRADINHA

As pesquisas indicam que o PT ainda não tem um candidato com potencial de votos para ganhar a eleição em 2010. Por enquanto, são cogitados ao posto: o governador da Bahia, Jacques Wagner; e os ministros Tarso Genro, Dilma Rousseff e Marta Suplicy. Nenhum empolga o presidente Lula.

Dentro do PMDB, já existe cacique sonhando com a chapa Aécio/Ciro Gomes, fechando uma coligação do partido com o PSDB. O tucano mineiro diz que não aceita a oferta. Ele ainda tem esperança de que disputá o Planalto pelo PSDB. José Serra também.

NORDESTE Zuanazzi, da Anac, quer provar ao novo chefe, Jobim, que pode ajudar a minimizar a crise e evitar a "degola"

JOBIM RECORRE A GENRO PARA AMENIZAR CRISE Ministro quer ajuda do colega para agilizar serviços da PF nos aeroportos

O

ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse ontem que pedirá ao seu colega da Justiça, Tarso Genro, ajuda para "otimizar" a vistoria dos passaportes nos aeroportos de Guarulhos e do Galeão. "Temos que fazer tudo para distensionar e reduzir a temperatura no setor aéreo", comentou Jobim a jornalistas na saída do Supremo Tribunal Federal, após inauguração de seu retrato na galeria dos presidentes da corte. O ministro, que no próximo sábado realizará vistoria nos aeroportos de Congonhas, Guarulhos e Jundiaí – todos em São Paulo – apresentou às

O

lideranças políticas as medidas que vem sendo tomadas para contornar a crise aérea e voltou a eleger a segurança como objetivo maior de seu trabalho. "Estamos discutindo pontualidade e conforto e pretendemos ter um estudo sobre isso até o fim do ano. Mas em primeiro lugar vem a segurança", disse o ministro. Reverso – Indagado sobre o fato de aviões voarem com um dos reversos da turbina travado, caso do Airbus A320 da TAM que se chocou contra prédios matando 199 pessoas na região de Congonhas no mês passado, o ministro respondeu que "é recomendável verificar o reverso, o peso".

FHC: Lula 'dormiu no ponto' no setor aéreo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou ontem que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva "dormiu no ponto", numa referência ao apagão aéreo. "É claro que os governos, e eu me incluo, têm responsabilidade, porque muita coisa vem de mais tempo. Mas isso não absolve o atual governo, porque estourou tudo agora", disse FHC, que participa hoje do seminário "Fundamentos da economia e os desafios do crescimento", promovido pelo PSDB na capital paulista. FHC disse ser evidente que havia desconexão e falta de comando no setor. "E levou dez meses para (o governo) dar este comando", afirmou o tucano, sobre a indicação de Nelson Jobim (que foi seu ministro da Justiça) para o Ministério da Defesa. Apesar das críticas ao governo Lula, o ex-presidente tucano ponderou que não se deve usar a crise aérea partidariamente ou eleitoralmente. "Não é uma questão partidária, é uma questão muito séria, pois morreu muita gente. Não adianta ficar fazendo muito escândalo, o que ocorreu é muito trágico", disse ele, numa referência ao acidente com o Airbus da TAM em Congonhas, ocorrido no dia 17 do mês passado, que

vitimou 199 pessoas. Questionado sobre a onda de denúncias contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), FHC desconversou. Sem citar nominalmente o peemedebista, ponderou: "O que hoje mais irrita todo mundo é uma só palavra: a impunidade". Na sua avaliação, é necessário dizer que o País não está vivendo plenamente o seu Estado de Direito, "que é quando a lei vale". E continuou: "É preciso apurar tudo e punir. Sem punir, o povo não tem confiança e fica a impressão de que o crime compensa". Agências – Em Porto Alegre, o presidente da República em exercício, José de Alencar, declarou-se contrário à autonomia e à independência das agências reguladoras e disse que todas elas deveriam estar subordinadas ao ministério de suas respectivas áreas e ao presidente da República. "Eu sou contra essa autonomia e essa independência, porque o presidente delega autoridade a auxiliares, mas não lhes transfere a responsabilidade. A responsabilidade perante à Nação é do presidente", justificou Alencar. "Não tem sentido um ente (as agências) não ter de dar satisfação a ninguém". (AE)

O novo presidente da Infraero, Sérgio Gaudenzi, presente à cerimônia, seguiu a mesma linha de discurso: "Todos os aviões devem estar em condições de vôo, com todos os equipamentos funcionando. As pistas devem estar preparadas. Tem que olhar também a questão do peso." Gaudenzi afirmou que vê com naturalidade as mudanças que pretende promover na Infraero e que não tem encontrado resistências internas. "Isso é praxe no serviço público. As pessoas sempre colocam os cargos à disposição como forma de colaboração", afirmou. O novo presidente da Infraero disse que tem os nomes que

ocuparão cargos na empresa na cabeça, mas que não os divulgará antes de conversar com seu superior, Jobim. "Não existe impeditivo de ser um político (a ocupar cargos), mas é obrigatório ter viés técnico", afirmou. Integração – Gaudenzi disse que a empresa não tem problemas de orçamento e que a prioridade agora é a integração com o Departamento de Controle de Espaço Aéreo (Decea) e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). "É preciso identificar a responsabilidade de cada um, até para que ninguém leve a culpa sobre o que não lhe compete", frisou Gaudenzi. (Reuters)

Carlos Queiroz/AE

Muitos petistas, no entanto, avaliam que Jacques Wagner pode manter o eleitorado do PT no Nordeste ativo, afinal a região sempre foi "vista" como um dos melhores centros para captar votos para a legenda. Governar a Bahia pode colaborar com a candidatura do ex-ministro.

ADVERSÁRIO

O PSB prepara a candidatura do ex-ministro Ciro Gomes à presidência da República. A legenda também não recusa a idéia de fechar uma coligação com o PMDB. Ciro seria o vice de Aécio, o que é bem aceito pela legenda. Os dois partidos esperam pelo apoio do presidente Lula.

PRETENDENTES

Lula já admitiu que se o PT não puder contar com um candidato forte, a solução será apoiar um nome vindo de um partido aliado. O presidente tem grande simpatia por Aécio Neves. O governador mineiro garantiria o apoio do presidente se deixasse o PSDB e migrasse para o PMDB.

O PSDB dispõe de dois pré-candidatos ao Planalto: os governadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG). Nas pesquisas de opinião, o paulista leva vantagem , mas o mineiro espera se recuperar viajando pelo País e promovendo a imagem do seu governo na televisão e no rádio.

CHAPA

Segundo a PM, quatro líderes do MST foram presos durante o conflito

Conflito entre PM e semterra deixa 20 feridos

O

que deveria ser uma tentativa de solucionar o conflito agrário em Pedro Osório (RS) acabou virando confronto entre integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e ruralistas da região, com intervenção da Brigada Militar. Quatro líderes do MST foram presos e integrantes do movimento ficaram feridos, assim como alguns policiais, segundo a Brigada. As 200 famílias acampadas na Fazenda Palma foram ao salão paroquial de Pedro Osório para participar de uma audiência pública, que seria presidida pelo desembargador e ouvidor público federal Gercino José da Silva Filho.

No local, foram surpreendidas por um grande número de ruralistas e agredidas por policiais militares, de acordo com o deputado estadual Dionilso Marcon (PT), que acompanhou toda a movimentação. "A Brigada entrou atrás, espancando e prendendo lideranças. Bateram e espancaram a parte mais fraca, que são os sem-terra", contou o parlamentar aos jornalistas. Segundo Marcon, os integrantes do MST não estavam armados, pois foram revistados antes. Ele disse que há cerca de 20 pessoas feridas, inclusive as quatro lideranças que foram presas. Para o deputado, falta isenção aos policiais da região. (Agência Brasil)

PREPARAÇÃO

Prevalece no PT a tese de que o principal adversário será o PSDB, seja em 2008 ou na futura disputa de 2010. Os petistas estão cansados de ouvir que o candidato tucano é o favorito na campanha de 2010. Os tucanos garantem que já se preparam para voltar ao Palácio do Planalto.

APOIO

O QUE QUER

Serra sonha com uma chapa pura do partido, tendo Aécio Neves como seu vice. O paulista espera formar uma nova aliança política café-com-leite (São Paulo/Minas Gerais). Até o momento, o mineiro não aceita o posto oferecido pelo governador paulista. Tudo indica que a legenda sofrerá um racha até a campanha pelo Planalto.

Lula continua defendendo uma união dos partidos de esquerda que formam sua base aliada. O presidente deseja que essas legendas fiquem ao lado dos candidatos petistas durante as campanhas municipais de 2008. O principal ponto dessa aliança é a reconquista de São Paulo.

OFERTA

O senador Renato Casagrande (PSB), um dos relatores do processo contra Renan Calheiros, admite que em 20 dias sairá o parecer para o julgamento do presidente do Senado junto ao Conselho de Ética. Caso seja condenado, Renan aguardará pelo julgamento do seu caso no Plenário. Ele estará nas "mãos" dos colegas.

José Serra insiste na sua oferta ao mineiro, lembrando que ele seria o candidato do PSDB em 2014. Aécio não aceita a proposta do tucano paulista. Ele alega que enfrentaria Lula nessa campanha, o que reduziria suas chances de vitória. O presidente seria o grande "nome" da campanha, prevê o PSDB de Minas.

MIGRAÇÃO Aécio tem a alternativa de disputar a presidência pelo PMDB. A oferta já foi feita mais de uma vez pelo presidente da legenda, o deputado Michel Temer (PMDB-SP), louco para voltar ao poder. O governador de Minas, por enquanto, garante que não deixará o PSDB, mas já há quem duvide de sua promessa.

JULGAMENTO

CASSAÇÃO Renan Calheiros, que também enfrenta uma série de investigações por parte da Polícia Federal e do Superior Tribunal Federal (STF), corre um sério risco de perder o seu mandato. O senador, segundo levantamento do próprio PMDB, perdeu o apoio da maioria no Conselho de Ética. Já há quem duvide se ele será salvo de uma votação no Plenário.


sexta-feira, sábado e domingo, 10, 11 e 12 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Indicadores Econômicos

9/8/2007

COMÉRCIO

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7,4

por cento foi a queda registrada ontem nas ações ordinárias da Cosan, negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo.


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Finanças Empresas Imóveis Nacional

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 10, 11 e 12 de agosto de 2007

A tendência é a procura por esse tipo de imóvel continuar aumentando. Cláudio Bernardes, do Secovi-SP

A ONDA DOS EMPREENDIMENTOS HORIZONTAIS

CASAS EM "VILAS" SÃO O NOVO OBJETO DE DESEJO DOS PAULISTANOS

Thiago Bernardes/Luz

A oferta de residências em loteamentos fechados aumentou 8,5% na capital Maristela Orlowski Empreendimentos fechados e com segurança são cada vez mais procurados pela classe média

A

privacidade da casa, aliada ao conforto do apartamento. O desejo do paulistano de viver em um loteamento fechado ou condomínio horizontal, versão moderna das antigas vilas, resultou na explosão desse tipo de empreendimento no mercado imobiliário. De 2000 até junho de 2007, segundo dados do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), quase 70 mil novas residências pipocaram pela cidade e região metropolitana. Esta, por sua vez, foi a que mais se destacou, com mais de 44,6 mil unidades. No entanto, o número de lançamentos de empreendimentos horizontais na capital paulista no primeiro semestre de 2007 (13 mil unidades) superou em 8,5% o volume dos últimos seis anos. A demanda resultou na alta dos valores médios do metro quadrado, principalmente na cidade de São Paulo, que passaram de R$ 1.397 em 2000 para R$ 3.147 no primeiro semestre de 2007 – incremento de 125%. Na região metropolitana, os preços foram de R$ 1.254 para R$ 2.899, uma alta de 131%. Na opinião do vice-presidente do Secovi-SP, Cláudio Bernardes, imóveis desse tipo são produtos extremamente desejados. "A tendência é de esse mercado e a demanda continuarem em alta. Mas, só há possibilidade de construir esse tipo de empreendimento em lugares afastados, onde ainda há terrenos disponíveis, como na Granja Viana, por exemplo", diz. Segundo ele, os paulistanos não estão ligando para as distâncias: "Muitas vezes, é mais rápido pegar uma rodovia, como a Raposo Tavares, Anhanguera ou Castelo Branco, diariamente, que atravessar a cidade em meio ao trânsito caótico local". O engenheiro civil e consultor imobiliário Lincoln Jorge Marques lembra que a primeira etapa da fuga dos paulistanos para os empreendimentos horizontais ocorreu nas décadas de 1980 e 1990, principalmente em direção a Barueri e Santana do Parnaíba (Alphaville e Tamboré), Cotia (Granja Viana) e Arujá. Mais recentemente, o movimento se voltou para Jundiaí e Vinhedo, para os lados de Campinas. "Às vezes, o preço de um imóvel na Granja Viana, por exemplo, pode sair mais em conta do que um apartamento em um bairro Divulgação

Croqui de uma das 36 casas de loteamento da Tiner, em Campo Belo, zona sul de São Paulo, com total lazer. O preço é de R$ 4,5 mil o metro quadrado.

As residências são vendidas como de "alto padrão" e a preços elevados

nobre da capital", ressalta. Alto padrão – Para Marques, as pessoas mudam-se para um empreendimento desse tipo em busca de segurança e qualidade de vida. Pensando nisso, a Tecnisa lançou o Garden Ville, localizado na Chácara Flora, zona sul de São Paulo, com 32 casas de "alto padrão", com 188 metros quadrados, em terreno de 9 mil metros quadrados. "Privilegiamos o baixo número de casas e ainda colocamos sete pequenas praças no empreendimento, para servir de locais de leitura e descanso", conta o diretor-comercial da construtora, Douglas Duarte. As unidades, concluídas, custam a partir de R$ 628 mil. Cerca de 60% delas foram vendidas. Com a idéia de atuar mais fortemente nesse segmento do mercado imobiliário, Duarte revela que novos empreendimentos em Cotia e Mogi das Cruzes virão por aí. "Serão três ou quatro em Mogi, com dois, três e quatro dormitórios e amplas áreas de lazer. Já em Cotia, as casas serão um pouco menores, com dois e três dormitórios", comenta o executivo. A portuguesa Tiner Empreendimentos lançou, em junho, o Quadra Real, no Campo Belo, zona sul de São Paulo, com investimentos de R$ 35 milhões. São 36 residências de alto padrão, com metragens entre 258 e 631 metros quadrados, implantadas em um terreno de 10 mil metros quadrados. O lazer é completo, com direito a piscina coberta com raia de 25 metros e praça central com espelho d’água. Segundo o diretor-comercial da construtora, Antônio Neto, 95% das unidades já foram vendidas, a R$ 4,5 mil o metro quadrado. As obras serão iniciadas em fevereiro de 2008, com previsão de entrega para janeiro de 2010. Quem resolveu retomar os negócios no segmento hori-

zontal foi a Cyrela. A aposta é o Vertentes Granja Viana, lançado em julho, com valor geral de vendas (VGV) de R$ 54,6 milhões. O empreendimento é constituído por dois conjuntos de 74 casas de "alto padrão" – com metragens entre 208 e 393 metros quadrados – em dois terrenos que somam 90 mil metros quadrados. As unidades custam a partir de R$ 563 mil. Segundo o diretor de incorporações da empresa, Ubirajara Freitas, fazia três anos que a Cyrela não lançava um empreendimento horizontal. "O mais recente foi The Colony, na Cidade Jardim, que, mesmo em obras, já foi totalmente vendido", afirma. Loc ação – A demanda por imóveis em empreendimentos horizontais também é alta quando se trata de aluguel. De acordo com o gerente de Locação da Lello Imóveis, agência Moema, Jaime Silva, a procura por esse tipo de empreendimento aumentou consideravelmente nos últimos anos, principalmente em regiões como Campo Belo, Brooklin, Alto da Boa Vista e Morumbi. "As pessoas estão saindo de seus apartamentos para morar em casas, onde há mais qualidade de vida, com a mesma segurança dos condomínios verticais", diz. "Quem vem de fora também opta por esse tipo de imóvel." No entanto, ultimamente esses conjuntos residenciais têm sido vítimas de assaltos de quadrilhas organizadas, como ocorre nos prédios. Silva conta ainda que aqueles que desejam morar em uma casa em loteamento fechado desembolsam mensalmente um aluguel maior. "Geralmente, são entre 20% e 30% mais caras do que apartamentos do mesmo padrão", comenta. Residências entre 250 e 400 metros quadrados, por exemplo, custam entre R$ 6 mil e R$ 15 mil mensais, mas existem opções que chegarm a R$ 25 mil.

Aspecto de rua do Garden Ville, da Tecnisa, na Chácara Flora: 32 casas em 9 mil metros quadrados. Divulgação

Modelo do futuro salão de festas do Quadra Real, da Tiner Empreendimentos, na zona sul de São Paulo

Cuidados para quem vai comprar

A

lguns pontos básicos diferem os condomínios horizontais dos loteamentos fechados. Conforme explica o presidente da Associação dos Condomínios Horizontais, Urbanísticos e Loteamentos Fechados do Estado de São Paulo (Asconhsp), Sílvio Cabral Filho, nos segundos – regidos pela Lei n° 6.766, de 1979, de Parcelamento do Solo Urbano – comercializa-se um terreno, não existe fração ideal e nem áreas comuns. Eles podem ser geridos por uma associação de moradores, com personalidade jurídica e estatuto social registrado em Cartório de Pessoa Jurídica. Neles, o fechamento do perímetro e o controle do acesso são concedidos pela prefeitura local, apesar de essas medidas serem, segundo vários juristas, inconstitucionais e uma violação da lei de uso do solo. Já no condomínio horizontal, regido pela Lei n° 4.591, de 1964, o fechamento da área é regulamentado. O incorporador vende o terreno com a casa. A fração ideal é calculada sobre as áreas comuns existentes. O empreendimento é aprovado já com a edificação e possui convenção

registrada no Cartório de Imóveis. Os moradores se reúnem em assembléia para aprovar e ratear as despesas comuns. Nos loteamentos fechados., a grande discussão é quanto à obrigatoriedade do pagamento do rateio das despesas mensais que as associações de moradores tentam impor a todos. Divergências – Para Cabral Filho, a obrigatoriedade do pagamento da divisão mensal advém do fato de que as despesas feitas resultam em benefícios para os moradores. Esse rateio, geralmente, segundo as associações, é destinado ao pagamento de serviços prestados, como segurança, manutenção de ruas e áreas de lazer, limpeza, entre outros. No entanto, essa obrigatoriedade viola o Código de Defesa do Consumidor. Para o presidente da Associação das Vítimas de Loteamentos do Estado de São Paulo (Avilesp), Nicodemo Sposato Neto, muitos loteamentos são constituídos ou há o fechamento de conjunto de ruas por associações de moradores à revelia da lei de uso e parcelamento do solo. Assim, a condição e obrigatoriedade do ra-

teio de despesas não consta do memorial do loteamento e das escrituras dos proprietários. "As administradoras acabam fazendo o papel de prefeitura e obrigam o cidadão a pagar por algo que ele não quer. Essa cobrança é proibida." A briga de quem não concorda com a taxa acaba na Justiça. "O recurso ao Judiciário, em vez de configurar a cobrança de um direito, é a última etapa do processo de extorsão que as associações e administradoras movem contra os moradores supostamente inadimplentes", afirma Sposato. Uma dessas brigas, de uma moradora do loteamento Vale do Eldorado, no Rio de Janeiro, foi parar no Superior Tribunal de Justiça. No dia 10 de maio deste ano, a terceira turma do tribunal decidiu, por unanimidade, dar ganho de causa à moradora. Os ministros determinaram que a associação de moradores não pode ser considerada condomínio legalmente constituído. Assim, os compradores de lotes não podem ser obrigados a se associar à entidade e os moradores não são obrigados a pagar taxas de condomínio ou manutenção.


Congresso Planalto Viagem CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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LULA CONDENA DESCASO COM O ÁLCOOL Divulgação

sexta-feira, sábado e domingo, 10, 11 e 12 de agosto de 2007

Evidentemente, eles não queriam voltar e foram mandados para aquela ditadura horrorosa. Luiz Felipe Lampreia

LULA CRITICA POLÍTICA DO ÁLCOOL DE FHC Na Jamaica, presidente diz que se FHC não tivesse desprezado a produção do álcool em seu governo, a futura onda do biocombustível poderia ter sido antecipada

O

presidente Luiz Inácio Lula da Silva acusou o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2003) de ter se mostrado "insensível" à retomada do projeto de produção de álcool combustível no final dos anos 90 e de tratar os empresários do setor sucroalcooleiro como "marginais". Em discurso a empresários brasileiros e jamaicanos em Kingston, na Jamaica, Lula explicou a história do projeto do álcool no Brasil, elogiou a decisão "extremamente acertada" do ex-presidente general Ernesto Geisel por apostar no Proálcool, na década de 70, e insistiu que, na sua administração, os empresários do setor tornaram-se "personalidades internacionais". Vergonha – "Os empresários sabem que eram tratados como marginais. O governo tinha vergonha deles", afirmou Lula, ao relatar que a administração FHC havia recusado as propostas do PT de renovação

da frota de automóveis do Brasil com veículos movidos a álcool e de substituição de carros oficiais também por esses modelos, que poderiam ter antecipado a nova onda dos biocombustíveis. "O governo tinha vergonha deles. Agora, os empresários estão virando personalidades internacionais. Talvez, eles recebam hoje mais visitas do que já receberam em toda a sua vida", completou, ao destacar a política incentivada por seu governo para a primeira-ministra da Jamaica, Portia Simpson Miller. 'Casa arrumada' – Lula defendeu ainda, durante o encerramento do Fórum de Negócios sobre Etanol e Biodiesel, que a política dos biocombustível não seja regida a partir da lógica da União Européia, onde a economia e a sociedade não necessitam da produção de álcool como um meio de desenvolvimento sustentável para a erradicação da fome e da pobreza.

Aos europeus, insistiu ele, caberia a função de consumir o etanol e o biodiesel fabricado em países em desenvolvimento e, assim, compensar o mundo por suas emissões de poluentes na atmosfera. Para Lula, essa é uma das oportunidades oferecidas pelo mundo em desenvolvimento aos países mais ricos. "Eles já estão com a casa arrumada, tomam café da manhã, almoçam e jantam todos os dias e têm uma renda per capita de US$ 25 mil a US$ 30 mil", sustentou. "Quem deve comprar o biocombustível? Eles, que são os maiores poluidores do planeta". Inauguração – A Jamaica conta com três plantas de conversão de etanol – uma delas, a JB Ethanol, com tecnologia brasileira, inaugurada ontem pelo próprio Lula e outras duas com investimentos brasileiros. O governo jamaicano também aprovou uma lei que obrigará a adoção da mistura de 10% do álcool na gasolina a partir do ano que vem. (AE)

Lulinha deve depor sobre Gamecorp

A

prevalecer a determinação do procurador da República Rodrigo Ramos Poerson, a Delegacia Fazendária da Polícia Federal (PF) do Rio deverá intimar para prestar depoimento Fábio Luiz da Silva, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o auditor e consultor de empresas Antoninho Marmo Trevisan, para explicarem o contrato firmado entre a Gamecorp – empresa do filho do presidente – e a Telemar. Foi Poerson quem, a partir de um requerimento aprovado pela Câmara de Belém, por iniciativa do vereador Iran Moraes (PSB), determinou a investigação do contrato firmado entre as duas empresas. Moraes, com base em noticiário de jornal, apresentou aos demais colegas a proposta de requerimento de investigação à Procuradoria da República, o que foi aprovado em plenário.

"Eu juntei a documentação que consegui no noticiário da internet sobre o contrato das duas empresas. Achei estranho que uma empresa com capital de menos de R$ 500 mil firmasse um contrato de R$ 4,9 milhões com a Telemar. Certamente a Telemar está buscando algum favor no governo do presidente Lula", afirmou ontem, por telefone, o vereador do PSB de Belém. Gamecorp – Na solicitação – ofício 246/2006 –, o procurador da República justifica a apuração dizendo que "desproporcional aporte de recursos financeiros estaria sendo direcionado à empresa Gamecorp, única e exclusivamente em razão de contar com a participação acionária do filho do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, Fábio Luiz da Silva". Apesar de aprovado em fevereiro de 2006, o documento

só foi encaminhado à PF fluminense em 18 de outubro. Somente no dia 29 é que o inquérito 1267/2007 foi instaurado na Delegacia Fazendária. A demora na abertura da averiguação foi decorrência do acúmulo de serviços que a delegacia tinha – procedimentos de 2005 só foram abertos no fim de 2006 – e da pequena equipe disponível, reforçada no fim do ano. O primeiro passo do delegado encarregado da investigação Júlio César Rodrigues, foi pedir à Gamecorp, à Telemar e à Junta Comercial papéis relacionados à empresa do filho de Lula e ao contrato em si. Somente depois que estes documentos lhes forem entregues é que ele avaliará se cabe à polícia do Rio fazer a apuração. O inquérito seguiu esta semana para a Justiça, para ser distribuído a uma das oito Varas Criminais Federais. (AE)

Henrique De La Osa/Reuters

Lampreia: deportação foi 'vergonhosa De volta: o rápido retorno de Rigondeaux (acima) e Lara intrigou o ex-ministro Lampreia e o Senado

O

ex-ministro das Relaçõ es E x te ri o re s do Brasil Luiz Felipe Lampreia disse ontem que a atitude do governo brasileiro de mandar de volta à Cuba os boxeadores Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara, que tinham abandonado a delegação cubana durante os jogos Pan-Americanos, "foi um ato vergonhoso por parte do governo brasileiro". O ex-chanceler está entre os que não acreditam na versão dada pela polícia brasileira e pelos atletas, agora em Cuba, de que voltaram porque desejaram assim. "Evidentemente, eles não queriam voltar e foram mandados para aquela di-

tadura horrorosa pelo governo brasileiro. Deus sabe o que vão passar lá", disse Lampreia. O embaixador, que não é jurista, não soube dizer se a ação do governo brasileiro foi legal. "Mas, sem dúvida, foi imoral", ressaltou. Depois de deixarem o Pan, os boxeadores tiveram contato com uma agência privada de boxe para a qual iriam trabalhar. Mas foram detidos pela polícia na turística Região dos Lagos, no Estado do Rio, sob a justificativa de estarem sem documentos. A partir daí, foram mantidos em liberdade vigiada e rapidamente embarcados de volta para Cuba, onde disseram que

tinham sido drogados e por isso teriam abandonado o Pan. Itamaraty não sabia – O ministro interino das Relações Exteriores, embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, disse ontem que o Itamaraty não foi informado sobre a situação dos atletas cubanos que desertaram. "O Itamaraty não tem competência nesse tipo de situação, não tivemos conhecimento do que ocorreu", disse Guimarães. Convite a Tarso – A Comissão de Relações Exteriores do Senado aprovou convite ao ministro da Justiça, Tarso Genro, para explicar a "localização, captura e rápida deportação" dos dois atletas. (AE)

Alan Marques/Folha Imagem

Embalo jamaicano: ao lado da primeira-ministra Portia Simpsom Miller, Lula inaugura planta de etanol Marcelo Ximenez/AE

Fábio Luiz da Silva, o Lulinha: Delegacia Fazendária da PF ameaça intimá-lo para explicar os detalhes do contrato firmado entre a Gamecorp e a Telemar


Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Patrícia Santos/AE

Airbus descarta defeito em avião

1 MAIS NA INTERNET: www.dcomercio.com.br J Ouça novo trecho do diálogo entre os pilotos do

Airbus da TAM com a torre de Congonhas.

de o reverso estar ( Apesar desativado, dirigente da Airbus disse que equipamentos da aeronave estavam em ordem. de vôo do ( Controlador Aeroporto de Congonhas que

Em depoimento prestado ontem à CPI do Apagão, o vice-presidente de segurança de vôo da Airbus, Yannick Malinge, negou que houvesse problemas mecânicos no Airbus A320 da TAM, que se acidentou no dia 17 de julho, matando 199 pessoas. As informações prestadas à CPI, segundo ele, foram baseadas em dados das caixas-pretas da aeronave.

orientou piloto disse que não havia problemas aparentes no pouso. relator da CPI, pista do ( Para Aeroporto de Congonhas está praticamente livre de culpa em relação ao acidente com o Airbus.

Forte nevoeiro obrigou o aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, a operar por instrumentos, ontem. Em Brasília, depoimentos à CPI do Apagão Aéreo ainda não conseguem desvendar as causas da tragédia com Airbus da TAM.

a maior

Beto Barata/AE

Beto Barata/AE

tragédia

O

vice-presidente de segurança de vôo da Airbus, Yannick Malinge, negou ontem problemas mecânicos no Airbus A320 da TAM, que se acidentou no dia 17 de julho, matando 199 pessoas. "Não houve um funcionamento anormal do avião no momento do acidente", afirmou Malinge, em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão, na Câmara. Segundo ele, as informações e os dados das caixas-pretas da aeronave indicam que não houve falhas nem problemas no sistema de frenagem do avião. "Nós não vemos nenhuma pane neste acidente", disse várias vezes Malinge. "Evidentemente que quando há um acidente nós não podemos descartar hipótese nenhuma. Mas nós nos confortamos ao ouvirmos as gravações, pois não houve uma pane nem falha do computador de bordo", afirmou. O engenheiro aeronáutico disse ainda que o Airbus da TAM teve os manetes, os freios, os spoilers e o reverso funcionando normalmente. "Os dados disponíveis mostram que a frenagem do avião funcionou normalmente: os freios, os spoilers e o reverso. Existem duas possibilidade de utilizar os freios: a frenagem automática e a manual", afirmou. Porém, na gravação de voz da caixa-preta da aeronave, o co-piloto emitiu o aviso "spoilers, nada", logo após o início do procedimento de pouso. Malinge afirmou que as regras internacionais de segurança permitiam que o Airbus da TAM voasse com o reverso direito travado, mas que a TAM poderia adotar práticas mais rigorosas para o sistema. Apesar do depoimento, o engenheiro disse que ainda não há uma resposta sobre as causas do acidente e que é necessário aguardar a conclusão das investigações. Durante o depoimento, Malinge leu uma carta do presidente da empresa, Louis Gallois,

Controladores de Congonhas em depoimento à CPI: procedimento de pouso foi normal, apesar da chuva Filipe Araújo/AE

Helicóptero cai e mata 3 em Brasília

Yannick Malinge, da Airbus: avião não tinha problemas mecânicos

autorizando que ele preste todos os esclarecimentos necessários à CPI e prestou condolências às famílias das vítimas, em nome da empresa. Foi o primeiro depoimento de um representante da Airbus à CPI. Falando em francês, mas com intérpretes, Malinge disse que a empresa não tem escritório no Brasil, mas um representante técnico para manter contato com as companhias aéreas que possuem aeronaves da Airbus. Freios - Malinge repetiu informações já constatadas, como a posição dos manetes da aeronave. "Os freios manuais foram utilizados. Não houve funcionamento anormal dos freios", disse ele. Entretanto, acrescentou que o manete do motor 2 do Airbus estava acionado para aceleração. Isso impossibilitou, segundo ele, que os "spoilers" (equipamento que fica em cima das asas e que ajuda na frenagem) fossem acionados. "Existe um certo número de parâmetros gravados e que apresentam uma boa coerência de sistemas. O regime do sistema estava de acordo com a posição da manete. Então, po-

demos excluir uma pane mecânica. Hoje, não vemos nenhuma pane", disse ele. Controladores -O depoimento do representante da Airbus foi reforçado pelos controladores de vôo que estavam na torre no momento do acidente, que também foram ouvidos ontem na CPI. O controlador Celso Domingos Alves Júnior, responsável pela autorização da aterrissagem do Airbus, afirmou que os pilotos da aeronave não relataram aos controladores problemas durante o vôo 3054. Segundo Alves Júnior, havia uma "chuva leve" na hora em que o avião iria pousar. "Aparentemente estava normal. Não havia recomendação específica", disse o sargento da Aeronáutica, que tem dois anos de profissão. "Ocorreu tudo normal, ele (o piloto) tocou tudo normal. Ele apenas perguntou sobre o estado da pista. Aparentemente, ele manteve uma certa velocidade (após o pouso)." Segundo o controlador, foi possível ver que o avião manteve uma certa velocidade ao pousar, e, depois, sair da pista,

U

Escombros do prédio da TAM Express são vistoriados em busca de pistas

até a colisão. O controlador disse que, pela velocidade em que o avião pousou, esperava que o piloto fizesse alguma manobra para evitar a colisão. O depoimento de Yannick Malinge levou o chefe da comissão de investigação do acidente com o avião da TAM, tenentecoronel Fernando Camargo, a informar que os dados da caixapreta não apontam indícios de falha mecânica. O oficial do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) ressalvou, porém, que a hipótese não está descartada. A afirmação revoltou os deputados. Para Vic Pires Franco (DEM-PA), Malinge "estava no papel dele de defender a Airbus, mas o Cenipa não pode

dar este aval". Pista isenta - O relator da CPI, deputado Marco Maia (PT-RS), sinalizou ontem que a pista de Congonhas pode estar isenta dos fatores que contribuíram para a tragédia. Porém, o relator salientou que as suspeitas sobre a pista não serão descartadas até o cruzamento de informações com os dados contidos nas caixas-pretas da aeronave. "A pista vai se afastando como um fator preponderante na questão do acidente", disse Maia. O presidente em exercício da CPI, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), concordou com o colega. (Agências) Mais sobre aviação na página 2 e em Política (página 4).

m helicóptero do Corpo de Bombeiros caiu ontem à tarde na cidade satélite de Ceilândia, próximo a Brasília. Segundo a Polícia Militar, os três tripulantes, todos bombeiros, morreram. Uma outra pessoa foi atingida no solo, mas sobreviveu. O acidente ocorreu enquanto os bombeiros içavam um corpo, próximo a uma usina de lixo da cidade. Durante a operação, o cabo utilizado no trabalho se soltou e atingiu a hélice do helicóptero, provocando o acidente. Amazonas - Um avião Embraer 810, conhecido como Sêneca 2, com cinco pessoas a bordo, caiu na manhã de ontem em Borba (AM). O avião ultrapassou a pista do aeroporto, chocando-se com a vegetação. Os feridos foram atendidos no hospital da cidade e liberados. (Agências)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 10, 11 e 12 de agosto de 2007

LAZER - 1

Arte e fé

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00 obras estão na exposição Aleijadinho e Seu Tempo – Fé, Engenho e Arte, no Centro Cultural Banco do Brasil (R. Álvares Penteado, 112, tel.: 3113-3651). Terça a domingo, das 10h às 20h. Até 14 de outubro. Grátis.

Cor do Brasil

B

ambu zal, de 1978, está entre as pinturas da mostra Antonio Henrique Amaral na BM&F: 50 anos de Obra em Processo, no Espaço Cultural BM&F (Praça Antonio Prado, 48). Segunda a sexta, das 10h às 18h. Até 14 de setembro. Grátis.

Modernos

N

o Masp, Da Bauhaus a (Agora!), da Coleção DaimlerChr ysler reúne 100 peças de ícones do século XX, como Andy Warhol, Hans Arp, Max Bill e outros. Terça a domingo, das 11h às 18h; quinta até 20h. Começa na quarta (15) e vai até 28 de outubro. Avenida Paulista, 1578, tel.: 3251 5644. Ingressos: R$ 15. Grátis para menores de 10 e maiores de 60 anos.

À esquerda, Leão deitado e Leão sentado, os curiosos felinos esculpidos por Nuca.

BARRO COM SOPRO DE VIDA Lúcia Helena de Camargo

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Roda-gigante exposta na sala dos brinquedos. Delicadeza e o lúdico em arte popular.

intenção foi reunir peças importantes da arte popular brasileira feita nos dias de hoje. O resultado está na exposição Do Tamanho do Brasil - Mostra de Arte Popular, em cartaz na unidade provisória do Sesc Avenida Paulista. Foram trazidas para São Paulo os bonecos do pernambucano Mestre Vitalino (19091963), que mostram a vida no campo, a vaquejada, os casamentos, enterros e procissões, também as figuras de sua conterrânea Lídia Vieira (1911-1974), ceramista de Tracunhaém; os belíssimos trabalhos de GTO (Geraldo Teles de Oliveira, 1913-1990), que tinha mais de 50 anos quando começou a esculpir, entre muitos outros. No total, 300 obras traçam um interessante panorama da arte produzida por gente que às vezes nem se dá conta de que é artista. "O Brasil tem uma quantidade imensa de artistas que muitos desconhecem", diz a curadora da mostra, Janete Costa, que há mais de 40 anos coleciona e cataloga essas obras. Ela defende que a produção contemporânea ganhe lugar na divulgação ao lado dos "mestres do passado", mais valorizados, e cita como exemplo significativo as obras de Zé do Chalé (José Cândido dos Santos), nascido em 1903, que esculpe "troféus" adornados por índios, pássaros, folhas e cruzes. "Esse homem tem 105 anos, nunca saiu de Sergipe, e continua produzindo trabalhos que usam como referência a religiosidade e suas raízes indígenas". Dotados de forte expressão, suas esculturas lembram os totens de Emanoel Araújo. "Os dois jamais se encontraram: a semelhança tem sua essência no imaginário", analisa. Grande parte das obras retrata figuras do cotidiano sertanejo, como os lavradores e grávidas feitas em madeira pintada por Véio (Cícero Alves dos Santos, 1948) ou pessoas do povo, presen-

tes nos trabalhos de Isabel Mendes da Cunha (1924), mais famosa ceramista do Vale do Jequitinhonha (MG). Suas mulheres de cerâmica amamentam, carregam filhos e flores, sempre com o olhar baixo, como se resignadas a uma vida sem grandes planos. As peças esculpidas por Alcântara (José de Moura Alcântara, 1946) ganharam cenografia especial. A realista Onça Carregando Filhote, feita em madeira policromada, foi colocada em um nicho iluminado, sobre um tapete de folhas, cenário que a faz parecer ainda mais viva. Já Laurentino Rosa dos Santos (1937), da cidade paranaense de Rio Grande do Sul, entalha homens-cataventos, cangaceiros, esportistas, muitos portando enormes facões, cuja finalidade seria protegê-los contra o demônio, a bruxaria e o quebranto. Entre os mais curiosos estão os leões de terracota do pernambucano Nuca (Manoel Gomes da Silva, 19372004). Ele começou a esculpir os felinos sob encomenda, para um antiquário de Recife, tendo como modelo os leões colocados na entrada das casas em modelo português, comuns na região. Mas passou a imprimir seu estilo às obras, de maneira que os leões acabaram com feições parecidas a cachorros bonachões, mas com jubas. Na sala dos brinquedos – em cerâmica e madeira – há bem-acabadas miniaturas de roda-gigante, carrossel, a bilheteria de um parque de diversões, o carrinho do pipoqueiro, trens, barcos, aviões. Tudo lúdico e ingênuo, sem robôs que se transformam ou seres de outro planeta. A simplicidade do material usado – argila – contrasta com a expressividade das criaturas fantásticas de Galdino (Manuel Galdino de Freitas, 1924-1996). "Ele era único e não deixou alunos. Ninguém faz nada parecido", diz Janete. Mais um motivo para visitar essa mostra, composta de muitas figuras como essa, feitas de barro. Mas com alma.

Cata-vento, de Laurentino. E Roda Viva, madeira entalhada por GTO na década de 1980.

Sesc Avenida Paulista Avenida Paulista, 119, tel.: 3179-3700. Terça a sexta, das 11h às 21h; sábado e domingo, das 11h às 20h. Até 2 de setembro. Grátis.

TORRE DE BABEL, DE GERALDO SOUZA DIAS, NA PINACOTECA Mostra traz 276 pinturas e 249 chassis sem telas, no Projeto Octógono Arte Contemporânea. Até 9 de setembro. Praça da Luz, 2, tel.: 3324-1000. R$ 4.

Fotos: Divulgação

NÃO DEIXE DE VER

Exposição traça panorama da arte popular brasileira, com 300 obras de artistas talentosos, que às vezes nem se dão conta da grandiosidade e força de expressão de seus trabalhos.

VISUAIS


Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO

MERCADOS ESTÃO À BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS

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3,28

por cento foi a queda da Bolsa de Valores de São Paulo ontem, atingida pelo crise das hipotecas dos EUA.

Lucas Jackson/Reuters

sexta-feira, sábado e domingo, 10, 11 e 12 de agosto de 2007

Crise no segmento imobiliário dos Estados Unidos chega a banco europeu

O

alastramento para um banco europeu dos problemas de liquidez causados pela crise no setor norte-americano de hipotecas de segunda linha, o chamado subprime, determinou ontem intervenções do Banco Central Europeu (BCE) e do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) por meio da oferta de recursos ao mercado. O BCE injetou US$ 130,2 bilhões nos bancos europeus em caráter de emergência, e o Federal Reserve forneceu no mercado aberto o maior montante em dólares desde abril deste ano, um total de US$ 24 bilhões. O Banco do Canadá também afirmou que vai oferecer liquidez para dar suporte à estabilidade do sistema financeiro canadense e o funcionamento contínuo dos mercados financeiros. O BC do Canadá vai recomprar títulos públicos na próxima quartafeira por US$ 381 milhões. A ação que levou as bolsas a caírem se resume no seguinte: o francês BNP Paribas anunciou que congelou o resgate de três de seus fundos, cujos ativos totalizam US$ 2,2 bilhões, por incapacidade de mensuração de valores; e o alemão

Commerzbank avisou que foi obrigado a fazer provisões para cobrir perdas em relação ao subprime. A reação foi a atuação coordenada dos bancos centrais da Europa, Estados Unidos e Canadá, que injetaram recursos no mercado para oferecer liquidez aos participantes. O Bundesbank, o banco central alemão, também agiu ontem, ao comunicar uma nova reunião para discutir uma crise financeira do IKB Deutsche Industriebank, que tem participação do governo e está com problemas. Os analistas interpretaram a notícia como uma indicação de que o BC alemão organizava um pool para aliviar as dificuldades do IKB, causando nervosismo – operação depois confirmada. "O grave do dia de ontem é que o subprime parece, enfim, ter acertado uma grande instituição (BNP). Além disso, chama a atenção estarem ocorrendo problemas em carteiras alemãs, uma vez que estes investidores são bastante conservadores", comentou o gerente de análise de riscos da Infinity, André Ng. Na opinião dele, o volume elevado de recursos injetados

no mercado pelos bancos centrais desses países pode ser um forte indício de que as autoridades estão vendo turbulências mais adiante, e estariam se antecipando a elas. Vale destacar que, por enquanto, as notícias que têm pipocado a respeito do crédito subprime mostram apenas um lado, o dos gestores. Os investidores ainda não se desatinaram numa corrida de saques e, por isso, ainda não viraram fato. Uma possibilidade aventada no mercado financeiro é a de que isso não está ocorrendo porque os principais credores desses fundos de alto risco são outras instituições financeiras, que estão preferindo se resguardar: uma corrida aos saques pode gerar um problema sistêmico, e o momento agora pede cautela. Crise deve continuar – As bolsas de valores da Ásia abriram em queda hoje, seguindo o forte declínio que ocorreu no mercado de ações dos EUA e da Europa ontem, fato que indica que a turbulência ainda deve continuar. A Bolsa de Tóquio abriu com o índice Nikkei 225 em queda de 2,12%. Já a Bolsa de Seul abriu com queda de 3,3%. (AE)

Ações em baixa e mais crise à vista

O

mercado norte-americano de ações teve uma queda forte ontem, com os principais índices fechando nas mínimas do dia. O Dow Jones fechou com a segunda pior baixa registrada neste ano (ele havia caído 416 pontos em 27 de fevereiro). Das 30 componentes do Dow, apenas uma ação fechou em alta (General Motors +0,09%). Entre as que mais caíram estavam as do setor financeiro (Citigroup -5,23%, JP Morgan -5,02%) e as da varejista Home Depot, que recuaram 5,32%, depois de a empresa anunciar que está renegociando os termos da venda de sua unidade de suprimentos para três grupos de private equity, porque a instabilidade dos mercados financeiros continua a dificultar a conclusão de fusões e aquisições (o preço anunciado era de US$ 10,3 bilhões). As ações da seguradora

AiG também recuaram 3,28%, apesar de o lucro da empresa no segundo trimestre ter superado as previsões. A AiG também advertiu que a insolvência está crescendo não apenas entre as hipotecas de segunda linha ("subprime"), como também nas "prime". As ações da Goldman Sachs caíram 5,72%, depois de o banco de investimentos anunciar que um segundo de seus fundos de hedge viu-se obrigado a vender ativos. No mesmo setor, as ações da Bear Stearns perderam 5,8%, e as da Lehman Brothers, 7,1%. Prejuízos – O índice Dow Jones fechou em queda de 387,18 pontos (2,83%), em 13.270,68 pontos. A máxima chegou a 13.652,33 pontos e a mínima foi alcançada no fechamento. O Nasdaq teve retração de 56,49 pontos (2,16%), em 2.556,49 pontos (mínima do dia). O Standard & Poor's-500 caiu

devem voltar até o ano de Livro mostra o 1907 para obter insights caminho do crash sobre os mecanismos

capazes de desencadear um crash. "The Panic of 1907", de Robert Brunner e Sean Carr, começa com o suicídio do eminente banqueiro Charles Barney, de Nova York. Barney foi uma das muitas vítimas – tanto individuais quanto DC

A

reviravolta atual nos mercados globais está levando muitos em Wall Street a traçar comparações com a agitação vista em 1998, 1987 e até mesmo 1929. Mas um novo livro sugere que os investidores

Fone/Fax: (11)

44,40 pontos (2,96%), para 1.453,09 pontos (mínima do dia). O NYSE Composite perdeu 296,89 pontos (3,05%), para fechar em 9.449,31 pontos. O volume negociado na NYSE alcançou 2,749 bilhões de ações, de 2,598 bilhões ontem; 713 ações avançaram, 2.629 caíram e 63 fecharam nos mesmos níveis de ontem. No Nasdaq, o volume alcançou 3,535 bilhões de papéis negociados, de 3,517 bilhões ontem, com 1.092 ações fechando em alta e 2.000 com perdas. Os preços dos títulos do Tesouro dos EUA dispararam, com correspondente queda nos juros. Os Treasuries cujos preços mais subiram foram os de prazos mais curtos. Com isso, a curva de juros ganhou a maior inclinação desde setembro de 2005, com o spread entre o juro das T-notes de 2 e de 10 anos ampliando-se para 32 pontos-base. (AE) institucionais – de uma tentativa de dominar o mercado em ações da United Copper Company, que levou vários bancos à beira da falência. O lançamento será em setembro e vai coincidir com o 100º aniversário de uma das maiores catástrofes financeiras da história dos EUA. (Reuters)

Para garantir liquidez e acalmar os ânimos, o banco central dos Estados Unidos injetou US$ 24 bilhões

Bolsa paulista registra queda. Dólar e risco Brasil sobem.

A

Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), uma das mais líquidas entre os emergentes, foi naturalmente atingida pela crise do mercado de hipotecas de segunda linha dos Estados Unidos e fechou com queda expressiva, de 3,28%, aos 53.430,8 pontos, depois de ter caído 3,47% na mínima do dia, aos 53.324 pontos (registrada em menos de uma hora de pregão). Na máxima, a bolsa registrou 55.213 pontos (-0,05%). Com o recuo de ontem, o Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, voltou a acumular perdas no mês, de 1,39%. No ano, a alta acumulada passou a 20,14%. Com o noticiário negativo externo, apenas cinco ações subiram na Bovespa, que também acabou não reagindo aos balanços corporativos anunciados ontem. Os papéis das aéreas se destacaram: Gol PN avançou 2,55%. A empresa comunicou prejuízo líquido consolidado de R$ 35,371 milhões no segundo trimestre, menor do que previam os analistas), TAM PN teve aceleração de 2 51% e Embraer ON, de 0,85%. A Telemar PN subiu 0,36% e as units ON do Unibanco registraram avanço de 0,18%. O

Maurício Lima/AFP

O mercado financeiro brasileiro reagiu mal às turbulências externas

Unibanco divulgou lucro líquido de R$ 841 milhões no segundo trimestre, com crescimento de 53,5% em relação ao mesmo período de 2006, em linha com as previsões dos analistas do mercado financeiro, de R$ 805 milhões. No semestre, o lucro líquido atingiu R$ 1,422 bilhão. As units ON do banco valorizaram 0,18%. Também divulgou resultados a ALL (lucro líquido consolidado de R$ 52,1 milhões no segundo trimestre) e a Usiminas (lucro de R$ 802 milhões no segundo trimestre, resultado em linha com as projeções dos analistas, que apontavam para R$ 790 milhões). A Cyrela Commercial Pro-

perties (CCP) ON caiu 13,75% no primeiro dia de negociação na Bovespa e liderou as perdas do Ibovespa. O papel foi desmembrado a partir de Cyrela ON (-1,97%) que subiu forte nos últimos dias com a expectativa de que a cisão parcial da companhia iria elevar o valor das duas empresas, já que a CCP ganharia maior capacidade de alavancagem, segundo o Empresas e Setores. O dólar à vista fechou com forte valorização, e foi cotado a R$ 1,926 na roda da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), com variação de 2,07%, e no balcão, 2,12%. O risco Brasil saltou 6,8%, e alcançou 187 pontos. (AE)

Meirelles: "Absoluta normalidade"

O

ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem que o Brasil está no time dos países "muito sólidos", habilitados a enfrentar um nervosismo maior ou menor no setor financeiro. "O mercado não está preocupado com o Brasil", afirmou o ministro, ao comentar a turbulência internacional gerada pelo segmento de crédito imobiliário de alto risco dos Estados Unidos. Apesar de os problemas nas hipotecas norte-americanas terem atingido em cheio a Bovespa, com queda no preço de quase todas as ações, o ministro afirmou que o nervosismo não chegou ao Brasil. Ele contou que, ao ver o movimento dos mercados ontem pela manhã consultou a área técnica da Secretaria do Tesouro Nacional e verificou que não houve pressão de venda dos títulos do governo brasileiro. Mas os preços dos bônus da dívida brasileira caíram de forma acentuada. Já o presidente do Banco

Central, Henrique Meirelles, afirmou que, apesar do aumento na volatilidade nas bolsas internacionais e também na brasileira, o mercado nacional vem "operando sob absoluta normalidade".

Segundo ele, políticas como o câmbio flutuante, ampliação de reservas internacionais e o compromisso do governo com a estabilidade de preços deram à economia do País maior resistência às turbulências. (AE)


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Ambiente Educação Av i a ç ã o Saúde

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 10, 11 e 12 de agosto de 2007

Quando eu desci, disse: pulamos uma fogueira. E todo mundo riu. Deputado Júlio César Lima

MANOBRA EM AVIÃO PT GOV EVITA ACIDENTE

Pouso forçado. Com 15 deputados dentro. Avião da Gol saiu de Brasília com destino a São Paulo. Problema no trem de pouso fez piloto ir para Cumbica e assustou passageiros, como Frank Aguiar e Aldo Rebelo. Lalo de Almeida/Folha Imagem - 28/03/2007

a maior

tragédia

AMBIENTE Modelo meteorológico prevê temperaturas recorde após 2009.

U

m avião com cerca de 15 deputados a bordo fez um pouso forçado ontem no aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP). O avião, um Boeing da Gol, prefixo PT GOV, saiu de Brasília às 14 horas com destino a São Paulo. Um defeito no trem de pouso fez o piloto desviar do Aeroporto de Congonhas, na zona sul, para Guarulhos. Após sobrevoar para gastar combustível e cogitar uma aterrissagem de barriga, o piloto informou a torre sobre o problema, que acionou vários carros de bombeiros e ambulâncias. Cinco carros dos bombeiros se posicionaram, mas a aeronave conseguiu pousar no fim da pista, às 16h. O deputado federal Júlio César Lima (DEM-PI) disse que "saltou uma fogueira" quando desceu da aeronave, acompanhado dos deputados Frank Aguiar (PTB-SP) e Aldo Rebe-

Ó RBITA

PASSAPORTE A partir de hoje, agendamento para passaporte poderá ser feito via internet (www.dpf.gov.br) .

Márcio Fernandes/AE

Aeroporto de Cumbica, onde Boeing PT GOV da Gol, com 15 deputados a bordo, fez pouso forçado ontem

lo (PCdoB-SP). "Tinha tantos bombeiros e ambulâncias na pista que ficamos mais assustados ainda", disse César. Segundo o parlamentar, a tripulação foi informada de um problema pelo piloto no sistema de freios, mas não forneceu detalhes aos passagei-

ros. "O avião ficou rodando e desviaram o pouso para Guarulhos. Ficamos muito apreensivos, mas o piloto tentou tranqüilizar os passageiros", comentou o deputado. Lima afirmou que veio a São Paulo para tratar de assuntos pessoais e contou que só teve

medo com o avião já em solo. “Fiquei com medo quando vi todos aqueles bombeiros na pista”. Segundo ele, o desembarque ocorreu “normalmente” e ninguém ficou ferido. “Quando eu desci, disse: pulamos uma fogueira. E todo mundo riu”, contou. No Nordeste, a expressão “pulamos uma fogueira” significa superar com êxito uma situação de dificuldade. O deputado Ricardo Izar (PTB-SP) disse que faltavam sete minutos para o pouso quando o piloto avisou que o vôo teria de ser alternado por causa de uma possível falha nos freios. "Foi um silêncio total dentro do avião", lembrou Izar. "Eu estava do lado da asa e percebi que, mesmo depois que o avião desceu, a velocidade não diminuía. Quando o avião parou, foi uma calmaria geral", afirmou Izar. O deputado Frank Aguiar contou que o vôo 1205 da Gol saiu de Brasília às 13h45 e deveria chegar a São Paulo às 15h. "Normalmente, após 25 minutos de vôo o avião começa a sobrevoar São Paulo, mas eu via pela janela que a área sobrevoada era estranha e o avião estava durante muito tempo voando baixo", disse. Segundo Frank Aguiar, a comissária transmitiu as primeiras informações sobre o problema. "Depois o comandante comunicou que, por uma questão de segurança, íamos mudar para Cumbica. Lá, havia muitos carros do Corpo de Bombeiros porque o avião poderia descer de barriga", explicou. Em nota, a Gol disse que o vôo foi alternado porque o painel da aeronave indicou um problema no sistema "antiskid" do avião, que atua nos trens de pouso principais do avião. (Agências)

CAI A MORTALIDADE INFANTIL

A

mortalidade infantil no Estado de São Paulo atingiu o menor nível da história, segundo estudo realizado pela secretaria de Estado da Saúde, com base em informações da Fundação Seade. O dado foi anunciado ontem pelo governador José Serra, no Hospital Geral do Itaim Paulista, na zona leste da capital paulista. No ano passado, o índice

de foi de 13,28 contra 13,44 (por mil crianças nascidas vivas), registrados em 2005. Nos últimos seis anos, a secretaria da Saúde registrou uma queda de 21,7%, quando, em 2000, a taxa de óbitos por mil crianças nascidas vivas foi de 16, 97. A diminuição foi ainda mais expressiva se comparada com os dados obtidos em 1995, quando o índice ficou em 24,58 (recuo de 46%). (Agências)

Robson Fernandjes/AE

ROUBO NO MUSEU DO IPIRANGA

O

Museu Paulista, no Ipiranga, zona sul de São Paulo, teve cerca de 900 peças furtadas do setor de numismática e filatelia, cujo acesso é restrito a pesquisadores. A informação foi confirmada ontem pela direção do museu. Coleções inteiras de cédulas brasileiras e estrangeiras foram roubadas. A direção constatou o furto na segunda-feira de manhã, mas foi orientada pela polícia a não comunicar a

ocorrência até terminar o levantamento de tudo o que desapareceu. Segundo a vice-diretora do museu, historiadora Heloísa Barbuy, foram roubadas coleções inteiras de notegelt (dinheiro de emergência, em alemão), que são notas produzidas durante a Primeira Guerra e que circularam durante curto período em países como Áustria e Alemanha (foto), quando suas casas da moeda não estavam funcionando. (Agências)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - LAZER

sexta-feira, sábado e domingo, 10, 11 e 12 de agosto de 2007

Fotos: Divulgação

Traços de Paulo Flores

DOCUMENTO

Flauteando com o polêmico Benedito Lacerda André Domingues

N Cuba no Canal Brasil: série assinada por Felipe Lacerda.

TELEVISÃO

FRESTAS DE LUZ NA SOMBRIA CUBA DE FIDEL Regina Ricca

D

uas longas visitas à Ilha, 70 horas de gravações e uma experiência policial assustadora. O resultado de boa parte desta aventura documental começa a ir ao ar a partir desta terça (14), 21h, pelo Canal Brasil, com a estréia de Em Cuba, série em dez episódios que investiga a vida e a alma do povo que está fazendo a ‘nova revolução’ cubana, e que agora assiste a seu pequeno país socialista caribenho abrir-se vagarosamente à economia de consumo globalizada. A série é dirigida por Felipe Lacerda, co-diretor do elogiado Ônibus 174, editor de vários filmes dos irmãos Walter e João Moreira Salles e de megassucessos de bilheteria nacional, como Se eu Fosse Você, de Daniel Filho. Além de assinar a direção da série, Lacerda produziu, fotografou e editou sozinho todo o material. Com sua câmera e sem nenhum roteiro prévio, o diretor foi travando contato com as pessoas nas ruas, nos restaurantes, nas festas. Foi-se deixando levar ao sabor dos acontecimentos. E neste périplo por algumas ruas de um bairro pobre de Havana, acabou até preso. Recebido por uma moradora, Lacerda foi conduzido por ela para o interior de sua casa. Uma vizinha viu a cena e chamou a Polícia Ideológica, que levou o docu-

mentarista brasileiro para um interminável interrogatório de 4 horas. O episódio de estréia, Sobreviver Calado, trata exatamente desta face obscura do regime cubano. Nele, Lacerda revela como funciona o sistema de vigilância, coerção e o rígido con-

Série estréia terça (14)

trole ideológico que sustenta o regime cubano há quase cinqüenta anos - sistema de fato tão eficaz que até o próprio artista acabou sendo detido. No vídeo, ele relata a experiência: “Fui interrogado por 4 horas por um sujeito

com uma farda que informava ser da Polícia Ideológica. Ele me fez as mesmas perguntas centenas de vezes. Me perguntava, me mandava pra sala de espera, chamava meu técnico de som, perguntava tudo de novo pra ele e me chamava de novo pra perguntar as mesmas coisas. Quando viu que não ia ver o chifre na cabeça do cavalo, perguntou se eu poderia mostrar-lhe as imagens que eu gravei. Apesar de a câmera ter um botão de "play" enorme, respirei fundo e disse que não. Imagino que, se ele visse o que eu filmei, teria sido levado a conhecer a "Bangu I" de Havana”. Segundo Lacerda, tudo na vida tem um outro lado. “Mas em Cuba, o outro lado tem um outro lado, do outro lado, do outro lado. Em Cuba, as coisas se revelam aos poucos, para logo se ocultarem novamente.” A série também relata casos de emigração forçada, a história de Elian Gonzáles (o menino que, ao fugir de Cuba, foi recolhido com vida no mar pela guarda costeira norte-americana), o olhar estrangeiro sobre a ilha, amor, sexo, censura, valores de ontem, dilemas de hoje e traz imagens do filho secreto de Fidel Castro, filmado pela primeira vez. Os dez episódios de Em Cuba, de meia-hora cada, serão exibidos todas às terças, às 21h

as lendas, nos contos de fada, todo tesouro tem ao seu redor uma legião de vilões. Para não fugir à regra, os cronistas da resplandecente Era de Ouro da MPB também deram de procurar os seus gatunos, e, em meio a mitos como Noel Rosa, Orlando Silva e Carmen Miranda, viram no flautista e compositor Benedito Lacerda uma espécie de Silvério dos Reis. Quando queriam citar um músico mercenário, lá vinha o Benedito. Quando queriam um exemplo de plagiário, dá-lhe Benedito. Até por traidor ele passou, ainda que as evidências históricas das suas pilantragens fossem muito poucas. Mentiras e exageros foram repetidos à exaustão, e a memória do artista se manchou. Somente agora, quase 50 anos depois do seu falecimento (ocorrido em 1958), inicia-se uma efetiva reabilitação da sua imagem. Tudo graças aos esforços do músico e pesquisador Paulo Flores, responsável

Aventura e música. Baden no olimpo.

U

ma boa dose de adrenalina espera por você no sofá neste sábado (11). O programinha grátis, ideal para noites aconchegantes, pode ser sintonizado às 22h, quando começa a ser exibido em primeira mão no Telecine Premium O Plano Perfeito, o mais recente filme do genial Spike Lee, que levou multidões às bilheterias dos cinemas ao ser lançado, em 2006. O filme é o mais comercial da carreira do diretor americano; mas, e daí? É daqueles thrillers que vão deixá-lo grudado na poltrona até o final. O roteiro (eficientíssimo, assinado por Russell Gewirtz) gira em torno de um assunto mais do que surrado: um assalto a banco. Mas é ele, junto com a trinca de astros envolvida na produção -- Denzel Washington, Clive Owen e Jodie Foster – que somam a tal dose de adrenalina à fita. Bem, nessa história nada sai como o esperado. No entanto, é exatamente isso que dá sabor especial à trama. Para quem resiste a

M

arcelinho Moreira tem tudo o que o samba precisa para abalar. Ritmista, ele tem aquilo que a roda mais quer para se abrir e rolar até o dia clarear: força! Conhecido no mundo do samba, ele agora vem cantando aos ouvidos dos que querem sambar um samba sincopado, balançado. Reconhecido em seu meio como indispensável quando o negócio é fazer música, Marcelinho juntou os camaradas e gravou Marcelinho, Pão e Vinho(produzido por Martinho da Vila para a gravadora MZA, distribuição da Universal Music), disco para quem gosta de samba e de sambar.

legendas, há uma opção: o filme será reexibido em versão dublada domingo (12), 20h, no Telecine Pipoca. Emoção diferente à sua noite de Renato Cirone/Divulgação

sexta pode trazer o especial que a TV Cultura leva ao ar hoje (10), 21h, na homenagem aos 70 anos de nascimento do maior e mais importante violonista brasileiro. Em A Arte de Baden Powell,

você poderá ver imagens históricas do artista, depoimentos e números musicais inéditos de Toquinho (foto) e Paulo César Pinheiro, e conhecer uma nova geração de intérpretes – os violonistas Marcel Powell e Marcus Tardelli, e as cantoras Marianna Leporace e Ana Paula Lopes. Outro nome querido da cena musical brasileira também recebe devidas homenagens neste sábado (11), 19h. Herbert Vianna, líder da banda Paralamas do Sucesso, é retratado no programa Biografia, do canal A&E, que, além de mostrar a trajetória de sucesso do músico, também entrevista alguns de seus amigos e colegas de profissão para esclarecer o que teria acontecido no trágico acidente de ultraleve, em 4 de fevereiro de 2001, que deixou Herbert paraplégico e acabou matando sua mulher, Lucy. Após passar meses em coma e perder parte da memória, Herbert surpreendeu os médicos com sua recuperação e seu retorno à música. (RR)

pela criação da surpreendente coleção Será o Benedito ?!?, cujo primeiro volume, com quatro CDs e um livrinho, acaba de chegar às lojas. Mais dois desses devem ser lançados nos próximos meses. Ali, Benedito Lacerda pode, enfim, resgatar sua honra, ao menos como o excelente músico que foi, já que as gravações não exageram nem mentem. “Colhendo esse material, passei a acreditar que ele tenha sido o maior flautista de todos os tempos! A flauta canta na mão dele!”, exalta Paulo Flores. Benedito, de fato, foi um dos grandes. Com seu fantástico regional, pelo qual passaram nomes como Russinho do Pandeiro, Meira e Dino 7 Cordas, foi o acompanhante mais requisitado pelos cantores dos anos 30 e 40, participando de mais de mil gravações, sem falar nos diversos programas de rádio apresentados ao vivo. Mas, se foi tão bem sucedido, do que acusaram Benedito Lacerda? Bem, primeiro, de ter aproveitado o refrão de uma canção de domínio público para a composição da sua célebre marchinha A J a r d i n e i ra (feita com Humberto Porto) – coisa que até hoje é muito comum na MPB. Em segundo lugar, de roubar sambas de autores humildes junto com Baiaco, o compositor e malandro histórico. Segundo o saudoso Mário Lago, Baiaco atraía os crédulos para o Café Nice prometendo gravações das suas obras e fazia-os cantar, enquanto Benedito, posi-

cionado atrás de um biombo, ouvia e passava tudo para a partitura. Aí, de repente, Benedito aparecia e, com o registro em mãos, acusava o pobre coitado de plágio. Que cena! O que Mário não percebia, e que gente como Herivelto Martins notou muito bem, é que isso era só uma brincadeira dos dois (está relatado em Meus Dois Heróis, livro de Pery Ribeiro). A comprovação cabal é de que, em suas mais de 700 composições editadas, existem apenas duas parcerias com Baiaco, e nenhum processo ou contestação autoral. A terceira e mais grave acusação é de ter se aproveitado de Pixinguinha em meados dos anos 40, pegando-lhe parceria em seus choros em troca de graválos, num período em que o criador de Carinhoso passava por sérias dificuldades profissionais. Esse, realmente, foi um deslize, mas que pode ser relativizado, até porque Pixinguinha nunca o cobrou por isso. Pelo contrário. Segundo Paulo Flores, o mais provável é que Pixinguinha tenha oferecido a co-autoria em gratidão e, envaidecido, Benedito aceitou, felicíssimo por seu nome constar nas partituras ao lado do mestre. É difícil que ele tivesse a ilusão de ser reconhecido como um parceiro real de Pixinguinha, até porque algumas dessas composições, como 1x0 e Sofres Porque Queres já eram conhecidas no meio do choro há cerca de três décadas. Porém, mesmo com esse deslize, não se pode esquecer que a sua intervenção foi fundamental para a vida de Pixinguinha e para a eternização daquela parcela das suas obras, que bem poderiam ter caído no esquecimento sem os registros em disco e sem a sua competente flauta para defendê-los (lembre-se que, a essa época, Pixinguinha já adotava o saxofone tenor). Explicada assim, a atuação de Benedito não foi tão má, foi?

Reverência à música. Pixinguinha à parte.

O

uvir o trabalho de Benedito Lacerda reunido e organizado é um privilégio do nosso tempo, garantido pela colação Será o Benedito?!?. Talvez por isso, sua avaliação tenha sido tão prejudicada no passado. Benedito soube compreender como poucos os rumos da música popular do seu tempo, percebendo a primazia dos cantores e oferecendo-lhes acompanhamentos seguros, muito bem acabados e com uma característica importante: contrapontos de flauta bonitos e extraordinariamente bem colocados, enxutos, que embelezam as canções sem concorrer com as vozes dos intérpretes. Es-

sas qualidades ficam evidentes nos dois discos intitulados O Regional, sobretudo em faixas como a deliciosa Quase que Eu Disse, entoada pela voz de Sílvio Caldas. Já o disco Solista e Cantor traz curiosas gravações vocais de Benedito (em geral, números carnavalescos) e alguns felizes momentos em que assumiu a frente de tudo com sua flauta. Nestes, o exercício de buscar o fraseado adequado, sem ornamentos excessivos, e a pronuncia exata se faz marcante. Mas o maior presente é mesmo o disco Benê e Pixinga, que traz os dois juntos em registros antológicos. Ali se vê o quanto Benedito idolatrava Pixinguinha, executando os

temas da maneira mais contida e precisa possível para que o mestre ficasse livre na criação dos seus geniais contrapontos ao saxofone. Ele, evidentemente, sabia o que estava se passado musicalmente ali, e, respeitosamente, não quis competir de maneira nenhuma. Essa sua reverência talvez chegue ao ápice no improviso de Urubu Malandro, um dos temas preferidos de Pixinguinha, em que Benedito se curva ao mestre e repete, tal e qual, uma grande parte das frases que ele registrou em disco no início dos anos 20, com seu grupo Oito Batutas. Definitivamente, um homem assim não pode ser mau. (AD)

MARCELINHO MOREIRA

Samba sincopado, da cabeça aos pés. Aquiles Rique Reis

Para tanto, ele trouxe a voz e também duas letras. Uma delas foi para a parceria com Sombrinha (Me Joga Na Brincadeira), em que afirma: “O samba é a minha alegria/ É coisa bem verdadeira/ Meu samba também contagia/ Porque ele é zoeira/ É ele quem me guia/ Me joga na brincadeira/ Me envolve com a sua magia”. A outra foi para Batuqueiro, com Arlindo Cruz e Fred Camacho. A voz do sambista é macia, talhada para o ofício. Como que nascida para isso, entoa as notas com a picardia necessária para contagiar quem as ouve. Mesmo com algumas imprecisões de afinação, suas divisões rítmicas, dignas de

quem sempre acompanhou o suingue de vozes alheias, se encaixam precisamente no balanço dos 14 sambas escolhidos para essa estréia como autor e cantor. São ótimos os arranjos! Doze foram escritos por Wanderson Martins e dois por Cláudio Jorge. Destes, um foi justamente para o que compôs em parceria com Marcelinho, C achaça Não Se Toma a Toda Vez; o outro, para o grande samba que dá título ao CD, Marcelinho, Pão e Vinho, de Luiz

Carlos da Vila e Hermínio Bello de Carvalho, que tem participação destacada de Leci Brandão. No mais, o disco é um show marcado pelo naipe dos melhores ritmistas em atividade no samba carioca: Marçalzinho, Ovídio, Pretinho da Serrinha, Alisson, Nenê Brown, Beloba, M iudinho, Ubirani, Muquiça e Caveirinha. A essa poderosa cozinha, soma-se o baixo de Ivan Machado, o violão de Cláudio Jorge, o vio-

lão de 7 cordas de Carlinhos Sete Cordas, o cavaquinho de Wanderson Martins e os sopros de Victor Neto. Destacam-se os sambas Que Pena, Que Pena, de Martinho da Vila e Gracia, e Rumo dos Ventos, de Paulinho da Viola, os quais, a exemplo de Acontece, de Cartola, expõem os dotes e as deficiências do intérprete, ao mesmo tempo em que ressaltam sua intenção de dar tudo de si e de vir com tudo. São dignos de realce também os sambas de Adoniran Barbosa (parceiro de Carlinhos Vergueiro em Torresmo à Milanesa) e de Paulo Vanzolini (Amor de Trapo e Farrapo). Abre a roda, moçada; Marcelinho

Moreira saúda quem ama o samba e pede passagem – aí está ele com um CD que tem samba no pé, na mão, na cabeça e no coração. Abre a roda, moçada; a bateria respondeu ao apito do mestre, o samba recomeçou. Aquiles Rique Reis, vocalista do MPB4, é produtor e apresentador do programa O Gogó de Aquiles na Rádio Roquete Pinto FM do Rio de Janeiro, às segundas-feiras, das 15h às 16h: www.fm94.rj.gov.br


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Saúde Educação Transpor te Polícia

DIÁRIO DO COMÉRCIO

OITO ESTAÇÕES DO METRÔ SERÃO INTERLIGADAS

3 Quando as pessoas virem que o espaço é bom, bem iluminado e seguro, talvez adotem a bicicleta. Eduardo Jorge, secretário

Ciclovia será opção na zona leste Nova opção de transporte terá 12 quilômetros de extensão, ligando as estações Corinthians-Itaquera e Tatuapé. Esta semana, Prefeitura liberou R$ 9 milhões. Reprodução/Prefeitura

Kelly Ferreira

Q

uem mora na zona leste da cidade terá mais uma opção para chegar ao bairro do Tatuapé. Desta vez, de bicicleta. A secretaria do Verde e do Meio Ambiente, por meio do projeto Caminho Verde, vai criar 12 quilômetros de ciclovia entre as estações Corinthians-Itaquera e Tatuapé, do metrô. A construção da ciclovia, em espaço cedido pela Companhia do Metrô, prevê melhorias na urbanização e no paisagismo da avenida Radial Leste. Esta semana, a Prefeitura liberou R$ 9 milhões para a secretaria viabilizar o projeto. O repasse já foi feito ao Metrô, que será responsável pela licitação. A ciclovia interligará oito estações e deverá ficar pronta até janeiro de 2008. De acordo com Eduardo Jorge, os objetivos para a construção da ciclovia são dois: o trânsito e o meio ambiente. "O transporte na cidade de São Paulo é responsável por 60% da emissão de gases que causam o efeito estufa. Quanto mais pessoas usarem a ciclovia, mais reduziremos a poluição na região. Além disso, o caos no trânsito da Radial Leste, que é muito intenso, poderá diminuir com o uso das bicicletas. Os ciclistas habituais ou pessoas que usam a bicicleta para trabalhar ou estudar terão mais segurança para circular, com um espaço próprio e iluminação adequada, o que diminuirá também o número de atropelamentos. Com essa iniciativa, estamos estendendo apoio a 300 mil pessoas que usam bicicleta todos os dias", disse o secretário. A ciclovia, que será construída em uma área remanescente paralela à Linha 3 – Vermelha, terá piso intertravado (blocos de concreto encaixados) e revestimento colorido. Ao longo de sua extensão serão plantadas 1.500 árvores, além de gramíneas e arbustos. Também serão construídos bicicletários nas estações Tatuapé e Corinthians-Itaquera. Até o momento, apenas o metrô Guilhermina-Esperança oferece esse serviço. O novo espaço ciclístico terá ainda sinalização viária horizontal (no piso) e vertical (placas) e iluminação (com 900 novos pontos de luz) para garantir a segurança. A iluminação será feita por uma rede subterrânea. Não há expectativa de quantos ciclistas poderão circular na nova ciclovia. De acordo com o secretário, isso vai depender da aceitação da população. "É uma mudança de háCAMELÔS O subprefeito da Mooca, Eduardo Odloak, proibiu camelôs na rua Tuiuti, no Tatuapé.

Na foto acima, à esquerda, visão atual da área junto aos trilhos do metrô, na zona leste. Na foto à direita, uma concepção artística da mesma área, já com a ciclovia instalada.

Nas fotos acima, a mesma idéia do momento atual e da futura ciclovia, a ser entregue em janeiro de 2008. Uso de bicicleta será incentivado em trajetos entre estações do metrô.

bito. Quando as pessoas virem que o espaço é bom, bem iluminado e seguro, talvez deixem de fazer um trajeto curto de carro e adotem a bicicleta", disse Eduardo Jorge. Apesar de a ciclovia chegar apenas ao Tatuapé, o secretário disse que existe a possibilidade da via se estender até o Centro. "Queremos estender a ciclovia até a região central e colocar vários bicicletários ao longo do caminho. Mas isso é um pouco mais complicado. Teremos de estudar o projeto com a engenharia de tráfego", disse o secretário. Ciclista - O projeto Caminho Verde faz parte do Programa Pró-Ciclista, lançado em julho pela Prefeitura para estimular o paulistano a usar a bicicleta e melhorar as condições para a adoção desse meio de transporte. Estudos da secretaria do Verde apontam que existem condições para a implantação imediata de 104 quilômetros de ciclovias, ciclofaixas e tráfego compartilhado no município. Já foram investidos R$ 700 mil nas melhorias das ciclovias existentes na cidade.

Ó RBITA

ÁGUA A Sabesp decidiu adiar para o dia 18 os serviços de manutenção no Sistema Cantareira.

VEREADORES APROVAM CONTAS

necessários 19 votos s vereadores de São favoráveis. Para rejeitá-lo, o O Paulo aprovaram ontem placar de votação deve os pareceres do Tribunal de Contas do Município (TCM) sobre as contas dos exprefeitos Paulo Maluf (referentes aos anos de 1993, 1994 e 1995), Marta Suplicy (2004), José Serra (2005) e do atual, Gilberto Kassab (2006). O prefeito Gilberto Kassab recebeu 45 votos favoráveis, 3 contrários e 2 abstenções. Alguns vereadores do PT, partido que faz oposição à atual administração do município, votaram favoravelmente ao parecer do Tribunal. Para aprovar um parecer do TCM são

registrar os votos contrários de 2/3 dos membros da Câmara, ou seja, de 37 vereadores. Nas contas de 2005, quando o prefeito ainda era José Serra, também houve aprovação tranqüila: 39 votos favoráveis, 12 contrários e nenhuma abstenção. A tranqüilidade entre vereadores governistas e da oposição também foi percebida na aprovação das contas da atual ministra do Turismo, Marta Suplicy, com 37 votos favoráveis, 13 contrários e duas abstenções. (IV)


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

CONCERTO

Rita Alves

e 11 a 26 de agosto o Projeto Dança em Pauta toma conta do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Em sua 5ª edição, o evento criado pela curadora e jornalista Ana Francisca Ponzio, apresenta ao público múltiplas possibilidades da dança contemporânea. A variedade de propostas é uma das características do projeto e, assim como nas edições anteriores, traz atrações para todos os gostos. E para alegria da curadora, satisfaz até quem vai por acaso conhecer o Dança em Pauta. Ana Francisca cita como exemplo uma garota da platéia do ano passado que, sem saber que ela era curadora da mostra, contou que passeava pelo centro cultural, soube da apresentação de Sônia Mota (bailarina que mora na Alemanha e abriu o evento em 2006) e resolveu assistir ao espetáculo. "Ela adorou. Dali em diante, voltou para ver as demais atrações e ficou encantada. Era tudo novidade para ela e ficou animadíssima". Quem ainda não conhece a bailarina que tanto encantou a visitante tem a chance de apreciar sua dança na edição deste ano. A curadora revela que ela fará uma apresentação especial no dia 26, junto com a Companhia de Dança da Cidade, do Rio de Janeiro. "Sônia dividirá a cena com Natália Machado, a bailarina que nasceu no ano em que Sônia criou Fuga Quase Libera, incluída no programa da Companhia de Dança da Cidade. Isso foi confirmado nesta semana e está fora do material de divulgação". Além da Companhia de Dança da Cidade, outros grupos subirão ao palco e o fascínio por parte da platéia não deve ser diferente este ano. A edição começa com a Cia. Corpos Nômades que estréia Fuga Fora do Tempo, dirigido por João Andreazzi. O espetáculo, apresentado nos próximos dias 11 e 12, é inspirado em Marcel Duchamp e mostra a interação entre bailarinos e enormes blocos de gelo. Quem também se apresenta nos dias 16 e 17 é a bailarina Maria Eugenia Almeida, com o solo Casa das Miudezas. O talento da garota vem de família. Ela é filha de Antonio Nóbrega e Rosane Almeida. "Maria Eugenia Almeida é um talento jovem e promissor, que vem do espaço Brincante, dirigido por Antonio Nóbrega, assim como Otávio Bastos. Por meio de Maria Eugenia e Otávio poderemos ver o que o Brincante está

formando e produzindo", diz a curadora. No mesmo programa a platéia ainda poderá conhecer o solo Hana (quantos anos?), criado por Key Sawao. Do Rio de Janeiro chega a Cia. Esther Weitzman que nos dias 18 e 19 apresenta Territórios. Inaugurando os palcos da cidade, o grupo formado por oito rapazes, destaca a fisicalidade masculina na peça. Junto com a Companhia de Dança da Cidade (dias 25 e 26), na última semana do Dança em Pauta a platéia do CCBB verá ainda Otávio Bastos. O bailarino, ator e dramaturgo exibirá O Fio das Miçangas, nos dias 23 e 24, que mostra as conexões construídas por ele entre a contemporaneidade e as tradições do frevo, do cavalo marinho, do maracatu e dos caboclinhos. Centro Cultural Banco do Brasil. Rua Álvares Penteado, 112, tel.: 3113-3651. Quinta a sábado, às 19h30 e domingo às 18h. Ingressos: R$ 15.

Suíte Barroca (alto e abaixo) e Dança de III: coreografias exibidas pela Companhia de Dança. Bailarinos cariocas proporcionam uma pequena, mas instigante retrospectiva da dança moderna brasileira, com oito peças.

Orquestras, vozes e piano

A

Orquestra Jovem do Estado de São Paulo, sob a regência de Luiz Fernando Marchetti, programou obras de Ravel; Berlioz (foto abaixo) e Debussy. Participação do barítono Walter Weiszflog. Teatro São Pedro. Rua Barra Funda, 171. Tel.: 3667-0499. Domingo (12), 11h. Grátis. Sinfônica Municipal Continua com o Projeto Panorama do Mundo. Apresenta-se sob a regência de seu diretor artístico, José Maria Florêncio. No programa, obras de Gershwin. Entre elas, Arquivo DC Rhapsody In Blue, com solo de piano por Waldemar Malicki. Teatro Municipal. Praça Ramos de Azevedo, s/nº. Tel.: 3222-8698. 11h. R$ 10 a R$ 15. Tangos brasileiros e valsas O pianista Tadeu Borges interpreta obras de Ernesto Nazareth. Clássicos como Brejeiro, Odeon, Sagaz, Batuque e Fon-Fon estão no programa. Museu Paulista da USP. Praça da Independência, s/nº. Tel.: 6165-8000. 16h30. Grátis.

Divulgação

Bailarinos-acrobatas-ilusionistas: desafios da arte.

MOMIX

Arquivo DC

A JUVENTUDE EM MOVIMENTO

Uma viagem conduzida pelos efeitos visuais: o Momix traz de novo o sonho à cidade. DANÇA Projeto Dança em Pauta enche de vitalidade e esperança o Centro Cultural Banco do Brasil

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LAZER - 3

Divulgação

Fotos: Mauro Cury/Divulgação

No deserto e na Lua

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ança, teatro e efeitos visuais estarão juntos no palco do Via Funchal, de 15 a 18 de agosto. A mistura encantadora será feita pelo Momix, companhia de bailarinos-acrobatas-ilusionistas, conhecida por renovar a dança contemporânea mundial. O grupo, fundado há 27 anos pelo coreógrafo Moses Pendelton, volta ao País para apresentar dois de seus espetáculos mais aplaudidos: Opus Cactus e Lunar Sea. O primeiro exibe um universo inusitado com lagartos saltitantes, flores exóticas, serpentes gigantes, pássaros coloridos e cactus saguaros. A inspiração para a montagem veio de viagens feitas pelo coreógrafo ao redor do mundo. A busca de Pendelton por imagens do deserto resultou em Opus Cactus que é definido como um passeio alucinógeno, dividido em dois atos, e estes em vinhetas, animadas por músicas que trazem Bach, canções nativas americanas e até música aborígene australiana. No palco, os dez bailarinos da companhia, especializados em balé clássico, dança mo-

Ópera, missa e violino.

derna e ginástica, protagonizam cenas impressionantes que combinam dança com efeitos teatrais. O balé Lunar Sea também seduz o olhar, mas ele acontece bem longe do deserto. É na Lua que o espetáculo ocorre. No escuro, o público vê corpos brilhantes executando intrincados e sedutores movimentos. A mescla de ginástica, dança e acrobacia hipnotiza o olhar do espectador que acompanha o flutuar dos dançarinos no vazio. Outro elemento crucial na exibição do Momix é o figurino. A roupa muitas vezes esconde o corpo de um dos integrantes, que aparece coberto de preto dos pés à cabeça. Brincando com o que parece impossível, o Momix chega ao País desafiando o olhar do público em seis capitais. (RA)

A

Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), dirigida por John Neschling, apresenta programa extenso neste fim de semana. Começa com a abertura de Guilherme Tell, ópera de Rossini. Na seqüência, interpreta a Missa de Glória, de Puccini, com a participação dos solistas Fernando Portari (tenor) e Paulo Szot (baixo). E a violinista alemã Isabelle Faust (acima) sola o Concerto Nº 5 em Lá Maior K. 219, de Mozart. Sala São Paulo. Praça Júlio Prestes, s/nº. Tel.: 3223-3966. Sexta (10), 21h. Sábado (11), 16h30. Ingressos: R$ 25 a R$ 89.

Via Funchal. Rua Funchal, 65, Vila Olímpia, tel.: 3188-4148. Lunar Sea, dias 15 e 16, às 21h30. Opus Cactus, dias 17, às 21h30 e dia 18, às 15h. Ingressos: de R$ 70 a R$ 220.

GRÁTIS, NO PARQUE. Arquivo DC

Arquivo DC

Orquestra jovem alemã toca Strauss e Tchaikovsky

A

Orquestra do Festival de Música de Schleswig-Holstein (nome composto que designa um dos estados da Alemanha) inicia domingo temporada em São Paulo, sob a batuta do alemão Christoph Eschenbach (dir.), um dos maiores maestros da atualidade. Esse conjunto sinfônico (formado por jovens instrumentistas) foi fundado em 1987 pelo célebre regente,

compositor e pianista americano Leonard Bernstein (1918-1990). Ao ar livre, os músicos interpretam obras de Johann Strauss, Tchaikovsky (esq.) e Brahms (deste, a famosa Dança Húngara Nº 5). Parque do Auditório. Parque do Ibirapuera, portão 2. Tel.: 3815-6377. Domingo (12), 11h. Grátis. A SHMF volta a tocar segunda (13), com a participação do solista Erik Schumann ao violino. Programa:

Concerto para Violino e Orquestra Op. 35, de Tchaikovsky, e Sinfonia Nº 9 (Novo Mundo). Na terça (14), o programa será: Danças de Galanta, de Kodály; Concerto para Violino e Orquestra Nº 1 Op. 26, de Bruch, com solo de Erik Schumann; e Sinfonia Nº 1 de Brahms. Os dois espetáculos serão na Sala São Paulo. Praça Júlio Prestes, s/nº. Tel.: 3223-3966. 21h. R$ 60 a R$ 200.


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Polícia Saúde Transpor te Ciência

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Caixas de inspeção de rede subterrânea foram abertas para verificações.

INSTABILIDADE DO TERRENO É GRANDE

Metrô: cuidados redobrados Construção da Linha Amarela, ao longo da rua dos Pinheiros, exigirá atenção especial: terreno é "podre", chegou a dizer um engenheiro Fotos de Milton Mansilha/Luz

Ó RBITA

BAHAMAS desembargador Euvaldo Chaib, da 4ª O Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, negou ontem pedido de habeas-corpus feito pelo advogado do empresário Oscar Maroni Filho, dono da boate Bahamas. Maroni teve a prisão preventiva decretada segunda-feira pelo juiz Edison Aparecido Brandão, da 5ª Vara Criminal, que acatou denúncia contra o empresário, acusado de favorecimento e exploração da prostituição, formação de quadrilha e tráfico de pessoas. (Agências)

PINOTTI osé Aristodemo Pinotti deixou ontem a Jsecretaria Estadual de

Ensino Superior, criada no início do ano pelo governador José Serra para abrigar as três universidades estaduais paulistas. O novo titular da pasta será o ex-reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o lingüista Carlos Vogt, hoje na presidência da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. Pinotti entregou a Serra uma carta com seu pedido de demissão, alegando motivos pessoais. (Agências)

CASO BELFORT Justiça do Rio autorizou a quebra A de sigilo telefônico de

Elaine Paiva da Silva, de 27 anos, que confessou participação no seqüestro e assassinato de Priscila Belfort, desaparecida desde janeiro de 2004. Ontem, a polícia interrogou o professor de informática Adacyr Bernardo, de 43 anos. Ele disse ter comprado um crânio entre 2004 e 2005, retirado da fazenda abandonada em São Gonçalo, onde Priscila teria sido executada, em maio. Motoqueiro, fazia parte de um grupo que decorava motos com ossos. (Agências)

Fernando Vieira

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p ros se gui men to das obras do metrô por toda a extensão da rua dos Pinheiros exigirá cuidados redobrados e reforços estruturais para evitar novos acidentes. Em entrevista ao site G1, o engenheiro do Consórcio Via Amarela, Carlos Henrique Maia, chegou a qualificar de “podre” o terreno no trecho entre as ruas Mateus Grou e Mourato Coelho. Mas a instabilidade na área é ainda mais ampla, prolongando-se por outros três quarteirões: entre as ruas Doutor Virgílio de Carvalho Pinto, Cônego Eugênio Leite e Francisco Leitão. Segundo os engenheiros e técnicos que trabalham na obra na região, o buraco aberto no meio da rua dos Pinheiros, na terça-feira, com 1,5 metro de diâmetro e cerca de três de profundidade, foi causado pela junção de dois fatores: característica arenosa do solo e galerias subterrâneas de água, esgoto e gás em péssimo estado de conservação. “As galerias de água e esgoto são muito antigas e estão cheias de pontos de infiltração, praticamente se desfazendo em areia em alguns pontos. E essas mesmas características se repetem logo à frente, na continuação da via até a rua Francisco Leitão”, disse o engenheiro do Metrô, Valdir Giannotti, que supervisiona o trabalho do Consórcio Via Amarela. “A partir desse ponto, a possibilidade de nova ocorrência diminui”, disse. Para impedir novo afundamento da pista, garantir a estabilidade do solo e prosseguir no andamento da perfuração pelo tatuzão (que está parado sob o trecho interditado), os engenheiros estão preparando o solo para preenchê-lo com uma argamassa formada por areia e concreto, especialmente no entorno das galerias. É esse material que dará segurança para a continuidade das obras, afastando a possibilidade de um deslizamento de terra ainda maior, como o que ocorreu nas proximidades da futura estação Pinheiros, em 12 de junho, que deixou sete mortos. “Toda obra dessa magnitude tem risco. Mas o controle de recalques na área e as providências de reforço estrutural garantem a segurança. Uma ocorrência desse tipo não é anormal”, disse Giannotti. Durante todo o dia de ontem, além de fechar o buraco da rua, os técnicos enfrenta-

Operários que constroem a Linha Amarela fazem perfurações na rua dos Pinheiros: rede de tubulações subterrâneas está desatualizada

Sinduscon quer obras civis mais seguras Rejane Tamoto

E Valdir Giannotti, engenheiro do Metrô: galerias são muito antigas

ram um outro desafio: mapear a olho a localização exata das galerias, já que os cadastros de interferência do que há no subsolo é impreciso e desatualizado, assim como na maior parte da cidade. Para isso, fizeram uma série de perfurações e inspecionaram as entradas das redes de água e esgoto. “Com essa situação dos cadastros fica imprevisível determinar tecnicamente se existem outros pontos com maior comprometimento”, disse Giannotti. Apenas as galerias no entorno da futura estação Fradique Coutinho foram refeitas pelo Consórcio Via Amarela. As demais, que se estendem pelo traçado da linha, serão mantidas como estão atualmente. Embora os engenheiros garantam a segurança no local, os moradores e comerciantes da rua dos Pinheiros estão assustados. O aposentado José Eduardo Medina, de 83 anos, que mora com a esposa em

uma das casas em frente ao buraco, afirma que o chão de sua garagem está mais elevado do que antes do início das obras. As rachaduras no piso são visíveis. “Além das marcas de infiltrações, agora, a água corre para dentro e fica parada em um canto, em vez de manter a mesma inclinação que a fazia ir para a rua”, disse. No imóvel de frente, do outro lado da rua, a comerciante Ana Júlia Bernardino, de 32 anos, já evita ficar em um dos cômodos. “Olha a rachadura no teto. É claro que temos medo de ficar aí embaixo”. Em outro ponto, na junção das paredes da fachada, a rachadura tem a largura de um dedo. “Está abrindo cada vez mais”, disse Ana Júlia, que, além da sensação de risco iminente de acidente, reclamou da queda de 70% no movimento em sua floricultura desde que as obras tiveram início na região.

m menos de um ano, o número de acidentes fatais na construção civil, em São Paulo, já apresenta aumento em relação aos ocorridos no ano passado. Até agora, 17 trabalhadores do setor morreram, contra 11 em 2006, de acordo com números do Ministério do Trabalho e Emprego e da Delegacia Regional do Trabalho, divulgados pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon). O engenheiro civil e diretor do setor de Relação Capital e Trabalho do Sinduscon, Haruo Ishikawa, recomenda que as construtoras evitem realocar equipamentos obsoletos e invistam em treinamento ostensivo para a prevenção de acidentes. "Os maiores índices de acidentes ocorreram devido a soterramentos, quedas e parte elétrica. É importante que as empresas invistam em equipamentos de proteção coletiva, já que em muitos dos acidentes, os funcionários estavam com equipamentos de proteção individual", disse.

Segundo o engenheiro, o que explica o crescimento no número de mortes neste primeiro semestre é o acidente ocorrido no último dia 25 de junho, no qual quatro operários morreram, em decorrência da queda das hastes de uma grua, em uma obra no cruzamento das avenidas Juscelino Kubitschek e Nações Unidas. "O acidente está sob investigação, mas tudo leva a crer que o problema esteja no projeto e fabricação da grua", disse Ishikawa. A assessoria da construtora WTorres, responsável pela obra, não localizou a Grumont, que construiu a grua. PAC – A preocupação com equipamentos aumentará, segundo Ishikawa, se o Programa de Aceleração do C r e s c i m e n t o ( PA C ) d a Construção Civil sair do papel. "A demanda de obras aumentará e equipamentos obsoletos, hoje parados, serão usados na falta de novos", alerta. A proteção coletiva contra acidentes na construção civil engloba ainda o treinamento e a conscientização de trabalhadores e patrões sobre as normas das Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, a NR18.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

14 - INTERNACIONAL/OPINIÃO

D

MuNDOreAL por OLAVO DE CARVALHO, de Washington, DC

A mentalidade revolucionária

Régis Bossu/Sygma/Corbis

esde que se espalhou por aí que estou escrevendo um livro chamado “A Mente Revolucionária”, tenho recebido muitos pedidos de uma explicação prévia quanto ao fenômeno designado nesse título. A mente revolucionária é um fenômeno histórico perfeitamente identificável e contínuo, cujos desenvolvimentos ao longo de cinco séculos podem ser rastreados numa infinidade de documentos. Esse é o assunto da investigação que me ocupa desde há alguns anos. “Livro” não é talvez a expressão certa, porque tenho apresentado alguns resultados desse estudo em aulas, conferências e artigos e já nem sei se algum dia terei forças para reduzir esse material enorme a um formato impresso identificável. “A mente revolucionária” é o nome do assunto e não necessariamente de um livro, ou dois, ou três. Nunca me preocupei muito com a formatação editorial daquilo que tenho a dizer. Investigo os assuntos que me interessam e, quando chego a algumas conclusões que me parecem razoáveis, transmito-as oralmente ou por escrito conforme as oportunidades se apresentam. Transformar isso em “livros” é uma chatice que, se eu pudesse, deixaria por conta de um assistente. Como não tenho nenhum assistente, vou adiando esse trabalho enquanto posso. A mente revolucionária não é um fenômeno essencialmente político, mas espiritual e psicológico, se bem que seu campo de expressão mais visível e seu instrumento fundamental seja a ação política. Para facilitar as coisas, uso as expressões “mente revolucionária” e “mentalidade revolucionária” para distinguir entre o fenômeno histórico concreto, com toda a variedade das suas manifestações, e a característica essencial e permanente que permite apreender a sua unidade ao longo do tempo. “Mentalidade revolucionária” é o estado de espírito, permanente ou transitório, no qual um indivíduo ou grupo se crê habilitado a remoldar o conjunto da sociedade – senão a natureza humana em geral – por meio da ação política; e acredita que, como agente ou portador de um futuro melhor, está acima de todo julgamento pela humanidade presente ou passada, só tendo satisfações a prestar ao “tribunal da História”. Mas o tribunal da História é, por definição, a própria sociedade futura que esse indivíduo ou grupo diz representar no presente; e, como essa sociedade não pode testemunhar ou julgar senão através desse seu mesmo representante, é claro que este se torna assim não apenas o único juiz soberano de seus próprios atos, mas o juiz de toda a humanidade, passada, presente ou futura. Habilitado a acusar e condenar todas as leis, instituições, crenças, valores, costumes, ações e obras de todas as épocas sem poder ser por sua vez julgado por nenhuma delas, ele está tão acima da humanidade histórica que não é inexato chamá-lo de Super-Homem. Autoglorificação do Super-Homem, a mentalidade revolucionária é totalitária e genocida em si, independentemente dos conteúdos ideológicos de que se preencha em diferentes circunstâncias e ocasiões. Recusando-se a prestar satisfações senão a um futuro hipotético de sua própria invenção e firmemente disposto a destruir pela astúcia ou pela força todo obstáculo que se oponha à remoldagem do mundo à sua própria imagem e semelhança, o revolucionário é o inimigo máximo da espécie humana, perto do qual os tiranos e conquistadores da antigüidade impressionam pela modéstia das suas pretensões e por uma notável circunspecção no emprego dos meios. O advento do revolucionário ao primeiro plano do cenário histórico – fenômeno que começa a perfilar-se por volta do século XV e se manifesta com toda a clareza no fim do século XVIII – inaugura a era do totalitarismo, das guerras mundiais e do genocídio permanente. Ao longo de dois séculos, os movimentos revolucionários, as guerras empreendidas por eles e o morticínio de populações civis necessário à consolidação do seu poder mataram muito mais gente do que a totalidade dos conflitos bélicos, epidemias terremotos e catástrofes naturais de qualquer espécie desde o início da história do mundo. O movimento revolucionário é o flagelo maior que já se abateu sobre a espécie humana desde o seu advento sobre a Terra. A expansão da violência genocida e a imposição de restrições cada vez mais sufocantes à liberdade humana acompanham pari passu a disseminação da mentalidade revolu-

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Estátua do líder soviético Lênin é desmontada na Alemanha

Autoglorificação do Super-Homem, a mentalidade revolucionária é totalitária e genocida em si, independentemente dos conteúdos ideológicos de que se preencha em diferentes circunstâncias e ocasiões.

cionária entre faixas cada vez mais amplas da população, pela qual massas inteiras se imbuem do papel de juízes vingadores nomeados pelo tribunal do futuro e concedem a si próprios o direito à prática de crimes imensuravelmente maiores do que todos aqueles que a promessa revolucionária alega extirpar. Mesmo se não levarmos em conta as matanças deliberadas e considerarmos apenas a performance revolucionária desde o ponto de vista econômico, nenhuma outra causa social ou natural criou jamais tanta miséria e provocou tantas mortes por desnutrição quanto os regimes revolucionários da Rússia, da China e de vários países africanos. Qualquer que venha a ser o futuro da espécie humana e quaisquer que sejam as nossas concepções pessoais a respeito, a mentalidade revolucionária tem de ser extirpada radicalmente do repertório das possibilidades sociais e culturais admissíveis antes que, de tanto forçar o nascimento de um mundo supostamente melhor, ela venha a fazer dele um gigantesco aborto e do trajeto milenar da espécie humana sobre a Terra uma história sem sentido coroada por um final sangrento. Embora as distintas ideologias revolucionárias sejam todas, em maior

ou menor medida, ameaçadoras e daninhas, o mal delas não reside tanto no seu conteúdo específico ou nas estratégias de que se servem para realizá-lo, quanto no fato mesmo de serem revolucionárias no sentido aqui definido. O socialismo e o nazismo são revolucionários não porque propõem respectivamente o predomínio de uma classe ou de uma raça, mas porque fazem dessas bandeiras os princípios de uma remodelagem radical não só da ordem política, mas de toda a vida humana. Os malefícios que prenunciam se tornam universalmente ameaçadores porque não se apresentam como respostas locais a situações momentâneas, mas como mandamentos universais imbuídos da autoridade de refazer o mundo segundo o molde de uma hipotética perfeição futura. A Ku-Klux-Klan é tão racista quanto o nazismo, mas não é revolucionária porque não tem nenhum projeto de alcance mundial. Por essa razão seria ridículo compará-la, em periculosidade, ao movimento nazista. Ela é um problema policial puro e simples. Por isso mesmo é preciso enfatizar que o sentido aqui atribuído ao termo “revolução” é ao mesmo tempo mais amplo e mais preciso do que a palavra tem em geral na historiografia e nas ciências sociais presentemente existentes. Muitos processos sócio-políticos usualmente denominados “revoluções” não são “revolucionários” de fato, porque não participam da mentalidade revolucionária, não visam à remodelagem integral da sociedade, da cultura e da espécie humana, mas se destinam unicamente à modificação de situações locais e momentâneas, idealmente para melhor. Não é necessariamente revolucionária, por exemplo, a rebelião política destina-

da apenas a romper os laços entre um país e outro. Nem é revolucionária a simples derrubada de um regime tirânico com o objetivo de nivelar uma nação às liberdades já desfrutadas pelos povos em torno. Mesmo que esses empreendimentos empreguem recursos bélicos de larga escala e provoquem modificações espetaculares, não são revoluções, porque nada ambicionam senão à correção de males imediatos ou mesmo o retorno a uma situação anterior perdida. O que caracteriza inconfundivelmente o movimento revolucionário é que sobrepõe a autoridade de um

O que caracteriza inconfundivelmente o movimento revolucionário é que sobrepõe a autoridade de um futuro hipotético ao julgamento de toda a espécie humana, presente ou passada.

futuro hipotético ao julgamento de toda a espécie humana, presente ou passada. A revolução é, por sua própria natureza, totalitária e universalmente expansiva: não há aspecto da vida humana que ela não pretenda submeter ao seu poder, não há região do globo a que ela não pretenda estender os tentáculos da sua influência. Se, nesse sentido, vários movimentos político-militares de vastas proporções devem ser excluídos do conceito de “revolução”, devem ser incluídos nele, em contrapartida, vários movimentos aparentemente pacíficos e de natureza puramente intelectual e cultural, cuja evolução no

tempo os leve a constituir-se em poderes políticos com pretensões de impor universalmente novos padrões de pensamento e conduta por meios burocráticos, judiciais e policiais. A rebelião húngara de 1956 ou a derrubada do presidente brasileiro João Goulart, nesse sentido, não foram revoluções de maneira alguma. Nem o foi a independência americana, um caso especial que terei de explicar num outro artigo. Mas sem dúvida são movimentos revolucionários o darwinismo e o conjunto de fenômenos pseudo-religiosos conhecido como Nova Era. Todas essas distinções terão de ser explicadas depois em separado e estão sendo citadas aqui só a título de amostra. Entre outras confusões que este estudo desfaz está aquela que reina nos conceitos de “esquerda”e “direita”. Essa confusão nasce do fato de que essa dupla de vocábulos é usada por sua vez para designar duas ordens de fenômenos totalmente distintos. De um lado, a esquerda é a revolução em geral, e a direita a contra-revolução. Não parecia haver dúvida quanto a isso no tempo em que os termos eram usados para designar as duas alas dos Estados Gerais. A evolução dos acontecimentos, porém, fez com que o próprio movimento revolucionário se apropriasse dos dois termos, passando a usá-los para designar suas subdivisões internas. Os girondinos, que estavam à esquerda do rei, tornaram-se a “direita” da revolução, na mesma medida em que, decapitado o rei, os adeptos do antigo regime foram excluídos da vida pública e já não tinham direito a uma denominação política própria. Esta retração do “direitismo” admissível, mediante a atribuição do rótulo de “direita” a uma das alas da própria esquerda, tornou-se

depois um mecanismo rotineiro do processo revolucionário. Ao mesmo tempo, remanescentes contra-revolucionários genuínos foram freqüentemente obrigados a aliar-se à “direita”revolucionária e a confundir-se com ela para poder conservar alguns meios de ação no quadro criado pela vitória da revolução. Para complicar mais as coisas, uma vez excluída a contra-revolução do repertório das idéias politicamente admissíveis, o ressentimento contra-revolucionário continuou existindo como fenômeno psico-social, e muitas vezes foi usado pela esquerda revolucionária como pretexto e apelo retórico para conquistar para a sua causa faixas de população arraigadamente conservadoras e tradicionalistas, revoltadas contra a “direita” revolucionária imperante no momento. O apelo do MST à nostalgia agrária ou a retórica pseudo-tradicionalista adotada aqui e ali pelo fascismo fazem esquecer a índole estritamente revolucionária desses movimentos. O próprio Mao Dzedong foi tomado, durante algum tempo, como um reformador agrário tradicionalista. Também não é preciso dizer que, nas disputas internas do movimento revolucionário, as facções em luta com freqüência se acusam mutuamente de “direitistas” (ou “reacionárias”). À retórica nazista que professava destruir ao mesmo tempo “a reação” e “o comunismo” correspondeu, no lado comunista, o duplo e sucessivo discurso que primeiro tratou os nazistas como revolucionários primitivos e anárquicos e depois como adeptos da “reação” empenhados em “salvar o capitalismo” contra a revolução proletária. Os termos “esquerda” e “direita” só têm sentido objetivo quando usados na sua acepção originária de revolução e contra-revolução respectivamente. Todas as outras combinações e significados são arranjos ocasionais que não têm alcance descritivo mas apenas uma utilidade oportunística como símbolos da unidade de um movimento político e signos demonizadores de seus objetos de ódio. Nos EUA, o termo “direita” é usado ao mesmo tempo para designar os conservadores em sentido estrito, contra-revolucionários até à medula, e os globalistas republicanos, “direita” da revolução mundial. Mas a confusão existente no Brasil é muito pior, onde a direita contra-revolucionária não tem nenhuma existência política e o nome que a designa é usado, pelo partido governante, para nomear qualquer oposição que lhe venha desde dentro mesmo dos partidos de esquerda, ao passo que a oposição de esquerda o emprega para rotular o próprio partido governante. Para mim está claro que só se pode devolver a esses termos algum valor descritivo objetivo tomando como linha de demarcação o movimento revolucionário como um todo e opondo-lhe a direita contra-revolucionária, mesmo onde esta não tenha expressão política e seja apenas um fenômeno cultural. A essência da mentalidade contrarevolucionária ou conservadora é a aversão a qualquer projeto de transformação abrangente, a recusa obstinada de intervir na sociedade como um todo, o respeito quase religioso pelos processos sociais regionais, espontâneos e de longo prazo, a negação de toda autoridade aos porta-vozes do futuro hipotético. Nesse sentido, o autor destas linhas é estritamente conservador. Entre outros motivos, porque acredita que só o ponto de vista conservador pode fornecer uma visão realista do processo histórico, já que se baseia na experiência do passado e não em conjeturações de futuro. Toda historiografia revolucionária é fraudulenta na base, porque interpreta e distorce o passado segundo o molde de um futuro hipotético e aliás indefinível. Não é uma coincidência que os maiores historiadores de todas as épocas tenham sido sempre conservadores. Se, considerada em si mesmo e nos valores que defende, a mentalidade contra-revolucionária deve ser chamada propriamente “conservadora”, é evidente que, do ponto de vista das suas relações com o inimigo, ela é estritamente “reacionária”. Ser reacionário é reagir da maneira mais intransigente e hostil à ambição diabólica de mandar no mundo.

A partir da semana que vem, esta coluna sairá nas páginas de Opinião, às segundas-feiras. Fora isso, continuarei escrevendo editoriais e colunas.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

5

BRAM - Bradesco Asset Management S.A. Distribuidora deTítulos e Valores Mobiliários Empresa da Organização Bradesco CNPJ 62.375.134/0001-44 Sede: Av. Paulista, 1.450 - 6o e 7o Andares - São Paulo - SP Demonstração do Resultado dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil

Relatório da Administração Senhores Acionistas, Apresentamos a V.Sas. as Demonstrações Financeiras da BRAM – Bradesco Asset Management S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários, elaboradas na forma da Legislação Societária, referentes ao semestre findo em 30 de junho de 2007. A BRAM, empresa controlada pelo Banco Bradesco BBI S.A., especializada na gestão de recursos de terceiros, atende aos segmentos do mercado, tais como Bradesco Prime, Bradesco Empresas, Corporate, Private, Varejo e Investidores Institucionais. Em 30 de junho, 3.313 mil eram os investidores em 402 Fundos e 95 Carteiras Administradas, representando R$ 136,568 bilhões. No semestre, a Bram DTVM registrou Lucro Líquido de R$ 12,702 milhões, correspondente a R$ 1.362,57 por lote de mil ações, e Patrimônio Líquido de R$ 139,619 milhões. Agradecemos aos nossos clientes pelo apoio e confiança e aos nossos funcionários e colaboradores pela dedicação ao trabalho. São Paulo, SP, 3 de agosto de 2007. Diretoria

Balanço Patrimonial em 30 de junho – Em Reais mil 2006

2007 RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA .............................. Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários ............

2006

8.485 8.485

5.810 5.810

RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ..............

8.485

5.810

OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS ......................... Receitas de Prestação de Serviços ................................................. Despesas de Pessoal ....................................................................... Outras Despesas Administrativas .................................................... Despesas Tributárias ......................................................................... Resultado de Participações em Coligadas e Controladas ............... Outras Receitas Operacionais .......................................................... Outras Despesas Operacionais ........................................................

10.986 29.217 (12.560) (2.904) (2.622) – 165 (310)

32.261 28.598 (13.766) (2.204) (2.437) 23.761 78 (1.769) 38.071

ATIVO

2007

CIRCULANTE .................................................................................................. DISPONIBILIDADES ....................................................................................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ............................................................................................... Carteira Própria ................................................................................................ Vinculados à Prestação de Garantias ............................................................ RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS ............................................................. Transferências Internas de Recursos .............................................................. OUTROS CRÉDITOS ....................................................................................... Rendas a Receber ........................................................................................... Diversos ..........................................................................................................

160.068 349

92.362 678

CIRCULANTE .................................................................................................. OUTRAS OBRIGAÇÕES ..................................................................................

25.000 25.000

21.065 21.065

RESULTADO OPERACIONAL ............................................................

19.471

154.037 153.377 660 – – 5.682 233 5.449

85.151 84.552 599 32 32 6.501 186 6.315

Sociais e Estatutárias ..................................................................................... Fiscais e Previdenciárias ...............................................................................

14.321 4.655

11.956 4.221

RESULTADO NÃO OPERACIONAL ...................................................

247

RESULTADO ANTES DATRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO ...............

19.471

38.318

Diversas ..........................................................................................................

6.024

4.888

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ..........................

(6.769)

(5.329)

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ...........................................................................

2.747

1.090

LUCRO LÍQUIDO ................................................................................

12.702

32.989

OUTRAS OBRIGAÇÕES ..................................................................................

2.747

1.090

9.322.059 3.538,81

4.097 4.097 4.097

932 158

9.322.059 1.362,57

5.502 5.502 5.502

2.503 244

Número de ações .............................................................................. Lucro por lote de mil ações em R$ ...................................................

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ..................................................................... OUTROS CRÉDITOS ....................................................................................... Diversos ..........................................................................................................

Fiscais e Previdenciárias ............................................................................... Diversas ..........................................................................................................

127.223

1.796 413

52.919 32.962

PATRIMÔNIO LÍQUIDO ..................................................................................... Capital:

139.619

PERMANENTE ................................................................................................ INVESTIMENTOS ............................................................................................ Participações em Coligadas e Controladas: - No País .......................................................................................................... Outros Investimentos ...................................................................................... Provisões para Perdas .................................................................................... IMOBILIZADO DE USO .................................................................................... Outras Imobilizações de Uso .......................................................................... Depreciações Acumuladas ............................................................................. DIFERIDO ........................................................................................................ Gastos de Organização e Expansão .............................................................. Amortização Acumulada .................................................................................

– 625 (212) 1.195 4.133 (2.938) 188 15.577 (15.389)

32.604 570 (212) 1.328 3.745 (2.417) 18.629 39.674 (21.045)

- De Domiciliados no País .............................................................................. Reservas de Capital ........................................................................................

97.150 133

97.150 79

Reservas de Lucros ........................................................................................

42.336

29.994

TOTAL ..............................................................................................................

167.366

149.378

PASSIVO

2007

TOTAL ..............................................................................................................

2006

167.366

149.378

LUCROS ACUMULADOS

TOTAIS

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil

EVENTOS

CAPITAL REALIZADO ATUALIZADO

RESERVAS DE CAPITAL

RESERVAS DE LUCROS

CAPITAL SOCIAL

OUTRAS

LEGAL

ESTATUTÁRIA

SALDOS EM 31.12.2005 .................................................................................................................................... ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ..................................................................................................... LUCRO LÍQUIDO ................................................................................................................................................. DESTINAÇÕES: - Reservas ............................................................................................................................... - Dividendos declarados .........................................................................................................

97.150 – – – –

43 36 – – –

448 – – 1.649 –

5.959 – – 21.938 –

– – 32.989 (23.587) (9.402)

103.600 36 32.989 – (9.402)

SALDOS EM 30.6.2006 ......................................................................................................................................

97.150

79

2.097

27.897

127.223

SALDOS EM 31.12.2006 .................................................................................................................................... ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ..................................................................................................... LUCRO LÍQUIDO ................................................................................................................................................ DESTINAÇÕES: - Reservas .............................................................................................................................. - Dividendos declarados ........................................................................................................

97.150 – – – –

79 54 – – –

2.325 – – 636 –

30.928 – – 8.447 –

– – 12.702 (9.083) (3.619)

130.482 54 12.702 – (3.619)

SALDOS EM 30.6.2007 ......................................................................................................................................

97.150

133

2.961

39.375

139.619

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil 2007

2006

ORIGEM DOS RECURSOS ...............................................................

19.340

25.062

LUCRO LÍQUIDO ................................................................................

12.702

32.989

AJUSTES AO LUCRO LÍQUIDO ........................................................ Depreciações e Amortizações .......................................................... Amortização de Ágio ......................................................................... Resultado de Participações em Coligadas e Controladas ...............

268 268 – –

(21.980) 252 1.529 (23.761)

RECURSOS DETERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: - Aumento dos Subgrupos do Passivo ............................................ Outras Obrigações ......................................................................... - Diminuição dos Subgrupos do Ativo ............................................. Outros Créditos .............................................................................. - Alienação (Baixa) de Bens e Investimentos ................................. Imobilizado de Uso ........................................................................

4.481 4.481 1.889 1.889 – –

9.614 9.614 4.425 4.425 14 14

APLICAÇÃO DOS RECURSOS .........................................................

22.488

28.762

DIVIDENDOS DECLARADOS ...........................................................

3.619

9.402

INVERSÕES EM ............................................................................... Imobilizado de Uso ........................................................................... Investimentos ....................................................................................

45 45 –

761 193 568

APLICAÇÕES NO DIFERIDO ............................................................

77

15

AUMENTO DOS SUBGRUPOS DO ATIVO ........................................ Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos Relações Interdependências ............................................................

18.742 18.742 –

18.584 18.552 32

REDUÇÃO DOS SUBGRUPOS DO PASSIVO ................................... Relações Interdependências ............................................................

5 5

– –

REDUÇÃO DAS DISPONIBILIDADES ..............................................

(3.148)

(3.700)

Início do Semestre ........................................... Fim do Semestre .............................................. Redução das Disponibilidades ........................

3.497 349 (3.148)

4.378 678 (3.700)

MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA

Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras 1)

2)

3)

CONTEXTO OPERACIONAL A BRAM - Bradesco Asset Management S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários, tem como objetivo praticar operações e atividades pertinentes às disposições legais e regulamentares aplicáveis às sociedades da espécie, inclusive a administração de carteira de Valores Mobiliários por intermédio de carteiras de fundos, clubes de investimentos e outros assemelhados, além da execução de outros serviços ou atividades correlacionados à administração de recursos, podendo, para tal fim, celebrar convênios, bem como comprar e vender participações societárias e participar como sócia ou acionista de outra Sociedade. É parte integrante da Organização Bradesco, sendo suas operações conduzidas de forma integrada a um conjunto de empresas, que atuam nos mercados financeiro e de capitais, utilizando-se de seus recursos administrativos e tecnológicos, e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto.

d) Investimentos O investimento relevante em controlada, foi avaliado pelo método de equivalência patrimonial. Os títulos patrimoniais da CETIP - Câmara de Custódia e Liquidação são avaliados com base no valor patrimonial, não auditado, informado pela CETIP, e os incentivos fiscais e outros investimentos foram avaliados pelo custo de aquisição, deduzidos de provisão para perda, quando aplicável. e) Ativo imobilizado Demonstrado ao custo de aquisição, líquido das respectivas depreciações acumuladas, calculadas pelo método linear de acordo com a vida útil-econômica estimada dos bens, sendo: móveis e utensílios e máquinas e equipamentos - 10% ao ano; sistema de processamento de dados - 20% a 50% ao ano; e sistema de comunicação e segurança - 10% ao ano.

APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, associadas às normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central do Brasil (BACEN), que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere a constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas.

f) Ativo diferido Está registrado ao custo de aquisição ou formação, líquido das respectivas amortizações acumuladas de 20% ao ano. O ágio na aquisição de investimentos, com base em expectativa de rentabilidade futura, possuía amortização de 10% ao ano.

PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS

g) Ativos e Passivos contingentes e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias O reconhecimento, a mensuração e a divulgação das contingências ativas e passivas e obrigações legais são efetuados de acordo com os critérios definidos na Deliberação CVM 489/05. • Ativos Contingentes: Não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui total controle da situação ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo. Os ativos contingentes com probabilidade de êxito provável são apenas divulgados nas demonstrações financeiras (Nota 9a). • Passivos Contingentes: São constituídos levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade; e no posicionamento de Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável, o que ocasionaria uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes classificados como de perdas possíveis não são reconhecidos contabilmente, devendo ser apenas divulgados nas demonstrações financeiras, e os classificados como remotos não requerem provisão e divulgação (Nota 9b). • Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias: Decorrem de processos judiciais relacionados a obrigações tributárias, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou constitucionalidade, que independente da avaliação acerca da probabilidade de sucesso, têm os seus montantes reconhecidos integralmente nas demonstrações financeiras (Nota 9b).

a) Apuração do resultado As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro apresentadas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro-rata” dia e calculadas com base no método exponencial. b) Títulos e valores mobiliários Títulos para negociação - adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; Títulos disponíveis para venda - que não se enquadrem como para negociação nem como mantidos até o vencimento, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários; e Títulos mantidos até o vencimento - adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento, são avaliados pelos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período. c) Imposto de renda e contribuição social (ativo e passivo) A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. Os créditos tributários sobre adições temporárias serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos. Os créditos tributários sobre prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social serão realizados de acordo com a geração de lucros tributáveis. 4)

h) Outros ativos e passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidos e provisão para perda, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e das variações monetárias (em base “pro-rata” dia) incorridos.

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS a) Classificação por categorias e prazos

Títulos (1)

1 a 30 dias

31 a 180 dias

91 a 180 dias

181 a 360 dias

Acima de 360 dias

Valor de mercado/ contábil (2)

2007 Valor de custo atualizado

Marcação a mercado

Em 30 de junho - R$ mil 2006 Valor de Marcação mercado/ a contábil (2) mercado

Títulos para negociação ...................................................... – – 3.856 6.562 143.619 154.037 154.014 23 85.151 – Letras financeiras do tesouro .................................................. – – – 660 82.370 83.030 83.007 23 26.363 – Certificados de depósito bancário ........................................... – – – 1.938 7.366 9.304 9.304 – 6.422 – Notas do tesouro nacional ...................................................... – – – – 909 909 909 – 5.592 – Letras do tesouro nacional ...................................................... – – – – 41.100 41.100 41.100 – 46.774 – Debentures ............................................................................ – – 3.856 3.964 11.874 19.694 19.694 – – – Total em 2007 ........................................................................ – – 3.856 6.562 143.619 154.037 154.014 23 Total em 2006 ........................................................................ 17.249 825 – 10.761 56.316 85.151 – (1) As aplicações em cotas de fundos de investimento foram distribuídas de acordo com os papéis que compõem suas carteiras, preservando a classificação da categoria dos fundos. Na distribuição dos prazos, foram considerados os vencimentos dos papéis, independentemente de sua classificação contábil; e (2) O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado de acordo com a cotação de preço de mercado disponível na data do balanço. Se não houver cotação de preços de mercado disponível, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos de definições de preços, modelos de cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes. No caso das aplicações em fundos de investimento, o custo atualizado reflete o valor das respectivas cotas que já estão a valor de mercado. b) Resultado de títulos e valores mobiliários

23 8.447 15 8.485

82 5.753 (25) 5.810

c) A BRAM - Bradesco Asset Management S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários não possuía operações com instrumentos financeiros derivativos em 30 de junho de 2007 e 2006. OUTROS CRÉDITOS - DIVERSOS

Em 30 de junho - R$ mil 2006

2007 Créditos tributários (Nota 18c) ............................................................................................................................................................................................................................... Impostos e contribuições a compensar ................................................................................................................................................................................................................ Adiantamentos e antecipações salariais ............................................................................................................................................................................................................. Depósitos em garantia de recursos fiscais .......................................................................................................................................................................................................... Aluguéis a receber ................................................................................................................................................................................................................................................ Outros .................................................................................................................................................................................................................................................................... Total ....................................................................................................................................................................................................................................................................... 6)

8.991 1.041 443 255 – 221 10.951

8.661 1.073 443 175 41 19 10.412

INVESTIMENTOS a) Em 30 de junho de 2006, o valor de R$ 23.761 mil registrado em conta de resultado, sob a rubrica “ Resultado de participações em coligadas e controladas”, é decorrente da participação na Bradesco Templeton Asset Management Ltda. até junho de 2006. O referido investimento foi baixado em 31 de julho de 2006, por alienação à T.I.I. Templeton International Inc. b) Composição de outros investimentos

IMOBILIZADO DE USO

I-

Taxa Imóveis de uso: - Móveis e equipamentos de uso ................... - Sistema de segurança e comunicação ........ - Sistema de processamento de dados .......... Total em 2007 .................................................. Total em 2006 .................................................. 8)

9)

Provisão para pagamentos a efetuar ..................................... Provisão para passivos contingentes - trabalhistas ............. Total ........................................................................................

10% 10% 20 a 50%

Custo 693 495 2.945 4.133 3.745

Em 30 de junho - R$ mil Valor Depreciação residual (417) (215) (2.306) (2.938) (2.417)

276 280 639 1.195 1.328

DIFERIDO Em 30 de junho de 2006 o diferido era composto basicamente pelo ágio na aquisição de investimentos, fundamentado em rentabilidade futura, na Deutsche Bank Investimentos DTVM S.A., no montante de R$ 18.607 mil, líquido de amortização. No 2o semestre de 2006, foi revisado pelos Órgãos da administração o ágio existente, e conforme deliberação do Conselho de Administração de 18 de setembro de 2006 e objeto de aviso aos acionistas naquela mesma data, o referido ágio, foi amortizado integralmente. A proposta do Conselho de Administração dessa data foi aprovada pela Assembléia Geral Extraordinária de 5 de outubro de 2006. ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES E OBRIGAÇÕES LEGAIS – FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS a) Ativos Contingentes Não foram reconhecidos contabilmente ativos contingentes. b) Passivos Contingentes classificados como perdas prováveis e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias A empresa é parte em processos judiciais, de natureza trabalhista e fiscal, decorrentes do curso normal de suas atividades. As provisões foram constituídas levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade e, no posicionamento de Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável. A Administração da empresa entende que a provisão constituída é suficiente para atender perdas decorrentes dos respectivos processos. O passivo relacionado à obrigação legal em discussão judicial é mantido até o ganho definitivo da ação, representado por decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, ou a sua prescrição.

218 100 291 16 625 (212) 413

218 100 236 16 570 (212) 358

Processos trabalhistas São ações ajuizadas por ex-empregados, visando a obter indenizações, em especial o pagamento de “horas extras”.

II - Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias A empresa vem discutindo judicialmente a legalidade e constitucionalidade de alguns tributos e contribuições, os quais estão totalmente provisionados não obstante as boas chances de êxito a médio e longo prazo, de acordo com a opinião dos assessores jurídicos.

Em 30 de junho - R$ mil 2006 5.926 342 6.268

a) Capital social O capital social, no montante de R$ 97.150 mil, totalmente subscrito e integralizado, é composto por 9.322.059 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal. b) Reservas de Lucros 2007

Em 30 de junho - R$ mil 2006

Reservas de Lucros .............................................................. 42.336 29.994 - Reserva Legal (1) ................................................................. 2.961 2.097 - Reserva Estatutária (2) ......................................................... 39.375 27.897 (1) Constituída obrigatoriamente à base de 5% do lucro líquido do exercício, até atingir 20% do capital social realizado, ou 30% do capital social, acrescido das reservas de capital. Após esse limite a apropriação não mais se faz obrigatória. A reserva legal somente poderá ser utilizada para aumento de capital ou para compensar prejuízos; e (2) Visando à manutenção de margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas da Sociedade, pode ser constituída em 100% do lucro líquido remanescente após destinações estatutárias, sendo o saldo limitado a 95% do Capital Social Integralizado. c) Juros sobre o capital próprio e/ou dividendos Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados juros sobre o capital próprio e/ou dividendos que somados correspondam, no mínimo, a 30% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária. 12) RECEITAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS Referem-se a receitas pela gestão de recursos de terceiros, calculado com base em percentual definido em contrato de intermediação de negócios. 13) DESPESAS DE PESSOAL Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Proventos ..................................................................................... Encargos sociais ......................................................................... Benefícios .................................................................................... Treinamento .................................................................................. Total ..............................................................................................

9.523 2.414 553 70 12.560

No início do semestre ..................................................... Constituições .................................................................. Saldo em 2007 ............................................................... Saldo em 2006 ............................................................... (1) Compreende, substancialmente, obrigações legais.

342 – 342 342

3.363 120 3.483 2.015

c) Passivos Contingentes classificados como perdas possíveis A empresa mantém um sistema de acompanhamento para todos os processos administrativos e judiciais em que a instituição figura como “autora” ou “ré” e amparada na opinião dos assessores jurídicos classifica as ações de acordo com a expectativa de insucesso. Neste contexto os processos contingentes avaliados como de risco de perda possível não são reconhecidos contabilmente. 10) OUTRAS OBRIGAÇÕES a) Fiscais e previdenciárias

Provisão para riscos fiscais .................................................. Impostos e contribuições sobre lucros a pagar ..................... Provisão para impostos e contribuições diferidos ................ Impostos e contribuições a recolher ...................................... Total ........................................................................................

Em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 3.483 2.015 2.761 2.295 35 – 879 843 7.158 5.153

9.756 3.356 531 123 13.766

14) OUTRAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Comunicação ............................................................................... Processamento de dados ............................................................ Propaganda e publicidade ........................................................... Aluguéis ....................................................................................... Serviços técnicos especializados .............................................. Depreciação e amortização ......................................................... Serviços de terceiros ................................................................... Despesas de viagens .................................................................. Transporte ..................................................................................... Despesas de material .................................................................. Manutenção e conservação de bens .......................................... Outras ........................................................................................... Total ..............................................................................................

492 465 416 285 269 268 233 162 124 49 19 122 2.904

490 92 81 329 247 252 237 199 71 65 28 113 2.204

15) DESPESAS TRIBUTÁRIAS Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Contribuição ao COFINS .............................................................. Impostos sobre serviços - ISS .................................................... Contribuição ao PIS/PASEP ........................................................ Impostos e taxas ......................................................................... Total ..............................................................................................

1.514 737 246 125 2.622

1.390 716 226 105 2.437

16) OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Amortizações de ágio .................................................................. Despesas diversas ...................................................................... Atualização monetária ................................................................. Total ..............................................................................................

– 142 168 310

1.529 174 66 1.769

17) TRANSAÇÕES COM O CONTROLADOR E EMPRESAS LIGADAS As transações com controlador e empresas ligadas foram efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações, foram eliminadas nas demonstrações financeiras:

2007

Disponibilidades: Banco Bradesco S.A. ..................................... Dividendos e juros sobre o capital próprio: Banco Bradesco S.A. ..................................... Banco Bradesco BBI S.A. .............................. Aluguel: Banco Bradesco S.A. ..................................... Bradesco Templeton Asset Management Ltda. Alvorada CCFI S.A. ......................................... Serviços prestados: Bradesco S.A. CTVM ......................................

Em 30 de junho - R$ mil 2006 Receitas Ativos (passivos) (despesas)

Ativos (passivos)

Receitas (despesas)

349

678

– (14.321)

– –

(2.554) (9.402)

– –

– – –

(196) – (27)

– – –

(245) 124 –

(4)

(4)

18) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social

III - Saldo das Provisões constituídas: Em 30 de junho - R$ mil Fiscais e Trabalhista Previdenciárias (1)

4.704 342 5.046

11) PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Em 30 de junho - R$ mil 2006

2007 Investimentos por incentivos fiscais .................................................................................................................................................................................................................... Certificados de investimentos .............................................................................................................................................................................................................................. Títulos patrimoniais ............................................................................................................................................................................................................................................... Outros investimentos ............................................................................................................................................................................................................................................ Subtotal ................................................................................................................................................................................................................................................................. Provisão para perdas em investimentos por incentivos fiscais .......................................................................................................................................................................... Total ....................................................................................................................................................................................................................................................................... 7)

2007

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006

Títulos de renda fixa .............................................................................................................................................................................................................................................. Aplicações em fundos de investimento ............................................................................................................................................................................................................... Ajuste a valor de mercado .................................................................................................................................................................................................................................... Total ....................................................................................................................................................................................................................................................................... 5)

b) Diversas

Em 30 de junho - R$ mil 2006

2007 Resultado antes do imposto de renda e contribuição social Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente ............................ Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Participação em controlada ................................................... Despesas indedutíveis líquidas de receitas não tributáveis Outros valores ........................................................................ Imposto de renda e contribuição social do semestre ..........

19.471

38.318

(6.620)

(13.028)

– (210) 61 (6.769)

8.079 (343) (37) (5.329)

b) Composição da conta de resultado de imposto de renda e contribuição social 2007 Impostos diferidos Constituição/(realização) no semestre, sobre adições/exclusões temporárias .................................................................... Utilização de saldos iniciais de: Base negativa de contribuição social ................................... Prejuízo fiscal ........................................................................ Subtotal .................................................................................. Impostos correntes Imposto de renda e contribuição social devidos ................... Imposto de renda e contribuição social do semestre ..........

Em 30 de junho - R$ mil 2006

(471)

202

(491) (1.414) (2.376)

(424) (1.255) (1.477)

(4.393) (6.769)

(3.852) (5.329)

CONTINUA


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Transpor te Saúde Av i a ç ã o Ciência

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Raimundo Pacco/Folha Imagem

ENLUTADOS NÃO QUEREM OUVIR, QUEREM FALAR

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Tragédias, como as do Airbus da TAM, deixam marcas profundas em parentes das vítimas.

Quando o tempo se recusa a passar Familiares de vítimas dos acidentes com o Fokker 100 da TAM, em 1996, e com o Boeing da Gol, no ano passado, falam de suas duras experiências com o luto. Kelly Ferreira

Sebastião Moreira/AE - 01/10/2006

Marcos Peron/Virtual Photo

D

izem que o tempo cura tudo e que a tristeza se vai com ele. Mas esse não é o caso da controladora financeira Angelita Marques. Para ela, o tempo não passa. Depois de 10 meses da morte repentina e trágica do marido Plínio, ela diz que a saudade é grande e que ainda não tem estrutura para tocar em seus objetos pessoais. "Tenho a sensação de viver um sonho ruim. Dizem que o tempo ameniza a dor da perda, mas preciso de mais tempo. Não consigo deixar de sentir saudade e as coisas dele estão ainda no mesmo lugar", conta. Plínio foi uma das vítimas do acidente com o Boeing da Gol, em 29 de setembro do ano passado, depois de uma colisão com um jato Legacy, pilotado por dois norteamericanos, responsabilizados pela Polícia Federal pela morte de 154 pessoas. Angelita, que é presidente da Associação de Parentes das Vítimas do Vôo 1907, relata dois momentos cruciais desde que soube que o Boeing da Gol havia sumido na Serra do Cachimbo, em Peixoto de Azevedo, no norte do Mato Grosso. "O primeiro choque foi saber do acidente. O segundo aconteceu quando eu estava em Brasília e me ligaram informando que haviam encontrado o corpo do meu marido. Meu mundo desabou e o chão sumiu dos meus pés. Não queria perder o meu companheiro, ainda mais daquele jeito. Na hora, perdi a noção da realidade. Era ele. E eu não podia fazer nada", diz. Luto – A psicóloga Celina Daspett explica que nem todas as pessoas têm a mesma reação diante da quebra do vínculo com um ente querido, quando ela ocorre de maneira acidental e trágica. "Há pessoas que, mesmo de luto, tiram tudo do armário e doam. Outras, como é o caso de Angelita, têm mais dificuldade em fazer isso. Cada um tem o seu tempo. O importante, nessas situações, é não forçar. Há famílias que quando a mulher está na maternidade e perde um filho, desmontam o quarto do bebê e somem com tudo, na intenção de amenizar a dor da mãe da criança. Isso é errado e faz com que a pessoa perca suas referências. A morte mexe com o nosso porto seguro", explica. E, de fato, foi isso que aconteceu com Angelita. "Foi um abalo muito grande. É complicado trabalhar essa perda. A morte dele afetou toda a minha vida, o trabalho, o dia-adia. Voltei de Brasília em um vôo como passageira. Ele em um caixão lacrado, como carga. Não tê-lo visto me dá a sensação de que ele não morreu, de que a qualquer momento ele vai voltar. Se não tivesse ajuda psicológica não

Ó RBITA

IDENTIFICADOS

O

s corpos do piloto Kleyber Aguiar Lima e do co-piloto Henrique Stephanini di Sacco, do Airbus A320 da TAM, foram identificados na manhã de ontem, pelo Instituto Médico-Legal (IML) de São Paulo. Os corpos de Marli Pedro dos Santos, Ângela

Angelita Marques (acima), cujo marido, Plínio, morreu no acidente com o Boeing da Gol, em 29 de setembro do ano passado (à dir.): "Tenho a sensação de viver um sonho ruim. Dizem que o tempo ameniza a dor da perda, mas preciso de mais tempo. Não consigo deixar de sentir saudade e as coisas dele estão ainda no mesmo lugar. Não queria perder o meu companheiro. Na hora, perdi a noção da realidade. Era ele. E eu não podia fazer nada." Milton Mansilha/Luz - 26/07/2007

Silvio Ribeiro/AE - 31/10/1996

Sandra Assali (acima), presidente da Associação Brasileira de Parentes e Amigos das Vítimas de Acidentes Aéreos, que perdeu seu marido no acidente com o avião Fokker 100 da TAM, ocorrido no dia 31 de outubro de 1996, ao decolar de Congonhas e cair em ruas do Jabaquara (à dir.): "Sair dessa situação sozinha é muito difícil. Procurei ajuda psicológica, porque não tive nenhuma da companhia aérea na época. Tive de me virar. A análise que fizemos, eu e meus filhos, nos ajudou muito. Mas até hoje a saudade é grande."

sei o que seria de mim. Nessa hora, ter alguém para te ouvir é muito importante". Filhos – Adriana Haydt e Sandra Assali, que perderam seus maridos no acidente do Fokker 100 da TAM, em 1996, não tiveram a mesma sorte. Adriana, que na época tinha dois filhos menores, um deles considerado incapaz, só encontrou forças para continuar a viver na família. "Não tivemos ajuda psicológica. Fiquei esquecida aqui no Rio de Janeiro. Ninguém veio perguntar se precisávamos de alguma coisa. A sorte é que tenho uma família estruturada e foi a ela que eu me apeguei para sobreviver", diz. Dorneles Haensel, Demetrio Prior Travessa e Angélica Rojek também já foram identificados, segundo a secretaria de Segurança Pública. Com a confirmação, sobe para 194 o total de vítimas já reconhecidas do acidente com o vôo 3054 da TAM, ocorrido em São Paulo, no dia 17 de julho. Segundo a TAM, 187 pessoas estavam no Airbus. Segundo os Bombeiros, 220 sacolas com restos mortais foram recolhidas. De acordo com dados da secretaria de Segurança, 199 pessoas morreram no acidente. (Agências)

Adriana conta que um de seus filhos teve sérios problemas de saúde após a morte do pai. "Ele teve várias pneumonias e crises de convulsão. Os médicos diziam que essa era a maneira que ele tinha para manifestar a falta que sentia do pai. Foi muito difícil passar por esse período. E, até hoje, depois de quase 11 anos, ainda é. A ferida ainda está aberta. Todo mês me liga um advogado para falar da indenização que não recebi e tudo volta à tona", conta. Para Sandra Assali, presidente da Abrapavaa (Associação Brasileira de Parentes e Amigos das Vítimas de Aci-

dentes Aéreos), a ajuda psicológica é primordial em casos de acidentes trágicos, seja aéreo, em estradas ou assassinatos. "Sair dessa situação sozinha é muito difícil. Procurei ajuda psicológica, porque não tive nenhuma da companhia aérea na época. Tive de me virar. A análise que fizemos, eu e meus filhos, nos ajudou muito. Mas até hoje a saudade é grande", diz. Primeiro ano – A psicóloga Celina Daspett diz que o processo de luto leva, pelo menos, dois anos e que, nesse período, o importante é escutar, e não falar. "O primeiro ano é sempre mais difícil. Datas comemora-

tivas, como Natal e aniversário são sempre lembradas com muita saudade. É comum surgir a síndrome do pânico e a depressão. Nas terapias, essas pessoas querem falar da dor que sentem, da ausência, do que poderiam ter feito e não fizeram, que deveriam ter brigado menos e amado mais. A pessoa enlutada, nessa hora, não quer ouvir, quer falar". Celina afirma que, apesar de as crianças, a partir dos 8

anos de idade, passarem a ter noção de que a morte é um processo irreversível, é importante saber que elas também ficam de luto. "É preciso contar o que aconteceu de uma maneira que elas possam entender. Se disser que o ente querido foi para o céu, ela vai olhar para o céu e repetir a mesma coisa. Vai entender da maneira dela que aquela pessoa não fará mais parte de seu dia-a-dia".

VIRACOPOS

PROTESTO

TRANQÜILIDADE NOS AEROPORTOS

O

s aeroportos de São Paulo apresentaram movimento tranqüilo na tarde de ontem. Os pousos e decolagens nos aeroportos de Congonhas, na zona sul da capital paulista, e no Aeroporto Internacional de São Paulo, Cumbica, em Guarulhos, ocorreram sem o auxílio de instrumentos. De acordo com a Infraero, das 6h às 16h, o terminal de Congonhas registrou cancelamento em 34% dos vôos. Das 118 partidas programadas, 40 foram canceladas e apenas três

apresentaram atrasos superiores a uma hora. Segundo a assessoria de imprensa da Infraero, até as 10h45 de ontem, o aeroporto operou por instrumentos em função de um nevoeiro que atingiu a região. A pista principal ficou fechada nos primeiros 50 minutos de funcionamento para a secagem. O último balanço de Cumbica informa que das 157 partidas programadas entre a zero hora e 16h, oito apresentaram atrasos acima de uma hora e cinco foram canceladas. (Agências)

O

Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, a 100 quilômetros a oeste de São Paulo, passará por obras para receber 21 vôos por hora do Aeroporto de Congonhas, assim que começarem as obras de recuperação das pistas do aeroporto de Cumbica. O início das obras está previsto para a próxima semana e contarão com recursos já avaliados no orçamento, segundo o ministro da Defesa, Nelson Jobim, que visitou Viracopos no sábado. (Agências)

F

amiliares e amigos das vítimas mortas no acidente com o Airbus A320 da TAM, em 17 de julho, no Aeroporto de Congonhas, protestaram ontem no Parque Farroupilha, em Porto Alegre. Cerca de cem pessoas com narizes de palhaço reuniram-se no tradicional ponto de encontro dos portoalegrenses. Por volta do meio-dia, o grupo fez um minuto de silêncio para relembrar as vítimas da tragédia. (Agências)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

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Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários CNPJ 61.855.045/0001-32 Sede: Av. Paulista, 1450 - 7o andar - Bela Vista - São Paulo, SP

Relatório da Administração Senhores Acionistas, Apresentamos a V.Sas. as Demonstrações Financeiras da Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários, elaboradas na forma da Legislação Societária, referentes ao semestre findo em 30 de junho de 2007. Estruturada para atender clientes de todo o País, a Bradesco Corretora destaca-se dentre as mais atuantes do mercado brasileiro, com significativa participação nos pregões da Bovespa e marcante crescimento em suas operações via Internet (Home Broker). Ocupa também a posição privilegiada na BM&F - Bolsa de Mercadorias & Futuros, como uma das corretoras de maior volume de negócios. Os serviços de análises de investimentos e conjuntura econômica encontram-se entre seus diferenciais competitivos. Representa também investidores não-residentes no País em operações realizadas no mercado financeiro e de capitais, na administração de clubes de investimento e na custódia para pessoas físicas e jurídicas não-institucionais.

Possui exclusivo Sistema Automático de Negociação de Ações - SANA que está estruturado para facilitar a participação do pequeno investidor no mercado acionário, assegurando ampla facilidade de comprar e vender ações em Bolsa, em pequenos lotes, através de terminais de computador na Rede de Agências Bradesco. Atende também à intermediação de ofertas públicas. Com a prestação dos serviços de Formador de Mercado (market maker), garante liquidez mínima e referência de preço das ações de empresas negociadas na Bovespa e oferece o Programa Tesouro Direto, que permite ao cliente pessoa física investir em Títulos Públicos Federais pela Internet, bastando cadastrar-se na Bradesco Corretora por meio do site www.bradesco.com.br. No semestre, negociou o montante de R$ 22,469 bilhões nos pregões da BOVESPA, correspondente a 820.082 ordens de compra e venda de ações, atendendo a 42.364 investidores. Na BM&F, intermediou 1.885 mil contratos, com volume financeiro de R$ 129,736 bilhões. Na Carteira de Custódia Fungível, 32.866 eram os clientes cadastrados.

O Lucro Líquido no semestre foi de R$ 18,775 milhões. No final do semestre, registrou Patrimônio Líquido de R$ 94,506 milhões, equivalentes a 41,74% dos ativos totais, que somaram R$ 226,410 milhões. Agradecemos aos nossos clientes pelo apoio e confiança e aos nossos funcionários e colaboradores pela dedicação ao trabalho. São Paulo, SP, 3 de agosto de 2007. Diretoria

Balanço Patrimonial em 30 de junho – Em Reais mil ATIVO

2007

PASSIVO CIRCULANTE ..............................................................................................

91.415

1.339.498

OUTRAS OBRIGAÇÕES ..............................................................................

91.415

1.339.498

Sociais e Estatutárias .................................................................................

20.449

318

CIRCULANTE .............................................................................................. DISPONIBILIDADES ................................................................................... APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ ................................... Aplicações no Mercado Aberto ................................................................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTR. FINANC. DERIVATIVOS .. Carteira Própria ............................................................................................ Vinculados à Prestação de Garantias ........................................................ OUTROS CRÉDITOS ................................................................................... Rendas a Receber ....................................................................................... Negociação e Intermediação de Valores .................................................... Diversos ...................................................................................................... Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa ............................ OUTROS VALORES E BENS ...................................................................... Despesas Antecipadas ...............................................................................

164.885 227 53.908 53.908 77.247 46.616 30.631 33.443 958 32.139 392 (46) 60 60

1.425.207 33 33.800 33.800 56.388 53.405 2.983 1.334.927 518 1.329.604 4.851 (46) 59 59

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ................................................................. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTR. FINANC. DERIVATIVOS .. Carteira Própria ............................................................................................ Vinculados à Prestação de Garantias ........................................................ OUTROS CRÉDITOS ................................................................................... Diversos ......................................................................................................

19.583 – – – 19.583 19.583

PERMANENTE ............................................................................................ INVESTIMENTOS ........................................................................................ Participações em Coligadas: - No País ...................................................................................................... Outros Investimentos .................................................................................. Provisões para Perdas ................................................................................ IMOBILIZADO DE USO ................................................................................ Outras Imobilizações de Uso ...................................................................... Depreciações Acumuladas ......................................................................... DIFERIDO .................................................................................................... Gastos de Organização e Expansão .......................................................... Amortização Acumulada ............................................................................. T OT A L ......................................................................................................

2007

Demonstração do Resultado dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil

2006

2006

2007

2006

9.827 10.002 (175)

14.711 14.847 (136)

Fiscais e Previdenciárias ...........................................................................

9.114

9.292

RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ................................................. Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários ............................... Resultado com Instrumentos Financeiros e Derivativos .....................................

Negociação e Intermediação de Valores ....................................................

54.072

1.327.427

RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA .................................

9.827

14.711

Diversas ......................................................................................................

7.780

2.461

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO .......................................................................

40.489

37.920

OUTRAS OBRIGAÇÕES ..............................................................................

40.489

37.920

Fiscais e Previdenciárias ...........................................................................

40.223

37.661

Diversas ......................................................................................................

266

259

OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS ............................................ Receitas de Prestação de Serviços .................................................................... Despesas de Pessoal .......................................................................................... Outras Despesas Administrativas ....................................................................... Despesas Tributárias ............................................................................................ Resultado de Participações em Coligadas ......................................................... Outras Receitas Operacionais ............................................................................. Outras Despesas Operacionais ...........................................................................

18.600 45.201 (12.300) (10.022) (5.079) 3 2.085 (1.288)

9.549 27.263 (6.897) (7.267) (3.492) 37 1.826 (1.921)

20.801 4.946 194 4.752 15.855 15.855

PATRIMÔNIO LÍQUIDO .................................................................................

94.506

102.822

RESULTADO OPERACIONAL ...............................................................................

28.427

24.260

RESULTADO NÃO OPERACIONAL ......................................................................

(2)

(3)

38.000

RESULTADO ANTES DATRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO ..................................

28.425

24.257

41.942 39.222

34.232 32.325

74 42.254 (3.106) 1.848 4.431 (2.583) 872 1.950 (1.078)

77 35.354 (3.106) 1.099 3.541 (2.442) 808 1.603 (795)

226.410

1.480.240

Capital: - De Domiciliados no País ..........................................................................

38.000

Reservas de Capital ....................................................................................

21.555

14.655

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL .............................................

(9.650)

(8.591)

Reservas de Lucros ....................................................................................

35.026

50.417

LUCRO LÍQUIDO ...................................................................................................

18.775

15.666

Ajuste ao Valor de Mercado - TVM e Derivativos .......................................

(75)

(250)

Número de ações ................................................................................................. Lucro por lote de mil ações em R$ ......................................................................

376.000.000 49,93

376.000.000 41,66

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil

T OT A L ......................................................................................................

226.410

1.480.240

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil CAPITAL SOCIAL REALIZADO

EVENTOS

RESERVAS DE CAPITAL

RESERVAS DE LUCROS LEGAL

ESTATUTÁRIA

AJUSTE AO VALOR DE MERCADO TVM E DERIVATIVOS

LUCROS ACUMULADOS

TOTAIS

SALDOS EM 31.12.2005 ........................................................................................................................ ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ......................................................................................... AJUSTE AO VALOR DE MERCADO -TVM E DERIVATIVOS ................................................................. LUCRO LÍQUIDO ..................................................................................................................................... DESTINAÇÕES: - Reservas ................................................................................................................... - Dividendos declarados .............................................................................................

38.000 – – – – –

11.411 3.244 – – – –

4.727 – – – 783 –

30.173 – – – 14.734 –

90 – (340) – – –

– – – 15.666 (15.517) (149)

84.401 3.244 (340) 15.666 – (149)

SALDOS EM 30.6.2006 ..........................................................................................................................

38.000

14.655

5.510

44.907

(250)

102.822

SALDOS EM 31.12.2006 ........................................................................................................................ ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ......................................................................................... AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM E DERIVATIVOS ................................................................ LUCRO LÍQUIDO ..................................................................................................................................... DESTINAÇÕES: - Reservas ................................................................................................................... - Dividendos declarados .............................................................................................

38.000 – – – – –

17.224 4.331 – – – –

6.149 – – – 939 –

30.280 – – – 17.658 (20.000)

32 – (107) – – –

– – – 18.775 (18.597) (178)

91.685 4.331 (107) 18.775 – (20.178)

SALDOS EM 30.6.2007 .........................................................................................................................

38.000

21.555

7.088

27.938

(75)

94.506

ORIGEM DOS RECURSOS .................................................................................. LUCRO LÍQUIDO ................................................................................................... AJUSTES AO LUCRO LÍQUIDO ........................................................................... Depreciações e Amortizações ............................................................................. Resultado de Participação em Coligadas ........................................................... AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TÍTULOS DISPONÍVEIS PARA VENDA .... RECURSOS DETERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: - Aumento dos Subgrupos do Passivo ................................................................ Outras Obrigações ............................................................................................. - Diminuição dos Subgrupos do Ativo ................................................................. Aplicações Interfinanceiras de Liquidez .......................................................... Outros Créditos .................................................................................................. - Alienação (Baixa) de Bens e Investimentos ..................................................... Imobilizado de Uso ........................................................................................... Investimentos .................................................................................................... APLICAÇÃO DOS RECURSOS ............................................................................ DIVIDENDOS DECLARADOS .............................................................................. INVERSÕES EM .................................................................................................. Imobilizado de Uso .............................................................................................. Investimentos ....................................................................................................... APLICAÇÕES NO DIFERIDO ............................................................................... AUMENTO DOS SUBGRUPOS DO ATIVO ........................................................... Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ............................................................. Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos ............... Outros Créditos ..................................................................................................... Outros Valores e Bens .......................................................................................... REDUÇÃO DOS SUBGRUPOS DO PASSIVO ...................................................... Outras Obrigações ................................................................................................ AUMENTO (REDUÇÃO) DAS DISPONIBILIDADES ............................................. MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA

Início do Semestre .......................................................... Fim do Semestre ............................................................. Aumento (Redução) das Disponibilidades .....................

2007

2006

251.413 18.775 263 266 (3) (107)

595.511 15.666 202 239 (37) (340)

– – 232.480 27.840 204.640 2 2 – 251.392 20.178 917 917 – 72 10.426 – 10.426 – – 219.799 219.799 21

579.941 579.941 – – – 42 3 39 595.520 149 61 21 40 155 595.155 6.102 9.668 579.383 2 – – (9)

206 227 21

42 33 (9)

Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras 1)

2)

3)

CONTEXTO OPERACIONAL A Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários tem por objetivo principal intermediar operações de ações e de contratos futuros, admitidas às negociações na BOVESPA - Bolsa de Valores de São Paulo e BM&F - Bolsa de Mercadorias & Futuros, atuando também na custódia de títulos mobiliários e é parte integrante da Organização Bradesco, utilizando-se de recursos administrativos e tecnológicos e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto.

5)

Títulos (1)

a) Apuração do resultado As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro são apresentadas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro-rata” dia e calculadas com base no método exponencial. As operações com taxas pós-fixadas são atualizadas até a data do balanço. b) Aplicações interfinanceiras de liquidez São registradas ao custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço. c) Títulos e valores mobiliários Títulos para negociação - adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; Títulos disponíveis para venda - que não se enquadrem como para negociação nem como mantidos até o vencimento, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários; e Títulos mantidos até o vencimento - adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento, são avaliados pelos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período.

h) Ativo diferido Está registrado ao custo de aquisição ou formação, líquido das respectivas amortizações acumuladas, calculadas pelo método linear, sendo gastos de desenvolvimento lógico - 20% ao ano. i) Outros ativos e passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidas, e provisão para perdas, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e das variações monetárias (em base “pro-rata” dia) incorridos. 4)

APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ a) Vencimentos

1 a 30 dias Aplicação no mercado aberto: Posição bancada Letras financeiras do tesouro ........................... Total em 2007 ................................................... Total em 2006 ...................................................

53.908 53.908 33.800

Em 30 de junho - R$ mil Total 2007 2006

53.908 53.908

33.800 33.800

b) Receitas de aplicações interfinanceiras de liquidez Classificadas na demonstração de resultado como resultado de operações com títulos e valores mobiliários. Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Rendas de aplicações em operações compromissadas: Posição bancada ........................................................................... Total (nota 5b) .................................................................................

5.213 5.213

6.473 6.473

31 a 180 dias

181 a 360 dias

Acima de 360 dias

Valor de mercado/ contábil (2)

Valor de custo atualizado

Marcação a mercado

Valor de mercado/ contábil (2)

2007 Rendas de aplicações interfinanceiras de liquidez ............................................................................................................................................................................................................... Fundos de investimentos ........................................................................................................................................................................................................................................................ Títulos de renda fixa ................................................................................................................................................................................................................................................................ Títulos de renda variável ......................................................................................................................................................................................................................................................... Resultados com instrumentos financeiros derivativos .......................................................................................................................................................................................................... Total .........................................................................................................................................................................................................................................................................................

Marcação a mercado

5.213 2.405 1.765 619 (175) 9.827

2006 6.473 3.301 667 4.406 (136) 14.711

c) A Bradesco S.A Corretora de Títulos e Valores Mobiliários, não possuía operações com instrumentos financeiros derivativos em 30 de junho de 2007 e de 2006. 6)

NEGOCIAÇÃO E INTERMEDIAÇÃO DE VALORES Os saldos ativos e passivos referem-se às transações efetuadas por conta de clientes nas bolsas de valores e de mercadorias e futuros, cuja liquidação financeira é efetuada no mês seguinte, conforme composição demonstrada abaixo: Em 30 de junho - R$ mil Outros créditos Outras obrigações 2007 Operações com ativos financeiros e mercadorias a liquidar ........................................... Devedores / credores por conta de liquidação pendente ...................................................... Caixa de registro e liquidação ....................... Outros créditos por negociação e intermediação de valores .................................................... Total ................................................................

e) Investimentos Os títulos patrimoniais da BOVESPA e da BM&F foram avaliados pelo valor patrimonial, não auditado, informado pelas respectivas bolsas, e os incentivos fiscais e outros investimentos foram avaliados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perda, quando aplicável.

g) Ativo imobilizado É demonstrado ao custo de aquisição, líquido das respectivas depreciações acumuladas, calculadas pelo método linear de acordo com a vida útil-econômica estimada dos bens, sendo: móveis e utensílios, máquinas e equipamentos e benfeitorias em imóveis de terceiros - 10% ao ano; licenciamento de software - 20% ao ano e sistemas de processamento de dados - 20% ao ano.

1 a 30 dias

Títulos para negociação ....................................................................................... – 12.342 23.097 38.358 73.797 73.560 237 53.299 29 Certificados de depósito bancários ...................................................................... – – 583 2.215 2.798 2.798 – 3.413 – Letras do tesouro nacional .................................................................................... – – 21.322 7.813 29.135 28.929 206 24.866 – Debêntures ............................................................................................................ – 1.159 1.192 3.569 5.920 5.920 – – – Notas do tesouro nacional .................................................................................... – – – – – – – 2.973 – Letras financeiras do tesouro ................................................................................ – 11.183 – 24.761 35.944 35.913 31 22.047 29 Títulos disponíveis para venda ............................................................................ 3.450 – – – 3.450 3.563 (113) 8.035 (372) Ações .................................................................................................................... 3.450 – – – 3.450 3.563 (113) 7.451 (372) Outros .................................................................................................................... – – – – – – – 584 – Total em 2007 ........................................................................................................ 3.450 12.342 23.097 38.358 77.247 77.123 124 Total em 2006 ........................................................................................................ 52.984 3.018 386 4.946 61.334 (343) (1) As aplicações em cotas de fundos de investimento foram distribuídas de acordo com os papéis que compõem suas carteiras e no caso de operações compromissadas pelos respectivos papéis que estão lastreando as operações, preservando a classificação da categoria dos fundos. Na distribuição dos prazos, foram considerados os vencimentos dos papéis, independentemente de sua classificação contábil; e (2) O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado de acordo com a cotação de preço de mercado disponível na data do balanço. Se não houver cotação de preços de mercado disponível, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos de definições de preços, modelos de cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes. No caso das aplicações em fundos de investimento, o custo atualizado reflete o valor das respectivas cotas que já estão a valor de mercado. b) Resultado de títulos e valores mobiliários Semestres findos em 30 de junho - R$ mil

PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS

f) Ativos e Passivos contingentes e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias O reconhecimento, a mensuração e a divulgação das contingências ativas e passivas e obrigações legais são efetuados de acordo com os critérios definidos na Deliberação CVM 489/05. • Ativos Contingentes: Não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui total controle da situação ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo. Os ativos contingentes com probabilidade de êxito provável são apenas divulgados nas demonstrações financeiras (Nota 9a). • Passivos Contingentes: São constituídos levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade; e no posicionamento de Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável, o que ocasionaria uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes classificados como de perdas possíveis não são reconhecidos contabilmente, devendo ser apenas divulgados nas demonstrações financeiras, e os classificados como remotos não requerem provisão e divulgação (Nota 9b). • Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias: Decorrem de processos judiciais relacionados a obrigações tributárias, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou constitucionalidade, que independente da avaliação acerca da probabilidade de sucesso, têm os seus montantes reconhecidos integralmente nas demonstrações financeiras (Nota 9b).

Em 30 de junho - R$ mil 2006

2007

APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir de diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, associadas às normas e instruções do Banco Central do Brasil (BACEN), que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas.

d) Imposto de renda e contribuição social (ativo e passivo) O imposto de renda e contribuição social diferidos, calculados sobre adições temporárias, são registrados na rubrica “Outros créditos - Diversos”, e a provisão para obrigações fiscais diferidas sobre ajustes a valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é registrada na rubrica “Outras obrigações - Fiscais e previdenciárias”. Os créditos tributários sobre adições temporárias serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos. A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes.

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS a) Classificação por categoria e prazos

7)

2006

2006

8.442

43.303

28.729 3.123

1.326.404 3.154

58 45.572

223.230 1.060.894

287 32.139

46 1.329.604

– 54.072

– 1.327.427

OUTROS CRÉDITOS - DIVERSOS

Depósitos para interposição de recursos fiscais ................................ Créditos tributários (Nota 19c) ............................................................. Pagamentos a ressarcir ...................................................................... Depósitos para interposição de recursos civeis ................................. Impostos e contribuições a compensar .............................................. Depósitos para interposição de recursos trabalhistas ........................ Outros ................................................................................................... Total ...................................................................................................... 8)

2007

Em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 14.997 13.778 3.265 3.402 1.087 1.144 191 177 111 1.864 43 37 281 304 19.975 20.706

OUTROS INVESTIMENTOS Composição de outros investimentos Em 30 de junho - R$ mil Títulos patrimoniais ............................................................................. Investimentos por incentivos fiscais .................................................. Ações e Cotas ..................................................................................... Subtotal ................................................................................................ Provisão para perdas ........................................................................... Total ......................................................................................................

9)

2007 35.630 4.283 2.341 42.254 (3.106) 39.148

2006 28.730 4.283 2.341 35.354 (3.106) 32.248

ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES E OBRIGAÇÕES LEGAIS - FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS a) Ativos Contingentes No período não foram reconhecidos contabilmente ativos contingentes. b) Passivos Contingentes classificados como perdas prováveis e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias A empresa é parte em processos judiciais, de natureza trabalhista e fiscal, decorrentes do curso normal de suas atividades. As provisões foram constituídas levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade e, no posicionamento de Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável. A Administração da empresa entende que a provisão constituída é suficiente para atender perdas decorrentes dos respectivos processos. O passivo relacionado à obrigação legal em discussão judicial é mantido até o ganho definitivo da ação, representado por decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, ou a sua prescrição. I - Processos trabalhistas São ações ajuizadas por ex-empregados, visando a obter indenizações, em especial o pagamento de “horas extras”. II - Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias A empresa vem discutindo judicialmente a legalidade e constitucionalidade de alguns tributos e contribuições, os quais estão totalmente provisionados não obstante as boas chances de êxito a médio e longo prazo, de acordo com a opinião dos assessores jurídicos. III - Movimentação das Provisões Constituídas Em 30 de junho - R$ mil Fiscais e Previdênciárias (1) Trabalhista No início do semestre ............................................................ 265 39.126 Atualização monetária ............................................................ 1 1.097 Saldo em 2007 ....................................................................... 266 40.223 Saldo em 2006 ....................................................................... 259 37.501 (1) Compreende, substancialmente, obrigações legais. c) Passivos Contingentes classificados como perdas possíveis A empresa mantém um sistema de acompanhamento para todos os processos administrativos e judiciais em que a instituição figura como “autora” ou “ré” e amparada na opinião dos assessores jurídicos classifica as ações de acordo com a expectativa de insucesso. Neste contexto os processos contingentes avaliados como de risco de perda possível não são reconhecidos contabilmente.

10) OUTRAS OBRIGAÇÕES a) Fiscas e previdenciárias 2007 Provisão para riscos fiscais (Nota 9b) ........................................... Provisão impostos e contribuições sobre lucros .......................... Impostos e contribuições a recolher .............................................. Provisão para imposto de renda e contribuição social diferidos (Nota 19c) ..................................................................................... Total ................................................................................................ b) Diversas

Em 30 de junho - R$ mil 2006

40.223 6.866 1.695

37.501 7.658 1.495

553 49.337

299 46.953

Em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 7.780 2.461 266 259 8.046 2.720

Provisão para pagamentos a efetuar ............................................. Provisão para passivos contingentes - trabalhistas (Nota 9b) ...... Total ................................................................................................ 11) PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Capital social O capital social, totalmente subscrito e integralizado, é dividido em 376.000.000 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal. b) Reservas de Lucros Em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Reservas de Lucros ....................................................................... 35.026 50.417 - Reserva Legal (1) ......................................................................... 7.088 5.510 - Reserva Estatutária (2) (3) ............................................................ 27.938 44.907 (1) Constituída obrigatoriamente à base de 5% do lucro líquido do exercício, até atingir 20% do capital social realizado, ou 30% do capital social, acrescido das reservas de capital. Após esse limite a apropriação não mais se faz obrigatória. A reserva legal somente poderá ser utilizada para aumento de capital ou para compensar prejuízos; (2) Visando à manutenção de margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas da Sociedade, pode ser constituída em 100% do lucro líquido remanescente após destinações estatutárias, sendo o saldo limitado a 95% do Capital Social Integralizado; e (3) No 1º semestre de 2007, foram destinados de Reservas de Lucros Estatutária, dividendos do montante de R$ 20.000 mil. c) Juros sobre o capital próprio e/ou dividendos Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados juros sobre o capital próprio e/ou dividendos que somados correspondam, no mínimo, a 1% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária. 12) RECEITAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Corretagens de operações em bolsa ................................................... Serviços de custódia ........................................................................... Comissões de colocações de títulos .................................................. Outras ................................................................................................... Total ...................................................................................................... 13) DESPESAS DE PESSOAL

Proventos ............................................................................................. Encargos sociais ................................................................................. Benefícios ............................................................................................ Treinamento .......................................................................................... Indenizações e outras despesas ........................................................ Total ...................................................................................................... 14) OUTRAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS

Serviços do sistema financeiro ........................................................... Comunicação ....................................................................................... Serviços de terceiros ........................................................................... Manutenção e conservação de bens .................................................. Serviços técnicos especializados ...................................................... Depreciação e amortização ................................................................. Propaganda e publicidade ................................................................... Processamento de dados .................................................................... Aluguéis ............................................................................................... Viagens no país ................................................................................... Material ................................................................................................ Transportes ........................................................................................... Contribuições filantrópicas .................................................................. Outras ................................................................................................... Total ......................................................................................................

41.332 1.683 653 1.533 45.201

24.671 1.380 286 926 27.263

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 9.592 1.875 810 23 – 12.300

4.085 1.991 724 36 61 6.897

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 4.560 3.342 2.061 1.364 1.409 49 455 171 318 805 266 239 235 646 149 148 149 102 107 24 74 32 68 32 – 20 171 293 10.022 7.267

CONTINUA


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DCARRO

São Paulo, segunda-feira, 13 de agosto de 2007

São Paulo, segunda-feira, 13 de agosto de 2007

DCARRO

LANÇAMENTO

ALZIRA RODRIGUES

ANDANDO NO PUNTO

O

Punto, novo hatch da Fiat, começa a ser vendido esta semana com preços a partir de R$ 37,9 mil. Durante o lançamento do modelo em Buenos Aires, Argentina, o diretor comercial da montadora, Lélio Ramos, informou que 1.500 unidades estarão na rede a partir do dia 15, quando vai ao ar a campanha de divulgação do novo produto. "Nossa meta é vender pelo menos 3 mil unidades/mês no Brasil e outras 1.000 para países da América Latina", destacou o executivo. A Fiat evitou comparar os preços do Punto com outros modelos, alegando que ele estaria inaugurando um novo segmento no mercado brasileiro e, por conta disso, näo teria "concorrentes". Segundo Ramos, o novo carro da Fiat teria de ser enquadrado como um "sport hatch", um tipo de veículo que, em tese, não existiria no mercado. Esta postura de criar um novo segmento a cada veículo lançado vem se disseminando na indústria brasileira e só serve para confundir o consumidor. Afinal, por mais artimanhas que a Fiat crie, o Punto é um hatch médio que chega para competir com modelos similares de todas as marcas que atuam no País. Produzido em Betim (MG), o modelo é apresentado em quatro versões, duas com motor 1.4 (básica e ELX) e duas com motorização 1.8 litro (HLX e Sporting). Em função das opções de acabamento e de preço, vai concorrer com carros como o Citroën C3, Polo, Astra e Golf.

Punto, sucesso na Europa, chega em quatro versões: Sporting 1.8, (vermelho), HLX 1.8 (azul) e o ELX e básico 1.4, (prata). O menor preço, R$ 37.900.

Peculiaridades - Todas as versões do Punto são bicombustíveis e vêm de série com direção hidráulica e computador de bordo. Com exceção da básica, que não tem ar-condicionado nem como opcional, as demais vêm com este equipamento de fábrica. A ELX 1.4 custa a partir de R$ 41,6 mil e a HLX 1.8 sai por R$ 44,4 mil. A Sporting 1.8, a mais equipada, A Fiat diz que o Punto inaugura novo segmento no mercado. Será? A resposta virá do consumidor, tem preço mínimo de R$ 51,9 mil. mostrando se a fábrica está certa, ou se ele é apenas mais um hatch médio. Uma das novidades da nova linha é o Blue&Me, um sistema de comuDivulgação nicaçäo e entretenimento, segundo a Com duas Fiat, inédito no País. Ele permite a interação entre motorista e motorizações, o veículo, realizando chamadas de celular, troca de estação de carro oferece rádio e várias outras "tarefas" pelo comando de voz. diversos Oferecido como opcional em todas as versões, o Blue&Me sai componentes de por R$ 500 na Sporting 1.8, que já vem com toda a aparelhagem série, conforto e de som. Nas demais versões seu custo sobe por envolver a um desenho que compra de outros equipamentos. deve agradar ao Entre os kits de opcionais oferecidos para o Punto, o diretor consumidor comercial da Fiat destacou o pacote "HSD", que abrange air bag brasileiro duplo e freios ABS. "Ele está sendo oferecido por R$ 2,9 mil, enquanto o normal seria R$ 5,1 mil. Nosso objetivo é incentivar a compra de acessórios de segurança", destacou.

Punto, chegou o novo Fiat

Só Punto - Cerca de 70% das vendas do novo hatch devem se concentrar na motorizaçäo 1.4, com predomínio da versão ELX. Grande sucesso na Europa, onde o modelo é chamado de Grande Punto, para não haver confusão com o seu antecessor, com o mesmo nome, ainda à venda naquele mercado. Como não existe este problema no Brasil, por aqui ele se chamará apenas Punto. O presidente da Fiat América Latina, C. Belini, informou durante o lançamento do modelo que a marca cresceu 32% este ano no mercado brasileiro, reforçando sua posição de líder com 26% de participação nas vendas de automóveis e comerciais leves. Operando em três turnos, a fábrica mineira da marca italiana chegará aos 700 mil veículos este ano. "Em 2008, com a produçäo de carro também na Argentina, vamos chegar a 850 mil, com possibilidade até de se atingir 1 milhão se o mercado assim o exigir", garantiu Belini.

O Fiat Punto chega ao mercado nacional, depois de vários anos de sucesso na Europa, para brigar por um segmento de mercado não muito disputado, e onde reina praticamente sozinho o Volkswagen Polo. Até mesmo pelos preços que foram sugeridos pela Fiat Automóveis, muito competitivos diga-se de passagem, dentro da própria marca deve haver canibalização dos modelos top do Palio e dos intermediários do Stilo. Este lançamento também prepara o mercado para a chegada do Fiat Linea, já que usam a mesma plataforma e que vai substituir o já cansado Fiat Marea. O Fiat Punto terá no Brasil duas opções de motorização: 1.4 e 1.8 litro, ambos flex. O motor 1.4 flex, que foi aprimorado, aparece na versão de entrada e na ELX, e revela bom rendimento com economia de combustível. As principais melhorias deste motor foram efetuadas no diâmetro dos dutos do coletor de admissão, o coletor de escape foi alterado e uma nova calibragem da injeção eletrônica. Segundo o fabricante, esse motor produz 85 cavalos de potência máxima com gasolina e 86 cv com álcool, sempre a 5.750 rotações por minuto. Ainda segundo números da Fiat, o Punto 1,4 litro faz, na cidade, 12,9 km com um litro de gasolina e 9,1 km com um litro de álcool. Já na estrada, o consumo diminui para 16,8 km/litro com gasolina e 12,4 km/litro com álcool. A velocidade máxima é de 162 km/h com gasolina e 163 km/h com álcool. Já o motor 1.8 litro flex confirma um desempenho bem mais interessante, graças à sua maior potência. O motor que equipa as versões HLX e Sporting, também ganhou melhoramentos, como uma calibragem especí-

fica da injeção eletrônica, além de um novo coletor de admissão. Números fornecidos pelo fabricante, atestam que o Punto 1.8 produz potência de 113 cv a gasolina e 115 cv a álcool, ambas a 5.500 rpm. E um torque muito interessante de 18,0 kgm rodando com gasolina e 18,5 kgm com álcool, ambos alcançados a apenas 2.800 rpm. Por isso, o Punto HLX atinge a velocidade máxima de 181 km/h a gasolina e 183 km/h a álcool. Na versão esportiva, a Sporting, para ganhar mais “ânimo” o câmbio mecânico de cinco marchas recebeu um diferencial de 3,867 – na versão HLX essa relação é de 3,733. Isso favoreceu principalmente a aceleração do modelo. Andando o Punto mostrou ser um carro muito confortável, silencioso e agradável de dirigir. Em todos os trechos urbanos, a disposição foi um dos destaques de todos os modelos. O espaço interno é bom para quatro passageiros e é muito fácil encontrar a melhor posição. Regulagem é o que não falta. No teste no Autódromo de Buenos Aires, o carro agradou muito pela estabilidade e reações. Mesmo em situações mais críticas, ou seja, numa “tocada” mais esportiva. Isso demonstra que o motorista comum, em ruas ou estradas, vai ter confiança e tranqüilidade ao transitar. Os freios são muito competentes e em conjunto com a eletrônica faz com que o carro pare em espaços pequenos e sem desvios. O resumo das primeiras impressões do modelo é positiva e o carro deve agradar muito ao nosso consumidor. A nota triste fica por conta dos acabamentos das portas, em preto e vermelho do modelo Sporting. Me desculpem, mas é muito feio. Antonio Fraga

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segunda-feira, 13 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nacional Tr i b u t o s Va r e j o Finanças

3 No shopping Pátio Higienópolis, o tíquete médio foi de R$ 300.

LOJISTAS DA 25 DE MARÇO COMEMORAM

PAIS: LUCRO COM LEMBRANCINHAS Presentes de valor baixo foram os mais procurados nos shopping no Dia dos Pais. Comerciantes dizem que a data ganha cada vez mais importância para as vendas. Milton Mansilha/LUZ

"Os clientes mais jovens levaVanessa Rosal ram mais de uma peça", afirmou. Na loja Papel e Magia, que consumidor que deixou para com- vende produtos para escritóprar o presente do rio, informática e lembranciDia dos Pais na úl- nhas em geral, os itens temátima hora pôde andar tranqüi- ticos, específicos para a data, lamente pelos shoppings da ci- foram os mais procurados: dade. O movimento, conside- canecas, pijamas, camisetas, rado normal pelos profissio- chinelos e até medalhas com a n a i s d o s e t o r , n ã o frase "pai coruja" ou "super comprometeu o passeio das fa- pai". "O Dia dos Pais é o nosso mílias. No sábado, muitos an- segundo Natal. Esse ano cresdavam pelos corredores em- cemos 30%, superando todas purrando carrinhos de bebês e as expectativas", disse o gerente Erik Abe. segurando saSegundo ele, o colas, princitíquete médio palmente com foi de R$ 50. r o u p a s e p eN o S h o pq u e n a s l e mNós vendemos p i n g B o u l ebranças. paixão. Todo mundo vard Tatuapé, a A expectatié apaixonado por a d m i n i s t r a d ova da Associaum time. ra de empresas ção Brasileira S i l v a n a S a ndos Shopping Edilson Dias, gerente da ches queria C e n t e r s loja Roxos & Doentes gastar R$ 250 (Abrasce) é de em presentes um aumento para o marido. d e 11 % n a s vendas, mas os lojistas calcu- "Vou comprar sapato, calça, camisa e um pen drive". lam crescimento de até 30%. Para não errar com o presenDe acordo com o gerente da Side Walk, do Shopping Pátio te, muitos consumidores escoHigienópolis, na zona oeste da lheram produtos relacionados a capital, Rogério Leite, muitos futebol. Na Roxos & Doentes, consumidores compraram o por exemplo, o tíquete médio presente com antecedência na do período foi de R$ 200. "As semana em que o tempo es- pessoas compram uma camisa friou, por isso o movimento de presente e sempre levam um não foi tão intenso na véspera. complemento para presentear o "As liquidações de inverno, sogro", disse o gerente da loja, com descontos de até 50%, aju- Edílson Dias. De acordo com daram a alavancar as vendas ele, o movimento aumentou do Dia dos Pais", disse. O tí- 60% em relação ao final de sequete médio, de acordo com mana anterior. "Nós vendemos Leite, ficou em torno de R$ 300. paixão. Todo mundo é apaixo-

O

Dia de roupas, calçados e perfumes

I

ncrementadas pelas liquidações típicas das viradas de estação, as vendas dos shoppings paulistanos no Dia dos Pais devem superar em até 15% o desempenho de 2006. O bom resultado virá principalmente do comércio de itens de menor valor como roupas, calçados, perfumes e CDs. A previsão da Associação Brasileira dos Lojistas de Shopping (Alshop) é de que as vendas tenham aumentado 7% no período. A administração do Shopping Frei Caneca projeta um aumento de 10% em relação ao ano passado. No Central Plaza Shopping, o aumento esperado é de 7%, com 5% a mais de fluxo de pessoas sobre o evento anterior. Já no Shopping Interlagos, dados preliminares indicam expansão de 8% nas vendas e de 6% na movimentação de clientes.

A gerente de marketing do Shopping SP Market, Maria Eugênia Duva, prevê aumento de 15% nas vendas. "O Dia dos Pais ainda fica atrás das comemorações dos namorados e das mães, mas já se aproximou muito este ano", disse. De acordo com o economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Emílio Alfieri, o setor de vestuário liderou a preferência do consumidor, contribuindo para um aumento de 5,9% nas vendas do varejo. Nos oito primeiros dias de agosto, o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), que mede as compras no crediário, mostrou expansão de 4,6%. Já as consultas ao UseCheque, que indicam o ritmo dos negócios à vista, aumentaram 7,2%. Em 2006, o aumento havia sido de 3,8% nas vendas pelo crediário, e de 6% no cheque. (VR)

Rua 25 de Março movimentada

A

s vendas do comércio da Rua 25 de Março aumentaram em função do Dia dos Pais. Até os atacadistas da região ganharam com a data, embora em menor proporção que os estabelecimentos que vendem no varejo. A loja Camisódromo vendeu 60% mais camisas no último sábado. "A moda masculina não é o forte da região e isso fez com que nossas vendas crescessem. Aumentei o horário de funcionamento da loja e contratei três funcionários extras para a data", disse o gerente da loja, Marcos Paulino. Quem gostou desse esquema de atendimento foi a auxiliar financeira Luciana Bregaida, que escolheu a região para comprar o presente de seu pai. "Preferi essa região porque os preços são bons e A TÉ LOGO

posso ver outros itens de uso pessoal", disse Luciana. O resultado positivo nas vendas, embora menor, também foi alcançado por atacadistas e varejistas da região, que comercializam artigos diversificados. O Depósito Gregório, distribuidor de malhas e peças íntimas, por exemplo, obteve um acréscimo de 4% nas vendas em relação ao Dia dos Pais do ano passado. "Os itens mais vendidos foram os presentes tradicionais, como pijamas, cuecas e meias", disse o gerente da empresa, Fernando Parsequian. A loja Armarinhos Fernando registrou um aumento de 5% nas vendas em relação a 2006. Os artigos de baixo custo, a partir de R$ 1,70, como lenços, foram os mais vendidos. Rejane Tamoto

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

L

Grandes redes de varejo disputam o Nordeste

L

Mutirão julga mil ações geradas pelo Plano Bresser

L

Deputados já falam em mudar o Supersimples

Ao lado, pai e filho olham vitrine em loja do Boulevard Tatuapé em busca do presente ideal. No Shopping Pátio Higienópolis (abaixo, à esq), movimento não foi tão intenso porque consumidores anteciparam as compras do Dia dos Pais. Neste centro de compras, produtos temáticos foram bem procurados. No sábado, pais e filhos passearam pelas vitrines do mesmo shopping, atrás de presentes para comemorar a data.

nado por um time". Caneca, toalha, avental de churrasqueiro e até perfume com o distintivo dos principais clubes paulistas atraíram o consumidor na véspera do Dia dos Pais.

Produtos tradicionais como bolsas, cintos e carteiras de couro também foram boas opções. Na Di Marino, os itens mais vendidos custavam R$ 25, segundo a supervisora da loja,

Lourdes de Souza Ferreira. "A data é caracterizada por ser o dia das lembrancinhas. As pessoas querem dar um presente útil e barato", disse, ao destacar que alguns clientes desembol-

saram até R$ 120 por pastas de couro. "A data está melhorando a cada ano, quase se igualando à comemoração dos namorados. Nossas vendas cresceram 20%", disse.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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David Mercado/Reuters

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Se os EUA nos atacarem como em 2002, não haverá mais petróleo Hugo Chávez, presidente da Venezuela

Internacional TERREMOTO Um tremor de 5,1 graus atingiu várias regiões da Espanha, sem danos ou vítimas

Ó RBITA

TRAGÉDIA As fortes chuvas que castigam a China já deixaram 48 mortos e 65 desaparecidos

Kareem Raheem/Reuters

Quero um pedido de desculpas muito claro do governo de Hugo Chávez Néstor Kirchner, presidente argentino, em relatos extraoficiais da imprensa portenha

BAIXAS

Kirchner e Chávez: fim da lua-de-mel

presidente argentino Néstor Kirchner pediu a cabeça de Diego Uzcateguy Matheus, vice-presidente da estatal petrolífera venezuelana PdVSA e presidente da empresa na Argentina. O governo o considera responsável pelo pedido de carona dado ao empresário Guido Antonini Wilson, compatriota de Uzcateguy, que há nove dias desembarcou em Buenos Aires, proveniente de Caracas, em um jatinho — alugado pela estatal argentina de energia Enarsa — carregando uma maleta com um total de quase US$ 800 mil não declarados na aduana. A maleta é o centro do novo escândalo que abala o governo Kirchner, azeda a campanha à presidência da primeira-dama Cristina Fernández de Kirch-

ner, e confronta pela primeira fato que torna pouco provável vez os governos Kirchner e que o venezuelano atenda à Chávez. O idílio entre o argen- exigência de Kirchner. Na sexta-feira, Kirchtino e o vene- AFP ner encontrouzuelano, que se com Chávez durou mais de e, segundo intrês anos, dá siformações exnais de estar se tra-oficiais, esvaindo. "recriminou Kirchner esasperamente pera a renúncia do vice-presiChávez pelo escândalo". dente da PdVDurante o SA e um pedifim de semana, do de desculrepresentantes pas "muito clade ambos os ro" de Chávez. governos troA t é o m ocaram acusamento, a PdVções. O Chefe SA emitiu um do Gabinete de morno comu- Chávez: broncas de Kirchner Kirchner, Alnicado onde indica que promete "investi- berto Fernández, disse que a gar" o caso. Uzcateguy é ho- Venezuela teria que dar explimem de confiança de Chávez, cações. Mas o vice-presidente

não foram divulgados mais detalhes sobre a explosão. Os militares disseram que um quinto soldado foi morto por fogo de armas leves quando fazia uma patrulha a pé no sudeste de Bagdá, no sábado. (Reuters)

Tariq Mahmood/AFP

do Congresso venezuelano, Roberto Hernández, afirmou que Chávez não tem motivo para pedir desculpas. Enquanto isso, continuam os rumores sobre o destino que o dinheiro teria na Argentina. As versões indicam que os fundos seriam destinados aos chavistas argentinos (vários serão candidatos a deputado em outubro), à campanha eleitoral de Cristina ou a negociatas da PdVSA com argentinos. Analistas portenhos indicam que o governo Kirchner, para livrarse do escândalo, faz o possível para que somente os venezuelanos apareçam como culpados. No entanto, a presença de argentinos no vôos com elevado peso na estrutura do poderoso Ministro de Planejamento Federal e Obras, Julio De Vido, complica a manobra. (AE)

FORÇA-TAREFA

O

presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, admitiu, em encontro com 600 líderes tribais, que militantes afegãos estão operando a partir do seu país e prometeu, ao lado do

presidente do Afeganistão, unir forças para combater o Talebã e a Al-Qaeda. O encontro de líderes foi acertado como maneira de forjar a cooperação entre os dois países. (Reuters)

ARAFAT

Causa mortis: envenenamento líder palestino Yasser Arafat teria sido infectado com o vírus HIV, causador da Aids, e logo depois envenenado. A informação foi dada pelo médico jordaniano Ashraf al-Kurdi, que durante 18 anos foi o médico pessoal de Arafat. O palestino morreu em novembro de 2004, aos 75 anos. Logo em seguida, a Autoridade Nacional Palestina (ANP) nomeou uma comissão para descobrir a causa mortis do líder. A comissão finalizou os trabalhos sem concluir nada, excluindo tanto a

O

inco soldados norteamericanos morreram, incluindo quatro em uma única explosão, durante operações de combate ao sul de Bagdá. Outros quatro soldados ficaram feridos no acidente, mas

Jamal Aruri/AE

hipótese de Aids quanto a de envenenamento, sem indicar a causa da morte do líder. Al-Kurdi deu a entrevista a vários jornais árabes e suas informações foram reproduzidas pela imprensa israelense. "No sangue de Arafat estava presente o vírus HIV. Mas o vírus foi injetado no seu sangue de propósito, pouco antes da sua morte, enquanto o que provocou na verdade o óbito foi o envenenamento", disse al-Kurdi, sem, contudo, acusar quem seriam os responsáveis pelo suposto assassinato. (AE)

Han Jae-ho/Reuters

O

C

ESPERANÇA – Em Seul, familiares e amigos dos sul-coreanos O líder palestino morreu em novembro de 2004, aos 75 anos

seqüestrados pelo Talebã, no Afeganistão, apelam até para George W. Bush. A milícia prometeu liberar hoje duas reféns


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários CNPJ 61.855.045/0001-32 Sede: Av. Paulista, 1450 - 7o andar - Bela Vista - São Paulo, SP

Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras

CONTINUAÇÃO 15) DESPESAS TRIBUTÁRIAS

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006

Contribuição ao COFINS ...................................................................... Impostos sobre serviços - ISS ............................................................ Contribuição ao PIS/PASEP ................................................................ Despesas com CPMF .......................................................................... Total ......................................................................................................

2.294 2.260 373 152 5.079

16) OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS

1.750 1.363 285 94 3.492

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006

Rendas Bolsa de Valores de São Paulo ............................................. Variação monetária ativa ..................................................................... Reversão de provisão operacional ...................................................... Recuperação de encargos e despesas ............................................... Outras ................................................................................................... Total ......................................................................................................

1.459 501 41 82 2 2.085

17) OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS

909 800 48 31 38 1.826

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006

Atualização de impostos e contribuições ........................................... Taxa de fiscalização CVM ................................................................... Complemento de provisão de impostos .............................................. Variação monetária passiva ................................................................ Outras ................................................................................................... Total ......................................................................................................

1.272 15 – – 1 1.288

1.283 15 83 502 38 1.921

18) TRANSAÇÕES COM O CONTROLADOR, CONTROLADAS E EMPRESAS LIGADAS As transações com o controlador, controlada e empresas ligadas foram efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações, foram eliminadas nas demonstrações financeiras: Em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Receitas Ativos Receitas Ativos (passivos) (despesas) (passivos) (despesas) Disponibilidades: Banco Bradesco S.A. .................................... Aplicações no mercado aberto (a): Banco Bradesco S.A. ....................................

227

53.908

5.213

33.800

6.473

Em 30 de junho - R$ mil 2006

2007 Ativos (passivos)

Receitas (despesas)

Ativos (passivos)

Receitas (despesas)

(20.270) 10

– –

– –

– –

8 –

(140) 41

– –

– –

(30)

(29)

Dividendos: Banco Bradesco BBI S.A. ............................. Marília Reflorestamento e Agropecuária S.A. Serviços prestados: Banco Bradesco S.A. .................................... Outras ............................................................. Aluguel: Banco Bradesco S.A. ....................................

c) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos

19) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 28.425

24.257

(9.665)

(8.247)

1 13 – 1 (9.650)

13 (165) (227) 35 (8.591)

43 43

(16) (16)

(9.693) (9.650)

(8.575) (8.591)

Realização

Saldo em 30.6.2007

– 1.548 82

15 4 –

– – –

15 1.552 82

39

39

931 15

– –

– 15

931 –

2.576

58

15

2.619

646 3.222 333

– 58 241

– 15 21

646 3.265 553

2.889

(183)

(6)

2.712

d) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias e crédito tributário de contribuição social MP no 2158-35. Diferenças temporárias Contribuição social Imposto Contribuição de renda social MP nº 2158-35 2009 .......................................................... Total ..........................................................

2.363 2.363

256 256

646 646

Total 3.265 3.265

A projeção de realização de crédito tributário trata-se de estimativa e não é diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis.

b) Composição da conta de resultado de imposto de renda e contribuição social Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Impostos diferidos Constituição / Realização no semestre, sobre adições temporárias ... Subtotal .......................................................................................... Impostos correntes Imposto de renda e contribuição social devidos ........................... Imposto de renda e contribuição social do semestre ..................

Constituição

Provisão para créditos de liquidação duvidosa ................................................ Provisão para contingências fiscais ..... Provisão trabalhista ................................ Ajuste a valor de mercado dos títulos para negociação .................................... Provisão para desvalorização de títulos e investimentos ..................................... Outros ....................................................... Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias ....................... Contribuição social - MP no 2158-35 de 24.8.2001 ............................................... Total dos créditos tributários (Nota 7) ... Obrigações fiscais diferidas .................. Crédito tributário líquido das obrigações fiscais diferidas ....................................

(a) Recompras e/ou revendas a liquidar, de operações compromissadas, lastreadas em títulos públicos, com taxas equivalentes às do “overnight”.

Resultado antes do imposto de renda e contribuição social ........ Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente .................................... Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Participações em coligadas .......................................................... Despesas indedutíveis liquidas de receitas tributáveis ............... Reversão de provisão IR/CSLL de períodos anteriores ................. Outros valores ................................................................................ Imposto de renda e contribuição social do semestre ..................

Saldo em 31.12.2006

e) O valor presente dos créditos tributários, calculados considerando a taxa média de captação praticada pela Organização Bradesco, líquida dos efeitos tributários, monta a R$ 3.022 mil (2006 - R$ 2.724 mil), sendo R$ 2.187 mil (2006 - R$ 1.971 mil) de diferenças temporárias, R$ 237 mil (2006 - R$ 207 mil) de contribuição social e R$ 598 mil (2006 - R$ 546 mil) de crédito tributário de contribuição social MP no 2158-35.

A Diretoria

Luiz Filipe Lopes Soares CRC 1SP208127/O-5

Parecer dos Auditores Independentes Aos Administradores e Acionistas Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários

2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Instituição, (b) a constatação, com

1. Examinamos os balanços patrimoniais da Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários em 30 de junho de 2007 e de 2006 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras.

3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários em 30 de junho de 2007 e de 2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 3 de agosto de 2007

base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Instituição, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5

Washington Luiz Pereira Cavalcanti Contador CRC 1SP172940/O-6

.POLÍTICA Beto Barata/AE

RENAN PODE SER 'SALVO' PELA CPMF Célio Azevedo/ Ag. Senado

Planalto avalia que saída de Renan poderia inviabilizar a votação de prorrogação da CPMF

comando do Senado abriria uma disputa interna no PMDB, rachando o maior partido da base governista. Esse cenário é inconveniente porque as seqüelas do racha fatalmente comprometeriam a aprovação da CPMF. "O governo vai ter que arrumar o Senado se quiser apro-

var a CPMF. Da forma que o governo quer, a oposição não aceita", disse o senador Sérgio Guerra (PE) a respeito do desejo da União de não partilhar os recursos da CPMF com Estados e municípios. Amanhã, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara deve rejeitar, por acordo, o substitutivo do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que prevê a partilha da CPMF com governadores e prefeitos. O líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO), afirmou que já há entendimento no Conselho de Ética para votar logo o processo contra Renan. "Ninguém agüenta mais. A demora é ruim para o País, para o Congresso, para o governo, que já começou a ter dificuldade em votações", disse. O nome do relator que investigará as denúncias da nova representação do PSol contra Renan, sobre a Schincariol, deve ser definido esta semana. (AE)

Usineiro será convidado a depor

O

corregedor do Senad o , R o m e u Tu m a (DEM-SP), informou que vai convidar hoje o usineiro João Lyra para prestar esclarecimentos sobre sua denúncia de que teve uma sociedade secreta com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O negócio incluía a compra de uma emissora de rádio e de um jornal em Alagoas, que mais tarde deu origem à JR Radiodifusão. Em entrevista à revista "Veja" deste final de semana, João Lyra disse que Renan Calheiros não quis aparecer e que, por isso, pediu que o negócio fosse colocado em nome de "laranjas". Segundo a assessoria de Tuma, ele espera que João Lyra aceite comparecer ao Senado o mais breve possível para confirmar ou não as declarações. Hoje, Renan é seu adversário político. O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), também defenderam o convite. " É a complicação total para Renan", comentou Torres. (AOG)

Antonio Cruz/ ABr - 03/05/07

Ministro da Justiça celebra a festa dos mortos com índios de diversas tribos e toma banho de rio

Tarso participa da cerimônia kuarup com índios no Xingu

O

convidados as tribos das demais aldeias do Xingu. A cerimônia teve comidas típicas com beiju, mingau de farinha de mandioca e peixe moqueado (assado e defumado sobre uma grelha). A mandioca para a festa é fornecida pelo familiar mais importante do principal morto homenageado – no Kuarup deste mês o homenageado era Jakalo, um dos chefes kuikuro, que morreu recentemente. Os familiares dos mortos homenageados trouxeram do mato os troncos cortados da árvore de uma determinada espécie (é chamada de kuarup pelos Kamayurá, um dos 14 povos do Alto Xingu). Segun-

ministro da Justiça, Tarso Genro, participou no domingo no Alto Xingu, em Mato Grosso, da cerimônia Kuarup da tribo dos Yawalapitis. Festa dos mortos, ritual mais importante do Alto Xingu, o Kuarup ocorre anualmente em agosto e tem o papel político de aproximar as comunidades indígenas às autoridades brancas. Tarso estava acompanhado da mulher, Sandra Genro, e do presidente da Funai, Márcio Meira. O ministro brincou com crianças e tomou banho de rio com os líderes indígenas. A cerimônia foi preparada pelos índios Kuikuro junto aos aliados Kalapalo, tendo como

do a mitologia xinguana, foi dessa árvore que o criador dos homens "fez as mulheres e as enviou para se casarem com o jaguar (onça)". Os troncos foram fincados abaixo de uma pequena cobertura de taquara. Enquanto acontece a preparação, homens portando as flautas duplas conhecidas como atanga, vão de maloca em maloca na aldeia em companhia das adolescentes que saem de um tradicional período de reclusão. A reclusão das moças acontece na época em que elas têm a primeira menstruação e marca a passagem entre a infância e a vida adulta". Ao final do ritual, elas podem se casar. (AE/ABr)

VAIA NO PAN

Depois de Lula, foi a vez de Cesar Maia

N

Corregedor do Senado quer explicações sobre denúncias de 'Veja'

a abertura dos Jogos Parapan-americanos, ontem, o ministro do Esporte, Orlando Silva, e o prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia, receberam vaias do público ao serem citados no discurso do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Nuzman. O ministro representou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no evento. Na abertura do Pan-Americano, no dia 13 de julho, Lula foi vaiado no Maracanã. Na

Paulo Pampolim/Digna Imagem

O

governo e o PMDB fecharam um acordo tático para encerrar, até o final deste mês, o processo disciplinar que ameaça o mandato do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O Palácio do Planalto cobra pressa para facilitar a aprovação da emenda constitucional que prorroga a CPMF. Por isso, apesar das denúncias, Renan pode ficar livre. Os líderes governistas e de partidos da base avaliam que só haverá condições de reunir o mínimo de 49 votos para aprovar o chamado "imposto do cheque" se os aliados conseguirem, antes, pacificar o ambiente político e pôr um ponto final na crise, sem melindrar o PMDB de Renan. Nos cálculos do Planalto, a solução mais simples para superar a crise é a permanência de Renan na presidência. O governo sabe que a sucessão no

Cesar Maia: vaiar é moda, é 'in'

ocasião, Maia foi acusado de ensaiar a vaia ao presidente com correligionários. Ao ser questionado sobre a reação da platéia, Orlando

Silva minimizou as vaias e afirmou que ouviu "a vibração" do público. "Não ouvi vaias. Ouvi manifestações do povo aqui presente, ouvi a vibração". Referindo-se ao título do hino dos jogos, acrescentou: "Viva essa energia. Na vida política, a vaia é normal e o aplauso também." Para César Maia, a vaia é quase uma moda do carioca. "A vaia é um pouco do jeito carioca. Se não vaiar, não está in (na moda)". (AOG)


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Empresas Finanças Nacional Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Os 100 milhões que estão na informalidade não têm crédito, mas podem ser bons pagadores. Oscar Madeddu, do Banco Mundial

SETOR DE BRINQUEDOS ENFRENTA OS IMPORTADOS

PARA O ANALISTA DE CRÉDITO DE RISCO DO BANCO MUNDIAL NÃO FAZ SENTIDO O PAÍS NÃO TER O BIRÔ

CADASTRO POSITIVO PODE ELEVAR PIB Rafael Hupsel/Luz

Luiz Prado/Luz

Roseli Lopes

A

África do Sul, 28ª maior economia do mundo, cresceu 0,4% em 2006 sobre 2005. O Brasil, que ocupa a 11ª posição no mesmo ranking, evoluiu 3,7%. O Produto Interno Bruto (PIB) do país africano fechou o ano passado em US$ 576,4 bilhões, ao passo que o PIB brasileiro somou US$ 1,58 trilhão. Do ponto de vista do Banco Mundial, no entanto, a África está à frente do Brasil. Motivo: há um ano esse país adotou o cadastro positivo, enquanto no Brasil o projeto de lei, embora aprovado na Câmara na semana passada, ainda continua no papel. E por que um país com cadastro positivo tem mais vantagens do que outro sem essa ferramenta que permite aos bancos e ao varejo saber antecipadamente se o consumidor é bom pagador e assim reduzir a inadimplência? A resposta está em um estudo do próprio banco divulgado em 2006, no qual 133 países tiveram sua economia analisada. Conclusão: nações que têm o cadastro conseguiram crescer mais e ampliar a relação crédito/PIB. Mais crédito gera mais consumo de bens duráveis e nãoduráveis. Consumo maior aumenta a produção industrial. O crescimento da indústria gera mais empregos, ampliando o volume de dinheiro que retorna para o consumo.

Oscar Madeddu: informalidade não é sinônimo de inadimplência.

Longe – No Brasil, o crédito representa pouco mais de 30% do PIB. Ainda longe da média mundial, de mais de 60%. Por isso, quem conhece a vantagem do birô positivo se espanta com o fato de o País ainda não tê-lo implementado. "Não faz sentido um país como o Brasil, que tem a maior economia da América Latina e o mais sofisticado sistema bancário ainda não ter o birô posi-

tivo", disse Oscar Madeddu, gerente e analista de risco de crédito do International Finance Corporation (IFC) para a América Latina e o Caribe, braço financeiro privado do Banco Mundial. Madeddu faz uma rápida, porém enfática, defesa dos ganhos que o Brasil teria com o cadastro positivo. Ele lembra que o birô positivo permite o acesso ao crédito de uma po-

Marcel Solimeo: cadastro funcionará como um alerta aos endividados.

pulação que até hoje está longe dele por um único motivo: os bancos e credores não têm informações sobre essas pessoas. "Os 100 milhões de pessoas estimados que estão na informalidade não têm acesso ao crédito, afirmou. Agregar – O cadastro positivo não dirá apenas se o consumidor paga suas contas em dia, há quanto tempo ele compra a prazo ou qual seu poder

de comprometimento de renda. Ele também vai agregar informações que beneficiam o próprio consumidor, avaliou o economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) Marcel Solimeo. "Além de abrir espaço para que o tomador do crédito seja contemplado com um custo menor, o birô funciona como um educador, na medida em que dará um sinal de alerta pa-

ra os que se endividam excessivamente", diz Solimeo. Madeddu ratifica essas vantagens e vai além: as perdas ficam reduzidas com a implantação do cadastro positivo. O mesmo estudo do Banco Mundial mostra que as perdas com o crédito em mercados onde não há o compartilhamento de informações de consumidores chegam a quase 10%. Com o cadastro podem cair a 4%. Risco – Ele lembra que hoje as agências de risco que fazem a análise de risco sistêmico de um país – risco de contaminação da economia por perdas – estão considerando se há birô positivo no país avaliado. Tanto Madeddu como Solimeo vão falar das vantagens do cadastro positivo para consumidores, mercado financeiro e para o País, entre os dias 29 e 31 deste mês durante o Congresso de Cartões de Crédito ao Consumidor, em São Paulo, organizado pela Partner. O gerente de riscos da Credilogros, grupo varejista argentino, Carlos Rosetti, falará aos brasileiros sobre a experiência bem-sucedida do cadastro positivo no país, em vigor desde os anos 90. "Hoje, 90% do mercado, incluindo financeiras, bancos e lojas, trabalham com o cadastro", disse Rossetti, de Buenos Aires, onde tem sua empresa. Ele conta que, além de menos custos para o consumidor, o credor também sai ganhando: "O cadastro reduziu nossa inadimplência em 20%."

Brinquedo tem encomenda antecipada Fernanda Pressinott

A

indústria de brinquedos está bastante otimista com o Dia das Crianças e todo o segundo semestre. Neste ano, diferentemente do que ocorreu em 2006, as ordens de compra do varejo foram antecipadas junto às fábricas. Com isso, a expectativa média da indústria é crescer 8% nas vendas para o dia 12 de outubro, em comparação com a mesma data do ano passado. No ano, a Associação Brasileira de Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), que reúne cerca

Divulgação

de 300 indústrias, espera crescimento de 7% e faturamento total de R$ 1,7 bilhão. Grande parte da expectativa deve-se ao câmbio. A cotação baixa do dólar em relação ao real provoca efeitos opostos no setor. Impulsiona a entrada de brinquedos importados, o que dificulta a vida da indústria nacional, mas também permi-

SECRETARIA DE SERVIÇOS ABERTURA DE LICITAÇÃO. Encontra-se aberta no Gabinete da SECRETARIA MUNICIPAL DE SERVIÇOS da PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO. TOMADA DE PREÇOS nº 01/SES/2007 - Processo nº 2006.0.336.460-4, destinado à prestação dos serviços de Investigação detalhada, com análise de risco para a antiga área da Usina de Compostagem de Vila Leopoldina, do tipo MENOR PREÇO GLOBAL, pelo regime de empreitada por preços unitários, de acordo com as disposições e demais elementos que integram este Edital. Comissão Permanente de Licitação 03 - Portaria nº 228/SES/07. ENTREGA DOS ENVELOPES até as 10h00 do dia 30/08/07, SESSÃO DE ABERTURA: 10h30 do dia 30/08/07, na Sala de Licitações da Secretaria Municipal de Serviços, na Avenida do Estado 900 - 1º andar - Bom Retiro. AQUISIÇÃO DO CADERNO DE LICITAÇÃO: retirada do edital na Divisão Técnica de Licitação e Cadastramento - SES-3, o edital e seus anexos estão disponíveis, na íntegra, no sítio http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br e poderão ser adquiridos mediante a entrega de um 01 CD-RW “virgem” de 700MB, ou mediante o recolhimento junto à rede bancária credenciada, a importância correspondente a R$ 0,55 (cinqüenta e cinco centavos de real), por folha, através de Guia de Arrecadação, até o último dia que anteceder a data designada para a abertura do certame, no mencionado endereço, no horário das 08h00 às 15h30. Informações no tel. 3313-5003 - ramais 257, 258, 260 e 261.

te que componentes plásticos, e principalmente eletrônicos, sejam importados por preços menores. "Já que não podemos brigar em preço com os chineses (principais produtores de brinquedos do mundo), aproveitamos o câmbio para importar tecnologia. Com isso, nossos brinquedos se diferenciam pelo valor agregado, qualidade e inovação", diz o diretor de marketing da Estrela, Ayres Leal Fernandes. De acordo com o executivo, metade da linha de produtos da Estrela é importada integralmente ou tem algum item importado. Os preços serão mantidos em relação aos do ano passado. "O dólar também ajuda a manter os preços", diz Fernandes. Pelos seus cálculos, 70% do tíquete de compra do Dia das Crianças deve ficar entre R$ 39 e R$ 49. A Estrela espera crescer acima da média do setor: 20% no próximo Dia das Crianças em relação à mesma data de 2006. C in em a – A Gulliver faz apostas semelhantes, com produtos entre R$ 39,90 e R$ 50. Entre eles, os brinquedos ligados a personagens de cinema, como a cartela do Homem Aranha, a linha Transformer, de carrinhos que se transformam em robôs, e a linha fashion-dolls, cujo longa-metragem Live Action será lançado em breve. "O cinema nos fez crescer 80% no primeiro semestre (em comparação ao mesmo período de 2006), só com os filmes Homem Aranha 3, Piratas do Caribe e Shrek", afirma o diretor de vendas da empresa, Paulo Benzatti. Segundo ele, 30% do faturamento da Gulliver é proveniente dessas linhas. Para 2007, a expectativa é de que a receita da empresa cresça 28% e chegue a R$ 55 milhões. A previsão inicial, de R$ 50 milhões, foi revista. Segundo a Abrinq, a produção nacional de brinquedos chegará a 108 milhões de unidades até o final do ano.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

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Banco Bradesco BBI S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 06.271.464/0001-19 - Sede: Cidade de Deus - Prédio Novíssimo - 4o Andar - Vila Yara - Osasco - SP Demonstração do Resultado dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil

Relatório da Administração atividades, coordena as operações da Bram - Bradesco Asset Management S.A. DTVM, Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários, Bradesco Securities, Inc. e do segmento Bradesco Private.

Senhores Acionistas, Apresentamos a V.Sas. as Demonstrações Financeiras do Banco Bradesco BBI S.A., elaboradas na forma da Legislação Societária, referentes ao semestre findo em 30 de junho de 2007.

No semestre, o Banco registrou Lucro Líquido de R$ 65,060 milhões, correspondente a R$ 46,43 por lote de mil ações, e Patrimônio Líquido de R$ 1,289 bilhão.

A Sociedade tem como principal atribuição operar as áreas de Mercado de Capitais, Fusões e Aquisições, Financiamentos de Projetos, Operações Estruturadas e Tesouraria, cuidando dos negócios de estruturação, originação, distribuição e administração de ativos, fluxos e estoques financeiros de clientes. Além dessas

Osasco, SP, 3 de agosto de 2007 Diretoria

Balanço Patrimonial em 30 de junho – Em Reais mil ATIVO

2007

CIRCULANTE ............................................................................................ DISPONIBILIDADES ................................................................................. APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ ................................. Aplicações no Mercado Aberto ................................................................. Aplicações em Depósitos Interfinanceiros ............................................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS .......................................................................................... Carteira Própria .......................................................................................... Instrumentos Financeiros e Derivativos ................................................... Vinculados a Prestação de Garantias ...................................................... RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS ....................................................... Transferências Internas de Recursos ........................................................ OUTROS CRÉDITOS ................................................................................. Rendas a Receber ..................................................................................... Negociação e Intermediação de Valores .................................................. Diversos .................................................................................................... OUTROS VALORES E BENS .................................................................... Outros Valores e Bens ............................................................................... Provisões para Desvalorizações .............................................................. REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ............................................................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS .......................................................................................... Carteira Própria .......................................................................................... Vinculados à Compromisso de Recompra ............................................... Moedas de Privatização ........................................................................... Vinculados à Prestação de Garantias ...................................................... Títulos Objeto de Operações Compromissadas com Livre Movimentação OUTROS CRÉDITOS ................................................................................. Rendas a Receber ..................................................................................... Diversos .................................................................................................... PERMANENTE .......................................................................................... INVESTIMENTOS ...................................................................................... Participações em Coligadas e Controladas: - No País .................................................................................................... Outros Investimentos ................................................................................ Provisões para Perdas .............................................................................. IMOBILIZADO DE USO .............................................................................. Imóveis de Uso ......................................................................................... Outras Imobilizações de Uso .................................................................... Depreciações Acumuladas ....................................................................... DIFERIDO .................................................................................................. Gastos de Organização e Expansão ........................................................ Amortização Acumulada ........................................................................... TOTAL ........................................................................................................

2006

PASSIVO

2007

2006

92.841

_

561.791

INSTRUMENTOS FINANCEIROS E DERIVATIVOS ..................................

52.024

Instrumentos Financeiros e Derivativos ...................................................

52.024

RESULTADO OPERACIONAL ..................................................................

74.555

OUTRAS OBRIGAÇÕES ............................................................................

87.582

67.517

RESULTADO NÃO OPERACIONAL .........................................................

242

278

Sociais e Estatutárias ...............................................................................

15.452

17.354

RESULTADO ANTES DATRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO .....................

74.797

93.119

Fiscais e Previdenciárias .........................................................................

34.932

36.041

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ................................

(9.737)

(20.050)

65.060

73.069

1.401.176.235 46,43

1.367.588.744 53,43

234.261 827 (827) 4.101 15.228 – (11.127) – 33.163 (33.163) 1.807.153

30.620

26.339 – – (644) (3.066) 34.352 626 (4.929)

Carteira Livre Movimentação ....................................................................

240.139 6.017 (519) 4.710 15.323 1.142 (11.755) – _ _ 1.667.972

1.010.080

66.502

19.700 28.612 (34.041) (3.640) (6.052) 37.397 845 (3.421)

561.791

547.441 3.447 – 10.928 – 533.066 106.180 9.628 96.552 238.362 234.261

SALDOS EM 30.6.2007 ...........................................................................

54.855

225.722

445.004 57.238 226.225 – 161.541 – 116.988 23.954 93.034 250.347 245.637

16.735 205.844 – – – – – 222.579 30.619 1 – – – – –

RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ....................

225.722

18.251 14.772 – 3.479 286 286 44.661 24 – 44.637 20 3.597 (3.577) 653.621

764.262 23.239 – – – – – 787.501 1.010.080 – – – – – – –

40.708 40.708

Carteira Própria ..........................................................................................

80.630 27.140 53.490 – 171 171 47.416 11.258 341 35.817 – 3.562 (3.562) 561.992

SALDOS EM 31.12.2005 ......................................................................... AUMENTO DE CAPITAL POR SUBSCRIÇÃO ......................................... AGIO NA SUBSCRIÇÃO DE AÇÕES ...................................................... AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM E DERIVATIVOS ................. LUCRO LÍQUIDO ...................................................................................... DESTINAÇÕES: - Reservas .................................................................... - Dividendos declarados ............................................... SALDOS EM 30.6.2006 ........................................................................... SALDOS EM 31.12.2006 ......................................................................... AUMENTO DE CAPITAL POR SUBSCRIÇÃO ......................................... AUMENTO DE CAPITAL COM RESERVAS ............................................ ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS .......................................... AJUSTE AO VALOR DE MERCADO -TVM E DERIVATIVOS .................. LUCRO LÍQUIDO ..................................................................................... DESTINAÇÕES: - Reservas .................................................................... - Dividendos declarados ...............................................

11.756 11.756

CAPTAÇÕES NO MERCADO ABERTO .....................................................

CIRCULANTE ............................................................................................

AUMENTO DE CAPITAL

DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA .................................. Operações de Captações no Mercado ....................................................

629.308

915.170 2 851.950 10.522 841.428

CAPITAL SOCIAL

107.210 204 107.006 –

365.328

855.633 2 727.414 43.841 683.573

CAPITAL REALIZADO

2006

66.611 101 66.502 8

OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS ............................... Receitas de Prestação de Serviços ....................................................... Despesas de Pessoal ............................................................................. Outras Despesas Administrativas .......................................................... Despesas Tributárias ............................................................................... Resultado de Participações em Coligadas e Controladas ..................... Outras Receitas Operacionais ................................................................ Outras Despesas Operacionais ..............................................................

Negociação e Intermediação de Valores ..................................................

1.216

LUCRO LÍQUIDO ......................................................................................

Diversas ....................................................................................................

35.982

14.122

Número de ações .................................................................................... Lucro por lote de mil ações em R$ .........................................................

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO .....................................................................

13.446

15.758

OUTRAS OBRIGAÇÕES ............................................................................

13.446

15.758

Fiscais e Previdenciárias .........................................................................

7.513

7.920

Diversas ....................................................................................................

5.933

7.838

PATRIMÔNIO LÍQUIDO ...............................................................................

1.289.198

1.162.087

- De Domiciliados no País ........................................................................

1.040.700

1.010.080

Reservas de Capital ..................................................................................

725

87

Reservas de Lucros ..................................................................................

248.200

156.003

Ajuste ao Valor de Mercado - TVM e Derivativos .....................................

(427)

(4.083)

Capital:

TOTAL ........................................................................................................

1.667.972

1.807.153

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil EVENTOS

2007 RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA .................................... Operações de Crédito .............................................................................. Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários .................. Resultado com Instrumentos Financeiros e Derivativos ........................

RESERVAS DE CAPITAL

RESERVAS DE LUCROS LEGAL

AJUSTE AO VALOR DE MERCADO TVM E DERIVATIVOS

ESTATUTÁRIAS

PRÓPRIAS

LUCROS COLIGADAS/ ACUMULADOS CONTROLADAS

TOTAIS

87 – – – – – – 87 87 – – 638 – – – –

7.013 – – – – 3.654 – 10.667 13.460 – (1) – – – 3.253 –

93.274 – – – – 52.062 – 145.336 185.133 – – – – – 46.355 –

(4.928) – – 1.095 – – – (3.833) (3.436) – – – 3.084 – – –

– – – (250) – – – (250) 32 – – – (107) – – –

– – 1 – 73.069 (55.716) (17.354) – – – – – – 65.060 (49.608) (15.452)

876.443 229.083 1 845 73.069 – (17.354) 1.162.087 1.205.356 30.619 – 638 2.977 65.060 – (15.452)

725

16.712

231.488

(352)

(75)

1.289.198

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil 2007

2006

ORIGEM DOS RECURSOS ..................................................................... LUCRO LÍQUIDO ...................................................................................... AJUSTES AO LUCRO LÍQUIDO .............................................................. Depreciações e Amortizações ................................................................ Resultado de Participação em Coligadas e Controladas ....................... Reversão / Provisão para Perdas de Investimentos .............................. Outros ...................................................................................................... RECURSOS DE ACIONISTAS ................................................................. Aumento de Capital por Subscrição ....................................................... Ágio na Subscrição de Ações ................................................................ AJUSTE AOVALOR DE MERCADO -TÍTULOS DISPONÍVEIS PARAVENDA RECURSOS DETERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: - Aumento dos Subgrupos do Passivo ................................................... Captações no Mercado Aberto ............................................................. Instrumentos Financeiros Derivativos ................................................. - Diminuição dos Subgrupos do Ativo .................................................... Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ............................................. Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos Relações Interdependências ............................................................... Outros Créditos ..................................................................................... - Alienação (Baixa) de Bens e Investimentos ........................................ Imobilizado de Uso .............................................................................. Investimentos ....................................................................................... - Dividendos Recebidos de Coligadas e Controladas ............................ APLICAÇÃO DOS RECURSOS ............................................................... DIVIDENDOS DECLARADOS ................................................................ INVERSÕES EM ..................................................................................... Imobilizado de Uso ................................................................................. Investimentos .......................................................................................... AUMENTO DOS SUBGRUPOS DO ATIVO .............................................. Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ................................................ Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos .. Outros Créditos ........................................................................................ Relações Interdependências .................................................................. REDUÇÃO DOS SUBGRUPOS DO PASSIVO ......................................... Captações no Mercado Aberto ................................................................ Outras Obrigações ...................................................................................

414.901 65.060 (37.144) 335 (37.397) (50) (32) 30.619 30.619 – 2.977

293.320 73.069 (34.136) 302 (34.352) 250 (336) 229.084 229.083 1 845

52.024 – 52.024 277.193 239.114 37.775 304 – 175 25 150 23.997 414.901 15.452 6.051 1.198 4.853 14.154 – – 14.154 – 379.244 374.141 5.103

9.761 9.761 – 4.537 – – – 4.537 523 273 250 9.637 293.320 17.354 206.095 – 206.095 59.845 53.362 6.332 – 151 10.026 – 10.026

AUMENTO (REDUÇÃO) DAS DISPONIBILIDADES ................................

Início do Semestre ............................................. Fim do Semestre ................................................ Aumento (Redução) das Disponibilidades ........

2 2 –

2 2 –

MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA

Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras 1)

2)

APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, associadas às normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do BACEN, que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere a constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas.

3)

PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro apresentadas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro-rata” dia e calculadas com base no método exponencial. As operações com taxas pós-fixadas ou indexadas a moedas estrangeiras são atualizadas até a data do balanço. b) Aplicações interfinanceiras de liquidez São registradas ao custo de aquisição, acrescidas dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidas de provisão para desvalorização, quando aplicável. c) Títulos e valores mobiliários Títulos para negociação - adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; Títulos disponíveis para venda - que não se enquadrem como para negociação nem como mantidos até o vencimento, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários; e Títulos mantidos até o vencimento - adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento, são avaliados pelos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período. d) Instrumentos financeiros derivativos (ativos e passivos) São classificados de acordo com a intenção da Administração, na data do ínicio da operação, levando-se em consideração se sua finalidade é para proteção contra riscos (hedge) ou não. Os instrumentos financeiros derivativos que não atendam aos critérios de hedge contábil estabelecidos pelo Bacen, principalmente derivativos utilizados para administrar a exposição global de risco, são contabilizados pelo valor de mercado, com as valorizações ou desvalorizações reconhecidas diretamente no resultado do período. e) Imposto de renda e contribuição social (ativo e passivo) A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. Os créditos tributários sobre adições temporárias serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos. Os créditos tributários sobre prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social serão realizados de acordo com a geração de lucros tributáveis. f) Investimentos Os investimentos relevantes em controlada e coligada, foram avaliados pelo método de equivalência patrimonial. g) Ativo imobilizado Demonstrado ao custo de aquisição, líquido das respectivas depreciações acumuladas, calculadas pelo método linear de acordo com a vida útil-econômica estimada dos bens, sendo: imóveis de uso - edificações - 4% ao ano; instalações, móveis e equipamentos de uso - 10% ao ano. h) Captações no mercado aberto São demonstradas pelos valores das exigibilidades e consideram os encargos exigíveis até a data do balanço, reconhecidos em base “pro-rata” dia. i) Ativos e Passivos Contingentes e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias O reconhecimento, a mensuração e a divulgação das contingências ativas e passivas e obrigações legais são efetuados de acordo com os critérios definidos na Deliberação CVM 489/05. • Ativos Contingentes: Não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui total controle da situação ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo. Os ativos contingentes com probabilidade de êxito provável são apenas divulgados nas demonstrações financeiras (Nota 10a). • Passivos Contingentes: São constituídos levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade; e no posicionamento de Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável, o que ocasionaria uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes classificados como de perdas possíveis não são reconhecidos contabilmente, devendo ser apenas divulgados nas demonstrações financeiras, e os classificados como remotos não requerem provisão e divulgação (Nota 10b). • Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias: Decorrem de processos judiciais relacionados a obrigações tributárias, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou constitucionalidade, que independente da avaliação acerca da probabilidade de sucesso, têm os seus montantes reconhecidos integralmente nas demonstrações financeiras (Nota 10b). j) Outros ativos e passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias e cambiais auferidos (em base “pro-rata” dia) e provisão para perda, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e das variações monetárias e cambiais (em base “pro-rata” dia) incorridos.

4)

APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ a) Vencimentos

Contratos futuros Compromissos de compra: ................................................................................................................................ 1.220.069 1.220.069 - Prefixados ......................................................................................................................................................... 736.277 Compromissos de venda: ................................................................................................................................... 579.620 483.792 – - Prefixados ......................................................................................................................................................... 95.828 95.828 - Moeda estrangeira ............................................................................................................................................. Contratos de opções Compromissos de venda: ................................................................................................................................... 826.875 826.875 826.875 - Moeda estrangeira ............................................................................................................................................. Contratos a termo Compromissos de compra: ................................................................................................................................ 48.767 48.767 48.767 - Prefixados ......................................................................................................................................................... Contratos de swap Posição ativa: ..................................................................................................................................................... 212.893 146.230 - Mercado interfinanceiro ..................................................................................................................................... 77.199 38.978 – - Moeda estrangeira ............................................................................................................................................. 2.500 - IGP-M ................................................................................................................................................................. – 25.185 – - Outros ................................................................................................................................................................ Posição passiva: ................................................................................................................................................ 210.509 - Mercado interfinanceiro ..................................................................................................................................... 69.031 – 38.978 – - Moeda estrangeira ............................................................................................................................................. 2.500 - IGP-M ................................................................................................................................................................. – - Outros ................................................................................................................................................................ 100.000 74.815 Nos derivativos estão incluídas as operações vencíveis em D+1. II) Composição dos instrumentos financeiros derivativos (ativos e passivos), demonstrada pelo seu valor de custo atualizado e valor de mercado Em 30 de junho de 2007 - R$ mil Valor de Ajuste a valor de Custo mercado Mercado atualizado Ajuste a receber - swap .................................................................................................................. Compras a termo a receber ............................................................................................................ Total do Ativo .................................................................................................................................. Ajuste a pagar - swap ..................................................................................................................... Compra a termo a pagar ................................................................................................................. Prêmios de opções lançadas ........................................................................................................ Total do Passivo ............................................................................................................................. III) Contratos futuros, de opções, de termo e de swap 1 a 90 dias

1 a 30 dias

4.108 (67) 4.041 (1.794) 67 2.316 589

4.752 48.738 53.490 (2.368) (48.738) (918) (52.024)

Em 30 de junho - R$ mil Acima de 360 dias Total

181 a 360 dias

2.316 1.258 (3.566) 8

Contratos de swap .................................................................................................................................................................................... Contratos de opções ................................................................................................................................................................................ Contratos futuros ...................................................................................................................................................................................... Total em 30 de junho de 2007 .................................................................................................................................................................. VI) Valores globais dos instrumentos financeiros derivativos, separados por local de negociação

R$ mil 208.141 CETIP (balcão) ......................................................................................................................................................................................... 2.675.331 BM&F (bolsa) ............................................................................................................................................................................................ Total em 30 de junho de 2007 .................................................................................................................................................................. 2.883.472 c) Resultado de títulos e valores mobiliários Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Receita de aplicações interfinanceiras de liquidez (Nota 4b) .................................................................................. 49.037 61.423 16.354 41.236 Títulos de renda fixa .................................................................................................................................................. 182 – Títulos de renda variável ........................................................................................................................................... 827 1.082 Fundos de investimentos .......................................................................................................................................... 8 – Operações com derivativos ...................................................................................................................................... 102 Ajuste a valor de mercado ........................................................................................................................................ 3.265 Total ........................................................................................................................................................................... 66.510 107.006 d) Em 30 de junho de 2006 o Banco Bradesco BBI S.A. não possuia operações com instrumentos financeiros derivativos. 6)

OUTROS CRÉDITOS - DIVERSOS Em 30 de junho - R$ mil 2006 91.645 102.085 14.223 15.087 8.379 8.379 5.566 5.592 4.667 4.513 3.633 5.527 259 6 479 – 128.851 141.189

2007 Créditos tributários (Nota 21c) ........................................................................................................................................ Depósitos em garantia de recursos trabalhistas ............................................................................................................ Depósitos em garantia de recursos fiscais .................................................................................................................... Depósitos em garantia de recursos outros ..................................................................................................................... Pagamentos a ressarcir .................................................................................................................................................. Impostos e contribuições a compensar ......................................................................................................................... Devedores diversos - País ............................................................................................................................................. Outros .............................................................................................................................................................................. Total .................................................................................................................................................................................

Em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Valor de Valor Marcação Valor de Marcação a a mercado/ 31 a 180 181 a 360 Acima de mercado/ de custo dias dias 360 dias contábil (2) atualizado mercado contábil (2) mercado

Títulos para negociação ............................................ 72.765 – – 352.124 424.889 420.174 4.715 551.317 (9) Letras financeiras do tesouro ..................................... – – – – – – – 536.545 (9) Letras do tesouro nacional ......................................... – – – 291.729 291.729 291.055 674 – – Fundos de investimentos ........................................... 24.028 – – – 24.028 24.028 – 14.772 – Debêntures ................................................................. – – – 55.642 55.642 55.642 – – – Instrumentos financeiros derivativos ......................... 48.737 – – 4.753 53.490 49.449 4.041 – – Títulos disponíveis para venda ................................. 1.268 – 1.844 97.633 100.745 101.278 (533) 14.375 (5.807) Notas do tesouro nacional ......................................... – – – 97.633 97.633 99.188 (1.555) – – Títulos de securitização ............................................. – – 1.844 – 1.844 1.789 55 3.447 43 Ações ......................................................................... 1.268 – – – 1.268 301 967 – – Certificados de privatização ...................................... – – – – – – – 10.928 (5.850) Total em 2007 ............................................................. 74.033 – 1.844 449.757 525.634 521.452 4.182 Total em 2006 ............................................................. 15.875 1.268 1.108 547.441 565.692 (5.816) (1) As aplicações em cotas de fundos de investimento foram distribuídas de acordo com os papéis que compõem suas carteiras e no caso de operações compromissadas pelos respectivos papéis que estão lastreando as operações, preservando a classificação da categoria dos fundos. Na distribuição dos prazos, foram considerados os vencimentos dos papéis, independentemente de sua classificação contábil; e (2) O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado de acordo com a cotação de preço de mercado disponível na data do balanço. Se não houver cotação de preços de mercado disponível, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos de definições de preços, modelos de cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes. No caso das aplicações em fundos de investimento, o custo atualizado reflete o valor das respectivas cotas que já estão a valor de mercado. b) Instrumentos financeiros derivativos O Banco Bradesco BBI S.A. participa de operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos, registrados em contas patrimoniais e de compensação, que se destinam a atender às necessidades próprias e de seus clientes. Os instrumentos financeiros derivativos, quando utilizados pelo Banco como instrumentos de hedge, destinam-se a protegê-lo contra variações cambiais e variações nas taxas de juros de ativos e passivos. Os derivativos geralmente representam compromissos futuros para trocar moedas ou indexadores, ou comprar ou vender outros instrumentos financeiros nos termos e datas especificadas nos contratos. Os contratos de opções proporcionam ao comprador o direito, mas não a obrigação, de comprar ou vender um instrumento financeiro com preço específico de exercício em data futura.

644 48.805 49.449 (574) (48.805) (3.234) (52.613)

Contratos futuros ............................................................................................ 95.828 355.531 1.348.330 1.799.689 Contratos de opções ...................................................................................... 826.875 – – 826.875 Contratos a termo ........................................................................................... 48.767 – – 48.767 Contratos de swap .......................................................................................... – – 208.141 208.141 Total em 30 de junho de 2007 ........................................................................ 971.470 355.531 1.556.471 2.883.472 IV) Tipos de margem oferecida em garantia para instrumentos financeiros derivativos, representados basicamente por contratos futuros Em 30 de junho - R$ mil Títulos públicos 91.798 Notas do tesouro nacional ....................................................................................................................................................................... 62.704 Letras do tesouro nacional ....................................................................................................................................................................... Total em 30 de junho de 2007 .................................................................................................................................................................. 154.502 V) Valores das receitas e das despesas líquidas Em 30 de junho - R$ mil Acumulado

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS a) Classificação por categorias e prazos Títulos (1)

R$ mil Valor líquido

Valor global

Em 30 de junho - R$ mil Total 2006

1 a 30 91 a 180 dias dias 2007 Aplicação no mercado aberto: Posição bancada ................................................................................................. 43.841 – 43.841 10.522 Letras financeiras do tesouro ............................................................................... 43.841 – 43.841 10.522 Aplicações em depósitos interfinanceiros ......................................................... 380.863 302.710 683.573 841.428 Total em 2007 ....................................................................................................... 424.704 302.710 727.414 Total em 2006 ....................................................................................................... 10.522 841.428 851.950 b) Receitas de aplicações interfinanceiras de liquidez Classificadas na demonstração de resultado como resultado de operações com títulos e valores mobiliários Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Aplicação no mercado aberto: Posição bancada ...................................................................................................................................................... 810 2.210 Letras financeiras do tesouro .................................................................................................................................... 810 2.210 Aplicações em depósitos interfinanceiros .............................................................................................................. 48.227 59.213 Total (Nota 5c) ............................................................................................................................................................ 49.037 61.423 5)

I) Valor dos instrumentos registrados em contas patrimoniais e de compensação

CONTEXTO OPERACIONAL O Banco Bradesco BBI S.A. é uma instituição financeira, que tem por objetivo a prática de operações ativas, passivas e acessórias inerentes às carteiras autorizadas (comercial, de investimento, de crédito, financiamento e investimento, e de crédito imobiliário), inclusive câmbio e administração de valores mobiliários, de acordo com as disposições legais e regulamentares em vigor. O Banco Bradesco BBI S.A. é parte integrante da Organização Bradesco, sendo suas operações conduzidas de forma integrada a um conjunto de empresas que atuam nos mercados financeiros e de capitais, utilizando-se de seus recursos administrativos e tecnológicos e na gestão de riscos, e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto. Em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 31 de maio de 2006, deliberou-se a incorporação de ações de emissões da Bram - Bradesco Asset Management S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários e da Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários pelo Banco BEM S.A. Na mesma Assembléia foi aprovada também, a alteração da denominação social para Banco Bradesco BBI S.A.

7)

INVESTIMENTOS a) Os ajustes decorrentes da avaliação pelo método de equivalência patrimonial dos investimentos foram registrados em contas de resultado, sob a rubrica de “Resultado de participação em coligadas e controladas”: R$ mil Quantidade de ações / ParticiValor Ajuste decorrente de Patrimônio cotas possuídas Lucro pação Capital contábil avaliação (3) líquido líquido Empresas (em milhares) no capital social ajustado ajustado social O.N. Cotas 2007 2006 2007 2006 EMPRESAS BEM - Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. (1) ............................. Serasa S.A. (2) ...................................... Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários (1) ..................... Bram Bradesco Asset Management DTVM S.A. (1) ................................... Serel Participações S.A. (1) (4) ............. TOTAL ...................................................

2.589 –

5.201 –

– –

28.766 100,000% – –

789 –

5.201 –

4.100 116

789 21

327 24

38.000

94.506

376.000

– 100,000%

23.106

94.506

102.822

23.106

6.963

97.150 53.778

139.618 529.108

9.322 23

– 100,000% – 0,163%

12.756 444.990

139.618 814 240.139

127.223 – 234.261

12.756 725 37.397

27.038 – 34.352

(1) Dados relativos a 30 de junho de 2007; (2) Empresa alienada em junho de 2007; (3) Ajuste decorrente de avaliação: considera os resultados apurados pelas companhias a partir da aquisição e inclui variações das investidas nas decorrentes de resultados, bem como os ajustes por equalização de princípios contábeis, quando aplicáveis; e (4) Empresa adquirida em maio de 2007; equivalência apurada considerando a participação total do Grupo Bradesco em 100%.

CONTINUA


segunda-feira, 13 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

ECONOMIA - 5


DIÁRIO DO COMÉRCIO

10

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Banco Bradesco BBI S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 06.271.464/0001-19 - Sede: Cidade de Deus - Prédio Novíssimo - 4o Andar - Vila Yara - Osasco - SP Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras

CONTINUAÇÃO b) Composição de outros investimentos

2007 Investimentos por incentivos fiscais ..................................... Títulos patrimoniais ................................................................ Outros investimentos ............................................................. Subtotal .................................................................................. Provisão para perdas ............................................................. Total ........................................................................................ 8)

272 5.497 248 6.017 (519) 5.498

272 – 555 827 (827) –

IMOBILIZADO DE USO

Taxa Imóveis de uso: - Edificações ............................... - Terrenos ..................................... - Instalações, móveis e equipamentos ...................................... Total em 2007 .............................. Total em 2006 .............................. 9)

Em 30 de junho - R$ mil 2006

Custo

Em 30 de junho - R$ mil Valor residual 2007 2006

Depreciação

4% –

14.923 400

(11.722) –

3.201 400

3.701 400

10% – –

1.142 16.465 15.228

(33) (11.755) (11.127)

1.109 4.710

– 4.101

12) PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Capital social O capital social, totalmente subscrito e integralizado, é dividido em 1.401.176.235 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal. b) Movimentação do capital social Quantidade de ações

R$ mil

Em 31 de dezembro de 2005 ................................................. Emissão de ações - AGE de 24.4.2006 (1) ............................ Emissão de ações - AGE de 31.5.2006 (2) ............................ Em 30 de junho de 2006 ........................................................

1.091.439.906 28.515.837 247.633.001 1.367.588.744

780.997 23.239 205.844 1.010.080

Em 31 de dezembro de 2006 ................................................. Aumento de capital - AGO de 30.4.2007 (3) ........................... Emissão de ações - AGE de 30.4.2007 (4) ............................ Em 30 de junho de 2007 ........................................................

1.367.588.744 – 33.587.491 1.401.176.235

1.010.080 1 30.619 1.040.700

(1) Em Assembléia Geral Extraordinária de 24 de abril de 2006, foi aprovado aumento de capital no montante de R$ 23.239 mil, com a emissão de 28.515.837 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, com utilização de parte do crédito referente aos dividendos a pagar do exercício de 2005. O referido aumento foi homologado pelo BACEN em 19.6.2006; (2) Em Assembléia Geral Extraordinária de 31 de maio de 2006, foi aprovado aumento de capital no montante de R$ 205.844 mil, com a emissão de 247.633.001 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, com a incorporação de ações de emissão da Bram - Bradesco Asset Management S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários e da Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários. O referido aumento foi homologado pelo BACEN em 26.9.2006; (3) Em Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária de 30 de abril de 2007, foi aprovado aumento de capital no montante de R$ 1 mil, sem emissão de ações, mediante a capitalização de parte do saldo da conta “Reservas de Lucros - Reserva Legal até 2004” ; e

CAPTAÇÕES NO MERCADO ABERTO a) Vencimentos

Até 30 dias Carteira Própria - Letras do tesouro nacional ......................................... Total em 2007 .................................. Total em 2006 ..................................

Em 30 de junho - R$ mil Total

181 a 360 dias

24.492 24.492 –

201.230 201.230 561.791

2007

2006

225.722 225.722

561.791 561.791

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 11.756 11.756

40.708 40.708

10) ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES E OBRIGAÇÕES LEGAIS - FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS a) Ativos Contingentes Não foram reconhecidos contabilmente ativos contingentes. b) Passivos Contingentes classificados como perdas prováveis e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias A empresa é parte em processos judiciais, de natureza trabalhista, cível e fiscal, decorrentes do curso normal de suas atividades. As provisões foram constituídas levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade e, no posicionamento de Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável. A Administração da empresa entende que a provisão constituída é suficiente para atender perdas decorrentes dos respectivos processos. O passivo relacionado à obrigação legal em discussão judicial é mantido até o ganho definitivo da ação, representado por decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, ou a sua prescrição. I - Processos trabalhistas São ações ajuizadas por ex-empregados, visando a obter indenizações, em especial o pagamento de “horas extras”. II - Processos cíveis São controladas individualmente e provisionadas para processos específicos com base na opinião de assessores jurídicos, levando em consideração: a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade e, no posicionamento de Tribunais. As questões discutidas nas ações normalmente não constituem eventos capazes de causar impacto representativo no resultado financeiro. III - Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias A empresa vem discutindo judicialmente a legalidade e constitucionalidade de alguns tributos e contribuições, os quais estão totalmente provisionados não obstante as boas chances de êxito a médio e longo prazo, de acordo com a opinião dos assessores jurídicos. IV -Movimentação das Provisões Constituídas

Trabalhista No início do semestre .................................... Constituições ................................................. Atualização Monetária ................................... Pagamentos ................................................... Transferências ................................................ Saldo em 2007 ............................................... Saldo em 2006 ...............................................

Em 30 de junho - R$ mil Fiscais e previCívil denciárias (1)

6.335 – – (1.544) – 4.791 7.112

5.623 – – (297) 430 5.756 5.799

36.254 3.363 1.464 (8.047) (430) 32.604 33.592

(1) Compreende, substancialmente, obrigações legais. c) Passivos Contingentes classificados como perdas possíveis A empresa mantém um sistema de acompanhamento para todos os processos administrativos e judiciais em que a instituição figura como “autora” ou “ré” e amparada na opinião dos assessores jurídicos classifica as ações de acordo com a expectativa de insucesso. Neste contexto os processos contingentes avaliados como de risco de perda possível não são reconhecidos contabilmente. d) Em 30 de junho de 2007, não há processos contingentes avaliados como de perda possível de natureza relevante. 11) OUTRAS OBRIGAÇÕES a) Fiscais e previdenciárias

2007 Provisão para riscos fiscais (Nota 10b) ................................. Provisão para impostos e contribuições sobre lucros a pagar Impostos e contribuições a recolher ...................................... Provisão para impostos e contribuições diferidos (Nota 21c) Impostos e contribuições sobre lucros a pagar ..................... Total ........................................................................................

Em 30 de junho - R$ mil 2006

32.604 7.420 1.295 1.008 118 42.445

c) Reservas de Lucros Em 30 de junho - R$ mil 2006

2007

b) Despesas com operações de captação no mercado

Captações no mercado aberto ............................................... Total ........................................................................................

(4) Em Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária de 30 de abril de 2007, foi aprovado aumento de capital no montante de R$ 30.619 mil, com a emissão de 33.587.491 ações ordinárias, nominativasescriturais, sem valor nominal, ao preço de R$ 0,911632864 por ação, com integralização à vista, no ato da subscrição. O referido aumento foi homologado pelo BACEN em 3.7.2007.

33.592 9.702 7 593 67 43.961

b) Diversas

Reservas de Lucros .............................................................. - Reserva Legal (1) ................................................................. - Reserva Estatutária (2) .........................................................

248.200 16.712 231.488

156.003 10.667 145.336

(1) Constituída obrigatoriamente à base de 5% do lucro líquido do exercício, até atingir 20% do capital social realizado, ou 30% do capital social, acrescido das reservas de capital. Após esse limite a apropriação não mais se faz obrigatória. A reserva legal somente poderá ser utilizada para aumento de capital ou para compensar prejuízos; e (2) Visando à manutenção de margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas da Sociedade, pode ser constituída em 100% do lucro líquido remanescente após destinações estatutárias, sendo o saldo limitado a 95% do Capital Social Integralizado. d) Juros sobre o capital próprio e/ou dividendos Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados juros sobre o capital próprio e/ou dividendos que somados correspondam, no mínimo, a 25% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária. 13) DESPESAS DE PESSOAL Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Proventos ..................................................................................... Encargos sociais ......................................................................... Benefícios sociais ....................................................................... Formação profissional ................................................................. Total ..............................................................................................

27.760 5.969 273 39 34.041

– – – – –

Provisão para pagamentos a efetuar ..................................... Provisão para passivos contingentes trabalhistas (Nota 10b) Provisão para passivos contingentes cíveis (Nota 10b) ............ Obrigações por aquisição de bens e direitos ........................ Outras ..................................................................................... Total ........................................................................................

9.001 7.112 5.799 44 4 21.960

20) BENEFÍCIOS A EMPREGADOS O Banco Bradesco BBI S.A. patrocina planos de aposentadoria complementar de benefício definido e de contribuição variável, por meio da Caixa de Assistência e Aposentadoria dos Funcionários do Banco do Estado do Maranhão - CAPOF. Os recursos garantidores dos planos de previdência são investidos de acordo com a legislação pertinente (títulos públicos e privados, ações de companhias abertas e imóveis). 21) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social 2007

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Depreciação e amortização ......................................................... Serviços técnicos especializados .............................................. Água, energia e gás ..................................................................... Propaganda e publicidade ........................................................... Serviços de terceiros ................................................................... Comunicações ............................................................................. Aluguel ......................................................................................... Serviços do sistema financeiro ................................................... Manutenção e conservação de bens .......................................... Transporte ..................................................................................... Outras ........................................................................................... Total ..............................................................................................

335 150 17 477 76 83 73 1.350 520 287 272 3.640

302 149 63 47 36 17 15 7 2 – 6 644

15) DESPESAS TRIBUTÁRIAS Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Contribuição ao COFINS .............................................................. Contribuição ao PIS/PASEP ........................................................ Despesas com CPMF .................................................................. Impostos e taxas ......................................................................... Impostos sobre serviços - ISS .................................................... Total ..............................................................................................

3.364 547 186 141 1.814 6.052

2.541 413 86 26 – 3.066

Impostos diferidos Realização, no semestre, sobre adições temporárias ............ 4.425 Utilização no semestre sobre: Prejuízo fiscal ........................................................................ (3.039) Subtotal .................................................................................. 1.386 Impostos correntes Imposto de renda e contribuição social devidos ................... (11.123) Imposto de renda e contribuição social do semestre ............ (9.737) c) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos

Provisão para créditos de liquidação duvidosa ........................................ Provisão para contingências cíveis Provisão para contingências fiscais Provisão para contingências trabalhistas .................................... Provisão para desvalorização de bens não de uso ............................ Provisão para desvalorização de títulos e investimentos .................. Ágio amortizado .............................. Ajuste a valor de mercado dos instrumentos financeiros derivativos Outros .............................................. Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias ................ Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social ........................ Subtotal ........................................... Ajuste a valor de mercado dos títulos disponíveis para venda ................. Contribuição social MP no 2158-35 de 24.8.2001 ................................. Total dos créditos tributários (Nota 6) Obrigações fiscais diferidas (Nota 11a) Crédito tributário líquido das obrigações fiscais diferidas .........

Atualização monetária sobre depósitos vinculados ................... Juros selic sobre impostos a compensar ................................... Recuperação de encargos e despesas ....................................... Outras ........................................................................................... Total ..............................................................................................

584 114 94 53 845

537 76 13 – 626

2007 ................................................. 2008 ................................................. 2009 ................................................. 2010 ................................................. 2011 ................................................. Total .................................................

2007

Multas e juros .............................................................................. Variações monetárias .................................................................. Indenizações pagas .................................................................... Total ..............................................................................................

2.685 731 5 3.421

597 447 3.885 4.929

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Rendas de aluguéis ..................................................................... Reversão de provisão de imóveis de uso ................................... Reversão de outros valores e bens ............................................. Resultado na alienação de valores e bens ................................. Outros ........................................................................................... Total ..............................................................................................

201 33 35 (30) 3 242

202 62 50 (48) 12 278

(12.511) (20.050)

Saldo em 31.12.2006

Constituição

Realização

R$ mil Saldo em 30.6.2007

15.210 1.664 9.930

– – 1.301

– 101 –

15.210 1.563 11.231

1.785

386

1.399

1.117

12

1.105

147 20.830

19 –

11 3.471

155 17.359

194 4.497

– 7.528

194 248

– 11.777

55.374

8.848

4.423

59.799

24.911 80.285

– 8.848

3.039 7.462

21.872 81.671

2.015

1.833

182

10.963 93.263 1.020

– 8.848 198

1.171 10.466 210

9.792 91.645 1.008

92.243

8.650

10.256

90.637

Em 30 de junho - R$ mil Diferenças temporárias Prejuízo fiscal Imposto de Contribuição Imposto de renda social renda Total

17) OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006

(3.990) (3.549) (7.539)

d) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias, prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social e crédito tributário de contribuição social MP no 2158-35.

16) OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006

Em 30 de junho - R$ mil 2006

Resultado antes do imposto de renda e contribuição social . 74.797 93.119 Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente .......................... (25.431) (31.660) Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Participações em coligadas e controladas ........................... 12.714 11.679 Despesas indedutíveis líquidas de receitas não tributáveis (234) (64) Outros valores ........................................................................ 3.214 (5) Imposto de renda e contribuição social do semestre ............ (9.737) (20.050) b) Composição da conta de resultado de imposto de renda e contribuição social Em 30 de junho - R$ mil 2007 2006

14) OUTRAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS

Em 30 de junho - R$ mil 2006

31.117 4.791 5.756 65 186 41.915

Aplicações em depósitos interfinanceiros (a): Banco Bradesco S.A. ........................... 683.573 48.148 841.428 59.213 Aplicações no mercado aberto (b): Banco Bradesco S.A. ........................... 43.841 810 10.522 1.575 Captações no mercado aberto (b): Banco Bradesco S.A. ........................... (225.722) (11.756) (561.791) (40.708) Prestação de serviços: Bradesco S.A. CTVM ............................ – (4) – (4) Dividendos e juros sobre o capital próprio: Banco Bradesco S.A. ........................... (14.452) – (17.354) – Bram Bradesco Asset Management DTVM S.A. .......................................... 14.321 – 9.402 – Bradesco S.A. CTVM ............................ 20.449 – 149 – BEM - Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. ................................. 379 – 95 – Serasa S.A. ........................................... – 3 7 4 Valores a pagar: BEM - Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. ................................. – – (3) – Embaúba Holdings Ltda. ...................... (9) – – – Aluguel: Banco Bradesco S.A. ........................... – 202 – 202 Tâmisa Holdings S.A. ........................... – (50) – – a) Aplicações interfinanceiras de liquidez - depósitos interfinanceiros de ligadas, com taxas equivalentes às do CDI; e b) Recompras e/ou revendas a liquidar, de operações compromissadas, lastreadas em títulos públicos, com taxas equivalentes às do “overnight”.

O Banco Bradesco BBI não possuia funcionários em 30 de junho de 2006

18) RESULTADO NÃO OPERACIONAL

2007

19) TRANSAÇÕES COM O CONTROLADOR, CONTROLADA E EMPRESAS LIGADAS As transações com o controlador, controlada e empresas ligadas foram efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações, foram eliminadas nas demonstrações financeiras: Em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Receitas Ativos Receitas Ativos (passivos) (despesas) (passivos) (despesas)

8.130 13.983 16.701 7.512 791 47.117

1.802 3.769 4.752 2.075 285 12.683

1.909 5.195 4.567 7.226 2.974 21.871

11.841 22.947 26.020 16.813 4.050 81.671

Crédito tributário de contribuição social MP no 2158-35 2008 2009 2010 2011 Total

Valor ............................. 992 2.252 2.024 2.791 1.733 9.792 A projeção de realização de crédito tributário trata-se de estimativa e não é diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis. e) O valor presente dos créditos tributários, calculados considerando a taxa média de captação praticada pela Organização Bradesco, líquida dos efeitos tributários, monta a R$ 85.382 mil (2006 - R$ 89.779 mil) sendo R$ 56.231 mil (2006 - R$ 53.418 mil) de diferenças temporárias, R$ 20.139 mil (2006 - R$ 24.497 mil) de prejuízos fiscais e R$ 9.012 mil (2006 - R$ 11.864 mil) de crédito tributário de contribuição social MP no 2158-35. f) Créditos tributários não ativados Não foram constituídos créditos tributários no montante de R$ 26.413 mil, os quais serão registrados quando apresentarem efetivas perspectivas de realização de acordo com estudos e análises elaboradas pela administração e pelas normas do BACEN. 22) OUTRAS INFORMAÇÕES Em Negociação e Intermediação de Valores, os saldos ativos e passivos referem-se às transações efetuadas por conta de clientes nas bolsas de valores e de mercadorias e futuros, cuja liquidação financeira é efetuada no mês seguinte.

A Diretoria

Marcos Aparecido Galende Contador CRC 1SP201309/O-6

Parecer dos Auditores Independentes Aos Administradores e Acionistas Banco Bradesco BBI S.A.

2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais

3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os

requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam,

aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco Bradesco BBI S.A. em 30 de junho de 2007 e de 2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de

entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o

recursos dos semestres findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

1. Examinamos os balanços patrimoniais do Banco Bradesco BBI S.A. em 30 de junho de 2007 e de 2006 e

volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do Banco, (b) a constatação, com base

as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade da

em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados

administração do Banco. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras.

Banco, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração do

São Paulo, 3 de agosto de 2007 Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5

Washington Luiz Pereira Cavalcanti Contador CRC 1SP172940/O-6

.POLÍTICA

Anac: diretora nega incitação a aéreas Diretora da Agência Nacional de Aviação Civil, Denise Abreu, responde à acusação de ter orientado companhias a driblarem proibição de conexões em Congonhas

A

diretora da Agência Nacional de Av i a ç ã o C i v i l (Anac), Denise Abreu, negou ontem, por meio de nota, que tenha pressionado companhias aéreas a reagirem contra decisão do governo de reduzir o tráfego no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, onde ocorreu o acidente com avião da TAM, no dia 17 de julho. As informações sobre a suposta ação incitadora da diretora foram publicadas em matéria do jornal "O Estado de S.Paulo" de ontem. No comunicado divulgado por sua assessoria de impren-

sa, a diretora afirma que é "totalmente falsa e infundada a afirmação de que tenha havido incitação a empresas aéreas para que desobedecessem ou se rebelassem contra as diretrizes do governo." Na nota, a assessoria explicou que, em reunião no último dia 26, entre representantes das empresas aéreas e a diretora, coube a Denise Abreu informar que as diretrizes do Conselho Nacional de Aviação Civil (Conac) teriam que ser seguidas pela Anac. Também foi informado pela assessoria que divergências com as decisões do Conac deveriam ser expos-

tas ao próprio órgão, ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, ou ao Poder Judiciário. Drible – A reportagem de ontem, de "O Estado de S.Paulo", citou que, na reunião do dia 26, Denise discutiu abertamente com representantes das empresas uma forma de driblar a proibição das conexões em Congonhas, palco, nove dias antes, da tragédia com o Airbus da TAM, na qual morreram 199 pessoas. O "Estadão" publicou ainda ter apurado com três participantes da reunião, em conversas separadas, que Denise disse, mais de uma vez, que as em-

presas podiam recorrer à Justiça contra a proibição. “Vocês podem reagir a isso porque têm poder econômico". E teria acrescentado: "A Anac não pode fazer nada, a Anac só fiscaliza, mas vocês podem." Outro participante da reunião contou que Denise chegou a pedir que fossem ouvidos advogados do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), que se opõe ao pacote da Anac. "Vamos ouvir o setor legal do Snea", teria sugerido a diretora. O jornal acrescentou que a articulação de Denise com as empresas segue linha oposta à

do ministro Jobim (que tomou posse na véspera da reunião) e da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Ambos já disseram que o governo não aceitava mais a carga de conexões em Congonhas. Jobim reiterou o discurso anteontem em São Paulo, quando anunciou investimentos em Viracopos, Jundiaí e Guarulhos. Na visita, ele afirmou que o Conac será a "cabeça" do setor. "Não vejo problema na existência de todas essas entidades: Aeronáutica, Anac e Infraero. A questão é ter um Conac com capacidade de fixar as

diretrizes. Isso já está ocorrendo", disse Jobim. Defesa – Ainda na nota, a assessoria da Anac disse que "a leitura atenta da reportagem mostra que, retirado o forçado direcionamento contido no texto e no título, os fatos ocorreram exatamente como narrados". O documento também faz críticas ao jornal: "As pessoas de bom senso devem estar perplexas como a imprensa, numa mesma semana, pode ser tão contraditória. Uma hora, Denise Abreu é tão importante para o Governoque as autoridades se preocupariam em blindá-la." (AE)


6

Nacional Finanças Tr i b u t o s Empresas

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

A voracidade do fisco sobre os contribuintes brasileiros aumenta a cada ano

LEI DA PREFEITURA É DISCUTIDA NA JUSTIÇA

EXIGÊNCIA DA PREFEITURA PROVOCOU AUMENTO DE R$ 1,88 MILHÃO NA ARRECADAÇÃO DO ISS, DE 2005 PARA 2006.

REGISTRO EM SP AINDA GERA POLÊMICA 350 Sílvia Pimentel

A

estratégia da Prefeitura de São Paulo de exigir o cadastro de prestadores de serviços com sede em cidades vizinhas que adotam alíquotas mais baixas do Imposto sobre Serviços (ISS), mas prestam serviços na capital, está surtindo resultados na arrecadação. De acordo com a Secretaria de Finanças, o recolhimento do ISS saltou de R$ 3,1 bilhões, em 2005, para R$ 4,98 bilhões no ano passado. Do R$ 1,88 bilhão que entrou a mais para os cofres da Prefeitura, cerca de R$ 350 milhões são atribuídos à exigência do cadastro de prestadores de serviços de outros municípios, instituído pela Lei nº 14.02/06. "As formas de evasão fiscal estão se sofisticando e os fiscos são obrigados a se aparelhar para acompanhar de perto esses movimentos", diz o diretor do Departamento de Arrecadação e Cobrança da Secretaria de Finanças, Ronilson Bezerra Rodrigues. Desde que a exigência foi imposta, em janeiro do ano passado, 35 mil empresas prestadoras de serviços enquadradas nessa situação solicitaram o cadastramento. Desse total, 29 mil contribuintes receberam o aval da Prefeitura. Cerca de 3,8 mil não tiveram a mesma sorte e, conseqüentemente, passaram a ter o imposto retido pelo tomador dos serviços. Nesse caso, a

milhões de reais resultaram da obrigatoriedade do cadastramento

As formas de evasão fiscal estão se sofisticando, e os fiscos são obrigados a se aparelhar para acompanhar de perto esses movimentos. Ronilson Rodrigues arrecadação vem para São Paulo, que adota alíquotas para o ISS de 2% a 5%. De acordo com Rodrigues, a existência de sedes fictícias nas cidades que cobram ISS menor é o principal motivo para um cadastro não ser aceito pela Prefeitura. "Depois de entregue toda a documentação, os fiscais vão até o local informado pelo contribuinte para averiguar. E quando se detecta uma simulação de sede, lavramos auto de infração retroativo a cinco anos", informa. A Prefeitura possui atualmente uma equipe de 600 fiscais.

Outra estratégia usada por alguns contribuintes para fugir da tributação na capital, explica Rodrigues, é a instalação de duas sedes. Uma em São Paulo, onde, em geral, pode ter um número maior de funcionários na comparação com o outro estabelecimento. Um detalhe chama a atenção do fisco: as despesas são bem menores do que as da sede que possui menos trabalhadores. "Para pagar menos imposto, 80% do faturamento são provenientes da sede instalada no outro município", explica. Polêmica, a exigência do cadastro já foi parar nos tribunais. Municípios vizinhos a São Paulo, como Santana do Parnaíba, Barueri e Poá, recorreram à Justiça alegando que a medida é inconstitucional. Alguns contribuintes também entraram com ação judicial contra a exigência. O advogado tributarista Raul Haidar, por exemplo, defende uma empresa de franquia com sede em Barueri, que teve o cadastro indeferido sob o argumento de possuir uma sede virtual no município. "Conseguimos uma sentença que obrigou a Prefeitura a aceitar o cadastro", informa o advogado. A disputa não se encerra por aqui. No momento, a empresa está movendo uma ação para se livrar da cobrança da multa que foi aplicada pelo fisco paulistano. "A Prefeitura conseguiu ressuscitar um antigo cadastro que a empresa tinha na capital", disse Haidar.

Luiz Prado/Luz/15/2/2007

Rodrigues, diretor de arrecadação, diz que 35 mil empresas pediram o cadastro e 29 mil conseguiram

Leão morde mais R$ 550 bilhões Maristela Orlowski

O

Leão continua faminto. O Impostômetro – painel eletrônico que monitora em tempo real a arrecadação tributária das esferas estadual, municipal, além da arrecadação da União – chegará ao patamar de R$ 550 bilhões às 15 horas de hoje. O montante pago pelos contribuintes nos 225 dias deste ano pode ser visualizado na fachada do prédio da Associação Comercial de São Paulo

(ACSP), que fica na região central da capital paulista. A cada ano, o governo arrecada a mesma quantia em menos tempo. Em 2006, a cifra de R$ 550 bilhões foi atingida no início de setembro. No ano anterior, no fim do mesmo mês, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). Arrecadação maior – Pelos cálculos do instituto, os cofres públicos arrecadarão mais R$ 42 bilhões de janeiro até o final de agosto, se comparado com o mesmo período de 2006.

Já a previsão para o fim do ano chega à margem de R$ 900 bilhões, frente aos R$ 812,7 bilhões abocanhados pelo Leão no ano passado. O Impostômetro pode ser visualizado pelo site www.impostometro.com.br. A ferramenta, lançada em abril de 2005, faz parte de uma das campanhas desencadeadas pela Associação Comercial de São Paulo para mostrar à população o quanto ela paga de impostos e, portanto, exigir a contrapartida do governo em serviços públicos de qualidade.

Aumenta procura por aluguel de veículos

O

agravamento da crise taxa de retorno para os carros aérea após o maior de- alugados na cidade do Rio de sastre da aviação bra- Janeiro e devolvidos em São sileira – a queda da aeronave Paulo, além de conceder 50% da TAM nos arredores do aero- de desconto na taxa de retorporto de Congonhas – já se re- no em São Paulo, Campinas e fletiu nos negócios das locado- Rio de Janeiro. A expectativa para 2007, de ras de veículos. A demanda pelo serviço deslocou-se de acordo com o diretor-comerCongonhas para Cumbica. cial, é crescer entre 18% e 20% Mesmo assim, não foi suficien- bem acima da média do mercate para equilibrar as perdas do de locação, que fica em 12% dos meses anteriores, marca- por ano. Apesar do caos aéreo, dos pelo abre e fecha de aero- Netto está otimista e acredita portos, atrasos e cancelamen- que não haverá alterações na tos de vôos, filas intermináveis projeção de expansão em função da crise aérea. "A solução é e extravio de bagagens. A mudança de "eixo" foi esperar a poeira baixar. Quem sentida pela Hertz Rent a Car, sabe, dentro de um mês, tudo por exemplo. Segundo o dire- volte à normalidade." Logística – Já o presidente tor-comercial da empresa, Hélio Netto, o movimento em da Avis Rent a Car, Afonso Celso de Barros C o n g o n h a s Divulgação Santos, ressalcaiu 30%, enta que, "emboquanto em ra tenha geraCumbica d o u m a uh o u v e a umento na demento de manda por 25%. "A milocação de augração do tomóveis, a público, no crise aérea entanto, não acarretou um foi tão signigrave probleficativa a ma logístico e ponto de coprejuízos que brir as perdas estão longe de verificadas s e r e m c o mno aeroporto pensados peda capital lo crescimendesde o iníto da procura" c i o d a c r i s e Santos, da Avis: crise é pontual. – afinal, as aérea, em dezembro do ano passado", diz. unidades da empresa dentro Segundo o executivo, a em- de aeroportos são responsápresa está registrando uma veis por 65% dos negócios. Para este ano, a previsão da procura em Guarulhos bem diferente da usual. O perfil do companhia é registrar um crespúblico usuário do serviço cimento superior a 40% em relatambém mudou: "Nosso tra- ção a 2006. "A influência da crise balho com clientes corporati- é pontual, principalmente nos vos, que sempre foi o nosso for- aeroportos de Congonhas, Guate, despencou e ainda não se re- rulhos, Viracopos, Galeão e Sancuperou. Os executivos deixa- tos Dumont, e não deverá afetar nosso desempenho geral", resram de voar." Com o objetivo de estimu- salta Santos. Dentro dos planos lar o mercado e ajudar as pes- de expansão da empresa, está a soas que sofrem com os pro- abertura de uma unidade no aeb l e m a s n o s a e ro p o r t o s , a roporto de Ribeirão Preto, inteHertz passou a não cobrar a rior de São Paulo. (MO)


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DCARRO

São Paulo, segunda-feira, 13 de agosto de 2007

PERFIL

Ray Young, um "carro" diferenciado O presidente da GM fala hoje na Reunião Plenária, da ACSP, às 17 horas perguntando: Brasil: Um País do Futuro? CHICOLELIS

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e comparado a um carro, o presidente da General Motors, Ray Young, seria um modelo de tamanho médio, sem luxo mas sofisticado, com grande capacidade interna; faróis "puxados", direção suave e precisa; suspensão e carroceria bons para absorver buracos e vencer obstáculos; seu motor: grande potência e o torque lhe dariam as melhores condições para responder rapidamente nas necessidades. E seria, particularmente, um carro agradável, pronto para receber mudanças sugeridas pelos consumidores. Os faróis puxados do "carro" Ray Young estão em destaque pela sua descendência chinesa. Seus pais migraram para o Canadá, onde nasceu, em South Ampton, há 45 anos. Sua vida na GM começou em 1986, na área de finanças da montadora no Canadá. Seu lado "flex" surgiu no Japão, como responsável pela parceria com a Suzuki. Ao Brasil ele chegou em 2004, num difícil momento da montadora. A maior mudança imposta por ele foi a crença na pessoa. De fácil acesso, sempre disposto a ouvir a todos que trabalham na empresa, Ray mergulhou no nosso idioma (também é fluente em inglês, francês e chinês) para entender as pessoas e se fazer entender por elas. "Sou uma pessoa - Para ir em frente, revela Young, é

necessário ter objetivos bem definidos, plenos e buscá-los em todos os instantes. "É preciso motivar as pessoas sempre, assim como faço comigo. Como todos aqui, também sou apenas uma pessoa". O ambiente na GM prova a teoria de seu presidente. Do chamado "chão de fábrica", com seus horistas, aos mais altos escalões, passando pelos mensalistas, todos reconhecem nele um líder diferenciado, que se relaciona facilmente, busca o diálogo, e ouve outras opiniões sem preconceitos. Não raramente é encontrado sem nenhum staff, almoçando com operários e funcionários comuns, nos restaurantes da fábrica de São Caetano do Sul. Às sextasfeiras, quando foi adotado o "casual day", invenção dos executivos norte-americanos para quebrar o estresse da semana, ele muitas vezes passa despercebido por corredores da montadora.

Blog - Para Young, a equipe brasileira como um todo é realmente muito boa. "Estes últimos três anos foram, com certeza - revela -, os mais incríveis para mim. Tudo em função deste time do qual faço parte". Para melhor se comunicar com a comunidade da montadora, criou um "blog" na intranet da GM, ao qual todos os funcionários da GM, e só eles, têm acesso diariamente, pelos seus próprios computadores de trabalho ou pelas "ilhas" instaladas em todas as unidades da empresa. No "blog", Young faz comentários sobre diversos assuntos do momento, relacionados ou não à GM. Aos internautas de plantão, um aviso: além de exclusivo para funcionários, Ray não revela os chamados "segredos de fábrica" no blog. Lá, todo funcionário pode estabelecer contato com seu presidente, discutindo suas idéias e apresentando sugestões. Mostra-se aí a capacidade do "carro" Ray Young em "absorver" transformações, em comandar a direção da empresa com firmeza e suavidade, com todos se sentindo participantes. Assim se mostra um carro também "flex". Visão - O Brasil vive hoje um grande momento, muito diferente daquele encontrado por Young, quando aqui aportou em 2004. Três anos e meio depois, ele vê um país com grande potencial de crescimento, mas aponta a falta de infra-estrutura para que o setor auto mobi líst ico possa se desen-

volver ainda mais. E lembra que a produção somente poderá prosperar se houver aumento do PIB. "Fala-se em grande crescimento da indústria, mas ela não poderá atingir os índices mencionados, se o Produto Interno Bruto se mantiver nos índices atuais, muito baixos", analisa Young. Para ele, o carro popular vai se manter à frente no nosso mercado, com média de 40% das vendas, embora a comercialização de modelos mais sofisticados tenha crescido mais. Ele cita que, no semestre passado, as vendas dos carros superiores na GM cresceram 27%, enquanto os populares 11%. "Eu sou GM" - Houve tempo em que a montadora hoje comandada por Ray Young era apontada como uma das maiores aspirações para quem procurava um emprego. Com o passar dos anos, esta situação se desfez. Por isso, desde que chegou ao Brasil, luta para reverter este quadro. Seu ideal é que todos na GM voltem a manifestar seu orgulho em trabalhar lá, gerando um movimento que ultrapasse os portões da fábrica e chegue ao público externo, dando à empresa o antigo status de "desejada", o que acaba envolvendo também os seus negócios. Assim, na última sexta-feira, foi realizado o terceiro "Eu sou GM", quando em todas as unidades da montadora são realizados encontros entre trabalhadores e seus superiores, para falar do momento, discutir planos e trocar idéias. Nesse dia, o "carro" Young acelerou forte: visitou quatro unidades da GM em São Paulo.

Luiz Prado/LUZ

Bom de freio - Mas não pense que o "carro" Ray Young só tem os predicados mencionados. Também é provido de bom freio. Oriundo das finanças, mantém firme o pé direito nos custos desnecessários. E, com ABS, EDB e outros sistemas, não derrapa e o carro segue seu curso normal. Prova? A GM fechou em azul seu último balanço. E mais, ele consegue frear informação sobre novidades Chevrolet.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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segunda-feira, 13 de agosto de 2007

BRAM - Bradesco Asset Management S.A. Distribuidora deTítulos e Valores Mobiliários Empresa da Organização Bradesco CNPJ 62.375.134/0001-44 Sede: Av. Paulista, 1.450 - 6o e 7o Andares - São Paulo - SP Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras

CONTINUAÇÃO c) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social Realização

R$ mil Saldo em 30.6.2007

512 116

41 –

– –

553 116

72 5.825 1.279

– – 78

– 590 –

72 5.235 1.357

7.804

119

590

7.333

3.563 11.367 27

– 119 8

1.905 2.495 –

1.658 8.991 35

11.340

111

2.495

8.956

Saldo em 31.12.2006 Provisão para contingências fiscais .......... Provisão para contingências trabalhistas .. Provisão para desvalorização de títulos e investimentos ........................................ Ágio amortizado .......................................... Provisão para pagamento de PLR .............. Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias ........................................ Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social ............................................ Total dos créditos tributários (Nota 5) ........ Obrigações fiscais diferidas (Nota 10a) ...... Crédito tributário liquido das obrigações fiscais diferidas ........................................

Constituição

d) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias, prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social

A projeção de realização de crédito tributário trata-se de estimativa e não é diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis. e) O valor presente dos créditos tributários, calculados considerando a taxa média de captação praticada

Diferenças Temporárias Imposto Contribuição de renda social 2007 ...................................... 2008 ...................................... 2009 ...................................... 2010 ...................................... 2011 ...................................... Total ......................................

1.316 794 1.171 903 1.211 5.395

Em 30 de junho - R$ mil Prejuízo fiscal e base negativa Imposto Contribuição de renda social Total

476 284 421 324 434 1.939

Diretoria

1.142 1.142

442 73 515

3.376 1.151 1.592 1.227 1.645 8.991

pela Organização Bradesco, líquida dos efeitos tributários, monta a R$ 8.439 mil (2006 - R$ 8.163 mil), sendo R$ 6.801 mil (2006 - R$ 2.628 mil) de diferenças temporárias e R$ 1.638 mil (2006 - R$ 5.535 mil) de prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social. 19) OUTRAS INFORMAÇÕES A BRAM - Bradesco Asset Management S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários administra fundos de investimentos em Títulos e Valores Mobiliários, cujos patrimônios líquidos em 30 de junho de 2007, montam R$ 136.567.867 mil (2006 - R$ 122.110.121 mil), cuja receita de taxa de administração desses fundos no semestre foi de R$ 29.217 mil (2006 - R$ 28.598 mil), registrado em receita de prestação de serviços.

Parecer dos Auditores Independentes

Diretor-Presidente

Aos Administradores e Acionistas

Márcio Artur Laurelli Cypriano

BRAM - Bradesco Asset Management S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários

Diretor Vice-Presidente

1.

Examinamos os balanços patrimoniais da BRAM - Bradesco Asset Management S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários em 30 de junho de 2007 e de 2006 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras.

2.

Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Instituição, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Instituição, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

José Luiz Acar Pedro

Diretor Robert John van Dijk

Luiz Filipe Lopes Soares Contador - CRC 1SP208127/ O-5

3.

Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da BRAM - Bradesco Asset Management S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários em 30 de junho de 2007 e de 2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

São Paulo, 3 de agosto de 2007

Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5

Washington Luiz Pereira Cavalcanti Contador - CRC 1SP172940/O-6

.POLÍTICA Antonio Cruz/ABr

Quilombolas e sem-terra: recursos em jogo

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Para o ministro da Defesa, mudanças em Congonhas são "inegociáveis" com empresas aéreas

JOBIM SE REÚNE COM COMPANHIAS

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m duas reuniões hoje com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, representantes das companhias aéreas vão levar propostas e expor as dúvidas sobre as regras do Conselho de Aviação Civil (Conac) para reorganização da malha aérea e redução do movimento do Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo. Antes de a reunião ser marcada, Jobim deixou claro que a condição para sentar à mesa com os empresários é que não seja discutida a decisão de que Congonhas deixará de ser um aeroporto para escalas e conexões e passará a operar apenas com vôos ponto a ponto. Para Jobim, essa medida é inegociável. Fora isso, o ministro se diz disposto a ouvir as ponderações das empresas.

Representantes do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea) acreditam que, no encontro, terão oportunidade de falar genericamente sobre as novas medidas do governo. As questões pontuais têm sido discutidas com o assessor especial do ministro, brigadeiro Jorge Godinho, e com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Conac – Um dos pedidos dos empresários é que o Conac mude a regra que proíbe a decolagem em Congonhas de vôos com mais de duas horas de duração. As companhias pedem que, em vez de horário, o limite seja definido por quilometragem (trechos de no máximo 1.200 ou 1 300 km). A reivindicação é principalmente das empresas regionais, que dão um exemplo: o trecho

entre Congonhas e Ilhéus (BA) é feito em menos de duas horas pelos Boeings e Airbus da Gol e da TAM, mas os aviões menores das linhas regionais levam mais tempo que isso. Se for mantida a regra como está, estariam mantidos os vôos para Ilhéus, a partir de Congonhas, das grandes companhias, enquanto as menores passariam a ter que decolar de outros aeroportos. Os executivos também querem mais esclarecimentos sobre como serão os vôos ponto a ponto autorizados pelo Conac. Outra dúvida é sobre os vôos que passam pelo interior. Os diretores das empresas não sabem, por exemplo, se um avião poderá decolar do aeroporto de Congonhas para Ribeirão Preto, em São Paulo, e de lá seguir para Brasília. (AE)

A demorada Justiça Eleitoral

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pesar de admitirem que a Justiça Eleitoral tem avançado na punição de crimes eleitorais, especialistas argumentam que ainda há um longo caminho a percorrer. Apesar de insistirem que houve avanços em termos de legislação para coibir essas práticas, advogados ligados à área eleitoral apontam a necessidade de dar maior agilidade ao julgamento desses casos e insistem que ainda falta na própria sociedade uma rigidez maior em relação ao assunto. Apoiado na tese de que muitas das irregularidades cometidas por detentores de mandatos eletivos permanecem impunes, o presidente da Co-

missão de Direito Eleitoral da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Everson Tobaruela, afirma que o trabalho da Justiça Eleitoral ainda está aquém das necessidades. "A Justiça Eleitoral ainda não consegue dar a contribuição que se espera, apesar de o trabalho que vem sendo realizado ser relevante", afirma Tobaruela. Mesmo classificando como "lamentável e triste" a quantidade de cassações registradas pelo TSE, ele insiste que "o número não representa a quantidade de políticos que deveriam ser afastados do caso". Segundo o advogado, a morosidade da Justiça Eleitoral dá origem a um "foro privilegiado"

para os autores das irregularidades. "O processo demora e isso acaba se transformando em uma prescrição, criando uma espécie de privilégio os acusados", completa. Ele insiste, entretanto, que parte da responsabilidade deve ser atribuída à própria sociedade, que deixa de denunciar irregularidades. Também especialista em direito eleitoral, o advogado Hélio Silveira acrescenta que o Brasil ainda continua marcado pela cultura da irregularidade na gestão pública. "Estamos no início de um trilhar democrático. Mas não é fácil mudar mentalidades, mudar tradições e formas de atuar na política", afirma o especialista. (AE)

reconhecimento de terras de comunidades quilombolas cria sério impasse institucional, disse o deputado Raul Jungmann (PPS-PE). Para ele, a regulamentação feita pelo governo Lula para reconhecer os territórios quilombolas estabelece uma disputa orçamentária entre os potenciais remanescentes de quilombos e os sem-terra. "É um orçamento só para assentar sem-terra e quilombolas", disse. Na avaliação da deputada Maria do Rosário (PT-RS), "O cobertor orçamentário pode ficar curto, mas a concessão de terra a quem não a tem é uma obrigação do Estado". Segundo ela, são legítimas as reivindicações das duas comunidades. No último sábado, a reportagem mostrou que 3.524 comunidades reivindicam 25 milhões de hectares que seriam de antigos quilombos. Jungmann diz que a regulamentação do artigo 68 das Disposições Constitucionais Transitórias, que prevê o reconhecimento de antigos quilombos, foi equivocada nos governos FHC e Lula. O governo passado definiu que o laudo antropológico para o reconhecimento de antigos quilombos e o assentamento das comunidades deveria ser feito pelo Incra, que, segundo o deputado, não tem conhecimento em antropologia. Depois o governo FHC transferiu o laudo para a Fundação Palmares deixando a desapropriação e o assentamento com o Incra. "Houve um descasamento, porque o mérito passou a ser julgado na fundação, mas o orçamento que custeia a operação era do Incra", disse. Jungmann (AE)

Denise Abreu pode prestar depoimentos

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epois de derrubarem a convocação de dois diretores da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), na semana passada, os governistas da CPI do Apagão Aéreo da Câmara terão atitude oposta em relação à diretora da agência Denise Abreu. Os deputados vão aprovar, na próxima quarta-feira (15), a convocação da diretora. Denise já está convocada para depor na CPI do Senado, na quinta (16). O mais provável é que preste dois depoimentos no mesmo dia. "O melhor é que ela vá à CPI, onde terá oportunidade de defender o trabalho da diretoria da Anac e sua própria atuação", disse ontem o relator da CPI na Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS). (AE)

Eymar Mascaro

Agito no ninho

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ara convencer Geraldo Alckmin (PSDB) a não disputar a Prefeitura de São Paulo em 2008, o governador José Serra (PSDB) lembra seu companheiro que os tucanos não terão um candidato forte para disputar o governo do Estado em 2010. Serra diz a Alckmin que ele tem chances reais de retornar ao Palácio dos Bandeirantes, o que não justificaria disputar a capital paulista no ano que vem. O governador diz ao tucano que as pesquisas comprovam a sua vantagem contra qualquer adversário na briga pela cadeira de governador. Mas dentro do PSDB ainda há quem defenda a confirmação de Geraldo no pleito.

DECISÃO

INSISTÊNCIA

Alckmin diz que só decidirá seu futuro político em 2008, ano da eleição. Ele não quer antecipar sua escolha, o que poderia beneficiar seus principais adversários, dentro e fora do PSDB. Geraldo não esconde que gostaria de disputar a Prefeitura de São Paulo; prova disso são os cursos de administração que fez nos EUA.

Líderes petistas estão à frente do movimento que pressionará Marta Suplicy a definir sua candidatura em 2008. A ministra é vista como a melhor opção da legenda. Assim como Alckmin, ela diz que só decidirá seu futuro no ano que vem.

ACORDO José Serra tem motivos de sobra para defender a candidatura de Alckmin a governador. Ele fechou um acordo com o DEM para apoiar reeleição de Gilberto Kassab (SP), cuja contrapartida é o apoio dos democratas na sua eventual disputa pelo Palácio do Planalto em 2010.

NA FRENTE Alckmin aparece bem colocado nas pesquisas de intenção de voto para prefeito. A cada resultado divulgado, ele fica mais atraído a concorrer. Seu desejo pode ser barrado devido ao acordo entre sua legenda e o DEM. A coligação é praticamente certa, pelo menos entre José Serra e Gilberto Kassab.

GOVERNO Aos mais próximos, Marta revela seu desejo em disputar o governo do Estado de São Paulo em 2010. Ela nega qualquer intenção de concorrer ao Planalto. A ministra sabe que qualquer comentário não será aceito pelo presidente Lula, que não deseja uma antecipação de pré-candidatos entre seus ministros.

ALTERNATIVA A segunda opção dos petistas é o senador Aloizio Mercadante (SP), que já recebeu o apoio dos paulistanos quando disputou o governo do Estado contra José Serra. Caso ele também não aceite o posto, as alternativas do PT são os deputados Arlindo Chinaglia, José Eduardo Martins Cardozo e Jilmar Tatto.

TRAMPOLIM

UNIÃO

Os aliados de Alckmin lembram que nada o impede de disputar a eleição de governador mesmo após sua vitória na disputa pela prefeitura. O ex-governador apenas repetiria o mesmo caminho de Serra, que permaneceu apenas um ano na Prefeitura de São Paulo e renunciou para disputar o governo estadual.

O PT tentará evitar que os partidos de esquerda tenham candidato próprio em 2008. A ordem no partido é convencer o PDT, PSB e PCdoB a apoiarem o candidato petista. Os três partidos, porém, ameaçam lançar seus "nomes" na disputa pela cadeira paulistana.

PREJUÍZO Tucanos e democratas têm um ponto em comum: ambos pensam em evitar que sejam lançados dois candidatos a prefeito. O objetivo é impedir que ocorra uma divisão de votos em benefício dos adversários, mais precisamente do PT.

DIVISÃO O PT teme a confirmação da candidatura da deputada Luiza Erundina (PSB-SP). A parlamentar pode dividir o eleitorado com o nome de ex-petista na disputa, o que preocupa a legenda do presidente Lula. A liderança petista tentará convencer o PSB a fechar uma coligação em São Paulo e vencer a eleição.


Tênis Basquete Vôlei Parapan

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Róbson Fernandjes/AE

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BRASIL É ÚNICO 100% NO GRAND PRIX

Contra o Japão foi nosso melhor jogo. Tudo funcionou muito bem.” José Roberto Guimarães

BRASIL GANHA TUDO

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eis jogos, seis vitórias, 1 0 0 % d e a p ro v e i t amento e vaga praticamente assegurada na fase decisiva. O Brasil é a seleção da hora no Grand Prix de vôlei feminino, mostrando que a equipe não foi abalada pela derrota na final do Pan, para Cuba, e que tem todas as chances de conquistar o sétimo título na competição. Na madrugada de ontem, em Tóquio, o Brasil passou com facilidade pelo Japão, 3 a 0 em pouco mais de uma hora, com parciais de 25/13, 25/17 e 25/20. Antes, vitórias também por 3 a 0 contra Holanda e Taiwan. No próximo fim de semana, o Brasil vai a Taiwan para enfrentar novamente as donas da casa, além de República Dominicana e Itália, de quem ganhou na semana passada. ”Apresentamos nosso melhor vôlei até agora. Do saque ao contra-ataque, todos os fundamentos funcionaram muito bem”, elogiou o técnico José Roberto Guimarães. A oposto Sheilla, maior pontuadora do confronto, com 18 acertos, saiu satisfeita com a atuação da

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equipe na partida. “Estivemos muito concentradas e fizemos um grande jogo. Espero que o time continue assim lá em Taiwan”, disse. Paula Pequeno, 16 pontos, fez coro à companheira. “Toda partida contra o Japão exige muita atenção e concentração, e jogamos bem, com muita obediência tática”, explicou. A meio-de-rede Fabiana foi uma das principais responsáveis pelo melhor fundamento do Brasil na partida. “Sacamos bem e fizemos uma boa leitura de bloqueio. Foi fundamental, pois o Japão tem uma equipe muito rápida”, disse a jogadora, que marcou 9 pontos. Fabiana, no entanto, mantêm os pés no chão para o futuro do torneio. “Estamos melhorando a cada partida, e será muito importante ficar em primeiro lugar após a realização da terceira etapa”, diz. As cinco primeiras colocadas se classificam para a etapa final, na China - as donas de casa já estão garantidas. Por enquanto, as classificadas seriam Brasil, Rússia, Itália, Cuba, Estados Unidos e Japão.

Contra o Japão, em Tóquio, o Brasil conseguiu sua sexta vitória no Grand Prix,

Demolidor de feras

úmero 4 do ranking mundial, o sérvio Novak Djokovic foi campeão do Masters Series de Montreal, o sexto torneio da série na temporada, sem dar a menor bola para os três homens que estavam acima dele na lista da ATP: venceu um por um, em dias seguidos, para chegar ao sexto título da carreira, o quarto deste ano. Na sexta, a vítima foi o norteamericano Andy Roddick, que deve perder para o novo campeão o terceiro lugar no ranking. No sábado, Rafael Nadal, o número 2 do mundo, caiu em dois sets. Ontem, quem sentiu a força do sérvio arrasador foi ninguém menos que Roger Federer, líder do ranking há mais de três anos. Djokovic, que havia perdido os quatro jogos anteriores para o suíço, foi superior justamene onde Federer costuma sobressair: no tie-break, onde cada mínimo erro é fatal e é imprescindível manter a tranqüilidade. Em 2h13min, ele venceu com parciais de 7/6 (7/2), 2/6 e 7/6 (7/2). “Não poderia pedir mais do que isso, joguei aqui o melhor tênis da minha vida”, festejou o sérvio, de anpenas 20 anos, que já havia vencido em 2007 o Masters Series de Miami, e ainda teve pique para brincar com Roger Federer. “Joguei o melhor tênis da minha vida aqui, e gostaria

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FIVB

Matthew Stockman/AFP

Djokovic atropelou Roddick, Nadal e Federer e foi campeão no Canadá

de dizer a Roger que ele não pode vencer tudo, as vezes outro precisa ganhar”, disse. Normalmente bem-humorado, mesmo nas derrotas, Federer, que buscava o terceiro título no Canadá, saiu-se com diplomacia. “Ele é definitivamente um dos melhores do mundo e mereceu vencer. Não

posso ter tudo, nem ficar desapontado com uma derrota.” Nesta semana, as feras seguem para o Masters Series de Cincinatti, último torneio de preparação para o US Open. Federer e Djokovic só estréiam na segunda rodada, e uma eventual revanche pode ocorrer nas semifinais.

Nenê, a grande dúvida

N

enê se apresentou ontem à seleção brasileira, mas ainda corre o risco de não disputar o PréOlímpico, que começa no dia 22 de agosto, em Las Vegas (EUA), e vale duas vagas na Olimpíada de Pequim. Seu clube, o Denver Nuggets, ainda não definiu o valor do seguro que exigirá da CBB (Confederação Brasileira de Basquete) para que o pivô possa defender a seleção. Deve ser um valor alto, já que Nenê perdeu três meses da última temporada da NBA por causa de uma lesão no joelho direito e teve um reajuste salarial que elevou seus ganhos para US$ 10 milhões anuais. Nenê chegou dos Estados Unidos a Cumbica e foi direto para o Pinheiros, onde a seleção fazia seu último treino antes da viagem para Porto Rico, amanhã, onde disputa um torneio amistoso. Ele mantém o otimismo. “Perguntei para eles se ia poder jogar e eles disseram que sim, por isso estou aqui”, disse o pivô. Nenê não pode nem treinar enquanto a burocracia não for resolvida, mas deve viajar com o time para Porto Rico. Ele não defende a seleção desde 2003, quando brigou com a direção da CBB, e só voltou neste ano porque foi convencido por Leandrinho e Ânderson Varejão de que já era a hora de voltar.

José Patrício/AE

Nenê conversa com Lula: o astro da NBA pode perder o Pré-Olímpico

“Posso atuar em várias posições, na NBA é preciso ter essa versatilidade. Acho que não terei problemas de adaptação”, aposta Nenê, que antes de ir para a liga norte-americana atuou com outros jogadores da seleção, como Guilherme, Alex, Murilo, Marcelinho, Leandrinho e Varejão.

O técnico Lula Ferreira espera ansiosamente pela liberação de Nenê, mesmo sem estar 100%, para completar um time que, acredita, tem chances de levar o Brasil de volta à Olimpíada, depois de duas edições de ausência. “É uma atleta importante, que poderá contribuir muito”, espera.

Foi bonito, mas faltou o público

ó faltou o público para ser uma festa ainda mel h o r. A c e r i m ô n i a d e abertura dos Jogos ParapanAmericanos do Rio, realizada ontem na Arena Olímpica da Cidade dos Esportes, em Jacarepaguá, teve belas cenas de acrobacias e muitas lições de vida. Versão em escala reduzida festa de abertura do Pan, a cerimônia teve até vaias aos políticos, mas a decisão de reservar os ingressos apenas para convidados dos governos federal, estadual e municipal, além do Comitê Organizador dos Jogos (Co-Rio) se mostrou equivocada logo no início: não mais que 200 pessoas estavam nas arquibancadas. A platéia foi composta basicamente por jornalistas, voluntários e políticos, que ocuparam a tribuna de honra.

O Co-Rio informou não ter meios para aferir a presença dos torcedores, e limitou-se a informar que foram distribuídos 5 mil ingressos. “Concorremos com o Dia dos Pais e o horário também não ajudou. Marcamos às 13 horas por causa da TV e do fuso horário de outros países”, justificou o prefeito do Rio, Cesar Maia. O presidente Lula não foi, mas prometeu visitar a Vila Pan-Americana para se encontrar com os atletas brasileiros. Em cadeira de rodas, o nadador Clodoaldo Santos Silva, ganhador de várias medalhas na Paraolimpíada de Atenas, liderou a delegação brasileira, formada por 231 atletas. A partir de hoje, ele cai na piscina do Parque Aquático Maria Lenk para começar a busca por dez medalhas de ouro.

Rafael Andrade/Folha Imagem

Uma bela festa marcou a abertura dos Jogos Parapan-Americanos, que vão até o próximo domingo. Mas os ingressos foram distribuídos apenas para convidados, e a falta de interesse deixou vazias as arquibancadas da Arena Olímpica, no Rio

Gaspar Nóbrega/Divulgação


C idades Obesidade infantil antecipa DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 14 de agosto de 2007

1 Rodolfo Henrique, ao centro, e seus irmãos. Ele sempre foi o mais cheinho.

diabetes tipo 2 e hipertensão

CONTAGIOSA?

Patologias comuns em adultos depois dos 50 anos, tais como o diabetes e a hipertensão, agora são comuns em crianças de até 10 anos Fotos de Maurilo Clareto/Luz

m grupo de pesquisadores, U alguns da Harvard

Fernando Vieira

O

Medical School e da Universidade da California, revelou ontem que a obesidade pode se espalhar entre pessoas quase como um vírus. A notícia foi publicada pelo jornal The New York Times. O simples fato de ter um amigo obeso aumentaria em 57% a chance de alguém apresentar obesidade, segundo a pesquisa. Parentes influenciariam menos na balança. (Agências)

IMPASSE provado pela Agência Nacional de A Vigilância Sanitária em

abril e liberado pela Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) em julho, o medicamento Acomplia, contra a obesidade, ainda aguarda o fim das negociações do laboratório SanofiAventis pelo preço de comercialização do produto. A empresa pediu que a "pílula antibarriga" fosse vendida por R$ 250,74. A câmara de regulação estipulou R$ 130,05. (Agências)

Solange Vianna Srour e seu filho Rodolfo Henrique: níveis altos de colesterol e triglicérides, além de indicativo de pré-diabetes, foram sinais de alerta

das complicações relacionadas à obesidade é de US$ 10 bilhões por ano”, afirmou. Metabolismo – D a m ia n i alerta que pouco se conhece sobre as causas da obesidade, que geralmente tem fundamento em um conjunto de situações. As pesquisas sobre o tema estão apenas no início e apontam causas só em 5% dos casos. “Encaramos a obesidade como há 50 anos. Mas estamos diante de modificações metabólicas (que ocorrem quando o organismo perde a capacidade de auto-regulação) e de mutações gênicas ainda não mapeadas. Do ponto de vista científico, acredita-se que até 70% dos casos podem ter relação genética, o que justificaria as tendências diferentes entre as pessoas para o ganho de peso”, explicou o médico, acrescentando que entende-se por metabolismo o conjunto de reações químicas que mantém o indivíduo saudável. Gordinho – Aos 10 anos e três meses, os exames de Rodolfo Henrique Srour indicaram níveis altos de colesterol e triglicérides, além de indicativo de pré-diabetes. Aparentemente, o menino não está tão acima do peso, mas clinicamente seu caso acendeu a luz de alerta para os pais, que bus-

caram tratamento médico. “Ele sempre foi mais gordinho do que os dois irmãos (8 e 14 anos), mas não imaginávamos que os exames indicariam essas alterações. Só procuramos o médico porque ele ganhou três quilos em um mês”, disse a mãe Solange Vianna Srour. Depois de três meses de tratamento, que inclui medicamento, Rodolfo perdeu mais de três quilos. Além do remédio, a tarefa de emagrecer também passa pelo envolvimento familiar. “Todos temos que participar com mudanças na alimentação, porque há uma lista enorme de coisas proibidas, e no comportamento, com o incentivo às atividades físicas”, disse Solange. Se a cura da obesidade infantil ainda está distante, o primeiro passo para o controle da obesidade é consenso: uma readaptação de hábitos. “Sem dúvida há influência da alimentação desregrada e do abuso da comida, cada vez mais industrializada. Além disso, as crianças estão se movimentando cada vez menos”, disse o médico especializado em obesidade Arthur Garrido. Na edição de amanhã, os riscos das cirurgias de redução de estômago, quando feitas por motivos estéticos.

HORMÔNIO ientistas da C Universidade de Cambridge (Inglaterra),

estudando duas pessoas obesas com uma mutação de DNA que prejudicava a produção da leptina, um hormônio que avisa ao organismo que o estômago está cheio, descobriram que poderiam curá-las de sua compulsão alimentar administrando doses do hormônio com injeções. A atividade cerebral dos voluntários também foi mapeada pelos cientistas, com o objetivo de identificar as regiões do sistema nervoso em que o hormônio age. (Agências)

O médico Durval Damiani: doenças irão impactar a saúde desses indivíduos quando adultos DC

diabetes tipo 2 e a hipertensão arterial, que antes costumavam se manifestar em pessoas com 50 anos ou mais, hoje são cada vez mais comuns em crianças a partir de 10 anos. O aparecimento precoce dessas doenças tem relação direta com o avanço de um outro problema que triplicou no País nos últimos 15 anos: a obesidade infanto-juvenil, que já atinge 10% da população. A gravidade desse cenário vem sendo apontada há algum tempo por médicos e especialistas. Atualmente, doenças relacionadas à obesidade custam R$ 1,45 bilhão/ano aos serviços de saúde do País, segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Mas a estratégia de combate desse problema crescente ainda é uma incerteza e pode ir além da reeducação alimentar. Traçar métodos de tratamentos para essa nova realidade é o objetivo do XII Congresso Brasileiro de Obesidade e Síndrome Metabólica, que se realiza no Hotel Transamérica, em São Paulo, de 16 a 19 de agosto. Combate – Para o médico Durval Damiani, professor livre-docente da Unidade de Endocrinologia Pediátrica do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e presidente do Departamento Cientifico de Endocrinologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Pediatria, é preciso uma atitude extremamente enérgica para reverter o quadro atual em relação à obesidade infanto-juvenil. “O aparecimento de doenças como o diabetes tipo 2, a hipertensão arterial, altos níveis de colesterol e outras enfermidades em crianças são muito graves. Certamente porque irão impactar a saúde desses indivíduos quando adultos (quando a incidência dessas moléstias é mais natural), com conseqüências ainda mais graves”, disse Damiani. Seu raciocínio fundamentase em números. Afinal, se a tendência se mantiver, a previsão é de que os custos da obesidade aos serviços de saúde no País devem duplicar em dez anos. “Estamos apenas seguindo a tendência mundial. Nos Estados Unidos, o custo

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 14 de agosto de 2007

VINHO FINO COMEÇA A SER FEITO EM SÃO ROQUE E JUNDIAÍ

Cris Berger/Divulgação

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Consumo de vinho fino cresce, e produtores paulistas querem uma parcela do mercado.

Divulgação

VEM AÍ O VINHO PAULISTA DE QUALIDADE "GAÚCHA" Técnicos e agrônomos do Projeto SP Vinho querem obter vinho nobre, alterando as espécies de uvas cultivadas e o manejo, em quatro municípios que atualmente desenvolvem produtos populares. São Paulo tem registrado queda por causa da especulação imobiliária (que expulsa as oi dada a largada para culturas), da dificuldade da fio Estado de São Paulo xação do homem no campo e se tornar um produtor da falta de investimentos em de uva e vinho de me- pesquisas para aumento da lhor qualidade. Técnicos e pes- produtividade e competitiviquisadores afirmam que a viti- dade. Em 1985, foram produzivinicultura é viável na região, das mais de 12 mil toneladas dando base para o projeto de de uva para a indústria e, em revitalização da cadeia viníco- 2005, foram menos de duas mil la paulista (SP Vinho) encabe- toneladas. Mas ele acredita çado por quatro municípios – que a situação pode se alterar São Roque, Jundiaí, Jarinu e com o aumento do consumo – São Miguel Arcanjo. "São Pau- em dez anos é possível aumenlo se coloca como um novo tar o consumo anual de vinho competidor na atividade viti- per capita no País dos atuais vinícola", afirma o diretor de 1,9 litro, para 9 litros. "O hábito Turismo e Desenvolvimento brasileiro de beber vinho fino Econômico de São Roque, e co- está crescendo", diz. Atualordenador do projeto SP Vi- mente, segundo Maurilo Terra, do IAC, o Brasil tem estonho, Vorneis de Lucia. Como o gaúcho – As regiões ques altos – três anos de vinho escolhidas terão experimentos fino e quatro meses de vinho com 12 variedades de uva para de mesa. Conseqüência do dóvinho – sete para vinho fino, lar desvalorizado em relação duas para vinho de mesa e três ao real e do contrabando. Mas híbridas. O objetivo é produzir o estado é o maior consumidor vinhos de qualidade igual aos brasileiro. São consumidos em da Serra Gaúcha, no Rio Gran- São Paulo, anualmente, 40 mide do Sul, e de Petrolina, em lhões de litros de vinho, dos quais 80% de mesa e 20%, fiPernambuco. O desenvolvimento do pro- nos. Em todo o Brasil, segundo dados do Insjeto é do Institituto Brasileituto de Econor o d o Vi n h o mia Agrícola (Ibravin), o se(IEA) em partor vitivinícoceria com o la movimenta Instituto anualmente A g ro n ô mi c o R$ 1,2 bilhão, e de Campinas a produção de (IAC) , o Instiuva emprega tuto de Tecno40 mil trabalogia de Alilhadores. mentos (Ital) e Colheita de uva Os pesquiUniversidade deverá ser sadores e técEstadual de mecanizada, e nicos envolviCampinas turmas de dos no projeto (Unicamp). trabalhadores serão SP Vinho dePesqu isadoformadas pelo Senar. vem tornar res e técnicos viável a mecada Empresa Brasileira de Pesquisa Agrope- nização da colheita e alterar a cuária (Embrapa), unidade genética da uva para adaptá-la Uva e Vinhos, também inte- ao solo e clima paulistas e megram o projeto, que foi aprova- lhorar seu manejo. A produção do no Programa de Políticas de vinhos finos e vinhos de mePúblicas da Fundação de Am- sa será determinada de acordo paro a Pesquisa do Estado de com a procura do mercado. Diferentemente das terras São Paulo (Fapesp). Segundo os responsáveis, os do Rio Grande do Sul, as pauquatro municípios paulistas listas são mais planas, o que faonde estará a base da inovação cilita a mecanização da colheitêm 1.356 produtores de uva e ta. No entanto, a chuva no Es50 vinícolas com potencial pa- tado de São Paulo é na época da ra produzir vinho de boa qua- colheita, e isso é ruim, pois eslidade. Na primeira fase foram traga a fruta. O excesso de água feitos estudos de campo, análi- no solo reduz o índice de açúse de solo e de clima e estudos car na uva. "E o vinho com baixo teor de álcool não é bom", socioeconômicos. Para o pesquisador do Insti- afirma de Lucia. Melhoramentos – Numa setuto Agronômico de Campinas (IAC), Maurilo Terra, me- gunda fase, com prazo de dois lhorar a qualidade em São Pau- anos para diagnosticar os elos lo é viável. "Mas é necessário ir básicos da cadeia vitivinícola com cautela. Os produtores te- dos municípios envolvidos, o rão de fazer altos investimen- trabalho é determinar as áreas tos, pois o custo de produção é agrícolas que têm condições de bem elevado", afirma. Ele acre- produzir uva e realizar os medita que para os pequenos pro- lhoramentos genéticos necesdutores o ideal será a opção pe- sários para uma produção com los vinhos de mesa, pois na mais qualidade. O consumo de suco da fruta produção de vinho fino a detambém tem aumentado e manda de capital é maior. Segundo Vorneis de Lucia, a deve receber mais atenção produção de uva de mesa em dos viticultores.

Adriana David

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Parreira experimental na vinícola Góes, em São Roque, município que lidera o projeto: tudo pronto para produção de vinhos finos

Projeto SP Vinho deve incluir até excursões turísticas aos parreirais

Experimentos com 12 novas variedades de uvas para vinho

Enoturismo a 60 km de SP

M

unicípios como São Roque, que tem potencial para enoturismo, já se preparam para o salto na atividade. A Prefeitura de São Roque iniciou a construção de uma fazenda-modelo que, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), vai formar mão-de-obra para trabalho no campo. E o Colégio Técnico federal vai formar mão-de-obra para a produção de vinho. Nas vinícolas haverá degustação de produto artesanal para os turistas, como ocorre na Serra Gaúcha. A vinícola Góes já recebe cerca de duas mil pessoas por semana. Com a expansão do enoturismo para outras vinícolas, a tendência é de que esse número aumente. O município, que recebe anualmente 120 mil pessoas, pretende recepcionar 600 mil. O Programa de Desenvolvimento de Turismo Receptivo (PDTR), do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), também será intensificado. (AD)

Uva cabernet em São Roque Vinícola Góes, instalada no município de São Roque (SP), que tem hoje produtos de categoria popular nas gôndolas dos supermercados, produzirá o primeiro vinho da uva cabernet sauvignon em es-

A

cala industrial do Estado de São Paulo. A bebida deverá chegar ao mercado em 2009, nesse primeiro ano com uma produção de 80 mil garrafas. A fabricação do produto nobre faz parte do processo de re-

vitalização da empresa, que pretende direcionar seu trabalho para vinhos finos. Atualmente, a Vinícola Góes processa vinhos de mesa e usa, para isso, 30 hectares plantados com uvas americanas. Segundo informa o proprie-

tário da empresa, Cláudio José de Góes, desde 2001 há estudos para a implantação de 30 variedades de uvas européias e oito americanas nas terras de cultivo. "Os primeiros resultados têm sido muito positivos", comemora. (AD)

Dilma alerta sobre biocombustível ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, alertou ontem para o fato de a União Européia (UE) estar interessada em apenas comprar matéria-prima para produzir seu próprio biodiesel a partir de 2010, transformando países como o Brasil em meros fornecedores primários. "É preciso estar atento, porque isso pode se transformar em uma barreira para as exportações do nosso biocombustível, e não é interesse do Brasil que isso aconteça" disse a ministra. Segundo ela, é preciso que

A

o Brasil tome para si o pioneirismo da regulação dos biocombustíveis e não se deixe surpreender por barreiras que serão impostas nos próximos anos. A ministra abordou a "distorção" que tem sido criada no mundo todo com a dicotomia entre a produção alimentar e a de energia. No Brasil, disse ela, as duas produções podem conviver "tranqüilamente". Ela citou, por exemplo, que apenas 1% da área destinada à agricultura no País será ocupada com oleaginosas destinadas ao biodiesel em 2010. A

ministra também destacou que não há fundamento para a preocupação internacional com relação ao desmatamento da Amazônia para produção de álcool ou biodiesel. "A maior concentração de usinas de álcool e produção de cana está a 2.100 quilômetros da Amazônia, o que costumamos lembrar lá fora que essa é uma distância equivalente ao percurso entre Madri e Moscou", disse Dilma destacou, no entanto, que o País deve priorizar mais a produtividade do que o volume de produção. No

caso do etanol, lembrou ela, existem várias pesquisas sendo feitas, que já obtiveram ganhos significativos de produtividade. Na área de biodiesel, porém, a maior produção vem hoje da soja, apesar do óleo de dendê ter produtividade três vezes maior. "É preciso repensar isso", disse a ministra. Ainda sobre o álcool, destacou "sua fundamental importância" como regulador da volatilidade no mercado. "No caso do aumento do preço da gasolina, deve haver um equilíbrio para o consumidor." (AE)


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Saúde Ciência Urbanismo Tr â n s i t o

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 14 de agosto de 2007 Paulo Pampolin/Hype

ARQUITETA SUGERE CORES PARA RUAS-MODELO

Cidade Limpa: cor da fachada exige cuidado e bom senso Nem sempre um tom vibrante atrai a atenção do consumidor. Pintura deve obedecer a critérios de contraste e harmonia, para evitar estresse. Paulo Pampolin/Hype

Milton Mansilha/Luz

Ó RBITA

METRÔ Metrô e o Sindicato dos Metroviários O não chegaram a um

Rejane Tamoto

A

pintura de fachadas em cores vibrantes e tons saturados pelo comércio, motivada pela entrada em vigor da lei Cidade Limpa, nem sempre pode chamar a atenção do consumidor, já que a percepção das cores depende dos tons das lojas vizinhas. Segundo a arquiteta e fundadora do Universo da Cor - Centro de Estudos e Pesquisas Sobre as Cores - Lilian Ried Miller Barros, a escolha da combinação das cores das tintas, sem levar em consideração o entorno da loja, pode provocar o efeito contrário e até poluir a paisagem urbana de uma rua comercial. Esse e outros conceitos sobre a aplicação e uso das cores na arquitetura da cidade foram abordados por Lilian ontem, durante uma palestra para arquitetos de subprefeituras, da Empresa Municipal de Urbanização (Emurb) e da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). O objetivo é que esses profissionais usem o conhecimento sobre as cores como base para a elaboração do projeto das ruas-modelo, fruto de uma parceria entre a ACSP e a Prefeitura, para auxiliar o comércio de cerca de 50 vias a adequar suas fachadas à lei Cidade Limpa. A palestra foi patrocinada pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati), que também anunciou apoio ao projeto das ruas-modelo. "Começamos a participar desse projeto ao trazer capacitação e conhecimento sobre o uso apropriado das cores das tintas. Vamos trazer os fabricantes para essa parceria e é importante que os comerciantes aceitem as cores que serão sugeridas", explicou o presidente-executivo da entidade, Dilson Ferreira. Segundo o vice-presidente da ACSP e coordenador das Sedes Distritais, Roberto Mateus Ordine, os comerciantes da rua Teodoro Sampaio (primeira via que passará pelas reformas) já confirmaram a adesão ao projeto. "Para que as obras comecem na rua Teodoro Sampaio será feita uma reunião na Distrital Pinheiros da ACSP para que os comerciantes autorizem formalmente as sugestões de reforma das fachadas que serão apresentadas pela Emurb, na próxima semana", disse Ordine.

Regina Monteiro: lojistas devem concordar com cores do projeto.

acordo para tentar reverter a demissão de 61 funcionários da empresa. Ontem, houve uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), a pedido do sindicato, para tentar reverter as demissões. Os desligamentos ocorreram após a última greve do Metrô, nos dias 2 e 3. Foi a terceira paralisação este ano. Os metroviários queriam antecipar e aumentar o pagamento da participação dos lucros da empresa. (Agências) EFEITO POSITIVO - Uso harmônico de cores torna fachada mais bonita Leonardo Rodrigues/Hype

Arquiteta Lilian Barros: combinação de cores deve considerar entorno Paulo Pampolim/Hype

EFEITO NEGATIVO - Cores vibrantes reforçam poluição visual da rua

Dilson Ferreira, da Abrafati: adesão ao projeto das ruas-modelo

A diretora de Meio Ambiente e Paisagem Urbana da Emurb, Regina Monteiro, concluiu os estudos para iniciar as obras na rua Teodoro Sampaio e disse que é fundamental que os lojistas concordem com as cores das tintas previstas no projeto das ruas-modelo. Harmonia - A arquiteta do Universo da Cor explicou que as cores das tintas para a pintura de fachadas devem obedecer a critérios de contraste e harmonia, principalmente no espaço urbano. "É muito importante que as misturas de cores criem contrastes que não provoquem estresse ao serem observadas. As cores do co-

mércio do entorno influem na percepção do cenário e, por isso, não é possível que uma fachada seja pintada isoladamente", disse Lilian. Segundo ela, o ambiente urbano já possui muitos estímulos que provocam o estresse, como a poluição do ar, a visual e a sonora. Num cenário como esse, o uso de cores fortes, em contrastes intensos, mantém a visão atenta e alerta, o que causa uma estimulação visual estressante. Monotonia - De acordo com a arquiteta, também é preciso evitar o uso de uma só cor neutra, já que isso pode trazer o efeito inverso, de monotonia

ao ambiente. Em casos como esse, uma cor vibrante pode distinguir apenas um elemento importante da arquitetura do imóvel do comércio. "É preciso buscar a harmonia das cores das fachadas, de acordo com o entorno. Em uma rua em que muitas fachadas foram pintadas em cores fortes, por exemplo, a loja que escolheu um tom de tinta neutro chamará mais atenção do consumidor", disse. Além da combinação, Lilian ressaltou a importância do uso das cores da marca da empresa na fachada, como maneira de promover a identidade visual e o reconhecimento pelo consumidor. Outra maneira criativa de escolher uma cor para a fachada é usar como fonte de inspiração as cores da natureza e até os símbolos do bairro em que o comércio está inserido. Um exemplo apontado pela

arquiteta, ao simular a pintura da sede da subprefeitura de Ipiranga, é a aplicação de tons próximos aos existentes na fachada do Museu do Ipiranga, por ser o principal símbolo do bairro. "A escolha das cores tem relação com o contexto, o momento histórico e a cultura urbana do lugar", disse Lilian. Estudo - A diretora da Emurb, Regina Monteiro, afirmou que, após o projeto para a rua Teodoro Sampaio, deve ser iniciado o levantamento e os estudos para a reforma das fachadas das demais vias, localizadas em 31 subprefeituras, e que estão previstas no projeto das ruas-modelo. Na semana passada, a Emurb firmou uma parceria com a Faculdade de Belas Artes para que estudantes de arquitetura participem, voluntariamente, do levantamento e estudos do projeto das ruasmodelo da Capital.

ATERRO deslizamento de uma parte do aterro O sanitário São João, em São Mateus, na zona leste, obrigou a concessionária EcoUrbis a interromper o armazenamento de lixo no local nos próximos 15 dias. Ninguém ficou ferido no deslizamento, ocorrido ontem de madrugada. O acidente provocou mau cheiro na região e técnicos da Cetesb foram até o local. Durante o período de interdição do São João, que recebe cerca de 150 mil toneladas de lixo por mês, os dejetos serão levados para aterros privados. (Agências)

PIT BULL menina Tainá Figueiredo dos A Santos, de 4 anos, morreu

ontem depois de ter sido atacada, no domingo, por dois cães da raça pit bull. Os cachorros são da vizinha da vítima, a aposentada Cleusa Aparecida Rinaldo Machado, de 70 anos. A tragédia aconteceu na periferia de Ubatuba (SP). Por volta do meio-dia de domingo, a aposentada convidou a menina para ir até sua casa. Ao entrar na casa, Tainá foi atacada pelos cães. Cleusa tentou salvar a criança, mas não teve força, já que também foi mordida nas mãos. (AE)


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Transpor te Polícia Av i a ç ã o Saúde

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Restrição de vôos em Congonhas leva empresas ao ministro Jobim.

MINISTRO TEM ENCONTRO COM EMPRESAS

Dominique Torquato/AOG

Jobim "vai estudar" pedidos de empresas Ministro da Defesa quer explicações sobre reivindicações das empresas aéreas

a maior

Reprodução/Google Earth

tragédia

E

Daniela Camargo, com o pai e a mãe, ontem, no hospital: 'Deus me empurrou para o banco do passageiro'

Para vítima, explicação é simples: foi milagre Sobrevivente de acidente em Campinas diz como ficou calma no meio de ferragens

A

assistente administrativa Daniela Camargo, de 26 anos, afirmou ontem no Hospital e Maternidade Madre Theodora, em Campinas (SP), que se salvou do acidente do qual foi vítima na terça-feira passada por um "milagre". "Deus me empurrou para o banco do passageiro", afirmou. "Não fui eu que tomei a atitude de deitar no banco. Foi Deus mesmo que me empurrou para lá e me deixou deitadinha ali." Daniela ficou presa por quase quatro horas nas ferragens do seu carro, um Fiat Uno, que foi prensado entre um ônibus e um caminhão-betoneira de 12 toneladas, no semáforo entre as avenidas Francisco de Paula Sousa e Jorge Tibiriçá, no jardim dos Oliveiras, em Campinas. O carro ficou irreconhecível. Ontem, em entrevista coletiva, a assistente afirmou que não vai registrar queixa contra o motorista do caminhão da empresa Congrelongo, Alexsandro Alves. No dia do acidente, o rapaz disse não ter conseguido reduzir a velocidade do veículo. "Eu não quero fazer nada contra ele, eu acho que ele não teve culpa de nada. Aquela descidinha ali (local do acidente), eu sempre falo, é superperigosa. Quando você freia parece que o freio não obedece" afirmou Daniela. Cirurgias - Um conjunto de fatores contribuiu para o resgate e a recuperação de Daniela, que já passou por duas cirurgias - uma no pulso esquerdo e outra no quadril - desde sexta-feira. Primeiro, a tranqüilidade da garota que, segundo os bombeiros, ajudou durante a operação delicada.

Júlio César Costa/AOG

No acidente, carro ficou prensado entre ônibus e caminhão-betoneira

Ela ficou consciente o tempo todo e respirou com a ajuda de um balão de oxigênio. A lataria do carro teve de ser serrada delicadamente para o resgate. Além de atribuir a Deus a calma que teve, Daniela contou que - também por "obra divina" - seu celular, que estava dentro da bolsa fechada, escorregou do banco e foi parar em sua mão. "Ele surgiu", disse ontem, sorrindo. Foi então que ela ligou para a mãe, Ângela Regina Camargo, 52 anos, e avisou sobre o acidente. "Eu tinha medo que ela desmaiasse. Então fui falando com ela e cantando a música dos anjos, do padre Marcelo (Rossi), até chegar lá (ao local do acidente). Quando cheguei e não conseguia ver o carro, saí gritando", contou Ângela. "Mas eu tinha certeza de que ela ia sair de lá de dentro viva. Acho que porque eu já tinha falado com ela", disse a mãe. Daniela ainda não viu as imagens de seu carro após o acidente. Mas entre tantos fatores que já a surpreenderam, ela citou o fato de uma amiga que volta do trabalho com ela

quase diariamente ter recusado carona naquele dia. Saúde - Daniela Camargo deixou a UTI do Madre Theodora na noite de domingo, mas a equipe médica ainda não tem previsão de quando a assistente receberá alta. Ontem, o ortopedista Miguel Chati, que fez as duas cirurgias na garota, informou que ela passará os próximos dois meses se locomovendo por meio de cadeira de rodas, já que tem o pulso esquerdo imobilizado e não pode andar, por causa da recuperação da cirurgia do quadril. Os médicos colocaram uma órtese externa no punho e uma placa de aço na região da bacia. Chati informou que as chances de seqüelas, como a rigidez do pulso e dores futuras na região do quadril, são muito pequenas, mas não estão descartadas. "Quando vi a fotografia do carro pensei: meu Deus, o que será que aconteceu com essa moça? Eu ainda não era médico dela", afirmou. "Ela é e está extremamente tranqüila. Quando tiver a real noção do que ocorreu com ela, que na verdade foi um milagre, talvez isso mude." (AE)

m audiência com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, as empresas aéreas apresentaram ontem uma pauta com cinco reivindicações que já tinham sido encaminhadas à Agência Nacional da Aviação Civil (Anac), na tentativa de flexibilizar algumas das regras determinadas pelo Conselho Nacional de Aviação (Conac), há menos de um mês. As companhias defendem a volta dos 44 slots (quantidade de intervalos de pousos e decolagens) em Congonhas, e não os 33, como foi estabelecido no pacote contra a crise aérea proposto pelo Conac após o acidente com o Airbus da TAM, que matou 199 pessoas em 17 de julho. Jobim, sem muito entusiasmo, disse que "vai estudar" o assunto. Ele afirmou que pediu ao Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea) esclarecimentos didáticos e jurídicos sobre cada um dos pedidos. O segundo pleito foi a definição de um tempo mínimo de uma hora para conexão em Congonhas. Esse procedimento é chamado de MCT (tempo mínimo de conexão). Com isso, o passageiro teria de esperar uma hora para pegar seu novo vôo. Com o MCT de 1 hora, as empresas teriam, em tese, de abrir mão de escalas mais apertadas de vôo. Com o novo prazo, seria menor o risco de que atrasos em Congonhas se refletissem em outros destinos, num efeito dominó. Jobim quer saber o que isso representa e se essa mudança não pode significar que Congonhas volte a ser uma escala de vôo, o que foi proibido pelo Conac. O ministro questiona se isso não pode ser um novo mecanismo de conexão e quer respostas. Atualmente, esse tempo é, em média, de 15 minutos a meia hora. As empresas também que-

O Aeroporto de Congonhas, encravado na zona sul da cidade

rem mudar a regra de que a partir de Congonhas só poderão ser realizados vôos a duas horas de São Paulo. As companhias querem que isso seja trocado para uma distância de 1.500 quilômetros. Elas alegam que as companhias pequenas, que voam com avião a hélice, que gastam o dobro do tempo que os jatos, seriam prejudicadas porque não conseguiriam sair de Congonhas e chegar a Juiz de Fora. O quarto pedido é que as empresas querem proporcionalidade da transferência de slots de Congonhas para Guarulhos, durante o período das obras de colocação de grooving (ranhuras) na pista principal do aeroporto da zona sul. Se a empresa tem 10% dos slots, pede que eles sejam transferidos para Guarulhos. O quinto pedido é o descasamento do slot com o trecho voado, em Guarulhos. Assim, um slot para Santa Catarina poderia se transformar num slot para Londres. (Agências)

Ed Ferreira/AE

Nelson Jobim pede esclarecimentos didáticos e jurídicos

Anac admite mais espaço

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presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, disse ontem que a agência vai abrir consulta pública na próxima terça-feira para definir mudanças na disposição das poltronas nos aviões. Segundo Zuanazzi, o portal da Anac terá espaço reservado para propostas que depois serão analisadas e incluídas ou não no documento que formalizará as mudanças a serem feitas pelas companhias aéreas no interior dos aviões. Para Zuanazzi, uma pesquisa da Anac avaliou o porte de homens e mulheres que viajam de avião e concluiu que 5% dos passageiros são prejudicados com a atual disposição dos assentos. "Legislar sobre o espaço entre as poltronas não é simples. Só a Inglaterra tem esse tipo de legislação. Haverá mudança, mas sem estudos não temos como propor a regulamentação", disse. (Agências)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

Informática

Paulo Pampolin/Hype

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Ana Maria Guariglia

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Na avaliação a nova câmera Olympus, as dicas para você fotografar pôrdo-sol. Veja na página 8.

NESTA EDIÇÃO

Os (bons) motivos para adotar a NF-e A Nota fiscal eletrônica pode tornar a empresa mais competitiva. Palavra de especialistas. Na 4.

Coloque seu escritório no bolso Andrea Schwarz, diretora da i-Social Consultoria e Responsabilidade Social: os bancos têm interesse na rentabilidade das pessoas com deficiência.

Tecnologia a serviço da diversidade Ferramentas especiais permitem a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Bom para elas, bom para as empresas. Vanderlei Campos

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s últimos dados do deficiências cognitivas, como IBGE são de 2002. E Síndrome de Down. Baixa escala – Mesmo com são significativos: pessoas com algum uma escala industrial ainda tipo de deficiência represen- baixa, o custo dos equipamentam 15,4% da população. O tos e software de acessibilidacenso foi divulgado um ano de não representa impacto tão antes de entrar em vigor a Lei grande no orçamento das em3298, que determina às empre- presas. O aplicativo Virtual Visas cotas de contratação entre sion, da MicroPower, de locu2% e 5% de pessoas com defi- ção de tela, tem uma licença de ciência, de acordo com o nú- R$ 1,8 mil. O TDD (sigla em inglês para "telefone para surmero de funcionários. Tal exigência é o que impul- d o s " ) d e s e n v o l v i d o p e l o siona o mercado de tecnologia CPqD (Centro de Pesquisa e da acessibilidade – a que per- Desenvolvimento em Telecomunicações) cusmite que pesta R$ 5 mil. soas com qualRentabilidade quer tipo de – "Em casa, o deficiência teusuário pode insnham acesso O usuário pode talar o aplicativo às ferramentas instalar de conversão texpara executar aplicativos to/fala em um seu trabalho. de conversão PC. O TDD é indi"São cerca texto/fala cado para instalade 27 milhões ções em locais púde cidadãos e no PC doméstico blicos ou em em10 milhões de Hélio Malavasi, presas que bloempregados", diretor do CPqD. queiam o uso de i n f o r m a A nmensagens insdrea Schwarz, tantâneas (como diretora i-Social Consultoria e Responsabi- MSN)", esclarece Hélio Malalidade Social, que presta assis- vasi, diretor de tecnologias de tência tanto para empregado- serviços do CPqD. O centro de pesquisa tamres quanto fornecedores de serviços. "O bom funciona- bém desenvolveu uma solumento das empresas e da eco- ção de conversão texto/fala, nomia depende muito da in- que rendeu ao Bradesco o Prêserção desse segmento." Ela mio e-Finance 2007 na categodiz que criar facilidades – de ria Acessibilidade, pela instauma rampa para cadeira de ro- lação de 5 mil terminais de audas a um software específico – to-atendimento para para esse público impacta a vi- cegos. A facilidade da e as decisões econômicas de quase 45 milhões de pessoas. No caso das pessoas cujo trabalho é apoiado em equipamentos de informática e telecomunicações, os novos recurs o s i ncluem lupas eletrôn icas, para def i c i en t e s visuais; locutores de tela, para cegos; conversores texto/fala, acrescentou entre R$ 480 e R$ para deficientes auditivos e 600 por caixa eletrônico do surdos; mouse controlado por banco. movimento da íris ou da cabeEsta reportagem continua na ça; e interfaces adequadas a página 6

Conheça, na página 7, as utilidades do pen-drive.

Nunca se vendeu tanto PC A novidade é que as vendas de notebooks também estão aumentando. Veja na 2.


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Te l e f o n i a Sistemas Acesso Soluções

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Os usuários do portal do Bradesco para deficientes movimentam R$ 800 mil por ano.

15,4% DA POPULAÇÃO TEM ALGUMA DEFICIÊNCIA

Um bom negócio para todos

Fotos: Paulo Pampolin/Hype.

A lei de cotas deve injetar R$ 5 bilhões de dinheiro novo no varejo nos próximos 5 anos Vanderlei Campos

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egundo a Delegacia barreiras culturais, a ponto de Regional do Traba- tornar menos relevante a obrilho do Estado de São gatoriedade legal", afirma Paulo, em 2001 havia João Ribas, coordenador do 601 pessoas com deficiência Programa de Empregabilidacontratadas formalmente no de para Pessoas com DeficiênEstado. Os últimos números, cia da empresa. "A barreira da acessibilidade 2005, indicam que mais de 36.000 já fazem parte do mun- de é a mais simples de ser supedo corporativo. Desde então, rada. O relacionamento entre houve um crescimento no nú- as pessoas, no início, pode ser mero de contratações de mais um pouco mais difícil, mas isso de 5.000%, descreve Andrea se resolve com comunicação e Schwarz, do i-Social,, no estu- convivência", diz a psicóloga do "População com deficiência Priscila Neves, analista administrativa no Brasil: fatos e percepções". da Serasa. No setor bancário, Andrea "No Braavalia que as agências já apresil, os invessentam condições satisfatótimentos rias de acessibilidade e (em recuridentifica avanços nos desos de acessibimais canais lidade) estão de serviços co ncen trad os (internet nas empresas. bank, caixas Os produtos e l e t r ô n iainda são cacos, call No Brasil, os ros até pela center). equipamentos são caros carga tribuE s s e s até pela carga tributária. tária", afirp rog re ss o s ma Marcelo dão resulSoares da tados: os usuários do Bradesco Internet Silva, diretor da TechAccess. Banking para Deficientes Vi- "Em países ricos que passaram suais, que recebem do banco por guerras – como os Estados uma licença do Virtual Vision, Unidos, em que a população movimentam R$ 800 mil por com deficiência física chega a ano em transações via internet. 20% do total de habitantes – Com os ATMs com recursos de pode-se encontrar os equipaáudio, o banco estima uma mentos no varejo." Uma das tecnologias mais economia anual de R$ 2,5 milhões no custo das transações. produtivas para pessoas com Cadeirante há 10 anos, An- deficiências sensoriais é a capadrea observa que os supermer- cidade de converter texto em facados, lojas de departamentos la. Com essa ferramenta, cegos e o varejo de rua ainda não per- podem navegar na internet e ceberam a vantagem de prover trabalhar com diversos aplicatiacessibilidade. Mas Fernando vos, ouvindo o que está escrito Solla, diretor de negócios da na tela. Os surdos podem usar o TechAccess, especializada em telefone, digitar o que querem tecnologias e serviços de aces- dizer e serem ouvidos no outro sibilidade, estima um ingresso lado da linha. Para receber as de R$ 5 bilhões de dinheiro no- respostas, é preciso uma outra vo no varejo, nos próximos 5 tecnologia, de Reconhecimento anos, como conseqüência da de Fala, capaz de entender e escrever o que é dito. lei de cotas. Quem desenvolve esse sisteQuebra de barreiras –A Serasa, uma empresa que empre- ma é o CPqD. Embora não seja ga 2.000 profissionais, tem em um software livre, o centro de seus quadros 117 pessoas com pesquisa o disponibiliza para diversos tipos de deficiência. as organizações interessadas O orçamento do programa é de em iniciativas de inclusão. O R$ 320 mil para 2007 e R$ 500 CPqD mantém uma parceria com o Genius Instituto de Tecmil para o próximo ano. "A Lei que determina cotas nologia, que desenvolveu uma de contratação de pessoas com solução de reconhecimento de deficiência deve quebrar as comandos vocais.

Eles se saem bem, mesmo em situações adversas. omo os equipamentos para pessoas com deficiência ainda são dificilmente encontrados, alguns como Anderson Faria, cego e analista de suporte da MicroPower, procuram se adaptar ao que já existe. "Somos em três na empresa (entre os quais o programador Luís Eduardo de Oliveira, da equipe de desenvolvimento do Virtual Vision) e trabalhamos em qualquer computador. Não queremos depender de mais uma condição especial" diz. Hélio Malavasi, do CpqD, afirma que a maioria dos cegos que trabalha com computador é exímia. "É impressionante a velocidade média com que os cegos digitam. A locução do texto (feita durante a digitação) fica tão rápida, que só alguém com uma escuta muito apurada é capaz de entender." Na Serasa, João Ribas e Camila Havas, analista de tecnologia da célula de

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Certificação Digital testam um TDD para atendimento a surdos na central de atendimento. "A idéia é ter algumas posições de atendimento habilitadas para conversar via TDD. Além do equipamento, há alguns requisitos, como capacitar a URA (unidade de resposta automática) a identificar esse tipo de chamada e rotear para o operador certo", pondera. Independentemente de dispositivos específicos, as pessoas com deficiências de escuta e fala já se beneficiaram com o advento de serviços como e-mail e celular, que permitem a comunicação por texto. "O SMS ajuda muito mesmo. Uma vez um fornecedor meu não respondia aos meus emails, mandei um SMS e ele respondeu imediatamente", conta Camila Havas. "Um computador com correio eletrônico e a internet não devem faltar nos postos de trabalho de surdos", ressalta.

Priscila Branca Neves, analista administrativa: o relacionamento entre os funcionários pode ser difícil no começo.

No mouse da TechAccess, o ponteiro é movimentado pelo olhar e o clique é acionado por piscadas.

Telefones para surdos da Koller, com software desenvolvido pelo CPqD. João Ribas,da Serasa: a Lei deve quebrar de barreiras culturais. Andrei Bonamin/Luz

QUEM SE PREOCUPA? – Se as imagens dançantes e as letras que piscam usadas como recurso para chamar a atenção em alguns web sites irritam quem tem visão normal, imagine para um cego: o recurso cria uma

grande confusão para os aplicativos de locução de tela. "Se os programadores seguirem o padrão W3C (o consórcio de harmonização da web), a vida fica mais fácil para todos", constata Anderson Faria,

analista de suporte da MicroPower e professor de informática. "É terrível clicar em uma manchete de jornal e abrir dezenas de pop-ups e milhares de hiperlinks". Entre os sites de comércio eletrônico, Faria avalia

que a Americanas.com tem a interface mais conveniente. "Já tentei fazer uma compra no Submarino. Demorou tanto que, quando fui concluir, a sessão tinha expirado e não tive paciência de fazer tudo de novo". Nos sites de empresas privadas, o conflito com as ferramentas de acessibilidade já pune a empresa com a exclusão de um potencial cliente. No entanto, encontramse problemas semelhantes em alguns sites de serviço público. "Fui consultar minha restituição na Receita, digitei o CPF e ouvi a mensagem 'digite aqui a imagem ao lado'. A imagem não é reconhecível pelo Virtual Vision e não há uma alternativa de áudio", conta.


terça-feira, 14 de agosto de 2007

Congresso Planalto Oposição CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

7 Niels Andreas/AE

Arrogante é quem não sabe nadae nos empurra mentiras. Fernando Henrique

PSDB LANÇA ESTRATÉGIA ANTI-GOVERNO

LULA? NOS EUA, NINGUÉM CONHECE A Instituto Zogby mostra que só 10% dos americanos sabe que Luiz Inácio Lula da Silva é o presidente do Brasil. E só 20% que Felipe Calderon preside o México

Adriano Machado/AE/16.07.07

Mesmo tendo viajado várias vezes para os Estados Unidos, Lula é praticamente desconhecido por lá

penas 10% dos norte-americanos já ouviram falar no p re s i d e n t e L u i z Inácio Lula da Silva, segundo uma pesquisa divulgada ontem pelo Instituto Zogby. De acordo com o levantamento, os americanos conhecem pouco a "vida" na América Latina – apesar da grande imigração mexicana, só 20% sabe quem é o atual presidente do México, Felipe Calderón. O Zogby entrevistou 7.361 americanos entre os dias 27 e 30 de julho passado. Na América Latina, o México é visto como o maior aliado dos EUA, seguido de perto pelo Brasil. A Costa Rica vem em terceiro lugar. Os maiores ini-

migos dos norte-americanos são Venezuela e Cuba, na opinião dos entrevistados. Curiosamente, a Colômbia está em terceiro lugar na listas dos países menos amigáveis – os colombianos estão os maiores aliados dos EUA na região. O governo George W. Bush já destinou mais de US$ 500 milhões para a Colômbia no plano de combate ao tráfico de drogas e o país normalmente se alinha com as posições dos governo americano. "A pesquisa mostra que os norteamericanos estão muito mal informados sobre a região", disse Peter Hakim, presidente do Diálogo Inter-Americano. Segundo o levantamento, os americanos estão preocupa-

dos com a influência chinesa na América Latina – 56% dos entrevistados afirmaram acreditar que o aumento do envolv i m e n t o c h i n ê s n a re g i ã o ameaça os interesses dos EUA. "Há um enorme descompasso entre realidade e percepção – embora esteja crescendo, o envolvimento da China na América Latina não pode nem ser comparado com o relacionamento comercial, político e social com os EUA e a Europa." A pesquisa também mostra que 58% dos americanos acredita ser hora de os EUA começarem a negociar com Raul Castro, irmão de Fidel, e 56% afirmam que o embargo econômico contra a região deveria acabar. (AE)

Jair Amaral/Folha Imagem

Zuanazzi: a Anac é perseguida

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Aécio, FHC e Alckmin: promessa de oposição ao Governo e "bico de sabiá" para exaltar feitos do PSDB

CPMF: PSDB AMEAÇA VOTAR CONTRA Tucanos exigem alíquota menor e verbas para saúde

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e a alíquota da CPMF não for reduzida de 0,38% para 0,20%, com 10% do arrecadado transferido para os estados e 20% para os municípios, o PSDB vai votar pela extinção da taxa. O recado foi dado pelo presidente do partido, senador Tasso Jereissati (CE). Ele disse que a oposição tem fôlego para impedir a prorrogação da CPMF: "A CPMF não fica como está. Ou vai ser reduzida pela metade e partilhada com os estados ou vai ser eliminada. Dentro do Senado, temos condições de derrubar isso", disse Tasso após almoço oferecido pelo governador de Minas, Aécio Neves, aos líderes do PSDB. O assunto foi discutido em Belo Horizonte com os governadores de São Paulo, José Serra, da Paraíba, Cássio Cunha Lima e de Alagoas, Teotônio Vilela Filho. Para o governador mineiro, o adequado é o compartilhamento dos recursos da CPMF "já que o governo federal, é notório, gasta muito mal". Os principais líderes do partido sinalizaram que não concordam com a extinção da con-

tribuição, proposta que chegou a ser defendida na semana passada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, quando afirmou que "nada justifica a manutenção da CPMF". Bico de sabiá – Os tucanos debateram o que chamaram de falhas de comunicação do partido. O assunto foi levantado por Serra e Fernando Henrique Cardoso completou: "É preciso mudar o bico do tucano pelo do sabiá, para contar os nossos feitos." E atacou Lula, sem citá-lo: "Arrogância é ir para fora do País para falar mal dos governantes passados. Arrogante é quem não sabe nada." Os tucanos apostam no embate com o governo, que está na ofensiva pela prorrogação da contribuição no Congresso. Fernando Henrique repetiu que quando a CPMF foi criada, durante seu governo, havia escassez de recursos. "Hoje, como há mais abundância de recursos, somos favoráveis à redução da alíquota. Acabar eu acho que não, porque temos de ver a saúde", disse o ex-presidente. (AE) (AOG) Paulo H. Carvalho/Correio Braziliense/O Globo

Lino Rossi é preso a pedido da Justiça

R

éu em processo por corrupção passiva, lavagem de dinheiro, fraude em licitação e formação de quadrilha o ex-deputado Lino Rossi (PPMT) foi preso ontem pela Polícia Federal (PF) no Aeroportode Brasília, quando tentava embarcar num vôo para Guarulhos (SP). A prisão do ex-deputado foi determinada pelo juiz da 2ª Vara Federal de Cuiabá (MT), Jefferson Schneider. Apontado como operador da quadrilha que desviava recursos do orçamento da União

Rossi: algemas no embarque

para compra de ambulâncias superfaturadas para prefeituras, Rossi pode pegar até 12 anos de prisão, se condenado. Ele foi preso ao retardar o julgamento, se recusando sistematicamente a receber a intimação para depor. (AE)

riticada pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que regula o setor aéreo brasileiro, está sendo vítima de uma perseguição política, segundo seu presidente, Milton Zuanazzi. "Não está se colocando com precisão o papel da agência", disse Zuanazzi a jornalistas, ontem, ao chegar para uma audiência no Senado sobre marco regulatório da aviação. A necessidade da existência da Anac chegou a ser colocada em dúvida pelo ministro na semana passada,

em depoimento à CPI da Crise Aérea no Senado. Jobim não tem poderes diretos sobre a agência: os diretores têm mandato de quatro anos garantidos por lei. "Todas as agências no Brasil têm uma responsabilidade e no nosso entendimento estamos cumprindo-as plenamente", afirmou Zuanazzi, que chegou a ser condecorado com a medalha "Mérito Santos Dumont" por serviços prestados à Aeronáutica, dias depois da pior tragédia da aviação do País, envolvendo um Airbus da TAM, que deixou 199

mortos, e em meio a uma grave crise no setor. Excluída da reunião que Jobim teve nesta manhã com representantes das companhias aéreas, a Anac, no entender de Zuanazzi, está sendo apresentada como "vilão da crise". O presidente da Anac minimizou a queixa de Jobim sobre o espaço entre os assentos dos aviões, que o ministro voltou a cobrar na reunião dessa manhã. Jobim havia dito à CPI da Crise Aérea que passa por desconfortos quando viaja de avião, por ter 1,90m. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nacional Empresas Tr i b u t o s Finanças

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GOVERNO ESTUDA ESTENDER ADESÃO AO SUPERSIMPLES

Gilberto Nascimento/Ag. Câmara

terça-feira, 14 de agosto de 2007

O ideal é que houvesse uma carga tributária única. Luiz Carlos Hauly, deputado

TEXTO DEVERÁ SER ENVIADO PARA VOTAÇÃO NA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA ATÉ O FINAL DESTE MÊS

SP PODERÁ TER LEI GERAL PRÓPRIA Fotos: Tiago Bernardes/Luz

Sergio Leopoldo Rodrigues

O O secretário estadual de Emprego e Relações do Trabalho, Guilherme Afif Domingos, durante palestra no Secovi.

Novo prazo para o Supersimples Renato Carbonari Ibelli*

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governo deverá prorrogar o prazo de adesão das empresas ao Supersimples, o novo sistema de tributação das micros e pequenas empresas que engloba tributos federais, estaduais e municipais. É o que disse ontem o secretário-executivo do Comitê Gestor do Simples Nacional, Silas Santiago. Segundo ele, a prorrogação deve-se ao fato de que o Projeto de Lei Complementar número 43, que modificou as regras do Supersimples e foi aprovado na semana passada pelo Congresso Nacional, permite a participação de novas empresas no sistema. Essas companhias não podem se habilitar na nova sistemática de tributação enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não sancionar o projeto de lei, o que, segundo Santiago, está previsto para ocorrer amanhã. A data da provável sanção coincide com o fim do prazo de adesão, em 15 de agosto (que será agora prorrogado). Segundo o secretário-executivo, as empresas que foram benefi-

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ciadas pela nova lei e poderão aderir ao Supersimples são as que têm alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) superior a 20%, como sorvetes, cosméticos, perfumaria, higiene pessoal e fogos de artifícios. O novo prazo não deverá ser muito elástico, porque o projeto que será sancionado prevê o pagamento da primeira parcela do Simples a partir do dia 31 de agosto, e as empresas, mesmo as beneficiadas pela nova lei complementar, terão que estar habilitadas para o cumprimento da obrigação. Pagamentos – Os primeiros recolhimentos do Supersimples mal começaram a ser feitos e o legislativo já prepara um novo projeto de lei para tentar simplificar o regime tributário. O deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) quer eliminar os anexos IV e V da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa para enquadrar todos os prestadores de serviço na tabela III. Há também a intenção de permitir a adesão ao Supersimples dos profissionais liberais, como jornalistas, engenheiros e médicos, hoje barrados do regime.

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Diferente do que ocorre com os setores da indústria e do comércio, que no novo regime são tributados por tabelas específicas, os prestadores de serviços foram divididos entre três tabelas (anexos III, IV e V), de acordo com suas atividades. O problema é que grande parte dos prestadores de serviço que estavam enquadradas no extinto Simples Federal passaram a ser tributados pela tabela V do Supersimples, que tem alíquotas maiores. Os recolhimentos do Supersimples começam a ser feitos amanhã, mas uma série de regulamentações ainda está pendente. O Comitê Gestor do novo regime de tributação precisa baixar uma resolução para definir os detalhes de como serão feitos os pagamentos pelo regime de caixa, considerado um avanço. (*Com AE)

secretário estadual de Emprego e Relações do Trabalho, Guilherme Afif Domingos, informou ontem que a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa do Estado de São Paulo deverá ser enviada até o final deste mês para votação na Assembléia Legislativa paulista. "Será um grande passo para compatibilizar a lei na mesma direção, nas três esferas – União, estados e municípios", disse. Afif salientou que o projeto de transparência tributária "De Olho no Imposto" já foi aprovado no Senado Federal e enviado à Câmara dos Deputados, sob a relatoria do deputado federal Guilherme Campos (DEM). "Temos que promover uma mobilização para sua aprovação, porque a reforma tributária só vai acontecer quando o povo souber o quanto paga de impostos, coisa que hoje não sabe", explicou. Durante palestra no Sindicato da Habitação (Secovi), o secretário Afif observou que a aprovação da Lei Geral paulista abrirá caminho para "instruir" os 645 municípios a votar leis semelhantes em suas câmaras municipais. Com isso, salientou Afif, será mais fácil pôr em prática as ações previstas pela secretaria nas áreas de qualificação, incentivo ao empreendedorismo, e, sobretudo, desburocratização. Afif lembrou que a Fundação Seade está fazendo um grande diagnóstico para co-

Alencar Burti, da ACSP: desburocratização garantirá mais empregos

nhecer as reais necessidades de requalificação para o trabalho em cada região do estado. Na área de incentivo ao empreendedorismo, está mantida a meta de reduzir de 150 dias para 15 dias o prazo para abertura de empresas no estado, com foco nas micros e pequenas empresas, "que representam 80% do universo paulista". A luta pela desburocratização buscará a simplificação tributária e a aprovação, dentro da Lei Geral, dos MEI (Microempreendedor Individual), para quem fatura até R$ 36 mil por ano, como meio de regularizar a vida de cerca de 3,6 milhões de pessoas que hoje

atuam na informalidade. "A formalização será um programa social maior do que qualquer bolsa já conhecida", disse. Alencar Burti, presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), alertou que a desburocratização poderá reduzir pela metade os custos das micros e pequenas empresas. "Isso vai garantir sua sobrevivência e promover a inclusão social pelo trabalho", observou. O presidente do Secovi, Romeu Chap Chap, vai apoiar também a luta da secretaria para promover a legalização dos imóveis populares, impedida hoje por causa do elevado custo das escrituras.


terça-feira, 14 de agosto de 2007

Nacional Tr i b u t o s Finanças Agronegócio

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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PERSISTE A INSEGURANÇA NO MERCADO FINANCEIRO

0,39

por cento foi a queda registrada ontem pela Bovespa, bem menos que os 3,82% de quinta.

TEMOR DOS INVESTIDORES QUANTO A UM POSSÍVEL CONTÁGIO LEVA BOLSA DE VALORES A REVERTER POSIÇÃO

BOVESPA RECUA E TERMINA EM QUEDA

O

Maurício Lima/AFP Photo

Tendência de alta declina no correr do dia na Bolsa de Valores de São Paulo. Depois de subir quase 2%, o pregão fechou com desvalorização, com o receio dos investidores quanto à duração da crise. Os analistas recomendam cautela.

À espera do fim do estresse Sonaira San Pedro

A

queda dos preços das ações em todo o mundo nos últimos dias não é motivo para o investidor sair do mercado acionário, nem para o aplicador em potencial desistir de comprar papéis, segundo especialistas consultados. Mesmo com a queda de 2,85% registrada pelo Ibovespa, o principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo, somente em agosto, esse tipo de aplicação ainda é o melhor investimento do ano. Em 2007, as ações componentes do índice renderam uma média de 17,7%, enquanto os fundos de renda fixa não alcançaram 7%. O momento é de ajustar a carteira com papéis de primeira linha, que agora estão mais baratos, e esperar o mercado se reestabilizar. "Nos próximos dias, as turbulências devem continuar,

mas as expectativas são melhores para o médio prazo", diz o operador sênior e consultor financeiro Décio Pecequilo. Por isso, segundo ele, o investidor não deve vender os papéis agora e, sim, "bancar" a recente perda nos rendimentos da ações. "Ao contrário, a regra diz que época de baixa é tempo de comprar. E vender quando os papéis estão em alta", afirma. "Quem investe em bolsa precisa pensar no médio ou no longo prazo." Para ele, existe a percepção de risco e não um problema real. "Nossa macroeconomia continua evoluindo muito bem e o Brasil abriga as empresas com maior liquidez e valorização da América Latina, com sistema financeiro forte", afirma. "O mercado mundial está sendo afetado pelo alto índice de inadimplência com as hipotecas de segunda linha norte-americanas." Pecequilo referiu-se aos empréstimos de altíssimo risco,

os chamados "subprime", que têm reportado altos índices de inadimplência. A tensão no mercado global começou na semana passada, quando o banco francês BNP Paribas congelou os saques de três de seus fundos de investimentos, que tinham recursos aplicados nessas operações hipotecárias americanas. "Não é risco real porque no Brasil não existe nenhum fundo ou investimento lastreado nesse tipo de empréstimo", explica. Para o diretor da corretora Geração Futuro, Milton Milioni, mesmo com a economia brasileira não exibindo nenhum indicador prejudicial ao mercado, somos afetados por problemas internacionais. "A dica é escolher papéis de empresas sólidas e estudar o comportamento deles nos momentos de oscilações", afirma. "É preciso conhecer os riscos do investimento e não tomar nenhuma atitude extrema em situações de estresse."

efeito positivo da ação coordenada das principais autoridades monetárias do planeta deu a ilusão de que o mercado acionário brasileiro teria condições de devolver parte das perdas verificadas na semana passada – o Ibovespa, o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo chegou a subir quase 2% durante o pregão de ontem. A ilusão começou a se diluir no decorrer do dia. Com os investidores inseguros quanto às repercussões da crise do mercado de crédito imobiliário americano sobre o mercado brasileiro, a alta não se sustentou, apesar da recuperação registrada nas bolsas asiáticas e européias. Há apenas um consenso entre os analistas: o de que o pior ainda não passou. Assim, perto do encerramento dos trabalhos, os investidores resolveram embolsar os lucros. Resultado: o Ibo-

vespa finalizou o dia em queda de 0,39%, aos 52.434 pontos. O v o l u m e f i n a n c e i ro f o i d e R$ 3,78 bilhões. Pé no freio – "Seguimos recomendando cautela, vendo o cenário de curto prazo ainda indefinido e muito volátil. Quanto ao médio e longo prazo, a avaliação é positiva", explica a equipe da corretora Prosper, numa síntese do pensamento predominante. O mercado brasileiro de câmbio acompanhou o "alívio" geral favorecido pela injeção de bilhões de dólares pelos principais bancos centrais do planeta. As autoridades monetárias agiram para conter o princípio de uma crise de liquidez – e conseguiram acalmar os investidores. O Banco Central (BC) adquiriu divisas a R$ 1,9435. Assim, o dólar comercial foi negociado a R$ 1,944 para venda nas últimas operações de ontem, com decréscimo de 0,41%. Nas ca-

sas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi vendido a R$ 2,07, em queda de 0,48%. "Ainda existe uma grande incerteza nos mercados, não está nada definido. Mesmo com as intervenções dos bancos centrais, o problema está longe de ser resolvido", afirma o operador Marcos Trabold, da corretora B&T. " Ninguém sabe o tamanho das perdas, nem quantas empresas estão envolvidas", acrescenta. A taxa de risco país, medida pelo JP Morgan, marcava 188 pontos no início da noite, 1,6% superior à pontuação final da sexta-feira. O mercado futuro de juros recuou após a turbulência da semana passada. O contrato para janeiro de 2008 indicou ontem taxa de 11,12%, ante 11,14% da sexta-feira. No contrato de janeiro de 2009, o juro projetado cedeu de 11,16% para 11,11%, e no de janeiro de 2010, houve retração de 11,37% para 11,3%. (Agências)

vem registrando sérios vestimento", disse o GoldGoldman Sachs que problemas de desempenho – man em comunicado. "Os perdas de 30% neste atuais investidores também injeta US$ 3 bi acumula ano. Com o aporte, o Gold- terão a oportunidade de parman reduz o risco e a alavan- ticipar. O aporte dará ao funem fundo cagem desse fundo e tam- do mais flexibilidade para ti-

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Goldman Sachs Group Inc. informou que junto com a C.V. Starr & Co., a Perry Capital LLC e a Eli Broad injetou US$ 3 bilhões no Global Equity Opportunities,

bém do de hedge Global Alpha e do North American Equities Opportunities Fund, outra carteira quantitativa. "Consideramos essa uma oportunidade atraente de in-

rar proveito de oportunidades que acreditamos existir nas atuais condições." Para o Goldman, o fundo foi prejudicado por causa de uma "grande desarticulação do mercado". (Agências)

INFORME PUBLICITÁRIO

Riscos com o aumento de crédito Roseli Lopes

O

s riscos de desaceleração da economia norteamericana diante das preocupações com uma maior deterioração do mercado de crédito imobiliário e seus impactos no sistema financeiro local ainda não estão de todo descartados, disse ontem em São Paulo o ex-presidente da regional de Richmond do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, William Charles Handorf. Para Handorf, que atualmente é diretor da Home Loan Bank of Atlanta, a tendência de crescimento deve se manter abaixo do esperado, com risco de uma imobilidade cíclica em um prazo mais longo. Handorf lembrou ainda que há anos os empréstimos imobiliários de imóveis residenciais não estavam dando certo e que apesar de o risco ainda estar concentrado nesse segmento, o mercado de imóveis comerciais não está livre de uma possível contaminação. O refinanciamento das hipotecas foi apontado por Handorf como um dos grandes motivos causadores da crise. DC

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Tel.: (11) 5572-0804

Brasil – Ontem, a Bovespa voltou a sentir os efeitos das turbulências do mercado de imóveis norte-americano depois que o governo negou o pedido de duas empresas de crédito habitacional para que ampliassem o teto de suas operações. Internamente, o economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Marcel Solimeo, chama a atenção para o crescimento acelerado da oferta de recursos, puxado pelos financiamentos de veículos e pelo crédito com desconto em folha (consignado). Embora a massa salarial tenha aumentado, com impacto na expansão do volume de vendas do varejo, que deve fechar o ano com uma expansão de 6% até 7% em 2007, o aumento da renda vem se dando entre os brasileiros com menor poder aquisitivo.

Esse público, diz Solimeo, não estava acostumado a comprar e, portanto, é onde o mercado de crédito tem menor volume de informações. O economista lembra, ainda, que o maior risco é o da inadimplência. Dados do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) da Associação Comercial já apontam uma leve subida no número de atrasos nos pagamentos dos empréstimos. Além disso, Solimeo lembra que a expansão do crédito está vindo do aumento do número de financiamentos para poucas pessoas: "O brasileiro tem-se endividado em várias modalidades de empréstimo ao mesmo tempo, com uma única renda", diz. Fator que deve ser olhado com muita cautela pelos credores, alerta.

VOCÊ CONHECE O POP?

O

POP (Proteção do Investimento com Participação) é um novo produto de renda variável, negociado na BOVESPA, que proporciona uma determinada proteção contra a eventual desvalorização do investimento em ações em troca de uma participação nos potenciais ganhos desse investimento. Isso é possível por meio da combinação da aplicação em ações e seus respectivos derivativos. COMO FUNCIONA O investidor define o nível de proteção desejado ao escolher em que série de POP vai investir. Se a ação cair, ele recebe o valor do capital protegido, cobrindo assim o risco correspondente à desvalorização. Em contrapartida, se a ação subir, o aplicador abre mão de parte do lucro obtido

com a valorização do papel. A proteção do POP pode ser menor do que o investimento, mas é válida somente se mantida até o vencimento. VENCIMENTO No vencimento do POP, podem acontecer duas coisas: se o valor da ação for menor que o capital protegido, o investidor escolherá receber esse montante em vez de ficar com a própria ação. Essa escolha é o exercício da opção, que deverá ser comunicado à Corretora que o administra para ser executada no mercado. Se o valor da ação for maior que o capital protegido, o investidor deverá escolher se quer ficar com a ação sem qualquer proteção ou adquirir um novo POP, para continuar a ter uma determinada proteção ao seu capital. Essa escolha também deverá ser comunicada à Corretora.

RESGATE Caso o investidor precise resgatar o POP antes de seu vencimento, será realizada uma transação comum. O POP, assim como as ações, é um bem que pode ser comprado ou vendido a qualquer instante e em qualquer montante (obedecidos os lotes mínimos de negociação). Caso o investidor decida, basta dar à Corretora a ordem de vendê-lo e o valor correspondente será disponibilizado em sua conta. Nesse caso, ele receberá o valor de mercado do POP no momento da venda. É importante ressaltar que o valor do capital protegido é assegurado somente no vencimento do POP e a sua negociação antes do vencimento é efetuada aos preços do mercado. Para mais informações ligue para 0800 7710194 ou acesse o site www.bovespa.com.br.

COMO INVESTIR

COMO ACOMPANHAR

PROTEÇÃO

I O processo para investir no POP é o mesmo para comprar ações. O primeiro passo é procurar uma Corretora de Valores. Elas são as únicas instituições autorizadas a operar na BOVESPA. Acesse o site www.bovespa.com.br e veja a lista completa de Corretoras Membros.

I O investidor que deseja acompanhar suas aplicações no POP pode acessar o site da BOVESPA (www.bovespa.com.br), pela área "Cotação Rápida" ou a página da CBLC (www.cblc.com.br) e procurar pela seção CEI – Canal Eletrônico do Investidor.

I O funcionamento do POP e suas características de risco-retorno só valem se ele for mantido inalterado. Se o investidor vender ou comprar qualquer um dos três instrumentos do POP, a proteção de capital tornase inválida. Portanto, antes de "desmanchar" um POP, consulte sua Corretora.

Acompanhe quinzenalmente, nesta seção, mais informações sobre a importância do mercado de ações para a economia do país


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 14 de agosto de 2007

3

Zogbi Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 62.042.890/0001-51 Cidade de Deus - Prédio Novíssimo - 4o Andar - Vila Yara - Osasco - SP Relatório da Administração

Demonstração do Resultado dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil 2007

Senhores Cotistas, Apresentamos a V.Sas. as Demonstrações Financeiras da ZOGBI Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda., elaboradas na forma da Legislação Societária, referentes ao semestre findo em 30 de junho de 2007. No semestre, a ZOGBI DTVM apresentou Lucro Líquido de R$ 924 mil, correspondente a R$ 71,08 por lote de mil cotas, e Patrimônio Líquido de R$ 27,044 milhões. Osasco, SP, 3 de agosto de 2007. Diretoria

Balanço Patrimonial em 30 de junho – Em Reais mil ATIVO

2007

CIRCULANTE ..................................................................................................... DISPONIBILIDADES .......................................................................................... APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ .......................................... Aplicações em Depósitos Interfinanceiros ........................................................ TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ................................................................................................... Carteira Própria ................................................................................................... OUTROS CRÉDITOS .......................................................................................... Diversos ............................................................................................................. REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ........................................................................ APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ .......................................... Aplicações em Depósitos Interfinanceiros ........................................................ OUTROS CRÉDITOS .......................................................................................... Diversos ............................................................................................................. PERMANENTE ................................................................................................... INVESTIMENTOS ............................................................................................... Outros Investimentos ......................................................................................... Provisões para Perdas ....................................................................................... T OT A L .............................................................................................................

2006

PASSIVO

2007

2006

27.161 19 26.056 26.056

17.544 7 17.062 17.062

CIRCULANTE ..................................................................................................... OUTRAS OBRIGAÇÕES ..................................................................................... Sociais e Estatutárias ........................................................................................ Fiscais e Previdenciárias ..................................................................................

910 910 701 209

1.014 1.014 869 145

1.086 1.086 – – 3.194 – – 3.194 3.194 322 322 497 (175) 30.677

230 230 245 245 11.295 8.613 8.613 2.682 2.682 268 268 443 (175) 29.107

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO .............................................................................. OUTRAS OBRIGAÇÕES ..................................................................................... Fiscais e Previdenciárias ..................................................................................

2.723 2.723 2.723

2.624 2.624 2.624

PATRIMÔNIO LÍQUIDO ........................................................................................ Capital: - De Domiciliados no País ................................................................................. Reservas de Capital ........................................................................................... Reservas de Lucros ........................................................................................... Lucros Acumulados ...........................................................................................

27.044

25.469

13.000 700 13.344 –

12.100 646 12.039 684

T OT A L .............................................................................................................

30.677

29.107

RESERVAS DE LUCROS

CAPITAL SOCIAL REALIZADO

CAPITAL A REALIZAR

RESERVAS DE CAPITAL

9.375 – 2.725 – – – 12.100 12.100 – – – – – – 12.100

– – – – – – – – – 900 – – – – 900

610 36 – – – – 646 646 54 – – – – – 700

SALDOS EM 31.12.2005 ............................................................................................................... ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ................................................................................ AUMENTO DE CAPITAL POR RESERVAS ................................................................................... LUCRO LÍQUIDO ....................................................................................................................... DESTINAÇÕES: - Reservas ......................................................................................................... - Dividendos Declarados .................................................................................. SALDOS EM 30.6.2006 ................................................................................................................ SALDOS EM 31.12.2006 .............................................................................................................. ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ................................................................................ AUMENTO DE CAPITAL POR RESERVAS ................................................................................... DIVIDENDOS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES ............................................................................ LUCRO LÍQUIDO ....................................................................................................................... DESTINAÇÕES: - Reservas ......................................................................................................... - Dividendos Declarados .................................................................................. SALDOS EM 30.6.2007 .................................................................................................................

1.575

1.918

Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários ......................

1.575

1.918

RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ........................

1.575

1.918

OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS ...................................

(193)

(217)

Outras Despesas Administrativas ..............................................................

(88)

(90)

Despesas Tributárias ...................................................................................

(87)

(97)

Outras Receitas Operacionais ....................................................................

95

118

Outras Despesas Operacionais ..................................................................

(113)

(148)

RESULTADO OPERACIONAL ......................................................................

1.382

1.701

RESULTADO ANTES DATRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO .........................

1.382

1.701

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ....................................

(458)

(741)

LUCRO LÍQUIDO ..........................................................................................

924

960

Número de cotas .........................................................................................

13.000.000

12.100.000

Lucro por lote de mil cotas em R$ ..............................................................

71,08

79,34

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil 2007

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil EVENTOS

2006

RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ........................................

LEGAL

LUCROS ACUMULADOS

ESTATUTÁRIA

1.283 – – – 48 – 1.331 1.384 – – – – 46 – 1.430

1.132 – (2.725) – 12.301 – 10.708 10.708 – (900) 1.447 – 659 – 11.914

TOTAIS

12.301 – – 960 (12.349) (228) 684 1.447 – – (1.447) 924 (705) (219) –

24.701 36 – 960 – (228) 25.469 26.285 54 – – 924 – (219) 27.044

2006

ORIGEM DOS RECURSOS .........................................................................

1.270

1.294

LUCRO LÍQUIDO ..........................................................................................

924

960

RECURSOS DETERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: - Diminuição dos Subgrupos do Ativo ....................................................... Aplicações Interfinanceiras de Liquidez .................................................. Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos ....

346 346 –

334 – 334

APLICAÇÃO DOS RECURSOS ...................................................................

1.252

1.291

DIVIDENDOS DECLARADOS .....................................................................

219

228

AUMENTO DOS SUBGRUPOS DO ATIVO .................................................. Aplicações Interfinanceiras de Liquidez .................................................... Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos ...... Outros Créditos ............................................................................................

829 – 702 127

921 845 – 76

REDUÇÃO DOS SUBGRUPOS DO PASSIVO ............................................. Outras Obrigações .......................................................................................

204 204

142 142

AUMENTO DAS DISPONIBILIDADES ........................................................

18

3

Início do Semestre ..................................................... Fim do Semestre ........................................................ Aumento das Disponibilidades ..................................

1 19 18

4 7 3

MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA

Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras 1)

CONTEXTO OPERACIONAL A Zogbi Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. é uma instituição financeira que tem por objetivo efetuar operações de intermediação no mercado aberto, além de gerir e administrar recursos de terceiros. A Zogbi Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. é parte integrante da Organização Bradesco, sendo suas operações conduzidas de forma integrada a um conjunto de empresas que atuam nos mercados financeiro e de capitais, utilizando-se de seus recursos administrativos e tecnológicos e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto.

2)

APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, associadas às normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central do Brasil (BACEN), que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas.

3)

PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro apresentadas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro-rata” dia e calculadas com base no método exponencial. b) Aplicações interfinanceiras de liquidez São registradas ao custo de aquisição, acrescidas dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidas de provisão para desvalorização, quando aplicável. c) Títulos e valores mobiliários Títulos para negociação - adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; Títulos disponíveis para venda - que não se enquadrem como para negociação nem como mantidos até o vencimento, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários; e Títulos mantidos até o vencimento - adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento, são avaliados pelos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período. d) Imposto de renda e contribuição social A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. Os créditos tributários sobre adições temporárias serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos. e) Investimentos Os títulos patrimoniais da CETIP - Câmara de Custódia e Liquidação, são avaliados com base no valor patrimonial, não auditado, informado pela CETIP, e os acréscimos ou decréscimos são registrados diretamente no patrimônio líquido, e os incentivos fiscais são avaliados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perda, quando aplicável. 5)

Ativos e Passivos contingentes e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias O reconhecimento, a mensuração e a divulgação das contingências ativas e passivas e obrigações legais são efetuados de acordo com os critérios definidos na Deliberação CVM 489/05. • Ativos Contingentes: Não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui total controle da situação ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo. Os ativos contingentes com probabilidade de êxito provável são apenas divulgados nas demonstrações financeiras (Nota 8a). • Passivos Contingentes: São constituídos levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade; e no posicionamento de Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável, o que ocasionaria uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes classificados como de perdas possíveis não são reconhecidos contabilmente, devendo ser apenas divulgados nas demonstrações financeiras, e os classificados como remotos não requerem provisão e divulgação (Nota 8b). • Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias: Decorrem de processos judiciais relacionados a obrigações tributárias, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou constitucionalidade, que independente da avaliação acerca da probabilidade de sucesso, têm os seus montantes reconhecidos integralmente nas demonstrações financeiras (Nota 8b). g) Outros ativos e passivos Os ativos são demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidos e provisão para perda, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e das variações monetárias (em base “pro-rata” dia) incorridos. 4)

1 a 30 dias

Títulos para negociação Letras financeiras do tesouro ............................................ Certificados de depósito bancário .................................... Debentures ........................................................................ Notas do tesouro nacional ................................................ Letras do tesouro nacional ................................................ Total em 2007 .................................................................... Total em 2006 ....................................................................

90 a 180 dias

181 a 360 dias

Acima de 360 dias

Aplicações em depósitos interfinanceiros ............................ 9.747 16.309 – 26.056 25.675 Total 2007 .............................. 9.747 16.309 – 26.056 Total 2006 .............................. – 17.062 8.613 25.675 b) Receitas de aplicações interfinanceiras de liquidez Classificadas na demonstração de resultado como resultado de operações com títulos e valores mobiliários. Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007

2007 Propaganda e publicidade ............................................. Aluguéis ......................................................................... Serviços do sistema financeiro ..................................... Serviços de terceiros ..................................................... Contribuição sindical ..................................................... Total ................................................................................ 12)

– – – – – – 47

181 a 360 dias

Acima de 360 dias

– – 27 – – 27 2

– 14 28 – 178 220 30

583 52 84 7 113 839 151

2007 Contribuição ao COFINS ................................................ Contribuição ao PIS ....................................................... Despesas de CPMF ....................................................... Impostos e Taxas ........................................................... Total ................................................................................ 13)

Devedores por depósitos em garantia - recursos fiscais Créditos tributários (Nota 15c) ....................................... Devedores por depósitos em garantia - recursos trabalhistas .......................................................................... Opções por incentivos fiscais ....................................... Total ................................................................................

2006 2.323 840

2.128 768

21 10 3.194

21 10 2.927

Valor de custo atualizado

Marcação a mercado

Valor de mercado/ contábil (2)

583 66 139 7 291 1.086

583 66 139 7 291 1.086

– – – – – –

70 18 – 15 127

– – – – –

230

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social

2007

Saldo em 30.6.2006

OUTRAS OBRIGAÇÕES - FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS Em 30 de junho - R$ mil 2007

2006 206 291 497

206 237 443

(175) 322

(175) 268

ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES E OBRIGAÇÕES LEGAIS - FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS a) Ativos Contingentes No período não foram reconhecidos contabilmente ativos contingentes. b) Passivos Contingentes classificados como perdas prováveis e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias A empresa é parte em processos judiciais de natureza fiscal, decorrentes do curso normal de suas atividades. As provisões foram constituídas levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade e, no posicionamento de Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável. A Administração da empresa entende que a provisão constituída é suficiente para atender perdas decorrentes dos respectivos processos. O passivo relacionado à obrigação legal em discussão judicial é mantido até o ganho definitivo da ação, representado por decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, ou a sua prescrição. I - Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias A empresa vem discutindo judicialmente a legalidade e constitucionalidade de alguns tributos e contribuições, os quais estão totalmente provisionados não obstante as boas chances de êxito a médio e longo prazo, de acordo com a opinião dos assessores jurídicos.

Provisão para riscos fiscais .......................................... Provisão para impostos e contribuições sobre o lucro Provisão para impostos e contribuições diferidos (Nota 15c) .................................................................... Impostos e contribuições a recolher ............................. Total ................................................................................ 10)

2006 2.323 400

2.128 497

197 12 2.932

130 14 2.769

PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Capital Social Capital social, totalmente subscrito e integralizado é composto por 13.000.000 cotas, com valor nominal de R$ 1,00 cada. b) Movimentação do capital social Quantidade de cotas

R$ mil

Em 31 de dezembro de 2005 .................................. 12.500.000 9.375 Alteração do valor nominal de cada (1) .................. (3.125.000) – Aumento de Capital Social mediante capitalização de Reservas (1) ..................................................... 2.725.000 2.725 Em 30 de junho de 2006 ......................................... 12.100.000 12.100 Em 31 de dezembro de 2006 .................................. 12.100.000 12.100 Aumento de Capital Social mediante capitalização de Reservas (2) ..................................................... 900.000 900 Em 30 de junho de 2007 ......................................... 13.000.000 13.000 (1) O Instrumento Particular de Alteração do Contrato Social de 28.4.2006 deliberou: - Alterar o valor nominal de cada cota de R$ 0,75 para R$ 1,00, com a conseqüente alteração da quantidade total de cotas, que passa de 12.500.000 para 9.375.000 cotas; - Aumentar o Capital Social em R$ 2.725 mil, elevando-o de R$ 9.375 mil para R$ 12.100 mil. O referido aumento foi homologado pelo BACEN em 14 de julho de 2006; e

Diretoria

Em 30 de junho - R$ mil 2007

1.902 16 1.918

Saldo em 30.6.2007

118 (118) (21) (9) (30)

15)

Marcação a mercado

1.541 34 1.575

Atualização monetária

2006 95 (95) (18) – (18)

2006

Em 30 de junho - R$ mil Investimentos por incentivos fiscais ............................ Títulos patrimoniais ....................................................... Subtotal .......................................................................... Provisão para perdas em investimentos por incentivos fiscais .......................................................................... Total ................................................................................

OUTRAS RECEITAS/(DESPESAS) OPERACIONAIS

TRANSAÇÕES COM O CONTROLADOR E EMPRESAS LIGADAS As transações com o controlador e empresas ligadas foram efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações, foram eliminadas nas demonstrações financeiras: Em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Receitas Ativos Receitas Ativos (passivos) (despesas) (passivos) (despesas) Disponibilidades: Banco Bradesco S.A. ...................... 19 – 7 – Aplicações em depósitos interfinanceiros (a): Banco Bradesco S.A. ...................... 26.056 1.541 25.675 1.902 Dividendos e juros sobre o capital próprio: Banco Finasa S.A. ........................... (701) – (869) – (a) Aplicações interfinanceiras de liquidez - depósitos interfinanceiros de ligadas, com taxas equivalentes às do CDI - Certificado de depósito interfinanceiro.

2 .228 95 2.323 2.128 c) Passivos Contingentes classificados como perdas possíveis A empresa mantém um sistema de acompanhamento para todos os processos administrativos e judiciais em que a instituição figura como “autora” ou “ré” e amparada na opinião dos assessores jurídicos classifica as ações de acordo com a expectativa de insucesso. Neste contexto os processos contingentes avaliados como de risco de perda possível não são reconhecidos contabilmente. 9)

OUTROS INVESTIMENTOS

77 12 8 – 97

14)

II - Movimentação das Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias 2007

2006 63 10 7 7 87

Atualização de depósitos em garantia .......................... Atualização de provisão para riscos fiscais ................. Atualização de impostos e contribuições ..................... Outras ............................................................................. Total ................................................................................

1.902 1.902

Valor de mercado/ contábil (2)

Saldo em 31.12.2006

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil

Em 30 de junho - R$ mil 2006

Receita de aplicações interfinanceiras de liquidez (Nota 4b) ............................................................................................................................................................................. Rendas de aplicações em fundos de investimento ............................................................................................................................................................................................ Total ...................................................................................................................................................................................................................................................................... c) A Zogbi Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. não possuía operações com instrumentos financeiros derivativos em 30 de junho de 2007 e 2006. Em 30 de junho - R$ mil

DESPESAS TRIBUTÁRIAS

72 11 4 3 – 90

2007 1.541 1.541

2007

OUTROS CRÉDITOS - DIVERSOS

2006 79 – 1 2 6 88

2006

Rendas de aplicações em depósitos interfinanceiros .................................................................... Total (Nota 5b) ..........................................................

31 a 180 dias

OUTRAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS Semestres findos em 30 de junho - R$ mil

Em 30 de junho - R$ mil Total 2007 2006

(1) As aplicações em cotas de fundos de investimento foram distribuídas de acordo com os papéis que compõem suas carteiras, e no caso de operações compromissadas, pelos respectivos papéis que estão lastreando as operações, preservando a classificação da categoria dos fundos. Na distribuição dos prazos, foram considerados os vencimentos dos papéis, independentemente de sua classificação contábil; e (2) O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado de acordo com a cotação de preço de mercado disponível na data do balanço. Se não houver cotação de preços de mercado disponível, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos de definições de preços, modelos de cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes. No caso das aplicações em fundos de investimento, o custo atualizado reflete o valor das respectivas cotas, que já estão a valor de mercado. b) Resultado de títulos e valores mobiliários Semestres findos em 30 de junho - R$ mil

8)

11)

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS a) Classificação por categorias e prazos

Títulos (1)

7)

2007 2006 Reservas de Lucros ............................................... 13.344 12.039 - Reserva Legal (1) .................................................. 1.430 1.331 - Reserva Estatutária (2) .......................................... 11.914 10.708 (1) Constituída obrigatoriamente à base de 5% do lucro líquido do exercício, até atingir 20% do capital social realizado, ou 30% do capital social, acrescido das reservas de capital. Após esse limite a apropriação não mais se faz obrigatória. A reserva legal somente poderá ser utilizada para aumento de capital ou para compensar prejuízos; e (2) Visando à manutenção de margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas da Sociedade, pode ser constituída em 100% do lucro líquido remanescente após destinações estatutárias, sendo o saldo limitado a 80% do Capital Social Integralizado. d) Juros sobre o capital próprio e/ou dividendos Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados juros sobre o capital próprio e/ou dividendos que somados correspondam, no mínimo, a 25% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária.

APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ a) Vencimentos

2007

6)

(2) O Instrumento Particular de Alteração do Contrato Social de 30.4.2007 deliberou: - Aumentar o Capital Social em R$ 900 mil elevando-o de R$ 12.100 mil para R$ 13.000 mil, mediante capitalização de parte do saldo da conta “Reserva de Lucros - Reserva Estatutária até 2002”, com a emissão de 900.000 cotas, do valor nominal de R$ 1,00 cada uma. O referido aumento foi homologado pelo BACEN em 2 de julho de 2007. c) Reservas de Lucros Em 30 de junho - R$ mil

f)

2006

Resultado antes do imposto de renda e contribuição social ............................................................. 1.382 Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente (470) Impostos diferidos constituídos relativos a exercícios anteriores ....................................................... – Despesas indedutíveis líquidas de receitas não tributáveis ............................................................. – Outros valores ......................................................... 12 Imposto de renda e contribuição social do semestre (458) b) Composição da conta de resultado do imposto de renda e contribuição social

1.701 (579) (172) (2) 12 (741)

Em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Impostos diferidos Constituição/(realização) no semestre, sobre adições temporárias .................................................. 32 Impostos correntes Imposto de renda e contribuição social devidos .... (490) Imposto de renda e contribuição social do semestre (458) c) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos

(42) (699) (741) R$ mil

Saldo em 31.12.2006

Constituição

Provisões para perda em ações fiscais ................. 682 Provisões para desvalorização de títulos patrimoniais 67 Provisões para perdas de investimentos ............... 59 Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias (Nota 6) ............................................. 808 Obrigações fiscais diferidas (Nota 9) ...................... 165 Crédito tributário líquido das obrigações fiscais diferidas ................................................................ 643 d) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias

Saldo em 30.6.2007

32 – _

714 67 59

32 32

840 197

643

R$ mil Diferenças temporárias Imposto Contribuição Total de renda social 2010 ..................................................................... 93 33 126 2011 ..................................................................... 525 189 714 Total ..................................................................... 618 222 840 A projeção de realização de crédito tributário trata-se de estimativa e não é diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis. e) O valor presente dos créditos tributários, calculado considerando a taxa média de captação praticada pela Organização Bradesco, líquida dos efeitos tributários, monta a R$ 731 mil (2006 - R$ 695 mil) de diferenças temporárias.

Parecer dos Auditores Independentes Aos Administradores e Cotistas

Diretor-Presidente

Zogbi Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda.

Márcio Artur Laurelli Cypriano 1.

Examinamos os balanços patrimoniais da Zogbi Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. em 30 de junho de 2007

3.

Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes,

Diretores

e de 2006 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações

a posição patrimonial e financeira da Zogbi Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. em 30 de junho de 2007 e de

Laércio Albino Cezar Arnaldo Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi Sérgio Socha Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro Norberto Pinto Barbedo

de recursos dos semestres findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa

2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos semestres

responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras.

findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

2.

Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos

São Paulo, 3 de agosto de 2007

os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Instituição, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as Maurilo Gonçalves Siqueira Contador - CRC 1SP114890/O-0

informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Instituição, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5

Washington Luiz Perreira Cavalcanti Contador - CRC 1SP172940/O-6


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Nacional Finanças Mercado Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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1,5

REAL VALORIZADO INFLUENCIOU BALANÇOS

bilhão de reais foi o montante de perdas da Petrobras em razão do dólar baixo

RESULTADO FOI 20% INFERIOR E SOFREU IMPACTO DO CÂMBIO E DA RENEGOCIAÇÃO DO PLANO PETROS

CAI LUCRO DA PETROBRAS EM 2007 A 10,9 Tasso Marcelo/AE

Petrobras anunciou ontem lucro d e R $ 1 0 , 9 3 1 b ilhões no primeiro semestre deste ano, valor 20% inferior ao ao do mesmo período de 2006. Segundo a companhia, o resultado acumulado sofre forte influência do mau desempenho no primeiro trimestre, quando houve queda de 38,1% em relação ao ano anterior, por causa das despesas com repactuação do plano Petros e valorização do real ante o dólar. No segundo trimestre, a companhia lucrou R$ 6,8 bilhões, 2% a menos do que o mesmo período de 2006. A valorização do real continua influenciando o desempenho da companhia, afirmou o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa. Segundo ele, a alta de 11% da moeda brasileira no semestre provocou perdas de R$ 1,5 bilhão. Desse total, pouco mais de R$ 800 milhões foram contabilizados no segundo trimestre quando o real ficou 6% mais caro. Barbassa disse que a variação cambial tem forte efeito na valorização dos ativos físicos e financeiros da empresa no exterior. Além do câmbio, a empresa vem sofrendo com aumento de custos de produção, sem que os volumes de petróleo e gás extraídos subam na mesma proporção. Sem contar

bilhões de reais foi o lucro líquido da Petrobras no primeiro semestre deste ano. Empresa fez investimentos de R$ 19,7 bilhões.

royalties e participações especiais, o custo médio de extração no semestre subiu 9,85% em reais, para R$ 14,83 por barril. Em dólares, a alta foi de 16,88%, para US$ 7,27 por barril. Já a produção total de petróleo e gás subiu apenas 1%, atingindo 2,304 milhões de barris de óleo equivalente por dia. No Brasil, a produção média no semestre foi de 2,066 milhões de barris de óleo equivalente – dos quais, 1,795 milhão de barris referem-se apenas à extração de petróleo, que foi 2% maior do que no mesmo período do ano anterior. Apesar de ter instalado quatro plataformas, com capacidade de aproximadamente 230 mil barris por dia, a produção média diária só foi ampliada em 41 mil barris. O restante

foi corroído pelo declínio de produção de campos antigos. Segundo Barbassa, até o fim do ano, 480 mil barris por dia serão adicionados, por meio de três novas plataformas. Apesar da queda do lucro, a Petrobras teve alta de 9,3% de receita no primeiro semestre, fruto principalmente do início das operações da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, e de uma maior atividade de trading internacional de petróleo e derivados. As vendas internacionais de produtos cresceram 46%, de 448 para 655 mil barris por dia. Já os ganhos com comércio exterior caíram de R$ 389 milhões, no primeiro semestre de 2006, para R$ 285 milhões, apesar do aumento na exportação líquida de 89 mil para 105 mil barris por dia. O desempenho resulta da alta da diferença entre o preço do óleo brasileiro e o brent – parâmetro internacional de preços – de US$ 9,80 para US$ 11,90 por barril. A Petrobras fez aportes da ordem de R$ 19,795 bilhões no semestre, 45% mais do que no mesmo período de 2006. A maior fatia de recursos (46%) foi para exploração e produção. A área de abastecimento também teve mais investimentos, refletindo a compra da Ipiranga, em consórcio com Braskem e Ultra. (AE)

Empresa não vai investir na Bolívia

A

estatal Yacimientos Petroliferos Fiscales Bolivianos (YPFB) pagou ontem a segunda cota de US$ 56 milhões pela compra das duas refinarias da Petrobras naquele país. A primeira cota havia sido paga em 12 de junho, após meses de duras negociações sobre a nacionalização dos ativos. O relacionamento entre as duas empresas, no entanto, tende a piorar novamente: ao contrário do que

espera La Paz, a Petrobras anunciou ontem que não pretende fazer novos investimentos na região. Segundo o gerente-geral de estratégia internacional da estatal, Paulo Aquino, o orçamento da Petrobras para a Bolívia prevê apenas a manutenção dos projetos existentes. O governo boliviano espera para o dia 20 a entrega de novos planos de investimentos das petroleiras privadas que operam

no país e ameaça cassar a concessão de quem não investir. Autoridades locais já criticaram uma suposta falta de apetite da estatal brasileira. "Não acredito em perda da concessão, já que estamos seguindo à risca os contratos assinados", disse Aquino. As operações da Petrobrás na Bolívia renderam R$ 110 milhões no primeiro semestre de 2007, por causa do início de vigência de novos contratos. (AE)

Estatais devem entrar nos leilões

O

governo sinalizou ontem que poderá recuar da intenção de tirar as estatais do sistema Eletrobrás dos leilões das usinas do Madeira e manter o consórcio entre Furnas e a Odebrecht na disputa pela concessão da usina de Santo Antônio. "Ainda não está batido o martelo, mas estamos caminhando para um modelo no qual Odebrecht e Furnas poderão ficar juntas", disse o presidente da Empresa de Pesquisa Energética

(EPE), Maurício Tolmasquim. Ele disse que, para isso, é necessário que a Odebrecht abra mão de uma cláusula de seu contrato com Furnas que impede a participação de outras subsidiárias do sistema Eletrobrás no leilão. Desse modo, outras estatais – como Eletronorte, Eletrosul e Companhia Hidrelétrica do Rio São Francisco (Cesf) – poderiam se associar aos demais consórcios que disputarão a usina. Nas últimas semanas, nego-

ciadores da Odebrecht já haviam manifestado ao governo a disposição de negociar a flexibilização da cláusula que impede a participação das demais subsidiárias, desde que fosse mantida a sociedade com Furnas. A alternativa de distribuir parcerias com estatais a todos os consórcios interessados foi a saída encontrada pelo governo para manter o equilíbrio entre os concorrentes e evitar uma briga com a Odebrecht na Justiça. (AE)

Almir Barbassa, da Petrobras: até o final do ano a produção deve aumentar em 480 mil barris por dia.

Balanço da Eletrobrás ainda no vermelho, com dólar baixo

A

contínua valorização do real frente ao dólar continua tingindo de vermelho o balanço da Eletrobrás, holding estatal do setor elétrico e que controla as maiores empresas do setor, como Furnas, Chesf, Eletronorte, Eletronuclear e Eletrosul. A empresa tem recebíveis de R$ 13 bilhões (US$ 6,7 bilhões) indexados à moeda norteamericana e registrou perdas nessas operações no valor de R$ 464 milhões no trimestre, com a queda de 6,06% do dólar em relação ao real. No acumulado do semestre, a empresa perdeu R$ 476 milhões no resultado financeiro, ante lucro de R$ 106,5 milhões no primeiro semestre do ano passado. A empresa não adota mecanismos de hedge para contrabalançar a valorização do dólar ante o real. A Eletrobrás registrou prejuízo líquido total de R$ 150,4 milhões no segundo trimestre, revertendo o lucro de R$ 462,3 milhões apurado no mesmo período do ano passado. No acumulado do primeiro semestre, a companhia apresentou lucro de R$ 82,784 m i l h õ e s , u m a re d u ç ã o d e 74,2% sobre o mesmo semestre de 2006. A receita líquida somou R$ 11,023 bilhões em seis meses, um aumento de 14,2%. O lucro operacional antes do resultado financeiro (ebitda) caiu 20,6%, para R$ 2,410 bilhões. O prejuízo financeiro líquido no semestre foi de R$ 2,274 bilhões, queda de 4,3%. O lucro opera-

cional recuou 79,5%, para R$ 135,324 milhões. No total, além dos empréstimos em dólares, a Eletrobrás tem 838 contratos de financiamentos, que somavam R$ 35,884 bilhões no final de junho, ligeiramente abaixo dos R$ 36,976 bilhões contabilizados em março, sendo R$ 14,177 bilhões indexados ao dólar (em sua maioria para a binacional Itaipu), R$ 10,259 bilhões indexados ao IGPM, R$ 437 milhões indexados ao

Eletropaulo tem lucro

A

distribuidora de energia elétrica AES Eletropaulo registrou lucro líquido de R$ 340 milhões no segundo trimestre deste ano, uma alta de 69,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. A receita líquida cresceu 6,1%, chegando a R$ 1,813 bilhão. O lucro antes de despesas financeiras, impostos, depreciação e amortizações (ebitda) aumentou 15,6%, para R$ 605,1 milhões. O resultado ficou negativo em R$ 127,4 milhões, no segundo trimestre de 2006, para positivo em R$ 34,4 milhões neste trimestre. (AE)

iene, R$ 910 milhões ao euro e R$ 10,1 bilhões sem indexadores. A empresa contabilizou perdas financeiras de R$ 2,274 bilhões no semestre, queda de 4,3% em relação às perdas de R$ 2,377 bilhões em igual período do ano passado. Norte – A Eletronorte, subsidiária que atua na região Norte, continua sendo o principal problema da holding, com prejuízos de R$ 309,5 milhões no segundo trimestre. A empresa foi prejudica pela participação na Manaus Energia, distribuidora que atua na capital do Amazonas. Ela perdeu R$ 232 milhões no trimestre passado, prejudicando a Eletronorte/Eletrobras. Entre as controladas da Eletrobrás, a que apresentou melhores resultados foi a Chesf, subsidiária que atua no Nordeste, embora Furnas (que atua no Sudeste) seja a de maior faturamento. No trimestre passado, a Chesf registrou lucro de R$ 315,58 milhões para um faturamento de R$ 1,839 bilhão, enquanto Furnas lucrou R$ 241,23 milhões, para faturamento de R$ 2,625 milhões. Entre as cinco distribuidoras controladas pela Eletrobrás que a estatal classifica como "investimentos temporários", quatro deram prejuízos. A Ceam, que atua no interior do Amazonas, a Cepisa (Piauí), a Ceron (Rondônia) e a Ceal (Alagoas). A única distribuidora da Eletrobrás que registrou lucro foi a Eletroacre com ganhos de R$ 3,6 milhões no trimestre passado. (AE)


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Empresas Finanças Nacional Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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EM TODO O PAÍS, SHOPPINGS VENDEM 10% MAIS

por cento foi o aumento das vendas no varejo no último Dia dos Pais, segundo a ACSP.

TANTO AS VENDAS À VISTA COM AS PARCELADAS TIVERAM AUMENTO NESTE ANO EM RELAÇÃO A 2006

DIA DOS PAIS TEM BOM RESULTADO 7

Leonardo Rodrigues/Hype

Vanessa Rosal

A

Ray Young, presidente da GM, participou ontem da plenária da Associação Comercial de São Paulo

Presidente da GM anuncia a abertura de fábricas no País Sergio Leopoldo Rodrigues

S

e for aprovado no curto prazo um crédito extra de US$ 500 milhões, a General Motors do Brasil deverá investir US$ 3,5 bilhões em cinco anos, na área de engenharia global e capital. Até mesmo a instalação de novas unidades fabris não está descartada, segundo anunciou ontem Ray Young, presidente da GM Brasil e Mercosul, durante palestra na reunião plenária da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Comparando o Brasil com um copo com água ao meio, disse otimista: "Enxergo o copo cheio e não vazio pela metade". Apesar de ter apontado preocupações, riscos e desafios para nosso desenvolvimento econômico, Young, um canadense de origem chinesa, de 45 anos, disparou: "Não vamos fazer deste um País perfeito. Mas com pequenas mudanças e avanços em infra-estrutura, educação e impostos teremos o Brasil do futuro". Young justificou sua visão positiva, em boa parte, à maneabilidade, agilidade e compromisso do povo brasileiro com o trabalho. "Se o governo fizer essas poucas mudanças elas terão enorme impacto na flexibilidade e competência dos brasileiros", disse. Contudo, enfatizou que não há tempo a perder, para que a GM, como todas as empresas instaladas no Brasil, possam "alavan-

car essas vantagens, para lutar contra as desvantagens". Entre elas, Ray Young listou as principais que travam o nosso desenvolvimento: elogiou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mas lamentou a lentidão na tomada de decisões na implementação de programas para eliminar gargalos de infra-estrutura, sobretudo nas áreas de portos, aeroportos, estradas e ferrovias. "Temos tempo para reagir e ganhar a concorrência global

Com pequenas mudanças e avanços em infra-estrutura, educação e impostos teremos o Brasil do futuro. Ray Young, presidente da GM

com qualidade, competitividade e atendimento", avaliou. Young, em bom português, adquirido em pouco mais de três anos no Brasil, criticou a burocracia, e a falta de um ambiente propício para os negócios, já que o custo logístico ainda é bem mais elevado do que nos paises do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China). "Enquanto não concluímos o Rodoanel aqui, foram feitos seis anéis viários em torno da cida-

de, na China, para receber as Olimpíadas em 2008", comparou. Também alertou: a quantidade e complexidade do nosso sistema tributário "torna o departamento de planejamento de impostos tão importante como o de vendas". Exemplificou: um carro brasileiro embute mais de 30% de impostos, contra 6% nos EUA e 15% na Europa e China. Chegou a sugerir uma parceria entre governo, sindicatos e empresas "para elaborar um plano nacional de competitividade". Soma-se a isso o desafio da educação. Avisou que a quantidade de profissionais qualificados está limitada. "Temos profissionais de talento, mas é preciso focar na educação se queremos responder ao crescimento", salientou. A melhora do risco Brasil, a obtenção do "investiment grade" e os bons ventos da economia mundial vão ajudar o Brasil a receber mais investimentos. Apesar disso, projetou que se o País crescer a 5% ao ano, pouco em comparação aos seus concorrentes, o setor automobilístico deverá crescer o dobro, chegando a produzir quatro milhões de veículos. Alencar Burti, presidente da ACSP, observou que os planos da GM mostram confiança no Brasil. "Isso trás também um alerta: que precisamos nos mobilizar para mostrar (ao governo) o que queremos e trabalhar mais pelo País". Líderes do setor automobilístico participaram do evento.

s vendas do varejo para o Dia dos Pais aumentaram 6% em relação ao ano passado, impulsionadas principalmente pelos presentes de baixo custo. Nos primeiros 12 dias de maio, as consultas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) – que mede o desempenho das vendas a prazo – e ao Usecheque (indicadores das compras à vista) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) registraram crescimento de 5,8% e 6,2%, respectivamente, em relação a igual período de 2006. Apesar do crescimento, o economista do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da ACSP, Emílio Alfieri, disse que o Dia dos Pais não é representativo para o comércio, como o Dia das Mães ou dos Namorados. "Os presentes são mais pessoais, como uma peça de roupa ou um CD". Do dia 1º ao dia 12 de agosto, o SCPC recebeu 71.919 consultas, ante 67.950 do ano anterior. Segundo Alfieri, os 12 pri-

Sergio Kapustan

A

A

s projeções do mercado financeiro para a taxa de câmbio no final deste mês subiram de R$ 1,86 para R$ 1,88 na pesquisa semanal Focus, do Banco Central (BC), em que são consultadas cem instituições financeiras. Para o fim de setembro próximo, as estimativas para o câmbio seguiram estáveis em R$ 1,85. As projeções de taxa média de câmbio para este ano, por sua vez, recuaram de R$ 1,96 para R$ 1,95. As previsões de taxa média do dólar para o próximo ano não mudaram e prosseguiram em R$ 1,91 pela segunda semana seguida. Para o final de 2008, as estimativas de câmbio ficaram estáveis em R$ 1,95 pela segunda semana seguida. Sobre a taxa básica de juros da economia, a Selic, em setembro, as projeções ficaram estáveis em 11,25%, segundo o BC. O percentual estimado embute uma expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom) reduzirá os juros em apenas 0,25 ponto percentual na reunião que vão

acontecer nos dias 4 e 5 do mês que vem. Para o final do ano, as estimativas de juros também não mudaram e prosseguiram em 10,75% pela décima segunda semana consecutiva. As estimativas de taxa média de juros para 2007 seguiram inalteradas em 11,84% pela décima segunda semana seguida. Para o final de 2008, as projeções do mercado financeiro para a taxa de juros permaneceram estáveis em 9,75%. As apostas de taxa média de juros para o próximo ano também não foram alteradas (10,20%). Inflação – Também ficaram estáveis as projeções de mercado para o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA). Para setembro, as apostas de IPCA ficaram inalteradas em 0,23% pela quarta semana seguida. Para 2008, as expectativas de variação do IPCA também não mudaram e prosseguiram em 4%. Já as projeções do mercado financeiro para a variação do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) neste ano subiram de 3,48%

CONSULTOR O ex-presidente do Fed, Alan Greenspan, foi contratado pelo Deutsche Bank AG.

para 3,56%. Foi a segunda alta consecutiva dessas estimativas, que estavam em 3,52% há quatro semanas. Para 2008, as apostas de alta do IGP-DI seguiram estáveis em 4% pela vigésima quinta semana. Já as projeções do mercado financeiro para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano subiram de 4,51% para 4,60%, de acordo com com o BC. Essa foi a segunda alta seguida dessas estimativas, que estavam em 4,39% há quatro semanas. As estimativas de aumento da produção industrial neste ano, por sua vez, aumentaram de 4,55% para 4,76%. Já é a terceira elevação consecutiva dessas previsões, que estavam em 4,50% há quatro semanas. Para 2008, as projeções de crescimento do PIB seguiram estáveis em 4,30%. Há quatro semanas, essas estimativas estavam em 4,20%. As perspectivas de expansão da produção industrial no próximo ano não mudaram e prosseguiram estáveis em 4,50% pela sexta semana seguida. (AE)

PIRATARIA Estados Unidos abrem disputa contra a China na Organização Mundial do Comércio.

Ó RBITA

EMPREGO

B

eneficiado pelo bom momento na produção, o emprego industrial manteve a tendência de crescimento em junho. Apesar de registrar leve queda (-0,1%) em comparação ao mês de maio, a ocupação na indústria apresentou aumento em todas as outras comparações, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação a junho do ano passado, a alta foi de 2,1%. (AE) A TÉ LOGO

SETOR AUTOMOTIVO TERÁ PACOTE

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ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior apresentará, dentro de três a quatro semanas, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva o pacote de apoio ao setor automotivo. O projeto está sendo fechado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e envolverá iniciativas como linhas de financiamento para pesquisa, desenvolvimento de produtos e expansão da

capacidade produtiva. Segundo Jorge, em um mês a revisão da política industrial estará concluída. Ele disse que o BNDES precisa ampliar os recursos e aprovar os financiamentos previstos para 2008. O setor automotivo está à plena capacidade. De janeiro a julho, a produção de veículos cresceu 8,4% e o licenciamento 26,6%, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). (AE)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

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Mercado imobiliário aposta na ecologia

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Merrill Lynch vende sua área de seguros

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pesar da crise aérea, a ministra do Turismo Marta Suplicy se mostrou otimista, ontem, em relação ao futuro do setor no País. O governo estima uma receita de US$ 7, 7 bilhões até 2010. Os últimos números, no entanto, a desmentem em parte. O fluxo de turistas estrangeiros em 2006, segundo a própria ministra, caiu 6,3 % em comparação com o ano anterior – de 5 milhões para 4,1 milhões. A queda deve-se principalmente à crise da Varig, que obrigou a companhia a cancelar vôos internacionais. "Houve uma queda no fluxo, mas houve um aumento de 11,8% na entrada de divisas", afirmou Marta durante seminário promovido pelo PT na Assembléia Legislativa sobre o futuro do turismo no estado. Para justificar o otimismo, Marta citou ações estratégicas,

teu políticas públicas e parcerias com o governo federal. De acordo com a ministra, em São Paulo, cidade que mais atrai o turismo de negócios no País, o governo ajudará a Prefeitura com recursos para projetos de reforma do Anhembi, placas de identificação turísticas e na construção de um novo centro de eventos na Zona Leste, com capacidade de cinco mil pessoas. A ministra acrescentou que o governo deverá fazer parceria com a Prefeitura de São Bernardo para construir o Museu do Automóvel. O secretário de Esportes, Lazer e Turismo, Claury Santos Alves da Silva, destacou dez ações para fortalecer o turismo interno, entre elas, programas de apoio aos 45 roteiros turísticos existentes no estado, o centenário da Imigração Japonesa (em 2008) e a construção de um terminal turístico na Zona Leste. O terminal centralizaria partidas e chegadas de pacotes com destino ao interior .

meiros dias de agosto, se comparados ao mesmo período do mês anterior, não apresentaram mudanças significativas. "No SCPC, por exemplo, a alta foi de apenas 0,1%. Já no cheque, o crescimento foi de 3%, reforçando a idéia, mais uma vez, de que o Dia dos Pais é o dia das lembrancinhas." Para o presidente da ACSP, Alencar Burti, o aumento da temperatura ajudou a impulsionar as vendas, principalmente nas lojas que anteciparam as coleções de primaveraverão. "Outros destaques foram CDs, DVDs, livros, calça-

BC eleva projeções do câmbio

Turismo: US$ 7 bilhões até 2010 como o incentivo ao turismo interno e investimentos em infra-estrutura, capacitação de mão-de-obra, geração de empregos (1,7 milhão) e propaganda. Na parte de infra-estrutura, uma das prioridades é aumentar a malha aérea regional. "Não é possível que uma pessoa que esteja em Natal e vá para Belém tenha que se deslocar até Brasília para tomar o avião", afirmou Marta. Em relação ao turismo interno, a principal medida é atrair o público da terceira idade no chamado período de baixa temporada. Eles terão acesso a pacotes de seis e doze meses com créditos consignados, entre 0,75% e 0.90%, respectivamente. O Chile e a Espanha adotaram o modelo com sucesso. "Na há país no mundo que não tenha dado certo ao fortalecer o turismo interno", completou a ministra. Com a participação de prefeitos, secretários, vereadores e deputados, o seminário deba-

por cento é a expectativa de aumento de vendas nos dias que antecederam o Dia dos Pais, segundo a Alshop.

dos e celulares", disse. Shoppings – De acordo com dados da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) a data registrou 10% de crescimento nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado em todos os centros de compra do País. "Consideramos o Dia dos Pais a quarta melhor data para o varejo no ano. O crescimento nas vendas reflete a força dos shopping centers como opção de compras e lazer para o consumidor brasileiro nesta data", disse o diretor executivo da entidade, Luiz Fernando Veiga. Já a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) calcula que as vendas tenham aumentado 7% no período. O balanço com os dados oficiais só deve sair amanhã, mas os shoppings já contabilizaram os lucros no período. O Centro Comercial Leste Aricanduva, por exemplo, registrou aumento de 10% em vendas, assim como o Central Plaza. De acordo com o superintendente João Carlos Alves Feitosa, "o empreendimento recebeu 100 mil pessoas neste final de semana".

Venezuela otimista quanto a adesão ao Mercosul


terça-feira, 14 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

INFORMÁTICA - 3


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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P

Apagão urbanístico PAULO SAAB A EMPRESA DEVE PREPARAR O CIDADÃO

U

Paulo Liebert/AE

Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br

OS PROBLEMAS DE CONGONHAS ESTÃO EM TERRA FIRME: A PREFEITURA TEM INICIATIVAS CONTRADITÓRIAS PARA A REGIÃO. AÍ MORA O PERIGO. POR JÚLIO MORENO

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tragédia de 17 de julho em Congonhas veio expor ao público uma outra - ardilosa, que avança silenciosamente dia-a-dia e igualmente nos impacta. É o descaso das autoridades dos três níveis de governo com o planejamento urbano ao redor das zonas aeroportuárias. Inaugurado em 12 de abril 1936, quando a cidade tinha um milhão de habitantes, Congonhas ocupou uma área então com baixa densidade demográfica, fácil acessibilidade, excelente visibilidade, boa drenagem da terra e disponibilidade de áreas livres. Terras até pouco antes pertencentes ao município de Santo Amaro, anexado à Capital por decreto estadual em 1935. Era uma região isolada e “só se via barba-de-bode por lá”, lembrou Jean Romero Sanson, filha do engenheiro britânico Louis Romero Sanson, principal acionista da S/A Auto-Estradas, formada por aristocratas paulistanos interessados em empreendimentos urbanísticos. A meta inicial da empresa era construir a então auto-estrada Washington Luis, ligando o Ibirapuera a Santo Amaro. Na esteira vieram outros projetos ainda mais ambiciosos e economicamente mais lucrativos, temas de estudos do arquiteto Fernando Ludovico da USP. Entre eles, o aeroporto de Congonhas, bairros como Cidade Ademar e a “Cidade Satélite de Interlagos”. O aeroporto, como empreendimento, deu fôlego à empresa, pois a aviação era um (rentável) sinônimo da modernidade. Primeiro aeroporto urbano paulistano de grande porte, capaz de receber vôos

internacionais, Congonhas substituía o Campo de Marte. A Auto-Estradas tinha a opção de venda de uma gleba de 880 mil m² na região de Congonhas e as comercializou com o governo estadual na época do interventor Armando de Salles Oliveira. "O projeto original previa uma pista de 3 mil metros e nenhum prédio nas redondezas", testemunhou Jean Sanson, hoje com 90 anos , em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo. No final dos anos 40 foi construído o primeiro terminal de passageiros, substituído em 1955 pelas estações de embarque e desembarque que se transformaram em cartão postal, uma mistura de art-decó com a arquitetura moderna, criação de Hernani do Val Penteado a abrigar painéis decorativos assinados por Clóvis Graciano e Di Cavalcanti. Projeto excelente e tombado pelo Município. Em 1959 é inaugurada a Ponte-Aérea São Paulo-Rio e começa a funcionar a ala internacional. Congonhas se transformara na “praia do paulistano”, um dos locais de lazer preferidos.

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ongonhas crescia au to no mam en te de tamanho e importância estratégica e a cidade se desenvolvia sem obstáculos ao seu redor. Como se uma coisa não tivesse nada a ver com a outra. Não foram poucos os alertas sobre os impactos negativos que poderiam decorrer dessa falta de um planejamento integrado. Somente após a tragédia do mês passado é que a administradora do aeroporto, a Infraero, foi questionada por obras supérfluas como o lucrativo shop-

ping e o estacionamento de Congonhas, e a Prefeitura reconheceu sua ineficácia na interdição de prédios irregulares ao redor da área de aproximação do aeroporto.

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ssas coisas não aconteceram de forma fortuita. Em 1981, Congonhas passou da responsabilidade do Estado para a Infraero, uma entidade federal, impessoal, longe da responsabilidade direta do governador ou do prefeito. De certa forma, foi como se as autoridades da cidade entendessem não ter mais nada a ver com os impactos do aeroporto na região. Lavaram as mãos, propondo a tese de um terceiro aeroporto e, antes mesmo que ele fosse projetado, Prefeitura e Câmara tomaram a iniciativa de permitir o adensamento de bairros como Moema e Ibirapuera, para atender a

G O Plano Diretor

do bairro cria a AIU de Congonhas, na qual vão interferir três Subprefeituras! Vai aumentar o adensamento, a circulação e ampliar o risco. G A Prefeitura

se esqueceu que aprovou a polêmica ampliação de Congonhas sob a condição de que o número de passageiros fosse limitado a 9,5 milhões de passageiros-ano?

uma demanda habitacional de classes média e alta. Uma contradição enorme a se levar em consideração que na década de 70 os antigos moradores da região de Congonhas obtiveram a eliminação dos vôos no período entre as 23 e as 6 horas para garantir ao menos um sono silencioso. E o esvaziamento do centro histórico pelas grandes empresas e bancos, a partir dos anos 70, valorizou o papel estratégico de Congonhas.

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Prefeitura estuda d e s ap ro p r i aç õ e s para a construção de áreas de “escape” nas pontas das duas pistas. As autoridades municipais teriam se esquecido que aprovaram a polêmica ampliação de Congonhas sob a condição de que o número de passageiros fosse limitado a 9,5 milhões de passageiros-ano? O debate sobre o Plano Diretor do bairro já havia se antecipado a esses problemas. O plano cria a Área de Intervenção Urbana(AIU) de Congonhas na qual interferem nada menos que três Subprefeituras (Santo Amaro, Vila Mariana e Jabaquara) !!! A proposta poderá aumentar sobremaneira o adensamento populacional e a elevação das edificações, além do aumento da circulação de veículos e pessoas, ampliando a área de risco. O projeto da nova avenida Bandeirantes (que pode transformá-la numa verdadeira rodovia) seria um agravamente a mais. As contradições e problemas de Congonhas não estão apenas no ar, mas também em terra firme. São Paulo é vítima não apenas um apagão aéreo, mas igualmente de um apagão urbanístico.

m dos temas que maiores reações provoca nas palestras que faço como presidente do Instituto da Cidadania Brasil é a questão do treinamento oferecido pelas empresas aos seus diretores, gerentes, funcionários, operários, para que sejam tecnicamente os mais competentes e produtivos possível. Ressalto sempre que as empresas investem recursos altíssimos na preparação de seus colaboradores diretos mas acabam se esquecendo de um detalhe fundamental: como prepará-los para serem melhores cidadãos. Ou simplesmente para conscientizá-los de que são cidadãos e como isso interfere em suas vidas e nas empresas para as quais trabalham.

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uço de graduados diretores explicações do tipo "minha empresa não se mete em política", "aqui não temos espaço para isso", "nosso black book impede que a empresa trate desse tipo de tema aqui dentro", e por aí afora. Primeiro, confundem o fornecimento de informação sobre a cidadania e, por conseguinte, como funciona politicamente o País e para que servem os partidos e as eleições, com a politicalha praticada pelos nossos governantes e representantes. Segundo, justamente por não enxergarem a diferença entre uma e outra situação, acabam não dando orientação segura aos seus quadros internos de como funciona o País, qual o papel dessa empresa e de seus empregados no contexto maior, tornando a empresa e seus funcionários alienados da vida do País. Ficam limitados ao mundo da própria empresa, pagam as contas dos desatinos dos políticos e governantes de plantão e não criam antídotos de prevenção contra as malfeitorias que o mau uso do poder público provoca na vida da própria empresa e de seus cidadãosfuncionários. É cristalino como água pura.

oucos, todavia, conseguem ver como a empresa, seu core business e seu desempenho empresarial teriam ganhos significativos se cada um de seus empregados, diretores, recebesse treinamento - simples até - de seu papel como cidadãos a serviço de uma ação empresarial dentro de um país cuja Constituição consagra a livre iniciativa, a liberdade de pensamento e expressão e as eleições livres para os cargos legislativos e do Executivo. O técnico ou o operário qualificado da empresa de alta produtividade pode tornar-se uma presa fácil, por desconhecimento de sua importância como cidadão, dos políticos e candidatos demagogos. Acaba votando em potenciais inimigos da livre empresa, que produzem leis e atos administrativos que prejudicam os interesses do setor e, por conseguinte, de seus empregados, seus dirigentes, sem que estes tenham consciência de como isso tudo começou.

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stá na hora das empresas instaladas no Brasil entenderem que o processo evolutivo de consolidação de nossa democracia e crescimento econômico, baseado na solidez política, passa pela consciência e ação dessas empresas, fortalecendo a Constituição que as permite existir e crescer, envolvendo-se na defesa dessa bandeira , dando condições de discernimento aos seus integrantes sobre como funciona o Brasil e, dentro dele, as empresas. Senão, vamos eternamente eleger candidatos descompromissados e descomprometidos com a base de sustentação da liberdade de empreender. Seguiremos dependendo de favores de políticos e governantes, cujo preço o Brasil não consegue mais pagar. PAULO SAAB É JORNALISTA PSAAB@UOL.COM.BR

G As empresas

se esquecem de treinar seus funcionários para serem melhores cidadãos

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

ECONOMIA - 5


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VIRTUALIZAÇÃO

Te l e f o n i a E mais Sistemas Acesso

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Ou como tirar proveito dos servidores

Fotos: Thiago Bernardes/Luz

Alexandre Lacerda, da HP: para aplicar a virtualização é preciso gerenciamento forte.

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dministrar os recursos tecnológicos com pouco dinheiro é tarefa árdua: é preciso prever crescimento e inovação nas ações estratégicas – dois itens que normalmente exigem investimentos em novas tecnologias. Uma nova onda deve facilitar as coisas: a virtualização de servidores. É mais uma dessas expressões que surgem com a mesma velocidade dos avanços tecnológicos. Em palavras simples, é uma forma de melhor administrar os recursos das empresas e poupar investimento em novos servidores. Usar vários equipamentos para hospedar aplicações como servidores de e-mail, softwares de gestão, aplicações web e bancos de dados é mais comum que se imagina. O modelo aproveita mal os recursos dos equipamentos. Dados da VMware, líder e pioneira em softwares e soluções para virtualização, apontam que, em média, os servidores utilizam somente de 5% a 10% da capacidade. E aí que entra a virtualização. Ou o processo de executar vários sistemas operacionais em um único equipamento, como máquinas virtuais, em

um ambiente operacional completo que se comporta como se fosse um computador independente. No lugar de um servidor para cada aplicação, é possível ter um com vários sistemas operacionais em uso, ao mesmo tempo. Receita antiga - A idéia de rodar em uma mesma máquina física diferentes estações lógicas não é nova. A tecnologia é implementada desde os anos 60, foi muito utilizada em mainframes. Mas com a crescente mudança para servidores com plataforma x86 (processadores padrão Intel e AMD), a virtualização se tornou um negócio atrativo, pelo baixo custo de manutenção, estrutura e administração.

Arlindo Maluli, da VMWare: a tecnologia oferece uma economia considerável.

zem as pesquisas, apesar de muitas insistirem em manter a infra-estrutura existente, 50% das empresas já estão convencidas de que não há barreiras para a virtualização. "Os executivos que pensam estrategicamente no futuro da companhia já implementaram ou estão em fase de implantação do sistema: a economia é considerável", diz Arlindo Maluli, engenheiro de sistemas da VWmare. "Há pacotes oferecidos pelos parceiros da VWmare capazes de, com duas máquinas físicas, virtualizar 50 máquinas." Quando o assunto é segurança, a virtualização faz mais sentido ainda. "Um dos pilares da virtualização é o isolamen-

peração de falhas automática em aplicativos, de modo a isolar as falhas do software e os ataques digitais em cada partição virtual – proporcionando mais segurança e mais controle sobre os privilégios administrativos e do usuário final. Planejamento - Alexandre Lacerda, gerente de Marketing da HP para servidores, lembra que mesmo que a virtualização seja uma boa prática, trata-se de uma mudança radical e que é preciso analisar todos os fatores que a envolvem. "Tudo faz parte de um projeto. É preciso entender a necessidade do cliente, para que o serviço de implementação leve tudo em consideração – principalmente a criticidade do negócio", explica. Além disso, é preciso levar em consideração que para aplica a virtualização é preciso ter um poder de gerenciamento muito forte. "Estamos falando em implementar a máquina e conseguir gerenciar todo esse conjunto de máquina virtuais, alocação de recursos dinâmicos, entre outras atividades. A HP tem a capacidade de realizar projetos desde os mais simples até soluções que não podem parar nunca".

O negócio é atrativo pelo baixo custo de estrutura, de administração e de manutenção: a economia é brutal, dizem os especialistas. Duas das mais respeitas consultorias de Tecnologia da Informação e negócios, a IDC e o Gartner, apresentam dados que confirmam essa tendência de mudança. Nos Estados Unidos, 22% dos servidores foram virtualizados e espera-se que esse percentual chegue a 47% até o final deste ano. Além disso, di-

Bons vos i t o m para ra a t o ad NF-e

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A tecnologia permite rodar vários sistemas operacionais em uma única máquina

A VIRTUALIZAÇÃO OFERECE MAIOR FLEXIBILIDADE

Divulgação

o I Fórum de Escrituração Digital – Impactos do Sped no Mercado, evento realizado semana passada, empresário ficaram sabendo de bons motivos para implantar a nota fiscal eletrônica em seus negócios. E o maior deles não tem nada a ver com leis, decretos ou portarias oficiais: está em como a novidade pode influenciar na competitividade da cadeia produtiva das empresas. Quando o Conselho Privado da Nota Fiscal Eletrônica organizou este fórum, estava de olho na pesquisa que ele próprio divulgou em junho passado sobre o Sped – o Sistema Público de Escrituração Digital. Os números eram todos negativos. Nessa pesquisa, 48% de 75 entrevistados entre empresas de médio e grande porte não tinham qualquer conhecimento sobre o assunto. Mais: 46,7% indicaram a falta de clareza do projeto como principal fator negativo. Integração e mudança de processos internos como barreiras fazem a opinião de outros 34,7% dos entrevistados. Por isso, não é à-toa que 48% das empresas disseram que só vão implantar a nova nota quando for definitivamente obrigatória. Só 32% indicaram que há interesse em iniciar um

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No fórum, platéia interessada em conhecer as vantagens da NF-e.

projeto a partir de 2008. Vinícius Pimentel de Freitas, chefe da seção de Interação Eletrônica da Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul, indicou dados oficiais sobre o Sped. Segundo ele, o objetivo é inserir 12.000 grandes empresas no projeto da Nf-e até 2009 Apoio - No fórum, Guilherme Holland, diretor comercial da BoldCron, apresentou os motivos favoráveis, aqueles que influenciam na competitividade. Segundo ele, a concorrência hoje não é exercida apenas entre organizações, mas sim entre cadeias produtivas, já que é cada vez mais difícil a pre se nt a r in o va çõ e s a o s clientes. Se uma empresa utiliza NF-e junto ao cliente e ao fornecedor e este, junto ao seu cliente, explica Holland, os ganhos obtidos são transparência, velocidade, agilidade e redução de custos, por exemplo. "A NF-e tem um papel fundamental na melhoria dos processos. Por isso, é preciso enxergá-la como a principal agente capaz de se obter vantagens competitivas e não apenas um quesito que será obrigatório e por isso necessita ser

implantado", explicou ele. Marcos Eduardo Camata, coordenador contábil e de tributos do Laboratório Aché, chamou a atenção para o impacto positivo para a empresa frente ao mercado, a indicação de transparência nas operações, o incentivo ao uso de relacionamentos eletrônicos com clientes e a redução de custos operacionais. A redução está em menores gastos com papel, impressão e arquivamento. De acordo com Camata, desde abril, a sua empresa emitiu 6.500 NF-e. Ele não abre números, mas garante que houve um "significativo ganho" na produtividade em relação à agilidade e ao armazenamento eletrônico. Já a Telefônica, representada pelo superintendente de Contabilidade e Produtos, Milton Shigueo Takarada, ressaltou a importância em criar um grupo de trabalho interno para o período inicial de implantação da escrituração digital contábil. "É fundamental contar com a participação do setor fiscal, contabilidade, tecnologia da informação (TI) e a diretoria se dedicando em tempo integral

to total entre máquinas virtuais, ou seja, elas têm seu próprios sistema operacional e registro. É como se fosse uma cápsula", explica Maluli. Além disso, é possível atribuir configurações de segurança diferentes a cada máquina virtual e configurar partições virtuais para permitir sue de forma colaborativa", explicou ele. Milton acentuou também a preocupação com o sigilo das informações. Retorno - Uma das questões mais discutidas sobre a Nota Fiscal Eletrônica envolve a questão do retorno sobre os investimentos realizados. De acordo com a pesquisa do Conselho Privado da Nota Fiscal Eletrônica (CONFeB), 44% das empresas acreditam que depois de implantado, o retorno poderá ser obtido entre dois a cinco anos e quase 11% ainda não conseguem enxergar nenhum tipo de retorno para seus negócios. Segundo a análise, 47% das empresas que emitem mais de 10.000 notas fiscais por mês conseguem enxergar a redução dos custos de impressão e aquisição de papel como um grande benefício, enquanto apenas 8% das empresas que emitem menos de 1.000 notas fiscais visualizam desta forma. Em um cenário onde a NF-e tem alcançado cada vez mais Estados brasileiros, as empresas ainda resistem em priorizar estas iniciativas frente às outras atividades dentro das empresas. Segundo a pesquisa, 74,7% dos entrevistados ainda não iniciaram nenhum estudo para a implantação do processo. A causa para este resultado pode ser percebida por fatores como: o conhecimento insuficiente dos profissionais em relação ao assunto, a falta de clareza do projeto, a espera da obrigatoriedade por parte da Receita Federal, além da falta de visão sobre o retorno dos investimentos por parte de algumas empresas. N o t a F i s c a l E l e t rô n i c a : www.nfe.org.br Luiz Carlos de Assis

Fábio Pellegrino

Marabraz optou pela tecnologia m das maiores redes de lojas de móveis em São Paulo, a Marabraz, fez a opção pela virtualização, utilizando uma solução com Blades HP e VMware. Segundo Marcelo de Miranda Barbosa, coordenador de suporte técnico da empresa, o mais importante ganho foi a flexibilização de ambientes. A companhia tinha muitas aplicações e customizações e altos custo de manutenção, como despesas com energia e refrigeração crescentes, espaço físico em data center e manutenção e administração de desktop e servidores. Além disso, os equipamentos não tinham redundância ou contrato de manutenção e existia uma luta constante para atender acordos de nível de serviços para cargas críticas. "Para nós, o mais importante é a flexibilidade em atender as demandas. Hoje podemos criar um ambiente em menos de um dia. Antes era preciso instalar uma máquina física, configurar IP, entre outras atividades", explica Barbosa. (F.P.)

U

Como gerenciar funcionários remotos e acordo com um es- de escritório. Um gerente de sucesso tudo patrocinado pela Cisco, chamado precisa confiar em suas "Compreendendo e Geren- equipes móveis, possibiliciando a Mão-de-Obra Mó- tar que elas administrem vel", muitas empresas cor- sua própria carga de trabarem o risco de desperdiçar lho e enfatizar os resultados os benefícios oferecidos aos práticos em vez das atividacolaboradores móveis, de- des. Os gestores também vido ao recrutamento de devem fazer a sua parte ao perfis inadequados, má ad- estabelecer uma ética de traministração e falha na ofer- balho móvel dentro da orta de recursos apropriados ganização e manter uma comunicação regular com os de comunicação. A má administração, em funcionários móveis. Para especial, pode ter implica- isto, é imperativo que se ções sérias no sucesso de ofereça o mesmo acesso a um trabalhador móvel – recursos de comunicação disponíveis para com um impacto negativo tanto por A carência de os trabalhadores nos escritórios. excesso, quanto contato Para evitar o isopor falta de comuregular eleva lamento e a falta de nicação. A carência o estresse motivação, é precide contato regular so promover a visipode elevar o nível de estresse e a sensação de bilidade dos funcionários isolamento, enquanto o ex- móveis dentro da organizacesso de controle pode mi- ção. Também é importante incentivar fóruns para a innar a confiança. O estudo aponta que na teração social entre os coleAmérica Latina os aspectos gas. Por exemplo, mensamais importantes na con- gens instantâneas e ferradução das equipes de traba- mentas de presença são lhos móveis são a comuni- uma boa forma de criar um cação e o entendimento. Os sentimento de inclusão nos gerentes precisam se dedi- trabalhadores móveis. As car mais tempo aos empre- instalações de vídeos tamgados remotos para assegu- bém podem reduzir este rar que suas necessidades sentimento de separação. Dessa forma, é importanestejam sendo compreendidas e satisfeitas. Além de te- te garantir que os funcionárem em mente que esses tra- rios móveis estejam equipabalhadores nem sempre dos adequadamente com a têm o mesmo acesso à infor- tecnologia de comunicação mação que os seus colegas apropriada.

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INFORMÁTICA - 5


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Empresas Tr i b u t o s Nacional Finanças

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PARTIDOS DE OPOSIÇÃO QUEREM CORTAR CPMF

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bilhões de dólares é o saldo da balança comercial de janeiro até a segunda semana de agosto

OPOSIÇÃO SE ARTICULA PARA DERRUBAR PROPOSTA DO GOVERNO DE PRORROGAÇÃO INTEGRAL DO TRIBUTO

TUCANOS QUEREM RACHAR A CPMF O Jair Amaral/AE

PSDB sinalizou ontem que deverá fechar questão em torno da proposta de redução à metade da alíquota da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), com a partilha de sua arrecadação com estados e municípios. Reunidos em Belo Horizonte, os principais líderes do partido sinalizaram que não concordam com a extinção da contribuição, proposta que chegou a ser defendida na semana passada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, quando afirmou que "nada justifica a manutenção da CPMF". Os tucanos apostam no embate com o governo, que está na ofensiva, no Congresso, pela prorrogação da contribuição até 2011. "Com certeza a CPMF não fica como está", disse o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), após um almoço que reuniu governadores e outras lideranças nacionais do partido no Palácio das Mangabeiras, sede do governo mineiro. "Ou ela vai ser reduzida para a metade e partilhada com os estados para a saúde, ou vai ser eliminada. É essa a posição que nós estamos discutindo. É mais provável, dependendo da conversa com os deputados, partir para reduzir pela metade a alíquota, compartilhada com os estados", afirmou. "Não se justifica mais que esse imposto, que é injusto socialmente, porque praticamente cobra igual do mais pobre ao mais rico, continue a vigorar com alíquota tão alta." O próprio Fernando Henrique saiu em defesa da nova proposta. Ele repetiu que quando a CPMF foi criada, durante seu governo, havia uma "escassez de recursos". "Hoje, como há mais abundância de recursos, somos favoráveis à redução da alíquota. Acabar eu acho que não, porque temos

de ver a saúde. É preciso dar atenção ao povo em primeiro lugar", disse o ex-presidente, defendendo também a repartição da arrecadação com estados e municípios. "Dado que a conjuntura fiscal é favorável". Tasso destacou que os recursos deverão ser utilizados obrigatoriamente para gastos na área da saúde. Segundo ele, a atual alíquota de 0,38% cairia para "no máximo" 0,2%. A partilha seria de 10% para governos municipais e 20% para estaduais. A repartição da CPMF é uma bandeira defendida pelo governador de Minas, Aécio Neves, que ressaltou que concorda com a redução. "Não tenho

Vamos propor redução gradativa até chegar a 0,08%. A CPMF é importante para manter o equilíbrio fiscal do governo. Paulo Pereira da Silva convicção se sua pura e simples extinção seja o mais prudente". Aécio afirmou que o partido montará uma estratégia de ação no Congresso para tratar do assunto. Já o governador paulista José Serra preferiu não manifestar uma posição. "A instância é o Congresso, tanto a bancada federal de deputados, quanto a dos senadores", disse. "Eu não conversei ainda com a bancada a esse respeito. Nós vamos analisar isso tudo." Apelo – O presidente nacional do PSDB garantiu que a posição do partido será única, tanto na Câmara como no Senado, e salientou que espera apoio à proposta do DEM e "parcela importante" do

PMDB no Senado, além de PDT e PP. Para arregimentar apoios, Tasso confia "no forte suporte dentro da opinião pública" da proposta. "Dentro do Senado, nós temos condições de derrubar isso. Vamos ver se a gente consegue articular o que é necessário", afirmou. "Existe um forte apelo da opinião pública para que isso ven h a a a c o n t e c e r, p o i s n ã o agüenta mais tanto imposto". Sobre uma posição de unidade em relação à reforma tributária, Aécio observou que será realizado um encontro entre os governadores e secretários de Fazenda tucanos "para tentar conhecer a visão de cada estado". "São estados de regiões e de dimensões econômica diferentes, mas todas as visões têm que facilitar a construção de uma proposta única", defendeu. B lo q ui n ho – Para definir uma posição em relação à proposta de emenda constitucional (PEC) que prorroga a vigência da CPMF, os 79 deputados dos partidos que formam o chamado Bloquinho (PDT, PC do B, PSB, PMN, PHS e PRB) se reúnem amanhã, na Câmara dos Deputados. A prorrogação da CPMF e da Desvinculação das Receitas da União (DRU) é considerada fundamental pelo governo para o equilíbrio de suas contas. Governo e oposição fecharam acordo na Câmara para a votação da admissibilidade da proposta de prorrogação, possivelmente hoje na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Na reunião, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT), assumirá a liderança do Bloquinho, substituindo Marcio França (PSB) e proporá a redução da alíquota da CPMF. "Hoje, ela é de 0,38%. Vamos propor redução gradativa até chegar a 0,08%. A CPMF é importante para manter o equilíbrio fiscal do governo", afirma o deputado do PDT. (AE)

Mantega quer esfriar fervura

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Ministério da Fazenda quer colocar na mesa de negociações da proposta de emenda constitucional que prorroga a Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF) até 2011 a possibilidade de desoneração da contribuição para as operações de crédito. A medida já tinha sido anunciada em abril pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, mas não chegou a ser efetivamente adotada. Segundo a assessoria de Mantega, o tema será agora debatido no Congresso Nacional com a proposta de prorrogação da CPMF. Uma das possibilidades é reduzir gradativamente a alíquota da contribui-

ção – hoje em 0,38% – para os financiamentos bancários. Quando anunciou oficialmente a medida, no dia 10 de abril, Mantega chegou a prever uma perda de arrecadação de aproximadamente R$ 4 bilhões com a desoneração para todas as modalidades de empréstimos, tanto para pessoa física como para as empresas. Ao acenar agora com a desoneração da CPMF para os empréstimos, no entanto, o governo procura diminuir a pressão para que o Congresso aprove a prorrogação da vigência da contribuição, que termina neste ano, sem reduzir a alíquota de 0,38% nas demais operações e dividir a arrecadação com estados e municípios.

Mas o Planalto promete compensá-los na proposta de reforma tributária que enviará ao Congresso no mês que vem. As resistências aumentaram e têm exigido do governo a definição de uma estratégia de negociação mais aberta. O ministro também já acenou com a possibilidade de permitir abater a CPMF da contribuição a pagar do INSS. O governo federal acredita que, com a desoneração da CPMF nos financiamentos bancários, aliada a uma taxa básica de juros (Selic) mais contida, será possível ter uma redução ainda mais forte das taxas de juros cobradas pelos bancos de todos os que operam no sistema financeiro. (AE)

Ninho: reunidos, líderes tucanos defendem a redução e o compartilhamento dos recursos da CPMF.

Câmbio extrapolou, diz Iedi Fernanda Pressinott

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taxa de câmbio real, praticada no segundo trimestre deste ano, esteve 16,3% acima do que as condições macroeconômicas do País suportariam. A conclusão faz parte do trabalho "Indústria Brasileira, Taxa de Câmbio e Cenário Internacional", elaborado pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) e apresentado ontem a empresários e economistas na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Segundo o estudo, se levadas em consideração variáveis como a balança comercial e de conta corrente, a inflação, os preços e os juros praticados nos principais países parceiros comerciais do Brasil e, principalmente, a desvalorização do dólar em relação a outras 25 moedas, a moeda americana deveria ter encerrado o segundo trimestre deste ano em

R$ 2,34, mas ficou em R$ 1,96. "Esse 'desalinhamento' do câmbio com o resto da economia está obrigando a indústria a importar mais componentes e o investimento aqui vem caindo. Com o tempo, perderemos capacidade de geração de emprego", disse o economistachefe do Iedi, Edgard Pereira. O economista, porém, não soube dizer quantos empregos e em quanto tempo o problema seria sentido. De acordo com o estudo do Iedi, na década de 1980, a participação da indústria no Produto Interno Bruto (PIB) nacional era de 45%. Entre 2001 e 2005, caiu para apenas 23%. Em relação às exportações, o levantamento mostra que os setores de maior intensidade tecnológica têm contribuído de forma negativa no saldo da balança comercial. No primeiro semestre deste ano, o déficit dessa categoria de produtos (celulares, eletroeletrônicos e produtos de informática) foi de US$ 6,847 bilhões, ante

US$ 5,41 bilhões no mesmo período de 2006. "Os recordes de balança estão concentrados em commodities, não só agrícolas, mas bens sem valor agregado, que foram responsáveis por 80% das vendas externas", revelou o economista. Em resposta às reclamações dos empresários e ao estudo do Iedi, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, que participou do encontro, afirmou que toda a política econômica federal é voltada para criar condições que levem à queda de juros de forma consistente, o que ajudaria a indústria nacional e, provavelmente, conteria a cotação do dólar em relação ao real. "A discussão sobre as mudanças no perfil da indústria brasileira é pertinente e deve ser aprofundada. Alguns setores têm problemas maiores e estamos fazendo de tudo para ajudar os empresários eficientes e eliminar as distorções que restringem o crescimento."

Superávit na balança em queda

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superávit da balança comercial brasileira acumula neste ano uma queda de 8,5% em relação ao mesmo período de 2006. Os dados divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior mostram que o saldo comercial soma US$ 24,97 bilhões de janeiro até a segunda semana de agosto, resultado de exportações no valor de US$ 92,46 bilhões e importações de US$ 67,48 bilhões. Em razão do real valorizado em relação ao dólar, as importações continuam mostrando mais fôlego que as vendas externas e registram um crescimento de 27,4% na comparação com 2006. As exportações

aumentaram 15,2% no ano. Depois de terem encerrado julho em queda na comparação com julho de 2006, as exportações voltaram a crescer em agosto e registram alta de 7,9% nas duas primeiras semanas do mês em relação à média diária de agosto do ano passado. As vendas externas totalizam US$ 5,12 bilhões em agosto, sendo US$ 3,17 bilhões registrados na segunda semana do mês. As importações continuam tendo um desempenho muito mais forte e apresentam um crescimento de 30,5% em relação a agosto de 2006. Elas somam US$ 4,13 bilhões no acumulado do mês dos quais US$ 2,55 bilhões entraram na segunda semana de agosto.

O superávit comercial neste mês já está em US$ 990 milhões. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, em agosto, aumentaram as vendas externas nas três categorias de produtos. Os semimanufaturados subiram 11,6%. Os embarques de manufaturados aumentaram 11,1%. Nas importações, o aumento foi sustentado principalmente pelas compras de cereais e produtos de moagem, siderúrgicos, químicos orgânicos e inorgânicos, alumínio e suas obras, automóveis e partes, equipamentos mecânicos, cobre e suas obras e filamentos, além de fibras sintéticas e artificiais. (AE)


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BEM - Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 00.066.670/0001-00

Sede: Cidade de Deus - Prédio Novíssimo - 4o Andar - Vila Yara - Osasco - SP Demonstração do Resultado dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil

Relatório da Administração Senhores Cotistas,

2007

Apresentamos a V.Sas. as Demonstrações Financeiras da BEM - Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda., elaboradas na forma da Legislação Societária, referentes ao semestre findo em 30 de junho de 2007. No semestre, a BEM DTVM registrou Lucro Líquido de R$ 656 mil, correspondente a R$ 22,80 por lote de mil cotas, e Patrimônio Líquido de R$ 5,201 milhões. Osasco, SP, 3 de agosto de 2007. Diretoria

Balanço Patrimonial em 30 de junho – Em Reais mil ATIVO

2007

2006

PASSIVO

CIRCULANTE ............................................................................................. DISPONIBILIDADES .................................................................................. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ........................................................................................... Carteira Própria ........................................................................................... Moedas de Privatização ............................................................................ OUTROS CRÉDITOS .................................................................................. Rendas a Receber ...................................................................................... Diversos .....................................................................................................

5.499 –

3.494 21

4.514 4.514 – 985 177 808

3.155 3.154 1 318 190 128

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ................................................................ OUTROS CRÉDITOS .................................................................................. Diversos ..................................................................................................... PERMANENTE ........................................................................................... INVESTIMENTOS ....................................................................................... Outros Investimentos .................................................................................

748 748 748 291 291 291

1.286 1.286 1.286 – – –

T OT A L .....................................................................................................

6.538

4.780

2007

2006

CIRCULANTE ............................................................................................. RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS ........................................................ Transferências Internas de Recursos ......................................................... OUTRAS OBRIGAÇÕES ............................................................................. Sociais e Estatutárias ................................................................................ Fiscais e Previdenciárias .......................................................................... Diversas .....................................................................................................

1.018 26 26 992 379 296 317

361 38 38 323 95 148 80

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ...................................................................... OUTRAS OBRIGAÇÕES ............................................................................. Diversas .....................................................................................................

319 319 319

319 319 319

PATRIMÔNIO LÍQUIDO ................................................................................ Capital: - De Domiciliados no País ......................................................................... Reservas de Capital ................................................................................... Reservas de Lucros ................................................................................... Lucros Acumulados ...................................................................................

5.201

4.100

2.589 134 2.478 –

2.589 1 109 1.401

T OT A L .....................................................................................................

6.538

4.780

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil CAPITAL REALIZADO

EVENTOS

CAPITAL SOCIAL

RESERVAS DE CAPITAL

RESERVAS DE LUCROS LEGAL

ESTATUTÁRIA

LUCROS ACUMULADOS

TOTAIS

SALDOS EM 31.12.2005 ................................................................................................................ LUCRO LÍQUIDO ........................................................................................................................... DESTINAÇÕES: - Reservas .......................................................................................................... - Dividendos declarados ......................................................................................

2.589 – – –

1 – – –

67 – 16 –

26 – – –

1.168 327 (16) (78)

3.851 327 – (78)

SALDOS EM 30.6.2006 ..................................................................................................................

2.589

1

83

26

1.401

4.100

SALDOS EM 31.12.2006 ................................................................................................................ ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ................................................................................ TRANSFERÊNCIA ENTRE RESERVAS ........................................................................................ LUCRO LÍQUIDO ........................................................................................................................... DESTINAÇÕES: - Reservas .......................................................................................................... - Dividendos declarados ......................................................................................

2.589 – – – – –

1 133 – – – –

113 – – – 33 –

27 – 1.838 – 467 –

1.838 – (1.838) 656 (500) (156)

4.568 133 – 656 – (156)

SALDOS EM 30.6.2007 ..................................................................................................................

2.589

134

146

2.332

5.201

RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ........................................ Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários ......................

2006

268 268

229 229

RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ........................

268

229

OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS ................................... Receitas de Prestação de Serviços ........................................................... Outras Despesas Administrativas .............................................................. Despesas Tributárias ................................................................................... Outras Receitas Operacionais .................................................................... Outras Despesas Operacionais ..................................................................

711 1.034 (214) (97) – (12)

252 444 (109) (76) 3 (10)

RESULTADO OPERACIONAL ......................................................................

979

481

RESULTADO ANTES DATRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO .........................

979

481

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ....................................

(323)

(154)

LUCRO LÍQUIDO ..........................................................................................

656

327

Número de cotas ......................................................................................... Lucro por lote de mil cotas em R$ ..............................................................

28.766.526 22,80

28.766.526 11,37

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil 2007

2006

ORIGEM DOS RECURSOS .........................................................................

1.002

463

LUCRO LÍQUIDO ..........................................................................................

656

327

RECURSOS DETERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: - Aumento dos Subgrupos do Passivo ....................................................... Relações Interdependências .................................................................... Outras Obrigações ..................................................................................... - Diminuição dos Subgrupos do Ativo ........................................................ Relações Interdependências .................................................................... Outros Créditos ..........................................................................................

281 – 281 65 – 65

130 38 92 6 6 –

APLICAÇÃO DOS RECURSOS ...................................................................

1.014

535

DIVIDENDOS DECLARADOS .....................................................................

156

78

INVERSÕES EM ......................................................................................... Investimentos ..............................................................................................

158 158

– –

AUMENTO DOS SUBGRUPOS DO ATIVO .................................................. Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos ...... Outros Créditos ............................................................................................

668 668 –

457 218 239

REDUÇÃO DOS SUBGRUPOS DO PASSIVO ............................................. Relações Interdependências ......................................................................

32 32

– –

REDUÇÃO DAS DISPONIBILIDADES ........................................................

(12)

(72)

Início do Semestre .................................................. Fim do Semestre ..................................................... Redução das Disponibilidades ...............................

12 – (12)

93 21 (72)

MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA

Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras 1)

2)

3)

4)

CONTEXTO OPERACIONAL A BEM - Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. é uma instituição financeira que tem por objetivo efetuar operações de intermediação no mercado aberto, além de gerir e administrar recursos de terceiros. A BEM - Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda., é parte integrante da Organização Bradesco, utilizando-se de seus recursos administrativos e tecnológicos, e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto.

c) Imposto de renda e contribuição social A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. Os créditos tributários sobre adições temporárias serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos. Os créditos tributários sobre a base negativa de contribuição social são realizados de acordo com a geração de lucros tributáveis. d) Ativos e Passivos contingentes e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias O reconhecimento, a mensuração e a divulgação das contingências ativas e passivas e obrigações legais são efetuados de acordo com os critérios definidos na Deliberação CVM 489/05. • Ativos Contingentes: Não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui total controle da situação ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo. Os ativos contingentes com probabilidade de êxito provável são apenas divulgados nas demonstrações financeiras (Nota 6a). • Passivos Contingentes: São constituídos levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade; e no posicionamento de Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável, o que ocasionaria uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes classificados como de perdas possíveis não são reconhecidos contabilmente, devendo ser apenas divulgados nas demonstrações financeiras, e os classificados como remotos não requerem provisão e divulgação (Nota 6b). e) Outros ativos e passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidos e provisão para perda, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e das variações monetárias (em base “pro-rata” dia) incorridos.

APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, associadas às normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central do Brasil (BACEN), que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas. PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro apresentadas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro-rata” dia e calculadas com base no método exponencial. b) Títulos e valores mobiliários Títulos para negociação - adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; Títulos disponíveis para venda - que não se enquadrem como para negociação nem como mantidos até o vencimento, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários; e Títulos mantidos até o vencimento - adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento, são avaliados pelos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período.

Em 30 de junho - R$ mil 2006

Títulos (1)

1 a 30 dias

31 a 180 dias

181 a 360 dias

Acima de 360 dias

Valor de mercado/ contábil (2)

Valor de custo atualizado

Marcação a mercado

Valor de mercado/ contábil (2)

2007 Fundos de investimentos .................................................................................................................................................................................................................................. Total ................................................................................................................................................................................................................................................................... c) A BEM - Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. não possuía operações com instrumentos financeiros derivativos em 30 de junho de 2007 e de 2006. OUTROS CRÉDITOS - DIVERSOS

Em 30 de junho - R$ mil 2007

Impostos e contribuições a compensar ........................................... Devedores por depósitos em garantia - trabalhistas ........................ Devedores diversos - País ............................................................... Devedores por depósitos em garantia - outros ................................. Crédito tributário (Nota 13c) .............................................................. Valores a receber de sociedades ligadas ........................................ Devedores por depósitos em garantia - fiscais ................................ Total ................................................................................................... 6)

10)

OUTRAS OBRIGAÇÕES a) Fiscais e previdenciárias

2006

577 454 227 161 133 3 1 1.556

11)

2007

8)

398

c) Passivos Contingentes classificados como perdas possíveis A empresa mantém um sistema de acompanhamento para todos os processos administrativos e judiciais em que a instituição figura como “autora” ou “ré” e amparada na opinião dos assessores jurídicos classifica as ações de acordo com a expectativa de insucesso. Neste contexto, os processos contingentes avaliados como de risco de perda possível não são reconhecidos contabilmente.

27 9 32 4 4 76

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006 7 3 2 – 12

13)

2 3 – 5 10

TRANSAÇÕES COM O CONTROLADOR As transações com o controlador, foram efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações, foram eliminadas nas demonstrações financeiras:

Disponibilidades: Banco Bradesco BBI S.A. ..................... Dividendos: Banco Bradesco BBI S.A. ..................... Valores a receber: Banco Bradesco BBI S.A. .....................

Em 30 de junho - R$ mil 2006 Receitas Ativos (passivos) (despesas)

Ativos (passivos)

Receitas (despesas)

21

(379)

(95)

3

3

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social Em 30 de junho - R$ mil 2007 Resultado antes do imposto de renda e contribuição social .... Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente ................................ Despesas indedutíveis líquidas de receitas não tributáveis .... Outros valores ............................................................................ Imposto de renda e contribuição social do semestre ..............

2006 979

481

(333) (2) 12 (323)

(164) (2) 12 (154)

b) Composição da conta de resultado de imposto de renda e contribuição social Em 30 de junho - R$ mil Impostos correntes Imposto de renda e contribuição social devidos ....................... Imposto de renda e contribuição social do semestre ..............

2007

2006 (323) (323)

(154) (154)

c) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos

2006

Provisão para passivos contingentes - trabalhistas ................. 398 398 Credores diversos - país ............................................................ 232 – Provisão para pagamentos a efetuar ......................................... 6 – Total ............................................................................................ 636 398 PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Capital social O capital social, no montante de R$ 2.589 mil, totalmente subscrito e integralizado é composto por 28.766.526 cotas. b) Reservas de Lucros Em 30 de junho - R$ mil

Diretoria

OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS

2007

135 5 8 148

Saldo em 31.12.2006 Constituição Realização Provisão para contingências trabalhistas ......... Total dos créditos tributários (Nota 5) ............

133 133

– –

– –

R$ mil Saldo em 31.6.2007 133 133

d) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias R$ mil Diferenças Temporárias Imposto Contribuição de Renda Social Total 2011 ........................................................................... 98 35 133 Total ........................................................................... 98 35 133 A projeção de realização de crédito tributário trata-se de estimativa e não é diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis. O valor presente dos créditos tributários, calculados considerando a taxa média de captação praticada pela Organização Bradesco, líquida dos efeitos tributários, monta a R$ 115 mil (2006 - R$ 118 mil).

2006

Reservas de Lucros .................................................................. 2.478 109 - Reserva Legal (1) ..................................................................... 146 83 - Reserva Estatutária (2) ............................................................. 2.332 26 (1) Constituída obrigatoriamente à base de 5% do lucro líquido do exercício, até atingir 20% do capital social realizado, ou 30% do capital social, acrescido das reservas de capital. Após esse limite a apropriação não mais se faz obrigatória. A reserva legal somente poderá ser utilizada para aumento de capital ou para compensar prejuízos; e (2) Visando à manutenção de margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas da Sociedade, pode ser constituída em 100% do lucro líquido remanescente após destinações estatutárias, sendo o saldo limitado a 80% do Capital Social Integralizado. c) Juros sobre o capital próprio e/ou dividendos Conforme disposição contratual, aos cotistas estão assegurados juros sobre o capital próprio e/ou dividendos que somados correspondam, no mínimo, a 25% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária.

2006 398

12)

Em 30 de junho - R$ mil

2007

52 21 9 8 7 97

2006 276 11 9 296

2007

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2006

Variação monetária sobre impostos ................................................. Contribuição a entidades associativas ............................................ Multas e juros de recolhimento em atraso ....................................... Emolumentos judiciais e cartorários ................................................ Total ...................................................................................................

Em 30 de junho - R$ mil

Provisão para impostos e contribuições sobre lucros .............. Impostos e contribuições a recolher .......................................... Impostos e contribuições sobre lucros a pagar ......................... Total ............................................................................................ b) Diversas

DESPESAS TRIBUTÁRIAS

3 71 28 7 109

2007

229 229

2007

577 454 85 161 133 3 1 1.414

ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES a) Ativos Contingentes Não foram reconhecidos contabilmente ativos contingentes. b) Passivos Contingentes classificados como perdas prováveis A empresa é parte em processos judiciais de natureza trabalhista, decorrentes do curso normal de suas atividades. As provisões foram constituídas levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade e, no posicionamento de Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável. A Administração da empresa entende que a provisão constituída é suficiente para atender perdas decorrentes dos respectivos processos. I - Processos trabalhistas São ações ajuizadas por ex-empregados, visando a obter indenizações, em especial o pagamento de “horas extras”. II - Saldo das Provisões Constituídas Em 30 de junho - R$ mil Trabalhista ..........................................................................

7)

139 68 2 5 214

Contribuição ao COFINS ................................................................... Imposto sobre serviços - ISS ........................................................... Impostos e taxas .............................................................................. Contribuição ao PIS/PASEP ............................................................. Despesas com CPMF ....................................................................... Total ...................................................................................................

2006 268 268

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006

2007

Marcação a mercado

Títulos para negociação: Letras financeiras do tesouro ............................................................................. – – – 2.424 2.424 2.424 – 961 – Notas do tesouro nacional ................................................................................. – – – 28 28 28 – 209 – Letras do tesouro nacional ................................................................................. – – 739 470 1.209 1.209 – 1.745 – Moeda de privatização ....................................................................................... – – – – – – – 1 – Debentures ......................................................................................................... – 113 117 349 579 579 – – – Certificados de depósito bancário ..................................................................... – – 57 217 274 274 – 239 – Total em 2007 ..................................................................................................... – 113 913 3.488 4.514 4.514 Total em 2006 ..................................................................................................... 645 31 401 2.078 3.155 – (1) As aplicações em cotas de fundos de investimento foram distribuídas de acordo com os papéis que compõem suas carteiras, preservando a classificação da categoria dos fundos. Na distribuição dos prazos, foram considerados os vencimentos dos papéis, independentemente de sua classificação contábil; e (2) O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado de acordo com a cotação de preço de mercado disponível na data do balanço. Se não houver cotação de preços de mercado disponível, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos de definições de preços, modelos de cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes. No caso das aplicações em fundos de investimento, o custo atualizado reflete o valor das respectivas cotas que já estão a valor de mercado. b) Resultado de títulos e valores mobiliários. Semestres findos em 30 de junho - R$ mil

OUTRAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS

Serviços técnicos especializados ................................................... Propaganda e publicidade ................................................................ Serviços do sistema financeiro ........................................................ Outras ................................................................................................ Total ...................................................................................................

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS a) Classificação por categorias e prazos 2007

5)

9)

14)

OUTRAS INFORMAÇÕES A BEM - Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. administra fundos de investimentos em Títulos e Valores Mobiliários, cujos patrimônios líquidos em 30 de junho, montam R$ 24.713.866 mil (2006 R$ 30.545.183 mil), cuja receita de taxa de administração desses fundos no 1o semestre foi de R$ 1.034 mil (2006 - R$ 444 mil), registrado em receita de prestação de serviços.

Parecer dos Auditores Independentes Aos Administradores e Cotistas BEM Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda.

Diretor-Presidente Márcio Artur Laurelli Cypriano

Diretores Vice-Presidentes

Diretor

Laércio Albino Cezar Arnaldo Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi Sérgio Socha Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro

Cassiano Ricardo Scarpelli

Luiz Filipe Lopes Soares Contador - CRC 1SP208127/O-5

1.

Examinamos os balanços patrimoniais da BEM Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. em 30 de junho de 2007 e de 2006 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras.

2.

Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Instituição, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Instituição, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

3.

Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da BEM Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. em 30 de junho de 2007 e de 2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

São Paulo, 3 de agosto de 2007

Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5

Washington Luiz Perreira Cavalcanti Contador - CRC 1SP172940/O-6


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

9

que é o saber-fazer e não ao saber-ser que é o supremo alvo do aperfeiçoamento da Humanidade e do indivíduo. E isto depende dos valores da verdade, da bondade e da beleza expressos pela Lógica, a Ética e a Estética.

MILAGRE NO ISLAMISMO BENEDICTO FERRI DE BARROS CUSTOBENEFÍCIO

AFP

U

OS MUÇULMANOS AFUNDARAM NA MISÉRIA SOB REGIMES AUTORITÁRIOS. ELES CAMINHAM AGORA PARA O BEM-ESTAR CONVERTIDOS À ECONOMIA DE MERCADO. por Guy Sorman

D

e 2004 a 2008 (estatísticas do FMI e previsões da Astarès ), a renda per capita na Escreva para doispontos@ Turquia terá crescido 20%. dcomercio.com.br Não é preciso procurar mais longe a causa da vitória do AKP, partido democrata-muçulmano, nas recentes eleições. Após anos de má gestão e de inflação nos governos laicos e estatistas, deve-se a esses democrata-muçulmanos a volta de uma relativa estabilidade dos preços e um crescimento anual de 6% há quatro anos. Atualmente, a economia turca avança mais rapidamente do que a média mundial, que é de 5%, e se aproxima do pelotão de frente sino-indiano. Esse sucesso é, em grande parte, graças aos empresários chamados de tigres anatolianos em alusão aos tigres asiáticos, vindos das região central e mais pobre da Turquia. AKP, partido Esses industriais e codemocratamerciantes, notáveis na muçulmano do presidente exportação para o mercado europeu e o mundial, se Abdulah Gul distinguem também por (abaixo), um forte engajamento relivenceu as gioso, místico às vezes. eleições apoiado numa Empresários e muçulmanos, simbolizam um novo estratégia capitalismo no Islamismo, econômica que se pode relacionar aos liberal e pró-européia. pioneiros do capitalismo

europeu, enraizados na fé calvinista. Os tigres anatol ia n o s constituem a base eleitoral do partido democrata-muçulmano, que lhes costurou uma estratégia econômica sob medida, claramente liberal e pró-européia.

A

lém do exemplo turco, não é bastante ressaltado que todos os países muçulmanos estão hoje demonstrando um grande crescimento. Segundo o instituto de pesquisas Ast a rè s , no período 20042008, haverá um aumento médio de 5,8% para 32 países muçulmanos tão diversos quanto Indonésia ou Marrocos (Iraque, Somália e Palestina foram excluídos por causa das guerras). São considerados muçulmanos os países onde pelo menos 80% da população seja muçulmana. Essa nova riqueza vem do petróleo? Ele contribui, mas se os países petrolíferos forem retirados da amostragem, o crescimento médio dos outros fica em 5,5%, ainda acima da média mundial. Economias que durante muito tempo estavam anestesiadas - veja os casos desesperadores como Marrocos, Bangladesh ou

Egito - alcançam os 6% por ano. O Paquistão e a Indonésia estão nessa mesma categoria de economias emergentes. Só o Iêmen teve um crescimento inferior ao aumento da população. Portanto, não é o Islamismo que impedia o desenvolvimento econômico, essa tese pseudoculturalista tão repetida. To d a s a s e c o n o m i a s “muçulmanas” na verdade estavam paralisadas por estratégias contraprodutivas, geralmente herdadas do socialismo: burguesia exilada ou sem bens, auto-suficiência e planejamento centralizado. Mas, depois dos anos 80, sob a influência das doutrinas liberais, com os conselhos do Fundo Monetário Internacional, graças à globalização do comércio, todos os governos interessados se engajaram nas políticas de liberalização. Elas procuram bons resultados em todos os climas, em todas as civilizações.

A

estrada está tranqüila, porém os governos dos países muçulmanos só estão no meio do caminho, como testemunha uma inflação que permanece mais alta do que a média mundial: 7,6% no Islamismo

Fotos: Umit Bektas/Reuters

De 2004 a 2008 a renda per capita na Turquia crescerá 20%. É a economia que mais cresce depois da China e da Índia. A inflação está alta, mas os tigres anatolianos já passeiam com os tigres asiáticos.

ante 3,6% no mundo. Essa discordância revela uma gestão pública ainda medíocre e Estados muito gastadores. Logo que os gastos públicos sejam controlados, esses países podem esperar se juntar ao pelotão sino-indiano, entre 7% e 10% ao ano.

O

Islamismo não detém o desenvolvimento econômico, pode-se mesmo considerar que ele lhe favorece, pois os tigres anatolianos não estão isolados nos mundos muçulmanos. A tradição islâmica não celebra o comércio e o sucesso econômico? O Alcorão é o único livro consagrado à fundação de uma religião que incensa a riqueza na Terra, ao contrário dos Evangelhos ou do Budismo, que preferem a pobreza. Maomé é o único profeta que foi empreendedor e casado com uma comerciante. O êxito material no Islamismo é então, como se tornaria mais tarde entre os calvinistas, um sinal da escolha. Isso explica por que os partidos políticos que defendem o Islamismo, como o AKP, são sempre favoráveis à economia de mercado. Muitas razões podem explicar o fracasso econômico dos países muçulmanos na época moderna: a colonização, o socialismo árabe, o despotismo, as guerras. Mas entre todas as causas, a religião, a posteriori, é a menos convincente. Os muçulmanos, no século 20, afundaram na miséria sob regimes autoritários e socialistas. Eles caminham agora para o bem-estar graças a regimes menos repressivos e convertidos à economia de mercado. Com a Turquia na frente, 32 países muçulmanos provam que o desenvolvimento nunca foi uma questão de fé. Ele depende apenas de boas escolhas na política econômica. O antiliberalismo é hoje uma catástrofe, enquanto que o liberalismo funciona, no Islamismo ou não. Saudemos essa boa nova que nos chega da Turquia e de outros lugares; não tenhamos medo do Islã quando ele é moderno. TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA

m dos principais acontecimento da História corrente, senão o principal, que marca o encerramento da Época Contemporânea e o início do que bem mereceria a designação de uma Nova Era, foi a vitória dos Aliados na Segunda Guerra Mundial. Esse acontecimento representa os primórdios de um processo ainda mais amplo, que só veio a se estabelecer com a Revolução Tecnológica possibilitada pelo desenvolvimento da Informática e da Net. Podemos designá-lo como “globalização”. No seu primeiro estágio ele não foi uma globalização propriamente dita, mas o fim de uma estrutura política mundial, na qual a exacerbação do nacionalismo iniciado com a Revolução Francesa deu lugar à hegemonia americana. Hegemonia não apenas militar, nem tão só econômica, mas global, no sentido de um alastramento pelo mundo da cultura americana. Foi um período que, iniciado no final daquela guerra, emblematicamente entrou em decadência a partir do episódio de destruição do simbólico World Trade Center no coração mesmo daquele país.

C

omo toda cultura, a americana é feita de contradições. Sem pretender caracterizá-la em todos seus aspectos, na sua filosofia, que é o símbolo supremo de seu espírito, ela é constituída pelo pragmatismo e na sua praxis tem como vetor dominante o critério econômico do Custo-Benefício. Dificilmente se fará um inventário e balanço dos custos e prejuízos que esse vetor ocasionou para o mundo, para a civilização humana e para os próprios EUA e seu povo. Mas, de pronto é patente que Custo-Benefício não passa de um critério meramente instrumental de ação e foge às diretrizes dos valores supremos do Humanismo, que constituem o único critério universalmente válido para se falar sobre e se avaliar o progresso humano. O Custo-Benefício está correlato apenas ao know–how–to-do,

C

om as afirmações até aqui feitas não pretendemos anatematizar nem a cultura nem o povo americano, muito menos lhes atribuir o monopólio do desenvolvimento cultural do último século. O motor principal desse desenvolvimento foi o desenvolvimento do conhecimento denominado "científico", que tem pelo menos 500 anos e resulta fundamentalmente das idéias e métodos preconizados por Bacon em suas obras e na prática iniciados por Galileu. Conhecimento, este que foi traduzido como instrumento de ação pela tecnologia. Muito provavelmente, o americanismo não passará para a História e a cultura mais do que como um modismo. Já porque culturas multimilenares não perdem suas características fundamentais, já porque as forças de mudanças gerais e magmáticas que o processo de globalização imprime à história e cultura humanas têm dimensão e força avassaladoras para se sobrepor a influências que perante elas não são mais que provincianas.

T

ais considerações se formulam fora e acima do vulgar, interesseiro e malintencionado anti-americanismo. Fazem parte da crítica lúcida e da melhor intelectualidade da nação, as primeiras a apontá-las e, igualmente, da parte mais sadia e elevada de seu povo. O americano comum não difere dos homens comuns do mundo inteiro. O problema não está nos indivíduos, mas em sua cultura. Desgraçadamente, lá, como em tantas outras nações e povos do mundo, minorias e traços de fanatismos da pior qualidade existem nos Estados Unidos: aqueles que discriminam pessoas e etnias, e, pior do que tudo, que se radicam em fundamentos religiosos. Goethe estigmatizou o fanatismo em seu segundo Fausto como a parte mais negra das culturas. BENEDICTO FERRI DE BARROS É ESCRITOR PAJOLUBE@TERRA.COM.BR

G Custo-

Benefício é um critério que foge dos valores humanistas válidos para se avaliar o progresso humano

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Congresso CPI Gover no Ministérios

DIÁRIO DO COMÉRCIO

PAULO BERNARDO É CONTRA ESTABILIDADE

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Roberto Jayme/AE

4

Ela (a CPMF) já durou mais do que o suficiente. José Agripino (DEM)

Elza Fiúza/Abr

Eymar Mascaro

Fora de cena

M

esmo com um bom retrospecto nas últimas pesquisas, Marta Suplicy garante que não será candidata à Prefeitura de São Paulo, no ano que vem. A ministra do Turismo afirma que só disputará um cargo eletivo em 2010. Ela almeja o Palácio dos Bandeirantes. Mantendo sua decisão, a ministra abrirá espaço para a candidatura do senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que disputou o governo do Estado de São Paulo em 2006, mas perdeu para José Serra (PSDB). Caso o parlamentar também desista da vaga, o posto será disputado entre os deputados Arlindo Chinaglia, José Eduardo Martins Cardozo e Jilmar Tatto.

COLOCAÇÃO

Procurador-Geral da República, Antônio Fernando de Souza, discute a criação das fundações estatais com o ministro Paulo Bernardo

ESTABILIDADE DE RISCO Ministro do Planejamento está preocupado com o projeto que beneficiará 260 mil servidores temporários

O

ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou ontem que está preocupado com uma possível aprovação da emenda constitucional que irá proporcionar estabilidade a servidores públicos temporários – o texto já apelidado de "trem da alegria" nos corredores do Congresso. A polêmica proposta está pronta para ser votada na Câmara e poderá efetivar cerca de 260 mil servidores contratados em regime temporário, nos últimos dez anos. "É preocupante. Essas pessoas não são concursadas e foram contratadas para resolver determinadas situações. Como será esta forma de contratação? Pelo regime jurídico único?", questionou o ministro, durante um seminário que debatia as funções das chamadas fundações estatais. O tema também é polêmico, mas esse é de autoria do pró-

prio governo, que viabiliza a nistração pública brasileira. criação de entidades públicas, Segundo ele, a preocupação com regras de direito privado, com o texto ocorre porque ele para a prestação de serviços passa ao largo de dispositivos que regulamentam a contratapúblicos. A proposta em discussão no ção de funcionários por meio dos concursos Legislativo perpúblicos. mitirá casos em Outra preocuque um funciopação do minisnário público de t ro d o P l a n e j au m a p e q u e n a É preocupante. Essas mento é com o prefeitura, re- pessoas não são custo fiscal dessa quisitado para concessão de estrabalhar na Câ- concursadas e foram tabilidade. Apemara, onde tem contratadas para sar de os parlaum salário mui- determinadas mentares alegato maior, possa situações. Como será rem que a medida optar pela efeti- a contratação? não representará vação no segunPaulo Bernardo ônus extra ao erádo emprego, gerio porque os trarando um gasto balhadores beneficiados já esmaior aos cofres públicos. Para Bernardo, a proposta tão nos cargos há no mínimo que efetiva os servidores com dez anos, Bernardo diz que contratos temporários, por não há previsão no governo de atingir um contingente de cer- qual será o impacto de tal meca de 260 mil pessoas, abre um dida. "Não faço idéia do im"hiper precedente" na admi- pacto de quanto isso vai custar

para aos cofres da União", afirmou o chefe da pasta. Paulo Bernardo disse que não fará nenhuma ação direta de articulação na Câmara para evitar a votação da emenda constitucional, mas considera questão de bom senso um maior debate sobre o assunto. O ministro acredita que os parlamentares perceberão que é preciso discutir mais o tema, antes efetivamente votá-lo. Embora ainda não haja uma data fechada para a votação da matéria na Câmara, o presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), se comprometeu a colocar o tema em discussão no Plenário rapidamente. Bernardo partirá para uma ação de convencimento dos deputados da base aliada e da oposição. Ele apresentará os impactos negativos da propostas nos cofres públicos. Sua meta é criar uma maioria contra o texto. (AE)

Votação da CPMF ficou para hoje CCJ decide acatar mais seis propostas e PEC que prevê a prorrogação da CPMF volta à discussão

F

icou para hoje a reunião da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ) que votará a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) de prorrogação da CPMF proposta pelo governo federal, segundo o órgão. A CCJ não analisa o mérito, apenas diz se os projetos ferem ou não a Constituição brasileira. O relator da matéria, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decidiu acatar outras seis propostas que tratam do tema, só que em graus diferentes. Na prática, significa dizer que caberá à comissão especial dizer qual será o próximo passo na tramitação antes de a proposta chegar ao plenário, dirimir as divergências e reduzir as diferentes sugestões a um só texto. O governo busca o equilíbrio fiscal e para isso quer prorrogar a qualquer custo a contribuição sem compartilhar a receita com Estados e municípios. Partidos da base e também o PSDB, no entanto, querem dividir a arrecadação com os governos locais. A sessão de ontem foi bastante concorrida. Mais de 30 parlamentares discursavam. E ainda havia outros 20 oradores inscritos até que ocorresse o adiamento. PSDB dividido – Enquanto o DEM fechou questão contra a prorrogação da CPMF, o

PSDB ainda mantém uma postura mais cautelosa, mesmo porque o partido está dividido entre aqueles que defendem a extinção do tributo e a redução da atual alíquota de 0,38%. Estudos – Em reunião realizada ontem, os senadores do partido discutiram muito, mas não chegaram a um consenso. Assim, só na próxima quarta-feira é que devem decidir, tomando como base a conclusão dos estudos sobre o impacto da CPMF nas contas públicas. Na reunião tucana ficou evidente a divisão interna da legenda em relação à questão. A maioria, segundo o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), prefere seguir a posição do DEM, mas há quem não aposte nisso. De sua parte, o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), antecipou que, apesar de preferir a prudência, o partido não aceitará de jeito nenhum que a CPMF seja prorrogada mantendo-se a alíquota atual. Proposta mais amena – Ao final da reunião, os tucanos anunciaram a proposta de reduzir a alíquota atual de 0,38% para 0,20% – sendo que 20% do volume da arrecadação seria transferido para os estados e 10% para os municípios. Além disso, os recursos seriam aplicados apenas na área da saúde. (AE)

DEM não aceita prorrogar a contribuição

O

DEM fechou questão contra a proposta de emenda constitucional que prorroga até 2011 a vigência da CPMF, que aguarda uma definição no Congresso. A contribuição tem "validade" até o dia 31 de dezembro. A posição do DEM foi divulgada após uma reunião dos deputados e senadores da legenda e anunciada pelo presidente do partido, deputado Rodrigo Maia (RJ). O líder dos democratas no Senado, José Agripino (RN), lembrou, por exemplo, que a saúde no País não melhorou,

embora parte dos recursos arrecadados por meio da contribuição tenham a área como seu destino principal. Agripino observou que, quando a CPMF foi adotada, a inflação era de 40%, contra um patamar hoje de 3,5%. "Ela representa 10% da inflação do ano e 1% sobre a taxa média dos juros reais", disse o senador democrata. Ele também destacou que a CPMF foi criada como imposto provisório, com data para ser extinto. "Ela já durou mais do que suficiente", disse.

Temporão: contra partilha

O

ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse ontem ser a favor "de uma discussão séria" em torno da ampliação dos recursos para a saúde, mas não aprovou a proposta da oposição no Congresso de promover a partilha da receita da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) com estados e municípios para o investimento prioritário na atenção médica. Segundo o ministro, os governos estaduais e municipais já

ficam com parte dos recursos da CPMF por meio dos repasses do Ministério. "É preciso que a população saiba que 40% dos recursos da CPMF vão para o Ministério da Saúde. E esses recursos são repassados para os estados e municípios para a atenção à população. "Isso já acontece", disse o ministro, na inauguração da segunda Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas do Rio, ao lado do governador Sérgio Cabral (PMDB).

Marta diz que gosta de atuar à frente do Ministério do Turismo e que pretende continuar seu trabalho até o final da administração do presidente Lula. Mas o PT insistirá na sua candidatura, afinal ela é a melhor opção da legenda. É a única com chances reais de enfrentar Geraldo Alckmin (PSDB-SP).

PRESSÃO Os petistas prometem continuar pressionando a ministra até que ela aceite disputar a vaga. O PT paulista quer atender o pedido do presidente Lula: reconquistar a cidade de São Paulo. Marta diz que sua decisão não tem volta. Só resta aguardar o desenrolar dessa novela.

NÃO DÁ Os três deputados petistas que desejam a vaga de Marta não assustam os potenciais adversários da legenda em 2008. Eles aparecem com um baixo porcentual de votos nas pesquisas de intenção de voto. Caso seja obrigado a buscar uma alternativa, o PT tentará o senador Mercadante.

FAVORITO O Datafolha da semana passada revelou o favoritismo de Geraldo Alckmin, mas também apontou que o prefeito Gilberto Kassab (DEM) está no páreo. Candidato à reeleição, ele registrou o mais baixo índice de rejeição à sua administração à frente da capital paulista: 23%.

DIVISÃO O Datafolha confirmou uma possível divisão de votos entre Geraldo Alckmin e Gilberto Kassab, caso os dois disputem o cargo. O resultado levou o governador José Serra a aumentar sua pressão sobre os líderes tucanos, para que seja definida a chapa com o DEM.

partido, Ricardo Berzoini, decidiu marcar encontros com as lideranças do PDT, PSB e PCdoB. O tema será uma coligação entre as legendas de esquerda nas eleições municipais do ano que vem.

CANDIDATURA O PCdoB, por exemplo, deseja disputar a vaga em São Paulo com o expresidente da Câmara Aldo Rebelo. Essa decisão foi repassada a Berzoini pela deputada Manuela D'avila (PCdoB-RS). A deputada admitiu que Rebelo pode concorrer à Prefeitura paulistana.

PREJUÍZO O PT também teme a entrada da deputada Luiza Erundina (PSB-SP) na disputa. Erundina registrou 9% de intenção de votos na pesquisa Datafolha. Segundo os petistas, esse eleitorado poderia migrar para a legenda e não ficar no PSB, caso a ex-prefeita Erundina não dispute o posto. Ela diz que ainda não decidiu seu futuro.

TRABALHISTA Ainda de maneira tímida, caciques do PDT avaliam a candidatura de Paulinho da Força Sindical. Lula acredita que pode reverter esse quadro de vários précandidatos conversando com líderes trabalhistas em Brasília. Mas há quem garanta que as três legenda (PDT, PSB e PCdoB) discutirão um "nome" para disputar a prefeitura de São Paulo.

INVESTIGAÇÃO A Polícia Federal (PF) concluirá até domingo as investigações dos documentos apresentados pela defesa do senador Renan Calheiros (PMDBAL). O presidente do Senado tenta provar que tinha recursos próprios para pagar despesas pessoais sem precisar do dinheiro do lobista Cláudio Gontijo, da Mendes Júnior.

CRESCIMENTO Gilberto Kassab dobra seu porcentual de votos em um cenário sem Alckmin na disputa. A divisão de votos, de acordo com as últimas pesquisas, beneficia diretamente o candidato petista, principalmente a ministra Marta Suplicy.

COLIGAÇÃO José Serra e Gilberto Kassab defendem a coligação do PSDB com o DEM nas eleições de 2008 e 2010. Se os tucanos apoiarem Kassab, a contrapartida virá na disputa pelo Planalto. Serra tem grande interesse na confirmação dessa chapa. Afinal ele pode ser o candidato do tucanato a presidente.

APOIO O PT também trabalha para evitar a divisão de votos. O presidente do

NEGATIVA Renan diz que não pretende denunciar nenhum senador da oposição, como uma resposta aos ataques que vem sofrendo. O parlamentar telefonou para seus colegas para acabar com esse boato. Calheiros ainda mantém sua decisão de não renunciar ao seus posto de presidente do Congresso.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

7

Zogbi Leasing S.A. Arrendamento Mercantil Empresa da Organização Bradesco CNPJ 74.533.787/0001-93 Sede: Cidade de Deus - Prédio Novíssimo - 4o Andar - Vila Yara - Osasco - SP Relatório da Administração

Demonstração do Resultado dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil

Apresentamos a V.Sas. as Demonstrações Financeiras da Zogbi Leasing S.A. Arrendamento Mercantil, elaboradas na forma da Legislação Societária, referentes ao semestre findo em 30 de junho de 2007. No semestre, a Zogbi Leasing registrou Lucro Líquido de R$ 8,9 milhões, com rentabilidade anualizada de 7,58% sobre o Patrimônio Líquido final de R$ 241,169 milhões.

2007

Osasco, SP, 3 de agosto de 2007 Diretoria

Balanço Patrimonial em 30 de junho – Em Reais mil ATIVO

2007

2006

PASSIVO

CIRCULANTE ...................................................................................................... DISPONIBILIDADES ........................................................................................... APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ ........................................... Aplicações em Depósitos Interfinanceiros ......................................................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ................................................................................................... Carteira Própria .................................................................................................... Vinculados à Prestação de Garantias ................................................................ RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS ................................................................. Transferências Internas de Recursos .................................................................. OUTROS CRÉDITOS ........................................................................................... Diversos .............................................................................................................. OUTROS VALORES E BENS .............................................................................. Outros Valores e Bens ......................................................................................... Provisões para Desvalorizações ........................................................................ REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ......................................................................... APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ. .......................................... Aplicações em Depósitos Interfinanceiros ......................................................... OUTROS CRÉDITOS ........................................................................................... Diversos .............................................................................................................. PERMANENTE .................................................................................................... INVESTIMENTOS ................................................................................................ Outros Investimentos .......................................................................................... Provisões para Perdas ........................................................................................ T OT A L ..............................................................................................................

252.179 19 244.512 244.512

137.281 34 134.794 134.794

7.572 3.587 3.985 7 7 69 69 – 113 (113) 556 – – 556 556 – – 82 (82) 252.735

1.866 953 913 – – 587 587 – 127 (127) 100.877 100.468 100.468 409 409 – – 82 (82) 238.158

CIRCULANTE ...................................................................................................... OUTRAS OBRIGAÇÕES ...................................................................................... Sociais e Estatutárias ......................................................................................... Fiscais e Previdenciárias ................................................................................... Diversas ..............................................................................................................

2007 11.215 11.215 7.061 4.090 64

7.591 7.591 7.378 129 84

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ............................................................................... OUTRAS OBRIGAÇÕES ...................................................................................... Fiscais e Previdenciárias ................................................................................... Diversas ..............................................................................................................

351 351 298 53

3.890 3.890 3.769 121

PATRIMÔNIO LÍQUIDO ......................................................................................... Capital: - De Domiciliados no País .................................................................................. Reservas de Capital ............................................................................................ Reservas de Lucros ............................................................................................

241.169

226.677

170.600 1.270 69.299

170.600 1.270 54.807

T OT A L ...................................................................................................................

252.735

2006

238.158

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil CAPITAL SOCIAL

EVENTOS

RESERVAS DE CAPITAL

RESERVAS DE LUCROS LEGAL

LUCROS ACUMULADOS

ESTATUTÁRIA

TOTAIS

2006

RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ................................................ Operações de Crédito .......................................................................................... Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários .............................. RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ................................ OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS ........................................... Outras Despesas Administrativas ...................................................................... Despesas Tributárias ........................................................................................... Outras Receitas Operacionais ............................................................................ Outras Despesas Operacionais .......................................................................... RESULTADO OPERACIONAL .............................................................................. RESULTADO ANTES DATRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO ................................. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ............................................ LUCRO LÍQUIDO ..................................................................................................

14.601 24 14.577 14.601 (1.023) (131) (732) 12 (172) 13.578 13.578 (4.607) 8.971

17.465 35 17.430 17.465 (1.222) (166) (846) 16 (226) 16.243 16.243 (5.520) 10.723

Número de ações ................................................................................................ Lucro por lote de mil ações em R$ .....................................................................

127.699.786 70,25

127.699.786 83,97

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil 2007

2006

ORIGEM DOS RECURSOS .................................................................................

8.971

11.932

LUCRO LÍQUIDO ..................................................................................................

8.971

10.723

RECURSOS DETERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: - Diminuição dos Subgrupos do Ativo ................................................................

1.195

Outros Créditos .................................................................................................. - Alienação de Bens e Investimentos ................................................................

– –

1.195 14

Bens Não de Uso Próprio ..................................................................................

14

APLICAÇÃO DOS RECURSOS ...........................................................................

8.972

11.904

DIVIDENDOS DECLARADOS .............................................................................

2.130

2.546

AUMENTO DOS SUBGRUPOS DO ATIVO .......................................................... Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ............................................................

5.160 719

8.936 8.273

Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos .............. Relações Interdependências ..............................................................................

4.378 7

663 –

Outros Créditos .................................................................................................... REDUÇÃO DOS SUBGRUPOS DO PASSIVO .....................................................

56 1.682

– 422

SALDOS EM 31.12.2005 .................................................................................................................................. LUCRO LÍQUIDO ............................................................................................................................................... DESTINAÇÕES: - Reservas ............................................................................................................................. - Dividendos declarados .......................................................................................................

170.600 – – –

1.270 – – –

4.597 – 537 –

42.033 – 7.640 –

– 10.723 (8.177) (2.546)

218.500 10.723 – (2.546)

SALDOS EM 30.6.2006 ....................................................................................................................................

170.600

1.270

5.134

49.673

226.677

Outras Obrigações ...............................................................................................

1.682

422

SALDOS EM 31.12.2006 .................................................................................................................................. LUCRO LÍQUIDO ............................................................................................................................................... DESTINAÇÕES: - Reservas ............................................................................................................................. - Dividendos declarados .......................................................................................................

170.600 – – –

1.270 – – –

5.635 – 449 –

56.823 – 6.392 –

– 8.971 (6.841) (2.130)

234.328 8.971 – (2.130)

(REDUÇÃO) AUMENTO DAS DISPONIBILIDADES ............................................

(1)

28

Início do Semestre .........................................................

20

6

SALDOS EM 30.6.2007 ....................................................................................................................................

170.600

1.270

6.084

63.215

241.169

Fim do Semestre ............................................................ (Redução) Aumento das Disponibilidades ....................

19 (1)

34 28

MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA

Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras 1)

CONTEXTO OPERACIONAL A Zogbi Leasing S.A. Arrendamento Mercantil tem como objetivo, a prática das operações de arrendamento mercantil, observadas as disposições da legislação em vigor. É parte integrante da Organização Bradesco, sendo suas operações conduzidas de forma integrada a um conjunto de empresas que atuam nos mercados financeiro e de capitais, utilizando-se dos recursos administrativos e tecnológicos e na gestão de riscos, e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto.

2)

APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, associadas às normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central do Brasil (BACEN), que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere a constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas.

3)

5)

PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro são apresentadas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro-rata” dia e calculadas com base no método exponencial. b) Aplicações interfinanceiras de liquidez São registradas ao custo de aquisição, acrescidas dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidas de provisão para desvalorização, quando aplicável. c) Títulos e valores mobiliários Títulos para negociação - adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; Títulos disponíveis para venda - que não se enquadrem como para negociação nem como mantidos até o vencimento, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários; e Títulos mantidos até o vencimento - adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento, são avaliados pelos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período. d) Imposto de renda e contribuição social (ativo e passivo) A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. Os créditos tributários sobre adições temporárias serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos. Os créditos tributários sobre prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social serão realizados de acordo com a geração de lucros tributáveis.

e) Investimentos Os incentivos fiscais foram avaliados pelo custo de aquisição, deduzidos de provisão para perdas, quando aplicável. f) Ativos e Passivos contingentes e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias O reconhecimento, a mensuração e a divulgação das contingências ativas e passivas e obrigações legais são efetuados de acordo com os critérios definidos na Deliberação CVM 489/05. • Ativos Contingentes: Não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui total controle da situação ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo. Os ativos contingentes com probabilidade de êxito provável são apenas divulgados nas demonstrações financeiras (Nota 7a). • Passivos Contingentes: São constituídos levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade; e no posicionamento de Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável, o que ocasionaria uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes classificados como de perdas possíveis não são reconhecidos contabilmente, devendo ser apenas divulgados nas demonstrações financeiras, e os classificados como remotos não requerem provisão e divulgação (Nota 7b). • Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias: Decorrem de processos judiciais relacionados a obrigações tributárias, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou constitucionalidade, que independente da avaliação acerca da probabilidade de sucesso, têm os seus montantes reconhecidos integralmente nas demonstrações financeiras (Nota 7b). g) Outros ativos e passivos Os ativos são demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidos e provisão para perda, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e das variações monetárias (em base “pro-rata” dia) incorridos. 4)

Em 30 de junho - R$ mil Total 2007 2006

Acima de 360 dias

11)

1 a 30 dias

31 a 180 dias

181 a 360 dias

Acima de 360 dias

Valor de mercado / contábil (2)

Marcação a mercado

IV - Movimentação das provisões constituídas

b) Resultado de operações com títulos e valores mobiliários Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Aplicações interfinanceiras de liquidez ................. Títulos de renda fixa ................................................ Fundos de investimento .......................................... Ajuste a valor de mercado ...................................... Total .........................................................................

14.262 122 181 12 14.577

Trabalhista

17.352 49 29 – 17.430

No início do semestre ........ 48 11 253 Constituição ......................... 2 – 26 Atualização monetária ............. – – 6 Pagamentos ............................. – 7 – Saldo em 2007 ......................... 50 4 285 Saldo em 2006 ......................... 47 74 190 (1) Compreende, substancialmente, obrigações legais. c) Passivos Contingentes classificados como perdas possíveis A empresa mantém um sistema de acompanhamento para todos os processos administrativos e judiciais em que a instituição figura como “autora” ou “ré” e amparada na opinião dos assessores jurídicos classifica as ações de acordo com a expectativa de insucesso. Neste contexto os processos contingentes avaliados como de risco de perda possível não são reconhecidos contabilmente. Em 30 de junho de 2007 a instituição não possuía nenhum processo judicial avaliado como de risco de perda possível relevante.

c) A Zogbi Leasing S.A. Arrendamento Mercantil não possuía posição de instrumentos financeiros derivativos em 30 de junho de 2007 e de 2006. OUTROS CRÉDITOS - DIVERSOS Em 30 de junho - R$ mil 2006

2007 Créditos tributários (Nota 14c) ....................................... Devedores por depósitos em garantia ........................... Opções por incentivos fiscais ....................................... Outros ............................................................................. Total ................................................................................

412 187 – 26 625

824 142 26 4 996

8)

OUTRAS OBRIGAÇÕES a) Fiscais e previdenciárias

Provisão para impostos e contribuições sobre o lucro ...................................................................... Provisão para riscos fiscais ................................... Impostos e contribuições a recolher ....................... Provisão para impostos e contribuições diferidas Total ......................................................................... b) Diversos

a) Ativos Contingentes No período não foram reconhecidos contabilmente ativos contingentes.

I-

Processos trabalhistas São ações ajuizadas por ex-empregados, visando a obter indenizações, em especial o pagamento de “horas extras”.

II -

Processos cíveis São pleitos de indenização por dano moral e patrimonial. Essas ações são controladas individualmente e provisionadas para processos específicos com base na opinião de assessores jurídicos, levando em consideração: a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade e, o posicionamento de Tribunais.

III - Obrigações legais - fiscais e previdenciárias A empresa vem discutindo judicialmente a legalidade e constitucionalidade de alguns tributos e contribuições, os quais estão totalmente provisionados não obstante as boas chances de êxito a médio e longo prazo, de acordo com a opinião dos assessores jurídicos.

Em 30 de junho - R$ mil 2006

2007

ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES E OBRIGAÇÕES LEGAIS - FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS

b) Passivos contingentes classificados como perdas prováveis e obrigações legais - fiscais e previdenciárias. A Zogbi Leasing é parte em processos judiciais, de natureza trabalhista, cível e fiscal, decorrentes do curso normal de suas atividades. As provisões foram constituídas levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade e, o posicionamento de Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável. A Administração da empresa entende que a provisão constituída é suficiente para atender perdas decorrentes dos respectivos processos. O passivo relacionado à obrigação legal em discussão judicial é mantido até o ganho definitivo da ação, representado por decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, ou a sua prescrição.

Cível

Em 30 de junho - R$ mil Fiscais e Previdênciárias (1)

3.985 285 104 14 4.388

Em 30 de junho - R$ mil 2006

2007 Provisão para Pagamento a Efetuar ....................... Provisão Processos Trabalhistas ........................... Provisão Processo Cíveis ...................................... Total ......................................................................... 9)

3.572 190 129 7 3.898

63 50 4 117

84 47 74 205

PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) O capital social, totalmente subscrito e integralizado no montante de R$ 170.600 mil, é composto por 127.699.786 ações ordinárias nominativas-escriturais, sem valor nominal. b) Reservas de capital e de lucros Em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Reservas de Capital ............................................... 1.270 1.270 Reservas de Lucros ............................................... 69.299 54.807 - Reserva Legal (1) .................................................. 6.084 5.134 - Reserva Estatutária (2) .......................................... 63.215 49.673 (1) Constituída obrigatoriamente à base de 5% do lucro líquido do exercício, até atingir 20% do capital social realizado, ou 30% do capital social, acrescido das reservas de capital. Após esse limite a apropriação não mais se faz obrigatória. A reserva legal somente poderá ser utilizada para aumento de capital ou para compensar prejuízos; e (2) Visando à manutenção de margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas da sociedade, pode ser constituída em 100% do lucro líquido remanescente após destinações estatutárias, sendo o saldo limitado a 95% do Capital Social Integralizado.

Diretoria

53 39 24 15 131

33 63 33 37 166

DESPESAS TRIBUTÁRIAS Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 COFINS .......................................................................... PIS ................................................................................. CPMF ............................................................................. Total ................................................................................

12)

583 95 54 732

697 113 36 846

OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Variações monetárias .................................................... Provisão para contingências ......................................... Outras ............................................................................. Total ................................................................................

13)

146 26 – 172

145 75 6 226

TRANSAÇÕES COM O CONTROLADOR E EMPRESAS LIGADAS As transações com o controlador e empresas ligadas foram efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações. Em 30 de junho - R$ mil 2007 Ativos (passivos)

2006 Receitas (despesas)

Receitas (despesas) Disponibilidades: Banco Bradesco S.A. ........................ 19 34 Aplicações em depósitos interfinanceiros (a): Banco Bradesco S.A. ........................ 244.512 14.262 134.794 10.108 Banco Finasa S.A. ............................. – – 100.468 7.244 Dividendos e juros sobre o capital próprio: Banco Finasa S.A. ............................. (7.061) – (7.378) – Serviços prestados: Banco Bradesco S.A. ........................ – – – (2) (a) Aplicações interfinanceiras de liquidez - depósitos interfinanceiros de ligadas, com taxas equivalentes às do CDI - certificado de depósito interfinanceiro.

Em 30 de junho - R$ mil 2006 Valor de Valor de custo mercado / contábil (2) atualizado

Títulos para negociação Letras do tesouro nacional ................................................................................. – – 3.750 1.198 4.948 4.930 18 331 331 Notas do tesouro nacional ................................................................................. – – – 21 21 21 – – – Letras financeiras do tesouro ............................................................................. – – – 1.924 1.924 1.924 – 1.463 1.463 Certificados de depósito bancário ..................................................................... – – 45 173 218 218 – 72 72 Debêntures ......................................................................................................... – 91 93 277 461 460 1 – – Total em 2007 ..................................................................................................... – 91 3.888 3.593 7.572 7.553 19 Total em 2006 ..................................................................................................... 195 922 120 629 1.866 1.866 (1) As aplicações em cotas de fundos de investimento foram distribuídas de acordo com os papéis que compõem suas carteiras, e no caso de operações compromissadas pelos respectivos papéis que estão lastreando as operações, preservando a classificação da categoria dos fundos. Na distribuição dos prazos, foram considerados os vencimentos dos papéis, independentemente de sua classificação contábil; e (2) O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado de acordo com a cotação de preço de mercado disponível na data do balanço. Se não houver cotação de preços de mercado disponível, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos de definições de preços, modelos de cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes. No caso das aplicações em fundos de investimento, o custo atualizado reflete o valor das respectivas cotas.

7)

Contribuição a entidades associativas ......................... Propaganda e publicidade ............................................. Serviços técnicos especializados ................................ Outras ............................................................................. Total ................................................................................

Aplicações em depósitos interfinanceiros ............................................ 244.512 – 244.512 235.262 Total em 2007 ................................................ 244.512 – 244.512 Total em 2006 ................................................ 134.794 100.468 235.262 As receitas de aplicações interfinanceiras no montante de R$ 14.262 mil (2006 - R$ 17.352 mil) foram registradas em resultado de operações com títulos e valores mobiliários.

2007 Valor de custo atualizado

OUTRAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS a) Classificação por categorias e prazos

Títulos (1)

6)

10)

APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ a) Vencimentos 181 a 360 dias

b)

c) Juros sobre o capital próprio e/ou dividendos Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados juros sobre capital próprio e/ou dividendos que somados, correspondam, no mínimo, a 25% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária.

14)

Ativos (passivos)

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social 2007

Em 30 de junho - R$ mil 2006

Resultado antes do imposto de renda e contribuição social ............................................................. 13.578 Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente ... (4.616) Efeitos das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Outros Valores ......................................................... (3) Efeito do adicional do imposto de renda ................ 12 Imposto de renda e contribuição social do semestre (4.607) b) Composição da conta de resultado do imposto de renda e contribuição social

2007

16.243 (5.522)

(10) 12 (5.520)

Em 30 de junho - R$ mil 2006

Impostos diferidos Constituição/(realização) no semestre, sobre adições/exclusões temporárias ....................... 21 Constituição/(utilização) de saldos iniciais de: Prejuízo fiscal ......................................................... – Subtotal ................................................................... 21 Impostos correntes Imposto de renda e contribuição social devidos .... (4.628) Subtotal ................................................................... (4.628) Imposto de renda e contribuição social do semestre (4.607) c) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos Saldo em 31.12.2006

Constituição

Realização

Provisões para perda de investimentos 246 – Provisões para bens não de uso ....... 38 – Provisões para contingências cíveis 4 – Provisões para contingências fiscais e trabalhistas .................................... 83 21 Outros valores .................................... 20 – Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias ................. 391 21 Total dos créditos tributários (Nota 6) 391 21 Obrigações fiscais diferidas(Nota 8) 6 8 Total dos créditos tributários ............. 385 13 d) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias Diferenças temporárias Contribuição Imposto social de renda

18 (1.223) (1.205) (4.315) (4.315) (5.520) R$ mil Saldo em 30.6.2007

– – –

246 38 4

– –

104 20

– – – –

412 412 14 398

Total

2007 .................................................................. 3 1 4 2008 .................................................................. 3 1 4 2009 .................................................................. 3 1 4 2010 .................................................................. 212 76 288 2011 .................................................................. 82 30 112 Total .................................................................. 303 109 412 A projeção de realização de crédito tributário é uma estimativa e não é diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis. e) O valor presente dos créditos tributários, calculados considerando a taxa média de captação praticada pela Organização Bradesco, líquida dos efeitos tributários, monta a R$ 366 mil (2006 - R$ 789 mil).

Parecer dos Auditores Independentes Aos Administradores e Acionistas Zogbi Leasing S.A. Arrendamento Mercantil

Diretor-Presidente Márcio Artur Laurelli Cypriano

CONTINUAÇÃO Diretores Laércio Albino Cezar

1. Examinamos os balanços patrimoniais da Zogbi Leasing S.A. Arrendamento Mercantil em 30 de junho de 2007 e de 2006 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras.

Arnaldo Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi

3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Zogbi Leasing S.A. Arrendamento Mercantil em 30 de junho de 2007 e de 2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Sérgio Socha 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Instituição, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Instituição, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro Norberto Pinto Barbedo

Maurílo Gonçalves Siqueira Contador - CRC 1SP114890/O-0

São Paulo, 3 de agosto de 2007

Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5

Washington Luiz Pereira Cavalcanti Contador CRC 1SP172940/O-6


C idades Brigadeiro nega pilhagem e chora DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

1

Roosewelt Pinheiro/ABr-08/08/2007

Nelson Jobim participou de reunião com parentes de vítimas da TAM.

Familiares de vítimas do acidente com o Boeing da Gol, em setembro de 2006, querem explicações sobre o sumiço de documentos e objetos, mas eximem FAB de culpa

F

Roberto Stuckert Filho/Agência O Globo

amiliares das vítimas do vôo 1907 da Gol, que se chocou com o jato Legacy e caiu na região da Serra do Cachimbo (MT) em setembro do ano passado, reagiram ontem à posição da Aeronáutica de se considerar denegrida pelas informações sobre pilhagem de documentos e pertences dos 154 mortos do segundo maior acidente aéreo do País. "Não estamos dizendo que a Aeronáutica roubou. O que pedimos é a apuração (do sumiço de pertences das vítimas)", afirmou ontem a presidente da Associação dos Familiares e Amigos do vôo 1907, Angelita Rosicler de Marchi. Em sessão na CPI do Apagão Aéreo do Senado, o chefe do Centro de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), brigadeiro Jorge Kersul Filho, chegou a chorar, segundo ele de tristeza, pelo fato de o trabalho de resgate feito pela Força Aérea não ter sido reconhecido como deveria. Visivelmente irritado, na Brigadeiro chora durante depoimento e recebe abraço de esposa de uma das vítimas do acidente com o Boeing da Gol, em setembro de 2006 primeira parte da sessão, Kersul afirmou que o resgate de cargas e objetos não era priori- mo que tentar encontrar uma algum lugar não encontrado." Infra-Estrutura Aeroportuária nhias aéreas de voltarem a fadade, e que várias pessoas cir- agulha num palheiro." Já refei- Ele disse que a aeronave se par- (Infraero), Sérgio Gaudenzi. A zer 44 pousos e decolagens por cularam pelo local e pelo en- to, o chefe do Cenipa disse que tiu e caiu quase na vertical, e decisão foi tomada a partir do hora em Congonhas, não será torno do acidente, inclusive não chorou de raiva, "mas de que parte da carga e da baga- depoimento de dois pilotos da atendida. O Conselho Nacioparentes das vítimas. O jornal tristeza". "Não dá para descre- gem pode ter sido expulsa em TAM, prestado à polícia de São nal de Aviação Civil aprovou O Estado de S. Paulo mostrou na ver o que vivemos lá. Pena que uma área distante do local de Paulo. Segundo eles, a reforma que as operações em Congosua edição dominical do dia 5, não esteja sendo reconhecido", onde a aeronave caiu. teria deixado a pista ainda nhas devem se limitar a 33 por sem atribuir culpa à Aeronáu- afirmou. hora, mesmo depois do final Congonhas – A pista princi- mais escorregadia. tica, um exemplo, entre outros, Se depender do Departa- das obras de colocação do groA sessão de ontem foi marca- pal do Aeroporto de Congode casos que precisam ser in- da por divergências entre os fa- nhas passará por nova avalia- mento do Controle do Tráfego oving (ranhuras para facilitar vestigados sobre documentos miliares e a Aeronáutica pela ção por determinação do presi- Aéreo da Aeronáutica (Decea), o escoamento de água) na pista e pertences das vítimas: o celu- exibição de vídeos do local da dente da Empresa Brasileira de a reivindicação das compa- principal. (Agências) lar de um dos mortos no aci- tragédia. Familiares mostraram dente apareceu no Rio dez dias uma gravação que chegou a cirdepois da tragécular no Youtube dia no Mato e que, a pedido Grosso. deles, foi retirada Ontem, em do ar. Cenas chotom irônico, o Não dá para cantes de pedabrigadeiro Kerços de corpos sul chegou a fa- descrever o que sendo resgatazer uma analogia vivemos lá. Pena que dos teriam sido que também irri- não esteja sendo colocadas na intou os parentes reconhecido. ternet por um dos mortos. "Fasargento identifiBrigadeiro Jorge cado como Roomiliares foram Kersul Filho, chefe sevelt. "O Cenipa levados até lá. do Cenipa não cuida disso e Então, são suspeitos também". nós não vazamos Minutos depois nada. Certamenda declaração, que provocou te, quem fez isso será punido. É constrangimento entre os parla- imperdoável", afirmou Kersul. mentares, o chefe do Cenipa Na seqüência, o chefe do Ceemocionou-se e obrigou a CPI a nipa exibiu um vídeo que mosinterromper o depoimento. trava o trabalho dos homens Chorando, Kersul saiu da da Aeronáutica durante parte sala para se recompor e foi dos 49 dias em que trabalhaabraçado pela mulher de uma ram no resgate dos 154 mortos. vítima do acidente. Neuza Ma- A exibição dos dois vídeos em chado procurou confortar o um telão provocou choro nos brigadeiro. "O importante é familiares das vítimas. que o corpo do meu marido foi Kersul revelou que, das 4,7 encontrado e pôde ser enterra- toneladas de cargas e bagado. Não vou reclamar que ele gens que estavam no avião da estava sem a aliança. Procurar Gol, apenas 1,6 tonelada foi uma aliança na selva é o mes- resgatada. "Há 3 toneladas em

CAMELÔS As subprefeituras não poderão emitir novas licenças para camelôs durante um ano.

Ó RBITA

USP O campus da USP de Ribeirão Preto terá 100 novas vagas em 2008, para o curso de Direito.

NOVO SECRETÁRIO DE TRANSPORTES prefeito Gilberto O Kassab (DEM) anunciou ontem o novo

secretário municipal de Transportes, cargo que era ocupado por Frederico Bussinger. Alexandre de Moraes assumirá a pasta a partir de sexta-feira e Bussinger cuidará de uma nova secretaria criada para criar a agência de regulação dos transportes públicos. Moraes já ocupou o cargo de secretário estadual da Justiça entre 2002 e 2005. O novo secretário também foi presidente da Fundação Estadual do Bem-Estar do

Menor (Febem), de agosto de 2004 a maio de 2005. Ele também já integrou o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Moraes vai acumular o cargo com a presidência da São Paulo Transporte S.A. (SPTrans), que administra o sistema de ônibus em São Paulo, serviço prestado pelas empresas privadas. A nova pasta comandada por Bussinger tem o objetivo de cuidar do planejamento dos transportes na cidade e na integração com o transporte metropolitano. (Agências)

Parentes de vítimas da TAM pedem ajuda a Jobim

C

erca de cem familiares das vítimas do vôo 3054 da TAM pediram ontem ajuda ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, para convencer a empresa a mostrar a apólice do seguro contratado com o Unibanco AIG para acidentes com suas aeronaves em reunião em Porto Alegre. Os familiares demonstraram impaciência com informações desencontradas. Dizem ter notícias de que o avião, a tripulação e os passageiros estariam cobertos por uma indenização de US$ 1,5 bilhão, mas só receberam a oferta de R$ 30 mil da TAM a título de adiantamento e temem que a empresa tente usar a eventual aceitação desse valor como quitação do débito. Jobim exibiu uma relação de providências que a TAM disse ter tomado e pediu que os familiares apontem as divergências em nova reunião, marcada para amanhã à tarde, no Blue Tree de São Paulo. (AE)


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Nacional Empresas Estilo Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

As clientes da estilista Marita de Dirceu são mulheres de 14 a 60 anos e, principalmente, mães de noivos.

DESCONTOS REDUZEM 40% DO PREÇO DAS PEÇAS

Não existe crise ou sazonalidade para lojas de vestidos de festa Empresários e estilistas agora parcelam valores, para vender mais. Kety Shapazian

A loja Black Tie vai ampliar a linha de vestidos para formatura, como este que custa R$ 500.

Divulgação

Rogério Figueiredo: tem de ter glamour.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Bento Cabral, da Black Tie: dezembro é o mês mais forte.

Modelos em estilo black-tie estão em alta de novo

A

caba hoje o que o empresário Bento Cabral, proprietário d a B l a c k Ti e , chama de único período fraco do ano para a empresa que, há mais de 20 anos, vende e aluga roupas para festa. "Em compensação, em dezembro, por mais que eu coloque pessoas para trabalhar, a espera para ser atendido chega a meia hora", diz o empresário. A afirmação reflete bem o mercado de roupa de festa – um setor que quase não enfrenta tempo ruim ou sazonalidade. Em outro endereço da cidade, o estilista Rogério Figueiredo nem toma conhecimento desses 30 dias mais fracos. "Esse segmento de confecção nunca tem crise. Ao contrário. As pessoas vão casar sempre. Além disso, não faltará gente comemorando aniversário, boda de casamento, formatura, baile de debutante..." Figueiredo, acostumado a receber mulheres com polpudas contas bancárias, atende igualmente aquelas com orçamento mais apertado. "Tenho condições de realizar os sonhos de todas. Só não abro mão dos tecidos importados. Mas os cristais Swarovski podem ser substituídos por outros. A tela italiana é trocada pela organza de seda. Substituo a renda francesa por um bordado de fio de seda maravilhoso feito pelas minhas costureiras. Faço meu produto ficar luxuoso para a classe A, para a classe B e para a C também. Hoje em dia, temos que dançar conforme a música", diz. O resultado dessas substituições é um vestido que pode custar até 40% menos. "Sem perder o estilo, o glamour e a essência de meu trabalho", garante o estilista, que veste a

Fotos: Leonardo Rodrigues/Hype

A estilista Marita de Dirceu é especializada em corseletes

atriz Beth Faria e a modelo Luiza Brunet, entre outras famosas que sempre prestigiam seus eventos beneficentes (o próximo será no dia 28). No segmento prêt-à-porter, seus vestidos variam de R$ 1,4 mil a R$ 3,8 mil. Na alta-costura, a roupa começa em R$ 4 mil e "o céu é o limite". O pagamento é em até três vezes para quem pode. Figueiredo deixa as clientes com bolsos não tão recheados parcelarem em seis vezes, se for preciso. O show deve continuar Num charmoso apartamento em Pinheiros, a estilista Marita de Dirceu – uma ex-modelo de passarela formada em engenharia civil – diz que o mercado de roupa de festa sempre será aquecido porque "o show deve continuar". "Em tempos mais difíceis, as pessoas lançam mão do que já têm. Mas, hoje, são muitas as opções em São Paulo de lugares para adquirir uma roupa – vão dos brechós aos ateliês de primeira linha", diz. Marita usa seus conhecimentos em engenharia nos corseletes (peças tomara-

que-caia ultrafemininas) cheios de estrutura. "Tenho uma visão espacial da roupa, e a primeira coisa que vejo é o formato, como ela será cortada e montada." Suas clientes são mulheres de 14 a 60 anos de idade. "Quem gosta de roupa mais arrojada curte meu trabalho. Minha roupa é sexy, romântica e contemporânea." Marita conta que faz muitos modelos para mães de noivos. "Ela está mais livre dos compromissos cerimoniais do casamento, porque quem comanda a festa é a família da noiva. Aí, as pessoas podem ousar mais. Normalmente, gostam de cores mais vibrantes, como o vermelho", diz. Suas modelagens freqüentemente aparecem em editoriais de moda das revistas especializadas, e seus corseletes e suas saias de tule tornaram-se uma espécie de marca registrada. "Minhas peças são mais intimistas. Não gosto de fazer propaganda de mim mesma, nunca tive assessoria de imprensa." Suas roupas de festa têm preços a partir de R$ 1,8 mil e podem ser parceladas em três vezes. Glamour em parcelas De volta à Black Tie, Bento Cabral diz que a empresa planeja mudar. "Vamos facilitar o pagamento o máximo possível. Hoje, dividimos em cinco vezes antes da festa. Agora, vamos aceitar dividir em nove, dez vezes. Queremos mudar, abrir para a classe B, que está aí gastando dinheiro. A bola da vez é a facilitação do pagamento", afirma. Para Cabral, as ocasiões que exigem traje black-tie estão em alta. "Nunca teve tantos eventos do gênero como agora. Todos os clubes, a Hípica, todo mundo vai fazer grandes festas no fim do ano." O farto mercado de formaturas também não foi deixado de lado. A Black Tie vai ter um espaço só para as formandas, com mais provadores e um ambiente mais descontraído. "O pessoal quando vem, vem em peso. São 30 ou 50 moças ao mesmo tempo", diz. A empresa fechou convênio com a Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e as formandas dos cursos de Artes e Comunicação têm 15% de desconto no aluguel das roupas. Os preços começam em R$ 300, e a oferta de vestidos nessa faixa aumentou. A empresa aluga, em média, cerca de 170 peças de festa por mês.


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Transpor te Educação Saúde Ciência

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 15 de agosto de 2007 Arquivo pessoal

Isamaris chegou a pesar 40 quilos, mesmo grávida de cinco meses.

PROCURA POR CIRURGIA DOBROU EM 3 ANOS

Reduzir estômago é recurso extremo Apesar do aumento da procura, cirurgia de redução de estômago, como alternativa supostamente fácil de emagrecimento, é arriscada e pode levar à morte Luiz Prado/Luz

Flávia Gianini

E

magrecer a qualquer custo é a idéia de quas e m e t a d e d o s p acientes que entram no consultório do psiquiatra Adriano Segal. O médico é fundador do Ambulatório de Obesidade e Comorbidez Psiquiátrica do Hospital das Clínicas de São Paulo. Para isso, eles não medem conseqüências. Ter o estômago reduzido cirurgicamente é o objetivo, mesmo que isso signifique conviver com nausea, anemia e até mesmo o risco de morte. O aumento no número das intervenções serve como indicativo da popularização da técnica. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica, o número das operações de redução de estômago saltou de 15 mil, em 2003, para 30 mil para 2006. E os médicos aptos a realizá-la passaram de 500 para 800 no mesmo período. A banalização da cirurgia, considerada de alto risco, está colocando especialistas em estado de alerta. "Tem paciente que chora para fazer a cirurgia, mas tem 30 de IMC", afirmou o cirurgião e pioneiro da técnica no Brasil, Arthur Garrido. O IMC, ou Índice de Massa Corpórea, é a relação entre peso e altura utilizada como parâmetro para medir o grau de obesidade. A cirurgia é indicada para obesos mórbidos, cujo IMC supera 40. Orkut – Manifestações eufóricas na internet sobre os resultados da cirurgia ajudam a popularizá-la. Digitando as palavras redução e estômago no site de relacionamento Orkut, 73 comunidades relacionadas ao tema aparecem. Entre eles, apenas um fala sobre riscos. Mas a comunidade "Perigo na Redução de Estômago" parece não fazer concorrência a grupos como "Renasci com a Redução de Estômago", "Fãs da Redução de Estômago" ou "Máfia Gastroplastizada". Enquanto a primeira tem um único participante, a última tem 2.130. Candidatos à redução são encaminhados a consultórios psiquiátricos, como o de Adriano Segal. Todos precisam de avaliação, mas só metade precisa realmente da cirurgia. Mas os conselhos dados pelos médicos nem sempre convencem. Karina Oliveira não se arrepende de ter engordado voluntariamente mais de 20kg para se enquadrar no IMC exigido para a cirurgia, quando tinha ainda 17 anos. “Comecei a engordar após uma cirurgia na perna, que me

Isamaris Lima, hoje, com sua filha Lizian: uma operação de redução de estômago, com uso de um anel, provocou uma gravidez de alto risco Arquivo pessoal

Milton Mansilha/Luz

Isamaris Lima, antes da cirurgia, quando pesava 116 quilos Arquivo pessoal

Isamaris no final da gravidez: sonda para poder sobreviver

obrigou a ficar na cama. Gorda, passei meses sem sair de casa. Era deprimida, infeliz, não tinha amigos nem namorava”, lembrou. Necessitados – O número de pessoas obesas mórbidas nunca foi tão alto no Brasil. Estima-se que o País tenha dois milhões delas. O especialista afirma que o número de cirurgias ainda é baixo quando comparado ao

número de obesos mórbidos. “Seria necessário um número muito mais elevado de procedimentos para tratar essas pessoas”, disse Garrido. A avaliação leva em conta o custo médio da cirurgia, (entre R$ 15 mil e R$ 20 mil) e dos gastos anuais com exames, consultas e medicamentos para o obeso mórbido por ano, de cerca de R$ 5 mil. Destaca-se que a taxa de morta-

Arthur Garrido, médico: "É a mutilação de um órgão vital"

lidade por doenças relacionadas à obesidade chega a 90%. Só em São Paulo existem mais de 220 mil pacientes candidatos à redução do estômago Mas usar a redução de estômago como método de emagrecimento é um atalho perigoso. O índice de mortalidade é de dois em cada mil pacientes operados. "A redução é indicada somente depois que o paciente

tentou todas as demais alternativas para emagrecer, pois tratase de um procedimento agressivo. É a mutilação de um órgão vital", resumiu Garrido. A decisão por uma cirurgia de redução de estômago vai além da análise do peso. “O que se busca é evitar que o obeso mórbido morra em decorrência de diabetes, hipertensão, hiperlipemia e alterações vasculares”, explicou.

Gravidez – As complicações pós-operatórias podem ser graves, como no caso de Isamaris Lima. Um ano depois da cirurgia que a ajudou a perder 60 quilos, enfrentar a faculdade e se casar, ela ficou grávida (a gravidez só é permitida após sete meses da cirurgia). A gestação correu normalmente até o quinto mês, quando o bebê deslocou o anel que isolava parte do seu estômago, impedindo-a de se alimentar. Isamaris chegou a pesar 40 quilos, mesmo estando grávida de cinco meses. Ela teve hipoglicemia, desidratação e anemia profunda. Isamaris foi internada. Os médicos optaram pela introdução de uma sonda nasal como forma de levar alimentação líquida diretamente ao intestino de Isamaris. Tudo isso para que o bebê ganhasse peso suficiente para viver fora do útero mediante uma cesariana de emergência. Isamaris confessa que teve medo de morrer e temia pela vida da filha. “Lizian nasceu com anemia. Tinha baixa resistência e ficava doente constantemente. Mas superou tudo”, contou a mãe. Números – De uma amostra de 53 pacientes submetidos à cirurgia de redução de estômago, 58% ganharam mais de 10 quilos em um período de cinco a nove anos após a operação. Além disso, 39% engordaram mais de 20 quilos e 13% mais de 30 quilos no mesmo período. Os resultados são de um estudo do HC. Somente 7,8% dos pacientes conseguiram manter o peso ideal. “Ganhar 10 quilos é considerado normal. Mas ganhar 30 quilos é considerado um retorno à obesidade”, disse Marlene Monteiro da Silva, psicóloga do HC. O estudo confirma que a cirurgia é apenas o início do tratamento contra a obesidade. Além dela, é preciso haver um acompanhamento nutricional, endocrinológico e psicológico. “Obesidade é uma doença multifatorial, na qual aspectos hereditários, metabólicos, ambientais, comportamentais e psicológicos interagem de um modo ainda não totalmente compreendido. Ela pode acarretar inúmeras complicações psicológicas e psiquiátricas”, disse Adriano Segal. Especialistas alertam ainda para uma conseqüência preocupante da cirurgia: a substituição do ato compulsivo. “Eles passam a aproveitar o benefício social do emagrecimento como incentivo à ingestão excessiva de bebidas alcoólicas”, acredita Garrido. Casos de alcoolismo foram observados em 18% dos analisados.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

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Alvorada Cartões, Crédito, Financiamento e Investimento S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 74.552.142/0001-06 Sede: Cidade de Deus - Prédio Novíssimo - 4o Andar - Vila Yara - Osasco - SP Relatório da Administração

Demonstração do Resultado dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil

No semestre, a Alvorada Cartões registrou Lucro Líquido de R$ 172,961 milhões, correspondente a R$ 35,36 por lote de mil ações, e Patrimônio Líquido de R$ 3,463 bilhões.

Senhores Acionistas, Apresentamos a V.Sas. as Demonstrações Financeiras da Alvorada Cartões, Crédito, Financiamento e Investimento S.A., elaboradas na forma da Legislação Societária, referentes ao semestre findo em 30 de junho de 2007.

Diretoria

Balanço Patrimonial em 30 de junho – Em Reais mil AT IV O

2007

2006

CIRCULANTE .................................................................................................. DISPONIBILIDADES ....................................................................................... APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ ....................................... Aplicações no Mercado Aberto ....................................................................... Aplicações em Depósitos Interfinanceiros ..................................................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ................................................................................................ Carteira Própria ................................................................................................ Vinculados à Prestação de Garantias ............................................................ RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS .................................................................. Créditos Vinculados: - SFH - Sistema Financeiro da Habitação ....................................................... RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS ............................................................. Transferências Internas de Recursos .............................................................. OUTROS CRÉDITOS ....................................................................................... Rendas a Receber ........................................................................................... Diversos .......................................................................................................... OUTROS VALORES E BENS .......................................................................... Outros Valores e Bens ..................................................................................... Provisões para Desvalorizações .................................................................... REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ..................................................................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ................................................................................................ Moedas de Privatização ................................................................................. Vinculados à Prestação de Garantias ............................................................ OUTROS CRÉDITOS ....................................................................................... Rendas a Receber ........................................................................................... Diversos .......................................................................................................... PERMANENTE ................................................................................................ INVESTIMENTOS ............................................................................................ Participações em Coligadas e Controladas: - No País .......................................................................................................... Outros Investimentos ...................................................................................... Provisões para Perdas .................................................................................... IMOBILIZADO DE USO .................................................................................... Imóveis de Uso ............................................................................................... Depreciações Acumuladas .............................................................................

3.217.350 52 2.997.593 3.205 2.994.388

283.053 10 277.327 – 277.327

7.342 6.739 603 23

1.356 1.356 – –

23 – – 212.264 6.354 205.910 76 1.477 (1.401) 392.087

– 21 21 4.339 – 4.339 – – – 18.270

71.540 71.270 270 320.547 206 320.341 136.610 95.441

– – – 18.270 – 18.270 – –

94.623 3.894 (3.076) 41.169 87.221 (46.052)

– – – – – –

T OT A L ..........................................................................................................

3.746.047

301.323

2007

P A S S IVO

2006

CIRCULANTE .................................................................................................. RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS ............................................................. Transferências Internas de Recursos .............................................................. OUTRAS OBRIGAÇÕES .................................................................................. Sociais e Estatutárias ..................................................................................... Fiscais e Previdenciárias ............................................................................... Diversas ..........................................................................................................

122.014 245 245 121.769 41.309 16.695 63.765

218 – – 218 – 218 –

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ........................................................................... OUTRAS OBRIGAÇÕES .................................................................................. Fiscais e Previdenciárias ............................................................................... Diversas ..........................................................................................................

160.981 160.981 144.674 16.307

11.779 11.779 7.236 4.543

PATRIMÔNIO LÍQUIDO ..................................................................................... Capital: - De Domiciliados no País .............................................................................. Reservas de Capital ........................................................................................ Reservas de Lucros ........................................................................................ Ajuste ao Valor de Mercado - TVM e Derivativos ........................................... Lucros ou Prejuízos Acumulados ...................................................................

3.463.052

289.326

2.949.759 54 500.167 13.072 –

302.930 – – – (13.604)

T OT A L ..........................................................................................................

3.746.047

301.323

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil CAPITAL REALIZADO

AJUSTE AO VALOR DE MERCADO TVM E DERIVATIVOS

RESERVAS DE LUCRO

RESERVAS DE CAPITAL

EVENTOS CAPITAL SOCIAL

AUMENTO DE CAPITAL

SALDOS EM 31.12.2005 .................................................... LUCRO LÍQUIDO .................................................................

302.930 –

SALDOS EM 30.6.2006 ...................................................... SALDOS EM 31.12.2006 .................................................... AUMENTO DE CAPITAL POR SUBSCRIÇÃO .................... AUMENTO DE CAPITAL COM RESERVAS ....................... HOMOLOGAÇÃO DE AUMENTO DE CAPITAL .................. ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ..................... AJUSTE AO VALOR DE MERCADO -TVM E DERIVATIVOS LUCRO LÍQUIDO ................................................................. - Reservas .............................................. - Dividendos Declarados ....................... SALDOS EM 30.6.2007 ......................................................

2007

2006

Osasco, SP, 3 de agosto de 2007.

RESERVA LEGAL

OUTRAS

RESERVA ESTATUTÁRIA

– –

– –

– –

302.930

302.930 – – 2.482.441 – – – – –

2.482.441 164.241 147 (2.482.441) – – – – –

– – – – 54 – – – –

24.159 – – – – – – 8.648 –

2.785.371

164.388

54

32.807

467.360

LUCROS/ (PREJUÍZOS) ACUMULADOS

TOTAIS

PRÓPRIAS

– –

– –

(25.612) 12.008

277.318 12.008

(13.604)

289.326

344.272 – (147) – – – – 123.235 –

2.474 – – – – 10.598 – – –

– – – – – – 172.961 (131.883) (41.078)

3.156.276 164.241 – – 54 10.598 172.961 – (41.078)

13.072

3.463.052

RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ............................................ Operações de Crédito ...................................................................................... Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários ..........................

176.601 2.021 174.580

20.245 8 20.237

RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ............................ OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS ....................................... Despesas de Pessoal ..................................................................................... Outras Despesas Administrativas .................................................................. Despesas Tributárias ....................................................................................... Resultado de Participações em Coligadas e Controladas ............................. Outras Receitas Operacionais ........................................................................ Outras Despesas Operacionais ......................................................................

176.601 53.560 (1.962) (2.900) (9.687) 53.394 17.972 (3.257)

20.245 (1.747) (811) (98) (955) – 379 (262)

RESULTADO OPERACIONAL .......................................................................... RESULTADO NÃO OPERACIONAL .................................................................

230.161 4.654

18.498 –

RESULTADO ANTES DATRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO ............................. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ........................................

234.815 (61.854)

18.498 (6.490)

LUCRO LÍQUIDO ..............................................................................................

172.961

12.008

Número de ações ............................................................................................ Lucro por lote de mil ações em R$ .................................................................

4.891.393.252 35,36

491.948.625 24,41

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil 2007

2006

ORIGEM DOS RECURSOS ............................................................................. LUCRO LÍQUIDO .............................................................................................. AJUSTES AO LUCRO LÍQUIDO ...................................................................... Depreciações e Amortizações ........................................................................ Resultado de Participação em Coligadas e Controladas ............................... Provisão para Perdas de Investimentos ......................................................... Outros .............................................................................................................. RECURSOS DE ACIONISTAS ......................................................................... Aumento do Capital Social por Subscrição .................................................... AJUSTE AOVALOR DE MERCADO - TÍTULOS DISPONÍVEIS PARA VENDA

348.709 172.961 (53.102) 1.033 (53.394) 236 (977) 164.241 164.241 10.598

23.644 12.008 – – – – – – – –

RECURSOS DETERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: - Aumento dos Subgrupos do Passivo ........................................................... Outras Obrigações ......................................................................................... - Diminuição dos Subgrupos do Ativo ............................................................ Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos ........ Relações Interdependências ........................................................................ Outros Créditos .............................................................................................. - Alienação (Baixa) de Bens e Investimentos ................................................ Bens Não de Uso Próprio .............................................................................. Imobilizado de Uso ....................................................................................... Investimentos ................................................................................................ - Dividendos Recebidos de Coligadas e Controladas .................................... APLICAÇÃO DOS RECURSOS ....................................................................... DIVIDENDOS DECLARADOS ......................................................................... INVERSÕES EM ............................................................................................. Bens Não de Uso Próprio ................................................................................ AUMENTO DOS SUBGRUPOS DO ATIVO ...................................................... Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ........................................................ Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos .......... Relações Interfinanceiras ............................................................................... REDUÇÃO DOS SUBGRUPOS DO PASSIVO ................................................. Relações Interdependências .......................................................................... Outras Obrigações ........................................................................................... REDUÇÃO DAS DISPONIBILIDADES ............................................................

– – 49.443 – – 49.443 1.062 360 701 1 3.506 348.729 41.078 11 11 175.600 158.070 17.507 23 132.040 283 131.757 (20)

3.097 3.097 8.539 6.706 2 1.831 – – – – – 23.647 – – – 23.647 23.647 – – – – – (3)

MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA

Início do Semestre .....................................................

72

13

Fim do Semestre ........................................................

52

10

Redução das Disponibilidades .................................

(20)

(3)

Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras 1)

2)

3)

4)

CONTEXTO OPERACIONAL A Alvorada Cartões, Crédito, Financiamento e Investimento S.A., tem como objetivo as operações de concessão de créditos e financiamentos de bens e serviços, financiamentos de capital de giro e administração de recursos de terceiros, bem como a emissão e administração de cartões de crédito, próprios e/ou de terceiros, inclusive a cobrança de faturas e o financiamento aos clientes. A Alvorada Cartões, Crédito, Financiamento e Investimento S.A. é parte integrante da Organização Bradesco, utilizando-se de seus recursos administrativos e tecnológicos, e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto. A Assembléia Geral Extraordinária realizada em 22 de setembro de 2006 deliberou a incorporação de ações da empresa Oregon Holdings S.A.. Considerando essa incorporação o referido patrimônio liquido que em 31 de agosto de 2006 da Alvorada Cartões, Crédito, Financiamento e Investimento S.A. era de R$ 293.358.943,91, totalizou R$ 2.695.098.123,20. Operação homologada pelo Banco Central do Brasil (BACEN) em 23 de março de 2007. Conforme Instrumento de Protocolo e Justificação firmado em 29 de novembro de 2006, a Assembléia Geral Extraordinária realizada em 30 de novembro de 2006 deliberou as incorporações do Banco BEC S.A. e do Banco Mercantil de São Paulo S.A., visando promover a reorganização societária, maximizando operações e recursos disponíveis e, conseqüentemente, eliminando os custos operacionais, administrativos e legais advindos da manutenção dos Bancos incorporados. A operação foi efetivada com base em balanços patrimoniais levantados em 30 de setembro de 2006. Aguardando homologação do BACEN.

5)

1 a 30 dias Aplicação no mercado aberto: Posição bancada .............................................. Letras do tesouro nacional .................................. Aplicações em depósitos interfinanceiros ..... Total 2007 .......................................................... Total 2006 .......................................................... 6)

PASSIVO Circulante e exigível a longo prazo ........................... Relações interfinanceiras e interdependências ......... Outras obrigações ....................................................... Patrimônio líquido ...................................................... Total .............................................................................

513.437 2 489.875

2.268.566 2 1.701.099

2.782.003 4 2.190.974

1.140 22 22.398 26.020 23.643 2.377 539.457

54.902 178.979 333.584 68.961 21.522 47.439 2.337.527

56.042 179.001 355.982 94.981 45.165 49.816 2.876.984

159.689 – 159.689 379.768 539.457

233.030 438 232.592 2.104.497 2.337.527

392.719 438 392.281 2.484.265 2.876.984 R$ mil

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO Receitas da intermediação financeira ....................... Despesas da intermediação financeira ..................... Resultado bruto da intermediação financeira ........... Outras receitas/despesas operacionais ................... Resultado operacional ............................................... Resultado não operacional ........................................ Resultado antes da tributação sobre o lucro e participações ................................................................... Imposto de renda e contribuição social .................... Lucro líquido / (Prejuízo) ............................................

Banco BEC S.A.

Banco Mercantil de São Paulo S.A.

Total

145.006 26.894 118.112 (120.079) (1.967) (5.979)

295.067 14 295.053 (28.179) 266.874 8.409

440.073 26.908 413.165 (148.258) 264.907 2.430

(7.946) (31.154) (39.100)

275.283 (96.621) 178.662

267.337 (127.775) 139.562

181 a 360 dias

3.205 3.205 2.994.388 2.997.593 273.231

– – – – 4.096

3.205 3.205 2.994.388 2.997.593

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 Rendas de aplicações em operações compromissadas: Posição bancada ............................................................ Subtotal ........................................................................... Rendas de aplicações em depósitos interfinanceiros ... Total 2007(Nota 6b) ......................................................... Total 2006 (Nota 6b) .........................................................

– – 277.327 277.327

2006

321 321 170.004 170.325

– – 20.066 20.066

Em 30 de junho - R$ mil

Títulos (1)

1 a 30 dias

Títulos para negociação ........................................... Letras financeiras do tesouro .................................... Certificados de depósito bancário ............................ Notas do tesouro nacional ........................................ Letras do tesouro nacional ........................................ Debêntures ................................................................ Títulos disponíveis para venda ................................ Ações ........................................................................ Certificados de privatização ..................................... Total em 2007 ........................................................... Total em 2006 ........................................................... (1) (2)

31 a 180 dias

– – – – – – 1.182 1.182 – 1.182 277

181 a 360 dias

410 270 – – – 140 – – – 410 14

Acima de 360 dias

816 603 70 – – 143 – – – 816 172

Valor de mercado/ contábil (2)

2007 Valor de custo atualizado

6.430 3.855 337 33 1.492 713 72.452 1.182 71.270 78.882

6.430 3.855 337 33 1.492 713 52.643 1.201 51.442 59.073

5.204 2.982 267 33 1.492 430 71.270 – 71.270 76.474 893

2006 Marcação a mercado – – – – – – 19.809 (19) 19.828 19.809

Valor de mercado/ contábil (2)

Marcação a mercado

1.356 413 103 90 750 – – – –

1.356 413 103 90 750 – – – –

1.356

1.356

As aplicações em cotas de fundos de investimento foram distribuídas de acordo com os papéis que compõem suas carteiras, preservando a classificação da categoria dos fundos. Na distribuição dos prazos, foram considerados os vencimentos dos papéis, independentemente de sua classificação contábil; e O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado de acordo com a cotação de preço de mercado disponível na data do balanço. Se não houver cotação de preços de mercado disponível, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos de definições de preços, modelos de cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes. No caso das aplicações em fundos de investimento, o custo atualizado reflete o valor das respectivas cotas, que já estão a valor de mercado.

b) Resultado de títulos e valores mobiliários Classificadas na demonstração de resultado como resultado de operações com títulos e valores mobiliários.

7)

OUTROS CRÉDITOS - DIVERSOS Em 30 de junho - R$ mil 2007

2006

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007

2006

Rendas de aplicações interfinanceiras de liquidez ....... Títulos de renda fixa ........................................................ Fundos de investimentos ................................................ Ajuste a valor de mercado - TVM e derivativos ..............

170.325 3.248 206 801

20.066 171 – –

Total .................................................................................

174.580

20.237

c) A Alvorada Cartões, Crédito, Financiamento e Investimento S.A. não possuía operações com instrumentos financeiros derivativos em 30 de junho de 2007 e de 2006. 8)

(1) (2) (3) (4) (5) (6)

366.394 33.896 1.128 2.013 20.168 101.699 113 840 526.251

15.526 4.461 1.880 727 15 – – – 22.609

(7)

12.000 – 92.468

24.086 – 148.073

11.999 – 338.790

– – –

99,999% – 8,963%

99,999% – 8,963%

867 – 982

24.085 – 13.272

867 1.462 88

– – –

– – –

74.534 53.778

520.589 529.108

14 1.640

– –

0,104% 11,357%

0,104% 11,357%

425.961 444.990

543 56.723 94.623

443 50.534 53.394

– –

– –

Dados relativos a 30 de junho de 2007; Dados relativos a 31 de maio de 2007; Empresas com controle compartilhado pelo acionista controlador e suas empresas controladas; Empresa adquirida em maio de 2007; Inclui deságio de R$ 3.367 mil; Ajuste decorrente de avaliação, considera os resultados apurados pelas companhias a partir da aquisição e inclui variações patrimoniais das investidas não decorrentes de resultado, bem como os ajustes por equalização de princípios contábeis, quando aplicáveis; e Não auditadas no semestre.

b) Composição de outros investimentos

Em 30 de junho - R$ mil 2007

Aplicações por incentivos fiscais ..................................................... Títulos patrimoniais ............................................................................ Outros investimentos ......................................................................... Subtotal .............................................................................................. Provisão para perdas em aplicações por incentivos fiscais ............ Provisão para perdas em outros investimentos ................................ Subtotal .............................................................................................. Total .................................................................................................... 9)

Créditos tributários e impostos e contribuições (Nota 21c) .................... Depósitos em garantia de recursos fiscais ............................................. Depósitos em garantia de recursos trabalhistas ..................................... Depósitos em garantia – outros ............................................................... Impostos e contribuições a compensar .................................................. Pagamentos a ressarcir (1) ...................................................................... Devedores diversos ................................................................................. Outros ....................................................................................................... Total .......................................................................................................... (1) Refere-se, substancialmente a Tributos a recuperar.

INVESTIMENTOS a) Os ajustes decorrentes da avaliação pelo método de equivalência patrimonial dos investimentos foram registrados em contas de resultado, sob a rubrica de “Resultado de participações em coligadas e controladas”: Em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Partricipação Quantidade de ações Partricipação Patrimônio Lucro Capital consolidada Ajuste Ajuste possuídas (em milhares) no capital líquido líquido Empresas Valor Valor social no capital decorrente de decorrente de social ajustado ajustado contábil contábil social avaliação (4) avaliação (6) O.N. P.N. Bec D.T.V.M. (1)(7) .............................. Serasa S.A. (2)(3)(7) .......................... Tecnologia Bancária S.A. (2)(3)(7) ..... Cia. Brasileira de Meios de Pagamento Visanet (2) (3)(7) .............................. Serel Participações S.A (4)(5)(7) ....... Total em 2007 .................................... Total em 2006 ....................................

INFORMAÇÕES PARA EFEITO DE COMPARABILIDADE Em 30 de setembro de 2006, a Alvorada Cartões, Crédito, Financiamento e Investimento S.A.,incorporou o Banco BEC S.A. e o Banco Mercantil de São Paulo S.A., (Nota 1). Apresentamos os principais saldos do balanço patrimonial e demonstração do resultado em 30 de setembro de 2006: R$ mil Banco Mercantil de São Paulo Banco BEC S.A. S.A. Total ATIVO Circulante e realizável a longo prazo ....................... Disponibilidades ......................................................... Aplicações interfinanceiras de liquidez ..................... Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos ................................................................ Relações interfinanceiras e interdependências ......... Outros créditos e outros valores e bens ..................... Permanente ................................................................ - Investimentos ........................................................... - Imobilizado ............................................................... Total .............................................................................

Em 30 de junho - R$ mil Total 2007 2006

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS a) Classificação por categorias e prazos

APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, associadas às normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do BACEN, que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas. PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro apresentadas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro-rata” dia e calculadas com base no método exponencial. b) Aplicações interfinanceiras de liquidez São registradas ao custo de aquisição, acrescidas dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidas de provisão para desvalorização, quando aplicável. c) Títulos e valores mobiliários Títulos para negociação - adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; Títulos disponíveis para venda - que não se enquadrem como para negociação nem como mantidos até o vencimento, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários; e Títulos mantidos até o vencimento - adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento, são avaliados pelos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período. d) Imposto de renda e contribuição social A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. e) Investimentos Os investimentos relevantes em controladas e coligadas foram avaliados pelo método de equivalência patrimonial. Os títulos patrimoniais da CETIP - Câmara de Custódia e Liquidação e da Bolsa de Mercadorias & Futuros BM&F são avaliados com base no valor patrimonial, não auditado, informado pelas respectivas bolsas e os acréscimos ou decréscimos são registrados diretamente no patrimônio líquido, e os incentivos fiscais e outros investimentos foram avaliados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perda, quando aplicável. f) Ativo imobilizado Demonstrado ao custo de aquisição, líquido das respectivas depreciações acumuladas, calculadas pelo método linear de acordo com a vida útil-econômica estimada dos bens, sendo: imóveis de uso - edificações - 4% ao ano; móveis e utensílios e máquinas e equipamentos - 10% ao ano; sistema de processamento de dados - 20% a 50% ao ano e sistema de comunicação - 10% ao ano. g) Ativos e Passivos Contingentes e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias O reconhecimento, a mensuração e a divulgação das contingências ativas e passivas e obrigações legais são efetuados de acordo com os critérios definidos na Deliberação CVM 489/05. • Ativos Contingentes: Não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui total controle da situação ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo. Os ativos contingentes com probabilidade de êxito provável são apenas divulgados nas demonstrações financeiras (Nota 10a). • Passivos Contingentes: São constituídos levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade; e no posicionamento de Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável, o que ocasionaria uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes classificados como de perdas possíveis não são reconhecidos contabilmente, devendo ser apenas divulgados nas demonstrações financeiras, e os classificados como remotos não requerem provisão e divulgação (Nota 10b); e • Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias: Decorrem de processos judiciais relacionados a obrigações tributárias, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou constitucionalidade, que independente da avaliação acerca da probabilidade de sucesso, têm os seus montantes reconhecidos integralmente nas demonstrações financeiras (Nota 10b). h) Outros ativos e passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidos e provisão para perda, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e das variações monetárias (em base “pro-rata” dia) incorridos.

b) Receitas de aplicações interfinanceiras de liquidez Classificadas na demonstração de resultado como resultado de operações com títulos e valores mobiliários.

APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ a) Vencimentos

2006

3.120 591 183 3.894 (2.828) (248) (3.076) 818

– – – – – – – –

II - Processos cíveis São pleitos de indenização por dano moral e patrimonial. Essas ações são controladas individualmente e provisionadas para processos específicos com base na opinião de assessores jurídicos, levando em consideração: a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade e, no posicionamento de Tribunais. III - Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias A empresa vem discutindo judicialmente a legalidade e constitucionalidade de alguns tributos e contribuições, os quais estão totalmente provisionados não obstante as boas chances de êxito a médio e longo prazo, de acordo com a opinião dos assessores jurídicos. As principais questões são: - CSLL - R$ 65.290 mil: Questionamento da CSLL exigida das instituições financeiras nos anosbase de 1995 a 1998 por alíquotas superiores às aplicadas às pessoas jurídicas em geral, em desrespeito ao princípio constitucional da isonomia; - COFINS - R$ 22.857 mil: Pleiteia calcular e recolher a Cofins, a partir de outubro de 2005, sobre o efetivo faturamento, cujo conceito consta do artigo 2o da Lei Complementar no 70/91, afastandose assim a inconstitucional ampliação da base de cálculo pretendida pelo parágrafo 1o do artigo 3o da Lei 9.718/98; IV - Movimentação das Provisões Constituídas

IMOBILIZADO DE USO Em 30 de junho - R$ mil 2007 Taxa Imóveis de uso - Terrenos ................................... - Edificações ............................. Outras imobilizações de uso .... Total ...........................................

Custo – 4% –

34.515 52.699 7 87.221

2006

Reavaliação

Valor residual

Valor residual

– (46.052) – (46.052)

34.515 6.647 7 41.169

– – – –

10) ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES E OBRIGAÇÕES LEGAIS - FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS a) Ativos Contingentes Não foram reconhecidos contabilmente ativos contingentes. b) Passivos Contingentes classificados como perdas prováveis e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias A empresa é parte em processos judiciais, de natureza trabalhista, cível e fiscal, decorrentes do curso normal de suas atividades. As provisões foram constituídas levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade e, no posicionamento de Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável. A Administração da empresa entende que a provisão constituída é suficiente para atender perdas decorrentes dos respectivos processos. O passivo relacionado à obrigação legal em discussão judicial é mantido até o ganho definitivo da ação, representado por decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, ou a sua prescrição. I - Processos trabalhistas São ações ajuizadas por ex-empregados, visando a obter indenizações, em especial o pagamento de “horas extras”.

Trabalhista No início do semestre ................................... Atualização monetária ................................... Constituições ................................................. Reversões ...................................................... Baixa por pagamento ..................................... Em 2007 ......................................................... Em 2006 .........................................................

1.071 116 – – (324) 863 1.201

Em 30 de junho - R$mil Fiscais e Previdenciárias Cível (1) 86.347 150 – (15.000) (4) 71.493 3.342

146.541 3.708 12 – (289) 149.972 3.612

(1) Compreende, substancialmente, obrigações legais. c) Passivos Contingentes classificados como perdas possíveis A empresa mantém um sistema de acompanhamento para todos os processos administrativos e judiciais em que a instituição figura como “autora” ou “ré” e amparada na opinião dos assessores jurídicos classifica as ações de acordo com a expectativa de insucesso. Neste contexto os processos contingentes avaliados como de risco de perda possível não são reconhecidos contabilmente. 11) OUTRAS OBRIGAÇÕES a) Fiscais e previdenciárias Em 30 de junho - R$ mil 2007 Provisão para riscos fiscais (1) ......................................................... Provisão para impostos e contribuições sobre lucros ...................... Provisão para impostos e contribuições diferidos ............................ Impostos e contribuições a recolher .................................................. Total ....................................................................................................

149.972 2.025 7.955 1.417 161.369

2006 3.612 3.310 314 218 7.454

CONTINUA


Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

1

2

pesos-pesados da economia real americana já apontam efeitos da crise

MEDO DE RECESSÃO NA MAIOR ECONOMIA DO MUNDO VOLTA COM FORÇA E AFETA NEGÓCIOS GLOBAIS

PÂNICO TUMULTUA OS MERCADOS O temor de que a crise imobiliária americana jogue a maior economia do mundo em uma recessão voltou com força ontem e derrubou novamente os mercados mundiais. Notícias indicando que o mercado de crédito comercial e a economia real nos Estados Unidos já sofrem os efeitos da crise no segmento imobiliário subprime exacerbaram as preocupações dos investidores ontem. Os mercados de ações em Wall Street reforçaram o tom de baixa, refletindo a migração dos investidores para a busca de proteção nos Treasuries (papéis do tesouro) cujos preços subiram e os juros caíram. O dólar avançou ante o euro, mas caiu em relação ao iene. A notícia de que o fundo mútuo Sentinel Management Group pediu à Comissão de Negociação Futura de Commodity dos EUA permissão para suspender os resgates de recursos pedidos por seus clientes, até que possa fazê-los de modo ordenado, exacerbou as preocupações sobre um aperto no crédito. Ainda assim, o Federal Reserve não atuou com oferta de liqüidez no mercado norte-americano, indicando que as condições estavam aparentemente melhores do que nos dias ante-

riores. Já o BCE europeu fez duas atuações (uma no overnight, de cerca de US$ 10,46 bilhões, e outra por sete dias, regular, de US$ 421 bilhões). De outro lado, o Banco do Japão e o Banco da Reserva da Austrália, as maiores instituições da região Ásia-Pacífico, enxugaram a liqüidez dos mercados financeiros, diante dos

0,6

por cento foi a alta da inflação norteamericana, no mês de julho, para o mercado de atacado. Índice acima do projetado, que era de 0,2%. sinais de normalidade dos negócios. Na manhã de hoje, o índice Nikkei da Bolsa de Tóquio abriu em queda de 1,24%. Ontem, as bolsas européias fecharam em queda, assim como os mercados de ações em Nova York . No Canadá, a agência de classificação de risco DBRS disse que 17 emissores de commercial papers pediram financiamento a seus

provedores de liqüidez. As notícias ruins pipocaram de todos os lados e, principalmente, de onde não deveriam ter vindo: da economia real. O mercado se ressentiu do sinal amarelo dado pela Wal-Mart – maior varejista do mundo – e pela Home Depot. A Wal-Mart reduziu a projeção de lucro para o ano por causa dos números do segundo trimestre, que não vieram dentro do esperado. A causa foi a pressão financeira enfrentada por seus consumidores. Esses mesmos clientes também estão comprando menos produtos da Home Depot, especializada em artigos para casas. Por isso, esta varejista anunciou lucro menor no segundo trimestre e previu condições difíceis até o ano que vem. As duas empresas trouxeram à tona o mais profundo temor dos investidores, que era o contágio dos problemas do crédito imobiliário subprime na economia real. E isso ainda tem um agravante: a inflação no atacado, o PPI, subiu 0,6% em julho, muito acima das projeções de 0,2%. "O contágio para outros segmentos já é visível. Houve a contaminação de fundos importantes", afirmou Paulo Nogueira Batista Júnior, representante do Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI). (AE)

OMC alerta para os efeitos negativos da crise

A

Organização Mundial do Comércio (OMC) alertou que as turbulências no mercado financeiro e imobiliário poderão ter impacto negativo no ritmo de crescimento das exportações e da economia global em 2008. A entidade, que apela para a conclusão da Rodada Doha como forma de fortalecer a economia mundial, ainda reforçou que a volatilidade nos últimos dias tem contribuído para aumentar as incertezas sobre o comércio multilateral neste ano. Na avaliação da OMC, se a crise imobiliária se confirmar nos Estados Unidos, os países que destinam importante parcela de seu comércio ao mercado americano devem ser os que mais sofrerão. A análise faz parte do relatório anual da OMC publicado ontem e que destaca que, para este ano, o comércio mundial deverá ter uma alta de 6%, comparado com 8% em 2006. Há cerca de dois meses a OMC chegou a rever para cima a projeção de crescimento das atividades. Mas com a atual crise e diante das incertezas sobre o déficit comercial americano, acabou voltando à projeção inicial. Para Robert Teh, economista

da OMC, não está descartado que os riscos identificados no mercado financeiro possam contaminar o crescimento mundial nos próximos meses. Segundo ele, se a crise for estabelecida na forma pela qual os bancos realizam seus empréstimos, o impacto no comércio será evidente. Para o economista da OMC, quanto maior for a relação de um país com os americanos, maior poderá ser o risco. "Nos últimos dez anos, o mercado dos EUA foi muito interessante para muitos exportadores. Mas uma crise pode acabar exigindo a diversificação dos destinos das vendas , afirmou. O desempenho americano em 2006 ajudou o comércio mundial a atingir um crescimento de 8%, o maior desde 2000. O mercado internacional movimentou US$ 11,7 bilhões, 15% a mais que em 2005. O ano ainda foi o melhor nas exportações dos EUA em uma década, ainda que o déficit comercial tenha aumentado. O crescimento dos PIBs europeu e japonês também teve efeito positivo no ano passado. Isso sem contar com o fato de que China e Índia continuam batendo recordes de exporta-

ção. Em 2006, o aumento das exportações chinesas foi de 27% e, nos primeiros meses de 2007, o país já superou os Estados Unidos como segundo maior exportador do mundo. Diante do desempenho de Pequim, os países emergentes tiveram uma participação recorde no comércio mundial, com 36% de tudo que é exportado e importado. Para algumas regiões, como a América do Sul e o Oriente Médio, o ano foi de recorde nas exportações em valores, graças a alta nos preços de metais e combustíveis. Para 2007, a OMC, por enquanto, mantém a previsão de crescimento do PIB mundial em cerca de 3%. Mas não descarta uma queda em 2008. Não por acaso, a entidade aproveitou a publicação de ontem para insistir na necessidade de os governos entrarem em acordo para concluir a Rodada Doha. Para o diretorgeral da entidade, Pascal Lamy, a conclusão enviaria uma mensagem de confiança aos governos, agentes econômicos e ao público . Para ele, um acordo demonstraria o compromisso dos governos com a abertura de mercados e regras multilaterais. (AE) DC

PABX: (11) e Dobra de Chapas Metálicas em Aço 2273-7111 Corte Inoxidável, Aço Carbono e Alumínio. Tubos, Vigas, Chapas, Tarugos, Discos, Cantoneiras, fax: (11) Ferro Chato e Redondo. Serviço de Oxicorte, 6168-5043 Plasma e tudo pertencente ao Ramo.

Kai Pfaffenbach/Reuters

Mauricio LIma/AFP Photo

Baixa: bolsas européias acompanharam a queda

BM&F: volume financeiro pesado com taxas em alta.

A

Bovespa acompanha e cai

Bolsa de Valores de São Paulo terminou o pregão de ontem na mínima do dia, aos 50.911,8 pontos, o patamar mais baixo desde 24 de maio deste ano (50.530,6 pontos). Em percentual, a queda atingiu 2,9%. Na máxima do dia, o índice se situou em 52.945 pontos (+0,97%). Com esse desempenho, a Bolsa acumula baixa de 6,04% no mês. No ano, a alta diminuiu para 14,48%. O volume financeiro negociado foi melhor que o de anteontem e totalizou R$ 5,094 bilhões. A Bovespa teve quase o dobro da queda porque os investidores continuam vendendo ativos líquidos – e rentáveis – pelo globo para reforçarem suas carteiras onde mais precisam, ou pelo menos para se protegerem. Isso é uma das justificativas para as ações da Vale do Rio Doce terem caído quase 5%: as ON recuaram

4,39% e as PNA, -4,95%. Esses papéis ainda acumulam mais de 32% no ano, o que abre espaço para essas ordens de venda. Ontem, a mineradora anunciou que pretende aumentar a capacidade de transporte de minério de ferro para exportação da Estrada de Ferro Vitória Minas (EFVM), dos atuais 96 milhões para 120 milhões de toneladas/ano até 2009. Isso tem acontecido também com a Petrobras que, no entanto, ontem caiu pouco por causa da reação ao balanço positivo divulgado e também por causa do plano estratégico de investimentos. O Plano de Negócios 2008-2012 prevê investimentos 29% maiores do que os divulgados anteriormente, passando a US$ 112,4 bilhões, até 2012. (Leia mais na pág. 5.) Os papéis ON caíram apenas 0,45% e os PN, 0,94%. O petróleo em alta no exterior também ajudou a segurar a queda.

Ontem, apenas duas ações subiram no Ibovespa: Comgás PNA (+1,20%) e Natura ON (+0,43%). Na outra ponta, Cosan ON liderou as perdas com 11,23%. Segundo o Empresas e Setores, a corporação reduziu a faixa de preço da oferta para R$ 25 a R$ 27 por papel. O book da operação será fechado hoje. Na seqüência, Eletrobrás ON caiu 9,09% e Eletrobrás PNB recuou 7,11%. A estatal do setor de energia anunciou anteontem seus resultados, que não agradaram. A empresa auferiu prejuízo de R$ 150,4 milhões no segundo trimestre, revertendo o lucro de R$ 462,3 milhões apurado no mesmo período do ano passado. Na BM&F, o volume financeiro foi pesado e as taxas subiram. O DI janeiro de 2010, que anteontem ficou em 11,3%, ontem fechou a 11,46%. O DI janeiro de 2009 avançou de 11,11% para 11 26%. (AE)

Dólar avança e chega a R$ 1,986

O

dólar avançou mais de 2% ontem, após a saída de investidores estrangeiros em razão da nova rodada de turbulência nos mercados internacionais. A moeda norte-americana fechou em alta de 2,21%, e foi cotada a R$ 1,986, depois de chegar a R$ 1,994 na máxima do dia. Diante do movimento, o Banco Central (BC) deixou de realizar leilão de compra de dólares, feito diariamente há quase um ano. No mês, a moeda acumula avanço de 5,47%. Após uma trégua na sessão anterior, o

câmbio voltou a ser afetado pela tensão nos mercados globais. "As bolsas lá fora pioraram bastante, e o dólar está atrelado a esse movimento", disse Carlos Alberto Postigo, operador de câmbio da corretora Action. Desde setembro de 2006, o BC só havia deixado de comprar divisas no mercado em feriados regionais, como o aniversário de São Paulo, em janeiro, quando o mercado de câmbio tinha um dia atípico pela falta de volume. De acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a

decisão do BC não indica que a autoridade monetária tenha abandonado a política de acumular reservas. "É uma decisão cotidiana do BC, ele achou não ser necessário e, então, não fez (a compra). Não quer dizer que amanhã não vai fazer". Mantega diminuiu o tom otimista e demonstrou preocupação com a conjuntura externa. Destacando a atuação dos bancos centrais mundiais, previu a continuidade de "grandes oscilações" no mercado por mais algum tempo. Mas voltou a reafirmar que o Brasil não será afetado pela turbulência. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - ECONOMIA/LEGAIS CASA DE SAÚDE SANTA RITA S/A CNPJ (MF) nº 60.882.289/0001-41 – NIRE nº 35.300.059.361 Ata das Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária realizadas sucessivamente em 25 de abril de 2007. I - Local, Data e Hora: Sede social, 25/4/2007, às 15 horas. II - Publicações Legais: a) Aviso aos Acionistas foi devidamente publicado, nos termos do artigo 133 da Lei nº 6404/76, no jornal Diário Oficial do Estado de São Paulo em suas respectivas publicações dos dias 22, 23 e 24/3/2007 e no jornal Diário do Comércio em suas respectivas edições dos dias 22, 23 e 26/3/2007; b) Relatório da Administração, Balanço Patrimonial e demais demonstrativos financeiros relativos ao exercício social encerrado em 31/12/2006 foram devidamente publicados nos jornais Diário Oficial do Estado de São Paulo e Diário do Comércio, em suas respectivas edições do dia 13/4/2007; c) Edital de Convocação foi devidamente publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo e no Diário do Comércio em suas respectivas edições dos dias 17,18 e 19/4/2007. III - Quorum de Instalação: Acionistas com direito a voto representando 81,16% do capital social, conforme se comprova pelas assinaturas apostas no final desta ata e na lista de Presença que compõe os documentos oficiais desta Assembléia. Presente, ainda, o Sr. Massao Hashimoto – CRC/SP 81.013. IV - Mesa: Presidente, Dr. Carlos Eduardo Lichtenberger e Secretário, Dr. Ricardo Carvalhaes Machado. V - Ordem do Dia: I - Assembléia Geral Ordinária: 1. Exame, discussão e aprovação do Balanço Patrimonial e demais Demonstrações Financeiras, referentes ao exercício social encerrado em 31/12/2006; 2. Destinação do resultado do exercício; 3. Fixação da remuneração da Diretoria; II - Assembléia Geral Extraordinária: 4. Aumento do Capital Social da sociedade de R$ 4.050.800,00 (quatro milhões, cinqüenta mil e oitocentos reais) para R$ 4.970.800,00 (quatro milhões, novecentos e setenta mil e oitocentos reais), ou seja, um aumento no montante de R$ 920.000,00 (novecentos e vinte mil reais), mediante a emissão de 3.680.000 (três milhões, seiscentas e oitenta mil) ações ordinárias nominativas sem valor nominal, ao preço de emissão de R$ 0,25 (vinte e cinco centavos) cada uma, valor este estipulado nos estritos termos do disposto no artigo 170, § da Lei 6404/76. O referido aumento deverá ser subscrito e integralizado em moeda corrente nacional ou mediante a utilização de créditos em conta corrente, observando-se o direito de preferência dos senhores acionistas, no prazo de 30 (trinta) dias da data de realização da assembléia. 5. Outros assuntos de interesse da sociedade. VI Sumário dos Fatos Ocorridos e Transcrição das Deliberações Tomadas na Assembléia Geral Ordinária: 1. Os senhores acionistas dispensaram a leitura dos documentos legais relativos a presente Assembléia, a saber: Ordem do Dia, Relatório da Administração, Balanço Patrimonial e demais Demonstrações Financeiras; 2. Após a discussão das matérias constantes da Ordem do Dia relativa à Assembléia Geral Ordinária, foram tomadas as seguintes deliberações: a) Com exceção do voto contrário apresentado em declaração de voto do acionista Dr. Oswaldo Peres o qual passa a fazer parte integrante desta Ata como Anexo I, e com a abstenção de voto do acionista Espólio de Oswaldo Pedro Battaglia, todos os demais acionistas presentes representando quorum legal de 70,92% aprovaram integralmente o Relatório da Administração, Balanço Patrimonial, Demonstrações do Resultado do Exercício, dos Lucros ou Prejuízos Acumulados e das Origens e Aplicações de Recursos e as respectivas Notas Explicativas, relativos ao exercício encerrado em 31/12/2006, com a abstenção dos acionistas administradores legalmente impedidos, ratificando-se integralmente os atos praticados pelos administradores; b) Com voto contrário do acionista Dr. Oswaldo Peres que passa a fazer parte integrante desta Ata como Anexo II e a abstenção de voto do Espólio de Oswaldo Pedro Battaglia, todos os demais acionistas aprovaram a destinação do resultado do exercício, no importe de R$ 3.132.059,27 (três milhões, cento e trinta e dois mil e cinqüenta e nove reais e vinte e sete centavos), da seguinte forma: R$ 156.602,96 (cento e cinqüenta e seis mil, seiscentos e dois reais e noventa e seis centavos) para a conta de Fundo de Reserva Legal (5%); R$ 313.205,93 (trezentos e treze mil, duzentos e cinco reais e noventa e três centavos) para a conta de Reserva para Contingências (10%); R$ 375.847,11 (trezentos e senta e cinco mil, oitocentos e quarenta e sete reais e onze centavos) para pagamento da distribuição de dividendos obrigatórios (12%); e R$ 2.286.403,27 (dois milhões, duzentos e oitenta e seis mil, quatrocentos e três reais e vinte e sete centavos) para conta de Lucros Acumulados. O Espólio de Oswaldo Pedro Battaglia solicita o pagamento de dividendos. c) Com voto contrário do acionista Dr. Oswaldo Peres que passa a fazer parte integrante desta Ata como Anexo III e a abstenção de voto do Espólio de Oswaldo Pedro Battaglia, todos os demais acionistas aprovaram a fixação da remuneração mensal da Diretoria para o exercício de 2007, a saber: em até 107 salários mínimos para o Diretor Presidente, em até 98 salários mínimos para o Diretor Financeiro, em até 49 salários mínimos para o Diretor Administrativo Operacional, em até 38 salários mínimos para os demais Diretores, respectivamente, já incluídos os valores relativos aos benefícios e verbas de representação dos administradores, nos termos do disposto na redação atual do artigo 152 da Lei nº 6404/76, com as modificações introduzidas pela Lei nº 9457/97. VII - Sumário dos Fatos Ocorrldos e Transcrição das Deliberações Tomadas na Assembléia Geral Extraordinária: 1. Dr. Carlos Eduardo Lichtenberger explanou sobre a Proposta da Diretoria para aumentar o capital social da sociedade que passa a fazer parte integrante desta ata (Doc. 01), passando imediatamente a palavra aos senhores acionistas para discussão. 2. Após a discussão do aumento de capital social proposto pela Diretoria da sociedade, foram tomadas as seguintes deliberações: a) Com voto contrário dos acionistas Espólio Christovam Chypriades e Dr. Oswaldo Peres, conforme teor de declaração de voto que passa a fazer parte integrante desta Ata como Anexo IV e a abstenção de voto do Espólio de Oswaldo Pedro Battaglia, foi aprovado pelos acionistas representando 69,84108% do capital social, o aumento do capital social no montante de R$ 920.000,00 (novecentos e vinte mil reais), mediante a emissão de 3.680.000 (três milhões, seiscentas e oitenta mil) ações ordinárias nominativas sem valor nominal, ao preço de emissão de R$ 0,25 (vinte e cinco centavos) cada, mediante a subscrição e integralização em dinheiro ou através da utilização de eventuais créditos em conta corrente, no prazo de 30 (trinta) dias a contar da data de realização da presente assembléia. Após tal prazo, nova Assembléia Geral Extraordinária será convocada para homologar o aumento de capital ora deliberado e, conseqüentemente, alterar a redação do artigo 5º do Estatuto Social em vigor. VIII - Quorum de Deliberação: Todas as deliberações foram tomadas pelos acionistas presentes que representam quorum superior a 69%, conforme lista de presença de acionistas e assinaturas constantes do final desta ata. IX - Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o Sr. Presidente ofereceu a palavra a quem dela quisesse fazer uso. A seguir, como ninguém mais se manifestou, o Sr. Presidente declarou suspensos os trabalhos pelo tempo necessário à lavratura da presente ata, nos termos do artigo 130, inciso 1º da Lei nº 6404/76 que lida e achada conforme, foi assinada pelos presentes. São Paulo, 25/4/2007. (aa) Presidente: Dr. Carlos Eduardo Lichtenberger e Secretário: Dr. Ricardo Carvalhaes

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Machado. Acionistas: Espólio de Christovam Chypriades (por sua inventariante Sra. Dilza Chypriades); Espólio de Oswaldo P. Battaglia (por sua advogada Dra. Patricia Ventura); Oswaldo Peres por seu procurador Dr.Giuliano Scarcela Portela Scripilliti); Monimed Equipamentos Ltda. (por seu Diretor Presidente Dr. Luis Veras Lobo); Luis Veras Lobo; Ricardo Carvalhaes Machado; Carlos Eduardo Lichtenberger; Pedro Abib Junior. A presente é cópia fiel da Ata lavrada em livro próprio. São Paulo, 25/4/2007. (a) Ricardo Carvalhaes Machado: Secretário da Mesa. (doc. 1) Proposta da Diretoria. A Diretoria da Casa de Saúde Santa Rita S/A, em reunião de seus membros aprovaram, por unanimidade, propor aos senhores acionistas um aumento do Capital Social da Sociedade, fundamentando tal proposta na forma que segue: I - Justificação. I.1. O aumento de capital ora proposto visa capitalizar a sociedade para concluir as obras de ampliação de suas dependências iniciadas em 2002. I.2. Para tanto em 28/11/2006 foi celebrado o “Contrato de Prestação de Serviços Por Empreitada Global a Preço Fixo” com a empresa LC Consultoria, Empreendimentos e Construções Ltda. no valor fixo de R$ 900.000,00, (cópia anexa). A citada empresa será responsável, inclusive, pelos serviços de fornecimento de material, mão-de-obra especializada, assim como acompanhamento técnico da obra. A conclusão da ampliação de nossas instalações é de suma importância para o hospital, pois nos garantirá um aumento de 18 (dezoito) leitos no 4º (quarto) andar, além do aumento (acréscimo de 05 leitos) e modernização da UTI, Centro Cirúrgico, criação da unidade coronariana com 08 (oito) leitos e de um centro de eventos. I.3. Tal ampliação de instalações nos garantirá maior fidelidade dos cirurgiões ao hospital, divulgação do hospital agregando valor científico, celebração de convênios com Planos de Saúde e Seguradoras de primeira linha. I.4. Ademais, face à atual política econômica de altos juros, a melhor alternativa para a sociedade é a sua capitalização, pois reduzirá o montante a ser dispendido na citada ampliação. I.5. Com a conclusão da ampliação do hospital, todos os acionistas serão beneficiados, pois haverá um aumento de seu patrimônio líquido, como vem ocorrendo desde o início da conclusão da primeira fase de ampliação do hospital inaugurada no final de 2004. I.6. O aumento do capital social ora proposto resultará numa estrutura dinâmica, ágil e apta a operar em nível de competitividade no mercado e a melhor responder as expectativas dos acionistas da mesma. II - Condições do Aumento de Capital Social. II.1. Nos termos do disposto no artigo 170 da Lei 6404/76, o montante de R$ 920.000,00 (novecentos e vinte mil reais) é o valor do aumento de capital social proposto, levando em conta o valor do contrato celebrado com a empresa LC Consultoria, Empreendimentos e Construções Ltda. II.2. O preço de emissão de ações de R$ 0,25, nos termos do artigo 170, § 1º da Lei 6404/76 foi fixado tendo por base o valor atual do patrimônio líquido da ação, sem a inclusão de qualquer perspectiva de rentabilidade da sociedade futura, beneficiando os atuais acionistas da sociedade interessados na subscrição e integralização de novas ações. II.3. A avaliação do patrimônio líquido da sociedade é efetuado pelo critério contábil, de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade. II.4. O capital social da sociedade, após o aumento de capital ora proposto, passará a ser de R$ 4.970.800,00 (quatro milhões, novecentos e setenta mil e oitocentos reais), dividido em 77.520.000 (setenta e sete milhões, quinhentas e vinte mil) ações ordinárias nominativas sem valor nominal. III - Forma de Integrallzação do Capital Social. III.1. O referido aumento de capital deverá ser subscrito e integralizado em moeda corrente nacional ou mediante a utilização de créditos em conta corrente, devendo ser observado o direito de preferência dos atuais acionistas, nos prazos de 30 (trinta) dias a contar da data de realização da assembléia. São Paulo, 25/4/2007. Diretoria: (aa.) Carlos Eduardo Lichtenberger: Diretor Presidente e Ricardo Carvalhaes Machado: Diretor Financeiro. Contador: (a) Massao Hashimoto – CRC - SP 81.013. Anexo I - Assembléia Geral Ordinária da Casa de Saúde Santa Rita S/A, realizada no dia 25/4/2007, às 15:00 horas. Declaração de voto que faz o acionista Oswaldo Peres: O signatário vota contra a aprovação do Balanço Patrimonial e demais Demonstrações Financeiras, referentes ao exercício social encerrado em 31/12/2006 (item 1 da ordem do dia da AGO), por violação do disposto nos artigos 115, § 1º e 134, § 1º, “in fine”, da Lei 6404/76, uma vez que administradores da companhia se utilizam de empresas holdings como instrumento para aprovação de suas próprias contas. São Paulo, 25/4/2007. (a) Oswaldo Peres – pp. Dr. Giuliano Scarcela Portela Scripilliti. Anexo II - Assembléia Geral Ordinária da Casa de Saúde Santa Rita S/A, realizada no dia 25/4/2007, às 15:00 horas. Declaração de voto que faz o acionista Oswaldo Peres: O signatário vota contra a destinação do Resultado do Exercício (item 2 da ordem do dia da AGO), em decorrência de haver votado contra a aprovação do Balanço Patrimonial e demais Demonstrações Financeiras referentes ao exercício social encerrado em 31/12/2006. São Paulo, 25/4/2007. (a) Oswaldo Peres – pp. Dr. Giuliano Scarcela Portela Scripilliti. Anexo III - Assembléia Geral Ordinária da Casa de Saúde Santa Rita S/A, realizada no dia 25/4/2007, às 15:00 horas. Declaração de voto que faz o acionista Oswaldo Peres: O signatário vota contra a fixação da remuneração dos membros da Diretoria (item 3 da ordem do dia da AGO), em decorrência de haver votado contra a aprovação do Balanço Patrimonial e demais Demonstrações Financeiras referentes ao exercício social encerrado em 31/12/2006. São Paulo, 25/4/2007. (a) Oswaldo Peres – pp. Dr. Giuliano Scarcela Portela Scripilliti. Anexo IV - Assembléia Geral Extraordinária da Casa de Saúde Santa Rita S/A, realizada no dia 25/4/2007, às 15:00 horas. Declaração de voto que faz o acionista Oswaldo Peres: O signatário vota contra o aumento do capital social (item 4 da ordem do dia da AGE), pelos seguintes motivos: 1. Em decorrência de haver votado contra a aprovação do Balanço Patrimonial e demais Demonstrações Financeiras referentes ao exercício social encerrado em 31/12/2006 (item 1 da ordem do dia da AGO), por violação do disposto nos artigos 115, § 1º e 134, § 1º, “in fine”, da Lei 6404/76, uma vez que administradores da companhia se utilizam de empresas holdings como instrumento para aprovação de suas próprias contas. 2. Em razão de não concordar com os Balanços Patrimoniais e demais Demonstrações Financeiras referentes aos exercícios sociais encerrados em 31/12/2003 e posteriores, conforme declarações de votos apresentadas nas respectivas AGO’s, pelos mesmos motivos expostos no item 1 supra. 3. Há suspeita de que administradores desta companhia, na medida em que são sócios quotistas da acionista controladora, em determinadas situações, vêm agindo nos interesses desta última, em detrimento do objeto e interesse social desta companhia, ficando evidente o conflito de interesses, na forma do artigo 156 da Lei 6404/76. 4. A empresa contratada para a execução de obras nesta companhia, LC Consultaria, Empreendimentos e Construções Ltda., CNPJ (MF) nº 05.066.346/0001-06, cujo objetivo do aumento do capital social é o seu pagamento, não se mostra pessoa idônea, de acordo com o Relatório Analítico Nacional da Associação Comercial de São Paulo, que faz parte integrante deste voto (doc. em anexo), apresentando, portanto, riscos a esta companhia. São Paulo, 25/4/2007. (a) Oswaldo Peres – pp. Dr. Giuliano Scarcela Portela Scripilliti. Certidão: Secretaria da Fazenda. Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o nº 240.442/07-6 em sessão de 20/06/2007. Cristiane da Silva F. Corrêa – Secretária Geral.

ISOLDI S.A. CORRETORA DE VALORES MOBILIÁRIOS Rua São Bento, 365 - 12º andar - São Paulo-SP - Carta Patente: A-67/3388 - CNPJ nº 62.051.263/0001-87 Av. Osmar Cunha, 183 - Bloco A - 10º andar - salas 1001/4 - Florianópolis-SC - Carta Patente: A-75/18 - CNPJ nº 62.051.263/0002-68 Relatório da Administração Senhores Acionistas: Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas. os balanços patrimoniais, as demonstrações de resultado, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos, referentes aos semestres encerrados em 30 de junho de 2007 e 2006 bem como, parecer dos auditores independentes. A diretoria está à disposição dos Senhores Acionistas para quaisquer informações que julgarem necessárias. São Paulo, 25 de julho de 2007. Balanços Patrimoniais em 30 de junho de 2007 e 2006 (Em milhares de reais) Ativo 2007 Circulante 25.245 Disponibilidades 4.220 Aplicações interfinanceiras de liquidez 9.801 Aplicações no mercado aberto 9.801 Títulos e vals. mobiliários e instrum. financ. derivativos 4.745 Carteira própria 2.744 Vinculados à prestação de garantias 2.001 Outros créditos 6.422 Rendas a receber 22 Negociação e intermediação de valores 6.070 Diversos 330 Outros valores e bens 57 Outros valores e bens 14 Despesas antecipadas 43 Permanente 20.551 Investimentos 19.749 Outros investimentos 19.749 Imobilizado 788 Imóveis de uso 879 Outras imobilizações de uso 376 (–) Depreciações acumuladas (467) Diferido 14 Gastos de organização e expansão 106 (–) Amortizações acumuladas (92) 45.796

2006 14.734 2.422 3.553 3.553 3.373 1.886 1.487 5.333 17 5.179 137 53 13 40 20.019 19.170 19.170 814 879 347 (412) 35 106 (71) 34.753

Passivo e Patrimônio Líquido Circulante Outras obrigações Fiscais e previdenciárias Negociação e intermediação de valores Diversas

2007 19.663 19.663 198 18.927 538

2006 11.042 11.042 105 10.429 508

Patrimônio Líquido Capital De Domiciliados no país Reservas de capital Reservas de lucros Ajuste ao valor mercado - TVM e Derivativos Prejuízos acumulados Ações em tesouraria

26.133

23.711

Lucro líquido por lote de mil ações - R$

45.796

Demonstrações das Mutações do Patrimônio Liquido (Em milhares de reais) Ajuste ao valor Lucros Capital Reservas Reservas de mercadoTVM (Prejuízos) realizado de capital de lucro e derivativos acumulados Saldos em 31 de dezembro de 2005 4.480 19.179 138 250 (1.506) Outros eventos: Ajuste ao valor de mercado TVM e Derivativos – – – 86 – Atualização de títulos patrimoniais – 1.772 – – – Lucro líquido do semestre – – – – 458 Saldos em 30 de junho de 2006 4.480 20.951 138 336 (1.048) Mutações no período – 1.772 – 86 458 Saldos em 31 de dezembro de 2006 Outros eventos: Ajuste ao valor de mercado TVM e Derivativos Atualização de títulos patrimoniais Lucro líquido do semestre Destinações: Juros sobre o Capital Próprio Saldos em 30 de junho de 2007 Mutações no período

4.480 4.480 21.531 20.951 138 138 1.950 336 (820) (1.048) (1.146) (1.146)

4.480

22.738

138

772

(1.142)

– – –

– (1.207) –

– – –

1.178 – –

– – 405

– 4.480

– 21.531

– 138

– 1.950

(83) (820)

(1.207)

1.178

322

34.753

Ações em Tesouraria Total (1.146) 21.395 – 86 – 1.772 – 458 (1.146) 23.711 – 2.316 (1.146) 25.840 – – –

1.178 (1.207) 405

– (83) (1.146) 26.133 –

293

Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis em 30 de junho de 2007 e 2006 (Em milhares de reais) 1. Contexto Operacional - A Sociedade tem por objeto social operar em Bolsa de Valores, de Mercadorias e de Futuros, negociar e distribuir títulos e valores mobiliários, por conta própria ou de terceiros e exercer a intermediação em operações de câmbio e demais atividades permitidas e regulamentadas pelo Banco Central do Brasil - BACEN. 2. Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis - As demonstrações contábeis foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com a Lei das Sociedades por Ações, Lei nº 6.404/76, e com os critérios estabelecidos no Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional - Cosif instituído pela Circular 1.273/87 do Banco Central do Brasil e Normas da Comissão de Valores Mobiliários – CVM, aplicáveis às Corretoras de Valores, Câmbio e Títulos. 3. Principais Práticas Contábeis - 3.1. Apuração do resultado - As receitas e despesas foram apropriadas pelo regime de competência; 3.2. Aplicações interfinanceiras de liquidez e títulos e valores mobiliários - Demonstrados ao custo, acrescidos dos rendimentos auferidos e ajustados ao valor de mercado, quando este for menor, mediante constituição de provisão para desvalorização; 3.3. Ativos e passivos circulantes - Demonstrados pelos valores de custo incluindo, quando aplicável, os rendimentos, encargos e as variações monetárias e cambiais incorridas, deduzidos das correspondentes rendas, despesas a apropriar e, quando aplicável, provisões para perdas; 3.4. Negociação e intermediação de valores - Demonstrada pelo saldo das operações de compra ou venda de títulos, realizados junto às Bolsas de Valores e à Bolsa de Mercadorias e Futuros - BM&F, por conta própria e de clientes, pendentes de liquidação dentro dos prazos regulamentares; 3.5. Permanente - Demonstrado ao custo corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995, combinado com os seguintes aspectos: • A depreciação do imobilizado é calculada pelo método linear, com base em taxas que contemplam a vida útil-econômica dos bens: instalações, móveis e equipamentos, 10% a.a.; veículos e equipamentos de processamento de dados, 20% a.a.; edificações, 4% e demais itens, 10% a.a., e • Os títulos patrimoniais das Bolsas de Valores de São Paulo, Bolsa de Mercadorias do Rio Grande do Sul - em liquidação, Bolsa de Mercadorias & Futuros de São Paulo e Bolsa Brasileira de Mercadorias são demonstrados ao valor nominal, atualizado conforme informativo enviado pelas respectivas bolsas e por 500 ações da Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia e 22.203 ações da Multi Broker S.A. Corretoras Associadas. A atualização desses títulos é registrada em contrapartida da conta de reserva de capital; 3.6. Impostos e contribuições - As provisões para Imposto de Renda, Contribuição Social, Pis e COFINS foram calculadas às alíquotas de 15% mais adicional, 9%, 0,65% e 4%, respectivamente, considerando para efeito das respectivas bases de cálculo, a legislação pertinente a cada encargo. 4. Disponibilidades Caixa Depósito bancário à vista Aplicações em ouro

2007 16 3.868 336 4.220

2006 33 2.033 356 2.422

Depósito bancário à vista refere-se em sua grande maioria a recursos destinados às liquidações de operações na Bolsa de Valores e Bolsa de Mercadorias e Futuros (vide nota 7.1). 5. Aplicações Interfinanceiras de Liquidez Revendas a Liquidar: Letras Financeiras do Tesouro Letras do Tesouro Nacional

2007

2006

9.801 – 9.801

– 3.553 3.553

6. Títulos e Valores Mobiliários - 6.1. Critérios de registro e avaliação contábil - Os títulos e valores mobiliários devem ser classificados, conforme determinam as Circulares 3.068, de 8 de novembro de 2001 e 3.082 de 30 de janeiro de 2002 e regulamentações posteriores, nas seguintes categorias: títulos para negociação; títulos disponíveis para venda e títulos mantidos até o vencimento. Os títulos para negociação e disponíveis para Carlos Alberto da Silveira Isoldi Diretor Presidente

venda serão mensalmente ajustados pelos seus valores de mercado, procedendo ao registro da valorização ou desvalorização em contas adequadas de resultado do período e de patrimônio líquido pelo valor líquido dos efeitos tributários, respectivamente. Os títulos mantidos até o vencimento serão avaliados pelo seu valor de aquisição acrescido dos rendimentos auferidos, os quais serão registrados no resultado do período. 6.2. Composição de títulos e instrumentos financeiros derivativos 2007 2006 Carteira própria: Títulos de renda fixa – 152 Cotas de fundos de investimento 84 75 Títulos de renda variável 2.660 1.450 Certificado de Mercadoria – 209 Vinculados à prestação de garantias 2.001 1.487 4.745 3.373 6.3. Classificação de títulos e valores mobiliários por categoria em 30 de junho de 2007 Títulos disponíveis para venda Valor de Descrição Custo mercado Ações 2.139 4.090 Cotas de fundos de investimento – 84 4.174 Títulos mantidos até o vencimento: Descrição Vencimento Certificados de depósito bancário jul/07

Custo 571

Os títulos e valores mobiliários foram classificados na categoria disponíveis para venda e ajustados pelos seus valores de mercado na data do balanço. O ajuste positivo no montante de R$ 1.951 obtido entre os valores de custo (R$ 2.139) e de mercado (R$ 4.090) foi registrado em conta específica de “Ajuste de Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos” no Patrimônio Líquido pelo valor líquido dos efeitos tributários. O valor de custo refere-se ao valor dos títulos efetivamente desembolsados, acrescidos dos rendimentos auferidos até a data do balanço, e o valor de mercado desses títulos foi obtido por meio de cotações junto ao mercado e validadas pela comparação com informações fornecidas pela Bolsa de Valores de São Paulo e Bolsa de Mercadoria & Futuros de São Paulo. Os títulos e valores mobiliários foram classificados na categoria, mantidos até o vencimento em razão da Administração possuir a intenção e a capacidade financeira para isso, com base em projeções de seu fluxo de caixa, não prevendo assim, a possibilidade de resgate antecipado dos títulos. 7. Outros Créditos/Obrigações Créditos Obrigações 2007 2006 2007 2006 Rendas a receber 22 17 – – Negociação intermediação de valores 6.070 5.179 18.927 10.429 Diversos 330 137 538 508 Fiscais e previdenciários – – 198 105 6.422 5.333 19.663 11.042 7.1. Negociação e intermediação de valores - Basicamente, correspondem a valores oriundos de operações com ações realizadas em Bolsas de Valores nos últimos dias dos semestres e liquidados nos primeiros dias dos meses seguintes: Créditos Obrigações 2007 2006 2007 2006 Caixas de Registro e Liquidação 4.137 4.977 2.686 148 Devedores/Credores c/liquidações pendentes 1.897 155 16.241 10.281 Operações com ativos financeiros e mercadorias a liquidar 36 47 – – 6.070 5.179 18.927 10.429

Geraldo Isoldi de Mello Castanho Diretor Gerente

Aos Administradores e Acionistas Isoldi S.A. Corretora de Valores Mobiliários - São Paulo-SP 1. Examinamos os balanços patrimoniais da Isoldi S.A. Corretora de Valores Mobiliários em 30 de junho de 2007 e 2006, e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, elaboradas sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo

Demonstrações de Resultados - Semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 (Em milhares de reais) 2007 2006 Receitas de intermediação financeira 487 753 Resultado de operações com títulos e valores mobiliários 487 753 Outras receitas (despesas) operacionais 10 (165) Receitas de prestação de serviços 2.988 2.779 Despesas de pessoal (1.337) (1.313) Outras despesas administrativas (1.695) (1.617) Despesas tributárias (362) (349) Outras receitas operacionais 428 339 Outras despesas operacionais (12) (4) Resultado operacional 497 588 Resultado antes da tributação sobre o lucro e participações 497 588 Imposto de renda e contribuição social (92) (130) Lucro líquido do semestre 405 458 72,32

81,79

Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos Semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 (Em milhares de reais) 2007 2006 Origem dos recursos 1.540 4.943 Lucro líquido ajustado 362 501 Lucro líquido do semestre 322 458 Depreciações e amortizações 40 43 Ajustes ao valor de mercado - T.V.M 1.178 86 Recursos de terceiros originários de – 4.356 Aumento dos subgrupos do passivo – 4.193 Outras obrigações – 4.193 Diminuição dos subgrupos do ativo – 163 Títulos valores mobiliários – 163 Aplicação dos recursos Inversões em Imobilizado de uso Aumento dos subgrupos do ativo Aplicações interfinanceiras de liquidez Títs. e Vals. Mobs. e Instr.Fin. e Der. Outros créditos Outros valores e bens Redução dos subgrupos do passivo Outras obrigações Redução das disponibilidades

8.317 11 11 7.944 5.499 1.320 1.114 11 362 362 (6.777)

5.101 7 7 5.094 951 – 4.141 2 – – (158)

Modificações na posição financeira Disponibilidades No início do período No final do período

10.997 4.220

2.580 2.422

Redução das disponibilidades

(6.777)

(158)

7.2. Outros créditos - diversos Adiantamentos e Antecipações Salariais Devedores por depósito em garantia Impostos e contribuições a compensar Títulos e créditos a receber Outros

2007 2006 30 – 85 83 88 12 114 – 13 42 330 137 7.3. Outras obrigações - diversas 2007 2006 Bolsa de Mercadorias do Rio Grande do Sul - BMRS 94 86 Despesas com pessoal 263 250 Provisões para contingências 85 83 Multi Broker Corr. Associadas 30 30 Outras Despesas Administrativas 66 59 538 508 8. Investimentos 2007 2006 Títulos patrimoniais 18.936 18.357 Ações e cotas 813 813 19.749 19.170 8.1.Títulos patrimoniais 2007 2006 Títulos da Bolsa de Valores de São Paulo 8.761 9.700 Título membro compensação BM&F S. Paulo 4.878 4.142 Títulos Corretora de Mercadorias BM&F S. Paulo 4.815 4.089 Títulos da Bolsa Brasileira de Mercadoria 20 20 Títs. da Bolsa de Mercadoria do R.G. Sul - em liquidação 161 159 Títulos da CETIP 291 237 Título de Sócio efetivo da BM&F - S. Paulo 10 10 18.936 18.357 9. Patrimônio Líquido - 9.1. Capital social - O capital social, em 30 de junho de 2007, está representado por 5.600.000 ações ordinárias, todas sem valor nominal. Em conformidade com a Lei nº 9249/95, a Administração decidiu pelo pagamento de juros sobre capital próprio com base na variação pro rata da Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP. Para efeito de publicação, a quantia de R$ 83 paga em 2007 foi reclassificada do lucro líquido – outras despesas operacionais estabelecidas pela Circular nº 2739 do BACEN; 9.2. Ações em tesouraria - A Diretoria deliberou autorizar a aquisição de ações da própria instituição, mantendo-as em tesouraria, sem redução do capital social, conforme Atas da Diretoria nºs.: 119, 121 e 124 de janeiro, abril e setembro de 2005. Foram adquiridas 409.000 ações ordinárias, pelo valor total de R$ 1.146.484,71. 10. Outras Despesas Administrativas - Esta conta é formada basicamente por: Despesas de serviços sistema financeiro R$ 856 (R$ 912 em 2006), Despesas de comunicações R$ 141 (R$ 170 em 2006), Serviços de terceiros especializados R$ 149 (R$ 143 em 2006), Processamento de dados R$ 214 (R$ 90 em 2006), Manutenção conservação de bens R$ 23 (R$ 26 em 2006), Amortizações/depreciações R$ 39 (R$ 42 em 2006), Promoções relações públicas/Propaganda publicidade R$ 70 (R$ 62 em 2006), Aluguéis/água/energia R$ 40 (R$ 37 em 2006) e Outras despesas administrativas R$ 163 (R$ 135 em 2006). 11. Responsabilidades - As responsabilidades mais relevantes, registradas em contas de compensação, são as seguintes: 2007 2006 Depositantes de valores em custódia 3.898.748 6.234.064 Negociação e intermediação de valores: Ações, ativos financeiros e mercadorias e contratados 342.911 234.466 Clientes-margens depositadas 39.907 34.468 Contratos: Responsabilidades por administração de carteiras 21.962 14.733 12. Contingências - A Corretora está discutindo judicialmente aspectos relacionados a incidência de Imposto de Renda sobre Lucro Líquido - ILL e Contribuição Social s/o Lucro Líquido. A provisão para contingência foi constituída para o processo cuja probabilidade de perda foi avaliada com provável, no montante de R$ 84, devidamente suportado por depósito judicial.

Clóvis Joly de Lima Júnior Diretor

Paulo Marcos de Moura - Contador CRC 1SP 074675/0-1- CPF 103.738.108-49

Parecer dos Auditores Independentes com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da entidade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis referidas no parágrafo 1 representam, adequadamente,

em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Isoldi S.A. Corretora de Valores Mobiliários, em 30 de junho de 2007 e 2006, os resultados de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 25 de julho de 2007. Horwath Tufani, Reis & Soares Alfredo Ferreira Marques Filho Auditores Independentes Contador CRC 2SP015165/O-8 CRC 1SP154954/O-3

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COMUNICADO A Empresa Irmãos Bozza Cia Ltda, CNPJ 61.307.583/0001-92 CCM 1.001.378-4, possui talões de números 5301 a 5350 inutilizáveis por motivo de incêndio.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA: PREGÃO (PRESENCIAL) Nº 52/0026/07/05 OBJETO: FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO DE ESTAÇÕES DE TRABALHO COM DISCO E ESTABILIZADOR A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação para o fornecimento e instalação de estações de trabalho com disco e estabilizador. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 15/08/2007, na sede da FDE, na Supervisão de Licitações na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro - CEP 01121-900 – São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br. O credenciamento do representante das proponentes e o recebimento dos Envelopes “Proposta” e “Documentos de Habilitação” ocorrerão na sede da FDE, no endereço acima mencionado, às 14:00 horas do dia 28/08/2007. Todas as propostas deverão obedecer rigorosamente o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA - Presidente

Banco Boavista Interatlântico S.A. CNPJ no 33.485.541/0001-06 - NIRE 35.300.188.501 Extrato da Ata das Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária realizadas cumulativamente em 10.4.2007 Data, Hora, Local: Aos 10 dias do mês de abril de 2007, às 15h, na sede social, Cidade de Deus, Prédio Novíssimo, 4o andar, Vila Yara, Osasco, SP. Presenças: Totalidade do Capital Social; senhores Milton Almicar Silva Vargas, Diretor, e Washington Luiz Pereira Cavalcanti, representante da empresa PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes. Constituição da Mesa: Presidente: Sérgio Socha; Secretário: Milton Almicar Silva Vargas. Convocação: Dispensada (§ 4o do Artigo 124 da Lei no 6.404/ 76). Deliberações: Assembléia Geral Ordinária: I. aprovadas, sem reservas, as contas dos Administradores, o Relatório da Administração, as Demonstrações Financeiras, as Notas Explicativas e o Parecer dos Auditores Independentes, relativos ao exercício social findo em 31.12.2006; II) aprovada a proposta da Diretoria para a destinação do lucro líquido do exercício encerrado em 31.12.2006, no valor de R$42.033.558,97, conforme segue: R$2.101.677,95 para a conta “Reserva de Lucros - Reserva Legal de 2006”; R$27.952.316,72 para a conta “Reserva de Lucros - Reserva Estatutária de 2006”; e R$11.979.564,30 para pagamento de Dividendos, os quais serão pagos em 10.4.2007; III) reeleitos membros da Diretoria, com mandato até a Assembléia Geral Ordinária de 2008, os senhores: DiretorPresidente: Márcio Artur Laurelli Cypriano, brasileiro, casado, bancário, RG 2.863.339-8/SSP-SP, CPF 063.906.928/20; Diretores: Laércio Albino Cezar, brasileiro, casado, bancário, RG 3.555.534/ SSP-SP, CPF 064.172.724/00; Arnaldo Alves Vieira, brasileiro, viúvo, bancário, RG 4.847.312/SSP-SP, CPF 055.302.378/00, todos com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP; Luiz Carlos Trabuco Cappi, brasileiro, casado, bancário, RG 5.284.352/SSP-SP, CPF 250.319.028/68, com domicílio na Avenida Paulista, 1.415, parte, Bela Vista, São Paulo, SP; Sérgio Socha, brasileiro, casado, bancário, RG 208.855-0/SSP-SC, CPF 133.186.409/72; Julio de Siqueira Carvalho de Araujo, brasileiro, casado, bancário, RG 3.272.499/IFP-RJ, CPF 425.327.017/49; Milton Almicar Silva Vargas, brasileiro, casado, bancário, RG 7.006.035.096/SSP-RS, CPF 232.816.500/15; José Luiz Acar Pedro, brasileiro, casado, bancário, RG 5.592.741/SSP-SP, CPF 607.571.598/34; e Norberto Pinto Barbedo, brasileiro, divorciado, bancário, RG 4.443.254/SSP-SP, CPF 509.392.708/20, todos com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, sendo que permanecerão em suas funções até que a Diretoria a ser eleita no ano de 2008 receba a homologação do Banco Central do Brasil e seja a Ata arquivada na Junta Comercial e publicada; IV) fixado o montante global anual de remuneração dos Administradores, no valor de até R$38.000,00. Assembléia Geral Extraordinária: aprovadas, sem qualquer alteração ou ressalva, as propostas da Diretoria para: I. alterar o Estatuto Social, no artigo 7o, reduzindo de 10 (dez) para 9 (nove) o número máximo de cargos na Diretoria, passando a vigorar com a seguinte redação: “Art. 7o) A Sociedade será administrada por uma Diretoria, eleita pela Assembléia Geral, com mandato de 1 (um) ano, composta de 2 (dois) a 9 (nove) membros, sendo 1 (um) Diretor-Presidente e de 1 (um) a 8 (oito) Diretores sem designação especial.”; II. aumentar o Capital Social no valor de R$11.979.000,00, elevando-o de R$810.871.000,00 para R$822.850.000,00, mediante a emissão de 21.890.438 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, ao preço de R$0,547225232 por ação, com integralização à vista, no ato da subscrição. O preço de emissão teve como base o valor do Patrimônio Líquido por ação da Sociedade em 31.3.2007, de conformidade com o disposto no Inciso II do Parágrafo Primeiro do Artigo 170 da Lei no 6.404/76. Os representantes do Banco Bradesco S.A., único acionista da Sociedade, assinaram o respectivo Boletim de Subscrição, integralizando o valor total subscrito, mediante a utilização de parte do crédito existente na Sociedade, em seu nome, relativo a Dividendos do exercício de 2006, declarados nesta data. Em seguida, comunicou o senhor Presidente: a) ter sido totalmente subscrito e integralizado o aumento de capital; b) que a integralização do aumento de capital foi feita pelo Banco Bradesco S.A., mediante a utilização de parte do crédito existente na Sociedade, em seu nome, relativo a Dividendos; c) que a diferença de R$564,30 relativo aos Dividendos do exercício de 2006, será paga em moeda corrente nacional ao acionista Banco Bradesco S.A. nesta data; d) que verificada a subscrição integral e a integralização do aumento de capital, o “caput” do Artigo 6o do Estatuto Social passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 6o) O Capital Social é de R$822.850.000,00 (oitocentos e vinte e dois milhões, oitocentos e cinqüenta mil reais), dividido em 1.898.273.562 (um bilhão, oitocentos e noventa e oito milhões, duzentas e setenta e três mil, quinhentas e sessenta e duas) ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal.”. Declaração: Declaramos para os devidos fins que a Ata das referidas Assembléias encontra-se lavrada em livro próprio, homologada pelo Banco Central do Brasil e arquivada conforme segue: “Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo Certifico o registro sob número 260.326/07-0, em 20.7.2007. a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.”. Banco Boavista Interatlântico S.A. aa) Sérgio Socha e Milton Almicar Silva Vargas.

FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR

EDITAL DE PREGÃO Nº 017/2007- FAMESP/HEB PROCESSO Nº 126/2007 - FAMESP/HEB REGISTRO DE PREÇOS Nº 012/2007-FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 16 de agosto de 2007 ao dia 10 de setembro de 2007, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli, s/nº, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680- ramal 110 ou 117, no site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/ HospitalEstadualBauru, o Edital do Pregão nº 017/2007-FAMESP/HEB, Processo nº 126/ 2007-FAMESP/HEB, Registro de Preços nº 012/2007-FAMESP/HEB, que tem como objetivo a Contratação de empresa para prestação de serviços para a realização de exames laboratoriais em amostras coletadas de pacientes do HOSPITAL ESTADUAL BAURU. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação, será realizada no dia 11 de setembro de 2007, com início às 09:00 horas, na Sala de Reuniões do Hospital Estadual Bauru, Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, nº 1-100 – Jardim Santos Dumont, Município de Bauru, Estado de São Paulo. Botucatu, 14 de agosto de 2007. Prof. Dr. Shoiti Kobayasi - Diretor Vice Presidente - FAMESP

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS Tomada de Preços Nº 021/2007 - Processo Administrativo N.º 10342/2007 Faço público de ordem do Senhor Prefeito Municipal de São Carlos, que se acha aberta licitação na modalidade de TOMADA DE PREÇOS, do tipo menor preço, tendo como objeto a contratação de empresa de construção civil para execução de serviços diversos nos Cemitérios Municipais, conforme Memorial Descritivo e Planilha de Orçamento Básico, constantes nos anexos IV e V, que serão fornecidos em CD ROM. O Edital na íntegra poderá ser retirado na Sala de Licitações da Prefeitura Municipal de São Carlos, situada à Rua Major José Inácio, n.º 1973, Centro, São Carlos, fone 3307-4272, a partir do dia 14 de agosto de 2007 até o dia 31 de agosto de 2007, no horário das 09:00h às 12:00h e 14:00h às 16:00h, mediante o recolhimento de emolumentos no valor de R$ 30,00 (trinta reais). Os envelopes contendo a documentação e as propostas serão recebidos na Sala de Licitações até às 09:00 horas do dia 31 de agosto de 2007, quando, após o recebimento, iniciar-se-á sessão de abertura. - São Carlos, 14 de agosto de 2007. Paulo José de Almeida - Presidente da Comissão Permanente de Licitações.

CPM Braxis S.A. Companhia Aberta CNPJ/MF nº 65.599.953/0001-63 – NIRE: 35.300.178.815

FATO RELEVANTE CPM BRAXIS S.A., companhia aberta, com sede no Município de Barueri, Estado de São Paulo, na Alameda Araguaia, 1.930, CEP 06.455-000, inscrita no CNPJ/MF sob nº 65.599.953/ 0001-63 (“Companhia”) vem a público informar que, em atenção ao artigo 8º(i) de seu Estatuto Social, os acionistas titulares da totalidade do capital social da Companhia, reunidos em Assembléia Geral realizada na presente data, por unanimidade, aprovaram a apresentação, pela Companhia, de requerimento de cancelamento de seu registro de companhia aberta, nos termos do art 4º, §4º. da Lei 6.404/76, com pedido de reconhecimento da inaplicabilidade da exigência de realização de Oferta Pública de Ações com base no disposto no artigo 34 da Instrução CVM 361/02. A Companhia permanece com a intenção de acessar o mercado de capitais no futuro, mas está analisando a melhor oportunidade em termos de momento e estratégia para o lançamento das suas ações. Até então, permanecerá com o seu capital fechado, o que reduzirá seus custos operacionais, e prosseguirá com a sua estratégia de crescimento acelerado. Barueri, 13 de agosto de 2007. André J. Mesquita – Diretor de Relações com Investidores CPM BRAXIS S.A.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 14 de agosto de 2007, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Requerente: Rextur Viagens e Turismo Ltda. - Requerido: Corporate Turismo Ltda. - Rua Padre Estevão Pernet, 160 cj.1.410 – 14º andar - 2ª Vara de Falências Requerente: Antonio Aparecido da Silva e outros - Requerido: Indústrias Matarazzo de Papéis - Rua Bento Vieira, 37 - 2ª Vara de Falências

Requerente: Valmiro Lopes da Silva - Requerido: Transporte Urbano Nova Paulista Ltda. - Rua Maciel Monteiro, 374 – Sala 03 1ª Vara de Falências Requerente: Athenabanco Fomento Mercantil Ltda - Requerido: Têxtil Veiga & Vieira Indústria e Comércio Ltda. - Av. Benigno Carrera, 501 - 2ª Vara de Falências


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

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Roosewelt Cassio

Polít ica RENAN VOLTA A PROCLAMAR INOCÊNCIA Talvez o desespero diante da descoberta de mais crimes tenha feito ele ter uma posição como essa. Isso é inaceitável. Heloísa Helena

Evaristo Sá/ AFP

Sem presidir a sessão, Renan Calheiros usou a tribuna do Senado para se defender

O

presidente do Se- no Conselho de Ética do Senanado, Renan Ca- do resultam de uma briga pol h e i ro s ( P M D B - lítica local, alagoana. QuestioAL), voltou a se de- nado por jornalistas sobre a defender ontem das denúncias claração do empresário e expublicadas na revista "Veja", e deputado alagoano João Lyra usou mais uma vez o argu- (PTB) de que Renan é que teria mento de que está sujeito à dis- pedido para registrar em nome puta de caráter regional, o que de "laranjas" duas emissoras leva seus adversários a tentar de rádio adquiridas em sociedade pelos dois, respondeu: corromper a sua imagem. "Não há atitude minha que "O importante é ter calma. Fiimplique em quebra de deco- cou claro que isso é uma quesro", afirmou. E acrescentou tão de província transportada que todos os documentos que para o plano nacional. O povo já apresentou comprovariam a vai ter oportunidade de ver." O corregedor-geral do Senasua inocência e entregar logo, "antes que me peçam todos os do, senador Romeu Tuma meus sigilos. Tenho consciên- (DEM-SP), anunciou que amacia da alta responsabilidade do nhã conversará com Lyra sobre as afirmações feitas por ele mandato". "É no Conselho (de Ética e na revista de que as emissoras Decoro Parlamentar) que te- estão em nome de "laranjas" nho me defendido de todas as (falsos proprietários), a pediinfâmias", discursou. "Faço is- do do presidente do Senado. Renan é alvo de processo no so em respeito à instituição. A todas as acusações respondi Conselho de Ética por suposta quebra de decoro com documentos parlamentar. Ele autênticos. O é acusado de ter Brasil é meu aliad e s p e s a s p e sdo. Não me defendi com retóri- Ficou claro que isso (as soais pagas por lobista da consca, e sim docu- denúncias) é uma trutora Mendes m e n t o s " , a f i rm o u R e n a n , questão de província Júnior. Além desta redirigindo-se ao transportada para o p re s e n t a ç ã o , o senador Efraim plano nacional. O presidente do SeMorais (DEM - povo vai ter PB), que presidia oportunidade de ver. nado vai responder por mais a sessão no moRenan Calheiros d u a s . O P S o l mento em que abriu pedido padiscursava. ra apurar denún"Já encaminhei todos os documentos, sem ex- cia de que Renan teria favoreceção", reiterou. Em seguida cido a cervejaria Schincariol ele voltou a negar que manteve numa negociação em troca de sociedade com o ex-deputado favores. Amanhã, a Mesa Diretora do e usineiro João Lyra – antes seu aliado político e agora seu de- Senado analisa se aceitará a safeto – na compra de emisso- terceira representação contra ras de rádio e de um jornal em Renan, de que ele seria dono Alagoas. "Nem muito menos oculto de duas rádios em Alamantive sociedade secreta goas. Pela lei, parlamentares não podem ser donos de rádio com qualquer pessoa". Renan afirma que pediu ao ou emissoras, por serem conMinistério Público para inves- cessões públicas. Perícia – O Supremo Tributigá-lo e tal atitude originou o inquérito no Supremo Tribu- nal Federal (STF) requisitou ontem cópia da perícia que a nal Federal (STF). Renan tentou ainda acalmar Polícia Federal está fazendo os ânimos na Casa e afirmou nos documentos de defesa do que tem "total respeito" pelo presidente do Senado, Renan senador Jefferson Peres e Calheiros (PMDB-AL). O laudo, a ser entregue ama"apreço" pelo senador José Agripino. Ambos defendem o nhã ao Conselho de Ética, é deafastamento de Renan da pre- cisivo para o julgamento do sidência até o fim das investi- processo por quebra de decoro gações. Com Agripino, bateu parlamentar. Com a requisição do STF, o boca na semana passada. O presidente do Senado vol- documento servirá também tou também a atacar o Grupo como prova no inquérito criAbril, responsável pela publi- minal aberto contra Renan a cação da revista "Veja", com as pedido da Procuradoria-Geral mesmas suspeitas levantadas da República, em que o Minisna semana passada: a compra tério Público pede que sejam investigadas suspeitas de enrida TVA pela Telefônica. 'Briga de província' – Renan quecimento ilícito, uso de doreafirmou ontem sua versão cumentos falsos, prevaricação de que os processos contra ele e crimes financeiros.(AE)

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Senador se compara ao filósofo Sócrates

presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não presidia a sessão no momento do discurso e usou mais uma vez o argumento de que está sujeito à disputa regional, uma "tentativa de comprometer" sua imagem. Ele negou sociedade com João Lyra na compra de emissoras de rádio e disse que não quebrou o decoro parlamentar. E reiterou sua indignação contra o que chamou de "campanha de imposturas" de que, afirmou, tem sido vítima. O senador, que ao final do discurso se comparou ao filósofo grego Sócrates, acabou fazendo elogios aos dois principais adversários de sua permanência no cargo – os senadores Jefferson Péres (PDTAM) e José Agripino (DEMRN). "Não reviverei o processo

de Sócrates, condenado a beber cicuta na prisão de Atenas, por um Tribunal Político que julgou em nome de ressentimentos e por motivos distanciados da verdade", afirmou. O filósofo grego Sócrates, acusado por Mileto, Anito e Licon de corromper a mocidade e negar os deuses da Grécia, apesar de ser considerado por outros filósofos um cidadão exemplar, morreu no ano de 399 AC, com 71 anos, depois de se recusar a defender-se perante os juízes, que o condenaram à morte por envenenamento. "Fui acusado, o Brasil sabe, sem provas. Essas acusações órfãs de seriedade originaram três representações no conselho (de Ética). Todas sem exceção são inverídicas. Serão tratadas na hora certa com toda serenidade", afirmou. (AE)

Ato público do PSol em frente ao Congresso Nacional. Senado recebeu abaixo-assinado pedindo que o presidente da Casa deixe o cargo.

PSol recolhe 60 mil assinaturas PSol entregou ontem ao segundo vicepresidente do Senado, Álvaro Dias (PSDBPR) uma lista com 60 mil assinaturas, recolhidas por todos o País, pedindo a cassação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB). Segundo a assessoria da liderança, quase 50 manifestantes realizaram um ato público em frente ao Congresso Nacional nesta tarde. Eles mostravam cartazes e cantavam músicas de repúdio a Renan. Na última segunda-feira, o deputado federal Chico

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Alencar (PSol-RJ) disse que se a população não pressionar, o caso envolvendo o presidente pode não dar em nada."Sem a pressão das ruas, vai ter pizza", disse. Para Alencar, o documento "Fora Renan" é importante para pressionar o Conselho de Ética a encaminhar o pedido de cassação para ser votado em plenário. "Eu achava que a Câmara era corporativista, mas estou vendo que no Senado, com aquela aura de cavalheiros, o que impera é a política do compadrio". O PSol é o autor da primeira e da segunda representação

contra Renan no Conselho de Ética. A primeira investiga se ele teve despesas pessoais pagas por lobista ligado à construtora Mendes Júnior. A segunda, que está à espera de relator, investiga se Renan teria beneficiado a cervejaria Schincariol, que comprou uma fábrica de refrigerantes falida da família Calheiros. Província – A presidente do PSol, Heloísa Helena (AL), rebateu a afirmação de Renan, que atribui a disputas regionais de Alagoas as novas denúncias relativas à acusação de que teria usado laranjas para comprar um

grupo de comunicação no Estado. "Talvez o desespero diante da descoberta de mais crimes tenha feito ele ter uma posição como essa. Isso é inaceitável. Só o desespero poderia levar alguém a apresentar desculpa tão esfarrapada quanto esta", criticou a ex-senadora. Renan disse que as acusações de que teria usado laranjas para comprar um grupo de comunicação em Alagoas são "questões de província" do Estado que foram transferidas para o "plano nacional" do país, referindo-se ao usineiro João Lyra e a Heloísa. (Agências)

Beto Barata/AE

Lyra aceita falar com Tuma sobre 'laranjas'

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corregedor do Senado, senador Romeu Tuma (DEM-SP), informou ontem que acertou com o usineiro e ex-deputado João Lyra (PTB-AL) uma conversa sobre as empresas de comunicação – duas emissoras de rádio e um jornal – que o exparlamentar afirma ter mantido com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), em nome de "laranjas". Segundo o corregedor, o encontro será amanhã às 16 horas, mas a data pode sofrer alterações. Tuma disse que, na conversa que teve por telefone com João Lyra, se dispôs a ir a Alagoas para ouvi-lo. O senador antecipou que o encontro poderá ser na Assembléia Legislativa do Estado, em Maceió, ou na Superintendência da Polícia Federal em Alagoas, também na capital, ou em qualquer outro local público, e que caberá a Lyra decidir se o encontro será fechado ou aberto.

O corregedor disse que sua intenção é a de fazer um investigação preliminar sobre a afirmação de Lyra de que foi "a pedido de Calheiros" que registrou as emissoras e o jornal em nome de falsos proprietários. "Será uma investigação preliminar. Ele (Lyra) disse que está disposto a colaborar, porque sabe da necessidade de apuração de todo esse episódio." Segundo Tuma, mesmo que Lyra não tenha documentos, poderá apresentar "indícios" que orientem a investigação. "Se não tiver documentos, fica ruim para ele. Mas toda investigação tem indícios, e nisso ele pode colaborar muito", disse o senador. Em relação à abertura de um processo para investigar a denúncia contra o senador Gim Argello (PTB-DF), acusado de desvio de recursos do estatal Banco de Brasília (BRB), o corregedor disse que está tendo dificuldades no exame de al-

Renan diz que já apresentou documentos e que é acusado sem provas

guns documentos recebidos do Ministério Público do Distrito Federal. Tuma disse que, por não ter participado da investigação da Operação Aquarela, em que a Polícia Civil levantou a denúncia contra Argello, vai pedir orientação dos promotores.

An at el – O presidente da Comissão de Comunicação, Ciência e Tecnologia, senador Wellington Salgado (PMDBMG) esteve na sede da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para conversar sobre a denúncia sobre as emissoras de rádio. (AE)

Rafael Hupsel/ LUZ - 05/05/07

Maluf recorre de decisão do STF

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s advogados do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) confirmaram ontem pela manhã que vão recorrer da condenação do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou que ele devolva aos cofres públicos mais de R$ 700 mil pela formação do Consórcio Paulipetro. A operação ocorreu entre 1979 e 1982, quando Maluf era governador de São Paulo. Maluf, na ocasião em que criou a Paulipetro, apostava

que a empresa encontraria petróleo na região da bacia do Paraná. O que não ocorreu. A Paulipetro era formada pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas e pela Companhia Energética de São Paulo, ambas controladas pelo governo paulista. Os advogados entrarão com uma ação rescisória contra a sentença do STF, que foi uma confirmação do que o Superior Tribunal de Justiça já havia determinado. (AE)

Condenado a pagar R$ 700 mil, Maluf vai recorrer da sentença


quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Finanças Empresas Nacional Tr i b u t a ç ã o

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3 Brasil continua a ser o país que mais recicla embalagens metálicas de bebidas

COMÉRCIO EXTERIOR PREOCUPA FIESP

NOVO PRESIDENTE DO IPEA DIZ QUE FALTA CORPO TÉCNICO PARA O BRASIL SE DESENVOLVER

POCHMANN VÊ ESTADO RAQUÍTICO

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Ed Ferreira/AE

Pochmann toma posse ao lado do secretário Mangabeira Unger, em Brasília. O novo presidente do Ipea disse que o Estado brasileiro emprega bem menos que os países avançados, e precisa ser modernizado.

Reciclagem mostra a sua força Fotos: Divulgação

Vanessa Rosal

A

lém de preservar o ambiente, a reciclagem ajuda a economia brasileira. Só na cidade de São Paulo são geradas cerca de 15 mil toneladas de lixo por dia. Antigamente, quem mais participava de ações para resolver o problema eram as organizações não governamentais (ongs), utilizando embalagens reaproveitadas como fonte de renda para famílias carentes. Hoje os setores estão mais organizados. Só o reaproveitamento das latas de alumínio movimentou R$ 1,7 bilhão em 2006, cerca de R$ 600 milhões a mais do que em 2005. De acordo com dados divulgados ontem pela Associação Brasileira do Alumínio (Abal) e pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade (Abralatas), no último ano o Brasil reciclou 94,4% das latas para bebidas comercializadas no mercado interno e manteve o posto de país com o maior índice de reaproveitamento dessa embalagem. No total, foram recicladas 139,1 mil toneladas de sucata, ou 10,3 bilhões de unidades – 28,2 milhões por dia, ou 1,1 milhão por hora. Dentre os itens recicláveis, o alumínio das latas apresenta maior grau de reaproveitamento, segundo o coordenador das comissões de reciclagem da Abal e da Abralatas, José Roberto Giosa. "Atualmente, uma lata para bebida

No ano passado, o Brasil reciclou 1,1 milhão de latas por hora

percorre o circuito da exposição para a venda, e daí para a coleta, a reciclagem e o retorno para a venda com o líquido em apenas 30 dias", disse. Para ele, a população brasileira está mais conscientizada, e a classe média aderiu às campanhas, apesar de a atividade servir como fonte alternativa de emprego e renda. Oitenta quilos de alumínio por mês significam 1,5 salário mínimo para quem só trabalha com isso. Para as empresas que investem em reciclagem, há a chance de lucrar com isso. A Novelis do Brasil, por exemplo, processou 7,3 bilhões de latas de alumínio recicladas em 2006. Segundo o gerente de planejamento e comercialização de metal da empresa, Antônio Marcelo de Almeida, 45% de todas as chapas de alumínio produzidas são reaproveitadas. No ranking dos países que mais reciclam latas de alumínio aparece também o Japão, em segundo lugar, com 90,9% de itens reaproveitados.

Vidro, plástico e papel - Em 2006, a Associação Brasileira das Indústrias de Vidro (Abividro) deu continuidade a seu projeto de promover a reciclagem. Dos mais de 5 mil municípios brasileiros, só 327 têm algum programa de coleta seletiva de vidro. Cerca de 25 milhões de brasileiros têm acesso a programas de coleta seletiva, concentrados nas regiões Sudeste e Sul. Desde 2003, o índice de reaproveitamento de vidro tem se mantido em 45%. O consumo de papéis recicláveis no ano passado foi de 3,4 milhões de toneladas, o que representou 46,9% do consumo. nacional. Segundo a Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), o País ocupa a oitava posição no ranking dos que mais reciclam. O re a p ro v e i t a m e n t o d e plásticos pós-consumo também continuou a ganhar força. Só no período entre 2003 e 2005 o volume reciclado no País passou de 359,1 mil toneladas para 455,7 mil toneladas.

economista Marcio Pochmann, que assumiu ontem a presidência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em Brasília, disse que o Estado brasileiro é raquítico. "Para desencadear o projeto de desenvolvimento, precisamos ter corpo técnico", afirmou o ex-secretário de Desenvolvimento da Prefeitura paulistana no governo Martha Suplicy. Segundo Pochmann, os Estados Unidos empregam 18% da população economicamente ativa (PEA), e na Europa o índice é de 25%. No Brasil, o Estado emprega cerca de 8% da população economicamente ativa. "É preciso modernizar o Estado e ampliar o federalismo", disse ele, que foi empossado pelo ministrochefe da Secretaria de Planejamento de Longo Prazo da Presidência da República, Roberto Mangabeira Unger. Mais tarde, Pochmann evitou dizer diretamente que seria a favor de aumentar o quadro do funcionalismo público. "Não se trata necessariamente de contratações. Precisamos ter gente preparada", disse. Ele acrescentou que a forma como

o Estado daria conta de suas atribuições precisa ser debatida. "Como fazer isso é uma nova discussão", afirmou. Mesmo assim, Pochmann enumerou argumentos em favor do aumento do tamanho do Estado brasileiro. Disse que 2,5 milhões de funcionários públicos deixaram o Estado nos últimos 20 anos. "As estatais demitiram 500 mil pessoas quando foram privatizadas", acrescentou. Pochmann disse que a educação e a saúde brasileiras não são de boa qualidade. "É um país em construção. Precisamos rever o papel do Estado. Não temos escolas nem professores. O que a gente tem hoje não nos permite dar um salto de qualidade", disse. Sobre as turbulências internacionais, o novo presidente do Ipea disse que o Brasil está em situação privilegiada. "Não temos a vulnerabilidade que tínhamos no passado recente. Se a crise se agravar, não só o Brasil vai sofrer consequências. Para o momento, o País não está desguarnecido", concluiu Pochmann. Essa visão otimista não é compartilhada pelo representante do Brasil no Fundo Mo-

netário Internacional (FMI), Paulo Nogueira Batista Júnior. Ele disse que a crise pode afetar a economia real, prejudicando as taxas de crescimento da produção e do Produto Interno Bruto. "A minha tendência é ficar preocupado", disse. Tr ab a l ho - De manhã, no lançamento da Campanha pela Efetivação do Direito do Trabalho, da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho, Pochmann disse que o Brasil vive um período de substituição da inclusão por meio do trabalho pela inclusão via assistência social. "Acredito que a inclusão social sustentável é aquela que se dá por intermédio do trabalho. A garantia dos direitos do trabalho é condição necessária para que um país cresça com o poder de distribuir os frutos do seu desenvolvimento", disse. O novo presidente do Ipea afirmou que há vários sinais de flexibilização do mercado de trabalho. Um deles é a rotatividade dos trabalhadores. Ele lembrou que atualmente mais de 10 milhões de empregados com carteira assinada são demitidos todos os anos no Brasil. (Agências)

Fiesp quer alternativa para Doha

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Conselho Superior de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) iniciou ontem as discussões para definir os ingredientes de uma nova estratégia de negociações externas, caso se concretize o fracasso da Rodada Doha da Organização Mundial de Comércio (OMC), lançada em 2001. O presidente do conselho, embaixador Rubens Barbosa, disse estar cético em relação ao futuro da Rodada Doha e, por isso mesmo, defende que o Brasil feche acordos bilaterais. O conselho defende, também, a flexibilização de algumas regras do Mercosul para permitir que os quatro paísesmembros negociem acordos bilaterais de forma independente. Pelas normas do Mercosul, os membros só podem fechar tratados em bloco, o que dificulta a formação de parcerias bilaterais, porque nem sempre os quatro países (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) estão de acordo.

Barbosa disse que a proposta começou a ser discutida na reunião de ontem do conselho, da qual também participou a secretária-executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex), Lytha Spíndola. Ela será

encaminhada ao Departamento de Comércio Exterior da Fiesp, presidida por Roberto Giannetti da Fonseca, depois irá ao presidente da entidade, Paulo Skaf, que encaminhará as sugestões ao governo. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Internacional

Kareem Raheem/Reuters

Blindada contra 'maleta', Cristina lança candidatura Com grande evento em Buenos Aires, primeira-dama, que disputará presidência do país, tenta ficar de fora do "escândalo da maleta" que atinge o presidente Iraquianos carregam caixões de parentes mortos em atentados; 190 pessoas morreram ontem no país

Terça-feira sangrenta no Iraque

Q

uatro ataques simultâneos feitos por suicidas que dirigiam caminhões-bomba atingiram seguidores de uma seita religiosa curda matando pelo menos 175 pessoas e ferindo outras 200 no norte do Iraque. Os atentados aconteceram em duas áreas residenciais principalmente habitadas pelos yazidis, perto da cidade de Qahataniya, ao oeste de Mossul, terceira maior cidade do país. O ataque foi o mais mortífero desde 23 de novembro de 2006, quando 215 pessoas morreram com disparos e cinco carros-bomba em Sadr City, Bagdá. O ataque aos yazidis foi de longe o mais sangrento episódio de violência ontem no Iraque, mas não foi o único. No total, pelo menos 190 pessoas foram mortas, incluídos cinco militares americanos que morreram quando o helicóptero onde estavam caiu perto de Bagdá. As causas da queda do helicóptero ainda estão

sendo investigadas. No ataque aos yazidis, muitas lojas pegaram fogo e prédios de apartamentos foram destruídos com as poderosas explosões. Ninguém assumiu a responsabilidade pelos ataques, mas militares dos Estados Unidos acusaram o grupo Al-Qaeda no Iraque, que estaria se reagrupando mais ao norte, após ter sido desalojado das províncias de Anbar e Diyala. Os yazidis vivem no norte do Iraque, falam dialeto curdo, mas possuem uma cultura própria e uma religião específica. Seus integrantes crêem em um Deus criador do mundo e respeitam os profetas da Bíblia e do Alcorão, mas veneram principalmente Malak Taus, que dirige os arcanjos e é com freqüência representado por um pavão. Cristãos e muçulmanos associam Malak Taus a Lúcifer, o que fez nascer uma crença popular segundo a qual os yazidis, cuja população é es-

timada em 500 mil pessoas, são adoradores do diabo. Mais violência Em outro ataque na terçafeira, na hora do almoço, um caminhão-bomba dirigido por um suicida explodiu uma ponte estratégica na auto-estrada que liga Bagdá a Mossul. Pelo menos dez pessoas morreram e seis ficaram feridas e a importante comunicação entre as duas cidades foi interrompida. Dois meses atrás, a ponte já havia sofrido outro ataque terrorista. Ontem, 16 mil soldados americanos e iraquianos lançaram uma nova operação contra insurgentes no norte do Iraque, com o objetivo de tentar capturar células da rede Al-Qaeda que se esconderam na região. Mais cedo, em outro incidente, um grupo de 50 homens armados invadiu o complexo do Ministério do Petróleo em Bagdá, seqüestrando o vice-ministro e outros quatro funcionários graduados. (AE)

N

o mesmo dia em que a promotoria pedia a captura internacional do empresário venezuelano que há uma semana e meia tentou entrar no país com uma maleta contendo US$ 800 mil não declarados, a primeira-dama Cristina Fernández de Kirchner ignorava o mais novo escândalo a abalar o governo do marido, o presidente Néstor Kirchner, e realizava, com pompa, o comício oficial para lançar sua chapa às eleições presidenciais de outubro. Em seu discurso, tratou de diferenciar o governo atual, para "quem o mais importante são as necessidades do povo", e ouviu de seu vice, Julio Cobos, da União Cívica Radical, a "necessidade de se construir um projeto em comum". Mas ignorou completamente as denúncias de corrupção contra o governo de Néstor Kirchner. Aparentemente, a saraivada de escândalos de corrupção ainda não causou problemas graves para a imagem da candidata, que vem sendo blindada pela equipe do marido. Tanto que, até o momento, ela mantém elevada as intenções

Amir Cohen/Reuters

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oldados israelenses mataram seis palestinos quando entraram em choque com militantes durante uma operação na Faixa de Gaza, território atualmente controlado pelo Hamas. Dois integrantes da milícia

Kirchner busca abafar a crise pelas denúncias de corrupção para não atrapalhar Cristina

de voto para as eleições presidenciais de outubro, acima de 40%. Analistas indicam que, no momento, os escândalos de corrupção, especialmente o "caso da maleta", não alteraram significativamente as intenções dos eleitores. Maleta Ontem, a promotoria pediu a um juiz federal a ordem de prisão contra o executivo venezuelano Guido Antonini, depois que a alfândega de Buenos Aires encontrou uma valise com US$ 800 mil não declarados no dia 3 de agosto. Ele chegara à capital a bordo de um jatinho fretado pela estatal argentina Enarsa, dois dias antes de uma visita do presidente venezuelano Hugo Chávez à Argentina. Ainda

não se sabe para que serviria o dinheiro, mas as autoridades judiciais disseram estar investigando possíveis ligações entre Antonini e os governos argentino e venezuelano. Antonini viajava com executivos da Enarsa e três funcionários da petrolífera estatal venezuelana PDVSA. Depois da apreensão, ele deixou a Argentina e não se sabe seu paradeiro. Na semana passada, Kirchner demitiu o funcionário que permitiu o embarque de Antonini no jatinho, e assessores dele pressionaram para que Chávez pedisse desculpas pelo incidente, já que segundo eles Antonini embarcou a pedido de um executivo da PDVSA. Mas os ministros de Chávez insistem que Antonini não tem ligações com o governo, e alegam que o caso faz parte de uma conspiração tramada pelos Estados Unidos. A eventual presença de um passageiro extra foi denunciada ontem pelo jornal "Clarín", que indicou, citando fontes políticas venezuelanas, que o tenente-coronel Julio C. Avilán Díaz participou do vôo, com a missão de supervisar o transporte do dinheiro. (Agências)

AFP

VIOLÊNCIA Combates entre o governo e rebeldes islâmicos mataram 30 pessoas na Somália

Ó RBITA

INVESTIGAÇÃO

POLÍTICA O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, apresenta hoje sua reforma constitucional

INDEPENDÊNCIA

Rússia abriu uma iros de canhão marcaram A investigação de T ontem o início das terrorismo após uma bomba celebrações da independência Soldado de Israel de guarda em frente a palestino capturado em Gaza

Israel invade Gaza, mata seis e fere 26

Enrique Marcarian/Reuters

fundamentalista morreram durante a operação. Ao menos 26 palestinos ficaram feridos no conflito, durante o qual os soldados israelenses contaram com apoio aéreo. Um porta-voz do Exército israelense disse que a operação pretendia encontrar um suposto túnel cavado por militantes na fronteira de Gaza e que também pretendia impedir o lançamento de foguetes contra o território de Israel. (Reuters)

ter descarrilado um trem expresso que ia de Moscou a São Petersburgo. Cerca de 60 passageiros ficaram feridos. O chefe do Serviço de Segurança Federal (FSB, antiga KGB), Nikolai Patrushev, ligou a explosão a uma insurgência no sul do país, perto da Chechênia, onde Moscou combate uma rebelião separatista. O atentado terrorista, cuja autoria ninguém assumiu, é o mais grave cometido contra as ferrovias russas desde 5 de dezembro de 2003, quando 46 pessoas morreram. (AE)

paquistanesa. Por todo o país, milhares de pessoas empunharam bandeiras para comemorar pela 60ª vez o dia em que o Paquistão tornou-se independente da GrãBretanha. A data festiva, entretanto, ocorreu em meio a uma grave crise política e ao aumento da violência entre forças do governo e milicianos islâmicos. Pelo menos duas pessoas morreram e 19 ficaram feridas em incidentes relacionados aos eventos comemorativos em Karachi, a maior cidade do Paquistão. (AE)

DESASTRE – A queda de uma ponte de 320 metros prestes a ser finalizada matou 29 pessoas e feriu 22 na província chinesa de Hunan Marwan Naamani/AFP

'VITÓRIA DIVINA' – Ativistas do Hezbollah saíram às ruas do Líbano celebrando o primeiro aniversário do final na guerra contra Israel


quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Tr i b u t o s Finanças Empresas Estilo

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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EMPRESA QUER SER UMA DAS MAIORES DO MUNDO

187

mil toneladas de papelão ondulado foram vendidos em 2007

PETROBRAS ANUNCIA GASTOS DE US$ 112,4 BI ATÉ 2012, DOS QUAIS US$ 63,1 BI SERÃO USADOS NO BRASIL

UM ORÇAMENTO BILIONÁRIO A

Pegando a onda do crescimento das vão para esse segmento. E foi justamente ele que mais favoreceu nosso desempeepois de registrar um nho no primeiro semestre crescimento de ape- deste ano", diz Paulo Sérgio nas 1% nas vendas Peres, presidente da ABPO. O crescimento das exportaem 2006, o setor de papelão ondulado está bastante oti- ções também ajudou. O aumista para este ano. De acor- mento da comercialização de do com a Associação Brasilei- carnes, aves e fumo em folha ra de Papelão Ondulado (AB- para outros países colaborou PO), os negócios aumenta- para a expansão. Além do esperado – Segunram 6,1% em julho em relação ao mesmo mês de 2006, alcan- do o presidente da ABPO, o çando 187,5 mil toneladas. resultado do período ficou No acumulado do ano, foi co- acima das expectativas. No início do ano, mercializado Lalo de Almeida/Folha Imagem o setor previa 1,317 milhão expansão ende toneladas, tre 3% e 4%, expansão de a c o m p a5,9% na comnhando a esparação com timativa para o mesmo peo Produto Inríodo do ano t e r n o B ru t o passado, (PIB), já que quando as as vendas de v e n d a s a lpapelão oncançaram d u l a d o d e1,244 milhão pendem do d e t o n e l aandamento das. da economia. Considera"A estimatido a "embalava para 2007 gem das emestava em balagens", o sintonia com papelão ono re s u l t a d o dulado é visdo PIB do ano to como um passado (ext er mô me tro pansão de da economia, Arte com papelão reciclado pois acompanha o desempe- 3,6%), pois não esperávamos nho de diversos setores pro- um desempenho muito difedutivos. No primeiro semes- rente", afirma. Como houve melhora no tre, por exemplo, o bom resultado foi puxado princi-pal- panorama econômico, com as m e n t e p e l o a u m e n t o d e empresas produzindo e venconsumo no mercado interno, dendo mais, o papelão onducom crescimento nas vendas lado seguiu na mesma esteide embalagens para alimen- ra. O presidente da associatos, químicos e derivados – es- ção acredita que os próximos pecialmente artigos de higie- meses trarão resultados sene e limpeza –, fruticultura melhantes aos registrados até agora. Dessa forma, a expece floricultura. "A indústria alimentícia é tativa é encerrar 2007 com nossa principal compradora. crescimento entre 6% e 7% suCerca de 35% das nossas ven- perior a 2006.

Patrícia Büll

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Mais orgânicos no Carrefour Mário Tonocchi

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Carrefour lançou, ontem, um novo pacote de alimentos orgânicos – frutas, verduras e legumes – para sua linha de produtos naturais. "Hoje, os orgânicos representam 0,8% do faturamento e 0,7% do sortimento da rede. Em 2010 queremos alcançar uma participação de 4% do total das vendas", disse o diretor de mercadoria alimentar do grupo, Laurent Bendavid. No ano passado, o Carrefour faturou R$ 12, 91 bilhões. A venda dos novos produtos, com descontos de 15% a 20%, começa hoje por São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro e segue, com o passar do tempo, para os demais estados. A linha tem inicialmente 90 itens, comprados de

quatro fornecedores. Segundo o diretor, o movimento consolida a intenção da empresa de competir com mais força nesse segmento, um dos mais promissores na área de alimentação. A preferência por frutas, verduras e legumes sem agrotóxicos, pesticidas e antibióticos continua em franca expansão no mundo e, especialmente, no Brasil. O mercado mundial, que cresce 25% ao ano, movimentou US$ 40 bilhões em 2006. O consumo brasileiro, por sua vez, aumenta 30% ao ano, mas representa apenas 1% desse faturamento. Uma pesquisa do Carrefour com seus clientes mostra que 27% deles não levam para casa produtos orgânicos porque são muito mais caros. Daí a tentativa da rede de aumentar a oferta para reduzir custos.

Petrobras anunciou ontem um orçamento de US$ 112,4 bilhões para o período 2008-2012, uma média de US$ 22,5 bilhões por ano. O valor consta do novo planejamento estratégico da companhia, que tem como meta alcançar a quinta posição entre as maiores empresas de energia integrada – hoje está entre o 10º e o 15º lugares. A empresa também destinou recursos para se firmar no mercado de biocombustíveis. O orçamento é 29% superior aos US$ 87,1 bilhões previstos pelo plano de investimentos 2007-2011, anunciado no ano passado. O presidente José Sérgio Gabrielli explicou que a diferença refere-se principalmente a projetos novos (US$ 13,3 bilhões), aumento de custos dos antigos (US$ 10,912 bilhões) e alteração da taxa de câmbio (US$ 4,224 bilhões). São 454 programas, com um índice de nacionalização de 65%, garantindo US$ 63,1 bilhões em contratos no Brasil. Em relação a planejamentos

Licitação cancelada

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Petrobras deve cancelar mais uma vez a licitação da plataforma P-55, disse ontem o diretor da área de serviços da

Antonio Scorza/AFP Photo

anteriores, as principais diferenças estão na "visão global" da empresa – que expande os investimentos para além do tripé América do Sul, Costa Oeste da África e Golfo do México – e em um foco maior nos biocombustíveis. Estes deixaram o chapéu da diretoria de gás e energia e ganharam vida própria, com aplicações de US$ 1,5 bilhão até 2012. Contando com os recursos dos parceiros, o valor pode chegar a

US$ 4,6 bilhões. "Queremos liderar a produção de biodiesel e participar da cadeia do etanol para fomentar a criação de um mercado internacional", explicou Gabrielli, estimando que os biocombustíveis sejam responsáveis por 25% do mercado mundial de combustíveis líquidos em 2020 – hoje, a participação é de 5%. A empresa estabeleceu como meta, para 2012, a produção de 1,2 bilhão de litros de biodiesel e a exportação de 4,75 bilhões de litros de etanol. Segundo o diretor de abastecimento da companhia, Paulo Roberto Costa, há mais de 40 projetos de participação em usinas de álcool em análise, nos quais a companhia terá fatias minoritárias. Do orçamento total, a Petrobras separou US$ 690 milhões para a construção de dutos para o escoamento de álcool. Maior filão – A maior parte dos investimentos será destinada à exploração e produção, que recebeu US$ 65,1 bilhões, 58% do total. Com isso, a empresa pretende produzir 3,494

milhões de barris de óleo equivalente (somado ao gás) por d i a e m 2 0 1 2 , c re s c i m e n t o anual de 7,2%. A meta será atingida com a entrada em produção de grandes campos no Brasil, como Roncador, Marlim Sul e Jubarte, e de projetos gigantes na Nigéria e no Golfo do México. Para 2015, a estimativa é a de o volume de produção saltar para 4,153 milhões de barris por dia, sendo que 2,812 milhões serão extraídos no Brasil. O volume é cerca de 500 mil barris superior à projeção de consumo interno para aquele ano. "Estamos confortavelmente garantindo a auto-suficiência", afirmou Gabrielli. Além disso, o plano reforçou a estratégia de retorno à petroquímica. "É uma tendência global", disse Gabrielli, afirmando que sete entre os dez maiores projetos mundiais de polipropileno pertencem a grupos petroleiros. A área recebeu 30% a mais no orçamento, com relação ao plano anterior, com investimentos de US$ 4,3 bilhões. (AE)

estatal, Renato Duque. Segundo ele, o elevado preço apresentado pelo estaleiro Jurong, o único a encaminhar proposta, é o motivo do novo cancelamento. O Jurong pediu US$ 511 milhões para realizar o trabalho. A plataforma P-55, a ser

instalada no campo de Roncador, na Bacia de Campos, já teve uma concorrência cancelada em janeiro, quando a licitação apontou que a obra completa custaria US$ 1,6 bilhão. A Petrobras decidiu dividir a obra em módulos e lançar um novo edital.

Segundo Duque, entretanto, apesar de a primeira previsão de assinatura de contrato para a construção da P-55 ter sido o início deste ano, "ainda há folga no cronograma". Segundo ele, o projeto será mantido, e a licitação, relançada.

Gabrielli: mudança de visão


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Nacional Empresas Finanças Estilo

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

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BANCOS PÚBLICOS DIVULGAM BALANÇOS TRIMESTRAIS

milhão de servidores públicos estão na carteira de clientes do banco Nossa Caixa

O BALANÇO DO SEGUNDO TRIMESTRE MOSTRA QUEDA DE 30,9% NO LUCRO LÍQUIDO, PARA R$ 1,068 BILHÃO.

LUCRO DO BANCO DO BRASIL CAI 36,3%

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Banco do Brasil teve lucro líquido de R$ 1,068 bilhão no segundo trimestre deste ano, valor 30,9% menor do que o conseguido no mesmo período do ano passado, de acordo com balanço divulgado ontem pela instituição. Com isso, fechou o primeiro semestre com lucro de R$ 2,477 bilhões, uma queda de 36,3% em relação ao ganho contabilizado nos primeiros seis meses do ano passado. As despesas de R$ 396 milhões com o Plano de Afastamento Antecipado (PAA) de 7 mil funcionários foram a principal razão da redução do lucro. Além disso, o banco teve ganhos atípicos em 2006, que influenciaram a comparação com o exercício passado. "No segundo trimestre do ano passado, o banco contabilizou R$ 898 milhões de retornos em contribuições pagas à Previ (o fundo de pensão dos funcionários). Isto ajudou a elevar o resultado de 2006 de forma extraordinária", explicou o ge-

Prejuízo no Banco Popular

O

Banco Popular do Brasil teve prejuízo de R$ 10,77 milhões no primeiro semestre do ano, 58,2% menor do que as perdas de R$ 25,765 bilhões dos

2,477

396

bilhões de reais foi o lucro do Banco do Brasil, o maior do País em volume de ativos, no primeiro semestre deste ano.

milhões de reais foram gastos com o Plano de Afastamento Antecipado de 7 mil funcionários, uma das razões que reduziram o lucro.

rente de relações com investidores, Marco Geovanne. Segundo o vice-presidente de Finanças do BB, Aldo Mendes, o PPA começará a gerar impacto positivo a partir de 2008. A expectativa é de que o plano possibilite uma economia anual de R$ 240 milhões. O presidente do BB, Antonio Francisco de Lima Neto, disse q u e o p ro g r a m a p e r m i t i u substituir funcionários que estavam no topo por outros em início de carreira, com salários

menores. "Não estamos promovendo uma redução do quadro de pessoal." Abaixo da média – A rentabilidade (retorno sobre o patrimônio líquido), por sua vez, caiu de 46,2% no primeiro semestre do ano passado para 24,3% neste ano, percentual abaixo da média do sistema financeiro, que tem ficado entre 32% e 33%. Para o presidente do BB, não há nenhuma limitação para que o banco persiga padrões de rentabilidade se-

melhantes aos dos concorrentes. Ele disse que, descontados os efeitos extraordinários, o lucro do BB mostra crescimento de 126,2% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2006, passando de R$ 647 milhões para R$ 1,464 bilhão. Considerado "excelente" por Lima Neto, o aumento foi baseado no incremento de 28,4% das operações de crédito, cujo saldo chegou a R$ 145,2 bilhões no final de junho. A expansão do crédito foi centrada sobre operações com desconto em folha e financiamentos para compra de veículos, que têm baixa inadimplência. Com o aumento do crédito, as receitas de empréstimos passaram a contribuir para o lucro mais do que as operações com títulos públicos. As receitas com crédito aumentaram 16,6% no primeiro semestre, chegando a R$ 12,2 bilhões. Mas os ganhos de tesouraria caíram de R$ 6,8 bilhões, na primeira metade de 2006, para R$ 6,2 bilhões. (AE)

primeiros seis meses de 2006. Para o presidente da instituição, Robson Rocha, a redução reflete o esforço para melhorar a qualidade da carteira de crédito da subsidiária do BB, criada em 2004 para realizar operações de microcrédito. Ele disse que a melhora da carteira já permitiu uma

redução de 51% da provisão para crédito de liqüidação duvidosa. A inadimplência, entretanto, continua sendo o maior problema e se manteve em 25% dos empréstimos. O presidente do Banco Popular acredita que a taxa de inadimplência deve se manter no segundo

semestre. "Neste ano, não conseguiremos alcançar o ideal de termos uma taxa abaixo de 10%", comentou. Apesar do calote elevado, ele disse esperar que a instituição comece a apresentar lucro no último trimestre de 2007. No final de junho, o banco contabilizava 1,4 milhão de clientes. (AE)

Lucro da Nossa Caixa cresce 33% to espaço de tempo desde a entrada deles no banco. "O crescimento do consignado como banco Nossa Caixa, um todo está em linha com a do governo do Esta- meta de expansão dessa carteido de São Paulo, re- ra", disse o presidente. A meta g i s t r o u l u c r o l í q u i d o d e para a expansão da carteira de R$ 385,5 milhões no primeiro crédito total foi fixada entre de semestre, com crescimento 40% e 45% até dezembro. Parceria – Para ampliar a de 33% sobre o resultado obtido nos primeiros seis meses participação do empréstimo de 2006. O ganho no período com desconto em folha na carcontabilizou R$ 302,1 mi- teira total, o banco conta, hoje lhões correspondentes à ati- com o convênio firmado com vação de créditos tributários 1.154 órgãos públicos, dos aprovados no final de julho quais 544 prefeituras, 467 câpelo conselho de adminis- maras municipais e 143 autartração do banco. Sem esses quias. "Isso nos permite olhar c r é d i t o s o l u c r o c a i p a r a para um horizonte de longo prazo, com boa perspectiva R$ 83,4 milhões. O resultado só não foi maior, de crescimento", completou explicou o presidente da insti- Milton Santos. Os financiamentos às pestuição, Milton Luiz de Melo soas jurídicas Santos, desomaram v i d o a o s R$ 1,8 bilhão, R $ 1 8 2 , 6 m iuma alta de lhões gastos 3,9% sobre com provisões 2006. O banco p a r a c o n t i nquer investir genci amento milhões de reais mais pesado de ações cíveis foi o montante no aumento originadas de do volume de recla mações do lucro líqüido f i n a n c i a m e nrel ac io na da s do banco estatal tos às empreaos planos sas a partir do econômicos e paulista no ano que vem, dos R$ 108,8 primeiro semestre quando colomilhões condeste ano. cará em prátisumidos na ca o sistema de aquisição da credit score. folha de pagamentos dos servidores públi- Dos 5,6 milhões de clientes, 220 mil são empresas. cos, em março último. A inadimplência em toda a Com operações de crédito, o banco ganhou R$ 8,2 bilhões, carteira de crédito apresentou incluindo os financiamentos queda de 8,6% no segundo triimobiliário e rural e as opera- mestre de 2006 para 7,5% em ções de câmbio. A carteira de igual período de 2007. Reflexo, pessoas físicas fechou com um segundo Milton Santos, da total de R$ 5,4 bilhões, com alta melhora da qualidade. Hoje, de 26% sobre o primeiro se- 82,9% da carteira do banco esmestre de 2006. Desse total, tão classificados entre os r aR$ 3 bilhões vieram dos em- tings AA e C. Os ativos totais do banco sopréstimos consignados, que subiram 45,7% em relação ao maram R$ 44,9 bilhões em 30 de junho passado, com crescimesmo período de 2006. No crédito consignado, 1,1 mento de 4,8% sobre o primeimilhão de servidores públicos ro semestre de 2006, impulsioque passaram a fazer parte da nado pela carteira de títulos e carteira de clientes da Nossa valores mobiliários, que subiu Caixa ainda respondem por 2,1% sobre o ano passado. O uma fatia pequena: 34% das patrimônio líquido ficou em operações. Milton Santos atri- R$ 2,9 bilhões, uma alta de bui a baixa participação ao cur- 8,3% em comparação a 2006.

Roseli Lopes

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

6

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Alvorada Cartões, Crédito, Financiamento e Investimento S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 74.552.142/0001-06 Sede: Cidade de Deus - Prédio Novíssimo - 4o Andar - Vila Yara - Osasco - SP CONTINUAÇÃO

Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras

b) Diversas Em 30 de junho - R$ mil 2007 Provisão para contingências cíveis (1) ............................................. Provisão para contingências trabalhistas (1) .................................... Provisão para pagamentos a efetuar ................................................. Credores diversos - país .................................................................... Outros ................................................................................................. Total ....................................................................................................

3.342 1.201 – – – 4.543

12) PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Capital social O capital social, totalmente subscrito e integralizado, é representado por 4.891.393.252 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal. b) Movimentação do capital social Quantidade de ações

2007 Contribuição ao COFINS ....................................................... Contribuição ao PIS/PASEP ................................................. Atualização de impostos e contribuições ............................ Despesas com CPMF ........................................................... Despesas com impostos e taxas ......................................... Total .......................................................................................

302.930 2.785.371 114.759 49.629 2.949.759

(1) Em Instrumento de Protocolo e Justificação de Incorporação de Ações de 21 de setembro de 2006, firmado entre Alvorada Cartões, Crédito, Financiamento e Investimento S.A. (Sociedade Incorporadora) e Oregon Holdings S.A. (Sociedade Incorporada), foi acertada a Incorporação das Ações dos Acionistas da Oregon pela Alvorada Cartões, com Aumento do Capital no montante de R$ 2.401.739 mil, com a emissão de 4.027.599.329 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal. Operação homologada pelo Banco Central do Brasil em 23 de março de 2007; (2) Em Assembléia Extraordinária de 28 de dezembro de 2006, foi aprovado aumento de capital no montante de R$ 80.702 mil, com a emissão de 135.413.115 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, com utilização do crédito referente aos dividendos a pagar do exercício de 2005. Operação homologada pelo Banco Central do Brasil em 26 de março de 2007; (3) Em Assembléia Extraordinária de 27 de abril de 2007, foi aprovado aumento de capital no montante de R$ 114.759 mil, sendo R$ 2 mil mediante capitalização de parte do saldo da conta “Reservas de Lucros - Reserva Estatutária e R$ 114.757, mediante a emissão de 165.521.837 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, com integralização à vista, no ato da subscrição, ao preço de R$ 0,693305736 por ação. Operação homologada pelo Banco Central do Brasil em 5 de julho de 2007; e (4) Em Assembléia Geral Extraordinária de 15 de junho de 2007, foi aprovado aumento de capital no montante de R$ 49.629 mil, sendo R$ 145 mil mediante capitalização de parte do saldo da conta “Reservas de Lucros - Reserva Estatutária de 2006, sem emissão de ações e R$ 49.484 mil, mediante a emissão de 70.910.346 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, ao preço de R$ 0,697835323 por ação, com integralização à vista, no ato da subscrição. Aguardando homologação pelo Banco Central do Brasil.

Reservas de Lucros .......................................................................... - Reserva Legal (1) ............................................................................. - Reserva Estatutária (2) .....................................................................

2006

500.167 32.807 467.360

809 132 – 12 2 955

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007

2006 15.018 1.916 1.038 17.972

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007

– – –

(1) Constituída obrigatoriamente à base de 5% do lucro líquido do exercício, até atingir 20% do capital social realizado, ou 30% do capital social, acrescido das reservas de capital. Após esse limite a apropriação não mais se faz obrigatória. A reserva legal somente poderá ser utilizada para aumento de capital ou para compensar prejuízos; e (2) Visando à manutenção de margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas da Sociedade, pode ser constituída em 100% do lucro líquido remanescente após destinações estatutárias, sendo o saldo limitado a 95% do Capital Social Integralizado.

2006 2.774 175 150 158 3.257

18) RESULTADO NÃO OPERACIONAL Semestres findos em 30 de junho - R$ mil

Receitas de alugueis ............................................................ Provisão para desvalorização de bens e investimentos ..... Resultado na alienação de valores e bens .......................... Outros .................................................................................... Total .......................................................................................

2006 3.218 1.848 (444) 32 4.654

– – – – –

19) TRANSAÇÕES COM O CONTROLADOR E EMPRESAS LIGADAS As transações com controlador e empresas ligadas foram efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações, foram eliminadas nas demonstrações financeiras: Em 30 de junho - R$ mil 2007

2006

45

10

Aplicações em depósitos interfinanceiros (a): Banco Bradesco S.A. .......................................... 2.994.388

170.004

277.327

20.066

Dividendos e Juros sobre o Capital Próprio: Banco Alvorada S.A. ........................................... BEC DTVM Ltda. ............................................... Banco Bradesco S.A. .......................................... Serasa S.A. ........................................................

4.085 579 (41.078) –

– – – 195

– – – –

– – – –

Valores a Pagar: Embaúba Participações Ltda. .............................

(667)

Aplicações no mercado aberto (b): Banco Bradesco S.A. ..........................................

3.204

321

13) DESPESAS DE PESSOAL Refere-se a processos trabalhistas no montante de R$ 1.962 mil (2006 - R$ 811 mil).

Serviços prestados: Bradesco S.A. CTVM .........................................

(1)

(4)

14) OUTRAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS

Aluguel: Banco Bradesco S.A. .......................................... BRAM S.A. DTVM ............................................. Finasa Promotora de Vendas Ltda. ......................

– – –

3.070 27 121

– – –

– – –

d) Juros sobre o capital próprio e/ou dividendos Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados juros sobre o capital próprio e/ou dividendos que somados correspondam, no mínimo, a 25% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária.

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 Depreciação .......................................................................... Processamento de dados ..................................................... Serviços técnicos especializados ....................................... Comunicações ...................................................................... Propaganda e publicidade .................................................... Serviços de terceiros ............................................................ Serviços do sistema financeiro ............................................ Contribuição sindical ............................................................ Diversas ................................................................................ Total .......................................................................................

2006 1.033 768 555 168 156 149 56 5 10 2.900

– – 18 – 66 – 8 5 1 98

(a) Aplicações interfinanceiras de liquidez - depósitos interfinanceiros de ligadas, com taxas equivalentes às do CDI - certificado de depósito interfinanceiro. (b) Recompras e/ou revendas a liquidar, de operações compromissadas, lastreadas em títulos públicos, com taxas equivalentes às do “overnight”. 20) BENEFÍCIOS A EMPREGADOS A Alvorada Cartões, Crédito, Financiamento e Investimento S.A. (Alvorada CFI), (incorporadora do Banco BEC S.A.) patrocina plano de benefício definido por meio da CABEC - Caixa de Previdência Privada do Banco do Estado do Ceará. Os recursos garantidores dos planos de previdência são investidos de acordo com a legislação pertinente (títulos públicos e privados, ações de companhias abertas e imóveis).

Diretoria

18.498

(79.837)

(6.289)

(66) 18.154 (240) 135 (61.854)

– – (1) (200) (6.490)

Em 30 de junho - R$ mil

2007

Impostos diferidos Constituição/realização, no período, sobre adições temporárias ..... Base negativa de contribuição social ............................................... Prejuízo fiscal .................................................................................... Subtotal .............................................................................................. Impostos correntes Imposto de renda e contribuição social devidos ............................... Imposto de renda e contribuição social do semestre ......................

2006

(48.783) (1.022) (2.665) (52.470)

(205) (496) (1.293) (1.994)

(9.384) (61.854)

(4.496) (6.490)

Saldo em 31.12.2006 Constituição Realização Provisão para créditos de liquidação duvidosa Provisão para contingências cíveis ................ Provisão para contingências fiscais ............... Provisão para contingências trabalhistas ....... Provisão para perda de títulos e investimentos Provisão para desvalorização de bens imóveis Ágio amortizado ............................................ Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias ................................... Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social .......................................................... Subtotal ...................................................... Contribuição social MP n o 2158-35 de 24.8.2001 (1) ............................................... Total dos créditos tributários (Nota 7) ...... Obrigações fiscais diferidas (Nota 11a) .... Créditos tributários líquidos das obrigações fiscais diferidas ......................................... (1)

Ativos Receitas Ativos Receitas (passivos) (despesas) (passivos) (despesas) Disponibilidades: Banco Bradesco S.A. ..........................................

2006

234.815

c) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos – 81 129 52 262

2007

Resultado antes do imposto de renda e contribuição social .................. Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente .................................................................. Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Juros sobre o capital próprio recebidos .................................................. Participações em coligadas e controladas ............................................. Despesas indedutíveis líquidas de receitas não tributáveis .................. Outros valores .......................................................................................... Imposto de renda e contribuição social do semestre ............................

b) Composição da conta de resultado de imposto de renda e contribuição social – 2 377 379

17) OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS

Variação monetária ............................................................... Provisão para passivos contingentes - riscos fiscais ......... Provisão para passivos contingentes - cíveis ..................... Diversas ................................................................................ Total .......................................................................................

Em 30 de junho - R$ mil 2007

16) OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS

Em 30 de junho - R$ mil 2007

7.197 1.169 1.092 138 91 9.687

Reversão de outras provisões operacionais (1) .................. Variação monetária sobre tributos ........................................ Atualização de depósitos judiciais ...................................... Total .......................................................................................

21) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social

2006

(1) Reversão de provisão de processos judiciais cíveis, cujos ativos foram transferidos para o Banco Bradesco S.A.

R$ mil

491.948.625 4.654.961.069 165.521.837 70.910.346 4.891.393.252

c) Reservas de Lucros

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil

2006

71.493 863 6.972 730 14 80.072

(1) As provisões para contingências foram constituídas levando em consideração, a natureza das ações, similaridade com processos anteriores, complexidade e, no posicionamento de Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável. A Administração da Organização entende que a provisão constituída é suficiente para atender eventuais perdas decorrentes dos respectivos processos judiciais.

Em 30 de junho de 2006 ................................................. Em 31 de dezembro de 2006 (1) (2) ................................ AGO/E em 27.4.2007 (3) .................................................. AGO/E em 15.6.2007 (4) .................................................. Em 30 de junho de 2007 .................................................

15) DESPESAS TRIBUTÁRIAS

R$ mil Saldo em 30.6.2007

36.675 29.073 43.633 1.956 17.531 12.609 256.486

– 85 1.230 44 83 7 –

– 5.101 – 176 274 716 43.965

36.675 24.057 44.863 1.824 17.340 11.900 212.521

397.963

1.449

50.232

349.180

11.480 409.443

– 1.449

3.687 53.919

7.793 356.973

10.136 419.579 2.113

– 1.449 5.842

715 54.634 –

9.421 366.394 7.955

417.466

(4.393)

54.634

358.439

Até o final do exercício, há previsão de realização no valor de R$ 716 mil, que será contabilizado quando da sua efetivação (Nota 20d).

d) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias, prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social. Em 30 de junho - R$ mil Diferenças Prejuizo fiscal e temporárias base negativa Imposto de Contribuição Imposto de Contribuição renda social renda social 2007 ..................................... 2008 ..................................... 2009 ..................................... 2010 ..................................... 2011 ..................................... Total .....................................

57.381 76.653 71.424 29.951 22.405 257.814

20.283 27.153 25.082 10.782 8.066 91.366

2.665 3.238 – – – 5.903

1.022 868 – – – 1.890

Total 81.351 107.912 96.506 40.733 30.471 356.973

Em 30 de junho - R$ mil Crédito tributário de contribuição social MP no 2158/35 2007 Valor em 2007 ........

716

2008 1.432

2009 1.681

2010 4.472

2011 1.120

Total 9.421

A projeção de realização de crédito tributário trata-se de estimativa e não é diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis. e) O valor presente dos créditos tributários, calculados considerando a taxa média de captação praticada pela Organização Bradesco, líquida dos efeitos tributários, monta R$ 344.818 mil (2006 - R$ 14.076 mil), sendo R$ 328.622 mil (2006 - R$ 2.133 mil) de diferenças temporárias, R$ 7.590 mil (2006 - R$ 11.943 mil) de prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social e R$ 8.606 mil de crédito tributário de contribuição social MP no 2158-35. f) Créditos tributários não ativados Não foram constituídos créditos tributários, de empresas incorporadas, no montante de R$ 35.137 mil, os quais serão registrados quando apresentarem efetivas perspectivas de realização de acordo com estudos e análises elaboradas pela administração e pelas normas do BACEN.

Parecer dos Auditores Independentes Aos Acionistas e Administradores Alvorada Cartões, Crédito, Financiamento e Investimento S.A.

Diretor-Presidente

1. Examinamos os balanços patrimoniais da Alvorada Cartões, Crédito, Financiamento e Investimento S.A. em 30 de junho de 2007 e de 2006 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras.

Márcio Artur Laurelli Cypriano

Diretores Laércio Albino Cezar Arnaldo Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi Sérgio Socha

3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Alvorada Cartões, Crédito, Financiamento e Investimento S.A. em 30 de junho de 2007 e de 2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro Norberto Pinto Barbedo

Marcos Aparecido Galende Contador - CRC 1SP201309/O-6

2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Instituição, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Instituição, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

São Paulo, 3 de agosto de 2007

Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5

Washington Luiz Pereira Cavalcanti Contador CRC 1SP172940/O-6

.POLÍTICA

Reprodução

Fotos: Milton Mansilha/LUZ

PROTESTO POR PAZ E MUDANÇAS Esse é o objetivo do Movimento Cívico pelos Direitos dos Brasileiros que realiza seu "minuto de silêncio" na próxima sexta-feira, na Catedral da Sé

P

arar o País durante um minuto na próxima sexta-feira e levar as propostas do movimento para o Congresso e o governo federal. Essa é a estratégia do Movimento Cívico pelos Direitos dos Brasileiros, conhecido como 'Cansei ´, com a participação de entidades de classe, empresários, desportistas e artistas, para diminuir a corrupção, a criminalidade infantil, a impunidade, a falta de segurança e a carga tributária. Integrantes do movimento apresentaram ontem as peças publicitárias da campanha – com participação de celebridades do porte de Ana Maria Braga, Hebe, Regina Duarte e Ivete Sangalo, entre outros – e explicaram a manifestação pú-

blica, denominada de "Um minuto de silêncio pelo Brasil", que acontecerá na Catedral da Sé, centro, às 13h, com o objetivo de lembrar os 30 dias do acidente do Airbus da TAM em Congonhas, que causou a morte de 199 pessoas. Adesão –Além de São Paulo, haverá manifestação no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, de onde partiu o vôo fatídico. Segundo Luiz Flávio Borges D´Urso, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), de São Paulo, que lidera o movimento, a expectativa é que o gesto se repita em outras cidades brasileiras. A OAB federal não participa do movimento, mas liberou a seccional paulista. Pessoas interessadas em participar do

ato devem se concentrar na catedral às 12h30. Às 12h45 será celebrado um culto ecumênico e às 13h o cantor Agnaldo Rayol interpretará o Hino Nacional e depois haverá o minuto de silêncio. "Há um sentimento de indignação e paralisação e eu cansei de ver tanta coisa errada", afirmou o cantor que apóia o movimento junto com o locutor Osmar Santos, a apresentadora Adriana Lessa, o exnadador Fernando Scherer, o Xuxa, e o jornalista e empresário João Dória Jr, entre outros. Propostas – Depois da manifestação, conforme D'Urso , o segundo passo é ir ao Congresso Nacional para defender as propostas de entidades que apóiam o movimento. Uma

Artistas nas campanhas (ao lado) e líderes classistas (acima) esperam grande adesão popular na sexta

delas é da entidade de famílias de vítimas de acidentes aéreos, que propõe o aumento do seguro indenizatório de R$ 14 mil para R$ 150 mil (adultos). A estratégia tem um nome: "exercitar a democracia participativa" sem vinculação partidária. "Trata-se de uma articulação com as esferas de poder. Não se trata de um movimento para derrubar as instituições políticas", completou D´Urso. O presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Alencar Burti, destacou que a iniciativa junta "a solidariedade humana com o empreendorismo" porque não se contenta apenas com a indignação. Trata-se de uma contribuição ao País. "O que se busca aqui é a cidadania plena", sintetizou. "Antes do direito à crítica, é preciso mostrar antes que temos o compromisso de

ajudar o País". É o que estamos fazendo", encerrou o presidente da ACSP. OAB versus Anac – A OAB nacional ingressará esta semana com uma ação pública pedindo o afastamento da diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), por improbidade administrativa. A ação será baseada em denúncias de que houve ineficiência e omissão. O presidente do Conselho Federal da OAB, Cezar Britto, comunicou a decisão ao deputado federal Gustavo Fruet (PSDB-PR), segundo nota publicada no site da entidade. Integrante da CPI da Crise Aérea, Fruet solicitou ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, processo administrativo contra os dirigentes da Anac. Porém, não teve êxito. "A OAB está indo além, ou seja, considerando que a omissão e ineficiência geram a res-

D'Urso: propostas para Brasília

ponsabilização dos dirigentes da Anac e, por consequência da União", afirmou Britto. Para o presidente da OAB, a crise aérea demonstrou que a Anac não cumpriu sua função de fiscalizar o tráfego e as companhias aéreas. Sérgio Kapustan/Agências


quarta-feira, 15 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Indicadores Econômicos

14/8/2007

COMÉRCIO

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1,983

real é o valor de cada dólar comercial para venda, de acordo com a cotação de ontem.


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Sistemas Imagem E mais Acesso

Para ficar na memória

1846 Fita impressa de telégrafo Alexander Bain

1946 Tubo Selectron, da RCA. Arquivava 4.096 bytes.

1950 Fita magnética da IBM. Um rolo continha 10 mil cartões.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

EU NAVEGO – O videomaker americano Philip Johnson, navega em www.abcgallery.com.

DE TUDO UM POUCO PARA SUA INFORMAÇÃO

PCs EM ALTA

D

uas pesquisas, divulgadas quase simultaneamente na última semana, mostram que o mercado de computadores vem crescendo nos últimos meses, impulsionado principalmente pelos usuários domésticos. Os destaques são o bom desempenho dos notebooks, uma tendência mundial. A venda dos computadores de bolso (que no jargão da indústria são chamados de PDA, sigla em inglês para "assistentes digitais pessoais") mostra-se em queda. Os números da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) encomendados à consultoria IT Data apontam vendas de 4,33 milhões de computadores no primeiro semestre deste ano. Comparado ao mesmo período de 2006, houve um aumento de 20%. Do total, 365 mil unidades foram de notebooks (crescimento de 156% em relação ao primeiro semestre do ano passado). A Abinee estima

que até dezembro serão vendidos 2,1 milhões de computadores portáteis (aumento de 211% no consumo). O mercado de desktops crescerá menos: 6%, de acordo com os dados. O ano deverá fechar, segundo a associação, com 10,1 milhões de PCs vendidos. As estimativas da Intel (cuja pesquisa, encomendada à Research International, ouviu 700 pessoas de 18 a 45 anos em

diz a Intel, o mercado brasileiro de PCs crescerá 20%, o que colocaria o País no quinto lugar do ranking mundial. Hoje, o Brasil é o terceiro maior consumidor de desktops do mundo, atrás dos Estados Unidos e da China. O estudo da Intel mostra que houve aumento no uso de PCs para download de músicas e vídeos e também para games. No passado, havia forte concentração em navegação na internet e no uso de m e n s agens inst a n t âneas. A exploração dos demais recursos do equipamento impulsionou a procura pela conexão de internet banda larga (de 10% para 16%) com conseqüente redução de conexão discada (45% para 39%). Ambas as pesquisas concluem que o crescimento de mercado dos notebooks deve-se à redução

Os notebooks começam a substituir os desktops nas empresas e nas residências quatro capitais brasileiras) falam em 9,3 milhões de unidades vendidas em 2007, dos quais 1,25 milhão de notebooks. Do total, 40% referem-se a usuários domésticos, seguidos pelas pequenas e médias empresas (30%), as grandes corporações (20%) e o governo (10%). Nos próximos 3 anos,

de preço dos equipamentos, à facilidade de financiamento e à concorrência entre os fabricantes. Os portáteis estão se transformando no principal computador da casa. A tendência para os próximos anos, ainda segundo a Intel, é o crescimento de vendas de PCs em supermercados, casas de eletrodomésticos e móveis e também nos pontos especializados. A Abinee, por sua vez, percebeu aumento das empresas que vendem PCs no varejo – há três anos eram duas ou três e hoje, cerca de 50. Já o mercado cinza, de PCs ilegais, v e m d i m inuindo ano após ano.

Tente descobrir o nome do filme pela trilha sonora. Em www.flashpops.com.br. Boa diversão.

Impressione com este novos teclados 1956 IBM 305 Ramac, primeiro HD da história (4,4 MB).

Fotos: Divulgação

1969

PTT estiloso

Primeiro disquete: 8 polegadas e 80 KB de dados.

A

1979 Sony e Philips criam o CD, capaz de registrar 700 MB.

Multilaser lançou o Teclado Flexível e o Teclado Organizador, produtos voltados para usuários sofisticados. O primeiro é feito com silicone e é à prova d'água. Ele tem design inovador, sendo ideal para usuários de notebooks, pois oferece grande facilidade para ser transportado em viagens. Além disso, o

modelo destaca-se pelas teclas macias e silenciosas, estando disponível em dois tamanhos: tradicional 495x137x3 mm e compacto (sem o teclado numérico), nas medidas 350x135x3 mm. O lançamento é compatível com Windows 9x, ME, 2000, XP, Vista/NT e superiores e tem o preço médio para o consumidor final de R$ 39,90.

Leitor de cartões tudo-em-um

Outra novidade da Multilaser é o Teclado Organizador. O periférico diferencia-se por contar com 11 compartimentos internos, ideais para guardar material de escritório, kit ferramentas, entre outros. Além disso, o modelo possui vários atrativos: 26 teclas de acesso à internet e mídia; driver potente, para programar até

cinco atalhos; além de prático controle de volume giratório e scroll. A novidade mede 502x238x53 mm, pesa 1,25 Kg, e tem conexão USB. O preço médio sugerido para o consumidor final é de R$ 69,90. Com o Teclado Organizador não há mais desculpas para a bagunça de material de escritório espalhado sobre a mesa.

O s celulares com funções push-to-talk (PTT) tão utilizados pelo mercado corporativo e por equipes de vendas ganham estilo. O novo aparelho da família é o V3 PTT, Motorola, com 13,9 mm de espessura e nas cores pink e preta. No PTT basta apertar um botão para falar. Ele permite formar grupos de chamadas, conversas rápidas e envio de fotos. Além de Bluetooth, campainhas em toques de MP3 e câmera integrada, o aparelho opera na rede Edge. Preço sugerido: R$ 449.

Skype, agora cheio de graça.

Divulgação

A Akasa lan-

2007 Holographic Versatile Disc: 3,9 terabytes de capacidade. Texto e pesquisa Sergio Kulpas

São 500 GB A Samsung lançou do disco rí-

gido HD501LJ. O produto, com fabricação nacional, destaca-se pela sua capacidade de armazenamento de 500 GB, uma das maiores disponíveis no mercado, e por operar na interface SATA II (3,0 Gbps) com Native Command Queuing (NCQ), que otimiza o desempenho do disco rígido e prolonga sua vida útil. O novo produto da Samsung tem uma velocidade de rotação de 7.200 RPM e tempo de busca médio (Average Seek Time) de 8,9 milissegundos. Preço: R$ 500.

çou um driver interno que lê os principais cartões d e m e m ó r i a d o m e rc a d o . Compatível com a porta USB 2.0, o acessório tem quatro slots para cartões, além de vir com uma entrada USB adicional na parte frontal. O leitor su-

porta até 30 tipos de cart õ e s d e m em ó r i a e d etecta automaticamente quando eles são inseridos, alcançando uma taxa de transferência de dados de até 480 Mbit/seg. Instalado na baia de 3,5", ele custa R$ 40. www.akasa.com.br.

A Skype anunciou que seus

usuários podem agora tornar as suas conversas via internet mais interessantes e divertidas, compartilhando conteúdos de vídeo. Por meio das novas parcerias com os sites independentes de compartilhamento de vídeo Dailymotion (www.dailymotion.com) e

M e t a c a f e ( w w w. m e t a c afe.com), o Skype 3.5 para Windows agora possibilita o download de vídeos a e a sua adição ao espaço de m e n s agens do usuário, dando cor e personalidade perfil online.

Sergio Kulpas sergiokulpas@gmail.com O RFID ameaça a nossa privacidade?

O

grupo de pesquisas Scientific Technology Options Assessment (STOA) do Parlamento Europeu divulgou o estudo "O RFID e o Gerenciamento de Identidade na Vida Cotidiana". A conclusão diz que há equilíbrio precário entre os benefícios e o potencial para o mau uso, em especial à proteção de dados pessoais. Segundo o estudo, quando os diversos sistemas existentes de RFIDs

começarem a se comunicar entre si e com a internet, deve emergir um quadro mais detalhado dos usuários. Até recentemente o principal uso dos RFIDs era em logística, para identificação de cargas. Agora, os RFIDs estão penetrando cada vez mais no espaço público: cartões de transporte público, passaportes biométricos, sistemas de micropagamentos e cartões de fidelidade. Durante o estudo, o grupo descobriu que poucos europeus sabem o que é um RFID. Pesquisa com 2.190 pessoas indicou que 61% não se sentiam suficientemente informados sobre a tecnologia. A

estudo concluiu que, apesar de muitos cidadãos europeus já estarem usando RFIDs no seu cotidiano, a maioria vê a tecnologia como apenas um tipo de cartão ou chave eletrônica. O estudo criticou a FIFA, que emitiu ingressos com RFIDs durante a Copa do Mundo na Alemanha. Os ingressos continham informações pessoais, como nome, endereço, país, seEstudo revela que usuários xo, idade e até email. Os ingressos estão desinformados eram escaneados apenas na entrada principal preocupação dos dos estádios, mas a FIFA entrevistados foi com a segu- abriu os dados para várias rança dos dados pessoais. O empresas.

Celular? IP. P ara usuários de Voz IP, a Mul-

tilaser desenvolveu o Telefone USB com Visor, conectável a qualquer PC ou notebook com porta USB. O display permite ver quem está ligando através de um identificador de chamadas, exibe agenda e lista de ligações, como qualquer celular. Custa R$ 95,90. Já o Skype WiFi Phone da Netgear permite ligações gratuitas para outros usuários

Skype em redes Wi-Fi, sem necessitar de um computador. O handset também permite que se façam ligações para telefones comuns (pelo sistema Skype Out), mediante pagamento de tarifas telefônicas, sem cobrança de mensalidade. Preço: R$ 799. Informações e compra pelo tel: 55047454.


terça-feira, 14 de agosto de 2007

E mais Acesso Soluções Imagem

DIÁRIO DO COMÉRCIO

O PEN DRIVE VEM GANHANDO MAIS ADEPTOS

Escritório de bolso Os pen drives oferecem mais funções do que gravar arquivos Regiane Bochichi

O

pen drive não serve apenas como armazenador de dados, m a s c o m o f e r r amenta de trabalho, com o uso de programas portatéis. Quando Marcos Souza Aranha, sócio da OW4Y Consulting, resolveu passar um mês estudando mandarim na China, ele levou na bagagem um pen drive com alguns programas que facilitariam o uso do computador no outro lado do mundo. Usando os chamados softwares portáteis ou portable applications, Marcos checou suas cinco contas de email, montou uma planilha de custos e escreveu um diário de viagem. O consultor de desenvolvimento humano aproveitou bem as vantagens de se poder acessar em qualquer computador os próprios programas e arquivos. Hoje em dia, carregar um pen drive tem se tornado um hábito no mundo corporativo. O dispositivo dribla os possíveis problemas de segurança, garante comodidade e é muito prático. Além disso, a maioria dos softwares é gratuito e de código aberto.

"O pen drive facilita minha sempre ouvimos que eles têm vida", afirma o músico e dire- restrições de acesso a progrator comercial da Roboarte, mas e a internet", conta o viaMarcelo Galbetti. " Esta é a fun- jante, "resolvi me precaver, leção da tecnologia: ser útil". vando tudo comigo e não deiGalbetti leva, para onde for, se- xando rastros em computadote gigabytes de memória, divi- res de lan houses". Preços acessíveis - Os disdidos em três pen drives. Dentro dele estão games, cenogra- positivos estão cada vez menofias e projetos de robótica de- res, com mais memória e mais senvolvidos pela sua empresa. baratos. Em grandes magazi"Com todos os meus clientes nes, é possível comprar um de têm computador, levo apenas 128 MB por R$ 19,90 e até R$ o pen drive", conta. Para facili- 399 para 4 GB. Já existem motar a apresentação, carrega delos mais sofisticados, com também programas como 16 GB de memória, com tecnoAdobe Reader e Quick Time. logia USB 2.0 e que já vem com softwares embuti"Eles são 'free' e não dos. O preço é mais causam nenhum pro- Há vários salgado e pode cheblema na máquina programas gar até R$ 2.500. alheia", diz. gratuitos E em dias corridos Opções - Existem como o de hoje, a vem u i t a s o p ç õ e s d e disponíveis locidade de gravação programas portáteis para pen drive e que podem também é um diferencial. Roajudá-lo a transportar seu es- drigo Cassarino, consultor da critório para qualquer lugar. É Integration, empresa que atua possível checar e-mails, escre- na área de gestão de processos, ver e ler textos, atualizar plani- é o usuário do pen drive pois lhas, transfere arquivo e claro, "gravar os arquivos no pen é navega pela internet. Vale lem- mais rápido que em CDs". Já Rodrigo Pagianotto, tambrar que para ser considerado um "Portable Apps", os pro- bém consultor da Integration, gramas não devem ter ne- lembra que o pen drive serve nhum tipo de instalador, todos como backup. "Arquivos em os set ups feitos são guardados que estou trabalhando no mono próprio pen drive e eles não mento ficam salvos no disposideixam nenhum sinal de uso tivo como cópia de segurança", na máquina utilizada, ou seja, comenta. Só tem um problema, é muito fácil perder ou ter são livres de "espionagem". Este foi um dos motivos para o pen drive roubado e, com ele, que Marcos Aranha levasse o todos os dados que ali estão inpen drive para a China. "Como seridos. Por isso, cuidado.

BATERIA SEMPRE CARREGADA

uem sai de casa apressado para a corrida matinal, o dia de trabalho no escritório ou mesmo uma viagem, geralmente nem pensa em checar se a bateria do iPod está carregada. Levar o carregador de bateria junto, menos ainda. A solução – por enquanto disponível apenas para quem possui iPod Nano – está num estojo desenvolvido pela I-Concepts, que, além de transportar e proteger o aparelho, traz embutido um carregador de bateria.

Q

Divulgação

Estojo traz carregador embutido

O equipamento proporciona autonomia de energia de até 5 horas. Tem compartimento interno para 4 pilhas AAA (não fornecidas) e um cabo Dock interno de 30 pinos para co-

nectar ao iPod. Com fácil acesso aos comandos do iPod através de abertura frontal, tem um clip que permite prender o estojo à cintura. O peso (sem as pilhas) é de apenas 80 gramas O produto está à venda na www.e-store.com.br, por R$ 116. (R.M.).

Até barulho vira música com este equipamento

A

JVC (www.jvc.com.br) acaba de lançar o microsystem EX-A3. O seu grande diferencial é uma tecnologia exclusiva chamada K2, que utiliza algoritmos para recuperar os sinais de alta freqüência perdidos no processo de gravação de CDs. O seu Conversor Compensativo de Compressão aumenta a qualidade do

7 Arquivo pessoal

Divulgação

JVC EX-A3: tecnologia de algoritmos recupera freqüências perdidas.

som, de modo que sua reprodução crie uma atmosfera mais realista e que o consumidor tenha a sensação de estar em frente aos músicos. Com design moderno, combinan-

do com diversos ambientes, o equipamento possui comexão USB e amplificador digital híbrido. Ele reproduz DVD áudio, DVD-RW, DVD-ROM, MP3 e aúdio em MPEG-4. Custa R$ 2.199.

Marcos Souza Aranha levou em sua viagem à China o seu pen drive com programas úteis

César Ogata/AFG

Marcelo Galbetti leva para onde for 7 GB de memória, divididos em três pen drives.


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Acesso Sistemas Imagem E mais

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Uma boa época para fotografar pôr-de-sol é o inverno. Mas não despreze o verão.

O PREÇO DAS CÂMERAS DIGITAIS ESTÁ CAINDO

Fotos: Ana Maria Guariglia

VITRINE ivulgação

EM FOCO Fotos Divulgação

Tela grande

A

O

Canon está resolvendo o problema de quem não tem visualizador para mostrar suas fotos, com a série Meda Storage M30 e M80, 30 e 80 GB, com monitor de 3,7 polegadas. Também pode exibir filmes e tocar músicas. Aceitam os cartões CompactFlash (CF) e SecureDigital (SD). Os preços não foram divulgados.

lympus FE-250 Resolução 8 MP 3 MP no modo manual de sensibilidade ISO Objetiva Olympus Lens AF f/2.8 35-105 mm, zoom óptico 3X, digital 4X Dimensões do visor LCD 2,5 pol (6,4 cm) Principais recursos Sistema BrightCapture (ISO 6400 e ISO 10 mil) anti-vibração, filmagem em formato AVI, processador de imagens TruePic Turbo Super, macro (10 cm) Modos de exposição Automático com 15 modos; flash automático, redução de olhos vermelhos, memória interna (20 MB) Acessórios Alça de transporte, bateria de lítio, cabo USB, cabo para vídeo, carregador AC para bateria LiOn, programa Olympus Master Interface de computador USB 2.0 Dimensões (alt x larg x prof) 9,4 X 5,5 X 2,3 cm Peso 115 gr Preço médio R$ 1.350 Maiores informações www.olympus.com.br

Divulgação

Mais barato

A

Kodak (www.kodak.com.br) resolveu baratear os custos da nova câmera EasyShare C513 (foto) e vai vendê-la por menos de US$ 80. Lançada no dia 24 deste mês, o segredo da digital é o sensor CMOS, que transforma a foto de analógica para digital. A maioria das máquinas utilizam o sensor CCD por ser mais rápido em relação ao CMOS, porém mais caro. Tem resolução de 5 MP, monitor de 2,4 pol e zoom óptico de 3x. Em parceria com a Leica, a Panasonic lançou na semana passada, a LUMIX DMCFX100K e anunciou que é a primeira digital compacta de 12,2 MP com objetiva 28 mm grande angular (28-100 mm). Isso quer dizer que os fabricantes estão correndo atrás de personalizar seus produtos com novas tecnologias, tudo que é possível fazer no mundo da eletrônica. O monitor é de 2,5 pol e zoom óptico de 3,6 vezes. Preço médio US$ 399. (www.panasonic.com).

O sol em destaque A FE-250 faz parte da nova safra das câmeras Olympus da série FE, que se carac teriza pelos modelos compactos, do tipo slim, fininho, fáceis de carregar no bolso. É, sobretudo, voltada para os iniciantes em foto digital. O seu preço é de R$ 1.350. O que nos chamou a atenção nesse modelo foi a opção manual de sensibilidade de luz de ISO 6400 e 10 mil com a tecnologia BrightCapture (captura luminosa). Na verdade, essa nova tecnologia é um novo nome para a antiga concepção do "pixel binning", usado em sensores CCD para fotos de astrologia, quando se registra imagens com luminosidade muito baixa. Como não existem tecnologias milagrosas, as sensibilidades ISO 6400 e ISO 10 mil da máquina fazem a resolução da imagem cair para 3 MP, perdendo mais da metade da resolução original. No processo da formação da imagem, depois do clique, o sensor CCD agrega os pixels (pontos que formam a imagem), produzindo um super pixel, que vai integrar a área de todos elementos da

imagem final. A aglomeração de pixels aumenta a luminosidade, mas a resolução é reduzida. Para obter as imagens do pôr-do-sol, por exemplo, usamos o controle manual das sensibilidades ISO 6400 e 10 mil e também o modo de cena automático "sunset". No primeiro caso, a redução dos pixels é quase imperceptível, porém, olhando bem, percebemos que as imagens ficaram "estouradas" em alguns pontos, devido à saturação da luz. Se você escolher essa opção, fique ciente que não poderá fazer impressões maiores que 20 x 25 cm. Caso contrário, terá imagens indefinidas com aumento dos pixels. No modo de cena automático, as fotos saíram boas e com resolução de 8 MP. A sensibilidade se ajusta abaixo de ISO 6400, e as velocidades e as aberturas são combinadas de forma a produzir imagens com a atmosfera noturna, com cores e contrastes difusos, fiel ao tema e sem necessidade do flash. As velocidades da FE variam de 1/2 e 1/2000 de seg. No modo de cena automático, traz duas novidades: o modo "cozinha", para fotografar ali-

mentos, e "leilão" para registrar as peças presentes em leilões, como quadros e objetos raros. A digital também faz panoramas, que são editados com o programa Olympus Master, que acompanha a câmera. Esse tema é um dos mais explorados em fotografia e para captá-lo não há segredos, basta alguns cuidados para se conseguir imagens bonitas. De preferência, coloque objetos no primeiro plano da imagem, para mostrar a profundidade do sol e da nuvens no segundo e terceiro planos. Uma boa época do ano é o inverno, mas não despreze o verão. Nesse período, o sol fica mais vermelho e, se não está present e , a s n uv e n s r a sgam o céu refletem nuanças esc u r a s d r amáticas ent r e o s ve rmelhos, azuis e amarelos. Como o sol tem uma luminosidade muito intensa, vo-

cê pode marcar sua presença voltando a câmera diretamente para ele. Porém, é visualmente agradável escondê-lo entre árvores, nuvens e pessoas. São cenas envolventes que compõem a expressão de um dos mais belos momentos da natureza. Fotografe bastante e faça uma sequências, acompanhando o desaparecimento do astro no horizonte. As imagens do seu nascimento em manhãs de inverno também produzem imagens espetaculares. Basta um pouco de paciência. Ana Maria Guariglia

Foto tirada com a nova Olympus FE-250, uma máquina com muitos recursos

Olha o que vem chegando no mercado Além das muitas novidades, a PhotoImageBrazil deixou uma certeza: os preços das câmeras digitais estão cada vez menores. Fotos: Divulgação

C

om o término na sexta-feira passada da PhotoImageBrazil, a maior feira internacional de imagem da América Latina, os mais de 35 mil visitantes saíram do evento com a certeza de que daqui para frente o preço das câmeras digitais vão despencar, popularizando cada vez mais seu uso. Mesmo as máquinas mais caras, devido aos seus recursos, como a novíssima DMCFX18PL-K, a primeira semiprofissional da Panasonic, estão com preços em conta. Esse modelo vai estar à venda em setembro próximo, custando em torno de R$ 2.200, justificados por certos requintes, como detector de rostos, sensibilidade ISO Inteligente, modos de cenas manuais e automáticos, objetiva alemã Leica DC Vario-Elmarit, resolução de 10,2 MP e zoom óptico de 18x. Outro lançamento desse fa-

Por sua vez, a Sosecal trouxe as Mirage View e Civic (R$ 399), com 5 MP que podem ser expandidos até 12 MP pela interpolação e monitor de 3". O modelo Supreme custa um pouco mais, R$ 599, mas tem resolução de 7 MP, e a digital Summer de 5 MP, R$ 499. Ambas têm monitor de 2,3" e zoom óptico de 3x e digital de 4x. A memória interna de 16 e 32 MB respectivamente, expandidas com cartões SD de até 4 GB. A câmera Summer conta com a função de aviso de obturador

lento, quando as condições de iluminação estão baixas e as fotos podem sair tremidas. Armazenamento - A empresa Microdia estreou na feira com cartões de memória Xtra, literalmente à prova d'água e de capacidade de 32, 16, 8 e 4 Gigabytes, por enquanto disponíveis somente em cartões CompactFlash (CF) para profissionais. Há modelos para câmeras compactas e celulares, que começarão a ser negociados no final deste mês nas lojas fotográficas e virtuais.

Mirage Summer: modelo com resolução de 5 MP, custa R$ 499.

bricante é a compacta DMCFX55PL-K (R$ 1.900), de 8,1 MP, com a novidade do zoom óptico e digital de 3,6 vezes. É totalmente automática, com Mega O.I.S de estabilização óptica de imagens, monitor de 3" e lente Leica DC Vario-Elmarit com a grande angular de 28 mm.

Na maioria das digitais populares lançadas estão presentes o recurso da webcam, que facilita a comunicação entre os internautas, e a possibilidade de fazer filmagens com som, caso da Digitron S5M (R$ 349), da importadora BMA, com 5 MP, monitor de 2" e zoom digital de 8x.

Panasonic DMCFX18PL-K: primeira semiprofissional da fabricante.

Digitron S5M: custa R$ 349.

A Noritsu, fabricante de mini laboratórios, e a HP mostraram que a impressão digital deixou de ter barreiras em relação ao tamanho e à qualidade das fotos. Mostraram ampliações gigantes (entre 30 x 90 cm e 90 cm x 2 m) de imagens de 3,2 MP, obtidas pelo fotógrafo José Antônio Ramalho com um simples celular com câmera da Sony Ericsson. Com essa demonstração, os laboratoristas caseiros devem aposentar suas impressoras e passar a usá-las apenas para imprimir documentos comuns e passar a usar mais os serviços dos laboratórios digitais. (A.M.G.)


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Que não falte aos nossos irmãos e irmãs uma ajuda oportuna e generosa da comunidade internacional para os desabrigados. Papa Bento XVI, depois da tradicional reza do Ângelus, no domingo, realizada na residência de Castelgandolfo, falando sobre a atitude esperada para ajudar aqueles que perderam a casa devido às inundações que ocorreram em vários países do sudoeste asiático.

Divulgação

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

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www.dcomercio.com.br/logo/

Nascimento do cineasta britânico Alfred Hitchcock (1899-1980)

AGOSTO

2 - LOGO

I NTERNET A MBIENTE

Campanha para salvar mata do Ribeira Um campanha lançada neste final de semana na cidade paulista de Registro pretende mobilizar 33 municípios do Paraná e de São Paulo para a implementação de ações voltadas recuperação de matas ciliares do Vale do Ribeira, situado entre os dois estados. Chamada Cílios do Ribeira, a iniciativa é coordenada pelo Instituto Socioambiental (ISA) e pelo Instituto Ambiental Vidágua. Segundo o coordenador do ISA, Nilto Patto, o Vale do Ribeira abriga a maior extensão contínua da Mata Atlântica no Brasil. Dos 100 mil km² da vegetação

remanescente no País, 23% situam-se na Bacia Hidrográfica do Rio Ribeira de Iguape. O vale, com uma cobertura de 80% de Mata Atlântica, nas últimas décadas tem sofrido com o desmatamento de matas ciliares, que ficam nas beiras dos rios e protegem o solo, a água e a biodiversidade. Patto diz que cerca de 60% das matas ciliares foram extraídas nos últimos 20 anos. O objetivo é recuperar, em um ano e meio, 120 hectares. A idéia, de acordo com Patto, é que em cada município se comprometa a recuperar pelo menos 3,6 hectares.

C ONFETE

F OTOGRAFIA

Acesso grátis para ricos Apenas 0,9% das pessoas de baixa renda são usuários dos centros gratuitos

U

ma pesquisa feita pela Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (Ritla) aponta que são deficientes as iniciativas de democratização do acesso à rede mundial de computadores. Segundo o estudo, somente 2,1% das pessoas com idade a partir de 10 anos freqüentam um centro de internet gratuita; 10,5% usam a rede em casa; e 4,6% em centros pagos. Entre os de menor renda, apenas 0,9% utilizam centros

gratuitos, frente aos 4,5% da população mais rica. O estudo foi feito em parceria com o Ministério da Educação e o Instituto Sangari, com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2005. Na escola, o uso da internet também é baixo. Segundo a pesquisa, apenas 5,4% da população com 10 anos de idade ou mais declarara usar a internet na escola. O secretário de Educação a Distância do MEC, Carlos Eduardo Bielschowski,

anuncia a meta de instalar laboratórios de informática em todas as 142 mil as escolas públicas do país até 2010, prevista no Plano Nacional de Educação e a entrega de 13,5 mil laboratórios nas escolas do ensino fundamental em 2008. O sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, da Ritla, avalia: "Praticamente não temos uma política nacional de inclusão digital. Temos alguns programas, públicos e privados, mas são poucos e insuficientes." (AE)

Marcos D´Paula/AE

François Lenoir/Reuters

L

Confraria folclórica Les Blancs Moussis promove carnaval para celebrar seu 60º aniversário em Stavelot, Bélgica, no domingo.

Centro Cultural promove leilão A Associação Amigos do Centro Cultural São Paulo (AACCSP) promove hoje, às 20h, leilão de 15 obras da exposição Outra Objetividade. A mostra reúne ensaios fotográficos que retratam o edifício da instituição e seu cotidiano, em imagens de Caio Reisewitz, German Lorca e Rubens Mano, que doaram seus trabalhos. O ator Carlos Moreno será o leiloeiro. Os lances mínimos variam de R$ 2 mil a R$ 5 mil.

Aprisionado pela ficção

Exposição O Gesto e a Arte mostra 50 obras de Ivald Granato. No Espaço Cultural Citi. Av. Paulista, 1111, térreo, tel.: 4009-3257 . Grátis.

Muito mais que um pacote bonitinho

A Walkway Light é uma luminária para jardins que usa um painel fotovoltaico para armazenar energia solar durante o dia. À noite, a energia coletada alimenta LEDs de 6,8 watts, que oferecem uma boa iluminação. A bateria tem autonomia de até 13 horas. Por US$ 60. www.hammacher.com/publish/

Você sabia que o saco de batata frita vem cheio de ar para evitar que as batatas se quebrem quando as embalagens são empilhadas? Sabia que o sistema abre fácil de embalagem de requeijão foi inventado no Brasil? A Associação Brasileira de Embalagem (Abre) criou um site para mostrar essas e outras curiosidades ao consumidor final. A página explica também como as embalagens evoluíram ao longo dos séculos, dá dados sobre o setor e ensina a importância da reciclagem.

74160.asp?promo=homepage

www.tanacaraqueebom.com.br

Invasão de cartoons

Pastor brincando de mágico

O

s amantes das revistas em quadrinhos vão adorar um passeio pelo site DiBurros, blog do cartunista e ilustrador Marcelo Braga. O site traz uma HQ em capítulos desenvolvida pelo autor e que se chama "Historinha". Com personagens incomuns, um tanto deformados e estranhos, os protagonistas da Historinha são complexos e divertidos. Há também caricaturas e um preview dos personagens criados por Braga, e ele cria muitos personagens, porque desenha praticamente tudo o que vê. Entre as técnicas preferidas do artista está a sumiê, de desenho com nanquim.

Dark Cowboys, os mais famosos personages desenhados com a técnica sumiê

www.diburros.blogger.com.br

China fará o mapa da lua

Ao lado, as linhas retas e duras que revelam detalhes da "Toca do Coelho"

A TÉ LOGO

A polícia de Uganda, na África, prendeu o pastor Obiri Yeboah, que é de Gana e enganava os fiéis simulando milagres com um aparelho que se chama "Eletric Touch" (toque elétrico), e é vendido em lojas de mágica ao lado de outros truques baratos. Uma loja on-line anuncia assim o apetrecho: "Com um simples toque, faça uma lâmpada fluorescente acender e apagar, faça confetes se moverem, faça uma colher dar choque em um voluntário". O pastormágico é dirigente de uma das várias igrejas pentecostais de Uganda, e ganha muito dinheiro oferecendo cura para doenças ou ajuda divina para problemas financeiros. E SPAÇO

Abaixo, cena de Historinha, personagens de visual estranho e muito humor

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Egito lança campanha contra mutilação genital feminina depois de morte de menina Após anunciarem fim do namoro, príncipe William e Kate Middleton pensam em casar

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Luminária com energia solar

R ELIGIÃO

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F AVORITOS

Jornais norte-americanos reproduziram no fim de semana uma matéria da agência de notícias Reuters que relata que o desmatamento da Amazônia caiu em um terço, no período de 12 meses encerrado em julho, atingindo a menor taxa em pelo menos sete anos. Os dados são do Ministério do Meio Ambiente. Estima-se que cerca de 9.600 quilômetros – quadrados de mata tenham sido derrubados entre agosto de 2006 e julho de 2007. No ano anterior, segundo os dados oficiais, o desmatamento havia sido de 14.039 km². É a menor taxa de desmatamento na Amazônia desde o ano 2000. A maior – 27.429 quilômetros – quadrados ocorrera em 2004.

W EB

L

G @DGET DU JOUR

DIA DO PROTESTO DOS PAIS - Com mantas pretas e olhos vendados, 280 bonecos são colocados sobre as areias da Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, em protesto de pais que reivindicam mais tempo com os filhos quando há separação conjugal.

Reproduções/site

VISUAIS

C A R T A Z

L

E M

"No final, a arte não salva você", conclui o cineasta Woody Allen, em artigo na edição deste domingo do The New York Times sobre seu ídolo Ingmar Bergman (1918-2007). "Não importa se o que se produz é sublime (e Bergman nos deu maravilhosas obras de arte), elas não o protegem". No seu inconfundível estilo, sai-se com "Melhor do que viver nos corações e mentes, é viver em seu apartamento". E aposta: "Tenho certeza de que Bergman trocaria cada um dos seus filmes por um ano a mais de vida, o que daria mais 60 anos na Terra, os quais ele usaria, bem, para fazer filmes".

Desmatamento cai na Amazônia

www.centrocultural.sp.gov.br

repercussão, talvez por sua grande carga de violência e pela falta de piedade do assassino. O interesse dos investigadores surgiu porque eles sabiam que a vítima do assassinato não solucionado na vida real, Dariusz J. (de 35 anos), foi torturado antes de morrer, detalhe descrito pelo romance, mas que não havia sido divulgado durante as investigações. A polícia investigou o passaporte do autor e confirmou que ele esteve nos mesmos lugares relatados no livro nas mesmas datas. No momento, ele está detido e aguarda o veredicto dos juízes.

Woody Allen fala sobre Bergman

B RAZIL COM Z

L ITERATURA

O romance Amok ("O arrebatamento", em tradução livre), de Krystian Bala, pode levar o autor à prisão caso a Justiça polonesa decida que ele relatou no livro um assassinato que cometeu na vida real. O homicídio em questão aconteceu no dia 13 de novembro de 2000, cinco anos antes do lançamento do romance. A história não chamou a atenção dos críticos, mas interessou policiais, promotores e peritos judiciais por descrever um assassinato idêntico ao de um caso não solucionado. A obra acabou fazendo muito sucesso e alcançando muita

C INEMA

Uno Mille e Gol disputam título de sucessor do Fusca na vaga do mais resistente e barato

A China pretende mapear a superfície da lua a partir de 2010. O país tem planos de lançar um satélite na órbita lunar no segundo semestre de 2007 para fazer imagens 3D e deseja pousar um veículo na superfície da lua até 2010. Atualmente, o programa de exploração lunar chinês é dividido em três fases – orbitar a lua, pousar na lua e retornar à Terra. Na segunda fase, uma aeronave não-tripulada pousará na lua para pesquisar "meticulosamente" uma determinada área. A terceira parte do projeto tem por objetivo trazer amostras de volta à Terra. Em 2003, a China se tornou o terceiro país, depois da União Soviética e dos EUA, a enviar um homem para o espaço a bordo de um foguete próprio.


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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13

do Brasil foi abandonada, sem manutenção. Os investimentos públicos sumiram e as estradas de terra têm mais buraco que propriamente piso. Só funcionou mais ou menos onde houve alguma privatização.

ANTONIO DELFIM NETTO

PEQUENA

ABERTURA

U

Juan Mabromata/AFP

Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br

O roto e o esfarrapado POR ROBERTO FENDT

A

rgentina e Venezuela têm mais coisas em comum do que suspeita nossa vã sabedoria. A Venezuela tornou-se o grande financiador da Argentina, comprando nacos da sua dívida externa que poderiam embaraçar, pela inadimplência, o governo que se apresenta na eleição que se aproxima pretendendo manter-se no poder pela troca de cônjuges. Além disso, Argentina e Venezuela estão imbricadas nesse rocambolesco escândalo da valija com os 800 mil dólares em espécie trazidos da Venezuela em vôo pago pelo contribuinte argentino, sabe-se lá para quê – justamente quando está em visita oficial ao país o gauleiter Chávez. Se, diferentemente daqui, há decisão na Argentina, com a demissão imediata do ministro do Planejamento - e agora do intermediário entre os dois governos no escândalo da pasta com o dinheiro -, não se resolvem com a mesma rapidez os problemas econômicos dos dois países. No último dia 7, o chefe de gabinete do governo argentino, Alberto Fernandez, por sua posição um dos mais influentes políti-

cos do país, anunciava que o aumento do risco-país argentino tinha a ver com a "bolha" no mercado imobiliário dos EUA e nada tinha a ver com as expectativas de aceleração da inflação na Argentina. "Não se trata de dúvidas com relação à inflação. O que está acontecendo com os títulos da dívida argentina está também ocorrendo com as dívidas de todos os países latino-americanos", afirmou na ocasião. Ledo engano. De fato, se os "soluços" do mercado financeiro americano tendem a provocar marolas em todo o mundo, e particularmente em nossa vizinhança, não é verdade que os efeitos sejam similares em toda a América Latina.

O

que os números mostram, de fato, é uma progressiva divergência no comportamento do mercado de dívida latino-americana este ano, opondo de um lado a Argentina e a Venezuela, e de outros países como Brasil, México e Peru. Em primeiro de fevereiro último, os papéis argentinos pagavam um s p re a d de risco inferior a 200 pontos base, isto é, menos de 2% acima dos

correspondentes títulos do Tesouro dos EUA. O "soluço" de março no mercado imobiliário americano elevou o prêmio de risco-argentino para cima dos 250 pontos e no início de junho para o patamar de 300 pontos. Na semana passada, o prêmio de risco argentino esteve acima dos 450 pontos.

O

caso da Venezuela não é muito diferente. Em 2 de fevereiro, o prêmio de risco venezuelano era de 200 pontos; subiu para 250 em 4 de abril e para 370 esta semana. Sem qualquer surpresa, ao examinar-se os dados da inflação venezuelana, constata-se que ela já ultrapassa 8% nos primeiros seis meses de 2007 e 17% nos últimos 12 meses encerrados em junho. Diferente é a experiência do Brasil, México e Peru. Para não cansar o leitor direi apenas que em 2 de janeiro o prêmio de risco brasileiro estava em 180 pontos; ficou no patamar de 140 pontos entre 20 de maio e 20 de junho e, embora tenha se elevado com as turbulências no mercado americano, no último dia 8 de agosto estava em 175 pontos.

O spread mexicano flutuou entre 100 e 130 pontos nesse período e os correspondentes spreads peruanos entre 130 e 145 pontos. Portanto, embora Brasil, Argentina e Venezuela tivessem aproximadamente o mesmo prêmio de risco no início do ano, a situação melhorou muito no caso brasileiro e deteriorou muito nos casos argentino e venezuelano. A melhoria brasileira se deve à solidez dos fundamentos macroeconômicos, à expectativa de inflação inferior a 4% este ano e em 2008 e à retomada do crescimento que, entre outros efeitos positivos internos, melhora também todos os indicadores da dívida.

A

rgentina e Venezuela têm em comum, além das similitudes já apontadas anteriormente, um quadro econômico em deterioração, refletido nos aumentos dos prêmios de risco no mercado de seus papéis no exterior. Certamente não ajudam também as atitudes de seus dirigentes, reprimindo a inflação e substituindo a solidez dos fundamentos de suas economias por bravatas de toda natureza.

G A Venezuela tornou-se

o grande financiador da Argentina, comprando nacos da sua dívida externa. G Argentina e

Venezuela estão imbricadas nesse rocambolesco escândalo da mala com os 800 mil dólares

Enrique Marcarian/Reuters

G Argentina e

Venezuela têm em comum um quadro econômico em deterioração, refletido nos aumentos dos prêmios de risco de seus papéis.

ma pequena abertura, parece que um certo arejamento nas mentes, aconteceu nestas duas últimas semanas com o retorno à mídia de reportagens e comentários sobre o estado lamentável de nossa infra-estrutura de transportes terrestres. Após um longo período de esquecimento, o tema reaparece com força e, para variar, com algumas comparações impressionistas que não ajudam a clarear o mapa, para usar o jargão dos planejadores de antigamente. Dizer que a malha rodoviária pavimentada do Brasil (170 mil km) é proporcionalmente inferior à do Timor Leste não esclarece nada: em termos físicos, a área asfaltada do bairro de Santa Cecília, na capital paulista, é um pouco maior. De qualquer modo, antes tarde do que nunca as atenções se voltam para os problemas da infra-estrutura física, que interessam ao desenvolvimento do País.

J

oelmir Betting, sem dúvida uma das melhores cabeças pensantes do jornalismo brasileiro, disse num recente debate que o noticiário econômico foi monopolizado pelos temas de interesse dos mercados financeiros nesses últimos 12 anos. Não sobrou espaço para mostrar o que estava acontecendo na economia real. O asfalto esfarelado, as ferrovias se acabando... o custo do transporte aumentando, reduzindo a circulação de bens, eliminando empregos, tirando renda do agropecuarista e da indústria, encarecendo os serviços, nada disso tem muita importância: o que conta é a "reunião do Copom" na semana que vem... O fato é que nos últimos 25 anos do século passado os governos gastaram as estradas construídas nos 30 anos anteriores. Tirante o Estado de São Paulo, onde a privatização funcionou e os governos investiram no setor, a malha rodoviária asfaltada no restante

S

e olharmos para a infra-estrutura ferroviária, vemos que a privatização deu um novo impulso ao setor: primeiro ele parou de piorar , escapou da destruição e hoje as empresas estão investindo, aumentando a capacidade de transporte e recebendo estímulos do governo para a recuperação dos leitos das ferrovias. O planejamento do setor prevê dobrar a extensão dos trilhos em cinco ou seis anos e não importa muito se vão atingir a meta no período, o que importa é que estão no campo, construindo. É preciso dar destaque ao processo de competição que se iniciou para disputar novos trechos de ferrovias no Nordeste, no Sul e em São Paulo (o Ferroanel e a ferrovia de alta velocidade na ligação com o Rio), que demonstram uma nova vitalidade empresarial. É o despertar desse "espírito animal" que vai permitir resolver os gargalos da infra-estrutura que tolheram o desenvolvimento.

A

economia melhorou no primeiro semestre, suspeito que estamos muito próximos de um crescimento anual de 5% do PIB, cuja sustentação não pode ser interrompida pelas carências de estrutura. A energia em primeiro lugar: a imprensa acordou, atenta à lição do apagão de 2001, o governo se mexeu, mas ainda assusta o bate-cabeça nos órgãos de planejamento setorial. Os transportes vêm em seguida, especialmente o rodoviário, onde tardam as decisões de privatizar as estradas enquanto os departamentos do governo se enredam numa discussão tosca sobre os custos do pedágio. É preciso mais cobrança da mídia para saber porque não foram feitas as licitações das seis rodovias que estavam previstas há quase dois anos. ANTONIO DELFIM NETTO É PROFESSOR EMÉRITO DA

FEA/USP. EX-MINISTRO DA FAZENDA, DA AGRICULTURA E DO PLANEJAMENTO CONTATODELFIMNETTO

@TERRA.COM.BR

G O despertar

do espírito animal vai permitir resolver os gargalos da infra-estrutura

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO

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bilhões de dólares foi o quanto os banco centrais injetaram nos mercados na semana passada.

BOLSAS: MAIS TURBULÊNCIA À VISTA Toru Yamanaka/AFP

Yoshikazu Tsuno/AFP

Isso mostra que grande quantidade de dinheiro foi colocada no sistema bancário. O primeiro grande teste será hoje e está ligado ao resultado da bolsa japonesa. O índice Nikkei da Bolsa de Tóquio operava nos primeiros minutos do pregão de hoje em baixa de 38,54 pontos (0,23%), aos 16.725,55. O segundo indicador, o Topix, que reúne todos os valores da primeira seção, caía 4,44 pon-

Yuriko Nakao/Reuters

A bolsa japonesa iniciou o pregão de hoje em baixa de 0,23%

de após o pânico dos mercados financeiros na semana passada, depois que o banco francês BNP Paribas suspendeu as operações de três fundos, cujos US$ 2,2 milhões de ativos estavam atrelados ao segmento de hipotecas de segunda linha dos Estados Unidos, o chamado mercado sub-prime. As autoridades monetárias injetaram uma quantia sem precedentes de US$ 323 bilhões nos mercados que mostraram uma fuga de ativos por conta de exposições a complexos derivativos de crédito vinculados ao setor de crédito imobiliário de alto risco dos EUA. O custo de empréstimos no mercado de fundos norteamericano, uma medida crítica das condições do sistema financeiro, despencou para 1% no fim da sexta-feira, bem abaixo da meta de 5,25% do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano).

tos (0,27%), para 1.629,49. Os temores que tomaram conta dos mercados na quinta e na sexta-feira da semana passada não deverão desaparecer completamente até que os investidores readquiram a confiança de que nenhum banco ou fundo está próximo de um colapso, um problema que pode tornar uma crise temporária de confiança em um caos econômico, segundo analistas. "A incerteza se transformou em pânico e nós ficamos muito próximos de um crise de liquidez", disse Marco Annunziata, economista-chefe do Unicredit Markets. Os bancos alemães tomaram medidas para oferecer mais informações no último final de semana. Eles estão no centro do redemoinho na Europa, após uma operação do pequeno IKB dar sinais preocupantes aos investidores. Ontem, também foi revela-

do que várias instituições européias como Deutsche Bank, Commerzbank e BNP Paribas são credoras da financeira da companhia norte-americana HomeBanc Corp, que entrou com pedido de recuperação judicial contra falência. Se as taxas de depósito do dólar norte-americano, que bateram 6,5% ou mais na sexta-feira, subirem novamente, bancos centrais talvez tenham que recorrer a uma nova injeção de dinheiro nos mercados para acalmar os ânimos dos investidores. Mesmo se tudo correr bem, os analistas esperam um longo período de turbulência econômica. "Nós provavelmente vamos permanecer muito voláteis pelo menos até meados de setembro", disse Ira Jersey, estrategista de crédito do Credit Suisse nos Estados Unidos. "Há muitas questões que precisam ser respondidas e nós não vamos obter respostas por pelo menos mais um mês." E no Brasil? – O economista Carlos Thadeu de Freitas, exdiretor do Banco Central, compara a crise atual à da marcação a mercado do Brasil, em 2002. Na ocasião, houve perdas porque as carteiras passaram a ter de divulgar suas cotas pelo real valor de mercado dos títulos, desvalorizados na época, e não mais pelo valor oficial. Da mesma forma, os fundos com lastro em hipotecas não vinham informando o valor real desses papéis. Na opinião de Freitas, o Brasil está isento, porque a crise está restrita a fundos de investimento dos Estados Unidos que têm garantias em cédulas hipotecárias. "Aqui, o Banco Central (BC) toma dinheiro no mercado todo dia, tem liquidez demais, dinheiro sobrando. Há quem acredite que o BC vai ter de elevar juros. Tem é que se preocupar com a taxa de inflação, que está baixa", afirmou. (Agências)

O Banco Central toma dinheiro no mercado todo dia, tem liquidez demais. Há quem acredite que o BC vai ter de elevar juros. Carlos Thadeu de Freitas, economista

EUA podem "refrescar" os ânimos

A

pesada agenda de indicadores econômicos dos Estados Unidos nesta semana pode trazer um pouco de refresco para os mercados financeiros globais. Ao menos essa é a avaliação da equipe de economistas do banco ABN Amro Real. "É um conjunto de informações que poderá reforçar a visão, compartilhada por nós, de

que os fundamentos da economia americana não estão sendo afetados pelas correções que têm ocorrido no segmento imobiliário", afirma um relatório da instituição. A agenda semanal inclui a divulgação do Índice de Preços ao Produtor (hoje) e do Índice de Preços ao Consumidor (quarta-feira), ambos relativos ao mês de julho. Na semana passada, o Federal Reserve (Fed, o banco

central americano) reforçou que a principal preocupação ainda diz respeito ao comportamento dos preços. O núcleo da inflação no IPP – que exclui os preços de alimentos e combustíveis e tinha sido de 0,3% em junho – pode ter se atenuado para 0,1% ou 0,2%. Caso tais expectativas se confirmem, os dados do IPP e do IPC apontam para uma inflação moderada. (Agências)

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E

xecutivos de bancos centrais na Europa realizaram reuniões com supervisores e executivos financeiros no último final de semana para avaliarem os perigos do arriscado mercado de crédito imobiliário norte-americano para o sistema financeiro. Esses bancos centrais restauraram no fim da última sexta-feira uma certa tranqüilida-

Na sexta-feira passada, a Bolsa de Tóquio registrou queda de 2,37% no índice Nikkei. O Banco Central japonês teve de intervir e injetar dinheiro no mercado financeiro.


segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Saúde Educação Lazer Saúde

DIÁRIO DO COMÉRCIO

OPÇÃO É O PLANETÁRIO DO IBIRAPUERA

Durou 1 ano o novo Planetário do Carmo Entregue no final de 2005, local foi fechado por problemas de infra-estrutura Milton Mansilha/Luz

Kelly Ferreira

O

Planetário do Carmo, na zona leste, não funciona mais. Desde fevereiro, o prédio, construído pela Telefônica em um terreno da Prefeitura, está com a estrutura comprometida. Na sala principal, com 280 lugares, as poltronas estão manchadas por causa da umidade. Além disso, a obra, entregue no final de 2005, apresenta problemas no arcondicionado, vazamentos, rachaduras e afundamento da passagem de ônibus. De acordo com a secretaria do Verde e do Meio Ambiente, a Telefônica contratou uma empresa de engenharia para estudar os problemas. Os relatórios devem ser entregues em outubro. A partir daí, segundo o chefe de gabinete da secretaria, Hélio Neves, serão feitas as reformas necessárias e será determinado o prazo para reabertura do Planetário. "É uma pena ter acontecido isso", disse Neves. O projetor e o sistema capaz de produzir cinco mil estrelas ganhou novas lentes e foi restaurado. O investimento só para o aparelho foi de R$ 4,2 milhões. Na obra foram gastos R$ 6,8 milhões. "O aparelho está coberto por um plástico para ficar

ACIDENTE Um caminhão bateu na praça de pedágio na SP-055, no Guarujá, e feriu uma operadora.

Sala de projeção das imagens: restauro do projetor custou R$ 4,2 milhões

longe da goteira. Não foi falta de manutenção. O prédio é muito novo para dar esses problemas. Acreditamos que seja uma falha na obra ", disse Neves. Durante o período em que funcionou, cerca de um ano, o planetário recebeu 100 mil pessoas, das quais 80% alunos de escolas municipais. Agora os visitantes têm apenas a opção de visitar o planetário do Ibirapuera, que está com nova programação. Em nota, a Telefônica informou que o Planetário do Carmo foi doado para a cidade de São Paulo em 2001 e que a doação incluiu a restauração, atualização e instalação dos equipamentos, em 2004. A empresa disse que uma empresa concluirá o laudo técnico do local e

Ó RBITA

MEDICINA A Faculdade de Medicina da USP ganha hoje um simulador para treino de cirurgias.

Thiago Bernardes/Luz

PAINEL AMEAÇADO NA ZONA LESTE

O

mural De Saulo de Tarso a São Paulo, do artista plástico Enio Squeff, em exposição no Sesc Itaquera, na zona leste, está sem destino. O local onde está instalada a obra de 118 metros, um vitral de 5 metros de altura e o decalque de mais de 100 pessoas da comunidade de Itaquera, dará lugar a um auditório. Segundo o gerente da unidade do Sesc, Oscar Rodrigues Filho, o local onde está o painel passará por reformas. O painel foi feito para comemorar os 450 anos da cidade de São Paulo, em 2004. "O painel não será

jogado fora. Estamos tentando realocá-lo em outro espaço na região de Itaquera. Afinal, ele foi feito com a participação da comunidade. Conversamos com a subprefeitura, mas ainda não encontramos um local adequado. Por enquanto, o auditório é apenas um projeto. Não sabemos ao certo quando começarão as obras", explicou Filho. Para Squeff, a notícia o deixou chateado. "Fiquei triste porque o painel está em perfeito estado. E o melhor lugar para ele ficar é mesmo o Sesc", disse o artista plástico. (KF)

CADEIRA DE BEBÊ ESCONDIA COCAÍNA

P

oliciais rodoviários de Mato Grosso do Sul prenderam no final da tarde de sábado o comerciante Miguel João Fingir. Ele conduzia um Gol, de placas de Maringá (PR), com uma cadeira de bebê fixada no banco traseiro, recheada com 4,5 quilos de cocaína pura. A prisão do traficante aconteceu na BR-267, no município de Nova

Andradina (MS). No mesmo local, os patrulheiros descobriram um menino de nove anos de idade que estava viajando clandestinamente entre os eixos de um caminhão de Campo Grande. Segundo os policiais rodoviários, o garoto deve ter viajado pelo menos 70 quilômetros, em condição de extremo perigo. (Agências)

que assim que as causas dos problemas forem conhecidas, Telefônica e Prefeitura definirão as obras necessárias e o prazo para reabertura. Ibirapuera – Desde que o Planetário do Carmo foi fechado, a programação do Planetário do Ibirapuera foi alterada para atender a demanda de visitantes. As sessões de "Planetas do Universo" deram lugar à "O lado escuro do universo", exibida em dois horários aos sábados e domingos, às 15h e 19h. A compra de ingressos pode ser feita pelo telefone (11) 2163-2000 ou pelo site h t t p : / / w w w. i n g re s s o r a p ido.com.br. Também é possível comprar na bilheteria do Planetário do Ibirapuera. O ingresso custa R$ 5.

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Milton Mansilha/Luz

Prédio do Planetário do Carmo, que está fechado ao público, apresenta rachaduras e vazamentos.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - ECONOMIA

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Varejista se une à Nestlé e cria franquia A

Exclusiv Sorveteria começa a colher os resultados da participação na ABF Franchising Show, ocorrida em São Paulo em junho último. Os cadastros de interessados gerados durante o evento já resultaram em um contrato de master franquia, para desenvolvimento dos ne-

gócios em Minas Gerais e Espírito Santo. A marca está em processo de negociação com interessados em São Paulo. A parceria da Nestlé como fornecedora dos sorvetes e dos freezers para acondicionar os produtos na loja – neste caso, gratuitamente – são apontados como diferenciais da sor-

veteria, explica um dos sócios da marca, João Roberto Beine. "A Exclusiv é uma empresa independente. Mantemos um acordo operacional com a Nestlé", esclarece. Segundo Beine, a Nestlé assinou contrato com a franqueadora para fornecimento dos sorvetes às lojas de São

Paulo. Nos demais estados, o abastecimento dos produtos da marca será feito pelos distribuidores regionais, com preço diferenciado em relação à rede Exclusiv, garante o executivo. O acordo ainda prevê o fornecimento gratuito dos freezers, das mesas de plástico, do guarda-sol e lixeiras.

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I nv es ti me nt o – O fornecimento de parte do mobiliário reduz o investimento inicial – estimado em R$ 100 mil para uma loja de rua. O valor não inclui reformas ou eventuais luvas, mas paga a taxa de franquia (R$ 40 mil), capital de giro (R$ 10 mil), treinamento, climatização do ambiente, softwares e estudo de viabilidade do ponto comercial. Para atender a uma demanda observada na feira de franchising, os executivos da Exclusiv acabam de conceber um quiosque como formato alternativo. A opção reduz o investimento inicial para R$ 40 mil. As lojas vendem sorvetes de massa (por quilo), em potes e picolés. Há, ainda, um cardápio exclusivo para o inverno e coquetéis feitos com sorvetes e

bebidas alcoólicas. Algumas unidades vendem cerveja (comércio em fase de teste na rede); e o franqueador recomenda a inclusão de refrigerantes, doces, balas e chicletes. A Exclusiv, hoje uma rede de 33 sorveterias, foi criada em janeiro de 2006 em Passo Fundo (RS), onde Beine mantém há 26 anos uma distribuidora de sorvetes Nestlé. A franquia nasceu para suprir uma necessidade. Ele queria garantir a fidelidade de sorveterias independentes, que só consumiam os produtos distribuídos pela sua empresa. Para não dar margem à entrada da concorrência, ele pensou inicialmente em estabelecer um contrato. "A partir daí surgiu a idéia de criar a franqueadora", afirma. Fátima Lourenço

L.W. S/A Agrícola e Participações – CNPJ (MF) nº 61.291.282/0001-18 – NIRE: 35.300.102.312

CNPJ nº. 07.834.636/0001-88 - NIRE 35.220.319.153 (NIRE como sociedade limitada – NIRE como sociedade por ações em fase de cadastramento) Ata da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 25 de maio de 2007 1. DATA, HORA E LOCAL DA ASSEMBLÉIA: Realizada aos 25/05/2007, às 10:00 horas, na sede social da Cia., Presidente. § 1º. No caso de impedimento ou ausência temporária do Presidente, a presidência será assumida na Cidade de Santana de Parnaíba, Estado de São Paulo, na Rua Japão, 575, Jardim São Luis. 2. CONVOCA- pelo membro designado previamente pelo Presidente ou, na falta de designação prévia, por quem os demais ÇÃO E PRESENÇA: Presentes os acionistas representando a totalidade do capital social da Cia., conforme membros vierem a designar. § 2º. No caso de vacância do cargo de qualquer dos Conselheiros, os membros assinaturas constantes do Livro de Presença de Acionistas, em razão do que fica dispensada a convocação, nos remanescentes do Conselho deverão convocar uma Assembléia Geral de Acionistas, em até 15 (quinze) dias termos do Art. 124, §4º da Lei n° 6.404, de 15.12.1976. 3. MESA: Presidente: Sr. Rodrigo Lowndes. Secretário: após o evento que der causa a tal vacância, com o objetivo de eleger o novo Conselheiro, que completará o Sr. Carlos Masetti Neto. 4. ORDEM DO DIA: Deliberar sobre (i) a eleição dos membros do Conselho de Adminis- mandato do membro substituído. Nesse caso, o novo Conselheiro será designado pelo Acionista que houver inditração da Cia.; e (ii) a alteração, reforma e consolidação do Estatuto Social da Cia. 5. DELIBERAÇÕES: Instalada cado o Conselheiro substituído. Art. 14º. As deliberações do Conselho serão tomadas mediante o voto favorável a Assembléia, após a discussão das matérias da ordem do dia, os presentes deliberaram, por unanimidade de da maioria simples dos Conselheiros, ressalvado que a aprovação de qualquer das seguintes matérias pelo Convotos e sem quaisquer restrições: 5.1. A eleição dos membros do Conselho de Administração da Cia., conforme selho de Administração exigirá os votos favoráveis de todos os Conselheiros da Sociedade: (i) propostas dirigidas previsto no Art. 13º do Estatuto Social. 5.1.1. Para o primeiro mandato do Conselho de Administração da Cia. que aos Acionistas referentes à distribuição de dividendos; (ii) venda de quaisquer ativos da Sociedade que, em conse inicia nesta data e encerrar-se-á na assembléia geral ordinária que deliberar sobre as demonstrações finan- junto ou individualmente, apresentem valor contábil ou valor de mercado superior a R$ 1.000.000,00; (iii) ceiras da Sociedade relativas ao exercício social findo em 31.12.2008, os acionistas, por unanimidade de votos, obtenção de financiamento ou endividamento em valor agregado superior a R$ 5.000.000,00 ou o equivalente elegem os Srs: (i) Rodrigo Lowndes, brasileiro, casado, economista, RG nº 7.490.306-3 IFP/RJ, e CPF/MF sob em outra moeda; (iv) aprovação do Plano Anual de Negócios da Sociedade e de qualquer alteração significativa o nº 992.156.917-15, residente e domiciliado na Rua Domingos Leme, nº 644, apto. 61, Vila Nova Conceição, ao Plano Anual de Negócios; (v) contratação e substituição da empresa de auditoria independente responsável CEP 04510-040, São Paulo/SP, para ocupar o cargo de Conselheiro Presidente; (ii) Carlos Masetti Neto, brasi- pela auditoria das demonstrações financeiras da Sociedade, qualquer alteração material nas políticas contábeis leiro, casado, advogado, RG nº 25.077.991-2 SSP/SP, e CPF/MF sob o nº 173.341.278-62, residente e da Sociedade, bem como nas suas práticas e princípios contábeis; (vi) concessão pela Sociedade de quaisquer domiciliado em São Paulo/SP, na Rua Luis Coelho, 320, 6° andar, CEP 01309-000, para ocupar o cargo de Con- avais, fianças ou outras garantias em relação a obrigações de terceiros, que, em conjunto ou individualmente, selheiro; e (iii) Gastão de Souza Mesquita Filho, brasileiro, solteiro, advogado, RG nº 29.217.420-2 SSP/SP, e apresentem valor contábil ou valor de mercado superior a R$ 5.000.000,00; (vii) celebração de qualquer operaCPF/MF sob o nº 309.067.738-57, residente e domiciliado em São Paulo/SP, na Rua Luis Coelho, 320, 6° andar, ção ou negócio com qualquer diretor, conselheiro, executivo ou acionista da Sociedade, ou com qualquer para ocupar o cargo de Conselheiro. 5.1.2. A posse dos novos membros do Conselho de Administração ora elei- sociedade na qual qualquer dessas pessoas tenha um interesse econômico. Art. 15º. O Conselho reunir-se-á, tos fica condicionada (a) à assinatura dos respectivos termos de posse, lavrados em livro próprio da Cia.; e (b) à ordinariamente, 4 vezes por ano e, extraordinariamente, sempre que convocado por qualquer dos Conselheiros, apresentação de declaração de desimpedimento, nos termos da legislação aplicável. 5.1.3. Aprovar a verba glo- mediante notificação escrita entregue com antecedência mínima de 10 dias úteis, e com apresentação da pauta bal de até R$14.820,00 para a remuneração dos administradores no corrente exercício, cuja distribuição será dos assuntos a serem tratados. As convocações serão feitas por carta com aviso de recebimento, fax ou por deliberada pelo Conselho de Administração da Cia., por unanimidade de votos, nos termos do Art. 11 do Estatuto qualquer outro meio, eletrônico ou não, que permita a comprovação de recebimento. § 1º. As reuniões do ConseSocial da Cia., observado que os conselheiros ora eleitos não terão direito a remuneração. 5.2. Aprovar e conso- lho de Administração devem ser convocadas por qualquer dos conselheiros e, da correspondência, deverão lidar o Estatuto Social da Cia., ora reformado, para contemplar o ingresso da ECQ como acionista e as constar, no mínimo, local, data e hora da reunião e a ordem do dia e com apresentação da pauta dos assuntos a deliberações aprovadas nesta Ata, que passa a vigorar com a nova redação conforme minuta anexada à presen- serem tratados. § 2º. Será considerada regular a reunião a que comparecerem todos os membros do Conselho te Ata como Anexo I. 5.3 Autorizar a Diretoria da Cia. a praticar todos os atos e tomar todas as providências de Administração, independentemente das formalidades de convocação. § 3º. O quórum de instalação das reuninecessárias à efetivação das deliberações tomadas nesta Assembléia. ENCERRAMENTO: Não havendo nada ões do Conselho de Administração será dado (i) em primeira convocação, com a presença de, no mínimo, 02 mais a ser discutido, o Presidente deu a Assembléia por encerrada, sendo lavrada a presente ata, a qual foi por Conselheiros, sendo um deles necessariamente o Conselheiro indicado pela Acionista ECQ Participações Ltda. todos lida, achada conforme e assinada, ficando autorizada a sua publicação. Mesa: Rodrigo Lowndes - Presi- e, (ii) em segunda convocação, com a presença de, no mínimo, 2 Conselheiros. Diretoria. Art. 16º. A Diretoria dente; Carlos Masetti Neto - Secretário. Acionista: (a) BRASIL REAL ESTATE SOCIEDAD LIMITADA, p.p. será composta por no mínimo 2 e no máximo 5 Diretores, Acionistas ou não, residentes no país, eleitos pelo Geraldine Pauline Arnaud e ECQ Participações Ltda., por Rodrigo Lowndes. Certificamos que a presente ata foi Conselho de Administração e por este destituíveis a qualquer tempo, para um mandato de 2 anos, permitida a lavrada na forma de sumário, conforme autoriza o Art. 130, § 1° da Lei n° 6.404/76, sendo cópia exata da ata reeleição, sendo um deles designado Diretor Presidente e os demais Diretores sem designação específica. § 1º. original lavrada em Livro de Registro próprio. São Paulo, 25/05/2007. Mesa: Rodrigo Lowndes - Presidente. A investidura dos Diretores em seus cargos se fará mediante a assinatura dos respectivos termos de posse, laCarlos Masetti Neto - Secretário. Anexo I à Ata de Assembléia Geral Extraordinária da QUALTA RESORTS EM- vrados em livro próprio da Sociedade e a apresentação de declaração de desimpedimento, nos termos da PREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A. realizada em 25 de maio de 2007. ESTATUTO SOCIAL DA QUALTA legislação aplicável. § 2º. A remuneração global e individual da Diretoria será fixada na reunião do Conselho de RESORTS EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A. Nome e Duração. Art. 1º. QUALTA RESORTS EMPRE- Administração que a eleger, obedecido ao limite estabelecido na Assembléia Geral. § 3º. No caso de vacância de ENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A. (“Sociedade”) é uma sociedade por ações de capital fechado, com prazo de cargo da Diretoria, a respectiva substituição será deliberada pelo Conselho de Administração, em reunião a ser duração indeterminado, regida pelo disposto no presente Estatuto Social e pelas disposições legais aplicáveis, convocada no prazo de 30 dias, contados da vacância. Art. 17º. Compete à Diretoria a representação da Socieem especial a Lei nº. 6.404, de 15/12/1976 e suas alterações posteriores (“Lei das S.A.”). Sede Social. Art. 2º. A dade, ativa e passivamente, bem como a prática de todos os atos necessários ou convenientes à administração Sociedade tem sua sede no Município de Santana de Parnaíba, no Estado de São Paulo, na Rua Japão, nº 575, dos negócios sociais, respeitados os limites previstos em lei ou no presente Estatuto Social. Art. 18º . O Diretor Jardim São Luis, CEP 06502-345, podendo, a critério da Assembléia Geral, abrir e encerrar estabelecimentos, Presidente da Sociedade terá poderes específicos para: (a) dirigir, coordenar e supervisionar as atividades dos sucursais, filiais, escritórios, depósitos, agências, postos de serviços ou subsidiárias em qualquer parte do terri- demais Diretores; (b) coordenar os trabalhos de preparação das demonstrações financeiras e o relatório anual da tório nacional ou estrangeiro e associar-se com terceiros, pessoas físicas ou jurídicas. Objeto Social: Art. 3º. A administração da Sociedade, bem como a sua apresentação aos Acionistas e aos membros do Conselho de AdSociedade tem por objeto: a) a aquisição, locação e incorporação imobiliária de empreendimentos sobre imóveis ministração; e (c) supervisionar os trabalhos de auditoria interna e assessoria legal. Art. 19º. Observadas as situados na Cidade de Recife, Estado de Pernambuco; b) participação em empreendimentos em geral, negócios disposições contidas no presente Estatuto Social, a representação da Sociedade em juízo ou fora dele, ativa ou ou empresas; c) administração de bens; d) locação de máquinas e equipamentos em geral; e) intermediação e passivamente, perante terceiros e repartições públicas federais, estaduais ou municipais, compete aos Diretores, corretagem de negócios; f) prestação a empresas, em caráter cumulativo e contínuo, serviços de análise e ges- em conjunto ou isoladamente, exceto em relação aos atos relacionados no § 1º deste Art., para os quais serão tão de crédito, de orientação mercadológica e acompanhamento de contas a pagar; g) aquisição de créditos necessárias as assinaturas conjuntas de 2 Diretores, ou apenas a assinatura do Diretor Presidente, ou a assina(direitos) de clientes, resultantes de vendas de seus produtos, mercadorias ou prestação de serviços; e h) cele- tura de um Diretor em conjunto com um bastante procurador, com poderes específicos para a prática do ato. § 1º. bração de negócios de factoring. Capital Social e Ações: Art. 4º. O capital social totalmente subscrito é de R$ A prática dos atos abaixo indicados depende, para sua validade perante a sociedade, da assinatura de 02 Dire25.000.000,00, dividido em 25.000.000 ações, todas ordinárias e nominativas, sem valor nominal. § 1º. Por deli- tores em conjunto, ou apenas a assinatura do Diretor Presidente, ou de 01 Diretor em conjunto com um bastante beração dos Acionistas que representem a totalidade do capital da Sociedade, em Assembléia Geral procurador: (a) a assinatura ou endosso de títulos de crédito; (b) a abertura e a movimentação de contas bancáespecialmente convocada para este fim, poderão ser criadas ações preferenciais nominativas, sem direito a voto, rias; (c) a assunção de obrigações, incluindo a apresentação de propostas, a celebração e/ou a rescisão de até o limite de 50% do total das ações emitidas, com as preferências e vantagens que lhes forem atribuídas na contratos, inclusive acordos de acionistas e/ou quotistas, bem como de suas alterações; (d) a negociação, a emissão. Art. 5º. Cada ação ordinária confere ao seu titular o direito de 1 voto nas Assembléias Gerais de Acio- desistência ou a renúncia de direitos; e (e) a alienação de bens imóveis da Sociedade. § 2º. As procurações ounistas. Art. 6º. A propriedade das ações será comprovada pela inscrição do nome do Acionista no livro de torgadas em nome da Sociedade o serão sempre por 02 Diretores em conjunto, ou apenas pelo Diretor “Registro de Ações Nominativas”. Mediante solicitação de qualquer Acionista, a Sociedade emitirá certificados de Presidente, devendo especificar os poderes conferidos e, com exceção daquelas para fins judiciais, deverão ter ações. Os certificados de ações, que poderão ser agrupadas em títulos múltiplos, quando emitidos, serão assina- um período máximo de validade de 1 ano. § 3º. Na ausência de determinação de período de validade nas procudos por 2 Diretores da Sociedade. Art. 7º. Os Acionistas terão preferência para a subscrição de novas ações em rações outorgadas pela Sociedade, presumir-se-á que as mesmas foram outorgadas pelo prazo de 1 ano. Art. aumentos de capital da Sociedade, na proporção de ações já possuídas anteriormente. Assembléia Geral de 20º. São expressamente vedados, sendo nulos e inoperantes com relação à Sociedade, os atos de qualquer DiAcionistas. Art. 8º. A Assembléia Geral reunir-se-á, ordinariamente uma vez por ano, nos 4 primeiros meses retor, procurador ou funcionário que a envolverem em obrigações relativas a negócios ou operações estranhos seguintes ao encerramento de cada exercício social, a fim de que sejam discutidos os assuntos previstos na Lei aos objetivos sociais, tais como fianças, avais, endossos ou quaisquer outras garantias em favor de terceiros, das S.A. Art. 9º. As Assembléias Gerais Extraordinárias serão realizadas sempre que necessário, quando os salvo quando expressamente autorizados pela Assembléia Geral de Acionistas. Art. 21º. As reuniões da Diretointeresses sociais assim o exigirem, ou quando as disposições do presente Estatuto Social ou da legislação apli- ria serão convocadas por qualquer dos Diretores, sempre que o interesse social assim exigir, sendo as cável exigirem deliberação dos Acionistas. Art. 10º. As Assembléias Gerais da Sociedade serão convocadas por deliberações tomadas por maioria de voto dos presentes, tendo o Diretor Presidente o voto qualificado em caso qualquer dos conselheiros, quando conveniente ou necessário, ou a requerimento de quaisquer dos Acionistas, de desempate. Conselho Fiscal. Art. 22º. O Conselho Fiscal somente será instalado nos exercícios sociais em devendo tal requerimento ser acompanhado de pauta que contenha a descrição das matérias que serão discuti- que for convocado mediante deliberação dos Acionistas, conforme previsto em lei. Art. 23º. O Conselho Fiscal, das e decididas na respectiva Assembléia Geral, bem como indicar toda a documentação pertinente que possa quando instalado, será composto por no mínimo 3 e no máximo 5 membros e por igual número de suplentes, ser exigida para as discussões. Caso o diretor não atenda o requerimento de quaisquer dos Acionistas para con- eleitos pela Assembléia Geral de Acionistas, sendo permitida a reeleição, com as atribuições e prazos de mandavocação de Assembléia Geral, nos termos desta Cláusula, no prazo de 5 dias, contados da data em que for to previstos em lei. Exercício Social e Lucros. Art. 24º. O exercício social terá início em 1º de janeiro e término apresentado o requerimento, então a Assembléia Geral poderá ser convocada diretamente por quaisquer dos em 31 de dezembro de cada ano, ocasião em que o balanço e as demais demonstrações financeiras deverão ser Acionistas. § 1º. Sem prejuízo das formalidades previstas na legislação aplicável, os Acionistas serão convoca- preparados. § 1º As demonstrações financeiras da Sociedade elaboradas ao final de cada exercício deverão ser dos para as Assembléias Gerais por meio de notificação escrita, com pelo menos 15 (quinze) dias de auditadas por auditor independente registrado na Comissão de Valores Mobiliários – CVM. § 2º. Do lucro líquido antecedência da data da respectiva Assembléia Geral. Independentemente das formalidades de convocação apurado no exercício será deduzida a parcela de 5% para a constituição da reserva legal, que não excederá a para Assembléias Gerais aqui previstas, será considerada regularmente convocada a Assembléia Geral à qual 20% do capital social. § 3º. Os Acionistas têm direito a um dividendo anual não cumulativo de pelo menos 5% do comparecerem todos os Acionistas. Art. 11º. Ressalvadas as hipóteses especiais previstas em lei e o disposto lucro líquido do exercício, nos termos do Art. 202 da Lei das S.A. § 4º . O saldo remanescente, depois de atendino § 1º abaixo, as deliberações das Assembléias Gerais de Acionistas serão tomadas por maioria simples de das as disposições legais, terá a destinação determinada pela Assembléia Geral de Acionistas, observada a votos, não computados os votos em branco. § 1º. As seguintes matérias exigirão a aprovação de Acionistas re- legislação aplicável. § 5º. A Sociedade poderá, a qualquer tempo, levantar balancetes em cumprimento a requipresentando 100% (cem por cento) do capital social da Sociedade: (i) criação e emissão de qualquer nova classe sitos legais ou para atender a interesses societários, inclusive para a distribuição de dividendos intermediários ou ou espécie de ação ou título conversível ou permutável em ações da Sociedade ou alteração dos direitos e prer- antecipados que, caso distribuído, poderão ser imputados ao dividendo mínimo obrigatório, acima referidos. § 6º. rogativas das ações existentes; (ii) qualquer alteração no Estatuto Social da Sociedade; (iii) fusão, cisão, Observadas as disposições legais pertinentes, a Sociedade poderá pagar a seus Acionistas, por deliberação da incorporação ou transformação da Sociedade em um novo tipo societário ou qualquer outra forma de reorganiza- Assembléia Geral, juros sobre o capital próprio, os quais poderão ser imputados ao dividendo mínimo obrigatório. ção societária envolvendo a Sociedade; (iv) liquidação ou a dissolução da Sociedade, ou a autorização para que Dissolução e Liquidação. Art. 25º. A Sociedade será dissolvida e liquidada nos casos previstos no Art. 206 e os administradores requeiram a falência da Sociedade; (v) declaração e o pagamento de dividendos, juros sobre seguintes da Lei das Sociedade por Ações. Em caso de liquidação ou dissolução da Sociedade, serão o capital próprio, ou qualquer outra distribuição aos acionistas da Sociedade, bem como o resgate e a recompra liquidantes as pessoas indicadas pelos Acionistas representando a maioria do Capital Social. Nessa hipótese os de ações de emissão da Sociedade; (vi) qualquer aumento ou redução do capital social da Sociedade; (vii) qual- haveres da Sociedade serão empregados na liquidação das obrigações e o remanescente, se houver, será ratequer alteração na composição ou nas regras de funcionamento do conselho de administração da Sociedade. (viii) ado entre os Acionistas, proporcionalmente às suas participações no Capital Social da Sociedade. Solução de qualquer grupamento ou desdobramento de ações de emissão da Sociedade; e (ix) registro da Sociedade como Controvérsias. Art. 26º. O presente Acordo será regido e interpretado de acordo com as leis brasileiras. § 1º. Cia. aberta, listagem de seus valores mobiliários em quaisquer mercados, ofertas de valores mobiliários de sua Com exceção das situações em que haja inexecução de obrigações de quantias líquidas e certas que comporemissão pela própria Sociedade, o registro de ofertas de aquisição de ações para fechamento de capital e o tem processo judicial de execução, todas e quaisquer dúvidas, questões e controvérsias em geral relativas ao pedido de fechamento propriamente dito. Administração da Sociedade. Art. 12º. A administração da Socieda- presente Acordo serão submetidas à arbitragem, de acordo com as Regras de Conciliação e Arbitragem, em de compete ao Conselho de Administração e à Diretoria, que terão as atribuições conferidas por lei e pelo procedimento a ser administrado pelo Centro de Arbitragem e Mediação da Câmara de Comércio Brasil-Canadá. presente Estatuto Social, estando os membros do Conselho de Administração e da Diretoria dispensados de § 2º. Caso as regras procedimentais do Centro de Arbitragem e Mediação da Câmara de Comércio Brasil-Canaoferecer garantia para o exercício de suas funções. § 1º. A Assembléia Geral de Acionistas deverá estabelecer a dá sejam silentes em qualquer aspecto procedimental, estas regras serão suplementadas pelas disposições da remuneração total dos membros da administração, de acordo com o plano anual de negócios da Sociedade, ca- Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996. Disposições Finais. Art. 27º. A Sociedade deverá observar os acordos bendo ao Conselho de Administração deliberar sobre a sua distribuição entre os membros da Diretoria. § 2º. A de acionistas arquivados em sua sede, devendo a Diretoria abster-se de lançar transferências de ações e o Preinvestidura dos membros do Conselho de Administração e da Diretoria em seus cargos se fará mediante a assi- sidente da Assembléia Geral abster-se de computar votos contrários aos seus termos, nos termos do Art. 118 da natura dos respectivos termos de posse, lavrados em livro próprio da Sociedade e a apresentação de declaração Lei das Sociedades por Ações. Art. 28º. Em tudo o que for omisso o presente Estatuto Social, serão aplicadas as de desimpedimento, nos termos da legislação aplicável. Conselho de Administração. Art. 13º O Conselho de disposições de qualquer acordo de acionistas arquivado na sede da Cia. e as disposições legais pertinentes. Art. Administração será composto por 3 membros, todos Acionistas da Sociedade, residentes ou não no País, eleitos 29º. As partes elegem a Comarca de São Paulo, Estado de São Paulo, para dirimir quaisquer questões relativas pela Assembléia Geral de Acionistas e por esta destituíveis a qualquer tempo, observados os quoruns de delibe- à arbitragem acima prevista, sem que a presente cláusula implique aceitação da via judicial como alternativa à ração estabelecidos em lei, para um mandato de 1 ano, permitida a reeleição, sendo um deles designado arbitragem. São Paulo, 25/05/2007. Mesa: Presidente, Secretário.

Ata da Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária realizada em 30 de abril de 2007 Data, Hora, Local: 30/4/07; 10h, sede social. Quorum: 100%. Mesa: Wilton Paes de Almeida Filho, Presidente e Roberta Paes de Almeida de Mello e Souza, Secretária. Aviso aos Acionistas/Convocação: Dispensada a Publicação. Deliberações unânimes: A) Aprovados relatório diretoria e demonstrações financeiras/2006, publicados no DOE-SP e Diário do Comercio em 3/4/07. B) Resultado exercício/2006 p/ Lucros/Prej. Acumulados, destacando-se do valor em 31/12/06: R$ 716.436,00 para dividendo, a R$ 2,00 por ação preferencial e R$ 0,40 por ação ordinária.C) Capital social de R$ 15.964.916,56, dividido em 640.370 ações nominativas s/ valor nominal: 352.690 ordinárias e 287.680 preferenciais. D) Honorários diretoria/ 2007 em até R$ 100.000,00.Conselho Fiscal: Dispensado. (aa) Wilton Paes de Almeida Filho: Presidente; Roberta Paes de Almeida de Mello e Souza: Secretária. Acionistas: Wilton Paes de Almeida Filho; Maria Lucilla S. Paes de Almeida; Suzana Maria Simonsen Paes de Almeida Bittencourt; Lucilla Simonsen Paes de Almeida; Stella S. Paes de A. Coutinho Nogueira; Patricia S. Paes de Almeida São Thiago; Roberta Paes de Almeida de Mello e Souza. Jucesp nº 244.035/07-6 em 25/6/07.

Qualta Resorts Empreendimentos Imobiliários S.A.

CNPJ nº. 07.834.636/0001-88 - NIRE 35.220.319.153 (NIRE como sociedade limitada – NIRE como sociedade por ações em fase de cadastramento) Ata da Reunião do Conselho de Administração realizada em 25/05/2007 1. Data, Hora e Local da Reunião: Realizada às 12:00 hs., do dia 25/05/07, na sede social da Companhia, localizada na Rua Japão, nº 575, Jardim São Luís, CEP 06502-345, no Município de Santana de Parnaíba, Estado de São Paulo. 2. Convocação e Presenças: Dispensada a convocação por estar presente a totalidade dos membros do Conselho de Administração da Companhia. 3. Mesa: Presidida pelo Sr. Rodrigo Lowndes e secretariada pelo Sr. Carlos Masetti Neto. 4. Ordem do Dia: Deliberar sobre: (i) a aceitação dos pedidos de renúncia de Diretores da Companhia; (ii) a substituição de cargo do atual Diretor Presidente para diretor sem designação específica e a ratificação de sua eleição; (iii) a eleição de novo diretor da Companhia para o cargo de Diretor Presidente; e (iv) ratificação da Diretoria da Companhia. 5. Deliberações tomadas por unanimidade de votos: Iniciados os trabalhos, os Conselheiros presentes, por unanimidade de votos e sem quaisquer restrições, deliberaram o quanto segue: 5.1. Aceitar o pedido de renúncia formulado pelos Srs. Carlos Masetti Neto, brasileiro, casado, advogado, portador do RG nº 4.660.364-5 SSP/SP e CPF sob o nº 580.308.168-04, residente e domiciliado em São Paulo/SP, na Rua Luis Coelho, nº 320, 1º and., CEP 01309-000 ao cargo de Diretor Vice-Presidente/Diretor de Investimentos, para o qual foi eleito na Assembléia Geral de Transformação de Sociedade Empresária Limitada para Sociedade Anônima da Companhia realizada em 28/04/07, conforme carta de renúncia por ele apresentada à Companhia nesta data, que fica arquivada na sede da Companhia. 5.2. Aprovar a substituição do cargo de Diretor Presidente para Diretor sem designação específica do Sr. Carlos Masetti Junior, brasileiro, divorciado, contador, RG nº 4.660.364-5 SSP/SP e CPF/MF sob o nº 580.308.168-04, residente em São Paulo/SP, na Rua Luis Coelho, 320, 1º and., CEP 01309-000, o qual foi eleito para ocupar o cargo de Diretor Presidente na Assembléia Geral de Transformação de Sociedade Empresária Limitada para Sociedade Anônima da Companhia realizada em 28/04/07. 5.3. Eleger, para o cargo de Diretor Presidente da Companhia, o Sr. Rodrigo Lowndes, brasileiro, casado, economista, RG nº 7.490.306 IFP/RJ e CPF/MF sob o nº 992.156.917-15, residente em São Paulo/SP, na Rua Domingos Leme, nº 644, apto. 61, Vl. Nova Conceição, CEP 04510-040, em substituição ao Sr. Carlos Masetti Junior, acima qualificado, que deixa de ocupar o cargo de Diretor Presidente e passa a ocupar o cargo de Diretor sem designação específica da Companhia. 5.4. Ratificar a eleição da Diretoria da Companhia com mandato até a realização da Assembléia Geral Ordinária que examinar as demonstrações financeiras do exercício que se encerrar em 31/12/08, os Srs: (i) Rodrigo Lowndes, acima qualificado, para o cargo de Diretor Presidente; (ii) Carlos Masetti Junior, acima qualificado, para o cargo de Diretor sem designação específica.; e (iii) Fernando Masetti, brasileiro, solteiro, maior, empresário, RG nº 25.077.991-2 SSP/SP e CPF sob o nº 290.243.708-09, residente em São Paulo/SP, na Rua Luis Coelho, nº 320, 1º and., CEP 01309-000 para o cargo de Diretor sem designação específica. 5.4.1. A posse do Sr. Rodrigo Lowndes como Diretor Presidente da Companhia, de Fernando Masetti e a substituição de cargo do Sr. Carlos Masetti Junior de Diretor Presidente para Diretor sem designação específica fica condicionada à (i) apresentação de declaração de desimpedimento, nos termos da legislação aplicável; e (ii) assinatura do termo de posse, lavrado em livro próprio da Companhia. 5.4.2. Dentro do limite para a remuneração anual global da Diretoria estabelecido pela Assembléia Geral de Acionistas da Companhia realizada nesta data, os Conselheiros, no uso de suas atribuições e em conformidade com o disposto no § 2º do Art. 16 do Estatuto Social da Companhia, deliberarão as remunerações anuais de cada Diretor ora eleito. 6. Encerramento: Nada mais havendo a ser tratado, o Sr. Presidente deu por encerrada a Reunião, da qual se lavrou a presente Ata que, lida e achada conforme, foi por todos assinada. São Paulo, 25/05/07. Mesa: Rodrigo Lowndes - Presidente e Carlos Masetti Neto - Secretário. Conselheiros: Rodrigo Lowndes, Carlos Masetti Neto e Gastão de Souza Mesquita Filho. Confere com a original lavrada em livro próprio. São Paulo, 25/05/07. Rodrigo Lowndes - Presidente. Carlos Masetti Neto - Secretário.

ANÚNCIO DE ENCERRAMENTO DE DISTRIBUIÇÃO DE COTAS “Este anúncio é de caráter exclusivamente informativo, não se tratando de oferta de venda de cotas” A

PETRA - Personal Trader CTVM Ltda. (“Administradora e Intermediária”) comunica o encerramento da distribuição de cotas seniores da 1ª (primeira) série de emissão do FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS MULTISETORIAL REDFACTOR LP, no montante total de

R$ 1.500.000,00 Oferta registrada na CVM sob o nº: CVM/SRE/RFD/2007/019 em 30 de abril de 2007. Data de deliberação da oferta: 13/10/2006. Foram distribuídas publicamente

1500 (uma mil e quinhentas cotas) cotas seniores da 1ª (primeira) série, no valor total de R$ 1.500.000,00 (Um milhão e quinhentos mil reais), e foram colocadas privadamente 6.678 (seis mil, seiscentos e setenta e oito) cotas subordinadas no valor de R$ 6.892.000,00 (seis milhões, oitocentos e noventa e dois mil reais), perfazendo um patrimônio inicial do Fundo no valor de R$ 8.392.000,00 (oito milhões trezentos e noventa e dois mil reais). O resultado da colocação por valores mobiliários, classe e série; por tipo de investidor; e por número de adquirentes e quantidades adquiridas é o seguinte:

Investidor

Número

Quantidade de cotas seniores (1ª série)

Quantidade de cotas subordinadas

01

1.500

6.678

01

1.500

6.678

Pessoa física Fundo de investimento Clube de investimento Ent. Previdência Privada Cias. Seguradoras Investidores Estrangeiros Instituições ligadas Demais inst. Financeiras Pessoas jurídicas ligadas Demais pessoas jurídicas Sócios e outros (art.34, inst. 400)

Total

Do total ofertado foram distribuídas 1.500 (uma mil e quinhentas) cotas sendo que o saldo restante fica cancelado. Todas as cotas foram subscritas e integralizadas. O montante total tem como data-base

10 de agosto de 2007.

NOME E ENDEREÇO DA INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA DO FUNDO E RESPONSÁVEL PELA DISTRIBUIÇÃO DAS COTAS: PETRA - Personal Trader CTVM Ltda. Rua Carneiro Lobo, 468, 10º andar, Água Verde, Curitiba – Paraná. A distribuição das cotas do

FUNDO encerrou-se no dia 13 de agosto de 2007. “Fundos de Investimento não contam com garantia da Instituição Administradora, de qualquer mecanismo de seguro ou, ainda, do Fundo Garantidor de Créditos - FGC.” “A rentabilidade obtida no passado não representa garantia de rentabilidade futura.” “Ao investidor é recomendada a leitura cuidadosa do prospecto e do regulamento do fundo de investimento ao aplicar seus recursos.”

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 10 de agosto de 2007, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Requerente: Lauro Nagamine - Requerido: Getec Engenharia Ltda. - Rua dos Italianos, 831 2ª Vara de Falências Requerente: Villa Real Factoring Fomento Mercantil Ltda. - Requerido: Tópico Impressão Digital

Ltda. - Rua Lucas Obes, 1.099 2ª Vara de Falências Requerente: Vega Distribuidora de Petróleo Ltda. - Requerido: Autoposto Politécnica Ltda. Av. Corifeu de Azevedo Marques, 4.455 - 1ª Vara de Falências


Distritais DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

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ACSP 'CAPITAL' DA ZONA LESTE NÃO PÁRA DE CRESCER

Fotos: Marcelo Soares/Hype

Secretário ouve reivindicações na Penha

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superintendente da Distrital Penha, Marco Antonio Jorge, recebeu o secretário das Subprefeituras, Andrea Matarazzo, conselheiros, subprefeito, vereadores e personalidades do bairro, para dar início à mobilização, encabeçada pela distrital, por melhorias para o bairro. O secretário visitou os pontos considerados críticos e que precisam de obras e intervenções. Um ofício foi entregue ao secretário, relacionando as obras consideradas essenciais. Entre elas: a ligação da Radial Leste com o centro da Penha, melhoria no pontilhão de entrada do bairro/Ladeira da Penha, conservação da praça Nossa Senhora da Penha e do largo do Rosário e o tombamento e restauração da Casa da Vovó Catarina.

Tatuapé se desenvolve, mas ainda quer melhorar

"Um de nossos projetos sociais é incentivar a reciclagem de materiais, como as garrafas clamado por seus pet. Para isso, divulgaremos os moradores como a trabalhos de Ongs em uma feicapital da zona les- ra que deverá acontecer em dete, o bairro do Ta- zembro. Por meio do Conselho tuapé experimenta atualmen- da Mulher, promoveremos te um expressivo desenvolvi- desfiles de moda e diversas mento comercial, na prestação campanhas, como a do agasade serviços, além de uma gran- lho", ressalta Del Valle. Comércio - Co me rc ia nt es de expansão imobiliária. Mas como acontece em toda a cida- instalados há cerca de 50 anos de, o bairro também apresenta nas imediações da praça Silvio seus problemas. Discuti-los, Romero reclamam por melhoelaborar propostas para o de- rias na região. Esse é o caso de senvolvimento da região e le- Afonso Ferraro, proprietário vá-las ao poder público são os de uma ótica na rua Tuiuti. "A principais objetivos da Distri- falta de vagas de estacionatal Tatuapé da Associação Co- mento e a concorrência com os mercial de São Paulo (ACSP), camelôs estão prejudicando as cuja área de jurisdição abrange vendas. O poder público preci25 bairros e quatro subprefei- sa tomar alguma providência turas: São Mateus, Vila Pru- quanto a isso", afirma. Já Edd e n t e , A r i c a n d u v a / C a r- son Grandesso, dono de uma imobiliária, lamenta a falta de rão/Vila Formosa e Mooca. De acordo com o superin- segurança e o mal estado de tendente da distrital, José Gar- conservação da praça. "A iluris Del Valle, o bairro é repre- minação ficou muito fraca com sentativo em diversos setores. a retirada dos luminosos das "Temos cinco shoppings cen- lojas. Minha fachada foi refeita, pois não tinha ters, três bibliotenada que identic a s , d u a s e s t aficasse meu emç õ e s d e m e t rô , p ree n d im e n to . além de diversos hospitais, bares Apesar de crescer e se Mas muitos continuam sem noturnos, acade- modernizar a cada identificação". mias, grandes re- dia, o Tatuapé ainda Segundo o des supermerca- cultiva características subprefeito da distas, teatros, familiares. Mooca, Eduardo praças, parques, José Garris Del Valle, Odloak, várias clubes e bancos. superintendente da medidas estão Apesar de crescer e se modernizar a Distrital Tatuapé sendo tomadas para solucionar cada dia, ele ainos problemas da da cultiva caracregião. "Recentemente publiterísticas familiares", diz. Projetos - A entidade possui camos uma portaria proibindo seis comissões que ajudam a a instalação de camelôs na rua discutir os projetos para a re- Tuiuti, visando melhorar a cirgião: Política Urbana; Cívica e culação dos pedestres. As opeCultural; Meio Ambiente; rações de fiscalização aconteConselho da Mulher; Varejo e cerão com mais frequência, Natal Iluminado. Entre as mas precisamos da colaboraprioridades defendidas pela ção dos comerciantes". Odloak distrital para o Tatuapé estão a relata que em um passado rerevitalização de ruas comer- cente a subprefeitura realizou ciais, o combate ao comércio diversas ações nesse sentido, informal, além de muitas ou- mas não houve um apoio incondicional dos comerciantes. tras de cunho social. Quanto às ruas comerciais, a "Mas de um tempo para cá eles proposta é que sejam revitali- vêm nos apoiando contra as zadas e adequadas à Lei Cida- atividades informais". Melhorias na praça Silvio de Limpa a praça Silvio Romero e parte da rua Tuiuti, entre o Romero também fazem parte Shopping Metrô Tatuapé e a dos planos do subprefeito. praça. Outras sugestões são re- Quanto à pouca iluminação, vitalizar o comércio da aveni- Odloak sugere a instalação de da Celso Garcia, melhorar a postes de luz mais baixos, deiluminação pública nas ruas vido às inúmeras árvores tomTijuco Preto, Tuiuti e praça Sil- badas que não podem ser povio Romero, sanar o problema dadas. "Estamos conversando do trânsito e de estacionamen- com a Ilume (Departamento to na praça e na rua Padre Ade- de Iluminação Pública) para lino e coibir o comércio infor- discutir as melhores alternativas", conclui. mal na rua Tuiuti.

André Alves

A

GIr Agendas da Associação e das distritais

Hoje

I Plenária – O presidente da

ACSP, Alencar Burti, coordena 11ª reunião plenária, com a palestra Brasil: um País do futuro?, com o presidente da General Motors, Ray Yong. Às 17h, rua Boa Vista, 51/9º. I Penha – O Fórum de Jovens Empreendedores da distrital e o Sebrae promovem o curso

Organização e arranjo físico na empresa. Às 18h30, av. Gabriela Mistral, 199.

Amanhã I Centro – Realização da 6ª.

reunião ordinária e reunião do Comitê de Política Urbana. Às 9, rua Galvão Bueno, 83. I Ipiranga – Reunião do Comitê de Política Urbana. Às 17h30, rua Benjamin Jafet, 95. I Penha – O Fórum de Jovens Empreendedores da distrital e o Sebrae promovem o curso Organização e arranjo físico na empresa. Às 18h30, av. Gabriela Mistral, 199.

Quarta I Penha – O Fórum de Jovens

Butantã atua em mediação de conflitos

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José Garris Del Valle, superintendente: batalha por revitalização de ruas e diminuição de ambulantes

Distrital Butantã, pelo seu superintendente, José Gilberto Martins , participa do processo inédito de mediação de conflitos, conforme decreto 43 384 de 25 de junho de 2003, que regulamenta a mediação, pelo executivo municipal, dos conflitos de interesses que constam do Plano Diretor Estratégico do Município. As audiências são presididas pelo subprefeito Audenir Antônio Brunelli. No momento, na rua Alvarenga, comerciantes pedem ampliação de atividades e moradores dizem aumentará o tráfego e estacionamentos nas ruas residenciais, instalação de ambulantes e acúmulo de lixo e atração de criminosos. Está em andamento o processo de mediação de conflitos. Divulgação

Luiz Prado/LUZ-16/03/2007

Pirituba realiza campanha do agasalho Afonso (acima, à esquerda) e Edson (ao lado) pedem melhorias para as ruas do bairro, como a Tuiuti (ao alto). O subprefeito Eduardo Odloak (acima) explica que medidas estão em andamento.

Empreendedores da distrital e o Sebrae promovem o curso Organização e arranjo físico na empresa. Às 18h30, av. Gabriela Mistral, 199. I Pirituba – A distrital promove a palestra Supersimples" – Aderir ou Não?. Às 19h30, av. Raimundo Pereira de Magalhães, 3.678.

Quinta I Grupo – O vice-presidente

da ACSP Roberto Mateus Ordine participa da 1ª reunião de Formação de Grupo de Trabalho . Às 9h, na Fecomércio, rua Dr. Plínio Barreto, 285/3º andar, sala 4. I Exportar – O conselheiro da

ACSP José Cândido Senna coordena seminário Exportar para Crescer em Presidente Prudente. Às 9h, no Hotel Aruá, av. Coronel José Soares Marcondes, 1111, Presidente Prudente. I Centro – Reunião do núcleo setorial de aquarelistas do Projeto Empreender, coordenada pelo consultor Elias Nunes Monteiro Martins. Às 14h, rua Galvão Bueno, 83. I Penha – O Fórum de Jovens Empreendedores da distrital e o Sebrae promovem o curso Organização e arranjo físico na empresa. Às 18h30, av. Gabriela Mistral, 199.

I Mooca – A distrital e a Sociedade Amigos da Mooca realizam comemoração pelos 451 anos do bairro. Haverá missa de Ação de Graças, celebrada pelo Padre Aparecido Neres Santana, às 19h. Após, às 20h30, sessão solene em homenagem aos colaboradores eméritos. Igreja e Salão Paroquial de Nossa Senhora do Bom Conselho, rua da Mooca, 3.911. I Centro – A distrital realiza reunião do núcleo setorial de óticas do Projeto Empreender coordenada pelo consultor Elias Nunes Monteiro Martins. Às 19h30, rua Galvão Bueno, 83.

O

Conselho da Mulher da Distrital Pirituba arrecadou cerca de mil peças para a Campanha do Agasalho 2007 (foto acima). A entrega foi feita pela coordenadora, Luciana Silotto, e pela vicecoordenadora Michiko Arima Kibe. As doações foram para o Fundo Social de Solidariedade do Estado e entidades da região, como o Lar Social Casa Luz, Associação de Voluntariados do Hospital Geral de Taipas, Casa de Repouso São José, Grupo Assistencial Emmanuel e o Hospital Municipal de Pirituba. Para o próximo ano, o objetivo da distrital é intensificar a campanha para que mais que mais entidades possam ser beneficiadas.


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A

Baixada Santista, particularmente a cidade de Santos, não quer mais ser conhecida e ressaltada apenas pelo seu potencial turístico. Um projeto, lançado há um mês, pretende formar na região um Pólo Tecnológico que tem o objetivo de distribuir recursos a micro, pequenas e médias empresas, tendo em vista o aumento da competitividade das mesmas. Trata-se do Arranjo Produtivo Local de Tecnologia da Informação e Comunicação (APL-TI&C), formado pela reunião de empresas, instituições de ensino, poder público e agentes econômicos. O programa, criado pelo Governo Federal, conta com o apoio da Associação Comercial de Santos (ACS), Prefeitura de Santos, Sebrae, Ciesp Santos e da Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem). Ele tem como objetivos atuar em questões tecnológicas relacionadas ao Porto, Logística, Transporte e Comércio Exterior. Vocação – "A idéia de criar o APL surgiu logo após a criação da Câmara Setorial de Tecnologia da Informação e Comunicação na ACS. A cidade tem grande vocação no setor de serviços, além de haver muitas universidades instaladas na região, com aproximadamente 30 mil estudantes", explicou Santiago Carballo, consultor da Câmara Setorial de TI&C da ACS. O programa, informou Carballo, valorizará as empresas locais, pesquisará demandas e oportunidades de negócios, promoverá a aproximação entre empresas, pesquisadores e instituições de ensino, além de incentivar as universidades e escolas técnicas a atenderem às demandas de TI&C. A formatação final e a institucionalização do projeto, na previsão de Carballo, deverão ocorrer por volta do mês de outubro. A partir de então, as entidades envolvidas começarão a requisitar recursos junto às instituições de pesquisa e outros organismos. "Estamos iniciando um trabalho de diagnóstico de 50 empresas do setor. O objetivo é levantar uma radiografia do que o núcleo representa, assim como suas necessidades", disse Silvana Pompermayer, gerente-geral do Sebrae na Baixada Santista. Conquista - Para o presidente da ACS, José Moreira da Silva, o APL de TI&C é uma conquista de toda a comunidade santista e também

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Facesp nterior SANTOS: CIDADE DA TECNOLOGIA

Divulgação

André Alves

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

O município quer deixar de ser reconhecido apenas pelo seu potencial turístico. Projeto cria na região um Pólo Tecnológico que unirá poder público, privado e escolas.

Fotos: Divulgação

Alex Ribeiro/DC/10/12/2006

José Moreira da Silva, presidente da ACS, Silvana Pompermayer, gerentegeral do Sebrae, e Santiago Carballo, consultor da Câmara Setorial de TI&C

da região. "Com ele, surgem administração. Teremos uma novas oportunidades de ne- preocupação com a formação gócios, possibilitando o de- dos profissionais da área. É imsenvolvimento de um novo portante que aqueles recémprisma econômico local. É, ingressados no mercado chesem dúvida, um importante guem cada vez mais capacitados", ressaltou passo para Carballo. constituir "Para o setor Santos em um ser mais compólo tecnolópetitivo, precigico, estimuCom o projeto surgem samos ter estulando o crescioportunidades de dantes e recémmento do senegócios, formados devitor e também possibilitando o damente capaaumentando a desenvolvimento de citados. Daí a c o m p e t i t i v iimportância do dade entre um novo prisma programa, até a s e m p re s a s econômico. mesmo pelo da área". José M. da Silva, da ACS seu lado social, O papel das na inclusão de u n i v e r s i d anovos profisdes, escolas técnicas e centros de pesquisa sionais no mercado de trabaserá fundamental para o anda- lho", completou Silvana. Segundo o diretor regional mento e êxito do projeto. "Eles ajudarão a capacitar os empre- do Ciesp Santos, Ronaldo sários com cursos de gestão e Forte, é de fundamental im-

O futuro pólo de Santos irá atuar em questões tecnológicas relacionadas ao Porto da cidade (acima)

portância o desenvolvimento da área de TI na região. "Trata-se do principal instrumento de desenvolvimento no mundo globalizado, que exige agilidade e otimização dos processos da cadeia produtiva mundial. Para o sucesso do programa é necessário que as entidades de ensino superior invistam em pesquisas e inovações".

Otimismo - Na opinião de Carballo, a criação do Pólo Tecnológico em Santos poderá alcançar resultados rápidos, dando o exemplo de Recife, onde se reuniram mais de 100 empresas de TI em sua antiga faixa portuária, e em cinco anos mudou a característica de desenvolvimento. Silvana citou Campinas, que se tornou uma potência nacional de es-

tudos voltados à TI. Rubens Lara, diretor-executivo da Agem, órgão que tem como finalidade fazer a intermediação entre os municípios da região e o Governo do Estado, se comprometeu a levar o assunto ao governador José Serra. "O APL disseminará uma cultura de empreendedorismo, pesquisa e tecnologia", concluiu Carballo.

MARÍLIA

ITATIBA

Notícias das associações comerciais e industriais do interior do Estado Divulgação

GUARATINGUETÁ Associação Comercial e A Empresarial de Guaratinguetá (Aceg) apóia a

terceira edição do Festival de Vinho do Vale do Paraíba, que acontece entre os dias 23 e 26 no Buriti Shopping. O festival unirá os empresários da enogastronomia e o público em um só objetivo: uma ação social. Todo o lucro será direcionado ao Centro Social e Ambiental Sítio do Juca. O Espaço Brinde com mais esta tacada divulgará ações e projetos de Ongs regionais ou locais e chamará o público a participar. O 3º Festival de Vinho do Vale do Paraíba terá palestras técnicas, lazer, cursos e degustação nos balcões das vinícolas. Entre as diversas atrações, acontecerá o torneio de minigolfe. No último dia do evento, no domingo, os visitantes poderão apreciar um Encontro de Autos Antigos.

Associação Comercial e Associação Comercial e A Industrial de Marília A Industrial de Itatiba (Acim) recebeu integrantes da (Aicita) comemorou o sucesso

AMERICANA – Reunião na prefeitura de Americana, que teve a participação da Associação Comercial da cidade, discutiu a apresentação de uma proposta ao Conselho Regional de Contabilidade (CRC) referente à idoneidade dos profissionais da área. O objetivo é que prefeitura tenha maior controle sobre a regularidade dos contadores, garantindo maior segurança aos contribuintes, além de defender a classe.

Empresa Júnior de Relações Internacionais da Unesp, que atualmente conta com 25 pessoas divididas em diversos projetos voltados para o auxilio ao micro e pequeno empresário. A idéia é utilizar o conhecimento universitário e acadêmico para as atividades de relação exterior da Acim. Doze pessoas atuarão na área de exportação para as atividades da associação comercial. A Empresa Júnior de Relações Internacional da Unesp de Marília tem o objetivo de auxiliar a integração de instituições públicas e privadas ao meio internacional, visando o desenvolvimento sócioeconômico dos municípios do centro-oeste paulista.

do V Ciclo de Palestras, realizado em julho: salas lotadas e muito quilos de alimentos e produtos arrecadados e doados para as entidades assistenciais da cidade. Foram 228 quilos de arroz, 76 quilos de açúcar, 109 litros de óleo e 97 quilos de sabão em pó entregues à Associação das Entidades Assistenciais e Filantrópicas de Itatiba), que os distribuirá para as entidades. Divulgação

Entrega de alimentos na Aicita


Logo Logo DIÁRIO DO COMÉRCIO

Divulgação

O Brasil perdeu importância e está tentando encontrar uma maneira de voltar a ter alguma, mas não sei se encontrou. Sem dúvida, o País tem menos rumo hoje do que tinha na década de 50. Do cineasta João Moreira Salles, sobre os rumos do País, em entrevista à Folha de S. Paulo, ontem.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

www.dcomercio.com.br/logo/

AGOSTO

2 - LOGO

14 Dia de Combate à Poluição

C OMPORTAMENTO E NTRETENIMENTO

Amuleto anti-paixão

Sósias para Bob Dylan seu próprio estilo ou, graças ao carro hippie ou à sua roupa guardada, poderia ter vivido nos 60, queremos conhecer você", diz o anúncio. O objetivo é localizar em Nova York sósias de Dylan e realizar um teste para determinar quem participará do clipe, que servirá para apresentar a antologia epônima do músico, que será publicada no dia 1º de outubro. A produção do clipe também procura fãs de Bob Dylan com idades entre 20 e 40 anos para participar do vídeo. www.craigslist.org

M EDICINA Kim Kyung-Hoon/Reuters

Pesquisa mostra que um pet reduz a chance dos solteiros de encontrar o amor

U

ma pesquisa realizada no Reino Unido a pedido de uma das maiores agências de relacionamentos da Europa, a Parship, mostrou que os casos amorosos podem estar em risco por causa dos bichos de estimação. A pesquisa, divulgada pelo jornal britânico The Guardian, aponta que ter um bicho de estimação reduz em até 40% as probabilidades de encontrar o amor. O estudo foi realizado pela companhia britânica de pesquisas de marketing YouGov e revelou que quase a metade (47%) dos 13 milhões de solteiros britânicos – ou seja, 6,1 milhão de pessoas – possui um bicho de estimação, gastando em

Miro Kuzmanovic/Reuters

média US$ 1.800 por ano com seu animal e dedicando anualmente cerca de 21 dias ao seu bem-estar. Mas o dado mais desanimador da pesquisa é que um em cada quatro homens entrevistados e uma em cada três mu-

lheres responderam que não sairiam com uma pessoa do sexo oposto que possuísse um ou mais gatos. A aversão aos cães é menor, aparentemente porque eles são menos numerosos na Grã-Bretanha e também porque provocam menos alergias que os gatos. Dos dois mil entrevistados, 25% disseram que, se tivessem de escolher entre um novo amor e um bicho de estimação, ficariam com o pet. Tratar animais como crianças, dividir sua cama com seu bicho de estimação, mimar o animal com acessórios caros ou possuir dois ou mais bichos são alguns dos hábitos que impediriam outros solteiros de se relacionar com outras pessoas.

Joerg Koc/AFP

L

A RQUEOLOGIA

Tesouros da cultura etrusca

FESTA DA CERVEJA - Em Munique, na Alemanha, homem trabalha na preparação de uma tenda gigante para bebedores de cerveja que participarão da mundialmente famosa Oktoberfest. Este ano, a festa da cerveja começará em 22 de setembro. R OCK

Ano 30 depois de Elvis

C A R T A Z

Divulgação

CINEMA M

ilhares de fãs de Elvis Presley realizam Ao lado, foto do artista em esta semana uma maratona de homenagens 1960. Abaixo, detalhe do que lembram os 30 anos de cinturão de sua morte com vigílias à luz de velas e concursos de imita- uma de suas roupas de ção. Tantas homenagens se show e justificam porque Elvis revoestátua lucionou o comportamento no século 20. "Elvis mudou tu- inaugurada do. Musicalmente, sexual- em Tóquio no mente, politicamente", disse o cantor da banda irlandesa U2, domingo Bono Vox, que como muitos outros astros do rock é seu fã. Mesmo 30 anos depois de sua morte, Elvis ainda é o artista solo mais famoso da história, com mais de um bilhão de discos vendidos e com lucros anuais de US$ 40 a US$ 50 milhões, mais dinheiro do que ele fazia no auge da carreira.

A maioria dos locais de trabalho hoje é smoke-free, mas se o companheiro do lado ainda fuma, dê de presente para ele ou ela o USB Ashtray. O cinzeiro se conecta ao computador pela entrada USB e possui um poderoso filtro de carvão ativado que purifica a fumaça. Por US$ 16,50.

O site da Embrapa reúne uma série de informações sobre pesquisas nas áreas de meio ambiente e agricultura que estão disponíveis aos internautas. No site é possível fazer downloads gratuitos de publicações e artigos e ainda acessar informações sobre a coleção Bases de Dados da Pesquisa Agropecuária. O site tem ainda o Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) que recebe emails com dúvidas que são respondidas por especialistas e pesquisadores do órgão.

http://raremonoshop.com/catalog/ product_info.php?products_id=44

Em defesa da biodiversidade

Morre mulher mais velha do mundo Yone Minagawa, a mulher mais velha do mundo, morreu na noite de ontem, aos 114 anos, em uma residência de idosos da província de Fukuoka, no oeste do Japão. Após ficar viúva muito jovem, Minagawa educou seus cinco filhos vendendo flores e verduras. Ela deixa uma filha, seis netos, 12 bisnetos e dois tataranetos. Embora passasse a maior parte do tempo em uma cama, seu estado de ânimo era bom. No Japão também vive o homem mais velho do mundo, Tomoji Tanabe, de 111 anos. I TÁLIA

Uma forcinha para a dieta Um prefeito da cidade italiana de Varallo anunciou ontem que pagará um benefício de 50 euros (R$ 133) aos homens que perderem quatro quilos em um mês ou às mulheres que emagrecerem três quilos no mesmo período. Se conseguirem manter o novo peso pelos cinco meses seguintes, os beneficiários vão receber outros 200 euros (R$ 535). A cidade tem 7.500 habitantes e sofre do mesmo problema de toda a Itália, onde cerca de 35% dos habitantes estão acima do peso ou são obesos, segundo dados da União Européia. L OTERIAS Concurso 245 da LOTOFÁCIL

A TÉ LOGO

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www.embrapa.br

AFP

Issei Kato/Reuters

Agricultura e meio ambiente

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Cinzeiro-filtro via USB

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F AVORITOS

Hannibal Hanschke/Reuters

O filme A Bola Negra (foto) será exibido às 17h dentro da I Jornada Brasileira de Cinema Silencioso. Cinemateca Brasileira, Largo Senador Raul Cardoso, 207, Vila Clementino, tel.: 3512-6111. Grátis. G @DGET DU JOUR

B RAZIL COM Z

J APÃO

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E M

de largura. Uma das primeiras e mais misteriosas civilizações da Itália, os etruscos viveram ao norte de Roma, nas atuais Toscana e Umbria. Sua civilização durou pelo menos mil anos, atingindo seu auge aproximadamente entre os séculos 6 e 7 a.C., até que suas cidades fossem substituídas por assentamentos romanos. Grande parte do que se sabe sobre os etruscos hoje deriva de outros suntuosos jazigos, decorados com pinturas e repletos com vasos e outros objetos.

Artista do Circo Nacional de Acrobacias da China durante o show em Roquetas de Mar, na Espanha.

Pelo menos 60 websites e jornais, entre eles o britântico The Guardian, destacaram ontem a projeção que indica que Amazônia perdeu 9.600 quilômetros quadrados de floresta entre 2006 e 2007, 30% menos do que no período 20052006. Os dados são do governo federal e mostram ainda que os focos de desmatamento estão mais fragmentados, sendo que os estados de Amazonas e Roraima tiveram aumento no desmatamento e Mato Grosso aprensentou redução. De acordo com o The Guardian, os números mostram que o Brasil é um dos poucos países do mundo que consegue melhorar a proteção à biodiversidade.

Tóquio importou da Turquia um tratamento diferente para a psoríase. O tratamento é realizado por peixes Garra rufa ("peixe médico") que mordiscam a pele doente.

Arqueólogos descobriram uma tumba etrusca com mais de 2.000 anos perfeitamente preservada nas colinas da Toscana. Dentro há um tesouro formado por artefatos e por urnas que guardam os restos de cerca de 30 pessoas. A tumba, na cidade toscana de Civitella Paganico, provavelmente data de entre os séculos 1 e 3 a.C., época em que o poder etrusco estava em declínio. Dentro da tumba, um estreito corredor leva a uma pequena câmara de sepultamento, com cerca de 2 metros de comprimento e 1m79

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O músico norte-americano Bob Dylan anunciou na internet que procura sósias de todas as idades para acompanhá-lo em seu novo vídeo clipe, que começará a ser filmado em Nova York. O autor de músicas como Blowing in the wind e Like a rolling stone optou por colocar um anúncio no site CraigsList – uma das páginas de classificados mais famosas dos EUA – para encontrar os sósias. "Procuramos sósias de Bob Dylan, de todas as idades, que tenham entre 1,74 e 1,79 metros. Se você se acha parecido com Dylan, tem

A RTE Francisco Bonilla/Reuters

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Faculdade de Medicina da USP ganha novo Centro de Ensino e Pesquisa em Cirurgia Ambientalistas se reúnem para protesto em 'acampamento' em aeroporto londrino Bispo da diocese de Presidente Prudente faz protesto contra 'legalização de grilagem'

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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PatriciaCruz/ABr

Polít ica LYRA COMPROMETE RENAN AINDA MAIS O

caso Renan Calheiros pode se encaminhar para um desfecho nesta semana com a provável convocação do usineiro alagoano João Lyra (PMDB-AL) pelo Conselho de Ética do Senado. Lyra confirmou em entrevista à re-

Fabio Pozzebom/ABr

Na cola: o corregor do Senado, Romeu Tuma, quer ouvir João Lyra

A

vista "Veja" que manteve negócios secretos com o presidente do Senado e que ambos compraram em sociedade um jornal e uma emissora de rádio. O empresário também confirmou que Renan cumpriu sua parte mediante o pagamento, em dinheiro vivo (reais e dólares), de algo como R$ 1,3 milhão, e que a sociedade foi registrada em nome de laranjas a pedido do próprio senador. A nova denúncia que atingiu o senador é, de longe, a mais grave dentre todas as que estão em exame no Conselho de Ética e no Supremo Tribunal Federal (STF). A perícia da Polícia Federal nos documentos de defesa de Renan deve ser concluída até quinta ou sextafeira. Os peritos da PF alegam que ainda não receberam parte dos documentos solicitados para completar o mapeamento dos negócios dele com gado. Os membros do Conselho devem indicar logo o relator da representação do PSol que acusa Renan de ter tráfico de influência para beneficiar o grupo Schincariol, que, em troca, teria superfaturado a compra de uma fábrica de refrigerantes da família Calheiros. A partir desse quadro, a situação de Renan se tornou mais que insustentável. Além da pressão da oposição, que decretou a obstrução dos trabalhos de plenário enquanto ele não se afastar da presidência da Casa, o senador está sendo abandonado pelos governistas e pelo próprio partido. As ameaças veladas a colegas e a tentativa de denunciar como irregularidades negó-

Senadora diz que oposição está ameaçada e coagida

senadora Marisa Serrano (PSDB) disse ontem que a oposição sente-se ameaçada e coagida com a permanência do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) no cargo, segundo informações da rádio CBN. Uma dos três relatores da primeira representação contra Renan, Marisa lembrou do episódio em que o senador discutiu da tribuna com o líder do DEM, José Agripino,

na semana passada, e disse que será difícil "votar com um presidente do Senado assim". "É claro que vamos conseguir aprovar, votar, mas fica difícil com essas ameaças e com o presidente no cargo", disse. Ela se referiu à aprovação da prorrogação da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF) até 2011, que deverá garantir, somente esse ano, cerca de R$ 36 bilhões de arrecadação ao governo.

Marisa Serrano participou do seminário "Um Novo Modelo de Gestão Pública para o Brasil", com lideranças tucanas, em Belo Horizonte. Renan é acusado de ter despesas pagas por um lobista da construtora Mendes Junior, de ter favorecido a cervejaria Schincariol em troca de favores, de grilagem de terra em Alagoas e, agora, da sociedade com o usineiro alagoano João Lyra. (AE)

PSol leva hoje o abaixo-assinado

U

m ato público marcará hoje a entregade um abaixo-assinado com 60 mil assinaturas recolhidas em todo o País pedindo a cassação do senador Renan Calheiros (PMDB-AL). O evento será em frente ao Congresso Nacional, em Brasília. Depois da manifestação, o documento será entregue ao presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP) e ao presidente da Mesa Diretora, senador Tião Viana (PT-AC). "Sem a pressão das ruas, vai ter pizza", disse o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ). Para ele, o documento é importante para pres-

Nelson Perez/AE

Alencar: 60 mil assinaturas

sionar o Conselho de Ética a encaminhar o pedido de cassação para ser votado no Plená-

rio. "Eu achava que a Câmara era corporativista, mas estou vendo que no Senado, com aquela aura de Casa de Cavalheiros, o que impera é a política do compadrio", afirmou o deputado. Nos últimos 20 dias, militantes do PSol recolheram assinaturas pedindo a cassação de Calheiros. O Rio foi o Estado onde foi recolhido o maior número: 20 mil. Para o deputado do PSol, o Conselho de Ética deve recomendar a cassação de Renan Calheiros, mas, como tem boas relações no Planalto, ele conseguirá manter o mandato dele como senador. (AE)

Câmara pode efetivar 260 mil servidores

U

m grande trem da alegria está pronto para ser votado na Câmara. Poderá levar estabilidade a servidores que atualmente podem ser demitidos, transformando em funcionários públicos efetivos trabalhadores que hoje são temporários e que não fizeram concurso público. Permite ainda que funcionários requisitados de Estados e de municípios sejam efetivados em suas funções. A estimativa é que, no primeiro caso 60 mil

servidores no governo federal ganhem estabilidade, que cerca de 200 mil temporários sejam beneficiados e, quanto aos requisitados, não há cálculo preciso quanto ao número. A estimativa foi feita por técnicos que acompanharam a tramitação das duas propostas de emenda à Constituição, formato que esse grande trem da alegria ganhou no Legislativo. Uma das duas propostas, a de número 54, de 1999, do então deputado Celso Giglio, che-

gou a entrar na pauta do plenário no início do mês, mas foi retirada para dar lugar as discussões da reforma política. A essa proposta há emenda para dar carona aos temporários, do deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE). Ontem, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PTSP), admitiu colocar novamente o projeto em votação, ainda sem data. "Tenho exata dimensão de seu conteúdo polêmico", disse. (AE)

cios da editora Abril, que publica "Veja", aparentemente surtiram efeito contrário ao que o senador desejava. A resposta da revista veio na entrevista de João Lyra. A preocupação do governo aumentou depois que a oposição entrou em obstrução. O Palácio do Planalto tem pressa na solução do caso para evitar o congestionamento da pauta do Senado e o aumento das suas dificuldades para aprovar a emenda constitucional da prorrogação da DRU e da CPMF. A primeira votação da matéria deve ocorrer amanhã na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ). Nos bastidores do Congresso, os partidos da base aliada supervalorizam o apoio à matéria sob o argumento de que o presidente Lula não precisará mais do Congresso este ano depois de garantir a prorrogação da DRU e da CPMF. Ou seja, a hora de barganhar cargos e verbas é agora, e o caso Renan reduz a velocidade do processo decisório. Para os articuladores do governo, quanto mais cedo o episódio se resolver mais tempo haverá para encaminhar a sucessão de Renan e evitar que a emenda chegue ao Senado em plena crise sucessória. Em conversa com assessores e amigos, Renan avaliou que as declarações do usineiro João Lyra confirmando a sociedade entre os dois, não agravam a situação política dele. Para o peemedebista, ao contrário, a afirmação de Lyra só referenda sua defesa, de que está sendo "alvo de disputa política regio-

André Dusek/AE/23.03.07

É verdade: o usineiro e exdeputado João Lyra admitiu a compra de um jornal e uma emissora de rádio a pedido de Renan Calheiros Roosewelt Pinheiro/Agência Senado

nal". Na semana passada, em discurso na tribuna, Renan afirmou que é vítima de adversários políticos derrotados em Alagoas, e citou nominalmente Lyra e a presidente do PSol, a ex-senadora Heloísa Helena. No sábado, quando a revista chegou às bancas, Renan disparou telefonemas antes de embarcar para São Paulo, onde

passou o final de semana. "Ele não será o meu Eriberto", disse Renan, segundo amigos. Foi uma referência a Eriberto França, motorista da secretária particular de Fernando Collor de Mello, Ana Acioli, e que apresentou recibo de pagamento com cheque de laranjas do ex-tesoureiro de Collor, Paulo César Farias. (AE)

Kassab feliz. Alckmin desconversa.

O

prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), afirmou ontem que ficou "muito feliz" e "tranqüilo" com os resultados da pesquisa do Instituto Datafolha sobre a sucessão municipal de 2008. "O importante é olhar o conjunto da pesquisa, na medida em que ela aponta que 31% dos paulistanos avaliam a administração como ótima e boa e a avaliação negativa diminuiu bastante (de 35% para 23% em 20 dias). É motivo para redobrar as energias e continuar trabalhando", afirmou. De acordo com Kassab, a questão mais importante neste momento não é a corrida à sucessão municipal, mas a avaliação positiva do mandato. "A hora é de governar e existe tempo pra tudo na vida pública; a questão eleitoral fica para o ano que vem." A exemplo do governador José Serra (PSDB), que evitou entrar na polêmica sobre o fato de ele e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) dividirem o eleitorado da capital paulista, caso decidam concorrer em 2008, Kassab afirmou: "Eu não tenho concentrado atenção à questão eleitoral neste momento". Datafolha – De acordo com a pesquisa, divulgada no domingo, no cenário com Alckmin, que lidera a corrida com 30% das intenções de voto, seguido da ministra do Turismo, Marta Suplicy (PT), com 24%, Kassab a p a re c e c o m 1 0 % das intenções de voto, empatado, tecnicamente, com o deputado Paulo Maluf (PP), que tem 11% e a deputada Luiza Erundina (PSB), com 9%.

Já no cenário sem o ex-governador de São Paulo, Kassab aparece com 20% e a liderança fica com Marta, que registra 27%. O maior índice de rejeição ficou com Maluf, 52%, e o menor com Alckmin, 12%. Marta teve 36%, Kassab e Erundina empatara com 25%, Paulinho apareceu com 15%, segundo o Datafolha, que ouviu 1.091 eleitores no último dia 9. A ministra do Turismo, Marta Suplicy, disse ontem que não será candidata à Prefeitura de São Paulo em 2008, mas não fechou as portas para uma candidatura ao governo paulista em 2010. "Isso a gente pode avaliar", afirmou. "Não pretendo voltar à prefeitura. Estou muito feliz no ministério, podendo fazer

muito e isso tira da minha perspectiva disputar a eleição", disse. Cautela – O ex-governador Alckmin tratou com cautela os números e evitou comemorações. "É cedo ainda. A eleição municipal é só no ano que vem. É preciso ouvir o povo e o partido. Tudo ao seu tempo", disse. Questionado se sairá candidato, afirmou que está sempre animado a "servir ao povo". "Mas nenhuma decisão em relação à candidatura". O governador de São Paulo José Serra também procurou ressaltar o desempenho de Kassab na pesquisa e assegurou que a aliança do DEM permanecerá na eleição. "A pesquisa para nós é motivo de satisfação, tanto a apreciação positiva a respeito do Alckmin como a apreciação cada vez mais positiva também do Kassab, que foi meu sucessor", disse. "Vai haver aliança no ano que vem, só que é uma coisa que vai ser decidida, a maneira, mais adiante". (AE) Kassab diz que é hora de governar e que candidatura fica para 2008

Luiz Prado/LUZ- 26/03/07

Ao confirmar sociedade com o presidente do Senado em nome de laranjas, o usineiro e exdeputado pode acelerar desfecho do caso

A eleição municipal é só no ano que vem. É preciso ouvir o povo e o partido. Tudo ao seu tempo. Geraldo Alckmin


Tucanos reunidos no ninho mineiro

Jair Amaral/Estado de Minas/AE

Na reunião: os governadores Aécio Neves (MG), José Serra (SP), Cássio Cunha Lima (PB) e Teotônio Vilela Filho (AL), o ex-presidente FHC e o ex-governador Alckmin, os senadores Sérgio Guerra (PE), Cícero Lucena (PB) e Arthur Virgílio (AM), e o vicegovernador de Santa Catarina, Leonel Pavan.

O PSDB unido para rachar a CPMF espera o apoio do DEM e de "parcela importante" do PMDB, além do PDT e PP. O governo acena com a desoneração da CPMF em operações de crédito. A proposta que estica a CPMF até 2011 vai ser votada hoje em comissão na Câmara. E 6 Ano 83 - Nº 22.438

São Paulo, terça-feira, 14 de agosto de 2007

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição concluída às 23h55

w w w. d co m e rc i o. co m . b r Leonardo Rodrigues/Hype

O PREÇO DO TREMOR NOS MERCADOS: U$ 395 BILHÕES (ATÉ AGORA) Os bancos centrais da Ásia, Europa e Estados Unidos uniram-se em mutirão para tentar reduzir o clima de tensão do mercado financeiro: somente ontem, US$ 72 bi foram injetados no sistema, que ainda sente o problema das hipotecas de alto risco do mercado imobiliário dos EUA. A Bovespa reagiu, mas fechou em queda de 0,39%. E 1 e 3 Fotos:Paulo Pampolin/Hype

Mais fábricas da GM no Brasil Em reunião na ACSP, Ray Young, presidente da GM (na foto, com Alencar Burti e Afif Domingos), anuncia investimento de US$ 3,5 bi. E 4

Tecnologia amplia acesso ao mercado Ferramentas especiais abrem novos espaços a deficientes. Informática

HOJE Parcialmente nublado Máxima 27º C. Mínima 12º C.

AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 27º C. Mínima 12º C.

Prazo para o Supersimples pode ser prorrogado Economia 7


Logo Logo DIÁRIO DO COMÉRCIO

A web 2.0 significa apenas que tem muito mais gente se apropriando da tecnologia da internet, o que a torna um fenômeno social de massa. Significa que não é mais necessário recorrer a intermediários ou técnicos. Do ponto vista de conceito de base, não há uma grande diferença em relação à internet original.

Divulgação

Do filósofo francês e um dos principais teóricos da revolução digital, Pierre Lévy, em entrevista à Folha de S. Paulo.

www.dcomercio.com.br/logo/

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

AGOSTO

2 - LOGO

15 Morte do pintor belga René Magritte (1898-1967). Ao lado, seu auto-retrato com mãos.

I NDÚSTRIA

Brincadeira perigosa

H ISTÓRIA

Mattel faz recall de produtos feitos na China. No Brasil, 850 mil brinquedos são afetados.

Um navio viking reconstruído chegou a Dublin ontem, quase mil anos depois de sua versão original ter afundado na costa da Dinamarca. A tripulação do barco reviveu ao longo da viagem os difíceis trajetos percorridos pelos nórdicos até a Irlanda. As 65 pessoas que tripulavam o Sea Stallion saíram de Roskilde, na Dinamarca, no dia 1º de julho, usando apenas remos e velas para percorrer mais de mil milhas náuticas e responder a perguntas ainda sem resposta sobre a construção de navios e as viagens vikings. Feito com a madeira de 300 carvalhos, a embarcação, de 30 metros de comprimento e 4 metros de largura, é o maior navio viking já reconstruído, segundo seus construtores. O barco original foi feito em Dublin em 1042, mas

naufragou 30 anos depois no fiorde de Roskilde, cerca de 50 km ao sul de Copenhague, e ali ficou até 1962. A réplica foi concluída em 2004, depois de quatro anos de trabalho. A viagem do Sea Stallion quis reproduzir as condições que os temidos guerreiros nórdicos tinham de enfrentar mil anos atrás. Num pequeno trajeto da viagem, o barco foi rebocado. Na maior parte, porém, a tripulação enfrentou a natureza no convés, com apenas um metro quadrado de alojamento para cada membro da tripulação.Pesquisadores vão analisar as gravações e os dados coletados na viagem, e o barco ficará exposto no Museu Nacional de Dublin até 2008, quando uma tripulação chefiada pelo capitão dinamarquês Carsten Hvid fará a viagem de volta.

AFP

Reuters

A chegada, mil anos depois

causar perfurações intestinais, infecções e bloqueio do sistema digestivo, que pode ser fatal. Cerca de um milhão de brinquedos Doggie Day Care, além de aproximadamente 700 mil produtos da linha Barbie e 345 mil bonecos Batman [fotos] e

One Piece entraram na lista do recall por causa de ímãs defeituosos. A Mattel também irá recolher 436.000 carrinhos do personagem "Sarge", do longa-metragem infantil "Carros", por causa do nível de chumbo detectado na tinta.

Attila Kisbenedek/AFP

M EIO AMBIENTE

Auto-defesa contra o aquecimento próximos poucos anos", disse o estudo, comandado por Doug Smith. Mas, embora as variações na temperatura do mar e até o "filtro solar" criado por cinzas vulcânicas possam atenuar o impacto humano em algumas áreas, o aquecimento do planeta como um todo continua sendo inevitável. Projeções prévias levavam em conta os fatores externos – como mudanças na radiação solar absorvida pela atmosfera terrestre – e humanos, mas não consideravam as variações nas influências naturais sobre o clima dentro da atmosfera terrestre, segundo o Met Office.

VAMOS PULAR - Visitantes pulam em uma tenda inflável que abrigava a instalação Luminarium 3D do designer britânico Alain Parkinson em Budapeste. A obra integrou um dos maiores eventos culturais da Europa, numa ilha no meio do rio Danúbio, na Hungria.

C A R T A Z

VISUAIS

Heróis da Independência H Divulgação

á 60 anos a Índia conquistava sua Independência e, embora a luta tenha sido identificada com a figura de Mahatma Gandhi, muitos indianos participaram dessa conquista. para homenageá-los, estudantes fizeram ontem um tapete

gigante na cidade de Chenai em que cada um deles é representado. O país que comemora hoje a independência e está prestes a se tornar uma potência global, em especial na área de tecnologia, entretanto, tem motivos para reavaliar até que ponto

sua prosperidade e independência estão ao alcance de todos. Dados do Ministério da Economia do país apontam que 1 milhão de agricultores ainda vivem na miséria absoluta, mais de 300 milhões de indianos vivem na pobreza e 400 milhões são analfabetos.

Babu/Reuters

Mostra traz capas de CDs feitas por Elifas Andreato e algumas de suas pinturas de artistas da música popular brasileira. No Teatro Fecap, Av. Liberdade, 532, tel.: 0800551902, das 9 às 21h. Grátis.

MP3 player anfíbio com 256 Mb

Meio ambiente e economia de água

A JVC lançou o Victor XAAW33-W, um MP3-player à prova d'água que pode ser usado em em banheiras e piscinas. O aparelho tem capacidade de 256 Mb e toca arquivos MP3 e WMA. Com alto-falante embutido. Fora da água, ele pode ficar no "deque seco" sobre uma mesa. A bateria tem autonomia de até 15 horas. Preço não definido.

O site da WWF, organização não-governamental dedicada à conservação da natureza e ao uso sustentável dos recursos naturais, dá um destaque especial à questão do consumo consciente da água. O site mostra projetos da iniciativa privada, políticas públicas e campanhas pela conservação da água no mundo todo e ainda traz dicas sobre a economia e consumo racional desse recurso natural, além de uma lista de animais em extinção e outros assuntos ligados à preservação do nosso planeta.

www.jvc.com

O jornal britânico The Independent publicou uma reportagem sobre a rádio AfroReggaeDigital, que começou a operar este mês na internet, num projeto social coordenado pelo britânico Max Graef na favela Parada de Lucas, no Rio de Janeiro, e ligado ao grupo AfroReggae. A rádio tem como objetivo afastar os jovens do tráfico de drogas e da violência. Quem participa dos projetos do AfroReggae não pode estar envolvido no tráfico. O dinheiro para o projeto veio de companhias como a BBC e o objetivo da rádio é oferecer programação internacional. www.afroreggaedigital.com

I NTERNET

Blogs incriminadores Dois blogueiros holandeses que filmaram por baixo das saias de mulheres em um estacionamento podem receber pena de até dois anos de prisão. Eles publicaram em seus blogs as imagens e são acusados de filmar pessoas sem autorização. Os blogueiros alegam que queriam obrigar as autoridades a tomarem providências porque o estacionamento subterrâneo de Heerhugowaard tem teto transparente, permitindo que as pessoas olhem para cima e tenham "visões reveladoras" dos pedestres.

Concurso 582 da DUPLA SENA Primeiro Sorteio Tapete mostra os líderes da Independência. Retratos ocupam área de 3.220 metros quadrados.

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Segundo Sorteio

A TÉ LOGO

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo: 06

Dois focos de incêndio já destruíram 24 hectares do Parque Nacional da Ilha Grande Lauro César Muniz e Daniel Filho farão longa-metragem sobre últimos dias de Vargas

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www.wwf.org.br

O jornalista Elliott Kalan foi demitido do jornal Metro depois de escrever em seu artigo de humor que o jornal impresso está morto. "Ninguém mais lê jornais… Como este exemplar do Metro mostra, a única maneira de fazer as pessoas lerem jornais é literalmente forçá-las a segurar um nas mãos". O Metro é um jornal impresso gratuito distribuído em locais de grande circulação de pessoas, como estações de metrô ou terminais rodoviários e tem versões em diversas cidades do mundo. O caso aconteceu em Estocolmo.

L OTERIAS

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F AVORITOS

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Jornal 'morto', jornalista demitido

Rádio digital contra a violência

Í NDIA E M

I MPRENSA 2

B RAZIL COM Z

L

O ser humano continuará aquecendo o planeta nos próximos anos, mas fatores naturais, como mares mais frios, devem compensar parcialmente o fenômeno, segundo um estudo divulgado pelo Met Office, o departamento de meteorologia do governo britânico. Segundo o Met Office, em 2014 a temperatura estará 0,3 grau Celsius acima da de 2004, apesar do efeito refrescante de fatores naturais, como o esfriamento dos mares. "A variabilidade interna vai ofuscar parcialmente o sinal antropogênico do aquecimento global pelos

Editorial pede cabeça de princesa Um dos principais jornais da Noruega abriu uma campanha pedindo para que a princesa Martha Louise renuncie ao título real depois de ela ter afirmado que conversa com os anjos. Filha do rei Harald e da rainha Sonja, a princesa de 35 anos é a quarta na linha de sucessão ao trono e afirmou que criaria uma escola para ensinar como conversar com anjos. "Se ela acha isto, a solução é clara: que abandone o título de princesa e opte pela vida que escolheu", disse ontem o diário Bergens Tidene em seu editorial.

A

fabricante norteamericana de brinquedos Mattel anunciou ontem o recall para 18 milhões de brinquedos produzidos na China. O anúncio reascendeu os temores sobre a segurança de artigos chineses e foi feito depois de três crianças terem se ferido com altos níveis de chumbo e alguns ímãs dos produtos. "A Mattel está fazendo o recall de 18,2 milhões de brinquedos no mundo todo, sendo 9,5 milhões nos EUA", informou a empresa. O recall afeta 850 mil brinquedos no Brasil. A Mattel já tinha feito o recall de 4,4 milhões de bonecas e acessórios Polly Pocket em novembro do ano passado depois de 200 casos de ímãs defeituosos. Quando engolidos, os pedaços de ímã podem se atrair e

I MPRENSA 1

Ibama treina servidores para fiscalização e proteção da fauna e da flora da Amazônia

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Concurso 1788 da QUINA 05

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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terça-feira, 14 de agosto de 2007

AFP

'Escândalo da maleta' atinge até a Bolívia

Internacional

Ministro do Interior da Venezuela afirma que, antes de desembarcar em Buenos Aires, jatinho que levava os US$ 800 mil ilegais teria passado pela Bolívia

O

complexo "Caso SA, Diego Uzcateguy — e preda Maleta" — que sidente da filial da PdVSA na envolve uma vali- Argentina — cujo filho, Diego, se com quase US$ convidou Antonini Wilson a 800 mil não declarados e ho- subir no jatinho. Mas Carreño mens de confiança dos gover- explicou que não recebeu penos dos presidentes Hugo dido algum formal por parte Chávez e Néstor Kirchner — do governo argentino para reficou mais intrincado ainda na mover Uzcateguy do cargo. Ontem, o governo argentino segunda-feira, quando o Ministro do Interior da Venezue- pediu à Venezuela que tome as la, Pedro Carreño, declarou medidas necessárias em relaque o avião que levou seu com- ção ao escândalo surgido na patriota Guido Antonini Wil- semana passada. "O governo son de Caracas à Buenos Aires adotou com afinco as medidas com a misteriosa maleta fez que estavam a seu alcance com um pouso "temporário" no ae- vistas a esclarecer o ocorrido", afirmou Alberto r o p o r t o d e S a n t a Marcos Andia/AFP Fernández, o chefe Cruz de la Sierra, lodo gabinete de gocalizado na Bolívia. verno de Néstor KirCarreño deu a enchner, à Rádio 10. tender que o dinheiro Fernández disse ilícito poderia não ter estar confiante na saído da Venezuela, possibilidade de tal como suspeitavamembros da petrolíse antes, mas sim, ter fera venezuelana entrado no jatinho PDVSA "nos ajudafretado pela estatal Aizar Raldes/AFP rem a descobrir o energética argentina que aconteceu, adoEnarsa no pouso bretando medidas que ve realizado na cidaprecisem adotar". de boliviana. Sujeira Desta forma, o esO escândalo lecândalo de corrupvantou suspeitas soção que mais causou bre o poderoso Miturbulências desde a nistro do Planejaposse de Kirchner, em 2003, passa a en- Kirchner pressiona m e n t o F e d e r a l e volver também a Bo- Venezuela; Bolívia Obras Públicas da lívia do presidente de Evo envolvida Argentina, Julio De Vido, braço-direito Evo Morales. Dias atrás, os colunistas políticos de Kirchner, que está sendo inargentinos definiram o "escân- dicado pelas principais lidedalo da maleta" como um enre- ranças da oposição como o resdo digno de filme de Hollywo- ponsável pela entrada da maod. Mas agora, com a entrada leta no país. Elisa Carrió, canda Bolívia na complicada tra- didata da Coalizão Cívica, de ma, reavaliaram a categoria e centro-esquerda, pediu a repassaram a classificá-la como núncia de De Vido. No jatinho viajavam, além "novela mexicana", onde sempre entra um insólito persona- dos venezuelanos, dois hogem na história que dá mais mens de confiança de De Vido, o diretor do organismo de fisuma guinada ao relato. Carreño atarefou-se em des- calização de estradas e pedávincular o governo Chávez de gios Claudio Uberti (intermeAntonini Wilson, que entrou diário "informal" entre empreno avião em Caracas a pedido sários venezuelanos e argentidos altos executivos da PdVSA nos), e o presidente da Enarsa, que viajavam a Buenos Aires Exequiel Espinosa. Uberti teve junto com assessores de Kirch- que renunciar na semana pasner. Segundo Carreño, Antoni- sada. Espinosa ficou no cargo, ni Wilson é um cidadão vene- mas, segundo rumores, sua zuelano que não trabalha para posição é "cambaleante". Ontem, a União Cívica Radio governo Chávez. No entanto, na seqüência, o ministro cal, da oposição, pediu na Juscondenou a mídia por "satani- tiça a abertura de um processo zar" Antonini Wilson, já que contra De Vido por lavagem, poderia ser inocente. "Seria al- e n c o b r i m e n t o e s u b o r n o "transnacional" de dinheiro. go triste e lamentável", disse. Hoje, a esposa de Kirchner, a A tensão está crescendo entre Buenos Aires e Caracas. O senadora Cristina Fernández governo Kirchner pediu em de Kirchner, lança sua chapa várias ocasiões que Chávez dê presidencial junto com seu explicações concretas sobre a candidato a vice, o governador presença de Antonini Wilson e de Mendoza, Julio Cobos. O eso pedido de carona feito pela cândalo promete azedar o coPdVSA. Kirchner, segundo in- mício que Cristina realizará formações extra-oficiais, teria com toda pompa no Luna pedido a Chávez a remoção do Park, um mini estádio coberto vice-presidente geral da PdV- no centro portenho. (Agências)

O aniversário de 81 anos do afastado líder cubano coincidiu com o final do Carnaval em Havana; os blocos fizeram homenagens a Fidel Castro Claudia Daut/Reuters

Havana faz festa discreta pelos 81 anos de Fidel

Ausência do líder já soma treze meses

A

F

ogos de artifício iluminaram o céu sobre a Baía de Havana enquanto centenas de pessoas saíram às ruas da capital de Cuba para felicitar o líder Fidel Castro por seu aniversário de 81 anos. Pelo segundo ano consecutivo, Fidel manteve-se afastado das celebrações por causa de uma cirurgia à qual foi submetido em meados do ano passado e o fez ceder o poder ao irmão Raúl Castro. "Hoje (ontem) nós celebramos mais um aniversário do nascimento de nosso comandante-chefe", disse Rosa Maria Suarez, moradora de Havana. A festa marcou o fim do carnaval de Havana. Nenhum evento de vulto foi anunciado pelo governo. Mesmo quando estava bem de saúde, Fidel comemorava discretamente seus aniversários. (AE)

Crianças decoram bolos com mensagens de apoio ao líder Fidel Castro Adalberto Roque/AFP

Moradora de Havana em frente a quadro do presidente afastado

Massoud Hossaini/AFP

LIBERDADE – Duas sul-coreanas mantidas reféns pela milícia

islâmica Talebã foram libertadas e entregues ontem a agentes do Comitê Internacional da Cruz Vermelha. Elas estavam entre os 23 religiosos sul-coreanos seqüestrados pela milícia em 19 de julho

pesar da ausência de convocações em massa, a imprensa local não deixou o aniversário de Fidel passar em branco. As primeiras páginas dos jornais foram dedicadas ao dirigente convalescente, que não aparece em público desde 26 de julho de 2006. Desde que passou o poder ao irmão Raúl, Fidel tem se dedicado a escrever artigos, ou "reflexões", no órgão oficial do Partido Comunista de Cuba, o "Granma". Dentro da publicação, Fidel já atacou seu histórico inimigo, os EUA, falou das mais de 600 tentativas de assassinato orquestradas por Washington e do seu desprezo pelo biodiesel.

Reuters

CORRUPÇÃO A Colômbia afastou outro importante oficial do exército por ligação com narcotraficantes

Ó RBITA

ATENTADO polícia iraquiana A divulgou que quatro civis foram mortos e 10

ficaram feridos após a explosão de uma bomba em uma rua que tinha como alvo soldados americanos. O ataque ocorreu no bairro xiita de Obeidi, em Bagdá. (AE)

DESPEDIDA

TRAGÉDIA O choque entre duas embarcações deixou ao menos 40 feridos ontem na Turquia

arl Rove, um dos principais assessores K políticos do presidente dos

ACIDENTE nquanto o presidente E russo Vladimir Putin pescava na Sibéria com o

príncipe Albert II, de Mônaco, doze vagões de um trem de passageiros descarrilaram após uma explosão, ferindo pelo menos 27 pessoas, três das quais gravemente,

informaram autoridades e a mídia russa. A locomotiva também descarrilou. O comboio transportava 215 passageiros. (AE)

EUA, George W. Bush, e conhecido como "o arquiteto", devido à sua capacidade de organizar campanhas, afirmou que deixará a Casa Branca no final do mês. "Acho que chegou a hora", disse Rove ao Wall Street Journal. Rove, o principal estrategista da campanha presidencial de Bush em 2000, teve função de alto escalão na Casa Branca desde que o presidente assumiu o cargo, em janeiro de 2001. (Reuters)


Lula Marques/Folha Image

QUEM AINDA OUVE RENAN? Nenhum senador, na foto, presta atenção ao discurso do senador Renan. Ele diz que as denúncias que o envolvem são provincianas, "órfãs de seriedade" e "inverídicas". Um abaixoassinado com 60 mil nomes pró-cassação de Renan foi entregue ao Senado. Página 3

Tuma vai escutar as rádios laranjas O corregedor do Senado, senador Romeu Tuma (DEM-SP), marcou reunião com João Lyra, ex-sócio de Renan em rádios e jornal. Página 3 Ano 83 - Nº 22.439

São Paulo, quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Edição concluída às 23h55

w w w. d co m e rc i o. co m . b r

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

É hoje que a CPMF vai a voto Página 4

Maurício Lima/AFP

Crise das hipotecas no mercado imobiliário dos Estados Unidos contamina a economia real do país e medo de uma recessão na maior economia do mundo tumultua mercados globais. Economia 1

DÓLAR

R$ 1,98 BOVESPA

- 2,9% Recall de 850 mil brinquedos perigosos Em Logo Roberto Stuckert Filho/Ag. O Globo

HOJE Muito sol Máxima 26º C. Mínima 12º C.

AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 27º C. Mínima 11º C.

Tragédia na tragédia da Gol

O brigadeiro Kersul chora ante a suspeita de pilhagem. E a viúva Neuza o consola. C 1


DIÁRIO DO COMÉRCIO

DCARR São Paulo, 13 de agosto de 2007

EXC

LUS

IVO

Nº 181

Não perca! Hoje na Plenária da ACSP, o homem-carro, Ray Young

FIAT PUNTO

NOVO

SEGMENTO? PÁGINAS 4 E 5

Luiz Prado/LUZ

Divulgaçção


terça-feira, 14 de agosto de 2007

Saúde Ambiente Polícia Educação

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3 Assaltante e policial ficam feridos durante troca de tiros na marginal.

LADRÕES ROUBARAM EMPRESA NA LAPA

Vinícius Pereira/AOG

Ó RBITA

ANHANGABAÚ uem passou ontem pelo Vale do Anhangabaú, no Q Centro, se deparou com uma

cena que compromete o processo de revitalização da região central: a sujeira. Ontem, uma grande quantidade de lixo, acumulado há vários dias, comprometia o chafariz principal do Anhangabaú. Recentemente, o Vale do Anhangabaú tem sido alvo de discussão, principalmente em relação à possibilidade de reabertura do espaço para a circulação de veículos. Quem defende a volta dos automóveis acredita que a medida será uma maneira de atrair um novo público para o local. (Da Redação)

Almeida Rocha/Folha Imagem

PERSEGUIÇÃO E TIROTEIO NA MARGINAL oliciais militares perseguiram ontem de P manhã um grupo de ladrões

na pista expressa da marginal Tietê, sentido Rodovia Ayrton Senna. Quando estavam perto da ponte Jânio Quadros, os suspeitos perderam o controle do carro, um Gol verde, e bateram contra um muro. Dois bandidos morreram. A pista da marginal foi parcialmente interditada. De acordo com a PM, a perseguição começou com a fuga dos ladrões, que assaltaram a sede da viação Gato Preto, na Lapa, zona oeste da Capital. Ao perceber a presença dos PMs, os

criminosos fugiram. No momento em que deixavam a empresa, onde dominaram funcionários, recolheram dinheiro e armas dos seguranças, os criminosos foram surpreendidos por policiais militares do 4º Batalhão que haviam sido acionados por uma testemunha do roubo. Durante a perseguição, houve troca de tiros. Um PM que usava colete à prova de balas foi atingido por um disparo e teve de ser socorrido. Um suspeito também foi ferido. Os outros bandidos conseguiram fugir a pé. (Agências)

SEM-TETO FAZEM MARCHA EM SÃO PAULO secretário estadual da O objetivo dos manifestantes O Habitação, Lair era chegar ao Palácio dos Bandeirantes para pedir mais Krähenbühl, deve se reunir na quinta-feira com integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). Ontem, os sem-teto fizeram uma marcha de Taboão da Serra e Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, até o Morumbi, na zona sul.

moradias. Porém, a Polícia Militar impediu que os cerca de 400 sem-teto chegassem à sede do governo do Estado. O grupo ficou em uma praça e uma comitiva foi recebida por representantes da Secretaria de Habitação. (Agências)


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DCARRO

São Paulo, segunda-feira, 13 de agosto de 2007

índice FINANCIAMENTO - 3 Ford lança o maior prazo de financiamento do mercado: 84 meses para parcelar a compra.

CAPA - 4 e 5 Fiat Punto chega ao Brasil com motorização flex 1.4 e 1.8 e preços a partir de R$ 37.900.

MERCADO - 6 Nos sete primeiros meses de 2007 o carro zero ficou 2,26% mais caro. Julho foi o mês de maior aumento.

ANTIGOS - 7 São Caetano do Sul irá sediar o I ABC Old Car & Parts que reunirá clássicos, antigos e especiais.

PERFIL - 8 O presidente da General Motors do Brasil, Ray Young, em entrevista exclusiva para o DCarro.

Não quero ser rastreado partir de 1º de agosto de 2009, todos os veículos novos vendidos no Brasil, fabricados aqui ou importados, só poderão ser licenciados com equipamento de bloqueio e rastreamento já instalado, a medida vale para carros, motos, caminhões e ônibus. A determinação é do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), pela Resolução 245, publicada no Diário Oficial da União, no último dia 1º. Claro que a solução encontrada pelo Contran é "cheia de boas intenções" e pretende diminuir o número de furtos, já que, segundo estatísticas apresentadas pelos próprios fabricantes destes equipamentos, com este tipo de sistema é possível recuperar cerca de 90% dos veículos roubados, e facilitar para uma grande parcela da população o acesso a um sistema antifurto. Para o proprietário do veículo, o direito que resta é o de decidir se quer ou não habilitar o sistema junto às empresas responsáveis pelo rastreamento e localização e definir sua abrangência. A pergunta que fica no ar é: as pessoas que preferem não utilizar o sistema, são obrigadas a adquiri-lo? As montadoras, já anunciaram que irão repassar ao consumidor o valor deste rastreador e, mesmo quem não pretenda utilizá-lo, será obrigado a desembolsar um "dinheiri-

A

nho" a mais pelo produto. Vale lembrar ainda que, além de pagar pelo equipamento instalado, quem optar por utilizar o sistema de rastreamento terá que pagar também pela manutenção do serviço, se ele estiver habilitado. Mesmo a informação de que o sistema poderá baratear o valor do seguro não me convence, já que desta forma eu serei "obrigado" também a contratar uma seguradora. Mas, e se eu também não quiser um seguro? Claro que este serviço é muito importante não só em casos de roubo, mas uma nova imposição? Com certeza, o Conselho Nacional de Trânsito tomou a decisão com o desejo de causar um bem a toda população, mas se isto serve como motivo para imposições, por que não decretar a utilização apenas das gasolinas "premium? Ou, por que não obrigamos as montadoras a vender apenas veículos híbridos para poluir menos nossas cidades? Instituir que todos os carros devam ser blindados, por um "pequeno" valor a mais? Estaríamos muito bem protegidos. Ah! Podemos também obrigar os veículos a usar pneus do tipo run flat (que andam 80 km a 80km/h furados), ABS, air bags, sensores diversos. E por que não caixas pretas nos carros? Tudo pelo bem comum. Anderson Cavalcante

aGenDa 14 e 15 de agosto

A ABLA promove a 8ª edição do Fórum e Salão Nacional da Indústria de Aluguel de Automóveis. O evento acontece no Transamérica ExpoCenter (SP).

16 de agosto

Realização do Seminário da Reposição Automotiva Independente, das 9h às 18h no World Trade Center, na Av. das Nações Unidas, 12.559, em São Paulo.

3 de setembro

A SAE promove o Simpósio Tendências na Indústria Automobilística, no Hotel World Trade Center (SP).

Presidente Alencar Burti Diretor de Redação Moisés Rabinovici Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira Editor chicolelis chicolelis@dcomercio.com.br Repórteres Alzira Rodrigues alzira@dcomercio.com.br Anderson Cavalcante acavalcante@dcomercio.com.br

Chefe de reportagem Arthur Rosa Editor de Fotografia Alex Ribeiro Editor de Arte José Coelho Diagramação Lino Fernandes Ilustração Abê / Céllus / Jair Soares Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122 Impressão S/A O Estado de S. Paulo www.dcomercio.com.br/dcarro


São Paulo, segunda-feira, 13 de agosto de 2007

DCARRO

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FINANCIAMENTO

Do tamanho do bolso do consumidor Ford sai na frente com maior prazo para venda de veículos: 84 meses. Quem dá mais? JOEL LEITE/AUTOINFORME

F

ord busca dono de carro usado com financiamento em 84 meses. O mercado automobilístico se rendeu à classe C. Essa fatia da população, representada por aproximadamente 45% dos brasileiros segundo o IBGE, é responsável pelos altos índices de financiamentos e crediários. São consumidores que ganham de dois a três salários mínimos e por isso não têm condições de comprar um carro à vista; nem mesmo com uma entrada muito alta. Valor da parcela - É o tipo do consumidor que não se importa com o valor total, mas sim com o valor da prestação. Se a prestação couber no seu bolso, ele considera um bom negócio, ou um negócio possível, mesmo que o total do financiamento (valor do produto mais os juros) seja alto, acima da média do mercado. Esse segmento de consumidores que cresce e entra no mercado de consumo que a Ford visa com o lançamento do financiamento especial em 84 meses. O plano prevê a venda de todos os modelos da marca com entrada a partir de R$ 1 mil e o restante em 84 parcelas, ou seja, sete anos. O plano de pagamento em 84 vezes, com parcelas fixas, foi possível graças à estabilidade econômica, a confiança do consumidor na economia e a queda constante dos juros Selic. Esse quadro de estabilidade é que tem estimulado as montadoras a investir no sistema de crédito e que garantiu o grande crescimento do mercado interno (25%) de janeiro a julho, com recordes históricos de vendas. Pelo programa da Ford, o consumidor vai levar sete anos para pagar o seu carro e quando ele quitar a última prestação terá pago quase dois carros. Simulação - Veja a tabela com a simulação de dois modelos da marca. No caso do Fiesta, com entrada de R$ 1.000, o comprador vai pagar uma prestação de R$ 614, por mês, considerando juros de 1,68%. O carro, que custa hoje à vista R$ 28.490, vai sair por R$ 52.576. Trata-se de um plano para quem não tem nenhum recurso para dar de entrada: o primeiro carro da família, por exemplo. Mas é uma situação rara, pois normalmente o comprador de um carro zero tem um usado que entra no negócio. Vamos considerar que o sujeito tenha R$ 8.800, para dar de sinal num Ka, que

custa hoje à vista R$ 21.990 (veja tabela). Nesse caso ele pagará uma prestação de R$ 299, bem mais suave do que no caso do Fiesta. O Ka vai sair após sete anos de financiamento, por R$ 33.916. Para o comerciante Marcos Vinocur, dono da Central de Vendas, revenda de carros em Barueri, há muita vantagem neste tipo de financiamento para quem usará o veículo para fins comerciais. "Para uma transportadora ou prestadora de serviço, por exemplo, este tipo de financiamento e as prestações podem ser embutidos no valor do serviço" afirma. A Ford espera atingir com esse plano o dono do carro usado que quer trocar por um novo. O dono de um Fiesta Street 1.0 GL modelo 2000 pode dar o seu carro de entrada (que vale em torno de R$ 13.650) para comprar um Fiesta sedan zero-quilômetro, no valor de R$ 31.490. Em 84 vezes ele vai pagar prestações de R$ 399. Depreciação - Outro fator importante, que é preciso ser observado e analisado pelo consumidor na hora de optar por este tipo de financiamento, é a depreciação do carro. Após sete anos ele terá um carro defasado, provavelmente já fora de linha, com tecnologia antiga e um valor residual difícil de prever. Se em agosto de 2000 o comprador tivesse financiado um Fiesta nessas condições, isto é, em 84 meses, estaria pagando a última prestação hoje. Teria usado o carro por todos esses anos, é verdade, mas o que teria em mãos? O Fiesta 2000, versão GL, motor 1.0 MPFI com potência de 72 cavalos era o modelo velho, com faróis com o desenho voltado para baixo, pára-choques estilo borrachão, pneus 165. Em 2002, a montadora reestruturou o Fiesta, que ficou com a dianteira reformulada, o carro ganhou linhas mais quadradas, mudaram os faróis e a grade dianteira e a tomada de ar ficou maior. Os elementos ovais símbolo da marca foram definitivamente abandonados. Na traseira a lanterna ganhou elementos maiores, que se estenderam para baixo da linha do vidro traseiro. O motor mudou para o Zetec Rocan, com 86 cv. Em agosto de 2006 o 1.0 ganhou motor flex, que passou a ter 95 cv com o uso do álcool. O plano da Ford prevê entrada de R$ 1.000, para toda a linha e a primeira parcela em dezembro. A picape Courier e a Ranger não fazem parte do plano, embora isso não fique claro na campanha de comunicação que a montadora colocou na mídia para divulgar a novidade.


quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Ambiente Educação Vigilância Saúde

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3 Divulgação

Informações serão levadas à central, que acionará os órgãos públicos.

CENTRAL CONTARÁ COM EX-POLICIAIS

Zeladores urbanos farão vigilância nos Jardins

SECA Reservatórios de água do Vale do Paraíba estão com nível baixo por causa da estiagem.

Veículos circularão pelo bairro 24 horas por dia atrás de problemas como segurança e serviços públicos

DONO DO BAHAMAS É PRESO EM SP

Ivan Ventura

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eladores em carros de patrulha, conectados 24 horas por dia e sete dias por semana a uma central de informações, deverão fazer a vigilância, a partir da próxima semana, dos Jardins, bairro nobre da zona sul da Capital. Também chamados de zeladores urbanos, a iniciativa criada pelo movimento de moradores Ame Jardins terá como objetivo apontar, por exemplo, a necessidade de poda de árvore na rua, surgimento de buracos nas vias, falta de água e até indicar pessoas em atitudes suspeitas nas ruas. De posse das informações, o grupo encaminhará aos órgãos públicos. O presidente do Ame Jardins, Fábio Saboya, explicou como será o trabalho. “Todos os zeladores urbanos foram treinados e sabem que não podem exercer o trabalho policial, de fiscal ou de vigilante. A sua função é circular na região e fazer um levantamento dos problemas nos Jardins, como a falta de água, a necessidade da poda de uma árvore e a restauração de via pública, entre outros problemas. Em seguida, ele repassa essas informações para a nossa central de informações, que, por sua vez, entra em contato com o órgão público”, disse Saboya. Até o fim dessa semana, ape-

Operadores na central de informações: vigilância 24 horas por dia

Ives Gandra: cuidado com abusos

Divulgação

Carro da zeladoria vai apontar problemas, como pessoas suspeitas

nas um zelador irá atuar na região, em fase experimental. Mas a partir de segunda-feira serão três zeladores divididos em três turnos. A central de comunicação, instalada na rua Augusta, contará com 18 expoliciais aposentados por invalidez, também divididos em

três turnos e por um período de 6 horas. Em um primeiro momento, Saboya revelou que 60 residências irão utilizar o serviço, que tem um custo de R$ 100 de taxa de adesão à associação de moradores, mensalidade de R$ 250 e mais R$ 30 pelo uso de

Convite A Coordenadora Geral do Conselho da Mulher, da Associação Comercial de São Paulo - ACSP, Norma Burti, convida Vossa Senhoria para a palestra do Professor Doutor em Saúde Pública e Ambiental da USP, João Vicente de Assunção, sobre o tema: “Amazônia e Mudanças Climáticas”, a realizar-se no dia 20 de agosto, às 14h30, no auditório do edifíciosede da ACSP, Rua Boa Vista, 51 - 11º andar.

Compareçam, participem e tragam suas companheiras. Todas serão bem-vindas!

rádio-comunicador Nextel. “Cada morador deverá receber um rádio comunicador e poderá entrar em contato conosco, caso identifique algum problema”, disse Saboya. Ele acredita que em 120 dias 4.500 moradores devem aderir à idéia de um zelador urbano atuando no bairro. Na tarde de anteontem, o primeiro zelador urbano já deu mostras de sua atuação. “Em frente a uma escola do bairro alguns carros estavam parados em fila dupla. O nosso zelador viu a irregularidade e comunicou a nossa central. Tudo foi passado para a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) que foi ao local e resolveu o problema”, disse Saboya. Criminosos - Um dos questionamentos sobre a atuação desses zeladores é a função de apontar “potenciais criminosos” que poderão circular por ruas do bairro. Saboya disse a idéia não é criar milícias armadas. “Eles não tem poder de polícia e nem pretendem exercer tal atividade. São pessoas treinadas em apenas identificar um problema. Por exemplo, uma pessoa fumando maconha nas ruas do bairro é motivo para uma observação atenta desse zelador, que comunica o crime à nossa central. Em seguida, a polícia é avisada”, explicou. Para o jurista Ives Gandra Martins, a iniciativa é válida, mas é preciso tomar precaução sobre a ação desses zeladores urbanos na questão da segurança. “Vigiar é um exercício de cidadania. No entanto, é preciso tomar cuidado com alguns abusos, como acusar alguém de um crime que não cometeu”, disse. “A entidade é uma mostra que somos uma célula viva dentro da sociedade e precisamos agir. A nossa função é ajudar o poder público, no caso a Prefeitura, a resolver os problemas do bairro e melhorar a região em que moramos”, concluiu Saboya.

O

dono da casa noturna Bahamas e do Oscar's Hotel, Oscar Maroni Filho, foi preso ontem de madrugada em um flat. Maroni estava com a prisão decretada pela Justiça desde a semana passada, após denúncia do Ministério Público Estadual feita no início do mês. Para o MPE, o próprio empresário admitiu que o Bahamas é uma casa de prostituição de luxo. A denúncia também questiona

Vivi Zanatta/AE

Evandro Monteiro/Digna Imagem - 22/11/2004

a construção do hotel, um prédio de 11 andares ao lado do Aeroporto de Congonhas. Os advogados de Maroni, que divulgou um vídeo com sua defesa na internet, entraram com pedido de liberdade no Superior Tribunal de Justiça (STJ). (Agências)

POLÍCIA FAZ MEGAOPERAÇÃO

C

erca de 800 policiais civis realizaram ontem na região metropolitana de São Paulo a Operação Nero. De acordo com a secretaria de Segurança Pública, a ação, que teve início às 7 horas, tem o objetivo de prender traficantes de drogas, ladrões de carros e de carga e seqüestradores. Até o fim do dia não havia um balanço da operação. De acordo com o setor de

Márcio Fernandes/AE

Divulgação

Ó RBITA

CAÇA-NÍQUEIS A polícia encontrou ontem cinco mil máquinas de caçaníqueis em Vargem Grande (SP).

inteligência da Polícia Civil, foi apurado o envolvimento de cerca de 40 pessoas em seqüestros. A Divisão AntiSeqüestro (DAS) realizou bloqueios principalmente entre São Paulo e Diadema. Há informações de muitos grupos de criminosos naquela área. (AE)

JOVEM É MORTA A TIROS EM DIADEMA

A

estudante Tamires da Silva Pança Burlani, de 19 anos, foi morta durante um assalto na noite de segunda-feira, em Diadema, na Grande São Paulo. Ela foi baleada no rosto dentro do seu carro, um Corsa, quando, segundo investigações preliminares da polícia, se preparava para soltar o cinto de segurança. A jovem seguia para casa. Segundo investigação da polícia, ela foi abordada por volta de 21h30 por um homem na esquina das avenidas Conceição e Presidente Kennedy, na região central de Diadema. O disparo foi efetuado logo após a aproximação do rapaz. O criminoso levou uma bolsa e fugiu em um Fiat Uno, roubado na seqüência e encontrado em

Americanópolis, zona sul de São Paulo. A polícia conta com o depoimento de uma testemunha para tentar identificar e localizar o suspeito do assassinato. Tamires sonhava em ser veterinária. Após ter cursado um ano da faculdade de Educação Física, ela trancou o curso e pretendia primeiro conseguir um emprego para, em seguida, se dedicar aos estudos. A jovem passou a segunda-feira inteira junto com uma amiga procurando emprego. Com experiência em vendas, ela tentava uma vaga de auxiliar em uma empresa de Diadema. Depois disso, foi à casa de sua amiga e ficou lá durante o final de tarde, antes de voltar para casa. (Agências)


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DCARRO

São Paulo, segunda-feira, 13 de agosto de 2007

MERCADO

Pablo de Sousa

Carro zero tem maior alta do ano Em julho o carro ficou 0,65% mais caro. No acumulado dos sete primeiros meses do ano a alta é de 2,26%. AGÊNCIA AUTOINFORME

preço do carro zero começou o segundo semestre com alta de 0,65%, a maior do ano, conforme apurou pesquisa da Agência AutoInforme que, com base na cotação da Molicar, apura mês a mês a evolução do Preço de Verdade do carro zero, isto é, o preço praticado no mercado e não aquele divulgado nas tabelas oficiais das montadoras. Esta foi a sétima alta consecutiva, fechando o acumulado entre janeiro a julho com uma alta de 2,26%. Ainda assim o carro subiu abaixo da inflação no período. O IPC da FIPE, que mede os preços no varejo, registrou alta de 2,65% até julho. Confirmando a tendência dos meses anteriores, diversas

O

marcas de importados ficaram mais baratas. Na média os carros da Volvo tiveram queda de 4,01%, a maior de todas. Em seguida vieram as Maserati, 3,71%, Porsche -2,68% e Kia 2,48%. Como os importados têm baixa participação nas vendas internas eles influenciam pouco na média final, ponderada pelo número de vendas. Por modelo, a maior alta foi da Frontier 2.8 SE 4x2 cabine dupla. Em junho a picape da Nissan custava R$ 78,9 mil e fechou julho valendo R$ 84,5 mil, alta de 7,1%. Em seguida vieram três versões do EcoSport. A versão 4WD, subiu 6,5%, saltando de R$ 61,5 mil para R$ 65,5 mil. A versão XLT 1.6 flex custava R$ 51,2 mil, mas foi cotada no final de julho por R$ 54,5 mil, o que representou 6,45% de alta. E a XL 1.6 flex teve alta de 5,62%.

MANUTENÇÃO

Segundo a AutoInforme, três versões do EcoSport ficaram entre as maiores altas

MOTOS

IMC apresenta declínio Vendas icou mais barato andar de carro em julho. Foi o que apurou pesquisa da Agência AutoInforme, que mede todos os gastos necessários para andar e manter o carro. O IMC – Índice de Manutenção do Carro – ou "Inflação do Carro" - fechou com queda de 0,12%. Essa foi a terceira queda mensal consecutiva, mas considerando o período de Fonte: AltoInforme janeiro a julho, o IMC acumula alta de 2,46%, próximo da inflação oficial. A baixa nos combustíveis impulsionou a queda no mês. O álcool ficou 7,21% mais barato e a gasolina fechou julho caindo 0,94%. Outros itens também contribuíram para a queda. O kit de embreagem ficou 2,91% mais barato, além do serviço de

F

em queda

Julho, um bom mês

Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares anunciou o que o setor teve queda na produção do mês com 110.566 motocicletas, uma perda de 21,7% se comparado ao mês de junho, mas um aumento de 22,4% comparando a julho de 2006. As vendas também apresentaram queda de 18,7% fechando o mês com 98.042 unidades comercializadas. Comparando os mesmos meses de julho de 2007, com 98.042 unidades emplacadas, e julho de 2006 com 80.123, o setor cresceu 20,1%. As exportações foram a salvação do setor. As montadoras exportaram 17.563 unidades ante as 12.374 do mês anterior, significando 42,2% a mais de motos nacionais no exterior.

ulho foi um período bom para as vendas de carros usados em São Paulo. No total do mês foram 136.871 negócios realizados, 7,08% maior que junho. Os veículos 1.0 representaram 65,9% destas vendas. Já as trocas subiram três pontos porcentuais: 55% em julho ante os 52% em junho. Veículos com mais de 10 anos tiveram alta de 1,05%. Apesar do crescimento nas vendas, os financiamentos caíram 4%, comparados com junho que foi de 75%. Já o prazo para pagamento do financiamento aumentou. Foram concedidos 45 meses para pagamento, em média cinco meses a mais do que em junho. No acumulado de janeiro a julho foram 841.141 negócios gerados, 46,32% mais o mesmo período de 2006, quando se acumulou 574.881 negócios.

A limpeza do bico injetor, mais barato 3,96%, entre outros. Por outro lado houve alta de alguns itens, como do alinhamento de direção que subiu 8,18% e da lona de freio com alta de 4,62%. Esses itens têm pouca participação na cesta geral de produtos e serviços e por isso não influenciam muito na média final.

USADOS

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DCARRO

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LAZER

Encontro de antigos no ABC

DCARRO POR AÍ

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RESPONSABILIDADE AMBIENTAL

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Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP) foi selecionada para o Prêmio AutoData - Os Melhores do Setor Automotivo de 2007 na categoria Responsabilidade Ambiental pela criação, em março deste ano, da Reciclanip (formada pelos fabricantes de pneus novos Bridgestone Firestone, Goodyear, Michelin e Pirelli), entidade que atua na coleta e destinação de pneus inservíveis em todas as regiões do País e contabiliza 700 mil toneladas de pneus retiradas da natureza, o equivalente a 139 milhões de pneus de automóvel.

AXOR E ATEGO NA ARGENTINA

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Uma copa "multimarcas" Raly da Troller abre categoria para outros veículos 4x4

Divulgação

ticipar da etapa para validar a participação do seu convidado. "Com essa abertura vamos dar oportunidade de novas pessoas ingressarem na Comunidade Troller, nesse ambiente agradável e que possui uma magia peculiar, que envolve acima de tudo a amizade e companheirismo", declara a diretora da área de eventos e competições da Troller, Jaqueline Araripe.

NOVO CD RECEIVER JVC JVC lança no mercado nacional o CD receiver KD-G889UR, completando sua linha automotiva 2007/08, composta por mais onze produtos. Entre os destaques estão a entrada USB Frontal compatível com HDs externos, o display 3d multicolorido e personalizável, entrada auxiliar traseira e painel flip down. O aparelho reproduz diversos tipos de mídia e formatos como CD-R/RW, MP3, WMA e AAC (formato iPod/iTunes) e pode ser conectado a adaptadores para Bluetooth e iPod, vendidos separadamente. O preço sugerido pela JVC é de R$ 649.

próximos anos esse clube será um dos destaques do evento, pois são pessoas que conhecem a verdadeira história das inúmeras linhas de montagem, além de ‘causos’ interessantes", explica um dos idealizadores do encontro, André Gomide. A visitação será gratuita, havendo incentivos para a doação de um quilo de alimento não perecível, que será encaminhado entidade assistencial. O evento, entre 9h e 22h será no Espaço Verde Chico Mendes, avenida Fernando Simonsen, 566, Bairro Cerâmica. Mais informações: www.abcoldcar.com.br.

A

pação de Paulo Pacini e Isabella Verdolin, o livro conta a história do transporte desde a sua origem, no Brasil e no mundo, assim como resgata a trajetória da NTU em suas duas décadas de atividades. Entre fotografias, ilustrações e documentos históricos, são 312 páginas de informações e relatos curiosos sobre o transporte, incluindo os problemas enfrentados no Brasil e as perspectivas do setor para os próximos anos.

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TROLLER

Copa Troller "abriu os braços" para veículos de outras marcas. A partir das próximas etapas que serão disputadas em Curitiba, Paraná, dia 1 de setembro (Campeonato Sudeste) e em Salvador, Bahia, em 29 de setembro (Campeonato Nordeste) a Copa contará com a categoria "Amigos", aberta a todos 4x4. Para participar, os interessados devem receber o convite de um amigo inscrito em uma das três categorias da Copa Troller: Graduados, Turismo ou Expedition. O participante que fizer o convite terá de par-

pós mais de três anos de pesquisas, o livro "Conduzindo o Progresso - A História do Transporte e os 20 Anos da NTU" será lançado este mês durante o Seminário NTU 20 anos, da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, que acontece no Transamérica Expo Center, em São Paulo, entre os dias 28 e 30. Coordenado pelo vice-presidente da entidade, Eurico Galhardi, com partici-

Mercedes-Benz inicia a exportação das primeiras unidades dos caminhões Axor e Atego para a Argentina. “A marca prevê que 15% do volume de caminhões a ser exportado pela Mercedes-Benz neste ano ao mercado argentino será destas linhas”, conta o vice-presidente de Vendas da DaimlerChrysler do Brasil, Philipp Schiemer. Os modelos enviados são, médio Atego 1418, o semipesado 1725, o fora de estrada 1725 e os pesados Axor 1933, 2035, 2640 e 2831. Para atender o mercado argentino, os modelos produzidos no Brasil não passam por alterações, sendo acrescentados apenas o extintor de seis quilos, pára-choque traseiro rebaixado e um segundo triângulo de sinalização, atendendo às exigências argentinas para o transporte de carga. A Mercedes-Benz registrou no primeiro semestre do ano uma

Divulgação

m comemoração aos 50 anos de indústria automotiva no Brasil o Grande ABC irá sediar o I ABC Old Car & Parts que reunirá veículos clássicos, antigos e especiais entre os dias 24, 25 e 26 de agosto no Espaço Verde Chico Mendes, em São Caetano do Sul, onde são esperadas mais de 30 mil pessoas. Os organizadores pretendem criar o Clube dos 50, um grupo de pessoas que tenham suas vidas profissionais envolvidas com o setor há mais de meio século, no ABC. "Tenho certeza de que nos

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São Caetano do Sul irá reunir "raridades" no final do mês

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CONDUZINDO O PROGRESSO

participação de 31% na Argentina, com 2.770 caminhões exportados, liderando as vendas para esse mercado. Das exportações de caminhões realizadas hoje pela Mercedes-Benz para a América Latina, a Argentina representa 50% sendo o principal mercado da marca na região. Hoje, ela é a maior exportadora de veículos comerciais do Brasil, com cerca de 300 mil unidades, entre caminhões e ônibus, vendidas em 50 anos de operação no País.


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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LENTE DE

AUMENTO

A VISÃO DE BEN BERNANKE

G Na turbulência,

a opinião que conta mesmo é a de Ben Bernanke. Intervir ou não intervir?

to o nervosismo e as incertezas que rondam os mercados financeiros globais, duas questões merecem análise: 1) como costuma reagir o Fed diante de turbulências financeiras (fortes oscilações nos preços dos ativos) e 2) Como deveria reagir o Fed diante de tais circunstâncias? Notamos que os períodos mais prolongados de reduções dos juros básicos norteamericanos coincidem com aqueles nos quais a elevação da taxa de desemprego é incontestável, refletindo a atuação clássica da Autoridade Monetária em minimizar a sua função de perda, ou seja, alcançar a estabilidade monetária ao mesmo tempo em que busca estabilizar a taxa de desemprego (ou o produto) ao redor do seu valor estacionário. Isto nos mostra que, sim, embora não sendo usual, o Fed já reagiu perante fortes oscilações (no caso queda) dos preços dos ativos. Ao todo, desde outubro de

1987 o Fed reduziu a taxa de juros em 45 ocasiões e, em 40 delas, ou o desemprego estava em elevação ou o mercado acionário estava extremamente volátil (ou ambos, como em 2001). Mas ainda há outra pergunta: deveria (do ponto de vista teórico) o Fed ter tal comportamento, ou seja, guiar-se também pela variação dos preços dos ativos (ações, imóveis, etc.) ao definir suas intervenções de política monetária? Neste ponto há controvérsias. Alguns teóricos defendem que ao incorporar estas variações no processo de decisão, os resultados seriam superiores (em termos de política monetária ótima). Segundo estes, desta maneira, o Fed conseguiria evitar que eventuais bolhas especulativas distorcessem a alocação dos recursos na economia. Contudo, a opinião que conta mesmo é a de Ben Bernanke e, quanto a isto, o chairman do Fed já disse que “A abordagem do inflation t a rg e t i n g atesta que bancos centrais devem ajustar a política monetária ativamente e preventivamente para neutralizar pressões inflacionárias ou deflacionárias nascentes. Mais importante, e para os propósitos atuais, isto também implica que a política não deveria responder às oscilações nos preços dos ativos, exceto quando estas sinalizarem alterações nas expectativas inflacionárias” . Este é o ponto. Embora Bernanke não seja lá muito simpático às intervenções de política monetária em função de oscilações nos preços dos ativos, não deverá se furtar em fazê-las caso esta crise do subprime desencadeie um processo que resulte em fortes revisões, para baixo, das expectativas inflacionárias dos agentes econômicos. Mas, hoje, tomando-se por base as negociações com os títulos públicos indexados, estas se encontram em patamares perfeitamente adequados à visão de não-intervenção de Bernanke. TRECHOS DO COMENTÁRIO ECONÔMICO DA

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O s BCs devem se antecipar à inflação, sempre

Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)

Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefe de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luizo@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro (aribeiro@dcomercio.com.br) Editores: Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Adriana David, Davi Franzon, Dora Carvalho, Eliana Haberli, Fátima Lourenço, Felipe Datt, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Flávia Gianini, Ivan Ventura, Jane Soares, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mário Tonocchi, Maristela Orlowski, Neide Martingo, Patrícia Büll,Paula Cunha,Rejane Aguiar,RenatoCarbonariIbelli,Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Sonaira San Pedro , Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vanessa Rosal, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80

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CASA Céllus

U

ma das conseqüências provocadas pela atual turbulência dos principais mercados financeiros mundiais é a mudança de percepção dos agentes econômicos quanto a eventuais cortes na taxa básica de juros que o Fed poderia implementar visando, com esta flexibilização da política monetária, impedir a disseminação da crise dos subprimes sobre a economia norte-americana. As probabilidades, atribuídas pelo mercado, de cortes nos Fed Funds de 25 ou 50 pontos-base até a reunião de 31 de janeiro de 2008, que eram muito pequenas no início do mês passado, aumentaram significativamente nestas últimas semanas. Observando tanto a evolução destas probabilidades quan-

Sustentabilidade, aqui e ali PAULO SAAB

S

us.ten.ta.ção s. f. 1. Ato ou efeito de sustentar (-se). 2. Alimentação, sustento. 3. Conservação, manutenção. (Dicionário Michaelis-UOL) Sustentar v.i. 1-Segurar por baixo, impedir que caia.2- Afirmar categoricamente. 3- Conservar, manter. 4- Suster. 5-Alimentar física ou moralmente. Prover de víveres ou munições. (...) 8-Impedir a ruína ou a queda de. 9-Animar, alentar. 10-Sofrer com resignação, com firmeza. 11-Defender com argumentos ou razões. 12- Pelejar a favor de. 13Opor-se a. 14-Conservar a mesma posição. suster-se; sustentável; sustento. (Mini Dicionário Aurélio) Sustentabilidade, o que é isso mesmo? Além de ser enorme para títulos e manchetes, a palavra-chave para entender as coisas que gravitam em torno do tema aquecimento global tem outro inconveniente: as muitas definições. Dica para você não passar vergonha: a sustentabilidade de cada um de nós passa pela mudança de atitude, inclusive, no cotidiano da vida. Isso pode estar no ato de não jogar papel no chão (que vai entupir os bueiros e causar alagamentos), no de se alimentar com produtos orgânicos (que não usam agrotóxicos e que, portanto, não poluem rios e a água que você vai beber), etc. Fazer conexões a partir daí é o pulo do gato. (Ricardo Carvalho e equipe, Mercado Ético). Algumas palavras se incorporam ao cotidiano e quase sempre estão vinculadas ao meio em que circulam. Especialmente no meio empresarial, rico em criar neologismos, anglicismos e frases de efeito, que na maior parte das vezes significam o mesmo que o termo ou frase anteriormente empregados. Em casos raros não parecem ser apenas modismo ou invenção acadêmica ou recurso jornalístico. Hoje, falar em sustentabilidade, em todos os sentidos e conotações que a palavra permeia, é acima de tudo entender que a atitude do ser humano precisa mudar em relação a si mesmo, ao

próximo e ao seu planeta. Caso contrário, bem antes do que poderíamos imaginar, as condições de relacionamento e convívio entre as pessoas, e destas para com seu meio ambiente, se tornarão degradadas a ponto de inviabilizar qualquer qualidade de vida. Estou convencido disto e, indo além, penso que de tal forma é preciso incorporar esse conceito e sua prática na vida do País que os governantes, dirigentes públicos dos três poderes e os políticos deveriam correr atrás de conhecimento sobre o tema e passar a aplicá-lo imediatamente, antes que eles próprios percam a sustentabilidade (no sentido de manutenção dos cargos, empregos ou boquinhas). Há não muito tempo, quem (sábios visionários) defendia o meio ambiente, a natureza, era chamado pelos renitentes de "ecochato". A degradação do meio ambiente e do comportamento das autoridades está tão sem freios que todos, indistintamente, corremos o risco de sucumbirmos sem entender o porquê.

N

as definições acima, uma delas, olhando pelo viés político, chama a atenção: Conservar a mesma posição, suster-se. Pode parecer reacionário se aplicado à política, porque sua leitura é conservadora e, curiosamente, engloba quem está no poder . Pode-se dizer, então, que o petismolulismo-adesista é conservador. E no sentido que eles desejam eternizar-se, como o raquítico Chávez no poder, precisamos saber muito bem distinguir. Vamos todos lutar pela sustentabilidade do meio ambiente, da vida ética moralizada, decente. E vamos ser contra os que querem se sustentar no poder sem saber honrá-l o - como é o caso brasileiro no presente -, fazendo outro uso dele que não seja o de beneficiar a cumpanherada.

V amos lutar pela sustentabilidade do meio ambiente e da vida ética

Responsabilidade social de ponta a ponta MAURO AMBRÓSIO

A

pesar de ser um tema muito explorado pela mídia em geral, responsabilidade social corporativa ainda é muito confundida com filantropia, que é apenas um dos elos – ou stakeholders - que compõem uma grande corrente. Podemos aqui enumerar diversas ações tomadas por empresas em benefício próprio ou da comunidade ao seu entorno, mas que não transformam essas empresas em corporações socialmente responsáveis. Isso porque cada ação representa apenas um dos elos da responsabilidade social. Responsabilidade Social Corporativa (RSC) define-se pelo estabelecimento de atividade empresarial associada ao desenvolvimento da sociedade de maneira sustentável, respeitando e valorizando seus recursos humanos e naturais. A sua meta central está relacionada à melhoria da qualidade de vida, ao bem estar dos cidadãos e a diminuição da desigualdade social. Acaba transmitindo voluntária ou involuntariamente a necessidade de se posicionar de maneira ética e transparente para o bem da sociedade. Não há obrigatoriedade legal de qualquer setor para a implementação das práticas de RSC. Porém, naturalmente, há sim uma cobrança da sociedade — composta por consumidores de produtos e serviços de empresas e setores econômicos. O caso da indústria de cosméticos é expressivo do que representa desenvolver atividades e ações de Responsabilidade Social.

Recentemente concluímos o 2º Estudo BDO Trevisan de Responsabilidade Social Corporativa 2007, que foi realizado entre dezembro de 2006 e março de 2007 com dados coletados entre 113 empresas de vários setores. A pesquisa mostra que a maioria das empresas reserva verbas para ações socioambientais; 73% dos entrevistados confirmam a necessidade de um planejamento orçamentário para o desenvolvimento de projetos de RSC.

O

objetivo da pesquisa é mostrar ao público em geral um retrato de como as corporações e seus gestores lidam com os conceitos de responsabilidade socioambiental. As organizações e seus líderes já perceberam que, num futuro bem próximo, não haverá lugar para empresas e negócios isolados dos conceitos de sustentabilidade, de preocupação com os grupos de interesse e dos conceitos de pilares básicos de sustentação da governança. A preservação ao meio ambiente é outro elo importante para a cadeia da empresa socialmente responsável. Um investidor internacional não vai depositar dinheiro numa usina que explora a mão-de-obra do menor ou que provoque queimadas. Enfim, os elos da responsabilidade socioambiental têm de estar ligados de ponta a ponta para proporcionar o bem-estar dos stakeholders e garantir a real sustentabilidade corporativa. MAURO AMBRÓSIO É SÓCIO-DIRETOR DA BDO TREVISAN

N ão haverá lugar para empresas sem preocupação com o ambiente social

ASSOMBRADA

O

DC intitulou da maneira correta, em sua manchete de sexta-feira: Casa Assombrada. É o que ocorre ao comentarista e noticiarista sobre a grave crise desencadeada pelos fundos imobiliários cotados pelas Bolsas de Valores americanas. Isso prova que nós ainda não podemos nos considerar independentes, tendo os EUA a ditar rumos financeiros do mundo e da moeda forte em que devem ser cotados os títulos em bolsa, como gostam de fazer os investidores colossais que há pelo mundo todo. O jornal O Globo publicou uma entrevista que merece ser transcrita em parte nas colunas deste jornal. Vamos transcrever na íntegra o trecho que nos interessa. O repórter pergunta ao economista Nuno Câmara o porquê do congelamento de fundos do banco BNP Paribas afetar o mundo. Responde o economista: "Antes, os problemas com o crédito de alto risco estavam confinados nos EUA. Com o anúncio do BNP Paribas, a volatilidade, que já é a maior dos últimos quatro anos, aumentou e houve medo entre os investidores. Mas vejo essa medida como uma preocupação do banco para evitar desequilíbrio financeiro, já que a instituição tem diferentes papéis em sua carteira. A ação dos bancos centrais dos EUA e da Europa foi positiva para o mercado por trazer justamente mais liquidez em um momento de aversão a risco. Mas continuo acreditando que a crise no crédito subprime não vai alastrar pelo resto da economia. É só um medo." O repórter faz uma outra pergunta, muito pertinente: os problemas nos EUA podem afetar o mercado imobiliário no Brasil? Resposta: "Não. O mercado imobiliário quase não existe no Brasil. Mas alguns países emergentes, onde o setor está com muita exposição, poderão ser afetados."

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omo vimos, o Brasil vai escapar dessa crise e continuar a chamar interessados nos lançamentos de imóveis novos em vários bairros da capital. Não diremos que ficaremos desinteressados, mas, o contrário: fiquemos muito interessados no que se passa no continente americano, europeu e asiático. Não esperávamos essa crise. Por enquanto temos que conviver com ela, mas a opinião do economista Nuno Câmara é para ser levada a sério, antes que seja tarde. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR

G O Brasil vai

escapar dessa crise e continuar a chamar os interessados em lançamentos imobiliários


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Política

O crescimento da direita não tem base, pois carece de ideologia. Qual a razão? A falta de consciência política. Francisco José de Toledo Dudu Cavalcanti

INDIGNADOS. E TAMBÉM SEM CAUSA.

( 81% dos estudantes são indiferentes aos partidos políticos e como atuam ( O livro mais citado (12%) como leitura de influência foi a Bíblia Sergio Kapustan

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valiação negativa de 76% e pouco interesse pelos rumos da política nacional: 81% dos universitários entrevistados pela Toledo & Associados na Região Metropolitana de São Paulo não gostam ou se mostram indiferentes aos partidos e seus representantes. O retrato negativo dos políticos brasileiros revela-se nos números da pesquisa realizada pelo instituto a pedido do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE). O objetivo foi traçar um perfil sócio-econômico, cultural e ideológico desse estudante universitário. A Toledo & Associados entrevistou 1.104 estudantes, entre os dias 6 e 22 de março. A margem de erro é de três pontos porcentuais. O Diário do Comércio teve acesso aos dados, que podem ser conferidos nesta página e na seguinte. Para se ter uma idéia do distanciamento deles em relação à política, de uma lista de dez problemas nacionais, em ordem de importância, a reforma política, considerada "a reforma das reformas", aparece como a nona do ranking. O porcentual de reprovação da classe política soma corrupção, legislar em causa própria, falta de confiança e projetos de pouco interesse público, entre os itens citados pelos estudantes. Na avaliação de especialistas, a reforma política ajudaria o País a diminuir a corrupção no governo e Congresso, que é o

principal problema nacional, segundo a pesquisa. No entanto, o levantamento revela que o universitário tem pouco embasamento para discutir o assunto. Influência – Conforme a pesquisa, na pergunta sobre os livros que mais influenciaram a maneira de pensar do entrevistado, a obra mais citada foi a Bíblia (12%). O Manifesto Comunista, que influenciou gerações de políticos e intelectuais, foi citado por apenas 4% e 30% não citaram nenhum livro. Além disso, apenas 66% declararam ter o hábito de ler. "O jovem universitário está indignado, e, ao mesmo tempo, alheio ao que acontece na política . Ou seja, é um sujeito despolitizado", lamenta o diretor do instituto, Francisco José de Toledo, ao apresentar a pesquisa. Segundo Toledo, a despolitização tem uma explicação: os estudantes ignoram o ensino de ciências sociais (filosofia, história e sociologia), e com isso ficou difícil identificar quem é esquerda e quem é direita depois da queda do Muro Berlim (1989) e a crise do PT no governo Lula. O PT era dono de um eleitorado cativo no meio universitário. Em 1988, o Conselho dos Jovens Empresários da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) patrocinou uma pesquisa semelhante. Na época, 7% se declararam de direita, 15 % de centro e 34% de esquerda. Maioria é de centro – A nova pesquisa mostrou números bem diferentes: 29% dos entrevistados se declararam de direita, 39% de centro e 32% de direita.

( O tucano Geraldo Alckmin venceria Lula tanto no 1º quanto no 2º turno ( Meio estudantil não se configura mais como centro de formação político Para Toledo, as mudanças não significam, contudo, o fortalecimento da direta nem do centro. "O crescimento da direita não tem base, pois carece de uma ideologia. Qual a razão? A falta de consciência política", reforça o diretor da Toledo & Associados. O professor Aldo Fornazieri, da Fundação Escola de Sociologia Política de São Paulo, acrescenta que a ausência de estudantes na política dificulta a renovação de quadros nos partidos. Berço político – O professor lembra que o movimento estudantil foi berço de lideranças. A União Nacional dos Estudantes (UNE) formou líderes expressivos, como o deputado cassado José Dirceu (PT) e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB). Atualmente, avalia ele, há dois jovens políticos que se destacam, ambos do DEM : os deputados federais Antônio Carlos Magalhães Neto e Rodrigo Maia, presidente nacional do partido, filho do prefeito do Rio, Cesar Maia. O número deveria ser maior. "O movimento estudantil revelou-se historicamente como uma escola de formação de políticos. Foi lá que muitos deles embasaram suas idéias que foram levadas ao parlamento", completa Fornazieri. "Hoje conta-se nos dedos as lideranças no Brasil. São quatro ou cinco no máximo", diz o professor. A pesquisa também avaliou a expectativa do universitário em relação ao futuro do País. Conforme o levantamento, apenas 1% acha que o País vai crescer no curto prazo e 71% apostam no longo prazo. O grupo dos pessimistas e de médio prazo soma 28%.

Polarização - Em relação aos partidos, o resultado da pesquisa comprova a polarização PT versus PSDB, com suas características já conhecidas. Os petistas têm a maioria do eleitorado pobre e os tucanos a classe média e os mais ricos. O PT, por exemplo, é rejeitado por 40% da classe A e tem aprovação de 37% entre os negros e 24% nas classes C e D. Os tucanos têm aprovação de 28% na classe A e são rejeitados por negros (22%) e nas classes C e D (20%). Outro dado negativo e revelador da pesquisa refere-se ao PMDB. Maior partido do País, com governadores, deputados federais e senadores, que lhe garante o papel de fiador da governabilidade, os peemedebistas têm somente 4% da preferência dos pesquisados, ficando atrás do PV e um ponto a frente do PSol. Liderança tucana – Quanto à preferência dos estudantes universitários para a presidência da República, hoje, o candidato do PSDB , Geraldo Alckmin, venceria o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) . No 1º turno, Alckmin ficou com 41%, Lula com 29%, Heloísa Helena, do PSol, com 8%, e Cristovam Buarque, do PDT, com 3%. No 2º turno, a vitória do tucano foi de 45% contra 35% para o presidente. No entendimento de Francisco José de Toledo, o resultado da pesquisa mostra claramente que faltou ao tucano exatamente montar uma estratégia eficaz para atrair o voto do eleitor jovem. Leia mais sobre a pesquisa na página seguinte

Paulo Pampolim/Hype

Virgínia: política pela internet

'Partido só existe na eleição'

P

ara a estudante de Jornalismo Virgínia Meira Delfino, 21 anos, a falta de politização dos universitários paulistas é uma realidade. Ela cita três causas: a falta de um ensino de ciências sociais de qualidade, o desinteresse dos alunos e o enfraquecimento dos partidos nas universidades. "A gente aprendeu aqui que partido só existe em época da eleição", declara. Virgínia estuda à noite na Unicsul e trabalha durante o dia na área de marketing de uma empresa. Virgínia não é de esquerda nem de direita – conceitos políticos que não lhe parecem muitos claros. Acompanha a política via Internet. Ela diz que até o governo Lula foi de esquerda e simpatizante do PT. Desencantada, votou em Geraldo Alckmin (PSDB). "Troquei de candidato, mas não sou tucana. Estou no centro", explica.


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Indicadores Econômicos

10/8/2007

COMÉRCIO

7

1,48

por cento foi a queda do índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, na última sexta-feira.


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Planalto Congresso Pesquisa CPI

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UNIVERSITÁRIOS SÃO MAIS CONSERVADORES

porcento dos estudantes do ensino superior investem seus recursos na caderneta de poupança.

Universitário é conservador com o dinheiro Estudantes de curso superior ainda optam pela caderneta de poupança quando decidem investir seus recursos. Mercado de risco ainda é evitado pela maioria dos alunos durante os anos de graduação. Renda também apresenta grande disparidade entre as diferentes áreas de formação. Davi Franzon

O

universitário brasileiro ainda é conservador em relação aos seus investimentos. Mesmo com acesso aos principais canais de informação, jornais, televisão e internet, 69% ainda destinam seus recursos à caderneta de poupança. A informação faz parte de uma pesquisa elaborada pelo Instituto Toledo & Associados, que entrevistou 1.104 mil estudantes de ensino superior da Região Metropolitana de São Paulo. A Bolsa de Valores, avaliada como uma opção de risco, é o destino de apenas 8% desse público, o que comprova o lado mais conservador e avesso às altas e baixas do mercado de renda variável. Os fundos de investimentos são o caminho de 7% dos estudantes. O investimento no mercado de previdência privada fica com 6% dessa fatia, os fundos de renda fixa com 6% e a compra de produtos atrelados ao CDI (Certificados de Depósitos Interbancários) registra 3% da preferência desses consumidores. Para o consultor de finanças pessoais Carlos Sampaio, os números da pesquisa indicam um alto grau de conservadorismo dos universitários, muito sob influência dos pais, que, na maioria dos casos, destinaram seus investimentos à poupança. Além disso, ele explica que grande parte desses estudantes cresceu no período final da inflação alta, em que mercado de ações e outros investimentos de risco eram palavras proibidas para a classe média, faixa da população que se encontra em maior número nas universidades paulistas. O levantamento da Toledo também indica que durante os anos na universidade 10% dos estudantes realizam suas primeiras aplicações financeiras. Durante o decorrer do curso, esse número sobe, já que o acúmulo de informações e o aces-

com o setor Bancos entram contato financeiro durante os anos de graduação. Quando chega ao no dia-a-dia final do curso, esse índice pesquisa da Toledo & Associados também apresentou um elevado índice de bancarização dos universitários de São Paulo. Dos 1.104 entrevistados, 79% possuem conta em banco, contra 21% que ainda não abriram a primeira. O Bradesco é o banco que mais recebe estudantes durante os anos de graduação, segundo a pesquisa (32%). O Itaú fica com uma fatia de 26%; o Banco do Brasil, 18%; o Banco ABN-Amro Real, 15%; o Santander, 8%; a Nossa Caixa, 6%; o Unibanco, 6%; a Caixa Econômica Federal, 5%; e o HSBC, 3%. Mas o resultado é diferente quando eles respondem qual a instituição financeira preferida (veja o quadro à esquerda). A pesquisa também revela que 22% têm seu primeiro

chega a 89%. "O acesso à informação também influencia muito nesse campo. Quanto mais ele conhece o mercado financeiro, melhor é sua relação com os bancos", avalia Carlos Sampaio. Trabalho – O levantamento apresentou um porcentual de 51% dos universitários que trabalham pelo regime de CLT; 28% estão com contratos de estágio remunerado assinados; 9% são temporários com carteira assinada; 6% são autônomos; 3% estagiários sem remuneração; 2% são funcionários públicos; 1% empresários e 1% trabalham como free-lancers. Futuro Econômico – Dos estudantes entrevistados, 50% esperam ficar ricos com o passar dos anos. O dinheiro guardado irá para a realização dos sonhos. (DF)

so ao mercado financeiro tornam os produtos mais acessíveis. Entre o primeiro e o segundo ano, esse porcentual sobe para 12%; já entre o segundo e o terceiro ele chega aos 21% e do quarto ao sexto ano o índice fica em 22%. "Uma alta de 12% durante os anos de estudo deixa claro que o acúmulo de informação influencia esse novo investidor. Mesmo relutante, devido a sua formação, ele começa a olhar o futuro financeiro. As aplicações são fundamentais a partir desse período", avalia Sampaio. Renda – A pesquisa apresentou um universitário com uma renda média de R$ 967,94. Os estudantes da área de exatas ficam à frente dos demais, com um rendimento médio de R$ 1,165. Os que optaram pelas matérias de humanas recebem, em média, R$ 1,106. A menor remuneração fica com

os alunos de biológicas, uma média de R$ 568,34. O levantamento também comparou os rendimentos entre os que optaram pelo curso no horário noturno e aqueles que escolheram o diurno. Os primeiros apresentaram uma renda média de R$ 1,169,56, contra R$ 753,30 daqueles que optaram por estudarem de manhã. Outra diferença apresentada, ainda em relação aos ganhos, é encontrada entre os universitários da rede pública, cujo ganho fica na casa dos R$ 502,16, e os da rede privada, com uma média salarial de R$ 1.032,83 por mês. Classes – Em relação à classe social, o estudo da Toledo & Associados apresenta 7% de universitários da RM de São Paulo A1; 22% na A2; 23% B1; 26% B2; 19% na C e 2% D. Uma grande disparidade.

A


Nacional Empresas Comércio Exterior Tr i b u t o s

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MÓVEIS BRASILEIROS NO MUNDO Divulgação

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As exportações do segmento cresceram 4,29% nos primeiros seis meses deste ano

SETOR CONQUISTOU NOVOS MERCADOS EXTERNOS E EXPORTOU US$ 458,48 MILHÕES NO PRIMEIRO SEMESTRE

INDÚSTRIA MOVELEIRA DRIBLA CRISE Thiago Bernardes/Luz

Fotos: Divulgação

Patrícia Büll

A

despeito do dólar desvalorizado, da alta generalizada no preço de insumos e matéria-prima, os fabricantes brasileiros de móveis continuam ganhando mercado. No primeiro semestre deste ano, as exportações do setor cresceram 4,29% sobre o mesmo período do ano passado, totalizando US$ 458,486 milhões. Para José Luiz Fernandez, presidente da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel), além de contratos antigos, a inserção de novas empresas do setor moveleiro no mercado externo colaborou para o resultado positivo no primeiro semestre. "Essas empresas conseguiram melhores preços, pois tiveram espaço para atualizar as tabelas", diz Fernandez. Conscientes de que o governo não adotará medidas que mexam com o câmbio, os empresários têm apostado na qualificação da mão-de-obra e do design, adotado medidas para melhorar a produtividade e até diminuído a margem de lucro para manter os clientes externos conquistados. "Fora isso, o mercado interno está bastante aquecido, o que dá fôlego novo aos empresários do setor", afirma o presidente da Abimóvel. Móveis econômicos – Estados Unidos e França são os dois principais compradores de mobiliário brasileiro. Segundo Fernandez, a preferência dos importadores desses países é por modelos econômicos. Embora o mercado norte-americano seja o principal alvo, os empresários também estão de olho no Oriente Médio e em países das Américas do Sul e Central, onde a demanda está aquecida. É para essas localidades, junto com África, que a Manbel Móveis destina 70% de suas exportações, que alcançam 40% do total da produção de racks, estantes e dormitórios. A empresa, de Lagoa Vermelha (RS), atende ao mercado externo há nove anos. Depois de crescer 23% nas exportações em 2006, por conta da desvalorização do dólar no primeiro semestre deste ano, a Manbel teve uma queda de 30% no volume exportado. "A partir de julho, entretanto, essa situação começou a mudar e já estamos recuperando o nível de vendas. Como não con-

Móveis brasileiros abrem novos mercados graças ao design e à garantia de origem das madeiras

Fenavem: rodada de negócios envolveu 18 países durante a feira. Thiago Bernardes/Luz

Madeira verde: venda certificada

A Silva: redução de custos e investimentos para ganhar produtividade.

seguimos repassar preços aos compradores antigos, nossa estratégia foi buscar novos mercados", afirma Itamar J. da Silva, gerente de vendas da Manbel. Segundo Silva, para se manter competitiva, foi preciso "olhar para o próprio umbigo". Isso significa reduzir custos e investimentos em tecnologia para ganhar produtividade. A economia vem também da matériaprima utilizada – chapas de MDF (média densidade fibrosa) – importada da Argentina e Chile em sistema de drawback, que é a suspensão ou eliminação de tributos incidentes sobre insumos importados para utilização em produto exportado. Ajuda – Silva também está otimista com o resultado da Rodada de Negócios realizada pela Abimóvel em parceria com a Agência de Promoção às Exportações e Investimentos (ApexBrasil), durante a 25ª Feira InterDC

Fones: (11) 6148-1638 / 6149-0369 www.ultradog.com.br

nacional da Indústria Moveleira (Fenavem), realizada na última semana em São Paulo. O encontro faz parte do projeto Brazilian Furniture, que tem por objetivo promover as exportações do móvel brasileiro. A rodada reuniu 90 empresários brasileiros com 21 compradores de 18 países. A expectativa dos participantes é a de que os resultados superem os números da edição passada, que efetuou cerca de US$ 10,5 milhões em negócios com compradores estrangeiros.

Palestra explica classificação de mercadorias

O

Instituto de Estudo das Operações de Comércio Exterior (Icex) realiza no próximo dia 29, das 9 horas às 17 horas, em seu auditório, na Avenida Paulista, 1439, 6º andar, palestra sobre "Classificação de Mercadorias", um tema da maior importância para aqueles que trabalham em comércio exterior, face às implicações de taxação e restrições que o produto pode sofrer ao cruzar fronteiras. O programa a ser desenvolvido abrange três tópicos, a saber: 1) Introdução: Origem da Classificação, SH – Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias, TEC – Tarifa Externa Comum e NESH – Notas Explicativas do Sistema Harmonizado; 2) Estrutura das Nomenclaturas e 3) Regras Gerais para Interpretação do Sistema Harmonizado: Essencialidade, Classificação de Produtos Compostos e Regras Gerais para Interpretação 1, 2, 3. Mais informações sobre a palestra podem ser obtidas pelo e-mail: icex@icex.org.br ou por meio do telefone (11) 3865-0686.

25ª Feira Internacional da Indústria Moveleira (Fenavem), foi o palco para a apresentação oficial, ao mercado nacional, da Taedda – empresa brasileira que produz móveis de madeira maciça apenas para exportação. Constituída por 80% de capital brasileiro e 20% europeu, a indústria escolheu a cidade de Sengés (PR) para abrigar sua fábrica, produzir os móveis com design diferenciado e, assim, atender ao exigente mercado europeu, destino principal de seus produtos. "Como a marca já foi pensada apenas para atender ao mercado externo, tínhamos margem de lucro suficientemente boa para não enfrentarmos grandes problemas com a questão cambial. Claro que o dólar desvalorizado atrapalha, mas no nosso caso não causou estragos", explica Mario Occhialini, diretor-geral da Taedda.

O dólar desvalorizado atrapalha, mas no nosso caso não causou estragos. Mario Occhialini, diretor-geral da Taedda

Ajuda também o fato de a empresa trabalhar com madeira certificada, extraída a partir de áreas de reflorestamento para consumo industrial. Afinal, a consciência ecológica é mais latente nos consumidores europeus, que não se importam por pagar mais, desde que o processo de produção respeite o ambiente. Segundo Occhialini, a certificação FSC (Forest Steward-

N gócios

&

ship Council) assegura a integridade da origem da madeira desde o corte da árvore até o produto final. "Isso facilita a venda no exterior. Mas, apesar disso, o custo ecológico sai do lucro da empresa", diz o diretor da Taedda, que agora lança a marca no Brasil. Ele salienta, entretanto, que as exportações não serão prejudicadas. "Na verdade, vamos aumentar a produção para suprir o mercado interno. Justamente por isso estamos construindo uma nova estrutura para responder ao crescimento da demanda", diz Occhialini. Outra boa notícia é que a nova fábrica vai ampliar a oferta de emprego. "Esperamos saltar dos atuais 70 empregados para 200 colaboradores até julho de 2008", afirma Occhialini, para quem a meta é empregar 400 funcionários em cinco anos. (PB)

Empresários vão visitar a maior feira da China

oportunidades A

Missão paulista participará de evento de moda em Milão

A

São Paulo Chamber of Commerce/Associação Comercial de São Paulo promove, no próximo mês de setembro, uma missão técnica do setor de confecções a Milão, Itália, por ocasião da Feira MilanoVendeModa – Coleção Primavera/Verão 2008. A entidade possui acordo de cooperação com a Câmara de Comércio de Milão, promotora do evento e que se incumbirá de assessorar os visitantes durante a feira, nas reuniões e visitas paralelas programadas, tais como: Instituto Marangoni, Quadrilátero da Moda, Instituto Europeo di Design e ainda ao Methadistretto, centro especializado em máquinas e equipamentos para confecções, localizado na cidade de Brescia.

A MilanoVendeModa é uma feira modelo para o setor, que é realizada entre os dias 27 e 30 de setembro, subdividida nas seções: Luxury (A Estrada dos Ateliers); Trend (Atmosfera anos ’60); LT (Laboratórios na Feira) e Accessories. A área de exposição é de 18 mil metros quadrados, com mais de 300 marcas e que deve receber, aproximadamente, 9 mil visitantes profissionais. Os componentes da missão terão acesso ainda aos desfiles promovidos durante os dias de mostra. O grupo a ser formado será restrito a cerca de 10 pessoas. Mais informações podem ser obtidas na São Paulo Chamber of Commerce, com Glória (telefone 11-3244-3182) ou Rebeca (11-3244-3127).

Departamento de Comércio Exterior da Associação Comercial Gerente: Sidnei Docal R. Boa Vista, 51— Telefones: 3244-3500 e 3244-3397

próxima edição da Canton Fair, considerada uma das maiores feiras multissetoriais da China, está programada para o mês de outubro. O evento será dividido em duas fases. A primeira será de 15 a 20 de outubro. A segunda ocorrerá entre os dias 25 e 30 do mesmo mês. Na última edição realizada no ano passado, 400 mil pessoas, de 200 países, visitaram o evento. De acordo com os organizadores da Canton Fair, esse público visitou os 14 mil expositores da mostra e fechou negócios que alcançaram o montante de US$ 66 bilhões. A Câmara Brasil-China de Desenvolvimento Econômico está organizando delegação de empresários para visitar a feira. A primeira fase será dedicada a eletrodomésticos, eletrônicos, máquinas, material de construção, indústria química, mineradora, construção civil, indústria têxtil (vestuário, carpetes, tapetes, matéria-prima), calçados, produtos em pele, couro e plumas, equipamentos, entre outros. A segunda fase tem como objetivo alimentos, produtos de horticultura, utilidades e utensílios domésticos, móveis e cerâmica, presentes e decoração, bolsas e acessórios, etc. As inscrições vão até o dia 24 de agosto, pelo telefone: (11) 3082-2636 ou pelo e-mail juliana.v@cbcde.org.br.


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Daqui pra frente, as coisas devem ficar mais difíceis. Temos que manter a humildade.” Jorge Wagner

Esporte

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Djalma Vassão/AE

Marcelo Ferrelli/AE

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Eu sou o treinador do Corinthians até quando não quiserem mais os meus serviços.” Paulo César Carpegiani

Fernando Pilatos/AE

almanaque Celso Unzelte

PAIS E FILHOS NO FUTEBOL UH/Arquivo Público do Estado de São Paulo

Em pé: Leandro, Alex Silva, Rogério Ceni, Breno, Miranda e Jorge Wagner; agachados: Richarlyson, Borges, Souza, Dagoberto e Josué. Este São Paulo faz 2 a 0 no Atlético-PR, termina o primeiro turno aumentando a distância em relação ao vice-líder Botafogo e entra na segunda etapa do campeonato como principal favorito ao título.

Ontem, Dia dos Pais, foi realizada a última rodada do primeiro turno do Campeonato Brasileiro. E são muitos os casos de pais e filhos ao longo da história do futebol. O mais famoso deles envolve Domingos da Guia, zagueiro do Brasil na Copa do Mundo de 1938, e Ademir da Guia, o maior ídolo da história do Palmeiras, que jogou entre as décadas de 1960 e 1970 e disputou também uma Copa do Mundo, em 1974. Na foto acima, de 1948, Domingos aparece com o filho Ademir, então com 6 anos de idade, em seu colo.

OUTROS PAIS, OUTROS FILHOS Outros casos famosos de hereditariedade: Servílio de Jesus, meia-direita que ganhou o apelido de “Bailarino” e foi ídolo da torcida corintiana nos anos 30 e 40, era pai de Servílio de Jesus Filho, atacante da Portuguesa, do Palmeiras e da Seleção nos anos 60. E confirmando o velho ditado que diz “filho de peixe peixinho é”, o autor do primeiro gol da história do Morumbi com a camisa do São Paulo, Peixinho, é filho do artilheiro do Campeonato Paulista de 1940, com 21 gols, pelo Ypiranga, que se chama... Peixe.

O RECORDE DA FAMÍLIA LIMA Entre os jogadores em atividade, destaca-se o são-paulino Richarlyson, filho de Lela, campeão brasileiro pelo Coritiba em 1985. Mas ninguém até hoje bateu o recorde da família Lima. Jorge, ex-jogador do extinto Internacional, de São Paulo, teve seis filhos também jogadores. O mais famoso foi Eduardo Lima, o “Garoto de Ouro”, ídolo do Palestra/Palmeiras entre 1938 e 1954, irmão de Amleto (Corinthians), Mário (América-RJ), Romeu (Palmeiras), João (República), Antônio (Portuguesa) e Oswaldo (Sudan).

POSE DE CAMPEÃO

S

e o histórico garantir título, o São Paulo caminha como favorito para a conquista do bicampeonato nacional, que seria seu quinto título na competição. Sábado, a equipe do Morumbi derrotou o Atlético-PR em casa por 2 a 0 e garantiu o título simbólico de campeão do primeiro turno. Agora, fica nas mãos do time de Muricy Ramalho manter a escrita do Campeonato Brasileiro desde 2003: na era de pontos corridos, o vencedor da primeira metade da competição sempre levantou a taça ao fim da última rodada. O time, que começou o Brasileiro muito criticado, após a derrota para o São Caetano na semifinal do Campeonato Paulista e a precoce eliminação na Libertadores, alcança seu ponto alto nesta temporada. O atacante Borges, com o gol marcado no sábado, assumiu a artilharia do São Paulo no ano ao lado de Hugo, com nove gols. Apesar do bom momento dele e do time, Borges fez coro

com os colegas e quer evitar euforia antes da hora. “O torcedor pode ter certeza de que aqui dentro a gente sabe que não ganhou nada. Tem muito campeonato pela frente e temos de continuar com essa pegada”, afirmou um dos artilheiros do São Paulo no Brasileirão, com cinco gols. “A euforia fica com o torcedor. Nós sabemos o quanto é difícil e longo este campeonato. Vamos continuar trabalhando dia a dia", recomendou, também, o meia Jorge Wagner, autor do primeiro gol do jogo contra o Atlético-PR. O capitão Rogério Ceni destacou a união do time, pois não foram poucas as vezes em que a equipe foi acusada de desunião quando não obteve bons resultados no Paulista e na Libertadores. “Não dá para destacar uma qualidade deste time. A força do grupo, o conjunto, a amizade prevalece.” O técnico Muricy Ramalho foi outro a fazer questão de lembrar que o longo Campeonato Brasileiro reserva surpre-

sas: além de suspensões e contusões (como as de Reasco e Fredson), o São Paulo terá agora que se dividir em dois torneios, pois na quarta-feira estréia na Copa Sul-Americana.

SÃO PAULO 2 Rogério Ceni, Alex Silva, Breno e Miranda; Souza, Josué, Richarlyson, Leandro (Júnior) e Jorge Wagner; Dagoberto (Hugo) e Borges (Diego Tardelli). Técnico: Muricy Ramalho.

ATLÉTICO-PR 0 Guilherme, André Rocha, Danilo, Rodolpho e Edno; Valencia (Claiton), Roberto (Erandir), Netinho (Rogerinho) e Ferreira; Marcelo e Dinei. Técnico: Antônio Lopes. Gols: Jorge Wagner, 5/1; Borges, 9/2. Local: Morumbi. Árbitro: Washington José Alves de Souza (AM). Cartões amarelos: Valencia (A), Richarlyson (SP), Alex Silva (SP), Ferreira (A), Borges (SP), Marcelo (A) e Claiton (A) .

Há 74 anos, em 13 de agosto de 1933, era reinaugurado o Parque Antarctica, após uma remodelação completa. Naquele dia, o Palestra Itália, atual Palmeiras, goleou o Bangu por 6 a 0, pelo Torneio Rio-São Paulo. Foi também em um dia 13 de agosto que o Guarani sagrou-se campeão brasileiro de 1978, ao derrotar o Palmeiras por 1 a 0, em Campinas. E que o Cruzeiro conquistou a Libertadores de 1997, vencendo o Sporting Cristal-PER, por 1 a 0, no Mineirão.

epois do interesse de clubes da Espanha e Itália, agora é da Alemanha que vem um forte candidato a levar o volante são-paulino Josué: o Wolfsburg, do brasileiro Marcelinho Paraíba. Segundo o jornal alemão B il d, o Wolfsburg está precisando urgentemente de um volante e o nome de Josué foi bastante elogiado por Paraíba, que joga no time bancado pela Volkswagen. A intenção é levá-lo antes do fechamento da janela de t r a n s f e rê n c i a , e m 3 1 d e agosto. O procurador do jogador, Omar Vasconcelos, garantiu que ainda não foi procurado. Ele chega nesta segunda-feira em São Paulo para se reunir com dirigentes do clube paulista. “Todo mundo quer o Josué e acham que vamos liberar por nada”, disse o superintenden-

Ernesto Rodrigues/AE

Josué: interesse da Alemanha

te do clube, Marco Aurélio Cunha. “Ele não vai embora até o dia 15 de janeiro, quando acaba seu contrato. Aí ele faz o que quiser.” No sábado, o próprio Josué afirmou que deve ficar no São Paulo até o fim do ano. O raciocínio de Josué é o mesmo da diretoria do São Paulo: se ficar até o fim do contrato, todos ganharão mais.

Mais longe do inferno

Marcelo Ferrelli/AE

Com dois gols marcados nos últimos oito minutos de jogo (o primeiro, pelo redivivo atacante Finazzi), Corinthians vira o jogo contra o Grêmio para 2 a 1 e fecha o primeiro turno fora da zona de rebaixamento

“Esse negócio de futebol na minha família é coisa pra lá do ano 2000.” (Antônio José da Guia, lavrador, pai de Domingos e avô de Ademir, comentando a hereditariedade no trato da bola entre os Da Guia. Ele também era pai de Luís Antônio, Ladislau e Médio, que foram ídolos do Bangu entre os anos 20 e 30.) Na vitória de quarta-feira, por 3 a 2, sobre o Atlético-MG, em Goiânia, saiu o milésimo gol do Goiás na história dos Campeonatos Brasileiros. Ele foi marcado por Paulo Baier, aos 7 minutos do segundo tempo. Foi, na prática, o 1.001º, pois em 1979 o Goiás ganhou um jogo do próprio Atlético, por W.O., por 1 a 0.

D

Todos querem Josué

CORINTHIANS 2

A

té os 37 minutos do segundo tempo do jogo de ontem contra o Grêmio, no Pacaembu, o Corinthians perdia por 1 a 0. Com o resultado, a equipe terminaria o primeiro turno entre os quatro últimos colocados, portanto na zona de rebaixamento para a Série B, a segunda divisão, no ano que vem. Foi quando o atacante Finazzi, que depois de cinco partidas sem ser relacionado sequer para o banco de reservas entrou em campo no segundo tempo substituindo o titular Clodoaldo, empatou o jogo de cabeça. No minuto seguinte, o lateral-esquerdo Gustavo Ne-

ry, outro jogador reintegrado após longo tempo no ostracismo, marcou o gol salvador. Apesar do bom resultado final, que deixou a equipe um pouco mais longe do inferno, vaias, críticas e reclamações da torcida marcaram a volta do time ao Pacaembu, onde o Corinthians ainda não havia mandado seus jogos neste Brasileiro. Ontem, o time superou os erros de sempre e venceu, mais na base da vontade que por qualquer outro motivo. O resultado serviu também para manter o técnico Paulo César Carpegiani no cargo, já que rumores davam conta de que ele pediria demissão ao fi-

nal da partida em solidariedade ao gerente de futebol Ílton José da Costa e ao diretor de futebol Rubens Gomes, demitidos pelo novo presidente do clube, Clodomil Orsi, durante a semana. Mas Carpegiani declarou que fica. Já a derrota do Grêmio impediu a equipe de terminar o primeiro turno dentro da zona de classificação para a Libertadores. A equipe gaúcha fica com 28 pontos. Na quarta-feira, o Corinthians enfrenta o Botafogo, no Maracanã, em jogo adiado da sétima rodada. Para esta partida, Carpegiani provavelmente não contará com o lateral Carlão, que torceu o joelho.

Felipe, Édson, Cadu, Zelão e Carlão (Arce); Bruno Octávio, Vampeta, Gustavo Nery e Willian; Éverton Santos (Wilson) e Clodoaldo (Finazzi). Técnico: Paulo César Carpegiani.

GRÊMIO 1 Saja, Bustos, William, Pereira e Anderson Pico; Sandro Goiano (Léo), Eduardo Costa, Tcheco e Diego Souza (Kelly); Carlos Eduardo (Marcel) e Tuta. Técnico: Mano Menezes. Gols: Carlos Eduardo, 36/1; Finazzi, 36/2; Gustavo Nery, 38/2. Local: Pacaembu. Árbitro: Luís Antônio Silva Santos (RJ). Cartões amarelos: Carlos Eduardo (G), Cadu (C), Bustos (G), Zelão (C), Saja (G).

Dualib: defesa e renúncia

A

lberto Dualib pretende se defender das denúncias de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro feitas pela Polícia Federal. E, depois, renunciar. Foi o que deixou claro ontem, em entrevista levada ao ar pela Rede Globo. “Vou me defender e depois definir com o meu cardiologista meu futuro”, disse Dualib. A tese de renúncia por ordem médica parece estar definida. A neta Carla, envolvida na polêmica, também falou. “Meu avô está triste e decepcionado com seus companheiros, que o abandonaram. As acusações são muitas, mas tudo o que ele fez teve o aval da diretoria e de 400 conselheiros. Não fez nada sozinho.” Carla, que comandava o departamento de marketing, ainda admitiu, sobre quando esteve à frente da marca Corinthians: “Ganhar dinheiro eu não ganhei. Mas fiz bons negócios.


Passe Livre Série B Camp. Brasileiro Série C

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

PALMEIRAS FECHA O TURNO EM 5º; SANTOS EM 8º

Precisamos seguir sempre entre os líderes.” Caio Júnior

Filipe Araújo/AE

2

PALMEIRAS ENCOSTA paSse livre D Candidato único

efinir qual dos clubes paulistas terminaria o primeiro turno mais perto do líder São Paulo. Era isso que estava em jogo ontem, quando o Palmeiras foi a Minas Gerais enfrentar o Atlético e o Santos viajou ao Rio, para jogar contra o Fluminense. E, nessa disputa particular, foi o Palmeiras que levou a melhor. Com a vitória por 2 a 1, de virada, sobre o Galo, a equipe orientada pelo técnico Caio Júnior terminou o primeiro turno dentro do objetivo que havia traçado previamente: entre os cinco primeiros colocados, mais precisamente em quinto lugar, com chances reais de pelo menos continuar brigando por uma vaga na Libertadores daqui para a frente. “Acho que estamos pegando o jeito de jogar fora de casa”, comentou, feliz, o técnico palmeirense após a partida. Seu desafio, agora, é reverter o aproveitamento jogando no Parque Antártica, onde a equipe conseguiu apenas 44% dos pontos no primeiro turno. Se o Palmeiras alcançou seu objetivo, o Santos decepcionou. Ontem, no Maracanã, perdeu do Fluminense por 3 a 0 e fechou a primeira etapa do Brasileiro em um decepcionante oitavo lugar. Diante de uma diferença em relação ao líder que chega agora a 13 pontos, o técnico Vanderlei Luxemburgo reconhece a dificuldade: “É um pouco complicado, pois o São Paulo tem a vantagem. São cinco vitórias de diferença”. Para reverter essa situação, ele já tem uma fórmula: “Alguém vai ter de marcar pelo Petkovic. Os jogadores têm que entender isso, se colocar à disposição para que o talento dele apareça”.

Daniel de Cerqueira/AE

Roberto Benevides

ATLÉTICO-MG 1

Édson, Coelho (Cláudio), Leandro Almeida, Marcos e Thiago Feltri; Xaves, Bilu, Marquinhos (Gérson) e Danilinho; Éder Luís e Vanderlei (Amílton). Técnico: Emerson Leão.

PALMEIRAS 2 Diego Cavalieri, Wendel (Paulo Sérgio), Gustavo, Dininho e Leandro; Pierre, Makelele, Martinez e Valdivia (Caio); William (Nen) e Edmundo. Técnico: Caio Júnior. Gols: Éder Luís, 5/1; Martinez, 8/1; Martinez, 11/2. Local: Mineirão. Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (RJ). Cartões amarelos: Thiago Feltri (A), Vanderlei (A), Marcos (A), Wendel (P), Valdivia (P), Martinez (P). Marcos D'Paula/AE

FLUMINENSE 3 Ricardo Berna, Rafael, Luiz Alberto, Anderson e Júnior César; Romeu, David (Cícero), Maurício e Thiago Neves (Ivan); Rodrigo Tiuí (Soares) e Somália. Técnico: Renato Gaúcho.

SANTOS 0 Fábio Costa, Domingos, Adaílton e Marcelo (Petkovic); Baiano, Dionísio (Rodrigo Tabata), Rodrigo Souto, Pedrinho e Carlinhos; Marcos Aurélio e Kléber Pereira. Técnico: Vanderlei Luxemburgo. Gols: Luiz Alberto, 36/1; Thiago Neves, 19/2; Thiago Neves, 26/2. Local: Maracanã. Árbitro: Cléber Assunção Gonçalves (MG). Cartões amarelos: Marcelo (S), Baiano (S), Rodrigo Tiuí (F), Domingos (S), Luiz Alberto (F) e Kléber Pereira (S).

Na disputa para definir qual clube paulista terminaria o primeiro turno mais perto do líder São Paulo, o Palmeiras fez 2 a 1, de virada, no Atlético e alcançou o quinto lugar. Ficou na frente do Santos, que, com a derrota por 3 a 0 para o Fluminense, caiu para oitavo.

emorou um pouco, mas o São Paulo finalmente acertou o pé e, depois de sete vitórias consecutivas nas últimas rodadas, vira o turno como líder isolado e indiscutível do Campeonato Brasileiro, candidatíssimo ao título. Para dizer a verdade, praticamente candidato único. O São Paulo não chega a ser um timaço e não chegou a mostrar o futebol mais atraente do primeiro turno do Brasileirão. Muricy Ramalho reconhece: o Botafogo fez partidas mais empolgantes. E dai? O São Paulo, mais equilibrado e efetivo, vai ganhando folga na liderança e dificilmente será alcançado. O campeão do primeiro turno marcou apenas 24 gols, menos do que o Botafogo, o Vasco, o Cruzeiro, o Sport, todos com mais de 30, e outros sete times. Em compensação, levou apenas sete gols. É uma marca impressionante: a segunda defesa menos vazada é a do Fluminense, que sofreu 14 gols. O saldo do São Paulo é, pois, incomparável. E, por mais que a gente goste de muitos gols, o que decide os jogos de futebol e as competições é o saldo. Com um elenco experiente, comandado por um técnico que vive o auge da carreira, o São Paulo é o mais equilibrado time do atual futebol brasileiro e, portanto, o mais preparado para a disputa por pontos corridos. O começo inconstante no Brasileirão era reflexo da desclassificação do time nas semifinais do Campeonato Paulista, diante do São Caetano, e nas quartas-de-final da Libertadores, diante do Grêmio. A frustração abalou a confiança dos jogadores, antes confiantes em excesso. Aos poucos, porém, Muricy conseguiu remotivar a equipe. Se os são-paulinos não voltarem a se achar os melhores do mundo, dificilmente perderão este título brasileiro.

D

FOI ASSIM

ASSIM SERÁ?

Desde que o Brasileirão passou a ser disputado por pontos corridos, em 2003, o título sempre ficou com o campeão do turno. Em 2006, turno e returno fecharam com os mesmos times nos cinco primeiros lugares. Mudou apenas a ordem: o turno acabou com São Paulo, Santos, Paraná Inter e Grêmio e o returno com São Paulo, Inter, Grêmio, Santos e Paraná.

Será que São Paulo, Botafogo, Cruzeiro, Vasco e Palmeiras, os cinco primeiros deste Brasileirão ao final do primeiro turno, vão se manter no pelotão da frente até o fim do campeonato? São Paulo certamente, Botafogo e Cruzeiro, provavelmente, mas Vasco e Palmeiras vão ter de redobrar os esforços para não serem ultrapassados por Grêmio, Santos, Inter e talvez Flu. A briga vai esquentar.

*Com Agência Estado e Reuters

SÉRIE B

Marília pára no Coritiba Ed Dourado/Futura Press

Derrota por 2 a 0, em casa, foi a primeira nas últimas onze rodadas

A

O turno não acabou A

pesar de a 19ª e última rodada do primeiro turno do Brasileiro ter sido realizada no fim de semana, ainda faltam alguns jogos atrasados para que a primeira etapa da competição seja concluída. Depois de amanhã, no Maracanã, Botafogo e Corinthians fazem a partida que deveria ter acontecido na sétima rodada, no dia 23 de junho, época em que o Maracanã estava cedido para os Jogos PanAmericanos. Também por esse motivo deixou de se realizar no dia 14 de julho, pela 11ª ro-

dada, o clássico entre Fluminense e Flamengo, que finalmente acontece nesta quinta. O Flamengo, aliás, é o time com mais jogos atrasados em relação ao primeiro turno. Além desse Fla-Flu, terá também que realizar mais três partidas ao longo do segundo turno . No dia 23 de agosto, quinta-feira, enfrenta o Juventude, cumprindo jogo atrasado da 8ª rodada. No dia 12 de setembro, quarta, joga contra o Cruzeiro, cumprindo a 16ª rodada. E enfrenta o Vasco somente no dia 4 de outubro, pela 10ª rodada.

SÉRIE C

Só o Guarani se salva O Guarani foi o único time paulista a vencer na rodada de abertura da segunda fase da Série C, que reúne 32 equipes. Jogando ontem em Campinas, fez 2 a 1 no Vila Nova, de Goiás. O Guarani só não é o líder do Grupo 22 porque, também ontem, o CRAC, de Goiás, fez 3 a 0 no Rio Claro e acabou superando o time campineiro no saldo de gols.

O outro clube do Estado classificado para jogar nesta fase, o Bragantino, decepcionou. Acabou perdendo ontem por 1 a 0 para o Esportivo, em Bento Gonçalves (RS), e agora é o terceiro colocado do Grupo 23, atrás do próprio esportivo e também do Roma Apucarana-PR, líder do grupo, que ontem, em Governador Valadares (MG), fez 2 a 0 no Democrata.

cabou a invencibilidade do Marília na Série B, que chegou a dez partidas. Mesmo jogando em casa, no sábado, diante do Coritiba, a equipe do interior paulista perdeu por 2 a 0. O Coritiba decidiu o jogo nos contra-ataques, com dois gols de Henrique Dias nos dez últimos minutos de jogo. Apesar do resultado negativo, e de ter perdido seis pontos no Superior Tribunal de Justiça Desportiva, o Marília continua na vice-liderança. Amanhã começa a última rodada do primeiro turno, com dois jogos. O Paulista de Jundiaí vai ao interior de Minas enfrentar o Ipatinga e o Vitória recebe o Gama, em Salvador. Na sexta-feira, o São Caetano vai ao Distrito Federal enfrentar o Brasiliense, o Santo André joga com o Ceará no ABC e o Ituano com o Avaí em Itu. No sábado, a Portuguesa vai a Santa Catarina enfrentar o líder Criciúma, a Ponte recebe o Remo, o Marília joga no Ceará, com o Fortaleza, e o Barueri joga contra o CRB.

18ª Rodada Ceará 4 x 1 Ponte Preta Portuguesa 1 x 1 Brasiliense Santa Cruz 2 x 1 Criciúma Remo 1 x 2 Vitória Marília 0 x 2 Coritiba Paulista 1 x 0 Fortaleza Avaí 1 x 0 Santo André CRB 3 x 1 Ituano Gama 5 x 3 Barueri São Caetano 0 x 1 Ipatinga Classificação

P

V

SG

GP

1 Criciúma

36

11

17

38

2 Marília*

32

12

9

36

3 Coritiba

32

10

5

25

4 Brasiliense

29

8

6

31

5 Portuguesa

28

8

6

27

6 Vitória

27

9

10

37

7 Ponte Preta

27

8

6

35

8 CRB

27

8

2

28

9 Barueri

27

7

0

28

10 Ceará

25

7

-2

29

11 Ipatinga

25

7

-3

18

12 Gama

25

7

-4

26

13 Fortaleza

23

7

-5

20

14 São Caetano

23

6

0

21

15Paulista

22

6

-6

24

16 Avaí

21

6

-6

28

17 Santa Cruz

21

5

-5

25

18 Remo

17

5

-10

26

19 Santo André

17

4

-7

20

20 Ituano

16

5

-13

23

*Perdeu seis pontos no STJD.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

BRASILEIROS ESTRÉIAM NA COMPETIÇÃO

HORA DE RELAXAR D epois de terminar o primeiro turno com uma boa folga na liderança do Brasileirão, os titulares do São Paulo devem ser recompensados com um descanso durante a semana. Muitos nem viajarão a Florianópolis para a estréia na Copa Sul-Americana, quartafeira, contra o Figueirense, promete Muricy Ramalho. "É hora de dar uma parada", diz o técnico. "Os jogadores vêm de várias semanas desgastantes, com muitas viagens. E a gente observa os sinais: acaba o jogo, um bota gelo no tornozelo, o outro bota gelo no joelho..." Muricy ainda não informou quem será poupado, mas a Sul-Americana deve servir para dar ritmo de jogo a vários reservas, como o lateral-direito Maurinho e o volante Fernan-

do. Maurinho voltou a treinar com bola há pouco, depois de ficar mais de um ano parado. Com a contusão de Reasco e a negociação de Ilsinho, a importância de sua recuperação passa a ser imediata. Já Fernando vinha treinando com o grupo há dois meses, depois de se recuperar no Reffis de uma cirurgia no joelho e foi contratado na semana passada por anos e meio. Rafinha, Jadílson, Júnior e Edcarlos também devem jogar Florianópolis. Se vencer o duplo confronto com o Figueirense, o São Paulo enfrentará o Boca Juniors nas oitavas-de-final. Na quarta, em Curitiba, haverá um outro jogo pela SulAmericana: Atlético Paranaense x Vasco. Na quinta, mais um confronto brasileiro: Goiás x Cruzeiro, em Goiânia.

O

vencia o Bochum por 2 a 0, mas cedeu o empate. Diego abriu o placar e foi o único brasileiro a marcar na rodada de abertura da competição, que tem a liderança do Bayern de Munique, graças aos 3 a 0 contra o Hansa Rostock. O time está fora da Liga, porque chegou em quarto na temporada passada. Outro campeonato que começou no fim de semana foi o Inglês, e os brasileiros do Man-

O time perdeu poucas peças e contratou reforços. Estamos na briga pelo título." Diego, do Werder Bremen

Erneste Rodrigues/AE

Muricy Ramalho quer aproveitar a Copa Sul-Americana para dar folga aos titulares e ritmo de jogo a reservas importantes do São Paulo

Reforço para os cofres

que têm em comum gigantes como Liverpool, Arsenal, Benfica e Ajax, forças ascendentes como Werder Bremen e Fenerbahçe, clubes tradicionais como Lazio, Valencia, Anderlecht e Estrela Vermelha e zebras como o Tampere, da Finlândia, e o Elfsborg, da Suécia? Todos eles entram em campo nas próximas duas semanas de olho em uma vaga na fase de grupos da bilionária Liga dos Campeões. A simples presença nessa fase, com seis jogos para cada equipe, rende ao participante algumas dezenas de milhões de euros, em prêmios, publicidade e direitos de TV. O Liverpool, atual vice-campeão, não terá uma tarefa das mais fáceis: enfrenta o Toulouse, que vem embalado pela vitória sobre o bicho-papão Lyon, anteontem, pelo Francês. O outro inglês dessa fase é o Arsenal, que enfrenta outro osso duro, o Sparta Praga, figura constante nas últimas edições. O Fenebahçe, do técnico Zico, do meia Alex e do lateral Roberto Carlos, tem uma batalha complicada contra o Anderlecht, que tem o lateral Triguinho, ex-São Caetano. Bicampeão da Copa da Uefa, o Sevilla, que pode perder Daniel Alves (leia ao lado), enfrenta o AEK, da Grécia, e o Werder Bremen, de Diego e Carlos Alberto, joga contra o Dinamo Zagreb, campeão croata. O Werder tenta se recuperar de um início ruim no Alemão -

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SUB-17

Wilton Junior/AE

Garotada vai à luta pelo tetra

chester City se destacaram (veja quadro). O atual campeão, o Manchester United, começou mal, com um 0 a 0 em casa diante do Reading. O Campeonato Francês viu vários gols brasileiros, uma incomum derrota do Lyon e três times dividindo a liderança: após duas rodadas, apenas o Le Mans, o Bordeaux e o Nancy somam 6 pontos, com 100% de aproveitamento.

A

Lateral valorizado

D

aniel Alves (foto) pode trocar o Sevilla, clube que defende desde o começo de 2003, pelo milionário Chelsea - que gastou relativamente pouco na pré-temporada, mas está disposto a abrir os cofres: o clube espanhol diz já ter recusado 35 milhões de euros (cerca de R$ 93 milhões) para liberar o lateral-direito, uma de suas principais estrelas. “Só liberaremos Daniel com uma proposta irrecusável”, avisa o presidente do Sevilla, José Maria del Nido. O jogador, por sua vez, quer sair. Pediu “respeito” e que o clube leve em conta seu “bom comportamento”. A multa rescisória de seu contrato, que vai até junho de 2011, é de 60 milhões de euros.

seleção brasileira sub17 chegou neste fim de semana à Coréia do Sul para disputar o Mundial da categoria a partir de sábado, dia 18. Comandada pelo técnico Lucho Nizzo, a equipe é praticamente a mesma que fracassou nos Jogos Pan-Americanos do Rio, tendo sido eliminada na primeira fase. O Brasil Sub-17 está no Grupo B, e estréia no dia 18, em Jeju, contra a Nova Zelândia - no mesmo estádio onde a Seleção derrotou a China por 4 a 0, na Copa do Mundo de 2002. No dia 21, no mesmo local, pega a Coréia do Norte. Três dias depois enfrenta a Inglaterra, em Goyang. O Brasil é o maior campeão da história dos Mundiais Sub17, com três títulos, em 1997, 1999 e 2003. Na última edição, em 2005, no Peru, ficou com o vice-campeonato, derrotado por 3 a 0 pelo México na decisão. Naquele time, se destacaram o meia/atacante Anderson, ex-Grêmio e hoje no Manchester United, que foi eleito o melhor jogador da competição. Neste ano, a sensação do time é o corintiano Lulinha. O Mundial será disputado por 24 seleções, divididas em seis grupos. As duas primeiros de cada grupo e as quatro melhores terceiras se classificam para as oitavas-de-final,

Fabio Motta/AE

Futebol europeu Daniel Alves Sul-Americana Mundial Sub-17

Christian Charisius/Reuters

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Lulinha: estrela corintiana na Coréia

quando começam os confrontos em mata-mata. JOGADORES DO BRASIL: Goleiros 1 - Marcelo (Flamengo) 12 - Renan (Atlético-MG) 21 - Leonardo (São Paulo) Laterais 2 - Rafael (Fluminense) 6 - Fábio (Fluminense) 13 - Michel (Flamengo) 16 - Bruno (Grêmio) Volantes e meias 5 - Tiago (Grêmio) 8 - Fellipe (Botafogo) 10 - Lulinha (Corinthians) 11 - Alex (Vasco) 17 - Tales (Internacional) 18 - Giuliano (Paraná) Atacantes 7 - Júnior (Botafogo) 9 - Maicon (Fluminense) 19 - Choco (Atlético-PR) 20 - Fabinho (Internacional)


Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 14 de agosto de 2007

1

72

bilhões de dólares foram gastos ontem pelos BCs para garantir a liquidez do mercado financeiro

BANCOS CENTRAIS DE TODO MUNDO E A INICIATIVA PRIVADA SE MOVIMENTAM PARA REDUZIR ESTRAGOS

MUTIRÃO TENTA SEGURAR A CRISE

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s bancos centrais da Ásia, Europa e Estados Unidos – e até mesmo a iniciativa privada – uniram-se ontem para reduzir o clima de apreensão no mercado financeiro. A iniciativa e a divulgação de aumento das vendas do varejo nos EUA em julho, acima das expectativas dos analistas, contribuíram para diminuir a turbulência. Os resultados foram imediatos. Enquanto as bolsas norte-americanas fecharam com quedas bem menores que as registradas na semana passada, as asiáticas e as européias reagiram e encerraram os pregões em alta. O problema causado pelo segmento norte-americano de hipotecas de alto risco (subprime), no entanto, está longe de ser solucionado, e aumentam os temores de quebras de algumas instituições financeiras. Com eles, cresce a aversão aos riscos. Ou seja, as instituições de crédito temem emprestar dinheiro umas para as outras, obrigando os bancos centrais a despejar recursos no mercado para garantir a liquidez do sistema. A exemplo do que ocorreu no final de semana passada, essas instituições realizaram ontem a terceira intervenção, na tentativa de acalmar os investidores. Atuação conjunta – O Banco do Japão injetou US$ 5,11 bilhões; o Banco Central Europeu (BCE), US$ 65 bilhões; e o Federal Reserve (Fed), o banco

Romeo Gacad/AFP Photo

central americano, US$ 2 bilhões. Desde a última quintafeira, apenas o Fed colocou na economia US$ 64 bilhões, a maior operação desde a crise causada pelos atentados do 11 de setembro de 2001. De quinta até ontem, as instituições européias, asiáticas, americanas, canadenses e australianas, entre outras, despejaram no mercado mais de US$ 395 bilhões. "Os bancos centrais estão tentando impulsionar a confiança mais do que qualquer outra coisa, enquanto os mercados

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bilhões de dólares foram injetados no mercado financeiro mundial pelos bancos centrais desde a última quinta, mas o problema persiste. aguardam novas informações", disse Robert Prior-Wand e s f o rd e , e c o n o m i s t a d o HSBC, em Cingapura. Outro motivo de alívio foi o anúncio conjunto do Goldman Sachs e outros investidores, de que investiram mais US$ 3 bilhões no fundo Global Equity Opportunities, que teve pesadas perdas (veja texto

na página E3). Além disso, as vendas nos EUA, especialmente as no varejo, aumentaram 0,3% em julho, acima da previsão de alta de 0,2%. A conjugação desses fatores contribuiu para melhorar o humor dos investidores. Na Ásia e na Europa, as principais bolsas conseguiram recuperar parte das perdas da sexta-feira. Tóquio encerrou o dia em alta de 0,2% e Londres, com elevação de 2,99%. O mercado acionário americano, por sua vez, que vinha atuando com valorização durante boa parte do dia, fechou o pregão praticamente estável. O Dow Jones, principal índice da Bolsa de Nova York, registrou leve queda de 0,02% e o Nasdaq, termômetro do setor de tecnologia, caiu 0,1%. O índice Standard & Poor's 500 teve desvalorização de 0,05%. Sem previsão – O economista do Dresdner Kleinwort, Kevin Logan, avalia que os mercados estão passando por um "desengajamento", no qual investidores retiram liquidez do setor financeiro por conta das incertezas quanto à capacidade de pagamento de seus parceiros. "Isso pode ser superado em algumas semanas", disse. "Ou pode exigir uma ação mais agressiva do Fed para restaurar a sensação de que os mercados estão funcionando normalmente", ponderou. Ou seja, os analistas não arriscam prever quando será o arrefecimento da crise. (Agências)

Operadores acompanham o comportamento de papéis nas bolsas asiáticas, que fecharam ontem em alta


segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Congresso Planalto Administração CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

TSE DIVULGA RELATÓRIO DE CASSAÇÕES

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decisões judiciais contra prefeitos já têm caráter definitivo. Às demais, ainda cabe recurso.

Roosewelt Pinheiro/ABr

JUSTIÇA CASSOU 157 PREFEITOS DESDE 2004 Abuso de poder e compra de votos foram os principais crimes cometidos nas administrações municipais

Temos um sistema de duopólio, e não há regra legal sobre a abusividade de tarifas. Nelson Jobim, ministro da Defesa, criticando o domínio TAM-Gol no setor aéreo.

Wilson Dias/ABr

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REUTERS/Daniel Aguilar

O Brasil será um 'canteiro de obra'. Faremos estradas, ferrovias, gasodutos, portos e aeroportos. Presidente Lula, durante seu programa de rádio

A Denise é terrível. Se eu não estivesse saindo da Infraero, ia comprar uma grande briga com ela. José Carlos Pereira, sobre Denise Abreu, diretora da Anac

Eu sou doutor em vaias; o PT e seus aliados me vaiaram o tempo todo. Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, sobre as vaias contra Lula

ção de 2004. É o caso de Caldas Novas (GO), Flores de Goiás (GO), Afonso Bezerra (RN) e Macau (RN), todas com dois prefeitos sentenciados com a perda do mandato. As cassações - que reúnem decisões judiciais de primeira, segunda e terceira instâncias - atingiram

2,75% dos 5.562 municípios. A situação, entretanto, é mais grave em alguns Estados. Sentenciados – Rora ima, por exemplo, teve 26,66% de seus prefeitos cassados desde a eleição, já que quatro dos 15 eleitos foram condenados à perda do mandato. O número

reduzido de municípios não serve de justificativa para as ocorrências – o Amapá possui apenas 16 prefeitos e não registrou nenhuma cassação. Há ainda casos como o Rio Grande do Norte, onde 14 prefeitos foram cassados, o que significa 8,38% do total de eleitos. Ou o Rio de Janeiro, onde 6 dos 92 prefeitos foram sentenciados, uma proporção de 6,52%. Já na Paraíba, 12 dos 223 prefeitos (5,38%) receberam a ordem de deixar o cargo, enquanto Rondônia registrou 3 cassados em os 52 prefeitos eleitos (5,77%). Nos demais Estados, essa proporção ficou abaixo de 5% e não atingiu sequer 1% em Estados como Alagoas, Bahia, Ceará e Maranhão. Em Pernambuco, o cálculo não inclui as cassações ordenadas pelos Tribunais Regionais Eleitorais. (AE)

ra escolher um novo representante para o Executivo municipal. Segundo o TSE, São Paulo registrou o maior número de pleitos suplementares, em nove municípios. Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte vieram em seguida, com sete novas eleições cada. Punição adiada – Apesar de dar uma idéia do tratamento dado à criminalidade eleitoral no País, o levantamento do TSE aponta apenas o número de decisões judiciais determinando a cassação do mandato

e não o real número de prefeitos afastados. Parte dos representantes condenados em primeira ou segunda instâncias consegue se manter no cargo por meio de liminares, até o julgamento no TSE. O número de sentenças em favor da cassação de prefeitos ainda poderá se alterar em função de outros fatores. Dos 157 casos, apenas 19 têm caráter definitivo: três foram determinados diretamente pelo TSE e os demais já foram confirmados pelo tribunal. Nos demais casos, cabe recurso. (AE)

'É um problema cultural', diz Mello a avaliação do pre- Como o sr. avalia o número de sidente do Tribunal prefeitos cassados? Marco Aurélio Mello – É asSuperior Eleitoral (TSE), Marco Auré- sustador e triste constatar que lio Mello, as cassações contabi- tantos erraram na arte de prolizadas desde 2004 geram um ceder com a coisa pública. Há o número "assustador", que evi- lado negativo, mas a balança dencia o fato de parte da classe da vida tem dois pratos. Sinapolítica ainda se apoderar da liza dias melhores. O senticoisa pública. Ele admite que mento de impunidade vai senliminares permitindo a perma- do minimizado. Mas preferiria não ter esse núnência desses mero. mandatários no cargo, até o julgamento em últiO fato de A compra de voto ma instância, becassações neficiam autores merece excomunhão decorrerem de de irregularida- maior, no momento crimes como d e s . A i n d a a s- em que fere a compra de votos sim, ele insiste dignidade do eleitor, piora ainda mais que se trata de esse quadro? do cidadão. assegurar o diO homem púMarco Aurélio Mello blico precisa sareito dos que não cometeram faber que quando lhas. "Na maioele alcança um ria das vezes, beneficia o que cargo é para servir e não se sernão errou. Essa é a premissa", vir da coisa pública. É um proexplica, nesta entrevista. blema cultural, em que preci-

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Roosewelt Pinheiro/Agência Senado

Célio Azevedo/Agência Senado

Marco Aurélio Mello avalia como "assustador" o número de cassações

C

Geraldo Magela/Agência Senado

Essas vozes que se levantam contra o 'Cansei' não estão acostumadas com o processo democrático. Luiz Flávio Borges D´Urso, presidente da OAB-SP, sobre as críticas ao movimento

Como é que uma empresa de comunicação e a rádio acabaram nas mãos do filho de Renan? Demóstenes Torres (DEM), sobre as novas acusações contra o presidente do Senado

José Cruz/ABr

om exceção de Rorai- Nos dois casos, foram 20 senma, que fugiu do pa- tenças, mas a relação com o todrão observado no res- tal de eleitos aponta um quadro mais comtante do País, o plicado em São levantamento Por causa das Paulo. Como o do Tribunal Sucassações, Estado possui perior Eleitoral 48 cidades tiveram 645 municípios, (TSE) mostra resultados condide retornar às urnas o valor representa 3,1% dos prezentes com as capara escolher feitos. racterísticas do um novo prefeito. A proporção sistema eleitoral cai para 2,34% brasileiro. São Paulo e Minas Gerais – os dois em Minas, que elegeu 853 remaiores colégios eleitorais do presentantes em 2004. Por cauPaís – registraram o maior nú- sa das cassações, 48 cidades timero absoluto de cassações. veram de retornar às urnas pa-

Há 15 dias pedi ao procurador da República que fizesse a investigação, para que eu pudesse demonstrar todas as minhas verdades. Renan Calheiros (PMDB), sobre a quebra do seu sigilo bancário a pedido do STF

Você daria um belo exemplo gesto de presente à Nação se prosseguisse no seu direito de defesa como senador. Arthur Virgílio (PSDB), pedindo a saída de Renan da presidência do Senado

assados quase três anos da última eleição municipal, 153 cidades em todo o País viram a Justiça Eleitoral determinar a cassação de seus prefeitos, condenados por crimes como compra de votos, abuso de poder político ou econômico e conduta vedada a agentes públicos. São políticos que fizeram uso indevido de meios de comunicação na campanha eleitoral, distribuíram milhares de mochilas escolares na tentativa de angariar votos ou até mesmo pagaram eleitores para que ficassem em casa no dia da eleição, a fim de reduzir a votação de um adversário entre outras coisas. O número efetivo de prefeitos é ainda maior, 157, já que em quatro municípios mais de um chefe do Executivo municipal foi cassado desde a elei-

Minas e SP lideram ranking

Como usuário de aeroporto não fico satisfeito com a prestação do serviço. Tenho que trabalhar para que melhore muito. Sérgio Gaudenzi, presidente da Infraero, sobre os aeroportos brasileiros

Agliberto Lima/DC

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Educação Infantil e Fundamental

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samos avançar, punindo de forma exemplar. Quais desses crimes mais resultam em cassações? A compra de voto merece uma excomunhão maior, no momento em que fere a dignidade do eleitor, do cidadão, da eleição. Vemos que a compra, mesmo sendo de um único voto, no final do processo, leva à cassação. Já as denúncias de abuso do poder dos meios de comunicação são apreciadas caso a caso.

Por que o TSE concede liminares para que políticos condenados fiquem no cargo, apesar de instâncias regionais pedirem cassação? Geralmente, só afastamos depois de exercer crivo. Há a possibilidade de uma primeira decisão, geralmente do TJ, não ser tão harmônica. O normal é aguardar o pronunciamento do TSE. E depois disso se afasta o prefeito, isso porque a passagem do tempo implica término do mandato e aí perderia concretude a decisão. (AE)


O pregão em Tóquio abriu hoje em baixa de 38,54 pontos (Nikkei) e de 4,44 pontos (Topix), no início de uma semana que promete mais turbulência mundial por causa do setor imobiliário nos EUA. Economia 1 Ano 83 - Nº 22.437

São Paulo, segunda-feira, 13 de agosto de 2007

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição concluída às 23h50

w w w. d co m e rc i o. co m . b r Luiz Prado/LUZ

CPMF OU RENAN O governo pode salvar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em troca da prorrogação da CPMF. Mas a oposição promete, ao contrário, que, com Renan, não votará a CPMF. Página 8 Marcos Bergamasco/Folha Imagem

O CARRO-CHEFE O presidente da GM, Ray Young (foto), diz ao DCarro que é preciso melhor infraestrutura para o setor automobilístico se desenvolver mais. Hoje ele fala na ACSP.

A Fiat põe Punto no mercado Evelson de Freitas/AE

Dia de índio para Tarso

Ministro fuma e toma banho de rio com índios. Página 8 Leonardo Rodrigues/Hype

PESQUISA

Os jovens e a política

Pesquisa inédita com universitários de São Paulo mostra que 81% são indiferentes aos partidos políticos, a maioria se declara de Centro e o livro que mais influencia a maneira de pensar deles é a Bíblia. Pág. 3 HOJE Parcialmente nublado Máxima 23º C. Mínima 11º C.

AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 24º C. Mínima 11º C.

E foi de virada! Gustavo Nery (foto) comemora os 2 a 1 contra o Grêmio. O Corinthians sai da zona de rebaixamento, jogando como manda a tradição: na raça. Esporte

Impostômetro chega hoje a R$ 550 bilhões Economia 6


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Congresso Planalto Ministérios CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Denise Abreu fala em "campanha da imprensa contra ela e a atual diretoria da Anac".

DILMA QUER MUDANÇAS NAS AGÊNCIAS

Tasso Marcelo/AE

DILMA QUER DISCUTIR FUTURO DAS AGÊNCIAS

Eymar Mascaro

Fora de foco

T

ucanos e democratas ficaram satisfeitos com a confirmação da redução, por parte do governo federal, em 15% da verba publicitária destinada ao Ministério do Turismo. Em 2006, o valor transferido foi de R$ 65 milhões, e teve como destino a propaganda institucional do órgão e as ações de marketing dentro e fora do Brasil. Neste ano, o valor caiu para R$ 55 milhões. PSDB e DEM avaliam que os recursos poderiam beneficiar Marta Suplicy em uma eventual campanha à prefeitura de São Paulo – por isso a comemoração. Além disso, Marta terá menos dinheiro para gastar com a própria imagem.

Ministra defende mudanças no atual modelo dos órgãos reguladores, como a possibilidade de demitir diretores

E

m meio à crise sobre quais são as reais atribuições da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, defendeu ontem uma ampla discussão sobre o papel das agênc i a s re g u l a d o r a s n o P a í s . "Houve um momento nesse País em que se imaginou que seria possível não ter mais qualquer ação ministerial, que ninguém mais precisaria planejar nada e que a agência substituiria o ministério. Isso não é real", disse a ministra, durante um seminário sobre biocombustíveis no Rio. Questionada sobre a possibilidade de demissão de diretores de agências reguladoras, ela ressaltou que esse não é o ponto mais importante, diante da atual conjuntura, a ser tratado sobre o futuro desses órgãos no Brasil. Apesar disso, Dilma lembrou "que nada nem ninguém na vida pode ficar acima de qualquer investigação". "Não vejo motivos para uma fiscalização não atingir também uma agência reguladora, sem prejudicar suas funções. Cabe uma discussão sobre a questão do mandato das diretorias de agências. Não comprometerá o cargo estabelecer em quais condições isso pode mudar", disse a ministra.

Lembrando a importância da existência das reguladoras para dar uma maior simetria entre a força do consumidor e a da empresa, a ministra disse que existe uma série de distorções sobre o papel efetivo que as agências devem ter. Segundo Dilma Rousseff, é preciso ficar bem claro que quem faz política administrativa é o ministério. E que cabe às agências apenas fiscalizar todas as decisões tomadas. "O papel de dar esse equilíbrio ao mercado, ou seja, garantir o abastecimento e a modicidade tarifária, sem beneficiar um ou outro, é o que deu origem a atual estrutura das agências, nada mais do que isso", explicou. Para a ministra, essa estrutura ficou clara em alguns departamentos, mas não tão bem em outros. "Isso está mais claro em algumas agências, como na Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), por exemplo, em que houve essa definição bem desenhada com o novo modelo de energia, mas ainda está obscuro para outras", disse a ministra, sem citar qual reguladora ela se referia. Debate – O debate em torno da lei das agências reguladoras está marcado para começar amanhã na Câmara, mas a maioria esmagadora dos governistas já dá como certo que esses órgãos não sairão desse

Câmara fará debate sobre o futuro das agências com Dilma Rousseff

processo sem uma mudança radical na sua estrutura. Um dos pontos que gerará grandes discussões será a possibilidade de demissão dos diretores e a instituição de critérios mais técnicos para a sua escolha – o atual modelo prevê um mandato fixo de cinco anos para os diretores de cada agência. A escolha dos nomes é referendada pelo Senado. A ministra Dilma informou que estará presente na Câmara e fará uma palestra para abordar justamente a contradição do papel das agências entre uma fiscalizadora e concedente de outras atribuições. Meio-termo – Presente no evento, o diretor-geral da ANP (Agência Nacional de Petróleo), Haroldo Lima, disse concordar com o aperfeiçoamento proposto pela ministra, mas sugeriu que o próprio Congresso, que aprova os nomes indicados para as agências, seja responsável pelo julgamento da saída dos mesmos, quando isso for solicitado pelo próprio presidente da República. "Acho que é possível avançar significativamente no modelo de gestão das agências reguladoras no Brasil, mas é preciso dar estabilidade aos seus diretores, eles não podem ficar ao

sabor político que predomina no país. Isso prejudicará projetos e a captação de investimentos para cada setor", afirmou. Anac – Nos últimos dias, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, defendeu uma redefinição das atribuições da Anac, ainda que isso resulte no enfraquecimento da agência. Para Jobim, a estruturação das agências reguladoras têm de ser distintas, de acordo com o setor da economia que representam. Essa distinção teria impacto direto na atual discussão sobre o direito ou não em demitir a diretoria de um dos órgãos reguladores, após a comprovação de má gestão. Convocação – A diretora da Anac, Denise Abreu, será convocada para depor nas CPIs (Câmara e Senado) do Apagão Aéreo por suspeita de uso inadequado do cargo. Ela teria orientado as companhias aéreas a não respeitarem as medidas do Conselho de Aviação Civil (Conac) para desafogar Congonhas, exaltando "o poder de fogo" das empresas. Denise desmentiu, por meio de um comunicado, a orientação. Ela classificou a notícia de "boato" e "de campanha da imprensa contra ela e a atual diretoria da Anac". (AE/Reuters)

Lula volta ao Rio depois das vaias

pós um giro a cinco países latino-americanos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva retornará ao Rio de Janeiro para mais um teste de sua popularidade, desta vez durante o decorrer dos Jogos Parapan-Americanos do Rio. Ele terá contato com os atletas participantes na sexta-feira. Os jogos, que vão até o dia 19 de agosto, são exclusivos a atletas portadores de necessidades especiais e foram abertos no domingo, na Arena Olímpica, capaz de abrigar 15 mil pessoas.

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P

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Na cerimônia de abertura do Parapan, o ministro dos Esportes Orlando Silva e o prefeito do Rio, Cesar Maia, receberam vaias do público. Em julho, durante a cerimônia que deu início aos Jogos Pan-Americanos, no Maracanã, Lula recebeu vaias da platéia, o que o levou a cancelar uma viagem aos Estados da região sul do país e a suspender sua presença no encerramento do torneio – o que não foi muito bem aceito pelos organizadores do evento esportivo na cidade do Rio de Janeiro.

Mais vaias – Em viagem pelo País no mês passado para divulgar a liberação de investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o presidente foi alvo de protestos e um coro de vaias. Em Natal, no Rio Grande do Norte, quase 200 manifestantes carregaram faixas com inscrições como: "Prisão já para corruptos e corruptores no Brasil" e ainda " Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em greve contra o PAC e o PLP-01

(projeto que restringe o direito a greve do funcionalismo público)". Já em Aracaju, Sergipe, manifestantes do Incra e funcionários do ministério da Cultura protestaram contra a presença de Lula. Em resposta, a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, saiu em defesa: "Não vejo mistério nenhum na vaia ou no aplauso. Toda a unanimidade é burra. As pessoas podem se expressar. Mas é bom que se diga que fomos vaiados por pequenos grupos". (Reuters)

'Ser ministro é um sacrifício', diz Gil

ara Gilberto Gil, ser ministro no Brasil é "um verdadeiro sacrifício". Em uma entrevista publicada na edição de ontem do jornal francês "Libération" e reproduzida em outros diários de língua francesa na Europa, o ministro da Cultura confessa que, ao aceitar o convite feito pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva, ainda na primeira campanha do petista para ocupar o cargo, temeu não atingir seus objetivos e nem "acordar cedo". Segundo a publicação , Gil reduziu de 200 para 50 o número de shows realizados por ano. Além disso, desde o início de seu mandato, em 2003, só teve tempo para compor duas músicas. "O sacrifício de ser ministro não é apenas financeiro", afirma o chefe da pasta

da Cultura, em relação à diferença entre seu salário como ministro e os ganhos como músico internacionalmente reconhecido. "Toca também no meu desejo de expressão e de comunicação, além da demanda do meu público", afirmou. Mas Gil garante que está se surpreendendo com sua performance à frente do ministério nos últimos quatro anos. "Estou me saindo melhor que eu mesmo pensava. Eu tinha medo de não conseguir acordar cedo", confessa. Segundo o jornal, Gilberto Gil conseguiu triplicar o orçamento de sua pasta e tem como meta democratizar a cultura no País. Exposição – Gilberto Gil admite uma menor exposição como ministro, mas esclarece que "tem muito trabalho pela frente" durante mais um ano à

CANDIDATA

DIVISÃO

Marta Suplicy é a melhor opção do PT para concorrer à Prefeitura, mas ela não quer assumir qualquer compromisso agora. A ministra só decidirá seu futuro político em 2008. Ela não esconde sua intenção em disputar um cargo executivo em 2010.

Tucanos e democratas não desejam a divisão de votos entre seus eleitores, mas esperam que essa "praga" ataque o candidato petista. Para isso acontecer, as duas legendas torcem pela confirmação da candidatura de Luiza Erundina (PSB-SP). A deputada pode rachar o eleitorado do PT.

RESERVA Mantendo sua decisão, Marta abrirá espaço para a segunda opção dentro do PT: o senador Aloizio Mercadante (SP). O parlamentar tentou a vaga de governador paulista em 2006, mas foi derrotado por José Serra (PSDB). Ele obteve 34% dos votos válidos, o que é bem visto pelos petistas.

SUBSTITUTOS Mas dentro do PT há uma lista de précandidatos à prefeitura de São Paulo. Além da ministra e do senador, ainda há o interesse dos deputados Arlindo Chinaglia, José Eduardo Martins Cardozo e Jilmar Tatto. Tudo indica que, caso Marta desista mesmo da vaga, a disputa será acirrada pelo posto.

CHAPA Os petistas continuarão insistindo na candidatura de Marta Suplicy. Além disso, a legenda fará de tudo para fechar a chapa com o presidente do PMDB, Michel Temer, como vice da ministra. O PT quer que os partidos aliados de Lula apoiem seu candidato em São Paulo, seja ele quem for.

IMPORTÂNCIA Lula mandou um recado aos petistas de São Paulo: eles devem fazer de tudo para reconquistar a Prefeitura de São Paulo. O presidente avalia a capital paulista como peça fundamental na campanha presidencial de 2010. A previsão é que a capital paulista concentrará cerca de 10 milhões de eleitores daqui a três anos.

ADVERSÁRIOS PSDB e DEM ainda costuram a aliança para enfrentar o PT em 2008. Os tucanos ligados a José Serra, por exemplo, querem que o partido apoie a reeleição de Gilberto Kassab (DEMSP). O governador é contra a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB), o que evitaria a divisão de votos com Kassab.

APOIO

frente do Ministério da Cultura. Na música, ele contou que deseja manter o casamento eterno com sua viola, embora flerte com a alta tecnologia em seu show mais recente. Ele avalia que seu ministério

deixou de ter tanta exposição na mídia porque o "artista-ministro" não é mais novidade. Outro motivo, segundo Gil, é que as principais bases da pasta foram lançadas no primeiro mandato. (Agências)

José Serra pensa na eleição presidencial de 2010. Garantindo o apoio do tucanato ao atual prefeito de São Paulo, ele teria os democratas ao seu lado durante a disputa pelo Planalto em 2010. Kassab também busca essa coligação.

APELO Para evitar esse problema, o presidente Lula mantém seu apelo aos partidos de esquerda, mais precisamente o PDT, PSB e o PCdoB, para que seja confirmada uma união das legendas em 2008 em torno do candidato petista em São Paulo e nas demais capitais onde houver um nome do partido. Mas os líderes dessas legendas não responderam, pelo menos até agora, ao pedido de Lula.

FAVORECIMENTO O PSB acredita no crescimento da legenda em São Paulo com a candidatura de Luiza Erundina. Essa alta na popularidade poderá beneficiar o deputado Ciro Gomes (PSB-CE), que deseja disputar a presidência da República em 2010. O ex-ministro também não descarta sair com vice numa eventual chapa com o PMDB. Ele aguarda as negociações de sua legenda com Michel Temer.

DOBRADINHA Os líderes do PSB aceitam a composição de uma chapa formada por Aécio Neves (PSDB) e Ciro Gomes. Mas isso só irá ocorrerá se o governador de Minas deixar o tucanato e migrar para o PMDB. Michel Temer (PMDB-SP) já ofereceu a vaga mais de uma vez ao tucano de Minas.

NÃO QUER Mas, pelo menos no atual cenário político, o governador de Minas Gerais recusa a oferta de Temer. Ele ainda tem esperança em disputar o Palácio do Planalto pelo PSDB. Por enquanto, o governador de São Paulo, José Serra, leva vantagem na corrida pelo posto de candidato dos tucanos. O mineiro acredita que pode reverter a situação e confirmar seu nome no pleito de 2010.


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nacional Finanças Empresas Tr i b u t o s

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Mirar-se em exemplos do que é sucesso, como é o caso da Natura, é um bom caminho para tornar uma marca conhecida. Jayme Serva, da Milk

LISTA TEM AS 100 MARCAS MAIS VALIOSAS

Marcelo Soares/Hype

BRASIL ESTÁ LONGE DE TER MARCAS INTERNACIONAIS

Serva: projetos inteligentes. Divulgação

Estudo da Interbrand do Brasil aponta que companhias como o Itaú, Brahma, Gerdau, Embraer e Weg têm potencial para entrar na lista das marcas mundialmente famosas, mas falta reconhecimento no exterior

2,7

Patrícia Büll

C

oca-Cola, Microsoft e IBM lideram a lista das 100 empresas mais valiosas do mundo, de acordo com pesquisa divulgada no final de julho pela consultoria Interbrand para a revista Business Week. O Brasil ainda não tem lugar nesse seleto grupo, talvez porque, para fazer parte da lista, seja necessário que a empresa tenha valor mínimo de US$ 2,7 bilhões, alcance um terço de seu lucro fora do país de origem, ofereça dados de marketing e financeiros a observadores externos e possua ainda um amplo público consumidor fora de sua base de clientes diretos. De acordo com a Interbrand do Brasil, algumas marcas nacionais até poderiam figurar

bilhões de dólares é o valor mínimo necessário que uma empresa precisa ter para figurar na lista das marcas mais rentáveis. na lista pelo faturamento, o impedimento maior, entretanto, é que poucas se tornaram conhecidas lá fora. Itaú e Brahma caminham para isso, mas ainda não possuem um terço do faturamento vindo de fora. Para o consultor de marketing Augusto Nascimento, nos últimos anos o Brasil passou a

ser reconhecido no exterior um pouco além do samba e do futebol. Ele diz que marcas brasileiras como Embraer, Weg e Gerdau têm potencial para entrar no ranking. "Eu diria que essas marcas são multinacionais brasileiras", afirma Nascimento. O problema é que os produtos dessas marcas não estão disponíveis em prateleiras, o que dificulta um pouco seu reconhecimento. Para Jayme Serva, diretor de criação e sócio da Milk Comunicação Integral, hoje o que destaca uma marca entre as milhares de opções é a inteligência do projeto, e não mais o diferencial tecnológico, como era nas últimas décadas do século passado. Como exemplo, ele cita os produtos desenvolvidos pela Apple, que tecnologicamente não se diferenciam muito dos de outros fabrican-

Nascimento: além do samba.

tes. "Mas as inovações constantes e o design único tornam os lançamentos da Apple objetos de desejo." Para Serva, o que faz o comprador escolher uma marca e não outra é a questão afetiva. Quando o consumidor começa a descrever o produto com características de "gente", mostra que a relação é enriquecedora. E é isso, na opinião dele, que torna uma marca atraente. Ao gerar afetividade, a marca gera demanda, o que faz com que ela seja desejada acima de todas as outras que tentam atingir o consumidor 24 horas por dia. Lançando marca – Quando

um empreendedor pretende lançar uma marca, ele deve definir valor, visão e missão. "Esses três itens não devem servir apenas para conseguir ISO, eles precisam realmente fazer parte da política da marca", afirma o diretor da Milk. São eles que dão alicerce para o empresário planejar suas estratégias. "Ele precisa planejar para não se desviar daquilo que pretende com a marca. Planejar, cumprir e depois replanejar", salienta Serva. O empresário precisa ser coerente com o que defende e coloca como missão. Quanto maior for a coerência, mais elevadas

Auto Posto da Fé Ltda, torna

público

são as chances de manter a marca no longo prazo. Um exemplo é a Natura, citada pela Interbrand Brasil, junto com Havaianas, como promessa de se tornar grife internacional. A Natura sempre se guiou por ser uma empresa social e ambientalmente responsável. E todos os seus processos, da matéria-prima e fabricação dos produtos, até a relação com a comunidade onde está inserida, são coerentes com esse valor. "Mirar-se em exemplos do que é sucesso, como é o caso da Natura, é um bom caminho para tornar uma marca conhecida", afirma Serva.

que

recebeu

Operação n° 30004439, c/ val.09/08/2012, para derivados de petróleo,sito à

Banco Bradesco S.A.

DE SÃO PAULO

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PREGÃO (presencial), para Registro de Preço DSE nº 44/07. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 3170/5900/2007. OBJETO: Freezer Horizontal. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 09:30h do dia 27 de agosto de 2007. Edital completo à disposição dos interessados, via Internet, pelo Site www.e-negociospublicos.com.br. INFORMAÇÕES: fones: (11) 3866-1615/1616, de 2ª a 6ª feira, no horário das 8h às 17h SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

a)

ratificação da nomeação das Patrimônios das Sociedades;

avaliadoras

b)

exame e aprovação do “Instrumento de Protocolo e Justificação de Incorporação da Totalidade das Ações Representativas do Capital Social do Banco BMC S.A.”, bem como dos Laudos de Avaliação dos Patrimônios das Sociedades;

DEPARTAMENTO DE SUPRIMENTO ESCOLAR

2. aumentar o Capital Social do Bradesco em R$210.441.000,00, elevando-o para R$19.000.000.000,00, mediante a capitalização de parte do saldo da conta “Reserva de Lucros - Reserva Legal”, sem emissão de ações, de acordo com o Parágrafo Primeiro do Artigo 169 da Lei no 6.404/76, com a conseqüente alteração do “caput” do Artigo 6o do Estatuto Social; 3. alterar parcialmente o Estatuto Social, formalizando a instituição de Ouvidoria, já existente na Sociedade, em atendimento à Resolução no 3.477, de 26.7.2007, do Conselho Monetário Nacional; no Artigo 9o, aprimorando a redação da letra “e”, e incluindo na letra “p” a figura do Ouvidor; no Artigo 13, especificando as situações em que a Sociedade poderá ser representada isoladamente por Membro da Diretoria ou Procurador; e no Artigo 24, elevando de 8 (oito) para 9 (nove) o número de membros do Comitê de Conduta Ética; as

Isoldi S.A. Corretora de Valores Mobiliários

dos

c) aumento do Capital Social do Bradesco, no valor de R$789.559.000,00, elevando-o de R$18.000.000.000,00 para R$18.789.559.000,00, mediante a emissão de 18.599.132 novas ações nominativas-escriturais, sem valor nominal, sendo 9.299.618 ordinárias e 9.299.514 preferenciais, na proporção de 0,086331545 fração de ação do Bradesco para cada ação do BMC, a serem atribuídas aos acionistas do BMC, sendo 0,043166014 fração de ação ordinária e 0,043165531 fração de ação preferencial, com a conseqüente alteração do “caput” do Artigo 6o do Estatuto Social;

refletir

produtos

Av. Cons. Carrão, 3481 - 03403-003 - Vl. Carrão - SP.

GOVERNO DO ESTADO

FQ ECRKVCN UQEKCN FC UQEKGFCFG PQ XCNQT FG 4 EQPUKFGTCFQ GZEGUUKXQ GO TGNCnlQ CQ QDLGVQ FC UQEKGFCFG 2QTVCP

1. incorporar a totalidade das ações representativas do Capital Social do Banco BMC S.A. (BMC) ao Banco Bradesco S.A. (Bradesco), convertendo o BMC em subsidiária integral do Bradesco, de conformidade com o disposto nos Artigos 224, 225 e 252 da Lei no 6.404/76, mediante:

de

Licença de

'ZVTCVQ FG VC FG 4GWPKlQ FG 5xEKQU 3WQVKUVCU UGETGVCTKCFC RGNQ 5T *QThEKQ (GTTGKTC 3WKPVCPC (QK FGNKDGTCFQ G CRTQXCFQ UGO TGUUCNXCU RQT WPCPKOKFCFG FG XQVQU C TGFWnlQ

I. examinar propostas do Conselho de Administração para:

fim

a

02, P 0+4' P

4GWPKlQ TGCNK\CFC GO iU JU PC UGFG UQEKCN FC UQEKGFCFG UQD C RTGUKFqPEKC FC 5TC &GPKUG 5CPVQU FC 5KNXC G

Convidamos os senhores acionistas desta Sociedade a se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária, a ser realizada no próximo dia 24 de agosto de 2007, às 17h, na sede social, Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, no Salão Nobre do 5o andar, Prédio Novo, a fim de:

4. consolidar o Estatuto Social, a mencionadas nos itens anteriores.

Cetesb

4C[KN 6TCFKPI QOoTEKQ +ORQTVCnlQ G 'ZRQTVCnlQ .VFC

CNPJ no 60.746.948/0001-12 - NIRE 35.300.027.795 Companhia Aberta Assembléia Geral Extraordinária Edital de Convocação

empresas

da

atividade de comércio de

propostas

II. optar pela utilização de demonstrações financeiras consolidadas no Bradesco, na apuração dos limites operacionais de que trata o Artigo 1o da Resolução no 2.283, de 5.6.96, do Conselho Monetário Nacional, englobando todas as empresas financeiras controladas pelo BMC. Documentos à Disposição dos Acionistas: este Edital de Convocação, as Propostas do Conselho de Administração, o “Instrumento de Protocolo e Justificação de Incorporação da Totalidade das Ações Representativas do Capital Social do Banco BMC S.A.” e seus anexos encontram-se à disposição dos acionistas no Departamento de Ações e Custódia do Bradesco, Instituição Financeira Depositária das Ações da Sociedade, Cidade de Deus, Prédio Amarelo, Vila Yara, Osasco, SP, podendo inclusive ser visualizados no site www.bradesco.com.br - seção Governança Corporativa - Documentos Societários. Cidade de Deus, Osasco, SP, 8 de agosto de 2007 Lázaro de Mello Brandão Presidente do Conselho de Administração 9, 10 e 14.08.07

Itautec S.A. - Grupo Itautec CNPJ. 54.526.082/0001-31

Companhia Aberta

FATO RELEVANTE DISTRIBUIÇÃO DE JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO Comunicamos aos Senhores Acionistas que o Conselho de Administração, reunido em 10.8.2007, deliberou distribuir juros sobre o capital próprio no valor de R$ 0,90 por ação, composto de duas parcelas, sendo: a) 1ª parcela de R$ 0,40 por ação (líquido de R$ 0,340 por ação) por conta do resultado operacional recorrente apurado pela sociedade no 1º semestre de 2007; e b) 2ª parcela de R$ 0,50 por ação (líquido de R$ 0,425 por ação) por conta do resultado extraordinário decorrente dos efeitos da venda do terreno situado na Rua Santa Catarina, Tatuapé, nesta Capital, e da alienação de 50% das ações da CCDI; Essas parcelas serão pagas simultaneamente em 31.8.2007, com base na posição acionária final do dia 13.8.2007 e serão imputadas ao valor do dividendo obrigatório de 2007. O pagamento será efetuado com retenção de 15% de imposto de renda na fonte, resultando em juros líquidos de R$ 0,765 por ação, excetuados dessa retenção os acionistas pessoas jurídicas que comprovarem, até a data de início do pagamento, a sua condição de imune ou não tributada (Lei nº 9.532/97) ou a opção pelo regime especial de tributação (Lei nº 11.053/04). Locais de Atendimento: - Rua Boa Vista, 176 - 1º subsolo - São Paulo-SP; - Rua Sete de Setembro, 99 - Subsolo - Rio de Janeiro-RJ; - Av. João Pinheiro, 195 - Térreo - Belo Horizonte-MG; - Rua Sete de Setembro, 746 - Térreo - Porto Alegre-RS; - Rua João Negrão, 65 - Sobreloja - Curitiba-PR; - Av. Estados Unidos, 50 - 2º andar - Salvador-BA; - SCS Quadra 3 - Edifício D’Ângela, 30 - Bloco A - Sobreloja Brasília-DF. São Paulo-SP, 10 de agosto de 2007. ITAUTEC S.A. - GRUPO ITAUTEC Ricardo Egydio Setubal Diretor de Relações com Investidores

C.N.P.J./M.F. Nº 62.051.263/0001-87 - N.I.R.E. 35.300.025.059 Ata da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 31/07/2007 Data, hora e local: Aos 31 de julho de 2007, às 10:00 horas, na sede social, na Rua São Bento, nº 365, 12º andar, São Paulo-SP. Presenças: Acionistas representando a totalidade do capital social, conforme assinaturas constantes do Livro de Presença. Convocação: Dispensada a convocação nos termos do § 4°, do art. 124, da Lei n° 6.404/76. Mesa: Carlos Alberto da Silveira Isoldi - Presidente; Geraldo Isoldi de Mello Castanho - Secretário. Ordem do dia: Redução do capital social, com a conseqüente alteração do artigo 4º do Estatuto Social. Deliberações: Dando início aos trabalhos, os acionistas examinaram o item constante da ordem do dia e deliberaram, por unanimidade de votos, reduzir o capital social, por ser considerado excessivo, no montante de R$ 13.383.618,79, passando o capital social de R$ 25.142.308,79 para R$ 11.758.690,00, mediante o cancelamento de 2.980.962 ações ordinárias de classe única, todas nominativas e sem valor nominal. Referida redução será restituída aos acionistas, proporcionalmente às respectivas participações no capital social da Companhia, mediante a transferência da titularidade dos seguintes títulos, nas proporções e valores constantes da tabela anexa (Anexo I): (ii.1) 2 (dois) Títulos Patrimoniais da Bolsa de Valores de São Paulo - Bovespa, no valor total de R$ 2.920.388,04; (ii.2) 1 (um) Título de Membro de Compensação da Bolsa de Mercadorias e Futuros - BM&F, no valor total de R$ 4.877.537,67; (ii.3) 1 (um) Título de Corretora de Mercadorias da Bolsa de Mercadorias e Futuros - BM&F, no valor de R$ 4.815.019,81; e (ii.4) 500 (quinhentas) ações da Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia - CBLC, no valor total de R$ 770.673,27, de forma que: (a) ao Sr. Carlos Alberto da Silveira Isoldi seja restituído o equivalente a R$ 3.728.932,29; (b) à Sra. Edith Pinheiro Guimarães Isoldi seja restituído o equivalente a R$ 2.202.615,79; (c) à Sr. Maria Martins da Silveira Isoldi seja restituído o equivalente a R$ 1.899.822,20 ; (d) ao Sr. Clóvis Joly de Lima Júnior seja restituído o equivalente a R$ 1.443.812,60; (e) ao Sr. Geraldo Isoldi de Mello Castanho seja restituído o equivalente a R$ 866.285,36; (f) à Sra. Maria Fernanda Guimarães Isoldi seja restituído o equivalente a R$ 436.670,85; (g) à Sra. Maria Cristina Guimarães Isoldi seja restituído o equivalente a R$ 436.670,85; (h) à Sra. Maria Cecília Guimarães Isoldi seja restituído o equivalente a R$ 436.670,85; (i) ao Sr. Geraldo José Guimarães Isoldi seja restituído o equivalente a R$ 436.670,85; (j) ao Sr. Luiz Eduardo Guimarães Isoldi seja restituído o equivalente a R$ 436.670,85; (l) à Sra. Ana Emília Isoldi de Morais seja restituído o equivalente a R$ 352.932,10; (m) à Sra. Inês Eloísa da Silveira Isoldi seja restituído o equivalente a R$ 352.932,10; e (n) à Sra. Maria Clara Isoldi Whyte seja restituído o equivalente a R$ 352.932,10. Em decorrência da redução de capital ora deliberada, o art. 4° do Estatuto Social passará a vigorar com a seguinte nova redação: “Art. 4°: O capital social é de R$ 11.758.690,00, dividido em 2.619.038 ações ordinárias de classe única, todas nominativas e sem valor nominal.”. Os acionistas autorizam a Diretoria da Companhia a praticar todos e quaisquer atos e a firmar todos e quaisquer documentos necessários para a execução das deliberações ora aprovadas. Para os fins previstos no art. 174 da Lei n.º 6.404/76, a presente ata será publicada na forma da lei e, transcorrido o prazo de 60 dias da data da sua publicação, será levada a registro na Junta Comercial competente. Encerramento, lavratura, aprovação e assinatura: Nada mais havendo a ser tratado, foi a presente ata lavrada, lida, aprovada e assinada por todos os presentes. São Paulo, 31 de julho de 2007. Mesa: Carlos Alberto da Silveira Isoldi - Presidente; Geraldo Isoldi de Mello Castanho - Secretário. Acionistas: Carlos Alberto da Silveira Isoldi, Edith Pinheiro Guimarães Isoldi, Maria Martins da Silveira Isoldi, Clóvis Joly de Lima Júnior, Geraldo Isoldi de Mello Castanho, Maria Fernanda Guimarães Isoldi, Maria Cristina Guimarães Isoldi, Maria Cecília Guimarães Isoldi, Geraldo José Guimarães Isoldi, Luiz Eduardo Guimarães Isoldi, Ana Emília Isoldi de Morais, Inês Eloísa da Silveira Isoldi, Maria Clara Isoldi Whyte.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 13 de agosto de 2007, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Requerente: Transit do Brasil Ltda. Requerido: Administradora de Saúde Intermed Germany do Brasil Ltda. - Rua Joaquim Marra, 1.961 - 1ª Vara de Falências Requerente: Transit do Brasil Ltda. Requerido: Truk´s Estações de

Maior

cobertura pelo preço

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O Jornal do Empreendedor

Trabalho e Marketing Direto Ltda. - Rua General Jardim, 645 - 9º andar - 1ª Vara de Falências Requerente: Transit do Brasil Ltda. Requerido: Pedro da Costa Lima Junior Informática ME Rua Paula Ney, 29 - 1ª Vara de Falências

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8

OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 14 de agosto de 2007

LENTE DE

AUMENTO

CIDADANIA NO PLANO DIRETOR

G Na discussão

do Plano Diretor, importa a cidadania, a qualidade de vida, o emprego e a inclusão.

as demais perderão a voz. Alguns, também inteligentes - porém, entendendo democracia como uma outra forma de governo -, especializaram-se no hábito de manipular assembléias. Chega! Acabou esse tempo! A nossa inteligência é equivalente, o nosso ideal é socialmente equilibrável, senão o mesmo, não somos nem melhores e nem piores. Porém, vocês serão - como n´O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint Exupery - eternamente responsáveis pelas marcas que deixarem na cidade, no estado, na Nação e naquilo que se possa chamar de sociologia política ou mesmo a estória política de todo o continente (a omissão da letra "h" é absolutamente intencional faz parte da resposta, cuja conduta faz por merecer). Deixamos registrado neste artigo, em primeiro lugar, que nossas propostas ao Plano Diretor foram devidamente protocoladas junto à

Secretaria Municipal de Planejamento (Sempla). Estão no site www.acsp.com.br (pop-up Plano Diretor), disponíveis também para o Ministério Público, bastando apenas os senhores procuradores mais atualizados acessarem o site. Em cerca de 500 páginas há pelo menos 52 propostas subscritas pela Distrital Centro da ACSP, que começaram a ser protocoladas ainda na Gestão Pitta e estão divulgadas desde julho passado. Nem os diários oficiais conseguem ter tal alcance. Fica aqui, portanto, este registro para a Cidade de São Paulo: o fluxo de negócios do mercado internacional deste novo milênio se recusa a ficar refém de doutrinas do século XIX. Abrimos uma frente de batalha e estamos em luta, desde que se respeite o mesmo regime democrático mencionado no inicio deste documento. Desde o início da discussão, deixamos propositadamente os tecnicismos à margem, não importando o número da lei, não importando se duas ou três leis serão analisadas e ou votadas simultaneamente. Sequer importa a lei -essas, específicas em si. Importa a cidadania, importa a qualidade de vida, importa o emprego, importa a inclusão. Essa é a nossa luta. Presto este depoimento como um arquiteto e urbanista formado por escola e universidade públicas, que acima de tudo quer entregar a seu filho um país melhor daquele recebido de meu pai e de minha mãe, onde foram tão bem acolhidos quando imigrantes. Peço ao editor que respeite este epílogo por inteiro. Membro eleito da C om is sã o Municipal de Política Urbana, falo apenas em meu nome. Não tenho procuração para manifestar-me em nome da Distrital Centro, quanto mais da ACSP. Qualquer plural que tenha sido usado foi um descuido não-intencional. Contudo, minha alma brasileira, com sotaque carioca, sopra aqui dentro. MAURO FRIEDHOFER É MEMBRO DA COMISSÃO MUNICIPAL DE POLÍTICA URBANA E CONSELHEIRO DA ACSP

A s propostas estão no site da ACSP

Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)

Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefe de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br) , Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luizo@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro (aribeiro@dcomercio.com.br) Editores: Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Adriana David, Davi Franzon, Dora Carvalho, Eliana Haberli, Fátima Lourenço, Felipe Datt, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Flávia Gianini, Ivan Ventura, Jane Soares, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mário Tonocchi, Maristela Orlowski, Neide Martingo, Patrícia Büll,Paula Cunha,Rejane Aguiar,RenatoCarbonariIbelli,Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Sonaira San Pedro , Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vanessa Rosal, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br), Cláudia Thereza (Brasília) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80

REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046

JOÃO DE SCANTIMBURGO Céllus

A

democracia é um regime que custou muitas vidas e é nela que estamos vivendo nesses últimos anos. Nesse regime, prima-se por respeitar as minorias. As minorias são muitas. Entre elas, existe na cidade de São Paulo uma formada por 55 pessoas. Essa minoria tem nome. Chama-se Câmara Municipal de São Paulo. No regime democrático que nós brasileiros defendemos - lamentavelmente nem todos - , essa minoria paulistana representa toda a comunidade que vive em São Paulo. Essa minoria não é qualitativa ou individualmente melhor do que qualquer um de nós, ou de qualquer outra minoria mas, pelo regime democrático, se essa sagrada minoria não for respeitada,

Fora CPMF! BENEDICTO FERRI DE BARROS

C

om essa iniciativa - Fora CPMF! - a pulsão cívico-política brasileira adota a única diretriz prática para um efetivo controle do Estado e os políticos, seus donos e beneficiários, sem o que ele continuará a inchar e a devorar a nação em benefício próprio. É a clara conclusão a se tirar do último relatório da Secretaria do Tesouro Nacional. Seus números (oficiais) mostram, em primeiro lugar, não só que a participação do Estado na economia brasileira continua a crescer, como a aumentar a apropriação pelos políticos da arrecadação de tributos que é feita. Entre 2002 e 2006, enquanto a inflação foi de 37,7%, impostos e contribuições cresceram 70%! É uma coisa complexa, complicada, camuflada, que começa pelos limites estabelecidos pela Lei da Responsabilidade Fiscal, que permite aos governantes do País, dos estados e municípios gastar com seus servidores até 60% dos tributos arrecadados. Em 2006, os gastos com salários e aposentadorias dos servidores dessas três esferas consumiram 40% dos tributos arrecadados. Essa situação tem um efeito calamitoso e múltiplo sobre toda a economia nacional, sendo uma das principais razões da anemia de nosso desenvolvimento. Pois os 60% restantes são claramente insuficientes para atender aos dispêndios prioritários e imprescindíveis em matéria de saúde, educação e investimentos em infraestrutura. Este não é, porém, o único lado ruim da situação. Muito pior, se possível, foram os critérios políticos adotados por essa apropriação e distribuição do produto da arrecadação entre o pessoal da casa, concedendo reajustamentos muito superiores à inflação do período, privilegiando os mais privilegiados, etc., etc. Tudo o que configura um Estado, uma política e uma Administração, que em lugar de existirem

para servir o povo e a Nação se servem dela e do povo em benefício próprio, com um grau incrível de ganância e uma desfaçatez pornográfica. A CPMF é um dos mais notórios exemplos, a começar pelo nome que adotou, de Provisória. Os Inconfidentes mineiros achavam o quinto (20%) excessivos. Estamos perto dos 40% e não fazemos nada? Em 1215, os barões ingleses fizeram saber ao rei João, pela Magna Carta das Liberdades, que não era ele que decidiria quanto seus concidadãos deviam pagar pelos serviços de seu governo, mas eles, os cidadãos, que deviam resolver quanto estavam dispostos a pagar para ter serviços de governo. Aptamente, essa disposição constitucional foi denominada de Magna e aptamente interpretada como a pedra fundamental das "liberdades civis". Pois na vida real, não só dos indivíduos mas de toda uma nação, é a disposição e uso dos recursos que condiciona toda sua economia, seu bem-estar e seu desenvolvimento.

P

erdemos essa verdade fundamental e esse rumo. Há muito tempo nos tornamos servidores daqueles que são pagos para nos servir. Os recursos produzidos pela economia de todo nosso povo são discrecionariamente confiscados por "nossos representantes" e em lugar de serviços de governo nos cobram por desgoverno e reservam para si próprios a parte do leão e dos chacais. Quando pilhados pelo assalto aos cofres públicos, não consta que sejam expropriados. Está mais do que na hora de se dar um basta e por um fim a esse estado de coisas. A rebelião que começa a se organizar contra a CPMF é apenas uma das numerosas manifestações de que estamos acordando para essas indecências magnas.

A rebelião contra a CPMF é um dos sinais de que estamos acordados

Minhocão em Congonhas MARCELO GATTI REIS LOBO

O

caos aéreo enfrentado no aeroporto de Congonhas, afetando a vida dos moradores vizinhos, pode piorar. Isso porque a Prefeitura de São Paulo encaminhou ao governo federal um projeto que prevê a construção de uma área de escape em Congonhas, uma espécie de minhocão, em ambas as cabeceiras da pista. Essa obra irá afetar diretamente as centenas de milhares de moradores dos bairros de Moema, Planalto Paulista, Campo Belo, Indianópolis e Jabaquara, que sofrerão com a desapropriação de seus imóveis, a degradação da qualidade de vida na região, além da desvalorização imobiliária. Em que pese termos ouvido nos últimos dias um sem-número de especialistas em aviação, cada um dizendo uma coisa e apresentando idéias e conclusões precipitadas, a da construção do Minhocão em Congonhas é, sem dúvida, a pior de todas. O projeto elaborado pela Secretaria Municipal de Habitação de São Paulo prevê a construção de pilares que formariam um elevado para abrigar a área de escape do aeroporto. O investimento seria de R$ 500 milhões, fora as indenizações. A obra avançaria por cima das avenidas Washington Luís e Bandeirantes, no lado do bairro de Moema. O perímetro retangular da área a ser desapropriada neste lado teria cerca de 900 metros de comprimento em linha reta, atingindo imóveis até a Alameda dos Nhambiquaras. O local possui imóveis residenciais e comerciais de alto padrão. Vale lembrar que o metro quadrado construído em Moema custa em média R$ 4,9 mil. O Minhocão em Congonhas terá que desapropriar mais de 350 mil metros quadrados. Será que a Prefeitura vai conseguir ressarcir todos os proprietários pela desapropriação desses imóveis? E quando iria pagar essa conta? Com certeza ninguém saberia responder estas questões, pois vale lembrar que a Prefeitura de São Paulo não é boa pagadora. Um bom exemplo é

a fila do pagamento dos precatórios. Os credores de precatórios não-alimentares da Prefeitura estão sem receber desde 2004. É inconteste que essa região - incluindo a Vila Mariana e Jabaquara - teve um crescimento muito grande, mas conseguiu, em que pese a grande especulação imobiliária, se preservar e se manter como um dos locais mais agradáveis para se viver em São Paulo. A alegria da jovialidade desses bairros, que ainda é brindada com a proximidade com o Parque do Ibirapuera, só é vilipendiada pelo abuso que se faz do uso de Congonhas. Ampliando o aeroporto até a Alameda dos Nhambiquaras, a Prefeitura transportará a cabeceira da pista da avenida Moreira Guimarães para o Shopping Ibirapuera, aumentando muito o desconforto e o risco dos moradores da região de Moema.

N

os próximos anos haverá o crescimento do tamanho das aeronaves (mais potentes, com maior capacidade de cargas e passageiros), do fluxo de passageiros, da pressão das companhias aéreas pelo aproveitamento máximo dos pousos e decolagens... Com o aumento da área de escape de Congonhas, não tenham dúvida, ao invés de buscarmos alternativas que reduzam o movimento deste aeroporto, assistiremos à sua ampliação. Esse Minhocão da Aviação apenas aumentará o transtorno do já sobrecarregado Aeroporto de Congonhas e acabará com alguns dos poucos bairros que ainda estão preservados na cidade. Para o bem de São Paulo e do cidadão paulistano, espero que esse projeto seja barrado e as autoridades encontrem outra alternativa para o tráfego aéreo, para que daqui a alguns anos não vejamos outro recorde da aviação sendo quebrado. MARCELO GATTI REIS LOBO É ADVOGADO, (MARCELO@DABULREISLOBO.COM.BR)

O aumento da área de escape de Congonhas ampliará o risco na região

O AVANTESMA CPMF

U

sei o sinônimo de "fantasma" para a CPMF, no lugar de "alma de outro mundo" (também registrado pelo dicionário A u ré l i o), para esse sinistro assalto ao bolso do contribuinte, que não tem como escapar dos grilhões do Leão faminto por verbas inesgotáveis, arrancadas dos pagadores brasileiros e que ninguém sabe para onde vão ou se são bem aplicadas ou não. Estamos nesta Casa prepar a d o s p a r a e n f re n t a r o L e ã o g u l o s o d a C P M F, contribuição votada para período curto mas que se prolonga indefinidamente nesse anárquico regime tributário brasileiro. Temos nos batido por uma reforma tributária digna de uma nação moderna que pensamos ser e preparada por especialistas operosos e clarividentes. Essa questão do regime tributário vem de longe. Os mandatários eleitorais sempre prometeram rever as leis do imposto que recai sobre o contribuinte, mas uma vez empossados deixam a revisão para outra época, para outros prometedores e ficamos com leis absurdas, como essa da CPMF, que veio para ficar só por algum tempo e já está em tempo exagerado, como sempre se dá no Brasil. Infelizmente, na área do governo não se dá ouvidos aos contrários a essa contribuição, que não tem nada que a justifique - é uma invenção parcial da nomenclatura administrativa para tapar buraco no Tesouro Nacional, uma forma de arrecadar fundos para despesas não-orçadas.

T

emos nos mantido neste jornal rigorosamente contrários ao tributarismo imoderado e não-técnico, distinto do que é feito nas nações bem organizadas, onde ao povo é dado tudo o que ele precisa para viver decentemente. Essa luta contra o mau tributarismo vigente no Brasil não vai acabar tão cedo, não temos essa ilusão, mas vai durar muito tempo e nesse tempo todo estaremos convencidos de nossa tarefa, que é a de combater o mau tributo e a má lei tributária. Enfim, queremos uma lei tributária decente e justa, pois sabemos como pagar para termos o que precisamos. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR

G Essa luta

contra o mau tributarismo não vai acabar tão cedo, mas é nossa tarefa combater o mau tributo e a má lei tributária.


Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

1

Paulo Pampolin/Hype

Rodovia dos Bandeirantes: eixo de desenvolvimento da aglomeração urbana.

SAO PAULO

GRANDE SUPER MEGA

Inpe

A utilização dos aeroportos do Interior para aliviar Congonhas consolida a mega São Paulo: um conglomerado urbano de 25 milhões de habitantes que reúne regiões como Campinas, São José dos Campos e Baixada Santista. Marcus Lopes

O

s reflexos do caos aéreo não são sentidos apenas nos aeroportos, mas, a longo prazo, na própria reorganização das cidades. A construção do recém-anunciado trem expresso para o aeroporto de Cumbica e a transferência de vôos para o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), reforçam um processo urbano que já existe no Estado: as aglomerações urbanas. "Antigamente as cidades eram o centro urbano do município. Depois vieram as metrópoles. Hoje é um sistema de pólos interligados", explica o urbanista Nestor Goulart Reis, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Junto com um grupo de pesquisadores de todo o País, Reis estuda, desde 2004, o processo de união das várias metrópoles e municípios, também chamado de "dispersão urbana". A dispersão urbana já é sentida no dia-a-dia das grandes cidades. Um exemplo clássico são os ônibus de fretamento. Até algum tempo atrás, eles transportavam apenas pessoas que moravam em cidades da Grande São Paulo e trabalhavam na Capital. Atualmente, o movimento diário casatrabalho se estendeu para outros locais, como Santos, Sorocaba e São José dos Campos. No Estado de São Paulo, a principal dispersão é formada por quatro grandes blocos urbanos praticamente ligados entre si: a Região Metropolitana de São Paulo, Campinas, Vale do Paraíba e Baixada Santista. Trata-se de um conglomerado urbano de aproximadamente 25 milhões de habitantes, distribuídos em mais de 50 municípios. Essa mancha urbana se desenvolve principalmente ao longo das grandes rodovias (Anhangüera, Bandeirantes, Castelo Branco, Imigrantes e Dutra), que funcionam como artérias de deslocamento. "Não dá para dizer mais, nessa grande região, onde termina o urbano e começa o rural. Até porque o rural nesse meio urbano é outro rural, muito diferente do de décadas atrás", explica o urbanista, apontando para as imagens de satélite. Ele refere-se às regiões ao longo das grandes rodovias, onde a paisagem rural está sendo substituída por condomínios fechados, periferias urbanas, indústrias e outros grandes empreendimentos, formando um único conjunto. No dia-a-dia da população as transformações também são sentidas, principalmente em relação aos deslocamentos, tornando o processo amplo e diversificado. A pessoa mora em Campinas, por exemplo, mas trabalha e se diverte em São Paulo. No caso dos aeroportos, Viracopos pode se transformar em um dos terminais de São Paulo, tornando rotina uma viagem de 100 quilômetros para pegar um vôo que saía de Congonhas. "As pessoas não podem mais dizer que vivem em uma cidade, mas em uma área", diz Reis. "Os mesmos ônibus fretados que levam e trazem pessoas para trabalhar durante a semana em São Paulo, transportam moradores do Interior para se divertir nos teatros da Capital aos sábados e domingos", completa. Organização social - A nova conjuntura também exige um novo papel do Estado e novas políticas públicas sobre as aglomerações urbanas que se formam em todo o País. "Sem pensar não é possível projetar, criando uma desorganização social crescente", diz o urbanista, que cita a violência como o maior exemplo da falta de planejamento. "A violência urbana é produzida pelo Estado, quando ele não cuida das cidades. Quando o Estado não assume sua responsabilidade, os bandidos a assumem, criando uma nova ordem social e urbana no vácuo deixado pelos governantes", diz. Outro exemplo de desorganização é a chamada "guerra fiscal", em que empresas montam sedes em outras praças, para pagar menos impostos, comprometendo os serviços públicos na cidade de origem. No futuro próximo também será necessário pensar em como cobrar, distribuir e investir os tributos nessas grandes regiões, mesmo os municipais. Afinal, hoje a pessoa paga seus impostos municipais na cidade onde está sua residência, mas usufrui de todos os serviços de outra, onde passa o dia ou a semana. Por isso, explica Reis, o primeiro desafio é compreender e acompanhar esse desenvolvimento urbano, para que seja possível o controle. "Há muitos fundos e investimentos para estudos do meio ambiente, mas não há nada seme-

Imagem de satélite revela a mancha urbana espalhada além dos limites da Grande São Paulo: dispersão urbana reúne várias regiões do Estado e cria novos hábitos Milton Mansilha/Luz

Melendez: após o trabalho, a volta para o Interior Rafael Hupsel/Luz

Giusti: melhor morar na praia do que na periferia

lhante para o estudo do urbano, onde vive a grande maioria da população", completa. O vice-presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP), Cláudio Bernardes, concorda com o urbanista. "A dispersão urbana é um fenômeno que está acontecendo em todo o País e temos de estudar e compreender melhor, para que seja possível oferecer cada vez mais qualidade de vida às pessoas", explica. Segundo ele, o processo é positivo, desde que haja um bom planejamento do poder público, seja por diretrizes de crescimento ou planos diretores. "Alphaville hoje em dia tem uma movimentação muito grande de pessoas, tanto morando como trabalhando. Imagine se todos estivessem aqui na Capital? A qualidade de vida da cidade seria muito pior, pois haveria muito mais pessoas", cita. Para o secretário estadual da Habitação, Lair Krahenbuhl, a urbanização dispersa é resultado de vários fatores, entre eles a ocupação desordenada das periferias das grandes cidades. "O ideal seria um planejamento muito bem detalhado e integrado por parte das várias esferas de governo, para otimizar recursos e evitar o crescimento desordenado", explica.

Trabalhar em SP, morar no Interior

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movimento da população que viaja todos os dias de uma cidade para outra é tão grande que as linhas rodoviárias de ônibus ou fretamento tornaram-se praticamente urbanas. Apenas o site da União dos Executivos do Litoral Paulista (Uelpa) oferece mais de 30 linhas diárias partindo de Santos, São Vicente e Guarujá para São Paulo, transportando diariamente milhares de pessoas. É o caso do advogado Fernando Giusti. Há 15 anos, todos os dias ele sai de Santos, onde mora com a família, e percorre os 80 quilômetros até a Capital, onde trabalha. À tarde, volta para casa. Segundo ele, o cotidiano de viajar quatro horas por dia (ida e volta) está tão incorporado às pessoas, que elas se programam de acordo com os horários do ônibus. "Tem gente que sai daqui de São Paulo e vai fazer academia lá embaixo (Santos)," diz Giusti. Apesar do cansaço e de uma rotina que às vezes consome horas de estrada para chegar em casa (como nos feriados), Giusti

diz que vale a pena o movimento pendular. "Entre morar na periferia em São Paulo e morar na praia, é melhor morar na praia", explica. Dessa maneira, sua vida acaba se dividindo entre a Capital e Santos, principalmente por causa dos serviços. "Médico, por exemplo, sempre vou a São Paulo." O engenheiro químico Amilton Melendez mora em São José dos Campos e trabalha de segunda a quinta em São Paulo. Na segunda dorme na casa do irmão, no Cambuci. Nos demais, vai e volta para o Vale do Paraíba. "A estrada não é tão complicada, o problema é o trânsito de São Paulo", diz Amilton, que acorda às 5h30 e leva cerca de duas horas de São José até seu escritório, no Brooklin, zona sul. "Não é uma vida que me atrai muito, mas é o jeito que encontrei de continuar trabalhando e manter a qualidade de vida do Interior", diz Melendez, que não pensa em trazer a família para São Paulo. "Lá há muito mais liberdade para eles e não tem tanta violência." (ML)


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Divulgação

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

O Grupo de Apoio à Criança e ao Adolescente com Câncer vende ticketes para o McDia Feliz. Custa R$6. (Fone 5908-9111).

VERDE EM CONSERVA

Rafael Hupsel/Luz

A Lei Cidade Limpa estimula as empresas a conservar praças e elas podem divulgar seus empreendimentos Paula Cunha

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Heriberto: "A praça ficou mais bonita e todos podem utilizá-la."

cas (veja as regras abaixo). Para o lojista Eduardo Fernandes de Freitas, diretor da Casa Fernandes de Pneus, o ato de assumir a conservação da a praça Carlos Warmondes de Macedo, no bairro de Santo Amaro, na zona Sul, não é uma estratégia de marketing. "A empresa está em frente à praça há 37 anos, muito antes da Lei

Cidade Limpa. No começo, fiquei horrorizado com o que os moradores jogavam lá. Encontrávamos até animais mortos. Retirei 26 caçambas de entulho apenas para nivelar o solo da praça", conta. Além de relatar este episódio, ele acrescenta, indignado, que nenhum morador da vizinhança colabora na conserva-

ção da praça. As despesas mensais com esta atividade consomem, em média, cerca de R$ 500. "Nem mesmo quando a igreja local instalou um altar para Nossa Senhora e organizou procissões, sem pedir permissão a ninguém houve colaboração", diz. Apesar disso, ele está entusiasmado com a atividade e já

assumiu a responsabilidade pela conservação de um canteiro na avenida Vereador José Diniz. "Ainda não sei como calcular os custos de manutenção da nova área. Mas o entendimento com a prefeitura está adiantado", acrescenta. Warmondes orgulha-se, também, de ter incutido em seus funcionários a importância de Andrei Bonamin/Luz

Saiba como adotar sua praça

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articipar da conservação do meio ambiente, colaborar para o bemestar dos habitantes de São Paulo e divulgar o seu empreendimento. Estas são as principais vantagens para os empresários que adotam praças e espaços públicos na cidade de São Paulo. As regras, segundo a prefeitura, são simples e a licitação é rápida. André Graziano, assistente técnico responsável pelos termos de cooperação e paisagismo da secretaria das subprefeituras, diz que o índice de adoção de praças por empresários e comerciantes cresceu significativamente após a Lei Cidade Limpa, implantada no início deste ano. "Quando os empresários perderam o espaço publicitário, viram que esta era uma chance de dar visibilidade a seus empreendimentos. Eles encaram a ação como uma publicidade de baixo custo e alto retorno", explica Graziano. Com isso, os custos de ma-

Farah: há praças para adotar.

nutenção das praças e espaços públicos diminuíram para a prefeitura e os índices de desistência são baixíssimos. Como funciona - O empresário interessado deve enviar à prefeitura uma carta manifestando seu interesse em conservar uma área ou praça e anexar os documentos que provam que sua empresa existe. Em seguida, envia um envelope com seus dados. Esta intenção é publicada no Diário Oficial do Município. Depois, há uma licitação para julgar a melhor proposta. O candidato aprovado assina um termo de adoção. A prefeitura encarrega-se do suporte e orientação. A subprefeitura assume a fiscalização. Se a área não é conservada, o con-

trato é rescindido. Mais informações: (11) 3329-8261. Intermediação - O interesse pela adoção destas áreas cresceu tanto que já existem empresas especializadas na negociação entre empresários e a prefeitura. A Farah Service (www.f arahservice. com.br) orienta os interessados a reunir os documentos necessários e encaminhá-los à prefeitura. Seu diretor, Michel Farah, explica que a empresa iniciouse nesta atividade em 1986, com a oferta de restauro de monumentos. Ele acredita que há muitos espaços a serem explorados. "Hoje, apenas 7% das áreas verdes de São Paulo são adotadas. Historicamente, a média é de 4%, mas houve crescimento com a Lei Cidade Limpa. Apesar das boas perspectivas, os prazo impostos pela prefeitura ainda são um entrave. Nem todos conseguem cumpri-los", diz. Para Farah, a lei foi um "empurrão" para que as empresas adotassem estes espaços. A empresa tem clientes como o grupo Pão de Açúcar até pequenas lojas e o Flores On Line. "A lei foi boa para São Paulo. Neste caso, os empresários não se sentem obrigados. Por isso, nosso próximo passo será capacitar famílias carentes a conservar áreas públicas em parceria com a prefeitura. Já apresentamos o plano para a Secretaria Municipal de Assistência Social". (PC)

Divulgação

odo mundo já deve ter visto em seu bairro pelo menos uma praça, um jardim ou um canteiro central de avenida com uma placa "a empresa tal conserva esta área". Esta prática de responsabilidade ambiental e social disseminou-se em São Paulo nos últimos meses, colaborando para melhorar a aparência da cidade e estimulando a parceria entre o comércio varejista, empresas e a prefeitura. "Completamos O crescimen50 anos de to na adoção atividade. desta iniciativa Festejamos deve-se não conservando apenas à consa área para cientização dos todos." empresários em Carlos relação à necesWarmondes de sidade de conMacedo servar a cidade, mas também para legalizar um novo tipo de publicidade para seus empreendimentos, já que a colocação de placas em praças e áreas livres conservadas não está incluída na Lei Cidade Limpa, adotada pela administração de Gilberto Kassab no início deste ano e que proíbe a publicidade externa nas vias públi-

participar de ações sociais como esta. Há 16 anos na empresa, o vendedor Heriberto Marcelino da Silva encarregou-se não apenas da conservação da praça como também da sua limpeza quando a empresa assumiu a sua conservação. Ele até plantou algumas árvores lá. "A praça ficou mais bonita e todos podem utilizá-la", diz. Grandes empresas - Os comerciantes não são os únicos interessados na conservação de praças e canteiros na capital paulista. Empreendedores de grande porte também assumem a responsabilidade de preservar espaços, principalmente no centro da capital paulista. A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) assumiu a conservação dos jardins localizados atrás do Teatro Municipal, na praça Ramos de Azevedo, há nove anos, com a contratação de uma equipe especializada e também responsabilizou-se pela sua segurança. De acordo com a assessoria de imprensa da empresa, esta prática já está incorporada à política de responsabilidade social da CBA. Em 2005, ela restaurou o obelisco da Ladeira da Memória, também localizado no centro da capital paulista. A ação foi desenvolvida em parceria com o Departamento do Patrimônio Histórico do Município (DPH) e a Secretaria Municipal de Cultura. Em todas estas ações, a empresa não teve dificuldade para firmar o acordo de cooperação com a prefeitura.

LEVE O PRATO – "O Prato é Seu" é a iniciativa de um grupo de onze ceramistas da cidade. Por R$ 110,o interessado faz a refeição na Pizzaria Quintal do Braz (fone 11 3849-2849), de São Paulo, e tem direito ao prato criado para o evento. O almoço, cuja renda será revertida para o Movimento Comunitário Estrela Nova, de Campo Limpo, está programado para o próximo sábado, dia 25.


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OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

LENTE DE

AUMENTO

VOLATILIDADE E OS ATIVOS NO BRASIL

G Ainda faz

mais sentido apostar nas vantagens dos fatores domésticos positivos ajuste do que de crise. Não se vê, ao menos por hora, sinais de contágio nem de derrapada da economia real. Por fim, é também necessário levar em conta que os formuladores de política hoje em dia estão mais escaldados que no passado no item crises sistêmicas, e sabem da necessidade de urgência de ação no caso de a situação começar a mostrar sinais de deterioração. Esta reação provavelmente não impediria a ocorrência da crise, mas seguramente atenuaria suas conseqüências. Mas como fica o Brasil nesta história toda? Obviamente não estamos incólumes à mudança de ambiente. Mas, apesar disto, insistimos em um ponto: na diferença entre o então e o agora. Quando estávamos muito endividados com o exterior e nossa conta corrente era deficitária, qualquer mau humor externo causava grandes oscilações domésticas. Mas agora não o quadro é bastan-

te distinto. Pioras de humor claramente nunca são bemvindas, mas tampouco são amplificadas aqui dentro. As mudanças nos preços dos ativos domésticos não serão intensas, a nosso ver. Por exemplo, a taxa de câmbio desde o início da turbulência se depreciou apenas moderadamente e não vemos razão para apostas em câmbio mais alto. O cenário para os juros já nos parece um pouco diferente do de câmbio – entendemos que aumentou o risco de dar dinheiro para prazos mais longos. Isto por duas razões, uma doméstica e a outra externa. Primeiro, porque é sabido que pioras na aversão ao risco global têm impacto imediato sobre os prêmios de alongamento (tomando como base a taxa Selic). Segundo – e isto é em grande parte independente das tais turbulências – porque cresceram as chances de os cenários mais otimistas de queda da Selic não se concretizarem, o que se deve majoritariamente aos sinais robustos de expansão da demanda agregada que permeiam a economia, tais como alta significativa das vendas do varejo e elevado grau de utilização da capacidade instalada.

N

a Bolsa, o quadro é indefinido, mas pede cautela e sem dúvida moderação de otimismo. Indefinido porque há forças para ambos os lados. A perspectiva de manutenção de boas taxas de crescimento, e o processo de distensão monetária e creditícia empurram-na para cima. Por outro lado, a piora no humor internacional tem efeito exatamente oposto - e nosso modelo estatístico sinaliza que a elasticidade da bolsa doméstica à externa é mesmo elevada. Qual dos dois prevalecerá depende da gravidade das turbulências. Hoje, parece que ainda faz mais sentido apostar na preponderância dos fatores domésticos positivos.

JOÃO DE SCANTIMBURGO

O DIREITO Céllus

Q

ue vivemos em um ambiente diferente do mundo paradisíaco de pouco tempo atrás, marcado por farta liqüidez, forte crescimento, baixa inflação e módicos prêmios de risco, ninguém tem mais dúvida. A pergunta é se estamos à beira de dificuldades de grande monta ou não. E a resposta tem, obviamente, implicações cruciais para a economia brasileira e para o preço dos ativos domésticos. Nossa percepção é de que não há ainda indícios de crise sistêmica até onde a vista pode alcançar. O bom lucro dos bancos americanos, o elevado grau de capitalização e as baixas taxas de inadimplência fora dos setores de mais alto risco significam que a turbulência tem mais cara de

Riscos melhores e riscos piores ROBERTO FENDT

N

o artigo da última segunda-feira (O roto e o esfarrapado) afirmamos que os prêmios de risco da Argentina e da Venezuela estavam se distanciando dos prêmios de risco de países como Brasil, México e Peru, cujas políticas econômicas são mais consistentes. Voltamos ao tema porque, por razões de espaço, não foram exploradas adequadamente as razões pelas quais julgamos que esse diferencial pode se ampliar ainda mais no futuro. Esta crise, que agora se materializa, tem raízes profundas e se distingue das crises anteriores à quebra do fundo Long Term Capital Management (LTCM), de Cingapura, em 1998. Naquele episódio, tudo começou com o hedge fund arbitrando retornos entre títulos dos Tesouros de diversos países (EUA, Japão, etc.), aproveitando-se dos ganhos derivados da diferença de liqüidez de mercado desses títulos. Durante certo período de tempo o LTCM foi capaz de apresentar a seus investidores retornos de 40% ao ano. Mas, com a crise da dívida russa em agosto e setembro de 1998, os investidores fugiram para a liqüidez, isto é, liquidaram por dinheiro suas quotas nos fundos. O LTCM fechou na mais espetacular quebra recente no mercado financeiro internacional. Duas características dessa quebra limitaram seus danos. Sua pouca exposição geográfica era pequena; também pequena era sua capitalização, pelos valores do mercado; e ao quebrar, o total das perdas foi de 4,6 bilhões de dólares, valor perfeitamente manejável. Além disso, havia poucos bancos envolvidos no financiamento das operações do LTCM. A situação atual é distinta. É claro que os empréstimos s ubp rim e no mercado imobiliário americano são o bode expiatório da vez. Mas é preciso recordar que esses empréstimos só se tornaram possíveis pela explosão nos últimos anos da liqüidez mundial. Somente do final de 2006 para cá, diante das crescentes pressões inflacionárias nos principais mercados, os bancos centrais começaram a elevar as taxas de juros, reduzindo progressivamente a liqüidez.

A elevação das taxas de juros e a redução da liqüidez pegaram de pé trocado muitos dos tomadores dos empréstimos subprime. Ao calcularem o valor presente de suas casas, levando em conta as novas e mais altas taxas de juros, os mutuários preferiram não pagar os seus empréstimos. Para um investidor que tem dinheiro aplicado em um fundo na Europa ou nos Estados Unidos, incapaz de avaliar a qualidade dos papéis que compõem os ativos do seu fundo, o mais prudente é fugir para a liqüidez, antes que os outros o façam e a liqüidez seque. O problema é que agora não mais se está diante de um fundo isolado, hospedado em Cingapura. Estamos diante de uma situação de rápido estreitamento da liqüidez, em escala mundial.

F

izeram bem em agir rapidamente, em operações concatenadas, os bancos centrais dos EUA, União Européia e Japão. Afinal, digam o que quiserem, a principal função dos bancos centrais é proteger o valor das moedas respectivas, regulando a liqüidez do mercado. Se a liqüidez rapidamente seca, é função dos bancos centrais restabelecê-la. Foi justamente por não tê-lo feito em 1929 que o Federal Reserve dos EUA até hoje é responsabilizado pela Grande Depressão da década de 1930. Ora, essas intervenções dos bancos centrais, injetando liqüidez, têm caráter temporário. A liqüidez será paulatinamente retirada do mercado, caso contrário as pressões inflacionárias aumentarão. Com a paulatina retirada da liqüidez, os preços dos ativos serão realinhados. Os ganhos potenciais dos investidores desaparecerão. No que diz respeito aos países latino-americanos, desaparecerá também essa estranha falta de diferenciação de riscos provocada pela exuberância dos mercados. Venezuela e Argentina chegaram a ter riscos parecidos com os do Brasil. Isso deverá desaparecer, à medida que a média dos riscos deverá subir e alguma diferenciação entre os "bem comportados" e os "mal comportados" ficar evidente. Quem viver, verá.

B rasil, México e Peru possuem políticas econômicas mais consistentes

TRECHOS DO COMENTÁRIO

A culpa não é do mordomo!

ECONÔMICO DA

MCM CONSULTORES WWW.MCMCONSULTORES.COM.BR

A turbulência tem cara de ajuste e não de crise

MARCO AURÉLIO SPROVIERI

T Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

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emos assistido a uma busca incessante por um culpado pelo acidente da TAM. Todos querem eximir-se da responsabilidade - ou da irresponsabilidade pelo infausto ocorrido. O fato é que acidente é acidente, como o próprio nome diz, e sua ocorrência tem sempre uma conjunção de fatores ou eventos, dificilmente advém de uma única causa isolada. Assim como no acidente da Gol, os pilotos, o Controle de Tráfego Aéreo, os equipamentos, todos concorreram para o acidente. No caso em tela, já se culpou a pista - diga-se de passagem, operando há cinqüenta anos sem que tenha ocorrido fato semelhante -, a Infraero, a Anac, entre outros. Vem agora a informação de que o piloto não teria colocado o manete em ponto morto, causando a aceleração da turbina direita, que estava “pinada”. A turbina estava “pinada”, mas o piloto não estava “pirado”! Ora, até um manicaca como eu sabe que um piloto nunca deixaria de retirar a potência do motor no pouso do avião; é instintivo, é ato reflexo. Muito menos piloto e co-piloto cometeriam juntos a mesma falha. O que parece mais palatável é aceitarmos que quem pilota o avião é o computador e o piloto é quem pilota o computador. Ao comandar a desaceleração e o reverso da turbina esquerda, o computador não processou o comando - aquele famoso pau que ocorre em

nossos desktops todos os dias - e manteve a aceleração da turbina direita. Pura especulação de um ignorante como eu! Concreto mesmo, além do fato que ninguém quer assumir nada, nem o fabricante (que, ato contínuo, divulgou uma nota técnica para tirar o corpo fora), tampouco as autoridades, se é que elas de fato existem, o fato é que o avião estava com uma avaria e não importa se era impeditiva ou não - o que importa é deveria ter sido consertada de imediato e não optarem por manter o “aeroplano manquitola” em operação intensa. A caixa-preta registra que os manetes ou alavancas estavam em posição incorreta, mas será que o sistema não leu assim por causa da avaria no reverso e não procedeu ao comando? A mim resta concluir, não eximindo outros fatores que concorreram para o fato, que a TAM é a culpada por negligência na manutenção, pois se o avião tem dois reversos é porque os dois devem ser utilizados, assim como tem dois motores, muito embora voe com um só, e não me venha a TAM a manter uma aeronave em operação com um motor só! Resta agora identificarem o mordomo... Algum, ainda que próximo ao aeroporto na hora do acidente; por certo será ele o culpado! MARCO AURÉLIO SPROVIERI É PRESIDENTE DO SINCOELETRICO

R esta concluir que a TAM é a culpada, por negligência na manutenção.

DE RECUSA

N

ão fosse por estar incurso nas penas da lei, diria que essa senhora, Denise Abreu, está cobertíssima de razão ao pregar a resistência a ordens oficiais. É anti-democrático assinar ordens oficiais com soberania titular e de direito exíguos, convertendo-se, portanto, num decreto-lei inacessível à correção. Lembrou-me do saudoso Luciano Carvalho, que quando secretário da Fazenda de Carvalho Pinto não conseguiu que um funcionário graduado de sua Secretaria despachasse um ofício, e nada aconteceu ao faltoso. A senhora Denise Abreu deve ter experiência no funcionalismo público e na chefia de departamentos que expedem ordens oficiais a serem cumpridas, numerosíssimas, que às vezes pecam pela a falta de lógica, de base e de obediência à lei maior que está sendo visada pelo oficial superior que a expediu. Naturalmente, a senhora Denise Abreu se cansou de ver exigências de cumprimento de leis e de órgãos oficiais sem cabimento, contrárias aos interesses públicos e ao pobre povo, que não pode nem se dirigir a um guichê, pois será mal acolhido. Não adianta os grandes órgãos de comunicação zurzirem críticas à burocracia e ao funcionalismo bem pago, pois eles devem respeitar a hierarquia, facilitando a interpretação das ordens oficiais.

E

videntemente, não adotamos o ponto de vista da funcionária em questão, mas reconhecemos que ela está coberta de razão ao exigir um tratamento mais equânime das ordens oficiais, que nem sempre se baseiam em legislação existente e em princípios lógicos, ainda que não sejam versados em filosofia os funcionários públicos. Fica aqui a nossa opinião, lamentando que a senhora Denise Abreu vá passar por duas CPIs apenas porque falou a verdade. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR

G Lamentamos que a senhora Denise Abreu vá passar por duas CPIs apenas porque falou a verdade


terça-feira, 14 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Indicadores Econômicos

13/8/2007

COMÉRCIO

9

10,85

por cento é a taxa para Certificação de Depósito Bancário (CDB) para 60 dias, de acordo com a Enfoque Sistemas.


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Nacional Empresas Tr i b u t o s Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

As operações de crédito imobiliário contratadas em julho chegaram a R$ 1,59 bilhão

PRIMEIRA PARCELA SERÁ PAGA NO DIA 31

NOVO PRAZO É VÁLIDO PARA TODAS AS EMPRESAS APTAS PARA ENTRAR NO NOVO REGIME TRIBUTÁRIO

ADESÃO AO SUPERSIMPLES É ATÉ DIA 20 Rogério Cassimiro/Folha Imagem

Renato Carbonari Ibelli

O

prazo para adesão ao Supersimples foi prorrogado para o dia 20 deste mês. A ampliação foi regulamentada na última segundafeira pelo Comitê Gestor do novo regime tributário com o intuito de permitir o ingresso de empresas beneficiadas pelo Projeto de Lei da Câmara (PLC 43/07), aprovado na semana passada pelo Senado. O projeto de lei liberou o regime para empresas que pagam Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) superior a 20%. Ele também moveu segmentos de serviço para tabelas com cargas tributárias menores. Vale ressaltar que a ampliação do prazo de adesão é válida para todas as empresas passíveis de entrar no novo regime, e não somente para aquelas beneficiadas pelo PLC 43/07. Essas, inclusive, ainda terão de esperar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Sistema poderá mudar

O

ministro da Fazenda, Guido Mantega, acenou com a possibilidade de enviar uma medida provisória ou projeto de lei ao Congresso propondo

sancione o PLC 43/07 para que consigam aderir ao novo sistema de pagamentos. A Receita Federal diz que não pode ampliar mais o prazo para adesão porque o pagamento da primeira parcela do regime tem como data final dia 31 de agosto. As micros e pequenas empresas que fizeram a opção pelo novo regime podem emitir o Documento de Arrecadação do Supersimples (DAS). O programa gerador do documento está no portal da Receita e disponível no www.receita.fazenda.gov.br/simplesnacional, na opção "outros serviços/cálculo do valor devido e geração do DAS". Pontos importantes da nova forma de pagamento de impostos ainda precisam ser regulamentados. O Comitê Gestor ainda precisa baixar uma resolução para definir como será feito o recolhimento pelo regime de caixa, considerado um dos principais avanços do Supersimples. Nesse sistema, o pagamento dos impostos é feito depois que as faturas de

vendas de uma companhia foram pagas pelo cliente. Mas até que a resolução detalhe a forma de recolhimento, os empresários terão de optar pelo regime de competência – quando o recolhimento é feito no mesmo mês em que as vendas são efetivadas. Ainda está nas mãos dos estados e municípios a ampliação dos benefícios para as empresas que entraram no Supersimples. A partir de agora, cada esfera arrecadadora terá de publicar as leis gerais, em que isenções e reduções do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) ou do Imposto Sobre Serviço (ISS) terão de ser especificadas. Outro benefício que depende de regulamentação dos estados é relativo a permissão para a geração de créditos de ICMS, hoje suspensa pela Lei Geral da Micro e Pequena Empresa – que criou o Supersimples. No Estado de São Paulo, 397.685 empresas migraram automaticamente para o novo regime tributário.

mudanças na Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, que criou o sistema Supersimples. A informação é do presidente do Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo (Simpi), Joseph Couri, que levou ao ministro nove reivindicações de alterações. Uma delas permitiria a

geração de crédito do PIS e da Cofins para as companhias compradoras de produtos das micros e pequenas. Atualmente, o Supersimples não autoriza a geração desses créditos. Com isso, as grandes exigem uma espécie de desconto no preço dos produtos vendidos. (AE)

Agências teriam de cumprir a Lei das Filas, que determina tempo máximo de espera de 15 minutos

Bancos: filas continuam. Sílvia Pimentel

O

s bancos continuam desobrigados de cumprir a Lei das Filas (nº 13.948/05), que fixa em 15 minutos o tempo máximo de atendimento de clientes no caixa. No julgamento de recurso impetrado pela Prefeitura de São Paulo, ontem, na 1º Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), contra a liminar obtida no ano passado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), um dos desembargadores pediu vista do processo. No placar, os bancos estão em vantagem com dois votos fa-

voráveis, um deles do relator, o desembargador Venício Sales. A 2ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo havia concedido liminar no dia 9 de maio passado, favorável à Febraban. Com a decisão, os bancos se livraram da obrigação de dispor funcionários nos caixas para reduzir o tempo de espera nas filas. Também ficaram suspensas as infrações autuadas até 120 dias da data da impetração do mandado de segurança. De acordo com o Secretaria Municipal de Negócios Jurídicos, de setembro de 2005, quando a legislação entrou em vigor, até o maio do ano passado, foram aplicadas 732

multas contra as agências bancárias que ultrapassaram o tempo de atendimento permitido pela legislação. De acordo com o secretário de Negócios Jurídicos, Ricardo Dias Leme, caso seja mantida a decisão favorável à Febraban, a Prefeitura vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF). "Na Corte já existem julgamentos no sentido de que o município pode regular por lei a questão das filas em bancos", disse. Na ação judicial contra a lei paulista, a Febraban alega caber somente ao Banco Central (BC) legislar sobre o assunto e que as instituições financeiras não podem prever o tempo de espera.

Crescem os parcelamentos no PPI s programas de Parcelamento Incentivado (PPI) ainda são opção para quem quer entrar no Supersimples, mas ainda possui dívidas com estados e municípios. Aproximadamente 10.323 parcelamentos, no valor de R$ 673,5 milhões, já foram feitos pelo PPI do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) realizado pelo governo paulista. Os números abrangem os primeiros 40 dias do programa (de 5 de julho até 13 de agosto). O benefício abrange débitos correspondentes a fatos geradores ocorridos até 31 de dezembro

O

de 2006. O prazo final para a adesão é 30 de setembro. O contribuinte pode quitar a dívida com o estado pelo PPI em uma parcela única ou em até 15 anos. No pagamento à vista, terá redução de até 75% na multa e de até 60% nos juros. No parcelamento de 15 anos (180 parcelas mensais), terá diminuição de 50% na multa e de 40% nos juros incorridos até o momento do ingresso no programa. Para pagar em mais de dez anos (120 meses), o valor mensal das prestações poderá ser fixado com base no faturamento da empresa, sendo a primeira parcela correspon-

dente a, no mínimo, 1% da receita bruta mensal do estabelecimento em 2006. Até o dia 12, o PPI da prefeitura paulista recebeu 53,4 mil adesões, que fizeram retornar R$ 556, 5 milhões para os cofres públicos. O programa, iniciado em abril, termina em 31 de agosto A adesão ao PPI municipal garante redução de 100% dos juros e abatimento de até 75% nas multas para pagamento à vista e desconto de 100% dos juros e 50% da multa para o parcelado. Os débitos cobertos pelo benefício são os acumulados até 31 de dezembro de 2004. (RCI)

Governo isenta Big Mac de ICMS governo do Estado de São Paulo adere pela primeira vez à campanha contra o câncer infantil McDia Feliz, do Instituto McDonald. Um decreto assinado na última quinta-feira vai isentar do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), no próximo dia 25, as vendas dos sanduíches Big Mac feitas dentro do estado. Em vez de entrar para os cofres públicos, o imposto incidente sobre a comercialização do lanche vai beneficiar 23 entidades sociais paulistas que cuidam de crianças com câncer. De acordo com o Instituto

O

McDonald, no ano passado, a isenção do tributo no País resultou num aumento de cerca de R$ 100 mil na renda destinada às instituições. No total, foram direcionados R$ 9,4 milhões, incluindo o imposto e a venda de 1,37 milhão de sanduíches Big Mac. A campanha também consiste na venda bonés, camisetas e tíquetes antecipados do sanduíche. Neste ano, a meta é levantar cerca de R$ 10 milhões e beneficiar 62 instituições. Desde que foi criado, em 1988, a campanha já arrecadou R$ 69,2 milhões e beneficiou mais de 100 entidades A TÉ LOGO

Vale quer aumentar capacidade de transporte

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Pão de Açúcar tem ganho 37,2% menor

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Petroleos da Venezuela quer oferecer serviços Aneel exclui limitação de edital do Rio Madeira

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INFLAÇÃO A inflação medida pelo Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) disparou, e subiu 0,64% em agosto – acima da taxa de julho (0,22%).

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

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Ó RBITA

brasileiras de mais de 20 estados. Neste ano, os estados autorizados pelo Convênio ICMS 85/07, do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), a abrirem mão do imposto foram Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Paraná, Piauí, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e o Distrito Federal. No ano passado, a campanha teve a participação de 11 estados, além do Distrito Federal. (SP)

Crise começa a contaminar outros segmentos

Setor agrícola quer redução da carga tributária Lucro de empresas abertas cresceu 37%


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Tr i b u t o s Empresas Empreendedores Nacional

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

A fachada do "La Rita", numa avenida sem tradição de bons restaurantes.

VINCENZO CRIOU CASA COM CONCEITO DE LOFT

Venitucci monta restaurante com conceito "loft" na Freguesia do Ó

Fotos: Masao Goto Filho/e-SIM

Restaurante do tradicional empresário se muda para fora do eixo gastronômico

O LETREIRO

O

nome do restaurante é La Rita All'Osteria dei Venitucci – homenagem à Rita Novaes, que, ao lado da filha Cássia Tatiana, forma o tripé que toca o novo negócio. "Disse que elas poderiam abrir o restaurante com meu nome porque assim eu voltava a ser referência", diz Vincenzo Venitucci. É ele quem assina o cardápio e monitora a cozinha. O restaurante gira em torno dele, que vai de mesa em mesa para cumprimentar antigos e novos clientes. Osteria, ele explica, é o nome certo para esse tipo de casa e não cantina, que, em italiano, significa porão."

V

SEGREDO incenzo Venitucci diz que, para alcançar o sucesso, é preciso amar o que se faz e acreditar em si próprio. Mas o principal item de seu triunfo é a excelência dos pratos, a preços razoáveis. "Posso ter esses preços porque as despesas aqui são 30% do que eu gastaria nos Jardins. Chega de gastar R$ 300 num jantar e comer 'enfeite'. Vieram os antigos clientes, estou feliz, porque sei que São Paulo 'engole' as pessoas.

Ketty Shapazian

italiano Vincenzo gos (Rita Novaes e o marido Venitucci foi du- André, proprietário de uma rante 15 anos pro- cantina na Água Branca) proprietário do Casa pôs a abertura do restaurante. Venitucci, aclama- "Era importante eu continuar do restaurante em aparecendo. O imóvel é deles. Perdizes, onde o Se chegarmos a um faturamaître tinha salário de R$ 3 mento tal, terei porcentagem." mil, o prato mais barato custaSobre a "cara" do restaurante va R$ 32 ("com porção peque- (um galpão simples com pé-dina") e a rolha, reito alto e a cozinha separada R$ 75. Apesar apenas por uma mureta baixa), da excelente Venitucci diz que queria dar c o m i d a , d e um conceito de loft. "Estamos todas as críti- ao lado de uma concessionária cas positivas de carros e uma oficina mecâque recebeu e nica. Aqui é uma região comerdo reconheci- cial pré-periferia. Os moradomento profissional de colegas res estão chegando", acredita. (Salvatore Loi e Massimo Fer- Venitucci acha que os moradorari, apenas res das vizipara citar n h a n ç a s e sdois dos chefs t ã o a c o s t uque sempre o mados a sair apreci aram), do bairro a casa fechou. atrás de resSegundo o taurantes e em pre sári o, por isso ainda as razões fonão freqüenram a falta de tam o enderee s t a c i o n aço local. mento – que E n q ua n t o resultou em não chegam, diminuição Ve n i t u c c i da freqüência continua re– e a impossicebendo frebilidade de gueses do larenovação do Sócias Rita (à dir.) e Cássia Novaes d o d e l á d a contrato do ponte do Pialuguel, "altíssimo". queri, como o ex-ministro da Passados quase 18 meses fo- Fazenda Mailson da Nóbrera dos holofotes, o italiano vol- ga, que comemorou o último tou neste ano com um restau- Dia dos Pais almoçando lá rante simples de nome longo com a família. (La Rita All'Osteria dei VeniCardápio – Nem precisa ditucci), em uma avenida sem zer que a proposta atual é totalqualquer charme (a General mente diferente daquela de Edgard Facó, na Freguesia do Perdizes. "Tirei fora uma parte Ó), fora do circuito Vila Mada- da sofisticação que tinha lá." O lena-Jardins-Vila Olímpia. O n h o q u e d e b a c a l h a u , p o r prato mais caro sai por R$ 29, a exemplo, deu lugar ao nhoque rolha custa R$ 15 (mas ele não de abóbora-moranga com gorcobra dos amigos) e a carta de gonzola (R$ 22) – igualmente vinhos privilegia os rótulos delicioso. Um dos pratos que nacionais. "A nova localidade permaneceu no cardápio é o tanão é uma barreira para os gliatelle "Doutor Ademir", em clientes antigos. E os morado- homenagem a um cliente antires do bairro estão timidamen- go. E, para alegria de todos, um te me descobrindo", diz. ótimo e leve nhoque ao molho No intervalo em que esteve de bacalhau (gnocotti di San longe da cozinha, o chef res- Marco) voltou a ser servido, pondeu a convites de consul- por R$ 26. Quem conheceu a torias, até que um casal de ami- antiga casa diz que se trata pra-

EMPREENDEDORES O dono de restaurante Vincenzo Venitucci, em sua nova casa, na Freguesia do Ó. Milton Mansilha/Luz

ticamente do mesmo prato. Gastam-se R$ 5,50 com o couvert (pão italiano, mais sardela e patê de azeitona) e R$ 15 com um dos antepastos (quatro pedaços de crostini de fígado de galinha servidos sobre polenta de sêmola de milho frita). As massas secas custam entre R$ 17 e R$ 24 e as frescas, de R$ 20 a R$ 26. Os pratos de carne variam de R$ 24 a R$ 29 e são divididos em duas categorias: pratos mais fáceis e mais difíceis ("para degustadores"), como rins, fígado e dobradinha de boi. Cada sobremesa custa entre R$ 8 e R$ 10. "O vinho que vendia por R$ 70, aqui cobro R$ 30", diz Venitucci. A carta de vinhos tem preços menores – a partir de R$ 19, meia garrafa, Alguns rótulos que sobraram da antiga casa serão retirados porque "espantam" os clientes. "Aqui, a conta não apavora ninguém. O serviço é mais simples, os funcionários estão aprendendo. Abrir as portas na Freguesia foi um desafio para mim. Tem que acabar com essa história de região gastronômica. Não pode ser "os Jardins ou a morte'", diz.

Filé com grão-de-bico é um dos pratos elogiados, também, por "chefs".

PEDRA

A

Salão da Osteria: sempre cheio.

localização na Freguesia do Ó seria a maior dificuldade que Venitucci enfrentaria no novo desafio empresarial. Para ele, no entanto, isso é pouco. "Não posso me queixar de nada. Minha clientela toda veio para cá." Os profissionais também o seguiram. "Merveilleux! Vou voltar! disse num e-mail o chef Claude Troisgros, que vai freqüentar a casa, assim como o colega Laurent Suadeau.


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Internacional

Jitendra Prakash/Reuters

60 anos de liberdade Fogos de artifício e promessas de combate à miséria marcaram os 60 anos de independência, ontem, da Índia

Juan Barreto/AFP

Chávez aprofunda 'revolução' e mira poder perpétuo A chavista Assembléia Nacional começa hoje a trabalhar em projeto de reforma constitucional que prevê reeleições ilimitadas, estatização de serviço público e reordenamento geográfico do país

Simpatizantes montam boneco gigante de Chávez horas antes da apresentação da reforma constitucional

IRAQUE

500 MORTOS

E

quipes de resgate encontraram mais corpos entre os escombros das casas destruídas na terça-feira em quatro atentados suicidas praticamente simultâneos no norte do Iraque, e autoridades calcularam em pelo menos 500 o número de mortos no ataque, tornando-o o mais mortífero desde a invasão americana, em 2003. Cerca de 350 pessoas ficaram feridas. As informações partiram do oficial de segurança da província de Nínive, do diretor de um hospital e de um capitão do Exército do Iraque. As vítimas pertenciam a uma seita curda conhecida como yazidi, alvo constante de ataques por parte de extremistas islâmicos que os consideram adoradores do diabo. O Exército dos EUA responsabilizou a Al-Qaeda pelo "ato de limpeza étnica". A carnificina foi um sério revés para as esperanças da administração Bush de apresentar um quadro positivo num relatório sobre progressos no Iraque a ser apresentado pelo chefe do Estado Maior, general David Petraeus, em setembro. Petraeus afirmou ontem que prepara recomendações para uma pequena retirada de tropas americanas de áreas do país árabe que se tornaram menos violentas. (AE)

Safin Hamed/AFP

Ali Abu Shish/Reuters

Os atentados terroristas de terçafeira deixaram ao menos 350 pessoas feridas e lotaram os hospitais em cidades como Dohuk, noroeste do país; protestos marcaram o dia de ontem no Iraque

O

presidente venezuelano, Hugo Chávez, deu um importante passo para aprofundar a sua chamada "revolução socialista" ao apresentar ontem, à Assembléia Nacional, sua proposta de reforma para a Constituição. Após muita expectativa, Chávez decidiu anunciar o projeto no dia em que comemorou três anos de sua vitória no referendo revogatório convocado pela oposição em 2004. Na ocasião, o presidente venezuelano teve seu mandato ratificado por 60% dos votos. "Não se assustem que não é tão extensa (a proposta de reforma). Proponho que seja reformada menos de 10% da Constituição atual, ainda que saibamos que quando se reforma um artigo, é quase impossível que não haja impacto em outros artigos relacionados ao mesmo tema", disse Chávez, ao apresentar a proposta. No total, são 33 os artigos da Constituição sujeitos a alterações. A Assembléia Nacional prometeu começar a discutir ainda hoje o projeto de reforma. "Vamos começar a trabalhar na reforma amanhã (hoje) mesmo, para que o projeto possa ser levado a referendo popular

Não se assustem que não é tão extensa (a proposta de reforma). Proponho que seja reformada menos de 10% da Constituição Hugo Chávez, presidente da Venezuela

antes do fim do ano", disse a deputada Cília Flores, presidente da casa. Como a Assembléia é formada só por chavistas (a oposição boicotou as eleições legislativas de 2005), a aprovação do projeto não deve enfrentar grandes percalços. A reforma cria, por exemplo, novas formas de propriedade distintas da propriedade privada — como a "coletiva" e a "social". "O projeto acaba com a obrigação do Estado de impulsionar a propriedade privada, mas preservará este conceito", disse o ministro das Finanças, Rodrigo Cabezas. "Vamos apoiar a criação de novas formas de propriedade", falou. Entre os pontos polêmicos da reforma está o fim do limite para as reeleições presidenciais. Para a oposição, a proposta atenta contra a democracia e impossibilita a alternabilidade na presidência, o que significaria entregar a Chávez a presidência vitalícia. Outra mudança é o que Chávez chama de "nova geometria do poder". Na prática, trata-se de um reordenamento político-territorial da Venezuela, com a eliminação de Estados e prefeituras — e a sua eventual substituição por assembléias populares. (Agências)

EIXO DO MAL

CHACINA

s Estados Unidos devem O classificar em breve a Guarda Revolucionária do Irã

eis italianos foram mortos S com tiros na cabeça em uma chacina ocorrida ontem

como um grupo terrorista, disseram diplomatas americanos ao The New York Times. O Irã já está na lista de apoiadores do terrorismo elaborada pelos EUA. Caso os EUA confirmem esta possibilidade, pela primeira vez as Forças Armadas de um país soberano serão listadas como uma organização terrorista. A atitude abre um precedente para que Washington pressione em relação a negócios e movimentos financeiros com grupos do Irã. (Reuters)

Ó RBITA IMPOPULAR Pesquisa da Reuters mostra que o governo de George W. Bush é considerado regular ou ruim segundo 67% dos norte-americanos. A guerra do Iraque contribuiu para o resultado negativo. O Congresso também teve avaliação ruim

em Duisburg, oeste da Alemanha. A forma como as vítimas foram executadas levou o ministro da Interior da Itália, Giuliano Amato, a especular que o massacre envolve clãs rivais envolvidos com a 'Ndrangheta, uma organização mafiosa estabelecida na Calábria suspeita de vínculos internacionais com redes de tráfico de drogas, armas e extorsão. Segundo os investigadores, o ataque ocorrido no estrangeiro não tem precedentes. (AE)


Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO

1 O ministro Nelson Jobim, que ontem anunciou a antecipação do cronograma de reformas.

Roosewelt Pinheiro/ABr

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Jobim antecipa reforma de Cumbica O Primeira fase das reformas, que começará pelo setor central da pista, com 1,4 km de extensão e deverá estar concluída em outubro. Os aviões usarão pista secundária.

ministro da Defesa, Nelson Jobim, anunciou mudanças no cronograma das obras na pista principal do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Cumbica, município de Guarulhos. A reforma dos 1,4 mil metros do segmento central do aeroporto, que exige a suspensão das operações de pouso e decolagem, terá seu início antecipado do final do ano para a próxima segunda-feira e deve estar pronta no dia 10 de outubro. Nesse período, os aviões com operação em Cumbica usarão a pista secundária do aeroporto. No dia 11 de outubro será fechado o segmento 1, de 1,3 mil metros, para obras que se estenderão até o dia 30 de novembro. Nesse período, os 2 mil metros do segmento central e segmento 3 ficarão liberados para pousos e decolagens. De 30 de novembro a abril do ano que vem, toda a extensão da pista de Cumbica, que tem 3,7 mil metros de extensão, ficará liberada para pousos e decolagens. Depois de vencidas essas etapas, as obras no segmento três começam em abril do ano que vem. Essas informações foram divulgadas em entrevista coletiva concedida ontem à tarde pelo ministro Jobim, depois de uma vistoria no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. No limite – A pista principal de Cumbica já está com a vida útil comprometida. Segundo especialistas em tráfego aéreo, o aeroporto situado no município de Guarulhos, na Grande São Paulo, também tem problemas e está muito próximo do limite de operação. O aeroporto de Cumbica é o que recebeu a maior parte dos vôos transferidos de Congonhas, quase 30%, depois do trágico acidente com o Airbus A320 da TAM, que matou 199 pessoas, no dia 17 de julho, em São Paulo. A pista mais extensa de Cumbica, com 3.700 metros de comprimento e quase 20 anos de uso, está com a capa de rolamento gasta. O desgaste dessa camada de asfalto torna o piso vulnerável, sujeito a fissuras, buracos e ao desprendimento de pedras durante as operações de pouso e decolagens, já que boa parte do movimento em Cumbica é de aeronaves de grande porte. Na pista que começa a ser reformada na segunda-feira há buracos de quase 8 centímetros, asfalto bastante gasto e ranhuras no limite da capacidade do

Marcelo Soares/Hype - 23/07/2007

Lula reitera carta branca a ministro

O

presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, tem "carta branca" para fazer as mudanças necessárias na estrutura aérea brasileira, inclusive na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). "Na hora em que tiver que mudar (a Anac), o ministro Jobim me procura e me propõe as mudanças". "Temos problemas legais que temos de ver. Mas isso tudo é por conta do ministro Jobim", declarou o presidente, ao ser questionado como pretendia resolver o problema da substituição dos diretores das agências, já que não existe previsão na legislação para isso. Muito bem-humorado, Lula mostrou-se otimista com a atuação do ministro Jobim na administração da crise aérea. Para o presidente Lula, a crise aérea "está resolvida, em parte". Para Lula, "o ministro Nelson Jobim está fazendo o que tem de ser feito". (AE) Pistas do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Cumbica, Guarulhos: reformas foram antecipadas pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim

escoamento de água. A Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) admite que a pista está com a vida útil próxima do fim. Tanto que já concluiu a licitação para sua reforma, inicialmente prevista para começar em maio. Congonhas – O ministro também anunciou a antecipação do final das obras de implementação de ranhuras na pista do Aeroporto de Congonhas. Desde ontem, os turnos de trabalho, durante a madrugada, têm três horas a mais. A previsão de liberação da pista foi antecipada de 25 de setembro para 6 de setembro. Jobim voltou a demonstrar disposição de endurecer com as empresas aéreas, se necessário. "Vamos deixar claro que quem decide a situação dos aeroportos é o governo e a Infraero e que as empresas ajustam-se. Não tomaremos nenhuma decisão no que diz respeito à segurança da perspectiva da rentabilidade das empresas, mas sim da perspectiva absoluta da segurança do cidadão", disse. (AE)

Jarbas Oliveira/Agência O Globo

ALUGO ARMAZÉM - 1.000 m² Pé Direito de 7m, Mezanino e Estacionamento Rua Saldanha Marinho, 123 - Belenzinho

SEPULTAMENTO – O corpo do piloto Kleyber Aguiar Lima, de 54 anos, foi enterrado ontem em Fortaleza, Ceará. Ele comandava o Airbus da TAM que fazia o vôo 3054 e explodiu após colidir com um prédio da TAM Express durante aterrissagem em Congonhas, São Paulo, no dia 17 de julho, matando 199 pessoas.

ARMAZÉM - 850 m² Pé Direito de 7 m, Estacionamento e Escritório Rua Paulo Andreghetti, 1.476 (Entre Ponte Vila Guilherme e Vila Maria) a 50 metros da Marginal do Tietê FONE: (11) 3052-1677 (HORÁRIO COMERCIAL)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - TURISMO

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

LAZER

SUÍTES DOS SONHOS Com tamanho de apartamentos residenciais de alto padrão, decoração impecável e serviços inimagináveis, as suítes presidenciais são o sonho de consumo de todo viajante. Quem nunca teve vontade de saber como dormem e descansam celebridades e autoridades do mundo inteiro? Para saciar a curiosidade da maioria de nós, reles mortais, que dificilmente ficaremos hospedados num desses oásis urbanos – pois o preço deles é proporcional ao tamanho e ao luxo –, o 'DC Boa Viagem' reuniu fotos e um perfil de quatro suítes presidenciais dos hotéis mais elegantes de São Paulo. Confira à vontade, afinal, sonhar é preciso! Por Lygia Rebello Fotos: Divulgação

Grand Hyatt São Paulo

T

Renaissance São Paulo Hotel

ida como a maior suíte presidencial da cidade (e a mais cara também), ela fica no 25° andar do hotel, com 180° de vista panorâmica. Um dos destaques é o solário com jacuzzi e uma sala de massagem, mas há muito mais a ser aproveitado por ali: sala de jantar para oito convidados, sala de tevê (com TV de tela plana 34 polegadas e lareira), escritório (com outra TV, impressora e máquina de xerox), banheiro com banheira de hidromassagem e minibar (com produtos maiores que em outras suítes do hotel). Como apoio, possui lavabo, copa, sauna à vapor e apartamento conjugado. Na suíte,

TV de plasma e dois closets. Entre os muitos mimos, vale citar o menu de banhos e travesseiros, mordomo por 24 horas, serviço de desfazer malas e lavanderia com devolução em uma hora. Tamanho: 309 m² Diária: R$ 19.952 Quem já hospedou: o ex-presidente dos EUA Bill Clinton, a modelo Gisele Bünchen, a atriz Fernanda Montenegro, os jogadores de futebol Ronaldinho Gaúcho e Maradona, o cantor Roberto Carlos, os reis da Noruega... Informações e Reservas: tels. (11) 3069-2233 e 0800/7031512, www.marriott.com.br

N

a falta de uma, são duas. Instaladas no 22º andar do hotel, possuem janelas amplas para que o hóspede vip possa apreciar o skyline da cidade. No quarto, cama king size e home theater; na sala de jantar, mesa para oito pessoas; no banheiro, banheira, televisão, menu de sabonetes orgânicos e produtos de banho e limpeza à base de plantas amazônicas. Com decoração que abusa de madeiras nobres brasileiras, têm ainda

closet, lavabo, terraço e área de trabalho separada do quarto, cozinha equipada, opção de segurança e serviço de mordomo por 24 horas. Tamanho: ambas tem 170 m² Diária: R$ 15 mil Quem já hospedou: Bono, vocalista do U2, Kofi Annan, secretário-geral da ONU, e Horst Köhler, presidente da Alemanha... Informações e Reservas: tel. (11) 6838-1234, www.saopaulo.hyatt.com

Hilton São Paulo

C

om um lobby de tirar o fôlego, esta suíte, instalada no 27° andar do prédio, esbanja luxo e conforto. Uma enorme sala, com muitos sofás, se divide em vários espaços: lounge, home theater, bar, escritório (com conexão para lap top e máquina multifuncional) e sala de estar com enxoval de mesa 100% algodão, importados da França. Além de um amplo quarto, com closet e travesseiros e edredons de pluma de ganso, possui também cozinha completa e lavabo. No banheiro principal, jacuzzi com TV 14 polegadas, ducha e hidromassagem vertical. A

C

suíte possui ainda um anexo, com outro dormitório, closet e banheiro com hidromassagem (vertical e horizontal). Tamanho: 360 m² Diária: em torno de R$ 11 mil Quem já hospedou: os cantores Pearl Jam, Nora Jones e Lenny Kravitz, a socialite Paris Hilton, os presidentes George W. Bush (EUA) e Álvaro Uribe (Colômbia), pilotos da Fórmula 1 como Raikkonen e Alonso, os atores globais Tiago Lacerda e Reynaldo Gianecchini... Informações e Reservas: tel. (11) 6845-000, www.hilton.com

L’Hotel

om decoração discreta, no estilo europeu, possui dois quartos (um com cama king size e outro com duas camas de solteiro), uma sala e três banheiros de mármore, com banheira e toalhas personalizadas. Lençóis de puro percal, travesseiros de pena de ganso, papel de parede em estilo inglês e colchas e cortinas alemãs dão o tom elegante à suíte. Televisão

de plasma, DVD, micro-system, além de mesa de trabalho com todos os equipamentos necessários. Tamanho: 84m² Diária: R$ 2.125 Quem já hospedou: David Copperfield, Yoyo Ma, Luiza Brunet, Walter Salles... Informações e Reservas: tel. (11) 2183-0500, www.lhotel.com.br

Landauto aposta em transporte em eventos Divulgação/Panrotas

C

riada em 1981 e sediada em São Paulo, a Landauto, dirigida pelos irmãos Nuno e André Gama, é uma locadora de veículos cuja maior parte do faturamento vem de uma área que só cresce em todo o País, a gestão da logística de transportes de eventos em todo o Brasil. Congressos, incentivos e reuniões de empresas de todos os portes são público-alvo da Landauto, que assume toda a logística de transporte para o evento: do transfer de/para o aeroporto às linhas regulares dos hotéis ao local da convenção; de transporte vip para autoridades e figuras-chave da reunião ao deslocamento de milhares de participantes. Cada evento fica sob a responsabilidade de um consultor e supervisores acompanham todas as etapas previstas. Além da frota própria utilizada em locação de veículos e serviços para empresas (são 380 carros em São Paulo), a Landauto também conta com 400 parceiros fornecedores pelo País, com vans, ônibus, carros blindados e outros tipos de veículos. O maior evento de que cuidou foi em São Paulo, para uma montadora. Eram 7,2 mil participantes. “A cada mês temos pelo menos um evento com mais de 2 mil participantes”, conta o diretor comercial, Alexandre Pinto. “Tanto para os eventos quanto para o transfer com motorista ou a locação tradicional, oferecemos segurança, logística, comodidades e serviço personalizado”, garante ele. Esses serviços fazem diferença na hora de decidir entre uma empresa de transporte ou os tradicionais táxis urbanos. “Na locação, não cobramos taxa de entrega ou retirada de veículo. Ou seja, levamos e retiramos o veículo onde o cliente estipular. Em outras locadoras há taxa de cerca de R$ 40. Também temos seguro completo, com apólice ampla da AIG Unibanco”, conta o diretor da Landauto. Se o serviço para eventos está presente em todo o Brasil, a locação por enquanto está apenas em São Paulo. Mas em menos de 30 dias a Landauto abrirá uma filial em Curitiba e em seguida uma no Rio. Para 2008, ficam as aberturas em Bra-

Alexandre Pinto e André Pena, da locadora

sília e Belo Horizonte. Hoje, a Landauto dá preferência para filiais dentro de hotéis, onde está a maior parte da demanda, e já iniciou um trabalho para estar em algumas feiras. A empresa já tem filiais no Holiday Inn Parque Anhembi, na capital paulista, e no The Royal Palm Plaza, em Campinas. A próxima será em Alphaville, no Centro Comercial. Há outras negociações com hotéis em São Paulo. “Vale lembrar que temos plantão 24 horas e que o acompanhamento nos eventos é completo”, diz Alexandre Pinto. Internacional – Para este ano, em que a meta é crescer entre 25% e 30% em faturamento, a Landauto tem duas novidades, já iniciadas. A primeira é a locação de aeronaves executivas e helicópteros. No primeiro mês houve muitas consultas, principalmente de clientes da locadora ou dos eventos. O outro investimento é no mercado internacional, sob o gerenciamento de André Pena, que já está tendo boa resposta de clientes na Argentina, Estados Unidos e Europa. A Landauto viu que os estrangeiros que chegam ao País não sabem com que empresas de transporte trabalhar e ficam a mercê de carros particulares em hotéis ou dos taxistas. Segundo Pena, a empresa já conta com seis consultores bilíngües. Ao todo são 110 funcionários, fora os terceirizados. Contato: apinto@landauto.com.br, com Alexandre Pinto. Mais informações sobre o Panrotas Corporativo no site www.panrotas.com.br. Assinaturas pelo tel. (11) 5070-4816 ou 5070-4804, e-mail assinaturas@panrotas.com.br.


quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO

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18,4

bilhões de reais, um recorde, foram movimentados ontem pela Bovespa.

A BOVESPA FICOU ABAIXO DOS 50 MIL PONTOS, ENQUANTO O DÓLAR ULTRAPASSOU A BARREIRA DOS R$ 2

MAIS UM DIA DE GRANDE PÂNICO

E

m m a i s u m d i a d e centrais mostraram estar atengrande instabilidade tos ao problema. Ainda é cedo nos mercados mun- para falar em um contágio da diais, causada pelo te- economia global", afirma Álmor de que as dificuldades do varo Bandeira, diretor da corsetor de hipotecas de alto risco retora Ágora Senior. Força – O dólar comercial (sub-prime) nos Estados Unidos contaminem outros setores ganhou novo impulso e auda economia (leia texto na pág. mentou 2,27%. Encerrou o dia E3), a Bolsa de Valores de São negociado a R$ 2,031 para venPaulo (Bovespa) despencou on- da, o maior patamar desde 4 de tem e ficou abaixo do patamar maio – a moeda norte-americade 50 mil pontos. O dólar andou na estava cotada abaixo de R$ 2 na contramão. Fechou em alta e desde 15 de maio. Com esse reultrapassou a marca de R$ 2. sultado, ela acumula alta de Até o presidente Luiz Inácio 4,1% na semana e 7,86% no Lula da Silva travestiu-se de mês. No ano, no entanto, a desbombeiro, na tentativa de acal- valorização é de 4,96%. Pelo mar os investidores, e afirmou segundo dia consecutivo, o que a "turbulência não vai afe- Banco Central (BC) limitou-se a observar o mercado e não tar o Brasil" (leia nesta página) Em dia de vencimento de realizou leilão de dólares. "A temperatura e o nervoopções (contratos que negociam direitos de compra de di- sismo aumentaram no mercaversos ativos financeiros, in- do, mas é mais do mesmo: a d es v a lo r iz aclusive as ção dos ativos ações), o Ibode risco semvespa, o prinpre se reflete cipal índice da no dólar", exbolsa paulista, plicou Antoencerrou o nio Madeira, pregão com por cento foi a queda analista de perdas de registrada ontem pela m e r c a d o f i3,19%, aos nanceiro da 49.285 pontos, Bovespa, que ficou MCM consulo menor pataem 49.285 pontos, o tores. Para o mar desde 30 de abril. Paramenor patamar desde analista Sérgio Manoel doxalmente, o abril. O dólar subiu Correia, da volume finanpara R$ 2,031. LLA investiceiro bateu em mentos, é difíR$ 18,404 bicil prever até lhões, um recorde, inflado pelos negócios quanto a moeda deve subir: na de opções, que movimenta- crise de fevereiro, passou de R$ 2,04 para R$ 2,40. Para ele, a ram R$ 5,2 bilhões. Segundo analistas de merca- valorização do dólar pode redo, as ordens de vendas de presentar inflação. "Quanto ações estão sendo comanda- mais tempo ele ficar no patadas pelos investidores estran- mar alto, mais pressiona os geiros em função do aumento preços", disse. Com tanta insda aversão ao risco (lleia mais tabilidade, o mercado futuro na pág. 3), que cresce em todo o de juros subiu com força total Mesmo com a instabilidade mundo. Esse mesmo fator fez a taxa de risco país chegar ao fi- no exterior, o Banco Central renal do dia em 204 pontos, 3,5% gistrou nos primeiros dez dias superior à pontuação da terça. de agosto uma entrada de Quanto à continuidade da US$ 3,376 bi no País. (Agências) crise no mercado acionário, a DC maioria dos analistas acredita que a Bovespa ainda vai sofrer Você já pode com a volatilidade dos pregões oferecer um das bolsas americanas, mas importante benefício deve se beneficiar com uma siao seu funcionário tuação econômica mais consem nenhum custo fortável no médio prazo. "Apepara sua empresa. sar de não acreditarmos em derrocada geral, o mercado SAIBA COMO deve piorar antes de melhorar", diz relatório do economista-chefe do banco Modal, Tel.: (11) 5572-0804 Alexandre Póvoa. "Os bancos

Maurício Lima/AFP Photo

Samantha Sin/AFP Photo

Em mais um dia nervoso nos mercados, a Bovespa tem grande queda

Na Ásia, as bolsas recuaram. Em Tóquio, a queda foi de 2,19%.

3,19

Sem problemas para o Brasil, diz Lula

"O

presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que a crise do mercado imobiliário dos Estados Unidos não afetará a economia brasileira. "Eu não estou preocupado com isto", garantiu Lula em conversa no Palácio do Itamaraty, onde

almoçou com o presidente do Benin, Boni Yaji. "Isto é problema dos Estados Unidos, dos bancos americanos. Não é meu." Questionado sobre alta do dólar, Lula desdenhou: "Não estou preocupado com o dólar. O importante é que a economia brasileira

vive um momento de tranqüilidade enorme." Questionado pelos jornalistas logo na chegada ao Itamaraty, Lula reagiu com bom humor. "Vocês estão vendo que não precisou nenhum ministro meu correr para Washington ou Nova York." O presidente

lembrou que o governo está com suas contas "realmente equilibradas" e que há reservas suficientes para enfrentar a turbulência. "Quem tem um colchão de US$ 160 bilhões de reserva não tem que se preocupar", concluiu Lula. (AE)


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Saúde Tr â n s i t o Urbanismo Ciência

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 16 de agosto de 2007 Daniel Pera/Agência O Globo

Maroni: crimes de favorecimento e exploração da prostituição.

MARONI TERIA USADO PAPÉIS ILEGÍTIMOS

Newton Santos/Hype

Prefeitura mantém sua intenção de demolir hotel Segundo secretário de Habitação, construção do hotel possui uma série de irregularidades Rejane Tamoto

Lawrence Bodnard/Agência O Globo - 14/08/2007

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Prefeitura de São Paulo manterá sua decisão de demolir o Oscar's Hotel, do empresário Oscar Maroni, também dono da boate Bahamas. Maroni está preso no 13º DP, na Casa Verde, por crimes de favorecimento e exploração da prostituição, formação de quadrilha e tráfico de pessoas. Ontem, um habeas corpus pedido pela defesa do empresário foi negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Segundo o secretário municipal de Habitação, Orlando Almeida, a construção do hotel possui uma série de irregularidades, que começam nos documentos ilegítimos apresentados durante a obtenção de alvará junto à Aeronáutica e Prefeitura, entre 1999 e 2000. "O prefeito Gilberto Kassab está perseguindo esse assunto e já pediu para sua equipe ingressar com uma ação demolitória", disse o secretário, após reunião com vereadores da Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente da Câmara Municipal. O prédio do Oscar’s Hotel foi lacrado pela Prefeitura no último dia 26 e reaberto no dia 7, em função de uma decisão judicial. A Prefeitura disse que o mérito da ação não foi julgado. O hotel está na mira da Prefeitura desde o acidente com o Airbus A320 da TAM. Segundo o secretário, pilotos relataram que o ângulo de pouso em Congonhas está prejudicado pelo prédio, que tem 47 metros de altura e 11 andares. A primeira providência do prefeito, em 27 de julho, foi indeferir em última instância uma anistia pedida por Maroni e anular o alvará de aprovação e execução das obras. "O empresário havia pedido anistia em 2003 porque entrou com um projeto aprovado pela Secretaria de Habitação. Depois, alterou o projeto e construiu duas vezes a área do terreno, o que é permitido para edifícios de uso residencial, segundo a legislação. Só que nesse pedido não aparece a mudança de uso do prédio, para hotel", explicou Almeida. Aos vereadores, Almeida disse que o empresário obteve um alvará para a construção de um edifício com flats residenciais, de oito andares e 120 apartamentos, pela Secretaria de Ha-

Passageira da estação Cidade Jardim acompanha as notícias

TV Trem chega às plataformas da linha C da CPTM Notícias variadas atraem a atenção de usuários Kelly Ferreira

E Maroni: preso sob acusação de favorecer a prostituição, formação de quadrilha e tráfico de pessoas Almeida Rocha/Folha Imagem - 25/07/2007

Kassab quer mais rigor no Cidade Limpa

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Oscar's Hotel, de propriedade de Maroni: interferência em Congonhas

bitação, em 2000. Junto a Aeronáutica, Maroni obteve um alvará de construção de um edifício comercial, de escritórios. Segundo o secretário, o zoneamento da área proíbe os usos residenciais, de hotéis e motéis. Além disso, Maroni quis anexar dois terrenos ao empreendimento. "O que há agora é uma obra embargada, porque não tem documento, o que significa que a Prefeitura se sente obrigada a entrar com uma ação demolitória", disse Almeida.

Interferências – O secretário afirmou que há mais de 200 pontos de interferência, entre edificações, árvores e outdoors, em altura superior à considerada segura no espaço aéreo de Congonhas, Cumbica e Campo de Marte. "Um exemplo que interfere no Campo de Marte é o prédio do Banespa, com 40 metros a mais do que a Aeronáutica considera razoável. É duro, porque foi construído na década de 30", disse Almeida.

Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU), responsável pela análise dos casos omissos à lei Cidade Limpa, foi instalada na noite de ontem pelo prefeito Gilberto Kassab. Durante a cerimônia de posse dos representantes e suplentes de seis secretarias e seis entidades da sociedade civil, Kassab pediu rigor com a lei Cidade Limpa, aprovada por 80% da população. "O prefeito pediu para que os membros da CPPU sejam rigorosos e criteriosos com os casos omissos, para que a lei não seja descaracterizada", disse a diretora de Meio Ambiente e Paisagem Urbana da Emurb, Regina Monteiro. O secretário de Habitação, Orlando Almeida, licenciou-se do cargo de presidente da comissão. Assim, Regina Monteiro assumiu a presidência. Segundo ela, o prefeito pediu prioridade à análise de anúncios de divulgação de eventos culturais em teatros, cinemas e museus. Em seguida, para o estudo dos casos de referência na cidade. (RT)

sperar o trem, agora, está mais divertido e informativo. Tudo por conta da programação da TV Trem. Mas, por enquanto, apenas quem utiliza a linha C (Osasco-Jurubatuba) dos trens metropolitanos da CPTM, que seguem pela marginal Pinheiros, pode acompanhar a nova atração. Na programação, notícias de cultura, lazer, saúde, além de informações sobre o que acontece no mundo, em tempo real. Com três televisores de 32 polegadas nas plataformas de cada uma das 15 estações da linha, a novidade vem atraindo a atenção das mais de 3 milhões de pessoas que utilizam esse transporte todo mês. Além de informação para as classes B, C e D, a TV Trem também está sendo a saída de empresários do ramo de publicidade como alternativa à lei Cidade Limpa. "Mostramos notícias de uma São Paulo que muitos ainda desconhecem. Tem gente, por exemplo, que não sabe que o Instituto Butantan é um lugar legal de levar os filhos para passear ou, ainda, que existam peças teatrais, exposições e passeios gratuitos na cidade", disse Renata Ruffato, editorachefe da TV Trem. Com matérias em média de três minutos, as notícias não se repetem por no mínimo 1h20. Ou seja, quem estiver passando pela estação – entre as 4h e 0h, horário de funcionamento do transporte – sempre verá uma nova notícia no ar. De acordo com Renata, a grade de programação da TV Trem leva em consideração o tempo em que o usuário fica na plataforma. "Com notícias curtas e mais ágeis, garantimos que o usuário veja, no mínimo, uma matéria inteira, além dos comerciais, gerando interesse

real pelo conteúdo e fidelizando o telespectador", disse. A tela, dividida em três painéis, garante dinamismo às notícias. No centro, reportagens completas sobre assuntos de interesse do público, além de campanhas sociais e ambientais e filmes publicitários. No rodapé, notícias em tempo real – uma parceria com o Portal Terra – trazem informações sobre política, economia, esportes, mundo, entre outros. Na lateral, mensagens comerciais, informações de serviço público da CPTM e boletim da previsão do tempo. A programação da tevê é dividida em 60% notícias e 40% publicidade. "No delicado momento da mídia exterior, especialmente em São Paulo, acreditamos que a TV Trem chega como um veículo de alto impacto e de excelentes resultados. É um grande benefício para a cidade e uma excelente oportunidade para o anunciante aparecer", diz Sandra Jonas, sócia-diretora da Estação 8, idealizadora do projeto. Para o diretor da Exibição, que comercializa a publicidade da TV Trem, Luiz Roberto Valente, vender produtos nesse novo meio de comunicação é uma boa alternativa para a lei Cidade Limpa. "Nunca achamos que o Cidade Limpa chegaria onde chegou e tivemos de começar a buscar saídas para continuar com a empresa. Acredito nesse tipo de comunicação. A TV Trem é um veículo que veio para ficar. Estou confiante nesse novo produto", disse Valente. O projeto da TV Trem deverá ser estendido para outra linha da CPTM até o fim do ano. "Queremos atingir o máximo de pessoas possível com o nosso projeto. O objetivo é estender a novidade e as notícias diferenciadas para outros milhões de pessoas na cidade", disse Renata Ruffato.


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

ECONOMIA - 7


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Empresas Finanças Negócios Tr i b u t a ç ã o

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

O Brasil fechou julho com 108,5 milhões de celulares, contra 106,6 milhões em junho.

PUBLICITÁRIO NIZAN GUANAES FAZ AQUISIÇÕES

SOCIEDADE ESPANHOLA DA INFORMAÇÃO AVALIOU CINCO PAÍSES LATINO-AMERICANOS

BRASIL, O ÚLTIMO EM TECNOLOGIA. N 4,21

o primeiro trimestre, o Brasil ficou em último lugar no Índice da Sociedade da Informação (ISI), da consultoria espanhola Everis, que também acompanha a pontuação da Argentina, Chile, Colômbia e México. O País ficou abaixo da média latinoamericana. O desempenho brasileiro foi prejudicado pelo ambiente econômico e social. Nos itens referentes ao uso de computadores e telecomunicações, o Brasil avançou 7,2% e superou México e Colômbia. "Dois pontos que prejudicaram o País foram o aumento do desemprego e a piora no índice de percepção de corrupção", afirmou Teodoro López, responsável pelo setor de telecomunicações da Everis no Brasil. "A percepção de corrupção prejudica o ISI de toda a América Latina", disse. O fraco crescimento da economia também contribuiu para reduzir a pontuação brasileira. O ISI do Brasil somou 4,21

Mais 1,74% de celulares

A

base de telefonia celular brasileira cresceu 1,74% em julho na comparação com junho, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A adição líqüida de 1,85 milhão de linhas é a mais alta num mês de julho nos últimos cinco anos, disse a analista Vera Rossi, do banco Morgan Stanley. O mês passado terminou com

pontos, numa escala que vai até 10. Para a América Latina, o indicador somou 4,42 pontos. Em primeiro lugar ficou o Chile, com 5,76 pontos, seguido da Argentina (4,75), México (4,58) e Colômbia (4,23). O Brasil já estava em último na medição anterior e deve continuar na lanterna nos próximos dois trimestres, de acordo com projeções da Everis, com crescimento abaixo da média. A consultoria destacou

o número de computadores por mil habitantes no País, que chegou a 150, acima dos 134 por mil habitantes na América Latina. O Brasil tem 538 celulares por mil habitantes, abaixo da média latino-americana de 595. "A compra de celulares vem sofrendo desaceleração no Brasil", disse López. "O crescimento de 13,2%, verificado no período, foi o menor em nove anos". Segundo o executivo, o Brasil tem pontuação boa no item eficiência energética, que mede, entre outras coisas, o uso de energias renováveis. Mas isso não é suficiente para melhorar o desempenho do País como um todo. A infra-estrutura local de telecomunicações é melhor que a de outros países latino-americanos, e houve avanço no investimento per capita em tecnologia, disse López. Apesar de o Brasil estar em último lugar, ou por causa disso, ele identifica boas oportunidades de negócios no mercado local. (AE)

108.519.664 linhas celulares em serviço, ante 106.663.068 em junho. Em comparação com as 93 milhões de linhas de julho de 2006, o crescimento foi de 16,62%. Para a analista, as adições de julho confirmam o bom momento em termos de crescimento da base de assinantes. "Tradicionalmente mais fraco por causa de efeitos sazonais, o mês de julho nos surpreendeu", afirmou Vera em relatório. Ela disse acreditar que o movimento foi puxado pela

continuação das promoções das principais operadoras, que subsidiam aparelhos e promovem campanhas de preços agressivas. A analista indicou que o crescimento foi promovido pela Claro, TIM e Oi. Por conta disso, a aceleração na base de usuários deve provavelmente causar mais pressão sobre as margens das operadoras. "No passado, o crescimento de assinantes nem sempre se traduzia em crescimento de receitas", afirmou. (AE)

foi a pontuação brasileira, numa escala que vai até 10. Aumento da percepção de corrupção acabou prejudicando o País.

Divulgação

Reunion: além da empresa de marketing esportivo, o grupo amplia o leque com Hello, New Stile e Sunset

Nasce a "WPP dos trópicos" Carlos Franco

O

publicitário Nizan Guanaes anunciou ontem aquisições e a criação de uma nova agência, R$ 100 milhões em caixa para novos negócios (compras estão nos planos) e a intenção de abrir o capital da holding Ypy. Tudo numa só tacada com o objetivo de transformar o Grupo Ypy, com faturamento que há muito ultrapassou a casa de R$ 1 bilhão, na "WPP dos trópicos", disse, referindo-se ao grupo inglês controlador de grifes da propaganda como JWT, Ogilvy, Young & Rubicam, Grey, entre outras. "Não estou inventando nada, quero ser acusado de plágio, porque estou seguindo

FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL PARA REGISTRO DE PREÇOS PREGÃO Nº 048/2007-FAMESP/HEB PROCESSO Nº 291/2007-FAMESP/HEB REGISTRO DE PREÇOS Nº 035/2007-FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 16 de agosto a 12 de setembro de 2007, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli, s/nº, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 38152680–ramal 111-FAX (0xx14)3882-1885–ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/ licitações/Hospital das Clínicas, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL - PREGÃO Nº 048/ 2007-FAMESP/HEB, PROCESSO Nº 291/2007-FAMESP/HEB, que tem como objetivo o REGISTRO DE PREÇOS PARA AQUISIÇÃO EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) PARA O HOSPITAL ESTADUAL BAURU, do tipo menor preço global por lote, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação, será realizada no dia 13 de setembro de 2007, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras do Hospital Estadual Bauru, localizado na Avenida Engº. Luiz Edmundo Carrijo Coube, n.º 1.100, Jardim Santos Dumont, na Cidade de Bauru, no Estado de São Paulo, CEP: 17033-360. Botucatu, 15 de agosto de 2007. Prof. Dr. Shoiti Kobayasi - Diretor Vice-Presidente - FAMESP FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR

EDITAL DE PREGÃO Nº 050/2007 - FAMESP/HEB PROCESSO Nº 126/2007 - FAMESP/HEB REGISTRO DE PREÇOS Nº 037/2007 - FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 16 de agosto de 2007 ao dia 10 de setembro de 2007, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli, s/nº, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680- ramal 110 ou 117, no site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/ HospitalEstadualBauru, o Edital do Pregão nº 050/2007-FAMESP/HEB, Processo nº 126/ 2007-FAMESP/HEB, Registro de Preços nº 037/2007-FAMESP/HEB, que tem como objetivo a Contratação de empresa para prestação de serviços para a realização de exames laboratoriais em amostras coletadas de pacientes do HOSPITAL ESTADUAL BAURU. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação, será realizada no dia 11 de setembro de 2007, com início às 09:00 horas, na Sala de Reuniões do Hospital Estadual Bauru, Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, nº 1-100 – Jardim Santos Dumont, Município de Bauru, Estado de São Paulo. Botucatu, 14 de agosto de 2007. Prof. Dr. Shoiti Kobayasi - Diretor Vice Presidente - FAMESP

exatamente o mesmo modelo da WPP e das grandes. Eu confio no Brasil, e se empresas brasileiras como a Vale, o Itaú, a Gerdau e a Embraer, por exemplo, estão abrindo espaço no exterior, é natural que uma empresa de comunicação faça o mesmo caminho". No texto que distribuiu em entrevista concorrida no Museu Brasileiro de Escultura (MuBE), ele deu provas do tamanho de seus sonhos. "Por que o Brasil deve pensar pequeno, se Aquele que criou o Brasil fez tudo gigante? É só olhar o Amazonas, o Pão de Açúcar, o Corcovado, o Velho Chico", afirmou. Para Guanaes, oferecer serviços completos, em todas as áreas da comunicação, é a meta, para ter como administrar

verbas maiores de clientes. "Estamos crescendo por meio de associações; ninguém vai querer investir em empresa que tem dono. Temos um projeto para atrair investidores." Hoje, além de Guanaes e Guga Valente (que preside a holding Ypy), a maior investidora é Katia Almeida Braga, do Banco Icatu. O Grupo Ypy é controlador das agências Africa, MPM, DM9 e Loducca, tem ainda a área de conteúdo, com N/Idéias, Network e Stock Car e, com a holding B\Ypy, onde Nizan e Guga Valente são sócios de Bazinho Ferraz, ampliam o leque de serviços somando ao grupo a novíssima Hello Interactive (internet), New Stile, Reunion e Sunset, além da Tudo.

COMUNICADO A Empresa Irmãos Bozza Cia Ltda, CNPJ 61.307.583/0001-92 CCM 1.001.378-4, possui talões de números 5301 a 5350 inutilizáveis por motivo de incêndio.

SEAC-SP - Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação no Estado de São Paulo C.N.P.J. nº 62.812.524/0001-34 Assembléia Geral Extraordinária - Edital de Convocação Pelo presente edital, ficam os associados quites e em pleno gozo de seus direitos sindicais, convocados para a Assembléia Geral Extraordinária, a realizar-se em 1ª Convocação no dia 23 de agosto de 2007, na sede social situada à Av. República do Líbano, 1.204 - Jd. Paulista-SP, às 17:30 (dezessete e trinta) horas, e 2ª Convocação às 18:00 (dezoito) horas. Para discussão e deliberação sobre a seguinte Ordem do Dia: Assunto: a) Comissão de Conciliação Prévia; b) Inclusão da Pessoa com Deficiência Física no Mercado de Trabalho; c) Assuntos Gerais. São Paulo, 14 de agosto de 2007 Aldo de Avila Junior - Presidente

PRELUDE MODAS S/A. - CNPJ nº 61.084.745/0001-70 ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA - EDITAL DE CONVOCAÇÃO. Ficam convidados os Srs. Acionistas desta sociedade a se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária a ser realizada no dia 27 de agosto de 2007, às 09:00 (nove) horas, na sede social à Rua Rego Freitas, nº 508, nesta Capital, a fim de deliberarem sobre a seguinte "ORDEM DO DIA" a) Consolidação dos Estatutos Sociais, nos têrmos da Lei nº 10.406 de 10 de janeiro de 2002; b) Outros assuntos de interesse Social. São Paulo, 13 de agosto de 2007. A Diretoria. (16-17-20/08/2007) PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

ABERTURA DE LICITAÇÃO SITE: www.riopreto.sp.gov.br MODALIDADE: PREGÃO PRESENCIAL N° 086/2007 Objeto: Contratação de empresa para implantação de rede de comunicação sem fio, incluindo aquisição de equipamentos, licenças de software e prestação de serviços especializados de instalação, operação, gerência, suporte e manutenção da solução, parte integrante do projeto Rede Metropolitana do Município de São José do Rio Preto/SP. Data de processamento do pregão: 06/09/2007 às 08:00h, na sala de audiências da Comissão de Licitações, 2º andar do Paço Municipal.

MABESA DO BRASIL S.A. CNPJ nº 01.698.231/0001-83 RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores Acionistas: Em cumprimento às disposições legias e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas. as Demonstrações Contábeis do exercício encerrado em 31/12/2006. Demonstração do Resultado para o exercício findo em 31/12/2006 Balanço Patrimonial Levantado em 31 de dezembro de 2006 (Valores expressos em milhares de reais) (Valores expressos em milhares de reais) Ativo Passivo Circulante 2006 Circulante 2006 2006 Caixa e Bancos 2.255 Financiamentos e Empréstimos 15.075 Receita Operacional Bruta 180.137 Clientes 23.464 Fornecedores 26.102 Deduções das Vendas (39.648) Impostos a Recuperar 20.330 Salários e encargos sociais 189 Receita Operacional Líquida 140.489 Adiantamentos Diversos 302 Obrigações Tributárias 2.667 Custos dos Produtos Vendidos (94.859) Estoques 11.646 Outras contas a pagar 2.393 Lucro Bruto 45.630 Despesas Antecipadas 84 Total do Passivo Circulante 46.426 Despesas/Receitas Operacionais (39.716) Total do ativo Circulante 58.081 Exigível a Longo Prazo Despesas Gerais/Administrativas (45.466) Financiamentos e Empréstimos 12.767 Despesas Financeiras (12.032) Realizável a Longo Prazo Provisão para contingências 369 Receitas Financeiras 16.546 Depósitos em Garantia 297 Impostos parcelados 1.079 Participações (712) Total do Realizável a Longo Prazo 297 Impostos diferidos 8.229 Outras Despesas Operacionais 1.948 Total do Exigível a Longo Prazo 22.444 Resultado Operacional 5.914 Permanente Patrimônio Líquido Resultado não Operacional (1.173) Investimentos 12.121 Capital Social 134.408 Resultado antes do IR/CS 4.741 Imobilizado 60.499 Reservas de Capital 32.248 Provisão Imposto de Renda e contribuição Social (1.897) Total do Permanente 72.620 Resultados Acumulados (109.013) Resultado Líquido do Exercício 2.845 Adiantamentos para futuro aum. Capital 4.484 Resultado Líquido do Exercício por lote mil ações - R$ 0,0212 Total do Patrimônio Líquido 62.128 Demonstração da Mutação do Patrimônio Líquido para o exercício Total 130.998 Total 130.998 findo em 31/12/2006 - (Valores expressos em milhares de reais) Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos para o exercício findo em 31/12/2006 - (Valores expressos em milhares de reais) Adto. p/ Origens de Recursos 2006 Aplicações de Recursos Futuro Das operações: De Terceiros: Aum. de Res. de Prej. Lucro Líquido do Exercício 2.845 Adições no Imobilizado 1.284 Capital Capital Reaval. Acum. Total Itens que não afetam o Capital Circ. Líquido: Aumento do Realizável a Longo Prazo 297 - Depreciação 7.890 Saldos em 31/12/2005 134.408 5.760 33.229 (113.343) 60.053 Redução do Exigível a Longo Prazo - Amortização 7.273 Realização Reservas de Reavaliação (505) Baixa Adto. Futuro - Valor Residual de itens Baixado do Imobilizado 1.151 Total de Terceiros 1.076 Aum. de Capital - (1.276) - (1.276) Total das Operações: 19.158 Total das Aplicações 1.076 Realiz. Res. de Reav. (981) 1.486 505 Dos Acionistas: Aumento do Capital Circ. Líquido 17.280 Aumento de Capital em Moeda Lucro no Período 2.845 2.845 Ativo Circulante no Início do Exercício 50.813 (-) Baixa Adto. para Aumento de Capital (1.276) Saldos em 31/12/2006 134.408 4.484 32.248 (109.013) 62.128 Ativo Circulante no Final do Exercício 58.081 Total dos Acionistas (1.276) Diretoria Variação do Ativo Circulante 7.268 De Terceiros: Passivo Circulante no Início do Exercício 56.438 Edir Possamai Aumento do Exigível a Longo Prazo 473 Passivo Circulante no Final do Exercício 46.426 Diretor Ingressos de Novos Empréstimos Variação do Passivo Circulante (10.012) Total de Terceiros 473 Dennis Rodrigues de Mattos Total das Origens 18.355 Aumento do Capital Circ. Líquido 17.280 Contador - CRC 1SP225618/O-7

Maior

cobertura pelo menor preço

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foi ajuizado no dia 15 de agosto de 2007, na Comarca da Capital, o seguinte pedido de falência, e recuperação judicial: Requerente: Gerdau Açominas S/A - Requerida: Cleat Indústria Ltda. Rua Martinho de Campos, 522 - 2ª Vara de Falências


quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Urbanismo Polícia Transpor te Saúde

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3 Sábado serão realizados testes finais no solo da região, no trecho interditado desde o dia 7.

RUA SERÁ INTERDITADA DE NOVO NO SÁBADO

José Luis da Conceição/AE

Ó RBITA

NOVOS TRENS

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Metrô comprará 17 trens e a CPTM, 40. A aquisição foi autorizada pelo secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella. Estima-se que o edital do processo de licitação, a ser realizado por concorrência internacional, seja publicado ainda neste mês. O fornecedor dos 57 trens deverá ser contratado em janeiro de 2008, e a entrega de todas as composições, concluída até dezembro de 2010. Haverá ainda outra licitação para modernizar os sistemas de sinalização e controle dos trens, que permitirá uma operação comercial automatizada, no sistema driverless, dispensando a existência de operadores de trem futuramente. As novas composições para o Metrô terão seis vagões e para a CPTM, oito. Todos contarão com ar-condicionado, câmeras conectadas com centros de segurança, painéis multimídias e sistema de detecção e combate a incêndio. O projeto dos novos trens atenderá às necessidades de acessibilidade previstas em lei. (AE)

PINHEIROS LIBERADA

A

CET liberou ontem a rua dos Pinheiros no trecho entre as ruas Mourato Coelho e Mateus Grou, na região de Pinheiros, zona oeste. O trecho estava interditado desde o último dia 7 em razão de buracos que surgiram na via após a passagem subterrânea do "megatatuzão", máquina que realiza escavações e que vem sendo utilizada pelo consórcio Via Amarela,

responsável pelas obras da linha 4 Amarela do Metrô. A interdição teve de ser montada naquele trecho para que os técnicos da obra pudessem realizar trabalhos de sustentação de solo. Esse mesmo trecho liberado ontem será novamente interditado das 5h do próximo sábado até as 5h de segunda-feira, para que sejam realizados testes finais no solo da região. (AE)

INDENIZAÇÃO

O

Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou ontem que o Banco Sudameris terá de indenizar em R$ 30 mil o cliente L.D.S., que ficou preso numa porta giratória em uma de suas agências. Para o STJ, o cliente deve ser ressarcido por conta do constrangimento sofrido. O incidente ocorreu em junho de 2000, quando o cliente tentou entrar no banco para realizar um depósito e a porta giratória

travou. Ele retirou a carteira e documentos dos bolsos, levantou a camisa para mostrar que não portava arma de fogo e mesmo assim teve sua entrada barrada pela porta. Segundo o STJ, L.D.S. sentiu-se ofendido e ajuizou processo por danos morais no Tribunal de Justiça de São Paulo. O banco recorreu da decisão, alegando que as portas representavam uma medida de segurança para os clientes. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nacional Finanças Empresas Tr i b u t o s

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

FATURAMENTO DO SETOR FOI DE R$ 124,1 BI EM 2006

Patrícia Cruz/LUZ

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A quebra operacional, principal causa de perdas, chega a 40,7%.

PESQUISA MOSTRA QUE AS PERDAS NO SETOR REPRESENTAM PREJUÍZOS DA ORDEM DE R$ 2,4 BILHÕES

AS VILÃS DOS SUPERMERCADOS Paulo Pampolin/Digna Imagem/10/5/2004

Fotos: Divulgação

Fátima Lourenço

A

s perdas dos supermercados brasileiros tiveram leve recuo em 2006, na comparação com o ano anterior, alcançando o índice médio de 1,97%. É o equivalente a deixar de ganhar R$ 2,4 bilhões, levando-se em conta o faturamento de R$ 124,1 bilhões do setor naquele ano, ante os R$ 118,5 bilhões de 2005, quando o índice médio chegou a 2,05%. "Há uma certa estabilidade (na redução das perdas 2006 em relação ao ano anterior), mas essa é uma preocupação latente no setor", afirmou o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumo Honda, ao divulgar, ontem, os números da 7ª Avaliação de Perdas no Varejo Supermercadista. O estudo mostra as ocorrências que resultam em perdas diagnosticadas no ponto-dede venda, embora fatores externos aos supermercados também possam influenciar, como é o caso das entregas fraudulentas – quando o fornecedor deixa produtos em desacordo com as especificações da nota fiscal (mercadorias a menos), sem que o supermercado perceba a falha durante o recebimento. A chamada quebra operacional mantém-se, em 2006, como a principal causa das perdas no varejo supermercadis-

A bandeira Extra terá investimentos de R$ 100 milhões em publicidade Paulo Pampolin/Digna Imagem/27/10/2005

Hipermercado Extra reformula o marketing

O presidente da Abras, Sussumo Honda (acima), diz que maior volume de perdas ocorre nas áreas de hortifrúti

ta, com 40,7% de participação. O índice é influenciado por retração nas receitas em razão de produtos estragados que não podem ser trocados ou embalagens amassadas. O maior volume de danos, nesse item, fica por conta dos hortifrúti", explicou Honda. "Tudo o que é possível ver, mas não pode vender, é quebra operacional", sintetizou o coordenador da Fundação Abras, Agnaldo Marques. As demais perdas

Neide Martingo

S (veja quadro) vêm de artigos que o supermercado não consegue encontrar, mas chegou a contabilizar (caso de digitações com valores incorretos) I nv e st i me n to s – O estudo da Abras também aponta que 69% dos supermercados pesquisados contam com uma área voltada à prevenção de perdas. Entre os que investiram em ações preventivas do gênero, os gastos com pessoal correspondem a 80% do res-

pectivo orçamento. Estima-se que o setor como um todo invista 0,6% do faturamento líquido em ações do gênero. Dentro do varejo como um todo, os supermercados compõem o setor com os maiores índices de perda, comentou o diretor da Nielsen, João Carlos Lazzarini. Ele estima que as perdas do pequeno supermercado cheguem à média de 2%. A média mundial almejada é 0,5%, "mas o ideal é zero".

egmentação. Essa é a palavra de ordem da campanha de marketing do hipermercado Extra, que estréia no próximo domingo. A empresa vai investir R$ 100 milhões no segundo semestre para reforçar algumas características da marca e anexar mais temas. A cor vermelha, o foco na família e o preço baixo continuam no destaque. Uma das prioridades considerar as necessidades de cada consumidor ao oferecer os mais de 60 mil itens à venda. "A frase que marcava a empresa, 'O hipermercado da família brasileira' passa a ser 'O hipermercado da minha família'. A idéia é acompanhar as mudanças de perfil dos lares e atender pessoas que moram sozinhas, casais sem filhos, avós que moram com netos, por exemplo", afirmou a diretora executiva de Marketing e Relações Corporativas do Grupo Pão de Açúcar, Claudia Pagnano. Segundo ela, a expectativa é de que as vendas de agosto sejam até 5% maiores em relação ao mesmo mês do ano passado – incremento esti-

mulado pela campanha. Inicialmente, serão veiculados nas TVs sete filmes, com temas que variam entre institucional, mercearia, hortifrúti, entretenimento e tecnologia, moda casa, família e bebê. "Todas as mídias serão utilizadas: jornal, rádio, revistas e também mobiliário urbano", detalhou Claudia. O ponto-de-venda vai acompanhar as mudanças. Cada área de exposição de produtos ganhará um banner diferente, fazendo alusão ao produto comercializado e ao conceito do Extra, o "mais barato, mais barato". Na mercearia, os clientes vão ver "mais fresquinho, mais fresquinho"; onde são vendidos itens de tecnologia, o mote será "mais moderno, mais moderno". Abertura de lojas – O Grupo Pão de Açúcar prepara a abertura de várias unidades até o final deste ano. Serão 15 pontos do Extra Fácil, sete do Extra Perto e nove do Extra; além de quatro da rede CompreBem e uma do Pão de Açúcar. O hipermercado Pão de Açúcar, que fica dentro do Shopping Iguatemi, em reforma há quatro meses, será reaberto na semana que vem.

Vendas no comércio batem recorde de 9,9%

A

s vendas do comércio varejista no primeiro semestre deste ano cresceram 9,9% em relação ao mesmo período no ano passado. Foi o maior aumento para essa base de comparação desde 2001, início da série da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E pelo quarto semestre consecutivo, o ritmo de vendas se manteve alto. O mercado financeiro já esperava um aumento grande das vendas e os dados da PMC reforçaram a aposta de que o Banco Central deverá reduzir o ritmo de corte da taxa de juros básica, a Selic, de 0,5 para 0,25 ponto percentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em 4 e 5 de setembro. Todos os setores tiveram expansão no primeiro semestre. A maior foi de 24,5%, justamente do grupo mais variado da pesquisa, sob a rubrica "Outros artigos de uso pessoal e doméstico", que inclui lojas de departamento, brinquedos, artigos esportivos e óticas. Outro destaque foi o grupo de equipamento e material de escritório, informática e comunicação, com 22,3%. A menor ampliação no período foi a de 5,5% do grupo de combustíveis e lubrificantes. Incluindo os setores de automóveis e material de construção, em que não é possível diferenciar varejo e atacado, as vendas no comércio

no primeiro semestre cresceram 13,6% no semestre, com alta de 22,8% nas vendas de veículos, motos e autopeças. O coordenador da pesquisa, Reinaldo Silva Pereira, citou como causas para o crescimento das vendas no varejo o aumento do emprego; da massa salarial; a valorização do real, que barateia os produtos importados; a inflação baixa e as melhores condições de crédito, com juros em queda e alargamento de prazos. "Isso tudo favorece o comércio varejista e esse quadro não tem mudado nos últimos meses", afirmou. Em junho ante maio, o crescimento das vendas foi de 0,4% abaixo da registrada em maio em relação a abril (0,6%). Já na comparação com igual mês do ano passado, a alta atingiu 11,8%, a maior taxa nessa comparação desde junho de 2004, quando foi de 12,9%. Mesmo com a maior base de junho do ano passado, todos os setores pesquisados cresceram, sendo a maior variação de 31,8% dos automóveis e autopeças e a menor de 5,9% dos combustíveis e lubrificantes. O resultado do comércio também aumenta a expectativa de que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) alcance 6% no segundo trimestre e 5% no consolidado do ano na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com o economista da Modal Asset Management, Tomás Goulart. (AE)


quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Nacional Negócios Finanças Empreendedores

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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A QUEDA DAS BOLSAS FOI QUASE GERAL

bilhões de dólares foram injetados ontem no mercado pelo Fed, o banco central americano.

NEM INDICADORES POSITIVOS NOS EUA SEGURARAM OS MERCADOS, COM O TEMOR DE QUEBRA DE EMPRESAS

LÁ FORA, PERSISTE A VOLATILIDADE.

O

R$ 1,5 bilhão retirado da Bolsa Sonaira San Pedro

A

participação dos investimentos estrangeiros no volume financeiro movimentado na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), caiu 7,8% nos primeiros 10 dias de agosto, atingindo 32,7%. No período, foi retirado do mercado acionário R$ 1,595 bilhão. De acordo com os analistas, esses investidores estão vendendo ações que possuem nos países emergentes para comprar títulos do governo norte-americano, considerados o investimento mais seguro do mundo. A saída de dólares do País nos últimos vinte dias ajudou a moeda norte-americana a registrar uma valorização de 7%, en-

quanto a Bovespa caiu cerca de 10%. "Ainda não se pode afirmar que o mercado de capitais brasileiro depende dos investidores estrangeiros", disse o administrador de investimentos Fábio Colombo. "Mas, é preciso admitir que eles têm uma participação importante nas negociações com ações brasileiras e que ela aumenta a cada dia." Para o especialista, a saída desses investidores neste momento de instabilidade, não deve ser vista como uma fuga de capital por conta de alguma desconfiança em relação ao Brasil, aos fundamentos de sua economia ou à solidez das empresas brasileiras de capital aberto. "Ao contrário, essa parte vai bem. A retirada estratégica é apenas reflexo do momento econômico mundial", afirmou. De acordo com Colombo,

não há previsão do tamanho ou da duração da crise. De qualquer maneira, os especialistas recomendam cautela acima de tudo. "Quem tem dinheiro aplicado em ações não deve se desesperar a ponto de vendê-las a um preço mais baixo", explicou o operador sênior e consultor financeiro, Décio Pecequilo. "É melhor esperar o mercado recuperar as perdas e até lucrar assim quando a crise acabar." Para quem já aplica na bolsa e para os que nunca compraram ações, a dica do consultor é aproveitar o mercado em baixa para adquirir ações e ganhar no futuro. "É como se os papéis estivessem com desconto", comparou Pecequilo. "Daqui a pouco, o desconto acaba e pode-se vender os papéis a preços bem melhores."

s mercados financeiros enfrentaram mais um dia de grande instabilidade e as bolsas de valores registraram grandes perdas em praticamente todo o mundo. Houve um ligeiro alívio com a divulgação de indicadores econômicos positivos no mercado americano. Mas eles foram insuficientes para segurar a maré de más notícias do mercado imobiliário local, origem da onda de volatilidade. Em julho, os preços ao consumidor nos EUA tiveram alta de apenas 0,1%. O núcleo da inflação (que exclui os preços de alimentos e energia) subiu 0,2%, como esperavam os analistas. A produção industrial no país, por sua vez, registrou crescimento de 0,3% em julho. Para colocar água na fervura, a Associação Nacional de Corretores (NAR, na sigla em inglês) informou que as vendas de casas usadas nos EUA caíram em 41 estados no segundo trimestre. A redução foi de 10,8% abaixo do volume comercializado no segundo trimestre de 2006. Os preços dos imóveis diminuíram em um terço das áreas pesquisadas. Outra má notícia veio da Associação Nacional de Construtores Residenciais (NAHB na sigla em inglês): a confiança das empresas de construção do setor residencial caiu para 22 pontos neste mês, ante 24 de julho, afetada pela crise provocada pelo crédito no segmento de hipotecas de alto risco (sub-

prime) – leituras abaixo de 50 pontos indicam perspectivas negativas. Segundo o economista-chefe da NAHB, David Seiders, "não há expectativa de crescimento nas vendas de casas novas ou na atividade de construção de casas até pelo menos 2008". Como se não bastasse, aumentaram as preocupações quanto à saúde financeira de empresas como a Contrywide Financial, maior provedora de crédito hipotecário dos EUA. As ações da companhia, maior financiadora imobiliária dos Yuriko Nakao/Reuters

Tóquio abriu em queda de 2,14%

EUA, chegaram a cair 19%, com os rumores de que ela não conseguiu obter recursos no mercado. As agências de classificação de risco, por sua vez, rebaixaram as recomendações de vários fundos imobiliários. Com esses indicadores, o mercado norte-americano se desestabilizou de vez, apesar de o Federal Reserve ter injetado US$ 7 bilhões no sistema. Com a intervenção de ontem, o banco já colocou à disposição do sistema US$ 71 bilhões desde a quinta, dia 9.

Nesse panorama, as bolsas americanas fecharam em baixa, recuando para menos de 13 mil pontos, nível a que não voltavam desde abril. O Dow Jones, o principal índice da bolsa de Nova York, encerrou o pregão com desvalorização de 1,29%, em 12.861,47 pontos. O Nasdaq, indicador do setor de tecnologia, fechou em queda de 1,61%, com 2.458,83 pontos, e Standard & Poor's-500 caiu 1,39%, para 1.406,70 pontos. Segundo Kevin Caron, da Ryan Beck & Co., o mercado está se mostrando incapaz de sustentar ganhos "porque o custo para tomar dinheiro emprestado está subindo dramaticamente e o acesso ao crédito está sendo cortado em áreas críticas, tais como hipotecas e em certas áreas do mercado financeiro. Como resultado, as ações tendem a ter um desempenho inferior ao de outros ativos, porque essa situação levanta várias dúvidas quanto as perspectiva da economia americana e mundial". Na Europa, Londres fechou em queda de 0,56%; Frankfurt avançou 0,28%; e, em Paris, o recuo foi de 0,66%. A bolsa argentina caiu 5,17% A preocupação sobre os efeitos da crise nas hipotecas de risco americanas chegaram ao Japão. A Bolsa de Tóquio abriu o pregão de hoje em queda de 2,14%, depois de ter perdido 2,19% na madrugada de ontem, com 16.475 pontos, o pior resultado final desde 8 de dezembro. (Agências)


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Transpor te Ciência Vida no Centro Saúde

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

No Centro, rotina se repete todo fim de tarde: do buraco sai papelão que vira cama e cobertores.

MORADORES DE RUA IMPROVISAM ARMÁRIOS

No Centro, até buraco tem dono

Moradores de rua transformam galerias de serviços públicos e respiros de tubulações em armários. Muitos têm donos, que cobram de R$ 1 a R$ 2 por dia pelo uso. Fotos de Milton Mansilha/Luz

Fernando Vieira

N

o Centro de São Paulo, buraco no chão tem dono. E uma utilidade inusitada. As entradas das galerias de água, esgoto e telefonia e as áreas de respiro das tubulações viraram armários. É ali que grande parte dos moradores de rua guarda “sua vida”, “tudo o que têm”. Cada um é proprietário de seu “guarda-roupa”. Ninguém mexe nas coisas de ninguém. Quer dizer, quase ninguém. Os moradores de rua também são assaltados. Nas calçadas e ruas do Centro existem “armários familiares”, “depósitos de mutreta” e “guarda-volumes comerciais”. Estes últimos são alugados por “donos” de dois ou três “armários-buracos” para outros moradores de rua. Preço: de R$ 1 a R$ 2 por dia. Passa das 18h. Os escritórios e estabelecimentos comerciais se esvaziam, mas nas ruas o movimento não pára. E tem dois sentidos: dos que partem, deixando o trabalho, e dos que chegam “em casa”. A noite cai rápido nos arredores da praça da Sé, Pátio do Colégio e vale do Anhangabaú. Logo que escurece, os moradores de rua são maioria. De forma ágil, é hora de arrumar a cama improvisada sobre recortes de papelão em algum cantinho de calçada, calçadões ou largos. É tempo de ocupar os espaços já demarcados ou conquistar os ainda vagos. O ex-técnico de som Ricardo

Carioca e Deusilene retiram "cama" e cobertores de buraco na rua Anchieta, próximo ao Pátio do Colégio

Galerias de água são utilizadas como armários

Sanches Camacho, de 34 anos, conhecido como Carioca, é um dos mais de 7 mil que vivem hoje em situação de rua, apenas no Centro da cidade. Por

Respiro de tubulações se transforma em depósito

volta das 18h50 ele chega para dormir na rua Anchieta, travessinha em frente ao Pátio do Colégio. Acompanhado da mulher, Carioca levanta a tam-

pa de uma saída de ar de tubulação subterrânea, localizada no meio da via, e que também serve para escoar água de chuva. A rua passa ao lado do edifício do Tribunal de Justiça de São Paulo. Dali debaixo, retira, primeiro, dois ou três pedaços de papelão que, dobrados, escondem suas reais dimensões. É o suficiente para improvisar uma cama de casal. Mas não acabou. Carioca puxa, agora, um grande saco plástico. Dele saem dois cobertores. Um para forrar a cama de papelão, outro para cobrir os corpos e proteger da friagem da madrugada. “Este é o nosso guarda-roupa”, diz Carioca, enquanto pega mais uma sacola. Nela, algumas mudas de roupas. “Coloco tudo de manhã. Durante o dia, deixo aqui guardado. Só pego na hora de arrumar as coisas para dormir: uma blusa extra, o papelão e os cobertores”, conta o morador de rua. “Guardamos em sacos plásticos para não molhar quando chove”. Os objetos pessoais de Carioca, como escova de dente, pente, toalha e creme de cabelo, não vão para o armário-buraco. Ficam com a mulher, Deusilene Oliveira Gomes, de 33 anos, numa bolsa que ela sempre carrega consigo. Deusilene não deixa suas roupas nem seus documentos no armário-buraco. Ela prefere guardá-los no bagageiro cen-

tral da Prefeitura, o único espaço público desse tipo disponível para quem não está em albergues. A capacidade é de 288 boxes, com funcionamento das 7h às 19h, de segunda a sexta-feira, e das 7h às 14h, aos sábados, domingos e feriados. “Lá é melhor porque tem chave e carteirinha para poder entrar. Fica bem mais seguro. O problema é que o espaço é pequeno e não cabe o resto das nossas coisas”, diz a moça. A segurança no buraco usado como “guarda-roupa” pelo casal “tem uma certa garantia”. Segundo eles, a área em que vivem é “familiar”. “Cada um cuida das coisas um do outro. O que tenho aqui é minha vida”, explica um outro morador da travessa, que é 'proprietário" de um buraco localizado poucos passos à frente. “Ainda assim, se vacilarmos, levam tudo o que a gente tem. Na semana passada, roubaram dois edredons que ganhei e duas sacolas de roupas. Antes, eu pulava em cima da tampa para conseguir fechar, de tão cheio que o buraco estava. Agora, fecha fácil”, conta o homem de 44 anos, que se identifica apenas como Robô. A área familiar se limita às ruas Boa Vista, 15 de Novembro e suas travessas, de acordo com um outro rapaz, apelidado de Turco. “Para o lado da praça da Sé e do vale do Anhangabaú não é tranqüilo. Lá, o bicho pega. Tem buraco que é ‘depósito de mutreta’, onde os caras escondem de tudo: celulares, carteiras roubadas e drogas”, acrescenta mais um morador de rua, que pede para não se identificar. “Tem dono com mais de um buraco para alugar. Eles cobram de R$ 1 a R$ 2 para a gente poder deixar nossas coisas guardadas”, afirma o Turco. Na rua Anchieta isso não acontece, garantem os cerca de 20 moradores do local. Entre os problemas mais graves que enfrentam – fora a situação de rua em si – estão as baratas, que, às vezes, invadem as sacolas e se misturam aos pertences. “Não tenho medo, mas nojo. Quando aparecem, jogo tudo fora. Recebemos sempre novas doações”, diz Carioca. Sem reclamar da vida, esse grupo de moradores de rua ainda consegue ver vantagens na solução inusitada para a falta de um móvel adequado. “É mais prático do que o maleiro público, porque fica perto de onde a gente dorme. Além disso, não tem horário para mexer”, afirma Deusilene. “Viver na rua é assim mesmo: saber improvisar com o que tem. Um buraco vira guarda-roupa, o banheiro é o do metrô e o despertador, às seis da manhã, passa a ser o sino do Pátio do Colégio e da Catedral da Sé”, conclui Robô.

Ó RBITA

TATUZÃO ntes de retomar as A escavações com o método "shield"

(conhecido como tatuzão), que dará continuidade às obras da linha 4 - Amarela do Metrô, a Secretaria de Transportes Metropolitanos deverá apresentar ao Ministério Público de São Paulo um relatório preliminar sobre a ação, com análise do afundamento do solo, ocorrido entre as ruas Fradique Coutinho e Mateus Grou, na quartafeira passada. O relatório deverá conter as causas do buraco aberto e as soluções que serão adotadas nos trabalhos do tatuzão para evitar novos afundamentos. (AE)

PARALISAÇÃO s polícias Civil e A Militar de São Paulo iniciam hoje uma

paralisação geral (com ares de operação padrão), que deverá durar 48 horas, nas delegacias e batalhões da PM de São Paulo.Segundo as entidades ligadas aos policiais, as delegacias e os batalhões não serão fechados, mas os agentes de segurança só registrarão boletins de ocorrência em situação de flagrante ou casos de maior gravidade, como roubo a banco, homicídio, estupros. Investigações e pequenos delitos, como furtos e brigas por exemplo, não serão realizados no período. (IV)

ASSASSINATO porteiro Jadson José O dos Santos, que trabalhava no prédio

onde o corpo da arquiteta Jamile de Castro Nascimento, 24, foi encontrado, confessou o crime ontem. Ele disse que a matou com uma pancada na cabeça para roubá-la. Jamile estava desaparecida desde o dia 17 de julho. Jadson havia usado um cartão de crédito da vítima para comprar dois celulares em uma loja na zona leste. O porteiro, suspeito de outros três seqüestros relâmpagos, foi preso ao retornar à loja com o carro da vítima. (Agências)

EXPRESSO Prefeitura e o A Ministério das Cidades, representado

RENASA

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pela Caixa Econômica Federal, assinaram ontem o contrato que prevê repasse de R$ 72,8 milhões para as obras do Expresso Tiradentes, o corredor de ônibus de 42 km que vai ligar o Centro a Cidade Tiradentes, na zona leste. O contrato corresponde à liberação da quarta parcela do investimento da União à obra do Expresso Tiradentes, no valor de R$ 450 milhões.


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Congresso Planalto Administração CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

AGÊNCIAS: EFICIÊNCIA QUESTIONADA

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Não se pode atribuir às agências apenas a fiscalização. A elaboração do edital de licitação e os atos de outorga devem ser atribuições delas. José Augusto Coelho Fernandes (CNI)

AUTONOMIA DAS AGÊNCIAS EM XEQUE José Cruz/ ABr

Ministério das Comunicações propõe um 'recall' de diretores de agências reguladoras, já que parlamentares e até o presidente podem ser afastados

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ministro das Comunicações, Hélio Costa, defendeu ontem um "recall" dos diretores das agências reguladoras. "Neste País ninguém é intocável", disse o ministro, durante exposição na Câmara, para discutir o projeto de lei que estrutura as agências reguladoras. A possibilidade de demissão dos diretores das agências com regras específicas é um dos principais focos da discussão. Em sua exposição, Hélio Costa lembrou que deputados, senadores e até mesmo o presidente da República podem ser substituídos. "Essa intocabilidade dos diretores das agências não pode continuar existindo. Mas existem caminhos, dentro da democracia, e dentro do respeito entre os poderes", afirmou. Segundo Costa, em países desenvolvidos, onde o trabalho das agências já existe há mais tempo, nenhum funcionário graduado de agências "é intocável". Ele negou que o governo federal tenha pressa na votação do projeto de lei que regulamenta o trabalho das agências. "Não conheço nenhuma orientação (de votação da proposta na semana que vem). Esse é um procedimento da Câmara e acho que tem de ser amplamente discutido para não corrermos o risco de deixar algo importante de fora". Costa já tinha se reunido na última terça com outros ministros para discutir o tema na Casa Civil da Presidência. Para ele, os diretores das agências podem e devem ser estáveis, mas não inimputáveis. "Evidentemente não é abrir um caminho para procedimentos políticos", esclareceu.

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Hélio Costa reafirmou que a sua proposta é que as agências tenham bem delimitado o seu papel, de regular e fiscalizar, deixando as concessões para o poder concedente, o governo. Deputados – O discurso dele coincide com o pensamento de grande parte dos deputados, que querem permitir a demissão dos diretores das agências. Ainda em seu discurso, Hélio Costa destacou a "convivência harmoniosa" do seu ministério com a Agência Nacion a l d e Te l e c o m u n i c a ç õ e s (Anatel) e a capacidade de seus conselheiros. Participaram da sessão o ministro Hélio Costa e o ministro interino de Minas e Energia, Nélson Hubner. Também está presente o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Aroldo Cedraz. Foram convidados a participar da comissão vários especialistas e dirigentes das agências reguladoras. An ac – A discussão sobre mecanismos mais rígidos de escolha e permanência dos diretores das agências teve início com a crise aérea. Nas últimas semanas, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, defendeu a redefinição das atribuições da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) ainda que isso implique em enfraquecimento. A diretora da Anac, Denise Abreu, é suspeita de uso inadequado do cargo. Ela teria orientado companhias aéreas a reagirem às medidas do Conselho de Aviação Civil (Conac) para desafogar o Aeroporto de Congonhas. As agências foram criadas no processo de privatização no governo Fernando Henrique Cardoso para garantir retorno dos investimentos em relação às tarifas cobradas. (AE)

Empresários defendem mais autonomia epresentantes de entidades empresariais defenderam ontem, na Comissão Geral da Câmara, mais autonomia a esses órgãos. O diretor-executivo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José Augusto Coelho Fernandes, argumentou que elas devem ser órgãos do Estado e não do governo. "Não se pode atribuir às agências apenas a fiscalização. A elaboração do edital de licitação e os atos de outorga devem ser atribuições das agências".

Segundo ele, que discorda da idéia de demissão de diretores, a CNI fez seminários com especialistas e chegou à conclusão da importância da autonomia financeira e transparência de atuação das agências, porque há competição entre as empresas. "Não queremos agências capturadas", disse. O presidente do Conselho de Infra-estrutura da Fiesp, Fernando Xavier Ferreira, sugeriu que a diretoria das agências tenha um perfil técnico e apartidário. (AE)

Hélio Costa: "Essa intocabilidade dos diretores das agências não pode continuar existindo, mas existem caminhos, dentro da democracia".

Chinaglia não quer votação já presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse ontem que uma nova legislação sobre agências reguladoras certamente vai prever mecanismos para afastar dirigentes por "insuficiência". "Diante da dimensão disso para o País, não creio que deva colocar de imediato em votação. Vamos avaliar a comissão geral para termos mais avaliação quanto aos conteúdos, quanto às opiniões e também quanto às propostas que existem", disse. "Está claro que ninguém defende a intocabilidade dos dirigentes de agências, discute-se apenas os mecanismos e causas de afastamento", reforçou o deputado. "Há muito ainda a discutir, mas me parece claro também que as agências devem prestar contas ao Congresso de maneira mais intensa", acrescentou Chinaglia. Ele mantém a previsão de que o projeto deve ser votado ainda este ano na Câmara. As declarações foram feitas no intervalo da Comissão Geral da Câmara que debatia o projeto de lei 3337, do Poder Executivo, que restringe a autonomia das agências em relação aos ministérios. Representantes do governo,

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das agências, de investidores e de consumidores participaram da discussão. Autonomia – A independência das agências foi defendida com ênfase por representantes de investidores e das próprias agências. Para o presidente da Aneel, Jerson Kelman, a hipótese de destituição por insuficiência só pode ser admitida como exceção. O debate sobre a demissão de dirigentes de agências reguladoras foi estimulado pela crise do setor aéreo, que

deixou expostos os dirigentes da Anac. Investidores admitem a perda de mandato por insuficiência. "Não se deve dar a quem indica dirigentes, que depois se mostram sem capacidade técnica ou gerencial, o direito de ficar tentando indefinidamente", disse Cláudio Sales, presidente do Instituto Acende Brasil, ligado ao setor elétrico. Sabatina bem feita – Sales propõe que a sabatina dos dirigentes de agências reguladoras seja aprimorada

pelo Senado, com assistência de "pessoas de notório saber em seu setor". E defende que somente o Senado poderia propor um "recall" de dirigentes com a competência posta em dúvida. O relator do projeto de lei das agências, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), disse que vai incluir em seu substitutivo a previsão de "recall" no Senado e na Câmara, mas acrescentou que a iniciativa de propor a substituição destes dirigentes deve partir do Executivo. (Reuters)

Celso Junior / AE

Presidente da Câmara defende ampla discussão antes de colocar projeto de Picciani na pauta


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Empresas Finanças Nacional Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

O Sindicato vai apresentar sugestões na Assembléia Legislativa de São Paulo para aliviar o peso da folha de pagamento. Ricardo Patah, sindicalista

COMERCIÁRIOS INICIAM CAMPANHA ÚNICA

SINDICATOS DA CAPITAL E DO INTERIOR SE UNEM E REIVINDICAM A MESMA PROPOSTA SALARIAL

COMERCIÁRIO QUER 6% DE REAJUSTE Fotos: Luiz Prado/Luz

Mário Tonocchi

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Federação do Comércio de São Paulo (Fecomercio) recebeu, ontem, a pauta da campanha salarial dos comerciários para este ano, desta vez com a unificação das propostas para a capital, Grande São Paulo e interior. Serão quatro grandes temas: aumento real de 6% e reposição de perdas salariais, participação no lucros ou resultados, redução da jornada de 48 horas e o fim do banco de horas. As reivindicações reuniram os sindicatos de São Paulo, Guarulhos, Cotia e Franco da Rocha. Para o presidente de Relações de Trabalho da Fecomercio, Ivo Dall'acqua Júnior, a proposta dos sindicatos de unificação das pautas de São Paulo, Grande São Paulo e interior deve ser bem aceita pela Federação. "Estamos com a maior boa vontade para isso", disse. De acordo com Dall'acqua Júnior, essa "convergência" das negociações vai ser complicada de ser formatada já que cada região tem características próprias nas relações de trabalho. Essa convergência, entretanto, é consequência natural da interação das clas-

Campanha salarial é unificada

ses patronais e de trabalhadores ao longo do tempo. "No ano passado, já tivemos a unificação da data-base. Essa aproximação deverá ser mais um passo nessas relações." A comissão da Fecomercio que analisa as reivindicações dos trabalhadores tem a primeira reunião marcada para o próximo dia 22 deste mês. Será o primeiro contato com as solicitações dos comerciários. Além dos quatro grandes temas da data-base 2007, que começam a ser discutidos agora, também estão na pauta reivindicações sociais. Segundo o presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, Ricardo Patah, a categoria quer mais atenção do comércio para as cotas para negros e pessoas

com deficiências físicas ou mentais, com capacidades para o trabalho. "Também queremos discutir o fim do pagamento por fora no salário e o fim das terceirizações abusivas", disse o sindicalista que apóia a desoneração da folha. "O Sindicato vai apresentar sugestões na Assembléia Legislativa de São Paulo para aliviar o peso da folha de pagamento", acrescentou Patah. As negociações entre o comércio e os comerciários, que têm data-base no dia 1º de setembro, começaram ontem com uma passeata de aproximadamente 300 sindicalistas de São Paulo e mais nove cidades do interior paulista. O grupo fez uma concentração no vão do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e, por volta das 12h20, seguiu atrás do trio elétrico aos gritos de "trabalhador unido jamais será vencido" e "se o patrão não ceder o pau vai comer" até a frente da Federação do Comércio. A Polícia Militar acompanhou a passeata que durou 40 minutos e não prejudicou o trânsito em nenhum momento. De acordo com o tenente David Vieira, a polícia apenas acompanhou o movimento para manter a ordem. Participaram da operação 25 policiais e seis agentes de trânsito.

FESTA DO PEÃO Para atrair novos públicos, desfiles de moda e até rave Neide Martingo

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esfiles de moda, rave, shows de rock e, é claro, rodeios. Essa será a cara da Festa de Peão de Barretos, que começa hoje e segue até o dia 26. O objetivo é agradar pessoas de todos os gostos e faturar. E pelo jeito, está dando certo: a expectativa da organização do evento é receber 800 mil pessoas – um fluxo até 8% maior em relação à festa de 2006, que deve gerar negócios de R$ 200 milhões num raio de cerca de 200 quilômetros. Foram investidos R$ 18 milhões na organização, com expectativa de faturamento de R$ 20 milhões, alta de 8% em comparação com o evento de 2006. Aproximadamente 30% do público virá de São Paulo. "É a primeira vez que acontece desfile de moda na Festa de Barretos. Sexta-feira, um ônibus vai trazer modelos, estilistas, artistas. Gente famosa, como Clô Orozco, Alexandre Herchcovitch e Ricardo Almeida vai desenhar peças especialmente para o leilão beneficente. O dinheiro arrecadado será doado ao Hospital do Câncer de Barretos", afirmou o presidente Marcos Abud, da empresa Os Independentes, que organiza a festa.

Pagamento por biometria

ra as contas nacionais. A elevação foi, portanto, de 2,4 pontos percentuais do PIB no primeiro mandato de Lula. A arrecadação da CPMF atingiu 1,38% do PIB em 2006, de acordo com os dados da Receita. Assim, mesmo que o Congresso tivesse negado a prorrogação de sua vigência em 2003, a carga teria crescido 1,02 ponto percentual do PIB (2,4 pontos menos 1,38 pontos) no primeiro mandato de Lula. A carga aumentou porque, durante seu primeiro mandato, Lula elevou a alíquota da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e tributou as importações com a Cofins e com a contribuição do Programa de Integração Social (PIS). Atualmente, a arrecadação continua aumentando por causa do crescimento da economia e pelos programas de combate à sonegação da Receita. Já as despesas do Tesouro aumentaram R$ 13 bilhões no primeiro semestre em relação a igual período de 2006. (AE)

Itaú anuncia redução de tarifas

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s 6 milhões de correntistas do Itaú vão pagar menos pelas tarifas bancárias a partir de 1º de setembro. O banco anunciou a redução de todos os valores que fazem parte dos pacotes oferecidos. Além dos cortes, há serviços que passarão a ser isentos de cobrança. O desconto chega a 12%, caso da MaxiConta Total, cuja tarifa passou de R$ 22,50 para R$ 19,80.

O valor pago pelo cliente na emissão de cheque de baixo valor, cobrado hoje pela maioria dos bancos como forma de reduzir o custo da compensação, deixará de existir no Itaú. Também ficarão isentos de cobrança o uso do Itaufax e os depósitos em cheque e em dinheiro, a segunda via de extrato de conta-corrente acessada via Bankline, o comprovante de transações realizadas no

Bankfone e o próprio atendimento no Bankfone. Por trás da iniciativa, o banco quer ampliar a concorrência de seus produtos. "Tenho satisfação de anunciar que temos o mais competitivo pacote de serviços bancários do País", disse o presidente do Itaú, Roberto Setubal, por meio de uma nota divulgada no início da noite de ontem. Roseli Lopes

Vai faltar colchão de espuma

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sono está em risco. O mercado de colchões no Brasil passará por um período de escassez dos modelos feitos de espuma. Comunicados da Probel, uma das maiores fabricantes do produto no País, e da Dow Química, principal fabricante do TDI (diisocioanatato de tolueno), base para a fabricação da espuma presente nos colchões, emitidos nos últi-

mos dias 12 e 13 de agosto, informam que, em razão da falta de TDI, a produção e venda do produto ao varejo está suspensa temporariamente. Obtidos pelo Diário do Comércio, os informes indicam que a falta da matéria-prima afeta o mercado interno e o externo, o que impede a adoção de qualquer alternativa para suprir a falta do produto. Em seu memorando, a

Dow informa que a interrupção no fornecimento ocorre pelo corte da produção do TDI na sua unidade em Camaçari, Bahia. Já a Probel, que destacou a paralisação das vendas por tempo indeterminado, lembrou os clientes que as encomendas fechadas até o dia 13 deste mês (segunda-feira) serão cumpridas. Davi Franzon

A TÉ LOGO Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Telefonia: 30% de capital estrangeiro para mídia PIB do agronegócio caiu para 0,38% em maio Exportações de carne de frango crescem 53%

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Cuidado ao comprar produtos atrelados ao dólar

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comprador, transmitidos por recursos da informática, serão comparados no ato com o registro da JCB e as referências bancárias do cliente. Assim como uma compra normal com cartão de crédito, o valor será automaticamente descontado da conta corrente. Se a impressão digital não corresponder aos dados da entidade, a transação não poderá ser feita. "É rápido, prático e seguro", resume a empresa. (AG)

A receita da CPMF nos seis primeiros meses de 2007 foi de R$ 17,46 bilhões. O aumento real da arrecadação administrada pela Receita foi, portanto, R$ 2,8 bilhões superior ao total recolhido com o chamado imposto dos cheques (R$ 20,27 bilhões menos R$ 17,46 bilhões). Se a CPMF tivesse acabado em 31 dezembro de 2006, a arrecadação total da Receita teria crescido 4,7% em termos nominais ou 1,5% em termos reais, no primeiro semestre. Durante o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a carga tributária teria crescido mesmo que a CPMF tivesse acabado em 31 de dezembro de 2003, como estava previsto na Constituição. A carga ficou "em torno" de 34,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado, segundo informou recentemente o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Em 2002, último ano da gestão Fernando Henrique Cardoso, ela estava em 32,1% do PIB, de acordo com a nova metodologia do IBGE pa-

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colaboração de várias lojas e da financeira JCB. No caixa, os funcionários vão especificar que desejam pagar por meio de sua conta JCB e, com isso, passarão o dedo sobre um leitor que captará a imagem do sistema vascular com um raio luminoso. Segundo a Hitachi, como a estrutura dos vasos capilares do dedo é única, e não se modifica com o tempo, é impossível reproduzi-la artificialmente. Os dados biométricos do

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esmo se a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) tivesse acabado em 31 de dezembro de 2006, a arrecadação tributária da União no primeiro semestre deste ano teria aumentado R$ 2,8 bilhões, em termos reais, em comparação com igual período do ano passado, segundo dados da Receita Federal. Esse é o melhor indicador de como tem crescido a arrecadação de impostos do governo e de como o aumento da carga tributária federal independe, atualmente, da CPMF. Os recolhimentos administrados pela Receita totalizaram R$ 205,95 bilhões no primeiro semestre, a preços de junho, ante R$ 185,68 bilhões no mesmo período de 2006. Nesse total não está incluída a contribuição previdenciária, destinada a financiar o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O aumento real da arrecadação tributária federal de janeiro a junho foi, portanto, de R$ 20,27 bilhões.

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s japoneses poderão aposentar cartões de crédito, carteiras e senhas: em breve terão a opção de fazer suas compras com uma simples impressão digital, graças à tecnologia biométrica. A partir de setembro, cerca de 200 funcionários do grupo Hitachi vão colocar à prova um novo sistema com a

mas Park, com 2,5 mil leitos e 28 piscinas", disse Luiz Carlos Silva, presidente da Acib. Penetras – Quem pensa em entrar sorrateiramente nos camarotes VIP da Festa de Barretos poderá ter problemas. O mesmo sistema instalado em locais que exigem alta segurança, como a Polícia Federal, será colocado no evento. "É a primeira vez que uma festa utiliza o equipamento. É comum uma pessoa usar o crachá e depois passar para outra pessoa. Ou seja, quem organiza uma festa esperando receber 100 pessoas, e acaba recepcionando 300, gasta mais. Com o sistema, isso será impossível", disse o presidente da Dimep, empresa de São Paulo especializada em controles de acesso, Josué Dimas de Mello Pimenta. Segundo ele, serão instaladas oito catracas no camarote exclusivo da empresa. Cada um deles terá um leitor de cristal líquido e um leitor de digitais. O convidado chega com a credencial e grava na hora as digitais e a foto. Durante toda a festa, poderá entrar ou sair livremente, só com a leitura dos dados. Foram investidos R$ 500 mil no camarote da Dimep, dinheiro gasto com equipamento e estrutura. "A idéia é instalar o sistema em eventos como a São Paulo Fashion Week", disse Pimenta.

Arrecadação cresceria sem CPMF

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Os modernos serão atraídos pela rave, festa eletrônica que deverá receber 2 mil pessoas. O evento acontece desde 1956. Um dos objetivos agora é diversificar o público. Quem visitar Barretos poderá também apreciar uma exposição de fotos em homenagem aos 100 anos do arquiteto Oscar Niemeyer. O estádio onde acontecerão os eventos foi projeto por ele. "Será organizada uma cavalgada com a participação de parentes do arquiteto", afirmou Abud. Negócios – Enquanto uns se divertem, outros trabalham e faturam. O comércio se prepara para receber 800 mil visitantes. A população da cidade é de aproximadamente 110 mil habitantes. De acordo com a Associação Comercial e Industrial de Barretos (Acib), o movimento nos estabelecimentos da região durante a Festa do Peão de Boiadeiro chega a crescer até 40%, com destaque para as lojas de produtos country, que dobram suas vendas, assim como os bares, restaurantes e hotéis. "Chegamos a ter uma taxa de ocupação de 100% nos hotéis. Temos hoje apenas 1,3 mil leitos na cidade, mas estamos ampliando a rede hoteleira. Dentro do Parque do Peão está sendo construído um grande hotel termal, o Golden Dolphin Barretos Ther-

Comerciários e sindicalistas realizaram uma manifestação ontem em frente ao Masp, na Avenida Paulista.

BNDES eleva aprovações de projetos em 125%

Ó RBITA SEM TURBULÊNCIA IPOs valorizaram de 412,8% de junho de 2004 a agosto deste ano na Bovespa.

Aneel multa Petrobras em R$ 84,687 milhões


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

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Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil Empresa da Organização Bradesco CNPJ no 47.509.120/0001-82 Sede: Avenida Alphaville, 1.500, Piso 2, Parte, Alphaville, Barueri, SP Demonstração do Resultado dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil

Relatório da Administração Senhores Acionistas, Apresentamos a V.Sas. as Demonstrações Financeiras da Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil, elaboradas na forma da Legislação Societária, referentes ao semestre findo em 30 de junho de 2007. A Organização Bradesco, visando a alcançar melhores níveis de competitividade, produtividade e a conseqüente racionalização e redução dos custos operacionais, vem concentrando as operações de arrendamento mercantil na Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil. O bom desempenho da Empresa está sedimentado na forma de atuação, plenamente integrada à Rede de Agências do Banco Bradesco S.A., mantendo estratégias de diversificação dos negócios nos vários segmentos do mercado, bem como implementando acordos operacionais com grandes fabricantes, principalmente nos setores de veículos pesados e de máquinas e equipamentos. No semestre, a Bradesco Leasing registrou Lucro Líquido de R$ 140,8 milhões, com rentabilidade anualizada de 11,57% sobre o Patrimônio Líquido. Em 30 de junho, o Total de Ativos era de R$ 35,224 bilhões, destacando-se R$ 29,448 bilhões direcionados para Aplicações Interfinanceiras de Liquidez e R$ 2,989 bilhões para Operações de Arrendamento Mercantil, a valor presente, além de R$ 18,615 milhões de Leasing Operacional a Receber. O saldo do Valor Residual Parcelado ou Antecipado era de R$ 1,007 bilhão. Ao final do semestre, o Total de Captações estavam representados por R$ 29,895 bilhões de Debêntures e R$ 618,575 milhões por Dívidas Subordinadas. Agradecemos aos nossos clientes pelo apoio e confiança e aos nossos funcionários e colaboradores pela dedicação ao trabalho. Barueri, SP, 3 de agosto de 2007 Diretoria

Balanço Patrimonial em 30 de junho – Em Reais mil ATIVO

2007

2006

PASSIVO

2007

2006

CIRCULANTE .............................................................................................. DISPONIBILIDADES ................................................................................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ............................................................................................ Carteira Própria ............................................................................................ Vinculados à Prestação de Garantias ........................................................ OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL .................................... Operações de Arrendamentos a Receber: - Setor Privado ............................................................................................. - Setor Público ............................................................................................. Rendas a Apropriar de Arrendamento Mercantil ......................................... Provisão para Créditos de Arrendamento Mercantil de Liquidação Duvidosa OUTROS CRÉDITOS ................................................................................... Rendas a Receber ....................................................................................... Diversos ...................................................................................................... Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa ............................ OUTROS VALORES E BENS ...................................................................... Outros Valores e Bens ................................................................................. Provisões para Desvalorizações ................................................................ REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ................................................................. APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ. .................................. Aplicações em Depósitos Interfinanceiro ................................................... Operações de Arrendamentos a Receber: OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL .................................... - Setor Privado ............................................................................................ - Setor Publico ............................................................................................ Rendas a Apropriar de Arrendamento Mercantil ......................................... Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa ............................ OUTROS CRÉDITOS ................................................................................... Diversos ...................................................................................................... Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa ............................ PERMANENTE ............................................................................................ INVESTIMENTOS ........................................................................................ Participações em Coligadas e Controladas: - No País ..................................................................................................... Outros Investimentos .................................................................................. Provisões para Perdas ................................................................................ IMOBILIZADO DE USO ................................................................................ Imóveis de Uso ........................................................................................... Outras Imobilizações de Uso ...................................................................... Depreciações Acumuladas ......................................................................... IMOBILIZADO DE ARRENDAMENTO ......................................................... Bens Arrendados ......................................................................................... Depreciações Acumuladas ......................................................................... DIFERIDO .................................................................................................... Gastos de Organização e Expansão .......................................................... Amortização Acumulada ............................................................................. T OT A L ......................................................................................................

1.156.551 90

973.269 7.817

975.322 838.173 137.149 28.902

855.875 757.582 98.293 (18.557)

1.411.527 47.131 (1.372.402) (57.354) 143.071 6.177 136.957 (63) 9.166 33.139 (23.973) 30.116.200 29.447.579 29.447.579

1.088.261 40.528 (1.099.523) (47.823) 120.779 5.085 115.753 (59) 7.355 40.118 (32.763) 16.200.667 15.744.397 15.744.397

CIRCULANTE .............................................................................................. RECURSOS DE EMISSÃO DE TÍTULOS .................................................... Recursos de Debêntures ............................................................................. OBRIGAÇÕES POR REPASSES DO PAÍS - INSTITUIÇÕES OFICIAIS ...... FINAME ....................................................................................................... INSTRUMENTOS FINANCEIROS E DERIVATIVOS .................................... Instrumentos Financeiros e Derivativos ..................................................... OUTRAS OBRIGAÇÕES .............................................................................. Sociais e Estatutárias ................................................................................. Fiscais e Previdenciárias ........................................................................... Negociação e Intermediação de Valores .................................................... Dividas Subordinadas ................................................................................. Diversas ......................................................................................................

834.371 57.764 57.764 120.929 120.929 – – 655.678 81.884 97.239 15 18.575 457.965

662.238 74.009 74.009 84.285 84.285 81 81 503.863 77.405 63.754 19 23.376 339.309

(41.437) 1.317.720 96.508 (1.399.353) (56.312) 710.058 710.151 (93) 3.951.742 23.574

(34.900) 996.539 118.140 (1.098.984) (50.595) 491.170 491.258 (88) 3.132.184 23.730

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ....................................................................... RECURSOS DE EMISSÃO DE TÍTULOS .................................................... Recursos de Debêntures ............................................................................. OBRIGAÇÕES POR REPASSES DO PAÍS - INSTITUIÇÕES OFICIAIS ...... FINAME ....................................................................................................... OUTRAS OBRIGAÇÕES .............................................................................. Fiscais e Previdenciárias ........................................................................... Dívidas Subordinadas ................................................................................. Diversas ......................................................................................................

31.888.014 29.837.685 29.837.685 209.593 209.593 1.840.736 635.255 600.000 605.481

17.381.355 15.622.011 15.622.011 103.374 103.374 1.655.970 517.739 600.000 538.231

PATRIMÔNIO LÍQUIDO ................................................................................. Capital: - De Domiciliados no País .......................................................................... Reservas de Capital .................................................................................... Reservas de Lucros .................................................................................... Ajuste ao Valor de Mercado - TVM e Derivativos .......................................

2.502.108

2.262.527

2.014.485 269 479.994 7.360

1.962.761 215 299.551 –

13.674 34.879 (24.979) 16.724 38.761 155 (22.192) 3.910.473 5.251.101 (1.340.628) 971 3.065 (2.094) 35.224.493

13.793 34.932 (24.995) 18.100 38.761 155 (20.816) 3.060.258 4.148.301 (1.088.043) 30.096 45.979 (15.883) 20.306.120

T OT A L ......................................................................................................

35.224.493

EVENTOS

CAPITAL SOCIAL

SALDOS EM 31.12.2005 .................................................. ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS .................. AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM E DERIVATIVOS LUCRO LÍQUIDO ............................................................... DESTINAÇÕES: - Reservas ............................................. - Dividendos declarados .......................

1.962.761 – – – – –

RESERVAS DE LUCROS

RESERVA DE CAPITAL

AUMENTO DE CAPITAL

LEGAL

ESTATUTÁRIAS

– – – – – –

179 36 – – – –

14.282 – – – 5.360 –

203.521 – – – 76.388 –

AJUSTE AO VALOR DE MERCADO TVM E DERIVATIVOS COLIGADAS E CONTROLADAS

20.306.120

PRÓPRIAS

LUCROS TOTAL

ACUMULADOS – – –

2006

2.609.611 4.628 841.251 1.763.732

1.935.747 6.957 692.809 1.235.981

DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ...................................... Operações de Captações no Mercado ........................................................ Operações de Empréstimos e Repasses ................................................... Operações de Arrendamento Mercantil ....................................................... Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa .......................................

2.391.872 1.746.637 14.328 621.779 9.128

1.706.972 1.199.115 11.989 490.876 4.992

RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ........................

217.739

228.775

OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS ................................... Despesas de Pessoal ................................................................................. Outras Despesas Administrativas .............................................................. Despesas Tributárias ................................................................................... Resultado de Participações em Coligadas e Controladas ......................... Outras Receitas Operacionais .................................................................... Outras Despesas Operacionais ..................................................................

(21.738) – (5.083) (20.808) 8.715 21.233 (25.795)

(58.203) (379) (4.338) (19.154) 2.641 8.805 (45.778)

RESULTADO OPERACIONAL ......................................................................

196.001

170.572

RESULTADO NÃO OPERACIONAL .............................................................

13.582

(5.312)

RESULTADO ANTES DATRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO .........................

209.583

165.260

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ....................................

(68.807)

(58.050)

LUCRO LÍQUIDO ..........................................................................................

140.776

107.210

Número de ações ........................................................................................ Lucro por ação em R$ .................................................................................

9.221 15.266,89

9.015 11.892,40

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil CAPITAL REALIZADO ATUALIZADO

2007 RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ........................................ Operações de Crédito .................................................................................. Operações de Arrendamento Mercantil ....................................................... Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários ......................

– – – – – –

248 – (248) – – –

107.210 (81.748) (25.462)

2.180.991 36 (248) 107.210 – (25.462)

SALDOS EM 30.6.2006 ....................................................

1.962.761

215

19.642

279.909

2.262.527

SALDOS EM 31.12.2006 .................................................. HOMOLOGAÇÃO DE AUMENTO DE CAPITAL ................ ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS .................. AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM E DERIVATIVOS LUCRO LÍQUIDO ............................................................... DESTINAÇÕES: - Reservas ............................................. - Dividendos declarados .......................

1.962.761 51.724 – – – – –

51.724 (51.724) – – – – –

215 _ 54 – – – –

24.436 – – – – 7.039 –

348.216 – – – – 100.303 –

3.051 – – 4.309 – – –

– – – – – – –

– – – – 140.776 (107.342) (33.434)

2.390.403 – 54 4.309 140.776 – (33.434)

SALDOS EM 30.6.2007 ....................................................

2.014.485

269

31.475

448.519

7.360

2.502.108

ORIGEM DOS RECURSOS ......................................................................... LUCRO LÍQUIDO .......................................................................................... AJUSTES AO LUCRO LÍQUIDO .................................................................. Depreciações e Amortizações .................................................................... Amortização de Ágio ................................................................................... Resultado de Participações em Coligadas e Controladas ......................... Reversão / Provisão para Perdas de Investimentos .................................. Superviniência de Depreciação .................................................................. AJUSTE AOVALOR DE MERCADO -TÍTULOS DISPONÍVEIS PARAVENDA RECURSOS DETERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: - Aumento dos Subgrupos do Passivo ....................................................... Recursos de Emissão de Títulos .............................................................. Obrigações por Empréstimos e Repasses ............................................... Outras Obrigações ..................................................................................... - Diminuição do Subgrupo do Ativo ............................................................ Operações de Arrendamento Mercantil ..................................................... - Alienação (Baixa) de Bens e Investimentos ............................................ Bens Não de Uso Próprio .......................................................................... Imobilizado de Uso ................................................................................... Imobilizado de Arrendamento ................................................................... Investimentos ............................................................................................ Investimentos / Transferência para o Ativo Circulante ............................. - Juros s/ Capital Próprio e Dividendos Recebidos de Coligadas e Controladas ............................................................................................. APLICAÇÃO DOS RECURSOS ................................................................... DIVIDENDOS DECLARADOS ..................................................................... INVERSÕES EM ......................................................................................... Bens Não de Uso Próprio ............................................................................ Imobilizado de Arrendamento ..................................................................... Investimentos .............................................................................................. AUMENTO DOS SUBGRUPOS DO ATIVO .................................................. Aplicações Interfinanceiras de Liquidez .................................................... Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos ...... Operações de Arrendamento Mercantil ....................................................... Outros Créditos ............................................................................................ REDUÇÃO DOS SUBGRUPOS DO PASSIVO ............................................. Instrumentos Financeiros Derivativos ........................................................ REDUÇÃO DAS DISPONIBILIDADES ........................................................ Início do Semestre .................................................... Fim do Semestre ....................................................... Redução das Disponibilidades .................................

MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA

2007

2006

2.718.349 140.776 520.061 619.966 – (8.715) (18) (91.172) 4.309

1.790.294 107.210 420.028 488.598 3.600 (2.641) 1 (69.530) (248)

1.807.129 1.519.368 78.701 209.060 – – 236.153 2.635 – 233.454 21 43

1.087.113 898.355 2.790 185.968 11.004 11.004 165.093 8.967 399 147.679 8.048 –

9.921 2.718.377 33.434 1.266.305 2.523 1.263.780 2 1.418.638 1.275.320 68.106 21.427 53.785 – – (28)

94 1.790.350 25.462 976.136 1.892 974.243 1 787.701 661.211 97.303 – 29.187 1.051 1.051 (56)

118 90 (28)

7.873 7.817 (56)

Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras 1)

CONTEXTO OPERACIONAL A Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil tem como objetivo, exclusivamente a prática das operações de arrendamento mercantil, observadas as disposições da legislação em vigor. É parte integrante da Organização Bradesco, sendo suas operações conduzidas de modo integrado a um conjunto de empresas que atuam nos mercados financeiro e de capitais, utilizando-se dos recursos administrativos e tecnológicos e na gestão de riscos. Suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto.

2)

APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, associadas às normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN), do Banco Central do Brasil (BACEN) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas.

3)

PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro são apresentadas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro-rata” dia e calculadas com base no método exponencial. As operações com taxas pós-fixadas ou indexadas a moedas estrangeiras são atualizadas até a data do balanço. As receitas de arrendamento mercantil são calculadas e apropriadas mensalmente pelo valor das contraprestações exigíveis no período (Portaria MF no 140) e considera o ajuste a valor presente das operações de arrendamento mercantil. b) Aplicações interfinanceiras de liquidez São registradas ao custo de aquisição, acrescidas dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidas de provisão para desvalorização, quando aplicável. c) Títulos e valores mobiliários Títulos para negociação - adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; Títulos disponíveis para venda - que não se enquadrem como para negociação nem como mantidos até o vencimento, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários; e Títulos mantidos até o vencimento - adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento, são avaliados pelos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período. d) Instrumentos financeiros derivativos (ativos e passivos) São classificados de acordo com a intenção da Administração, na data do início da operação, levandose em consideração se sua finalidade é para proteção contra riscos “hedge” ou não. Os instrumentos financeiros derivativos que não atendam aos critérios de “hedge” contábil estabelecidos pelo BACEN, principalmente derivativos utilizados para administrar a exposição global de risco, são contabilizados pelo valor de mercado, com as valorizações ou desvalorizações reconhecidas diretamente no resultado do período. Em 30 de junho, a Bradesco Leasing não utilizou as prerrogativas de classificação e designação das operações de derivativos como “hedge”, para fins contábeis. e) Operações de arrendamento mercantil A carteira de arrendamento mercantil é constituída por contratos celebrados ao amparo da Portaria no 140, do Ministério da Fazenda, que contém cláusulas de: a) não cancelamento; b) opção de compra; e c) atualização pós-fixada ou prefixada e são contabilizados de acordo com as normas estabelecidas pelo BACEN, conforme segue: I - Arrendamentos a receber Refletem o saldo das contraprestações a receber, atualizadas de acordo com índices e critérios estabelecidos contratualmente. II - Rendas a apropriar de arrendamento mercantil Representam a contrapartida do valor das contraprestações a receber, sendo apropriadas ao resultado quando dos vencimentos das parcelas contratuais. Nas operações que apresentem atraso igual ou superior a sessenta dias, a apropriação ao resultado passa a ocorrer pelo recebimento das parcelas contratuais de acordo com a Resolução no 2682 do CMN. III - Imobilizado de arrendamento É registrado pelo custo de aquisição, deduzido das depreciações acumuladas. A depreciação é calculada pelo método linear, com os benefícios de redução de 30% na vida útil normal do bem, previstos na legislação vigente. As principais taxas anuais de depreciação utilizadas, base para esta redução, são: veículos e afins, 20%; móveis e utensílios, 10%; máquinas e equipamentos, 10%; e outros bens, 10% e 20%. IV - Perdas em arrendamentos Os prejuízos apurados na venda de bens arrendados são diferidos e amortizados pelo prazo remanescente de vida útil normal dos bens, sendo demonstrados juntamente com o Imobilizado de Arrendamento (Nota 6-h). V - Superveniência (insuficiência) de depreciação Os registros contábeis da Bradesco Leasing são mantidos conforme exigências legais, específicas para sociedades de arrendamento mercantil. Os procedimentos adotados e sumariados nos itens “II” a “IV” acima diferem das práticas contábeis previstas na legislação societária brasileira, principalmente no que concerne ao regime de competência no registro das receitas e despesas relacionadas aos contratos de arrendamento mercantil. Em conseqüência, de acordo com a Circular BACEN no 1429 e Instrução CVM no 58, foi calculado o valor atual das contraprestações em aberto, utilizando-se a taxa interna de retorno de cada contrato, registrando-se uma receita ou despesa de arrendamento mercantil, em contrapartida às rubricas de superveniência ou insuficiência de depreciação, respectivamente, registrados no Ativo Permanente (Nota 6-h), com o objetivo de adequar as operações de arrendamento mercantil ao regime de competência. VI - Provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa A provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa é apurada em valor suficiente para cobrir prováveis perdas e leva em conta a conjuntura econômica, a experiência passada, os riscos específicos e globais da carteira e as normas e instruções do BACEN. As operações de arrendamento mercantil são classificadas nos respectivos níveis de risco, observando: (i) os parâmetros estabelecidos pela Resolução no 2682 do CMN, que requer a sua classificação em nove níveis, sendo “AA” (risco mínimo) e “H” (risco máximo); e (ii) a avaliação da Administração quanto ao nível de risco. Essa avaliação, realizada periodicamente, considera a conjuntura econômica, a experiência passada e os riscos específicos e globais em relação às operações, aos devedores e garantidores. Adicionalmente, também são considerados os períodos de atraso definidos na Resolução no 2682 do CMN, para atribuição dos níveis de classificação dos clientes, da seguinte forma: Período de atraso

Classificação do cliente

• de 15 a 30 dias ........................................................... • de 31 a 60 dias ........................................................... • de 61 a 90 dias ........................................................... • de 91 a 120 dias ........................................................... • de 121 a 150 dias ........................................................... • de 151 a 180 dias ........................................................... • superior a 180 dias .............................................................

B C D E F G H

A atualização (“accrual”) das operações de arrendamento mercantil vencidas até o 59o dia é contabilizada em receitas de operações de arrendamento mercantil, e a partir do 60o dia, em rendas a apropriar.

As operações em atraso classificadas como nível “H” permanecem nessa classificação por seis meses, quando então são baixadas contra a provisão existente e controladas, por até cinco anos, em contas de compensação, não sendo mais registradas em contas patrimoniais. As operações renegociadas são mantidas no mesmo nível em que estavam classificadas. As renegociações de operações de arrendamento, que já haviam sido baixadas contra a provisão e que estavam em contas de compensação, são classificadas como nível “H” e as eventuais receitas provenientes da renegociação somente são reconhecidas quando efetivamente recebidas. f) Imposto de renda e contribuição social (ativo e passivo) A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. O crédito tributário de imposto de renda e contribuição social calculados sobre prejuízos fiscais, base negativa de contribuição social e adições temporárias, são registrados na rubrica “Outros créditos - diversos”, e a provisão para as obrigações fiscais diferidas sobre superveniência de depreciação e ajustes a valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é registrada na rubrica “Outras obrigações - fiscais e previdenciárias”, sendo que para a superveniência de depreciação é aplicada somente a alíquota de imposto de renda. Os créditos tributários sobre adições temporárias serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos. Os créditos tributários sobre prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social serão realizados de acordo com a geração de lucros tributáveis. g) Permanente Demonstrado ao custo, deduzido de provisão para perdas, combinado com os seguintes aspectos: Os investimentos relevantes em coligada, foram avaliados pelo método de equivalência patrimonial; Os títulos patrimoniais da CETIP - Câmara de Custódia e Liquidação e da Bolsa de Mercadorias & Futuros - BM&F são avaliados com base no valor patrimonial, não auditados, informado pelas respectivas bolsas, e os incentivos fiscais e outros investimentos foram avaliados pelo custo de aquisição, deduzidos de provisão para perda, quando aplicável; Depreciação do imobilizado de uso, calculada pelo método linear, com base em taxas anuais que contemplam a vida útil-econômica estimada dos bens, sendo: imóveis de uso/edificações - 4% ao ano; móveis e utensílios, máquinas e equipamentos - 10% ao ano; e amortização do diferido, calculada pelo método linear - 20% ao ano. h) Ativo diferido Está registrado ao custo de aquisição ou formação, líquido das respectivas amortizações acumuladas de 20% ao ano, calculadas pelo método linear. 5)

i)

j)

4)

Ativos e passivos contingentes e obrigações legais - fiscais e previdenciárias O reconhecimento, a mensuração e a divulgação das contingências ativas e passivas e obrigações legais são efetuados de acordo com os critérios definidos na Deliberação CVM no 489/05. • Ativos contingentes: não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui total controle da situação ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo. Os ativos contingentes com probabilidade de êxito provável são apenas divulgados nas demonstrações financeiras. • Passivos contingentes: são constituídos levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade; e o posicionamento de Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável, o que ocasionaria uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes classificados como de perdas possíveis não são reconhecidos contabilmente, devendo ser apenas divulgados nas notas explicativas, e os classificados como remotos não requerem provisão e divulgação. • Obrigações legais - fiscais e previdenciárias: decorrem de processos judiciais relacionados a obrigações tributárias, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou constitucionalidade, que independente da avaliação acerca da probabilidade de sucesso, têm os seus montantes reconhecidos integralmente nas demonstrações financeiras. Outros ativos e passivos Os ativos estão demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidos e provisão para perda, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e das variações monetárias incorridos (em base “pro-rata” dia).

APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ a) Vencimentos

Aplicações em depósitos interfinanceiros ............... Total em 2007 ............................................................ Total em 2006 ............................................................

Acima de 360 dias

Em 30 de junho - R$ mil Total

29.447.579 29.447.579 15.744.397

29.447.579 29.447.579 15.744.397

b) As receitas de aplicações interfinanceiras no montante de R$ 1.708.003 mil (2006 - R$ 1.175.359 mil), foram registradas em resultado de operações com títulos e valores mobiliários.

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS a) Classificação por categorias e prazos Em 30 de junho - R$ mil 2006

2007 Títulos (1) Títulos para negociação • Letras financeiras do tesouro ............................................................................ • Certificados de depósito bancário .................................................................... • Debêntures ........................................................................................................ • Letras do tesouro nacional ................................................................................ • Notas do tesouro nacional ................................................................................ Títulos disponíveis para venda (ações) ............................................................. Total em 2007 ..................................................................................................... Total em 2006 .....................................................................................................

1 a 30 dias – – – – – 11.290 11.290 55.934

31 a 180 dias

181 a 360 dias

Acima de 360 dias

1.184 – 6.285 28.476 – – 35.945 799.941

36.739 546 1.117 135.230 – – 173.632 –

605.505 31.397 30.708 36.232 50.613 – 754.455 –

Valor de mercado/ contábil (2)

Valor de custo atualizado

Marcação a mercado

Valor de mercado/ contábil (2)

Marcação a mercado

643.428 31.943 38.110 199.938 50.613 11.290 975.322

643.430 31.943 38.110 199.189 50.613 138 963.423

(2) – – 749 – 11.152 11.899

328.482 152.226 37.382 333.461 4.324 –

164 – – 211 – –

855.875

375

(1) As aplicações em cotas de fundos de investimento foram distribuídas de acordo com os papéis que compõem suas carteiras, e no caso de operações compromissadas, pelos respectivos papéis que estão lastreando as operações, preservando a classificação da categoria dos fundos. Na distribuição dos prazos, foram considerados os vencimentos dos papéis, independentemente de sua classificação contábil; e (2) O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado de acordo com a cotação de preço de mercado disponível na data do balanço . Se não houver cotação de preços de mercado disponível, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos de definições de preços, modelos de cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes. No caso das aplicações em fundos de investimento, o custo atualizado reflete o valor das respectivas cotas. b) Resultado de títulos e valores mobiliários Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Aplicações interfinanceiras de liquidez ........................................................................................................................................................................................................... 1.708.003 1.175.359 Títulos de renda fixa .......................................................................................................................................................................................................................................... 7.371 7.352 Fundos de investimento .................................................................................................................................................................................................................................... 48.128 53.156 Instrumento financeiros derivativos .................................................................................................................................................................................................................. – (17) Ajuste a valor de mercado ................................................................................................................................................................................................................................ 230 131 Total ................................................................................................................................................................................................................................................................... 1.763.732 1.235.981 c) Instrumentos financeiros derivativos A Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil não possuía posição de instrumentos financeiros derivativos em 30 de junho de 2007 e em 2006 a Bradesco Leasing participava de operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos, representados por “swaps”, registrados em contas patrimoniais e de compensação, em um contexto integrado com o controlador e empresas ligadas, que se destinam a atender às necessidades próprias. Os instrumentos financeiros derivativos, quando utilizados pela empresa como instrumentos de “hedge”, destinam-se a protegê-lo contra variações nas taxas de juros de ativos e passivos. Os derivativos geralmente representam compromissos futuros para trocar moedas ou indexadores, ou comprar ou vender outros instrumentos financeiros nos termos e datas especificados nos contratos. Encontrava-se registrado na rubrica resultado de operações com titular e valores mobiliários, em 2006, o montante de R$ (17) mil. 6)

ARRENDAMENTO MERCANTIL a) Os contratos de arrendamento mercantil possuem atualização pré-fixada ou pós-fixada e podem ter as seguintes características: • Arrendamento financeiro, com cláusula de não-cancelamento e opção de compra; e • Arrendamento operacional, com cláusula que possibilita o cancelamento e asseguram ao arrendatário a opção pela aquisição do bem a qualquer momento, pelo valor de mercado. b) Conciliação da composição da carteira de arrendamento financeiro, a valor presente, com os saldos contábeis: Em 30 de junho - R$ mil 2006

2007 Arrendamentos financeiros a receber ............................................................................................................................................................................................................... (-) Rendas a apropriar de arrendamentos financeiros a receber ....................................................................................................................................................................... Bens arrendados financeiros + perdas em arrendamentos (líquido) ................................................................................................................................................................ (-) Depreciação acumulada sobre bens arrendados financeiros: ..................................................................................................................................................................... Depreciações Acumuladas .......................................................................................................................................................................................................................... Superveniência de depreciação ................................................................................................................................................................................................................... (-) Valor residual garantido antecipado ( Nota 13 b) .......................................................................................................................................................................................... Total do valor presente ..................................................................................................................................................................................................................................... c) Carteiras e prazos

2.854.271 (2.753.140) 5.210.738 (1.328.322) (1.995.845) 667.523 (1.006.898) 2.976.649

2.233.449 (2.188.488) 4.116.602 (1.072.129) (1.561.742) 489.613 (821.825) 2.267.609 Em 30 de junho - R$ mil

Operações de arrendamento mercantil ...................................................................................... Outros créditos (1) ...................................................................................................................... Total em 2007 ............................................................................................................................. Total em 2006 .............................................................................................................................

1 a 30 dias

31 a 60 dias

Curso Normal 61 a 90 91 a 180 dias dias

217.729 228 217.957 128.239

138.365 270 138.635 110.172

141.702 269 141.971 112.640

397.341 788 398.129 309.484

181 a 360 dias

Acima de 360 dias

668.219 1.537 669.756 523.805

1.359.667 9.223 1.368.890 1.033.213

Total (A) 2007

2006

2.923.023 12.315 2.935.338

2.217.168 385 2.217.553

CONTINUA


DIÁRIO DO COMÉRCIO

8

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil Empresa da Organização Bradesco CNPJ no 47.509.120/0001-82 Sede: Avenida Alphaville, 1.500, Piso 2, Parte, Alphaville, Barueri, SP Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras

CONTINUAÇÃO

Em 30 de junho - R$ mil

1 a 30 dias Operações de arrendamento mercantil .................... Outros créditos (1) .................................................... Total em 2007 ........................................................... Total em 2006 ...........................................................

Curso anormal Parcelas vencidas 31 a 60 61 a 90 91 a 180 dias dias dias

2.757 – 2.757 2.934

2.125 – 2.125 2.363

1.512 – 1.512 1.291

10)

Total (B) 181 a 720 dias

5.108 – 5.108 1.886

2007

1.806 10 1.816 1.435

2006

13.308 10 13.318

9.826 83

Junho/2002 (1) ................................................................................ Fevereiro/2005 (2) ........................................................................... Fevereiro/2005 (4) ........................................................................... Maio/2005 (3) .................................................................................. Fevereiro/2005 (5) ........................................................................... Total .................................................................................................

9.909 Em 30 de junho - R$ mil

Curso anormal Parcelas vincendas 1 a 30 dias Operações de arrendamento mercantil ................................ Outros créditos (1) ................. Total em 2007 ........................ Total em 2006 ........................

2.711 – 2.711 2.815

31 a 60 dias

61 a 90 dias

91 a 180 dias

181 a 360 dias

Acima de 360 dias

2.528 – 2.528 2.468

2.403 – 2.403 2.475

6.700 – 6.700 7.043

10.184 – 10.184 11.182

15.792 – 15.792 15.906

Total geral (A+B+C)

Total (C) 2007

2006

40.318 – 40.318

40.615 1.274

2007

2006

2.976.649 12.325 2.988.974

2.267.609 1.742

41.889

2.269.351

2007

2006

Em 30 de junho - R$ mil %

Maior devedor ........................................................................................................... Vinte maiores devedores .........................................................................................

%

139.256 481.060

4,66 16,09

158.667 467.999

6,99 20,62

e) Setor de atividade econômica 2007

f)

%

2006

Em 30 de junho - R$ mil %

Setor público ............................................................................................................ Intermediários Financeiros .......................................................................................

139.256 139.256

4,66 4,66

158.667 158.667

6,99 6,99

Setor privado ...........................................................................................................

2.849.718

95,34

2.110.684

93,01

Indústria ................................................................................................................... Siderúrgica, metalúrgica e mecânica ...................................................................... Artigos de borracha e plásticos ............................................................................... Alimentícia e bebidas .............................................................................................. Química .................................................................................................................... Edição, impressão e reprodução ............................................................................. Papel e celulose ...................................................................................................... Extração de minerais metálicos e não metálicos ................................................... Materiais não metálicos ........................................................................................... Móveis e produtos de madeira ................................................................................. Têxtil e confecções .................................................................................................. Eletroeletrônica ........................................................................................................ Autopeças e acessórios .......................................................................................... Refino de petróleo e produção de álcool ................................................................. Artefatos de couro .................................................................................................... Veículos leves e pesados ........................................................................................ Demais indústrias ....................................................................................................

593.882 131.725 69.514 86.291 52.968 34.237 17.360 31.295 30.564 22.672 30.401 21.341 17.979 9.268 8.423 8.974 20.870

19,87 4,41 2,33 2,89 1,77 1,15 0,58 1,05 1,02 0,76 1,02 0,71 0,60 0,31 0,28 0,30 0,69

465.950 99.120 61.418 56.571 44.132 29.323 16.938 24.347 26.086 14.871 23.983 19.244 11.263 8.161 6.265 4.946 19.282

20,53 4,37 2,71 2,49 1,94 1,29 0,75 1,07 1,15 0,65 1,05 0,85 0,50 0,36 0,28 0,22 0,85

Comércio .................................................................................................................. Produtos em lojas especializadas .......................................................................... Produtos alimentícios, bebidas e fumo ................................................................... Atacadista de mercadorias em geral ....................................................................... Varejistas não especializados ................................................................................. Artigos de uso pessoal e doméstico ....................................................................... Combustíveis ........................................................................................................... Reparação, peças e acessórios para veículos automotores .................................. Resíduos e sucatas ................................................................................................. Intermediário do comércio ........................................................................................ Vestuário e calçados ................................................................................................ Veículos automotores ............................................................................................... Produtos agropecuários ........................................................................................... Demais comércios ...................................................................................................

575.218 153.662 87.743 56.092 71.692 45.492 31.302 28.523 29.916 15.540 12.963 17.526 2.450 22.317

19,24 5,14 2,94 1,88 2,40 1,52 1,05 0,95 1,00 0,52 0,43 0,59 0,08 0,74

427.772 110.943 54.221 45.545 43.880 40.665 25.913 21.357 21.604 13.172 16.311 15.202 2.106 16.853

18,85 4,88 2,39 2,01 1,94 1,79 1,14 0,94 0,95 0,58 0,72 0,67 0,10 0,74

Intermediários financeiros ......................................................................................

30.369

1,02

47.625

2,10

Serviços ................................................................................................................... Transportes e armazenagens ................................................................................... Atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas ................... Construção civil ....................................................................................................... Serviços sociais, educação, saúde, defesa e seguridade social .......................... Atividades jurídicas, contábeis e assessoria empresarial ..................................... Atividades associativas, recreativas, culturais e desportivas ............................... Telecomunicações ................................................................................................... Alojamento e alimentação ....................................................................................... Produção e distribuição de eletricidade, gás e água .............................................. Demais serviços ......................................................................................................

1.471.373 686.724 310.334 150.328 96.148 63.221 38.744 20.951 19.803 4.321 80.799

49,22 22,98 10,38 5,03 3,22 2,12 1,30 0,70 0,66 0,14 2,69

1.079.025 486.469 212.421 107.326 91.232 47.733 33.801 21.723 13.874 2.568 61.878

47,55 21,44 9,36 4,73 4,02 2,10 1,49 0,96 0,61 0,11 2,73

Agricultura, pecuária, pesca, silvicultura e exploração florestal .........................

34.890

1,17

16.736

0,74

Pessoa física ...........................................................................................................

143.986

4,82

73.576

3,24

Total ..........................................................................................................................

2.988.974

100,00

2.269.351

100,00

1.200.000 4.000.000 4.050.000 3.000.000 8.775.000 21.025.000

2012 2025 2025 2011 2025

100% CDI 100% CDI 100% CDI 102% CDI 100% CDI

2.767.885 5.722.389 5.793.919 3.057.764 12.553.492 29.895.449

11)

OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS E REPASSES a) Obrigações por Repasses - do País Em 30 de junho - R$ mil 1 a 30 dias Do País: • FINAME ....................................... Total em 2007 ................................ % .................................................... Total em 2006 ................................ % ....................................................

12)

11.365 11.365 3,4 13.973 7,5

31 a 60 dias 9.619 9.619 2,9 2.532 1,4

61 a 90 dias 9.688 9.688 2,9 6.767 3,6

91 a 180 dias

181 a 360 dias

1a3 anos

30.131 30.131 9,1 20.954 11,2

60.126 60.126 18,2 40.059 21,3

Acima de 3 anos

174.105 174.105 52,8 90.547 48,2

II - Processos cíveis São pleitos de indenização por dano moral e patrimonial. Essas ações são controladas individualmente e provisionadas para processos específicos com base na opinião de assessores jurídicos, levando em consideração: a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade; e o posicionamento de Tribunais. Não existem em curso processos administrativos significativos por descumprimento das normas do Sistema Financeiro Nacional ou de pagamento de multas, que possam causar impactos representativos no resultado financeiro. III - Obrigações legais - fiscais e previdenciárias A Bradesco Leasing vem discutindo judicialmente a legalidade e constitucionalidade de alguns tributos e contribuições, os quais estão totalmente provisionados não obstante as boas chances de êxito a médio e longo prazos, de acordo com a opinião dos assessores jurídicos. As principais questões são: -

CPMF - R$ 230.255 mil (2006 - R$ 161.858 mil): pleiteia, isonomicamente às instituições financeiras, a aplicação da alíquota “zero” de CPMF sobre as movimentações financeiras típicas de seu objeto social, relacionadas no artigo 3o das Portarias MF nos. 06/97 e 134/99, incisos I, XIX e XXVI; CSLL - R$ 163.443 mil (2006 - R$ 152.641 mil): questionamento da CSLL exigida das instituições financeiras nos anos-base de 1995 a 1998 por alíquotas superiores às aplicadas às pessoas jurídicas em geral, em desrespeito ao princípio constitucional da isonomia; e CSLL - R$ 43.269 mil (2006 - R$ 41.385 mil): pleiteia o não recolhimento da CSLL dos anos-base de 1996 a 1998, anos nos quais algumas empresas não possuíam empregados, uma vez que o artigo no 195, I, da Constituição Federal prevê que essa contribuição somente é devida pelos empregadores.

IV - Movimentação das provisões constituídas Em 30 de junho- R$ mil

Provisão mínima requerida Curso normal

AA ........................... A ............................. B ............................. C ............................. Subtotal .................. D ............................. E ............................. F .............................. G ............................. H ............................. Subtotal .................. Total em 2007 ......... % ............................. Total em 2006 ......... % .............................

186.690 236.130 879.188 1.566.456 2.868.464 25.623 3.929 15.651 987 20.684 66.874 2.935.338 98,2 2.217.553 97,7

– – 1.679 11.570 13.249 12.144 4.347 3.194 4.222 16.480 40.387 53.636 1,8 51.798 2,3

Total (3)

Trabalhista

Específica (1) %

186.690 236.130 880.867 1.578.026 2.881.713 37.767 8.276 18.845 5.209 37.164 107.261 2.988.974 100,0 2.269.351 100,0

Vencidas

Vincendas

Genérica (2)

– – 1 26 27 158 274 338 776 8.108 9.654 9.681 8,5 5.762 5,9

– – 16 321 337 1.057 1.030 1.259 2.179 8.372 13.897 14.234 12,5 15.517 15,7

– 1.181 8.791 46.994 56.966 2.562 1.179 7.825 691 20.684 32.941 89.907 79,0 77.286 78,4

6,2 7,9 29,5 52,8 96,4 1,3 0,3 0,6 0,2 1,2 3,6 100,0 100,0

Total

%

– 1.181 8.808 47.341 57.330 3.777 2.483 9.422 3.646 37.164 56.492 113.822 100,0 98.565 100,0

– 0,5 1,0 3,0 10,0 30,0 50,0 70,0 100,0 13)

Saldo inicial .......................................................................................................................................................... - Provisão específica (1) ...................................................................................................................................... - Provisão genérica (2) ........................................................................................................................................ Constituição .......................................................................................................................................................... Baixas ................................................................................................................................................................... Saldo final ............................................................................................................................................................. - Provisão específica (1) ...................................................................................................................................... - Provisão genérica (2) ........................................................................................................................................ Recuperação de créditos baixados (3) ................................................................................................................ Renegociação de créditos no semestre ..............................................................................................................

Provisão para riscos fiscais ................................................................................................................................. Provisão para imposto de renda e contribuição social diferido ........................................................................... Provisão para impostos e contribuições sobre o lucro ........................................................................................ Impostos e contribuições a recolher ..................................................................................................................... Total ....................................................................................................................................................................... b) Diversas

Em 30 de junho - R$ mil 2006

105.800 22.356 83.444 9.128 (1.106) 113.822 23.915 89.907 4.628 8.246

94.275 18.848 75.427 4.992 (702) 98.565 21.279 77.286 6.957 12.694

14)

Em 30 de junho - R$ mil 2006

Créditos tributários (Nota 22 c) .................................................................................................................................... Devedores por depósitos em garantia - recursos fiscais ............................................................................................ Devedores por depósitos em garantia - outros ............................................................................................................ Impostos e contribuições a compensar ...................................................................................................................... Pagamentos a ressarcir ............................................................................................................................................... Devedores por compra de valores e bens ................................................................................................................... Devedores por depósitos em garantia - recursos trabalhistas .................................................................................... Outros ........................................................................................................................................................................... Total ..............................................................................................................................................................................

– 13.000

– 24.508

– 1.950

– –

– 19,500%

– 19,500%

– 2.877

53.778

529.108

257

1,781%

1,781%

444.990

Total ................................

– 4.779

1.263 12.530

8.895

7.925

13.674

13.793

8.715

9)

32.398 327 2.207 34.932 (23.333) (21) (1.641) (24.995) 9.937

DIFERIDO Em 30 de setembro de 2006, foram revisados pelos Órgãos da Administração os ágios existentes e conforme deliberação da Administração de 18 de setembro de 2006, os referidos ágios, que correspondiam a R$ 26.712 mil, foram amortizados integralmente. As propostas da Administração foram aprovadas pela Assembléia Geral Extraordinária de 5 de outubro de 2006.

Remuneração CDI + 0,75% a.a. CDI + 0,75% a.a.

312.541 306.034 618.575

315.739 307.637 623.376

PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Capital social O capital social, totalmente subscrito e integralizado, é composto por 9.221 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal.

Valor contábil

Em 30 de junho - R$ mil 2006 269 215 479.994 299.551 31.475 19.642 448.519 279.909

(2) Visando à manutenção de margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas da sociedade, pode ser constituída em 100% do lucro líquido remanescente após destinações estatutárias, sendo o saldo limitado a 95% do capital social integralizado. 16)

DESPESAS ADMINISTRATIVAS

Serviços de terceiros .................................................................................................................................................. Depreciações e amortizações .................................................................................................................................... Emolumentos judiciais e cartorários .......................................................................................................................... Serviços técnicos especializados ............................................................................................................................. Propaganda e publicidade .......................................................................................................................................... Apreensão de bens ..................................................................................................................................................... Contribuição sindical patronal .................................................................................................................................... Serviços do sistema financeiro .................................................................................................................................. Contribuições filantrópicas ......................................................................................................................................... Outras .......................................................................................................................................................................... Total .............................................................................................................................................................................

Em 30 de junho - R$ mil 2006 32.498 362 2.019 34.879 (23.333) (2) (1.644) (24.979) 9.900

2008 2008

(1) Constituída obrigatoriamente à base de 5% do lucro líquido do exercício, até atingir 20% do capital social realizado, ou 30% do capital social, acrescido das reservas de capital. Após esse limite a apropriação não mais se faz obrigatória. A reserva legal somente poderá ser utilizada para aumento de capital ou para compensar prejuízos; e

b) Outros investimentos:

Aplicações por incentivos fiscais ........................................................................................................................ Títulos patrimoniais ............................................................................................................................................... Outros investimentos ............................................................................................................................................ Subtotal ................................................................................................................................................................. Provisão para perdas em aplicações por incentivos fiscais ............................................................................... Provisão para perdas em títulos patrimoniais ...................................................................................................... Provisão para perdas em outros investimentos ................................................................................................... Subtotal ................................................................................................................................................................. Total .......................................................................................................................................................................

Vencimento

Reservas de Capital ............................................................................................................................................. Reservas de Lucros ............................................................................................................................................. - Reserva Legal (1) ................................................................................................................................................ - Reserva Estatutária (2) ........................................................................................................................................

(1) Empresa alienada, mediante aumento de capital com a transferência das suas ações à Serel Participações S.A., em 31 de maio de 2007; (2) Dados relativos a 30 de junho de 2007; (3) Empresa constituída, mediante aumento de capital com a transferência das ações da Serasa S.A., em 31 de maio de 2007; (4) Inclui deságio de R$ 528 mil; e (5) Ajuste decorrente de avaliação: considera os resultados apurados pelas companhias a partir da aquisição e inclui variações das investidas nas decorrentes de resultados, bem como os ajustes por equalização de princípios contábeis, quando aplicáveis.

2007

300.000 300.000 600.000

Em 30 de junho - R$ mil Valor contábil 2007 2006

2007

262 2.379

2.641

Valor da operação

Quantidade de ações

347.295 131.848 51.742 44.048 29.710 1.706 447 215 607.011

229 561

821.825 31.563 23.314 838 877.540

Em 30 de junho de 2006 ........................................................................................................................................ 9.015 1.962.761 Aumento de capital social com emissão de ações (1) ......................................................................................... 206 51.724 Em 31 de dezembro de 2006 (1) ............................................................................................................................ 9.221 2.014.485 Em 30 de junho de 2007 ........................................................................................................................................ 9.221 2.014.485 (1) Em Assembléia Geral Extraordinária de 28 de dezembro de 2006, foi aprovado aumento de capital no montante de R$ 51.724 mil, com a emissão de 206 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, com utilização do crédito referente aos dividendos a pagar do exercício de 2005. O referido aumento foi homologado pelo Banco Central em 08.02.2007. c) Juros sobre o capital próprio e/ou dividendos Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados juros sobre o capital próprio e/ou dividendos que somados correspondam, no mínimo, a 25% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária. O cálculo dos dividendos está demonstrado a seguir: Em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Lucro líquido ......................................................................................................................................................... 140.776 107.210 Reserva legal ........................................................................................................................................................ 7.039 5.360 Base de cálculo .................................................................................................................................................... 133.737 101.850 Dividendos provisionados .................................................................................................................................... 33.434 25.462 d) Reservas de Capital e de Lucros

INVESTIMENTOS a) Ajustes decorrentes da avaliação pelo método de equivalência patrimonial dos investimentos, registrados em contas de resultado, sob a rubrica de “Resultado de participação em coligadas”: Em 30 de junho - R$ mil Quantidade de ações/ Participa- ParticipaAjuste decorrente Valor Lucro ção no ção consoCapital Patrimônio cotas possuídas de avaliação (5) contábil Empresas líquido (em milhares) capital lidada no líquido social ajustado capital ajustado social O.N. P.N. 2007 2006 2007 2006 social Serasa S.A. (1) ............... Aquarius Holdings S.A. (2) Serel Participações S.A. (1) (3) (4) ........................

1.006.898 34.315 21.128 1.105 1.063.446

b) Movimentação do capital social

Em 30 de junho - R$ mil 2006

364.279 308.836 71.720 44.933 43.628 12.315 1.209 188 847.108

Em 30 de junho - R$ mil 2006

Os juros vencem semestralmente e os próximos vencimentos ocorrerão em 1o de setembro de 2007 e 1o de novembro de 2007, respectivamente. 15)

OUTROS CRÉDITOS - DIVERSOS 2007

437.804 134.914 6.536 2.239 581.493

DÍVIDAS SUBORDINADAS De acordo com as definições da Resolução no 2.837 do CMN, a Bradesco Leasing emitiu debêntures subordinadas com as seguintes características:

Setembro/2001 ................................................................................. Novembro/2001 ................................................................................ Total ..................................................................................................

h) O imobilizado de arrendamento é composto como segue:

3.056.039 Veículos e afins ..................................................................................................................................................... 2.295.970 1.810.685 Máquinas e equipamentos .................................................................................................................................... 1.541.877 281.955 207.308 Outros .................................................................................................................................................................... Perdas em arrendamentos a amortizar (líquido) (Nota 3e - IV) ............................................................................. 102.422 103.146 Total de bens arrendados ..................................................................................................................................... 5.251.101 4.148.301 (2.008.151) Depreciação acumulada de bens arrendados ...................................................................................................... (1.577.656) Superveniência de depreciação (Nota 3e - V) ...................................................................................................... 667.523 489.613 Total da depreciação acumulada .......................................................................................................................... (1.340.628) (1.088.043) Imobilizado de arrendamento ............................................................................................................................... 3.910.473 3.060.258 A Bradesco Leasing apurou no semestre superveniência de depreciação no montante de R$ 90.028 mil (2006 - R$ 67.969 mil), registrada em imobilizado de arrendamento, sendo R$ 1.144 mil (2006 - R$ 1.561 mil) classificada em bens não de uso próprio, em decorrência de reintegração de posse de bens arrendados e R$ 91.172 mil (2006 - R$ 69.530 mil) em resultado do semestre.

530.412 194.528 5.343 2.211 732.494

Credores por antecipação de valor residual ......................................................................................................... Provisão para passivos contingentes .................................................................................................................. Obrigação por aquisição de bens e direitos ......................................................................................................... Outras .................................................................................................................................................................... Total .......................................................................................................................................................................

Emissão

2007

Em 30 de junho - R$ mil 2006

2007

(1) Para as operações que apresentem parcelas vencidas há mais de 14 dias; (2) Constituída em razão da classificação do cliente ou da operação e, portanto, não enquadrada no item anterior; (3) Registrada em receitas de operações de crédito, como previsto nas normas e instruções do BACEN.

8)

OUTRAS OBRIGAÇÕES a) Fiscais e previdenciárias 2007

g) Movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa 2007

Fiscais e Previdenciárias (1)

Cível

No início do período .................................................................................................. 1.126 29.396 501.961 Atualização monetária ............................................................................................... 19 1.489 18.928 Constituições ............................................................................................................. 2.291 9.535 Reversões .................................................................................................................. (6) – (12) Saldo em 2007 ........................................................................................................... 1.139 33.176 530.412 Saldo em 2006 ........................................................................................................... 447 31.116 437.804 (1) Compreende, substancialmente, obrigações legais. c) Passivos contingentes classificados como perdas possíveis A Bradesco Leasing mantém um sistema de acompanhamento para todos os processos administrativos e judiciais em que a instituição figura como “autora” ou “ré” e amparada na opinião dos assessores jurídicos classifica as ações de acordo com a expectativa de insucesso. Neste contexto os processos contingentes avaliados como de risco de perda possível não são reconhecidos contabilmente, sendo o principal relacionado ao ISSQN de empresas de arrendamento mercantil no montante de R$ 116.675 mil (2006 - R$ 92.767 mil), em que se discute a inconstitucionalidade da incidência do referido imposto, por tratar-se de operações de “leasing financeiro” e, caso entenda-se por devido, esse deve ser recolhido para a municipalidade da sede da empresa.

(1) Para as operações que apresentam parcelas vencidas há mais de 14 dias; (2) Constituída em razão da classificação do cliente ou da operação e, portanto, não enquadradas no item anterior; e (3) Inclui o valor dos resíduos das contraprestações, e dos residuais parcelados e final, dos contratos de arrendamento mercantil com cláusula de variação cambial, cujo arrendatário optou pelo pagamento pela cotação do dólar norte-americano de R$ 1,21, incluindo os valores que estão sendo questionados judicialmente.

7)

330.522 330.522 100,0 187.659 100,0

ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES E OBRIGAÇÕES LEGAIS - FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS a) Ativos contingentes No 1o semestre de 2007, não foram reconhecidos contabilmente ativos contingentes, porém, existem processos cuja perspectiva de êxito é provável, sendo os principais: - Imposto sobre o Lucro Líquido - (ILL) R$ 38.251 mil (2006 - R$ 36.725 mil): pleiteia a devolução, mediante compensação ou restituição, dos valores recolhidos a título de Imposto sobre o Lucro Líquido instituído pelo artigo no 35 da Lei no 7.713/88, uma vez que o referido tributo foi julgado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal; e - Programa de Integração Social - (PIS) R$ 6.292 mil (2006 - R$ 6.041 mil): pleiteia a compensação do PIS sobre a Receita Operacional Bruta, recolhido nos termos dos Decretos Leis nos 2445 e 2449/88, naquilo que excedeu ao valor devido nos termos da Lei Complementar no 07/70 (PIS Repique). b) Passivos contingentes classificados como perdas prováveis e obrigações legais - fiscais e previdenciárias A Bradesco Leasing é parte em processos judiciais, de natureza trabalhista, cível e fiscal, decorrentes do curso normal de suas atividades. As provisões foram constituídas levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade, e o posicionamento de Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável. A Administração da Bradesco Leasing entende que a provisão constituída é suficiente para atender perdas decorrentes dos respectivos processos. O passivo relacionado à obrigação legal em discussão judicial é mantido até o ganho definitivo da ação, representado por decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, ou a sua prescrição.

Em 30 de junho - R$ mil Saldo da carteira Curso anormal

Total

35.488 35.488 10,7 12.827 6,8

I - Processos trabalhistas São ações ajuizadas por ex-empregados, visando a obter indenizações, em especial, o pagamento de “horas extras”.

Composição da carteira e da provisão para créditos de liquidação duvidosa por nível de risco

Nível de risco

2.445.800 5.056.503 5.119.708 3.074.009 – 15.696.020

(1) Sob no CVM/SRE/DEB/2002/036, nominativas 1.200.000 (9a emissão), com valor unitário de R$ 1.000,00 com data de emissão em 1o de junho de 2002, perfazendo o valor total da emissão de R$ 1,2 bilhão com prazo de 10 anos, contando da data de emissão, com pagamento dos juros remuneratórios na data de vencimento das debêntures; Sob no CVM/SRE/PRO/2005/004, em 15 de abril de 2005, foi arquivado na CVM o Primeiro Programa de Distribuição Pública de Debêntures, com prazo de duração de até 2 anos e limite de R$ 10,0 bilhões do qual foram realizadas, até 30 de setembro de 2005, as seguintes emissões; (2) Sob no CVM/SRE/DEB/2005/017, simples, 40.000.000 (1a emissão), com valor unitário de R$ 100,00, com data de emissão em 1o de fevereiro de 2005, perfazendo o valor total da emissão de R$ 4,0 bilhões com prazo de 20 anos, contando da data de emissão, com pagamento dos juros remuneratórios na data de vencimento das debêntures; (3) Sob no CVM/SRE/DEB/2005/029, simples, 30.000 (2a emissão), com valor unitário de R$ 100.000,00, com data de emissão em 1o de maio de 2005, perfazendo o valor total da emissão de R$ 3,0 bilhões, e com prazo de 6 anos, contando da data de emissão, com pagamento dos juros remuneratórios semestralmente; (4) Sob no CVM/SRE/DEB/2005/045, simples, 30.000.000 (3a emissão), com a utilização do excedente de 35%, com valor unitário de R$ 100,00, com data de emissão em 1o de fevereiro de 2005, perfazendo o valor total da emissão de R$ 4,05 bilhões, com prazo de 20 anos, contando da data de emissão, com pagamento dos juros remuneratórios na data de vencimento das debêntures; Sob no CVM/SRE/PRO/2006/003, em 28 de junho de 2006, foi arquivado na CVM o Segundo Programa de Distribuição Pública de Debêntures, com prazo de duração de até 2 anos e limite de R$ 10,0 bilhões do qual foi realizada, até 18 de dezembro de 2006 a seguinte emissão; e (5) Sob no CVM/SRE/DEB/2006/024, simples, 65.000.000 (4a emissão), com utilização do excedente de 35%, com valor unitário de R$ 100,00, com data de emissão em 1o de fevereiro de 2005, perfazendo o valor total da emissão de R$ 8,8 bilhões, com prazo de 20 anos, contados da data de emissão, com pagamento dos juros remuneratórios na data de vencimento das debêntures.

(1) A rubrica “Outros créditos” compreende devedores por compra de valores e bens e títulos e créditos a receber. d) Concentração de operações de arrendamento mercantil e outros créditos

RECURSOS DE EMISSÃO DE TÍTULOS - DEBÊNTURES A sociedade mantém registros na CVM de emissão para distribuição pública de debêntures escriturais, de séries únicas, não conversíveis em ações, da espécie subordinada aos demais credores, remuneradas pela variação dos “Certificados de depósitos interfinanceiros”, conforme segue: Em 30 de junho - R$ mil Valor contábil Valor da Emissão operação Vencimento Remuneração 2007 2006

17)

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 2.002 1.520 993 740 895 1.019 571 213 259 328 170 276 53 52 41 48 – 100 99 42 5.083 4.338

DESPESAS TRIBUTÁRIAS

Despesas com CPMF ................................................................................................................................................. Contribuição ao COFINS ............................................................................................................................................. Contribuição ao PIS .................................................................................................................................................... Imposto sobre serviços de qualquer natureza - ISS .................................................................................................. Outras .......................................................................................................................................................................... Total .............................................................................................................................................................................

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 7.915 6.602 9.489 9.494 1.542 1.543 1.842 1.493 20 22 20.808 19.154

CONTINUA


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

TURISMO - 1

CATAMARCA

Divulgação

Maristela Orlowski

AS MELHORES SUÍTES PRESIDENCIAIS DE SÃO PAULO Com serviços inimagináveis , essas acomodações de hotel que têm o tamanho de grandes apartamentos residenciais hospedam celebridades e autoridades do mundo todo. Pág. 4

Uma Argentina desconhecida

V ulcões, desertos, montanhas nevadas, termas, ruínas incas e sítios arqueológicos atraem nesta província ainda pouco explorada no noroeste do país vizinho. Este é um roteiro para aficionados por aventura, pois ainda há pouca infra-estrutura turística, mas a paisagem compensa! Págs. 2 e 3

Veja mais imagens desta edição na nossa galeria de fotos virtual no site www.dcomercio.com.br/ galeria/boa viagem_index.htm

A mil quilômetros de Buenos Aires, separada do Chile pela Cordilheira dos Andes, a região é dona de belezas naturais extraordinárias e de um legado histórico-cultural surpreendente. Duas cidades – a capital San Feranando del Valle e Tinogasta – acolhem o viajante com simplicidade. A partir delas, diversas rotas levam às atrações. No caminho, o relevo montanhoso predomina. Montes que superam os 6 mil metros de altitude atingem o azul profundo do céu e fazem o espetáculo visual


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

9

Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil Empresa da Organização Bradesco CNPJ no 47.509.120/0001-82 Sede: Avenida Alphaville, 1.500, Piso 2, Parte, Alphaville, Barueri, SP Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras

CONTINUAÇÃO 18)

OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006

Variações monetárias ativas ........................................... Aditivos contratuais ......................................................... Reversão de outras provisões operacionais ................... Outras ............................................................................... Total .................................................................................. 19)

17.267 3.547 141 278 21.233

OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006

Variações monetárias passivas ...................................... Outras provisões operacionais ........................................ Descontos concedidos .................................................... Amortização de ágio ........................................................ Outras ............................................................................... Total .................................................................................. 20)

4.832 2.583 661 729 8.805

20.432 3.921 1.441 – 1 25.795

17.275 15.865 8.507 3.600 531 45.778

RESULTADO NÃO OPERACIONAL Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Resultado na alienação de outros valores e bens .......... Provisão para desvalorização de outros valores e bens Aluguéis ........................................................................... Outros ............................................................................... Total ..................................................................................

21)

3.975 7.961 1.625 21 13.582

1.878 (8.878) 1.655 33 (5.312)

TRANSAÇÕES COM O CONTROLADOR E EMPRESAS LIGADAS As transações com o controlador e empresas ligadas foram efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações. Em 30 de junho - R$ mil 2007 Ativos (passivos)

Receitas (despesas)

22) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social

Receitas (despesas)

Disponibilidades: Banco Bradesco S.A. ....................................... 90 – 7.817 – Aplicações em depósitos interfinanceiros (a): Banco Bradesco S.A. ....................................... 29.447.579 1.708.003 15.744.397 1.175.359 Dividendos e juros sobre o capital próprio: Banco Bradesco S.A. ....................................... (81.666) – (51.725) – Banco Alvorada S.A. ........................................ 4.369 – 4.369 – 30 716 – Outras Coligadas .............................................. 1.808 Instrumentos financeiros derivativos: Banco Bradesco S.A. ....................................... – – (81) (46) Debêntures (b): Banco Bradesco S.A. ....................................... (27.294.195) (1.547.370) (13.080.961) (944.846) Banco BEC S.A. ............................................... – – – (688) Valores a Pagar: Embaúba Holdings Ltda. .................................. (105) – – – Serviços prestados: Banco Bradesco S.A. ....................................... – (6) – (8) Bradesco S.A. CTVM ........................................ – – – (2) Aluguel: Banco Bradesco S.A. ....................................... – 836 – 836 (a) Aplicações interfinanceiras de liquidez - depósitos interfinanceiros de ligadas, com taxas equivalentes às do CDI - certificado de depósito interfinanceiro; e (b) Negociação de debêntures emitidas.

Provisão para créditos de liquidação duvidosa ................................................... Provisão para contingências cíveis .......... Provisão para contingências fiscais e trabalhistas ............................................... Provisão para desvalorização de títulos e investimentos ........................................... Provisão para desvalorização de bens não de uso ................................................ Ágio amortizado ......................................... Outros valores ............................................ Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias ................................. Prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social ................................... Subtotal ...................................................... Contribuição social MP n o 2158 - 35 de 24.8.2001 (1) ............................................. Total dos créditos tributários (Nota 7) ....... Obrigações fiscais diferidas (Notas 13a e 22 f) Créditos tributários líquidos das obrigações fiscais diferidas ..........................

Saldo em 31.12.2006 Constituição Realização

Saldo em 30.6.2007

1 –

58.786 11.280

55.683 9.995 107.430

3.104 1.285 8.889

4

116.315

Em 30 de junho de 2007 - R$ mil Diferenças temporárias

Prejuízo fiscal

Imposto de renda

Contribuição social

Imposto de renda

2007 ............................................................

17.931

5.751

11.944

35.626

2008 ............................................................

55.429

18.546

14.240

88.215

2009 ............................................................

82.556

27.474

40.823

150.853

2010 ............................................................

1.279

459

25.373

27.111

Total ............................................................

157.195

52.230

92.380

301.805

Total

Em 30 de junho de 2007 - R$ mil Crédito tributário de contribuição social MP no 2158-35 2007 Valor ..............

5.138

2008

2009

2010

2011

Total

11.091

10.715

19.967

15.563

62.474

A projeção de realização de crédito tributário é uma estimativa e não está diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis. e) O valor presente dos créditos tributários, calculado considerando a taxa média de captação praticada pela Organização Bradesco, líquida dos efeitos tributários, monta R$ 340.791 mil (2006 R$ 308.307 mil) sendo R$ 197.861 mil (2006 - R$ 146.434 mil) de diferenças temporárias, R$ 85.961 mil (2006 - R$ 101.076 mil) de prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social e R$ 56.970 mil (2006 - R$ 60.797 mil) de crédito tributário de contribuição social MP no 2158-35. f)

Obrigações fiscais diferidas As obrigações fiscais diferidas no montante de R$ 194.528 mil (2006 - R$ 134.914 mil), são relativas

7.189

2

7.191

à superveniência de depreciação, R$ 166.881 mil (2006 - R$ 122.404 mil), atualização monetária sobre

10.912 8.471 962

617 – 202

3.889 1.225 197

7.640 7.246 967

mobiliários R$ 3.791 mil e reserva de reavaliação R$ 2.845 mil (2006 - R$ 3.158 mil), respectivamente.

200.642

14.099

5.316

209.425

101.808 302.450

– 14.099

9.428 14.744

92.380 301.805

68.115 370.565 164.265

– 14.099 30.419

5.641 20.385 156

62.474 364.279 194.528

206.300

(16.320)

20.229

169.751

depósitos judiciais R$ 21.011 mil (2006 - R$ 9.352 mil), ajuste a valor de mercado dos títulos e valores 23)

OUTRAS INFORMAÇÕES a) Conforme previsto no Ofício Circular CVM no 01, a Bradesco Leasing está dispensada de apurar o valor de mercado das operações de arrendamento mercantil, os quais encontram-se registrados, a valor presente, de acordo com a Lei no 6099, substancialmente, como imobilizado de arrendamento. O valor contábil dos demais instrumentos financeiros registrados em contas patrimoniais em 30 de junho de 2007 eqüivale, aproximadamente, ao valor de realização desses instrumentos; e b) O seguro dos bens arrendados está vinculado a cláusulas específicas dos contratos de arrendamento

(1) Até o final do exercício há previsão de realização do valor de R$ 5.138 mil (2006 - R$ 2.019 mil), que será contabilizado quando de sua efetiva utilização (ítem d).

mercantil. Os bens de uso da sociedade estão segurados por montantes suficientes para cobrir eventuais sinistros contra incêndio, responsabilidade civil e riscos diversos.

Parecer dos Auditores Independentes

Conselho de Administração e Diretoria Conselho de Administração

negativa de contribuição social e crédito tributário de contribuição social MP no 2158-35.

Resultado antes do imposto de renda e contribuição social ........................................................... 209.583 165.260 Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente ... (71.258) (56.188) Efeitos das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Crédito tributário / imposto diferido ........................... (107) 14 Juros s/ capital próprio recebido ............................... (10) (15) Participações em coligada ....................................... 2.963 898 Despesas indedutíveis líquidas das receitas não tributáveis ................................................................ (513) (2.944) Benefício fiscal ......................................................... 12 112 73 Outros valores ........................................................... 106 Imposto de renda e contribuição social do semestre . (68.807) (58.050) b) Composição da conta de resultado do imposto de renda e contribuição social Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Impostos correntes Imposto de renda e contribuição social devidos ...... (68.162) (57.826) Impostos diferidos: Constituição/(realização) no semestre sobre adições temporárias .............................................................. 8.783 16.751 Utilização de saldos iniciais de: Base negativa de contribuição social ...................... (285) (5.873) (9.143) (11.102) Prejuízo fiscal ........................................................... Total dos impostos diferidos ..................................... (645) (224) Imposto de renda e contribuição social do semestre (68.807) (58.050) c) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos

2006 Ativos (passivos)

d) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias, prejuízo fiscal e base

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006

Aos Administradores e Acionistas Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil

Diretoria

Presidente Lázaro de Mello Brandão

Diretor-Presidente

Vice-Presidente

Márcio Artur Laurelli Cypriano

Antônio Bornia

Diretores Laércio Albino Cezar Arnaldo Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi Sérgio Socha Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro Norberto Pinto Barbedo Paulo Eduardo D'Avila Isola

Membros Mário da Silveira Teixeira Júnior Márcio Artur Laurelli Cypriano

Maurilo Gonçalves Siqueira Contador - CRC 1SP114890/O-0

1. Examinamos os balanços patrimoniais da Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil em 30 de junho de 2007 e de 2006 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Instituição, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Instituição, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

dos ativos circulante e realizável a longo prazo e receitas ou despesas de operações de arrendamento mercantil, mas resultam na apresentação do lucro líquido e do patrimônio líquido de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, de forma condizente com as normas expedidas pelo Banco Central do Brasil. 4. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras, exceto pela não reclassificação mencionada no terceiro parágrafo, apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil em 30 de junho de 2007 e de 2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 5. Conforme mencionado na Nota 9, no decorrer do segundo semestre de 2006 foram amortizados os ágios sobre os investimentos em coligadas e controladas.

3. A instituição registra suas operações e elabora suas demonstrações contábeis com a observância das práticas contábeis estabelecidas pelo Banco Central do Brasil e Comissão de Valores Mobiliários, que requerem o ajuste ao valor presente da carteira de arrendamento mercantil como provisão para superveniência de depreciação, classificada no ativo permanente. Essas práticas não requerem a reclassificação das operações para as rubricas

São Paulo, 3 de agosto de 2007

Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5

Washington Luiz Pereira Cavalcanti Contador CRC 1SP172940/O-6

POLÍTICA

JF Diorio/AE

AÉCIO SINALIZA ALIANÇA COM PT Governador põe em dúvida coligação com DEM e não descarta acordo com petistas a médio prazo

O Aécio Neves disse ontem que acredita em uma aliança futura entre PSDB e PT: "Encontramos mais convergências do que divergências".

José Dirceu diz que fica na política Apesar de crer na anistia, ex-deputado já pensa em disputar eleições para a Câmara Federal e até municipal

O

ex-deputado José Dirceu (PT-SP) disse, num jantar com intelectuais e artistas no Rio, na última segunda-feira, que não abandonará a ação política mesmo que o Supremo Tribunal Federal (STF) aceite a denúncia do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, que o envolve nos crimes praticados no escândalo do "mensalão". Dirceu demonstrou estar consciente de que deverá se tornar réu do processo, mas disse ver uma possível recusa da denúncia como o ponto de partida para a anistia política. "Ele não demonstrou pessimismo nem otimismo. É um homem bastante realista.

Não tem devaneios", disse o produtor de cinema Luiz Carlos Barreto, anfitrião de Dirceu, sobre a expectativa dele em relação à apreciação da denúncia de Souza. Amigos – Reuniram-se na casa de Barreto e da mulher dele, a produtora Luci Barreto, artistas como os atores Antônio Grassi e Antônio Pitanga e os cantores e compositores Ana Carolina e Wagner Tiso, além de políticos cariocas. Segundo Carlos Barreto, a intenção do jantar não foi promover um movimento em favor do ex-deputado, mas proporcionar uma conversa franca dele com amigos que nunca se afastaram, apesar dos escândalos.

Dirceu manifestou o desejo de disputar uma nova cadeira na Câmara em 2010 e afirmou que não se furtaria a concorrer a um posto de vereador em São Paulo, em 2008.

Sobre o envolvimento nos casos de corrupção, Dirceu disse confiar na própria inocência "se o processo jurídico não for contaminado pelo aspecto político". (AE)

Gustavo Miranda/AOG-10/03/07

José Dirceu, de olho em uma nova cadeira na Câmara em 2010

governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), sinalizou ontem, em São Paulo, a possibilidade de fechar um acordo programático com o PT, a médio prazo. Aécio pôs em xeque, assim, a tradicional aliança dos tucanos com o DEM (antigo PFL). Depois de proferir uma palestra para cerca de 50 empresários da diretoria e dos conselhos da Associação Brasileira da Infra-estrutura e Indústrias de Base (Abdib), na capital paulista, ele destacou: "Tenho de ser otimista e acredito que, se for construído um projeto (para o País), é possível a formação de novas alianças (partidárias). Em Minas Gerais, tenho uma relação próxima com setores do PT, com sintonia de idéias e pensamentos. Encontramos mais convergências do que divergências". Numa referência à clássica coligação que os tucanos mantêm com o DEM no Estado de São Paulo, Aécio disse que a política paulista influencia muito a brasileira e também os partidos. Porém, advertiu: "Esta não é uma lógica para o resto do Brasil. Não acho que devemos viver, eternamente, neste antagonismo que coloca de um lado o PSDB e seus aliados e do lado oposto, como adversários, o PT e seus aliados."

Aliança – Ainda na defesa de uma reformulação profunda das habituais coalizões políticas brasileiras, o governador de Minas Gerais disse: "Não podemos permitir que a radicalização política de um estado, seja qual for, nos imponha uma camisa-de-força que impeça o Brasil de avançar." Aécio continuou: "É muito importante para o País ter um projeto que possa ser sustentado com aliança programática e não com aliança artificial, que custa muito caro ao governo. Acredito que é possível uma aliança diferente desta que temos assistido e que alguns estão cansados de assistir, ao longo de pelo menos 20 anos.. Na avaliação do governador de Minas, um ajuste com o PT a curto prazo seria difícil. "Mas, a médio prazo, não". Ele afirmou acreditar que a aproximação seria mais fácil em torno de projetos, e não de nomes. O governador disse que, se o embate eleitoral for eliminado, PSDB e PT possuem muitas semelhanças. "Talvez, este seja o meu papel – o de atuar na construção de pontes. Sou muito mais construtor do que dinamitador", enfatizou. Aécio disse que mantém "uma excepcional relação pessoal com o presidente Lula", mas criticou o "baixo índice de crescimento brasileiro". (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - TURISMO Maristela Orlowski

quinta-feira, 16 de agosto de 2007 Fotos: Luciele Velluto

Maristela Orlowski

Solo rico em minérios dá o tom das montanhas (ao lado). Em San Fernando del Valle, construções em estilo colonial se conservam, como na Praça 25 de Maio (acima, à dir.). Em Tinogasta, Hostal de Adobe Casagrande (acima, à. esq.) acomoda turistas

Descubra o noroeste argentino Por Maristela Orlowski

Q

uando se pensa em Argentina, lembra-se logo de Buenos Aires, Bariloche, Patagônia e Córdoba, destinos tradicionais no roteiro de viagem de muitos brasileiros. Mas existe um lugar diferente, pronto para ser descoberto, com extraordinárias belezas naturais e um legado histórico-cultural surpreendente. Seu nome é Catamarca: uma província localizada no noroeste argentino, a mil quilômetros de Buenos Aires, separada do Chile pela magnífica Cordilheira dos Andes. Embora ainda precário em infra-estrutura turística (por enquanto, não espere encontrar hotéis de luxo, por exemplo), o território é rico em minérios, como cobre, estanho, prata e ouro, e o terceiro produtor de oliva da Argentina. É dele que se extrai a rodocrosita, uma pedra semipreciosa rosada que não existe em nenhuma outra parte do mundo. Sua posição geográfica oferece contrastes singulares na paisagem. Há muito o que ver: vulcões, fauna e flora, desertos, termas, ruínas incas e sítios arqueológicos, onde o espírito das antigas civilizações indígenas ainda se faz presente, tal como testemunham as lendas e os mistérios contados pela população local. Sua capital, San Fernando del

C

A capital da província de Catamarca, San Fernando del Valle, e a cidade de Tinogasta são os principais centros turísticos da região, pontos de partida para os atrativos naturais

Vista para San Fernando, cidade encravada em um vale

Valle, é um centro turístico e comercial e integra a região semiárida do país, encravada em um vale delimitado pelas serras de Ambasto e Ancati. O clima é temperado continental com temperaturas médias anuais de 20°C. No verão, faz calor e a temperatura máxima pode chegar a 45°C. Já no inverno, a temperatura pode chegar perto de 0°C. As chuvas não são muito freqüentes. No entanto, moradores garantem que, nos últimos anos, o clima vem mudando e chove mais, o que alterou um pouco a paisagem, tornando-a mais verde. Construções em estilo colonial ainda se conservam na ar-

quitetura da cidade. Em frente à praça principal, a 25 de Maio, está a Casa do Governo e a Catedral Basílica, em estilo neoclássico. Nela, encontra-se um camarim com a imagem da Virgem del Valle, santa idolatrada em toda a província e padroeira do turismo. Fiéis – Anualmente, milhares de fiéis migram a San Fernando del Valle para agradecer os milagres da virgem. Já quem visita o Mercado Artesanal encontra os famosos artesanatos catamarquenhos feitos de barro, palha e lã de lhama. Lá, também é possível degustar e comprar vinhos regionais, queijos, azeitonas, frutas secas e doces.

Lugar de montanhas

ordilheira de um lado, montanhas de outro. Não importa para onde você olhe. Em Catamarca, a vista se perde nas exuberantes serras, cujos montes atingem o azul profundo do céu e seguem acima das nuvens, em uma dança de cores e magia. Não é para menos, afinal, 80% do território da província – que possui, aproximadamente, 102 mil metros quadrados de área – é constituído por relevo montanhoso. Sorte dos aventureiros adeptos ao montanhismo, que dispõem de inúmeras opções. Inusitadas paisagens, das mais variadas formas, cores e texturas, podem ser vislumbradas no circuito que sai do Departamento de Tinogasta, região oeste de Catamarca, pela Rota Nacional n° 60, e segue em direção ao Corredor Internacional Paso de San Francisco, que liga a Argentina ao Chile por meio da Cordilheira dos Andes. A construção da estrada, que é 99% asfaltada do lado argentino

e bem sinalizada, foi concluída em 1997. Os aventureiros que viajam pela rodovia contam com cinco pontos de refúgio localizados estrategicamente para servir de abrigo. São cerca de 250 km repletos de riquezas naturais que tornam o passeio inesquecível. Durante o trajeto, tudo se transforma: o solo, a vegetação, os animais, os morros e até a estrada, que se torna bastante sinuosa em alguns pontos. As cores mudam no decorrer do dia. Rochas, pedregulhos e areia que beiram a estrada dão lugar a tapetes de plantas hora esverdeadas, hora amareladas. Montanhas com gelos eternos mesclam-se a enormes dunas de areia. Lagos e rios de degelo dão um toque especial à paisagem semi-árida. Pássaros silvestres, cabritos, burros, vicunhas, guanacos e lhamas (típicos da região), e até cavalos selvagens cruzam o caminho, assustados com o ruído do automóvel. Durante o dia, o sol ajuda a

Presidente Alencar Burti Diretor de Redação Moisés Rabinovici Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira Editora Antonella Salem antonellasalem@uol.com.br Sub-editora Lygia Rebello lygiarebello@uol.com.br Chefe de reportagem Arthur Rosa

Editor de Fotografia Alex Ribeiro Editor de Arte José Coelho Diagramação Djinani Lima Ilustrações Paulo Carvalho Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122 Impressão Diário de S. Paulo

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driblar o frio, que aumenta no decorrer da tarde e à medida que se eleva a altitude. Aliás, quem se aventura pela região deve tomar cuidado com o “soroche” ou “mal das alturas”, um mal-estar provocado pela baixa pressão atmosférica. O mínimo esforço pode causar desmaios. Portanto, a melhor maneira para prevenir o problema é fazer uma ascensão gradual. Durante a trajetória, o vento branco que vem da Cordilheira dos Andes também pode atrapalhar um pouco, aumentando a sensação térmica de frio. Melhor época – A melhor época para visitar o lugar é na temporada de verão, que começa em outubro e segue até fim de março, quando as temperaturas durante o dia são mais amenas, embora não ultrapassem o 0ºC. Já no inverno, os termômetros registram até -30ºC à noite. Mas a grande atração da região, sem dúvida, fica por conta dos majestosos “Los Seismiles”, conjunto de montanhas com picos que superam os 6 mil metros de altitude. É a segunda zona de montanhas mais alta do mundo, depois da Cordilheira do Himalaia, na Ásia. No topo da lista está o Monte Pissis, com cinco picos nevados, que se impõe na paisagem com 6.882 metros acima do nível do mar. É o vulcão inativo mais alto do mundo e o segundo pico da América do Sul, atrás apenas do Aconcagua. Em sua base, a Laguna Verde, habitada por flamingos rosados, encanta o cenário. Também fazem parte dos

As surpreendentes Dunas de Tatón convidam à prática de sandboard

Dirigindo-se um pouco mais para oeste, chega-se a Tinogasta, departamento localizado a 280 quilômetros da capital provincial e o segundo centro urbano mais importante. A cidade é ponto de partida para a Ruta del Adobe, um circuito de 55 km repleto de cultura e história, e ao Paso de San Francisco, uma passagem para o Chile a 4.800 metros de altitude, em meio à puna catamarquenha (espécie de vegetação típica, presente em toda a região). Por Tinogasta também se pode chegar às Termas de Fiambalá, um conjunto de piscinas construídas em meio de uma quebrada montanhosa, onde as águas brotam natural-

mente a 60°C e a 1.650 metros acima do nível do mar. Histórias – Já em Fiambalá, não é difícil encontrar plantações de oliveiras e videiras. É lá que se encontra o pé de oliva mais antigo da região. Conta a história que, no século 17, os espanhóis colocaram fogo em vários hectares de oliveiras para acabar com a concorrência catamarquenha. Restou um único pé. E foi a partir dele que se plantaram todos os demais que até hoje dão frutos e enriquecem a economia local. Também em Fiambalá está o Museu do Homem, onde estão guardados artesanatos de origem pré-hispânica, mantos e urnas funerárias,

além de duas múmias com mais de 500 anos encontradas na região de Loro Huasi em 1996 durante a construção da Rota Nacional n° 60, que segue até o Paso de San Francisco. Histórias e lugares surpreendentes não faltam. Quem busca um pouco mais de adrenalina pode seguir mais 25 km ao norte de Tinogasta pela Rota Regional n° 34, até as surpreendentes Dunas de Tatón. São altíssimas montanhas de areia que se misturam ao azul do céu, onde é possível praticar sandboard. Mas há um período do dia ideal para ir ate lá. Guias locais recomendam a hora do almoço, pois o sol está a pico, o que deixa a temperatura mais agradável. Em outros horários, a amplitude térmica é muito alta e o vento pode atrapalhar a aventura. Já pela Rota Nacional n° 60, chega-se a um lugar cercado de misticismo: os Seismiles, um conjunto de montanhas com mais de 6 mil metros de altitude, rodeado de lagoas e salinas que configuram uma paisagem excepcional, repleta de cores e texturas. É um verdadeiro convite para os aventureiros de várias partes do mundo, que vão até lá com um único objetivo: o de desafiar as situações inóspitas de pressão e do frio e alcançar o topo dos principais vulcões. A viagem foi oferecida pela Secretaria de Turismo da Província de Catamarca

Maristela Orlowski

Grande atração, Los Seismiles é um conjunto de montanhas com picos que superam os 6 mil metros Maristela Orlowski

Seismiles o vulcão ativo Ojos del Salado, Walter Penck, Três C r u c e s , L o s A r i a n o s , I ncahuasi e San Francisco. Este último, com 6.080 metros de altura é o de mais fácil acesso. Muitas dessas montanhas eram reconhecidas pelas antigas civilizações andinas como deuses protetores e lugares onde moravam seres sobrenaturais, capazes de interferir nas vidas das pessoas. Por conta desse credo, jovens incas eram eleitas para sacrifícios. Alimentos e bebidas também eram oferecidos às divindades para atenuar a ira dos deuses, hoje, desmistificados pelos aventureiros que visitam Catamarca. (M.O.)

Ao longo da Rota Nacional nº 60 há cinco pontos de refúgio


DIÁRIO DO COMÉRCIO

10

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Bankpar Banco Múltiplo S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 59.438.325/0001-01 Sede: Av. Brigadeiro Faria Lima, 1.355 - 16º andar - Jardim Paulistano - São Paulo - SP Demonstração do Resultado dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil

Relatório da Administração

2007

Senhores Acionistas, Apresentamos a V.Sas. as Demonstrações Financeiras do Bankpar Banco Múltiplo S.A., elaboradas na forma da Legislação Societária, referentes ao semestre findo em 30 de junho de 2007. No semestre, o Bankpar registrou Lucro Líquido de R$ 42,236 milhões, correspondente a R$ 532,12 por lote de mil ações, e Patrimônio Líquido de R$ 126,486 milhões. São Paulo, SP, 3 de agosto de 2007. Diretoria

Balanço Patrimonial em 30 de junho – Em Reais mil ATIVO

2007

2006

CIRCULANTE ............................................................................................ DISPONIBILIDADES ................................................................................. APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ ................................. Aplicações no Mercado Aberto ................................................................. Aplicações em Depósitos Interfinanceiros ............................................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS .......................................................................................... Carteira Própria .......................................................................................... Instrumentos Financeiros e Derivativos ................................................... Vinculados à Prestação em Garantia ....................................................... RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS ............................................................ Pagamentos e Recebimentos a Liquidar .................................................. Créditos Vinculados: ................................................................................. - Depósitos no Banco Central ................................................................... - Correspondentes ..................................................................................... OPERAÇÕES DE CRÉDITO ...................................................................... Operações de Crédito - Setor Privado ....................................................... Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa ..................................... OUTROS CRÉDITOS ................................................................................. Negociação e Intermediação de Valores .................................................. Diversos .................................................................................................... Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa .......................... OUTROS VALORES E BENS .................................................................... Outros Valores e Bens ............................................................................... Despesas Antecipadas ............................................................................. Provisões para Desvalorizações ..............................................................

63.546 2 53.701 1.062 52.639

234.155 416 47.254 47.250 4

246 246 – – 1.330 –

29.195 15.747 8.350 5.098 3.077 1.983

1.330 – – – – 8.266 – 8.266 – 1 1.764 1 (1.764)

954 140 150.324 163.695 (13.371) 3.058 10 3.049 (1) 831 1.764 333 (1.266)

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ............................................................... OPERAÇÕES DE CRÉDITO ...................................................................... Operações de Crédito - Setor Privado ....................................................... Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa ..................................... OUTROS CRÉDITOS ................................................................................. Rendas a Receber ..................................................................................... Diversos .................................................................................................... Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa ..........................

44.071 – 4.735 (4.735) 44.071 141 43.930 –

30.093 17.962 22.592 (4.630) 12.131 – 12.135 (4)

PERMANENTE .......................................................................................... INVESTIMENTOS ...................................................................................... Participações em Controladas: - No País .................................................................................................... Outros Investimentos ................................................................................ IMOBILIZADO DE USO .............................................................................. Outras Imobilizações de Uso .................................................................... Depreciações Acumuladas ....................................................................... DIFERIDO .................................................................................................. Gastos de Organização e Expansão ........................................................ Depreciações Acumuladas .......................................................................

24.821 24.821

28.024 22.696

24.520 301 – – – – – –

22.449 247 4.684 15.802 (11.118) 644 3.240 (2.596)

T OT A L ....................................................................................................

132.438

292.272

PASSIVO

2007

2006

3.564 479 3.085 –

47.852 39.016 7.066 1.770

DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA .................................... Operações de Captações no Mercado ...................................................... Operações de Empréstimos e Repasses ................................................. Resultado de Operações de Câmbio ........................................................ Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa .....................................

– – – – –

24.579 15.201 130 85 9.163

RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ......................

3.564

23.273

OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS ................................. Receitas de Prestação de Serviços ......................................................... Despesas de Pessoal ............................................................................... Outras Despesas Administrativas ............................................................ Despesas Tributárias ................................................................................. Resultado de Participações em Controladas ........................................... Outras Receitas Operacionais .................................................................. Outras Despesas Operacionais ................................................................

(1.909) – (143) (2.617) (312) 877 533 (247)

(36.442) 2.147 (10.152) (23.067) (1.940) (3.070) 296 (656)

RESULTADO OPERACIONAL ....................................................................

1.655

(13.169)

RESULTADO NÃO OPERACIONAL ...........................................................

(445)

RESULTADO ANTES DATRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO .......................

1.655

(13.614)

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ..................................

40.581

(1.516)

LUCRO LÍQUIDO/(PREJUÍZO) ...................................................................

42.236

(15.130)

79.373.038 532,12

79.373.038 (190,62)

CIRCULANTE ............................................................................................ DEPÓSITOS ..............................................................................................

2.445 –

209.582 185.602

Depósitos a Vista ...................................................................................... Depósitos Interfinanceiros ........................................................................

– –

3.312 71.387

Depósitos a Prazo ..................................................................................... RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS ............................................................

– –

110.903 27

Recebimentos e Pagamentos Liquidar ..................................................... RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS .......................................................

– 133

27 16

Transferências Internas de Recursos ........................................................ OUTRAS OBRIGAÇÕES ............................................................................

133 2.312

16 23.937

Fiscais e Previdenciárias ......................................................................... Negociação e Intermediação de Valores ..................................................

2.072 –

7.821 266

Instrumentos financeiros e Derivativos .................................................... Diversas ....................................................................................................

– 240

1.093 14.757

Número de ações ...................................................................................... Lucro/(prejuízo) por lote de mil ações em R$ ...........................................

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ..................................................................... DEPÓSITOS ..............................................................................................

3.507 –

992 992

Depósitos a Prazo ..................................................................................... OUTRAS OBRIGAÇÕES ............................................................................

– 3.507

992 –

Fiscais e Previdenciárias .........................................................................

3.507

PATRIMÔNIO LÍQUIDO ...............................................................................

126.486

81.698

Capital: - De Domiciliados no País ........................................................................

132.114

132.114

Reservas de Capital .................................................................................. Ajuste ao Valor de Mercado ......................................................................

365 45

311 –

Prejuízos acumulados ..............................................................................

(6.038)

(50.727)

T OT A L ....................................................................................................

132.438

292.272

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil 2007 ORIGEM DOS RECURSOS ....................................................................... LUCRO LÍQUIDO ........................................................................................ AJUSTES AO LUCRO LÍQUIDO ................................................................ Resultado de Participação em Controladas ............................................. AJUSTE AOVALOR DE MERCADO -TÍTULOS DISPONÍVEIS PARAVENDA RECURSOS DETERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: - Aumento dos Subgrupos do Passivo ..................................................... Relações Interfinanceiras e Interdependências ..................................... Relações Interdependências .................................................................. Instrumentos Financeiros Derivativos .................................................... Outras Obrigações ................................................................................... - Diminuição dos Subgrupos do Ativo ...................................................... Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ................................................ Relações Interfinanceiras ....................................................................... Relações Interdependências .................................................................. Operações de Crédito .............................................................................. Outros Valores e Bens ............................................................................. - Alienação (Baixa) de Bens e Investimentos .......................................... - Dividendos Recebidos de Controladas .................................................. APLICAÇÃO DOS RECURSOS ................................................................. PREJUÍZO ................................................................................................. AJUSTES AO PREJUÍZO .......................................................................... Depreciações e Amortizações .................................................................. Resultado de Participações em Controladas ........................................... INVERSÕES EM ....................................................................................... Imobilizado de Uso ................................................................................... APLICAÇÕES NO DIFERIDO .................................................................... AUMENTO DOS SUBGRUPOS DO ATIVO ................................................ Aplicações Interfinanceiras de Liquidez .................................................. Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos .... Relações Interfinanceiras e Interdependências ....................................... Outros Créditos .......................................................................................... Outros Valores e Bens ............................................................................... REDUÇÃO DOS SUBGRUPOS DO PASSIVO ........................................... Depósitos .................................................................................................. Outras Obrigações ..................................................................................... REDUÇÃO DAS DISPONIBILIDADES ......................................................

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil AJUSTE AO VALOR DE MERCADO TVM E DERIVATIVOS

CAPITAL SOCIAL REALIZADO

RESERVAS DE CAPITAL

SALDOS EM 31.12.2005 ........................................................................................................................................................ ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ......................................................................................................................... PREJUÍZO ..............................................................................................................................................................................

132.114 – –

275 36 –

SALDOS EM 30.6.2006 ..........................................................................................................................................................

132.114

311

SALDOS EM 31.12.2006 ........................................................................................................................................................ ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ......................................................................................................................... AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM E DERIVATIVOS ................................................................................................ LUCRO LÍQUIDO .....................................................................................................................................................................

132.114 – – –

311 54 – –

SALDOS EM 30.6.2007 ..........................................................................................................................................................

132.114

365

45

EVENTOS

– – –

PREJUÍZOS ACUMULADOS

TOTAIS

(35.597) – (15.130)

96.792 36 (15.130)

(50.727)

81.698

23 – 22 –

(48.274) – – 42.236

84.174 54 22 42.236

(6.038)

126.486

2006

RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ...................................... Operações de Crédito ................................................................................ Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários .................... Resultado com Instrumentos Financeiros e Derivativos ..........................

MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA

2006

41.841 42.236 (877) (877) 22

86.427 – – – –

133 – 133 – – 187 – 80 103 – 4 – 140 41.890 – – – – – – – 41.670 193 22 – 41.455 – 220 – 220 (49)

3.404 23 – 92 3.289 82.949 82.768 – – 181 – 74 – 87.424 15.130 (2.095) (814) (1.281) 115 115 10 19.258 – 15.789 850 2.535 84 55.006 55.006 – (997)

51 2 (49)

1.413 416 (997)

Início do Semestre ........................................... Fim do Semestre .............................................. Redução das Disponibilidades .......................

Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras 1)

CONTEXTO OPERACIONAL O Bankpar Banco Múltiplo S.A., é uma instituição integrante da Organização Bradesco, atuando como banco múltiplo autorizado a operar com as carteiras comercial, inclusive câmbio, de investimento e de crédito financiamento e investimento. O Bankpar Banco Múltiplo S.A., é parte integrante da Organização Bradesco, utilizandose de seus recursos administrativos e tecnológicos, e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto. As operações são conduzidas no contexto de um conjunto de instituições que atuam integradamente no mercado financeiro, e certas operações têm a co-participação ou a intermediação de instituições associadas, integrantes do sistema financeiro. Os benefícios dos serviços prestados entre essas instituições e os custos da estrutura operacional e administrativa são absorvidos, segundo a praticabilidade de lhes serem atribuídos, em conjunto ou individualmente. O Bankpar Banco Múltiplo S.A., objeto da incorporação, pelo Banco Bradesco S.A. (Bradesco), das operações de cartão de crédito e atividades correlatas, no Brasil, da American Express Company, teve sua homologação pelo Banco Central do Brasil (BACEN) em 27 de julho de 2006. Em 2 de outubro de 2006, a carteira de crédito ao consumidor - CDC do Banco, no valor de R$ 166.728 mil, foi cedida sem coobrigação ao Banco Finasa S.A. Em 27 de outubro de 2006, foi firmado Contrato de Cessão de Bens e Direitos e Assunção de Obrigações entre o Bankpar Banco Múltiplo S.A. e o Bradesco, com transferência de atividades de natureza bancária ao Banco Bradesco S.A. Desta forma os valores envolvidos estão representados por ativos no montante de R$ 6.139 mil, sendo R$ 4.779 mil de ativo imobilizado e R$ 1.360 mil de outros ativos; passivos no montante de R$ 13.807 mil, sendo R$ 10.668 mil de passivos contingentes e R$ 3.139 mil de outros passivos. Considerando que o valor das obrigações cedidas é superior às dos ativos, o Bankpar Banco Múltiplo S.A. efetuou o pagamento ao Bradesco no valor de R$ 7.668 mil.

2)

APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, associadas às normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do BACEN, que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas.

3)

PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro apresentadas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro–rata” dia e calculadas com base no método exponencial, exceto aquelas relacionadas com operações com o exterior, as quais são calculadas com base no método linear. b) Aplicações interfinanceiras de liquidez As operações compromissadas realizadas com acordo de livre movimentação são ajustadas pelo valor de mercado. Os demais ativos são registrados ao custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidos de provisão para desvalorização, quando aplicável. c) Títulos e valores mobiliários Títulos para negociação - adquiridos com o propósito de serem ativa e frequentemente negociados, são ajustados pelo valor de mercado, em contrapartida ao resultado do período; Títulos disponíveis para venda - que não se enquadrem como para negociação nem como mantidos até o vencimento, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido; e Títulos mantidos até o vencimento - adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento, são avaliados pelos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período. d) Instrumentos financeiros derivativos (ativos e passivos) São classificados de acordo com a intenção da administração, na data do início da operação, levando–se em consideração se sua finalidade é para proteção contra riscos (“hedge”) ou não. Os instrumentos financeiros derivativos que não atendam aos critérios de hedge contábil estabelecidos pelo BACEN, principalmente derivativos utilizados para administrar a exposição global de risco, são contabilizados pelo valor de mercado, com as valorizações ou desvalorizações reconhecidas diretamente no resultado do período. e) Operações de créditos, outros créditos com características de concessão de crédito e provisão para créditos de liquidação duvidosa As operações de crédito e outros créditos com características de concessão de crédito são classificados nos respectivos níveis de risco, observando: (i) os parâmetros estabelecidos pela Resolução no 2.682 do CMN, que requer a sua classificação em nove níveis, sendo “AA” (risco mínimo) e “H” (risco máximo) e (ii) a avaliação da Administração quanto ao nível de risco. Essa avaliação, realizada periodicamente, considera a conjuntura econômica, a experiência passada e os riscos específicos e globais em relação às operações, aos devedores e garantidores. Adicionalmente, também são considerados os períodos de atraso definidos na Resolução no 2.682 do CMN, para atribuição dos níveis de classificação dos clientes da seguinte forma: Período de atraso

Classificação do cliente

• de 15 a 30 dias ........................................................................................................................................................................... • de 31a 60 dias ............................................................................................................................................................................ • de 61 a 90 dias ........................................................................................................................................................................... • de 91 a 120 dias ......................................................................................................................................................................... • de 121 a 150 dias ....................................................................................................................................................................... • de 151 a 180 dias ....................................................................................................................................................................... • superior a 180 dias .....................................................................................................................................................................

B C D E F G H

5)

Títulos (1)

APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ a) Vencimentos

Rendas de aplicações em operações compromissadas: Posição bancada ...................................................................................................................................................... Posição financiada ................................................................................................................................................... Subtotal ..................................................................................................................................................................... Rendas de aplicações interfinanceiros de liquidez ................................................................................................. Total (Nota 5b) ............................................................................................................................................................

2007

Em 30 de junho - R$ mil Total 2006

1.062 1.062 52.639 53.701

Marcação a mercado

Rendas de aplicações interfinanceiras de liquidez (Nota 4b) .................................................................................. Títulos de renda fixa .................................................................................................................................................. Títulos de renda variável ........................................................................................................................................... Fundos de Investimentos .......................................................................................................................................... Subtotal ..................................................................................................................................................................... Resultado com instrumentos financeiros derivativos .............................................................................................. Total ........................................................................................................................................................................... 6)

3.085 – – – – – 3.085

6.385 787 (106) – 7.066 1.770 8.836

OPERAÇÕES DE CRÉDITOS, OUTROS CRÉDITOS COM CARACTERÍSTICAS DE CONCESSÃO DE CRÉDITO E PROVISÃO PARA CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA Em 2 de outubro de 2006, o Bankpar Banco Múltiplo S.A. cedeu sem coobrigação a totalidade das operações de CDC para o Banco Finasa S.A. Para fins de comparabilidade, apresentamos a composição da carteira em 30 de junho de 2006. a) Composição total da carteira por prazos Curso normal Financiamentos

Empréstimos 1 a 30 ................................................. 31 a 60 ............................................... 61 a 90 ............................................... 91 a 180 ............................................. 181 a 360 ........................................... acima 360 dias .................................. Total em 2006 .................................... b) Modalidades e níveis de risco

Operações de crédito

171 323 449 17.325 1.018 4.581 23.867

outros

7.079 13.369 18.557 39.766 42.093 18.011 138.875

Em 30 de junho de 2006 - R$ mil Curso anormal Total da Empréstimos Financiamentos Total carteira

Total

96 – – – – 363 459

7.346 13.692 19.006 57.091 43.111 22.955 163.201

AA

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 3.886 2.478 6.364 21 6.385

A

B

C

D

E

Empréstimos ........................ 15.978 3.350 56 69 52 54 Financiamentos .................... – 138.949 2.317 2.869 2.136 2.233 Subtotal ................................ 15.978 142.299 2.373 2.938 2.188 2.287 Outros créditos com característica de concessão de crédito ...................................... – – 459 – – – Total em 30 de junho de 2006 15.978 142.299 2.832 2.938 2.188 2.287 c) Composição das operações de crédito e da provisão para créditos de liquidação duvidosa

58 69 61 132 235 – 555

2.388 2.870 2.534 5.453 9.745 – 22.990

2.446 2.939 2.595 5.585 9.980 – 23.545

9.792 16.631 21.601 62.676 53.091 22.955 186.746

F

G

H

Total

%

58 2.407 2.465

57 2.341 2.398

4.748 8.613 13.361

24.422 161.865 186.287

13,07% 86,68%

– 2.465

– 2.398

– 13.361

459 186.746

0,25% 100,00%

Em 30 de junho de 2006 - R$ mil Provisão

Carteira

Nível de risco

Total de Curso anormal curso Vencidas Vincendas anormal

Curso normal

Total

Mínimo de Provisionamento Específica requerido % Vencidas Vincendas

Total

Genérica

Total

AA – – – 15.978 15.978 – – – – – – A 73 – 73 142.226 142.299 0,5 – – – 711 711 B 87 2.286 2.373 459 2.832 1 1 23 24 4 28 C 296 2.642 2.938 – 2.938 3 9 79 88 – 88 D 50 2.138 2.188 – 2.188 10 5 214 219 – 219 E 695 1.592 2.287 – 2.287 30 209 478 687 – 687 F 847 1.618 2.465 – 2.465 50 424 809 1.233 – 1.233 G 1.241 1.157 2.398 – 2.398 70 869 810 1.679 – 1.679 H 6.194 2.629 8.823 4.538 13.361 100 6.193 2.629 8.822 4.539 13.361 Total em 30 de junho de 2006 9.483 14.062 23.545 163.201 186.746 7.710 5.042 12.752 5.254 18.006 O valor registrado, na rubrica “Operações de Crédito”, em 30 de junho de 2007, no montante de R$ 4.735 mil, refere-se a carteira de renegociação classificada no rating “H“ e totalmente provisionada, em conformidade com a Resolução nº 2682 do Conselho Monetário Nacional – CMN. 7)

OUTROS CRÉDITOS - DIVERSOS 2007 Crédito tributário (Nota 19b) ............................................................................................................................................ Devedores por depósitos em garantia - recursos fiscais ............................................................................................... Imposto de renda a compensar ...................................................................................................................................... Títulos e créditos a receber ............................................................................................................................................ Valores a receber de partes relacionadas ...................................................................................................................... Valores a receber por serviços prestados ...................................................................................................................... Devedores por compra de valores e bens ...................................................................................................................... Outros .............................................................................................................................................................................. Total .................................................................................................................................................................................

8)

Em 30 de junho - R$ mil 2006 45.299 – 5.848 6.226 464 5.521 – 459 – 477 – 689 – 596 585 1.216 52.196 15.184

INVESTIMENTOS a) Os ajustes decorrentes da avaliação pelo método de equivalência patrimonial dos investimentos foram registrados em contas de resultado, sob a rubrica de “Resultado de participações em controladas”. Em 30 de junho - R$ mil

Empresas

47.250 47.250 4 47.254

115 – 115 2.970 3.085

Valor de mercado/ contábil (2)

31 a 180 dias

Em 30 de junho - R$ mil 2006 Valor de Marcação mercado/ a contábil (2) mercado

Em 30 de junho de 2006 - R$ mil

A atualização (accrual) das operações de crédito vencidas até o 59 dia é contabilizada em receitas de operações de crédito e, a partir do 60º dia, em rendas a apropriar. As operações em atraso classificadas como nível “H” permanecem nessa classificação por seis meses, quando então são baixadas contra a provisão existente e controladas, por até cinco anos, em contas de compensação, não mais figurando no balanço patrimonial. As operações renegociadas são mantidas no mesmo nível em que estavam classificadas. As renegociações de operações de crédito, que já haviam sido baixadas contra a provisão e que estavam em contas de compensação, são classificadas como nível “H” e os eventuais ganhos provenientes da renegociação somente são reconhecidos quando efetivamente recebidos. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é apurada em valor suficiente para cobrir prováveis perdas e leva em conta as normas e instruções do BACEN, associadas às avaliações procedidas pela administração, na determinação dos riscos de crédito. f) Imposto de renda e contribuição social (ativo e passivo) A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. Os créditos tributários sobre adições temporárias serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos. Os créditos tributários sobre prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social serão realizados de acordo com a geração de lucros tributáveis. O imposto de renda e contribuição social diferidos, calculados sobre base negativa de contribuição social e adições temporárias, são registrados na rubrica “Outros créditos - diversos” e a provisão para as obrigações fiscais diferidas sobre amortização de deságio e ajustes a valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é registrada na rubrica “Outras obrigações - fiscais e previdenciárias”. g) Investimentos Os investimentos relevantes em controladas e coligadas foram avaliados pelo método de equivalência patrimonial. Os títulos patrimoniais da CETIP - Câmara de Custódia e Liquidação e da Bolsa de Mercadorias & Futuros - BM&F são avaliados com base no valor patrimonial, não auditado, informado pelas respectivas bolsas e os acréscimos ou decréscimos são registrados diretamente no patrimônio líquido, e os incentivos fiscais e outros investimentos foram avaliados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perda, quando aplicável. h) Ativo imobilizado Demonstrado ao custo de aquisição, líquido das respectivas depreciações acumuladas, calculadas pelo método linear de acordo com a vida útil-econômica estimada dos bens, sendo: imóveis de uso - edificações - 4% ao ano; móveis e utensílios e máquinas e equipamentos - 10% ao ano; sistema de processamento de dados - 20% a 50% ao ano e sistema de comunicação - 10% ao ano. i) Ativos e Passivos contingentes e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias O reconhecimento, a mensuração e a divulgação das contingências ativas e passivas e obrigações legais são efetuados de acordo com os critérios definidos na Deliberação CVM 489/05. • Ativos Contingentes: Não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui total controle da situação ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo. Os ativos contingentes com probabilidade de êxito provável são apenas divulgados nas demonstrações financeiras (Nota 9a). • Passivos Contingentes: São constituídos levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade; e no posicionamento de Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável, o que ocasionaria uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes classificados como de perdas possíveis não são reconhecidos contabilmente, devendo ser apenas divulgados nas demonstrações financeiras, e os classificados como remotos não requerem provisão e divulgação (Nota 9b). • Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias: Decorrem de processos judiciais relacionados a obrigações tributárias, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou constitucionalidade, que independente da avaliação acerca da probabilidade de sucesso, têm os seus montantes reconhecidos integralmente nas demonstrações financeiras (Nota 9b). As operações e as conseqüentes repercussões fiscais, tributárias e previdenciárias realizadas até a mudança do controle acionário foram conduzidas sob a administração de outros acionistas que assumem a responsabilidade de seus reflexos patrimoniais, conforme previsto contratualmente. j) Outros ativos e passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro–rata” dia) auferidos e provisão para perda, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e das variações monetárias (em base “pro–rata” dia) incorridos.

1 a 30 dias Aplicação no mercado aberto: Posição bancada .................................................................................................................................. 1.062 Letras do tesouro nacional .................................................................................................................... 1.062 Aplicações em depósitos interfinanceiros .......................................................................................... 52.639 Total em 2007 ........................................................................................................................................ 53.701 Total em 2006 ........................................................................................................................................ 47.254 b) Receitas de aplicações interfinanceiras de liquidez Classificadas na demonstração de resultado como resultado de operações com títulos e valores mobiliários.

1 a 30 dias

2007 Valor de custo atualizado

Títulos para negociação .......................................... – – – – – 28.994 1.247 Letras do tesouro nacional ....................................... – – – – – 20.644 1 Instrumentos financeiros derivativos ....................... – – – – – 8.350 1.246 Títulos disponíveis para venda ............................... 246 – 246 201 45 201 – Ações ....................................................................... 246 – 246 201 45 201 – Total em 2007 ........................................................... 246 – 246 201 45 Total em 2006 ........................................................... 17.984 11.211 29.195 1.247 (1) As aplicações em cotas de fundos de investimento foram distribuídas de acordo com os papéis que compõem suas carteiras e no caso de operações compromissadas pelos respectivos papéis que estão lastreando as operações, preservando a classificação da categoria dos fundos. Na distribuição dos prazos, foram considerados os vencimentos dos papéis, independentemente de sua classificação contábil; e (2) O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado de acordo com a cotação de preço de mercado disponível na data do balanço. Se não houver cotação de preços de mercado disponível, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos de definições de preços, modelos de cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes. No caso das aplicações em fundos de investimento, o custo atualizado reflete o valor das respectivas cotas que já estão a valor de mercado. b) Resultado de títulos e valores mobiliários Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006

o

4)

TÍTULOS EVALORES MOBILIÁRIOS a) Classificação por categorias e prazos

PatriCapital mônio líquido social ajustado

Quantidade de ações/cotas possuídas (em milhares) P.N.

O.N. Controladas Bankpar Consultoria e Serviços Ltda. (1) ..................................... Bankpar Arrendamento Mercantil S.A. (1) ....................................... Imagra Imobiliária e Agrícola Ltda. (1) ............................................... Total ..............................................

Cotas

Participação Lucro Participação no conso- líquido/ capital lidada no (prejuízo) capital ajustado social social

Valor contábil 2007

2006

Ajuste decorrente de avaliação (2) 2007

2006

10.702

11.490

10.702 99,999% 99,999%

278

11.489

11.028

278

(973)

7.000

13.054

13.300

– 95,000% 95,000%

592

12.401

11.421

562

369

2.500

630

2.500 99,999% 99,999%

37

630 24.520

– 22.449

37 877

(2.466) (3.070)

(1) Dados relativos a 30 de junho de 2007; e (2) Ajuste decorrente de avaliação, considera os resultados apurados pelas companhias a partir da aquisição e inclui variações patrimoniais das investidas não decorrentes de resultado, bem como os ajustes por equalização de princípios contábeis, quando aplicáveis. b) Outros investimentos se referem a Títulos Patrimoniais, no montante de R$ 301 mil (2006 - R$ 247mil).

CONTINUA


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

TURISMO - 3

Pelo caminho da religiosidade Num trajeto de 55 quilômetros conhecido como "Ruta del Adobe", igrejas e capelas atestam a chegada dos espanhóis, no século 18

A

religiosidade catamarquenha está cravada nas areias entre os departamentos de Tinogasta e Fiambalá, a oeste de Catamarca, em um trajeto de 55 quilômetros conhecido como “Ruta del Adobe”. É um museu a céu aberto de capelas e igrejas feitas de barro e palha que resistiram aos passos do tempo, aos sopros dos ventos e à fúria de terremotos. São verdadeiras testemunhas de uma história que remonta o século 18 e a chegada dos espanhóis à região. O circuito começa na Rota Nacional n° 60, junto à saída da cidade de Tinogasta, em um antigo casarão que pertenceu a um latifundiário europeu conhecido como Del Pino. Atualmente, o lugar está desabitado e com regular estado de conservação. O passeio continua rumo a El Puesto, um pequeno povoado com 400 habitantes no meio do deserto. Lá, em meio a ruas silenciosas, oliveiras e videiras, está o Oratório de los Orquera, uma capela construída com barro, palha e bambu, em 1745, em homenagem à Virgem del Rosário. Cinco quilômetros adiante, no povoado de La Falda , encontra-se a Igreja Nossa Senhora de Andacollo, em estilo neoclássico, edificada totalmente em barro em 1833. Há alguns anos, um forte abalo sísmico atingiu a região e danificou sua estrutura. A parada seguinte é no povoado de Anillaco, o mais importante centro econômico e religioso da região no passado. Lá, pode-se visitar um conjunto residencial, agropecuário e religioso chamado Mayorazgo de Anillaco, construído em 1712 por ordem de Juan Gregório Bazán e Pedraza.

Fotos: Maristela Orlowski

Povoado de El Puesto abriga o Oratório de los Orquera (à esq.), uma capela construída com barro, palha e bambu, em 1745. Em Anillaco fica a capela Nossa Senhora de Rosário (acima), a mais antiga de Catamarca. Em seu interior, o altar é trabalhado em barro, com uma imagem da Virgem do Rosário trazida da Bolívia (abaixo, à esq.). O itinerário termina na Comandância de Armas de Fiambalá (abaixo), que preserva relíquias que retratam a cultura dos habitantes

Atualmente, grande parte do lugar está em ruínas. Somente a capela Nossa Senhora de Rosário – considerada a mais antiga de Catamarca e declarada Monumento Histórico Provincial – está conservada. Suas paredes de barro medem um metro de espessura, o teto é feito de cana e barro e o piso, de terra. Em seu interior, todo o altar também é trabalhado em barro. Nele , encontra-se uma imagem da Virgem do Rosário trazida da Bolívia. Ruínas – A peregrinação continua até o povoado de Batungasta ou Watungasta, que significa povo de feiticeiros. Lá, não há igreja, mas um sítio arqueológico de um assentamento indígena que foi povoado por várias culturas, inclusive a inca, entre 500 d.C. e 1600 d.C. As ruínas de pedras remontam uma cidade fortificada, com ca-

sas simples e torres circulares que, possivelmente, foram um lugar de culto. Vestígios da história dos povos que ali viveram podem ser encontrados em quase 11 hectares de terreno, como pedaços de cerâmica, que

se confundem com as pedras do deserto. Seguindo a Fiambalá, a três quilômetros antes do povoado, está um autêntico expoente da cultura colonial de Catamarca: a Igreja de San Pedro, construída

em 1770 a encargo do Capitão Domingo Carrizo. Em seu interior ainda se conserva uma antiga imagem de São Pedro, da Virgem do Rosário e uma coleção de pinturas cuzquenhas. O circuito histórico termina com a

Comandância de Armas de Fiambalá, construída em 1745, que ainda preserva relíquias que ilustram a vida dos habitantes da região e sua cultura. São detalhes preciosos captados em cada parada. (M.O.)

Termas naturais atraem na região Luciele Velluto

Na encosta da Cordilheira dos Andes, há 14 piscinas construídas com rochas da própria serra

Água nasce entre as pedras no topo da montanha, a 1.750 metros de altitude e a uma temperatura de 60°C

V

ocê pode até tentar, mas é impossível resistir à tentação de se banhar nas Termas de Fiambalá, um paraíso localizado em uma quebrada (passagem entre montanhas) na encosta da Cordilheira dos Andes, no departamento de Tinogasta, a 390 quilômetros de San Fernando del Valle. O lugar é, de fato, surpreendente. A água

nasce entre as pedras no topo da montanha, a 1.750 metros de altitude, a uma temperatura de 60ºC. A partir daí, ela segue caminho descendente e se concentra em 14 piscinas construídas com rochas da própria serra. No trajeto, as águas perdem calor e chegam a 25ºC na parte inferior. As cascatas que se formam no trânsito en-

tre uma piscina e outra são um convite para o relaxamento e os vapores que se desprendem tornam a paisagem ainda mais interessante. É um verdadeiro oásis para o corpo, a mente e o espírito. O verde da vegetação, formada por plantas rasteiras e até mesmo árvores frondosas, mescla-se ao tom pastel das rochas da montanha. A

visão é maravilhosa e se pode avistar ao longe a Cordilheira de San Buenaventura. O clima na região é árido e serrano, com temperaturas médias em torno de 10ºC no inverno e 20ºC no verão. Poderes curativos –Pe ssoas de vários cantos chegam às Termas de Fiambalá com o objetivo de usufruírem dos poderes curativos das águas.

RAIO X COMO CHEGAR Aerolineas Argentinas (tel. 11/2175-4200), British Airways (tel. 4004-7000), Gol (tel. 0300/115-2121), Lan (tel. 0800/761-0056), Lufthansa (tel. 11/3048-5800), TAM (tel. 11/4002-5700) e Varig (tel. 4003-7000) operam SP-Buenos Aires-SP. Passagem ida-e-volta a partir de US$ 265. Da capital argentina para San Fernando del Valle de Catamarca o bilhete ida-e-volta pela Aerolineas Argentinas sai a partir de US$ 298. A viagem completa SP-San Fernando del Valle de Catamarca-São Paulo custa a partir de US$ 550 também pela Aerolineas – conexão em Buenos Aires. ONDE DORMIR Dazzler Suites Arroyo: Suipacha 1359, Buenos Aires, tel. (54) 4325-8200, www.dazzlersuites.com. Amerian Catamarca Park Hotel: República, 347, San Fernando de Catamarca, tels. (54) 50325111 e (543833) 42-5444, www.amerian.com. Hostal de Adobe Casagrande: Moreno, 801, Tinogasta, tel.(543837) 42-0221, www.casagrandetour.com.

PACOTE Cláudia López Operadora de Turismo: tem roteiro de sete noites que inclui passagens aéreas pela Aerolineas Argentinas, cinco noites em Tinogasta, duas em Buenos Aires, café da manhã, passeios, traslados e seguro- viagem. Os passeios incluem Ruta del Adobe, Ruta de los Colores (Paso de San Francisco até Laguna Verde), Termas de Fiambalá, sandboard e city tour em San Fernando del Valle. O pacote custa US$ 1.174 por pessoa em quarto duplo, mais taxas de embarque de US$ 70. Tel. (11) 38121256, www.claudialopezturismo.com. FAÇA AS MALAS Idioma: espanhol Moeda: peso argentino. R$ 1 vale 1,64 pesos. Fuso horário: não há diferença em relação a Brasília. Telefone: para ligar a cobrar para o Brasil, disque 0800/9995500. Turismo de aventura: Lejano Oeste Aventura (Tinogasta), tel. (543837) 1547-0182, www.lejanooesteaventura.unlugar.com. Oferece guias e equipamentos para trekking, sandboard, parapente, rapel, entre outras atividades radicais.

Suas propriedades minerais são reconhecidas terapeuticamente para aliviar doenças, relaxar e desintoxicar o organismo. Reumatismo, artrite, acne e até celulite e afecções respiratórias, como bronquite e asma, são algumas das indicações. Muitos idosos, crentes nesses benefícios, freqüentam o lugar. No verão de 2005, uma raja-

da de vento vindo dos Andes provocou uma avalanche que arrasou o lugar, destruindo tudo. Atualmente, a infra-estrutura ainda é precária, mas o governo da Província de Catamarca está investindo cerca de 1,5 milhão de pesos para incrementar as instalações, que, em breve, contará com hotel com 24 acomodações, spa e restaurante. (M.O.)


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quinta-feira, 16 de agosto de 2007

11

Bankpar Banco Múltiplo S.A.

Empresa da Organização Bradesco CNPJ 59.438.325/0001-01 Sede: Av. Brigadeiro Faria Lima, 1.355 - 16º andar - Jardim Paulistano - São Paulo - SP Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras

CONTINUAÇÃO 9)

ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES E OBRIGAÇÕES LEGAIS – FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS a) Ativos Contingentes Não foram reconhecidos contabilmente ativos contingentes. b) Passivos Contingentes classificados como perdas prováveis e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias A empresa é parte em processos judiciais, de natureza trabalhista, cível e fiscal, decorrentes do curso normal de suas atividades. As provisões foram constituídas levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade e, no posicionamento de Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável. A Administração da empresa entende que a provisão constituída é suficiente para atender perdas decorrentes dos respectivos processos. O passivo relacionado à obrigação legal em discussão judicial é mantido até o ganho definitivo da ação, representado por decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, ou a sua prescrição. I - Processos trabalhistas São ações ajuizadas por ex-empregados, visando a obter indenizações, em especial o pagamento de “horas extras”. II - Processos cíveis São pleitos de indenização por dano moral e patrimonial, na maioria referentes a protestos, devolução de cheques e inserção de informações sobre devedores no cadastro de restrições ao crédito. Não existem em curso processos administrativos por descumprimento das normas do Sistema Financeiro Nacional ou de pagamento de multas, que coloquem em risco o resultado financeiro. III - Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias O Banco e suas controladas vem discutindo judicialmente a legalidade e constitucionalidade de alguns tributos e contribuições. De acordo com a opinião dos assessores jurídicos, são feitas provisões para os casos em que exista provável chance de perda. IV - Provisões constituídas, segregadas por natureza, são: Em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Processos trabalhistas ....................................... – 432 Processos cíveis ................................................ – 2.731 Subtotal (Nota 10b) .............................................. – 3.163 Processos fiscais (Nota 10a) .............................. 5.457 5.371 Total ..................................................................... 5.457 8.534

10) OUTRAS OBRIGAÇÕES a) Fiscais e previdenciárias 2007 Processos para riscos fiscais (Nota 9) ..................... Provisão para imposto de renda diferido .................. Impostos e contribuições sobre lucros a pagar ........ Impostos e contribuições a recolher ......................... Total ........................................................................... b) Diversas

5.457 – 114 8 5.579

Em 30 de junho - R$ mil 2006

2007 Provisão para pagamentos a efetuar ........................ Provisão para passivos contingentes (Nota 9) ......... Operações de crédito a liberar .................................. Valores a pagar a partes relacionadas ...................... Outras ........................................................................ Total ...........................................................................

Em 30 de junho - R$ mil 2006 5.371 1.724 – 726 7.821

97 – – – 143 240

2.613 3.163 4.532 1.837 2.612 14.757

11) PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Capital social O capital social, no montante de R$ 132.114 mil, totalmente subscrito e integralizado, é representado por 79.373.038 ações nominativas-escriturais, sem valor nominal, sendo 39.686.519 ações ordinárias, e 39.686.519 ações preferenciais. O saldo do Lucro Líquido, após constituição das reservas, poderá ser destinado em 100% à Reservas de Lucros - Estatutária, visando à manutenção de margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas da Sociedade,até atingir 95% do capital social integralizado. b) Juros sobre o capital próprio e/ou dividendos Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados juros sobre o capital próprio e/ou dividendos que somados correspondam, no mínimo, a 25% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária, sujeitos à aprovação da Assembléia Geral de Acionistas. 12) RECEITAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006

Receitas com serviços prestados a partes relacionadas Tarifa interbancária .......................................................... Outras .............................................................................. Total ................................................................................. 13) DESPESAS DE PESSOAL

Proventos ........................................................................ Benefícios ....................................................................... Encargos sociais ............................................................ Treinamento ..................................................................... Total .................................................................................

– – – –

1.931 196 20 2.147

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 – 7.024 104 738 39 2.348 – 42 143 10.152

14) OUTRAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS Serviços de terceiros ...................................................... Comunicação .................................................................. Processamento de dados ............................................... Manutenção e conservação de bens ............................. Aluguéis .......................................................................... Serviços técnicos especializados ................................. Água, energia e gás ........................................................ Transporte ........................................................................ Materiais ......................................................................... Serviços do sistema financeiro ...................................... Viagens ........................................................................... Depreciação e amortização ............................................ Outras .............................................................................. Total ................................................................................. 15) DESPESAS TRIBUTÁRIAS Contribuição ao COFINS ................................................. Contribuição ao PIS/PASEP ........................................... Despesas com CPMF ..................................................... Impostos sobre serviços - ISS ....................................... Outros tributos ................................................................. Total ................................................................................. 16) OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS Receitas de recuperação de encargos e despesas ....... Variação monetária e cambial ........................................ Reversão de outras provisões operacionais .................. Outras .............................................................................. Total ................................................................................. 17) OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS Provisão para passivos contingentes ............................ Descontos concedidos em renegociações .................... Variação monetária e cambial ........................................ Outras .............................................................................. Total .................................................................................

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 737 2.891 522 1.559 418 1.023 273 224 255 794 112 13.695 26 103 12 225 7 87 4 971 1 175 – 814 250 506 2.617 23.067 Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 145 1.334 23 217 14 282 – 107 130 – 312 1.940 Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 525 95 – 87 – 105 8 9 533 296 Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 – 481 – 106 – 65 247 4 247 656

18) TRANSAÇÕES COM O CONTROLADOR E EMPRESAS LIGADAS As transações com o controlador e empresas ligadas foram efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações, foram eliminadas nas demonstrações financeiras: Em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Receitas Ativos Receitas Ativos (passivos) (despesas) (passivos) (despesas) Aplicações em depósitos interfinanceiros (a): Banco Bradesco S.A. ........................... Aplicações no mercado aberto (b): Banco Bradesco S.A. ........................... Depósitos à vista Bankpar Consultoria e Serviços Ltda. (i) Imagra Imobiliária e Agrícola Ltda. ....... Banco Bankpar S.A. (ii) ........................ Bankpar Participações Ltda. ................ Capital Promotora de Vendas Ltda. ...... Depósitos à prazo Bankpar Consultoria e Serviços Ltda. (i) Capital Promotora de Vendas Ltda. ...... Bankpar Participações Ltda. ................ Captações em depósitos interfinanceiros Bankpar Arrendamento Mercantil S.A. (iii) Banco Bankpar S.A. (ii) ........................ Instrumentos financeiros derivativos ativo Banco Bankpar S.A. (ii) ........................ Instrumentos financeiros derivativos passivo Banco Bankpar S.A. (ii) ........................ Obrigações por empréstimos e repasses American Express Bank NY. ................ Prestação de serviços Capital Promotora de Vendas Ltda. ...... Bankpar Brasil S.A. (iv) ........................ Banco Bankpar S.A. (ii) ........................ American Express Bank NY ................. Bankpar Consultoria e Serviços Ltda. (i) Aluguel de imóveis Bankpar Consultoria e Serviços Ltda. (i) Banco Bradesco S.A. ...........................

52.414

2.966

1.062

115

– – – – –

– – – – –

(4) (49) (258) (10) (415)

– – – – –

– – –

– – –

(4.673) (3.663) (130)

(330) (248) (9)

– –

– –

(11.923) (5.000)

(899) (1.858)

724

11.777

Diretoria

(696)

(10.962)

(4)

– – – – –

– – – – –

(1.566) (138) 477 – –

(12.742) (138) 977 951 4

– –

– –

(133) 29

(266) –

(i) Nova denominação da Inter American Express Consultoria e Serviços Ltda. (ii) Nova denominação do Banco American Express S.A. (iii) Nova denominação da Inter American Express Arrendamento Mercantil S.A. (iv) Nova denominação do American Express do Brasil S.A. (a) Aplicações interfinanceiras de liquidez - depósitos interfinanceiros de ligadas, com taxas equivalentes às do CDI - certificado de depósito interfinanceiro; e (b) Recompras e/ou revendas a liquidar, de operações compromissadas, lastreadas em títulos públicos, com taxas equivalentes às do “overnight”. 19) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social Em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Resultado antes do imposto de renda e contribuição social ............ 1.655 Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente ......................................................... (563) Participações em coligadas e controladas ........................................ 298 Crédito tributário de períodos anteriores constituídos ....................... 40.754 (1) Despesas indedutíveis liquidas de receitas tributáveis .................... – Constituição/Realização de Provisões Temporárias s/ Crédito Tributário .................................................................................................... – Prejuízo Fiscal/Base Negativa s/ Crédito Tributário do exercício ...... – Outros Valores ..................................................................................... 92 Imposto de renda e contribuição social do semestre ....................... 40.581 b) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos

Provisão para créditos de liquidação duvidosa ........................................ Provisão para contingências fiscais Provisão para desvalorização de bens não de uso ............................ Outros valores ................................. Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias ................ Prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social ........................ Subtotal ........................................... Contribuição social MP no 2158 - 35 de 24.8.2001 (2) ............................. Total dos créditos tributários (Nota 7)

(13.614) 4.629 (1.044) – (196) (173) (4.732) – (1.516)

Saldo em 31.12.2006

Constituição

Realização

Saldo em 30.6.2007

– –

3.045 2.387

– –

3.045 2.387

– –

595 96

– –

595 96

6.123

6.123

– –

34.631 40.754 (1)

– –

34.631 40.754

4.559 4.559

– 40.754

14 14

4.545 45.299

(1) Créditos tributários registrados de conformidade com estudos realizados pela administração da companhia no 1o semestre de 2007, que evidenciaram os planos e ações necessários paraa constituição e realização dos mesmos; e (2) Até o final do exercício há previsão de realização do valor de R$ 23 mil, que será contabilizado quando de sua efetiva utilização (ítem d). c) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias, prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social e crédito tributário de contribuição social MP no 2.158–35. Em 30 de junho - R$ mil Prejuízo fiscal e base Diferenças temporárias negativa Imposto de Contribuição Imposto de Contribuição renda social renda social Total 2007 ........................................... 463 148 1 3 2008 ........................................... 929 296 5.278 1.911 2009 ........................................... 929 296 5.082 1.841 2010 ........................................... 929 296 5.299 1.919 2011 ........................................... 929 296 5.781 2.093 o 2012 (1 sem.) ........................... 463 149 4.789 634 Total ........................................... 4.642 1.481 26.230 8.401 o d) Previsão de realização do crédito tributário de contribuição social MP n 2.158-35.

615 8.414 8.148 8.443 9.099 6.035 40.754

Em 30 de junho - R$ mil Crédito tributário de contribuição social MP nº 2.158-35 2007 2008 2009 2010 2011 Total Valor .............................

23

1.338

1.289

1.343

552

4.545

A projeção de realização de crédito tributário trata-se de estimativa e não é diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis. O valor presente do crédito tributário em 30 de junho de 2007, calculado considerando a taxa média de captação praticada pela Organização Bradesco, líquida dos efeitos tributários, monta R$ 40.892 mil (2006 - R$ 3.861 mil).

Parecer dos Auditores Independentes

Diretor-Presidente

Diretor-Gerente

Aos Administradores e Acionistas

Márcio Artur Laurelli Cypriano

Paulo Eduardo D’Avila Isola

Bankpar Banco Múltiplo S.A.

Diretores Vice-Presidentes

Diretor Geral

Laércio Albino Cezar

Marcelo de Araújo Noronha

1. Examinamos os balanços patrimoniais do Bankpar Banco Múltiplo S.A. em 30 de junho de 2007 e de 2006 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade da administração do Banco. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras.

Arnaldo Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi

Diretores

Sérgio Socha

Roberto de Souza Lopes

Julio de Siqueira Carvalho de Araujo

Salvador Evangelista Junior

Milton Almicar Silva Vargas

2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do Banco, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração do Banco, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Bankpar Banco Múltiplo S.A. em 30 de junho de 2007 e de 2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

José Luiz Acar Pedro São Paulo, 3 de agosto de 2007

Norberto Pinto Barbedo

Silvio José Alves Contador - CRC 1SP202567/O-5

Washington Luiz Pereira Cavalcanti Contador CRC 1SP172940/O-6

Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5

POLÍTICA Roosewelt Pinheiro/ Ag.Senado - 22/05/07

REFORMA POLÍTICA COMEÇA A AVANÇAR Comissão de Constituição e Justiça aprova o fim das coligações nas eleições proporcionais

A

Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado aprovou ontem um parecer favorável à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que proíbe as coligações partidárias nas eleições proporcionais – para deputados federais, estaduais, distritais e vereadores. O texto permite, entretanto, as coligações nas disputas majoritárias – Presidência da República, governos estaduais, prefeituras e Senado. A matéria foi aprovada com votos contrários dos senadores Inácio Arruda (PCdoB-CE) e de Marcelo Crivella (PRB-RJ). A PEC, que deve ser apreciada em dois turnos de votação no Plenário, é de autoria do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e teve como relator o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). Segundo Jarbas, a

medida irá sanear o quadro partidário, reduzindo a faixa de atuação dos chamados partidos de aluguel, além de reforçar a identidade e a coesão partidárias. " A proibição de coligações nas eleições proporcionais é uma medida há muito tempo aguardada. Sua implantação tornará mais claro o q u a d ro p a r t i d á r i o e m a i s transparente, sobretudo para o eleitor, a representação política", afirmou Vasconcelos. Para o senador, a medida acabará com a formação de alianças eleitorais de mera conveniência, feitas para perpetuar partidos políticos com propostas "vagas e inconstantes, dissimuladas e que atendem interesses inconfessos". Tasso Jereissati disse que a aprovação do texto fortalecerá a identidade das legendas. Ele avaliou que as coligações eleitorais fazem sentido em plei-

Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), autor da proposta, defende que as novas regras trarão mais transparência ao quadro político brasileiro

tos majoritários, nos quais a formação das alianças tem relação direta com o apoio aos programas políticos e à governabilidade. Mas, nas eleições proporcionais, argumentou Jereissati, a transferência de votos entre partidos da coligação "acaba por falsear a própria representatividade dos partidos, que concorrem como se fossem uma mesma agremiação, mas desempenham suas atividades separadamente". A matéria recebeu do senador Inácio Arruda voto em se-

parado contrário, que ficou prejudicado devido à aprovação da PEC. Arruda alegou que a iniciativa ofende o princípio constitucional da isonomia, ao possibilitar a formação de coligações apenas para as eleições majoritárias. "Trata-se de um casuísmo evidente permitir a formação das chapas somente na disputa por cargos no Executivo e no Senado e excluir todos os demais", disse o senador do PCdoB. Marcelo Crivella considerou a decisão um "retrocesso". (Agências)

TSE é contra mudanças

O

presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marco Aurélio Mello, criticou duramente ontem o projeto de lei aprovado na Câmara que impõe novas regras para a fidelidade partidária. O ministro afirmou que a decisão significa um retrocesso no processo político e advertiu que a lei ainda pode ter a constitucionalidade contestada no Supremo Tribunal Federal (STF). "É um

retrocesso. Tenta-se corrigir uma situação já declarada ilegal pelo TSE", criticou. O plenário do STF ainda julgará três mandados de segurança de partidos de oposição, pedindo a devolução das cadeiras de 39 deputados que trocaram de legenda desde o início deste ano. A medida foi sugerida pelo Tribunal Superior após receber duas consultas públicas. (AOG)


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

12

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

LENTE DE

AUMENTO QUATRO PEDRAS NO CAMINHO DA CPMF

G O rolo

compressor do governo avança agora, mas ainda tem um longo caminho à frente

praticamente impossível aprová-lo em caráter definitivo até o final de setembro, como quer o governo. Ainda assim, é pouco provável que a PEC esteja pronta para ser votada em plenário antes de meados de setembro. 2. Nov en ten a. Como a prorrogação da CPMF não será aprovada até o final de setembro, ganha relevância a questão da noventena. Em outubro de 2002, o STF decidiu por unanimidade que a noventena não se aplicava no caso da prorrogação da CPMF aprovada pelo Congresso em julho do ano anterior, pois não houvera mudança nas características da contribuição. 3. Mudanças no conteúdo da PEC. São três as mudanças propostas que assombram o governo: (a) a redução progressiva da alíquota da CPMF; (b) a repartição da CPMF com Estados e municípios; e (c) a não incidência da DRU sobre a receita da

CPMF, o que resultaria no aumento dos recursos disponíveis para a saúde e educação. As duas últimas propostas têm mais chance de serem aprovadas. O PSDB decidiu que apoiará a repartição de parte da CPMF e as bancadas da saúde e educação são fortes no Congresso. Quanto à redução progressiva da alíquota, tudo dependerá da pressão popular que os movimentos contra a CPMF, como o Xô CPMF - patrocinado pelos Democratas -, conseguirem mobilizar. Terá que ser suficientemente forte, posto que nem os parlamentares no DEM acreditam ser possível extinguir a CPMF. 4. O Senado e o imbróglio Renan Calheiros. O Senado será o principal obstáculo no caminho da PEC 50. Além da maioria governista ser insuficiente para aprovar emendas constitucionais, o imbróglio Renan Calheiros tem tumultuado os trabalhos. O desfecho deve ocorrer apenas no final de setembro, justamente quando o Senado deverá receber o projeto. Se Renan cair, a eleição do novo presidente do Senado poderá atrasar ainda mais a tramitação. Há também o risco do comando do Senado cair nas mãos da oposição ou de um dissidente do PMDB, como o senador Jarbas Vasconcellos (PE).

A

saída de Renan também pode deixar mágoas contra o Planalto. Isso explica a cautela com que o presidente Lula vem tratando o caso. Na improvável eventualidade de que Renan se mantenha no cargo, o ambiente do Senado continuará conflagrado, avesso a negociações entre governo e oposição e propício a constantes obstruções. Em qualquer das alternativas, é grande a chance de que o governo veja-se obrigado a aceitar alguma mudança no Senado. Serão mais alguns anéis em troca dos dedos. TRECHOS DO COMENTÁRIO POLÍTICO DA

MCM CONSULTORES WWW.MCMCONSULTORES.COM.BR

O Senado será o principal obstáculo à CPMF

Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)

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JOÃO DE SCANTIMBURGO

OS ASSENTOS Céllus

O

governo finalmente começou a se mexer para aprovar a PEC 50/2007que prorroga a CPMF e a DRU até 2010. O rolo compressor vem sendo acionado, fazendo uso das armas de sempre: a distribuição de cargos e verbas para os aliados. Para acelerar a tramitação da PEC 50 na Câmara, os líderes governistas fecharam acordo com parte da oposição. Como o DEM sozinho pouco pode fazer, a PEC 50 pode superar as primeira etapa de tramitação. Mas há ainda um longo percurso a percorrer e vários nós a serem desatados. Os principais são os seguintes: 1. Cronograma apertado. O atraso do projeto na CCJ comprometeu o cronograma para aprovação da matéria. É

NOS AVIÕES

Crepúsculo ou alvorada? O BENEDICTO FERRI DE BARROS

A

ameaça de um desastre econômicofinanceiro criada pela bolha imobiliária americana tem um roteiro simples para seu entendimento. Por n motivos, que vêm de longa data e resultaram a partir do fim da Segunda Guerra Mundial na hegemonia americana, os Estados Unidos se tornaram o centro econômico-financeiro mundial. Disso resultou numa concentração de recursos naquele país. Suas instituições financeiras se viram afogadas com excesso de caixa, ocasionando juros baixíssimos. Esses recursos foram em fase posterior encaminhados para as atividades de construção mediante empréstimos, tanto para as empresas do ramo como para o mercado de compradores, originando o chamado boom imobiliário. Esses empréstimos foram concedidos em abundância e sem maior critério, criando um potencial de risco perigoso para os emprestadores, devido a desproporção entre as dívidas assumidas e a capacidade financeira dos devedores, tanto das empresas produtoras dos imóveis, como de seus compradores. As hipotecas assumidas pelos compradores eram transformadas pelas instituições que as adquiriam, (bancos, sobretudo) como lastro para emissões de títulos (bonds, obrigações), que passavam a ser negociados nas bolsas e no chamado mercado de balcão (over the counter market). Essas instituições acabaram se dando conta da natureza podre desse lastro, surgindo daí uma tendência de forte baixa nas cotações. Uma etapa subseqüente seria o alastramento da desconfiança para o público em geral, com uma corrida aos bancos. E a etapa seguinte, com a incapacidade dos bancos para atender aos saques, falências bancárias e o alastramento do in-

cêndio para toda a economia, não só americana, mas mundial. Foi quando os principais bancos centrais mundiais entraram em ação, se consorciando para, como bombeiros, tentar apagar o início do incêndio, disponibilizando para o mercado 300 bilhões de dólares líquidos. Até a que ponto essa política será eficaz e poderá ser mantida? Até a que ponto isso saneará as finanças americanas? Os créditos podres continuarão podres. Até a que ponto, a despeito disso, a economia americana se convalescerá dessa moléstia e encontrará outros caminhos para a manutenção de sua prosperidade ? Até a que ponto a economia (produção e mercado) mundial poderão ser ou não afetados? Conjunturas semelhantes ocorreram no passado e foram debeladas nalguns casos com êxito. Em outras, o fracasso em evitar seu agravamento resultou em depressão mundial – a mais grave das quais foi a crise iniciada com o crash da Bolsa de Nova York em 1929.

N

a atualidade, a economia mundial vive um ciclo de prosperidade geral. Em si mesma essa é uma situação tensionada e perigosa. Entretanto, as novas possibilidades de produção abertas pela moderna tecnologia e as novas possibilidades de ampliação dos mercados, criadas por novas políticas econômico-sociais, diminuem os riscos de uma crise generalizada. Mas não de grandes turbulências em todos os setores e sob todos os aspectos. Do aquecimento global aos efeitos da globalização, ao embate de fanatismos étnicos e religiosos. Vivemos uma era cinzenta, que ainda ignoramos se prenuncia um crepúsculo ou uma alvorada.

A economia mundial está livre de um crack. Mas não das turbulências.

Um novo trabalho FÉLIX RUIZ ALONSO

B

rasil, país do futuro. Será que estamos já iniciando o tão ansiado desenvolvimento futuro? Certamente, ainda não. O desastre de Congonhas convida à reflexão. Ao longo e ao largo do País respira-se indignação por tantas mazelas, abusos, corrupção e irresponsabilidades. É sintomático o Movimento Cívico pelo Direito dos Brasileiros, iniciado pela OAB-SP, que realizará um ato público amanhã. Lá estarei para manifestar também minha indignação. Tentando fazer um diagnóstico da situação, é oportuno perguntar: por que o País não se desenvolve? Por que tanta injustiça, tantos desmandos, lentidão e tanta esculhambação? A resposta imediata, mais comum, é que: há muita impunidade; a Justiça é muito lenta; há demasiada imoralidade à solta; a família está em crise e não dá conta; a educação é deficiente; o peso do fardo histórico de pobreza e miséria é grande demais, etc. A crise nacional apresenta numerosos sintomas: na família, na Justiça - e, antes, nos outros dois poderes do governo, a começar pelo Executivo -, e na ética, que é algo pessoal e diz respeito a todos. Vê-se facilmente que são pessoas as que formam a família, as que governam, as que empreendem e as que se devem desenvolver. O desenvolvimento, antes de mais nada é e deverá ser pessoal. Um diagnóstico, para ser válido, deve acertar na doença – não sendo assim, o remédio será inócuo e o doente continuará sofrendo. O diagnóstico mostra que algo, em muitos de nós, não está bem – e aponta para aqueles que têm maior responsabilidade: aos que governam, aos que exercem cargos na empresa pública ou privada, aos que formam a opinião pública, ao pai e mãe de família... O problema, em nosso entender, está no trabalho, em nossa atividade – outros poderão situá-lo em outro ponto. Em geral, não se trabalha bem. O emprego, tem em si, algo que estraga o próprio trabalho. Os empregados buscam em

geral o salário, não buscam trabalhar bem. Agem desmotivados. A mesma coisa pode-se dizer do emprego público, vitalício. Não se pode esquecer que o principal fator de produção é o trabalho, entendido como a atividade humana necessária para o desenvolvimento pleno pessoal, primeiramente e, conseqüentemente, para o desenvolvimento social e econômico. Não há macroeconomia nem microeconomia sem o prévio desenvolvimento pessoal pleno. Não há desenvolvimento pleno sem trabalho individual bem feito.

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á uma gigantesca perda de energia, de trabalho, no Brasil. O maior custo Brasil não é só o desleixo, a desorganização, a ineficácia, o desperdício ou malbaratamento generalizado de recursos. O maior custo Brasil é a falta de estruturas que permitam dar vazão ao imenso potencial de trabalho dos brasileiros – um povo com iniciativa, que improvisa, que aprende e empreende. Entretanto, tudo isso é logrado nas malhas do pobre trabalho, tanto público quanto celetista, subordinado, submisso, empregado enfim. Há ainda, no país, outra monumental fatia de trabalho dito informal, que prima pela clandestinidade, marginalidade – é trabalho enfezado, ilegal, muitas vezes nas mãos de espertalhões ou contrabandistas. Não será apenas com o ideal da carteirinha assinada ou do concurso público que o Brasil sairá do pântano, que se dará início ao tão sonhado desenvolvimento pleno. Faz-se mister que acordem os líderes, as pessoas capazes de guiar e de dirigir outros, de formar equipes. Pode ter faltado historicamente a cultura necessária para abraçar o trabalho com novos brios e colocálo no topo do mercado, porém, está na hora de dar os primeiros passos nesse sentido. O desenvolvimento, em síntese, exige renovar o trabalho: fazer o que se deve e estar no que se faz. FÉLIX RUIZ ALONSO É ADVOGADO ADVOCACIA@RUIZALONSO.COM.BR

O maior custo-Brasil é a falta de estruturas para nosso potencial de trabalho

ministro Nelson Jobim reclamou do aperto dos assentos nos aviões brasileiros. Acontece que o ministro é um homem alto, tipo atlético, que residindo no Rio Grande do Sul toma freqüentemente aviões para o conduzi-lo a seu local de trabalho, em geral, em Brasília. De fato, quem freqüenta os aviões brasileiros está farto de saber que as companhias aéreas procuram aumentar o número de assentos nos aviões para faturarem mais com as viagens de ida e volta. O ministro enfrenta, neste caso, a resistência das companhias aéreas, que não querem perder o faturamento das vendas de bilhetes aos passageiros. Evidentemente, o ministro tem poder para desmanchar essa aliança entre as companhias aéreas e os passageiros, que até hoje não reclamaram, ao que se saiba, do aperto dos assentos nos aviões. Tudo são problemas de uma aviação que deveria estar amadurecida pelo uso constante de viajantes e turistas. O ministro, que é um homem decidido, sabe que está à testa de uma empresa - a Infraero - que desafia paciência e conhecimento, pois não há um único ponto morto na crise aeroviária brasileira.

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e resto, o ministro já enfrentou outros grandes desafios desde o primeiro dia em que assumiu o Ministério da Defesa e o apagão aeroviário, que continua a aborrecer os passageiros que enfrentam horas de atrasos nos aeroportos superlotados e ainda deficientes naquilo que seriam obrigações das companhias. Congonhas já havia feito uma reforma completa, afim de proporcionar um conforto maior aos passageiros, e tudo foi perdido - pelo menos em parte - com o horrendo desastre aéreo de 17/07. Como se vê, com essas amostras que oferecemos aos nossos leitores, não será fácil ao ministro encontrar forças para lutar com certeza de vitória, mesmo tendo a garantia do poder nas mãos. Fica aqui mais uma observação sobre a aviação brasileira, a ser redefinida pelo ministro Nelson Jobim. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR

G Não será fácil

ao ministro encontrar forças para lutar com certeza de vitória, mesmo tendo a garantia do poder nas mãos.


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Roosewelt Pinheiro

Política PRÉ-APROVADA, CPMF SEGUE TRÂMITE A saúde no País não melhorou, embora parte dos recursos da arrecadação da CPMF tenha que ser aplicada nesse setor. José Agripino (DEM-RN)

Uéslei Marcelino/ Folha Imagem

Matéria irá agora para comissão especial que examinará o mérito antes da votação em plenário

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Lula e Marisa Letícia: governo deverá enfrentar o vendaval político aberto entre parlamentares, governadores e prefeitos por causa da CPMF

Lula descarta partilha e redução do imposto do cheque

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presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que vai haver negociação no Congresso em torno da prorrogação da CPMF, como tem ocorrido historicamente, desde que a contribuição foi criada. Mas advertiu: a negociação não envolve nem reparte com os Estados e nem altera a alíquota. "Ninguém está pensando nisso (repartição da arrecadação com os Estados) e também não vamos mexer na alíquota", disse Lula, após almoço com o presidente do Benin, Boni Yaji, no Palácio do Itamaraty. Na tarde de ontem, o governo obteve sua primeira vitória

na prorrogação do chamado "imposto do cheque". A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara aprovou as propostas que prorrogam a CPMF até 2011. Foram 44 votos favoráveis e 15 contrários. Ameaça de cortes – Para demonstrar sua confiança na aprovação da prorrogação da Contribuição pelo Congresso, Lula argumentou: "Quem em sã consciência acha que o governo pode prescindir de R$ 38 bilhões? Se não houver o dinheiro, o governo obviamente terá que cortar em outras coisas, da mesma forma que o trabalhador teria que cortar se ti-

O DEM JÁ ARTICULA UMA DERROTA NO SENADO

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om a prorrogação da CPMF aprovada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, o DEM já começou a fazer contas para tornar vitoriosa no Senado sua cruzada contra o imposto. Para deputados da legenda, será na Casa vizinha o verdadeiro ringue contra o governo. O desafio do DEM é atrair o PSDB à causa "Xô CPMF". Os tucanos criaram a contribuição no governo Fernando Henrique Cardoso, mas foram contra a partilha da receita com os governos locais. Agora, defendem dividir a arrecadação com Estados e Municípios. "O PSDB tem nas mãos, hoje, a chance de reduzir a carga tributária do Brasil se votar no Senado contra a CPMF", disse o deputado Paulo Bornhausen (DEM-SC). Unidas, as duas siglas têm no Senado 30 votos. Vitória anunciada – "Temos certo o voto do PSol e, no mínimo, de dois peemedebistas, Jarbas Vasconcelos (PE) e Mão Santa (PI). Isso nos daria a vitória", avaliou Bornhausen. Para aprovar uma Proposta de Emenda Constitucional,

são necessários 49 votos favoráveis dos 81 senadores. O DEM fechou questão sobre o tema. O PSDB, não. Caso um acordo futuro não se viabilize, as chances de derrotar a CPMF ficam reduzidas. A aposta, nesse caso, se volta para o cenário político. Como no Senado a correlação de forças é muito equilibrada, qualquer problema na base aliada tende a criar riscos para o governo. O processo contra o presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) joga instabilidade e aumenta a tensão na Casa. "O nosso objetivo é criar o clima aqui, esquentar o debate contra a CPMF, para fazer o jogo de resultado no Senado", disse o deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA). "Aqui na Câmara não temos número, só podemos aquecer a platéia. No Senado, a batalha é outra", argumentou Bornhausen. O líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), lembrou "que a saúde no País não melhorou, embora parte dos recursos da arrecadação da CPMF tenha que ser aplicada nesse setor". (Reuters)

rassem 50% do seu salário." O presidente lembrou que, quando foi proposta a criação da CPMF, o PT foi contra, ele foi contra, assim como o senador Aloizio Mercadante (PTSP). "Sempre tem muito barulho. Agora são eles", afirmou, referindo-se à oposição. "Qual é a função da oposição? Criar problema para o governo. E a função do governo é governar", emendou. Reforma Tributária – Lula afirmou ainda que a intenção do governo é aprovar a CPMF junto com a votação da Reforma Tributária. Até o momento, porém, nenhuma proposta de reforma tributária foi encami-

nhada ao Congresso. " E s s a re f o r m a q u e t o d o mundo fala e ninguém faz, nós vamos fazer. Nós vamos ser julgados pelo que a gente fizer", completou. Gastos públicos – Também foi aprovada a Desvinculação de Receitas (DRU), que dará ao governo maior liberdade para transferir verbas que deveriam ser destinadas a um determinado setor em favor de outro. É exatamente por causa do mecanismo da DRU que a CPMF – cuja verba deveria ir para a saúde – nunca segue rumo ao destino final. O dinheiro acabou redirecionado para o pagamento de juros. (AE)

Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou ontem o parecer do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) que considerou constitucionais sete Propostas de Emenda Constitucional (PECs) que prorrogam a CPMF e a Desvinculação das Receitas da União (DRU), incluindo a intenção do governo de estender o imposto. A matéria segue agora para a comissão especial, que será instalada na quinta-feira a fim de examinar o mérito, e depois vai para votação no plenário da Câmara. O tema ainda precisará passar pelo plenário do Senado, onde o governo enfrenta dificuldades. Contrário à CPMF, o DEM apresentou três destaques para suprimir das PECs a cobrança. Se aprovados, alterariam o resultado da votação. A probabilidade é pequena porque o governo tem maioria na comissão e conta com os votos do PSDB, favorável à prorrogação, mas defensor da redução da alíquota e da partilha com Estados e Municípios. Parecer favorável – APEC que prorroga a CPMF até 2011 é considerada indispensável pelo governo para o equilíbrio das contas. Caberá à comissão especial dirimir as divergências e reduzir as diferentes sugestões a um só texto. Estão previstas pelo menos dez sessões na comissão, que em seguida encaminhará o projeto para votação na Câmara e depois no Senado. Com o objetivo de dificultar a aprovação do parecer na CCJ, o DEM adotou a estratégia de prolongar a discussão da matéria. Mais de 50 deputados de todos os partidos se inscreveram ontem para discursar sobre as PECs, em reunião que durou mais de cinco horas, e teve de ser encerrada em razão do início da Ordem do Dia do Plenário, quando ainda havia 20 parlamentares para falar.

O PSDB admite a prorrogação da CPMF, mas quer a redução gradual da alíquota e o compartilhamento da arrecadação com Estados e Municípios. O PPS, por sua vez, é contra o tributo. Governo – O Planalto avalia também que o processo de votação da CPMF é complexo e que o prazo vai além do previsto: meados de setembro na Câmara, e outubro e novembro no Senado. Se for esse o cronograma, o governo poderá enfrentar disputa na Justiça já que, para a oposição, o prazo limite para que a prorrogação comece a valer em 1º de janeiro é setembro. Hoje, a alíquota de 0,38% é cobrada a cada movimentação financeira feita na conta corrente dos contribuintes. Criada originalmente para financiar o sistema público de saúde, hoje a CPMF representa 8% da arrecadação, o que corresponde a um montante de R$ 38 bilhões que financia não apenas a saúde, mas o programa Bolsa-Família, além do fundo da pobreza e previdência complementar. Origem – Diferentemente do passado, quando foi criada pelo governo Fernando Henrique Cardoso contra a vontade do PT, desta vez a proposta foi aprovada com os votos favoráveis do PT e contrários do DEM, ex-PFL, que a apoiava quando estava coligado ao PSDB no governo federal. "O que assistimos aqui foi um PT que no passado tinha uma posição correta e que agora assume uma postura incorreta, e um PFL errado no passado, mas que agora não se equivoca mais. Nós evoluímos, eles involuiram", disse o líder do DEM, Onyx Lorenzoni (RS). O governo não pretende reduzir a atual alíquota da CPMF de 0,38% e também não quer ouvir falar de partilhar a arrecadação com Estados e Municípios. (AE/Reuters)


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2 - LOGO

É o amor que vence, não o egoísmo.

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www.dcomercio.com.br/logo/

Do papa Bento 16, ontem, durante a homilia da missa da solenidade da Assunção, celebrada na paróquia de San Tommaso da Villanova, em Castel Gandolfo, ao sul de Roma.

AGOSTO

Tony Gentile/Reuters

16 30 anos da morte do rei do rock Elvis Presley (1935-1977)

B RINQUEDOS I MPRENSA

T ECNOLOGIA

China reconhece problemas com ímãs afetados itens da linha Polly com ímãs aparentes, a pá do conjunto Barbie, o cachorro Tanner e figuras magnéticas do Batman, de acordo com a empresa. O Pixar Sarge da linha Carros vendido no Brasil, segundo a Mattel local, não foi atingido. O Instituto Nacional de Metrologia e Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) decidiu revisar as normas de segurança de brinquedos no País.

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duçã

Repro

Logos-irmãs

Som para seu bom - ou mau - humor

página Logo, do Diário do Comércio, ganhou no doA mingo 5 de agosto uma irmã

A música é uma questão de estado de espírito. Por isso, a rádio digital Musicovery criou uma ferramenta que permite escolher sua trilha sonora a partir de seu humor. Basta selecionar entre calmo, agitado, positivo e sombrio que o site oferece as opções de canções para animar – ou desanimar ainda mais – o seu dia: jazz para os dias mais calmos, hard-rock para noites agitadas e até uma balada pop para um momento ou outro. A playlist é gratuita e você pode ainda combinar os quatro estados de espírito básicos.

mais nova, a Logo do jornal O Globo. As páginas-irmãs, pura coincidência de nomes, têm conceitos semelhantes como a irreverência, a criatividade e a variedade de temas. Ao contrário da Logodo DC, que nasceu há dois anos, a caçula não é Fac-símile da página 'Logo' diária, e explora a idéia da pádo jornal O Globo, publicada gina móvel, sem lugar fixo nas aos domingos edições.

Mark Ralston/AFP

A China sabia desde março de problemas com ímãs em brinquedos, disse, sob anonimato, uma funcionária do setor ontem, depois de a Mattel ter anunciado o recall de produtos. A China já enfrenta uma batalha para convencer o mundo de que seus produtos são seguros, depois de denúncias envolvendo ração para animais, medicamentos, pneus, brinquedos e cremes dentais. O recall da Mattel envolve 18,2 milhões de brinquedos no mundo inteiro. No Brasil, são

Leia mais sobre recalls na página 6 de Economia.

I NTERNET J ORNALISMO

O 'novo Afeganistão'

Brasil perde Joel Silveira Joel Silveira, um dos nomes mais importantes do jornalismo brasileiro e premiado autor de mais de 30 livros, morreu na terçafeira de madrugada, no Rio, aos 88 anos, "de causas naturais", de acordo com a família. Um dos principais repórteres brasileiros, Silveira deixa uma ficha extensa em relatos jornalísticos com contornos literários. Ele se tornou uma estrela do jornalismo nacional nos anos 40, com a reportagem Grã-Finos em São Paulo, publicada no semanário Diretrizes.

Camila Maia/AOG

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internet é o novo campo de batalha contra o extremismo islâmico, porque fornece uma ideologia que pode radicalizar ocidentais, que então realizariam ataques autóctones, disse ontem o chefe de política de Nova York, Raymond Kelly. "A internet é o novo Afeganistão", disse Kelly, ao divulgar um relatório sobre a

ameaça dentro do país de extremistas islâmicos. "É o terreno de treinamento de fato. É uma área de preocupação". O relatório concluiu que o desafio para as autoridades ocidentais foi identificar e prevenir ameaças domésticas, o que é difícil porque muitos dos eventuais terroristas não costumam cometer crimes em seu caminho para o extremismo. O relatório identificou

quatro estágios de formação de um terrorista: pré-radicalização, auto-identificação, doutrinação e "jihadização". Ele diz que a internet é o veículo desse processo. "Diferente da equação israelo-palestina, a transformação de um indivíduo baseado no Ocidente em terrorista não é causada por opressão, sofrimento, vingança ou desespero. É uma busca de identidade".

Jason Lee/Reuters

C OMPORTAMENTO

Apaixonados ou maníacos?

C A R T A Z

DANÇA

VIGILÂNCIA - Um segurança acena na entrada do Museu da Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa, próximo à ponte Marco Polo, nos arredores de Pequim. A data de ontem marcou o 62º ano da rendição japonesa na Segunda Guerra Mundial.

R IO DE JANEIRO

Visitante inesperada

Genílson Araújo/AOG

U A bailarina Maria Eugenia Almeida (foto) exibe o solo Casa das Miudezas no projeto Dança em Pauta. Centro Cultural Banco do Brasil. Rua Álvares Penteado, 112, tel.: 3113-3651, às 19h30. Ingressos: R$ 15.

Sucatas viram brinquedos

O microscópio digital se conecta ao computador e exibe imagens na tela. O aparelho vem com um jogo de lentes objetivas que permitem ampliar um objeto de 30x a 600x. Basta conectar para instalar o software de visualização. É compatível com Windows 98se, 2000 e XP. Por US$ 200. http://toys.brando.com.hk/

Em tempos de recall de Barbies e Batmans, uma boa diversão pode ser ensinar a criançada a fazer seus próprios brinquedos usando sucata. O site Arvindguptatoys traz várias dicas e lições sobre como produzir brinquedos a partir de latas, restos de papel, plástico e objetos e embalagens que não têm mais utilidade. Entre as sugestões estão um ábaco feito com uma sola de chinelos tipo havaianas e um boné feito de papel (que pode ser jornal ou revistas em quadrinhos, por exemplo).

prod_detail.php?prod_id=00204

www.ar vindguptatoys.com/toys.html

Gerónimo Suárez, representante do lateraldireito Daniel Alves, que joga no Sevilla, garantiu ontem que as chances de o time inglês Chelsea contratar o brasileiro era, de 80% a 90%. Mas o negócio não deve se concretizar. O site do jornal International Herald Tribune conseguiu ontem obteve ontem dos dirigentes do time uma declaração de que a contratação sequer estava sendo negociada com a equipe espanhola. Os dirigentes no Chelsea, entretanto, reconheceram que estão interessados na compra do passe do jogador brasileiro. O Sevilla pagou 1 milhão de euros por Alves ao Bahia e pode vendê-lo por 33 milhões de euros ao Chelsea.

O dólar que vale por quinze A Casa da Moeda dos EUA (US Mint) emite hoje uma nova moeda de US$ 1 com a efígie de Thomas Jefferson, que poucos norte-americanos sabem ter sido o terceiro presidente do país, segundo pesquisa realizada pelo instituto Gallup. O levantamento mostra que somente 7% dos americanos são capazes de enumerar seus quatro primeiros presidentes: George Washington, John Adams, Thomas Jefferson e James Madison. No entanto, 57% sabem que Jefferson foi o principal autor da Declaração de Independência de 1776. Uma moeda com a efígie do primeiro presidente dos EUA, George Washington, foi emitida em fevereiro; a peça com a efígie de John Quincy Adams saiu em maio e a de Jefferson será colocada em circulação hoje e poderá ser comprada por U$ 14,90. L OTERIAS Concurso 749 da LOTOMANIA

Baleia da espécie Franca na Barra da Tijuca, ontem: atração para turistas

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Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Igrejas protestantes, católica e ortodoxas negociam acordo para evitar 'roubo' de fiéis Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos começa hoje com homenagem a Oscar Niemeyer

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Microscópio via USB

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F AVORITOS

ma baleia da espécie franca surpreendeu banhistas na Praia da Barra da Tijuca na manhã de ontem. O animal de cerca de 12 metros de comprimento chegou tão perto da arrebentação que alguns pensaram que estava encalhado. A franca – que pode medir até 15 metros e pesar 80 toneladas – tem uma espessa camada de pele, que permite que ela fique flutuando mesmo em áreas rasas. A espécie, que já foi comum na costa brasileira, agora é raridade por causa da pesca predatória na Baía da Guanabara. Agora, ela é protegida por leis ambientais internacionais.

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A novela de Daniel Alves

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outros e declararam estar mais propensos aos comportamentos compulsivos, como gastar sem controle ou dirigir sem consciência", diz o estudo. Ainda, os que se declararam apaixonados disseram que se sentiam mais criativos e cheios de idéias. "O nosso estudo demonstra que um adolescente apaixonado é exatamente como um paciente durante uma fase hipomaníaca, é uma informação que precisa ser levada em consideração quando se tem um paciente psiquiátrico adolescente", afirmou Serge Brand, coordenador da pesquisa.

B RAZIL COM Z

AFP

Um estudo realizado na Universidade da Basiléia, na Suíça, e publicado ontem pelo Journal of Adolescent Health, mostra que os efeitos da paixão nos adolescentes são os mesmos de uma síndrome chamada hipomania, considerada o primeiro estágio do distúrbio bipolar, ou variação de humor. O estudo envolveu 113 adolescentes que responderam um questionário comportamental. Entre esses, 65 disseram estar apaixonados. "Esses últimos revelaram sintomas psicológicos idênticos aos da hipomania. Por exemplo, eles dormiam uma hora a menos que os

www.musicover y.com

Levantamento da PF indica 1.819 pontos de risco para exploração sexual de crianças

Concurso 893 da MEGA-SENA 03

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OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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OLAVO DE CARVALHO PÂNICO NO CIRCO

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Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br

Leonardo Rodrigues/Hype

Como repartir os lucros da festa financeira? por John C. Edmunds

O BOLO DA EXPANSÃO FINANCEIRA GLOBAL PAROU DE CRESCER. ESTÁ NA HORA DE REPARTIR OS LUCROS. QUE FATIA FICARÁ COM OS PEQUENOS INVESTIDORES?

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Mauricio Lima/AFP

ara todas as pessoas que já possuíam ativos, as reformas financeiras foram uma bênção extraordinária. É como se aparecesse uma fada e com sua varinha de condão tivesse aumentado as contas bancárias. Mas a pergunta que se faz agora é o que a fada vai fazer (se realmente pensa em fazer alguma coisa) pelas pessoas que não tinham ativos financeiros em 2002, quando começou a expansão. A magnitude dessa riO dinheiro queza financeira que se que entrou materializou como por na roda mágica é enorme. O valor da especulação das ações listadas no Brapode ir agora sil, por exemplo, cresceu para de US$ 94,8 bilhões no teratividades ceiro trimestre de 2002 panovas e ra pouco mais de US$ 1 tripromissoras, lhão em julho deste ano. que hoje não Durante esse mesmo recebem tanto período, o montante adfinanciamento. ministrado pelos fundos

de pensão privados no Chile cresceu de US$ 33 bilhões para US$ 100,9 bilhões. O aumento foi de aproximadamente US$ 4.250 per capita. Mas a riqueza não se acumulou igualmente para todos os habitantes do país. Os lucros beneficiaram de sprop orc ion al men te aqueles que tinham as ações que mais se valorizaram. A pergunta é como conseguir lucros para os que, até agora, têm ficado de fora dessa festa. Essa idéia sempre esteve no ar, mas agora é urgente. A crítica é que os países que conseguiram grandes resultados com as reformas financeiras não têm feito o suficiente para levar os benefícios às classes média e baixa. Já os ricos ficaram extraordinariamente ricos. Caso sejam necessárias provas, o mexicano

Carlos Slim ultrapassou Bill Gates como a pessoa mais rica do mundo. Todavia, enquanto isso, os assalariados de classe média estão no mesmo nível.

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á uma ampla gama de medidas que os países podem tomar. Muitas parecem atraentes, mas devem ser analisadas com cuidado porque podem enfraquecer ou descarrilhar a expansão financeira. A inovação que se discute cria um novo tipo de ativo financeiro, que os participantes do mercado de capital poderiam comprar ou vender da mesma maneira que fazem com bônus ou ações. Ele funcionaria porque os mercados de capitais da região conquistaram a capacidade de captar e distribuir dinheiro. Como os mercados de capitais nacionais estão canalizando dinheiro para grandes empresas em vários países da região, apenas se devem modificar ligeiramente os fluxos de crédito nesses países de forma que os mercados canalizem o crédito para empresas menores. Estas, incluindo as que têm potencial para crescer rapidamente, não têm podido atrair muito financiamento porque são muito arriscadas. Tenta-se emitir bônus, mas os investidores estão reticentes.

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garantia dá ao investidor um seguro contra perd a s o u c o n t r a p e rd a s maiores. Essas garantias já têm sido usadas na América Latina para conseguir financiamentos a projetos de infra-estrutura e não são proibitivamente caras. As companhias de seguro que as emitem são especialistas em avaliação de riscos e têm força financeira para cobrir as garantias que oferecem. Esse novo tipo de intermediação de risco pode superar um obstáculo q u e n o p a s s a d o b l oqueou o acesso ao financiamento para muitas empresas médias na América Latina. A inovação proposta deve ter um grande efeito. Essa afirmação fia-se em que, caso as companhias médias consigam financiamento suficiente, vão criar mais postos de trabalho. Além disso, essas vagas terão mais valor agregado, como salários maiores. Essa inovação pode ajudar a conservar os trabalhadores jovens e altamente qualificados, que constantemente recebem ofertas d e e m p re g o s m a i s d e acordo com seu nível. JOHN C. EDMUNDS É PROFESSOR DE FINANÇAS DO

BABSON COLLEGE EM BOSTON (C)AMERICAECONOMIA

estratégia revolucionária é uma técnica específica, altamente desenvolvida e em constante aprimoramento no mundo. Sua bibliografia é imensa. No Brasil inteiro, fora dos círculos esquerdistas diretamente interessados – que seriam os últimos a querer disseminá-la entre os adversários, ou mesmo explicá-la em detalhes para os baixos escalões da militância, praticamente ninguém a estuda. Comentaristas de mídia, consultores empresariais, analistas políticos ignoram tudo a respeito. Seus esforços quase sempre bem remunerados para explicar o atual processo político mundial e latino-americano à luz das disciplinas ao seu alcance – economia, direito e relações internacionais, principalmente, quando não o puro e simples jornalismo – produzem resultados semelhantes ao que se poderia alcançar tentando fritar um ovo na geladeira.

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as duas décadas de previsões erradas não parecem ter afetado em nada o prestígio desses luminares, muito menos a autoconfiança patológica com que continuam opinando com ares de quem sabe o que fala. Quando a realidade os desmente, como o faz invariavelmente, elevam um pouco o tom de superioridade olímpica, mudam de assunto e se esmeram em dar novas contribuições à alienação geral. Se, ao contrário, você estuda o assunto com seriedade, chega a conclusões razoáveis e as expõe com o máximo de didatismo que a complexidade do assunto admite, o resultado que obtém é despertar inveja e ressentimento entre os incompetentes, que se esforçarão mais para se livrar de você do que para se precaver contra o furacão revolucionário que promete reduzi-los a pó. O medo reprimido, sepultado no inconsciente junto com o sentimento da própria debilidade, expressa-se de maneira invertida na ostentação histriônica de autoridade contra o portador das más notícias.

simples exposição analítica dos fatos é condenada então como “extremismo de direita”, e os demais membros da “direita” se apressam então em sacrificar o extremista para dar aos poderes constituídos uma prova de subserviência e a si próprios uma ilusão de ordem, moderação, equilíbrio e normalidade, no instante mesmo em que sua própria conduta prova o estado geral de pânico. A idéia usual de pânico é a de gritaria e confusão. Mas a palavra vem do deus grego Pan, e designa o sentimento de terror que se apossava dos animais quando ele entrava na floresta. E o primeiro momento do pânico não era nem um pouco ruidoso. Era silêncio e imobilidade paralítica.

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ocês conhecem a piada. Um homem gordo vai ao circo e, encontrando a platéia lotada, só consegue um lugarzinho na última fileira da arquibancada, acomodando como pode seus testículos no vão entre duas tábuas, vergadas sob o peso do excesso de espectadores. Decorridos uns minutos do espetáculo, um leão escapa da jaula e o público sai correndo em debandada, enquanto entre os gritos de terror mal se ouvem os gemidos do gordo, que implora: “Senta, que o leão é manso!” Essa anedota, um clássico do humor brasileiro, não me sai da cabeça hoje em dia, por um motivo muito simples. Dêem um porrete a esse cidadão e ele rachará o crânio de qualquer um que passe ao seu lado gritando por socorro. Reprimir o alerta de pânico é às vezes o sintoma de um pânico maior ainda. OLAVO DE CARVALHO É JORNALISTA, ESCRITOR E PROFESSOR DE FILOSOFIA

G O pânico

toma conta de todos quando é revelada a estratégia revolucionária. Senta, que o leão é manso!

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

ECONOMIA - 5


Planalto Eleição CPMF Congresso

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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MANTEGA DEFENDE A CPMF INTEGRAL

Eduardo Oliveira

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A crise é mais profunda que o problema das denúncias envolvendo o presidente do Senado. Cristovam Buarque

Roosewelt Pinheiro/ABr/12.07.07

Previsão geral: a tramitação será difícil

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Mantega ao Congresso: "Nesses momentos de crise internacional, os mercados nos olham"

'CPMF É BASE DO AJUSTE FISCAL' Imposto assegura o equilíbrio das contas, argumenta o ministro da Fazenda.

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ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem que a aprovação da emenda que prorroga a CPMF até 2011 pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ) é o primeiro passo para aprovar a medida. Mantega reforçou a posição do governo de não reduzir neste momento a alíquota do tributo e de não repartir a arrecadação com os Estados. O ministro argumentou que a CPMF é importante para manter programas sociais, inclusive nos estados. "Não dá para dividir duas vezes a mesma coisa", argumentou. Ele afirmou que os recursos da CPMF são importantes para manter o ajuste fiscal. "Outro fator, que nesses momentos de crise internacional, os mercados olham", destacou. "E eu acho que os parlamentares não vão querer ameaçar o

equilíbrio fiscal conseguido às duras penas". Pouco antes da declaração de Mantega, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que vai haver negociação no Congresso em torno da prorrogação da CPMF, mas advertiu: a negociação não envolve nem reparte com os Estados nem alteração na alíquota. "Ninguém está pensando nisso (repartição da arrecadação com os Estados) e também não vamos mexer na alíquota", disse. A CCJ é responsável apenas por avaliar se o projeto fere ou não a Constituição brasileira e agora a discussão sobre a contribuição passará por uma comissão especial, responsável por analisar o mérito das propostas. Estão previstas pelo menos dez sessões na comissão, que em seguida encaminhará o projeto para votação na Câmara e depois no Senado. A emenda que prorroga a

CPMF até 2011 é considerada indispensável pelo governo para o equilíbrio das contas. No entanto, o Planalto avalia que o processo de votação da CPMF é complexo e que o prazo vai além do previsto: meados de setembro na Câmara, e outubro e novembro no Senado. Se for esse o cronograma, o governo poderá enfrentar disputa na Justiça já que, para a oposição, o prazo limite para que a prorrogação comece a valer em 1º de janeiro é em setembro. Hoje, a alíquota de 0,38% é cobrada a cada movimentação financeira feita na conta corrente dos contribuintes. Criada originalmente para financiar o sistema público de saúde, hoje a CPMF representa 8% da arrecadação e financia não apenas a saúde, mas o programa Bolsa-Família, o fundo da pobreza e previdência complementar. (AE)

Célio Azevedo/Agência Senado/16.05.07

Tuma: CPI da Petrobras já pode ser instalada

Em campanha para reaver credibilidade do Senado

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corregedor-geral do Senado, senador Romeu Tuma (DEM-SP), informou ontem que conseguiu duas assinaturas a mais do que as necessárias no requerimento de criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apurar denúncia de um esquema de fraude em licitações na Petrobras, descoberto pela Polícia Federal (PF) durante a Operação Águas Profundas. Para que o requerimento de criação de uma CPI seja protocolado na Mesa Diretora do Senado, são necessárias as assinaturas de 27 senadores. Tuma informou que conseguiu 29.

facilidade que o governo teve para aprovar ontem a legalidade da proposta que prorroga até 2011 a vigência da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e da Desvinculação de Receitas da União (DRU), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), não deve se repetir no Congresso, segundo parlamentares da base aliada ao governo e da oposição. "A CCJ foi a fase mais fácil, como é natural. Na Comissão Especial, será um pouco mais difícil. No plenário, mais difícil ainda. E, no Senado, a tramitação alcançará o ápice da sua dificuldade", previu o deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA). O deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP) também reconhece que ficará cada vez mais complicado para o governo a aprovação da proposta de emenda constitucional (PEC). Mas ele entende que a base aliada está unida e o governo vai conseguir aprovar a proposta, apesar dos "embates pesados" com a oposição. Cardozo disse que considera "perfeitamente factível" o avanço da proposta sem qualquer alteração de mérito como quer o governo. Com a aprovação da admissibilidade da PEC na CCJ, o presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), criará a comissão especial que analisará o assunto. O governo vai trabalhar para fazer com que a tramitação se dê no período mínimo de dez sessões. (AE)

Vitória: Tuma anuncia que recolheu duas assinaturas a mais

Segundo o corregedor, a CPI vai apurar denúncias de irregularidades também nos contratos para a construção das plataformas P-52 e P-54, da Petrobras. Essas irregularidades teriam causado prejuízos de R$ 332 milhões à estatal. Tuma disse que a comissão de inquérito investigará ainda os contratos da Petrobras com a empresa subsidiária Transpetro

para a construção de navios e a denúncia de que campanhas eleitorais teriam sido financiadas com dinheiro de fraudes em licitações. CPI das ONGs – O senador Heráclito Fortes (DEM-PI), primeiro signatário do requerimento de criação da CPI das Organizações Não-Governamentais, após reunião de líderes no gabinete da Presidência do Senado, declarou que a instalação da CPI ocorrerá na próxima quarta-feira, 22, às 10 horas. A reunião estava prevista para ontem, mas foi adiada. "É importante investigar as ONGs porque elas são instrumentos vazadores de recursos públicos ", disse o senador. Fortes disse ainda que, como o DEM apresentou o requerimento pedindo a abertura da investigação, deve ficar com a presidência ou a relatoria. Em julho, o jornal "O Estado de S. Paulo" publicou que, dos R$ 3 bilhões reservados pelo governo a ONGs e organizações da sociedade civil de interesse público (Oscips) em 2006, quase a metade tinha sido desviado da finalidade original dos convênios. (AE)

m busca de uma saída para a crise provocada pela insistência do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) em permanecer na presidência da Casa, sete senadores de diferentes partidos, inclusive do PMDB, iniciaram ontem um movimento para recuperar a credibilidade da Casa. Eles acreditam que a solução passa pelo afastamento de Renan do cargo o quanto antes. Têm ainda como certo que não há nenhuma chance de ele ser absolvido no plenário. "Temos de reconhecer que a nossa crise é mais profunda que o problema imediato atravessado pelo Senado diante das recentes denúncias envolvendo o presidente", afirmou ontem à noite o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) da tribuna, sintetizando os motivos que o levaram a articular o encontro. Os senadores se reuniram em sua casa, na noite da terça-feira. O grupo avaliou que, se o Senado politicamente absolver Renan, a instituição será fatalmente condenada pela opinião pública. "O governo precisa saber que haverá uma rebelião no plenário levando a Casa à ingovernabilidade se resistirem à pressão das ruas", comentou um dos presentes ao encontro. Participaram os senadores Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), os tucanos Sergio Guerra (PE) e Tasso Jereissati (CE), os democratas José Agripino (RN) e Heráclito Fortes (PI) e o petista Delcídio Amaral (MS). (AE)

Eymar Mascaro

Vai em frente

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irigentes nacionais do DEM consideram irreversível a candidatura de Gilberto Kassab (SP) à reeleição. Eles avaliam que o prefeito está em fase de crescimento. O partido baseia sua avaliação nas pesquisas que recebe. A principal tarefa dos democratas é convencer o PSDB da necessidade de fechar o apoio a Kassab. Com o apoio dos tucanos confirmado, o democrata disputará a reeleição em igualdade de condições com o PT, seja qual for o candidato petista, incluindo a ministra Marta Suplicy. O tucanato ainda avalia a proposta do DEM. Alckmin aparece bem nas pesquisas.

ANÁLISE Os democratas analisam todas as pesquisas de intenção de votos das principais capitais. São Paulo ganha destaque pela importância na futura eleição presidencial de 2010. A ordem no DEM é "amarrar" a coligação com o PSDB e fechar a campanha Kassab.

gestão Marta Suplicy. A atual prefeitura decidiu levantar mais 23 CEU´s, mas o prefeito ainda modernizou o modelo de construção das unidades escolares.

PULOU FORA Mesmo com um bom retrospecto nas últimas pesquisas, Marta Suplicy reafirma que não será candidata à prefeitura de São Paulo, mas poucos no partido acreditam nessa versão. Caso a ministra mantenha sua palavra, o partido optará pelo senador Aloizio Mercadante.

PASSADO

NO JOGO Entre as pesquisas analisadas está o último Datafolha, onde Kassab apresentou um bom resultado, caso Geraldo Alckmin (PSDB-SP) não dispute a vaga. O prefeito está animado com seu desempenho e acha que pode crescer mais com o passar dos meses.

DIFICULDADE A tarefa mais difícil do DEM é acertar a coligação com os tucanos. Alckmin lidera as pesquisas. Mas, o ex-governador é aconselhado a deixar a disputa para prefeito e se preparar para retornar ao Palácio dos Bandeirantes em 2010.

BOM DE VOTO José Serra (PSDB-SP) admite que Alckmin é o melhor candidato para concorrer à sua sucessão daqui a três anos. Por isso, o atual governador é contra a entrada do tucano na disputa pela cidade de São Paulo. Os tucanos não querem correr o risco de perder o governo estadual.

NA MOITA Alckmin diz que não decidirá seu futuro político este ano. Ele só deve tomar uma decisão no ano que vem. O exgovernador está convencido de que se abrir o jogo agora pode entrar na linha de tiro da oposição petista.

OBREIRO O crescimento de Gilberto Kassab ocorrerá, na avaliação do DEM, junto ao crescimento dos investimentos em obras essenciais à cidade de São Paulo. O prefeito atacará principalmente o transporte coletivo, ponto forte da administração de Marta Suplicy, que foi responsável pela adoção do bilhete único.

EDUCAÇÃO Kassab deu seqüência a algumas obras de apelo popular que foram anunciadas ao final da

Mercadante tentou, em 2006, o governo do Estado de São Paulo, mas foi derrotado pelo tucano José Serra. O senador teve 34% dos votos válidos no segundo turno da disputa. Alguns petistas avaliam que esse retrospecto o garante como pré-candidato, caso Marta desista mesmo.

RESERVAS Uma desistência do senador Mercadante, o que ainda é pura especulação, levaria o PT a optar por alternativas pouco desejadas, cuja lista é composta pelos deputados Arlindo Chinaglia, José Eduardo Martins Cardozo e Jilmar Tatto e o ministro da Educação, Fernando Haddad.

UNIÃO Lula tem revelado uma grande preocupação com a eleição para prefeito em São Paulo. O presidente está defendendo a união dos partidos de esquerda em torno da candidatura do PT. Ele deseja evitar que o PDT, PSB e PCdoB tenham seus próprios nomes na disputa.

DIVISÃO Lula tem receio, por exemplo, de que o PSB concorra com a deputada Luiza Erundina (SP). Ela causaria uma divisão dos votos com o candidato petista, por já ter pertencido ao partido.

MISSÃO O presidente pretende abortar também a eventual candidatura de Aldo Rebelo pelo PCdoB e a do deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, pelo PDT.

UM SÓ NOME Além disso, há uma possibilidade de o PDT, PSB e PCdoB lançarem um candidato único para disputar a capital paulista e as demais cidades avaliadas como "importantes" no cenário nacional. Tudo indica que Erundina será a escolhida. A deputada apresenta o melhor desempenho nas pesquisas de intenção de votos.


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Nacional Empresas Tr i b u t o s Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

O governo demora anos para pagar uma cobrança judicial, mas coloca as empresas devedoras no Cadin. Chapina Alcazar, presidente do Sescon

PRECATÓRIOS NA MIRA DA SOCIEDADE CIVIL

SOCIEDADE SE ORGANIZA PARA IMPEDIR QUE CONGRESSO APROVE A FARRA DOS GOVERNOS COM SUAS DÍVIDAS

ENTIDADES CONTRA PRECATÓRIOS Renato Carbonari Ibelli

Leonardo Rodrigues/Hype

que o município de São Paulo, por exemplo, levaria 45 anos para cumprir as ordens de pagamento de dívidas determinadas pela Justiça acumuladas até então. No Estado de São Paulo, cerca de 60 mil credores do poder público já morreram. Outros 700 mil contribuintes são credores alimentares do estado, ou seja, aquelas dívidas originadas em ações propostas com fundamento no vínculo empregatício entre a administração e seus servidores, como indenização de férias, licenças-prêmio, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou invalidez. "Essa realidade reflete a prepotência dos estados brasileiros. É como se entrassem em sua casa, pegassem sua melhor televisão, seu melhor computador, e os levassem embora sem pagar. Conheço casos de reintegração de posse pendentes há 20 anos", disse o superintendente jurídico da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Carlos Celso Orcesi. Outro ponto polêmico da PEC é o fato de ela prever a realização de leilão reverso para facilitar o pagamento das dívi-

das do poder público. Por esse critério, os credores que apresentarem as maiores propostas de abatimentos do valor a receber são os primeiros a ser pagos. A proposta determina que 70% do valor reservado pelas esferas governamentais para pagar os precatórios sejam destinados para as dívidas abatidas por leilões reversos. Por esse critério, o movimento diz que somente grandes empresas, que têm mais a receber, serão beneficiadas, pois poderão abrir mão de parte daquilo que têm a receber sem grandes sacrifícios. Estima-se que, dos mais de R$ 64 bilhões em precatórios acumulados, R$ 42 bilhões sejam devidos por estados e o restante por municípios. Segundo o movimento, a União não têm dívidas judiciais. "É mentira que os governos não possuem recursos para pagar essas dívidas. O primeiro semestre de juros pagos da nossa dívida interna cobriria aqueles R$ 64 bilhões com facilidade", calcula o presidente da ONG Transparência Brasil, Eduardo Capobianco. As entidades dizem ainda haver mais rigidez para as cobranças das dívidas dos contribuintes, que chegam a ser feitas pela internet, pela penhora online. O presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis (Sescon), José Maria Chapina Alcazar, disse ainda haver irregularidades nas cobranças feitas pelo poder público. "O governo demora anos para pagar uma cobrança judicial, no entanto, coloca as empresas devedoras no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin), que é um mecanismo de cobrança de dívidas não julgadas", afirma.

Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena, seus supervisores detectaram a presença de elevados níveis de alumínio nos alimentos, entre 280 e 320 partículas por milhão, contra a tolerância máxima de 100 partículas. "O consumo em excesso (desse material) pode provocar graves efeitos colaterais, como problemas gastrointestinais, anemia e amnésia", informou a agência de notícias Xinhua.

A iniciativa, que ocorre em meio à onda global de denúncias contra a qualidade dos produtos chineses, pode ser uma retaliação ao que Pequim classifica de imposição de barreiras comerciais contra os seus produtos. "Parte da mídia estrangeira está prejudicando nossos produtos. Essa prática é protecionismo, declarou o vice-ministro do Comércio, Gao Hucheng. (AE)

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ntidades de classe estão se mobilizando para impedir que o Congresso aprove a íntegra da Proposta de Emenda Constitucional (PEC 12/06), de autoria do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que dispõe sobre a maneira como as diferentes esferas de governo devem proceder para quitar seus precatórios – ordem judicial para que o poder público pague o que deve. Essas dívidas superam R$ 64 bilhões e as entidades, que criaram o Movimento Nacional Contra o Calote Público, Impunidade e Insegurança Jurídica, vão pressionar a União a não apoiar a PEC 12, além de estimular a base governista no senado ao voto contrário. O movimento identificou ao menos dez pontos considerados inconstitucionais. Entre eles, o fato de a PEC estabelecer limites anuais mínimos para que as dívidas públicas sejam saldadas. No caso da União e dos estados, o valor previsto para pagamento de precatório é de 3% da despesa primária líquida do ano anterior. No caso dos municípios, o percentual estipulado é de 1,5%. "Estão determinando limites para o cumprimento de uma decisão judicial. Decisão judicial, depois dos recursos cabíveis, tem de ser cumprida. O precatório premia os governos mau pagadores e zomba do poder judiciário e do povo brasileiro", disse o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), César Brito. Com os percentuais estabelecidos na PEC 12, estudos feitos pelo movimento apontam

China rebate e veta bolacha

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China proibiu a importação de 3,6 toneladas de três tipos de bolachas infantis produzidas pela PT Arnotts Indonésia, subsidiária da Campbell Soup, a gigante norte-americana do setor de alimentos. De acordo com a Administração Geral de

Orcesi: casos pendentes há anos

Fotos: Andrei Bonamin/Luz

D'Urso, Brito e Capobianco: representantes Contra o Calote Público, Impunidade e Insegurança Jurídica.

Recall, cada vez mais comum. André Alves

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recall, procedimento no qual as empresas informam ao público sobre os defeitos detectados nos produtos ou serviços que colocam no mercado, é uma prática presente no Brasil desde a promulgação do Código de Defesa do Consumidor (Lei 8078/90), vigente desde março de 1991. De 2002 a 2005, de acordo com dados do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), ligado ao ministério da Justiça, foram realizados recalls por cerca de 250 produtos, a maioria do setor automobilístico. Os principais objetivos do recall são proteger e preservar a vida, saúde, integridade e segurança do consumidor. Ele deve ser gratuito e alcançar todo o universo de clientes expostos aos riscos decorrentes das falhas encontradas. No Brasil, o instituto do recall está previsto no Código de Defesa do Consumidor, que o define em seu artigo 10, parágrafo 1º. Segundo o diretor de fiscalização do Procon SP, Paulo Arthur Góes, "quando um fornecedor colocar um determinado produto no mercado que posteriormente venha a apresentar algum defeito, ele tem a obrigação de divulgar ao consumidor todas as informações cabíveis sobre os problemas

identificados, assim como convocar um recall e alertar quais cautelas devem ser tomadas." Conforme o DPDC, após a divulgação do recall, realizada nos veículos de comunicação, os fornecedores devem realizar levantamentos periódicos para que seja verificada a eficácia das medidas adotadas. "Não deve haver qualquer tipo de prazo limite enquanto existirem no mercado produtos que apresentarem os problemas que levaram ao recall", ressalta Góes. O consumidor deve estar atento a uma série de fatores. Caso haja dificuldades em conseguir atendimento junto ao fornecedor, o consumidor pode procurar os Procons estaduais ou municipais para registro de reclamação. Os proprietários atuais dos produtos em recall, ainda que não os tenham adquirido diretamente de seus fornecedores originais, como os compradores de veículos usados, gozam dos mesmos direitos.

Os dados do DPDC mostram que os automóveis foram os campeões de recall entre 2001 e 2005. No entanto, eles não foram os únicos. Computadores, máquinas de lavar, pneus, aparelhos de ar-condicionado, remédios, ovos de Páscoa, brinquedos e até válvulas de controle de gás também mereceram destaque. "Uma leitura do grande número de recall em automóveis é o constante aperfeiçoamento tecnológico. Devido à rapidez entre o processo de concepção e a introdução do produto no mercado, o controle de produção acaba sendo mais complicado", conclui Góes. Mattel – O mais recente caso envolve a indústria de brinquedos. A norte-americana Mattel realiza um recall mundial de 18,6 milhões de peças produzidas na China, que envolve as linhas Polly com ímã, pás do conjunto Barbie & Tanner e figuras magnéticas do Batman. Apenas no Brasil, a ação envolve 850 mil brinquedos. O DPDC informa que a fabricante pode pagar multa de R$ 200 a R$ 3 milhões se não obtiver sucesso na divulgação do recall. A empresa também pode ser penalizada caso não repare corretamente os consumidores prejudicados. As mesmas sanções, alerta o DPDC, podem ser estendidas aos lojistas que mantiverem a venda dos produtos.

STJ condena o banco Itaú

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terceira turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a decisão da Justiça gaúcha que impede o Banco Itaú de bloquear os valores referentes ao salário e à ajuda de custo do vendedor V. G. C. para cobrir o saldo devedor de sua conta-corrente. Segundo o STJ, o Itaú ainda pode entrar com recurso. Na ação, o correntista alegou que sua contacorrente é utilizada apenas para o recebimento dos salários e da ajuda de custo. Ele afirmou ainda que necessitava dos valores depositados para se alimentar. O Itaú informou que aguarda avaliação jurídica para se pronunciar. (AG)


quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Congresso Planalto Senado CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

5 Célio Azevedo/Ag.Senado

A PF pediu mais dois dias para concluir as investigações. Renato Casagrande (PSB)

SAI OU NÃO SAI?

Adriano Machado/AE

DEFESA DE RENAN É ATAQUE A LYRA Senador diz que empresário é responsável por homicídios e responde à Receita Federal de Alagoas. Ele pediu a abertura do sigilo bancário do ex-deputado.

O Renan Calheiros garante: não deixará a presidência do Senado. Afastamento também foi descartado.

Falta de documentos atrasa perícia

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senador Renato Casagrande (PSB-ES) informou que a Polícia Federal (PF) encaminhará na próxima segunda-feira, e não hoje, ao Conselho de Ética, o resultado da perícia nos documentos apresentados pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para provar que faturou R$ 1,9 milhão com venda de gado de suas fazendas. Casagrande é um dos três relatores do primeiro processo contra Calheiros, acusado de ter suas despesas pessoais pagas por um lobista da empreiteira Mendes Júnior. A decisão dos peritos da PF de adiarem para a próxima segunda (20) a divulgação dos resultados ocorreu por causa do atraso no recebimento dos novos documentos relacionados ao caso e também ao fato

de cópias de extratos de depósitos bancários terem sido entregues somente na tarde de ontem, ao Senado, pela jornalista Mônica Velloso, com quem o senador tem uma filha

de três anos. "Tudo ainda precisa ser analisado e eles (os policiais federais) pediram mais dois dias para concluir as investigações sobre o caso", explicou Casagrande. (AE)

presidente do Cong re s s o , s e n a d o r Renan Calheiros (PMDB-AL), acusou ontem o usineiro João Lyra de ser o autor de "vários homicídios e de crimes de mando", enquanto se defendia mais uma vez da acusação de ter sido sócio do empresário em um jornal diário e de que possui duas emissoras de rádio registradas em nome de laranjas. Lyra, que concedeu uma entrevista à revista "Veja", disse que Renan pagou R$ 1,3 milhão para entrar na sociedade, montante pago em dinheiro, mas dividido entre notas de dólares e reais. Ele classificou o senador como "bom sócio".

Ailton de Freitas/AOG - 25.07.2007

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Monica Velloso entregou ontem seus extratos bancários ao Senado

Renan propôs ontem a Lyra abrir seu sigilo bancário e fiscal, seguindo sua atitude, o que facilitaria os trabalhos do Ministério Público Federal. "Eu não quero tratar desse rapaz (Lyra), ele não merece uma palavra minha. Ele tem várias execuções na Receita Federal, e é acusado de homicídios, inclusive de crimes de mando", a f i r m o u o s e n a d o r. A assessoria de Lyra informou que ele não responderia ao presidente do Congresso, mas entregaria ao corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEMSP) – com quem ele se encontrará hoje, em Alagoas – cópias de documentos comprovando as transações entre os dois.

O presidente do Senado informou que o estado sabe que Lyra é "ressentido" porque perdeu uma eleição estadual e atribui a derrota ao senador. Renan afirmou, mais uma vez, que não renunciará à presidência do Congresso. Ele disse que uma eventual licença do cargo o deixaria fragilizado diante das acusações. "O que estamos tentando é mostrar que temos uma prova para cada maledicência e acusação descabida apresentada nos últimos meses", disse Calheiros. O parlamentar reafirmou que nunca foi proprietário ou sócio de rádios ou de qualquer empresa de comunicação no estado de Alagoas. (Agências)

'Governo não parou', diz Lula

presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que a crise em torno do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não causou prejuízos ao governo federal e ao Senado. "O problema com Renan não prejudicou em nada até agora. O Senado está votando tudo. Votou um monte de coisas semana passada", afirmou Lula. O presidente negou que o governo articule a sucessão

de Calheiros. "Não estamos nos mexendo. Essa é uma questão do Senado. O que estou vendo pela imprensa é que o Renan apresenta documentos em sua defesa e não aceitam", avaliou Lula. Relator – O presidente do Conselho de Ética do Senado, Leomar Quintanilha (PMDBTO), anunciou ontem a escolha do senador João Pedro (PT-AM) para o cargo de relator do processo em que Renan é acusado de favorecer

a cervejaria Schincariol, após a empresa comprar uma fábrica de refrigerantes da família Calheiros, no Estado de Alagoas. O presidente do Senado teria intercedido a favor da cervejaria junto à Receita Federal e ao INSS. Quintanilha teve dificuldades para escolher o relator. Ele chegou a insistir no convite a Adelmir Santana (DEM-DF), mas sem êxito, enviou o convite a João Pedro, que aceitou o posto. (AE)


O dia em que todos os mercados desabaram

EUA DOW JONES: -1,29% NASDAQ: -1,61%

Economia 1 e 3

FRANÇA CAC 40: -0,66%

BRASIL IBOVESPA: -3,19% DÓLAR: R$ 2,0310

ALEMANHA DAX: + 0,28%

ÁSIA, HOJE

"Isto é problema dos Estados Unidos e dos bancos americanos, não é meu. Eu não estou preocupado com isso".

NIKKEI: -2,14% HANG SENG: -2,87% KOSPI: -4,7%

Presidente Lula

ARGENTINA MERVAL: -5,17% Ano 83 - Nº 22.440

São Paulo, quinta-feira, 16 de agosto de 2007

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição concluída às 23h55

w w w. d co m e rc i o. co m . b r Corbis/DBIMAGE

Alan Marques/Folha Imagem

Maristela Orlowski

Boa Viagem

PARA CATAMARCA

CPMF AVANÇA PARA 2011 Por 44 votos a 15, CCJ da Câmara (foto) aprovou ontem parecer que defende a prorrogação. Matéria segue, agora, para comissão especial. Propõe partilha da CPMF com estados e DF e redução da alíquota. Lula descarta os dois itens. Pág. 3 Jorge Silva/Reuters

HOJE Parcialmente nublado Máxima 28º C. Mínima 12º C.

AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 26º C. Mínima 14º C.

Milton Mansilha/LUZ

Chávez para sempre

Este buraco tem dono

A 'revolução' chavista prossegue: presidente venezuelano poderá ser reeleito sem limites e propriedade passará a ser 'social' e não mais só privada. Pág. 14

Entradas de galerias viram armário de moradores de rua . C 4


quinta-feira, 16 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Indicadores Econômicos

15/8/2007

COMÉRCIO

9

2,27

por cento foi a alta do dólar comercial ontem. A divisa norteamericana terminou o dia cotada a R$ 2,031 para venda.


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de agosto de 2007

LENTE

DE AUMENTO

QUE SEMANA!

G Crise

financeira não bate à porta e pede para entrar. Apostamos no cenário tipo balança, mas não cai. ram fortes somas de liquidez. Em tom alto e claro relembraram a todos que há recursos para os necessitados. Crises financeiras autorealizáveis muitas vezes ocorrem por medo de que não haverá recursos para todos. Anúncios como os mencionados concorrem para incutir no mercado confiança na ação das autoridades como emprestadores de última instância. Voltando a dados relativos à turbulência atual, nosso termômetro estatístico já confirmou mudança de regime, de média volatilidade para alta, desde a última segunda-feira. E isto é preocupante porque recessões ocorrem em períodos de alta volatilidade. Note-se, contudo, que o reverso do argumento não é válido: não necessariamente um regime de alta volatilidade causa reces-

são, o que atenua, mas não elimina, a preocupação. Em suma, o quadro piorou nesta última semana e, no curto prazo, não vemos sinal de que as incertezas se atenuarão. Não é possível assim fazer apostas acerca de tendência para preço de ativos. A única observação que cabe neste momento é que nossos estudos indicam que quedas de bolsa, em tempos de alta volatilidade, ocorrem com maior freqüência que altas, algo que, aliás, parece intuitivo. Da mesma forma, tendências consistentes de alta no mercado acionário geralmente estão associadas a períodos de baixa volatilidade. Agora, para quem ousar apostar em mares tão turbulentos, talvez a melhor recomendação seja a venda de volatilidade. Estudos empíricos mostram que os regimes de alta volatilidade são os de vida média mais curta. E a volatilidade atual já é tão elevada quanto nas grandes crises do período recente. Por fim, apesar da dificuldade de se prognosticar o desfecho de crises que envolvem redução da confiança, em um mercado financeiro amplo, globalizado e complexo como o atual, ainda apostamos no cenário do “balança, mas não cai”. Os fundamentos econômicos, incluídos os referentes ao setor financeiro, são bastante sólidos. Os bancos tiveram lucros robustos em anos recentes, a inadimplência geral é baixa e a atividade econômica mundial encontra-se firme e menos dependente da economia norte-americana. No entanto, isto não significa supor que os prêmios de risco retrocederão a curto prazo. Alertamos, ainda, para a necessidade de monitorar cada acontecimento de perto, dado que crise financeira não bate à porta e pede para entrar. Quando se abrem os olhos, ela já está instalada na sala de estar, para completo desespero do azarado anfitrião. TRECHOS DO EDITORIAL DA MCM CONSULTORES WWW.MCMCONSULTORES.COM.BR

O tamanho do buraco parece ser grande

Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

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JOÃO DE SCANTIMBURGO

O MUNDO Céllus

A

safra de notícias vindas do exterior não anda nada boa. E vem piorando. Por conta disto, nesta última semana, a volatilidade dos mercados mudou de ordem de grandeza e, nos últimos pregões as bolsas no mundo todo tombaram, e tombaram feio. Em que medida aumentaram as chances de as turbulências desembocarem em crise? O tamanho do buraco na parte afetada parece ser grande mesmo. Quando bancos se recusam a emprestar a outros bancos, no mercado interbancário de um dia, preferindo terminar a jornada com sobra de caixa que rende juro nominal zero, temos sinal muito mais do que claro de fortíssima aversão a risco. Os bancos centrais do Japão, da Europa e dos EUA já injeta-

Aos vencedores, a cova CARLOS ORCESI DA COSTA

U

ma triste circunstância marcou o lançamento da mais nova campanha da cidadania: a morte de sete tricoteiras do Sindicato das Pensionistas do Rio Grande do Sul, que vinham a São Paulo para o lançamento do Movimento Nacional contra o Calote Público. Elas e dois advogados morreram no acidente do Airbus da TAM no último 17 de julho. Em razão disso, o lançamento da campanha contra a PEC-12 (projeto de emenda constitucional do senador Renan Calheiros) foi adiado para ontem no triângulo da FIESP. Ao caos aéreo se soma esta velha e repetida tragédia que é o assalto do Estado brasileiro ao bolso de seus indefesos cidadãos. União, Estados e Municípios que – com raras exceções, entre as quais a Cidade do Rio de Janeiro – tomam a propriedade alheia sem pagar. Não cumprem leis ou contratos e, mesmo condenados em última instância pela Justiça, não se abalam, ainda que a Constituição Federal diga ser "obrigatória a inclusão no orçamento... de verba necessária ao pagamento de seus débitos oriundos de sentenças transitadas em julgado" (art. 100, § 1º). Como qualificaria o leitor o fato de qualquer pessoa entrar em sua casa e fosse apanhando uma TV de plasma, um computador, quiçá o automóvel estacionado na garagem, indo depois tranqüilamente embora. Roubo? Exagero; na ação do Estado não há violência, antes desapropriação a bem do "interesse público". Seria talvez furto? O Estado é então acionado na Justiça e, após vários anos, condenado. Mas continua sem pagar, sacudindo o ombro à autoridade desarmada do Judiciário. Se não é roubo nem furto será apropriação indébita? Ou estelionato? O presidente Alencar Burti, da ACSP, que é comerciante, se lhe entrassem na loja e lhe tomassem as mercadorias, provavelmente chamaria a polícia. O presidente da OAB-SP, Borges D’Urso terá melhores condições de apontar o "tipo" jurídico. Quer dizer: alguma coisa é! Se alguém se recusa a pagar por

algo que tomou ou subtraiu, "calote oficial" seria o mais leve eufemismo para não se perder a ternura. Se nada acontece quando o Estado descumpre contratos e, principalmente, quando desapropria a casa aonde mora o cidadão, chegamos ao limite ético. Não, ainda não!! A PEC-12, esta sim é o fundo do poço em termos de imoralidade. Basicamente substitui o regime da "inclusão obrigatória no orçamento" por um "regime especial optativo" em que União, Estados e Municípios deverão destinar 3% de suas despesas primárias do ano anterior com tais pagamentos - 70% dessa quantia será destinada a leilões "fora da ordem cronológica", em que o Estado pagará àqueles que oferecerem maior desconto; apenas 30% obedecerá a "ordem cronológica".

O

regime premia a fraude e torna oficial o calote. Pior: sequer garante que o Estado não se sentirá mais ainda estimulado a calotear porque, quanto maior sua ineficiência, mais credores oferecerão descontos no leilão dos desesperados. Astricoteiras dos pampas foram recebidas pela governadora Yeda Crusius, que reconheceu o "dever de pagar" e a "vontade de solucionar". Mas a raposa política sentenciou que "não há recursos disponíveis no caixa do estado", ou seja, não pagará um centavo do que deve. Quando a chave do galinheiro foi entregue pelo povo às raposas de todos os graus, a esperança era de que pelo menos alguns direitos básicos fossem reconhecidos: se desaproprias, pague! Se deves, encontres recursos disponíveis! Ledo engano, as raposas detêm a chave do poder e como tal invadem o galinheiro selecionando os pintos apetecíveis. Faz lembrar um clássico do cinema, A Noite dos Desesperados, Oscar de Melhor Filme em 1970: durante a Depressão, nos anos 30, os desempregados se dispunham a disputar concursos de dança em troca de comida, roupas e alguns míseros trocados, vencendo aquele que caísse por último.

A PEC-12 premia a fraude e o calote. É o leilão dos desesperados.

Trânsito livre para multas ÁUREA RANGEL

S

ão Paulo é uma cidade com 15 mil quilômetros de vias e com um Programa de Orientação de Tráfego (POT) em dissonância com a realidade das ruas, onde circulam diariamente cerca de cinco milhões de veículos, número este que tende a aumentar drasticamente ano a ano. Vantagens de financiamento, entre outros motivos, têm contribuído para que as montadoras vendam carro como pão quente. Se por um lado este aspecto é positivo, porque move a economia do País, por outro é preciso ter consciência de que, de alguma maneira, os impostos pesados que chegam aos cofres públicos graças a essas vendas devem ser revertido em melhorias. Assim como a arrecadação com multas, que cresceu 96% nos últimos dez anos, totalizando um montante de R$ 3,2 bilhões. Caso as determinações do Código de Trânsito Brasileiro tivessem sido seguidas à risca, deste total, R$ 3 bilhões teriam sido investidos “(...) exclusivamente em sinalização, engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e educação de trânsito”. Porém, a realidade das vias públicas de São Paulo deixa claro que a norma do CTB passou longe de ser cumprida. O dinheiro saiu do bolso do contribuinte sim, mas não cumpriu sua função de promover benefícios, ficando no meio do caminho. Apesar disso, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo (CET), faltam recursos para implantar soluções viárias compatíveis com o tráfego e as necessidades de segurança de São Paulo. Apenas o setor de fiscalização do órgão opera com tecnologia de ponta para que a arrecadação de multas nunca trace um gráfico decrescente. Multar pode. Radares e lombadas eletrônicas brotam do chão.

Enquanto isso, as vias estão sucateadas. A falta de placas de orientação, de alertas, de semáforos modernos, faixas de solo e outros dispositivos reduzem a fluidez do tráfego e aumentam o índice de acidentes. Nos quilômetros que antecedem a entrada para a Rodovia Castelo Branco, na Marginal do Tietê, por exemplo, caminhoneiros e motoristas de veículos particulares travam uma perigosa disputa por faixas imaginárias, uma vez que a sinalização do solo dali já desapareceu há anos. Em dias de chuva e à noite, a questão se complica ainda mais. A completa escassez destas faixas de sinalização ou a presença destas sem a devida retrorrefletância (componentes adicionados na tinta sinalizatória para promover a visão noturna das demarcações) contribuem para que o motorista paulistano ande às cegas por ruas que pecam também pela má iluminação.

O

presidente da CET, Roberto Scaringella, assegurou, em entrevista à imprensa, que 110 mil metros quadrados de sinalização horizontal serão recuperados nas ruas de São Paulo no segundo semestre. Entre janeiro e junho, apenas 10 mil metros quadrados foram refeitos. O investimento de R$ 90 milhões virá de verba adicional liberada pela Prefeitura. Isso mesmo. Adicional. Como se a CET tivesse passando o chapéu, mesmo diante da entrada de recursos (leia-se multas) que, via de regra, caberia à Companhia. Sem choro nem vela. Verba para melhorar as condições de tráfego existe. Basta cumprir a lei. ÁUREA RANGEL É QUÍMICA ESPECIALISTA EM INFRA-ESTRUTURA VIÁRIA

A arrecadação com multas cresceu 96% nos últimos dez anos

NO VERMELHO

O

nosso DC deu o título exato à situação econômica do mundo. Todos nós estamos no vermelho! No comentário que dediquei à crise americana, tive oportunidade de citar a entrevista do economista Nuno Câmara publicada por O Globo, onde ele dizia que o Brasil mantém grandes investimentos imobiliários e que poderia ser afetado pela crise decretada nos EUA, com os seus títulos imobiliários encalhados nos bancos pelos incorporadores inadimplentes. Mas temos que mudar de opinião, em face da alta do dólar e da queda das bolsas, tanto nos EUA como no Brasil, além de outros países, que seria longo arrolar. Verifica-se, agora, mais uma vez, que a economia americana comanda a economia do mundo e o que entra em crise na união americana repercute fatalmente com mais e menos intensidade no resto do mundo, inclusive com títulos imobiliários para os quais se formaram conjuntos de socorristas na Europa e na Ásia. Vivemos numa só sociedade humana, embora dividida pelas nações que se formaram ao longo do tempo. Uns dependem dos outros, e quando a crise tem o tamanho dos EUA e o vigor da sua economia, nosso risco é maior. O dólar acima da paridade internacional vai encarecer as importações e as exportações, afetando, desse modo, nosso país, que depende dos mercados americanos para manter quentes a importação e as suas exportações.

E

stamos numa outra crise, desigual em relação a de 29, mas não obstante pode ser uma crise de grandes proporções, que pode demorar e arrostar um número não previsto de nações, inclusive do Brasil. O momento é, portanto, de poupança, para suportar os rain days, como dizem os ingleses, vindo a recair sobre as classes menos favorecidas os impactos da desvalorização da moeda internacional e a falta de cotação bursátil dos títulos imobiliários americanos em Wall Street. Vê-se que as economias são paralelas, e mesmo interdependentes, o que leva as autoridades monetárias a um estremecimento mais sensível diante de crises formidáveis como a que está abalando o mundo, levando-o, repetimos, para o vermelho. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR

G O momento

é de poupança, para suportar os rain days, como dizem os ingleses.


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Livros que contam tudo sobre a turma Rita Alves

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TELEVISÃO

2 - LAZER

Os anônimos que desenham a cara de São Paulo

Sem concessões ao piegas. Em 400 episódios.

Regina Ricca

R

ara unanimidade inteligente, o desenho Os Simpsons mantém a ironia dos primeiros anos, embora os traços tenham ficado mais arredondados ao longo do tempo. E a despeito do sucesso tê-lo transformado em uma milionária indústria de licenciamentos, a série conserva a integridade e a verve que a caracterizam, sem fazer concessões a produtos, países ou pessoas. Nas quatro centenas de episódios produzidos, há sátiras a filmes, como Forrest Gump e ET; astros do rock, como Bono Vox e Sting; políticos como Bill Clinton, Tony Blair (foto), a rainha da Inglaterra, esportistas, como Michel Schumacher e Ronaldo. E a maioria ainda colabora, fazendo a própria voz. O ex-primeiro ministro inglês foi até criticado por perder tempo com a brincadeira, em vez de cuidar de assuntos mais sérios. No Brasil, provocou polêmica o episódio O Feitiço de Lisa, da 13ª temporada, que mostra a família no Rio rodeada de mendigos, violência, taxistas malandros e macacos. A secretaria de turismo carioca protestou, mas nada além disso. O fato é que Os Simpsons conquista a todos. Parte da caricatura de uma família de classe média americana para questionar todo tipo de atitude piegas, autoritária e idiota. Não à toa ganhou dezenas de prêmios, entre eles 23 Emmy e a eleição, pela revista Time, de "Melhor programa de televisão do século XX". (LHC)

S

Para fãs e fanáticos

Q

uer descobrir o que Dennis, o Pimentinha tem a ver com Bart Simpson? Ou prefere saber o que um ator da novela Roque Santeiro faz no seriado Os Simpsons? A curiosidade é em relação à cor amarela dos personagens? Essas e outras informações estão reunidas em De Olho em Springfield (Panda Books, 192 páginas, R$ 29,90), do publicitário Johan L. Lagger. O livro conta a história da série, traz detalhes de cada personagem, curiosidades, uma lista com os melhores episódios e um guia completo de todas as temporadas, incluindo episódios inéditos no Brasil. O autor, fã declarado da família amarela, revela que demorou cerca de seis meses para fazer o livro. "Escrevi durante quatro anos para o site 5 Simpsons, então já tinha bastante informação." O amor dele pela série surgiu logo que Os Simpsons estrearam na Rede Globo, no início dos anos de 1990. Loucuras de

fã? Lagger diz que nunca fez nada muito excepcional. "Na época da faculdade eu voltava correndo para casa para assistir ao programa à noite. Também já fotografei um outdoor para colocar no site. E uma vez fui até uma lojinha na 25 de março atrás de um chiclete dos Simpsons. Mas nunca fiz nada muito anormal". Apesar da naturalidade com que declara suas atitudes de fã, o autor não titubeia quando fala sobre os episódios mais chatos. "Quando os Simpsons viram personagens históricos ou bíblicos, fugindo um pouco do normal, como em Histórias Bíblicas dos Simpsons, eu acho meio sem graça." Mas nada que abale a paixão do simpson-maníaco que agora faz a alegria de outros mais com De Olho em Springfield. Leia mais: Os Simpons e a Filosofia, de William Irwin e Mark T. Conard, Editora Madras. Evangelho Segundo os Simpsons, de Mark Pinski. Fonte Editorial.

Matt Groening, o criador: desenho foi exibido pela primeira vez na noite de 17 dezembro de 1989.

Os vizinhos mais próximos

ão Paulo é a terceira maior cidade italiana fora da Itália, a maior cidade japonesa fora do Japão, a maior cidade espanhola fora da Espanha, a maior cidade libanesa fora do Líbano, a maior cidade portuguesa fora de Portugal... Com esse contingente de imigrantes, migrantes e nativos que formam os seus mais de 10 milhões de habitantes, São Paulo resulta em um universo desafiante, provocador, que move muita gente a desbravar sua história, suas disparidades, seu caldo cultural heterogêneo provocado pela diversidade. Foi nessa linha investigativa sobre a miscigenação da cidade que se debruçaram os documentaristas Camilo Tavares, Otavio Cury e Cói Belluzzo, da Mutante Filmes, e o resultado dessa garimpagem resultou no documentário Cosmópolis (2005, foto) que será exibido pelo GNT neste domingo (19), 0h. Lançado no Festival Internacional É Tudo Verdade em 2005, exibido nos Festivais Internacionais de São Paulo e do Rio e integrante da exposição Global Cities, da Tate Modern, de Londres, em 2005, o documentário mostra a complexidade da maior cidade brasileira por meio de 12 personagens que habitam na metrópole, como uma camelô boliviana, um negro campeão de karaokê na Liberdade, um nigeriano, filho de Ogum, que vende produtos africanos, um menino e seus avós muçulmanos, judeus e japoneses, um pedreiro que atuou na construção do Edifício Copan ou dois poetas nordestinos de rua. Gente que representa a cultura híbrida que marca a cidade desde a sua origem e que testemunha e protagoniza sua transformação urbana. “Escolhemos algumas características da cidade, como a velocidade, a miscigenação e a transformação, e fomos atrás de personagens que dialogassem com esses quesitos”, conta Otávio Cury, um dos diretores do filme. Segundo Otávio, a procura ocorreu basicamente nas ruas do centro da capital, mas alguns personagens, como um ex-tenor de ópera dono de uma loja de material elétrico, foram ‘descobertos’ por intermédio de de livros. “Lemos sobre ele em um livro sobre o Brás, e saímos pelo bairro perguntando sobre seu paradeiro, até que o achamos.” Além de dar voz a esses personagens, Cosmópolis traça um paralelo entre a história da cidade e o universo privado desses habitantes, utilizando-se também cenas de arquivo, fotos antigas e de depoimentos de observadores sobre o crescimento da metrópole. “O filme ficou com a cara de São Paulo, essa cidade confusa, cujos personagens entram e saem e depois voltam, e surpreende pelas histórias que se cruzam, de personagens sem relação. Mas São Paulo é isso mesmo. Nesse caos aparente, tudo parece estar ligado”, afirma Otávio Cury.

Em sentido horário: Barney Gumble; Sideshow Bob; Edna Krabappel; Chefe Wiggum; Waylon Smithers; Apu; Snowball II; Ajudante de Papai Noel e Milhouse.

RESPONDA E GANHE A CAIXA DA 10ª TEMPORADA! (Atenção: este desafio é dedicado a você, fã e estudioso dos Simpsons.) 1

Qual a primeira banda a aparecer na série?

2

Quem é a criatura fluorescente que Homer pensa ser um alienígena no episódio Arquivo S?

3

No episódio Homer, o Herege, ele encontra Deus em pessoa. Uma particularidade

Apu Nahasapeemapetilon, indiano dono do mercadinho. Tem oito filhos.

anatômica no criador chama a atenção. Qual é? 4

Quem serviu de inpiração para Matt Groening na criação dos nomes dos personagens da família Simpson?

5

Qual e como é o episódio e em que aparece na série o peixe de três olhos?

6

O que diz o cartão que Homer mantém no bolso, para jamais esquecer?

7

Por que os personagens são amarelos?

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Do que são esses títulos: Skinless in Seatle; Why do Fools Fall in Lava e Scar Trek?

9

No episódio Lisa Rainha da Beleza (1992), a menina acaba em segundo lugar. Quem fica em primeiro?

10

Qual o maior orgulho de Waylon Smithers, assistente do Sr. Burns? Envie para o e-mail concurso@dcomercio.com.br, até quarta-feira, dia 22, uma mensagem com as dez respostas. Ganha quem responder primeiro todas as questões corretamente. Mãos à obra!

Skinner, diretor da escola, namora a professora Edna, mas com mais de 40 anos, ainda é controlado pela mãe.

U

Pop e realeza

ma estrela da música pop e uma da realeza. Escolha a sua e acione seu controle remoto para ver Madonna (acima), no show de sua mais recente turnê mundial, The Confessions Tour, ou Diana, a princesa de Gales, que, mesmo morta há 10 anos, continua a aguçar a imaginação de milhares de fãs com sua história com desfecho trágico. A divertida Madonna estará na tela do canal A&E neste domingo (19), 22h, exibindo sua vitalidade quase cinqüentenária (ela faz 50 em 2008) no palco do estádio de Wembley, em Londres, usando figurinos inspirados nas décadas de 70 e 80 e cantando hits como Hung Up, Sorry, Get Together e Jump. Diana, uma daquelas personagens que dificilmente são deixadas em paz pela indústria literária, televisiva, impressa ou seja lá o que for, está de volta à ribalta, agora sob o pretexto dos 10 anos de sua morte. A princesa protagoniza três documentários no GNT a partir deste domingo (19). Quem Matou Diana?, que mostra as teorias de conspiração envolvendo o acidente em Paris, vai ao ar às 21h. No dia 26, às 21h, entra no ar o inédito O Último Dia de Diana, produzido pela BBC, que reconstitui as 24 horas anteriores ao trágico acontecimento num túnel de Paris. Para encerrar, também no dia 26, à 0h, fique com o documentário O Legado da Princesa Diana, que mostra o esforço da família Spencer em proteger seu sobrenome, mas os segredos que vieram à tona acabaram por mostrar que Diana era mesmo uma princesa magoada e deprimida. E sábado (18), 20h30, os fãs do cinema nacional podem assistir de camarote, via Canal Brasil, ao vivo, à noite de premiação do 35º Festival de Cinema de Gramado, que em 2007 terá comentários dos jornalistas Luiz Zanin e Marcos Mello. (RR)


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LAZER - 3

LEITURA Transporte-se ao arco-íris de Oz e ao mundo especial de Graciliano. Peter Andrews/Reuters

Encantadora voz do fantástico e do absurdo

Histórias inesquecíveis de Graciliano Rita Alves

Fotos: Reprodução

A NARRATIVA É MÁGICA. E AMÓS OZ É O SEU PROFETA. Renato Pompeu

amar a vida de todos os seres vivos como se ama a vida de si próprio. Amós Klausner mudou na adolescência, depois do suicídio de sua mãe e depois de ter abandonado o lar paterno em Jerusalém para ir morar num kibbutz, o seu sobrenome para Oz, que significa "força", em hebraico, mas é também o nome do país imaginário que fica "além do arco-íris". Na Bíblia, o profeta Amós diz, aos habitantes dos reinos de Israel e de Judá: "Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Gaza, e por quatro, não retirarei o castigo; porque levaram em cativeiro todos os cativos para os entregarem a Edom. Por isso porei fogo ao muro de Gaza e ele consumirá os seus palácios" E, como profeta, Amós Oz desde

Não se pode tratar esse livro como uma requintada alegoria do conflito entre judeus e árabes, ou de qualquer outra situação humana.

cedo se tornou um militante pela paz entre israelenses e palestinos, para pôr fim a um conflito que hoje, como nos tempos bíblicos, é particularmente agudo na Faixa de Gaza. Mas, se é uma figura polêmica em Israel por seus escritos políticos, Amós Oz goza de unanimidade mundial, como o mais importante romancista e contista de seu país, traduzido em trinta idiomas; em português, se encontram, por exemplo, Pantera no Porão e A Caixa Preta.

Está indicado ao Nobel desde 2002. Oz domina todas as técnicas e todos os domínios de seu ofício, mas não é um refinado artesão, como muitos dos bons escritores em todo o mundo – e sim um artista, um escultor mágico de palavras e frases. Dito de outro modo, sua obra não recria o mundo, não reflete simplesmente o mundo humano, e sim cria um mundo novo, para além não só do arco-íris, como também para além da imaginação. Nessa fábula sobre crianças e adultos, animais e gênios do bem e do mal, ele literalmente nos transporta para um outro mundo, para um país que pode ser o País de Oz, que fica do outro lado do arco-íris e é assombrado por um mágico. Não se pode tratar esse livro como uma requintada alegoria do conflito entre judeus e árabes, ou de qualquer outra situação humana. A obra tem vida própria, cria um mundo exclusivamente seu, independente de qualquer referência externa, autônomo e auto-explicativo. Pode ser fruída por qualquer ser humano em qualquer tempo e em qualquer lugar, mesmo que não tenha nenhum conhecimento a respeito do Oriente Médio em geral e, em particular, do conflito entre israelenses e palestinos. Em suma, é uma obra de grande arte, independente de qualquer partidarismo, tal como o são as tragédias gregas, o Livro dos Cantares dos antigos poetas chineses e As mil e uma noites dos islâmicos. Amós Oz, em vida, já é um clássico. Renato Pompeu é jornalista e escritor, autor do romance-ensaio O mundo como obra de arte criada pelo Brasil, Editora Casa Amarela.

Cesária: atenta aos deslizes de Alexandre. E o trio de ouvintes do sertanejo. Todos ilustrados por André Neves.

CHORO

Arquivo DC

N

ão é à toa que o escritor israelense Amós Oz, nascido em 1939, autor deste fabuloso (em todos os sentidos) De repente, nas profundezas do bosque, lançado no Brasil pela Cia. das Letras, tem o prenome de um profeta bíblico e o sobrenome de um país mágico. Pois ele cria, neste livro que vai agradar o coração tanto de crianças como de adultos, um mundo fabuloso – uma aldeia em que não existem animais de espécie alguma, em que uns poucos habitantes afirmam que os animais existiram no passado e em que a maioria das pessoas defende que os animais não passam de seres mitológicos – no qual a magia de uma narrativa fascinante se combina com um tom profético, quase apocalíptico. É uma delícia ler esse livro encantador, traduzido de maneira perfeita por Tova Sender e que fascina pela pureza formal dos sucessivos brilhos da narrativa, em cuja leitura se fica em estado de permanente suspense, sempre com ansiedade de saber como a próxima frase vai desfazer o mistério anunciado pela frase que se está lendo no momento. Ler esta fábula é uma sucessão de êxtases; quem lê se vê alvejado por frissons encadeados uns nos outros. Do livro se pode dizer que é literalmente eletrizante; de Amós Oz, que é um escritor que, literalmente, sabe escrever em todos os sentidos da palavra, como poucos de seus colegas. Se seduz pela forma, a obra se torna ainda mais profunda pelo conteúdo, porque se fica permanentemente querendo saber o que o autor, no fundo, está querendo dizer – e talvez, ao que parece, seja que se deve

Q

uem já ouviu a expressão "história de pescador" vai lembrar dela ao conhecer Alexandre. O "Forrest Gump" do sertão nordestino é o personagem principal do livro Histórias de Alexandre (108 páginas, R$ 20), escrito

pelo alagoano Graciliano Ramos (1892-1953). A obra, publicada pela Editora Record, volta a ter uma edição dedicada ao jovem e traz ilustrações do artista André Neves. A figura de Alexandre com seu típico olho torto, sua velhice e magreza tomou uma forma marcante pelos desenhos do ilustrador. O protagonista da história é conhecido no sertão por ser um "contador de causos". Seus relatos fluem com pitadas de absurdo e fantástico. E ai de quem duvidar deles! Os eventuais deslizes de uma ou outra narração têm sempre a intervenção da esposa Césaria, que chega no momento certo para confirmar o que o marido diz. Sentado no banco do alpendre, Alexandre conta histórias da mocidade com um talento todo especial. Na época o rádio e a televisão ainda não existiam, fato que transforma as histórias do homem de olho torto na melhor distração das pessoas. E a quantidade de interessados não é pequena. Um cantador de emboladas, um cego, um curandeiro e uma benzedeira estão entre os ouvintes cativos do sertanejo. Quem resiste a descobrir como Alexandre conseguiu amansar uma onça pintada? O valente também já calçou uma cobra achando que fosse uma bota. "As minhas histórias são exatas", declara para quem fizer mau juízo dele. E se o leitor duvidar delas, perceberá que esse "simplório" contador de casos com alma de pescador tem sempre razão.

Talento bem temperado

O

projeto Roda de Choro, criado por instrumentistas talentosos, teve origem na Virada Cultural deste ano. E esquentou. Vem produzindo espetáculos animados como os que serão apresentados neste fim de semana em São Paulo. Reúne o bandolinista Danilo Brito (organizador do evento), os violonistas Luizinho Sete Cordas e Alessandro Penezzi, o

percussionista Léo Rodrigues, o clarinetista Alexandre Ribeiro e o cavaquinista Milton Mori. Esse pessoal recebe convidados da pesada. Participam: Toninho Ferragutti (acordeom), sexta (17); Laércio de Freitas (piano), sábado (18); e Carlos Malta (flauta, pife e sax, na foto) e Ricardo Herz (violino), domingo (19). Como a proposta é improvisar e gerar

um belo happening, os músicos não antecipam o programa. (Promessa: atender a pedidos do público.) Quem estiver presente certamente curtirá boas surpresas. Auditório Ibirapuera. Parque do Ibirapuera, portão 2. Tel.: 5908-4299. Sexta (17), 21h; sábado (18), 20h30; domingo (19), 17h. R$ 30.


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Antonio Cruz/ABr

Polít ica LYRA E RENAN VÃO PARA O TIROTEIO

A situação de Renan piorou. Romeu Tuma, corregedor do Senado

'Hipócrita', 'bajulador' e 'mau caráter', disparou o usineiro João Lyra, em carta aberta a Renan. 'Quem o acusou de crimes não fui eu, e sim a Justiça Pública', revidou o presidente do Senado, em nota.

E

Tamanha é a sua hipocrisia, que fosse eu o malfeitor revelado em suas palavras, como explicaria à Nação terme recebido no Gabinete da Presidência da República, quando passageiramente assumiu o cargo? João Lyra

Olavo Calheiros também já foi notificado

O

s deputados Olavo Calheiros (PMDB-AL) – irmão do presidente do Senado, Renan Calheiros – e Paulo Magalhães (DEM-BA) foram notificados ontem sobre a representação que pesa contra eles no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, na Câmara dos Deputados. Os dois são acusados de fraudes em licitações públicas investigadas pela Polícia Federal durante a Operação Navalha. Na quarta-feira da semana passada, o presidente do Conselho, Ricardo Izar (PTB-SP), definiu os relatores dos processos. Contra a representação de Olavo Calheiros o relator será o deputado Sandes Júnior (PR-GO) e contra Paulo Magalhães, será o deputado Moreira Mendes (PPS-RO). A partir da notificação, os deputados têm o prazo de cinco sessões do plenário para apresentarem suas defesas por

escrito e a relação de testemunhas que serão ouvidas no Conselho. No dia 17 de maio, a Operação Navalha, desencadeada no País pela Polícia Federal, prendeu 47 pessoas suspeitas de fraudes e licitações em obras públicas. O empresário Zuleido Veras, dono da construtora Gautama, é acusado de ser o chefe da máfia das obras. Ele e seu filho, Rodolpho Veras, foram presos durante a operação, mas atualmente estão em liberdade por força de habeas corpus. Além deles, foram presos também políticos como o exgovernador do Maranhão, seu filho e dois sobrinhos do governador atual do Estado, Jackson Lago. O ex-ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, renunciou após ser acusado de receber propina de R$100 mil da construtora. (AE)

m carta aberta distribuída aos órgãos de imprensa, o usineiro e ex-deputado João Lyra se defende das acusações feitas contra ele por seu ex-sócio e presidente do Senado, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), cobra explicações à Nação e o chama de "hipócrita", "bajulador", "de máformação de caráter" e de lhe fazer "calúnias". Renan, por sua vez, devolveu na mesma moeda e em carta aberta afirmou que Lyra é acusado de "vários homicídios, inclusive crimes de mando". Na carta, de duas páginas, João Lyra afirma que "tamanha é a hipocrisia" da atitude de Renan Calheiros, que, se ele (Lyra) "fosse um malfeitor" como diz o senador, "como é que este explicaria à Nação o fato de ter sido recebido no gabinete da Presidência da República quando assumiu o cargo de presidente interinamente?". Já o senador explicou que, à frente da Presidência da República, em substituição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao vice, José Alencar, recebeu toda a bancada alagoana, sem exceções, e atendeu aos "insistentes apelos" do usineiro para ser fotografado ao lado dele. Renan diz que, à época, João Lyra "implorava" pelo seu apoio para sua candidatura a governador. "Só estivemos juntos em palanque nas eleições de 1986, há, portanto, 21 anos, quando ainda não havia indícios, senão certeza, de que João Lyra era de fato um fora da lei. Para o governo de Alagoas apoiei o meu honrado e fraterno amigo, o então Senador Teotonio Vilela. Derrotado repetidamente nas eleições majoritárias que disputou, João Lyra passou a me atacar diariamente. Basta ver as 60 últimas edições do jornal de sua propriedade, agora nas mãos de um laranja", rebateu. O usineiro insiste: "Ele (Renan) tampouco tem como explicar à Nação brasileira por que, quando era ministro da Justiça e até há bem pouco tempo, como senador, banqueteava-se pelos céus do Brasil em minhas aeronaves, sem qualquer pagamento". E ainda pergunta: "Será que Vossa Excelência, sendo a reserva moral que prega ser, se verdadeiramente o fosse, aceitaria receber tantas e tamanhas vantagens indevidas de um contumaz criminoso? Evidente que não. Basta, senador. O silêncio tumular de Vossa Excelência a respeito dessas indagações

Recibos não provam origem do dinheiro

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s extratos bancários da jornalista Mônica Veloso, que estão desde ontem sob análise do Instituto Nacional de Criminalística (INC), não comprovam que o dinheiro que ela recebeu do lobista Cláudio Gontijo provém da renda do presidente do Senado, Renan Calheiros, a título de pensão alimentícia. Com datas e valores de depósitos na conta da jornalista, os extratos, segundo uma autoridade com acesso às investigações, só serviram para "refinar" a constatação do INC ao longo de dois meses de perícia nos documentos do senador. Renan responde a processo por quebra de decoro no Conselho de Ética do Senado, sob a acusação de ter despesas pessoais bancadas pelo lobista, que trabalha para a

empreiteira Mendes Júnior. Praticamente pronto, o laudo passa pelas últimas checagens e, segundo a Polícia Federal, responderá de forma técnica e objetiva aos 30 quesitos formulados pelo Senado. Prós e contras – No conjunto, o documento é desfavorável ao senador porque foram detectadas notas fiscais frias, emitidas por empresas inidôneas e identificadas inconsistências na comprovação da origem das rendas do senador. Mas há pelo menos duas respostas favoráveis a Renan. O preço do gado que ele diz ter vendido está dentro do valor de mercado e não foram identificados sinais de superfaturamento, como se especulou. Ficou também demonstrado que Renan tinha recursos suficientes para arcar com a pensão paga

à jornalista – com a qual tem uma filha de três anos –, de abril de 2004 a dezembro de 2006, totalizando R$ 418 mil. Com base no laudo e outras provas, o Conselho decidirá se houve quebra de decoro, o que implica na cassação do mandato do senador e na suspensão dos direitos políticos. Em contrapartida, não ficou comprovado se de fato ocorreram as operações de venda de gado, com as quais Renan alega ter faturado R$ 1,9 milhão em quatro anos. Os documentos que sustentam os negócios seriam inconsistentes. O INC também não conseguiu reunir provas de que a fortuna acumulada por Renan desde 2002 provém das suas rendas agropecuárias e do salário de parlamentar, como alega o presidente do Senado. (AE)

somente serve para pôr em caixa alta a deformação moral do seu caráter. Enquanto fuilhe útil, enquanto minha estrutura financeira estava a servi-lo, nunca fui acusado por Vossa Excelência de cometer crimes. Ao contrário, de sua parte era alvo de sorrisos fáceis e bajulações." João Lyra alega que foi sócio de Renan em duas emissoras de rádios registradas, segundo ele, em nome de "laranjas" a pedido do senador. Ataque – "Por crimes, respondem o senhor e sua família. Eu, ao contrário, respondo por desenvolvimento, por geração de empregos e receitas para Alagoas e para o Brasil", disse o usineiro. No final da carta, Lyra afirma que não foi ele o causador das "desgraças" de Calheiros, acusado em dois processos no Conselho de Ética do Senado. "Portanto, não me agrida com calúnias. Foi o senhor mesmo (o causador), e por seus próprios atos. Não me atribua pecados que não tenho. Perca o cargo, mas procure manter um resto de dignidade, se alguma ainda lhe resta". Renan diz que o motivo dos ataques é "um triste retrato da mentira e da hipocrisia". Reafirma que Lyra é acusado de crimes pela Justiça, e não por ele. E destaca: "Nada temo, nada devo, não respondo por crime algum". Eleições – "O povo de Alagoas rejeitou o nome de João Lyra para governar o Estado. Quem o acusou de crimes não fui eu, e sim a Justiça Pública. Escapou, até agora, pelo artifício da prescrição. E ameaçou o Juiz Marcelo Tadeu de morte. O pedido de proteção desse correto magistrado alagoano aos órgãos competentes fala por si só. O Procurador-geral da República mandou apurar esses fatos". O presidente do Senado ainda adianta: "Mas João Lyra dirá suas mentiras requentadas em depoimento que prestará, de forma unilateral e protegido por um séquito de bajuladores, caracterizando a questão local que quer transportar para o plano nacional. Se ele apresentasse o texto integral do documento que entregou à Revista Veja e abrisse os seus sigilos bancários e fiscais, como eu fiz espontaneamente, e comparecesse ao Conselho de Ética para ser inquirido como os demais, estaria desvendada trama que armou contra mim." (Agências)

João Lyra dirá suas mentiras requentadas em depoimento que prestará, de forma unilateral e protegido por um séquito de bajuladores, caracterizando a questão local que quer transportar para o plano nacional. Renan Calheiros

Conselho de Ética analisará terceira representação

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Mesa do Senado decidiu ontem, por unanimidade dos sete senadores presentes, encaminhar ao Conselho de Ética a terceira representação contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). Nesse caso, Renan é acusado de ter registrado em nome de "laranjas" (falsos proprietários) duas emissoras de rádio e um jornal. De acordo com o segundo vice-presidente da Mesa, senador Álvaro Dias (PSDBPR), o que os senadores fizeram foi dar encaminhamento a "uma formalidade", para que o processo corra o mais rápido possível. "Temos que acabar logo com essa novela". O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), que esteve ontem em Alagoas com o usineiro João Lyra, afirmou após tomar um depoimento

de mais de duas horas, que a situação de Renan piorou. Lyra disse ter sido sócio do senador nas rádios e confirmou o uso de "laranjas" no negócio. O corregedor ficará mais um dia na cidade para ouvir hoje Tito Uchôa, primo de Renan, apontado como um dos "laranjas" Na primeira representação, Renan responde por suspeita de ter contas pessoais pagas por Cláudio Gontijo, lobista da construtora Mendes Júnior. Gontijo pagaria pensão a jornalista Mônica Veloso, com quem Renan tem uma filha fora do casamento. Na segunda representação, acatada na semana passada, Renan é acusado de interferir no INSS e na Receita Federal para beneficiar a Schincariol. A empresa teria comprado uma fábrica do clã Calheiros com sobrepreço de mais de 500%. (Agências)

Uéslei Marcelino/ Folha Imagem

Deputado confirma ameaça

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deputado Carlos Willian (PTC-MG) prestou depoimento ontem no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, sobre o processo que seu partido move contra o deputado Mário de Oliveira (PSC-MG), que é acusado de ter contratado dois pistoleiros para tentar matá-lo. O crime seria cometido no dia 21 de junho deste ano, quando Carlos Willian chegasse a Belo Horizonte em um vôo vindo de Brasília. A ação só não foi concretizada, segundo os advogados do político, porque o deputado pegou carona no avião presidencial, que também tinha BH como destino.

Carlos Willian chora ao falar da suposta ação para matá-lo

No início do depoimento, o deputado, que freqüenta uma igreja evangélica, leu trecho da Bíblia pedindo proteção. Chorou e disse que sua vida "está muito ruim" depois do caso ter vindo à tona. O caso veio à tona depois que uma pessoa chamada Odair disse à polícia de São

Paulo que foi chamado por Mário de Oliveira para contratar um pistoleiro chamado Alemão, cujo alvo seria Carlos Willian. Em um segundo depoimento, Odair negou todo o relato anterior. O Conselho trabalha com duas hipóteses: a de tentativa de homicídio ou de uma grande armação. (ABr)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de agosto de 2007

GASTRONOMIA Para chope boa comida alemã: G.u.T.

Informes de espiões José Guilherme R. Ferreira

Fotos: Divulgação

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A Sopa Gulasch e o pastel alemão, um risole de batata recheado com Kasseler, catupiry, chucrute e cebola. E um chope para acompanhar.

ma destemida dupla de espiões "infiltra-se" em vinhedos e adegas de todo planeta, de Bordeaux ao Vale do Napa (até nos vales gaúchos já foi) para escolher uma garrafa de qualidade e colocá-la em oferta na web. O objetivo dos agentes Red (Jason Seeber) e White (Brandon Stauber) é "defender" principalmente consumidores estreantes, perdidos nos intrincados meandros do mundo do vinho. Outra missão: decifrar os códigos de sua linguagem. É evidente que são agentes duplos, já que cooperam com as pequenas vinícolas, pinçando raridades e surpresas. Mas essa estratégia de marketing não é secreta. E eles são bons é nisso. Até parece história em quadrinhos o site thewinespies, criado por Seeber e Stauber, na rede desde 1° de agosto, a

partir de Sonoma County, na Califórnia. Os internautas cadastrados recebem informes diários sobre as pechinchas, assinados pelos agentes em serviço. "Estamos provando vários vinhos brasileiros", antecipa Brandon. No dispatch de ontem, o agente Red descreve sua incursão, como um verdadeiro cowboy, por vinhedos do Vale do Carmel, Monterey, onde encontrou o 2003 Red Rose Hill (Galante Vineyards), 100% Cabernet Sauvignon, que oferece de US$ 30 por US$ 21. Centenas de pequenas vinícolas da Califórnia – de um total de 1.367, segundo o Wine Institute – garantem a saúde dos negócios com vendas pela internet, por meio de clubes do vinho e na boca das vinícolas. Aproveitam o sucesso do enoturismo, que atrai para a região 14,8 milhões de visitantes por ano.

Encontros grandes ou particulares Lúcia Helena de Camargo

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astronomia e encontro. Com base nessa dupla de conceitos, foi inaugurado no final do ano passado o GuT (Gastronomie und Treffen). Instalado na região do agito no Itaim – esquina as ruas Leopoldo de Couto Magalhães com Bandeira Paulista – a casa é a boa pedida para o happy hour depois do trabalho, enquanto se espera o trânsito amainar. Uma porção de Tudo Salsicha (R$ 56,50, foto) vai bem para acompanhar o chope Erdinger (R$ 10) ou Brahma (R$ 4,20). O petisco, que serve várias pessoas, consiste em um combinado de salsicha branca de vitelo (kalbsbratwurst), salsicha branca com manjerona (nürnberger), salsichão (schübling) e lingüiça picante (debreziner), cortadas como aperitivo. Acompanha batatas fritas, molho curry e mostarda com bacon. Há muitas outras opções, pois é vasta a seção de petiscos da carta. O encontro pode ser múltiplo, com

uma turma de amigos, como se vê nos finais de tarde ali, ou um encontro particular, depois que a noite cai e as mesas permanecem à meia-luz. A gastronomia germânica pode ser provada a dois. Quem aprecia massas, pode pedir Flammkuchen, a massa fina crocante, típica da região da Alsácia, com creme de coalhada e variadas coberturas, com preços entre R$ 23 a R$ 30,50. O chef da cozinha, o alemão Tássilo Drosdek, compôs o cardápio usando receitas dos países que fazem fronteira com o sul da Alemanha: França e Suíça. Essa foi a base da empreitada no surgimento da casa, por trás da qual estão os sócios Rafael Val-

divia, Luiz Marsaioli e Walter Gola, donos também dos restaurantes Pobre Juan e JAM Warehouse. Entre as entradas, é obrigatório provar a salada Caçadora, com filé mignon bovino grelhado servido sobre uma torrada, tudo gratinado com presunto cozido e coberto com seleção de cogumelos e queijo Emmenthal ao lado de buquê de folhas. E das delícias que saem da cozinha, o destaque fica por conta dos pratos com molho páprica (entre R$ 28 e R$ 32). Quem aprecia a culinária suíça não pode perder a batatas rösti, conhecidas como batatas suíças, servidas em cinco diferentes versões, acompanhadas de salsichas. Para sobremesa, destaque para a

mousse de coalhada (R$ 12,50) coberta com ragu de amoras, e o Petit Avelã (R$ 13,50), uma tortinha de chocolate e avelã com sorvete de marzipã. Na parte de bebidas, a festa é das cervejas: há weiss, stout, lager e pilsen. E uma breve carta de vinhos, com rótulos alemães e austríacos. Aos sábados, é servida em sistema de bufê a feijoada alemã. Paga-se R$ 35 por pessoa, para comer à vontade, com direito a uma caipirinha e uma sobremesa incluídas no preço. Diariamente, também serve almoço executivo (R$ 28 por pessoa), que inclui entrada, prato principal e sobremesa.

http://thewinespies.com/ http://www.wineinstitute.org/

G.u.T. - Rua Bandeira Paulista, 812, Itaim Bibi, tel.: (11) 30731417. Funciona de segunda a sexta, das 12h às 15h e das 17h à 1h; no sábado, começa meio dia e não fecha, até 1h da madrugada. Nos domingos e feriados, abre ao meio-dia e serve até meia-noite.

Ambiente sofisticado, com iluminação indireta e área para espera, usada para tomar um drinque enquanto a turma – ou o par – não chega.

DANÇA

Vertigens de uma borboleta Rita Alves

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BOA LEMBRANÇA Sabores do Brasil

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Flammkuchen Peperoni, massa típica servida no G.u.T., guarda parentesco com a pizza, mas a iguaria alemã é mais crocante que as redondas tradicionais.

e segunda (20) a domingo (26) acontece o Festival São Paulo Bom de Mesa 2007. Promovido pela Associação dos Restaurantes da Boa Lembrança, chefes de cozinha do País vão cozinhar em 11 restaurantes da capital e do interior. O objetivo é divulgar as cozinhas regionais. E quem comer em um dos restaurantes, pode levar o prato decorativo. Participam Amadeus, Cantaloup, Empório Ravioli e outros. www.boalembranca.com.br.

como no chão, tudo ao ritmo de ma borboleta vai libertarse de sua crisálida em cima instrumentos de sopro, cordas, teclados e percussão ao vivo. Em do palco do Teatro Alfa. cena, sete acrobatas-trapezistas e Mas ninguém precisará esticar o quatro músicos participam da pescoço ou fazer qualquer outro história do inseto. É o encontro esforço extra para acompanhar a da brincadeira do circo com o mudança. A cena, que convida à fascínio da dança. A anarquia contemplação, faz parte do espetáculo Le Vertige du Papillon, em daquele estimula o movimento ordenado desta. cartaz a partir desta sexta (17), pela Em 2002 o grupo já pensava em Cie. Feria Musica, da Bélgica. fazer um projeto O grupo, que envolvesse a sediado em abordagem Bruxelas, foi criado original das em 1995 pelo diversas técnicas trapezista Philippe aéreas e também de Coen e pelo servisse de ponto compositor Benoît de partida para Louis. A junção não novas pesquisas poderia resultar acrobáticas e em outra coisa. A coreográficas. dupla uniu suas Com a ajuda da habilidades, coreógrafa Fatou aperfeiçoou seus Traoré, a idéia foi espetáculos e hoje concretizada e em mostra ao público janeiro de 2004 o da cidade uma Cie. Feria espetáculo que montagem que Musica: conta a história de mescla artes quedas e vôos uma borboleta fez circenses, música na história do a sua estréia. e dança. inseto Agora é a vez de o No palco, o público de São Paulo encantar-se mundo descoberto pela novata com os seus vôos. borboleta é repleto de cores vivas. Ao mesmo tempo, acompanha uma Teatro Alfa. Rua Bento Branco certa tensão, traduzida na forma e de Andrade Filho, 722, Santo no ritmo da coreografia. Além desta, Amaro, tel.: 5693-4000. Sexta e o clima apreensivo é permeado por sábado, às 21h e domingo, efeitos cênicos. A movimentação às 18h. Ingressos: de dos artistas acontece tanto no ar R$ 40 a R$ 90.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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número de mortos pelo terremoto de 8 graus na escala Richter que devastou várias cidades no sudoeste do Peru e levou o governo a declarar estado de emergência já supera 500 pessoas, de acordo com o último balanço de vítimas entregue ontem pelo comando do Corpo de Bombeiros do país. Os feridos passam de 1,6 mil. A ONU alertou que o número de mortos deve subir ainda mais nas próximas horas, já que os trabalhos de resgate ainda estão em curso. A se confirmarem os números, esse tremor que durou apenas dois minutos pode ter sido o mais mortífero a ocorrer no país nos últimos 37 anos. Em 1970, um terremoto de 7,5 graus causou 70 mil mortes. A magnitude do sismo, cujo epicentro se localizou a 40 quilômetros de profundidade no Oceano Pacífico — e cerca de 150 Km de Lima, perto das cidades de Ica e Pisco —, foi elevada pelo Centro de Geologia dos EUA de 7.9 para 8 graus. Ao menos 330 terremotos de menor magnitude ocorreram após o impacto do início da noite de quarta-feira, complicando os esforços de resgate. A região mais atingida foi a da cidade de Ica, com cerca de 120 mil habitantes — 80% das edificações foram destruídas. A vizinha Pisco, localizada 200 quilômetros ao sudeste da capital do país, Lima, também foi fortemente atingida. O tremor abriu rachaduras em estradas e interrompeu o serviço de energia e telefones. A Cruz Vermelha do Peru demorou sete horas e meia para chegar a Ica e Pisco por causa dos danos nas rodovias. O prefeito da cidade de Pisco, Juán Mendoza, informou que pelo menos 200 pessoas foram soterradas nas ruínas de uma igreja, onde assistiam a uma missa. "Não temos eletricidade, água, comunicações. Muitas casas desabaram. Igrejas, hotéis, lojas. Tudo foi destruído", lamentou Mendoza. Outras 17 pessoas morreram dentro de uma igreja em Ica, segundo a emissora "Canal N". A igreja histórica Señor de Lurén, também em Ica, foi derrubada pelo sismo e pelo menos 57 morreram. (Agências)

sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de agosto de 2007

Jaime Razuri/AFP

Internacional

8 GRAUS, 500 MORTOS

Tremor de 8 graus na escala Richter atinge sudoeste do Peru, deixa ao menos 500 mortos, 1,6 mil feridos e milhares de desabrigados. Cidades de Ica e Pisco estão sem água e luz e estradas foram destruídas pelo sismo Olivier Morin/AFP

Brasil enviará 46 toneladas de alimentos

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aíses e organizações internacionais iniciaram ontem o envio de ajuda às vítimas do terremoto que atingiu o Peru e matou ao menos 500 pessoas. O Brasil enviará 46 toneladas de alimentos, informou o Ministério da Integração Nacional, em ajuda pedida pelo Peru ao Itamaraty. O governo da Colômbia anunciou que enviará 20 toneladas de remédios, água potável e alimentos, além de 20 trabalhadores especialistas em resgates. A ONU informou que enviará US$ 1 milhão em ajuda, de várias agências da entidade, enquanto a Cruz Vermelha Internacional enviará US$ 205 mil de um fundo de emergência. A União Européia anunciou US$ 1,3 milhão em ajuda de emergência. O governo da Itália anunciou uma ajuda de emergência de US$ 268 mil; e o governo dos EUA estuda qual medida tomará. (AE)

Leve tremor assusta A ESCALA DA MORTE Criada em 1935 por dois sismólogos na Califórnia, a Escala Richter bairro de calcula a magnitude (ou quantidade de energia liberada) do terremoto a partir deu seu ponto de origem, ou epicentro. A escala Manaus vai de 1 (sentido apelas pelos sismógrafos) a 9, o mais devastador

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onsiderado devastador pelos especialistas, o terremoto que sacudiu o sudoeste do Peru foi sentido até no Brasil, em Manaus, no bairro mais alto da cidade, chamado Aleixo. A Defesa Civil local informou que recebeu duas ligações de moradores de dois prédios, após sentirem um tremor de 20 segundos por volta das 20h da quarta-feira (horário local). Os prédios foram esvaziados, e uma checagem realizada não constatou nada de anormal. Na capital peruana, Lima, 150 quilômetros ao norte do epicentro do sismo, apenas uma morte foi reportada. Cientistas dizem que o terremoto que abalou a costa peruana foi "gigantesco", um tipo de sismo semelhante ao registrado no final de 2004, no fundo do Oceano Índico, que gerou o tsunami que devastou as costas de países asiáticos. O medo de uma tragédia parecida fez o governo local divulgar um alerta de tsunami, cancelado horas depois. O terremoto ocorreu em uma falha onde a atividade sísmica é das mais fortes no planeta, entre as placas de Nazca e da América do Sul. A última vez que um terremoto de magnitude superior a 7 graus atingiu o Peru foi em 2005, quando ocorreu um choque de 7.5 graus no leste do país. O t re m o r m a t o u q u a t ro pessoas. Em 2001, um terremoto de 7.9 graus atingiu a cidade de Arequipa, no sul, e matou 71. (AE)

Jaime Razuri/AFP

Martin Mejia/AP

Família aguarda socorro na rua após ver a casa ser destruída pelo terremoto na cidade de Canete Jaime Razuri/AFP

Peruana chora ao identificar corpo de parente

Enrique Castro Mendivil/Reuters

Em Callao, famílias improvisaram camas nas ruas

A cidade de Pisco foi uma das mais devastadas pelo tremor de 8 graus


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Durante uma semana, Clube A Hebraica abre espaço para mostra de esculturas, pinturas, mobiliários, jóias... VISUAIS

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Reflexões do geógrafo Milton Santos e do sociólogo Betinho. E a refilmagem de um terror clássico.

CINEMA

sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de agosto de 2007

Milton Santos ou o Mundo Global Visto do Lado de Cá: aula de cidadania

Cidadãos do mundo Rita Alves

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ilton Santos ou o Mundo Global ubble (Há-Buah, Israel, 2006, 117 minutos). Visto do Lado de Cá (Brasil, 2006, 89 Em um bairro descolado de Tel Aviv três minutos). O documentário, dirigido jovens israelenses dividem um apartamento. Noam por Silvio Tendler, aborda o tema da globalização é vendedor de discos, Yali, gerente de Café, e Lulu, sob uma perspectiva da periferia. A base é uma vendedora em loja de cosméticos. O trio leva uma entrevista de 2001 feita pelo diretor com o vida comum e dá preferência à vida amorosa. Mas a geógrafo Milton Santos, um dos principais chegada do palestino Ashraf muda a rotina deles. expoentes do pensamento brasileiro do século Noam acaba se apaixonando por ele, depois de um XX. Durante o bate papo ele manifesta todo o seu incidente num posto de controle de Naplouse. ideário político e cultural, Divulgação além de explicar que a informação é o coração da globalização. Silvio Tendler conheceu Milton Santos quando dirigia o média-metragem Josué de Castro – Cidadão do Mundo. O brilhantismo do geógrafo impressionou o diretor, que já que se considerava leigo em questões de geografia. Partindo dessa entrevista o documentário expõe um pensamento sobre a globalização necessária e A Morte Pede Carona: medo em refilmagem do clássico de 1968 desejada. Suas idéias são sobretudo uma aula de cidadania. Imagens de arquivo, entrevistas, Morte Pede Carona (The Hitcher, EUA, 2007, filmagens atuais, computação gráfica e a trilha 84 minutos). Dave Meyers dirige essa sonora completam o documentário. Estréia em refilmagem do clássico de 1986 de mesmo nome. O São Paulo e Rio de Janeiro filme conta a aterrorizante trajetória de Grace rês irmãos de Sangue Brasil (Brasil, 2005, Andrews e Jim Halsey. O casal de estudantes passa 103 minutos). Dirigido por Ângela Patrícia a ser atormentado por um misterioso homem que Reiniger, o filme é uma homenagem aos dez anos lhes pede carona, John Ryder, também conhecido de ausência de Betinho, conhecido, entre outras como The Hitcher. O tormento começa quando a coisas, como fundador da Campanha Contra a dupla cai na estrada em um carro antigo. A Fome e a Miséria e Pela Vida. O longa retrata a vida intenção é curtir o feriado de primavera, mas a dele e de seus irmãos Henfil e Chico Mário, viagem prazerosa vira um pesadelo quando eles brasileiros que fizeram da solidariedade a sua encontram John Ryder pedindo carona. Já no grande arma na luta pela vida. O filme também primeiro contato de Ryder com o casal a tensão mostra como suas ações se misturam com a prevalece. Mas esse é só o início do pesadelo. Grace história política, social e cultural do Brasil na e Jim passam a fugir de Ryder e da polícia, sempre segunda metade do século XX. acompanhados pelo medo.

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Salão de Arte 2007 amplia ações e faz até leilão nacional de fotografias Fotos: Reprodução

Peaches and Iznik: obra de Eduardo Bortk exposta no stand 24A.

Destaque para nossos pintores do século XIX

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sculturas, pinturas, mobiliários e objetos estarão reunidos no Salão de Arte 2007 que acontece no Clube A Hebraica entre os dias 20 (abertura para convidados) e 26 de agosto. O evento, organizado por Vera Chaccur Chadad, traz 65 expositores de seis estados, distribuídos em 3,5 mil m². Além das galerias de arte, antiquários e designers de jóias, a edição deste ano inclui novas propostas expositivas como o 1º Leilão Nacional de Fotografias, organizada pelo fotógrafo Emídio Luisi, e uma Sala Especial, elaborada pelo curador Max Perlingeiro, dedicada à pintura brasileira do século XIX. Uma noite de autógrafos também está agendada para o dia 23, às 18h, quando o escritor Alberto Shayo lança o livro Camille Fauré - Limoges Art Déco Enamels - The Geometry of Joy. Na edição de 2007 o público poderá contemplar obras de Antonio Julião, Franz Krajcberg, Cícero Dias, Di Cavalcanti, Vigílio Dias e Abraham Palatnik entre outros. A renda obtida na noite de inauguração e na bilheteria já tem destino certo: a Associação de Assistência à Criança Cardíaca e à

Cômoda francesa, estilo Luís XV.

gratuitas, orientadas nesta edição pelo professor Dalton Sala, historiador e especialista em arte brasileira. Durante os encontros os grupos receberão informações sobre aspectos históricos e práticos do mercado de arte e do colecionismo. As reservas para as visitas guiadas podem ser feitas pelo telefone 3088-2625 ou pelo e-mail info@salaodearte.com.br. (RA) Clube A Hebraica. Rua Dr. Alberto Cardoso de Mello Neto, 115, Jardins, tel.: 3088-2625. Terça a sexta, das 15h às 22h; sábado e domingo, das 13h às 22h. Ingresso: R$ 15.

Salva bilheteira em porcelana da China

Transplantada do Coração - ACTC. Para Vera Chaccur Chadad o desafio de cada edição do Salão de Arte é preservar a essência do evento e dedicar total atenção à movimentação do setor para trazer inovações. "Nossa prioridade é valorizar o trabalho de nossos expositores ao tornar o ambiente cada vez mais adequado às expectativas de colecionadores, público apreciador da arte e parceiros institucionais", diz a organizadora. O evento também conta com visitas guiadas

Bubble: diversão entre jovens quase desconectados da realidade e de conflitos políticos

ebel Gilberto lançou seu terceiro CD. Depois de lançar Tanto Tempo (2000) e outro que tem como título apenas seu nome, ela chega com Momentos. Pleno de sons eletrônicos, ele sai em busca de sons que representam o que se faz e ouve no Brasil, nos EUA, no mundo. Talvez seja pretensão demasiada; talvez não... O certo é que se trata de um desafio e tanto, este ao qual Bebel se entregou. Bebel Gilberto tem em sua música o frescor de quem nasceu para o mundo. Faça genialmente bem ou medianamente razoável, tudo o que vem da

Escultura em madeira de Frans Krajcberg

CD

Bebel Gilberto, com personalidade. Aquiles Rique Reis voz e da alma dessa mulher tem o gosto do prazer pelo fazer. Momentos deixa nítida a busca de um denominador comum que unifique as expectativas musicais de sua criadora. Reflete a personalidade da mulher que mora em Nova York e tem o coração no Rio de Janeiro; traça o mapa do gosto da moça que tem raízes musicais nos morros cariocas e nos becos nova-iorquinos; revela a garota que ouvia, desde pequenina, o que seus pais e tios diziam cantando, compondo. Em onze faixas de Momentos está presente a menininha para quem

português e inglês são a mesma língua. Para cada uma das músicas está reservada a declaração de um instante de sua vida. Autoral, como convém a uma personalidade forte o suficiente para transbordar tentativas de evolução musical, M omentos tem arranjos que sintetizam várias tendências sonoras. Uma verdadeira salada de Bebel; mix mais que perfeito da cantora que quase sussurra as notas e a autora que transborda lirismo em imagens pláci-

das. Suas letras funcionam com a leveza de quem nasceu para confessar sentimentos, às vezes um tanto ou quanto difusos, mas sempre com muito prazer, o que inegavelmente funciona à perfeição para aquela que as cria e canta. Intérprete com boa divisão rítmica, Bebel Gilberto, contudo, vez ou outra, resvala numa respiração ainda imprecisa, o que a faz interromper a letra em momentos inadequados. E a cantora resvala ao pretender interpretar algumas

de suas canções num tom baixo demais para sua extensão vocal – é quando o sussurro que lhe cai tão bem dá lugar mais ao reverber do que às notas das melodias. Estas são simples, feitas para levar adiante as boas idéias musicais que povoam o universo da artista. Entretanto, faz o que faz com tamanha integridade e formosura que cabe a nós, que a ouvimos, a certeza de estar diante de uma compositora e cantora cheia de charme imenso, daqueles para dar e vender. Momentos é para ser ouvido como uma confissão de fé no ofício que Bebel herdou e dele não pretende, e nem

deve, se afastar; foi feito para ela viver cada segundo como se fosse o primeiro de sua vida; para viver cada momento como se antes dele ainda não houvesse vida; para sobreviver a cada sentimento como se ele fosse o instante verdadeiro que determina o preciso início de um alvorecer. Aquiles Rique Reis, vocalista do MPB4, é produtor e apresentador do programa O Gogó de Aquiles na Rádio Roquete Pinto FM do Rio de Janeiro, às segundasfeiras, das 15h às 16h: www.fm94.rj.gov.br


Logo Logo DIÁRIO DO COMÉRCIO

Estou procurando fazer o meu trabalho da melhor maneira possível para que, caso eu não ficque aqui, possa abrir outras portas. É bem difícil eu renovar com essa diretoria.

AE - 04/03/07

Do jogador Edmundo, em entrevista à Rádio Bandeirantes, a respeito da renovação do seu contrato com o Palmeiras.

sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de agosto de 2007

www.dcomercio.com.br/logo/

AGOSTO

2 - LOGO

17 20 anos da morte do poeta, contista e cronista brasileiro Carlos Drummond de Andrade (1902-1987)

P ERSONAGEM

Guardião da beleza

G UERRA

Eles não querem mais viver do ano passado e, se for confirmado que se trataram de suicídio, o número de 2006 subiria para 101. Numa corporação de meio milhão de efetivos, o número de 2006 se traduz num índice de 17,3 suicídios por 100.000 pessoas. Os principais fatores que levaram a suicídios, segundo o relatório, foram fracasso de relacionamentos pessoais, problemas legais e financeiros e estresse do trabalho. Foi também encontrada uma forte relação entre tentativa de suicídio e o número de dias cumpridos no Iraque, Afeganistão ou em países próximos onde tropas participam dos esforços de guerra.

K. Josch/AFP

R ELIGIÃO

Mais barato do que pijama

Pintor russo transformou em missão de vida o talento de reproduzir obras de arte

O

pintor russo Konstantin Ekshibarov, aos 82 anos, não abandona o trabalho que transformou em missão de vida: copiar obras-primas de grandes pintores do Ocidente na tentativa de garantir que o legado, a influência estética e a beleza de sua arte sobrevivam ao tempo e aos homens. Ekshibarov, ex-toxicologista do Exército Vermelho durante a Segunda Guerra Mundial, tomou a decisão de se tornar copista quando viu soldados destruírem obras-primas dos mestres franceses durante o conflito. Desde então, ele passou a criar seus próprios quadros, que se espalham por todas as paredes de sua casa na cidade de Chudovo, a 600 quilômetros de Moscou. São mais de 400 cópias de quadros de Ticiano Vecellio (cerca de 1490-1576), Rubens (1577-1640) e Rembrandt (16061669). O artista diz que não venderá sua obra e quer transformar sua casa num museu.

Fotos: Denis Sinyakov/Reuters

Noventa e nove soldados dos EUA cometeram suicídio em 2006, o mais alto índice nas Forças Armadas desde que os dados começaram a ser computados 26 anos atrás, informou o Pentágono num relatório. Cerca de um terço dos suicídios ocorreram por soldados em missão no Iraque (27) ou no Afeganistão (3). Houve também 948 tentativas de suicídio entre os militares norte-americanos em 2006. O relatório afirma que em 2005 foram 88 os suicídios, o que era o nível mais alto desde 1991, ano da Guerra do Golfo, quando 102 militares da ativa se mataram. Ainda são investigadas duas mortes

I SRAEL

B RAZIL COM Z

'Nova classe média' vai às compras

L

Cruz da Idade Média encontrada em uma lata de lixo em 2004, depois de ter sido roubada pelos nazistas na Polônia. A cruz, com detalhes dourados de folha de cobre, entrou para o acervo do museu Leogand, em Salzburgo.

L IVROS

L

E M

Morte cedeu terreno perante este outro livro de aventuras dedicado ao público juvenil, que ocupa a primeira posição na lista elaborada pelo jornal USA Today. A saga criada por Meyer, que nunca tinha antes chegado à primeira posição nas listas de vendas do país, conta as aventuras de uma adolescente que se apaixona por um vampiro, em livros que misturam fantasia e amor, embora não retrate cenas de sexo nem drogas. "Parece que neste gênero há um vazio de romances nos quais os jovens não consomem drogas ou mantêm relações sexuais", assegurou Meyer.

Kilian Nakamura

Harry Potter sugado por vampiros Uma história de vampiros para adolescentes acabou com o reinado da parte final da saga literária de Harry Potter nas listas de vendas dos EUA, onde o livro de J.K. Rowling ocupa hoje a segunda posição. De magos a adolescentes, essa parece ter sido a mudança de gosto entre os americanos, que esta semana decidiram deixar as aventuras de magia em Hogwarts pelas de sangue e presas oferecida pelo livro Eclipse, da escritora americana Stéphanie Meyer. Após três semanas como o mais vendido na imensa maioria de livrarias do país, Harry Potter e as Relíquias da C A R T A Z

CINEMA

UM LUGAR NA ÁGUA - O fotógrafo Kilian Nakamura publicou em seu blog uma curiosa imagem do verão em Tóquio. No parque aquático Tokyo Summerland, o desafio do último feriado era encontrar um lugarzinho não ao sol, mas na água.

G @DGET DU JOUR

F AVORITOS

Garfo motorizado para espaguete

Alimentação de fibra

Se você gosta de comer espaguete da maneira tradicional italiana, mas não abre mão da modernidade, o Twirling Spaghetti Fork é o acessório ideal. É um garfo motorizado, que funciona com duas pilhas AAA, e enrola sua pasta automaticamente. Em várias cores, e pode ser lavado na máquina. Por US$ 9,95.

Alimente o Papa-Pilhas

A TÉ LOGO

Andrei Bonamin/Luz

Victor Hugo Kamphorst: projeto para atrair a nova geração

serviços. "Depois iremos ampliando", relatou o consultor socioambiental do banco, Victor Hugo Kamphorst, durante reunião da Comissão Socioambiental da Associação C o m e rc i a l d e S ã o P a u l o (ACSP). Trata-se de um projeto de vanguarda do Banco Real que, até final de junho, já havia recolhido e encaminhado para aterros licenciados (existem apenas 52 deles em 5.572 municípios brasileiros)

14,2 toneladas de pilhas e baterias, projetando 70 toneladas até o final do ano. Nessa data, o Real ABN AMRO terá o projeto instalado em todas as capitais e contará com 187 parceiros. A meta até 2010 é chegar a nove mil pontos de coleta, 4,5 mil empresas e 2,5 mil escolas parceiras. Victor Hugo informou ainda que o Real instalará projetos pilotos do Papa-Pilhas na favela de Heliópolis e em 152 escolas públicas, preferencialmente em regiões carentes. Além disso, estará de olho na nova geração de estudantes, de 7 a 15 anos, "onde podemos formar uma nova visão do assunto". Para tanto, promoverá o concurso Papa-Pilhas no ensino médio e fundamental, em 300 escolas a partir de 2008, devendo avançar rapidamente para atingir 750 mil estudantes e 75 mil professores em todo o Brasil. (SLR) www.bancoreal.com.br/papapilhas/

Os pais do "arroba" Um casal chinês tentou dar o nome de "@" para seu bebê, afirmando que o sinal usado em endereços de email representa o amor que os pais têm pela criança. "O mundo inteiro usa o termo para escrever email, mas quando traduzido para o chinês ele significa 'amo ele"', explicou o pai da criança. O símbolo "@" é familiar aos usuários de email chineses, e eles frequentemente usam o termo em inglês, "at", para pronunciá-lo. E quando "at" é desenhado em chinês, tem um som parecido com "ai ta", ou "amo ele" para os falantes de mandarim. L OTERIAS Concurso 246 da LOTOFÁCIL 01

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Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Escândalo da Maleta: governo de Chávez nega demissão a pedido de Néstor Kirchner Furacão Dean, o primeiro desta temporada, ganha força e se aproxima do leste do Caribe

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www.fibrativa.com.br

Brasil consome cerca de 1,2 bilhão de pilhas por ano. A grande maioria composta de substâncias danosas ao meio ambiente, como cádmio e mercúrio. E das mais de 5 bilhões de unidades acumuladas nos últimos cinco anos, apenas 1 bilhão passou pela reciclagem. Para se ter uma idéia, o "ciclo negativo" de uma pilha enterrada em Sorocaba, pode contaminar uma alface plantada a 200 quilômetros de distância. Um grande problema ambiental, se lembrarmos que a cada ano um terço das baterias dos 100 milhões de celulares vão para o lixo. A preocupação com esses resíduos é tão grande, que o banco Real ABN AMRO está investindo só este ano R$ 5,5 milhões no projeto Papa-Pilhas – Programa Real de Reciclagem de Pilhas e Baterias –, que deverá atingir os 479 municípios onde o Real presta

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C HINA

M EIO AMBIENTE

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A empresa Boa Massa, tradicional fabricante de massas e molhos criou uma página na internet com várias informações aos consumidores, sobre alimentos enriquecidos com fibras. O site traz dicas com os produtos da empresa, mas também tem informações sobre a importância do consumo de alimentos ricos em fibras para a saúde, textos que explicam a www.shopatron. diferença entre fibras solúveis e com/product/ insolúveis e outras informações product_id= de saúde. Os internautas também HGW10475/ podem tirar suas dúvidas no site.

O crescimento econômico mais acelerado, a inflação baixa, a expansão do crédito e a liberação comercial estão ajudando a criar uma nova classe média no Brasil, afirmou em sua edição de ontem a revista britânica The Economist, em uma longa reportagem que tem como principal cenário a cidade de São Bernardo do Campo. A revista analisa a expansão do consumo nos países da América Latina e compara, principalmente, Brasil e México. Carros, jeans e computadores são itens que batem recordes de vendas nos dois países. "Grande parte da demanda vem da nova classe média", uma camada social que, diz o artigo, se originou ou ainda vive em favelas e bairros da periferia. O que os caracteriza como classe média: todos têm TV e refrigeradores, quase 50% têm celulares, 30% têm DVD players e 29% têm carros.

www.kilian-nakamura.com

O Fim de Verão (foto) é a atração de hoje da mostra Mizoguchi & Ozu, que traz clássicos do cinema japonês. Centro Cultural São Paulo. Rua Vergueiro, 1000, Paraíso, tel.: 3383-3400, às 18h15. Grátis (retirar ingressos com uma hora de antecedência)

Um uniforme militar do líder palestino Yasser Arafat foi vendido por US$ 50 em um mercado de Gaza, segundo fontes do Fatah citadas pelo jornal The Jerusalem Post. O uniforme foi vendido por desconhecidos e era um dos objetos que membros do Hamas levaram da residência de Arafat após derrotarem forças do Fatah, leais à Autoridade Nacional Palestina (ANP). Fontes da ANP em Gaza não conseguiram encontrar o suposto comprador do uniforme do presidente Arafat, que residia em Ramala, na Cisjordânia, e morreu em 2004. Alguns filiados à ANP acham que a venda do uniforme por um valor tão pequeno pode se tratar de uma piada.

Transexuais podem mudar de sexo pelo SUS, diz Tribunal Regional Federal em Porto Alegre

Concurso 1789 da QUINA 09

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 - LAZER

sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de agosto de 2007

FLERTES COM O TEATRO Sérgio Roveri

N

o gelo, nas alturas ou no gramado. Três espetáculos que estão chegando à cidade (o primeiro deles estréia sexta, 17, e, os outros dois, na semana que vem)

fogem do palco convencional e prometem seduzir o público com performances que combinam equilíbrio, força física, um pouquinho de dramaturgia e muitos

efeitos especiais. Do Rio, vem a companhia Intrépida Trupe que, para comemorar seus 20 anos, criou o espetáculo Metegol, uma declaração de amor ao futebol que leva seus atores a

bater um bolão nas alturas. A CIE Brasil traz dos Estados Unidos Disney On Ice – A Viagem Mágica de Mickey e Minnie, uma grande festa dos personagens dos estúdios Disney

sobre patins. Além dos dois ratinhos, uma gigantesca pista de gelo montada no Ginásio do Ibirapuera vai receber os 101 Dálmatas, a Pequena Sereia e o Rei Leão.

E a China envia para São Paulo seu tradicional Circo Nacional, em que jovens acrobatas e contorcionistas prestam uma grande homenagem à natureza.

SHOW TRUPE

Turma da Disney dança no gelo

Estes batem (mesmo!) um bolão

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Disney on Ice – A Viagem Mágica de Mickey e Minnie, estréia terça-feira no Ginásio do Ibirapuera, Rua Manoel da Nóbrega, 1361, tel.: 6846-6040. Horário: terçafeira, às 20h; quarta-feira, às 21h; quinta-feira, às 15h e 20h; sexta-feira, às 15h e 21h; sábado, às 11h30, 16h e 20h; e domingo, às 11h, 16h e 20h. Ingressos de R$ 30 a R$ 160.

ocorre em um gigantesco tabuleiro de pebolim, no qual os 11 artistas da companhia dão vida aos bonequinhos de madeira do jogo original. E, para provar que a bola continua rolando nas noites de domingo, quando todos os estádios do País já estão fechados, Metegol ainda reproduz algumas cenas dos programas de mesa-redonda da tevê brasileira. A estrutura de Metegol comprova que o espetáculo passa longe de ser um joguinho de várzea. Para manter a bola rolando durante os 55 minutos da montagem, são necessários três quilômetros de corda, praticamente a mesma quantidade de cabos elétricos, 1,5 mil metros de cabos de aço, cem roldanas, quatro motores e 700 manilhas. (SR) Metegol, espetáculo da Intrépida Trupe, estréia sexta (17), no Teatro do Colégio Santa Cruz, Rua Orobó, 277, tel.: 3024-5191. Sexta às 21h30, sábado às 19h e domingo às 16h. Ingressos de R$ 30 a R$ 40.

CIRCO

Acrobacias da China

S

os personagens Lilo e Stitch. O segundo ponto desta jornada é Londres – os 101 dálmatas estão na capital inglesa à espera dos visitantes. O roteiro compreende ainda uma descida ao fundo do mar para algumas aventuras ao lado da Pequena Sereia, um desvio para as savanas africanas, terra do Rei Leão e, antes de voltar para casa, os ratinhos enamorados encontram tempo para uma escala na Terra do Nunca, o território dos Garotos Perdidos de Peter Pan. Os destaques do cenário são um barco de mais de dez metros de comprimento, que serve de moradia para o Capitão Gancho, e uma imensa concha do mar, no interior da qual a pequena sereia e suas amigas assistem a aulas de música. O clima lúdico do show é mantido ainda por 120 saídas de gelo seco. (SR)

Fotos: Divulgação

em o mais fanático torcedor de futebol deve ter imaginado ver em campo uma bola gigante, capaz de acomodar dez pessoas em seu interior – quase um time inteiro. Pois o pessoal da Intrépida Trupe, um dos mais atuantes grupos nacionais a lançar mão das técnicas circenses em seus trabalhos, não apenas imaginou, mas criou este artefato de ferro para o espetáculo Metegol, concebido para comemorar os 20 anos da companhia e, de quebra, homenagear o mais famoso esporte nacional. Depois da estréia carioca e de uma pequena temporada em Belo Horizonte, Metegol dá seu chute inicial hoje no Teatro do Colégio Santa Cruz, que precisou ser reformulado para, pelo menos de sexta a domingo, ficar com um jeitão do Pacaembu. “O futebol já é um espetáculo tão grandioso que nossa intenção não é fazer a reprodução fiel de uma partida”, diz o diretor Ricardo Linhares. “O que nós fazemos é uma representação de momentos clássicos de um jogo”. A cena de aquecimento dos jogadores antes de pisar no gramado, por exemplo, rendeu uma coreografia em que oito artistas do grupo realizam 300 saltos. Metegol foi concebido durante a Copa do Mundo do ano passado. Mais que as partidas em si, foram as fotos dos jogos publicadas pelos jornais que serviram de material de pesquisa para o grupo. Como em toda boa peleja, a participação da platéia aqui é fundamental: no caso de dúvidas sobre a validade ou não de gols e faltas, os atores treinaram uma série de replays e tirateimas para as situações mais polêmicas. Um dos trechos do espetáculo

garotada está acostumada a ver Mickey, Minnie, a Pequena Sereia e os 101 Dálmatas arrebentando nos cinemas, na TV e nas histórias em quadrinhos. Agora, chegou a hora de ver todos eles numa fria – mas no sentido mais aventureiro da palavra. Eles e mais uma série de personagens dos estúdios Disney chegam à cidade na terça (21) como as estrelas do espetáculo Disney On Ice – A Viagem Mágica de Mickey e Minnie, que deve transformar o Ginásio do Ibirapuera num gigantesco roteiro turístico alimentado por toneladas de gelo seco, canhões de luz, quilos e mais quilos de figurino e efeitos especiais. O espetáculo, inédito no Brasil, emprega 41 patinadores profissionais vindos de nove países para recriar sobre o gelo algumas das mais populares histórias criadas pelo estúdio norte-americano. Ao longo de duas horas, o espetáculo mostra uma grande viagem de Mickey e Minnie por cinco destinos mágicos. O gigantesco tour começa por uma parada no Havaí, onde o casal de ratinhos encontra

e a poluição e o descaso ambiental já se revelam um dos grandes obstáculos ao sucesso da Olimpíada de Pequim, há um lado da China que não poderia ser mais politicamente correto. Tratase do tradicional Circo Nacional da China, que chega a São Paulo na semana que vem para uma curtíssima temporada de Natureza, novo espetáculo totalmente inspirado no meio ambiente e na preservação dos recursos naturais.

Em Natureza, o elenco, formado por jovens contorcionistas, acrobatas e bailarinos – todos com menos de 20 anos – inspira-se no visual e no movimento de sapos, macacos, libélulas e papagaios para criar uma ambientação que lembra as florestas do planeta. Os 13 números que o circo chinês promete apresentar na cidade já foram testados e aprovados em seu país de origem. Na última edição da Olimpíada Nacional da China, em

que números circenses também podem se apresentar, 11 cenas de Natureza foram contempladas com a medalha de ouro e as outras duas levaram a prata. O circo representa, acima de tudo, uma rara chance para o público brasileiro assistir às excepcionais performances dos contorcionistas chineses e entender por que eles estão entre os melhores do mundo nesta categoria. Os futuros acrobatas começam seu treinamento aos cinco anos de idade, depois de serem selecionados nas audições que varrem o país. Os escolhidos são

levados para uma escola de acrobacia, dança e esporte mantida pelo circo, na qual só se formam após dez anos de estudos ininterruptos. Somente após esta formação é que eles podem integrar os quadros do Circo Nacional e começar a excursionar pelo mundo. (SR) Circo Nacional da China, estréia quinta (25), na Via Funchal. Rua Funchal, 65, tel.: 3188-4148. Quinta e sexta às 21h, sábado às 16h e 21h. Ingressos de R$ 40 a R$ 150.

ÚLTIMA SEMANA PARA VER "SALMO 91". NO SESC SANTANA. Adaptação de Estação Carandiru, de Drauzio Varella. Av. Luís Dumont Villares, 579. Tel.: 6971-8700. Sexta e sábado, 21h; domingo (19, último dia), 19h. R$ 20.


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de agosto de 2007

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NEIL eu vaio lulla

LIÇÃO PARA WALL STREET

FERREIRA

VAIA PEGA NA VEIA E É MORTAL

V

Timothy A. Clary/AFP

Esqueça a macroeconomia. O que interessa é o dia-a-dia, diz a autora Amity Shlaes.

A queda da Bolsa de Nova York em 1929 não deveria ter levado a uma depressão Por Paulo Brito se transformando em "verdade", como certas lendas urbanas. A hipótese da Amity diz mais ou menos o seguinte: em 1929, a queda da Bolsa de Nova York não deveria necessariamente ter levado a uma depressão. O que havia acontecido era apenas uma queda cíclica, que se transformou num tsunami graças a uma política econômica absolutamente míope. O que o New Deal fez foi na verdade prolongar a depressão. Agora, quase 80 anos depois, é muito difícil imaginar de que modo a América sobreviveu a essa sucessão de derrotas. A sobrevivência está explicada exatamente nesse tipo de história, que ajudanos a entender que não foram as políticas públicas, mas as lutas do dia-a-dia que resolveram a maior parte dos problemas.

ros do bairro do Brooklyn, em Nova York, processados pelo governo por violarem o National Recovery Act (ou NRA).

D

A

mity procurou e encontrou histórias de pessoas que, felizmente, ajudaram a impulsionar o país para a frente - líderes de vários segmentos da população, ou gente que desafiou as leis em nome do bom-senso (The Forgotten Man: A New History of the Great Depression, HarperCollins Publishers, US$ 18,86). Gente como Andrew Mellon - o Bernanke da época, no Federal Reserve B oa r d; como Sam Insull, um investidor de Chicago que teve em sua carreira o título de secretário de Thomas Edison, mas foi execrado porque sua empresa afundou com 600 mil investidores; e desconhecidos como os Schechters, uma família de açouguei-

G O que era uma queda cíclica virou um tsunami, graças a uma política míope

A

questão não é entender se Roosevelt acabou com a Grande Depressão ao lançar o país na II Guerra Mundial, mas por que essa depressão durou tanto tempo, de 1929 a 1940 – parcialmente, porque o país fez foco na macroeconomia e esqueceu do dia-adia das pessoas. Claro, há G O New um certo exagero da autoDeal, na ra ao colocar a economia verdade, como vítima e a política prolongou como vilã. Para nós, o texto seria o crash. inútil não fosse sua abordagem – esse não é um liG Não foram as vro de economia, mas de políticas história; não é cheio de tae gráficos, mas tem públicas belas 12 páginas de fotos. mas as Sua virtude está justalutas do mente em mostrar que dia-a-dia aparências, burocracia e que autoritarismo não consacabaram tróem soluções mágicas, com a especialmente no univerrecessão so econômico, como tantas vezes foi tentado no Brasil pelos governos GA inflação passados – planos e mais planos foram desenhados que corroeu e implantados, e em todos a parte do governo era a o Brasil menos sacrificada, o que também a c a b a v a c o r ro e n d o o s não próprios planos e as exprecisava pectativas.

esse ponto de vista, o caso dos Schechters é emblemático – dois processos contra eles foram abertos pelo governo americano porque em seus açougues eles permitiam que os clientes escolhessem os frangos que queriam comprar e, pior ainda!, praticavam preços baixos – ambas as práticas eram condenadas pelo NRA. Felizmente, a Suprema Corte deu ganho de causa a eles, criando uma jurisprudência que desde então ajudou a orientar a defesa do consumidor nos Estados Unidos. Amity Shlaes rejeita frontalmente a ênfase na política do New Deal como causa central da recuperação americana – ela mostra a agonia dos políticos à medida em que descobrem seus erros e de que modo os presidentes Hoover e Roosevelt falharam ao tentar entender o progresso dos anos 20 e colocaram tantos encargos sobre a nação que prejudica- ter ram os benefícios dos pro- durado quatro gramas do New Deal.

décadas

Brendan McDermid/Reuters

U

ma das coisas mais fundamentais na ciência é a dúvida. Duvidar é fundamental e são as dúvidas que instigam o cientista a formular hipóteses que as desfazem – com o teste das hipóteses ele geralmente constrói um novo conhecimento sobre o assunto. Observar, duvidar, levantar hipóteses, testá-las e lançar novas dúvidas sobre os resultados formam, por assim dizer, o ciclo básico da construção do conhecimento, de modo que a cada ciclo mais conhecimento é gerado e acumulado. Certos eventos, contudo, embora de grande alcance social, parecem ter ficado à margem da observação dos cientistas depois de ganharem um rótulo, como é o caso da Grande Depressão dos anos 30, nos EUA. As causas foram bem conhecidas, e todos sabemos que quem revolveu tudo foi a política do New Deal do presidente Franklin Roosevelt, como está dito nos livros de História da Civilização e de história econômica. Mas, terá sido isso mesmo? A jornalista Amity Shlaes, experiente (e elogiada) colunista de veículos importantes como o Financial Times, o Wal l Street Journal e a agência de notícias Bloomberg resolveu ampliar seu conhecimento sobre o assunto e descobriu que não foi exatamente isso. Embora aos olhos da ciência pareça óbvio que desastres complexos como essa depressão não podem ser solucionados com apenas um remédio, contou-se tantas vezes essa versão que ela acabou

Depois que Wall Street balançou, o New Deal prolongou a depressão.

S

e, de um lado, o liberalismo absoluto pode acabar em desastre, como foi o crack da Bolsa de Nova York, o controle absoluto também pode: a Grande Depressão , apesar de combatida com a sabedoria de homens como John Maynard Keynes, não precisava ter durado 12 anos, assim como a inflação desenfreada que corroeu o bolso dos trabalhadores brasileiros não precisava ter durado quase quatro décadas.

aio lulla, lullistas, lullopetistas, petistas puro sangue, militantes, amigos e simpatizantes, sinistros, encenadores, deputados federais e estaduais, vereadores, prefeitos. É pt, leva vaia. É base aliada, leva vaia. Até mudei meu nome para Neil eu vaio lulla Ferreira. A família da çilva mudou para lulla da çilva. Eu também posso, mudado está. Vaio ao vivo se eles tiverem o azar de cruzar comigo, vaio quando aparecem na tv, quando ouço-os no rádio, quando abro o jornal e vejo suas fotos. Vaio também suas mimadas crias nas escolas, ruas, praças, filas de cinema e teatro, bares, mesinhas de chope, carros com estrelinha vermelha no congestionamento, relaxando e gozando com a nossa cara. Quero vaiar pessoalmente o marcaurélio top-top-top garcia e seu capanga, bruno fuc-fuc-fuc gaspar, pelo desprezo que publicamente demonstraram sentir por nós, o mesmo desprezo que sinto por elles. Vaie você também. Desabafa e enche o saco delles. Vaio shows do inútil gil, sinistro da (in)cultura. Se necessário, pago ingressos caríssimos dos shows que dedica aos excluídos. Todos os excluídos que frequentam seus shows têm grana e roupa para comparecer a esses locais bem povão, tipo Credicard Hall e Tom Brasil. O último a que fui para vaiar, e vaiei à beça, estava lotado de excluídos emplumados no mínimo de Armani a Dolce e Gabana. Reconheci gravatas inglesas exclusivas, calçados da Saville Row de mil libras o par. O sinistro tarso genro estava lá. Marquescista confesso, é adepto do filósofo português Marques, com caderneta no empório da esquina. Quadro importante da revolução proletária, tarso enfeita-se com acessórios italianos e franceses recém-vindos do Paraguai. Não enverga Prada, como o cumpanhero Papa, porque ainda não há Prada paraguaia.

V

aia no lulla e no lullismo é minha arma de legítima defesa, de contra-ataque e sobrevivência. Uso-a como uma AK-47 e sem moderação. Lucy in the sky with diamonds cantaram os Beatles, cantando o LSD. Vaia é o meu LSD, vaio e viajo, vaio e flutuo, vaio e vejo tudo colorido como um arcoiris, vaio e subo ao céu encontrar a Lucy com seus diamantes, vaio e vôo à Cloud Nine pagar uma visita ao George Harrison. Vaia é a felicidade máxima

per capita. Quando não vaio lulla e cambada, fico febril, suo frio, as mãos tremem, as pernas bambas, fico cold turkey, com síndrome de abstinência, viciado que sou - preciso da minha dose salvadora de vaia. Vaiar pega na veia. Na minha, leva o barato ao corpo inteiro, a certeza de ter contribuído para a felicidade geral da Nação. Na delle, envenena o corpo inteiro, elle tremeu com a vaia. Não conseguiu disfarçar, envelheceu cem anos, ficou grogue, amarelou, calou-se, sumiu. Fugiu da raia e da vaia Medalha de Ouro do Pan. Quem vaiou ao vivo, foi ao Calçadão comemorar com a camiseta "Eu vaiei lulla". Que inveja ! Além do lulla, atingido peççoalmente pela vaia, com ferimentos graves e o figo destruído, as hordas lullistas reagiram segundo sua cultura e treino. Papagaiaram palavrões de ordem, "desqualificando" o acontecido. "Foi a zelite", grunhiram, "a granfinada da crasse mérdia", rosnaram, "não foi o povão", latiram, usando os mais pobres como escudo. Covardes, entupiram minha caixa postal de e-mails (cheios de filho da p*), que é a lingua em que ça be m escrever, com nomes e endereços falsos.

O

s escândalos, a roubalheira e a corrupção, como nunca antes se viu nesse país, nem arranharam a couraça de teflon do Rei da Patranha. A vaia fez um estrago nela. Atingido, mordido, baqueou. Nunca imaginou que isso pudesse acontecer. Aconteceu. Vai acontecer mais. Se cruzar comigo vai, que arranje logo um figo estepe. Para vaiar, basta a garganta, a metralhadora portátil que dispara a vaia como uma rajada de balas certeiras. Se cruzar com algum delles, vaia nelles! Sangrarão em vida. Cole no seu carro: Eu vaio lulla. PARABÉNS PORTO ALEGRE, PELA VAIA AO VIVO NO SINISTRO DA (IN)DEFESA. NEIL FERREIRA É PUBLICITÁRIO NEILFERREI@GMAIL.COM

G Escândalos,

roubalheira e corrupção nem arranharam a couraça de teflon do Rei da Patranha. A vaia fez um estrago nela.

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


Ano 83 - Nº 22.441

São Paulo, sexta-feira a domingo, 17 a 19 de agosto de 2007

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição concluída às 23h55

w w w. d co m e rc i o. co m . b r

Masao Goto/e-SIM

Maurício Lima/AFP

Jaime Razuri/AFP

Em 8 dias,

Em 2 minutos,

Bolsas em ruínas

500 mortos

Mercados continuaram a desabar ontem, 8º dia da crise. Ibovespa teve queda de quase 9%, a pior do ano. Mas recuperou-se e fechou em -2,58%. Dólar: R$ 2,093, maior patamar desde março. Índice Nikkei hoje de manhã: -2% E 1 e 3 HOJE Parcialmente nublado Máxima 23º C. Mínima 13º C.

AMANHÃ

Fotos: divulgação

Parcialmente nublado Máxima 24º C. Mínima 12º C.

Para esquecer a semana Divirta-se com os Simpsons. A série estréia nos cinemas. Mais: Minnie (dir.) dá show de patinação no gelo; circo da China; livro de Amós Oz; Salão de Arte; dança, gastronomia e Roda do Vinho.

Terremoto de 8 graus destrói cidades a Sudoeste do Peru (na foto, Pisco), mata pelo menos 500 e deixa 1.600 feridos. É o mais devastador tremor no país dos últimos 37 anos. Abalos provocam rachaduras em estradas e deixam milhares sem água e luz. Pág. 14


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Congresso Mensalão O julgamento STF

Juarez Rodrigues/AE

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de agosto de 2007 Divulgação/STF

Sou radicalmente contra o foro privilegiado. Joaquim Barbosa (STF)

JOSÉ DIRCEU NA HORA DA VERDADE

Ed Ferreira/AE

Dida Sampaio/AE

Roosewelt Pinheiro/ABr

Eymar Mascaro

Fogo de palha

O Marcos Valério

José Dirceu

João Paulo Cunha

José Genoino

MENSALÃO: RELATOR VÊ ENTRAVES PARA STF Joaquim Barbosa reclama de complexidade dos julgamentos e do foro privilegiado concedido a políticos

A

seis dias do início da série de sessões do Supremo Tribunal Federal (STF), que vai decidir sobre a abertura da ação penal contra os supostos participantes do esquema do mensalão, o ministro relator do processo, Joaquim Barbosa, reclamou ontem da falta de simplicidade dos julgamentos e do foro privilegiado concedido a ocupantes de cargos públicos. "Esse tipo de julgamento, que irá durar quatro dias, costuma ser feito, em primeira instância, em dois parágrafos pelo juiz", disse. "Em alguns estados é apenas com um carimbo: recebo a denúncia." "Garantismo" – Só o voto do ministro, no caso do mensalão, terá 400 páginas. Em relação à diferença entre a prática de decisões sobre abertura de ação penal na primeira instância e no STF, o ministro respondeu: "É que há uma tradição do Supremo, um certo 'garantismo', uma solenidade." Joaquim Barbosa ressaltou que não podia revelar o voto. Assessores observaram que, no caso da primeira instância, o "carimbo" pode ser usado para acatar ou rejeitar uma denúncia. O ministro se limitou a

dizer que está "burilando", quim Barbosa. "O Supremo é "podando" o voto, mas "sem estruturalmente despreparadúvida" já tem uma convicção do para processos como esse firmada em relação ao caso de (do mensalão). (O STF) é para cada um dos 40 citados na de- julgar casos de envergadura, núncia do procurador-geral da não é para cuidar de matérias República, Antônio Fernando de processo penal, investigações, provas, perícias, testede Souza. Joaquim Barbosa pode aca- munhas", acrescentou. Dia e noite – Joaquim Barbotar a denúncia no caso de boa sa disse que, nos parte dos suposúltimos meses, tos envolvidos está se dedicanno mensalão. do integralmenMuitos crimes cite ao caso que entados na denún- O Supremo é volve amigos e cia, no entanto, estruturalmente antigos compapodem ser desdespreparado para nheiros do presiconsiderados peprocessos como esse dente Luiz Inálo ministro. Privilégios – (do mensalão). É para cio Lula da Silva, como o deputaEm tom de desa- julgar casos de do cassado José bafo, ele recla- envergadura. Dirceu, os depumou do foro priJoaquim Barbosa t a d o s J o s é G evilegiado, que noino (PT-SP) e obriga o STF a assumir funções de primeira ins- João Paulo Cunha (PT-SP), o tância. No caso do processo do empresário e suposto operamensalão, o direito ao foro pri- dor do esquema, Marcos Valévilegiado foi estendido a pes- rio Fernandes de Souza, e o exsoas que não ocupam mais car- diretor do Banco do Brasil gos públicos, como o deputa- Henrique Pizzolatto. "Nos úldo cassado José Dirceu, que se- timos meses, estou dormindo rá julgado pelo Supremo por dia e noite com o mensalão". O ministro informou que 19 estar envolvido na mesma denúncia de deputados que exer- advogados estão credenciados para defender os envolvidos cem mandato. "Sou radicalmente contra o no processo e que serão quatro foro privilegiado", disse Joa- dias de muito trabalho. "Nessa

Denise não vê motivos para deixar seu cargo na Anac

A

diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Abreu, disse ontem não ter motivos para deixar seu cargo. A declaração foi concedida aos senadores que compõem a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo no Senado. "Eu não tenho razões para renunciar e não entendo que tenha qualquer responsabilidade sobre a crise aérea nacional, que implicaram em tragédias lastimáveis", disse Denise. Advogada, a diretora da Anac disse ter sido indicada para o posto pelo próprio presidente Luis Inácio Lula da Silva, em 2005. Antes, ela havia trabalhado na sub-chefia para assuntos jurídicos da Casa Civil, subordinada ao então ministro José Dirceu. Ela confirmou ser amiga do ex-ministro, mas disse que sua relação com Lula sempre foi profissional. Denise não negou que o se-

tor aéreo brasileiro esteja passando por uma crise, mas procurou amenizar o tamanho, afirmando que agora não há nada tão grave quanto os problemas envolvendo controladores de vôo, que, segundo ela, quase provocaram de fato o chamado apagão aéreo. Para a diretora, os problemas foram superados no dia 22 de junho quando o Comando da Aeronáutica determinou várias medidas para contornar a crise, dentre elas, a substituição de controladores de vôos civis por outros que cuidavam da defesa do espaço aéreo. Durante seu depoimento, Denise disse que não fez pressão para que os terminais de cargas dos aeroportos de Guarulhos e Viracopos, em São Paulo, fossem transferidom para o Aeroporto de Ribeirão Preto (SP). Segundo ela, "não há como levar um vôo de carga para a cidade. (AE)

Antônio Cruz/ABr

Diretora da Anac avalia que não tem responsabilidade pela crise área

fase, você não está julgando ou condenando ninguém", observou. "É uma fase para avaliar se há elementos, fundamentos e indícios para dar início a uma ação penal." Caso Collor – Barbosa disse que, há dois dias, leu todo o processo do caso Fernando Collor, que considerou menos "intrincado" que o do mensalão. Nos anos 1990, o STF chegou a abrir ação contra o expresidente, mas no julgamento do mérito os ministros absolveram Collor das denúncias de formação de quadrilha e corrupção ativa e passiva. O ex-procurador Aristides Junqueira seria criticado mais tarde pelo trabalho de acusação contra o ex-presidente. A primeira sessão do julgamento, dia 22, está prevista para começar às 10h. Barbosa irá ler um relatório preliminar de 50 páginas. Em seguida, o procurador Antônio Fernando de Souza fará a "sustentação" da denúncia. Os advogados terão cinco horas para suas defesas. Ele disse que, o fato de ter sido indicado pelo presidente Lula para o cargo no STF, não "interfere" em nada no seu julgamento do mensalão. "Sou apolítico, não examino na ordem política." (AE)

Paula Huven/ Folha Imagem - 27.03.07

PT de São Paulo acredita que Marta Suplicy mudará seus planos e disputará, sim , a prefeitura de São Paulo. Os líderes municipais da legenda avaliam que a ministra cederá as pressões vindas de todo os lados, principalmente de Brasília. Afinal, todos no partido consideram a ex-prefeita a melhor opção para reconquistar a capital paulista. A oposição também acredita na candidatura da ministra. Para os principais adversários do PT, o decisão de não participar do pleito foi apenas uma saída encontrada para desviar o foco dos ataques antes do começo da campanha. Ela não quer ser alvo antes do tempo.

OPORTUNO

SILÊNCIO

Até no ministério do Turismo, pasta chefiada pela ex-prefeita, há quem aposte na sua campanha para voltar a São Paulo. O PT da capital avalia que a ministra, no momento certo, irá assumir sua campanha e lutará para se eleger. Ela entrará preparada para disputar o posto com Geraldo Alckmin (PSDB).

Ao contrário de Marta, Geraldo Alckmin decidiu não dar nenhuma declaração sobre seu futuro político. Ele só tomará uma decisão em 2008. A exemplo do que acontece no PT, também no PSDB a pressão será forte para que ele seja candidato.

AVISO Mesmo convictos de que a ministra será candidata, os petistas de São Paulo preparam um reserva para a disputa, tudo para não deixar a definição para a última hora. O escolhido é o senador Aloizio Mercadante, que disputou o governo do Estado em 2006, mas foi derrotado por José Serra.

'Cansei': Ivete Sangalo e Rayol cantam hino

O

sartistas Ivete Sangalo e Agnaldo Rayol cantarão o Hino Nacional Brasileiro na Praça da Sé, amanhã, às 13h, no encerramento do ato promovido pelo Movimento Cívico Pelo Direito dos Brasileiros. O ato começará com um Minuto de Silêncio, em homenagem aos mortos nos acidentes aéreos. Na seqüência haverá um culto ecumênico e, no final, o Hino Nacional Brasileiro, entoado por Sangalo e Rayol. Toda cerimônia será realizada em frente à Catedral da Sé, no centro de São Paulo. O movimento, também conhecido "Cansei", obteve o apoio explícito de artistas e desportistas famosos que estarão na Praça da Sé, apoiando o manifesto. Além das personalidades, o ato terá a presença

de empresários, trabalhadores, líderes de entidades, associações e "todos os cidadãos que desejarem se manifestar a favor do Brasil." Juristas de respeito, como Ives Gandra Martins e Miguel Reale Jr., também apóiam o Movimento ao lado de 63 entidades da sociedade civil, sob liderança da OAB - SP. Elenco – O Movimento Cívico pelo Direito dos Brasileiros obteve o apoio explícito de "famosos" como: Adriana Lessa, Amália Rocha, Ana Maria Braga, Beatriz Segall, Caio (futebol), Carlos Alberto de Nóbrega, Christiane Torloni, Eduardo Araújo, Fernando Scherer (o "Xuxa"), Hebe Camargo, Irene Ravache, Jair Rodrigues, Luana Piovani, Regina Duarte, entre outros. (DC)

AMEAÇA Serra não deseja que o PSDB corra o risco de perder o governo. O governador lembra que o partido não dispõe de um candidato com o mesmo potencial de votos de Alckmin para disputar a vaga em 2010. Ele também é favorável a coligação entre tucanos e democratas em 2008.

DIVISÃO

POSIÇÃO A posição de Mercadante na última pesquisa Datafolha não agradou aos petistas. O senador apareceu com cerca de 10% das intenções de voto, contra 30% de Alckmin. Mesmo assim, os líderes da legenda admitem que o parlamentar pode apresentar um crescimento após a entrada da campanha política no rádio e na televisão.

PRESSÃO

Cantora participará de ato Cívico na Praça da Sé ao lado de outros artistas

EXCEÇÃO O governador José Serra é contra a candidatura de Alckmin. Ele prefere que o exgovernador dispute o Palácio dos Bandeirantes. O governador avalia que Geraldo é o favorito na corrida em 2010.

Lula pede o máximo de empenho dos seus companheiros para reconquistar a prefeitura de São Paulo. Isso amplia ainda mais a pressão sobre Marta Suplicy. Caso ela confirme sua desistência, e Mercadante também não aceite o posto, o PT terá como opção os deputados Arlindo Chinaglia, José Eduardo Martins Cardozo e Jilmar Tatto; além do ministro da Educação Fernando Haddad.

ADVERSÁRIOS O candidato petista enfrentará, pelo o que tudo indica, o exgovernador Geraldo Alckmin (PSDB) e o atual prefeito Gilberto Kassab (DEM), candidato à reeleição. Embora exista o favoritismo do tucano, a eleição em São Paulo está longe de qualquer definição antecipada. Kassab apresenta um bom retrospecto nas pesquisa de intenção de voto. O DEM acredita na vitória.

O PT ainda aposta na divisão de votos entre entre Alckmin e Kassab. Para os petistas, os dois serão candidatos. Como resposta, tucanos e democratas entendem que o PT também é ameaçado pelo fantasma da divisão do eleitorado.

ENTUSIASMO Os democratas torcem pela candidatura de Luiza Erundina (PSB) à Prefeitura. No Datafolha, a deputada alcançou 9% das intenções de voto. Tucanos acham que se Erundina não for candidata, esse porcentual de votos pode migrar para o PT.

AMEAÇA Além de Erundina, a esquerda pode ter outros nomes na disputa pela prefeitura paulistana. O deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) é um deles. No PDT, o nome mais cotado é o do também deputado Paulo Pereira da Silva, o "Paulinho".

APELO O presidente Lula mantém seu apelo para que PDT, PSB e PCdoB fechem uma coligação com o PT em São Paulo. Ele quer apoio total ao candidato petista. Lula teme a candidatura única dessas legendas, o que prejudicará suas intenções em 2008.

REFORMA Depois de aprovar a fidelidade partidária, a Câmara dos Deputados pode votar o fim das coligações de partidos nas eleições proporcionais (deputado e vereador). Os pequenos partidos são contrários ao texto.


C idades Médico é morto por causa do celular DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Pedro Mendes/AOG

sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de agosto de 2007

Acusado de matar estudante atirou com arma que pertencia a menor de 13 anos.

Pneumologista José Edmur dos Santos foi assassinado na quarta-feira ao reagir a um assalto na Vila Clementino. Aos filhos recomendava jamais reagir a atos de violência.

O

médico pneumologista José Edmur dos Santos era precavido em relação à segurança da família: orientava os filhos a não reagir em assaltos e todos os dias ia buscar a esposa no trabalho porque tinha receio de que ela voltasse sozinha para casa, no Tatuapé, zona leste. Ao cumprir mais uma vez essa rotina, anteontem à noite, Santos foi morto ao reagir ao roubo do seu aparelho celular, na Vila Clementino, zona sul. Segundo a Polícia Militar, o crime ocorreu às 21h40 de quarta-feira, na rua Pedro de Toledo, em frente à uma clínica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Santos, de 50 anos, tinha saído da estação Santa Cruz do metrô e caminhava em direção à Unifesp para encontrar sua mulher, a também pneumologista Liana Pinheiro dos Santos, que trabalha no local. No trajeto, ele foi abordado por um rapaz branco, de cabelos espetados, vestindo camisa vermelha e calça jeans, de acordo com descrição de testemunhas. Com uma arma, o criminoso anunciou o assalto e exigiu que o médico entregasse o telefone celular, mas o médico teria se recusado ou feito um movimento brusco. O ladrão então atirou na direção da cabeça da vítima e fugiu sem levar nada. Até ontem à noite o assassino não havia sido localizado pela polícia. O médico, que trabalhava em um hospital no Tatuapé, foi

Lawrence Bodnard/AOG

Família acompanha enterro da arquiteta Jamile de Castro, no Morumbi José Patrício/AE

O médico José Edmur dos Santos trabalhava no Hospital da Vila Maria e estava indo buscar a mulher, na Unifesp

socorrido por policiais militares e internado no Hospital São Paulo, a 300 metros do local do crime, mas não resistiu aos ferimentos e morreu às 2h30 de ontem. Ele será enterrado hoje de manhã em Maringá, no Paraná, onde ele nasceu. A mulher dele estava em estado de choque ontem. Pacífico - De acordo com os familiares, o médico José Edmur dos Santos era uma pessoa pacífica e eles estranharam a informação de que ele teria reagido ao assalto que tirou a sua vida. Um primo da vítima, que pediu para não ser identificado, afirmou que ele sempre aconselhou seus filhos, gê-

Família se despede de arquiteta assassinada

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arquiteta Jamile de Castro Nascimento foi enterrada ontem de manhã no Cemitério da Paz no Morumbi, zona sul. Cerca de 200 pessoas, entre familiares e amigos, compareceram ao local. O corpo da arquiteta, de 24 anos, foi encontrado na última terça-feira na caixa de esgoto do prédio onde morava. O porteiro do prédio, Jadson José dos Santos, confessou o crime e indicou o local em que se encontrava o corpo da jovem. O suspeito teria chamado Jamile à guarita para preencher um documento quando foi atacada e assassinada. Segundo o delegado Wagner Giudice, titular da Delegacia Anti-Seqüestro (DAS), o acusado foi detido em 18 de julho com o carro e cartões de crédito de Jamile. A polícia acredita que o porteiro cometeu o crime para roubar o dinheiro

da arquiteta. O suspeito foi reconhecido por duas pessoas, de acordo com o DAS. A jovem estava desaparecida desde 17 de julho, dia do acidente com o Airbus A320 no Aeroporto de Congonhas, que deixou 199 mortos. A família de Jamile chegou a pensar que ela era uma das vítimas do acidente da TAM, pois trabalhava na região do Brooklin, zona sul. Outros crimes - Ontem, três mulheres disseram à polícia que também foram atacadas pelo porteiro. As mulheres telefonaram para a polícia para dizer que o porteiro tentou assaltá-las. De acordo com os policiais, uma das testemunhas saía de um caixa eletrônico quando foi abordada pelo acusado. A polícia também informou que a mulher teria sido espancada por não ter entregue a bolsa ao porteiro. (Agências)

Preso suspeito de executar estudante em Diadema

A

polícia de Diadema, na Grande São Paulo, prendeu anteontem o homem suspeito de ter assassinado a estudante Tamires da Silva Pança Burlani, de 19 anos, durante um assalto, na segunda-feira. Ela foi baleada no rosto dentro do carro quando estava se preparando para soltar o cinto de segurança. Ângelo de Souza Jesus, de 29 anos, foi preso em casa, em Americanópolis, zona sul de São Paulo, e negou o crime. Um detalhe que surpreendeu os policiais foi que a arma usada no assassinato, um revólver calibre 38, pertence a um menor de 13 anos. “Ele nega o crime, mas foi reconhecido”, contou o delegado Arlindo Negrão. Souza foi reconhecido por uma casal que teve o carro roubado pelo bandido logo após a morte de Tamires, na esquina das avenidas Conceição e Presidente Kennedy, no centro de

Sérgio Castro/AE

Diadema. Na fuga, o criminoso levou a bolsa de Tamires. Negrão informou que o assaltante apontou a arma na direção da boca de Tamires e não sabe se ele atirou porque achou que a moça poderia reagir. “Mas com a arma na boca dela, ele sabia que se atirasse era para matar”. A Polícia Civil chegou ao criminoso depois que policiais militares prenderam três pessoas: um casal e um jovem de 17 anos. Elas estavam próximas à área onde o veículo roubado pelo suspeito foi encontrado, em Cidade Ademar, zona sul de São Paulo, que fica na divisa com Diadema. Um dos detidos seria parecido com o suspeito da morte da estudante. Levados para a delegacia, os três confessaram que moram perto do suspeito e revelaram o endereço dele. No bairro também mora o menor de 13 anos. Ele e outro adolescente foram detidos. (Agências)

meos de 17 anos, a não reagirem em caso de assalto. "Ele era uma pessoa muito calma que jamais reagiria a um assalto", disse a empregada da família, Lígia Rodrigues. "Todos estão em choque. Os meninos parecem que estão sedados." O crime assustou os moradores do bairro. O grande movimento diário de pessoas, por causa das várias unidades da Unifesp, não inibe a ação de criminosos. Vilma Pessoa, que mora na rua Pedro de Toledo, afirmou que a região tem muitos assaltos e uma farmácia que funciona 24 horas perto da sua casa já foi assaltada várias vezes. "Eu estava no meu quarto. Quando

ouvi o tiro percebi que era um assalto, mas quando chegamos só vimos o médico caído, não vimos quem atirou", disse Vilma. O crime mais comum no bairro são os furtos de veículos, mas o roubo de celulares e assaltos aumentaram nos últimos tempos e a região já teve problemas até com estupros, nas imediações da Unifesp. Para o Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), o crime é uma prova de que os órgãos de segurança precisam aumentar o policiamento nas imediações e dentro de hospitais. "Os médicos precisam de segurança para trabalhar", disse o presidente do Simesp, Cid Carvalhaes. (Agências)

Ângelo de Souza Jesus, preso acusado de matar estudante em Diadema


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Transpor te Tr â n s i t o Saúde Urbanismo

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de agosto de 2007 Newton Santos/Hype

Para garantir que tratamento será seguido, médicos farão contato telefônico constante.

SÍRIO-LIBANÊS CRIA NOVO CENTRO DE CHECK-UP

Executivos estão fora de forma, mostra pesquisa

Evelson de Freitas/AE

Levantamento do Hospital Sírio- Libanês mostra também que esses profissionais não seguem recomendações Flávia Gianini

Newton Santos/Hype

P

esquisa divulgada pelo Hospital SírioLibanês (HSL) apresentou um quadro preocupante sobre a saúde dos executivos. Entre os profissionais avaliados, num universo de 100 pessoas, 79% estavam acima do peso, 55% eram sedentários e 25% apresentaram risco vascular entre moderado e alto. Os números assustam, mas a indiferença aos tratamentos recomendados pelos médicos é mais assustadora: 70% não seguem as recomendações após os check-ups. "Eles põem os exames debaixo do braço e continuam com os mesmos hábitos", resumiu o superintendente-geral do hospital, Maurício Ceschin. Depois de acompanhar 100 executivos, entre homens e mulheres, com idade média de 47 anos, a equipe do hospital constatou que 80% apresentaram algum tipo de problema de saúde que necessitava de tratamento e acompanhamento médico. Mas as 14 horas diárias de trabalho, além de teleconferências durante a madrugada, e as 48 viagens realizadas por ano, em média, por cada executivo, os mantêm longe dos consultórios. Colesterol – Às portas do diabetes, Genésio Luiz, de 51 anos, gerente-regional de vendas de uma grande empresa de bebidas, fazia checks-ups regularmente. Até que, depois de realizar uma bateria de testes, em outubro de 2006, recebeu da equipe do HSL a notícia de que se não reduzisse suas taxas de colesterol e glicose, o diabetes se instalaria definitivamente. "Eu já sabia da alteração no colesterol, mas trabalhava muito e só me alimentava fora de casa, e muitas vezes em churrascaria, com clientes", contou. Mas a desculpa da falta de tempo pode estar com os dias contados. Para otimizar a agenda apertada dos "superocupados", o Hospital SírioLibanês criou o Centro de Acompanhamento da Saúde e Check-Up com novo conceito de atendimento. As novas instalações têm uma planta inteligente, na qual a área projetada segue o fluxo da realização das consultas e exames. Os resultados serão entregues em até cinco dias.

Nelson Jobim e José Serra durante reunião com parentes de vítimas

Familiares querem demissão na Anac

F

Exame ergométrico no Hospital Sírio-Libanês integra bateria de testes em novo conceito de check-up

"A pessoa vai circular fora do ambiente hospitalar, mas estará junto ao Hospital SírioLibanês. Somente um corredor de 50 metros separa a prevenção do tratamento", afirmou a cardiologista e coordenadora do novo centro, Danielli Haddad. No pé – Na intenção de motivar o cliente a seguir as recomendações médicas com seriedade (durante a pesquisa, só 8% aderiram à dieta prescrita pela equipe), os médicos farão contato telefônico constante. "Não será uma forma de pressão. Nós sabemos que a falta de tempo é o grande desafio desse público. Mas se for necessário, faremos conluio com o cônjuge, a cozinheira ou com os filhos. Tudo para tentar modificar os hábitos desses pacientes", informou a coordenadora. Segundo Genésio Luiz, as ligações feitas pessoalmente por Haddad fizeram com que

ele se empenhasse no sentido de mudar seu estilo de vida. Acabaram-se as visitas a churrascarias. No lugar, saladas, peixes e frutas. Além disso, exercícios físicos três vezes por semana, sete horas por dia de sono e bebidas alcoólicas somente nos finais de semana. Resultado: a taxa de colesterol caiu de 310 para 76. Luiz garante que algumas coisas são difíceis de mudar, mas outras não. "As metas a cumprir são altas, o ritmo é acelerado e o trabalho é estressante. Mas a mudança tem de acontecer", disse convicto. Novo centro – O centro terá capacidade de atender até 20 pessoas por dia. Nas seis horas que passarão no local, cada paciente deverá ser avaliado por nove especialidades, fora os exames, que, dependendo da idade do checado pode chegar a 13 exames. A iniciativa do Hospital Sírio-Libanês está cobrindo um nicho de mercado inex-

plorado, segundo Ceschin. "A medicina está voltada para a prevenção. Temos de evitar gastos astronômicos com os tratamentos e torná-los não-agressivos para o paciente. Quanto mais precoce for o diagnóstico, mais barato e menos agressivo será o tratamento", resumiu. O check-up do Sírio-Libanês vai variar de R$ 2,8 a R$ 3,2 mil. Na eterna queda de braço entre os planos de saúde e hospitais, os pacientes acabaram ganhando um poderoso aliado: as empresas. Segundo Danielli Haddad, várias empresas estão apoiando o novo procedimento do hospital, por representar economia com os convênios médicos, e principalmente, em recursos humanos. "Esperar pela reabilitação de um executivo custa mais caro para as empresas do que investir na prevenção e evitar que essas pessoas que carregam o know-how se ausentem do trabalho por longos períodos", disse.

Evelson de Freitas/AE

amiliares de vítimas do acidente com o Airbus A320 da TAM, que deixou 199 mortos há um mês, cobraram ontem do ministro da Defesa, Nelson Jobim, a demissão de toda a direção da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Eles se dizem "indignados" com o fato de os cinco diretores terem sido condecorados pela Aeronáutica dias após a tragédia do vôo 3054. Ao fim do encontro com as famílias, ocorrido na tarde de ontem em um hotel de São Parentes querem demissão total na Anac Paulo, Jobim disse que eles terão uma "surpresa". des. "Vamos encaminhar o caSegundo parentes das víti- so aos órgãos competentes", mas, o ministro afirmou ainda afirmou. Os familiares aproque demitirá três integrantes da veitaram a visita do ministro diretoria da Empresa Brasileira para tentar tirar dúvidas sobre de Infra-Estrutura Aeroportuá- o pagamento do seguro obriria (Infraero). Aos jornalistas, gatório. Eles temem que, ao porém, Jobim declarou que só aceitar os R$ 14 mil fixados em decidirá sobre eventuais mu- lei, correm o risco de inviabilidanças na segunda-feira. "Esta- zar pedidos de indenização. mos enfrentando dificuldades Defensoria – O governador para encontrar nomes, pois as José Serra e o secretário de Jusp e s s o a s q u etiça, Luiz Antôa maior rem assumir o nio Guimarães serviço público M a r r e y, q u e n ã o e m m otambém estivementos de crise, ram presentes mas com céu de brigadeiro", co- ao encontro, colocaram a Defenmentou o ministro. soria Pública à disposição das Caixa-preta – O empresário famílias que não têm condições Christopher Haddad, pai da es- de contratar um advogado. Ao tudante Rebeca Haddad, morta todo 175 familiares participana tragédia, denunciou a Jobim ram da reunião. Hoje, às 17h, um lapso de 23 minutos nas gra- eles participam de uma passeavações da caixa-preta de voz do ta em Congonhas. Os manifesjato. "Acompanhando o diálogo tantes sairão do saguão e seguida transcrição da caixa-preta, há rão até o local do acidente, onde um branco de 23 minutos", afir- colocarão flores. mou. "A aeromoça diz ao coO diretor financeiro e de remandante que já foi feita a che- lações com investidores da cagem da cabine e pergunta ‘on- TAM, Líbano Miranda Barrode vamos pousar’. Depois dis- so, reiterou ontem que a apóliso, há um corte e o diálogo só ce de seguro da empresa prevê volta com conversas antes do uma cobertura total de US$ 1,5 pouso. Não sei se esse trecho po- bilhão e que os custos ligados deria proteger alguém". ao acidente com o Airbus ocorJobim se comprometeu a ve- rido no dia 17 de julho serão corificar eventuais irregularida- bertos pelo seguro. (AE)

tragédia


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - ESPECIAL

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Reprodução

O bairro guarda na memória passado de glória e trabalho A influência indígena pode ser vista nos nomes das ruas. Depois vieram os imigrantes europeus, principalmente italianos e espanhóis, que foram trabalhar nas fábricas que começavam a florescer na região. Partindo da foto da esquerda em sentido horário: congestionamento na Rua dos Trilhos em dias de Grande Prêmio no Jóquei Clube; Rua da Mooca, onde passavam carruagens; desfile na Rua Javari, quando foi lançada a pedra fundamental do Clube Juventus; e a construção do clube no Parque da Mooca.

Carlos Ossamu

O

s arranha-céus de hoje atrapalham quem olha, mas em 1554, quando São Paulo foi fundada, do Pátio do Colégio podia se ter uma bela visão das terras que apenas dois anos depois, em 1556, mais precisamente no dia 17 de agosto, seria chamada de Mooca. Segundo relatos da época, a paisagem era de terra vermelha e preta, com suaves declives e campo verdejante. Os jesuítas construíram uma ponte sobre o rio Tamanduateí, facilitando o acesso. No local, havia uma grande concentração de índios, cuja influência pesou na escolha do nome da região: a palavra Mooca viria de moo = faz e oca = casa, faz casa. Os índios viam com curiosidade os primeiros habitantes brancos construindo suas casas. O viajante que quisesse se aventurar por aquelas paradas, saindo da Freguesia Eclesiástica da Sé, descia-se a Rua do Carmo, atingia-se a Tua Tabatinguera até atingir uma ponte de madeira. Essa trilha era feita pelos pés de caminhantes brancos e índios, ani-

mais e rodas dos carros-de-boi, e posteriormente deu origem à Rua da Mooca, que se estendia até a Penha. Ainda hoje, muitas ruas possuem nomes indígenas: Javari, Taquari, Cassandoca, Itaqueri, Araribóia, Guaimbé, Tabajaras, Camé, Juatindiba e outras. Por volta de 1867, a região se transformou com a chegada da Estrada de Ferro Inglesa, a São Paulo Railway. Um ramal estendeu-se até a Mooca, surgindo então o que hoje conhecemos como a Rua dos Trilhos. Nesse mesmo ano, a Câmara Municipal de São Paulo, então chamada de Câmara Régia, começou a doar terras para a formação de um povoado. Em 1869 já se notava muitas casas pequenas e pobres na região, mas o importante era que o povoado foi crescendo Corrida de cavalos Em 1876, um fato importante marcou a história do bairro: Rafael Paes de Barros, senhor

de muitas terras na região, que se estendiam até a Vila Prudente e Vila Alpina, construiu o Clube Paulista de Corridas de Cavalo, que deu origem ao Jockey Clube. O empreendimento, cujas arquibancadas comportavam até 1.200 pessoas, ficava no sopé das chamadas colinas da Mooca, no mesmo local onde hoje está a Subprefeitura da Mooca, e se transformou no mais importante centro de lazer dos paulistanos endinheirados, muitos deles barõ e s d o c a f é , q u e v i n h a m apostar altas somas nas corridas. Os animais, trazidos da França e da Inglaterra, eram criados na fazenda de Paes de Barros, um apaixonado pelo turfe. Para que as pessoas pudessem assistir às corridas, foi criado uma linha de bonde Mooca-Centro com tração animal, que logo foi substituída por uma linha férrea. Industrialização Entre 1870 e 1890, a Mooca recebeu em torno de 40 fábricas e muitas casas, em terrenos baratos loteados nas imediações do hipódromo e da várzea do rio Tamanduateí. Foi nesta época que chegaram os primeiros imigrantes, sobretudo italianos, espanhóis, húngaros e lituanos. Isso mudou aos poucos a paisagem da região,

antes ocupada apenas por grandes chácaras. No fim do século 19, o crescimento da lavoura no interior impulsionou a indústria têxtil, entre elas o Cotonifício Rodolfo Crespi, inaugurado em 1897. O local ficou conhecido por ser palco da primeira greve nacional do País, liderada pelos anarquistas italianos em 1917. Hoje, no local funciona o hipermercado Extra, que conservou a fachada de tijolos original. Outras empresas importantes também fincaram o pé na região, como a Cia Antarctica Paulista, Armazéns Matarazzo, Grandes Moinhos

Presidente Alencar Burti

Editor de Arte José Coelho

Diretor de Redação Moisés Rabinovici

Diagramação Hedilberto Monserrat Junior

Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira

Ilustrações Abê

Editor Carlos Ossamu

Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122

Chefe de reportagem Arthur Rosa Editor de Fotografia Alex Ribeiro

Impressão S/A O Estado de S. Paulo

www.dcomercio.com.br

Gamba, Casa Vanordim, Tecelagem Três Irmãos, Andrauss Cia Paulista de Louças Esmaltadas, Fabrica de Tecidos Labor, Frigorífico Anglo, Máquinas Piratininga, Cia União dos Refinadores etc. Com isso a Mooca passou a ser considerada um bairro fabril. Revolução de 1924 Oficiais do exército contrários ao governo do presidente Arthur Bernardes, deflagraram um movimento nacional que, em São Paulo, resultou na derrubada do então presidente do Estado, Carlos de Campos. O governo federal reagiu e massacrou a população da cidade. A revolta demorou 23 dias e deixou como saldo 503 mortos e 4.846 feridos, em sua grande maioria civis. Os bairros da Mooca, Belenzinho e Brás foram os primeiros a sofrer as conseqüências. No dia 13 de julho, a região foi atingida por artilharia pesada de canhões e as ruas ficaram repletas de cadáveres. Os coveiros não davam conta de cavar sepulturas para enterrar todos os mortos, o que levou muitas famílias a enterrar seus entes queridos DC

nos quintais de suas casas. Em 23 de julho, nova tragédia. Dois aviões carregados com bombas começaram a sobrevoar a cidade a elevada altitude, para evitar a artilharia dos rebeldes, e atacaram a Mooca. A terra tremeu com as explosões, casas desabaram e muita gente morreu. Quem podia procurou fugir de São Paulo, se dirigindo a cidades próximas, como Santos, Jundiaí e Campinas. E logo se percebeu porque este bairro fora escolhido: não encontrando muitos civis dispostos a se engajar na luta, os militares rebelados procuraram imigrantes italianos, húngaros e alemães, todos muito pobres, e lhes ofereceram 30 mil réis e a promessa de 50 hectares de terra. Muitos não resistiram à mirabolante proposta e se alistaram. Como a Mooca era reduto de trabalhadores italianos, acabou bastante castigada. Na década de 30, São Paulo passou por uma época de rápido crescimento, trazendo grande desenvolvimentos aos bairros. Nessa década, a iluminação pública foi trocada pela eletricidade, os últimos lampiões da Mooca estavam na subida da Rua da Mooca, na esquina da Marques de Valença e em direção ao Parque da Mooca. Na década seguinte, a região era considerada um bairro de elite, passando a Avenida Paes de Barros a receber famílias abastadas, que construíam suntuosas mansões, algumas delas ainda hoje de pé. (C.O.)

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sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de agosto de 2007

Transpor te Saúde Ambiente Ciência

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3 Vazamento obrigou a CET a interditar trechos da marginal Pinheiros.

PRODUTO QUE VAZOU NÃO ERA PERIGOSO

Patrícia Santos/AE

Ó RBITA

VAZAMENTO pista local sentido rodovia Castelo Branco A da marginal do Pinheiros foi

totalmente interditada por volta das 11h de ontem para a lavagem do produto químico que vazou de um caminhãotanque por volta das 9h30. Três equipes do Corpo de Bombeiros e equipes da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) estiveram no local. O vazamento do produto químico peróxido ácido classe 2, misturado com água, segundo as primeiras informações da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), aconteceu na pista expressa, próximo à ponte João Dias, que também foi totalmente interditada. Um desvio foi montado pela CET, já na ponte Transamérica. Os motoristas entravam na rua Carmo do Rio Verde e seguiam depois pela rua Brasiliense, pela rua Laguna, retornando à marginal. Por volta das 12h, tanto a pista local como a via expressa da marginal foram liberadas ao trânsito. Técnicos da Cetesb estiveram no local e constataram que o produto químico derramado não oferecia riscos à saúde. Apesar da liberação, o trânsito na marginal ficou lento durante boa parte do dia. (AE)

TEMPO SECO VAI ATÉ SÁBADO Mundial da Saúde (OMS ) s moradores da cidade O de São Paulo sofrem com considera preocupantes índices de umidade do ar o ar seco desde o começo desta semana. Na verdade, não chove em São Paulo há 21 dias. Os reflexos desse clima seco já podem ser observados em prontos-socorros infantis, onde cresceu a procura por otorrinolaringologistas. Muitas crianças passaram por inalações. Ao mesmo tempo, a represa de Guarapiranga (foto), na zona sul da Capital, já começa a exibir bancos de areia em função da seca. De acordo com o Inmet, às 11h30 de ontem, o índice de umidade relativa do ar no mirante de Santana, na zona norte, era de 38%. Anteontem, o índice chegou a 33%. Os números do Inmet são considerados oficiais, mas os registros da Prefeitura, feitos em mais pontos da cidade, revelam que anteontem a situação foi mais crítica. Em Ermelino Matarazzo, na zona leste, por exemplo, a umidade chegou a 15%. A Organização

abaixo dos 30%. Mas esse quadro começará a mudar ainda hoje, de acordo com as previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet ). No sábado, a capital amanhecerá com mais nebulosidade e poderão ocorrer chuviscos. A temperatura máxima prevista é de 22ºC e a mínima, de 14ºC. No domingo , o sol reaparece e a máxima deverá subir para 24ºC. A temperatura mínima deverá ficar em 16ºC. Na segunda-feira, o tempo deverá mudar completamente, em relação a esta semana. Deverá haver ocorrências de vento forte e chuva isolada em toda a cidade. No litoral o tempo deve acompanhar a previsão para a Capital. No centronorte e no oeste do Estado, porém, as condições de tempo ensolarado e ar seco continuam, no fim de semana. (Agências)


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Saúde Polícia Urbanismo Compor tamento

DIÁRIO DO COMÉRCIO Milton Mansilha/Luz

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Retirada de anúncios mudou paisagem na Liberdade.

COMISSÃO TOMOU POSSE ANTEONTEM

Em busca de uma nova Liberdade Comissão de Proteção à Paisagem Urbana toma posse e começa a analisar anúncios que poderão ser autorizados. Entre eles, os ideogramas do bairro da Liberdade. Rejane Tamoto

Pablo de Sousa/Luz

O

s trabalhos da Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU), que arbitrará sobre os casos especiais e omissos da lei Cidade Limpa, devem finalmente começar. Em cerimônia fechada na Prefeitura, anteontem, o prefeito Gilberto Kassab determinou a instalação da comissão e empossou os 23 titulares e suplentes, que já haviam sido definidos em portaria do dia 27 de junho. Segundo a vice-presidente da CPPU, a diretora de Meio Ambiente e Paisagem Urbana da Emurb, Regina Monteiro, a primeira reunião da comissão será na próxima semana. Na ocasião, Regina deve assumir a presidência, já que Kassab afirmou, em eventos da lei Cidade Limpa, que o atual presidente da CPPU, o secretário da Habitação Orlando Almeida Filho, se licenciará do cargo. A CPPU analisará e aprovará, caso a caso, por meio de critérios objetivos, os anúncios que apresentam características gráficas diferenciadas ou que estejam incorporados à paisagem da área, em razão do tempo de sua existência e especificidade. Em entrevista ao DC, Regina explica como será o trabalho da comissão.

Ó RBITA

CAMELÔS vereador Adilson O Amadeu registrou ontem um boletim de

Regina Monteiro, que vai presidir a CPPU: casos omissos em relação à lei levarão em consideração critérios como a antigüidade e referência cultural Masao Goto Filho/e-SIM

Abril. A empresa apresentou uma série de provas que indicam que o prédio é mencionado em músicas e poesias. Na análise, vamos partir de critérios fortes, de tombamento, utilizados pelo Departamento de Patrimônio Histórico.

DC – Qual é a função da CPPU? Regina Monteiro - A Comissão de Proteção à Paisagem Urbana já existia, é interdisciplinar e está vinculada à secretaria da Habitação. Com a lei Cidade Limpa, a CPPU terá caráter efetivo e deliberativo para estudar casos omissos, além de propor e aprovar projetos novos para a cidade, como o caso do bairro da Liberdade. É atribuição da CPPU aplicar legislação do mobiliário urbano e esclarecer dúvidas na interpretação da lei Cidade Limpa. DC – Como serão formulados critérios objetivos para definir o que são anúncios com características gráficas diferenciadas, incorporados à paisagem urbana? RM – Vamos usar os critérios adotados pela secretaria da Cultura como parâmetro. Entre eles, está o tempo de existência da peça, as características cultural e de referência, além da composição da peça na paisagem. São critérios a serem propostos para aprovação ou não da CPPU. DC - A sra. pode adiantar que tipo de critérios serão discutidos pelos membros da CPPU?

ocorrência por calúnia e ameaça contra o presidente do Sindicato dos Camelôs Independentes de São Paulo, Afonso José da Silva. O pedido de abertura de inquérito policial ocorreu após uma publicação impressa, supostamente de autoria de Afonso, que denomina o vereador como um homem “fascista” e que defende o uso de violência policial para manter a ordem. (IV)

DC - Então todos os anúncios em prédios tombados poderão ter uma regra diferenciada? RM – Não uma regra, mas um critério forte. É preciso cuidado, porque há diferença entre o prédio tombado e o anúncio tombado.

Fachada na Liberdade: tendência é liberar anúncios orientais no bairro

RM – São três critérios. Um deles é o de antigüidade. Um exemplo é o relógio na praça Antônio Prado, instalado na década de 30 para veicular propaganda. O relógio é tombado pelo patrimônio e é referência cultural. Peças que estão na paisagem entre 30 e 50 anos pode-

rão ser consideradas de transição, e serem analisadas por um segundo critério. DC - E qual é o segundo critério? RM – É a análise do aspecto cultural com a história da cidade. Um exemplo é a árvore (logomarca) no prédio da editora

culturais em cinemas, museus e teatros e os casos de referência para a cidade. DC - E o que será analisado no caso dos museus, teatros e cinemas? RM – Detalharemos com mais clareza que teatros, museus e cinemas podem exibir a programação ou o espetáculo em um anúncio que terá o tamanho de 10% em relação ao tamanho da fachada. DC - E o que são casos de referência? RM – Referência são peças consagradas na cidade. São poucos os exemplos. Um deles é o edifício do Banespa, no Centro.

Os ideogramas kanji, DC - E qual é o nas lanternas e nas terceiro critério? RM– É a har- fachadas (da monia da peça na Liberdade), são paisagem, um símbolos que devem critério subjetivo. Por isso, será continuar um dos últimos Regina Monteiro, vicecritérios levados presidente da CPPU DC - E como será em consideraanalisado o caso ção. O relógio da do bairro da praça Antônio Prado é um Liberdade? exemplo, pois não conseguimos RM – Nos reunimos com os ver a praça sem aquele relógio, representantes das associações que faz parte do contexto. locais, que apresentarão projetos. Existe uma real vontade, DC - Qual será a pauta da primeira por parte deles, de orientalizar o reunião da CPPU? bairro. Na minha opinião, os RM – Vamos ver o regimento ideogramas kanji, nas lanternas interno para checar se ele preci- e nas fachadas, são símbolos sa ser modificado. Em seguida que devem continuar. começaremos a análise de casos DC - Haverá exceções à lei? prioritários. RM – O prefeito disse, de forDC - E quais são os casos ma contundente, que não deve prioritários? haver nenhuma exceção, pois RM – Os anúncios de eventos isso descaracterizaria a lei.

ACIDENTE ove pessoas morreram em um N acidente com um ônibus

ocorrido ontem na BR381, próximo a João Monlevade (MG). Outras 19 ficaram feridas. O acidente ocorreu na altura do km 350 da rodovia, às 4h45. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o ônibus, que transportava 27 pessoas, incluindo o motorista, saiu da pista, bateu em uma árvore e caiu em um precipício. O veículo ia de Vitória (ES) para Belo Horizonte (MG). (Agências)

TRÁFICO ois suspeitos, um de D participar e o outro de coordenar o tráfico de

drogas em Heliópolis, na zona sul, foram presos ontem. Após uma denúncia anônima, policiais militares chegaram a um apartamento na rua Almirante Nunes. No local foram encontrados 15 quilos de maconha e anotações com registros de vendas de drogas. O outro suspeito foi preso durante ronda na região. Na casa dele foram encontrados drogas e dinheiro. (Agências)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

ESPECIAL - 3

Neste museu, um pouco da história da imigração Em 1887, a Hospedaria recebeu o primeiro grupo de estrangeiros, pois houve um surto de varíola e difteria na unidade do Bom Retiro.

O

Memorial do Imigrante, localizado na Rua Visconde de Parnaíba, 1.316, é um dos pontos turísticos mais procurados da cidade, recebendo cerca de 10 mil visitantes por mês. Ali está um pouco da história do País, que se desenvolveu graças à coragem e ao trabalho dos imigrantes de várias origens, que vieram para cá e adotaram o Brasil como sua pátria. O Memorial foi criado em 6 de abril de 1998, no prédio da antiga Hospedaria de Imigrantes, com o objetivo de preservar, pesquisar e divulgar a história da imigração e a memória dos imigrantes que, a partir da década de 1820, vieram para o Estado de São Paulo. São 12 espaços de exposições permanentes, entre eles a Sala de Navegação, onde se encontra o globo terrestre e uma pequena área em que se simula a viagem de navio feita pelos imigrantes; e a Fazendinha, onde os visitantes podem conhecer como eram as condições de trabalho dos imigrantes nas plantações de café. Existe uma sala com terminais de computador onde se con-

sulta sobre a chegada de imigrantes, assiste trechos de depoimentos gravados, fotos, dados estatísticos e informações gerais sobre o Memorial. Mas as grandes atrações, principalmente para as crianças, são os passeios de trem e de bonde. O trem funciona domingos e feriados, das 10h às 17h, em um trajeto de mil metros, com duração aproximada de 20 minutos, com tarifa de R$ 5,00 (carro de segunda classe) ou R$ 6,00 (carro reservado). Os visitantes têm a sensação de estar fazendo uma viagem no tempo, avistando a chegada fumegante da maria–fumaça de 1924 – puxando um carro bagagem, correio e chefe-detrem –, um carro de passageiro s d e s e g u n d a c l a s s e , d e 1900, e um carro de passageiros de primeira classe, de 1914, todos originais e restaurados pelo Memorial. Quem preferir o passeio de bonde, o trajeto é do Memorial até a Estação Bresser do Metrô, por trilhos sobre o leito da Rua Visconde de Parnaíba, num percurso de 600 metros e duração de 15 minutos. A passagem custa R$ 4,00. Este é um pequeno trecho da linha de bonde que circulava pela Rua Visconde de Parnaíba, passando em frente à Hospedaria de Imigrantes. Ela funcionou de 18 de outubro de 1902 a 5 de dezembro de 1937, com 5 carros percorrendo quase 9 quilômetros de trilhos. O bonde Bresser – via Piratininga – percorria ruas históricas de São Paulo. Saindo do Largo do Tesouro, passava pelas Ruas General Carneiro, Gasômetro, Travessa do Brás, Piratininga até a Visconde de Parnaíba, virava na Rua do Hipódromo e seguia pela Santa Cruz, Bresser, Silva Teles, Maria Marcolina, alcançando a Avenida Rangel Pestana e retornando pela Travessa do Brás, Gasômetro e General Carneiro, voltando ao ponto final/inicial no Largo do Tesouro. O ponto final foi deslocado para o Largo da Sé em 1920. História A Hospedaria de Imigrantes começou a ser construída em julho de 1886. Antes, havia uma hospedaria no bairro do

ução

AFG e reprod

Marcelo Min/

Bom Retiro, mas que estava em péssimas condições e sem estrutura para receber o fluxo de imigrantes que começava a aumentar. Assim, a Assembléia Provincial votou uma lei em 1885, autorizando a construção de um novo prédio para alojamento dos imigrantes. Assumindo o governo da província de São Paulo, Antonio Queiroz Telles, o Barão de Parnaíba, escolhe um terreno nas imediações das Estradas de Ferro do Norte e da São Paulo Railway. O cruzamento dos trilhos das duas ferrovias era

Um dos passeios mais concorridos é o da maria-fumaça. Os visitantes têm a sensação de estar fazendo uma viagem no tempo. Ao lado, foto do trem original, que transportava os imigrantes da época para as fazendas.

estratégica, já que recebia trens que vinham do Rio de Janeiro e de Santos, os princi-

pais portos do País, de onde vinham os imigrantes. O prédio foi construído em

A Hospedaria de Imigrantes começou a funcionar em 1887 ainda em obras. Na foto acima, as camas onde os imigrantes que chegavam de viagem descansavam e onde podiam ficar por oito dias. Ao lado, a fachada do prédio que hoje abriga o Memorial do Imigrante.

forma de "E", com projeto arquitetônico de Antonio Martins Haussler, com capacidade para comportar mais de mil imigrantes. A sua fachada mistura estilos arquitetônicos e decorativos diversos, com traços predominantemente neoclássica (estilo greco-romana). Em 1887, antes mesmo de estar concluída, a Hospedaria de Imigrantes recebeu o primeiro grupo de estrangeiros, pois houve um surto de varíola e difteria na hospedaria do Bom Retiro. Concluída em 1888, a hospedaria funcionava como um hotel provisório, gratuito, mantido pelo governo. Após cansativa viagem, os imigrantes ficavam no local até oito dias, tempo suficiente para descansarem e acertarem os contratos de trabalho. Lá, eles dormiam, faziam suas refeições, recebiam atendimento médico e conseguiam seus empregos. Entre 1891 e 1900, a hospedaria registrou a passagem de 1.129.315 imigrantes. Até pouco antes da primeira Guerra Mundial esse número chegaria perto de 3 milhões. O último grupo de imigrantes estrangeiros chegou em 1978: eram perto de 50 mil coreanos, que acabariam se estabelecendo com pequenas indústrias e comércio de tecidos no Brás e Bom Retiro. Tombado pelo Condephaat em 1982, a hospedaria virou o Centro Histórico do Imigrante em 1986 e em 1998 tornou-se o Memorial do Imigrante. (C.O.)


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4 - ESPECIAL

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

ACSP tem forte presença na região Fotos: Thiago Bernardes/Luz

Além de orientar os associados e defender a livre iniciativa, a Distrital Mooca vem apoiando lutas locais, como a transformação de um terreno da Esso em parque público

Ao lado, a Avenida Paes de Barros, uma das principais da Mooca e que concentra grande parte do comércio. Abaixo, o Papai Noel da Rua Jumana, presente todos os anos graças a parceria entre a Distrital Mooca da ACSP e a subprefeitura.

N

Divulgação/Deborah Amoroso Gonçalves

Divulgação/Deborah Amoroso Gonçalves

Vista panorâmica da Mooca: há muitos galpões desativados e poucas áreas verdes na região

em relação à altura máxima dos prédios no entorno, o que pode inibir investimentos mobiliários na região, que está abandonada. A construção de condomínios ali traria outros investimentos e a revitalização", comenta Viotto Netto. Na sua opinião, a Mooca deveria apostar na sua vocação para o turismo gastronômico, pois a região possui muitos restaurantes, e os bares e as caDC

Viotto Netto conta que a principal discussão hoje na região é o forte processo de verticalização que o bairro vem sofrendo, com a construção de prédios residenciais em áreas onde funcionavam indústrias e galpões, muitos deles com valor histórico. No dia 15 de julho, por exemplo, cerca de 60 moradores fizeram uma manifestação, abraçando simbolicamente o prédio do Moinho Santo Antônio, na Rua Borges de Figueiredo. Uma construtora comprou o local e pretendia construir um condomínio. Dois dias depois, o Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico de São Paulo (Conpresp) tombou sete conjuntos de galpões industriais na Mooca, entre eles o Moinho Santo Antônio, e ainda determinou que nas proximidades desses locais a altura máxima dos prédios devem ser de 25 metros (8 andares) a 30 metros (10 andares). Os demais imóveis tombados são os armazéns da São Paulo Railway, os galpões da cooperativa Banco do Brasil, da oficina Casa Vanorden e um conjunto de imóveis que pertenceu ao conde Francisco Matarazzo. "Quase todos são a favor da preservação de monumentos históricos. A discussão maior é

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o fim de junho, a Distrital Mooca da Associação Comercial de São Paulo reuniu cerca de 140 empresários da r e g i ã o Agliberto Lima/DC para esclarecer e debater sobre a adesão do sistema Simples Nacional, conhecido como Supersimples, tema que ainda gera muitas dúvidas e consultas. Pouco meses antes, o esforço principal era esclarecer os comerciantes locais de Acima, Antonio Viotto Netto, como se enquadrar na lei diretor-superintendente da Cidade Limpa. Estes são alDistrital Mooca da ACSP. A guns exemplos de como a disentidade vem lutando para trital vem atuando na região, transformar um terreno orientando e defendendo os desativado da Esso em interesses dos empresários e parque público. O projeto associados. Agora, a entidade está em discussão na vem se empenhando em um Câmara dos Vereadores. Ao projeto para transformar um lado, pequeno comércio na terreno da companhia Esso, na Rua do Oratório. confluência das ruas Barão de Monte Santo e Dianópolis, em um parque público. O projeto já foi entregue à subprefeitura parque, com a mudança de zoda Mooca e está em discussão neamento de industrial para na Câmara dos Vereadores de Zona Especial Ambiental (ZeSão Paulo. pam), conforme previsto no "Trata-se de um terreno de plano diretor", diz Antonio aproximadamente 98 mil me- Viotto Netto, diretor-superintros quadrados, que está con- tendente da Distrital Mooca. taminado. A Cetesb vem mo- "A desapropriação do terreno nitorando a descontaminação, e a construção de um parque o que deve ocorrer em dois seria importante para a popuanos. A nossa proposta, apoia- lação do bairro, que carece de da pelos moradores, é de que o áreas verdes e de lazer na relocal seja transformado em gião", afirma .

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sas noturnas estão crescendo. "O turismo histórico deveria ser fortalecido. Já temos o Memorial do Imigrante e seria interessante se os galpões históricos se transformassem em locais de cultura e de lazer", diz. Dia de festa Hoje, aniversário do bairro, vários eventos estão programados. A Distrital Mooca da ACSP estará homenageando

empresários de destaque na região e o Clube Atlético Juventus promoverá o jantar dançante. "Em novembro, as quatro distritais da Zona Leste – Mooca, Tatuapé, Penha e São Miguel – estarão homenageando os melhores empreendedores da região, um de cada distrital. E em dezembro, temos o já tradicional Natal Iluminado na Rua Jumana", comenta Viotto Netto. (C.O.)


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sexta-feira, 17 de agosto de 2007

ESPECIAL - 5

Divulgação

Prédios por todos os lados A proximidade com o centro da cidade, o fácil acesso, o comércio diversificado e o baixo índice de violência vêm atraindo novos moradores para o bairro. As construtoras já perceberam isso e estão de olho na região.

A

Mooca é o primeiro bairro da Zona Leste, está a menos de 3 Km da Praça da Sé, marco zero da cidade. Possui fácil acesso pela Av. Alcântara Machado (Radial Leste) e pelo metrô (Estação Bresser). O comércio de rua é bem servido, quase não há camelôs atrapalhando o vai-e-vem de pedestres e há muitas opções em restaurantes. A vizinhança é tranqüila e o índice de violência é um dos mais baixos da cidade. Olhando assim, é lógico o fato de a região estar recebendo atenção d a s c o n s t ru t o r a s . A f i n a l , quem não deseja morar num bairro assim? "Por ser uma área industrial, havia muitos galpões na região, que aos poucos foram sendo desativados. As construtoras passaram a comprar esses galpões e a construir condomínios

verticais. Este é um processo mais ou menos recente", conta Fábio Rossi Filho, diretor de Novos Empreendimentos do Secovi-SP (Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo) e também diretor da construtora Itaplan. Segundo ele, há cerca de 20 empreendimentos em construção no bairro, dos quais 12 da Itaplan. São projetos de dois, três e quatro dormitórios, quase todos prevendo áreas verdes e muito lazer, justamente os pontos fracos da região. O preço do metro quadrado fica entre R$ 2 mil e R$ 3,2 mil. "Esses empreendimentos estão valorizando a região, o que acaba sendo bom para todos os moradores. Nos últimos anos, o aumento foi de 22%", observa Rossi Filho. Prédios em construção Um dos destaques entre os projetos da Itaplan em andamento é o Residencial San M a r c o ( w w w . s a ntoa.com.br/sanmarco), na Rua Padre Raposo, 137, próximo à Avenida Paes de Barros. São apartamentos de três dor-

Residencial San Marco: empreendimento de alto padrão da Itaplan, com três dormitórios e muito lazer com áreas verdes, já que estes itens ainda são o ponto fraco do bairro. A Itaplan tem 12 empreendimentos na Mooca e vem aposta firme na região.

mitórios, uma suíte, terraço, duas vagas na garagem e muito lazer, incluindo salão de festas, salão de jogos e lan house, fitness center, churrasqueira, piscina adulto/criança, espaço zen, sauna, praça e solarium. A previsão de entrega é agosto de 2009.

Outro projeto da Itaplan no bairro é o Viver Mooca, na Rua do Oratório, 1.855. São três torres, cada uma com 13 andares e quatro apartamentos por andar, totalizando 156 unidades de dois dormitórios. O condomínio terá quadra, piscina e fitness center. A previsão de en-

trega é novembro de 2008. Um outro exemplo de projeto em andmento no bairro é o condomínio Piazza di Arezzo ( w w w . p i a z z a d i a r e zzo.com.br), da Engera, localizado na Rua Ibitinga, 93, uma travessa da Rua da Mooca. São apartamentos de dois domitó-

rios, uma suite com closet, terraço e duas vagas na garagem. O edifício terá espaço gourmet, sala de fitness, piscina adulto e criança aquecidas, salão de jogos, fechadura com cartão magnético, elevadores inteligentes e individualização de água e gás. (C.O.)


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sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de agosto de 2007

Banco Alvorada S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 33.870.163/0001-84 Sede: Cidade de Deus - Prédio Novíssimo - 4o Andar - Vila Yara - Osasco - SP Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras

CONTINUAÇÃO 8)

OUTROS CRÉDITOS - DIVERSOS

Em 30 de junho - R$ mil 2007

20) OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS Semestres findos em 30 de junho - R$ mil

2006

2007 Devedores por depósito em garantia ........................................................................................................................................................................................................................... Créditos tributários (Nota 24c) ..................................................................................................................................................................................................................................... Pagamentos a ressarcir (1) .......................................................................................................................................................................................................................................... Devedores por compra de valores e bens (Nota 7) ..................................................................................................................................................................................................... Impostos e contribuições ............................................................................................................................................................................................................................................ Valores a receber de sociedades ligadas ................................................................................................................................................................................................................... Devedores diversos ..................................................................................................................................................................................................................................................... Títulos e créditos a receber ......................................................................................................................................................................................................................................... Outros ........................................................................................................................................................................................................................................................................... Total .............................................................................................................................................................................................................................................................................. (1) Refere-se, substancialmente, a Tributos a recuperar, no montante de R$ 122.194 mil (2006 R$ 112.738 mil) e Fundo de contingência no montante de R$ 21.900 mil. 9)

492.983 291.801 144.968 64.848 27.742 7.579 3.069 407 1.831 1.035.228

450.900 286.097 112.775 65.320 33.629 7.578 3.101 – 2.139 961.539

I - CONTROLADAS Alvorada Administradora de Cartões Ltda. (1) ........................................ Bradescor Corretora de Seguros Ltda. (1) ........................................ Scopus Tecnologia Ltda. (2) .......... Settle Consultoria e Assessoria de Sistemas Ltda. (1) ......................... Nova Paiol Participações Ltda. (1) .. Baneb Corretora de Seguros S.A. (1) Serel Participações S.A. (1) (3) ....... Outras empresas ........................... Total das empresas controladas .. II - COLIGADAS Alvorada Cartões, Crédito, Financiamento e Investimento S.A. (4) Ezibrás Imóveis e Representações Ltda. (1) ........................................ Tecnologia Bancária S.A. - TECBAN (2)(5)(6) ......................................... Serasa S.A. (7) .............................. Cibrasec - Companhia Brasileira de Securitização (2)(5)(6) ................. VISANET - Companhia Brasileira de Meios de Pagamento (1) ............. Visavale (2)(5)(6) ........................... Embaúba Holdings Ltda. (1) .......... Nova Marília Adm. de Bens Móveis e Imóveis Ltda. (8) ....................... American BankNote S.A. (9) ......... Manacás Holdings (1) ................... Outras coligadas ........................... Total das empresas coligadas ...... TOTAL DE INVESTIMENTOS .......

Quantidade de ações/cotas possuídas (em milhares)

Patrimônio líquido ajustado

Capital Social

O.N.

P.N.

Cotas

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil

99,999%

42

5.307

5.307

42

354

13.737 41.750

16.771 52.965

– –

– –

13.737 41.749

99,999% 99,999%

671 5.371

16.770 52.965

15.448 44.007

671 5.371

364 3.822

342 48.841 3.300 53.778 –

647 53.769 7.597 529.108 –

– – 419 5.470 –

– – – – –

199 48.840 – – –

99,999% 99,999% 54,110% 37,879% –

(35) 28.085 395 444.990 –

647 53.769 4.111 217.907 1.212 352.688

677 96.608 3.784 – 36 165.867

(35) 28.086 214 168.545 1 202.895

(25) 18.477 235 – 2 23.229

7.916

329

225.635

259.425

23.152

23.152

10,261%

9.027

26.620

25.130

927

1.175

92.468 –

148.073 –

104.390 –

– –

– –

2,762% –

978 –

4.090 –

4.099 12.725

27 2.312

407 2.637

68.475

72.175

6

9,090%

3.850

6.561

6.553

350

458

74.534 8.720 445.251

520.589 58.058 449.138

3.504 687 –

– – –

– – 38.130

25,942% 34,332% 3,381%

425.145 17.599 35.098

135.051 19.932 15.185

109.716 12.163 29.127

110.291 6.042 2.533

113.505 4.067 280

– – 28.652 –

– – 29.372 –

– – – –

– – – –

– – 11.107 –

– – 39,314% –

– – 657 –

– – 11.547 24 219.010 571.698

– – 11.106 2.835 221.370 387.237

– – 415 122.897 325.792

167 1.486 (1) 334 124.844 148.073

Custo

IV - Movimentação das Provisões Constituídas

Trabalhista

12.685 37.920 30.649 81.254 (42.696) 38.558

14) OUTRAS OBRIGAÇÕES a) Fiscais e previdenciárias

Provisão para riscos fiscais (Nota 13) ......................... Provisão para impostos e contribuições sobre lucro ... Provisão para impostos e contribuições diferidos (Nota 24c) .................................................................... Impostos e contribuições sobre lucros a pagar ............ Impostos e contribuições a recolher ............................. Total ............................................................................... b) Diversas

50.249 50.249

49.740 49.740

Captações no mercado aberto ...................................... Total em 2007 ................................................................ Total em 2006 ................................................................

24.761 24.761

1 a 30 dias

Em 30 de junho - R$ mil Total 31 a 180 181 a 360 Acima de dias dias 360 dias 2007 2006 106 106 320

405 405 614

616 616

934 934

611 611 1.190

5.450 5.450 6.727

6.882 6.882

Reservas de Lucros ..................................................... - Reserva Legal (1) ........................................................ - Reserva Estatutária (2) ................................................

8.626

2007

2006 33 33

50 50

319 319 352

411 411 461

13) ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES E OBRIGAÇÕES LEGAIS - FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS a) Ativos Contingentes Não foram reconhecidos contabilmente ativos contingentes. b) Passivos Contingentes classificados como perdas prováveis e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias A empresa é parte em processos judiciais, de natureza trabalhista, cível e fiscal, decorrentes do curso normal de suas atividades. As provisões foram constituídas levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade e, no posicionamento de Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável. A Administração da empresa entende que a provisão constituída é suficiente para atender perdas decorrentes dos respectivos processos. O passivo relacionado à obrigação legal em discussão judicial é mantido até o ganho definitivo da ação, representado por decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, ou a sua prescrição. I - Processos trabalhistas São ações ajuizadas por ex-empregados, visando a obter indenizações, em especial o pagamento de “horas extras”. II - Processos cíveis São pleitos de indenização por dano moral e patrimonial. Essas ações são controladas individualmente e provisionadas para processos específicos com base na opinião de assessores jurídicos, levando em consideração: a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade e, no posicionamento de Tribunais. As questões discutidas nas ações normalmente não constituem eventos capazes de causar impacto representativo no resultado financeiro. III - Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias A empresa vem discutindo judicialmente a legalidade e constitucionalidade de alguns tributos e contribuições, os quais estão totalmente provisionados não obstante as boas chances de êxito a médio e longo prazo, de acordo com a opinião dos assessores jurídicos. A principal questão é: - CSLL - R$ 290.162 mil: Pleiteia o não recolhimento da CSLL dos anos-base de 1996 a 1998, anos nos quais a empresa não possuía empregados, uma vez que o artigo no 195, I, da Constituição prevê que essa contribuição somente é devida pelos empregadores.

23) BENEFÍCIOS A EMPREGADOS O Banco Alvorada S.A. (incorporador do Banco Baneb S.A. e por sua vez incorporador do Banco BEA) mantém um plano de previdência complementar administrado pela Caixa de Previdência dos Funcionários do BEA-CABEA, que se encontra em processo de retirada de patrocínio, com data-base fixada em 30 de novembro de 2002, cujas contribuições do patrocinador cessaram a partir de 1o de dezembro de 2002. Os participantes também deixaram de contribuir a partir dessa mesma data. As obrigações atuariais do plano estão integralmente cobertas pelo patrimônio do plano. O Banco Alvorada S.A. (incorporador do Banco Baneb S.A.) mantém planos de aposentadoria complementar de contribuição variável e de benefício definido, por meio da Fundação Baneb de Seguridade Social – BASES (relativos aos ex-empregados do Baneb). As obrigações atuariais dos planos de contribuição variável e benefício definido estão integralmente cobertas pelos patrimônios dos planos. 24) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social Em 30 de junho - R$ mil 2007 Resultado antes do imposto de renda e contribuição social ........................................................................... Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente ... Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Juros sobre capital próprio, recebidos .......................... Participações em coligadas e controladas .................. Despesas e provisões indedutíveis liquidas de receitas tributáveis .................................................................... Benefícios fiscais ......................................................... Outros valores ............................................................... Imposto de renda e contribuição social do semestre .

Em 30 de junho - R$ mil 2006 17.806 11.719

16.693 12.222

11.681 4.642 1.171 47.019

6.005 4.721 4.021 43.662

2007

18) DESPESAS TRIBUTÁRIAS

Impostos diferidos: Constituição/(realização) no semestre, sobre adições temporárias .................................................................. Utilização de saldos iniciais de: Base negativa de contribuição social .......................... Prejuízo fiscal ............................................................... Subtotal ......................................................................... Impostos correntes: Imposto de renda e contribuição social devidos .......... Imposto de renda e contribuição social do semestre .

Saldo em 31.12.2006

Diretoria

983 12 2.014 (79.377)

783 581 (28) (94.397)

2006

5.977

6.296

– (18.226) (12.249)

(7.989) (22.203) (23.896)

(67.128) (79.377)

(70.501) (94.397)

Constituição

Realização

d) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias, prejuízo fiscal, base negativa de contribuição social e crédito tributário de contribuição social MP no 2158-35. Em 30 de junho - R$ mil Diferenças temporárias Imposto Contribuição de renda social

14.578 900 201 86 15 725 34 51 16.590

2007 .............................. 2008 .............................. 2009 .............................. 2010 .............................. 2011 .............................. 2012 .............................. Total .............................

12.580 79 2.044 1.370 21 16.094

2007 Valor ..........

3.355 6.163 1 150 524 917 11.110

253 – – – – – 253

Total 64.677 102.241 16.238 11.456 7.164 61 201.837

3.118

Crédito tributário de contribuição social MP nº 2158-35 2012 a 2008 2009 2010 2011 2013 9.343

14.147

14.538

16.135

32.683

Total 89.964

e) O valor presente dos créditos tributários, calculados considerando a taxa média de captação praticada pela Organização Bradesco, líquida dos efeitos tributários, monta a R$ 272.830 mil (2006 R$ 255.659 mil), sendo R$ 193.432 mil (2006 - R$ 130.774 mil) de diferenças temporárias, R$ 250 mil (2006 R$ 39.913 mil) de prejuízos fiscais e R$ 79.148 mil (2006 - R$ 84.972 mil) de crédito tributário de contribuição social MP no 2158-35.

2006

6.122 942 604 37 1.501 25.625

14.673 22.790 4.050 2.785 1.732 – 46.030

A projeção de realização de crédito tributário trata-se de estimativa e não é diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis.

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 16.419

49.751 79.451 12.188 8.671 5.432 61 155.554

Prejuízo fiscal Imposto de renda

Em 30 de junho - R$ mil

2006 11.144 2.356 1.811 418 50 15.779

R$ mil Saldo em 30.6.2007

Provisão para créditos de liquidação duvidosa ................................................. 6.497 – 8 6.489 Provisão para contingências cíveis ........ 4.679 51 – 4.730 Provisão para contingências fiscais ....... 97.329 12.836 – 110.165 Provisão para contingências trabalhistas 3.397 791 344 3.844 Provisão para desvalorização de títulos e investimentos ......................................... 21.112 81 788 20.405 Provisão para desvalorização de bens não de uso .............................................. 68 6 37 37 Ajuste a valor de mercado dos títulos para negociação ..................................... 35 – 35 – Ágio amortizado ....................................... 54.896 431 6.995 48.332 Outros ....................................................... 7.594 – 12 7.582 Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias ............................... 195.607 14.196 8.219 201.584 Prejuízo fiscal .......................................... 18.479 – 18.226 253 Subtotal .................................................... 214.086 14.196 26.445 201.837 Contribuição social a compensar MP no 2158-35 de 24.8.2001 (1) .................. 96.480 – 6.516 89.964 Total dos créditos tributários (Nota 8) ..... 310.566 14.196 32.961 291.801 Obrigações fiscais diferidas (Nota 14 a) .. 24.100 6.853 – 30.953 Crédito tributário liquido das obrigações fiscais diferidas ..................................... 286.466 7.343 32.961 260.848 (1) Até o final do exercício, há previsão de realização do valor de R$ 3.118 mil, que será contabilizado quando de sua efetiva realização (Nota 24d).

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil

2007 Atualização monetária sobre depósito vinculado .............. Juros e atualização monetária sobre impostos a compensar ........................................................................ Variação monetária ativa .................................................... Recuperação de encargos e despesas .............................. Reversão de provisão operacional ..................................... Outras .................................................................................. Total .....................................................................................

(464) 50.344

2006

2007

19) OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS

(171) 110.769

c) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos

935.252 61.436 873.816

2.389 866 241 29 13 – – 30 3.568

Contribuição ao COFINS ..................................................... Impostos e taxas ................................................................ Contribuição ao PIS/PASEP ............................................... Despesas com CPMF ......................................................... Impostos sobre serviços .................................................... Total .....................................................................................

428.274 (145.613)

Em 30 de junho - R$ mil

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil

Serviços técnicos especializados ..................................... Depreciação ........................................................................ Propaganda e publicidade .................................................. Serviços de terceiros .......................................................... Serviços do sistema financeiro .......................................... Contribuições a entidades associativas ............................ Processamento de dados ................................................... Outras .................................................................................. Total .....................................................................................

567.602 (192.984)

2007

16) DESPESAS DE PESSOAL Refere-se a processos trabalhistas no montante de R$ 2.495 mil (2006 - R$ 168 mil). 17) OUTRAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS

2006

b) Composição da conta de resultado de imposto de renda e contribuição social

2006

1.542.389 101.249 1.441.140

Receitas (despesas)

Aplicações em depósitos interfinanceiros (a): Banco Bradesco S.A. .................................... 4.496.068 255.393 3.956.292 233.425 Aplicações no mercado aberto (b): Banco Bradesco S.A. .................................... 2.583 360 5.535 908 Captações no mercado aberto (b): Banco Bradesco S.A. .................................... (50.249) (2.875) (49.740) (24.761) Dividendos e juros sobre o capital próprio: . Nova Paiol Participações Ltda. ..................... 90.391 – – – Embaúba Holdings Ltda. ............................... 5.243 – – – Scopus Tecnologia Ltda. ............................... 1.967 – – – Banco Bradesco S.A. .................................... (232.267) – (108.731) – Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil ............................................................ (4.368) – (4.369) – Banco Mercantil de São Paulo S.A. .............. – – (4.085) – Alvorada CCFI S.A. ........................................ (4.085) – – – Banco Finasa S.A. ......................................... (111.751) – (46.372) – Outras Controladas e Coligadas .................... 1.106 – 1.754 – Aluguéis: Banco Bradesco S.A. .................................... – 2.128 – 2.180 Bradesco Vida e Previdência S.A. ................ – – – 21 Serviços prestados: Bradesco S.A. CTVM ..................................... – (3) – (4) Valores a receber: Embauba Holdings Ltda. ............................... 7.578 – 7.578 – Valores a pagar: Embaúba Holdings Ltda. ............................... (1.054) – – – Bradesplan Participações S.A. ..................... – – (2.910) – (a) Aplicações interfinanceiras de liquidez - depósitos interfinanceiros de ligadas, com taxas equivalentes às do CDI - certificado de depósito interfinanceiro; e (b) Recompras e/ou revendas a liquidar, de operações compromissadas, lastreadas em títulos públicos, com taxas equivalentes às do “overnight”.

(1) Constituída obrigatoriamente à base de 5% do lucro líquido do exercício, até atingir 20% do capital social realizado, ou 30% do capital social, acrescido das reservas de capital. Após esse limite a apropriação não mais se faz obrigatória. A reserva legal somente poderá ser utilizada para aumento de capital ou para compensar prejuízos; e (2) Visando à manutenção de margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas da Sociedade, pode ser constituída em 100% do lucro líquido remanescente após destinações estatutárias, sendo o saldo limitado a 95% do Capital Social Integralizado. d) Juros sobre o capital próprio e/ou dividendos Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados juros sobre o capital próprio e/ou dividendos que somados correspondam, no mínimo, a 25% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária. Os dividendos do exercício de 2004, tiveram o prazo de pagamento prorrogados, de até 31.12.2006 para até 31.12.2007.

8.626

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil Empréstimos: • No país ........................................................................ Subtotal de empréstimos .............................................. Repasses do país: • CEF .............................................................................. Subtotal de repasses .................................................... Total em 2007 ................................................................ Total em 2006 ................................................................

9.054 588 111 639.622

2007

Em 30 de junho - R$ mil Total 31 a 180 181 a 360 Acima de dias dias 360 dias 2007 2006

Do país: • CEF ........................................ 149 672 Total em 2007 .......................... 149 672 Total em 2006 .......................... – 709 c) Despesas de operações de empréstimos e repasses

Ativos (passivos)

Em 31 de dezembro de 2005 ........................................ 81.338 3.537.457 Aumento de Capital Social com emissão de ações (AGO/E de 27.4.2006) (1) ............................................. 2.564 136.502 Em 30 de junho de 2006 ............................................... 83.902 3.673.959 Em 31 de dezembro de 2006 (2) ................................... 84.850 3.728.879 Em 30 de junho de 2007 ............................................... 84.850 3.728.879 (1) Em Assembléia Geral Extraordinária de 27 de abril de 2006, foi aprovado aumento de capital no montante de R$ 136.502 mil, com a emissão de 2.564 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, com utilização de parte do crédito referente aos dividendos a pagar do exercício de 2005, sendo homologado, pelo Banco Central, em 5 de dezembro de 2006; e (2) Em Assembléia Geral Extraordinária de 30 de novembro de 2006, foi aprovado a incorporação da empresa Finasa Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. pelo Banco Alvorada S.A., com aumento de Capital no Banco Alvorada S.A., no montante de R$ 54.920 mil. Operação aguardando homologação pelo Banco Central. c) Reservas de Lucros Em 30 de junho - R$ mil

12) OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS E REPASSES a) Obrigações por empréstimos

87 87 –

30.953 531 77 710.673

1.812 2.799 2.360 (128) 13.587 (41) 20.389

Em 30 de junho - R$ mil 2006 Receitas Ativos (passivos) (despesas)

2007

15) PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Capital social O capital social, totalmente subscrito e integralizado, é dividido em 84.850 ações ordinárias, nominativasescriturais, sem valor nominal. b) Movimentação do capital social Quantidade de ações R$ mil

2006 2.875 2.875

579.001 50.868

Credores diversos - país ............................................... Provisão para passivos contingentes - cíveis (Nota 13) Provisão para passivos contingentes - trabalhistas (Nota 13) ...................................................................... Provisão para pagamentos a efetuar ............................ Obrigações por aquisição de bens e direitos ............... Total ...............................................................................

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007

2006

631.652 47.460

2007

27.630

50.249 50.249 49.740

Em 30 de junho - R$ mil 2007

10.966 16.658 6

Em 30 de junho - R$ mil Total 2007 2006

181 a 360 dias Carteira livre movimentação - títulos públicos ... Total em 2007 ...................................................... Total em 2006 ...................................................... b) Despesas com operações de captação do mercado

10.715 14.333 68 25.116

595.601 24.908 11.143 – – 631.652 579.001

c) Passivos Contingentes classificados como perdas possíveis A empresa mantém um sistema de acompanhamento para todos os processos administrativos e judiciais em que a instituição figura como “autora” ou “ré” e amparada na opinião dos assessores jurídicos classifica as ações de acordo com a expectativa de insucesso. Neste contexto os processos contingentes avaliados como de risco de perda possível não são reconhecidos contabilmente.

Em 30 de junho - R$ mil Valor residual 2007 2006

– (29.885) – (29.885) (28.881)

12.222 – 148 – (651) 11.719 12.222

3.255 2.926 2.127 (145) – (4) 8.159

22) TRANSAÇÕES COM O CONTROLADOR, CONTROLADAS E EMPRESAS LIGADAS As transações com o controlador, controladas e empresas ligadas foram efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações, foram eliminadas nas demonstrações financeiras:

Em 30 de junho - R$ mil Fiscais e PreviCível dênciárias (1)

No início do semestre ................................. 10.342 Atualização monetária ................................. – Constituições ............................................... 2.327 Reversões .................................................... (24) Pagamentos ................................................. (964) Saldo em 2007 (Nota 14) ............................ 11.681 Saldo em 2006 (Nota 14) ............................ 6.005 (1) Compreende, substancialmente, obrigações legais.

2006

14.322 11.102 30.502 55.926 (43.176) 12.750

Depreciação

10.715 44.218 68 55.001 56.511

18 18 –

2006

16.529

11) CAPTAÇÕES NO MERCADO ABERTO a) Captação do mercado

No país: • Instituições oficiais ............... Total em 2007 .......................... Total em 2006 .......................... b) Obrigações por repasses

2007

10) IMOBILIZADO DE USO

1 a 30 dias

2006

2007

– 4% 20%

2007

2006

Resultado na alienação de valores e bens ........................ Dividendos recebidos ......................................................... Rendas de aluguéis ............................................................ Provisão para desvalorização de bens e investimentos ... Lucros na alienações de investimentos ........................... Outras .................................................................................. Total .....................................................................................

Ajuste decorrente de avaliação (10)

Valor contábil

5.307

Incentivos Fiscais ......................................................... Títulos Patrimoniais ...................................................... Outros investimentos .................................................... Subtotal ......................................................................... Provisão para perdas .................................................... Total ...............................................................................

Imóveis de uso: - Terrenos .......................... - Edificações ...................... Outras imobilizações de uso Total em 2007 .................... Total em 2006 ....................

Lucro líquido/ (prejuízo) ajustado

12.959 4.127 360 2.562 169 20.177

2007

16.530

(1) Dados relativos a 30 de junho de 2007; (2) Dados relativos a 31 de maio de 2007; (3) Empresa constituída, mediante aumento de capital com a transferência das ações da Serasa S.A., em 31 de maio de 2007; (4) Empresa passou a ser controlada, direta, do Banco Bradesco S.A., em 30 de novembro de 2006; (5) Empresa com controle compartilhado pelo acionista controlador e suas empresas controladas; (6) Empresas que foram auditadas por outros auditores independentes; (7) Empresa alienada, mediante aumento de capital com a transferência das suas ações à Serel Participações S.A., em 31 de maio de 2007; (8) Empresa alienada em maio de 2006; (9) Empresa transferida para o circulante em junho de 2006; e (10) Ajuste decorrente de avaliação: considera os resultados apurados pelas companhias a partir da aquisição e inclui variações das investidas nas decorrentes de resultados, bem como os ajustes por equalização de princípios contábeis, quando aplicáveis. b) Composição de outros investimentos Em 30 de junho - R$ mil

Taxa

Participação no capital social

21.857 9.319 297 215 1.229 32.917

21) RESULTADO NÃO OPERACIONAL

INVESTIMENTOS a) Os ajustes decorrentes da avaliação pelo método de equivalência patrimonial dos investimentos foram registrados em contas de resultado, sob a rubrica de “Resultado de participações em coligadas e controladas”. R$ mil Empresas

2006

Atualização de impostos e contribuições .......................... Juros e variação monetária sobre obrigações diversas .... Provisão para contingências fiscais .................................. Despesas gerais ................................................................. Outras .................................................................................. Total .....................................................................................

f) Obrigações fiscais diferidas A Sociedade possui obrigações fiscais diferidas de imposto de renda e contribuição social no montante de R$ 30.953 mil (2006 - R$ 9.054 mil) relativas a: amortização de deságio - R$ 3.072 mil (2006 R$ 3.072 mil), ajuste a valor de mercado dos títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos R$ 14.080 mil (2006 - R$ 2.537 mil), atualização monetária de depósitos judiciais R$ 13.191 mil (2006 - R$ 8.131 mil) e outras obrigações diferidas - R$ 610 mil (2006 - R$ 3.445 mil).

Parecer dos auditores independentes Aos Administradores e Acionistas Banco Alvorada S.A.

Diretor-Presidente Márcio Artur Laurelli Cypriano

1.

Examinamos os balanços patrimoniais do Banco Alvorada S.A. em 30 de junho de 2007 e de 2006 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade da administração do Banco. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras.

2.

Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do Banco, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração do Banco, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

Diretores Laércio Albino Cezar Arnaldo Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi Sérgio Socha Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro Norberto Pinto Barbedo Marcos Aparecido Galende Contador - CRC 1SP201309/O-6

3.

Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco Alvorada S.A. em 30 de junho de 2007 e de 2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

São Paulo, 3 de agosto de 2007

Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5

Washington Luiz Pereira Cavalcanti Contador - CRC 1SP172940/O-6


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 - ESPECIAL

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Newston Santos/Hype

Crescimento não trará impactos negativos ao bairro O subprefeito Eduardo Odloak, que mora na Mooca, afirma que são poucos os problemas da região

P

Fotos: Thiago Bernardes/Luz

ara o subprefeito Eduardo Odloak, a Mooca é um bairro privilegiado: está a poucos quilômetros do centro da cidade, possui um dos mais baixos índices de violência da cidade, tem fácil acesso de carro, metrô ou ônibus, o comércio local não tem problemas com ambulantes e também não há significativos pontos de alagamentos em épocas de chuva. A região vem se valorizando e atraindo muitos investimentos imobiliários. "Os últimos números do censo de 2000 mostram que a região da Zona Leste perdeu cerca de 50 mil habitantes, passando de 358 mil para 308 mil. Os prédios residenciais que estão sendo construído e serão entregues nos próximos dois anos devem

No alto, Eduardo Odloak: o subprefeito da Mooca planeja juntar a vocação gastronômica do bairro com o turismo de compras do Brás, que diariamente recebe 300 ônibus de várias cidades e Estados. Segundo ele, a Mooca não tem problemas com camelôs, já que a fiscalização tem sido bem rigorosa. Ao lado, a Rua da Mooca e Avenida paes de Barros, que estão com a fachada mais limpa.

trazer para a Mooca cerca de 12 mil novos moradores, número menor do que de pessoas que deixaram a região no passado", observa Odloak. Por essa razão, o subprefeito não acredita em impactos negativos por conta do forte pro-

CONSULTUM

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cesso de verticalização que vem sofrendo o bairro. "A Mooca vem passando por uma transformação, passando de área industrial para residencial. Muitas empresas deixaram o local e os antigos galpões estavam abandonados. Com a construção de condomínios, essas áreas estão sendo valorizadas, trazendo investimentos no comércio e em serviços", afirma, enfatizando que é a favor da preservação de monumentos com valor histórico na região, como é o caso do Moinho Santo Antônio. "O seu valor histórico é inquestionável, mas a proibição de prédios acima de dez andares no seu entorno pode assustar novos in-

vestimentos. A região estava esquecida e é muito carente em áreas verdes", diz Odloak. "O baixo índice de violência vem atraindo novos moradores. Aqui, o senso de comunidade é forte e os vizinhos se conhecem, se cumprimentam na rua. Qualquer movimentação estranha é logo percebida", diz. Fiscalização Ele afirma também que o comércio local quase não tem problemas com ambulantes ilegais, uma vez que a subprefeitura vem realizando constantes fiscalizações. "Com a lei Cidade Limpa, locais como a Rua da Mooca passaram por uma transformação. Hoje, é

possível ver fac h a d a s d e p rédios do início do século passado, que antes estavam cobertas com placas", comenta. " E s t a m o s i nvestindo R$ 600 mil na reforma de calçadas, que estará revitalizando essa rua, que é um símbolo do bairro, com um comércio forte. A Rua Jumana, que também concentra várias lojas, está sendo revitalizada, com a reforma do canteiro central", comenta. Melhorias Segundo Odloak, desde o ano passado, desde o ano passado a subpefeitura recapeou mais de 20 ruas do bairro. "O nosso acesso viário é bom, com pontos de congestionamentos apenas em horários de pico. Faz parte do plano diretor a duplicação do Viaduto São Carlos, que irá ajudar a escoar o tráfego", diz. Em relação a pontos de alagamento, Odloak diz que algumas galerias fluviais são antigas e causam problemas, como os da Radial Leste (Av. Alcântara Machado), Rua Borges Figueiredo e Av. Henri Ford. "A ampliação dessas galerias requer altos investimentos e são projetos que estão fora do

nosso alcance, que devem vir dos governos estadual e federal", comenta. Entre os planos para a região, Odloak pensa em juntar a vocação da Mooca para a gastronomia, já que o bairro é conhecido pelas opções de restaurantes e pizzarias, com o centro de compras do Brás, que fica ao lado. "O Brás recebe cerca de 300 ônibus fretados por dia com pessoas de outras cidades e Estados, que vão fazer compras no local. Seria interessante ter um roteiro em que estes turistas pudessem conhecer a gastronomia italiana da Mooca, que ficou famosa também pela festa de San Gennaro", diz Odloak. (C.O.)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de agosto de 2007

7

Banco Boavista Interatlântico S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 33.485.541/0001-06 Sede: Cidade de Deus - Prédio Novíssimo - 4o Andar - Vila Yara - Osasco - SP Demonstração do Resultado dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil

Relatório da Administração Senhores Acionistas, Apresentamos a V.Sas. as Demonstrações Financeiras do Banco Boavista Interatlântico S.A., elaboradas na forma da Legislação Societária, referentes ao semestre findo em 30 de junho de 2007. O Banco Boavista, empresa da Organização Bradesco, possui 1 Agência no Exterior, em Nassau, nas Bahamas. No semestre, o Banco Boavista registrou Lucro Líquido de R$ 206,927 milhões, correspondente a R$ 80,54 por lote de mil ações, e Patrimônio Líquido de R$ 1,521 bilhão.

2007

Osasco, SP, 3 de agosto de 2007. Diretoria

Balanço Patrimonial em 30 de junho – Em Reais mil ATIVO

2007

2006

PASSIVO

CIRCULANTE .................................................................................................. DISPONIBILIDADES ....................................................................................... APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ ....................................... Aplicações no Mercado Aberto ....................................................................... Aplicações em Depósitos Interfinanceiros ..................................................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ................................................................................................ Carteira Própria ................................................................................................ RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS ............................................................. Transferências Internas de Recursos .............................................................. OPERAÇÕES DE CRÉDITO ............................................................................ Operações de Crédito - Setor Privado ............................................................. Provisão para Operações de Créditos de Liquidação Duvidosa .................... OUTROS CRÉDITOS ....................................................................................... Rendas a Receber ........................................................................................... Diversos .......................................................................................................... Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa ................................ OUTROS VALORES E BENS .......................................................................... Outros Valores e Bens ..................................................................................... Provisões para Desvalorizações .................................................................... Despesas Antecipadas ................................................................................... REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ..................................................................... OPERAÇÕES DE CRÉDITO ............................................................................ Operações de Crédito - Setor Privado ............................................................. Provisão para Operações de Créditos de Liquidação Duvidosa .................... OUTROS CRÉDITOS ....................................................................................... Rendas a Receber ........................................................................................... Diversos .......................................................................................................... Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa ................................ PERMANENTE ................................................................................................ INVESTIMENTOS ............................................................................................ Participações em Coligadas e Controladas: - No País ......................................................................................................... Outros Investimentos ...................................................................................... Provisões para Perdas ....................................................................................

792.057 361 745.222 1.524 743.698

368.650 1.015 89.399 4.085 85.314

66 66 368 368 19.793 21.686 (1.893) 26.199 1 26.297 (99) 48 790 (782) 40 225.858 2.747 9.580 (6.833) 223.111 26.940 197.265 (1.094) 798.765 798.765

220.927 220.927 328 328 20.469 22.448 (1.979) 36.481 1.854 35.207 (580) 31 779 (779) 31 230.867 5.177 13.269 (8.092) 225.690 1.381 224.327 (18) 672.682 672.682

CIRCULANTE .................................................................................................. OUTRAS OBRIGAÇÕES .................................................................................. Sociais e Estatutárias ..................................................................................... Fiscais e Previdenciárias ............................................................................... Diversas ..........................................................................................................

2007 73.358 73.358 58.974 14.383 1

80.215 80.215 39.718 40.496 1

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ........................................................................... OUTRAS OBRIGAÇÕES .................................................................................. Fiscais e Previdenciárias ............................................................................... Diversas ..........................................................................................................

222.255 222.255 211.873 10.382

243.794 243.794 231.227 12.567

793.141 27.435 (21.811)

667.089 27.391 (21.798)

T OT A L ..........................................................................................................

1.816.680

1.272.199

PATRIMÔNIO LÍQUIDO ..................................................................................... Capital: - De Domiciliados no País .............................................................................. Reservas de Capital ........................................................................................ Reservas de Lucros ........................................................................................ Ajuste ao Valor de Mercado - TVM e Derivativos ...........................................

T OT A L ..........................................................................................................

2006

1.521.067

948.190

1.222.850 7.316 290.857 44

774.449 7.262 121.120 45.359

1.816.680

RESERVAS DE CAPITAL

CAPITAL REALIZADO CAPITAL SOCIAL

AUMENTO DE CAPITAL

INCENTIVOS FISCAIS

OUTRAS

LEGAL

LUCROS ACUMULADOS

8.807 2.099 6.708

DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA .................................. Operações de Captações no Mercado .................................................... Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa ...................................

1.403 2.099 (696)

(469) – (469)

RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ....................

9.085

9.276

OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS ............................... Outras Despesas Administrativas .......................................................... Despesas Tributárias ............................................................................... Resultado de Participações em Coligadas e Controladas ..................... Outras Receitas Operacionais ................................................................ Outras Despesas Operacionais ..............................................................

203.555 (1.644) (518) 205.235 1.246 (764)

5.445 (1.961) (463) 7.606 1.337 (1.074)

RESULTADO OPERACIONAL ..................................................................

212.640

14.721

RESULTADO NÃO OPERACIONAL .........................................................

(20)

19

RESULTADO ANTES DATRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO .....................

212.620

14.740

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ................................

(5.693)

(3.174)

LUCRO LÍQUIDO ......................................................................................

206.927

11.566

Número de ações .................................................................................... Lucro por lote de mil ações em R$ .........................................................

2.569.275.469 80,54

1.808.996.092 6,39

2007

1.272.199

RESERVAS DE LUCROS

AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM ESTATUTÁRIAS E DERIVATIVOS

10.488 1.776 8.712

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil EVENTOS

2006

RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA .................................... Operações de Crédito .............................................................................. Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários ..................

TOTAIS

SALDOS EM 31.12.2005 .................................................. HOMOLOGAÇÃO DE AUMENTO DE CAPITAL ................ AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM E DERIVATIVOS ................................................................................ ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ................... LUCRO LÍQUIDO ............................................................... DESTINAÇÕES: - Reservas ............................................ - Dividendos Declarados .....................

767.989 6.460

6.460 (6.460)

7.183 –

43 –

12.673 –

100.177 –

– –

– –

894.525 –

– – – – –

– – – – –

– – – – –

– 36 – – –

– – – 579 –

– – – 7.691 –

45.359 – – – –

– – 11.566 (8.270) (3.296)

45.359 36 11.566 – (3.296)

SALDOS EM 30.6.2006 ....................................................

774.449

7.183

79

13.252

107.868

45.359

948.190

SALDOS EM 31.12.2006 .................................................. AUMENTO DE CAPITAL POR SUBSCRIÇÃO .................. HOMOLOGAÇÃO DE AUMENTO DE CAPITAL ................ AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM E DERIVATIVOS ............................................................................. ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ................... LUCRO LÍQUIDO ............................................................... DESTINAÇÕES: - Reservas ............................................ - Dividendos Declarados .....................

774.449 – 448.401

36.422 411.979 (448.401)

7.183 – –

79 – –

14.775 – –

128.129 – –

87.815 – –

– – –

1.048.852 411.979 –

– – – – –

– – – – –

– – – – –

– 54 – – –

– – – 10.346 –

– – – 137.607 –

(87.771) – – – –

– – 206.927 (147.953) (58.974)

(87.771) 54 206.927 – (58.974)

SALDOS EM 30.6.2007 ....................................................

1.222.850

7.183

133

25.121

265.736

44

1.521.067

2006

ORIGEM DOS RECURSOS ..................................................................... LUCRO LÍQUIDO ...................................................................................... AJUSTES AO LUCRO LÍQUIDO .............................................................. Resultado de Participações em Coligadas e Controladas ..................... Outros ...................................................................................................... AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TÍTULOS DISPONÍVEIS PARA VENDA .................................................................................................. RECURSOS DE ACIONISTAS ................................................................. Aumento de Capital por subscrição ........................................................ RECURSOS DETERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: - Aumento dos Subgrupos do Passivo ................................................... Outras Obrigações ................................................................................. - Diminuição dos Subgrupos do Ativo .................................................... Aplicações Interfinanceiras de Liquidez .............................................. Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos Relações Interdependências ................................................................ Operações de Crédito ............................................................................ Outros Créditos ...................................................................................... Outros Valores e Bens ........................................................................... - Alienação (Baixa) de Bens e Investimentos ........................................ Investimentos ........................................................................................ - Dividendos Recebidos de Coligadas e Controladas ............................ APLICAÇÃO DOS RECURSOS ............................................................... DIVIDENDOS DECLARADOS ................................................................ INVERSÕES EM ..................................................................................... Bens Não de Uso Próprio ........................................................................ Investimentos .......................................................................................... AUMENTO DOS SUBGRUPOS DO ATIVO .............................................. Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ................................................ Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos .. Relações Interdependências .................................................................. Outros Valores e Bens ............................................................................. REDUÇÃO DOS SUBGRUPOS DO PASSIVO ......................................... Outras Obrigações ................................................................................... (REDUÇÃO) AUMENTO DAS DISPONIBILIDADES ................................

703.424 206.927 (207.101) (205.235) (1.866)

228.747 11.566 (9.096) (7.606) (1.490)

(87.771) 411.979 411.979

45.359 – –

– – 323.733 – 281.837 1.417 2.149 38.326 4 21.257 21.257 34.400 703.992 58.974 8 8 – 635.025 635.025 – – – 9.985 9.985 (568)

22.634 22.634 9.396 141 – – 2.866 6.389 – 148.856 148.856 32 228.429 3.296 4.143 – 4.143 220.990 – 220.927 32 31 – – 318

Início do Semestre .................................................... Fim do Semestre ....................................................... (Redução) Aumento das Disponibilidades ...............

929 361 (568)

697 1.015 318

MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA

Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras 1)

2)

3)

CONTEXTO OPERACIONAL O Banco Boavista Interatlântico S.A. é uma instituição financeira múltipla, que tem por objetivo efetuar operações bancárias em geral, inclusive câmbio. O Banco Boavista Interatlântico S.A. é parte integrante da Organização Bradesco, sendo suas atividades conduzidas de forma integrada a um conjunto de empresas que atuam nos mercados financeiro e de capitais, utilizando-se de seus recursos administrativos e tecnológicos, e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto.

4)

Período de atraso Classificação do cliente • de 15 a 30 dias ....................................................................................... B • de 31a 60 dias ........................................................................................ C • de 61 a 90 dias ....................................................................................... D • de 91 a 120 dias ..................................................................................... E • de 121 a 150 dias ................................................................................... F • de 151 a 180 dias ................................................................................... G • superior a 180 dias ................................................................................. H A atualização (“accrual”) das operações de crédito vencidas até o 59o dia é contabilizada em receitas de operações de crédito, e a partir do 60o dia, em rendas a apropriar. As operações em atraso classificadas como nível “H” permanecem nessa classificação por seis meses, quando então são baixadas contra a provisão existente e controladas, por até cinco anos, em contas de compensação, não mais figurando no balanço patrimonial. As operações renegociadas são mantidas no mesmo nível em que estavam classificadas. As renegociações de operações de crédito, que já haviam sido baixadas contra a provisão e que estavam em contas de compensação, são classificadas como nível “H” e os eventuais ganhos provenientes da renegociação somente são reconhecidos quando efetivamente recebidos. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é apurada em valor suficiente para cobrir prováveis perdas e leva em conta as normas e instruções do BACEN, associadas às avaliações procedidas pela Administração, na determinação dos riscos de crédito. e) Imposto de renda e contribuição social (ativo e passivo) A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. Os créditos tributários sobre adições temporárias serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos. Os créditos tributários sobre prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social serão realizados de acordo com a geração de lucros tributáveis. f) Investimentos Os investimentos relevantes em controladas e coligadas, foram avaliados pelo método de equivalência patrimonial. As demonstrações financeiras das agências e controlada no exterior são adaptadas aos critérios contábeis vigentes no Brasil e convertidas para reais, sendo seus efeitos reconhecidos no resultado do período. Os títulos patrimoniais da CETIP - Câmara de Custódia e Liquidação são avaliados com base no valor patrimonial, não auditado, informado pela CETIP e seus acréscimos e decréscimos são registrados diretamente em contas do patrimônio líquido e os incentivos fiscais e outros investimentos foram avaliados pelo custo de aquisição, deduzidos de provisão para perda, quando aplicável. g) Ativos e Passivos contingentes e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias O reconhecimento, a mensuração e a divulgação das contingências ativas e passivas e obrigações legais são efetuados de acordo com os critérios definidos na Deliberação CVM 489/05. • Ativos Contingentes: Não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui total controle da situação ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo. Os ativos contingentes com probabilidade de êxito provável são apenas divulgados nas demonstrações financeiras (Nota 9a). • Passivos Contingentes: São constituídos levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade; e no posicionamento de Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável, o que ocasionaria uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes classificados como de perdas possíveis não são reconhecidos contabilmente, devendo ser apenas divulgados nas demonstrações financeiras, e os classificados como remotos não requerem provisão e divulgação (Nota 9b). • Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias: Decorrem de processos judiciais relacionados a obrigações tributárias, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou constitucionalidade, que independente da avaliação acerca da probabilidade de sucesso, têm os seus montantes reconhecidos integralmente nas demonstrações financeiras (Nota 9b). h) Outros ativos e passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias e cambiais (em base “pro-rata” dia) auferidos e provisão para perda, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e das variações monetárias e cambiais (em base “pro-rata” dia) incorridos.

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS a) Composição por categorias e prazos Em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Valor de Valor de Marcação Valor de Marcação mercado/ a a 1 a 30 mercado/ custo Títulos dias contábil(1) atualizado mercado contábil(1) mercado

Em 30 de junho - R$ mil Total 2007 2006

1 a 30 181 a 360 dias dias Aplicação no mercado aberto: Posição bancada .................................. 1.524 – 1.524 4.085 Letras financeiras do tesouro ................ 1.524 – 1.524 – Aplicações em depósitos interfinanceiros .......................................... 743.698 – 743.698 85.314 Total em 2007 ........................................ 745.222 – 745.222 Total em 2006 ........................................ 4.085 85.314 89.399 b) Receitas de aplicações interfinanceiras de liquidez Classificadas na demonstração do resultado como resultado de operações com títulos e valores mobiliários. Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Rendas de aplicações em operações compromissadas: Posição bancada .................................................................. 3.072 105 Subtotal ................................................................................. 3.072 105 Rendas de aplicações em depósitos interfinanceiros ......... 5.640 6.603 Total (Nota 5b) ........................................................................ 8.712 6.708

APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras do Banco Boavista Interatlântico S.A., incluem a agência externa de Nassau, e foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, associadas às normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central do Brasil (BACEN), que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas. A variação cambial das operações da agência externa foi distribuída, nas linhas da demonstração do resultado, de acordo com os respectivos ativos e passivos que lhe deram origem. PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro apresentadas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro-rata” dia e calculadas com base no método exponencial, exceto aquelas relacionadas com operações com o exterior, as quais são calculadas com base no método linear. As operações com taxas pós-fixadas ou indexadas a moedas estrangeiras são atualizadas até a data do balanço. b) Aplicações interfinanceiras de liquidez São registradas ao custo de aquisição, acrescidas dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidas de provisão para desvalorização, quando aplicável. c) Títulos e valores mobiliários Títulos para negociação - adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; Títulos disponíveis para venda - que não se enquadrem como para negociação nem como mantidos até o vencimento, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários; e Títulos mantidos até o vencimento - adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento, são avaliados pelos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período. d) Operações de crédito, outros créditos e provisão para créditos de liquidação duvidosa As operações de crédito e outros créditos são classificados nos respectivos níveis de risco, observando: (i) os parâmetros estabelecidos pela Resolução no 2682 do CMN, que requer a sua classificação em nove níveis, sendo “AA” (risco mínimo) e “H” (risco máximo); e (ii) a avaliação da Administração quanto ao nível de risco. Essa avaliação, realizada periodicamente, considera a conjuntura econômica, a experiência passada e os riscos específicos e globais em relação às operações, aos devedores e garantidores. Adicionalmente, também são considerados os períodos de atraso definidos na Resolução no 2682 do CMN, para atribuição dos níveis de classificação dos clientes da seguinte forma:

5)

APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ a) Vencimentos

6)

Títulos disponíveis para venda: Ações ......................................... 66 66 – 66 220.927 72.076 Total em 2007 ............................. 66 66 – 66 Total em 2006 ............................. 220.927 220.927 72 .076 (1) O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado de acordo com a cotação de preço de mercado disponível na data do balanço. Se não houver cotação de preços de mercado disponível, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos de definições de preços, modelos de cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes. b) Resultado de títulos e valores mobiliários Refere-se a Receita de aplicações interfinanceiras de liquidez no montante de R$ 8.712 mil (2006 - R$ 6.708 mil) (Nota 4b). c) O Banco Boavista Interatlântico S.A. não possuía operações com instrumentos financeiros derivativos em 30 de junho de 2007 e 2006.

OPERAÇÕES DE CRÉDITO, OUTROS CRÉDITOS E PROVISÃO PARA CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA a) Composição total das carteiras e prazos Em 30 de junho - R$ mil

Empréstimos ............................................................ Outros créditos (1) .................................................... Total das operações de crédito ............................... Avais e fianças (2) ................................................... Total em 2007 ........................................................... Total em 2006 ...........................................................

1 a 30 dias 743 – 743 – 743 1.996

Empréstimos ........................................................................................... Outros créditos (1) ................................................................................... Total das operações de crédito .............................................................. Avais e fianças (2) .................................................................................. Total em 2007 ......................................................................................... Total em 2006 .........................................................................................

31 a 60 dias 17.072 – 17.072 – 17.072 17.845

61 a 90 dias 314 – 314 – 314 314

91 a 180 dias 1.263 – 1.263 – 1.263 1.263

Curso normal 181 a 360 Acima de dias 360 dias 2.072 9.580 – – 2.072 9.580 – 22.291 2.072 31.871 2.072 46.383

1 a 30 dias

31 a 60 dias

61 a 90 dias

91 a 180 dias

17 5 22 – 22 368

8 5 13 – 13 8

8 – 8 – 8 8

33 – 33 – 33 33

Total em 2007 (A) 31.044 – 31.044 22.291 53.335

Total em 2006 (A) 35.494 3.065 38.559 31.314

% 58,21 – 58,21 41,79 100,00

% 50,80 4,39 55,19 44,81

69.873 100,00 Em 30 de junho - R$ mil

Curso anormal Parcelas vencidas 181 a 720 Total em dias 2007 (B) 156 836 992 – 992 156

Total em 2006 (B)

%

222 846 1.068 – 1.068

20,79 79,21 100,00 – 100,00

%

223 91,27 350 8,73 573 100,00 – – – – 573 100,00 Em 30 de junho - R$ mil

Curso anormal Parcelas vincendas 1 a 30 31 a 60 61 a 90 91 a 180 181 a 360 dias dias dias dias dias Empréstimos ................................................... – – – – – Outros créditos (1) ........................................... 5 5 6 16 57 Total das operações de crédito ...................... 5 5 6 16 57 Avais e fianças (2) .......................................... – – – – – Total em 2007 .................................................. 5 5 6 16 57 Total em 2006 .................................................. – – – – – (1) Outros créditos compreendem devedores por compra de valores e bens e títulos e créditos a receber; e (2) Contabilizados em contas de compensação. b) Modalidades e níveis de riscos

Acima de 360 dias – 258 258 – 258 –

Total em 2007 (C) – 347 347 – 347

% – 100,00 100,00

2007 (A+B+C) 31.266 1.193 32.459 22.291 54.750

Total geral 2006 (A+B+C) 35.717 3.415 39.132 31.314

% 50,70 4,85 55,55 44,45

70.446

100,00

% 57,11 2,18 59,29 40,71 100,00

Em 30 de junho - R$ mil Operações de Crédito Empréstimos ............................................................ Outros créditos ......................................................... Total em 2007 .......................................................... % ............................................................................... Total em 2006 .......................................................... % ............................................................................... c) Concentração das operações de crédito e outros créditos

AA 16.872 – 16.872 51,98 17.634 45,06

A 5.697 – 5.697 17,55 8.066 20,61

B – – – – 2.250 5,76

D

E – – – – 76 0,19

– – – – 724 1,85

H 8.697 1.193 9.890 30,47 10.382 26,53

Total 2007 31.266 1.193 32.459 100,00

2007 Maior devedor ......................................................................................................................................................................................................... Dez maiores devedores ......................................................................................................................................................................................... Vinte maiores devedores ....................................................................................................................................................................................... d) Setor de atividade econômica

Setor privado Indústria .................................................................................................................................................................................................................. Serviços ................................................................................................................................................................................................................. Intermediários financeiros ...................................................................................................................................................................................... Pessoa física ......................................................................................................................................................................................................... Comércio ................................................................................................................................................................................................................ Total ........................................................................................................................................................................................................................ e) Composição das operações de crédito e da provisão para créditos de liquidação duvidosa

% 96,32 3,68 100,00

%

Total 2006 35.717 3.415

% 91,27 8,73

39.132 100,00

100,00

2006

16.872 32.451 32.459

51,98 99,98 100,00

2007

%

14.172 222 16.872 835 358 32.459

43,66 0,68 51,98 2,57 1,11 100,00

Em 30 de junho - R$ mil %

17.634 39.115 39.132

2006

45,06 99,96 100,00

Em 30 de junho - R$ mil %

20.110 222 17.634 920 246 39.132

51,39 0,57 45,06 2,35 0,63 100,00

Em 30 de junho - R$ mil Saldo da carteira

Nível de risco AA A Subtotal ............................................................................................. H Subtotal ............................................................................................. Total em 2007 .................................................................................... % ........................................................................................................ Total em 2006 .................................................................................... % ........................................................................................................ f) Movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa

Curso Normal 16.872 5.697 22.569 8.476 8.476 31.044 95,64 38.559 98,54

Curso Anormal Vencidas Vincendas – – – 1.068 1.068 1.068 3,29 573 1,46

– – – 347 347 347 1,07 – –

Provisão Total da carteira 16.872 5.697 22.569 9.890 9.890 32.459 100,00 39.132 100,00

%

Mínimo de provisionamento requerido %

51,98 17,55 69,53 30,47

Específica

Genérica

Existente

– – – 1.414 1.414 1.414 14,26 573 5,37

– 29 29 8.476 8.476 8.505 85,74 10.096 94,63

– 29 29 9.890 9.890 9.919 100,00 10.669 100,00

– 0,50 100,00

100,00 100,00

Em 30 de junho - R$ mil 2006

2007 Saldo inicial ..................................................................................................................................................................................................................................... Constituição (Reversão) ................................................................................................................................................................................................................... Baixas .............................................................................................................................................................................................................................................. Saldo final ........................................................................................................................................................................................................................................ Provisão específica (1) .................................................................................................................................................................................................................... Provisão genérica (2) ....................................................................................................................................................................................................................... Operações recuperadas no semestre (3) ......................................................................................................................................................................................... (1) Para as operações que apresentem parcelas vencidas; (2) Constituída em razão da classificação do cliente ou da operação e portanto, não enquadradas no item anterior; e (3) Registradas em receitas de operações de crédito, como previsto nas normas e instruções do BACEN.

10.615 (696) – 9.919 1.414 8.505 380

11.138 382 (851) 10.669 573 10.096 569

CONTINUA


Masao Goto Filho/e-SIM

Suplemento Especial/São Paulo,17 de agosto de 2007

Thiago Bernardes.Luz

Mooca comemora hoje 451 anos, é um dos bairros mais antigos da cidade. Do Pátio do Colégio, onde São Paulo foi fundada, podia-se ver a região que seria a Mooca, uma paisagem de terra vermelha e preta, com suaves declives e campos verdejantes. O local abrigava grande concentração de índios, que viam os homens brancos avançarem em suas terras, construindo casas e expandindo a cidade. O bairro concentrou grande número de imigrantes, especialmente italianos, que vinham trabalhar, inicialmente nas fazendas de café e depois nas fábricas. Hoje, a Mooca é sinônimo de comida italiana, festa e trabalho. Este caderno é uma pequena homenagem a este bairro paulistano tão especial.

Reprodução


DIÁRIO DO COMÉRCIO

8

sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de agosto de 2007

Banco Boavista Interatlântico S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 33.485.541/0001-06 Sede: Cidade de Deus - Prédio Novíssimo - 4o Andar - Vila Yara - Osasco - SP Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras

CONTINUAÇÃO 7)

OUTROS CRÉDITOS - DIVERSOS 2007 Créditos a receber (Nota 19) ............................................................................................................................................................................................................. Créditos tributários (Nota 18c) .......................................................................................................................................................................................................... Depósitos para interposição de recursos fiscais ............................................................................................................................................................................ Impostos e contribuições a compensar ........................................................................................................................................................................................... Pagamentos a ressarcir ................................................................................................................................................................................................................... Depósitos para interposição de outros recursos ............................................................................................................................................................................. Devedores por compra de valores e bens ....................................................................................................................................................................................... Outros ............................................................................................................................................................................................................................................... Total ..................................................................................................................................................................................................................................................

8)

144.046 33.506 20.187 15.963 5.232 3.221 1.193 214 223.562

Em 30 de junho - R$ mil 2006 149.622 41.071 20.187 15.081 5.232 24.711 3.415 215 259.534

Patrimônio líquido ajustado

Capital social

Quantidade de ações/ cotas possuídas (em milhares) O.N.

Tibre Holdings Ltda. (1)(2) .............................. Cia Securitizadora de Créditos Financeiros Rubi (1) ......................................................... Embaúba Holdings S.A. (1) ............................ Demais investimentos ................................... Variação cambial - Agência Nassau .............. Total ................................................................

Participação Participação consolidada no capital no capital social social

Cotas

Lucro líquido/ (prejuízo) ajustado

Ajuste decorrente de avaliação (3)

Valor contábil 2007

2006

2007

2006

150.057

327.761

150.057

100,000%

100,000%

177.704

327.761

177.704

1.028.459 445.251 – –

1.239.786 449.138 – –

31.268 – – –

– 941.674 – –

7,266% 83,507% – –

7,266% 83,507% – –

33.682 35.098 – –

90.083 375.214 83 – 793.141

93.301 572.520 1.268 – 667.089

2.449 26.878 70 (1.866) 205.235

3.694 5.352 50 (1.490) 7.606

(1) Dados relativos a 30 de junho de 2007; (2) Empresa adquirida em março de 2007; e (3) Ajuste decorrente de avaliação, considera os resultados apurados pelas companhias a partir da aquisição e inclui variações patrimoniais das investidas não decorrentes de resultado, bem como os ajustes por equalização de princípios contábeis, quando aplicáveis. b) Composição de outros investimentos Em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Investimentos por incentivos fiscais ................................................................................................................................................................................................. Títulos patrimoniais ............................................................................................................................................................................................................................ Outros investimentos ......................................................................................................................................................................................................................... Subtotal .............................................................................................................................................................................................................................................. Provisão para perdas com investimentos por incentivos fiscais ..................................................................................................................................................... Provisão para perdas em outros investimentos ................................................................................................................................................................................ Subtotal .............................................................................................................................................................................................................................................. Total ....................................................................................................................................................................................................................................................

10)

ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES E OBRIGAÇÕES LEGAIS – FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS a) Ativos Contingentes Não foram reconhecidos contabilmente ativos contingentes. b) Passivos Contingentes classificados como perdas prováveis e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias A empresa é parte em processos judiciais, de natureza cível e fiscal, decorrentes do curso normal de suas atividades. As provisões foram constituídas levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade e, no posicionamento de Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável. A Administração da empresa entende que a provisão constituída é suficiente para atender perdas decorrentes dos respectivos processos. O passivo relacionado à obrigação legal em discussão judicial é mantido até o ganho definitivo da ação, representado por decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, ou a sua prescrição. I - Processos cíveis São pleitos de indenização por dano moral e patrimonial, na maioria referentes a protestos, devolução de cheques e inserção de informações sobre devedores no cadastro de restrições ao crédito. Essas ações são controladas individualmente e provisionadas para processos específicos com base na opinião de assessores jurídicos, levando em consideração: a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade e, no posicionamento de Tribunais. As questões discutidas nas ações normalmente não constituem eventos capazes de causar impacto representativo no resultado financeiro. II - Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias A empresa vem discutindo judicialmente a legalidade e constitucionalidade de alguns tributos e contribuições, os quais estão totalmente provisionados não obstante as boas chances de êxito a médio e longo prazo, de acordo com a opinião dos assessores jurídicos. III - Movimentação das Provisões Constituídas Em 30 de junho - R$ mil Fiscais e PreviCível denciárias (1) No início do semestre ....................................................... 12.279 63.595 Atualização monetária ....................................................... – 144 Pagamentos ....................................................................... (1.897) (6.677) Saldo em 2007 ................................................................... 10.382 57.062 Saldo em 2006 ................................................................... 12.567 69.961 (1) Compreende, substancialmente, obrigações legais. c) Passivos Contingentes classificados como perdas possíveis A empresa mantém um sistema de acompanhamento para todos os processos administrativos e judiciais em que a instituição figura como “autora” ou “ré” e amparada na opinião dos assessores jurídicos classifica as ações de acordo com a expectativa de insucesso. Neste contexto os processos contingentes avaliados como de risco de perda possível não são reconhecidos contabilmente. d) Em 30 de junho de 2007, não há processos contingentes avaliados como de perda possível de natureza relevante. OUTRAS OBRIGAÇÕES a) Fiscais e previdenciárias Impostos e contribuições a recolher (Nota 19) ........................ Provisão para riscos fiscais .................................................... Impostos e contribuições diferidos (Nota 18c) ........................ Impostos e contribuições sobre lucros a pagar ....................... Total .......................................................................................... b) Diversas

Provisão para passivos contingentes - cíveis (Nota 9) ........... Outras ....................................................................................... Total .......................................................................................... 11)

Em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 167.659 174.126 57.062 69.961 1.478 27.577 57 59 226.256 271.723 Em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 10.382 12.567 1 1 10.383 12.568

PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Capital social O Capital social, totalmente subscrito e integralizado, está representado por 2.569.275.469 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal. b) Movimentação do capital social Quantidade de ações R$ mil Em 31 de dezembro de 2005 .......................................... 1.808.996.092 774.449 Em 30 de junho de 2006 ................................................. 1.808.996.092 774.449 Em 31 de dezembro de 2006 .......................................... 1.876.383.124 810.871 Aumento de capital - AGE em 10.4.2007 (1) ................... 21.890.438 11.979 Aumento de capital - AGE em 31.5.2007 (2) ................... 671.001.907 400.000 Em 30 de junho de 2007 ................................................. 2.569.275.469 1.222.850 (1) Em Assembléia Geral Extraordinária de 10 de abril de 2007, foi aprovado aumento de capital no montante de R$ 11.979 mil, com a emissão de 21.890.438 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, ao preço de R$ 0,547225232 por ação, com integralização à vista, no ato da subscrição. O referido aumento foi homologado, pelo Banco Central, em 22 de junho de 2007; e

14.559 363 12.513 27.435 (10.532) (11.279) (21.811) 5.624

TRANSAÇÕES COM O CONTROLADOR, CONTROLADAS E EMPRESAS LIGADAS As transações com o controlador, controladas e empresas ligadas foram efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações, foram eliminadas nas demonstrações financeiras: Em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Receitas Ativos Receitas Ativos (passivos) (despesas) (passivos) (despesas) Disponibilidades: Banco Bradesco S.A. - no exterior 359 – 1.013 – Operações de pré-export (b): Banco Bradesco S.A. ............... 16.863 450 17.625 431 Aplicações em depósitos interfinanceiros (a): Banco Bradesco S.A. ............... 743.698 5.640 85.314 6.603 Aplicações no mercado aberto: Banco Bradesco S.A. ............... 1.524 3.072 4.085 105 Dividendos: Banco Bradesco S.A. ............... (58.974) – (39.718) – Embaúba Holdings Ltda. .......... 22.234 – 1.852 – Cia. Securitizadora de Créditos Financeiros Rubi ..................... 2.325 – – – Manacás Holdings Ltda. ........... 1 – – – Serviços prestados: Bradesco S.A. CTVM ................ – – – (3) (a) Aplicações interfinanceiras de liquidez - depósitos interfinanceiros de ligadas, com taxas equivalentes às do CDI - certificado de depósito interfinanceiro; e (b) Recompras e/ou revendas a liquidar, de operações compromissadas, lastreadas em títulos públicos, com taxas equivalentes às do “overnight”.

INVESTIMENTOS a) Os ajustes decorrentes da avaliação pelo método de equivalência patrimonial dos investimentos foram registrados em contas de resultado, sob a rubrica de “Resultado de participação em coligadas e controladas”. R$ mil

Empresas

9)

17)

18)

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social Em 30 de junho - R$ mil 2007 2006

14.559 316 12.516 27.391 (10.532) (11.266) (21.798) 5.593

Resultado antes do imposto de renda e contribuição social .. Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente ............................ Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Participações em coligadas e controladas ............................. Despesas indedutíveis líquidas de receitas não tributáveis Outros valores .......................................................................... Imposto de renda e contribuição social do semestre ............

(2) Em Assembléia Geral Extraordinária de 31 de maio de 2007, foi aprovado aumento de capital no montante de R$ 400.000 mil, com a emissão de 671.001.907 ações ordinárias, nominativasescriturais, sem valor nominal, para subscrição particular ao preço de R$ 0,596123492 por ação, com integralização à vista, de 100% do valor das ações subscritas. O referido aumento foi homologado, pelo Banco Central, em 22 de junho de 2007.

Saldo em 31.12.2006 Provisão para créditos de liquidação duvidosa ................... Provisão para contingências cíveis .................................... Provisão para contingências fiscais ................................... Provisão para desvalorização de títulos e investimentos .... Provisão para desvalorização de bens não de uso .............. Outros ..................................... Totaldos créditos tributários sobre diferenças temporárias .... Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social .......... Total dos créditos tributários (Nota 7) ................................. Obrigações fiscais diferidas (Nota 10a) ............................. Créditos tributários líquidos das obrigações fiscais diferidas ...

OUTRAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006

13)

1.701 162 – 15 – 83 1.961

DESPESAS TRIBUTÁRIAS Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Contribuição ao COFINS ................................................................. Impostos e taxas ............................................................................ Contribuição ao PIS/PASEP ........................................................... Despesas com CPMF ..................................................................... Total .................................................................................................

14)

323 96 52 47 518

15)

Imposto de renda 2007 .............................. 2008 .............................. 2009 .............................. 2010 .............................. Total ..............................

849 392 96 1.337

16)

1.041 33 1.074

RESULTADO NÃO OPERACIONAL Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Receitas com imóveis de terceiros ................................................ Provisão/reversão para desvalorização de outros valores e bens Prejuízo na alienação de valores e bens ....................................... Outros .............................................................................................. Total .................................................................................................

Diretoria

7 (3) (24) – (20)

14 5 (3) 3 19

(3.102)

(2.776)

(587) (1.630) (5.319)

(32) (91) (2.899)

(374) (5.693)

(275) (3.174)

Realização

R$ mil Saldo em 30.6.2007

4.268

237

4.031

4.175

645

3.530

19.535

49

2.270

17.314

1.202

1.202

265 6.522

1 –

– –

266 6.522

35.967

50

3.152

32.865

2.858

2.217

641

38.825

50

5.369

33.506

46.375

397

45.294

1.478

(7.550)

(347)

(39.925)

32.028

Contribuição social

2.984 8.148 13.280 2 24.414

1.102 2.793 4.556 – 8.451

Prejuízo fiscal e base negativa Imposto de renda – 468 – – 468

Contribuição social – 173 – – 173

Total 4.086 11.582 17.836 2 33.506

A projeção de realização de crédito tributário trata-se de estimativa e não é diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis. e) O valor presente dos créditos tributários, calculados considerando a taxa média de captação praticada pela Organização Bradesco, líquida dos efeitos tributários, monta a R$ 31.675 mil (2006 - R$ 38.080 mil), sendo R$ 31.059 mil (2006 - R$ 35.421 mil) de diferenças temporárias e R$ 616 mil (2006 - R$ 2.659 mil) de prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social.

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 736 28 764

Em 30 de junho - R$ mil 2006

Em 30 de junho - R$ mil

OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS

Despesas de juros sobre obrigações diversas .............................. Outras .............................................................................................. Total .................................................................................................

Constituição

Diferenças temporárias

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 911 317 18 1.246

2.586 (761) 13 (3.174)

d) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias, prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social

341 27 55 40 463

OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS

Atualização monetária sobre depósitos ......................................... Variações monetárias ativas .......................................................... Outras .............................................................................................. Total .................................................................................................

(5.012)

69.780 (3.206) 24 (5.693)

c) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos

d) Juros sobre o capital próprio e/ou dividendos Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados dividendos e/ou juros sobre capital próprio, que somados correspondam, no mínimo, a 30% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária.

1.276 155 124 40 30 19 1.644

(72.291)

2007

Impostos diferidos Constituição/(realização) no semestre, sobre adições tempo rárias ....................................................................................... Utilização de saldos iniciais de: Base negativa de contribuição social ..................................... Prejuízo fiscal .......................................................................... Subtotal .................................................................................... Impostos correntes Imposto de renda e contribuição social devidos ..................... Imposto de renda e contribuição social do semestre ............

Em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Reservas de Lucros ................................................................ 290.857 121.120 - Reserva Legal (1) .................................................................. 25.121 13.252 - Reservas Estatutárias (2) ...................................................... 265.736 107.868 (1) Constituída obrigatoriamente à base de 5% do lucro líquido do exercício, até atingir 20% do capital social realizado, ou 30% do capital social, acrescido das reservas de capital. Após esse limite a apropriação não mais se faz obrigatória. A reserva legal somente poderá ser utilizada para aumento de capital ou para compensar prejuízos; e (2) Visando à manutenção de margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas da Sociedade, pode ser constituída em 100% do lucro líquido remanescente após destinações estatutárias, sendo o saldo limitado a 95% do Capital Social Integralizado.

Serviços técnicos especializados ................................................. Propaganda e publicidade .............................................................. Despesas de serviços do sistema financeiro ................................ Serviços de terceiros ...................................................................... Despesas de transporte .................................................................. Outras .............................................................................................. Total .................................................................................................

14.740

b) Composição da conta de resultado de imposto de renda e contribuição social

c) Reservas de Lucros

12)

212.620

19)

OUTRAS INFORMAÇÕES Por força do Instrumento Particular de Contrato de Promessa de Integração Empresarial e Outros Pactos, de 7 de julho de 2000, firmado com o Banco Bradesco S.A., os ex-controladores do Banco Boavista, julgaram oportuno o exercício da opção para aderir ao PAES, objetivando o parcelamento de débitos tributários e previdenciários junto à União, por eles garantidos, os quais vinham sendo questionados nas esferas administrativa e judicial, no montante de R$ 165.340 mil, conforme faculdade instituída pela Lei no 10.684, de 30 de maio de 2003. Conforme a referida legislação, os valores objeto de parcelamento serão quitados no prazo mínimo de 120 meses e máximo de 180 meses, devidamente atualizados pela TJLP. Os valores atualizados relativos as obrigações fiscais R$ 167.659 mil (2006 - R$ 174.126 mil) e o respectivo direito a receber dos ex-controladores R$ 143.628 mil (2006 - R$ 149.205 mil), por força do citado instrumento estão, respectivamente, registrados em outras obrigações - fiscais e previdenciárias (Nota 10a) e outros créditos - diversos (Nota 7).

Parecer dos Auditores Independentes Aos Acionistas e Administradores do Banco Boavista Interatlântico S.A.

Diretor-Presidente Márcio Artur Laurelli Cypriano

Diretores

1. Examinamos os balanços patrimoniais do Banco Boavista Interatlântico S.A. em 30 de junho de 2007 e de 2006 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade da administração do Banco. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras.

Laércio Albino Cezar Arnaldo Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi Sérgio Socha Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro Norberto Pinto Barbedo

2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do Banco, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração do Banco, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco Boavista Interatlântico S.A. em 30 de junho de 2007 e de 2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

São Paulo, 3 de agosto de 2007

Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5

Luiz Filipe Lopes Soares Contador - CRC 1SP208127/O-5

Washington Luiz Pereira Cavalcanti Contador CRC 1SP172940/O-6

.POLÍTICA

LULA RECEBE NOVAS VAIAS NO RIO Michel Filho/AOG

Governo é uma "mãe" para os bancos, diz PSDB

Acompanhado do governador Sérgio Cabral (PMDB), presidente decidiu enfrentar manifestantes

O

presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho (PMDB), enfrentaram protestos de um grupo de estudantes e funcionários do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) durante a inauguração de uma Unidade de Ensino, no norte fluminense. Os manifestantes pediam concurso para novos professores e usaram narizes de palhaço durante o ato. O governador pediu que a maioria do público que o aplaudia vaiasse o grupo. O presidente brincou com Ca-

bral e pediu que ele não se importasse com o grupo, "que é tão jovem e desprovido de consciência política, que usa nariz de palhaço". "Palhaçada é uma coisa alegre", disse Lula. "Não entendo o mau humor de q u e m re c l a m a d e b a r r i g a cheia", atacou o governador. Sem conseguir aplacar as vaias, Cabral saiu de cena. Lula falou em seguida e o barulho do grupo não diminuiu, mas o ele continuou seu discurso lembrando a biografia de homem pobre. Em seguida a comitiva deixou Campos e se dirigiu para Realengo. O presidente ainda elogiou o

A

Lula e Cabral trocaram elogios durante ato na baixada Fluminense

governador e, sem citar Rosinha e Anthony e Garotinho, disse que, na gestão de Cabral, foi feito mais no Estado do Rio do que foi feito nos últimos oito anos, com a ajuda do gover-

no federal. "Você, Cabral, é um homem de bem que não governa pensando na próxima eleição. A mesquinharia pensa isso. Teve um outro aí que era só ódio", finalizou. (AE)

última e edição da publicação "Brasil Real – Cartas de Conjuntura", divulgada na última semana pelo Instituto Teotônio Vilela, órgão ligado ao PSDB, diz que produzir não tem sido a melhor opção para quem procura ganhar dinheiro na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Em valores nominais (sem considerar a inflação), os 50 maiores bancos já lucraram R$ 110 bilhões desde que Lula assumiu a presidência da República", informa o texto. Na publicação, os tucanos

mencionam com ironia uma das frases mais utilizadas por Lula para dizer que o sistema financeiro continua imbatível: "Os banqueiros não têm do que reclamar, nunca antes neste País embolsaram tanto rendimento". O documento ressalta que em 2006, os ganhos das instituições financeiras ficou na casa dos R$ 32,8 bilhões, 81% acima do montante registrado no último ano da gestão FHC. Para o PSDB, mais uma vez com ironia, o governo Lula só não conseguiu colocar o País nos trilhos. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de agosto de 2007

9

Banco Finasa S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 57.561.615/0001-04 - Sede: Av. Alphaville, 1.500 - Piso 2 - Alphaville - Barueri - SP Relatório da Administração Senhores Acionistas, Apresentamos a V.Sas. as Demonstrações Financeiras do Banco Finasa S.A., elaboradas na forma da Legislação Societária, referentes ao semestre findo em 30 de junho de 2007. O Banco Finasa oferece linhas de financiamento de crédito direto ao consumidor para aquisição de veículos de passeio, de transporte e outros bens e serviços, além de operações de leasing e crédito pessoal. Atuando de maneira diferenciada, por meio de parceria com lojas e revendas, o Banco Finasa complementa a rede de distribuição de produtos financeiros da Organização Bradesco. Aliada à vocação natural de concessão de financiamentos, também se firma na estratégia de celebrar acordos operacionais com grandes montadoras e revendas de veículos, caminhões e implementos, além de importantes redes de lojas de comércio varejista. Para prospecção de novos negócios, contrata os serviços da Finasa Promotora de Vendas, sua subsidiária integral, por meio das 392 filiais instaladas em todo o

território nacional e uma estrutura de parceiros comerciais cadastrados, representados, em junho de 2007, por 18.455 revendas de veículos e 21.616 lojas que comercializam móveis e decorações, autopeças, programas e equipamentos de informática, material de construção, pneus, turismo, telefonia, entre outros. A Finasa Promotora encerrou o semestre com 5.055 Colaboradores registrados em seu quadro, cerca de 81% atuando diretamente na prospecção de novos negócios. Desempenho Operacional O Banco ultrapassou o montante de R$ 20 bilhões em carteira de financiamentos, leasing e crédito pessoal, encerrando o semestre com R$ 20,686 bilhões, crescimento de 24,1% sobre o mesmo período de 2006. A produção de novos negócios passou em média de R$ 1,267 bilhão/mês no 1o semestre de 2006 para R$ 1,514 bilhão/mês no 1o semestre de 2007, crescimento de 19,5%. O resultado societário, no 1o semestre de 2007, foi de R$ 226 milhões, ante os R$ 119 milhões apurados no mesmo período do ano anterior, crescimento de 90%, encerrando o semestre com Patrimônio Líquido de R$ 1,256 bilhão e rentabilidade anualizada de 39,2%.

Ação Social A Organização Bradesco, por meio do Programa Finasa Esportes, manifesta seu apoio ao desenvolvimento de crianças e adolescentes, promovendo atividades como a prática esportiva, ações de educação, saúde e bem-estar. O Finasa Esportes, nos seus quase 20 anos de existência, estabeleceu diversas parcerias, destacando-se a realizada com a Prefeitura Municipal de Osasco, SP, que contribui para a ampliação do alcance social desse Programa. Nesse Município, está estruturado em 52 núcleos de formação para o ensino de vôlei e basquete na Fundação Bradesco e em Escolas e Centros Esportivos, atendendo hoje a 3.000 meninas de 9 a 18 anos. Agradecimentos Agradecemos aos nossos clientes e parceiros comerciais pela confiança e apoio e aos nossos funcionários pela dedicação ao trabalho. Barueri, SP, 3 de agosto de 2007. Diretoria

Demonstração do Resultado dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil

Balanço Patrimonial em 30 de junho – Em Reais mil ATIVO

2007

2006

PASSIVO

2007

2006

CIRCULANTE ............................................................................................ DISPONIBILIDADES ................................................................................. APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ ................................. Aplicações no Mercado Aberto ................................................................. Aplicações em Depósitos Interfinanceiros ............................................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTO FINANCEIROS DERIVATIVOS .......................................................................................... Carteira Própria .......................................................................................... Vinculados à Prestação de Garantias ...................................................... Instrumentos Financeiros e Derivativos ................................................... RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS ............................................................ Pagamentos e Recebimentos a Liquidar .................................................. Correspondentes ....................................................................................... OPERAÇÕES DE CRÉDITO ...................................................................... Operações de Crédito - Setor Privado ....................................................... Provisão para Operações de Créditos de Liquidação Duvidosa .............. OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL .................................. Operações de Arrendamentos a Receber - Setor Privado ........................ Rendas a Apropriar de Arrendamento Mercantil ....................................... Provisão para Créditos de Arrendamento Mercantil de Liquidação Duvidosa OUTROS CRÉDITOS ................................................................................. Rendas a Receber ..................................................................................... Diversos .................................................................................................... OUTROS VALORES E BENS .................................................................... Outros Valores e Bens ............................................................................... Provisões para Desvalorizações .............................................................. Despesas Antecipadas .............................................................................

12.167.858 81 486.035 40.743 445.292

10.398.812 80 25.828 24.078 1.750

CIRCULANTE ............................................................................................

12.348.905

10.924.390

DEPÓSITOS ..............................................................................................

11.916.677

10.661.243

Depósitos à Vista ......................................................................................

11

11

Depósitos Interfinanceiros ........................................................................

11.913.536

10.660.981

Depósitos a Prazo .....................................................................................

3.130

251

RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS ............................................................

56

19.249 13.442 5.807 – 26.896 58 26.838 10.586.679 11.217.727 (631.048) (16.418) 474.611 (461.015) (30.014) 528.802 77.082 451.720 536.534 4.781 (2.311) 534.064

11.561 10.386 582 593 41.219 57 41.162 9.541.354 10.026.559 (485.205) (6.400) 339.086 (331.583) (13.903) 322.774 63.378 259.396 462.396 1.846 (962) 461.512

7.853.144

5.917.318

15.389 15.389 7.196.166 7.596.967 (400.801) (41.809) 694.671 (694.671) (41.809) 364.815 42.432 322.383 318.583 318.583

1.214 1.214 5.481.736 5.728.577 (246.841) (18.127) 497.540 (497.540) (18.127) 208.767 – 208.767 243.728 243.728

PERMANENTE .......................................................................................... INVESTIMENTOS ...................................................................................... Participações em Coligadas e Controladas: - No País .................................................................................................. - No Exterior ............................................................................................. Outros Investimentos ................................................................................ Provisões para Perdas .............................................................................. IMOBILIZADO DE USO .............................................................................. Imóveis de Uso ......................................................................................... Outras Imobilizações de Uso .................................................................... Depreciações Acumuladas ....................................................................... IMOBILIZADO DE ARRENDAMENTO ....................................................... Bens Arrendados ....................................................................................... Depreciações Acumuladas ....................................................................... DIFERIDO .................................................................................................. Gastos de Organização e Expansão ........................................................ Amortização Acumulada ........................................................................... Ágio na Aquisição de Empresas Controladas, Líquido de Amortização .

5.096.267 2.228.458

3.540.695 2.003.132

2.224.125 151 13.739 (9.557) 8.933 103 16.998 (8.168) 2.857.311 2.999.044 (141.733) 1.565 274 (8) 1.299

1.999.575 160 13.137 (9.740) 9.329 103 14.985 (5.759) 1.347.363 1.437.199 (89.836) 180.871 492 (3) 180.382

T OT A L ....................................................................................................

25.117.269

19.856.825

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ............................................................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS .......................................................................................... Vinculados à Prestação de Garantias ...................................................... OPERAÇÕES DE CRÉDITO ...................................................................... Operações de Crédito - Setor Privado ....................................................... Provisão para Operações de Créditos de Liquidação Duvidosa .............. OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL .................................. Operações de Arrendamentos a Receber - Setor Privado ........................ Rendas a Apropriar de Arrendamento Mercantil ....................................... Provisão para Créditos de Arrendamento Mercantil de Liquidação Duvidosa OUTROS CRÉDITOS ................................................................................. Rendas a Receber ..................................................................................... Diversos .................................................................................................... OUTROS VALORES E BENS .................................................................... Despesas Antecipadas .............................................................................

Recebimantos e pagamentos a liquidar ...................................................

56

OBRIGAÇÕES POR REPASSES DO PAÍS - INSTITUIÇÕES OFICIAIS ....

1.103

3.130

FINAME .....................................................................................................

1.103

3.130

INSTRUMENTOS FINANCEIROS E DERIVATIVOS ..................................

1.306

7.757

OUTRAS OBRIGAÇÕES ............................................................................

429.763

252.260

Cobrança e Arrecadação de Tributos e Assemelhados ............................

5.430

3.998

Sociais e Estatutárias ...............................................................................

53.649

28.308

Fiscais e Previdenciárias .........................................................................

110.596

76.917

Diversas ....................................................................................................

260.088

143.037

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO .....................................................................

11.495.283

7.803.932

DEPÓSITOS ..............................................................................................

10.368.164

7.313.846

Depósitos Interfinanceiros ........................................................................

10.368.164

7.313.846

OBRIGAÇÕES POR REPASSES DO PAÍS - INSTITUIÇÕES OFICIAIS ....

45

1.263

FINAME .....................................................................................................

45

1.263

INSTRUMENTOS FINANCEIROS E DERIVATIVOS ..................................

1.089

OUTRAS OBRIGAÇÕES ............................................................................

1.127.074

487.734

Fiscais e Previdenciárias .........................................................................

280.296

120.540

Diversas ....................................................................................................

846.778

367.194

RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS .............................................

16.769

33.056

Receitas de Exercícios Futuros ................................................................

16.769

33.056

PATRIMÔNIO LÍQUIDO ...............................................................................

1.256.312

1.095.447

- De Domiciliados no País ........................................................................

562.969

Reservas de Capital ..................................................................................

7.421

Reservas de Lucros .................................................................................. Ajuste ao Valor de Mercado - TVM e Derivativos .....................................

CAPITAL REALIZADO

2.511.509 2.270.710 237.879 5.418 (2.498)

DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ........................................... Operações de Captações no Mercado ............................................................. Operações de Empréstimos e Repasses ........................................................ Operações de Arrendamento Mercantil ............................................................ Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa ............................................

2.347.383 1.388.639 223 374.610 583.911

1.958.245 1.330.844 468 158.293 468.640

RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA .............................

682.751

553.264

OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS ........................................ Receitas de Prestação de Serviços ................................................................ Despesas de Pessoal ...................................................................................... Outras Despesas Administrativas ................................................................... Despesas Tributárias ........................................................................................ Resultado de Participações em Coligadas e Controladas .............................. Outras Receitas Operacionais ......................................................................... Outras Despesas Operacionais .......................................................................

(429.030) 72.162 (5.256) (155.528) (67.636) 198.985 43.255 (515.012)

(431.542) 130.604 (5.486) (301.887) (62.595) 143.023 65.677 (400.878)

RESULTADO OPERACIONAL ...........................................................................

253.721

121.722

RESULTADO NÃO OPERACIONAL ..................................................................

(5.034)

(1.279)

RESULTADO ANTES DATRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO ..............................

248.687

120.443

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL .........................................

(22.794)

(1.249)

LUCRO LÍQUIDO ...............................................................................................

225.893

119.194

Número de ações (mil) ..................................................................................... Lucro por lote de mil ações em R$ ..................................................................

1.980.059 114,08

1.946.858 61,22

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil 2007

2006

3.386.239

2.219.243

LUCRO LÍQUIDO ...............................................................................................

225.893

119.194

AJUSTES AO LUCRO LÍQUIDO ....................................................................... Depreciações e Amortizações ......................................................................... Amortização de Ágio ........................................................................................ Resultado de Participações em Coligadas e Controladas .............................. Superveniência de Depreciação ...................................................................... Outros ...............................................................................................................

(75.319) 375.193 – (198.985) (256.147) 4.620

(49.185) 150.113 34.913 (143.023) (91.188) –

544.036

VARIAÇÃO NOS RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS .........................

(4.814)

(10.086)

7.366

AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TÍTULOS DISPONÍVEIS PARA VENDA

1.861

13.014

674.580

532.436

11.342

11.609

RECURSOS DE ACIONISTAS .......................................................................... Aumento de Capital por subscrição .................................................................

18.933 18.933

67.301 67.301

3.028.004 2.531.865 56 496.083 15.664 – 15.664 133.585 9.285 – 124.300

1.786.145 1.568.545 – 217.600 238.591 222.339 16.252 23.775 2.771 3 21.001

Capital:

T OT A L ....................................................................................................

RESERVAS DE CAPITAL

INCENTIVOS AUMENTO FISCAIS DO DE CAPITAL IMPOSTO DE RENDA

CAPITAL SOCIAL

2006

3.030.134 2.483.952 534.967 11.268 (53)

ORIGEM DOS RECURSOS ..............................................................................

25.117.269

19.856.825

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil

EVENTOS

2007 RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ............................................. Operações de Crédito ....................................................................................... Operações de Arrendamento Mercantil ............................................................ Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários ........................... Resultado com Instrumentos Financeiros e Derivativos .................................

OUTRAS

RESERVAS DE LUCROS

LEGAL

ESTATUTÁRIA

AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM E DERIVATIVOS COLIGADAS PRÓPRIAS E CONTROLADAS

RECURSOS DETERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: - Aumento dos Subgrupos do Passivo ........................................................... Depósitos ...................................................................................................... Relações Interfinanceiras ............................................................................. Outras Obrigações ......................................................................................... - Diminuição dos Subgrupos do Ativo ............................................................ Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ...................................................... Operações de Arrendamento Mercantil ......................................................... - Alienação (Baixa) de Bens e Investimentos ................................................ Bens Não de Uso Próprio .............................................................................. Investimentos ................................................................................................ Imobilizado de Arrendamento ....................................................................... - Juros sobre o Capital Próprio e Dividendos Recebidos de Coligadas e Controladas ................................................................................................ APLICAÇÃO DOS RECURSOS ........................................................................

42.432

30.494

3.386.238

2.219.239

LUCROS ACUMULADOS

TOTAIS

DIVIDENDOS DECLARADOS ..........................................................................

53.649

28.308

INVERSÕES EM .............................................................................................. Bens Não de Uso Próprio ................................................................................. Imobilizado de Uso .......................................................................................... Imobilizado de Arrendamento ......................................................................... Investimentos ...................................................................................................

1.089.901 10.782 1.043 1.076.644 1.432

680.547 2.379 5.337 612.468 60.363

SALDOS EM 31.12.2005 ............................................................................

314.450

162.285

7.277

53

39.650

401.900

240

(1.645)

924.210

AUMENTO DE CAPITAL POR SUBSCRIÇÃO ............................................. HOMOLOGAÇÃO DE AUMENTO DE CAPITAL ........................................... ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS .............................................. AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM E DERIVATIVOS ..................... LUCRO LÍQUIDO .......................................................................................... DESTINAÇÕES: - Reservas ........................................................................ - Dividendos declarados ..................................................

– 229.586 – – – – –

67.301 (229.586) – – – – –

– – – – – – –

– – 36 – – – –

– – – – – 5.960 –

– – – – – 84.926 –

– – – 372 – – –

– – – 12.642 – – –

– – – – 119.194 (90.886) (28.308)

67.301 – 36 13.014 119.194 – (28.308)

SALDOS EM 30.6.2006 ...............................................................................

544.036

7.277

89

45.610

486.826

612

10.997

1.095.447

SALDOS EM 31.12.2006 ............................................................................

544.036

7.278

89

43.636

458.700

1.376

8.105

1.063.220

AUMENTO DE CAPITAL POR SUBSCRIÇÃO ............................................. ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS .............................................. AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM E DERIVATIVOS ..................... LUCRO LÍQUIDO .......................................................................................... DESTINAÇÕES: - Reservas ........................................................................ - Dividendos declarados ..................................................

– – – – – –

18.933 – – – – –

– – – – – –

– 54 – – – –

– – – – 11.295 –

– – – – 160.949 –

– – 659 – – –

– – 1.202 – – –

– – – 225.893 (172.244) (53.649)

18.933 54 1.861 225.893 – (53.649)

SALDOS EM 30.6.2007 ...............................................................................

544.036

18.933

7.278

143

54.931

619.649

2.035

9.307

1.256.312

APLICAÇÕES NO DIFERIDO ...........................................................................

282

465

AUMENTO DOS SUBGRUPOS DO ATIVO ....................................................... Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ......................................................... Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos ........... Relações Interfinanceiras ................................................................................ Operações de Crédito ....................................................................................... Outros Créditos ................................................................................................. Outros Valores e Bens ......................................................................................

2.240.008 290.485 17.958 26.634 1.602.938 198.289 103.704

1.484.878 – 148 9.421 1.227.891 113.378 134.040

REDUÇÃO DOS SUBGRUPOS DO PASSIVO .................................................. Obrigações por Empréstimos e Repasses ...................................................... Instrumentos Financeiros Derivativos .............................................................

2.398 1.272 1.126

25.041 2.686 22.355

AUMENTO DAS DISPONIBILIDADES .............................................................

1

4

Início do Semestre .................................................. Fim do Semestre ..................................................... Aumento das Disponibilidades ..............................

80 81 1

76 80 4

MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA

Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras 1)

2)

3)

CONTEXTO OPERACIONAL O Banco Finasa S.A. é uma instituição financeira, que tem por objetivo efetuar operações bancárias em geral, inerentes às carteiras comercial, de investimentos, de crédito, financiamento e investimento, de crédito imobiliário e de arrendamento mercantil, inclusive câmbio. O Banco Finasa S.A. é parte integrante da Organização Bradesco, sendo suas operações conduzidas de forma integrada a um conjunto de empresas que atuam nos mercados financeiro e de capitais, utilizando-se de seus recursos administrativos e tecnológicos e na gestão de riscos, e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, associadas às normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central do Brasil (BACEN), que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas. PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro são apresentadas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro-rata” dia e calculadas com base no método exponencial. As receitas de arrendamento mercantil são calculadas e apropriadas mensalmente pelo valor das contraprestações exigíveis no período (Portaria MF no 140) e considera o ajuste a valor presente das operações de arrendamento mercantil. b) Aplicações interfinanceiras de liquidez São registradas ao custo de aquisição, acrescidas dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidas de provisão para desvalorização, quando aplicável. c) Títulos e valores mobiliários Títulos para negociação - adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; Títulos disponíveis para venda - que não se enquadrem como para negociação nem como mantidos até o vencimento, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários; e Títulos mantidos até o vencimento - adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento, são avaliados pelos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período. d) Instrumentos financeiros derivativos (ativos e passivos) São classificados de acordo com a intenção da Administração, na data do início da operação, levando-se em consideração se sua finalidade é para proteção contra riscos “hedge” ou não. Os instrumentos financeiros derivativos que não atendam aos critérios de “hedge” contábil estabelecidos pelo BACEN, principalmente derivativos utilizados para administrar a exposição global de risco, são contabilizados pelo valor de mercado, com as valorizações ou desvalorizações reconhecidas diretamente no resultado do período. Em 30 de junho o Banco não utilizou as prerrogativas de classificação e designação das operações de derivativos como “hedge”, para fins contábeis. e) Operações de crédito, de arrendamento mercantil e provisão para créditos de liquidação duvidosa As operações de crédito e de arrendamento mercantil são classificadas nos respectivos níveis de risco, observando: (i) os parâmetros estabelecidos pela Resolução no 2682 do CMN, que requer a sua classificação em nove níveis, sendo “AA” (risco mínimo) e “H” (risco máximo); e (ii) a avaliação da Administração quanto ao nível de risco. Essa avaliação, realizada periodicamente, considera a conjuntura econômica, a experiência passada e os riscos específicos e globais em relação às operações, aos devedores e garantidores. Adicionalmente, também são considerados os períodos de atraso definidos na Resolução no 2682 do CMN, para atribuição dos níveis de classificação dos clientes da seguinte forma: Período de atraso

f)

Classificação do cliente

• de 15 a 30 dias ............................................................................. B • de 31 a 60 dias ............................................................................. C • de 61 a 90 dias ............................................................................. D • de 91 a 120 dias ........................................................................... E • de 121 a 150 dias ......................................................................... F • de 151 a 180 dias ......................................................................... G • superior a 180 dias ....................................................................... H A atualização (“accrual”) das operações de crédito vencidas até o 59o dia é contabilizada em receitas de operações de crédito, e a partir do 60o dia, em rendas a apropriar.

g)

As operações em atraso classificadas como nível “H” permanecem nessa classificação por seis meses, quando então são baixadas contra a provisão existente e controladas, por até cinco anos, em contas de compensação, não sendo mais registradas em contas patrimoniais. As operações renegociadas são mantidas no mesmo nível em que estavam classificadas. As renegociações de operações de crédito, que já haviam sido baixadas contra a provisão e que estavam em contas de compensação, são classificadas como nível “H” e as eventuais receitas provenientes da renegociação somente são reconhecidas quando efetivamente recebidas. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é apurada em valor suficiente para cobrir prováveis perdas e leva em conta as normas e instruções do BACEN, associadas às avaliações procedidas pela Administração, na determinação dos riscos de crédito. A carteira de arrendamento mercantil é constituída por contratos celebrados ao amparo da Portaria no 140/84, do Ministério da Fazenda, que contém cláusulas de: a) não cancelamento; b) opção de compra; e c) atualização pós-fixada ou prefixada e são contabilizados de acordo com as normas estabelecidas pelo BACEN, conforme descrito a seguir: I - Arrendamentos a receber Refletem o saldo das contraprestações a receber, atualizados de acordo com índices e critérios estabelecidos contratualmente. II - Rendas a apropriar de arrendamento mercantil Representam a contrapartida do valor das contraprestações a receber, sendo apropriadas ao resultado quando dos vencimentos das parcelas contratuais. Nas operações que apresentem atraso igual ou superior a sessenta dias, a apropriação ao resultado passa a ocorrer quando do recebimento das parcelas contratuais, de acordo com a Resolução no 2682 do CMN. III - Imobilizado de arrendamento É registrado pelo custo de aquisição, deduzido das depreciações acumuladas. A depreciação é calculada pelo método linear, com o benefício de redução de 30% na vida útil normal do bem prevista na legislação vigente. As principais taxas anuais de depreciação utilizadas, base para esta redução, são as seguintes: Veículos e Afins, 20%; Móveis e Utensílios, 10%; Máquinas e Equipamentos, 10%; e Outros Bens, 10% e 20%. IV - Perdas em arrendamentos Os prejuízos apurados na venda de bens arrendados são diferidos e amortizados pelo prazo remanescente de vida útil normal dos bens, apresentados na demonstração financeira juntamente com o imobilizado de arrendamento (Nota 6h). V - Superveniência (insuficiência) de depreciação Os registros contábeis das operações de arrendamento mercantil são mantidos conforme exigências legais, específicas para esse tipo de operação. Os procedimentos adotados e sumariados nos itens II a IV acima diferem das práticas contábeis previstas na legislação societária brasileira, principalmente no que concerne ao regime de competência no registro das receitas e despesas relacionadas aos contratos de arrendamento mercantil. Em conseqüência, de acordo com a Circular BACEN no 1429 e Instrução CVM no 58, foi calculado o valor presente das contraprestações em aberto, utilizando-se a taxa interna de retorno de cada contrato, registrando-se uma receita ou despesa de arrendamento mercantil, em contrapartida às rubricas de superveniência ou insuficiência de depreciação, respectivamente, registrados no Ativo Permanente (Nota 6h), com o objetivo de adequar as operações de arrendamento mercantil ao regime de competência. Imposto de renda e contribuição social (ativo e passivo) A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. Os créditos tributários de imposto de renda e contribuição social, calculados sobre adições temporárias, são registrados na rubrica “Outros créditos - diversos”, e a provisão para as obrigações fiscais diferidas sobre superveniência de depreciação e ajustes a valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é registrada na rubrica “Outras obrigações - fiscais e previdenciárias”, sendo que para a superveniência de depreciação é aplicada somente a alíquota de imposto de renda. Os créditos tributários sobre adições temporárias serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos. Investimentos Os investimentos em coligadas e controladas foram avaliados pelo método de equivalência patrimonial. Os títulos patrimoniais da CETIP - Câmara de Custódia e de Liquidação e da Bolsa de Mercadorias & Futuros - BM&F foram avaliados pelo valor patrimonial, não auditados, informados pelas respectivas bolsas, e os incentivos fiscais e outros investimentos foram avaliados pelo custo de aquisição, deduzidos de provisão para perda, quando aplicável.

h)

i)

j)

k)

4)

Ativo imobilizado Demonstrado ao custo de aquisição, líquido das respectivas depreciações acumuladas, calculadas pelo método linear de acordo com a vida útil-econômica estimada dos bens, sendo: imóveis de uso - 4% ao ano; móveis e utensílios e máquinas e equipamentos, sistemas de comunicação e segurança - 10% ao ano; e sistemas de transportes e processamento de dados - 20% ao ano. Ativo diferido Está registrado ao custo de aquisição ou formação, líquido das respectivas amortizações acumuladas de 20% ao ano, calculadas pelo método linear. O ágio na aquisição de investimentos, com base em expectativa de rentabilidade futura, possuía amortização de 20% ao ano e estava registrado no ativo diferido, até 30 de junho de 2006. O ágio existente foi revisado pelos Órgãos da Administração e totalmente amortizado no 3o trimestre de 2006. Ativos e passivos contingentes e obrigações legais - fiscais e previdenciárias O reconhecimento, a mensuração e a divulgação das contingências ativas e passivas e obrigações legais são efetuados de acordo com os critérios definidos na Deliberação CVM 489/05. • Ativos contingentes: Não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui total controle da situação ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo. Os ativos contingentes com probabilidade de êxito provável são apenas divulgados nas demonstrações financeiras (Nota 12a). • Passivos contingentes: São constituídos levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade; e no posicionamento de Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável, o que ocasionaria uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes classificados como de perdas possíveis não são reconhecidos contabilmente, devendo ser apenas divulgados nas notas explicativas, e os classificados como remotos não requerem provisão e divulgação (Nota 12b). • Obrigações legais - fiscais e previdenciárias: Decorrem de processos judiciais relacionados a obrigações tributárias, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou constitucionalidade, que independente da avaliação acerca da probabilidade de sucesso, têm os seus montantes reconhecidos integralmente nas demonstrações financeiras (Nota 12b). Outros ativos e passivos Os ativos estão demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidos e provisão para perda, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e das variações monetárias (em base “pro-rata” dia) incorridos.

APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ a) Vencimentos

1 a 30 dias

b)

Em 30 de junho - R$ mil Total 2007 2006

Aplicação no mercado aberto Posição bancada ........................................................ 40.743 40.743 24.078 Letras financeiras do tesouro ..................................... 40.743 40.743 24.078 Aplicações em depósitos interfinanceiros ................ 445.292 445.292 1.750 Aplicações em depósitos interfinanceiros ................. 445.292 445.292 1.750 Total em 2007 .............................................................. 486.035 486.035 Total em 2006 .............................................................. 25.828 25.828 Receitas de aplicações interfinanceiras de liquidez Classificadas na demonstração de resultado como resultado de operações com títulos e valores mobiliários. Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 Rendas de aplicações em operações compromissadas: .................................................................... Posição bancada ..................................................... Subtotal .................................................................... Rendas de aplicações em depósitos interfinanceiros Total (Nota 5b) ...........................................................

2006 4.546 4.546 6.068 6.068 10.614

4.474 4.474 569 569 5.043

CONTINUA


DIÁRIO DO COMÉRCIO

10

sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de agosto de 2007

Banco Finasa S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 57.561.615/0001-04 - Sede: Av. Alphaville, 1.500 - Piso 2 - Alphaville - Barueri - SP Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras

CONTINUAÇÃO 5)

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS a) Títulos e valores mobiliários Classificação por categorias e prazos

Títulos (1)

1 a 30 dias

31 a 180 dias

181 a 360 dias

Acima de 360 dias

2007 Valor de custo atualizado

Valor de mercado contábil (2)

Em 30 de junho - R$ mil 2006 Valor de mercado Marcação a contábil (2) mercado

Marcação a mercado

Títulos para negociação ......................................................................................................................................................................................... 4.362 3.111 3.270 15.389 25.132 25.067 1.065 5.787 8 - Letras financeiras do tesouro ................................................................................................................................................................................ – – 2.425 15.203 17.628 16.587 1.041 1.739 8 - Letras do tesouro nacional .................................................................................................................................................................................... – 3.111 845 186 4.142 4.118 24 57 – - Cotas de fundos de investimento ......................................................................................................................................................................... 4.362 – – – 4.362 4.362 – 3.991 – Títulos disponíveis para venda .............................................................................................................................................................................. 8.506 – – – 8.506 5.422 3.084 6.395 973 - Ações .................................................................................................................................................................................................................... 8.506 – – – 8.506 5.422 3.084 6.395 973 Instrumentos financeiros derivativos .................................................................................................................................................................... – – – – – – – 593 (324) Total em 2007 .......................................................................................................................................................................................................... 12.868 3.111 3.270 15.389 34.638 30.489 4.149 Total em 2006 .......................................................................................................................................................................................................... 10.979 58 524 1.214 – – – 12.775 657 (1) Na distribuição dos prazos, foram considerados os vencimentos dos papéis independentemente de sua classificação contábil; e (2) O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado de acordo com a cotação de preço de mercado disponível na data do balanço. Se não houver cotação de preços de mercado disponível, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos de definições de preços, modelos de cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes. No caso das aplicações em fundos de investimento, o custo atualizado reflete o valor de mercado das respectivas cotas. b)

Resultado com títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos

Instrumentos financeiros derivativos (ativos e passivos), demonstrada pelo seu valor de custo atualizado e valor de mercado: Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006

c)

Aplicações interfinanceiras de liquidez (Nota 4b) .................................................................................................. 10.614 5.043 Fundos de investimentos ........................................................................................................................................ 237 280 Títulos de renda fixa ................................................................................................................................................ 409 84 Renda variável ........................................................................................................................................................ – 4 Ajuste de marcação a mercado .............................................................................................................................. 8 4 Aplicações em ouro ................................................................................................................................................ – 3 Subtotal ................................................................................................................................................................... 11.268 5.418 Resultado com instrumentos financeiros derivativos ............................................................................................ (53) (2.498) Total ......................................................................................................................................................................... 11.215 2.920 Instrumentos financeiros derivativos O Banco Finasa participa de operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos, representados por “swaps”, registrados em contas patrimoniais e de compensação, em um contexto integrado com o controlador e empresas ligadas, que se destinam a atender às necessidades próprias. Os instrumentos financeiros derivativos, quando utilizados pelo Banco como instrumentos de “hedge”, destinam-se a protegê-lo contra variações nas taxas de juros de ativos e passivos. Os derivativos geralmente representam compromissos futuros para trocar moedas ou indexadores, ou comprar ou vender outros instrumentos financeiros nos termos e datas especificados nos contratos. O valor nominal dos instrumentos financeiros derivativos registrados em contas de compensação está assim resumido: Contratos de “swap”

Contratos de “swaps” Posição ativa: ................................................................................................. Mercado interfinanceiro .................................................................................... Posição passiva: ............................................................................................ Prefixados ........................................................................................................ 6)

Valor Líquido

8.134 8.134 9.440 9.440

Valor Global

9.440

Custo atualizado

Ajuste a receber ............................................ – Ajuste a pagar ............................................... (1.125) Total líquido ................................................ (1.125) Os contratos de “swaps” possuem os seguintes vencimentos:

– (181) (181)

– (1.306) (1.306)

916 (7.114) (6.198)

1 a 90 dias

91 a 180 dias

180 a 360 dias

Acima de 360 dias

– 48.492

– 12.912

– 8.148

Em 30 de junho - R$ mil 2006 Ajuste a valor Valor de de mercado mercado (323) (1.732) (2.055)

593 (8.846) (8.253)

Em 30 de junho - R$ mil

Total em 2007 ............................................... Total em 2006 ............................................... Valores das receitas e despesas líquidas:

8.134 84.297

Total 2007

153.849 Em 30 de junho - R$ mil 2006

Contratos de “swaps” ..................................................................................................................................................... Total ................................................................................................................................................................................ Valores globais dos instrumentos financeiros derivativos, separados por local de negociação:

(53) (53)

(2.498) (2.498)

Em 30 de junho - R$ mil 2006 8.134 153.849 8.134 153.849

2007

154.442 CETIP (balcão) ............................................................................................................................................................... Total ................................................................................................................................................................................

162.695

2006

8.134

2007

Valor Líquido

154.442 154.442 162.695 162.695

8.134

Valor de mercado

Custo atualizado

Em 30 de junho - R$ mil 2006

2007 Valor Global

2007 Ajuste a valor de mercado

OPERAÇÕES DE CRÉDITO Apresentamos as informações relativas às operações de crédito, operações de arrendamento mercantil e outros créditos a) b) c)

Modalidades e prazos; Modalidades e níveis de risco; Setor de atividade econômica;

a)

Modalidades e prazos

d) e) f)

Composição das operações de crédito e da provisão para créditos de liquidação duvidosa; Movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa; Concentração de crédito e risco de crédito;

g)

Conciliação da composição da carteira de arrendamento, a valor presente, com os saldos contábeis; e Imobilizado de arrendamento

h)

Em 30 de junho - R$ mil Total 1 a 30 dias Empréstimos e títulos descontados ..................................................................................................................................... Financiamentos ..................................................................................................................................................................... Subtotal ................................................................................................................................................................................. Operações de arrendamento mercantil ................................................................................................................................. Total das operações de crédito em 2007 ............................................................................................................................. Total das operações de crédito em 2006 .............................................................................................................................

Curso normal 61 a 90 91 a 180 dias dias

31 a 60 dias

54.731 1.108.154 1.162.885 63.330 1.226.215 1.061.553

45.614 927.651 973.265 41.085 1.014.350 916.440

43.008 876.558 919.566 41.563 961.129 858.162

2007 181 a 360 dias

107.663 2.294.759 2.402.422 131.200 2.533.622 2.265.599

Acima de 360 dias

132.962 3.384.271 3.517.233 262.777 3.780.010 3.308.474

2006

(A)

135.439 6.536.637 6.672.076 1.131.024 7.803.100 5.531.622

(A)

%

519.417 15.128.030 15.647.447 1.670.979 17.318.426

3,0 87,4 90,4 9,6 100,0

%

401.628 12.722.712 13.124.340 817.510

2,9 91,2 94,1 5,9

13.941.850

100,0

Em 30 de junho - R$ mil Curso anormal 1 a 30 dias Empréstimos e títulos descontados ........................................................................................................................................................................ Financiamentos ........................................................................................................................................................................................................ Subtotal .................................................................................................................................................................................................................... Operações de arrendamento mercantil .................................................................................................................................................................... Total das operações de crédito em 2007 ................................................................................................................................................................ Total das operações de crédito em 2006 ...............................................................................................................................................................

31 a 60 dias

16.033 179.280 195.313 8.632 203.945 180.397

Total

Parcelas vencidas 61 a 90 dias

14.378 121.667 136.045 5.972 142.017 116.138

91 a 180 dias

12.031 60.378 72.409 2.702 75.111 57.006

2007

181 a 720 dias

29.797 133.341 163.138 5.080 168.218 121.766

2006

(B)

30.339 113.527 143.866 4.314 148.180 94.959

(B)

%

102.578 608.193 710.771 26.700 737.471

13,9 82,5 96,4 3,6 100,0

%

103.231 455.026 558.257 12.009

18,1 79,8 97,9 2,1

570.266

100,0

Em 30 de junho - R$ mil Curso anormal

Total

1 a 30 dias

b)

Empréstimos e títulos descontados ................................................... Financiamentos ................................................................................... Subtotal ............................................................................................... Operações de arrendamento mercantil ............................................... Total das operações de crédito em 2007 ........................................... Total das operações de crédito em 2006 ........................................... Modalidades e níveis de risco

31 a 60 dias

13.746 174.057 187.803 6.591 194.394 169.993

61 a 90 dias

11.579 155.343 166.922 4.781 171.703 150.598

91 a 180 dias

10.210 148.332 158.542 4.861 163.403 141.860

181 a 360 dias

22.956 393.327 416.283 15.483 431.766 372.661

2006

(C)

19.398 905.493 924.891 109.890 1.034.781 780.913

%

101.230 2.355.246 2.456.476 173.722 2.630.198

2007

(C) 3,8 89,6 93,4 6,6 100,0

%

2006

(A+B+C)

85.391 1.987.148 2.072.539 80.615

4,0 92,3 96,3 3,7

2.153.154

100,0

%

723.225 18.091.469 18.814.694 1.871.401 20.686.095

(A+B+C) 3,5 87,5 91,0 9,0 100,0

%

590.250 15.164.886 15.755.136 910.134

3,5 91,0 94,5 5,5

16.665.270

100,0

Em 30 de junho - R$ mil Total

Níveis de risco AA

Empréstimos e títulos descontados ........................................................ Financiamentos ........................................................................................ Subtotal .................................................................................................... Operações de arrendamento mercantil .................................................... Total das operações de crédito em 2007 ................................................ Total das operações de crédito em 2006 ................................................ Setor de atividade econômica

A – 1.543 1.543 193 1.736 3.119

474.432 14.645.970 15.120.402 1.467.133 16.587.535 13.499.451

2007 Indústria ......................................................................................................... Siderúrgica, metalúrgica e mecânica ................................................................ Artigos de borracha e plásticos ......................................................................... Alimentícia e bebidas ....................................................................................... Química ........................................................................................................... Edição, impressão e reprodução ....................................................................... Papel e celulose ............................................................................................... Extração de minerais metálicos e não metálicos .............................................. Materiais não metálicos ................................................................................... Móveis e produtos de madeira .......................................................................... Têxtil e confecções ........................................................................................... Eletroeletrônica ................................................................................................ Autopeças e acessórios .................................................................................... Refino de petróleo e produção de álcool ............................................................ Artefatos de couro ............................................................................................ Veículos leves e pesados .................................................................................. Demais indústrias ............................................................................................ Comércio ........................................................................................................ Produtos em lojas especializadas ..................................................................... Produtos alimentícios, bebidas e fumo .............................................................. Atacadista de mercadorias em geral ................................................................. Varejistas não especializados ........................................................................... Artigos de uso pessoal e doméstico .................................................................. d)

Acima de 360 dias

23.341 578.694 602.035 32.116 634.151 537.129

Operações de crédito

c)

Total Geral

2007

Parcelas vincendas

B

C

D

E

F

G

H

2007

66.368 1.507.500 1.573.868 265.451 1.839.319 1.415.012

40.575 918.995 959.570 57.007 1.016.577 883.627

19.188 171.384 190.572 18.032 208.604 168.378

15.034 130.712 145.746 12.173 157.919 113.356

16.444 120.171 136.615 9.208 145.823 111.054

13.744 95.975 109.719 7.065 116.784 88.494

77.440 499.219 576.659 35.139 611.798 382.779

723.225 18.091.469 18.814.694 1.871.401 20.686.095

Em 30 de junho - R$ mil 2006 %

%

247.676 33.693 11.724 45.541 14.082 8.016 3.964 20.903 24.642 37.021 15.810 3.883 2.845 1.515 5.948 3.331 14.758 609.985 221.285 92.235 13.759 40.506 27.566

1,20 0,16 0,06 0,21 0,07 0,04 0,02 0,10 0,12 0,18 0,08 0,02 0,01 0,01 0,03 0,02 0,07 2,95 1,07 0,45 0,07 0,19 0,13

208.156 32.570 11.515 40.936 10.075 7.292 3.577 17.570 19.791 28.392 13.564 3.435 2.638 1.967 4.786 2.433 7.615 532.662 176.363 83.446 13.599 36.243 21.743

%

2007

1,25 0,20 0,07 0,25 0,06 0,04 0,02 0,11 0,12 0,17 0,08 0,02 0,02 0,01 0,03 0,01 0,05 3,19 1,06 0,50 0,08 0,22 0,13

Combustíveis ................................................................................................... Reparação, peças e acessórios para veículos automotores ............................... Resíduos e sucatas .......................................................................................... Intermediário do comércio ................................................................................ Vestuário e calçados ......................................................................................... Veículos automotores ....................................................................................... Produtos agropecuários .................................................................................... Demais comércios ........................................................................................... Intermediários financeiros ............................................................................ Serviços .......................................................................................................... Transportes e armazenagens ............................................................................ Atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas ................. Construção civil ............................................................................................... Serviços sociais, educação, saúde, defesa e seguridade social ......................... Atividades jurídicas, contábeis e assessoria empresarial .................................. Atividades associativas, recreativas, culturais e desportivas ............................. Telecomunicações ........................................................................................... Alojamento e alimentação ................................................................................. Produção e distribuição de eletricidade, gás e água ........................................... Demais serviços .............................................................................................. Agricultura, pecuária, pesca, silvicultura e exploração florestal ................. Pessoa física ................................................................................................... Total ................................................................................................................

2006 3,5 87,5 91,0 9,0 100,0

3,5 91,0 94,5 5,5

16.665.270

100,0

Em 30 de junho - R$ mil 2006 %

%

35.418 59.568 30.354 14.997 20.685 36.412 5.791 11.409 748 783.629 371.344 167.880 118.351 37.312 17.462 12.184 2.646 22.488 1.048 32.914 228.903 18.815.154 20.686.095

%

590.250 15.164.886 15.755.136 910.134

0,17 0,29 0,15 0,07 0,09 0,18 0,03 0,06 – 3,78 1,80 0,81 0,56 0,18 0,08 0,06 0,01 0,11 0,01 0,16 1,11 90,96 100,00

34.526 47.149 27.807 14.085 18.424 45.096 5.338 8.843 874 746.950 327.709 149.768 95.687 33.462 17.662 10.659 2.277 18.390 1.071 90.265 19.235 15.157.393 16.665.270

0,21 0,28 0,17 0,08 0,11 0,27 0,03 0,05 0,01 4,48 1,97 0,90 0,57 0,20 0,11 0,06 0,01 0,11 0,01 0,54 0,12 90,95 100,00

Composição das operações de crédito e da provisão para créditos de liquidação duvidosa Em 30 de junho - R$ mil

Nível de risco

AA A B C Subtotal D E F G H Subtotal Total em 2007 .................................................... Total em 2006 .................................................... e)

% Mínimo de provisionamento requerido 0,0 0,5 1,0 3,0 10,0 30,0 50,0 70,0 100,0

Provisão mínima requerida Específica

Saldo da carteira Curso normal

Curso anormal

1.736 16.587.535 665.568 51.146 17.305.985 3.343 1.580 1.268 702 5.548 12.441 17.318.426 13.941.850

– – 1.173.751 965.431 2.139.182 205.261 156.339 144.555 116.082 606.250 1.228.487 3.367.669 2.723.420

Total

%

1.736 16.587.535 1.839.319 1.016.577 19.445.167 208.604 157.919 145.823 116.784 611.798 1.240.928 20.686.095 16.665.270

Movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa

Vencidas – 80,2 8,9 4.9 94,00 1,0 0,8 0,7 0,6 2,9 6,0 100,0 100,0

7)

Vincendas

– – 899 3.966 4.865 4.258 13.125 25.625 34.179 328.971 406.158 411.023 277.641

Genérica

– – 10.838 24.997 35.835 16.268 33.777 46.652 47.079 277.279 421.055 456.890 303.853

Provisão excedente

– 82.938 6.656 1.534 91.128 334 474 635 491 5.548 7.482 98.610 77.759

– – – – – 41.578 31.504 29.091 34.976 – 137.149 137.149 104.823

Total – 82.938 18.393 30.497 131.828 62.438 78.880 102.003 116.725 611.798 971.844 1.103.672 764.076

– 0,5 1,0 3,0 0,7 29,9 49,9 69,9 99,9 100,0 78,3 5,3 4,6

f) g)

h)

Arrendamentos financeiros a receber ..................................................................................................................... (-) Rendas a apropriar de arrendamentos financeiros a receber ............................................................................ Bens arrendados financeiros + perdas em arrendamentos (líquido) ...................................................................... (-) Depreciação acumulada sobre bens arrendados financeiros: .......................................................................... Depreciações Acumuladas ................................................................................................................................ Superveniência de depreciação ........................................................................................................................ (-) Valor residual garantido antecipado (Nota 13b) ................................................................................................. Total do valor presente ........................................................................................................................................... Imobilizado de arrendamento

1.169.282 (1.155.686) 2.999.044 (141.733) (771.889) 630.156 (999.506) 1.871.401

2007

836.626 (829.123) 1.437.199 (89.836) (288.514) 198.678 (444.732) 910.134

Em 30 de junho - R$ mil 2006

Veículos e afins ....................................................................................................................................................... 2.996.070 1.432.323 Máquinas e equipamentos ...................................................................................................................................... 176 176 Outros ...................................................................................................................................................................... 1.499 1.574 Perdas em arrendamentos (líquido) ........................................................................................................................ 1.299 3.126 Total de bens arrendados ....................................................................................................................................... 2.999.044 1.437.199 Depreciação acumulada de bens arrendados ........................................................................................................ (771.889) (288.514) Superveniência de depreciação ............................................................................................................................. 630.156 198.678 Total da depreciação acumulada ............................................................................................................................ (141.733) (89.836) Imobilizado de arrendamento ................................................................................................................................. 2.857.311 1.347.363 O Finasa registrou no semestre superveniência de depreciação no montante de R$ 252.199 mil (2006 - R$ 90.199 mil) registrada em imobilizado de arrendamento, sendo R$ 3.948 mil (2006 - R$ 989 mil) como realização de superveniência classificada em bens não de uso próprio em decorrência da reintegração de posses de bens arrendados e de R$ 256.147 mil (2006 - R$ 91.188 mil), no resultado.

– 82.938 18.393 30.497 131.828 62.438 78.880 102.003 116.725 611.798 971.844 1.103.672 764.076

OUTROS CRÉDITOS - DIVERSOS

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Saldo inicial ........................................................................................................................................................... 985.690 500.495 - Provisão específica (1) ........................................................................................................................................ 783.733 366.396 - Provisão genérica (2) ........................................................................................................................................... 92.171 70.388 - Provisão excedente (3) ........................................................................................................................................ 109.786 63.711 Constituição ........................................................................................................................................................... 583.911 468.640 Baixas .................................................................................................................................................................... (465.929) (205.059) Saldo final .............................................................................................................................................................. 1.103.672 764.076 - Provisão específica (1) ........................................................................................................................................ 867.913 581.494 - Provisão genérica (2) ........................................................................................................................................... 98.610 77.759 - Provisão excedente (3) ........................................................................................................................................ 137.149 104.823 - Recuperação de créditos baixados (4) ................................................................................................................ 63.341 38.909 (1) Para as operações que apresentem parcelas vencidas há mais de 14 dias; (2) Constituída em razão da classificação do cliente ou da operação e, portanto, não enquadrada no item anterior; (3) A provisão excedente é constituída considerando a experiência da Administração e a expectativa de realização da carteira de créditos, de modo a apurar a provisão total julgada adequada para cobrir os riscos específicos e globais dos créditos, associada à provisão calculada de acordo com a classificação pelos níveis de risco e os respectivos percentuais de provisão estabelecidos como mínimos na Resolução no 2682 do CMN. A provisão excedente por cliente foi classificada nos correspondentes níveis de riscos (Nota 6d); e (4) Classificadas em receitas de operações de crédito. Concentração de crédito e risco de crédito A carteira de operações de crédito é composta por operações realizadas basicamente no varejo, sendo que os vinte maiores devedores em 30 de junho, representam 0,29% (2006 - 0,32%) do total da carteira. Aproximadamente 86,54% (2006 - 84,0%) representa financiamento de veículos novos e usados. Conciliação da composição da carteira de arrendamento, a valor presente, com os saldos contábeis Em 30 de junho - R$ mil 2007 2006

Provisão existente

%

Em 30 de junho - R$ mil 2006

2007 Créditos tributários (Nota 22c) ...................................................................................................................................... Títulos e créditos a receber .......................................................................................................................................... Devedores diversos ...................................................................................................................................................... Devedores por depósitos em garantia .......................................................................................................................... Tributos antecipados ..................................................................................................................................................... Outros ............................................................................................................................................................................ Total ...............................................................................................................................................................................

696.759 24.808 16.236 11.775 16.916 7.609 774.103

408.568 21.472 22.601 6.620 7.608 1.294 468.163

8)

OUTROS VALORES E BENS As despesas antecipadas correspondem substancialmente, a comissões pagas, principalmente, a revendedoras e concessionárias de veículos, pela colocação de operações de crédito no montante de R$ 726.873 mil (2006 - R$ 631.702 mil), que estão sendo apropriadas ao resultado, na rubrica “Outras despesas operacionais” pelo prazo das respectivas operações.

9)

INVESTIMENTOS a) Os ajustes decorrentes da avaliação pelo método de equivalência patrimonial dos investimentos foram registrados em contas de resultado, sob a rubrica de “Resultado de participações em coligadas e controladas”. Em 30 de junho - R$ mil

Empresas Ramo Financeiro Zogbi Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. (1) ........................... Zogbi Leasing S.A. Arrendamento Mercantil (1) ..... Banco Alvorada S.A.(1) .... Outras atividades ............. Finasa Promotora de Vendas Ltda(1)(2). ................. Banco Bradesco Luxembourg S.A. (1) .................. Ganho/perda cambial do Exterior (1) ...................... Promosec Cia. Securitizadora de Créditos Financeiros ................................... Total ..................................

Capital social

Patrimônio líquido ajustado

13.000

27.044

170.600 3.728.879

241.169 5.317.475

Quantidade de ações/ Particicotas possuídas pação no (em milhares) capital O.N. Cotas social

Lucro líquido ajustado

Valor contábil 30.6.2007

Ajuste decorrente de avaliações (3)

30.6.2006

30.6.2007

30.6.2006

12.0999

9,999%

979

27.044

25.468

979

996

127.700 29.330

– –

100,000% 34,567%

8.971 492.019

241.169 1.838.076

226.677 1.626.288

8.971 170.474

10.723 118.182 13.137

80.380

117.132

80.379

99,999%

18.588

117.131

120.423

18.586

139.017

285.063

1

0,053%

8.911

151

160

5

3

(16)

(13)

(14) 198.985

(5) 143.023

3.000

706

6.000

100,000%

(14)

705 2.224.276

719 1.999.735

(1) Dados relativos a 30 de junho de 2007; (2) A Finasa Promotora de Vendas Ltda., atua de forma integrada com seu controlador e tem por objeto a prestação de serviços de assessoria e consultoria técnica financeira, intermediação de negócios, coleta, preenchimento e encaminhamento de documentos no mercado livre de veículos automotores e outros bens móveis, compreendendo a identificação e aferição dos potenciais dos vendedores e compradores, via elaboração, análise e comprovação de fichas cadastrais, aprovação de créditos, assistência mercadológica e seleção de riscos e angariação e agenciamento de seguros; e (3) Considera os resultados apurados a partir da aquisição e inclui variações patrimoniais das investidas não decorrentes de resultado, bem como os ajustes por equalização de princípios contábeis, quando aplicáveis.

CONTINUA


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de agosto de 2007

11

Banco Finasa S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 57.561.615/0001-04 - Sede: Av. Alphaville, 1.500 - Piso 2 - Alphaville - Barueri - SP Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras

CONTINUAÇÃO b)

Outros investimentos 2007 Investimentos por incentivos fiscais ................................................................................................................................................................................................................... Títulos patrimoniais .............................................................................................................................................................................................................................................. Outros investimentos ........................................................................................................................................................................................................................................... Provisão para perdas ........................................................................................................................................................................................................................................... Total ......................................................................................................................................................................................................................................................................

Em 30 de junho - R$ mil 2006 13.424 301 14 (9.557) 4.182

12.694 429 14 (9.740) 3.397

10) DIFERIDO No 2o semestre de 2006, foram revisados pelos Órgãos da Administração os ágios existentes e conforme deliberação do Conselho de Administração de 18 de setembro de 2006 e objeto de aviso aos acionistas naquela mesma data, os referidos ágios, que correspondiam a R$ 180.382 mil, foram amortizados integralmente. As propostas do Conselho de Administração dessa data foram aprovadas pela Assembléia Geral Extraordinária de 5 de outubro de 2006.

21) BENEFÍCIOS A EMPREGADOS O Banco Finasa S.A. utiliza a infra-estrutura operacional e administrativa da controlada Finasa Promotora de Vendas Ltda., que mantém planos de previdência complementar para seus empregados e dirigentes, na modalidade de contribuição definida, administrados pela Bradesco Vida e Previdência S.A. Em 30 de junho de 2007, esses planos encontram-se integralmente cobertos pelo patrimônio FIFE - Fundo de Investimento Financeiro Exclusivo, onde estão aplicadas as provisões técnicas. As despesas com contribuição efetuadas no semestre montam a R$ 1.464 mil (2006 - R$ 1.352 mil). 22) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a)

Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social

11) OBRIGAÇÕES POR DEPÓSITOS

Depósitos à vista ..................................... Depósitos interfinanceiros ....................... Depósitos a prazo ................................... Total em 2007 ......................................... Total em 2006 .........................................

1 a 30 dias

31 a 60 dias

61 a 90 dias

91 a 180 dias

11 1.322.086 3.130 1.325.227 1.057.040

– 1.260.091 – 1.260.091 961.230

– 1.191.233 – 1.191.233 1.944.873

– 3.188.092 – 3.188.092 2.627.321

181 a 360 dias – 4.952.034 – 4.952.034 4.070.779

1a3 anos

3a5 anos

– 9.097.358 – 9.097.358 6.776.500

– 1.253.809 – 1.253.809 535.823

Em 30 de junho - R$ mil Total 2007 2006 11 11 22.281.700 17.974.827 3.130 251 22.284.841 17.975.089

Acima de 5 anos – 16.997 – 16.997 1.523

Resultado antes do imposto de renda e contribuição social ...................................................................... Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Participações em coligadas e controladas ............. Despesas indedutíveis líquidas de receitas não tributáveis ............................................................... Outros valores .......................................................... Imposto de renda e contribuição social do semestre

As despesas de obrigações por depósitos no montante de R$ 1.388.639 mil (2006 - R$ 1.330.844 mil), foram registradas em despesas com captação no mercado. 12) ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES E OBRIGAÇÕES LEGAIS - FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS a) Ativos contingentes Não foram reconhecidos contabilmente ativos contingentes. b) Passivos contingentes classificados como perdas prováveis e obrigações legais - fiscais e previdenciárias A empresa é parte em processos judiciais, de natureza trabalhista, cível e fiscal, decorrentes do curso normal de suas atividades. As provisões foram constituídas levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade e; no posicionamento de Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável. A Administração da empresa entende que a provisão constituída é suficiente para atender perdas decorrentes dos respectivos processos. O passivo relacionado à obrigação legal em discussão judicial é mantido até o ganho definitivo da ação, representado por decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, ou a sua prescrição. I - Processos trabalhistas São ações ajuizadas por ex-empregados, visando a obter indenizações, em especial o pagamento de “horas extras”. II - Processos cíveis São pleitos de indenização por dano moral e patrimonial. Essas ações são controladas individualmente e provisionadas para processos específicos com base na opinião de assessores jurídicos, levando em consideração: a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade e, no posicionamento de Tribunais. Não existem em curso processos administrativos significativos por descumprimento das normas do Sistema Financeiro Nacional ou de pagamento de multas, que possam causar impactos representativos no resultado financeiro. III - Obrigações legais - fiscais e previdenciárias A empresa vem discutindo judicialmente a legalidade e constitucionalidade de alguns tributos e contribuições, os quais estão totalmente provisionados não obstante as boas chances de êxito a médio e longo prazo, de acordo com a opinião dos assessores jurídicos. As principais questões são: - COFINS - R$ 150.493 mil: Pleiteia calcular a Cofins, a partir de outubro de 2005, sobre o efetivo faturamento, cujo conceito consta do artigo 2o da Lei Complementar no 70/91, afastando-se, assim, a inconstitucional ampliação da base de cálculo pretendida pelo parágrafo 1o do artigo 3o da Lei 9718/98; - IRPJ/CSLL - Perdas de Crédito - R$ 32.484 mil: Pleiteia deduzir, para efeito de apuração da base de cálculo do IRPJ e da CSLL devidos, o valor das perdas efetivas e definitivas, totais ou parciais, sofridas no ano-calendário de 2002, no recebimento de créditos, independentemente do atendimento das condições e prazos previstos nos artigos 9o ao 14o da Lei 9430/96 que só se aplicam às perdas provisórias; e - CSLL - R$ 10.521 mil: Questionamento da CSLL exigida das instituições financeiras nos anoscalendários de 1996 a 1998 por alíquotas superiores às aplicadas às pessoas jurídicas em geral, em desrespeito ao princípio constitucional da isonomia. IV - Movimentação das provisões constituídas Em 30 de junho - R$ mil

Trabalhista

c)

Cível

Fiscais e previdenciárias (1)

No início do semestre ........................................ 396 11.534 130.928 Atualização monetária ........................................ – – 10.384 Constituições ...................................................... 379 3.190 48.354 Reversões ........................................................... (2) (684) – Reclassificações ................................................ – – 12.790 Total em 2007 ...................................................... 773 14.040 202.456 Total em 2006 ...................................................... 481 6.397 95.705 (1) Compreende, substancialmente, obrigações legais. Passivos contingentes classificados como perdas possíveis A empresa mantém um sistema de acompanhamento para todos os processos administrativos e judiciais em que a instituição figura como “autora” ou “ré” e amparada na opinião dos assessores jurídicos classifica as ações de acordo com a expectativa de insucesso. Neste contexto os processos contingentes avaliados como de risco de perda possível não são reconhecidos contabilmente.

d)

Reservas de Capital e de Lucros 2007

Em 30 de junho - R$ mil 2006

b)

Provisão para riscos fiscais ..................................... Provisão para impostos e contribuições a recolher . Provisão para impostos e contribuições diferidos (Nota 22c) ................................................................ Provisões para impostos e contribuições sobre lucros a pagar ............................................................ Total ........................................................................... Diversas

202.456 5.106

95.705 5.095

158.587

50.030

24.743 390.892

46.627 197.457

Em 30 de junho - R$ mil 2006

2007 Credores por antecipação de valor residual (Nota 6g) Credores diversos ..................................................... Provisão para passivos contingentes cíveis e trabalhistas ...................................................................... Provisão para pagamentos a efetuar ........................ Outras ........................................................................ Total ...........................................................................

999.506 84.800

444.732 51.578

14.813 7.029 717 1.106.865

6.878 5.836 1.207 510.231

14) PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Capital social O capital social, totalmente subscrito e integralizado, é composto por 1.980.059.379 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal. b) Movimentação do capital social Quantidade de ações

c)

Valor contábil

Em 30 de junho de 2006 ........................................... 1.946.858.424 544.036 Em em 31 de dezembro de 2006 (1) ......................... 1.946.858.424 544.036 Aumento de capital social com emissão de ações (1) 33.200.955 18.933 Em 30 de junho de 2007 ........................................... 1.980.059.379 562.969 (1) Em Assembléia Geral Extraordinária de 19 de abril de 2007, foi aprovado aumento de capital no montante de R$ 18.933 mil, com a emissão de 33.200.955 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, com utilização do crédito referente aos dividendos a pagar do exercício de 2006. O referido aumento foi homologado pelo Banco Central em 27.06.2007. Juros sobre o capital próprio e/ou dividendos Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados juros sobre o capital próprio e/ou dividendos que somados correspondam, no mínimo, a 25% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária. O cálculo dos dividendos está demonstrado a seguir: Em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Lucro líquido ............................................................ Reserva legal ........................................................... Base de cálculo ....................................................... Dividendos provisionados .......................................

225.893 11.295 214.598 53.649

119.194 5.960 113.234 28.309

b)

Impostos diferidos Constituição/(realização) no semestre, sobre adições temporárias .................................................... Subtotal .................................................................... Impostos correntes Imposto de renda e contribuição social devidos ..... Subtotal .................................................................... Imposto de renda e contribuição social do semestre c)

Provisão para créditos de liquidação duvidosa ......................................................... Provisão para contingências cíveis ......... Provisão para contingências fiscais ........ Provisão para desvalorização de bens não de uso ...................................................... Provisão para desvalorização de títulos e investimentos .......................................... Ágio amortizado ........................................ Ajuste a valor de mercado dos instrumentos financeiros derivativos ............................. Outros ........................................................ Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias ...................................... Contribuição Social - Medida Provisória no 2158 - 35 de 24.8.2001 .................. Total dos créditos tributários (Nota 7) ...... Obrigações fiscais diferidas (Notas 13a, 22f) Créditos tributários líquidos das obrigações fiscais diferidas .............................

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 51.241 46.765 8.327 7.599 3.045 3.377 1.995 3.032 3.028 1.822 67.636 62.595 Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 37.220 2.139 521 3.375 43.255

2.706 58.547 262 4.162 65.677

18) OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Comissões sobre financiamentos (Nota 8) ...................... Amortização de ágio ......................................................... Indenizações cíveis ......................................................... Descontos concedidos ..................................................... Atualização de impostos .................................................. Contingências fiscais ....................................................... Outras ................................................................................ Total ...................................................................................

396.298 35.300 11.134 16.141 9.196 125 46.818 515.012

302.996 34.913 4.444 24.178 3.747 105 30.495 400.878

d)

(6.461) 565 (22.794)

(8.939) 13 (1.249)

Em 30 de junho - R$ mil 2006

126.707 126.707

126.435 126.435

(149.501) (149.501) (22.794)

(127.684) (127.684) (1.249)

R$ mil Saldo em 30.6.2007

200.846 852 20.007

(83.392) – –

528.178 4.774 58.495

507

270

777

1.354 68.403

– –

– (11.773)

1.354 56.630

353 4.935

– 128

(190) (41)

163 5.022

528.686

222.103

(95.396)

655.393

41.366 570.052 95.198

– 222.103 63.389

– (95.396) –

41.366 696.759 158.587

474.854

158.714

(95.396)

538.172

Em 30 de junho de 2007 - R$ mil Diferenças temporárias Imposto Contribuição de renda social Total 2007 ........................................................................... 2008 ........................................................................... 2009 ........................................................................... 2010 ........................................................................... 2011 ........................................................................... 2012 ........................................................................... Total ...........................................................................

20) TRANSAÇÕES COM O CONTROLADOR, COLIGADAS E CONTROLADAS As transações com o controlador, coligadas e controladas, foram efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações, foram eliminadas nas demonstrações financeiras: Em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Receitas Ativos Receitas Ativos (passivos) (despesas) (passivos) (despesas)

Diretoria

48.628

Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias e crédito tributário de contribuição social - Medida Provisória no 2158-35

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 (795) (879) (4.435) (517) 196 117 (5.034) (1.279)

Aplicações em depósitos interfinanceiros (a): Banco Bradesco S.A. ..................................... 445.139 6.067 1.648 568 Captações em depósitos interfinanceiros (a): Banco Bradesco S.A. ..................................... (22.281.703) (1.388.639) (17.874.360) (1.323.590) Zogbi Leasing S.A. ......................................... – – (100.467) (7.244) Instrumentos financeiros derivativos: Banco Bradesco S.A. ..................................... (1.306) (53) (8.253) (2.268) Aplicações no mercado aberto (b): Banco Bradesco S.A. ..................................... 40.743 4.540 24.078 4.474 Dividendos e juros sobre o capital próprio: Banco Bradesco S.A. ..................................... (53.649) – (28.308) – Banco Alvorada S.A. ...................................... 111.751 – 46.372 – Finasa Promotora de Vendas Ltda. ................. – – 8.760 – Zogbi DTVM Ltda. ........................................... 702 – 868 – Zogbi Leasing S.A. ......................................... 7.061 – 7.378 – Serviços de terceiros: Finasa Promotora de Vendas Ltda. ................. – (33.625) – (174.534) Bradesco Capitalização S.A. ......................... – – – 416 Bradesco S.A. CTVM ...................................... – (4) – (3) Serasa S.A. ..................................................... – (650) – – Valores a receber: Finasa Promotora de Vendas Ltda. ................. 174 – 784 – Títlulo de Captalização: Bradesco Capitalização S.A. ......................... – 484 – – Valores a pagar: Finasa Promotora de Vendas Ltda. ................. (366) – (857) – Aluguel: Finasa Promotora de Vendas Ltda. ................. – 12 – – Despesas Administrativas: Outras .............................................................. – (41) – – (a) Aplicações interfinanceiras de liquidez - depósitos interfinanceiros de ligadas, com taxas equivalentes às do CDI - Certificado de depósito interfinanceiro; (b) Basicamente refere-se à prospecção de negócios através de sua subsidiária.

67.655

410.724 3.922 38.488

19) RESULTADO NÃO OPERACIONAL

Desvalorização de outros valores e bens ........................ Lucro/prejuízo na alienação de valores e bens ............... Outras ................................................................................ Total ...................................................................................

(40.951)

Saldo em 31.12.2006 Constituição Realização

17) OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS

Reversão de provisões operacionais ............................... Recuperação de encargos e despesas ............................ Atualização monetária ...................................................... Outras ................................................................................ Total ...................................................................................

(84.553)

Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos

16) DESPESAS TRIBUTÁRIAS

COFINS ............................................................................. PIS .................................................................................... CPMF ................................................................................ Imposto sobre serviços de qualquer natureza - ISS ........ Outros ................................................................................ Total ...................................................................................

120.443

2007

Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 2006 Serviços de terceiros (1) ................................................... 111.612 253.075 Propaganda e publicidade ................................................ 18.214 18.512 Comunicações .................................................................. 13.962 15.212 Emolumentos judiciais ..................................................... 3.723 3.002 Processamentos de dados ............................................... 3.103 4.801 Transportes ........................................................................ 1.065 1.199 Serviços do sistema financeiro ........................................ 1.010 1.387 Contribuições associativas .............................................. 40 2.550 Outras ................................................................................ 2.799 2.149 Total ................................................................................... 155.528 301.887 (1) Representados basicamente por serviços prestados pela sua promotora de vendas (vide Nota 9a 2).

248.687

Composição da conta de resultado de imposto de renda e contribuição social

15) OUTRAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS

13) OUTRAS OBRIGAÇÕES a) Fiscais e previdenciárias 2007

Em 30 de junho - R$ mil 2006

Reservas de Capital ................................................. 7.421 7.366 Reservas de Lucros ................................................. 674.580 532.436 - Reserva Legal (1) .................................................... 54.931 45.610 - Reserva Estatutária (2) ............................................ 619.649 486.826 (1) Constituída obrigatoriamente à base de 5% do lucro líquido do exercício, até atingir 20% do capital social realizado, ou 30% do capital social, acrescido das reservas de capital. Após esse limite a apropriação não mais se faz obrigatória. A reserva legal somente poderá ser utilizada para aumento de capital ou para compensar prejuízos; e (2) Visando à manutenção de margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas da sociedade, pode ser constituída em 100% do lucro líquido remanescente após destinações estatutárias, sendo o saldo limitado a 95% do capital social integralizado.

Em 30 de junho - R$ mil 2006

2007

202.856 155.115 73.741 49.299 829 11 481.851

73.138 55.817 26.537 17.748 298 4 173.542

275.994 210.932 100.278 67.047 1.127 15 655.393

Em 30 de junho de 2007 - R$ mil Crédito tributário contribuição social MP nº 2158-35 2007 2008 Total Valor ...........................................................................

20.282

21.084

41.366

A projeção de realização de crédito tributário é uma estimativa e não está diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis. O valor presente dos créditos tributários, calculados considerando a taxa média de captação praticada pela Organização Bradesco, líquida dos efeitos tributários, monta a R$ 669.630 mil (2006 - R$ 381.820 mil), sendo R$ 629.320 mil (2006 - R$ 328.101 mil), de diferenças temporárias e R$ 40.310 mil (2006 - R$ 53.719 mil), de crédito tributário de contribuição social MP no 2158-35. e)

Créditos tributários não ativados Não foram constituídos créditos tributários no montante de R$ 612 mil (2006 - R$ 612 mil), em suas controladas.

f)

Obrigações fiscais diferidas As obrigações fiscais diferidas no montante de R$ 158.587 mil (2006 - R$ 50.030 mil), são relativas à superveniência de depreciação - R$ 157.539 mil (2006 - R$ 49.669 mil) e imposto de renda, contribuição social, sobre ajustes a valor de mercado dos títulos e valores mobiliários - R$ 1.048 mil (2006 - R$ 361 mil).

23) OUTRAS INFORMAÇÕES a)

Obrigações por repasses do país, correspondem a operação de FINAME no montante de R$ 1.149 (2006 - R$ 4.393 mil), com vencimentos até 15 de outubro de 2008 e rendimentos pela TJLP mais juros;

b)

Resultado de exercícios futuros no montante de R$ 16.769 mil (2006 - R$ 33.056 mil), referem-se a equalização de taxas de contratos de créditos direto ao consumidor, recebidas antecipadamente, apropriados de acordo com a vigência dos contratos; e

c)

O seguro dos bens arrendados está vinculado a cláusulas específicas dos contratos de arrendamento mercantil.

Parecer dos Auditores Independentes

Diretor-Presidente

Diretor Gerente

Márcio Artur Laurelli Cypriano

Paulo Eduardo D’Avila Isola

Diretores Vice-Presidentes

Diretores

Laércio Albino Cezar Arnaldo Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi Sérgio Socha Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro Norberto Pinto Barbedo

Dirceu da Assumpção Variz Evanir Coutinho Ussier José Renato Simão Borges Wagner José Del Nery

Maurilo Gonçalves Siqueira Contador - CRC 1SP114890/O-0

Aos Administradores e Acionistas Banco Finasa S.A. 1. Examinamos os balanços patrimoniais do Banco Finasa S.A. em 30 de junho de 2007 e de 2006 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade da administração do Banco. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do Banco, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração do Banco, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

4. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras, exceto quanto à não reclassificação mencionada no terceiro parágrafo, apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco Finasa S.A. em 30 de junho de 2007 e de 2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 5. Conforme mencionado na Nota 10, no decorrer do segundo semestre de 2006 foram amortizados os ágios sobre os investimentos em coligadas e controladas.

3. O Banco registra suas operações e elabora suas demonstrações contábeis com a observância das práticas contábeis estabelecidas pelo Banco Central do Brasil e Comissão de Valores Mobiliários, que requerem o ajuste ao valor presente da carteira de arrendamento mercantil como provisão para superveniência de depreciação, classificada no ativo permanente. Essas práticas não requerem a reclassificação das operações para as rubricas dos ativos circulante e realizável a longo prazo e receitas ou despesas de operações de arrendamento mercantil, mas resultam na apresentação do lucro líquido e do patrimônio líquido de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, de forma condizente com as normas expedidas pelo Banco Central do Brasil.

São Paulo, 3 de agosto de 2007

Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5

Washington Luiz Pereira Cavalcanti Contador CRC 1SP172940/O-6

.POLÍTICA Fabio Pozzebom/ABr/27.96.07

E a arrecadação cresce

esmo se a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) tivesse acabado em 31 de dezembro de 2006, a arrecadação tributária da União no primeiro semestre deste ano teria aumentado R$ 2,8 bilhões, em termos reais, em comparação com igual período do ano passado, segundo dados da Receita Federal. Esse é o melhor indicador de como tem crescido a arrecadação de impostos do governo e de como o aumento da carga

M

tributária federal independe, atualmente, da CPMF. Os recolhimentos administrados pela Receita totalizaram R$ 205,95 bilhões no primeiro semestre, a preços de junho, ante R$ 185,68 bilhões no mesmo período de 2006. Nesse total não está incluída a contribuição previdenciária, destinada a financiar o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O aumento real da arrecadação tributária federal de janeiro a junho foi, portanto, de R$ 20,27 bilhões. A receita da CPMF nos seis

primeiros meses de 2007 foi de R$ 17,46 bilhões. Se a CPMF tivesse acabado em 2006, a arrecadação total da Receita teria crescido 4,7% em termos nominais ou 1,5% em termos reais, no 1% semestre de 2007. Durante o primeiro mandato do presidente Lula, a carga tributária teria crescido mesmo que a CPMF tivesse acabado em 31 de dezembro de 2003, como estava previsto na Constituição. A carga ficou em torno de 34,5% do PIB no ano passado, segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Governo admite risco de manipulação de TV pública

O

Franklin Martins: "Todo governo sempre é um pouco tentado"

ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Franklin Martins, admitiu ontem que existe o risco de o governo manipular as TVs públicas. "Todo governo sempre é um pouco tentado a usar os instrumentos disponíveis para fazer aquilo que o beneficie e isso vale para TV Cultura em SP, para a Rede Minas em MG e vale para a BBC em Londres", afirmou Franklin, em um seminário sobre TV pública, no Planalto.

Mas o ministro advertiu: "O que tem de se ter é um mecanismo que faça com que toda vez que o governo tentar atropelar a independência da TV pública, ele pague um preço político e, aí, a sociedade vai cuidar". Ele ressalvou, no entanto, que "acha difícil que numa sociedade moderna, cada dia mais desenvolvida, como a brasileira, um pensamento como esse (de enquadramento) venha a prevalecer". (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de agosto de 2007

5

Banco Alvorada S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 33.870.163/0001-84 Sede: Cidade de Deus - Prédio Novíssimo - 4o Andar - Vila Yara - Osasco - SP Relatório da Administração

Demonstração do Resultado dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil

Senhores Acionistas, Apresentamos a V.Sas. as Demonstrações Financeiras do Banco Alvorada S.A., elaboradas na forma da Legislação Societária, referentes ao semestre findo em 30 de junho de 2007. No semestre, o Banco registrou Lucro Líquido de R$ 488,225 milhões, correspondente a R$ 5.753,98 por ação, e Patrimônio Líquido de R$ 5,317 bilhões. Osasco, SP, 3 de agosto de 2007. Diretoria

Balanço Patrimonial em 30 de junho – Em Reais mil

2007

2006

RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ................................................... Operações de Crédito ............................................................................................. Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários ................................. Resultado com Instrumentos Financeiros e Derivativos .......................................

265.987 2.060 263.927 –

326.159 1.582 324.573 4

DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ................................................. Operações de Captações no Mercado ................................................................... Operações de Empréstimos e Repasses .............................................................. Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa ..................................................

3.202 2.875 352 (25)

24.431 24.761 461 (791)

2007

2006

PASSIVO

2007

2006

CIRCULANTE ......................................................................................................... DISPONIBILIDADES .............................................................................................. APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ .............................................. Aplicações no Mercado Aberto .............................................................................. Aplicações em Depósitos Interfinanceiros ............................................................ TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ....................................................................................................... Carteira Própria ....................................................................................................... Vinculados à Prestação de Garantias ................................................................... RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS ......................................................................... Créditos Vinculados: - SFH - Sistema Financeiro da Habitação .............................................................. RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS .................................................................... Transferências Internas de Recursos ..................................................................... OUTROS CRÉDITOS .............................................................................................. Rendas a Receber .................................................................................................. Negociação e Intermediação de Valores ............................................................... Diversos ................................................................................................................. Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa ....................................... OUTROS VALORES E BENS ................................................................................. Outros Valores e Bens ............................................................................................ Provisões para Desvalorizações ...........................................................................

4.880.787 321 4.498.651 2.583 4.496.068

4.223.460 320 3.961.827 5.535 3.956.292

90.590 88.492 2.098 50

94.692 94.336 356 50

CIRCULANTE ......................................................................................................... CAPTAÇÕES NO MERCADO ABERTO .................................................................. Carteira Livre Movimentação ................................................................................. OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS .................................................................... Empréstimos no País - Instituições Oficiais ......................................................... OBRIGAÇÕES POR REPASSES DO PAÍS - INSTITUIÇÕES OFICIAIS ................. CEF ......................................................................................................................... OUTRAS OBRIGAÇÕES ......................................................................................... Sociais e Estatutárias ............................................................................................ Fiscais e Previdenciárias ...................................................................................... Diversas .................................................................................................................

720.223 50.249 50.249 211 211 1.432 1.432 668.331 353.147 287.919 27.265

462.162 49.740 49.740 320 320 1.899 1.899 410.203 163.879 216.693 29.631

50 1.407 1.407 289.175 62.646 – 227.340 (811) 593 703 (110)

50 1.413 1.413 160.314 3.321 526 157.533 (1.066) 4.844 12.460 (7.616)

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO .................................................................................. OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS .................................................................... Empréstimos no País - Instituições Oficiais ......................................................... OBRIGAÇÕES POR REPASSES DO PAÍS - INSTITUIÇÕES OFICIAIS ................. CEF ......................................................................................................................... OUTRAS OBRIGAÇÕES ......................................................................................... Fiscais e Previdenciárias ...................................................................................... Diversas .................................................................................................................

448.363 405 405 5.450 5.450 442.508 422.754 19.754

444.301 614 614 6.727 6.727 436.960 422.929 14.031

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ...............................................

(79.377)

(94.397)

5.317.475

4.652.963

LUCRO LÍQUIDO .....................................................................................................

488.225

333.877

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ............................................................................ TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ....................................................................................................... Carteira Própria ....................................................................................................... Vinculados à Prestação de Garantias ................................................................... Títulos Objeto de Operações Compromissadas com Livre Movimentação .......... OUTROS CRÉDITOS .............................................................................................. Rendas a Receber .................................................................................................. Diversos ................................................................................................................. Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa .......................................

995.710

882.541

3.670.039 3.920 12.294 935.252 31.458

84.850 5.753,98

83.902 3.979,37

78.535 23.881 6.754 47.900 804.006 – 804.006 –

3.724.959 3.920 19.281 1.542.389 26.926

Número de ações ................................................................................................... Lucro por ação em R$ ............................................................................................

151.126 24.022 79.367 47.737 844.584 37.227 807.888 (531)

PATRIMÔNIO LÍQUIDO ............................................................................................ Capital: - De Domiciliados no País ..................................................................................... - De Domiciliados no Exterior ................................................................................ Reservas de Capital ............................................................................................... Reservas de Lucros ............................................................................................... Ajuste ao Valor de Mercado - TVM e Derivativos ..................................................

PERMANENTE ....................................................................................................... INVESTIMENTOS ................................................................................................... Participações em Coligadas e Controladas: - No País ................................................................................................................. Outros Investimentos ............................................................................................. Provisões para Perdas ........................................................................................... IMOBILIZADO DE USO ........................................................................................... Imóveis de Uso ...................................................................................................... Outras Imobilizações de Uso ................................................................................. Depreciações Acumuladas .................................................................................... Gastos de Organização e Expansão ..................................................................... Amortização Acumulada ........................................................................................

609.564 584.448

453.425 425.795

571.698 55.926 (43.176) 25.116 54.933 68 (29.885) – –

387.237 81.254 (42.696) 27.630 56.505 6 (28.881) 44.036 (44.036)

T OT A L .................................................................................................................

6.486.061

5.559.426

ATIVO

T OT A L .................................................................................................................

6.486.061

5.559.426

LUCROS ACUMULADOS

TOTAIS

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil CAPITAL REALIZADO EVENTOS CAPITAL SOCIAL SALDOS EM 31.12.2005 ..................................................................................................... AUMENTO DE CAPITAL (Nota 15) ...................................................................................... AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM E DERIVATIVOS ............................................. ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ...................................................................... LUCRO LÍQUIDO .................................................................................................................. DESTINAÇÕES: - Reservas ................................................................................................ - Dividendos declarados ..........................................................................

AUMENTO DE CAPITAL

3.537.457 – – – – – –

– 136.502 – – – – –

RESERVA DE CAPITAL

8.081 – – 4.213 – – –

RESERVAS DE LUCROS

AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM E DERIVATIVOS

ESTATUTÁRIA

COLIGADAS PRÓPRIAS E CONTROLADAS

LEGAL 44.742 – – – – 16.694 –

635.928 – – – – 237.888 –

(11.544) – 16.059 – – – –

6.839 – 20.104 – – – –

– – – – 333.877 (254.582) (79.295)

4.221.503 136.502 36.163 4.213 333.877 – (79.295)

SALDOS EM 30.6.2006 .......................................................................................................

3.537.457

136.502

12.294

61.436

873.816

4.515

26.943

4.652.963

SALDOS EM 31.12.2006 ..................................................................................................... AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TVM E DERIVATIVOS ............................................. ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ...................................................................... LUCRO LÍQUIDO .................................................................................................................. DESTINAÇÕES: - Reservas ................................................................................................ - Dividendos declarados ..........................................................................

3.673.959 – – – – –

54.920 – – – – –

15.714 – 3.567 – – –

76.838 – – – 24.411 –

1.093.280 – – – 347.860 –

23.442 3.480 – – – –

8 (4) – – – –

– – – 488.225 (372.271) (115.954)

4.938.161 3.476 3.567 488.225 – (115.954)

SALDOS EM 30.6.2007 .......................................................................................................

3.673.959

54.920

19.281

101.249

1.441.140

26.922

4

5.317.475

RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ...................................

262.785

301.728

OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS .............................................. Receitas de Prestação de Serviços ...................................................................... Despesas de Pessoal ............................................................................................ Outras Despesas Administrativas ......................................................................... Despesas Tributárias .............................................................................................. Resultado de Participações em Coligadas e Controladas .................................... Outras Receitas Operacionais ............................................................................... Outras Despesas Operacionais .............................................................................

296.658 – (2.495) (3.568) (15.779) 325.792 25.625 (32.917)

106.157 3 (168) (16.590) (16.094) 148.073 11.110 (20.177) 407.885

RESULTADO OPERACIONAL .................................................................................

559.443

RESULTADO NÃO OPERACIONAL ........................................................................

8.159

20.389

RESULTADO ANTES DATRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO ....................................

567.602

428.274

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil ORIGEM DOS RECURSOS .................................................................................... LUCRO LÍQUIDO ..................................................................................................... AJUSTES AO LUCRO LÍQUIDO ............................................................................. Depreciações ......................................................................................................... Resultado de Participações em Coligadas e Controladas .................................... Reversão / Provisão para Perdas de Investimentos ............................................. RECURSOS DE ACIONISTAS ................................................................................ Aumento do Capital ................................................................................................ AJUSTE AO VALOR DE MERCADO - TÍTULOS DISPONÍVEIS PARA VENDA ...... RECURSOS DETERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: - Aumento dos Subgrupos do Passivo .................................................................. Outras Obrigações ................................................................................................ - Diminuição dos Subgrupos do Ativo ................................................................... Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos ............... Relações Interfinanceiras .................................................................................... Relações Interdependências ............................................................................... - Alienação (Baixa) de Bens e Investimentos ....................................................... Bens Não de Uso Próprio ..................................................................................... Imobilizado de Uso .............................................................................................. Investimentos ....................................................................................................... - Juros sobre o Capital Próprio/Dividendos Recebidos de Coligadas e Controladas APLICAÇÃO DOS RECURSOS .............................................................................. DIVIDENDOS DECLARADOS ................................................................................ INVERSÕES EM .................................................................................................... Bens Não de Uso Próprio ....................................................................................... Imobilizado de Uso ................................................................................................ Investimentos / Transferência do Ativo Circulante ................................................ AUMENTO DOS SUBGRUPOS DO ATIVO ............................................................. Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ............................................................... Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos ................. Outros Créditos ....................................................................................................... REDUÇÃO DOS SUBGRUPOS DO PASSIVO ........................................................ Captações no Mercado Aberto ............................................................................... Obrigações por Empréstimos e Repasses ............................................................ Outras Obrigações .................................................................................................. AUMENTO DAS DISPONIBILIDADES ................................................................... MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA

2007

2006

446.460 488.225 (325.091) 866 (325.792) (165) – – 3.476

1.679.833 333.877 (147.173) 900 (148.073) – 136.502 136.502 36.163

121.106 121.106 1.307 – – 1.307 32.692 733 16 31.943 124.745 446.458 115.954 10.621 61 14 10.546 316.070 226.185 53.226 36.659 3.813 2.862 951 – 2

– – 1.091.659 1.091.170 306 183 148.615 11.430 2 137.183 80.190 1.679.833 79.295 195.006 242 – 194.764 961.573 785.846 – 175.727 443.959 348.696 1.134 94.129 –

319 321 2

320 320 –

Início do Semestre ............................................................ Fim do Semestre ............................................................... Aumento das Disponibilidades ........................................

Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras 1)

2)

3)

CONTEXTO OPERACIONAL O Banco Alvorada S.A. é uma instituição financeira, que tem por objetivo efetuar operações bancárias em geral, inclusive câmbio. O Banco Alvorada S.A. é parte integrante da Organização Bradesco, sendo suas operações conduzidas de forma integrada a um conjunto de empresas que atuam nos mercados financeiros e de capitais, utilizando-se de seus recursos administrativos e tecnológicos e na gestão de riscos, e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto. Conforme Instrumento de Protocolo e Justificação firmado em 29 de novembro de 2006, na Assembléia Geral Extraordinária realizada em 30 de novembro de 2006 deliberou-se a incorporação da Finasa Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A., visando promover a reorganização societária, maximizando operações e recursos disponíveis e, conseqüentemente, eliminando os custos operacionais, administrativos e legais advindos da manutenção da Sociedade. A operação foi efetivada com base em balanços patrimoniais levantados em 30 de setembro de 2006. Processo pendente de homologação pelo Banco Central do Brasil (BACEN).

4)

APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, associadas às normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do BACEN, que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas. PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro apresentadas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro-rata” dia e calculadas com base no método exponencial, exceto aquelas relacionadas com operações com o exterior, as quais são calculadas com base no método linear. b) Aplicações interfinanceiras de liquidez As operações compromissadas realizadas com acordo de livre movimentação são ajustadas pelo valor de mercado. Os demais ativos são registrados ao custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidos de provisão para desvalorização, quando aplicável. c) Títulos e valores mobiliários Títulos para negociação - adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; Títulos disponíveis para venda - que não se enquadrem como para negociação nem como mantidos até o vencimento, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários; e Títulos mantidos até o vencimento - adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento, são avaliados pelos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período. d) Outros créditos com característica de concessão de crédito e provisão para outros créditos de liquidação duvidosa São classificados nos respectivos níveis de risco, observando: (i) os parâmetros estabelecidos pela Resolução no 2682 do CMN, que requer a sua classificação em nove níveis, sendo “AA” (risco mínimo) e “H” (risco máximo); e (ii) a avaliação da Administração quanto ao nível de risco. Essa avaliação, realizada periodicamente, considera a conjuntura econômica, a experiência passada e os riscos específicos e globais em relação às operações, aos devedores e garantidores. Adicionalmente, também são considerados os períodos de atraso definidos na Resolução no 2682 do CMN, para atribuição dos níveis de classificação dos clientes da seguinte forma: Período de atraso

Classificação do Cliente

• de 15 a 30 dias ............................................................................... • de 31a 60 dias ................................................................................ • de 61 a 90 dias ............................................................................... • de 91 a 120 dias ............................................................................. • de 121 a 150 dias ........................................................................... • de 151 a 180 dias ........................................................................... • superior a 180 dias .........................................................................

B C D E F G H

6)

5)

APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ a) Vencimentos 1 a 30 dias Aplicação no mercado aberto: Posição bancada ........ Letras financeiras do tesouro ....................... Letras do tesouro nacional ......................... Aplicações emdepósitos interfinanceiros ........ Total em 2007 ............. Total em 2006 .............

Em 30 de junho - R$ mil Total 2007 2006

181 a 360 dias

31 a 180 dias

2.583

2.583

5.535

2.583

2.583

2.496

3.039

4.496.068 4.498.651 2.496

– – 3.039

– – 3.956.292

4.496.068 4.498.651

3.956.292 3.961.827

b) Receitas de aplicações interfinanceiras de liquidez Classificadas na demonstração de resultado como resultado de operações com títulos e valores mobiliários. Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 Rendas de aplicações em operações compromissadas: Posição bancada .......................................................... Subtotal ......................................................................... Rendas de aplicações em depósitos interfinanceiros . Total (Nota 6b) ................................................................

2006

360 360 255.393 255.753

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS a) Classificação por categoria e prazos

1.731 1.731 233.425 235.156 Em 30 de junho - R$ mil

2007 1 a 30 dias

Títulos (1)

31 a 180 dias

181 a 360 dias

Valor de mercado/ contábil (2)

Acima de 360 dias

Valor de custo atualizado

2006 Marcação a mercado (3)

Valor de mercado/ contábil (2)

Marcação a mercado (3)

Títulos para negociação .................................................. – – 3.109 79.368 82.477 82.337 140 7.110 – Letras financeiras do tesouro ........................................... – – 3.109 7.649 10.758 10.758 – 7.110 – Letras do tesouro nacional ............................................... – – – 71.719 71.719 71.579 140 – – Títulos disponíveis para venda ....................................... 87.456 25 – 71.758 159.239 118.448 40.791 166.117 7.240 Letras financeiras do tesouro ........................................... – – – 47.736 47.736 47.554 182 47.900 21 Ações ............................................................................... 87.456 – – – 87.456 41.542 45.914 94.336 16.423 Fundos de investimentos ................................................. – – – – – 3.074 (3.074) – (3.046) Outros ............................................................................... – 25 – 24.022 24.047 26.278 (2.231) 23.881 (6.158) Total 2007 ......................................................................... 87.456 25 3.109 151.126 241.716 200.785 40.931 Total 2006 ......................................................................... 94.336 356 – 78.535 173.227 7.240 (1) As aplicações em cotas de fundos de investimento foram distribuídas de acordo com os papéis que compõem suas carteiras e no caso de operações compromissadas pelos respectivos papéis que estão lastreando as operações, preservando a classificação da categoria dos fundos. Na distribuição dos prazos, foram considerados os vencimentos dos papéis, independentemente de sua classificação contábil; (2) O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado de acordo com a cotação de preço de mercado disponível na data do balanço. Se não houver cotação de preços de mercado disponível, os valores são estimados com base em cotações de distribuidores, modelos de definições de preços, modelos de cotações ou cotações de preços para instrumentos com características semelhantes. No caso das aplicações em fundos de investimento, o custo atualizado reflete o valor das respectivas cotas que já estão a valor de mercado; e (3) Representado pelos títulos da carteira própria, sendo que o ajuste no patrimônio líquido inclui R$ 4 mil (2006 - R$ 26.942 mil) líquido dos efeitos tributários, referente a controladas. b) Resultado de títulos e valores mobiliários Semestres findos em 30 de junho - R$ mil 2007 Rendas de aplicações interfinanceiras de liquidez (Nota 5b) ............................................................................................................................................................................... Títulos de renda fixa ............................................................................................................................................................................................................................................... Títulos de renda variável ........................................................................................................................................................................................................................................ Instrumentos financeiros derivativos ..................................................................................................................................................................................................................... TVM - Ajuste a valor de mercado ........................................................................................................................................................................................................................... Fundos de Investimentos ....................................................................................................................................................................................................................................... Total ........................................................................................................................................................................................................................................................................

o

A atualização (“accrual”) das operações de crédito vencidas até o 59 dia é contabilizada em receitas de operações de crédito e, a partir do 60o dia, em rendas a apropriar. A provisão para outros créditos de liquidação duvidosa é apurada em valor suficiente para cobrir prováveis perdas e leva em conta as normas e instruções do BACEN, associadas às avaliações procedidas pela Administração, na determinação dos riscos de crédito. e) Imposto de renda e contribuição social (ativo e passivo) A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. Os créditos tributários sobre adições temporárias serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos. Os créditos tributários sobre prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social serão realizados de acordo com a geração de lucros tributáveis. O imposto de renda e contribuição social diferidos, calculados sobre base negativa de contribuição social e adições temporárias, são registrados na rubrica “Outros créditos - diversos” e a provisão para as obrigações fiscais diferidas sobre amortização de deságio e ajustes a valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é registrada na rubrica “Outras obrigações - fiscais e previdenciárias”. f) Investimentos Os investimentos relevantes em controladas e coligadas foram avaliados pelo método de equivalência patrimonial. Os títulos patrimoniais da CETIP - Câmara de Custódia e Liquidação e da Bolsa de Mercadorias & Futuros - BM&F são avaliados com base no valor patrimonial, não auditado, informado pelas respectivas bolsas e os acréscimos ou decréscimos são registrados diretamente no patrimônio líquido, e os incentivos fiscais e outros investimentos foram avaliados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perda, quando aplicável. g) Ativo imobilizado Demonstrado ao custo de aquisição, líquido das respectivas depreciações acumuladas, calculadas pelo método linear de acordo com a vida útil-econômica estimada dos bens, sendo: imóveis de uso edificações - 4% ao ano; móveis e utensílios e máquinas e equipamentos - 10% ao ano; sistema de processamento de dados - 20% a 50% ao ano e sistema de comunicação - 10% ao ano. h) Ativos e Passivos contingentes e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias O reconhecimento, a mensuração e a divulgação das contingências ativas e passivas e obrigações legais são efetuados de acordo com os critérios definidos na Deliberação CVM 489/05. • Ativos Contingentes: Não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui total controle da situação ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo. Os ativos contingentes com probabilidade de êxito provável são apenas divulgados nas demonstrações financeiras (Nota 13a). • Passivos Contingentes: São constituídos levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade; e no posicionamento de Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável, o que ocasionaria uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes classificados como de perdas possíveis não são reconhecidos contabilmente, devendo ser apenas divulgados nas demonstrações financeiras, e os classificados como remotos não requerem provisão e divulgação (Nota 13b). • Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias: Decorrem de processos judiciais relacionados a obrigações tributárias, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou constitucionalidade, que independente da avaliação acerca da probabilidade de sucesso, têm os seus montantes reconhecidos integralmente nas demonstrações financeiras (Nota 13b). i) Outros ativos e passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidos e provisão para perda, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e das variações monetárias (em base “pro-rata” dia) incorridos.

INFORMAÇÕES SOBRE AS INCORPORAÇÕES Em 30 de setembro de 2006, o Banco Alvorada S.A., incorporou a Finasa Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. (Nota 1). Apresentamos os principais saldos do balanço patrimonial e demonstração do resultado em 30 de setembro de 2006: R$ mil Finasa Distribuidora deTítulos e Valores Mobiliários S.A. ATIVO Circulante e realizável a longo prazo .................................................. 54.916 Disponibilidades .................................................................................... 22 Aplicações interfinanceiras de liquidez ................................................ 1.025 Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos .. 3.084 Outros créditos ....................................................................................... 50.785 Permanente ........................................................................................... 3.123.528 - Investimentos (1) ................................................................................. 3.123.466 - Imobilizado .......................................................................................... 62 Total ........................................................................................................ 3.178.444 PASSIVO Circulante e exigível a longo prazo ...................................................... 2.007 Outras obrigações .................................................................................. 2.007 Patrimônio líquido ................................................................................. 3.176.437 Total ........................................................................................................ 3.178.444 R$ mil Finasa Distribuidora deTítulos e Valores Mobiliários S.A. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO Receitas da intermediação financeira .................................................. 174 Resultado bruto da intermediação financeira ...................................... 174 Outras receitas/despesas operacionais .............................................. 31.994 Resultado operacional .......................................................................... 32.168 Resultado não operacional ................................................................... 7 Resultado antes da tributação sobre o lucro e participações ............. 32.175 Imposto de renda e contribuição social ............................................... 45.783 Lucro líquido .......................................................................................... 77.958 (1) O principal ativo da companhia referia-se a ações do Banco Alvorada S.A.

2006

255.753 5.486 2.553 – 135 – 263.927

235.156 28.150 – 4 – 61.267 324.577

c) O Banco Alvorada S.A. não possuía operações com instrumentos financeiros derivativos em 30 de junho de 2007 e de 2006. 7)

OUTROS CRÉDITOS COM CARACTERÍSTICAS DE CONCESSÃO DE CRÉDITO E PROVISÃO PARA OUTROS CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA a) Modalidades e prazos 1 a 30 dias Outros créditos ................................................................................... Total em 2007 .................................................................................... Total em 2006 ....................................................................................

1.668 1.668 1.641

31 a 60 dias

61 a 90 dias

1.339 1.339 1.232

Em 30 de junho - R$ mil

Curso normal 91 a 180 181 a 360 dias dias

1.339 1.339 1.232

4.015 4.015 3.596

7.828 7.828 7.080

Curso anormal Parcelas vencidas 1 a 30 181 a 360 dias dias 2007 Outros créditos ............................................................................................................................................. Operação sem característica de operação de crédito ................................................................................. Total em 2007 .............................................................................................................................................. Total em 2006 .............................................................................................................................................. b) Composição da Carteira de outros créditos e provisão para outros créditos de liquidação duvidosa

– 407 407 407

276 – 276 –

A ....................................................................................................................................... B ....................................................................................................................................... C ....................................................................................................................................... H ....................................................................................................................................... Subtotal ............................................................................................................................ Operação sem característica de operação de crédito ..................................................... Subtotal ............................................................................................................................ Total em 2007 ................................................................................................................... Total em 2006 ................................................................................................................... c) Movimentação da provisão para outros créditos de liquidação duvidosa

Curso anormal vencidas – – – 276 276 407 407 683 407

Curso normal 8 63.895 669 – 64.572 – – 64.572 65.320

2007

48.383 48.383 50.539

2006

64.572 64.572

65.320

65.320 Em 30 de junho - R$ mil

Total (B)

Total (A + B) 2006

276 407 683

2007 – 407

2006

64.848 407 65.255

65.320 407

407

65.727

Em 30 de junho - R$ mil Provisão Provisão requerida

Saldo da carteira Níveis de Risco

Total (A)

Acima de 360 dias

Total 8 63.895 669 276 64.848 407 407 65.255 65.727

%

Vencidas 0,01 98,53 1,03 0,43 100,00 100,00 100,00

Genérica

– – – – – 407 407 407 407

– 639 20 276 935 407 1.342 1.342 1.066

Em 30 de junho - R$ mil 2007

Saldo inicial ........................................................................................................................................................................................................................................................... Constituição ........................................................................................................................................................................................................................................................... Baixas .................................................................................................................................................................................................................................................................... Saldo final .............................................................................................................................................................................................................................................................. - Provisão específica (1) ........................................................................................................................................................................................................................................ - Provisão genérica (2) ........................................................................................................................................................................................................................................... - Operações recuperadas no período (3) ................................................................................................................................................................................................................ (1) Para as operações que apresentem parcelas vencidas; (2) Constituída em razão da classificação do cliente ou da operação e portanto, não enquadradas no item anterior; (3) Registrada em receitas de operações de crédito, como previsto nas normas e instruções do BACEN; e (4) Não houve renegociação de operações no período.

Existente

– 639 20 276 935 – 935 935 659 2006 1.367 – (25) 1.342 407 935 2.060

1.857 9 (800) 1.066 407 659 1.582

CONTINUA


Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de agosto de 2007

1 A quinta-feira negra foi o pior dia para os mercados internacionais desde o começo da crise

O "EFEITO MANADA" DERRUBOU AS BOLSAS EM TODO O MUNDO. MAS AS PERDAS DIMINUÍRAM NO FINAL DO PREGÃO.

OS MERCADOS DESABAM

E

m mais um dia de instabilidade, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) chegou a registrar queda de quase 9%, a pior do ano, mas conseguiu se recuperar no final do pregão, seguindo as pegadas do mercado acionário norte-americano. O Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, fechou ontem em queda de "apenas" 2,58%, aos 48.016 pontos, o menor patamar desde 13 de abril deste ano, quando ficou em 47.926 pontos. Desde o começo da semana, a desvalorização acumulada é de 8,78%. O dólar, por sua vez, teve alta de 3,05%, cotado a R$ 2,093, o maior patamar desde 14 de março. As turbulências foram mais longe e atingiram fundos de importantes corretoras brasileiras, que tiveram perdas significativas (veja nesta página). Mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva diz que o "trabalho formiguinha" feito pelo governo nos últimos anos vai proteger o Brasil contra a crise. (leia na página 3). Apesar da desvalorização, a Bovespa movimentou R$ 8,4 bilhões, um recorde para pregões sem eventos atípicos, como ofertas públicas para compras de ações. Os analistas ainda não arriscam falar sobre a extensão dos problemas e, embora vejam o Brasil melhor preparado para enfrentar a turbulência externa, esperam algum "desconto" no crescimento. "O País caminhava para uma expansão de aproximadamente 5% do Produto Interno Bruto (PIB) neste e nos próximos anos. Agora, vai ter de se contentar com menos", avaliou Antônio Corrêa de Lacerda, professor da PUC e presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet). "Vamos perder pelo menos um ponto percentual do crescimento no próximo ano." A montanha russa em que se transformou o mercado acionário brasileiro deu partida logo no início dos negócios, com a informação de que a maior companhia de crédito imobiliário dos EUA, a Countrywi-

de Financial, pediu US$ 11,5 bilhões para honrar compromissos. E chegou a seu ponto máximo na metade do dia, quando o Ibovespa registrou queda de 8,89%. Os boatos, vindos dos Estados Unidos quanto a uma possível redução dos juros pelo Fed, fez o índice iniciar a descida. A volta – Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Grau Gestão e Ativos, avalia que a melhora de humor na reta final dos negócios também pode estar associada ao retorno de alguns investidores ao mercado. "Provavelmente, os preços de alguns papéis chegaram a um nível muito baixo, tornando-os extremamente atraentes, incentivando as compras em meio a um ciclo de desvalorização de ativos", afirmou. " A B o v e s p a t e m f u n d amentos muito melhores que o de outras bolsas emergentes, com empresas sólidas", explicou o diretor da corretora Geração Futuro, Milton Luiz Milioni. Para o analista, o alto volume de dinheiro negociado é sinal de que, mesmo com a turbulência, a bolsa ainda é atraente para os investidores. Já o dólar subiu 3,05% e fechou cotado a R$ 2,093. Na máxima do dia, a moeda norteamericana chegou a ser cotada a R$ 2,141 para venda, revertendo toda a queda acumulada em 2007. O juro na BM&F avançou 12,52% nos contratos para janeiro de 2010 na sessão regular e 12,29% no eletrônico. O risco Brasil saltou para 225 pontos-base. Para o ex-presidente do Banco Central, Carlos Thadeu de Freitas, a questão central é saber a extensão dos prejuízos causados pela turbulência que começou a semana passada com o mercado de hipoteca de alto risco (o sub-prime) nos EUA e se espalhou. "À medida que há perda de riqueza – e essa crise é de perda de riqueza –, você diminui a demanda", afirmou. Para ele, o Fed terá que reduzir a taxa básica de juros americana para acelerar o crescimento. (Agências)

Companhias perdem valor de mercado

A

turbulência no sistema financeiro já reduziu em US$ 273,6 bilhões o valor de mercado das empresas com ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), entre 19 de julho e ontem. Só o setor bancário, com participação de 26 companhias abertas, contribuiu com 22,3% do prejuízo. O estudo é da Economática e envolveu 316 companhias. A desvalorização das instituições financeiras somou US$ 60,9 bilhões. Em um mês, as ações do Bradesco caíram 13,5%. As do Itaú despencaram 14,43%, e as do Unibanco, 10,09%. Já o papel do estatal Banco do Brasil caiu 13,95%. Com as retrações, o valor do setor financeiro na Bovespa recuou para US$ 156,8 bilhões. O segundo lugar no ranking ficou com as companhias de petróleo e gás. O valor de mercado das seis empresas do setor, incluída a estatal Petrobras, recuou US$ 38,2 bilhões, para US$ 101,3 bilhões. O setor de mineração, com três empresas listadas na bolsa, aparece em seguida e contribuiu com 11,6% do prejuízo total do País. As companhias do segmento, lideradas pela Vale do Rio Do-

ce, perderam de US$ 31,8 bilhões no preço de mercado. Juntos, os três setores (financeiro, petróleo e gás e mineração), que têm 35 companhias, responderam por 50% da queda da Bovespa no período calculado pela Economática. O analista da Prosper Gestão, Gustavo Barbeito, destacou que as empresas que estrearam nos últimos meses na bolsa têm sofrido mais com essa turbulência nos mercados. Parte desse movimento devese ao fato de elas terem menos liqüidez no mercado e, portanto, representarem mais risco para o investidor, disse o analista. Além disso, cerca de 70% das ações lançadas têm sido compradas por estrangeiros, os primeiros a deixar o País em momento de turbulência . O administrador de investimentos, Fábio Colombo, destacou que a crise de inadimplência das hipotecas dos Estados Unidos foi apenas a faísca que precisava para a queda das bolsas. Ele lembrou que o mercado acionário teve cinco anos de altas seguidas, um dos períodos mais longos da história. Só a Bovespa teve uma valorização de 380% entre dezembro de 2002 e julho de 2007. (AE)

Foto: Maurício Lima/AFP Photo

Romeo Gacad/AFP Photo

No pior momento, a Bovespa chegou a cair quase 9%, mas fechou com recuo de 2,58%.

No mercado asiático, perdas também foram altas.

Maurício Lima/AFP Photo

Volatilidade assusta operadores

Fatos e rumores mexem com as bolsas oi uma quinta-feira negra para os mercados fin a n c e i ro s e m t o d o o mundo. As dúvidas sobre a sobrevivência de grandes empresas do mercado imobiliário dos Estados Unidos, onde a atual crise teve origem, desempenharam o papel de um furacão e infringiram pesadas perdas. Em um cenário de terra arrasada, boatos de que o Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano, pretende reduzir os juros conseguiu fazer as bolsas locais reduzirem as perdas. As européias não tiverem tempo de reagir e registraram grandes desvalorizações. Início da debandada – O anúncio de que a financiadora imobiliária Countrywide Financial, maior empresa do setor de hipotecas dos EUA, fez um empréstimo de US$ 11,5 bilhões para enfrentar um problema de liqüidez ampliou os temores quanto a uma possível corrida dos investidores aos bancos – o que aumentaria o risco de quebra de algumas instituições. Na terça-feira, a

F

corretora Merrill Lynch havia reduzido a classificação dos papéis da empresa de "compra" para "venda" e não descartou a possibilidade de a empresa pedir concordata. Como se não bastasse, a First Magnus, uma grande financeira do setor hipotecário dos Estados Unidos, anunciou ter interrompido a concessão de empréstimos e o recebimento de pedidos de crédito para residências. A companhia alegou o "colapso no mercado secundário hipotecário". Em comunicado publicado em seu site, a First Magnus diz ter explorado todas as opções, mas "não encontrou alternativa viável". Entre janeiro e junho, a companhia concedeu US$ 17,1 bilhões em empréstimos residenciais, segundo o informativo Inside Mortgage Finance. A decisão de interromper os empréstimos envolve futuras hipotecas e financiamentos ainda não oferecidos aos clientes. Dezenas de empresas de hipotecas dos EUA deixaram o setor neste ano, pressionadas por aumento na inadimplên-

cia, preços de residências estagnados, aumento de custos com empréstimos e piora nos mercados de capitais. Em meio à onda de pessimismo, o mercado imobiliário americano foi responsável por mais uma má notícia: a construção de casas nos EUA teve queda de 6,1% em julho, atingindo uma taxa anualizada de 1,38 milhão de unidades, 20,9% abaixo do registrado há um ano e o ritmo mais lento desde janeiro de 1997. "Há uma enorme incerteza e os mercados odeiam incertezas sobre a profundidade e a extensão dos problemas na área de crédito", comentou o diretor de investimentos da Eden Financial em Londres, Lawrence Peterman. As bolsas despencaram no chamado "efeito manada". Nas mínimas do dia, tanto o Dow Jones, o principal indicador da Bolsa de Nova York, como o Nasdaq, índice das empresas de tecnologia, chegaram a cair mais de 2%. O mercado começou a se recuperar com rumores de que o

Fed vai reunir-se hoje para reduzir os juros, hoje na casa dos 5,25% ao ano, para incentivar a recuperação da economia – pela manhã, a instituição prometeu fazer o necessário para arrefecer o ímpeto da crise. Já no final do pregão, a Bolsa de Nova York conseguiu se estabilizar. O índice Dow Jones fechou em queda de 0,12% e o Nasdaq, de 0,32%. O S&P-500 terminou o dia em alta de 0,32%. O mercado acionário europeu foi o que registrou as perdas mais pesadas. A Bolsa de Londres fechou em queda de 4,1%; a de Paris, de 3,26%; e a de Milão, de 3,45%. A Bolsa de Frankfurt perdeu 2,36%, a de Amsterdã, 3,75%; e a Bolsa de Madri, 3,66%. Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei fechou ontem de madrugada em queda de 1,99%, com 16.148,49 pontos, seu menor nível desde novembro do ano passado. E, na metade da manhã de hoje, perdia 2%, levando o banco central a injetar US$ 10,5 bilhões no mercado. Em Xangai, a bolsa caiu 2,14% e em Taiwan, 4,56%. (Agências)

Fundos somam perdas de R$ 7,6 bi s fundos de investimento brasileiros já somam perdas de R$ 7,6 bilhões desde o início da crise nos mercados financeiros internacionais, de acordo com dados do site Fortuna. Considerando apenas a rentabilidade entre os dias 23 de julho e 14 de agosto, os portfólios de ações registraram queda de 9,4%, ou R$ 6,5 bilhões, enquanto os multimercados apresentaram prejuízo de R$ 2,5 bilhões, ou 1,4%. Curiosamente, o estopim das perdas no setor de fundos não ocorreu nas duas categorias mais arriscadas, e sim nos fundos de renda fixa pré-fixados, segundo Marcelo d'Agosto, diretor do Fortuna. Logo no início da crise, os produtos tiveram fortes saques, levando os gestores a vender títulos para honrar os resgates. "Como esse mercado não

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tem liquidez, os preços dos papéis de longo prazo despencaram, afetando os multimercados, que também tinham exposição nesses títulos", analisou. Nos últimos 20 dias, a saída nos fundos de renda fixa pré-fixada totalizou R$ 2,4 bilhões, ou 16% do

patrimônio total. Apesar da perda recente, a indústria de fundos continua captando recursos. As ações destinadas ao público de varejo registraram entrada de R$ 611 milhões no período e os multimercados, R$ 1,8 bilhão. Fundos multimercados diri-

gidos por ex-integrantes do Banco Central aparecem entre os maiores perdedores: o Luxor, da Opportunity Asset Management, administrado por Afonso Bevilaqua; Mauá, gestora de recursos de Luiz Fernando Figueiredo, e o Gávea Brasil, de Armínio Fraga. (AE)


Finanças Tr i b u t o s Nacional Empresas

DIÁRIO DO COMÉRCIO

COMÉRCIO ELETRÔNICO EM ALTA

sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de agosto de 2007 Celso Junior/AE

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O secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, apóia MP dos sacoleiros.

VENDAS CRESCERAM 5,5% NA PRIMEIRA QUINZENA DO MÊS. EXPANSÃO SÓ FOI MENOR APÓS O DIA DOS PAIS.

VAREJO: AGOSTO COMEÇA BEM Vanessa Rosal

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movimento do varejo paulistano subiu 5,5% na primeira quinzena de agosto, impulsionado pelas vendas no Dia dos Pais. No período, o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), termômetro das vendas a prazo, cresceu 5,6% em relação ao ano passado. Na mesma comparação, o UseCheque, que mede as vendas à vista, subiu 5,4%. Os números foram divulgados ontem pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Para o presidente da entidade, Alencar Burti, houve uma queda na aceleração do crescimento nos três últimos dias. Segundo ele, o chamado "efeito calendário", comum após datas comemorativas, é o principal motivo. "Esperamos que,

em condições normais, ocorra uma recuperação do crescimento no final do mês", disse. Até 12 de maio, o crescimento do varejo tinha sido de 6%. O superintendente geral das Lojas Cem, Valdemir Colleone, afirmou que as vendas cresceram 7% no Dia dos Pais, mas já caíram. "É normal que o desempenho tenha queda após o Dia dos Pais, já que a data é muito forte para nós. Com o Dia das Mães, Natal e dos Namorados também é assim", comentou. Já o gerente da loja Fredy do Shopping D, na zona norte da capital, Luis Carlos Corrêa, ainda lucra com as vendas do período, que cresceram 25% em relação ao ano passado. "Muitos consumidores ainda estão trocando os presentes. Geralmente, essa troca é feita por um produto de maior custo, e as pessoas pagam a diferença". Enquanto isso, a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop)

apurou aumento de 8,5% nas vendas em comparação com a mesma data no ano anterior. Inadimplência – O estudo mostra ainda que aumentou a inadimplência no período. De acordo com o economista da ACSP Emílio Alfieri, o número de registros recebidos, ou seja, de novos inadimplentes somados ao sistema de proteção ao crédito, teve crescimento de 7,8% em relação à primeira quinzena de agosto de 2006. Na mesma comparação, o número de registros cancelados (pessoas que deixaram de ser inadimplentes) cresceu menos: 3,3%. "Esse cenário ainda é reflexo do período do Dia das Mães, quando o consumidor comprou eletrodomésticos, móveis e eletroeletrônicos em várias parcelas", comentou Alfieri. Segundo ele, até o final do mês a inadimplência deverá se estabilizar, e a expectativa é de que as vendas subam em torno de 6%.

Oportunidades com o resseguro Roseli Lopes

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Secretaria Municipal de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo deve aproveitar a abertura do resseguro no Brasil para ajudar a ampliar o leque de produtos de seguros do mercado brasileiro. Segundo o secretário Alfredo Cotait, a idéia é trazer empresas de resseguro internacionais que, com suas experiências, ajudem a criar seguros para os segmentos ainda não contemplados e, assim, contribuam com a expansão tanto dos ne-

gócios, quanto do emprego. "Há muito espaço para crescer na área de produtos", disse Cotait. "E podemos contar com quem tem experiência." O secretário evitou falar na cidade de São Paulo como um pólo de resseguro em detrimento de outras cidades. "Não estamos discutindo em qual cidade as empresas de resseguro deverão se instalar. O que queremos de fato é que o Brasil, esse sim, seja um pólo de resseguro dentro da América Latina." Para isso, continuou o secretário, a cidade de São Paulo tem todas as condições de contribuir para uma maior visibi-

A TÉ LOGO

Produtos na internet registram deflação de 2,16%

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Saraiva perto de comprar a Siciliano

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Brasil e Japão querem disseminar padrão de TV digital

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Consumo de energia elétrica cresce 5,2%

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Unica anuncia quebra de safra da cana 2007/2008

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IPC-S O índice subiu 0,42% na segunda semana de agosto, ante 0,34% na primeira, diz a FGV.

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

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Ó RBITA

lidade do País nesse mercado, em virtude de suas infra-estrutura e representatividade. A Prefeitura paulistana promoveu um seminário, ontem, com a participação de entidades representativas do setor de seguros. O objetivo do evento foi o de discutir as oportunidades criadas com o fim do monopólio do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), aprovado em janeiro por lei. A mudança ainda depende de regulamentação. O mercado segurador brasileiro movimenta hoje perto de US$ 1,5 bilhão ao ano, mas tem potencial para faturar US$ 2,5 bilhões.

Agronegócios: exportações paulistas crescem 16,2% Tesouro cancela leilão de títulos devido à turbulência

COMUNICADO A Empresa Irmãos Bozza Cia Ltda, CNPJ 61.307.583/0001-92 CCM 1.001.378-4, possui talões de números 5301 a 5350 inutilizáveis por motivo de incêndio. DECLARAÇÃO DE PROPÓSITO

MARÍA CARMEN VARA MARTÍN, portadora do Passaporte nº. AC167944; HENAR PINILLA NIETO, portadora do Passaporte nº P ESP P028627; e VÍCTOR-MANUEL CABEZAS LÓPEZ, portador do Passaporte nº. AB739977. Todos residentes em Madri na Espanha e domiciliados na Calle Velazquez 74 - 28001 Madrid. DECLARAM sua intenção de exercer cargo de Conselheiro de Administração na Seguradora de Crédito do Brasil S.A e que preenchem as condições estabelecidas nos arts. 3º e 4º da Resolução CNSP nº 136, de 7 de novembro de 2005. ESCLARECEM que, nos termos da regulamentação em vigor, eventuais impugnações à presente declaração deverão ser comunicadas diretamente à Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, no endereço abaixo, no prazo máximo de quinze dias, contados da data desta publicação, por meio de documento em que os autores estejam devidamente identificados, acompanhado da documentação comprobatória, observado que o declarante poderá, na forma da legislação em vigor, ter direito a vista do respectivo processo. São Paulo, 15 de agosto de 2007. María Carmen Vara Martín; pp. Valmir Ferreira Forni Henar Pinilla Nieto; pp. Valmir Ferreira Forni Víctor-Manuel Cabezas López; pp. Valmir Ferreira Forni

(17 e 20/08/2007)

E-commerce deve crescer 45% Fernanda Pressinott

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faturamento do comércio eletrônico brasileiro deve chegar a R$ 6,4 bilhões até o final do ano. Se confirmada a expectativa, o número representará um crescimento nominal de 45% em relação a 2006. No primeiro semestre, as empresas nacionais que vendem produtos pela internet faturaram R$ 2,6 bilhões, 49% mais que no mesmo período do ano passado. Os dados fazem parte da pesquisa "Hábitos e Tendências de Consumo Online", divulgados ontem pela consultoria e-bit e pela Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Camara-e.net), e não levam em conta as vendas de passagens aéreas, automóveis e leilões virtuais. Três fatores foram os grandes responsáveis por essa alta no comércio pela web: a entrada de novos consumidores na rede (1,1 milhão de pessoas em seis meses), o aumento da freqüência de compra por usuários antigos e a opção por produtos de maior valor agregado. "A baixa do dólar (em relação ao real) incentivou os internautas a comprar itens de informática e eletroeletrônicos, que são em grande parte importados", diz o diretor geral da e-bit, Pedro Guasti. Em relação à freqüência, 11% dos pesquisados pela empresa (526.669 pessoas) afirmaram terem feito mais de dez aquisições pela web nos últimos seis meses.

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PEDRO

AVISO DE LICITAÇÃO Tomada de Preços nº 011/2007 “De conformidade com a solicitação da Secretaria Municipal de Educação, faço público, para conhecimento dos interessados, que se acha aberta, na Prefeitura deste Município, o Edital de Tomada de Preços nº. 011/2007, para a aquisição de produtos hortifrutigranjeiros para a merenda escolar, pelo tipo de menor preço, regida pela Lei Federal nº. 8.666/93, suas alterações e demais legislação expressa no Edital. Os envelopes dos licitantes com a documentação e a proposta deverão ser entregues no Departamento de Protocolo, sito à Rua Valentim Amaral, 748, nesta cidade, até às 11:00 horas, do dia 04 de setembro de 2007. O início da abertura dos envelopes será às 14:00 horas, do dia 04 de setembro de 2007, na Sala de Abertura de Licitações, sito à Rua Valentim Amaral, 748, nesta cidade. A Pasta Técnica contendo o Edital e seus respectivos anexos deverá ser retirada no Departamento de Compras, sito à Rua Valentim Amaral nº 748, Centro Cívico desta cidade, o qual será fornecido das 09:00 às 15:00 horas. Para conhecimento do público, expede-se o presente Edital, que será publicado pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, do Município de São Pedro, em jornal de grande circulação no Estado e no Município e afixado em Quadro de Avisos, no saguão do Paço Municipal. São Pedro, 16 de agosto de 2007 EDUARDO SPERANZA MODESTO - Prefeito Municipal”

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS - TOMADA DE PREÇOS Nº 022/2007 PROCESSO ADMINISTRATIVO N.º 12293/2007 - Faço público de ordem do Senhor Prefeito Municipal de São Carlos, que se acha aberta licitação na modalidade de TOMADA DE PREÇOS, do tipo menor preço, tendo como objeto a contratação de empresa de engenharia especializada para a adequação e modernização de 02 (dois) elevadores, bem como o fornecimento de outros 02 (dois) elevadores, incluindo projetos executivos de obras civis, materiais, equipamentos e serviços de fixação e montagem, rede elétrica e outros necessários para a instalação no prédio do Paço Municipal de São Carlos, conforme Memorial Descritivo, Projeto e Especificações Técnicas dos Equipamentos, constantes dos Anexos IV, VI e VII do presente edital, que serão fornecidos em CD-ROM. O Edital na íntegra poderá ser retirado na Sala de Licitações da Prefeitura Municipal de São Carlos, situada à Rua Major José Inácio, n.º 1973, Centro, São Carlos, fone 3307-4272, a partir do dia 16 de agosto de 2007 até o dia 04 de setembro de 2007, no horário das 09:00h às 12:00h e 14:00h às 16:00h, mediante o recolhimento de emolumentos no valor de R$ 30,00 (trinta reais). Os envelopes contendo a documentação e as propostas serão recebidos na Sala de Licitações até às 09:00 horas do dia 04 de setembro de 2007, quando após o recebimento, iniciar-seá sessão de abertura. - São Carlos, 16 de agosto de 2007. - Paulo José de Almeida Presidente da Comissão Permanente de Licitações.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, no dia 16 de agosto de 2007, não houve pedido de falência na Comarca da Capital-SP.

E se eles compraram mais, gastaram mais. O tíquete médio das lojas virtuais no primeiro semestre ficou em R$ 296, 3% acima do registrado no mesmo período de 2006. Datas – O mês de maior faturamento foi maio, devido à comemoração do Dia das Mães. A data representou 11% do faturamento do semestre e garantiu R$ 287 milhões para o setor entre 26 de abril e 12 de maio. Esse valor equivale a um crescimento de 63% em relação à data comemorativa de 2006. Já o período que antecede o Dia dos Namorados, entre 28 de maio e 12 de junho, representou um ganho de R$ 227 milhões para os sites de e-commerce, 47% superior ao mesmo período do ano passado. Para o Natal, a e-bit aposta num crescimento nominal de 45% em relação a 2006, com receita de R$ 1 bilhão entre 15 de novembro e 23 de dezembro. O valor do tíquete médio também deve crescer. "No Natal,

os presentes são sempre melhores e o preço médio gasto deve ficar em torno de R$ 300", diz Guasti. Se o dólar continuar no patamar próximo de R$ 2, o diretor da e-bit aposta que os produtos mais vendidos serão eletrônicos, de informática e telefonia celular. "Os títulos de CDs e vídeo vão perder espaço, mas ainda são os líderes de venda". Até julho, 8,1 milhões de pessoas haviam comprado algo pela internet, sendo que 43% foram mulheres. Conteúdo - A pesquisa mostrou ainda que o brasileiro consome pouco conteúdo virtual, apesar de ter bastante acesso a produtos e serviços online. Embora a maior parte dos internautas baixe músicas pela internet, apenas 12% pagam por elas. O restante usa sites gratuitos ou troca músicas entre si. Além disso, a maioria não tem o costume de adquirir jogos, vídeos ou conteúdo adulto através da rede.

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

PREGÃO (presencial), para Registro de Preço DSE nº 44/07. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 3170/5900/2007. OBJETO: FREEZER HORIZONTAL. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 09:30h do dia 27 de agosto de 2007. Edital completo à disposição dos interessados, via Internet, pelo Site www.e-negociospublicos.com.br. INFORMAÇÕES: fones: (11) 3866-1615/1616, de 2ª a 6ª feira, no horário das 8h às 17h. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE SUPRIMENTO ESCOLAR

PRELUDE MODAS S/A. - CNPJ nº 61.084.745/0001-70 ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA - EDITAL DE CONVOCAÇÃO. Ficam convidados os Srs. Acionistas desta sociedade a se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária a ser realizada no dia 27 de agosto de 2007, às 09:00 (nove) horas, na sede social à Rua Rego Freitas, nº 508, nesta Capital, a fim de deliberarem sobre a seguinte "ORDEM DO DIA" a) Consolidação dos Estatutos Sociais, nos têrmos da Lei nº 10.406 de 10 de janeiro de 2002; b) Outros assuntos de interesse Social. São Paulo, 13 de agosto de 2007. A Diretoria. (16-17-20/08/2007)

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA: PREGÃO (PRESENCIAL) Nº 57/0186/07/05 OBJETO: FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO DE IMPRESSORAS A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação para o fornecimento e instalação de impressoras. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 17/08/2007, na sede da FDE, na Supervisão de Licitações na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – CEP 01121-900 – São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br. O credenciamento do representante das proponentes e o recebimento dos Envelopes “Proposta” e “Documentos de Habilitação” ocorrerão na sede da FDE, no endereço acima mencionado, às 09:30 horas do dia 31/08/2007. Todas as propostas deverão obedecer rigorosamente o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA - Presidente.

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Nacional Empresas Finanças Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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EXPORTADORES ADIAM FECHAMENTO DE CONTRATOS

Michel Filho/AG

sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de agosto de 2007

É como se estivesse num cassino: pode ganhar e pode perder. Lula, presidente

GOVERNO REAFIRMA QUE FUNDAMENTOS DA ECONOMIA ESTÃO SÓLIDOS E CRISE NÃO AFETARÁ O PAÍS

MISSÃO: ACALMAR OS MERCADOS

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Rogério Jayme/Reuters

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, deu várias entrevistas ontem para acalmar os ânimos do mercado financeiro.

Analistas: Selic e dólar devem cair.

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pesar do pânico no mercado causado pela crise de liquidez nos financiamentos de hipotecas nos Estados Unidos, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) deverá reduzir os juros, em 0,25 ponto percentual na reunião de setembro. A taxa está em 11,5%. O real deverá também se valorizar em relação ao dólar até o fim do ano, em decorrência dos fundamentos da economia brasileira. Ao menos essas são as expectativas dos economistas. Diferentemente das crises de 1998 e 2002, quando o Copom interrompeu o ciclo de cortes da Selic e passou a elevála em outubro daquele ano (de

18% para 21%), atingindo 26,5% em fevereiro de 2003, o estrategista-chefe do BNP Paribas no Brasil, Alexandre Lintz, acredita que a redução da Selic será mantida, mas terá uma desaceleração. "O BC deve agir agora da mesma forma com que atuou durante a turbulência de maio do ano passado", comparou. Na ocasião, apesar da volatilidade, os diretores do BC mantiveram o ritmo de corte da Selic em 0,5 ponto percentual no dia 31, com a taxa cedendo de 15,75% para 15,25% ao ano. A aposta agora é em queda de 0,25 ponto percentual. Isso mais em função de fatores domésticos que pela turbulência internacional. Para ele, os dire-

tores do BC prezam muito a capacidade do mercado de prever seus próximos passos. "E o mercado futuro já prevê estabilidade de cortes", disse. O dólar continuará em processo de correção no curto prazo e deve fechar o ano perto de R$ 1,75, na avaliação de Lintz. Já o economista da equipe da América Latina do Morgan Stanley, Marcelo Carvalho, também aposta que o Copom reduzirá o ritmo de corte para 0,25 ponto percentual. "Veremos a continuação da volatilidade externa no curto prazo, mas a tendência é favorável. " Carvalho manteve também a expectativa de que o dólar volte a se desvalorizar, e encerre o ano em R$ 1,85. (AE)

Superávit segura balança comercial

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superávit da balança comercial brasileira deve blindar o País, pelo menos no curto prazo, dos impactos da crise mundial iniciada no mercado imobiliário norte-americano. A avaliação é do professor Roberto Piscitelli, do Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB). O economista disse que as exportações do Brasil deverão garantir um superávit em torno de US$ 40 bilhões na balança comercial. Esses recursos, segundo ele, são suficientes para compensar a fuga de capitais provocada pela turbulência financeira internacional.

CSN: chances nos EUA

A

pesar de ameaçar o crescimento da economia mundial, a crise no mercado imobiliário nos Estados Unidos poderá abrir uma nova oportunidade para a

Mesmo que haja a saída de capitais estrangeiros do país, o superávit comercial nos dá uma folga por um período razoável, destacou Piscitelli. Ele acrescentou que as reservas cambiais em torno de US$ 155 bilhões, de acordo com o Banco Central, contribuem para dar um certo conforto. "A situação é menos problemática que há alguns anos", disse. Adiamento – As exportadores e importadores tendem a adiar o fechamento de novos contratos em meio à volatilidade cambial; por isso, o impacto do câmbio sobre a balança comercial neste ano deve ser residual, disse o vice-presidente

da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro. "Em 2008, no entanto, o resultado será afetado por essa crise." Castro explicou que os contratos de comércio exterior de manufaturados são fechados, em média, com quatro meses de antecedência. Por essa razão, a balança não deve sofrer os efeitos da alta do dólar. O executivo da AEB disse que não pretende rever a projeção do superávit da balança, de US$ 41,930 bilhões. Mas destacou que, nas condições do momento, se fosse pensar em um novo resultado, seria abaixo de US$ 40 bilhões. (AE)

Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que está em busca de compras no mercado internacional. O motivo é que a turbulência deve tirar a competitividade de empresas que investiram pesadamente no setor siderúrgico, em razão da alta liqüidez do mercado. "Deve ocorrer uma

depuração nesse setor, porque as companhias que têm custo mais elevado perderão competitividade", afirmou o diretor-executivo para Mineração da CSN, Juarez Saliba. Para o presidente da companhia, Benjamin Steinbruch, isso abrirá novas chances para a expansão dos negócios. (AE)

presidente Luiz Quanto à situação do dólar, ativos do Brasil, mas reiterou Inácio Lula da Sil- Lula disse que a moeda ameri- que o "saldo comercial expressivo" garante um fluxo camv a a f i r m o u q u e cana vai flutuar até se ajustar. Drama – O ministro da Fa- bial positivo ao País. não teme os efeitos Mesmo assim, o ministro da crise econômica provocada zenda, Guido Mantega, reafirpor problemas no mercado mou ontem que a crise no mer- preferiria que os organismos imobiliário dos Estados Uni- cado financeiro internacional multilaterais que atuam na dos. O vice-presidente, José não vai mudar os rumos da economia, como o Fundo MoAlencar, também tentou acal- economia brasileira. "No olho netário Internacional (FMI), timar o mercado e disse que o do furacão as coisas parecem vessem uma atuação mais Brasil poderá sair fortalecido piores. É normal, no mercado "pró-ativa" para mitigar o imda crise que atingiu as bolsas financeiro, que as coisas sejam pacto de crises como a atual. Ele criticou o fato de o FMI dramatizadas", afirmou. de valores do mundo inteiro. Em alguns momentos, no não ter aprovado a criação de Para o presidente Lula, a crise está restrita ao mercado fi- entanto, o ministro chegou a se linhas de contingenciamento, que poderiam ser usananceiro norte-ame- Roosewelt Pinheiro/ABr das em casos urgentes ricano. "São fundos sem a necessidade de de pensão que aposaprovação de um taram no mercado acordo. Para Mantefuturo, pensando em ga, isso daria tranqüiganhar dinheiro fálidade ao cenário ecocil", disse, ao particinômico mundial. par da inauguração Caso o crescimento das novas instalaglobal venha a ser afeções do Colégio Petado, o ministro mandro II, em Realengo, tém o otimismo. Ele zona oeste do Rio de disse que ainda assim Janeiro. "Quem peno Brasil estará seguro, sa em ganhar dinheiuma vez que 80% da ro mais fácil, é como economia do País está se estivesse num casvinculada ao mercasino: pode ganhar e do doméstico, que espode perder". tá "vendendo saúde". "Como o Brasil não Mantega destacou apostou em dinheiro que o superávit prifácil, nós preparamário do setor públimos a solidez: juntaco poderá ficar acima mos dinheiro, estabido estabelecido pelo lizamos a economia, José de Alencar: o Brasil sairá fortalecido da crise governo em 2007. A temos reservas muito sólidas de US$ 150 bilhões e, contradizer. Primeiro, afirmou meta é de superávit de 3,8% do por enquanto, estamos tran- que a economia do Brasil está Produto Interno Bruto (PIB), qüilos." afirmou. sólida frente à crise e que as que pode ser reduzida a até Ele disse que tem conversa- projeções macroeconômicas 3,3% do PIB com as despesas do sistematicamente com o mi- não serão afetadas. Logo em feitas em obras do Projeto Pilonistro da Fazenda, Guido seguida, ele lembrou que o to de Investimentos. "Poderá ser maior em 2007, Mantega, e que o governo bra- País não está imune, uma vez sileiro está acompanhando a que os mercados são interco- porque estamos tendo um gamovimentação internacional. nectados. "Não há nenhuma nho de arrecadação", afirmou O presidente manifestou possibilidade de se sair ileso Mantega, destacando que isso tem decorrido da expansão e ainda esperança de que o mer- das turbulências." cado imobiliário norte-ameriMantega afirmou que al- da formalização da economia, cano resolva sua crise, para guns fundos estrangeiros de e não de elevação de alíquotas n ã o a f e t a r o u t ro s p a í s e s . investimento estão retirando de impostos. (Agências)

Financial Times: "Brasil está exposto"

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jornal britânico Financial Times afirmou ontem que "os ativos financeiros brasileiros romperam ontem níveis de suporte significativos", com a turbulência nos mercados globais ameaçando atingir "uma parte do mundo que parecia não estar sendo afetada". "O Brasil de maneira alguma está imune", disse ao FT o economista Christian Stracke, da consultoria norte-americana Credit Sights. "Pode-se argumentar que o Brasil está mais exposto à economia global e aos mercados financeiros globais do que antes", acrescentou o analista. O FT observou que muitas das perdas no mercado brasileiro são explicadas pelo fato de os investidores estarem vendendo ativos para cobrir perdas em outros mercados. "Mas a extensão desse movimento sugere que os investidores po-

dem estar percebendo que os ativos têm mais risco do que pensavam", disse o jornal. O Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) aproveitou a crise no mercado financeiro para pedir cautela ao Banco Central (BC) na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de setembro. A entidade defende o corte em 0,5 ponto percentual dos juros, hoje em 11,5%. O Iedi teve como base para

suas afirmações o artigo do FT, segundo a qual o risco brasileiro está relacionado à tomada de financiamentos no exterior no ano passado (US$ 18,8 bilhões), por bancos, para aplicações, parte delas em títulos públicos. Outra parcela teria sido destinada ao crédito ao consumidor, que opera com taxas elevadas. "É a esse crédito que os investidores externos estão indiretamente expostos", sustentou o periódico. (AE)


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Tr i b u t o s Finanças Empresas Imóveis

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de agosto de 2007

A família Simpson invade a publicidade e chega ao Brasil com força

NOVA BASE PARA COLCHÕES DE ESPUMA

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MARCA DE FAMÍLIA 20 pela revista Time, em 1998, também nessa versão cinematográfica foi parar nas páginas da chiquérrima Harper's Bazaar. Nela, Marge experimenta roupas de grifes famosas como Chanel, Versace, Louis Vuitton, acompanhada pela modelo Linda Evangelista. Também na França um caminhão passou a transitar pelas ruas carregando a família Simpson numa bicicleta. E se em 2001 o grunhido "D´oh" do personagem Homer Simpson foi adicionado ao Oxford English Dictionary, eles caíram na boca do povo, transformando-se em ótima oportunidade de negócios para a Fox. A Redibra, que comercializa a imagem desses irreverentes americanos no Brasil, contabiliza substancial aumento de negócios. O licenciamento desses personagens pode custar de 3% a 15%, dependendo do produto. Os de pequeno valor e larga escala são os que pagam a menor alíquota. Com essa estratégia, a Fox engrossa as verbas de marketing em torno da família da fictícia Springfield, que promete atormentar a vida dos brasileiros por algum tempo e em todos os lugares. Nos Estados Unidos, redes como a Wal-Mart apresentam hoje uma lista de centenas de produtos que carregam a marca dos Simpsons, entre os quais o 7-Eleven. Por aqui, não será diferente. Há uma imensa lista de lançamentos. Envie informações para essa coluna para o e-mail: carlosfranco@revista publicitta. com.br

Os irreverentes invadem Paris nas páginas a Harper's Bazaar

Copan: beleza de curvas, e a moda jeans da Levi's nas alturas.

OS TRÊS PATETAS

ESTILO SAMPA

M

oe, Larry e Curly. Durante quase 40 anos, os Três Patetas foram sinônimo de diversão garantida. Exatamente por isso, a DM9DDB, agência comandada por Sergio Valente, recorreu ao trio em campanha que começa a ser veiculada nesta semana, e os traz de volta às telas da TV e do cinema para apresentar o Trio Telefônica, pacote da operadora que, com mensalidades a partir de R$ 69,90, oferece ligações locais sem limite, TV por assinatura e o serviço de banda larga Speedy. Não é a primeira vez, e tem sido uma constante a publicidade recorrer ao cinema e a seus personagens

inesquecíveis para vender produtos. A Almap/BBDO buscou as imagens do filme Forrest Gump para anunciar carros da Volkswagen, assim como a Citroën trouxe o ator Kiefer Sutherland, o Jack Bauer, para as ruas de São Paulo em campanha do C4 Pallas assinada pela Euro RSCG. Os Poupançudos da Caixa, turma de personagens animados criada pela agência Fischer América para promover as cadernetas de poupança , já viraram cofrinho e agora ganham vida na internet. Em vídeo no YouTube, maior plataforma de distribuição de virais do mundo, ao qual a publicidade e o cinema têm recorrido, eles deitam e rolam.

O

centro de São Paulo é o cenário da campanha assinada pela Neogama/BBH para promover a coleção outono/inverno 2007/2008 da Levi’s Moonbathing, cujo conceito foi originalmente idealizado pela BBH de Londres. A idéia é a de um convite para que o consumidor curta a noite com estilo e originalidade, tendo como conceito o banho de lua em vez do banho de sol, numa atitude inusitada, como uma nova maneira de explorar a noite e de se vestir. O fotógrafo Márcio Simch buscou nos ângulos do edifício Copan cumplicidade para as imagens que,

além do Brasil, serão mostradas em 16 mercados da América Latina: Argentina, Uruguai, Paraguai, Peru, Chile, Bolívia, Venezuela, Colômbia, Equador, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Panamá e México. Fundada em 1853, em San Francisco, a Levi Strauss & Company inventou o blue jeans por puro acaso. O imigrante bavaro Loeb Strauss queria aproveitar a corrida do ouro para vender barracas de lona. Não teve êxito, cortou o tecido, tingiu o pano de azul e criou os macacões. Nascia a roupa que virou o uniforme do mundo, inclusive no topo de Sampa.

Espuma de colchão poderá ter outra base dois anos, essa empresa já havia estudado uma formulação alternativa. A crise passou, no entanto, e anunciada falta da matéria-prima utili- o custo 10% maior da matériazada na fabricação da prima opcional inibiu a amespuma flexível dos colchões e pliação do mercado. Hoje, seestofados, o tolueno diisocia- gundo Palmeira, a demanda nato (TDI), abre novos hori- por MDI para espumas flexízontes de negócio para a em- veis ainda é restrita a produtos presa brasileira Purcom, uma de linha premium, como o "pilindústria química localizada low top" (espécie de capa fofiem Barueri, município da nha que reveste os colchões) ou aqueles travesseiros que Grande São Paulo. Especializada no desenvolvi- não se deformam. A anunciamento de forda falta da mulações pam a té r i a -p r ira processos ma muda o produtivos cenário. No (matérias-priinício de mas, em últiagosto, conta ma instância), Palmeira, a essa indústria Purcom parconcebeu ticipou de uma opção uma feira para a producom forte preção de espusença de famas flexíveis bricantes de com outra bacolchões, e se, o metileno dela saiu com d ii so c ia na to , 3 0 re u n i õ e s ou MDI. agendadas. A expecta"São fabritiva é de que Moa Palmeira, sócio da Purcom cantes com ainda em agosto as vendas dessa formu- interesse concreto, que já estão lação dobrem e a produção testando a formulação (à base chegue a 300 toneladas men- de MDI)", explica Palmeira. O uso de uma formulação alsais, afirma um dos sócios da ternativa requer testes na linha Purcom, Moa Palmeira. A prevalecer o cenário de de produção e eventuais ajusfalta do TDI – ratificado por co- tes, até se chegar à formulação municado da Dow Química a adequada para cada fabricanseus clientes, conforme noti- te, acrescenta o empresário. Alerta - A despeito das opciou ontem o Diário do Comércio –, a Purcom poderá fechar o ções oferecidas pela Purcom, ano superando a meta de fatu- o s f a b r i c a n t e s d e e s p uramento, estimada em R$ 65 ma/colchões tendem a enmilhões. É o equivalente a uma frentar problemas, caso se produção total (incluindo o mantenha reduzida a oferta MDI para espumas flexíveis) do TDI. Segundo Palmeira, a capacidade produtiva da emde 7 mil toneladas. D em an da – A Purcom de- presa brasileira não supre a tectou a demanda por uma necessidade total do mercamatéria-prima alternativa ao do. Hoje, as formulações para TDI há menos de dois meses, a fabricação de espumas flepor conta das consultas dos fa- xíveis à base de MDI reprebricantes de espumas e de col- sentam cerca de 25% de seu chões. Em crise semelhante, há faturamento.

Fátima Lourenço

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publicidade se atrelou nos últimos meses a um filme que levou 18 anos para sair do papel e promete ser um dos campeões de bilheteria em todo o mundo – Os Simpsons, que estréia hoje em cinemas de São Paulo. A família criada pelo cartunista Matt Groening para a emissora Fox Network surgiu em 1989. Por meio dos protagonistas Homer, Marge, Bart, Lisa e Maggie, o desenho animado fazia críticas ao comportamento humano, à sociedade e ao modo de vida americano. E conquistou público e audiência com seus 400 episódios e 18 temporadas, o que a faz a mais antiga série em exibição nos EUA. Recebeu prêmios e foi alvo de muita polêmica. A agência Fischer America, que tem um departamento de tendência para coletar dados de publicidade em todo o mundo, destacou na edição eletrônica de sua newsletter Next desta semana algumas dessas ações. Destaque para o site da rede Burger King (www.simpsonizeme.com), onde qualquer retrato postado por internauta ganha a forma dos Simpsons, passando pelo site oficial do filme (www.simpsonsmovie.com), ações da JetBlue ("Companhia Aérea Oficial de Springfield"), até os donuts gigantes que foram parar na Estátua da Liberdade, no Cristo Redentor e nos letreiros de Holywood, sem falar nos incontáveis produtos. No Brasil, o próprio Burger King, em campanha assinada pela MPM, oferece o sanduíche do glutão Homer, e a operadora Claro passou a oferecer uma infinidade de serviços com a família Simpson. A série, eleita a melhor do século


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ECONOMIA - 5


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Nacional Finanças Tr i b u t o s Empresas

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Hoje, 37% do esforço do trabalho do brasileiro é consumido por impostos que não retornam em benefícios. Alencar Burti, da ACSP

GOVERNO QUER CONTRIBUIÇÃO ATÉ 2011

CADA CONTRIBUINTE VAI COMPROMETER 7% DA RENDA FAMILIAR E PAGAR, EM MÉDIA, R$ 187,95 NESTE ANO

CPMF CONSOME SETE DIAS DE TRABALHO Renato Carbonari Ibelli

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ada brasileiro vai pagar, em média, R$ 187,95 para a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) ao longo de 2007. Isso quer dizer que o contribuinte da classe média vai comprometer sete dias de trabalho, e 7% de sua renda familiar, com essa cobrança do governo federal, que nasceu em 1997 para, provisoriamente, aumentar o repasse ao sistema de saúde do País. O que era para ser provisório dura até hoje, dez anos depois de sua criação, abocanhando 0,38% de toda transação bancária realizada. Os dados são do estudo "Mitos e Verdades sobre a CPMF", feito pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) e divulgado ontem na Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Esse tributo tem sido motivo de debates acalorados entre governo e entidades de classe nos últimos meses. A CPMF tem validade até 31 de dezembro deste ano, mas Brasília tem se movimentado para prorrogá-la até 2011, e já conseguiu fazer a contribuição ser aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. As entidades pedem o fim da cobrança. O presidente do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral, disse que o governo federal poderia abrir mão da CPMF sem ter prejuízo no orçamento. Segun-

do ele, "se a contribuição fosse extinta, os R$ 187,95 usados pelo trabalhador para pagá-la seriam usados no consumo de bens e serviços. Como o consumo no País é tributado, o governo arrecadaria mais com o aumento do poder de compra do contribuinte". Além disso, segundo ele, a União deve arrecadar neste ano R$ 50 bilhões a mais do que no ano passado. O presidente da ACSP, Alencar Burti, lembrou que o cidadão precisa se mobilizar para exigir seus direitos. "Hoje, 37% do esforço do trabalho do brasileiro é consumido por impostos que não retornam em benefícios. Há vagas de empregos que não conseguem ser preenchidas porque não há pessoal qualificado, o que é conseqüência da precariedade da educação. Podemos viver outro 'apagão' por falta de investimento em infra-estrutura. Temos de aprender a cobrar nossos direitos", disse Burti. O IBPT estima que, para este ano, a arrecadação com a contribuição atinja R$ 35,5 bilhões, valor que representa 1,4 ponto percentual de toda a carga tributária do País. O contribuinte do Estado de São Paulo é o que mais paga o tributo. Em dez anos, a CPMF arrecadou quase R$ 185,9 trilhões dos brasileiros. Desse total, 62,51% foi proveniente de São Paulo. O fato de as matrizes das instituições financeiras, que centralizam a arrecadação, estarem principalmente neste estado ajuda a formação desse percentual.

Se a CPMF passar, a reforma tributária não sairá do papel porque com mais verba a União não precisará criar mecanismos para administrar melhor suas despesas. Gilberto do Amaral, IBPT O estudo mostra ainda que do total arrecadado com a CPMF em seus dez anos de existência, 8,7% (R$ 19,27 bilhões) provém da sua incidência sobre o pagamento de outros tributos. Isso porque 95% dos impostos são pagos via

transação bancária. Além disso, a alíquota da contribuição representa hoje 3,2% da taxa básica de juros anual (Selic), o que configura aumento de 257,75% em relação ao que ela representava em 1997 (0,89%). O levantamento classifica como "mito" a idéia de que a CPMF onera mais os ricos. Segundo o IBPT, a contribuição incide sobre as movimentações financeiras das empresas, fazendo com que esse custo seja repassado ao preço das mercadorias. A CPMF eleva em 1,7% o preço final de produtos e serviços. "Como a carga tributária sobre o consumo é regressiva, os mais pobres são mais afetados", diz o estudo. O fim da CPMF, segundo Amaral, ainda seria importante para o Brasil enfrentar momentos de crise internacional, causados pela turbulência nos mercados globais. Segundo ele, com o fim do tributo, haverá diminuição da taxa nacional de juros, já que a contribuição encarece as operações financeiras, e conseqüentemente, pressiona o custo do dinheiro. Amaral sinalizou para uma possível derrota do governo no Congresso, já que os democratas (DEM) e o Partido Popular Socialista (PPS) já se posicionaram contra a vigência da contribuição. "Se a CPMF passar, a reforma tributária não sairá do papel porque, com mais verba, a União não precisará criar mecanismos para administrar melhor suas despesas", completa Amaral.

Fotos: Andrei Bonamin/Luz

Alencar Burti, da ACSP, e Gilberto Amaral, do IBPT: mitos da CPMF

SUPERSIMPLES Lula assina liberação para mais empresas

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presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou ontem o Projeto de Lei da Câmara (PLC 43/07), que liberou o Supersimples para empresas que pagam Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) superior a 20%. O projeto também moveu segmentos de serviço para tabelas previstas no novo regime fiscal, com cargas tributárias menores. Até ontem, o Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN), responsável por regular o Supersimples, recebeu 3.120.273

pedidos de adesão ao novo regime tributário. Desse balanço total, o Comitê Gestor deferiu imediatamente o pedido feito por 505.059 empresas, e negou outros 129.918, por problemas cadastrais. Outras 25.821 empresas continuam aguardando a solicitação ser analisada por estados e municípios, e 1.122.372 têm pendências fiscais com alguma das três esferas de governo. A migração automática do extinto Simples Federal para o novo regime atingiu 1,33 milhão de empresas. (RCI)

Ação pede comparação de planos da Telefônica Sílvia Pimentel

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32ª Vara da Justiça do Fórum Central de São Paulo recebeu na última quarta-feira uma ação civil pública, com pedido de tutela antecipada, para obrigar a Telefônica a fornecer, independentemente do consumidor exigir, comparativos de cobranças nos dois planos de minutos vigentes: básico e o Alternativo de Oferta Obrigatória (Pasoo). Caso o pedido das entidades seja acatado pela Justiça, a empresa será obrigada a prestar as informações antes do julgamento da ação, e desde o dia 1º de agosto, quando foi concluída a implantação do sistema de tarifação por minuto. Só no Estado de São Paulo, a companhia tem 14 milhões de assinantes.

De acordo com as entidades, a falta de informações sobre os planos tem provocado muitas dúvidas entre os consumidores. Dados preliminares da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) mostraram que menos de 1% dos assinantes solicitaram o comparativo individualizado entre o Plano Básico e pelo Plano Alternativo de Serviço de Oferta Obrigatório. Na ação, as entidades alegam que o consumidor só poderá escolher o plano mais adequado ao seu perfil com base em informações detalhadas sobre o tempo cobrado e o valor de cada minuto tarifado. Ressaltam, ainda, que o fato de empresa oferecer um plano alternativo próprio pode ger a r d ú v i d a s , n e m s e m p re atendidas de forma eficiente pela Telefônica. DC

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sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de agosto de 2007

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Indicadores Econômicos

16/8/2007

COMÉRCIO

7

11,38

por cento é a queda do índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, neste mês.


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Nacional Empresas Imóveis Finanças

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SAÍDAS PARA O DÉFICIT HABITACIONAL

SISTEMAS DE CONSTRUÇÃO BARATOS DE OLHO NO PAC

Soluções econômicas para construção em grande escala

Neton Santos/ Hype

Roque Reis, da Case: crescimento.

Tecnologias para baixar preço da moradia são atrações do setor de concreto Maristela Orlowski

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construção civil brasileira está em plena expansão, impulsionada pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal, que prevê, até 2010, investir R$ 106,3 bilhões em habitação. De olho nesse cenário favorável, está sendo realizada em São Paulo a primeira e d i ç ã o d a C o n c re t e S h o w South América 2007, feira que mostra inovações tecnológicas, produtos, equipamentos, serviços da cadeia do concreto e, principalmente, soluções para o déficit habitacional do País, estimado em 7 milhões de unidades. "As construtoras começam a priorizar a venda de imóveis econômicos e apostam em novas tecnologias para atender a grande demanda desse mercado", ressalta a diretora do evento, Claudia Godoy. "A tecnologia está avançando rapidamente. Atualmente, existem sistemas que possibilitam construções em grande escala com eficiência, rapidez e baixo custo – sem comprometer a qualidade e o desempenho das edificações", afirma. Rapidez – Ao lado dos pesos pesados do setor, como Braskem, Votorantim, Gerdau, Quartzolit, empresas fornecedoras de produtos e serviços procuram chamar a atenção com saídas racionais para o déficit brasileiro da moradia. A empresa SH Fôrmas, por exemplo, desenvolveu o sistema Morar SH, lançado em janeiro passado, para atender o aquecimento do mercado imobiliário. Conforme explica a diretora-comercial da empresa, Maria Alice Moreira, o sistema é composto de fôrmas modulares para paredes em concreto que substituem o uso dos tradicionais blocos e eliminam as etapas de alvenaria, reduzindo custos e duração da obra. "A economia da mão-deobra chega a 70%." As fôrmas são montadas com vãos para janelas e portas e trazem as tubulações elétricas e hidráulicas embutidas. Logo depois, são preenchidas com concreto e, 12 horas mais tarde, são retiradas e liberadas para instalação de telhado e acabamento geral. "Uma equipe de cinco pessoas monta

Maria Alice Moreira, diretora da SH Fôrmas: substituição dos blocos.

Cristo, na feira do concreto.

Concrete Show, no Transamérica até hoje, mostra produtos e soluções.

uma casa de 43 metros quadrados em apenas um dia, quando em escala; e em uma semana, quando individual", ressalta a executiva. A casa construída por esse sistema custa cerca de R$ 19 mil. Maria Alice explica ainda que atua tanto com a venda como com a locação das fôrmas. No entanto, 98% dos negócios vêm do aluguel, que varia entre R$ 40 e R$ 50 o metro quadrado de fôrma. "Acreditamos que a estabilidade da economia e o potencial do mercado habitacional brasileiro possam estimular as vendas do produto", comenta a executiva. Segundo ela, no exterior, as vendas são mais difundidas e respondem por até 60% dos negócios das empresas. "Até agora, investimos quase R$ 14 milhões no estoque de locação, acreditando na expansão do mercado. Até o fim do ano, esse montante pode chegar a R$ 20 milhões", acrescenta a executiva, que espera um crescimento na ordem de 25% dos negócios em 2007, em relação ao ano anterior. Outra novidade apresentada na feira é o sistema construtivo Concreto/PVC, comercializado pelas empresas Plásticos Vipal e Royal Brasil Technologies, apoiadas pela Braskem. Conforme explica o engenheiro de aplicação da Braskem, Murilo Feltran, o sistema é composto por perfis leves e modulares de PVC, de simples encaixe, preenchidos com concreto e aço. "As peças têm dimensões de uma parede e são concretadas depois que as instalações hidráulicas e elétricas são posicionadas." Segundo o especialista Rafael Bueno Carvalho, da Vipal,

o sistema oferece inúmeras vantagens, tais como: dispensa do acabamento tradicional, alta produtividade com equipes reduzidas, obra limpa, sem entulho e sem desperdício, elevada durabilidade e facilidade de limpeza e manutenção. O metro quadrado de área construída por esse sistema custa em torno de R$ 450. A tecnologia Concreto/PVC pode ser utilizada em edificações de até cinco pavimentos. Termômetro – As vendas de retroescavadeiras podem ser um termômetro da expansão do mercado de construção. Para Roque Reis, diretor-comercial da Case Construction, especializada em máquinas de construção, o crescimento do setor de construção civil no último ano foi acelerado. "Muitas empresas não estavam preparadas para tamanha expansão e tiveram que correr atrás de investimentos para dar conta do recado", diz. O aquecimento da economia mudou os planos da empresa, que detém 24% do mercado de máquinas de construção e 40% do segmento de retroescavadeiras. "Antecipamos o lançamento de uma nova série de máquinas, previsto apenas para o fim do ano", conta o executivo, que prevê crescimento de 30% dos negócios em 2007, depois de longo período de quedas.

S ERVIÇO A primeira edição do Concrete Show South América 2007, está no Transamérica Expo até hoje, das 13h às 20h. O acesso é pela Avenida das Nações Unidas, 18.591.

Ao lado dos pesos pesados do concreto, se exibem fornecedores de sistemas construtivos econômicos.

Pedreiros fazem demonstração de construção rápida de moradia econômica, solução para a alta demanda.

Déficit brasileiro de moradias chega a 7 milhões.

SH tem solução para construir casa em um dia.

Faturamento do setor pode crescer até 13% neste ano

P

elo 13° mês consecutivo, a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) registrou expansão no faturamento nominal de vendas do mercado interno, em julho. O índice foi 0,45% superior a junho e 14,81% maior do que no mesmo mês do ano passado. Já o faturamento acumulado no ano superou em 12,3% igual período de 2006. Os bons resultados deste mês reforçam a expectativa otimista de fechamento do ano em um patamar superior aos 6,35% do ano passado, chegando a 10%. Segundo o presidente da entidade, Melvyn Fox, uma nova projeção poderá ser feita em setembro. "Acredito que, nos próximos meses, teremos uma visão mais clara dos efeitos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) nas vendas do setor." De acordo com estimativas da Abramat, no segundo semestre o crescimento ficará em torno de 9%. "Essa redução é esperada porque a

base de comparação do segundo semestre do ano passado é mais alta", explica Fox. O executivo, no entanto, não descarta que o índice anual possa ser revisto para uma alta de até 13%. A receita do setor somou cerca de R$ 100 bilhões em 2006, sendo que 90% desse valor correspondeu aos negócios realizados no mercado doméstico. O desempenho da indústria de materiais de construção tem sido acompanhado pela expansão do emprego. Com base nisso, a Abramat, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), lançou neste mês um novo indicador de atividades do setor: o Índice de Emprego FGV Projetos/Abramat. O indicador, de atualização mensal, contempla a totalidade dos empregos com carteira assinada gerados por empresas da indústria de materiais. Em junho, o número de empregados no segmento alcançou 625 mil, o maior volume desde o início da série de análise, calculada

retroativamente a janeiro de 2004. Em termos acumulados, o pessoal empregado na indústria de materiais se expandiu 4,26% neste ano. "As regiões Sul e Sudeste concentram a maior parte das vagas na cadeia da construção", destacou o professor da FGV, Fernando Garcia. "São Paulo dispara na frente, com a fatia de 200 mil empregados." O segmento responsável pela fabricação de produtos cerâmicos é o que mais emprega no setor, com 136 mil trabalhadores. Em seguida estão os fabricantes de estruturas metálicas (80 mil empregos); de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e estuque (72 mil); e extração de pedra, areia e argila (47 mil). Para Garcia, os resultados refletem a recuperação da cadeia produtiva da construção civil no País, respondendo aos estímulos do governo federal, como a redução de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e a recuperação do crédito. (MO)


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sexta-feira, sábado e domingo, 17, 18 e 19 de agosto de 2007

LAZER - 1

ELES SÃO AMARELOS Estréia Os Simpsons - O Filme. Família terá que resolver um problema causado por – dã! quem mais? – Homer. Lúcia Helena de Camargo

Você sabia estas sobre eles?

A expressão "dã!" ("d'oh!", em inglês), dita por Homer toda vez que algo dá errado, virou até verbete do respeitado Dicionário Oxford da Língua Inglesa. O endereço Evergreen Terrace (Terraço Sempre Verde) é o nome da rua em que Matt Groening morou quando era criança. No episódio Fim de Semana com Burns, Homer fuma maconha para tratar um problema nos olhos, ouvindo Smoke On the Water, do Deep Purple. A atriz Kathleen Turner faz a voz de Stacy Lovell, a inventora da boneca Maliby Stacy, a preferida de Lisa, no episódio A Boneca Falante de Lisa (Lisa vs. Maliby Stacy) O mercadinho de Apu, Kwik-E-Market, não aceita cheques das seguintes pessoas: Chefe Wiggum, reverendo Lovejoy, Homer J. Simpson, Homer S. Simpson, H. J. Simpson, Homor Simpson, Homer J. Fong. No episódio Krusty Sai do Ar (1993), o programa do palhaço (abaixo) é cancelado para que entre em seu lugar um show do ventríloco Arthur Crandall e seu boneco Gabbo. Bart e Lisa tentam ajudálo a recuperar seu horário, com o auxílio de Johnny Carson, Bette Milder e do Red Hot Chili Peppers.

Fotos: Divulgação

Charles Montgomery Burns, ou apenas sr. Burns (acima), possui um guarda-roupas composto totalmente de peles de animais.

E

les já inspiraram estudos sociológicos, filosóficos, psicológicos e até algo que pode ser chamado de religião, tamanha é a devoção dos fãs mundo afora pelos Simpsons. Têm apenas quatro dedos e são amarelos. Trata-se da animação mais longeva da história da TV – estão há 18 anos no ar – que chega nesta sexta (17) aos cinemas brasileiros. Os Simpsons – O Filme vem fazendo bilheterias milionárias nos Estados Unidos, onde estreou em 27 de julho. Aqui não deve ser diferente, porque o longametragem de 90 minutos de duração consegue despertar o interesse no espectador do começo ao fim. Homer, Marge, Bart, Lisa e Maggie enfrentarão um monumental problema causado por – dã! quem mais? – Homer. Ele arranja um porco de estimação, apelidado de porcoaranha e Pig Potter, fazendo piada com outros personagens das telas. Ele decide armazenar todo o cocô do bicho no quintal. Quando os dejetos se acumulam, Homer toma a atitude mais preguiçosa, como sempre. E o silo vai parar no lago já contaminado

celular”. Essa e outras tiradas, inseridas em uma bem amarrada história – além de detalhes inspiradíssimos como o Hino de Springfield tomar emprestada a melodia da Marselhesa – fazem o filme ser tão bom. Os produtores divulgam que o longa levou dez anos para ser feito, contando o período de tempo da concepção até estrear na telona. E até o último momento a história foi guardada a sete chaves pela equipe liderada pelo criador Matt Groening, os produtores James L. Brooks e Al Jean e o diretor David Silverman, que está na equipe desde os primeiros tempos e tem no currículo a co-direção da animação Monstros S.A. Não saia da sala de projeção antes de acabarem os créditos. Vão desfilar várias centenas de nomes, mas a passagem desses é interrompida diversas vezes para a inclusão de cenas extras que merecem ser vistas. Um aspecto, porém, pode deixar a desejar: a voz de Homer está diferente. O dublador Waldyr Sant’Anna deixou o desenho este

pelos resíduos da usina nuclear, cujo habitante mais conhecido é Blinky, o peixe de três olhos (foto). O desastre toma proporções que chamam a atenção do presidente dos Estados Unidos, Arnold Schwarzenegger (voz de Harry Shearer) e do chefe da Agência de Proteção Ambiental, Russ Cargill (Albert Brooks). E uma medida drástica será tomada, o que vai enfurecer a população de Springfield. A auto-ironia se mostra já no início do filme, quando a família vai ao cinema assistir ao longa de Comichão e Coçadinha (feliz tradução para Itchy & Scratchy), e Homer questiona se vale a pena pagar ingresso para assistir a algo que se pode ver de graça na televisão. E continua com a lousa de Bart, na qual escreve “Não farei cópias piratas deste filme”. Espectadores não são poupados. Às pessoas que teimam em manter o telefone ligado durante a sessão – e chegam a cometer a grosseria de atendê-lo durante o filme – é dedicada a cena que talvez ilumine esses seres desprovidos de educação: escrito no cartaz da entrada da igreja, o mandamento do dia: “Desligarás o

ano, por divergências trabalhistas. Quem assumiu em seu lugar é Carlos Alberto. A sensação é como se, de repente, alguém que conhecemos fizesse uma operação nas cordas vocais e mudasse de voz. Os demais continuam os mesmos: Rodrigo Antas fala por Bart; Selma Lopes é Marge e Flávia Saddy, Lisa. No original em inglês também são as mesmas vozes da série: Dan Castellaneta (Homer), Julie Kavner (Marge), Nancy Cartwright (Bart), Yeardley Smith (Lisa). Mas não será fácil achar uma cópia legendada, que serão cerca de 20 em um total de 450. E embora Apu, Moe, Chefe Wiggun, senhor Burns, Ned Flanders e Barney estejam no longa, os fãs talvez se ressintam porque boa parte dos personagens secundários aparece apenas brevemente ou nem dá as caras. Aposta: estão guardando munição para o próximo filme. A deixa para a continuação está bem clara. Os Simpsons - O Filme (The Simpsons Movie, Estados Unidos, 2007, 90 minutos). Direção: David Silverman.

18 anos no sofá Hommer Preguiçoso e sortudo, pesa mais de 100 quilos; trabalha na área de segurança da Usina Nuclear de Springfield, onde provocou diversos acidentes. Já foi ao espaço como astronauta e integrou um conjunto musical. Adora comer rosquinhas, jogar boliche, ver TV tomando cerveja Duff e esganar Bart, quando o menino faz algo errado.

Marge Mãe dedicada, esposa excessivamente compreensiva; dona de casa perfeita; seu cabelo é da cor Azul nº 56. Já trabalhou como atriz de teatro, policial e foi viciada em jogos de azar. Flertou com seu instrutor de boliche, quando resolveu aprender a jogar após ganhar uma bola de Homer.

Bart Tem dez anos; seu maior ídolo é Krusty, o palhaço. Mau aluno, vai a todos os lugares de skate e adora pregar peças no diretor Skinner. Apesar disso, é o mentor do romance deste com sua professora, Edna Krabappel. Foi perseguido e quase assassinado por Sideshow Bob e já vendeu sua alma por US$ 5.

Lisa Oito anos, superdotada, vegetariana, ambientalista mirim e toca saxofone. Com tantos atributos, tem dificuldade de adaptar-se à medíocre sociedade em que vive. Quando o mundo vai acabar e lhe dão opção de salvar apenas um membro da família, não hesita e escolhe: "Mamãe!". Foi apaixoda por Nelson, o valentão da escola.

Maggie Um ano; não larga a chupeta e ainda não fala, mas ainda assim liderou uma revolta na creche. Contrariada, certa vez deu um tiro no Sr. Burns.

Salta mais uma Duff!!

E

Patty (alto) e Selma Bouvier As irmãs de Marge Simpson não cansam de incentivar a irmã a deixar o marido.

ntre os personagens secundários que mais aparecem está Moe (foto), o dono da taberna, já que é ali que Homer passa as noites, ao lado de seus colegas de usina, Lenny e Carl, além de Barney Gumble, que consome mais cerveja Duff que todos os outros juntos, em muito menos tempo. Moe é complexado com sua aparência e não esconde uma eterna paixão por Marge Simpson. E enquanto o marido fica no bar bebendo, Marge às vezes recebe em casa as irmãs gêmeas, mais velhas do que ela, Selma e Patty, que odeiam Homer e a encorajam sempre a deixá-lo. Ambas estão sempre fumando e são fãs do seriado MacGyver.

Selma casou-se – e divorciou-se – três vezes, a primeira com Sideshow Bob, que tentou dinamitá-la durante a luade-mel; depois com o advogado Lionel Hutz e por último com o ator Troy McClure, que tentou usá-la para passar ao público a imagem de um homem "normal". Sem sucesso. Já sobre a gêmea Patty sugere-se que não aprecia a companhia masculina. O canal pago Fox exibe no Brasil episódios inéditos da nova temporada do desenho aos domingos, às 20h30, e reapresentações de episódios antigos todos os dias, no mesmo horário. A série também passa na TV Globo aos sábados, às 11h30. Em DVD, foram lançados no País dez temporadas. (LHC)

Vovô Simpson Abraham, pai de Homer, vive no asilo. É mestre em relatar histórias inventadas sobre si mesmo.

Ned Flanders Vizinho carola dos Simpsons. Viúvo, vive para dar educação religiosa a seus dois filhos, Rod e Tod. O pai impede os meninos de assistir à maioria dos programas da TV e de comer doces. Prestativo e chato de doer, fala tudo no diminutivo. É odiado por Homer.

AS POLÊMICAS, OS AMIGOS DA FAMÍLIA, LIVROS PARA FÃS E UM DESAFIO QUE VALE A CAIXA DE DVDs DA 10ª TEMPORADA DOS SIMPSONS. NA PÁGINA 2.


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sexta-feira, 17 de agosto de 2007

ESPECIAL - 7

Muito orgulho em ser mooquense Há um forte senso de comunidade no bairro, que teve origem nas fábricas: além de vizinhos, eles eram colegas de trabalho e de luta, pois o movimento operário lá sempre foi atuante. Fotos: Marcelo Min/AFG 10/08/06

Q

uem mora na Mooca é bairrista assumido. Qual outro bairro da cidade tem bandeira e até hino? Costuma-se dizer que o mooquense, quando muda, só troca de quarteirão, pois faz questão de continuar no bairro. Claro que isso é um exagero, pois o censo de 2000 mostrou que houve uma evasão de mais de 50 mil moradores na região da Zona Leste de São Paulo, incluindo a Mooca. Mas de um tempo para cá, o bairro vem ganhando novamente uma aura de vitalidade. No início do ano, uma pesquisa do Datafolha revelou que a Mooca é o melhor bairro para se morar. O mercado imobiliário percebeu isso logo e muitas construtoras estão de olho na região. "O bairro vem passando por uma forte verticalização. Há vários prédio residenciais sendo construídos, mas o número de pessoas que estarão chegando ainda é menor dos que saíram, por isso não acredito que teremos problemas por causa disso. O bairro já teve mais pessoas do que tem hoje e a infra-estrutura suporta os novos moradores que estão chegando", comenta Crescenza Giannoccaro de Souza Neves, conhecida por Dona Zina, presidente da Amo a Mooca Associação dos Moradores e Amigos da Mooca (www.amoamooca.org.br). A entidade, que possui cerca de 300 associados, e grande parte dos moradores, desejam que os prédios históricos sejam preservados, mas também são a favor de novos empreendimentos, que irão valorizar o bairro e trazer melhorias nos serviços.

Masao Goto Filho/e-Sim

bamento e eles continuarem abandonados, cheios de entulhos e ratos", diz Dona Zina. Ela conta que o antigo prédio do cotonifício Crespi, no começo da Av. Paes de Barros,

não era tombado e foi adquirido pelo Grupo Pão de Açúcar para a construção do hipermercado Extra. Foi por reivindicação da associação que a fachada de tijolos aparente origi-

Marcelo Min/AFG

Centros culturais A associação defende o tombamento dos antigos galpões, mas que eles sejam restaurados e devolvidos à comunidade com algum tipo de destinação, principalmente que sejam transformados em centros culturais e de lazer. "O que não pode acontecer é o simples tom-

Ao lado, antigo prédio do Cotonifício Crespi. Abaixo, Dona Zina, presidente da Amo a Mooca. A associação defende o tombamento dos antigos galpões, mas que eles sejam restaurados e devolvidos à comunidade com algum tipo de destinação para os moradores, como lazer e cultura.

Quem inspirou o compositor e sambista Adoniran Barbosa a compor "Samba do Arnesto", em 1955, foi o músico Ernesto Paulella, um morador da Mooca nascido no Brás. Eles foram apresentados e Adorniram disse: "Vou fazer um samba com o seu nome, você duvida?". "Duvido".

nal foi mantida e restaurada. Dona Zina conta que na entrada do cotonifício havia um Cristo crucificado. Os empregados rezavam ali antes de entrarem na fábrica. Depois do fechamento da empresa, as pessoas continuavam a depositar flores no local e rezar. "Quando eles tiraram o Cristo de lá, foi uma comoção. Procuramos a direção do Extra e felizmente eles construíram uma pequena capela, onde o Cristo está agora, e um centro cultural, onde nos reunimos e oferecemos cursos de italiano e

espanhol, exposições etc.", observa dona Zina. Comunidade Na sua opinião, um fato que vem atraindo novos moradores é o baixo índice de violência na região. "Temos um bom policiamento, mas o que mais protege os moradores é o senso de comunidade. Aqui até parece uma cidade do interior. A vizinhança está sempre de olho na movimentação e se há alguma coisa estranha, a polícia é logo avisada. É por isso que dá certo", afirma Dona Zina.

Esse senso de comunidade tem explicação: como a Mooca era um bairro industrial, os vizinhos eram também colegas de trabalho. E a Mooca também tem um histórico de luta social muito enraizado. Foi no cotonifício Crespi que teve origem a primeira greve nacional, encabeçada pelos anarquista italianos, em 1917. O movimento operário sempre foi muito forte no bairro até a década de 1950. Mesmo com o fechamento das fábricas, muitos ex-fucionários continuam morando no bairro. (C.O.)


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8 - ESPECIAL

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Fotos: Rafael Rupsel/Luz

Debaixo do viaduto brilha uma luz de fé e esperança O Primeiro Núcleo da Zona Leste é um projeto social do ex-pugilista Nilson Garrido em parceria com a subprefeitura da Mooca. Alí, moradores de rua buscam apoio e uma vida mais digna.

afirma Garrido.

e outros locais, sempre em parceria com as subprefeituras", diz. "Quem sabe, no futuro, também não conseguiremos montar um instituto ou uma faculdade onde 70% das vagas sejam para pessoas carentes?", imagina Garrido, comentando que hoje são realizadas algumas palestras de motivação e auto-ajuda, dadas pelos próprios freqüentadores.

gum aparelho no lugar, tudo fica organizado. Há até uma sala de visitas com três sofás rasgados, mas limpos, e uma tevê. O local é bem iluminado, com lâmpadas de mercúrio. "Antes não era assim. Aqui imperava o mal, ninguém tinha coragem de andar à noite e as empresas que ficam próximas fechavam cedo", diz. "Hoje, temos o apoio dos moradores e empresários, pois o local está iluminado e seguro, as lâmpadas que estão aqui foram doadas por eles. A polícia vem nos visitar e deixou um rádio para entrarmos em contato em caso de emergência. Aqui tudo mudou", afirma. (C.O.)

Vale a pena sonhar Os seus planos são ambicioLeste funciona sos: além da academia de boxe, Núcleo da Zona ro ei im Pr o o: donado, onde Garrido pretende ocupar toda e seu filho Fábi local antes aban um , Nilson Garrido do o. ha ac M a é bem iluminad a área, com quadras de basqueuto Alcântar de drogas. Hoje a debaixo do Viad nd ve a e e im te, vôlei e até tênis, além de reinava o cr uma pista de skate. Estão nos Café, na Bela Vista (Bixiga), e musculação. Há uma peque- planos um consultório dentáque já tem mais de 1.900 pes- na biblioteca e também uma rio e atendimento médico, já com espaço reservado, sempre soas cadastradas. Lá, como na brinquedoteca. Mooca, o espaço foi cedido peEm um espaço atrás de uma voltados para o atendimento Luz debaixo do viaduto la prefeitura. Eram locais estante de livros, é possível ver de pessoas carentes. "Este é o primeiro núcleo da O chão é de cimento e varriabandonados, sujos, usados diversos computadores ainda de dia por catadores para sepa- desligados. Em breve, os fre- Zona Leste, queremos expan- do constantemente, não se vê ração de lixo reciclável e que de qüentadores terão aulas de in- dir o projeto para outros bair- um papel jogado no chão e binoite se transformava em pon- formática. "Tudo o que temos ros, como Penha, Itaquera, Vila tuca de cigarro nem pensar. tos de venda de droga e prosti- aqui é doado. Não aceitamos Prudente, Itaim Paulista, Fer- Sempre tem alguém arrumantuição, onde quem se aventu- dinheiro, somente doações", raz de Vasconcelo, Guaianases do alguma coisa, colocando alrava a passar por lá corria o risco de ser assaltado. Na Mooca, o espaço total é de 15 mil metros quadrados, mas apenas uma parte está sendo ocupada no momento. Segundo Garrido, quem quiser ajudar que construa uma quadra, mas não ofereça dinheiro. Há um ringue montado, onde Reinaldo Canato/Hype são disputados alguns torneios e lutas; um espaço com construa uma quadra ou mande duas traves para se jogar futeconsertar as goteiras, nem precibol e diversos aparelhos de sesa me contar quanto gastou", engunda mão, mas ainda em fatiza. "Eu tinha carro, apartailson Garrido olha ao reboas condições, para ginástica mento, hoje não tenho nada e dor e diz: "Isto é uma obra moro aqui com eles, debaixo do de Deus, não é minha". Ele viaduto; os restaurantes vizinhos conta que começou a treinar às vezes mandam comida, alboxe com 10 anos, em Itaquera, guém dá uma pizza, aceitamos com o ex-pugilista Erotildes tudo, menos dinheiro". Baltazar. Fez lutas como profisTalvez a palavra mais exata sional na categoria meio-méseja ressocialização, mas Garridio, mas não chegou a se destado diz que o seu projeto visa car como lutador. Teve uma "reciclar" aquelas pessoas que academia e trabalhou como sevivem à margem da sociedade gurança no centro da cidade. (e que muitas vezes são trataSeu filho, Fábio Garrido, tam- A primeira academia debaixo do Viaduto do Café, no Bixiga. das como lixo). O caminho é o bém se enveredou por este caminho e ficou conhecido pela sem nenhuma seqüela. Os médi- meu trabalho e ofereceu um es- esporte e também a cultura – forma rústica como treinava: le- cos disseram que ele está recu- paço debaixo do Viaduto do Ca- há planos de cursos de informávantando pedras e socando perado e voltou a lutar. Não fiz fé, no Bixiga. Por orientação dele, tica, idiomas, DJ (disc-jóquei) e pneus e geladeiras velhas. Em nenhuma promessa, mas senti o pessoal da subprefeitura da outros. "Está vendo aquele ga2004, em uma luta com o pugi- que deveria fazer mais pelas ou- Mooca me procurou e ofereceu roto?", aponta para um menino lista Mário Soares, o Marinho, tras pessoas, principalmente pa- este espaço debaixo do Viaduto franzino de pele bem clara saltitando de um lado para o ouFábio foi brutalmente nocau- ra aquelas que são mais caren- Alcântara Machado", conta. teado, bateu a cabeça ao cair no tes", diz Garrido. "Fechei a acade"Minha vida agora são estas tro. "É o Carlos ‘Balboa’, tem 12 tablado e entrou em coma. mia, montei um ringue improvi- pessoas, este projeto. Aqui não anos. Está aqui com a gente há "Passei 16 dias ao lado do meu sado no Anhangabaú e comecei entra dinheiro, somente doa- seis meses. O menino tem estilo filho rezando pela sua recupera- a ensinar boxe para crianças de ções. Se alguém me oferecer 100 e quem sabe ele não vai estar ção. Muitas outras pessoas tam- rua. Em 2006, o prefeito (Gilber- mil reais, um milhão de reais, eu disputando as Olimpíadas de bém rezaram e ele se recuperou to) Kassab ficou sabendo do vou recusar. Se quiser ajudar, que 2012?", sonha Garrido. (C.O.)

Dinheiro não, só doação

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Q

uem passa de carro sobre o viaduto Alcântara Machado, na Mooca, não imagina que alguns metros abaixo funciona uma academia de boxe. Aqueles que passam do lado de fora enxergam pessoas se exercitando e esmurrando sacos de areia; quem entra, vê mais do que isso: são pessoas lutando por uma vida digna, por um objetivo, uma razão de viver e fortalecendo o espírito. Muitas dessas pessoas estavam envolvidas com drogas, crimes e prostituição, moram nas ruas ou cortiços, alguns são ex-presidiários e menores abandonados, sem muitas perspectivas na vida. A academia, chamada Primeiro Núcleo da Zona Leste, é uma iniciativa do ex-pugilista Nilson Garrido, hoje com 51 anos, em parceria com a subprefeitura da Mooca. O local está aberto praticamente 24 horas por dia e os freqüentadores não pagam nada. Alguns moram ali mesmo. Essa não é a primeira experiência de Garrido nesta arena. Desde 2006 ele mantém com a companheira Cora Batista o Cora Garrido Boxe (Projeto Viver) debaixo do Viaduto do


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sexta-feira, 17 de agosto de 2007

ESPECIAL - 9

Nesta festa, muita alegria e mesa farta Masao Goto Filho/e-Sim

As "Mammas di San Gennaro" são a alma da festa, que anualmente atrai 200 mil pessoas. Elas são as responsáveis pela comilança.

S

etembro é o mês de San Gennaro (no Brasil, São Januário), o que significa festa, alegria e muita comida italiana na Mooca. Este ano, a 34ª Festa di San Gennaro ocorre de 8 de setembro a 26 de outubro, sempre aos sábados e domingos. Anualmente, mais de 200 mil pessoas participam da festa, muitas de outras cidades e Estados, que chegam em caravanas. A renda do evento será revertida para cobrir os custos da construção do novo salão e da torre da igreja, e para a manutenção da creche Menino Jesus e das demais obras sociais da paróquia. O ponto de encontro é a igreja, localizada na Rua da Mooca nº 950. No seu interior, em um amplo salão com capacidade para acomodar até mil pessoas, ficam sete barracas para atender os visitantes. Do lado de fora, outras 15 barracas ficam entre a ruas San Gennaro e Lins, em espaço de livre acesso ao público. Em todas elas, o público pode saborear os tradicionais pratos napolitanos, como macarronadas, pizzas, polentas, fogazzas, doces, entre outras comidas típicas. São cerca de 400 voluntários

As 'Mammas di San Gennaro' chegam a preparar 60 mil pratos de macarronada e 120 mil pedaços de pizza. São 7 barracas no salão interno, servindo mil pessoas, e mais 15 barracas do lado de fora. A festa recebe cerca de 200 mil pessoas todos os ano e é um sucesso.

Fotos: Diego Padgurschi/Folha Imagem

Uma multidão transita nas ruas para saborear pratos típicos italianos. A festa só acontece graças à participação dos 400 voluntários.

para que a festa se realize, mas as figuras principais são, sem dúvida, as "Mammas di San Gennaro", as responsáveis pela comilança e as inimigas número 1 dos Vigilantes do Peso – são consumidos cerca de 60 mil pratos de macarronada, 120 mil pedaços de pizza e 5 mil litros de vinho. São 25 senhoras, comandadas por Capitulina de Jesus Sobral Tonet, conheci-

da por Nega. "Este ano, a novidade é o salão, que ficou muito bonito depois da reforma. A comida continua boa como nos anos anteriores, feita sempre com muito amor", garante Nega. "Três dias antes já estamos trabalhando e fazendo os antepastos, como a berinjela italiana e a sardela", diz. Ela conta que patrocinadores da festa doam alguns pro-

dutos, como macarrão e o pão italiano. "Seria muito bom se alguém pudesse doar pratos e copos descartáveis. É o que nos falta no momento", comenta. Entre as "mammas" mais antigas está a dona Margarida do Carmo, conhecida por Lili, que participa da festa desde a primeira edição – já são 34 anos consecutivos. "No início não era esta festa grande que temos

Sangue novo de São Januário Todos os anos, em datas determinadas, o sangue coagulado do santo se liquefaz. Reprodução

S

an Gennaro, ou São Januário, nasceu em Nápoles, na Itália, no ano 270 d.C. Em 302 foi ordenado sacerdote e pouco depois Bispo de Benevento. Ficou conhecido pela sua caridade e por sua piedade, tendo ele socorrido a todos os necessitados e aflitos. Os napolitanos consideram São Januário o seu protetor contra os flagelos da peste e das erupções do Vesúvio. No ano 304, o imperador romano Diocleciano iniciou uma cruel perseguição ao Cristianismo, obrigando os fiéis a oferecer sacrifícios e adorar as divindades pagãs. O bispo Januário passou a socorrer os cristãos, não só nos limites de sua diocese, mas em todas as cidades vizinhas. Visitava os cárceres, estimulando seus irmãos na fé

juntamente com os companheiros de fé – Festo, Desidério, Sosso, Procolo, Eutiquete e Acúcio. Por causa do atraso de um juiz, teria sido decapitado, a invés de lançado às feras. Isso teria ocorrido no dia 19 de setembro de 305, data de sua morte. O sangue de São Januário foi recolhido pelos cristãos e colocado em pequenas ampolas. Era o costume recolher o sangue dos mártires e colocá-los em ampolas diante dos seus São Januário: protetor contra os flagelos túmulos. da peste e das erupções do Vesúvio. No ano de 432, seus restos mortais foi transladado e na perseverança, ganhando de Pozzuoli para Nápoles. Uma a confiança e até trazendo senhora teria entregue ao muita gente ao Cristianismo. bispo João duas ampolas Isso despertou a ira de contendo o sangue coagulado Dracônio, governador da do bispo Januário. Como Campânia, que o mandou garantia da veracidade, o prender. sangue se liquefez diante dos Ele foi condenado às feras olhos do bispo João e de no anfiteatro de Pozzuoli,

grande multidão de fiéis. Desde então, este acontecimento se repete todos os anos em determinados dias: no sábado que precede o primeiro domingo de maio, nos oito dias sucessivos a 16 de dezembro, em 19 de setembro e durante toda a oitava das celebrações em sua honra. Esse prodígio foi confirmado pela ciência e o que mais intriga é o fato de até hoje os cientistas não conseguirem explicar por que o sangue de São Januário, contido numa ampola na catetral, se liquefaz e readquire a aparência de sangue novo, recém-colhido. Análises demonstram que se trata realmente de sangue humano. Entretanto, sempre que nas datas costumeiras o sangue não se liquefaz, isso significa o aviso de tristes acontecimentos vindouros, segundo uma antiga tradição nunca desmentida.

hoje. Era uma quermesse e a gente comia sentada na calçada", lembra. Dona Lili é a responsável pela polenta. As outras "mammas" garantem que é a melhor polenta do bairro, tanto que a chamam de Rainha da Polenta. "O segredo está no molho de lingüiça calabresa", garante, pois a massa é feita com fubá de milho comum, 60 quilos por noite mais ou menos. O jeito de fazer o molho e o tempero é que garantem aquele toque especial, além do queijo ralado por cima. A receita é de família e dona Lili faz charme, desconversa, mas não revela. O prato principal é, sem dúvida, a macarronada. Nas duas barracas da rua, os visitantes

poderão degustar ótimos pratos, mas a melhor macarronada está lá dentro, no salão, feito pela dona Neusa Martins Gomes. Como o segredo também está no molho, em cada barraca o prato terá sabor diferente. O melhor é experimentar todos, nem que para isso seja preciso voltar outro dia. Também não vá se encher de macarronada e não deixar um espaço no estômago para experimentar a pizza. A dona Neuci Junqueira Lima é a responsável pela pizza na barraca da rua. A massa é feita anteriormente por pizzaiolos da região. Ela faz o recheio e coloca para assar. "São mais de mil pedaços por noite e todo mundo adora", garante. Se há alguma rivalidade com a comunidade do Bixiga (Bela Vista), que promove a Festa da Nossa Senhora Achiropita (este ano de 4 de agosto a 2 de setembro)? Todas dizem que não, que a do Bixiga é uma festa mais antiga (tem 81 anos), que as duas comunidades se dão muito bem e que cada uma freqüenta a festa da outra. Mas quando se pergunta quem faz a melhor macarronada ou a melhor polenta, todas as "mammas" de San Gennaro se levantam e gritam: "Claro que é a Mooca, bello!" (C.O.)


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10 - ESPECIAL

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

No menu, automóveis antigos e raros No restaurante Vila da Mooca, a grande atração é a coleção de carros e motos, muitos deles são raridades, sem similar no País. Fotos: Thiago Bernardes/Luz

M

uitos freqüentadores conhecem o local como Vilarejo São Paulo, mas como o nome já estava registrado, passou a se chamar Vila da Mooca. Trata-se de um restaurante/choperia, que funciona junto a um museu de carros. São raridades que despertam a admiração dos colecionadores e de todos que gostam de carros antigos. Há um rodízio dos automóveis exposto, todos em excelentes estado de conservação, mas uma das grandes estrelas continua lá, é um Packard Super Eight 1934, uma limusine que pertenceu ao conde Francisco Matarazzo. O idealizador do negócio é o empresário Edson Mairena, um apaixonado por automóveis, que no início apenas procurava um local para guardar suas raridades e se reunir com os amigos. Veio a idéia de A exposição abrir para atual tem 13 visitação carros e 7 motos pública e ter um restaurante. A inauguração foi em julho de 2004 e no início cobrava-se a entrada de R$ 5 para ver os carros antigos, mas hoje a visitação é gratuita. "Hoje, estamos com 13 carros e 7 motos. De tempos em tempos é feito um rodízio para que os clientes não vejam sempre a mesma coisa", explica o gerente Renato Álvares. Na última troca, feita em outubro, o Ford T de 1910, que foi o primeiro carro no mundo a ser construído em série, infelizmente saiu da exposição. Mas o Cadillac Sedan de 1916 continua lá e é o Cadillac mais antigo do País. Entrou na exposição um Corvette de 1974, que se não é um modelo tão antigo assim, impressiona pelo tamanho da frente e as suas linhas estilizadas. A casa possui capacidade para 400 pessoas. O restaurante serve almoço e jantar, abrindo às 12h e fechando às 23h (sextafeira e sábado até meia-noite). A cozinha é a trivial, que vai de carne e peixe até pratos da culinário mineira. Os preços variam de R$ 15 a R$ 28. No período da noite, a choperia é

Um dos destaques da exposição é o Packard Super Eight 1934, uma limusine que pertenceu ao conde Francisco Matarazzo.

A casa tem capacidade para 400 pessoas e as mesas ficam dispostas no meio dos carros, entre eles um Cadillac Sedan 1916, Corvette, Chrysler 1929, Jaguar e outras marcas famosas. O idealizador do negócio é o empresário Edson Mairena, um apaixonado por automóveis, que no início apenas procurava um local para guardar suas raridades e se reunir com os amigos.

que atrai o maior número de clientes, que vão lá encontrar os amigos e jogar conversa fora, coisa que os mooquenses adoram, apesar de que muita gente de outros bairros também freqüentam o local. "Pelo menos 80% do público são pessoas de 35 a 45 anos", diz o gerente Álvares, acrescentando que são servidos porções, lanches e também pizzas. (C.O.) Ser viço Vila da Mooca Rua Curupacê, 420 - Mooca altura do nº 5.000 da Av. Paes de Barros) Tel. (11) 6601-5281 Estacionamento no local

A curiosa Romiseta, com porta na frente, sensação dos anos 60.

O sabor das massas artesanais A cozinha do Don Carlini é mais sofisticada e o segredo está nas massas, feitas pela família. Divulgação

N

ada de queijo provolone e garrafas de vinho pendurados no teto, como nas cantinas tradicionais. No Don Carlini, o ambiente é mais luxuoso e sofisticado, mas ao mesmo tempo aconchegante. Amplas janelas dão um ar mais arejado e bem iluminado. Na entrada, há um belo jardim, sempre com muitas flores, tornando o ambiente mais alegre. Funcionando há 22 anos na Mooca, o restaurante é administrado pela família Carlini (Maria do Carmo, Arthur, Déo e Ana Cláudia). Arthur Carlini, um dos sócios, diz que a cozinha é do norte da Itália, uma região mais rica e sofisticada. "Foi meu avô quem construiu este prédio e aqui funcionava uma oficina mecânica. Em 1985, o meu pai resolveu abrir um restaurante, aproveitando os dotes culinários da minha avó e de minha mãe", diz Arthur. Ele conta que primeiramente era um restaurante pe-

Don Carlini: amplas janelas dão um ar arejado e bem iluminado.

queno, servindo pratos triviais, aproveitando a circulação de executivos na região. "Com o tempo, resolvemos ampliar o espaço e sofisticar os pratos e os serviços", comenta. Com o sucesso do negócio, os proprietários resolveram abrir uma loja para vender as massas, feitas no local e que são a grande atração. Também foram abertas filiais em Perdizes (2001) e em Riviera de São Lourenço, em Bertioga, litoral norte de São Paulo.

Entre os pratos mais concorridos, Arthur Carlini dá algumas sugestões. O Sorrentini Bianco é uma massa artesanal recheada com mussarela de búfala ao molho de tomates frescos e manjericão; o Rondelle San Remo é feito com massa artesanal, recheada com mussarela, servida com molho triplo burro e champignons, gratinado com parmesão; o Cannellone Rossini tem massa verde à base de espinafre, com recheio de ricota, nozes e passas, gratinado ao

molho rose e parmesão; e finalmente o Tortelone Santa Rosa tem massa verde artesanal, recheada com ricota, passas e nozes ao molho rose. O local é bem amplo, com 80 cadeiras no térreo e 200 no andar superior. Para eventos, há espaços adicionais, com 70 lugares no jardim interno e 300 em um galpão especialmente decorado para a ocasião. A casa serve almoço todos os dias e jantar de terça à sábado. "No almoço, a freqüência é mais de executivos e profissionais liberais, que vêm para cá, com ou sem pressa, até para fechar negócios. À noite, a freqüência é variada, com pessoas na faixa etária entre 25 e 55 anos. Aos sábados temos um jantar dançante, com música ao vivo", comenta Carlini. (C.O.) Ser viço Don Carlini Rua Dona Ana Neri, 265 Te. 3207-7621 Estacionamento coberto com manobrista gratuito


Distritais DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

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ACSP

SANTANA APROVA PARQUE DA JUVENTUDE

Fotos: Andrei Bonamim/Luz

Área de lazer agradou em cheio aos moradores. A Distrital Santana atuou para a retirada da Casa de Detenção da área e agora participa de projetos para o parque.

Construído na área onde funcionava o complexo de detenção do Carandiru, o Parque da Juventude foi inaugurado em 2003. No local, o visitante encontra rampa de skate, quadra esportiva, playground e muito verde.

André Alves

GIr

O

Parque da Juventude, inaugurado e m s e t e m b ro d e 2003 no terreno onde funcionava o antigo complexo de detenção do Carandiru, já caiu nas graças da população. Só neste ano, até o final de julho, a área recebeu uma média de 100 mil visitantes por mês, o dobro do verificado em relação ao mesmo período de 2006. Uma pesquisa realizada recentemente com 500 usuários do parque revelou que 59% deles o consideram ótimo, enquanto 34% o avaliam como bom e apenas 7% o classificam como regular. Apesar de ter sido bem aceito pela comunidade, os desafios e projetos continuam, muitos deles em parceria com a Distrital Santana da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Os bons resultados constatados pela pesquisa, na opinião do diretor do Parque da Juventude, Paulo Pavan, devem-se a uma série de fatores. "Este ano começamos um trabalho que tem como objetivo não ficar esperando que o público venha ao nosso encontro, mas vamos ao encontro dele. Além da pesquisa realizada, criamos um banco de dados com cerca de 10 mil usuários cadastrados que recebem, semanalmente, a nossa programação de atividades", explicou Pavan. Além disso, foi ampliada a comunicação com diversas entidades do bairro, entre elas a Distrital Santana. "As instituições se tornam interlocutoras junto à população e seus associados", afirmou. Pesquisa - A pesquisa, no geral, revela o perfil, os anseios, o grau de satisfação e mostra a opinião que os usuários têm de diversos fatores pertinentes ao parque. 51% dos frequentadores são adultos, 26% são jovens e 23% são idosos; 40% deles possuem ní-

Agendas da Associação e das distritais

Hoje I Lapa - A Distrital Lapa da

Davi, dono de ótica, pede melhoria da iluminação e das calçadas

Fávari e Pavan: novos projetos

vel superior de escolaridade, enquanto que 39% têm o ensino médio completo; 43% frequentam o parque de duas a três vezes por semana; 57% utilizam o parque para passeio e também caminhada. As atividades oferecidas foram avaliadas como ótimas por 37% dos entrevistados, enquanto que a segurança foi considerada também ótima por 55% dos frequentadores. Apesar de ficar próximo à estação Carandiru do metrô, 29% dos usuários se deslocam ao parque de carro, enquanto que apenas 12% se utilizam do sistema metroviário para chegar até lá. Entre as principais atividades requisitadas pelos visitantes, destacam-se a instalação de uma piscina, arborismo, além de aulas de dança e de artes marciais. Segundo Pavan, as aulas de taekwondo começarão em setembro. "A Escola de Dança ficará

Rubens: resultados positivos

pronta até novembro e, antes do final do ano, serão inauguradas duas bibliotecas no Parque da Juventude". Apoio - A ACSP, por meio da Distrital Santana, sempre apoiou a criação do Parque da Juventude. "Junto com outras entidades da região participamos ativamente da retirada da Casa de Detenção. O parque foi uma conquista para toda a zona norte, já que tínhamos poucas áreas públicas de lazer para a população", disse João de Fávari, superintendente da Distrital Santana. "A facilidade de acesso permitirá que o comércio do entorno ganhe novos clientes. São aquelas pessoas que frequentarem o local", afirmou . "Já está programado, em par-

ceria com a distrital, um grande torneio esportivo que contará com a participação de comerciários da região. Caberá à entidade mobilizar a categoria e fazer a divulgação do torneio, que deverá acontecer em breve", disse Pavan. O entorno do Parque da Juventude abrange importantes vias comerciais, como a avenida Cruzeiro do Sul, a rua Voluntários da Pátria, a rua Dr. Zuquim, entre outras. Até o momento, os comerciantes instalados na Voluntários ainda não sentiram um aumento nas vendas devido aos frequentadores do parque. "A presença dos ambulantes inibe muitas pessoas de consumirem nas redondezas. É preciso investir na melhoria da iluminação e das calçadas que interligam o centro comercial de Santana ao parque", enfatizou Davi Fernandes, proprietário da Ótica Voluntários. Rubens Martins, proprietário da Eletrônica Santana, também não notou um aumento considerável nas vendas. "Talvez futuramente possamos sentir alguma diferença, na medida em que começarem a acontecer mais eventos e que houver uma maior divulgação. Mas para o bairro, o Parque da Juventude trouxe resultados muito positivos, já que aumentou a segurança dos moradores", concluiu.

ACSP realiza reunião do Comitê Técnico de Política Urbana. Às 8h30, rua Pio XI, 418. Lapa. I Conselho da Mulher – A coordenadora-geral do Conselho da Mulher da ACSP, Norma Burti, participa da palestra ministrada pelo professor doutor em Saúde Pública e Ambiental da Universidade de São Paulo (USP), João Vicente de Assunção, com o tema Amazônia e Mudanças Climáticas. Às 14h30, rua Boa Vista, 51/11º andar.

Amanhã I Pirituba – A Distrital

Pirituba promove a palestra Bovespa Mais. Às 19h30, avenida Raimundo Pereira de Magalhães, 3.678.

Quarta I Transporte– O conselheiro

da ACSP Nelson Ibrahim participa do 3º Seminário de Transporte Urbano de Cargas – Casos de Sucesso e Rodeio de Opiniões. Às 8h30, no Hotel Jaraguá Center, rua Martins Fontes, 71, sala Tom Jobim. I Vila Maria – A Distrital Vila Maria da ACSP promove a palestra O que o mercado fala hoje de varejo?, coordenada pelo economista e presidente do Instituto Avançado de Pesquisa e Ensino de Desenvolvimento Empresarial, professor Joaquim Ramalho. Os interessados em participar do evento devem confirmar presença pelos telefones 6954-6303/6967-5686 e 6955-7646. Às 19h30, rua do

Imperador, 1.660, Vila Maria. I Tatuapé – A Distrital Tatuápé promove a palestra Separação, divórcio e inventário por escritura pública, ministrada pelo presidente da OAB subsecção Tatuapé, Marco Antônio Matheus. Às 19h30, praça Sílvio Romero, 29.

Quinta I Transporte O conselheiro

da ACSP Nelson Ibrahim participa do 3º Seminário de Transporte Urbano de Cargas – Casos de Sucesso e Rodeio de Opiniões. Às 8h30, no Hotel Jaraguá Center, rua Martins Fontes, 71, sala Tom Jobim. I Conjuntura– O superintendente de economia da ACSP e diretor do Instituto de Economia Gastão Vidigal, Marcel Solimeo, participa da reunião-almoço do Comitê de Avaliação da Conjuntura. Às 12h30, rua Boa Vista, 51/12º andar, Enre.

Domingo I Tatuapé – A Distrital

Tatuapé da ACSP, com o apoio do Conselho da Mulher e do Projeto Maturidade Fashion, promove o Dia de fazer a diferença, festa para a comunidade, agregando espírito de solidariedade e cidadania, shows, desfiles, dança, coral, consultório dentário itinerante, corte de cabelo gratuito etc. Os participantes devem levar doações – alimentos não perecíveis, agasalhos, medicamentos novos e usados, mas dentro do prazo de validade. Às 10h, praça Sílvio Romero.


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A

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Facesp nterior

Fotos: Leonardo Rodrigues/Hype

André Alves

I

DIÁRIO DO COMÉRCIO

cidade de Rio Grande da Serra, localizada na região metropolitana de São Paulo, quer mudar de status e, com isso, acelerar seu desenvolvimento. Um projeto de lei de autoria do deputado estadual Vanderlei Siraque (PT) pretende transformar o município em estância turística. A iniciativa visa, justamente, alavancar o crescimento e, consequentemente, contribuir para a geração de empregos e de novos negócios na cidade. A Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Rio Grande da Serra (Aciargs) apóia integralmente o projeto, que já foi enviado ao Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias (Dade). Este é o órgão técnico do governo do estado responsável pela aprovação e pelo repasse de recursos às cidades contempladas com o título de estância turística. Essa é a segunda vez que o parlamentar apresenta o projeto de lei na Assembléia Legislativa. Na legislatura passada, no entanto, o Dade não deu um parecer em tempo hábil, e o projeto terminou arquivado com o final dos mandatos. Agora, o deputado SiraA mudança de q u e p re t e n d e Rio Grande da iniciar um movimento para Serra para chamar a atenestância ção do governo turística é de Projeto quer fazer da cidade uma estância turística, possibilitando seu fundamental sobre a importância dessa importância desenvolvimento, a criação de novos negócios e a geração de mais empregos iniciativa para para todos. Vera Lúcia o município. De acordo Monhoz com Siraque, a idéia é mobilizar o prefeito e os vereadores do município, além dos deputados da bancada da região do ABC paulista e toda a sociedade. Turismo – "A cidade de Rio Grande da Serra possui um parque fabril singelo. Devido a isso, o turismo é concebido como uma atividade econômica alternativa, que seria capaz de gerar empregos e mais divisas para o município", afirmou o deputado. Segundo ele, além do estímulo a atividades como hotelaria, restaurantes, feiras, eventos e toda a cadeia de mão-de-obra envolvida nesses negócios, a movimentação de turistas pela cidade estimularia o consumo de uma série de outros produtos e ser- Igreja matriz: com a mudança da designação, centenas de visitantes poderiam conhecer os pontos turísticos v i ç o s r e g i onais. "Portant o , t r a n s f o rmar o município de Rio Grande da S e r r a e m e stância turística é fomentar políticas de d e s e n v o l v imento para toda aquela região", disse Siraque. Na lei -Rio Grande da Tatiana acredita que as vendas aumentariam com a mudança Serra atende a todas as exiVendas - Os comerciantes de pio crescer senão com o degências do arsenvolvimento do turismo Rio Grande da Serra apóiam e tigo 2º da lei ecológico e com a conserva- se mostram ansiosos pela rápi1.457 de 11 de ção de seus recursos naturais. da aprovação do projeto. "O novembro de Por isso, a transformação de município, sendo estância tu1977, que esRio Grande da Serra em es- rística, teria seu comércio valotabelece as tância turística é de funda- rizado. Consequentemente, condições pamental importância para to- nossas vendas aumentariam, ra que uma cijá que a cidade é um ponto de dos que vivem na cidade ". d a d e p o s s a Rio Grande da Serra preserva o aspecto interiorano Para Vera Lúcia, maiores in- parada de muitos turistas que ser transforvestimentos no município se dirigem para a conhecida mada em estância turística. vado, ajudará na preservação proporcionarão a abertura de Paranapiacaba", analisa TatiaSegundo o artigo, 'constitui desses mananciais e da mata novos estabelecimentos co- na Lucas, proprietária de uma requisito para a criação de atlântica", ressaltou Siraque. merciais e a possibilidade dos loja de roupas. estância turística a existência Renato Rezende, proprietáO comércio no município, mesmos incrementarem suas de atrativos de natureza his- na visão da presidente da fachadas. "Apoiamos integral- rio de um restaurante no munitórica, artística ou religiosa, Aciargs, Vera Lúcia Monhoz, mente a proposta do deputado cípio, também acredita que se ou de recursos naturais e pai- tem tido níveis de crescimen- Vanderlei Siraque. Por meio da trata de uma proposta muito sagísticos'. to muito pequenos. "Não te- Aciargs estamos distribuindo interessante. "A mudança "Com certeza, 100% da cida- mos hotel e contamos com folders em todo o município atrairá muitos turistas e aude está localizada em área de apenas um supermercado na com o objetivo de esclarecer mentará a receita da cidade, mananciais, com nascentes cidade, além de poucas op- sobre a importância de ele se motivando o comércio a invesque abastecem a represa Bil- ções de lazer cultural. Não ve- transformar em uma estância tir, aprimorar e expandir seus lings. O projeto, quando apro- jo outra maneira de o municí- turística", afirma. estabelecimentos".

Divulgação

Rio Grande da Serra está 100% inserida em área de mananciais. O projeto de Siraque (ao alto) tem o apoio de Vera Lúcia (acima), presidente da associação comercial da cidade.

RIO GRANDE DA SERRA: TURISMO PARA CRESCER

Renato aposta na chegada dos turistas e no aumento da receita

Notícias das associações comerciais e industriais do interior do Estado

HOLAMBRA

ITATIBA

Posto Sebrae de s integrantes da Atendimento ao Associação Industrial e O O Empreendedor de Holambra Comercial de Itatiba (Aicita) (PAE) promove mais uma capacitação para aprimorar e melhorar as vendas. De 27 a 31 deste mês será realizado o curso Vendas no balcão: sua empresa de portas abertas para o lucro. As aulas serão no auditório da Associação Comercial e Empresarial de Holambra. Interessados podem ligar para (19) 38022020, ramal 4. Aproximadamente 50 pessoas participaram do curso Qualidade Máxima no Atendimento ao Cliente , promovido recentemente pelo PAE.

contam com dois treinamentos gratuitos de orientação sobre consultas neste mês. O primeiro, para pessoa física, é Análise e Abertura de Crédito. O treinamento acontece amanhã, das 9h30 às 11h30, no salão de cursos da Aicita (rua Coronel Camilo Pires, 225). O segundo, Excelência no Desempenho, para pessoa jurídica, será sexta-feira, das 9h30 às 11h30, no mesmo local. Para ambos os cursos, as inscrições devem ser feitas pelo telefone 4534-7892 ou diretamente na Aicita.

SÃO JOSÉ

ITAPETININGA

Associação Comercial e s empresários dos setores Industrial de São José do comércio, serviços e A O dos Campos realizou reunião indústria já poderão contar com o comando da Polícia Militar para discutir ações de segurança nos centros comerciais. A reunião teve a presença do vice-presidente da Associação Comercial e Industrial (ACI), Aníbal Monteiro de Castro. O objetivo do encontro foi mostrar os resultados da pesquisa que a ACI realizou com 500 comerciantes em julho. O aumento da segurança ficou entre as três reivindicações mais citadas pelos comerciantes de dez centros comerciais.

com os serviços oferecidos pela Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Empresários de Itapetininga (Credi-ACI ), que oferece todos os serviços bancários, como transação de pagamentos de contas e depósitos, linhas de financiamentos com juros mais baixos, movimentação de contas e transferências, talão de cheque etc. A cooperativa é fruto da parceria entre a Associação Comercial de Itapetininga e 28 empresários da cidade .


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OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

LENTE DE

AUMENTO

LULA E A CLASSE MÉDIA

G Pode-se

ganhar uma eleição sem a classe média, mas não se pode governar sem ela.

JOÃO DE SCANTIMBURGO ADMINISTRAÇÃO

cessivos escândalos que o têm marcado e pela impunidade dos envolvidos. A perda de poder aquisitivo teria potencializado a aversão da classe média. Há indícios em favor desta tese. Desde o início do primeiro mandato vê-se que o saldo de aprovação do governo foi sempre maior entre os eleitores mais pobres. As curvas de aprovação dos mais pobres e dos mais ricos caminharam de forma similar mais ou menos até o final de 2005. A partir daí observa-se um nítido descolamento entre as duas curvas. Desde março de 2007 as curvas de aprovação vêm seguindo trajetórias divergentes. Mas, sejam quais forem suas causas, a crescente insatisfação da classe média mal afeta o nível agregado de aprovação ao governo, dado o seu tamanho relativo no eleitorado. Este fato coloca um duro desafio para o governo. Reza o bordão que pode-se ganhar uma eleição sem o apoio da classe média, mas não se pode governar sem ela. Ela se confunde com a opinião pública esclarecida e suas opiniões e ações encontram ampla repercussão na mídia. A oposição também é afetada pelo fosso que se vem abrindo entre os eleitores. Se é difícil governar sem o apoio da classe média, é impossível ganhar uma eleição sem o apoio dos eleitores mais pobres. Em 2010, o desafio será convencer a grande massa de eleitores de que a oposição poderá defender seus interesses melhor do que o fez o governo Lula.

Céllus

À

moda do teflon, nada parece grudar no presidente Lula. O caos aéreo e o acidente do Airbus da TAM aparentemente tiveram impacto zero sobre sua popularidade. Como mostra a pesquisa Datafolha do início do mês, seu governo continua a receber os mesmos 48% de aprovação do passado. Mas essa unanimidade desfaz-se quando se vai além dos números agregados. No segmento de mais alta renda (acima de 10 salários mínimos mensais), a aprovação ao governo caiu sete pontos percentuais, de 39% para 32%. O crescente fosso entre a classe média e a administração petista é confirmado pelas vaias ao presidente Lula e manifestações de rua promovidas pelo movimento Cansei. Mas aprofunda-se também a distância entre a classe média e a população mais pobre, solidamente perfilada em apoio ao governo Lula. Dois argumentos têm sido aventados para explicar o fenômeno: 1- A renda média das pessoas no primeiro quintil da distribuição de renda (os 20% mais pobres) aumentou 19% em termos reais, enquanto a renda média dos 20% mais ricos ficou estagnada; 2- O apoio ao governo estaria sendo minado pelos su-

Afunda, Brasil! PAULO SAAB

A

passividade, fruto da ignorância, do desconhecimento e da falta de informações que permitam ao cidadão comum discernir melhor sobre os fatos da vida nacional, responde em grande parte pelo abuso com que nossos políticos e governantes tratam a sociedade e malversam os recursos públicos, extorquidos dos setores produtivos dessa mesma sociedade, para serem utilizados em benefício próprio, seja pela corrupção, seja pelo nepotismo, seja pela compra do voto de cabresto dessas camadas alienadas. É provável que esse primeiro parágrafo tenha contrariado as técnicas do bom jornalismo. Mas foi mais um desabado do que uma peça de boa redação. Refiro-me a duas excrescências, que foram notícia com a "normalidade" de sempre, com a mansidão bovina com que a mídia brasileira e a sociedade em geral recebem os ousados e atrevidos atos de seus políticos. De um lado, a Câmara dos Deputados articulou mais uma afronta aos cidadãos brasileiros que elegem seus representantes, buscando dar estabilidade a mais de 260 mil servidores públicos contratados sem concurso. São mais de 260 mil barnabés a mais em cargos públicos, sem concurso, portanto, apaniguados, privilegiados, que tiram a oportunidade de quem precisa e pelo mérito, por concurso, ganharia a vaga. É aviltante. Revoltante! Entretanto, tudo que se vê, lê ou se ouve na sociedade é um ou outro editorial, protesto quase mudo, e a aquiescência decorrente do comodismo que se segue ao impacto inicial, igualmente pouco repercutido. E assim o Brasil vai afundando no gigantismo estatal, na estrutura que atende os interesses dos governantes de plantão - sejam do Executivo ou do Legislativo - em nomear quem os favoreça no exercício do cargo público. Competência, nem pensar (olha a ANAC aí, gente!). No caso do PT, ainda tem a ""vantagem"

TRECHOS DO COMENTÁRIO POLÍTICO DA MCM CONSULTORES WWW.MCMCONSULTORES.COM.BR

de engordar descaradamente os cofres partidários, porque o nomeado tem que doar dez por cento do hollerith ao partido. Dinheiro público financiando por tabela a ação política do partido, para se manter no poder. Afunda, B ra si l na imoralidade consentida pela ignorância de nossa massa. Em meio a esse festival de imoralidade que assola o País, ainda aparece um recém-nomeado (vai dar dez por cento ao PT?) presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), para dizer que o Estado brasileiro precisa crescer e que o País necessita de mais servidores públicos. Merece menção honrosa dentro do partido, pelo esforço em aumentar o caixa da agremiação , e o repúdio da sociedade pela forma escancarada como defende o afundamento do País para manter à tona o grupo de poder. Por falar em Afunda, Brasil!, os mesmos deputados federais aprovaram projeto que dá anistia aos parlamentares que trocarem de partido. E que o fizerem até 30 de setembro. Passaram como trator por cima da decisão do TSE que determina a fidelidade partidária.

O

Brasil real, da vida diária de cidadãos que trabalham de verdade e lutam para sobreviver (inclusive para sobreviver ao assalto do próprio Estado), está anos-luz das atividades dos políticos e governantes eleitos para gerenciar os interesses da população Estes agem somente em relação aos seus interesses pessoais. E com uma sede extraordinária. E ai de quem reclamar que está cansado de tanto desatino! Vira o bandido, o réu. Enquanto quem deveria cuidar do País vai cuidando de si mesmo e dos seus de forma infratora. Bem, temos o consolo de que ainda estamos longe do ataque mortal que a democracia venezuelana está sofrendo. Todavia.....

Eduardo Knapp/Folha Imagem

O País vai afundando no gigantismo estatal e na imoralidade

A perda de poder aquisitivo gerou a aversão

Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)

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Supercomplicado LÚCIO ABRAHÃO BASTOS

O

Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, que instituiu o Simples Nacional, apontada como a reforma tributária das pequenas empresas, proporciona o recolhimento centralizado, e com alíquota única, de seis tributos federais , além do ICMS, e do ISS. Contudo, apesar das vantagens, muitas críticas podem ser dirigidas ao Supersimples, especialmente quanto à sua aplicabilidade e acerca da efetiva redução da carga tributária. A complexidade nos cálculos para enquadramento nas faixas e alíquotas estabelecidas, segregadas em três tabelas distintas, com relação aos prestadores de serviços, é uma das principais reclamações dos contribuintes. Inclusive, essa complexidade ocasionou aumento do prazo para adesão ao Supersimples. Ressalte-se que, relativamente à segunda e terceira tabelas, a contribuição previdenciária será recolhida nos termos da legislação comum. Neste sentido, a adesão ao Supersimples só será vantajosa caso a empresa possua despesas com a folha de pagamento em percentual maior ou igual a 40% da receita, em razão de o governo ter optado por beneficiar com alíquotas menores as empresas que formalizam a contratação de seus empregados. Com relação à redução da carga tributária, portanto, a inclusão no Supersimples apresentase realmente vantajosa apenas para algumas empresas de indústria e comércio. No que diz respeito aos prestadores de serviços, deve-se analisar cada caso, com cautela. A adoção do Supersimples também vem ocasionando transtornos para algumas empresas, haja vista que fiscais, quando da travessia de mercadorias na fronteiras entre estados, vêm cobrando o ICMS relativo à diferença de alíquotas, por entenderem as Micro Empresas (ME) e

Empresas de Pequeno Porte (EPP) como consumidores finais dos produtos. Na tentativa de minimizar a perda de créditos do ICMS, muitas empresas exigem descontos no preço final, o que reduz a margem de lucro das micro e pequenas empresas. Como pontos positivos, a nova sistemática visa favorecer o desenvolvimento dos pequenos negócios no País e representa redução tributária em torno de 20%, para as empresas já enquadradas no Simples Federal e de 80%, para as novas adesões.

A

lém da redução na carga tributária, a lei traz outros benefícios às micro e pequenas empresas, como a criação do Cadastro Sincronizado, que promete desburocratizar a abertura e encerramento de empresas, cujo prazo, de acordo com a antiga legislação, era de 152 dias. Vantagens também podem ser vislumbradas com relação às exportações, haja vista que o contribuinte poderá excluir, na apuração do montante devido no mês, os percentuais referentes à contribuição para o PIS, COFINS e ICMS, no caso de revenda de produtos, incluindo-se o IPI, quando da venda de mercadorias industrializadas. Não restam dúvidas de que a intenção do legislador, ao conceber o Supersimples, era a melhor possível. Todavia, mais uma vez, a tecnocracia falou mais alto, acarretando aumento da carga tributária. Fica claro assim que não existe no Brasil política de gestão tributária, sendo a única preocupação das autoridades públicas o aumento da arrecadação. LÚCIO ABRAHÃO M. BASTOS É SÓCIO DA BDO TREVISAN

A tecnocracia falou mais alto, aumentando a carga tributária no Supersimples

POLÍTICA

S

egundo O Globo do dia 16/08, os próceres do PMDB afirmam que o partido vai assumir a direção de Furnas Centrais Elétricas. Embora esteja enraizada no Brasil a nomeação de afilhados para cargos técnicos, uma situação comum, desconfiamos muito que um mero membro do PMDB - ou de qualquer outro partido - possa assumir a direção de uma gigantesca usina hidroelétrica, podendo dirigi-la a contento no interesse dos consumidores e do Erário público. Há muitos cargos criados nos trens da alegria para os apaniguados; que fiquem os cargos técnicos exclusivamente para os técnicos competentes, capazes de administrar uma usina vital para o desenvolvimento do Brasil. No atual governo, se fez notada essa tendência absurda de nomear para cargos técnicos indivíduos jejunos de conhecimentos alusivos à estatal, sujeita a operações rigorosamente técnicas. Esse é um dos males do regime político sob o qual somos governados. Não adianta criticar o governo, pois todos os seus membros fazem ouvidos moucos e continuam a obter nomeação para apaniguados, alguns mesmo sem letras acima do curso básico.

O

resultado se vê no organismo econômico brasileiro monstrengo, mal administrado, dando prejuízos ou prolongando a gerência técnica sem interesses voltados para as aspirações nacionais. O caso de Furnas é típico de empresa nacional que deve ficar, rigorosamente, nas mãos de um técnico competente, ainda que de partido contrário. F ur n a s não deve ficar, portanto, a mercê da escolha partidária. Conhecemos há muito tempo esse mal nacional, que é o de nomear administradores políticos para pastas e lugares difíceis, técnicos. Enquanto não se fizer a reforma administrativa do Brasil, escolhendo homens competentes para os lugares-chave, não sairemos da patinagem em nossos deveres econômicos, contrariando, assim, a vocação do País para o desenvolvimento. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR

G Desconfio

muito da nomeação de um mero membro do PMDB para Furnas


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

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Política POLÍCIA FEDERAL NEGA

O abusos no comportamento da PF não se esgotam na suspeita de grampos ilegais. Revista Veja

GRAMPOS NO STF Em nota, delegados da PF dizem que reportagem da "Veja" sobre essa suspeita causou 'espanto' e 'náusea'

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Em Minas Gerais, tenho uma relação próxima com setores do PT, com sintonia de idéias e pensamentos. Encontramos mais convergências do que divergências. Aécio Neves, governador de Minas Gerais (PSDB) Ricardo Stuckert/PR

A crise é mais profunda que o problema das denúncias envolvendo o presidente do Senado. Senador Cristovam Buarque (PDT-DF)

Essa intocabilidade dos diretores das agências não pode continuar existindo, mas existem caminhos, dentro da democracia. Hélio Costa, ministro das Comunicações

Adriano Machado/AE

Roosewelt Pinheiro/Ag. Senado

Não reviverei o processo de Sócrates, condenado a beber cicuta na prisão de Atenas. Senador Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado

No Brasil, tem gente que fica horrorizado quando o governo cuida dos mais necessitados. Presidente Lula, no Rio, ao afirmar que enfrenta a oposição de uma "pequena elite"

A OAB está indo além, ou seja, considerando que a omissão e ineficiência geram a responsabilização dos dirigentes da Anac e, por consequência, da União. Cezar Britto, presidente do Conselho Federal da OAB

lguns ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estão desconfiados e preocupados. Desconfiados porque suas conversas telefônicas estariam sendo grampeadas pela Polícia Federal. E preocupados pela gravidade que isso representa caso realmente estivesse acontecendo na mais alta corte de justiça do País. Segundo reportagem publicada pela revista "Veja" no sábado, cinco juízes do Supremo afirmaram desconfiar dos grampos, sendo que três deles têm como principal suspeita a PF;

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Antônio Cruz/Abr

Não vejo por que a fiscalização não atinja também uma agência, sem prejuízo de suas funções. Cabe uma discussão acerca do mandato. Dilma Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil

Fabio Pozzebom/ABr

Gilmar Mendes: certeza íntima de estar sendo monitorado Pablo Valadares/AE

Sepúlveda Pertence: aposentadoria teria sido antecipada

ao todo, o Supremo conta com 11 juízes. Os ministros Sepúlveda Pertence, Cezar Peluso, Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e Gilmar Mendes são alguns ministros que suspeitam dos grampos. A reportagem fala em casos de vendas de gravações, de vazamento de informações para jornalistas e de suspeita de traição. Ministros envolvidos em julgamento de pessoas presas da PF também estariam sendo grampeados. O ministro Marco Aurélio Mello, por exemplo, contou que foi informado de que gravações de seus

telefonemas estavam sendo negociadas em Campo Grande (MS). Segundo a Veja, o ministro Gilmar Mendes, que trabalhou da Operação Navalha, contou que foi consultado por um jornalista sobre a possível soltura de um dos presos na operação. Dias antes, havia tido uma conversa com um procurador sobre a necessidade de manter algumas pessoas presas. Ao questionar o procurador, que informou não ter comentado com ninguém sobre o asunto, o juiz teve a certeza de que era monitorado.

De acordo com a revista, o ministro Sepúlveda Pertence teria antecipado seu pedido de aposentadoria, feito na semana passada, por conta dos grampos. Cezar Peluso, responsável por casos da Operação Hurricane, que investigou a susposta compra de sentenças judiciais, afirmou que no ano passado seus telefones estavam com chiados. À época, ele contratou uma empresa para verificar, e foram detectadas gravações ilegais nas linhas do ministro Marco Aurélio Mello, e Marcelo Ribeiro, do Tribunal Superior Eleitoral. (AE)

Senado terá semana efervescente roposta de Emenda à Constituição (PEC) 23/07 que determina a perda do mandato do parlamentar que se desligar do partido pelo qual tenha sido eleito deve ser votada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) na próxima quarta-feira (22), em reunião marcada para as 10 horas. Nenhum assunto, no entanto, agitará mais a Casa do que a apresentação da defesa do próprio presidente do Senado, Renan Calheiros (veja em detalhes na página seguinte). As apostas informais são no sentido de que ele já resistiu mais do que deveria, mas a perícia documental da Polícia Federal deverá levar a uma situação insustentável.

P

Elza Fiúza/ABr

Estou me saindo melhor que eu mesmo pensava. Eu tinha medo de não conseguir acordar cedo. Gilberto Gil, ministro da Cultura

Marco Aurélio Mello: gravações estariam até sendo negociadas

Ministros estão desconfiados

Eu não tenho razões para renunciar e não entendo que tenha qualquer responsabilidade sobre a crise aérea nacional, que implicou em tragédias lastimáveis. Denise Abreu, diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)

Está claro que ninguém defende a intocabilidade dos dirigentes de agências, discute-se apenas os mecanismos e causas de afastamento. Arlindo Chinaglia (PTSP), presidente da Câmara dos Deputados

Fabio Pozzebom/ABr

presidente da As- provas, ajudar a combatê-lo, sociação Nacional mas não alimentar a boataria dos Delegados de com insinuações", diz a nota. O delegado ainda contesta a Polícia Federal (ANDP), delegado Sandro utilização da expressão "banTorres Avelar, divulgou nota da podre da PF", utilizada pela ontem criticando uma reporta- revista. "Tal banda podre da gem publicada ontem pela re- PF, que se saiba não é uma banvista Veja na qual ministros do da, são focos que vêm sendo Supremo Tribunal Federal combatidos sistematicamente (STF) denunciam as suspeitas pela corporação. E focos de pode serem alvos de grampos te- dridão não são exclusividade lefônicos ilegais realizados pe- da PF", afirma. Avelar lembra que o Deparla Polícia Federal. A matéria, intitulada "A tamento de Polícia Federal está sombra do estado policial", submetido hierarquicamente afirma que "os abusos no com- ao Ministério da Justiça, ao portamento da Polícia Federal controle externo do Ministério não se esgotam na suspeita de Público e tem suas ações voltagrampos ilegais", mas "tam- das ao Poder Judiciário. Ele afirma que as escutas tebém há suspeitas de manipulefônicas são realação do conteúlizadas com autodo de gravações rização da Justiça feitas legalmene sob supervisão te". Essas ações do Ministério Púsão atribuídas "a Tal banda podre da blico. "Se alguém banda podre da PF, que se saiba não é PF". uma banda, são focos afirma que a PF coaduna com a O presidente que vêm sendo prática de escuta da ANDP reagiu ilegal, que é crienergicamente à combatidos p u b l i c a ç ã o e sistematicamente pela me, também afirma, em última a f i r m o u q u e a corporação. matéria causou Delegado Sandro Avelar instância, que o Estado Brasileiro "verdadeiro esage criminosapanto e profunda náusea". Segundo a nota di- mente", diz o delegado. Ele também afirma que a vulgada por Sandro Avelar, já há pessoas comemorando a imensa maioria da população publicação da reportagem co- não tem medo de ser grampeamo um indicativo inesperado da. "Os violentos focos de rede que contarão com o apoio sistência, contrários à mudando STF para a aprovação de ça de paradigmas, normalmedidas restritivas às investi- mente, vêm de onde se espera. Mas algumas vezes vêm de ongações criminais. Ele lembra que grampo ile- de deveria se esperar o contrágal é crime e que qualquer ci- rio", diz a nota. Avelar ainda questiona em dadão que tiver conhecimento de um caso ocorrido tem o de- sua nota por que alguns homens, ainda que probos e de ver de denunciá-lo. "Se for autoridade pública e reputação ilibada, saltam conão o fizer, arrisca-se a preva- mo "macaco na queimada" só ricar. É preciso apontar os fa- de imaginar que estão sendo tos, os autores, apresentar as investigados. (AE)

Além da PEC da fidelidade partidária, de autoria do senador Marco Maciel (DEM-PE), também deverá ser votado o projeto da senadora Serys Slhessarenko, que punirá a empresa que vender mais passagens do que a capacidade de suas aeronaves (overbook). O relator da matéria, senador Tasso Jereissati (PSDBCE), vai apresentar parecer incorporando sugestões de outros senadores, entre os quais Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), que defende a fidelidade partidária não só para membros do Legislativo, mas também para os do Executivo, incluindo o presidente da República Esta informação foi confirmada na agenda do Senado para a semana

Outro item incluído na pauta da CCJ é o projeto de Lei do Senado da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), que altera o Código Brasileiro de Aeronáutica. Ele estabelece que se uma companhia aérea vender mais passagens do que a capacidade da aeronave terá que pagar indenização ao passageiro que comparecer na hora estabelecida, portando seu bilhete com a reserva confirmada e for impedido de embarcar. O parecer do relator, senador José Maranhão (PMDBPB) é pela aprovação do projeto. Se aprovada na CCJ, a matéria ainda será submetida à apreciação da Comissão de Serviços de Infra-Estrutura (CI) e, de forma conclusiva, à

Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR). A indenização proposta por Serys é o valor equivalente à tarifa da classe econômica, sem desconto, do trecho para o qual o passageiro comprou passagem. O passageiro poderá optar entre receber o pagamento da indenização a qual faz jus em dinheiro ou na forma de um crédito aberto. A indenização não exime a companhia aérea de garantir ao passageiro prejudicado o direito contratual de transporte previsto no bilhete. Ele poderá optar entre ser acomodado, no prazo de 24 horas, em um outro vôo que vá para o mesmo destino, ser reembolsado do valor ou ter sua passagem endossada. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

almanaque Celso Unzelte

ROMÁRIO VIRA ESTÁTUA EM SÃO JANUÁRIO Carlos Moraes/AE

No sábado, 18 de agosto, o Vasco inaugurou em seu estádio, São Januário, no Rio, uma estátua em homenagem ao craque Romário, de 41 anos. Todo de bronze, o monumento tem o mesmo tamanho do jogador (1,68 metro), levou cerca de três meses para ser concluído pelo escultor Osório Corrêa e ficará atrás de um dos gols, o do placar eletrônico. O mesmo em que ele marcou pela milésima vez, contra o Sport, no dia 20 de maio, na vitória vascaína por 3 a 1, pelo Brasileiro. Vários outros jogadores também viraram estátua.

OUTROS CASOS NA CIDADE DE SÃO PAULO A primeira homenagem de um clube a um jogador foi feita pelo Corinthians para Manoel Nunes, o Neco, atacante de 1913 a 1930. Desde 1929, o busto de Neco ocupa lugar de honra nos jardins do Parque São Jorge. Mais recentemente, Cláudio, Luizinho e Baltazar, ídolos corintianos nos anos 1950, também ganharam um busto cada. No Palmeiras, há estátuas em homenagem a Junqueira (zagueiro de 1931 a 1945), Waldemar Fiúme (centromédio, 1941 a 1958) e Ademir da Guia (meia-esquerda, de 1962 a 1977).

A ESTÁTUA QUE NÃO É DE BELLINI Conhecido popularmente como “a estátua de Bellini”, o ponto de encontro de torcedores que fica na frente do Maracanã, no Rio de Janeiro, não é propriamente uma homenagem a Hideraldo Luís Bellini, zagueiro e capitão da primeira conquista de uma Copa do Mundo pelo Brasil, na Suécia, em 1958. A estátua até imita seu gesto, ao erguer a Taça Jules Rimet, mas refere-se, no entanto, aos jogadores brasileiros de um modo geral. Tanto que seu nome oficial é “Monumento dos Campeões Mundiais do Futebol”. “Romário de Souza Faria – Homenagem do Clube de Regatas Vasco da Gama à marca histórica dos mil gols e à dedicação de quem contribuiu para o engrandecimento do clube e do futebol brasileiro.” (Inscrição do pedestal da estátua de Romário, inaugurada no último sábado, em São Januário.) Agosto é o mês em que aniversaria o maior número de clubes tradicionais do futebol brasileiro. No fim da semana retrasada, dia 11, sábado, completou 107 anos a Ponte Preta, de Campinas. Na semana passada, na terça, 14, foi a vez de a Portuguesa completar 87 anos. No próximo domingo, 26, é a vez do Palmeiras. No sábado, dia 18, o Botafogo carioca completou 103 anos de sua fundação (ainda como Botafogo Futebol Clube, em 1904). Amanhã, dia 21, o Vasco, inicialmente um clube somente de regatas, faz 109 anos. Há 12 anos, em 20 de agosto de 1995, torcedores do Palmeiras e do São Paulo digladiaram-se em uma batalha campal no gramado do Pacaembu, após jogo entre os juniores das duas equipes. Um torcedor morreu e dezenas ficaram feridos.

Se quisermos melhorar ainda mais, precisamos sempre dar de 90% a 100% do que a gente pode.” Edmundo

Esporte

1 Patrícia Santos/AE

Evelson de Freitas/AE

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

O São Paulo mantém a seriedade. Não temos que nos preocupar com os outros, só com a gente." Dagoberto

FORÇA EM CASA

O

Palmeiras finalmente conseguiu, ontem, o que estava lhe faltando neste Campeonato Brasileiro: vencer bem quando joga em casa. O Parque Antártica assistiu à vitória por 2 a 1 sobre o Flamengo com um profundo sentimento de alívio. Afinal, das nove partidas que havia disputado em seus domínios ao longo do primeiro turno, o time de Caio Júnior só havia conseguido ganhar três, a última delas no dia 25 de julho: 3 a 2 no Vasco, de virada. Agora, as vitórias já são quatro. A vitória levou o Palmeiras aos 33 pontos e deixou em estado de euforia o bom público que foi ao Palestra Itália (mais de 23 mil torcedores). “Começamos com pé direito o segundo turno. Todo mundo fala que aqui a gente não jogava bem, mas jogamos bem hoje. Ficamos emocionados ainda mais com a torcida. Jogamos com vontade”, disse o zagueiro Dininho, autor do passe para o gol da vitória de Gustavo, marcado no início do segundo tempo. “Durante a semana, só li nos jornais que não conseguíamos ir bem no Palestra”, desabafou o técnico Caio Júnior. “Meu trabalho consistiu em dar tranqüilidade aos meus jogadores para que lidassem com a pressão. E eles foram muito bem.” Do lado do Flamengo, a derrota significa mais uma rodada na zona de rebaixamento (são apenas 18 pontos conquistados até agora). A equipe de Caio Júnior continua em quinto lugar, rondando a zona das equipes que se classificação para a Libertadores de 2008, e a diferença em relação ao líder São Paulo também caiu, de dez para oito pontos. Caiu porque também ontem, jogando em Goiânia, o Tricolor não foi capaz de ir além do empate por 0 a 0 contra o Goiás. Chances para isso não faltaram — no primeiro tempo, mais para o time da casa; na segunda etapa, mais para o Tricolor. A folga na liderança, que no final era de sete pontos em relação ao Botafogo, agora é de seis, em relação a um novo inimigo, que ainda por cima tem um jogo a menos: o Cruzeiro. Ainda assim, após a partida, os são-paulinos não pareciam muito preocupados com tudo isso. “Jogar aqui é difícil, o campo é grande”, admitiu, por exemplo, o zagueiro Alex Silva. “O empate está de bom tamanho.” O goleiro e capitão são-paulino, Rogério Ceni, fazia coro com o companheiro: “Não conseguimos os três pontos, mas também não perdemos o jogo”. Em Caxias do Sul, o Corinthians, que precisa muito mais de pontos que o São Paulo neste Brasileiro, também só empatou, e ainda corre atrás da marca de três vitórias consecutivas neste Brasileiro, ainda não alcançada. Já sem o jovem Willian (vendido no sábado para o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, por cerca de US$ 19 milhões), o time esteve duas vezes na frente no marcador, mas acabou cedendo o empate ao Juventude por 2 a 2. Trazer um ponto de Caxias não é exatamente algo trágico. Mas poderia ter sido bem melhor. O Juventude, afinal, ocupa a penúltima colocação do Brasileiro, com 16 pontos em 19 jogos. E, na noite de sextafeira, perdeu seu técnico, Cláudio Duarte. Os gaúchos, dirigidos ontem pelo interino Valteir Gomes, dificilmente escaparão da queda para a Série B. Quanto ao Corinthians, vê cada vez mais distante o sonho de jogar a Libertadores.

Patrícia Santos/AE

Celso Júnior/AE

Pierre, o rei dos desarmes

O

jogador mais regular da equipe. Assim o técnico Caio Júnior definiu a importância do volante Pierre para o Palmeiras, logo após a vitória sobre o Flamengo. “E tem jogado uma enormidade! Chego a me impressionar com a facilidade com que ele desarma, pega a bola e sai jogando.” Com média de oito desarmes por jogo, Pierre é o líder disparado nesse fundamento no Brasileiro.Baixinho (1,69 m), magro (63 quilos) e incansável, ele conquistou definitivamente a torcida — sua camisa só é menos vendida que as de Edmundo e Valdivia. E, agora, também o treinador.

A volta por cima de Finazzi

A

pós cinco partidas sem ser chamado sequer para se concentrar, o atacante Finazzi ressurgiu marcando o gol do empate na vitória sobre o Grêmio por 2 a 1, que salvou o Corinthians de terminar o primeiro turno na zona de rebaixamento. No meio da semana, marcou um dos gols nos 3 a 2 sobre o Botafogo. Ontem, foi dele o primeiro gol corintiano no empate por 2 a 2 com o Juventude, em Caxias. “Não quero saber se o Carpegiani tinha ou não tinha razão em não me escalar. Prefiro comemorar a volta, que foi muito boa”, disse o atacante, que hoje completa 34 anos.

Neco Varella/AE

Com os 2 a 1 no Flamengo, Palmeiras prova que pode ser forte também no Parque Antártica e segue perto da zona de classificação à Libertadores. São Paulo não vai além do empate com o Goiás (0 a 0), assim como o Corinthians com o Juventude (2 a 2)

PALMEIRAS 2

GOIÁS 0

JUVENTUDE 2

Diego Cavalieri, Paulo Sérgio, Gustavo, Dininho e Leandro; Francis, Pierre, Martinez e Caio (William); Edmundo (Rodrigão) e Luiz Henrique (Max). Técnico: Caio Júnior.

Harlei, Ernando, Leonardo e Amaral; Fábio Bahia, Cléber Gaúcho (Vítor), Paulo Baier, Élson (Harisson) e Chiquinho; Felipe (Wendell) e Cristiano. Técnico: Paulo Bonamigo.

Michel Alves, Jucemar, Wescley, Régis e Zé Rodolpho; Marcão, Marabá (Éber), Marcelo Costa e Fábio Baiano (Renato); Michel e Tadeu (Luciano). Técnico: Valteir Gomes (interino).

FLAMENGO 1 Bruno, Luisinho, Ronaldo Angelim, Fábio Luciano e Egídio; Rômulo, Cristian, Ibson e Léo Lima (Obina); Maxi Biancucchi e Paulo Sérgio (Toró). Técnico: Joel Santana. Gols: Caio, 13; Paulo Sérgio, 15/1; Gustavo, 7/2. Local: Parque Antártica. Árbitro: Heber Roberto Lopes (PR). Cartões amarelos: Pierre (P), Egídio (F), Fábio Luciano (F), Paulo Sérgio (F), Edmundo (P), Rodrigão (P).

SÃO PAULO 0 Rogério Ceni, Alex Silva, Breno e Miranda; Souza, Hernanes, Jorge Wagner, Hugo (Dagoberto) e Jadílson; Leandro e Aloísio. Técnico: Muricy Ramalho. Local: Serra Dourada. Árbitro: Cléver Assunção Gonçalves (MG). Cartões amarelos: Souza (SP), Amaral (G), Miranda (SP).

CORINTHIANS 2 Felipe, Édson, Fábio Ferreira, Zelão e Gustavo Nery; Bruno Octávio, Ricardinho, Vampeta e Rosinei (Wilson); Arce (Bruno Bonfim) e Finazzi. Técnico: Paulo César Carpegiani. Gols: Finazzi, 1/1; Wescley, 12/1; Gustavo Nery, 24/1; F. Baiano, 14/2. Local: Estádio Alfredo Jaconi. Árbitro: Wilson Souza de Mendonça (PE). Cartões amarelos: Régis (J), Tadeu (J), Zelão (C), Finazzi (C), Michel (J) e Bruno Octávio (C).

Polêmica valoriza Richarlyson

P

elo menos para uma coisa serviu a polêmica envolvendo a orientação sexual do jogador são-paulino Richarlyson: valorizá-lo ainda mais. A opinião é de Marco Aurélio Cunha, superintendente de futebol do São Paulo: “Já recebíamos várias sondagens pelo Richarlyson. Agora, recebemos muito mais. Sabe por quê? Porque começaram a prestar atenção no futebol dele. Viram que é um baita jogador”. Para o dirigente, Richarlyson vale, no mínimo, 8 milhões de euros (cerca de R$ 22,6 milhões). Em 2003, Kaká foi vendido para o Milan por US$ 8,5 milhões, o que na época representava R$ 26 milhões.


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Passe Livre Série B Camp. Brasileiro Série C

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Time a gente tem. Embora a diferença para o São Paulo seja grande, não é impossível de ser tirada.” Petkovic

GRAÇAS A UM GOL, SANTOS SOBE UMA POSIÇÃO

Jonne Roriz/AE

MAIS UM DEGRAU paSse livre

Jonne Roriz/AE

Roberto Benevides

Nova preocupação

A

preocupação no Morumbi, antes do 0 a 0 com o Goiás e da convocação dos zagueiros Alex Silva e Miranda para o amistoso da Seleção contra a Argélia, era apenas manter a moçada em permanente estado de alerta neste Brasileirão cada vez mais tricolor. Era. Já há quem tema a perda de Ilsinho e Josué e, pior ainda, a ameaça de que Alex Silva também se vá antes que se encerre, daqui a 11 dias, o período de contratações para os campeonatos europeus da temporada 2007/2008. Diz-se por aí, e não falta razão a quem diz, que o São Paulo atual é um time de um craque só, o goleiro Rogério, e alguns bons jogadores. Imagine-se quantos desfalques teria, a esta altura do Campeonato Brasileiro, se fosse um time de craques! Os craques não param mais em nossos campos. Nem as promessas, aliás... O gremista Lucas, o colorado Alexandre Pato, o corintiano Willian são os últimos exemplos do processo ininterrupto de emigração dos nossos talentos. Como não só o São Paulo perderá força no returno do Brasileirão, Muricy Ramalho e companhia continuam puxando a fila dos favoritos. Mas já não lhes bastará ligar o alerta contra a acomodação. O Cruzeiro, como voltou a mostrar nos 4 a 2 sobre o Flu, está chegando. É mais uma preocupação para os são-paulinos.

A

os poucos. É assim que o Santos vai subindo na classificação do Campeonato Brasileiro. Depois de terminar o primeiro turno em oitavo lugar, conseguiu, já na primeira rodada do segundo turno, subir para sétimo. Isso graças à vitória de sábado, por 2 a 0, sobre o Sport, na Vila Belmiro. E por causa de um gol marcado a mais em relação ao Goiás. O Santos chegou a 30 pontos ganhos, mesmo número do Goiás, que tem tantas vitórias quanto o Alvinegro (nove) e o mesmo saldo de gols (três), porém um gol marcado a menos (28 contra 29). O jogo de sábado marcou o primeiro do meia Petkovic como titular na Vila Belmiro e a volta do volante chileno Maldonado, após oito rodadas afastado por causa de uma contusão na coxa direita. Kléber Pereira fez o primeiro gol e Pedrinho o segundo, empatando com Marcos Aurélio na artilharia do time, com sete gols cada um. Pedrinho ainda levou cartão amarelo e está fora da próxima partida, domingo, contra o América, em Natal. Kleber poderá ser o escolhido de Vanderlei Luxemburgo para ocupar essa vaga no

meio do campo. Em compensação, o técnico voltará a contar com o zagueiro Marcelo, que cumpriu no sábado suspensão pelo terceiro cartão. “Tanto posso escalar Vítor Júnior, que faz bem o lado esquerdo, como voltar a usar Kléber por dentro”, disse Luxemburgo logo após a partida de sábado. Ele só deve estar em dúvida porque no momento não tem um reserva na lateralesquerda (Carlinhos está afastado por problemas físicos). Além disso, Luxemburgo corre o sério risco de perder seu titular da lateral esquerda nos próximos dias.

Kléber viajou ontem à noite para a França com a Seleção Brasileira, para o amistoso de quarta-feira, contra a Argélia, em Montpellier. Se não for negociado até o fim da semana, retornará ao Brasil na sextafeira. Mas a possibilidade de que o jogador fique pela Europa é grande. O destino do santista Kleber poderá ser mesmo o Monaco, da França, que no entanto precisaria se desfazer de um estrangeiro para poder contratálo. Por R$ 15 milhões, o Santos aceitaria negociá-lo, segundo algumas fontes ligadas à direção do clube.

Kleberson mais perto da Vila

A

Fifa deve anunciar hoje a decisão sobre o impasse entre o meio-campista Kleberson, que interessa ao Santos, e o Besiktas, da Turquia. Os assessores de Kleberson afirmam que a Fifa já deu ganho de causa ao pentacampeão mundial no dia 10 e deve divulgar o resultado hoje. O técnico Vanderlei Luxemburgo espera que a contratação se torne realidade: “Vai depender do resultado de sua

questão jurídica com o clube da Turquia (Besiktas) na Fifa, mas o Santos tem todo o interesse. Esse é um jogador que teve problemas no Manchester (Inglaterra) e no Besiktas, perdeu tempo e agora precisa ser recuperado para a Seleção”. Na manhã de sábado, após ter sido aprovado nos exames realizados no Hospital São Luiz, na capital, Kleberson correu no CT Rei Pelé, para aprimorar a condição física.

Oitavo colocado no primeiro turno, Santos de Pedrinho começa o segundo subindo para sétimo, graças aos 2 a 0 sobre o Sport

SANTOS 2 Fábio Costa, Baiano, Domingos, Adaílton e Kléber; Maldonado, Rodrigo Souto, Pedrinho (Vítor Júnior) e Petkovic (Dionísio); Marcos Aurélio e Kléber Pereira (Rodrigo Tabata). Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

SPORT 0

MISTÉRIOS DA BOLA

TEMPO

O São Paulo marcou 24 gols em 20 jogos deste Brasileirão. É o 13º ataque da competição. Com um jogo a menos, o Cruzeiro já fez 44 gols. É o melhor ataque. Em compensação, o São Paulo levou apenas sete gols e o Cruzeiro sofreu 35. Como explicar que campanhas tão antagônicas valham o primeiro e o segundo lugar do campeonato?

Vanderlei Luxemburgo atribui as dificuldades no Brasileirão à demora em substituir jogadores importantes como Zé Roberto e Cléber Santana, mas o Santos certamente vai rearrumar o meio-de-campo se confirmar hoje a contratação de Kleberson. Basta que Kleberson e Petkovic entrem em forma. Fica, porém, a dúvida da torcida: quando?

*Com Agência Estado e Reuters

SÉRIE B

Um em cima, dois embaixo LC Moreira/AE

Magrão, César, Durval e Ígor; Diogo (Luisinho Netto), Bia (Anderson), Júnior Maranhão, Romerito e Dutra; Carlinhos Bala e Weldon (Washington). Técnico: Geninho. Gols: Kléber Pereira, 25/1; Pedrinho, 9/2. Local: Vila Belmiro. Árbitro: Djalma José Beltrami Teixeira (RJ). Cartões amarelos: Adaílton (SA), Pedrinho (SA) e César (SP). Marília perde, mas termina o primeiro turno como o melhor paulista

SÉRIE C Vitória, só do Bragantino

U

ma vitória, um empate e uma derrota. Este foi o saldo dos três times paulistas na terceira rodada da segunda fase da Série C. O vencedor foi o Bragantino, que mesmo jogando ontem fora de casa fez 2 a 1 no Roma Apucarana, do Paraná, e alcançou a vice-liderança do Grupo 23, com 6 pontos. O líder é o Esportivo de Bento Gonçalves (RS), que também ontem foi a Governador Valadares (MG) e ganhou do Democrata por 2 a 1. Quem só empatou foi o Guarani: 0 a 0 com o CRAC, em Catalão (GO). O resultado deixa a equipe de Campinas na segunda colocação do Grupo 22, com quatro pontos. O líder é o próprio CRAC, que tem sete. O paulista perdedor da rodada, também pelo Grupo 22, foi o Rio Claro: 2 a 0 para o Vila Nova, em Rio Claro. O Vila é terceiro e o Rio Claro, último.

U

m time entre os quatro primeiros colocados, que estarão classificados para a Série A em 2008. Outros dois entre os quatro últimos, que no ano que vem disputarão a Série C. Ao final da 19ª e última rodada do primeiro turno, este é o balanço das equipes paulistas que disputam a Série B. O paulista classificado entre os quatro primeiros é o Marília. Apesar da derrota de sábado, por 3 a 1, de virada, para o Fortaleza, no Ceará, o MAC virou o turno em terceiro, atrás apenas do líder Criciúma e do Coritiba. Isso apesar de ter perdido seis pontos no Superior Tribunal de Justiça Desportiva, quando escalou um jogador irregularmente. Na ponta de baixo da tabela, estão o Santo André, em 18º lugar, e o Ituano, em 20º e último. Curiosamente, nesta última rodada do primeiro turno, jogando na sexta-feira, nenhum dos dois perdeu. O Santo André goleou o Ceará por 5 a 2, no ABC, e o Ituano empatou em casa com o Avaí (1 a 1). Entre os demais clubes paulistas, a Portuguesa terminou sua participação no primeiro turno em 7º lugar, com um bom empate no sábado, fora de casa, com o líder Criciúma (2 a 2). Também no sábado, a Ponte, oitava, empatou com o Remo, em Campinas (1 a 1). O Barueri perdeu em casa para o CRB (3 a

2). Na terça, o Paulista havia perdido em Ipatinga (2 a 0) e na sexta o São Caetano empatou com o Brasiliense, em Brasília (0 a 0). Amanhã começa o segundo turno, com dois jogos sem paulistas: Avaí x Vitória e Remo x Barueri.

19ª Rodada Ipatinga 2 x 0 Paulista Vitória 3 x 1 Gama Brasiliense 0 x 0 São Caetano Santo André 5 x 2 Ceará Ituano 1 x 1 Avaí Criciúma 2 x 2 Portuguesa Coritiba 2 x 0 Santa Cruz Ponte Preta 1 x 1 CRB Fortaleza 3 x 1 Marília Barueri 2 x 3 CRB Classificação

P

V

SG

1 Criciúma

37

11

17

40

2 Coritiba

35

11

7

27

GP

3 Marília*

32

12

7

37

4 Vitória

30

10

12

40

5 CRB

30

9

3

31

6 Brasiliense

30

8

6

31

7 Portuguesa

29

8

6

29

8 Ponte Preta

28

8

6

36

9 Ipatinga

28

8

-1

20

10 Barueri

27

7

-1

30

11 Fortaleza

26

8

-3

26

12 Ceará

25

7

-5

31

13 Gama

25

7

-6

27

14 São Caetano

24

6

0

21

15Avaí

22

6

-6

29

16 Paulista

22

6

-8

24

17 Santa Cruz

21

5

-7

25

18 Santo André

20

5

-4

25

19 Remo

18

5

-10

27

20 Ituano

17

5

-13

24

*Perdeu seis pontos no STJD.


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Nacional Finanças Empresas Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

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INSPIRAÇÃO É O CONCEITO DE CASUAL DINNING

por cento será o aumento das massas frescas e de 8%, no caso das secas, a partir de 15 de setembro.

Fotos: Divulgação

O FAST-FOOD CONTINUA. MAS EM AMBIENTE DE RESTAURANTE.

Spoleto manterá o modelo de atendimento

Casas querem que o cliente seja menos apressado

Unidade da Alameda Santos é conceitual

Loja tem jardim de inverno e som ambiente

Grandes redes de comida rápida mudam o layout de suas unidades para atrair novos públicos. Querem proporcionar clima mais acolhedor aos clientes. Divulgação

Fátima Lourenço

O

Spoleto abriu um restaurante flagship, a chamada loja conceito, na Alameda Lorena, na capital; a rede McDonald's está reformando suas unidades; e o Bob's já anunciou, na última feira de franchising, no mês de junho, o novo modelo de suas lanchonetes. A movimentação, mais visível no segmento de franquias, deve servir de exemplo para outros empresários do ramo, porque vai além de uma simples reforma. O objetivo é oferecer espaços para o cliente passar mais tempo na loja com a família, por exemplo, e, assim, atrair novos públicos para essas redes, já que a demanda pelo fast-food começa a declinar. Para o diretor da EDC Consultoria em Food Service, especialista em alimentação fora de casa, Enzo Donna, o pano de

Pamplona: inaugurações.

fundo dessas mudanças vai ao encontro das novas exigências do consumidor brasileiro. O restaurante fast-food oferece um espaço visivelmente higienizado. Mas o conceito de rapidez, opina o consultor, começa a desaparecer. "O público procura ambientes descontraídos. A pioneira foi a rede de cafés Starbucks, que levou a sala da

casa para dentro da loja". Donna menciona a pesquisa da Toledo & Associados com 2.156 consumidores que mostra o motivo pelo qual eles comem fora de casa. "O levantamento aponta que eles querem sair da rotina." Além disso, as pessoas desejam que esse seja um momento de alegria para elas e para a família. "O restaurante tem que se tornar mais atrativo", afirma o consultor. Reforço – O gerente nacional de lojas próprias do Spoleto, Henrique Pamplona, explica que o restaurante flagship de São Paulo é a segunda loja de rua da marca na cidade, onde as massas do Spoleto são mais conhecidas pelos freqüentadores de shopping centers. "No Rio de Janeiro, o movimento foi ao contrário. Começamos a operação pela unidade de rua", compara. O restaurante da Alameda Santos, explica, é um local onde as pessoas podem ficar mais tempo e desfrutar de som am-

biente, carta de vinho e jardim de inverno. O preparo da comida – como nos shoppings – é feito na frente do consumidor, para reforçar a proposta da marca de oferecer um prato de acordo com o gosto do freguês. No Spoleto, o cliente escolhe a massa e decide o tipo de molho e ingredientes que prefere. O que se espera é que a loja de rua mostre para o cliente a idéia de bem-estar. E que essa referência permaneça mesmo quando a refeição for feita nos shoppings. Pamplona diz que São Paulo ganhará novas unidades de rua. O McDonald's também quer oferecer "a melhor experiência" para o consumidor. E como o Bob's, busca agregar mais conforto ao ponto-de-venda. O diretor de engenharia e manutenção, Dorival de Oliveira, explica que as mudanças começaram em 2005. Hoje, 30% das 544 unidades

Mais conforto no Spoleto, tanto nas lojas de shopping como nas de rua.

já foram reformadas. "A idéia não é fazer todos os restaurantes iguais", diz o executivo. Para cada um, há um estudo específico. "O consumidor define a experiência que quer ter." A proposta é criar o maior número possível de ambientes no restaurante, para atender públicos distintos – família, homens de negócio, crianças, adolescentes. Na loja da Avenida Paulista, por exemplo, o salão de entrada ganhou um café, para criar um ambiente

de conforto logo na chegada da clientela, formada majoritariamente por trabalhadores e estudantes da região, diz Oliveira. As cores mais fortes e chamativas foram escolhidas, segundo o executivo, para contrastar com os tons pastel da Paulista. Em Alphaville, a loja prime do McDonald's ganhou som ambiente também na área de drive-thru. A busca pelo conforto também está presente na concepção da rede Bob's, outra gigante do fast-food. Segundo o consultor Enzo Donna, ainda que o consumo de lanches à base de hambúrguer continue crescente, o modelo das lojas de fast-food está esgotado, no sentido de que já não consegue capturar novos públicos. As reformas, um pouco na linha adotada pelos chamados restaurantes casual dining, contribuem para a ampliação da base de clientes.

Sobem os preços de massas e biscoitos Neide Martingo

A

partir do dia 15 de setembro, quando forem aos supermercados, os consumidores terão uma surpresa: os preços dos biscoitos vão aumentar entre 8% e 10%; os das massas frescas, 10%; e os das secas, 8%. O presidente do Sindicato de Biscoitos e Massas Alimentícias do Estado de São Paulo (Simabesp), José dos Santos Reis, afirma que o setor segurou por seis meses os reajustes de insumos e de embalagens. "Agora, os fabricantes foram obrigados a repassar o aumento para o consumidor final." Segundo Reis, o trigo subiu até 30%; a gordura hidrogenada (manteiga), 12%; o papelão, principal material usado nas embalagens, 18%; o leite em pó, mais de 50%; o cacau, 18%, e os ovos, 50%. "Os supermercados e atacadistas já estão comprando os produtos com aumento. Os reajustes não foram repassados antes, porque havia a esperança de que a situação fosse temporária. Mas a alta veio para ficar. A farinha de trigo é um exemplo. A Argentina é o maior fornecedor

do insumo para o Brasil. O país não aumentou a área plantada, houve queda na safra, e as exportações para o Brasil foram suspensas. O produto passou a ser comprado dos Estados Unidos e do Canadá." Já que o preço do trigo é um dos que mais pesam no valor final, o presidente do sindicato que reúne os fabricantes de biscoitos e massas sugere uma saída: eliminar a Tarifa Externa Comum (TEC), que é de 10%. "Sem esse custo, as empresas teriam oportunidade de comprar insumos fora do Mercosul. Isso seria o mais importante, em função da crise da Argentina, que está negociando com outros mercados." O Brasil é o segundo maior produtor mundial de biscoitos. Fica atrás apenas dos Estados Unidos. O consumo e fabricação chegaram a 1,112 milhão de toneladas em 2006, com faturamento de R$ 6,8 bilhões. A expectativa é de que haja 1% de aumento no número neste ano. Quando o assunto são as massas, os brasileiros ocupam o terceiro lugar no ranking, com 1,066 milhão de toneladas – balanço do ano passado. Os fabricantes esperam um aumento de 1,5% em 2007.

Japão: visita a destilaria.

O

ministro dos Negócios Estrangeiros do Japão, Taro Aso, visita amanhã a Usina São Martinho, em Pradópolis (SP). Lá, ele conhecerá a produção de etanol na destilaria que é uma das maiores do Brasil. O evento deve durar pouco mais de uma hora e será seguido de um almoço na fazenda Santa Isabel, na vizinha Guariba (SP), de propriedade do exministro da Agricultura Roberto Rodrigues. Rodrigues é co-presidente da Comissão Interamericana do Etanol, entidade criada

para divulgar o uso do etanol como combustível e que recentemente ganhou a adesão do ex-primeiro-ministro japonês Junichiro Koizumi. O próprio Koizumi já visitou a usina e a fazenda de Rodrigues, em 2005, quando esteve no País. Na agenda oficial da visita de Aso, divulgada pelo consulado japonês em São Paulo, consta apenas que ele ficará no Brasil entre domingo e quarta-feira e que deve se encontrar com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

DCARR São Paulo, 20 de agosto de 2007

Nº 182

SATURN

Uma delícia de conversível PÁGINAS 4 E 5

Fotos: Divulgação

Todo o luxo deste Rolls-Royce, também sem capota, na pág. 8


segunda-feira, 20 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

ECONOMIA - 5


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DCARRO

São Paulo, segunda-feira, 20 de agosto de 2007

índice TRANSPORTE DE PASSAGEIROS - 3 Fiat lança Minibus Longo Teto Alto e Mercedes-Benz apresenta novo microônibus para transporte escolar.

CAPA - 4 e 5 Saturn Sky Red Line: um conversível atraente, arrojado e com 264 cv de potência.

MERCADO - 6 Depois de 25 meses sem apresentar alta, preço do carro usado tem acréscimo de 0,08% em julho.

VOLKSWAGEN CAMINHÕES - 7 Linha de caminhões Constellation acaba de ganhar três novos modelos de extrapesados .

ROLLS-ROYCE - 8 Phantom Drophead Coupé, um conversível acima da média e que vale R$ 2,5 milhões.

Bom exemplo para Sampa?

aGenDa

N

24, 25 e 26 de agosto

ão raro, os motoristas de Brasília encontram carroças que ainda circulam em diversas vias, muitas vezes atrapalhando o tráfego. Na tentativa de regularizar a situação do carroceiros e conscientizá-los da importância de obedecer as leis do trânsito, criou-se na capital federal o “Projeto Carroceiro Legal, Cidade Limpa”. As autoridades começaram a registrar e emplacar as carroças. Ao todo, 76 já estão circulando de forma diferenciada, com os veículos pintados de verde e amarelo. Os condutores usam coletes e crachás de identificação. Isso foi resultado da parceria entre a Administração local e a Associação dos Carroceiros. Edson Maia, diretor do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos Autorizados do Distrito Federal (Sincodiv/DF), afirma que manter essas carroças circulando pela cidade representa um risco para todos. “As carroças não combinam com as vias do DF, já que em algumas a velocidade permitida é relativamente alta. Tanto que elas foram proibidas de circular em 34 delas”. "Contudo - admite Maia - os carroceiros circulam pelas ruas coletando lixo para a própria subsistência. É um problema social e não podemos virar as costas para ele”, afirma. Ele sugere ainda que, para tirar ou, pelo menos, diminuir

a quantidade de carroças nas ruas do DF, a região deveria ter um sistema de coleta seletiva de lixo eficiente. “Se houvesse uma conscientização em relação a isso, os próprios carroceiros poderiam ser absorvidos por esse mercado”, argumenta. Edson destaca que é necessário o Detran/DF acompanhar esse processo, oferecendo, também, palestras sobre como agir de forma correta no trânsito, além de punir os carroceiros que desobedecerem as regras. “Os animais utilizados pelos carroceiros devem, ainda, ser bem-tratados e não podem ficar soltos na beira da pista. Para isso, é preciso que haja uma fiscalização mais efetiva”, conclui.

Acontece, em São Caetano do Sul, o I ABC Old Car & Parts, uma exposição de carros antigos.

3 de setembro

A AEA promove o seminário "Tendências e Inovação na Indústria Automobilística", no Hotel WTC, em São Paulo, das 8h30 às 17h40.

10 de setembro

Jérôme Stoll, presidente da Renault do Brasil, apresenta as novidades da marca em evento que acontece às 11h30, no Hotel Grand Hyatt (SP).

Sincodiv/DF Obs: Por falar em fiscalização mais efetiva, bem que a nossa cidade poderia tomar providência sobre aqueles que muitos chamam de carrinheiros. A exemplo dos seus pares brasilienses, eles também representam um problema social, diferenciados pelo fato de que aqui, a tração não é animal, mas do próprio carroceiro, que se arrasta por nossas vias, puxando enorme quantidade de material, sempre acompanhado de fiéis vira-latas. São centenas espalhados por São Paulo, recolhendo toda espécie de objetos abandonados nas ruas ou jogados no lixo, em busca da sobrevivência. Mas atrapalham o já caótico trânsito desta capital.

Presidente Alencar Burti Diretor de Redação Moisés Rabinovici Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira Editor chicolelis chicolelis@dcomercio.com.br Repórteres Alzira Rodrigues alzira@dcomercio.com.br Anderson Cavalcante acavalcante@dcomercio.com.br

Chefe de reportagem Arthur Rosa Editor de Fotografia Alex Ribeiro Editor de Arte José Coelho Diagramação Lino Fernandes Ilustração Abê / Céllus / Jair Soares Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122 Impressão S/A O Estado de S. Paulo www.dcomercio.com.br/dcarro


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O

Fórum Nacional da Previdência Social (FNPS), que re ú n e re p re s e ntantes de trabalhadores, aposentados e pensionistas, empregadores e governo federal, foi criado para promover o debate sobre o atual regime de aposentadorias e pensões e elaborar propostas legislativas para o aperfeiçoamento do sistema. O tema trouxe à tona a polêmica a respeito da existência ou não de um déficit no regime. O professor-doutor Eduardo Fagnani, do Instituto de Economia da Unicamp, faz parte da corrente dos que afirmam não existir déficit. Em entrevista ao Diário do Comércio, Fagnani, que também é pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e do Trabalho (Cesit), diz que a questão da seguridade social foi aprovada na Constituição de 1988, que determinou as suas fontes de financiamento. Como até então a previdência se baseava apenas na contribuição sobre a folha de pagamento, havia um problema de financiamento. Segundo Fagnani, a partir daí se buscaram formas de diversificar as fontes de recursos. "A Constituição Federal brasileira de 1988 consagra o orçamento para a seguridade social, que é constituído pela Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), pela Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e por outras fontes fiscais da União. Portanto, quando se pensa a seguridade social à luz da Constituição da República, não se pode afirmar que exista um déficit", resume. A seguir, o especialista fala um pouco mais sobre a questão previdenciária no Brasil.

Tr i b u t o s Empresas Previdência Nacional

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Pela primeira vez em 20 anos o crescimento voltou à agenda do governo. Eduardo Fagnani

PROPOSTAS SERÃO DEBATIDAS EM FÓRUM

"NÃO EXISTE DÉFICIT NA PREVIDÊNCIA SOCIAL BRASILEIRA" O professor Eduardo Fagnani defende que o suposto saldo negativo se refere basicamente à previdência rural Diário do Comércio: Afinal, existe ou não déficit na previdência social? Eduardo Fagnani: O alegado "déficit" que alguns economistas dizem existir refere-se basicamente à previdência rural, que é um dos maiores avanços sociais do Brasil, alcançado graças à Constituição de 1988, que pela primeira vez equiparou os trabalhadores rurais com os urbanos. Muitos desses empregados rurais não

Patrícia Büll Fotos: Carlos Vilalba/Hype

Então por que ainda se fala em déficit? Porque apesar de ser um direito garantido, os setores mais conservadores jamais aceitaram a idéia da seguridade social. A Previdência é uma disputa por recursos públicos; é o segundo maior item das despesas do governo, cerca de 7% do Produto Interno Bruto. Portanto, se se fizer retroceder esses direitos e cortar esses gastos correntes, vão sobrar recursos, que serão disputados pelas forças do mercado.

Entre os anos 2000 e 2040 estima-se que a participação dos idosos na população brasileira total vai aumentar dos atuais 5,5% para 15,3%. tinham condições sequer de comprovar que trabalharam, e menos ainda o tempo de contribuição. Então, essa idéia da seguridade social que surgiu com a Constituição nada mais é do que o que os países capi-

talistas adotaram no pós-guerra: um pacto da sociedade em que todos contribuem para que toda a sociedade tenha direito ao mínimo. Portanto, o acesso ao benefício independe da contribuição. Além disso, quando se pensa só no INSS urbano, as contas se equilibram porque as contribuições das empresas e dos trabalhadores praticamente dão conta das despesas.

Para Fagnani, Previdência é uma disputa por recursos públicos

Nos últimos anos houve um aumento não só no contingente de desempregados, como também das pessoas que trabalham informalmente, sem contribuir para a Previdência. No futuro isso não pode causar uma explosão e, aí sim, um déficit? Um dos problemas financeiros da Previdência é o fato de que nós vivemos 26 anos de estagnação econômica. Isso promoveu uma desorganização do mercado de trabalho. Hoje, metade da PEA (População Economicamente Ativa) está desempregada ou no mercado informal. A agenda alternativa que os movimentos sociais têm proposto é exatamente fazer com que a economia cresça, pois assim o mercado de trabalho melhora. E como alcançar isso? Um fato positivo novo é que pela primeira vez nos últimos 20 anos a questão do crescimento voltou para a agenda do governo. A solução, a única para o País, é manter essa ênfase. O reflexo será a melhora do emprego, com mais pessoas contribuindo, o que aumenta a receita da Previdência. Quanto o País precisaria crescer nos próximos anos para mais gente se tornar formal? Se a economia crescer 5% ao ano nos próximos anos já incorporará boa parte desse contingente. Mas são mais de 46 milhões de pessoas em idade ativa que não contribuem porque estão desempregadas ou porque são informais. Além disso, muitas estão no mercado formal, mas de forma ilegal. Seria necessário também uma ação mais punitiva do Ministério do Trabalho em fiscalização. A população brasileira está envelhecendo e vai viver mais, o que trará alongamento do pagamento de benefícios. Isso poderá ser tornar um problema? Esse é outro mito. Ou melhor, é um fato parcialmente verdadeiro. A verdade é que entre os anos 2000 e 2040 a participação dos idosos na população total vai aumentar dos atuais 5,5% para 15,3%. Por outro lado, a população de jovens até 14 anos vai cair dos atuais 30% para 19%. Se por um lado haverá aumento na pressão de gastos com os mais idosos, por outro haverá pressão menor

com os gastos com os indivíduos de menor idade. E o mais importante: a população em idade ativa, de 15 a 64 anos, vai passar de 64,8% para 65,4%. Haverá, então, mais gente em idade ativa que poderá contribuir para a Previdência. Existem outros mitos, na sua opinião, sobre a Previdência brasileira? Existem vários, como o mito de que o Brasil não define idade mínima para aposentadoria, que é um dos países mais generosos nessa questão e que as aposentadorias são as mais precoces. A emenda constitucional 20/98 (de 1998) tornou as regras para aposentadoria extremamente severas: ou o trabalhador se aposenta por idade – o homem aos 65 anos e a mulher aos 60, com contribuição mínima por 15 anos; ou se aposenta por tempo de contribuição — 35 anos para homem e 30 para mulher. Agora, até que se completem essas idades, incide o fator previdenciário, que é uma tabela que pune com redução da aposentadoria integral quanto antes o trabalhador pretenda se aposentar. E isso faz com que ele postergue a aposentadoria. E a questão da aposentadoria precoce? Em 1988 as regras poderiam ser consideradas generosas porque nós vivemos mais de 20 anos de regime militar e todas as demandas que ficaram reprimidas nesse período vieram à tona com a Constituição. Naquele contexto, não se conseguiu definir a idade mínima para aposentadoria. Mas esse erro já foi corrigido em 1998 com a reforma. Desde então, a

Um dos problemas financeiros da Previdência é o fato de que vivemos 26 anos de estagnação econômica. Isso desorganizou o mercado de trabalho. aposentadoria por idade passou a ser a mais utilizada, já que a maioria das pessoas não consegue comprovar os 35 anos de contribuição. E, com o fator previdenciário, a média de idade dos aposentados passou de 54 anos para 57 anos. Ou seja, com base no fluxo dos novos benefícios a partir da reforma de 1998, não há aposentadoria precoce. Então, não é preciso fazer uma nova reforma, porque ela já foi feita. Como é possível criar um círculo virtuoso na Previdência? A proposta do movimento social é discutir como incluir os excluídos. Essa é a questão central. Se essas pessoas passarem a contribuir, trarão reflexo nas receitas da Previdência. E para isso, o fundamental é crescer. Acho que o fato positivo desse segundo governo Lula, que emergiu no calor da campanha eleitoral, foi resgatar a importância do crescimento da economia para o centro da agenda do governo, porque isso estava esquecido há mais de 20 anos. Não há razão que impeça o Brasil de crescer como a Argentina e outros países da América Latina. O que limita o crescimento é a política monetária, a ação do Banco Central. Programas como o Bolsa Família são importantes enquanto o círculo virtuoso não vem. Mas o que realmente vai resgatar as pessoas para uma condição digna é a inserção no mercado de trabalho. Mas se a política econômica não está voltada para isso, não há solução. E essa falta de solução não fica apenas na questão da Previdência: não há solução para o País nesse caso.


São Paulo, segunda-feira, 20 de agosto de 2007

DCARRO

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16 ocupantes

Novo furgão Ducato

Divulgaçã

o

Fiat lança Minibus Longo Teto Alto para reconquistar liderança, por R$ 89.900 ANDERSON CAVALCANTE

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íder no mercado de comerciais leves há seis anos, a Fiat viu o seu furgão Ducato, que mantinha também a primeira posição no seu segmento específico (furgões grandes), perder o posto para a Sprinter, da Mercedes-Benz, durante 2006. Para readquirir o primeiro lugar, a marca italiana lança agora a nova versão Fiat Ducato Minibus Longo Teto Alto para 16 ocupantes. Fabricado em Sete Lagoas (MG) desde o final de 2000, o veículo já era produzido em sete diferentes versões, entre opções para transporte de carga e passageiros. "Mas o mercado estava exigindo mais produtos. Nossos concorrentes já ofereciam modelos para passageiros com teto alto e com entreeixos maior. Também me pergunto por que demoramos para colocar esta versão no mercado, mas era preciso verificar as prioridades da nossa engenharia para termos um veículo com muita qualidade", explica o diretor de Vendas da Fiat, Lélio Ramos. O Ducato vem equipado com motor Common Rail 2.8, de injeção direta com controle eletrônico, que gera 127 cv a 3.600 rpm e 30,6 kgm de torque a 1.800 rpm. Atinge a velocidade máxima de

A linha Ducato passa a contar com oito versões entre transporte de cargas e de passageiros

150 km/h e, apesar de não divulgar o consumo, promete baixo consumo de diesel e reduzidos níveis de emissão de poluentes e ruídos. A dimensão de entreeixos utilizada (3.700 mm) é a mesma de outras versões da "família", mas tornou-se a maior da categoria, garantindo mais espaço para os ocupantes. Por sua vez, o teto alto era oferecido apenas nas versões para transporte de carga, deixando o veículo (vazio) com

2.430 mm de altura. Entre outras novidades, tem o portabagagem e as cortinas laterais (opcionais), o novo sistema de ar-condicionado central, rodas de liga leve e um nível diferenciado de acabamento. A nova versão vem ainda de série com direção hidráulica, tacógrafo, porta lateral corrediça, janela corrediça na segunda fileira

de bancos, freio a disco nas quatro rodas, apoios de cabeça nos bancos dianteiros, vidros climatizados verdes e dez saídas de ar para tornar mais eficiente a ventilação interna. Como opcionais também são oferecidos ABS, air bag para motorista e faróis de neblina, entre outros itens. Preço - O produto está disponível nas 140 concessionárias exclusivas da linha Ducato em todo o País, com preço sugerido de R$ 89.900. A expectativa é vender 1.200 unidades/ano.

32 ocupantes Divulgação

Microônibus escolar da Mercedes Mercedes apresentou modelo durante exposição de ônibus escolares em Brasília

A

Mercedes-Benz apresentou o novo microônibus para transporte escolar que utiliza o recém-lançado chassi LO 812 para transporte de até 31 alunos, além do motorista, dois a mais que a versão anterior e que continua a ser produzida. Este chassi está com maior peso bruto

O chassi LO 812 está com peso bruto total (PBT) de 8.000 quilos, 300 a mais que a versão atual desse veículo

total (PBT), de 8.000 quilos, 300 a mais que a versão atual desse veículo. Com isso o encarroçador pode obter o entreeixos de 4.500 mm, resultando em carroçarias de até 8,3 metros de comprimento. A versão escolar já conhecida do mercado, tem entreeixos de 4,25 metros e peso bruto total (PBT) de 7.700 quilos, possibilitando

a aplicação de carroçarias de 8 metros de comprimento. Outra novidade da nova versão escolar da Mercedes-Benz são os freios a disco nas 4 rodas, com acionamento pneumático e indicadores de desgaste das pastilhas, por meio do painel de instrumentos do veículo.

Com a apresentação de mais esta versão, a Mercedes-Benz amplia seu leque de veículos específicos para o transporte escolar. Além das duas opções do chassi de microônibus LO 812, a marca também oferece o miniônibus LO 712, o microônibus LO 915 e o chassi de ônibus OF 1418.


segunda-feira, 20 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Indicadores Econômicos

17/8/2007

COMÉRCIO

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2,725

reais é o valor de cada euro para venda, de acordo com a cotação da última sexta-feira.


DCARRO

SKY RED LINE

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São Paulo, segunda-feira, 20 de agosto de 2007

São Paulo, segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Um Saturn fora de série

DCARRO

Divulgação

A beleza das linhas é uma das grandes atrações do modelo da Saturn, uma subsidiária da GM nos Estados Unidos. No Brasil, só com os importadores independentes.

Dois lugares, confortável, dono de um motor bravo. É conversível que não decepciona ninguém. Acompanhe nosso teste.

ANTÔNIO FRAGA

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Saturn é uma das dez marcas que a GM tem em todo o mundo. E é justamente desta fábrica que sai um dos carros mais atraentes e agradáveis de dirigir dos EUA. O Saturn Sky Red Line é um conversível de dois lugares com design muito atraente e arrojado, além de um desempenho pra ninguém colocar defeito. Equipado com motor 2.0 litros, turboalimentado, desenvolve 264 cv a 5.300 rpm e 36,0 kgfm de 2.500 rpm. Isso faz com que este belo conversível acelere de 0 a 100 km/h em 5,5 s e ultrapasse os 220 km/h. O fabricante não divulga estes números, mas, durante a nossa avaliação, superamos

esta velocidade na pista de testes. A nossa conclusão: ninguém fica decepcionado com ele. O sistema de turbo foi acertado com a cilindrada do motor e tem intercooler do tipo air-to-air, que usa o ar fresco para, por meio de um trocador de calor, reduzir a temperatura do ar comprimido forçado através do sistema da entrada pelo turbo. A temperatura da entrada é reduzida em 100 graus centígrados, aumentando o desempenho porque um ar mais fresco é mais denso e promove uma melhor combustão. A transmissão do Sky pode ser automática de cinco velocidades, ou

manual, como no caso do modelo testado pelo seu DCarro. A tração do Saturn Sky Red Line é traseira, utilizando eixo derivado do Cadillac CTS, avaliado pela engenharia como ideal para suportar o desempenho e torque deste esportivo americano. O diferencial é do tipo antideslizante, que divide a tração igualmente entre as rodas traseiras durante condições normais, mas, nas condições de baixa tração, o torque é transferido para a roda com melhor tração. Tendo como base o inglês Vauxhall VX Lightning Concept, de 2003, o

Saturn Sky recebeu diversas modificações no Centro de Design de Michigan, nos EUA, ganhando estilo muito agressivo, mas belo e agradável. O capô, grande e comprido, abre de maneira envolvente, com dois enormes faróis encrustados. A abertura superior, para refrigeração, tem como destaque o que está se tornando uma marca registrada dos

carros da montadora americana: enorme friso cromado com o logo do fabricante no meio. Na curta e elegante traseira, destaque para as lanternas estilizadas, aerofólio pequeno e as duas enormes saídas de escape quadradas. O belo design é completado com

rodas de liga leve de 18 polegadas e pneus de alta performance. Em conjunto com a suspensão firme, proporciona estabilidade digna de carros de corrida e uma condução muito boa. Os freios a disco nas quatro rodas, com dimensões generosas, garantem tranqüilidade para este roadster.

Liberdade total - Por dentro espaço para duas pessoas e só. Bem harmonioso, o painel tem tudo o que necessita um esportivo. É completo e tem todos os comandos ao alcance das mãos. O acabamento é esmerado e todo em couro. Quando aberta a capota, ela confina-se dentro do porta-malas, que, não sendo nada de excepcional, fica praticamente inexistente. E a capota tem que estar aberta. O bonito deste modelo é a liberdade e o prazer que proporciona

o vento no rosto, não é verdade? Andando, o carro impressiona pela aceleração, posição de dirigir e, claro, pelo prazer. Lamentavalmente, foi só um dia de teste, pois um carro destes merecia mais que isso, merecia algumas semanas de sol. Só quem já viveu a delícia de um conversível pode dar valor. E quando ele associa beleza nas linhas, bom desempenho, conforto interno e a liberdade é só alegria. Infelizmente para poucos. E infelizmente, também, a GM diz que não trará este carro para o Brasil. Porta aberta para os importadores independentes.

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Nacional Empresas Comércio Exterior Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

EXCESSO DE PROCESSOS PREJUDICA EXPORTAÇÕES

Itamar Miranda/AE

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Algumas mercadorias passam até 50 dias nos portos à espera de liberação dos órgãos governamentais

Itamar Miranda/AE

BUROCRACIA E MOROSIDADE SÃO ENTRAVES À EXPORTAÇÃO 187 empresas de grande porte revelam as agruras do comércio exterior brasileiro Renato Carbonari Ibelli

A

burocracia e a mor o s i d a d e n o d esembaraço aduaneiro são os principais entraves para as empresas que realizam operações de comércio exterior, segundo pesquisa realizada pela consultoria Deloitte. De 187 empresas de grande porte ouvidas no estudo, 80% delas identificaram esses como os principais problemas. A burocracia, segundo documentos anexos ao estudo, chega a custar 10% do valor das exportações dos países em desenvolvimento. Uma das soluções para agilizar as importações e exportações apontadas pelos empresários ouvidos seria a maior abrangência de regimes aduaneiros diferenciados, como o Despacho Aduaneiro Expresso, conhecido como Linha Azul. Esse entrave, de acordo com a pesquisa, é evidenciado no tempo que as empresas levam para liberar suas mercadorias importadas ou exportadas nos portos do País. Para 68% dos entrevistados, esse processo de liberação leva entre dois e dez dias. Para 19% das empresas ouvidas, a liberação de suas cargas chega a levar de 11 a 20 dias. Segundo o estudo, mercadorias chegam a ficar paradas mais de 50 dias em alguns casos em que se exige aprovação de órgãos como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Polícia Federal, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) ou o Ministério da Agricultura. Nos aeroportos, a demora para liberação das mercadorias que entram ou saem do País também é considerada grande. Para 42% das empresas ouvidas pela Deloitte, a liberação de cargas que chegam pelo modal aéreo leva entre 6 e 10 dias. Outros 33% dos entrevistados disseram ter de

Custo: a burocracia das aduanas brasileiras consome até 10% do valor das mercadorias despachadas.

Divulgação

Castro: o isolamento dos ministérios gera a lentidão do processo.

aguardar entre 2 e 5 dias para ter suas cargas liberadas. O vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, diz que o País não tem uma política integrada de comércio exterior. Segundo ele, "cada ministério trabalha de maneira isolada, o que torna o processo de desembaraço aduaneiro lento, porque aumenta a burocracia". Castro lembra que a Câmara de Comércio Exterior (Camex) foi criada para unificar as ações e procedimentos relacionados com o comércio exterior, mas teve a função distorcida. "Como resultado disso, hoje o Mi-

nistério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior tem a missão de administrar as importações e exportações, mas não tem o poder. Já a Receita Federal tem esse poder, mas não a missão", esclarece. Fazendo negócios – O levantamento da Deloitte traz trecho da edição de 2006 do estudo "Doing Business in Bra-

Design para produto a ser vendido lá fora

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São Paulo Chamber of Commerce/Associação Comercial de São Paulo, sob os auspícios do projeto "Exporta, São Paulo", promove, no próximo dia 28 de agosto, dois workshops, em parceria com o C e n t ro S ã o P a u l o D e s i g n (CSPD), visando destacar o valor e diferencial do design de produtos de exportação. O primeiro, "A Importância do Design para Exportação", das 9h30 às 11h30, abordará os seguintes tópicos: Contexto histórico do design; Design na atualidade – definição; Marca Brasil – importância da identidade nacional e design no exterior – exemplos; Design estratégico – Design de Produto; Design gráfico – Identidade visual; Linha de apoio à micro e pequena empresa para desenvolvimento de projetos de design (Sebraetec). O segundo workshop, "Identidade Visual e Design para Artesanato", é para artesãos, com o seguinte programa: Linha de apoio a empreendedores para desenvolvimento de projetos de design (Sebraetec); Identidade visual (definições); A importância da marca para o artesanato e Cases. Informações e inscrições gratuitas pelo telefone (11) 3244-3500, com Teresa,tneuma@acsp.com.br.

zil", que traz o Banco do Brasil como co-editor. Esse documento mostra que na América Latina e no Caribe há a necessidade de, em média, oito assinaturas em documentos para liberar cada produto a ser exportado. Enquanto isso, em países europeus, e nos Estados Unidos, há a necessidade de apenas três assinaturas para cada mercadoria liberada. O documento anexo à pesquisa diz ainda que a burocracia custa 10% do valor das exportações dos países em desenvolvimento. Além disso, estima-se que cada dia de atraso no transporte da mercadoria custe 0,5% do valor da carga transportada. As greves e movimentos reivindicatórios de funcionários de órgãos aduaneiros e de fiscalização aparecem como o segundo maior entrave para o comércio exterior do País. Esse problema foi apontado por 63% dos entrevistados. Os empresários enfrentam atualmente uma paralisação de agentes aduaneiros. Desde junho, os fiscais agropecuários federais reivindicam aumento salarial. Sem os fiscais, medidas fitossanitárias nas cargas que entram no País estão demorando a ser feitas, o que tem

gerado acumulo de carga em todos os portos. O estudo também aponta medidas governamentais consideradas positivas para solucionar o problema da burocracia e morosidade nos despachos. Do total de empresas entrevistadas, 83% consideraram o Linha Azul como opção importante para a evolução do comércio exterior. No entanto, 16% das empresas ouvidas ainda desconheciam esse regime aduaneiro, criado em 1998 pela Secretaria da Receita Federal. O Linha Azul prevê que a conferência das mercadorias das empresas cadastradas no regime seja concluída em até oito horas, no caso dos portos, ou em até quatro horas, nos demais recintos alfandegários. Mas esse regime aduaneiro só tem ganhado a adesão das grandes empresas. Isso por causa das exigências do regime, que impede a participação de empresas com pendências junto à Receita nos três anos anteriores ao pedido de adesão. A empresa também deve ter comercializado com o exterior um volume mínimo de R$ 10 milhões no ano anterior ao pedido de adesão.

N gócios

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Ainda assim, esses regimes diferenciados, segundo o estudo, parecem ser o caminho para a expansão do comércio exterior brasileiro. Mais da metade dos entrevistados (58%) disse que exportou nos últimos três anos beneficiados por regimes especiais aduaneiros. O Linha Azul é usado atualmente por 12% das companhias ouvidas pelo levantamento. Universo – A pesquisa da Deloitte foi realizada com executivos de 187 empresas, das quais 63% são de capital nacional. Juntas, todas as empresas participantes do estudo faturaram R$ 43,2 bilhões em 2006. A exportação é pratica de 99% das empresas entrevistadas, sendo que 88% delas realizam tanto exportação quanto importação. A média movimentada por corporação no ano passado, exclusivamente com c o m é r c i o e x t e r i o r, f o i d e R$ 164,5 milhões. As companhias ouvidas são de diversos segmentos da economia nacional, com destaque para o de siderurgia, metalurgia e organizações de produtos químicos e petroquímicas. Individualmente, cada um desses segmentos participou com 13% da amostra pesquisada.

Missão à Costa Rica: inscrições abertas.

oportunidades N

Seminário na ACSP sobre negócios com a China

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São Paulo Chamber of Commerce/Associação Comercial de São Paulo promove dia 29, a partir das 9 horas, o seminário "China: Oportunidades de Negócios", quando será lançada a missão comercial que a entidade organiza àquele país, no mês de dezembro. O evento tem o seguinte programa: 9h30 – Abertura e apresentação da SPCC – vice-presidente Luiz Roberto Gonçalves 9h40 – Cônsul EconômicoComercial da China em São Paulo – Lu Yuzhong 9h45 – A Secretaria de Relações Internacionais municipal 9h50 – Ambiente econômico e legal da China para negócios – Diretor do China Desk – KPMG, Hsieh Yuan

10h15 – As cidades de Shenzhen e Guangzou – Paul Liu, presidente executivo da Câmara Brasil-China de Desenvolvimento Econômico 10h30 – Macau como plataforma de negócios – Júlio Branco, diretor do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) 10h45 - Hong Kong como plataforma de negócios – Marina Barros, diretora executiva do Hong Kong Trade Development Council 11h – A missão ao Sul da China em dezembro O evento será na Rua Boa Vista, 51. Inscrição, gratuita, pelos telefones (11) 3244-3182, e 3244-3127, com Glória (gkang@acsp.com.br) e Rebeca (rsilva@acsp.com.br).

Departamento de Comércio Exterior da Associação Comercial Gerente: Sidnei Docal R. Boa Vista, 51— Telefones: 3244-3500 e 3244-3397

uma iniciativa da Câmara de Comércio Exterior Brasil-Costa Rica de São Paulo, em acordo com o Procomer, daquele país, será organizada a Missão Comercial Compradores 2007, simultaneamente à XI Feira Multisetorial de Costa Rica (www.procomer.com/compradores/pasadas.html), entre 11 e 14 de setembro, em San José. Os principais setores expostos na feira serão Agrícola e Agro-industrial, Metalmecânica, Construção Civil, Industrial, Químico-Farmacêutico, Têxteis, Confecção, Artesanato, Madeira, Veterinário e Tecnologia de Comunicação e Informação. A Câmara obteve benefícios com o Ministério de Comércio Exterior da Costa Rica para os empresários brasileiros participarem do encontro, tais como custeio das despesas de estadia e alimentação e ainda um tour grátis para uma região daquele país. A recomendação do Presidente da Câmara é para que os interessados se manifestem com a maior brevidade, visando garantir o atendimento e providências de reserva de passagens e hotéis. Inscrições e informações, em São Paulo, pelos telefones (11) 3463-4143, 3362-2799 e 7248-6532.


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DCARRO

São Paulo, segunda-feira, 20 de agosto de 2007

MERCADO

QUESTÃO DE SEGURANÇA

Preço do usado sobe depois de 25 meses A alta foi de 0,08% no mês passado. A última tinha sido em maio de 2005. AGÊNCIA AUTOINFORME

mulando um período de 19 meses, entre janeiro de 2006 e julho de 2007, a queda média do usado é de 11,86%. No mês passado, os carros da marca Renault ficaram 0,73% mais baratos, seguidos pelos da Peugeot, com decréscimo de 0,51%. Já os modelos das marcas líderes do mercado brasileiro ficaram mais caros. Os da Chevrolet subiram 1,06%; os da Ford, 0,48%; Fiat, 0,47%; e Volks, 0,16%. Confira na tabela.

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ela primeira vez em vinte e cinco meses o carro usado ficou mais caro. Mesmo assim a alta foi irrisória. Pesquisa AutoInforme/Molicar apurou ligeiro acréscimo de 0,08% em julho, um índice baixo mas que modifica a trajetória dos últimos dois anos. A última vez que o preço do usado subiu foi em maio de 2005. Naquela oportunidade houve aumento de 0,65%. Para Cláudio De Simone, responsável pela pesquisa, a pequena oscilação para cima não indica necessariamente uma mudança na tendência atual de decréscimo no preço. "É precipitado dizer que se trata de uma inversão nesta trajetória. Primeiro porque a redução foi insignificante, de apenas 0,08%, e depois porque é preciso um período maior, de três ou quatro meses, para considerarmos uma alteração de comportamento do mercado", disse Cláudio. O pesquisador, no entanto, considera difícil novas valorizações de preços nos próximos meses, porque com a facilidade de aquisição do carro zero-quilômetro a tendência é o aumento do número de oferta do carro usado e a conseqüente desvalorização.

Nacionais x importados - Em julho os carros de fabricação local subiram 0,14% e

os importados caíram 0,37%. Isolando apenas os carros de passeio nacionais, a alta foi um pouco maior, 0,29%. Considerando o ano todo, a maior desvalorização também é dos importados. De janeiro a julho eles ficaram 10,30% mais baratos. Já os nacionais registraram queda de 4,08%. Em 2006, os carros usados fecharam o ano com decréscimo de 7,2% nos preços. Acu-

Vendas - O mercado de usados tem se mantido com preços atrativos por causa do forte aquecimento nas vendas de novos, o que vem gerando maior oferta por conta das trocas. Várias montadoras têm batido recordes de produção e de vendas. A Renault do Brasil, por exemplo, comemora a chegada do sedan Logan com um crescimento de 29% nas suas vendas globais de janeiro a julho de 2007 comparadas ao mesmo período de 2006. A montadora francesa licenciou nos sete meses desse ano 35.964 carros ante os 27.794 do mesmo período de 2006. A entrada do Logan no seu catálogo elevou a demanda por produtos da marca em 21,5% em julho com relação a junho. Foram vendidas 5.064 unidades, sendo que 1.215 são do Logan, um volume expressivo considerando que foram apenas 15 dias de vendas. Com esse bom desempenho, a Renault espera superar o número previsto de 1.500 unidades/mês.

Recall: alvo de audiência pública

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Comissão de Viação e Transportes da Câmara vai promover audiência pública para discutir o alto índice de recall de veículos no País. Desde 1996, mais de 5 milhões de carros vendidos no mercado brasileiro foram convocados pelas montadoras para reparar defeitos de fabricação. O problema é que, conforme as montadoras, apenas 50% dos proprietários levaram o carro para as correções necessárias. Assim, o que vemos são cerca de 2,5 milhões de veículos rodando nas nossas ruas , avenidas e com algum problema sério de segurança. O deputado Hugo Leal, que foi diretor do Detran-RJ e é vice-presidente da Comissão de Transportes da Câmara acha que os avisos das montadoras são insuficientes. E que é necessário criar instrumento mais eficiente para informar o dono do veículo a fazer o reparo. Nos últimos dois meses, cinco montadoras fizeram recall de modelos 2007. Foram mais de cinco mil veículos da Fiat, GM, Citroën, Ford e DaimlerChrysler. Você pode verificar se o seu carro foi chamado por causa de defeito de fábrica no site www.estradas.com.br. O Código de Defesa do Consumidor determina que não há prazo de vencimento para recall.

EM ALTA

Manutenção está mais cara em 2007 Inflação do Carro teve alta de 2,36% até julho. Os preços do balanceamento, filtro de óleo e embreagem subiram.

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custo de vida no País subiu 1,74% de janeiro a julho deste ano, conforme apurou a Fundação Getúlio Vargas no IGPM, o índice geral de preços de mercado. Quer dizer: viver ficou 1,74% mais caro! Mas quem tem carro sofreu ainda mais, pois o IMC – Índice de Manutenção do Carro, da Agência AutoInforme, ficou bem mais alto no período, subindo 2,36%. Vários itens da cesta de produtos e serviços do IMC – mais conhecido como Inflação do Carro apresentaram altas expressivas nos sete primeiros meses do ano. O balanceamento, por exemplo, ficou 19% mais caro. Na cesta de peças, o item

que mais encareceu foi o filtro de óleo (14,4%). O kit embreagem teve o preço elevado em 12,52%. Surpresa boa - Em contrapartida, o motorista também foi surpreendido na hora de trocar a correia dentada. Mas com uma boa notícia: o item ficou 15% mais barato no ano. Também teve queda, de 4,9% na média, o custo com a compra do óleo de motor. Além dos itens de peças e serviços, outro produto importante na composição do IMC que teve queda expressiva foi o álcool combustível, que ficou 8,16% mais barato no acumulado do ano.


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DCARRO

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PESADOS Divulgação

DCARRO POR AÍ

O POTENCIAL DA LOCAÇÃO DE VEÍCULOS

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eneral Motors, Honda, Volkswagen, Kia, Renault, Fiat e Toyota participaram do VIII Salão Nacional da Indústria do Aluguel de Automóveis, realizado nos dias 14 e 15 passados no Transamérica Expo Center, em São Paulo. Promovido pela Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla), o evento comemorou resultados recordes do setor no Brasil. O faturamento chegou a R$ 3,17 bilhões no ano passado, com

crescimento de 8,96% sobre o resultado de 2005. As empresas contribuíram com R$ 941 milhões em impostos, atendendo mais de 14 milhões de usuários. Paralelamente ao salão foi realizado um fórum que debateu a qualificação profissional e a certificação empresarial na área de locação. O presidente da Abla, José Adriano Donzelli, disse, na ocasião, que os preços estáveis têm contribuído para a expansão do setor no Brasil.

GOODYEAR AGORA NO 0800 725PNEU

ESCOLA FORMARE DA MAGNETI MARELLI

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ara facilitar a vida de seus consumidores, o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da Goodyear decidiu mudar seu número de telefone. Seguindo a tendência de inovação do mercado, e com o objetivo de agilizar o acesso às informações sobre os produtos da marca, o novo SAC utiliza o sistema alfanumérico. "Se Goodyear é sinônimo de pneu, o telefone também tinha que ser", afirma a campanha de divulgação sobre as recentes alterações. Agora, o SAC atende pelo número 0800 725PNEU, o equivalente a 0800 7257638.

unidade Escapamentos do Grupo Magneti Marelli, inaugurou no dia 15 sua primeira Escola Formare, em Amparo, no interior paulista. O curso, com duração de um ano, beneficiará 20 jovens de baixa renda da cidade, englobando aulas teóricas e práticas dentro da própria empresa. Os alunos receberão uma série de benefícios, como material escolar, bolsa auxílio de meio salário mínimo, transporte, refeições, assistências médica e odontológica. Ao final receberão certificado como "Operador de manufatura de produtos em metal e serviços”.

CONEXÃO SEM CD PLAYER

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Stetsom está comercializando a partir deste mês o amplificador TH 2030, que permite ouvir o som do seu carro por um MP3, iPod ou outro produto portátil similar, sem a instalação de CD Player, que deve ser feita nos falantes originais. A conexão com o equipamento portátil acontece por um fio de conexão P2-RCA. Este cabo é ligado ao amplificador e na saída do fone de ouvido. O equipamento possui potência de 225 W PMPO e potência RMS estéreo em 4 ohms de 2 x 20 W ou em 2 ohms de 2 x 30 W.

O modelo vem equipado com motor de 367 cavalos de potência

Novos modelos Constellation A VW lança três versões com o novo motor NGD 370

SEM CONSUMIR

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BATERIA

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ara quem quer equipar o carro com DVD Player ou ampliar o seu som com módulos de potência, a Nodaji acaba de lançar no mercado uma fonte de alimentação com 700 Watts de potência, que dispensa o uso da bateria. Compacta e de fácil instalação, a fonte, além de eliminar ruídos, proporciona melhor qualidade no som do automóvel. O usuário pode escolher como a fonte deve ser alimentada em 110 ou 220 Volts. O produto chega ao mercado com preço sugerido de R$ 660.

Kasinski, empresa nacional fabricante de motocicletas, acaba de colocar no mercado a sua linha 2008. Os modelos apresentam novidades no grafismo, modificações em alguns itens e o mesmo preço da linha anterior. Um dos destaques do lançamento é a

Comet 250 (foto) com o quadro e o aro na cor preta, o que lhe garantiu maior esportividade. O modelo, desenvolvido para motociclistas que buscam alto desempenho tanto em cidades quanto em estradas, tem potência de 32,5 cv e preço sugerido de R$ 14.266.

Divulgação

KASINSKI LANÇA LINHA 2008

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linha de caminhões Constellation acaba de ganhar três novos modelos: VW 19.370, VW 25.370 e VW 31.370. A grande novidade é a chegada do motor NGD 370, com 367 cavalos de potência e diversas inovações tecnológicas. Desenvolvido pela Volkswagen Caminhões e Ônibus em parceria com a MWM International, é utilizado nas versões cavalo mecânico 4x2, cavalo mecânico 6x2 e chassi rígido 6x4. A linha Constellation passa a ter, agora, nove modelos básicos de 13 a 57 toneladas de peso bruto total, podendo ser adquiridos com cabines tanto na versão leito como estendida. Com este lançamento, a marca se coloca num novo segmento intermediário, entre 300 e 400 cavalos de potência, buscando atingir novas faixas deste importante mercado. Segundo a montadora, o motor VW NGD 370 é mais leve que seus competidores diretos e possui características inovadoras para o segmento de caminhões pesados. O alto torque "plano" em baixa rotação é auxiliado por um turbocompressor de geometria variável, chamado Multi Turbo System (MTS). A nova motorização conta, ainda, com o exclusivo sistema de injeção Hydraulic

Electronic Unit Injector – (HEUI) de alta pressão, com injetores digitais eletro-hidráulicos e alta durabilidade, desenvolvido pela empresa parceira Siemens/VDO.


Mundial Sub-17 Sul-Americana Seleção Europeus

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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BRASIL PEGA A ARGÉLIA NA QUARTA-FEIRA

AS FERAS DE VOLTA A Com Kaká e Ronaldinho, Dunga comanda a Seleção diante da Argélia

volta de Kaká e Ronaldinho Gaúcho é a principal atração da Seleção Brasileira para o amistoso desta quarta-feira contra a Argélia, em Montepellier, na França. Será a primeira vez que Dunga comanda a equipe após a conquista da Copa América, da qual os dois astros pediram dispensa. O técnico já pensa na montagem da equipe que, a partir de outubro, começa a disputar as Eliminatórias, e sabe que não pode abrir mão dos dois craques, embora tenha se chateado com o duplo pedido de férias. Mais uma vez, no entanto, Dunga quase não terá tempo para trabalhar com o time. Ele viajaria ontem à noite ao lado dos quatro jogadores que atuam no Brasil: o lateral-esquerdo Kléber, do Santos, o volante Josué, exSão Paulo, e os zagueiros tricolores Alex Silva e Miranda - este chamado ontem para o lugar do contundido

Lúcio. Outro jogador cortado foi o lateral Gilberto, do Hertha Berlim, mas a CBF não anunciou substituto. Com o calendário apertado, Dunga só comandará um treino, amanhã, às 12h (de Brasília). O time já havia perdido por contusão dois zagueiros, Juan, da Roma, e Luisão, do Benfica Thiago Silva, do Fluminense, poderá fazer sua estréia na Seleção. Montpellier, a sede do jogo, no sul da França, não anda muito empolgada com o futebol, já que o clube que leva o nome da cidade - que teve nos anos 80 os serviços do zagueiro brasileiro Júlio César - está na segunda divisão. Mesmo assim, o jogo do Brasil contra a Argélia deve lotar o Estádio de Moisson, pois a região tem muitos imigrantes argelinos e também alguns brasileiros. “Vem gente de todos os locais da Europa”, afirmou a brasileira Daniele Souza, que há cinco anos vive na região.

SUL-AMERICANA Bota e Corinthians estréiam otafogo e Corinthians se enfrentam nesta quarta, no Maracanã, pela fase preliminar da Copa Sul-Americana. O jogo de volta é em 12 de setembro, mesmo dia em que Vasco e Atlético-PR decidem uma vaga - o time carioca fez 4 a 2 em Curitiba. Os dois primeiros brasi-

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Adrian Dennis/AFP

Wilton Junior/AE

Beckham ameaçado

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Já virou ídolo

eovanni não precisou de mais que três jogos, e dois gols, para se tornar ídolo da pequena e fanática torcida do Manchester City. Na verdade, bastaria um gol, o de ontem, que deu ao time a vitória por 1 a 0 sobre o Manchester United, “primo rico” e rival mais odiado pela torcida, apesar do abismo financeiro e técnico que separa os clubes. Mais do que um gol especial, no entanto, o de ontem garantiu ao time de Geovanni e tam-

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bém de Elano uma improvável liderança do Campeonato Inglês, como único time com 9 pontos e 100% de aproveitamento nas primeiras rodadas. O milionário Chelsea caiu para a vice-liderança, depois de apenas empatar em casa com o rival Liverpool por 1 a 1. O poderoso United, que quer o bi, somou apenas dois pontos nas três primeiras rodadas e está em 16º lugar. O Arsenal, com 4 pontos em duas partidas, é o sétimo.

Sevilla afunda o Real

om dois gols do volante brasileiro Renato e três do atacante malinês Kanouté, o Sevilla venceu o Real Madrid por 5 a 3, dentro do Santiago Bernabéu, e ficou com o título da Supercopa da Espanha - já havia vencido em casa por 1 a 0. Renato abriu o placar e o holandês Drenthe, recém-contratado, empatou. Renato e Kanouté, de pênalti, ampliaram, e Cannavaro reduziu no fim do

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primeiro tempo. Sergio Ramos empatou aos 33 da etapa final, mas a torcida do Real nem pôde festejar: Kanouté marcou de novo, aos 35 e aos 45, antes de o brasileiro Pepe, outro reforço do Real, ser expulso. Na Itália, também foi o campeão da Copa que derrotou o melhor da liga na Supercopa: com um gol de pênalti cobrado por De Rossi, a Roma venceu a Inter por 1 a 0, em Milão, e ficou com a taça.

Nick Laham/AFP

Geovanni festeja gol da vitória do Manchester City sobre o maior rival

ão é das mais felizes a fase de David Beckham. Ele estreou como titular do Los Angeles Galaxy no sábado, uma derrota da equipe por 5 a 4 para o New York Red Bulls, em New Jersey, e soube ontem que pode estar na mira da organização terrorista Al Qaeda. Segundo o tablóide News Of The World, o craque e outros dois ídolos do futebol inglês, os atacantes Wayne Rooney (Manchester United) e Thierry Henry (Barcelona, ex-Arsenal), aparecem num vídeo que foi divulgado na internet com mensagens críticas - no caso do meia que foi para os Estados Unidos, o narrador, que seria um dos líderes da Al Qaeda, questiona: “O que você foi fazer entre os perdedores?” As images em campo são alternadas com cenas de mortos em campo de batalha e cemitérios. Um especialista diz não ter dúvidas de que os craques estão sendo ameaçados pelos terroristas e sob risco real de ataques. Em campo, Beckham até que foi bem, e deu três assistências certeiras, mas não conseguiu conduzir sua equipe à vitória num jogo emocionante. O Galaxy não vai bem das pernas na liga norte-americana: com 14 pontos em 16 jogos, é o quinto colocado no Grupo Oeste e corre o risco de ficar de fora da fase decisiva.

leiros classificados para a fase internacional saem nesta semana. Na quarta, Cruzeiro e Goiás jogam no Mineirão - os goianos venceram em casa por 2 a 0. Na quinta, o São Paulo pega o Figueirense com a vantagem de empate até 1 a 1, depois do 2 a 2 em Florianópolis.

gols marcou a seleção brasileira nos 17 jogos já realizados sob o comando de Dunga

SUB-17 Divulgação

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Vitória fácil com gol a jato

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abinho (foto), atacante do Internacional, tornou-se no sábado o autor do gol mais rápido da história numa competição da Fifa, ao marcar a 9 segundos do jogo do Brasil contra a Nova Zelândia, pela primeira rodada do Mundial Sub-17, em Jeju, na Coréia do Sul. “Trabalhei duro e consegui a recompensa bem cedo”, festejou o jovem craque. O recorde anterior era do turco Hakan Sukur, que marcou a 11 segundos na decisão do terceiro lugar da Copa de 2002, 3 a 2 para a Turquia contra a anfitriã Coréia, em Daegu - o país parece predestinado a ver gols-relâmpago. O Brasil passou pela Nova Zelândia com facilidade, 7 a 0. Lázaro e Giuliano marcaram ainda no primeiro tempo, e Fábio, Alex, Lulinha (de pênalti) e Júnior completaram na etapa final. A seleção sub-17 volta a campo amanhã, às 8h (de Brasília), contra a Coréia de Norte, e na madrugada de quarta para quinta pega a Inglaterra.


Basquete Tênis Vôlei Parapan

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 20 de agosto de 2007 Sergio Moraes/Reuters

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BRASIL PERDE PRIMEIRA NO GRAND PRIX

Para quem gosta de comparação, tive o mesmo desempenho do Thiago Pereira.” André Brasil, nadador do Parapan

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ão há muito tempo para lamentar: o Brasil estréia na madrugada de terça para quarta-feira na fase final do Grand Prix, sob o peso de uma derrota para a Itália, em Taiwan, na última partida da etapa de classificação: 3 a 1, p a rc i a i s d e 2 5 / 2 0 , 2 5 / 2 1 , 15/25 e 25/22. Apesar da perda de invencibilidade, o Brasil terminou com a melhor campanha da etapa inicial, com oito vitórias e uma derrota. A Polônia será o primeiro adversário na etapa final, em Ningbo, na China, às 2h30 de quarta (de Brasília), com transmissão do SporTV. Depois, o Brasil enfrenta Rússia, Holanda, Itália e China, num hexagonal por pontos corridos em que o melhor será o campeão. Desses rivais, a seleção pegou apenas Holanda (duas vitórias) e Itália (uma vitória e uma derrota). O Brasil busca seu sétimo

Classificado para a etapa final do Grand Prix, o Brasil perdeu da Itália no último jogo da fase de classificação

título - venceu em 1994, 1996, 1998, 2004, 2005 e 2006. “A Itália soube apresentar um jogo eficiente nos momentos decisivos”, disse o técnico José Roberto Guimarães. “Nós tivemos um aproveitamento melhor no passe, mas perdemos muitos contra-ataques.” A líbero Fabi, consciente, admite que o Brasil deixou a desejar: “Não jogamos bem e esperamos que sirva como lição para a fase final”. A boa notícia para o Brasil ficou por conta da volta da atacante Paula Pequeno, que não havia jogado nas partidas anteriores em Taiwan, contra as donas da casa e a República Dominicana, por causa de uma contusão nas costas. “Não senti dor nenhuma e estou recuperada. Este jogo contra a Itália foi bom, apesar da derrota, porque serviu como parâmetro do que será a próxima fase”, afirmou a atacante.

Embalados para Pequim

Em busca do tricampeonato

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uliana e Larissa ficaram mais perto de chegar ao tricampeonato do Circuito Mundial de Vôlei de Praia, depois do título da etapa de Aland, na Finlândia, conquistado no último sábado. Elas ocupam agora o segundo lugar na disputa, com 6.320 pontos, contra 6.740 das chinesas Jia Tian e Jie Wang, a quem venceram por 21/19 e 21/15 na final. “Nossa meta é o título e vamos tentar buscar”, avisa Juliana. Entre os homens, o título também ficou com o Brasil: Pedro Solberg e Harley bateram os alemães Reckermann e Urbatzka por duplo 21/18 e ocupam a quinta posição no ranking liderado por Ricardo e Emanuel, que não jogaram nesta semana.

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O Brasil de Leandrinho conquistou torneio preparatório para o Pré-Olímpico, que começa na quarta-feira

Porto Rico, por 79 a 67. Brasileiros, canadenses e argentinos terminaram empatados, com duas vitórias e uma derota, e a equipe de Lula ficou com o título no saldo. Nesta quarta, será novamente o Canadá o primeiro adversário do Brasil, às 21h30 (de Brasília), com transmissão do SporTV2. Na primeira fase, o Brasil enfrenta ainda Venezuela (sexta), Ilhas Virgens (sábado) e EUA (domingo) - os quatro primeiros de cada chave vão para a segunda fase. Até o jogo contra o Brasil, os norte-americanos , que contam com craques da NBA como LeBron James e Kobe Bryant, deve estar jogando melhor do que ontem, quando perderam um jogo-treino para um time de novatos.

John Sommers II/Reuters

Federer volta ao seu lugar, o topo

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oger Federer conquistou ontem seu 50º título como de sua carreira como tenista profissional: atropelou o norte-americano James Blake por 6/1 e 6/4, em pouco mais de uma hora, na decisão do Masters Series de Cincinnati. Aos 26 anos, ele faturou seu 14º título na série, que só perde em importância para os Grand Slam, embolsou mais US$ 400 mil, ampliou sua vantagem sobre Rafael Nadal na liderança do ranking e confirmou a condição de favorito ao tetra no US Open.

”Foi uma grande semana para mim e estou realmente empolgado com a disputa do US Open”, disse sobre o torneio que começa na próxima segunda-feira. Na semana passada, ele havia caído na final do Masters Series de Montreal diante do sérvio Novak Djokovic, mas mostrou que ainda está longe de ter o trono ameaçado. “Estava indo bem desde o começo do torneio. Até encontrar Roger pela frente”, lamentou Blake, após sua sétima derrota em sete jogos contra Federer.

asey Stoner conquistou ontem, na República Checa, sua sétima vitória em 12 provas no Mundial de MotoGP, e abriu 60 pontos de vantagem para o italiano Valentino Rossi, que chegou em sétimo. “Não estou satisfeito. Quero vencer mais”, diz o abusado australiano. O brasileiro Alexandre Barros terminou em nono e está em décimo no geral. O próximo GP é o de San Marino, no dia 2 de setembro.

Suíço conquistou o Masters Series de Cincinnati com vitória tranqüila sobre o norte-americano James Blake

Gaspar Nóbrega/AE

Sergio Moraes/Reuters

Clodoaldo e suas oito medalhas, e a festa do time de vôlei sentado: para cada um dos 228 pódios brasileiros, uma história vencedora

técnico Amauri Ribeiro, campeão olímpico em Barcelona92 e prata em Los Angeles-84, que comanda um time com atletas que não têm pelo menos um dos membros inferiores.

Stoner com a mão na taça

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Medalhas e superação

ma semana de disputas, 228 medalhas para o Brasil e milhares de histórias de superação: foi esse o saldo dos Jogos ParapanAmericanos, que foram encerrados ontem com mais algumas boas vitórias para o País. Uma das medalhas de ouro mais comemoradas - e inesperadas - foi no vôlei sentado masculino, com uma emocionante vitória sobre os Estados Unidos por 3 a 2 (26/24, 21/25, 22/25, 25/20 e 15/9), em quase duas horas e meia de um jogo em que o apoio da torcida foi fundamental para superar uma equipe mais forte tecnicamente. “É algo maravilhoso porque estarmos falando de um esporte novo, muita gente nem sabe que existe”, vibrou o

Petr Josek/Reuters

Ana Martinez/Reuters

ada como um título p a r a a n i m a r o a mbiente. E, por apenas um ponto, a seleção masculina de basquete conquistou no sábado a Copa Tuto Marchand, em Porto Rico, e parte embalada para o Pré-Olímpico de Las Vegas, que começa nesta quarta-feira e vale duas vagas na Olimpíada de Pequim. “A conquista é muito importante porque aumenta o moral do grupo para a caminhada final em busca da vaga para a Olimpíada”, afirmou o técnico Lula Ferreira, que no jogo decisivo, contra o Canadá - vitória por 74 a 61 -, escalou pela primeira vez Nenê e Leandrinho, que só vinham treinando. O Brasil estreou no torneio com derrota para a Argentina, por 75 a 67, e venceu depois

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SINAL AMARELO

Outra vitória emocionante ontem foi no futebol de 5, para cegos: 1 a 0 sobre a rival Argentina na decisão - assim como no vôlei, ouro que valeu vaga na Paraolimpíada de Pequim. “É

indescritível fazer o gol da vitória. Esperamos que essa medalha nos consiga um patrocínio”, afirmou Severino Gabriel, o Bil, que marcou com um belo chute de esquerda.

No último dia do atletismo, as mulheres brilharam, com destaque para as velocistas Teresinha Guilhermino e Ádria Santos, que conquistaram ouro e prata na final dos 400 metros rasos, classe T11 (para cegos). Ádria ganhou outra prata, nos 800 metros, atrás de Sirlene Guilhermino. Na natação, brilharam André Brasil, com seis ouros, uma prata e um bronze; o veterano astro Clodoaldo Silva, com sete ouros e uma prata; e o novato Daniel Dias, com oito medalhas de ouro. Graças ao desempenho e ao suor de estrelas como eles, o Brasil liderou o quadro de medalhas, com 83 de ouro, 68 de prata, e 77 de bronze, bem à frente dos papões Canadá e Estados Unidos.

CLASSIFICAÇÃO: 1. Stoner (AUS), 246; 2. Rossi (ITA), 186; 3. Pedrosa (ESP), 168; 4. Vermeulen (AUS), 124; 5. John Hopkins (EUA), 124; 6. Melandri (ITA), 113; 7. Edwards (EUA), 93; 8. Hayden (EUA), 89; 9. Capirossi (ITA), 87; 10. Barros (BRA), 83.

Cacá Bueno vence 1ª no ano

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acá Bueno venceu ontem a sexta etapa da Stock Car, disputada em Santa Cruz do Sul (RS), e assumiu a liderança da categoria, da qual é o atual campeão, com 82 pontos - de quebra, ao lado de Thiago Camilo e Ricardo Maurício, a classificação para os playoffs, que decidirão o título entre os 10 melhores nas primeiras nove provas. Luciano Burti foi o segundo na prova gaúcha, seguido por Enrique Bernoldi. CLASSIFICAÇÃO: 1. Cacá Bueno, 82; 2. Thiago Camilo, 77; 3. Ricardo Maurício, 73; 4. Ingo Hoffmann, 51; 5. Felipe Maluhy, 44; 6. Rodrigo Sperafico, 42; 7. Antonio Jorge Neto e Marcos Gomes, 41; 9. Luciano Burti, 38; 10. Daniel Serra, 37.


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São Paulo, segunda-feira, 20 de agosto de 2007

UM SONHO DE CARRO? ANTÔNIO FRAGA

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marca mais famosa e exclusiva de carros de luxo do mundo, RollsRoyce, lança o segundo modelo desde que foi adquirida pela BMW, em 1998. Na verdade, é o conversível do seu sedan de luxo, com várias modificações, incluindo o tamanho. O carro é tão grande que, mesmo com seu entreeixo encurtado em 25 cm, o espaço interno não foi alterado. E ficou até mais elegante. O Rolls-Royce Phantom Drophead Coupé é um conversível acima da média em tudo. O motor, um V12 de 460 cv, trabalha em harmonia com o câmbio automático de seis velocidades. Projetado para oferecer o que há de melhor em conforto, requinte, status e prazer aos seus sortudos ocupantes, o modelo não destoa da diretriz adotada desde a fundação da marca há mais de cem anos. Qualquer carro produzido na fábrica de Goodwood, Inglaterra, tem que ser superior a qualquer outro na face da terra. E é, com acabamento excepcional e luxo, mas muito luxo mesmo.

Se chegar ao Brasil, ele vai virar sonho de muita gente. Um sonho conversível, por R$ 2,5 milhões.

Divulgação

Capota com cashmere Ainda que encurtado, as diEle é alguns centímetros mais mensões assustam. São 5,6 mecurto que o sedan. Mas tros de comprimento e quase quem presta atenção nisso? dois de largura, medidas que não destoam pela relação de altura, aproximadamente duas vezes o tamanho das rodas. Pasmem, a capota retrátil é em lona. Mas não uma qualquer. Ela recebe cinco películas protetoras e revestimento em cashmere. Um abuso. Não foram adotados os tetos rígidos removíveis, como em outros carros, porque, na opinião de Ian Cameron, chefe de design da marca, "não há nada mais romântico do que viajar à noite em um conversível com a chuva tamborilando na capota de lona". Quem já andou, sabe que isto é verdade. O conversível é uma obra de arte sobre rodas. O material utilizado em um RollsRoyce é inimaginável em qualquer outro carro: madeiras, couros, elementos cromados e estofados são à prova d'água. Na produção do modelo sem alterações pedidas pelo comprador (a marca inglesa também faz o carro ao gosto do freguês) são gastas 350 horas de trabalho artesanal. Todo item é rigorosamente cuidado. O sistema de abertura e fechamento da capota possui mais de 30 peças. O de som, sai de 15 alto-falantes. Demais! Os assentos traseiros circundam os cantos e se prolongam pelas laterais da cabine. Ele é tão exclusivo que, entre os seus futuros proprietários, a fábrica calcula que 50% já tenham um Phantom além de, no mínimo, outros oito carros de altíssimo valor. O modelo custa 480 mil euros, cerca de R$ 2,5 milhões, já contando com os impostos. São produzidos 200 carros e a espera é superior a seis meses, por isso, tenha paciência.

Em decisão pioneira da indústria automotiva mundial, a Audi decidiu utilizar lâmpadas periféricas brancas LED – diodos emissores de luz - nos faróis de uso diurno. O modelo escolhido foi o Audi R8, mas a empresa já antecipa que o Audi Q7 V12 TDI, apresentado no início deste ano no Detroit Motor Show, também será beneficiado com esta tecnologia. Comum no setor desde 1992, o sistema LED tinha o uso limitado até agora às lanternas traseiras, sinaleiras e luzes de freio. Segundo a fabricante alemã, cada unidade de farol dianteiro equipado com LED possui um total de 54 fontes de iluminação, que funcionam agrupadas de acordo com as necessidades de cada momento. O grande benefício para o usuário é a perfeita distribuição e brilho da luz emitida pelo farol.

Divulgação

Sistema LED nos faróis, a novidade da Audi

O primeiro modelo a incorporar a tecnologia nos faróis de uso diurno foi o Audi R8. O próximo será o Q7 V12 TDI.


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O filme de Antonioni mudou minha percepção do cinema, e o mundo ao meu redor, e fez com que ambos parecessem sem limites.

AFP - 19/01/07

Do cineasta norte-americano Martin Scorsese sobre A Aventura, do italiano Michelangelo Antonioni, falecido recentemente, no jornal The New York Times.

www.dcomercio.com.br/logo/

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

AGOSTO

2 - LOGO

20 Dia da Infância

I NTERNET T RANSPORTE

Brasil fala pelo MSN

Metrô mais barato no fim de semana

País tem o maior número de usuários do programa da Microsoft em todo o mundo

D

esde o fim de julho, o Brasil é o país com a maior comunidade de usuários de MSN Messenger do mundo. O Brasil do MSN tem 30,5 milhões de internautas, o equivalente a 11,4% dos usuários do programa da Microsoft em todo o mundo. Três em cada quatro internautas

brasileiros usam o programa. "O MSN tornou-se o padrão de comunicação brasileiro, um êxito que continua em curva ascendente", diz o vice-presidente sênior da Divisão de Serviços Online da Microsoft, Steve Berkowitz, que esteve no Brasil na semana passada. Nos EUA, os programas de comunicação ins-

tantânea do Yahoo! e da AOL são preferidos pelos usuários. Com a preferência pelo MSN, o Brasil assegura à Microsoft uma das cinco melhores receitas publicitárias do mundo. No Brasil, o programa é veículo de anúncios de 19 anunciantes com ícones fixos, marcas como CocaCola, Banco Real e Skol.

Antonio Milena/AE

A marca do 11 de setembro O novo nome, logo [acima] e identidade do memorial e museu do 11 de Setembro foram divulgados na semana passada. O novo nome do local será Memorial Nacional do 11 de Setembro do World Trade Center. O edifício ocupará o local antes ocupado pelas torres gêmeas, derrubadas no atentado. Uma barra de aço que ficará exposta no local será usada na construção do prédio. Também foi criado um website para o memorial. Segundo o presidente e CEO do memorial, Joe Daniels, a intenção é garantir que o atentado terrorista fique presente na memória das novas gerações.

J APÃO Kazuhiro Nogi/AFP

L

No jardim botânico de Nagóia, menino posa em cima de uma Victoria cruziana, planta da mesma família da vitória-régia da Amazônia. Ambas podem suportar até 40 quilos e medir até 2,5 metros de diâmetro.

Í NDIA

Elefantes com foto no RG Grupos de proteção ao meio ambiente criaram cartões de identificação individuais com fotos para elefantes selvagens machos do sul da Índia para acompanhar os efeitos da caça da espécie. Ao identificar individualmente os animais, os pesquisadores esperam ter uma idéia melhor dos números e dos movimentos da espécie. O trabalho também pode ajudar na aplicação de leis, caso um carcaça de elefante seja descoberta, segundo a Sociedade de Conservação da Vida Selvagem, de Nova York. O projeto tem como foco apenas os machos, mas isso não é um reflexo da sociedade extremamente machista da Índia. É E M

OM - Freqüentadores do Parque do Ibirapuera praticaram exercícios de meditação e respiração, ontem, no evento Yoga pela Paz, que marcou a reabertura da praça da Paz.

O jornal francês Libération publicou no fim de semana uma curiosa nota sobre a música brasileira, em especial o movimento "Mangue Beat". Chico Science, os grupos Nação Zumbi e Mundo Livre, e os músicos do grupo Eddie foram destaque do texto, que se refere à variedade de fontes da tradição local, como os ritmos do carnaval de Olinda, o reggae, o rock e o frevo, que influenciam os trabalhos desses grupos. O diário Libération também faz elogios à "música pulsante" de Tatiana Dauster, que o roqueiro carioca Pedro Luis chama de "a Janis Joplin do baião".

Ai, que fome!

C A R T A Z

FOTOGRAFIA T

Exposição fotográfica inicia comemorações do centenário da imigração japonesa no Brasil. Salão de Eventos da Mercatus. Rua Galvão Bueno, 868. Das 9h às 21h. Grátis.

Na hora de escolher a profissão

A dinamarquesa Tangent lançou o Tangent Quattro, um rádio digital que se conecta à internet sem intermediação do computador. O aparelho recebe 5.500 estações de web-rádio e também músicas por WiFi. Gabinete de madeira, em várias cores. Por US$ 350.

O site Guia das Profissões não é muito bonito mas traz uma infinidade de informações para quem está no crítico momento de escolher "o que vai ser quando crescer". O site reúne informações sobre as profissões, organizadas por área, traz dicas e notícias sobre carreiras, comportamento profissional, altos e baixos do mercado de trabalho, e artigos. As seções criatividade e entrevistas também ajudam os profissionais e futuros profissionais a desenvolver habilidades que podem ser úteis no trabalho.

www.tangent-audio.com/ 00003/00011/00050/

www.guiadasprofissoes.com.br/

Reproduções/site

Ratos, sapos, patos, rãs e cisnes integram a galeria de sanduíches

Os personagens, feitos de fatias de queijo e presunto, pão e legumes...

A TÉ LOGO

Victoria's Secret do Oriente A grife de moda íntima libanesa K-Lynn promoveu ontem um espetáculo à parte para os freqüentadores da praia de Damour, sul de Beirute. As criações da grife, lingeries "desenhadas para introduzir no Líbano as mais recentes inovações e tendências da moda para tornar as mulheres mais bonitas e aumentar sua auto-estima", segundo os estilistas, são consideradas ousadas, especialmente pela parcela árabe da população do país. A ousadia da marca já rendeu uma comparação com a famosa grife norte-americana de lingerie Victoria's Secret.

...até parecem ter saído de um desenho de animação da Pixar

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Conflito entre policiais e traficantes deixa comunidade do Complexo do Alemão sem energia Dentro de 40 dias entra em vigor nova lei sobre instalações de rede elétrica residencial

L

Rádio de internet sem computador

www.jibjab.com/view/47050

M ODA

L

F AVORITOS

ão divertidos que, ao mesmo tempo em que despertam a fome, fazem qualquer pessoa pensar duas vezes antes de comer. Assim são os sanduíches artísticos. A idéia de transformar comida em arte é antiga, mas a habilidade de criar personagens simpáticos com rabanetes e alfaces parece mesmo ser muito específica, como mostra o site JibJab. Uma fatia de presunto pode se transformar num nariz, uma azeitona, em belos olhos verdes e um tomate cereja num simpático nariz de palhaço. Com esses sanduíches, qualquer criança pode gostar de pepino e de pimentão.

L

G @DGET DU JOUR

B RAZIL COM Z

A Janis Joplin do baião

C ULINÁRIA

que ao contrário dos elefantes africanos, onde tanto machos quanto fêmeas têm marfim, nos elefantes asiáticos, apenas os machos o possuem, o que os transforma em potenciais alvos de pessoas que podem matá-los apenas para vender o material valioso. As autoridades indianas estimam que há mais de 26.400 elefantes selvagens no país. Por enquanto, os pesquisadores tiraram fotografias de 134 elefantes em reservas e recolheram dados sobre tamanho dos dentes, formato das orelhas, altura dos ombros, comprimento do rabo e cicatrizes.

www.buildthememorial.org

Mercado de filmes publicitários avança para a animação graças às tecnologias digitais

Ayman Saidi/Reuters

da cidade a usar o metrô nos fins de semana, quando o sistema fica mais ocioso. Na semana passada, o metrô já havia anunciado a extensão das operações aos sábados da meia-noite para 1h. O horário de operação estendido vale apenas nas linhas 1, 2 e 3, com intervalos de 10 minutos entre os trens e busca atender, principalmente, aos trabalhadores de bares, restaurantes, hotéis e shoppings.

L

As tarifas do Metrô de São Paulo serão reduzidas em 9% a partir de outubro durante os fins de semana. A redução será equivalente a R$ 0,20 por passagem. A Companhia do Metrô colocará no mercado, em pouco mais de 40 dias, o "Cartão Lazer". Com ele, o preço da viagem cai dos atuais R$ 2,20 para R$ 2,00 entre 18 horas de sábado e meia-noite de domingo. A intenção é incentivar a população

M EMÓRIA


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

7

U

MuNDOreAL por OLAVO DE CARVALHO, de Washington, DC

ANTONIO DELFIM NETTO

FRAQUEZA SUICIDA

BARRANDO A ENXURRADA

Carlos Lezama/AFP

A

Não enxergar que a Igreja no Brasil é revolucionária , é o cúmulo da covardia.

A

fraqueza atrai a a g re s s ã o , d i z i a D o n a l d R u m sfeld, cujo malogro político não deve fazer esquecer que foi o arquiteto da mais espetacular vitória militar dos tempos recentes, a ocupação em quinze dias de um país inimigo poderoso e bem armado, cujo sucesso contra as tropas invasoras era anunciado como líquido e certo por toda a mídia esquerdista do mundo. A sentença do ex-secretário da Defesa norteamericano deveria servir de alerta aos antipetistas brasileiros, dos quais muitos se empenham menos em combater o adversário do que em esquivarse pudicamente da rotulação de conservadores e direitistas, que se fossem homens de coragem ostentariam com orgulho. Quarenta anos de hegemonia cultural gramsciana fixaram tão bem na mente popular o dogma do monopólio esquerdista das virtudes, que preservá-lo contra a mera suspeita de que possa haver algo de bom na direita se tornou prioridade máxima para os próprios direitistas. Tão longe levam eles a obediência a esse mandamento que, mesmo quando querem denunciar os crimes mais escabrosos da esquerda, se apressam em advertir que o fazem sem o menor intuito político, o que equivale a reconhecer que só a esquerda tem o direito de fazer política. Do mesmo modo, quando vêem os prodígios de manipulação esquerdista do noticiário, não ousam cobrar da mídia um espaço justo e dig-

no para as vozes conservadoras, muito menos a publicação de tais ou quais notícias omitidas – o permanente genocídio anticristão no mundo ou as relações amigáveis PTFarc, por exemplo –, preferindo antes solicitar genérica e abstratamente que ela seja “imparcial”, o que além de ser uma impossibilidade prática resulta em elevar a classe jornalística à condição de juiz em vez de mera divulgadora de dados e opiniões dos quais o único juiz abalizado é o público em geral. Quando se sentem chocados ante a pregação comunista nas escolas, gemem implorando uma utópica educação “apolítica” em vez de exigir vir i l m e n t e o c o n f ro n t o aberto entre as idéias da esquerda e da direita, mesmo sabendo que aí estas levariam vantagem arrasadora sobre as suas concorrentes. Similarmente, quando querem protestar contra a ocupação comunista dos púlpitos, dizem que a Igreja deveria ficar fora da política, em vez de exigir, como deveriam, que ela cumpra a missão política que lhe cabe, que sempre lhe coube e que ao longo dos séculos ela sempre cumpriu, que é a de educar e mobilizar os fiéis para a defesa permanente e incondicional dos princípios e valores que justificam a sua própria existência como instituição, princípios e valores esses que são o que há de mais oposto e hostil a toda mentalidade revolucionária, seja ela socialista, nazista, fascista, anarquista, o diabo.

C

omo depositária PCC, do MST, da CUT, da mais imutável e etc, etc. Que essa decisão s u p r a - h is t ó r i c a seja tomada sob a desculpa cínica de ser a Igreja das mensagens, a Igreja uma instituição apolítica não pode jamais ser apolídeveria advertir aos pretica, no mínimo porque judicados que eles fizefoi ela mesma que, inspiram muito mal em fornerada nessa mensagem, cer a pessoas indignas de criou as bases de todas as confiança o pretexto retónoções essenciais da polírico que agora estas voltica no Ocidente, a come- G Aqueles çar pelas de liberdade ci- que forçam tam contra eles. vil e direitos humanos. a Igreja ó falta agora a direita Principalmente não po- a escolher nacional, numa apoderia sê-lo numa época entre em que a tendência domiteose de bom-mocisser de nante se inspira na ambimo, continuar se diriginção revolucionária de his- esquerda do a esses manipuladores toricizar o Evangelho, tra- e abster-se astutos como se fossem zendo o Juízo Final para de fazer porta-vozes autorizados dentro do acontecer tem- política do próprio Jesus Cristo poral e usurpando para a obrigam a sobre a Terra. Recusar-se a um partido político o pa- optar pela enxergar que a Igreja Capel de juiz da humanida- primeira tólica no Brasil é revolude, que incumbe exclusi- alternativa, cionária e cismática é o cúvamente a Nosso Senhor que tem mulo da covardia intelecJesus Cristo. ao menos tual. Pela sua colaboração Aqueles que forçam a o mérito pertinaz e maliciosa com a Igreja a escolher entre ser revolução comunista no de ser de esquerda e abster-se de continente, muitos dos possível. fazer política a obrigam, nossos bispos e arcebisna prática, a optar pela pos já estão, segundo a leprimeira alternativa, que G Gemem tra e o espírito do Código tem ao menos o mérito de implorando do Direito Canônico, exuma ser possível. comungados há muito utópica tempo. O Decretum Contra odas essas precau- educação Communismum assinado por Pio XII e confirmado ções, toda essa pu- apolítica, por João XXIII não deixa a silanimidade, to- em vez de menor margem de dúvidas essas concessões ao exigir adversário não impedem, virilmente da quanto a isso. Não há nada a solicitar antes estimulam que este confronto a esses prelados traidoos carimbe não só como aberto res. O que há a fazer, o que "direitistas", mas como entre as os conservadores brasiextremistas de direita e leiros fariam se tivessem golpistas e mobilize con- idéias da tra eles todas as armas do esquerda e um pouquinho de fibra, é ridículo e da intimidação. da direita. juntar as provas e solicitar ao Vaticano que a excoA sucessão de humilhamunhão já vigente de facções que assim atraem soto seja subscrita oficialbre si mesmos culmina na mente. Dirigir-se àqueles decisão do arcebispo Odiservos do comunismo lo Scherer de proibir a com a filial solicitude demissa do movimento vida a autênticos PrínciCansei na Catedral da Sé, pes da Igreja é uma baixeespaço reservado, como za inominável. Não conse sabe, aos dignos e cristem comigo para isso. tianíssimos membros do

S

T

afirmação que o Brasil está "blindado" e que, portanto, não será atingido pela crise dos empréstimos hipotecários americanos, com reflexos pipocando nas bolsas à volta do mundo, é mais ou menos como uma prece: todo mundo torce para que o santo nos ouça, mas às vezes ele pode estar muito ocupado tentando controlar a gritaria do pessoal lá de cima, que está próximo da histeria. É preciso olhar essa coisa da blindagem com a devida cautela. Desde que começaram os soluços avisando que ia terminar a farra dos subprimes (especulação dos fundos com títulos de empréstimo do mercado secundário de habitação nos EUA), tenho insistido no seguinte: o Brasil é parte do mundo e não pode pedir, como naquela peça da Broadway, que "parem o mundo que vou descer". Então, o Brasil vai ficar no mundo e se o mundo sofrer uma crise o Brasil, também ele, vai ser parte dessa crise.

P

or enquanto os bancos centrais estão monitorando as turbulências atuais com razoável eficiência (e custos) ao redor do mundo. Eles aprenderam com as últimas crises, o que certamente ajudará a atenuar a próxima. Nesse momento, não há muito tempo para pensar em política: o que os bancos centrais fizeram foi abrir as portas e dizer: "vem que tem!"... É preciso entender que os bancos centrais estão "apenas" superando um problema de liquidez instantâneo. Simplesmente estão dando liquidez aos mercados enquanto organizam os prejuízos. O prejuízo de quem comprou os subprimes vai ser acertado lá na frente.

G Blindagem

total não existe. Estamos bem agasalhados e com capacidade de resistir. Quem comprou os subprimes comprou lixo mesmo, e vai amargar prejuízo...

ma questão interessante é a transformação semântica nos papéis que os malandros ofereceram nos mercados: antes se chamavam junk bonds, algo como lixo, porcaria e foram rebatizados de s u bp ri m es, como um título de nobreza, até se revelarem a mesma porcaria. Quem comprou os subprimes comprou lixo, mesmo, e vai amargar o prejuízo... Como o sistema reage como manada, se o banco central não entra para garantir a saída organizada da gafieira, termina numa grande crise. Os bancos centrais entram dando essa liquidez, que é para permitir que a água vá descendo sob controle. Agora, se realmente a acumulação desses débitos do setor imobiliário secundário assumir proporções gigantescas, isso começará outra história. Estou seguro que o Brasil está hoje muito melhor preparado do que estivemos nos últimos vinte anos para enfrentar uma eventual crise do mercado. Temos um saldo comercial na casa dos 40 bilhões de dólares e acumulamos reservas da ordem de 160 ou 170 bilhões de dólares. O governo brasileiro está numa situação muito interessante, porque não tem mais dívida externa. Terminou! Então, toda aquela agitação das esquerdas, aquela conversa mole durante tantos anos, já não pode amolar mais ninguém, porque a dívida deixou de existir, como devia acontecer, depois de ter prestado o serviço de sustentar o fornecimento de petróleo durante a grande crise mundial dos anos 80.

E

stamos hoje livres do grande pesadelo do passado que era a dependência externa da energia, particularmente do petróleo. As pessoas talvez não se dêem conta de como a situação mudou com a auto-suficiência em petróleo. Esta, sim, defende o Brasil das pressões dos mercados mundiais. Não há dúvida que o Brasil está melhor preparado para enfrentar as turbulências , as oscilações de bolsas e todas as flutuações de mercado, mas sem esquecer que somos parte do mundo e, portanto, da crise . Por enquanto, esse friozinho de 5 graus que está aí vai encontrar o Brasil com um bom capote. Estamos bem agasalhados e com capacidade de resistir. Devemos isso às mudanças que ocorreram em nossa economia nos últimos cinco anos. Mas, insisto, blindagem total é um exagero... ANTONIO DELFIM NETTO É PROFESSOR EMÉRITO DA

FEA/USP. EX-MINISTRO DA FAZENDA, DA AGRICULTURA E DO PLANEJAMENTO CONTATODELFIMNETTO

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Congresso Planalto Congresso CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

RENAN ESTUDA NOVA ESTRATÉGIA DE DEFESA

ARGELLO: SEM DENÚNCIA Fábio Pozzebom/ABr

Representação do PSol contra senador completa um mês sem encaminhamento devido ao Conselho de Ética. Oposição culpa o presidente da Casa, Renan Calheiros, pelo atraso na apuração

P

Senador Argello estaria sendo beneficiado por omissão de Renan

D

Mensalão: STF tenta consenso prévio iante da pré-disposição do relator do caso do mensalão, ministro Joaquim Barbosa, de aceitar a denúncia aos 40 acusados, a presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Ellen Gracie, vem tentando obter previamente uma posição comum de todos os ministros por meio de conversas informais. A informação foi divulgada ontem por Kennedy Alencar, colunista da "Folha On Line". A ministra já teria feito debates informais com alguns colegas e pretende fazer mais

encontros com outros ministros entre hoje e amanhã. A partir da próxima quarta, o STF decidirá se inicia uma ação penal contra os 40 denunciados. Existe também a hipótese de excluir alguns da acusação feita pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, em março de 2006. O STF terá 10 ministros para apreciar nas próximas duas semanas a denúncia do mensalão – o mais grave escândalo de corrupção do governo Lula.

or falta de iniciativa do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), a representação do PSol contra o senador Gim Argello (PTB-DF) aguarda há mais de um mês o envio para o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado. Renan não deu ainda nenhum sinal de que fará isso. Para se livrar da tarefa, que é dele, Renan tentou jogá-la nas mãos do vice-presidente da Casa, Tião Viana (PT-AC), mas falhou na tentativa. Fora do "fogo" – Tião Viana alegou que a competência para comandar as decisões da Mesa Diretora se restringe às resoluções relacionadas ao presidente do Congresso. Parlamentares próximos a Renan Calheiros afirmam que ele "não colocará Argello no fogo" para poder contar com o voto dele no plenário, caso ocorra sua condenação no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar por quebra de decoro parlamentar. "O Senado tem de definir para a sociedade qual é o limite de desmoralização pública aceitável para seus parlamentares", protestou a presidente nacional do PSol, Heloísa Helena. Para o senador José Nery (PSol-PA), a idéia que fica é a de que "ninguém quer apurar nada". "É revoltante; é por isso que a população está tão descrente com os políticos e o Congresso brasileiro." Dupla de acusados – O senador do PTB do Distrito Federal assumiu o cargo também há um mês, após o titular da vaga, Joaquim Roriz (PMDB-DF), ter renunciado para não ter o mandato cassado. Argello e Roriz são acusados de envolvimento no esquema de desvio de recursos do Banco Regional de Brasília (BRB).

Desmontada pela Polícia Civil do Distrito Federal na Operação Aquarela, o esquema consistia no saque ilegal de verbas públicas por organizações não-governamentais (ONGs) e instituições ligadas ao governo local. O nome e a participação de Argello e Roriz no esquema constaria de gravações telefônicas autorizadas judicialmente. O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), recebeu uma série de documentos do juiz encarregado desse inquérito, Roberval Belinati, da 1.ª Vara Criminal da capital federal, mas disse que ainda não os analisou. Forte indício – Titular do Conselho de Ética e Decoro, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) lembrou que o fato de o Ministério Público (MP) do Distrito Federal ter encaminhado ao procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, dados da apuração relacionados ao senador do PTB é um "forte indício" da participação dele no esquema do banco de Brasília. "Renan não tem como segurar o processo", alegou Torres. Na época do escândalo, Argello tinha recebido o diploma de suplente de senador. "Indigno de conviver" – O senador do DEM de Goiás lembrou do parecer preparado pela Consultoria Legislativa da Casa sobre a situação do senador petebista. Os consultores afirmam que "cabe à maioria dos parlamentares decidir, caso a caso, se o senador acusado de quebra de decoro parlamentar praticou ato que o torne indigno de conviver entre seus pares". Além de desvio de dinheiro público, Argello também estaria envolvido com grilagem de terras e crimes contra o sistema financeiro. (AE)

Renan volta à cena. Agora, como vítima

O

presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), irá apresentar ao Conselho de Ética, durante seu depoimento que poderá acontecer até meados de setembro, uma versão cuidadosamente preparada para tentar neutralizar uma das fragilidades de sua defesa: dirá que foi vítima do frigorífico Mafrial, para quem vendeu R$ 1,9 milhão em gado. Segundo aliados, Renan está levantando documentação para comprovar que vários fazendeiros de Alagoas que estão na mesma situação teriam sido vítimas de recibos fraudados pelo frigorífico. Preocupado com a perícia que está sendo feita pelo Instituto Nacional de Criminalística, da Polícia Federal, Renan tentará provar que fazendas de Alagoas venderam gado para a Mafrial e receberam recibos de empresas fantasmas. Na semana passada, Renan antecipou a explicação para vários colegas de Parlamento. E tem dito, reservadamente, que alguns deles também são, como ele, pecuaristas e devem entender a sua explicação. O senador é acusado de ter suas despesas pessoais pagas pelo lobista Cláudio Gontijo, da empreiteira Mendes Junior. A jornalista Mônica Veloso, mãe de uma filha de Renan, afirma que Gontijo lhe fazia os pagamentos – ela já entregou documentação afirmando que recebeu R$ 418 mil. Renan ten-

ta provar que tem patrimônio e renda suficientes para fazer tais pagamentos. "Fica claro que o Renan é uma vítima", defende o senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo e aliado de Renan. "Ele vendeu a carne para uma empresa. A partir daí, qual é a responsabilidade dele?", pergunta. Nas últimas semanas, Renan ouviu de boa parte de seus colegas disposição para inocentá-lo se houver uma argumentação consistente. Sua defesa, porém, será rebatida por uma parcela significativa dos senadores. "Não é justificativa. Como um senador pode tentar se livrar de responsabilidade dizendo que cometeu um erro que todo mundo faz?", criticou o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE). Senadores de oposição irão lembrar acusações como a de que ele seria sócio oculto do usineiro João Lyra em rádios e em um jornal em Alagoas. Na documentação apresentada por Renan ao Conselho de Ética, não há uma única nota da Mafrial. Das seis empresas que aparecem em suas negociações, duas eram inativas: GF da Silva Costa e Carnal. Recentemente, o Mafrial foi assaltado, o que levantou suspeita dos investigadores federais. Os ladrões arrombaram o cofre do frigorífico e levaram uma farta documentação, além R$ 4 mil. (AOG)

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Ele (Renan Calheiros) vendeu a carne para uma empresa. A partir daí, qual é a responsabilidade dele? Romero Jucá

Wilson Dias/ABr

4

Eymar Mascaro

Bico afiado

C

om o apoio público à candidatura de Geraldo Alckmin à Prefeitura de São Paulo, no ano que vem, o governador Aécio Neves (MG) dá o pontapé inicial na sua briga com José Serra. O governador paulista é contra qualquer candidatura do PSDB à Prefeitura, pois defende o apoio dos tucanos à reeleição de Gilberto Kassab (DEM). Aécio descarta nova coligação PSDB/DEM no Estado, por entender que o partido não pode ficar sem candidato na capital paulista, devido à importância que terá na campanha presidencial de 2010. Aécio e Serra lutam pela legenda do PSDB na sucessão de Lula.

SAÍDA

FAVORITA

Aécio lembra que Alckmin é um dos principais candidatos a prefeito em São Paulo e que uma nova coligação PSDB/DEM representa uma camisa-de-força. O governador mineiro quer que Alckmin se eleja prefeito paulistano para facilitar a campanha tucana daqui a três anos.

Se PDT, PSB e PCdoB decidirem lançar candidato, o favoritismo seria de Luiza Erundina, que já governou a cidade. A candidatura da deputada socialista interessa também a Ciro Gomes, que pode ser o candidato do PSB à Presidência. Ciro é lembrado ainda para ser vice de Aécio Neves, caso o mineiro se candidate pelo PMDB ou por outro partido a ser criado.

É CONTRA José Serra discorda do posicionamento de Aécio. Serra quer o partido aliado a Kassab para obter em 2010 o apoio dos democratas à sua provável candidatura a presidente. O governador paulista acha que se o PSDB não apoiar Kassab, em 2008 não terá o apoio dos democratas em 2010.

COINCIDÊNCIA A decisão de Aécio Neves de bicar a eleição paulista coincide com o pensamento do líder tucano na Câmara, deputado Antonio Carlos Pannunzio, que também apóia a candidatura de Alckmin. Nos últimos dias, Alckmin recebeu ainda o apoio do deputado José Aníbal.

ENTUSIASMO A última pesquisa Datafolha entusiasmou Aécio Neves, porque o exgovernador aparece juntamente com Marta Suplicy (PT) e Gilberto Kassab como os principais candidatos a prefeito em São Paulo. Aécio acha que é hora do PSDB se desvencilhar dos democratas.

DIVISÃO As candidaturas de Geraldo Alckmin e Gilberto Kassab, entretanto, serviriam para dividir os votos na mesma área de influência, favorecendo a candidatura petista, porque ao defender a candidatura do exgovernador, Aécio não disse se defenderia também a não-candidatura de Kassab.

SUSTO Quem anda assustado é o PT, receoso de que outros partidos de esquerda lancem candidatos a prefeito. O PT está sendo ameaçado pelo PDT, PSB e PC do B. Esses três partidos querem lançar um candidato do grupo, ignorando se este candidato viria a dividir os votos com o petista.

PRETENDENTES O PSB, por exemplo, ensaia a candidatura de Luiza Erundina, que foi fundadora do PT e ainda desfruta de prestígio no partido. No PCdoB, a onda é a de lançar candidato próprio, que seria o deputado Aldo Rebelo, enquanto no PDT se fala no nome de Paulinho, da Força Sindical.

DESAFIO Aécio Neves mantém de pé o convite que recebeu de Michel Temer para migrar para o PMDB. Trata-se, segundo tucanos, de um trunfo que o mineiro guarda e que pode favorecê-lo na briga com José Serra. Aécio, no entanto, ainda não fala em deixar o PSDB.

VANTAGEM Se a escolha do candidato tucano à Presidência for feita levando em conta as pesquisas de opinião, o favoritismo será de José Serra. O governador paulista continua sendo beneficiado pelo fato de ter sido Ministro da Saúde e viajado por todos os estados.

RECUPERAÇÃO Aécio está convencido de que vai crescer nas pesquisas com o marketing de seu governo no rádio e televisão. O mineiro acha também que teria mais chance do que Serra de recuperar o partido no Nordeste, principal reduto eleitoral do PT e de Lula.

ARRECADAÇÃO Acentua-se uma divisão de posições no PSDB quanto à decisão de apoiar ou não a votação em plenário da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que prevê a prorrogação da CPMF até 2011. Detalhe: na votação da emenda na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, o PSDB votou favoravelmente.

DIFICULDADE O governo detectou que terá dificuldade para aprovar a emenda no Senado, embora exista o entendimento de que o PSDB possa voltar ao Poder e precisar da arrecadação da CPMF. A bancada tucana está em processo de obstrução no Senado por não concordar com a permanência de Renan Calheiros na presidência da Casa.


segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Sociedade Entidades Mobilização Solidariedade

DIÁRIO DO COMÉRCIO

POPULAÇÃO MOSTRA SUA FORÇA

5 É quase uma obrigação protestar porque ninguém agüenta mais. Hebe Camargo

INSATISFAÇÃO MOBILIZA SOCIEDADE Fotos: Thiago Bernardes/LUZ

Corrupção e má administração pública geram diversos movimentos de protesto de entidades de classe, artistas e profissionais liberais ninguém agüenta mais violência, mensalão", reagiu a apresentadora Hebe Camargo. E escontentes com a respondeu ao presidente: "Tracorrupção, a impu- balhei a vida inteira, desde 12 nidade, a alta carga anos de idade. Sou uma cidadã de impostos e ser- brasileira com direitos". Sanha fiscal – A Federação viços públicos deficientes, empresários, entidades de classe, das Indústrias do Estado de profissionais liberais e artistas São Paulo (Fiesp) e a Associase mobilizam no País e não ção Comercial de São Paulo agradam o presidente Luiz (ACSP), entre dezenas de entiInácio Lula da Silva (PT). Cada dades, participam de três camgrupo montou sua própria es- p a n h a s : c o n t r a o v e t o d a emenda 3, que proíbe os auditratégia de ação. Em 2005, no primeiro man- tores da Receita Federal de audato do petista, houve uma tuar ou fechar as empresas uma grande mobilização de prestadoras de serviço; contra empresários para derrubar a a prorrogação da CPMF; e conMP 232, que aumentava o Im- tra o calote dos precatórios . As entidades lançaram abaiposto de Renda e da Contribuição Social das prestadoras de xo-assinado na internet contra serviços, que reuniu cerca de a CPMF, que, segundo estima70 entidades e que pratica- tiva o Instituto Brasileiro de mente restringiu-se ao Con- P l a n e j a m e n t o Tr i b u t á r i o gresso. Ao final, o governo mo- (IBPT), representará este ano 1,4% do PIB (soma de toda a ridificou a proposta. Indignação – Agora, oito queza nacional). De acordo meses depois de iniciar o se- com a Fiesp, até sexta-feira quase 900 mil gundo mandato, pessoas haviam os protestos volassinado o docutaram, mas como mento. A meta é novos personachegar a um migens. O acidente Há uma indignação lhão de assinatud o A i r b u s d a da classe média ras e levar ao TAM em 17 de jucom os escândalos, Congresso para lho no Aeroporto rejeitar a prorrode Congonhas, cujos custos vão gação . q u e c a u s o u a recair sobre ela. Pressa – Na morte de 199 pes- Amaury de Souza, sobre avaliação de essoas, trouxe ina multiplicação dos pecialistas, as dignação e promovimentos de protestos manifestações de testos às ruas nas setores mais orprincipais capitais. Milhares de pessoas se ganizados refletem um descontentamento que remonta a mobilizaram. A Ordem dos Advogados governos anteriores. O que exdo Brasil (OAB), secccional plica a reação mais forte é a suSão Paulo, lançou o movimen- cessão de escândalos e crises to cívico "Cansei" e atraiu mais no governo Lula e a inoperânde 50 entidades de classe, des- cia política. "Esses setores estão mais portistas e artistas, como o nadador Fernando Scherer (o voltados para o ministro Nel"Xuxa"), as cantoras Ivete San- son Jobim, que quer encontrar galo e Wanderléia, o cantor soluções rápidas para a crise Agnaldo Rayol, a apresenta- área, do que para Arlindo Chidora Hebe Camargo, o ator naglia (PT-SP), presidente da Câmara, onde os projetos anPaulo Vilhena, entre outros. Na última sexta-feira foi rea- dam muito devagar", compara lizado um ato na Praça da Sé o cientista político Rubens Fipara lembrar o primeiro mês gueiredo, diretor do Centro de do acidente trágico. Cerca de Pesquisa, Análise e Comunicinco mil pessoas participa- cação (Cepac), ao explicar a inram da concentração, segundo satisfação da classe média. O cientista político Amaury os organizadores. Lula e o PT reagiram desde o de Souza acrescenta que a reninício do movimento . Petistas da da classe média diminuiu classificaram a mobilização de nos últimos anos e os serviços elitista e golpista. Na quinta- públicos subiram acima da infeira, em evento na cidade de flação. "Há uma indignação da Congonhas (MG), quando elo- classe média com os escândagiava sua política de educação, los, cujos custos vão recair soo presidente afirmou que en- bre ela", diz o especialista. "Ela (classe média) está em frenta oposição de uma "pebusca de uma força política quena elite". "É quase uma obrigação dos que faça valer os seus princíbrasileiros (protestar) porque pios", acrescenta.

Sérgio Kapustan

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Andrei Bonamin/LUZ

Andrei Bonamin/LUZ

Para Burti, manifesto visa despertar a nação

Daniel Marenco/Folha Imagem

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a avaliação do presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Alencar Burti, o ato na Praça da Sé foi muito significativo para a sociedade e para o Brasil. "Nossa manifestação foi de solidariedade (às famílias das vítimas do acidente da aéreo) e teve o objetivo de despertar a nação", avaliou o presidente da ACSP, após o manifesto da última sexta-feira. Segundo Burti, apesar do grande número de pessoas na praça, a manifestação foi pacífica e democrática. "Houve aqui uma declaração de amor ao Brasil", afirmou o líder empresarial.

Thiago Bernardes/LUZ

Burti: luta por um País melhor

"Ficou claro que a responsabilidade individual conta muito, e isso é o que muda o País". Junto com a OAB-SP, a Associação Comercial de São Paulo é uma das entidades fundadoras do movimento, que vem atraindo novos segmentos da sociedade a cada semana.

No alto, Ivete Sangalo e Hebe se unem a Alencar Burti e D'Urso em ato na Sé, do Movimento "Cansei", enquanto a população agita faixas de protesto contra o governo (acima) e reforça patriotismo com bandeiras (à esquerda). No aeroporto do Rio Grande do Sul, famílias das vítimas da tragédia de Congonhas manifestaram também sua revolta no mesmo dia contra a inoperância e o descaso das autoridades, após um mês do acidente


Dean

No olho do furacão, o presidente do Senado vai colidir com os resultados das investigações da PF e do senador Tuma. Pág. 4

Mensalão

O furacão passou há 2 anos e 2 meses por Brasília e deixou 40 vítimas. Na quarta, ele ganha muita força de novo, no STF. Pág. 4

Mercados

O furacão que abalou a economia dá sinais de enfraquecimento. Mas deixou estragos. Índice Nikkei abriu hoje em alta de 2,5%. E 1

Nasa

O olho de Dean (foto) avista Cancún, no México, e Houston, nos EUA. A Nasa chamou de volta o ônibus espacial. Pág. 8

Renan

Ano 83 - Nº 22.442

São Paulo, segunda-feira, 20 de agosto de 2007

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Olavo de Carvalho

Edição concluída às 23h50

está hoje na página 7 w w w. d co m e rc i o. co m . b r

Pânico: avião pára quicando na decolagem O avião da Gol (foto) correu até o final da pista em Goiânia para vir a São Paulo, mas abortou a decolagem com o bico já aprumado. Passageiros entraram em pânico, entre eles membros da equipe de Zezé de Camargo e Luciano. Cidades 5 e 6

Cristiano Borges/O Popular/AE

Na órbita de Saturn

Ricardo Nogueira/F

Divulgação

HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 23º C. Mínima 14º C.

AMANHÃ Nublado Máxima 20º C. Mínima 13º C.

Vitória no Parque. Finalmente!

Com 2 a 1 (foto) contra o Flamengo, Palmeiras voltou a ganhar no Parque, o que não acontecia desde julho. Em 5º lugar no Brasileiro, agora está a 8 pontos do líder São Paulo, que ficou no 0 a 0 em Goiás. Esporte


DIÁRIO DO COMÉRCIO

8

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Acredito em Hugo Chávez, sou chavista e odeio tudo que vem dos EUA Diego Maradona, ex-jogador de futebol

Internacional

Carlos Barria/Reuters

TRAGÉDIA Já soma 12 o número de mortos no desabamento de uma ponte nos Estados Unidos

Ó RBITA

POLÍTICA Os tailandeses foram às urnas e aprovaram, em referendo, uma nova Constituição

Reuters

Jamaicano caminha em Kingston em meio à chuva trazida pelo furacão Dean

NADA A ESCONDER

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Temporada de furacões começa a 230 km/h Caribe, México e EUA se preparam para enfrentar o temido furacão Dean

M

ilhares de turistas lotaram os saguões dos aer o p o r t o s e nquanto grande parte dos jamaicanos obedecia às pressas o toque de recolher imposto pelo governo na tentativa de escapar do furacão Dean, que se aproximou ontem do país após causar destruição e deixar ao menos cinco mortes em ilhas da região do Caribe. Fortes chuvas e ventos levados pelo furacão começaram a atingir Kingston, capital da Jamaica, entre o fim da tarde e o início da noite, causando en-

chentes e alguns destelhamentos. Previsões indicavam que o olho do furacão estava previsto para passar ao sul da principal ilha do país em algum momento da noite de ontem. O furacão, de categoria 4 — a segunda mais alta da escala Saffir-Simpson —, é o primeiro da temporada 2007 do Atlântico e é descrito por meteorologistas como "extremamente perigoso". Ele causa a formação de ventos de até 230 km/h. Segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês), localizado em Miami, o furacão Dean poderá chegar à

categoria 5, a mais perigosa de todas, antes de seguir em direção à turística Península de Yucatan, no México, na terça-feira, de acordo com o NHC. Além da Jamaica, que decretou toque de recolher, foram decretados alerta de furacão nas Ilhas Cayman, para onde o Dean se desloca hoje, além de alertas de tempestade tropical em regiões de Cuba e da República Dominicana, onde o furacão provocou ondas de 5,5 metros de altura nas praias do sul e causou uma morte. O furacão Dean também deixou pelo menos três pessoas mortas e qua-

tro desaparecidas e causou "grandes danos" em sua passagem pela costa sul do Haiti, informaram fontes oficiais. Toque de recolher Ontem, o governo da Jamaica decretou toque de recolher e transformou escolas, igrejas e ginásios em abrigos e exortou a população a deixar as regiões baixas e expostas a risco de deslizamentos de terra. Houve filas nos postos de gasolina e supermercados. O premiê Portia Simpson Miller afirmou que o país se confronta com uma situação de "emergência nacional". (Agências)

Pierre Verdy/AFP

presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse ontem que "não tem nada a esconder" em relação ao escândalo envolvendo o empresário venezuelano que entrou na Argentina com uma maleta com US$ 800 mil não declarados. O escândalo levou a renúncias de funcionários em ambos os países e tornou-se motivo de constrangimento para Chávez e para o presidente argentino, Néstor Kirchner.

Hugo Chávez, que ontem recebeu o astro argentino Diego Maradona no seu tradicional programa semanal, o "Alô, Presidente", disse que a responsabilidade pela investigação é da polícia, da alfândega e de outras instituições, não dos governos argentino e venezuelano. Ontem, ele também desmentiu os boatos de que o líder cubano Fidel Castro tivesse morrido. (Reuters)

Aly Song/Reuters

SEM ESPERANÇA

A

esperança de sobrevivência dos 180 mineradores presos em uma mina de mais de 860 metros de profundidade na China praticamente acabou, já que os locais onde trabalhavam estão quase totalmente tomados pelas águas de uma barragem rompida. Autoridades disseram que

as operações em outras minas de carvão da província de Shangdong foram suspensas como medida preventiva. Antes que moradores fechassem o buraco de 50 metros na barreira usando sacos de cimento, árvores e até mesmo caminhões, a água encheu completamente a mina. (Reuters)

Chris Keane/Reuters

HOMENAGEM Na ilha de Martinica, no Caribe, Dean, o primeiro furacão da temporada 2007 do Atlântico, destruiu diversas casas, mas não deixou vítimas AFP

Volta às pressas

O

ônibus espacial Endeavour partiu apressadamente da Estação Espacial Internacional no domingo, encerrando a missão com um dia de antecedência para poder aterrissar antes que o furacão Dean ameace o centro de operações em Houston. Com o furacão, a Nasa poderia ter que esvaziar o Centro Espacial Kennedy, em Houston, que supervisiona o ônibus espacial durante o vôo. Para evitar ter que montar um comando emergencial em outra localidade, a Nasa planeja pousar o Endeavour um dia antes, com a aterrissagem na Flórida prevista para amanhã. Apesar da precaução, ainda

não é possível prever se o furacão poderá atingir os Estados Unidos. Mesmo assim, o presidente George W. Bush decretou estado de emergência preventiva no Texas, permitindo que equipamentos federais e mantimentos sejam enviados. Precaução O México começou a retirar 13.360 trabalhadores de suas instalações no Golfo do México com a aproximação do furacão Dean, informou a companhia petrolífera Pemex. A empresa produz cerca de 70% do petróleo bruto de plataformas marítimas no Golfo do México e é a principal fornecedora da commodity para os EUA. (Agências)

U

m conjunto de 32 pequenas pedras que se tornaram um marco em memória aos mortos no massacre na Universidade de Virgínia, em abril, foi substituído por pedras maiores, onde foram gravados os nomes das vítimas, durante uma

solenidade realizada ontem. Cerca de 10 mil pessoas participaram do ato. No dia 16 de abril, Seung-Hui Cho, um estudante descendente de asiáticos, abriu fogo na universidade, matando 27 estudantes e cinco funcionários. (Agências)

RECONSTRUÇÃO

Q

uatro dias depois do terremoto de 8 graus na escala Richter que deixou pelo menos 540 mortos e 1.500 feridos, a gestão da situação de emergência do governo peruano começou ontem, finalmente, a funcionar. O presidente Alan García prometeu reconstruir as cidades destruídas. Mas estão descartadas as chances de se encontrar Temendo os estragos do Dean, ônibus espacial Endeavour voltará

sobreviventes. Embora a falta de eletricidade continue mantendo a tensão entre os desabrigados num nível alto, o deslocamento de mais de mil homens da Polícia Nacional e do Exército para Pisco, Chincha e Ica, as áreas mais afetadas, melhorou a situação de segurança e conteve a maior parte das tentativas de saque. (AE)


C idades Centro, um mundo de muitas caras DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

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No reflexo do espelho, a imagem de Agenor, barbeiro que tem salão a céu aberto na praça da Sé.

A cidade exibe incrível diversidade de tipos humanos, dos mais comuns aos mais bizarros. Muitos são vítimas da metropolização, fenômeno associado ao desemprego. Fotos de Maurilo Clareto/Luz

Vanessa Rosal

D

ifícil definir o Centro da cidade, de onde boa parte dos paulistanos se afastou a partir da década de 60. Mesmo assim, dois milhões de pessoas circulam diariamente por suas ruas, que correspondem a apenas 2,8% da área total da cidade. Entre elas, personagens de um mundo retrô-pós-moderno-futuristamultiracial-nordestino, só possível mesmo em São Paulo. Ponto de partida, o Theatro Municipal. Meio sufocado pelos ambulantes, donos dos calçadões do Centro Novo desde a década de 70, nos fins de semana recebe famílias comprometidas com o clássico, com o erudito. Seu entorno, vazio. Mas de segunda a sexta, a diversidade explode na região: estátuas vivas se movem a poder de moedas. A dona-de-casa, sacolas de compras nas mãos, pára e conversa com Alberto Santos Dumont. Osama – Hora do almoço. Uniformizados, executivos cruzam o Chá. Terno e gravata. Nem notam o perigo em meio à multidão: Osama Bin Laden. Ele mesmo, o terrorista, a cabeça mais cara do planeta. Um dedo de conversa e tudo se esclarece: “Sou a versão pacífica, brasileira, daquele barbudo”. E o perigoso fora-da-lei se transforma no pacato Flávio Leandro Rocha, 57 anos, que só quer um trocadinho. Segundo a professora de antropologia urbana da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, Irene Maria Ferreira Barbosa, a diversidade de personagens no Centro de São Paulo é a mesma de qualquer grande cidade do mundo. Sua gênese é a metropolização, fenômeno que, cada vez mais, atrai grande número de desempregados ao Centro. “São pessoas que conseguem estabelecer algum tipo de contato com quem passa diariamente pelas ruas”. Sé – Sob o olhar da antropologia urbana é possível identificar os tipos exóticos que habitam o Centro. A praça da Sé é um ótimo sítio de pesquisa para profissionais ou curiosos. Basta uma volta ao redor da Catedral e lá estão os pastores. Com a Bíblia nas mãos, abordam o advogado que segue apressado para o Fórum ou o funcionário da Bolsa. Íntimas da sorte e do futuro das pessoas, as ciganas exibem vestidos coloridos. Como ornamento, dentes de ouro. A sacoleira, com bugigangas compradas na 25 de Março, corre para o metrô sem cair no conto da leitura das mãos. Tem ainda o sanfoneiro, uma espécie de DJ com influências country-nordestina, responsável pela trilha sonora do salão de beleza a céu aberto de Agenor Francisco da Silva, o cabeleireiro da Sé. “Essa informalidade é o principal charme do Centro. Vender produtos e serviços na rua ou na praça, virou tradição”, explica Irene Maria. Pesquisa recente conduzida pelo antropólogo Delcides Marques, mestrando em Antropologia Social pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), revela que o Centro de São Paulo surgiu com finalidades religiosas. Basta considerar seu núcleo original, a capela erguida pelo beato José de Anchieta no atual Pátio do Colégio. O tempo, contudo, se encarregou de ampliar os usos e costumes da Sé, transformando a praça em palco para as mais variadas manifestações, das culturais às políticas. Hoje, o antropólogo identifica pelo menos vinte personagens diferentes nesse quadrilátero pequeno, mas coração da cidade. Sons – A professora de antropologia da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e do Núcleo de Antropologia Urbana (NAU) da Universidade de São Paulo (USP), Lílian Torres, vai além e diz que os sons do Centro também são únicos. É o ambulante que grita para chamar a atenção de quem passa, o canto dos repentistas, o som do violão do artista de rua e até mesmo das máquinas de café moendo os grãos nas lanchonetes. E mais: “É preciso destacar que o Centro exibe características diurnas e noturnas bastante distintas. A partir das seis da tarde, o trabalhador começa a deixar a área, abrindo espaço para outros tipos entre os quais de destacam os moradores de rua". Punk atípico – A visão da praça Antônio Prado, na qual reinam ícones como os edifícios do Banespa e do Banco do Brasil, além do Martinelli – o primeiro arranha-céu da cidade, aproxima o Centro de seu núcleo financeiro. Próximo dali e avançando pela rua São Bento ficam os homens-sanduíche, ávidos por ouro. Ao redor, o engraxate oferece seus serviços a um operador da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), que também ajuda a girar a roda da fortuna. De repente, aparece um punk, ainda que meio às avessas. Afinal, veste terno e gravata. Mas há um motivo: o assistente administrativo de advocacia Edmilson Milanesi conta que só trabalha assim, arrumadinho, porque precisa. E lamenta: “Por causa do meu jeito e desse cabelo arrepiado, sempre me xingam nas ruas”.

Osama Bin Laden da paz: no fundo, ele só quer ganhar uns trocadinhos

Santos Dumont: uma moeda e ele faz a imaginação do paulistano voar

O operador da BM&F, um dos que fazem a roda da fortuna girar

O punk atípico. De terno e gravata, é vítima de xingamentos nas ruas.

O homem-sanduíche. Uns compram e vendem celulares. Outros, ouro.

Agenor capricha no corte em seu salão a céu aberto, na praça da Sé

Com indumentária branca, a estátua viva sugere um personagem árabe

O vendedor de jornal é outra estátua clássica. Atua junto a Santos Dumont.

O lado musical da metropolização aflora próximo à praça do Patriarca

A metropolização é um fenômeno que, cada vez mais, atrai grande número de desempregados ao Centro. São pessoas que conseguem estabelecer algum tipo de contato com quem passa diariamente pelas ruas. Irene Maria Ferreira Barbosa, antropóloga O Veinho do Violão apruma um acorde de mi maior e solta a voz nas várias esquinas do Centro da cidade, seu palco de todos os dias


segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO

BOVESPA: AINDA UMA BOA OPÇÃO Mas especialistas aconselham empresas a não abrir capital graças à turbulência Sonaira San Pedro

M

esmo que os especialistas sejam unânimes em afirmar que a instabilidade das bolsas é passageira, o recente vai-e-vem do mercado deve fazer com que empresas interessadas em abrir capital adiem esse processo. A crise financeira pode, ainda, atrapalhar a campanha de popularização da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Nos últimos 28 dias, o Ibovespa (índice que serve de referência para o mercado brasileiro de ações) acumulou queda de 17,3%. E, embora o indicador tenha fechado em alta de 1,13% na última sexta-feira, a expectativa é de que o mercado continue instável no curtíssimo prazo. "Rendimentos negativos afetam o processo de convencimento de que o mercado de ações é um bom investimento", disse o consultor financei-

ro Gustavo Cerbasi. "Mas mesmo que nesses últimos dias o Ibovespa tenha caído, a bolsa de valores, até o momento, continua sendo a aplicação mais rentável de 2007", acrescentou. Desde o começo do ano, o Ibovespa acumula ganhos de 9%, já contabilizadas as perdas recentes. Cerbasi afirmou que as empresas brasileiras continuam com boas perspectivas de lucros, já que 80% dos negócios dessas companhias se restringem ao mercado local. "Enquanto bancos norte-americanos reclamam de prejuízos, instituições financeiras brasileiras comemoram lucros históricos", disse. "Quem vive de ações que pagam dividendos dessas companhias está recebendo valores recordes." Por enquanto, o programa de popularização da Bovespa não foi afetado pelas turbulências. De acordo com a assessoria de imprensa da bolsa, as recentes quedas do Ibovespa não afugentaram os 4,5 mil visitan-

tes que circulam toda semana pelo Espaço Bovespa à procura de informações sobre como fazer parte do mercado de ações. A agenda de eventos é mantida normalmente até porque, segundo a assessoria, cenários de instabilidade são considerados normais no mercado de capitais. Mesmo assim, especialistas acreditam que empresas que se programavam para abrir capital no curto prazo devem esperar o mercado se acalmar para fazê-lo. "Apesar de muitas empresas já terem declarado o interesse de abrir capital até o final do ano, fazer isso agora seria péssimo", disse o diretor da Evolve Gestão, Lúcio de Moura Netto. "Isso porque a companhia arrecadaria muito menos do que se esperasse para emitir papéis em tempos mais rentáveis." Nos primeiros oito meses de 2007, 47 companhias abriram capital na Bovespa. O último IPO (sigla em inglês para oferta pública inicial) aconteceu em 30 de julho.

Crise reduz crescimento global

A

atual crise no mercado de hipotecas de alto risco (as chamadas subprime) dos Estados Unidos já é suficiente para reduzir a velocidade da maior locomotiva do mundo. De acordo com projeções da UBS Wealth Management, a economia americana deve crescer 2% este ano, contra uma previsão anterior de 3%. Na América Latina, a taxa de crescimento seria reduzida entre 1 e 1,5 ponto percentual, ficando entre 2% e 3% em 2008. O professor da Universidade Federal Fluminense

(UFF) Cláudio Considera acredita que a crise pode afetar o Brasil tanto na economia real, quanto na inflação. Os países mais afetados da América Latina, segundo a UBS, foram Argentina e Venezuela, além da Turquia na Ásia, que viram sua taxas de risco-país disparar. No Brasil, a crise vai depender dos juros básicos em queda e da recessão americana. "Fizemos um estudo que, se o risco-Brasil ultrapassar os 270 pontos, o Banco Central terá de aumentar os juros" disse Paulo Tenani, chefe

de pesquisa para a América Latina da UBS. O Brasil deve crescer 4,75% este ano, abaixo dos 4,8% da América Latina. Considera avalia que o País não está blindado, e que a economia real sentirá mais efeitos em 2008. "O Fed não vai injetar dinheiro indefinidamente, e as pessoas continuarão a não pagar suas hipotecas. Isso significa menos emprego, consumo interno e importação. Caso o dólar se valorize muito perante o real, o BC terá que aumentar juros para evitar contaminação na inflação. (AG)

1 A bolsa de valores continua sendo a aplicação mais rentável de 2007. Gustavo Cerbasi, consultor


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Ambiente Educação Saúde Urbanismo

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 20 de agosto de 2007 Hélvio Romero/AE - 25/04/2007

SÍNDROME DO JOGO É RECONHECIDA PELA OMS

Prefeitura já lacrou 159 bingos em São Paulo e faz ofensiva contra máquinas caça-níqueis.

Caça aos bingos revela órfãos do jogo Fechamento das casas de jogos nem sempre livra o jogador da compulsão do jogo, doença que atinge 1,5% da população dos grandes centros urbanos, segundo OMS Fotos de Pablo de Sousa/Luz

Ivan Ventura

Agora chegou a vez dos caça-níqueis

O

fechamento dos bingos levantou a discussão sobre um personagem que representa a razão da existência dessas casas: os jogadores. A grande parcela de freqüentadores dos bingos abandonou a jogatina até a definição sobre os rumos da atividade. A preocupação de médicos e psiquiatras recai sobre um grupo de jogadores que são portadores de uma doença chamada síndrome do jogo patológico ou compulsivo, um mal reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A estimativa é de que 1,5% da população de grandes centros urbanos sejam portadores da doença. Apenas em São Paulo, um contingente de cerca de 150 mil pessoas. Outros 4,5% dos jogadores não são compulsivos, mas com grande potencial de desenvolver a patologia. Se considerar que o jogador tem uma família de quatro pessoas, em média, a doença afeta, de maneira direta ou indireta, 20% a 24% da população dos grandes centros urbanos. Perfil - De acordo com especialistas, os compulsivos são pessoas consideradas normais. A família, inclusive, trata o assunto como desvio no comportamento em vez de doença. Recente pesquisa sobre o comportamento do jogador compulsivo aponta que a maior parte são homens e mulheres com 40 anos, em média, casados, trabalham e possuem bom nível de escolaridade. Entre os jovens com até 18 anos, a grande maioria é masculina: praticamente dez homens para cada mulher jogadora. Na faixa etária de 22 anos, a relação cai para a média de quatro homens para cada mulher. Segundo o psiquiatra Hermano Tavares, que trabalha no ambulatório do Jogo Patológico (Amjo) do Hospital das Clínicas, em muitos casos não há degeneração física com o passar do tempo, como acontece com viciados em drogas ou bebidas alcoólicas. “São pessoas com incapacidade de controlar o hábito de jogar. Nada aparente aos olhos das outras pessoas. Mas com o passar do tempo há uma inquietação, falta de sono e pode culminar em pequenos delitos para custear o jogo e até o suicídio”, afirma Tavares, que apóia o fechamento dos bingos. “Jogadores são fiéis a um tipo de jogo. Com o fechamento não haverá bingos para apostas”. A portadora do jogo patológico e empresária Márcia (nome fictício), de 39 anos, é um exem-

A

Márcia (nome fictício), que se recupera do vício na entidade Jogadores Anônimos: mentiras para a família e dívida de R$ 40 mil de jogos para quitar

Integrantes dos Jogadores Anônimos: 150 mil viciados só em São Paulo

plo de pessoa com as características descritas por Tavares. Há 4 anos enfrenta a compulsão com o lema de uma entidade que há 10 anos ajuda pessoas com esses problemas, a Jogadores Anônimos (J.A.). O lema é: “Só por hoje evitarei a 1ª aposta”. Márcia conta sua história. “Comecei a apostar com 17 anos no jogo do bicho. Naquele tempo não tinha bingo ou máquinas caça-níqueis. Começou com uma simples aposta e quando percebi gastava em poucos dias algo equivalente a R$ 2,5 mil. No banco onde trabalhava era responsável pelas contas correntes e economias da minha família, como avô, mãe, prima e outros. Tinha a confiança deles. No entanto, sem dinheiro passei a usar também o dinheiro da família para financiar a jogatina. Fui descoberta e demitida do banco”, diz Márcia. Foram 16 anos sem uma úni-

ca aposta, diz Márcia. Ela tinha quase certeza de que estava livre. Mas a vontade de jogar voltou. “Quando fiz 33 anos o jogo compulsivo retornou e de uma forma inocente: fui a uma padaria e vi uma máquina caçaníqueis. Decidi então apostar R$ 10 e ganhei R$ 60. Aquela sensação me motivou a jogar de novo. Comecei a mentir para conseguir dinheiro com parentes, vizinhos e amigos. Cheguei ao fundo do poço e tentei me matar duas vezes. Foi então que soube da J.A, que freqüento até hoje. Mas há uma dívida de quase R$ 40 mil que ainda estou tentando quitar”, diz. José (também nome fictício), de 58 anos, é outro dependente. “Sempre adorei jogar bingo. Em Alagoas (onde nasceu) eu promovia bingos. Com o tempo virei dependente do jogo, rodei por diversos estados até parar em São Paulo, em 1994. Aqui, vi

Fechamento dos bingos diminuiu jogatina, mas doença pode não sumir

aqueles enormes bingos bonitos e decorados”, diz. Na Capital, começaram as suspeitas da família de José sobre seu envolvimento com o jogo. “Minha mulher me pedia para parar, mas não conseguia. Cheguei a pedir dinheiro para o meu filho. Pensei em suicídio duas vezes”, conta José, que também está se recuperando. “Tento recuperar a confiança da minha família nesses tempos sem o jogo”, diz. Mesmo com um levantamento que aponta 150 mil pessoas com histórias de jogo compulsivo, a J.A. e a Amjo registram sensível diminuição no número de pessoas que apresentam compulsão por jogos dos mais variados tipos.

Tavares e a jogadora Márcia creditam ao fechamento dos bingos. “As pessoas acham que com o fechamento dessas casas elas estão livres do vício. Mas há casos, como o meu, em que a pessoa saiu de um jogo e encontrou outro pelo caminho”, afirma Márcia. SERVIÇO Amjo: contatos pelo telefone (11) 3069-7805 ou no e-mail amjo_ambulatorio@yahoo grupos.com.br. Jogadores Compulsivos: (11) 3229-1023 ou jogadoresanonimos@yahoo. com.br. Na internet: www.jogadoresanonimos.org.br. Em ambos os casos, as consultas são gratuitas.

Prefeitura de São Paulo cassou alvarás de bingos e agora lançou ofensiva contra as máquinas caça-níqueis. Em junho, o prefeito Gilberto Kassab lançou uma campanha educativa aos comerciantes para que não instalem máquinas nos seus estabelecimentos. A estimativa é de que 85% dos comércios dos mais variados tipos instalados na cidade possuem máquinas caça-níqueis. No início da campanha, o secretário de Subprefeituras, Andrea Matarazzo, alertou os comerciantes. "Vamos continuar agindo com rigor e punir aqueles comerciantes que estiverem burlando a lei." De acordo com a secretaria de Subprefeituras, quando o estabelecimento é flagrado pela primeira vez com máquinas caça-níqueis, o proprietário é multado em pouco mais de R$ 25 mil por desvirtuamento da licença, ou seja, tem autorização para funcionar como bar ou lanchonete, mas também explora a jogatina. Automaticamente, a Prefeitura dá início ao processo de cassação da licença. Se durante o processo de fechamento administrativo o estabelecimento for flagrado novamente com máquinas caça-níqueis, será fechado e lacrado. Além disso, as máquinas caça-níqueis são ilegais e mantê-las no comércio é contravenção penal, sujeito a pena de três meses a um ano de prisão. Segundo a Secretaria de Segurança Pública já foram apreendidas mais de 20 mil máquinas na Capital e quase 160 mil no Estado. A Prefeitura comemora os números positivos. Até o momento, 159 estabelecimentos foram lacrados. Sete bingos ainda possuem liminares na Justiça. Desse total, 5 (mesmo podendo funcionar) foram fechados por decisão do próprio proprietário e três continuam funcionando na Capital: um na Lapa, zona oeste, outro em Aricanduva, zona leste, e um terceiro no Brás. (IV)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 --.E ECONOMIA

segunda-feira, segunda-feira, 20 20 dede agosto agostode de2007 2007

Adesão termina hoje

T

ermina hoje o prazo para as micros e pequenas empresas ingressarem no Supersimples. Após essa data, nova oportunidade de adesão só está prevista a partir de janeiro de 2008. Para as optantes, também acaba hoje o tempo para regularizar as pendências cadastrais e tributárias junto a estados e municípios que não prorrogaram os prazos até 31 de outubro. Neste caso, os débitos devem ser pagos parceladamente ou quitados. Dívidas com a Receita Federal podem ser divididas em 120 meses, desde que a primeira parcela seja paga hoje. A partir dessa data, empresas que não conseguirem re s o l v e r s u a s p e n d ê n c i a s com o fisco federal terão chance de regularizar a situação até 31 de outubro. Uma

advertência: neste caso, o parcelamento será reduzido a apenas 60 meses. Até a última quinta-feira, o Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN), responsável por regular o Supersimples, havia recebido 3.120.273 pedidos de adesão ao novo regime tributário. Desse total, aceitou imediatamente o pedido feito por 505.059 empresas e negou outros 129.918, em função de algum problema cadastral. Outras 25.821 companhias continuam aguardando a solicitação ser analisada por estados e municípios e 1.122.372 têm pendências fiscais em alguma das três esferas de governo. A migração automática do extinto Simples Federal para o novo regime abrangeu 1,33 milhão de empresas. (RCI) A empresa Probiótica Laboratórios Ltda torna público que recebeu da Cetesb a licença de operação/renovação nº 33002913, com validade até 03/08/2009, para a fabricação de suplementos alimentares, na Av. João Paulo I nº 1795, Jd. Santa Bárbara - Embu - SP.

ANÚNCIO DE INÍCIO DA DISTRIBUIÇÃO DA 2ª SÉRIE DE COTAS SENIORES A PETRA – PERSONAL TRADER CORRETORA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS LTDA. comunica o início da distribuição de até 6.000 (seis mil) cotas escriturais seniores da 2ª (segunda) série, cada cota com valor inicial de R$1.000,00 (um mil reais), totalizando R$ 6.000.000,00 (seis milhões de para subscrição pública do

reais)

FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS MULTISETORIAL EMPRESARIAL LP As cotas subordinadas serão colocadas privadamente e corresponderão a, no mínimo, 50% do PL. VALOR TOTAL DA OFERTA PÚBLICA EM COTAS SENIORES

R$ 6.000.000,00

Classificação preliminar de risco das cotas seniores:

CÓDIGO ISIN: BREMLPCTF026

Austin Rating A

PRELUDE MODAS S/A. - CNPJ nº 61.084.745/0001-70 ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA - EDITAL DE CONVOCAÇÃO. Ficam convidados os Srs. Acionistas desta sociedade a se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária a ser realizada no dia 27 de agosto de 2007, às 09:00 (nove) horas, na sede social à Rua Rego Freitas, nº 508, nesta Capital, a fim de deliberarem sobre a seguinte "ORDEM DO DIA" a) Consolidação dos Estatutos Sociais, nos têrmos da Lei nº 10.406 de 10 de janeiro de 2002; b) Outros assuntos de interesse Social. São Paulo, 13 de agosto de 2007. A Diretoria. (16-17-20/08/2007)

CARACTERÍSTICAS DO FUNDO E DA DISTRIBUIÇÃO DE COTAS 1.

DENOMINAÇÃO

DO

O

FUNDO:

FUNDO

é

denominado

FUNDO

DE

INVESTIMENTO

EM

DIREITOS

DECLARAÇÃO DE PROPÓSITO

Financeira em que o FUNDO mantiver conta corrente.

CREDITÓRIOS MULTISETORIAL EMPRESARIAL LP, doravante chamado “FUNDO”, registrado na CVM

Será admitida a subscrição por um mesmo investidor de todas as cotas emitidas. Se os resgates forem

2007.

correspondentes serão pagos ao(s) cotista(s) no primeiro dia útil seguinte, não havendo direito por

sob o código 99-0. Esta distribuição foi registrada na CVM sob o nº CVM/SRE/RFD/2007/042 em 27/07/

efetivados

2. ADMINISTRADORA DO FUNDO: PETRA - Personal Trader CTVM Ltda. - com endereço na Rua Carneiro

partes do(s) cotista(s), a qualquer acréscimo. É possível o resgate antecipado das cotas seniores na

Lobo, 468, 10º andar, Água Verde, Curitiba – Paraná. Data de deliberação da presente oferta pela

em

feriado

municipal

ou

estadual

na

praça

hipótese de liquidação antecipada do FUNDO. COTAS: As

cotas

do

Administradora,

independentemente

da

classe

ou

os

valores

série,

serão

10.

rentabilidade de 115 % (cento e quinze por cento) dos Depósitos Interfinanceiros de um dia – “Over Extra

5. OBJETO: O FUNDO tem por objeto a captação de recursos para aquisição de direitos creditórios nos

calculada e divulgada pela Câmara de Custódia e Liquidação - CETIP.

Personal Trader CTVM Ltda.

6. FORMA DE CONSTITUIÇÃO: O FUNDO é constituído sob a forma de condomínio fechado, de modo

que

suas

cotas

somente

serão

resgatadas

ao

término

do

prazo

de

duração

ou

em

virtude

de

sua

liquidação. É admitida a amortização das cotas do FUNDO, conforme disposto no “Regulamento” do FUNDO ou por decisão da assembléia geral de cotistas. 7.

PRAZO

subscrição

DE

O

DURAÇÃO:

inicial

de

cotas

tem

FUNDO

do

prazo

podendo

FUNDO,

de

duração

ser

de

liquidado

120

ou

meses,

contados

prorrogado

por

a

partir

deliberação

assembléia geral de cotistas. A 2ª série de cotas seniores tem prazo de duração de 30 meses.

da

valorizadas todo dia útil, conforme descrito no Regulamento. As cotas seniores possuem benchmark de

Grupo”, expressa na forma de percentual ao ano, base de 252 (duzentos e cinqüenta e dois) dias,

11. AMORTIZAÇÃO DAS COTAS: A partir do 25º (vigésimo quinto) mês contado desde o mês em que ocorra a primeira Data de Subscrição Inicial e desde que o FUNDO tenha recursos, o valor das Cotas

Seniores

da

(segunda)

na

Data

de

Subscrição

Inicial

será

amortizado

em

06

pagamentos

sediada, com base no cronograma abaixo:

8. COTAS DO FUNDO: As cotas do FUNDO poderão ser “seniores” ou “subordinadas” sendo que as

25º

26º

27º

28º

29º

30º

1/6

1/5

1/4

1/3

1/2

1

mês

mês

mês

mês

mês

(17 e 20/08/2007)

mês

A amortização deverá respeitar a relação entre cotas seniores e patrimônio líquido do FUNDO definida

demais ou entre si para efeito de amortização, resgate e distribuição dos resultados da carteira do

no Anexo I do Regulamento. O presente item não constitui promessa de rendimentos, estabelecendo

previsto no Regulamento. As cotas subordinadas são aquelas que se subordinam às cotas seniores para

12. POLÍTICA DE INVESTIMENTO: O FUNDO irá adquirir direitos creditórios decorrentes dos segmentos

FUNDO.

O

critério

para

distribuição

dos

resultados

e

a

amortização

para

as

cotas

seniores

está

efeito de amortização, resgate e distribuição dos resultados da carteira do FUNDO. Somente ocorrerá a

amortização

seniores,

e/ou

ressalvada

resgate

a

das

hipótese

cotas

de

subordinadas,

amortização

para

após

a

amortização

restabelecimento

e/ou

do

resgate

nível

de

das

cotas

subordinação

prevista no Regulamento do FUNDO. A distribuição dos resultados e a possibilidade de amortização

meramente uma previsão de amortização se os resultados da carteira do FUNDO assim permitirem.

comercial,

industrial,

financeiro

e

de

prestação

de

serviços.

O

FUNDO

é

voltado

à

aplicação

preponderante em direitos creditórios, sempre oriundos de vendas mercantis de bens já entregues e/

ou serviços já prestados, representados por duplicatas ou liquidados por meio de cheques, ou direitos creditórios resultantes de operações de crédito realizadas por instituições financeiras. O FUNDO só

para as cotas subordinadas estão previstas no Regulamento. As cotas subordinadas não são objeto de

poderá

efetivamente colocadas.

Regulamento. As aplicações no FUNDO não contam com a garantia da Administradora nem do Fundo

distribuição pública, devendo ser subscritas e integralizadas na proporção de 50% do total de cotas 9. CONDIÇÕES DE SUBSCRIÇÃO, INTEGRALIZAÇÃO, NEGOCIAÇÃO E RESGATE DAS COTAS DO FUNDO:

As cotas representativas do patrimônio inicial do FUNDO serão subscritas e integralizadas a partir da

data

de

subscrição

inicial

determinada

pela

instituição

Administradora.

Na

representativas do patrimônio inicial do FUNDO que ocorrer em dia diferente

subscrição

da

data

de

cotas

de subscrição

adquirir

direitos

creditórios

cuja

análise

e

seleção

tenha

sido

realizada

por

empresa

de

fomento mercantil que possua o Selo de Qualidade atribuído pela ANFAC, conforme o disposto no

Garantidor de Crédito - FGC. Ao investidor é recomendada a leitura cuidadosa do Prospecto e do Regulamento do FUNDO. 13.

CLASSIFICAÇÃO

DE

RISCO:

As

cotas

preliminar de risco A da Austin Rating.

seniores

da

(segunda)

série

obtiveram

classificação

inicial, será utilizado o valor da cota da mesma classe ou série em vigor no próprio dia da efetiva

14. MERCADO SECUNDÁRIO: As cotas do FUNDO colocadas junto ao público serão registradas para

dependências. Caso não haja colocação de todas as cotas no prazo de 180 dias a contar da data de

de São Paulo-BOVESPA.

mantidas em conta de depósito em nome de seus respectivos titulares. A qualidade de condômino

16 – REGIME DE COLOCAÇÃO: melhores esforços.

condômino no FUNDO, é indispensável sua adesão aos termos do Regulamento. Para o cálculo do

a distribuição de suas cotas, ou em obter cópia do Prospecto e do Regulamento, devem se dirigir a um

Administradora

respectivos sites (www.petractvm.com.br ou www.cvm.gov.br). O prospecto também está disponível

disponibilidade dos recursos confiados pelo investidor à instituição Administradora, em sua sede ou

negociação secundária na SomaFix - Mercado de Balcão Organizado de Renda Fixa da Bolsa de Valores

início de distribuição, o saldo remanescente de cotas será cancelado. As cotas serão escriturais e

15. DATA DO INÍCIO DE DISTRIBUIÇÃO: 20/08/2007, data da publicação deste anúncio.

caracteriza-se pela abertura de conta de depósitos em nome do cotista. Por ocasião do ingresso do

17. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES: Os interessados em ter maiores informações sobre o FUNDO e

número

dos endereços da Administradora ou à Comissão de Valores Mobiliários – CVM, ou acessar os seus

de

cotas

a

que

quaisquer

tem

taxas

direito

ou

o

investidor,

despesas.

O

valor

não

serão

mínimo

de

deduzidas

aplicação

do

no

valor

FUNDO

entregue será

de

à

R$

25.000,00 (vinte e cinco mil reais). Somente poderão adquirir as cotas do FUNDO os investidores

no endereço eletrônico do ambiente de negociação de cotas: www.bovespafix.com.br.

posteriores. A aplicação, amortização e resgate de cotas do FUNDO podem ser efetuados por meio de

A CVM não garante a veracidade das informações prestadas e, tampouco, faz julgamento sobre a

qualificados conforme definidos pela Instrução 409,

de

18 de agosto de 2004, da CVM, e alterações

depósito em conta corrente do FUNDO, TED ou transferência de contas mantidas na mesma Instituição

São Paulo, 15 de agosto de 2007. María Carmen Vara Martín; pp. Valmir Ferreira Forni Henar Pinilla Nieto; pp. Valmir Ferreira Forni Víctor-Manuel Cabezas López; pp. Valmir Ferreira Forni

data de pagamento da amortização caia em dia não útil na praça em que a Administradora está

cotas seniores poderão ser divididas em séries, com prazos e valores de remuneração, amortização e de voto, observado o disposto no Regulamento. As cotas seniores são aquelas que não se subordinam às

série

mensais sucessivos feitos no dia 15 (quinze) de cada mês ou no primeiro dia útil subseqüente, caso a

da

resgate distintos. Todas as classes de cotas terão iguais taxas, despesas e prazos, bem como direitos

FUNDO,

da

4. INSTITUIÇÃO RESPONSÁVEL PELA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE ESCRITURAÇÃO DE COTAS: PETRA –

termos de sua política de investimentos.

DAS

sede

administradora: 27/07/2007.

3. INSTITUIÇÃO RESPONSÁVEL PELA DISTRIBUIÇÃO DAS COTAS: PETRA – Personal Trader CTVM Ltda.

VALORIZAÇÃO

da

MARÍA CARMEN VARA MARTÍN, portadora do Passaporte nº. AC167944; HENAR PINILLA NIETO, portadora do Passaporte nº P ESP P028627; e VÍCTOR-MANUEL CABEZAS LÓPEZ, portador do Passaporte nº. AB739977. Todos residentes em Madri na Espanha e domiciliados na Calle Velazquez 74 - 28001 Madrid. DECLARAM sua intenção de exercer cargo de Conselheiro de Administração na Seguradora de Crédito do Brasil S.A e que preenchem as condições estabelecidas nos arts. 3º e 4º da Resolução CNSP nº 136, de 7 de novembro de 2005. ESCLARECEM que, nos termos da regulamentação em vigor, eventuais impugnações à presente declaração deverão ser comunicadas diretamente à Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, no endereço abaixo, no prazo máximo de quinze dias, contados da data desta publicação, por meio de documento em que os autores estejam devidamente identificados, acompanhado da documentação comprobatória, observado que o declarante poderá, na forma da legislação em vigor, ter direito a vista do respectivo processo.

qualidade do FUNDO, de sua Administradora, ou das cotas a serem distribuídas.

Uno-E Brasil Banco de Investimento S.A. (nova denominação social do Banco Uno-E Brasil S.A.) CNPJ nº 45.283.173/0001-00 Relatório da Administração Senhores Acionistas: Submetemos à apreciação de V.Sas. os balanços patrimoniais, as demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações dos recursos relativos aos exercícios encerrados em 30 de Junho de 2007 e de 2006, acompanhadas das Notas Explicativas e do Parecer dos auditores sobre as referidas Demonstrações Financeiras. São Paulo, 03 de agosto de 2007. A Administração Demonstrações de resultados - Semestres findos em 30/06/07 e 2006 Balanços patrimoniais em 30 de junho de 2007 e 2006 (Em milhares de Reais) (Em milhares de Reais, exceto o lucro por ação) Ativo 2007 2006 Passivo 2007 2006 2007 2006 Circulante 85.446 80.632 Circulante 8.489 8.508 3.519 4.569 Disponibilidades 19 Outras obrigações 8.489 8.508 Receitas da intermediação financeira Títulos e valores mobiliários e Sociais e estatutárias 7.295 7.052 Resultado de operações com títulos e valores mobiliários 3.519 4.569 3.519 4.569 instrumentos financeiros derivativos 85.446 80.613 Fiscais e previdenciárias 1.183 1.445 Resultado bruto da intermediação financeira (199) (474) Carteira própria 85.445 80.612 Diversas 11 11 Outras receitas (despesas) operacionais (12) (15) Outros créditos 1 1 Exigível a longo prazo 2.588 2.424 Despesas com pessoal Outras despesas administrativas (265) (221) Diversos 1 1 Outras obrigações 2.588 2.424 (193) (228) Realizável a longo prazo 4.036 3.824 Fiscais e previdenciárias 976 935 Despesas tributárias 271 (10) Outros créditos 4.036 3.824 Outras contingências 1.612 1.489 Outras receitas (despesas) operacionais 3.320 4.095 Imposto de renda a compensar 1.364 1.353 Patrimônio líquido 78.408 73.527 Resultado operacional Resultado antes da tributação sobre Depósitos judiciais 2.672 2.471 Capital social: o lucro e participações 3.320 4.095 Permanente 3 3 De domiciliados no exterior 55.981 55.981 (1.149) (1.430) Investimentos 3 3 Reserva de lucros 1.565 1.308 Imposto de renda e contribuição social Lucro líquido do semestre 2.171 2.665 Lucros acumulados 20.862 16.238 0,04 0,05 Total do ativo 89.485 84.459 Total do passivo 89.485 84.459 Lucro líquido por ação - R$ As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. Demonstrações das origens e aplicações de recursos Demonstrações das mutações do patrimônio líquido - Semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 (Em milhares de Reais) Semestres findos em 30/06/07 e 2006 (Em milhares de Reais) Capital Reserva 2007 2006 Social de lucros Origens de recursos 2.474 2.649 Capital Reserva Lucros Lucro líquido ajustado do semestre 2.171 2.665 realizado legal acumulados Total Lucro líquido do semestre 2.171 2.665 Saldos em 1º de janeiro de 2006 55.981 1.175 13.848 71.004 Recursos de acionistas (16) Ajuste de exercícios anteriores (16) (16) Ajustes de exercícios anteriores (16) Lucro líquido do semestre 2.665 2.665 Recursos de terceiros originários de: 303 Destinações: Diminuição dos subgrupos do ativo Reserva legal 133 (133) circulante e realizável a longo prazo 303 Dividendos (126) (126) Outros créditos 303 Saldos em 30 de junho de 2006 55.981 1.308 16.238 73.527 Aplicações de recursos 2.505 2.653 Saldos em 1º de janeiro de 2007 55.981 1.456 18.903 76.340 Dividendos propostos 103 126 Lucro líquido do semestre 2.171 2.171 Aumento dos subgrupos do ativo Destinações: circulante e realizável a longo prazo 752 1.920 Reserva legal 109 (109) Títulos e valores mobiliários e instrumentos Dividendos (103) (103) financeiros derivativos 752 1.920 Saldos em 30 de junho de 2007 55.981 1.565 20.862 78.408 Diminuição dos subgrupos do passivo circulante e exigível a longo prazo 1.650 607 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. Outras obrigações 1.650 607 Notas explicativas às demonstrações financeiras - Semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 (Em milhares de Reais) Aumento (diminuição) das disponibilidades (31) (4) 1 Contexto operacional - A Sociedade, que é parte integrante do grupo tributável excedente a R$ 120 (semestre). A contribuição social foi constiModificações na posição financeira BBVA (Banco Bilbao Viscaya Argentaria) no Brasil, tem por objetivo princi- tuída à alíquota de 9%. 3 Títulos e valores mobiliários - A carteira de Disponibilidades pal a prática de operações de investimento, a administração da carteira de títulos e valores mobiliários, classificada na categoria títulos para negociaInício do semestre 31 23 valores mobiliários e fundos de investimento. A Sociedade permanece ção, está assim representada: Fim do semestre 19 2007 2006 inoperante, mantendo somente aplicações em fundos de investimentos Aumento (diminuição) das disponibilidades (31) (4) 26.038 23.219 (nota 3) para gerenciamento do seu caixa. 2 Elaboração e apresentação Bradesco FIC de FI Referenciado DI Federal Plus 50.975 48.243 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. das demonstrações financeiras - a. Apresentação das demonstra- Bradesco FAC de FI Marte Renda Fixa 8.432 9.150 (55.980.634 em 2006) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal. ções financeiras - As demonstrações financeiras foram preparadas de Bradesco FAC de FI Cambial Total 85.445 80.612 Conforme disposição estatutária está assegurado aos acionistas dividenacordo com as práticas contábeis emanadas da legislação societária brasileira em consonância com as diretrizes estabelecidas pelo Banco 4 Outros créditos - A conta de outros créditos está representada, basica- do mínimo de 5% do lucro líquido do semestre, após a destinação de Central do Brasil (BACEN). As estimativas contábeis foram fundamenta- mente, por antecipação de Imposto de renda e Contribuição social em R$ reserva legal, de R$ 109 (R$ 126 em 2006). 8 Imposto de renda e contridas em fatores objetivos e subjetivos, com base no julgamento da 1.364 (R$ 1.353 em 2006) e por devedores por depósitos judiciais em R$ buição social - a. Encargos com imposto de renda e contribuição Administração para determinação do valor adequado a ser registrado nas 2.672 (R$ 2.471 em 2006). 5 Outras obrigações - a. Sociais e social demonstrações financeiras. Itens significativos sujeitos a estas estimati- estatutárias - Refere-se a juros sobre o capital próprio e dividendos à dis2007 2006 vas e premissas incluem a provisão para contingências. A liquidação posição dos acionistas, referente aos exercícios de 2001, 2002, 2003, Imp. de Contrib. Imp. de Contrib. destas poderá resultar em valores divergentes em razão de imprecisões 2004, 2005, 2006 e 2007. b. Fiscais e previdenciárias - Referem-se à Receita/despesa renda social renda social inerentes ao processo de sua determinação. b. Principais critérios provisão para imposto de renda no valor de R$ 842 (R$ 1.051 em 2006); Lucro antes do imposto de contábeis - O resultado é apurado pelo regime de competência. O ativo e provisão para contribuição social no valor de R$ 307 (R$ 379 em 2006); renda e contribuição social 3.320 3.320 4.095 4.095 o passivo, circulante e a longo prazo, são demonstrados pelos valores de provisão para riscos fiscais no valor de R$ 2.588 (R$ 935 em 2006) e ou- Adições realização e compromissos estabelecidos nas contratações, incluindo, tras contribuições no valor de R$ 34 (R$ 15 em 2006). O Banco vem Permanente quando aplicável, os rendimentos ou encargos auferidos ou incorridos até contestando judicialmente a legalidade da exigência de diversos impostos Multas 15 15 39 a data dos balanços. As aplicações em fundos de investimento estão clas- e contribuições e, baseado na opinião de seus assessores legais, não esOutras provisões, receitas e sificadas na categoria de títulos para negociação, de acordo com a pera a ocorrência de perdas no desfecho desses processos, além das já despesas Indedutíveis 20 20 22 22 Resolução nº 3.068 do BACEN e são atualizadas diariamente conforme o provisionadas na rubrica de provisão para riscos fiscais. 6 Provisões, Temporárias valor da cota divulgada pelo administrador do fundo. Os rendimentos cor- contingências ativas e passivas - O Banco é parte em ações judiciais e Prov. p/ contingências fiscais e outras 59 59 96 96 respondentes são apropriados nas contas de resultados. Os ativos processos administrativos perante vários tribunais e órgãos governamen- Base de cálculo 3.414 3.414 4.252 4.213 contingentes, passivos contingentes e as obrigações legais são tais, envolvendo questões tributárias, trabalhistas, aspectos cíveis e Encargos do sem. às alíquotas de contabilizados conforme demonstrado abaixo: • Ativos contingentes - outros assuntos. a. Composição das provisões - A Administração, com 15% (imposto de renda) e 9% São contabilizados somente quando existe evidência que garanta a sua base em informações de seus assessores jurídicos e análise das deman(contribuição social) (512) (307) (638) (379) realização. • Passivos contingentes - São contabilizados de acordo com das judiciais pendentes, constituiu provisão em montante de R$ 2.588 (R$ Adicional de (imp. de renda) a 10% a opinião dos assessores legais, a natureza dos processos, e jurisprudên- 2.424 em 2006) referente, basicamente à não adição do imposto de renda sobre parcela excedente a R$ 120 (330) (413) cia existente. • Obrigações legais - Referem-se a processos de natureza retido na fonte dos juros sobre o capital próprio do ano de 1996 e a Imposto de renda/contribuição tributária, cuja legalidade/constitucionalidade está sendo discutida judici- dedutibilidade da TJLP no cálculo da contribuição social. b. Contingêncisocial do semestre (842) (307) (1.051) (379) almente. São contabilizadas, independentemente da opinião dos as ativas não provisionadas - Em 30 de junho de 2007 e de 2006, não O Banco não efetua o registro contábil dos créditos tributários decorrentes assessores legais. A provisão para o imposto de renda é constituída com havia contingências ativas não reconhecidas nas demonstrações finan- de diferenças temporárias por não haver expectativa de realização. O valor base no lucro, ajustado pelas inclusões e exclusões de caráter permanen- ceiras. 7 Patrimônio líquido - O Capital Social em 30 de junho de 2007, dos créditos tributários não reconhecidos monta a R$ 880 (2006 - R$ 23). te, à alíquota de 15%, acrescida de adicional de 10% sobre o lucro totalmente subscrito e integralizado, é representado por 55.980.634 9 Outras informações - a. Derivativos - Não houve operações de instruParecer dos auditores independentes mentos financeiros derivativos em 30 de junho de 2007 e 2006. b. Limites Aos Diretores e aos Acionistas do Uno-E Brasil Banco de Investimento as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das operacionais (acordo de Basiléia) - O Banco Uno-E Brasil S.A, em 30 de S.A. - São Paulo - SP. Examinamos os balanços patrimoniais do Uno-E estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração junho de 2007, atingiu o índice de 172,71% (2006 -171,87%). c. DespeBrasil Banco de Investimento S.A. levantados em 30 de junho de 2007 e do Banco, bem como da apresentação das demonstrações financeiras to- sas administrativas - Outras despesas administrativas são compostas 2006 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do madas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras basicamente por despesas de serviços técnicos especializados. d. Outras patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos corresponden- acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos re- receitas operacionais - Outras receitas operacionais são compostas bates aos semestres findos naquelas datas, elaborados sob a levantes, as posições patrimonial e financeira do Uno-E Brasil Banco de sicamente pela atualização monetária dos depósitos judiciais. e. Outras responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de Investimento S.A. em 30 de junho de 2007 e 2006, os resultados de suas despesas operacionais - Outras despesas operacionais são compostas expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. Nossos operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplica- basicamente por atualização monetária dos passivos contingentes f. Desexames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicá- ções de seus recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas pesas tributárias - Despesas tributárias são compostas basicamente por veis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. despesas de PIS e COFINS. considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os siste3 de agosto de 2007 DIRETORIA mas contábil e de controles internos do Banco; (b) a constatação, com KPMG Auditores Independentes Cláudio Rogélio Sertório base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e CRC 2SP014428/O-6 Contador CRC 1SP212059/O-0 Carlos Masetti Júnior – CRC-1SP 179400/O-5

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 17 de agosto de 2007, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Requerente: Aços Inajá Ltda. - Requerido: Austro Brasileira de Ferramentas Ltda. - Rua do Porto, 164 - 2ª Vara de Falências Requerente: Betica Ind. Com. de Pneus Ltda. - Requerido: JCD Distribuidora de Pneus Ltda. -

Av. Guapira, 1.464 - 2ª Vara de Falências Requerente: R. Pieroni & Cia Ltda. - Requerido: DHW Comércio e Indústria Ltda. - Trav. Coronel Botelho, 30 - 2ª Vara de Falências

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segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Saúde Transpor te Av i a ç ã o Polícia

DIÁRIO DO COMÉRCIO

5 Antônio Milena/AE

REFORMA DA PISTA SERÁ FEITA EM TRÊS ETAPAS

Cumbica opera no limite nos horários de pico por causa da transferência de vôos que partiam de Congonhas.

Marcelo Soares/Hype - 23/07/2007

Reforma da pista principal do Aeroporto Internacional de São Paulo, com 3,7 mil metros de comprimento, será realizada em três fases. O custo total da obra está estimado em R$ 13 milhões.

Pista de Cumbica será fechada hoje N Principal pista do aeroporto ficará interditada até 10 de outubro para reforma. Estima-se que 39% dos vôos terão de ser reduzidos. Atrasos e cancelamentos são esperados.

em o Ministério da Defesa nem a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeronáutica (Infraero) e as companhias aéreas montaram algum tipo de plano de emergência para evitar que o caos volte a se instalar hoje no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Cumbica, Guarulhos. Até 10 de outubro, a pista principal ficará totalmente interditada para as obras de recuperação do asfalto, que acumula quase 20 anos de pousos e decolagens. O resultado do fechamento e da falta de planejamento deverá ser sentido pelos passageiros: 39% dos vôos terão de ser re-

duzidos, e atrasos e cancelamentos são esperados. Oficialmente, a Infraero acredita que o aeroporto não será afetado pela restrição. Mas Cumbica terá de operar apenas com a pista secundária, com 3 quilômetros de extensão. Nos horários de pico, entre 7 e 10 horas e entre 21 e 23 horas, as operações de pouso e decolagem terão de ser reduzidas de 54 por hora para 33. Como o aeroporto operava no limite nesses períodos por causa da transferência de vôos que partiam do Aeroporto Internacional de Congonhas, na zona sul da capital paulista, as empresas aéreas esperam atrasos generalizados de cerca de 40

Domingo de atrasos e cancelamentos

D

A situação estava pior em São Paulo. Em Congonhas, 18,2% dos vôos atrasaram e 26,7% foram cancelados, de um total previsto de 176 decolagens. Em Guarulhos — que fecha uma de suas pistas hoje para reforma que durará três meses —, 18% das 183 decolagens estavam atrasadas e 13 vôos foram cancelados. No Rio, foram suspensos ontem seis vôos no Santos Dumont, ou 17,1% do total previsto. O aeroporto também registrou cinco vôos com atrasos de mais de uma hora. No Tom Jobim, 13 decolagens previstas não ocorreram, ou 10,6% do total. Outros dez vôos, ou 8,2% do total, saíram com atraso. (AG)

Thiago Queiroz/AE

urante todo o fim de semana e às vésperas da interdição da pista principal do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Cumbica, Guarulhos, os passageiros voltaram a enfrentar problemas com atrasos e cancelamentos de vôos nos 42 aeroportos brasileiros. A Infraero informou que ontem 9,2% dos 1.163 vôos programados foram cancelados até as 19h. A estatal relatou atrasos superiores a uma hora em 235 decolagens, ou 20,2% do previsto. Segundo a assessoria da empresa, isso foi provocado pelas companhias aéreas, com o cancelamento de vôos com poucos passageiros e o atraso de decolagens para lotar as aeronaves.

PESAR – Familiares das vítimas do vôo 3054 da TAM manifestaram-se na sexta-feira com uma caminhada do Aeroporto de Congonhas até o local do acidente, onde depositaram flores. Muitos choraram, emocionados pela lembrança de seus parentes.

minutos e cancelamentos de vôos domésticos. A TAM Linhas Aéreas anunciou que até aumentará o número de funcionários em 10% para atender os passageiros. Desde o dia 30, 52 vôos da TAM e da Gol Linhas Aéreas foram transferidos do Aeroporto de Congonhas para Cumbica A pista principal de Congonhas, que passa por obras, será reaberta somente no dia 7. A obra em Cumbica estava marcada para começar em dezembro. Mas, sem aviso prévio, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, decidiu antecipar em cima da hora o cronograma sob a alegação de que obras no fim do ano atrapalha-

riam muito mais o aeroporto. "Precisamos ter, claramente, o nosso pressuposto inicial: primeiro a segurança, depois o conforto", disse. Jobim também sugeriu que parte dos vôos fosse desviada para o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, no interior do Estado, mas ninguém concordou. As companhias dizem que souberam da notícia pelos jornais e não tiveram tempo para ajustar as malhas. TAM e Gol dizem que alocarão os vôos "na unha". Dependendo da confusão, apenas os vôos de carga devem ser transferidos para Viracopos. Os internacionais deverão ser os únicos que não so-

frerão com a obra na pista principal – controladores da torre de controle de Cumbica assumem que essas aeronaves têm preferência na hora de decolar e pousar, pois as companhias estrangeiras precisam cumprir horários rígidos de partida e chegada em aeroportos fora do País. A pista principal de Cumbica, com 3.700 metros de comprimento, tem quase 20 anos de uso. Está com a capa de rolamento gasta, o que torna o piso vulnerável, sujeito a fissuras, buracos e ao desprendimento de pedras durante os pousos e decolagens. O grooving (ranhuras transversais que evitam o acúmulo de

água) também está com a vida útil esgotada há cerca de cinco anos, o que aumenta o risco de a água empoçar ou de escoar para debaixo do asfalto. A primeira parte da obra, que vai até 10 de outubro, contemplará os 1.400 metros da parte central da pista – por isso a necessidade do fechamento total. Em 11 de outubro, começa a segunda fase do conserto, nos 1.300 metros de cabeceira perto da Rodovia Hélio Smidt, com o fim previsto para 30 de novembro. O resto da pista poderá ser usado, normalmente, segundo a Infraero. Já a outra cabeceira só será reformada de abril a junho de 2008. O custo total está estimado em R$ 13 milhões. (AE)


Documentos Habitação Av i a ç ã o Tr â n s i t o

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

LUZ INDICOU PROBLEMA NO SISTEMA HIDRÁULICO

Cristiano Borges/AOG

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Cristiano Borges/AE

Momentos de pânico em avião da Gol

Jobim adia ida à CPI do Apagão Aéreo

O

Decolagem abortada aterrorizou passageiros, entre eles membros da equipe de Zezé de Camargo e Luciano de, acelerando. O bico não estava mais no solo. Do nada, brecou e foi quicando no solo. Sentimos como se estivesse quase saindo da pista. Foi uma cena de horror. As pessoas levantaram e começaram a gritar e pedir para descer. Muitos tiveram crise nervosa", conta Flávia. Segundo uma nota divulgada pela Gol, a partida foi abortada porque o avião "apresentou acendimento da luz de aviso do sistema hidráulico". Flávia afirmou que machucou o braço e ficou com muita dor no pescoço. Ela reclama que a Gol não deu satisfação

Aeronave permaneceu no aeroporto Santa Genoveva para inspeção e possíveis reparos

para os passageiros. "O comandante não disse o que aconteceu. Mandou apenas que ficassem calmos e disse que voltaria para que pudéssemos desembarcar. Estávamos todos desesperados e eles disseram que iam fazer manutenção no avião", diz. Flávia retornou para o flat onde estava hospedada em Goiânia e comprou uma passa-

gem para viajar a São Paulo num vôo de 18h, da TAM. Os demais passageiros continuavam esperando na capital goiana, quatro horas depois do acidente, por outro aparelho da companhia aérea para seguir viagem. A previsão era de que todos embarcassem no vôo das 19h30. "Muita gente vomitou e ficou com o nariz sangrando. Ninguém deu sa-

tisfação e sequer prestaram assistência", reclama Flávia. A assessoria da companhia aérea não foi localizada para responder às reclamações, mas a nota divulgada logo após o acidente dizia que "todos foram desembarcados em segurança, receberam assistência e foram reacomodados em outros vôos da malha aérea da empresa". (Agências)

UNICAMP Termina sexta-feira inscrição para vestibular de vagas remanescentes na Unicamp

Ó RBITA

ministro da Defesa, Nelson Jobim, adiará sua ida à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo da Câmara, que estava marcada para amanhã. Jobim acompanhará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em viagem a São José dos Campos (SP), que fará uma visita à sede da Embraer. A mudança na agenda do ministro deverá transferir para a próxima semana uma reunião em que ele disc u t i r i a a n ova m a l h a d a aviação no País com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) e as companhias aéreas. O presidente em exercício da CPI, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que reorganizará a agenda da comissão para ouvir o ministro na quinta-feira. (AE)

DROGAS Polícia uruguaia prendeu ontem dois brasileiros e cinco colombianos com 485 quilos de cocaína

PROJETO DE HABITAÇÃO BENEFICIA IDOSOS prefeito de São Paulo O Gilberto Kassab inaugurou ontem a Vila dos

Idosos, conjunto residencial no Pari que passa a abrigar para 145 pessoas que viviam com outras famílias ou não tinham onde morar. Projetado para receber moradores com idade acima de 65 anos, o conjunto habitacional é uma alternativa para pessoas idosas de baixa renda. Os critérios da Secretaria Municipal de Habitação (SEHAB) para a seleção dos moradores foram, além da idade, renda de até três salários mínimos e tempo de residência de pelo menos quatro anos em São Paulo. As unidades habitacionais são quitinetes e apartamentos de um quarto, que têm respectivamente 29 e 43 m², com adaptações voltadas às limitações de mobilidade dos moradores, como por exemplo largura e altura dos degraus, adequação dos pisos, altura das janelas e espaço para circulação de cadeira de rodas.

Jonne Roriz/AE

U

m avião da Gol Linhas Aéreas, que fazia o vôo 1355, de Goiânia para Guarulhos, teve problemas ontem durante a decolagem e teve de frear bruscamente no fim da pista do aeroporto. Os passageiros entraram em pânico. Segundo Flávia Fonseca, mulher do cantor Luciano, da dupla sertaneja Zezé de Camargo e Luciano, que estava no avião ao lado da assessora Arleide Caldas, o avião estava preparado para subir quando, de repente, brecou e bateu fortemente no solo. "Eu estava na primeira fileira. Ele estava em alta velocida-

Muita gente vomitou e ficou com o nariz sangrando. Flávia Fonseca, passageira do vôo

PAULISTA

PASSAPORTES

s motoristas que partir de hoje, transitam pela Avenida a emissão de O A Paulista vão precisar passaportes na Polícia redobrar a paciência neste início de semana. Desde sábado, a faixa da direita entre as Ruas Maria Figueiredo e Teixeira da Silva, no sentido Consolação, está interditada para as obras do projeto Nova Paulista, de revitalização das calçadas. Uma faixa no sentido contrário, entre a Praça Osvaldo Cruz e a Rua Carlos Sampaio, já estava fechada desde o dia 8.

Federal (PF) de São Paulo só será realizada com agendamento prévio na página da instituição na internet: www.dpf.gov.br. A regra vale para os atendimentos na Superintendência, na Lapa, e nos quatro postos avançados que adotaram o novo modelo – nos Shoppings Ibirapuera, Eldorado, ABC e Internacional de Guarulhos.


segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Nacional Empresas Negócios Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3 Cem meses (para financiamento de carro) já será um prazo longo demais. Luiz Antonio Vieira, do Banco Sofisa

LIQÜIDAÇÃO DE VEÍCULOS DE QUATRO MARCAS

Fotos: Leonardo Rodrigues/ Hype

Grifes alternativas: festa e bons resultados Fotos: Paulo Pampolin/ Hype

Beto Lago, do Mercado Mundo Mix: modelo

Neide Martingo

Vista geral da megapromoção de veículos na Marginal Tietê, São Paulo: preço uniforme de R$ 21,9 mil.

SETE ANOS PARA PAGAR UM CARRO Evento "Força das Fábricas" vendeu 1,4 mil veículos no fim de semana Mario Tonocchi

O

sicas zero quilômetro das quatro marcas ao preço uniforme de R$ 21,9 mil. No financiamento de 84 parcelas, a exigência era a entrada de 20%. Na ponta do lápis – R$ 4.424 de entrada mais 84 fixas de R$ 323. Preço final: R$ 31.556, cerca de R$ 10 mil a mais que o valor original. Em 72 parcelas de R$ 443, sem entrada, o carro também sai por R$ 31.556.

ta vez, 17 mil pessoas; na edição anterior, em abril, foram 12 mil. "Em abril, só as compras feitas com cartão eletrônico somaram R$ 100 mil. Mas nem metade dos expositores usa essa forma de pagamento", diz Lago. O evento chama também a atenção de patrocinadores de fora. Há três anos, a Portugal Telecom fechou, com Lago, a organização de quatro edições anuais em Portugal, no valor de 500 mil euros ao ano. São feitas em Lisboa, Porto, Algarve e Cascais. O evento irá também para a Espanha. O próximo passo do promotor será a criação da grife com o nome da feira. "Depois, vamos abrir uma loja com a marca na avenida Paulista", diz. "É um modelo de negócio bem-sucedido."

"As tendências começam aqui" N o espaço ao ar livre, as próprias araras de roupas servem como divisórias para as grifes participantes do Mercado Mundo Mix. O empresário Hermes Inocêncio veio do Rio de Janeiro expor suas peças. "Aqui é a porta de entrada para o mundo A TÉ LOGO

da moda, que fica em São Paulo", diz. A designer Mari Moon, de 24 anos, sabe "jogar" com o próprio visual para vender. Com cabelos cor-de-rosa, afirma que cria o que ela mesma usaria. "É a terceira vez que participo. Só vendo aqui

e pela Internet. Faço roupa arrumadinha e também invento coisas malucas. A tendência começa aqui, é vista nas semanas de moda e depois ganha as lojas. Quem compra não quer coisas industrializadas. O que está aqui, o shopping não tem." (NM)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Empresas nacionais sobrevivem à globalização e voltam a investir

L

Governo Kirchner pede à Justiça prisão de executivos da Shell

L

José Laurindo, acima, comprou um Gol por R$ 21 mil. Vai pagar R$ 30 mil em cinco anos. O organizador Mario Santos, abaixo: bons negócios

positores. Gente famosa como Alexandre Herchcovitch e Marcelo Sommer começou lá. Nesta edição, estavam reunidas 130 grifes femininas, masculinas, de moda casa e acessórios. Mais de 50 marcas ficaram de fora por falta de espaço. "Escolho a empresa levando em conta a simpatia da pessoa e a qualidade do trabalho. As razões são até subjetivas", diz Lago. Mas o sucesso é concreto e vem com o interesse que as empresas patrocinadoras têm pelo evento e suas tendências alternativas. Entre os parceiros, Ambev e Visa. O total de patrocínio, a cada evento, chega a R$ 100 mil. São quatro feiras por ano. E há interesse de outros parceiros, como Minolta e Lipton. Participaram da feira, des-

L

vigilante José Laurindo realizou um sonho, ontem, no f e i r ã o d e c a r ro s "Força das Fábricas", uma das megapromoções de venda de automóveis que aconteceram, em São Paulo, no final de semana. O feirão chamou a atenção com financiamento em até 84 meses (sete anos) e preços de carros populares a R$ 21,9 mil. Com renda familiar de R$ 1,6 mil, ele comprou um Volkswagen Gol 2005 completo por R$ 21 mil, em 60 parcelas. Mesmo sabendo que quitaria o veículo no final por mais de R$ 30 mil, ele não escondia a alegria. "Está dentro do orçamento – com meu trabalho e de minha mulher. Se Deus quiser vai dar certo." Laurindo é uma das cerca de 1,4 mil pessoas que compraram carros, só na promoção "Força das Fábricas" que reuniu revendedoras das marcas Volkswagen, Ford, Fiat e GM. Oitenta e quatro meses é o elástico limite das financeiras para este tipo de negócio, avalia o diretor executivo do Banco Sofisa, Luiz Antonio Vieira. "Alguém pode tentar os 100 meses mas já será um prazo longo demais para o consumidor." O mercado está aquecido. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), somente nos 16 primeiros dias deste mês foram vendidas 108.970 unidades – 3,1% a mais que na primeira quinzena de julho, o melhor mês da história do setor, com 206,2 mil unidades vendidas. Este ano, espera a Anfavea, devem ser emplacados 2,35 milhões de veículos no Brasil, 22% a mais do que no ano passado.

O grande benefício, de acordo com o organizador do feirão, Mário Santos, diretor da empresa de publicidade M. Santos, é a taxa de juros de 0,99% ao mês, atrativa na comparação com os juros de cartão de crédito e cheque especial. Somadas todas as taxas, o juro efetivo fica em 1,13% ao mês. Para chamar a atenção, o feirão ofereceu 500 unidades bá-

A

festa no Memorial da América Latina, na Barra Funda, no final de semana, tinha rave a céu aberto, música latina e pessoas dispostas a comprar e se mostrar. Era mais uma edição do Mercado Mundo Mix, feira alternativa de moda de vanguarda. Um visitante definiu o evento: "só vi festas assim em Nova York. É possível ter diversão e comprar." Para o criador do Mercado Mundo Mix, Beto Lago, a definição melhor é "o evento que faltava – agrada a todas as tribos. Quem aparece, fica feliz e compra". A primeira edição da festiva exposição aconteceu num galpão, há 12 anos, com 11 ex-

Público atrás de grifes de vanguarda: diversão

Novos ricos c hineses são jovens e investem em imóveis, diz pesquisa

SECRETARIA DE COORDENAÇÃO DAS SUBPREFEITURAS EDITAL DE PREGÃO nº 23/SP-SM/2007 PROCESSO ADMINISTRATIVO nº 2007-0.249.896-0 Modalidade: PREGÃO PRESENCIAL OBJETO: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PARA LIMPEZA E DESASSOREAMENTO COM REMOÇÃO DE MATERIAL NÃO INERTE PARA DESTINO FINAL, CONSERVAÇÃO DE ÁREAS DO RESERVATÓRIO COMPREENDENDO ÁREAS AJARDINADAS, CAIAÇÃO DE MURETAS E ELEMENTOS DE CONCRETO, LIMPEZA COM EQUIPAMENTO DE ALTA PRESSÃO E DESINFECÇÃO DE ÁREAS CONTAMINADAS POR INUNDAÇÕES DOS RESERVATÓRIOS DE AMORTECIMENTO DE CHEIAS, DA SUBPREFEITURA DE SP-SM ATRAVÉS DE EMPRESA ESPECIALIZADA, CONFORME ESPECIFICAÇÃO NO ANEXO III. TIPO: MENOR PREÇO GLOBAL. DATA: 31/08/2007. HORÁRIO: 10:00hs. LOCAL: SUBPREFEITURA SÃO MATEUS - Sala de Licitações - Avenida Ragueb Chohfi, 1400 Parque São Lourenço - São Paulo - SP. CADERNO DE LICITAÇÃO: O Caderno de Licitação é composto do Edital e seus Anexos e poderá ser adquirido, por qualquer pessoa, VIA INTERNET, no site da PMSP http:/www.e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br. Subprefeitura de São Mateus (SP-SM). O Caderno de Licitação poderá, ainda, ser adquirido, por qualquer pessoa, na Subprefeitura de São Mateus, mediante entrega de um disquete virgem de 3 ½" de alta densidade na Unidade de Licitações e Contratos, sita à Avenida Ragueb Chohfi, 1400, ou mediante o recolhimento aos cofres públicos da importância correspondente ao preço público das respectivas cópias, vigente à época da aquisição, atualmente no valor de R$ 0,55 por face copiada, a ser recolhido junto à rede bancária credenciada, através de Guia de Arrecadação a ser emitida e retirada na SP-SM. A aquisição poderá ser feita das 09:00 às 16:00 horas até o último dia útil, que anteceder à data de abertura do certame, observado o expediente bancário. Haverá visita técnica ao local no dia 28/08/07, reunindo-se inicialmente às 08:00 horas na Avenida Ragueb Chohfi, 822, na coordenadoria de Obras e Infraestrutura CMIU da Subprefeitura de São Mateus com o Engenheiro Carlos ou Raimundo. A contratada deverá obrigatoriamente ser representada pelo engenheiro sanitarista da licitante.


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E mais Inter net Segurança Va r e j o

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Pais que trabalham fora podem vigiar seus filhos (e a babá) com as câmeras instaladas em casa

VIGIE SEU NEGÓCIO A PARTIR DE QUALQUER LUGAR

Sorria: eles estão de olho em você. Marcelo Soares/Hype

As câmeras IPs podem ser usadas para aumentar produtividade FÁBIO PELLEGRINO

P

a r a p e q u e n a s e mpresas e lojas, o olhar atento do proprietário é fundamental. Se ele não pode estar presente, uma boa solução é a instalação de câmeras, que também fazem a vigilância. As câmeras IPs fortalecem a idéia da presença e do olhar do proprietário ao oferecer aos lojistas e empresários a possibilidade de gerenciar seus negócios a distância e em tempo real. Além disso, traz mais segurança ao ambiente, revelando, por exemplo, se há alguém em momentos em que não deveria haver pessoas no local. A utilização de câmeras IPs tem vantagens em relação aos sistemas de circuitos fechados tradiA segurança é cionais, como um benefício a economia que vem de recursos, junto, mas melhor qualique hoje está dade de vídeo em segundo e áudio, além plano da facilidade Ricardo no manuseio. Zweibil, da Os equipaSigatech m e n t o s d i spensam o uso de um computador, já que possuem internamente um processador capaz de fazer a captação da imagem digitalmente, garantindo melhor qualidade. Graças à compactação das imagens (mpeg4) é possível ter um excelente vídeo e sem congelamentos, mesmo com uma banda larga de baixa velocidade. A transmissão também é feita diretamente pela câmera que, como o próprio nome diz, tem um endereço IP (Internet Protocol), endereçamento utilizado para ser identificado na rede. Assim, o usuário pode acessar as imagens de qualquer lugar do planeta, desde que tenha um computador com o navegador para fazer o acesso à web. Mais vantagens - Outro ponto importante é em relação aos recursos. Existem ferramentas e equipamentos que

P

ajudam o monitoramento completo do ambiente, como movimentação remota da câmera, zoom e áudio, através de microfone embutido. "Hoje é possível fazer um investimento relativamente baixo pelos benefícios que a solução IP lhe proporciona, como segurança de que as informações podem estar protegidas em um servidor fora da empresa, áudio de excelente qualidade e imagens gravadas de forma digital", explica Ricardo Zweibil, diretor Comercial da Sigatech Solutions ( h t t p : / / w w w . s i g a t ech.com.br), empresa especializada em venda e instalação de câmeras IPs. Os softwares de gerenciamento de imagens (que normalmente acompanha a solução) podem ser instalados para permitir a gravação, arquivamento e busca de vídeos por data e hora. Além disso, podese gravar continuamente ou agendar horário para início da gravação. Alguns equipamentos são sensíveis ao movimento, podendo detectar pessoas não autorizadas em horários que não há expediente no estabelecimento, iniciando a gravação automaticamente. Soluções - O investimento para a instalação de uma câmera parte de R$ 2.500, depois da compra e instalação do equipamento tudo passa a ser do lojista, sem necessidades de taxas de manutenção mensal. As câmeras IPs também são ligada diretamente no cabo de rede (igual ao PC) ou via wireless, facilitando a inclusão de novos dispositivos. "Na verdade, eu diria que os empresários estão mais preocupados com a gestão dos seus negócios do que apenas a segurança. Eles querem ver o que está acontecendo e poder ter controle sobre os processos, intervindo quando necessário. A segurança é um benefício que vem junto com a solução de monitoramento, mas que hoje está em segundo plano", Ricardo Zweibil, da Sigatech Solutions. um alimento dele dentro de uma geladeira de uso da empresa. Foi possível orientá-lo e acertar o problema", completa. Olho no atendimento Ter o controle de perto das suas seis lojas foi mais do que motivo para que Kamyar Abrarpour, proprietário da rede By Kamy Tapetes, investisse cerca de R$ 4 mil por loja para instalar o sistema em sua rede. "Além da segurança, quero ver o que está acontecendo na loja. Gosto de saber como anda o atendimento, se está arrumada de forma adequada e se está tudo perfeito. Afinal, viajo muito e o acesso via internet facilitou eu ver com detalhes tudo isso", explica. Com pouco mais de três meses, o sistema de monitoramente da rede By Kamy Tapetes já demonstra os resultados. Após ter recebido um cheque roubado em uma compra, foi fácil utilizar a imagem armazenada para identificar a suspeita do crime. "Uma vez uma pessoa conseguiu comprar com cheque roubado na loja e fugiu. Lembramos que tínhamos as câmeras e conseguimos levantar de forma rápida a imagem e levá-la para a delegacia".

Kamyar Abrarpour, proprietário da rede By Kamy Tapetes: investiu cerca de R$ 4 mil por loja para instalar o sistema em sua rede.

Monitoramento By Kamy Tapetes: de olho em clientes suspeitos.

Câmeras para vigiar. E matar saudades.

A

Mais e u q o d a ç n a r segu

ara Sergio Niski, proprietário da rede Doce Mania, não foi a preocupação com roubos que o levou a colocar câmeras IPs nas suas seis lojas, mas a segurança no processo de produção. "O problema nem é com assaltos, apesar de servir para esse fim também. A nossa preocupação foi com o processo industrial, de forma a controlar tudo para que nada aconteça de errado na produção, já que é muito delicado mexer com alimentação. Com esse sistema de gravação, temos um controle total sobre tudo e se existir algum problema, podemos verificar o que exatamente aconteceu, com hora e data", afirma o empresário. Apesar de rigorosos treinamentos, a tecnologia ajudou Niski a encontrar erros e corrigi-los. "Certa vez, vimos um funcionário colocar

Sistema instalado na Doce Mania para controlar a produção

Sérgio Niski: preocupação foi com o processo industrial.

utilização doméstica seus filhos. Vemos a divulgação constante de de equipamentos de monitoramento vídeos e casos de agressões em crianças por babás também tem chamado a desequilibradas. As câmeras atenção de empresa IPs possibilitam o especializadas em câmeras monitoramento em tempo IPs. Segundo Ricardo real de qualquer lugar que Zweibil, diretor comercial da tenha acesso a internet, Sigatech Solutions (http://www.sigatech.com.br), podendo inclusive movimentar as câmeras a empresa verificou um crescimento representativo na remotamente para ver mais detalhes", afirma Ricardo. adoção do sistema por casais Além disso, comenta o que trabalham muitas horas e deixam seus filhos com babás. executivo, muitos pais que viajam e ficam muito tempo "Devido ao baixo custo de fora de casa buscam a instalação e equipamentos, tecnologia de câmeras IPs estamos sentido um grande crescimento no uso doméstico como forma de diminuir a saudade de ver os filhos ou do sistema, principalmente mesmo de controlar os por pais preocupados com os horários de refeições. (F.P.) cuidados que são dados aos

TV HP

Controle remoto do PC

A

P

alestrantes, professores e outros profissionais que precisam controlar suas apresentações acabam de ganhar um grande aliado. A Targus lançou o Apresentador Multimídia, que proporciona o domínio do computador e dispensa a necessidade de outra pessoa controlar a transição de slides e músicas.

O produto é sem fio e possui um sensor de radiofreqüência, podendo ser utilizado até 15 metros de distância da base. Com botões como pausar, parar, avançar e voltar faixas e controle de volume, o acessório permite controlar todas essas funções com apenas um toque. Custa R$ 219.

HP Brasil entrou na onda da webTV: a partir de amanhã, a empresa começa a veicular a HP Partner TV, que poderá ser acessada no endereço www.hppartnertv.com.br "A cada lançamento de produto ou atualização de tecnologia, um novo programa de marketing ou campanha de vendas, a cada simples comunicação operacional, precisamos ser ágeis, otimizando o nosso tempo e recursos. Hoje, estes custos operacionais são consideráveis, além do tempo de deslocamento de muita gente nossa e do nosso canal. Esse tempo pode e deve ser mais bem aproveitado naquilo que traz retorno para todos: maior presença no cliente", afirma Silvino Lins, diretor de marketing para canais da HP Brasil. A solução de webTV

adotada pela fabricante já vem sendo utilizada internamente com sucesso pela HP, mas o Brasil será o primeiro país a adotar este modelo de comunicação com os canais. Com isso, ela espera manter-se mais próxima de todos os seus parceiros, não importando a sua distância ou volume de vendas, e com maior freqüência. A HP Partner TV será uma ferramenta democrática e flexível, dizem seus idealizadores, pois terá conteúdo aberto a qualquer tipo de usuário que queira conhecer mais sobre as soluções e serviços da HP, a qualquer hora e lugar. E para assistir o conteúdo restrito, os parceiros deverão solicitar login e senha para acessar os 5 canais da TV: Notícias, Vendas & Marketing, Programas de Canais e Treinamentos & Eventos.


terça-feira, 21 de agosto de 2007

Congresso Planalto Par tidos CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

5 Antonio Cruz/ABr

PSDB, PMDB E PT DISCUTEM SUAS QUESTÕES

É lamentável que ele (Renan) faça troca com o governo para aprovar a prorrogação (da CPMF). Antonio Carlos Pannunzio

Tucanos falam em 'show de impunidade' Em seminário do partido, líderes acusam governo Lula de 'proteger delinqüentes'

O

presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), acusou o governo Lula de "proteger delinqüentes" ao permitir que os "mensaleiros" ficassem impunes e assegurou que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), está dependendo exclusivamente do PT para manter seu mandato de senador. "Eu espero que o STF abra o inquérito contra os mensaleiros. É um verdadeiro câncer no Brasil. A população vê todas as quadrilhas dos mensaleiros impunes. É um show de impunidade. Um erro brutal que vai deixar seqüelas do governo Lula que está protegendo todos esses delinqüentes", disse Jereissati, durante encerramento de seminário nacional do partido, em Curitiba.

O líder também acusou o governo federal de estar dando "sustentabilidade" ao presidente do Senado. Já a relatora do processo contra Renan na Comissão de Ética, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), aposta que em duas semanas o Senado voltará à normalidade. Esse é o prazo que o Conselho de Ética deve votar o processo contra Renan, após apresentação da perícia da Polícia Federal, marcada para amanhã, e a conclusão da representação feita pelo PSol. "Na primeira semana de setembro devemos votar o processo", assegurou ela. A senadora, no entanto, está preocupada com possível manobra do governo de realizar a votação em plenário, o que garantiria voto secreto e dificultaria a cassação."Aí é melhor

acabar com o Conselho de Ética", criticou. Outra manobra denunciada pelos líderes tucanos reunidos em Curitiba é a utilização da CPMF como "mercadoria de barganha" para inocentar Renan. O líder do PSDB na Câmara, Antonio Carlos Pannunzio (PSDB-SP), disse que o presidente do Senado tem como última carta na manga a urgência do governo em votar a CPMF. "É lamentável que ele faça troca com o governo para aprovar a prorrogação", comentou. O governador paulista, José Serra, chegou no fim e disse que a agremiação precisa se comunicar melhor com a sociedade. Segundo ele, a galinha bota ovo pequeno e grita, enquanto a pata bota um grande, mas fica quieta. "O PSDB está mais para pata que para galinha", criticou. (AE)

Nilton Fukuda/ AE - 16.02.06

Alvoroço no ninho: principais representantes da legenda se revezaram em críticas ao presidente e ao PT

Cabral: PMDB terá candidato próprio

O

governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cab r a l ( P M D B ) , a f i rmou ontem que seu partido terá candidatura própria à presidência da República em 2010. "O PMDB vai ter candidato porque é um grande partido", destacou ele, durante almoço/debate com empresários do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), na capital paulista. Durante o evento, que contou também com a participação do presidente nacional do PMDB, deputado Michel Te-

Rafael Andrade/Folha Imagem

Cabral: partido indicará o nome

mer (SP), Sérgio Cabral foi questionado se estaria entre os potenciais candidatos ao

Palácio do Planalto nas próximas eleições presidenciais. " A ú n i c a p re s i d ê n c i a q u e penso disputar nos próximos anos é a do Vasco da Gama", brincou. A respeito da tramitação da CMPF no Congresso Nacional, o governador do Rio de Janeiro disse que é preciso encontrar uma solução para Estados e municípios. "Vi sensibilidade do governo Lula", emendou, reiterando a possibilidade de se encontrar uma alternativa de compensação para Estados e municípios. (AE)

M

Ética e corregedoria agitam congresso do PT

unido de uma pauta de difícil construção entre suas várias tendências, o PT realiza no fim do mês o Congresso Nacional da legenda, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com poderes para alterar estatuto e programa, será o terceiro congresso em 27 anos de existência do partido. A questão ética, abalada na crise do mensalão, estará no

olho do furacão durante o encontro, que se realiza em São Paulo entre 31 de agosto a 2 de setembro. Será realizado já sob a ótica da decisão do Supremo Tribunal Federal, que nesta semana decide se transforma em réus os 40 denunciados pelo esquema. "Queremos aprovar uma diretriz sobre a ética que inclua a instituição de uma corregedoria no partido", disse Joaquim Soriano,

representante da tendência de esquerda Democracia Socialista (DS) e secretáriogeral do partido. "A corregedoria é mais ágil, apura as denúncias e encaminha para a comissão de ética", explica Soriano. Representante da tendência dominante, Glauber Piva, também secretário do PT, é contrário à proposta. "Não dá para tentar transformar o PT em polícia", disse. (AE)


terça-feira, 21 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Indicadores Econômicos

20/8/2007

COMÉRCIO

7

9,18

por cento é a queda do índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, no mês de agosto.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

8

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Carlos Barria/Reuters

Internacional

Um atum chamado Chávez Em Pisco, famílias improvisam casas no meio da rua

Mariana Bazo/Reuters

A

ajuda de emergência enviada pelo presidente venezuelano Hugo Chávez aos afetados pelo terremoto de 8 graus na escala Richter está causando polêmica no Peru. O motivo da discórdia que já levou até o presidente peruano Alan García a criticar publicamente o líder do país vizinho é a distribuição de latas de atum com fotografias de Chávez e rótulos com o slogan: "Diante dos saques, do desespero e do caos. Solidariedade com nossos compatriotas". Conforme o jornal peruano "Expreso", que fez a denúncia da propaganda, o líder peruano de oposição, Ollanta Humala, também teria tomado a mesma iniciativa. "Não é o momento de se aproveitar das circunstâncias para fazer propaganda eleitoral. É preciso levar ajuda sem rótulos, sem querer ganhar indulgências com a

Também em Pisco, bombeiros retiram bens de igreja destruída

tragédia humana", criticou o presidente peruano, que iniciou os trabalhos de reconstrução das cidades destruídas pelo sismo que matou, oficialmente, 540 pessoas. García insinuou que a distribuição tenha sido realiza-

TRAGÉDIA

ÀS ESCURAS

tufão Sepat atingiu a O província chinesa de Jiangxi, deixando para trás

um rastro de destruição e provocando a morte de 26 pessoas, somando os estragos nas províncias de Fujian e Zhejiang um dia antes, informou a agência de notícias "Nova China". Fortes ventos e chuvas atingiram Jiangxi durante todo o dia, mas o Sepat perdeu força e transformou-se em uma tempestade tropical horas depois. (AE)

da pelo Partido Nacionalista, que negou a acusação. O embaixador da Venezuela no Peru, José Armando Laguna, também negou que o país utilize a ajuda humanitária com fins políticos. (Ag ências)

Furacão, o primeiro da temporada 2007 do Atlântico, termina sua passagem pelo Caribe com um saldo de 10 mortos, 30 mil desabrigados, casas e estradas destruídas. Hoje, ainda mais devastador, ele avança sobre o litoral mexicano

O

furacão Dean, o primeiro da temporada 2007 do Atlântico e descrito pelos metereologistas como "extremamente perigoso", terminou na tarde de ontem sua passagem pelo Caribe com um saldo de dez mortos, enchentes, árvores arrancadas e a destruição de milhares de casas em países como Haiti e República Dominicana. Na Jamaica, 30 mil estão desabrigados. Os ventos provocados pelo Dean chegaram a 241 km/h e ocuparam uma área de 195 mil m² — o equivalente em tamanho ao estado do Paraná. O Dean passou ontem bem perto das Ilhas Cayman, mas não atingiu em cheio o arquipélago, e já aproximava sua marcha em direção ao litoral do México, de onde 55 mil turistas fugiram para evitar a monstruosa tempestade prestes a se transformar na categoria mais mortífera de um furacão. As previsões dos metereo-

Na Jamaica, já são 30 mil desabrigados

logistas se confirmaram e o furacão passou, ainda no início da noite de ontem, da categoria 4 para a 5 — a mais devastadora na escala Saffir-Simpson, com ventos acima de 250 km/h — quando se preparava para atingir a península de Yucatán. O aeroporto de Cancún, maior estância turística do México, estava repleto de turistas em debandada e os hotéis da cidade estavam vazios

nas horas que antecediam a chegada do Dean. Os últimos modelos feitos por computador indicam que o Dean cruzará a península de Yucatán, entrará na baía de Campeche e então atingirá o centro do México. A costa sul dos Estados Unidos deve ser poupada. Mas, por precaução, o estado do Texas já declarou estado de emergência. (Agências) Shuho Watanabe/Reuters

Enrique Castro-Mendivil/Reuters

PERU

Dean, mais forte, apavora o México Carlos Barria/Reuters

Jamaicano observa os estragos causados pelo furacão Dean em diversas casas na capital Kingston

ASSASSINATO

fornecimento de energia ma bomba colocada à O elétrica à Faixa de Gaza U beira de uma rua tornou-se o mais novo foco explodiu e matou o Ó RBITA

DERROTA ex-presidente Carlos Menem sofreu a mais O dolorosa derrota de sua

carreira, ficando em terceiro lugar nas eleições de sua província natal, La Rioja, com 22% dos votos. (AE)

da disputa entre o grupo islâmico Hamas e o rival Fatah na Palestina. O Fatah acusa o Hamas de ter embolsado a receita com os serviços de distribuição de energia. O Hamas nega e denuncia que um ex-diretor do Fatah é o responsável pelo desvio. A União Européia cortou a ajuda energética à região e deixou boa parte da população às escuras. (AE)

governador da província de Al-Muthana, no sul do Iraque. Foi o segundo governador assassinado em nove dias e um prelúdio de uma violência ainda maior que pode explodir entre as milícias xiitas, em uma batalha pelo controle dos ricos campos de petróleo do sul. Em agosto, outro ataque a bomba matou o governador de Qadasiyah. (AE)

FUGA – 165 passageiros e oito tripulantes do Boeing 737 da China Airlines fugiram ilesos segundos antes de o avião pegar fogo e explodir. O acidente ocorreu após o pouso em Okinawa, no Japão


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Nacional Tr i b u t o s Agronegócio Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 21 de agosto de 2007

UE QUER CRIAR NOVAS BARREIRAS PARA A CARNE

O turismo rural arrecada, segundo estimativas, R$ 1 milhão por mês apenas em São Paulo.

Divulgação

O TURISMO RURAL TRAZ NOVAS FONTES DE RENDA PARA O CAMPO Empresários se articulam para mapear o setor e criar uma legislação específica Mário Tonocchi A cavalgada é uma das modalidades mais procuradas, principalmente nas propriedades rurais produtivas.

O

turismo rural brasileiro iniciou, no último final de semana, articulações para identificar, organizar e tornar mais rentáveis os negócios do setor. A idéia é criar uma base legal e um direcionamento mercadológico para regulamentar e aumentar as potencialidades da atividade, de acordo com Andréia Roque Junqueira de Arantes, diretora da Associação Brasileira de Turismo Rural (Abraturr) e presidente do Instituto de Desenvolvimento do Turismo no Espaço Rural (Idestur). A pesquisa para levantar as principais características e números do segmento começou por São Paulo. Estes foram apresentados na primeira reunião dos empresários rurais, ocorrida na Feira Nacional de Turismo Rural, no Parque da Água Branca, em São Paulo. Foram listadas e cadastradas 1.339 empresas que atuam em modalidades que vão do agroturismo ao turismo rural pedagógico, passando pelos restaurantes típicos e áreas de acampamento. "Só a partir desse levantamento podemos identificar quais são nossas necessidades", disse Andréia. Estima-se que, hoje, o setor empregue pelo menos 4,5 mil pessoas e movimente, em São Paulo, R$ 1 milhão mensais, principalmente com a hotelaria. A articulação pretende, entre outros objetivos, definir uma legislação específica para o turismo rural. "Hoje, uma pousada simples paga o mesmo volume de impostos dos hotéis de luxo dos grandes centros. Isso barra os investimentos", explica Andréia. Segundo ela, isso faz com que a maioria dos hotéis e pousadas trabalhe na informalidade. No interior de São Paulo, de acordo com a pesquisa, os empreendimentos estão implantados principalmente nas propriedades rurais produtivas. Nesses locais, que representam 57% dos negócios identifi-

Na Fazenda Nova, em Mococa, os cavalos são uma atração à parte.

Hotéis são implantados nas sedes

Uma cidade e duas vocações

C

4,5

mil empregos são oferecidos em SP. O número poderia ser maior, se pousadas não pagassem os mesmos impostos dos hotéis de luxo. cados, existem empreendimentos de agroturismo e da agroindústria artesanal, cavalgadas, turismo rural pedagógico e hotéis-fazenda. Sem relação com essas propriedades, os destaques vão para as pousadas (312 estabelecimentos) e restaurantes rurais (213). O trabalho de identificação mostrou a existência de pólos bem desenvolvidos da ativi-

dade em pelo menos 11 municípios do interior do Estado (veja quadro). Além disso, 10 cidades passam por um intenso processo de fortalecimento do turismo rural, a exemplo de Atibaia, Brotas e Piedade. Outras 35 localidades ainda estão iniciando o processo. É o caso de Águas de Lindóia, Santana do Parnaíba e São Luiz do Paraitinga. Em outras 142 cidades – como Barra Bonita, Monteiro Lobato e Natividade da Serra, existem apenas ações solitárias. Em todos os casos, a distribuição dos empreendimentos está condensada nas regiões mais próximas dos grandes centros urbanos. A região que mais oferece turismo rural é a de São Bento do Sapucaí. Em segundo, destacam-se os empreendimentos das cidades de Brotas, Socorro, Atibaia, Guararema, Guaratinguetá, Jaguariúna e Serra Negra, distantes 130 quilômetros da capital paulista.

ercada de montanhas e com muito boas trilhas na mata local, São Bento do Sapucaí é uma opção de tranqüilidade na região de Campos do Jordão, na Serra da Mantiqueira. Também fazem sucesso as esculturas e o artesanato em palha de bananeira do mestre Ditinho Joana. São Bento e os municípios

vizinhos – Santo Antônio do Pinhal, Joanólopis e Pindamonhangaba – são grandes destaques do turismo rural de São Paulo. Juntos, eles concentram 11,8% dos empreendimentos do setor no estado. A cidade não vive só do segmento rural. Conhecida como a "Estância da Aventura", São Bento também oferece pas-

seios em vários rios, cachoeiras e montanhas, locais propícios para a prática de vários esportes radicais. A Pedra do Baú é uma de suas formações rochosas mais conhecidas. Com paredões verticais de até 350 metros, é ideal para escaladas e vôo livre. Além do esporte, outra atração é o sorvete de queijo. (MT)

Guia mostra setor em SP

ginas, vai mostrar o desenvolvimento do interior paulista. O Guia, de acordo com o editor, Fábio Ávila, também dá dicas sobre a culinária regional, manifestações culturais e diversos atrativos oferecidos pelo campo. A publicação destaca destinos de turismo rural em cinco eixos rodoviários do

estado – Dutra e Ayrton Senn a , A d h e m a r d e B a r ro s , Anhanguera, Washington Luís e Castelo Branco. O Brasil tem cerca de 12 mil propriedades rurais, que empregam cerca de 500 mil pessoas direta e indiretamente – 35% delas são mão-de-obra familiar, responsáveis por pequenas propriedades.

A

Editora Empresa das Artes e a Sociedade Rural Brasileira (SRB) lançam, no início de setembro, o Guia de Turismo Rural de São Paulo. A publicação, com 204 pá-

Carne: pressões por embargo na UE

A

partir de setembro, devem aumentar as pressões contra a entrada das carnes brasileiras na Europa. O presidente do Comitê de Agricultura do Parlamento Europeu, Neil Parish, e outros quatro deputados, todos ingleses, devem apresentar um pedido oficial de embargo à União Européia (UE), alegando problemas fitossani-

tários – eles alegam que o produto nacional pode ser um risco, em função dos focos de febre aftosa no Brasil. A decisão foi tomada duas semanas depois de casos da doença terem sido registrados nas proximidades de Londres. Os fazendeiros culparam a carne brasileira pela contaminação. Mas foram alertados pelas autoridades inglesas e pela UE

de que o argumento não será aceito por existirem evidências de o problema ter sido causado por um laboratório. Bruxelas já aplica um bloqueio contra o produto de alguns estados brasileiros. Os britânicos querem ampliá-lo. Em 2006, a Europa importou 333 mil toneladas de carne do Brasil, das quais 30 mil foram para o Reino Unido.


C idades Tolerância zero para feirinha do Brás DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 21 de agosto de 2007

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Operação para acabar com a feirinha deve durar mais dez dias.

Força-tarefa começou operação para acabar com feira de produtos ilegais. Operação envolve 500 agentes. Com medo de confronto, comerciantes fecharam suas lojas. Fernando Vieira e Ivan Ventura

Fotos de Paulo Pampolin/Hype

F

oi declarada guerra contra a feirinha da madrugada, no Brás. Mais de 500 pessoas estão mobilizadas com o objetivo de acabar com a atividade ilegal em cerca de 2.600 barracas de camelôs, que ocupam as ruas Oriente, Monsenhor Andrade, Barão de Ladário, Miller, Maria Marcolina, Casemiro e Xavantes. A força-tarefa reúne a subprefeitura da Mooca, Companhia de Engenharia de Tráfego, SPTrans, Artesp, ANTT, Eletropaulo, Guarda Civil Metropolitana, Corpo de Bombeiros e Polícias Civil e Militar. Esta é a primeira vez que a feirinha da madrugada, que acontece de segunda-feira a sábado, das 3h às 7h, entra no foco de combate, na nova fase de operações contra os ambulantes ilegais da região. Desde o dia 25 de maio, a subprefeitura da Mooca intensificou os trabalhos de fiscalização. Antigos redutos tradicionais de comércio ilegal, como o largo 13 de Maio e a praça Agente Cícero, já foram controlados. Em outros pontos, os camelôs organizados ainda resistem. E protestam sob o mote do “direito de trabalhar”. O resultado das operações, em quase 90 dias de ações na cidade: cerca de 100 toneladas de apreensões, entre mercadorias ilegais, produtos sem origem comprovada, carrinhos e barracas. Oriente - Batizada de Operação Oriente, a primeira ação de combate à feirinha da madrugada começou ontem, por volta das 2h. A tarefa era impedir a montagem das barracas, inviabilizando o comércio ilegal, cujo movimento começa a partir das 3h. Não houve apreensões de mercadorias, já que o objetivo era impedir a montagem da feira. “Não podemos admitir o aluguel de espaços públicos a R$ 50 por semana e a venda de produtos de origem duvidosa. A intenção é acabar com a feira da madrugada”, afirmou o secretário de Coordenação das Subprefeituras, Andrea Matarazzo, que fez uma visita ao local, acompanhado do secretário de Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, e do subprefeito da Mooca, Eduardo Odloak. Para garantir o sucesso da operação, o comando central da PM, que congrega cerca de 250 policiais militares, contou com o reforço de mais 150 integrantes do grupamento de Choque. No total, o efetivo de ontem somava 400 policiais militares, com integrantes da Força Tática, Rocam, Bases Comunitárias, Rádio-Patrulha, Cavalaria, Canil e Trânsito. “De prontidão, deixamos duas ambulâncias do Corpo de Bombeiros, a equipe aérea

DC

No primeiro dia da operação contra a feirinha, comerciantes ficaram com medo de abrir as portas, de manhã

Ambulantes ilegais protestam contra operação, que envolve 500 pessoas

Nos próximos 10 dias, força-tarefa pretende acabar com a tradicional feira de produtos ilegais no Brás

do Águia (helicóptero) e algumas viaturas da Rota, caso fossem necessárias”, disse o comandante da área central da PM, coronel Álvaro Batista Camilo. Além disso, 40 policiais civis e 60 GCMs deram suporte à operação. Todo esse efetivo policial permanecerá na região por pelo menos 10 dias e atuará das 2h às 18h. O desenho estratégico traçado pela polícia para evitar confrontos na madrugada foi logo definido: isolar e acompanhar de perto os manifestantes que circulavam pelas ruas da região. “Ninguém foi surpreendido na operação. Os lojistas do Brás e os próprios camelôs sabiam da operação desde a última sextafeira”, disse o coronel Camilo. O aviso prévio da Operação Oriente afastou muitos ambulantes. Em vez dos cerca de 2.600 que ocupam diariamente as ruas do Brás durante a madrugada, apenas 150 camelôs apareceram. No lugar dos cavaletes para a montagem das

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barracas e mercadorias, eles levaram tochas, latas de tintas para serem usadas como tambores, cartazes e apitos. Já estavam preparados para protestar contra a operação. Diante da proibição da feirinha da madrugada, alguns ambulantes ameaçaram impedir também o comércio em outros pontos da região. “Se não podemos vender os nossos produtos na madrugada, ninguém vai vender. Nem os ambulantes que trabalham no shopping da madrugada”, disse o presidente do Sindicato dos Camelôs Independentes de São Paulo (Sindicisp), Afonso José da Silva. A ameaça gerou, pelo me-

nos, três discussões acaloradas entre ambulantes que trabalham nas ruas e os do shopping popular. Mas não passou disso. Durante o resto do dia, os camelôs da feirinha da madrugada seguiram protestando. Um grupo de manifestantes atirou ovos contra estabelecimentos comerciais e policiais. Não houve, porém, registros de ocorrências, segundo a Polícia Militar. O presidente do Sindicisp cobrou alternativas para abrigar os ambulantes ilegais. O subprefeito da Mooca, Eduardo Odloak, informou que existem galpões disponíveis na região, que deverão ser aproveitados. Mas reforçou a posição de que,

Secretários Matarazzo e Marzagão: espaço público não pode ser alugado

mesmo em áreas privadas, os ambulantes devem adequar suas mercadorias para a venda. “Não há como permitir a feira da madrugada que funciona como um instrumento para encobrir a ilegalidade. A ocupação do espaço público, sem autorização, por si só já é totalmente ilegal. Mas, nesse caso, o que está por trás é o crime organizado com o abastecimento de produtos ilícitos ou sem origem”, afirmou Odloak. Surpresa - O primeiro dia de operação surpreendeu os compradores da feirinha da madrugada. Por dia, eles chegam a 11 mil pessoas. A uma distância segura, os compradores apenas olha-

vam, à espera de manifestações. "Enfrentei 22 horas dentro de um ônibus e, de repente, essa manifestação. Esse tipo de situação deverá afastar os compradores da feira da madrugada do Brás", disse o comerciante Araguari Batalha, 41, que estava acompanhado da sócia e namorada, Cíntia Nunes, 33. Em lojas do Brás, comerciantes acostumados a abrirem suas portas às 6h30, só iniciaram as atividades por volta das 8h. E mesmo assim sob muita desconfiança. "Todos nós temos medo de algum tipo de represália dos ambulantes", disse o comerciante da loja Crocker Jeans, Nelson Cardoso.


Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 21 de agosto de 2007

1

214

pontos-base era a cotação da taxa de risco brasileira no fim da tarde de ontem, com alta de 2,39%.

RECUPERAÇÃO DAS BOLSAS AMERICANAS E EUROPÉIAS PERMITIU VALORIZAÇÃO DE 1,33% DO IBOVESPA

BOVESPA COMEÇA SEMANA EM ALTA

A

s bolsas asiáticas e européias conseguiram iniciar a semana em alta, mas os mercados americanos de ações ainda sofreram com volatilidade. No Brasil, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve um dia de recuperação de parte das perdas recentes. A segunda-feira foi mais tranqüila, porém analistas e investidores ainda têm preocupações em relação à crise originada no setor imobiliário de alto risco nos Estados Unidos. O Ibovespa, principal referência do mercado brasileiro de ações, encerrou os negócios com valorização de 1,33%, em 49.206 pontos. Com esse resultado, o índice reduziu para 9,18% as perdas acumuladas em agosto. Desde o início do ano, a alta é de 10,64%. O dólar comercial fechou a sessão com discreta variação positiva de 0,2%, cotado a R$ 2,027 para compra e a R$ 2,029 para venda. Segundo operadores, o mercado cambial ainda sente os efeitos da pressão que sofreu na semana passada e permanece muito

sensível às notícias externas envolvendo o crédito. A taxa de risco do Brasil estava em 214 pontos-base no fim da tarde de ontem, com alta de 2,39% sobre o fechamento de sexta-feira. Nos Estados Unidos, depois de muito vaivém, os principais

2,029 reais foi a cotação de fechamento do dólar comercial para venda ontem, o que representa alta de 0,2% em relação ao fechamento anterior. índices de ações terminaram o dia em alta. O Dow Jones subiu 0,32% e o Nasdaq, 0,14%. Na Europa, a recuperação foi um pouco mais vigorosa, com altas em todas as praças mais importantes: Londres (0,24%), Paris (0,67%), Frankfurt

(0,4%), Milão (0,68%), Madri (0,22%) e Lisboa (1,42%). De acordo com operadores, foi determinante para a alta da Bovespa ontem o fato de muitas ações de empresas com boas perspectivas estarem com preços muito baixos depois do tombo de 8% do Ibovespa na semana passada. Ou seja, os valores dos papéis no mercado, com a crise, já não estão refletindo os fundamentos das companhias. Sem piora no mercado externo, os investidores aproveitaram o bom momento para comprar essas ações (leia sobre recomendações de papéis nesta página). Oscilações — Nos EUA, as bolsas até abriram com ganhos, induzidas pelas injeções de liquidez no sistema financeiro pelos bancos centrais da Austrália e do Japão e pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA). Mas no fim da manhã os ventos viraram: o mercado ficou apreensivo com a possibilidade de estreitamento do crédito, o que gerou um movimento atípico no mercado de papéis de curto prazo do Tesouro americano. (AE)

J.F. Diorio/AE

Operadores na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F): dólar ainda sensível às notícias externas.

Preço baixo deixa ações atrativas

ton Milioni. "Vejo neste momento a oportunidade de o investidor comprar ótimos papéis a preços mais baixos." Mesmo que os analistas financeiros ainda não saibam quando o período de recordes na Bovespa vai voltar, Milioni disse acreditar que investimentos em ações devem ser os mais lucrativos deste ano.

Lucros — Em relação à crise que afeta o mercado imobiliário nos EUA, especialistas acreditam que não deve afetar o dia-a-dia de empresas brasileiras, já que nenhuma tem ligação direta com as organizações americanas envolvidas. "Os lucros das empresas brasileiras já eram bons, e as perspectivas de rendimentos continuam muito satisfatórias", disse o vice-presidente do Instituto Brasileiro dos Executivos de Finanças (Ibef), Keyler Carvalho Rocha. "É fundamental adquirir papéis de empresas consideradas sólidas, porque a expectativa de desempenho dessas companhias independe do vaivém da bolsa", afirmou o presidente da entidade, que recomenda a compra das ações de Petrobras, Vale do Rio Doce, Eletrobrás e Eletropaulo e de bancos (Itaú, Bradesco, Unibanco e Banco do Brasil).

de um país emergente, como qualquer país emergente deste mundo. Agora, é importante saber o seguinte: nós temos US$ 160 bilhões de reservas." A afirmação foi feita durante o programa semanal de rádio Café com o Presidente e se refere à turbulência verificada nos mercados recentemente por conta da crise no setor de

crédito imobiliário de alto risco nos Estados Unidos. Para Lula, o Brasil está tranqüilo em relação à turbulência. "Quando muitos ficavam gritando pela imprensa que nós deveríamos gastar, nós preferimos economizar e hoje temos a estabilidade macroeconômica necessária", disse. (AE)

Sonaira San Pedro

A

queda próxima a 15% do Ibovespa, principal referência do mercado brasileiro de ações, no último mês e a expectativa de lucros das empresas listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) podem indicar um bom período para a compra de ações, na avaliação de especialistas do mercado financeiro. Os analistas recomendam que os investidores comprem papéis de empresas de grande porte, com longo histórico de mercado e alto giro de negócios — as chamadas blue chips ou ações de primeira linha. "Se essas empresas eram boas nos tempos em que a bolsa acumulava altas consecutivas, por que não seriam boas agora?", questiona o diretor da corretora Geração Futuro, Mil-

Lula: Brasil sem medo da crise

O

presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que "o Brasil não está com medo dessa crise". "Nós temos a preocupação natural

Crise eleva projeções para dólar

4,62

O

nervosismo dos mercados financeiros levou os especialistas no Brasil a revisarem para cima as estimativas de dólar para este ano, mostra a pesquisa semanal Focus divulgada ontem pelo Banco Central (BC). Os analistas, entretanto, mantiveram os cálculos de crescimento da economia. Agora, o mercado financeiro fala no dólar a R$ 1,90 no fim do ano — no levantamento anterior a projeção era de R$ 1,85. Para 2008, porém, a estimativa fiDC

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por cento deve ser o crescimento da economia brasileira neste ano, de acordo com analistas. cou inalterada em R$ 1,95. "A crise vai deixar nova referência de aversão ao risco, afetando o fluxo financeiro para o Brasil. Mas isso não vai se repetir no fluxo comercial, porque a balança vai continuar bem", disse o economista-chefe da Sul América Investimentos, Newton Rosa.

Os preços em alta das commodities agrícolas, avaliou o mercado, devem interferir na inflação deste ano. As projeções de inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passaram de 3,75 para 3,77% neste ano, abaixo do centro da meta do governo, de 4,5%. A demanda interna aquecida, segundo os economistas, também contribui para as estimativas maiores de inflação. Os analistas estimam que o juro básico (Selic) será reduzido dos atuais 11,5% para 11,25% ao ano em setembro, depois de dois cortes seguidos de 0,5 ponto percentual. Para o crescimento do Produto Interno Bruto em 2007, a projeção é de 4,62%. (AG)


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Saúde Educação Av i a ç ã o Ambiente

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Reforma da pista de Cumbica foi antecipada para evitar problemas no movimento das férias.

VÔOS NÃO FORAM PREJUDICADOS

Fotos de Patrícia Santos/AE

TAM: avião arremete em Porto Alegre Temor de colisão com avião da Gol teria sido o motivo. Aeronáutica descartou risco.

O Aviões manobram na pista auxiliar de Cumbica, ontem: pista principal ficará fechada até 10 de outubro

Em obras, Cumbica tem dia normal Com poucos atrasos, aeroporto começou a operar apenas com a pista auxiliar

A

pesar de funcionar apenas com uma das pistas desde a 0h de ontem, o movimento no aeroporto de Cumbica foi tranqüilo. A pista principal, de 3,7 mil metros de comprimento, foi fechada para reforma e ficará interditada até 10 de outubro. Segundo a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), às 19h, das 167 partidas, nove sofreram atrasos de mais de uma hora e nove foram canceladas. Das 4h15 às 8h30, o aeroporto funcionou com auxílio de instrumentos para pousos, devido à neblina. Três vôos domésticos foram desviados para o Aeroporto de Viracopos, em Campinas, até que pudessem retornar a Guarulhos. "Ainda não temos nenhuma programação de alterações na malha do aeroporto. Isso será definido amanhã (hoje) em reunião entre as companhias aéreas e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)", disse o superintendente da Regional Sudeste da Infraero, Edgard Brandão Júnior. A reforma será dividida em três etapas. A primeira será feita na área central da pista, um trecho de 1,4 mil metros. Ontem foi feita a sinalização de interdição nas cabeceiras e as medições topográficas. Também foi iniciada a retirada do excesso do asfalto. Segundo Brandão Júnior, haverá reconstituição de trincas ou fissuras e, por fim, a execução do grooving (ranhuras para escoamento da água). A pista tem 20 anos de uso. Até 10 de outubro, Cumbica

s 151 passageiros de um Airbus A320 da TAM passaram por momentos de tensão durante o pouso no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, na madrugada de ontem. Quando o avião estava próximo de tocar o solo, o piloto decidiu arremeter e não deu informações sobre a manobra. Cerca de dez minutos depois, aterrissou e comunicou que havia abortado o pouso por ter percebido outro avião na pista. O centro de comunicação social da Aeronáutica confirmou a ocorrência, mas negou que os aviões tenham estado em rota de choque. A explicação oficial é que a decisão do piloto de arremeter se deu quando a aeronave estava a 170 metros de altura com trem de pouso acionado, mas ainda sem licença da torre para aterrissar. Os pas-

sageiros afirmam que ouviram o piloto avisar a tripulação que o pouso estava autorizado. A TAM só comentou o incidente num comunicado distribuído à imprensa no início da noite, no qual não entra em detalhes sobre a ocorrência. O texto se limita a dizer que "a manobra está prevista na aviação comercial, sendo realizada por motivo de segurança sempre que o piloto julgar esta ação necessária ou por determinação da torre de controle do espaço aéreo". O vôo, de número JJ 3151, havia saído do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, às 23h41, com uma hora e meia de atraso. A aterrissagem no Salgado Filho havia sido retardada das 23h35 para à 1h03 e sofreu um atraso de mais dez minutos para que o avião pudesse fazer um sobrevôo e,

finalmente, pousar. Os passageiros dizem que passaram por momentos de muita tensão, mas não descrevem cenas de pânico a bordo. O jornalista Eduardo Tessler, diretor da Innovation Mídia Consulting, conta que algumas pessoas chegaram a gritar exigindo explicações. A secretária de Turismo de Porto Alegre, Ângela Baldino, conta que houve silêncio e apreensão desde o momento em que o avião voltou a subir até o desembarque. E atribui a tensão mais ao imaginário coletivo resultado da recente tragédia com um avião igual no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, do que a algum perigo real que tenha ocorrido na manobra de Porto Alegre. Ela também fez questão de elogiar o piloto pela prudência, perícia e habilidade. (Agências)

Márcio Fernandes/AE

Ó RBITA

EDUCAÇÃO governador de São O Paulo, José Serra, lançou ontem um plano de

Durante a manhã, vôos foram para Viracopos por causa da neblina

terá de operar apenas com a pista auxiliar, com 3 quilômetros de extensão. Nos horários de pico, entre 7h e 10h e entre 21h e 23h, as operações de pouso e decolagem terão de ser reduzidas. Mesmo com o aumento de vôos depois das restrições de operações no Aeroporto de Congonhas, o número máximo de operações será de 33 por hora. Congonhas –O Aeroporto de Congonhas também está em

obras. Desde 27 de julho, estão sendo feitas ranhuras na pista durante a madrugada. Até ontem, cerca de 50% da pista de 1.940 metros já tinha o grooving. A previsão é de que a obra seja concluída em 6 de setembro. Ontem, ficou pronta a ampliação do terminal de passageiros de Viracopos, para que o aeroporto possa atender a 4,5 milhões de passageiros/ano. (Agências)

metas e ações para a educação pública paulista, que inclui melhora no desempenho dos alunos em avaliações e diminuição das taxas de reprovação. O programa segue linha semelhante ao Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), divulgado pelo governo federal em março. Algumas das metas são as mesmas, como a plena alfabetização das crianças de até 8 anos de idade. Para atingir os objetivos, a secretaria de Educação terá um plano para premiar as escolas que melhorarem o desempenho de seus estudantes. O Ministério da Educação lançou, com o PDE, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que repassará verbas federais conforme o desempenho da escola. O objetivo para as escolas é chegar à nota 6 no Ideb até 2022. Atualmente, a média no País é 4. (AE)

HOMEM MANTÉM REFÉM EM HOSPITAL técnico de informática O Marcelino do Amparo Carvalho, de 47 anos,

manteve refém por duas horas, com uma faca no pescoço, o auxiliar de enfermagem Luciano Luís Martins, de 27, ontem à tarde, no Hospital Santa Catarina, na avenida Paulista. Carvalho protestava contra a morte de sua mãe, que ficou internada por cinco meses no local com câncer nos pulmões. Ao se render, Carvalho empurrou a vítima e entregou a arma a um policial com a mão esquerda. Do saguão do hospital, o técnico foi levado direto ao 5º DP, onde foi autuado por cárcere privado, crime que prevê pena de um a três anos de prisão. "Vou tentar a liberdade provisória ou a internação dele num hospital. Meu

cliente tem um tumor. Se ele for para a prisão será morto ou se matará", disse a advogada Débora Neri ao saber que seu cliente seria indiciado por cárcere privado. A vítima desmaiou e precisou ser amparada por uma equipe médica. Tudo começou às 12h30, quando Martins chegava ao trabalho junto com um colega. Os dois pretendiam entrar pela portaria que fica na rua Cincinato Braga. Os passos de Martins eram vigiados por Carvalho, que o atacou. O amigo conseguiu escapar. A negociação foi tensa. "Ele pressionava muito a faca contra o pescoço da vítima e fez ameaças de morte, alegando que o auxiliar de enfermagem tinha culpa na morte de sua mãe", disse um policial. (Agências)


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Nacional Tr i b u t o s Finanças Empresas

DIÁRIO DO COMÉRCIO

CRISE PODE AFETAR EXPORTAÇÕES

terça-feira, 21 de agosto de 2007

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bilhões de reais foi quanto os fundos de renda fixa perderam na crise

MUDANÇA NO CENÁRIO INTERNACIONAL DEVE PRESSIONAR O BC A INTERROMPER A QUEDA DA TAXA SELIC

JURO BÁSICO PODE SUBIR LOGO A INFLAÇAO

ruptura do processo de afrouxamento monetário iniciado em setembro de 2005, quando a taxa Selic foi re d u z i d a d e 1 9 , 7 5 % p a r a 19,5% ao ano, pode ocorrer bem antes do que está sendo previsto por alguns analistas. Mais que a interrupção da trajetória de quedas, a autoridade monetária poderá iniciar um ciclo de aperto monetário já a partir da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de 16 e 17 de outubro. Essa é a avaliação de uma fonte próxima ao Banco Central (BC). De acordo com ela, não há a menor possibilidade de a Selic se situar num patamar abaixo de 10% ao ano em 2008. A fonte fez esta observação ao ser confrontada com a expectativa de alguns de seus colegas economistas, que ainda trabalham com uma seqüência de cortes de juro à razão de 0,25 ponto percentual, até atingir 9,75% ao ano. Isso porque o quadro econômico se alterou muito de um mês para cá. "O cenário

O Federal Reserve deve elevar o juro básico nos EUA em breve, e o Banco Central possivelmente deixará de reduzir a Selic, e até poderá elevá-la.

mudou, por linhas tortas, a favor do Mantega (ministro da Fazenda, Guido Mantega), que tanto lutou para manter uma meta de inflação de 4,5% para o IPCA em 2009, quando todos defendiam a redução para 4%", disse o informante, para quem o impacto da volatilidade é bem maior do que muitos pensavam. "Tanto que o Federal Reserve (o banco central norte-americano), que vinha preparando o terreno para elevar a taxa básica para combater a inflação, já deve começar a cortar juros", alertou.

O economista prosseguiu: "Aqui, o BC poderá até começ a r a e l e v a r j u ro s . E l e v a i aguardar o comunicado do Federal Reserve de 18 de setembro para começar a subir a Selic". Segundo essa fonte, o fim do ciclo de afrouxamento monetário era algo previsto por muitos, mas a crise no cenário internacional, originada no mercado de títulos dos Estados Unidos, só fez antecipar este momento. O que esse informante disse ontem, o economista-chefe do Banco ABN Real Amro Bank para a América Latina, Alexandre Schwartsman, havia previsto há duas semanas. A diferença entre as previsões reside apenas no "timing". Para o economista do ABN o processo de elevação de juros poderia ocorrer em algum momento do próximo ano. Mas, de acordo com a fonte próxima ao Banco Central, a mudança de rota já se daria em outubro. Na raiz das duas previsões, está a mesma motivação: a inflação em alta. (AE)

Potencial de alta preocupa

A

preocupação com a inflação foi o principal tema abordado nas reuniões de diretores do Banco Central (BC) com o mercado financeiro, ontem, em São Paulo, deixando a turbulência externa em segundo plano. A informação é de cinco economistas que participaram dos eventos. Do lado do BC, estiveram presentes o presidente da instituição, Henrique Meirelles; o diretor de Política Monetária, Mario Gomes Torós, e o diretor de Estudos Especiais, Mário Mesquita. Para os dirigentes da autoridade monetária, há a perspectiva de que a atividade econô-

mica continuará a crescer e possivelmente reduzirá o "hiato do produto". O "hiato do produto" é a relação entre o Produto Interno Bruto e o PIB potencial, entendido como o nível de crescimento sustentável da produção sem que haja risco inflacionário. Quanto mais o PIB efetivo se aproxima do potencial, maiores os riscos de pressões inflacionárias. Mesquita reconheceu uma consolidação mais forte do crescimento. A expectativa desse diretor, de acordo com as fontes, é de que a massa de rendimentos continuará a aumentar, mas a um ritmo menor que até agora, por causa da infla-

ção um pouco maior. Outra fonte disse que os estímulos da política monetária ainda não foram totalmente materializados pela economia, e que Mesquita fez questão de salientar que a inflação de 2007 "já está dada", e que o governo mira agora os números de 2008. Ele deu a entender que a inflação deverá subir nos próximos meses mais em função de um aumento da demanda do que simplesmente da diminuição da oferta, como acreditam alguns analistas. "Estamos vendo um problema de alta dos preços em função da demanda maior", teria afirmado o diretor. (AE)

BNDES teme expansão menor das exportações

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presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou que um possível agravamento da crise financeira internacional poderá reduzir o ritmo de expansão dos setores exportadores brasileiros. "Se a economia norte-americana desacelerar muito, a China também será atingida por tabela, o que pode provocar a redução do preço de alguns produtos, que hoje são muito favoráveis ao Brasil", disse, após participar de evento na sede da Força Sindical, em São Paulo. Uma redução da atividade exportadora, segundo Coutinho, não se refletiria necessariamente num menor crescimento da economia. "Isso dependerá de nossa capacidade de substituir o crescimento exportador por uma expansão maior do mercado interno", salientou. Para ele, se os efeitos da crise se limitarem à desaceleração, as taxas de crescimento e investimento não serão afetadas. (AE)

Serel Participações em Imóveis Ltda. CNPJ no 72.712.201/0001-22 - NIRE 35.219.125.910 Instrumento Particular de Alteração do Contrato Social - Alteração de 28.5.2007 Pelo presente Instrumento Particular, Bradesco Vida e Previdência S.A., com sede na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, CNPJ no 51.990.695/0001-37, NIRE 35.300.006.020, neste ato representada por seus Diretores, senhores Jair de Almeida Lacerda Júnior, brasileiro, casado, securitário, RG 30.784.795-0/SSP-SP, CPF 750.204.247/49; e Lúcio Flávio Condurú de Oliveira, brasileiro, divorciado, securitário, RG 1.692.514/SSP-PA, CPF 236.703.472-91, ambos com o domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP; e Bradesplan Participações Ltda., com sede na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, CNPJ no 61.782.769/0001-01, NIRE 35.221.205.208, neste ato representada por seus Diretores, senhores Sérgio Socha, brasileiro, casado, bancário, RG 208.855-0/SSP-SC, CPF 133.186.409/72; e Milton Almicar Silva Vargas, brasileiro, casado, bancário, RG 7.006.035.096/SSP-RS, CPF 232.816.500/15, ambos com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, Sócios-Cotistas representando a totalidade do Capital Social da Serel Participações em Imóveis Ltda., com sede na Cidade de Deus, Prédio Novíssimo, 4o andar, Vila Yara, Osasco, SP, CNPJ no 72.712.201/0001-22, NIRE 35.219.125.910, deliberam, por unanimidade, o seguinte: 1. a Sócia-Cotista Bradesco Vida e Previdência S.A., já qualificada, cede e transfere, neste ato, retirando-se da Sociedade, 259.999 (duzentas e cinqüenta e nove mil, novecentas e noventa e nove) cotas de que é titular, ao Sócio-Cotista admitido Banco Bradesco S.A., com sede na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, CNPJ no 60.746.948/0001-12, NIRE 35.300.027.795, neste ato representado por seus Diretores senhores, Sérgio Socha e Milton Almicar Silva Vargas, ambos já qualificados, pelo preço certo e ajustado de R$981.164,88 (novecentos e oitenta e um mil, cento e sessenta e quatro reais e oitenta e oito centavos), com pagamento até 30.6.2007; 2. a Sócia-Cotista Bradesplan Participações Ltda., cede e transfere, neste ato, retirando-se da Sociedade, 1 (uma) cota de que é titular, ao Sócio-Cotista admitido Banco Bradesco S.A., ambos já qualificados; 3. transformar o tipo societário de sociedade limitada em sociedade anônima, observadas as disposições em vigor, modificando a sua denominação social para Serel Participações em Imóveis S.A., informando que a operação de transformação se concretizará observadas as seguintes condições: I) as atuais 260.000 (duzentas e sessenta mil) cotas, do valor nominal de R$1,00 (um real) cada uma, representativas do Capital Social de R$260.000,00 (duzentos e sessenta mil reais), serão transformadas em 260.000 (duzentas e sessenta mil) ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, atribuídas ao Banco Bradesco S.A.; II) a Sociedade passará a ser subsidiária integral do Banco Bradesco S.A., mantendo a mesma escrituração comercial e fiscal, e os negócios sociais não sofrerão qualquer solução de continuidade; 4. alterar o endereço da Sociedade de Cidade de Deus, Prédio Novíssimo, 4o andar, Vila Yara, Osasco, SP para Avenida Paulista, 1.450, 8o andar, Bela Vista, São Paulo, SP - CEP 01310-917; 5. aprovar e transcrever, na íntegra, o Estatuto Social pelo qual a Sociedade passa a reger-se: “Serel Participações em Imóveis S.A. - Estatuto Social - Título I - Da Organização, Duração e Sede - Art. 1o) A Serel Participações em Imóveis S.A., doravante chamada Sociedade, regese pelo presente Estatuto. Art. 2o) O prazo de duração da Sociedade é indeterminado. Art. 3o) A Sociedade tem sede na Avenida Paulista, 1.450, 8o andar, Bela Vista, no Município de São Paulo, Estado de São Paulo, CEP 01310-917, e foro no mesmo Município. Art. 4o) Poderá a Sociedade instalar ou suprimir Filiais, Escritórios e Dependências de qualquer natureza no País e no Exterior, a critério da Diretoria, observados os preceitos legais. Título II - Dos Objetivos Sociais - Art. 5o) A Sociedade tem por objeto a aquisição de imóveis para renda, não prestando quaisquer serviços a terceiros, podendo aplicar suas disponibilidades no mercado financeiro e em ações ou cotas de outras empresas, de qualquer ramo. A Sociedade poderá adquirir bens móveis e imóveis para uso próprio. Título III - Do Capital Social - Art. 6o) O Capital Social é de R$260.000,00 (duzentos e sessenta mil reais), dividido em 260.000 (duzentas e sessenta mil) ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal. Parágrafo Primeiro - Nos aumentos de capital, será realizada no ato da subscrição a parcela mínima exigida em lei e o restante será integralizado mediante chamada da Diretoria, observados os preceitos legais. Parágrafo Segundo - Todas as ações da Sociedade são escriturais, permanecendo em contas de depósito, na Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários, em nome de seus titulares, sem emissão de certificados, podendo ser cobrado dos acionistas o custo do serviço de transferência da propriedade das referidas ações. Título IV - Da Administração - Art. 7o) A Sociedade será administrada por uma Diretoria, eleita pela Assembléia Geral, com mandato de 1 (um) ano, composta de 2 (dois) a 9 (nove) membros, sendo 1 (um) Diretor-Presidente e de 1 (um) a 8 (oito) Diretores sem designação especial. Art. 8o) Aos Diretores compete administrar e representar a Sociedade, com poderes para obrigá-la em quaisquer atos e contratos de seu interesse, podendo transigir e renunciar direitos e adquirir, alienar e onerar bens, observando o disposto no Parágrafo Primeiro deste Artigo. Parágrafo Primeiro - Dependerá de prévia autorização do Conselho de Administração do controlador direto ou indireto: a) a aquisição, alienação ou oneração de bens integrantes do Ativo Permanente e de participações societárias de caráter não permanente, quando de valor superior a 1% (um porcento) do Patrimônio Líquido da Sociedade; b) a constituição de ônus reais e a prestação de garantias a obrigações de terceiros; c) associações envolvendo a Sociedade, inclusive participação em acordo de acionistas. Parágrafo Segundo - A Sociedade só se obriga mediante assinaturas, em conjunto, de no mínimo 2 (dois) Diretores. Parágrafo Terceiro - A Sociedade poderá também ser representada por no mínimo 1 (um) Diretor e 1 (um) procurador, ou por no mínimo 2 (dois) procuradores, em conjunto, especialmente constituídos, devendo do respectivo instrumento de mandato constar os seus poderes, os atos que poderão praticar e o seu prazo, salvo se judicial o mandato, hipótese em que o procurador poderá assinar isoladamente e a procuração ter prazo indeterminado e ser substabelecida. O instrumento de mandato deverá ainda indicar se o mandatário exercerá os poderes em conjunto com outro procurador ou Diretor da Sociedade. Art. 9o) Compete à Diretoria, reunida e deliberando de conformidade com o presente Estatuto: a) deliberar sobre as condições das operações ativas e passivas; b) estabelecer o limite de endividamento da Sociedade; c) zelar para que os Diretores estejam, sempre, rigorosamente aptos a exercer suas funções; d) cuidar para que os negócios sociais sejam conduzidos com probidade, de modo a preservar o bom nome da Sociedade; e) sempre que possível, preservar a continuidade administrativa, altamente recomendável à estabilidade, prosperidade e segurança da Sociedade; f) fixar a orientação geral dos negócios da Sociedade; g) realizar o rateio da remuneração dos Diretores estabelecida pela Assembléia Geral e fixar as gratificações de Diretores e funcionários, quando entender de concedê-las; h) autorizar a concessão de qualquer modalidade de doação, contribuição ou auxílio, independentemente do beneficiário; i) aprovar a aplicação de recursos oriundos de incentivos fiscais; j) submeter à Assembléia Geral propostas objetivando aumento ou redução do capital social, grupamento, bonificação, ou desdobramento de suas ações, operações de fusão, incorporação ou cisão e reformas estatutárias da Sociedade. Art. 10) Além das atribuições normais que lhe são conferidas pela lei e por este Estatuto, compete especificamente a cada membro da Diretoria: a) ao Diretor-Presidente, presidir as reuniões da Diretoria, supervisionar e coordenar a ação

de seus membros; b) aos Diretores sem designação especial, coordenar e dirigir as atividades de suas respectivas áreas, reportando-se ao Diretor-Presidente. Art. 11) A Diretoria fará reuniões sempre que necessário, deliberando validamente desde que presente mais da metade dos Diretores em exercício, com a presença obrigatória do titular do cargo de Diretor-Presidente ou seu substituto. As reuniões serão realizadas sempre que convocados os seus membros pelo Presidente ou por no mínimo 2 (dois) Diretores. A Diretoria deliberará por maioria de votos, cabendo ao Presidente voto de qualidade, no caso de empate. Parágrafo Único - Em caso de ausência ou impedimento temporário de qualquer Diretor, inclusive do Diretor-Presidente, a própria Diretoria escolherá o substituto interino dentre seus membros. Em caso de vaga, a eleição do substituto se fará de acordo com o que dispõe o Artigo 7o, deste Estatuto. Art. 12) Para o exercício do cargo de Diretor é necessário dedicar tempo integral aos serviços da Sociedade, sendo incompatível o exercício do cargo de Diretor desta com o desempenho de outras funções ou atividades profissionais, ressalvados os casos em que a Sociedade tenha interesse. Título V - Do Conselho Fiscal - Art. 13) O Conselho Fiscal, não-permanente, compor-se-á, quando instalado, de 3 (três) a 5 (cinco) membros efetivos e de igual número de suplentes. Título VI - Das Assembléias Gerais - Art. 14) As Assembléias Gerais Ordinárias e Extraordinárias serão presididas por um Presidente e um Secretário, escolhidos pelos acionistas presentes. Título VII - Do Exercício Social e da Distribuição de Resultados - Art. 15) O ano social coincide com o ano civil, terminando no dia 31 de dezembro. Art. 16) Serão levantados balanços em 31 de dezembro de cada ano, facultado à Diretoria determinar o levantamento de outros balanços, semestrais ou em menores períodos, inclusive mensais. Art. 17) O Lucro Líquido, como definido no Artigo 191 da Lei no 6.404, de 15.12.76, apurado em cada balanço terá, pela ordem, a seguinte destinação: I. constituição de Reserva Legal; II. constituição das Reservas previstas nos Artigos 195 e 197 da mencionada Lei no 6.404/76, mediante proposta da Diretoria “ad referendum” da Assembléia Geral; III. pagamento de dividendos, propostos pela Diretoria que, somados aos dividendos intermediários e/ou juros sobre o capital próprio de que tratam os Parágrafos Segundo e Terceiro deste Artigo, que tenham sido declarados, assegurem aos acionistas, em cada exercício, a título de dividendo obrigatório, 1% (um porcento) do respectivo lucro líquido, ajustado pela diminuição ou acréscimo dos valores especificados nos itens I, II e III do Artigo 202 da referida Lei no 6.404/76. Parágrafo Primeiro - A Diretoria fica autorizada a declarar e pagar dividendos intermediários, especialmente semestrais e mensais, à conta de Lucros Acumulados ou de Reservas de Lucros existentes. Parágrafo Segundo - Poderá a Diretoria, ainda, autorizar a distribuição de lucros aos acionistas a título de juros sobre o capital próprio, nos termos da legislação específica, em substituição total ou parcial aos dividendos intermediários, cuja declaração lhe é facultada pelo Parágrafo anterior ou, ainda, em adição aos mesmos. Parágrafo Terceiro - Os juros eventualmente pagos aos acionistas serão imputados, líquidos do imposto de renda na fonte, ao valor do dividendo obrigatório do exercício (1%), de acordo com o Inciso III do “caput” deste Artigo. Art. 18) O saldo do Lucro Líquido, verificado após as distribuições acima previstas, terá a destinação proposta pela Diretoria e deliberada pela Assembléia Geral, podendo ser destinado 100% (cem porcento) à Reserva de Lucros - Estatutária, visando à manutenção de margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas da Sociedade, até atingir o limite de 95% (noventa e cinco porcento) do valor do Capital Social integralizado. Parágrafo Único - Na hipótese da proposta da Diretoria sobre a destinação a ser dada ao Lucro Líquido do exercício conter previsão de distribuição de dividendos e/ou pagamento de juros sobre capital próprio em montante superior ao dividendo obrigatório estabelecido no Artigo 17, Inciso III, e/ou retenção de lucros nos termos do Artigo 196 da Lei no 6.404/76, o saldo do Lucro Líquido para fins de constituição da reserva mencionada neste Artigo será determinado após a dedução integral dessas destinações.”; 6. tendo em vista a transformação em Sociedade Anônima, eleger membros da Diretoria, com mandato até a Assembléia Geral Ordinária de 2008, os senhores: Diretor-Presidente: Márcio Artur Laurelli Cypriano, brasileiro, casado, bancário, RG 2.863.339-8/SSP-SP, CPF 063.906.928/20; Diretores: Laércio Albino Cezar, brasileiro, casado, bancário, RG 3.555.534/SSP-SP, CPF 064.172.724/00; Arnaldo Alves Vieira, brasileiro, viúvo, bancário, RG 4.847.312/SSP-SP, CPF 055.302.378/ 00, todos com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP; Luiz Carlos Trabuco Cappi, brasileiro, casado, bancário, RG 5.284.352/SSP-SP, CPF 250.319.028/68, com domicílio na Avenida Paulista, 1.415, parte, Bela Vista, São Paulo, SP; Sérgio Socha, já qualificado; Julio de Siqueira Carvalho de Araujo, brasileiro, casado, bancário, RG 3.272.499/IFP-RJ, CPF 425.327.017/49, com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP; Milton Almicar Silva Vargas, já qualificado; José Luiz Acar Pedro, brasileiro, casado, bancário, RG 5.592.741/SSP-SP, CPF 607.571.598/34; e Norberto Pinto Barbedo, brasileiro, divorciado, bancário, RG 4.443.254/SSPSP, CPF 509.392.708/20, ambos com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, sendo que permanecerão nas suas funções até que a Ata da Assembléia Geral Ordinária que eleger os novos membros em 2008 seja arquivada na Junta Comercial e publicada; 7. fixar o montante global anual da remuneração dos Administradores, no valor de até R$42.000,00, a ser distribuída em Reunião da Diretoria, conforme determina a letra “g” do Artigo 9o do Estatuto Social ora aprovado; 8. estabelecer, de conformidade com o disposto no “caput” do Artigo 289, da Lei no 6.404/76, os jornais “Diário Oficial do Estado de São Paulo” e “Diário do Comércio” para a Sociedade efetuar as publicações ordenadas pela referida Lei. Em seguida, os Diretores designados: 1. declaram: I. sob as penas da lei, não estarem impedidos de exercer a administração de sociedade por lei especial, ou condenados a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, a fé pública, ou a propriedade; II. que abrem mão do direito ao recebimento de qualquer valor a título de remuneração, posto que já recebem honorários de outra Empresa da Organização Bradesco; 2. assinam o presente Instrumento, que vale como termo de posse. E, por estarem assim justos e contratados, os Sócios-Cotistas e o Acionista, por seus representantes legais, e os Diretores designados assinam o presente Instrumento Particular, impresso em 3 (três) vias de igual forma e teor, juntamente com 2 (duas) testemunhas, autorizando, desde já, o seu arquivamento na Junta Comercial do Estado de São Paulo, para os fins e efeitos de direito. Cidade de Deus, Osasco, SP, 28 de maio de 2007. aa) Sócios-Cotistas: Bradesco Vida e Previdência S.A., neste ato representada por seus Diretores, senhores Jair de Almeida Lacerda Júnior e Lúcio Flávio Condurú de Oliveira; Bradesplan Participações Ltda., neste ato representada por seus Diretores, senhores Sérgio Socha e Milton Almicar Silva Vargas; Acionista: Banco Bradesco S.A., neste ato representado por seus Diretores, senhores Sérgio Socha e Milton Almicar Silva Vargas; Diretores Designados: Márcio Artur Laurelli Cypriano - Diretor-Presidente; Laércio Albino Cezar, Arnaldo Alves Vieira, Luiz Carlos Trabuco Cappi, Sérgio Socha, Julio de Siqueira Carvalho de Araujo, Milton Almicar Silva Vargas, José Luiz Acar Pedro e Norberto Pinto Barbedo – Diretores; Testemunhas: Antonio José da Barbara, RG 18.114.666-6/SSP-SP, CPF 083.858.728-33; e Ismael Ferraz, RG 8.941.370-2/SSP-SP, CPF 006.404.048-80. Certidão – Secretaria da Fazenda – Junta Comercial do Estado de São Paulo – Certifico o registro sob o número 269.012/07-2, em 6.8.2007. a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

Cai a captação dos fundos de renda fixa

O

agravamento da crise de liquidez e do mercado de hipotecas de segunda linha, cujo crédito é considerado de alto risco, provocou uma captação líquida negativa 280 vezes maior nos fundos de renda fixa que nos de ações no Brasil. De acordo com a Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid), a diferença entre o volume de depósitos e as retiradas nos fundos mais conservadores ficou negativa em R$ 5,048 bilhões até 14 de agosto, ante resultado negativo de R$ 17,74 milhões dos fundos de ações referenciados no Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Ou seja, as aplicações de renda fixa perderam muito mais dinheiro com saques do que os fundos de ações. Os dados da Anbid não incluem a movimentação dos mercados no dia 16, quando a Bolsa paulista chegou a cair mais de 8%. Em apenas 14 dias, a captação líquida negativa de agosto já equivale a 78% de todo o resultado de julho. (AG)


terça-feira, 21 de agosto de 2007

Urbanismo Saúde Polícia Ambiente

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3 Almeida Rocha/Folha Imagem

Líder de quadrilha estava em Mercedes-Benz e passeou com a família antes de ser detido.

SUSPEITO DE ROUBO PRESO EM SHOPPING

Preso suspeito de roubar R$ 164,8 mi Detido em São Paulo, Marcos de Morais teria liderado assalto em Fortaleza

A

Polícia Civil de São Paulo prendeu na sexta-feira um dos supostos líderes do assalto ao Banco Central de Fortaleza (CE), ocorrido em 2005. Marcos Rogério Machado de Morais, 33, apelidado de Cabeção, foi preso por policiais do Denarc (Departamento de Investigações Sobre Narcóticos) enquanto passeava com a família no Shopping Villa-Lobos, na zona oeste da cidade. No assalto foram levados R$ 164,8 milhões de uma agência do Banco Central, em Fortaleza (CE). Marcos estava sendo investigado há seis meses. As investigações começaram por suspeita de tráfico de drogas e só depois foi descoberto o possível envolvimento do suspeito no furto do BC. Segundo os policiais do Denarc, Morais tinha um Mercedes-Benz, avaliado em R$ 150 mil, e morava na Riviera de São Lourenço, condomínio de luxo no litoral de São Paulo. Ele chegou no estacionamento VIP do shopping, com a mulher e dois filhos, almoçou e passeava no momento em que foi preso. M a rc o s é i r m ã o d e J o s é Charles Machado de Morais, que chegou a ser detido quando levava para São Paulo, em um caminhão-cegonha de sua empresa, carros recheados com R$ 5 milhões. O furto à sede do BC em For-

Márcio Fernandes/AE

Suposto líder da quadrilha que assaltou o BC, Morais tinha vida de luxo

taleza ocorreu entre os dias 5 e 6 de agosto de 2005. Foram levados, no total, R$ 164,8 milhões em cédulas de R$ 50, que, no total, pesavam 3,5 toneladas. Os ladrões surpreenderam a polícia pela complexidade da operação. Eles invadiram a caixa-forte do banco por meio de um túnel aberto a partir de uma casa da região. O imóvel foi reformado e as escavações ocorriam sob a fachada de uma empresa de grama sintética, o que justificava a saída de terra do local. O túnel aberto para o roubo tinha cerca de 80 metros de extensão e era revestido de madeira e lona plástica. O local

contava com sistemas de iluminação elétrica e ventilação. Quando atingiram a caixa-forte do BC, os ladrões ainda perfuraram o piso de 1,1 metro de espessura. Além de Morais, outros acusados de participar do roubo ao banco também já foram presos. O delegado Roberto Olmedo Consul, da Divisão de Inteligência Apoio Policial (Diap), afirmou ontem que outros suspeitos de participação no roubo estariam escondidos no Estado de São Paulo. "Ainda há cinco pessoas espalhadas por São Paulo", disse. Morais foi levado ainda ontem para Fortaleza. (Agências)


terça-feira, 21 de agosto de 2007

Nacional Empresas Negócios Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3

MOSTRA TEM ARTIGOS PARA CASA E DECORAÇÃO

As exportações brasileiras de aço caíram 10,2% no primeiro semestre deste ano.

A FEIRA HOUSE & GIFT FAIR APONTA O QUE SERÁ TENDÊNCIA DE PRESENTES PARA O FIM DE ANO E A PÁSCOA DE 2008

JÁ É HORA DE PREPARAR O NATAL Fotos: Milton Mansilha/Luz

Fátima Lourenço

A

Evento, que tem a participação de 900 expositores, vai até hoje no Expo Center Norte, na capital paulista.

Empresas planejam investir mais

A

intenção das empresas em investir neste ano continua forte, segundo a edição de julho da pesquisa Sondagem Conjuntural da Indústria da Transformação – Quesitos Especiais, da Fundação Getulio Vargas (FGV). Foram ouvidas 1.095 empresas entre os dias 2 a 31 de julho. De acordo com o estudo, das 688 companhias que responderam se planejam elevar seus investimentos em 2007 em relação ao ano passado, 60,2% programam gastos superiores agora, frente aos registrados anteriormente. De acordo com a FGV, em 15 dos 21 segmentos industriais pesquisados, o investimento previsto para 2007 supera o realizado em 2006. No que se refere à composição dos investimentos, o levantamento mostra interesse das empresas

em elevar gastos com o quesito "ampliação e reformas das instalações industriais". A previsão de investimentos para o segundo semestre deste ano é positiva, mostrou o estudo: 42% das empresas pesquisadas planejam investir mais nos últimos seis meses deste ano, ante o primeiro semestre, enquanto 19% das companhias programam investir menos, na mesma comparação. Na edição do último mês de abril, o levantamento da FGV mostrava que 34% das empresas pesquisadas pretendiam gastar mais no segundo semestre de 2007, do que já investiram nos primeiros seis meses do ano. Outros 14% planejavam investir menos nessa mesma comparação. Ao detalhar esse dado, a FGV informou que, para o período de julho a dezembro des-

SUPERÁVIT

O Ó RBITA

IPC-FIPE A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) apurou inflação de 0,17% na capital na segunda quadrissemana de agosto.

A TÉ LOGO

saldo da balança comercial na terceira semana de agosto registrou superávit de US$ 673 milhões, com exportações de US$ 3,257 bilhões (média diária de US$ 651,4 milhões) e importações de US$ 2,584 bilhões, (média diária de US$ 516,8 milhões). O superávit acumulado no mês é de US$ 1,663 bilhão, com exportações de US$ 8,386 bilhões e importações de US$ 6,723 bilhões. O superávit comercial acumulado no ano é de US$ 25,648 bilhões. (AE)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

L

Banco do Japão: mais 5,2 bi de euros no mercado

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Perdas maiores nos títulos indexados ao IPCA

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Cláusula social em empréstimos do BNDES Moody's nega que AL esteja superaquecida Para ABN, impacto do câmbio ainda é limitado Microsoft: crescimento não será afetado

te ano, as previsões são mais favoráveis para os produtores do setor de bens intermediários. "Nos segmentos industriais de bens de capital e de materiais para construção, há um arrefecimento dos investimentos das empresas. O conjunto de resultados mostra haver uma relação entre os segmentos que estão com o nível de utilização da capacidade elevado e os que estão com maior ímpeto para investir", informou a instituição em comunicado. De acordo com o levantamento, no mês passado 38% das empresas consultadas afirmaram ter investido mais no primeiro semestre deste ano do que fizeram no semestre imediatamente anterior, enquanto 21% disseram ter investido menos, no mesmo período de comparação. (AE)

s novidades do setor de artigos para casa podem ser vistas na House & Gift Fair South América, considerada a maior feira da América Latina do segmento. O evento, destinado exclusivamente a profissionais, reúne em 56 mil metros quadrados do Expo Center Norte cerca de 900 expositores nacionais e internacionais. Eles estão distribuídos em salões com variadas linhas de móveis; artigos de cama, mesa e banho; decoração; acessórios de cozinha, eletrodomésticos –e soluções para presentes no mundo corporativo como malas e acessórios de viagem, além de papelaria. A mostra aponta o que será destaque nas vitrines de Natal e até da Páscoa 2008. A paulistana Cromus, por exemplo, empresa que há 13 anos se dedica ao desenvolvimento e fabricação de embalagens, apresenta tendências para Natal e Páscoa. Para as festas natalinas, mostra variadas soluções de vitrine, com bonecos e sacos para embalar presentes, concebidos com as novas amostras de cores, estampas e texturas. Misturam-se ao vermelho tradicional da época, o preto e o branco, além do marrom, e o azul, com muito brilho, segundo a gerente de marketing, Celina Junqueira Issa. A Páscoa de 2008 terá como pano de fundo tons pastel. Os coelhinhos que devem decorar as vitrines terão as cores lilás, verde e laranja. "O pink, para a

Feira dita tendências para o setor

Páscoa, já está começando a aparecer no mercado europeu." A Cromus vende aos lojistas e também às chocolateiras. A produção artesanal de chocolate, segundo a executiva, já representa 60% do mercado total dos doces dessa época. Para a Cromus, Natal e Páscoa têm peso praticamente igual no faturamento. A empresa aproveita o evento para lançar embalagens como o cone (e o minicone) trufado, opção muito procurada pelos artesãos do ramo. Ontem, segundo o presidente da empresa, Eduardo Cincinato, a Cromus já contabilizava vendas 50% maiores que as registradas na edição 2006 da feira. Ao longo do ano, a empresa lança quatro catálogos, distribuídos para 15 mil empresa. A presença do preto, dos tons pastel, dos temas associados à preservação ambiental – o orgânico, como definem os especialistas – também aparece no mobiliário e objetos de

decoração expostos na feira. Molduras, caixas e garrafas decorativas da Aluminarte, de Tiago dos Santos, de Blumenau (SC), misturam alumínio e madeira e incorporam as tendências da moda primaveraverão, com a mistura de preto e branco, vermelho, arabescos e diferentes texturas. C r i a t i v i d a de – A fusão de metal e madeira é o destaque das peças da mineira Traços e Contornos, que divide um estande com Bonecas do Brasil, sua conterrânea de Divinópolis. Ambas são empresas familiares. Para a primeira, a decoração tornou-se um novo braço do negócio de 20 anos dedicados à fundição de panelas. "Para a feira, só trouxe um crucifixo de metal e madeira. Mas vamos usar a madeira e o vidro misturados ao alumínio", disse o diretor comercial e sócio da empresa, Romero Costa. A microempresária Stela Maris Rachid Moraes, da Bonecas do Brasil, explica que 99% das vendas realizadas na feira são feitas para lojistas. Entusiasmada com a "tendência do uso do artesanato na decoração", ela aproveita datas e eventos (fez uma boneca para os Jogos Pan-Americanos), e ainda tem a seu favor a proposta de reciclagem. Além das bonecas feitas em cabaças, aproveita os cones de confecção para construir as suas coloridas "magrelas". Quem visitar a feira também pode conferir o trabalho dos vencedores do Prêmio Top 100 de Artesanato, beneficiados com um espaço especial montado pelo Sebrae Nacional.


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Urbanismo Tr â n s i t o Educação Saúde

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Alunos do Colégio Global: bate-papo com psicólogos para definir escolha profissional.

MAIORIA TEME FAZER OPÇÃO ERRADA

Jovem encara encruzilhada da profissão Por mais bem orientado que seja, jovem pré-universitário ainda hesita na hora de escolher uma profissão. Estão em jogo a satisfação pessoal e a sobrevivência. Fotos de Paulo Pampolin/Hype

Rejane Tamoto

A

cada novo dia o jovem Lucas Laganaro, de 16 anos, pensa em seguir uma carreira diferente. "Gosto de tanta coisa, que não sei o que eu quero. Um dia penso em gastronomia, noutro em música, noutro em publicidade...", disse Lucas, aluno do terceiro ano do ensino médio do Colégio Global, que primeiro pensa no que gosta e, depois, no que pode lhe render um bom emprego. O estudante de cursinho Jefferson Bernardo, 20 anos, também se guiou por uma paixão ao fazer a escolha profissional: história, com especialização em arqueologia. "Quero ser um pesquisador e não me incomodo com o mercado", disse. Já a aluna Bruna Moreira Proença, 17 anos, vai escolher uma profissão que tenha a ver com a disciplina que ela mais gosta no colégio. "Quero ser fisioterapeuta porque adoro biologia", disse Bruna. Mas Rodrigo Bruno Toledo Camargo, 17 anos, ainda não decidiu entre administração, relações internacionais e turismo. Ele e uma boa parcela dos jovens acha que o que mais pesa na escolha entre as áreas é saber se, no final, vai conseguir pagar suas contas. "Vejo administradores que ganham dinheiro. O meu medo é chegar no meio do curso, não gostar e ter de pedir para minha mãe pagar tudo de novo", disse. A estimativa é de que o medo de Rodrigo já tenha se tornado realidade para 44,5% dos jovens que cursaram o primeiro ano de faculdades públicas e privadas. O desconhecimento sobre o que são as profissões, quais são os ambientes das universidades e até sobre as próprias expectativas em relação ao futuro deixam os jovens com muitos pontos de interrogação na cabeça, na hora de escolher uma carreira. Colégios particulares apostam na ajuda de psicólogos e universidades promovem eventos para explicar aos futuros graduandos cada uma das profissões ofertadas. Possibilidades – Na Universidade de São Paulo (USP), 96 profissões e 230 habilitações são oferecidas aos estudantes. O problema, segundo o pró-reitor de Cultura e Extensão universitária da USP, Sedi Hirano, é que a maioria dos jovens não conhece a gama de possibilidades que existe em cada área. Durante a segunda edição da Feira das Profissões, ocorrida no início do mês, cerca de 18 mil jovens do ensino médio foram conhecer os perfis das profissões para embasar a decisão. "Orientamos os jovens a fazer uma escolha. Mas muitos que já se formaram em uma área, acabam complementando a formação com uma segunda graduação. Isso é mais comum em jornalismo e direito", disse Hirano. Segundo a diretora do Colégio Global, Eliana de Barros Santos, a escolha de uma carreira pelo jovem pode ser mais difícil atualmente porque o leque de profissões que constam do cardápio das universidades é mais amplo. "Hoje as carreiras são montadas. O jovem pode escolher uma formação prática e uni-la a uma área acadêmica, de pesquisa", disse. Reflexão – No Global, o método para ajudar esses jovens consiste em bate-papos fechados entre os 37 alunos do último ano do ensino médio com uma dupla de psicólogos. O objetivo é fazer os jovens refletirem sobre questões mais profundas: o que querem para a vida e que postura e posição querem ocupar no mundo, na escola e na família. Para Felipe Braga da Silva Santos, 17 anos, o trabalho de orientação do colégio deu resultado e ele decidiu que fará duas graduações: publicidade e administração. "Quero fazer FAAP e FGV. Escolhi publicidade, porque é uma área que eu gosto muito, e administração, que me proporcionará mais chances profissionais", disse. Na Escola da Vila, a psicóloga Lilian Feingold Conceição, trabalha a escolha da profissão em conjunto com as atividades curriculares de cerca de 60 alunos do ensino médio. "Nós apresentamos as universidades e faculdades para os alunos, por meio de visitas, para que eles observem qual a função social o compromisso de cada uma, pública ou particular", disse. Neste semestre, os alunos da Escola da Vila farão estágios de observação e deverão passar uma semana acompanhando atividades de profissionais de suas carreiras de interesse. "Isso é importante, porque eles entenderão o que se faz em cada profissão. E poderão escolher, de uma maneira crítica, aquela que está em contato com seus próprios valores", disse a psicóloga. Mercado – Para a maioria dos jovens, a preocupação com o mercado de trabalho pesa bastante. O estudante do ensino médio do Global, Gabriel Barros Pereira, 17 anos, queria fazer jornalismo, mas acha que vai se arrepender. "Se eu fizer direito pode ser que eu não fique rico mas, com certeza, terei um emprego", disse. Pelo mesmo motivo, a estudante de cursinho Thamirys Tonioli, 19 anos, decidiu que prestará direito com segunda opção em relações internacionais. "Gosto de medicina, mas escolhi essas áreas porque nelas posso crescer dentro da empresa em que já trabalho, uma multinacional", disse. Raquel Domingues de Medeiros Albuquerque, 18 anos, optou por pedagogia, já que trabalha como auxiliar de professora em uma escola. "A experiência profissional me ajudou a escolher", disse.

Maurilo Clareto/Luz

Lucas Laganaro: "Gosto de tanta coisa, mas não sei o que eu quero". Raquel Domingues de Medeiros, futura pedagoga: "Trabalhar me ajudou a escolher".

Bruna Moreira Proença: "Quero ser fisioterapeuta porque adoro biologia". Felipe Braga fez duas opções: publicidade e administração.

Gabriel Pereira (no alto) queria ser jornalista, mas deverá seguir direito. Acima, Rodrigo Bruno, entre três possibilidades profissionais.

Carreiras do futuro Maurilo Clareto/Luz

Das carreiras mais concorridas na Fuvest, em 2006, relações internacionais é a que mais tem potencial de mercado no futuro. Essa é a previsão do coordenador do Programa de Estudos do Futuro da Fundação Instituto de Administração (FIA-USP), James Wright. Segundo ele, o cenário para o Brasil do futuro é de uma participação

maior no mercado externo, nas áreas de produção de energia, alimentos e matérias-primas. As profissões de agrônomo, nutricionista, engenheiro, veterinário serão muito requisitadas. No futuro, a sofisticação da indústria tende a aumentar a demanda por logística, engenharia de transportes e matemática aplicada. (RT)

Maurilo Clareto/Luz

Jefferson: "Quero ser pesquisador e não me incomodo com o mercado". Thamirys: gosta de medicina, mas prestará direito e relações internacionais.


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Nacional Finanças Empresas Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

FECHAMENTO ESTÁ EM DECLÍNIO DESDE 2000

terça-feira, 21 de agosto de 2007

16,1

por cento foi o índice de mortalidade de empresas do Sudeste do País, segundo o Sebrae.

PESQUISA VOX POPULI DIVULGADA PELO SEBRAE APONTA O PERFIL DAS EMPRESAS DURADOURAS

PEQUENAS TÊM MAIS TEMPO DE VIDA número de micros e pequenas empresas que fecharam as portas no País caiu de 35,9% para 22% entre 2003 e 2005, segundo o levantamento "Taxa de Sobrevivência e Mortalidade das Micros e Pequenas Empresas", realizado pela Vox Populi e apresentado ontem pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). A pesquisa, produzida no primeiro semestre deste ano, fez o diagnóstico de 14.181 empresas, 13.428 ativas e 753 extintas de todas as regiões do Brasil. Especificamente no Sudeste, o índice de fechamento caiu de 39,1% para 16,1%. A mortalidade está em declínio desde 2000, quando a quebra chegava a 61,1% no Sudeste e a 59,9% no Brasil. Para explicar o tempo de vida maior das empresas de pequeno porte, a consultora da unidade de Gestão Estratégica do Sebrae de Brasília, Magali Albuquerque, afirmou que as habilidades gerenciais, a capacidade empreendedora e a lo-

gística operacional são os principais fatores do sucesso dos negócios que permaneceram em aberto entre 2003 a 2005. "Os dois primeiros motivos mostram a preparação do empresário para interagir com o mercado em que atua e a competência para conduzir o negócio", disse Magali. A mortalidade das empresas tem explicações claras. Os empresários apontaram que a falta de clientes foi a razão que mais contribuiu para o fracasso do negócio. Essas respostas, segundo o Sebrae, variaram entre 23% e 29% nos três anos pesquisados. Em seguida aparecem a carga tributária, os encargos e os impostos, com 43% de citações como fator decisivo para fechar o negócio no período. A pesquisa relaciona outros dados a respeito das pequenas e microempresas, além de informações sobre os empresários que as comandam. Em relação ao tempo para fechar legalmente o negócio, em 2003, das 180 empresas extintas pesquisadas, 48 levaram em média 113 dias para dar baixa nas atividades. De acordo com o

queda na temperatura, que estimulou as compras de produtos de inverno, estão entre os fatores que contribuíram para que as lojas de vestuário, tecidos e calçados continuassem a trajetória de crescimento e registrasse, em junho, alta de 11,7% no faturamento.

Já o setor de móveis e decorações registrou aumento de 9,1% nas vendas, na comparação com o mesmo mês de 2006, acumulando no ano elevação de 12,8%. As condições de crédito e o atendimento de nichos específicos de mercado por parte das

Mário Tonocchi

O

Vendas em queda pela quarta vez consecutiva

E

m junho, as vendas do pequeno varejo tiveram a quarta queda consecutiva, de 2,8% ante o mesmo período de

2006, segundo dados da Pesquisa Conjuntural do Pequeno Varejo (PCPV) da Federação do Comércio do Estado de São Paulo

(Fecomercio). No acumulado do ano, o faturamento teve retração de 1,6% no faturamento. Entre todos os setores analisados, apenas dois tiveram resultados positivos (vestuário, tecidos e calçados; e móveis e decorações). A facilidade de crédito e a

SOL LEVANTE PARTICIPAÇÕES S/A

CNPJ/MF nº 05.608.178/0001-33 - NIRE nº 35.300.195.353 Ata da Assembléia Geral Ordinária Data e Horário: Aos 30/04/2007, às 10 hs. Local: na sede social, R. Riachuelo, 44, 6º and., cj. 65. Presença: acionistas representando a totalidade do capital social, conforme se verifica no Livro de Presença de Acionistas da Sociedade. Convocação e Publicação: dispensada a convocação em razão da presença da totalidade dos acionistas, conforme faculta o Art. 124, § 4º, da Lei 6.404/76. O Balanço Patrimonial e as Demonstrações Financeiras ref. ao exerc. encerrado em 31/12/2006 foram publicados no DOESP, em 25/04/2007, e no Diário do Comércio, em 25/04/2007 e colocados à disposição dos acionistas na sede da Sociedade. Ata da Assembléia: em forma de extrato sumário, conf. permite o Art. 130, § 3º da Lei 6.404/76. Mesa: para iniciar os trabalhos, foi escolhido Presidente o Sr. Albino José Coelho da Rocha Filho, que convidou a mim, José Rosolini Netto, para secretariá-lo. Ordem do Dia: (i) deliberar e votar sobre o balanço patrimonial e as demonstrações financeiras, relativas ao exercício social findo em 31/12/2006; (ii) deliberar sobre as destinação do lucro líquido da companhia, se apurado; (iii) eleição dos membros da diretoria para o período relativo ao triênio 2007/2010; (iv) demais assuntos de interesse da sociedade. Deliberações tomadas por unanimidade: (i) observado o disposto em lei, foram aprovadas as contas da administração e as Demonstrações Financeiras referentes ao exercício social findo em 31/12/2006. Estavam presentes nesta Assembléia os Diretores da Cia. (Srs. Albino José Coelho da Rocha Filho e José Rosolini Netto), a fim de esclarecerem quaisquer dúvidas dos acionistas, nos termos do art. 134, § 1º, da Lei 6.404/76 sendo que nenhum questionamento lhes foi feito; (ii) o lucro líquido da cia., apurado com base no Balanço Patrimonial levantado em 31/12/2006 equivalente a R$ 3.008.389,07, foi destinado, na sua totalidade, para a reserva legal. Em virtude da destinação dada à totalidade do lucro líquido não ocorrerá a distribuição de dividendos; (iii) neste ato são reeleitos os atuais membros da Diretoria, com mandato de 3 anos, de acordo com o art. 12 do Estatuto Social, o Sr. Albino José Coelho da Rocha Filho, brasileiro, casado, engenheiro civil, residente e domiciliado em São Paulo, na Av. Nove de Julho, 5.881, 6º and., RG nº 5.532.025 SSP/SP e CPF/MF nº 010.726.608-30, para exercer o cargo de Diretor Presidente, e o Sr. José Rosolini Netto, brasileiro, casado, economista, residente e domiciliado nesta capital, na Al. Dos Ciprestes, nº 115, Granja Julieta, R.G. nº 2.328.362-2 SSP-SP e CPF/MF nº 069.532.808-59, para exercer o cargo de Diretor Vice-Presidente, sendo empossados no mandato neste mesmo ato. Tendo declarados os mesmos sob as penas da lei, que não se encontram impedidos sob qualquer forma legal ou judicial ao exercício das atividades relativas aos cargos. Lavratura e leitura da Ata: O Sr. Presidente ofereceu a palavra a quem dela quisesse fazer uso, e como ninguém se manifestou e não houve mais assuntos a tratar, foram encerrados os trabalhos. Foi então suspensa a reunião pelo tempo necessário à lavratura desta ata, que depois de transcrita, lida e achada conforme, vai assinada por todos os acionistas. Dos documentos apresentados na assembléia geral serão arquivadas 1 via na Jucesp e outra na sede social da companhia. Certifico ser a presente cópia fiel da Ata lavrada no Livro de Atas de Assembléias Gerais de Acionistas da companhia, a qual vai assinada por mim e pelo Sr. Presidente. SP, 30/04/2007. Albino José Coelho da Rocha Filho - Presidente. José Rosolini Netto - Secretário. Secretaria da Fazenda. Jucesp. Certifico o reg. sob nº 244.126/07-0 em 26/06/2007. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

Sebrae, em 2004, das 127 empresas extintas do levantamento, 37 empresas levaram 137 dias. Já em 2005, das 446 empresas pesquisadas, 145 fecharam em 84 dias. Os homens eram maioria no comando das empresas, entre 2003 e 2005, segundo pesquisa Vox Populi-Sebrae. Do total de 13.428 empresas ativas analisadas, 64% eram comandadas por homens. Já nas 753 empresas extintas, 61% eram administradas por homens. A faixa etária dos proprietários das empresas ativas era de 37 anos e das extintas, 30 anos, entre 2000 e 2002. Já na pesquisa de 2003 a 2005, a idade média subiu para 38 e 39 anos, respectivamente, para empresas ativas e extintas. Antes de entrar para o empreendimento, 51% dos empresários de empresas ativas, constituídas em 2005, eram funcionários de empresas privadas. Nas empresas extintas, o percentual de ex-funcionários de empresas privadas era de 39%. Os autônomos aparecem com 19% de participação tanto para as empresas em atividade como para as extintas. pequenas empresas contribuíram para o resultado. O grupo de autopeças e acessórios foi o que teve o pior desempenho em junho, com queda de 23,2% no faturamento, ante o mesmo período do ano passado. (AG)

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

PREGÃO (presencial), para Registro de Preço DSE nº 47/07. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 1418/5900/2007. OBJETO: Panos de Prato, Aventais de Frente, Toucas para manipulação e Luvas térmicas de segurança. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 09:30h do dia 30 de agosto de 2007. PREGÃO (presencial), para Registro de Preço DSE nº 48/07. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 4309/5900/2007. OBJETO: Biscoito Doce com Recheio Sabor Morango. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 09:30h do dia 31 de agosto de 2007. PREGÃO (presencial), para Registro de Preço DSE nº 45/07. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 1416/5900/2007. OBJETO: Caneca e Kit Colher e Garfo. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 09:30h do dia 29 de agosto de 2007. PREGÃO (presencial), para Registro de Preço DSE nº 46/07. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 4452/5900/2007. OBJETO: Carro Auxiliar para Cozinha. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 14:30h do dia 29 de agosto de 2007. PREGÃO (presencial), para Registro de Preço DSE nº 49/07. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 4308/5900/2007. OBJETO: Biscoito Doce com Recheio Sabor Chocolate. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 09:30h do dia 03 de setembro de 2007. PREGÃO (presencial), para Registro de Preço DSE nº 50/07. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 4601/5900/2007. OBJETO: Biscoito “Wafer” com Recheio Sabor Doce de Leite. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 14:30h do dia 03 de setembro de 2007. Edital completo à disposição dos interessados, via Internet, pelo Site www.enegociospublicos.com.br. INFORMAÇÕES: fones: (11) 3866-1615/1616, de 2ª a 6ª feira, no horário das 8h às 17h. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE SUPRIMENTO ESCOLAR

FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR

PREGÃO Nº 051/2007- FAMESP/HEB PROCESSO Nº 301/2007 – FAMESP/HEB REGISTRO DE PREÇOS Nº 038/2007- FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 21 de agosto a 05 de setembro de 2007, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli s/n, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 38152680–ramal 111-FAX(0xx14)3882-1885–ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/ licitações/HospitalEstadualBauru, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL Nº 051/2007FAMESP/HEB, PROCESSO Nº 0301/2007 - FAMESP/HEB, REGISTRO DE PREÇOS Nº 038/2007- FAMESP/HEB, que tem como objetivo a Aquisição de Bobina de polietileno de vários tipos, Saco de Polietileno de vários tipos, para o Hospital Estadual Bauru, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação será realizada no dia 06 de setembro de 2007, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras do Hospital Estadual Bauru, Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, nº 1-100 – Jardim Santos Dumont, Município de Bauru, Estado de São Paulo. Botucatu, 20 de agosto de 2007. Prof. Dr. Shoiti Kobayasi - Diretor Vice Presidente - FAMESP. Sincaesp - Sindicato dos Permissionários em Centrais de Abastecimento de Alimentos do Estado de São Paulo

Edital de Convocação para Assembléia Geral dos Permissionários da CEAGESP O Sincaesp - Sindicato dos Permissionários em Centrais de Abastecimento de Alimentos do Estado de São Paulo convoca (nos termos de seu estatuto) todos os permissionários interessados, para deliberação em Assembléia Geral a ser realizada no dia 27 de agosto de 2007. Local: Ceagesp, Av. Dr. Gastão Vidigal 1946 – Vila Leopoldina, SP– Pavilhão MLP; Horário: 17:00hs. Pauta: - exclusão dos gastos com segurança, fiscalização e administração; - abertura do boleto MLP, AMJ e pescado; - outros assuntos de interesse dos permissionários. São Paulo, 21 de maio de 2007. José Robson Coringa Bezerra - Diretor Presidente.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 20 de agosto de 2007, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

Quer falar com 26.000 empresários de uma só vez?

Publicidade - 11 3244-3344 Fax: 11 3244-3894

Requerente: César Neria Santiago - Requerido: B.S.L. Brasileira de Serviços Ltda. - Rua Clemente Bonifácio, 22 - sala 4 - 2ª Vara de Falências Requerente: Plásticos Ruttino Ltda. - Requerido: Enduplar Indústria e Comércio de Embalagens Plásticas Ltda. - Rua Dianópolis, 1.508 2ª Vara de Falências Requerente: Lego Fomento Mercantil Ltda. - Requerido: Casa do Ramo Editorial Ltda. - Rua Santa Justina, 352 - cjs. 21/22 - 2ª Vara de Falências


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 21 de agosto de 2007

1

Informática

Paulo Pampolim/Hype

Nokia N95, um celular que faz boas fotos. Na 8.

Thiago Bernardes/Luz

NESTA EDIÇÃO

A loja do futuro. Aqui e agora.

Captura de tela

Veja as novidades testadas pelo Pão de Açúcar. Na 7.

O mestre em kung fu, Gabriel Amorim, criou seu site para promover a arte marcial.

YEAA! N

Aparecer bem na rede pode ser o caminho para grandes negócios

Caso seja, é preciso caprião basta ter um site de seu negócio: char na aparência do site – uma é preciso aparecer tarefa que não pode ser confiabem nos buscado- da ao filho do amigo que fez res de internet, como o Google, curso de informática ou ao soCadê? e Yahoo, entre outros. É brinho fanático por games: é o que pode fazer a diferença coisa para profissionais. Golpe de mestre – Com inentre grandes lucros e o ostracismo na rede. Não aparecer na formação e planejamento, até primeira página do Google, quem não tem por objetivo obum dos sites de buscas mais ter lucro pode tirar proveito da consultados do planeta, pode presença na internet. À frente representar a perda de 60% de de uma rede de oito academias mercado. É que, segundo estu- em São Paulo, o mestre em kung fu, Gabriel dos, metade dos Pires de Amorim, internautas não comanda duas lopassa da primeira jas virtuais. A página em suas consultas. Há 35 Em alguns casos, www.tskf.com.br, montada há três milhões de intera empresa nem anos, vende acesnautas hoje no Braprecisa de site, sórios para a arte sil. E o número está pois o cliente marcial (lanças e aumentando. Há empresas espode não ser um bastões), além do DVD e de um livro pecializadas em internauta. escrito pelo mespreparar sites para Jorge Luiz Pereira, tre. "Criei a loja que figurem em Sebrae-SP. j u n t o d o s i t e d a destaque nesses academia (no ar há buscadores (como dez anos)." se verá na contiAmorim investiu cerca de nuação desta reportagem, na página 4). Dá certo, como ates- R$ 5 mil na empreitada. Ele diz tam clientes que viram seu fa- que não objetiva o lucro. "Fiz turamento aumentar em até para facilitar a vida da escola." 30% ao mês, depois que passa- O mix de produtos é pequeno, ram a figurar com destaque como a média de 10 vendas mensais. Ele está satisfeito, no nos buscadores. Mas, até chegar lá, é preciso, entanto, com o retorno em primeiro, saber se a montagem marketing para a academia. Outra loja, como se verá na de uma página na internet é a melhor opção para a empresa. continuação desta reportagem "Em alguns casos, o cliente po- (pág. 4), foi o próprio mestre de não ser um internauta", ex- quem montou com sua expeplica o consultor de tecnologia riência de analista de sistemas da informação do Serviço de e com o auxílio de uma empreApoio à Micro e Pequena Em- sa especializada: é um gerenpresa (Sebrae-SP), Jorge Luiz ciador de campeonato de kung fu. Um golpe de mestre. da Rocha Pereira.

Olho atento. Pela tela do PC. Câmaras ajudam a vigiar seu negócio. Ou sua casa. Na 6.


terça-feira, 21 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

ECONOMIA - 5


DIÁRIO DO COMÉRCIO

DE TUDO UM POUCO PARA SUA INFORMAÇÃO

EU NAVEGO A empresária Lilian Gonçalves, indica o site de música www.allbrazilianmusic.com.

Divulgação

O LCD AVANÇA

Faturamento da Positivo cresce 75% APositivo Informática registrou faturamento bruto de R$ 995,1 milhões no primeiro semestre de 2007. Esse crescimento, de 74,9% em relação ao mesmo período de 2006, acompanha a expansão das vendas em unidades, de 74,8% nesse mesmo período, totalizando 631,7 mil computadores. Somente no primeiro semestre deste ano, a companhia já vendeu o equivalente a 75,7% do total de PCs vendidos em 2006. Mercado com potencial – A base instalada de computadores nos domicílios no Brasil, que atualmente é de 11,3 milhões, ainda é baixa, se comparada à televisão, com 90 milhões, ao celular com 106,7 milhões e à maioria dos eletrodomésticos. Atualmente, outro movimento verificado, no mercado de PCs brasileiro é o aumento explosivo nas vendas de notebooks, a exemplo do que já ocorre em outros países. Segundo a IDC, as vendas de notebooks representaram 10,2% das vendas totais de PCs no Brasil no primeiro trimestre, percentual este, muito menor do que o registrado em outros países emergentes. Índia, México e Chile apresentaram uma participação de notebooks de 19%, 26% e 42%, respectivamente.

terça-feira, 21 de agosto de 2007 WValente/AFG

Va r e j o Imagem E mais Inter net

A

kis, analista-sênior da IDC, o comprador está descobrindo novas marcas e se valendo dos preços em queda, da ergonomia e da praticidade dos moni-

venda de monitores de cristal líquido (LCD) no mercado nacional no primeiro semestre do ano superou a dos monitores CRT (tubo). Dos 4 milhões de monitores vendidos, 72% foram de LCD, um crescimento de mais de 200% em comparação ao primeiro semestre de 2006. Até o fim do ano, serão vendidos mais de 9 milhões de monitores no País – e os LCD continuarão em alta, segundo previsão da consultoria IDC Brasil (www.idc.com.br), autora da pesquisa divulgada na semana passada. Em 2006 foram vendidos 7,2 milhões de monitores no mercado brasileiro. A pesquisa apontou que as gigantes sul-coreanas que tradicionalmente dominavam o mercado estão perdendo terreno para empresas menores, como a AOC, Proview e Waytec. No entender de Reinaldo Sar-

tores LCD. Os modelos widescreen, de tela mais larga, ainda têm custo muito alto e por isso as vendas ainda são restritas. Esse tipo de formato é mais uti-

Dos 4 milhões de monitores vendidos no primeiro semestre, 72% foram de LCD, um crescimento de mais de 200%. Divulgação

2

lizado para usuários que desejam assistir filmes. Vantagens - O analista da IDC observa que um fator a ser explorado pelos fabricantes é o uso dos monitores de maior área nos computadores portáteis. "Os notebooks já têm grande participação no mercado e o futuro é promissor. Trabalhar de oito a dez horas por dia em um equipamento com tela de 13 polegadas não é uma tarefa fácil". Daí, conclui, a importância de parcerias entre fabricantes de notebooks e de monitores para a produção de telas de 17 ou de 19 polegadas, com maior campo visual. Uma outra grande vantagem das telas de LCD é que, ao contrário dos monitores de tubo, elas não cintilam, efeito conhecido como flicker. Isso causa cansaço visual. As telas de LCD também consomem menos energia elétrica.

Nova estrela da Apple já está nas prateleiras Divulgação

O

processador Intel Duo Core de 2 GHz e 1 GB de memória RAM e HD de 250 GB). É mais barato que o modelo anterior, o G5. Feito de alumínio e tela LCD com revestimento de vidro, o iMac tem três

novo Apple iMac chega oficialmente em setembro ao Brasil, mas já pode ser encontrado em alguns importadores por R$ 6.400 na versão básica (tela de 20 polegadas,

A versão básica está sendo vendida no Brasil por R$ 6.400

versões - a mais sofisticada vem com tela de 24 polegadas, vendida nos EUA a partir de US$ 1.800. O destaque continua sendo o desenho: o teclado é uma fina lâmina de alumínio.

E a "pequena" Waytec lança novidades A Waytec Tecnologia lançou seu primeiro monitor LCD com tela widescreen, o FW1423S, de 14 polegadas, que custa R$ 500. O produto é voltado ao mercado home office, e o tamanho de sua tela equivale a uma de 15 polegadas na horizontal, seguindo o padrão de formato das telas dos televisores e dos filmes (16x10 cm) e também o padrão da visão humana. Monitores com telas widescreen já são uma tendência mundial. "Nos EUA, na Ásia e na Europa só se comercializa widescreen", diz Moisés Aleixo Nunes, sócio-diretor da Waytec, acrescentando que os próximos lançamentos LCD da empresa serão todos nesse formato. O FW1423S é compacto e possui um pedestal que permite o ajuste do melhor ângulo de utilização. O monitor tem imagem de alta qualidade, com resolução de 1.280 x 800 e capacidade para reproduzir 16,2 milhões de cores; a tela tem área útil de 303.36 x 189.6 mm.

Dicas de saúde? Tente o www.minhavida.com.br, agora com seção exclusiva para homens.

Assim caminham os robôs Os robôs de ficção estão em www.dcomercio.com.br

1495

1937

1973

1996

1998

2002

2005

Homem mecânico projetado por Leonardo da Vinci

A Westinghouse cria o Elektro, que andava, falava e fumava.

Ichiro Kato cria o Waboti I, primeiro robô antropomórfico.

P2, da Honda, primeiro robô bípede independente.

Kismet, da dra Cynthia Kismet: interação.

Asimo, da Honda: reconhece rostos, vozes e nomes.

O Instituto Kist, da Coréia, cria o Hubo, conectado à internet.

Recebeu um cartão? Pode ser spam. O uso de cartões eletrônicos de felicitações continua sendo

Internet de papel Ditos populares adaptados à era da informática

o método preferido dos criadores de spam. Em julho, a Symantec

monitorou o envio de 250 milhões de emails do tipo em todo o mundo. A

Sergio Kulpas

G Amigos, amigos, senhas à

conclusão é parte do estudo mensal da empresa. A prática

permaneceu estável, ao nível de 66% do total de e-mails monitorados.

Venda online fatura R$ 2,6 bi no semestre

sergiokulpas@gmail.com

parte! Divulgação

G Antes só do que em chats

aborrecidos! G Arquivo dado não se olha o

formato! G Diga-me qual a sala de chat

que você freqüenta e te direi quem és! G Para todo bom provedor

uma senha basta. G Não adianta chorar sobre o

arquivo deletado. G Em casa de programador, o

espeto é de par trançado! G Hacker que ladra, não

morde! G Mais vale um arquivo no HD

do que dois baixando. G Mouse sujo se limpa em

casa! G Melhor prevenir que

formatar. G Programa velho é que faz

site bom. G Quando a esmola é demais,

o santo desconfia que veio algum vírus anexado!

O varejo usa cada vez mais a TV

A

TV é um aparelho cada vez mais usado no comércio como ferramenta promocional. Nos últimos anos, a queda de preço dos televisores de cristal líquido e plasma aumentou a presença desses aparelhos nos estabelecimentos comerciais. Supermercados, shopping centers, lojas de roupas e calçados e até postos de gasolina estão testando o uso de TVs como meio para anunciar promoções, descontos e dicas de consumo. O uso de TVs no comércio faz parte do chamado 'in-store marketing', uma tendência que busca atingir os consumidores em locais pouco usuais.

Nos EUA, a rede de postos de combustível Sunoco está testando a instalação de telas de 20 polegadas sobre as bombas de gasolina. Como nos Estados Unidos é comum que o próprio motorista encha o tanque, a Sunoco viu nesses minutos de espera uma oportunidade para oferecer uma programação que inclui a previsão do tempo, notícias, resultados esportivos, trailers de filmes, eventos locais, anúncios de automóveis e de produtos da própria rede. Segundo Peter Breen, diretor de Conteúdo do In-Store Marketing Institute, a tendência de usar televisores em lojas e centros de compras deve se tornar comum nos próximos anos. Os anunciantes estão muito interessados nessa tendência, porque é uma maneira de atingir os consumidores no ato da compra. A rede de postos Sunoco fez uma parceria com a empresa Gas Station TV para criar programas de quatro minutos, que são exibidos nas telas

sobre as bombas de combustível. A Sunoco está implementando telas de plasma em 50" em seus 315 postos na região da Filadélfia. Gerard Davis, porta-voz da Sunoco, diz que os resultados são animadores, e que as TVs são uma maneira eficiente de comunicação com os clientes. Além da rede Sunoco, grandes redes de varejo dos EUA estão testando o uso de TVs em suas lojas, como a Acme Supermarkets, Best Buy, Circuit City e Wal-Mart .

Um estudo recente da Forrest Research, o 'in-store marketing' é um meio mais focalizado de atingir os consumidores, especialmente num momento onde há uma crescente reação contra a publicidade tradicional. O estudo da Forrest indica que os testes iniciais se mostraram muito promissores, elevando as vendas de alguns produtos entre 15% e 60%. Nos supermercados Acme, os consumidores encontram grandes telas de plasma sobre as seções de vegetais e carne, que mostram dicas de preparo dos produtos (foto). Trailers e outros programas de entretenimento também podem ser vistos, e uma faixa exibe notícias atualizadas. Há televisores também nas filas dos caixas, que exibem anúncios, eventos locais e até jogos para quem está esperando na fila. O segredo do sucesso para o uso de TVs no varejo é combinar anúncios e informações atraentes e relevantes, sem causar incômodo e invasão nos consumidor.

O faturamento do comércio eletrônico no primeiro semestre fechou em R$ 2,6 bilhões em vendas online de produtos de consumo, devendo chegar a R$ 6,4 bilhões no ano, diz o Relatório WebShoppers, estudo semestral realizado pela e-bit, em parceria com a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico. Cerca de 1,1 milhão de pessoas, 16% a mais do que em dezembro, passaram a fazer compras pela internet. Os usuários de comércio eletrônico também compraram mais itens, um aumento de 45% no total de transações, em comparação ao primeiro semestre de 2006. O valor médio chegou a R$ 296, um aumento de 3% em relação ao ano anterior, mesmo com uma deflação de 1,92% nos preços.


terça-feira, 21 de agosto de 2007

Inter net Segurança Va r e j o Imagem

DIÁRIO DO COMÉRCIO

PÃO DE AÇÚCAR ABRE LOJA CONCEITO

C

7 É uma grande oportunidade de testar como o consumidor reage às novidades Ney Santos, diretor de TI Pão de Açúcar. Thiago Bernardes/Luz

Thiago Bernardes/Luz omo as mais avançadas inovações tecnológicas funcionam em condições reais de uso? E como o consumidor se comporta diante dessas mudanças? Para responder a essa questão, o Grupo Pão de Açúcar e um conjunto de 13 dos maiores fornecedores de tecnologia para o setor de varejo realizam um investimento de cerca de R$ 8 milhões na instalação de uma Loja Conceito, no Shopping Iguatemi, em São Paulo. "Os parceiros (que responderam por metade do investimento) entraram no projeto com o objetivo de garantir a mais fácil e agradável experiência de compra que as tecnologias de ponta podem vir a proporcionar. É uma grande oportunidade de testar como o consumidor reage às novas facilidades", explica Ney Santos, diretor de Tecnologia do Pão de Açúcar. "A loja Iguatemi nasce com a ambição de ser um ícone de inovação para o GruNas gôndolas, produtos com etiqueta digital, PDA no carrinho, sensor de movimento... R$ 8 milhões para montar a loja conceito. po e para todo o varejo", afirma José Roberto Tambasco, diretor-executivo da empresa. O projeto envolveu Microsoft, IBM, Unisys, Bematech/Gemco, Megamídia, Toledo, Intermeq e RR Etiquetas, cujas tecnologias são experimentadas diretamente pelos consumidores, além de Cisco, Itautec, Software Express, Vertigo, VirtualGate e CA, que fornecem infra-estrutura. Em uma área de 940 m², a loja tem uma seleção de itens especialmente voltados à gastronomia diferenciada, como uma seção com mais de 300 vinhos, produtos orgânicos, importados e artigos de delicatessen. Ao entrar na loja, um sensor Loja conceito do Pão de Açúcar em São Paulo mostra a tecnologia que o País usará amanhã de movimento registra seu ingresso, para posterior confrontação de circulação de pessoas e volume efetivo de compra. quão amigável é a aplicação", tões. Nos quiosques multimíPara o consumidor, a primeira diz Santos. Ele admite, contu- dia, com tecnologia IBM, Midiferença é um PDA – da Be- do, que esse esquema é inviá- crosoft e Vertigo, pode-se obter matech, com aplicação da vel em lojas com grande movi- receitas e dicas. No quiosque Gemco – instalado no carri- mento, exatamente onde essa da seção de vinhos, o único nho. Entre as aplicações desse aceleração agregaria mais. item com etiqueta RFID, basta c o m p ut a d o r Nas gôndo- se aproximar com as garrafas de bordo, colas, uma solu- para obter a ficha técnica dos nectado em ção da Unisys exemplares. As etiquetas RFID Wi-fi à rede exibe os pre- são da RR Etiquetas e a aplicalocal, está um ç o s e m u m ção é da Intermec. localizador Se o cliente só comprar vimostrador dide mercadog i t a l . " I s s o nhos, pode passar diretamente rias, para permite pro- pelo check out e executar imequem se permoções dinâ- diatamente o pagamento, pois o de entre as micas, feitas caixa lê as etiquetas RFID. Em gôndolas. d e f o r m a relação aos demais itens, Santos "No futuro, m u i t o s i m- lembra que cabe às indústrias podemos p l e s " , m e n- colocar as etiquetas em seus evoluir o serciona Heloísa produtos. No caso dos vinhos, o viço para um Morel, direto- próprio varejista investiu nas GPS, que inra de Marke- etiquetas para testar os conceidica o percurting do Pão de tos. Além dos desafios já esperaso", adianta Açúcar. Ou- dos, como atenuar a interferênNey Santos. tra vantagem cia do líquido no sinal, houve alOutra aplicaé uma maior gumas surpresas. "O RFID pação, também segurança na rava de funcionar de forma no dispositie x p o s i ç ã o aparentemente aleatória. Até vo do carri- A loja Iguatemi nasce com a d o s p re ç o s , que alguém percebeu que o pronho, usa um pois os valo- blema ocorria quando se acenambição de ser um ícone de scanner, para res são lança- diam as lâmpadas do refrigeraque o próprio inovação para o Grupo e dos a partir dor. O reator operava à mesma co nsu mid or para todo o varejo da leitura do freqüência", conta. passe o códiOs caixas, da IBM, funcioJosé Tambasco, c ó d i g o d e go de barras nam com tela touch screen e barras – o funPão de Açúcar. do produto, cionário pas- têm dois monitores, um para empacote e, sa com um lei- acompanhar as compras. ao passar pelo checkout, o tor que se comunica com a cenA Cisco entrou no projeto PDA se comunica por Bluetoo- tral que envia o preço ao mos- com a parte de rede Wi-fi e teth com o caixa. Aí, basta pagar trador. lefonia IP; a CA provê a segue ir embora, sem ter que passar Ao longo da loja, as balanças rança; e a Itautec e a Software as mercadorias. "No início, va- da Toledo têm conexão Wi-fi e, Express ficam com a retaguarmos ter um funcionário acom- além de pesar, falam com o da de automação comercial. panhando a compra, para ver o consumidor e fazem sugesVanderlei Campos

O FUTURO SERÁ ASSIM

No setor de vinhos, etiquetas RFID: o comprador passa direto pelo check-out e a mercadoria está paga.

Supermercado tem padrão internacional

S

egundo informações, algumas das tecnologias em operação na loja Pão de Açúcar do Shopping Iguatemi estão instaladas em poucos estabelecimentos no mundo. "O que é inédito neste projeto é ver não só como as novas tecnologias funcionam, mas também como trabalham juntas", diz Ney Santos. "Além da parte tecnológica, será possível ver o que dá retorno de investimento", complementa. "O comportamento do consumidor aqui é semelhante ao da Europa, em que os clientes são mais abertos à inovação", avalia Cláudia Feris, diretora de parcerias corporativas da Microsoft Brasil. "Esta é a segunda 'loja do futuro' da IBM do mundo, depois da Metro, na Alemanha. É o primeiro caso de RFID no checkout da América Latina", informa Paulo Guimarães, gerente de automação comercial da IBM Brasil. (V.C)


Página 8 Ano 83 - Nº 22.443

São Paulo, terça-feira, 21 de agosto de 2007

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição concluída às 23h55

w w w. d co m e rc i o. co m . b r José Luís da Conceição/AE

Foi de fechar o comércio no Brás. A tropa de 500 homens dispersou os camelôs da feirinha da madrugada, que então ameaçaram lojistas (foto). A trégua é muito frágil. Cidades 1 Márcio Fernandes/AE

Bonança nos mercados

Bolsas asiáticas e européias iniciaram a semana em alta. Depois de muito vaivém, o Dow Jones subiu 0,32%. Ibovespa valorizou 1,33%. E 1 Paulo Pampolin/Hype

Preso o ladrão de R$ 164 milhões Marcos Rogério de Morais (foto) é acusado de liderar roubo ao BC de Fortaleza, em 2005. C 3 Maurício Lima/AFP

MP cerca 37 já envolvidos no esquema do mensalão

Supersimples tem uma superadesão: 3,1 milhões

Página 3

Economia 6

Kung Fu ataca de Google Informática

HOJE Parcialmente nublado Máxima 21º C. Mínima 11º C.

AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 24º C. Mínima 11º C.

Em Cumbica, pousos agora entre tratores Obras na pista principal do aeroporto vão até 10 de outubro. Pág. 2


8

Segurança Va r e j o Imagem E mais

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Dá para fazer fotos razoáveis com celular. Algumas dicas: mão firme e olho no ambiente.

CELULAR DA NOKIA EMBUTE CÂMERA DE 5MP

FAZ TUDO. E TIRA BOAS FOTOS. Ana Maria Guariglia

O Nokia N95 é um computador de bolso com câmera de 5 MP

EM FOCO Fotos Divulgação

ANA MARIA GUARIGLIA uma cópia 10 x 15 cm. Cada vez que o zoom digital é acionado, pior vai ficando a resolução da imagem, mostrando que esse recurso não traz nenhum benefício verdadeiro. Se fosse colocada uma objetiva para fazer o zoom óptico, o celular perderia a espessura fina, ficando mais volumoso devido ao conjunto de lentes acrescido. Essa questão não se restringe apenas à N95. Alguns fabricantes de câmeras comuns e os de câmeras fone costumam colocar apenas zoom digital em seus modelos. O recurso dispensa lentes extras na objetiva, que fazem o zoom óptico. Isso não é defeito, mas antes de adquirir qualquer equipamento, a dica é fazer consultas e obter informações sobre o produto. Lembre-se que o zoom óptico é realizado pela movimentação das lentes da objetiva. Isso significa que a aproximação acontece antes que o sensor CMOS ou CCD da câmera possa processar a imagem. Na prática - Nos testes, as fotos tiradas sem auxílio do zoom digital, a N95 demonstrou qualidade e fidelidade nas cores e contrastes, inclusive com o uso do flash. É um aparelho único, que cabe facilmente no bolso, substitui dispositivos separados que você não precisa mais carregar, como reprodutores de músicas e câmera e até funciona como um PDA. O aplicativo de localização inclui mapas de mais de cem países, busca ruas e até acha serviços, como restaurantes e hotéis entre mais de 15 milhões de pontos de interesse. Segundo o manual, você pode personalizar o aparelho baixando aplicativos compatíveis, como jogos. Também é compatível com o Yahoo! Search, o MobiPocket Reder, da Amazon, e o site Flickr, para upload de fotos. Ao lado de tantos recursos, cumpre muito bem a função básica da telefonia celular.

G Marca/modelo Nokia N95, celular com câmera (câmera fone) G Resolução 5 MP G Objetiva Carl Zeiss Tessar AF f/2.8/5.6 zoom digital em torno de 20x G Dimensões do visor LCD 2,6" (6,6 cm), não possui visor óptico G Principais recursos MP3 Player, Viva Voz, Rádio, SMS, Game, Grava e reproduz vídeos, teclado Qwerty, duas câmeras, aplicativo Office G Memória Interna de 160 MB, cartão MicroSD G Dimensões (alt x larg x prof) 5,3 X 9,9 X 2,1 cm G Peso 120 gr G Preço médio R$ 2.499 G www.nokia.com.br

O zoom é digital de 20x, o que significa que, quando acionado, a imagem irá perder resolução.

NOVOS. E CHIQUES.

Faça grandes fotos. Com o seu celular.

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ogo ao comprar uma câmera fone, a primeira atitude para não se confundir é aprender a segurá-la com uma só mão. O procedimento é diferente das câmeras comuns, em que se utiliza as duas mãos. A firmeza é importante para focalizar e acionar o botão disparador, evitando fotos tremidas. Com treino, o manuseio acaba se tornando um hábito. Outro dica é ler o manual Antes de para conhecer as operaclicar, ções. Na sempre dê maioria das vezes, um uma boa botão faz olhada no duas ou três operações e ambiente. você pode se atrapalhar na hora de fotografar. As imagens podem sair desfocadas, uma vez que as câmeras fone não possuem o recurso contra tremulação, só encontrado em máquinas digitais com mais resolução. Antes de clicar, sempre dê uma boa olhada no ambiente, na luminosidade e pense em fazer uma composição atraente. Na ausência de luz, use o flash, mas não contra o rosto das pessoas, para não causar cegueira momentânea quando a luminosidade atinge os

olhos. Isso acontece muito com a câmera fone, porque seu tamanho induz a certos erros. A maioria dos modelos ainda apresentam baixa resolução, como de 1,3 MP, com algumas exceções, como no caso da N73. Por conta disso, não trazem ajustes, como o de fotometragem, para controle da entrada da luz. Se elas encontram luzes muito intensas, os pixels ou os pontos que formam a imagem, se embaralham, causando fotos lavadas, sem cor e definição. Para bons efeitos, é melhor fotografar com luz dia normal e sem muito contraste. Os menus de acesso da N73 da Nokia são fáceis e as opções estão claramente disponíveis na tela, a exemplo dos modelos de outros fabricantes. Apesar das facilidades, a principal queixa dos usuários continua sendo a transferência das fotos para o PC: ou via cabo USB ou Bluetooth ou ainda a partir do CD de instalação e via torpedo, diretamente para seu e-mail, o que sai caríssimo. Uma boa opção é ter um leitor de cartões, que possui entrada para o MiniSD e os demais cartões do mercado. Fizemos a transferência nos conectando ao site da Nokia (www.nokia.com.br), segundo dicas da página. Para outros celualres com câmeras, o procedimento deverá ser o mesmo. (A.M.G.)

VITRINE Divulgação

Cinema em casa

À esq. Samsung Ultra 5, o celular mais fino do mundo. Acima, Nokia E90 Communicatorm que também é PDA.

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Nokia está com três novos modelos da família corporativa E s e r i e s p a r a a re d e GSM, voltados para entretenimento e produtividade. São os smartphones E90 Communicator, o E61i e o E65 (este já à venda). O mais completo deles é o Communicator, suportando e-mails e arquivos de textos, planilhas e apresentações. Tem câmera de 3.2 MP e uma outra câmera na parte frontal, para videoconferências. O aparelho, prometido para setembro, deve custar R$ 2.300. Com lançamento previsto neste mês, o E61i, foi projetado para uso intenso de e-mail móvel. Ele também faz ligações em VoIP e se transforma num ramal fixo do usuário. Preço estimado de R$ 1.400. Também capaz de receber redes velozes e com e-mail nativo, o E65 – já no varejo ao preço de R$ 989 (pós-

Acima, Nokia E61i, para uso intensivo de e-mail. Ao lado, o elegante Samsung Ultra 10.

pago), traz memória de 50 MB, pesa 115 gramas e tem câmera de 2 MP. Ultrafinos Samsung – A empresa lançou dois modelos de celulares da linha Ultra Edition II – Ultra 10 e Ultra 5, que custam R$ 1.199 e R$ 999, respectivamente. Os novos modelos reforçam a convergência da música com a telefonia celular. Segundo a fabricante, o Ultra 5 é o celular mais fino do mundo, com apenas 5,9 mm de espessura. Conta com memória interna de 70 MB, display TFT de 262 mil cores, autonomia de 11 horas para reprodução de música. Já o Ultra 10 dispõe de tela de 2 polegadas TFT LCD wide, possui câmera fotográfica de 3.2 MP com flash embutido, rádio FM e está disponível na cor sapphire blue, com brilho inspirado nas jóias da coroa britânica. Ele conta com memória interna de 60 MB, conexão Bluetooth

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A Hitachi lançou a filmadora que grava em formato Blu-ray, disco óptico da nova geração. O aparelho conta com um HD de 30 GB capaz de gravar até 4 horas de vídeo Full HD e 8 horas de HDV ou 1 e 2 horas, respectivamente, no disco Blu-ray. Tem sensor CMOS de 5.3 MP e pesa 705 gr. A filmadora estará disponível no próximo mês, devendo custar em torno de US$ 3.200. Divulgação

Diferente de tudo

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Divulgação

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om uma câmera dig i t a l d e 5 M P, a maior resolução entre os celulares com câmeras do mercado, o smartphone N95 Nseries, da Nokia, é pura representante da tecnologia de convergência, com funções variadas: GPS (localizador móvel), gravação e reprodução de vídeos e músicas, internet via WiFi e busca e envio de emails. O design é inovador e você desliza para os dois lados, o que facilita alternar entre diferentes modos. O teclado aparece em uma das pontas. A câmera, que vem com sensor CMOS, que permitiu a sua miniaturização, se saiu bem, exceto quando usamos o zoom digital (em torno de 20x). É um artifício que parece funcionar como zoom, aproximando a imagem, o que não acontece. Por não ser a forma verdadeira de zoom como conhecemos, no caso o zoom óptico, a imagem não é aproximada, é aumentada, e a objetiva da câmera não participa do processo. O zoom funciona exatament e c o m o u m c o m p u t a d o r, quando utiliza um software de tratamento de imagem, como o Adobe Photoshop. O zoom digital não faz nada além de pegar a porção de imagem escolhida e expandí-la para o tamanho total da tela. Como resultado, a imagem perde a resolução original de 5 MP e a foto fica pixelada ou com mais pixels ou pontos. Dá para enviar por e-mail por ser pequena, mas não dá para colocar em blogues, por exemplo, pois a ampliação não será boa com o aumento dos pixels. Se você pretende fazer cópias de 40 x 50 cm ou 25 x 30 cm, muito boas com resolução de 5 MP, esqueça. A imagem original de 2.590 x 1.920 pixels, com o zoom digital, cai para mais da metade do tamanho, em torno de 979 x 700 pixels, dando, no máximo, para imprimir

Sony está preparando uma surpresa para os amantes da fotografia panorâmica, com uma câmera totalmente diferente das câmeras que conhecemos. Parecem webcams e se movimentam para todos lados para gravar imagens de 360º. Cercada de segredos como a câmera sem flash, a panorâmica digital deverá ter 8 MP, utilizando cartões micro SD e comandos automáticos para fazer o giro de captação.


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OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 21 de agosto de 2007

LENTE

DE AUMENTO

ESTÁ NA HORA DO BC APERTAR?

G Uma idéia

equivocada: a crise deve ser combatida com aumento de taxa de juro.

Foram bastante oportunas as decisões do Federal Reserve relacionadas com a política de redesconto. Mas, qual será a reação mais provável do BC brasileiro diante do agravamento da crise? O que ela significa em termos do rumo da política monetária? Embora a maior parte dos analistas tenda a acreditar que “a autoridade monetária precisa ser mais prudente na condução do processo de distensão diante da crise”, a verdade é que certos efeitos que precisam ser considerados. Primeiro, o crédito em geral costuma sofrer contração em um cenário de crise financeira, já havendo indícios de movimentos deste tipo, principalmente em operações mais longas. Menos crédito, atividade econômica mais reduzida. Segundo, ativos reais perdem valor em períodos de crise. Isto significa que o patrimônio das famílias é adversamente afetado. A destruição de riqueza na Bol-

sa é, portanto, contracionista. É verdade que o tamanho deste último efeito depende de em que medida o choque é percebido como transitório, mas a mera incerteza sobre sua duração já produz relação negativa entre riqueza e consumo, no curto prazo. Apesar de ser verdade que a principal preocupação das autoridades monetárias seja a estabilidade de preços, é também salutar – principalmente quando a credibilidade do BC não se encontra prejudicada – que o emprestador de última instância faça jus a esta alcunha e zele pela tranqüilidade nos mercados financeiros. A crise hoje tem natureza financeira. Para muitos, toda crise deve ser combatida com aumento de taxa de juro. Esta, porém, é idéia equivocada. A crise da Ásia era de caráter diferente. E mesmo assim há quem argumente -como Stiglitz e Furman - que o aumento da taxa de juro foi prejudicial, tendo contribuído para aumentar o custo da própria crise. Por conseguinte, é preciso refletir sobre o assunto. Cabe lembrar, por exemplo, que elevação de taxa de juro – ou aumento da prudência da autoridade monetária – parece impróprio para situações de crise, no tocante a seus efeitos sobre a saúde do sistema financeiro. Em tais momentos, aperto monetário pode tornar-se contraproducente. É claro que o sistema financeiro brasileiro encontra-se sadio e não está sendo afetado diretamente pela crise, não se fazendo necessário, portanto, medidas de afrouxamento monetário. Mas desconsiderar totalmente os canais de comunicação em um mercado amplamente globalizado e responder à crise com aperto monetário adicional, como muitos chegaram a aventar, é partir incorretamente para o outro extremo, e não cremos que este seja o caminho a ser seguido pelo Banco Central do Brasil.

JOÃO DE SCANTIMBURGO CUMBICA Céllus

B

olsas e moedas de economias sofreram bastante na semana passada. O crédito tornou-se escasso em várias partes, os juros longos abriram e os bancos centrais injetaram liquidez no sistema para evitar que problemas originários de determinado segmento do mercado imobiliário norte-americano – o famigerado subprime - se transforme em crise sistêmica. No Brasil, até mesmo linhas de financiamento de exportação estão sendo afetadas. Definitivamente, o mar não está para peixe. Apesar do alívio, um palpite razoável é que pelo menos a volatilidade não nos deixará tão de imediato, ainda que a temperatura da crise possa se reduzir.

Perdas na Bolsa ROBERTO FENDT

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noticiário da última quinta-feira dava conta das perdas resultantes da crise imobiliária dos Estados Unidos para as empresas brasileiras. "O valor de mercado das empresas brasileiras que negociam ações em bolsa já caiu US$ 209 bilhões em menos de um mês", relativamente ao valor dessas ações em 19 de julho, dizia a manchete de um prestigioso veículo. Assim, a seco, pode até parecer que realmente ocorreram grandes perdas. Contudo, elas ocorreram de fato? Desapareceram os funcionários e operários, foram destruídas as máquinas e as instalações, extinguiu-se a capacidade empresarial dessas empresas com a saída de seus executivos do País? Além disso, ontem os mercados mostraram forte oscilação, subindo e descendo, decorrente da decisão do Federal Reserve (o banco central dos EUA) de reduzir a taxa de redesconto e da recuperação das bolsas do Oriente. A qual preço das ações devemos avaliar as empresas? Ora, o valor de uma empresa – o seu preço de mercado – é equivalente ao valor, no momento atual, de seus lucros esperados em exercícios futuros. As perdas mencionadas no noticiário foram obtidas simplesmente multiplicando o número das ações das empresas pelos correspondentes preços de mercado, antes e depois de desencadeada a crise nos mercados externos. Ocorre que esse é um método equivocado de medir o valor das empresas. Primeiro, porque esse valor muda diariamente com as flutuações nas cotações, não refletindo o valor presente dos lucros das empresas esperados no futuros; segundo, porque só se realiza um ganho ou uma perda quando de fato se vende a empresa; finalmente, porque se todos os acionistas de todas as empresas cotadas em bolsa decidissem vender suas ações simultaneamente, os preços cairiam ainda mais. Foram as vendas de ações nos mercados externos que precipitaram as quedas nas cotações. Se os acionistas das empresas brasileiras simplesmente se recusarem a vender os seus papéis, não apurarão nem ganhos nem perdas. Esses acionistas continuarão o ter o mesmo núme-

Pacto tributário

ECONÔMICO DA

PAULO ANTENOR DE OLIVEIRA

MCM CONSULTORES

M enos crédito, atividade econômica reduzida

Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

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lgo parecido se passa agora com relação ao valor das empresas brasileiras. É preciso ir mais de vagar com o andor, esperar que os preços das ações, aqui e lá fora, encontrem seu leito, e torcer para que a crise não contagie o lado real da economia – em cujo caso, aí sim, cairia o valor das empresas.

A qual preço das ações devemos avaliar empresas durante a turbulência?

TRECHOS DO COMENTÁRIO

WWW.MCMCONSULTORES.COM.BR

ro de ações, cujos preços terão flutuado. Se os preços subirem, como ocorreu ontem, não se poderá dizer que os acionistas ganharam dinheiro algum, a menos que tenham vendido e realizado o ganho. Na década de 1970, um banqueiro de investimentos de Wall Street ficou famoso ao escrever The Money Game – O Jogo do Dinheiro – sob o pseudônimo de "Adam Smith". O autor tratava de diversos mitos do mercado financeiro, da natureza do que acabei de comentar e outros, como o de que os gnomos de Zurique controlavam os preços dos produtos de exportação dos países emergentes. A confusão entre perdas (ou ganhos) efetivos e potenciais, descrita anteriormente, me fez recordar a seguinte história contadas por "Adam Smith" em seu livro. Um americano, durante a década de 1920, comprou ações da empresa que posteriormente viria a se chamar International Business Machines, a IBM. Ao longo da década, os preços da ação subiram exponencialmente, mas o americano recusou-se a vender o papel, reinvestindo os ganhos na compra de mais ações. Quando sobreveio a Grande Depressão, com o preço da ação da IBM caindo vertiginosamente, também então o americano – agora já casado e com filhos – não as vendeu. Em seu leito de morte, pouco antes da guerra, chamou o filho mais velho e disse-lhe: "Aconteça o que acontecer, nunca venda as ações da IBM". Durante a guerra, a família enfrentou dificuldades, mas o filho ateve-se à recomendação do pai. E ao chegar a sua hora, já na década de sessenta, chamou também ele seu filho mais velho, e disse: "Aconteça o que acontecer, nunca venda a IBM". Moral da história: é como se a família nunca tivesse tido as ações da IBM!

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o segundo semestre, um dos assuntos que dominará o debate político é a reforma tributária, seja motivada por um real interesse em se reformar para melhorar o sistema tributário ou para as condições necessárias para aprovação da Emenda Constitucional que prevê a prorrogação da vigência da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira e a da desvinculação de vinte por cento da arrecadação federal. O fato é que o próprio governo federal reconhece, através do secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, que entre as distorções dos tributos sobre bens e serviços tem destaque a complexidade, através da multiplicidade de legislações e competências tributárias envolvendo a União, com o PIS, a Cofins, o IPI a CIDE sobre os combustíveis, os Estados com o ICMS e os Municípios com o ISS. Também reconhece a multiplicidade de formas de apuração, alíquotas e bases de cálculo aplicáveis aos diversos tributos. Para resolver estas questões o governo aponta a substituição dos tributos acima por dois impostos sobre o valor adicionado: um estadual (IVA-E) e um federal (IVA-F). É preciso reconhecer que a substituição dos impostos pelo IVA traria vantagens como a racionalização do sistema tributário, elevaria a eficiência econômica e simplificaria a legislação tributária, ampliando inclusive a base de contribuintes, reduzindo a informalidade. A questão posta é: esta medida é suficiente? Evidentemente que os fatores acima justificam a medida e vem no sentido de facilitar a vi-

da do contribuinte. No entanto, quando se analisa sobre a ótica de reforma tributária, entendemos que a medida, embora no rumo correto, não representa a real necessidade ou pelo menos não deveria ser chamada de reforma tributária. O ideal seria o governo federal, os estados e municípios definirem o que é de responsabilidade de cada um e a partir daí definir a repartição tributária e as competências para instituição de novos tributos e contribuições. Isto é o que definimos como um novo pacto tributário.

C

omo não vivemos em um mundo ou país ideal, os governos estaduais e municipais podem participar da discussão da reforma tributária do seguinte modo: definindo o que seria este novo imposto - o IVA; lutar por aumento na repartição da arrecadação dos Impostos e, o que é muito mais difícil, lutar para ter uma participação no valor arrecadado através da Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira, a CPMF. Esta tarefa dos Estados e Municípios seria muito mais fácil se contasse com o apoio dos deputados e senadores, que são os que votam as alterações constitucionais necessárias. Se os governadores e prefeitos vão conseguir ou não contar com este apoio dependerá de muita articulação. O governo federal, como um ente único, já larga com esta grande vantagem. PAULO ANTENOR DE OLIVEIRA É PRESIDENTE DO SINDICATO NACIONAL DOS ANALISTAS-TRIBUTÁRIOS DA RECEITA FEDERAL

O ideal seria os governos definirem o que é da responsabilidade de cada um

ATRASARÁ VÔOS

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egundo noticiário estampado na capa d' O Estado de S.Paulo, a partir desta semana Cumbica fechará a pista principal e os vôos deverão atrasar. Não se diga que vôos internacionais, por serem longos, anulam a canseira causada pela espera nos atrasos programados para a reparação da pistas. Ao contrário, quem vai ao aeroporto logo quer embarcar e decolar. Esta questão dos aeroportos está mostrando que a aviação brasileira poderá entrar em fase de colapso, não obstante a energia de alguns membros da administração superior, como Nelson Jobim, que está começando, e o Ministério da Aeronáutica, onde se encontram elementos bem equipados tecnicamente. Se não forem tomadas providências enérgicas e urgentes para a construção de novos aeroportos, o que leva anos, o Brasil sofrerá em seu desenvolvimento uma queda brusca, que repercutirá na educação, saúde pública, abandono de regiões e outras mais. Cumbica, por exemplo, que é um aeroporto internacional, acolhendo diariamente aviões do mundo inteiro e superlotando todas as dependências do aeroporto, levantando com isso todo preguiçoso serviço público para a atualização dos meios de transporte evidentemente, em crise ainda que a palavra esteja banalizada.

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emos dito e repetido, numerosas vezes, que a aviação comercial é mais que necessária ao Brasil, por causa de sua extensão territorial. O Brasil tem necessidade de mais dois ou três aeroportos em São Paulo e no Rio de Janeiro, estes muito mais por serem geradores de viagens a negócio para várias partes do mundo. E, apesar dos pesares, o Brasil atrai muitos interessados em conhecer as suas paisagens e fazer turismo. O cuidado com a aviação brasileira é urgente, por gerar moeda forte no turismo e nos negócios de importação e exportação, que estão bem conduzidos. Ficam aqui estas considerações sobre a importância dos aeroportos num país como o Brasil. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR

G Se não forem

tomadas providências enérgicas para a construção de novos aeroportos, o Brasil sofrerá uma queda brusca.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 21 de agosto de 2007

3 Célio Azevedo/ Ag. Senado

Política TEMER DEFENDE 'JULGAMENTO JUSTO' Presidente do PMDB, Michel Temer, quer evitar julgamento político no caso Renan. Tasso Jereissati, presidente do PSDB, diz que só depende do PT.

O

presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), afirmou ontem que seu partido deseja um "julgamento justo e não político para o senador Renan Calheiros (PMDB-AL)", presidente do Senado Federal. O deputado reconheceu que existe um desgate político com toda essa situação, mas salientou: "A figura do presidente do Congresso Nacional é tão grande, que ela não cria problemas para o PMDB". Além de dizer que o caso de Renan Calheiros não atrapalha o PMDB, Michel Temer afirmou também que este "imbróglio não atrapalha a atividade político-partidária". Questionado se Renan deveria se afastar do cargo, enquanto durar este processo, o presidente do PMDB frisou que esta é uma questão pessoal do se-

nador alagoano. Temer informou que tem conversado com Renan e que ele tem lhe dito que, para todas estas acusações, tem apresentado contraprovas. Por essa razão, Temer espera que Renan tenha um julgamento justo no Senado. "Esperamos que o senador Renan possa sair-se bem deste episódio", emendou ele, durante almoço do Grupo de Líderes Empresarias (Lide) com o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), realizado em São Paulo. Inocente – Renan afirmou estar disposto a comparecer ao Conselho de Ética da Casa. Ele disse que não vai discutir "o que as pessoas acham" sobre quebra de decoro e insistiu que é inocente das acusações de pagar despesas pessoais da filha que teve fora do casamento com dinheiro de lobista da Mendes Júnior, de favorecer a

cervejaria Schincariol em órgãos de fiscalização do governo depois de seu irmão ter vendido uma empresa da família para o grupo por valor muito superior ao preço de mercado e de registrar em nome de "laranjas" duas emissoras de rádio. "Sempre me coloquei à disposição para ir ao Conselho. Nunca tive dúvidas da verdade", afirmou o senador. Depende do PT – Em Curitiba, o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), disse que a permanência do presidente do Congresso Renan Calheiros no cargo "depende, praticamente, do PT". "Se o PT e o governo continuarem sustentando a votação secreta no Senado, é difícil", reconheceu. "Mas espero que ainda desça a consciência de que o que está em credibilidade não é um ou outro senador, mas a instituição." (AE)

Roosewelt Pinheiro/ ABr - 30.05.07

Frente a frente: corregedor do Senado, Romeu Tuma defende o confronto simultâneo

Tuma quer acareação entre João Lyra e primo de Renan

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corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), propôs uma acareação entre o empresário João Lyra e Tito Uchôa, primo e apontado como preposto do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na compra de um grupo de comunicação em Alagoas. "Não terei dúvida em fazê-la", comentou. "Uchôa é uma peça importante para confirmar ou desmentir todos os depoimentos." João Lyra confirmou, em entrevista à revista "Veja", que tinha uma sociedade com Renan para a compra de duas emissoras de rádio e um

jornal. Além de prestar depoimento, Tito Uchôa se dispôs, conforme carta deixada no gabinete de Tuma, à acareação. "Eu acho que, em princípio, o Uchôa quer admitir que é o sócio legal e legítimo. Só que ele tem de comprovar as origens do dinheiro que pagou pela aquisição do grupo de comunicação", previu Tuma. No domingo, Tuma esteve com Lyra em Maceió e, ontem, com o empresário Luis Carlos Barreto, sócio de Nazário Pimentel, dono do jornal. Mas o senador não conseguiu nas conversas mantidas com os alagoanos documentos que comprovem

a participação de Renan no negócio. "É só verbal. Ele (o empresário Barreto) não tem documento. Ele tem cópia de uma carta, mas não tem assinatura do primeiro contrato de Nazário com Renan", afirmou Tuma. O empresário Barreto explicou sobre o andamento do negócio e contou que Nazário propôs a Renan uma parceria, pois a empresa apresentava dificuldades financeiras. "Depois disso, passados dois meses, o senador chamou Nazário e disse que havia um grupo interessado. Mas ele não participou dessa reunião", contou Tuma. (AE)

Governo pode criar mecanismo para compensar a CPMF

E

sta será uma semana decisiva no Congresso Nacional para a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Pelo menos foi o que disse ontem o presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP). Ele acredita que o governo não deverá partilhar a CPMF com Estados e municípios. Porém, poderá criar algum mecanismo de compensação na proposta de reforma tributária, que será apresentada na próxima quinta-feira. Temer irá se reunir hoje com os presidentes dos principais partidos para discutir as questões relacionadas à CPMF e à reforma tributária. O deputado disse que não sabe a manei-

ra como o governo deverá criar mecanismos de compensação para Estados e municípios na reforma tributária. Mas adiantou que isso deverá ocorrer, porque dificilmente o governo aceitará partilhar a CPMF. "Não acho fácil a repartição da CPMF", emendou, destacando, ainda, que o objetivo é que haja um acordo comum com o governo e os demais partidos. O presidente do Senado, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou ontem que o andamento dos processos movidos contra ele no Conselho de Ética por suspeita de quebra do decoro parlamentar não tem relação com a necessidade do governo de aprovar a emenda constitucional que prorroga até 2011 a CPMF.

"A emenda da CPMF só deve chegar ao Senado no final de setembro ou início de outubro. Até lá, nós vamos ter outras agonias. Meu processo nada tem a ver com a CPMF, é uma decisão de meus pares. Eles vão decidir de acordo com suas consciências". Troca de favores – Renan também negou que esteja ocorrendo barganha política para mantê-lo no cargo. "Não vou cobrar apoio de ninguém, absolutamente de ninguém. Vou pedir que examinem fatos e provas e que decidam com a consciência", declarou Renan Calheiros, em resposta a uma pergunta sobre o fato de o governo estar na dependência de apoios para aprovar a CPMF no Senado. (AE)

Se o PT e o governo continuarem sustentando a votação secreta no Senado, é difícil (que Renan saia). Tasso Jereissati (PSDB)

Dida Sampaio / AE - 11.03.07

Michel Temer reconhece desgaste, mas diz que "imbróglio (Renan) não atrapalha atividade partidária"

MP investe contra os mensaleiros

O

Ministério Público Federal no Distrito Federal propôs ontem cinco ações de improbidade administrativa contra 37 envolvidos no esquema do mensalão, que já foram denunciados ao Supremo Tribunal Federal por crimes como formação de quadrilha, peculato e corrupção. Entre os réus nas ações estão José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares, Sílvio Pereira, Marcos Valério e parlamentares de cinco partidos: PP, PL, PTB, PMDB e PT. Todos são acusados de integrar um esquema de compra de apoio político para aprovação de projetos e emendas no Congresso, em 2003 e 2004, e de enriquecimento ilícito. As ações baseiam-se em documentos extraídos do inquérito em trâmite no Supremo Tribunal Federal. De acordo com as acusações, a organização criminosa era composta por três núcleos de atuação: o núcleo central, integrado por dirigentes do PT e poder executivo; o núcleo publicitário,

do réu Marcos Valério; e o núcleo financeiro, composto por dirigentes do Banco Rural. O esquema funcionava por meio de desvio de recursos públicos, concessão de benefícios a particulares em troca de dinheiro e vantagens, além da compra e venda de votos de parlamentares. Portanto, além de praticar os crimes já denunciados pelo procurador-geral da República em março do ano passado, os envolvidos violaram princípios da administração pública e praticaram atos de improbidade que resultaram em enriquecimento ilícito, segundo o MP. Foram propostas diferentes ações de improbidade, uma para cada partido, de acordo com os parlamentares envolvidos no esquema. Nas ações, o MP pede o ressarcimento integral dos danos causados aos cofres públicos, bem como a condenação dos envolvidos à perda da função pública, suspensão dos direitos políticos por até dez anos, pagamento de multa civil e

proibição de contratar com o poder público. De acordo com o STF, o julgamento começa amanhã às 10h e vai até sexta-feira, com possibilidade de se estender até a segunda-feira. O ministro Joaquim Barbosa, relator da denúncia, será o primeiro a se pronunciar. Depois, será a vez de Antonio Fernando de Souza defender que o STF acolha as acusações para que os 40 acusados se tornem réus. Em seguida, os advogados apresentarão a defesa dos acusados. Até agora, segundo o STF, 19 advogados se inscreveram para isso. A partir daí os ministros começam a discutir o caso, mas não vão decidir se os acusados são culpados ou inocentes. Isso só ocorrerá no julgamento da ação penal, caso a denúncia seja recebida. Dos acusados, foram cassados José Dirceu, Roberto Jefferson (PTB-RJ) e Pedro Corrêa (PP-PE). Quatro renunciaram para fugir do processo e 11 foram absolvidos (leia mais na página 5). (Agências)

Reforma só com votação de MPs

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projeto de lei da reforma política deve ser analisado esta semana pela Câmara dos Deputados. Antes disso, no entanto, segundo informações da Agência Câmara, terão de ser votadas quatro medidas provisórias (MPs) que estão trancando a pauta. Além das sessões ordinárias, os parlamentares terão sessões extraordinárias, entre hoje e amanhã, para só então votar as propostas e apressar a discussão sobre a reforma. Na última reunião de líderes, ocorrida dia 14, não foi obtido consenso em torno de

questões de mérito sobre a reforma política, como já previam os parlamentares. As duas principais emendas tratam de temas diferentes. A de autoria conjunta do PDT e do PR prevê a realização de um plebiscito para definir se o voto será distrital ou distrital misto. Já a emenda do PT e do DEM prevê a adoção do financiamento público de campanha para os cargos majoritários (de prefeito, governador, senador e presidente da República) e imposição de limites no financiamento privado para os cargos proporcionais (de verea-

dor e deputados). Entre as MPs que trancam a pauta, a primeira a ser votada é a polêmica 375/07, que concede reajuste de 30,06% a 139,76% para os cargos em comissão da administração federal direta, autárquica e fundacional com base na inflação acumulada de janeiro de 2003 a fevereiro de 2007, calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A agenda do Senado nesta semana também promete ser muito agitada: até sexta-feira deverá ser votada a proposta que determina o fim da infidelidade partidária. (AE)

Tarso nega grampo da PF no STF

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ministro da Justiça, Tarso Genro, garantiu ontem que são falsas as denúncias de que agentes federais estariam negociando escutas telefônicas com conversas de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com a revista "Veja", cinco dos 11 ministros do STF suspeitam de grampos em seus aparelhos telefônicos e três deles foram além, acusando a "banda podre da Polícia Federal" pela suposta invasão de privacidade. A revista cita também o resultado de uma investigação feita pela PF, de parte da denúncia, como obra de "estelionatários". Essa investigação da Polícia Federal, segundo o

ministro da Justiça, concluiu que e-mails apócrifos recebidos pelo ministro do Supremo, Marco Aurélio de Mello, relatando o suposto grampo, eram de autoria de um ex-funcionário do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Por vingança, depois de ser exonerado por corrupção, ele teria tentado incriminar um delegado que o investigou. Tarso informou o resultado das investigações a Marco Aurélio e garante que ele ficou satisfeito. "São deturpações que ocorrem, mas que não afetam as instituições, porque no Brasil as instituições são sólidas", frisou. No fim de semana, o ex-presidente do

STF cobrou mais rigor com as escutas no País. O ministro da Justiça garantiu que a PF não faz interceptações ilegais, acrescentando que qualquer denúncia concreta será apurada e "exemplarmente punida", porque o policial que fizer esse tipo de monitoramento ilegal cometerá "uma afronta à PF, que vem se aperfeiçoando desde a redemocratização". Ainda segundo a denúncia, havia a suspeita de "manipulação do conteúdo de gravações feitas legalmente", também supostamente por integrantes da PF. Tarso destacou que a discussão sobre os limites das escutas é saudável. (AE)


terça-feira, 21 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

INFORMÁTICA - 3


Logo Logo DIÁRIO DO COMÉRCIO

Divulgação

Se alguém me diz que sou bonita, digo 'obrigada', tenho uma boa genética. E sim, estou na capa de uma revista, mas alguém me penteou e me maquiou, e depois me retocam completamente. Não sou eu, é algo que outra pessoa cria. Da atriz britânica Keira Knightley, a protagonista de "Piratas do Caribe" em entrevista à emissora Radio Times.

www.dcomercio.com.br/logo/

terça-feira, 21 de agosto de 2007

AGOSTO

2 - LOGO

21 Em 1968, a então Tchecoslováquia era invadida por 20 mil soldados e 5 mil tanques soviéticos para pôr fim à Primavera de Praga, movimento de resistência à dominação soviética.

J USTIÇA R ELIGIÃO

Culpa e penitência

Ele é o Jesus da Sibéria incubadora de novas fés desde o fim da União Soviética, em 1991. Centenas de novas religiões já se formaram na Rússia nos últimos 15 anos, segundo os especialistas, porque a maioria das pessoas está desiludida com as religiões tradicionais. Além das novas crenças, a única que cresce é a Igreja Ortodoxa, abafada durante o regime soviético. E nesse contexto, Torop é um fenômeno. Todos os dias ele desde do topo da montanha onde mora para se encontrar com os fiéis. Aos domingos, são eles que sobem á sua casa. E ele começa a expandir os limites da sua religião, além das pregações diárias na Sibéria, ele já pregou em Moscou, Europa e EUA. O conteúdo não difere muito do que já se conhece: não às drogas, ao álcool, à promiscuidade, e sim ao amor ao próximo.

Ilya Naymushin/Reuters

Nasa/AFP

Casal de líderes da Igreja Renascer começa a cumprir pena por contrabando nos EUA

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apóstolo Estevam Hernandes [ fo t o] , um dos líderes da Igreja Renascer em Cristo, começou ontem a cumprir a pena de 5 meses de prisão em regime fechado por contrabando de divisas seguido por mais 5 meses de prisão domiciliar. Ele será recluso em um presídio federal de Miami por tentar entrar nos EUA com US$ 56 mil não declarados em janeiro deste ano. Ele é casado com Sônia Hernandes [foto], que também cumprirá pena idêntica. O casal, entretanto, cumprirá pena em período não simultâneo, Estevam deixa o presídio em 20 de janeiro de 2008, enquanto Sônia cumpre sua prisão domiciliar. A partir de 21 de janeiro de 2008, é Sônia quem vai para o presídio e Estevam

cumpre a prisão domiciliar. Antes de iniciarem a pena, Estevam e a esposa realizaram, no último fim de semana, quatro transmissões de cultos pedindo aos fiéis que façam uma demonstração de força e carinho ao casal. Eles terão de cumprir dois anos de liberdade condicional, período em que estarão impossibilitados de deixar os EUA. A Corte Federal do país poderá ainda determinar o confisco do dinheiro apreendido no momento da detenção e uma multa de US$ 30 mil para cada um.

No último domingo, a Igreja Renascer em Cristo emitiu nota comentando a decisão da Corte Federal em Miami. "Agradecemos, neste momento difícil por que estamos passando, a solidariedade que recebemos de nossos fiéis; a solidariedade de tanta gente de Deus, nossos irmãos que, mesmo sem fazer parte da Renascer, estão declaradamente ao nosso lado", conclui o texto. O casal admitiu a culpa pela acusação de contrabando de divisas durante o julgamento. A defesa do casal apelou ao juiz Frederico Moreno para que fosse humano ao dar a sentença, alegando que o dinheiro seria usado para evangelizar as pessoas. O juiz argumentou que na prisão eles também podiam fazer esse tipo de trabalho.

L

Sergei Torop, um ex-policial siberiano de 46 anos que trabalhava no combate ao narcotráfico, é agora destaque da imprensa internacional. Ele diz que é o novo Jesus Cristo e já se transformou no líder espiritual de 5 mil devotos que abandonaram suas vidas como artistas, engenheiros e profissionais liberais para se mudar para a Sibéria, a cerca de 3.200 quilômetros de Moscou, para construir nas planícies vazias uma nova cidade. Ao se referirem ao líder, essas pessoas, em geral, dizem apenas "aquele que concede vida nova". Para as autoridades russas e para os especialistas em religião, entretanto, ele é mais do que isso. Torop e sua Igreja do Último Testamento se transformaram no maior grupo religioso recente a se formar no país que é, por si só, uma

M EMÓRIA

Há exatos 30 anos, a Nasa lançou ao espaço dois desses discos de cobre com proteção de alumínio dourado contendo gravações da fala humana em 60 idiomas, músicas de diferentes culturas e sons da natureza. O objetivo é que civilizações extraterrestres que os encontrem conheçam mais sobre nosso planeta. Atualmente, os discos estão mais distantes da Terra do que Plutão.

B RAZIL COM Z

Jon Nazca/Reuters

17 anos na prisão por assassinato O serviço de notícias da organização Repórteres Sem Fronteiras divulgou ontem em seu site em francês a condenação do ex-prefeito da cidade de Coronel Sapucaia, no Mato Grosso do Sul, a 17 anos e nove meses de prisão. Ele foi condenado por encomendar a morte do jornalista Samuel Roman. Outras nove pessoas estavam sendo procuradas pela polícia brasileira nesse caso, quatro foram assassinadas e cinco estão foragidas. Samuel Roman tinha um programa de rádio local em que denunciava a ação do tráfico de drogas e a criminalidade na cidade.

I NTERNET

Ser sociável custa caro que estão pensando naquele exato segundo", disse o presidente da SurfControl, Richard Cullen, a uma rádio australiana. "É tão interativo que as pessoas simplesmente ficam viciadas em olhar seus grupos no Facebook o tempo inteiro". Cullen afirmou que proibir o acesso ao Facebook e outras redes sociais a partir de computadores no trabalho não é necessariamente a melhor forma de combater a perda de tempo, já que a sociabilização tem uma vantagem que precisa ser considerada: deixa as pessoas mais felizes e dispostas a trabalhar por mais tempo.

S AÚDE

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Funcionários que navegam na rede social Facebook podem custar US$ 4 bilhões por ano a seus empregadores em perda de produtividade, mostrou ontem a análise da empresa de segurança na internet SurfControl. O Facebook é a nova mania da internet na Austrália, com mais de 230 mil australianos já cadastrados e informações de 100 novos membros a cada hora. Sua lógica é a mesma do Orkut – mais famoso entre os brasileiros – e o MySpace, preferido na Europa e EUA. "As pessoas amam estar lá e dizer o que estão fazendo naquele momento, o

OLÉ - Toureiro Pedro Hermoso de Mendoza monta um touro no festival La Malagueta, que aconteceu no domingo em Málaga, Espanha. No mesmo dia, em um festival semelhante no povoado de Huamantla, México, uma pessoa morreu e 24 ficaram feridas.

M EIO AMBIENTE E M

C A R T A Z

PATO FU

O grupo mineiro Pato Fu é a atração do Terças Musicais. Centro Cultural Fiesp. Av. Paulista, 1313, tel.: 3146-7405, às 20h. Ingresso: R$ 3.

Garimpando livros esgotados

Basta deixar a Sunset Jar numa janela durante o dia que ela captará a luz do sol que poderá ser usada durante a noite para iluminar sua leitura. A energia solar é armazenada numa célula interna à jarra que custa 20 libras. www.firebox.com/product/

Quem busca um livro raro, antigo ou fora de catálogo pode contar com a ajuda do Bazar das Palavras. O sebo virtual reúne em sem torno de 1,5 mil títulos, divididos por temas como literatura nacional, genealogia, literatura estrangeira e história. Mas o serviço mais importante do site é a possibilidade de consultar, num acervo com mais de 40 mil livros, a disponibilidade de algum título específico. Basta preencher um formulário que os dados da obra serão consultados pela equipe do site.

1548?src_t=sbk&src_id=jar

www.bazardaspalavras.com.br

to de 43% das espécies da região, parte da floresta vai virar savana, 25% vão desaparecer até 2020 e 40% até 2050, apesar da perda de mata ter sido a menor desde 1988, conforme relatou Norma Burti, coordenadora do Conselho da Mulher, na abertura da palestra. O cientista, contudo, disse que cresceu a percepção das pessoas e das empresas em relação ao meio ambiente, mesmo quando a frota de veículos cresce 3% ao ano no mundo - tendo atingido 850 milhões de unidades - e 3,94% no Brasil. Em São Paulo, já existe uma relação de duas pessoas por carro. a Mesmo assim, o professor s a N Assunção sugeriu o que farão a falta de água até 2020 e zer. "Pensar globalmente e 150 milhões até 2050. O aque- agir localmente", economicimento global aumentará os zando água e energia, usando famintos da região: cinco mi- menos o carro, reflorestando, lhões até 2020; 26 milhões até privilegiando o transporte 2050 e 85 milhões até 2080. coletivo, reciclando lixo e O IPCC também faz previ- consumindo produtos amsões assustadoras para a bientalmente corretos, entre Amazônia: desaparecimen- outras iniciativas. (SLR) 1,5 metros, até 2080. A América Latina será assolada por enchentes, salinização de terras, grandes migrações do campo para as cidades, com forte impacto na saúde humana. Some-se que 77 milhões de pessoas senti-

Mulheres que desenvolvem doenças degenerativas podem perder até 5 quilos cerca de uma década antes do diagnóstico, segundo um estudo publicado ontem na revista científica Neurology. O tipo de doença degenerativa senil mais comum é o mal de Alzheimer, que começa com problemas de memória e causa danos cerebrais severos. O estudo demonstrou que esta perda de peso só é manifestada em mulheres. A diferença de gêneros pode ocorrer devido aos diferentes hormônios masculinos e femininos e a motivos sociais. A RQUEOLOGIA

O passo mais antigo Arqueólogos egípcios encontraram na desértica região ocidental do país o que pode ser a pegada humana mais antiga da história, anunciou ontem Zahi Hawass, secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito. A pegada, datada de cerca de 2 milhões de anos, está marcada em lama endurecida que se transformou em rocha, em um sítio préhistórico em Siwa, um oásis no deserto. A pegada pode ser mais antiga que o célebre fóssil "Lucy", de 3 milhões de anos. L OTERIAS Concurso 247 da LOTOFÁCIL

A TÉ LOGO

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Energia solar para leitura noturna

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F AVORITOS

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ex -vice- presid ente dos EUA, Al Gore, estava certo: há no mundo uma verdade inconveniente, que o professor em engenharia do Ar pela Univ e r s i d a d e d e P i t t i s b u rg (EUA) e doutor em Saúde Pública Ambiental pela USP, João Vicente de Assunção, fez questão de lembrar e reafirmar ontem: "O homem é responsável por 99% do efeito estufa que ameaça o planeta". O efeito estufa é a principal causa do aquecimento global [representado na imagem da Nasa]. Não contente com o alerta, como bom cientista que é, apresentou dados alarmantes do IPCC, sigla em inglês para Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, para a América Latina (AL), durante palestra sobre a Amazônia e Mudanças Climáticas, no Conselho da Mulher, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP): se a temperatura aumentar entre 1º C e 7,5º C o nível do mar subirá

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G @DGET DU JOUR

Nós somos responsáveis

Perda de peso anuncia Alzheimer

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Pesquisa da Universidade de Sorocaba mostra uso excessivo de antibióticos em crianças Onze figurantes ficam feridos em acidente durante produção de novo filme de Tom Cruise Estudantes finlandeses encontram versão do atual chiclete com mais de cinco mil anos

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Imagem E mais Inter net Segurança

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Alguns buscadores têm critérios rigorosos que precisam ser seguidos pelos sites

AS DICAS PARA APARECER BEM NOS BUSCADORES

Apareça bem no Google. E cresça. BARBARA OLIVEIRA

star bem posicionado nos sites de busca não é tarefa para amadores – afinal, são 35 milhões de pessoas no Brasil navegando na Web. Não constar na primeira página do Google pode representar a perda de, pelo menos, 60% do mercado, segundo especialistas, pois a metade dos internautas não passa da primeira página à procura de algo que pode ser o seu produto ou o seu serviço. Para se destacar nos buscadores, a saída é procurar uma consultoria especializada em marketing digital. Isso pode ser melhor e mais barato do que qualquer ação mercadológica, mas exige atualização constante do conteúdo, renovação de palavras-chaves, design, facilidade de uso, promoções constantes. Sempre em destaque – "Com um mercado tão segmentado, a melhor maneira de se encontrar o cliente é ser encontrado por ele, e o ideal é que a empresa sempre esteja em destaque", diz Conrado Adolpho, diretor da Publiweb, especializada em marketing digital, com profissionais certificados pelo Google, e que atende cerca de 40 clientes. Um deles, o hotel de lazer e evento Santa Mônica, de Louveira, interior de São Paulo, que conseguiu galgar os primeiros postos do Google (veja abaixo). Não é fácil. O Google tem mais de 150 critérios para pontuar o site e mantê-lo em posição privilegiada. Se a página ou site de determinada empresa não estiver de acordo com os critérios geralmente técnicos do buscador, perde pontos e o link cai de posição. "Pode demorar alguns meses para se conseguir um bom resultado, depois, a briga é para manter a posição conquistada", diz Adolpho. A Publiweb cobra cerca de R$ 2 mil em contratos de 12 meses.

O

Newton Santos/Hype Marcelo Soares/Hype

Vantagens – Com dois sócios holandeses e uma equipe de 15 pessoas, o diretor da Brane do Brasil, Steven Sudré, trabalha com marketing digital há três anos. Ele diz que apesar do trabalho, é mais vantajoso para o cliente estar no Google do que colocar um banner em uma avenida de São Paulo ou um anúncio na televisão. Um caso de sucesso da Brane é um serviço online de reservas de hotéis, o Reservehotelonline.com.br, que atua nos principais países (está em português), e, portanto, disputadíssimo nos buscadores. Segundo Sudré, o site de hotelaria tinha 60 consultas mensais até sete meses atrás. Agora com a posição privilegiada no Google, está com 120 mil visitas/mês. Outro caso é o da loja Maria Barriga (veja abaixo). "Alguns serviços e empresas são encontrados com milhares de palavras-chaves diferentes, mas o essencial é que precisamos deixar o cliente sempre 'vivo', porque o Google não gosta de sites mortos, desatualizados, e fora dos seus critérios", explica Sudré. Ele diz que quando o robô do buscador analisa um site que oferece um determinado produto ou serviço, ele busca no seu banco de dados os que trazem mais informações e que sejam enquadrados naquela categoria e estejam dentro de seus . "Por isso, precisamos fazer adequação do conteúdo de cada página ou assunto." A Brane cobra de R$ 800 a R$ 5 mil por mês, a depender do trabalho, por 12 meses.

Steven Sudré, da Brane do Brasil trabalha para destacar sites nos buscadores. A Maria Barriga, de Flávia Lemes da Cunha (à esq), passou a faturar quando foi para a primeira página do Google.

SERVIÇO Encontre a solução em (www): brane.com.br; publiweb.com.br;marketing sitesdebusca.com.br; netmultimidia.com.br/ index.htmww.hotlist.com.br.

Eles chegaram lá

que têm em comum lavras-chave nos serviços de uma loja de roupas busca. "Estamos com um aupara grávidas e um mento de faturamento de 30% hotel fazenda do interior de mês a mês, com cerca de 700 São Paulo? Ambos estão muito clientes e mais de 1.000 peças bem posicionados na primeira vendidas mensalmente." Outro cliente que melhorou página do Google. A confecção Maria Barriga, com duas lojas seu site e está rindo à toa é o doem São Paulo, está fazendo noo do Hotel Fazenda Santa tanto sucesso desde que con- Mônica. Moisés Seba Neto diz tratou o serviço da Brane do que contratou os serviços da Brasil, que está reforçando Publiweb há um ano e sete mesuas exportações e, em outu- ses, mas confessa que os resultados demobro, terá uma raram um l o j a v i r t u a l Captura de tela pouco para para venda chegar. "Só a online. Sem partir de fefalar do cresvereiro senticimento das m o s a r e avendas nas ção", afirma. unidades da Segundo ele, Vila MadaleSite da Maria Barriga: evidência. desde então, na e Shopping os 37 apartaHigienópolis. A proprietária da Maria Bar- mentos estão sempre lotados riga, Flávia Lemes da Cunha, nos fins de semana e feriados. lembra que a marca já tinha um "Nas férias de julho tivemos losite, "mas, sempre esteve mal tação completa." Agora, o objeposicionado nos buscadores, tivo do hotel é chamar a atenlá pela quarta página do Goo- ção para sua vocação de centro gle, e isso nos prejudicava". de convenções durante a seDepois do projeto de otimiza- mana. "Já temos muitos clienção de quatro meses e concluí- tes nessa área, mas queremos do no ano passado, a Maria mais", diz Moisés. As palavras Barriga passou a constar da trabalhadas agora são "conprimeira página dos princi- venções", "eventos" e "confrap a i s b u s c a d o r e s , G o o g l e ternização". Mais um caso paYahoo! e Cadê?. E está assim ra os profissionais do ramo reaté hoje, com mais de 2.400 pa- solverem. (B.O)

OS PEQUENOS NA REDE A

s empresas de pequeno porte já percebem a importância da internet para os negócios. Balanço da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net) mostra que 5 mil pessoas participaram, no primeiro semestre de 2007, dos seminários gratuitos "Comércio Eletrônico para Micro, Pequena e Média Empresa". Outras três mil são esperadas para a segunda etapa. A falta de planejamento neste ramo já redundou em vida curta para muitas lojas virtuais. Os cuidados básicos incluem a elaboração de um plano de negócio. "Na avaliação, o empresário poderá até descobrir que essa não é a melhor opção", diz o consultor de TI do Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae-SP), Jorge Luiz da Rocha Pereira. "Pode ser que o cliente dele não seja um internauta." Ainda assim, ressalva Pereira, é fundamental estar na internet pelo menos com um site. "É tão importante quanto o letreiro da loja física." O mestre em kung fu Gabriel Pires de Amorim montou suas lojas virtuais no site da academia para, segundo ele, facilitar a vida da escola. Um de seus sites (win5dg422.digiweb.com.br) é, na prática, um gerenciador do campeonato de kung fu promovido por ele. Foi um golpe de mestre. A loja abriu fronteiras para a internacionalização do

Paulo Pampolim/Hype

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Estar na primeira página de um site de busca significa lucro certo

O mestre em kung fu Gabriel Amorim: sites ajudam na promoção. campeonato (disputado em junho). Cuidados - O sucesso da empreitada, no entanto, requer profissionalismo, alerta Pereira. Ele recomenda que o empresário comece por um site, "para sentir se efetivamente capta clientes", e porque uma loja virtual demanda investimentos altos para uma pequena empresa (de R$ 5 mil a R$ 10 mil). Ele também sugere que se inicie a operação com pagamentos via boleto bancário ou depósito em conta. O processamento desses pagamentos, mais demorado em relação ao cartão de crédito, rende tempo ao empresário para estruturar a logística de entrega e analisar o comportamento de compra da clientela, a partir do cadastro que a loja deve gerar. "Quando estiver mais bem estruturado, aí sim o empresário

pode aceitar o cartão, um pagamento imediato, que exige entregas mais rápidas." Cumprir prazo de entrega é fundamental. Os seminários da camara-e.net apresentam outras opções. "O objetivo é mostrar o passo-a-passo da inclusão digital do micro e pequeno empresário", diz o diretor executivo da Câmara, Gerson Rolim. Os Correios, um dos patrocinadores do seminário, estão entre as alternativas mais econômicas, segundo o executivo. A estatal pode ajudar na concepção da loja, hospedá-la a um custo atrativo, além de oferecer a logística de entrega. A LocaWeb, .comDominio e portais como Terra e Uol estão entre as outras opções. "Há muitas maneiras de se estar na Internet. Para o micro e pequeno empresário iniciar uma operação, o espaço compartilhado (em uma

empresa de hospedagem) é a melhor opção", afirma Rolim. A opção de um espaço exclusivo é mais onerosa. A equação envolve análises técnicas e valores que podem variar de R$ 80 mensais a R$ 10 mil. Antes dessa decisão, porém, é preciso conhecer o mercado e o comportamento do consumidor da Internet, certificar-se de que o endereço que se vai usar (a marca da loja virtual) é um domínio disponível (confira em registro.br), ter clareza sobre os procedimentos logísticos e contar com capital de giro para estoque de mercadoria. Quando bem estruturada, a loja virtual pode ser uma boa oportunidade para a expansão geográfica dos negócios de uma empresa com atuação regional. A nova etapa de seminários da camara-e.net começou na semana passada e vai até 13 de novembro. Em São Paulo, eles ocorreram no início deste ano e voltarão a acontecer no início de 2008. Inscrições no site. Fátima Lourenço

SERVIÇO O Sebrae-SP dá dicas de como montar loja virtual (www.sebraesp.com.br, vá para "comece certo" e em "loja virtual"). Em www.camara-e.net também há informações.


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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mudar. Só vai piorar o fosso entre nós, a sociedade, e eles, os políticos e governantes que deveriam nos representar. Esse vazio provoca representações como a do senador Calheiros, por exemplo.

O DESAFIO PERUANO

C

PAULO SAAB MUDAR A REALIDADE PELA EDUCAÇÃO

Alan García será capaz de fazer algo significativo para diminuir a crescente disparidade que separa os peruanos favorecidos pela globalização daqueles que ainda estão presos à pobreza?

Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br

Como sustentar uma taxa de crescimento superior a 8%? Por Abraham F. Lowenthal

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lan García começou seu segundo mandato como presidente do Peru em julho de 2006 com a alcunha de “o mal menor”. Uma evidente maioria eleitoral o apoiou, aterrorizada com a perspectiva de que o outsider Ollanta Humala, apoiado por peruanos desencantados do sul e do leste do país, chegasse ao poder. A primeira vez que foi eleito, em 1985, García foi anunciado como o "salvador da pátria". Mas, no final da década, depois de um desastroso período de colapso econômico e uma escalada de violência, foi amplamente repudiado. García recuperou a Presidência em 2006 prometendo uma mudança “responsável”. As expectativas da população eram baixas quando García assumiu a Presidência. Mais de 47% do eleitorado e a maioria em dez das 15 províncias do país tinham apoiado Humala como alternativa anti-sistema. Os peruanos estavam preocupados que García repetisse as políticas econômicas populistas de seu primeiro governo; que apoiasse sua administração em lealdades pessoais e de partido em vez de formar um gabinete técnico e independente; que fosse acossado pelos demônios do capricho e da arrogância; que fosse incapaz de ampliar seu apoio político para permitir que projetos-chave pudessem ser impulsionados, e que não estivesse disposto a enfrentar o abismo que separa os peruanos privilegiados dos pobres.

Hoje, que García se aproxima do final do primeiro ano de mandato, há respostas positivas às primeiras dúvidas, mas não para as últimas. O mandatário formou um gabinete respeitado e competente, com uma equipe econômica de experientes tecnocratas que contam com a confiança dos investidores e das comunidades financeiras nacional e internacional. Deu continuidade às políticas econômicas ortodoxas e às práticas fiscais seguidas pelos governos anteriores. Isso contribuiu, juntamente com o boom internacional das commodities, para uma taxa de crescimento superior a 8% ao ano, para a expansão das reservas e o controle das pressões inflacionárias. O bom clima nos setores de construção e varejo estão se espalhando de Lima a outras regiões. O setor de exportações não-tradicionais, particularmente de frutas e verduras, está crescendo a um ritmo impressionante, e tanto as exportações como os investimentos em mineração estão em alta. Apesar da persistência de seu estilo personalista, García tem evitado mudanças políticas bruscas. Aumentaram as manifestações de protestos e greves, mas o presidente tem buscado direcionálas em seu favor, fazendo valer sua autoridade contra os retrógrados membros do sindicato de professores, de ultra-esquerda, que não goza de popularidade.

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urante os primeiros meses de seu governo, García melhorou seu nível de aprovação popular até chegar acima dos 60%, demonstrando principalmente que era capaz de dar a estabilidade que Humala não podia oferecer, além da austeridade que seu antecessor, Alejandro Toledo, não tinha mostrado, pois desfrutou de extravagantes gostos pessoais e de indiscutível frivolidade. García ainda prometeu um maior crescimento dos investimentos, maior descentralização do gasto público, mais projetos de infra-estrutura, uma campanha contra a desnutrição e medidas enérgicas para combater o crime e a delinqüência, incluindo a aplicação da pena de morte em casos de pedofilia. Em suma, só medidas populares. Mas nos últimos meses, ao comprovar que muitas de suas promessas tinham avançado lenta, e às vezes

G Não há ameaças

imediatas que o impeçam de implantar um plano sustentável e agressivo para melhorar as condições de vida dos pobres G Se Alan García

continuar privilegiando táticas de curto prazo, terminará seu mandato deixando o grande problema peruano sem solução.

ineficientemente, a aprovação de García passou a situar-se em torno dos 40%, abaixo de seu nível de desaprovação. Claro, sempre é mais fácil anunciar grandes projetos ou orçamentos descentralizados que implementar tais iniciativas, especialmente quando se conta com instituições públicas frágeis e burocráticas. Apesar disso, a oscilação de García é preocupante. Por enquanto, a grande pergunta é se García será capaz de fazer algo significativo para diminuir a crescente disparidade que separa os peruanos favorecidos pela globalização daqueles que ainda estão presos à pobreza. Os grupos marginalizados da sociedade peruana foram rapidamente aglutinados pela campanha de Humala. Mas este se autodestruiu como referência política, de tal forma que hoje García não enfrenta nenhum rival politicamente sólido. Nesse contexto, ele não vê ameaças imediatas que o impeçam de implantar um plano sustentável e agressivo para melhorar as condições de vida dos pobres. Se Alan García continuar privilegiando táticas de curto prazo em vez de estratégias de longo prazo, provavelmente terminará seu mandato deixando o grande problema peruano sem solução. ABRAHAM F. LOWENTHAL É PROFESSOR DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS DA UNIVERSIDADE SOUTHERN CALIFORNIA (C)AMERICAECONOMIA

Oscar Farje/Reuters

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DC publicou na semana passada pesquisa realizada entre jovens universitários, onde o resultado diz que 81 por cento dos entrevistados são indiferentes aos partidos políticos. Dizem-se indignados e sem causa. O mérito da pesquisa, de expor o que de maneira empírica já se sabe, é relevante, deixando claro uma vez mais a importância do que defendo aqui há tempos: a necessidade de investimentos maciços na educação, entendida não só como alfabetização, mas como oferta de conhecimentos sobre como funciona o País e a influência desse funcionamento, do qual a maioria da sociedade - como os universitários pesquisados - se mantém distante. Por coincidência (há quem não acredite em coincidências), no dia seguinte à publicação dos dados da pesquisa publiquei um texto neste mesmo DC chamando a atenção das empresas para a necessidade de investirem na formação de seus diretores, gerentes, funcionários, operários como cidadãos e não apenas como bons técnicos para a empresa. É tão evidente, tão óbvio, que perdemos a capacidade de enxergar.

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Brasil está como está por culpa exclusiva de cada um de nós, seus cidadãos, como os universitários, alienados, indignados mas sem causa, porque ignoram como são os instrumentos de gestão do Estado manejados pelo governo e distanciados, totalmente distanciados, das verdadeiras aspirações da maioria da população de classe média do Brasil. Vivemos um período de atitudes voltadas para os mais ricos e os mais pobres. A classe média espremida no meio vai sucumbindo, caindo para a mais pobre. E, ainda assim, seus integrantes, como os estudantes universitários (e os demais também), os profissionais assalariados e os liberais que prestam serviços para empresas estão alienados de como é a vida institucional e política do País. Reclamam, protestam, mostram-se indignados e são incapazes de entender que, se não aprenderem a participar dos partidos políticos e deixarem de ser indiferentes aos mesmos, nunca, nada vai

onclamo os interessados em acompanhar mais de perto os projetos Construindo a Nação, A Importância do voto e Cidadania sem Fronteiras, que o Instituto da Cidadania Brasil de se n vo lv e justamente para acabar com essa indiferença junto aos estudantes brasileiros dos níveis fundamental, médio e universitário. ( w w w. i n s t i t u t o c i d a d ania.org.br). Parceiros como a Fundação Volkswagen, a S o ni , a Casa Gourmet, a C NI , o SE S I (no caso do primeiro projeto) e da Universidade Mackenzie (no último mencionado), em vez de amaldiçoarem a escuridão da indiferença, da distância, estão acendendo a vela do estímulo aos jovens, para ajudarem a limpar a vida pública brasileiro, por ela se interessando e aprendendo a participar com princípios morais e éticos apurados. Somente investindo maciçamente na educação, como defendo há anos, a sociedade tirará a tutela que o Estado exerce sobre ela e se fará representar legitimamente, ao menos em sua maioria, nas decisões que envolvem a vida de cada um de nós e ninguém dá valor a isso ainda na escala necessária. Às zelite - na qual estão incluídos os membros do governo, das Casas legislativas e do Judiciário - parece não interessar mudar essa situação, que garante o seu conforto pela indiferença apontada.

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eitero o que escrevi na terça-feira passada: cabe às empresas um papel fundamental na melhoria do País: acordar para a necessidade de se engajar não na politicalha, mas na condução de uma ação de educação para a política. Os partidos políticos, o governo, a zelite, não fazem isso. Pagamos impostos para que façam. Mas eles não querem perder o eleitor-gado. O ignorante, o indiferente. Temos que lançar nosso olhar para frente e numa ação de inteligência social fomentar programas, projetos, movimentos, que visem tirar a população (ao menos os estudantes) da indiferença e dar-lhes motivação para que, esclarecidos e bem formados, construam um iluminado caminho decente a ser trilhado pelo Brasil. PAULO SAAB É JORNALISTA PSAAB@UOL.COM.BR

G Está

faltando educação para a política. A zelite não quer fazer isso.

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terça-feira, 21 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

INFORMÁTICA - 5


Congresso Planalto Segurança CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 21 de agosto de 2007

PRESIDENTE CONFIANTE NO PRONASCI Divulgação

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Jamais tive a intenção de desqualificar o Estado (Piauí) ou seus cidadãos. Paulo Zottolo, presidente da Philips

Evaristo Sá/AFT Photo

Legislativo do Piauí aprova repúdio contra Paulo Zottolo

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Na cerimônia oficial do Pronasci, Renan Calheiros demonstra aprovação ao programa do presidente Lula

LULA CITA 'MANIA DE DESGRAÇA' Presidente critica o ceticismo da oposição e aposta no sucesso do Pronasci

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m discurso durante cerimônia de lançamento do Plano Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou o esquema de segurança montado para os jogos Pan-americanos, e avisou que o programa anunciado ontem vai dar certo. "É só vocês recorrerem a quatro anos e meio atrás que vão ver o ceticismo com o lançamento do programa Fome Zero, que não ia dar certo, assim como o programa Luz para Todos, não ia dar certo; a nossa política econômica, que não ia

dar certo", afirmou Lula. O presidente avisou, sob aplausos da platéia, que incluía 11 governadores: "Como todos nós fizemos curso de perseverança, está dando tudo certo". Depois, acrescentou que as pessoas têm "a mania de torcer pela desgraça" e completou: "Se criarmos uma corrente positiva em torno deste programa, não há porque ele não dar certo". Banditismo – Lula avisou que a experiência de sucesso da segurança no Pan vai ser exportada para outros Estados. "Vamos apertar o cerco do Estado contra o banditismo",

disse, ao salientar que os resultados do programa não virão amanhã, porque ele é para cinco anos, quando serão investidos R$ 6,4 bilhões. Lula informou que está encaminhando 94 medidas destinadas a enfrentar o crime organizado. Segundo o presidente, as 11 áreas metropolitanas beneficiadas pelo Pronasci serão também beneficiadas pelas obras do PAC. No mesmo evento, o ministro da Justiça, Tarso Genro, anunciou que pretende criar 13 presídios ainda neste semestre com os recursos do Pronasci. (AE)

Assembléia Legislativa do Piauí aprovou ontem uma moção de repúdio contra o presidente da Philips do Brasil, Paulo Zottolo. Ele é considerado persona non grata no Piauí por causa de declarações polêmicas . O desembargador Luiz Gonzaga Brandão de Carvalho também aprovou uma moção de repúdio na sessão do Tribunal de Justiça contra Zottolo por ele ter "execrado" o estado do Piauí. Sem perdão – Para os deputados, houve um desrespeito não só ao Piauí, mas ao País. Eles repudiaram a vinda do executivo da Philips ao Estado. "Espero que ele não venha aqui, nem para pedir perdão", frisou o deputado Leal Júnior (DEM). "Devíamos apresentar uma ação judicial pedindo uma robusta indenização", complementou. Na polêmica declaração, o presidente da Philips disse que se o Piauí deixasse de existir "ninguém ficaria chateado por isso." Apesar do repúdio dos parlamentares, Zottolo foi perdoado pelo governador do Piauí, Wellington Dias (PT-PI) após se retratar na última sexta-feira publicamente, por meio de anúncio em vários órgãos da imprensa em Teresina, que dizia: "Venho publicamente esclarecer que jamais tive a intenção de desqualificar o Estado ou seus cidadãos". O episódio, para o govenador, foi encerrado, disse um assessor. (AE)

FHC: 'lança,lança, e não aterrissa'

Governo libera ex-presidente Fernan- mas o problema não é lançar, é as idéias sobre segurança são a votação antigas "e se renovam a cada do Henrique Cardoso concretizar, aterrissar", disse. do 'trem O comentário foi feito em re- não sei quanto tempo". comparou ontem o esE acrescentou: "O que é pretilo do governo Lula ao Cabo ferência ao lançamento do Canaveral (principal base de PAC da Segurança. Fernando ciso é fazer. Tenho medo que da alegria'

Eymar Mascaro

Se a moda pega

M

arta Suplicy está fazendo escola no PT: também o senador Aloizio Mercadante vem a público para dizer que não será candidato a prefeito de São Paulo, no ano que vem. Mas, no partido, poucos acreditam na sinceridade dos dois. A ministra foi a primeira a tirar o corpo fora, seguida pelo senador. Marta e Aloizio, possivelmente, não queiram se tornar alvos prematuros da oposição, pois ambos são, pela ordem, as melhores alternativas no partido, principalmente Marta, que aparece muito bem colocada nas pesquisas, juntamente com Geraldo Alckmin (PSDB) e Gilberto Kassab (DEM).

PRESSÃO

MAIS UM

Os petistas de São Paulo vão continuar pressionando Marta para que ela aceite assumir a candidatura. A ministra, contudo, só deseja dar uma resposta se aceita ou não se candidatar à Prefeitura no ano da eleição. Ela tem receio das críticas dos adversários.

Não é apenas Aécio Neves que pressiona o partido para que Alckmin se candidate: também o líder do partido na Câmara, Antonio Carlos Pannunzio é favorável à candidatura do exgovernador. Mas, os tucanos ligados a Serra querem "amarrar" já o apoio a Kassab.

GOSTO Em alguns momentos, Marta Suplicy diz que não será candidata porque está gostando de ser ministra. Ela deseja continuar no cargo até o fim do mandato de Lula. A ministra revela interesse em se candidatar somente em 2010, possivelmente no governo do Estado.

PREFERÊNCIA Segundo as pesquisas, Marta é a petista com mais chance de brigar pela vitória na eleição municipal. Ela aparece em segundo lugar no último Datafolha. Perde para Geraldo Alckmin. Mas, a segunda opção dos petistas é o senador Aloizio Mercadante.

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lançamento de foguetes dos EUA, localizada na Flórida). "O governo lança, lança, lança,

Henrique admitiu desconhecer os detalhes das medidas, mas disse que, de forma geral,

venhamos a nos transformar numa espécie de Cabo Canaveral." (AE)

SEM FORÇA Outros pretendentes à candidatura a prefeito de São Paulo no PT, como os deputados Arlindo Chinaglia, José Eduardo Martins Cardozo e Jilmar Tatto e o ministro da Educação, Fernando Haddad, ainda não assustam os adversários. Todos aparecem timidamente nas pesquisas.

UNIÃO Se depender de Lula, os partidos de esquerda, como PSB, PDT e PCdoB, vão se unir em torno do candidato do PT em São Paulo. O presidente apela para que o partido reconquiste a Prefeitura paulistana, para facilitar a campanha presidencial no Estado. Lula torce para o PT lançar seu candidato mais forte à Prefeitura.

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presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu jogar nas mãos da imprensa o papel de tentar barrar no Congresso a aprovação das emendas constitucionais que efetivam no setor público entre 260 mil e 500 mil servidores não concursados. Em reunião ontem com os ministros, o presidente foi informado pelos seus assessores de que as PEC's do chamado "trem da alegria" são inconstitucionais, mas decidiu – pelo menos por enquanto – apostar somente na "publicidade negativa" para constranger a Câmara. De concreto, a cúpula do governo mandou um recado aos parlamentares, por meio da imprensa, dizendo ser favorável à contratação de funcionários públicos por meio de concurso. Ou seja, o oposto do que prevêem as emendas constitucionais em tramitação no Congresso, que dão estabilidade no emprego a servidores celetistas e temporários com mais de 10 anos de trabalho, além de permitir que funcionários de municípios e estados cedidos ao Executivo ou Legislativo federais possam se incorporar em definitivo aos quadros da União. O Palácio do Planalto decidiu não interferir na discussão do Congresso, ao contrário do que faz em vários outros assuntos de seu interesse. Essa opção por deixar o Congresso livre se explica porque vários parlamentares aliados estão por trás do lobby dos servidores, e o governo não quer dividir a base por um motivo não prioritário. (AE)

DUAS MÃOS Os serristas pensam em 2010 ao desejarem que o tucanato apóie a reeleição do prefeito. Se o PSDB fechar com o DEM em 2008 terá o apoio dos democratas na eleição presidencial de 2010. Se depender de Serra e Kassab, PSDB e DEM vão se coligar novamente nas eleições de 2008 e 2010.

DISPUTA A eleição de prefeito em São Paulo, ainda de acordo com as pesquisas, será decidida entre os candidatos do PSDB (Geraldo Alckmin), do PT (Marta Suplicy) e do DEM (Gilberto Kassab). Só que a divisão de votos entre o tucano e o democrata pode favorecer o PT.

UNIÃO José Serra continua disposto a impedir que ocorra a divisão de votos entre o tucano e o democrata. Para o governador, Alckmin não deve ser candidato, permitindo que o PSDB se coligue com o DEM em apoio a Gilberto Kassab.

EMPECILHO Serra, porém, esbarra em alguns obstáculos, como, por exemplo, o apoio que o governador de Minas, Aécio Neves, anuncia à candidatura de Alckmin a prefeito. Aécio não admite que o PSDB fique sem candidato próprio na eleição paulistana. O apoio dele pode 'melar' os planos da aliança com os democratas.

DIVISÃO Lula vai agir em Brasília se o PSB, por exemplo, teimar em lançar a candidatura de Luiza Erundina, ou se o PCdoB insistir em ter como candidato o deputado Aldo Rebelo. O presidente intercederá ainda se o PDT continuar pensando em lançar Paulinho.

IMPOSTO Os governadores de dois estados influentes, José Serra (SP) e Aécio Neves (MG) não querem que o Congresso acabe com a CPMF, ou, o imposto do cheque. Como ambos têm perspectiva de Poder, eles não pretendem pressionar suas bancadas na Câmara e Senado para a derrubada da emenda.

COMO ESTÁ Pelos levantamentos preliminares, o governo deve conseguir a prorrogação da CPMF até 2011 na Câmara, mas vai encontrar dificuldade no Senado. As bancadas de oposição (PSDB e DEM) estão em fase de obstrução e não querem votar qualquer matéria.


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Empresas Nacional Tr i b u t o s Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 21 de agosto de 2007 Alaor Filho/AE

INGRESSO NO SUPERSIMPLES SUPERA EXPECTATIVAS

Governo paulista lança pacote de medidas, envolvendo o ICMS, para incentivar a indústria cervejeira local.

MAIS DE 3,1 MILHÕES DE MICROS E PEQUENAS EMPRESAS MIGRAM PARA O NOVO REGIME TRIBUTÁRIO

SUPERSIMPLES TEM SUPERADESÃO Renato Carbonari Ibelli

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número de empresas que solicitaram a adesão ou migraram automaticamente para o Simples Nacional (Supersimples) chegou a 3.154.085 até o início da tarde de ontem, o último dia possível para que fosse feita a opção pelo novo regime tributário. Do total, 1.337.103 migraram do extinto Simples Federal e outras 1.816.982 fizeram o pedido de adesão. As empresas paulistas foram as que mais aderiram , chegando a 923.669, ou 29,28% do total. O número de empresas dentro do Supersimples superou as expectativas do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), segundo o consultor de políticas públicas da entidade, André Spínola. De acordo com ele, nessa primeira etapa do regime era esperada a adesão de 2,9 milhões de empresas. "Muita gente esperou para constituir empresa depois da implantação do regime. Nesses últimos tempos tivemos mais de 2 mil novas empresas criadas por dia, quando a média normal não chega a metade desse montante. Acredito que isso fez a meta ser superada", diz Spínola. Do total de solicitações, 580.967 empresas (18,42%) es-

tavam com algum tipo de pendência fiscal ou cadastral, de acordo com o Comitê Gestor do Simples Nacional. Outras 2.439.185 micros e pequenas empresas (77,33%) tiveram seu pedido deferido ou migraram automaticamente para o novo regime. Além disso, 133.933 empresas (4,25%) tiveram sua solicitação indeferida por pro-

Essas empresas já tiveram três estatutos, mas nenhum deles vingou. Espero que agora a lei geral saia, definitivamente, do papel. André Spínola, consultor Sebrae blemas cadastrais. As que ficaram de fora terão nova chance de aderir em janeiro de 2008. As micros e pequenas empresas que se enquadraram devem emitir o Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) até 31 de agosto. Para gerar o documento é só entrar no site w ww. re ce i ta .f azenda.gov.br/simplesnacional e clicar na opção "outros serviços/cálculo do valor devido e geração do DAS".

O Supersimples é um dos principais itens da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. O novo regime tributário unifica os tributos federais, estaduais e municipais. Só foi permitida a adesão das empresas que faturam até R$ 2,4 milhões ao ano, e só poderão permanecer nele se não tiverem nenhuma pendência tributária ou cadastral com as diferentes esferas governamentais. O consultor do Sebrae lembra que, com o novo regime tributário consolidado, a atenção deve se voltar para os outros prazos estabelecidos pela lei geral. Em 16 de junho, terminou o prazo para que estados e municípios definissem as categorias de empresas que realizam atividades consideradas de risco e, portanto, deveriam sofrer fiscalização prévia para serem abertas, já que a lei geral prevê o fim desse tipo de vistoria para as empresas que não executem trabalhos de risco. "A identificação dessas empresas não foi feita (pelos órgãos governamentais) até hoje", lamenta Spínola. O prazo para que a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa seja totalmente aprovada é o dia 16 de dezembro. "Essas empresas já tiveram três estatutos, mas nenhum deles vingou. Espero que a lei geral saia, definitivamente, do papel", diz o consultor do Sebrae.

Segurança: associado da ACSP pode emitir boleto eletrônico Maristela Orlowski

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Associação Comercial de São Paulo (ACSP) encontrou uma solução para evitar golpes com boletos bancários empregados por quadrilhas de estelionatários que alteram o código de barras para desviar o dinheiro dos pagamentos. A partir de agora, os associados podem baixar seus boletos diretamente do site da entidade na internet (www.acsp.com.br). A medida garante maior segurança e torna o processo mais ágil. Para o gerente-financeiro da ACSP, Cláudio Queiroz, a situação é preocupante: "Verificamos que alguns dos nossos associados foram vítimas desse tipo de fraude, e os valores usurpados foram muito altos", conta. "Não queremos que isso ocorra com os boletos da entidade. Então, buscamos essa alternativa de segurança para nossos associados." Queiroz explica que, ao solicitar a impressão online, o empresário receberá novos código e senha de acesso para imprimir o boleto pela web, totalmente diferentes dos utili-

zados para o serviço de consultas. Ao optar pela medida, o associado, além de se defender contra golpes, terá melhor controle de suas contas. "Quanto antes o associado fizer essa opção, mais rápido ele obterá o resultado dessa informatização", acrescenta. Os empresários que não possuem acesso à internet – cerca de 30% do quadro associativo da ACSP – continuarão recebendo o boleto impresso. "A geração da fatura pela web é uma opção para os associados. Cabe a eles a decisão de aderir ao procedimento ou não", esclarece o executivo, que já estuda outra opção para facilitar a vida dos clientes: o débito automático. Queiroz recomenda ainda monitoramento mais atento dos pagamentos de maior valor. Uma dica é cruzar os dados obtidos da leitura do código de barras com o campo "Agência/Código de Cedente", situado no canto superior direito da ficha de compensação, assim como a numeração impressa do código de barras. "A leitura do código deve ser idêntica à numeração impressa", lembra o executivo. Além disso, é pos-

sível detectar na numeração impressa o número do banco (na seqüência entre a 1ª e a 3ª posição), o número da agência (entre 6ª e 9ª) e a conta de crédito (da 25ª à 30ª casa). Para ter acesso aos boletos de cobrança da ACSP pela internet, o associado pode se cadastrar no site da entidade ou pedir o formulário através do telefone (11) 3244-3030. Golpe – A fraude dos códigos de barras é ardilosa. Quadrilhas de estelionatários trocam os boletos originais por outros quase idênticos. A única diferença é o código de barras, programado para destinar o pagamento para a conta corrente do golpista, em vez de seguir para crédito direto da empresa prestadora de serviços. Grandes corporações já sofreram esse tipo de golpe, que não é uma idéia nova. Há dois anos, um grande laboratório farmacêutico teve prejuízo de R$ 990 mil em fraudes de boletos que seriam pagos ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Isso também ocorreu, recentemente, com uma grande rede nacional de lojas de vestuário, que teve de pagar duas vezes a conta telefônica.

Indústria recebe mais autuações

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indústria foi o setor que mais recebeu autuações da Receita Federal do Brasil nos sete primeiros meses deste ano, de acordo com informações divulgadas ontem pelo órgão. Foram 2.908 notificações, que resultaram em um crédito tributário de R$ 11,13 bilhões, ante 2.929 e R$ 5,099 bilhões, respectivamente, registrados em igual período do ano passado. Destacaram-se no resultado da fiscalização os setores de manufatura metalomecânica, autopeças, de alimentos (que inclui cigarros) e têxtil. Os números levam em consideração informações da antiga Secretaria da Receita Previdenciária, que desde maio integra a Receita Federal do Brasil. Comparativamente aos sete primeiros meses do ano passado, os créditos tributários referentes ao setor, em favor do governo, mais do que dobraram , e isso se deve, de acordo com o secretário-adjunto, Paulo Ricardo de Souza Cardoso, ao "aprimoramento dos sistemas de cruzamentos de informações para verificar os desvios de conduta tributária".

Incentivo para cervejeiros

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Estado de São Paulo concedeu benefícios tributários para empresas envolvidas na cadeia produtiva da cerveja. Pelo Decreto n° 52.069, publicado no Diário Oficial do estado no último dia 18, o governo paulista permitirá a geração

Elza Fiúza/ABr

Bancos – O segundo setor a gerar mais crédito tributário de janeiro a julho foi o de serviços financeiros, que inclui bancos e seguradoras, com 366 autuações, que geraram R$ 9,447 bilhões em créditos. Nesse caso, o valor devido aos cofres da União mais do que triplicou em comparação ao mesmo período do ano passado (R$ 2,871 bilhões, em 311 autuações). "As irregularidades, nesse caso, decorrem basicamente de Imposto de Renda (IR) reti-

do na fonte sobre aplicações financeiras, de Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)", informou Cardoso. Outros dois impostos que ele citou foram o Imposto de Renda sobre a Pessoa Jurídica (IPRJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Entre as pessoas físicas, o primeiro lugar em geração de crédito tributário ficou com os proprietários e dirigentes de empresas, com R$ 2,136 bilhões e 1.230 autuações, ante R$ 324,432 milhões e 833 autuações na comparação com o mesmo período de 2006. Os profissionais liberais vêm em seguida, com R$ 207,9 milhões e 1.395 autuações. O número de notificações na construção civil, divulgados em separado, caiu de 2.399 para 2.339, mas o total de multas cresceu de R$ 78,8 milhões para R$ 134,6 milhões. Entre pessoas físicas e jurídicas foram 233.182 autuações, no valor de R$ 39,9 bilhões, contra R$ 24 bilhões em 122.543 autuações do mesmo período de 2006. (AE)

de crédito do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para os fabricantes de malte que venderem sua produção internamente e também para aqueles que comprarem matéria-prima dentro de São Paulo. Os fabricantes de malte poderão gerar crédito de ICMS correspondente a 6,5% do valor de suas

vendas no mercado local. Para vendas interestaduais, o fabricante terá crédito de 2,9% do valor comercializado. Os produtores de malte poderão creditar 12% do valor das compras de cevada cervejeira, desde que a transação seja feita com fornecedores paulistas. A medida já está em vigor. (RCI)

Cardoso: aprimoramento


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

A área acadêmica deve divulgar a experiência das ONGs Ladislaw Dowbor, PUC.

Newton Santos/Hype

Inovar, o caminho. Conferência internacional em São Paulo discute responsabilidade social e prega a profissionalização do setor Paula Cunha

C

ompartilhar experiências e reforçar a necessidade de profissionalização das práticas de responsabilidade social sem se desviar de seus objetivos. Este foi o principal tema abordado na conferência internacional "Inovação para o Terceiro Setor: Sustentabilidade e Impacto Social", realiza no

final da semana passada em São Paulo. Representantes do Instituto Gesc e do William Davidson Institute (WDI), da Universidade de Michigan apresentaram exemplos de interação entre ONGs, empresas e universidades. Realizado na sede da Serasa, o evento ressaltou a importância de as ONGs se administrarem com técnicas do primeiro e do segundo setores. "O gerenciamento total do Terceiro Setor

é fundamental", diz Elcio Anibal de Luca, presidente da Serasa. "Ele necessita de processos de administração para se tornar auto-sustentável." Para Evaldo Russo, representante do Instituto Gesc, as ações da entidade para capacitar o Terceiro Setor, com troca de experiências e busca por parceiros é importante. "Nossa meta não é transformar ONGs em empresas, mas melhorar sua gestão", disse seu superintendente, João

Paulo Altenfelder. Inclusão real– Para o secretário estadual de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo, Rogério Amato, o evento foi importante porque "o papel das ONGs na sociedade é fundamental. Em um país em que 10% da população mais rica fica com 50% da renda e os 50% mais pobres ficam com 10% da renda é importante criar ações que unam ONGs, poder público e iniciativa privada".

A m a t o re s s a l t o u q u e a s ONGs lutam para incluir a população excluída. "O poder público está lutando para fazer a sua parte. Por isso, há uma política nacional de assistência social e no Estado de São Paulo está ocorrendo a formação de parcerias. A Rede Social São Paulo, criada há 3 anos, é originária das ONGs e representa 600 delas. Ela elegeu a Lei do Aprendiz e está lutando para que ela seja adotada no Estado."

Para o professor da Pontifícia Universidade Católica (PUC), Ladislaw Dowbor, a luta contra a desigualdade social ainda é insuficiente. "Há oito mil experiências de ONGs monitoradas pela PUC. Em um país de 180 milhões de habitantes onde apenas 27 milhões têm emprego formal, as ONGs têm que articular as forças locais para desenvolver seus projetos. A área acadêmica deve divulgar estes conhecimentos", disse.

Com a palavra, as ONGs.

D

urante a Conferência Internacional sobre práticas do Terceiro Setor, diversas ONGs, brasileiras e estrangeiras, apresentaram seus projetos e como obtêm recursos para desenvolvê-los. A chilena Fundação Transcender atua em diversas frentes. Sua diretora, Maria Paz, explica que a entidade trabalha com pessoas em estado de pobreza ao auxiliar ONGs em seu processo de profissionalização. "Criamos um grupo de profissionais que podiam trabalhar como voluntários nessas ONGs e, ao mesmo tempo, orientamos estas últimas para que elas aproveitem o potencial de cada voluntário", conta. Segundo Maria Paz, o modelo foi replicado em outras regiões do Chile e as ações de criação de programas de geração de renda contribuíram para diminuir os índices de pobreza no país. A entidade elab o ro u e s t r a t é g i a s q u e i ncluíam a orientação para que as ONGs atuassem em redes. A instituição oferece cursos de capacitação e vive da sua venda . "Cerca de 320 voluntários participaram de 171 projetos no ano passado. Além disso, temos planos de orientação para o trabalho voluntário, já que no Chile 4,9% da população de 25 a 34 anos atua em algum tipo de ação deste tipo. Analisamos o perfil de cada um deles e os encaminhamos para o trabalho adequado". No Brasil, a ONG Parceiros Voluntários atua em 73 municípios do Rio Grande do Sul. Ela orienta 23 organizações na avaliação de suas ações e as capacita para receber os voluntários. Atualmente, trabalha com 235 mil voluntários e beneficia 900 mil pessoas.

Inclusão de deficientes– Para incluir os 26,5 milhões de deficientes brasileiros, diversas ONGs atuam junto a empresas, escolas e ao governo em ações de educação, inclusão e aperfeiçoamento da legislação atual. Durante o encontro, a Associação para Valorização e Promoção de Excepcionais (Avape) apresentou sua estrutura de trabalho. Ela conta com 348 p a r c e i r o s Newton Santos/Hype e m p r e s ar i a i s e g ov er n a me ntais. Sua dire t o ra - p residente, Sylvia Helena Moraes Cury, expliRogério Amato, ca que a enAssistência tidade adoSocial: "O papel tou o métodas ONGs é a do de goverinclusão". n a n ç a c o rp o r a ti v a para atuar e cumprir suas metas d e c r e s c imento. "Do l a d o t é c n ic o , a d o t amos o enfoque de reabilitação integrada e holística, e quanto à administração, criamos uma política de qualidade com métodos de avaliação do desempenho dos colaboradores e parceiros. Buscamos olhar para dentro e para fora da nossa realidade", diz. O Instituto Paradigma apresentou sua experiência de parcerias com o governo e a iniciativa privada. A entidade realizou um estudo e elaborou um diagnóstico dos recursos que o município de Santo André, no ABC paulista, oferecia para as crianças deficientes

em classes regulares das suas escolas públicas. Para a presidente da entidade, Luiza Russo, o trabalho foi importante para o município porque seus gestores não tinham uma noção clara das ações e serviços que já possuía. "A prefeitura tomou consciência de que tinha que aperfeiçoar o atendimento às crianças com deficiência mental. Ela viu, também, que não tem como atender pessoas com Elcio Anibal, da deficiência Seresa: "O múltipla", gerenciamento conta. total do Terceiro Por isso, o Setor é Instituto Pafundamental." radigma passou a oferecer consultoria à Secretaria da Educação e levou para a cidadeos parceiros especializados para ajudar o Instituto a imLadislaw Dowbor, plantar proPUC: "Em um gramas intepaís com 27 grados de milhões de atendimento. desempregados, Para o Instias ONGs têm que tuto, a aprearticular forças." sentação no Congresso foi importante porque esta experiência será divulgada e multiplicada. "Além disso, foi importante ver como outras ONGs trabalham com o ensino a distância e a internet. No Brasil, a web é uma grande ferramenta para transformar nossa realidade e nos permitir participar de redes internacionais. O processo de inclusão no Brasil ainda é muito novo e necessitamos somar a ele as experiências internacionais. Isso é positivo para aumentar a visão do processo", conclui Luiza Russo. (PC)


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Nacional Empresas Estilo Finanças

Newton Santos/Hype

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Os minibolos de Patricia Schmidt custam de R$ 35 a R$ 50 a unidade.

PREÇO DO QUILO DO BOLO CHEGA A R$ 160

Newton Santos/Hype

Patrícia faz bolo para famosos

Bolos decorados são agora presentes divertidos e ousados Guloseima, além de saborosa e bem recheada, tem de ser original. Kety Shapazian

N Patricia Schmidt: mercado de bolos decorados está em ascensão

Arte em Bolos: quilo custa R$ 53

Fotos: Divulgação

Os 70 anos de Maurício de Sousa

Réplica da Igreja do Quadrado Histórico de Trancoso, Bahia.

ão basta ser bonito e gostoso. Tem de ser divertido, ousado e diferente. Os bolos decorados, que sempre passaram a impressão de serem feitos com uma massa dura e sem graça, deram a volta por cima e agora estão presentes em todas as comemorações. Viraram sinônimo de presente original e personalizado. "Brasileiro gosta de bolo molhado, recheado e doce. Ele quer bolo com brigadeiro, baba de moça, ganache. Se eu fizer um bolo com marzipã por ano, é muito", afirma Patricia Schmidt, confeiteira e autora dos livros Minibolos Decorados e Decorando Bolos. Suas criações vão de apimentados casaizinhos na cama (com direito a pequenos seios expostos) a réplicas de construções, como a do Edifício Copan (centro de São Paulo) e uma capela localizada em Trancoso (BA). A confeiteira reproduziu a Igreja do Quadrado Histórico de Trancoso para o lançamento do livro Nativos e Biribandos – Memórias de Trancoso, de Fernanda Carneiro e Cristina Agostinho. "Esse bolo e o do Copan foram os mais difíceis de fazer", diz. Para os 70 anos do cartunista Mauricio de Sousa, Patricia fez um bolo com os personagens da Turma da Mônica e a capa do exemplar mais recente do gibi. Já o bolo de Ziraldo, ela fez com o boneco do personagem Menino Maluquinho e outro que representava o cartunista. "Fiz o Ziraldo bem negro porque é assim que ele se vê. Ele chorou de emoção quando viu." Seus minibolos têm tamanhos que vão de cinco a dez centímetros de diâmetro. São minidelícias que servem para substituir lembrancinhas de uma festa, agradar os visitantes na maternidade ou presentear uma pessoa que mora só, segundo Patricia. "Brasileiro não entende grau de dificuldade. Ele entende quilo. Ele não entende quando

Os apimentados casais na cama são de Patricia Schmidt

eu falo que vou ficar várias horas produzindo um bolo. Ele diz que eu não sou advogado, portanto, não posso cobrar por hora. Tenho U$ 35 mil em ferramentas, fiz 11 cursos no exterior, monto 30 flores diferentes, cinco tipos de orquídeas, já confeitei cinco toneladas de bolo", diz Patricia, que cobra a partir de R$ 160 o quilo do bolo e entre R$ 35 e R$ 50 cada minibolo. "O mais triste disso é querer ensinar e não poder. A faculdade Anhembi Morumbi me dava 40 horas para ensinar uma vida. É um mercado em ascensão. Uma mulher me ligou a cobrar do Ceará para dizer que não estava conseguindo fazer um bolo. Eu a ensinei pelo telefone e alguns meses depois ela ligou para agradecer. Disse que seus bolos estavam fazendo sucesso e que a renda familiar tinha aumentado. Isso é gratificante." As aulas particulares de Patricia custam R$ 600 o período de cinco horas. Arte em Bolos – "A pasta americana permite fazer quase tudo no bolo", diz Ana Lucia Trindade, sócia de Dijanira Trindade (elas são cunhadas) na Arte em Bolos. "Nós só não fazemos bolo esculturado em três dimensões porque nossa massa é molhadinha e não se-

guraria uma figura em pé." Para o corretor de valores Henrique César Fernandes, cliente fiel da empresa, os bolos das duas mulheres são "imbatíveis". Ele usa os doces em suas festas e também como presentes para familiares e amigos. "No ano passado, elas fizeram uma réplica de uma das motos que eu tenho com um bonequinho em cima usando capacete. Confesso que nunca tinha visto nada igual. Foi uma farra", diverte-se. Presentear com bolo, para Fernandes, é personalizar a lembrança. "E todo mundo acaba curtindo. A reação é sempre ótima e amigos meus viraram clientes da Arte em Bolos", afirma. Os bolos com motivos religiosos de Ana Lucia e Dijanira também fazem sucesso entre os clientes. A versão judaica, para celebrar bar-mitzvá vem decorada com kipá, torá e estrela de Davi. Tudo comestível. Na Arte em Bolo, o quilo custa R$ 53 e o valor varia conforme o grau de complexidade da decoração, segundo Ana Lúcia.

SERVIÇO Arte em Bolos: 3675-2082 Patricia Schmidt: 3742-9583

Paulo Pampolin/Hype

Ana Lucia Trindade, da Arte em Bolos, diz que a pasta americana permite fazer quase tudo.


C idades Camelôs atacam de fofoca política DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

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Força-tarefa para acabar com a feirinha da madrugada reprime comércio ilegal no Brás.

Apesar da tensão, não houve confronto no Brás. Hoje, com intenção de indispor prefeito com secretário, ambulantes ilegais prometem protesto na Prefeitura. Fotos de Newton Santos/Hype

Fernando Vieira

O

bairro do Brás, na região central, amanheceu ontem em meio a novo episódio de protestos de ambulantes ilegais, que estão impedidos de montar a feirinha da madrugada na rua Oriente e vias próximas. A Operação Oriente começou anteontem e tem o objetivo de eliminar a feirinha, conhecida pela venda de produtos ilegais. A força-tarefa, que envolve órgãos como a subprefeitura da Mooca, CET e polícias Civil e Militar, deve atuar na região nos próximos dez dias. Acompanhado de perto por um grande efetivo policial, um grupo de cerca de 200 camelôs repetiu a manifestação da segunda-feira, percorrendo em passeata, com apitos e tambores improvisados, um trecho entre as ruas Oriente, Monsenhor Andrade e João Teodoro. Embora pacífico, o segundo dia consecutivo de protestos novamente afastou compradores e prejudicou o comércio na região, obrigando lojistas a retardar a abertura dos estabelecimentos e funcionar com portas entreabertas nas primeiras horas da manhã. Os ambulantes ilegais da feirinha da madrugada, sob a coordenação do Sindicato dos Camelôs Independentes de São Paulo (Sindicisp), prometem mais manifestações para

No segundo dia de operação, camelôs protestam contra fim da feirinha

Comércio retarda abertura das portas por causa dos protestos de camelôs ilegais nas ruas do Brás: prejuízo

hoje. A principal delas deve acontecer em frente à Prefeitura de São Paulo, com um ato que representará o “sepultamento político” do prefeito Gilberto Kassab, segundo os manifestantes. “Será um cortejo fúnebre pelas ruas de São Paulo. Queremos alertar o Kassab sobre sua morte política, causada pela dominação do secretário (de Coordenação de Subprefeituras) Andrea Matarazzo sobre as decisões da Prefeitura”, afirmou o presidente do Sindicisp, Afonso José da

Limpador levantado é sinal para ladrão não roubar o carro

O código pára-brisa

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xiste um código de segurança para evitar roubo de carros no Brás. Nos veículos estacionados, um dos limpadores de pára-brisa levantando é o sinal. Ele informa que o proprietário é morador da área e está por perto. Ao gatuno, resta respeitar o código. O Brás não está entre os piores colocados em índices de ocorrências policiais. Pelo contrário, tem até obtido resultados positivos no combate à violência em geral, segundo estatísticas da secretaria de Segurança Pública. Ainda assim, no ano passado, foram registrados 350 furtos de veículos nas ruas do bairro, quase um por dia. Quem vem ao Brás fazer compras geralmente opta por estacionar seus carros nas ruas do bairro, um grande atrativo para a bandidagem. Daí surgiu a necessidade de diferenciar quem é quem no pedaço. Se funciona? “Funciona, sim”, garante um morador. Ele afirma que a regra deve ser respeitada para evitar outros problemas, “tipo rixas na vizinhança”. Mas toda regra tem exceção. E o código do limpador de pára-brisa levantado pode não bastar. “Se a placa do carro for de

fora de São Paulo, malandro ignora o sinal”, adverte o morador. Afinal, é muito provável que se trate de um turista de compras vindo de outra cidade ou Estado. Ele explica que sempre tem alguém de olho, para verificar se o motorista que sai do carro é mesmo conhecido no local. Se for um parente em visita a algum morador, entra em cena a exceção da exceção. Nesse caso, a saída para a segurança e tranqüilidade do parente visitante, além do limpador de pára-brisa levantado, é “deixar um aviso no boteco”, de preferência no mais próximo. Trata-se de um artifício para aumentar as chances de o visitante encontrar seu veículo intacto no dia em que for embora. “Tudo é uma questão de coletividade”, ensina. Agora, ao motorista que não se enquadre em nenhuma das hipóteses descritas, não adianta “ganhar logo o sinal” e copiá-lo para tentar tapear a malandragem do bairro, segundo outros moradores da região. “A pessoa pode até ser esperta, mas a malandragem é sempre mais”, conclui um morador. (FV)

Silva, o Afonso Camelô. A madrugada de ontem, segundo dia da operação, começou com a fiscalização dos táxis que circulavam pelas ruas do Brás. No dia anterior, os táxis foram utilizados pelos ambulantes para tentar tumultuar o trânsito no entorno do Shopping Popular Oriente, bloqueando as entradas. Enquanto os camelôs permaneciam concentrados na sede do Sindicisp, a poucas quadras de distância, o acesso ao shopping popular era tranqüi-

lo. Por volta das 5h, porém, começou o protesto. Rapidamente, as portas do galpão destinado a ex-ambulantes foram fechadas. E o efetivo policial, estimado em cerca de 500 agentes das Polícias Militar e Civil e da Guarda Civil Metropolitana, foi mobilizado. Mas não houve confrontos. Os camelôs percorreram várias vezes o perímetro formado pelas ruas Oriente, Monsenhor Andrade e João Teodoro, sob os olhares da força-tarefa. Gritavam palavras de ordem e

faziam barulho. Um rapaz que provocou o grupo de manifestantes foi detido pela polícia, para evitar um conflito. Medo - Apesar da manifestação estar controlada, a maioria dos lojistas da região não abriu as portas no horário habitual. “Não se sabe o que pode acontecer. É melhor esperar”, disse a gerente de uma loja. Ao lado, o estabelecimento vizinho funcionava, mas com apenas um porta aberta. “É que se der problema com a polícia, eles (camelôs) invadem as lojas e até saqueiam produtos”, contou um comerciante que não quis se identificar.

Força-tarefa no Brás continua hoje


Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Valter Campanato/ABr

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50,4

bilhões de reais foram pagos em tributos em julho, o maior volume para o mês.

RECORDES DE ARRECADAÇÃO. QUEM PAGA A CONTA? VOCÊ. Cada dia entra mais dinheiro nos cofres públicos, mas governo insiste na CPMF.

Para Barreto, da Receita Federal, o aumento crescente da arrecadação não justifica o fim da CPMF.

O Leão avançou no seu bolso

O

peso dos tributos no bolso dos brasileiros aumentou no ano passado. Apesar da promessa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de manter a carga tributária no mesmo nível que recebeu de seu antecessor, o valor dos impostos atingiu 34,23% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2006, um novo recorde – em 2005, era de 33,38% do PIB. O maior aumento ocorreu nos impostos federais, cujo montante subiu de 23,25% do PIB para 23,75% de um ano para outro. A carga estadual passou de 8,74% para 9,02% do PIB e a municipal, de 1,39% para 1,46%. A divulgação do crescimento do peso dos tributos ocorre no momento em que o governo enfrenta forte pressão para acabar com a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e para cortar outros, devido aos resultados recordes de arrecadação. Para justificar o crescimento da carga, o coordenador-geral de Política Tributária da Receita Federal, Ronaldo Medina, disse que os recursos são necessários para a execução dos programas sociais e investimentos em infra-estrutura. Mas admitiu: a Receita errou ao projetar o impacto do cres-

34,23 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) foi o tamanho da carga tributária em 2006. No ano anterior, ela ficou em 33,38% do PIB. cimento econômico na arrecadação federal para municiar o governo nas desonerações tributárias. "Mas isso pode ser corrigido. Esta administração continua implementando medidas voltadas para estimular o investimento e para ajudar a camada mais pobre da população", afirmou. Renúncia – Nos últimos três anos, o governo renunciou a R$ 30 bilhões em impostos e contribuições mediante incentivos à produção. Segundo o secretário-adjunto da Receita, Carlos Alberto Barreto, as desonerações têm sido seletivas, destinadas a setores que alavancam o crescimento econômico. Mas descartou cortes lineares (para todos os contri-

buintes ao mesmo tempo) de impostos. "Faz sentido, por exemplo, continuar desonerando os bens de capital." Medina lembrou que o governo pretende realizar novas desonerações, como da folha de pagamento das empresas, e incentivar a reforma tributária. "Estamos trabalhando para conseguir uma redução segura da carga tributária". Os dados da Receita Federal mostram que 18 tributos nos três níveis de governo foram os grandes responsáveis pelo crescimento do peso dos impostos. A contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cobrado pelos estados, foram os que tiveram maior peso. Em seguida, vieram os pagamentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Imposto de Renda (IR). Para o economista Amir Khair, especialista em tributos, não dá para esperar um corte linear das alíquotas. "O peso da carga é maior na população de baixa renda porque, no Brasil, o sistema é injusto. Quem ganha menos paga mais, proporcionalmente. E as discussões não apontam para a redução", explica. (AE)

Acordo para o fim da guerra fiscal

O

s secretários estaduais da Fazenda praticamente fecharam ontem um acordo de maioria para pôr fim à guerra fiscal e transformar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em um tributo cuja arrecadação será concentrada nos estados consumidores. Apenas três governos estaduais – de Espírito Santo, Goiás e Paraíba – ameaçam não garantir a unanimidade necessária para converter a minuta de acordo em convênio formal e histórico no Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). O texto com a proposta para validar todos os atuais incentivos fiscais e, a partir de agora, extingui-los progressivamente, vai ser submetido à próxima reunião do Confaz, no dia 4 de setembro. Se a unanimidade não for atingida, a idéia dos secretários é apresentar a minuta como uma proposta de reforma tributária da ampla maioria dos estados, o que facilitaria sua aprovação no Congresso Nacional, onde o consenso não é exigido, mas apenas apoio de dois terços dos parlamentares. Em termos numéricos, as bancadas dos três estados que, a princípio, têm ressalvas à proposta da maioria somam apenas 35 deputados de um total de 513 (menos de 7%). O problema é que, se o fim da

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por cento seria a alíquota do ICMS cobrada pelos estados produtores das mercadorias no Nordeste e Sudeste a partir de 2012. guerra fiscal depender da votação da reforma tributária, outras questões podem cruzar o debate e retardar ou impedir a conclusão das mudanças. O sucesso do governo em obter a assinatura do convênio no Confaz, por outro lado, eliminaria a maior parte dos obstáculos que existem para aprovação da reforma tributária, permitindo que a discussão no Congresso se concentre no novo modelo de tributação do País e não na disputa de interesse dos estados. Consenso – A dificuldade em tornar o convênio viável é que, como órgão representativo de todos os estados, o Confaz somente pode tomar decisões por consenso. É ele que tem atribuição, por exemplo, de autorizar abatimento no pagamento de impostos, os chamados benefícios fiscais.

Por isso, todos os contratos de incentivo fiscal assinados pelos governos estaduais nas duas últimas décadas são passíveis de contestação judicial, o que levou os secretários a se reunirem para procurar uma saída honrosa para o problema da guerra fiscal Pelo texto acertado ontem, haveria uma solução definitiva sobre os litígios passados – todos os benefícios que vigoraram até hoje seriam validados formalmente. Mas, a partir de hoje, estaria proibida a concessão de novas benesses fiscais para as empresas nos estados. O que já foi concedido continuaria valendo por algum tempo ainda, mas dentro de algumas regras estabelecidas. Os benefícios do setor comercial, por exemplo, precisariam ser revogados imediatamente, enquanto os do segmento industrial poderiam ser mantidos plenamente até o final de 2011 e depois reduzidos progressivamente até o final dos contratos. A partir de 2012, pela proposta acertada, a alíquota do ICMS cobrada pelos estados produtores das mercadorias também seria reduzida dos atuais 12% (Nordeste) e 7% (Sudeste) para apenas 4%. O restante do imposto passaria a ser embolsado pelos estados destinatários ou consumidores, como é comum no mundo desenvolvido. (AE)

N

o mesmo dia em que anunciou um novo aumento da carga tributária do País (leia ao lado), a Receita Federal divulgou novos recordes na arrecadação de tributos federais. Em julho, entraram R$ 50,4 bilhões nos cofres do governo, o maior volume da série histórica para o mês. O crescimento real – ou seja, já descontada a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – foi de 12,16% em comparação ao mesmo mês do ano passado. Nos primeiros sete meses do ano , o recolhimento de impostos bateu em R$ 332,83 bilhões, um aumento de 10,34%. Nesse período, o governo já conseguiu arrecadar mais de R$ 40,6 bilhões do que no mesmo período do ano passado, quando a receita havia somado R$ 292,19 bilhões. Esse aumento e os freqüentes recordes têm sido apontados pelos defensores do fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) como justificativa para eliminá-la. Neste ano, esse tributo foi responsável pelo recolhimento de R$ 20,7 bilhões, um crescimento real de 11,3%. Mais do mesmo – Ao divulgar os números, o secretárioadjunto da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, bateu na mesma tecla: o governo não pode acabar com a contribuição. Barreto classificou de "simplista" a avaliação de que o governo pode abrir mão da CPMF em função do aumento generalizado da carga tributária. "Não dá para falar que o crescimento do Imposto de Renda justifica a desoneração da CPMF", afirmou. "É muito simplismo defender apenas uma troca de arrecadação." Segundo o secretário, o aumento no volume de impostos em julho e no acumulado do ano foi puxado, sobretudo, pela expansão da atividade industrial e da lucratividade das empresas. Os reflexos foram imediatos, principalmente, nas receitas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), Contri-

332,8 bilhões de reais foram recolhidos em tributos nos primeiros sete meses deste ano, crescimento real de 10,34% ante igual período de 2006. buição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). "A elevação de 4,8% na atividade industrial de janeiro a junho resultou no crescimento significativo da arrecadação no ano", reconhece Barreto. Os segmentos que mais contribuíram para a expansão foram o metalúrgico, químico, telecomunicações, eletricidade, automotivo, financeiro, comércio atacadista, seguros e de previdência complementar. Impulsionados pela lucratividade de vários setores da

economia, os recolhimentos do IRPJ e da CSLL registraram aumentos reais de 14,03% e de 13,79% de janeiro a julho, respectivamente. Para mostrar a influência desse fator na melhora das receitas provenientes dos impostos, a Receita destacou estudo feito pela consultoria Economática. Segundo ele, as empresas de capital aberto apresentaram, no primeiro semestre, crescimento de 37% nos lucros. "Portanto, o resultado da arrecadação reflete, em grande parte, esse excepcional desempenho", argumentou o secretário. Também contribuíram para o resultado recorde, no acumulado no ano, as arrecadações do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), com crescimento de 32,7%; da receita previdenciária (11,96%); do Imposto sobre Importação (17,91%); e IPI sobre automóveis (12,01%). Já os depósitos judiciais aumentaram 442,27%. Para Barreto, a crise no mercado financeiro, que diminuiu o valor das empresas brasileiras com ações negociadas em bolsas, não deve afetar a arrecadação. (AE)


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Saúde Educação Transpor te Polícia

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 22 de agosto de 2007 Milton Mansilha/Luz

SELO DÁ GARANTIAS A MOTOFRETISTAS

Selo de segurança tem apoio de Roberto Scaringella, presidente da CET.

Motofrete seguro vira exigência Cada vez mais, empresas que utilizam serviços de motoboys exigem que esse trabalho seja certificado por selo fornecido pela Prefeitura Milton Mansilha/Luz

Ó RBITA

VÍTIMAS s legistas do Instituto Médico O Legal enfrentam

dificuldades para concluir a identificação das últimas vítimas do acidente com o Airbus A320 da TAM, ocorrido em 17 de julho. Pelo menos cinco pessoas ainda não foram identificadas. O acidente matou 199 pessoas. Segundo a secretaria da Segurança Pública, os trabalhos estão lentos porque as amostras de DNA coletadas são ruins e os exames não dão resultado. Por isso, o processo de identificação tem sido repetido várias vezes. (Agências)

INVASÃO erca de 400 C integrantes de movimentos estudantis

e sociais invadiram ontem à tarde a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP ), no largo de São Francisco. A intenção do grupo era permanecer no pátio até as 17h de hoje. Os invasores reivindicam, entre outros pontos, mais vagas nas universidades e maior investimento em educação. A assessoria de imprensa da USP informou que aguardava mais informações para se pronunciar. (Agências)

ACIDENTE m operário morreu U e três ficaram gravemente feridos após um acidente nas obras do metrô de Fortaleza (CE). O acidente aconteceu ontem à tarde em um trecho da obra que fica na periferia da capital cearense. No momento do acidente, os operários trabalhavam na construção de um muro de arrimo feito de concreto. Um caminhão betoneira despejava o material, quando o solo cedeu e o veículo caiu em cima dos operários. (Agências)

Ivan Ventura

A

morte de um motoqueiro por dia nas ruas da cidade, além dos 25 feridos que ocupam diariamente as mesas cirúrgicas de hospitais, pintam um quadro alarmante que coloca em risco a integridade de 500 mil motociclistas, profissionais ou não. Além disso, chama cada vez mais a atenção da Prefeitura. Na tentativa de minimizar os efeitos dessa tragédia em duas rodas, empresas de motofrete começam a se sensibilizar para a segurança dos motoqueiros. E são recompensadas por essa preocupação. Prova disso aconteceu na manhã de ontem, na sede da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), com a entrega do selo “Trânsito Seguro”, que visa premiar empresas que promovem atitudes cidadãs nas ruas da cidade e que se preocupam com a utilização dos equipamentos de segurança. No cerimônia, seis empresas Equipamentos de segurança aumentam confiabilidade do serviço de motofrete e reduzem número de acidentes com morte ou ferimentos graves de motofrete receberam o selo das mãos do prefeito Gilberto ros (barras de metal que impeKassab, do novo secretário dem que a moto caia sobre as municipal de Transportes, pernas do motoqueiro), anteAlexandre de Moraes, do pre- nas que evitam o contato com sidente da CET, Roberto Sca- linhas de pipas, capacetes e coringella, e do vereador Adolfo letes infláveis. Ao todo são 60 Quintas (PSDB). Ao todo, 22 motos que possuem esses empresas que administram equipamentos, a um custo inuma frota de 2.860 motoquei- dividual de até R$ 800. ros, já receberam o selo, com Pipa – A falta de um equipabons resultados: apenas 8% de mento de segurança por pouco seus motoboys se envolveram não matou o motofretista em acidentes no Francisco último ano. Newton de O prefeito Araújo, 45 anos. Kassab revelou “Foi em 1985. que a preocupa- Voltava para casa Voltava para cação com a segu- quando senti uma linha sa quando senti rança no trânsiuma linha de pide pipa cortando meu to é uma das pa cortando prioridades de pescoço. Tomei 16 meu pescoço. sua gestão nas pontos, mas poderia Tomei 16 ponáreas de trans- ter sido mais grave. tos, mas poderia portes e de saúter acontecido Francisco Newton, algo muito mais de. “Além de motofretista g r a v e . H o j e , premiarmos as empresas que se sempre uso a anpreocupam com tena na moto”, a segurança, a atual gestão disse. instalou faixas exclusivas paMedula – No primeiro sera motos", afirmou. mestre deste ano, os acidentes Uma das vencedoras do selo de trânsito superaram em núfoi a RRJ Localrent Locação de mero os ferimentos à bala coVeículos. Sua supervisora de mo causa de lesões de medula, contratos, Maria Cristina segundo dados da Associação Maurutto, disse que algumas de Assistência à Criança Defidas empresas que contratam ciente (AACD), em São Paulo. os serviços de motofretista já Médicos calculam que, em exigem o selo. “Os bancos já São Paulo, de cada dez vítimas pedem. E estão certos. Não po- de paralisia, quatro se envoldemos admitir motoqueiros veram em acidentes de trânsipilotando feito loucos”, disse. to. As batidas de motocicletas, Para receber o selo, a RRJ de carros e atropelamentos apostou na compra de equipa- agora são as principais causas mentos como o mata-cachor- de lesões na medula.


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Nacional Estilo Investimentos Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

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VALE E PETROBRAS LUCRARAM MAIS

bilhões de reais saíram dos fundos de renda fixa entre 23 de julho e 17 de agosto, no auge da crise.

MONTANTE É REFERENTE AOS PREJUÍZOS ACUMULADOS ENTRE OS DIAS 23 DE JULHO E 17 DE AGOSTO

FUNDOS PERDEM R$ 17 BI COM CRISE

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nervosismo do mercado financeiro nas últimas sem a n a p ro v o c o u perdas de R$ 17,49 bilhões na rentabilidade dos fundos de investimento entre os dias 23 de julho e 17 de agosto, segundo dados do site Fortuna. Os produtos com maior prejuízo no período foram as carteiras de ações, cuja rentabilidade recuou R$ 11,12 bilhões. Os fundos multimercados, que aplicam em vários ativos, registraram perdas um pouco menores, de R$ 4,83 bilhões. Enquanto isso, os fundos de renda fixa tiveram ganho de R$ 1,35 bilhão e os DI, considerados os mais conservadores da indústria, R$ 1,29 bilhão.

Apesar dos prejuízos, os resgates ficaram dentro das estimativas de muitos administradores de fundos. A captação líquida (aplicações menos resgates) ficou negativa em R$ 3,2 bilhões. Mas, ao contrário do que muitos imaginam, não foram os fundos de ações nem os multimercados os campeões de saques nesse período. Os resgates foram puxados pelos fundos de renda fixa, que tiveram saídas de R$ 4,27 bilhões. Isso ocorreu porque havia muita aposta em títulos prefixados, uma estratégia para ganhar dinheiro em períodos de queda da taxa de juros. Com a turbulência, no entanto, os juros futuros subiram e os retornos diminuíram, explica o di-

retor do Fortuna, Marcelo D’Agosto. Nos fundos de ações e multimercados, a captação líquida continua positiva, apesar de os saques terem se intensificado na semana passada. Segundo o site Fortuna, o multimercados tiveram entrada de R$ 3,6 bilhões e os de ações, R$ 305 milhões. Maturidade — Se for considerada só a semana de maior volatilidade, entre 13 e 17 de agosto, a saída de recursos dos fundos de ações foi de R$ 1,61 bilhão e nos multimercados, de R$ 542 milhões. Enquanto isso, os DIs receberam R$ 1,8 bilhão. Para alguns gestores, a movimentação tem revelado um investidor mais maduro que em crises passadas.

"Eles perceberam que para ter mais retorno é necessário arriscar mais. Se essa volatilidade tivesse ocorrido há três meses, o resultado teria sido muito pior", afirmou um economista de uma administradora de recursos. O vice-presidente da Associação Brasileira dos Bancos de Investimentos (Anbid), Marcelo Giufrida, destacou que os investidores vão continuar sentindo por algum tempo os impactos da turbulência. Segundo ele, os aplicadores devem manter a calma. "Os que estão muito incomodados com os prejuízos das últimas semanas devem verificar os percentuais investidos em cada modalidade" recomendou. (AE)

Trabalhador sustenta crescimento Patrícia Büll

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tema crescimento sustentável faz parte da preocupação de muitos setores econômicos do País e passa, necessariamente, pela área de recursos humanos. Afinal, sem expansão não há geração de empregos. Não por outro motivo, o Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas (Conarh 2007) escolheu o tema para sua 33ª edição, que começou ontem e continua até o próximo dia 24, no Transamérica Expo Center, em São Paulo. "O imperativo do crescimento sustentável: integrando pessoas e organizações", é o tema

central do evento, no qual será discutida a necessidade de modernas práticas de gestão. "O Brasil não pode se contentar com as taxas de expansão registradas nos últimos anos, sob o risco de deixar de ser competitivo. Só com crescimento as empresas têm capacidade maior de investimentos e de gerar demanda por mão-de-obra", disse Luiz Augusto Costa Leite, diretor temático do Conarh. Embora as ações de conscientização passem necessariamente pelo público interno das empresas, hoje o RH precisa voltar sua atuação além dos muros da organização, atingindo também clientes, fornecedores e associações de classe

Serel Participações em Imóveis S.A. (em transformação) CNPJ no 72.712.201/0001-22 Ata da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 31.5.2007 Data, Hora, Local: Aos 31 dias do mês de maio de 2007, às 14h, na sede social, Avenida Paulista, 1.450, 8o andar, Bela Vista, São Paulo, SP. Presenças: Compareceram, identificaram-se e assinaram o Livro de Presença os representantes do Banco Bradesco S.A., único acionista da Sociedade. Constituição da Mesa: Presidente: Sérgio Socha; Secretário: José Luiz Acar Pedro. Convocação: Dispensada a publicação do Edital de Convocação, de conformidade com o disposto no Parágrafo Quarto do Artigo 124 da Lei no 6.404/ 76. Ordem do Dia: examinar proposta da Diretoria para aumentar o Capital Social no valor de R$53.517.622,33, elevando-o de R$260.000,00 para R$53.777.622,33, mediante a emissão de 14.181.696 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, ao preço de R$3,773711010 por ação, com integralização à vista, no ato da subscrição, com a conseqüente alteração do “caput” do Artigo 6o do Estatuto Social. Deliberações: 1) aprovada a proposta da Diretoria, registrada na Reunião daquele Órgão de 30.5.2007, a seguir transcrita: “Vimos propor o aumento do Capital Social no valor de R$53.517.622,33, elevando-o de R$260.000,00 para R$53.777.622,33, mediante a emissão de 14.181.696 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, ao preço de R$3,773711010 por ação, com integralização à vista, no ato da subscrição. O preço de emissão foi fixado com base no valor do Patrimônio Líquido ajustado por ação da Sociedade em 30.5.2007. As ações subscritas no referido aumento de capital terão direito a dividendos e/ou juros sobre o capital próprio que vierem a ser declarados a partir da data de aprovação do referido aumento de capital, fazendo jus também, de forma integral, a eventuais vantagens atribuídas às demais ações a partir daquela data. Em conseqüência, a redação do “caput” do Artigo 6o do Estatuto Social será alterada após completado todo o processo do aumento do capital.”. Em face da aprovação da proposta para aumento do Capital Social, disse o senhor Presidente que a Diretoria estava autorizada a dar andamento normal ao processo, na forma exposta, abrindo a subscrição de ações. O acionista Banco Bradesco S.A., por seus representantes, abriu mão de parte de seus direitos à subscrição das ações emitidas em favor das empresas a seguir elencadas, que, por seus representantes legais, senhores Sérgio Socha, brasileiro, casado, bancário, RG 208.855-0/SSP-SC, CPF 133.186.409/72, e Norberto Pinto Barbedo, brasileiro, divorciado, bancário, RG 4.443.254/SSP-SP, CPF 509.392.708/20, ambos com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, presentes à Assembléia, subscreveram e integralizaram, de comum acordo, o referido aumento do capital social, conforme segue: a) Banco Bradesco S.A., subscreve 6.757.862 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, integralizando mediante a conferência de 34.471.052 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, de emissão da Bruxelas Holdings S.A., CNPJ no 08.427.596/0001-12, avaliadas em R$26.436.884,02, sendo que R$25.502.219,02 serão levados à conta “Capital Social” e R$934.665,00 levados à conta “Reserva de Capital - Ágio na Emissão de Ações”; b) Banco Alvorada S.A., com sede na Cidade de Deus, Prédio Novíssimo, 4o andar, Vila Yara, Osasco, SP, CNPJ no 33.870.163/0001-84, NIRE 35.300.329.619, subscreve 5.470.341 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, integralizando mediante a conferência de 26.917.485 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, de emissão da Bruxelas Holdings S.A., CNPJ no 08.427.596/0001-12, avaliadas em R$49.361.729,42, sendo que R$20.643.484,85 serão levados à conta “Capital Social” e R$28.718.244,57 levados à conta “Reserva de Capital - Ágio na Emissão de Ações”; c) Alvorada Cartões, Crédito, Financiamento e Investimento S.A., com sede na Cidade de Deus, Prédio Novíssimo, 4o andar, Vila Yara, Osasco, SP, CNPJ no 74.552.142/0001-06, NIRE 35.300.138.546, subscreve 1.640.105 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, integralizando mediante a conferência de 8.070.203 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, de emissão da Bruxelas Holdings S.A., CNPJ no 08.427.596/0001-12, avaliadas em R$6.189.563,97, sendo que R$6.189.281,08 serão levados à conta “Capital Social” e R$282,89 levados à conta “Reserva de Capital - Ágio na Emissão de Ações”; d) Bradesco Leasing S.A. - Arrendamento Mercantil, com sede na Avenida Alphaville, 1.500, piso 2, parte, Alphaville, Barueri, SP, CNPJ no 47.509.120/0001-82, NIRE 35.300.151.381, subscreve 257.162 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, integralizando mediante a conferência de 1.265.376 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, de emissão da Bruxelas Holdings S.A., CNPJ no 08.427.596/0001-12, avaliadas em R$970.454,74, que serão levados à conta “Capital Social”; e) Banco Bankpar S.A., com sede na Avenida Maria Coelho Aguiar, 215, Bloco F, 8o andar, parte, Jardim São Luís, São Paulo, SP, CNPJ no 60.419.645/0001-95, NIRE 35.300.021.355, subscreve 32.675 ações ordinárias, nominativasescriturais, sem valor nominal, integralizando mediante a conferência de 160.777 ações ordinárias, nominativasescriturais, sem valor nominal, de emissão da Bruxelas Holdings S.A., CNPJ no 08.427.596/0001-12, avaliadas em R$123.304,71, que serão levados à conta “Capital Social”; f) Banco Bradesco BBI S.A., com sede na Cidade de Deus, Prédio Novíssimo, 4o andar, Vila Yara, Osasco, SP, CNPJ no 06.271.464/0001-19, NIRE 35.300.335.791, subscreve 23.542 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, integralizando mediante a conferência de 115.840 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, de emissão da Bruxelas Holdings S.A., CNPJ no 08.427.596/0001-12, avaliadas em R$89.053,99, sendo que R$88.841,36 serão levados à conta “Capital Social” e R$212,63 levados à conta “Reserva de Capital - Ágio na Emissão de Ações”; g) União Participações Ltda., com sede na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, CNPJ no 05.892.410/0001-08, NIRE 35.218.401.204, subscreve 9 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, integralizando mediante a conferência de 1.000 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, de emissão da Bruxelas Holdings S.A., CNPJ no 08.427.596/0001-12, avaliadas em R$766.93, sendo que R$36,57 serão levados à conta “Capital Social” e R$730,36 levados à conta “Reserva de Capital - Ágio na Emissão de Ações”. As ações da Bruxelas Holdings S.A. utilizadas para integralizar o aumento do Capital Social foram avaliadas de conformidade com o disposto no Artigo 8o da Lei no 6.404/76, pelo critério de valor contábil, pela empresa Probus Assessoria Contábil e Fiscal Ltda., Sociedade Simples, com sede na Rua Cônego Afonso, 41, Jardim Agu, Osasco, SP, registrada no Conselho Regional de Contabilidade no Estado de São Paulo sob no 2SP018437/O-3, CNPJ no 00.637.288/0001-00, que, por seu representante, senhor Sidney Pires de Oliveira, Contador, CRC no 1SP108883/O-0, presente à Assembléia, apresentou os respectivos Laudos de Avaliação por ela elaborados, os quais foram aprovados em sua íntegra, sem qualquer ressalva, em especial quanto aos números neles contidos, dispensadas as suas transcrições, uma vez que, rubricados pelos presentes, ficarão arquivados na Sociedade nos termos da alínea “a” do Parágrafo Primeiro do Artigo 130 da Lei no 6.404/76; 2) ratificar a nomeação da Probus Assessoria Contábil e Fiscal Ltda., já qualificada, como responsável pela avaliação das referidas ações da Bruxelas Holdings S.A., utilizadas na integralização do aumento de capital. Em seguida, o senhor Presidente comunicou aos presentes o seguinte: 1) ter sido totalmente subscrito e integralizado o aumento de capital no valor de R$53.517.622,33, consistente de 14.181.696 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal; 2) que as ações subscritas e integralizadas no referido aumento terão direito a dividendos e/ou juros sobre o capital próprio que vierem a ser declarados a partir desta data (31.5.2007), fazendo jus também, de forma integral, a eventuais vantagens atribuídas às demais ações, a partir da citada data; 3) que verificada a subscrição integral e a integralização do aumento de capital, o “caput” do Artigo 6o do Estatuto Social passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 6o) O Capital Social é de R$53.777.622,33 (cinqüenta e três milhões, setecentos e setenta e sete mil, seiscentos e vinte e dois reais e trinta e três centavos), dividido em 14.441.696 (catorze milhões, quatrocentas e quarenta e uma mil, seiscentas e noventa e seis) ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal.”; 4) que os acionistas subscritores autorizam o Banco Bradesco S.A., Instituição Financeira Depositária das ações da Bruxelas Holdings S.A., a efetuar a transferência das ações de emissão da referida Sociedade, utilizadas na integralização do aumento do capital social ora aprovado, para a Serel Participações em Imóveis S.A., declarando a inexistência de imposto de renda, pelo fato do aumento do capital social estar sendo efetivado pelo critério de valor contábil. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente esclareceu que, para a deliberação tomada, o Conselho Fiscal da Companhia não foi ouvido por não se encontrar instalado no período, e que toda a matéria ora aprovada somente entrará em vigor e se tornará efetiva depois de estarem atendidas todas as exigências legais de arquivamento na Junta Comercial e publicação, e encerrou os trabalhos, lavrando-se a presente Ata, que lida e achada conforme, foi aprovada por todos os presentes que a subscrevem. aa) Presidente: Sérgio Socha; Secretário: José Luiz Acar Pedro; Acionista: Banco Bradesco S.A., representado por seus Diretores, senhores Sérgio Socha e Norberto Pinto Barbedo; Empresa Avaliadora: Probus Assessoria Contábil e Fiscal Ltda., representada pelo senhor Sidney Pires de Oliveira. Declaração: Declaramos para os devidos fins que a presente é cópia fiel da Ata lavrada no livro próprio e que são autênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. Serel Participações em Imóveis S.A. (em transformação). aa) Sérgio Socha, Norberto Pinto Barbedo. Certidão - Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob no 269.013/07-6, em 6.8.2007. a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

que fazem parte de seus relacionamentos. A Companhia Brasileira de Soluções e Serviços (CBSS), que administra os cartões de benefícios Visa Vale, é exemplo de empresa que adotou essa prática, chamada de "steakholder". Como a sustentabilidade faz parte de seus valores, internamente, ela utiliza apenas papel reciclado e faz coleta seletiva de lixo. A área de café, utilizada também como um espaço de confraternização e troca de idéias pelos colaboradores, é o canal usado para conscientizá-los da importância de adotar a reciclagem no seu dia-a-dia. Já o Hospital Sírio Libanês, que completa 85 anos em

2007, levou pouco tempo para finalmente adotar um processo de gestão moderna. De acordo com Carlos Alberto Marsal, superintendente de Controladoria e Recursos Humanos, há três anos os primeiros executivos foram contratados para iniciar uma reestruturação administrativa que dura até hoje. A lição começou em casa: "embora os funcionários tivessem clareza sobre a excelência do hospital, havia certa acomodação por parte deles", explicou Marsal. Para mudar isso, foi instituída uma política de remuneração e benefícios, treinamento e desenvolvimento dos colaboradores.

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO ABERTURA DE LICITAÇÃO SITE: www.riopreto.sp.gov.br MODALIDADE: TOMADA DE PREÇOS Nº 026/2007 Objeto: Contratação de empreitada de mão-de-obra com fornecimento de materiais para reforma e construção de passarela na E. M. José Barbar Cury. Limite p/entrega dos envelopes 06/09/2007 às 17:00h e abertura dia 10/09/2007 às 15:00h. SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE CALÇADOS DE SÃO PAULO CNPJ (MF) nº 60.745.932/0001-95 – Edital de Convocação – Assembléia Geral Extraordinária O Presidente da Entidade supra, convoca os integrantes da categoria econômica para participarem da AGE, a ser realizada no dia 27/08/2007, às 14h00, em sua sede na Av. Rangel Pestana, 1292, 1º andar, cj. 12 - SP, a fim de deliberarem sobre a ordem do dia: 1) Negociação coletiva com a categoria profissional dos comerciários em geral; 2) Outorga de poderes ao Presidente para negociar junto à entidade representativa da respectiva categoria profissional; 3) Discussão e aprovação das contribuições assistencial e confederativa, esta última prevista no art. 8º, inciso IV da Constituição Federal; 4) Outros Assuntos. Não havendo, na hora indicada número legal de participantes para instalação dos trabalhos em 1ª convocação, a AGE será realizada 1 hora após, em 2ª convocação, com o “quorum” legal. São Paulo (SP), 21 de agosto de 2007. (a) NICHAN BERTEZLIAN – Presidente.

SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE LIVROS DE SÃO PAULO CNPJ (MF) nº 52.807.310/0001-16 – Edital de Convocação – Assembléia Geral Extraordinária O Presidente da Entidade supra, convoca os integrantes da categoria econômica para participarem da AGE, a ser realizada no dia 24/08/2007, às 14h00, em sua sede na Av. Rangel Pestana, 1292, 1º andar, cj. 12 - SP, a fim de deliberarem sobre a ordem do dia: 1) Negociação coletiva com a categoria profissional dos comerciários em geral; 2) Outorga de poderes ao Presidente para negociar junto à entidade representativa da respectiva categoria profissional; 3) Discussão e aprovação das contribuições assistencial e confederativa, esta última prevista no art. 8º, inciso IV da Constituição Federal; 4) Outros Assuntos. Não havendo, na hora indicada número legal de participantes para instalação dos trabalhos em 1ª convocação, a AGE será realizada 1 hora após, em 2ª convocação, com o “quorum” legal. São Paulo (SP), 21 de agosto de 2007. (a) JAMIL BIZIN – Presidente.

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO PREGÃO (presencial), para Registro de Preço DSE nº 51/07. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 4311/5900/2007. OBJETO: Biscoito “Wafer” com Recheio Sabor Baunilha. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 09:30h do dia 04 de setembro de 2007. PREGÃO (presencial), para Registro de Preço DSE nº 52/07. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 4312/5900/2007. OBJETO: Biscoito Doce Sabor Banana. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 14:30h do dia 04 de setembro de 2007. PREGÃO (presencial), para Registro de Preço DSE nº 53/07. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 4310/5900/2007. OBJETO: Biscoito Doce com Recheio Sabor Limão. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 09:30h do dia 05 de setembro de 2007. PREGÃO (presencial), para Registro de Preço DSE nº 54/07. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 4520/5900/2007. OBJETO: Mistura para o Preparo de Creme de Frutas. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 14:30h do dia 05 de setembro de 2007. PREGÃO (presencial), para Registro de Preço DSE nº 55/07. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 4524/5900/2007. OBJETO: Mistura para o Preparo de Manjar de Coco. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 09:30h do dia 06 de setembro de 2007. PREGÃO (presencial), para Registro de Preço DSE nº 56/07. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 4518/5900/2007. OBJETO: Mistura para o Preparo de Creme de Milho com Coco. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 14:30h do dia 06 de setembro de 2007. Edital completo à disposição dos interessados, via Internet, pelo Site www.enegociospublicos.com.br. INFORMAÇÕES: fones: (11) 3866-1615/1616, de 2ª a 6ª feira, no horário das 8h às 17h.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE SUPRIMENTO ESCOLAR

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 21 de agosto de 2007, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Requerente: SH Fôrmas, Andaimes e Escoramentos Ltda. Requerido: Exemont Engenharia Ltda. - Av. Senador Queiroz, 274 - 3º andar - 1ª Vara de Falências Requerente: Ocrim S/A Produtos Alimentícios - Requerido: Comercial Flor de Trigo Ltda. Rua Aden, 170 - 2ª Vara de Falências Requerente: Ocrim S/A Produtos Alimentícios - Requerido: Sérgio

Achoa-ME - Rua Domingos Prado, 65 - 1ª Vara de Falências Requerente: Ocrim S/A Produtos Alimentícios - Requerido: Piccola Itália Pães, Frios e Laticínios Ltda - Rua Conselheiro Ramalho, 621 - 2ª Vara de Falências Requerente: Moinho Pacífico Indústria e Comércio Ltda. - Requerido: Wagner Peccine Toledo da Silva ME - Rua Igaraçú, 199 - 1ª Vara de Falências

Consumidor prefere financiar com cartão Roseli Lopes

Outro sinal de maior uso dos plásticos no pagamento de gastos em geral está no crescipesar de os cartões de cré- mento do volume de compras dito trabalharem com ju- feitas com o produto no priros acima das taxas médias meiro semestre de 2007. Foram usadas em outros produtos fi- R$ 139,9 bilhões, 20% acima do nanceiros – cobram até 14% de registrado nos primeiros seis quem deixa de pagar a fatura meses de 2006. A soma – inno vencimento –, o brasileiro cluindo as operações com carampliou o uso do produto para tões de crédito, débito, de lojas custear suas compras. Em ju- e regionais – é resultado de 2,3 nho, o total de financiamentos bilhões de transações efetuasomou R$ 15,87 bilhões, entre o das pelos consumidores, com crédito rotativo e o parcela- um valor médio de R$ 60, alta mento com juros. Na ponta do de 4% sobre o tíquete médio do ano passado. lápis, esse Do valor de montante sigR $ 1 3 9 , 9 b inifica uma alta lhões de comde 21% sobre pras feitas enos R$ 13,08 bitre janeiro e julhões do mesnho deste ano, mo mês de por cento foi o R $ 8 9 , 9 b i2006, segundo aumento do valor do lhões foram números da pagos com Associação tíquete médio de cartões de créBrasileira das compras. dito, quase Empresas de 60% de partiCartões de cipação no toCrédito e Sertal dos gastos. Em segundo luviços (Abecs). Esse crescimento, na avalia- gar em termos de preferência ção do presidente da Abecs, de uso, está o cartão de débito, Jair Scalco, é um dos sinais de com R$ 32 bilhões, o equivaque o uso do cartão de crédito lente a 23%. O crescimento do número ganhou mais espaço no orçamento do brasileiro quando o de cartões em circulação, que assunto é financiar as com- pulou de 2,01 bilhões no pripras. Apenas no mês de junho meiro semestre do ano passadeste ano, o volume de crédi- do para 2,34 bilhões no mestos novos contratados com o mo período de 2007, somado plástico somou R$ 8,13 bi- ao aumento da renda do bralhões, o equivalente a 51% do sileiro, fez a Abecs rever para total de financiamentos efe- cima a estimativa de crescit u a d o s p e l o s e t o r. F o r a m mento do volume de compras R$ 7,54 bilhões de crédito par- para este ano, informou o dicelado concedidos em junho retor de marketing da entidade, Antônio Rios. do ano passado.

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Maior lucro é dos bancos

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studo divulgado ontem pela consultoria Economática mostra que os bancos tiveram os maiores lucros líquidos entre os setores com empresas de capital aberto no Brasil no primeiro semestre de 2007. De acordo com a consultoria, somente o setor têxtil apresentou prejuízo no período. Representados por 24 instituições, os bancos acumularam lucro de R$ 14,522 bilhões entre os meses de janeiro e julho, valor que corresponde a 22,5 % do total do ganho das empresas de capital aberto no País no período. O setor de petróleo e gás é o segundo da lista, com R$ 11,398 bilhões, e responde

por 17,6% do total do período. O terceiro setor é o de mineração, com R$ 10,996 bilhões, equivalentes a 17% do total da lucratividade das empresas no semestre. Os três setores com maior lucratividade acumulam R$ 36,916 bilhões, equivalentes a 51% do total do lucro das 319 empresas analisadas. O setor têxtil está entre os 22 analisados e o prejuízo no primeiro semestre de 2007 foi de R$ 262 milhões. Os dois maiores lucros das empresas de capital aberto brasileiras, da Vale do Rio Doce, com R$ 10,937 bilhões e da Petrobras, com R$ 10,931 bilhões, equivalem a 16,9% do total das empresas. (AG)


quarta-feira, 22 de agosto de 2007

ESTILISTA O estilista Ronaldo Esper foi absolvido da acusação de furtar dois vasos no cemitério do Araçá.

Ambiente Educação Administração Saúde

Ó RBITA

AEROPORTOS Os aeroportos do País registraram ontem, até as 16h, 4,7% de vôos atrasados.

Tiago Queiroz/AE

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3 Marcos Fernandes/Luz

Ensino o básico para as crianças. Prefeito Gilberto Kassab

AULAS DURAM CERCA DE MEIA HORA

Professor Kassab dá aula sobre Cidade Limpa Agenda do prefeito Gilberto Kassab inclui aulas sobre poluição para alunos nas escolas municipais da Capital Márcio Fernandes/AE - 03/01/2007

Ivan Ventura

E BAHAMAS: NOVA INTERDIÇÃO

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hotel do empresário Oscar Maroni, dono da boate Bahamas, foi lacrado novamente ontem. O Oscar's Hotel fica próximo ao Aeroporto de Congonhas, na zona sul, e havia sido liberado por uma decisão judicial no dia 7. O prédio foi interditado pela primeira vez pelo prefeito Gilberto Kassab no dia 26 de julho. A Justiça entendeu que a Prefeitura desobedeceu a uma ordem judicial e determinou que o

prédio fosse liberado até o fim do processo que trata de anistia administrativa. O advogado de Maroni, Vladimir Silveira, disse que não foi informado sobre os motivos da nova interdição. “Mais uma vez a Prefeitura não alegou nada (para lacrar)”, disse o advogado. Maroni está preso desde o dia 6, acusado de favorecimento e exploração de prostituição, formação de quadrilha e tráfico de pessoas. (Agências)

Vivi Zanatta/AE

ACIDENTE NA DUTRA FERE 15

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m acidente com um microônibus deixou a Rodovia Presidente Dutra interditada por mais de uma hora em Guarulhos, na Grande São Paulo, ontem de madrugada. Por volta de 2h20, um microônibus da Empresa de Ônibus Guarulhos S/A bateu e caiu do trevo de Bonsucesso na pista da rodovia. O veículo transportava funcionários da própria empresa e das viações

Sambaíba e Vila Galvão. Segundo o Corpo de Bombeiros de Guarulhos, 15 pessoas ficaram feridas, cinco delas em estado grave. As demais sofreram ferimentos leves. Por causa do acidente, o congestionamento no sentido São Paulo-Rio de Janeiro da rodovia chegou a quase três quilômetros. A pista foi liberada para o tráfego apenas às 3h35, segundo a concessionária NovaDutra. (Agências)

CRESCEM CASOS DE DENGUE EM SP

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Estado de São Paulo já registrou este ano mais de 59 mil casos de dengue, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde. O número é 19% maior que o volume de casos registrados em todo o ano passado. Até agosto, 59.468 pessoas foram infectadas pelo mosquito Aedes Aegypti, contra

50.027 em 2006. Em Ubatuba, no Litoral Norte do Estado, cinco mil casos da doença foram registrados até o mês de julho. Outras cidades com grande número de pessoas infectadas no Estado são São José do Rio Preto (9.277 casos), Campinas (4.268 casos) e Bebedouro (3.206 casos). (AE)

scolas municipais de São Paulo passarão a receber a visita de um professor diferente, mas conhecido dos paulistanos. Formado em engenharia e economia pela Universidade de São Paulo (USP), ele não leciona sobre matemática, português ou outra matéria prevista no currículo escolar. O tema das aulas é a lei Cidade Limpa e os mais variados tipos de poluição que existem na Capital. E o professor é o prefeito Gilberto Kassab. Desde o início da aplicação da nova lei, que passou a vigorar no dia 1.º de janeiro de 2007, Kassab tem ensinado a matéria “Cidade Limpa” à população paulistana. Entre os alunos, estão incluídos publicitários, donos de empresas de outdoors, comerciantes, arquitetos e outros envolvidos no universo da publicidade exterior e das placas nas fachadas dos estabelecimentos comerciais. Inicialmente, a nova legislação chegou a ser rejeitada, mas hoje 56% da população paulistana apóia a nova lei, segundo revelou a pesquisa Ibope/Diário do Comércio, divulgada no mês passado. Agora, o foco do “professor” Kassab são os alunos de 1ª a 8ª série das Escolas de Ensino Fundamental (EMEF) da Capital. De acordo com a assessoria do prefeito, a primeira aula foi no último dia 13, para um público de aproximadamente 30 alunos da EMEF Shirley Guio, na Vila Maria, na zona norte. A segunda foi ontem, por volta das 10h, para alunos da EMEF

Kassab durante vistoria para aplicação da lei Cidade Limpa: aula para alunos inclui noções de poluição visual

Arthur Azevedo, no Tatuapé, na zona leste da cidade. Cada aula sobre a lei Cidade Limpa do professor Kassab dura de 20 a 30 minutos. A exposição começa com uma explicação sobre os tipos de poluição no cotidiano de São Paulo: visual, sonora, do ar e da água. Em seguida, ele aponta os principais causadores da degradação do ambiente e os efeitos nocivos provocados pela poluição nas pessoas. A aula termina com dicas sobre como melhorar o ambiente em que as pessoas vivem e cita brevemente a lei Cidade Limpa. “Ensino o básico para as crianças. Digo a elas para que não joguem papéis nas ruas da cidade, não poluam as

águas e o ar, além de explicar sobre os malefícios dessas poluições para o paulistano. Tudo de forma didática, envolvendo o amplo tema da proposta de criar uma cidade limpa”, explicou Kassab. De acordo com a assessoria do prefeito, a intenção de Kassab é visitar uma escola por semana, mas tudo dependerá dos compromissos de sua agenda. Serra - Ao que tudo indica, Kassab parece seguir os passos do antecessor na cadeira de prefeito, o atual governador de São Paulo, José Serra. Quando ainda era prefeito, Serra visitou diversas escolas da Capital e lecionou rapidamente as disciplinas de matemática e

português. Na época, Serra disse que lecionar para crianças “era um sonho antigo”. Atualmente, comenta-se que, mesmo como governador de São Paulo, Serra continua suas visitas de surpresa a escolas estaduais e também leciona para as crianças do ensino fundamental. Cinemas - A Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU) definiu que as placas de publicidade em teatros, cinemas e museus de São Paulo deverão ocupar, no máximo, 10% das fachadas. Atualmente, a maior parte desses estabelecimentos abriga placas ou anúncios de peças e filmes com tamanho superior ao permitido.

Aviação: pesquisa mede impactos evantamento realizado pela H2R Pesquisas Avançadas, através de pesquisa sobre comportamento chamado de flash, mostrou que 72% dos passageiros que viajaram de avião no País pelo menos uma vez nos últimos seis meses enfrentaram atrasos superiores a uma hora. O atraso médio dos vôos foi, no entanto, bem maior, chegando a quatro horas e meia. A pesquisa, cujo objetivo é apontar os impactos dos acidentes com o Airbus da TAM e o Boeing da Gol, revela que 34% dos entrevistados desistiram de alguma viagem de avião no período, 24% tive-

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ram algum vôo cancelado e 30% tiveram algum vôo adiado nos últimos seis meses. Entre os usuários que viajam a trabalho, 32% perderam algum negócio ou reunião. O levantamento indica mudanças nos hábitos de quem costuma viajar de avião: 42% fazem menos viagens aéreas, 31% viajam menos de forma geral e 20% passaram a viajar de ônibus. Os maiores beneficiados pela crise aérea, entretanto, foram os comerciantes dos

aeroportos. Com os problemas de atrasos e cancelamentos, 39% das pessoas consultadas passaram a consumir mais lanches e cafés nas lanchonetes, 37% fizeram mais compras nas revistarias e 31% aumentaram a freqüência com que almoçam ou jantam nos restaurantes localizados nos aeroportos. Os dois últimos acidentes aéreos elevaram também a quantidade de pessoas que dizem ter medo de voar: 38% não tinham medo de voar,

mas passaram a ter depois dos acidentes; 16% já tinham medo e continuam a ter. Com a soma dos resultados, a maior parte dos usuários (54%) tem medo de voar. O levantamento foi realizado entre os dias 3 e 11 de agosto, com 240 pessoas, em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Recife. Desse universo pesquisado, 28% dos entrevistados fazem mais de 12 viagens aéreas por ano e 25% voam de 5 a 12 vezes por ano. (AE)


quarta-feira, 22 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nacional Finanças Negócios Estilo

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SETOR DE ELETROELETRÔNICOS DEVE CRESCER 12%

Sindicato acusa Varig de propor alteração ilegal no contrato de seus comissários.

A FORTE CONCORRÊNCIA COM OS PRODUTOS DA CHINA FEZ A ABINEE REDUZIR PROJEÇÃO DE CRESCIMENTO

CAI FATURAMENTO DE ELETRÔNICOS

Andrei Bonamin/Luz

Mário Tonocchi

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Guilherme Afif Domingos recebeu de Delfim Netto prêmio da Ordem dos Economistas do Brasil

Celso Martone recebe prêmio "Economista do Ano" Vanessa Rosal

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prêmio "O Economista do Ano", que foi entregue na noite de segunda-feira, em São Paulo, consagrou o professor da Universidade de São Paulo (USP), Celso Luiz Martone, como o profissional da área com maior destaque no ano de 2007. Iniciativa da Ordem dos Economistas do Brasil, a realização é um programa contínuo de reconhecimento a economistas e profissionais de destaque em diversos ramos. Um dos trabalhos mais recentes de Martone é a publicação "O Dólar e a Dúvida", de 2005. Mas, segundo ele, a pesquisa que considera de maior impacto até hoje foi a do livro "Uma Proposta de Reforma Fiscal para o Brasil", de 1994.

"Acredito que o prêmio seja uma homenagem pelas diversas realizações no decorrer do tempo. A premiação é para o conjunto de obras", disse. Estiveram presentes na solenidade o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab e o secretário estadual do Emprego e Relações do Trabalho, Guilherme Afif Domingos, que representou o governador de São Paulo, José Serra. Afif recebeu o prêmio da categoria "comércio" pelo desenvolvimento de diversos projetos no setor. "Dedico essa homenagem à Associação Comercial de São Paulo, que luta pela redução da carga tributária e desenvolve diversas campanhas a favor do comerciante", disse, relembrando os tempos em que era presidente da entidade. Desde 1959, quando foi criado o prêmio, já receberam a

honraria o argentino Raúl Prebisch – por sua atuação na Cepal (Comissão Econômica para a América Latina das Nações Unidas) no final dos anos 50 e começo dos 60 –, os ex-ministros Celso Furtado, Roberto Campos, Delfim Netto e Mario Henrique Simonsen, entre outras personalidades. História – Depois de cinco anos de pesquisas, a Ordem dos Economistas do Brasil lançou, durante a realização do evento, o livro "Ensaios de História do Pensamento Econômico no Brasil Contemporâneo". Com 500 páginas, a publicação é uma referência sobre a história do pensamento econômico no País. No total, 32 autores assinam a obra, abordando temas como "o debate sobre industrialização" e "a distribuição de renda e crescimento econômico".

IEDI APOSTA EM ALTA DO EMPREGO Segundo o economistanível de emprego da indústria nacional deve chefe da instituição, Edgar O Pereira, a disseminação do crescer de forma mais

Ó RBITA IGP-M Sob pressão de alimentos e combustíveis, segunda prévia foi de 0,59%.

ANJ

A TÉ LOGO

crescimento da produção industrial favorece os estados onde a indústria é mais diversificada, com a presença de praticamente todos os setores produtivos, como São Paulo. (AE)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

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Petrobras: na Bolívia só o "necessário".

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2,8 milhões pagarão menos por energia

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Ativos petroquímicos em uma única empresa

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Associação Nacional de Jornais divulgou nota em protesto contra minuta da Comissão de Valores Mobiliários que sugere mudanças na regulamentação da atividade de jornalistas especializados no setor de finanças. (AE)

disseminada no segundo semestre, beneficiando o Estado de São Paulo. É o que indica análise do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

Polêmica na venda da Telemig Brasil já é o nono maior fornecedor para a UE BM&F promoverá 1º leilão de créditos de carbono

Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, (Abinee) reduziu a previsão de aumento do faturamento de 2007 em relação a 2006 de 15% – inicialmente calculado em outubro do ano passado –, para 12%, neste mês. A concorrência asiática é o principal motivo da revisão, divulgada ontem pelo presidente da Associação, Humberto Barbato. O movimento financeiro das empresas do setor deve chegar a R$ 117 bilhões este ano. Considerando apenas o semestre, de janeiro a junho deste ano, o faturamento cresceu a 8% em relação ao mesmo período do ano passado. Dentro dessa expansão, quem mais puxou para cima a arrecadação foi o setor de material de instalação, com 33% de lata. Nessa área, segundo Barbato, é cada vez mais forte e entrada da China no mercado brasileiro. "Já tem empresa nacional deixando de produzir para importar ferro de passar da China e vender no mercado interno",

disse. No ranking dos que mais faturam, aparece em seguida a automação industrial com 25% a mais que os seis primeiros meses de 2006 e os equipamentos industriais (19%). Na outra ponta, estão os setores de telecomunicações, que perdeu 11% no primeiro semestre em relação a 2006 e de utilidades domésticas, com menos 8%. Comparados os períodos de 2006 e 2007, entretanto, telecomunicações deve fechar sem aumento e o segmento de utilidades domésticas, com de 5% de crescimento. Além dos produtos asiáticos, outra nuvem sombria paira sobre a cabeça dos empresários do setores elétrico e eletrônico nacional: a Medida Provisória 380 ou a MP do Paraguai. Publicada em 29 de julho deste ano, a regulamentação institui o "Regime de Tributação Unificada" (RTU), de 42,25%, pago numa alíquota única e opcional. A MP também permitirá a importação, por via terrestre, de mercadorias procedentes do Paraguai. A lista dessas mercadorias será definida, depois de audiências públicas, quando o governo regulamentar a nova lei, assim que for

aprovada pelo Congresso Nacional. "Se os equipamentos elétricos e eletrônicos entrarem na lista, será um impacto devastador para as indústrias", disse Barbato. A balança comercial dos setores elétrico e eletrônico é deficitária no Brasil, principalmente para itens de alto valor agregado e com tecnologia avançada. Se comparado o desempenho de 2006 com a previsão para 2007, o déficit deve ficar em US$ 12,5 bilhões, 28% a mais que o registrado no ano passado, US$ 9,729 bilhões. No primeiro semestre deste ano, a balança comercial ficou negativa em US$ 6,38 bilhões. No mesmo período do ano passado, o déficit estava em US$ 5,06 bilhões. As exportações, de janeiro a junho, ficaram em US$ 4,4 bilhões, ou somente 0,3% acima do mesmo período de 2006. Já as importações cresceram 14,1% sobre os seis primeiros meses do ano passado, batendo os US$ 10,8 bilhões. Aparecem no topo das compras externas feitas pelo Brasil, no set o r, a s t e l e c o m u n i c a ç õ e s (55%), informática (29%) e automação industrial (24,9%).

Sobra espaço para os shoppings Fernanda Pressinott

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inda há muito espaço para a construção de shopping centers no País. Enquanto nos Estados Unidos há 2,1 metros quadrados de shopping por habitante, no Brasil há apenas 0,04 metro quadrado. A opinião e os números foram divulgados ontem pelo consultor Marcos Gouvêa de Souza, no seminário "A Revolução no Setor de Shopping Centers". Aqui, segundo a Abrasce, existem 346 empreendimentos. Mas de acordo com a Associação dos Lojistas de Shopping (Alshop), que contabiliza também galerias e espaços menores, o Brasil tem 622 centros de compras. De acordo com Gouvêa, os lojistas e administradores devem apostar na expansão dos centros de compras e lazer no interior dos estados, principalmente fora de São Paulo e Rio de Janeiro, onde há bastante demanda reprimida. A opinião é compartilhada pelo diretor da rede de livrarias Nobel Sérgio Milano, que defende o formato de franquias como o mais adequado para expansão do setor. "Temos uma loja em Suzano (SP) de 300 metros quadrados, que funciona como se fosse uma âncora de 3 mil metros quadrados em São Paulo. E os resultados financeiros dela são excelentes", disse o executivo.

A CVC também tem se espalhado pelo País e das 122 lojas em shoppings (de um total de 200), mais de 80% estão fora do eixo Rio-São Paulo. "Escolhemos os pontos pela

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avaliação de quem passa no local e descobrimos que os shoppings do interior têm a cara do nosso público", afirmou o gerente de vendas da CVC, Roberto Vertemati.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Reuters

Internacional

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Estatal petrolífera venezuelana PDVSA financiará projeto público em Londres. A doação de US$ 32 milhões foi duramente criticada em Londres e Caracas

O

Omar Torres/AFP

Dean: só susto nos mexicanos

A

passagem do furacão Dean pelo sul do México não passou de um susto. O furacão, o primeiro da temporada 2007 do Atlântico, perdeu grande parte de sua arrasadora força horas após atingir a categoria 5 —a mais devastadora na escala Saffir-Simpson — e avançar sobre a turística península de Yucatán, no litoral mexicano. Mesmo mais fraco, os meteorologistas, alertam que o furacão pode recuperar a força após atravessar Yucatán e entrar no golfo do México nesta quarta-feira, ameaçando as instalações petrolíferas mexicanas antes de chegar ao continente. No final da tarde de ontem, o Dean já havia sido rebaixado para a categoria 1 pelo Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês), com ventos de 137 km/h. Antes de entrar no México, na madrugada de segunda para terça-feira, os ventos do furacão Dean haviam chegado a 270 km/h. O furacão causou danos mínimos no sudeste mexicano, inundando ruas, derrubando árvores e arrancando telhados. Não há notícias de mortos ou feridos por causa da tempestade, que afugentou boa parte dos turistas e obrigou outros milhares a ficarem dentro dos hotéis na Riviera Maia. Balneários como Playa del Carmen e Cancún, devastados pelo furacão Wil-

Chávez agora quer ajudar os pobres ingleses

Victor Ruiz/Reuters

ma em 2005, foram poupados de grandes estragos desta vez e enfrentaram apenas uma tempestade tropical. "Houve danos menores, chalés danificados e inundações de pequenos restaurantes, mas nada que não possa ser consertado com um esfregão", disse o presidente da Associação de Hotéis de Cancún, Jesús Almaguer. Já em Chetumal, cidade com cerca de 150 mil habitantes, uma das principais avenidas estava ontem com quase um metro de água. Em Belize, vizinha ao México, canaviais do norte do país foram destruídos. O Dean matou 13 pessoas em seu trajeto pelo Caribe, deixando 30 mil desabrigados na Jamaica. (Agências)

Após deixar 13 mortos pelo Caribe, Dean causou pequenos estragos no sudeste mexicano: árvores e placas foram arrancadas e algumas cidades enfrentaram enchentes

presidente venezuelano Hugo Chávez incluiu ontem mais um item em sua já extensa lista de polêmicas que extrapolam as fronteiras de Caracas. Tudo por conta de um já bastante criticado acordo com a prefeitura de Londres, capital inglesa, que permitirá aos moradores de baixa renda obterem desconto de 50% nas tarifas de ônibus. Os descontos, que devem beneficiar aproximadamente 250 mil pessoas, só serão possíveis graças a uma doação de US$ 32 milhões que sairá dos cofres da estatal venezuelana de petróleo PDVSA. Em troca, Chávez terá ajuda técnica da prefeitura londrina para melhorar o sistema de transporte público da capital Caracas. O acordo, acertado durante uma visita do presidente venezuelano a Londres no ano passado e que será colocado em prática a partir do próximo ano, já tem sido duramente criticado em ambos os países. Na Venezuela, o centro de análises "Fundación Justicia y Democracia", tradicional opositor de Chávez, acusa o presidente de prejudicar as contas da PDVSA com as doações. O instituto calcula em US$ 30 bilhões as doações realizadas pelo governo venezuelano aos "países aliados" desde 2004. Entre os maiores projetos de

Chávez que utilizariam dinheiro da petrolífera estão o financiamento a refinarias nas Américas do Sul e Central e o fornecimento de petróleo com desconto para países como Cuba. No início do mês, a Venezuela também prometeu a Belarus US$ 460 milhões para ajudar o país em suas importações de gás da Rússia. Times critica Na Grã-Bretanha, o jornal "Financial Times" criticou os subsídios ao transporte público e afirmou que "o acordo provocou a ira da oposição na capital londrina". Questionou, também, "por que Londres, uma das cidades mais ricas do mundo, aceitou doações de uma nação em desenvolvimento cujo Produto Interno Bruto (PIB) per capita é estimado em menos de um quarto do britânico". O diário observou, ainda, que a própria prefeitura de Londres admite que o custo do acordo para Londres será "minúsculo comparado com o presente da Venezuela". Constituição No plano interno, o Congresso venezuelano, dominado por aliados de Chávez, deu a aprovação inicial ontem às reformas constitucionais defendidas pelo mandatário. As reformas darão a Chávez a possibilidade de reeleger-se várias vezes ao cargo de presidente. (Agências)

Pablo Cuarterolo/AFP

Orlando Sierra/AFP

Enrique Castro-Mendivil/Reuters

ARGENTINA – 10 mil marcharam em Río Gallegos, capital de Santa

VOLTA PARA CASA – Imigrantes ilegais desembarcam na Cidade

AJUDA – Após verem suas casas serem destruídas pelo terremoto de 8

Cruz e feudo político do presidente Néstor Kirchner, contra o incidente causado por um ex-assessor que atropelou propositalmente 17 pessoas que protestavam contra o presidente na última semana

da Guatemala após serem deportados nos Estados Unidos. Conforme o serviço de imigração guatemalteco, 14. 791 pessoas já foram expulsas dos EUA somente este ano, incluindo 224 menores e 103 delinqüentes

graus na escala Richter que matou 540 pessoas no Peru na última semana, moradores de Pisco saem em busca de comida e roupas. Ontem, equipes de resgate buscavam vítimas nos escombros de um hotel


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OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

LENTE DE AUMENTO REFORMAS EM SEGUNDO PLANO

G A prioridade

é aprovar a CPMF e a DRU. Lula mandará as reformas ao Congresso mais tarde. Se mandar. 2 - Os principais pontos da reforma previdenciária em discussão são: idade mínima para os futuros trabalhadores da iniciativa privada; mudança nas regras de concessão de pensão por morte e fundo de pensão para servidores públicos. O governo também estuda proposta para limitar a contribuição patronal ao INSS como uma das alternativas para desonerar a folha de pagamento das empresas. Pelas regras em vigor, as empresas recolhem 20% sobre a folha de pagamento. Uma das idéias estudadas pela Fazenda é a contribuição patronal de 20% sobre o valor máximo de R$ 2.894,28, independentemente do salário. O problema é que o presidente Lula está enviando essas propostas ao Congresso tarde demais. Com isso, há o risco de ambas as reformas serem aprovadas novamente com limitações ou sequer serem votadas no seu governo, em especial a tributária.

Sabe-se que a prioridade do Planalto será aprovar a CPMF e a DRU. Todos os outros projetos ficarão em segundo plano. Se andarem, ótimo. Se não, não há problema. Isto porque não há nada de crucial para a economia que dependa da votação dos parlamentares. E mesmo sendo prioridade do governo, vale lembrar que a proposta de emenda à Constituição que prorroga a DRU e a CPMF ficou quatro meses parada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Um só deputado – Eduardo Cunha, relator da proposta na Comissão de Constituição da Câmara – foi capaz de encurralar o governo. No próximo ano haverá eleição municipal. Isso significa que a partir de abril, prazo de desincompatibilização, o ritmo de atuação do Congresso poderá cair muito. Tradicionalmente, cerca de 20% dos parlamentares decidem disputar algum cargo eletivo. Mais um empecilho para o andamento das reformas. Outro fator limitador é o problema do Senado, paralisado e completamente dominado pelo assunto Renan Calheiros. Mesmo que seja positivo o fato de o governo continuar pensando em mandar projetos de reforma ao Congresso, há o risco de não serem aprovados. Se o objetivo de Lula for jogar para a platéia, ele poderá, com isso, evitar o desgaste perante a opinião pública. Aliás, quem vota em Lula hoje (classes C, D e E) está muito pouco interessado nesses temas. Por outro lado, se o seu objetivo for realmente aprovar as reformas, o presidente corre grande risco de fracassar, principalmente se conservar a mesma desatenção que tem tido no caso de outros temas importantes que tramitam no Congresso, como a Lei do Gás e das agências reguladoras, entre outros. TRECHOS DO COMENTÁRIO DE MURILLO DE ARAGÃO, DA ARKO ADVICE ANÁLISE POLÍTICA WWW.BLOGDOMURILLODEARAGAO. COM.BR/

JOÃO DE SCANTIMBURGO

AS DEFESAS Céllus

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o seu primeiro mandato, o presidente Lula encaminhou ao Congresso duas polêmicas propostas de emenda à Constituição. Uma delas tratando da questão tributária e outra da previdenciária. Mesmo tendo sido aprovadas pelo Congresso ainda em 2003, nenhuma delas em especial a tributária - foi suficiente para solucionar os problemas que atacavam. Resultado: as duas reformas continuam na agenda do governo e serão novamente apresentadas ao Congresso: 1 - O governo pretende substituir o ICMS e o ISS por um IVA estadual. Os quatro impostos federais indiretos (IPI , Cofins, Cide e o PIS) seriam substituídos por um IVA federal.

N

Blindagem para chinês ver ROBERTO FENDT

V

ários analistas têm discutido a questão da blindagem da economia brasileira à crise dos empréstimos subprime do mercado imobiliários norte-americano. As conclusões tendem a ser parecidas. Há dois aspectos que têm ocupado o centro das atenções dos analistas. O primeiro se refere às peculiaridades da atual crise; o segundo, às dúvidas com respeito a suas conseqüências. É consensual o diagnóstico de que a liquidez herdada do período do maestro Alan Greenspan como presidente do poderoso Federal Reserve (o Banco Central dos EUA), conjugada com a crescente sofisticação do mercado financeiro internacional, está na raiz da atual crise. Não fôra o mercado imobiliário americano, talvez a atual onda de crescimento da economia mundial, até agora não afetada ainda pela crise do mercado financeiro, não tivesse sido tão longa. Foi esse mercado que assegurou tomadores para a liquidez mundial remanescente da expansão monetária promovida pelos bancos centrais dos países desenvolvidos para estancar a crise anterior. Mas, para crescer, o mercado imobiliário americano precisou emprestar para tomadores de recursos com menor capacidade de pagamento. Quando, a partir do final do ano passado, os bancos centrais começaram a promover o enxugamento desse excesso de liquidez, os compradores de casas no mercado americano perceberam que não poderiam saldar suas dívidas. Nada de especial teria acontecido se os emprestadores tivessem mantido em carteira as hipotecas dos tomadores de empréstimos subprime. O problema, contudo, é que esses papéis passaram a servir de lastro para a captação de recursos em fundos de investimento e as cotas desses fundos, por sua vez, deram origem a outros fundos. Além disso, as hipotecas originais agora multiplicavam captações de recursos não somente nos EUA, mas em países distantes, como a Austrália e a Nova Zelândia. Com isso, criou-se um problema diferente com relação às crises anteriores: agora não se sabe ainda que fundos estão, em última instância, lastreados nos títulos ilíquidos dos tomadores

subprime do mercado americano. É essa incerteza que está alimentando a crise nas bolsas, já que, compreensivelmente, ninguém quer emprestar a ninguém até que se saiba o tamanho do problema e onde ele está. O segundo aspecto da questão são as conseqüências da atual crise, até agora circunscrita ao mercado financeiro. Nesta terça-feira, o Banco do Povo, da China, aumentou a taxa de empréstimo de referência de um ano em 0,18%, para 7,02% anual, a maior taxa em dez anos. Há um receio, na China, de que as perdas dos consumidores americanos na bolsa de valores e com o valor dos seus imóveis afete o consumo – o maior componente da demanda interna nos EUA. E a China tem nos EUA seu maior mercado de exportação. Do nosso ponto de vista, é discutível que estejamos tão protegidos assim pela blindagem decorrente de nossos bons fundamentos econômicos e pelas reservas internacionais, tão sabiamente acumuladas pelo nosso Banco Central. As exportações, nos últimos anos, passaram a constituir importante componente do PIB brasileiro. Da mesma forma, a China tornou-se importante mercado para nossos produtos. O problema é que os nossos preços poderão vir a ser afetados por uma desaceleração do crescimento nos EUA e China.

A

questão, portanto, é saber se esse impacto será grande ou pequeno, e a velocidade desse impacto, já que as exportações brasileiras estão crescendo mais por efeito dos preços que dos volumes exportados. A evidência disponível, anterior à elevação da taxa de juros chinesa, mostra impactos diferenciados entre os diversos produtos transacionados no mercado internacional. Os preços dos metais sofreram mais que os das commodities brasileiras. Conclusão: ainda é cedo para afirmações taxativas, mas é difícil imaginar que a crise do mercado financeiro se resolverá rapidamente e que não seremos afetados. Daqui para a frente, até que o mercado fique mais transparente, resta torcer.

N ossos preços poderão ser afetados pela desaceleração dos EUA e da China

Frágeis argumentos contra a CPMF

S e não é crucial para a economia, não anda.

MARCOS CINTRA

Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)

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irou moda pedir a extinção da CPMF. Mas os argumentos contra sua prorrogação não resistem a alguns minutos de honesta reflexão. A alegação mais freqüente contra a CPMF é o fato dela carregar o "P" de provisório. Mas o adicional de 2,5 pontos percentuais, criado para o IRPF a partir de 1998 (passou de 25% para 27,5%), e que também nasceu provisório, existe até hoje e ninguém contesta. Um segundo argumento contra a prorrogação da CPMF é um exemplar sofisma, e afirma que ela nasceu para financiar os gastos com o sistema público de saúde. Ele vai mal, logo, a CPMF deve ser eliminada. Por esse raciocínio, todos os impostos existentes no País deveriam ser sumariamente extintos, já que os serviços públicos em geral são notoriamente deficientes. Um terceiro argumento apela para os efeitos nocivos da cumulatividade da CPMF. Esquecem que qualquer imposto encarece preços. Isso depende de alíquotas, e não de técnicas de arrecadação. Um imposto cumulativo com baixas alíquotas terá menos impacto nos preços do que um tributo não-cumulativo com alíquotas elevadas. E sabe-se que pelo fato da CPMF ser insonegável, as alíquotas exigidas para um dado volume de arrecadação são significativamente

AMERICANAS

mais baixas do que as aplicáveis a um tributo não-cumulativo. Há estudos da Fundação Getul i o Va r g a s s o b r e i s s o ( d i s p o n í v e i s e m h t t p : / / w w w. m a r c o s c i n t r a . o r g / n o v o / g eral.asp?id=250&veja=1) não contestados, mas mesmo assim o argumento da cumulatividade virou chavão contra a CPMF. Finalmente, o argumento da excessiva carga tributária é absolutamente non sequitur. Se a carga tributária é excessiva, e há concordância universal nesse ponto, por que eliminar a CPMF e não qualquer outro imposto, com a mesma receita? Seria mais inteligente reduzir alíquotas linearmente ou eliminando os impostos mais complexos, mais sonegáveis, mais iníquos, como o ICMS, o IPI, a Cofins, as contribuições patronais ao INSS, etc.

C

omo se vê, os argumentos contra a CPMF não se sustentam. São terrivelmente frágeis. Só resta uma hipótese para justificar a cruzada anti-CPMF: politicagem misturada com interesses escusos de sonegadores e burocratas corruptos, afinal, eles nunca toleraram a CPMF por ser não-declaratória e insonegável. MARCOS CINTRA É VICE-PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS.

O s argumentos contra a CPMF não resistem a uma reflexão honesta

a vasta bibliografia sobre a Grande Depressão, que afetou os EUA - e, por via de conseqüência, o mundo -, verificou-se que a potência americana não contava no seu acervo de instrumentos com uma ferramenta vigorosa, capaz de pôr cobro à crise. Hoje, felizmente, os EUA já estão na posse de meios de defesa contra a crise financeira que assistimos, de proporções elevadas e desafiadoras. Estamos vendo que a extensão da crise alcança o mundo inteiro, até mesmo os pequenos países do do Pacífico Sul. Economias frágeis, como a brasileira, também estão ameaçadas, embora um ilustre economista sediado nos EUA, Nuno Câmara, tenha advertido que a Bolsa paulista seria poupado dos efeitos da crise; a verdade é que ela está aí, influindo nas cotações e repelindo novos negócios dessa instituição capitalista por excelência. Estamos seguros que o boom imobiliário, que vinha evoluindo admiravelmente bem nos EUA, poderá sofrer um freamento, mas não um colapso, com desemprego maciço na construção civil e com golpe encaixado de longe nos jogadores bursáteis, que ficariam aturdidos, sem saber que destino tomar.

E

ssa é a crise, como está se apresentando, e para a qual, infelizmente, não temos remédio, a não ser esperar que os próprios EUA reajam, com sua poderosíssima academia e sua estrutura financeira, inclusive com a ação conjunta dos bancos europeus, podendo minorar a situação anômala em que se encontra, com repercussão no mundo inteiro, tal o vulto econômico e financeiro de que são possuidores. Essa crise serve-nos de lição, embora não possamos fazer nada para atalhá-la. A economia e a estrutura financeira americana, a grandeza daquele país, não deixarão de repercutir no mundo inteiro, colhendo, até mesmo, países mais bem organizados politicamente. Ficamos por aqui, deixando uma advertência aos nossos leitores; que aprendam bem, se aconselhando antes de fazerem aplicações para garantir os dias difíceis que esperam viver. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR

G Na Grande

Depressão, os EUA não contavam com ferramenta vigorosa contra a crise. Hoje, felizmente, têm meios de defesa.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

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Política BOLSA-FAMÍLIA PARA 1/4 DO PAÍS 1,9

milhão de reais que Renan alega ter obtido com gado não pode ser comprovado

Ricardo Stuckert/ PR

Um em cada quatro brasileiros recebe o benefício, um dos principais responsáveis pela popularidade de Lula

U

m em cada quatro brasileiros recebe o Bolsa-Família, um dos principais programas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo levantamento divulgado ontem pelo ministério do Desenvolvimento Social. O País conta com uma população estimada em 190 milhões de brasileiros, segundo o IBGE. O "Perfil das Famílias Beneficiárias do Programa BolsaFamília" revelou que cerca de 45,8 milhões de pessoas estão sendo atendidas e beneficiadas pelo programa.

Junto ao programa Fome Zero, o Bolsa-Família é um dos principais responsáveis pelo alto índice de popularidade do presidente Lula, especialmente no Nordeste. O Ministério do Desenvolvimento Social disse também que cresceu o número de famílias atendidas pelo programa. "O número de famílias cresceu sim, são 11 milhões e 100 famílias atendidas pelo programa. Mas tudo dentro do orçamento", diz a assessoria. Orçamento – Para este ano, o orçamento do Bolsa-Família é de R$ 8,7 milhões. As famílias selecionadas ao benefício não

podem ter renda acima de R$ 120 por mês. Por meio da transferência direta de renda à família, o Bolsa-Família procura erradicar a pobreza e a fome, além de reduzir a desigualdade social do País. Perfil dos beneficiados – O objetivo do levantamento, segundo o ministério, é mostrar que o "Bolsa-Família tem uma boa focalização na população de baixa renda, além de servir como base para a implementação de políticas públicas destinadas a esse segmento". Entre os 11 milhões que recebem o benefícios, mais de 80% estudaram até a 8ª série do En-

sino Médio, enquanto 16,2% se declararam analfabetas. A maior parte dos beneficiários – 69% – vive em áreas urbanas. A situação em que vivem os beneficiados continua precária, mas a comparação do perfil de 2005 com o de 2007 mostra que houve melhora na vida dos atendidos nesse período. ' Fo rt un a' – Em seu blog, o jornalista Reinaldo Azevedo, da "Veja", criticou a divulgação dos números como uma vitória do governo. "São 45 milhões os atendidos? E quantos são os que votam? Dá para perceber um motivo claro da fortuna eleitoral de Lula". (AE)

Lula: "É aquela história de São Tomé, eu preciso ver para crer."

Pardos e negros: mais beneficiados

A

pesquisa do Instituto Brasileiro Geografia e Estatística (IBGE) que define o perfil dos beneficiários do Bolsa-Família comprova que a questão social – pobreza – está relacionada também com a questão racial, já que as famílias pardas e negras representam, respectivamente, 57,4% e 7,8% dos 45,8 milhões atendidos pelo programa. Outro dado significativo é que o sexo feminino não só é o mais beneficiado com o incentivo (53%), mas também a mulher tem papel dominante na administração familiar, representando 92,1% dos cerca de cerca de 11 milhões de responsáveis legais. Em relação à idade, a maioria (7,3 milhões) desses representantes legais se situa na população média adulta entre 25 e 44 anos, enquanto apenas uma pequena parte da popula-

ção mais velha (acima de 55 anos) tem o controle sobre o valor recebido pelo governo: 1,051 milhão de pessoas. Apenas 745,9 mil assumem a representação legal: são jovens de 16 a 24 anos de idade. Ainda no perfil encomendado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, a pesquisa mostra também que 16,2% desses responsáveis legais se declararam analfabetos e 40% estudaram até a quarta série. Cerca de 24,6% dos que administração a bolsa familiar chegaram até a oitava série do ensino fundamental e 12,3% concluíram o ensino médio. Carência nas cidades – A população no campo (31%) representa a menor parte dos beneficiários, enquanto 69% das famílias vivem nas cidades. A pesquisa encomendada pelo Ministério do Desenvol-

vimento Social e Combate à Fome demonstra também que uma parte das famílias beneficiárias não têm acesso à infraestrutura básica, como rede elétrica (76% das casas), coleta de lixo (66%), e sistema de esgoto (36% dos beneficiários). O estudo conclui que, mesmo com o aumento da precariedade no acesso aos serviços públicos em relação ao perfil de 2005, o abastecimento de água pela rede pública aumentou 3,6% para os beneficiários (64,7% das famílias), enquanto o acesso ao saneamento básico cresceu 2,5% para os inscritos (36,4% dos bolsistas). Longe do ideal – A questão é que esgoto, água tratada e coleta de lixo estão longe dessas casas. Um quarto dessas famílias bebe água sem qualquer tipo de tratamento, enquanto outros 38% apenas a filtram. A situação sanitária é ainda pior:

Fortuna de Renan é incompatível com renda, revela perícia Ganhos de senador não têm amparo nas atividades de parlamentar e pecuarista

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resultado da perícia nos documentos do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDBAL), que a Polícia Federal entregou ontem ao Conselho de Ética do Senado mostra que o senador tinha renda para pagar pensão à jornalista Mônica Veloso –com quem tem uma filha fora do casamento –, mas não prova que todo o dinheiro saiu do seu bolso. O laudo deve revelar ainda inconsistências na evolução patrimonial de Renan e fragilidade nas notas e recibos, muitos emitidos por empresas inidôneas. Os peritos do Instituto Nacional de Criminalística (INC) constataram ainda, na análise dos documentos, que a fortuna acumulada por Renan nos últimos anos não tem amparo nas suas rendas de parlamentar e pecuarista. A movimentação bancária dele no período de 2002 a 2006 está acima da renda declarada e o montante a descoberto não tem origem justificada. Os recibos e notas fiscais apresentados também não são suficientes para comprovar

que Renan faturou R$ 1,9 milhão com a venda de gado. Renan responde a processo por quebra de decoro, sob a acusação de ter despesas pessoais pagas pelo lobista Cláudio Gontijo, da empreiteira Mendes Júnior. Com a papelada, Renan buscou provar que faturou R$ 1,9 milhão em quatro anos com venda de gado e tinha renda para pagar a pensão, não precisando de ajuda de Gontijo. Se for condenado, Renan pode ser cassado e ter os direitos políticos suspensos. Estratégia – Na tentativa de ampliar seu espaço de defesa, o conselho pediu à PF que adiasse a entrega do laudo e analisasse novo lote de documentos, enviado na última segunda-feira pela Secretaria da Fazenda de Alagoas. Mas o INC, responsável pela perícia, recusou-se a retardar o trabalho, após dois meses de adiamentos, alguns atribuídos a aliados do senador. Ficou acertado que, se os documentos tiverem fatos novos, será feito um adendo ou uma revisão. A decisão, segundo o INC,

visa a evitar maior desgaste tanto para a PF como para o Senado, sobre os quais pesam suspeitas de estarem cedendo a manobras para beneficiar o senador. O presidente do conselho, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), informou que depois de receber o laudo dará cinco dias para Renan apresentar defesa. Em seguida, abrirá prazo para os relatores darem seu parecer. A previsão é de que o processo possa ser julgado no fim de setembro. Se o conselho aprovar parecer pela cassação, ele seguirá para o plenário, onde precisará dos votos de 41 senadores. Uma cópia do laudo será entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF), que abriu inquérito sobre suspeitas de enriquecimento ilícito, uso de documentos falsos, prevaricação e crime financeiro. A perícia responderá a 30 quesitos formulados pelo conselho. Poucas são favoráveis a Renan, como o fato de que o preço do gado está dentro do valor de mercado e não há sinais de superfaturamento. (AE)

63,6% não têm acesso a redes de esgoto tratado. A maioria (26,7%) usa fossas rudimentares, e outros 18% ainda convivem com esgotos a céu aberto. Bolsas recusadas –D e sd e 2003, mais de 34 mil pessoas devolveram os cartões do Bolsa-Família porque concluíram que não precisavam mais da ajuda do governo federal. São minoria entre as 1,4 milhão de famílias que tiveram os pagamentos cancelados nos últimos três anos – representam apenas 2,5% –, mas significam que poucos conseguem sair da dependência do Estado. A maior parte dos cancelamentos, no entanto, ainda ocorre em razão da família estar acima da renda para o programa (R$ 120 per capita por mês). Segundo o mesmo levantamento, desde 2003, 667.363 famílias foram excluídas por motivo de renda. (AE)

Biodiesel de 'picanha' Lula inaugura usina de sebo bovino do grupo Bertin

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presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou ontem em Lins (SP) a maior usina de biocombustível do País, do grupo Bertin, que vai produzir 110 milhões de litros do combustível por ano tendo como matériaprima o sebo bovino. Dono de um dos principais frigoríficos do estado de São Paulo, o grupo Bertin investiu R$ 42 milhões na usina, que produzirá 14% da demanda nacional de biodiesel. "Isso é biodiesel de picanha", afirmou Lula depois de abrir a torneira da usina, mostrando uma pipeta cheia do combustível. Um pouco antes, quando pegou o primeiro frasco do biodiesel produzido a partir da gordura animal, o presidente fez outro comentário bem-humorado: "Aqui jaz um boi".

" É conhecido o dito popular de que do boi se aproveita tudo, até o berro. Ou, como não se cansam de repetir os trabalhadores de grandes frigoríficos como este, dizem que aqui entra o boi e sai o calçado, sai ração animal, sai cosmético e, a partir de agora, a gente vai poder dizer que entra o boi e sai o biodiesel". Lula disse que precisou ver para crer na produção de biodiesel a partir de gordura animal. "Eu jamais imaginei que isso fosse possível. Agora está aqui o resultado, e é aquela história de São Tomé, eu preciso ver para crer." O grupo Bertin, uma holding de capital 100% nacional, está presente na agroindústria, infra-estrutura e energia, tem 30 unidades e emprega diretamente 30 mil pessoas. (AOG)

Uéslei Marcelino/ Folha Imagem

Acareação: 'Com ou sem algema?'

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presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), alvo de três processos no Conselho de Ética, respondeu ontem com ironia sobre uma possível acareação a se realizar com o usineiro alagoano João Lyra: "Com algema ou sem algema?". A declaração foi feita pelo senador ao chegar ao gabinete do colega Antônio Carlos Magalhães Júnior (DEM-BA). Lyra afirma ter sido sócio de Renan nas duas emissoras de rádio e confirmou o uso de "laranjas" no negócio. Também ontem o usineiro disse que aceita a acareação com o senador proposta pelo corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP). O advogado de João Lyra ligou para o gabinete do corregedor do Senado e avisou que seu cliente aceita submeter-se a um tête-à-tête com o presidente do Senado no Conselho de Ética da Casa. Renan apresenta versão diferente da de Lyra e diz que nunca manteve sociedade com o usineiro. Ainda segundo o advogado, Lyra especifi-

Renan: ironia ao falar do depoimento em conjunto com Lyra

cou que a acareação seria apenas com Renan e não com seu suposto "laranja" Tito Uchôa, primo do senador. O corregedor, que está em São Paulo, informou que encaminhará hoje requerimento da acareação ao Conselho de Ética. Defesa – Novos documentos, enviados pelo governo de Alagoas, sobre supostas vendas de gado das fazendas de Renan Calheiros foram encaminhados ao ministro da Justiça, Tarso Genro, pelo primeiro-vice-presidente da Casa, senador Tião Viana (PTAC). Viana disse ontem a jornalistas que enviou à Polícia Federal (PF) "vários desses documentos" referentes à contabilidade das fazendas de gado de Renan Calheiros.

Com os documentos, o senador alagoano pretende provar que possui recursos próprios para pagar despesas pessoais e que, portanto, não seria verdadeira a acusação da revista "Veja" de que ele teria pago com dinheiro do lobista Cláudio Gontijo, da empreiteira Mendes Júnior, pensão mensal alimentícia à jornalista Mônica Velozo, com quem tem uma filha de três anos. O primeiro-vice-presidente do Senado disse que, quanto mais rápido o Conselho de Ética agir na apreciação das representações apresentadas contra o presidente da Casa, melhor será para o Senado. "Esse processo é lento", comentou. (AE)


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Empresas Tr i b u t o s Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

100 FEDEX FAZ ACORDO DE COOPERAÇÃO COM A VARIG LOG jatos da Embraer é a meta de compra da empresa BRA no prazo de cinco anos

PETROBRAS QUER AMPLIAR PRODUÇÃO

Divulgação

Empresas partilharão os espaços de cargas em vôos na América do Sul Renato Carbonari Ibelli Varig Log poderá transportar volumes nos modelos MD-11 da companhia norte-americana

BRA pode investir US$ 2,7 bilhões

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Embraer e a BRA assinaram ontem o maior contrato de compra de jatos já celebrado por uma empresa aérea brasileira. O pedido pode significar um investimento de US$ 2,7 bilhões, ao prever a aquisição de 75 modelos Embraer 195. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), sondado para um financiamento de até 75% do valor total, ficará de fora inicialmente da operação. Os primeiros aviões serão comprados com recursos próprios da BRA. Os dois primeiros jatos deverão ser entregues a partir de fevereiro do ano que vem, por meio de um arrendamento financeiro (mensalidades abatem o valor final de compra) com a General Electric Com-

mercial Aviation Services (Gecas). No dia 20 de junho, durante a Feira de Aeronáutica e Espaço de Le Bourget, na França, a BRA anunciou a compra firme de 20 jatos e a opção de mais outros 20, num negócio de US$ 1,4 bilhão, encomenda ampliada em mais 35 opções. Há ainda a possibilidade de a BRA adquirir mais 25 jatos da Embraer, já que a idéia é ter uma frota de 100 aviões da fabricante brasileira no período de cinco anos. Para o presidente da BRA, Humberto Folegatti, isso ainda estará muito distante das necessidades do mercado brasileiro, porque representará apenas 18% dos assentos que o mercado vai demandar. Ele acrescentou que a companhia pretende abrir seu capital na

Bolsa de Valores, mas não deu detalhes. "Comprar 100 aviões da Embraer em cinco anos é o nosso sonho. Acreditamos no País, e a empresa deverá estar preparada para isso", disse. Receita brasileira – O presidente da Embraer, Frederico Fleury Curado, afirmou que esse contrato mostra uma receita para o mercado aéreo brasileiro: aviões menores atendendo cidades menores, desafogando o tronco aéreo nacional. "Estamos felizes com a confirmação da primeira venda dos nossos E-Jets para uma companhia aérea brasileira", comentou. O modelo adquirido é o maior da nova família 170/190, composta por quatro jatos comerciais e será configurado com 118 assentos em classe única. (AE)

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gigante norte-americana do transporte aéreo FedEx Express fechou acordo de cooperação com a Varig Log para operar na América do Sul. As empresas voarão em code share (vôos compartilhados) para a Argentina, Chile e Brasil. Dessa forma, os aviões terão espaços fixos reservados para as cargas da parceira. Espera-se que a capacidade de carga disponível para esses destinos seja triplicada. De segunda a quinta-feira a FedEx passa a usar espaços na frota de Boeings 757, com capacidade para 30 toneladas, usados pela Varig Log nos vôos que partem do aeroporto de Viracopos, passando por Buenos Aires e Santiago. Antes, a companhia norte-americana operava nesses destinos com ATRs, aeronaves com capacidade para seis toneladas. Aos sábados, a Varig Log poderá despachar suas encomendas em aviões MD-11 da Fedex. Para que os vôos compartilhados comecem a ser feitos, eles terão de ser aprovados por autoridades governamentais dos países em que operarão, o que deverá ocorrer em três meses. "A demanda crescente e a expressividade com que a FedEx vem atuando no mercado

brasileiro fizeram da expansão de capacidade uma necessidade", disse o diretor-geral executivo da Fedex Express para o Mercosul, Carlos Ienne. A empresa norte-americana vem operando desde o início deste mês aeronaves MD11 entre Viracopos e sua central de distribuição, em Memphis, nos Estados Unidos. O novo modelo substituiu o MD-10, e garantiu aumento de 36 toneladas semanais na capacidade transportada. Frankfurt – O presidente da Varig Log, João Luis Bernes de Souza, afirmou que a empresa recebeu autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para fazer mais três vôos semanais para Frankfurt, na Alemanha. Com as novas freqüências, ela passará a oferecer seis vôos por semana para aquela cidade até o fim de 2007. "Até o final do ano estaremos com todas as freqüências implementadas", disse. Segundo o executivo, a autorização só foi possível porque a Anac conseguiu elevar o acordo bilateral com a Alemanha para 28 vôos, ante 22 mantidos inicialmente. Essa rota foi alvo de disputa judicial entre a Varig Log e a Anac. Em junho, a empresa conseguiu liminar na 16 ª Vara Federal de Justiça de Brasília para suspender a licitação de duas freqüências para Frankfurt.

Na época, a Varig Log argumentou que pediu a suspensão do processo porque a Anac impediu a participação de empresas cargueiras na licitação. A agência chegou a pedir reconsideração do juiz para a decisão, sem sucesso. No entanto, com a garantia do órgão federal de que o problema seria resolvido, ou seja, que os pedidos da Varig Log seriam atendidos, a companhia desistiu do processo. "A Anac nos assegurou que iria resolver o problema", disse Souza. Com a ampliação do acordo bilateral, a agência conseguiu não só atender aos interesses da Varig Log como os da TAM. Dia 17, esta companhia recebeu autorização da Anac para operar mais quatro vôos semanais para a Alemanha, além dos três que já fazia. Depois de ocupar a posição de maior empresa de cargas aéreas do Brasil nos períodos áureos da sua controladora, a antiga Varig, a Varig Log está retomando aos poucos suas atividades, depois que foi vendida para a Volo em janeiro do ano passado. Para 2007, a companhia prevê investimentos de US$ 175 milhões na compra de oito aviões e aumento dos serviços. A Varig Log espera ter um aumento de 18% no faturamento, para atingir o equilíbrio financeiro. (AE)

TAM partilha vôos com a TAP

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TAM e a TAP darão início, dia 1º de setembro, a um acordo operacional de compartilhamento de vôos (code share) entre Brasil e Portugal. A parceria permitirá que os passageiros da empresa brasileira adquiram bilhetes de vôos operados pela TAP entre Brasil e Portugal, com partidas do Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo e com des-

tino a Lisboa e Porto. O passageiro poderá ainda fazer conexões para as cidades portuguesas de Faro, Funchal e Porto Santo. Segundo comunicado oficial, o acordo abrange a interligação dos programas Fidelidade TAM e Victoria, da TAP, que permite aos clientes das duas empresas acumularem e usarem seus pontos em qual-

quer vôo de ambas as companhias. Os balcões de check-in das duas empresas nos aeroportos já estão habilitados a aceitar os bilhetes eletrônicos emitidos por ambas. Com o acordo, um único bilhete será emitido para todas as etapas da viagem. As passagens para Portugal estão disponíveis nos sistemas de reserva da TAM com o código JJ*. (AE)

Petrobras espera extração maior

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Petrobras espera atingir o pico de produção de 2 milhões de barris de petróleo por dia até o final do ano. A previsão foi feita, no Rio de Janeiro, pelo diretor de Exploração e Produção da estatal, Guilherme Estrella. O volume recorde será obtido com a operação das plataformas P-54, P-52, Piranema, Siri e Cidade de Vitória. Juntas, elas terão capacidade para extrair mais 510 mil barris por dia no pico, que deverá ser atingido seis meses após o início das atividades. Estrella está otimista com a possibilidade de atingir os 2 milhões de barris, apesar de o primeiro semestre de 2007 ter registrado alta de só 2% sobre o mesmo período de 2006, e de a perspectiva de média diária para este ano estar abaixo da previsão inicial. Agora, a previsão de média diária é de 1,83 milhão de barris. "A média diária não importa. O que importa, e os analistas nacionais e internacionais já reconhecem isso quando nos avaliam, é que a Petrobras tem um dos maiores planos de crescimento de produção para

os próximos anos, se comparada às principais empresas do setor de petróleo", afirmou. Segundo ele, a perspectiva de crescimento é enorme. Estrella disse que o cancelamento de licitações para conversão e manutenção de plataformas de perfuração em decorrência da Operação Águas Profundas, da Polícia Federal, por suspeita de fraudes, não deverá alterar o cronograma da empresa. "Estamos construindo sondas junto à indústria nacional, renegociando prazos e contratos para afretamento de novas sondas, e nossos planos de perfuração serão mantidos para 2008, 2009 e 2010", disse o diretor. O gerente executivo de Exploração e Produção da Petrobras nas regiões Sul e Sudeste, José Antônio de Figueiredo, disse que as unidades que estavam sendo licitadas continuam operando. "As licitações eram destinadas à manutenção das unidades, o que será feito posteriormente", afirmou. A suspensão das licitações foi decidida pela estatal. Marlim – O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbas-

sa, informou que a empresa apresentou recurso administrativo junto à Agência Nacional do Petróleo (ANP) contestando sua decisão de cobrar royalties no valor de R$ 1,3 bilhão, retroativos a 1998, sobre a produção de óleo no campo de Marlim, na Bacia de Campos. O recurso foi apresentado sexta-feira, prazo final para que a companhia recorresse da cobrança da ANP. Barbassa afirmou que a Petrobras não concorda com o recálculo feito pela reguladora, porque julga já ter quitado o que deve sobre o campo. "Não é possível que o valor seja reavaliado, a forma de cobrança mude e tenhamos de ficar pagando esses acréscimos a cada alteração", disse. Atraso – A plataforma P-54, batizada ontem pela Petrobras, foi entregue com atraso de oito meses e custo 38% maior que o previsto. Destinada ao campo de Roncador, na Bacia de Campos, a unidade começa a operar em outubro e deve atingir o pico de produção de 180 mil barris por dia seis meses depois. O investimento total nessa unidade foi de US$ 900 milhões. (Agências)


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AE - 06/08/05

Não sou submissa a ninguém, nem a mim mesma. Da filha de Gilberto Gil, dublê de cantora e de atriz, Preta Gil, em entrevista, ontem.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

AGOSTO

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22 Dia Mundial do Folclore

P ERSONAGEM U RBANISMO

Nas ondas da paz

Não cabe mais ninguém em Pequim grande pressão sobre os recursos naturais e ambientais da cidade. Especialistas alertam que a atual população já é 3 milhões maior do que Pequim poderia suportar. Houve um "baby boom" em 2007, conseqüência das superstições que dizem que uma criança nascida no ano do Porco do calendário lunar chinês terá sorte. Os operários imigrantes da zona rural também contribuem para o forte crescimento da população nos últimos anos nas grandes cidades da China. O país é o mais populoso do mundo, com 1,3 bilhão de habitantes.

A VIAÇÃO Viktor Korotayev/AFP

Judeu de 87 anos doa pranchas de surf em benefício de crianças palestinas

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orian Paskowitz é daqueles que acreditam que cada um pode fazer sua parte em nome da paz. Judeu americano, médico e surfista, ele deixou sua casa no Havaí esta semana para distribuir pranchas de surf na Faixa de Gaza. Com dinheiro doado por empresas e cidadãos israelenses, comprou 15 pranchas e equipamentos de surf, que entregou ontem a crianças palestinas. A idéia veio de uma reportagem que ele viu na TV e que mostrava dois garotos palestinos que tinham apenas uma prancha. Enquanto um surfava, o outro espera-

AFP

A população de Pequim já ultrapassou os 17 milhões de habitantes, apenas 1 milhão abaixo dos limites previstos pela prefeitura da cidade para 2020. Segundo o Ministério da Segurança Pública chinês, 12,04 milhões de pessoas são cidadãos com "hukou" (sistema de registro civil para os nascidos na cidade, com acesso a serviços de educação e saúde). Outros 5,1 milhões de pessoas formam a população flutuante ou são imigrantes. No ano passado, Pequim anunciou que limitaria a população em 18 milhões até 2020. A superpopulação exerce

T ECNOLOGIA

Imagens em 3D até no celular va. Segundo Paskowitz, esta é uma tentativa de levar uma "onda de paz" entre israelenses e palestinos. Paskowitz come-

çou a surfar aos 12 anos, já pegou ondas em todo o mundo, e garante que as melhores estão na costa de Israel e Gaza.

Fabrice Coffrini/AFP

L

Exibição de avião militar russo na cerimônia de abertura do Salão Internacional de Aviação e Espaço MAKS-2007 ontem. No evento, em Zhukovsky, a Rússia exibirá primeira vez o míssil supersônico Meteorit, até agora secreto.

A japonesa Hitachi divulgou ontem seu modelo de tela 3D que tem potencial para adaptação em aparelhos portáteis como telefones celulares. O equipamento é composto de uma tela de LCD na parte de baixo e uma pirâmide invertida de 12 lados espelhados, que mostram as imagens em 3D. Aproveitando a portabilidade da tela, a companhia espera que ela possa ser utilizada para demonstrar peças de museu, por exemplo, de forma realista nas escolas. Além disso, a emrpesa aposta que a tecnologia brevemente será aplicada em telefones celulares, para que as pessoas possam ver e trocar imagens em 3D.

T ABAGISMO B RAZIL COM Z

Fumo também produz dano moral

E M

empresa, foram ajuizadas no país 487 ações indenizatórias de exfumantes contra a companhia, sendo 278 decisões favoráveis e 10 desfavoráveis, que estão em recurso. Segundo dados da ação, Vitorino Mattiazzi nasceu em junho de 1940 e começou a fumar na adolescência, motivado, na época, pelo glamour. O falecido fumava cigarros, principalmente, da marca "Hollywood", todos produzidos pela Souza Cruz. Morreu por causa de um adenocarcinoma pulmonar, um tipo de câncer cujo único fator de risco era o tabagismo.

Açaí, a nova mania do Tio Sam L

A 5ª Câmara Cível do TJ-RS (Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul) condenou a Souza Cruz S/A a indenizar a família de um fumante por dano moral. A viúva, cinco filhos e dois netos receberão, cada um, R$ 70 mil pela morte do marido e pai. Os dois netos, R$ 35 mil cada. A Corte entendeu que o fato de que produzir e vender cigarros é atividade lícita não exonera a empresa de reparar prejuízos aos consumidores. A decisão só vale para este caso, mas pode abrir precedentes. Até maio desse ano, de acordo com a

FUSÃO - A geleira de Aletsch, a maior dos Alpes, invade o rio Ródano em Bettmeralp, na Suíça. Segundo os especialistas, o fenômeno é resultado do aquecimento global, que tem provocado o derretimento das geleiras e, no caso, sua fusão com o rio. L ITERATURA

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livro O Mágico de Oz, publicado em 1900 foi uma das obras mais criativas da literatura infantil do século 20, não apenas por causa das suas ilustrações em que as cores mudavam de acordo com o local dos acontecimentos da história, mas pelas técnicas de impressão. A obra foi publicada pela George M

C A R T A Z

VISUAIS Mais de 200 peças de significativo valor histórico e artístico estão expostas na mostra Aleijadinho e Seu tempo – Fé, Engenho e Arte. Centro Cultural Banco do Brasil. Rua Álvares Penteado, 112, tel.: 3113-3651. Grátis.

C IÊNCIA

Janelas autolimpantes

http://hdl.loc.gov/loc.rbc/gen.32405

O site USBFever oferece essa interessante pulseira que serve para encaixar o iPod Shuffle. Segundo o fabricante, a pulseira é leve a antialérgica. Em seis cores diferentes: azul, preto, verde, branco gelo, roxo e pink. Por US$ 9,99.

A Petrobras lançou na semana passada um novo site que é voltado exclusivamente para os usuários que querem acessar informações via telefone celular. O ambiente tem arquitetura para internet móvel e reúne uma série de informações sobre a área econômica, como análises do mercado, entrevistas, colunas e notícias sobre energia e tecnologia, da própria empresa ou do mercado em geral, além de promoções. O site faz parte das iniciativas da Petrobras de utilizar as novas mídias.

Pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia de Taiwan anunciaram ontem que conseguiram criar um vidro para janelas que é autolimpante, tem isolamento térmico e produz eletricidade. O vidro tem três camadas: um nanômetro de dióxido de titânio que funciona como um limpador ao produzir oxigênio e íon OH, retirando substâncias orgânicas, uma camada de silicone que gera eletricidade e uma camada isolante. Um metro quadrado deste tipo de vidro produz 6,8 quilowatts por hora, a um custo de US$ 0,30 ao mês e, acredita-se, ajudará a reduzir o consumo de energia, protegendo o meio ambiente. L OTERIAS Concurso 584 da DUPLA SENA Primeiro Sorteio 12

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Segundo Sorteio

A TÉ LOGO

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo: 01

Vacina contra aids ainda é um sonho impossível para a ciência, avaliam pesquisadores CBL divulga vencedores do Prêmio Jabuti. 'Desengano' está entre as obras premiadas

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http://wap.petrobras. com.br

Reproduções/Biblioteca do Congresso

Dados econômicos no celular

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Pulseira para iPod Shuffle

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F AVORITOS

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Hill & Company de Chicago e Nova York, ilustrado por William Wallace Denslow (1856-1915) e escrita por L. Frank Baum (1856-1919). O resultado do trabalho de texto, ilustração e impressão da inovadora primeira edição está disponível no site da Biblioteca do Congresso.

A idéia de mudar as cores básicas das ilustrações de acordo com os locais dos acontecimentos da história foi considerada inovadora em 1900

G @DGET DU JOUR

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As cores de Oz

O jornal online norte-americano The Earth Times publicou ontem um artigo sobre o recente interesse da população dos EUA em um alimento que conquistou os brasileiros há muito tempo: o açaí. O motor da busca crescente por açaí no país de Tio Sam é movido por suas propriedades antioxidantes e . O sucesso é tanto que uma empresa de bebidas da California, a Bolthouse Farms, criou um suco com a fruta, que tem também nome brasileiro. O suco Bom Dia, que também tem os sabores cacau e manga.

Estado de São Paulo deve vacinar 3 milhões de crianças contra paralisia infantil no sábado

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Concurso 1791 da QUINA 40

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quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Finanças Tr i b u t o s Empresas Estilo

DIÁRIO DO COMÉRCIO

COMPANHIA VAI VENDER SUCESSOS INTERNACIONAIS

CONCORRENTES SE UNEM EM NOVA EMPRESA DE BRINQUEDOS

5 "Nascimento" do Test Tube Alien deve ser registrado pela criança na internet

Fotos: Thiago Bernardes/Luz

New Toys vai licenciar produtos inovadores e formar parcerias para fabricação Maristela Orlowski

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ma nova empresa começa a operar no segmento de brinquedos. A New Toys chega ao mercado brasileiro com uma linha de 21 peças e aposta em inovação e licenciamento para se situar no varejo. A previsão é atingir um faturamento de R$ 200 milhões em quatro anos, segundo a diretora-geral Deborah Satyro. "Seremos agressivos e viemos para suprir a demanda existente no mercado, que cresce entre 10% e 12% ao ano. Nossa estratégia é trabalhar com produtos diferenciados". Neste ano, a empresa prevê investir R$ 2 milhões só em marketing. De acordo com a executiva, o processo de estruturação da New Toys ocorre há mais de um ano. "Nossos sócios são alguns dos melhores e mais experientes profissionais do mercado de brinquedos, como Ricardo Sayon, Moise Cândi e Carlos Tilkian, empresários da Ri Happy, Candide e Estrela, respectivamente", conta Deborah. "Nossa metodologia de gestão é baseada no conhecimento do mercado." Ao contrário dos modelos tradicionais, a proposta da New Toys é interagir com as demais empresas do mercado em regime de parceria. A idéia é se aliar à concorrência para manter sua operação, tanto na produção como na distribuição e venda dos brinquedos. "Estamos trazendo produtos extremamente inovadores ao Brasil, tanto sob o ponto de vista tecnológico como criativo. Queremos ser o licenciador master de algumas marcas, terceirizando a produção de algumas linhas para empresas que detêm conhecimento e experiência reconhecidos no setor", destaca Deborah. Alienígena – A grande aposta da empresa é um produto americano que já está fazendo o maior sucesso no exte-

rior: o Test Tube Alien. Trata-se de um extraterrestre que vem em um casulo, dentro de um tubo de ensaio que simula seu ambiente de origem: o planeta Naratuko. Os pequenos seres ficam inermes até que as crianças os façam "nascer", adicionando água ao ambiente do tubo. A partir daí, o pequeno extraterrestre deve ser alimentado e cuidado. Após 14 dias, ele atinge a idade adulta. O grande diferencial, conforme explica Deborah, é justamente a interatividade que o brinquedo proporciona. Após o nascimento, a criança deve registrar o seu Test Tube Alien na internet e colocá-lo diante da tela do computador para que ocorra a interação "alien-web". A partir daí, a criança também precisa ficar atenta à alimentação, ao nível de água dentro da cápsula e à exposição à iluminação, tudo para garantir a saúde do bichinho, que pode chegar a 200 anos no calendário Naratuko, equivalente a 200 dias terrestres. Todo o acompanhamento é feito pela internet. Deborah acredita que o produto será a grande sensação para o Dia das Crianças, a exemplo do que ocorre no exterior, onde já é comercializado em 17 países. Na Austrália e na Inglaterra, por exemplo, ele é o número um no ranking de vendas. Aqui no Brasil, o novo brinquedo deve chegar às gôndolas em setembro. O grande diferencial da linha – composta por seis diferentes espécies de aliens – é a interatividade. "O Test Tube Alien será nosso carro-chefe, respondendo por até 45% do faturamento", finaliza a executiva. O brinquedo chegará às gôndolas pelo preço sugerido de R$ 99,90. Embora boa parte dos produtos do catálogo da empresa seja importada, a New Toys já está estabelecendo parcerias com fabricantes nacionais para a produção local. Acordos também estão sendo feitos para resgatar antigos sucessos de outras marcas, como ocorreu

DPDC pode multar Mattel em R$ 3 milhões

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Departamento de Proteção e Defesa ao Consumidor (DPDC) formalizou ontem, em processo administrativo, o acompanhamento que vinha fazendo desde a semana passada ao recall de brinquedos anunciado pela companhia Mattel. O órgão investigará se a empresa sabia, ao colocar os produtos no mercado, do risco à saúde e à segurança que eles trazem ao consumidor. A Mattel poderá ser multada em até R$ 3 milhões, caso a investigação do DPDC conclua que houve prejuízos aos consumidores. A empresa tem 15 dias, contados da notificação, para apresentar defesa ao DPDC. De acordo com o órgão, não há prazo para a conclusão do processo. Em reunião com o diretor do DPDC, Ricardo Morishita, na semana passada a Mattel se comprometeu a reduzir a burocracia para troca ou reem-

bolso em dinheiro dos bonecos Barbie e Batman com ímã aparente. A companhia acertou ainda com o órgão que ampliaria a divulgação do recall nos veículos de comunicação e estudaria a possibilidade de utilizar também e-mail ou cartas aos consumidores. A Mattel anunciou que recolherá 850 mil brinquedos da linha Polly com ímã, pás do conjunto Barbie e Tanner e figuras magnéticas do Batman. Segundo a empresa, o recall é necessário porque os produtos possuem ímãs descoláveis que podem ser engolidos pelas crianças, causando lesões como perfurações de órgãos. Mas informou, por meio de sua assessoria, que só comentará o processo do DPDC após receber a notificação oficial. Os consumidores brasileiros podem entrar em contato com a empresa pelo telefone 080077-01207 e pelo e-mail recallbrasil@mattel.com. (AE)

com o Ferrorama, da Estrela, que saiu do mercado em 1992 e agora retorna em versão hightech. O novo trem tem duas velocidades, anda para frente e para trás, solta fumaça, acende os faróis e emite sons, tudo sob o comando de controle remoto com infravermelho. Outros lançamento devem agradar a criançada. As meninas ficarão encantadas com a Baby Amoro Ninna Nanna, um bebê que parece real. Ele chora, toma mamadeira, chupa o dedo e a chupeta, emitindo os respectivos sons. Seu sono é embalado com uma caixinha de música que acende ao toque de uma varinha mágica e apaga com um sopro. Enquanto o bebê dorme, é possível ouvir a respiração e ver a barriga mexer. Já os meninos podem se divertir com as frases engraçadas do Chico Biruta, um fantoche que fala e reage quando tem sua barriga, orelha ou nariz apertados. Os preços sugeridos são de R$ 249,90 e R$ 79,90, respectivamente.

Antigos brinquedos de sucesso, como os trens do Ferrorama, voltam ao mercado em versão high-tech.

Deborah Satyro, diretora: gestão diferenciada.

O mercado demanda produtos modernos


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

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MAÇÃ DOURADA Por Álvaro Vargas Llosa, do Washington Post

BENEDICTO FERRI DE BARROS

A MORAL DOS PRIMATAS

Mike Blake/Reuters

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Como os norte-americanos deixaram-se seduzir pelo paraíso dos juros baixos

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nenhum sinal nem empréstimos com taxas ajustáveis, que pesavam nos juros no início. Os clientes se entusiasmaram, com freqüência fazendo uma segunda hipoteca ou múltiplos empréstimos para comprar, simplesmente porque podiam. A teoria era que os dias de poupar tinham acabado. A “nova economia” alegava se basear nos altos valores dos ativos, como era visto, por exemplo, nos preços astronômicos das casas. Nesse contexto, as instituições financeiras criaram instrumentos engenhosos que convertiam dívida em títulos. Esses mecanismos sofisticados passaram de uma mão para outra, num mercado dinâmico que se imaginava que analisava os riscos com eficiência. Mas, na verdade, como na origem desses títulos muitas vezes estavam débitos podres, o redemoinho do mercado de títulos escondia o alto risco envolvido.

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or que devemos poupar, pensavam muitos americanos, se os estrangeiros estão fazendo as poupanças para nós? A política governamental reforçou a e xuberância irracional da economia. Não importam os déficits fiscais, afirmavam as autoridades, porque havia bastante capital estrangeiro investindo em ativos nos Estados Unidos. Um mentalidade a curto prazo levou muitos consumidores americanos a gastos de longo prazo – uma mentalidade tão resistente que, mesmo quando o dólar começou a se desvalorizar, as pessoas continuaram a comprar produtos importados numa escala em massa. Aparentemente, elas estavam pensando que o preço de suas casas poderia continuar a subir para sempre. Então, estamos aqui, no meio de um distúrbio financeiro. Acho que a economia dos Estados Unidos é tão produtiva que

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omo é freqüente nas crises financeiras, o pecado original atrás do tumulto atual tem a ver com a política de crédito do governo. Desde 2001, o Federal Reserve manteve as taxas de juros absurdamente baixas para evitar uma recessão. Entre 2003 e 2004, a taxa com a qual o Fe d permitia que os bancos emprestassem uns aos outros no overnight era de 1% a.a! Isso convenceu as pessoas de que havia dinheiro em abundância para qualquer um que quisesse. Dinheiro fácil provoca extravagâncias por parte de quem pega emprestado e de quem empresta. Então, as instituições financeiras vieram com ofertas irresistíveis, incluindo hipotecas que não exigiam

AFP

Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br

m 1983, o governo do primeiro-ministro John Major lançou uma campanha com um slogan emprestado do mundo da música pop: Volta ao Básico. Enquanto eu observava a crise financeira internacional provocada pela onda de atrasos no pagamento das hipotecas nos Estados Unidos, lembrei-me que o cerne da questão é o distanciamento de parte do governo dos EUA e consumidores americanos dos princípios econômicos básicos. A campanha de Major se referia mais a questões morais do que econômicas, mesmo assim a associação é relevante. Considerando as conseqüências sentidas pelo povo comum, há algo de imoral em ter desconsiderado noções econômicas básicas por tanto tempo. Nos últimos anos, muitas pessoas esqueceram que, para consumir e investir, precisa-se poupar. Essa verdade elementar foi esquecida enquanto milhões de pessoas respondiam a incentivos governamentais perversos, vivendo além de seus recursos. O que estamos vendo hoje é nada menos do que o inevitável preço de se comportar irresponsavelmente.

As financeiras vieram com ofertas irresistíveis, incluindo hipotecas que não exigiam nenhum sinal. Muitos esqueceram que, para consumir e investir, é preciso antes poupar.

essa crise vai passar, graças a um segmento inovador da sociedade, que continua descobrindo novas formas de produzir mais com menos. Mas o que está ocorrendo hoje é um indicativo que a prosperidade não pode ser tão fácil. Se os responsáveis pelo atual tumulto sofrerem todas as conseqüências de suas ações, talvez o país volte aos fundamentos rapidamente. Ainda que esses tipos de lições econômicas sejam difíceis de serem aprendidas, porque os governos agem para ajudar as vítimas. Até o Banco Central Europ e u, um guardião monetário supostamente inflexível, lançou muito dinheiro no sistema e o governo alemão salvou a IKB Deutsche Industriebank AG por causa das perdas relacionadas às hipotecas de segunda linha – um retrato do como a crise se tornou globalizada.

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ão me entendam errado aqui. A explosão desses instrumentos financeiros sofisticados providenciou liquidez para muitos mercados que de outra forma não poderiam existir. E fundos privados impulsionaram a atividade empresarial de formas extraordinárias. A disseminação do risco por todo o mundo com os instrumentos de venda de dívidas é também algo muito bom. O problema é que essas alegrias podem facilmente se transformaram em lágrimas quando as pessoas perdem de vista o princípio básico de que a prosperidade depende da capacidade de manter o investimento e o consumo a longo prazo-- o que, por sua vez, depende da capacidade de poupar para o futuro. É hora, então, de voltar para o básico. ÁLVARO VARGAS LLOSA É AUTOR DE LIBERDADE PARA A AMÉRICA LATINA E DIRETOR DO CENTER ON GLOBAL PROSPERITY NO INDEPENDENT INSTITUTE TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA

or mera casualidade ( já que não consta haver nenhum repórter da Veja presente à sessão da Academia Paulista de Letras, em cujo Painel de Debates tive a honra de me manifestar sobre Ética – o tema em pauta), o número seguinte da revista (de 22/8) apresenta uma entrevista com Frans Waal intitulada A moral é animal. A casualidade se deve talvez ao fato de que na nossa era, caracterizada pelo individualismo, permissividade e anomia (ausência de normas), por simples compensação Ética e Moral, subiram ao pódio dos assuntos sensacionais. Ou será que com a farra universal que agita o Planeta os deuses se retiram para o Olimpo e nos deixaram por nossa própria conta? Frans Wall, informa a revista, "é o maior especialista no estudo dos primatas – a ordem do reino animal à qual pertencem os macacos e os homens." E acrescenta que a distância que nos separa é muito menor do que se supõe. De fato, há não muito os estudos de genética revelaram que só em 5% nosso genoma se diferencia do do chimpanzé. Até aqui, nada de novo. Os macacos se aproximarem tanto de nós, não apenas na moral, como na imoralidade, ou melhor dizendo, na licenciosidade sexual. Os bonobos praticam o sexo por prazer, puramente e desavergonhadamente. A rigor, para nós, os brasileiros, isto não chega a ser novidade, pois famosa sexóloga já recomendara como terapia (em situação de stress causada por impotência política): "relaxe e goze." Também não chega a ser novidade que o comportamento dos políticos imite em grande número de casos e situações o dos macacos. Esse é um espetáculo diário que pode ser observado não apenas na postura e declarações de nossos políticos, como privilegiadamente nos EUA, onde Walls tem seu observatório na Universidade de Atlanta.

ra bolas! Então, onde se acha a notícia e a novidade? Talvez no livro mais recente de Walls ainda não publicado entre nós, Primates and Philosophers (Primatas e Filósofos). Gratuitamente presumo que nesse livro Walls, cientista natural e especialista em evolucionismo, balanceie suas teses que aproximam homens e macacos para destacar as diferenças que os separam. Ou que significado teria a evolução das espécies se não fosse, como é elementarmente evidente, para colocá-las num plano existencial superior? Se esta suposição gratuita vier a ser confirmada, aí se pode chegar a um acordo que aproxime o enfoque filosófico do diagnóstico do naturalista. Ou a própria ciência não passará de uma macaquice que ignora toda a história humana, seus valores, seus ideais e sua evolução. E ignora um Cristo, um Miguel Ângelo, um Newton, só porque os bononos copulam publicamente e os políticos publicamente se dedicam a exibições moralmente equivalentes.

P

ode ser editorialmente muito conveniente dizer que "a moral é animal." Mas isso é apenas o ponto de partida larvar do que veio a ser e significa a Ética para os homens e sua convivência social. Precisamente o oposto da mera animalidade. Foi esse o enfoque que demos ao falar sobre a matéria no Painel de Debates a que nos referimos na abertura deste artigo. E essa, cremos, é a realidade e a postura que nos permite, como homens, conservar nossa auto-estima e nosso auto-respeito, na era de individualismo, licenciosidade e anomia que vivemos, depois do crepúsculo, da defecção e da morte dos deuses – os olímpicos e os meramente humanos. BENEDICTO FERRI DE BARROS É ESCRITOR PAJOLUBE@TERRA.COM.BR

G Não chega

a ser novidade que o comportamento dos políticos imite em grande número de situações o dos macacos.

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Congresso Planalto Corr upção CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 22 de agosto de 2007 STF/Divulgação

Ministro Joaquim Barbosa, relator: início da sessão com a leitura das 50 páginas do processo.

MENSALEIROS ENFRENTAM JULGAMENTO NO STF

Alan Marques/Folha Imagem

Assembléia de SP arquiva processo contra Bragato Sergio Kapustan

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Luzes da ribalta: funcionários preparam os sistemas de luz e som do espetáculo do julgamento

Mensalão: vai começar o 'show' STF prevê um acontecimento maior que o do impeachment de Fernando Collor

D

iante da expectativa do julgamento "histórico" do mensalão, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ellen Gracie, convocou um encontro "secreto" no início da noite de ontem com ministros da casa para acertar detalhes das sessões sobre o caso que abalou o governo Lula. Um ministro, no entanto, quebrou o acordo de sigilo e informou à imprensa sobre a reunião. Daí em diante, foi um festival de entrevistas e divulgação de dados por ministros e assessores. Tudo para negar a notícia de que havia a tentativa de acordo de votos. A própria Ellen Gracie, numa cena rara, esteve no comitê de imprensa do STF para falar da reunião "preparatória", que não estava na agenda que divulgou, e do julgamento. Ela tentou demonstrar que a reunião era mais para evitar desli-

zes e surpresas diante dos holofotes – já que o julgamento do caso vai ser transmitido publicamente por meio de dois telões instalados do lado externo do tribunal. "Nosso objetivo é que o julgamento ocorra na mais absoluta tranqüilidade", disse. "É um julgamento extenso e complexo, não apenas pela relevância, mas pelo número de acusados, 40 no total", afirmou. "Não temos muita coisa para inventar". O ministro Celso de Mello avaliou que o julgamento será uma "verdadeira maratona". Decano do tribunal, ele comparou o caso do mensalão com o processo contra o ex-presidente Fernando Collor, nos anos 1990. "Esse (mensalão) é um processo multitudinário, porque tem 40 denunciados, cinco vezes mais que o número de denunciados do caso Collor", observou.

Celso de Mello e o também ministro Ricardo Lewandowski fizeram questão de negar boatos de que a reunião foi para discutir votos. "Ninguém sabe qual vai ser o voto de cada um", afirmou Mello. "Até porque as sustentações orais podem mudar os votos dos colegas ministros", completou Lewandowski. Hoje, a partir das 10 horas, o ministro relator do caso, Joaquim Barbosa, iniciará a leitura do relatório de 50 páginas. Depois da leitura do relatório, o Procurador-Geral da República, Antonio Fernando de Souza, apresentará os argumentos da denúncia que fez contra os indiciados. A partir daí, será aberto espaço para os advogados de defesa dos acusados apresentarem suas alegações. Até o momento, 19 advogados já se credenciaram para participar das sessões. (AE)

Beto Barata/AE - 16.08.07

CPI do Apagão Aéreo quebra o sigilo fiscal da diretora da Anac

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Philips perde quinto maior comprador de seus produtos

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Denise Abreu: acusações de ter agido por conta da pressa de liberar a pista de Congonhas

CPI do Apagão Aéreo e o Ministério Público colocaram a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) no alvo das investigações sobre a crise aérea e as causas do acidente com o vôo 3054 da TAM. Ontem, os senadores da CPI do Apagão aprovaram o pedido de quebra do sigilo bancário, telefônico e fiscal da diretora Denise Abreu e de outros dez ex-diretores da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero). Em nota, Denise Abreu classificou a decisão como uma "retaliação política". Além disso, a procuradora da República Fernanda Taubemblat afirmou que vai pedir

or unanimidade (nove votos a zero), o Conselho de Ética e Decoro da Assembléia Legislativa de São Paulo arquivou ontem duas representações – uma do PT e outra do PSol – contra o ex-líder do PSDB Mário Bragato, que poderiam levar à abertura de processo de cassação. O tucano foi denunciado por se beneficiar de um suposto esquema de propina em licitações na CDHU, em 2004, na região de Presidente Prudente, seu reduto eleitoral. Na época, Bragato era secretário estadual de Habitação, na gestão Geraldo Alckmin. Na avaliação dos partidos, o deputado do PSDB teria desrespeitado os princípios éticos e normas de conduta que devem orientar o parlamentar. O relator do processo, Davi Zaia (PPS), aliados dos tucanos, arquivou o processo por "inexistência de fato concreto". Ele examinou a defesa do deputado, que alegou que seu nome jamais foi citado ou mencionado em escutas telefônicas, perícias e diligências policiais, ou documentos da ProcuradoriaGeral de Justiça – que o investiga junto com o Tribunal de Justiça. Há uma carência de elementos que comprovariam a participação do deputado no suposto esquema de propina.

a abertura de duas ações para investigar a utilização – pela Anac – de documento sem validade legal na guerra judicial de reabertura do Aeroporto de Congonhas, em fevereiro. Segundo reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo" de ontem, a desembargadora Cecília Marcondes, do Tribunal Regional Federal, que autorizou a reabertura da pista principal do Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, diz que se sentiu enganada por Denise Abreu. Segundo ela, Denise declarou à CPI do Apagão Aéreo que o documento não tinha validade. Cecília acusa a diretora da Anac de ter agido de má fé e

diz que a agência, na verdade, tinha pressa para reabrir a pista de Congonhas. Denise Abreu apresentou pessoalmente à desembargadora a Instrução Suplementar ISRBH 121-189, que proibia o pouso de aviões com um reverso inoperante em pistas molhadas, como garantia de que Congonhas poderia ser liberado para operações com total segurança. Apesar disso, Denise afirmou à CPI que o documento não tinha validade de norma e que, portanto, o Airbus da TAM, que não conseguiu frear e causou a morte de 199 pessoas, poderia ter pousado no aeroporto. (AE)

Grupo Claudino, que tem mais de 300 lojas de departamentos em mais de dez estados, e era o quinto maior comprador de produtos da Philips no Brasil, mandou suspender as compras dos artigos da empresa e retirá-los todos das lojas do Armazém Paraíba. A decisão da diretoria do grupo, um dos maiores do Nordeste, acontece depois que o presidente da Philips do Brasil, Paulo Zottolo, declarou, em entrevista ao jornal "Valor Econômico", que, se o Piauí deixasse de existir, "ninguém ficaria chateado com isso". Um dos diretores do grupo, João Claudino Júnior, disse que recebeu ligações de Zottolo pedindo para que reconsiderasse um pedido de desculpas, mas o empresário regional não recuou. Boicote – O presidente da Philips do Brasil enviou uma carta com pedido de desculpas ao governador Wellington Dias (PT-PI) para tentar se redimir, mas não foi suficiente. O empresariado piauiense faz um boicote aos produtos Philips por causa da discriminação. Os artigos da marca foram retirados das lojas do grupo e do Armazém Paraíba, a loja de departamentos de propriedade do conglomerado, desde a semana passada. A reação popular contra as declarações foram tão fortes que entidades estudantis organizaram boicote e quebraram produtos Philips em praça pública. O grupo não informou quantos artigos comprava ou quanto faturava com a venda deles. (AE)

Eymar Mascaro

Batendo asas

O

s democratas ficaram incomodados com a informação de que Geraldo Alckmin (PSDB) se encontrou com o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT), para tratar da eleição de prefeito em São Paulo. O ex-governador tucano estaria evitando novos contatos com os democratas porque o DEM já teria decidido que Gilberto Kassab será candidato. Alckmin estaria disposto a se candidatar à Prefeitura no ano que vem, porque está em fase de estabilidade nas pesquisas, juntamente com Marta Suplicy (PT) e o próprio Kassab. Detalhe: o tucano fez curso sobre problemas nas grandes cidades este ano, nos Estados Unidos

DRIBLE O governador José Serra, contudo, continua contrário à candidatura de Alckmin a prefeito. Serra insiste em querer o PSDB aliado de Kassab. O governador admite que se os tucanos apoiarem Kassab em 2008 terão o apoio dos democratas na eleição presidencial de 2010.

COLIGAÇÃO Serra e Kassab tem a mesma linha de pensamento: ambos desejam a coligação do PSDB com o DEM nas eleições de 2008. O prefeito admite que estará no mesmo palanque do governador no ano que vem. O tucanato ligado a Serra não acredita que Alckmin banque sua candidatura até o fim.

UNIÃO Tucanos e democratas querem evitar que Alckmin e Kassab sejam candidatos: a ordem é um apoiar o outro, para evitar a divisão de votos que favorece o PT. O exgovernador Alckmin acha que o candidato ideal deve ser ele porque está liderando as pesquisas.

SUBINDO Mas, Gilberto Kassab está em período de crescimento. As pesquisas indicam que se o democrata tiver o apoio do tucanato, disputará a eleição em igualdade de condições com Marta Suplicy, que é a principal opção do PT. O prefeito, no entanto, perde votos se Alckmin também se candidatar.

DIÁLOGO Alckmin teria procurado Paulo Pereira (o Paulinho da Força Sindical) porque o PDT quer se unir ao PSB e ao PCdoB, para o lançamento de um candidato de esquerda à Prefeitura. Ainda não se sabe se Alckmin estaria oferecendo a vaga de vice a um dos representantes dos três partidos.

REUNIÃO PDT, PSB e PCdoB estão em fase de reuniões para examinar a eleição de prefeito em São Paulo, a mais importante do País. Além do PDT, que pode lançar Paulinho, o PSB fala em indicar Luiza Erundina e o PCdoB quer ir de Aldo Rebelo, expresidente da Câmara dos Deputados.

NÃO QUER Também ao PT não interessa que os partidos de esquerda lancem candidato próprio. Os petistas trabalham para obterem o apoio dos esquerdistas ao seu candidato. PDT, PSB e PCdoB, lembram os petistas, são partidos que integram a base do

governo Lula no Congresso.

PREFERÊNCIA Petistas de São Paulo mantém a disposição de pressionar Marta Suplicy até que ela aceite ser candidata à sucessão de Kassab. A tese no PT é que a ministra é a única opção, no momento, para enfrentar adversários difíceis como Geraldo Alckmin e Kassab.

INTERESSE O PT está preocupado com a idéia dos socialistas lançarem Luiza Erundina. A deputada do PSB foi uma das fundadoras do PT, se elegeu prefeita pelo partido, tem força nas classes baixas e por isso ainda desfruta de prestígio entre petistas. Ela pode rachar a votação do candidato do PT.

ALTERNATIVA A candidatura de Luiza Erundina está sendo alimentada também pelo diretório nacional do PSB, que deseja ampliar a margem de votos do partido em São Paulo, pois pensa em lançar a candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. Erundina é a melhor expressão e a que mais se sobressai no partido em São Paulo.

REGRA TRÊS Na hipótese de Marta Suplicy sustentar sua posição de só se candidatar em 2010, possivelmente ao governo do Estado, o PT lançaria como candidato a prefeito Aloizio Mercadante. O senador é a segunda opção no partido, por ter alcançado 34% de votos na capital como candidato a governador em 2006.

FICA FORA A exemplo de Marta, também o senador Mercadante diz que não será candidato a prefeito. Neste caso, o PT teria de realizar uma prévia para a escolha entre os deputados Arlindo Chinaglia, José Eduardo Martins Cardozo e Jilmar Tatto, ou Fernando Haddad, ministro da Educação.

IMPORTÂNCIA A Prefeitura de São Paulo continua sendo, portanto, cobiçada pelos principais partidos que vão disputar a eleição presidencial em 2010. Atualmente, a Capital paulista contabiliza 8 milhões de eleitores, mas a previsão é que serão 10 milhões daqui a três anos.


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Tr i b u t o s Empresas Finanças Nacional

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

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CHINA TEVE AUMENTO DA INFLAÇÃO

por cento deve ser o crescimento da América Latina em 2007, diz a ONU.

INVESTIDORES SE ANIMARAM COM POSSIBILIDADE DE QUEDA ANTECIPADA DE JUROS NOS ESTADOS UNIDOS

MERCADOS TÊM DIA MAIS CALMO Merrill: ações A do Fed ainda não

s especulações de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) pode reduzir a taxa básica de juros antes de sua próxima reunião, marcada para 18 de setembro, animaram os investidores ontem e garantiram mais um dia de relativa calma nos mercados globais. No Brasil, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) subiu pelo segundo dia seguido — a alta de 1,24% levou o indicador para 49.815 pontos. O dólar voltou a avançar levemente sobre o real (alta de 0,25%), para R$ 2,034. O risco Brasil, medido pelo banco JP Morgan, foi a 219 pontos, com valorização de 1,39%. Nos Estados Unidos, os principais índices acionários fecharam com direções opostas. O Índice Dow Jones, o mais importante da Bolsa de Nova York, recuou 0,23%, enquanto o indicador da bolsa eletrônica Nasdaq subiu 0,51%. Na Europa, o dia foi de altas.

Para a ONU, Brasil está vulnerável

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Organização das Nações Unidas (ONU) alerta que o Brasil está entre os países vulneráveis à turbulência dos últimos dias

Toshifumi Kitamura/AFP Photo

Reunião — Os rumores de que o Fed pode cortar a taxa de juros a qualquer momento cresceram depois de uma reunião entre o presidente do Fed, Ben Bernanke, o secretário do Tesouro americano, Henry Paulson, e o senador Christopher Dodd, presidente do Comitê de Bancos do Senado. Os três conversaram por cerca de uma hora no Congresso.

Bernanke e Paulson não falaram após o encontro, mas Dodd relatou a reunião a jornalistas. O senador democrata afirmou que, em relação aos problemas atuais, "o Fed os assume e compreende". Dodd disse também que perguntou a Bernanke se o comando do banco central deseja utilizar todos os instrumentos disponíveis para enfrentar a crise no

mercado financeiro. O presidente do Fed teria respondido afirmativamente. "A meta da reunião foi dar ao mercado financeiro um impulso psicológico positivo e creio que eles tiveram sucesso", disse Angel Mata, diretor-gerente da Stifel Nicolaus Capital Markets. A taxa básica de juros nos EUA está em 5,25% ao ano. Segundo analistas, eventual redução no custo do dinheiro ajudaria a prover liqüidez aos mercados num momento em que investidores e instituições financeiras estão segurando ao máximo seus recursos por terem medo de levar calote. Esse movimento praticamente travou o mercado de crédito. O problema é que não há consenso, nem entre os analistas, sobre essa redução. "Há duas vertentes: uma acha que precisamos de um corte e a outra não sente que a economia americana desacelerou o bastante para justificá-lo", disse Janna Sampson, da Oakbrook Investments. (AE)

no mercado financeiro e pode de fato sentir os impactos se o cenário for mantido. As conseqüências, porém, não serão tão profundas como os efeitos sofridos pelo País nos anos 1990. Os economistas da entidade vão publicar no início de setembro seu levantamento sobre a

situação internacional e apostarão em um crescimento de 3,4% da economia mundial em 2007 . No caso da economia brasileira, a ONU afirma que o País está na lista das economias emergentes que mais sofreriam com a persistência de uma crise. "Países emergentes que estariam mais vulneráveis

são o Brasil, a Turquia e alguns do leste europeu", afirmou Heiner Flassbeck, ex-vice ministro de Finanças da Alemanha e hoje economista da Conferência da ONU para o Comércio e Desenvolvimento. Por enquanto, a previsão da ONU para o crescimento latino-americano em 2007 é de 4,7%. (AE)

Pedestre observa cotações de ações em Tóquio

controlam crise

A

s recentes ações do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) ainda não são suficientes para controlar a situação dos mercados. A avaliação é de analistas do banco de investimentos Merrill Lynch. Para eles, os investidores deverão reagir com força se a autoridade monetária não reduzir os juros em breve. Segundo destacaram em nota para clientes, o corte de 50 pontos-base na taxa de redesconto dos bancos determinada pelo Fed na semana passada "serve para destacar a urgência da situação atual" e é o "reconhecimento atrasado" de que o banco central americano está preocupado com o impacto da turbulência na economia e no sistema financeiro. "Os mercados estão pedindo mais e atualmente projetam um corte de 25 pontos-base na taxa dos Fed Funds na próxima semana, assim como uma probabilidade de 60% a 70% de corte de 50 pontos-base na reunião do Comitê do Mercado Aberto (Federal Open Market Committee, Fomc) de 18 de setembro. Se as expectativas forem frustradas, então os mercados deverão se revoltar", afirmaram. Para os analistas, a situação continua muito fluida. "Ninguém sabe a extensão total dos estragos financeiros e o eventual mérito de crédito dos participantes", observaram, des-

tacando que os mercados vão continuar a agir conforme a divulgação de novos prejuízos e falências. De acordo com os economistas do Merrill Lynch, os mercados entraram em nova fase na fuga do risco, "na qual eles estão indo além do problema do subprime (mercado de crédito imobiliário de alto risco nos Estados Unidos) e em que os bancos centrais estão mais ativos". "O longo período de excessos parece estar terminando. Conforme esse desmonte ganha força, um processo de desalavancagem o acompanha." Para eles, esse movimento está relacionado aos riscos de falências nos mercados. Ajuste — O secretário do Tesouro americano, Henry Paulson, afirmou ontem que a atual turbulência representa uma reprecificação de riscos que não tem reflexo na saúde das economias dos EUA e do mundo. "Estamos vendo estresse e tensões em uma série de mercados, mas isso ocorre diante de um cenário de economia global forte e de uma economia americana robusta", disse. "Temos uma economia muito saudável", disse o secretário do Tesouro dos Estados Unidos. De acordo com ele, embora os problemas do mercado devam ter influência no crescimento, a economia deve continuar em expansão. Ele afirmou que há "grande variedade de ativos seguros". (AE)

Cepal: América Latina preparada

A

América Latina está "mais preparada que nunca" para enfrentar uma eventual crise global, que venha a ser desencadeada a partir da turbulência no mercado imobiliário dos Estados Unidos. A avaliação foi apresentada ontem pelo economista Osvaldo Kasef, da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), no seminário empresarial do Fórum de Cooperação Ásia do LesteAmérica Latina (Focalal), na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Kasef explicou que, neste momento, a Cepal mantém-se otimista em relação a essa turbulência, que estaria esgotada e reclusa ao mercado imobiliário americano. O economista, entretanto, ponderou que ainda é cedo para o órgão confirmar essa previsão. "Se a turbulência transcender o mercado

imobiliário americano e se disseminar pela Europa e Ásia, a América Latina não estará isenta a essa crise global." Indicadores — A convicção de que a América Latina se mostra economicamente mais robusta para fazer frente a uma possível crise global está apoiada na melhora de, pelo menos, quatro indicadores — níveis de reservas internacionais, superávit fiscal, saldos positivos em conta-corrente e redução do endividamento. Por enquanto, a Cepal mantém suas estimativas de crescimento de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) da América Latina em 2007 e de 4,6%, em 2008. O Brasil deverá crescer 4,3% nos dois anos. As taxas latino-americanas, portanto, continuarão abaixo da média de crescimento do conjunto dos países em desenvolvimento, puxado pela China. (AE)

China eleva taxa de juros

O

Banco Popular da China (PBoC, na sigla em inglês) elevou ontem a taxa básica anual de juros para os empréstimos bancários de um ano de 6,84% para 7,02%. Além disso, o banco central chinês também aumentou de 3,33% para 3,6% os juros dos depósitos bancários. "O objetivo é estabilizar as expectativas inflacionárias", justificou a Rádio Internacional da China. Como esperado, o quarto aumento da taxa de juros da economia chinesa deste ano foi provocado pela pressão inflacionária. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) aferido pelo governo em julho chegou a

5,6% — o patamar mais alto da última década. Em junho, o aumento do custo de vida foi de 4,4%. "Não resta dúvida de que o governo pretende conter apenas a inflação", afirmou o site Drecnet, de olho no tremor que atinge as bolsas. Apesar da nova alta dos juros, o fantasma da inflação deverá continuar rondando a China. "A inflação manterá um moderado crescimento por um tempo relativamente longo", projetou na semana passada o Conselho de Estado, ao atribuir a tendência de alta ao comportamento dos preços dos alimentos, em especial da carne de porco e de ovos. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

5

%UDGHVFR $GPLQLVWUDGRUD GH &RQVyUFLRV /WGD &13- 1R 6HGH &LGDGH GH 'HXV V QR 3UpGLR 0DUURP 9LOD <DUD 63 Relatório da Administração

Demonstração dos Resultados - Em Reais mil 1o Semestre 2007

Senhores Cotistas: Em cumprimento às disposições legais e dispositivos estabelecidos pelo Banco Central do Brasil, apresentamos para apreciação de V.Sa(s), as Demonstrações Financeiras da Bradesco Administradora de Consórcios Ltda. relativas ao semestre findo em 30 de junho de 2007, acompanhadas das notas explicativas e do parecer dos auditores independentes. Cidade de Deus, 3 de agosto de 2007. Diretoria e Administração

Balanço Patrimonial - Em Reais mil AT IV O

30.6.2007

CIRCULANTE .................................................................................. DISPONIBILIDADES ......................................................................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS ............................................... Carteira Própria ................................................................................. OUTROS CRÉDITOS ....................................................................... Diversos ............................................................................................ OUTROS VALORES E BENS ............................................................ Despesas Antecipadas .......................................................................

31.12.2006

310.614 – 308.062 308.062 2.544 2.544 8 8

255.187 – 248.735 248.735 6.444 6.444 8 8

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO .................................................... OUTROS CRÉDITOS ....................................................................... Diversos ............................................................................................

3.992 3.992 3.992

972 972 972

PERMANENTE ................................................................................ INVESTIMENTOS ............................................................................. Outros Investimentos ......................................................................... Provisão para Perdas ......................................................................... IMOBILIZADO DE USO ..................................................................... Imobilizado ........................................................................................ Depreciação ...................................................................................... DIFERIDO .........................................................................................

6.502 1 12 (11) 2.488 3.602 (1.114) 4.013

5.483 1 12 (11) 2.690 3.561 (871) 2.792

TOTAL ..............................................................................................

321.108

261.642

PASSIVO

30.6.2007

31.12.2006

CIRCULANTE .................................................................................. OUTRAS OBRIGAÇÕES .................................................................. Obrigações Sociais e Estatutárias ...................................................... Fiscais e Previdenciárias ................................................................... Diversas ............................................................................................

113.328 113.328 75.409 24.758 13.161

70.106 70.106 25.409 36.874 7.823

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ........................................................... OUTRAS OBRIGAÇÕES .................................................................. Fiscais e Previdenciárias ................................................................... Provisão para Passivos Contingentes .................................................

82 82 20 62

199 199 171 28

PATRIMÔNIO LÍQUIDO .................................................................... Capital: - De Domiciliados no País ................................................................. Aumento de Capital ............................................................................ Reservas de Capital ........................................................................... Reservas de Lucros ........................................................................... Lucros Acumulados ...........................................................................

207.698

191.337

55.800 40.000 10 98.844 13.044

55.800 – 10 59.300 76.227

CAPITAL SOCIAL REALIZADO

RECEITAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS .................................. Impostos Incidentes sobre serviços ....................................................

118.887 (12.712)

RECEITA LÍQUIDA DOS SERVIÇOS ...............................................

106.175

98.453

RECEITAS / (DESPESAS) OPERACIONAIS ................................... Despesas de Pessoal ......................................................................... Despesas Administrativas ................................................................. Despesas Tributárias ......................................................................... Despesas Comerciais ....................................................................... Receitas Financeiras ......................................................................... Outras Receitas Operacionais ............................................................ Outras Despesas Operacionais ..........................................................

(4.854) (6.786) (7.216) (20) (9.551) 15.956 3.006 (243)

(11.027) (5.366) (8.235) (48) (15.007) 14.605 3.246 (222)

RESULTADO OPERACIONAL ........................................................

101.321

87.426

RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO .........

101.321

87.426

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ...................... Provisão para Imposto de Renda ........................................................ Provisão para Contribuição Social ...................................................... Ativo Fiscal Diferido ...........................................................................

(34.960) (25.667) (9.145) (148)

(29.465) (21.607) (8.142) 284

TOTAL ..............................................................................................

321.108

261.642

RESERVAS DE CAPITAL

RESERVAS DE LUCROS LEGAL

LUCROS ACUMULADOS

TOTAIS

ESTATUÁRIA

SALDOS EM 30.6.2006 ................................................................................... LUCRO DO SEMESTRE ................................................................................ DESTINAÇÕES: RESERVA LEGAL ............................................................................................ DIVIDENDOS PROPOSTOS ..........................................................................

55.800 –

10 –

8.389 –

48.013 –

34.930 57.961

147.142 57.961

– –

– –

2.898 –

– –

(2.898) (13.766)

– (13.766)

SALDOS EM 31.12.2006 ................................................................................. AUMENTO DE CAPITAL ................................................................................. CONSTITUIÇÃO DE RESERVAS ................................................................... LUCRO DO SEMESTRE ................................................................................ DESTINAÇÕES: RESERVA LEGAL ............................................................................................ DIVIDENDOS PROPOSTOS ..........................................................................

55.800 40.000 – –

10 – – –

11.287 – – –

48.013 (40.000) 76.227 –

76.227 – (76.227) 66.361

191.337 – – 66.361

– –

– –

3.317 –

– –

(3.317) (50.000)

– (50.000)

SALDOS EM 30.6.2007 ...................................................................................

95.800

10

14.604

84.240

13.044

207.698

66.361

57.961

Número de cotas ................................................................................ Lucro Líquido por cota em R$ .............................................................

95.800.000 0,69

55.800.000 1,04

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos - Em Reais mil

30.6.2007

31.12.2006

CIRCULANTE E REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ........................ DISPONIBILIDADES ......................................................................... APLICAÇÕES FINANCEIRAS - Grupos em Andamento e Formação Aplicações Financeiras ...................................................................... Aplicações Financeiras Vinculadas a Contemplações .........................

2.685.569 6.364 1.135.886 95.847 1.040.039

2.283.344 – 908.813 84.958 823.855

OUTROS CRÉDITOS ....................................................................... Direitos junto a Consorciados Contemplados ..................................... Normais ............................................................................................ Em Atraso .......................................................................................... Em Cobrança Judicial ........................................................................ Bens Retomados ................................................................................

1.543.319 1.543.319 1.521.471 12.372 7.924 1.552

1.374.531 1.374.531 1.357.798 8.527 7.292 913

COMPENSAÇÃO ............................................................................. Previsão mensal de recursos a receber de consorciados .................... Contribuições devidas ao grupo .......................................................... Valor dos Bens a Contemplar .............................................................

13.300.938 130.933 6.826.641 6.343.364

13.195.592 124.001 6.749.089 6.322.503

TOTAL ..............................................................................................

15.986.507

15.478.936

30.6.2007

PASSIVO

ORIGEM DOS RECURSOS .............................................................

110.589

72.889

66.361

57.961

Ajustes ao lucro líquido .................................................................. Depreciação ......................................................................................

243 243

222 222

Recursos deTerceiros Originários de: ........................................... - Aumento dos Subgrupos do Passivo: ........................................ Outras Obrigações ........................................................................... - Diminuição dos Subgrupos do Ativo: ........................................ Outros Valores e Bens ......................................................................

43.985 43.105 43.105 880 880

14.706 14.670 14.670 36 36

APLICAÇÃO DOS RECURSOS ...................................................... Dividendos Propostos ........................................................................

110.589 50.000

72.889 13.766

Inversões em: ................................................................................... Imobilizado ........................................................................................ Diferido ..............................................................................................

1.262 41 1.221

2.884 1.818 1.066

Aumento dos Subgrupos do Ativo: .............................................. Títulos e Valores Mobiliários .............................................................. Outros Créditos ................................................................................. Aumento/Redução das Disponibilidades ......................................

59.327 59.327 – –

56.239 53.574 2.665 –

Início do Período ............................................... Fim do Período .................................................. Aumento / Redução das Disponibilidades ......

– – –

– – –

MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA

Demonstração Consolidada das Variações nas Disponibilidades de Grupos - Em Reais mil

CIRCULANTE E EXÍGIVEL A LONGO PRAZO ..............................

2.685.569

2.283.344

1.205.103

1.093.842

Valores a Repassar ............................................................................

11.731

10.142

Obrigações por Contemplações a Entregar ........................................

1.040.039

823.855

Recursos a Devolver a Consorciados ................................................

275.820

227.103

Recursos dos Grupos ........................................................................

152.876

128.402 13.195.592

COMPENSAÇÃO .............................................................................

13.300.938

Recursos mensais a receber de consorciados ...................................

130.933

124.001

Obrigações do grupo por contribuições ...............................................

6.826.641

6.749.089

Obrigações por futuras contemplações ...............................................

6.343.364

6.322.503

TOTAL ..............................................................................................

1o Semestre 2007

31.12.2006

Obrigações com Consorciados ..........................................................

15.986.507

15.478.936

2o Semestre 2006

Lucro Líquido ..................................................................................

Demonstração Consolidada dos Recursos de Consórcio - Em Reais mil AT I V O

110.264 (11.811)

LUCRO LÍQUIDO DO SEMESTRE ..................................................

1o Semestre 2007

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - Em Reais mil EVENTOS

2o Semestre 2006

2o Semestre 2006

DISPONIBILIDADES NO INÍCIO DO PERÍODO .............................. Depósitos Bancários .......................................................................... Aplicações Financeiras ...................................................................... Aplicações Financeiras Vinculadas a Contemplações (Cotas de Fundos de Investimentos e LFT) ...................................................................

908.813 – 84.958

706.398 – 70.548

823.855

635.850

( + ) RECURSOS COLETADOS ....................................................... Contribuições para aquisição de bens ................................................. Taxa de Administração ....................................................................... Contribuições ao fundo de reserva ...................................................... Rendimentos de aplicações financeiras .............................................. Multas e juros moratórios .................................................................. Prêmios de seguro ............................................................................. Custas Judiciais ................................................................................ Outros ...............................................................................................

1.068.761 848.809 115.561 25.391 34.249 3.830 28.672 708 11.541

969.204 770.761 106.937 23.152 30.070 3.774 26.529 568 7.413

( - ) RECURSOS UTILIZADOS ........................................................ Aquisição de Bens .............................................................................. Taxa de Administração ....................................................................... Multas e juros moratórios .................................................................. Prêmios de seguro ............................................................................. Custas Judiciais ................................................................................ Seguros Contratados - Quebra de Garantia ........................................ Outros ...............................................................................................

(835.324) (668.707) (117.008) (1.878) (28.582) (708) (18.441) –

(766.789) (614.227) (108.411) (1.853) (26.252) (568) (15.465) (13)

DISPONIBILIDADES NO FINAL DO PERÍODO .............................. Depósitos Bancários .......................................................................... Aplicações Financeiras ...................................................................... Aplicações Financeiras Vinculadas a Contemplações (Cotas de Fundos de Investimentos e LFT) ...................................................................

1.142.250 6.364 95.847

908.813 – 84.958

1.040.039

823.855

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras 1 - CONTEXTO OPERACIONAL A Bradesco Consórcios iniciou, em 9 de dezembro de 2002, a venda de cotas de consórcio a funcionários e, em 21 de janeiro de 2003, para correntistas e não correntistas das instituições financeiras da Organização Bradesco, passando o consórcio a ser parte do portfolio de produtos oferecidos pela Organização. Atuando na Administração de Grupos de Consórcios de Imóveis, Automóveis, Tratores, Caminhões e Colheitadeiras, conta com toda a infraestrutura de atendimento da Organização Bradesco. Como parte da Organização Bradesco, utiliza-se, de forma compartilhada, da infraestrutura administrativa e tecnológica de seu Controlador (Banco Bradesco) e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto. A capilaridade e a segurança associadas à Marca Bradesco são vantagens importantes na expansão das vendas.

b) Outros Créditos No ativo circulante, outros créditos referem-se a Direitos junto a consorciados contemplados e representam os valores a receber dos consorciados contemplados referentes às parcelas vincendas do fundo comum e fundo de reserva, calculados com base no valor dos bens na data do balanço. c) Passivo Circulante I. Obrigações com Consorciados As obrigações com consorciados representam o fundo comum recebido de consorciados não contemplados para aquisição de bens e o fundo comum, a taxa de administração e o seguro recebido de consorciados dos grupos em formação e são determinados com base no valor dos bens objeto da operação e no percentual de pagamentos estabelecidos de acordo com o prazo de duração dos grupos. II. Valores a Repassar Os valores a repassar referem-se a valores recebidos de consorciados a serem repassados, referentes à taxa de administração, prêmios de seguros, multas e juros e outros. III. Obrigações por Contemplações a Entregar Correspondem ao valor de bens contemplados nos grupos, a serem entregues após a data das demonstrações financeiras, acrescidos dos rendimentos financeiros entre a data de contemplação e a data do Balanço. IV. Recursos a Devolver a Consorciados Referem-se a valores a ser ressarcidos aos consorciados ativos por ocasião do encerramento do grupo, referentes a pagamentos a maior de parcelas, e a valores a pagar aos consorciados desistentes e excluídos, atualizados pela variação do bem. V. Recursos dos Grupos Referem-se aos recursos a serem rateados aos consorciados ativos quando do encerramento do grupo, pelos valores de fundo de reserva, remunerações de aplicações financeiras, multas e juros moratórios retidos pelo grupo, atualização da variação do preço do bem e valores de prestações não recebidas dos consorciados após esgotados os procedimentos de cobrança. d) Contas de Compensação I. Previsão Mensal de recursos a receber de consorciados e recursos mensais a receber de consorciados Demonstram a previsão de contribuições a receber (fundo comum e fundo de reserva) de consorciados para o mês subseqüente ao mês base das demonstrações financeiras. O montante foi calculado considerando o valor dos bens objeto das operações de consórcio em 30 de junho de 2007 e 31 de dezembro de 2006. II. Contribuições devidas ao grupo e obrigações do grupo por contribuições Referem-se aos valores totais das contribuições (fundo comum e fundo de reserva) devidas pelos consorciados ativos (grupos em andamento) até o final do grupo, considerando o valor dos bens objeto das operações de consórcio na data do balanço. III. Valor dos Bens a Contemplar e obrigações por futuras contemplações Correspondem ao valor dos bens a serem contemplados em assembléias futuras, considerando o valor dos bens objeto das operações de consórcio na data do balanço.

2 - APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DA ADMINISTRADORA E DOS GRUPOS DE CONSÓRCIO As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir de diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, associadas às normas e instruções do Banco Central do Brasil (BACEN), específicas para as administradoras de consórcios e incluem estimativas e práticas contábeis no que se refere à constituição de provisões. A carta-circular no 3.147/04 do BACEN alterou e consolidou as diretrizes contábeis a serem utilizadas pelos grupos de consórcios, que incluem a preparação das demonstrações consolidadas dos recursos de consórcio e das variações nas disponibilidades de grupos de consórcio. 3 - PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS DA ADMINISTRADORA a) Apuração do resultado O resultado é apurado pelo regime de competência. A taxa de administração é reconhecida mensalmente em função dos recebimentos das contribuições pelos grupos, e a comissão sobre venda de cotas de consórcio quando da inclusão nos grupos, cujo pagamento se dá em parcela única, quando da inclusão nos grupos. b) Títulos e Valores Mobiliários São demonstrados pelos valores de aplicação acrescidos dos rendimentos incorridos até a data do balanço, e quando aplicável constituído provisão para perdas com base no valor de mercado. As aplicações em cotas de fundos de investimentos são valorizadas com base no valor da cota disponibilizada pelo administrador do fundo, Banco Bradesco S.A. (gestão da BRAM - Bradesco Asset Management S.A. DTVM), para a data-base. c) Ativos circulante e realizável a longo prazo São demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base pro rata dia). d) Permanente Demonstrado ao custo, combinado com: • Investimentos - Constituição de provisão para perdas quando aplicável. • Imobilizado de Uso - Depreciado às taxas que levam em consideração a vida útil dos bens representados por: Instalações e Móveis e Utensílios 10% a.a.; Equipamentos de Informática e Direito de Uso de Softwares 20% a.a. • Diferido - Registrado ao custo de aquisição ou formação, liquido das respectivas amortizações acumuladas, quando aplicável. e) Passivos circulante e exigível a longo prazo Os valores demonstrados incluem, quando aplicável, os encargos e as variações monetárias (em base pro rata dia) incorridas. A provisão para contingências é constituída considerando a opinião dos assessores jurídicos da sociedade, a natureza das ações, o posicionamento dos tribunais para causas de natureza semelhante e a experiência da administração, desta forma julgamos que a provisão constituída é suficiente para atender as perdas prováveis dos respectivos processos judiciais. f) Impostos e contribuições Os impostos e contribuições foram calculados às alíquotas abaixo mencionadas, considerando, para efeito das respectivas bases de cálculo, a legislação vigente pertinente a cada tributo: Imposto de Renda .................................................................................... 15% Adicional de Imposto de Renda ................................................................. 10% Contribuição Social .................................................................................. 9% PIS .......................................................................................................... 1,65% COFINS .................................................................................................. 7,60% Para efeito de apuração da base de cálculo do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido, a partir de 2005 a sociedade optou pela utilização do lucro real. 4 - PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS DOS GRUPOS DE CONSÓRCIOS a) Aplicações Financeiras São demonstradas pelos valores de aplicação acrescidos dos rendimentos incorridos até a data do balanço, e quando aplicável constituído provisão para perdas com base no valor de mercado. As aplicações em cotas de fundos de investimentos são valorizadas com base no valor da cota disponibilizada pelo administrador do fundo, Banco Bradesco S.A. (gestão da BRAM - Bradesco Asset Management S.A. DTVM), para a data-base. Esses valores representam os recursos disponíveis e não utilizados pelos grupos e são aplicados de acordo com as diretrizes da Circular no 3.261/04, do BACEN. Os rendimentos dessas aplicações são incorporados ao fundo comum e de reserva de cada grupo diariamente.

5 - TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS - ADMINISTRADORA Os títulos e valores mobiliários estão compostos como segue: Em R$ mil Descrição Cotas de Fundos de Investimentos: a) Próprias ............................................................... b) Grupos Encerrados (nota 6c) ................................ Total ..........................................................................

30 de junho de 2007

31 de dezembro de 2006

300.872 7.190 308.062

241.847 6.888 248.735

6 - OUTROS CRÉDITOS E OUTRAS OBRIGAÇÕES - ADMINISTRADORA a) No ativo circulante e realizável a longo prazo, outros créditos diversos referem-se a outros adiantamentos R$ 3.783 mil (em 31 de dezembro de 2006 - R$ 2.443 mil) créditos tributários R$ 204 mil (em 31 de dezembro de 2006 - R$ 352 mil), devedores por depósitos em garantia R$ 178 mil (em 31 de dezembro de 2006 - R$ 347 mil), impostos e contribuições a compensar R$ 2.371 mil (em 31 de dezembro de 2006 - R$ 4.274 mil) e outros valores e bens referem-se a despesas antecipadas R$ 8 mil (em 31 de dezembro de 2006 - R$ 8 mil). b) Outras obrigações fiscais e previdenciárias referem-se principalmente a provisão para imposto de renda, contribuição social, impostos e contribuições s/ serviços de terceiros e salários R$ 24.758 mil (em 31 de dezembro de 2006 - R$ 34.055 mil) e provisão para riscos fiscais R$ 20 mil (em 31 de dezembro de 2006 - R$ 171 mil). c) No passivo circulante e exigível a longo prazo, outras obrigações diversas referem-se a provisão para pagamentos a efetuar R$ 5.971 mil (em 31 de dezembro de 2006 - R$ 2.838 mil), valores a ressarcir a consorciados de grupos encerrados R$ 7.190 mil (em 31 de dezembro de 2006 R$ 6.888 mil), em virtude do encerramento, em exercícios anteriores, da carteira de grupos de consórcio, estando estes recursos à disposição dos respectivos consorciados.

d) A administração da instituição avalia as possibilidades de perdas, ajustando a provisão para passivos contingentes - R$ 62 mil (em 31 de dezembro de 2006 - R$ 28 mil) conforme requerido. A contingência provisionada estava relacionada a processos judiciais de ordem trabalhista. Baseada na opinião de seus advogados, a administração mantêm registrada provisão em montante considerado suficiente para fazer face a perdas decorrentes do desfecho dos processos. 7 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO - ADMINISTRADORA Em 30 de junho de 2007 o capital social é de R$ 95.800 mil, representado por 95.800.000 cotas ao valor nominal de R$ 1,00 cada. Neste semestre houve o aumento do capital social utilizando as reservas de lucros no montante de R$ 40.000 mil. Os lucros acumulados do exercício de 2006 no montante de R$ 76.227 mil, foram transferidos para a reserva estatutária. Em 31 de maio, os Diretores deliberaram provisionar o montante de R$ 50.000 mil (em 31 de dezembro de 2006 - R$ 25.409 mil) para pagamento de dividendos, após a destinação da reserva legal, ajustado nos termos da legislação. 8 - IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - ADMINISTRADORA a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social: EmR$ mil 30.6.2007

Descrição Resultado antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social ................ Imposto de Renda e Contribuição Social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente ............................................................................................... Efeito das adições/exclusões no cálculo dos tributos .................................

101.321

Total dos encargos de Imposto de Renda e Contribuição Social ......

34.960

34.449 511

b) No semestre foram realizados R$ 148 mil de créditos tributários decorrentes de adições temporárias, restando em 30 de junho de 2007 R$ 204 mil (em 31 de dezembro de 2006 - R$ 352 mil) referentes a diferenças temporárias. A sociedade não possui créditos tributários não ativados. 9 - OUTRAS INFORMAÇÕES - ADMINISTRADORA a) As despesas administrativas no valor de R$ 7.216 mil (em 31 de dezembro de 2006 - R$ 8.235 mil) estão representadas basicamente por despesas com comunicação, material gráfico, processamento de dados, serviços prestados por terceiros e treinamento. b) As despesas de pessoal no valor de R$ 6.786 mil (em 31 de dezembro de 2006 - R$ 5.366 mil) estão representadas por salários, benefícios, encargos sociais trabalhistas e provisões de 13º salário e férias. c) As despesas comerciais no valor de R$ 9.551 mil estão representadas principalmente por despesas com comissões, eventos e propaganda (em 31 de dezembro de 2006 - R$ 15.007 mil). d) Outras receitas operacionais no valor de R$ 3.006 mil (em 31 de dezembro de 2006 - R$ 3.246 mil) referem-se principalmente taxas para recuperação de despesas junto aos consorciados, conforme previsto contratualmente. 10 - APLICAÇÕES FINANCEIRAS - GRUPOS As aplicações financeiras dos grupos de consórcio (em andamento e em formação) no valor de R$ 1.135.886 mil (em 31 de dezembro de 2006 - R$ 908.813 mil), estão compostas por R$ 103.188 mil em operações compromissadas com lastro em títulos públicos federais (em 31 de dezembro de 2006 - R$ 57.595 mil), junto ao Banco Bradesco S.A., e R$ 1.032.698 mil (em 31 de dezembro de 2006 R$ 851.218 mil) em cotas de fundos de investimentos. A taxa de administração paga pelos fundos ao administrador dos Fundos - Banco Bradesco S.A., no semestre foi de R$ 12.617 mil (no exercício findo em 31 de dezembro de 2006 - R$ 9.393 mil). 11 - RESUMO DAS OPERAÇÕES DE CONSÓRCIOS As operações de consórcios em 30 de junho de 2007 e 31 de dezembro de 2006 apresentam a seguinte posição em quantidades: 30.6.2007 31.12.2006 Grupos em andamento ................................................................ 1.614 1.496 Grupos encerrados ..................................................................... 2 2 Bens entregues (semestre / exercício) ........................................ 19.622 37.593 Bens entregues totais .................................................................. 93.753 78.776 Consorciados ativos .................................................................... 281.514 274.224 Desistentes e cancelados (semestre / exercício) ......................... 36.721 62.225 Consorciados contemplados ....................................................... 124.004 98.487 Bens pendentes de entrega .......................................................... 30.251 20.917 Taxa média de inadimplência ...................................................... 3,27% 2,41% 12 - OUTRAS INFORMAÇÕES Os consorciados mantêm seguros de vida e quebra de garantia, junto ao Grupo Bradesco Seguros e Previdência, cujos valores dos prêmios pagos encontram-se demonstrados em prêmios de seguros e seguros contratados - quebra de garantia.

Parecer dos Auditores Independentes

Diretoria Aos Administradores e Cotistas da Bradesco Administradora de Consórcios Ltda.

Diretor-Presidente ANTONIO CELSO MARZAGÃO BARBUTO

1

Examinamos os balanços patrimoniais da Bradesco Administradora de Consórcios Ltda. em 30 de junho de 2007 e 31 de dezembro de 2006 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, bem como as demonstrações consolidadas dos recursos de consórcio em 30 de junho de 2007 e 31 de dezembro de 2006 e das variações nas disponibilidades de grupos para os semestres findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras.

2

Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da entidade, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da entidade, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

Diretores ADEMIR COSSIELLO *IDEVALTER BORBA

*Homologado pelo Banco Central em 12/07/2007

José Alves Bicudo Filho Contador CRC 1SP124.511/O-3

3

Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Bradesco Administradora de Consórcios Ltda. em 30 de junho de 2007 e 31 de dezembro de 2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, bem como as demonstrações consolidadas dos recursos de consórcio em 30 de junho de 2007 e 31 de dezembro de 2006 e das variações nas disponibilidades de grupos dos semestres findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 3 de agosto de 2007

Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5

Washington Luiz Pereira Cavalcanti Contador CRC 1SP172940/O-6


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Indicadores Econômicos

7

1,16

21/8/2007

dólar foi a queda do contrato para outubro do petróleo tipo Brent, ontem, em Londres.

Informe Publicitário FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda

Fundo

Empresarial LP Esher LP Hope LP JCP-SUL LP Master Recebíveis LP Múltiplo LP Redfactor LP Valecred LP

Posição em:

17/08/2007 17/08/2007 17/08/2007 17/08/2007 17/08/2007 17/08/2007 17/08/2007 17/08/2007

P.L. do Fundo

17.325.986,41 24.388.157,88 13.066.238,84 1.275.696,66 1.968.397,65 12.733.340,56 8.692.615,50 2.527.387,40

Valor da Cota Subordinada

1.500,417216 1.336,713840 1.163,487556 1.013,409928 1.220,570685 1.453,219363 1.076,358266 1.005,049667

% rent.-mês

1,3899 0,4559 1,3755 1,3660 0,4416 5,6767 1,5600 0,6689

% ano

15,52 13,59 16,35 1,34 2,53 16,06 7,64 0,50

Valor da Cota Sênior

% rent.-mês

% ano

1.029,076600

0,6244

2,91

1.236,324563 1.002,458873

0,6132 0,2459

8,45 0,25

1.122,305199

0,6132

8,43

rating

DC

COMÉRCIO

A (Austin) BBB (Austin) AA- (Austin) AA- (Austin) A+ (Austin) A+ (Austin) AA (Austin) A (Austin)


Ano 83 - Nº 22.444

São Paulo, quarta-feira, 22 de agosto de 2007

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição concluída às 23h55

w w w. d co m e rc i o. co m . b r

Um em cada quatro brasileiros recebe benefícios do Bolsa-Família, orçado em R$ 8,7 milhões em 2007, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social. O programa é responsável pelo alto índice de popularidade do presidente. Página 3

Nos primeiros sete meses deste ano, o recolhimento de impostos chegou a R$ 332,83 bilhões, aumento de 10,34%. Esse índice corresponde a R$ 40,6 bilhões a mais em relação ao mesmo período de 2006. É mais um recorde do governo Lula. Economia 1

NOSSO 1º CASAL APRESENTA O SEBO-DIESEL

Bruno Miranda/Folha Imagem

O presidente Lula e dona Marisa participam de inauguração, em Lins (SP), da maior usina de biocombustível do País, que vai produzir 110 milhões de litros de combustível por ano, a partir de sebo bovino. Página 3

HOJE Parcialmente nublado Máxima 24º C. Mínima11º C.

AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 25º C. Mínima 12º C.

PF: fortuna de Renan é incompatível com renda

Começa hoje julgamento de 40 mensaleiros

CPI quebra sigilo fiscal de diretora da Anac

Página 3

Página 4

Página 4


Congresso Planalto Caos Aéreo CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 23 de agosto de 2007 Edson Santos/Ag.Câmara

8

AUMENTA A PRESSÃO SOBRE DENISE ABREU

Foi uma farsa o documento da Anac. Ela (Denise Abreu) é um perigo para a saúde das pessoas. Onyx Lorenzoni (DEM-RS)

JOBIM QUER PROCESSO CONTRA ANAC Lula Marques/Folha Imagem

Ministro anunciou que proporá ação disciplinar por documento sem valor

U

Zuanazzi sai em favor da agência

O

presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, fez ontem um longo desabafo perante a Comissão de Infra-estrutura do Senado. Ele defendeu o órgão em relação ao documento que foi apresentado à Justiça Federal e que teria embasado a decisão de liberar os vôos no Aeroporto de Congonhas - além de ter fundamentado a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico da diretora do órgão, Denise Abreu, e de outros dez ex-diretores da Infraero. Zuanazzi não explicou a razão do documento estar junto com os demais que foram entregues à Justiça. Segundo ele,

a discussão naquele momento era sobre a liberação de três tipos de aviões – o Fokker 100 e os Boeings 737-700 e 737-800 – para pousos. Defendendo a agência de acusações, Zuanazzi lembrou que o avião que explodiu em Congonhas e causou a morte de 199 pessoas, em 17 de julho, foi um Airbus. "Está se criando uma polêmica quando a ação judicial não tinha qualquer relação com o avião que se acidentou", disse. Para ele, "não é justo, não é correto" associar a discussão do processo judicial sobre a liberação da pista com o acidente. "Se houve alguma irresponsabilidade nas informações ela

é histórica e não pode ser computada à Anac". No seu desabafo, Zuanazzi afirmou também que a Anac "jamais" determinou o aumento na movimentação no Aeroporto de Congonhas. Lembrou que quando a agência foi criada, em março de 2006, Congonhas operava com 48 movimentos por hora. Segundo ele, foi a Anac que reduziu as operações para 44 movimentos por hora, seguindo uma determinação do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea). Conforme suas informações, no ano 2000 o aeroporto de Congonhas chegou a operar com 50 movimentos por hora. (AE)

Campos nega ligação com Denise

A

cusado pelo ex-presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), José Carlos Pereira, de ter sido favorecido pela diretora da Anac, Denise Abreu, o empresário Carlos Ernesto Campos negou ter amizade e contatos na agência para conseguir que parte das cargas dos terminais de Cumbica e Viracopos fosse transferida para Ribeirão Preto, no interior paulista, onde está sediada sua empresa, a Terminais Aduaneiros do Brasil (Tead). "Não conheço a Denise. Só a vi algumas vezes em situações coletivas", afirmou ontem, em depoimento à CPI do Apagão Aéreo, no Senado. Apesar de negar amizade com a diretora da Anac, Carlos Ernesto disse ter tido o primeiro contato com Denise Abreu à época em que ela trabalhou na Secretaria da Saúde, no governo de Mário Covas (1995-

2001), o que, para o relator da comissão, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), mostra que os dois se conhecem bem. "Ele se lembra até de quando teve o primeiro contato com Antônio Cruz/ABr

Denise: na mira da CPI do Apagão

ela, ainda no governo Covas. A Denise é uma mitômana", comentou o senador. O empresário disse que Denise nunca fez lobby em seu fa-

vor e que não atua no setor de aviação, mas sim no de armazenamento de mercadorias. E-mail contra Denise – Um e-mail do superintendente de Infra-Estrutura da Anac, Luiz Miyada, enviado no dia 31 de janeiro, desmente versão da diretora da agência Denise Abreu sobre como a polêmica norma sobre pousos em Congonhas com reverso travado foi parar no site da agência. Na mensagem, divulgada hoje no Senado pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, Miyada afirma: "Por determinação da doutora Denise, informo que esta última versão do documento deverá ser inserida no site da Anac, para dar publicidade". Segundo Jobim, no dia 31 de janeiro ou 1º de fevereiro, a norma foi para o site. Denise dissera em depoimento na CPI, que o documento tinha sido tornado público no site por engano. (AE)

O

plicou que decidiu instaurar o processo porque o documento em questão foi anexado ao processo sobre a liberação do aeroporto como subsídio para a decisão da Justiça. O ministro não mencionou nomes, mas disse que a própria desembargadora Cecília Marcondes, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região (São Paulo), que tomou a decisão de liberar o aeroporto, "havia recebido a visita" de Denise Abreu, diretora da Anac. Na CPI do Apagão Aéreo, no entanto, Denise Abreu afirmou que o documento entregue à desembargadora não tinha valor legal, caindo em clara contradição. O líder do DEM na Câmara, deputado Onyx Lorenzoni (RS), afirmou que o partido iria entrar com uma ação no Ministério Público Federal, ainda ontem, pedindo o afastamento do cargo de Denise Abreu e de toda a diretoria da Anac.

Lorenzoni afirmou que são fortes os indícios de que a diretora da Anac teria mentido à Justiça ao encaminhar documento inválido para a liberação da pista principal de Congonhas – que foi palco para o trágico acidente com um Airbus A320 da TAM, no último dia 17 de julho, quando morreram 199 pessoas – o que se tornou o maior desastre aéreo da história brasileira. "Há o reconhecimento de que foi uma farsa o documento da Anac. Ela (Denise Abreu) é um perigo para a saúde das pessoas", afirmou Lorenzoni. Segundo o líder, a notícia-crime que será encaminhada ao Ministério Público argumentará falsidade ideológica, falso testemunho e improbidade administrativa. Lorenzoni disse ainda que, como as decisões da Anac são coletivas, a ação também pedirá o afastamento de todos os diretores da agência. (AE)

Renan antecipa defesa

presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), disse ontem estar à disposição para prestar esclarecimentos ao Conselho de Ética, sobre a primeira representação que pesa contra ele. Ele antecipa prazo de dez dias que tinha para preparar sua defesa. "Informo ao plenário que estou me colocando à disposição dos três relatores para amanhã (hoje) prestar esclarecimentos definitivos. "A comissão de ética já estabeleceu que amanhã (hoje) ouviremos Renan. O senador Renan, mais uma vez por si e pelo seu assistente técnico da pericia, abre mão de prazo de 10 dias e se antecipa para que em menos de 48 horas compareça à comissão para prestar suas defesas e ser questio-

Dida Sampaio/AE

Zuanazzi e Jobim na audiência: divergência de opiniões sobre a liberação judicial de Congonhas

m dia depois de a CPI do Senado aprovar a quebra de sigilos de Denise Abreu, diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), uma audiência na Comissão de Infra-estrutura do Senado fez aumentar ainda mais a pressão em torno da agência. Durante a audiência, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou que vai abrir um processo administrativo disciplinar para apurar responsabilidades e punir os responsáveis pela entrega de um documento sem validade à Justiça. O ministro informou que poderá pedir ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o afastamento preventivo dos acusados – entre eles está a diretora da Anac, que em 22 de fevereiro participou de uma reunião com a desembargadora que autorizou a reabertura de Congonhas. Jobim ex-

Renan: "Estou à disposição"

nado pelos três relatores", disse o relator e aliado de Renan, Almeida Lima (PMDB). O presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), havia dito que Renan tinha até a próxima se-

gunda-feira o prazo para se defender da acusação da primeira representação movida contra ele. Nessa representação, Renan é suspeito de ter tido suas contas pessoais pagas pelo lobista da Mendes Júnior, Cláudio Gontijo. A convocação foi feita logo após a comissão ter recebido a perícia da Polícia Federal sobre os documentos apresentados por Renan para justificar recursos para pagar suas despesas pessoais. O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), disse que encaminharia ao Conselho ainda ontem requerimento de uma acareação entre Renan e o usineiro João Lyra, que afirma ter comprado, em parceria com ele emissoras de rádio em Alagoas em nomes de laranjas. (AE)

CPI dos bingos: pedido negado Sergio Kapustan

N

em foi instalada, e a CPI dos Bingos, da Assembléia Legislativa, foi arquivada ontem. Segundo o deputado Jorge Caruso (PMDB), autor do requerimento, o colégio de líderes entendeu que o tema estava superado por se tratar de matéria de legislação federal. E mais: as casas foram fechadas e

há uma CPI em andamento na Câmara Municipal. "Apresentei o pedido há quatro anos quando ninguém falava em CPI no Senado. Agora, a situação mudou de figura", justificou Caruso. Com o arquivamento do pedido, os deputados decidiram instalar a CPI para investigar repasses do SUS aos hospitais. Outras quatro CPIs não foram instaladas porque os partidos não indicaram representantes.

O "tema CPI" entrou em pauta no final do primeiro semestre quando o PT defendeu a investigação de fraudes de contratos na Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) quando o ex-líder tucano Mário Bragato era secretário de Habitação de Geraldo Alckmin. Sem CPI, o caso foi parar no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, que anteontem arquivou o processo.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

SERRA DO CIPÓ

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

TURISMO - 1

FIM DE SEMANA ECOLÓGICO EM ATIBAIA (SP) Eco Pousada Pedra Grande é a dica para descansar e aprender sobre preservação ambiental. E mais: confira novidades do mercado turístico. Pág. 4 Divulgação Fotos: Divulgação

Beleza mineira

A apenas 100 quilômetros de Belo Horizonte, em Minas Gerais, a região é um espetáculo da natureza, cenário para a prática de uma infinidade de esportes de aventura – de trekking a rapel. Cachoeiras, cânions, flora exuberante e pinturas rupestres encantam os visitantes. Págs. 2 e 3

Veja mais imagens desta edição na nossa galeria de fotos virtual no site www.dcomercio.com.br/ galeria/boa viagem_index.htm

Local mágico para ver o pôr-do-sol, o Salão das Pedras (no topo) convida a observar um conjunto de esculturas naturais. Parque Nacional da Serra do Cipó e arredores abrigam diversas espécies de plantas – muitas endêmicas. Cachoeira Grande (acima) é apenas uma das atrações. Para turistas que gostam de emoção, caminhadas e canyoning (ao lado) estão na programação


Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO

SP VAI COMEÇAR SISTEMA DE COMPENSAÇÃO DE CRÉDITOS

O

governador José Serra deve sancionar até amanhã o projeto de lei da Nota Fiscal Paulista (PL 544/07). Ele prevê a devolução aos consumidores de 30% do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviço (ICMS) recolhido pelos estabelecimentos comerciais do Estado de São Paulo. Os restaurantes serão os primeiros a ter de emitir notas pela nova legislação. Eles têm até 3 de setembro para se adequar, mas esse prazo exíguo tem gerado protestos. A partir dessa data, os cerca de 20 mil estabelecimentos desse tipo terão de registrar no documento fiscal o CPF do consumidor. Caso o cliente seja pessoa jurídica, será colocado o CNPJ da empresa. Ele poderá ser feito em um dos quatro formatos existentes – entre eles, a nota fiscal online. Após sua emissão, os dados serão enviados para a Secretaria da

Fazenda do Estado (Sefaz-SP) pela internet. Ao exigir a nota fiscal , o consumidor acumulará créditos do ICMS, que poderão ser usados para abater o custo do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Eles poderão ainda ser depositados em conta corrente ou poupança, creditados em cartão de crédito ou transferidos para outra pessoa. Os créditos gerados neste segundo semestre poderão ser usados no início do próximo ano. Para estimular a solicitação de nota fiscal, o secretário adjunto da Sefaz-SP, George Tormin, diz que haverá sorteio de prêmios entre os consumidores que pedirem o documento. "Esperamos diminuir a evasão fiscal do estado que, dependendo da metodologia usada no cálculo, varia de R$ 4 bilhões a R$ 13 bilhões" diz. Os estabelecimentos que deixarem de emitir o documento fiscal ou não enviarem à Sefaz os dados nos prazos estipulados poderão ser multados

em R$ 1.423. Para os optantes do Supersimples, o recolhimento do imposto deve ocorrer até o dia 15 do mês seguinte ao da venda. Para empresas não enquadradas nesse regime, o pagamento pode ir até o décimo dia do segundo mês após a venda. Em outubro de 2008, será a vez de estabelecimentos como padarias, bares e cantinas, entre outros estabelecimentos que fornecem alimentos, se adequar à nova legislação. Nesse primeiro momento, apenas o varejo terá de implantar a nota fiscal paulista. Os prazos têm gerado críticas. "Nós fazemos uma venda em 45 segundos. Agora, teremos de treinar o pessoal para pegar o CPF do cliente, que na maioria das vezes não sabe o número de cor. Seria interessante ter um tempo a mais para saber quais mudanças teremos de fazer para não prejudicar o tempo de atendimento", diz o consultor de relações institucionais do McDonald's, Alcides Terra.

Quando o contribuinte sabe que está sob controle, evita a sonegação. Marcos Pimentel

Pimentel, de Taboão da Serra: a arrecadação média mensal passou de R$ 1,5 milhão para R$ 1,8 milhão, com a redução da sonegação.

Prefeituras arrecadam mais

Restaurantes serão os primeiros a emitir nota fiscal com identificação do cliente Renato Carbonari Ibelli

1

Paulo Pampolin/Hype

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Sílvia Pimentel

P

refeituras paulistas renderam-se à informatização de seus sistemas de controle do contribuinte e conseguiram aumentar substancialmente a arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS). A implantação da nota fiscal eletrônica, utilizada em São Paulo há pouco mais de um ano, com bons resultados para os cofres públicos, será o próximo passo em muitas administrações tributárias municipais. "A instalação do sistema eletrônico para o recebimento de declarações tanto de prestadores como de tomadores de serviços foi impulsionada pela Lei Complementar nº 116, que ampliou a lista de serviços sujeitos à tributação e permitiu a retenção do tributo pelo contratante em algumas situações", explica a consultora Daniela Marcelino dos Santos, da Consultoria em Administração Municipal (Conam). De acordo com Daniela, a

empresa já desenvolveu o sistema conhecido como ISS eletrônico em mais de 10 prefeituras. E muitas outras estão em fase de implantação. O resultado do investimento na informatização dos dados dos contribuintes é o aumento da arrecadação. "O sistema complementa o trabalho da fiscalização. A partir do cruzamento de informações prestadas pelos contribuintes, os fiscais saem às ruas sabendo o que vão procurar", explica. A Prefeitura de Rio Claro instalou o ISS eletrônico em junho do ano passado. De acordo com o diretor de fiscalização de rendas imobiliárias, Fábio Dal Prá, a novidade proporcionou um aumento de 25% na arrecadação do imposto, que hoje gira em torno de R$ 1,1 milhão. "Estamos implantando o sistema da nota fiscal eletrônica. Ele deverá entrar em operação nos próximos três meses. Com essa ferramenta, será possível acompanhar em tempo real as transações entre os contribuintes", informa. Entre

pessoas físicas e jurídicas, o município tem 5,3 mil pagadores do imposto. O fisco de Taboão da Serra, na Grande São Paulo, utiliza o sistema desde fevereiro do ano passado. Nesse município, o ISS eletrônico é obrigatório para 1,2 mil contribuintes do imposto. Depois de implantada a ferramenta, a arrecadação média mensal passou de R$ 1,5 milhão para R$ 1,8 milhão. "Conseguimos diminuir a sonegação, já que o ISS eletrônico proporciona um direcionamento mais eficiente da fiscalização", diz o responsável pelo setor de ISS no município, Marcos Campinas Pimentel. Além de facilitar o trabalho do fisco, o sistema informatizado de recebimento de declarações e dados provoca o que o Pimentel chama de efeito psicológico. "Quando o contribuinte sabe que está sendo controlado, faz tudo para evitar a sonegação", completa. Entre os planos da Prefeitura também está a implantação da nota fiscal eletrônica.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - ESPECIAL Marcos Peron/Virtual Photo-18/05/2005

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Divulgação

Marcos Peron/Virtual Phpto-28/11/2005

De alimentos e combustíveis

DISCIPLINA Novas regras para carga e descarga

D

esde 11 de maio deste ano, o decreto 48.338 da Prefeitura definiu novas regras para as operações de carga e descarga de caminhões na Cidade de São Paulo. O texto promove alterações na circulação de cargas, altera a abrangência da Zona de Máxima Restrição à Circulação (ZMRC) e disciplina as operações de carga e descarga em determinados estabelecimentos no município. Mas tem prazo de implementação até novembro, tempo necessário para a edição de portarias que regulamentem a lei e para sinalização das ruas. A ZMRC passa a ser uma única área na Cidade, em vez das três atuais, e sua abrangência sobe de 11,4 km² para 24,5 km². O trânsito de caminhões nessa área fica proibido nos horários a serem fixados pela Secretaria Municipal de Transportes (SMT), com exceção dos Veículos Urbanos de Carga (VUCs) e de outras situações que podem ser estudadas. Para que os VUCs possam circular na ZMRC, os motoristas precisarão cadastrá-los na SMT e atender às exigências a respeito de emissão de poluentes. O monitoramento de caminhões na ZMRC será feito por meio de dispositivos eletrônicos, como os Leitores Automáticos de Placas (LAPs). Para isso, o cadastro de veículos é importante. O decreto define ainda a Zona Especial de Restrição de Circulação (ZERC) para áreas exclusivamente residenciais e as Vias Estruturais Restritas (VER). Estas últimas têm restrições para o trânsito de caminhões em horários determinados por meio de regulamentação local. Além disso, o decreto propõe, para alguns Pólos Geradores de Tráfego de Grande Porte (PGTGPs), operações de carga e descarga disciplinadas, tais como em supermercados com áreas construídas computáveis superiores a 10 mil m² e shoppings centers com áreas construídas computáveis superiores a 25 mil m². As operações de carga e descarga nos PGTGPs passam a observar estes horários: de segunda a sexta-feira, da 0h às 6h e das 22h às 24h; aos sábados, da 0h às 6h e das 14h às 24h; e aos domingos e feriados, em qualquer horário. As dificuldades - Trabalho do Instituto Militar de Engenharia (IME) em conjunto com a Universidade Estácio de Sá e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) lembra que carga e descarga é uma atividade com vários componentes. Começa com o tempo de carregamento do veículo, depois o tempo de viagem do Centro de Distribuição (CD) até o cliente, tempo procurando o local para estacionamento e estacionando o veículo próximo ao cliente, tempo de descarregamento, tempo de contato com o cliente e tempo da viagem de retorno. Em estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Westminster, Inglaterra, do ano 2000, para as cidades de Londres e Norwick – citado pelo trabalho do IME –, os autores concluíram que os motoristas dos veículos de carga gastam 10% do tempo total da viagem nos percursos de ida e volta, 1% em contatos com o cliente e 2% em congestionamentos diversos, a maior parte, ou seja, 87% do tempo total, procurando estacionamento, estacionando o veículo e providenciando coleta ou entrega da carga. É durante este tempo que os veículos de carga circulam nos centros urbanos obstruindo parte das vias e provocando impactos ambientais. Zona de Máxima Restrição à Circulação (ZMRC): 24,5 km² com regras estritas e determinação do veículo a ser usado. Com isso, a Prefeitura espera melhorar o trânsito e reduzir a poluição.

Não-perecíveis N esta classificação entram praticamente todos os produtos industrializados, transportados em caixas – alimentícios, produtos de limpeza e de higiene por excelência. De acordo com pesquisa da Associação Paulista de Supermercados, as entregas concentramse no final de cada mês, para atender à demanda dos consumidores, que em geral fazem as compras no início do mês seguinte, quando recebem seus salários. Existem 102 hipermercados, 881 supermercados e 1.774 estabelecimentos de pequeno e médio varejo na Capital.

T odos os dias, cegonheiros transportam milhares de veículos para entrega em cerca de 100 concessionárias. Algumas não têm pátios para descarga. Assim, em muitos casos, além das dimensões do caminhão-cegonha, a descarga ocupa parte da via. Por serem muito longos e pela carga, esses veículos trafegam em velocidades muito baixas, necessitam de vias mais largas e de raios de giro maiores.

Valores E m São Paulo, existem cerca de 2.000 agências

B aús com lona são o tipo de caminhão mais comum para o transporte de refrigerantes, cervejas e águas. O acesso é lateral, o que dá maior mobilidade e agilidade na entrega. Mas em locais de muita concentração de veículos, podem tumultuar o trânsito. O Brasil produz 84,5 milhões de hectolitros anuais de cerveja e 13 bilhões de litros de refrigerantes e sucos. De 15% a 30% desses produtos são consumidos aqui em São Paulo. Editor de Fotografia Alex Ribeiro

Diretor de Redação Moisés Rabinovici

Editor de Arte José Coelho

Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira

Diagramação Hedilberto Monserrat Junior Ilustrações Abê

Editor Luiz Carlos de Assis Chefe de reportagem Arthur Rosa

Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122

Repórter Eliana Prado

Impressão Diário de S. Paulo

www.dcomercio.com.br

T odo o alimento alterável ou não estável a temperatura ambiente – carnes, leites e derivados como os iogurtes, sorvetes e frutas, entre muitos outros – precisa ser refrigerado mesmo em trânsito. Em geral, são utilizados caminhões tipo baú, com sistema de refrigeração. É muito comum encontrar esse tipo de caminhão nas vias urbanas, mais ainda em São Paulo, pois abastecem supermercados, mercadinhos de bairro, mercearias, açougues, sorveterias, bares e restaurantes. Este tipo de transporte precisa ser bem fiscalizado: qualquer dano à carga pode ameaçar a saúde pública e determinar até a perda total dos produtos. Verduras e hortifrutigranjeiros, de abastecimento diário, não precisam necessariamente de refrigeração – mas continuam ocupando espaço nas vias públicas.

Veículos

Bebidas

Presidente Alencar Burti

Perecíveis

bancárias. Todo ano, na cidade, são feitos R$ 21 bilhões em depósitos em contas correntes e mais R$ 24,5 bilhões em contas de poupança, de acordo com o Banco Central. Todo esse dinheiro (e também cheques, documentos e guias bancárias) precisa ser transportado dos estabelecimentos para os bancos e de uma instituição para outra. Os caixas automáticos precisam ser abastecidos. Os veículos para transporte de valores são blindados e pesados. Por questões de segurança têm prioridade e privilégios. Podem, por exemplo, estacionar em calçadas e invadir faixas de pedestres.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - TURISMO

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Um parque nacional feito para a aventura Divulgação

Localizado ao sul da Serra do Espinhaço, o Parque Nacional da Serra do Cipó ocupa uma área de 33.800 hectares, com inúmeras cachoeiras e rios, cavernas, trilhas para trekking e mountain biking, cavalgadas e rapel. Mas é bom saber: as distâncias são grandes entre uma atração e outra e será preciso passar muitas horas dentro do carro

O cenário na região – batizada de Serra do Cipó por conta do rio que tem seu curso em forma de curvas – convida à prática de esportes radicais, como escalada. A atividade fica mais fácil na época de seca, entre abril e novembro Fotos: Mariana Bergel

Por Mariana Bergel

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achoeiras de tirar o fôlego, cânions, pinturas rupestres, plantas endêmicas, cenário para a prática dos mais variados esportes de aventura. Parece pouco? Isso é apenas uma parte do que você vai encontrar no Circuito Serra do Cipó, em Minas Gerais. Localizada a apenas 100 quilômetros de Belo Horizonte, a região foi batizada com esse nome por causa do Rio Cipó, que tem seu curso todo em forma de curvas. A vegetação é extremamente diversificada, com plantas como as sempre-vivas, as canelas-de-ema e as velósias gigantes. Muitas das espécies são endêmicas. Consideradas fósseis vivas, as velósias alcançam até seis metros de altura e crescem cerca de um metro a cada século. Há também milhares de espécies de orquídeas, quaresmeiras, co-

A caminhada que leva à Cachoeira da Farofa dura duas horas. E dá para percorrer o trajeto de bike ou a cavalo

Presidente Alencar Burti Diretor de Redação Moisés Rabinovici

paíbas, bromélias e cactos. A região também possui a melhor amostra de campos rupestres do País. Gargantas sinuosas e profundas que abrigam cachoeiras e poções em seu interior são mais uma riqueza fácil de encontrar por ali. Sua fauna é composta por várias espécies ameaçadas de extinção. Entre os animais encontrados há o lobo-guará, o cachorro do mato vinagre, o tamanduá bandeira, o veado campeiro, a onça parda, o gato maracajá e a jaguatirica. Para a preservação das espécies de plantas e animais raros e em extinção no mundo, foram criadas as reservas do Parque Nacional da Serra do Cipó e a Área de Proteção (APA) Morro da Pedreira, que divide as bacias hidrográficas dos rios São Francisco e Doce. A área de abrangência da APA é formada por um cinturão com 100 mil hectares ao redor do parque, atingindo as áreas dos municípios de Serra do Cipó, Conceição do Mato Dentro, Itabira, Itambé do Mato Dentro, Jaboticatubas, Morro do Pilar, Nova União e Santana do Riacho. São essas as cidades que compõem o Circuito Serra do Cipó. Ca ch oei ra Grande – Criado em 1984, o Parque Nacional ocup a u m a á re a de 33.800 hectares, que abrange os municípios de Santana do Riacho, Jaboticatubas, Itambé do Mato Dentro e Morro do Pilar. Localizado ao sul da Serra do Espinhaço, o parque abriga inúmeras cachoeiras e rios, cavernas, trilhas para trekking, mountain biking e cavalgadas, e convida a atividades mais radicais como escalada e canyoning. Mas é bom saber desde já que para chegar a cada uma das atrações, as distâncias são grandes. Não perca a chance de dar um mergulho na maravilhosa Cachoeira Grande,

Chefe de reportagem Arthur Rosa Editor de Fotografia Alex Ribeiro Editor de Arte José Coelho Diagramação Hedilberto Monserrat Junior Ilustrações Abê Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122

Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira Editora Antonella Salem antonellasalem@uol.com.br Sub-editora Impressão Lygia Rebello Diário de S. Paulo lygiarebello@uol.com.br www.dcomercio.com.br

Não deixe de mergulhar na Cachoeira Grande (acima), situada na estrada que leva ao parque. Já dentro da reserva, cavalgadas (à esq.) são imperdíveis. Local mais visitado é o Cânion das Bandeirinhas (acima, à dir.)

na estrada que leva ao parque. As áreas mais visitadas dentro do parque são a Cachoeira da Farofa e o Cânion das Bandeirinhas. Ambos valem o passeio. É aconselhável a companhia de um guia do parque, pois encontrar o caminho não é tarefa fácil. Para chegar à Cachoeira da Farofa, a caminhada leva cerca de duas horas. Também dá para fazer o trajeto a cavalo ou de bicicleta e chegar mais rápido. Para apreciar o Cânion das Bandeirinhas, que recebe esse nome por ser

formado pela Serra das Bandeirinhas, demora bem mais: os 12 km levam cerca de quatro horas de caminhada. Fora do parque, mas ainda na Serra do Cipó, outro passeio imperdível é a Cachoeira da Capivara. São duas horas de caminhada por uma região repleta de orquídeas e semprevivas até chegar a essa cachoeira, que é uma das mais bonitas da região. Antes de ter acesso ao início da trilha, é preciso percorrer um trajeto de carro por 26 km. Para a maioria das

atrações da serra é preciso dirigir longas distâncias e isso requer que o visitante esteja com seu próprio veículo ou que contrate um receptivo local. Rapel – De dezembro a março, as cachoeiras e rios estão mais cheios. A época de seca vai de abril a novembro, quando as práticas de rapel e escalada ficam mais fáceis. Para quem já tem prática em rapel, a Cachoeira Véu da Noiva é um prato cheio. Aos iniciantes, a Cachoeira Congonhas é ideal. Também há possibilidade de

fazer caminhadas mais longas ou mais curtas, de fácil ou de difícil acesso, e travessias que levam de dois a três dias. A Serra do Cipó vem se tornando um destino cada vez mais procurado, principalmente após a criação do parque nacional. A infra-estrutura para o turista ainda é escassa, mas conta com estabelecimentos comerciais, muitas opções de hotéis e pousadas e áreas de camping estruturadas. Porém, não há posto de gasolina, banco ou caixa eletrônico, rodoviária ou transporte coletivo. Outro detalhe importante: se você tem pressa, mude de destino. Na região, marcar horário com alguém é sinônimo de atraso. A viagem foi oferecida pelo Circuito Serra do Cipó

Pinturas rupestres: preciosidade nas grutas

A

Serra do Cipó é considerada um dos conjuntos naturais mais exuberantes do mundo, com história geológica que data do período pré-cambriano. Seu relevo acidentado tem altitudes que variam de 700 a 1.600 metros. O solo é composto de rochas arenosas formadas por depósitos marinhos há mais de 1,7 bilhões de anos e, predominantemente de quartzito. Nas rochas de desdobramento, há afloramentos de quartzitos voltados para a mesma direção, comprovando a teoria de que a região um dia foi leito de um oceano. Conhecida como Serra da Lapa até o século 18, a Serra do Cipó foi rota de bandeirantes e tropeiros que deixaram suas marcas ao buscar ouro e pedras preciosas pelas imediações. Ainda há vestígios dessa época no caminho de pedras construído pelos escravos, que parte do sopé da serra e segue até as nascentes da Cachoeira

Divulgação

A vila Lapinha da Serra tem pedras com inscrições de 8 a 15 mil anos

Véu das Noivas. Além das beldades da natureza, sítios arqueológicos revelam vestígios de comunidades primitivas. Acredita-se que nossos ancestrais que povoaram a região acreditavam no poder sobrenatural dos desenhos, que é percebido por meio de pinturas rupestres espalhadas por vários locais. Muitas das cavernas e grutas da Serra

do Cipó têm amostras de figuras entalhadas. Um dos principais locais para visitar artes rupestres é o gracioso vilarejo Lapinha da Serra, a 45 quilômetros do município Serra do Cipó, onde fica a entrada principal do parque nacional. Distrito de Santana do Riacho, ele é composto por poucas casas e uma igrejinha azul. Seu visual encanta-

dor ainda conta com opções interessantes de pousadas. Localizado ao pé do Pico do Breu, ponto mais alto da Serra do Cipó, com 1.687 metros, o povoado é uma ótima alternativa para quem gosta de sossego. Os mais ousados podem pegar uma trilha de seis quilômetros para chegar ao topo do Pico do Breu. Também partindo da Lapinha da Serra, a 17 km do povoado chega-se ao Cânion Vale do Soberbo. Lá você encontrará cachoeiras de até 100 metros de queda. Como as pinturas ficam em propriedade particular, é preciso alugar um barco para cruzar a Represa da Lapinha e chegar às pedras onde ficam as inscrições. Estima-se que as imagens, grafadas em preto e vermelho, tenham entre 8 e 15 mil anos. São desenhos de veados, mulheres grávidas e guerreiros. A tinta usada, que resistiu por tanto tempo, era feita de óleos naturais extraídos de sementes. (M.B.)


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Nacional Empreendedores Tr i b u t o s Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Receita subestima a arrecadação de tributos na esfera municipal, segundo economista.

GOVERNO PRECISA DA CPMF, DIZ RACHID

ÓRGÃO DECIDIU CONVENCIONAR QUE 90% DAS TAXAS COBRADAS DOS BRASILEIROS NÃO SÃO TRIBUTOS

RECEITA OMITE R$ 32 BI DE ARRECADAÇÃO

A

s estimativas de carga tributária divulgadas na última terça-feira pela Secretaria da Receita Federal (SRF) omitem da soma de tributos cobrados compulsoriamente dos brasileiros em 2006 pelo menos R$ 32 bilhões. No universo das taxas federais, por exemplo, o estudo da Receita registra um montante de R$ 316,7 milhões, enquanto o valor total arrecadado pela União, segundo os balanços do Tesouro Nacional, chegou a R$ 3,7 bilhões no ano passado. A divergência se deve simplesmente ao fato de que a Receita decidiu convencionar que 90% das taxas cobradas da sociedade não devem ser classificadas como tributo. Só a taxa de fiscalização do setor de telecomunicações, por exemplo, rendeu aos cofres federais mais de R$ 1,7 bilhão em 2006, mas não é considerada carga tributária. O mesmo ocorre com os R$ 309 milhões da taxa de fiscalização do setor de energia elétrica, e os R$ 198 milhões de fiscalização da vigilância sanitária. Mas a conta não pára por aí: atualmente existem 34 diferentes tipos de taxas cobradas dos brasileiros, mas a SRF só contabiliza como carga tributária umas duas ou três e não diz exatamente quais são em seus estudos. Aliás, o levantamento referente a este ano foi divulgado sem qualquer detalhe sobre a metodologia. "É a primeira vez que vejo a Receita divulgar só tabela, sem uma linha de explicação metodológica", criticou o economista José Roberto Affonso. Segundo ele, existem pelo menos duas outras grandes omissões de carga tributária no trabalho da SRF: os R$ 18,5 bilhões de royalties pagos pelas empresas que exploram os recursos naturais não renováveis, como a Petrobras, e os R$ 9,9 bilhões relativos a multas e juros de mora sobre as dívidas tributárias. Embora a classificação ou não de royalties como tributo

Celso Júnior/AE

O deputado Antonio Palocci, escolhido como relator do projeto de ampliação da contribuição, discorda da reivindicação de estados e municípios.

CPMF Palocci é contra divisão Dida Sampaio/AE

ecém-indicado para a função, o relator da proposta de prorrogação da cobrança da CPMF na comissão especial da Câmara, deputado Antonio Palocci (PT-SP), é contra a divisão dos recursos com os estados e municípios. "Não acho recomendável", afirmou ontem. Ele pretende inicialmente manter o projeto executivo. "O ponto de partida é não mexer (na proposta do governo)", disse. A proposição do governo é da extensão pura e simples da CPMF, com a atual alíquota de 0,38%, mas outras seis PECs alternativas apresentam mudanças no texto, incluindo o compartilhamento da receita com estados e municípios. O montante da arrecadação da CPMF para o próximo ano é estimada em R$ 38 bilhões, segundo o governo. Mesmo dando a entender que tudo fará para manter a contribuição e sua alíquota, Palocci argumentou que a boa arrecadação de tributos demonstra que o governo pode ter um programa de redução da carga tributária. Na redução, disse ele, deve ser

analisado que tipo de tributo tem mais impacto para os interesses do País. Estratégia – A estratégia definida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no trabalho de preparar o terreno do Senado para vencer a oposição e aprovar a proposta da CPMF é jogar com os governadores do PSDB e isolar o DEM, que é contrário à proposta. Sobre a cabeça do governador José Serra, pesa um pedido de empréstimo externo de R$ 4 bilhões junto ao Banco Mun-

dial (Bird), que ainda depende de autorização do Tesouro. Também está pendente de aval do governo a concessão de empréstimo semelhante ao governo de Minas Gerais, no valor de R$ 2 bilhões. Com esses trunfos , Lula entrou pessoalmente na articulação. O governo também trabalha para concretizar o trocatroca partidário, esvaziando o DEM, antes de a PEC da CPMF, que está sendo apreciada na Câmara, chegar ao Senado. O relator Antônio Palocci afirmou ser favorável à realização de audiências públicas na comissão para discutir eventuais emendas à proposta da CPMF, o que deve acontecer em até dez sessões. Os 15 integrantes da comissão especial elegeram como presidente o deputado Pedro Novaes (PMDB-MA), por unanimidade. Novaes convocou uma reunião para hoje, para definir o roteiro de apresentação das emendas, que se estende por cinco sessões. O DEM, propôs convidar economistas para debater a proposta na comissão. (Agências)

objetivo desafogar o Poder Judiciário e contribuir para acelerar a Justiça. O Bradesco estima que existam 400 processos atualmente no STJ nos quais a instituição é recorrente. O banco pediu vista de todos eles e desistiu de 20%, a maioria ações indenizatórias e de revisão de contrato. Os processos são analisados caso a caso. Entre os critérios adotados para a

desistência estão causas de pequeno valor e ações nas quais o banco tem poucas chances de êxito, levando em consideração a jurisprudência. O Bradesco é a segunda instituição financeira a adotar critérios para a desistência de recursos. A primeira parceria foi com a Caixa Econômica Federal (CEF), firmada no ano passado. (AE)

R

Para Rachid, contribuição previdenciária elevou carga tributária.

seja polêmica (alguns países, como o México, também não computam esses valores na sua carga), o mesmo não se aplica às multas e juros, segundo Affonso. Instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) recomendam sua inclusão na carga tributária. Municípios – Além disso, os números divulgados pela Receita subestimam a arrecadação de tributos na esfera municipal, pois usam como base as informações obtidas apenas e 65% das prefeituras. A diferença menor na receita do Imposto Sobre Serviços (ISS), alvo das discussões da reforma tributária chega a R$ 1,4 bilhão de acordo com Affonso. No global, o economista chegou a um montante de carga tributária em 2006 de 35,5% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto o número oficial do governo foi de 34,23% do PIB. "Revisamos o valor do PIB, mas não mudou a tendência de alta da carga tributária", disse Affonso, referindo-se à nova série de valores do PIB divulgada em março pelo IBGE.

Como a carga tributária é um conceito que compara o valor da arrecadação com o do PIB, a revisão do produto para cima revelou um menor peso dos tributos. Mas essa participação não deixa de estar crescendo a cada ano que passa. "De uma forma ou de outra, significa menos renda disponível na economia, para as empresas e os consumidores." Previdência – O secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, disse ontem que a elevação da carga tributária no ano passado, em 0,85 ponto percentual do PIB foi motivada pelo crescimento da contribuição previdenciária patronal. Ao discursar para os participantes do XI Congresso Internacional da Associação Brasileira de Direito Tributário (Abradt), Rachid afirmou que o tamanho da carga é o tamanho do Estado. "Podemos discutir o tamanho do Estado, mas ele precisa ser financiado." Entre as formas de financiamento, lembrou, estão empréstimos, emissão de moeda e arrecadação. Rachid afirmou também que o governo ainda não pode prescindir dos recursos da CPMF. (AE)

Banco desiste de recursos

O

Bradesco já desistiu de recorrer de decisões judiciais em aproximadamente 80 processos que tramitam no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Segundo o gerente jurídico do banco, Maurício Carvalho, a iniciativa tem o

Palocci: o ponto é não mexer.

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

MITSUI BRASILEIRA IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO S.A.

CNPJ nº 61.139.697/0001-70 - NIRE 35.300.172.108 Ata da Assembléia Geral Extraordinária 1. Data e Horário: 29 de junho de 2007, às 10 horas - Local: Sede Social à Av. Paulista, 1.842 - 23º andar - Cetenco Plaza Torre Norte, em São Paulo, SP. 2. Convocação e Quórum: Presentes acionistas representando a totalidade do capital social conforme assinaturas constantes do Livro de Presença de Acionistas, dispensada, dessa forma, a publicação de editais de convocação nos termos da faculdade outorgada pelo § 4º, do artigo 124, da Lei 6.404/76. 3. Mesa Diretora: Presidente TAKAO OMAE; Secretário OSAMU YASUDA. 4. Ordem do Dia: a) Aprovação do pedido de exoneração de Diretor; b) Eleição para o preenchimento de cargo de Diretor; c) Outros assuntos de interesse social. 5. Deliberações: Foram aprovados por unanimidade com abstenção dos legalmente impedidos: 5.1. Quanto ao item “a)” da ordem do dia, foi aprovada por deliberação unânime a homologação do pedido de exoneração do Diretor de Departamento, o Sr. MASANAO MATSUO, que regressou ao Japão. 5.2. Quanto ao item “b” da ordem do dia, procedida a eleição para o preenchimento de cargo, apurou-se ter sido eleito para ocupar o cargo de Diretor Supervisor, o Sr. TOSHIHIKO MATSUNO, japonês, casado, do comércio, portador da Carteira de Identidade de Estrangeiro RNE nº V204410-W e do CPF/MF nº 005.388.289-00, domiciliado na cidade de São Paulo - SP, na Av. Paulista, 1.842 - 23º andar - Edifício Cetenco Plaza - Torre Norte, CEP 01310-923. O Diretor Supervisor eleito nesta sessão, o Sr. TOSHIHIKO MATSUNO, cujo mandato terá a duração igual ao dos demais membros da Diretoria eleita em 30.03.2007, declarou sob as penas da lei não estar incurso em quaisquer impedimentos previstos no artigo 38, III, da Lei nº 4.726/65 e no artigo 147 da Lei nº 6.404/ 76. A posse no respectivo cargo, neste ato reconhecida, será formalizada com a assinatura do respectivo termo de investidura no livro próprio. 5.3. Quanto ao item “c)” da ordem do dia, nada foi apresentado para discussão e deliberação. Cumprida, assim, a ordem do dia e nada mais havendo a ser tratado, o Sr. Presidente declarou suspensa a sessão pelo tempo necessário à lavratura da presente que lida e aprovada vai assinada por todos os presentes. São Paulo, 29/06/2007. aa) Mitsui & Co., Ltd., pp. Takao Omae. Mesa: Takao Omae; Presidente e Osamu Yasuda, Secretário. Esta é cópia fiel da ata lavrada no livro próprio. São Paulo, 29/06/2007. Osamu Yasuda - Secretário. Visto da Advogada: Mônica Missaka - OAB/ SP - 131.912. Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o nº 299.604/07-0 em 15/08/2007. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral. MITSUI BRASILEIRA IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO S.A. CNPJ nº 61.139.697/0001-70 - NIRE. 35.300.172.108 Ata da Assembléia Geral Extraordinária 1. Data e Horário: 16 de julho de 2007, às 10:00 horas. Local: Sede Social à Av. Paulista, 1.842, 23º andar, Cetenco Plaza Torre Norte, em São Paulo/SP. 2. Convocação e Quórum: Presentes acionistas representando a totalidade do capital social conforme assinaturas constantes do Livro de Presença de Acionistas, dispensada, dessa forma, a publicação de editais de convocação nos termos da faculdade outorgada pelo § 4º, do artigo 124, da Lei 6.404/76. 3. Mesa Diretora: Presidente Takao Omae; Secretário Osamu Yasuda. 4. Ordem do Dia: a) Aprovação do pedido de exoneração de Diretor; b) Eleição para o preenchimento de cargo de Diretor; c) Outros assuntos de interesse social. 5. Deliberações: Foram aprovados por unanimidade com abstenção dos legalmente impedidos: 5.1. Quanto ao item “a)” da Ordem do Dia, foi aprovada por deliberação unânime a homologação do pedido de exoneração do Diretor de Departamento, o Sr. Shunsuke Murai, que regressou ao Japão. 5.2. Quanto ao item “b)” da Ordem do Dia, procedida a eleição para o preenchimento de cargo, apurou-se ter sido eleito para ocupar o cargo de Diretor Vice-Presidente, o Sr. Masao Suzuki, japonês, casado, do comércio, portador da Carteira de Identidade de Estrangeiro RNE nº W592655-3 e do CPF/MF nº 424.878.897-72, domiciliado na cidade de São Paulo/SP, na Av. Paulista, 1.842, 23º andar, Edifício Cetenco Plaza Torre Norte, CEP 01310-923. O Diretor Vice-Presidente eleito nesta sessão, o Sr. Masao Suzuki, cujo mandato terá a duração igual ao dos demais membros da Diretoria eleita em 30.03.2007, declarou sob as penas da lei não estar incurso em quaisquer impedimentos previstos no artigo 38, III, da Lei 4.726/65 e no artigo 147 da Lei 6.404/76. A posse no respectivo cargo, neste ato reconhecida, será formalizada com a assinatura do respectivo termo de investidura no livro próprio. 5.3. Quanto ao item “c)” da Ordem do Dia, nada foi apresentado para discussão e deliberação. Cumprida, assim, a Ordem do Dia e nada mais havendo a ser tratado, o Sr. Presidente declarou suspensa a sessão pelo tempo necessário à lavratura da presente que lida e aprovada vai assinada por todos os presentes. São Paulo, 16 de julho de 2007. aa) Mitsui & Co., Ltd., pp. Takao Omae. Mesa: Takao Omae, Presidente e Osamu Yasuda, Secretário. Esta é cópia fiel da ata lavrada no livro próprio. São Paulo, 16 de julho de 2007. Osamu Yasuda - Secretário. Visto da Advogada: Mônica Missaka OAB/SP 131.912. Secretaria da Fazenda. Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o nº 301.010/07-9, em 17.08.2007. Cristiane da Silva F. Côrrea - Secretária Geral.

AVISO DE ABERTURA DE LICITAÇÃO PREGÃO PRESENCIAL 028/2007 - PROC. 051/2007 Data de realização: 04.09.2007 a partir das 08:30 h. Objeto: Aquisição de Hipoclorito de Sódio. Custo estimado: R$ 682.500,00. Demais informações e retirada do edital com a C.L., na Rua Antônio de Godoy, 2181, Jd. Seixas, S. J. do Rio Preto/SP, das 7h30 às 12h00 e das 13h30 às 17h00, de segunda a sexta, no fone/fax: (17) 3211-8105, e página do SeMAE na internet: www.semae.riopreto.sp.gov.br. S. J. do Rio Preto, 22.08.07. Ronaldo L. Oliveira - Pregoeiro. FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR

PREGÃO Nº 049/2007- FAMESP/HEB PROCESSO Nº 297/2007 – FAMESP/HEB REGISTRO DE PREÇOS Nº 036/2007- FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 22 de agosto a 11 de setembro de 2007, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli s/n, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680–ramal 111 - FAX (0xx14) 3882-1885 – ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/ HospitalEstadualBauru, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL Nº 049/2007- FAMESP/HEB, PROCESSO Nº 297/2007 - FAMESP/HEB, REGISTRO DE PREÇOS Nº 036/2007- FAMESP/ HEB, que tem como objetivo a aquisição de PÃO DE SAL, TIPO FRANCÊS, PÃO DE LEITE, TIPO HOT DOG, PARA O HOSPITAL ESTADUAL BAURU, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação será realizada no dia 12 de setembro de 2007, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras do Hospital Estadual Bauru, Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, nº 1-100 – Jardim Santos Dumont, Município de Bauru, Estado de São Paulo. Botucatu, 22 de agosto de 2007. Prof. Dr. Shoiti Kobayasi Diretor Vice Presidente FAMESP

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foi ajuizado no dia 22 de agosto de 2007, na Comarca da Capital, o seguinte pedido de falência e recuperação judicial: Requerente: J. Vaz Acumuladores Ltda. - Requerido: Ana Paula Silva ME - Rua Forte Guanabara, 16 - 2ª Vara de Falências

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6

OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

LENTE

DE AUMENTO

O FRACASSO DA REFORMA POLÍTICA

G Só ficou

em pé uma caricatura de fidelidade partidária, um aleijão institucional. se a pena de inegibilidade, mas abriu-se uma janela para a prática da infidelidade partidária nos 30 dias que precedem o prazo de um ano de filiação para concorrer às eleições seguintes, municipais ou nacionais. Em outras palavras, todos os parlamentares serão fiéis às legendas pelas quais se elegeram no começo do mandato. Um ano e trinta dias antes das eleições será um salve-se quem puder. Outra janela foi aberta para trocas de partido mesmo durante os anos iniciais do mandato. As justificativas incluem o descumprimento, pelo partido, do programa ou estatuto registrado na Justiça Eleitoral; atos de perseguição política no partido contra o ocupante de cargo eletivo; e criação de novo partido. Como se não bastasse, foi também concedida anistia aos parlamentares que mudaram de partido desde a eleição de 2006.

Se o projeto for aprovado no Senado, as ações impetradas no Supremo pelo PSDB, DEM e PPS para reaver as cadeiras perdidas para a infidelidade partidária estarão fadadas ao fracasso. Se o projeto tornar-se lei, o Supremo não terá alternativa senão acatar a vontade do legislador favorável à anistia aos parlamentares infiéis. Não por acaso, o PSDB, DEM, PPS e PSOL foram os únicos partidos que votaram contra a anistia. Do projeto original de reforma política, ainda restam três propostas na mesa: a) o financiamento público de campanha para candidatos a cargos majoritários (prefeito, governador, senador e presidente da República) e privado para cargos no Legislativo; b) o fim das coligações partidárias nas eleições proporcionais e c) a criação das federações de partidos. O mais provável é que não sejam votadas, até porque a proposta de financiamento de diferentes fontes para diferentes eleições é indecente, a par de ser também provavelmente inconstitucional. Provaram ser inócuas e inúteis as acaloradas discussões na mídia e no meio político sobre os rumos da reforma política. Do ambicioso projeto original, sobrou apenas o mambembe dispositivo de fidelidade partidária. Mas o fracasso da reforma política pode levar a rotas bem mais perigosas. O PT desenterrou a idéia de uma Constituinte exclusiva para tratar do assunto. Felizmente, trata-se de iniciativa com pouca chance de vingar. Ela nasceria à sombra de suas congêneres na Venezuela e Bolívia, onde se transformaram em instrumentos de reforço do poder de Hugo Chávez e Evo Morales. Aqui, o egoísmo dos parlamentares poderá beneficiar o interesse público. Por que o Congresso aceitaria transferir para uma Constituinte o poder de alterar as regras do jogo eleitoral se nem os seus membros se entendem? TRECHOS DO COMENTÁRIO POLÍTICO DA MCM CONSULTORES WWW.MCMCONSULTORES.COM.BR

A discussão da reforma na mídia foi inócua

Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)

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JOÃO DE SCANTIMBURGO CRISE NA Céllus

E

mbora as votações da reforma política ainda não tenham sido encerradas, a tentativa de alterar as regras eleitorais e partidárias do País redundou em estrepitoso fiasco. A proposta de eleição de deputados federais e estaduais e vereadores apenas pelo voto de legenda (lista partidária fechada) foi derrubada no Plenário, levando de cambulhada o financiamento público de campanhas. Restou a aprovação de simulacro de fidelidade partidária, um aleijão institucional que configura claro retrocesso. Originalmente, o projeto (PLP 35/2007) tornava inelegível por quatro anos o parlamentar que trocasse de partido após a eleição. Na versão que foi aprovada, manteve-

Usina de corrupcão CLAUDIO WEBER ABRAMO

A

denúncia que o Procurador-Geral da República ofereceu contra os integrantes do esquema do mensalão, cujo recebimento está sendo decidido pelo Supremo Tribunal Federal, identifica, logo de início, a origem do problema: a nomeação, pelo Executivo, de pessoas indicadas por partidos políticos para ocupar funções administrativas em troca de apoios parlamentares. O que permite a prática, que nada mais é do que o loteamento oficial do Estado, é a excessiva liberdade de que os governantes gozam de nomear quem queiram. Trata-se de verdadeira usina de corrupção, cujos produtos são visíveis não só no governo federal como também nas administrações estaduais e municipais, bem como no Legislativo e no Judiciário. Ao assumir um cargo importante, a primeira providência do sujeito é trazer a sua turma.Além de estimular a corrupção, o comportamento funciona como suporte para o estabelecimento e manutenção de grupelhos e máfias no seio da administração pública. A cada mudança de administração, as pessoas que ocupavam posições de responsabilidade são afastadas ou demitidas, para ceder lugar a uma nova turma. No mais das vezes, a operação não é acompanhada de qualquer pudor. Não há a mínima preocupação em justificar os motivos pelos quais alguém é substituído por alguma outra pessoa. "Preciso do cargo", dizem os novéis gestores, sem ruborizar. Na seqüência, nomeiam o cumpincha, não raro alguém sem qualquer espécie de qualificação para ocupar o tal cargo. É evidente, ou deveria ser, que além de abrir as portas do poder a aventureiros de todo tipo, a prática desestimula a formação de um quadro profissional responsável na administração pública. Os agentes públicos contratados pela CLT não podem confiar em que a sua capacidade profissional será relevante numa decisão

de continuidade ou interrupção de seus contratos. E os funcionários concursados sabem que, se não se acertarem com alguma dessas máfias, terão diminuídas as suas oportunidades de progressão. É extraordinário observar que tais práticas de desmoralização da função pública são exercidas a torto e a direito por todas as agremiações políticas e pela virtual totalidade dos chefes de Executivos, ministros, secretários estaduais e municipais, presidentes de autarquias e empresas de economia mista etc. etc. Quando inquiridos, esses praticantes de ocupações mafiosas costumam justificar-se pela alusão à necessidade de contar com quadros "confiáveis" para conduzir a Administração, bem como pela alegação oposta, de que necessitariam "limpar" de agentes de administrações anteriores as verdadeiras satrapias em que transformam as instituições de que, literalmente, "tomam posse". Com o suceder-se das administrações, cada uma delas ocupando as instituições públicas com hordas de cabos eleitorais, passando por aventureiros de diferentes estirpes e não raro quadrilheiros dedicados à pilhagem sistemática do Estado, o que é público é privatizado.

P

essoas são afastadas e demitidas, e outras admitidas e promovidas, sem que nem uns nem outros sejam submetidos a qualquer espécie de avaliação a respeito de sua proficiência profissional. Como não há critérios, constitui fato incidental que alguém incompetente seja demovido de função ou demitido, ou que alguém competente seja guindado a algum posto. Tanto faz. Como decorrência, ficam todos, competentes e incompetentes, aventureiros e pessoas de bem, aspones e profissionais, reunidos numa mesma categoria mediocrizante. E ainda há quem diga que tudo isso se faz em nome do interesse público...

O MP denuncia: o loteamento dos cargos públicos multiplica a corrupção.

Crédito é positivo ÁLVARO MUSA

P

or definição, crédito é positivo: vem de credere, crer, acreditar, confiar. Algo claramente bom, positivo, favorável. Confiança é um sentimento incompatível com instabilidade, com expectativa de coisas ruins, ou de coisas incertas. Quando acreditamos que alguma coisa vai acontecer no futuro, expressamos nossa confiança em nossa própria capacidade de avaliar probabilidades. Quando acreditamos que uma outra pessoa vai fazer alguma coisa no futuro, aí então mostramos uma atitude duplamente positiva, pois estamos “dando crédito” ao acontecimento e também à outra pessoa. Bem, tudo isso para dizer que um banco, ou financeira, ou varejista que financia (dá crédito) a um cliente está, portanto, dando a ele um voto de confiança, e quanto melhor o conhecer mais crédito poderá lhe dar. O Cadastro Positivo, ou Birô Positivo de Crédito, é isso: uma maneira de o cliente se dar a conhecer em tudo aquilo que tem de positivo, uma coleção de informações que lhe permite dizer, com orgulho: “sou uma pessoa de confiança!”. No caso, principalmente, dos clientes de baixa renda, isso é muitas vezes o único patrimônio que esses clientes têm para mostrar a um banco quando pedem um empréstimo, ou a uma loja quando pedem para financiar uma compra. Do ponto de vista dos bancos e demais operadores de crédito, é melhor que suas informações compartilhadas. Estudos que fizemos no Grupo G5, projeto de birô positivo que cinco grandes financeiras desenvolveram com a Serasa, mostram claramente que por mais market share que um banco ou grupo de bancos tenha, seus clientes sempre terão muitos compromissos mais a mostrar, assumidos com outros bancos.

Isso para não falar nas outras informações que são relevantes para avaliação do risco de um cliente e que não estão nos cadastros de clientes: seguros, contas de telefone e luz, registros imobiliários, despesas com cartões de crédito. Do ponto de vista da sociedade e da economia como um todo, estudos do Banco Mundial mostram claramente que onde existe um bom serviço de birô positivo a disponibilidade de crédito é maior, as taxas de juros são menores e a inadimplência é menor. Nada mais lógico, não é mesmo? Quanto mais conhecemos nossos clientes, mais crédito podemos lhe dar, e mais baixas serão as taxas.

E

os consumidores? E a privacidade? Os consumidores têm no Brasil uma das mais avançadas legislações de proteção de seus direitos. Seria um grande avanço adicional se acrescentássemos o direito de exibir todo o seu histórico de crédito... As bem intencionadas instituições de defesa do consumidor deveriam nesta altura sair às ruas, em passeata, exigindo que as autoridades regulamentem o Cadastro Positivo, de modo que a informação sobre a confiabilidade dos consumidores em termos de finanças fosse algo democratizado, amplamente conhecido. O cliente poderá exigir que um banco, ou financeira ou loja, a quem ele ou ela “pagou direitinho” o seu empréstimo, coloque essa informação num banco de dados como, por exemplo, o da Serasa ou da ACSP, à disposição de outros bancos, para ser visto. Essa sim seria uma atitude positiva de proteção ao consumidor. ÁLVARO MUSA É SÓCIO-DIRETOR DA PARTNER CONHECIMENTO

C om o Cadastro Positivo, o crédito é maior e a inadimplência é menor.

SAÚDE PÚBLICA DO NORDESTE

N

unca a palavra crise foi pronunciada com tanta ênfase, com tanto desgosto e com tanto horror quanto está ocorrendo nos estados do Nordeste, a partir de Maceió, Pernambuco, Ceará e Piauí. O clima social está exageradamente perturbado pela ineficiência no serviço médico e hospitalar, com doentes à beira da morte por falta de atendimento de urgência. Vê - s e q u e a s a ú d e n o Nordeste está pior do que no tempo em que se fundou as frentes de obras contra as secas. Vale lembrar que o Nordeste foi sempre esquecido pelos poderes públicos e os políticos em tempos não eleitorais. A reportagem que o jornal O Estado de S. Paulo publicou anteontem trouxe título apropriado e horripilante: Cenas de horror em hospitais do Nordeste. A leitura dessa reportagem é impressionante, por sua veracidade e pelo esquecimento em que ainda se encontra o Nordeste, apesar de todas as providências tomadas por sucessivos governos. Já estamos habituados em ouvir notícias do Nordeste revestidas de horripilante realidade, o que mostra o descaso com que o Estado cuida de uma região que tem mostrado, pela livre iniciativa, que pode ser recuperada e entrar no cômputo do PIB brasileiro mais depressa do que se pode pensar. Acentua a reportagem de O Estado de S. Paulo que o atendimento de emergência das capitais está à beira do colapso. Aquela gente, que pelas reportagens tornadas públicas - pelos jornais e pelos meios de comunicação eletrônica - sempre se bateram contra o abandono em que se encontravam e que as obrigando a emigrar para o sul do País, onde, na verdade, engrossam o número de favelados que tiveram que submeter-se a esse meio anti-humano de vida para não ficar sem teto e sem proteção ambiental.

Q

ue o Nordeste sirva mais uma vez de exemplo da má política em que estamos metidos e que outra política se apresente em seu lugar para favorecer os nossos patrícios que carecem tanto de uma saúde pública adequada. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR

G Que o Nordeste sirva mais uma vez de exemplo da má política em que estamos metidos. Que outra política se apresente.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Leonardo Rodrigues/Hype-19/09/2006

Agliberto Lima/DC-08/12/2006

a produtos químicos e valores

ESPECIAL - 3 Luiz Prado/LUZ-23/08/2006

Marcelo Min/AFG

Lixo Residencial H á 2.984.416 domicílios particulares permanentes em São Paulo, de acordo com o IBGE. Essas casas produzem 9 mil toneladas de resíduos por dia. Contando as empresas, são coletadas no total 15 mil toneladas diárias de rejeitos (dados da Prefeitura de São Paulo) que são transportadas para aterros sanitários e instalações de reciclagem (apenas 0,6% do total). A coleta de lixo em geral é feita à noite, uma estratégia para evitar tumultos no trânsito. Parte do lixo, porém, a parte reciclável, também é transportada por catadores que, em geral, utilizam carroças tracionados pelo próprio catador ou por animais. A fiscalização para esta atividade é mínima. O transtorno para o trânsito, em certos locais, é máximo.

Gás C omo a cidade ainda não tem uma rede abrangente de gás canalizado, grande parte do gás utilizado é o liqüefeito de petróleo (GLP), em botijões. Estima-se que existam em todo o País 70 milhões desses recipientes – uma grande parte está aqui, na cidade. O contato com a população é estreito – a venda é feita porta-aporta. As distribuidoras estão instaladas em locais mais afastados, para evitar as conseqüências de um acidente. Além disso, caminhões-tanque de gás circulam pela cidade levando gás a granel para serem engarrafados nas distribuidoras.

Lixo hospitalar O lixo hospitalar é produzido por 1.759 estabelecimentos de saúde (1.252 privados, 507 públicos). Para este tipo de carga, há cuidados especiais porque, paramaterial contaminado, uma diretriz da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) determina segregar, em coletas e veículos especiais.

Carlos Eduardo Gouvêa: 20.000 amostras diárias para laboratórios.

PERIGO! T

Combustíveis O s postos de combustíveis de São Paulo venderam, no ano passado, 2 bilhões de litros de gasolina, 396 milhões de litros de diesel e 887 milhões de litros de álcool hidratado, de acordo com números da Agência Nacional do Petróleo (ANP). As distribuidoras ainda abastecem os dois aeroportos da cidade (Congonhas e Campo de Marte). Transporte de combustível exige grande segurança, o que significa baixas velocidades – e isso influi no trânsito. As conseqüências de quaisquer acidentes podem ser sentidas não só pelos usuários das vias, mas por comunidades próximas.

Químicos I ndústrias, laboratórios e hospitais utilizam produtos químicos e gases para seu trabalho. Assim, caminhões especiais transportam de ar comprimido a argônio, de nitrogênio comprimido a oxigênio líquido, de nitrocelulose a artigos explosivos.

O

O que está fora do rodízio

ficialmente, chama-se Operação Horário de Pico. Popularmente é o rodízio, que a cada dia útil deixa, em tese, 20% dos veículos nas garagens. Abrange caminhões e automóveis, e destina-se a evitar que a situação do trânsito piore. De acordo com o final de placa e dia da semana (começa com os finais 1 e 2 na segunda-feira), os veículos não poderão circular nas ruas e avenidas internas ao chamado minianel viário, inclusive, das 7h às 10h e das 17h às 20h. Estão excluídos do rodízio os veículos utilizados para transporte de produtos perecíveis, combustíveis e insumos para atividades hospitalares, sangue e derivados, órgãos para transplante e materiais para análises clínicas; combustível aeronáutico e ferroviário, segurança de valores devidamente autorizados pelo Departamento de Polícia Federal e material para campanhas de saúde pública. Também estão isentos do rodízio veículos de transporte

coletivo, escolar, motocicletas e similares, táxis, guinchos, ambulâncias, viaturas policiais, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil; veículos militares, serviço funerário, manutenção de água, luz, gás, telefone, coleta de lixo e tapa-buracos; bem como de fiscalização de trânsito e transporte. Mais exceções: veículos dos correios - devidamente identificados -, os especialmente adaptados (unidades móveis) para prestação de serviços médicos, órgãos de imprensa, e os dirigidos por pessoas portadoras de deficiência física ou por quem as transportem, por médicos devidamente identificados com o selo de autorização, além daqueles a serviço dos Conselhos Tutelares. Exceções do rodízio: perecíveis, combustíveis e insumos para hospitais e clínicas, entre outros.

Marcelo Min/AFG-26/07/2007

odo e qualquer acidente com estas cargas tem potencial de perigo. Ou por afetar as pessoas diretamente ou por alterar o ambiente. Isso pode ocorrer com o rompimento de recipientes, embalagens ou tanques. Pode haver vazamentos, infiltrações, contaminações, emissões de gases, incêndios e explosões. É por isso que o transporte de produtos perigosos é submetido a regras estritas, definidas na Portaria 204/97 do Ministério dos Transportes. A classificação desses produtos é feita com base no tipo de risco que apresentam. Um dos problemas é a sinalização. De acordo com a lei, todo veículo que transporta cargas perigosas precisa exibir um painel cor de laranja com indicação dos produtos que carrega. A placa tem números, apenas. Poucos sabem identificar o perigo de uma carga pelo painel laranja obrigatório, dos quase 3.100 produtos considerados perigosos, na maioria constituídos por combustíveis (álcool, gasolina, querosene e outros) e produtos corrosivos, como soda cáustica e ácido sulfúrico. Quem saberia que ácido sulfúrico tem número de risco 8 e número ONU 1830? Só mesmo os diretamente envolvidos. Poucos sabem, e isso é básico para definir como contornar um acidente. 2.400 produtos - A Prefeitura da Cidade de São Paulo tem um sistema que cuida dos transportes de produtos perigosos, e que abrange a Secretaria Municipal de Transportes, Departamento de Serviços Viários (DSV), Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), Secretaria do Verde e Meio Ambiente e Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (COMDEC). A Comissão Municipal para o Transporte de Cargas Perigosas (CMTCP), criada para disciplinar o trânsito dessas cargas pedentro dos limites da Capital, passou a estudar novas normas no ano passado, baseada na resolução federal da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) de 12 de fevereiro de 2004. A Resolução 420 da

ANTT só foi regulamentada neste ano. Em junho do ano passado, um caminhão que levava produtos perigosos bateu em uma defensa de uma das pistas da Marginal de Pinheiros e espalhou gases em parte da zona Sul. Dois dos cilindros transportados caíram na pista e se romperam, provocando vazamento dos gases de T-butilmercaptana e dissulfeto de dimetila. O Sistema de Transporte de Produtos Perigosos, da Prefeitura, tem informações sobre 40.000 expedidores e fabricantes, sobre 2.500 transportadoras e 2.400 produtos perigosos que eventualmente cruzam a cidade. Para transportar produtos perigos é preciso licença especial de trânsito na Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Cuidado biológico - Quem já fez exames de laboratório definitivamente não foi ao laboratório – foi a um posto de coleta. Esses postos estão espalhados, inclusive em hospitais, postos de saúde e prontos-socorros. Daí, as amostras têm de ser transportadas para os laboratórios centrais. Todos os grandes laboratórios da cidade funcionam assim. De acordo com a Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL), um laboratório médio recebe 5.000 pacientes por dia. Com a média de quatro amostras por pessoa, o total chega a 20.000. Já se pode imaginar o número de amostras de sangue, urina e outros que têm de circular nas ruas da cidade. "Não é perigoso em princípio", diz Carlos Eduardo Gouvêa, secretárioexecutivo da CBDL. Os laboratórios transportam essas amostras em embalagens com compartimentos protegidos e isolados uns dos outros. Todos os tubos são bem selados e vedados. Cada laboratório sofre inspeção da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os próprios kits de diagnóstico são acondicionados em caixa com cada reagente separado e seguro, em berço de material previsto para absorver líquidos em caso de acidente.


Suplemento Especial/São Paulo, 23 de agosto de 2007

Masao Goto Filho/e-SIM

ESPECIAL transporte e logística

T

em kombi dos Correios nos calçadões do centro. Furgões blindados de transporte de valores sobre calçadas e faixas de pedestres (é permitido). Entregadores disputando espaço com pedestres. Caminhões de tamanhos variados estacionados em locais onde o estacionamento não é permitido (mas é rápido, já vai sair já). Malotes para lá e para cá. E motos, muitas motos, costurando no trânsito, brigando (literalmente) com todos os demais motoristas. São 124.489 caminhões, 190.637 caminhonetes, 427.710 motos (120 mil para motoentrega), segundo o IBGE. Tudo isso - e mais 15 mil ônibus, um total de 6 milhões de veículos disputando os 16.339 quilômetros da malha viária municipal (11.916 pavimentadas). Caminhões e motos tentando fazer chegar mercadorias e encomendas a seus destinos. Não é fácil ordenar o caos, fazer tudo circular e as mercadorias serem devidamente entregues. Como tornar a carga urbana uma carga realmente cidadã? De início, é preciso vencer ou ao menos contornar o que Adalberto Panzan Jr., presidente da Associação Brasileira de Logística (Aslog) chama de "lei de mercado". É simples de explicar: não importa o que houver no caminho, quem compra é quem determina quando e onde a mercadoria deve ser entregue. O vendedor tem de dar um jeito de fazer a mercadoria chegar. Frota envelhecida - Na cidade, não há nenhuma outra opção, a não ser a entrega por via rodoviária, freqüentemente um serviço prestado por terceiros. Esses transportadores carregam as mercadorias em centros de distribuição, em geral na periferia da cidade, percorrem as vias municipais, não importa se ruas estreitas ou avenidas congestionadas, e chegam aonde tiverem de chegar, param onde tiverem de parar, contribuem para o caos diário do trânsito. E a frota da cidade dobra a cada dez anos. Dados da administração pública indicam que a cidade já se afoga quando apenas 25% da frota atual está nas ruas. A frota de caminhões também não ajuda. Os 124 mil caminhões e 190 mil caminhonetes têm idade média de 22 anos, de acordo com Rogério

CARGA CIDADÃ

também tem de ser

Oportunidade para discutir

E

specialistas e interessados estão acompanhando agora, no Novo Hotel Jaraguá Convention Center, o 3º Seminário de Transporte Urbano de Carga. É oportunidade para conhecer os casos de empresas que obtiveram resultados expressivos no setor. Painéis e estudos de caso são apresentados pelos seus responsáveis, explicando os instrumentos de gerenciamento utilizados. Na platéia, transportadores, prefeituras, empresas de logística, embarcadores, comércio, indústria, serviços, departamentos de transporte, recebimento, suprimento e técnicos do setor. Esses dois dias pretendem compor um "acelerador" de experiências e de encontro para discutir idéias, conceitos e práticas gerenciais. Entre os palestrantes, estão o presidente da Companhia de Engenharia de

Tráfego (CET), Roberto Salvador Scaringella; Laurindo Junqueira, da Secretaria Municipal de Transportes (SMT); Wagner da Costa Fonseca, da Netz Consultoria; Hugo Fleury, da Ituran. Organizado pela Fundação de Apoio à Tecnologia (FAT), o seminário tem apoio de Artesp, CET, ABTC, ACSP, Fiesp e Aslog, Ituran, Secretaria de Transportes do Município de São Paulo e Diário do Comércio. Ser viço 3º Seminário de Transporte Urbano de Cargas Novo Hotel Jaraguá Convention Center Rua Martins Fontes, 71, Centro São Paulo SP Informações: Tel.: (11) 3311-2677

Newton Santos/Hype-01/08/2007

Helou, coordenador do Grupo Distribuição Urbana do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de São Paulo e Região (Setcesp). Terá de ser toda substituída por força do Decreto 48.338 da Prefeitura, que estabelece que só caminhões padronizados (Veículos Urbanos de Carga - VUC) poderão trafegar na zona de restrição, que vai do centro velho à marginal do Pinheiros e da avenida Angélica e Cardeal Arcoverde à 23 de Maio e Juscelino Kubitschek. Espaço limitado - Nos últimos anos, embora tenham ocorrido investimentos municipais no sentido de aumentar a oferta de vias públicas, diz a Companhia de Engenharia do Trânsito (CET), a quantidade

de veículos em circulação transportando pessoas ou mercadorias - cresceu de forma mais acelerada do que a capacidade de investimentos da administração pública. O resultado foi a saturação do sistema viário e os congestionamentos freqüentes. As próprias vias públicas não ajudam. Buracos, valas, obras mal acabadas, entre outros, são agravantes. Estudos técnicos citados pelo engenheiro e jornalista Roberto Salvador Scaringella, presidente da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), mostraram, na Marginal Tietê, que o risco na pista expressa (velocidade máxima de 90 km/h) é três vezes maior que na pista local (70 km/h), parte por conta da qualidade da via. Não é só. Além do espaço de circulação, a entrega de cargas dentro das cidades tem duas necessidades que perturbam ainda mais o tráfego diário: as vagas para estacionar e as áreas de carga e descarga de mercadorias. Como diz Adalberto Panzan Jr., da Aslog, grande parte dos prédios comerciais não tem espaço adequado para receber cargas. Se um caminhão precisa entregar dez caixas de remédios em determinada farmácia, o local usado é quase sempre a rua que, afinal, é espaço de circulação. Qualquer veículo parado, portanto, rouba espaço que interfere no fluxo dos demais veículos. E em qualquer operação os entregadores prejudicam o fluxo de pedestres. Isso se reflete na mobilidade da cidade, que desde 1992 passou da média de 40 quilômetros de congestionamentos no horário de pico para mais de 120 quilômetros. O problema, portanto, foi triplicado. Hoje, segundo Scaringella, há congestionamentos significativos até nas vias da periferia, em todos os quadrantes da cidade. "O grau de 'viscosidade' urbana aumenta, e a crise de mobilidade se agrava. Os deslocamentos ficam mais lentos, e as áreas congestionadas crescem", diz o engenheiro em seu trabalho "A crise da mobilidade urbana em São Paulo". Custos maiores - Para o transportador de carga, a cidade de São Paulo é um imenso desafio, como diz André Dias, diretor da Açometal, distribuidora oficial da siderúrgica Gerdau, especializada no transporte de aços e metais cortados. Tem todos os problemas derivados da circulação e mais alguns, como a falta de segurança. De acordo com Pedro Coli, executivo da Ituran, empresa especializada em rastreamento de veículos, a Grande São Paulo é a área de maior risco do país para cargas. Além disso, o trânsito quase sempre congestionado reduz a velocidade dos veículos e, assim, a produtividade. Com mais tempo parado no trânsito, diz Robert Willems, diretor de Supply Chain (cadeia de suprimentos), da consultoria Bearing Point, aumenta a necessidade de mais veículos e mais motoristas contratados. Isso se reflete em mais custos. Todos os impeditivos e restrições da cidade encarecem o frete, que é um dos quilômetros rodados mais caros do mundo, segundo André Dias, da Açometal. Isso significa, afinal, preços maiores para os consumidores. O problema é grande, as soluções não são simples em uma cidade que tem 11 milhões de habitantes (19 milhões na área metropolitana, segundo o IBGE). Mas ou se encontram saídas ou a cidade de São Paulo, que movimenta R$ 59,8 bilhões no setor industrial e outros R$ 92,5 bilhões em serviços, com PIB per capita de R$ 14.820, não vai mais conseguir entregar mercadorias a quem as deseja. Tornar as cargas tão cidadãs como os próprios habitantes será um trabalho que deve consumir anos. Luiz Carlos de Assis


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Conheça a maior cachoeira de Minas Gerais

TURISMO - 3

Divulgação/Luiz Cláudio Ferreira de Oliveira

No município de Conceição do Mato Dentro – considerada a capital mineira do ecoturismo –, a imponente Cachoeira do Tabuleiro tem 273 metros de queda livre. A seus pés, um grande poço; no alto, outras quedas e pequenos lagos

É

impossível deixar de conhecer a maior cachoeira de Minas Gerais, que fica no município de Conceição do Mato Dentro, que faz parte do Circuito Serra do Cipó. A imponente Cachoeira do Tabuleiro, com seus 273 metros de queda livre, localiza-se dentro da área do recém-criado Parque Estadual da Serra do Intendente. Na parte alta da cachoeira há outras quedas e lagos, e na parte baixa, um grande poço e imensos blocos de pedra. Para conferir a maravilha de perto é preciso pegar uma trilha, que sai da entrada do parque, e caminhar por cerca de 1h30. A área em que está localizado o Tabuleiro já era preservada como Parque Municipal Ribeirão do Carmo e teve seu reconhecimento estadual em março deste ano. Não estranhe se as placas ainda apontarem para o nome antigo. O parque tem 13,5 mil hectares e abriga 14 microbacias que abastecem diversas comunidades locais. Assim como o Parque Nacional da Serra do Cipó, essa área preservada destacase por sua impressionante biodiversidade. São mais de 1.700 plantas catalogadas, 37 anfíbios e répteis e 86 espécies de pássaros silvestres. Só de orquídeas, já foram identificadas mais de 100 espécies. Dentro do parque é possível praticar esportes de aventura como rapel, escalada e, logicamente, muita caminhada. Há várias cachoeiras para visitação e a região ao redor do parque também abriga cânions, poços e outros atrativos naturais. Não é por acaso que o município de Conceição do Mato Dentro ganhou a fama de capital mineira do ecoturismo. Volta no tempo – Conceição do Mato Dentro foi fundada por um grupo de bandeirantes em 1701. Caminhar pelas ruas é

Divulgação

Manifestações culturais se mantêm vivas na região

P

Divulgação

Dentro do recém-criado Parque Estadual da Serra do Intendente, a Cachoeira do Tabuleiro (no topo) está acessível por um trekking de 1h30. Nas redondezas, há cânions de tirar o fôlego

como voltar no tempo. Ainda que as características arquitetônicas do período colonial tenham passado por grandes transformações, o interior das construções carrega sua autenticidade. A Matriz de Nossa Senhora da Conceição apresenta um belo conjunto de pinturas.

Vale a pena conferir também o chafariz da Praça Dom Joaquim. A construção, feita em pedra-sabão, data de 1825 e é composta por quatro carrancas por onde jorra a água. A cidade conserva vivas suas tradições religiosas. Não deixe de provar o tradicional

pastel de angu, encontrado em vários locais. Lugar mágico para presenciar o pôr-dosol é o Salão das Pedras, um conjunto de esculturas naturais em blocos de rocha. Suas formas curiosas foram definidas através da ação das chuvas e dos ventos. (M.B.)

RAIO X COMO CHEGAR A partir de São Paulo, a Gol (tel. 0300/1152121, www.voegol.com.br) e a TAM (tel. 11/40025700, www.tam.com.br) têm passagem ida-e-volta para Belo Horizonte a partir de R$ 378 e R$ 319, respectivamente. De lá até a Serra do Cipó são 100 km. Pegue a MG-10, passando por Lagoa Santa, até o km 94, onde fica a entrada do Parque Nacional da Serra do Cipó. Para chegar a Lapinha da Serra, deve-se seguir até o km 100 da mesma rodovia e percorrer 45 km por estrada de terra. Quem pretende ir até Conceição do Mato Dentro precisa continuar na MG-10 até o km 168. ONDE DORMIR Cipó Veraneio Hotel: Rodovia MG10, Km 95, Jaboticatubas, tel. (31) 3718-7000, www.cipoveraneiohotel.com.br. O hotel está localizado às margens do Rio Cipó e na entrada da estrada que leva ao parque nacional. Conta com duas piscinas, uma de água natural e outra com água tratada. Diárias a partir de R$ 130, com café da manhã, almoço e jantar. Pousada Estalagem da Serra: Rua Begônia, 73, Rodovia MG-10, Km 99,5, Cardeal Mota, tel. (31) 3718-7020,

www.estalagemdaserra.com.br. Oferece vários serviços, como internet, sala de jogos, sauna e fitness center, sem perder o charme. Diárias a partir de R$ 120, com café da manhã. Pousada Fazenda Monjolos: Rodovia MG-10, Km 95, Cardeal Mota, tel. (31) 3799-1181, www.fazenda monjolos.com.br. Com decoração rústica, é ideal para quem busca sossego. Escuta-se o barulho de uma cachoeira. Tem piscinas naturais, quadra de tênis, sauna e sala de jogos. Diárias a partir de R$ 115. Chão da Serra: Rodovia MG-10, Km 99,5, Cardeal Mota, tel. (31) 37187040, www.chaodaserra.com.br. Agradável e acolhedora. Possui campo de futebol, sauna, quadra de vôlei e chalés com aquecimento a gás. Diárias a partir de R$ 118, com café da manhã.

Pousada Travessia: Lapinha, Santana do Riacho, tel. (31) 37712130, www.pousada travessia.com.br. Rusticidade e bom gosto marcam o estabelecimento, que é o melhor da região da Lapinha. Diárias a partir de R$ 110, com café. Pousada Gameleira: Rua Eloi Chaves, 78, Conceição do Mato Dentro, tel. (31) 38681104, www.pousada dagameleira. com.br. Fica na região do Tabuleiro, bem próxima do Parque Estadual da Serra do Intendente. Diárias a R$ 90, com café. ONDE COMER Santa Pizza: Rodovia MG-10, Km 95, Serra do Cipó, tel. (31) 3718-7305. Oferece desde sabores tradicionais a novidades como gorgonzola com alho. Amarillo: Rodovia MG-10, loja 3, Serra do Cipó, tel. (31) 3718-7418. Tem cardápio bastante original. A

especialidade é a panhoca, espécie de pão italiano servido com recheio de frango ou filé mignon, que custa R$ 21. Restaurante Solar da Lili: Rua Raul Soares, 29, centro, Conceição do Mato Dentro, tel. (31) 3868-1276. Comida mineira, churrasco e massas. Tem o tradicional pastel de angu. Restaurante Marquinho: Rodovia MG-10, km 96, Serra do Cipó, tel. (31) 3718-7036. Comida caseira com sabor mineiro. Tem opções de peixes. ATRAÇÕES Prefeitura de Conceição do Mato Dentro: tel. (31) 3868-2431. Informa sobre atividades de ecoturismo, sobre o Parque Estadual Serra do Intendente e sobre a região da cidade. Pinturas rupestres da Lapinha da Serra: falar com Sr. Luiz do Dico, tel. (31) 9153-6461. O passeio custa R$ 7 por pessoa. Parque Nacional da Serra do Cipó: acesso pela Rodovia MG-10, Km 94, Jaboticatubas, tel. (31) 3718-7228. A entrada custa R$ 3 por pessoa. Na internet: www.conceicaodomatodentro.com.br, www.circuitoserradocipo.com.br, www.portalcipo.com.br.

róximo ao Parque Nacional da Serra do Cipó ainda sobrevive uma antiga manifestação cultural: o chamado candombe. Nascido na época da escravidão, ele é realizado na Comunidade do Açude, que conta com cerca de 70 pessoas que buscam preservar a herança de seus ancestrais escravos. A manifestação pode ocorrer em qualquer ocasião, mas o segundo sábado de setembro é a data oficial da festa. A rainha do candombe, Maria das Mercês dos Santos, de 68 anos, conta que os negros da Fazenda Cipó Velho dançavam e cantavam ao som dos tambús – como são chamados os tambores da manifestação. O batuque dos tambús é usado para embalar o terreiro com as repetidas orações para Nossa Senhora do Rosário, protetora dos escravos. A matriarca dona Maria conta que um dia o senhor do engenho incomodou-se com a festança e mandou o capataz queimar os tambús. A fumaça exalada entrou na casa-grande e quase sufocou o senhor, que acreditou que se tratava de uma maldição enc o m e n d a d a p e l o s n egros.Para anular o efeito do feitiço, ele teria mandado que os escravos construíssem novos tambores. Os três tambús tocados na comuni-

dade datam dessa época, aproximadamente 120 anos atrás. Eles são talhados em tronco de saboeira, árvore do cerrado mineiro, e têm o acompanhamento de uma caixa batuqueira. Ainda no Circuito Serra do Cipó, no município de Conceição do Mato Dentro, também há uma série de manifestações culturais. No dia 1º de janeiro ocorre a Festa de Nossa Senhora do Rosário, que mescla a tradição africana do congado e o ritual português da marujada. No dia 20 do mesmo mês, com apresentações de grupos folclóricos e bandas, é celebrada a Festa de São Sebastião. Outra comemoração local é a Festa do Divino e o Jubileu do Bom Jesus de Matozinhos, ambas em junho. O Carnaval também é uma boa pedida para quem gosta de passar a data dançando marchinhas tradicionais. Quem pegar a estrada que leva da Serra do Cipó a Conceição do Mato Dentro verá uma estátua curiosa no meio do caminho. Figura lendária na Serra do Cipó, Juquinha era um andarilho que colhia flores e as entregava a todos que passavam. Em sua homenagem, foi construída uma estátua de três metros de altura em meio às curvas da estrada que rodeia o Parque Nacional. (M.B.)

Divulgação

Municípios do circuito Serra do Cipó preparam muitos festejos com grupos folclóricos


quinta-feira, 23 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

ECONOMIA - 3


quinta-feira, 23 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3

Política STF INICIA MARATONA DO MENSALÃO D

55

milhões de reais é o valor total dos supostos empréstimos repassados ao PT e aliados

Com a leitura das principais acusações do Ministério Público, ministro Joaquim Barbosa abre o julgamento da denúncia contra 40 indiciados

e forma enfática, o ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa abriu ontem o julgamento da denúncia do mensalão com a leitura das principais acusações do Ministério Público. Ele só deve apresentar o voto na sessão desta sexta-feira, mas ministros e advogados avaliaram que Barbosa manteve a tendência de aceitar o pedido de abertura de processo penal contra o deputado cassado José Dirceu e outros 39 por envolvimento numa suposta "organização criminosa" que teria comprado apoio para o governo no Congresso. "Chefe da quadrilha" – Os outros nove ministros – uma cadeira está vaga – devem acompanhar o voto do relator. Joaquim Barbosa não deixou de fora da "apertada" síntese da denúncia, como classificou a seleção de frases de efeito do procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza, trechos que definem Dirceu como chefe de uma "quadrilha" que loteou cargos no governo, fez negócios em paraísos fiscais e distribuiu dinheiro público para seus aliados. Só os repasses ilegais por meio dos bancos Rural e BMG teriam ultrapassado R$ 55 milhões em pagamento de dívidas partidárias, compra de apoio político e enriquecimento ilícito de autoridades. A tendência é que o plenário aprove a abertura da ação penal, o que deve ocorrer na próxima sexta ou segunda-feira.

Na avaliação de um ministro, o março de 2006 pedido do proSupremo não vai negar o pedi- curador-geral para prender do de um procurador "respon- preventivamente o "núcleo sável", que trabalhou em con- central" da quadrilha. O advogado de um dos indijunto com a Polícia Federal e a Comissão Parlamentar de In- ciados, que já ocupou cargo no quérito dos Correios – investi- primeiro escalão, avaliou que a gando o suposto esquema de leitura do relatório e a seleção compra de governabilidade e de trechos da denúncia foram de pagamento de despesas de "duras". "Se há uma sinalizacampanhas eleitorais com di- ção de voto, prefiro falar que não vi nada", afirnheiro público. mou. Ônus – MinisAntes da apretros entendem sentação do relaque o ônus da tor, a presidente acusação é do do Supremo, Elp r o c u r a d o r e É relevante destacar len Gracie, negou que o tribunal só que as imputações pedido de adiadeve "entrar" no feitas pelo exmento do julgac a s o n o j u l g amento feito por mento dos réus, deputado Roberto um dos advogae m u m a e t a p a Jefferson ficaram dos credenciados posterior. comprovadas. para sustentar a A leitura do reJoaquim Barbosa, na defesa. A minislatório de 46 páleitura do relatório t r a t e v e d e n oginas durou uma mear defensores hora e 16 minutos. "É relevante destacar, con- públicos para quatro acusados forme será demonstrado nesta que não apresentaram advopeça, que todas as imputações gados, entre eles o ex-deputafeitas pelo ex-deputado Ro- do José Borba (PMDB-PR). Submundo – Em seguida, o berto Jefferson ficaram comprovadas", destaca um trecho procurador-geral sustentou, da denúncia escolhido pelo re- por uma hora, a denúncia. Anlator, numa referência ao par- tonio Fernando de Souza disse lamentar que deflagrou o es- que os repasses em espécie entre os integrantes da "quadricândalo para o País. "Toda a estrutura montada lha" foram feitos à margem dos por José Dirceu, Delúbio Soa- procedimentos bancários mais res, José Genoino e Sílvio Pe- expedidos e seguros. "Tal descrição típica do subreira tinha entre seus objetivos angariar ilicitamente o apoio mundo do crime, revela a rotide outros partidos políticos na vivenciada pelos denunciapara formar a base de sustenta- dos por muito tempo", afirmou. Para Souza, não haveria ção do governo", completou. Joaquim Barbosa escreveu, mensalão sem que parte do gono relatório, que negou em verno estivesse envolvida.

"O mensalão não existiria se não tivesse integrantes do governo", disse o procurador. "É fato público que Dirceu sempre teve e ainda tem grande importância nas decisões do PT", acrescentou. Dirceu, "o núcleo" – Antonio Fernando de Souza sustentou que o empresário Marcos Valério de Souza, suposto operador do mensalão, prestou apenas um "serviço" para um esquema que tinha como "núcleo central" o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o deputado José Genoino, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o ex-secretário-geral do partido Sílvio Pereira. O procurador disse que Marcos Valério e Dirceu mantinham uma relação próxima. Ele afirmou que o volume de dinheiro movimentado pelo esquema foi tão elevado que Simone Vasconcelos, indiciada porque operava com Marcos Valério, chegou a pedir, numa oportunidade, um carro forte para transportar R$ 650 mil. Souza ainda citou seis repasses de Valério para o PT e aliados, feitos em 2003 e 2004, de R$ 50 milhões no total. Ele questionou o motivo de os indiciados abrirem mão de mecanismos bancários ágeis para transferir valores em espécie e em locais "inadequados". "Por que não agir às claras, como procedem as pessoas de bem?". E concluiu: "Todos os denunciados participaram de ações ilícitas descritas na denúncia". (AE) Mais nas páginas 4 e 5

Fotos de Antonio Cruz/ABr

Barbosa: trechos definem Dirceu como chefe de "quadrilha"

Aos montes: uma pilha de processos aguarda os ministros do STF


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4 - ESPECIAL

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Marcos Peron/Virtual Photo-18/08/2005

Cerca de 20% da frota circula fora dos padrões. Estes veículos poluem dez vezes mais do que os bem regulados.

Para baixar a bola da poluição Oito toneladas de poluentes ameaçam a cidade todos os dias: 90% vêm dos veículos.

U

ma das inovações do decreto 48.338 que disciplina o transporte de cargas na cidade é que a circulação dos Veículos Urbanos de Carga (VUC), em especial na Zona de Maior Restrição de Circulação (ZMRC), passa a ser regulada também do ponto de vista das emissões de poluentes. Até o final do ano, todos os veículos (e não só os caminhões) devem passar por inspeção ambiental e mecânica. Em uma primeira fase, segundo anunciou em maio o secretário do Verde e Meio Ambiente, Eduardo Jorge, serão inspecionados os ônibus. Na próxima etapa, também serão inspecionados os caminhões. Segundo o consultor ambiental Gabriel Branco, da consultoria Enviromentality, a poluição do ar nos grandes centros provém basicamente dos automóveis e das operações de transporte. Diz Branco, um dos formuladores do Proconve - Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores, que aproximadamente 20% dos veículos mais de 1,2 milhão de automóveis, ônibus e caminhões - estão circulando fora dos padrões originais de fábrica para emissão de poluentes, e poluem pelo menos dez vezes mais do que um veículo dentro desses padrões. Perigo no ar - A cidade é atacada diariamente por 8,2 toneladas de poluentes, mais de 3 milhões de toneladas por ano. Cerca de 90% disso vem dos veículos automotores. E a pior parte, dos motores movidos a diesel. De acordo com relatório de 2005 da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), agência estadual que gerencia a qualidade do ar, 40% da poluição por material particulado em fração inalável (a pior para o ser humano), 96% dos óxidos de nitrogênio e 42% dos óxidos de

enxofre devem-se às emissões de veículos. Ainda segundo a Cetesb, os veículos movidos a óleo diesel constituem as maiores fontes de poluentes veiculares (com 79% dos óxidos de nitrogênio, 19% dos óxidos de enxofre e 28% dos inaláveis), em relação ao total das emissões de todas as demais fontes poluidoras juntas. Em outubro do ano passado, a Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou um relatório com padrões de aplicação mundial para a poluição do ar. A iniciativa justifica-se pela ligação cada vez mais estreita e comprovada entre ar poluído e danos à saúde. Calcula-se que a poluição do ar cause 2 milhões de mortes prematuras no mundo a cada ano. Dos quatro poluentes estudados - material particulado (MP), ozônio, óxidos de enxofre e de nitrogênio -, a OMS reduziu os limites dos três primeiros. A norma brasileira, de 1990, aceita concentrações mais altas para esses itens. No Brasil, a taxa considerada segura de material particulado é de 150 microgramas por metro cúbico de ar (média por dia). A OMS informou que essa concentração causa 5% mais mortes do que o novo limite fixado de 50 microgramas por metro cúbico. As partículas suspensas são da espessura de um quinto de um fio de cabelo. Programa de controle - A situação vem melhorando, entretanto. Segundo Gabriel Branco, seu escritório, que existe desde 1996, por meio de um ferramenta chamada inventário de veículos, descobriu quanto roda cada veículo em média (15 mil km por ano) e quanto emite por quilômetro rodado. Baseado nesse levantamento, Branco diz que as emissões de óxido de carbono (CO) e de hidrocarbonetos (HC) - em geral atribuídas aos automóveis - baixaram cerca de 80% desde 1986. Nos caminhões, as emissões de óxidos

de nitrogênio (NO) também caíram 80%, mas os materiais particulados, só 60% a 70%. É que o Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve) deu prioridade aos problemas causados por automóveis. Os caminhões estão em um segundo passo, simplesmente porque a economia depende disso. "O Brasil é movido a caminhão", diz Gabriel Branco. Assim, se o Proconve apertasse demais as regras para redução de emissões em caminhões poderia aumentar a inflação e até parar a economia. Nesse momento, foi escolhido melhorar a qualidade do diesel, enquanto se preparava a evolução dos motores. O programa de melhoria

dos motores e dos combustíveis começou em 2002 e tem sua última fase prevista para 2009, quando devem mudar os padrões de emissões dos veículos. Na área do diesel, a Petrobras vem trabalhando para melhorar a qualidade do combustível. Criou um diesel bem mais limpo. O teor de enxofre, por exemplo: em 1976, era de 16.000 ppm (partes por milhão), índice que veio caindo ano a ano até chegar aos 2.000 ppm de hoje. Nas regiões metropolitanas, como São Paulo, o índice permitido já baixou para 500 ppm. "Já estamos brigando por 50 ppm, ou catalisadores e filtros não funcionam", diz Branco. Na verdade, o próprio Branco informa, já houve desenvol-

vimento de filtros que atualizam os motores. Catalisadores atualizados tecnologicamente já reduzem até 90% das emissões de CO e HC e 40% do material particulado. Filtros metálicos podem fazer cair 60% a emissão de material particulado. E os cerâmicos são eficientes a ponto de reduzir 99%, embora custem US$ 6.000 por unidade. Todas essas tecnologias já estão disponíveis e encontram-se em testes, que devem ir até dezembro deste ano. Cidade limpa - A poluição do ar é uma das grandes preocupações da Cidade. Dados sobre as concentrações de monóxido de carbono (CO) mostram índices mais elevados nas estações Centro e Cerqueira César, e os mais baixos nas estações de

Santo Amaro e Lapa, que nos anos medidos não ultrapassaram o padrão de 9 ppm (partes por milhão). Para a concentração de fumaça verificou-se que entre os anos de 2000 e 2005, não há registros de ultrapassagem do limite (60 µg/m3) aceito pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente - Conama. A iniciativa de manter os veículos urbanos de carga mais limpos em relação ao ambiente faz parte da segunda fase do projeto Cidade Limpa, da Prefeitura, que quer reduzir em 30% a poluição do ar na cidade nos próximos dois anos. Na primeira etapa, o alvo foi a poluição visual. Outdoors foram retirados e as fachadas dos imóveis comerciais começam a ser padronizadas.

Foto Fernando Conti/Secom

Ataque às fontes de poluição

E

stá no Projeto Cidade Limpa, da Prefeitura da Cidade de São Paulo: em setembro, devem começar a funcionar os equipamentos para medir a poluição emitida pelos veículos. A medição é parte de uma ação que pretende reduzir os índices de poluição na cidade em até 30% com ações como a inspeção veicular. Os principais pontos do projeto serão a medição e identificação dos veículos poluentes. O programa foi lançado pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM) em maio, no pátio da Companhia de E n g e n h a r i a d e Tr á f e g o (CET). Uma das novidades é o moderno sistema de sensoreamento remoto que fotografará o veículo com raios infravermelhos e fará a medição da fumaça que emite. Com o

De olho na poluição: o prefeito Gilberto Kassab acompanha medição da emissão de material particulado de ônibus de frete.

equipamento, será possível fazer a medição à distância de mais de 2.000 veículos por hora. De posse dessas informações, será possível traçar um panorama dos veículos que trafegam na capital. É uma fase de levantamento da situação, uma ferramenta para identificar o perfil dos veículos que poluem mais. A inspeção mesmo só virá a partir de maio de 2008. Para fazer a medição, aproximadamente 52 pontos em todo município serão equipados. Kassab

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promete que não haverá custo para os donos de veículos. Mas se a inspeção não for realizada, não será possível fazer o licenciamento anual. Quem tiver seu veículo inspecionado e não promover a adaptação dentro do prazo previsto, poderá ser multado em até 300 Ufirs (R$ 524,85). A grande novidade é o opacímetro, tecnologia mais precisa para medir a concentração de poluentes. Funciona assim: o motorista acelera dez vezes e o opacímetro mede o

grau de enegrecimento da fumaça. Em seis minutos, sai o resultado. O limite de poluição permitido é de 2,8. De 58 ônibus inspecionados pela Prefeitura pelo método, seis estavam fora dos parâmetros. Nesta etapa, em convênio com a Petrobras, a Prefeitura vistoria os três mil ônibus fretados que circulam todos os dias pela capital. Não é só a Prefeitura que enfrenta problemas na área da poluição do ar. Em junho, o governador José Serra inaugurou a Operação Inverno, que neste período do ano inspeciona os veículos a diesel. Também usou o opacímetro, embora, por lei, o governo do Estado não possa usar a nova tecnologia, apenas a escala Ringelman, método considerado ultrapassado. No lançamento da operação, Serra inspecionou um carro com o opacímetro e depois com o método de Ringelman. No primeiro teste, ele foi reprovado por poluir demais. Já na tecnologia ultrapassada usada para multar o veiculo, ele passou no teste.


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4 - TURISMO

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

FIM DE SEMANA

Para relaxar ao som de passarinhos

Fotos:Divulgação

Este é o convite aos turistas que escolhem se hospedar na Eco Pousada Pedra Grande, em Atibaia. A apenas 68 km de São Paulo, o lugar oferece conforto sem muito luxo nem tecnologias, afinal a ordem ali é preservar e descansar em meio à natureza Por Lúcia Helena de Camargo

B

arulho de grilos e coaxar de sapos é tudo que se ouve à noite na Eco Pousada Pedra Grande de Atibaia. Cercada por 90 alqueires de mata nativa, silêncio e ar puro são os atrativos. Se a idéia for fugir do estresse da cidade grande, esse é o lugar ideal. E sem passar pelo caos aéreo, já que fica a apenas 68 quilômetros de São Paulo, seguindo pelas rodovias Fernão Dias e Dom Pedro. A pousada está instalada em um vale, no alto do qual fica a famosa Pedra Grande, uma das principais atrações turísticas de Atibaia. Vencer os cinco quilômetros da tortuosa estrada de terra que conduz ao local demanda tempo e certa habilidade ao volante. Se você for dono de um veículo com tração nas quatro rodas, esse é o mais indicado usar na viagem. Mas com alguma paciência, até carros com motor 1.0 conseguem chegar. A tranqüilidade é total. Vá preparado para se desligar do mundo totalmente. Os telefones celulares só funcionam em uma área restrita, ao redor da casa sede - onde ficam o restaurante, a piscina, as mesas de pingue-pongue e de sinuca. E os chalés são desprovi-

dos de aparelhos de televisão. Os viciados na telinha não precisam desesperar-se, porém. Há um único televisor, colocado em uma sala fechada - para não incomodar os demais hóspedes. Não espere travesseiros de pena de ganso e banheiras de hidromassagem. Nos 24 chalés, o conforto se resume a uma cama com lençóis limpos e chuveiro quente. Há ainda quatro cabanas mais rústicas e área de camping. Natureza em primeiro lugar – O importante ali é o respeito ao meio-ambiente. Os interessados no assunto são convidados a visitar a estufa, acompanhar plantio de mu-

das, assistir a palestras sobre os projetos de preservação desenvolvidos no local e conhecer a horta orgânica, de onde saem fresquinhas as verduras servidas no restaurante. Quem aprecia exercitar-se em meio à natureza pode aproveitar os 30 quilômetros de trilhas de uso exclusivo dos hóspedes da pousada, em expedições organizadas por monitores, além de poder praticar arvorismo, andar de caiaque no lago, pendurar-se na tirolesa ou equilibrar-se na ponte de três cordas. Quer apenas relaxar? Prepare-se: há aulas de ioga, lian gong, meditação ativa e rituais tibetanos. Mas se fazer absolutamente

A pousada abrange 90 alqueires de mata nativa. Entre as atividades, percorra trilhas, conheça a horta orgânica, acompanhe o plantio de mudas e pratique arvorismo

nada for o objetivo, a boa pedida é passar o dia tomando sol junto à piscina, talvez um tempinho na sauna, depois, então, contratar uma massagem terapêutica e então esquecer da vida, ouvindo o som dos passarinhos e o leve cair das águas da pequena cachoeira.

SERVIÇO Eco Pousada Pedra Grande: Estrada da Pedra Grande, km 5,5, Atibaia, tel. (11) 4411-0999, site www.ecopousada pedragrande.com.br. Para o feriado de 7 de setembro, o

pacote de 6/9 a 9/9 custa a partir de R$ 707 para casal, com todas as refeições incluídas e cortesia para uma criança de até 4 anos por chalé.

PANORAMA Fotos Divulgação

SP-Dubai: a partir de outubro Prepare-se para conhecer um novo destino. A partir de 1º de outubro, a Emirates Airlines iniciará a operação de seus seis vôos semanais entre São Paulo e Dubai (Emirados Árabes Unidos). A bordo do novíssimo Boeing 777-200LR (com 8 assentos na primeira classe, 42 na executiva e 216 na econômica – esta com modernidades como tela individual em todas as poltronas e 600 canais de entretenimento), a nova rota será a primeira na história ligando o Brasil ao Oriente Médio sem escala. “Estaremos ligando o maior centro comercial da América Latina e o maior do Oriente Médio”, comemorou o vice-presidente sênior de operações comerciais para as Américas, Nigel Page. A companhia, que já ganhou mais de 300 prêmios internacionais por excelência de serviços, possui uma equipe de comissários de 100 nacionalidades, incluindo 200 brasileiros. Cidade cosmopolita, Dubai é famosa por reunir atrações turísticas faraônicas como o hotel Burj Al Arab (o mais alto do mundo, com 321 m). E é muito atraente para negócios, com um pacote de incentivos que inclui a não cobrança de taxas empresariais. Passagem ida-e-volta custará a partir de US$ 1.355 (cerca de 15 horas de vôo). Mais informações no tel. (11) 5503-5000, www.emirates.com.

Investimentos da Accor chegarão a R$ 1,1 bilhão

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Promoção de fim de ano na CVC Até 31 de agosto, quem comprar seu pacote para o fim do ano e as férias de verão terá duas vantagens na CVC: a possibilidade de parcelamento em até 15 vezes sem juros e gratuidade para crianças de até 12 anos – tanto da parte aérea como da hospedagem –, quando acompanhadas de dois adultos pagantes. A garotada só paga as taxas de embarque. Entre os hotéis participantes está o Renaissance Sauípe (Bahia) e o Ocean Palace (Natal). Tel. (11) , ww.cvc.com.br. Não perca a Adventure Sports Fair Uma pista de esqui e snowboard feita com neve artificial; um aquário de vidro no qual os visitantes poderão ter a sensação de caminhar sobre um glaciar; um túnel sensorial para

que se tenha uma idéia dos efeitos provocados pelo impacto das mudanças climáticas no Brasil; tanques para a prática de caiaque e mergulho; o Museu do Surf, espaço dedicado à exibição de peças como pranchas raras e fotos, resgatando parte da história do surfe brasileiro e mundial. Estas são algumas das atrações da 9ª Adventure Sports Fairs, a maior feira de esportes e turismo de aventura da América Latina, que ocorre até domingo na Bienal do Ibirapuera (São Paulo). Não perca! Mais informações estão no site www.adventuresportsfair.com.br. Liberty lança seguro corporativo A Liberty Seguros, em parceria com a ASSIST-CARD, maior organização do mundo em assistência ao viajante, lançou o Liberty Viagens Corporativas, um seguro que visa a oferecer mais segurança aos executivos que viajam com freqüência, prestando assistência 24 horas em situações emergenciais ocorridas durante as viagens ao exterior. Há planos em dólares e euros que cobrem assistência médica e imprevistos como gastos com cancelamento de vôos e roubo ou perda de documentos, além de perda ou reembolso de despesas por atraso na localização de bagagem. Mais informações no tel. 0800/7095423, www.libertyseguros.com.br.

lazer na Accor mudou de foco com a saída da rede da Costa do Sauípe, mas segundo Roland de Bonadona, diretor geral para a América do Sul, os resultados na nova estrela do grupo no Brasil, o Sofitel Jequitimar, são fantásticos. Além disso, o crescimento, apesar de todos os problemas de infra-estrutura por que passa o País, especialmente no caso do setor aéreo, tem sido uma constante na trajetória da Accor no Brasil. Na América do Sul nem tanto, já que a grande maioria dos hotéis está em terras brasileiras. Entra então, mais uma missão para Bonadona e equipe: dobrar a o número de hotéis na América do Sul, para onde, até 2012, são esperados investimentos de R$ 1,146 bilhão (metade disso no Brasil e 15% dinheiro próprio da Accor). No primeiro semestre de 2007, o faturamento da Accor Hospitality Brasil (novo nome da Acor Hotéis) teve crescimento de 15%, em relação ao mesmo período de 2006. "Mesmo com a crise do setor aéreo, o que é muito bom", ressaltou Bonadona. Levando-se em consideração apenas a oferta da Accor que já existia em 2006, esse crescimento cai para 7,3%. "O que mostra que o caos aéreo, a concorrência dos cruzeiros marítimos, o câmbio favorável ao real e o custo Brasil impactam o resultado final consideravalmente", diz o executivo. A previsão da Accor para o ano é de 14%, com faturamento de quase R$ 800 milhões, mas seria de 20% se os dois resorts que a rede tinha na Costa do Sauípe continuassem no portfólio. Não há planos para o retorno ao setor de lazer no Nordeste. O foco atualmente é o Sofitel Jequitimar, em lazer e eventos, além dos novos resorts na Argentina e outros países da América do Sul. O resort que fica no Guarujá já vendeu 8,5 mil room nights desde dezembro de 2006, quando abriu as portas, e recebeu 83 eventos de 54 empresas. Os maiores crescimentos do semestre, claro, vieram da hotelaria econômica. Enquanto a marca Sofitel cresceu 14%, a Formule 1 subiu 32%. Contando apenas a oferta de 2006 e com a saída de Sauípe e a reforma no Sofitel Rio (com 220 apartamentos bloqueados) o resultado da marca Sofitel seria de queda de 12,6%. Mas a abertura do Jequitimar e do Sofitel Florianópolis, ainda com ocupação de 30%, compensou as perdas acima. Na América do Sul, Bonadona disse que os investimentos da Accor serão direcionados principalmente para a Argentina, Chile, Peru, Colômbia e Venezuela. Costa Rica, Panamá e Equador são mercados secundários. Hoje são 148 hotéis na América do Sul (a grande maioria, 134, no País) e a meta é crescer 95% até 2012 e chegar a 289.

No Brasil, alguns destaques são a reabertura do Novotel Morumbi, em outubro, depois de dois anos fechado e R$ 21 milhões de investimentos, a inauguração do site Formule 1/Íbis, também no Morumbi, em frente ao shopping, em São Paulo, a abertura dos Mercure de Santos e Maceió (2008), Porto Alegre (2009) e da Selva Amazônica (2010) e a abertura de mais dois Sofitel. Segundo Roland de Bonadona, estudos mostram que há espaço para um segundo Sofitel na capital paulista. A Accor já está estudando projetos e buscando a localização ideal. Outro Sofitel em andamento ficará na capital federal, Brasília. Ainda na marca Sofitel, em outubro a Accor terá terminado boa parte das obras no Sofitel Rio de Janeiro. Inclui a remodelação total dos apartamentos (faltam apenas 40), do restaurante Le Pre Cetelan e a área de eventos. O lobby e outro restaurante ficam também para a fase final. Segundo Bonadona, o hotel carioca tem a melhor diária da Accor no Brasil. Accor hoje e até 2012 Crescimento 1º semestre no Brasil: 15%. Previsão para o ano: 14%. Faturamento previsto no ano: R$ 786 milhões. Hotéis Brasil: 134, quarto maior parque da Accor, depois de França, EUA e Alemanha. Gastos com a reforma no Sofitel Rio: R$ 32 milhões. Gastos com a reforma do Novotel Morumbi: R$ 21 milhões. Previsão de reabertura: outubro. Área de eventos no Novotel Morumbi: mais 1 mil m², com 14 salas para 450 pessoas. Novos Novotel: Caracas (2009), Buenos Aires (2008), Lima (2008), todos com Ibis ao lado, Santos Dumont (Rio) e projeto em andamento em Belo Horizonte. Novos Mercure: Guatemala (2007), Rosario (2008), Spa do Vinho, em Bento Gonçalves (este ano), Macaé (2007) e Camboriú (2007), Maceió (2008), Santos (2008), Porto Alegre (2009), Amazônia (selva, 2010). Ibis: 23 em implantação e 52 em negociação Novos Formule 1: Belém, Belo Horizonte, Vitória e São Paulo, mais oito em negociação. Vendas Accor pela internet: 8% ou 195 mil room nights em 2006. Em junho 2007: 37 mil room nights. Vendas Formule 1 pela internet: 25%. Em junho 2007: 12 mil room nights. Mais informações sobre o Panrotas Corporativo no site www.panrotas.com.br. Assinaturas pelo tel. (11) 5070-4816 ou 5070-4804, e-mail assinaturas@panrotas.com.br.


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Empresas Finanças Negócios Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

O início da colheita de uvas para a produção de champanhe na França deve ser adiado hoje por falta de uvas.

EMPREGO DEVE BATER RECORDE

COM RESULTADOS NEGATIVOS DESDE 2004, A INDÚSTRIA ENCERROU O SEMESTRE COM CRESCIMENTO DE 1,15%

OTIMISMO NO SETOR DE EMBALAGENS Rafael Hupsel/Luz

Maristela Orlowski

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O presidente da Associação Comercial de São Paulo, Alencar Burti (dir.) acertou detalhes do evento ontem

Mortalidade de pequenas será tema de congresso da CACB Sergio Leopoldo Rodrigues

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hegou a hora de investir pesado na competitividade das micros e pequenas empresas (MPE) brasileiras, para evitar sua mortalidade precoce nos tempos de mercado acirrado pela globalização da economia. Por isso, esse será o tema do 17º Congresso da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), de 7 a 9 de novembro próximo, no resort Costão do Santinho, em Santa Catarina. Para acertar os detalhes finais do evento, o presidente da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), Luiz Carlos Furta-

do Neves, e o coordenador Nac i o n a l d o E m p re e n d e r d a CACB e Empreender Internacional, Carlos Rezende, encontraram-se ontem com o presidente da CACB, da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Alencar Burti. Participou do encontro, o superintendente da Facesp, Natanael Miranda dos Anjos. Segundo Neves, a perspectiva é de reunir 1,2 mil empreendedores, que participarão também do Encontro Nacional do Programa Empreender e Encontro Estadual do Empreender de SC. Burti conta com o apoio das Federações e outras entidades, inclusive, as universidades, para desenvolver

SOFTWARE BNDES tem orçamento de R$ 1 bilhão para financiamento até 2012.

FURNAS

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ministro de Minas e Energia, Nelson Hubner, confirmou ontem que a estatal Furnas disputará, em parceria com a Odebrecht, o leilão da hidrelétrica de Santo Antônio, pertencente ao complexo do rio Madeira, marcado para o próximo dia 30 de outubro. Ele lembrou que Furnas já tinha contrato com a construtora que previa a parceria e, segundo ele, não havia como mudar isso. (AE)

PUBLICIDADE

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esquisa financiada pela Secretaria Nacional Antidrogas e desenvolvida pela Universidade Federal de São Paulo revelou que 70% da população brasileira aprovaria a proibição de propaganda de álcool e 56% são favoráveis ao aumento de impostos. O levantamento foi feito em 2005 e 2006 em mais de 100 cidades, mas só foi divulgado oficialmente ontem. (AE) A TÉ LOGO

Ó RBITA

o trabalho de capacitação das MPE. "Nosso objetivo é reduzir a mortalidade dessas empresas e seu efeito danoso sobre a economia", resumiu. Presenças – Furtado Neves informou que durante o 17º Congresso será apresentado o que há de mais novo em serviços prestados pelas Associações Comerciais. Alencar Burti fará a palestra de abertura e já estão praticamente confirmadas as presenças do empresário Jorge Gerdau, presidente do Movimento Brasil Competitivo (MBC), Décio da Silva, presidente do Grupo Veg, do secretário estadual do Emprego e Relações do Trabalho, Guilherme Afif Domingos e do palestrante Max Geringher, da Comédia Corporativa.

TELECOM Governo não deve se opor a uma eventual fusão entre a Oi (Telemar) e a Brasil Telecom.

RODOVIAS: GOVERNO ANTECIPA LEILÃO.

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governo antecipou de 16 para 9 de outubro o leilão no qual pretende entregar à iniciativa privada sete trechos de rodovias federais, por meio de concessão. Mas os empresários, que tanto reclamaram da lentidão, agora querem mais prazo. E sugerem o dia 17 de novembro, segundo o presidente da Associação Brasileira de Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy. A Abdib formalizou a

proposta, que deverá receber o apoio de outras entidades, como a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Os empresários querem adiar o leilão para concluir seus estudos econômicos. Eles alegam que, em maio, o governo sinalizou que haveria um prazo de 90 dias e o leilão. No entanto, pelo cronograma anunciado ontem, o tempo será de 45 dias. Dessa forma, muitas candidatas poderão ficar fora da corrida. (AE)

CADASTRO DE DEVEDORES DA UNIÃO

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ma medida polêmica deverá ser adotada em breve pela ProcuradoriaGeral da Fazenda Nacional (PGFN), a inclusão na Serasa do nome das pessoas com débitos tributários inscritos na dívida ativa da União. "Nós só estamos estudando como faríamos a inserção das informações nesse cadastro de devedores, pois não queremos fazer nada açodadamente e precisamos

ter a maior segurança possível", afirmou a procuradora-geral adjunta, Marciane Zaro Dias Martins. Ela disse que para evitar uma chuva de ações judiciais por dano moral, a Procuradoria está definindo alguns critérios para a inclusão dos nomes. Já está acertado, por exemplo, que contribuintes que tenham dívidas, mas estejam com o parcelamento em dia, não serão incluídos. (AE)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

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O ministro Guido Mantega quer avaliar extensão da crise nos mercados

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Senado aprova MP para renegociação de dívidas de produtores agrícolas

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Diretor-gerente do FMI elogia política macroeconômica brasileira

setor de embalagem recuperou o o t i m i s m o . A i ndústria interrompeu uma seqüência de resultados negativos e obteve expansão de 2,71% em produção física no segundo trimestre deste ano, panorama que não era registrado desde dezembro de 2004, encerrando o semestre com crescimento de 1,15% em relação ao mesmo período do ano passado. O cenário para este ano – com expectativas de aumento da demanda interna de bens de consumo, materiais de construção e insumos agropecuários – deve permitir que o setor feche 2007 com crescimento de 1,8%, acima da expectativa conservadora inicial de 1,2%, divulgada no início deste ano. De acordo com estudo da Associação Brasileira de Embalagem (Abre), realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Va r g a s d o R i o d e J a n e i r o (Ibre/FGV-RJ), a indústria de embalagens de metal – responsável por 27% do faturamento do setor – foi a que registrou melhor desempenho na produção física no segundo trimestre, com crescimento de 5,17% em relação ao mesmo período de ano passado. Em seguida, com 30% de participação, veio a indústria de embalagens de plástico, com alta de 3,15%. Em terceiro lugar, ficou o segmento de vidros, com 9% de participação e 2,14% de expansão. Já o de ma-

deira andou na contramão e registrou queda de 10,4%. Já a categoria papel, papelão e cartão cresceu 1,86% no segundo trimestre e 1,85% no primeiro semestre em relação aos períodos correspondentes de 2006. De janeiro a junho deste ano, a subcategoria chapas de papelão ondulado – que representa apenas 5,5% do segmento – foi a que apresentou maior expansão, de 12%. "Isso mostra uma retomada da atividade econômica por parte das empresas de menor porte, pois são elas que consomem as cha-

pas de papelão, as pré-caixas", diz o coordenador de análises econômicas do Ibre/FGV-RJ, Salomão Quadros. Por outro lado, as caixas de papelão ondulado, que respondem por 41% do volume de vendas, tiveram alta de 2,6%. "Diferentemente do ocorrido em outros trimestres, houve crescimento forte e disseminado entre quase todos segmentos da área de embalagens", ressalta Quadros. Os campeões – A utilização de embalagens, no primeiro semestre do ano, concentrouse basicamente nas indústrias de perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza, com taxa de crescimento de 9,08%, de bebidas (7,15%) e de alimentos (3,26%). No mesmo período de 2006, era a indústria farmacêutica a

maior responsável pelo consum o d e s s e s p ro d u t o s , c o m 6,52% de expansão. No acumulado deste ano, o aumento de produtos para esse setor foi de apenas 0,59%. "A importação de insumos farmacêuticos cresceu muito no último ano, encurtando a cadeia produtiva no país", lembra Quadros. Comércio exterior – Considerando-se os resultados do primeiro semestre, as exportações diretas de embalagens tiveram um crescimento bastante expressivo em relação ao mesmo período de 2006, com aumento de 40,65% e faturamento de U S $ 2 2 8 m ilhões. A compra no mercado externo de embalagens metálicas foi 55,7% superior em relação ao p r i m e i r o s emestre do ano passado, movimentando U S $ 8 1 m ilhões. Desse montante, US$ 45 milhões vieram de metais comuns, como as rolhas, tampas e outros acessórios. "Essa expansão pode elevar a receita de exportação do setor de US$ 376 milhões, como foi em 2006, para US$ 500 milhões este ano", estima o analista. Já a importação de embalagens vazias teve expansão menor que a exportação (26%) em relação ao mesmo período do ano anterior, registrando faturamento da ordem de US$ 159 milhões. Os produtos plásticos foram os que mais entraram no país, movimentando US$ 106 milhões. "Apesar do crescimento das importações, o setor continuará sendo superavitário. Fato que se repete pelo quarto ano consecutivo", considera o coordenador do Ibre.

EMPREGOS Economia gera 1,22 milhão de postos com carteira assinada

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re a q u e c i m e n t o d a economia levou as empresas brasileiras a criar 1,22 milhão de empregos com carteira assinada de janeiro a julho deste ano. O resultado é 13% superior ao registrado no mesmo período de 2006, e praticamente igual ao resultado de todo o ano passado, quando 1,228 milhão de vagas formais foram criadas. Os dados, divulgados ontem, são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. Os bons números levaram o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, a prever a criação de 1,6 milhão de empregos com carteira assinada neste ano. Se for confirmado, esse será um novo recorde do Caged. O maior resultado anual até agora foi registrado em 2004 quando foram abertos 1,52 milhão de postos formais de trabalho. "Há consistência nos bons indicadores econômicos e a geração de vagas com carteira assinada está diretamente relacionada com o crescimento econômico", afirmou Lupi. Em julho, no entanto, o índice caiu. Foram abertas 126,9

mil vagas, o que significou queda de 17% em relação a julho de 2006. Lupi atribuiu a diminuição no ritmo das admissões ao fim da colheita de produtos importantes, particularmente do café em Minas Gerais, o que antecipou as demissões feitas normalmente no segundo semestre. O setor agrícola criou 7 mil vagas contra 27,7 mil em julho de 2006. Também houve redução de contratações no comércio, de 52,1 mil para 38,1 mil. Por outro lado, a indústria continuou contratando mais: 28,9 mil novas vagas contra 20,9 mil em julho do ano passado. Crise – O Caged registra mensalmente todas as demissões e contratações feitas pelas regras da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Ficam fora da estatística os servidores públicos e empregados domésticos. Para Lupi, as turbulências no mercado financeiro não deverão prejudicar a economia e o mercado de trabalho no País. "Minha compreensão é de que tudo isso pode nos afetar muito pouco no médio prazo", declarou, acrescentando que eventuais perdas com re-

dução das exportações poderão ser compensadas pelo aumento da demanda interna. Segundo o ministro, o governo investirá mais em qualificação da mão-de-obra a partir de 2008. Ele lembrou que, em 2006, das 1,7 milhão de vagas com carteira assinada identificadas pelo Sistema Nacional de Emprego (Sine), metade não foi preenchida por falta de qualificação dos trabalhadores. O Ministério defende a aplicação de R$ 959 milhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) em 2008 em cursos de capacitação direcionados para setores onde há falta de determinados profissionais. Se for aprovada pela equipe econômica, esse orçamento será quase nove vezes maior que o deste ano. Codefat – Como resultado de acordo entre as centrais sindicais, Luiz Fernando Emediato, da Força, foi eleito ontem presidente do Conselho Deliberativo do FAT (Codefat) para os próximos dois anos. Ele prometeu pressionar o Ministério do Planejamento a manter o orçamento aprovado para qualificação em 2008. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

ESPECIAL - 5

Um caminhão para a cidade O novo Veículo Urbano de Carga (VUC) distribuirá mercadorias na área mais sensível de São Paulo.

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a terça-feira da semana passada, as primeiras nove unidades do furgão Setcesp Urbano foram entregues em solenidade a empresários do setor. O furgão, fabricado pela Mercedes-Benz e pela Caio, surgiu da necessidade do mercado, depois que a Prefeitura de São Paulo e de outros centros no País passaram a restringir a circulação dos caminhões na área central das capitais. O Setcesp é o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de São Paulo e Região, que também será responsável por um dos postos de cadastramento da frota de Veículos Urbanos de Carga (VUCs) - o novo caminhão urbano de São Paulo. O cadastramento da frota de veículos de carga na área central da cidade é uma exigência do Decreto 48.338, que entrou em vigor no último dia 10 de maio. Com o novo decreto, a Prefeitura permitiu a circulação de um veículo de entrega maior que o anteriormente permitido, que era de 5,5 metros de comprimento. Paralelamente, a Prefeitura ampliou em quase 115% a Zona de Máxima Restrição de Circulação (ZMRC) para esses veículos, que antes era de 11,4 km² e passou para 24,5 km². Para trafegar nessa área, os caminhões precisarão ser cadastrados. Vale para caminhões de outras cidades ou Estados que necessitarem trafegar pela zona de restrição paulista – de segunda à sexta-feira, das 10 às 20h, e aos sábados, das 10 às 14h. Ainda não há documentação nem prazo definidos. Exceções - Com a contratação das empresas que realizarão a fiscalização, a partir de novembro os caminhões com mais de 6,3 metros flagrados na área delimitada pelo Decreto serão multados. O sistema de fiscalização será formado por radares eletrônicos fixos e móveis que vão conferir eletronicamente a adequação dos

veículos ao novo Decreto. São exceções as operações de carga e descarga realizadas por centrais de distribuição e pela Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo - Ceagesp; as realizadas com automóveis, motocicletas e os VUCs; materiais de construção, de remoção de terra e entulho e de concretagem na execução de obra; entregas em postos de combustíveis que não operam em regime de 24 horas situados nas vias que delimitam e nas vias que estejam fora da área compreendida pelo Centro Expandido do Município de São Paulo; em estabelecimentos de serviços de saúde, hospitais, maternidades e prontos-socorros, para atender situações de emergência ou de risco à segurança e à integridade da população, desde que comunicadas. VUC em discussão - O VUC não era bem o que os transpor-

Marcelo Min/AFG-13/11/2006

Fora da área de máxima restrição ainda poderão ser usados caminhões maiores: a Ceagesp, além de fora do perímetro, está isenta das restrições.

tadores queriam. Diz Wagner Fonseca, da Netz, consultoria especializada em transportes, que o segmento de carga não trabalha só com peso, mas com volumes. Só para exemplificar, imagine um celular dos mais modernos, de 100 gramas, com

dimensões de 50 mm x 100 mm x 12 mm: o volume para transporte não ocupa só o espaço do aparelho, mas da caixa que o contém, bem maior. O VUC, segundo Fonseca, tem capacidade de carga mas não volumétrica.

O VUC também não é que o Sindicato queria para a cidade. De acordo com Rogério Helou, coordenador do Grupo de Distribuição Urbana do Setcesp, o ideal seria o Veículo Médio de Carga (VMC), que tem 7,3 metros de comprimento. É só um metro a mais do que o VUC, mas isso, diz Helou, dobraria a capacidade de carga do veículo, de 3 para 6 toneladas. O VUC antigo, de 5,5 metros, carregava cerca de 1,5 tonelada. "O novo VUC é um tiro no pé", diz Helou. "Quem recebe 5 toneladas por dia terá de dividir a carga em dois caminhões, o que multiplicará os veículos. Haverá filas de espera nos locais de entrega. Eu poderia ter três carros para entregar 18 toneladas; terei de usar dez". Adalberto Panzan Jr., presidente da Associação Brasileira de Logística (Aslog), concorda. Segundo Panzan, um grande supermercado que receba

160 toneladas de produtos por dia poderia concentrar ou pulverizar as entregas. O presidente da Aslog está convencido de que caminhões maiores ocupam menos espaço na via pública para carregar a mesma tonelagem, em relação aos Veículos Urbanos de Carga permitidos. Não que Panzan seja defensor incondicional dos caminhões de grande porte. Apenas pondera que é preciso ter um pouco mais de racionalidade no transporte urbano. E que o poder público deveria ouvir com cuidado os diretamente interessados, isto é, os transportadores. Panzan lembra que o avô, que foi motorista de caminhão na década de 1940, vinha de Americana, no interior do Estado, e conseguia fazer dez entregas diretas a clientes por dia. "Hoje – diz ele, apoiado pelos fatos –, ninguém mais consegue esse desempenho".

Newton Santos/Hype-01/08/2007

O Veículo Urbano de Carga (VUC) tem 6,30 metros de comprimento, de pára-choque a párachoque. Segundo a Prefeitura, isso vai melhorar o trânsito e reduzir a poluição. Muitos transportadores prefeririam um veículo ligeiramente maior, para fazer o mesmo volume de entregas com o mesmo veículo.

Luiz Prado/LUZ-24/05/2005

Milton Mansilha/LUZ-15/09/2006

Motoentrega regulamentada

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Motos com equipamentos padronizados e motociclistas cadastrados: a Prefeitura tenta colocar ordem no segmento e disciplinar 120 mil motoboys, para melhorar o trânsito sem alterar um tipo de frete do qual a cidade não pode mais abrir mão.

té o fim de setembro, todos os 120 mil motoboys da cidade terão de conhecer pelo menos uma lei, a 14.491, sancionada no início de agosto pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM). Essa lei pretende disciplinar o motofrete, melhorar as condições de trabalho e aumentar a segurança. O serviço precisa continuar, para que não parem a entregas de documentos (e de pizza), vitais para quase todas as empresas. Não dá mais para imaginar São Paulo sem motoboys. Pela nova lei, todos os profissionais do setor deverão ser cadastrados junto à Secretaria Municipal de Transportes. As empresas de motofrete deverão oferecer seguros de vida e invalidez aos funcionários e as motos terão equipamentos de segurança obrigatórios: baú regulamentado, antena de proteção contra cerol e "mata-cachorro". O uso do baú adequado (regulamentado pelo Conselho Nacional de Trânsito - Contran) é importante para minimizar os danos de acidente, já que a carga mal acondicionada pode acertar o condutor e agravar os ferimentos. Pela mesma razão, só poderão ser usadas motocicletas com até oito anos de uso, excluído o ano

de fabricação. Já as empresas de motofrete terão de oferecer seguro de vida de no mínimo R$ 22.954, e seguro de invalidez de pelo menos R$ 11.487 aos seus funcionários. As empresas que oferecem motos aos seus empregados poderão licenciá-las em nome de mais de um condutor. As punições para quem descumprir a nova legislação incluem multas, de R$ 19,15 a R$ 153,16, e podem dobrar em caso de reincidência, a cassação do Condumoto e da licença de operação do serviço de motofrete, e até a apreensão da motocicleta. A categoria é a que mais contribui para as estatísticas de vítimas fatais em colisões. Enquanto o número de mortes gerais no trânsito foi reduzida em 10% ao longo dos últimos cinco anos, passando de 1.681 em 2001 para 1.520 no ano passado, os óbitos de motociclistas dispararam e, no mesmo período, cresceram 66% (os 126 registros de 2001 saltaram para 210 em 2006). Atualmente, as motocicletas representam cerca de 10% dos veículos que circulam na Capital, embora 25% das mortes no trânsito sejam de motociclistas. Em média morrem, a cada dia, dois pedestres, um motorista e um motociclista na Cidade.


Logo Logo DIÁRIO DO COMÉRCIO

Sou muito grata à Loreta por poder mostrar que, apesar da idade, não sou excluída por causa das minhas rugas.

Divulgação

www.dcomercio.com.br/logo/

Da atriz Irene Ravache, sobre sua personagem na novela Eterna Magia. Vivendo a amargurada Loreta, Irene aparece no vídeo sem maquiagem.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

AGOSTO

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23 Dia Internacional em Memória da Escravidão e da Abolição

S AÚDE E NERGIA

Epidemias à espreita

Combustível ecológico de hashi indo parar no lixo todos os anos. O ministério estuda instalar nos restaurantes e supermercados caixas especiais de recolhimento dos hashis usados, para que sua madeira possa ser transformada em bioetanol. O ministério anunciou no início de agosto um projeto para produzir biocombustível a partir da palha de arroz e outros dejetos agrícolas.

Pascal Guyot/AFP

B RAZIL COM Z

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A imprensa francesa destacou ontem a performance do "reserva" Ronaldinho Gaúcho no amistoso entre as seleções de Brasil e Argélia em Montpellier, na França. Ronaldinho entrou no jogo e participou dos dois gols da vitória contra os argelinos, que não marcaram nada. Na foto, o craque é felicitado por Kleber e Vágner Love.

OMS alerta que mundo passa por momento de "explosão" de doenças infecciosas

A

s doenças infecciosas estão surgindo com maior rapidez em todo o mundo e a velocidade de disseminação também é crescente, o que torna o tratamento mais difícil. Um exemplo disso é que nos últimos cinco anos 1,1 mil epidemias diferentes afetaram o planeta. O alerta é do relatório anual da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado ontem. A OMS diz que uma nova epidemia global semelhante à aids, à gripe aviária ou ao ebola pode surgir e matar milhões de pessoas nos próximos anos, porque as doenças epidêmicas se disseminam geograficamente com muita rapidez. Como exemplo, o relatório cita a gripe aviária que, apesar de não ser altamente contagiosa em humanos, nos últimos cinco anos matou 800 pessoas em 30 países. Desde os anos 1970, pelo menos uma nova ameaça tem sido detectada a cada ano, o que significa que a atual geração está sujeita a 40 novas doenças em

relação à geração anterior. Como mais de 2 bilhões de pessoas utilizam o transporte aéreo anualmente, uma epidemia surgida em uma parte do mundo pode levar apenas poucas horas para se alastrar em do ou-

tro lado do planeta. Por isso, o relatório convoca as nações a reforçar os cuidados no monitoramento, prevenção e controle de doenças epidêmicas como o cólera, a febre amarela e doenças meningocócicas. Uma preocupação específica do relatório é a tuberculose, porque em todo o mundo já são encontrados agentes da doença resistentes aos medicamentos. O problema também já afeta doenças como malária, meningite e males respiratórios.

Sebastian Willnow/AFP

A LEMANHA

Sob a maldição dos faraós

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país por meio de uma mala postal diplomática, que foi entregue ao Conselho Supremo para Antiguidades, onde um comitê de especialistas está tentando determinar sua autenticidade, informou um comunicado. A crença em uma maldição que ataca qualquer um que perturbe as tumbas ou múmias de antigos faraós do Egito é difundida desde a descoberta da tumba de Tutancamon em 1922 e a subsequente morte do patrocinador da escavação, o Lorde Carnarvon.

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Um alemão entregou um pacote contendo parte de uma escultura faraônica à embaixada do Egito em Berlim, com um bilhete dizendo que seu padrasto sofreu uma "maldição dos faraós" por roubá-la, informou o Egito ontem. O padrasto roubou a peça em uma visita ao Egito em 2004 e em sua volta para a Alemanha sofreu paralisia, náusea, febres inexplicadas e câncer antes de morrer recentemente, escreveu o homem anônimo no bilhete. A embaixada do Egito em Berlim enviou o fragmento de volta ao C A R T A Z

ÓPERA

REI DO JOGO - Visitante da Convenção de Jogos para Computadores que acontece em Leipzig, na Alemanha, se senta em uma privada enquanto se diverte com um dos lançamentos da feira, que deve receber 200 mil pessoas até o próximo domingo. C IÊNCIA

O vôo do gavião-real E

m um projeto conjunto, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) – com financiamen-

Il Matrimonio Segreto, obra do italiano Domenico Cimarosa, estréia hoje no Teatro São Pedro. Rua Barra Funda, 171, às 20h30, tel.: 3667-0499. Ingresso: R$ 20.

Qualidade de vida e saúde

"Rite-in-the-Rain" é um caderno feito com papel especial que evita a infiltração da água. Com ele, você pode escrever ou desenhar em qualquer lugar, faça chuva ou faça sol, que a qualidade da escrita ou da imagem não será afetada. Custa cerca de US$ 2 a unidade com 24 páginas. /backpackinglight/

O site onde da Sociedade Brasileira de Cardiologia reúne informações para cardiologistas, estudantes e o público em geral. Há vários artigos sobre testes do coração, dicionário de termos médicos usados para definir doenças, exames e outros itens relativos à saúde cardíaca, dicas de qualidade de vida, receitas e informações sobre prevenção, inclusive com vídeos de campanhas desenvolvidas pela instituição. O site traz ainda uma relação de produtos considerados saudáveis para o coração.

rite_in_the_rain_horizontal.html

www.cardiol.br

www.backpackinglight.com/cgi-bin

Nosso mais novo parente Um novo fóssil de primata descoberto na Etiópia pode jogar a separação evolutiva entre seres humanos e gorilas para uma época anterior à estimada atualmente. A espécie, Chororapithecus abyssinicus, entra na árvore genealógica dos grandes macacos num ponto anterior à bifurcação entre as linhas que levariam ao ser humano e aos demais primatas. O novo espécime é datado de cerca de 10,5 milhões de anos atrás, enquanto a rota evolutiva para a humanidade começa, segundo os mais antigos fósseis de ancestrais humanos já encontrados, há 6 ou 7 milhões de anos. Segundo a equipe responsável pelo novo achado, o Chororapithecus abyssinicus representa um vislumbre inédito no lado dos macacos da história evolutiva humana. A descoberta está descrita na edição desta semana da revista Nature, compara a morfologia e a dentina dentes molares do Chororapithecus [imagens pares] e dos gorilas [imagens ímpares], que são quase idênticos. I NTERNET

'Bacn', o poder da comunicação Uma prova da extensão e da rapidez do poder de comunicação da internet surgiu esta semana, a palavra 'Bacn' (que designa um e-mail com informações que você deseja, mas não naquele exato momento, em oposição a Spam, o e-mail não desejado) foi criada no domingo no PodCamp Pittsburgh e ontem, de acordo com o rastreamento do Technorati, já estava presente em mais de 350 blogs, transformando-se na 14ª palavra mais popular do dia. www.bacn2.com

L OTERIAS Concurso 751 da LOTOMANIA

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Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Incêndio no Parque Nacional de Itatiaia já destruiu 250 hectares e pode ser criminoso Anvisa suspense venda online dos produtos Winstrol, Nabolic Strong, Deca Vet e Lipostabil

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Para escrever na chuva

Divulgação

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F AVORITOS

da sua movimentação [foto].O filhote será monitorado pelos próximos três anos. O objetivo é coletar informações para conhecer melhor o comportamento da maior ave de rapina das Américas. Os dados ajudarão a definir medidas para preservação da espécie.

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G @DGET DU JOUR

to da Fundação O Boticário – vão monitorar por satélite os vôos de um gavião-real, também conhecido como harpia ou uiraçu (Harpia harpyja). Um filhote de quatro meses foi o primeiro a receber um radiotransmissor equipado com GPS para rastreamento

AFP

O governo japonês vai tentar encontrar um modo de transformar em biocombustível as milhares de toneladas de hashis de madeira (os palitinhos japoneses) usados e jogados fora por restaurantes e supermecados do país, informou ontem o ministério da Agricultura. Segundo dados oficiais, cada um dos 127 milhões de japoneses utiliza todos os anos uma média de 200 pares de palitinhos descartáveis, que só são usados uma vez. Cerca de 90.000 toneladas de madeira acabam

E VOLUÇÃO

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica atinge atualmente mais de 7 milhões de brasileiros

Concurso 895 da MEGA-SENA 02

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

ECONOMIA/LEGAIS - 5

Banco Votorantim S.A. C.N.P.J. 59.588.111/0001-03 Av. Roque Petroni Jr. 999 - 16º andar - CEP 04707-910 São Paulo - SP Tel. (11) 5185-1700 Fax (11) 5185-1900 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores Acionistas, um total de 2,1 milhões de clientes ativos, apresentando crescimento de 350 mil clientes em relação a dezembro de 2006. Ao longo do Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas. as demonstrações financeiras referentes primeiro semestre de 2007, foi implantada a infraestrutura de funcionamento do cartão de crédito com a marca “Banco Votorantim” , o ao exercício encerrado em 30 de junho de 2007, bem como parecer dos auditores independentes. qual passou com sucesso por projeto piloto. O lançamento comercial está previsto para setembro de 2007. O avanço da carteira de Ambiente econômico crédito ocasionou o crescimento das receitas vinculadas a operações de crédito, que cresceram 26% e atingiram o montante de R$ O cenário externo auspicioso continuou estabelecendo as condições para a evolução bastante positiva da economia brasileira, ao 1,99 bilhões, assim como o aumento das receitas de serviços, que atingiram R$306 milhões no primeiro semestre de 2007, 55,7% longo do primeiro semestre de 2007. A imagem do país perante os investidores atingiu os melhores níveis históricos, levando as agên- superiores ao mesmo período de 2006. O Patrimônio Líquido apresentou crescimento de R$ 4,2 bilhões para R$ 5,6 bilhões. O cias internacionais de rating a elevarem a nota do país, que agora está a um passo de deixar de ser considerado um país de alto risco. Patrimônio líquido de referência avançou para R$ 6,4 bilhões. Em 19 de junho de 2007 as debêntures da 1ª série – 1ª emissão foram O forte crescimento mundial, liderado pela China entre outros países emergentes, favoreceu significativamente nossos termos de tro- consideradas como elegíveis à capital nível II, na qualidade de dívida subordinada (Ver Nota Explicativa 22). O índice de capitalização ca, com os preços dos nossos produtos mantendo a trajetória de alta dos últimos anos, além de manter elevada a demanda por no fim do semestre ficou em 15,3% contra 15,7% em junho de 2006. As carteiras do Banco Votorantim S.A. e de suas controladas são nossas exportações. O superávit comercial brasileiro superou os US$ 20 bilhões, neste primeiro semestre, 6% acima do primeiro se- compostas por títulos para negociação e, portanto, marcadas a mercado. A agência de Nassau possui títulos na categoria “Mantidos mestre de 2006. Paralelamente, a melhoria qualitativa dos nossos fundamentos, reflexo da política econômica ortodoxa, e a até Vencimento”, o que reflete a intenção e capacidade financeira da instituição de mantê-los até o resgate final. Os recursos totais rentabilidade financeira ainda atrativa, em comparação a outros mercados, trouxeram um vultoso fluxo de capitais para o Brasil. As captados junto a terceiros cresceram 19%, de R$27,1 bilhões em junho de 2006, para R$32,2 bilhões, entre depósitos e captações via reservas internacionais do país atingiram a marca de US$ 147,1 bilhões, no final do primeiro semestre de 2007, um aumento de US$ debêntures. O volume de recursos administrados cresceu 35%, de R$14,2 bilhões para R$19,2 bilhões, acima do crescimento da 61,3 bilhões em relação a dezembro de 2006. Conseqüência desses dois fatos, o Real continuou se valorizando, atingindo patamares indústria, que foi de 26%. As despesas administrativas do Banco Consolidado foram incrementadas em 28%, variando de R$ 326 máximos ante a moeda americana, em mais de 6 anos, ao romper o valor de R$ 2,00 por dólar, encerrando o semestre em R$ 1,93. milhões para R$ 419 milhões, tendo o índice de eficiência, passado de 26,5% para 30,8%. O número de funcionários evoluiu de 3.222 Assim, os indicadores de inflação, que sofrem relevante influência do câmbio, permaneceram abaixo da meta do Governo e abaixo de para 3.748 com crescimento de 16,3%. Tanto a elevação do número de colaboradores quanto das despesas se deve a uma série de 4%, a despeito da pressão localizada que sofreram dos produtos alimentares. Com isso, o Banco Central pôde seguir reduzindo a taxa investimentos em andamento nas áreas de negócios. Como em 2006, em 2007 o Banco Votorantim deu seqüência a ampliação de sua de juros básica da economia, dando seqüência ao processo iniciado em setembro de 2005. A Selic acumulou cortes de 7,75 pontos presença no país. Dessa forma, o número de instalações, entre filiais e lojas próprias, cresceu de 79 unidades em junho de 2006 para percentuais, neste período, chegando ao nível recorde de 12%, em junho de 2007. Com este cenário macroeconômico, o consumo foi 118 unidades em junho de 2007. fortemente impulsionado este ano, vide o crescimento médio de 9,5% (até maio) nas vendas do varejo, conforme medição do IBGE. Gestão de Pessoas Os investimentos em aumento da capacidade produtiva também cresceram bastante, sendo que o consumo aparente de máquinas O Banco Votorantim tem genuína preocupação com o desenvolvimento das pessoas. Todas as políticas de Recursos Humanos estão aumentou 15,8%, no período. Contudo, boa parte da demanda interna foi suprida pelo aumento das importações, de 26,6% no primei- diretamente alinhadas a este princípio e sintonizadas com os Valores do Grupo Votorantim (Solidez, Ética, Respeito, ro semestre, inibindo o crescimento da produção da indústria nacional, que ficou em 4,4% no ano até maio. Dando suporte ao Empreendedorismo e União), representados pela sigla SEREU. Os Valores Votorantim são um dos pilares da nossa identidade e exdesempenho da demanda tivemos: i) a expansão do volume de crédito na economia, ao ritmo anual de 21%, reflexo da queda dos pressam nosso jeito de ser e de agir. Em união a estes valores, contamos com um modelo de gestão de Recursos Humanos que juros e alongamento dos prazos de financiamentos, ii) o aumento da renda real dos trabalhadores, de 4,1% no primeiro semestre, contempla diretrizes que valorizam o capital humano e a eficiência organizacional, entre elas: conseqüência da queda da inflação, e iii) o aumento do emprego. Todos são frutos do maior crescimento econômico do país, que tem Participar ativamente da construção e crescimento do Banco Votorantim, por meio de ações que sustentem a estratégia do negótodas as condições de continuar pelos próximos semestres, baseados nestes pilares, podendo alcançar a casa dos 4,5% ao ano. cio e os valores do grupo, contribuindo para a eficiência organizacional; Setor bancário Valorizar o capital humano através de práticas que viabilizem a atração, desenvolvimento, motivação e retenção de colaboradores; O volume de crédito total do sistema financeiro cresceu em relação ao PIB, atingindo um patamar de 32,3% do PIB em junho de 2007, Ser uma referência no mercado em gestão de capital humano e ambiente organizacional. contra 29,3% em junho de 2006. O saldo das operações de crédito do mercado atingiu R$ 799 bilhões em junho de 2007, com um Nossa área de Atração e Seleção procura atrair talentos, selecionar profissionais competentes e identificados com a cultura, filosofia crescimento de 21% em relação a junho de 2006. Merece destaque o crescimento nos setores de crédito consignado, que avançou e valores do banco. A área de Treinamento e Desenvolvimento promove a qualificação e o desenvolvimento dos colaboradores através 45% no período, crédito imobiliário, com incremento de 24% e financiamento de veículos, com também 24% de crescimento. O merca- de programas de treinamentos comportamentais e técnicos. Investimos em Programas de Desenvolvimento de Gestão, proporcionando de capitais brasileiro segue se aquecendo, com destaque para o expressivo crescimento do número de emissões de ações, as do a formação de uma liderança atual e alinhada às expectativas da empresa. Através da Gestão do Desempenho, acompanhamos a quais geraram registros na CVM num patamar de R$ 38 bilhões até julho de 2007, contra R$ 27 bilhões no ano de 2006 inteiro. Tal performance de nossos colaboradores, evolução de carreira, gerenciamento de talentos e monitoramos o alcance de metas alinhadas avanço tem sido acompanhado pelo incremento no volume de recursos destinados aos fundos de renda variável, estimulados pela à estratégia da organização. Há o constante incentivo para que os colaboradores esclareçam dúvidas e façam sugestões através de continuidade da queda das taxas de juros. Os fundos administrados, por sua vez, também apresentaram crescimento no volume de diversos canais de comunicação com o RH, a Direção e a Ouvidoria, cujo sigilo garante a integridade dos envolvidos. Entre as mais ativos, da ordem de 26% entre junho de 2006 e junho de 2007, superando a marca de R$ 1 trilhão de recursos administrados, confor- diversas ferramentas de gestão, realizamos Pesquisa de Clima Organizacional anualmente. A preocupação que temos em oferecer me ranking elaborado pela Anbid. um excelente ambiente de trabalho pode ser comprovada nos resultados da última pesquisa de clima. A adesão na pesquisa em 2006 Desempenho do Banco Votorantim S.A. consolidado 1º Sem. 2007 1º Sem. 2006 Variação % foi de 91% e o índice de satisfação geral 83%. Em matéria de orgulho, 93% dos participantes sentem-se orgulhosos por fazerem parte Resultados - R$ Mil do Banco Votorantim. O alto índice de adesão e satisfação demonstra o comprometimento e o envolvimento dos nossos colaboradores Resultado Bruto da Intermediação Financeira 1.263.148 1.092.843 15,6% com a filosofia e metas da organização. Receitas de Serviços 306.645 196.903 55,7% Reconhecimento do mercado Resultado Operacional 871.254 562.441 54,9% Em 2007, o Banco Votorantim S.A. continuou sendo premiado pelo mercado em diversas categorias, sempre reforçando sua capacidaDespesas Administrativas 418.953 326.367 28,4% de de gestão de ativos e de pessoas. Entre outros, a BV Financeira continuou se destacando entre as melhores empresas para se Lucro Líquido Consolidado 609.493 351.917 73,2% trabalhar de acordo com a revista Época, além de ser posicionada em 1º lugar no ranking da revista Valor Financeiro de junho de 2007. Lucro Líquido Consolidado Recorrente 409.493 351.917 16,4% Da mesma forma, a Votorantim Asset teve diversos de seus fundos premiados entre os melhores do mercado pela parceria entre a Balanço patrimonial - R$ mil revista Valor Investe e a agência Standard & Poor’s. Em razão da contínua melhoria da qualidade de seus ganhos como banco diverAtivos Totais 60.023.625 50.369.237 17,8% sificado, associado à contínua melhoria do cenário brasileiro, o Banco Votorantim S.A. seguiu recebendo upgrades das principais Operações de crédito (inclui avais e fianças) 24.867.316 17.271.579 44,0% agências de rating no primeiro semestre de 2007. Atacado 7.806.584 5.140.441 51,9% Quadro Evolutivo dos Principais Ratings do Banco Votorantim Varejo 12.950.880 9.321.062 38,9% De Dez-2006 Para Jun-2007 Avais 4.109.852 2.810.076 46,3% Fitch Ratings IDR em ME BB+ BBBRecursos Captados 32.267.570 27.143.219 18,9% IDR em ML BBBBBBDepósitos Totais 17.698.750 21.723.833 Rating Nacional de longo prazo AA+ AA+ Outros 14.568.820 5.419.386 S&P Escala global de rating em ME BB/Positiva BB+/Estável Patrimônio Líquido Consolidado 5.599.379 4.186.448 22,6% Escala global de rating em ML BB/Positiva BB+/Estável Patrimônio Líquido de Referência 6.450.782 4.674.367 Brazil National Scale Rating brAA/Positiva brAA+/Estável Índices financeiros Moddys Depósitos longo prazo em ME Ba3 Ba3 ROE sobre o PL (aa) 23,0% 17,5% Depósitos em escala nacional Aa1.br Aaa.br ROE sobre o PL Médio (aa) 23,6% 17,5% Dívida de longo prazo em ME Ba1 Ba1 ROE Recorrente sobre o PL Médio (aa) 17,0% 17,5% ME: Moeda estrangeira ML: Moeda local Índice de Eficiência 30,8% 26,5% Responsabilidade Social Índice de Basiléia 15,3% 15,3% O Banco Votorantim S.A. apóia a Associação Viver em Família para um Futuro Melhor, entidade constituída em dezembro de 2001 por Índice de Imobilização 3,5% 3,2% iniciativa dos executivos e funcionários, com o objetivo de promover mudanças na realidade social de comunidades carentes. Para Dados Relevantes iniciar essa atuação, foi escolhida a comunidade do Jardim Colombo, localizada na zona sul da cidade de São Paulo. Inaugurado em a) Recursos Administrados - R$ mil 19.246.708 14.216.215 35,4% abril de 2005, o Espaço Viver Melhor foi um marco na vida dos moradores do Jardim Colombo. Nesse centro multifuncional, há salas b) Número de Funcionários 3.748 3.222 16,3% de aula, quadra de esportes, brinquedoteca, biblioteca, oficinas, laboratório de informática, consultórios para atendimento médico, c) Filiais e lojas próprias 118 79 49,4% dentário, psicológico, fisioterápico e cozinha semi-industrial. O Espaço funciona hoje de forma auto-sustentável, gerando recursos que No primeiro semestre de 2007, o lucro líquido consolidado foi de R$ 609,5 milhões, com rentabilidade anualizada sobre o Patrimônio possibilitaram, entre outras ações, a contratação de 21 moradores da comunidade. Em 2007, entre as atividades realizadas no Espaço Líquido final de 23,0%. Esse resultado foi influenciado pela receita de equivalência da BV Leasing, onde os efeitos decorrentes de Viver Melhor, destacamos a formatura da primeira turma do Curso de Informática; início dos encontros sobre sexualidade; conquista emissão de debêntures com prêmio geraram impacto líquido no valor de R$ 200 milhões (Ver nota explicativa 12 às demonstrações do Grupo Pontos & Linhas com a aprovação de fornecimento de novos produtos para importantes clientes; atendimento semanal na financeiras). Excluído esse efeito, o lucro líquido consolidado recorrente foi de R$ 409,5 milhões, 16,4% maior que o lucro líquido brinquedoteca e biblioteca; promoção de aulas de reforço escolar para 150 crianças e adolescentes; promoção de atividades esporticonsolidado no mesmo período do ano anterior, representando uma rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio de 17,0%, contra vas e participação em campeonatos para crianças e adolescentes; apoio na gestão dos recursos humanos, financeiros e materiais 17,5% no mesmo período de 2006. Importante destacar que o incremento no resultado ocorreu num contexto de forte queda das taxas das duas creches mantidas pela União dos Moradores da Favela; promoção de eventos nas áreas de saúde, odontologia, cidadania e básicas de juros. Os ativos totais alcançaram R$ 60 bilhões, 19,2% acima do valor de junho de 2006, com destaque na evolução da datas comemorativas para moradores da comunidade. Todas essas ações somam 17.191 atendimentos no primeiro semestre de carteira consolidada de empréstimos, que teve crescimento de 43,5% nos últimos 12 meses, totalizando R$ 20,7 bilhões, excluindo-se 2007, divididos nas áreas de Recreação, Esportes, Educação, Capacitação, Cultura, Saúde, Eventos e Serviços. fianças e avais. Vale destacar o avanço no segmento de pessoas físicas, com crescimento de 38,9%, tendo a carteira atingido um Agradecimentos montante de R$ 12,9 bilhões. No segmento de atacado, houve avanço de 51,9% em relação a junho de 2006. Foi dado continuidade ao Agradecemos aos nossos clientes, parceiros e colaboradores, pelo sucesso alcançado no semestre. crescimento no crédito focado em empresas com faturamento anual de até R$ 700 milhões. Em junho de 2007, a carteira desse segmento atingiu saldo de R$ 1,7 bilhão, ante R$ 600 milhões em junho de 2006. Mesmo diante dessas fortes expansões, a carteira de crédito se manteve com boa qualidade. Em junho de 2007, as operações de crédito classificadas entre AA e C representavam 96,6% São Paulo, 14 de agosto de 2007 da carteira, ante a 96,9% registrados no mesmo período de 2006. A BV Financeira manteve importante participação no mercado de financiamento de veículos com 15% de market share. As operações da BV Financeira encerraram o primeiro semestre de 2007 com A Diretoria BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 - (Em milhares de reais) Ativo Circulante Disponibilidades Aplicações interfinanceiras de liquidez Aplicações no mercado aberto Aplicações em depósitos interfinanceiros Aplicações em moeda estrangeira Títulos e valores mobiliários instrumentos financeiros derivativos Carteira própria Vinculados a compromissos de recompra Instrumentos financeiros derivativos Vinculados ao Banco Central Vinculados à prestação de garantia Relações interfinanceiras Pagamentos e recebimentos a liquidar Depósitos no Banco Central Repasses interfinanceiros Correspondentes Operações de crédito Empréstimos - Setor público Empréstimos - Setor privado Financiamentos - Setor privado Financiamentos - Rurais e agroindustriais Financiamentos - Títulos e valores mobiliários Provisão para operações de créditos de liquidação duvidosa Operações de arrendamento mercantil Arrendamento a receber - Setor privado Arrendamento a receber - Setor público Rendas a apropriar de arrendamento mercantil Provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa Outros créditos Carteira de câmbio Rendas a receber Avais e fianças honrados Negociação e intermediação de valores Diversos Provisão para outros créditos de liquidação duvidosa Outros valores e bens Outros valores e bens Despesas antecipadas Realizável a longo prazo Aplicações interfinanceiras de liquidez Aplicações em depósitos interfinanceiros Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Vinculados a compromissos de recompra Instrumentos financeiros derivativos Vinculados à prestação de garantia Operações de crédito Empréstimos - Setor público Empréstimos - Setor privado Financiamentos - Setor privado Financiamentos - Rurais e agroindustriais Provisão para operações de créditos de liquidação duvidosa Operações de arrendamento mercantil Arrendamento a receber - Setor privado Arrendamento a receber - Setor público Rendas a apropriar de arrendamento mercantil Provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa Outros créditos Carteira de câmbio Negociação e intermediação de valores Diversos Provisão para operações de créditos de liquidação duvidosa Outros valores e bens Despesas antecipadas Permanente Investimentos Participações em controladas no País Participação em controladas no exterior Outros investimentos Imobilizado Outras imobilizações de uso Depreciação acumulada Diferido Gastos de organização e expansão Amortização acumulada Total do ativo

Banco 2007 2006 62.570.449 45.877.425 5.238 6.966 26.789.539 25.434.536 11.059.031 14.949.033 15.702.516 10.400.184 27.992 85.319

Consolidado 2007 2006 48.485.303 40.395.671 30.700 31.552 13.627.762 16.372.274 11.059.031 14.949.033 2.540.739 1.337.922 27.992 85.319

28.014.963 9.201.821 12.791.883 1.103.673 1.371.203 3.546.383 1.191.861 545 1.177.427 13.215 674 3.817.084 16.376 2.192.569 1.478.260 60.636 107.722 (38.479) -

15.442.021 6.387.639 3.552.597 1.962.689 1.527.252 2.011.844 1.332.926 981 1.331.625 320 2.318.631 1.910 1.016.734 1.152.652 60.247 112.187 (25.099) -

19.519.240 13.424.166 9.263.431 5.160.689 4.201.902 2.774.728 1.093.437 1.713.991 1.371.203 1.527.252 3.589.267 2.247.506 1.191.861 1.332.926 545 981 1.177.427 1.331.625 13.215 674 320 10.476.481 7.601.226 16.376 1.910 3.096.239 1.450.334 7.526.807 6.202.307 60.636 60.247 107.722 112.187 (331.299) (225.759) 27.680 10.991 55.899 35.545 3.520 (23.300) (14.785)

2.750.211 2.355.546 5.274 289 99.106 298.062 (8.066) 1.553 1.553 5.359.926 290.955 290.955

1.340.105 881.200 4.956 74.305 384.353 (4.709) 2.240 2.240 5.595.695 1.098.930 1.098.930

(8.439) 3.184.272 2.355.546 10.355 289 127.131 699.017 (8.066) 427.307 33.291 394.016 11.422.012 290.955 290.955

(9.769) 1.347.498 881.200 5.053 90.480 375.474 (4.709) 275.038 20.966 254.072 9.886.063 1.086.884 1.086.884

1.570.136 1.570.136 3.456.073 163.862 1.290.236 1.883.801 137.544 (19.370) -

1.819.626 82.776 1.393.519 343.331 2.507.351 155.687 995.354 1.287.979 88.992 (20.661) -

1.399.388 1.399.388 9.289.840 163.862 2.130.645 6.986.177 137.544 (128.388) 19.607 52.107 4.348 (36.640)

1.985.700 82.776 1.559.593 343.331 6.242.298 155.687 1.357.405 4.730.473 88.992 (90.259) 12.217 27.395 (14.847)

42.751 22.895 19.857 (1) 11 11 2.233.404 2.210.208 2.188.589 4.626 16.993 16.930 40.321 (23.391) 6.266 14.691 (8.425) 70.163.779

169.788 1.091 168.703 (6) 1.401.440 1.385.885 1.360.455 10.857 14.573 12.412 32.345 (19.933) 3.143 9.825 (6.682) 52.874.560

(208) (331) 175.129 405.876 1.091 22.895 152.235 404.791 (1) (6) 247.093 153.088 247.093 153.088 116.310 87.503 33.982 27.838 33.982 27.838 52.758 39.102 99.879 75.924 (47.121) (36.822) 29.570 20.563 59.182 40.837 (29.612) (20.274) 60.023.625 50.369.237 Total do passivo

Passivo Circulante Depósitos Depósitos à vista Depósitos interfinanceiros Depósitos a prazo Outros depósitos Captações no mercado aberto Carteira própria Carteira de terceiros Carteira livre movimentação Recursos de aceites e emissão de títulos Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior Relações interfinanceiras Recebimentos e pagamentos a liquidar Relações interdependências Recursos em trânsito de terceiros Ordem de pagamento em moeda estrangeira Transferências internas de recursos Obrigações por empréstimos e repasses Empréstimos no País - Outras instituições Empréstimos no exterior Repasses no País - Instituições oficiais Instrumentos financeiros derivativos Instrumentos financeiros derivativos Outras obrigações Carteira de câmbio Sociais e estatutárias Fiscais e previdenciárias Negociação e intermediação de valores Diversas Exigível a longo prazo Depósitos Depósitos interfinanceiros Depósitos a prazo Captações no mercado aberto Carteira própria Carteira livre movimentação Recursos de aceites e emissão de títulos Recursos de debêntures Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior Obrigações por empréstimos e repasses Empréstimos no exterior Repasses do País - Instituições oficiais Instrumentos financeiros derivativos Instrumentos financeiros derivativos Outras obrigações Carteira de câmbio Fiscais e previdenciárias Negociação e intermediação de valores Dívidas subordinadas Diversas Resultados de exercícios futuros Participações de acionistas não controladores Patrimônio líquido Capital social: De domiciliados no País Reservas de capital Reservas de lucros Lucros acumulados

Banco 2007 2006 36.531.810 29.320.556 11.933.961 10.271.457 76.232 60.809 1.462.204 1.520.414 10.393.736 8.689.962 1.789 272 13.427.642 12.396.062 7.894.766 3.117.045 4.149.025 8.351.105 1.383.851 927.912 298.369 239.934 298.369 239.934 9.668 6.535 9.668 6.535 40.358 34.456 34.456 40.358 4.089.391 1.957.593 46.366 1.827.816 879.098 2.261.575 1.032.129 3.313.566 2.321.800 3.313.566 2.321.800 3.418.855 2.092.719 1.874.427 633.569 195.929 149.387 634.315 865.488 358.486 61.132 355.698 383.143 28.026.019 19.353.772 19.348.423 15.542.951 13.208.902 5.664.833 6.139.521 9.878.118 5.071.192 395.039 4.751.974 395.039 319.218 2.132.035 2.132.035 708.817 1.445.801 283.805 547.750 425.012 898.051 744.551 1.953.943 744.551 1.953.943 21.001 16.038 1.170 20.557 14.868 7 437 6.571 13.784 5.599.379 4.186.448

Consolidado 2007 2006 36.027.198 28.766.700 11.499.516 9.722.428 88.647 72.195 1.021.294 926.723 10.387.786 8.723.238 1.789 272 12.789.610 12.055.612 7.256.734 2.776.595 4.149.025 8.351.105 1.383.851 927.912 298.369 239.934 298.369 239.934 9.668 6.535 9.668 6.535 41.472 34.856 34.856 40.358 1.114 4.089.504 1.957.828 46.366 1.827.816 879.098 2.261.688 1.032.364 3.317.562 2.483.007 3.317.562 2.483.007 3.981.497 2.266.500 1.874.427 633.569 274.415 214.014 968.273 982.792 389.138 89.759 475.244 346.366 18.361.101 17.293.986 6.199.234 12.001.405 33.321 2.128.492 6.165.913 9.872.913 5.071.192 395.039 4.751.975 395.039 319.217 3.943.093 1.388.756 1.811.066 1.388.756 2.132.027 729.352 1.446.094 283.805 547.750 445.547 898.344 965.470 1.950.801 965.470 1.950.801 1.452.760 111.891 1.170 66.550 110.721 7 1.381.468 4.735 6.571 13.784 29.376 108.319 5.599.379 4.186.448

3.380.000 21.261 1.615.820 582.298

2.880.000 14.553 1.211.857 80.038

3.380.000 21.261 1.615.820 582.298

2.880.000 14.553 1.211.857 80.038

70.163.779

52.874.560

60.023.625

50.369.237 (Continua)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 - ESPECIAL

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LOGÍSTICA A arte de chegar ao destino A logística, ciência e arte, é indispensável para manter toda a cadeia satisfeita, até o consumidor.

Q

Paulo Pampolin/Hype

Divulgação

Rosolem, especialista da Quendian: ruas congestionadas, limites de carga – e a obrigação de fazer as mercadorias chegarem a seu destino, com eficiência e baixos custos.

Marcelo Min/AFG-19/07/2006

Cargas compartilhadas: solução criativa que junta mercadorias de várias fábricas e reduz custos para todos, até para o comerciante.

Milton Mansilha/LUZ

ualquer um pode transportar mercadorias - basta ter um caminhão. Ou armazená-las, desde que disponha de um galpão. Outros podem processar os pedidos de movimentação de materiais e controlar entrada e saída de materiais. Mas só um operador de logística faz tudo ao mesmo tempo. Logística é mais do que um serviço, é quase uma arte – de comprar, receber, armazenar, separar, expedir, transportar e entregar o produto certo, na hora certo, no lugar certo, ao menor custo possível. Mas em São Paulo, a logística é ainda mais difícil, um verdadeiro desafio. "O transporte é complicado, as ruas são congestionadas, o trânsito atrapalha, há limites de carga, as rotas são muitas", diz, em tom de desabafo e conformação, o diretor de Supply Chain Carlos Rosolem, da Quendian, empresa de tecnologia em gestão da informação nas corporações - com um olho voltado para a logística. Como muitos especialistas da cidade, ele sabe que cada dia representa um desafio para planejar meios de fazer as mercadorias chegarem a seu destino, com eficiência e baixos custos. "O trânsito é um dos grandes problemas", diz Robert Willens, diretor para prática Supply Chain da consultoria Bearing Point. O trânsito, explica ele, reduz velocidade e produtividade dos caminhões de entrega. As soluções possíveis são os veículos menores e mais ágeis, otimização de operações, melhor combinação de rotas. Soluções criativas - Para enfrentar esses problemas, as consultorias de logística buscam soluções como a otimização de operações e frotas, as melhores combinações de rotas, que facilitem as entregas e reduzam o consumo de combustíveis, veículos menores e mais ágeis. Em meio a essas soluções bem conhecidas, surgem respostas criativas como o compartilhamento de carga: produtos diferentes, para clientes diferentes, desde que na mesma área da cidade. A Coca-Cola, por exemplo, tem experimentado: busca compartilhar a entrega de produtos quando os destinos são próximos. Enfim, o objetivo é sempre fazer o produto chegar ao destinatário. Se não der certo, a penalidade é alta, para todos. A fábrica não consegue cumprir um contrato expresso pelo pedido de mercadorias. O estabelecimento comercial pode ficar sem um produto que o cliente quer. O cliente pode trocar de marca (o que é ruim para o fabricante) ou vai procurar outro estabelecimento (o que é ruim para fábrica e comércio - perdese uma venda). Sem logística, todo mundo fica insatisfeito.

André Dias, da Açometal: andar e parar.

TECNOLOGIA

C

omplexidade em logística implica a necessidade de conhecimentos e experiência prática – além de modelos matemáticos abrangentes e até inteligência artificial. Logística tem tudo a ver com tecnologia. A Ryder Logística, empresa com sede em Miami e operações no Brasil (1.300 funcionários), desenvolveu o sistema TMS, ou transportation management system e WMS, warehouse system, que opera em total integração com os softwares de gestão dos clientes. Isso permite que estes sistemas "conversem" entre si em tempo real, de acordo com Ruy Galvão, diretor de Transporte. Dessa forma, os clientes podem ter controles mais efetivos da operação, sem qualquer custo adicional. Por meio de sua equipe interna de TI, a Ryder também desenvolveu diversos serviços em plataforma web que Masao Goto Filho/e-SIM

Problemas particulares - Hoje, os consultores de logística, em especial os que têm de planejar rotas e entregas nas cidades, enfrentaram séries de problemas em geral inexistentes nas estradas. Os caminhões passam muito tempo parados no trânsito, a eficiência se reduz e, para compensar, são necessários mais veículos e mais motoristas, aponta Willens, da Bearing Point. Do mesmo modo, as restrições à circulação de áreas e horários, como o rodízio, são dados a considerar na equação. "Às vezes, os caminhões que fazem entregas em cidades vizinhas levam mais tempo para deixar a cidade de São Paulo do que para rodar centenas de quilômetros até chegar a seus destinos", diz André Dias, diretor da Açometal, que distribui pro-

Foto Naval Historical Center, Marinha dos EUA

Planejamento de guerra

N

o começo, era uma arte militar. Logística (do gregos logos, razão) era originalmente um ramo da ciência militar responsável por obter, dar manutenção e transportar materiais, pessoas e equipamentos até à linha de frente. É natural: as guerras exigem grandes e constantes deslocamentos de recursos e materiais. Para transportar as tropas, tudo que for necessário a sua manutenção (como alimentos), armamentos e carros de guerra pesados (bem como combustíveis e peças de reposição) aos locais de combate não basta embarcar tudo em trens ou caminhões e contar com a sorte. Exatamente porque a situação é crítica, são necessários planejamento, organização e execução de tarefas que envolvem definição de rota (nem sempre a mais curta, pois é necessário ter fonte de água potável próxima), transporte, armazenamento e distribuição de equipamentos e suprimentos. Até o fim da Segunda Guerra Mundial, a logística esteve

invariavelmente associada às atividades militares. Logo depois desse período, com o avanço tecnológico e a necessidade de suprir e reerguer os locais destruídos pela guerra, a logística passou a ser adotada por organizações governamentais civis. Foi só uma questão de tempo que chegasse às empresas. A partir dos anos 1950 e 1960 – exatamente entre as guerras da Coréia e do Vietnã –, as empresas começaram a se preocupar com a satisfação do cliente, que se tornava mais exigente. Essa era, e ainda é, a chave para aumentar vendas e ganhar fidelidade de clientes. E a satisfação do cliente tornou-se a fonte do conceito de logística empresarial, motivado por essa nova atitude do consumidor. Os anos 1970 assistiram à consolidação de conceitos como MRP (Material Requirements Planning), Kanban e Just-in-time – modelos de gestão que exigem uma linha de suprimentos regular e confiável para reduzir custos

de fabricação. Depois dos anos 1980, a logística experimentou um desenvolvimento vertiginoso, empurrado pelas demandas ocasionadas pela globalização, pela alteração da economia mundial e pelo grande uso de computadores na administração. Com a tecnologia, o que se fazia com papel, cabeça e tempo, passou a ser feito com programas, inteligência eletrônica e rapidamente. Nesse novo contexto da economia globalizada, as empresas passaram a competir em nível mundial, mesmo que a batalha se desse dentro de seu território local. Foi nesse momento que a logística deixou de ser principalmente militar. E a razão pela qual, hoje, é negócio.

Abastecimento de munição durante a Guerra da Coréia (1950-53): logística em ação.

permitem às empresas obter as informações completas de seu fluxo logístico em tempo real. A frota da companhia também é equipada com GPS (Global Positioning System) e os sistemas são monitorados via telefonia móvel, desde a coleta até a entrega final dos componentes. Segundo Vasco Carvalho Oliveira Neto, presidente da AGV Logística, um dos diferenciais da empresa é exatamente a tecnologia de ponta em informática, como o sistema de gerenciamento de armazéns - WMS (Warehouse Management System), sistemas de Radiofreqüência e de Transportes - TMS (Transport Management System). Esses sistemas são integrados ao programa de Enterprise Resource Planning, ou ERP (sistema de gestão empresarial). O ERP integrado gera informações precisas em tempo real para clientes.

Alta tecnologia embarcada: as informações podem ir direto ao sistema de gestão da empresa.

dutos da siderúrgica Gerdau e da Lodec Metall-Handel. O consumo de combustível e de peças de manutenção desses caminhões torna-se elevado, posta a condição de andar e parar... andar e parar novamente. O crescimento desordenado da cidade, em todos os particulares, constata Dias, causou verdadeiro caos nas rotas, com ruas e regiões impossíveis de trafegr, seja por restrições estruturais, pistas que não comportam o fluxo ou por rodízios ou regulamentos impostos por õrgãos governamentais. "Enfim, as limitações que todas as grandes cidades têm", diz Willens, da Bearing Point.


OPINIÃO

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se anunciava temível demais para as suas alminhas frágeis e trêmulas. Também não quero humilhar os derrotados, quero apenas adverti-los novamente, desta vez com a certeza absoluta de que o tempo restante para uma reação eficaz está se esgotando rapidamente, muito rapidamente.

LEÃO ELETRÔNICO QUAIS SÃO AS VANTAGENS DA NOTA FISCAL ELETRÔNICA, A NF-E? POR QUE ELA CHEGOU SEM DISCUSSÃO?

SEGURO E SIMPLES. ÉO DOCUMENTO GLOBAL.

C

om a chegada da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), a realidade tributária no Brasil está se transformando e a nota fiscal de papel está cada vez mais ultrapassada. Só no Estado de São Paulo, são armazenadas, atualmente, 3,6 bilhões de notas fiscais, que devem ficar à disposição do Fisco por até cinco anos. Isso reflete o dinamismo da economia nacional, mas também representa um custo de até 5% do faturamento das empresas. Segundo informação da Secretaria da Receita Federal, o País atingiu a marca de emissão de 1 milhão de notas fiscais por meio eletrônico, com volume financeiro de cerca de R$ 7,93 bilhões. A NF-e é emitida desde meados de 2006. Hoje, 41 empresas em cinco estados – Bahia, Goiás, Maranhão, Rio Grande do Sul e São Paulo -, já utilizam a utilizam em pelo menos uma de suas unidades. Por enquanto nenhuma empresa é obrigada a adotar a NF-e. Mas, a partir de 2008 os setores de produção, distri-

buição e revenda de combustíveis e cigarros, em 20 estados e no Distrito Federal, terão de adotá-la. O Grupo eCommerce NF-e da GS1 Brasil tem ajudado nos estudos para o desenvolvimento de uma nota fiscal eletrônica que atenda, não somente os interesses business to business no Brasil e as especificações do governo, mas que também siga as normas do padrão internacional. Isso ajudaria muito as vendas para o exterior. As transações comerciais e logísticas e ainda a exportação seriam facilitadas com uma NF-e que seguisse um padrão que pudesse ser lido lá fora. A nova NF-e é um documento global. A NF-e tem o intuito de simplificar o dia-a-dia das empresas, através dos benefícios proporcionados pela tecnologia. É um documento de existência apenas digital, emitido e armazenado eletronicamente, com a finalidade de documentar transações comerciais entre empresas. O processo é ágil, pois a em-

OLAVO DE CARVALHO

O PT TIRA A MÁSCARA

O presa emissora de Nota Fiscal E le trôn ic a gera um arquivo eletrônico contendo as informações fiscais da operação comercial, assinado digitalmente. Este arquivo eletrônico, que corresponderá à NF-e, será então transmitido pela internet para a Secretaria da Fazenda de jurisdição do contribuinte que fará uma validação do arquivo e devolverá um

A nota de papel está ultrapassada. Ficam armazenadas 3,6 bilhões de notas em SP

protocolo de recebimento (Autorização de Uso), sem o qual não poderá haver o trânsito da mercadoria. A NF-e impulsiona o B2B, estimulando o relacionamento eletrônico entre clientes e fornecedores. Como conseqüência, há uma significativa redução no tempo de espera dos caminhões nos postos fiscais de fronteiras, pois a Secretaria da Fazenda de destino já terá a informação da operação em tempo real, facilitando o planejamento das empresas, pela recepção antecipada das informações eletrônicas. Com a intenção de disseminar o uso da tecnologia e da certificação digital, a NF-e é um meio que proporciona segurança, garante mais economia, simplicidade, além da eliminação total de riscos, retrabalho de conferência e validação das notas. ANA PAULA VENDRAMINI MANIERO É COORDENADORA DO

GRUPO DE TRABALHO ECOMMERCE NF-E da GS1 Brasil

vídeo preparatório ao 3º Congresso do PT (www.youtube.com/ watch?v=VNPjm0qfByc) é a prova cabal de tudo aquilo que venho dizendo desse partido há mais de uma década: é um partido revolucionário, empenhado em implantar no Brasil um regime comunista. Assistam e tirem suas dúvidas. Entre outras coisas, a propaganda deixa claro que o PT foi o fundador e organizador do Foro de São Paulo e, como tal, o responsável direto pelo advento dos Chávez, Morales e tutti quanti, aos quais até os luminares do Departamento de Estado americano imaginaram que ele pudesse servir de alternativa democrática. Extinguir o capitalismo com a ajuda sonsa dos próprios capitalistas, chegar ao socialismo usando “a democracia como estratégia” (sic), é o mínimo que o novo programa petista promete e, não encontrando resistência praticamente nenhuma, vai realizar sem a menor dificuldade, entre sorrisos de suas vítimas subservientes.

P

ESTAMOS ENGOLINDO MUITOS SAPOS OFICIAIS

A

s prerrogativas das pessoas físicas e jurídicas nos regimes democráticos não se limitam à liberdade política e ao exercício do voto, que configuram a democracia representativa. A plenitude do sistema, contudo, configura-se na chamada democracia participativa, que viabiliza a participação mais ativa e direta da sociedade e dos cidadãos até mesmo na formulação das políticas públicas. A Constituição de 1988 consagra essa possibilidade, ao sacramentar o direito dos brasileiros de apresentarem projetos de lei de origem popular, mediante documento assinado por número mínimo de pessoas. Este recurso, entretanto, é pouco utilizado, reforçando uma tendência cultural arraigada no poder público, de não auscultar a sociedade na tomada de decisões. Parece uma situação cômoda para ambos os lados. O Brasil precisa avançar na prática da democracia participativa, pois, em numerosos casos, de nada adianta protestar e reclamar depois dos estragos provocados por medida inadequada do setor públi-

co. Além disso, a falta de próatividade da sociedade civil, ao longo de décadas e décadas, na apresentação de propostas e participação mais direta acabou dando ao poder estatal uma certa arrogância e muita auto-suficiência. É por isto que, mesmo com democracia consolidada e sólida, o brasileiro continua engolindo muitos “sapos estatais”, empurrados goela abaixo dos cidadãos. Os maiores problemas concentram-se na área tributária, sempre suscetível à voracidade pecuniária de prefeituras, estados e União. Criam-se e se aumentam impostos à revelia da sociedade. Exemplo atual é a ameaça de nova prorrogação da C P M F, e s s a c o n t r i b u i ç ã o “provisória” que já dura 11 anos e transfere mais de 30 bilhões de reais por exercício à União, sem jamais ter sido destinada à saúde, para a qual foi criada. Outro exemplo é a Nota Fiscal Eletrônica, também instituída à revelia dos interessados, ou seja, empresas e consumidores. A Receita Federal lançou o sistema sem a devida transparência quanto às falhas, custos

para a implantação e dificuldades de implementação. Agora, o erro de procedimento adotado pela União repetese no Estado de São Paulo, onde o projeto de lei que cria a Nota Fiscal Eletrônica te m preocupado as empresas, em especial as pequenas e médias, e até mesmo parlamentares. Há reclamações quanto às regras para a devolução de até 30% do ICMS pago pelos consumidores. Estes, em alguns casos, poderão nada receber. Também há o risco de o projeto prejudicar os pequenos estabelecimentos e bene-

A NF-e pode prejudicar as pequenas empresas. E sai caro implantá-la.

ficiar as grandes lojas, pois nestas o consumidor poderá concentrar as compras para ter direito a devolução maior do imposto. Explica-se: o crédito a ser recebido leva em conta o valor gasto pelo consumidor, mas depende de quanto imposto será recolhido pelo estabelecimento. A proposta também não considerou os gastos das empresas na compra de equipamentos para implantar o sistema, investimento oneroso para pequenos e médios estabelecimentos. Mais uma vez o setor produtivo e os próprios cidadãos não foram ouvidos sobre um projeto de lei que poderá ter grande impacto em sua vida. É mais um exemplo de como o setor público ignora a sociedade no debate sobre as questões mais importantes do País. Esta peculiaridade cultural é negativa para o Brasil e se constitui em uma lacuna a ser reparada em nossa democracia. ANTÔNIO LEOPOLDO CURI É PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO

BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE FORMULÁRIOS, DOCUMENTOS E GERENCIAMENTO DE INFORMAÇÕES

or ter dito a verdade óbvia a respeito do processo revolucionário comunista, que agora o próprio PT assume da maneira mais descarada, fui xingado, escarnecido e ridicularizado, sofri mais difamação do que qualquer outro brasileiro vivo, perdi três empregos na mídia e recebi tantas ameaças de morte que passei a me considerar oficialmente falecido e não me preocupei mais com isso. Não, não estou me queixando. O fenômeno me toca menos como incomodidade pessoal do que como sintoma da ignorância presunçosa das nossas elites políticas, empresariais e militares, que com perseverança asinina insistiram em rejeitar as minhas advertências e em cultivar uma imagem lisonjeira do petismo, seja em busca de vantagens imediatas – suicidas a longo prazo –, seja simplesmente de proteção poliânica contra uma realidade que

U

ma reação eficaz subentende conhecimento exato do estado de coisas e da sua longa preparação histórica, assim como disposição para jogar ao lixo todas as ilusões de que o comunismo acabou, de que o Brasil, por especial proteção divina, é imune à tentação revolucionária, ou de que o governo americano está interessado em defender o nosso país contra a onda castrochavista. Os americanos só se interessarão por isso se lutarmos para despertar seu interesse. Por enquanto, o único brasileiro que vem tentando fazer alguma coisa nesse sentido sou eu – sem apoio institucional, sem dinheiro, sem um único ajudante e contando apenas com a força de uma cara-de-pau que a mim mesmo me surpreende. Não tenho acesso direto ao governo, mas tenho falado o quanto posso, em think tanks, instituições universitárias e até na Academia de West Point. Noventa por cento dos que me ouvem me dão razão, mas não posso competir com a ação petista espalhada em Washington e Nova York, protegida até mesmo pelas frações do empresariado brasileiro aí presentes. OLAVO DE CARVALHO É JORNALISTA, ENSAISTA E PROFESSOR DE FILOSOFIA

G A propaganda

deixa claro que o PT foi o fundador e organizador do Foro de São Paulo e, como tal, o responsável direto pelo advento dos Chávez, Morales e tutti quanti.

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


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6 - ECONOMIA/LEGAIS (Continuação)

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Banco Votorantim S.A. C.N.P.J. 59.588.111/0001-03 Av. Roque Petroni Jr. 999 - 16º andar - CEP 04707-910 São Paulo - SP Tel. (11) 5185-1700 Fax (11) 5185-1900

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS Semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 Semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 (Em milhares de reais, exceto o lucro líquido do período por lote de mil ações) (Em milhares de reais) Banco Consolidado Banco 2007 2006 2007 2006 2007 2006 Receitas da intermediação financeira 3.688.989 3.245.114 3.964.489 3.932.590 Origem dos recursos 7.658.639 8.205.960 Operações de crédito 237.362 281.472 1.997.467 1.578.640 Lucro líquido 609.493 351.917 Operações de arrendamento mercantil 14.075 10.404 Ajustes ao lucro líquido (458.667) (108.912) Resultado de operações com títulos e valores mobiliários 3.246.466 2.261.414 2.061.951 1.612.367 Depreciação e amortização 3.095 2.225 Resultado com instrumentos financeiros derivativos 133.171 611.553 (180.994) 640.504 Resultado de participações em controladas (461.762) (111.137) Resultado das aplicações compulsórias 71.990 90.675 71.990 90.675 Ajuste de exercícios anteriores 67 Despesas da intermediação financeira (3.272.941) (2.731.710) (2.701.341) (2.839.747) Participações de acionistas não controladores Operações de captação no mercado (3.067.552) (2.610.711) (2.253.006) (2.535.670) Recursos de acionistas 500.000 Operações de empréstimos, cessões e repasses (188.258) (81.968) (189.106) (82.000) Integralização de capital 500.000 Operações de arrendamento mercantil (10.241) (7.609) Recebimento de juros sobre o capital próprio 78.897 Resultado de operações de câmbio (18.590) (22.633) (18.590) (22.633) Variação nos resultados de exercícios futuros (989) (4.540) Provisão para créditos de liquidação duvidosa 1.459 (16.398) (230.398) (191.835) Constituição de reservas 5.904 727 Resultado bruto da intermediação financeira 416.048 513.404 1.263.148 1.092.843 Reserva de capital 5.904 727 Outras receitas/(despesas) operacionais 261.413 (34.947) (391.894) (530.402) Recursos de terceiros originários de: 7.502.898 7.387.804 Receitas de prestação de serviços 33.807 18.844 306.645 196.903 Aumento dos subgrupos do passivo 4.361.882 6.975.245 Despesas de pessoal (49.951) (55.359) (135.009) (129.060) Depósitos 4.869.927 Outras despesas administrativas (46.120) (31.312) (283.944) (197.307) Captações no mercado aberto 1.625.799 1.875.207 Despesas tributárias (41.640) 5.634 (134.891) (65.940) Recursos de aceites e emissão de títulos 1.820 Resultado de participações em coligadas e controladas 461.762 111.137 Relações interdependências 4.031 29.669 Outras receitas operacionais 21.440 2.715 347.084 9.060 Relações interfinanceiras 9.668 6.535 Outras despesas operacionais (117.885) (86.606) (491.779) (344.058) Obrigações por empréstimos e repasses 1.019.272 Resultado operacional 677.461 478.457 871.254 562.441 Instrumentos financeiros derivativos 208.143 Resultado não operacional 32 (12.352) (4.143) Outras obrigações 1.494.969 192.087 Resultado antes da tributação e participações Diminuição dos subgrupos do ativo 3.134.800 408.289 no lucro 677.461 478.489 858.902 558.298 Aplicações interfinanceiras de liquidez 2.887.341 Imposto de renda e contribuição social (33.173) (103.786) (140.751) (128.362) Títulos e valores mobiliários e instrumentos derivativos Provisão para imposto de renda 14.337 (147.208) (75.268) (209.398) Relações interfinanceiras 246.967 Provisão para contribuição social 3.140 (52.995) (30.217) (76.613) Outros créditos 406.129 Ativo fiscal diferido (50.650) 96.417 (35.266) 157.649 Outros valores e bens 492 2.160 Participações no lucro (34.795) (22.786) (105.756) (74.763) Alienação de bens e investimentos 2.790 60 Lucro líquido antes da participação de Investimentos 2.568 acionistas não controladores 609.493 351.917 612.395 355.173 Imobilizado de uso 222 60 Participação de acionistas não controladores (2.902) (3.256) Dividendos 3.427 4.210 Lucro líquido 609.493 351.917 609.493 351.917 Aplicação dos recursos 7.678.449 8.206.456 Lucro líquido por lote de mil ações - R$ 8,22 5,25 Distribuição de dividendos 50.000 146.600 Juros sobre o capital próprio 174.950 DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Inversões em: 8.742 11.372 Semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 - (Em milhares de reais) Investimentos 1.616 7.086 Reservas de Lucros Imobilizado de uso 4.422 2.928 Capital Reservas Lucros Diferido 2.704 1.358 de Capital Legal Expansão acumulados Total social Aumento dos subgrupos do ativo 7.233.285 7.380.843 Saldos em 31 de dezembro de 2005 2.380.000 13.826 149.927 1.437.855 53.279 4.034.887 Aplicações interfinanceiras de liquidez 6.526.280 Reversão de reserva (379.600) 379.600 Títulos e valores mobiliários e instrumentos derivativos 4.280.879 145.696 Ajuste de exercícios anteriores (379.533) (379.533) Relações interfinanceiras 237.578 Distribuição de dividendos (20.000) (20.000) Operações de crédito 1.505.238 471.289 Aumento de capital 500.000 500.000 Operações de arrendamento mercantil Subvenção para investimentos 727 727 Outros créditos 1.447.168 Lucro líquido 351.917 351.917 Outros valores e bens Destinações do lucro líquido: Diminuição dos subgrupos do passivo 386.422 492.691 Reserva legal 23.675 (23.675) Depósitos 100.500 Juros sobre o capital próprio (174.950) (174.950) Recursos de aceites e emissão de títulos 285.922 Distribuição de dividendos (126.600) (126.600) Obrigações por empréstimos e repasses 412.414 Saldos em 30 de junho de 2006 2.880.000 14.553 173.602 1.038.255 80.038 4.186.448 Instrumentos financeiros derivativos 80.277 Saldos em 31 de dezembro de 2006 3.380.000 15.357 200.459 1.384.887 53.279 5.033.982 Outras obrigações Incentivos fiscais 4.288 4.288 (19.810) (496) Subvenção para investimentos 1.616 1.616 Aumento (redução) das disponibilidades Lucro líquido 609.493 609.493 Modificação na posição financeira Disponibilidades Destinações do lucro líquido: No início do semestre 25.048 7.462 Reserva legal 30.474 (30.474) No fim do semestre 5.238 6.966 Distribuição de dividendos (50.000) (50.000) (19.810) (496) Saldos em 30 de junho de 2007 3.380.000 21.261 230.933 1.384.887 582.298 5.599.379 Aumento (redução) das disponibilidades 1

2

3

Consolidado 2007 2006 12.071.375 8.122.947 609.493 351.917 10.572 7.711 10.572 7.711 (379.533) (83.188) (5.312) 500.000 500.000 (989) (4.540) 5.904 727 5.904 727 11.529.583 7.651.977 5.771.705 4.716.318 1.331.927 1.442.272 1.833.928 1.390.576 4.204 30.037 9.668 6.535 1.027.384 443.828 35.919 2.844.349 87.396 5.757.640 2.935.599 5.510.673 2.008.500 246.967 575.151 351.948 238 60 238 60 12.095.914 8.117.639 50.000 146.600 174.950 26.979 19.527 3.139 1.179 15.221 11.419 8.619 6.929 9.109.518 7.247.664 4.735.850 3.756.707 237.578 3.761.108 2.177.507 10.094 107 1.413.421 168.188 96.622 2.909.417 528.898 1.942.532 966.885 411.935 116.963 (24.539) 5.308 55.239 30.700 (24.539)

26.244 31.552 5.308

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - Semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 - (Em milhares de reais) Contexto operacional operação, levando-se em consideração se sua finalidade é para proteção contra riscos (hedge) ou não. As atividades operacionais do Banco Votorantim S.A. e empresas controladas se referem, principalmente, à sua atuação no merOs instrumentos financeiros derivativos que não atendam aos critérios de hedge contábil estabelecidos pelo BACEN, são cado financeiro, operando como banco múltiplo com as carteiras comercial, de crédito, financiamento e investimento; em bolsa de contabilizados pelo valor de mercado, com as valorizações ou desvalorizações diretamente no resultado do período. valores negociando e distribuindo títulos e valores mobiliários por conta própria ou de terceiros; com carteira de arrendamento Para os instrumentos financeiros derivativos negociados em associação com operações de captação, tanto o instrumento fimercantil e administração de fundos de investimento. nanceiro derivativo como o passivo estão contabilizados pelas condições intrínsecas contratadas, não sendo registrados pelo As operações do Banco Votorantim S.A. são conduzidas no contexto de um conjunto de instituições financeiras que atuam no valor de mercado. mercado financeiro e certas operações têm a co-participação ou a intermediação dessas instituições. Os benefícios dos serviços d. Operações de crédito prestados entre essas instituições e os custos da estrutura operacional e administrativa são absorvidos segundo a praticabilidade Demonstrados pelo custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos calculados com base “pro rata” dia e das variações monee razoabilidade de lhes serem atribuídos, em conjunto ou individualmente. tárias e cambiais, auferidas até a data do balanço. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é constituída por valor Apresentação das demonstrações financeiras suficiente para cobrir eventuais perdas, levando em consideração os riscos específicos e globais da carteira, bem como as As demonstrações financeiras do Banco Votorantim S.A. e as demonstrações financeiras consolidadas do Banco Votorantim S.A. diretrizes do BACEN. e empresas controladas foram elaboradas em consonância com a legislação societária e com as normas do Banco Central do e. Outros ativos Brasil (BACEN). Demonstrados pelo custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos calculados com base “pro rata” dia e das variações moneAtendendo ao disposto na Resolução nº 2.723, do BACEN, as operações de dependência no exterior estão sendo apresentadas tárias e cambiais, auferidas até a data do balanço. São reconhecidos os créditos tributários referentes, principalmente, da de forma consolidada com a matriz e demais agências no País. provisão para créditos de liquidação duvidosa, prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social. As demonstrações financeiras consolidadas incluem o Banco Votorantim S.A. e suas controladas diretas, a seguir relacionadas: f. Estimativas contábeis Percentual de participação A elaboração de demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil requer que a Administra2007 2006 ção use de julgamento na determinação e registro de estimativas contábeis. A liquidação das transações envolvendo essas Controladas diretas no País estimativas poderá resultar em valores diferentes dos estimados, devido a imprecisões inerentes ao processo de sua determiVotorantim Corretora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. 99,98 99,98 nação. A Administração revisa as estimativas e premissas pelo menos mensalmente. Votorantim Asset Management Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. 99,99 99,99 g. Ativo permanente BV Financeira S.A. - Crédito, Financiamento e Investimento 99,99 99,99 i. Investimentos - participações em controladas no País e no exterior, avaliadas pelo método da equivalência patrimonial. BV Leasing - Arrendamento Mercantil S.A. 99,99 99,99 ii. Outros investimentos - representados, substancialmente, por títulos patrimoniais, demonstrados pelo seu valor nominal, Controladas diretas no exterior atualizados com base nas informações disponibilizadas pelas próprias bolsas. Votorantim Bank Limited (vide nota explicativa nº 12a) 4,03 4,03 iii. Imobilizado - demonstrado pelo custo de aquisição. A depreciação é calculada pelo método linear, com base em taxas Banco Votorantim Securities Inc. 100,00 100,00 anuais que contemplam a vida útil-econômica dos bens, composta, basicamente, por móveis e equipamentos de uso, sisDescrição dos principais procedimentos de consolidação tema de comunicação - 10%, e sistemas de processamento de dados - 20%. a. Eliminação dos saldos das contas de ativos e passivos entre as empresas; iv. Diferido - refere-se a benfeitorias em imóveis de terceiros, sendo a sua amortização calculada pelos prazos em que os b. Eliminação das participações no capital, reservas e lucros acumulados das empresas controladas; correspondentes benefícios são gerados. c. Eliminação dos saldos de receitas e despesas, bem como de lucros não realizados, decorrentes de negócios entre as empreh. Outros passivos sas; Demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo, quando aplicável, os encargos apurados com base “pro rata” d. As demonstrações financeiras da empresa controlada BV Leasing - Arrendamento Mercantil S.A. foram reclassificadas, dia e as variações monetárias ou cambiais, incorridos até a data do balanço. A provisão para imposto de renda foi constituída extracontabilmente, no intuito de refletir no consolidado sua posição financeira e seu resultado em conformidade com o métoà alíquota de 15%, acrescida de adicional de 10%, e a provisão para contribuição social constituída à alíquota de 9%, de do financeiro; acordo com a legislação vigente. O imposto de renda e a contribuição social diferidos foram calculados às mesmas alíquotas e. Os saldos contábeis do Votorantim Bank Limited e da Banco Votorantim Securities, Inc., que são preparados de acordo com as do imposto corrente. normas internacionais de contabilidade, foram convertidos para reais, utilizando-se a cotação do dólar norte-americano na 4 Aplicações interfinanceiras de liquidez data do encerramento do período. Para fins de cálculo de equivalência e de consolidação, esses saldos foram ajustados às Banco Consolidado práticas contábeis emanadas pela legislação societária brasileira. Ativo 2007 2006 2007 2006 Descrição das principais práticas contábeis Depósitos interfinanceiros 15.993.471 11.499.114 2.831.694 2.424.806 a. Apuração do resultado Aplicações no mercado aberto 11.059.031 14.949.033 11.059.031 14.949.033 O resultado é apurado pelo regime de competência. Aplicações em moeda estrangeira 27.992 85.319 27.992 85.319 b. Títulos e valores mobiliários Total 27.080.494 26.533.466 13.918.717 17.459.158 Títulos para negociação - títulos adquiridos com o propósito de serem ativa e frequentemente negociados. São ajustados pelo 5 Títulos e valores mobiliários valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; Os critérios de precificação dos títulos e valores mobiliários negociados no mercado brasileiro consideram preços e taxas oficiTítulos disponíveis para venda - títulos que não se enquadrem para negociação nem como mantidos até o vencimento. São almente divulgados pela ANDIMA e BM&F, além de eventuais ajustes nos preços de títulos de baixa liquidez, que consideram ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzidos dos efeitos tributários; ofertas, últimos preços praticados, dispersão possível e outros fatores que possam determinar de forma mais adequada e justa eTítulos mantidos até o vencimento - títulos adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em caro valor de mercado, levando em conta a adoção de critérios julgados adequados à aferição de preço para papéis de baixa teira até o vencimento. São avaliados pelo custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao liquidez. resultado do período. Para os títulos e valores mobiliários negociados no exterior são considerados os preços de fechamento para os títulos da dívida c. Instrumentos financeiros derivativos pública no mercado internacional, divulgados pela Bloomberg e outros serviços de informação, bem como a adoção de critérios Os instrumentos financeiros derivativos são classificados de acordo com a intenção da Administração, na data do início da julgados adequados à correta precificação de títulos de baixa liquidez. Banco

2007

2006 Faixas de vencimentos

Títulos para Negociação Tipo

Valor de custo

Valor de mercado

Lucro/ (prejuízo) não realizado

NTN-A

47.616

53.611

5.995

-

-

-

-

53.611

-

53.611

69.555

NTN-B

2.471.857

2.576.554

104.697

-

-

780.720

1.284.094

511.738

2

2.576.554

1.847.039

NTN-C

336.843

341.961

5.118

-

341.961

-

-

-

-

341.961

595.035

NTN-D

144.479

148.014

3.535

20.448

19.802

107.764

-

-

-

148.014

116.623

NTN-F

1.666.307

1.657.495

(8.812)

-

-

3.927

1.554.510

99.058

-

1.657.495

707.991

NBC-E

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

437

LFT

57.141

57.137

(4)

795

12.628

43.714

-

-

-

57.137

4.356

LTN

4.928.840

4.934.649

5.809

1.624

-

4.933.025

-

-

-

4.934.649

3.587.770

Letra hipotecária

Até 3 meses

De 3 a 12 meses

De 1a3 anos

De 3a5 anos

De 5 a 15 anos

Acima de 15 anos

Total

Valor de mercado

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

7.905

14.806

17.422

2.616

-

-

-

-

17.422

-

17.422

15.082

Debêntures

9.842.830

9.894.944

52.114

-

-

83.059

194.675

804.349

8.812.861

9.894.944

3.019.212

Eurobonds

1.100.654

1.100.654

-

4.884

1.454

363.021

223.766

507.529

-

1.100.654

1.291.199

217.138

222.258

5.120

222.258

-

-

-

-

-

222.258

278.145

CRI

BR Exit

2.545.441

2.581.424

35.983

-

2.527.136

54.288

-

-

-

2.581.424

-

CDB

Títulos emitidos outros países

581.909

581.909

-

-

34.151

56.227

491.531

-

-

581.909

493.118

Notas promissórias

16.763

16.763

-

16.763

-

-

-

-

-

16.763

-

CPR

25.549

25.549

-

4.708

16.715

4.126

-

-

-

25.549

437

TDA

145.275

149.853

4.578

3.980

27.636

74.238

31.059

12.940

-

149.853

20.898

Ações Fundos de investimento Total

387.999

425.369

37.370

425.369

-

-

-

-

-

425.369

384.547

1.759.299

1.759.299

-

1.759.299

-

-

-

-

-

1.759.299

947.722

26.290.746

26.544.865

254.119

2.460.128

2.981.483

6.504.109

3.779.635

2.006.647

8.812.863

26.544.865

13.387.071

Valor de mercado

Lucro/ (prejuízo) não realizado

acima de 15 anos

Total

Valor de custo

Faixas de vencimentos Títulos mantidos até o vencimento Tipo

Valor de custo

Até 3 meses

de 3 a 12 meses

de 1a3 anos

de 3a5 anos

de 5 a 15 anos

Eurobonds (Agência de Nassau)

366.425

353.019

(13.406)

111.342

255.083

-

-

-

-

366.425

518.368

Total

366.425

353.019

(13.406)

111.342

255.083

-

-

-

-

366.425

518.368 (Continua)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

ESPECIAL - 7

RASTREAMENTO Contra ladrões variados Equipamentos de rastreamento ajudam a combater os ladrões de carga e de veículos

A

área metropolitana de São Paulo é a de maior risco para roubo de cargas em todo o País. Saída: os equipamentos de rastreamento ajudam a combater os ladrões. Tem pouco mais de dez anos o conceito de gerenciamento de risco de cargas. Começou depois que os roubos nas estradas tornaram-se freqüentes – chegando a algo entre R$ 800 milhões e R$ 1 bilhão por ano, segundo a Confederação Nacional de Transporte (CNT) – e as companhias de seguro concluíram que era preciso haver algum tipo de prevenção. Como ocorreu com os veículos de passeio, que passaram a incorporar alarmes, os caminhões, até pela natureza e valor da carga, incorporaram o rastreamento em tempo real. Com a adoção do rastreamento nas estradas, o roubo de carga não foi reduzido, mas a escalada pelo menos parou, segundo informa Cileneu Nunes, presidente da rastreadora OmniLink. Era natural, portanto, que os ladrões de cargas acabassem concentrando sua atividade nas áreas urbanas. Aqui, diz Nunes, há uma série de vantagens para os ladrões principalmente o trânsito, que facilita as fugas. Logo, esse espaço – a região metropolitana de São Paulo – tornou-se o de maior risco do País para todo tipo de carga, como diz Pedro Coli, da rastreadora Ituran. O perigo existe em especial porque aqui concentram-se os grandes riscos que, em uma estrada, às vezes podem ocorrer isoladamente. Há cerca de dez anos, os equipamentos de rastreamento, ainda caros e pesados, foram introduzidos na cidade, com a ajuda inclusive da rede

Fotos: Gustavo Lourenção/e-SIM

de telefonia celular, que começava a se disseminar. Desvios sob vigilância - Para os rastreadores, o serviço parecia mais fácil, porque a carga urbana é considerada mais previsível do que a rodoviária. Tem um roteiro definido, com pontos de entrega definidos, diferente do transporte rodoviário, que às vezes comporta desvios de rota dependendo da conveniência e do espaço no caminhão. "Com essa previsibilidade", diz Cileneu Nunes, da OmniLink, "é possível reproduzir no rastreador a regra (o roteiro) passada ao motorista". Assim, qualquer desvio é imediata-

mente reconhecido e apontado pelo equipamento. No início, era bem fácil para todos, porque os ladrões ainda não conheciam o modo de funcionamento. Um rastreador usa antenas – de repetidoras de celulares, de estações de rádio ou em satélites – para seguir um sinal emitido pelo equipamento. O procedimento básico pode ser a triangulação da posição do veículo por meio de antenas como pode ser a leitura direta de um aparelho Global Positioning System (GPS), ou sistema global de posicionamento, dentro do caminhão. A Ituran, por exemplo, tem dezenas de antenas na área metropolitana, que na realidade cobrem áreas ainda maiores (de Campinas ao alto da serra do Mar, na descida para Santos). Em um caso ou outro, o equipamento emite continuamente coordenadas geográficas, latitude e longitude. Essas coordenadas são recebidas em um central e decodificadas por computadores e programas que situam a posição em um mapa da área – no caso, a cidade de São Paulo. O cliente pode verificar o percurso de sua carga simplesmente acessando os sites dos rastreadores. Com um nome e uma senha, tem acesso aos sinais de seus carros devidamente marcados em um mapa da área. Qualquer ocorrência estranha pode e deve ser avisada para comunicação com o motorista ou para chamar a polícia. As empresas de rastreamento desenvolvem continuamente os seus programas. Quando um cliente informa uma eventual deficiência ou necessidade, os laboratórios de informática da empresa rastreadora tentam criar uma regra nova para ser verificada pelo sistema. Qualquer suges-

Pedro Coli, da rastreadora Ituran: na área metropolitana de São Paulo concentram-se os grandes riscos que, em uma estrada, às vezes podem ocorrer isoladamente.

tão acaba beneficiando todos os clientes. Sensores para tudo - Isso, porém, não resolve tudo. Para evitar a ação dos ladrões de cargas, as companhias de rastreamento também desenvolveram sensores que avisam sobre atitudes suspeitas. O primeiro deles é o sensor de abertura de portas, que mostra, na central, se a abertura foi feita em lugar previsto, isto é, em um ponto de entrega. Mas a batalha contra os ladrões sempre se dá com desafios e superações. Quando

apareceu o sensor de abertura de portas e os ladrões passaram a conhecê-lo trataram de entrar pela janela do veículo que também foram equipados com novos sensores. Isso levou os criminosos a atacar os caminhões nos pontos de carga e descarga, onde a porta fica naturalmente aberta. Hoje, a OmniLink monitora - por pedido inicial da indústria farmacêutica - até o tempo em que a porta fica aberta. Em certos casos, sabe-se que o funcionário precisa de 20 segundos para abrir, retirar a carga e fechar

a porta novamente. A briga contra os ladrões continua. É mais ou menos como a disputa que se trava entre empresas de tecnologia da informação que fazem antivírus para computadores e os hackers, criadores de programas malintencionados, compara Cileneu Nunes, da OmniLink. Um hacker encontra uma brecha, da qual se aproveita para invadir sistemas. O rastreador – como um programador de software – trata de cobrir essa brecha e tenta antecipar outras. É uma luta sem fim.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 23 de agosto de 2007 (Continuação)

ECONOMIA/LEGAIS - 7

Banco Votorantim S.A. C.N.P.J. 59.588.111/0001-03 Av. Roque Petroni Jr. 999 - 16º andar - CEP 04707-910 São Paulo - SP Tel. (11) 5185-1700 Fax (11) 5185-1900

Consolidado Títulos para Negociação Tipo NTN-A NTN-B NTN-C NTN-D NTN-F NBC-E LFT LTN Letra hipotecária CRI Debêntures Eurobonds BR Exit Títulos emitidos outros países CDB Notas promissórias CPR TDA Ações Fundos de investimento Total

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - Semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 - (Em milhares de reais) 2007 Faixas de vencimentos Lucro/ (prejuízo) De De De De Valor de Valor de não Até 3 3 a 12 1a3 3a5 5 a 15 custo mercado realizado meses meses anos anos anos 182.330 221.833 39.503 221.834 2.471.857 2.576.554 104.697 780.720 1.284.094 511.738 336.843 341.961 5.118 341.961 145.615 149.149 3.534 20.448 19.802 108.899 1.666.307 1.657.495 (8.812) 3.927 1.554.510 99.058 57.926 57.922 (4) 851 12.628 44.261 182 4.928.840 4.934.649 5.809 1.624 4.933.025 14.806 17.422 2.616 17.422 1.029.968 1.082.083 52.115 83.059 194.675 804.349 1.139.016 1.139.016 4.884 1.454 363.021 262.128 507.529 217.138 222.258 5.120 222.258 2.545.441 2.581.424 35.983 2.527.136 54.288 581.909 581.909 34.151 56.227 491.531 16.763 16.763 16.762 25.549 25.549 4.708 16.715 4.126 145.275 149.853 4.578 3.980 27.636 74.238 31.059 12.940 425.369 425.369 425.369 1.878.169 1.878.169 1.878.169 17.809.121 18.059.378 250.257 2.579.053 2.981.483 6.505.791 3.818.179 2.174.870

2006

Acima de 15 anos 2 2

Total 221.833 2.576.554 341.961 149.149 1.657.495 57.922 4.934.649 17.422 1.082.083 1.139.016 222.258 2.581.424 581.909 16.763 25.549 149.853 425.369 1.878.169 18.059.378

Valor de mercado 287.809 1.847.039 595.035 117.833 707.991 26.110 4.356 3.603.968 7.905 15.082 963.750 1.315.409 278.145 493.118 437 20.898 384.547 948.481 11.617.913

acima de 15 anos -

Total 366.425 366.425

Valor de custo 518.368 518.368

Faixas de vencimentos Títulos mantidos até o vencimento Valor de custo 366.425 366.425

Tipo Eurobonds (Agência de Nassau) Total 6

Valor de mercado 353.019 353.019

Lucro/ (prejuízo) não realizado (13.406) (13.406)

de 3 a 12 meses 255.083 255.083

Até 3 meses 111.342 111.342

de 3a5 anos -

de 5 a 15 anos -

Intrumentos financeiros derivativos Banco 2007 Ativo Diferencial a receber de swap Termo de ações - venda Termo de ações - compra Opções Total

2.298.267 268.963 20.925 85.654 2.673.809

Consolidado 2007 2006

2006

3.143.234 133.973 10.454 68.547 3.356.208

2.117.283 268.963 20.925 85.654 2.492.825

Banco 2007

3.060.610 133.973 10.454 68.547 3.273.584

Passivo Diferencial a pagar de swap Termo de ações - compra Termo de ações - venda Opções Total

890.229 18.376 290.379 2.859.133 4.058.117

2006

776.938 11.242 141.591 3.345.972 4.275.743

Consolidado 2007 2006 1.115.144 18.376 290.379 2.859.133 4.283.032

935.003 11.242 141.591 3.345.972 4.433.808

Os contratos de futuros são ajustados diariamente com base nos ajustes financeiros efetuados pela Bolsa de Mercadorias & Futuros. Em 30 de junho de 2007, os ajustes das respectivas operações estão registrados em Negociação e intermediação de valores. As operações negociadas no mercado de bolsas organizadas têm como contraparte instituições financeiras autorizadas pelo BACEN. As operações efetuadas no mercado de balcão são registradas no Cetip e as contrapartes são empresas não integrantes do Sistema Financeiro Nacional.

As margens depositadas na BM&F totalizam R$ 1.763.637 (2006 - R$ 1.170.091), no Banco Votorantim S.A., e R$ 1.805.415 (2006 - R$ 1.686.819), no Consolidado. Os critérios de precificação de instrumentos financeiros derivativos consideram preços e taxas oficialmente divulgados pela BM&F, bem como cálculos de prêmios de opção e outros riscos de acordo com metodologias convencionais e consagradas.

Banco

2007

Tipo Swap Dólar Euro Iene DI IGPM IPCA TRM LIRA Pré TJLP Total Opções Ações Br exit Dólar DI Flexivel Total Outros instrumentos financeiros derivativos Box opções Total

Tipo Swap DI Dólar Iene Euro IGPM IPCA Pré TRM Lira TJLP Total Opções Ações Br exit Dólar DI Flexivel Total Outros instrumentos financeiros derivativos Box opções Total

Total

Valor original do contrato

2006 Valores/ receber (idos) pagar (os) mercado

379.298 217.835 (85.705) (565.108) (53.680)

200.614 (13.859) 426.052 1.560.933 (378.728) (2.562.916) (178.102) (823.827) 3.204.698 (26.827) 1.408.038

2.964.636 (18.898) (2.413.636) (296.445) (1.360.132) (15.000) 2.244.224 (3.133) -

(2.421.332) (18.178) 4.383.224 (484.041) (1.374.808) (17.578) 2.302.796 (3.787) 2.366.296

-

8.328 1.413 9.741

(13.007) (496) 9.558 1.007 622 (2.316)

(102.496) (75.750) 402.488 224.242

(2.671) (558) (471) (3.700)

(97.582) (97.582)

-

(2.790.031) (2.790.031)

-

(3.273.725) (3.273.725)

Total

Valor original do contrato

2006 Valores/ receber (idos) pagar (os) mercado

244.512 363.112 (85.705) (565.108) (43.189)

3.071.464 (1.723.467) 426.052 (13.859) (378.728) (2.562.916) 3.212.349 (178.102) (823.827) (26.827) 1.002.139

1.544.220 (2.063.595) (18.898) (300.707) (1.360.132) 2.217.245 (15.000) (3.133) -

3.756.990 (1.993.667) (18.178) (488.346) (1.374.808) 2.264.981 (17.578) (3.787) 2.125.607

-

8.328 1.413 9.741

(13.007) (496) 9.558 1.007 622 (2.316)

(102.496) (75.750) 402.488 224.242

(2.671) (558) (471) (3.700)

(97.582) (97.582)

-

(2.790.031) (2.790.031)

-

(3.273.725) (3.273.725) 2006 Valores/ receber (idos) pagar (os) mercado

Valor original do contrato

Valores a receber/ pagar contratual

Valores a receber/ pagar mercado

Lucro/ (prejuízo) não realizado

Faixas de vencimentos Até 3 meses

De 3 a 12 meses

De 1 a 3 anos

De 3 a 5 anos

De 5 a 15 anos

(176.979) (12.560) 429.070 153.978 (274.634) (2.183.358) (154.000) (774.601) 3.018.774 (25.690) -

46.681 (14.617) 427.128 1.598.279 (373.603) (2.444.121) (172.653) (832.954) 3.172.857 (26.834) 1.380.163

200.614 (13.859) 426.052 1.560.933 (378.728) (2.562.916) (178.102) (823.827) 3.204.698 (26.827) 1.408.038

153.933 758 (1.076) (37.346) (5.125) (118.795) (5.449) 9.127 31.841 7 27.875

(374.043) (9.932) 39.885 (411.582) 20.585 (250.039) (22.085) 1.001.996 (374) (5.589)

424.508 (3.927) 386.167 (866.731) (116.753) (9.159) (775.205) 1.466.347 (19.175) 486.072

(281.055) 1.513.623 (118.976) (870.577) (156.017) (48.622) 634.490 (4.159) 668.707

51.906 1.107.788 (77.879) (868.033) 101.865 (3.119) 312.528

(3.283) 64.417 65.012 (906.200) 59.812 (720.242)

31.323 (496) 9.152 576 622 41.177

(13.007) (496) 9.558 1.007 622 (2.316)

(44.330) 406 431 (43.493)

60.834 (8.968) 42 51.908

(73.841) (496) 10.198 (406) (58) (64.603)

638 638

-

(2.790.031) (2.790.031)

(2.790.031) (2.790.031)

-

(748.432) (748.432)

(1.400.097) (1.400.097)

(543.920) (543.920)

Valor original do contrato

Valores a receber/ pagar contratual

Valores a receber/ pagar mercado

Lucro/ (prejuízo) não realizado

Até 3 meses

De 3 a 12 meses

De 1 a 3 anos

De 3 a 5 anos

De 5 a 15 anos

1.828.244 (1.855.608) 429.070 (12.560) (274.634) (2.183.358) 3.023.137 (154.000) (774.601) (25.690) -

3.108.741 (1.871.943) 427.128 (14.617) (373.603) (2.444.121) 3.180.474 (172.653) (832.954) (26.834) 979.618

3.071.464 (1.723.467) 426.052 (13.859) (378.728) (2.562.916) 3.212.349 (178.102) (823.827) (26.827) 1.002.139

(37.277) 148.476 (1.076) 758 (5.125) (118.795) 31.875 (5.449) 9.127 7 22.521

(418.608) (361.449) 39.885 (9.932) 20.585 (250.039) 1.009.646 (22.085) 0 (375) 7.628

(515.570) 21.291 386.167 (3.927) (116.753) (9.159) 1.466.348 0 (775.205) (19.175) 434.017

1.338.061 (149.795) (118.976) (870.577) 634.490 (156.017) (48.622) (4.159) 624.405

2.423.069 (1.596.625) (77.879) (868.033) 101.865 (3.118) (20.721)

(3.283) 64.417 65.012 (906.200) 59.812 (720.242)

31.323 (496) 9.152 576 622 41.177

(13.007) (496) 9.558 1.007 622 (2.316)

(44.330) 406 431 (43.493)

60.834 (8.968) 42 51.908

(73.841) (496) 10.198 (406) (58) (64.603)

638 638

-

(2.790.031) (2.790.031)

(2.790.031) (2.790.031)

-

(748.432) (748.432)

(1.400.097) (1.400.097)

(543.920) (543.920)

Consolidado

2007 Faixas de vencimentos

Futuros Tipo Banco DDI Dólar IND DI Café Euro Treasury Yen Reais BGI Total Consolidado DDI Dólar IND DI Café Euro Treasury Yen Reais BGI Total 7

de 1a3 anos -

2007 Faixas de vencimentos

Valores a receber pagar mercado

Até 3 meses

De 3 a 12 meses

De 1 a 3 anos

De 3 a 5 anos

De 5 a 15 anos

Total

Valor original do contrato

(951.901) (3.667.071) 344.970 (14.680.223) 56 964 2.812 75.643 (4.644) (18.879.394)

(731.733) (1.424.923) 344.970 (4.980.819) 1 964 2.812 52.583 (6.736.145)

1.449.830 (1.326.216) (5.475.974) 1 219 (4.644) (5.356.784)

(31.120) (1.038.755) (3.796.765) 21 837 (4.865.782)

(675.880) 22.767 (495.240) 33 3.332 (1.144.988)

(962.998) 100.056 68.575 18.672 (775.695)

(951.901) (3.667.071) 344.970 (14.680.223) 56 964 2.812 75.643 (4.644) (18.879.394)

2.643.454 (3.218.676) (81.303) (3.381.768) (460) 6.136 389.574 (3.643.043)

(17.183) 21.073 137 (4.304) (8) 366 13.529 13.610

(1.326.029) (3.601.059) 344.970 (29.354.100) 56 964 2.812 75.643 (4.644) (33.861.387)

(714.405) (1.424.923) 344970 (6.813.482) 1 964 2.812 52.583 (8.551.480)

1.490.633 (1.326.216) (9.423.488) 1 219 (4.644) (9.263.495)

(422.383) (972.743) (11.566.213) 21 837 (12.960.481)

(716.876) 22.767 (1.573.261) 33 3332 (2.264.005)

(962.998) 100.056 22.344 18672 (821.926)

(1.326.029) (3.601.059) 344.970 (29.354.100) 56 964 2.812 75.643 (4.644) (33.861.387)

2.646.501 (3.902.190) (81.302) (11.618.814) (460) 6.136 389.574 (12.560.555)

(14.585) 21.073 137 290 (8) 366 13.529 20.802

Operações de crédito, de câmbio e de arrendamento mercantil a. Composição das operações Banco 2007 2006 Empréstimos - Setor público 180.238 157.597 Empréstimos - Setor privado 3.482.805 2.012.088 Financiamentos - Setor privado 3.362.061 2.440.631 Financiamentos - Rurais e agroindustriais 198.180 149.239 Financiamentos - Títulos e valores mobiliários 107.722 112.187 Arrendamento mercantil - Setor público Arrendamento mercantil - Setor privado Avais e fianças honrados 289 Adiantamentos sobre contratos de câmbio e rendas 475.234 268.652 Total 7.806.529 5.140.394 b. Composição da carteira por tipo de cliente e atividade econômica Banco 2007 2006 Indústria 4.194.562 2.355.257 Comércio 629.303 508.476 Rural 198.180 149.239 Outros serviços 1.571.502 1.445.425 Estatal 180.238 157.597 Intermediários financeiros 78.285 13.172 Pessoas físicas 954.459 511.228 Total 7.806.529 5.140.394 c. Composição da carteira por vencimentos Banco Faixas de vencimentos 2007 2006 Parcelas vencidas A partir de 15 dias 4.455 762 Parcelas a vencer Até 3 meses 1.772.547 982.107 3 a 12 meses 2.554.037 1.628.343 1 a 3 anos 2.736.743 1.534.367 3 a 5 anos 735.878 586.396 5 a 15 anos 2.869 408.419 Total 7.806.529 5.140.394

Consolidado 2007 2006 180.238 157.597 5.226.884 2.807.740 14.512.984 10.932.780 198.180 149.239 107.722 112.187 7.868 48.065 33.308 289 475.234 268.652 20.757.464 14.461.503 Consolidado 2007 2006 4.195.514 2.356.090 12.041.332 1.200.235 198.180 149.239 1.609.086 1.463.077 180.238 157.597 82.193 16.862 2.450.921 9.118.403 20.757.464 14.461.503 Consolidado 2007 2006 276.648 3.785.441 7.246.870 8.153.180 1.269.023 26.302 20.757.464

179.759 2.617.282 5.318.186 5.186.143 751.714 408.419 14.461.503

d. Composição da carteira nos correspondentes níveis de risco, conforme estabelecido na Resolução nº 2.682 do BACEN Banco 2007 2006 Créditos Créditos Total das Créditos Créditos Total das Nível de risco a vencer vencidos operações a vencer vencidos operações AA 4.402.776 4.402.776 1.957.462 1.957.462 A

1.213.723

-

1.213.723

1.328.795

-

1.328.795

B

885.432

1.729

887.161

934.967

51.224

986.191

C

1.195.336

992

1.196.328

812.929

1.808

814.737

D

95.969

1.382

97.351

42.118

165

42.283

E

2.020

2.328

4.348

104

882

986

F

55

1.478

1.533

9.715

134

9.849

G

97

-

97

-

42

42

H

-

3.212

3.212

-

49

49

7.795.408

11.121

7.806.529

5.086.090

54.304

5.140.394

Nível de risco AA

Créditos a vencer 5.165.627

2007 Créditos vencidos -

Total das operações 5.165.627

Créditos a vencer 2.489.065

2006 Créditos vencidos -

Total das operações 2.489.065

A

11.791.946

-

11.791.946

8.893.586

-

8.893.586

B

931.403

554.209

1.485.612

971.759

526.644

1.498.403

C

1.208.566

407.147

1.615.713

824.902

307.440

1.132.342

D

108.328

153.246

261.574

45.597

103.428

149.025

E

4.606

89.260

93.866

1.376

62.586

63.962

F

1.214

71.308

72.522

10.401

48.842

59.243

G

876

49.713

50.589

282

37.362

37.644

Total Consolidado

H Total

4.923

215.092

220.015

1.821

136.412

138.233

19.217.489

1.539.975

20.757.464

13.238.789

1.222.714

14.461.503 (Continua)


4

Congresso Planalto STF CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Não entendo por que o STF vai parar uma semana para julgar 40 pessoas denunciadas pelo Ministério Público. João Otávio de Noronha (STJ)

PROCURADOR FALA EM ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

Antonio Cruz/ABr

Ministro do STJ defende fim do foro privilegiado

Eymar Mascaro

Além das vaias

O

PT detectou que os tucanos estão preparando manifestações hostis durante as visitas que Lula fará a Porto Alegre e Curitiba, possivelmente amanhã, para anunciar a liberação de verbas para o início das obras do PAC nas duas regiões. Já era para o presidente ter visitado os dois estados, mas as viagens foram adiadas porque o Planalto previa vaias e manifestações de repúdio. As primeiras vaias a Lula no segundo mandato ocorreram na solenidade de abertura dos Jogos Panamericanos, no Rio. Outras vieram em seguida, em outras cidades. A oposição aproveita a má fase do presidente para premiá-lo com atos de protestos.

O

ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha, defendeu ontem o fim do foro privilegiado para autoridades do poder público: "Não entendo por que o Supremo Tribunal Federal (STF) vai parar uma semana para julgar 40 pessoas denunciadas pelo Ministério Público. É preciso acabar com essa cultura lusitana e antidemocrática". O discurso foi feito na abertura do seminário "Obstáculos e Soluções para o Desenvolvimento da InfraEstrutura", referindo-se à sessão de no mínimo três dias em que o STF decidirá se os acusados de envolvimento no mensalão serão ou não submetidos a julgamento. Bill Clinton – Para o ministro do STJ, essas quarenta pessoas poderiam estar se defendendo na primeira instância do Judiciário. Ele lembrou que o ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, quando acusado de assédio sexual, foi julgado por um juiz de primeiro grau. O presidente da República, ministros de tribunais superiores e parlamentares, lembrou Noronha, são cidadãos em cargos de agentes públicos e, por isso, não deveriam ter uma legislação privilegiada. "Não sei nem se é um privilégio, mas acho que temos de acabar com esse fórum de exceção", disse. Noronha comentou a reclamação dos empresários sobre a instabilidade jurídica. Ele argumentou que esse problema não é uma conseqüência apenas das ações do Judiciário, mas está na atuação dos Três Poderes, e é necessário haver uma previsibilidade em relação às alterações que são feitas nas leis. Segundo o ministro, 80% dos processos no Judiciário envolvem os poderes públicos. (AE)

REFLEXO

Antonio Fernando de Souza, procurador-geral , não mede palavras para responsabilizar Dirceu e os demais

SOUZA NÃO POUPA ACUSADOS 'Sem governo, mensalão não existiria', diz procurador-geral da República

O

p ro c u r a do r- g er a l da República, Antonio Fernando de Souza, afirmou ontem que o "mensalão não existiria se não tivesse integrantes do governo" e lembrou a importância do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu para o Partido dos Trabalhadores (PT). "É fato público que Dirceu sempre teve e ainda tem grande importância nas decisões do PT". Souza disse diversas vezes que todos os acusados de integrar o mensalão participavam de uma organização criminosa. O procurador pediu ao Ministério Público Federal que aceite a denúncia para que se possa "comprovar as imputações e a culpabilidade dos denunciados". Segundo ele, todos os acusados tiveram pleno conhecimento dos fatos a que foram imputados e ninguém foi denunciado por ser "sócio de Marcos Valério" – tido como operador do esquema.

Associação

O esquema do mensalão – pagamento de uma suposta mesada a parlamentares para votarem a favor de projetos do governo – foi denunciado por Roberto Jefferson, então deputado pelo PTB e presidente da legenda, que acabou sendo cassado por conta de seu envolvimento. Denúncia – Segundo ele, os pagamentos mensais chegavam a R$ 30 mil e o esquema de repasse do dinheiro era feito através de movimentações financeiras do empresário Marcos Valério. Dos acusados de envolvimento no esquema, foram cassados José Dirceu, Roberto Jefferson (PTB-RJ), que denunciou o mensalão, e Pedro Corrêa (PP-PE). Quatro parlamentares renunciaram para fugir do processo e 11 foram absolvidos. Souza deixou claro que todos os envolvidos nas denúncias do esquema terão amplo direito de defesa. "Assinalo que ninguém foi denunciado

Comercial

DE SÃO PAULO

Reunião Plenária (informações, debates e busca de soluções)

Palestrante

Gilberto Luiz do Amaral Presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário - IBPT

Tema: “Mitos e verdades sobre a CPMF”

Dia: 27 de agosto de 2007, segunda-feira Horário: às 17 horas Local: Rua Boa Vista, 51, 9º andar

por ser sócio do Marcos Valério. Os sócios dele foram denunciados porque praticaram conduta que cabe crime. O critério para a denúncia é ter cometido crime. Valério e seus comparsas realizaram empréstimos fictícios", disse. O procurador acusou José Dirceu de atuar diretamente num dos negócios irregulares da "quadrilha" do mensalão: a transação de venda da Telemig pela Portugal Telecom. Souza citou um depoimento do algoz de Dirceu, Roberto Jefferson, em que o presidente do PTB relata ter ouvido do ex-ministro que um grupo da Telecom e do Banco Espírito Santo, de Portugal, adiantariam oito milhões de euros, que seriam divididos entre o PT e o PMDB. Souza afirmou que Valério tinha "livre acesso" a José Dirceu. O procurador citou um jantar entre os dois, em agosto de 2004, em Belo Horizonte. O STF iniciou ontem pela manhã o julgamento do pedido de abertura do processo contra os 40 acusados no escândalo do mensalão. Após o discurso de Souza, a sessão foi suspensa. Após o intervalo para almoço, os advogados fizeram as sustentações orais dos citados no escândalo do mensalão. A série de sessões só termina na sexta-feira ou na segunda-feira, em um total de até quatro sessões. Anteriormente, o relator e ministro Joaquim Barbosa leu trechos da defesa dos indiciados. Nessa parte, o ministro lembrou que José Dirceu afirmou que não participou do chamado "núcleo central" do esquema e nunca se envolveu na questão de finanças do PT. Já Roberto Jefferson argumentou que não existem elementos jurídicos para que seja acusado de corrupção. Julgamento – Nesta semana, 37 pessoas (35 dos 40 citados pelo procurador-geral) foram denunciadas pelo Ministério Público Federal também na esfera cível – essa acusação não está em julgamento pelo Supremo – com base no artigo 9º da Lei de Improbidade. As penas vão de ressarcimento aos cofres públicos a multa, dependendo do caso. A decisão do STF terá peso decisivo no futuro político dos ex-ministros José Dirceu (Casa Civil), Luiz Gushiken (Secretaria de Comunicação) e Anderson Adauto (Transportes), além dos deputados petistas José Genoino (SP) e João Paulo Cunha (SP). Estão também na mira os ex-dirigentes do PT Delúbio Soares (ex-tesoureiro) e Sílvio Pereira (ex-secretáriogeral do partido). (AE)

O receio do PT é que as manifestações contra Lula tenham reflexo nas campanhas eleitorais de 2008 e 2010. O partido admite que seu principal adversário, o PSDB, aproveita a ocasião para tentar desgastar o presidente, mas, até agora, Lula mantém o mesmo índice de popularidade nas pesquisas.

ELEIÇÃO O PSDB tem dois fortes pré-candidatos a presidente em 2010, os governadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG). Ambos lutam para "amarrar" a legenda tucana. Para os analistas políticos, a eleição de 2010 será disputada novamente entre petistas e tucanos. Não existem sinais concretos de que outros adversários surgirão.

ENSAIO Enquanto o PSDB dispõe de dois bons candidatos, o PT tenta escolher alguém no partido em condições de disputar a eleição. O nome de maior evidência entre petistas é o do governador da Bahia, Jacques Wagner, que poderia atrair os votos nordestinos que deram a vitória a Lula.

MANÁ A escolha de um candidato nordestino está no caderno do PT, porque a região tem correspondido às campanhas do partido. O Nordeste contabiliza hoje 33 milhões de eleitores e na última eleição votou em peso em Lula. Por isso, o partido pensa em lançar um candidato da região.

ele, e não Serra, teria mais condições de atrair votos nordestinos e reerguer o partido na região.

MIGRAÇÃO Aécio Neves tem uma outra opção se quiser disputar a presidência: é aceitar o convite do PMDB e por este partido tentar o Planalto. O convite ao mineiro foi feito mais de uma vez pelo presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP).

CHAPA O PMDB até já idealizou a chapa ideal para concorrer em 2010, desde que Aécio aceite migrar para o partido. O mineiro teria como candidato a vice-presidente o deputado Ciro Gomes (PSB). Lula pode apoiar Aécio no PMDB, caso o PT não tenha chance de ganhar a eleição.

COLIGAÇÃO O PSDB está convencido de que fará nova coligação com o DEM em 2010, embora exista um grupo de democratas defendendo o lançamento de candidatura própria. PSDB e DEM fariam nova coligação em 2010, desde que os tucanos apoiassem a reeleição de Gilberto Kassab em 2008.

DEFESA O governador José Serra defende o apoio dos tucanos a Kassab. Serra não deseja que o partido lance candidato próprio, o exgovernador Geraldo Alckmin. O governador não quer correr o risco de ficar sem o apoio dos democratas em 2010.

RESERVAS Jacques Wagner não é o único petista que pode ser lançado em 2010. O partido examina ainda outros nomes, como os dos ministros Tarso Genro (Justiça), Dilma Rousseff (Casa Civil) e Marta Suplicy (Turismo). Todos eles, no entanto, perderiam para o candidato tucano se a eleição fosse hoje.

BRIGA Entre os dois tucanos que tentam a legenda, José Serra leva vantagem sobre Aécio Neves nas pesquisas. Se a escolha do candidato levar em conta a situação de ambos nos levantamentos, o paulista superará o mineiro. Serra está convicto de que o candidato tucano será ele.

OPÇÃO Aécio Neves, no entanto, admite que vai crescer depois de uma campanha de suas realizações no governo de Minas no rádio e televisão. Aécio acha que

FUÇA-FUÇA Mas, Alckmin continua entusiasmado para disputar a Prefeitura, embora diga que só vai decidir seu futuro no ano que vem. Alckmin tem-se encontrado com lideranças de outros partidos de esquerda, como PDT e PCdoB e pretende dar seqüência a seus encontros conversando também com o PSB.

RECADO Lula constatou o perigo que o PT corre se deixar os partidos de esquerda que apóiam seu governo soltos, ou, se fecharem com Alckmin. O presidente mandou emissários conversarem com trabalhistas, socialistas e comunistas, sobretudo de olho na eleição de prefeito em São Paulo.


quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Empreendedores Tr i b u t o s Energia Empresas

DIÁRIO DO COMÉRCIO

15 O valor pago (pela Suzano) foi justo, adequado e dentro do estimado para a empresa. Sérgio Gabrielli, presidente Petrobras

UNIÃO NÃO QUER SABER DE RISCOS

Lalo de Almeida/Folha IMagem 17/5/2001

GOVERNO QUER REVER CONCEITO DE RISCO DE DÉFICIT DA ENERGIA A proposta é que o Operador Nacional do Sistema mude a metodologia de gerenciamento do nível de água nos reservatórios, elevando para 40% o mínimo mantido durante a seca. E que o País possa depender menos da geração térmica.

O

Joio e trigo: governo federal argumenta que há confusão entre o conceito de risco de déficit e racionamento

governo quer rever o conceito de "risco de déficit" na oferta de energia elétrica. Na avaliação de um técnico oficial há uma confusão entre o conceito de "risco de déficit" e "racionamento de energia", o que acaba trazendo distorções aos debates sobre o setor. "Você pode ter risco de déficit sem que isso leve a um racionamento de energia. São questões diferentes", argumenta o técnico. Além disso, o Brasil consolidou investimentos que deram mais flexibilidade na administração da oferta, especialmente a geração térmica a partir do gás natural, e a forte expansão das linhas de transmissão. Atualmente o País possui uma potência de 20.000 MW de usinas térmicas e o sist em a i nt er l ig ad o p e rm i te aproveitar as águas dos reservatórios por meio de transferência entre os submercados (Sudeste, Sul, Norte e Nordeste). Com isso, fica mais fácil evitar racionamentos, como o ocorrido em 2001/02. O País está dependendo cada vez mais das usinas térmicas movidas a gás natural. Sem essas estações, o Brasil corre risco de ter déficit acima dos

níveis tolerados, já a partir de 2008, especialmente na região Sudeste, conforme estudo elaborado pela titular da Secretaria de Saneamento e Energia de São Paulo, Dilma Seli Pena. No estudo, Dilma calcula que sem as térmicas da Petrobras o

Você pode ter risco de déficit sem que isso leve a um racionamento de energia. São questões diferentes. De um técnico do setor de energia

risco de faltar energia subirá do patamar de 3% de possibilidade na região Sudeste para 11% em 2008, mais do que o dobro dos 5% admitidos pelo governo. Para 2009, o risco subiria para 20%, para 24% em 2010 e 34% em 2011. O primeiro passo para a mudança "conceitual", na definição da fonte, será numa próxima reunião do Conselho Nacional de Política Energética

ALUGO ARMAZÉM - 1.000 m² Pé Direito de 7m, Mezanino e Estacionamento Rua Saldanha Marinho, 123 - Belenzinho ARMAZÉM - 850 m² Pé Direito de 7 m, Estacionamento e Escritório Rua Paulo Andreghetti, 1.476 (Entre Ponte Vila Guilherme e Vila Maria) a 50 metros da Marginal do Tietê FONE: (11) 3052-1677 (HORÁRIO COMERCIAL)

(CNPE), que deverá determinar ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) que mantenha mais água nos reservatórios no período de seca, mesmo que isso implique em 'vertimento' (não aproveitamento da água para a geração de energia elétrica) no período de chuvas. Atualmente, o limite mínimo, previsto na sistemática de curva de aversão ao risco, é de cerca de 11% da capacidade dos reservatórios no final de novembro. A intenção é elevar esse patamar para próximo a 40%. Para este ano de 2007, a previsão é de 55% de água nos reservatórios em novembro, conforme projeções do ONS, já que há muita água no sistema atualmente. Na avaliação do técnico, a mudança será positiva. "O que é mais importante? Ter a garantia na oferta de energia ao longo do ano e verter água em alguns momentos ou aproveitar toda a água, mas correr o risco de faltar energia? Acho que esse debate deve ser recolocado", defende. (AE)

Pólo petroquímico motivou compra da Suzano, diz Gabrielli

E

m audiência na Câmara dos Deputados, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, revelou que a principal razão para a estatal comprar a Suzano Petroquímica foi um impasse entre a direção da Suzano e da Unipar para consolidação do Pólo Petroquímico do Sudeste, que previa uma sociedade tripartite. De acordo com ele, a Suzano queria manter seu poder de veto na sociedade, o que levou a Petrobras a comprar a empresa para não prejudicar o projeto. "O que sabíamos é que não havia acordo entre Suzano e Unipar. Um dos entraves era que no modelo tripartite a Suzano queria liderar e, com isso, para quebrar o

impasse, chegamos a dar o passo seguinte", disse Gabrielli, explicando que houve então a decisão de comprar a empresa. O vice-presidente da Suzano, Fábio Spine, confirmou a afirmação de Gabrielli. "Não houve entendimento entre Suzano e Unipar. A Suzano só queria participar do pólo se fosse a controladora. O modelo tripartite não interessava à Suzano", afirmou. O presidente da Petroquisa, José Lima Neto, deixou claro na audiência que a aquisição da Suzano era só um passo da consolidação do pólo petroquímico. "Não era uma operação com um fim em si mesmo, mas um passo. A etapa seguinte era o entendimento com a Unipar,

que está em curso", afirmou. Segundo Gabrielli, a Petrobras pagou R$ 2,7 bilhões pela Suzano, valor considerado por ele como "justo e adequado" e dentro do estimado para a empresa, que girava entre R$ 2,4 bilhões e R$ 2,999 bilhões. O presidente da Petrobras não quis comentar a notícia de que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não teriam sido informados a respeito negócio antes de sua consumação. "O conselho da empresa aprovou a operação. É evidente que o presidente Lula conhece as linhas gerais do negócio", disse Gabrielli. (AG)


quinta-feira, 23 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Indicadores Econômicos

22/8/2007

COMÉRCIO

23

0,86

por cento foi a alta média dos fundos de renda fixa em julho, de acordo com a Anbid.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

8 - ESPECIAL

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

´ TEM SAIDA?

N

Não há solução mágica, mas todos têm idéias para melhorar as entregas. ão há uma solução mágica. Todos autoridades, transportadores, estabelecimentos comerciais – têm com que contribuir para melhorar o transporte urbano de cargas. Se quem compra determina quando e onde a mercadoria deve ser entregue, e se quem é contratado para entregar move mundos e fundos para cumprir a entrega, talvez a providência ideal para disciplinar o transporte urbano de carga fosse a uma reformulação da cidade. A cidade, porém, sofre agora, já. Empresários e autoridades que enfrentam o problema sabem que a solução não é uma só, é múltipla. Uma dos principais soluções está na infra-estrutura. A Prefeitura garante que está fazendo sua parte, recapeando e asfaltando ruas e avenidas, facilitando a circulação. Até o meio do ano, a cidade ganhou mais de 572 quilômetros de ruas recapeadas. O programa de renovação das vias começou em outubro de 2005, segundo a o secretário de Coordenação das Subprefeituras e subprefeito da Sé, Andrea Matarazzo. A manutenção precisa ser permanente, para evitar a formação de buracos que surgiriam sem a renovação asfáltica. A economia gerada é da ordem de R$ 4,6 milhões, que seriam necessários para tapar 130 mil novos buracos que surgem a cada ano. Para definir a priorização das vias que serão recapeadas, a secretaria considera, principalmente, as solicitações da população junto às subprefeituras e as indicações técnicas da Secretaria Municipal de Transportes e suas empresas operacionais (CET e SPTrans), além de um estudo do Laboratório de Mecânica de Pavimentos da Escola Politécnica da USP. Mas isso não é tudo. Roberto Salvador Scaringella lembra, em um artigo, que se desenvolveu na nossa cultura urbana a crença de que o problema de trânsito se resolve com obras viárias de capital intensivo. Nas cidades do mundo desenvolvido, defende-se o primado da operação eficiente em relação à nova obra. É evidente, diz Scaringella, que qualquer nova obra viária em São Paulo não será ociosa, isto é, desde que tenha o adequado projeto de engenharia antes do início. "O que nem sempre tem ocorrido", observa ele. Menos burocracia - O poder público poderia cooperar, também, diz Adalberto Panzan Jr., da Associação Brasileira de Logística (As-

Marcelo Min/AFG-14/07/2006

Áreas adequadas de carga e descarga: fora das ruas, os caminhões e os entregadores não atrapalham o trânsito. E a entrega ganha agilidade. Divulgação

log), com menos burocracia. Para poder transportar suas cargas pela cidade, muitas das transportadoras e empresas chegam a ter de manter atualizadas até 52 certidões - a cada mês. Os empresários reclamam, genericamente, que as leis são feitas mais para apenar as empresas do que para conseguir resultados que favoreçam o trânsito. Mais estrutura - E não é só o poder público que pode cooperar. De acordo com Adalberto Panzan Jr., da Aslog: até 52 certidões mensais. Panzan Jr., há shopping centers na cidade com áreas de descarga onde mal cabem os caminhões que fa- mentos. zem as entregas. Isso determina operações de Panzan Jr., da Aslog, diz que é preciso veridescarga em que se utiliza parte da rua. Em lo- ficar a vocação de cada área da cidade. Se o Jacais movimentados, como o centro da cidade e guaré, por exemplo, é uma área industrial, ele bairros antigos como Higienópolis, o resultado diz que deveria ser dado incentivo para as emé uma pequena catástrofe para o trânsito. presas de outros pontos da cidade se mudaAssim, uma boa providência seria determi- rem para lá. Ali seriam supridas as necessidanar que prédios, comerciais ou residenciais, ti- des em cada setor, o que acabaria facilitando o vessem espaços adequados para descarga de trânsito. Todos concordam em que não dá pamercadorias. Com isso, seria possível deixar as ra concentrar supermercados, por exemplo. vias para o fim ao qual são em princípio desti- Mas é possível melhorar as condições como finadas: circulação. Qualquer interferência nas zeram várias empresas de varejo, que colocaruas e avenidas sempre resulta em redução de ram seus centros de distribuição na periferia e velocidade, eventualmente em congestiona- nas entradas da cidade.

O Rodoanel pode ser um coadjuvante da solução na medida em que serve para a retirada de boa parte do transporte de cargas da área urbana. Com o anel, é possível sair de um ponto da cidade e chegar até outro sem passar pelo centro, o que reduz os congestionamentos, tumultos e acidentes. Imagine-se um caminhão que saia, hoje, da zona Oeste para fazer uma entrega na zona Sul. Sem o Rodoanel, o caminho passaria no mínimo pela Marginal do Pinheiros. Entrega noturna - A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) defende a alteração da rotina do abastecimento da Cidade pela entrega noturna de mercadorias. Se há acréscimos nos custos, principalmente trabalhistas, a CET rebate com um aumento de produtividade de até 50% por veículo, o que cobriria com folga os custos e até permitiria uma redução no preço final do frete. De fato, à noite, não há congestionamentos, o que aumenta a velocidade e proporciona menos estresse aos motoristas. A temperatura é mais amena – segundo diz a CET, isso reduz as faltas de pessoal. Há maior liberdade de circulação e estacionamento. E o cliente passa a ter tempo adequado para conferência correta da mercadoria. Mas, dizem críticos como Panzan Jr., da Aslog, nem sempre a entrega noturna é possível. É difícil fazer entregas à noite de encomendas via internet para clientes residenciais. Praticamente, não se pode fazê-las em bares e mercadinhos de bairro que também teriam seus custos aumentados. Sem falar no problema da segurança, que fica mais difícil de contornar à noite. Melhor transporte coletivo - Todos são unânimes em apontar o transporte público como um dos fatores que facilitariam a entrega de cargas na cidade. Seriam dois os efeitos benéficos com melhor transporte coletivo: haveria menos ônibus nas ruas e também menos automóveis particulares, cujos motoristas passariam a utilizar um sistema público mais confortável, mais rápido e mais confiável. E a cidade em princípio não precisa de mais ônibus - já utiliza 15 mil que circulam e entopem a cidade diariamente. Precisa de racionalização enquanto não se constrói mais linhas de metrô, uma solução de longo prazo. Com linhas racionalizadas, é possível que os ônibus tivessem maior freqüência com menos unidades e melhor serviço. E mais fluidez para o trânsito

Divulgação

Caminho livre para a carga A

outra para quem segue de São té novembro, devem Paulo pela Dutra ou pela estar prontas as cinco Marginal Tietê; outra alça fará novas alças de acesso à Rodovia Fernão Dias, que vão a ligação da Rodovia Fernão Dias para quem vem de Belo desafogar o trânsito de Horizonte, desembocando caminhões da região da Vila diretamente no Terminal de Maria, na Zona Norte de São Cargas; e a última alça a ser Paulo. Em abril, a Prefeitura construída é para quem sai de assinou parceria com o São Paulo e dará acesso a município de Guarulhos e Guarulhos e ao terminal, sem com o governo federal para passar por dentro da Cidade. tocar as obras, orçadas em R$ Ao todo, as cinco novas 10,2 milhões. As cinco alças alças terão de acesso vão 3.440 metros facilitar a Uma saída de ligação do Terminal de direta do Terminal comprimento. Cada alça terá Cargas de Vila de Cargas de 10,5 metros de Maria a Belo largura e Horizonte Vila Maria com iluminação (Rodovia acesso a todas as com Fernão Dias), lâmpadas de Rio de Janeiro estradas vapor de (Via Dutra) e sódio. Marginal Também está prevista Tietê (que faz a ligação com outras rodovias). Atualmente intervenção paisagística, com o plantio de 2 mil mudas de existe apenas uma saída árvores em 60 mil m² de área direta do Terminal para a verde. Marginal Tietê, com 340 Com a conclusão das alças metros, construída pela de acesso, a Prefeitura de São Prefeitura em 2004. Paulo espera retirar cerca de 6 Com as novas obras, será executada alça para o fluxo da mil caminhões que circulam diariamente pela região da Rodovia Fernão Dias em Vila Maria. Com isso, mais direção à Via Dutra; duas empresas de transporte alças em direção à Fernão devem ser estimuladas a se Dias, uma para quem vem de Guarulhos, sentido São Paulo mudar para aquela área. O poder municipal espera pela avenida Aricanduva, e

grandes ganhos para todos: os moradores vão se ver livres do excesso de trânsito, da poluição do ar e do barulho dos caminhões. Já os caminhoneiros vão ganhar tempo, pois não terão mais de enfrentar congestionamentos para descarregar e carregar mercadorias. De acordo com estudos do Sindicato das Empresas Transportadoras de Carga do Estado de São Paulo (SETECESP), cerca de 60% das empresas de transporte de carga estão instaladas na Zona Norte. Atualmente, o acesso dos caminhões ao Terminal de Cargas é realizado pelas avenidas Guilherme Cotching, Cerejeiras, Conceição e Manuel Antonio Gonçalves. Calcula-se que 312 mil moradores em São Paulo e mais 60 mil em Guarulhos sejam beneficiados com a conclusão das alças de acesso. "Esta nova logística vai dar agilidade e gerar economia no transporte de cargas", observou o prefeito Gilberto Kassab no dia do lançamento da obra. Para o presidente da Setcesp, Francisco Pelucio, as obras trazem alívio para o setor. Ele comentou que os motoristas enfrentam

transtornos para a locomoção na região, pois precisam circular em ruas residenciais para ter acesso à Fernão Dias. A construção das alças vai otimizar o tempo do transportador, criando uma conexão direta entre a rodovia e o terminal. As novas ligações vão evitar congestionamentos nos bairros de Jardim Brasil, Jardim Guançã, Vila Sabrina, Parque Novo Mundo, Parque Edu Chaves e Jardim Japão, todos utiliza dos atualmente como rotas alternativas. Fernando Conti/SECOM

Acessos à rodovia Fernão Dias: como é hoje (foto acima) e como vai ficar (na maquete, abaixo). Os caminhões do Terminal Vila Maria terão saída para todas as estradas.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

8 - ECONOMIA/LEGAIS (Continuação)

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Banco Votorantim S.A. C.N.P.J. 59.588.111/0001-03 Av. Roque Petroni Jr. 999 - 16º andar - CEP 04707-910 São Paulo - SP Tel. (11) 5185-1700 Fax (11) 5185-1900

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - Semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 - (Em milhares de reais) liquidos de R$ 47.865 (2006 - R$ 8) e estão apresentadas em receitas de operações de crédito no Consolidado. Constituição da provisão para créditos de liquidação duvidosa por nível de risco 8 Outros créditos - Câmbio Banco Consolidado Banco Consolidado Nível de risco Provisão % 2007 2006 2007 2006 2007 2006 2007 2006 A 0,5 6.069 6.644 67.069 53.582 Câmbio comprado a liquidar 1.374.001 794.438 1.374.001 794.438 B 1,0 8.872 9.862 14.856 14.984 Adiantamentos em moeda estrangeira recebidos (8.160) (8.160) C 3,0 35.890 24.442 48.471 33.970 Direitos sobre vendas de câmbio 989.528 94.420 989.528 94.420 D 10,0 9.735 4.228 26.157 14.903 Adiantamentos em moeda nacional recebidos (14.800) (3.262) (14.800) (3.262) E 30,0 1.304 296 28.160 19.189 Rendas a receber de adiantamentos concedidos 6.817 4.855 6.817 4.855 F 50,0 766 4.925 36.261 29.622 Total 2.355.546 882.291 2.355.546 882.291 G 70,0 68 29 35.412 26.350 H 100,0 3.212 49 220.015 138.233 9 Outros créditos - Negociação e intermediação de valores Banco Consolidado Total 65.916 50.475 476.401 330.833 2007 2006 2007 2006 Os créditos recuperados durante o semestre, que foram contabilizados como recuperação de créditos baixados como prejuíBolsa de valores - Margem 47.242 42.902 47.698 42.902 zo, montam R$ 45.996 (2006 – R$ 11.629), no Consolidado. No mesmo período apresentou saldo de R$ 469.382 (2006 – R$ Caixa de registro e liquidação 7.360 7.360 258.107) em operações renegociadas no Banco Votorantim S.A., e R$ 537.056 (2006 – R$ 334.908) no Consolidado. Devedores conta liquidação pendentes 74.699 23.994 102.268 40.169 No Consolidado, a provisão para créditos de liquidação duvidosa inclui complemento para cobertura dos diferenciais não liquiOutros 60 49 60 49 dados dos contratos de arrendamento mercantil indexados ao dólar, que se encontram em discussão judicial, no montante de Total 122.001 74.305 150.026 90.480 R$ 8.149 (2006 - R$ 9.168), os quais estão apresentados substancialmente no nível de risco “A”. 10 Outros créditos - Diversos f. Movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa Banco Consolidado Banco Consolidado 2007 2006 2007 2006 2007 2006 2007 2006 Crédito tributário de impostos e contribuições 93.102 281.862 369.111 434.686 Saldo inicial 67.696 34.197 430.867 218.195 Devedores por depósitos em garantia 4.490 3.959 8.917 7.529 Constituições/(reversões) (1.459) 16.398 230.398 191.835 Impostos e contribuições a compensar 39.620 22.785 101.942 73.408 Baixas para prejuízo (78) (1) (184.621) (79.078) Opções por incentivos fiscais 13.271 8.983 28.224 13.423 Variação cambial (243) (119) (243) (119) Títulos e créditos a receber 162.822 5.147 Saldo final 65.916 50.475 476.401 330.833 Valores a receber por venda de títulos no exterior 164.729 233.418 170.794 233.418 g. Avaliação a valor de mercado Outros 2.707 2.049 9.442 12.654 Foi procedida a avaliação a valor de mercado da carteira de financiamentos da controlada BV Financeira S.A., conforme deterTotal 317.919 553.056 851.252 780.265 mina a Resolução nº3.082/02 do BACEN. A referida avaliação considera o respectivo “hedge” no mercado futuro de DI junto à BM&F, refletindo os efeitos da variação da taxa de juros na carteira de financiamentos, de acordo com o fluxo de vencimento 11 Outros valores e bens – Despesas antecipadas Banco Consolidado das parcelas em contrapartida aos ajustes ocorridos no referido mercado de derivativos, mensurado mensalmente. Em 30 de 2007 2006 2007 2006 junho de 2007, a avaliação desses ativos gerou ajuste positivo não realizado, no montante de R$ 162.822 (2006 - R$5.147) e Comissões por intermediação de operações 86 593.642 384.798 está apresentado em outros créditos – diversos, no Consolidado. Seguro prestamista 29.531 15.319 h. Cessão de créditos Colocação de debêntures 4.829 2.555 No primeiro semestre de 2007 foram efetuadas cessões de parcelas da carteira de financiamentos da controlada BV FinanceiOutras 1.564 2.154 13.107 4.488 ra S.A. para o BV Financeira Fundo de Investimento em Direitos Creditórios I e para o BV Financeira Fundo de Investimento Total 1.564 2.240 641.109 407.160 em Direitos Creditórios II no montante de R$ 816.389 (2006 - R$ 3.386). As referidas operações de cessões geraram ganhos e

12 Investimentos a. Participação em controladas no País e no exterior 2007

BV Financeira S.A. - Crédito, Financiamento e Investimento Votorantim Corretora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. Votorantim Bank Limited Votorantim Asset Management Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. BV Leasing - Arrendamento Mercantil S.A. Banco Votorantim Securities, Inc.

Quantidade de quotas/ações possuídas 126.353 20.177 242.186 8.999.800 510.398 3.000.000

Participação no capital social - % 99,99 99,98 4,03 99,99 99,99 100,00

Total Votorantim Bank Limited - O resultado de equivalência patrimonial refere-se, substancialmente, ao reconhecimento do resultado da investida, adicionado dos efeitos da variação cambial sobre investimentos efetuados em moeda estrangeira, e de ajustes reconhecidos diretamente no Patrimônio líquido. O Banco Votorantim S.A. detém 100% das ações ordinárias (4,03% do total das ações) de emissão do Votorantim Bank Limited, o que lhe assegura o controle acionário. Em 13 de abril de 2007 a controlada registrou ações em tesouraria no montante de US$ 31,290 (R$ 63.303) e declarou dividendos no montante de US$ 9,253 (R$ 18.720). Dessa forma o investimento foi reduzido nessa data no montante de R$ 3.309, relativo à participação de 4,03% no capital social da controlada. O Votorantim Bank Limited recebeu autorização do Banco Central das Ilhas Bahamas para a sua transformação em “ broker dealer”. ii. Banco Votorantim Securities, Inc. - O resultado de equivalência patrimonial refere-se, substancialmente, ao reconhecimento do resultado da investida, adicionado dos efeitos da variação cambial sobre investimentos efetuados em moeda estrangeira. iii. BV Leasing Arrendamento Mercantil S.A. - O resultado de participações contempla o ajuste reconhecido diretamente no patrimônio líquido da empresa, decorrente do registro, em reserva de capital, do prêmio recebido de R$ 250.000, conforme previsto na escritura da 3ª Emissão ds debêntures e conforme disposto no artigo 182 § 1º - item c, da Lei nº 6.404/76. iv. Outras instituições financeiras - O resultado de equivalência patrimonial refere-se ao reconhecimento do Lucro líquido, adicionado de ajustes reconhecidos diretamente no Patrimônio líquido. v. Em 27 de fevereiro de 2002 entrou em operação a agência do Banco no exterior, localizada em Nassau - Ilhas Bahamas. Os saldos das contas patrimoniais e de resultado das operações dessa dependência, que estão consolidadas no Banco Votorantim S.A., são os seguintes: Total de Ativos de R$ 6.634.456 (2006 – R$ 6.228.234), Total de Passivos de R$ 5.757.381 (2006 – R$ 5.400.363), Patrimônio líquido de R$ 877.075 (2006 – R$ 827.871) e resultado do semestre de R$ 47.960 (2006 – R$ 17.426). b. Outros investimentos Banco Consolidado 2007 2006 2007 2006 Certificado - incentivos fiscais 4.392 4.392 7.653 7.653 Título patrimonial - BOVESPA 8.448 5.449 Título patrimonial - BM&F 4.797 4.061 9.812 8.351 Título patrimonial - CETIP 11 11 47 47 Ações 7.519 5.835 7.519 5.835 Outros 274 274 503 503 Total 16.993 14.573 33.982 27.838 13 Imobilizado de uso Banco 2007 2006 Custo Depreciação Líquido Líquido Instalações 415 (51) 364 406 Móveis e equipamentos de uso 9.746 (3.821) 5.925 3.864 Sistema de comunicação 5.505 (2.539) 2.966 2.590 Sistema de processamento de dados 22.265 (15.743) 6.522 4.567 Sistema de segurança 472 (360) 112 93 Sistema de transporte 1.918 (877) 1.041 892 Total 40.321 (23.391) 16.930 12.412 Consolidado 2007 2006 Custo Depreciação Líquido Líquido Instalações 3.708 (1.113) 2.595 2.235 Móveis e equipamentos de uso 18.929 (6.258) 12.671 9.140 Sistema de comunicação 13.613 (4.959) 8.654 7.177 Sistema de processamento de dados 60.728 (33.158) 27.570 19.425 Sistema de segurança 805 (609) 196 182 Sistema de transporte 2.096 (1.024) 1.072 943 Total 99.879 (47.121) 52.758 39.102 14 Diferido Banco 2007 2006 Custo Amortização Líquido Líquido Gastos em imóveis de terceiros 14.691 (8.425) 6.266 3.143 Consolidado 2007 2006 Custo Amortização Líquido Líquido Gastos em imóveis de terceiros 57.530 (29.612) 27.918 20.117 Gastos aquis.desenv. de logiciais 1.652 1.652 446 Total 59.182 (29.612) 29.570 20.563 15 Depósitos Representado, substancialmente, por depósitos a prazo, no montante de R$ 16.533.257 (2006 - R$ 18.568.080), com vencimento até março de 2016, no Banco Votorantim S.A., e R$ 16.553.699 (2006 - R$ 18.596.151), no Consolidado. 16 Captações no mercado aberto As operações com compromisso de recompra, contratadas junto às instituições financeiras, montam a R$ 18.498.834 (2006 – R$ 12.791.101), no Banco Votorantim S.A., possuindo como lastro papéis públicos e privados. No Consolidado são apresentados os montantes de R$ 17.860.802 (2006 – R$ 12.450.651), referentes a essas operações. 17 Recursos de aceites e emissão de títulos e obrigações por empréstimos e repasses a. Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior – Banco e Consolidado As obrigações por recursos de aceites e emissão de títulos representam recursos em moeda estrangeira e nacional, captados via emissão de títulos no mercado internacional e com bancos no exterior para repasses a clientes no País, com vencimentos até janeiro de 2009, incidindo encargos financeiros de até 17,10% ao ano, acrescidos de variação cambial. b. Recursos de debêntures - Consolidado Representada por 933.358 debêntures não conversíveis em ações, de emissão pública, emitidas em 08 de dezembro de 2006, em série única e com vencimento em 08 de dezembro de 2011, com atualização monetária pelo fator de variação da cotação de fechamento da taxa de venda do câmbio da moeda norte-americana (ptax800) e juros remuneratórios de 12,0436% a.a. desde a data de emissão até a data de vencimento. Em 30 de junho de 2007 as respectivas debêntures montam R$1.811.066. c. Obrigações por empréstimos – Banco e Consolidado Representados por recursos em moeda estrangeira, captados em bancos no exterior e no País, principalmente para empréstimos a clientes, com vencimentos até abril de 2010, incidindo encargos de até 8,01% ao ano, acrescidos de variação cambial ou monetária, se pós-fixado. d. Obrigações por repasses - Banco e Consolidado Representados por recursos provenientes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, através da sua Agência Especial de Financiamento Industrial - FINAME, com vencimentos até outubro de 2023, incidindo atualização monetária (Taxa de Juros a Longo Prazo - TJLP e Cesta de moedas) e encargos financeiros de até 13,95% ao ano. 18 Outras obrigações - Câmbio Banco Consolidado 2007 2006 2007 2006 Câmbio vendido a liquidar 988.938 93.769 988.938 93.769 Importação financiada - Câmbio contratado (4.536) (330) (4.536) (330) Obrigações por compras de câmbio 1.402.131 804.768 1.402.131 804.768 Adiantamentos sobre contrato de câmbio (512.106) (263.468) (512.106) (263.468) Total 1.874.427 634.739 1.874.427 634.739 19 Outras obrigações - Sociais e estatutárias Banco Consolidado 2007 2006 2007 2006 Dividendos a pagar 155.865 126.600 163.902 139.230 Provisão para participação nos lucros 33.564 22.787 104.013 74.784 Outros 6.500 6.500 Total 195.929 149.387 274.415 214.014 20 Outras obrigações - Fiscais e previdenciárias Banco Consolidado 2007 2006 2007 2006 Impostos e contribuições sobre o lucro a pagar 117.347 261.127 85.094 Impostos e contribuições a recolher 318.391 225.491 479.182 292.643 Provisão impostos e contribuições diferidos 211.171 647.355 281.715 688.750 Provisão para riscos fiscais 7.963 7.510 12.799 27.026 Total 654.872 880.356 1.034.823 1.093.513 21 Outras obrigações - Negociação e intermediação de valores Banco Consolidado 2007 2006 2007 2006 Caixa de registro e liquidação 50.999 52.621 57.179 53.368 Credores conta liquidação pendentes 24.749 2.005 37.540 16.798 Credores por empréstimos de ações 280.544 6.243 280.544 6.243 Outras 2.201 263 13.882 13.350 Total 358.493 61.132 389.145 89.759 22 Outras obrigações - Dívidas subordinadas Em 19 de junho de 2007, as debêntures da primeira série - 1ª. Emissão - foram consideradas como elegíveis à capital nível II, na qualidade de dívida subordinada. Em conformidade com a Resolução nº 3.444/07 do BACEN, esse recurso é adicionado ao cálculo de apuração do Patrimônio de Referência, para fins da verificação do cumprimento dos limites operacionais. A primeira série é composta de 135.000 debêntures e com vencimento em 20 de abril de 2016, incidindo encargos financeiros referenciados na taxa média dos depósitos interfinanceiros, mais 0,5% ao ano. Em 30 de junho de 2007 as respectivas debêntures montam R$ 1.381.468 (2006 - R$ 1.388.756). A primeira repactuação ocorrerá em 20 de abril de 2011. No balanço

Patrimônio líquido 787.389 129.876 30.706 82.926 1.188.489 3.387

Lucro/ (Prejuízo) líquido 139.428 11.974 3.197 10.258 47.870 (1.239)

2006

Resultado de participações 148.802 6.061 (40) 10.617 298.069 (1.747)

Valor contábil dos investimentos 787.340 129.851 1.239 82.924 1.188.474 3.387

Resultado de participações 66.865 4.667 (223) 7.429 32.439 (40)

Valor contábil dos investimentos 538.599 124.167 4.550 64.688 633.000 6.308

461.762

2.193.215

111.137

1.371.212

i.

patrimonial de 30 de junho de 2006, essas debêntures estão apresentadas como recursos de aceites e emissão de títulos no Consolidado. 23 Outras obrigações - Diversas Banco Consolidado 2007 2006 2007 2006 Provisão despesas de pessoal 6.302 4.697 20.787 16.632 Provisão outras despesas administrativas 7.128 10.191 17.491 14.791 Provisão para passivos contingentes 437 501 42.186 18.102 Compra de títulos no exterior 124.612 236.695 124.612 236.699 Swap a liquidar 117.468 21.835 Letras de crédito do agronegócio 216.337 216.337 Outros 1.319 13.591 58.566 38.307 Total 356.135 383.143 479.979 346.366 24 Patrimônio líquido - Banco a. Capital social O capital social, subscrito e integralizado, é representado por 74.126.202.673 (2006 – 66.983.345.530) ações ordinárias, sem valor nominal. b. Dividendos Aos acionistas é assegurado um dividendo mínimo correspondente a 25% do Lucro Líquido de cada semestre, deduzida a reserva legal. Os dividendos não distribuídos serão destinados à “Reserva de Expansão”. Em 29 de junho de 2007 foi aprovada pelos acionistas em Assembléia Geral Extraordinária a distribuição de dividendos no valor de R$ 50.000 (R$ 0,67 por lote de mil ações). c. Ajuste de exercícios anteriores Em 2006, a Administração efetuou alteração na metodologia de cálculo da avaliação a valor de mercado da carteira de financiamentos da controlada BV Financeira S.A (vide notas explicativas nº 7g e 33e). Em função da respectiva alteração, foi registrado o montante de R$ 379.600 em lucros acumulados. 25 Receita de prestação de serviços Banco Consolidado 2007 2006 2007 2006 Taxa de abertura de crédito 231.801 151.992 Administração de fundos de investimento 32.916 20.733 Comissões e corretagens 289 11.093 8.299 Comissões sobre colocação de títulos 9.939 4.976 10.331 4.998 Serviços prestados sociedades ligadas 3.668 3.431 Rendas de garantias prestadas 13.414 9.932 13.414 9.932 Outras 6.497 505 7.090 949 Total 33.807 18.844 306.645 196.903 26 Outra receitas operacionais Banco Consolidado 2007 2006 2007 2006 Reversão de provisões operacionais 54.088 2.672 Prêmio na emissão de debêntures 250.000 Outras 21.440 2.715 42.996 6.388 Total 21.440 2.715 347.084 9.060 27 Outras despesas administrativas Banco Consolidado 2007 2006 2007 2006 Aluguéis 3.460 3.058 10.497 8.439 Comunicações 2.780 2.236 20.720 18.006 Manutenção de bens 770 679 11.462 11.274 Processamento de dados 13.460 8.210 31.222 25.340 Promoções e relações públicas 1.771 1.512 21.507 21.976 Publicidade 1.292 319 3.989 2.344 Publicações 540 1.627 862 1.950 Serviços do sistema financeiro 2.083 1.128 23.258 14.157 Serviços técnicos especializados 9.626 4.562 62.984 24.926 Serviços de terceiros 1.148 835 18.527 14.288 Amortização 1.164 443 5.201 3.168 Depreciação 1.931 1.782 5.371 4.543 Outras 6.095 4.921 68.344 46.896 Total 46.120 31.312 283.944 197.307 28 Outras despesas operacionais Banco Consolidado 2007 2006 2007 2006 Atualização monetária de passivos 10.983 10.559 21.136 13.128 Variação cambial investimentos exterior 91.290 66.055 92.144 66.273 Comissões por intermediação de operações 312.846 220.678 Seguro prestamista 13.150 5.918 Acordos comerciais 4.919 2.215 Indenizações 2.580 1.277 Provisão para passivos contingentes 224 108 16.162 5.938 Outras 15.388 9.884 28.842 28.631 Total 117.885 86.606 491.779 344.058 29 Imposto de renda e contribuição social Banco a. Encargos devidos sobre as operações 2007 2006 Lucro antes do imposto de renda e contribuição social 677.461 478.489 Encargos (imposto de renda e contribuição social) à alíquota nominal de 25% e 9%, respectivamente (230.337) (162.688) Exclusões/(adições) 112.412 162.688 Despesas não dedutíveis (286) 1.323 Participações no lucro 11.830 7.748 Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social 50.370 ( 90.922) Equivalência patrimonial e variação cambial 142.267 (5.572) Resultado de controlada e dependência no exterior (13.080) ( 5.971) Juros TVM não tributáveis 56.113 658 Juros sobre o capital próprio 59.483 Provisão para créditos de liquidação duvidosa 280 ( 5.495) Ajuste a mercado - Circulares nºs 3.068 e 3.082 (28.132) ( 12.611) Derivativos - Lei nº 11.051 (107.270) 212.814 Outros 320 1.233 Imposto de renda e contribuição social correntes (117.925) Imposto de renda e contribuição social diferidos 135.402 (200.203) Imposto de renda e contribuição social total 17.477 (200.203) b. Imposto de renda e contribuição social diferidos com efeito sobre o resultado Imposto de renda e contribuição social diferidos 2007 2006 Adições/(exclusões) Ajuste a mercado - Circulares nºs 3.068 e 3.082 28.132 12.611 Derivativos - Lei nº 11.051 107.270 (212.814) Total 135.402 (200.203) Crédito tributário Adições/(exclusões) Provisão para créditos de liquidação duvidosa (280) 5.495 Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social (50.370) 90.922 Total (50.650) 96.417 c. Imposto de renda e contribuição social diferidos com efeito sobre contas patrimoniais 2007 2006 Ativo (Outros créditos - Diversos) Saldo inicial 143.752 162.232 Provisão para créditos de liquidação duvidosa (280) 5.495 Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social (50.370) 114.382 Resultado no exterior ( 246) Outros ( 1) Saldo final 93.102 281.862 Passivo (Outras obrigações - Fiscais e previdenciárias) Saldo inicial 346.573 423.938 Ajuste a mercado - Circulares nºs 3.068 e 3.082 (28.132) ( 12.611) Derivativos - Lei nº 11.051 (107.270) 236.274 Resultado no exterior ( 246) Saldo final 211.171 647.355 (Continua)


quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Congresso Planalto STF CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

5 Lula Marques/ Folha Imagem

Quadrilha é com fins criminosos e com a quebra de sigilos dele (Delúbio) veremos que é homem pobre. Arnaldo Malheiros

A ESTRATÉGIA DA DEFESA

E OS ADVOGADOS ENTRAM EM CAMPO Lula Marques / Folha Imagem

Defesa de Dirceu chama denúncia de "panfleto partidário seduzido pela mídia"

A

defesa do ex-ministro José Dirceu no julgamento do mensalão, iniciado ontem pelo Supremo Tribunal Federal (STF), apontou pressões da mídia e motivações políticas para tentar desqualificar a denúncia do procuradorgeral da República, Antonio Fernando Souza. "Eu poderia dizer que a denúncia é um panfleto partidário (...) que foi seduzida pelos holofotes da mídia", disse o advogado José Luis Oliveira Lima ao fazer a defesa de Dirceu. "A sociedade precisa da serenidade do STF neste momento", disse o advogado. O ex-ministro e deputado cassado José Dirceu foi acusado de ter sido o "chefe de uma

organização criminosa" que teria atuado para desviar dinheiro público em troca de apoio político. Se a denúncia for aceita pelo STF, Dirceu responderá como réu pelos crimes de corrupção ativa, peculato e formação de quadrilha. Indícios – Para o procurador, o fato de Dirceu ter sido chefe da Casa Civil seria decisivo para que os bancos Rural e BMG fizessem "empréstimos fraudulentos" ao PT em 2003, com aval do empresário Marcos Valério de Souza. "São acusações vagas. Não há ato ilícito de meu cliente descrito na denúncia", disse o advogado de Dirceu, acrescentando que a acusação contra os 40 envolvidos no mensalão não descreve a participação individual de

Provas foram obtidas 'por meio ilícito', diz defensor de Valério

M

arcelo Leonardo, advogado de Marcos Va l é r i o e S i m o n e Vasconcelos, iniciou a defesa contestando a denúncia do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, e disse que as provas contra os acusados foram obtidas "por meio ilícito". Como os outros advogados, ele reclamou que não há citações individuais dos acusados, mas denúncias genéricas.

O advogado afirma que Antonio citou o nome de Valério mais de 60 vezes na acusação e diz que "em 55 vezes o procurador fala na denúncia em 'o grupo', 'a agência', sem detalhar o que cada um fez, sem descrever a conduta de cada pessoa". "Inúmeras vezes", argumenta o advogado, "já recusaram denúncias genéricas". E citou frase do ministro do STF Gilmar Mendes: "Ao se acatar denúncias genéricas, com im-

seu cliente. Para o advogado, o procurador-geral "deu credibilidade" a adversários políticos de Dirceu. "A denúncia dá credibilidade à fala de Roberto Jefferson, que foi cassado porque mentiu. Isso é inacreditável", disse. O advogado Luiz Fernando Pacheco, que defende o ex-presidente do PT, deputado José Genoino, seguiu a mesma linha. Também argumentou que a denúncia não tem elementos para descrever a participação individual dos acusados e fez uma leitura político-partidária, argumentando que Genoino não seria o responsável pelos empréstimos tomados pelo ex-tesoureiro Delúbio Soares, mesmo tendo assinado os pedidos. (Reuters) putações vagas, está se violando o princípio da dignidade da pessoa humana". Para ele, a acusação é improcedente. Na segunda acusação contra Valério, continua o advogado, atribui-se a prática de falsidade ideológica mas, segundo ele, não descreve que documentos, com data, local e características e não diz qual é o conteúdo falso, nem como a conduta foi praticada para alterar a verdade de fato. "Também não é válido dizer que a mulher é laranja do marido se eles fazem declaração de renda juntos e são casados há 25 anos", argumentou. Seria necessário, ainda, dizer quais os benefícios obtidos por Valério em troca do repasse de dinheiro. (AE)

José Luis Oliveira Lima, advogado de Dirceu: "Não há ato ilícito de meu cliente descrito na denúncia".

Defesa sustenta que 'Delúbio é homem pobre e modesto'

A

rnaldo Malheiros, advogado do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, argumentou no Supremo Tribunal Federal (STF) que não existe dinheiro público no caso do mensalão e que não se pode tratar o tema como "formação de quadrilha", como fez o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza. O advogado disse ainda que Delúbio é "homem pobre e modesto".

"Quadrilha é com fins criminosos, e com a quebra de sigilos dele veremos que ele é homem pobre. O que a denúncia descreve é uma associação não de pessoas, mas sim de núcleos. O PT se associou ao Valério (Marcos Valério, publicitário) para obter dinheiro, o mensalão, o que não se provou, já que isto seria pagamento regular, mensal". Segundo ele, não há provas do mensalão, e sim de transfe-

rência de dinheiro, "mas não era público". "Não há dinheiro público, o dinheiro vinha do banco, deram certamente porque iriam obter vantagem", afirmou. "Se era isso", continuou o advogado, "demonstramos na defesa um levantamento com a taxa de remessas que o partido dá ao governo. Que mostra que quanto mais dinheiro teve, menos apoio recebeu o governo", disse. "Isso não é corrupção ativa , isso não existiu, as grandes votações do governo foram votadas contra. Por tudo isso, a denúncia é imprestável", resumiu. O esquema do mensalão seria justamente o pagamento de uma suposta mesada a parlamentares para votarem a favor de projetos do governo. (AE)


Alan Marques/Folha Imagem

Os 40 "mensaleiros", no STF (foto); e o senador Renan, no Conselho de Ética. Páginas 3, 4, 5 e Opinião, 6 Dida Sampaio/AE

Ano 83 - Nº 22.445

São Paulo, quinta-feira, 23 de agosto de 2007

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

E o relator da CPMF é... Palocci!

Edição concluída às 23h55

Economia 2

w w w. d co m e rc i o. co m . b r

MORTE E VIDA EM SÃO PAULO Camelôs coveiros em marcha fúnebre No terceiro dia de protestos contra o fim da feirinha da madrugada no Brás, camelôs encenaram enterro político de Kassab (foto). C 2

Assim SP vai renascer

Agliberto Lima/DC

O plano do prefeito Kassab: investir R$ 220 milhões na reforma de pontes, viadutos, escolas e centros de saúde até 2008. C 1 e 2

Masao Goto Filho/ e-SIM

Divulgação

Peça nota e ganhe crédito Serra sanciona até amanhã Lei da Nota Fiscal Paulista que prevê a devolução aos consumidores de 30% do ICMS recolhido pelo comércio em São Paulo. Economia 1

HOJE Parcialmente nublado Máxima 25º C. Mínima 11º C.

OH! MINAS GERAIS

AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 26º C. Mínima 13º C.

A 100 quilômetros de BH, mais belos horizontes: são cânions, flora exuberante, mágico pôr-do-sol, cachoeiras. É a Serra do Cipó.

Boa Viagem

ESPECIAL

Destinos da carga-cidadã


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Empresas Finanças Nacional Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

CRESCE IMPORTÂNCIA DO PEQUENO VAREJO

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

34,2

por cento do faturamento do setor de supermercados em 2006 foi do pequeno varejo

CONSUMO DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS CRESCEU 6% EM VOLUME E 11% EM VALOR NO PRIMEIRO SEMESTRE

BRASILEIROS VÃO ÀS COMPRAS

A

Maurilo Clareto/Luz

s famílias brasilei- Guido Mantega. Ele afirmou r a s c o m p r a r a m ontem em entrevista que "a lomais alimentos, be- comotiva da economia brasibidas e produtos leira é o mercado interno." Sem crise – A executiva da de higiene pessoal e limpeza no primeiro semestre deste LatinPanel observa que o cresano. O consumo cresceu 6% cimento do consumo vem senem volume e 11% em valor nos do notado mês a mês e que ele primeiros seis meses de 2007, não deverá ser atingido pela em comparação com o mesmo crise financeira, a não ser que o período no ano passado, reve- cenário se agrave muito. "O aula estudo divulgado pelo insti- mento está ligado à estabilidade da economia, a melhoria do tuto LatinPanel. O relatório tem por base o emprego e da renda." O estudo também mostra consumo semanal de 8,2 mil domicílios no País, abrangen- uma ampliação do número de do 70 categorias de produtos. lares da classe C que passaram Os dados revelam também a consumir um número maior que o consumidor está gastan- de categorias. O crescimento do mais por ir com maior fre- foi de 3 pontos percentuais no qüência ao ponto-de-venda, primeiro semestre de 2007 ante igual período mas o tíquete no ano passamédio cresceu do. A elevação apenas 2%, um representa que, pouco abaixo em média, moda inflação de radores de 435 3,9% do semesmil domicílios tre, medida pepor cento foi o a mais, pertenlo Índice de aumento do volume centes à classe Preços ao ConC, estão indo às sumidor Ammédio das compras compras. plo (IPCA). da classe C, 33% da Os alimentos O aumento população. Nas foram o destado consumo que na expanfoi puxado classes A e E o são do consuprincipalmenaumento foi de 1%. mo, com crescite pela classe C, mento médio composta por de 3% no volufamílias com renda mensal entre quatro e me, seguido por artigos de limdez salários mínimos. Os do- peza, com aumento de 2%. Cerca de 880 mil lares aumicílios da classe C representam 33% da população e 35% mentaram a compra de itens do consumo e aumentaram 3% de alimentação, o que repreo volume médio das compras. sentou um crescimento de dois Eles também tiveram uma ele- pontos percentuais. Os produtos com maior auvação de 7% no gasto médio. Já as classes A/B e D/E, tiveram mento de volume médio fouma ampliação de apenas 1% ram bebida de soja (25%), iono consumo. O gasto médio g u r t e ( 2 5 % ) , s u c o p ro n t o das faixas de maior renda da (16%), molho de tomate (13%) população subiu 6% e na outra e sopas instantâneas (9%). "São ponta, das classes mais pobres categorias com muitos lançamentos e campanhas fortes", aumentou 5%. "É um fato que o consumo observa Maria Andrea Ferreiinterno vem crescendo", diz a ra. Entre os itens com queda de coordenadora e analista de vendas estão aqueles com pesquisa da LatinPanel, Maria maiores reajustes de preços, Andrea Ferreira, no mesmo como pães, com redução de tom do ministro da Fazenda, 15% no consumo. (AE)

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Alexsander Kalazans, dono de mercearia em São Paulo, está comprando direto das indústrias. Atacadistas perdem espaço e partem para inovações.

A disputa pelos mercadinhos Mário Tonocchi aumento do salário mínimo, que vem se consolidando desde o início do Plano Real e o crescimento de 32% para 34% da participação das classes D e E no consumo, em 2006. Esses são os dois principais fatores que determinam, nos últimos tempos, as novas estratégias de atuação das empresas no varejo nacional. No ponto central da mudança, está a competição pelo hoje supervalorizado pequeno varejo. Enquanto a indústria faz testes para encontrar um caminho mais curto para as vendas aos pontos de comércio de menor porte, eliminando os atacadistas, os pequenos varejistas reúnem-se em centrais de negócios para comprar em maior quantidade, e mais barato. De outro lado, o atacado

O

Cade trava compra da Leão Júnior

O

Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) acertou ontem com as empresas Coca-Cola e Leão Júnior, fabricante do Matte Leão, o "congelamento" da união das duas empresas no segmento de produção e comercialização de chás prontos para beber. Com a assinatura de um Acordo de Preservação da Reversibilidade da Operação (Apro), o Cade impede que decisões empresariais irreversíveis sejam toma-

das neste ramo até que o julgamento final da operação. Segundo o relator do processo no Cade, conselheiro Paulo Furquim, a depender das análises que ainda estão sendo feitas pelas secretarias de Direito Econômico (SDE) e de Acompanhamento Econômico (Seae), o mercado definido como o afetado pela fusão poderá resultar em uma concentração de aproximadamente 70% no segmento de chás prontos para beber. (AE)

inicia agora um processo de qualificação para oferecer mais serviços e fidelizar os varejistas enquanto experimenta o "atacarejo", ou o "atacado fracionado" que mira nos clientes dos super e hipermercados. Pressionados, os grandes centros varejistas apostam primeiro no maior número possível de serviços instalados nos locais de compra para chamar a atenção dos consumidores. Depois, mas com importância cada vez maior, aparecem os investimentos nas pequenas redes de vizinhança, os antigos supermercados de bairro, que hoje se tornaram as lojas preferidas dos consumidores. Quatro caixas – O pequeno varejo chama a atenção do comprador. Com um milhão de estabelecimentos espalhados pelo País, as lojas com até quatro caixas foram responsáveis, em 2006, por 34,2% das vendas do setor. Isso representa R$ 61,8 bilhões dos totais

R$ 180,5 bilhões de faturamento estimado pela empresa de estudos de mercado AC Nielsen para o segmento. Já os médios e grandes supermercados e os hipermercados caíram, no período, de 30% para 26%. O tíquete médio no auto-serviço das grandes redes é de R$ 21, e nos pequenos, R$ 9. Se perde no tamanho da despesa do cliente, o pequeno varejo ganha na freqüência. São 13 visitas ao mês aos pequenos, contra quatro feitas aos super e hipermercados. Já o faturamento do setor atacadista no ano passado foi de R$ 95,9 bilhões. Para o consultor estratégico do Instituto para o Desenvolv i m e n t o d o Va re j o ( I D V ) , Emerson Kapaz, todas os esforços feitos até agora pelas empresas podem dar bons resultados, mas ainda é cedo para fazer uma avaliação de quem vai sobreviver na disputa pelos consumidores. "É ine-

xorável, por exemplo, o movimento de venda direta das indústrias para o pequeno varejo. Se isso é bom ou ruim, vai depender de uma análise de cada setor no decorrer do tempo", disse Kapaz. A próxima fase, ainda muito no início, é o uso da internet para vendas. Quem investe nisso, hoje, é o grupo Pão de Açúcar. E n t re a s i n d ú s t r i a s q u e apostam na venda direta estão a fabricante de massas e biscoitos Adria, do grupo Dias Branco – que colocou motoboys como vendedores –, e a Garoto, que contrata intermediários para fazer entregas e merchandising nas lojas. Também entraram na negociação direta com os pontos de venda o laboratório Boehringer (que utiliza antigos distribuidores para entregas), e a Votorantin Cimentos, que substituiu os distribuidores por centros próprios de entrega, com vendedores treinados.

À procura de novos caminhos Abad encomendou para a Latin Panel, de São Paulo, um monitoramento de como se comporta o pequeno varejo. "Estamos acompanhando o movimento da indústria na venda direta, mas é muito difícil que ela chegue aos 6 mil municípios brasileiros como faz o atacado", disse o

A

presidente da entidade, Geraldo Eduardo da Silva Caixeta. Para ele, as centrais de negócios devem ser importantes fontes de negócios para os atacadistas. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do Estado de São Paulo

(Sincovaga), Wilson Tanaka, concorda, "desde que isso signifique preço baixo para o pequeno varejo". Para ele, os empresários também precisam de especialização e qualificação. Foi justamente essa solicitação a que mais chamou a atenção na pesquisa da Latin Panel. Os

pequenos empresários pedem ainda apoio na área da loja, nas ações de marketing e no fornecimento de materiais promocionais. O sócio-proprietário do Neiwa Mercadinho, Alexsander Kalazans, diz que 70% de suas compras são feitas no atacado. (MT)


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Finanças Nacional Empreendedores Empresas

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Meu grande desafio foi fazer o Núcleo crescer, com vários estilos de dança. Stella Aguiar

CERCA DE 800 ALUNOS FREQÜENTAM A ESCOLA

Leonardo Rodrigues/Hype:

Uma vida mais interessante, ao ritmo da dança. Pessoas de todas as idades aprendem vários estilos com a dançarina Kety Shapazian

LETREIRO

A

ntes de inaugurar a sede, no bairro de Moema, a empresa chamava-se Stella Aguiar Dança de Salão. Em 1997, passou a ser Núcleo de Dança Stella Aguiar. "No começo, tudo girava em minha volta. Afinal, eu dava as aulas. Meu nome acabou ficando muito forte e não queria perder essa referência." A marca Stella Aguiar é capaz de reunir mais de 600 pessoas no baile mais importante que a escola promove, em novembro, no clube do Círculo Militar, no Ibirapuera. Ao todo, são cinco eventos por ano abertos a todos os simpatizantes.

SEGREDO

S

egundo a dançarina, ter professores que gostam muito do que fazem é um dos segredos de seu Núcleo de Dança. "A escola também prima pela qualidade técnica e valoriza seus profissionais – tanto que são poucos os que saíram nesses últimos 11 anos", diz. Além disso, todos se mantêm antenados com os últimos modismos da dança, como o zouk, estilo semelhante à lambada. "Em vez de trazer professores convidados, eu os atualizo. Acho que a didática de ensino também é parte do sucesso."

EMPREENDEDORES

U

ma menção honrosa tem às mulheres desacompana Feira de Design nhadas um par para dançar na de Hannover (Ale- aula. "Tem escola que não permanha), em 1997, mite a entrada de mulher sozifez a arquiteta Stella nha. Isso é um preconceito. Às Aguiar abandonar vezes, ela procura a dança porseu trabalho em de- que acabou de se separar ou senho industrial e se dedicar por estar saindo de uma crise apenas à dança. "As duas pro- de síndrome do pânico. Outro fissões estavam crescendo e eu preconceito: que dança de sative de escolher", diz Stella. lão é coisa de homossexual. Ao Durante seis anos, ela dividiu contrário! Ela é máscula – sua rotina entre o escritório on- quem comanda é o homem", diz. "Temos de trazer os rapade trabalhava e as aulas. Aos 18 anos, a dança de salão zes para dançar." Cuba – Stella fechou uma era para Stella um "hobby sério". "Já era uma segunda pro- parceria com o Ballet Paula fissão", afirma. Na época, ela Castro, única escola brasileira dava aula à noite em três luga- a manter, desde 1994, um conres para cerca de 300 pessoas. vênio com o governo cubano "Eu dançava desde os 14 anos. para adoção da metodologia Minha paixão não era o palco, de ensino da Escuela Nacional mas ensinar." Depois de deci- de Ballet de la Republica de dir que era isso o que queria da Cuba, reconhecida mundialvida, criou o Núcleo de Dança mente por seu rigor técnico. "O Stella Aguiar. Mas se limitar a balé clássico daquele país é o único que perapenas um tipo mite à bailaride dança não na ser mais era suficiente. musculosa. "Meu grande Combina mais desafio, como com o biotipo empresária, foi brasileiro", exfazer a escola plica Stella. crescer em ouAs aulas não tras modalidaterão limite de des. Como eu idade. "Por não trabalhava que uma mucom elas, não lher de 40 anos sabia como não pode fazer vendê-las." Hobalé? É lógico je, são ensinaque ela não sedos ritmos corá uma profismo jazz, sapasional, nem é teado, dança do ventre, flamen- Aulas na escola e em outros locais isso o que ela quer. Se fosse, co, hip hop estilo livre e balé clássico para teria ido atrás da vocação antes. Uma senhora de 70 pode crianças, jovens e adultos. Mesmo com a criação de cursar dança de salão. E se elas uma sede para a escola, Stella tiverem uma gordurinha, menão abandonou os "pontos iti- lhor ainda. Um dia recebi um nerantes de dança", onde dava e-mail de uma garota de 16 aulas. "O primeiro foi no clube anos me perguntando se já era do Círculo Militar, onde estou tarde para começar a dançar há 18 anos, e, depois, no clube jazz. Um absurdo!" "A dança, em geral, tem mil Espéria, há 16. Vamos também ao clube Sírio, ao hospital Al- possibilidades de conhecibert Einstein e a vários outros mento. É um encontro consigo lugares. "Neles ensinamos mesma e com os outros. Tanto apenas dança de salão. As au- que a escola já 'realizou' 11 calas duram 90 minutos e aconte- samentos – inclusive o meu. cem uma vez por semana para Casei com um dos meus alutrês níveis diferentes de alu- nos", revela. Com relação às nos. Somados os pontos itine- gordurinhas, Stella afirma que rantes e a sede, Stella e seus 13 dançar não emagrece. "Mas ela professores atendem cerca de aumenta a auto-estima, faz você sair de casa. E sair para dan800 alunos. Quarenta bolsistas garan- çar, isso sim, emagrece."

A empresária Stella Aguiar resolveu abandonar a arquitetura para se dedicar apenas ao ensino da dança

Bolsistas garantem que mulheres sozinhas tenham pares para treinar

Casal treina dança de salão

Várias modalidades garantem aos alunos momentos de descontração

PEDRA

CABECEIRA

P

DC

Entupiu? Hidrojateamento com caminhão de Alta-Pressão Caminhão de Alto-Vácuo (Sucção) Limpeza Técnica e Desentupimento em Geral Limpeza de Caixas d´água

PARABÉNS MOOCA Fone: (11) 6341-1055 Rua das Giesta, 848 Vila Bela - São Paulo - SP www.desentupidoracerta.com.br

ara Stella, as férias escolares são sempre muito complicadas. Para evitar a sazonalidade, há quatro anos ela decidiu não fechar a escola durante esses meses. Às vezes, a própria cidade atrapalha. "Como trabalho muito com o público adulto, há problemas de São Paulo que tiram alunos das aulas, como o rodízio e a rotina de trabalho. Antes, as classes das 19h30 eram muito procuradas. Hoje, as turmas das 21h são líderes de audiência." Outro fator preocupante é a proliferação de escolas de dança. "O aluno acaba aceitando um mau trabalho por não conhecer o que é bom."

Crianças também aprendem

A herança dos líderes

Q

ual o legado que um líder deve deixar? Pensar agora sobre o impacto que as ações dentro de uma organização terá nos empreendedores do futuro irá tornar um executivo bem-sucedido? Roberto Galford e Regina Fazio Maruca, autores de Seu Legado de Liderança – Porque olhar para o futuro fará de você um líder melhor hoje (Editora M. Books – Harvard Business School), ga-

rantem que uma estratégia adequada pode construir uma carreira sólida. Estudo de casos, como os de executivos do Federal Reserve, o Fed – banco central dos Estados Unidos –, ilustram a teoria de que líderes capazes de definir qual herança deixarão para os futuros empreendedores terão profunda satisfação pessoal e conseguirão mais realizações. Dora Carvalho


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 23 de agosto de 2007 (Continuação)

ECONOMIA/LEGAIS - 9

Banco Votorantim S.A. C.N.P.J. 59.588.111/0001-03 Av. Roque Petroni Jr. 999 - 16º andar - CEP 04707-910 São Paulo - SP Tel. (11) 5185-1700 Fax (11) 5185-1900 NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - Semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 - (Em milhares de reais)

d. Estimativa de realização do crédito tributário

31 Gerenciamento de riscos Jun/08 Jun/09 Jun/10 Total O Conglomerado Financeiro do Grupo Votorantim efetua operações que envolvem instrumentos financeiros derivativos, atuando Provisão para créditos de liquidação duvidosa 12.865 1.841 7.708 22.414 em mercados organizados e de balcão, com objetivo de possibilitar uma gestão de risco de mercado adequada à política do GruPrejuízo fiscal e base negativa de contribuição social 44.558 26.130 70.688 po. Total 57.423 27.971 7.708 93.102 O gerenciamento de risco de mercado é efetuado de forma centralizada, por área administrativa que mantém independência com Os créditos tributários foram constituídos nos termos da legislação em vigor, baseados em estudos comprobatórios da capacirelação à mesa de operações, e pelo acompanhamento do Comitê de Riscos, composto pela diretoria e vice-presidência do Banco dade de realização e, entre outros fatores, as seguintes premissas: Votorantim S.A., que se reúne periodicamente para avaliação dos riscos e definição de limites operacionais. O gerenciamento de Atendimento às condições da Resolução nº 3.059/02, alterada pela Resolução nº 3.355/07 do BACEN; riscos adota como procedimentos básicos: a) monitoramento da adequação de posições e riscos aos limites estabelecidos pelo Provisão para créditos de liquidação duvidosa: realização condicionada aos prazos legais para dedutibilidade, conforme Comitê de Riscos e limites legais; b) integridade da precificação de ativos e derivativos; c) avaliação do risco de mercado pela Lei nº 9.430/96, após esgotados os recursos legais de cobrança. Eventuais recuperações ou redução da perda implicam a metodologia “Value at Risk” e pela simulação de cenários; d) acompanhamento de resultados diários com testes de aderência da redução da provisão, gerando valores a serem excluídos da base tributável; metodologia (“back-test”). Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social: gerado, preponderantemente, pelo advento da Lei n° 112.051/04 A política de gerenciamento de riscos de mercado considera, ainda, a utilização de instrumentos financeiros derivativos para (art. 32), que determina os efeitos tributários dos mercados derivativos, exclusivamente na liquidação do contrato, de ces“hedge” de posições, para atender demanda de contrapartes e como meio de reversão de posições em momentos de grandes são ou encerramento de posição; oscilações. As operações observam os limites deliberados pelo Comitê e estabelecidos pela legislação, após análise dos riscos de O saldo contábil é considerado o valor presente dos créditos tributários; crédito e liquidez, quando apropriados, caso em que envolvem as políticas de liquidez e crédito e as deliberações do respectivo As obrigações fiscais diferidas foram constituídas nos termos da legislação em vigor e se referem às receitas a serem Comitê. tributadas na sua realização, decorrentes da diferença entre valor de curva e valor de mercado de títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos, e receitas a serem tributadas na sua realização, conforme determinação do 32 Provisões, passivos e contigências art. 32 da Lei nº 11.051/04, de acordo com a liquidação do contrato, cessão ou encerramento de posição das operações de A Administração, com base em informações de seus assessores jurídicos e na análise das demandas judiciais pendentes, constimercados derivativos (Swap e Futuro). tui provisão em montante considerado suficiente para cobrir as perdas estimadas com as ações em curso. Consolidado O Banco e suas controladas são parte em processos judiciais, decorrentes do curso normal das operações, envolvendo questões a. Encargos devidos sobre as operações tributárias, cíveis e trabalhistas. 2007 2006 As principais questões tributárias são: Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 858.902 558.298 Imposto de renda e contribuição social - Exclusão do resultado contábil da diferença IPC/BTNF, ocorrida em janeiro de 1989; Encargos (imposto de renda e contribuição social)à alíquota COFINS - Pleiteia o não pagamento da COFINS, com base nas receitas não derivadas do faturamento mensal (ampliação da base nominal de 25% e 9%, respectivamente (292.027) (189.821) de cálculo introduzida pela lei nº 9718/98); Exclusões/(adições) 30.324 104.727 PIS - Questionamento da base de cálculo introduzida pela EC Nº 10/97; Despesas não dedutíveis (286) ( 2.458) ISS - Questionamento das autoridades fiscais (controlada Votorantim Corretora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda.e BV Leasing Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social 50.370 ( 92.136) - Arrendamento Mercantil S.A.). Participações no lucro 35.957 25.423 As provisões constituídas para as questões tributárias, apresentadas em Outras Obrigações – fiscais e previdenciárias, são: Resultado de controlada e dependência no exterior (13.080) ( 5.971) Banco Consolidado Juros TVM não tributáveis 2.179 2.721 2007 2006 2007 2006 Juros sobre Titulos no exterior 55.587 Impostos e contribuições a recolher 292.905 195.182 429.693 243.595 Juros sobre o capital próprio 86.309 Provisão para créditos de liquidação duvidosa (4.573) ( 54.852) Provisão para riscos fiscais 7.963 7.510 12.799 27.026 Ajuste a mercado - Circulares nºs 3.068 e 3.082 (37.528) (19.639) Total 300.868 202.692 442.492 270.621 Provisão para passivos contingentes (6.103) ( 1.094) Durante o semestre foi revertido R$ 54.088 (2006- não houve) da provisão constituída sobre o tratamento tributário do CPMF, em Superveniência de depreciação 276 14 função da jurisprudência do assunto e atualização das avaliações dos assessores jurídicos vis-à-vis o estágio atual do processo, Derivativos - Lei nº 11.051 (123.392) 210.975 em contrapartida de outras receitas operacionais, no Consolidado. Outros 70.917 ( 44.565) Em 25 de julho de 2003, o Banco protocolou junto à Secretaria da Receita Federal sua adesão ao Programa de Parcelamento Imposto de renda e contribuição social correntes (261.703) ( 85.094) Especial - PAES, instituído pela Lei nº 10.684/03, do Governo Federal. A adesão ao programa possibilitou o parcelamento do PIS, Imposto de renda e contribuição social diferidos 156.218 (200.917) referente ao período de janeiro de 2000 a janeiro de 2003, o qual vinha sendo questionado judicialmente e registrado em provisão Imposto de renda e contribuição social total (105.485) (286.011) para riscos fiscais. Os montantes relativos ao PIS, inclusos no programa, foram parcelados em 120 meses, calculados com base b. O imposto de renda e a contribuição social diferidos com efeito sobre o resultado na limitação de 1,5% da receita bruta de intermediação financeira, atualizados com base na variação da Taxa de Juros de Longo 2007 2006 Prazo - TJLP e reclassificados para impostos e contribuições a recolher. Em 30 de junho de 2007, o saldo do programa é de R$ Imposto de renda e contribuição social diferidos 10.743 (2006- R$11.056) o Banco está cumprindo com as condições do referido programa quanto à adimplência aos pagamentos Adições/(exclusões) parcelados, bem como quanto ao recolhimento dos demais impostos devidos mensalmente. Ajuste a mercado - Circulares nºs 3.068 e 3.082 37.528 19.639 Para os processos judiciais envolvendo questões trabalhistas, foi constituído o montante de R$16.459 ( 2006 – R$5.988), apresenSuperveniência de depreciação (276) ( 14) tado em outras obrigações – diversas. Derivativos - Lei nº 11.051 118.686 (220.542) Para os processos judiciais envolvendo questões cíveis, foi constituído o montante de R$ 25.727 (2006 – R$12.114), apresentado Outros 280 Total 156.218 (200.917) em outras obrigações – diversas. Crédito tributário Depósitos judiciais Adições/(exclusões) Os depósitos judiciais estão classificados em Outros créditos- diversos: Provisão para créditos de liquidação duvidosa 4.573 54.852 Banco Consolidado Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social (50.370) 92.136 2007 2006 2007 2006 Provisão para passivos contingentes 6.103 1.094 Tributárias 4.397 3.834 4.562 3.978 Resultado não realizado - Derivativos 4.706 Cíveis 2.960 2.593 Outros (278) 9.567 Trabalhistas 59 55 1.361 865 Total (35.266) 157.649 Total 4.456 3.889 8.883 7.436 c. Imposto de renda e contribuição social diferidos com efeito sobre contas patrimoniais Contingências não provisionadas 2007 2006 A Instituição possui outras contingências passivas envolvendo questões tributárias que, em função do estágio em que se enconAtivo (Outros créditos - Diversos) tram e com base no julgamento da Administração, o desfecho final dessas ações não pode ser determinado no momento e, Saldo inicial 404.100 253.824 portanto, nenhuma provisão para perdas foi consignada nas demonstrações financeiras. Provisão para créditos de liquidação duvidosa 4.573 54.852 Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social (50.370) 115.596 33 Outras informações a. Despesas de pessoal incluem proventos, benefícios, encargos e treinamento de funcionários. Provisão para passivos contingentes 6.103 1.094 b. Avais e fianças prestados montam a R$ 4.109.852 (2006 - R$ 2.810.076) e estão registrados em contas de compensação. Resultado não realizado - derivativos 4.706 9.567 Resultado no exterior ( 246) c. Despesas tributárias se referem, substancialmente, à Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira – CPMF, calcuOutros ( 1) ( 1) lada à alíquota de 0,38% sobre a movimentação financeira, à contribuição ao Programa de Integração Social - PIS, calculada Saldo final 369.111 434.686 à alíquota de 0,65% e à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, calculada à alíquota de 4%, 2007 2006 sobre as receitas operacionais e imposto sobre serviços - ISS , no Banco Votorantim S.A. e no Consolidado. Passivo (Outras obrigações - Fiscais e previdenciárias) d. O Banco Votorantim S.A. apura seus limites de Patrimônio Líquido mínimo exigido de forma consolidada, dentro dos Saldo inicial 437.653 464.618 parâmetros previstos na Resolução nº 2.099/94 do BACEN, e normativos posteriores aplicáveis. A relação entre o patrimônio Ajuste a mercado - Circulares n°s 3.068 e 3.082 (37.528) (19.639) líquido apurado na forma consolidada e o total dos ativos ponderados é de 15,34% (2006 - 15,72%). Superveniência de depreciação 276 14 e. Conforme Nota Explicativa nº 15d às demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2006, a Administração efetuou alteraResultado no exterior ( 246) ção na metodologia de cálculo da avaliação a valor de mercado da carteira de financiamentos da controlada BV Financeira Derivativos - Lei nº 11.051 (118.686) 244.002 S.A. A respectiva alteração teve como principal objetivo aperfeiçoar o critério de reconhecimento, em resultado, dos ajustes Outros 1 gerados tanto pela avaliação a mercado da carteira (objeto de hedge) bem como pelos instrumentos financeiros derivativos Saldo final 281.715 688.750 (hedge). Dessa forma, as demonstrações financeiras de 30 de junho de 2006, apresentadas de forma comparativa com as d. Estimativa de realização do crédito tributário demonstrações financeiras de 30 de junho de 2007, foram modificadas para refletir a posição patrimonial com os efeitos geraJun/08 Jun/09 Jun/10 Jun/12 Total dos pela metodologia implantada no segundo semestre do exercício de 2006. Segue, de forma resumida, as alterações Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social 44.558 26.130 70.688 ocorridas no balanço patrimonial e na demonstração de resultado (DRE): Provisão para créditos de liquidação duvidosa 153.833 38.956 7.708 200.497 Banco Resultado não realizado - Derivativos 14.647 34.335 33.425 82.407 Saldo Saldo Provisão para passivos contingentes 15.519 15.519 Total 213.038 99.421 7.708 48.944 369.111 Balanço patrimonial original Ajustes ajustado 30 Partes relacionadas - Banco Ativo As transações com partes relacionadas foram realizadas em condições usuais de mercado e ausência de risco: Investimentos 1.887.074 (501.189) 1.385.885 2007 2006 Patrimônio líquido Ativos Reservas de lucros 1.591.457 (379.600) 1.211.857 Aplicações em depósitos interfinanceiros 13.193.859 9.208.819 Lucros acumulados 201.627 (121.589) 80.038 Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos 9.156.430 2.822.013 DRE Dividendos e bonificações a receber 2.633 4.210 Resultado de participações em colig. e controladas 232.726 (121.589) 111.137 Valores a receber de sociedades ligadas 633 609 Lucro líquido 473.506 (121.589) 351.917 Passivos Consolidado Depósitos à vista 2.493 1.720 Saldo Saldo Depósitos interfinanceiros 13.616.492 4.130.031 Balanço patrimonial original Ajustes ajustado Depósitos a prazo 5.950 5.253 Ativo Captações no mercado aberto 643.730 345.481 Outros créditos – diversos 1.539.643 (759.378) 780.265 Instrumentos financeiros derivativos 201.003 119.662 Passivo Outras obrigações - Sociais e estatutárias 126.600 Outras obrigações – fiscais e previdenciárias 1.351.702 (258.189) 1.093.513 Negociação e intermediação de valores 524 484 Patrimônio líquido Outras obrigações - Diversas 95.633 Reservas de lucros 1.591.457 (379.600) 1.211.857 Resultado Lucros acumulados 201.627 (121.589) 80.038 Rendas de aplicações no mercado aberto 48 1.717 DRE Rendas de aplicações em depósitos interfinanceiros 692.970 624.883 Rendas de operações de crédito 1.762.867 (184.227) 1.578.640 Resultado com títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos 531.744 241.603 Imposto de renda e contribuição social (191.000) 62.638 (128.362) Receitas de prestação de serviços 3.668 3.431 Lucro líquido 473.506 (121.589) 351.917 Despesas de depósitos interfinanceiros (786.585) ( 52.224) Despesas de depósitos a prazo (339) ( 567) Despesas de captações no mercado aberto (28.946) ( 25.261) Lupercio de Souza Izabel - Contador - 1SP194.632/O-4 Diretor Presidente José Ermírio de Moraes Neto

Diretores Vice-Presidentes Wilson Masao Kuzuhara Marcus Olyntho de Camargo Arruda Milton Roberto Pereira

Diretores Celso Marques de Oliveira José Manoel Lobato Barletta Marcelo Parente Vives Mario Antonio Thomazi

Pedro Paulo Mollo Neto Silvio Alfredo Frugoli Vivaldo Monteiro Costa da Silva

Superintendentes Abraham B. V. Weintraub Marcelo Augusto de Castro Carlos Montone Márcio Luis Domingues da Silva Fabio Eduardo Soriano Szwarcwald Marta Cibella Knecht José Roberto de Mattos Curan Nelson Jorge de Freitas Laércio Goulart Paiva Junior Ronaldo José Iser

RESUMO DO RELATÓRIO DO COMITÊ DE AUDITORIA Introdução O Comitê de Auditoria do Banco Votorantim S.A., instituído por dispositivo estatutário aprovado pelo Banco Central do Brasil em 28 de Junho de 2004, em conformidade com a Resolução 3.198 de 27 de Maio de 2004 do Banco Central do Brasil, é constituído de três membros permanentes. Ao Comitê compete analisar e avaliar a eficácia dos controles internos do Banco Votorantim S.A. e controladas, baseando-se nos regulamentos e leis aplicáveis. A Administração tem a responsabilidade pelas atividades operacionais, gerência de riscos, de controles e de processos, e pela elaboração e divulgação das demonstrações financeiras do Banco Votorantim S.A. e controladas. A KPMG Auditores Independentes é responsável pela a auditoria das demonstrações financeiras, certificando que as posições patrimoniais e financeiras estão em conformidade com os princípios contábeis, legislação societária e normas dos reguladores oficiais. Atividades do Comitê Durante o primeiro semestre de 2007, o Comitê de Auditoria realizou 8 reuniões formais,

com participação das gerências de auditoria interna e externa, quando avaliou os controles internos, os trabalhos das auditorias interna e externa e demonstrações financeiras. As atividades do Comitê de Auditoria foram fundamentadas nos relatórios emitidos pela a Auditoria Interna, Auditoria Externa e Compliance. Foram discutidos os principais pontos de auditorias identificados e definidos os respectivos planos de ação junto as Vice-presidências e Diretorias responsáveis. Auditoria Interna Os trabalhos da Auditoria Interna foram reportados ao Comitê de Auditoria, os quais foram base para as devidas avaliações dos riscos, dos controles internos e dos sistemas de gestão. O Comitê de Auditoria avalia de forma positiva e adequada as atividades efetuadas pela a auditoria interna. Auditoria Externa O Comitê de Auditoria acompanhou o processo de elaboração das demonstrações financeiras referentes ao primeiro semestre de 2007. No início de agosto de 2007, em reunião

Aos Administradores e Acionistas do Banco Votorantim S.A. São Paulo - SP Examinamos os balanços patrimoniais do Banco Votorantim S.A. (“Banco”) e os balanços patrimoniais consolidados desse Banco e suas controladas (“Consolidado”), levantados em 30 de junho de 2007 e 2006 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.

Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do Banco e suas controladas; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração do Banco e suas controladas, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco Votorantim S.A. e a posição patrimonial e financeira consolidada desse Banco e suas

com o Auditor Externo responsável, foram discutidas a abordagem dada aos trabalhos de auditoria, bem como as conclusões dos trabalhos de fechamento do primeiro semestre. O comitê considera satisfatórias as informações fornecidas pela KPMG para suportar sua opinião a respeito das demonstrações financeiras. Conclusão: Com base nos resultados dos trabalhos efetuados, o Comitê de Auditoria avalia como adequadas à qualidade das atividades de Auditoria Interna, a estruturação e eficácia dos Controles Internos, a qualidade e independência dos processos e relatórios da Auditoria Externa, e a exatidão das Demonstrações Financeiras referentes à 30.06.2007. São Paulo, 14 de agosto de 2007 Marcelo Parente Vives José Manoel Lobato Barletta Mario Antonio Thomazi

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

Previdência: nova contabilidade.

A

mudança na contabilidade da Previdência Social foi um dos nove consensos a que chegaram ontem os integrantes do Fórum Nacional da Previdência. Pela proposta aprovada, o cálculo do déficit deverá levar em conta apenas as receitas e despesas com os contribuintes

da área urbana e o Tesouro Nacional terá que reembolsar os cofres do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) pelas renúncias da contribuição previdenciária feitas com entidades filantrópicas, micros e pequenas empresas, entre outros setores. Com a nova metodologia, o déficit da Previdência em

2006 cairia dos R$ 42 bilhões para apenas R$ 3,8 bilhões. "As despesas com a área rural, com a renúncia às entidades filantrópicas e ao Supersimples, serão financiadas pela seguridade social, com o uso dos recursos da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e da parcela de 0,1% da CPMF", afirmou o ministro da Previdência, Luiz Marinho. "Essas despesas não entrarão mais no cálculo do déficit, pois serão contabilizadas co-

mo assistência social. Aliás, o déficit nunca deveria ter sido anunciado dessa forma. Essa conceituação foi feita lá fora, para fragilizar a Previdência brasileira e quem sabe se não era motivação de muitos o desejo de se discutir sua privatização", acusou Marinho. Essa mudança na contabilidade é um dos pontos centrais da reforma previdenciária imaginada pelo governo Lula, pois ela dará a dimensão real do problema que o governo deseja enfrentar e a amplitude das medidas que pretende apresentar. O secretário de Po-

controladas em 30 de junho de 2007 e 2006, os resultados de suas operações, as mutações do seu Patrimônio Líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 14 de agosto de 2007 KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6 Giuseppe Masi Contador CRC 1SP176273/O-7

líticas de Previdência Social, Helmut Schwarzer, deixou isso claro. "Nosso objetivo é zerar o déficit do regime urbano de Previdência", afirmou. No ano passado, esse déficit foi de apenas R$ 3,8 bilhões. Para fazer isso, no curto e médio prazos, bastará, segundo o ministro Luiz Marinho, a formalização da mão-de-obra, o que já vem ocorrendo. O governo prevê que 1,6 milhão de trabalhadores serão contratados neste ano com carteira assinada e, portanto, com contribuição para o Regime Geral de Previdência Social (RGPS), au-

mentando a arrecadação. O Fórum começou ontem a construir consensos pelos temas mais fáceis que os defendidos pelas centrais sindicais. Uma das propostas aprovadas ampliou os direitos dos trabalhadores, pois prevê uma mudança na legislação do seguro desemprego e da Previdência. O objetivo das mudanças é permitir que os empregados que forem demitidos possam contribuir com alíquota especial para o INSS e contar o tempo em que estiverem recebendo o seguro-desemprego para efeito de aposentadoria. (AE)


C idades A ordem é recuperar São Paulo DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

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Rafael Hupsel/Luz

A Comissão de Política Urbana da ACSP durante o encontro de ontem.

Programa da Prefeitura para recuperar e manter a cidade envolve a reforma de pontes, viadutos, escolas e unidades de saúde, a um custo de R$ 220 milhões Alex Ribeiro/DC

Sergio Leopoldo Rodrigues

Parceria pode criar 6 garagens subterrâneas

A

Prefeitura de São Paulo estará investindo mais de R$ 220 milhões no programa de manutenção da cidade, que implica a recuperação de 11 pontes e viadutos, de 1.450 escolas e 600 unidades de saúde, até o final de 2008. "Trata-se de um plano permanente idealizado pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM) a partir do projeto Cidade Limpa", informou ontem o secretário municipal de Infra-Estrutura Urbana e Obras, Marcelo Cardinale Branco, durante reunião da Comissão de Política Urbana (CPU), da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). "Essa é a contrapartida da Prefeitura ao esforço dos comerciantes e cidadãos paulistanos para se adequarem ao Cidade Limpa", salientou. O projeto foi lançado em setembro de 2006. O atual programa de manutenção e recuperação foi elaborado em três áreas. A primeira, a reforma das cozinhas, banheiros, hidráulica, parte elétrica e telhados de 1.450 escolas, até dezembro de 2008. Reformas – Para essa ação foram emitidas ordens de serviço na casa dos R$ 50,4 milhões, com finalização até dezembro próximo. No total, esse trabalho implicará gastos de R$ 170 milhões, até o final de 2007. Em 2008 será a vez das áreas administrativas, esportivas, paisagismo e pintura das escolas. Segunda área: "Já está em andamento a reforma de pontes e viadutos, cujos critérios foram estabelecidos a partir de uma parceria com o Sinaenco, Instituto de Engenharia e Ministério Público", esclareceu para o coordenador e subcoordenador da CPU, respectivamente, Alfredo Cotait Neto (secretário municipal de Relações Internacionais) e Antônio Carlos Pela. Também participou da reunião o diretor da Emurb, Rubens Chammas. Para essa operação foram licitadas 11 obras e liberados R$ 53,4 milhões para outras oito: ponte Cidade Jardim, elevado do Glicério, viadutos Conselheiro Carrão, Engenheiro Alberto Badra, Café, Beneficência Portuguesa, pontes Transamérica e João Dias. "Esse programa é um pouco mais lento que as escolas pela sua complexidade", disse Branco. Até o final do ano serão emitidas ordens de serviço para os viadutos Pacaembu, Santo Amaro e engenheiro Antônio Carvalho de Aguiar, no valor de R$ 17,4 milhões. Viadutos – Segundo o secretário, ainda neste semestre será publicado edital para a recuperação dos viadutos Florêncio de Abreu e Domingos de Moraes, ponte do Limão e Freguesia do Ó, no valor de R$ 6,6 milhões, obras programadas para o pri-

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Elevado do Glicério integra o programa permanente de recuperação e manutenção da cidade Divulgação/Sinaenco

Rafael Hupsel/Luz

Falta de manutenção compromete viaduto do Café Rafael Hupsel/Luz

Rafael Hupsel/Luz

Chammas, diretor da Emurb Rafael Hupsel/Luz

Centro de São Paulo deverá ganhar pelo menos seis novas garagens subterrâneas, com 2.430 vagas, pelo sistema de concessão e parceria entre o poder público e a iniciativa privada. Em 2004 havia uma demanda de 4,2 mil vagas na região e projeções para até 9,7 mil vagas até 2010, abrindo espaço para 11 garagens, segundo estudo realizado pela TTC Engen h a r i a d e Tr á f e g o e d e Transportes Ltda. Os dados foram apresentados ontem pelo diretor de Desenvolvimento e Intervenções Urbanas da Emurb, Rubens Chamma, durante reunião da Comissão de Política Urbana (CPU), da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). "O importante é que o poder público vai ouvir sempre a sociedade e o mercado para que as soluções sejam as mais adequadas possíveis", afirmou. A primeira fase de licitação pré-qualificou seis dessas 11 áreas, que são as seguintes garagens subterrâneas: praça Ramos de Azevedo (três subsolos e 450 vagas), praça João Mendes (quatro subsolos e 430 vagas), Pátio do Colégio (quatro subsolos e 350 vagas), Mercado Central (dois subsolos e 490 vagas), avenida São Luís-praça Dom José Gaspar (quatro subsolos e 450 vagas) e praça Antônio Prado-avenida São João (cinco subsolos e 360 vagas). Chammas crê que esse total de 2.430 vagas poderá crescer para mais de 3 mil,

uma vez aprovadas as propostas vencedoras, com prazo de exploração de 30 anos. Os problemas ocorridos nas concessões anteriores (Clínicas e Trianon), tais como interferências não previstas, não atendimento de cláusulas contratuais, limitação dos prazos de concessão e tarifas controladas poderão ser solucionados, a partir de agora. "Sobretudo com as modificações feitas com a nova Lei 12.688, de 2004", ressaltou. Chammas disse também que, a exemplo do que ocorre com sucesso nas garagens subterrâneas da Espanha, França e Inglaterra, não haverá grandes entraves ambientais, pois os trabalhos estão sendo desenvolvidos em conjunto pela secretaria do Verde, áreas de transporte e cultural da cidade. O coordenador da CPU e secretário municipal de Relações Internacionais, Alfredo Cotait Neto, destacou a necessidade de ampliar as vagas no Centro, pois cerca d e 1 5 m i l v e í c u l o s n ovos/mês se integram à frota de cinco milhões de unidades da cidade. Ele ponderou que, da forma em que está colocada pela Emurb, a garagem subterrânea do Pátio do Colégio é inviável. O secretário lembrou que ela foi projetada para ter quatro subsolos e 800 vagas, que seriam absorvidas pelo movimento da região, e que incluía área para ônibus de estudantes e visitantes "para estimular o turismo histórico". (SLR)

Alexandre Nóbrega/Digna Imagem - 28/05/2005

Branco, secretário municipal

Pela, vice-coordenador da CPU

Cotait, secretário e coordenador

meiro semestre de 2008. Estão ainda em elaboração os projetos para os viadutos Pacheco Chaves, Parque Anhembi, Eusébio Estevaux e General Olímpio da Silveira, com licitação prevista para o primeiro semestre e início das obras no segundo semestre do próximo ano. Incluise ainda a recuperação de 18 obras de arte públicas, para os próximos dois anos. Saúde – Finalmente, a recuperação e manutenção de 600 unidades de saúde – das quais 80% são Unidades Básicas de Saúde (UBs), na média de 50 a 60 por mês, até fins de 2008. "Em um ano todas estarão recuperadas", disse. Dentro de quatro anos "a manutenção contínua garantirá status de nova a todas as unidades". Branco adiantou que o programa engloba a requalificação das áreas dos cemi-

térios. Lembrou que o prefeito está contratando seguranças privados para evitar depredações nas escolas recuperadas. Branco não crê que seja possível, em 10 anos, como prevê a lei, enterrar todos os fios e cabos da cidade. "Precisamos firmar um pacto envolvendo a atuação de todas as concessionárias", disse. Elogiou o trabalho da CPU na luta para recuperar a cidade: "os comerciantes tiveram postura de estadistas na implantação do Cidade Limpa".

Antonio Carlos Pela disse que o programa de recuperação mostra "uma visão moderna de administração". Ele destacou a atuação das comissões técnicas da CPU e das 15 Sedes Distritais da ACSP para conscientizar empreendedores e cidadãos sobre os problemas da cidade. "E trabalhamos em parceria com o poder público, sugerindo medidas que melhorem a qualidade de vida da comunidade", disse. Na página 2, mais sobre manutenção da cidade

Praça Ramos de Azevedo: três subsolos e 450 vagas


quinta-feira, 23 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

ECONOMIA/LEGAIS - 17

BV FINANCEIRA S.A. - CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO C.N.P.J. 01.149.953/0001-89 Av. Roque Petroni Jr. 999 - 15º andar - conj. A - CEP: 04707-910 - São Paulo - SP Tel: (011) 5185-1700 Fax: (011) 5185-1900 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO rou o semestre com carteira de financiamentos de R$ 12,9 bilhões, significando um aumento de 38,9% em relação a junho de 2006. Senhores Acionistas, Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas. as demonstrações financeiras de 30 de Ao longo do primeiro semestre de 2007, a BV Financeira implantou a infraestrutura de funcionamento do cartão de crédito com a marca “Banco Votorantim”, o qual passou com sucesso por projeto piloto com cerca de 200 voluntários. O lançamento comercial está junho de 2007, bem como o parecer dos auditores independentes. A BV Financeira manteve importante participação no mercado de financiamento de veículos com 15% de market share. O semestre de previsto para setembro de 2007. 2007 encerrou com total de 2,1 milhões de clientes ativos, apresentando crescimento de 350 mil clientes em relação a dezembro de Agradecemos aos nossos clientes, parceiros e colaboradores, pelo sucesso alcançado no semestre. São Paulo, 14 de agosto de 2007 2006. A Diretoria O Lucro Líquido apurado no semestre foi de R$ 139,4 milhões, atingindo Patrimônio Líquido de R$ 787,4 milhões. A Empresa encerBALANÇOS PATRIMONIAIS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 - (Em milhares de reais) Ativo 2007 2006 Passivo Circulante 8.210.659 6.043.596 Circulante Depósitos Disponibilidades 22.153 18.710 Depósitos interfinanceiros Aplicações interfinanceiras de liquidez 586.711 294.101 Relações interdependências Aplicações no mercado aberto 560.707 281.601 Transferências internas de recursos Aplicações em depósitos interfinanceiros 26.004 12.500 Instrumentos financeiros derivativos Títulos e valores mobiliários e Instrumentos financeiros derivativos instrumentos financeiros derivativos 120.119 2.721 Outras obrigações Carteira própria 118.870 759 Sociais e estatutárias Instrumentos financeiros derivativos 646 1.962 Fiscais e previdenciárias Vinculados a prestação de garantias 603 Negociação e intermediação de valores Operações de crédito 6.659.357 5.282.565 Diversas Empréstimos - setor privado 903.631 433.569 Financiamentos - setor privado 6.048.546 5.049.655 Exigível a longo prazo Depósitos Provisão para créditos de liquidação duvidosa (292.820) (200.659) Depósitos interfinanceiros Outros créditos 397.867 172.934 Instrumentos financeiros derivativos Negociação e intermediação de valores 12.362 10.708 Instrumentos financeiros derivativos Diversos 385.505 162.226 Outras obrigações Outros valores e bens 424.452 272.565 Fiscais e previdenciárias Bens não de uso próprio 33.221 20.904 Despesas antecipadas 391.231 251.661 Patrimônio líquido Capital social: Realizável a longo prazo 6.204.473 3.929.951 De domiciliados no País Títulos e valores mobiliários e Reserva de capital instrumentos financeiros derivativos 503 Reservas de lucros Instrumentos financeiros derivativos 503 Lucros Acumulados Operações de crédito 5.833.753 3.734.932 Empréstimos - setor privado 840.394 362.036 Financiamentos - setor privado 5.102.376 3.442.494 Provisão para créditos de liquidação duvidosa (109.017) (69.598) Outros créditos 127.587 44.099 Diversos 127.587 44.099 Outros valores e bens 243.133 150.417 Despesas antecipadas 243.133 150.417 Permanente 55.660 44.402 Investimentos 2.124 2.125 Outros investimentos 2.124 2.125 Imobilizado de uso 30.714 25.329 Outras imobilizações de uso 52.663 40.752 Depreciação acumulada (21.949) (15.423) Diferido 22.822 16.948 Gastos de organização e expansão 42.939 29.601 Amortização acumulada (20.117) (12.653) Total do Ativo 14.470.792 10.017.949 Total do Passivo

2007 13.639.322 13.193.859 13.193.859 1.114 1.114 22 22 444.327 64.300 249.762 14.580 115.685 44.080 44.080 44.080 787.390

2006 9.467.189 9.196.773 9.196.773 400 400 751 751 269.265 48.852 140.131 23.949 56.333 12.095 12.046 12.046 49 49 538.665

342.000 12.054 300.879 132.457

342.000 2.669 177.546 16.450

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS Semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 (Em milhares de reais, exceto lucro líquido por ação do capital social) 2007 2006 Receitas da intermediação financeira 1.715.049 1.301.041 Operações de crédito 1.760.104 1.297.161 Resultado de operações com títulos e valores mobiliários 45.988 21.112 Resultado com instrumentos financeiros derivativos (91.043) (17.232) Despesas da intermediação financeira (925.333) (800.581) Operações de captação no mercado (692.970) (624.883) Provisão para créditos de liquidação duvidosa (232.363) (175.698) Resultado bruto da intermediação financeira 789.716 500.460 Outras receitas/(despesas) operacionais (499.244) (362.365) Receitas de prestação de serviços 231.806 151.992 Despesas de pessoal (74.556) (64.793) Outras despesas administrativas (227.005) (160.208) Despesas tributárias (73.346) (50.892) Outras receitas operacionais 4.180 4.847 Outras despesas operacionais (360.323) (243.311) Resultado operacional 290.472 138.095 Resultado não operacional (12.353) (4.165) Resultado antes da tributação e participações no lucro 278.119 133.930 Imposto de renda e contribuição social (73.869) (18.205) Provisão para imposto de renda (61.469) (57.271) Provisão para contribuição social (22.317) (20.788) Ativo fiscal diferido 9.917 59.854 Participações no lucro (64.822) (48.852) Lucro líquido 139.428 66.873 Lucro líquido por ação 407,68 529,22

DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS Semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 (Em milhares de reais) 2007 2006 Origens dos recursos 2.686.082 2.084.640 Lucro líquido 139.428 66.873 Ajuste ao lucro líquido 7.333 5.273 Depreciação e amortização 7.333 5.273 Ajustes de exercícios anteriores (379.600) Constituição de reservas 9.385 Reserva de capital 9.385 Recursos de terceiros originários de: 2.529.936 2.392.094 Aumento dos subgrupos do passivo 2.505.538 1.815.661 Depósitos 2.505.365 1.815.293 14.470.792 10.017.949 Relações interdependências 173 368 DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - Semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 - (Em milhares de reais) Diminuição dos subgrupos do ativo 24.398 576.433 Reservas Outros créditos 24.398 576.433 de lucros Aplicações dos recursos 2.689.370 2.084.691 Capital Aumento Reserva Para Lucros Juros sobre o capital próprio 41.000 social de capital de capital Legal expansão acumulados Total Inversões em: 12.801 13.911 Saldos em 31 de dezembro de 2005 280.000 62.000 2.669 32.008 515.715 892.392 Imobilizado de uso 6.415 8.340 Aumento de capital 62.000 (62.000) Diferido 6.386 5.571 Reversão de reserva (379.600) 379.600 Aumento dos subgrupos do ativo 2.664.906 1.912.623 Ajuste de exercícios anteriores (379.600) (379.600) Aplicações interfinanceiras de liquidez 224.230 45.629 Lucro líquido 66.873 66.873 Operações de crédito 2.255.872 1.706.237 Destinações do lucro líquido: Títulos e valores mobiliários 18.509 64.520 Reserva legal 9.423 (9.423) Outros valores e bens 166.295 96.237 Juros sobre o capital próprio (41.000) (41.000) Diminuição dos subgrupos do passivo 11.663 117.157 Instrumentos financeiros derivativos 420 194 Saldos em 30 de junho de 2006 342.000 2.669 41.431 136.115 16.450 538.665 Outras obrigações 11.243 116.963 Saldos em 31 de dezembro de 2006 342.000 2.669 40.347 253.561 638.577 Redução das disponibilidades (3.288) (51) Incentivos fiscais 9.385 9.385 Modificação na posição financeira Lucro líquido 139.428 139.428 Disponibilidades Destinação do lucro líquido: No início do semestre 25.441 18.761 Reserva legal 6.971 (6.971) No fim do semestre 22.153 18.710 Saldos em 30 de junho de 2007 342.000 12.054 47.318 253.561 132.457 787.390 Redução das disponibilidades (3.288) (51)

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - Semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 - (Em milhares de reais) Contexto operacional riscos específicos e globais da carteira, bem como as diretrizes do BACEN. 2006 A BV Financeira S.A. - Crédito, Financiamento e Investimento (BV Financeira) têm e. Outros ativos Saldo Provisão por principal objetivo a realização de operações de financiamento de veículos, bem Demonstrados pelo custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos calculados Nível Créditos Créditos Total das como atuar nas demais atividades permitidas e regulamentadas pelo Banco Central com base “pro rata” dia e das variações monetárias e cambiais, auferidas até a de risco a vencer vencidos operações % Valor do Brasil (BACEN). data do balanço. São reconhecidos os créditos tributários referentes, principalAA 531.603 531.603 0,0 As operações são conduzidas no contexto de um conjunto de instituições que atuam mente, da provisão para créditos de liquidação duvidosa. As despesas A 7.532.920 7.532.920 0,5 37.665 integradamente no mercado financeiro e certas operações têm a co-participação ou antecipadas, representadas, basicamente, por comissões sobre intermediação B 36.792 475.270 512.062 1,0 5.121 intermediação de instituições associadas, integrantes do sistema financeiro. Os bede operações de crédito, são apropriadas ao resultado no prazo dos contratos de C 11.926 305.556 317.482 3,0 9.524 nefícios dos serviços prestados entre essas instituições e os custos da estrutura financiamento. D 3.479 103.199 106.678 10,0 10.668 operacional e administrativa são absorvidos segundo a praticabilidade e a f. Estimativas contábeis E 1.272 61.249 62.521 30,0 18.756 razoabilidade de lhes serem atribuídos, em conjunto ou individualmente. A elaboração de demonstrações financeiras de acordo com as práticas F 686 48.703 49.389 50,0 24.695 Descrição das principais práticas contábeis contábeis adotadas no Brasil requer que a Administração use de julgamento na G 282 37.288 37.570 70,0 26.299 As práticas contábeis adotadas para a contabilização das operações e para elaboradeterminação e registro de estimativas contábeis. A liquidação das transações H 1.812 135.717 137.529 100,0 137.529 ção das demonstrações financeiras emanam da Lei das Sociedades Anônimas, envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores diferentes dos estimaTotal 8.120.772 1.166.982 9.287.754 270.257 associadas às normas e instruções do BACEN. dos, devido a imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. A d. Provisão para créditos de liquidação duvidosa a. Apuração do resultado Administração revisa as estimativas e premissas pelo menos mensalmente. 2007 2006 O resultado é apurado pelo regime de competência. As rendas de operações de g. Ativo permanente Saldo inicial 353.963 173.636 crédito são apropriadas ao resultado por meio da aplicação do método i. Imobilizado - demonstrado pelo custo de aquisição. A depreciação é calculaConstituição 232.363 175.698 exponencial. da pelo método linear, com base em taxas anuais que contemplam a vida Créditos baixados contra provisão (184.489) ( 79.077) b. Títulos e valores mobiliários útil-econômica dos bens, composta, basicamente, por móveis e equipamenSaldo final 401.837 270.257 Títulos para negociação - títulos adquiridos com o propósito de serem ativa e tos de uso, sistema de comunicação - 10%, e sistemas de processamento de Os créditos recuperados durante o semestre, contabilizados como recuperação frequentemente negociados. São ajustados pelo valor de mercado dados - 20%. de créditos baixados como prejuízo, totalizam R$ 45.723 (2006 - R$ 11.516) e em contrapartida ao resultado do período; ii. Investimentos - representados por incentivos fiscais, demonstrados pelo seu foram classificados em “Receitas de operações de crédito”. A Sociedade apreTítulos disponíveis para venda - títulos que não se enquadrem para negociação valor nominal. senta R$ 67.674 (2006 - R$ 74.082) de operações renegociadas no semestre. nem como mantidos até o vencimento. São ajustados pelo valor de mercado em iii. Diferido - refere-se, basicamente, a benfeitorias em imóveis de terceiros, e. Avaliação a valor de mercado contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzidos dos efeitos trisendo a sua amortização calculada pelos prazos em que os correspondentes Foi procedida a avaliação a valor de mercado da carteira de financiamentos, conbutários; e benefícios são gerados. forme determina a Resolução nº3.082/02 do BACEN. A referida avaliação Títulos mantidos até o vencimento - títulos adquiridos com a intenção e capacih. Outros passivos considera o respectivo “hedge” no mercado futuro de DI junto a BM&F, refletindo dade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento. São Demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo, quando aplicáos efeitos da variação da taxa de juros na carteira de financiamentos, de acordo avaliados pelo custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em vel, os encargos apurados com base “pro rata” dia e as variações monetárias ou com o fluxo de vencimento das parcelas, em contrapartida aos ajustes ocorridos contrapartida ao resultado do período. cambiais, incorridas até a data do balanço. A provisão para imposto de renda foi no referido mercado de derivativos, mensurado mensalmente. Em 30 de junho de c. Instrumentos financeiros derivativos constituída à alíquota de 15%, acrescida de adicional de 10%, e a provisão para 2007, a avaliação desses ativos gerou ajuste positivo não realizado, no montante Os instrumentos financeiros derivativos são classificados de acordo com a intencontribuição social constituída à alíquota de 9%, de acordo com a legislação vide R$ 162.822 (2006 - R$ 5.147) e está apresentado em outros créditos - diverção da Administração, na data do início da operação, levando-se em gente. sos. consideração se sua finalidade é para proteção contra riscos (hedge) ou não. 3 Aplicações interfinanceiras de liquidez f. Cessão de créditos Os instrumentos financeiros derivativos que não atendam aos critérios de hedge a. Aplicações em depósitos interfinanceiros No primeiro semestre de 2007 foram efetuadas cessões de parcelas da carteira contábil estabelecidos pelo BACEN, são contabilizados pelo valor de mercado, Composta por depósitos interfinanceiros, remunerados às taxas pré-fixade financiamentos para o BV Financeira Fundo de Investimento em Direitos com as valorizações ou desvalorizações diretamente no resultado do período. das, com vencimento até 2 de julho de 2007, no montante de R$ 26.004 Creditórios I e para o BV Financeira Fundo de Investimento em Direitos d. Operações de crédito (2006 - R$ 12.500). Creditórios II no montante de R$ 816.389 (2006 - R$ 3.386). As referidas operaDemonstrados pelo custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos calculados b. Aplicações no mercado aberto ções de cessões geraram ganhos de R$ 47.865 (2006 - R$ 8) e estão com base “pro rata” dia e das variações monetárias e cambiais, auferidas até a Composta por operações compromissadas, remuneradas às taxas pós-fixadas, apresentadas em receitas de operações de crédito. data do balanço. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é constituída com vencimento até 29 de agosto de 2007, no montante de R$ 560.707 (2006 - 7 Outros créditos - Negociação e intermediação de valores por valor suficiente para cobrir eventuais perdas, levando em consideração os R$ 281.601). 2007 2006 Pessoas físicas e jurídicas 6.901 5.503 Títulos e valores mobiliários 2007 2006 Valores a receber - leiloeiros 5.461 5.205 Faixas de vencimento Total 12.362 10.708 Títulos para negociação Valor Valor de Lucro não sem 3 a 12 1a3 Valor de 8 Outros créditos - Diversos Tipo de custo mercado realizado vencimento meses anos Total mercado 2007 2006 Fundos de investimento 118.870 118.870 118.870 118.870 759 Crédito tributário de impostos e contribuições 269.294 147.993 LFT 603 603 57 546 603 Devedores por depósitos em garantia 3.942 3.204 Total 119.473 119.473 118.870 57 546 119.473 759 Impostos e contribuições a compensar 53.076 36.701 Opções por incentivos fiscais 11.880 2.494 Os critérios de precificação de títulos e valores mobiliários consideram preços e taxas oficialmente divulgados pela ANDIMA, além de eventuais ajustes nos preços de títulos de Títulos e créditos a receber 162.822 5.147 baixa liquidez, que consideram ofertas, últimos preços praticados, dispersão possível e outros fatores que possam determinar de forma mais adequada e justa o valor de Outros 12.078 10.786 mercado, levando em conta a adoção de critérios julgados adequados à aferição de preço para papéis de baixa liquidez. Total 513.092 206.325 Os investimentos em cotas de fundos de investimento são atualizados diariamente pelo valor da cota divulgado pelo Administrador. 9 Outros valores e bens - Despesas antecipadas Instrumentos financeiros derivativos 2007 2006 Os instrumentos financeiros derivativos podem ser assim resumidos: Comissões sobre intermediação de operações 593.642 384.574 2007 2006 Seguro prestamista 29.531 15.319 Diferencial Diferencial Valores a Outros 11.191 2.185 Faixa de vencimento Valor a receber/ a receber/ Lucro Valor receber Total 634.364 402.078 original do (pagar) (pagar) não Até 3 original do pagar Tipo contrato contábil mercado realizado meses Total Contrato mercado 10 Imobilizado de uso 2007 2006 Swap Custo Depreciação Líquido Líquido Pré 4.363 7.617 7.651 34 7.651 7.651 (94.391) (64.974) Instalações 3.293 (1.062) 2.231 1.830 DI (4.363) (7.027) (7.027) (7.027) (7.027) 94.391 66.639 Móveis e equipamentos de uso 7.856 (2.121) 5.735 4.622 Total 590 624 34 624 624 1.665 Sistema de comunicação 7.456 (2.023) 5.433 4.327 Os valores a receber originários de contratos de swap montam a R$ 646 (2006 - R$ 2.465) e estão registrados no Ativo em Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiSistema de processamento ros derivativos, e os valores a pagar montam a R$ 22 (2006 - R$ 800) e estão registrados no Passivo em Instrumentos financeiros derivativos. de dados 33.634 (16.419) 17.215 14.433 As operações de swap têm como contraparte o Banco Votorantim S.A., sendo integralmente negociadas no mercado de balcão. Sistema de segurança 322 (245) 77 82 Os critérios de precificação de instrumentos financeiros derivativos consideram preços e taxas oficialmente divulgados pela BM&F, bem como cálculos de prêmios de opção e Sistema de transporte 102 (79) 23 35 outros riscos de acordo com metodologias convencionais e consagradas. Total 52.663 (21.949) 30.714 25.329 2007 2006 11 Diferido Faixas de vencimento Valor de Valor de 2007 2006 mercado Até 3 de 3 a de 1 a de 3 a acima de mercado Custo Amortização Líquido Líquido Tipo contrato meses 12 meses 3 anos 5 anos 5 anos Total contrato Gastos em imóveis de terceiros 41.287 (20.117) 21.170 16.502 Futuros Gastos aquisição e DI (14.608.113) (1.832.663) (3.947.514) (7.703.684) (1.078.021) (46.231) (14.608.113) (8.925.153) desenvolvimento de logiciais 1.652 1.652 446 Os contratos de futuros são ajustados diariamente com base nos ajustes financeiros efetuados pela Bolsa de Mercadorias & Futuros. Em 30 de junho de 2007, os ajustes das Total 42.939 (20.117) 22.822 16.948 respectivas operações montam a R$ 2.898 (2006 - R$ 10.861) e estão registrados no Passivo em Negociação e intermediação de valores. 12 Depósitos interfinanceiros As margens depositadas para os instrumentos financeiros derivativos totalizam R$ 560.707 (2006 - R$ 281.601) composta por títulos públicos federais, lastros das operações Representados por certificados de depósitos interfinanceiros, remunerados às taxas compromissadas descritas na nota 3b. pré-fixadas e pós-fixadas, com vencimentos até 10 de março de 2008, totalizando R$ Operações de crédito e provisão para créditos de liquidação duvidosa 13.193.859 (2006 - R$ 9.208.819). c. Composição da carteira de operações de crédito nos correspondentes ní- 13 Outras obrigações - Sociais e estatutárias a. Composição da carteira por tipo de cliente e atividade econômica veis de risco, conforme estabelecido na Resolução nº 2.682, do BACEN 2007 2006 Refere-se à provisão para participações no lucro no montante de R$ 64.300 (2006 2007 Comércio 741.498 690.665 R$ 48.852). Saldo Provisão Pessoa física 12.153.449 8.597.089 14 Outras obrigações - Fiscais e previdenciárias Nível Créditos Créditos Total das Total 12.894.947 9.287.754 2007 2006 de risco a vencer vencidos operações % Valor b. Composição da carteira de operações de crédito por vencimento Impostos e contribuições sobre o lucro a pagar 87.764 76.407 AA 762.812 762.812 0,0 Faixas de vencimentos 2007 2006 Impostos e contribuições a recolher 150.223 61.534 A 10.524.031 10.524.031 0,5 52.620 Parcelas vencidas Provisão para impostos e contribuições diferidos 55.386 1.739 B 45.971 552.115 598.086 1,0 5.981 A partir de 15 dias 245.277 169.404 Provisão para riscos fiscais 469 451 C 13.215 405.118 418.333 3,0 12.550 Parcelas a vencer Total 293.842 140.131 D 12.359 151.850 164.209 10,0 16.421 15 Outras obrigações - Negociação e intermediação de valores Até 3 meses 2.026.704 1.632.148 E 2.586 86.932 89.518 30,0 26.855 3 a 12 meses 4.680.196 3.681.672 2007 2006 F 1.159 69.755 70.914 50,0 35.457 1 a 3 anos 5.392.156 3.640.227 Credores por conta liquidação pendente – mercado futuro 2.898 10.861 G 779 49.527 50.306 70,0 35.215 3 a 5 anos 528.201 164.303 Financiamentos a liberar 11.682 11.351 H 4.923 211.815 216.738 100,0 216.738 5 a 15 anos 22.413 Outras 1.737 Total 11.367.835 1.527.112 12.894.947 401.837 Total 12.894.947 9.287.754 Total 14.580 23.949 (Continua)


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Nacional Finanças Empresas Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Vista da Adventure Sports Fair, que deve atrair 70 mil visitantes.

ESPORTES RADICAIS EM ALTA

AVENTURA SÓ NOS ESPORTES: SETOR CRESCE 15% AO ANO.

Thiago Bernardes/Luz

Organizadores da Adventure Sports Fair querem R$ 100 milhões em negócios Vanessa Rosal Gelo: snow board e até reprodução da Patagônia argentina na 9ª edição da Adventure Sports Fair.

A

rvorismo, trekking, esqui e até escalada no gelo são algumas das atrações da 9ª edição da Adventure Sports Fair, que começou ontem na Bienal do Parque Ibirapuera e vai até domingo. Segundo os organizadores da feira, o mercado de esportes e turismo de aventura movimentou R$ 400 milhões em 2006, e a expectativa é de que o faturamento aumente 15% este ano. Cerca de 300 expositores do setor têxtil e de equipamentos esportivos deverão realizar negócios da ordem de R$ 100 milhões só durante o evento. O diretor da feira, Eric Henderson, disse que 400 reuniões entre pequenos empresários e grandes estabelecimentos do setor estão agendadas até o final da semana. "O objetivo é contribuir para o crescimento, organização e profissionalização do turismo de aventura, que é a área de maior destaque

Água: feira traz a oportunidade de navegar em várias modalidades

dentro do turismo brasileiro atualmente". O setor abriga cerca de 1,7 mil empresas e emprega aproximadamente 25 mil pessoas. Uma das principais novidades este ano é um espaço totalmente dedicado aos apreciadores do surfe. "O esporte tem total sinergia com o espírito de aventura, sobretudo nos aspectos de preservação da natureza e na busca por explorar novos destinos", explicou o organizador da feira, Sérgio

Franco. Além dos produtos, uma exibição de peças conta a história da prática. Números – De acordo com dados da Fundação Getúlio Vargas, o mercado brasileiro de surfwear movimentou cerca de R$ 2,5 bilhões em 2006. O diretor de marketing da rede Mormaii, disse que nos últimos cinco anos o mercado cresceu 100%. "No ano passado, o faturamento da nossa empresa aumentou 45%. O surfe está em seu melhor mo-

Queiroz: formação em mergulho por R$ 1,5 mil e 60 alunos por mês.

mento", afirmou. Atualmente, a marca possui 32 lojas espalhadas pelo Brasil. E trabalha com a meta de abrir mais 68 franquias até 2010. Outra atividade em alta no mercado de aventura também é praticada no mar. A Scafo, que promove cursos de mergulho pelo Brasil, montou uma piscina dentro da Adventure

Santos: investimento tecnológico.

para mostrar ao público visi- evento. Toneladas de gelo vintante as técnicas ensinadas aos das da Argentina simulam a alunos de "primeira viagem". Patagônia para que o aventuSegundo o instrutor Arthur reiro sinta a magia e o frio de Queiroz Filho, cerca de 60 pes- caminhar sobre as áreas gélisoas recebem formação, men- das. Aproximadamente 70 mil salmente, na escola. Quem pessoas visitarão o evento até o quiser se aventurar pelos ma- próximo domingo. Running Show – Paralelares brasileiros terá que desembolsar, no mínimo, R$ 1,5 mil. mente à Adventure Sports "Estão inclusos aí o curso de Fair, no andar superior da Biedois dias, os equipamentos ne- nal, acontece o Running Show, cessários e um final de semana espaço dedicado às empresas em algum lugar paradisíaco de vestuário. Roupas apropriadas para dentro do dança, ginásBrasil". tica, caminhaDo mar, pada e musculara as trilhas. ção são os Quem gosta principais de acampar produtos desnão vai mais tacados. A reclamar de Rhodia, por d es c o nf o rt o exemplo, é na hora de um dos expodormir. Pelo sitores que menos essa é aposta no esa aposta da porte para empresa c r e s c e r. " O Camping's segmento já Wo r l d , q u e representa lança na Ad- Rhodia apresenta nova coleção 20% do nosso v e n t u r e Sports Fair a barraca automoti- faturamento, e a expectativa é va. Com dois andares, ela pos- que este percentual aumente sui um encaixe para ser insta- mais 5% esse ano com os novos lado em cima do carro. O pro- lançamentos", disse o diretor duto já pode ser encontrado da empresa, Francisco Ferraem 30 pontos-de-venda pelo roli dos Santos. A novidade apresentada pePaís, e custa, em média, R$ la Rhodia é a segunda geração 4.800. Outras atrações são os tan- dos fios "biotec", que, além do ques de caiaque e pistas para efeito antibacteriostático, traz test-drive de jipes, esqui e qua- também o antiácaro. "Investidriciclo. A interatividade com mos US$ 5 milhões todos os o público continua sendo a anos para a implantação desprincipal característica do sas tecnologias", disse.

Férias Vivas dá dicas de práticas seguras

P

raticar esportes radicais em meio à natureza pode ser saudável e prazeroso, mas é preciso tomar cuidado na hora de se aventurar . Prevenção é a palavra-chave para quem quer evitar acidentes e surpresas desagradáveis, segundo a Associação Férias Vivas, uma organização da sociedade civil de interesse público (Oscip). Em parceria com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e com o Ministério do Turismo, a entidade promove a disseminação do conhecimento necessário para o cumprimento de boas práticas nos esportes de aventura. Para consumidores e fornecedores, ela oferece informações que subsidiam a tomada de decisão no momento da escolha ou

oferecimento de roteiros, atividades e contratação de pacotes e serviços. Embora aconteçam acidentes graves no segmento, o mercado de esportes radicais não costuma divulgá-los. As informações podem ser obtidas no site www.feriasvivas.org.br. Anote algumas regras e precauções contra acidentes: – Não aja de maneira impulsiva. Comportamentos de risco podem provocar acidentes. – O risco não deve ser temido, mas identificado para ser controlado. – Conheça as características da atividade e dos equipamentos para evitar o manuseio errado e o surgimento de falhas mecânicas. – Procure empresas e equipes de apoio qualificadas.


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Saúde Educação Urbanismo Ambiente

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Estudo analisou as condições de183 praças, de cinco regiões da Capital.

ILUMINAÇÃO RUIM FACILITA ASSALTOS

As praças de SP estão longe de ser um jardim

Agliberto Lima/DC

Estudo revela que 82% das praças da Capital apresentam algum tipo de problema para os freqüentadores Fotos: Andrei Bonamin/Luz

Rejane Tamoto

A

s praças paulistanas, que a princípio seriam um cartão de visita e um espaço de lazer e convivência nos bairros da Capital, acabam se tornando um motivo para muita dor de cabeça dos moradores. Pelo menos 82% desses espaços públicos acumulam lixo e a infra-estrutura está degradada. A falta de manutenção das praças da cidade, sob responsabilidade do poder público, cria um círculo vicioso: os moradores deixam de freqüentálas e, por não solicitarem manutenção, a Prefeitura as deixam abandonadas. A conclusão é do arquiteto César Bergstrom, coordenador de um estudo realizado pelo Sindicato da Arquitetura e Engenharia (Sinaenco/SP), que abrange 183 praças, que representam 4% das 4.577 praças existentes na cidade, divulgado na manhã de ontem. Escolhidas por meio de sorteio, praças de cinco regiões da cidade foram analisadas entre os meses de maio e julho deste ano. Segundo o presidente do Sinaenco, João Antônio Del Nero, o objetivo do estudo não é denunciar e sim alertar a sociedade e o poder público para a necessidade de uma política permanente de manutenção das praças, que inclui mais recursos financeiros, humanos e tecnológicos. De 183 praças pesquisadas, 150 apresentaram problemas de manutenção e 43 ficam na zona sul da cidade. Na região central, foram analisadas 17 praças, entre elas o largo do Arouche, praça da República e o largo do Paissandu, que apresentaram problemas como mau estado do calçamento, falta de limpeza e falhas nas instalações. Segundo o estudo, em 73% dessas praças há falta ou mau estado de lixeiras. Em 71%, os brinquedos de parques infantis estão quebrados ou não existem. Em 38% delas, há problemas de falta de acessibilidade e calçamento. Em 34%, há sujeira e, em 33%, falhas nas construções e instalações, como banheiros e bancos. Além disso, o estudo aponta que 22% dos problemas verificados estão relacionados às áreas verdes e, em 18%, na iluminação inadequada. Ranking - Segundo a pesquisa do Sinaenco, a subprefeitura que possui o maior número de praças é a do Butantã, com 538. Na mesma região, há uma das piores do ranking, a praça João Batista Tramontano, no Jardim Bonfiglioli. O casal de aposentados Olívia Rosa Rodrigues Martins, 73 anos, e Delfim Agostinho Martins, 77 anos, até gostariam de caminhar pela praça, que fica em frente a casa onde moram há mais de 40 anos. "Já caí na calçada quebrada e tenho medo de descer para o outro lado da praça e cair de

Bancos quebrados e árvores caídas dificultam o lazer das pessoas

Praça da República, no Centro, recentemente reformada: falta limpeza

17 locais no Centro foram pesquisados, como a praça Julio Mesquita

Largo do Paissandu, no Centro: problemas nos equipamentos públicos

Largo do Arouche: moradores de rua e problemas no calçamento

novo, porque não tem onde segurar", disse Olívia. Segundo a aposentada, as árvores quebram o calçamento e a Prefeitura não corrige o problema. Na manhã de ontem, uma equipe da Prefeitura cortou pelo menos três eucaliptos da praça, que tem uma área verde ampla em seus 16 mil metros quadrados. Segundo a secretaria de Coordenação das Subprefeituras, a poda e remoção de árvores ocorrem a cada três meses ou quando há necessidade. "Não adianta nada. Ao derrubar árvores, a equipe da Prefeitura quebrou mais um banco da praça. E, depois, não há reposição", disse outro morador, o ferroviário Sérgio Souza Oliveira. Segundo ele, além de bancos e calçadas quebrados, lixo e queda de árvores, a praça João Batista Tramontano é mal iluminada, o que facilita os assaltos na região e atrai usuários de drogas. "Tudo o que tem de ruim fica nessa praça à noite. Até macumba. Nós temos um guarda que pagamos do próprio bolso", disse. As praças com boa avaliação são as adotadas pela iniciativa privada, como a Ramos de Azevedo, no Centro, e a praça Alfredo Egydio de Souza Aranha, no Jabaquara. Além da necessidade de alocação de equipes, materiais e verbas para a manutenção de praças pelas subprefeituras, outra recomendação do Sinaenco para melhorar a condição desses espaços é a desburocratização e simplificação do processo de adoção de praças por entidades e a iniciativa privada. Segundo a secretaria de Coordenação das Subprefeituras, 832 áreas verdes, entre canteiros, praças e alças de acesso, são adotadas pela iniciativa privada. O tempo médio para que uma empresa adote uma área verde da Prefeitura é de um ano. "Há muita dificuldade em adotar uma praça atualmente. Eu já tentei, mas não consegui, por falta de orientação e pelo difícil processo burocrático da Prefeitura", disse Bergstrom. Cidade Limpa - Segundo o secretário municipal de Habitação, Orlando Almeida, a manutenção de praças vem de encontro com o projeto Cidade Limpa, que combate a poluição visual da cidade. "Eu espero que a Prefeitura, sem permitir propagandas e nenhuma manifestação contra o projeto Cidade Limpa, também possa permitir um anúncio discreto. É uma forma de benefício para a marca da empresa e a população", disse Almeida. Para o secretário, no entanto, as empresas que têm interesse em adotar praças, como prática de responsabilidade social, deverão assumir mais do que serviços de jardinagem. "Os termos de cooperação para adoção de praças serão firmados de maneira mais integrada. A empresa que cuidar de uma praça poderia colocar monitores que orientassem as pessoas a não jogar lixo no chão", disse.

82% 73% 38% 33%

das praças da cidade de São Paulo acumulam lixo no local e possuem problemas de infraestrutura para os visitantes.

das praças têm problemas relacionados à falta de lixeiras para os freqüentadores ou manutenção precária desses equipamentos.

apresentam problemas de acessibilidade para os freqüentadores e estão com o calçamento em condições ruins.

das praças estudadas possuem falhas nas construções e instalações, como em banheiros públicos e nos bancos para as pessoas.

Fantasiados de morte, camelôs fizeram enterro simbólico do prefeito

Vestidos para matar, camelôs jogam Kassab contra Matarazzo No terceiro dia de protestos contra o fim da feirinha da madrugada do Brás, camelôs mudaram de tática e, agora, querem criar intriga entre o prefeito Gilberto Kassab e o secretário Andrea Matarazzo Ivan Ventura

N

os dois primeiros dias de manifestações contra o fim da feirinha da madrugada no Brás, os camelôs ilegais apenas protestaram contra o fim da atividade. Ontem, eles mudaram de tática e o principal objetivo da manifestação foi provocar um mal-estar entre o prefeito Gilberto Kassab e o secretário municipal de subprefeituras, Andrea Matarazzo. “Na prática, quem manda na cidade é o Matarazzo. Apoiamos a volta do legítimo prefeito, o senhor Gilberto Kassab”, pediu o presidente do sindicato dos camelôs (Sindicisp), Afonso José da Silva, o Afonso Camelô. A demonstração das novas táticas dos ambulantes no terceiro dia de protestos foi comprovada com a passeata de 150 pessoas nas ruas do Centro. A partir do Brás e rumo à Prefeitura, no Viaduto do Chá, o grupo encenou um sepultamento político de Kassab. E acusaram Matarazzo de ser o autor do “crime político”. O ato de ontem começou às 8h em frente ao sindicato, na Mooca, zona leste. No caminho, passaram pelo Brás. Comerciantes da região, desconfiados, ficaram nas portas dos estabelecimentos e ameaçaram fechar, com medo das tradicionais represálias de ambulantes. Curiosamente foram impedidos pelos próprios camelôs. Aos gritos, eles pediam para “não baixar as portas. A manifestação não é contra vocês”. Mais tranqüilos, a atenção dos comerciantes da região se voltou para a manifestação.

CÂMARA A Câmara de São Paulo suspendeu um concurso de novos cargos por suspeita de fraude.

No total, 31 ambulantes, vestindo roupas pretas e carregando uma foice de papelão (em referência à personagem que simboliza a morte) abriu a passeata. Eles traziam cartazes com os nomes dos 31 subprefeitos, sendo que um ganhou destaque: Matarazzo, que acumula o cargo de secretário com o de subprefeito da Sé. O cartaz dizia: “Eu sou Andrea, sub. da Sé e secretário de subprefeituras. Estou com os novos parceiros para politicamente eliminar o prefeito”. Logo atrás das 31 "mortes", um segundo grupo acompanhava um enterro simbólico do prefeito, com direito a caixão, velas e até uma coroa de flores. Afonso explicou o porquê da manifestação. “No dia 16 de abril deste ano, o prefeito nos recebeu em seu gabinete e prometeu uma definição sobre o futuro dos camelôs ilegais da cidade. No início do mês (agosto), o (Andrea) Matarazzo baixou a portaria que proibiu a emissão de novos TPU (Termos de Permissão de Uso). O secretário desrespeitou uma ordem do líder maior da cidade”, disse. O ato percorreu a avenida do Estado e chegou à região da rua 25 de Março. Em nenhum momento houve confronto com policiais. Em frente à Prefeitura, houve o enterro simbólico de Kassab e gritos de ordem contra Matarazzo. Depois, a manifestação foi para a Câmara Municipal. Em visita à Câmara para entregar um projeto, o prefeito comentou o protesto dos camelôs. "Vamos encontrar um modo de conviver na cidade com eles", resumiu Kassab.

Ó RBITA

MODELO Elaine Lopes da Silva, miss Paraná 2003, morta em um acidente de carro, foi enterrada ontem.

RODOANEL: CONCESSÃO ESTÁ DEFINIDA governo do Estado fará O hoje, às 15h, no Instituto de Engenharia, audiência

pública para a concessão do trecho oeste do Rodoanel. O objetivo é apresentar o edital da concessão, que será de 25 anos. Segundo a secretaria dos Transportes, o contrato será assinado em abril e o pedágio entrará em operação em outubro de 2008. O preço da tarifa foi estabelecido em R$ 4,40 (R$ 2,20 por eixo), com reajuste de

cinco em cinco anos, com descontos para usuários freqüentes. O secretário dos Transportes, Mauro Arce, informou ontem, na Assembléia Legislativa, que os investimentos no Rodoanel estão estimados em quase R$ 800 milhões. A empresa que vencer a licitação terá de investir R$ 27 milhões em obras no trecho oeste. Parte dos recursos serão investidos para a construção do trecho sul do Rodoanel. (SK)


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18 - ECONOMIA/LEGAIS (Continuação)

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

BV FINANCEIRA S.A. - CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO C.N.P.J. 01.149.953/0001-89 Av. Roque Petroni Jr. 999 - 15º andar - conj. A - CEP: 04707-910 - São Paulo - SP Tel: (011) 5185-1700 Fax: (011) 5185-1900

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - Semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 - (Em milhares de reais) d. Estimativa de realização do crédito tributário operações, envolvendo questões tributárias, cíveis e trabalhistas. As principais questões tributárias são: 2006 2007 Jun/08 Jun/09 Jun/12 Total COFINS - Pleiteia o não pagamento da COFINS, com base nas receitas não deProvisão despesas de pessoal 13.252 11.173 Provisão para créditos de liquidação rivadas do faturamento mensal (ampliação da base de cálculo introduzida pela lei Provisão para passivos contingentes 40.564 16.599 duvidosa 140.807 37.115 - 177.922 nº 9.718/98). Outras 61.869 28.561 Derivativos – Lei nº 11.051 9.810 34.335 33.425 77.570 Total 115.685 56.333 ISS - Questionamento das autoridades fiscais. Provisão para passivos contingentes - 13.802 13.802 17 Patrimônio líquido As provisões constituídas para as questões tributárias, apresentadas em Outras Total 150.617 71.450 47.227 269.294 a. Capital social Obrigações - fiscais e previdenciárias, são: Os créditos tributários foram constituídos nos termos da legislação em vigor, baseados em estudos comprobatórios da capacidade de realização e, entre outros O capital social, subscrito e integralizado, é representado por 342.000 (2006 2007 2006 Impostos e contribuições a recolher 129.913 44.612 126.361) ações ordinárias, sem valor nominal. fatores, as seguintes premissas: Atendimento às condições da Resolução nº3.059/02, alterada pela Resolub. Dividendos Provisão para riscos fiscais 469 451 Aos acionistas é assegurado um dividendo mínimo correspondente a 25% do luTotal 130.382 45.063 ção nº 3.355/07 do BACEN. Provisão para passivos contingentes: efetuada sobre processos envolvendo, cro líquido de cada semestre, deduzido a reserva legal. Os dividendos não Em 25 de julho de 2003, a BV Financeira protocolou junto à Secretaria da Receita principalmente, questões cíveis e trabalhistas. Estimativa de realização: dedistribuídos serão destinados à “Reserva de Expansão”. Federal sua adesão ao Programa de Parcelamento Especial - PAES, instituído pela pendente do trâmite do processo. Lei nº 10.684/03, do Governo Federal. A adesão ao programa possibilitou o c. Ajuste de exercícios anteriores Em 2006, a Administração efetuou alteração na metodologia de cálculo da avaliProvisão para créditos de liquidação duvidosa: realização condicionada aos parcelamento do PIS, referente ao período de janeiro de 2000 a janeiro de 2003, o ação a valor de mercado da carteira de financiamentos (vide notas explicativas prazos legais para dedutibilidade, conforme Lei nº 9.430/96, após esgotados qual vinha sendo questionado judicialmente e registrado em provisão para riscos fisnº 6e e 24e). Em função da respectiva alteração, foi registrado o montante de R$ cais. Os montantes relativos ao PIS, inclusos no programa, foram parcelados em 120 os recursos legais de cobrança. Eventuais recuperações ou redução da per379.600 em lucros acumulados. meses, calculados com base na limitação de 1,5% da receita bruta de intermediação da implicam a redução da provisão, gerando valores a serem excluídos da 18 Outras despesas administrativas financeira, atualizados com base na variação da Taxa de Juros de Longo Prazo base tributável. 2007 2006 Derivativos – Lei nº 11.051/04: conforme determinação do art. 32 da respecTJLP e reclassificados para impostos e contribuições a recolher. Em 30 de junho de Aluguéis 6.594 5.081 2007, o saldo do programa é de R$ 3.048 (2006 - R$ 3.376). A BV Financeira está tiva Lei, receitas a serem tributadas na sua realização, liquidação, cessão ou cumprindo com as condições do referido programa quanto à adimplência aos pagaencerramento de posição das operações de mercados derivativos (Swap e Comunicações 17.579 15.595 Futuro). Manutenção e conservação de bens 10.620 10.530 mentos parcelados, bem como quanto ao recolhimento dos demais impostos Processamento de dados 13.227 14.427 devidos mensalmente. O saldo contábil é considerado o valor presente dos créditos tributários. As obrigações fiscais diferidas foram constituídas nos termos da legislação em Promoções e relações públicas 19.108 20.048 Para os processos judiciais envolvendo questões trabalhistas, foi constituído o monPropaganda e publicidade 2.531 1.903 tante de R$15.960 (2006 - R$ 5.487), apresentado em outras obrigações - diversas. vigor e se referem a receitas a serem tributadas na sua realização, decorrentes Serviços de terceiros 17.088 14.596 Para os processos judiciais envolvendo questões cíveis, foi constituído o montante da diferença entre valor de curva e valor de mercado da carteira de financiamentos, descrita na nota 6e. de R$ 24.604 (2006 - R$ 11.112), apresentado em outras obrigações - diversas. Serviços do sistema financeiro 21.078 12.984 Serviços técnicos especializados 50.397 19.781 21 Transações com partes relacionadas Os depósitos judiciais efetuados estão classificados em Outros créditos - diversos: As transações com partes relacionadas foram realizadas, substancialmente, com o 2007 2006 Outras 68.783 45.263 Banco Votorantim S.A., em condições usuais de mercado e ausência de risco: Total 227.005 160.208 Tributárias 164 144 19 Outras despesas operacionais Cíveis 2.441 2.250 2007 2006 Ativos Trabalhistas 1.337 810 2007 2006 Disponibilidades 1.853 1.258 Total 3.942 3.204 Comissões por intermediação de operações 309.991 220.295 Seguro prestamista 13.150 5.918 Aplicações interfinanceiras de liquidez 586.711 294.101 24 Outras informações a. Receita de prestação de serviços é representada, substancialmente, por rendas Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros Acordos comerciais 4.919 2.215 derivativos 646 2.465 de taxa de abertura de crédito. Provisão para passivos contingentes 16.073 5.648 Outras 16.190 9.235 Passivos b. Despesas de pessoal incluem proventos, benefícios, encargos e treinamento de Depósitos interfinanceiros 13.193.859 9.208.819 funcionários. Total 360.323 243.311 Instrumentos financeiros derivativos 22 800 20 Imposto de renda e contribuição social c. Despesas tributárias se referem, substancialmente, à Contribuição Provisória a. Encargos devidos sobre as operações sobre Movimentação Financeira - CPMF, calculada à alíquota de 0,38% sobre a Outras obrigações - Negociação e intermediação 2.920 10.861 de valores 2007 2006 movimentação financeira, à Contribuição ao Programa de Integração Social Outras obrigações - Diversas 128 283 Lucro antes do imposto de renda e da contribuição PIS, calculada à alíquota de 0,65% e à Contribuição para o Financiamento da Resultado Seguridade Social - COFINS, calculada à alíquota de 4% sobre as receitas social 278.119 133.930 Rendas de operações com títulos e valores mobiliários 24.685 21.110 operacionais e imposto sobre serviços - ISS. Encargos (imposto de renda e contribuição social) à d. As Instituições Financeiras integrantes do Grupo Financeiro Votorantim apuram Resultado com instrumentos financeiros derivativos 41 (118) (94.560) (45.537) alíquota nominal de 25% e 9%, respectivamente seus limites de patrimônio líquido mínimo exigido de forma consolidada, dentro Operações de captação no mercado (692.970) (624.883) Exclusões/(adições) 6.796 (30.870) Outras despesas administrativas (12.614) dos parâmetros previstos na Resolução nº 2.099/94 do BACEN, e normativos Participações no lucro 22.039 16.609 Juros sobre o capital próprio - 13.940 22 Gerenciamento de riscos posteriores aplicáveis. O Conglomerado Financeiro do Grupo Votorantim efetua operações que envolvem e. Conforme Nota Explicativa nº 8d às demonstrações financeiras de 31 de dezemProvisão para créditos de liquidação duvidosa (4.863) (49.256) instrumentos financeiros derivativos, atuando em mercados organizados e de balAjuste a valor de mercado - Circular nºs 3.068 e 3.082 (3.700) 1.653 bro de 2006, a Administração efetuou alteração na metodologia de cálculo da Provisão para passivos contingentes (5.463) (1.032) cão, com objetivo de possibilitar uma gestão de risco de mercado adequada à avaliação a valor de mercado da carteira de financiamentos. A respectiva alterapolítica do Grupo. Derivativos - Lei nº 11.051 131 (9.566) ção teve como principal objetivo aperfeiçoar o critério de reconhecimento, em O gerenciamento de risco de mercado é efetuado de forma centralizada, por área Outros (1.348) (3.218) resultado, dos ajustes gerados tanto pela avaliação a mercado da carteira (objeto Imposto de renda e contribuição social correntes (87.764) (76.407) administrativa que mantém independência com relação à mesa de operações e pelo de hedge) bem como pelos instrumentos financeiros derivativos (hedge). Dessa acompanhamento do Comitê de Riscos, composto pela diretoria e vice-presidência Imposto de renda e contribuição social diferidos 3.978 (1.653) forma, as demonstrações financeiras de 30 de junho de 2006, apresentadas de Imposto de renda e contribuição social total (83.786) (78.060) do Banco Votorantim S.A., que se reúne periodicamente para avaliação dos riscos e forma comparativa com as demonstrações financeiras de 30 de junho de 2007, b. Imposto de renda e contribuição social diferidos com efeito sobre o resulforam modificadas para refletir a posição patrimonial com os efeitos gerados pela definição de limites operacionais. O gerenciamento de riscos adota como procedimentos básicos : a) monitoramento da adequação de posições e riscos aos limites tado metodologia implantada no segundo semestre do exercício de 2006. Segue, de 2007 2006 estabelecidos pelo Comitê de Riscos e limites legais; b) integridade da precificação forma resumida, as alterações ocorridas no balanço patrimonial e na demonstraImposto de renda e contribuição social diferidos ção de resultado (DRE): de Ativos e Derivativos; c) avaliação do risco de mercado pela metodologia “Value at Risk” e pela simulação de cenários; d) acompanhamento de resultados diários com Adições/(exclusões) Saldo Saldo Ajuste a valor de mercado - Circulares nºs 3.068 e 3.082 3.700 (1.653) testes de aderência da metodologia (“back-test”). Balanço patrimonial original Ajustes ajustado Outros 278 Ativo A política de gerenciamento de riscos de mercado considera, ainda, a utilização de instrumentos financeiros derivativos para “hedge” de posições, para atender demanTotal 3.978 (1.653) Outros créditos - diversos 965.703 (759.378) 206.325 da de contrapartes e como meio de reversão de posições em momentos de grandes Crédito tributário Passivo oscilações. As operações observam os limites deliberados pelo Comitê e estabeleciAdições/(exclusões) Outras obrigações - fiscais e previdenciárias 398.320 (258.189) 140.131 dos pela legislação, após análise dos riscos de crédito e liquidez, quando Provisão para passivos contingentes 5.463 1.032 Patrimônio líquido apropriados, caso em que envolvem as políticas de liquidez e crédito e as deliberaDerivativos - Lei nº 11.051 (131) 9.566 Reservas de lucros 557.146 (379.600) 177.546 ções do respectivo Comitê. Provisão para créditos de liquidação duvidosa 4.863 49.256 Lucros acumulados 138.039 (121.589) 16.450 Outros (278) - 23 Provisões, passivos e contingências DRE A Administração, com base em informações de seus assessores jurídicos, análise Total 9.917 59.854 Rendas de operações de crédito 1.481.388 (184.227) 1.297.161 das demandas judiciais pendentes, constituiu provisão em montante considerado suc. Imposto de renda e contribuição social diferidos com efeito sobre contas Imposto de renda e contribuição social (80.843) 62.638 (18.205) ficiente para cobrir as perdas estimadas com os processos em curso. patrimonais Lucro líquido 188.462 (121.589) 66.873 A BV Financeira é parte em processos judiciais, decorrentes do curso normal das 2007 2006 Rita Maria Pacheco - Contadora - CRC 1SP153459/0-8 Ativo (Outros créditos - Diversos) DIRETORIA Saldo inicial 259.099 88.139 Provisão para créditos de liquidação duvidosa 4.863 49.256 Diretores Executivos: Diretor Executivo Recursos Humanos: Diretores: Superintendentes: Derivativos - Lei nº 11.051 (131) 9.566 Wilson Masao Kuzuhara Celso Marques de Oliveira José Manoel Lobato Barletta Yeh Jui Cheng Provisão para passivos contingentes 5.463 1.032 Marcus Olyntho de Camargo Arruda Diretor Executivo Operacional: Pedro Paulo Mollo Neto Rosemary de Souza Deliberato Saldo final 269.294 147.993 Milton Roberto Pereira Luis Henrique Campana Rodrigues Mario Antonio Thomazi Bartholomeu A. G. M. Ribeiro Passivo (Outras obrigações - Fiscais e previdenciárias) Diretores Gerentes: Marcelo Parente Vives Paulo Bacelete Gerber Saldo inicial 59.086 86 Diretor Executivo Comercial: Didimo Santana Fernandes Antonio Azevedo Castilho Neto Ajuste a valor de mercado - Circulares n°s 3.068 e 3.082 (3.700) 1.653 Paulo Ribeiro de Mendonça Geraldo Donizeti da Silva Saldo final 55.386 1.739 Eduardo Antonio Morcelli

16 Outras obrigações - Diversas

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Administradores e Acionistas da BV Financeira S.A. - Crédito, Financiamento e Investimento São Paulo - SP Examinamos os balanços patrimoniais da BV Financeira S.A. - Crédito, Financiamento e Investimento levantados em 30 de junho de 2007 e 2006 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.

Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Sociedade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Sociedade, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da BV

Financeira S.A. - Crédito, Financiamento e Investimento em 30 de junho de 2007 e 2006, os resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 14 de agosto de 2007 KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6 Giuseppe Masi Contador CRC 1SP176273/O-7

NA OMC, NORTE-AMERICANOS NÃO INFORMARAM VALOR DAS VERBAS PARA A PRODUÇÃO DE ETANOL

EUA SE RECUSAM A FORNECER DADOS

O

s norte-americanos se recusam a dar informações n a O rg a n i z a ç ã o Mundial do Comércio (OMC) sobre como financiam a produção de etanol e rejeitam incluir a questão dos biocombustíveis na disputa aberta pelo Brasil na entidade máxima do comércio. Ontem, o Itamaraty saiu insatisfeito das consultas com a Casa Branca em relação à disputa sobre os subsídios agrícolas. Brasília pode pedir agora a criação de um comitê de arbitragem contra Washington, na entidade, para julgar o caso dos subsídios dados a seus produtores. Em Genebra, o Brasil questionou 74 programas de apoio aos produtores norte-americanos a um grupo de advogados e diplomatas dos Estados Unidos. Mas negociadores que participaram da reunião revelaram que a Casa Branca simplesmente não respondeu a várias cobranças e não disse quando tornará público o valor de novos programas de apoio à produção nos EUA. O Brasil argumentou que os americanos superaram o limite permitido de gastos com subsídios nos anos de 1999, 2000, 2001, 2002, 2004 e 2005. Para a Casa Branca, o cálculo brasileiro é incorreto. Os norte-americanos alegam que o Itamaraty incluiu programas que não podem ser considerados subsídios. E afirmam que

Elza Fiúza/ABr

Chanceler Amorim conta algo que diverte seu colega japonês, Taro Aso.

não dariam detalhes de quanto destinaram aos produtores desde 2002. Os Estados Unidos ainda alegaram que os programas de biocombustíveis questionados pelo Brasil na OMC não constavam da lista inicial que o Itamaraty enviou para a entidade sobre os pontos que iria atacar, há um mês. Também insistem em que o caso se prenda apenas à agricultura, e não ao etanol. Questionados pela imprensa, os representantes da Casa Branca se recusaram a fazer comentários. Estudos feitos pela Global Subsidies Initiative estimam que há mais de 200 incentivos diferentes para a produção de biocombustíveis nos Estados Unidos, e que o governo distribui todos os anos US$ 7 bilhões

aos produtores. Para especialistas, o financiamento do etanol é o que permite hoje que os americanos possam pensar em competir com o Brasil pelos mercados mundiais. China – Além do caso contra os norte-americanos, o Brasil vai participar como terceira parte da disputa aberta pelos Estados Unidos contra a pirataria na China. O Brasil afirma que seu interesse no contencioso ocorre diante da semelhança entre as críticas feitas por Washington aos chineses e os ataques que os Estados Unidos fazem contra o Brasil. Nos dois casos, a Casa Branca alega que há baixo cumprimento das leis que punem a pirataria, que há poucas pessoas condenadas por essa atividade e que as penalidades não con-

seguem impedir a ação dos grupos de criminosos. Amorim – A crise no mercado imobiliário dos Estados Unidos tornou fundamental e urgente a conclusão da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio, advertiu o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. As negociações devem ser retomadas no início de setembro, depois da pausa provocada pela temporada de férias na Europa. Em Brasília, em discurso na abertura do Fórum de Cooperação Ásia do Leste-América Latina (Focalal), que agrega ministros e representantes de 33 países dessas regiões, Amorim insistiu em que o acordo deve ser equilibrado e justo, levar em conta os interesses dos países menos desenvolvidos e fazer jus ao nome Rodada do Desenvolvimento. "Uma conclusão, com êxito, da Rodada Doha, que promova o desenvolvimento das nações mais pobres, torna-se ainda mais urgente, à luz das turbulências do mercado financeiro, geradas nos países mais ricos, mas que nos afetam a todos", declarou. O chanceler espera a apresentação de novos esboços de acordos sobre agricultura, indústria e serviços na segunda semana de setembro, depois das últimas conversas entre os presidentes dos comitês de negociação da OMC com as delegações dos 150 países. (AE)

França promete linha dura

O

presidente francês, Nicolas Sarkozy, disse a seu colega norteamericano, George W. Bush, que será duro nas negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC). O processo será retomado no início de setembro. Mas Sarkozy, apesar de sua aparente nova amizade com a Casa Branca, já alertou que não fará concessões no campo agrícola enquanto os Estados Unidos não derem sinais de flexibilidade. Sarkozy revelou sua conversa com Bush numa reunião com representantes dos produtores agrícolas franceses.

Ele teria dito ao presidente norte-americano, durante encontro no último dia 11, que será "tão duro como você (Bush)" na questão agrícola na OMC. França e Estados Unidos tentam inaugurar uma nova fase de relações, após o mal-estar causado pela rejeição do expresidente Jacques Chirac à atitude de Washington na guerra do Iraque. No que se refere ao comércio, porém, não há sinal de que Sarkozy adotará uma postura diferente de seu predecessor. Os europeus se recusam a reduzir suas tarifas de importação de bens agrícolas. (AE)

Paraguai aceita TEC maior

O

ministro da Indústria e Comércio do Paraguai, José Maria Ibañez, informou ontem que seu país concordou com a proposta do Brasil de elevar para 35% a Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul para calçados e confecções. Só os paraguaios não tinham acatado a sugestão dentro do bloco econômico. Ibañez reuniu-se em Brasília com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge. A formalização da nova TEC deve ocorrer na semana que vem, em reunião do Grupo do Mercado Comum do bloco. O ministro paraguaio disse que

seu país ganhou, juntamente com o Uruguai, permissão para aplicar, de acordo com a conveniência, a elevação para 26% na TEC dos tecidos. O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Ivan Ramalho, afirmou que a decisão paraguaia abrirá espaço na lista brasileira de exceções, que hoje tem seis posições ocupadas por diferentes modelos de calçados. A lista de exceções, formada por 100 itens escolhidos pelos países do Mercosul, permite tarifas diferentes das praticadas no bloco e é usada de acordo com a conveniência de cada nação. (AE)


quinta-feira, 23 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

ECONOMIA - 11


quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Urbanismo Educação Polícia Saúde

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3

Vivi Zanatta/AE

Invasores que resistiram à desocupação foram levados para a delegacia pela Polícia Militar.

DIRETOR PEDIU REINTEGRAÇÃO DE POSSE

Vivi Zanatta/AE

Ó RBITA

ESTELIONATO

A

jovem Kelly Samara Carvalho dos Santos, de 19 anos, foi presa em flagrante ontem sob suspeita de praticar golpes nos Jardins, zona sul. Ela foi indiciada pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e três furtos. A jovem afirmou no 15.º Distrito Policial (Itaim Bibi) que cometia os crimes há dois anos e que o seu objetivo era chamar a atenção dos pais, que moram em Mato Grosso do Sul. Ela foi encaminhada para o presídio feminino de Pinheiros, na zona oeste. Kelly já havia sido presa no dia 1.º e solta no dia 9, por estelionato e falsidade ideológica. Segundo a polícia, ela teria cometido três furtos e oito golpes no comércio. Como já respondia pelos dois crimes, ela teve de se apresentar para novos esclarecimentos. Mas os policiais encontraram com ela um cheque de uma vítima, o que resultou no flagrante. Segundo a delegada Aline Martins Gonçalves, do 15º DP, a moça não tinha residência fixa e pagava hospedagens em hotéis com cheques furtados de suas vítimas. (Agências)

PM DESOCUPA FACULDADE DA USP

A

Polícia Militar desocupou ontem de madrugada o prédio da faculdade de direito do Largo de São Francisco, no Centro. A reintegração ocorreu menos oito horas após o prédio ter sido invadido por um movimento chamado Semana de Jornada de Lutas, promovido por 40 entidades, como a UNE (União Nacional dos Estudantes), o MST

(Movimento dos Sem-Terra) e o Diretório Central dos Estudantes da USP. A reintegração ocorreu a pedido do diretor da faculdade, João Grandino. Cerca de 250 pessoas estavam no local. As 220 que se recusaram a sair foram encaminhadas para o 1.º Distrito Policial e liberadas em seguida. A invasão ocorreu dois meses após a invasão da reitoria da USP, que durou 50 dias. (Agências)

PANE EM AVIÃO DA GOL ATRASA VÔO

O

vôo 1319, da Gol, que sairia ontem às 8h25 do Aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão Preto (SP), com destino ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, sofreu atraso de uma hora e dez minutos para a decolagem. O motivo do atraso foi uma pane mecânica em uma das turbinas do Boeing 737-700. A turbina soltava muita fumaça na primeira tentativa de decolagem e os passageiros teriam sentido

cheiro de combustível. Os passageiros voltaram para o terminal durante o conserto. O avião decolou às 9h37 e chegou a Congonhas às 10h20. Em nota, a Gol informou que ocorreu uma "manutenção não programada" e que "todos os passageiros desembarcaram, receberam assistência e embarcaram novamente após a aeronave passar por manutenção". A empresa não informou os motivos da pane. (Agências)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

ECONOMIA/LEGAIS - 19

VOTORANTIM CORRETORA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS LTDA. C.N.P.J. 01.170.892/0001-31 Av. Roque Petroni Jr. 999 - 16º andar - conj. B - CEP: 04707-910 - São Paulo - SP Tel: (011) 5185-1700 Fax: (011) 5185-1900 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO

mobiliários e de suas operações de corretagem no mercado de derivativos e de ações. A Corretora distribuiu lucros no montante de R$ 10,7 milhões. Agradecemos aos nossos clientes, parceiros e colaboradores pelo sucesso alcançado no semestre. São Paulo, 14 de agosto de 2007 A Diretoria

Senhores Cotistas, Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas. as demonstrações financeiras de 30 de junho de 2007, bem como o parecer dos auditores independentes. A Corretora encerrou o semestre com Ativos da ordem de R$ 740,9 milhões e Patrimônio Líquido de R$ 129,9 milhões. O Lucro Líquido apurado no semestre foi de R$ 11,9 milhões, decorrentes dos resultados nas posições em títulos e valores BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 - (Em milhares de reais) Ativo 2007 2006 Passivo Circulante 511.669 684.899 Circulante Disponibilidades 105 8 Captações no mercado aberto Aplicações interfinanceiras de liquidez 157.123 88.800 Carteira própria Aplicações em depósitos interfinanceiros 157.123 88.800 Instrumentos financeiros derivativos Títulos e valores mobiliários e Instrumentos financeiros derivativos instrumentos financeiros derivativos 325.661 480.131 Outras obrigações Carteira própria 127.077 Sociais e estatutárias Vinculados a compromissos de recompra 5.698 5.031 Fiscais e previdenciárias Instrumentos financeiros derivativos 150.605 239.438 Negociação e intermediação de valores Vinculados à prestação de garantias 42.281 235.662 Diversas Outros créditos 28.661 115.953 Exigível a longo prazo Negociação e intermediação de valores 18.629 16.812 Captações no mercado aberto Diversos 10.032 99.141 Carteira própria Outros valores e bens 119 7 Instrumentos financeiros derivativos Despesas antecipadas 119 7 Instrumentos financeiros derivativos Realizável a longo prazo 214.784 551.904 Outras obrigações Títulos e valores mobiliários e Fiscais e previdenciárias instrumentos financeiros derivativos 212.336 551.170 Patrimônio líquido Instrumentos financeiros derivativos 212.336 551.170 Capital social: Outros créditos 2.448 734 De domiciliados no País Diversos 2.448 734 Reservas de capital Permanente 14.519 10.600 Reserva de lucros Investimentos 14.073 10.348 Lucros acumulados Outros investimentos 14.073 10.348 Imobilizado de uso 339 239 Outras imobilizações de uso 731 594 Depreciação acumulada (392) (355) Diferido 107 13 Gastos de organização e expansão 120 16 Amortização acumulada (13) (3) Total do passivo Total do ativo 740.972 1.247.403

2007 222.473 5.698 5.698 135.553 135.553 81.222 11.579 49.316 19.495 832 388.623 388.623 388.623 129.876

2006 703.303 661.070 661.070 42.233 17.459 8.309 16.023 442 419.907 5.031 5.031 382.407 382.407 32.469 32.469 124.193

59.250 17.001 10.334 43.291

59.250 12.709 10.334 41.900

740.972

1.247.403

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - Semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 - (Em milhares de reais) Reserva de lucros Capital social

Reserva de capital

Reserva legal

Lucros acumulados

Total

Saldos em 31 de dezembro de 2005 Subvenções para investimentos Lucro líquido Destinação do lucro líquido: Distribuição proposta Saldos em 30 de junho de 2006

59.250 -

12.271 438 -

10.334 -

41.880 16.860

123.735 438 16.860

59.250

12.709

10.334

(16.840) 41.900

(16.840) 124.193

Saldos em 31 de dezembro de 2006 Incentivos fiscais Subvenções para investimentos Lucro líquido Destinação do lucro líquido: Distribuição proposta

59.250 -

14.911 567 1.523 -

10.334 -

41.987 11.974

126.482 567 1.523 11.974

-

-

-

(10.670)

(10.670)

Saldos em 30 de junho de 2007

59.250

17.001

10.334

43.291

129.876

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - Semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 - (Em milhares de reais) 1

2

4

Contexto operacional A Votorantim Corretora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. (Corretora) tem por objetivo social operar em bolsas de valores, negociar e distribuir títulos e valores mobiliários por conta própria ou de terceiros, bem como atuar nas demais atividades permitidas e regulamentadas pelo Banco Central do Brasil (BACEN). As operações são conduzidas no contexto de um conjunto de instituições que atuam integradamente no mercado financeiro e certas operações têm a co-participação ou a intermediação de instituições associadas, integrantes do sistema financeiro. Os benefícios dos serviços prestados entre essas instituições e os custos da estrutura operacional e administrativa são absorvidos segundo a praticabilidade e a razoabilidade de lhes serem atribuídos em conjunto ou individualmente. Descrição das principais práticas contábeis As práticas contábeis adotadas para a contabilização das operações e para a elaboração das demonstrações financeiras emanam da Lei das Sociedades Anônimas, associadas às normas e instruções do BACEN. a. Apuração do resultado O resultado é apurado pelo regime de competência. b. Títulos e valores mobiliários Títulos para negociação – títulos adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados. São ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; Títulos disponíveis para venda – títulos que não se enquadrem para negociação nem como mantidos até o vencimento. São ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do Patrimônio líquido, deduzidos dos efeitos tributários; e Títulos mantidos até o vencimento – títulos adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento. São avaliados pelo custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período. c. Instrumentos financeiros derivativos Os instrumentos financeiros derivativos são classificados de acordo com a intenção da Administração, na data do início da operação, levando-se em consideração se sua finalidade é para proteção contra riscos (hedge) ou não. Os instrumentos financeiros derivativos que não atendam aos critérios de hedge contábil estabelecidos pelo BACEN, são contabilizados pelo valor de mercado,

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com as valorizações ou desvalorizações diretamente no resultado do período. d. Outros ativos Demonstrados pelo custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos calculados com base “pro rata” dia e das variações monetárias auferidas até a data do balanço. e. Ativo permanente i. Investimentos – representados, substancialmente, por títulos patrimoniais, demonstrados pelo seu valor nominal, atualizados com base nas informações disponibilizadas pelas próprias bolsas e câmaras. ii. Imobilizado – demonstrado pelo custo de aquisição. A depreciação é calculada pelo método linear, com base em taxas anuais que contemplam a vida útil-econômica dos bens, composta, basicamente, por móveis e equipamentos de uso, sistema de comunicação - 10%, e sistemas de processamento de dados - 20%. iii. Diferido – refere-se a benfeitorias em imóveis de terceiros, sendo a sua amortização calculada pelos prazos em que os correspondentes benefícios são gerados. f. Estimativas contábeis A elaboração de demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil requer que a Administração use de julgamento na determinação e registro de estimativas contábeis. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores diferentes dos estimados, devido a imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. A Administração revisa as estimativas e premissas pelo menos mensalmente. g. Outros passivos Demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo, quando aplicável, os encargos apurados com base “pro rata” dia e as variações monetárias ou cambiais, incorridas até a data do balanço. A provisão para imposto de renda foi constituída à alíquota de 15%, acrescida de adicional de 10%, e a provisão para contribuição social constituída à alíquota de 9%, de acordo com a legislação vigente. Aplicações interfinanceiras de liquidez Composta por aplicação em depósito interfinanceiro, remunerado à taxa pré-fixada e com vencimento em 2 de julho de 2007, no montante de R$157.123 (2006 R$88.800).

Títulos e valores mobiliários 2007

2006 Faixas de vencimentos

Títulos para negociação Tipo NTN-A LTN NTN-D CDB Total

Valor de custo 134.715 1.136 5.698 141.549

Valor de mercado 168.223 1.135 5.698 175.056

Lucro (Prejuízo) não realizado 33.508 (1) 33.507

De 3 a 12 meses 5.698 5.698

De 1 a 3 anos 1.135 1.135

De 5 a 15 anos 168.223 168.223

Valor de mercado 218.254 16.198 1.210 5.031 240.693

Total 168.223 1.135 5.698 175.056

Os critérios de precificação de títulos e valores mobiliários consideram preços e taxas oficialmente divulgados pela ANDIMA, além de eventuais ajustes nos preços de títulos de baixa liquidez, que consideram ofertas, últimos preços praticados, dispersão possível e outros fatores que possam determinar de forma mais adequada e justa o valor de mercado, levando em conta a adoção de critérios julgados adequados à aferição de preço para papéis de baixa liquidez. 5

Instrumentos financeiros derivativos Os instrumentos financeiros derivativos podem ser assim resumidos: 2007

2006 Faixas de vencimentos

Tipo Swap Dólar DI IGPM IPCA Pré Total

Valor original do contrato

Diferencial a receber/ (pagar) contratual

224.843 (224.843) -

162.303 (319.157) (156.854)

Diferencial Lucro/ a receber/ (Prejuízo) (pagar) não mercado realizado 157.852 (319.087) (161.235)

(4.451) 70 (4.381)

De 3 a 12 meses

De 1a3 meses

De 3a5 anos

De 5 a 15 anos

(132.693) 147.745 15.052

320.316 (518.188) (197.872)

(13.584) 24.678 11.094

(16.187) 26.678 10.491

Total

Valor original do contrato

Valores a receber/ (pagar) mercado

157.852 (319.087) (161.235)

929.956 (944.694) (4.262) 19.000 -

453.127 (728.851) (4.306) 1 27.160 (252.869)

Os valores a receber originários de contratos de swap montam a R$362.941 (2006 - R$ 790.608) e estão registrados no Ativo em Títulos e valores mobiliários e Instrumentos financeiros derivativos, e os valores a pagar originários desses contratos montam a R$524.176 (2006 - R$ 1.043.477) e estão registrados no Passivo em Instrumentos financeiros derivativos. Os critérios de precificação de instrumentos financeiros derivativos consideram preços e taxas oficialmente divulgados pela BM&F, bem como cálculos de prêmios de opção e outros riscos de acordo com metodologias convencionais e consagradas.

Tipo Futuros DDI DI Dólar Total

Valor mercado contrato

Até 3 meses

2007 Faixas de vencimentos De De 3 a 12 1a3 meses anos

(374.128) (65.764) 66.012 (373.880)

17.328 17.328

40.803 40.803

(391.263) (65.764) 66.012 (391.015)

2006 De 3a5 anos

Total

Valor mercado contrato

(40.996) (40.996)

(374.128) (65.764) 66.012 (373.880)

3.047 688.107 (683.513) 7.641

Os contratos de futuros são ajustados diariamente com base nos ajustes financeiros efetuados pela Bolsa de Mercadorias & Futuros. As operações negociadas no mercado de bolsas organizadas têm como contraparte instituições autorizadas pelo BACEN, para atuarem no mercado financeiro. As operações efetuadas no mercado de balcão são registradas no CETIP e as contrapartes são empresas não integrantes do Sistema Financeiro Nacional. As margens depositadas para os instrumentos financeiros derivativos totalizam R$ 41.778 (2006 - R$ 235.127), compostas por títulos públicos federais. 6

9

Outros créditos - Diversos 2007 54 6.173 4.928 1.112 213 12.480

2006 46 3.633 544 95.633 19 99.875

2007 400 8.449 5.015 9 200 14.073

2006 400 5.449 4.290 9 200 10.348

2007 Custo Depreciação Líquido Móveis e equipamentos de uso 179 (17) 162 Sistema de comunicação 483 (339) 144 Sistema de processamento de dados 69 (36) 33 Total 731 (392) 339

2006 Líquido 50 164 25 239

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Adiantamento do 13º salário Crédito tributário de impostos e contribuições Impostos e contribuições a compensar Opções por incentivos fiscais Operações de swap a liquidar Outros Total Investimentos

8

Certificado - incentivos fiscais Título patrimonial - BOVESPA Título patrimonial - BM&F Título patrimonial - CETIP SISBEX - BM&F Total Imobilizado de uso

Captações no mercado aberto Trata-se de operação com compromisso de recompra, com lastro em título privado e vencimento em 27 de dezembro de 2007, no montante de R$5.698 (2006 - R$5.031). 10 Outras obrigações - Sociais e estatutárias Referem-se à provisão para participações no lucro no montante de R$909 (2006 – R$619) e distribuição de lucros no montante de R$ 10.670 (2006 – R$16.840). 11 Outras obrigações - Fiscais e previdenciárias 2007 2006 Impostos e contribuições sobre o lucro a pagar 26.942 5.872 Impostos e contribuições a recolher 8.490 3.506 Provisão para impostos e contribuições diferidos 9.903 31.351 Provisão para riscos fiscais 3.981 49 Total 49.316 40.778 12 Outras obrigações - Diversas 2007 2006 Provisão para despesas com pessoal 251 194 Valores a pagar à sociedade ligada 235 201 Outras 346 47 Total 832 442 13 Patrimônio líquido a. Capital social O capital social, subscrito e integralizado, é representado por 20.181 quotas (2006 - 20.181 quotas). b. Distribuição de lucros Conforme ata de reunião dos quotistas, realizada em 29 de junho de 2007, foi aprovada a distribuição de lucros, no montante de R$10.670 (2006 – R$16.840).

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS Semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 (Em milhares de reais, exceto lucro líquido por quota do capital social) 2007 2006 Receitas da intermediação financeira 19.689 22.622 Resultado de operações com títulos e valores mobiliários (11.027) (19.455) Resultado com instrumentos financeiros derivativos 30.716 42.077 Despesas da intermediação financeira (372) (2.237) Operações de captação no mercado (372) (2.237) Resultado bruto de intermediação financeira 19.317 20.385 Outras receitas/(despesas) operacionais (2.787) 2.607 Receitas de prestação de serviços 11.068 8.104 Despesas de pessoal (1.846) (1.328) Outras despesas administrativas (3.134) (2.053) Despesas tributárias (9.038) (2.457) Outras receitas operacionais 804 446 Outras despesas operacionais (641) (105) Resultado operacional 16.530 22.992 Resultado não operacional 1 Resultado antes da tributação e participações no lucro 16.531 22.992 Imposto de renda e contribuição social (3.657) (5.513) Provisão para imposto de renda (6.783) (2.666) Provisão para contribuição social (3.047) (2.013) Ativo fiscal diferido 6.173 (834) Participações no lucro (900) (619) Lucro líquido 11.974 16.860 Lucro líquido por quota 593,33 835,44 DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS Semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 - (Em milhares de reais) 2007 2006 Origens dos recursos 370.636 231.515 Lucro líquido 11.974 16.860 Ajustes ao lucro líquido 27 21 Depreciação e amortização 27 21 Constituição de reservas 2.090 438 Reserva de capital 2.090 438 Recursos de terceiros originários de: 356.545 214.196 Aumento dos subgrupos do passivo 324 214.146 Captações no mercado aberto 324 Instrumentos financeiros derivativos 214.146 Diminuição dos subgrupos do ativo 356.221 50 Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos 350.044 44 Outros créditos 6.177 Outros valores e bens 6 Aplicações dos recursos 370.800 231.712 Distribuição de lucros 10.670 16.840 Inversões em: 1.741 439 Investimentos 1.523 438 Imobilizado de uso 120 1 Diferido 98 Aumento dos subgrupos do ativo 73.123 173.185 Aplicações interfinanceiras de liquidez 73.017 84.696 Outros créditos 88.489 Outros valores e bens 106 Diminuição dos subgrupos do passivo 285.266 41.248 Captações no mercado aberto 32.338 Outras obrigações 2.377 8.910 Instrumentos financeiros derivativos 282.889 Redução das disponibilidades (164) (197) Modificação na posição financeira Disponibilidades No início do semestre 269 205 No fim do semestre 105 8 Redução das disponibilidades (164) (197) 14 Outras despesas administrativas Processamento de dados Serviços do sistema financeiro Serviços técnicos especializados Depreciação e amortização Outras Total 15 Imposto de renda e contribuição social a. Encargos devidos sobre as operações

2007 1.333 1.325 79 27 370 3.134

2006 688 988 85 21 271 2.053

2007 2006 Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 16.531 22.992 Encargos (imposto de renda e contribuição social) à alíquota nominal de 25% e 9%, respectivamente (5.620) (7.817) Exclusões/(adições) (21.322) 1.945 Participações no lucro 306 214 Juros NTN-A 1.652 2.063 Prejuízo fiscal e base negativa de imposto de renda 834 Ajuste a valor de mercado - Circulares n°s 3.068 e 3.082 (5.696) (7.995) Derivativos - Lei nº 11.051 (16.253) 6.802 Provisão para passivos contingentes (1.336) Outras 5 27 Imposto de renda e contribuição social correntes (26.942) (5.872) Imposto de renda e contribuição social diferidos 17.112 1.193 Imposto de renda e contribuição social total (9.830) (4.679) b. Imposto de renda e contribuição social diferidos com efeito sobre o resultado 2007 2006 Imposto de renda e contribuição social diferidos Adições/(exclusões): Ajuste a valor de mercado - Circulares nºs 3.068 e 3.082 5.696 7.995 Derivativos - Lei nº 11.051 11.416 (6.802) Total 17.112 1.193 Ativo fiscal diferido Adições/(exclusões): Derivativos - Lei nº 11.051 Provisão para passivos contingentes Prejuízo fiscal e base negativa de imposto de renda Total

2007

2006

4.837 1.336 6.173

(834) (834)

c. Imposto de renda e contribuição social diferidos com efeito sobre contas patrimoniais 2007 2006 Ativo (Outros créditos - Diversos) Saldo inicial 834 Derivativos - Lei nº 11.051 4.837 Provisão para passivos contingentes 1.336 Prejuízo fiscal e base negativa de imposto de renda (834) Saldo final 6.173 Passivo (Outras obrigações - Fiscais e previdenciárias) Saldo inicial 27.015 32.544 Ajuste a valor de mercado - Circulares n°s 3.068 e 3.082 (5.696) (7.995) Derivativos - Lei nº 11.051 (11.416) 6.802 Saldo final 9.903 31.351 d. Estimativa de realização do crédito tributário Jun/08 Jun/12 Total Derivativos - Lei nº 11.051/04 4.837 4.837 Provisão para passivos contingentes 1.336 1.336 Total 4.837 1.336 6.173 Os créditos tributários foram constituídos nos termos da legislação em vigor, baseados em estudos comprobatórios da capacidade de realização e, entre outros fatores, as seguintes premissas: Atendimento às condições da Resolução nº 3.059/02, alterada pela Resolução nº 3.355/07 do BACEN. Provisão para passivos contingentes: efetuada sobre processos envolvendo, principalmente, questões tributárias. Estimativa de realização: dependente do trâmite do processo. Derivativos – Lei nº 11.051/04: conforme determinação do art. 32 da respectiva lei, receitas a serem tributadas na sua realização, liquidação, cessão ou encerramento de posição das operações de mercados derivativos (Swap e Futuro). O saldo contábil dos créditos tributários é considerado o valor presente. As obrigações fiscais diferidas foram constituídas nos termos da legislação em vigor e se referem às receitas a serem tributadas na sua realização, decorrentes da diferença entre valor de curva e valor de mercado de títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos. 16 Transações com partes relacionadas As transações com partes relacionadas foram realizadas, substancialmente, com o Banco Votorantim S.A., em condições usuais de mercado e ausência de risco: 2007 2006 Ativos Disponibilidades 89 6 Aplicações interfinanceiras de liquidez 157.123 88.800 Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos 206.055 111.713 Outros créditos - Negociação e intermediação de valores 3.422 11.345 Outros créditos - Diversos 95.633 Passivos Instrumentos financeiros derivativos 343.546 765.751 Outras obrigações - Sociais e estatutárias 2.667 4.210 Outras obrigações - Diversas 235 201 Resultado Resultado com títulos e valores mobiliários 6.351 2.791 Resultado com instrumentos financeiros derivativos (73.875) (243.999) Despesas de captações no mercado aberto (1.717) Outras despesas administrativas (1.320) (987) 17 Gerenciamento de riscos O Conglomerado Financeiro do Grupo Votorantim efetua operações que envolvem instrumentos financeiros derivativos, atuando em mercados organizados e de balcão, com objetivo de possibilitar uma gestão de risco de mercado (Continua)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

12 - ECONOMIA/LEGAIS

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

BV LEASING - ARRENDAMENTO MERCANTIL S.A. C.N.P.J. 01.858.774/0001-10 Rua Amazonas, 439 - 11º Andar - CEP: 09520-070 - Centro - São Caetano do Sul - SP Tel.: (011) 5185-1700 Fax: (011) 5185-1900 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores Acionistas, A instituição tem captado recursos através da emissão de debêntures que montam um saldo de R$ 10,6 bilhões em junho de 2007. Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas. as demonstrações financeiras de 30 de A principal destinação dos recursos tem sido a aplicação em depósitos interfinanceiros junto ao Banco Votorantim. A carteira de arrendamento obteve crescimento de 67,8% ao atingir o montante de R$ 55,9 milhões. junho de 2007, bem como parecer dos auditores independentes. Dentro de uma estratégia de diversificação de produtos, a BV Leasing atua contribuindo com o Banco Votorantim ao oferecer a seus Em 19 de junho de 2007, as debêntures da primeira série - 1ª. Emissão - foram consideradas como elegíveis à capital nível II, na clientes operações de arrendamento mercantil. Atualmente focada principalmente para os clientes do middle market, a BV Leasing qualidade de dívida subordinada. Em 30 de junho de 2007 as respectivas debêntures montam R$ 1.381.468. A primeira repactuação vem se preparando para retornar ao mercado de pessoas físicas. ocorrerá em 20 de abril de 2011. No primeiro semestre de 2007, a BV Leasing obteve lucro líquido de R$ 47,8 milhões, 48% acima do resultado do primeiro semestre Durante o semestre foi revertido R$ 54.088 da provisão constituída sobre o tratamento tributário da CPMF, em função da jurisprudênde 2006. cia do assunto e atualização das avaliações dos assessores jurídicos vis-à-vis o estágio atual do processo. Esse resultado foi prejudicado por um aumento na despesa de intermediação, R$50 milhões vinculada a recebimento de prêmio por Agradecimentos emissão de debêntures ocorrido em duas tranches, uma em dezembro de 2006 e outra em janeiro de 2007, os quais foram reconhe- Agradecemos aos nossos clientes, parceiros e colaboradores, pelo sucesso alcançado no semestre. cidos diretamente no patrimônio líquido. A instituição encerrou o primeiro semestre de 2007 com patrimônio líquido de R$ 1,2 bilhões, 88% acima do patrimônio do mesmo São Paulo, 14 de agosto de 2007 período do ano anterior. A Diretoria BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 (Em milhares de reais) Passivo Ativo 2007 2006 Circulante Circulante 262.963 537.989 Obrigações por empréstimos e repasses Disponibilidades 369 570 Repasses do país - instituições oficiais Aplicações interfinanceiras de liquidez 257.783 492.391 Instrumentos financeiros derivativos Aplicações em depósitos interfinanceiros 257.783 492.391 Instrumentos financeiros derivativos Títulos e valores mobiliários e Outras obrigações instrumentos financeiros derivativos 434 36.411 Fiscais e previdenciárias Carteira própria 434 25.895 Credores por antecipação de valor residual Instrumentos financeiros derivativos 10.516 Diversas Operações de arrendamento mercantil 28 (413) Exigível a longo prazo Arrendamentos a receber - setor público 1.882 Recursos de aceites e emissão de títulos Arrendamentos a receber - setor privado 29.885 24.141 Recursos de debêntures Rendas a apropriar de arrendamento mercantil (23.300) (14.785) Obrigações por empréstimos e repasses Provisão para créditos de arrendamento Repasses do país - instituições oficiais mercantil de liquidação duvidosa (8.439) (9.769) Instrumentos financeiros derivativos Outros créditos 3.361 8.827 Instrumentos financeiros derivativos Diversos 3.361 8.827 Outras obrigações Outros valores e bens 988 203 Dívidas subordinadas Bens não de uso próprio 70 62 Fiscais e previdenciárias Despesas antecipadas 918 141 Credores por antecipação de valor residual Realizável a longo prazo 13.180.835 3.545.043 Patrimônio líquido Aplicações interfinanceiras de liquidez 13.175.582 3.536.341 Capital social: Aplicações em depósitos interfinanceiros 13.175.582 3.536.341 De domiciliados no País Operações de arrendamento mercantil (208) (331) Aumento de capital Arrendamentos a receber - setor público 2.822 Reserva de capital Arrendamentos a receber - setor privado 33.818 14.847 Reservas de lucros Rendas a apropriar de arrendamento mercantil (36.640) (14.847) Lucros Acumulados Provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa (208) (331) Outros créditos 1.512 6.362 Diversos 1.512 6.362 Outros valores e bens 3.949 2.671 Despesas antecipadas 3.949 2.671 Permanente 74.371 52.131 Investimentos 574 574 Outros investimentos 574 574 Imobilizado de uso Outras imobilizações de uso 186 186 Depreciação acumulada (186) (186) Imobilizado de arrendamento 71.803 48.891 Bens arrendados 89.800 63.514 Depreciação acumulada (39.018) (34.263) Superveniência de depreciação 21.021 19.640 Diferido 1.994 2.666 Perdas em arrendamentos a amortizar 3.777 8.351 Amortização acumulada (1.783) (5.685) Total do passivo Total do ativo 13.518.169 4.135.163

2007 2006 79.848 50.525 113 236 113 236 29.909 29.909 49.826 50.289 28.555 27.850 19.712 21.233 1.559 1.206 12.249.832 3.451.628 10.623.919 3.444.218 10.623.919 3.444.218 20.535 292 20.535 292 215.379 215.379 1.389.999 7.118 1.381.468 1.913 746 6.618 6.372 1.188.489 633.010 496.200 500.000 1.131 145.681 45.477

496.200 929 105.060 30.821

13.518.169

4.135.163

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 - (Em milhares de reais)

Saldos em 31 de dezembro de 2005 Aumento de capital Lucro líquido Destinações do lucro líquido: Reserva legal Juros sobre o capital próprio Saldos em 30 de junho de 2006 Saldos em 31 de dezembro de 2006 Prêmio na emissão de debêntures Aumento de capital Incentivos fiscais Lucro líquido Destinação do lucro líquido: Reserva legal Saldos em 30 de junho de 2007

Capital Social 415.500 80.700 -

Aumento de capital 80.700 (80.700) -

Reserva de capital 929 -

Reservas de lucros Para Legal expansão 12.887 126.551 -

496.200 496.200 -

500.000 -

929 250.929 250.000 (500.000) 202 -

1.622 14.509 14.880 -

496.200

500.000

1.131

2.393 17.273

Lucros acumulados 32.443

Total 636.567 32.443

(36.000) 90.551 128.408 -

(1.622) 30.821 47.870

(36.000) 633.010 890.417 250.000 202 47.870

128.408

(2.393) 45.477

1.188.489

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS Semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 (Em milhares de reais, exceto lucro líquido por ação do capital social) Receitas da intermediação financeira Operações de arrendamento mercantil Resultado de operações com títulos e valores mobiliários Resultado com instrumentos financeiros derivativos Despesas da intermediação financeira Operações de captação no mercado Operações de empréstimos, cessões e repasses Operações de arrendamento mercantil Provisão para créditos de liquidação duvidosa Resultado bruto da intermediação financeira Outras receitas/(despesas) operacionais Despesas de pessoal Outras despesas administrativas Despesas tributárias Outras receitas operacionais Outras despesas operacionais Resultado operacional Resultado não operacional Resultado antes da tributação sobre o lucro Imposto de renda e contribuição social Provisão para imposto de renda Provisão para contribuição social Ativo fiscal diferido Lucro líquido Lucro líquido por ação

2007 540.386 14.076 780.149 (253.839) (505.708) (495.125) (848) (10.241) 506 34.678 37.915 (1.545) (3.685) (7.972) 54.594 (3.477) 72.593 72.593 (24.723) (17.442) (6.575) (706) 47.870

2006 62.368 10.404 47.737 4.227 (11.282) (3.902) (32) (7.609) 261 51.086 (20.590) (2.673) (1.207) (16.246) 748 (1.212) 30.496 (11) 30.485 1.958 (191) (63) 2.212 32.443

93,79

63,56

DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS Semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 (Em milhares de reais) 2007 2006 Origens dos recursos 1.919.546 3.496.624 Lucro líquido 47.870 32.443 Ajustes ao lucro líquido 8.929 7.415 Depreciação e amortização 10.035 7.472 Superveniência de depreciação (1.106) (57) Constituição de reservas 250.202 Reserva de capital 202 Prêmio na emissão de debêntures 250.000 Recursos de terceiros originários de: 1.612.545 3.456.766 Aumento do subgrupo do passivo 1.603.431 3.454.087 Recursos de aceites e emissão de títulos - 3.444.217 Obrigações por empréstimos e repasses 8.111 479 Instrumentos financeiros derivativos 240.002 Outras obrigações 1.355.318 9.391 Diminuição dos subgrupos do ativo 6.061 327 Operações de arrendamento mercantil 327 Outros créditos 6.061 Alienação de bens e investimentos 3.053 2.352 Imobilizado de arrendamento 3.053 2.352 Aplicações dos recursos 1.919.514 3.496.414 Juros sobre o capital próprio 36.000 Inversões em: 21.008 9.829 Imobilizado de arrendamento 20.380 8.930 Diferido 628 899 Aumento dos subgrupos do ativo 1.716.416 3.450.585 Aplicações interfinanceiras de liquidez 1.714.032 3.441.932 Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos 196 908 Operações de arrendamento mercantil 28 5.193 Outros valores e bens 2.160 2.552 Diminuição dos subgrupos do passivo 182.090 Recursos de aceites e emissão de títulos 182.090 Aumento das disponibilidades 32 210 Modificação na posição financeira Disponibilidades No início do semestre 337 360 No fim do semestre 369 570 Aumento das disponibilidades 32 210

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - Semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 (Em milhares de reais) 1 Contexto operacional A BV Leasing - Arrendamento Mercantil S.A. (BV Leasing) tem por objetivo social, principalmente, a realização de operações de arrendamento mercantil de veículos, bem como atuar nas demais atividades permitidas e regulamentadas pelo Banco Central do Brasil (BACEN) e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). As operações são conduzidas no contexto de um conjunto de instituições que atuam integradamente no mercado financeiro e certas operações têm a co-participação ou a intermediação de instituições associadas, integrantes do sistema financeiro. Os benefícios dos serviços prestados entre essas instituições e os custos da estrutura operacional e administrativa são absorvidos segundo a praticabilidade e a razoabilidade de lhes serem atribuídos em conjunto ou individualmente. 2 Descrição das principais práticas contábeis As práticas contábeis adotadas para a contabilização das operações e para a elaboração das demonstrações financeiras emanam da Lei das Sociedades Anônimas, associada às normas e instruções do BACEN e da CVM. a. Apuração do resultado O resultado é apurado pelo regime de competência. As operações de arrendamento mercantil são registradas na forma da Portaria MF nº140/84 e ajustadas por provisão para superveniência ou insuficiência de depreciação, calculada com base no valor presente da carteira de arrendamento mercantil. b. Títulos e valores mobiliários Títulos para negociação – títulos adquiridos com o propósito de serem ativa e frequentemente negociados. São ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; Títulos disponíveis para venda – títulos que não se enquadrem para negociação nem como mantidos até o vencimento. São ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzidos dos efeitos tributários; e Títulos mantidos até o vencimento – títulos adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento. São avaliados pelo custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período. c. Instrumentos financeiros derivativos Os instrumentos financeiros derivativos são classificados de acordo com a intenção da Administração, na data do início da operação, levando-se em consideração se sua finalidade é para proteção contra riscos (hedge) ou não. Os instrumentos financeiros derivativos que não atendam aos critérios de hedge contábil estabelecidos pelo BACEN, são contabilizados pelo valor de mercado, com as valorizações ou desvalorizações diretamente no resultado do período. Para os instrumentos financeiros derivativos negociados em associação com operações de captação, tanto o instrumento financeiro derivativo como o passivo estão contabilizados pelas condições intrínsecas contratadas, não sendo registrados pelo valor de mercado. d. Operações de arrendamento mercantil Demonstrados pelo custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos calculados com base “pro rata” dia e das variações monetárias e cambiais, auferidas até a data do balanço. O saldo de arrendamentos a receber representa o saldo das contraprestações a receber no prazo dos contratos, retificado pelas rendas a apropriar de arrendamento mercantil. A provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa é constituída por valor suficiente para cobrir eventuais perdas, levando em consideração os riscos específicos e globais da carteira, bem como as diretrizes do BACEN. e. Outros ativos Demonstrados pelo custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos calculados com base “pro rata” dia e das variações monetárias e cambiais, auferidas até a data do balanço. São reconhecidos os créditos tributários referentes à provisão para créditos de liquidação duvidosa e provisão para passivos contingentes. As despesas antecipadas, representadas por intermediação de operações de arrendamento mercantil, são apropriadas ao resultado no prazo dos contratos de arrendamento. f. Ativo permanente i. Imobilizado de arrendamento – registrado pelo custo de aquisição. A depreciação é calculada pelo método linear, de forma acelerada nos casos previstos segundo determinações da Portaria MF nº 113/88. De acordo com a Circular nº1.429/89 do BACEN, a Sociedade registrou no semestre uma superveniência de depreciação de R$1.106 (2006 - R$57), classificada na demonstração do resultado em “Receitas de operações de arrendamento mercantil”. ii. Imobilizado de uso – demonstrado pelo custo de aquisição. A depreciação é calculada pelo método linear, com base em taxas anuais que contemplam a vida útil-econômica dos bens, composta, basicamente, por equipamentos de processamento de dados - 20%. iii. Investimentos – representado por incentivos fiscais, demonstrados pelo seu valor nominal. iv. Diferido – O diferido é composto de perdas em arrendamento a amortizar, amortizadas pelo prazo remanescente de vida útil do bem. g. Estimativas contábeis A elaboração de demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil requer que a Administração use de julgamento na determinação e registro de estimativas contábeis. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores diferentes dos estimados, devido a imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. A Administração revisa as estimativas e premissas pelo menos mensalmente. h. Outros passivos Demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo, quando aplicável, os encargos apurados com base “pro rata” dia e as variações monetárias ou cambiais, incorridas até a data do balanço. A provisão para imposto de renda foi constituída à alíquota de 15%, acrescida de adicional de 10%, e a provisão para contribuição social constituída à alíquota de 9%, de acordo com a legislação vigente. 3 Aplicações interfinanceiras de liquidez Composta por depósitos interfinanceiros, remunerados às taxas pós-fixadas, com vencimento até 3 de novembro de 2026, totalizando R$ 13.433.365 (2006 – R$ 4.028.732). 4 Títulos e valores mobiliários 2007 2006 Títulos para negociação Faixas de vencimento Valor de Valor de Lucro não de 3 a 12 de 3 a 5 Valor de Tipo custo mercado realizado meses anos Total mercado NBC-E 25.673 LFT 182 182 182 182 CDB 252 252 252 252 222 Total 434 434 252 182 434 25.895 Os critérios de precificação de títulos e valores mobiliários consideram preços e taxas oficialmente divulgados pela ANDIMA, além

de eventuais ajustes nos preços de títulos de baixa liquidez, que consideram ofertas, últimos preços praticados, dispersão possível e outros fatores que possam determinar de forma mais adequada e justa o valor de mercado, levando em conta a adoção de critérios julgados adequados à aferição de preço para papéis de baixa liquidez. 5 Instrumentos financeiros derivativos Os instrumentos financeiros derivativos podem ser assim resumidos: 2007 2006 Faixa de vencimento Diferencial Valores a Valores a Valor a receber/ receber/ Lucro Valor receber/ original do pagar pagar não De 3 a De 1 a De 3 a original do pagar Tipo contrato contratual contábil realizado 12 meses 3 anos 5 anos Total contrato mercado Swap Dólar 1.903.472 1.836.645 1.836.645 - 203.416 342.625 1.290.604 1.836.645 (29.300) (25.462) DI (1.903.472) (2.081.933) (2.081.933) - (233.325) (390.923) (1.457.685) (2.081.933) 29.300 35.978 Total (245.288) (245.288) (29.909) (48.298) (167.081) (245.288) 10.516 Os valores a pagar originários de contratos de swap montam a R$ 245.288 (2006 – não houve) e estão registrados, no Passivo em Instrumentos financeiros derivativos. Em 2006, os valores a receber estão registrados no ativo, em títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos, no montante de R$ 10.516. Os critérios de precificação de instrumentos financeiros derivativos consideram preços e taxas oficialmente divulgados pela BM&F, bem como cálculos de prêmios de opção e outros riscos de acordo com metodologias convencionais e consagradas. As operações têm como contraparte instituição financeira, sendo integralmente negociadas no mercado de Balcão. 6 Operações de arrendamento mercantil O valor dos contratos de arrendamento mercantil financeiro representa o valor presente dos contratos, apurado com base na taxa interna de retorno de cada contrato. Esses contratos, em atendimento às normas do BACEN, são apresentados em diversas contas patrimoniais, as quais são resumidas como segue: 2007 2006 Arrendamentos a receber - setor público 4.704 Arrendamentos a receber - setor privado 63.703 38.988 Rendas a apropriar de arrendamento mercantil (59.940) (29.632) Imobilizado de arrendamento 50.782 29.251 Diferido de arrendamento 1.994 2.666 Superveniência de depreciação 21.021 19.640 Credores por antecipação de valor residual (26.330) (27.605) Valor presente dos contratos de arrendamento financeiro 55.934 33.308 a. Composição da carteira por tipo de cliente e atividade econômica 2007 2006 Arrendamento financeiro: Indústria 953 833 Comércio 4.488 1.094 Intermediários financeiros 3.908 3.690 Pessoas físicas 9.000 10.039 Outros serviços 37.585 17.652 Total 55.934 33.308 b. Composição da carteira de operações de arrendamento mercantil por vencimento Faixas de vencimentos 2007 2006 Parcelas vencidas: A partir de 15 dias 8.736 9.593 Parcelas a vencer: Até 3 meses 4.371 3.011 3 a 12 meses 12.582 8.155 1 a 3 anos 24.281 11.534 3 a 5 anos 4.944 1.015 5 a 15 anos 1.020 Total 55.934 33.308 c. Composição da carteira de operações de arrendamento mercantil, nos correspondentes níveis de risco, conforme estabelecido na Resolução nº 2.682 do BACEN: 2007 Saldo Provisão Créditos Créditos Total das Nível de risco a vencer vencidos operações % Valor A 54.194 54.194 (*) 0,5 8.380 B 365 365 1,0 4 C 1.037 1.037 3,0 31 D 14 14 10,0 1 F 74 74 50,0 37 G 185 185 70,0 129 H 65 65 100,0 65 Total 54.194 1.740 55.934 8.647 (Continua)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Henry Romero/Reuters

Internacional Mãozinha do Brasil

nas negociações Chávez-Farc Chanceler Celso Amorim diz que País está disposto a oferecer ajuda logística; mídia venezuelana diz que Chávez se encontrará com líder guerrilheiro

Os ventos do Dean causaram alguns estragos na cidade litorânea de Majahual, no sudeste mexicano Omar Torres/AFP

Homem caminha em frente a restaurante destruído pelo furacão, que enfraqueceu e virou tempestade

VIROU ÁGUA – O furacão Dean, o primeiro da temporada

AFP

2007 do Atlântico, perdeu quase toda a força que o fez atingir a categoria 5 — a mais devastadora na escala Saffir-Simpson — na última terça-feira, e foi reclassificado como tempestade tropical pelo Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos horas depois de atingir o México pela segunda vez. Mesmo assim, castigou algumas cidades, causando chuvas fortes, inundações, arrancando árvores e destelhando casas. Em sua passagem pelo Caribe, o Dean matou 20 pessoas

O

governo brasileiro poderá contribuir com a tentativa do presidente venezuelano Hugo Chávez em mediar negociações para a libertação de reféns junto às Forças Armadas Revolucionárias (Farc) da Colômbia. A informação foi dada ontem pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, que afirmou que o País estaria disposto a oferecer ajuda logística em uma possível negociação. No entanto, deixou claro que Brasília não intermediará uma solução entre as duas partes. "Podemos oferecer, por exemplo, nosso território para as negociações", finalizou. As afirmações foram feitas no mesmo dia em que o jornal venezuelano "El Universal" publicou que o porta-voz das Farc, Raúl Reyes, teria entrado em contato com Chávez logo após a reunião do presidente com os parentes de alguns reféns, na última segunda-feira. Segundo a reportagem, o venezuelano se reuniria com Reyes no próximo dia 31 de agosto, logo após se encontrar com o presidente colombiano Álvaro Uribe na Colômbia. Questionado, Chávez não confirmou nem desmentiu a informação. Mas o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Nicolás Maduro, negou categoricamente a informação. "É mentira. Até agora,

até este momento, não houve nenhum contato", declarou Maduro a jornalistas em Brasília, onde participou ontem de uma reunião ministerial. Mais encontros Ainda ontem, o jornal "El Tiempo", de Bogotá, publicou reportagem mostrando que Chávez poderá se reunir com familiares dos guerrilheiros das Farc "muito em breve". A informação foi fornecida pela senadora colombiana e mediadora das negociações, Piedad Córdoba, responsável pelo encontro na segunda-feira do líder venezuelano com parentes

Chávez faz nova 'vítima'

A

siderúrgica Sidor, a maior da Venezuela, será salva da onda de reestatizações de Hugo Chávez. Autoridades de Caracas e representantes da multinacional argentina Techint — a principal acionista da Sidor — assinam hoje acordo que encerra o período de tensão iniciado em maio, quando Chávez ameaçou reestatizar a companhia. Sob forte pressão, a empresa se comprometeu a investir US$ 600 milhões no país. (AE)

de 46 reféns políticos mantidos pela guerrilha. Entre o grupo de 15 parentes que foram a Caracas estava Yolanda Pulecio, mãe da franco-colombiana Ingrid Betancourt, seqüestrada em 2002 quando era candidata à presidência na Colômbia. Condições Os esforços de Chávez não contam, ainda, com a aprovação oficial do governo colombiano. Ontem, durante encontro em Brasília, o ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Fernando Araújo, disse que o presidente Álvaro Uribe está disposto a aceitar a mediação de Chávez na troca de reféns. Mas desde que sejam respeitadas duas condições: que não seja criada uma zona desmilitarizada sob controle das Farc, como deseja a organização, e que membros da guerrilha que estão presos e fossem libertados pelo governo não voltem a pegar em armas. A guerrilha exige a libertações de 500 presos em troca de reféns. A recusa em aceitar uma zona desmilitarizada vem da percepção do governo colombiano de que este tipo de recurso não teve bons resultados quando utilizado anteriormente — entre 1998 e 2002. O próprio ministro das Relações Exteriores de Bogotá foi seqüestrado pelas Farc, em 2000, dentro de uma dessas áreas. Acabou escapando no final do ano passado. (Agências)

AFP

Soldados iraquianos capturam suposto militante durante operação no norte da capital do país, Bagdá

Iraque: helicóptero cai e mata 14

U

m helicóptero com 14 soldados norteamericanos caiu acidentalmente no norte do Iraque provocando a morte de todos os ocupantes, informou o comando militar dos EUA em Bagdá. O helicóptero, com quatro tripulantes e dez passageiros a bordo, caiu durante operação noturna da qual também participava um outro helicóptero. Segundo as informações preliminares, a aeronave teria caído por problemas mecânicos. Trata-se do pior incidente

do gênero em mais de dois anos. Em janeiro de 2005, 31 soldados norte-americanos morreram quando um helicóptero militar caiu durante uma tempestade de areia no oeste do Iraque. Também ontem, o Pentágono anunciou a morte de outro soldado, em combate a oeste de Bagdá. O acidente aconteceu horas depois de um caminhãobomba detonado por um militante suicida ter deixado pelo menos 45 pessoas mortas e outras 80 feridas no norte do Iraque. O alvo do ataque, per-

petrado em Beiji, 250 quilômetros ao norte de Bagdá, era um departamento de polícia. Novo Vietnã Falando para uma platéia de veteranos de guerra, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse ontem que uma retirada das tropas americanas do Iraque poderia levar à morte de "milhões de inocentes", fazendo uma comparação com o que ocorreu quando os norte-americanos foram derrotados em 1975 e deixaram o Vietnã. (AE)

RECONSTRUÇÃO

DISFARCE

presidente do Peru, Alan O García, visitou a cidade de Pisco, uma das mais

ilitantes do Talebã M vestidos em uniformes do exército afegão atacaram

atingidas pelo terremoto de 8 graus na escala Richter que sacudiu o país na última semana, e disse que a ajuda humanitária já chegou a "95% da população" afetada. O sismo matou 540 pessoas, deixou 1,090 feridos e 187 mil desabrigados, segundo os últimos dados oficiais. (AE)

Ó RBITA VIOLÊNCIA Milícias atacaram uma base militar e mataram quatro soldados no Paquistão

uma base da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em uma área remota do leste do Afeganistão, provocando a morte de dois soldados afegãos e ferindo 11 militares estrangeiros. Horas antes, também no leste, um suicida provocou a morte de quatro pessoas. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

20 - ECONOMIA/LEGAIS (continuação)

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

VOTORANTIM CORRETORA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS LTDA. C.N.P.J. 01.170.892/0001-31 Av. Roque Petroni Jr. 999 - 16º andar - conj. B - CEP: 04707-910 - São Paulo - SP Tel: (011) 5185-1700 Fax: (011) 5185-1900

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - Semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 - (Em milhares de Reais) adequada à política do Grupo. A Corretora é parte em processos judiciais, decorrentes do curso normal das operasaldo do programa é de R$1.126 (2006 - R$ 1.247). A Corretora está cumprindo com O gerenciamento de risco de mercado é efetuado de forma centralizada, por área ções, envolvendo questões tributárias e trabalhistas. As principais questões as condições do referido programa quanto à adimplência aos pagamentos parcelados. administrativa que mantém independência com relação à mesa de operações, e pelo tributárias são: Para os processos judiciais envolvendo questões trabalhistas, foi constituído o monacompanhamento do Comitê de Riscos, composto pela diretoria e vice-presidência i. COFINS - Pleiteia não pagamento da contribuição, com base nas receitas não tante de R$ 62 (2006 – não houve), apresentado em Outras Obrigações – Diversas. do Banco Votorantim S.A., que se reúne periodicamente para avaliação dos riscos e derivadas do faturamento mensal (ampliação da base de cálculo introduzida pela 19 Outras informações definição de limites operacionais. O gerenciamento de riscos adota como procediLei nº 9.718/98). a. “Negociação e intermediação de valores” refere-se a operações de clientes com ii. ISS - Questionamento das autoridades fiscais. mentos básicos: a) monitoramento da adequação de posições e riscos aos limites liquidação financeira pendente, apresentadas no Ativo e no Passivo. estabelecidos pelo Comitê de Riscos e limites legais; b) integridade da precificação b. “Receitas de prestação de serviços” se referem, substancialmente, à corretagem As provisões constituídas para as questões tributárias, apresentadas em Outras de ativos e derivativos; c) avaliação do risco de mercado pela metodologia “Value at Obrigações – fiscais e previdenciárias, são: por intermediação de operações em bolsas de valores e mercadorias. Risk” e pela simulação de cenários; d) acompanhamento de resultados diários com 2007 2006 c. Despesas de pessoal incluem proventos, benefícios, encargos e treinamento de testes de aderência da metodologia (“back-test”). Impostos e contribuições a recolher 6.875 1.730 funcionários. A política de gerenciamento de riscos de mercado considera, ainda, a utilização de Provisão para riscos fiscais 3.981 49 d. Despesas tributárias se referem, substancialmente, à Contribuição Provisória instrumentos financeiros derivativos para “hedge” de posições, para atender demansobre Movimentação Financeira – CPMF, calculada à alíquota de 0,38% sobre a Total 10.856 1.779 da de contrapartes e como meio de reversão de posições em momentos de grandes Em 23 de julho de 2003, a Corretora protocolou junto à Secretaria da Receita Fedemovimentação financeira, à Contribuição ao Programa de Integração Social ral sua adesão ao Programa de Parcelamento Especial - PAES, instituído pela Lei nº oscilações. As operações observam os limites deliberados pelo Comitê e estabeleciPIS, calculada à alíquota de 0,65%, à Contribuição para o Financiamento da 10.684/03, do Governo Federal. A adesão ao programa possibilitou o parcelamento dos pela legislação, após análise dos riscos de crédito e liquidez, quando Seguridade Social - COFINS, calculada à alíquota de 4% sobre as receitas apropriados, caso em que envolvem as políticas de liquidez e crédito e as deliberado PIS, referente ao período de janeiro de 2000 a janeiro de 2003, o qual vinha senoperacionais e Imposto Sobre Serviços - ISS. ções do respectivo Comitê. do questionado judicialmente e registrado em provisão para riscos fiscais. Os e. As Instituições Financeiras integrantes do Grupo Financeiro Votorantim apuram 18 Provisões, passivos e contingências seus limites de patrimônio líquido mínimo exigido de forma consolidada, dentro montantes relativos ao PIS inclusos no programa foram parcelados em 120 meses, A Administração, com base em informações de seus assessores jurídicos e na anádos parâmetros previstos na Resolução nº 2.099/94 do BACEN e normativos calculados com base na limitação de 1,5% da receita bruta de intermediação financeira, atualizados com base na variação da Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP e lise das demandas judiciais pendentes, constitui provisão em montante considerado posteriores aplicáveis. suficiente para cobrir as perdas estimadas com os processos em curso. Lupercio de Souza Izabel - Contador - CRC 1SP194632/O-4 reclassificados para impostos e contribuições a recolher. Em 30 de junho de 2007, o Diretoria Sócios Administradores Abraham Bragança de Vasconcellos Weintraub Mario Antonio Thomazi José Manoel Lobato Barletta Marcus O. de Camargo Arruda Celso Marques de Oliveira Marcelo Parente Vives Silvio Alfredo Frugoli Milton Roberto Pereira Wilson Masao Kuzuhara PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequauma opinião sobre essas demonstrações financeiras. Aos Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no damente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Administradores e Quotistas da Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância Votorantim Corretora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. em 30 de junho de 2007 e Votorantim Corretora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da 2006, os resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as oriSão Paulo - SP Examinamos os balanços patrimoniais da Votorantim Corretora de Títulos e Valores Mo- Sociedade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que gens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas biliários Ltda. levantados em 30 de junho de 2007 e 2006 e as respectivas suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práti- datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 14 de agosto de 2007 demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e apli- cas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da KPMG Auditores Independentes cações de recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, elaborados Sociedade, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em Giuseppe Masi CRC 2SP014428/O-6 sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar conjunto. Contador CRC 1SP176273/O-7

Empresas Tr i b u t o s Finanças Nacional

SETOR IMOBILIÁRIO CHINÊS EM ALERTA

159

bilhões de dólares foram os investimentos no mercado imobiliário chinês de janeiro a julho.

Leonardo Rodrigues/Hype - 6/2/2007

AÇÕES DA CONSTRUÇÃO CIVIL IMUNES À CRISE Setor imobiliário brasileiro não corre o risco de sofrer abalos semelhantes aos ocorridos nos Estados Unidos porque aqui as regras de concessão de crédito são bem mais rígidas Para analistas, construção civil deve ter crescimento acelerado e sustentado por um bom período

Sonaira San Pedro

O

fato de os Estados Unidos enfrentarem uma crise financeira no setor imobiliário, que teve reflexos nas Bolsas mundiais, não impede o crescimento da construção civil brasileira. A expansão justifica a compra de ações das empresas do setor, de acordo com especialistas do mercado financeiro. Há vários motivos. O primeiro deles é que no País, a estrutura do mercado financeiro imobiliário é muito diferente da norte-americana. No Brasil, os agentes são mais exigentes na liberação do crédito, o que garante menores índices de inadimplência. Outro motivo é que em razão dos baixos preços dos papéis em relação ao valor real de mercado, há boas perspectivas de lucros no médio prazo. "A estabilidade econômica brasileira, a extensão dos prazos de financiamento oferecidos pelos bancos, a queda dos juros e os incentivos do governo devem garantir ao setor de construção civil crescimento acelerado e sustentado nos

O cenário econômico é favorável ao crescimento do setor, com a queda dos juros e o alongamento dos prazos de financiamento. Clodoir Vieira, analista financeiro próximos anos", disse o consultor financeiro Carlos Alberto Bifulco. "Com a queda acentuada do Ibovespa (principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo) nas últimas semanas, este pode ser o momento de o investidor apostar no segmento e esperar lucros para o médio e longo prazos". Segundo Bifulco, o que acontece nos Estados Unidos é que clientes considerados de risco, ou seja, com histórico de falta de pagamento, conseguem financiamento de até 100% do imóvel, o que acaba causando elevados índices de inadimplência e conseqüentes prejuízos para os agentes financiadores.

Para o consultor, mesmo que as empresas brasileiras não tenham nenhuma relação com esse mercado, no curto prazo, os investidores internacionais que financiariam o crescimento do setor imobiliário no Brasil deverão esperar mais um tempo até colocarem recursos aqui. "Isso acaba segurando a expansão do setor, mas não a ponto de atrapalhar o desenvolvimento", comentou. Bom preço – De acordo com Clodoir Vieira, analista financeiro da Souza Barros Corretora, ações do setor de construção civil são consideradas boas compras. "O cenário econômico é favorável ao crescimento do setor, com a queda dos juros e o alongamento dos prazos de financiamento", afirmou. Ele recomenda principalmente a compra das ações das empresas Duratex e Eternit. Companhias como Gafisa, Cyrela e Rossi Residencial também seriam boas aquisições, de acordo com o consultor financeiro, já que os papéis dessas companhias, consideradas de administração sólida, estariam com preços bastante atrativos no mercado, depois da recente queda verificada na Bolsa de Valores de São Paulo.

Brasil foi o que menos sofreu

O

Brasil foi o que menos sofreu na recente turbulência no mercado financeiro internacional entre os 15 países emergentes acompanhados pelo JP Morgan. O indicador Embi (Emergent Market Bond Index), calculado pelo banco americano, estava em 245 pontos-base no final de 2005, praticamente igual aos níveis atuais. Já o risco Brasil, que afere o risco específico dos títulos do governo brasileiro no mercado secundário internacional, está em 203 pontos-base, cerca de 108 pontos

abaixo daquele período. Outro país que registrou ganhos expressivos foi a Filipinas, cujo risco registrou queda de cerca de 60 pontos, situando-se atualmente em cerca de 230 pontos-base. No final de 2005, o risco Brasil estava em 311 pontos-base, 26% pior do que a média dos outros emergentes, mas, em termos relativos, teve um ganho substancial em relação aos seus "concorrentes" e na América Latina foi o que registrou melhor performance. A Colômbia (queda de 30 pontos-

base, para os atuais 233 pontos), o Peru (queda de 14 pontos, para 168 pontos) também tiveram ganhos no período, enquanto a Venezuela foi a que registrou pior desempenho, com o indicador subindo para 481 pontos-base, com acréscimo de 170 pontos no intervalo de 20 meses. Os títulos da Argentina e Venezuela foram os grandes perdedores nos últimos 40 dias. O argentino subiu 272 pontos, para 489, e o venezuelano subiu 140 pontos, para os atuais 481 pontos-base. (AE)

ABN AMRO recebe aporte de US$ 200 milhões para financiar projetos ambientais Roseli Lopes

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International Finance Corporation (IFC), braço do Banco Mundial voltado para o financiamento do setor privado, anunciou, ontem, uma linha de crédito de US$ 200 milhões, indexados em reais, ao banco ABN AMRO Real com foco nos financiamentos de projetos com impacto na sustentabilidade ambiental. A linha contemplará empresas com faturamento anual de até R$ 300 milhões, verificados nos últimos cinco anos, independente do setor de atuação. É a segunda linha concedida pela IFC ao banco em dois anos. A primeira, no valor de US$ 125 milhões, se esgotou em 30 projetos aprovados pelo ABN Real, com uma média de US$ 4 milhões de recursos direcionados a cada um. O superintendente-executi-

vo de projetos estruturados do ABN Real, Fábio Carneiro, disse que os US$ 200 milhões deverão ser integralmente emprestados até o final deste ano. "O fato de o banco estar tomando uma segunda linha de crédito junto à IFC com essas características em um espaço de tempo tão curto reflete a alta procura por esse tipo de financiamento", disse o executivo. Dos US$ 200 milhões, 50% estão comprometidos desde já com projetos recém-aprovados pelo banco e que aguardam apenas a liberação dos recursos, informou Carneiro. Exigências – Os empréstimos serão administrados pelo ABN Real, têm prazo de três até oito anos e devem seguir algumas determinações da IFC. Cada projeto pode ser contemplado com no máximo US$ 15 milhões; as empresas contratantes têm de estar listadas no Novo Mercado, segmento especial da Bolsa de Valores de

Pesquisas Financeiras da Sinais de Academia de Ciências da China, Peng Xingyun. "O crise no setor fortalecimento dos imobiliário chinês mecanismos de supervisão

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setor hipotecário da China vem apresentando sintomas similares aos da crise do mercado de hipotecas subprime (de alto risco) nos Estados Unidos, como o elevado preço dos imóveis e a elevação das taxas de juros. A avaliação é do analista do Instituto de

e da gestão de riscos do setor de hipotecas chinês é imprescindível", afirmou Peng ao China Daily, jornal oficial em inglês. Para Tao Dong, economista-chefe do Crédit Suisse First Boston Asia, a crise nos Estados Unidos acionou o alarme no mercado bancário chinês. "Os bancos serão mais

São Paulo (Bovespa) que inclui companhias comprometidas com a governança corporativa – transparência na gestão e na divulgação de informações. Os R$ 200 milhões deverão ser devolvidos à IFC em oito anos. Até lá, os pagamentos feitos pelas empresas que tomaram o empréstimo poderão ser direcionados pelo ABN Real para novos projetos. "É importante ressaltar que se a empresa solicitante do crédito não estiver enquadrada no conceito de governança corporativa deve assumir perante o banco o compromisso de migrar para o Novo Mercado", ratificou a superintendente de projetos estruturados do banco, Izabel Calvucci. A operação prevê a emissão de eurobônus por parte do ABN Real, indexados ao CDI, mas com liqüidação em dólar. A IFC comprará os papéis. O Real é o único banco no Brasil a ter esse tipo de linha com a IFC. cuidadosos na avaliação da solvência daqueles que pretendem adquirir um imóvel", afirmou. Segundo o Escritório Nacional de Estatísticas, os investimentos no segmento imobiliário somaram US$ 159 bilhões entre janeiro e julho deste ano, um avanço de 28,9% em relação ao mesmo período de 2006. O valor médio dos imóveis nas 70 maiores cidades chinesas subiu 7,5% em julho na comparação com julho do ano passado. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

ECONOMIA/LEGAIS - 13

(continuação)

BV LEASING - ARRENDAMENTO MERCANTIL S.A. C.N.P.J. 01.858.774/0001-10 Rua Amazonas, 439 - 11º Andar - CEP: 09520-070 - Centro - São Caetano do Sul - SP Tel.: (011) 5185-1700 Fax: (011) 5185-1900 2006 Saldo Provisão Créditos Créditos Total das Nível de risco a vencer vencidos operações % Valor A 31.871 31.871 (*) 0,5 9.273 B 150 150 1,0 2 C 76 76 3,0 2 D 64 64 10,0 6 E 455 455 30,0 137 F 5 5 50,0 3 G 32 32 70,0 22 H 9 646 655 100,0 655 Total 31.880 1.428 33.308 10.100 (*) A provisão para créditos de liquidação duvidosa inclui complemento para cobertura dos diferenciais não liquidados dos contratos indexados ao dólar, que se encontram em discussão judicial, no montante de R$ 8.149 (2006 - R$ 9.168), os quais estão apresentados substancialmente no nível de risco “A”. d. Provisão para créditos de liquidação duvidosa 2007 2006 Saldo inicial 9.207 10.361 Constituição/(Reversão) (506) (261) Créditos baixados contra provisão (54) Saldo final 8.647 10.100 Durante o semestre, os créditos recuperados foram contabilizados como recuperação de créditos baixados como prejuízo, no montante de R$ 273 (2006 - R$ 113) e classificados em “Receitas de operações de arrendamento mercantil”. Não houve operações renegociadas no semestre (2006 - R$ 2.719). 7 Outros créditos - Diversos 2007 2006 Crédito tributário de impostos e contrbuições 542 4.831 Devedores por depósitos em garantia 445 342 Impostos e contribuições a compensar 2.673 9.087 Opções por incentivos fiscais 1.131 929 Outros 82 Total 4.873 15.189 8 Outros valores e bens - Depesas antecipadas 2007 2006 Comissões por intermediação de operações de arrendamento 196 224 Comissão de colocação de debêntures 4.625 2.555 Outros 46 33 Total 4.867 2.812 9 Imobilizado de arrendamento 2007 2006 Arrendamento financeiro Custo Depreciação Líquido Líquido Veículos 69.370 (34.087) 35.283 20.341 Máquinas e equipamentos 13.320 (2.193) 11.127 4.982 Sistema de processamento de dados 5.508 (2.266) 3.242 3.256 Móveis 1.053 (150) 903 220 Outros 549 (322) 227 452 Total 89.800 (39.018) 50.782 29.251 Os bens arrendados estão compromissados à venda, por opção dos arrendatários por R$ 27.643 (2006 - R$ 29.101), e o valor residual recebido antecipadamente desses arrendatários monta a R$ 26.330 (2006 - R$ 27.605), registrado em “Outras obrigações - Credores por antecipação de valor residual”. O seguro do imobilizado de arrendamento é efetuado com cláusula de benefício em favor da Sociedade. 10 Recursos de aceites e emissão de títulos 1ª. Emissão Representada por 335.000 debêntures não conversíveis em ações, de emissão pública, emitidas em 20 de abril de 2006, em duas séries, e que foram colocadas no mercado em 23 de junho de 2006. Vide informações referentes à primeira série dessa emissão na nota explicativa nº 12. A segunda série, composta de 200.000 debêntures e com vencimento em 20 de abril de 2026, incide 100% da taxa DI, calculada de forma exponencial e cumulativa. Em 30 de junho de 2007 montam R$ 2.326.490 (2006 – R$ 2.055.462). 2ª. Emissão Representada por 12.000 debêntures não conversíveis em ações, de emissão pública, emitidas em 01 de novembro de 2006, em série única e com vencimento em 01 de novembro de 2026, incide 100% da taxa DI, calculada de forma exponencial e cumulativa. Em 30 de junho de 2007 montam R$ 6.486.363. 3ª. Emissão Representada por 933.358 debêntures não conversíveis em ações, de emissão pública, emitidas em 08 de dezembro de 2006, em série única e com vencimento em 08 de dezembro de 2011, com atualização monetária pelo fator de variação da cotação de fechamento da taxa de venda do câmbio da moeda norte-americana (ptax800) e juros remuneratórios de 12,0436 % a.a. desde a data de emissão até a data de vencimento. Em 30 de junho de 2007 as respectivas debêntures montam R$1.811.066. 11 Obrigações por empréstimos e repasses Representados por recursos provenientes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, através da sua Agência Especial de Financiamento Industrial - FINAME, com vencimentos até junho de 2013, incidindo atualização monetária da TJLP e encargos financeiros de até 15% ao ano. 12 Outras obrigações – Dívidas subordinadas Em 19 de junho de 2007, as debêntures da primeira série - 1ª. Emissão - foram consideradas como elegíveis à capital nível II, na qualidade de dívida subordinada. Em conformidade com a Resolução nº 3.444/07 do BACEN, esse recurso é adicionado ao cálculo de apuração do Patrimônio de Referência, para fins da verificação do cumprimento dos limites operacionais. A primeira série é composta de 135.000 debêntures e com vencimento em 20 de abril de 2016, incidindo encargos financeiros referenciados na taxa média dos depósitos interfinanceiros, mais 0,5% ao ano. Em 30 de junho de 2007 as respectivas debêntures montam R$ 1.381.468 (2006 - R$ 1.388.756). A primeira repactuação ocorrerá em 20 de abril de 2011. No balanço patrimonial de 30 de junho de 2006, essas debêntures estão apresentadas como recursos de aceites e emissão de títulos. 13 Outras obrigações - Fiscais e previdenciárias 2007 2006 Impostos e contribuições sobre o lucro a pagar 23.741 Impostos e contribuições a recolher 898 1.275 Provisão para impostos e contribuições diferidos 5.255 8.304 Provisão para riscos fiscais 574 19.017 Total 30.468 28.596 14 Outras obrigações - Diversas 2007 2006 Provisão para passivos contigentes 1.123 1.002 Outras 436 204 Total 1.559 1.206 15 Patrimônio líquido a. Capital social O capital social, totalmente subscrito e integralizado, está representado por 510.404 ações ordinárias, sem valor nominal. Na Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária de 30 de abril de 2007, foi aprovado o aumento do capital social de R$ 496.200 para R$ 996.200, mediante capitalização de parte da conta de Reserva de Capital, proporcionalmente à participação de cada acionista no capital social, sem modificação do número de ações. O respectivo aumento está em processo de homologação junto ao BACEN. b. Dividendos Aos acionistas é assegurado um dividendo mínimo correspondente a 25% do lucro líquido de cada semestre, deduzido a reserva legal. Os dividendos não distribuídos são destinados à “Reserva para Expansão”. c. Reserva de Capital Conforme previsto na escritura da 3ª Emissão das debêntures e conforme disposto no artigo 182, § 1º item c, da Lei nº 6.404/76, o prêmio de R$ 250.000, recebido neste semestre, foi registrado em Reserva de capital. 16 Outras despesas administrativas 2007 2006 Processamento de dados 1.007 546 Serviços técnicos especializados 2.399 140 Outras 279 521 Total 3.685 1.207 17 Imposto de renda e contribuição social a. Encargos devidos sobre as operações 2007 2006 Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 72.593 30.485 Encargos (imposto de renda e contribuição social) à alíquota nominal de 25% e 9%, respectivamente (24.682) (10.365) Exclusões/(adições) 941 10.365 Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social (2.048) Juros sobre o capital próprio 12.240 Provisão para créditos de liquidação duvidosa 10 (102) Provisões para passivos contingências 696 (62) Ajuste a valor de mercado - Circulares n°s 3.068 e 3.082 (686) Superveniência de depreciação 276 14 Derivativos – Lei nº 11.051 926 Outras (41) 83 Imposto de renda e contribuição social correntes (23.741) Imposto de renda e contribuição social diferidos (276) (254) Imposto de renda e contribuição social total (24.017) (254)

b. Imposto de renda e contribuição social diferidos com efeito sobre o resultado Imposto de renda e contribuição social diferidos Adições/(exclusões): Ajuste a valor de mercado - Circulares nºs 3.068 e 3.082 Derivativos – Lei nº 11.051 Superveniência de depreciação Total

2007

2006

(276) (276)

686 (926) (14) (254)

Crédito tributário Adições/(exclusões): Provisões para passivos contingentes Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social Provisão para créditos de liquidação duvidosa Total c. Imposto de renda e contribuição social diferidos com efeito sobre contas patrimoniais Ativo (Outros créditos - Diversos) Saldo inicial Provisões para passivos contingentes Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social Provisão para créditos de liquidação duvidosa Saldo final Passivo (Outras obrigações - Fiscais e previdenciárias) Saldo inicial Ajuste a valor de mercado - Circulares n°s 3.068 e 3.082 Derivativos – Lei nº 11.051 Superveniência de depreciação Saldo final d. Estimativa de realização do crédito tributário

2007

2006

(696) (10) (706)

62 2.048 102 2.212

2007 1.248 (696) (10) 542 2007 4.979 276 5.255

2006 2.619 62 2.048 102 4.831 2006 8.050 (686) 926 14 8.304

Jun/08 Jun/12 Total Provisão para créditos de liquidação duvidosa 161 161 Provisões para passivos contingentes 381 381 Total 161 381 542 Os créditos tributários foram constituídos nos termos da legislação em vigor, baseados em estudos comprobatórios da capacidade de realização e, entre outros fatores, as seguintes premissas: • Atendimento às condições da Resolução nº 3.059/02, alterada pela Resolução nº 3.355/07 do BACEN. • Provisão para passivos contingentes: efetuada sobre processos envolvendo, principalmente, questões cíveis. Estimativa de realização: dependente do trâmite do processo. • Provisão para créditos de liquidação duvidosa: realização condicionada aos prazos legais para dedutibilidade, conforme Lei nº 9.430/96, após esgotados os recursos legais de cobrança. Eventuais recuperação ou redução da perda implicam a redução da provisão, gerando valores a serem excluídos da base tributável. • O saldo contábil é considerado o valor presente dos créditos tributários. As obrigações fiscais diferidas foram constituídas no termos da legislação em vigor e se referem ao imposto de renda sobre superveniência de depreciação, gerada pelos contratos de arrendamento mercantil, a serem realizados até o término do contrato. 18 Transações com partes relacionadas As transações com partes relacionadas foram realizadas, substancialmente, com o Banco Votorantim S.A., em condições usuais de mercado e ausência de risco: Ativos 2007 2006 Disponibilidades 196 352 Aplicações interfinanceiras de liquidez 13.433.365 4.028.731 Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos 252 10.738 Passivo Recursos de aceites e emissão de títulos 8.812.862 2.055.462 Resultado Resultado de operações com títulos e valores mobiliários 780.148 49.431 Resultado com instrumentos financeiros derivativos 4.106 Despesas de captação (498.876) (2.296) 19 Instrumentos financeiros Em atendimento à Instrução CVM nº 235/95, os saldos contábeis e os valores de mercado dos instrumentos financeiros inclusos no balanço patrimonial estão identificados a seguir: 2007 2006 Saldo Valor Saldo Valor contábil mercado contábil mercado Ativos Aplicações Interfinanceiras de liquidez 13.433.365 13.433.365 4.028.732 4.028.732 Títulos e valores mobiliários 434 434 25.895 25.895 Instrumentos financeiros derivativos 10.516 10.516 Operações de arrendamento mercantil 55.934 55.934 33.308 33.308 Passivos Recursos de aceites e emissão de títulos 10.623.919 10.253.382 3.444.218 3.444.218 Obrigações por empréstimos e repasses 20.648 20.648 528 528 Instrumentos financeiros derivativos Dívidas subordinadas

245.288

390.448

-

-

1.381.468

1.381.468

-

-

No caso de aplicações interfinanceiras de liquidez e de dívidas subordinadas, o saldo contábil aproxima-se de seu correspondente valor de mercado. Para a obtenção dos valores de mercado dos demais instrumentos financeiros, são adotados os seguintes critérios: a. Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos: os critérios estão descritos nas notas explicativas nºs 4 e 5, respectivamente. b. Recursos de aceites e emissão de títulos: Os critérios consideram preços e taxas oficialmente divulgados pela BM&F, além de eventuais ajustes nos preços de títulos de baixa luquidez, que consideram ofertas, últimos preços praticados, dispersão possível e outros fatores que possam determinar de forma mais adequada e justa o valor de mercado, levando em conta a adoção de critérios julgados adequados à aferição de preço para papéis de baixa liquidez. 20Gerenciamento de riscos O Conglomerado Financeiro do Grupo Votorantim efetua operações que envolvem instrumentos financeiros derivativos, atuando em mercados organizados e de balcão, com objetivo de possibilitar uma gestão de risco de mercado adequada à política do Grupo. O gerenciamento de risco de mercado é efetuado de forma centralizada, por área administrativa que mantém independência com relação à mesa de operações, e pelo acompanhamento do Comitê de Riscos, composto pela diretoria e vice-presidência do Banco Votorantim S.A., que se reúne periodicamente para avaliação dos riscos e definição de limites operacionais. O gerenciamento de riscos adota como procedimentos básicos: a) monitoramento da adequação de posições e riscos aos limites estabelecidos pelo Comitê de Riscos e limites legais; b) integridade da precificação de ativos e derivativos; c) avaliação do risco de mercado pela metodologia “Value at Risk” e pela simulação de cenários; d) acompanhamento de resultados diários com testes de aderência da metodologia (“back-test”). A política de gerenciamento de riscos de mercado considera ainda a utilização de instrumentos financeiros derivativos para “hedge” de posições, para atender demanda de contrapartes e como meio de reversão de posições em momentos de grandes oscilações. As operações observam os limites deliberados pelo Comitê e estabelecidos pela legislação, após análise dos riscos de crédito e liquidez, quando apropriados, caso em que envolvem as políticas de liquidez e crédito e as deliberações do respectivo Comitê. 21Provisões, passivos e contingências A Administração, com base em informações de seus assessores jurídicos e na análise das demandas judiciais pendentes, constitui provisão em montante considerado suficiente para cobrir as perdas estimadas com os processos em curso. A BV Leasing é parte em processos judiciais, decorrentes do curso normal das operações, envolvendo questões tributárias e cíveis. A principal questão tributária é: · ISS – Questionamento das autoridades fiscais A provisão constituída para a questão tributária, apresentada em Outras Obrigações – fiscais e previdenciárias - Provisão para riscos fiscais, monta R$ 574 (2006 – R$ 19.017). Durante o semestre foi revertido R$ 54.088 (2006- não houve) da provisão constituída sobre o tratamento tributário da CPMF, em função da jurisprudência do assunto e atualização das avaliações dos assessores jurídicos vis-à-vis o estágio atual do processo, em contrapartida de outras receitas operacionais. Para os processos judiciais envolvendo questões cíveis, foi constituído o montante de R$ 1.123 (2006 – R$ 1.002), apresentado em outras obrigações – diversas. Os depósitos judiciais efetuados para esses processos estão apresentados em outros créditos - diversos, no montante de R$ 445 (2006 - R$ 342). 22Outras informações a. Despesas de pessoal incluem honorários da diretoria, benefícios e encargos. b. Despesas tributárias se referem, substancialmente, à Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira – CPMF, calculada à alíquota de 0,38% sobre a movimentação financeira, à Contribuição ao Programa de Integração Social - PIS, calculada à alíquota de 0,65% e à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, calculada à alíquota de 4%, sobre as receitas operacionais e Imposto Sobre Serviços - ISS. c. As Instituições Financeiras integrantes do Grupo Financeiro Votorantim apuram seus limites de patrimônio líquido mínimo exigido de forma consolidada, dentro dos parâmetros previstos na Resolução nº 2.099/94 do BACEN, e normativos posteriores aplicáveis. 23Evento subseqüente Em 1 de julho de 2007, foi realizada a quarta emissão de 400.000 debêntures não conversíveis em ações, em duas séries, perfazendo o total de R$ 4.000.000. Rita Maria Pacheco - Contadora - CRC 1SP 153459/O-8

Diretoria Diretor Executivo Wilson Masao Kuzuhara Milton Roberto Pereira

Diretores José Manoel Lobato Barletta Luis Henrique Campana Rodrigues Paulo Ribeiro de Mendonça

Celso Marques de Oliveira Marcelo Parente Vives Mario Antonio Thomazi

Pedro Paulo Mollo Neto Silvio Alfredo Frugoli

Conselho de Administração Presidente do Conselho Conselheiros José Ermirio de Moraes Neto Marcus Olyntho de Camargo Arruda Wilson Masao Kuzuhara

Diretor de Relações com Investidores Milton Roberto Pereira

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES de constituição de provisão para superveniência ou insuficiência de depreciação, classificada no ativo permanente, conforme mencioAos nado nas Notas Explicativas às demonstrações financeiras nºs 2a, 2f e 6. Essas diretrizes não requerem a reclassificação das Administradores e Acionistas da operações, que permanecem registradas de acordo com as disposições da Lei nº 6.099/74, para as rubricas do ativo circulante e BV Leasing - Arrendamento Mercantil S.A. realizável a longo prazo, e rendas e despesas de arrendamento, mas resultam na apresentação do resultado do semestre e do São Paulo - SP Examinamos os balanços patrimoniais da BV Leasing - Arrendamento Mercantil S.A. levantados em 30 de junho de 2007 e 2006 e as patrimônio líquido, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, corresponden- Em nossa opinião, exceto quanto à não-reclassificação de saldos mencionados no parágrafo anterior, as demonstrações financeiras tes aos semestres findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da BV Leasing Arrendamento Mercantil S.A. em 30 de junho de 2007 e 2006, os resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquiexpressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento do e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, de acordo com as práticas dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Socie- contábeis adotadas no Brasil. dade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis 14 de agosto de 2007 divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Sociedade, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. KPMG Auditores Independentes A Sociedade registra as suas operações e elabora as suas demonstrações financeiras com a observância das diretrizes contábeis Giuseppe Masi CRC 2SP014428/O-6 estabelecidas pelo Banco Central do Brasil, que requerem o ajuste ao valor presente da carteira de arrendamento mercantil, por meio Contador CRC 1SP176273/O-7

Paulistanos mais endividados

O

s paulistanos estão mais endividados e inadimplentes no mês de agosto, tanto na comparação com o mês

passado quanto em relação ao mesmo período de 2006. A conclusão é de pesquisa da Federação do Comércio do Estado de São Paulo

(Fecomercio-SP). Em agosto, o índice de endividamento avançou dois pontos percentuais em relação a julho, chegando a 59%. Na comparação com agosto de 2006, o aumento é mais expressivo — de quatro pontos. A inadimplência subiu quatro pontos sobre julho (para 44%) e sete pontos em relação a agosto do ano passado.

A situação mais crítica é verificada entre aqueles consumidores com renda de até três salários mínimos. Nesse segmento, em agosto houve incremento de oito pontos percentuais no endividamento ante julho, chegando a 70%. Na avaliação da Fecomercio, a expansão de novos empréstimos e a concessão de crédito para compra de bens e serviços

foram os principais fatores que colaboraram para a elevação. Entre os consumidores com rendimentos de três a dez salários mínimos, 63% estão endividados, ante 61% em julho. Com relação à inadimplência, entre aqueles dessa mesma faixa salarial, o índice é de 42%. Os consumidores com renda superior a dez salários

mínimos continuam apresentando os menores índices. Enquanto 43% mostraram-se endividados, 28% disseram estar inadimplentes. O comprometimento da renda para o pagamento de dívidas chegou a 33% em agosto, o que equivale a um modesto crescimento de 1% ante o mês anterior, segundo o levantamento. (AE)


quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Empreendedores Tr i b u t o s Finanças Empresas

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Para Tomás Málaga, economista-chefe do banco Itaú, ainda é cedo para decretar o fim da crise. "Mas parece que o pior momento do problema de liquidez já passou", afirmou. "Aquela história de ninguém querer emprestar dinheiro por precaução ficou para trás e a

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por cento ao ano é a taxa de juros que o Federal Reserve cobra das instituições financeiras que recorrem à linha de redesconto. atitude dos bancos centrais foi fundamental para isso." Málaga lembrou que muitas instituições financeiras têm ativos de má qualidade, o que vai aparecer na próxima temporada de balanços. "Alguns resultados certamente não se-

por cento deve ser o crescimento da economia mundial neste ano e em 2008, segundo o FMI.

Luiz Carlos Maurauskas/Folha Imagem

Turbulência pode reduzir crescimento

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Liberação de recursos para bancos e possível corte de juros nos EUA contribuem

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BOLSAS AMERICANAS SUBIRAM

MERCADOS TÊM O DIA MAIS CALMO DESDE O INÍCIO DA CRISE mercado global viveu ontem o dia mais tranqüilo desde que as turbulências financeiras começaram, há quase um mês. O impacto da calmaria foi especialmente benéfico para o Brasil, onde o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) subiu 3,87%, o dólar caiu 1,13%, para R$ 2,011, e o risco-País despencou 7%, para 202 pontos. Nos Estados Unidos, o Índice Dow Jones subiu 1,11% e o Nasdaq, 1 25%. Segundo analistas, quatro fatores justificaram o desempenho positivo: a ausência de más notícias envolvendo empresas do setor financeiro; as especulações de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) reduzirá a taxa básica de juros até sua próxima reunião, marcada para o dia 18 de setembro; a atitude de quatro gigantes do setor bancário americano de recorrer a empréstimos de US$ 500 milhões cada na linha de redesconto do Fed (leia mais sobre essas operações em texto nesta página); e informações a respeito de fusões e aquisições.

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rão tão bons como vinham sendo e isso pode ter reflexos na confiança lá na frente." Ontem, os bancos Citigroup, JP Morgan, Bank of America e Wachovia tomaram empréstimos na linha de redesconto do Fed, que normalmente é malvista no mercado. A atitude foi interpretada como apoio à decisão do BC dos EUA de diminuir, na sexta-feira, a taxa cobrada nesse tipo de crédito de 6,25% para 5,75% ao ano. Empresas — Notícias sobre fusões e aquisições nos EUA também turbinaram os negócios. A Dubai World, que pertence ao governo de Dubai, informou ter comprado uma participação de 9,5% na companhia de cassinos e hotéis MGM Mirage. O Wall Street Journal disse que as corretoras TD Ameritrade e E-Trade Financial pretendem se fundir. O economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, acredita que a estrutura da economia mundial, ao menos até o momento, não foi afetada. Ainda assim, ele considera mais difícil que se confirmem algumas projeções do mercado feitas antes da crise. (AE)

diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Rodrigo de Rato, afirmou ontem em São Paulo que a recente crise nos mercados financeiros internacionais poderá reduzir ligeiramente a projeção de crescimento da economia mundial feita pela instituição para este ano. O Fundo estima que a riqueza global deve registrar expansão de 5% neste ano e também em 2008. De Rato destacou que, apesar da turbulência financeira que derrubou as bolsas de valores, as economias internacionais registrarão em 2007 o sexto ano consecutivo de expansão. "E, pela primeira vez, o crescimento será liderado por uma economia emergente, no caso a China", disse. O diretor do FMI afirmou que ainda é cedo para avaliar se o pior momento da volatilidade dos ativos já passou. "O mercado se comportou de

Para Rodrigo de Rato, ainda é cedo para avaliar se o pior já passou

forma moderada nos últimos dois dias, mas temos que continuar vigilantes", observou, referindo-se aos fechamentos mais equilibrados das bolsas ao redor do mundo. Liquidez — De Rato considerou acertada a decisão dos bancos centrais internacionais de garantir a liquidez no sistema financeiro durante os momentos mais delicados da crise. "Os BCs atuaram de

maneira decisiva e reforçaram sua credibilidade." O diretor do FMI, que visitou uma ong na cidade, rebateu o argumento de que a sofisticação dos instrumentos do mercado nos últimos anos tenha sido um dos fatores que motivaram a crise. "Seria difícil explicar o crescimento mundial recente se não existissem as inovações financeiras", destacou. (AE)

Bancos recebem US$ 2 bilhões

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Obter empréstimos com o Fed é uma ação normalmente vista como sinal de fraqueza do banco tomador dos recursos, mas o JP Morgan Chase, o Bank of America e a Wachovia Corp. disseram ter amplo acesso a recursos e informaram ter solicitado os empréstimos para garantir a saúde do sistema. O Citigroup, maior banco do país, disse ter obtido os recursos para seus clientes, apesar de ter emitido US$ 2,5 bilhões em bônus neste mês.

m um movimento pouco habitual, os quatro maiores bancos dos Estados Unidos tomaram ontem R$ 2 bilhões emprestados do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Os pedidos ocorreram no momento em que a autoridade monetária do país tenta acalmar as turbulências do mercado injetando liquidez no sistema financeiro. Depois do anúncio da ajuda, as bolsas americanas aceleraram as altas.

Na última sexta-feira, o Fed reduziu sua taxa de juros na linha de redesconto — encargo que cobra em empréstimos para bancos comerciais — em 0,5 ponto percentual e sinalizou que está disposto a adotar medidas mais dramáticas para assegurar o aporte de crédito na economia americana. O presidente do Fed de Nova York, Timothy Geithner, chegou a encorajar os bancos a tomar empréstimos com o banco central americano. (Reuters)

Votorantim Seguros e Previdência S.A. CNPJ/MF nº 06.928.167/0001-01 Av. Roque Petroni Jr. 999 - 11º andar, conjunto “A” - CEP 04707-910 São Paulo - SP Tel. (11) 5185-1700 Fax (11) 5185-1900 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 Senhores Acionistas, vidência privada. A Seguradora vem cumprindo com suas obrigações legais e regulamen(Em milhares de reais, exceto o lucro líquido por ação) Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de tares, com observância das normas do Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP 2007 V.Sas. as demonstrações financeiras de 30 de junho de 2007, bem como o parecer dos e da Superintendência de Seguros Privados – SUSEP. Despesas administrativas (61) auditores independentes. São Paulo, 14 de agosto de 2007 Despesas com tributos (57) Até a presente data, a Seguradora não realizou nenhuma operação de seguros e de preA Diretoria Resultado financeiro 513 Receitas financeiras 518 BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 - (Em milhares de reais) Despesas financeiras (5) Ativo 2007 2006 Passivo 2007 2006 Resultado antes dos impostos 395 Circulante 8.998 8.439 Circulante 149 174 Contribuição social (35) Disponível 63 173 Contas a pagar 149 174 Imposto de renda (86) Caixa e bancos 63 173 Obrigações a pagar 3 3 Ativo fiscal diferido (1) Provisões para impostos e contribuições 126 159 Lucro líquido 273 Aplicações 8.919 8.248 Outras contas a pagar 20 12 Títulos de renda fixa 8.919 8.248 6.600 Patrimônio líquido 8.849 8.265 Quantidade de lotes de mil ações 0,04 Capital social 6.600 6.600 Lucro líquido por ação Títulos e créditos a receber 16 18 Reservas de lucros 1.976 1.328 Créditos tributários e previdenciários 16 18 DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS Lucros acumulados 273 337 Semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 Total do Ativo 8.998 8.439 Total do Passivo 8.998 8.439 (Em milhares de reais)

2006 (60) (57) 610 617 (7) 493 (44) (111) (1) 337 6.600 0,05

2007 273

2006 337

(212) 23 (172) (361) (88) 151 63 (88)

(16) 25 (192) (183) 154 19 173 154

2007 8.849 _ 8.849 _

2006 8.265 _ 8.265 _

Saldos em 31 de dezembro de 2005 Lucro líquido Saldos em 30 de junho de 2006 Saldos em 31 de dezembro de 2006 Lucro líquido Saldos em 30 de junho de 2007

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 - (Em milhares de reais) Capital social Reserva de lucros 6.600 1.328 6.600 1.328 6.600 1.976 6.600 1.976

Lucros acumulados 337 337 273 273

Total 7.928 337 8.265 8.576 273 8.849

Lucro líquido Atividades operacionais Variação aplicações Variação de títulos e créditos a receber Variação de contas a pagar Caixa líquido gerado nas atividades operacionais Aumento (diminuição) nas disponibilidades Disponibilidades no início do período Disponibilidades no final do período Aumento (diminuição) nas disponibilidades

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - Semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 - (Em milhares de reais) 1

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Contexto operacional A Votorantim Seguros e Previdência S.A. é uma sociedade anônima, constituída em 15 de janeiro de 2004, com o objetivo de atuar com operação de seguros, exclusivamente no ramo vida, operação de planos de benefícios de caráter previdenciário, concedidos em forma de renda continuada ou pagamento único, acessíveis a quaisquer pessoas físicas, vinculadas ou não a uma pessoa jurídica contratante, conforme legislação vigente, e a participação em outras sociedades, na qualidade de sócia ou acionista, exceto em sociedades corretoras de seguros. A Sociedade não realizou nenhuma operação de seguros e de previdência privada até a presente data. As operações são conduzidas no contexto de um conjunto de instituições e empresas do Grupo Financeiro Votorantim e certas operações têm a co-participação ou a intermediação de empresas associadas. Os benefícios dos serviços prestados entre essas empresas e os custos da estrutura operacional e administrativa são absorvidos segundo a praticabilidade e razoabilidade de lhes serem atribuídos, em conjunto ou individualmente. Apresentação e elaboração das demonstrações financeiras As demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com observância das normas do Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP e da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP e estão sendo apresentadas segundo os critérios estabelecidos no Plano de Contas instituído pela Circular nº 334/07. Principais práticas contábeis As principais práticas contábeis adotadas pela Sociedade são: a. Apuração do resultado O resultado é apurado pelo regime contábil de competência. b. Aplicações Os títulos de renda fixa são classificados em categorias, de acordo com a intenção de investimento da Administração: títulos para negociação, títulos disponíveis para venda e títulos mantidos até o vencimento. Os títulos e valores mobiliários da Sociedade estão classificados na categoria títulos para negociação, os quais são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período. c. Contas a pagar Demonstrado por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo, quando aplicável,

Diretoria

Diretores Executivos Marcus Olyntho de Camargo Arruda Milton Roberto Pereira

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os encargos apurados com base “pro rata” dia, incorridos até a data do balanço. A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota de 15%, acrescida de adicional de 10%, e a provisão para contribuição social à alíquota de 9%, de acordo com a legislação vigente. Aplicações Representados por Letras Financeiras do Tesouro - LFT, com vencimento em 17 de março de 2010. O valor de mercado desses títulos é de R$ 8.919 (2006 - R$ 8.248) e o valor do custo atualizado é de R$ 8.920 (2006 - R$ 8.247). Conseqüentemente, o 8 resultado não realizado negativo é de R$ 1 (2006 - positivo de R$ 1). Os critérios de precificação de títulos e valores mobiliários consideram preços e taxas oficialmente divulgados pela ANDIMA, além de eventuais ajustes nos preços de títulos de baixa liquidez, que consideram ofertas, últimos preços praticados, dispersão possível e outros fatores que possam determinar de forma mais adequada e justa o valor de mercado, levando em conta a adoção de critérios julgados adequados à aferição de preço para papéis de baixa liquidez. Patrimônio líquido a. Capital social 9 O capital social da Sociedade, totalmente subscrito e integralizado, é representado por 6.600.000 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal. b. Dividendos Aos acionistas é assegurado um dividendo mínimo obrigatório, correspondente a 25% do lucro de cada exercício, deduzida a reserva legal. Os dividendos são refletidos nas demonstrações financeiras quando sua distribuição é deliberada pelos acionistas ou proposta pela Administração. Imposto de renda e contribuição social 2007 2006 a. Encargos devidos sobre as operações Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 395 493 Encargos (imposto de renda e contribuição social) à alíquota nominal de 25% e 9%, respectivamente (134) (168) Exclusões/(adições) 13 13 Imposto de renda e contribuição social correntes (121) (155) Patrimônio líquido ajustado - PLA e margem de solvência Diretor de Relações com a SUSEP Marcelo Kehl Jobim

Patrimônio líquido Créditos tributários decorrente de prejuízos fiscais Patrimônio líquido ajustado Margem de solvência (*)

(*) A Empresa não realizou nenhuma operação de seguros até a presente data. Transações com partes relacionadas 2007 2006 Ativo Disponível 63 173 Passivos Obrigações a pagar 3 3 Resultado Despesas administrativas (16) (16) Outras informações a. Despesas administrativas são compostas, principalmente, por gastos com publicações legais, no montante de R$ 41 (2006 - R$ 39); com aluguel, no montante de R$ 16 (2006 - R$ 16), e com serviços de terceiros, no montante de R$ 4 (2006 - R$ 5). b. Receitas financeiras correspondem às receitas com títulos de renda fixa. c. Despesas com tributos são compostas, principalmente, por despesas de Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira - CPMF, Programa de Integração Social - PIS, Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS e taxa de fiscalização SUSEP. d. Títulos e créditos a receber se referem, substancialmente, ao imposto de renda e a contribuição social antecipados sobre os lucros, que serão compensados com impostos e contribuições devidos sobre o resultado do exercício. e. Não foram realizadas operações com instrumentos financeiros derivativos. Nelson Jorge de Freitas - Contador - CRC 1 SP 103971/O-1 Diretor Técnico e de Supervisão e Diretor de Controles Internos Mario Antonio Thomazi

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Administradores e Acionistas da Votorantim Seguros e Previdência S.A. São Paulo - SP Examinamos os balanços patrimoniais da Votorantim Seguros e Previdência S.A. levantados em 30 de junho de 2007 e 2006 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.

Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Seguradora; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Seguradora, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Votorantim

Seguros e Previdência S.A. em 30 de junho de 2007 e 2006, os resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 14 de agosto de 2007 KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6

José Rubens Alonso Contador CRC 1SP104350/O-3


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Nacional Finanças Empresas Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

CAPITAL REALIZA 90 MIL EVENTOS POR ANO

Projeto exigiu investimentos de R$ 200 mil, e o objetivo é tornar os clientes fiéis à rede de hotéis.

SETOR REGISTRA CRESCIMENTO RECORDE DE 23% EM 2006. EXPECTATIVA É DE NOVA ALTA DE 13% ESTE ANO.

SP CONCENTRA TURISMO DE NEGÓCIOS Luiz Prado/Luz

Fotos: Milton Mansilha/LUZ

Sonaira San Pedro

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turismo de negócios em São Paulo c re s c e u 2 3 % e m 2006, um recorde histórico, de acordo com o Fórum das Agências de Viagens Especializadas em Contas Comerciais (Favecc). Hoje, a cidade abriga 90 mil eventos por ano, o que corresponde a um evento em cada seis minutos. E oito de cada dez feiras de negócios realizadas no País são realizadas na capital paulista. A expectativa é de que o setor cresça 13% até o final de 2007. "A crise aérea não afetou a chegada dos viajantes a negócios em São Paulo, já que a cidade pode até ter um evento adiado, mas nunca cancelado", disse o vice presidente da SP Turis, Tasso Gadizani. "O que aconteceu foi uma mudança de comportamento no ambiente empresarial, pois os executivos de primeira linha não querem correr o risco de esperar horas no aeroporto por um vôo; então eles enviam os subordinados para os eventos e viagens." De acordo com Gadizani, após um boom de crescimento, agora o turismo de negócios se desenvolve de forma sustentável. Com a campanha para que os executivos que viajam à capital permaneçam mais um dia em São Paulo depois de cumprirem as agendas de negócios, a média de ocupação hoteleira cresceu de 25% para

A cidade de São Paulo abriga oito de cada dez feiras de negócios realizadas em todo o País

50% nos finais de semana. "A vantagem é que esses 'turistasexecutivos' movimentam outros setores da economia da cidade e também o comércio de maneira geral." E para que empresários dos segmentos mais diversos da economia possam participar da crescente movimentação do turismo de negócios na capital paulista, o São Paulo Convention & Visitors Bureau (SPCVB) oferece uma lista com os principais eventos programados para a cidade, simultaneamente, por meio do site www. visitesaopaulo.com. "Cada vez mais, os organizadores procuram apoio e parcerias na realização de feiras, palestras, shows, congressos e todo o tipo de evento que a cidade comporta", disse o superintendente da SPCVB, Toni Sando. Ele sugere a criação de

parcerias: "O gerente de um determinado hotel, por exemplo, se quiser aumentar a ocupação do empreendimento, pode criar uma tarifa especial para os participantes de determinado congresso e contatar os organizadores para firmar tal parceria." E o ramo de hotelaria, segundo Sando, é considerado somente a "ponta do iceberg". "A maior movimentação nas hospedagens significa também mais trabalho para as lavanderias, para os guias turísticos, além dos meios de transportes. Dessa forma, o benefício se estende em uma espécie de cadeia de produção", disse. "É dessa forma que os empresários, juntos, podem buscar oportunidades de serviços diferenciados, movimentar melhor esse setor e ainda lucrar muito com isso."

Os executivos da Marisol e da rede de hotéis Blue Tree fizeram a apresentação do quarto ontem

Marca Lilica Ripilica é mote de parceria entre Blue Tree e Marisol Neide Martingo

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aterializar o sonho das meninas. Com esse objetivo, o Blue Tree Hotels e a grife infantil Lilica Ripilica firmaram parceria e criaram uma suíte temática. Trata-se de um ambiente de 40 metros quadrados, instalado no Blue Tree Park Paradise, unidade da rede que fica na cidade de Mogi das Cruzes, interior paulista.

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A cor rosa predomina no clientes que apreciam a marca ambiente. No banheiro, os ta- Lilica Ripilica." O projeto exigiu investimenpetes, as toalhas, além dos acessórios, como toucas de ba- tos de R$ 200 mil. Do total de nho, esponjas, banquetinhas, hóspedes do resort em 2006, têm a o tom preferido pelas pe- quatro mil – ou 14% – foram crianças de zero a dez anos. A quenas consumidoras. No quarto, o carpete tem la- expectativa é de que esse índicinhos desenhados, marca re- ce suba para 20% em 2008, em gistrada da Lilica Repilica, as- razão de várias ações – entre sim como a colcha nas duas ca- elas a criação do ambiente temas presentes no quarto. As mático para as meninas. O precortinas são decoradas com ço da diária das duas suítes flores, a cômoda tem um balei- conjugadas é de R$ 1.619. "As crianças não sugerem, ro ao lado do menu de refeições oferecidas pelo hotel. O elas mandam." Com essa frase, cardápio foi elaborado espe- a presidente do grupo Blue cialmente para meninas. As Tree Hotels, Chieko Aoki, defiopções são guloseimas como niu o poder de decisão das pequenas consuhambúrgeres e midoras. "Se docinhos. elas gostarem Alguns acesda suíte, os sórios, como fipais vão voltar. v e l a s e m aHospedar é quiagem, estão uma ferramenà disposição, ta para a pesjunto à TV de soa se sentir feplasma e ao liz", disse Um DVD. Os puxae s p a ç o t a mdores dos móbém para meveis exibem a ninos está senforma de corado estudado. ção. A suíte dos O Blue Tree sonhos é conjuPark Paradise, gada ao quarto em Mogi das dos pais. Ou seCruzes, fica a ja, as pequenas 70 quilômetros estão no mun- Móveis têm detalhes infantis de São Paulo. do delas com toda a segurança. "Atualmen- "Os pais, em vez de levarem os te, as crianças são atingidas filhos a um shopping center ou por um grande número de in- a um cinema, poderão trazêformações. O desafio de uma los ao resort. É um programa marca é se destacar nesse uni- diferente", afirmou a gerenteverso. O ambiente no resort geral do empreendimento, Papode, por exemplo, criar a trícia Corrêa. Em 2006, o faturamento do oportunidade de pais e filhos terem momentos inesquecí- resort foi de R$ 23,9 milhões – a veis", disse o diretor de marke- unidade foi responsável por ting da Marisol, que detém a 8% do faturamento geral da remarca Lilica Ripilica, Giuliano de. A expectativa é de que a Donini. Segundo ele, o princi- ocupação do empreendimenpal objetivo não é aumentar as to, em Mogi, cresça 20% neste vendas. "A idéia é fidelizar os ano em relação a 2006.

Camil compra uruguaia Saman

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Camil Alimentos assinou acordo para a compra da uruguaia Saman, principal beneficiadora de arroz do país, que comercializa mais de 50% da produção local. As duas empresas estão em fase de auditoria, processo que deve ser concluído em 90 dias, quando o negócio será finalizado, explicou o diretor financeiro da Camil, Luciano Quartiero. Com a aquisição, o faturamento da Camil deve superar R$ 1 bilhão neste ano, enquanto sozinha sua previsão era de R$ 750 milhões. O processamento de arroz vai quase dobrar, das 700 mil toneladas estimadas em 2007 para 1,25 milhão de toneladas. (AE)


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Tr i b u t o s Nacional Finanças Empreendedores

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dívida interna em títulos do governo federal diminuiu R$ 27,78 bilhões entre junho e julho, atingindo R$ 1,17 trilhão no mês passado. Foi a primeira queda desde o último mês de janeiro. Ironicamente, um dos motivos para o recuo foi o início da crise nos mercados financeiros mundiais, no mês passado, que obrigou o Tesouro Nacional a cancelar um leilão de venda de títulos e a fazer um resgate de papéis maior do que o previsto. Com o cancelamento, o Tesouro resgatou os papéis que venceram no período, sem fazer novas emissões.

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

39,4

TESOURO CANCELOU LEILÕES

DÍVIDA PÚBLICA CAI PARA R$ 1,17 TRILHÃO Passivo diminuiu R$ 27,7 bilhões entre junho e julho. Crise nos mercados contribuiu para o resultado. Em julho, os resgates líquidos (descontadas as emissões) da dívida somaram R$ 39,4 bilhões. O estoque da dívida só não caiu nesse montante por causa do impacto negativo de R$ 11,63 bilhões da incorporação de juros ao principal.

Desde o início do ano, a dívida vinha aumentando porque o Tesouro estava fazendo emissões em volumes maiores do que os resgates, o que garantiu o aumento do "colchão" de recursos para o governo enfrentar momentos de maior

volatilidade, como os vividos nas últimas semanas. É graças a esse dinheiro que o Tesouro pôde cancelar os leilões de venda de títulos nos dias turbulentos. Até agora, o Tesouro já cancelou um leilão em julho e outro em agosto.

Apesar do cancelamento dos leilões, o coordenador de Operações da Dívida Pública do Tesouro, Guilherme Pedras, avaliou ontem que as turbulências não afetaram a gestão da dívida e que as metas previstas no Plano Anual de

bilhões de reais foram os resgates líquidos de títulos públicos feitos pelo Tesouro em julho

Financiamento da Dívida serão atingidas. Segundo ele, o resgate líquido em julho já estava programado, porque no mês há um volume concentrado de R$ 58,77 bilhões de vencimentos de títulos prefixados (com taxa definida no leilão). Enquanto o Tesouro vendeu R$ 29,16 bilhões de novos papéis, os vencimentos no mês foram de R$ 68,58 bilhões. Os vencimentos elevados de títulos prefixados, sem a correspondente emissão, fizeram com que a parcela da dívida atrelada a esse tipo de papel caísse para 36,32% do total em julho. A dívida indexada à taxa básica subiu para 35,3%. (AE)

Votorantim Asset Management Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. C.N.P.J. 03.384.738/0001-98 Av. Roque Petroni Jr., 999 - 10º andar - Cep: 04707-910 - São Paulo - SP Tel.: (011) 5185-1700 Fax: (011) 5185-1900 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Essa atuação gerou receitas de taxa de administração de fundos na ordem de R$ 32,6 milhões, o que possibilitou a Distribuidora Senhores Cotistas, Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas. as demonstrações financeiras de 30 de encerrar o do semestre com Lucro Líquido de R$ 10,2 milhões e Patrimônio Líquido de R$ 82,9 milhões. Agradecemos aos nossos clientes, parceiros e colaboradores pelo sucesso alcançado no semestre. junho de 2007, bem como o parecer dos auditores independentes. Amparado em sólida gestão de riscos e ampliando sua base de atuação para novos segmentos, a Distribuidora registrou expansão São Paulo, 14 de agosto de 2007 na base de clientes, encerrando o semestre com volume de R$ 19,2 bilhões em recursos administrados, significando um aumento A Diretoria de 35,4% em comparação ao mês de junho de 2006. BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 (Em milhares de reais) Ativo 2007 2006 Passivo Circulante 93.309 69.583 Circulante Outras obrigações Disponibilidades 353 110 Sociais e estatutárias Aplicações interfinanceiras de liquidez 83.023 63.880 Fiscais e previdenciárias Aplicações no mercado aberto 83.023 63.880 Diversas Outros créditos 9.755 5.571 Rendas a receber 7.715 4.307 Patrimônio líquido Capital social: Diversos 2.040 1.264 De domiciliados no País Outros valores e bens 178 22 Reserva de capital Despesas antecipadas 178 22 Reserva de lucros Realizável a longo prazo 831 643 Lucros acumulados Outros créditos 831 643 Diversos 831 643 Permanente 2.217 1.798 Investimentos 218 218 Outros investimentos 218 218 Imobilizado de uso 1.624 1.120 Outras imobilizações de uso 2.802 1.984 Depreciação acumulada (1.178) (864) Diferido 375 460 Gastos de organização e expansão 1.432 1.396 Amortização acumulada (1.057) (936) Total do Ativo 96.357 72.024 Total do Passivo

2007 13.431 13.431 5.240 6.513 1.678 82.926

2006 7.334 7.334 2.526 3.650 1.158 64.690

9.000 832 300 72.794

9.000 473 300 54.917

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS Semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 (Em milhares de reais, exceto lucro líquido por quota de capital social) 2007 2006 Receitas da intermediação financeira 4.685 4.718 Resultado de operações com títulos e valores mobiliários 4.685 4.718 Outras receitas/(despesas) operacionais 16.144 8.025 Receitas de prestação de serviços 32.644 20.733 Despesas de pessoal (6.418) (4.901) Outras despesas administrativas (7.089) (5.700) Despesas tributárias (2.767) (1.920) Outras receitas operacionais 187 94 Outras despesas operacionais (413) (281) Resultado operacional 20.829 12.743 Resultado antes da tributação e participações no lucro 20.829 12.743 Imposto de renda e contribuição social (5.331) (2.814) Provisão para imposto de renda (3.912) (2.061) Provisão para contribuição social (1.419) (753) Participações no lucro (5.240) (2.507) Lucro líquido 10.258 7.422 Lucro líquido por quota 1.14 0.82

DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS Semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 - (Em milhares de reais) DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - Semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 - (Em milhares de reais) 2007 2006 Reserva Origens dos recursos 11.709 8.767 de lucros Lucro líquido 10.258 7.422 Ajustes ao lucro líquido 227 192 Capital Aumento Reserva de Reserva Lucros Depreciação e amortização 227 192 de capital de capital legal acumulados Total social Constituição de reservas 359 Saldos em 31 de dezembro de 2005 1.500 7.500 473 300 49.395 59.168 Aumento de capital 7.500 (7.500) Reserva de capital 359 Lucro líquido 7.422 7.422 Recursos de terceiros originários de: 865 1.153 Destinação do lucro líquido: Aumento dos subgrupos do passivo 865 (1.900) (1.900) Juros sobre o capital próprio Outras obrigações 865 Saldos em 30 de junho de 2006 9.000 473 300 54.917 64.690 Diminuição dos subgrupos do ativo 1.153 Saldos em 31 de dezembro de 2006 9.000 473 300 62.536 72.309 Outros créditos 1.153 Incentivos fiscais 359 359 Aplicações dos Recursos 11.613 8.789 Lucro líquido 10.258 10.258 Juros sobre o capital próprio 1.900 Saldos em 30 de junho de 2007 9.000 832 300 72.794 82.926 Inversões em: 577 157 Imobilizado de uso 542 155 NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - Semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 - (Em milhares de reais) Diferido 35 2 1 Contexto operacional 5 Investimentos Aumento dos subgrupos do ativo 11.036 4.565 A Votorantim Asset Management Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários 2007 2006 Aplicações interfinanceiras de liquidez 10.687 4.562 Ltda. (VAM) tem como objetivo social, principalmente, intermediar, comprar e venCertificado – incentivos fiscais 162 162 der títulos e valores mobiliários por conta própria ou de terceiros; instituir, organizar Outros créditos 220 Títulos patrimoniais – CETIP 26 26 e administrar fundos e clubes de investimento; e atuar nas demais atividades perOutros valores e bens 129 3 Obras de arte 30 30 mitidas e regulamentadas pelo Banco Central do Brasil (BACEN). Total 218 218 Diminuição dos subgrupos do passivo 2.167 As operações são conduzidas no contexto de um conjunto de instituições que atu- 6 Imobilizado de uso Outras obrigações 2.167 am integradamente no mercado financeiro, e certas operações têm a co-participa2007 2006 Aumento/(redução) das disponibilidades 96 (22) ção ou a intermediação de instituições associadas, integrantes do sistema finanCusto Depreciação Líquido Líquido Modificação na posição financeira ceiro. Os benefícios dos serviços prestados entre essas instituições e os custos da Móveis e equipamentos de uso 1.136 (298) 838 604 Disponibilidade estrutura operacional e administrativa são absorvidos segundo a praticabilidade e Sistema de comunicação 169 (58) 111 95 No início do semestre 257 132 a razoabilidade de lhes serem atribuídos em conjunto ou individualmente. Sistema de processamento de dados 1.410 (749) 661 400 2 Descrição das principais práticas contábeis No fim do semestre 353 110 Sistema de segurança 11 (4) 7 7 As práticas contábeis adotadas para a contabilização das operações e para a elaAumento/(redução) das disponibilidades 96 (22) Sistema de transporte 76 (69) 7 14 boração das demonstrações financeiras emanam da Lei das Sociedades AnôniTotal 2.802 (1.178) 1.624 1.120 Passivo mas, associadas às normas e instruções do BACEN. 7 Outras obrigações - Sociais e estatutárias Outras obrigações - Diversas 398 408 a. Apuração do resultado Refere-se à provisão para participações no lucro no montante de R$ 5.240 Resultado O resultado é apurado pelo regime de competência. (2006 - R$ 2.526). b. Ativo circulante e realizável a longo prazo Resultado de oper. com títulos e valores mobiliários 4.685 4.718 Demonstrados pelo custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos calcula- 8 Outras obrigações - Fiscais e previdenciárias Outras despesas administrativas (2.348) (2.445) 2007 2006 dos com base “pro rata” dia e das variações monetárias, auferidas até a data 14 Gerenciamento de riscos do balanço. Impostos e contribuições sobre o lucro a pagar 5.331 2.814 O Conglomerado Financeiro do Grupo Votorantim efetua operações que envolvem c. Ativo permanente Impostos e contribuições a recolher 1.182 836 instrumentos financeiros derivativos, atuando em mercados organizados e de i. Imobilizado – demonstrado pelo custo de aquisição. A depreciação é calcuTotal 6.513 3.650 balcão, com objetivo de possibilitar uma gestão de risco de mercado adequada à lada pelo método linear, com base em taxas anuais que contemplam a vida 9 Outras obrigações - Diversas política do Grupo. útil-econômica dos bens, composta, basicamente, por móveis e equipamen2007 2006 O gerenciamento de risco de mercado é efetuado de forma centralizada, por área tos de uso, sistema de comunicação - 10%, e sistemas de processamento administrativa que mantém independência com relação à mesa de operações, e Provisão para despesas com pessoal 983 566 de dados - 20%. pelo acompanhamento do Comitê de Riscos, composto pela diretoria e viceValores a pagar à sociedade ligada 398 408 ii. Investimentos – representados por incentivos fiscais, título patrimonial e presidência do Banco Votorantim S.A., que se reúne periodicamente para Outras 297 184 obras de arte, demonstrados pelo seu valor nominal. avaliação dos riscos e definição de limites operacionais. O gerenciamento de Total 1.678 1.158 iii. Diferido – refere-se a benfeitorias em imóveis de terceiros, sendo a sua riscos adota como procedimentos básicos: a) monitoramento da adequação de 10 Patrimônio líquido amortização calculada pelos prazos em que os correspondentes benefícios posições e riscos aos limites estabelecidos pelo Comitê de Riscos e limites legais; Capital social são gerados. b) integridade da precificação de ativos e derivativos; c) avaliação do risco de O capital social, subscrito e integralizado, é representado por 9.000.000 (2006 d. Passivo circulante mercado pela metodologia “Value at Risk” e pela simulação de cenários; d) 9.000.000) quotas. Demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo, quando aplicáacompanhamento de resultados diários com testes de aderência da metodologia vel, os encargos apurados com base “pro rata” dia e as variações monetárias 11 Outras despesas administrativas (“back-test”). 2007 2006 ou cambiais, incorridas até a data do balanço. A provisão para imposto de renA política de gerenciamento de riscos de mercado considera, ainda, a utilização de Processamento de dados 2.078 1.386 da foi constituída à alíquota de 15%, acrescida de adicional de 10%, e a proviinstrumentos financeiros derivativos para “hedge” de posições, para atender Serviços do sistema financeiro 2.402 2.458 são para contribuição social constituída à alíquota de 9%, de acordo com a ledemanda de contrapartes e como meio de reversão de posições em momentos de Promoções e relações públicas 546 371 gislação vigente. grandes oscilações. As operações observam os limites deliberados pelo Comitê e Serviços técnicos especializados 324 252 e. Estimativas contábeis estabelecidos pela legislação, após análise dos riscos de crédito e liquidez, Depreciação e amortização 227 192 A elaboração de demonstrações financeiras de acordo com as práticas quando apropriados, caso em que envolvem as políticas de liquidez e crédito e as contábeis adotadas no Brasil requer que a Administração use de julgamento na Outras 1.512 1.041 deliberações do respectivo Comitê. determinação e registro de estimativas contábeis. A liquidação das transações Total 7.089 5.700 15 Provisões, passivos e contingências envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores diferentes dos esti- 12 Imposto de renda e contribuição social A Sociedade não é parte em processos judiciais, de naturezas trabalhista, cível e mados, devido a imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. A a. Encargos devidos sobre as operações fiscal. Administração revisa as estimativas e premissas pelo menos mensalmente. 2007 2006 16 Outras informações 3 Aplicações interfinanceiras de liquidez Lucro antes do IR e da contribuição social 20.829 12.743 a. Despesas de pessoal incluem proventos, benefícios, encargos e treinamento de Composta por aplicações em operações compromissadas, lastreadas em títulos Encargos (Imposto de Renda e contribuição social) funcionários. públicos, com taxas pós-fixadas e vencimentos até 25 de julho de 2007, no à alíquota nominal de 25% e 9%, respectivamente (7.081) (4.332) b. Despesas tributárias se referem, substancialmente, à Contribuição Provisória montante de R$83.023 (2006 - R$63.880). Exclusões/(adições) 1.750 1.518 sobre a Movimentação Financeira – CPMF, calculada à alíquota de 0,38% sobre 4 Outros créditos Juros sobre o capital próprio 646 a movimentação financeira, à Contribuição ao Programa de Integração Social a. Rendas a receber Participações no lucro 1.782 852 PIS, calculada à alíquota de 0,65%, à Contribuição para o Financiamento da Referem-se aos valores a receber pela cobrança de taxas de administração e Outras (32) 20 Seguridade Social - COFINS, calculada à alíquota de 4% sobre as receitas de performance dos fundos de investimento administrados, sendo a sua Imposto de Renda e contribuição social correntes(5.331) (2.814) operacionais e Imposto Sobre Serviços - ISS. contrapartida registrada na conta de receitas de prestação de serviços. 13 Transações com partes relacionadas b. Diversos c. Em 30 de junho de 2007 e de 2006 não havia operações com instrumentos As transações com partes relacionadas foram realizados, substancialmente, com 2007 2006 financeiros derivativos. o Banco Votorantim S.A., em condições usuais de mercado e ausência de risco: Adiantamento do 13º salário 209 214 d. As Instituições Financeiras integrantes do Grupo Financeiro Votorantim apuram 2007 2006 Impostos e contribuições a compensar 1.645 1.202 seus limites de patrimônio líquido mínimo exigido de forma consolidada, dentro Ativo Opções por incentivos fiscais 831 473 dos parâmetros previstos na Resolução nº 2.099/94, do BACEN, e normativos Outros 186 18 Disponibilidades 353 110 posteriores aplicáveis. Total 2.871 1.907 Aplicações interfinanceiras de liquidez 83.023 63.880 Lupércio de Souza Izabel - Contador CRC 1SP194.632/0-4 Sócios Administradores Marcus Olyntho de Camargo Arruda Wilson Masao Kuzuhara

Milton Roberto Pereira Paulo Geraldo Oliveira Filho

Aos Administradores e Quotistas da Votorantim Asset Management Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. São Paulo - SP Examinamos os balanços patrimoniais da Votorantim Asset Management Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. levantados em 30 de junho de 2007 e 2006 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.

96.357

72.024

Diretoria Administradores Marcelo Parente Vives José Manoel Lobato Barletta Mario Antonio Thomazi Silvio Alfredo Frugoli Celso Marques de Oliveira PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Sociedade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Sociedade, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira

Superintendentes Alexandre Augusto Vitorino Rogério dos Santos Reinaldo Holanda de Lacerda Sandra Cristina O. Petrovsky da Votorantim Asset Management Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. em 30 de junho de 2007 e 2006, os resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 14 de agosto de 2007 KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6

Giuseppe Masi Contador CRC 1SP176273/O-7


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Nacional Empresas Finanças Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de agosto de 2007

Nossa Caixa investiu R$ 2,5 milhões no desenvolvimento do cartão Token

CARTÃO TEM 3,6 MIL COMBINAÇÕES

INSTITUIÇÕES ESTÃO DANDO PRÊMIOS PARA INCENTIVAR CLIENTES A USAR NOVOS DISPOSITIVOS

BANCOS SOFISTICAM SEGURANÇA Vanessa Rosal

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azer transações financeiras pela internet pode ser prático, mas é preciso cautela na hora de digitar senhas ou abrir supostos e-mails enviados pelos bancos. Uma quadrilha de hackers que roubava informações sigilosas e falsificava cartões de crédito foi detida no início desta semana, aumentando ainda mais a discussão sobre o grau de segurança oferecido pelos portais bancários brasileiros. Para driblar o problema e conquistar novamente a confiança dos clientes, as instituições financeiras estão lançando campanhas e produtos específicos para o público que usa os serviços online. É o caso da Nossa Caixa, que começará a distribuir em outubro o "Token", cartão para redobrar a segurança dos usuários regulares de canais eletrônicos em operações bancárias. Resultado de um investimento de R$ 2,5 milhões, o produto permite a utilização de letras e números que resultam em até 3,6 mil diferentes combinações. A expectativa é de que as fraudes eletrônicas tenham redução de 70%. Segundo o diretor de Tecnologia da Informação do banco, Vilmar Knoth, o projeto é inédito no Brasil. Ele diz que o serviço de internet banking da instituição corresponde a 17% do total de transações da Nossa Caixa e que os atendimentos online crescem, em média, 7% ao trimestre. "Na fase inicial do projeto, o cartão será distribuído a 300 mil usuários que fazem operações bancárias regulares ou que já tenham a assinatura eletrônica." Com o objetivo de aumentar o número de usuários online, alguns bancos estão realizando até sorteios. Presentes que vão desde um fim de semana no Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 a um automóvel zero quilômetro são as apostas do Santander para incentivar os clientes a ativar os dispositivos de segurança no internet banking. De acordo com o coordenador de internet César Nomura Couto, a idéia é estimular o uso do canal, que realiza atualmente 22 milhões de consultas e transações por mês. O Santander adotou o cartão de segurança online em março deste ano para ser utilizado na

internet. No verso do produto, há uma tabela com 50 códigos numéricos com quatro dígitos cada. Ao efetuar uma operação financeira, além da assinatura eletrônica, é necessário digitar o código do cartão, de acordo com a posição solicitada pelo sistema. O uso do dispositivo, depois de ativado, é obrigatório e tem o objetivo de oferecer mais segurança nas movimentações bancárias. Sistema parecido de segurança já tem o banco Itaú, que adotou o cartão de segurança no ano passado. Para incentivar ainda mais o uso do canal internet, o banco reformulou todo o site. O diretor de canais eletrônicos Luís Antônio Rodrigues diz que entre as principais mudanças adotadas no novo Bankline estão ferramentas de busca exclusivas, novas áreas de comprovantes, promoções e informações sobre o saldo, horários e limites. "Vale reforçar que hoje o cliente tem à disposição mais de 300 operações disponíveis na internet", afirma. Pioneirismo – O Bradesco foi a primeira empresa "ponto com" do Brasil, em 1995, quando lançou seu site institucional. Um ano depois lançou o serviço de internet banking. Na época, apenas outras quatro instituições financeiras no mundo ofereciam o serviço. Segundo o diretor do Bradesco Dia&Noite, Marcos Bader, o site do banco registrou no primeiro semestre deste ano um movimento financeiro de R$ 660 bilhões, o que representa crescimento de 58% em relação ao mesmo período de 2006. Foram 605 milhões de transações realizadas, ou seja, 56% a mais do que no ano anterior. O número de usuários passou de 4,7 milhões, em 2002, para 8,1 milhões, no 1º semestre de 2007. "Ao longo dos últimos anos, além da implantação de diferentes dispositivos de segurança, como a chave de segurança Bradesco Eletrônica, desenvolvemos diferentes ações para orientarmos os clientes quanto ao uso seguro da Internet", diz Bader. Entre elas destaca-se o lançamento de um portal específico sobre o assunto que traz diversos alertas e dicas de segurança para os clientes. As informações podem ser obtidas por meio do site www.bradescoseguranca.com.br.

Preços de alimentos aumentam em agosto

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Prefeitura pode arrecadar R$ 30 milhões Sonaira San Pedro

Tarifas de energia elétrica devem subir 30% até 2015 custo com o programa Luz para Todos, do governo federal. O programa prevê o atenditarifa de energia elé- mento de 2,5 milhões de domitrica deve subir entre cílios que hoje não têm acesso a 20% e 30% até 2015, se- energia elétrica. "A concessiogundo estimativa da Associa- nária de distribuição gastará ção Brasileira das Distribuido- muito para levar energia a loras de Energia Elétrica (Abra- cais do interior do Pará, por dee). E o grande responsável exemplo, e a população local por esse aumento será o setor não terá como arcar com as de geração. Isso porque os lei- contas. Então, os consumidolões termelétricos previstos res de outros locais acabarão para acontecer em 2008 (quan- pagando por isso", afirma. No do são compradas as deman- Pará, por exemplo, a penetradas para os próximos anos) si- ção do serviço é de apenas nalizam que as usinas usarão 61%, enquanto em São Paulo como fonte de energia óleo die- chega a 100%. Atualmente, a Agência Nasel ou carvão, dois combustíveis bastante caros. Nos últi- cional de Energia Elétrica mos anos, a fonte utilizada era (Aneel) está revisando as tarigás natural, mas esse combus- fas das distribuidoras e têm reduzido os preços de todas elas. tível está em falta. A opção pelas hidrelétricas O cálculo leva em conta a receita necessária também não para cobertura alivia o valor dos custos das tarifas, operacionais e porque as a remuneração atuais usinas adequada soe s t ã o s a t u r abre os investidas. "As novas reais deverá ser o mentos reali(usinas) como a preço do zados. Há alM a de i r a- M amegawatt/hora gumas semamoré demoranas, a agência rão a sair do paem 2015 anunciou que a pel, além disso, Eletropaulo estão distantes dos grandes centros consumi- terá redução tarifa de 12%. A média de preços praticada dores e exigem mais gastos com transmissão", diz o presi- pelas distribuidoras em dedente da Abradee, Luiz Carlos zembro de 2006 era de R$ 307 Guimarães. Segundo cálculos por megawatt/hora, sem a inda entidade, o megawatt/hora cidência de impostos. Sendo de transmissão custava R$ 11,6 que a tarifa mais alta era pratiem 2000 e passará a R$ 23 em cada pela Celtins (TO), R$ 397 2015. "Isso aumenta o custo por megawatt/hora, e a mais das distribuidoras que são baixa, pela CEB (DF), R$ 254. "Em relação ao resto do obrigadas a repassar o aumenmundo, o preço cobrado dos to aos consumidores." O cálculo da tarifa de ener- consumidores brasileiros pelo gia leva em conta a produtivi- uso de energia é altíssimo se ledade das empresas, os custos vada em consideração a renda com geração, transmissão e per capita", diz Guimarães. Ser distribuição, investimentos for analisado apenas o valor passados e estimativas futuras bruto, o País não tem tarifas tão e o Índice Geral de Preços de elevadas. Na Itália, por exemplo, o megawatt/hora custa, Mercado (IGP-M). Outro problema para o setor, em média, US$ 196, no Brasil, que pode acarretar em aumen- US$ 119. (veja mais exemplos na to de tarifa, diz Guimarães, é o tabela acima).

Fernanda Pressinott

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CALÇADOS

Regra de compensação ambiental

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ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, anunciou ontem que o governo federal deverá definir "em breve" a metodologia de cálculo para estabelecer as compensações ambientais, taxas que são pagas por empreendimentos que causam grande impacto ao meio ambiente no País. Atualmente existe um piso para essas taxas — equivalente a 0,5% do valor do investimento total que é feito na obra em questão. Marina afirmou que a definição do método para o cálculo oferecerá mais credibilidade

aos investidores. A ministra do Meio Ambiente disse também que a nova forma não computará no total dos investimentos os gastos dos empreendedores com outras providências destinadas ao cumprimento da legislação ambiental em vigor no Brasil. Marina fez o anúncio da mudança durante discurso no seminário "Obstáculos e Soluções para o Desenvolvimento de Infra-Estrutura", evento que foi promovido pela Associação Brasileira da Infra-Estrutura e da Indústria de Base (Abdib), em Brasília. (AE)

A TÉ LOGO Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Dragagem do Porto de Santos começa em 2008 Transpetro: transporte de etanol para exportações

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Profissionalização de frigoríficos eleva arrecadação

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Médias do comércio exterior indicam recordes

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SIDERURGIA Produção de aço bruto em julho atingiu 2,868 milhões de toneladas, com aumento de 5,3%.

Governo exige explicações da Gulliver sobre recall

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Ó RBITA

Gustavo Franco: Fed não deve baixar juro agora

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volume de exportações de calçados caiu 4% nos sete primeiros meses deste ano na comparação com igual período do ano passado, de acordo com informações da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados). No entanto, o faturamento das empresas do segmento com as vendas ao exterior cresceu 6%. (AE)

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Prefeitura de São Paulo espera arrecadar R$ 30 milhões, no dia 26 de setembro, com o leilão público de 808,450 mil créditos de carbono produzidos a partir do aterro sanitário Bandeirantes. A venda de Reduções Certificadas de Emissões (RCEs) será feita pela Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), através de um leilão eletrônico que terá alcance internacional . Os recursos obtidos devem ser totalmente direcionados para desenvolver projetos de qualidade urbana e ambiental na região do aterro, que abrange bairros carentes da cidade, como Perus e Pirituba. O mercado de crédito de carbono (uma espécie de moeda ecológica) foi criado pelo Protocolo de Kyoto, acordo internacional assinado para combater o efeito estufa. Alguns países industrializados ratificaram o tratado e assumiram o compromisso de reduzir suas cotas de emissão dos gases-estufa. Mas não precisam, necessariamente, fazer isso em seus territórios. Eles podem comprar esses créditos de países menos industrializados, que se comprometem a reduzir suas emissões. A transação permite um abatimento nas quotas de emissão das nações industrializadas. Para a Prefeitura conseguir os créditos de carbono, no aterro Bandeirantes foi implantado um sistema que capta gases produzidos pela decomposição das 7 mil toneladas de lixo urbano ali depositadas diariamente e utiliza 80% desse total como matéria-prima para gerar energia elétrica. Para conseguir os créditos de carbono, a

Prefeitura, por meio da Biogás, requisitou na Organização das Nações Unidas (ONU), a cessão de certificados de emissão reduzida. A Biogás é a concessionária que explora a queima de gás metano no aterro e, por isso, tem direito a metade de todos os créditos de carbono produzidos no local. Melhor do mundo – "O fato de aproveitar 80% do total de emissão de gases para a geração de energia faz do Bandeirantes o aterro com melhor performance no mundo nesse aspecto", disse a secretária-adjunta da Administração Municipal, Stela Goldenstein. "Os créditos que serão negociados nesse leilão foram gerados até março de 2007." De acordo com o secretário adjunto municipal de Finanças, Walter Aluísio Morais Rodrigues, as medições no local acusam que são captadas cerca de 100 mil toneladas de gasesestufa ao mês, divididas entre a prefeitura e a Biogás. Cada tonelada desses gases corresponde a um crédito de carbono. A expectativa é que até o final de 2007 seja realizado um segundo leilão. "Daqui a quatro meses, esperamos que, além dos 808,4 mil créditos leiloados no mês que vem, tenhamos mais cerca de 200 mil toneladas de gases captados a serem transformados em créditos de carbono e leiloados novamente", disse. Para as empresas interessadas em participar do leilão, o edital do evento está publicado nos sites da Prefeitura de S ã o P a u l o ( w w w. p r e f e i t ur a . s p . g o v. b r ) e d a B M & F (www.b mf.com.br). Os documentos exigidos para o processo de habilitação das empresas interessadas em participar devem ser enviados até o próximo dia 3 de setembro.

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da na terceira semana de agosto, com alta de 0,42%, resultado idêntico ao da semana anterior. Segundo técnicos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que apura o índice, houve um equilíbrio de forças entre quedas e aumentos nos preços nos principais produtos usados para o cálculo, o que levou à manutenção da taxa. Mas, esse cenário não deve durar e o índice deve voltar a subir mais na última semana de agosto. O economista da FGV André Braz disse que as desacelerações de preços em alimentação (de 1,45% para 1,27%) e em educação, leitura e recreação (de 0,57% para 0,36%), compensaram a elevação de preços mais intensa em habitação (de 0,02 para 0 24%), entre a segunda e a terceira semana do mês. No grupo alimentação, dos dez produtos mais importantes da cesta básica, cinco estão em aceleração e cinco estão em desaceleração ou deflação. Os dez produtos representam 70% dos gastos das famílias com alimentação. (Agências)

DE CARBONO

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Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA15), que mede a variação de preços na primeira quinzena do mês, ficou em 0,42% em agosto. A taxa, que serve como uma prévia da inflação mensal, foi quase o dobro da registrada em julho (0,24%), quando a inflação apurada pelo IPCA para os 30 dias do mês foi de 0,28%. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o instituto, a alta de 1,61% nos preços dos alimentos foi responsável pela inflação da primeira quinzena de agosto, puxada pelo aumento de 13,91% no leite. Com o reajuste, os consumidores também pagaram mais por leite em pó (9,85%), queijos (6,81%) e iogurtes (5,31%). De janeiro a julho deste ano o leite já aumentou 52,16%. Semanal – A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) permaneceu inaltera-

CRÉDITO

Estatais buscam sócios para usinas no Madeira


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Política

Roosewelt Pinheiro / ABr

Alan Marques/Folha Imagem

sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de agosto de 2007

Vou reajustar o meu voto e entendo da ilicitude das provas. Eros Grau

Ministros que integram a instância máxima do Judiciário, o Supremo Tribunal Federal (STF), reunidos para decidir se aceitam ou não a denúncia contra os 40 acusados de envolvimento no escândalo do mensalão

STF DECIDE: PROVAS SÃO VÁLIDAS Ministros do Supremo não acataram apelo dos advogados pedindo para que as provas contra os mensaleiros fossem consideradas inválidas e até ilícitas

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Celso Júnior / AE

omeçou em clima quente o segundo dia do julgamento em que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidirá se aceita ou não a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra os 40 acusados de operar o mensalão. Antes de entrar no plenário da corte, o ministro Eros Grau, que teve o voto vazado em diálogo por e-mail entre os colegas Ricardo Lewandowski e Carmen Lúcia, manifestou irritação com os dois ministros. A conversa foi revelada na edição de quinta-feira do jornal " O Globo". Por duas horas, os advogados dos indiciados apelaram para que as provas fossem consideradas inválidas e até ilícitas. Mas, os ministros decidiram considerar que todos os documentos de quebra de sigilo bancário e fiscal dos envolvidos foram obtidos legalmente pela CPI dos Correios, todos com autorização judicial. Na avaliação dos advogados de defesa, o Supremo deixou, no entanto, uma brecha

para que no futuro os acusados entrem na Justiça com um recurso questionando a validade dos documentos (leia mais na página 4). Os ministros Marco Aurélio Mello, Gilmar Mendes, Celso Mello, Ellen Gracie, Eros Graus e Ricardo Lewandowski consideraram ilícitos os documentos obtidos pelo procurador-geral diretamente do Banco Central, uma vez que deveriam ter sido pedidos primeiro ao poder Judiciário. "É uma vitória da defesa porque mostra que o Ministério Público quis construir uma defesa em cima de provas ilícitas", afirmou o ex-ministro da Justiça José Carlos Dias, advogado da direção do Banco Rural. "Tenho a impressão de que esse processo ruiu em parte". Bate-boca –O ministro Joaquim Barbosa, relator do caso no STF, bateu boca com o ministro Eros Grau que, em um primeiro momento, votou a favor da licitude das provas. Mas depois voltou atrás, quando três ministros questionaram a validade dos documentos en-

viados pelo Banco Central. "Vou reajustar o meu voto e entendo da ilicitude das provas", disse Eros Grau. "Qual prova?", perguntou rispidamente Barbosa. "Não cabe a mim identificar as provas e sim ao senhor que é o relator", reagiu Eros Grau, que ameaçou parar o julgamento e pedir vistas (tempo para analisar)." D e c i s ã o – O s m i n i s t ro s acompanharam a decisão do relator que rejeitou todos os pedidos (chamados preliminares) para que a denúncia não fosse acatada. Uma delas foi apresentada pelo ex-ministro José Dirceu, que alegou que o julgamento era "político". "Não há qualquer base para essa afirmação. São imputados fatos com base em indícios que analisaremos se são ou não suficientes para ação penal. Não há alusão a atos políticos. O Judiciário não cuida nem deve cuidar de temas dessa natureza", afirmou Barbosa. "Nego todas as preliminares. Não há qualquer obstáculo para a denúncia", concluiu. (AE)

Estratégia é desqualificar Roberto Jefferson

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Agência O Globo

advogado Luiz Francisco Corrêa Barbosa argumentou que o ex-deputado não praticou ato de vantagem indevida, faltando assim a figura elementar da tipificação penal de corrupção passiva. No relatório do ministro Joaquim Barbosa consta que Jefferson denunciou que o esquema de corrupção e desvio de dinheiro público estava focado, em um primeiro momento, em dirigentes dos Correios indicados pelo PTB, resultado de sua composição política com integrantes do governo. Então presidente do PTB, Roberto Jefferson divulgou um esquema de corrupção do qual fazia parte, esclarecendo que parlamentares da "base aliada" recebiam, periodicamente, recursos do PT em razão do seu apoio ao governo, ação que chamou mensalão. Para o advogado, seu cliente seria a melhor testemunha.

CORREÇÃO Orçamento do BolsaFamília é de R$ 8,7 bi

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a edição da última quarta-feira, dia 22, em reportagem sobre o "Perfil das Famílias Beneficiárias do Programa Bolsa-Família" consta um orçamento de R$ 8,7 milhões. O correto desembolsado pelo governo para o programa é R$ 8,7 bilhões.

Valdemar

M

Agência O Globo

arcelo L u i z Ávila Bessa, advogado do deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP), à época presidente do PL (atual PR), iniciou seu discurso falando que os advogados de defesa não podiam ter sido tomados de "delírio coletivo" ao apontar defeitos na denúncia. "O procurador-geral sabe disso" porque, segundo ele, muito do que há nela não "condiz com a realidade". Bessa ressaltou que o problema não é o documento em si, mas a forma como foi elaborado – com base nos depoimentos da CPI dos Correios enquanto o caso ainda estava sendo investigado na Polícia Federal.

Anderson Adauto

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Folha Imagem

astellar M od es to F i l h o , q u e representa o prefeito de Uberab a ( M G ) , A nderson Adauto, rebateu a denúncia de lavagem de dinheiro contra seu cliente e disse que a denúncia é "superficial". Segundo ele, a acusação afirma que Adauto e seu chefe de gabinete José Luiz Alves receberam R$ 1 milhão. Guimarães Filho disse que o mais grave é a narrativa superficial feita sobre o delito de corrupção ativa. Na época em que se atribui o crime a Adauto ele exercia o cargo de ministro dos Transportes, mas foi acusado de ter participado de um esquema de compra de votos na Câmara dos Deputados. Adauto teria recebido recursos de Delúbio Soares para pagar dívidas de campanha para se eleger deputado federal. Luiz apareceu no Banco Rural sacando R$ 200 mil e assinou recibo bancário.

Duda Mendonça

A

ABr

defesa do p u b l i c i t ário Duda Mendonça e da sócia dele, Zilmar Fernandes, disse que os dois cometeram a "desgraça de dizer a verdade" e que, por isso, foram denunciados. Ele alegou que os dois pagaram o imposto devido pela operação realizada. Segundo a denúncia, o publicitário, responsável pela campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002, teria enviado milhões para contas no exterior. Ele e a sócia são acusados de evasão de divisas e lavagem de dinheiro. O advogado Tales Castelo Branco sustentou que seus clientes não abriram a conta para ocultar dinheiro, mas porque foram obrigados pelo PT. Por esse motivo, teriam cometido crime tributário e não de lavagem de dinheiro. "Ocultar dinheiro no exterior é sonegação fiscal, mas não lavagem de dinheiro."

Presidente do STF Ellen Gracie e o ministro Joaquim Barbosa durante o julgamento do mensalão

Caminhos que a corte pode seguir no caso mensalão Trâmites legais para acatar ou não denúncia do procurador-geral são extensos

S

ão vários os caminhos que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) podem seguir na hora da decisão sobre o mensalão. Podem acolher, integralmente, a denúncia da Procuradoria-Geral da República e abrir processo contra os 40 acusados, incursos em sete crimes diferentes – corrupção ativa, peculato, falsidade ideológica, corrupção passiva, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Podem também mandar abrir ação penal contra apenas uma parte do grupo, excluindo outra – neste caso, ou porque não identificaram provas suficientes para a medida ou porque consideram inepta a denúncia com relação a alguns investigados. Podem, ainda, separar os autos por meio do desmembramento do processo – man-

tendo sob a tutela do STF os que têm foro privilegiado e submetendo às instâncias inferiores do Judiciário os que não contam com o benefício. Seja qual for a decisão, a oportunidade para eventual apresentação de recurso inexiste. O Supremo é a instância máxima do Judiciário, nenhum outro órgão pode se manifestar sobre seus atos. Em tese, o Ministério Público Federal (MPF), titular da ação penal, pode entrar com recurso perante o próprio STF. Tal apelação denomina-se embargos declaratórios – cabível nos casos de omissão, obscuridade ou contradição na decisão do colegiado. Não cabe recurso nem mesmo contra eventual exclusão de denunciados. Esses não poderão estar sujeitos a uma nova ação, mesmo porque a titu-

laridade desse tipo de medida é exclusiva do procurador, cujo campo de atuação é o Supremo. Assim, nenhum outro membro do MP pode tomar a iniciativa de tentar abrir novo processo contra os que forem beneficiados pelo STF. Só cabe nova incursão se surgir fato novo em outra investigação, que aponte envolvimento em outro crime. A possibilidade de o STF desmembrar o processo existe, mas não é comum. Historicamente, a corte mantém sob sua jurisdição réus com foro privilegiado e outros denunciados pelo princípio da conexão. No ano passado, o ministro Marco Aurélio Mello sugeriu a separação e propôs que os réus sem prerrogativa de foro fossem processados perante a Justiça comum. Mas ele foi voto vencido. (AE)

Roberto Stuckert Filho/ AOG

Prof. Luizinho

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Folha Imagem

advogada Roberta Maria Rangel, defendendo o exlíder do governo na Câmara dos Deputados, Professor Luizinho, acusado de participação no esquema do mensalão, disse que na denúncia "os fatos não levam à autoria do crime pelo professor". Roberta lembrou que o denunciado foi absolvido na Câmara e apontou defeitos na denúncia. Um deles seria a falta de premissas e a profusão de conclusões. O ex-deputado é acusado de cometer crime de lavagem de dinheiro e a advogada alega que o único motivo de ele ser citado, na única premissa exposta, é o fato do exparlamentar ser, à época, líder do partido. (AE)

Imagens da conversa entre os ministros Carmen Lúcia e Ricardo Lewandowski captadas por fotógrafo

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A intimidade devassada

flagra das conversas e n t re o s m i n i s t ro s Carmen Lúcia e Ricardo Lewandowski publicado pelo jornal "O Globo" durante a realização do primeiro dia de julgamento no STF fez com que o tribunal proibisse a entrada de fotógrafos na sessão plenária de ontem e hoje. Na quarta-feira, o fotógrafo Roberto Stuckert Filho, de "O

Globo" registrou imagens do diálogo, realizado por meio de mensagens instantâneas de um sistema interno do STF. Carmem e Lewandowski discutiam os votos que darão sobre a denúncia da Procuradoria Geral da República contra os 40 acusados de integrar o mensalão, além de comentar as escolhas de outros colegas. Eles discutiram ainda a esco-

lha do substituto de Sepúlveda Pertence, que se aposentou. "Minha dúvida é quanto ao peculato em co-autoria ou participação, mesmo para aqueles que não são funcionários públicos ou não tinham a posse direta do dinheiro", informa Lewandowski, numa referência a acusações contra José Genoino e Silvio Pereira (ex-secretário do PT). (AE)


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de agosto de 2007

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NEIL eu vaio lulla FERREIRA O NÚMERO 3 DO BANDO DO BRASIL NÃO TEM NADA DE SUBLIMINAR. É GRANA

PURA E SIMPLES PARA MÍDIA.

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Gerd Gigerenzer explica porque a intuição acerta, e por que se pode (ou deve) acreditar e apostar nela. Por Paulo Brito

Uma empresa é a concretização de um conceito, de uma idéia. A intuição garante a meta.

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rovavelmente você já viu nas listas telefônicas, na internet, em outdoors, folhetos ou em qualquer outra mídia o anúncio de alguma empresa ou pessoa que ensina a montar um negócio – supostamente, um bom negócio, aquele que vai gerar lucros e poderá sustentar você e seus descendentes pela eternidade. Pelo menos é essa a expectativa de quem se interessa pelos anúncios. Não tenho conhecimento de alguém que tenha contratado um desses serviços e depois aberto uma empresa de sucesso – não parece que as coisas funcionem assim. Uma empresa é a concretização de um conceito, de uma idéia, e cada uma dessas coisas tem características muito peculiares que são a base do sucesso. E a idéia ou conceito parecem surgir de repente, do nada. Por intuição.

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erd Gigerenzer, psicólogo e diretor do Centro de Comportamento Adaptativo & Conhecimento do Instituto Max Planck em Berlim, colocou um olhar científico sobre a intuição e fez descobertas importantes que não só explicam sua natureza como também valorizam sua manifestação. Ao que parece, a intuição não é um acontecimento aleatório, mas um comportamento com base neuro-

lógica que se desenvolveu para a solução específica de dilemas, ou seja, decisões binárias, do tipo "aqui ou ali, este ou aquele". Claro que excesso de informações mais atrapalha do que ajuda o processo – quanto mais variáveis para resolver o problema, mais difícil é tomar a decisão correta, exatamente como nos sentimos diante de uma gôndola cheia de xampus num supermercado. Gigerenzer relata que ele e sua equipe fizeram uma experiência interessante e reveladora sobre o assunto, que pode ser uma lição para cada um de nós. Eles foram para as ruas em Berlim e pediram a cem pessoas (50 homens e 50 mulheres) que reconhecessem os nomes de 50 empresas com ações na bolsa. A seguir, compraram ações das 10 mais citadas e permaneceram com elas até o final do experimento. Bem, o que aconteceu é que o mercado estava em baixa. Apesar disso, o portfólio de Gigerenzer subiu 2,5%. Mais ainda, teve um desempenho superior ao de 88% de 10 mil portfólios analisados naquele momento. Apenas como base de comparação, a revista Capital fez uma experiência parecida em 2000: os editores (supostamente especialistas) selecionaram ações de 50 empresas, e a queda desse portfólio foi de 18,5%.

A

s descobertas que podem ser feitas a partir da análise desses fatos levam à conclusão de que quanto menos conhecimento financeiro, melhor: as mulheres pesquisadas pelos alemães reconheceram menos empresas do que os homens, e ainda assim seu portfólio teve um desempenho melhor. O que está por trás dessas escolhas, no entanto, é a mais pura intuição. Embora seja arriscado traçar correlações diretas, pode-se supor que em territórios menos complexos os resultados das escolhas intuitivas fossem igualmente bem-sucedidos. É o que parece, portanto, acontecer no empreendedorismo – as pessoas decidem investir em determinado negócio, e quando dá certo, quando o sucesso acontece, nem todas as explicações parecem racionais. Exatamente porque a intuição prevalece sobre a razão nas escolhas que elas fazem. Houve em 2005 um livro que explorava esse assunto - Blink: The Power of Thinking Without Thinking, de Malcolm Gladwell. Na verdade, o autor, leu bastante os trabalhos de Gigerenzer, mas este último foi muito adiante, explicando por que as intuições acertam, e por que se pode (ou deve) acreditar e apostar nelas.

As informações acabam sendo um roteiro sobre como se pode decidir melhor. Não significa 100% de acerto, é claro, mas as probabilidades de erro se reduzem. O melhor que se pode tirar dessa obra é um excelente reforço na autoconfiança de quem usa a intuição – é o entendimento de que ela não surge do nada e é, afinal, uma construção neural e não um sopro divino. Até que esse estudo aparecesse, a intuição só podia ser vist a c o m o a l g o inexplicável, e, como tudo que não tem explicação, difícil de ser usado para dar base a decisões importantes. Embora ainda não seja possível explicar de que modo a intuição é construída, está ao menos claro que ela é

G As pessoas

decidem investir e quando o sucesso acontece, nem todas as explicações parecem racionais. G O excesso de informações mais atrapalha do que ajuda o processo

uma forma de raciocínio que não pode ser desprezado. Em milhões de anos, os nossos cérebros evoluíram para conseguir as respostas mais rápidas possíveis para quaisquer tipos de problemas, traçando rotas e construindo regras, com base em experiências registradas e normas conscientes ou inconscientes que trafegam entre os ambientes físico e social. Mas quando abusamos da quantidade de informações com as quais o cérebro tem de lidar, ele falha – o sistema cai. Nesse momento, a intuição se torna valiosa – ela opera uma simplificação do problema como forma de adaptar o cérebro à incerteza e à complexidade.

E

xatamente como faz um goleiro durante o jogo: quando alguém chuta, ele está de olho na bola. E enquanto ela percorre o espaço que vai do pé do adversário até o gol, seu cérebro faz uma infinidade de cálculos, avalia distâncias, registra obstáculos, prevê desvios e finalmente a bola (sempre que possível) termina presa entre suas mãos. Apesar disso, ele acha que tudo o que teve de fazer foi ficar de olho na bola – ou apostar em sua intuição. PAULO BRITO É JORNALISTA E CONSULTOR DE EMPRESAS

Thomas Bohlen/Reuters

É GOL?

ssa história de que a enigmática e milionária campanha do número 3, do Bando do Brasil, seria uma uma coisa "subliminar", o que quer que isso seja, para criar um clima favorável ao 3º. mandato do Amigão da Banquerada, é paranóia da pura, da legítima, da escocesa. Sou paranóico dos bons e sei reconhecer uma boa paranóia quando a vejo. O Amigão da Banquerada precisa disfarçar a pavimentação dos trilhos para o 3º. mandato tanto quanto precisa de um tiro no pé. A preciosa frase "pavimentação dos trilhos" é delle. Algo "subliminar" seria uma força invisível, que o forçaria a uma ação que talvez não queira praticar. Se praticá-la, nem notará e vai pensar que foi um ato de livre vontade. Trabalho em publicidade há mais de 40 anos e fiz uma carreira respeitada. Nunca vi nenhum exemplo de campanha que o obrigasse a se entupir de Pepsi, Coca ou pipoca, sem que você percebesse ou quisesse. Li histórias de testes que teriam ocorridos em sessões de cinema, nos anos 60. Não vi comprovação de nenhum deles. Não passam de lendas urbanas. Há livros sobre publicidade subliminar, há quem acredite neles. Eu não. Não acredito também na Santíssima Trindade. Sou ignorante confesso. Acredito em Cristo e em tudo que foi narrado que viveu e sofreu, mas não acredito que nasceu de uma virgem. Preciso antes acreditar que virgens possam ter filhos, para acreditar em publicidade subliminar. Depois do 1º. mandato inteirinho em cima do palanque, batalhando a reeleição que jurava que não queria, cantando com aquela voz e aquele sotaque o jingle Nunca Antes Neççepaíz, o Amigão da Banquerada foi para o 2º., batalhando claramente o que quer agora (o 3º.), jurando também que não o quer. Está há oito meses em cima do mesmo palanque cantando o mesmo jingle! Milenar sabedoria oriental: Cavalo ganha uma vez, sorte; cavalo ganha duas vezes, coincidência; cavalo ganha três vezes, aposte cavalo". Eu aposto um dedo mindinho que cavalo quer 3º. mandato.

G O nosso

franklin, o porta-níqueis, compra o que e quando precisar.

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ada houve de invisível, a corrida para o 3º. mandato é pública, notória, filmada, fotografada, irradiada, está nas tevês, jornais e rádios todos o dias, numa assustadora ocupação da mídia. Então, por que essa esquisitice, a campanha do número 3, está no ar? As explicações são mais esquisitas do que a campanha. Não as entendi. Ouvi, porém, que essa campanha teria custado 10 milhões de reais. Duvido. Pelos teasers em grego e comerciais de 3 minutos incompreensíveis, custou muito mais. Some as camisetas (o encenador suplicy disse que são "tucanas" por serem amarelas e azuis, arrancando gargalhadas dele mesmo, da quadrilha aliada e da oposição) e os milhares de folders caríssimos e você bate fácil nos 40 milhões. Grana dos acionistas, sem acrescentar um correntista à clientela. Mas talvez salve a Terra, quem sabe. A internet fervilhou com centenas de e-mails preocupados com o risco do 3 ser mesmo uma campanha para o 3º. mandato. Não acho que seja. 3 palavrinhas explicam o 3 do Bando do Brasil: grana para mídia. Compra a ocupação nada subliminar da mídia pelo Amigão da Banquerada, na sua visível e indiscutível campanha pelo 3º. mandato. Para isso, o 3º. mandato, 3 não é útil. Para aquilo, a ocupação da mídia, é. O porta-níqueis nosso franklin domina a maior verba de propaganda da nossa história, compra o que e quando precisar. Vemos, lemos e ouvimos, com raras exceções, só o que o Seu Mestre deixa. Enfurna-se o ridículo de fotos, como as do painho cheirando o bio-sebo e mãinha com a maior cara de nojo. Mais de 260 mil funcionários públicos podem ser efetivados pelo Congresso, por lobby da república sindicalista no pleno comando deççepaíz, fica por isso mesmo. A arrecadação de impostos bate recordes, mal se resvala no assunto. Um em cada quatro brasileiros, quase 50 milhões, recebe o bolsa-esmola. Quem você acha que já escolheram? Se existe mesmo a propaganda subliminar para o 3º. mandato é inútil, desnecessária. Está tudo dominado! É PRECISO VAIAR NEIL FERREIRA É PUBLICITÁRIO NEILFERREI@GMAIL.COM

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Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de agosto de 2007

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3,2

bilhões de reais são investidos todos os anos no Brasil na realização de 120 feiras de negócios

Paulo Pampolin/Hype

A CONFIANÇA DO CONSUMIDOR BRASILEIRO CONTINUA EM ALTA Estudo da Fundação Getúlio Vargas indica que, pelo quinto mês consecutivo, melhoraram as avaliações dos consumidores sobre a situação atual da economia. O índice que mede as expectativas também teve evolução positiva.

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Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 1% em agosto em relação ao mês anterior, ante queda de 0,8% em julho frente a junho, segundo informou ontem a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Essa é a 23ª edição do indicador, calculado com base nos resultados da pesquisa "Sondagem das Expectativas do Consumidor", apurada desde outubro de 2002 (com periodicidade trimestral, até julho de 2004, quando passou a ser mensal). O índice é composto por cinco quesitos da sondagem. Com o resultado, o desempenho do indicador, que é calculado com base em uma escala de pontuação entre 0 e 200 pontos (sendo que, quanto mais próximo de 200, maior o nível de confiança do consumidor), passou de 108,2 pontos em julho para 109,3 pontos em agosto. Em seu comunicado, a FGV informou que, pelo quinto mês consecutivo, as avaliações sobre a situação presente melhoraram em relação ao mês anterior. O ICC é dividido em dois indicadores: o Índice de Situa-

MIlton Mansilha/Luz

Economia local: diminuíram para 36% os que a consideram ruim.

ção Atual, que subiu 1,3% em agosto, ante alta de 2,2% em julho; e o Índice de Expectativas, que teve aumento de 0,8%, ante queda anterior de 2,4%. Situação atual – No caso do Índice de Situação atual, foi o maior nível atingido desde janeiro de 2006 (109,7 pontos). Ainda segundo a fundação, no acumulado em 12 meses os dois subíndices do ICC apresentam variações positivas, com alta de 9,9% para o indicador de situação atual e aumento de 4,8% para o que me-

Menos tensos: consumidores brasileiros estão 1% mais confiantes na economia e vão às compras.

de as expectativas. Ao detalhar os resultados dos dois índices, a FGV informou que entre julho e agosto, caiu de 12,6% para 11,4% o percentual de consumidores pesquisados que avaliam como boa a situação econômica atual da cidade em que residem. Nesse mesmo quesito, diminuiu de 38,7% para 36% o percentual dos que a consideram ruim. "Da série histórica iniciada em setembro de 2005, esse é o menor percentual de consumidores avaliando de forma desfavorável a situação econômica local", esclareceu a Fundação, no comunicado. Já para a intenção de compra de bens duráveis nos próximos seis meses, a proporção de consumidores que prevêem gastar mais aumentou de 13,5% para 15,4%, de julho para agosto. A participação dos consumidores que prevêem gastar menos também cresceu, mas em menor escala: de 30,5% para 31%, no mesmo período. O levantamento realizado pela FGV abrange amostra de mais de 2 mil domicílios, em sete capitais, com entrevistas realizadas entre os dias 1 e 20 de agosto. (AE)

Leonardo Rodrigues/Hype

Crença na economia, medida pela FGV, passou de 108,2 pontos em julho para 109,3 em agosto. Claudio Teixeira / AE - 19/10/2006

Conjuntura: empresários atentos ao câmbio e à importação Sergio Leopoldo Rodrigues

O

s fundamentos da economia continuam bem: a inflação está sob controle e o déficit nominal de 2,16% do Produto Interno Bruto (PIB) é um dos menores já registrados. Contudo, duas preocupações se mantêm no horizonte: as vendas continuam mais altas que a produção industrial, o que indica que as importações estão suprindo essa diferença. E a crise imobiliária norte-americana continua uma incógnita quanto à sua extensão, profundidade e duração. Somem-se a isso os efeitos do real valorizado, que compromete as exportações em geral e as de commodities em especial e estimula as importações, segundo conclusão a que se chegou ontem em reunião de conjuntura da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que reúne economistas e empresários de todos os setores. Outra conclusão é a de que ainda não é possível avaliar com segurança qual será a contaminação da crise imobiliária no mercado de consumo dos EUA. "Se afetar, a economia mundial poderá se desacelerar um pouco", disse um economista. O quadro ficará pior se houver um freio na economia chinesa, mas nada indica isso por enquanto. Como resultado, investidores em projetos do etanol estão em compasso de espera, relatou um líder do setor. Ele lembrou que muitos projetos ligados ao álcool são alavancados por fundos, que estão de olho no que está ocorrendo nos EUA. Além disso, o

governo federal deverá aprovar a rolagem da dívida do setor agrícola para garantir a próxima safra. "Mas isso não é uma solução, que está sendo apenas adiada", alertou. Finalmente, o aumento de alguns preços agrícolas, como leite, soja e carne deverão chegar, mais cedo ou mais tarde, ao bolso do consumidor. Lado real – É justamente no lado real da economia que estão as maiores preocupações dos empresários. O setor de embalagens têx-

30

por cento foi o incremento nas vendas de uma rede de roupas masculinas durante a semana que antecedeu o Dia dos Pais. teis, cujos produtos acondicionam carnes e aves, por exemplo, espera a aproximação do Natal para ver se a venda de suínos ajuda a puxar o faturamento, estagnado desde o início do ano. A demanda por tecidos para estofados, segundo ele, também caiu até 50% no acumulado de 2007. Outro líder do segmento de colchões, estofados e móveis confirma: as vendas caíram 30% em agosto, "exatamente quando deveriam estar subindo". Isso também ocorre no setor de televisores. Um empre-

sário alertou que produção e vendas caíram 26% entre os meses de janeiro a agosto deste ano, em comparação com igual período de 2006. Os preços recuaram, em média, 20%, e apenas as vendas dos aparelhos de cristal líquido subiram 238%, seguindo a mesma comparação entre períodos. A produção do setor de autopeças cresceu 5,4% nos primeiros seis meses de 2007. Mas em agosto passado (comparado com agosto do ano passado) as vendas internas cresceram 12%, enquanto as importações saltaram 30%, "mostrando que os importados estão cobrindo essa diferença". No setor de alumínio, o crescimento é sustentado desde 2004, e a produção acelerou 7% no primeiro trimestre deste ano, mas houve um pulo de 25% nas importações. Os produtores de alumínio reclamam da carga tributária de 39%, em comparação a 22% para o aço e 30% para o plástico. "Isso cria uma concorrência desleal", denunciou um deles. Para os plásticos, a média de crescimento deve se manter em 6% ao ano, mas as importações chinesas "já acenderam o sinal de alerta". Finalmente, o setor imobiliário vai bem, mas se queixa do alto custo dos terrenos na cidade de São Paulo, que estaria transferindo incorporações para o ABC paulista e Mogi das Cruzes. Outro segmento que relatou bom desempenho foi o de roupas masculinas. Uma rede de lojas registrou vendas 30% superiores, se comparadas aos dias convencionais, na semana e, principalmente, no sábado que antecedeu o Dia dos Pais.

O Salão do Automóvel, uma das principais feiras de negócios do Brasil, deve receber 600 mil visitantes.

Ubrafe lança calendário nacional de feiras de negócios Neide Martingo

S

ão tantas as feiras de negócios que serão realizadas no País no ano que vem, que o tema motiva a edição de um livro todos os anos. Trata-se do calendário lançado pela União Brasileira dos Promotores de Feiras (Ubrafe), que faz um detalhamento da promoção comercial realizada no Brasil. Em 2008 serão organizados 120 eventos – 90 deles em São Paulo. "A capital paulista oferece um grande número de lugares onde as feiras podem ser realizadas. Há cerca de 250 mil metros quadrados de pavilhões", afirma o diretor da Ubrafe, Armando Campos Melo. Depois vêm o Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre. Segundo ele, esta é a 19ª edição do calendário, que interessa principalmente às câmaras de comércio, prefeituras do País, agências de turismo, companhias aéreas e rede hoteleira. "Todas

essas instituições têm que se preparar para os eventos." Melo diz que as feiras movimentam, a cada ano, R$ 3,2 bilhões. "Os organizadores investem aproximadamente R$ 800 milhões com o aluguel do espaço; e outros R$ 800 milhões são gastos com montagem, equipamentos e infra-estrutura. As pessoas que participam das feiras têm despesas com passagens aéreas, alimentação, entretenimento e compras, o que soma mais R$ 1,6 bilhão", afirma o diretor da Ubrafe.

"Esses números são estáveis, não mudam muito de ano para ano. Mas 2008 será especial, já que acontecerá o Salão do Automóvel, que deve receber mais de 600 mil visitantes", diz. O calendário, lançado ontem em São Paulo, será comercializado apenas pela Ubrafe, a partir de setembro. O preço da edição impressa, em papel reciclado, é R$ 40. A versão em CD sai por R$ 25. No site da entidade (www.ubrafe.com.br) haverá uma versão completa e gratuita para consulta, a partir de outubro.


sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Indicadores Econômicos

23/8/2007

COMÉRCIO

9

0,97

por cento foi a alta média dos fundos DI em julho, de acordo com a Anbid.


2

Empresas Finanças Nacional Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de agosto de 2007

INGRESSOS LÍQUIDOS FORAM DE US$ 6,957 BILHÕES

9,5

por cento é a atual taxa de desemprego entre a população economicamente ativa

APESAR DO BOM RESULTADO DE JULHO, AS TRANSAÇÕES CORRENTES TIVERAM DÉFICIT

INVESTIMENTO EXTERNO AUMENTOU

A

Antônio Cruz/ABr

conta capital e financeira do governo teve ingressos líquidos de US$ 6,957 bilhões no mês passado, com destaque para a entrada de US$ 3,584 bilhões em Investimento Estrangeiro Direto (IED) no setor produtivo, o melhor resultado para julho desde 2000. Mesmo assim, o aumento da remessa de lucros de empresas ao exterior e das viagens internacionais, além de outros itens, influenciaram no déficit de US$ 717 milhões das transações correntes, de acordo com o Relatório do Setor Externo, divulgado ontem pelo Banco Central (BC). Em julho de 2000, os investimentos estrangeiros diretos somaram R$ 5,153 bilhões, em decorrência de privatizações de estatais. Até ontem, o IED do mês chegava a US$ 1, 5 bilhão, e agosto deverá fechar com US$ 2 bilhões. O saldo em conta corrente envolve todas as transações comerciais e financeiras de um país com o exterior. Ao comentar os números, o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, lembrou que esse foi o primeiro déficit desde janeiro do ano passado, quando atingiu US$ 314 milhões. As remessas de lucros de empresas estrangeiras subiram 64,2% em relação ao mesmo mês do ano passado. Ao todo, foram US$ 3,2 bilhões enviados para fora, quase o mesmo dinheiro investido aqui por estrangeiros no mesmo período: US$ 3,6 bilhões. Lopes admitiu que o número negativo ficou acima das expectativas oficiais. Ele apontou como causas o aumento da remessa de lucros e dividendos e a concentração maior de despesas com juros, por força do pagamento de US$ 979 milhões em bônus da República. Esse foi o pior resultado em conta corrente desde abril de 2004, quando o déficit chegou a US$ 757 milhões. No mesmo mês de 2006, o País teve supe-

rávit de US$ 3,055 bilhões. O economista do BC acredita, porém, que as contas externas voltarão a apresentar equilíbrio em agosto. "Não dá para dizer que haja tendência de gastos continuados", disse. No acumulado do ano, o saldo em conta corrente soma US$ 3,666 bilhões, uma queda de 37% em relação ao mesmo período de 2006. Fluxo – Apesar da crise financeira, a entrada de moeda estrangeira no País vem se mantendo. Neste mês, até o dia 21, o fluxo estava positivo em US$ 6,118 bilhões. Mas o resultado vem sendo sustentado apenas pela entrada de dólares dos exportadores. No segmento financeiro, a saída de recursos da Bolsa de Valores e dos investimentos em renda fixa superou o ingresso de capitais externos em US$ 799 milhões. Nos últimos seis meses, a entrada de capital vinha sendo alimentada pelos exportadores e pelas transações financeiras. A mudança na composição do fluxo resultou do acirramento da crise nos mercados externos. "Além de provocar a saída de capitais da Bolsa e da renda fixa, o aumento da volatilidade interrompeu a participação dos estrangeiros nas ofertas iniciais de ações (IPOs)", comentou um operador do mercado financeiro. De janeiro a julho, os investimentos estrangeiros em IPOs foram de US$ 12,528 bilhões, ante US$ 2,923 bilhões em igual período de 2006. Só em julho, a aplicação de dinheiro externo nestas operações foi de US$ 6,289 bilhões. Outra novidade trazida pela crise foi a interrupção das compras de dólares por parte do Banco Central. "Sem a presença do BC, os dólares estão ficando nas mãos dos bancos", disse um gestor de fundos de investimento. A posição de câmbio dos bancos passou de "vendida", em julho, para "comprada" neste mês. (AE)

CLUB ATHLETICO PAULISTANO

EDITAL O CLUB ATHLETICO PAULISTANO, com sede na Rua Honduras, 1400, nesta capital, faz público que foi cientificado pelo associado Pedro Alberto Demeter do extravio do título social nº 8441, da série “A”, emitido de acordo com o Estatuto Social, razão pela qual expedirá uma 2ª via deste que, dentro do prazo de 10 dias, não haja qualquer reclamação de terceiros relativamente ao referido título. São Paulo, 21 de agosto de 2007.

IBGE indica estabilidade no mercado de trabalho

O

Ministro disse que as reservas brasileiras são mais do que suficientes para uma eventual emergência

Para Mantega, efeitos da crise não serão muito danosos

A

balança comercial e o fluxo de recursos externos são os dois pontos em que o Brasil poderá ser mais afetado pela crise financeira internacional, se ela se agravar. Foi o que admitiu ontem o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao expor, para uma platéia de empresários, o cenário que considera mais pessimista para os próximos meses. Mas ainda que esse quadro negativo se materialize, disse o ministro, a economia brasileira será pouco afetada, e os efeitos sobre câmbio serão muito fracos. "Esse cenário pessimista, de hard landing (pouso problemático), não é o que eu considero mais provável", afirmou, durante o seminário "Obstáculos e Soluções para o Desenvolvimento da Infra-Estrutura", promovido pela Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib). Mantega expôs o cenário mais pessimista apenas para ilustrar os possíveis efeitos da crise. Nessa hipótese negativa, a crise levaria a uma retração

das economias norte-americana e chinesa. Em conseqüência, os preços das commodities exportadas pelo Brasil, que estão em alta há meses, cairiam, e haveria redução das receitas com exportação e menor saldo na balança. "O saldo comercial pode ser reduzido e criar um impulso para alguma valorização do real", disse. Para o ministro, os danos à economia não seriam muito grandes. "Temos um saldo robusto, poderíamos perder de US$ 10 bilhões a US$ 15 bilhões e continuaríamos no lucro", disse. Além disso, prosseguiu, a queda nas vendas de commodities poderia ser compensada com maiores exportações de produtos manufaturados, que ganhariam competitividade com o dólar mais caro. Saída – Mantega admitiu que a crise poderia levar também a uma saída de dólares do País. "Se, na pior das hipóteses, o fluxo de capitais caísse a um terço do que é hoje, mesmo assim teríamos um volume muito superior ao do ano passado", comentou. De janeiro a ju-

nho, ingressaram no Brasil US$ 59,5 bilhões, contra US$ 15 bilhões no mesmo período do ano passado. O ministro considerou remota a chance de todo esse dinheiro sair em busca de aplicações mais seguras, porque a maior parte do capital não é especulativa. Do total recebido pelo País neste ano, US$ 24 bilhões são investimentos diretos, ou seja, recursos investidos na produção, com perspectivas de longo prazo. Outra parte é de compras de capital de empresas, que também são aplicações de longo prazo. "A parcela especulativa é pequena", afirmou. O cenário que o ministro considera mais provável é o do "pouso suave", com efeitos não violentos. Ele afirmou que o Brasil entrou em outro patamar de crescimento. Se o Produto Interno Bruto (PIB) crescer 4,7% neste ano, a média de expansão dos últimos quatro anos chegará a 4,3%. "O PIB cresce há 21 trimestres consecutivos. Não é um vôo de galinha", ironizou. (AE)

PETROLEO Petrobras conquista mais 34 blocos no Golfo do México

Associação Brasileira de Celulose e Papel - Bracelpa C.N.P.J. n° 33.776.154/0001-29 Edital de Convocação - Assembléia Geral Extraordinária Pelo presente Edital, ficam convocados todos os Associados desta Entidade, quites e em pleno gozo de seus direitos, para participarem da Assembléia Geral Extraordinária, a ser realizada dia 04 de setembro de 2007, às 16,00 horas, à Rua Afonso de Freitas, 499 - Paraíso, nesta Capital, a fim de deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: a) Alteração do Estatuto Social. AAssembléia deverá instalar-se com a presença do quorum mínimo de 1/3 (um terço) dos sócios efetivos da Associação, conforme previsto no artigo n° 39 do Estatuto Social. São Paulo, 24 de agosto de 2007 Horacio Lafer Piva Presidente

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 23 de agosto de 2007, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Requerente: Fácil Serviços Comer- Requerente: Planeta Informática ciais Ltda. EPP - Requerido: SP Ltda. - Requerido: K Bus InstaJuntas Comércio e Indústria lações e Comércio Ltda. - Rua Ltda. - Rua Florianópolis, 224 Caranguejo, 291 - 1ª Vara de 2ª Vara de Falências Falências Requerente: José Ademilson Pe- Requerente: Worth Fomento Merreira de Souza - Requerido: cantil Ltda. - Requerido: Anna Maria Amato Nardelli Mercosucos Indústria e CoAlimentos ME - Rua Morato mércio de Alimentos Ltda. Coelho, 1.430 - 2ª Vara de FaRua Ibitirama, 1.749 - 1ª Vara de lências Falências

A

Petrobras conquistou ontem os direitos de exploração em mais 34 blocos de petróleo na sessão norte-americana do Golfo do México, por US$ 29 milhões, durante leilão realizado pelo governo dos Estados Unidos. No total, a estatal brasileira apresentou ofertas por 40 blocos. A Devon Energy Corp., por sua vez, participou com lances por mais de 40 blocos, alguns deles em parceria com a Petrobras Energía (subsidiária argentina da estatal brasileira) e foi a única interessada na maior parte deles. Segundo os organizadores do leilão, o grupo ofereceu US$ 20 milhões pelos 26 blocos que arrematou. A britânica BP foi o destaque da rodada, ao arrematar 91 blocos dos 108 que disputou. A norueguesa Statoil ASA, entretanto, se mostrou disposta a gastar mais, oferecendo um total de US$ 139 milhões pelos 36 blocos adquiridos. De acordo com estimativas do Serviço de Gerenciamento de Minerais dos EUA (MMS,

350

é o número de concessões que a Petrobras mantém na região do Golfo do México. As áreas são prioridade da estatal de petróleo. na sigla em inglês), organizadora do leilão, ao todo a área em questão pode resultar na produção de 242 milhões a 423 milhões de barris de petróleo e de 1,64 trilhão a 2,64 trilhões de pés cúbicos de gás natural. Essa operação fez parte de uma política para equilibrar o portfólio da empresa na região, hoje concentrado em águas rasas, informou o diretor de Exploração e Produção da estatal, Guilherme Estrella. "Estávamos com muitas áreas

de águas rasas e agora dedicamos maiores investimentos para adquirir blocos localizados em águas profundas, que é onde nossos técnicos acreditam ter melhores condições de encontrar novas reservas", afirmou Estrella. A direção da Petrobras está animada com descobertas recentes em águas profundas no Golfo do México, batizadas de Chinook e Cascade, onde a empresa vem usando a experiência adquirida na busca por petróleo no Brasil. A companhia mantém uma atitude agressiva no Golfo do México. Em 2006, arrematou o mesmo número de blocos deste ano, pagando US$ 45,4 milhões. A companhia tem hoje 350 concessões na região, que está entre as prioridades em seus planos de negócios internacionais. Na semana passada, a estatal anunciou a empresa vencedora da licitação para a plataforma de Chinook, que custará cerca de US$ 750 milhões e começará a produzir petróleo em 2010. (AE)

mercado de trabalho ficou estável no mês passado em relação a junho. A taxa de desemprego recuou levemente no período, de 9,7% para 9,5% da população economicamente ativa (PEA). Em relação a julho do ano passado, porém, quando registrou índice de 10,7%, a queda do desemprego foi significativa. "Os dados de julho não empolgaram. A expectativa era de que o desemprego caísse de forma significativa no mês e isso não aconteceu. Também tínhamos a expectativa de que o rendimento médio aumentasse e ele caiu", afirmou o gerente da Pesquisa Mensal do Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Cimar Azeredo. O rendimento médio real da população ocupada em julho foi de R$ 1.108,30, com queda de 1,2% em relação ao mês anterior, porém 2,5% superior a julho de 2006. O IBGE também divulgou a estimativa para a massa salarial de junho. Ela foi de R$ 22,8 bilhões, com queda de 0,9% em relação a maio e alta de 4,1% ante 2006. As informações nacionais são calculadas a partir do conjunto de apurações nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Salvador. Em São Paulo, a taxa de desemprego até aumentou levemente de 10,2% em junho para 10,3% em julho, com o rendimento médio real tendo recuperação de 2,2%, para R$ 1.218,70. A redução do rendimento médio real em julho foi provocada principalmente pela queda das remunerações na informalidade e nos setores de comércio, indústria e outros serviços. Cimar explicou que em geral há uma melhora no mercado de trabalho em meados do ano e um segundo semestre mais aquecido. Acha que no fim do ano o desemprego será menor que 10%, inclusive porque a média dos primeiros sete meses deste ano está em 9,8%. O crescimento da massa salarial na comparação com o mesmo mês do ano anterior parece estar se desacelerando, observou o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) em seu boletim "Análise Iedi". Ele levantou a possibilidade de que no segundo semestre, a alta em relação ao mesmo período de 2006 seja inferior a do primeiro semestre. Nesse caso, o mercado interno de consumo possivelmente teria um desempenho menor que nos seis meses anteriores. Os Jogos Pan-Americanos do Rio, que levaram milhares de pessoas capital fluminense, não alteraram positivamente o mercado de trabalho na região metropolitana da cidade. De acordo com IBGE, houve redução do emprego na região metropolitana do Rio de Janeiro de junho para julho na área da construção (1,9%) e de outros serviços (1,8%), que reúne atividades ligadas a alojamento, hospedagem, turismo e transporte. (AE)


Renan com 14 seguranças. E vulnerável.

Ailton de Freitas/AOG

Escoltado por uma verdadeira tropa (foto), presidente do Senado chega para depor no Conselho de Ética e não consegue rebater as falhas apontadas pela PF sobre a evolução de seu patrimônio, nem convencer relatores sobre sua alegada inocência. Pág. 3

Ano 83 - Nº 22.446

São Paulo, sexta-feira a domingo, 24 a 26 de agosto de 2007

Edição concluída às 23h50

w w w. d co m e rc i o. co m . b r

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Impostômetro, agora com o peso de cada tributo. Economia 3

Roberto Stuckert Filho/AOG

Três dos 10 ministros do STF já votaram a favor de processar a diretoria do Banco Rural. O STF ainda validou todas as provas contra os 40 mensaleiros. A sessão (foto) vai continuar hoje. Págs. 3 e 4

Alex Ribeiro/DC

HOJE Parcialmente nublado Máxima 29º C. Mínima 12º C.

AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 26º C. Mínima 12º C.

De olho no mundo em 3D Saiba o que o doutor em história da fotografia Gavin Adams (centro) e o fotógrafo especialista em 3D Marcos Musi criam para a publicidade e as artes. Negócios promissores à vista!

Divulgação

E

stréia O Ultimato Bourne, com Matt Damon (foto): show de tecnologia, suspense e violência. Mais: livro de Henry Miller; a música de Nazareth; receitas da diva Maria Callas e Roda do Vinho.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de agosto de 2007

Matt Sullivan/Reuters

Internacional

Argentinos ignoram "maletas" e apóiam os Kirchner Pesquisas mostram que aprovação ao presidente é de 71%; Cristina venceria eleições no primeiro turno

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O rio Blanchard transbordou e deixou dezenas de carros ilhados sobre uma ponte no condado de Findlay, em Ohio

Erin inunda cidades e mata 38 nos EUA

A

tempestade tropical Erin atingiu ontem pelo quinto dia consecutivo diversas regiões do centro dos Estados Unidos — Wisconsin, Texas, Oklahoma e Ohio — causando enchentes que já expulsaram centenas de pessoas de suas casas. Pelo menos 38 pessoas já morreram. A área em torno de Findlay, no noroeste de Ohio, está entre as mais atingidas, embora o rio Blanchard estivesse ontem

começando a recuar, depois de ter atingido níveis recordes, de mais de 2 metros acima do leito. Mas o Serviço Nacional de Meteorologia emitiu um alerta de enchente para os condados da área, porque as tempestades continuam se formando. Nove condados de Ohio já declararam estado de emergência. Também há alertas de enchente em partes de Iowa, Illinois e Indiana, depois das chuvas que acumularam mais de 12,5 cm de água em áreas já bastante inundadas. Os meteorologistas advertiram sobre a possibilidade de grandes inundações ao longo do rio Des Moines e na área de Fort Dodge, no noroeste do Iowa. (Reuters)

crise energética, as tado a Argentina da grave crise falcatruas envol- econômica de 2001 e levado o vendo membros país a um crescimento supedo alto escalão do rior a 8% nos últimos anos. Outra pesquisa divulgada governo e o internacional "escândalo da maleta" — que in- ontem mostra que Cristina secluiu em um mesmo vôo mem- ria eleita no primeira turno, bros de estatais argentinas e prova de que os eleitores estão venezuelanas e uma misterio- mais preocupados com a prossa valise com US$ 800 mil não peridade econômica do que declarados — não foram sufi- com a onda de escândalos que cientes para abalar a populari- golpeia o governo do marido. Há um d a d e d o Pierre-Philippe Marcou/AFP mês, Cristipresidente na tinha da Argencerca de tina, Nés45% das intor Kirchtenções de n e r, e d a voto, mas pr imei raos novos ledama Crisv an t a me ntina, canditos dos insdata à sutitutos Hucessão preCristina Kirchner : a um passo go Haime y sidencial da Casa Rosada Asociados e n a s e l e iCentro de Estudos da Opinião ções de 28 de outubro. Diferentes pesquisas divul- Pública mostram que ela já gadas ontem mostram que o atingiu 49%. Pelas leis locais, casal ainda goza de grande um candidato vence no priprestígio. O presidente, ao se meiro turno se tiver mais de aproximar do final do manda- 45% dos votos, ou mais de 40% to de quatro anos, desfruta de com vantagem de 10 pontos um índice de aprovação de percentuais sobre o segundo 71% — próximo ao que tinha colocado. O adversário mais quando foi eleito —, segundo próximo, o ex-ministro da Ecopesquisa nacional realizada nomia Roberto Lavagna, aparece com 11%. Santiago Lacase, pela Ipsos-Mora y Araujo. Analistas entendem que, diretor da Ipsos Mora y Araúapesar de escândalos como a jo, entende que os argentinos da ministra que foi demitida são mais tolerantes à corrupapós a polícia encontrar uma ção nos tempos de vacas gormaleta com dinheiro em seu das. "As pessoas não vêem a banheiro, Kirchner é visto co- corrupção no governo como mo responsável por ter resga- algo novo". (Agências) Rizwan Tabassum/AFP

Atef Hassan/Reuters

Ó RBITA

VIOLÊNCIA elo menos dez agentes de segurança morreram em P uma emboscada de militantes

Iraquianas velam corpos de parentes mortos no Iraque: segurança no país é instável, mostra relatório

CENÁRIO SOMBRIO NO IRAQUE

U

m novo relatório elaborado por 16 agências de inteligência dos EUA levanta dúvidas sobre a capacidade do governo iraquiano do primeiro-ministro Nouri alMaliki em superar as diferenças políticas entre os grupos sectários e unificar as facções que atualmente se enfrentam no país. O relatório divulgado ontem prevê que o governo iraquiano "ficará em uma posição mais precária nos próximos seis a doze meses" por causa das críticas de integrantes dos partidos políticos xiitas, que representam o maior grupo religioso do Iraque — cerca de 65% da população — e sofrerá pressão crescente de sunitas e

dos curdos. "Os líderes políticos iraquianos têm-se mostrado incapazes de governar efetivamente", conclui o documento de dez páginas. Embora chegue a essa conclusão, o relatório alerta que uma mudança de governo no momento poderá piorar ainda mais situação política no Iraque. O relatório acredita que a situação de segurança, considerada hoje muito grave, deverá ter uma "modesta melhora" nos próximos seis a doze meses, enquanto as forças dos EUA continuarem a conduzir operações contra a insurgência e a treinar as forças regulares iraquianas. O relatório foi divulgado em um momento difícil nas

relações entre o governo iraquiano e seu aliado americano, o presidente dos EUA, George W. Bush, que se disse "frustrado" com a falta de progresso do governo iraquiano em chegar a um acordo político de reconciliação entre sunitas e xiitas. O relatório não recomenda que as tropas sejam retiradas e ainda alerta que uma mudança de foco na estratégia americana poderá anular os "ganhos obtidos". Violência Ontem, mais de 30 pessoas morreram em diferentes ataques atribuídos ao grupo extremista Al-Qaeda no Iraque. No mais letal, na aldeia xiita de Timim, pelo menos 13 civis morreram no atentado. (AE)

da Al-Qaeda contra um comboio de suprimentos para soldados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no sul do Afeganistão. Ainda ontem, três pessoas morreram e 13 ficaram feridas quando uma bomba explodiu no momento da passagem do comboio do comandante de polícia de Helmand. A violência no país encontra-se no pior nível desde que forças estrangeiras lideradas pelos EUA invadiram o país em 2001 em resposta aos ataques de 11 de setembro. (AE)

FESTA – Milhares foram às ruas do Paquistão comemorar a decisão da Suprema Corte que acatou o pedido do ex-premiê Nawaz Sharif para voltar para casa após sete anos exilado, um revés para o presidente Pervez Musharraf, que depôs Sharif num golpe militar em 1999 Luis Acosta/AFP

terremoto de 8 graus de O magnitude que matou 540 pessoas e destruiu várias

CRISE governo boliviano O enfrentou ontem uma severa crise institucional, com a decisão dos juízes do Tribunal Constitucional em não acatarem uma resolução votada e aprovada na quartafeira por deputados oficialistas, que suspendia quatro magistrados do Tribunal das suas funções. O vice-presidente da Bolívia, Alvaro García, decretou a interdição temporária do Congresso, que durará até a próxima quarta-feira. A oposição acusa o governo de querer implantar um "regime totalitário". (AE)

Alan García em alta após terremoto no Peru

ESTRAGOS – O furacão Dean desapareceu nas montanhas mexicanas, um dia após perder quase toda a força que o fez atingir a categoria 5 — a mais devastadora na escala SaffirSimpson — e ser reclassificado como tempestade tropical. Mesmo mais fraco, Dean varreu o México e deixou um saldo de nove mortes e inundações. Desde que surgiu no Caribe, o Dean matou 26 pessoas

cidades na semana passada no sul do Peru foi a primeira prova importante para a presidência de Alan García. O mandatário dormiu durante quatro noites consecutivas à luz de velas em Pisco, a cidade mais afetada pelo terremoto, e seus índices de aprovação dispararam. García, cuja popularidade caiu de 63% para 35% durante seu primeiro ano na presidência, recuperou todo o apoio perdido. Uma pesquisa do instituto Apoyo indicou que o presidente de 58 anos teve sua aprovação elevada a 76% da população peruana, por seu desempenho após o terremoto. (AE)


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nacional Finanças Imóveis Empresas

sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de agosto de 2007

PISOS E REVESTIMENTOS DE CARA NOVA

As pastilhas de vidro são hoje muito requisitadas tanto por arquitetos como por decoradores

Divulgação

Artigos podem ser usados interna e externamente

NOVOS MATERIAIS FAZEM A ALEGRIA DOS CLIENTES Indústria oferece grande variedade de pisos e revestimentos para as casas Maristela Orlowski

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a hora de deixar a casa mais bonita, detalhes podem dar um toque sofisticado e diferenciado aos ambientes. Que tal utilizar pastilhas de coco, vidro ou aço inox em paredes, bancadas e mesmo no chão? Ou ainda pisos que simulam com realismo e fidelidade as características da madeira e possuem tecnologia antimicrobiana para proteger as crianças de germes nocivos à saúde? O uso de pastilhas de coco pode ser excelente opção para quem gosta de inovar. "Elas são artesanais, diferentes, proporcionam ambientes inusitados e podem ser aplicadas diretamente em pisos, paredes e até em mobiliário, desde que não estejam expostos às intempéries", explica Alaíde Ferrari, diretora-comercial da Ibiza Acabamentos, loja especializada instalada em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo. "É possível utilizá-las até mesmo em box de banheiros."

Há variados estilos de pastilhas de coco: rústicos, polidos, envelhecidos ou naturais, com relevos côncavos ou convexos. "A diversidade do produto cria resultados surpreendentes", diz Alaíde, que acrescenta: "Sua aplicação é simples, requer apenas argamassa e cola branca." A utilização do material na decoração tornou-se uma febre entre os arquitetos, segundo a especialista, por lembrar marchetaria. Além disso, não risca, tem alta durabilidade e é fácil de limpar. Os preços variam entre R$ 200 e R$ 400 o metro quadrado. Luminosidade – Outra tendência entre os arquitetos é a criação de projetos com pastilhas de vidro, com sua variedade de cores, texturas, modelos e tamanhos. Aplicado como revestimento, o produto é freqüentemente utilizado para cobrir paredes e espalhar cores e luminosidade pelos ambientes, explorando bastante o brilho intenso do material. "Existe uma oferta muito grande de

tipos e tonalidades de pastilhas de vidro, com uma ampla gama de variações e mesclas. São muito utilizadas para compor mosaicos sofisticados, tanto em ambientes internos como externos", comenta Alaíde. Os preços do produto variam entre R$ 30 e R$ 400 o metro quadrado. Pode parecer estranho, mas o aço inox também é uma boa opção para quem gosta de algo diferente. E muito moderno. O produto cai bem tanto em ambientes residenciais como em comerciais. As pastilhas podem ser brilhantes, foscas, acetinadas, texturizadas, coloridas e até receber inscrições de letras e desenhos variados. "Muitos arquitetos usam o material em projetos de cozinhas e banheiros, que, hoje, exploram muito bem os conceitos de limpeza e praticidade", justifica a executiva da Ibiza Acabamentos. O produto custa por volta de R$ 700 o metro quadrado, mas existem opções de compra por peças.

A variedade de cores favorece a criatividade

Estampas e cores permitem novas decorações

Pastilhas: muito requisitadas pelos decoradores.

Sobriedade com o jogo de vários tons de madeira

Madeira em novas versões ovidades em revestimentos de madeira aliam modernidade a requinte, imprimindo efeitos estéticos expressivos e naturais. Os pisos Durafloor, da Duratex, além de explorar a similaridade da madeira, apresentam detalhes de alta tecnologia, como o sistema click de encaixe – que dispensa o uso de cola e reduz o tempo de instalação em aproximadamente 50% – e a proteção antimicrobiana Microban, para inibir o crescimento de microorganismos. A Duratex oferece seis linhas de produtos, capazes de atender a todos os gostos e estilos. "A Nature, com 13 padrões, foi o grande lançamento deste ano. São pisos que destacam com fidelidade nós e veios, assim como os contrastes de tons de diversos tipos de

N

madeiras", conta a gerente de produto Helena Capaz. Os preços variam entre R$ 60 e R$ 100 o metro quadrado. A Mosarte, especializada na produção de revestimentos especiais, criou recentemente três produtos de madeira – Grandini Legno, D’Barre e Trami – que alternam misturas de relevos e espessuras em diferentes tons para produzir efeitos de tramas uniformes ou movimentos irregulares na "paginação" de uma parede. "Trabalhamos com uma visão global do mercado, ávido por novidades. Buscamos informações nas passarelas de moda, nas artes plásticas e no comportamento moderno, tentando oferecer novas cores, texturas, materiais, sensações e projetos", explica a coordenadora de marketing e exportação, Thaisa Sedrez.

Percebendo a alta demanda do mercado pela linha Rivestire, que trabalha vários materiais, como mármore, ardósia, e madeira, a empresa intensificou os lançamentos – eles somam 29 neste ano. "O objetivo é criar oportunidade de uso dos produtos e exercitar a criatividade dos profissionais. As peças privilegiam sensações, texturas e emoções." A empresa investiu R$ 1 milhão na compra de maquinário, mudanças de processos e na ampliação da fábrica, que possibilitarão um aumento de até 50% na utilização da capacidade instalada nos próximos anos", garante Thaisa. Isso contribuirá para a expansão dos negócios no exterior. "Hoje, 8% da produção são exportados para 15 países, mas a intenção é elevar esse índice para 15%."

Vários matizes nas pastilhas criam efeitos especiais

Jogo de cores em pisos e paredes criam contrastes

A fibra de coco é um dos produtos mais requisitados

Materiais satisfazem o anseio por novidades

Revestimentos dão outra "cara" aos cômodos

As novas madeiras permitem criar ambientes muito mais aconchegantes e fáceis de manter

Tratamentos impedem a proliferação de germes


Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de agosto de 2007

1 Paulo Pampolin/Digna Imagem

Vilas ou ruas sem saída que foram fechadas pelos moradores deverão estar regularizadas.

Kassab muda lei para fechamento de ruas Ruas sem saída ou vilas só poderão ser fechadas com cancelas e portões após autorização prévia da Prefeitura. Em alguns casos, o fechamento poderá ser revogado.

U

m decreto do prefeito Gilberto Kassab (DEM) pretende ordenar e esclarecer quais as ruas da Capital que podem ser fechadas pelos moradores. O assunto é polêmico e já foi tratado em administrações anteriores, mas a principal mudança do novo decreto, publicado ontem no Diário Oficial, é que, antes de colocar portão, cancela ou corrente, os moradores terão de pedir autorização à subprefeitura da região onde está localizada a rua ou vila. O pedido também será analisado pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e pelo Departamento Patrimonial da secretaria dos Negócios Jurídicos. O pedido prévio para o fechamento de ruas para uso exclusivo dos moradores havia sido extinto por uma lei da ex-prefeita Marta Suplicy (PT). Pela antiga legislação, a única determinação é que os moradores informassem à subprefeitura que tinham fechado a rua. Desde ontem, porém, todas as vilas ou ruas fechadas que tiverem qualquer tipo de comércio devem rever o fechamento. O decreto também atinge as vias que foram fechadas pelos moradores, mas que ainda não estão regularizadas na Prefeitura. O texto também define o que são vilas, ruas sem saída e vias e travessas com características de sem saída. As três situações são passíveis de fechamento. Esses locais, porém, devem ter uso residencial, a rua não poderá ter

IDENTIFICADO O IML identificou ontem o corpo de Rodrigo Benacchio, morto no acidente da TAM.

Oslaim Brito/Arquivo

mais de 10 metros de largura e deve servir de passagem exclusiva para os moradores. O decreto deixa claro que os portões, cancelas e correntes não podem impedir a passagem de pedestres. Nos casos onde não for possível identificar o passeio, deverá ser reservado espaço com largura mínima de um metro de cada lado. O pedido de fechamento deve ter a concordância de 70% dos moradores. Se for aprovado, o custo será dos moradores. (AE)

VACINAÇÃO Será realizada amanhã, na Capital, a segunda etapa da vacinação contra a poliomielite.

Ó RBITA

TABAGISMO

ZONA AZUL

esquisa do Centro de P Referência em Álcool, Tabaco e Outras Drogas

secretaria municipal de Transportes A publicou ontem uma

ESTELIONATO

TRAFICANTE

(Cratod) mostra que metade dos fumantes atendidos pela unidade começou a fumar entre 6 e 14 anos. Foram ouvidas cerca de 500 pessoas (57% mulheres), entre fevereiro de 2006 e fevereiro de 2007. A faixa etária com a maior incidência de novos fumantes foi a de 12 a 14 anos, com 36,54% dos entrevistados. Em seguida, 13,64% começaram a fumar entre os 6 e 11 anos. Para 28,85% dos fumantes atendidos pelo centro, o cigarro passou a fazer parte da rotina entre os 15 e 20 anos. Apenas 7,69% das pessoas começaram a fumar após os 25 anos. (AE)

portaria que prorroga por mais seis meses, em caráter experimental, o estacionamento rotativo pago, chamado de zona azul especial, no parque do Ibirapuera, na zona sul. A partir de segundafeira, a regulamentação será ampliada para as áreas interna e externa do parque. De segunda a sexta-feira, o horário de permissão para o estacionamento será das 10h às 20h e, durante os fins de semana e feriados, das 8h às 18h. Os preços são de R$ 1,80 para estacionar por duas horas e R$ 3,60 por quatro horas. (Agências)

Polícia Civil prendeu Justiça Federal de A ontem dez integrantes A Mato Grosso do Sul de uma quadrilha de falsos autorizou que o traficante promotores, advogados e funcionários de fóruns. No total, já são 14 pessoas detidas. No dia 16, outros 4 golpistas tinham sido presos em Ribeirão Preto, Interior de São Paulo. Ontem, foram presos mais seis criminosos na Praia Grande, no Litoral Sul do Estado, três na Capital e outro em Guarulhos. Os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão. Segundo a polícia, as quadrilhas usavam informações de cadastros de fundos de pensão liquidados pelo Banco Central para aplicar golpes e tirar dinheiro das vítimas. (Agências)

Juan Carlos Abadía preste depoimento às autoridades da Colômbia na Penitenciária Federal de Campo Grande. A decisão foi tomada ontem pelo juiz federal Odilon de Oliveira. A data do depoimento de Abadía ainda não foi marcada. O Ministério Público Federal do estado deu parecer contrário à vinda dos colombianos. Segundo os promotores, a visita deveria acontecer por meio de um acordo diplomático entre os governos dos dois países. O megatraficante foi preso no dia 7 de agosto em sua mansão, em Aldeia da Serra (SP). (Agências)

Pela lei antiga, os moradores só tinham o trabalho de instalar o portão ou cancela e comunicar a Prefeitura, que fazia uma vistoria. O prefeito Gilberto Kassab endureceu as regras e tornou mais severas as normas que autorizam o fechamento da rua ou vila. Em locais onde há um comércio, por exemplo, o fechamento não será autorizado. O trânsito livre de pedestres também não poderá ser impedido pelo fechamento da rua.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de agosto de 2007

LAZER - 1

Computadores que tudo sabem e telefones celulares são as atrações em O Ultimato Bourne. CINEMA

Fotos: Divulgação

MUITO BARULHO PARA NADA. MAS É POR ISSO QUE VOCÊ SE DIVERTE!

Matt Damon, o galã protagonista, presta-se a correrias e explosões. Na trama não há compaixão, amor, amizade ou sexo. Ator é o entrevistado na terça (28), às 22h, no programa Direto do Actors Studio, do canal Film&Arts. Veja na seção de TV, página 5.

Geraldo Mayrink

Q

uanto mais a tecnologia da informação avança, mais se complica a vida dos super-heróis das telas. O Ultimato Bourne, terceiro de uma série que já teve A Identidade Bourne e A Supremacia Bourne, todos com o mesmo ator Matt Damon, é a prova de que o mundo agora se concentra nas telas de computadores, que sabem e informam tudo, ou em aparelhos celulares, que informam ainda mais e de quebra também destilam venenos. Ninguém em cena faz nada sem esses dois artefatos. Como em tantos outros filmes, alguns até clássicos como os de Alfred Hitchcock, o tema aqui é o da falsa identidade e os padecimentos do “homem errado”. O velho espião que mandava mensagens cifradas e em antiguidades como o código Morse, hoje já não sabe nem quem é. Pelo menos é o caso de Jason Bourne, que esqueceu muitas coisas do seu passado e há três filmes tenta, com sucesso incerto e pendular, recompor suas raízes. Seus inimigos formam uma teia para compor um autêntico eixo do mal. E suas caras são tão falsas que também eles mal sabem quem são. Diante de tanta tecnologia de sinais trocados, prevalece então a velha e boa força bruta. Os romances de Robert Ludlum nos quais a trilogia se baseou não deixam pedra sobre pedra. Estabelecem uma tal confusão que só se esclarece, em parte, pelo choque de doses de progresso técnico com a regressão à pancadaria bruta. Não há sentimentos como compaixão, amor e amizade, ou sexo. Em compensação, sobra muita riqueza, embora ninguém no filme esteja atrás de dinheiro, e esta riqueza se reflete na prodigiosa facilidade com que os personagens se movem através do mundo, num outro avanço da civilização, e o que começa em Moscou passa facilmente por Londres ou o

Marrocos. A globalização ganha, assim, o seu aspecto de filme de gangster. Todos se locomovem instantaneamente, como um chip de computador conecta no ato o que quer que seja. É um mundo novo, sem dúvida, mas só admirável para quem aprecia quebra-cabeças insolúveis. Muitos apreciam e o que parece atraí-los é o desafio de tentar descobrir exatamente o que estão vendo e ouvindo. Tente, por exemplo, escrever um resumo lógico sobre o que está acontecendo na tela para ver o que

lhe acontece: nada. Não que lhe faltem neurônios, mas é porque a obscuridade foi programada para ser assim mesmo. Aos que desistem de tentar “entender” o chamado enredo restam outras compensações, mais fáceis de descerem goela abaixo. Dos três Bournes este é o mais delirante do ponto de vista da ação física e a pancadaria é tão estridente, com barulhos de punhos em ação, batidas de carros, tiros e explosões de um modo geral que até a trilha sonora é dispensada. O diretor Paul Greengrass fez nome na televisão inglesa com produções de cunho histórico e uma delas, Bloody Sunday, sobre o ancestral conflito entre Inglaterra e Irlanda, ganhou um Urso de Ouro no festival de Berlim de 2002. A História, como o especialista Greengrass a vê hoje, é esta, uma pincelada em personagens sem identidade nem biografia. Quer dizer: muito barulho para nada. O Ultimato Bourne (The Bourne Ultimatum, Estados Unidos, 2007, 111 minutos). Direção: Paul Greengrass. Com Matt Damon, Paddy Considine, Edgar Ramirez, Julia Stiles, David Strathairn , Joan Allen, Scott Adkins.

WOODY

A

O desafio Os Simpsons, proposto na edição da última sexta, dia 17, fez os leitores quebrarem a cabeça. A vencedora, Christiane Aguiar, acertou nove das dez questões propostas. E ganhou a caixa de DVDs com a 10ª temporada de Os Simpsons. Veja as respostas corretas em www.dcomercio.com.br.

té 9 de setembro o Centro Cultural Banco do Brasil traz filmes do cineasta Woody Allen. Hoje, sexta (24), às 17h, será exibido o sombrio Interiores (1990) e às 19h, a premiada comédia Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (1977). Amanhã, sábado (25), às 15h, chega Sonhos Eróticos de Uma Noite de Verão (1982); às 19h, Tudo o que você sempre quis saber sobre sexo, mas tinha medo de perguntar (1972). No domingo (26), o destaque é para A Rosa Púrpura do Cairo(1984, foto), às 19h. E na quarta (29), a programação começa com o ótimo Zelig (1983), às 17h, e continua com Crimes e Pecados (1990), às 19h. Rua Álvares Penteado, 112, Centro, tel.: 3113-3600. Grátis, com retirada do ingresso meia hora antes do início.

CURTAS

Grandes sonhos em poucos minutos

C

omeça hoje, sexta (24), o 18.º Festival Internacional de CurtasMetragens de São Paulo. Até 1º de setembro serão exibidos 417 filmes de 48 países, em nove salas da capital, com entrada franca: duas da Cinemateca Brasileira, Museu da Imagem e do Som, Cinesesc, Centro Cultural, Espaço Unibanco, Unibanco Arteplex Frei Caneca, Cinusp e Fundação Armando Álvares

Penteado. O tema deste ano foi Sonhos e Limites. Entraram na programação Saliva (foto), de Esmir Filho, um dos criadores do comentado Tapa na Pantera e Tarantino's Mind, filme que ganhou fama via Internet, apresentando uma engraçada conversa entre Seu Jorge e Selton Mello sobre obras de Quentin Tarantino. Programação completa em www.kinoforum.org.br/curtas/2007.


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Congresso Planalto Mensalão STF

DIÁRIO DO COMÉRCIO Newton Santos/Hype

sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de agosto de 2007

Fica a suspeita de que o juiz é a favor disso ou daquilo. É inevitável Sydney Sanches

MENSALÃO: PROVAS COMPROMETIDAS?

Roberto Stuckert Filho/AOG

Diretores do Banco Rural: os primeiros a virar réus

Eymar Mascaro

Susto no PT

L

ula voltou a admitir que pode apoiar um candidato a presidente em 2010 de um partido aliado, desde que o PT não disponha de alguém com potencial de votos para ganhar a eleição. Para exemplificar, o presidente citou o nome do deputado Ciro Gomes, que pertence ao PSB, um dos partidos da base de sustentação do governo no Congresso. Lula não quis avançar em seus prognósticos, mas seu apoio pode ir também para outro candidato, o governador Aécio Neves, caso o mineiro troque o PSDB pelo PMDB. Quem não está apoiando a hipótese admitida por Lula é o PT, seu partido.

Q

uatro dirigentes do Banco Rural devem ser os primeiros réus do processo do mensalão. Três dos dez ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitaram, na noite de ontem, a abertura de processo penal contra os banqueiros acusados de fazer empréstimos "fictícios" ao empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, suposto distribuidor do dinheiro do caixa 2 do PT entre aliados do governo. Os ministros Joaquim Barbosa, relator do caso, Cezar Peluzo e Marco Aurélio Mello aceitaram a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF). Os demais ministros votam hoje, a partir de 10 horas. Fraude – Na parte de ontem da sessão, Barbosa concordou com o argumento do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, que acusou de crime de gestão fraudulenta a presidente do Banco Rural, Kátia Rabello, o vicepresidente José Roberto Salgado, o diretor Vinícius Samarane e a ex-vice presidente Ayanna Tenório. No total, o banco emprestou sem garantias R$ 29 milhões para empresas de Valério, que repassavam os valores a parlamentares e credores de partidos aliados. Recuperação – Os repasses seriam recuperados pelo Banco Rural com a injeção de dinheiro do Banco Central (BC). Se for confirmada a abertura do processo pela maioria dos ministros, os eventuais réus terão de se defender da acusação de prática de crime previsto na Lei dos Crimes do Sistema Financeiro, a Lei do Colarinho Branco. As penas variam de três a 12 anos de prisão. (AE)

Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski: embate sobre a polêmica quebra de sigilo dos acusados

SFT ABRE BRECHA PARA DEFESA

PRIVILÉGIO A vantagem que o governador Serra leva sobre o colega Aécio Neves nas pesquisas é reflexo da passagem do paulista pelo Ministério da Saúde no governo FHC. Como ministro, Serra teve oportunidade de viajar por todos os estados. Sua movimentação como ministro produz desova até hoje.

CRESCIMENTO

Ao considerarem ilícita quebra de sigilo bancário, ministros desqualificam provas

A

pesar de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter rejeitado ontem as questões preliminares apresentadas pela defesa no inquérito do mensalão, os advogados de defesa comemoraram uma decisão que põe em risco a parte central da denúncia do procurador-geral da República Antonio Fernando Souza. Depois de um forte debate sobre a legislação que protege o sigilo bancário, seis ministros do STF consideraram ilícita a utilização, no processo, de dados bancários dos acusados, fornecidos diretamente pelo Banco Central ao Ministério Público. Pela Constituição, o BC só poderia passar os dados com ordem judicial. A decisão excluiria do processo as provas dos empréstimos realizados pelo PT nos bancos Rural e BMG e os repasses do empresário Marcos Va-

lério Fernandes de Souza aos políticos da base do governo envolvidos no mensalão. Exceção – Apesar da decisão, a preliminar apresentada pelo advogado de Valério, Marcelo Leonardo, foi considerada prejudicada porque o relator da denúncia, ministro Joaquim Barbosa, informou que os mesmos dados foram obtidos de maneira legal pela extinta CPI dos Correios. "Vamos apresentar embargos contra essa decisão, porque as informações da CPI só foram entregues ao Ministério Público depois da apresentação da denúncia do procurador-geral ao Supremo", disse a jornalistas o advogado de Marcos Valério. Vitória – O ex-ministro José Carlos Dias, advogado da presidente do Banco Rural, Kátia Rabelo, chegou a afirmar que a votação foi "uma vitória" da defesa. Para os advogados, o

procurador-geral terá de provar ao longo do processo que obteve as informações legalmente na CPI. Os advogados também pediram a exclusão dos dados bancários da extinta CPI do Banestado, argumentando que foram obtidos na época (2004) junto à Justiça dos Estados Unidos na condição de que não fossem utilizados em outras investigações. São essas informações que comprometeram Duda Mendonça em lavagem de dinheiro. O STF rejeitou a preliminar, apesar da discordância do ministro Marco Aurélio de Mello, porque o procurador-geral garantiu ter recebido autorização para utilizar os dados. Mesmo derrotado, o relator Joaquim Barbosa insistiu que os sigilos foram rompidos pela extinta CPI dos Correios e, nesse caso, os dados poderiam constar do processo. (AE)

Para juristas, decisão será técnica Renato Alves/Folha Imagem--20.10.94

mensalão, suposto esquema de corrupção praticado em meio político, deve ter julgamento técnico pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), apesar da pressão pública. Este é o entendimento de dois ex-integrantes do STF e de um jurista. "Técnico", no caso, significa jurídico, ou seja, a decisão deve seguir apenas os princípios do direito. "Os juízes têm esse compromisso moral (de serem técnicos)", disse o ex-presidente do STF, ministro Sydney Sanches, que deixou a corte em 2003. Influência – Ele acredita que a forte repercussão do mensalão na imprensa contribuiu para impactar a opinião pública, mas pondera que os ministros do STF têm que passar ao largo desta influência. "Não me passa pela cabeça que um juiz possa julgar se não for pelo aspecto jurídico, mas entendo que fica a suspeita de que o juiz é a favor disso ou daquilo. É inevitável", opinou. Também ex-ministro do STF, Paulo Brossard, de 82 anos, preserva a corte de soluções fora do âmbito jurídico, apesar de admitir influências externas. "Dizem que o Supremo é uma instituição política. Do meu primeiro ao último dia, nunca vi uma decisão que fosse por motivos políticos. Mas há decisões em que há conotações políticas. Não há nada de extraordinário nisso", disse. Ingredientes – Ele reconhece ainda que há "ingredientes culturais, filosóficos" nos juízes, mas eles acabam se atendo

CANDIDATOS O PT, até o momento, não dispõe de um candidato que esteja bem colocado nas pesquisas. Fala-se no nome do governador da Bahia, Jacques Wagner, que por administrar um estado nordestino, poderia manter a ótima votação que o PT vem alcançando na região.

O

Paulo Brossard: "Nunca vi uma decisão que fosse por motivos políticos."

"ao conteúdo" da denúncia. Os ex-ministros, no entanto, evitam opinar diretamente sobre o atual processo do mensalão. "É um assunto em julgamento, não falo sobre isso, por questão de educação", reagiu Brossard à pergunta sobre se arriscaria um resultado. "Tendo sido ministro, não fica bem", completou. Mas não se importaram de classificar como normais as tentativas dos advogados dos envolvidos de desqualificar a denúncia do procurador-geral contra seus clientes, usando termos como "inepta", "imprestável" e "omissa". "É comum dizerem que a denúncia

não preenche os requisitos legais, não é ofensa pessoal", disse Sanches. Processo penal – "A defesa luta para que a denúncia não seja recebida", explica o ex-ministro, que espera que a opinião pública entenda que esta fase é inicial. Se for aceita, se iniciará o processo penal, cujo resultado demorará vários anos até que se conheça o final. As decisões poderão ser diferentes. Ou seja, mesmo acatando a denúncia, ao final do processo penal o réu poderá ser absolvido. Este foi o caso do ex-presidente e atual senador Fernando Collor de Mello, que teve uma denún-

cia por corrupção aceita pelo STF, mas ao final do processo foi declarado inocente pela mesma corte. Falta de decoro – "Não há controvérsia de que Collor recebeu dinheiro para gastos pessoais, o que é falta de decoro no cargo. Mas não se provou que praticou atos em benefício de alguém, o que caraterizaria a corrupção passiva", conta Sanches, que participou do julgamento no Senado e no STF. Ele admite que a sociedade pode não ter entendido a decisão final do caso que, para ele, foi técnica, apesar de toda a pressão exercida durante o processo de impeachment. Indícios suficientes – Sem vinculação direta com o Supremo, o constitucionalista Ives Gandra Martins acredita que a denúncia será aceita pelos juízes por ter indícios suficientes contra os acusados. Nesta etapa, afirmam os especialistas, bastam indícios de crimes para a aceitação da denúncia, como previsto no Código de Processo Penal. O aprofundamento da investigação viria em uma segunda etapa, com a apresentação (ou não) de provas. "Pelo relatório e pela denúncia, o que não faltam são indícios com nexo causal grande", disse, exemplificando com circunstâncias como vinculações entre dinheiro e apoio político, datas de pagamento e valores pagos no esquema. Ao traçar um perfil dos dez juízes, Gandra concluiu que a denúncia poderá ser acatada por unanimidade. (Agências)

OPÇÕES Além de Jacques Wagner, os petistas alimentam alguma esperança em outros pretendentes à candidatura, que são os ministros Tarso Genro (Justiça), Dilma Rousseff (Casa Civil) e Marta Suplicy (Turismo). Mas nenhum deles com reserva eleitoral suficiente para enfrentar os tucanos José Serra e Aécio Neves.

ALTERNATIVA Diante desse quadro ainda desolador, Lula comentou durante jantar com cinco governadores do PT, que poderia apoiar candidato de outro partido, citando, como exemplo, Ciro Gomes (PSB). O deputado socialista está sendo preparado pelo partido para se candidatar em 2010, a presidente ou vice.

TUCANO Lula não exclui a hipótese de apoiar Aécio Neves. Mas, é preciso que o mineiro migre do PSDB para o PMDB. Aécio já recebeu alguns convites para trocar de partido, todos feitos pelo presidente Michel Temer. Por enquanto, Aécio não pensa em deixar o PSDB.

CHAPA O Planalto admite até a possibilidade de formalização da chapa Aécio/Ciro Gomes. Na opinião do petista, seria uma chapa ideal para arrancar votos em duas importantes regiões eleitorais, Minas e o Nordeste, que somam cerca de 45 milhões de votos.

ADVERSÁRIOS Por enquanto, Aécio Neves luta para ser candidato a presidente pelo PSDB. O mineiro disputa a legenda tucana com José Serra. O governador paulista leva vantagem nas pesquisas e, por isso, está mais próximo de conquistar a legenda. Serra está convencido de que será o escolhido pelo tucanato.

Aécio Neves, contudo, acha que vai crescer nos próximos meses, com a divulgação de suas realizações em Minas em programas publicitários no rádio e televisão. Aécio tem um trunfo, porque admite que terá mais condições do que Serra de conquistar votos nordestinos.

BOLSA O Nordeste, atualmente com 33 milhões de eleitores, votou quase que maciçamente em Lula nas duas últimas eleições. É lá que o governo cadastrou boa parte das quase 12 milhões de famílias (representando 45 milhões de pessoas) que sobrevivem com a verba do Bolsa-Família.

IMPORTÂNCIA PT e PSDB, os dois principais partidos que devem polarizar a eleição presidencial de 2010, tem um ponto em comum: ambos querem conquistar em 2008 as principais prefeituras do País, entre as quais, a mais importante, São Paulo. Apenas na Capital se concentram hoje oito milhões de eleitores.

FORÇA Petistas e tucanos lutam para lançar seus melhores candidatos à prefeitura paulistana: Marta Suplicy e Geraldo Alckmin. Mas os tucanos têm de vencer um obstáculo: uma ala do partido, ligada a Serra, quer apoiar a reeleição de Gilberto Kassab (DEM), para obter em 2010 o apoio dos democratas.

DECISÃO Marta e Alckmin, no entanto, não se declaram candidatos, pois preferem deixar a decisão para o ano que vem. A petista, vira e mexe, comenta que não será candidata à Prefeitura, mas poucos acreditam na sinceridade de seus comentários. Alckmin prefere ficar na moita.

COLIGAÇÃO Entre Serra e Kassab está tudo acertado: PSDB e DEM devem se coligar nas eleições de 2008 e 2010. Os tucanos fecham com a reeleição de Kassab e em 2010 serão recompensados com o apoio dos democratas. O único que pode "melar" o jogo é Alckmin.


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Empresas Nacional Tr i b u t o s Imóveis

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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SITE DO IMPOSTÔMETRO TERÁ NOVAS INFORMAÇÕES

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por cento das empresas no Japão têm políticas para reter funcionários com mais de 50 anos

DECISÃO INÉDITA DO TJ-SP A FAVOR DE ATACADISTAS DE AUTOPEÇAS É VITÓRIA SOBRE FISCO PAULISTA

JUSTIÇA RECONHECE CRÉDITO DE ICMS Patrícia Cruz

Sílvia Pimentel

Empresas não valorizam seus funcionários mais velhos

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tacadistas paulistas de peças e acessórios de veículos obtiveram no Judiciário uma importante vitória contra a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo. Em decisão de segunda instância, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) desconsiderou as restrições ao aproveitamento de créditos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) previstas em comunicado (CAT nº 36) baixado em 2004 pelo fisco. Sob o pretexto de combater a guerra fiscal, a norma estabelece que, nas entradas de mercadorias vindas de estados que concedem benefício fiscal sem o suposto aval do Conselho de Política Fazendária (Confaz), o crédito do imposto só será admitido até o montante efetivamente pago no estado de origem, independentemente do valor constante na nota. O comunicado lista 13 estados (Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Bahia, Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Tocantins) que concedem incentivos fiscais considerados ilegais aos olhos do fisco paulista, e os produtos e mercadorias que usufruem das vantagens. De acordo com a advogada tributarista Daniella Zagari,

Patrícia Büll

P Comerciante de SP ganha benefício fiscal concedido por outro estado

do escritório Machado, Meyer, Sendacz e Opice, que defende o Sindicato do Comércio Atacadista de Peças (Sicap), é a primeira decisão de que se tem conhecimento no estado e abre precedentes importantes para os contribuintes que questionam a norma na esfera administrativa. "O cenário muda para empresas que foram autuadas e se defendem no Conselho de Contribuintes", diz. Ela ressalta que, com a medida, o estado pretende fazer Justiça com as próprias mãos. O comunicado da Fazenda paulista gera controvérsia desde que foi publicado, em 2004. No entendimento dos advogados, o fisco tem mecanismos próprios para combater a guerra fiscal, como ingressar com ação direta de inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF). "É uma guerra entre os estados e

quem paga é o contribuinte", critica a advogada. Ela lembra que a matéria já chegou à Corte numa ação ajuizada por um dos estados relacionados no comunicado. "Os ministros já sinalizaram que a norma é inconstitucional porque fere o princípio da não-cumulatividade", informa. Via própria – O vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), tributarista Roberto Mateus Ordine, comemora. "É uma grande vitória para o contribuinte." Para ele, o TJ-SP reconheceu a falta de competência de São Paulo para interferir nas operações de outros estados. Na decisão, o relator Nogueira Diefenthaler ressalta que os "supostos benefícios fiscais instituídos por lei devem ser impugnados pela via própria e não por mero ato normativo infralegal".

IMPOSTÔMETRO Quanto pesa cada tributo?

A

versão online do Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) vai mudar. A partir de segunda-feira, o painel no site que mede a arrecadação de tributos (www.impostometro.com.br) passa a detalhar, por exemplo, quanto os brasileiros já pagaram de Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF) e o valor a ser recolhido nos próximos anos, se ela for mais uma vez prorrogada. O painel eletrônico fará projeções para os próximos três anos da arrecadação dos tributos de todas as esferas do governo, de forma separada. Estudo recente do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco) mostra que, de 1997 a 2006, só a União arrecadou R$ 185,9 bilhões com a CPMF. Já contando com a prorrogação da vigência do tributo, o governo espera uma arrecadação da ordem de R$ 38 bilhões em 2008. Além de visualizar o recolhi-

mento do chamado imposto do cheque em várias fases desde que foi implantada, o contribuinte poderá acessar o Impostômetro para calcular o número de casas populares, es-

185,9 bilhões de reais foi a arrecadação da União com a CPMF entre 1997 e 2006. O site do Impostômetro vai mostrar tributo a tributo.

tradas e postos policiais que poderiam ser construídos com o montante arrecadado de tributos. As comparações serão feitas também com a compra de cestas básicas, de carros populares, medicamentos e de

ambulâncias. O presidente da ACSP, Alencar Burti, disse que o principal objetivo do Impostômetro é mostrar à sociedade que a quantidade de tributos que são pagos no País é incompatível com a quantidade e qualidade de serviços públicos prestados aos cidadãos. "Esse painel, que já é bastante conhecido, será ainda mais com tantas novidades. Servirá para auxiliar o trabalho de professores, estudantes, jornalistas e várias pessoas que não conseguem mensurar a quantidade de dinheiro representada nos 14 dígitos utilizados atualmente", disse. Para o presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), Gilberto Luiz do Amaral, que desenvolveu a ferramenta para a ACSP, a sociedade precisa ter informações claras e objetivas sobre o tamanho da carga tributária. "Só assim os cidadãos poderão cobrar de seus governantes a melhor utilização do dinheiro público", concluiu. (SP)

ode ser verdade que a vida começa aos 40 anos. Mas, para as companhias, a vida útil de seus empregados dura apenas mais dez anos. A partir dos 50, as pessoas não encontram mais recolocação; e as que estão próximas de se aposentar não têm nenhum estímulo para continuar na ativa. Isso é o que aponta estudo da Manpower, empresa de recrutamento de recursos humanos, feito com 28 mil empregadores de 25 países, Brasil inclusive. Segundo a pesquisa, 80% das corporações não possuem estratégias de recrutamento para esse público e apenas 21% têm alguma política para reter os profissionais. Segundo Augusto Costa, diretor geral da Manpower no Brasil, esse fator fica mais evidente quando são abertas vagas para substituir funcionários que se aposentam e elas não são ocupadas por falta de mão-de-obra qualificada. "Há uma escassez de talentos. E as empresas não se preocupam em formar pessoas para substituir os profissionais que se afastam", explica. Essa falta de visão de futuro, na opinião do executivo, pode gerar perda de competitividade da companhia e conseqüentemente, do país. Mesmo assim, a pesquisa mostra que nem as empresas nem os governos se preocupam com essa situação. As exceções são Cingapura e Japão. No primeiro, 48% dos empregadores disseram ter estratégias para recrutamento de pessoas com mais de 50 anos e 53% têm políticas de retenção. No Japão, 83% deles desenvolveram políticas para reter seus profissionais acima dos 50 anos. "Além da questão cultural – nesses países as pessoas se preocupam mais com os pais e menos com os filhos – existem programas governamentais que incentivam a adoção dessas medidas", diz Costa. No extremo oposto, Itália e Espanha são os países onde as empresários menos se preocupam em reter os maiores de 50 anos: só 6%. No Brasil não é diferente. "As empresas brasileiras ignoram essa questão", afirma Costa. Ele usa números para comprovar: dos 90 milhões de brasileiros que fazem parte da População Economicamente Ativa (PEA), 50 milhões são empregados, metade formais e o restante, informais. Dos 25 milhões registrados, 5

milhões têm mais de 50 anos. Ou seja, cerca de 20% da força de trabalho vão sair do mercado nos próximos anos. Boa parte dela não será substituída, especialmente em cargos gerenciais e os executivos. "Sentimos essa dificuldade quando iniciamos processos de seleção. De um lado, os mui-

to jovens não têm experiência para os cargos executivos. Por outro, existe preconceito do mercado em contratar pessoas acima de 45 anos", explica. Mesmo assim, em 2006 a Manpower contratou 81 pessoas acima de 50 anos, e de janeiro a junho deste ano foram contratados mais 48 profissionais.


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Educação Transpor te Saúde Polícia

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3 Deficiência auditiva do menino Otávio foi descoberta ainda na maternidade.

EM CADA MIL CRIANÇAS, 3 TÊM O PROBLEMA

Teste simples detecta surdez infantil A perda auditiva infantil pode ter várias causas, que vão de problemas genéticos a uso de drogas pela mãe. O teste da orelhinha pode detectar o problema no início. Kelly Ferreira

Fotos de Newton Santos/Hype

Einstein e Prefeitura criam centro oftalmológico

A

administradora de empresas Mônica Bardella Garcia só foi chamada de mãe pela primeira vez quando Giullia fez 6 anos. Antes, a menina apenas balbuciava algumas palavras. Mesmo assim, confusas. A dificuldade de Giullia em falar foi decorrência de uma perda auditiva, descoberta quando ela estava com um ano. Exatamente a idade do menino Otávio. Sua mãe, a técnica judiciária Verônica Castro Soares, descobriu, ainda na maternidade, que ele tinha deficiência auditiva. Giullia e Otávio são duas das três crianças em cada mil que nascem com déficit de audição. De acordo com especialistas, a perda auditiva na infância pode ter várias causas: pré-natais (adquiridas durante a gestação), desordens genéticas, consangüinidade, doenças infecto-contagiosas, uso de medicamentos ototóxicos (uso inadequado de antibiótico), de drogas ilícitas ou de álcool pela mãe, desnutrição ou carência alimentar materna, hipertensão ou diabetes durante a gestação, condições relacionadas ao fator RH e exposição a radiação. "Tive problema de saúde na gravidez e Otávio nasceu prematuro. O médico achava que sua audição havia sido comprometida por causa disso. Fizemos o teste da orelhinha e ele não respondeu ao estímulo. Outros exames comprovaram o problema auditivo. Ainda bem que o detectamos cedo. Aos quatro meses, Otávio iniciou tratamento com uma fonoaudióloga", disse Verônica. Precauções – Para evitar que o número de crianças com deficiência auditiva aumente, especialistas são unânimes em dizer que mulheres grávidas devem evitar o cigarro, as drogas e as bebidas alcoólicas. "Quando a perda auditiva se dá por causa de secreções ou perfuração do tímpano, o tratamento clínico é mais fácil. Mas existem outros fatores, associados ao uso dessas substâncias tóxicas, que dificultam o tratamento. Nesses casos, o dano auditivo pode ser irreversível", disse o médico otorrinolaringologista Marcelo Hueb, c o o rd e n a d o r n a c i o n a l d a campanha de saúde auditiva e diretor da Associação Brasileira de Otorrinolaringologistas. O grau de perda auditiva varia de acordo com o limiar tonal (audição), que vai de 15 a 30 dBNA (nas deficiências leves) ou superior a 90 dBNA (nas deficiências profundas). No caso de Giullia, aos 4 anos, depois de um implante coclear (estímulo elétrico aplicado diretamente nas fibras do nervo auditivo por meio de eletrodos em pacientes com danos no ouvido interno), ela passou a escutar mais, evoluindo para uma deficiência leve em um dos ouvidos. E passou a falar melhor. Desinformação – "Só descobri que Giullia não escutava nada quando ela já estava com um ano de idade. O começo foi difícil por causa da falta de informação. Não sabia o que fazer nem para onde ir. O mundo caiu para mim. A Giullia usou aparelho auditivo até os 4 anos, mas ele não estava sendo mais eficaz. Foi quando fizemos o implante coclear e ela passou a ouvir. Quando Giullia me chamou de mãe pela primeira vez, aos 6 anos, foi uma emoção sem igual. Foi maravilhoso ouvir aquela palavra", disse Mônica. Verônica também programa o implante coclear para Otá-

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Verônica e seu filho Otávio, de três anos : exames comprovaram o problema auditivo e tratamento começou aos quatro meses de idade

Aparelho ajuda, mas até novembro Otávio receberá o implante coclear

A menina Giullia, de 9 anos, e sua mãe Mônica: palavra mãe só foi pronunciada claramente aos seis anos

vio. A cirurgia deverá acontecer até novembro. "Antes de colocar o aparelho, ele era uma criança apática, quieta. Agora, com o aparelho, ele está muito mais animado, agitado. Com o implante ficará ainda melhor. Queremos que ele ouça, fale, se desenvolva e se relacione com outras crianças" disse. Prevenção – Para detectar a deficiência auditiva, o primeiro passo é fazer o teste da orelhinha ou triagem auditiva neonatal, mesmo para bebês que não têm casos de surdez na família ou que a mãe não teve problemas na gestação ou no parto. O teste é simples e não causa desconforto, de acordo com Hueb. "O exame é bem tranqüilo. É realizado com a criança dormindo. Um aparelho pequeno com uma sonda veda o canal do ouvido e emite um som em várias freqüências. A resposta a esses ruídos é captada novamente pelo aparelho", explicou o médico. Segundo Hueb, esses exames são feitos na própria maternidade. Em alguns Estados o exame é obrigatório. Quando não realizado no hospital, os pais podem pro-

curar um médico otorrinolaringologista para fazê-lo. O preço não é muito alto. Em Minas Gerais, onde o médico trabalha, o custo é de R$ 70. "Primeiro é preciso avaliar o grau da perda da audição, buscar suas causas e começar o tra-

tamento com o aparelho auditivo. Quanto mais cedo é realizado esse teste, melhor. Quando a criança é atendida logo, ficam treinadas para conviver de igual para igual com outras crianças", disse o fonoaudiólogo Fernando Caggiano Junior.

Giullia usou aparelho auditivo até os 4 anos, mas ele não estava sendo mais eficaz. Foi quando fizemos o implante coclear e ela passou a ouvir. Quando Giullia me chamou de mãe pela primeira vez, aos 6 anos, foi uma emoção sem igual. Foi maravilhoso ouvir aquela palavra Mônica Bardella Garcia, administradora de empresas

Hospital Israelita Albert Einstein, em parceria com a secretaria municipal de Saúde de São Paulo, inaugura hoje um novo centro de oftalmologia, na Vila Mariana, zona sul, para dar suporte ao diagnóstico de casos complexos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). A unidade complementará os atendimentos em consultórios do Einstein instalados na rede pública de saúde da capital, com capacidade para realizar cerca de três mil exames clínicos por ano. Segundo o presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, o médico Cláudio Luiz Lottenberg, a proposta do novo centro não é solucionar o problema de demanda reprimida da rede de UBSs, mas atender os pacientes provenientes das cerca de quatro mil consultas mensais, realizadas gratuitamente para a população, em consultórios mantidos pelo Einstein. “Vamos fechar um ciclo de tratamento e diagnóstico, baseado na qualidade do atendimento completo e numa visão regionalizada”, disse Lottenberg. As unidades já existentes do Einstein nas UBSs estão localizadas em Guaianases, Campo Limpo, Itaim Paulista, Vila Formosa e Jaçanã. Dados por amostragem obtidos com o atendimento feito pelo Einstein nessas cinco UBSs apresentaram alta incidência de glaucoma (doença que p ro v o c a a l t e r a ç ã o n a pressão do líquido que preenche o globo ocular e que pode provocar lesão do nervo óptico). O índice observado, de 4%, está acima da média mundial, que é de 3%. Por isso, o exame de campimetria, que avalia o grau de comprometimento ocular pelo glaucoma e outras doenças no nervo óptico, será um dos principais a serem realizados no novo centro. “Com o envelhecimento da população, a necessidade de acompanhamento clínico é ainda maior, porque o glaucoma é uma doença típica da terceira idade”, afirmou Lottenberg. (FV)


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Polícia Saúde Transpor te Urbanismo

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Luiz Prado/Luz

CIDADE TERÁ NOVOS CORREDORES DE ÔNIBUS

O custo estimado de todas as obras anunciadas ontem pelo secretário é de R$ 314,5 milhões.

Valéria Gonçalvez/AE

Prefeitura promete 53 km de corredores Faixas exclusivas para ônibus serão criadas nas zonas norte, sul, leste e oeste

A

O conjunto de prédios do Moinho da Mooca foi, recentemente, objeto de debate sobre tombamento

Câmara fixa prazos para tombamentos Decisão, que ainda vai a Kassab, revê a competência e os poderes do Conpresp Milton Mansilha/Luz

Ivan Ventura

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m menos de 10 minutos os vereadores da Câmara Municipal de São Paulo protocolaram e aprovaram, em segunda e definitiva votação, emendas ao projeto de lei nº 495/07 que, em linhas gerais, revê a competência e os poderes do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico de São Paulo (Conpresp) em aprovar o tombamento de imóveis na Capital. Houve muita confusão na votação do projeto. Treze vereadores do PSDB, que votaram contra a proposta, alegaram que só tiveram acesso à emenda ao projeto após o processo de votação. Agora, o texto segue à sanção do prefeito Gilberto Kassab. Até o final da tarde de ontem, a proposta que iria à votação previa a inserção de dois vereadores como membros do Conpresp, o que elevaria para 10 o número de conselheiros do órgão ligado à Prefeitura. O texto exigia ainda que toda e qualquer decisão dos parlamentares deveria ser encaminhada à Câmara Municipal e aprovada por, no mínimo, 37 vereadores. Atendendo a pedidos dos próprios parlamentares, o projeto foi alterado. E decidiu-se que o número de integrantes do Conpresp seria mantido em 9 membros, com apenas um vereador que, agora, deverá ser eleito por outros parlamentares no plenário da Câmara.

Decisão da Câmara determina prazos para decisões do Conpresp

No entanto, a grande polêmica deu-se com a inclusão de uma outra mudança, feita às pressas. Nela está prevista que o Conpresp deverá emitir uma decisão sobre o tombamento de um imóvel em, no máximo, 180 dias. “Passado esse prazo, o processo de tombamento do imóvel é arquivado e o imóvel poderá ser alterado livremente”, comentou a vereadora Soninha Francine (PT), que votou contra o projeto, a exemplo de outros três vereadores do mesmo partido. Outra mudança inserida na emenda foi o destino do chamado espaço envoltório ao bem tombado (ou imóveis próximos ao bem em processo de tombamento). Agora, os nove conselheiros terão 30 dias para formular e encaminhar à Prefeitura o que será feito com esses imóveis do entorno. Em seguida, a Prefeitura terá 60 dias para encaminhar um projeto de lei à Câmara sobre o tema e, por fim, a Câmara Municipal

terá 90 dias para aprovar o destino do chamado espaço envoltório. O texto aprovado ontem ainda obriga que todas as decisões do conselho devem ser publicadas em jornais e no site da Prefeitura de São Paulo. Para o vereador Paulo Frange (PTB), que votou favoravelmente ao projeto, as alterações de última hora ajudam a cidade no sentido de estipular o número de dias para a aprovação dos bens tombados e dos terrenos a seu lado. “Tem processo de tombamento que já leva 10 anos. Estamos corrigindo esse erro”, disse. Irritados, os parlamentares do PSDB alegaram que não tiveram tempo para analisar a emenda ao projeto de lei. O vere a d o r G i l b e r t o N a t a l i n i (PSDB) chegou a ironizar alguns vereadores sobre a rápida aprovação da emenda. “Vocês protocolaram a emenda às 19h02 aprovaram-na às 19h12. "Que velocidade!”, disse.

té o fim de 2008, São Paulo vai ganhar mais 53,1 quilômetros de corredores exclusivos de ônibus, distribuídos em cinco trechos diferentes nas zonas leste, norte, sul e oeste. A promessa foi feita ontem pelo secretário municipal de Transportes, Alexandre de Moraes, que aposta nas inaugurações como medida de reduzir o tempo gasto nos itinerários e incentivar o uso de transporte público. O custo estimado de todas as obras é de R$ 314,5 milhões. "Na terça-feira, fiz uma reunião com os diretores da Empresa Municipal de Urbanização (Emurb) para acelerar essas obras. Além de entregar os cinco novos corredores, que já estavam em projeto até o final da gestão (2008), vamos também reformar o corredor da Rebouças (zona oeste) e remodelar o Varginha (zona sul), que está um pouco afastado das linhas", disse o secretário. De acordo com Moraes, a previsão é que em 60 dias seja aberto o processo de licitação para as obras dos corredores. Quando ficarem prontas, as novas faixas exclusivas serão somadas aos 113,5 quilômetros nas dez pistas para ônibus já existentes na capital. Pelos projetos, os novos corredores devem ser implantados nos percursos São Miguel/Celso Garcia/Centro, na avenida Brás Leme, na avenida Luís Carlos Berrini, no corredor Indi anóp olis /Bra sil/ Suma ré, além do Corifeu/Jaguaré/Faria Lima. Para o consultor de trânsito e ex-secretário municipal de Transportes Getúlio Hanashiro, os corredores de ônibus são as soluções mais viáveis para melhorar a qualidade do transporte público de São Paulo. "O ideal seria mesmo ampliar as linhas de metrô, mas o

Luiz Prado/Luz

Secretário de Transportes pretende reduzir o tempo de viagens

custo é alto (U$ 100 milhões o quilômetro). Nesse cenário, o corredor exclusivo de ônibus é a melhor alternativa. Prioriza o transporte público em relação ao transporte particular." "Estamos assistindo nos últimos anos uma migração de passageiros de ônibus para o automóvel, o que resulta nesses congestionamentos infernais diários. A única forma de convencer o paulistano a deixar o carro na garagem e usar o ônibus é melhorar a qualidade do transporte", disse o professor da Escola Politécnica da USP e consultor de trânsito Jai-

me Waisman. "O primeiro passo é garantir a rapidez, um dos benefícios do corredor." Hanashiro e Waisman ressaltam que, para o corredor cumprir seus objetivos principais (rapidez no trajeto e o transporte do maior número possível de pessoas em uma mesma viagem), é necessário manutenção e fiscalização das faixas exclusivas. "Hoje, os corredores estão superlotados, ocupados também por ônibus de porte menor. Isso não pode acontecer. Devem transitar pelos corredores apenas ônibus biarticulados", disse Hanashiro. (AE)

Vivi Zanatta/AE

Desinterditado o Oscar's Hotel

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O Oscar's Hotel, de propriedade do empresário Oscar Maroni Filho

or decisão da Justiça, a Prefeitura desinterditou ontem o Oscar's Hotel, na região do Aeroporto de Congonhas, de propriedade do empresário Oscar Maroni Filho, preso desde o último dia 14. O hotel foi interditado por duas vezes, sob o argumento de irregularidades na documentação e prejudicar a aproximação de aeronaves em Congonhas. (Agências)


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Corr upção Planalto Congresso CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

5 Roosewelt Pinheiro/Ag. Senado

Almeida Lima: aliado de Renan Calheiros, foi o único a se satisfazer com as explicações do presidente do Senado

RENAN SE APRESENTA, MAS NÃO SE ISENTA

RENAN SE EXPLICA. E NÃO CONVENCE Dida Sampaio/AE

Apenas o seu aliado Almeida Lima se disse convicto de sua inocência

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Blindagem: Renan chega ao gabinete do presidente da Comissão de Ética cercado por 14 seguranças

Maior preocupação é o PMDB

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or ironia, a maior preocupação do presidente do Senado, Renan Calheiros, é com o PMDB, onde quatro senadores estão dispostos a não apoiá-lo. Pelo menos três sonham em ocupar seu posto. Nesse grupo estariam os senadores Jarbas Vasconcelos (PE), Gerson Camata (ES) e Mão Santa (PI). Sem a mesma ambição, Pedro Simon (RS) votaria pela cassação. Os aliados de Renan comemoraram também o resultado do laudo oficial da Polícia Federal, entregue aos três relatores que analisam seu caso no Conselho de Ética. Para o grupo de Renan, o laudo sustentaria que ele não cometeu nenhuma fraude, desvio de recursos ou falsificação de documentos. No máximo, abriria lacunas para alguma explicação. Segundo seus aliados, com esse laudo, senadores que querem absolver Renan teriam argumentos para sustentar suas posições.

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Sobre o empréstimo feito a Renan pela locadora de automóveis de seu primo, Tito Uchôa, revelado pelo laudo, seu aliado, Waldir Raupp (RO), líder do PMDB no Senado, diz que não significa problema. "Foi um empréstimo normal". Laudo – Na tentativa de demonstrar que tinha condições financeiras de pagar uma pensão mensal de R$ 12 mil à jornalista Mônica Veloso, com quem teve uma filha, Renan chegou a apresentar um contrato de empréstimo com uma empresa que não consta em suas declarações do Imposto de Renda, nem foi registrado em cartório. Essa é uma das revelações da perícia feita pela Polícia Federal nos documentos do senador. A empresa, segundo o laudo policial, chama-se Costa Dourada Veículos e o empréstimo foi de R$ 178 mil. A Costa Dourada, com sede em Maceió (AL), pertence a Ildefonso Antônio Tito Uchôa

Lopes, primo e suposto laranja do senador. O contrato foi apresentado à PF no dia 17. Diz o laudo: "Não se tratou de apenas dois empréstimos, mas de dezenas de retiradas em espécie, periódicas, ocorridas nos primeiros meses dos anos de 2004 e 2005; e que os valores não transitaram pelas contas apresentadas". Após cruzar os dados dos contratos (um deles sem as assinaturas das partes) com os livros de caixa da empresa, os peritos registraram que em 2004 Renan recebeu R$ 78,8 mil, em 19 parcelas, da Costa Dourada. Em 2005, R$ 99,3 mil, em 24 retiradas. Apesar de ter emprestado R$ 99,3 mil para o senador em 2005, a empresa registrou um lucro de R$ 71,5 mil naquele ano. Outro problema apontado pela PF: "Passados mais de três anos das primeiras retiradas, não há registro de pagamentos ou amortizações parciais dos recursos". (AE)

A

A

Frente Parlamentar Contra a CPMF e Pela Redução da Carga Tributária Brasileira, lançada em 28 de junho na Assembléia Legislativa, realiza na próxima sexta-feira, 31 de agosto, às 9 horas, no centro de São Paulo, a primeira manifestação de rua. Segundo lideranças do movimento, eles vão se concentrar no Pátio do Colégio e depois seguem em caminhada até a rua 25 de Março. O

dicação deverá sair nos próximos dias. Com os nomes em mãos, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, vai instaurar o processo administrativo disciplinar que poderá determinar o afastamento de Zuanazzi e de Denise. O processo está previsto na lei que criou a Anac e diz que o ministro da Defesa pode abrilo em casos considerados como de faltas graves. Depois da investigação, se comprovado o problema, os diretores e o pre-

explicou que não "se sentiria bem" se o cenário fosse Brasília – varrida por um vendaval político com a eclosão do caso Renan.

A revista com a atriz Bárbara Paz, protagonista da novela Maria Esperança, do SBT, chega às bancas no início de setembro. (AE)

Ailton de Freitas/AOG

Mônica Veloso: nudez aguardada – e adiada por mais um mês

objetivo do ato é chamar a atenção população que trabalha e transita na região de comércio popular. Junto com a manifestação, a frente vai pedir a adesão ao abaixo-assinado que será encaminhado às lideranças políticas. Entidades, entre elas, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), apóiam a iniciativa. Segundo

a Fiesp, o movimento de adesão na internet deve somar um milhão de assinaturas. O deputado João Caramez (PSDB), presidente da frente, informou que será uma oportunidade de conversar com a população e explicar que o objetivo principal da CPMF – melhorar a saúde pública – foi abandonado pelo governo. "É hora de a gente chamar a população, castigada diariamente com o tributo. (AE)

Denise: negativas na CPI

sunto com o gerente de Padrões de Avaliação de Aeronaves da Anac, comandante Gilberto Schittini. Segundo ata da reunião, realizada no Rio de Janeiro, Schittini "reportou que os três incidentes ocorridos recentemente poderiam ser considerados indícios de que há um potencial de ocorrências mais graves, com ultrapassagem do final da pista (varar a pista)". Foi exatamente o que aconteceu com o Airbus. (AE)

Comissão vai cuidar de processo

Ministério da Defesa enviou ontem um ofício à ControladoriaGeral da União (CGU) pedindo a indicação de três técnicos para compor a comissão especial que vai cuidar do processo disciplinar contra Milton Zuanazzi, presidente, e Denise Abreu, diretora da Agência Nacional de Aviação Civil. Os técnicos irão compor a comissão junto com outros servidores do Ministério da Defesa. De acordo com a CGU, a in-

relatores que não declarou à Receita Federal os empréstimos que disse ter feito para evitar a exposição de questões pessoais. Ou seja, quis dizer que não queria publicidade na pensão que pagava à filha que teve fora do casamento. Casagrande e Marisa Serrano afirmaram que o presidente do Senado não conseguiu tirar as dúvidas sobre a evolução de seu patrimônio. Sobre a acusação existente no laudo da PF, de que teria mantido sua família nos anos de 2002 e 2004 com renda mensal, respectivamente, de R$ 2.329 e R$ 8.517,17 dado aos investimentos sem retorno que declarou no período, Renan disse que sobreviveu graças ao empréstimo que fez da empresa Costa Dourada, pertencente a seu primo Tito Uchoa, que é apontado como um dos seus principais laranjas na sociedade com o usineiro João Lyra. (AE)

Deputados contra a CPMF

Dida Sampaio/AE

porém, tem dito que era falso um dos documentos (norma IS-RBHA 121-189) apresentados por Denise para justificar a liberação da pista. Na CPI, a diretora da Anac afirmou que é totalmente descabida a acusação de que ela teria tentado "ludibriar" a Justiça. Risco previsto – Um documento revelado ontem pela CPI mostrou claramente que, sete meses antes do acidente com o avião da TAM, que matou 199 pessoas, as autoridades da Anac e da Infraero tinham noção exata do perigo que era aterrissar na pista de Congonhas. Em uma reunião, no dia 13 de dezembro do ano passado, que juntou técnicos da Agência Nacional de Aviação Civil, Infraero e companhias aéreas, chegou a se fazer mais do que uma previsão: descreveu-se, diante de três incidentes ocorridos dias antes, que era iminente a possibilidade de um avião perder o controle e "atravessar" a pista. Os técnicos discutiram o as-

lho como do plenário. Ele tentou desqualificar o laudo pericial, que desmonta todos os argumentos que apresentou até agora para justificar o rendimento de R$ 1,9 milhão. Na perícia, por exemplo, é atestado que Renan operava com "laranjas". O documento cita a ligação dele com seu primo Tito Uchoa, na Locadora Costa Dourada Veículos. Tito e Bianca Uchoa aparecem como sócios da empresa, mas quem fazia as retiradas em dinheiro, em valores elevados, era Renan, na maior parte das vezes. Em 2004, de acordo com o laudo, Renan recebeu empréstimo de R$ 78,8 mil, em 19 parcelas; os sócios pegaram apenas R$ 22 mil. Em 2005, o senador fez um empréstimo de R$ 99,3 mil, em 24 retiradas. Já os sócios, diante do lucro de apenas R$ 71,49 mil, não tiraram nada. Renan Calheiros disse aos

Mônica nua: só em outubro

revista Playboy mudou os planos e adiou a publicação do ensaio fotográfico com a jornalista Mônica Veloso para a edição de outubro. Em uma reunião realizada no início da noite de quarta-feira, jornalistas optaram pela modelo e atriz Bárbara Paz para a capa de setembro. O motivo foi o pouco tempo disponível para editar as fotos de Mônica até esta sexta-feira, dia de fechamento da publicação. Mônica Veloso é mãe de uma filha de Renan Calheiros (PMDB), presidente do Senado que sofre com acusações de ter suas contas pagas por lobistas. A jornalista, de 39 anos, preferiu ser clicada pelo fotógrafo J.R. Duran no Rio de Janeiro por razões de natureza íntima:

Denise: acusação é descabida

diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Abreu, afirmou ontem que não tentou enganar a Justiça na polêmica sobre um documento sem valor que teria usado para liberar a pista do Aeroporto de Congonhas. Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara, ela afirmou que não há nenhuma relação entre o acidente com o avião da TAM em 17 de julho e os documentos apresentados pela Anac à Justiça no início do ano, durante a análise sobre a proibição da pista de Congonhas, em São Paulo. Segundo ela, a ação do Ministério Público na Justiça era para suspender as operações dos Boeing 737/700 e 737/800 e do Fokker 100. Denise ressaltou que o Airbus (avião acidentado da TAM) não constava da ação e que o acidente ocorreu após a conclusão das obras. A desembargadora Cecília Marcondes, do Tribunal Regional Federal de São Paulo,

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em apresentar novos documentos de defesa, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), limitou-se ontem a rebater superficialmente as inconsistências apontadas pelos peritos da Polícia Federal na evolução de seu patrimônio. Depois de duas horas de depoimento aos relatores do Conselho de Ética, Renan conseguiu convencer apenas um de que é inocente, seu aliado Almeida Lima (PMDB-SE). Os outros dois, Renato Casagrande (PSB-ES), e Marisa Serrano (PSDB-MS), mostraram-se descrentes com as explicações que ouviram. Renan chegou ao gabinete do presidente do Conselho, Leomar Quintanilha (PMDBTO), escoltado por 14 seguranças e acompanhado do perito José Appel. Na saída, afirmou estar convencido da isenção dos senadores, tanto do conse-

sidente da agência – que têm mandatos fixos de cinco anos – podem ser afastados. Jobim informou sobre o processo disciplinar na última quarta-feira, na Comissão de Infra-estrutura do Senado. Denise e Zuanazzi serão investigados porque a diretora levou à desembargadora Cecília Marcondes, do Tribunal Regional Federal, uma norma de segurança não oficial, que a induziu a liberar as pistas de Congonhas. (AE)

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Reforma tributária: agora sai?

ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou que apresentou ontem, durante reunião com os líderes dos partidos governistas, no Palácio do Planalto, a proposta do governo de reforma tributária, que deve ser encaminhada ao Congresso em 15 dias. Segundo o ministro, a proposta tem "virtudes e problemas", mas as virtudes são "muito maiores" do que os problemas, porque está sendo possível construir um consenso para sua aprovação no Conselho Nacional de Política Fazenda (Confaz), que reúne os secretários de Fazenda dos Estados. O ministro reconheceu que a proposta do governo de reforma tributária retira um pouco da liberdade que os estados e o governo tinham. "Não poderão alterar as alíquotas ao seu bel-prazer, dando dor de cabeça aos empresários", disse. Segundo Mantega, a reforma vai homogeneizar as alíquotas, e

as vantagens vão compensar a perda de liberdade. Questionado se a reforma prevê desonerações na folha de pagamento das empresas, o ministro respondeu: "Não tem nada a ver uma coisa com a outra." Para Mantega, a reforma resolverá os problemas do crédito do ICMS que afetam hoje os empresários, que têm dificuldades para recebê-los. Mantega afirmou também que vai acabar com a guerra fiscal entre os estados. Comp ensaçã o – Líderes e presidentes de partidos aliados pediram ao ministro medidas tributárias de efeito imediato que compensem a sociedade pela decisão do governo de prorrogar, mais uma vez, sem redução de alíquota, a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Uma delas seria a desoneração da folha de pagamento pela redução da contribuição previdenciária, paga de modo proporcional ao gas-

to com salários. As queixas e sugestões dos aliados foram apresentadas durante reunião do conselho político da administração federal, especialmente convocada para que fosse mostrada a proposta de reforma tributária e de fusão de seis tributos num só, o imposto sobre valor adicionado (IVA). Como a criação do IVA envolve um período longo de transição e não deve reduzir a carga tributária, mas apenas simplificar o sistema, os presidentes nacionais de legendas, como o do PMDB, deputado Michel Temer (SP), sentiram falta de algo para sensibilizar a opinião pública, principalmente nesse momento em que oposição e empresariado criticam a prorrogação da CPMF. "Temos acordo sobre a reforma tributária, mas ela depende de emenda constitucional e demora a surtir efeito", disse o vice-líder do governo, Beto Albuquerque (PSB-RS). (AE)


sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

ECONOMIA - 5


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 - LAZER

sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de agosto de 2007

Fotos: Alex Alex Ribeiro/DC Ribeiro/DC Fotos:

Marcos Musi ao lado da pintura em anamorfose de uma câmera fotográfica produzida por Corazza.

DE VOLTA A 3D

O Diário do Comércio abre suas portas ao universo de imagens em 3 dimensões! Armando Serra Negra

A

tração maior na Exposição Internacional de Londres, em 1862, as imagens tridimensionais captadas pelas lentes duplas de filmadoras e câmeras fotográficas – que hipnotizaram o público ao longo do século XIX – voltam a focar uma nova revolução no mundo midiático, aproximando-se velozmente. Passado – “A estereoscopia foi a grande descoberta ótica da época, quando Charles Wheatstone intrigou-se com a ilusão gráfica formada pelo Cubo de Necker, já há muito conhecida: observando um cubo desenhado, no cruzamento das linhas paralelas a figura não mostra qual delas está na frente e qual está atrás, tornando-o uma imagem multiestável, pois ambas variações são válidas”, explica Gavin

Adams, 41 anos de idade, graduado em Artes Plásticas pela Universidade de Oxford, com doutorado em estereoscopia pela Escola de Comunicação e Artes da USP. “O que o pesquisador inglês descobriu ao observar o cubo foi que um olho não enxerga exatamente como o outro, sendo da fusão do que os dois vêem que a visão obtêm a noção de tridimensionalidade; se tivéssemos um olho só enxergaríamos o mundo chapado”, diz ele. “A imagem tridimensional nasceu já na Idade da Pedra, conforme mostram os desenhos rupestres da caverna de Lascaux, na França; as entrâncias e saliências das pedras foram inteligentemente utilizadas na pintura, de modo que, ao percorrê-la com as tochas, têm-se a nítida impressão de seu tridi-

mensionalismo”, conta Marcos Muzi, fotojornalista, pesquisador e praticante do tema. “A partir da Renascença, a perspectiva gráfica continuou linear, trabalhando geometricamente, com ângulos, luz e sombra, elementos insuficientes para retratar o tridimensionalismo de uma imagem refletida, como num espelho; o termo ‘virtual’ vem daí, significando o surgimento da imagem onde o objeto não está; ou seja, por detrás do espelho”, constata. Efervescência – Na empolgação científica do século XIX, a evolução ótica gerou uma profusão de “brinquedos filosóficos”, como os caleidoscópios, as anamorfoses,

figuras aparentemente disformes, mas que, se vistas de um ângulo determinado, tornam-se imagens regulares dos objetos representados (entre as várias teorizações que levaram ao desenvolvimento dessa técnica, conta-se a descrição de Piero della Francesca na sua influente obra, De prospectiva pingendi), e os zootrópios, uma série de desenhos que, manipulados rapidamente, transmitem a noção de movimento, dando origem à cinematografia. Com as câmaras fotográficas e filmadoras, o 3D foi explorado em todas as áreas, na medicina, astronomia, geografia, publicidade etc. “A primeira mulher nua foi clicada em 3D!”, brinca

Adams. A estereoscopia também experimentou altos e baixos em sua trajetória: os filmes dos anos de 1950, que atraíam platéias assombradas com os óculos anaglíficos de lentes vermelha e azul, conseguiram alguma sobrevida, perdendo terreno para as técnicas bidimensionais, cujo auge está nos efeitos especiais computadorizados. Ainda por algum tempo... Futuro – George Lucas planeja relançar a série Guerra nas Estrelas em 3D, e Peter Jackson, O Senhor dos Anéis, entre outros. As lentes oculares bicolores foram substituídas por armações transparentes polarizadas. Segundo analistas do setor, o custo aproximado dessa transformação chegará aos US$ 3,6 bilhões, nos próximos anos. “O 3D encontrou seu

nicho ideal no ambiente digital; é o passo decisivo de seu retorno!”, empolgam-se Muzi e Adams, imaginando as naves espaciais invadindo as salas de cinema, como faziam os bizarros morcegos de outrora. E como o 3D sempre foi um forte aliado da publicidade, pelo efeito extraordinário das imagens, apelo lúdico e – principalmente – baixo custo dos óculos anaglíficos de cartolina, é desnecessário esperar que Lucky Skywalker aterrisse sua nave, para que o público volte a se deliciar com essa técnica: “Imagine um anúncio de jornal, ou revista, com um carro numa estrada, a paisagem em volta, tudo em espaço tridimensional, levando o consumidor a sentir-se presente na cena?”, pondera Adams. É só acelerar...

Sementes do tridimensional

R

apazes de visão, Marcos Muzi, Gavin Adams e Marcos Corazza uniram ao diletantismo seus talentos, fundando a empresa Fator Z, voltada aos mercados publicitário e cultural. A primeira exposição formatada foi a SP3D no Museu de Arte de São Paulo (MASP) em 2004, comemorativa dos 450 anos da cidade, sob o patrocínio da Congás. Participaram da VII Bienal de Arquitetura (2005), montaram a Transobservações (2006) e Ilusões da Verdade (2006), patrocinadas pelo Sesc. Fabricaram o Túnel da

Criação – que conta a história do universo, desde o Big Bang até o surgimento da água na Terra – que pode ser visitado no Sabina Escola Parque do Conhecimento, bancado pelo município de Santo André. Em editoração, publicaram imagens 3D na revista Tracks e Tribo Skate, além de vários catálogos, como o folder do Aquário do Guarujá. Em publicidade, criaram um modelo estereoscópio para o lançamento do Shopping Tatuapé II, mostrando em 3D a maquete virtual do imóvel que seria construído; pôster 3D com os principais monumentos de Campinas, patrocinado pela Prefeitura

Municipal da cidade e distribuído nas escolas da região. Em parceria com a Triarts New Mídia, produzem sites com imagens tridimensionais. A empresa também se responsabiliza pela comercialização dos produtos gráficos – acompanhados dos óculos anaglíficos – além dos modernos “brinquedos filosóficos”, como os visores Enigma e vários modelos de estereoscópios. (ASN) Sabina Escola Parque do Conhecimento de Santo André - Rua Juquiá s/nº. Informações pelo telefone: 0800-0191944. www.fatorz.com.br

No bloco no alto, reproduções de imagens de nus feitas no século XIX; kit de fotografia e o livro dos artistas da Fator Z. No bloco de texto acima, óculos anaglíficos.

Musi (esq.) e Gavin Adams em foto estereoscópica 3D do fotógrafo Ranzini.

RECURSO DIVERTIDO EXPLICA HISTÓRIA, ARTE E MAIS.

A

partir deste sábado (25), a Estação Ciência da USP inicia um ciclo de eventos, cuja proposta é apresentar a tridimensionalidade como um

dos recursos especiais mais divertidos para a explanação e explicação de diversos assuntos, de arte a história, de temas simples até mesmo os mais complexos.

Sábado (25) – Os Impressionistas em 3D. Por meio de técnicas especiais de computação poderão ser vistas em terceira dimensão pinturas famosas de artistas como Cézanne, Chagal,

Gauguin, Manet, Monet, Renoir, Seurat e Van Gogh, entre outros. Quarta (29) – O Cérebro Humano em 3D – Professor Ciro Silva (USP). 20 de outubro – Arte no Egito

Faraônico em 3D – Professor Antônio Brancaglioni Jr. (UFRJ). 1º de dezembro – Esculturas de Rodin em 3D – Professor Percival Tirapeli (Unesp).

Estação Ciência USP Rua Guaicurus, 1394, Lapa, tel.: 3673-7022. www.eciencia.usp.br.


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Nacional Empresas Finanças Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de agosto de 2007

4,6

DÓLAR FECHOU ABAIXO DE R$ 2

bilhões de reais foi o montante negociado ontem no pregão da Bolsa de Valores de São Paulo

MERCADO TEVE REAÇÃO POSITIVA AO ANÚNCIO DA MOODY'S, QUE ELEVOU A CLASSIFICAÇÃO DO BRASIL

A UM PASSO DO GRAU DE INVESTIMENTO

A

pós muita volatilidade, a Bolsa de Va l o r e s d e S ã o Paulo (Bovespa) teve a ajuda de um empurrãozinho da Moody's para se decidir pela alta no fim da sessão. A agência de classificação de risco elevou os ratings soberanos em moeda local e estrangeira do Brasil para Ba1. O País está a um passo do grau de investimento. Ao obter essa chancela, o Brasil poderá atrair um grande volume de recursos, pois muitas instituições internacionais – como fundos de pensão – estão proibidas de investir em bônus cujos devedores não tenham essa nota. A bolsa paulista, que estava perto da estabilidade quando saiu a notícia, terminou positiva e próxima dos 52 mil pontos. As sessões regulares de dólar e juros já estavam fechadas. Por isso, a reação dos investidores ao anúncio da Moody's ocorreu no mercado eletrônico. Os contratos mais longos de juro aceleravam a queda, enquanto o dólar setembro, o mais negociado, ampliou a baixa projetada. O dólar à vista operou em queda o dia todo e fechou abaixo de R$ 2 pela primeira vez desde o dia 14, quando encerrou a R$ 1,985. A moeda americana terminou o dia cotada a R$ 1,988, com queda de 1,19% na roda da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e de 1,14% no balcão. Segundo operadores, a desvalorização se deveu ao fluxo

Peter Parks/AFP

Elza Fiúza/ABr

Mercados internacionais tiveram dia de calmaria ontem

comercial positivo, à influência favorável do risco Brasil (que despencou mais de 4%, para 200 pontos) e de oportunidades para as tesourarias de bancos e investidores zerarem posições em câmbio. O fechamento da Bovespa ontem só foi definido depois de muita volatilidade. O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, teve a quinta alta consecutiva, embora bem mais modesta do que as dos dias anteriores. No fechamento, o índice registrou elevação de 0,2%, para 51.848,2 pontos, diminuindo as perdas acumuladas em agosto para 4,31%. No ano, a bolsa sobe 16,58%. Nesses cinco pregões seguidos de alta, os ganhos somaram 8%. Na mínima do dia, a Bovespa registrou 51.082 pontos (-1,28%) e, na máxima, 52.351 pontos (alta de

1,17%). O volume financeiro totalizou R$ 4,663 bilhões. No exterior, as bolsas subiram na Ásia e na Europa e fecharam praticamente de lado em Wall Street. O interesse pela compra de ações foi retomado com as notícias do investimento estratégico de US$ 2 bilhões do Bank of America no Countrywide Financial Corp., reduzindo as preocupações de que a financiadora possa pedir concordata. Em meio à relativa estabilização nos mercados financeiros, os contratos futuros de taxas de juro de curto prazo continuaram a reduzir as chances de o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), afrouxar sua política monetária para lidar com os recentes problemas no sistema financeiro. E m N o v a Yo r k , o D o w Jones fechou estável em

13.235,9 pontos; o S&P 500 caiu 0,11%, para 1.462,5 pontos; e o Nasdaq recuou 0 43%, para 2.541,7 pontos. Para o analista da Alpes Corretora Fausto Gouveia, o mercado anda um pouco ressabiado com as agências de classificação de risco, já que elas não conseguiram mensurar as empresas que tinham dificuldades com o crédito subprime nos Estados Unidos. As bolsas também reagiram à notícia de que o BNP Paribas vai retomar na próxima semana a operação dos três fundos que havia congelado no início do mês – a turbulência do mercado virou crise justamente quando, em 9 de agosto, o banco congelou o resgate desses três fundos por incapacidade de mensuração dos ativos. Uma fonte do mercado disse que hoje a Bovespa pode passar por nova realização de lucros, a exemplo do que ocorreu ontem durante o pregão. Isso porque, segundo ele, depois da turbulência dos últimos dias, o avanço da Bovespa deve ser mais comedido. Ele destacou, no entanto, que um bom sinal de que a bolsa está no caminho certo é justamente a recuperação na própria sessão. Já Gouveia, da Alpes Corretora, chamou a atenção para o fato de o Ibovespa futuro estar abaixo do índice à vista, o que, segundo o analista, em breve vai gerar um movimento de correção, seja de alta para o futuro ou de queda para o mercado à vista. (AE)

Para Henrique Meirelles, Brasil está resistente a crises financeiras

Meirelles: turbulência testa eficiência dos BCs

D

iante da crise nos mercados financeiros, os bancos centrais de todo o mundo vivem um período de testes para suas atuações, em meio a um sistema financeiro globalizado, com grande desenvolvimento tecnológico. A avaliação foi feita na noite da última quarta-feira pelo presidente do Banco Central do Brasil (BC), Henrique Meirelles, durante a abertura do 3º Congresso Internacional de Derivativos e Mercado Financeiro, realizado em Campos de Jordão (SP) pela Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) até 25 de agosto. "Evidentemente, agora estamos em meio a um processo de teste dessa nova estrutura e as variações de humor do mercado refletem mudanças de expectativas", afirmou. Segundo Meirelles, as crises mais recentes vêm sendo marcadas pelo que chamou de colapsos eventualmente regionais ou pontuais de alguns segmentos. No caso de um problema com o crédito, ele explicou que, à medida que havia mudança forte nos preços dos ativos, canais específicos passavam a ter sua estrutura de trabalho interrompida e, em decorrência disso, conseqüências econômicas importantes. "Mas, com a desintermediação nos mercados e a securitização, criou-se a expectativa de que haveria a diversificação de risco, por um lado, e, por outro, a alavancagem de crédito sem concentração excessiva das instituições financeiras." O presidente do BC lembrou a crise de 1998, reforçando que o episódio que levou à quebra do Long Term Capital Management (LTCM) foi um alerta a todos os agentes do

mercado. "A falência de um grande fundo trouxe a informação de que instituições financeiras fortes tinham concentração excessiva de crédito", comentou. De acordo com ele, os bancos centrais e os reguladores em geral tomaram suas providências, ao mesmo tempo em que as instituições financeiras fizeram suas avaliações. "Não há dúvida de que temos agora uma nova estrutura, que deve ser solidificada", disse. País estável – Em relação ao impacto, no Brasil, da recente turbulência nos mercados financeiros globais, Meirelles voltou a dizer que não há dúvidas de que o País é um dos pontos de estabilidade e que todos concordam sobre a existência de uma melhora da percepção macroeconômica brasileira. Ele citou especificamente a trajetória de desinflação, o desempenho do balanço de pagamentos e a manutenção do superávit primário. "Tudo isso reforçou a resistência do Brasil a choques" garantiu. Além disso, o presidente do BC afirmou que diversos fatores vêm contribuindo para o crescimento da economia nacional: a expansão da renda real, a recuperação dos investimentos, o aumento do mercado de crédito e a "significativa flexibilização da política monetária implantada desde setembro de 2005". Naquela época, a taxa básica de juros (Selic) estava em 19,75% anuais e, desde então, só vem diminuindo. Esse conjunto de fatores, de acordo com Meirelles, sugere que a demanda doméstica deverá permanecer um elemento propulsor do crescimento nos próximos trimestres. (AE)

Preços de casas nos EUA devem cair até 30%

O

s valores das casas podem cair nos próximos anos nos Estados Unidos, segundo um estudo do banco Goldman Sachs divulgado ontem. "É possível que haja baixas de preços da ordem de 15% a 30%", disse Jan Hatzius, economista do Goldman Sachs. O banco afirmava até agora que os preços estavam supervalorizados em cerca de 15%, descontando a inflação, mas o nível dos preços comparado aos salários ou aos aluguéis "pinta um quadro muito mais funesto", acrescentou o economista. Ele considerou, no entanto, que as perspectivas continuam otimistas. Na realidade, o cenário básico levou em conta hipóteses clássicas, tais como uma entrada de 20%, um empréstimo por

30 anos e um financiamento a taxas fixas e variáveis, como é norma há muito tempo nos Estados Unidos. Esse cenário não levou em conta os empréstimos de alto risco (subprime), a redução da parcela da entrada e os empréstimos "criativos", com uma taxa inicial muito baixa, antes dos ajustes que viriam anos mais tarde. O mercado alcançou um pico recentemente e, ao longo da história, um preço recorde é geralmente seguido por uma queda até o ponto mais baixo. "Essa redução dos preços aumentaria os riscos de uma espiral de deterioração de crédito no mercado e de falta de acesso ao dinheiro e à casa própria, que podem pesar sobre a atividade econômica por um longo período", advertiu Hatzius. (AG)


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ECONOMIA/LEGAIS - 7

Banco de Tokyo-Mitsubishi UFJ Brasil S/A CNPJ 60.498.557/0001-26 - Avenida Paulista, 1274 - Bela Vista - São Paulo - SP Relatório da Administração Senhores Acionistas: Em cumprimento às disposições legais, submetemos à apreciação de V.Sas. as demonstrações financeiras relativas aos semestres findos em 30 de junho de 2007 e de 2006.

São Paulo, 10 de agosto de 2007

Balanços Patrimoniais em 30 de Junho de 2007 e de 2006 (Em milhares de reais) Ativo Circulante Disponibilidades Aplicações Interfinanceiras de Liquidez Aplicações no Mercado Aberto Aplicações em Depósitos Interfinanceiros Títulos e Valores Mobiliários Carteira Própria Vínculados à Prestação de Garantias Instrumentos Financeiros Derivativos Relações Interfinanceiras Pagamentos e Recebimentos a Liquidar Créditos Vinculados: Depósitos no Banco Central Operações de Crédito Operações de Crédito: Setor Privado Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa Outros Créditos Carteira de Câmbio Rendas a Receber Negociação e Intermediação de Valores Diversos Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa Outros Valores e Bens Outros Valores e Bens Despesas Antecipadas Realizável a Longo Prazo Títulos e Valores Mobiliários Instrumentos Financeiros Derivativos Operações de Crédito Operações de Crédito: Setor Privado Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa Outros Créditos Devedores por Depósitos em Garantia Diversos Outros Valores e Bens Despesas Antecipadas Permanente Investimentos Outros Investimentos Provisão para Perdas Imobilizado de Uso Imóveis de Uso Outras Imobilizações de Uso Depreciações Acumuladas Diferido Gastos de Organização e Expansão Amortização Acumulada Total do Ativo

2007 1.564.911 935 579.178 523.327 55.851 53.475 9.724 38.895 4.856 588 1

2006 625.323 681 252.242 205.000 47.242 82.330 25.179 56.961 190 442 –

587 126.162

442 133.729

127.949 (1.787) 804.102 803.611 184 696 945 (1.334) 471 204 267 86.454 – – 23.333

135.035 (1.306) 155.356 154.722 282 912 418 (978) 543 220 323 78.259 3.269 3.269 16.852

23.387 (54) 63.114 62.823 291 7 7 5.936 – 260 (260) 3.927 8.564 5.912 (10.549) 2.009 6.869 (4.860) 1.657.301

16.965 (113) 58.132 57.874 258 6 6 5.646 – 260 (260) 3.503 8.564 5.206 (10.267) 2.143 6.119 (3.976) 709.228

Demonstrações do Resultado Para os Semestres Findos em 30 de Junho de 2007 e de 2006 (Em milhares de reais)

Passivo Circulante Depósitos Depósitos à Vista Depósitos Interfinanceiros Depósitos a Prazo Outros Depósitos Captações no Mercado Aberto Carteira de Terceiros Relações Interfinanceiras Recebimentos e Pagamentos a Liquidar Relações Interdependências Recursos em Trânsito de Terceiros Obrigações por Empréstimos Empréstimos no Exterior Obrigações por Repasses do País - Instituições Oficiais BNDES Obrigações por Repasses do Exterior Repasses do Exterior Instrumentos Financeiros Derivativos Instrumentos Financeiros Derivativos Outras Obrigações Cobrança e Arrecadação de Tributos e Assemelhados Carteira de Câmbio Sociais e Estatutárias Fiscais e Previdenciárias Negociação e Intermediação de Valores Diversas Exigível a Longo Prazo Depósitos Depósitos a Prazo Obrigações por Empréstimos Empréstimos no Exterior Obrigações por Repasses do País - Instituições Oficiais BNDES Obrigações por Repasses do Exterior Repasses do Exterior Outras Obrigações Fiscais e Previdenciárias Provisão para Passivos Contingentes Resultado de Exercícios Futuros Patrimônio Líquido Capital Social De Domiciliados no País De Domiciliados no Exterior Reservas de Capital Reservas de Lucros Ajuste ao Valor de Mercado - TVM e Derivativos Ações em Tesouraria Total do Passivo e Patrimônio Líquido

2007 1.271.533 92.440 22.904 – 69.463 73 122.090 122.090 405 405 22.399 22.399 271.202 271.202

2006 351.100 75.174 29.236 2.000 43.937 1 48.192 48.192 345 345 16.395 16.395 91.852 91.852

3.930 3.930 63.301 63.301 1.111 1.111 694.655 8 690.845 8 1.415 308 2.071 112.911 22.956 22.956 13.478 13.478

4.027 4.027 65.974 65.974 3.435 3.435 45.706 4 41.069 427 1.886 227 2.093 62.102 12.634 12.634 – –

4.227 4.227 5.682 5.682 66.568 57.552 9.016 269 272.588 186.911 4.445 182.466 5.103 84.023 9 (3.458) 1.657.301

8.308 8.308 8.757 8.757 32.403 22.584 9.819 250 295.776 186.911 4.445 182.466 5.103 107.147 – (3.385) 709.228

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras

Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido Para os Semestres Findos em 30 de Junho de 2007 e de 2006 (Em milhares de reais)

Saldos em 31 de Dezembro de 2006 Ajuste ao Valor de Mercado - TVM e Derivativos Aquisição de Ações de Própria Emissão Transferência da Reserva Estatutária Prejuízo do Semestre Saldos em 30 de Junho de 2007 Mutações do Semestre Saldos em 31 de Dezembro de 2005 Reversão de Dividendos Propostos de Anos Anteriores Ajuste ao Valor de Mercado - TVM e Derivativos Aquisição de Ações de Própria Emissão Transferência da Reserva Estatutária Lucro Líquido do Semestre Destinação do Lucro: Reserva Legal Dividendos (R$ 0,27 por lote de 1.000 ações) Saldos em 30 de Junho de 2006 Mutações do Semestre

Capital Social 186.911 – – – – 186.911 – 186.911 – – – – –

Reservas de Capital Ágio por Outras Subscrição Reservas de Ações de Capital 4.947 156 – – – – – – – – 4.947 156 – – 4.947 156 – – – – – – – – – –

Reservas de Lucro Estatutária 97.370 – – (26.505) – 70.865 (26.505) – – – – 94.169 –

Legal 13.158 – – – – 13.158 – 12.622 – – – – –

A Administração

Ajuste ao Valor de Mercado – TVM e Derivativos – 9 – – – 9 9 (7) – 7 – – –

– – – 356 – – – – – – 186.911 4.947 156 12.978 94.169 – – – 356 94.169 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras

Lucros Acumulados – – – 26.505 (26.505) – – 87.815 3 – – (94.169) 7.129

Ações em Tesouraria (3.457) – (1) – – (3.458) (1) (3.312) – – (73) – –

Total 299.085 9 (1) – (26.505) 272.588 (26.497) 289.132 3 7 (73) – 7.129

(356) (422) – (87.815)

– – (3.385) (73)

– (422) 295.776 6.644

– – – 7

2007 2006 Receitas da Intermediação Financeira 15.569 27.714 Operações de Crédito (1.793) (4.217) Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários 25.364 28.357 Resultado com Instrumentos Financeiros Derivativos (8.002) 3.574 Despesas da Intermediação Financeira (5.708) (1.817) Operações de Captação no Mercado 9.625 10.744 Operações de Empréstimos e Repasses (23.912) (13.325) Resultado de Operações de Câmbio 7.840 991 Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa 739 (227) Resultado Bruto da Intermediação Financeira 21.277 29.531 Outras Receitas (Despesas) Operacionais (46.198) (20.028) Receitas de Prestação de Serviços 1.469 1.773 Despesas de Pessoal (9.967) (9.414) Outras Despesas Administrativas (7.536) (8.105) Despesas Tributárias (1.195) (1.158) Outras Receitas Operacionais 5.921 2.819 Outras Despesas Operacionais (34.890) (5.943) Resultado Operacional (24.921) 9.503 Resultado não Operacional 588 30 Resultado antes da Tributação sobre o Lucro (24.333) 9.533 Imposto de Renda e Contribuição Social 2.172 2.404 Provisão para Imposto de Renda 1.594 1.764 Provisão para Contribuição Social 578 640 Lucro Líquido/Prejuízo do Semestre (26.505) 7.129 Quantidade de Ações 1.585.396.643 1.585.396.643 Lucro Líquido/Prejuízo por Lote de Mil Ações R$ (16,72) R$ 4,50 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras

Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos Para os Semestres Findos em 30 de Junho de 2007 e de 2006 (Em milhares de reais) 2007 2006 Origens dos Recursos 967.196 231.718 Lucro Ajustado do Semestre – 7.882 Lucro Ajustado do Semestre – 7.129 Depreciações e Amortizações – 753 Reversão de Dividendos Propostos de Anos Anteriores – 3 Variação do Valor de Merc. dos Títulos Disponíveis p/Venda 9 7 Recursos de Terceiros Originários de: 967.187 223.826 Aumento dos Subgrupos dos Passivos Circulante e Exigível a Longo Prazo 898.055 25.183 Depósitos 3.488 – Captações no Mercado Aberto 53.791 – Relações Interfinanceiras e Interdependências 4.698 – Obrigações por Empréstimos e Repasses 182.351 – Instrumentos Financeiros Derivativos 811 776 Outras Obrigações 652.916 24.407 Diminuição dos Subgrupos dos Ativos Circulante e Realizável a Longo Prazo 68.971 198.531 Títulos e Valores Mobiliários e Inst. Financeiros Derivativos 68.971 152.536 Relações Interfinanceiras e Interdependências – 61 Operações de Crédito – 45.919 Outros Valores e Bens – 15 Alienação de Bens e Investimentos 161 112 Imobilizado de Uso 161 112 Aplicações dos Recursos 971.171 238.917 Prejuízo Ajustado do Semestre 25.720 – Prejuízo do Semestre 26.505 – Depreciações e Amortizações (785) – Dividendos Pagos e Propostos – 422 Aquisição de Ações de Própria Emissão 1 73 Inversão em: 311 175 Imobilizado de Uso 311 175 Aplicações do Diferido 329 484 Variação nos Resultados de Exercícios Futuros 100 122 Aumento dos Subgrupos dos Ativos Circulante e 944.710 150.590 Realizável a Longo Prazo Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 315.053 86.500 Relações Interfinanceiras e Interdependências 27 – Operações de Crédito 15.299 – Outros Créditos 614.125 64.090 Outros Valores e Bens 206 – Redução dos Subgrupos dos Passivos Circulante e – 87.051 Exigível a Longo Prazo Depósitos – 14.747 Captações no Mercado Aberto – 3.284 Relações Interfinanceiras e Interdependências – 962 Obrigações por Empréstimos e Repasses – 68.058 Diminuição das Disponibilidades (3.975) (7.199) Modificações nas Disponibilidades Disponibilidades Início do Semestre 4.910 7.880 Fim do Semestre 935 681 Diminuição das Disponibilidades (3.975) (7.199) As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras

Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras Para os Semestres Findos em 30 de Junho de 2007 e de 2006 (Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado) 1. Contexto Operacional: O Banco desenvolve todas as atividades permitidas às instituições bancárias e opera como instituição financeira múltipla com: Carteira Comercial, de Investimento, de Crédito, Financiamento e Investimento, Crédito Imobiliário e Carteira de Câmbio. 2. Elaboração e Apresentação das Demonstrações Financeiras: As demonstrações financeiras foram elaboradas em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil, associada às normas e instruções do Banco Central do Brasil BACEN, consubstanciadas no Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional - COSIF. 3. Principais Práticas Contábeis: (a) Apuração de Resultado: O regime contábil de apuração do resultado é o de competência. (b) Ativos e Passivos, Circulantes e a Longo Prazo: São demonstrados pelos valores de realização e/ou exigibilidade, incluindo os rendimentos, encargos e variações monetárias ou cambiais auferidos e/ou incorridos até a data do balanço, calculados “pro rata” dia e, quando aplicável, o efeito dos ajustes para reduzir o custo de ativos ao seu valor de mercado ou de realização. As provisões para operações de crédito são fundamentadas nas análises das operações de crédito em aberto (vencidas e não vencidas) na experiência passada, expectativas futuras e riscos específicos das carteiras, e na política de avaliação de risco da Administração do Banco na constituição das provisões, exigidas pelas normas e instruções do BACEN. Os saldos realizáveis e exigíveis em até 12 meses são classificados no ativo e passivo circulantes, respectivamente. As carteiras de títulos e valores mobiliários e os instrumentos financeiros derivativos estão demonstrados pelos seguintes critérios de registro e avaliação contábeis: Títulos e Valores Mobiliários: a) Títulos para negociação; b) Títulos disponíveis para venda; e c) Títulos mantidos até o vencimento. Na categoria “títulos para negociação” estão registrados os títulos e valores mobiliários adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados; na categoria “títulos disponíveis para venda” estão registrados aqueles que não se enquadram nas categorias descritas nos itens a) e c) acima; e na categoria “títulos mantidos até o vencimento”, aqueles para os quais existe intenção de o Banco mantê-los em carteira até o vencimento. Os títulos e valores mobiliários classificados nas categorias a) e b) acima estão demonstrados pelo valor de aquisição acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço e, quando aplicável, calculados “pro rata” dia, e ajustados ao valor de mercado, computando-se a valorização decorrente de tal ajuste em contrapartida: (1) da adequada conta de receita ou despesa, no resultado do período, quando relativa a títulos e valores mobiliários classificados na categoria “títulos para negociação”; e (2) da conta destacada do patrimônio líquido, quando relativa a títulos e valores mobiliários classificados na categoria “títulos disponíveis para venda”. Os títulos e valores mobiliários classificados nessa categoria “mantidos até o vencimento” estão demonstrados pelo valor de aquisição acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço, calculados “pro rata” dia, os quais estão registrados no resultado do período, sendo registradas provisões para perdas sempre que houver perda permanente no valor de realização de tais títulos e valores mobiliários. Instrumentos Financeiros Derivativos: Os instrumentos financeiros derivativos são registrados pelo seu correspondente valor de mercado, computando-se a valorização ou a desvalorização decorrente de tal ajuste ao valor de mercado em adequada conta de receita ou despesa, exceto os instrumentos derivativos designados como parte de uma estrutura de proteção contra riscos (hedge), que podem ser classificados como: I - “Hedge” de risco de mercado; II - “Hedge” de fluxo de caixa. Os instrumentos financeiros derivativos destinados a “hedge” e os respectivos objetos de “hedge” são ajustados ao valor de mercado, observado o seguinte: (1) Para aqueles classificados na categoria I, a valorização ou a desvalorização são registradas em contrapartida às adequadas conta de receita ou despesa, no resultado do período; (2) para aqueles classificados na categoria II, a valorização ou desvalorização são registradas em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido. (c) Ativo Permanente: Está demonstrado ao custo, corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995, combinando com os seguintes aspectos: • A depreciação do imobilizado de uso é calculada pelo método linear, com base nas seguintes taxas anuais: imóveis de uso - edificações - 4%; máquinas e equipamentos e móveis e utensílios - 10%; e sistema de processamento de dados e veículos - 20%. • A amortização do diferido é calculada pelo método linear, no prazo de até dez anos ou segundo o prazo contratual, nos casos de benfeitorias em bens locados. (d) Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social. A provisão para imposto de renda foi constituída à alíquota de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10% sobre o lucro anual tributável excedente a R$ 240 (lucro semestral de R$ 120), e a provisão para contribuição social foi constituída à alíquota de 9% sobre o lucro ajustado antes do imposto de renda. 4. Títulos e Valores Mobiliários Categorias De 3 a12 Meses Total Títulos para negociação 9.724 9.724 Títulos disponíveis p/venda 38.895 38.895 Total 48.619 48.619 2007 2006 Valor de Valor de Valor de Tipos de Títulos Custo Mercado Valorização Mercado Letras do Tesouro Nacional 48.602 48.619 17 82.140 Total 48.602 48.619 17 82.140 O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado considerando o seu fluxo de caixa estimado, descontado a valor presente conforme as correspondentes curvas de juros aplicáveis, consideradas como representativas das condições de mercado por ocasião do encerramento do balanço. 5. Operações de Crédito: Composição do total da carteira de crédito por setor de atividade: 2007 2006 Operações de crédito: Indústria 101.678 113.930 Comércio 18.387 12.598 Outros serviços 31.230 25.450 Pessoa física 41 22 151.336 152.000 Outros créditos - carteira de câmbio: Adiantamento sobre contratos de câmbioIndústria 89.382 86.619 Comércio 32.721 30.906 Outros serviços 3.292 299 125.395 117.824 Total 276.731 269.824 Composição da carteira de crédito por faixa de vencimento das operações: 2007 2006 A vencer De 1 a 180 dias 182.834 202.566 De 181 a 360 dias 67.272 49.418 Acima de 360 dias 23.387 16.965 273.493 268.949 Vencidas De 01 a 15 dias 1.673 572 De 16 a 30 dias 1.442 – Acima de 30 dias 123 303 3.238 875 Total 276.731 269.824 De acordo com a Resolução nº 2.682/99 do BACEN, apresentamos a seguir a composição da carteira de operações de crédito e de outros créditos (carteira de câmbio - adiantamento de contratos de câmbio) com os correspondentes níveis de risco:

2007 Total de Operações % Provisão Mínima Requerida – 0,5 1,0 3,0 10,0

Créditos de Curso Normal 213.107 41 21.307 29.831 9.207 273.493

Créditos % Efetivo em Total das Total da de Atrasos Operações Provisão Provisão 1.651 214.758 494 0,23 – 41 – 0,50 1.464 22.771 278 1,22 123 29.954 1.393 4,65 – 9.207 1.010 10,97 3.238 276.731 3.175 2006 Nível Curso Provisão de Risco % Normal Atraso Total Constituída AA – 232.756 572 233.328 490 A 0,5 22 – 22 – B 1,0 18.061 – 18.061 253 C 3,0 3.781 303 4.084 221 D 10,0 14.329 – 14.329 1.433 Total 268.949 875 269.824 2.397 A movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa foi a seguinte durante o semestre: 2007 2006 Saldo Inicial 2.436 2.624 Constituição (Reversão) do Semestre 739 (227) Saldo Final 3.175 2.397 No primeiro semestre de 2007 foram recuperados créditos anteriormente baixados contra a provisão para créditos de liquidação duvidosa no montante de R$ 118 (2006 - R$ 788). 6. Transações com Partes Relacionadas Semestres findos em 30 de Junho 2007 2006 Ativo Receitas Ativo Receitas (Passivo) (Despesas) (Passivo) (Despesas) Disponibilidades 788 – (1.737) – Aplicações interfinanceiras de liquidez 47.233 (2.016) 45.191 (332) Obrigações por empréstimos (329.073) 23.008 (150.132) 11.827 Outras obrigações – (540) – (306) As transações com partes relacionadas foram contratadas a taxas compatíveis com as praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações, levando-se em consideração a redução de risco. Obrigações por Empréstimos e Repasses: As obrigações por empréstimos e repasses referem-se substancialmente a (i) captações em moeda estrangeira com o The Bank of Tokyo-Mitsubishi UFJ, Ltd.: para financiamento de operações de comércio exterior no montante de R$ 275.018 (2006 - R$ 89.610) e para repasses a clientes locais na forma da Resolução nº 2.770, com vencimentos até dezembro de 2010 no montante de R$ 54.055 (2006 - R$ 60.522) e são atualizadas pela variação cambial acrescidas de “spread” e com o Japan Bank International Cooperation - JBIC para repasses a clientes locais na forma da Resolução nº 2.770 do BACEN, no montante de R$ 14.928 (2006 - R$ 14.209) que não estão incluídas no saldo de transações com partes relacionadas e são atualizadas pela variação cambial acrescidas de “spread” e (ii) Recursos do BNDES para repasse a clientes locais no montante de R$ 8.157 (2006 - R$ 12.335). 7. Carteira de Câmbio: a) Outros Créditos - Ativo: O saldo é composto, principalmente, por câmbio comprado a liquidar - exportação no valor de R$ 467.478 (2006 - R$ 121.928), cambiais e documentos a prazo em moeda estrangeira no valor de R$ 0 (2006 - R$ 58), direitos sobre vendas de câmbio no valor de R$ 336.856 (2006 - R$ 32.661), saldo credor de adiantamentos em moeda nacional recebidos de R$ 2.597 (2006 - R$ 1.772), rendas a receber de adiantamentos concedidos no valor de R$ 1.874 (2006 - R$ 1.847). b) Outras Obrigações - Passivo: O saldo é composto, principalmente, por câmbio vendido a liquidar no valor de R$ 330.604 (2006 - R$ 32.476), obrigações por compras de câmbio no valor de R$ 483.753 (2006 - R$ 124.569), saldo devedor de adiantamentos sobre contratos de câmbio no valor de R$ 123.527 (2006 - R$ 116.039), valores em moeda estrangeira a pagar no valor de R$ 8 (2006 - R$ 1), rendas a apropriar de adiantamentos concedidos no valor de R$ 6 (2006 - R$ 62). 8. Provisão para Passivos Contingentes e Fiscais: As provisões para passivos contingentes e fiscais são reconhecidas nas demonstrações financeiras quando, baseado na opinião de assessores jurídicos, for considerado provável o risco de perda de uma ação judicial ou administrativa, gerando uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança, independentemente de existirem depósitos judiciais. Nível de Risco AA A B C D

Provisão Descrição Provisão para riscos fiscais: Tributos federais (i) Tributos municipais

2007

2006

56.380 1.171 57.551

21.449 1.135 22.584

Depósitos Judiciais 2007 2006 56.207 4.160 60.367

55.481 1.135 56.616

Provisão para passivos contingentes: Provisão cível Provisão trabalhista Outros passivos

1.929 1.763 79 79 6.694 7.016 2.377 1.179 394 1.039 – – 9.017 9.818 2.456 1.258 Total 66.568 32.402 62.823 57.874 (i) Refere-se, principalmente, a discussão judicial relacionada a cobrança de IRPJ e CSLL, decorrente das rendas a apropriar de operações de crédito em liquidação de exercícios anteriores. De acordo com a opinião dos assessores jurídicos o risco de perda para tal processo é possível. O Banco Central do Brasil, através de inspeção realizada no primeiro semestre de 2007, determinou que a provisão para passivos contingentes e fiscais relativo a esse processo fosse complementada em R$ 33.524. 9. Capital Social: O capital social é representado por 1.585.396.643 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, sendo 16.076.867 de ações de acionistas residentes no país, 22.237.369 ações em tesouraria e 1.547.082.407 ações de residentes no exterior. O estatuto social prevê a distribuição de um dividendo mínimo semestral de 6% do lucro líquido. As reservas de capital são compostas pela reserva de ágio por subscrição de ações e a reserva de ágio na alienação de ações em tesouraria. A reserva de lucros corresponde a reserva legal e é constituída na forma prevista na legislação societária, podendo ser utilizada para a compensação de prejuízos ou para aumento do capital social. A reserva estatutária corresponde a transferência dos recursos contabilizados na conta de lucros acumulados, para formação de Capital de Giro e Manutenção de Margem Operacional conforme previsto no Estatuto. 10. Instrumentos Financeiros Derivativos: O Banco possui como política a minimização de riscos de mercado resultantes de suas operações através da utilização de instrumentos derivativos. A administração dos riscos de mercado é efetuada por área independente, que se utiliza de práticas que incluem a medição, e o acompanhamento da utilização de limites previamente definidos em comitês internos, do valor em risco das carteiras, das sensibilidades a oscilações na taxa de juros, da exposição cambial, dos “gaps” de liquidez, dentre outras práticas que permitem o acompanhamento dos riscos de oscilações nos preços de ativos, nas taxas de juros e outros fatores que podem afetar as posições das carteiras da Instituição nos diversos mercados onde atua. Os instrumentos financeiros derivativos utilizados como hedge possuem sempre risco de crédito igual ou inferior àquele do instrumento financeiro coberto. O valor de mercado dos “swaps” é apurado considerando o fluxo de caixa estimado de cada uma de suas pontas, descontado a valor presente conforme as correspondentes curvas de juros aplicáveis, consideradas como representativas das condições de mercado por ocasião do encerramento do balanço. As principais curvas de taxas de juros são extraídas

dos futuros e “Swaps” negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros - BM&F, sendo que ajustes a tais curvas são efetuados sempre que determinados pontos são considerados ilíquidos ou que, por motivos atípicos, não representem fielmente as condições de mercado. Em 30 de Junho, as posições em instrumentos financeiros derivativos eram representadas como segue: 2007 Até De 91 a Futuros 90 Dias 360 Dias Total DDI Compra 132.897 5.519 138.416 132.897 5.519 138.416 35.343 DI1 Compra 14.993 20.350 14.993 20.350 35.343 DDI Venda – 7.472 7.472 – 7.472 7.472 DI1 Venda 46.189 – 46.189 46.189 – 46.189 DÓLAR Compra 1.453 – 1.453 1.453 – 1.453 195.532 33.341 228.873 Valor Valor Valor Valorização/ RefeMTM Accrual Desvalorização rencial (a) (b) (a) - (b) 7.093 4.856 4.722 134 Swap - Total Líquido CDI X US$ - Subtotal 7.093 4.856 4.722 134 Diferencial a receber – 4.856 – – Valor Valor Valor Valorização/ RefeMTM Accrual Desvalorização rencial (a) (b) (a) - (b) Swap - Termo - Total Líquido 10.644 (1.111) (1.088) (23) Diferencial a Pagar – (1.111) – – 2006 Até De 91 a Futuros 90 Dias 360 Dias Total DDI Compra – 5.923 5.923 – 5.923 5.923 DI1 Compra 3.902 1.173 5.075 3.902 1.173 5.075 DDI Venda 63.738 64.637 128.375 63.738 64.637 128.375 DI1 Venda 51.460 25.154 76.614 51.460 25.154 76.614 DÓLAR Venda 8.186 – 8.186 8.186 – 8.186 127.286 96.887 224.173 Valor Valor Valor Valorização/ RefeMTM Accrual Desvalorização rencial (a) (b) (a) - (b) 8.942 3.354 2.910 444 Swap - Total Líquido CDI X US$ - Subtotal 7.093 3.269 2.859 410 Diferencial a receber – 3.269 – – Pré X US$ - Subtotal 1.849 85 51 34 Pré X US$ - Dif. receber – 85 – – Valor Valor Valor Valorização/ RefeMTM Accrual Desvalorização rencial (a) (b) (a) - (b) 46.587 (3.329) (2.668) (661) Swap -Termo - Total Líquido Diferencial a pagar – (3.329) – – 11. Imposto de Renda e Contribuição Social: Os encargos com imposto de renda e contribuição social incidentes sobre as operações do semestre são demonstrados a seguir: 2007 2006 Resultado antes do Imposto de Renda e Contribuição Social (24.333) 9.533 Total das adições 35.756 9.553 Total das exclusões (1.843) (7.517) 11.569 Subtotal 9.580 Compensação de prejuízo fiscal (30%) (2.874) (3.471) Base de cálculo do Imp. de renda e Contrib. social após compensação 6.706 8.098 Imposto de Renda e Contribuição Social (2.268) (2.741) IRPJ e CSLL - Valores diferidos 96 337 Total do Imposto de Renda e Contribuição Social (2.172) (2.404) O Banco não constitui créditos tributários de imposto de renda e contribuição social sobre as despesas temporariamente indedutíveis e de prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social, cujos saldos dos créditos, em 30 de Junho de 2007, montam a R$ 23.713 (2006 - R$ 11.832) e R$ 28.576 (2006 - R$ 30.222), respectivamente, exceção efetuada aos ajustes decorrentes de marcação a mercado de títulos e valores mobiliários e de instrumentos financeiros derivativos, onde, considerando os curtos prazos de realização, o Banco decidiu pelo registro dos correspondentes efeitos tributários, atendendo à circular do BACEN, compreendendo ao valor de Imposto de Renda e Contribuição Social. 12. Ajuste de Marcação ao Mercado de Títulos de Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos: Conforme descrito na nota 3b o Banco registrou no resultado do semestre findo em 30 de Junho de 2007 ganhos decorrentes da avaliação a valores de mercado de Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos no montante de R$ 14 (R$ 9 líquidos dos efeitos tributários). 13. Outras Informações: a) Avais e fianças prestados montam a R$ 70.751 (2006 - R$ 90.982). b) Os patrimônios líquidos dos fundos de investimento administrados pelo Banco montam a R$ 316.134 (2006 - R$ 570.047). c) Outras receitas operacionais: referem-se substancialmente a variações negativas das operações passivas. d) Outras despesas operacionais: referem-se substancialmente a variações negativas das operações ativas. e) O Banco é patrocinador do Previda Sociedade de Previdência Privada, uma entidade fechada de previdência privada contribuindo mensalmente com um percentual sobre a folha de pagamento dos participantes, com o objetivo de complementar os benefícios prestados pela previdência social, em um plano de benefício definido, sendo esta a única responsabilidade do Banco como Patrocinador. No semestre findo em 30 de Junho de 2007, o montante dessa contribuição foi de R$ 118 (2006 - R$ 119). Em 31 de Dezembro de 2006 (data da avaliação atuarial mais recente), conforme cálculos atuariais a Previda apresenta obrigação atuarial a valor presente no montante de R$ 48.748 sendo que o valor justo dos ativos monta a R$ 57.769; conseqüentemente, conforme o disposto no artigo 49, alínea “g” da Deliberação CVM 371 de 13 de Dezembro de 2000, nenhum passivo foi consignado nas demonstrações financeiras. Segundo tais avaliações, os juros sobre a obrigação atuarial e o rendimento esperado dos ativos do plano para o ano de 2006 eram de R$ 5.099 e R$ 6.364, respectivamente. A determinação do passivo atuarial considerou as seguintes principais premissas: Taxa de desconto 10,78% a.a. Taxa de retorno esperada dos investimentos 11,30% a.a. Índice de aumento salarial estimado 7,10% a.a. Índice de reajuste de benefícios estimado 5,00% a.a.

Contador

Diretoria Akira Takeuchi Diretor Presidente

Takehiko Kimura Diretor Vice-Presidente

Aos Administradores e Acionistas Banco de Tokyo-Mitsubishi UFJ Brasil S/A 1. Examinamos os balanços patrimoniais do Banco de Tokyo-Mitsubishi UFJ Brasil S/A em 30 de junho de 2007 e de 2006 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das

Toshiya Kominami Diretor Vice-Presidente

Masaru Nakayasu Diretor

Parecer dos Auditores Independentes demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do Banco, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração do Banco, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco de Tokyo-Mitsubishi UFJ Brasil S/A

www.br.bk.mufg.jp/web-br/

Satoshi Oki Diretor

Antonio A. Hagihara CRC - 1SP187521/O-5

em 30 de junho de 2007 e de 2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 10 de agosto de 2007

Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5

Ricardo Baldin Contador CRC 1SP110374/O-0


8

Nacional Tr i b u t o s Empresas Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de agosto de 2007

5,3

CAMISARIA COLOMBO INVESTE NO E-COMMERCE

milhões é o número de cartões ativos do Citibank, após a compra de 50% da Credicard.

Fotos: Divulgação

CARTÃO JOVEM

O

jovem é o alvo de diversas campanhas e ações publicitárias de instituições financeiras. O Banco Real, com peças criadas pelas agências Talent e Lew, Lara, investe pesado no filão, com a conta universitária, que dá direito também a cartão de crédito. O Itaú busca de forma arrojada esse cliente, e agora chegou a vez de o Citibank entrar nessa disputa. Desde que formalizou a compra de 50% da Credicard, o Citi se viu, no Brasil, numa situação diferenciada: trouxe para sua base clientes de diferentes classes sociais, que não usam ternos Armani, não compram na Daslu, não falam inglês ainda e sequer querem aplicar economias em bolsas globais – apenas usam um cartão de crédito de ampla aceitação no Brasil e no mundo. O Citi levou, com a aquisição, uma base de 4 milhões de clientes, e, de quebra, o direito de exclusividade pelo nome Credicard, enquanto o Itaú reforça suas campanhas para o Itaucard, para o qual a DPZ acaba de criar novas peças. O alvo, desta vez, são promoções. A campanha da DPZ tem como mote "O Itaucard paga as suas compras", um chamariz para a promoção em que, a cada compra, o consumidor pode ter a surpresa da sorte de não ter de pagar nada e concorrer a prêmio de R$ 400 mil. Já o Citi, que ampliou sua base para 5,3 milhões de cartões ativos, decidiu conquistar o jovem. A idéia é oferecer um cartão atrelado ao entretenimento. Cintia Yamamoto, superintendente de marketing do Credicard Citi, explica que a intenção é conquistar clientes entre 25 e 45 anos, que, segundo ela, poderão responder por

20% da base de cartões nos próximos dois anos. "Para isso, criamos um cartão sob medida, em que ele tem direito a benefícios antes reservados apenas a clientes premium, como a compra de ingressos de espetáculos em nossas salas, o Credicard Hall, o Citi Hall (ambos em São Paulo) e o Citi Hall do Rio de Janeiro. Como também queremos atingir clientes fora do eixo Rio-São Paulo, nas outras localidades, a cada R$ 1,5 mil em compras no cartão, o cliente ganhará um par de ingressos para cinemas, ou poderá optar por ingressos de shows no Rio e em São Paulo." Para chegar a esse cartão, o Citi acatou até uma idéia ousada: o uso da cor roxa, bem mais fashion que as tradicionais. A campanha de publicidade que lança a novidade é assinada pela agência Fallon, que recorreu ao japonês origami para mostrar a versatilidade do novo produto, que tem como assinatura "Citi Max. Sua vida elevada ao máximo". A busca pelo consumidor jovem também levou ao surgimento da agência Na Mosca, que mantém vínculo com universitários, por meio de diretórios acadêmicos e associações de alunos, entrelaçando seus interesse com os das empresas. O sócio da Na Mosca, Lasar Segall Neto, está convencido de que esse público fará a diferença no futuro. Cintia, do Citi, afirma que "estar próximo dele, hoje, é um excelente negócio". Eles estão com tudo e no alvo. Envie informações para essa coluna para o e-mail: carlosfranco@revista publicitta. com.br

Disputa para ser Gisele

TOP MODEL

A

ROXO: Citi usa origami, em campanha da Fallon, para mostrar sua ligação com o entretenimento jovem

Palmolive assumiu o patrocínio do Mega Model e o anuncia em campanha criada pela Y&R, de Roberto Justus. O concurso mexe com aquelas que sonham ser Gisele Bündchen e seguem os passos de Carol Francischini, que venceu e conquistou as passarelas. A Rede Record é parceira do evento.

Itaú leva a "sorte" aos shoppings em ação assinada pela DPZ

DANONINHO SEM BIFINHO

O

iogurte volta à mídia em campanha criada pela Y&R. Ela adota como estratégia o depoimento de mães, médicos e crianças. O novo mote do produto, que tem conquistado presença nas mesas das classes C, D e E, segundo dados de pesquisa Latin Panel/Ibope, é "Para uma alimentação saudável". Nada do bifinho, que levou diversos consumidores a protestar contra a

propaganda desse produto no passado, alegando que estimulava a troca de refeições pelo iogurte. O depoimento de um pediatra e de uma mãe, além de crianças se deliciando, enfatizam a presença de cálcio, proteína, zinco e vitaminas no produto. O Brasil é um dos grandes mercados da francesa Danone, que difundiu no País o chamado "petit suisse", o Danoninho.

A "BOA", da Antarctica, deita no sofá da fabricante de móveis

A FAVORITA

A

Favorita, marca de móveis planejados da Única, de Bento Gonçalves (RS), escalou a atriz Juliana Paes como sua garota-

propaganda, em campanha assinada pela agência Escala. A empresa, que também é dona da marca Dell'Anno, sonha fechar o balanço de 2007 com vendas de R$ 220 milhões.

Andrea Felizolla/Luz – 28/7/2006

Rede espera colocar em breve a loja virtual entre as mais rentáveis

Camisaria Colombo estréia na internet com planos ambiciosos Kety Shapazian

A

os 90 anos de idade, a Colombo fez sua estréia na internet e inaugurou uma loja virtual nesta semana. A rede de moda masculina, com 105 lojas em 15 estados, está vendendo roupas, sapatos e acessórios pelo site camisariacolombo.com.br. A ação faz parte de um plano de expansão da empresa, que prevê a abertura de mais 14 endereços até o final deste ano. "Existe um mercado consumidor enorme que não tem acesso às lojas da nossa marca ou que prefere fazer compras virtualmente. Por isso, apostamos que as vendas pela internet serão um sucesso", afirma Patrícia Amaro, gerente de marketing da rede. Apesar de não divulgar o valor do investimento, Patrícia diz que "foi o suficiente para termos um projeto top de linha". E acrescenta: "Nós esperamos que a loja virtual esteja entre as dez mais rentáveis de toda a rede até o final do ano que vem. O e-commerce no País é recente, mas o brasileiro costuma aceitar muito bem novas tecnologias".

Um dos empecilhos para que a indústria da moda possa aderir totalmente ao comércio online é um problema que ela própria criou – a falta de padronagem nas roupas brasileiras, que faz com que uma calça 40, aqui, seja 38 ali e 42 acolá. "Duas de nossas maiores preocupações foram com o tecido e a padronagem", diz a gerente. Para o consumidor não comprar gato por lebre, o site traz a composição detalhada do tecido. A camisa de tecido maquinetado, por exemplo, é feita com 65% de algodão e 35% de poliéster. Quanto ao tamanho, o site tem um guia com medidas de calças, camisas, pólos, cintos e ternos. A calça 40 da Colombo serve para quem tem cintura de 80 a 84 centímetros. Para usar uma camisa tamanho 4, o homem deve ter tórax de 125 a 129 centímetros. Ilustrações mostram como deve ser feita a medição do corpo, mas é importante levar em conta o aviso de que os produtos podem ter alterações de até 2 centímetros. Segundo a gerente de marketing, se o cliente não ficar satisfeito, a empresa trocará a peça. O prazo de entrega do produto é de três a cinco dias.


São Paulo, segunda-feira, 27 de agosto de 2007 cassete e o vinil, o CD completou 25 anos de vida e durante estas duas décadas e meia, estima-se que mais de 200 bilhões de CDs já foram vendidos. Para os mais jovens talvez seja difícil comparar as virtudes do CD com as tais "fitas" ou mesmo com os discos de vinil, mas a qualidade da reprodução é muito melhor e com o passar dos anos o disco digital ainda ganhou novas funções como o CD-ROM e o DVD. Evolução - Com isto aparelhos de reprodução, e aí incluímos os CD Players automotivos, têm resistido às inovações tecnológicas e espera-se que tenham ainda alguns "bons anos de vida pela frente", mas, cada vez mais, estes aparelhos têm que se adaptar às evoluções de um mundo novo chamado "conectividade" que tem sua evolução baseada em downloads de músicas baixadas da internet, equipamentos reprodutores de MP3 ou ainda o iPod. Com isso, segundo o supervisor de vendas da Clarion, Eduardo Hirai, "a conectividade deixou de ser exclusividade de carros de luxo e atualmente existem no mercado aparelhos que podem ser instalados em qualquer carro e que oferecem além da tecnologia Bluetooth, leitores de mídias eletrônicas, como, pendrives, SD cards e muitas vezes tornam obsoleto o mecanismo de leitura de CD". Anti CD Player - Um dos últimos exemplos de "inimigo" deste tipo de equipamento, já lançado no Brasil, é um amplificador compacto (TH 2030) da marca Stetsom que dispensa o CD Player, permitindo a utilização do MP3, iPod ou de outro produto portátil similar, sem a instalação do reprodutor de CDs, utilizando um fio de conexão, ligado no amplificador e na saída do fone de ouvido.

A Panasonic ainda guarda em seus arquivos a foto do "velho e bom" toca-fitas

Panasonic CQC7103L: reprodução de MP3 e WMA já na linha básica

Clarion DRZ9255 com controle CeNET de Disqueteria Opcional de CD, Sintonizador de TV e Interface iPod

O subwoofer tornou-se indispensável para obter maior definição na reprodução dos graves

O Pioneer DEH-P9880BT já com processador de sinal digital

D C A R R O 17

Panasonic CQVD5005L lê arquivos DivX, DVD Vídeo e MP3 (CD-R/RW e DVDR/RW)


São Paulo, segunda-feira, 27 de agosto de 2007

D C A R R O 23

SALÃO INTERNACIONAL Divulgação

Frankfurt antecipa o futuro

A versão básica é equipada com motor V6 HDi, associado a um "Filtro de Partículas" que pode funcionar com biodiesel.

Montadora francesa apresenta o conversível-conceito Citroën C5 Airscape, com teto envidraçado Salão Internacional de Frankfurt 2007, que acontece no próximo mês, será palco da avant-premiére do C5 Airscape, o cabriolet "conceito" da Citroën. Entre outras novidades, o modelo tem sistema antiderrapante Snow Motion de última geração e dispositivo UrbanHybrid, que assegura ao carro a ausência de ruído e de vibrações ao parar o motor. O modelo tem pintura em cinza, cuja intensidade varia em função da luminosidade. A parte superior do teto conversível, totalmente composto de carbono, é envidraçada, propiciando um habitáculo cheio de luz. Este teto tem a vantagem de poder ser retirado automaticamente, sem nenhuma manipulação especial, sendo posteriormente armazenado num espaço situado no nível do porta-malas.

O

O condutor dispõe de um volante com miolo central que reagrupa, ao alcance das mãos, os principais comandos de conforto e apoio à condução (navegação, rádio, regulador e limitador de velocidade e computador de bordo). Os difusores de ar estão unidos aos mostradores e à parte superior do console, que tem a forma de uma tomada de ar como nos veículos de competição, o que destaca o caráter de potência do cabriolet. O carroconceito, que tem caixa de câmbio automática de seis marchas, também se destaca pelo seu comportamento dinâmico. A versão básica é equipada com um motor V6 HDi associado a um "Filtro de Partículas", que pode funcionar com biodiesel. Tem também uma versão top de linha, com motorização 2,7 V6 HDi de 208 cv.

O Salão de Frankfurt acontece na cidade alemã entre os dias 13 e 23 de setembro. É um dos eventos mais antigos do setor, tendo se originado numa pequena exposição em Berlim, em 1897. Foi transferido para Frankfurt em 1957 e na última edição, em 2005, recebeu mais de 950 mil visitantes.


Copa de 2014 Mundial Sub-17 Futebol europeu Blatter

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3

KAKÁ BRILHA NA ABERTURA DO ITALIANO

Wesley Santos/AE

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

O Grêmio deve anunciar hoje a transferência de Carlos Eduardo para o Hoffenheim, da Segunda Divisão da Alemanha.

Victor Fraile/Reuters

TIRA TEIMA Giampietro Sposito/Reuters

A

temporada européia começou ontem para os principais craques brasileiros da atualidade: Ronaldinho Gaúcho e Kaká, destaques da Seleção Brasileira na vitória por 2 a 0 sobre a Argélia, tiveram destinos diferentes, ao menos na primeira rodada. Para eles, a nova temporada começo como acabou a anterior. Ronaldinho teve atuação apagada no empate do Barcelona, 0 a 0 com o Racing Santander, fora de casa - e o rival ainda teve um jogador a menos

em boa parte do tempo. “Ninguém está satisfeito, temos de continuar trabalhando para vencer. Teremos muitos outros jogos difíceis como este”, avisa o camisa 10 à torcida. Dos favoritos, o Sevilla foi o que começou melhor, 4 a 1 em cima do Getafe, com um gol de Luís Fabiano. O Real Madrid marcou 2 a 1 em cima do rival Atlético, no clássico da capital. E o Valencia decepcionou: base da seleção espanhola, perdeu em casa do Villarreal, 3 a 0. Ao contrário do companheiro de banco na Seleção, Kaká,

campeão europeu e ídolo no Milan, já começou deixando sua marca: fez dois gols, um deles num pênalti polêmico, nos 3 a 0 em cima do Genoa, que comemorava o retorno à Série A italiana depois de mais de uma década. Kaká está tão em alta que seu irmão caçula, Digão, zagueiro de 22 anos, foi inscrito na equipe principal do Milan para o Italiano. A campeã Inter começou mal: empatou por 1 a 1 em casa com a Udinese, num jogo em que o goleiro Júlio Cesar acabou expulso e o gol de empate

SUB 17

B

Duelo de campeões

rasil e Gana vão se enfrentar nesta quarta-feira, às 8 h (de Brasília), em Gwangyang, nas oitavasde-final do Mundial Sub-17, que está sendo disputado na Coréia do Sul. A seleção africana ficou em segundo no Grupo F, ao bater a Colômbia por 2 a 1, ontem, em Ulsan. O Brasil foi segundo no Grupo B, depois perder para a Inglaterra, também por 2 a 1, na sexta-feira. O duelo repete duas decisões da competição na década passada: em 1995, Gana bateu

o Brasil por 3 a 2; dois anos depois, a vitória foi brasileira, por 2 a 1. Gana também foi campeã sub-17 em 1991, enquanto o Brasil se tornaria depois o maior campeão da categoria, conquistando os títulos de 1999 e 2003. Nas quartas-de-final, o vencedor de Brasil x Gana pega o ganhador do duelo entre o invicto Peru, primeiro do Grupo A, com duas vitórias e um empate, e o Tajiquistão, que ficou em terceiro no Grupo E, com uma vitória e duas derrotas.

Jean-Bernard Sieber/Reuters

OITAVAS-DE-FINAL Quarta-feira 5h Espanha x Coréia do Norte; Tunísia x França 8h Peru x Tajiquistão; Gana x Brasil Quinta-feira 5h Argentina x Costa Rica Nigéria x Colômbia 8h Inglaterra x Síria Alemanha x Estados Unidos

Fifa analisa sedes da Copa

B

NOME DE TAÇA – O presidente da Fifa, Joseph Blatter, bateu bola ontem durante um torneio que leva seu nome, realizado em sua cidade natal, Ulrichen, na Suíça. Franz Beckenbauer e Michel Platini, presidente da Uefa, também participaram da pelada.

elém, Manaus e Rio Branco encerraram ontem a série de “apresentações virtuais” das cidades que se candidataram a receber jogos da Copa do Mundo de 2014. Outras dez cidades expuseram, no Rio, por meio de vídeos, seus projetos aos inspetores da Fifa, que, se não houver surpresas, confirmará em outubro a realização do Mundial no Brasil. A ministra Marina Silva participou da apresentação de Rio Branco. O governo do Acre pretende gastar mais de R$ 400 milhões em obras, entre elas a ampliação da capacidade da Arena da Floresta, estádio recém-inaugurado, de 13.500 para 40.900 espectadores. Os analistas da Fifa, que chegaram na quinta-feira ao País, assistiram ontem à vitória do Flamengo sobre o Goiás por 3 a 1, no Maracanã, e hoje seguem para Brasília. A partir de amanhã, eles começam a viajar pelo Brasil para conhecer ao vivo a estrutura de algumas das possíveis sedes, como Belo Horizonte, São Paulo e Porto Alegre. O anúncio das 12 cidades que receberão a Copa só deve ser feito em 2008.

do adversário saiu nos acréscimos - e marcado contra, pelo zagueiro colombiano Córdoba. A Roma se deu bem, 2 a 0 sobre o Palermo, e a Juventus voltou em grande estilo à elite: 5 a 1 em cima do Livorno, com três gols do francês Trezeguet, que ameaçou ir embora antes do início da temporada. Companheiros de Seleção começaram a temporada como terminaram: Kaká e o Milan em alta, Ronaldinho e o Barcelona em baixa


24

DCARRO

São Paulo, segunda-feira, 27 de agosto de 2007

TUNING

E o Pimp my Ride chegou ao Brasil Uma parceria entre a Volkswagen e a MTV Brasil deixou seis carros com o estilo de seus proprietários versão nacional do programa Pimp my Ride, referência internacional de tuning, teve sua estréia no dia 15 de agosto e foi transmitida durante as duas últimas semanas no canal MTV Brasil. O resultado foi a apresentação de um lado diferente da personalização de carros. Para quem está acostumado a ver a customização dos veículos feita com acessórios diversos, mas sem uma identificação imediata com as características do proprietário, a edição do programa mostrou que é possível deixar o carro realmente com a "cara" do dono. As oficinas brasileiras responsáveis em selecionar os candidatos e desmontar, pintar e equipar os veículos foram a Carangos e X-Race. O desafio foi o de modificar seis modelos Volkswagen e deixá-los de acordo com os desejos, estilo e até o trabalho do seu proprietário. Para isso, não só os veículos, mas também a história dos candidatos foi levada em conta durante a seleção. Com isso, teve de tudo. Desde a instalação de um mini-cinema no porta-malas de uma Kombi até um espaço próprio para o violão sob o capô de uma Brasília utilizada por uma dupla de música folk. O vocalista da banda de rock Matanza, Jimmy, foi o escolhido para apresentar o programa por ser um aficionado pelo assunto. Em cada um dos seis episódios, um modelo Volkswagen foi modificado. Durante a apresentação do último programa um mini-episódio da série, com duração de 4 minutos, foi dedicado especialmente para a Promoção Pimp My Fox em que os apaixonados por carro concorreram a um modelo Fox exclusivo tunado a seu gosto. Durante os meses de maio e junho, 250 mil internautas acessaram a home do programa no site da MTV e puderam tunar virtualmente o modelo Volkswagen utilizando um software específico. Foi o recorde de acessos em todas as

A

Divulgação

Dá para imaginar que a foto abaixo é um "cinema" montado dentro de uma Kombi? Além dela, teve carro com mesa de carteado e uma Brasília com espaço só para o violão no porta-malas, entre outros.

promoções já realizadas pela emissora em seu site. A ganhadora do concurso foi Maria Luiza Arantes de Oliveira Molina, de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, que modificou a parte externa do modelo Fox em seu projeto chamado Purple Fashion. Internamente, as modificações foram feitas pelas equipes de tunagem do programa de acordo com a personalidade da tuneira vitoriosa. O carro tunado da vencedora está disponível, como os outros episódios, no MTV OverDrive, arquivo on line no site da emissora.

Este é o carro da ganhadora da promoção Pimp My Fox, Maria Luiza Arantes de Oliveira Molina, de Ribeirão Preto, interior de São Paulo


Fórmula 1 Atletismo Ouro Vôlei

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Keith Bedford/Reuters

4

TYSON GAY VENCE OS 100 M EM OSAKA

US Open começa hoje: Maria Sharapova quer o bi, Roger Federar tenta o quarto título consecutivo.

Umit Bektas/Reuters

Depois de fazer a pole, Felipe Massa vence de ponta a ponta o Grande Prêmio de Istambul e volta à briga pelo título da Fórmula 1, mas a distância para o líder Lewis Hamilton ainda é de 15 pontos, para alívio do inglês

F

O REI DA TURQUIA

elipe Massa ganhou a alcunha de "Rei da Turquia" depois de vencer pelo segundo ano seguido no país que só recebeu três corridas até hoje. Mais importante, no entanto, foi mostrar capacidade de reação depois do desastroso GP da Hungria e voltar à disputa pelo título da Fórmula 1. Em Is-

J

tambul, Massa fez a pole e venceu praticamente de ponta a ponta. A vitória só foi ameaçada pouco antes da segunda parada nos boxes, quando Kimi Raikkonen se aproximou perigosamente. "Não tem essa de companheiro de equipe, ele está lutando pelo Mundial como eu", afirmou Massa, que gostou do

apelido ganho no GP da Turquia. "Meu nariz não é grande como o dos turcos, mas amo esse lugar, essa gente, essa pista e suas curvas rápidas. Aqui, minha carreira começou a decolar." Agora, Massa está a 15 pontos do inglês do líder Lewis Hamilton, voltou ao terceiro lugar no Mundial e ainda acre-

Hoje é dia de Jadel em Osaka adel Gregório participa hoje, a partir das 8h30 (de Brasília), da final do salto triplo, com chances de se tornar o primeiro brasileiro a ser campeão mundial de atletismo. No sábado, primeiro dia do Mundial de Osaka, no Japão, ele saltou 17,10 m nas eliminatórias e só foi superado pelo português Nélson Évora, que marcou 17,22 m. Jadel, no entanto, é favorito: tem a melhor marca do ano, o recorde sul-americano de 17,90 m, e não terá de enfrentar o sueco Christian Olsson, atual campeão olímpico e bi mundial, que se contundiu e está fora do Mundial. "Nessa prova, buscava a classificação", afirmou Jadel, para acalmar quem se assustou ao vê-lo em segundo. "Nunca cheguei tão bem a um Mundial como desta vez." Campeã pan-americana, como Jadel, Fabiana Murer também já está na final, no salto

Dylan Martinez

Tyson Gay brilha nos 100 m, batendo até o recordista Asafa Powell

com vara. Ela ultrapassou ontem a marca de 4,55 m e garantiu sua presença na decisão, amanhã de manhã, quando enfrentará a campeã, recordista e musa Yelena Isinbaeva. Quem brilhou ontem foi o

norte-americano Tyson Gay, que venceu os 100 m rasos com 9s85, batendo o recordista mundial, o jamaicano Asafa Powell, bronze, com 9s96 – a prata foi para Derrick Atkins, das Bahamas, com 9s91.

dita no título. "Todos os campeonatos que venci no automobilismo foram assim, muito concorridos." N a M c L a re n , F e r n a n d o Alonso saiu satisfeito com o terceiro lugar "caído do céu" e Hamilton lamentou a falta de sorte, mas lembrou: "Ainda sou líder, com cinco pontos de vantagem , o que não é ruim."

MUNDIAL DE PILOTOS: 1. Hamilton (ING/M cLaren), 84; 2. Alonso (ESP/McLaren), 79; 3. Massa (BRA/Ferrari), 69; 4. Raikkonen (FIN/Ferrari), 68; 5. Heidfeld (ALE/BMW), 47; 6. Kubica (POL/BMW ), 29; 7. Kovalainen (FIN/Renault), 19; 8. Fisichella (ITA/Renault), 17 ; 9. Wurz (AUT/Williams), 13; 10. Rosberg (ALE/Williams), 9; 11. Webber (AUS/Red Bull) e Coulthard

(ESC/Red Bull), 8; 13. Trulli (ITA/Toyota), 7; 14. Schumacher (ALE/Toyota), 5; 15. Sato (JAP/Super Aguri), 4; 16. Button (ING/Honda) e Vettel (ALE/Toro Rosso), 1. CONSTRUTORES: 1. McLaren, 148; 2. Ferrari, 137; 3. Sauber, 77; 4. Renault, 36; 5. Williams, 22; 6. Red Bull, 16; 7. Toyota, 12; 8. Super Aguri, 4; 9. Honda, 1.

Meninas voltam a decepcionar

A

s meninas do Brasil encerraram de forma melancólica a participação no Grand Prix, perdendo para a China por 3 a 0 (25/21, 25/21 e 25/13), o que lhes valeu o quinto lugar. A Holanda ficou com o título, ao vencer a Rússia por 3 a 2 (21/25, 25/18, 25/13, 20/25 e 15/8), a China foi vice-campeã e a Itália levou a medalha de bronze, mesmo derrotada no último jogo pela Polônia por 3 a 0 (25/21, 25/18 e 25/19). Campeãs em 1994, 1996, 1998, 2004, 2005 e 2006, as brasileiras fizeram a melhor campanha da etapa de classificação, com oito vitórias e apenas uma derrota, mas, na fase final em Ningbo, só conseguiram uma vitória, na estréia, diante da fraca Polônia. A equipe se desestabilizou com a derrota para a Rússia, logo no segundo jogo, e depois perdeu para Holanda e Itália, antes da despe-

FIVB

Depois de perder o ouro no Pan, vôlei feminino é quinto no Grande Prix

dida contra as anfitriãs. A seleção chega ao Brasil amanhã e as jogadoras terão uma semana de folga antes dapresentação, no dia 4 de setembro para iniciar os treinos para o próximo desafio, o Campeo-

nato Sul-Americano, que será no fim do mês, no Chile. A campeã garantirá vaga na Copa do Mundo do Japão, que será disputada em novembro e valerá três lugares na Olimpíada de Pequim.


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Claus Thorsted/Reuters

As emissoras de televisão ajudaram o presidente George W. Bush a mentir para o povo americano e não fizeram perguntas difíceis. São cúmplices de Bush. Michel Moore, cineasta norte-americano ao afirmar que as emissoras dos EUA não fizeram perguntas sobre as armas de destruição em massa no Iraque

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segunda-feira, 27 de agosto de 2007

AGOSTO

2 - LOGO

27 Nascimento da Madre Teresa de Calcutá (1910-1997), missionária católica e beata, nascida na Macedônia e naturalizada indiana

P ESQUISA C IÊNCIA

Penso. E penso de novo. Cientistas europeus descobriram o circuito cerebral que faz com que os humanos controlem sua conduta impulsiva e pensem "duas vezes" antes de fazer algo. O estudo, publicado na revista Journal of Neuroscience e divulgado pela Comissão Européia, concentra-se em uma zona da região frontomedial do cérebro que se ativa quando os seres humanos começam a pensar: "Não farei isso". Segundo os autores da descoberta, cientistas da University College de Londres (Reino Unido) e da Universidade de Gante (Bélgica), esta parte do cérebro controla e limita as ações que os humanos desejam. "Muitas pessoas

reconhecem esta 'voz interior' que impede que alguém faça algo, como apertar a tecla de 'enviar' após escrever um e-mail se está chateado", afirma o professor Patrick Haggard, um dos responsáveis pelo estudo. Segundo ele, essa "reconsideração" é importante para a sociedade, pois a capacidade de adiar uma ação "evita" que as pessoas sejam "egoístas" e atuem "estimuladas por desejos imediatos". Os cientistas descobriram que uma pequena área da região frontomedial anterior do cérebro é ativada quando as pessoas refletiam sobre uma ação que tinham preparado previamente.

B ELEZA

P RÊMIO

Morador de rua em estudo Governo quer conhecer hábitos dessa população em todo o País

O

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate Fome (MDS) começa a fazer, a partir de outubro, uma contagem de população de rua. Serão cerca de 2,5 mil pesquisadores em 23 estados e no Distrito Federal. Apenas as cidades de Belo Horizonte, Recife e São Paulo não vão participar da pesquisa, pois os governos locais já fizeram o levantamento desses dados. De acordo com a coordenadora de Regulamentação da Proteção Social Especial do

MDS, Solange Martins, com a pesquisa o governo pretende elaborar projetos e programas sociais voltados para essa população. A intenção, segundo a coordenadora, é saber como eles vivem, onde moram e como são os vínculos de relação familiar. Ainda não existem políticas públicas específicas para moradores de rua. "O Bolsa Família, que é um programa de inclusão social, por exemplo, grande parte dessa população não recebe, porque não sabe ou não conhece", afirma Solange. Ela explica que já existe um

grupo composto pelo Governo Federal, pelo Movimento Nacional de População em Situação de Rua (MNPR), por várias ONGs e alguns gestores municipais, para estudar medidas voltadas para essa população. A empresa responsável pelas pesquisas será a Meta Instituto de Pesquisas de Opinião. Para fazer o levantamento, o ministério vai investir R$ 1,5 milhão. A pesquisa será concluída no final de outubro e os resultados serão divulgados durante um seminário, ainda sem data e local definidos.

Supri/Reuters

Tim Chong/Reuters

Loteria dos EUA paga 14 vezes mais

L

Um cão da raça shih tzu prepara-se para desfilar em um concurso de beleza de cães, em Cingapura.

O próximo prêmio da MegaSena, que deve ser de R$ 45 milhões, é trocado perto do prêmio da loteria Powerball, dos Estados Unidos. Lá, o próximo ganhador do concurso deve receber US$ 314 milhões ou cerca de R$ 628 milhões. O que significa isso? Que o norte-americano vencedor pode comprar 50 casas como a de Paris Hilton, no valor de US$ 6,5 milhões, enquanto o brasileiro vencedor só pode comprar três mansões. S ALÁRIO

Britânico lança a "egg machine"

Favelado pode ganhar até R$ 2 mil

O ponto ideal para cozimento de um ovo é um dilema do passado. O britânico Simon Rhymes criou o Bem Estar, um eletrodoméstico que promete cozinhar o alimento em exatos seis minutos e usando apenas o calor da luz. O produto não está à venda, pois Rhymes não fechou com nenhum fabricante. Agora, o inglês pensa em melhorar a invenção, instalando uma bateria recarregável e um controle remoto. O cozimento de vários ovos serão os próximos passos.

Estudo da prefeitura de São Paulo em parceria com a organização Aliança de Cidades, mostra que há 1.538 favelas na capital. Isso significa que perto de 2 milhões de pessoas ocupam território de 30 quilômetros quadrados de barracos. A pesquisa também mostra que há desde favelas como a da Rua Cristóvão Jacques, na zona leste, onde a média salarial é de R$ 174,80, até a Favela Beira Rio, na zona sul, onde o valor chega a R$ 2.101,40.

E M

C A R T A Z

CINEMA

A revista norte-americana de economia Forbes publicou no fim de semana que a Índia está prestes a superar o Brasil como maior produtor mundial de açúcar na safra 2007/2008. A previsão é da Organização Internacional do Açúcar (OIA). Além disso, a organização ainda espera uma produção recorde. "Neste momento, a OIA prevê que a produção bruta da Índia será de 33,15 milhões de toneladas em 2007/2008, um novo recorde e um enorme aumento de 8% em relação ao ano anterior", explicou a OIA, com sede em Londres.

FESTIVAL DE DANÇA - Garotas indonésias dançam durante o "Kota Tua", em Jacarta, que aconteceu no último final de semana. O festival faz parte de uma iniciativa do governo para atrair mais turistas para a parte antiga da cidade.

M ODA

Século 19 é fashion

S EXO

Sexo, chocolate e suas semelhanças

A

moda das ruas e dos salões de Viena de meados do século 19, quando a Áustria ditava modas, costumes e pensamentos na Europa integram a coleção de cerca de 20 ilustrações do Vienna Museum que estão disponíveis na internet. O acervo online do museu é gigantesco e a área dedicada à moda da época uma das mais ricas, mas fragmentada em diferentes páginas.

Comemoração por um bilhete de loteria premiado revela os trajes populares da época

Zuzu Angel é o filme de hoje do Iguatemi FilmeFashion, mostra de filmes com os melhores figurinos do cinema brasileiro. Shopping Iguatemi. Cinemark Iguatemi, sala 2, Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2.332, tel. 3151-4241, às16h30. Ingresso: de R$ 16 a R$ 21.

O portal do Senac-SP mudou e traz mais dados com maior facilidade de navegação. Informações sobre cursos, palestras, eventos, seminários e congressos, educação à distância, eventos, artigos sobre responsabilidade social, campanhas, lançamentos da Editora Senac, sistema de busca e consulta guiada são alguns dos itens que se pode encontrar na página. Tudo isso, é claro, além de dados sobre os produtos e serviços oferecidos pelo Senac.

www.iogear.com/main.php?loc= product&Item=GPEN100C&des=banner

www.sp.senac.br

Roupas femininas e masculinas das classes abastadas contrastam com o traje 'fora de moda'

A TÉ LOGO

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Empresas aéreas admitem reduzir assentos para aumentar espaço dentro dos aviões Governo quer aumentar o controle sobre a cadeia de produção de etanol

L

A IOGEAR lançou uma caneta digital que escreve com tinta comum e transfere textos e desenhos para o computador via USB. Um sensor de ultrassom sobre a prancheta reconhece os movimentos da mão. Por US$ 100.

http://www.isexp.com.br/si/site

A crise de fé de Madre Teresa

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Negócios em foco

Desde os tempos mais antigos, o chocolate é visto como um poderoso afrodisíaco e, para alguns, peça fundamental no jogo do amor. Agora, um recente estudo do Instituto Brasileiro Interdisciplinar de Sexologia e Medicina Psicossomática apontou que as características do sexo e o chocolate são mais estreitas do que se imaginava. De acordo com o estudo, o doce tem propriedades calmantes e libera o hormônio endorfina, responsável por elevar a auto-estima e promover o bem estar. Essas sensações, aponta a pesquisa, são parecidas com a de um orgasmo, o auge do prazer. R ELIGIÃO

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Caneta digital dois em um

Reproduções/site

content/show_cat.php?id=47343

F AVORITOS

Uma campanha publicitária que mostrava Hitler fazendo a saudação nazista com uma fatia de pizza na mão foi retirada de circulação no fim de semana na Nova Zelândia depois das queixas apresentadas pela comunidade judaica. O cartaz fazia parte da campanha publicitária da rede de lojas "Hell Pizza" ("Pizza do Inferno"), que usa diversos personagens históricos para promover seus produtos. No anúncio, que foi distribuído em painéis publicitários de quatro grandes cidades neozelandesas, era exibida a imagem de Hitler dizendo: "É possível fazer as pessoas crerem que o paraíso é o inferno". Em Christchurch, no sul do país, Hitler foi substituído pelo papa Bento XVI e pelo slogan: "O inferno é autêntico e eterno."

Brasil, em breve ex-recordista

http://dev.ar trestitution.at/frontend/

G @DGET DU JOUR

Tabu na publicidade

B RAZIL COM Z

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I NVENÇÃO

M ARKETING

Estados Unidos têm maior risco de recessão desde 2001, segundo Larry Summers

Recentes revelações sobre uma crise de fé sofrida por Madre Teresa de Calcutá não serão obstáculos a sua santificação, segundo afirmou sua sucessora na chefia da organização Missionárias da Caridade, Irmã Nirmala. A afirmação foi feita ontem na comemoração do 97º aniversário de Madre Tereza. Um livro a ser lançado em setembro contém cartas de Madre Teresa, nas quais ela afirma que se sentia sozinha e separada de Deus. Madre Teresa foi beatificada em 2003. Pelas tradições católicas, é necessário a confirmação de mais um milagre para que ela seja alçada a santa.


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DCARRO

São Paulo, segunda-feira, 27 de agosto de 2007

CUIDADOS EXTRAS

Embelezando o veículo Divulgação

É crescente a demanda por serviços automotivos, como higienização, proteção de pintura e limpeza de arcondicionado ALZIRA RODRIGUES

H

igienização, cristalização, proteção de pintura, limpeza de arcondicionado e até pequenas restaurações. Estes são apenas alguns dos serviços oferecidos pelas concessionárias e centros automotivos para garantir mais beleza ao carro e mais conforto aos usuários. Na Viamar, concessionária Chevrolet da Grande São Paulo, tem um departamento exclusivo para "embelezamento". Um dos seus principais serviços é o MaxProtect, uma proteção para pintura com tecnologia Ziebart, referência mundial em conservação automotiva. Lançado há três anos, o produto protege o carro contra intempéries, criando uma película sobre a pintura, que evita a ação de substâncias corrosivas. Segundo a gerente de Subprodutos do Grupo Viamar, Regina Maestrello, o seu custo para o cliente gira em torno de R$ 500. "A demanda tem crescido bastante. Estamos realizando cerca

Serviço de polimento da DryWash

de 300 serviços/mês, o equivalente a 20% do total de carros novos que vendemos". A empresa também oferece o serviço de limpeza Express, para higienização de bancos, carpete e porta-malas, com lavagem especial

que remove manchas e odores. Também tem o Kit Visibilidade, que consiste na aplicação de um condicionador de vidros que impermeabiliza o pára-brisa e evita o acúmulo de água. Sem água - A DryWash também atua no segmento de limpeza e conservação de veículos, oferecendo serviços rápidos e de conveniência, prestados em estacionamentos comerciais e residenciais. O seu principal diferencial é a não utilização de água em seus serviços. A lavagem, por exemplo, é realizada com o auxílio de um processo de cristalização e fragmentação das partículas de sujeira, o que evita riscos e o atrito com a superfície da

pintura. Seu custo varia de R$ 25 a R$ 40 dependendo do tamanho do carro. A empresa também faz cristalização, usando produtos que deixam uma fina película protetora impermeabilizante, que dá mais brilho e protege a pintura contra chuva ácida, poluição, maresia e raios ultravioleta. "Estamos operando no País desde 94 e nossa média anual de crescimento tem ficado acima de 50%", informa Lito Rodrigues, gerente-geral da DryWash, destacando que já são mais de 70 estabelecimentos com a marca operando internamente. Ar-condicionado - Se a beleza do carro é importante, sua manutenção


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

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A

Roendo a Grande Barreira O SEGREDO POR TRÁS DO MANIFESTO EM PROL DE QUARTIM DE MORAES por OLAVO DE CARVALHO, de Washington

MuNDOreAL

Vejamos uma por uma. Tudo o que escrevi do prof. Quartim foi o seguinte: 1) Tendo sido um dos mandantes do assassinato do capitão Charles Chandler, ele é um assassino com sentença transitada em julgado, e chamá-lo de assassino é um direito elementar de qualquer cidadão brasileiro. 2) Quartim quer a aproximação entre os esquerdistas e os militares, mas com a condição de que os crimes cometidos pelos primeiros continuem esquecidos, se não premiados, e os dos segundos sejam investigados e punidos. Afirmei isso e repito, pois é traslado fiel de suas próprias palavras e atitudes. 3 ) Ao apontar como indício da desumanidade do regime escravagista no Brasil as constantes fugas de escravos, o prof. Quartim se omite de dizer que sinal idêntico se observa, em quantidade incomparavelmente maior, na debandada geral de refugiados do regime comunista, de cuja maldade descomunal o mesmo Quartim não diz jamais uma palavra, preferindo, em vez disso, fazer a apologia de Stálin (“Um outro olhar sobre Stalin”, http://www.rev a n . c o m . b r / c a t a l ogo/0269c.htm). São afirmações óbvias

C

om evidente malícia, o PT omite, do seu relato, justamente a única frase do prof. Quartim que critiquei na sua entrevista: “Cometeríamos a pior das infidelidades à memória de nossos mortos se consentíssemos em pagar, pelas boas relações com os militares de hoje, o preço do esquecimento dos crimes cometidos pela ditad ur a. ” Essa frase é uma promessa explícita de continuar tratando de maneira desigual os crimes da esquerda e os da direita, isto é, premiando os primeiros e punindo os segundos. Ao omitir esse trecho, o PT tenta dar a impressão de que tudo ia às mil maravilhas no relacionamento amoroso entre os comunistas e as Forças Armadas. Coloquem a frase no lugar e verão que esse relacionamento não passava de uma fachada montada pela liderança comunista para enganar os militares e obter, deles, tudo em troca de nada. Com essas palavras fatídicas, Quartim deu com a língua nos dentes, evidenciando a verdadeira intenção dos comunistas, e eu, em vez de deixá-las passar despercebidas num site que só comunistas lêem, lhes dei um destaque medonho num jornal de circulação nacional.

dente ou uma Angela Guadagnin qualquer. Ele está no centro obscuro de onde emanam as grandes operações que, a longo prazo, buscam decidir o curso da História. Ele não está no show, brilhando ante os holofotes. Está no coração das trevas. O papel específico do prof. Quartim no presente estado de coisas acabou sendo revelado pela própria nota do PT. Independentemente de outras funções que possa ter no esquema comunista, ele era o homem encarregado de restaurar a esquerda militar que existia antes de 1964, fazendo das Forças Armadas, ou de uma parcela delas, um instrumento da revolução continental. Ele se preparou longamente para isso, promovendo os estudos que depois publicou na série A Esquerda Militar no Brasil e em vários artigos.

Q

Ed Ferreira/AE

T

rês menções nada honrosas mas inteiramente justas que, de passagem, fiz a João Carlos Kfouri Quartim de Moraes nos meus artigos suscitaram da intelectualidade comunista que domina as universidades neste país uma reação absurda, grotesca, desproporcionalmente histérica: um manifesto assinado por mais de seiscentos ativistas acadêmicos, que me acusam de caluniador, fascista, agente pago do governo americano e até “perseguidor político” do professor da Unicamp (maiores explicações no meu website, www.olavodecarvalho.org, sob o título Resposta aos puxa-sacos de Quartim de Moraes). Os signatários enaltecem em termos candentes as virtudes intelectuais do referido, sem dizer quais são, é claro, mas contrastando-as com a total ausência delas na minha pessoa; e, sem responder a uma só das acusações que fiz a ele, ainda têm o imensurável cinismo de alardear que a mim, não a eles próprios, faltam argumentos para uma discussão séria do assunto. O manifesto, publicado na internet, não só angariou automaticamente a adesão dos comunistas mais notórios, mas foi endossado pela direção nacional do PT e reproduzido no site oficial do partido, com as assinaturas dos srs. Ricardo Berzoini e Marco Aurélio Garcia. Tudo indica, portanto, que mexi num vespeiro, que o prof. Quartim é mais importante e mais intocável do que todos os outros esquerdistas que critiquei ao longo dos tempos. Que é que há de tão notável, de tão sacrossanto no professor da Unicamp para que até o partido governante assuma as dores dele e consinta em participar de um empreendimento ridículo no qual nenhuma autoridade respeitável jamais se deixaria envolver? O caso merece investigação. Vejamos, em busca de pistas para a solução do G Ao enigma, a obra escrita do evidenciar as prof. Quartim. Para uma intenções carreira acadêmica de maliciosas quarenta anos, ela é pífia e de Quartim, composta quase que inteicoloquei ramente de obras que ele em risco apenas organizou, não esuma das creveu (detalhe que sua bibliografia tem em comum operações com a do dr. Emir Sader). mais No conteúdo, a quase totaambiciosas de infiltração lidade compõe-se de macomunista já terial de interesse exclusivo da militância (quando tentadas não de mera propaganda nesse país. comunista), sem relevância cultural para pessoas G Ele era cujo horizonte mental vá o homem um pouco além disso. Ouencarregado tra explicação possível é de restaurar que feri os brios da tradia esquerda ção esquerdista, blasfemei contra o culto da “luta armilitar mada”. Mas esta hipótese que existia também não funciona, antes de porque já escrevi coisas 1964, um instrumento piores contra outros exguerrilheiros e ninguém da revolução perdeu o sono por isso. continental. Resta a possibilidade de Ele se que as acusações em si sepreparou jam absurdas, infundadas longamente e aptas a provocar uma para isso. justa revolta.

A maioria dos militares continua patriota . Ainda falta muito para que a obra de engenharia do prof. Quartim derrube a Grande Barreira.

em si mesmas, irrespondíveis. Que é que Quartim e seus seiscentos protetores têm a objetar a e l a s ? N a d a , a b s o l u t amente nada. Daí a raiva, o ódio impotente que, sem ter meios de agir, recorre a esse expediente pueril do “manifesto de intelect u a i s ” p a r a t e n t a r i mpressionar pelo número e intimidar pela exibição de força. Mas toda a trapaça que arriscaram é nada, em comparação com o ardil logo em seguida montado pela direção nacional do PT ao publicar sua versão d o e p i s ó d i o ( v. h t t p: / / w w w. pt . o rg . br / s it e p t / i n d e x _ f i l e s / n o t icias_int.php?codigo=2710). Registrando que minhas críticas ao prof. Quartim começaram em resposta a uma entrevista dada por ele ao site w ww.v er melho.org, o partido prossegue: “Nessa entrevista, [Quartim] aventava a possibilidade de estabelecimento de novos vínculos entre setores das Forças Armadas e a esquerda brasileira em torno de um programa nacional e democrático... Diante dos mínimos sinais de que possa haver tal diálogo democrático entre a esquerda e os militares na atualidade, Olavo de Carvalho vocifera...”

Eis aí a razão da histeria que o meu artigo provocou.

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prof. Quartim, em primeiro lugar, não é um “intelectual esquerdista” comum e sobretudo não é um membro do PT. É um dirigente do Partido Comunista – organização internacional infinitamente mais poderosa do que mil PTs. É regra básica do movimento comunista que a sua atuação se desenvolva sempre em dois planos simultâneos: um, notório e público; o outro, discreto e, em caso de necessidade, clandestino. O comando estratégico está sempre, por definição, na parte discreta, mesmo em épocas de tranqüila liberdade. Quando uma figura de intelectual comunista aparentemente secundária e modesta como a do prof. Quartim se revela, de repente, mais valorizada do que o próprio presidente da República (a quem chamei até de parceiro de narcotraficantes sem que ninguém perdesse o sono por isso), o que o episódio torna claro é que o personagem tem alguma função essencial na parte discreta da estratégia comunista. Ele não é um garoto-propaganda como o nosso presi-

ue a infiltração comunista nas Forças Armadas conseguiu alguns resultados efetivos nos últimos anos, é a coisa mais evidente do mundo. A transformação da ESG em megafone da esquerda prova-o da maneira mais evidente. A passividade dos militares ante a escalada subversiva, que em épocas mais saudáveis eles já teriam interrompido com um simples pronunciamento de generais, mostra que a intoxicação comunista conseguiu, pelo menos, espalhar no meio castrense uma espécie de paralisia. Mas a conquista ainda estava longe de ter alcançado seus objetivos. A maioria absoluta dos militares brasileiros continua patriota e conservadora como o era em 1964. Ainda faltava muito para que a obra de engenharia concebida pelo prof. Quartim alcançasse o sucesso pretendido, pondo abaixo, mediante lisonjas e promessas, a Grande Barreira – como a chamou, num livro memorável, o general Agnaldo Del Nero Augusto -que sempre se opôs à transformação das Forças Armadas em instrumentos da subversão comunista. A Grande Barreira foi roída, mas não derrubada.

A

o evidenciar as intenções maliciosas e traiçoeiras com que Quartim e seus colaboradores tentavam seduzir os militares, coloquei em risco uma das operações mais delicadas e ambiciosas de infiltração comunista já tentadas nesse país. Eis o motivo do pânico que meus artigos espalharam entre os ativistas acadêmicos. Confesso que, ao escrever aquelas menções ao prof. Quartim, eu ainda não tinha me dado conta de nada disso. Se violei um segredo tenebroso, foi inteiramente sem querer. Foi a própria reação desproporcional e psicótica dos comunistas que me fez notar que eu havia acidentalmente tocado em algum ponto muito secreto e muito dolorido do esquema revolucionário comunista. Deus escreve direito por linhas tortas.

ANTONIO DELFIM NETTO CUIDADO COM AS AGÊNCIAS

H

á uma incompreensão muito grande (dentro e fora do governo) quanto ao papel das Agências Reguladoras, suas atribuições e obrigações como instrumentos do Estado. As agências fazem parte de todo um sistema institucional que foi sendo montado ao longo dos últimos 30 a 40 anos para restringir as arbitrariedades do Poder Executivo, que periodicamente ocupa o papel do Estado. O governo não é o Estado. O Estado é permanente, ao passo que os governos são passageiros: FHC foi um passageiro de oito anos, Lula é um passageiro há cinco anos e vai ficar mais três. Esse trânsito passageiro não pode ser usado para alterar os objetivos finais da sociedade, determinados pela Constituição. É assim que existe a autonomia do Banco Central, é por isso que existe a Lei de Responsabilidade Fiscal. São instrumentos que impõem ao Poder incumbente – que naquele instante representa o Estado restrições à sua ação.

Q

uando houve as privatizações, absolutamente necessárias diga-se de passagem, foi preciso criar as agências para regular as atividades que até então eram monopólios do Estado. Em geral, essa passagem do setor público para o setor privado é extremamente complicada, pois exige a regulamentação das ações num novo processo. Foi assim que nasceram as agências: elas passaram a existir com a função de regular as atividades num setor que antes era de administração estatal. Para que o sistema funcione, é crucial que os agentes sejam escolhidos sem submissão às pressões políticas. Os governos têm que ser absolutamente responsáveis na hora da indicação porque, se nada mais aconselhasse bastante prudência, eles teriam que mostrar competência em sabatinas no Congresso.

qui há dois erros. O maior deles, o erro fundamental é indicar para dirigir setores de atividades vitais no País, companheiros sem habilitação profissional, pela velha ou nova amizade: por exemplo, entregar a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) a um personagem cuja principal característica era ter sido ex-passageiro dos aviões da VASP. O segundo problema é no Senado. O Senado não vem cumprindo o seu papel. Não há como aceitar por mais tempo a docilidade com que uma comissão do Senado examina os currículos dos que são indicados para membros das agências.

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Executivo pode indicar a porcaria que quiser, mas é o Senado quem tem que dizer, "olha, porcaria nós não engolimos" e rejeitar a indicação. É curial perceber quando a indicação é inadequada. O que não pode é funcionar na base do troca-troca de nomes e interesses, sem aprofundar o exame da competência. E depois que elege a incompetência, não é lícito pretender mudar agora a Lei das Agências para autorizar amplamente as demissões. Para aqueles que não cumpriram as incumbências de seus mandatos, o próprio Senado já tem o instrumento necessário: chamar o agente, exigir o cumprimento das metas e, se não satisfizer, recomendar a substituição. É assim que funciona no resto do mundo. Essa nova lei, se permitir a simples demissão, vai eliminar a função das agências, tornará menos eficiente o sistema econômico e reduzirá o nível dos investimentos. Produzirá um retrocesso institucional, um passo atrás em áreas críticas para o desenvolvimento brasileiro. ANTONIO DELFIM NETTO É PROFESSOR EMÉRITO DA

FEA/USP. EX-MINISTRO DA FAZENDA, DA AGRICULTURA E DO PLANEJAMENTO CONTATODELFIMNETTO

@TERRA.COM.BR

G O Executivo

pode indicar a porcaria que quiser, mas é o Senado quem tem que rejeitar a indicação. O que não pode é funcionar na base do troca-troca.

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


São Paulo, segunda-feira, 27 de agosto de 2007

DCARRO

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CUIDADOS EXTRAS Fotos: Pablo de Sousa

é essencial. A empresa Air Shield, de Taubaté, interior paulista, acaba de lançar uma tecnologia inédita para limpeza e higienização de ar-condicionado automotivo. O sistema consiste na colocação de uma pequena câmera digital conectada a um microcomputador na serpentina da caixa de distribuição do equipamento. Assim, a sujeira pode ser visualizada na tela e, em seguida, é introduzida uma sonda para a aplicação do Air Shield, desenvolvido pela própria empresa. A operação é finalizada com a retirada dos resíduos pelo dreno do equipamento do carro. A limpeza completa leva cerca de

A Viamar realiza serviços variados, como a proteção de pintura

40 minutos e custa R$ 60. A invenção, batizada de Base Móvel de Higienização Automotiva, foi idealizada pelo empresário Assis Francisco da Silva quando teve de fazer uma endoscopia. “Trabalho com a manutenção de ar-condicionado há mais de 20 anos e pensei que, se pudesse ver a sujeira acumulada no equipamento, o processo de limpeza seria facilitado”, explica Assis. “Isso sem contar que as imagens impressionam o proprietário do veículo. As pessoas não fazem idéia de tudo que se acumula no arcondicionado”, afirma. O sistema está disponível para venda a concessionárias, postos de gasolina, oficinas mecânicas, centros automotivos e para outros interessados em adquirir a máquina.


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Congresso Planalto Sucessão CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Temos de manter a regra da boa convivência nas eleições municipais para não prejudicar a coalizão nacional. Michel Temer

PT SEM CANDIDATO MAJORITÁRIO EM 2010

Marcos D´Paula / AE - 02/08/07

Antonio Cruz/ ABr - 17/07/07

Eymar Mascaro

Luz amarela

A Quando um dirigente político começa a pensar que é imprescindível, que ele é insubstituível, começa a nascer um ditadorzinho. Presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao jornal "O Estado de S.Paulo"

A política é um jogo de alternâncias. É saudável o presidente (Lula) perceber isso. Luiz Jorge Werneck Vianna, do Instituto Universitário de Pesquisas do Estado do Rio de Janeiro (Iuperj)

LULA SINALIZA APOIO A CANDIDATO FORA DO PT

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presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não tentará um terceiro mandato consecutivo, mas que vai tentar influenciar na escolha de seu sucessor, que p o d e r á v i r d e f o r a d o P T. "Quando um dirigente político começa a pensar que é imprescindível, que ele é insubstituível, começa a nascer um ditadorzinho", disse Lula. Em entrevista ao jornal "O Estado de S.Paulo" de ontem, Lula jogou água na fogueira petista. "Ser do PT ou não ser do PT é um problema que o partido vai ter de decidir", afirmou.

"Mas o importante é que o PT esteja disposto a conversar, e que a gente construa a possibilidade de ter uma candidatura única da base (aliada)." Ele mencionou o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e Ciro Gomes, do PSB, como pessoas a serem observadas. "Também é possível que o Brasil tenha uma mulher na Presidência", disse, sem citar nomes. Sua ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, é uma das mulheres mais influentes hoje. Nas conversas mantidas com governadores e dirigentes do PT, na semana passada, Lula fez um apelo: pediu esfor-

Roosewelt Pinheiro/AE - 31/01/2007

Temer: boa convivência nas eleições municipais

ço concentrado para que o 3º Congresso do partido, que começará na próxima sexta-feira, não aprove a defesa veemente da candidatura própria à sua sucessão em 2010. Coalizão – "Temos de manter a regra da boa convivência nas eleições municipais para não prejudicar a coalizão nacional", afirmou o deputado Michel Temer (SP), presidente do PMDB, partido aliado. "Se depender de mim, a proposta de candidatura própria em 2010 não aparecerá na resolução do Congresso", emendou o deputado Ricardo Berzoini (SP), presidente do PT.

Lula, que foi eleito em 2002 e reeleito no ano passado, disse que em 2010, "vou fazer meu coelhinho assado, que faz uns cinco anos que eu não faço". Pela lei – Apesar de a Constituição Federal proibir um terceiro mandato consecutivo, Lula poderia angariar apoio político para mudar a lei, conforme fez seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso, que aprovou uma emenda permitindo a reeleição para um segundo mandato. "Quero chegar forte ao fim do mandato para ter influência no processo sucessório. Não ficarei neutro", disse Lula. (Agências)

Marcelo Casal Jr/ABr - 20/07/2004

Democracia ganha com alternância

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Berzoini: sem exigência de candidatura própria

afirmação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, de que não pretende ser candidato em 2010 é muito importante para o sistema democrático brasileiro, avaliou ontem o cientista político Luiz Jorge Werneck Vianna, do Instituto Universitário de Pesquisas do Estado do Rio de Janeiro (IUPERJ). "A política é um jogo de alternâncias. É saudável o presidente perceber isso." Segundo Vianna, Lula será uma peça fundamental no jogo das próximas eleições presidenciais enquanto seu partido, o PT, terá papel secundário. "O PT ficou um partido pequeno perto dele. Aconteceu o mesmo com Getúlio Vargas e o PTB", lembrou. Um dos sinais de que essa distância cresce a cada dia, para o pesquisador, é a defesa de Lula de uma candidatura única da atual base governista. "Ele quer fazer um sucessor, e isso significa encontrar um candidato que reúna as forças que sustentaram o governo nos oito anos de mandato", explicou Vianna. A volta do escândalo do mensalão ao noticiário, com o julgamento da denúncia contra os 40 acusados no Supremo Tribunal Federal (STF), iniciado semana passada, não deve atrapalhar os planos do presidente de fazer um sucessor, avaliou Vianna. Porém ajudam a deixar o PT, legenda duramente atingida pelas denúncias, ainda mais fragilizado e fora do centro das decisões. Assim como Lula, Vianna considera cedo para se falar em um nome de candidato para a base governista em 2010. Segundo ele, muita coisa ainda vai acontecer até lá, e 2008 será um ano importante, em que as possibilidades vão se estreitar por causa do jogo em torno das eleições municipais. (AE)

ssociações de moradores de bairros da capital paulista estão sendo atraídos pelo prefeito Gilberto Kassab, segundo constatação de petistas encarregados de cuidarem da imagem do partido na cidade. Essas comunidades exercem influência nos eleitores que moram sobretudo na periferia. O PT começa a se preocupar com o avanço do prefeito no fundão da cidade, porque no ano que vem haverá eleição à prefeitura de São Paulo. O PT sempre foi um partido forte na periferia, principalmente entre eleitores das classes C e D e não pretende perder a hegemonia para nenhum adversário.

SOBREAVISO

DIVISÃO

Petistas que são ligados a Marta Suplicy estão permanentemente em contato com lideranças de bairros porque admitem que a ministra pode ser candidata novamente à Prefeitura. Uma das constatações é que o prefeito Gilberto Kassab está avançando rapidamente nos bairros da Capital.

A divisão de votos que deverá ocorrer se o exgovernador Alckmin e o prefeito Gilberto Kassab forem candidatos, interessa ao PT. As pesquisas revelam que tanto o tucano como o democrata perdem votos quando ambos são relacionados como candidatos nas pesquisas. O governador José Serra quer evitar a divisão.

INFLUÊNCIA Eleições anteriores revelaram que as lideranças de bairros são decisivas nas campanhas dos candidatos, sobretudo na sucessão do prefeito. O PT é o partido que mais se projeta na periferia, mas sua base eleitoral nos bairros está sendo minada pela ação do atual prefeito.

REPETIÇÃO A divisão de votos preocupa também o PT, principalmente Lula. O presidente não quer que partidos aliados, como PDT, PSB e PCdoB lancem candidatos próprios a prefeito em São Paulo. Lula sugere que os três partidos apóiem o candidato do PT.

ENSAIO

ENCONTROS

Os bairros são visitados constantemente pelos petistas, principalmente o grupo que luta por nova candidatura de Marta Suplicy. O avanço de Kassab na periferia tem refletido nas pesquisas que os partidos recebem e o fato já preocupa a cúpula do PT.

A preocupação de Lula aumenta à medida que lideranças do PDT, PSB e PCdoB se reúnem para discutir o possível lançamento de candidato próprio. Se o candidato for do PDT, seria Paulinho Pereira; se for do PSB, a escolha recairia em Luiza Erundina, enquanto no PCdoB a candidatura seria de Aldo Rebelo.

VOTAÇÃO A tradição é que os prefeitos em São Paulo são eleitos com o grosso da votação nos bairros da periferia. Dos oito milhões de votos centralizados na Capital, a maioria está concentrada nas regiões mais populosas e afastadas do centro, como, por exemplo, os fundões das zonas Leste e Sul.

MAIS UM Além de Kassab, o PT constatou também a presença –menos ostensiva – de tucanos trabalhando os eleitores da periferia. São tucanos que apostam na candidatura de Geraldo Alckmin. O exgovernador lidera as pesquisas e está sendo pressionado para assumir a candidatura, já.

FUTURO Enquanto Marta Suplicy faz declarações de que não pretende ser candidata à Prefeitura, Alckmin prefere deixar a decisão para o ano que vem. Nem petistas e nem tucanos acreditam em Marta e Alckmin, pois acham que os dois serão candidatos em 2008.

INSISTÊNCIA O impasse continua no PSDB: o governador José Serra mantém sua posição contrária à candidatura de Alckmin. O governador prefere que o partido feche com a reeleição de Kassab, para obter o apoio dos democratas na eleição presidencial de 2010.

PRESIDENCIAL A eleição para a prefeitura na Capital paulista preocupa os grandes partidos que vão disputar a eleição presidencial de 2010, principalmente os adversários tradicionais – PT e PSDB. O presidente Lula pediu ao PT a reconquista da Prefeitura da Capital, que em 2010 deve contabilizar cerca de 10 milhões de votos.

DIVÓRCIO PSDB e democratas podem desfazer a aliança que os une há muitos anos, por causa da briga pela escolha do líder da minoria na Câmara. O cargo ficou vago com a morte do deputado Júlio Redecker, uma das vítimas do acidente com o avião da TAM. Os dois partidos lutam para fazer o sucessor.

PREJUÍZO Se a aliança for desfeita, PSDB e DEM lançarão candidatos próprios às prefeituras dos principais centros, sobretudo nas capitais. O divórcio pode facilitar a tarefa dos tucanos que em São Paulo brigam para impor a candidatura do ex-governador Geraldo Alckmin.


Congresso Planalto Assembléia CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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VETOS TRANCAM OS TRABALHOS NO LEGISLATIVO

Boa parte do que se produz no Legislativo brasileiro é trabalho jogado fora, porque tem um custo. Rui Tavares Maluf

Ricardo Teles

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

VETOS TRAVAM PAUTA DA ASSEMBLÉIA

Sergio Kapustan

P

ouco mais de seis meses depois de tomar posse, os deputados paulistas ainda não encontraram uma forma de destravar a pauta dos vetos do governo do Estado aos projetos de iniciativa do Legislativo. A situação desagrada parlamentares de todos os partidos devido às críticas de que o parlamento é lento e tem baixa produtividade. Há quase 300 vetos na fila aguardando uma deliberação (manutenção ou derrubada da proposta). De modo geral, quando o veto é derrubado, cabe ao Legislativo promulgar a lei. Pelo andar da carruagem, no entanto, o cenário não é dos mais promissores. Na semana passada, por exemplo, os parlamentares só conseguiram derrubar um veto e aprovar dois projetos de deputados. O veto derrubado foi de um projeto do deputado Conte Lopes (PTB), que obriga o uso de logotipo e telefones nas ambulâncias, com a indicação do hospital a qual pertencem ou

das empresas prestadoras de serviços de remoção. O deputado não soube informar em plenário a justificativa do veto. O Executivo veta os projetos de forma total ou parcial. As justificativas são as de que os parlamentares não podem legislar em matérias que dizem respeito ao Executivo;

ras. O presidente Vaz de Lima (PSDB) aguarda um estudo encomendado à comissão especial de reforma do Regimento Interno. A idéia é acelerar a tramitação. "Sem modernizar o Regimento, não há como limpar a pauta", justifica. Enquanto o estudo não é concluído, o jeito é costurar

Rafael Hupsel/AE/03.03.2000

Simão Pedro, líder do PT, fala em "preconceito" por parte dos tucanos

ou então que as propostas se sobrepõem às funções de ministérios e secretarias. No caso da Assembléia, para piorar a situação, o Regimento Interno determina que cada veto seja discutido por 12 ho-

acordos para encurtar a discussão, o que exige muita paciência porque significa ter de enfrentar críticas de todos os partidos. Debate – A oposição, principalmente o PT, acusa o PSDB –

Leonardo Rodrigues/Hype/12.01.06

que governa o Estado desde 1994 e controla a presidência da Assembléia Legislativa – de agir com preconceito em relação aos projetos que apresenta. Além disso, o PT critica a interferência excessiva do Palácio dos Bandeirantes. Os projetos do governador José Serra (PSDB), quando protocolados em regime de urgência (45 dias de tramitação), remetem os projetos de deputados a segundo plano. Simão acrescenta que a derrubada do veto não significa que a lei sairá do papel. Segundo o petista, o governo recorre à Justiça para derrubar a lei ou não toma providências para regulamentar o texto aprovado. "Na visão dos tucanos, a Assembléia é uma casa só para aprovar projetos do Executivo", reclama o líder do PT, Simão Pedro. Uniformidade – Por conta disso, a bancada quer promover um seminário com especialistas para uniformizar uma posição. "A idéia é definir o que pode e o que não pode ser aprovado", explica. O líder do governo na Assembléia, Barros Munhoz (PSDB), rebate o adversário. "Não há interferência do Executivo na produção legislativa", garante. O problema, segundo ele, está nas comissões da casa que não trabalham direito.

Conforme o deputado, o que ocorre é que as propostas apresentam falhas legais, falhas de estrutura, o que obriga o Executivo a vetá-las. "Há um círculo vicioso que precisa ser en-

frentado", afirma. Para o tucano, sem fazer um acordo suprapartidário, o choque de poderes continuará. "Defendo que se acabe com esse faz-de-conta", diz.

Paulo Pampolin/Hype/27.06.07

Vaz de Lima, presidente da Assembléia: modernização do Regimento

Barros Munhoz (PSDB), sobre as 'falhas legais' dos projetos: "Defendo que se acabe com esse faz-de-conta."

Projetos exóticos. E descartáveis.

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ara o cientista político Rui Tavares Maluf, o grande volume de vetos parados na pauta da Assembléia é ruim para a imagem do Legislativo. "Uma boa parte do que se produz no Legislativo brasileiro é trabalho jogado fora porque tem um custo. Gasta-se com energia e funcionários, por exemplo", diz o especialista. Na sua avaliação, grande parte dos projetos tem como objetivo dar uma satisfação ao eleitorado e não estão atrelados às políticas públicas já em vigor no País. Exemplos não faltam (veja gráfico). O projeto que proíbe charutos em recintos fechados, do deputado Bispo Gê, de dois artigos, foi vetado porque já existe legislação em

vigor desde 2003. Além disso, o texto não define os locais e não impõe sanção caso haja o descumprimento de suas disposições. O projeto que institui a "Semana de Prevenção a Brincadeiras Perigosas", como soltar balões e uso de fogos de artifícios, do petista Enio Tatto, foi vetado porque bate de frente com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Outro projeto, de Baleia Rossi (PMDB), cria o DisqueEcologia para registrar denúncias contra o meio ambiente. A Ouvidoria Ambiental, da Secretaria do Meio Ambiente, já recebe reclamações e denúncias. "Há projetos que são redundantes. Uma forma de resolver o

problema, por exemplo, é apresentar propostas conjuntas, assinadas por um grupo de deputados, pois é melhor discutido", defende Rui Tavares. O presidente da Assembléia, Vaz de Lima (PSDB), defende a instituição. Para o tucano, vetos do Executivo não significam descarte. "Numa democracia não se pode jogar iniciativas fora. Há um caldo de cultura que está se formando", diz, referindo-se à aprovação de projetos. Em seu entendimento, uma proposta não pode ser abandonada só porque tem vícios constitucionais. "Uma coisa boa agora pode se transformar numa boa coisa no futuro", conclui o tucano.

Escritório de Advocacia atuante nas áreas: - Trabalhista; - Empresarial; Pereira Leite e Ribeiro Advogados Associados - Tributário; Rua Tagipuru, 235 - cjs. 122/123 - Cível; Barra Funda - São Paulo - SP - Família Cep: 01156-900 - Fone/Fax:(11) 3822-0602 E-mail: flavioaugusto@pereiraleiteeribeiro.adv.br Site: www.pereiraleiteeribeiro.com.br


Um taxista paga R$ 241,65 de CPMF por ano. Artistas, R$ 161,10. O cálculo é do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário. Seu presidente, Gilberto Amaral, fala hoje na ACSP. E 1 e 2 Ano 83 - Nº 22.447

São Paulo, segunda-feira, 27 de agosto de 2007

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição concluída às 23h30

w w w. d co m e rc i o. co m . b r

Mensalão em dia decisivo no STF Página 3

Como conquistar um(a) bilionário(a)

Cruze o portal do futuro da Liberdade Cidades 1 e 2

(Veja vídeos em nosso site)

Economia 2 Umit Bektas/Reuters

ESPECIAL

Guia para o seu carro rodar feliz

Pablo de Sousa

John Kolesidis/Reuters

Uma tragédia grega Página 8

Massa dá lição de auto-estima

Fez a pole e venceu quase de ponta a ponta na Turquia. Confiante, ele reagiu ao fracasso do GP da Hungria e está no páreo da F-1. Esporte HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 26º C. Mínima 15º C.

AMANHÃ Nublado com chuva Máxima 21º C. Mínima 15º C.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Internacional

John Kolesidis/Reuters

FOGO OLÍMPICO Mulher borrifa água em seu jardim enquanto o incêndio destrói floresta no fundo de sua casa, na região de Peloponeso

O

incêndio que consumiu ontem pelo terceiro dia consecutivo grandes áreas florestais do sul da Grécia — considerado um dos piores incêndios florestais mundiais nos últimos 100 anos —, matou 58 pessoas e deixou mais de uma centena de feridos horas antes de atingir as imediações da cidade de Olímpia, berço dos antigos Jogos Olímpicos e importante sítio arqueológico. Vilas inteiras foram destruídas pelo incêndio, o que pode fazer com que o número de vítimas fatais seja ainda maior, à medida que novos focos estão surgindo sem que os demais se-

jam controlados. Os bombeiros trabalharam em seu limite para apagar os cerca de 42 focos de incêndio em atividade — desde sexta-feira, mais de 200 focos foram detectados no país. A Grécia declarou estado de emergência depois de três dias de fogo. Segundo o porta-voz dos bombeiros, Nikos Diamandis, "mais da metade do país está em chamas". A maior parte dos focos de incêndio estava concentrada nas montanhas do Peloponeso, no sul da Grécia, e na ilha de Évia, localizada ao norte de Atenas, onde cinco mortes foram confirmadas. Pelo mar e pela terra, autoridades evacuaram centenas de

pessoas que ficaram presas em vilas, hotéis e resorts. Na antiga vila de Olímpia, que possui cerca de 2.800 anos de idade, as chamas atingiram um dos cantos do antigo estádio olímpico, queimando a grama e incinerando as árvores. A polícia bloqueou estradas e helicópteros e aviões de combate a incêndios sobrevoavam a região, jogando água e espuma sobre as ruínas. "Os ventos estão tão fortes que eu não sei se o sistema contra incêndio do sítio irá deter o fogo", disse Costas Sofianos, prefeito de Olímpia. Apesar do sistema ter sido ativado, parte dele não estava funcionando. Nessa região, a fumaça escu-

ra que bloqueou o sol podia ser vista por 100 quilômetros. Também ali foram encontradas a maior parte das vítimas fatais. Os bombeiros informaram que algumas árvores do sítio arqueológico foram queimadas, mas que o museu estava seguro, protegido por cinco caminhões especiais. O Ministério da Cultura afirmou que "todos os meios estão sendo utilizados" para salvar a região e que o Exército já foi convocado para criar um área sem árvores que detenha o incêndio. Ajuda Cerca de 4 mil soldados, auxiliados por helicópteros militares, ajudavam no trabalho dos

bombeiros. Pelo menos 12 países estão enviando reforços e seis aviões especiais no combate de incêndios foram enviados pela França e pela Itália. Espanha, Portugal, Noruega, Sérvia, Alemanha, os Países Baixos, Romênia e Israel também estão enviando ajuda. A Rússia já está com uma equipe no país ajudando no combate a incêndios desde o fim de julho. A União Européia informou no domingo que a resposta de seus membros ao incêndio na Grécia foi a maior oferta de assistência para um país membro desde que a UE criou seu mecanismo de proteção civil, em 2001. (AE)

Reuters

Iraque ensaia coalizão íderes sunitas, xiitas e curdos anunciaram ontem ter chegado a um consenso sobre algumas leis vistas por Washington como fundamentais para promover a reconciliação nacional no Iraque. A aparição do primeiro-ministro Nuri al-Maliki na tevê iraquiana, ao lado dos principais líderes de oposição, foi uma rara demonstração de união em um momento em que o apoio ao governo vem desmoronando. A falta de avanços políticos tem frustrado o governo de George W. Bush, que vem exigindo maior empenho do governo antes de apresentar ao Congresso um importante relatório sobre o Iraque em setembro. Autoridades disseram que os líderes assinaram um acordo que alivia restrições à entrada no Exército ou no funcionalismo público de exintegrantes do partido sunita Baath, de Saddam Hussein. Outras fontes disseram que um consenso foi alcançado para a realização de eleições provinciais e para a libertação de mais presos

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Mega-operação prende sunitas na cidade de Bakuba; o novo acordo prevê a libertação de prisioneiros

NO ESCURO Milhares ficaram sem luz na região central dos EUA devido a fortes tempestades

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recuperando-se, escrevendo e participando das grandes decisões do país. Impaciente, Chávez afirmou ontem em seu programa semanal na tevê que não comentaria mais "sobre os boatos que cercam Fidel Castro". A coluna publicada ontem no jornal trouxe um longo artigo sobre a política de Cuba antes de sua revolução em 1959. (Reuters)

publicamente uma nova criação: uma "bomba inteligente" de 900 quilos. Batizada de Qassed (ou "Mensageiro"), pode ser teleguiada a partir de aviões F-4 e F-5. O Irã raramente dá detalhes de suas invenções armamentistas. (Agências)

INVESTIGAÇÕES

A Reuters

AFP

jornal "Juventud Rebelde" publicou ontem um artigo histórico do líder Fidel Castro, cuja longa ausência gerou especulações entre cubanos exilados em Miami, na última semana, de que o presidente afastado teria morrido. Fidel, que completou 81 anos no dia 13 de agosto, não aparece em público desde que passou por uma cirurgia intestinal em julho do ano passado e entregou o poder para o irmão Raúl Castro. Autoridades cubanas e o aliado Hugo Chávez, presidente da Venezuela, insistiram na semana passada que Fidel continua

"BOMBA INTELIGENTE" É NOVA APOSTA DO IRÃ

o mesmo dia em que acusou os EUA de tentar arruinar suas negociações com a Agência Internacional de Energia Atômica, o governo iraniano apimentou ainda mais as discussões sobre seus planos armamentistas ao apresentar

O

SUBMERSA As fortes chuvas que atingem o sudoeste chinês há 5 dias já mataram 13 pessoas

Krishnendu Halder/Reuters

FIDEL DESMENTE BOATO E PUBLICA UM NOVO ARTIGO

Ó RBITA

que vêm sendo mantidos sem acusação — uma exigência dos árabes sunitas, já que a maioria dos detentos pertence a essa comunidade. Yasin Majid, assessor de imprensa do primeiro-ministro, disse que os líderes endossaram ainda uma nova lei sobre a exploração de petróleo que já havia sido acertada pelo gabinete mas que falta passar pelo Parlamento. Essa legislação é vista como uma das medidas mais importantes congeladas em razão de disputas políticas entre Maliki e os partidos opositores. Reação O premiê iraquiano reagiu ontem às críticas que vem recebendo da pré-candidata à Casa Branca, Hillary Clinton, e do senador Carl Levin, que defendem a sua saída do cargo como forma de trazer estabilização ao Iraque. "Há algumas autoridades que olham para o Iraque como se fosse um de seus vilarejos. Hillary Clinton e Carl Levin são democratas e devem demonstrar democracia". (Reuters)

utoridades da Índia responsabilizaram militantes islâmicos do Paquistão e de Bangladesh pela explosão de duas bombas em um restaurante popular e um parque de diversões na cidade de Hyderabad, sul do país, no

último sábado, em atentado que matou 42 pessoas. O governo não divulgou provas nem o nome dos grupos, mas a mídia local informou que a Harkatul Jihad Al-Islami, de Bangladesh, estaria por trás do atentado. (AE)


Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO

1 MAIS NA INTERNET: www.dcomercio.com.br J Confira alguns exemplos de arte eletrônica para

ruas, calçadas e vitrines do bairro da Liberdade.

Liberdade em japonês e chinês

HI-TECH FAZ LIBERDADE NAVEGAR NO TEMPO Projetos de restauração da Liberdade, a serem apresentados à Prefeitura, preservam a identidade oriental da região, descaracterizada pela lei Cidade Limpa. A alta tecnologia será a tônica principal das propostas.

Liberdade em coreano

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Rejane Tamoto

Fotos: reprodução Kallipolis Arquitetura

O portal (ou tori) principal do novo bairro da Liberdade, proposto pelo arquiteto Márcio Lupion, da Kallipolis Arquitetura, em parceria com a agência de marketing digital One. Idéia é mesclar alta tecnologia e tradição.

A

identidade oriental das ruas do bairro da Liberdade, desfigurada pela lei Cidade Limpa, poderá ser devolvida à comunidade e aos turistas totalmente restaurada e de acordo com a legislação. As idéias de dois arquitetos e professores do Mackenzie para renovar o bairro não se limitam a devolver às fachadas do comércio os ideogramas japoneses, chineses e coreanos. Tal como a filosofia oriental, trata-se de projetos de reconstrução, ou melhor, de construção de um novo bairro oriental. As intervenções propostas pelos arquitetos ainda serão apresentadas à Prefeitura e à Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU) e prometem revolucionar a paisagem do bairro, com direito a reinvenção de fachadas, ruas, praças e viadutos. Se forem aprovadas e atraírem investimentos da iniciativa privada, as propostas se tornarão realidade até junho de 2008, mês da comemoração do centenário da imigração japonesa no Brasil. Um dos projetos, do arquiteto Márcio Lupion, da Kallipolis Arquitetura, em parceria com a agência de marketing digital One, quer fazer da Liberdade um bairro totalmente moderno, de Primeiro Mundo e único no Brasil, com ares de século 17 durante o dia e hi-tech à noite. O projeto contempla a transformação de todas as fachadas, ruas, viadutos e mobiliário urbano, com a inserção de elementos da arquitetura oriental do século 17. E não pára por aí. O projeto de Lupion inclui uma Liberdade noturna, semelhante às iluminadas noites do Japão urbano, com direito a telões, telas sensíveis ao toque, atrações turísticas-tecnológicas e interativas. Outro projeto que traz o Japão moderno à Liberdade é do arquiteto Candi Hirano, da Espaço Arquitetura. Com a idéia de restaurar o espaço aéreo da ligação leste-oeste, ele quer construir uma cobertura que abrangeria três quadras, entre a avenida Liberdade e a rua Conselheiro Furtado. Sobre esse espaço haveria um portal moderno, um tori inspirado no Arco do Triunfo de la Défense, em Paris, que funcionaria como um prédio de escritórios. O espaço teria um shopping subterrâneo e um teatro, para atrair turistas de negócios. Além disso, Hirano projetou uma praça em homenagem ao centenário da imigração japonesa, em um terreno do governo do Estado.

Ruas com fachadas em madeira evocam o Japão antigo, do século 17. Como detalhes, as lanternas típicas.

Mais sobre a Liberdade na página 2

Praça do Buda, espaço dedicado à reflexão e cuja zeladoria poderá ser feita por moradores de rua remunerados

Viadutos do bairro serão temáticos. Acima, o tori, que identifica o Japão.

O portal coreano vai homenagear a comunidade, que integra o bairro

O viaduto acima terá a China como tema, identificada pelos telhados


segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO

1 Profissionais que compram insumos e equipamentos pagam valores maiores

Andrei Bonamin/Luz

A CPMF ATINGE MAIS CERTAS PROFISSÕES. VEJA QUAIS. Estudo do IBPT aponta taxistas e caminhoneiros entre os mais tributados Sílvia Pimentel

S

e a prorrogação da cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) passar no Congresso Nacional, o governo vai "enterrar" a proposta de reforma tributária. O alerta é do presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), Gilberto Luiz do Amaral, que acaba de concluir e divulgar um estudo sobre o peso do tributo no bolso de várias categorias profissionais. De acordo com o levantamento, taxistas e caminhoneiros estão entre os mais tributados (leia mais na pág. E 2). Por ano, essas categorias desembolsam, em média, R$ 241,65, o equivalente a nove dias de trabalho só para recolher a contribuição. Cobiçada há muito tempo pela União, e agora mais fortemente por estados e municípios, a CPMF é um dos tributos mais abrangentes que o governo tem em mãos. Isso porque

Para Gilberto do Amaral, do IBPT, a prorrogação do tributo vai "enterrar" a proposta de reforma tributária Milton Mansilha/Luz

Um taxista trabalha nove dias no ano só para pagar a CPMF

ela incide sobre qualquer movimentação financeira e seu custo está embutido obrigatoriamente no preço final de mercadorias e serviços. "Os profissionais que necessitam de insumos e equipamentos para exercer a atividade sofrem a maior incidência do tributo", explica o tributarista.

Para chegar aos números, Amaral baseou-se em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), calculou o quanto da renda de cada categoria profissional foi destinado à aquisição de insumos e equipamentos e a ocorrência do tributo em várias etapas da cadeia produtiva.

"No caso dos taxistas e caminhoneiros, o carro, o combustível e as peças de reposição têm elevada incidência da contribuição", ressalta Amaral. Na outra ponta, profissionais que não dependem necessariamente de veículos para exercer sua atividade recolhem montante menor do tributo na com-

paração com outras profissões. É o caso dos funcionários públicos que, de acordo com o estudo, pagam anualmente uma média de R$ 107,40 de CPMF, o equivalente a quatro dias de trabalho. Na comparação com os empregados da iniciativa privada – que recolhem R$ 80,55 por

ano –, os servidores são mais taxados pela contribuição. De acordo com Amaral, a diferença pode ser explicada pelo fato de o pagamento dos funcionários públicos ser feito obrigatoriamente pela rede bancária. "Na iniciativa privada, parte dos trabalhadores, principalmente os das pequenas e médias empresas, recebe em dinheiro", explica. Segundo o presidente do IBPT, os dados do estudo devem servir de subsídios para uma ampla campanha da sociedade civil contra a prorrogação da cobrança do tributo por mais quatro anos. Plenária – Hoje, a partir das 17h, Amaral apresenta a palestra "Mitos e verdades sobre a CPMF", na reunião plenária na sede central da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).


2

Transpor te Saúde Urbanismo Tr â n s i t o

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 27 de agosto de 2007 Reprodução Espaço Arquitetura

PROJETOS DEPENDEM DA INICIATIVA PRIVADA

Proposta arquitetônica ousada sobre a ligação leste-Oeste: shopping e teatro para turistas.

Reprodução Kallipolis Arquitetura

Caminho do Imperador, a primeira etapa

Sobre a ligação leste-oeste, área de uso múltiplo

P

O

arte da primeira etapa do projeto de Márcio Lupion é a criação do Caminho do |Imperador, com a revitalização das ruas Galvão Bueno (entre a praça da Liberdade e a rua São Joaquim) e da rua Tomaz Gonzaga, e o restauro de quatro viadutos, que ganharão guardacorpo e novas luminárias. Cada um deles terá um tema, compatível com as características dos países que representam o bairro da Liberdade: Japão, China e Coréia. O viaduto da rua Galvão Bueno representará o Japão, com novo piso e luminárias, além de jatos de luz a partir do guarda-corpo do viaduto. Nos postes, pequenas faixas com a palavra "Liberdade" nos três idiomas (japonês, chinês e coreano). Segundo Lupion, o uso da lei Rouanet tornará o projeto atraente às empresas, já que elas poderão deduzir o investimento do imposto de renda. A publicidade à qual a empresa teria direito apareceria no interior das lojas e cabines telefônicas, por meio de recursos tecnológicos. "Estamos em uma fase adiantada de captação de recursos e teremos o apoio da comunidade oriental. O próximo passo é buscar o aval da Prefeitura". (RT)

Nas fachadas, a arquitetura do século 17

O

utra parte do projeto de Lupion é revitalizar as fachadas de acordo com a lei Cidade Limpa. Com idéias inspiradas na arquitetura oriental do século 17 e nas ruas de Guinza (Tóquio), as lojas das ruas Galvão Bueno (entre a praça da Liberdade e a rua São Joaquim), Tomaz Gonzaga e Américo de Campos receberiam uma reforma completa, com a inserção de portas de correr em madeira e caixilhos em vidro. As portas seriam instaladas de forma a permitir a colocação de uma porta de ferro, sobreposta. Na entrada de cada estabelecimento, um telhado oriental. Como muitas lojas estão em prédios, estes seriam pintados. O anúncio indicativo, nas medidas da lei Cidade Limpa, também contempla os ideogramas orientais com o nome da loja. A diferença é que esses ideogramas também seriam reproduzidos em lanternas orientais, distribuídas em frente às lojas, como forma de identificação e iluminação. Embora o projeto de Lupion preveja uma unidade das fachadas, cada uma delas terá uma identidade, com cores ou símbolos específicos, de acordo com a nacionalidade de seu proprietário. (RT)

Novo desenho para barracas de alimentação

N

a extensão das ruas Galvão Bueno e Tomaz Gonzaga há previsão de recapeamento, troca de piso e um mobiliário urbano redesenhado, tudo ao estilo oriental. Os bancos e lixeiras seriam feitos em madeira. As cabines telefônicas serão em acrílico com um telhado japonês. Na extensão dessas ruas, haverá o plantio de bambus chineses de 7 metros de altura, com folhas apenas no topo, permitindo a visualização das fachadas.

As fachadas em madeira das lojas das ruas da Liberdade remeterão às áreas mais tradicionais de Tóquio, como a região de Guinza

Centenário da imigração terá várias abordagens Depois de aprovados pela Prefeitura e pela CPPU, projetos deverão ser bancados pela iniciativa privada

A

s comemorações do centenário da imigração japonesa no Brasil, em junho de 2008, podem ocorrer em um cenário moderno, tecnológico e, ao mesmo tempo, com ares da arquitetura tradicional oriental no bairro da Liberdade. Isso é o que propõem os três projetos para a região, que têm como meta alavancar o turismo e o comércio no bairro, nesta fase pósimplantação da lei Cidade Limpa. Um dos projetos prevê a construção de um novo bairro,

do arquiteto Márcio Lupion, da Kallipolis Arquitetura, em conjunto com a agência de marketing digital One. O projeto tem apoio do Instituto Kobayashi e da Associação Cultural e Assistencial da Liberdade (Acal). Ainda em fase de orçamento, a proposta deverá ser custeada pela iniciativa privada, por meio da lei Rouanet, de incentivo à cultura. Apenas uma parte do projeto (o Caminho do Imperador) – veja nesta página – está orçada: R$ 6 milhões. Com o objetivo de revitali-

Reprodução Kallipolis Arquitetura

zar e modernizar áreas que ficaram degradadas no bairro oriental, o arquiteto Candi Hirano, da Espaço Arquitetura, tem duas propostas, que contam com o apoio da Acal e do jornal Nikkey. Uma dos projetos de Hirano, apresentado na Bienal de Arquitetura de 2003, é a construção de um portal, uma torre de escritórios com figuração de tori e de arco do triunfo, na avenida Liberdade, sobre a ligação leste-oeste, com espaço para empreendimentos comer-

ciais, como shoppings, centro de convenções, estacionamento e um teatro. Outro projeto de Hirano é a construção de uma praça em homenagem ao centenário da imigração japonesa, em frente ao tori projetado na avenida Liberdade, com uma árvore simbólica no centro. As três soluções para devolver a identidade oriental à Liberdade dependerão da iniciativa privada e ainda serão submetidas à Prefeitura e à Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU). (RT)

Reprodução Kallipolis Arquitetura

Na Galvão Bueno, portas de correr de madeira, bem ao estilo japonês Reprodução Espaço Arquitetura

Reprodução Espaço Arquitetura

A praça do Centenário, uma homenagem aos imigrantes japoneses

Até as bancas de jornais e as famosas barraquinhas de artesanato e alimentos, instaladas nas feiras de domingo da Liberdade, foram redesenhadas em arquitetura oriental. Novos toris seriam instalados entre os viadutos e duas praças, revitalizadas. Na praça da Liberdade, a idéia é pintar círculos em tom de vermelho, com o centro em azul, que representam uma gota esparramada. O motivo: segundo uma lenda japonesa, a primeira ilha do país nasceu a partir de uma gota que respingou de uma lança. Outro projeto é a construção da praça do Buda, um lugar para reflexão e meditação. A praça, já existente na rua

Américo de Campos (entre a rua da Glória e a rua Conselheiro Furtado), fica em frente ao 1º Distrito Policial e seria totalmente restaurada, com bancos, vegetação local e um espelho d’água, onde ficaria uma escultura de um Buda, a ser confeccionada por um artista oriental que ainda será escolhido. Uma das propostas para a manutenção dessa praça é iniciar um trabalho com moradores de rua, no sentido de serem orientados a cuidar do local e das ruas, com remuneração. A segunda fase do projeto prevê intervenções semelhantes na Conselheiro Furtado (entre a rua Doutor Lund e Américo de Campos). (RT)

arquiteto Candi Hirano defende o uso do espaço aéreo entre os viadutos da ligação leste-oeste. "A abertura da via expressa rompeu o bairro e é preciso recuperar essa área". Para um trecho de três quadras, o arquiteto projetou um portal com uma torre de escritórios, que remetem a um tori. O objetivo do espaço, com lojas, galerias e garagens, é atrair turistas. Na superfície, o espaço teria uma praça e um teatro. "O bairro fica muito cheio durante as feiras, não há uma área de escape", disse Hirano. O projeto seria estruturado sobre as ilhas da ligação leste-oeste, por recomendação da CET. Segundo Hirano, o projeto feito em 2003 está em consulta no Departamento de Patrimônio Histórico (DPH). Orçado em R$ 75 milhões, depende de investimentos privados. A praça do Centenário ficará atrás do 1º DP, onde atualmente há imóveis abandonados. "A praça terá uma placa em homenagem ao centenário, palco, posto de informações turísticas, uma árvore simbólica de raiz japonesa no centro, bancos e iluminação. No subsolo, um depósito de coleta de lixo seletiva e sanitários públicos", disse Hirano. A praça está orçada em R$ 1,1 milhão. (RT)

Um mundo virtual para atrair turistas ao bairro

A

proposta das mudanças é desenvolver o turismo na Liberdade. É nessa fase que o lado hi-tech se insere no projeto, já que está prevista uma série de atrações interativas e performances de arte eletrônica. De acordo com o gerente de inovação da agência de marketing digital One, Ricardo Lemos, haverá atrações tecnológicas para o público e também kits hi-tech, para que o comércio e os patrocinadores anunciem seus produtos. Em todas as atrações, por exemplo, pode haver um espaço para a exibição de uma logomarca de patrocinador. Os principais espaços serão os toris, que terão telas para transmissão de informações e anúncios. As atrações ao público estão focadas em arte eletrônica, sendo que todas elas serão filmadas com câmeras para que haja interação entre projeções e os visitantes. Uma delas é o muro interativo, que interage com a pessoa que passar em frente. "Quando a pessoa passar será ‘acompanhada’ por dragões, samurais ou pela própria sombra", disse Lemos. Outra atração eletrônica é o teatro virtual, no qual encenações de samurais, ninjas e dragões serão projetadas nas empenas cegas de prédios ou em nuvens formadas por canhões de fumaça. (RT) No foto ao alto, proposta para as barraquinhas de artesanato e alimentação. À esquerda, construção inspirada no Arco do Triunfo de la Défense, em Paris.

Nas calçadas, brincadeiras eletrônicas

A

brincadeira eletrônica também poderá se estender às calçadas pelo projeto Caminho das Pedras, em que projeções em um piso translúcido interagem com o público. Em comemoração ao centenário da imigração está

previsto um portal digital, que transmitirá imagens em tempo real das pessoas na Liberdade para um portal em Osaka, cidade japonesa irmã de São Paulo. E vice-versa. "Quem passar por ele será visto em Osaka", disse Ricardo Lemos. A tecnologia e a arte eletrônica também incluem a publicidade para patrocinadores e comerciantes da região. Entre as idéias de divulgação estão a Cortina de Fog: produtos podem ser projetados em uma cortina

de fumaça, em três dimensões. Outra é o livro mágico, no qual a pessoa não precisa tocar para mudar de página e que pode ter informações sobre o bairro. Para as vitrines das lojas, o grupo apresentará um modelo virtual, que é uma tela sensível ao toque, na qual aparece a imagem de um vendedor ‘chamando’ o consumidor a tocar na tela. Ao tocar, a pessoa terá uma apresentação de produtos específicos e exclusivos. (RT)


Empresas Finanças Nacional Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

TAXISTAS ESTÃO ENTRE OS QUE PAGAM MAIS CPMF Divulgação

2

Detentor da marca de películas para vidros de automóveis quer franquear 100 lojas

Milton Mansilha/Luz

PROFISSIONAIS SE QUEIXAM DO ROMBO CAUSADO PELO TRIBUTO A grande movimentação de cheques faz a despesa com a CPMF aumentar Vanessa Rosal

O

s taxistas pagam mais Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) porque não ganham um salário fixo por mês e recebem pequenas quantias, muitas vezes em cheques. Esta é a explicação do assessor da presidência do Sindicato dos Taxistas Autônomos, Giovanni Romano, confirmando a pesquisa do Instituto Brasileiro de P l a n e j a m e n t o Tr i b u t á r i o (IBPT) sobre a incidência da taxa nas diversas profissões (leia mais na pág. E 1). "Os taxistas recebem de 'pouquinho em pouquinho', e precisam ir todos os dias ao banco para depositar os cheques dos clientes, além de abastecerem e comprarem peças para o carro com cartão de débito", diz Romano. O profissional autônomo Rodrigo Costa, que trabalha na Rua Boa Vista, no centro de São Paulo, chega a ir ao banco três vezes ao dia. "São muitos cheques para depositar e, além disso, sempre tenho de andar com um trocadinho no bolso",

Onofre: "Nunca paguei tanto".

comenta. Seu colega de ponto Luís Antonio Gonçalves diz que o tributo é um absurdo para quem trabalha nas ruas. "Uso meu cartão de débito todos os dias em restaurantes e postos de gasolina. Essa CPMF é uma brincadeira de muito mau gosto", afirma. Próximo dali, na Rua Líbero Badaró, o taxista Onofre Paulino Filho contabiliza o prejuízo causado pelo tributo. "Estou trabalhando na área há 30 anos e nunca paguei tanto imposto como agora. Só com a tal da CPMF gastei R$ 50 no mês passado. Não há bolso que agüen-

te", desabafa o motorista. Nas estradas – Os caminhoneiros também precisam trabalhar mais tempo do que a média nacional para arcar com esse pagamento. De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, a movimentação bancária desses profissionais é muito alta, e no final do mês, sobram muitas dívidas. "A viagem dos caminhoneiros é cara. O custo do óleo diesel e dos pedágios brasileiros está um absurdo". Ele diz que, geralmente, as empresas pagam em cheque, "e lá se vão mais depósitos e, portanto, mais CPMF". Artistas e cantores entram no terceiro lugar da lista de maiores pagadores. Eles trabalham seis dias por ano só para isso, o que corresponde a R$ 161,10. A atriz Mara Faustino, em cartaz com a peça "A Claque", no Teatro Aliança Francesa, em São Paulo, não fazia idéia do tamanho do prejuízo. "Como recebo por espetáculo, tenho de ir muitas vezes ao banco. Artista está sempre na rua, não tem horário para almoçar, nem para retirar dinheiro no caixa eletrônico. É uma loucura", afirma.

Como se casar com um bilionário

A

revista norte-americana Money Magazine publicou um artigo em que dá conselhos ao leitor ou leitora para se casar com alguém realmente rico. O bemhumorado texto, intitulado "Como se casar com um (a) bilionário (a)", faz um levantamento do número de pessoas muitíssimo ricas, principalmente nos Estados Unidos, e mostra como algumas delas conheceram a mulher ou o marido. A partir disso, são dadas sugestões para o leitor ter a oportunidade de conhecer alguém nessas condições. O autor lembrou que segundo a revista norte-americana Forbes, há 946 bilionários no mundo. E nos EUA há 38 mulheres com patrimônio superior a US$ 1 bilhão. O "fato desanimador" para os potenciais interessados é que a idade média das senhoras é de 63 anos. "Por sorte", diz o texto, "o número de pessoas ricas, embora não bilionárias, é bem maior. De acordo com o banco Merrill Lynch e a consultoria CapGemini, havia nos EUA 85,4 mil pessoas com patrimônio superior a US$ 30 milhões

em 2005, ano da pesquisa. E o número continua a crescer. Muitas dessas pessoas (administradores de fundos de hedge, barões das telecomunicações e magnatas da internet) têm centenas de milhões de dólares, e logo poderão chegar ao grupo de bilionários". A Money Magazine destaca que entre as mulheres americanas riquíssimas há viúvas ou divorciadas que saíram do casamento com muito dinheiro. E menciona o caso de Janet Burkle, cujo marido, Ron Burkle, é um magnata de supermercados de Los Angeles com uma fortuna de US$ 2,5 bilhões. No ano passado, ela perdeu um recurso em que pedia mais dinheiro no processo de divórcio. "O juiz a obrigou a se contentar com US$ 30 milhões, mais juros", informa a Money. Dicas – Segundo a revista, uma das formas de alguém se aproximar de um bilionário é arrumar um emprego que lhe permita circular entre eles. "Metade dos bilionários americanos conheceu a mulher no trabalho", dizia o artigo. "Por exemplo, Melinda Gates, então gerente da Microsoft, co-

RECEBIMENTO DA RENOVAÇÃO DE LICENÇA DE OPERAÇÃO A D.F. Vasconcellos S/A - OMAP, torna público que recebeu da CETESB a Renovação de Licença de Operação Nº 45.002.780, com o prazo de validade até 26/07/2011, para Fabricação de Peças e Acessórios para Aparelhos e Instrumentos Ópticos, à Av. Indianópolis,1706 - Planalto Paulista - CEP 04062-901 - São Paulo-SP.

CLUB ATHLETICO PAULISTANO O Club Athletico Paulistano, com sede na Rua Honduras 1400, nesta capital, faz público que foi cientificado pela associada Marguerita Risueno do extravio do título social nº 2189, da série “A”, emitido de acordo com o Estatuto Social, razão pela qual expedirá uma 2ª via desde que, dentro do prazo de 10 dias, não haja qualquer reclamação de terceiros relativamente ao referido título. São Paulo, 20 de agosto de 2007.

DECLARAÇÃO DE PROPÓSITO (Cancelamento da Autorização para Funcionamento)

A FORTE S/A CORRETORA DE CÂMBIO, TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS, inscrita no CNPJ sob nº 73.004.749/0001-80. I - DECLARA sua intenção de extinguir a sociedade. II - ESCLARECE que, nos termos da regulamentação em vigor, eventuais objeções à presente declaração devem ser comunicadas diretamente ao Banco Central do Brasil, no endereço abaixo, no prazo de trinta dias contados da data da publicação desta, por meio formal em que os autores estejam devidamente identificados, acompanhado da documentação comprobatória, observado que o declarante pode, na forma da legislação em vigor, ter direito a vistas do processo respectivo. BANCO CENTRAL DO BRASIL. Departamento de Organização do Sistema Financeiro - Gerência Técnica em São Paulo. Av. Paulista, nº 1804 - 5º andar - São Paulo-SP - CEP 01310-922. Processo nº 0701382596. São Paulo, 02 de agosto de 2007.

Maior

nheceu Bill Gates durante uma entrevista coletiva na empresa. Anna Torv (a segunda mulher) e Wendy Deng (a terceira) trabalhavam para empresas pertencentes a Rupert Murdoch (patrimônio de US$ 7,7 bilhões), Anna como repórter e Wendy como diretora de TV." O motivo desse procedimento, de acordo com o texto, "é óbvio: os bilionários ambiciosos raramente ficam fora do escritório o tempo suficiente para paquerar ou ir à igreja". Outros conselhos: fazer um mestrado em Administração de Empresas, aprender o essencial sobre artes plásticas, freqüentar leilões de obras de arte, ir a torneios de golfe e tênis, vestir-se bem, participar de jantares beneficentes e, sempre que possível, fazer doações humanitárias. Mas se o leitor não tiver condições de investir nisso, sempre será possível freqüentar cursos que indicam como se casar com ricos. Por exemplo, Ginie Sayles dá seminários em todos os Estados Unidos sobre casamentos com milionários, cobrando de US$ 50 a US$ 150 por pessoa. (DC)

Para o taxista Luís Gonçalves, "o tributo é um absurdo para quem trabalha nas ruas e tem várias despesas".

Insulfilm quer deixar de ser marca genérica Fátima Lourenço

O

nome Insulfilm é bem conhecido dos brasileiros. Há anos ele tem sido utilizado para designar qualquer tipo de película escura aplicada sobre os vidros dos automóveis. O proprietário da marca, no entanto, trabalha para mudar esse panorama. A proposta é distinguir-se no mercado e ganhar espaço com uma rede de franquias. Elas terão exclusividade de comercialização e instalação das várias formulações dos filmes originais, que são aplicáveis nas áreas automobilística e arquitetônica. A meta é estabelecer, em seis anos, uma rede de 100 unidades em capitais e cidades com mais de 300 mil habitantes. O projeto de expansão prevê que 20 lojas serão inauguradas nos próximos 24 meses, entre as quais pelo menos duas ainda neste ano na capital paulista. Aqui, a lojapiloto vem sendo testada desde 2002, informa o responsável pelo franchising da empresa, Francisco Fino, detentor da marca para o Brasil desde 1987. Para tornar viável o projeto, ele concedeu uma licença de uso da marca à ISC Poliéster Filmes Inteligentes. A concessão tem duração de vinte anos, em parceria que inclui a presença de Fino à frente da Divisão Insulfilm de Franchising criada pela ISC. A exclusividade da marca foi buscada por meio de ações judiciais – 50 delas ainda em tramitação. O executivo diz que a ISC Poliéster, que assume o papel de franqueadora, é uma empresa brasileira criada em 1995. Opera ligada à fabricante alemã de filmes de alta performance ISC Coating & Polymers Co., e comercializa os produtos da companhia européia no Brasil. Na dinâmica da franquia formatada por Fino, a ICS alemã fabricará os produtos Insulfilm e a coligada brasileira cuidará da importação e nacionalização, abastecendo a rede franqueada. Segundo o executivo, a produção dos filmes pela empre-

DECLARAÇÃO À PRAÇA SIEMENS LTDA, portadora do CNPJ/MF nº 44.013.159/0002-05 e Inscrição Estadual nº 100.050.435.118, estabelecida à Rua Werner Von Siemens, 111 - Lapa - São Paulo-SP, DECLARA À PRAÇA em geral, o extravio das Notas Fiscais emitidas contra Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica com a seguinte numeração: 258.179, 273.705, 279.382 e 280.175. (27, 28 e 29/08/2.007)

sa alemã está garantida por contrato. O mix completo inclui uma linha de produtos automotivos, com seis tipos de produtos; e a arquitetônica, com oito opções. Investimento – O franqueado Insulfilm poderá optar por uma loja completa (com as duas linhas) ou pelo mix mais adequado à clientela. A loja completa requer investimentos variáveis (conforme a metragem do espaço) de R$ 180 mil a R$ 485 mil, fora o ponto e eventuais reformas. Os valores, segundo Fino, incluem estoque inicial, capital de giro, taxa de franquia, apoio na análise do ponto e treinamento da equipe. De acordo com o franquea-

dor, os produtos Insulfilm já cobriram 90% da demanda brasileira por esse tipo de artigo. Hoje, a participação da marca varia de 12% a 14% do total. "Com o franchising, acredito que voltaremos a ter uma grande participação." Os contratos de franquia terão vigência de cinco anos (renováveis) e a exclusividade territorial estará condicionada a critérios de desempenho.

SERVIÇO Maiores informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 3660.2044 ou no site www.insulfilm.com.br

Nome tem uso indevido

O

detentor da marca Insulfilm no Brasil, Francisco Fino, foi o pioneiro, há cerca de 20 anos, na comercialização local do produto, comprado, naquela época, de empresa norte-americana homônima, que não existe mais. Na ocasião, o fabricante americano desenvolveu, a pedido do empresário, formulações exclusivas para o clima brasileiro. Fino chegou a abastecer centenas de pontos-devenda no País. A proibição do uso das películas nos vidros dos carros, na década de 1990, fez o negócio refluir.

A liberação, oito anos depois, não chegou a facilitar a retomada do negócio. As revendas, segundo conta, passaram a usar produtos de outras procedências – conservando, em grande parte, apenas a marca Insulfilm. Por conta da concorrência, o processo de reestruturação da marca incluiu ações judiciais para impedir seu uso indevido. "Entramos com várias ações, desde o ano 2000. A Insulfilm entende que hoje essa já é uma situação resolvida. É só fazer a manutenção." (FL)

COMUNICADO A empresa Akzo Nobel Ltda. - Holding, CNPJ 60.561.719/0001-23, Avenida Marginal Esquerda do Rio Tietê, 5101 - Bairro Aldeia Velha - 06410-240 - Barueri - SP, mudou-se para Rodovia Raposo Tavares km 18,5 - Bairro Jardim Arpoador - 05577-300 - Butantã - SP.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA: PREGÃO (PRESENCIAL) DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 57/0193/07/05 OBJETO: FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO DE SWITCHES A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação de Registro de Preços para o fornecimento e instalação de switches. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 27/08/2007, na sede da FDE, na Supervisão de Licitações na Rua Rodolfo Miranda, 636 - Bom Retiro - CEP 01121-900 - São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http:/ /www.fde.sp.gov.br. O credenciamento do representante das proponentes e o recebimento dos Envelopes “Proposta” e “Documentos de Habilitação” ocorrerão na sede da FDE, no endereço acima mencionado, às 09:30 horas do dia 10/09/2007. Todas as propostas deverão obedecer rigorosamente o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA Presidente

cobertura pelo menor preço

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 24 de agosto de 2007, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

Requerente: Albertino Soares de Matos - Requerido: Offício Serviços de Vigilância e Segurança Ltda. - Rua Paim, 417 - 1ª Vara de Falências Requerente: Futuro Mundo Gráfica e Editora Ltda. - Requerido: Editora Atos Ltda. EPP Praça Whitaker Penteado, 383 - 1ª Vara de Falências Requerente: Gerson Vicente

Alves - Requerido: Pizzaria Cento e Cinqüenta e Um Ltda. - Rua Gama Lobo, 1.789 - 2ª Vara de Falências Requerente: London Factoring Soc. de Fomento Mercantil Ltda. - Requerido: Cogumelo do Sol Agarius do Brasil Com. Imp. e Exp. Ltda. - Rua Galvão Bueno, 212, 6º andar - 2ª Vara de Falências


segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Saúde Compor tamento Educação Transpor te

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3,5 MILHÕES DE ALUNOS SE INSCREVERAM PARA O ENEM

Paulo Pinto/AE

Campus da Uninove estende horário de abertura dos portões, mas muitos estudantes perdem a prova

Correria no Enem

N

ão era vestibular, mas a correria e o nervosismo eram os mesmos entre os quase 15 mil inscritos para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no campus da Uninove, zona Oeste da capital paulista. Sorte que não era vestibular, caso contrário, dezenas teriam ficado de fora. Oficialmente, os portões deveriam fechar às 12 horas e 55 minutos, mas a coordenação estendeu o horário até as 13 horas e 17 minutos. Nos vestibulares, não existe essa chance. Mesmo assim, não deu para Fabiana de Souza, de 22 anos. Ela foi a primeira a chegar assim que os portões fecharam.

A reclamação de Fabiana foi a mesma de muitos estudantes: ficaram concentrados na Uninove da Barra Funda, um dos maiores locais onde a prova foi realizada, praticamente todos os inscritos da zona Sul. Fabiana, por exemplo, mora no Capão Redondo. Saiu de c a s a à s 11 h o r a s , m a s n ã o consegui chegar no horário. "Vou tentar novamente no ano que vem", disse a estudante, que pretende cursar faculdade de Secretariado. Tensão – O Enem é motivo de nervosismo para muitos alunos da rede pública. Cientes de que uma vaga na universidade é mais difícil para eles, por conta do suposto preparo

Escavações da linha 4 do Metrô estão atrasadas

A

s escavações na cratera aberta no acidente na futura Estação Pinheiros do Metrô, Linha 4 – Amarela estão atrasadas 53 dias. O prazo para se chegar ao ponto que originou o desastre que matou sete pessoas, em janeiro, deveria ser o mês de outubro, mas agora a conclusão dos trabalhos terá tempo indeterminado. Até o momento, foram escavados cerca de 23 metros, restando mais 7 metros. O objetivo é buscar as causas que levaram a ruptura na obra. O trabalho já foi interrompido 53 vezes, para

avaliações mais detalhadas da área, o que provocou o atraso. A Assessoria de Imprensa do Via Amarela, concessionária responsável pelas obras, não se manifestou sobre o assunto. O p ro m o t o r d e J u s t i ç a d e Habitação e Urbanismo do Ministério Público Estadual, Carlos Alberto Amin Filho, informou que se o prazo for prorrogado, terá de ser justificado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Qualquer alteração no Termo de Ajustamento de Condutas (TAC) deverá ser justificada. (AE)

Polícia investiga o golpe do "Criança Esperança"

A

polícia de Marília investiga a ação de estelionatários que estariam usando o nome do projeto "Criança Esperança" para aplicar golpes por telefone na região. O golpe funciona da seguinte maneira: o(a) golpista entra em contato com a assinante da linha e avisa que ela ganhou um carro zero quilômetro. Todas as instruções para recebimento do fantasioso prêmio seriam dadas por um telefone com prefixo da cidade de Maceió, capital alagoana. Os estelionatários se passam por funcionários da Rede Globo e orientam a vítima a com-

A

prar pelo menos cinco produtos, entre eles cartões telefônicos. Os códigos de recarga são solicitados pelos golpistas como garantia do recebimento do prêmio. Suspeita-se que as ligações partem de presídios. A polícia recomenda à população que duvide principalmente de premiações condicionadas a pedidos de dinheiros em troca do prêmio. A Rede Globo informou que o projeto "Criança Esperança" não realiza promoções com prêmios. Todas as doações feitas por telefone são depositadas diretamente em um conta da Unesco.

Pedágio na Nova Dutra aumenta 4%

Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizou, por meio de resolução publicada no Diário Oficial da União, os reajustes nas tarifas de pedágio da Rodovia Presidente Dutra, administrada pela concessionária NovaDutra. Nos principais pedágios, das praças Moreira César, Itatiaia e Viúva Graça, a tarifa dos automóveis de passeio subiu

4%, de R$ 7,50 para R$ 7,80. As tarifas cobradas de caminhões com reboque e caminhões trator com semi-roboque subiram de R$ 45 para R$ 46,80. Na praça de Parapeí, o pedágio para veículos de passeio aumentou 5,5%, de R$ 3,60 para R$ 3,80. Já na praça de Jacareí, o pedágio foi elevado em cerca de 3%, de R$ 3,30 para R$ 3,40, para veículos de passeio. (AE)

superior dos estudantes das escolas privadas, eles apostam no exame para ganhar pontos que valem para as universidades públicas. Para facilitar, os alunos do terceiro ano das escolas públicas não precisam pagar para fazer a prova. Estudantes ouvidos após o término da prova consideraram o exame fácil, mas reclamaram das "pegadinhas". O tema da redação – "O desafio de conviver com as diferenças" – também foi considerado fácil pelos estudantes. Em todo o Brasil, mais de 3,5 milhões de estudantes se inscreveram para o Enem em 1.331 municípios. Foram cinco horas de prova. (Agências)

5 Trabalhos para descobrir causas do acidente no metrô foram interrompidos 53 vezes.


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Ambiente Educação Saúde Urbanismo

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Priscila Sérvulo utilizou os benefícios da acupuntura durante a gravidez da sua filha, Isadora.

ACUPUNTURA GANHA MAIS ADEPTOS

Agulhas que curam gente e bichos Cada vez mais pessoas estão aderindo à acupuntura para tratar de problemas físicos e emocionais. Número de especialistas está aumentando para atender a demanda. Fotos: Marcelo Soares/Hype

Kelly Ferreira

C

ada vez mais médicos se especializam em acupuntura. A técnica milenar chinesa deixou de ser apenas um tratamento de combate à dor e já atua como uma solução eficaz em todas as áreas da medicina, ajudando na recuperação do paciente. Transtornos de humor como depressão, estresse e ansiedade, obesidade, seqüelas provocadas por acidente vascular cerebral (AVC ou derrame), tratamento durante o pré-natal e amamentação, asma, alergia, rinite e infertilidade são algumas das situações em que a acupuntura está se destacando. No mundo animal, a técnica também é usada para amenizar dores crônicas e para o tratamento de problemas ortopédicos. Nos próximos dias 7, 8 e 9, acontecerá em São Paulo o 4.º Simpósio Internacional Brasil-Japão sobre a técnica, promovido pela Associação Médica Brasileira de Acupuntura (AMBA). Em outubro, a Capital será sede do Congresso Internacional de Acupuntura. A acupuntura é uma técnica de tratamento da medicina tradicional chinesa que consiste em introduzir agulhas finas de aço inoxidável na pele (0,25 mm) para estimular pontos específicos relacionados a cada órgão do corpo, que possui um meridiano, ou seja, um trajeto de energia. Com a estimulação dos pontos, a energia bloqueada nos meridianos se espalha, aliviando a dor e reequilibrando o funcionamento do corpo como um todo. "Tirando a China e Taiwan, o Brasil já é o principal pólo de acupuntura do mundo, inclusive em inovação e aprimoramento da técnica", diz o médico especialista em acupuntura Hong Jin Pai, presidente da Sociedade Médica Brasileira de Acupuntura de São Paulo. Segundo Hong, a propagação da acupuntura é conseqüência de pesquisas recentes que mostram que a técnica não serve apenas para tratar as dores. "A técnica tem efeito de relaxante muscular, melhora a função neurológica e deixa os pacientes mais calmos. Por isso que pode ser usada em qualquer área da medicina. Trata a ansiedade e, conseqüentemente, ameniza as patologias. A cada dia, médicos estão se especializando e mais pessoas estão aderindo à técnica porque tratamos a causa", diz. O médico cita como exemplo uma pessoa com dor de estôma-

Hong Jin Pai, médico: Brasil já é o principal pólo de acupuntura do mundo, depois da China e Taiwan

Priscila Sérvulo: terapia chinesa ajudou durante e após a gravidez

Veterinários aderem à técnica

A

Cachorro recebe tratamento com agulhas: técnica tem sido utilizada com sucesso na recuperação de animais

go. "Muitas vezes a pessoa sente dor de estômago por estresse. Toma remédio e a dor passa. Mas o problema continua no mesmo lugar. Com a acupuntura, iremos tratar a causa, neste caso o estresse, para acalmar o paciente e, conseqüentemente, acabar com a dor. Muitas vezes a patologia tem causa ambiental, familiar. E nesses casos, a acupuntura melhora a vida da pessoa como um todo. O problema é que essa técnica é sempre a última alternativa a ser procurada", diz Hong. A empresária Priscila Sérvulo sabe bem o que é ter a dor tirada pelas agulhas. Ela recorreu à terapia chinesa durante a gravidez. "Sentia muita dor de cabeça e por orientação médica não podia tomar remédios. A dor dava muito enjôo. Como não tem contra-indicação, resolvi tentar a acupuntura. O resultado foi muito positivo. Não senti mais dor. Depois que ganhei a minha filha, tive pro-

Luciana Silvano: acupuntura melhora a qualidade de vida dos animais

blema com a falta de leite. Recorri novamente à técnica que estimulou a produção do leite materno. Amamentei a Isadora até os quatro meses", diz. A aplicação de agulhas é simples, explica o médico Rui Yukimatso Tanigawa, presidente da Associação Médica de Acupuntura. Primeiro, o paciente passa por um consulta médica e responde a um questionário, infor-

mando o que sente, como se alimenta e o comportamento do dia-a-dia. Depois vem a coleta de sinais, com a avaliação do pulso e do aspecto da língua. "A língua e o pulso dão sinais importantes de como anda o organismo e o corpo. Conseguimos detectar o estresse, entre outros sintomas, por meio desse contato", diz. O tempo de tratamento e o valor dependem de cada caso.

técnica da acupuntura existe há quatro mil anos e tem sido usada também nos animais com bastante sucesso, segundo a veterinária Luciana Azevedo Martins Silvano, do hospital veterinário da Universidade Anhembi Morumbi. "Usamos a acupuntura como uma forma de reabilitação nos animais. A técnica é mais comum em cães, gatos e cavalos. Mas isso não impede que ela seja usada com sucesso em outros bichos. Temos casos com resultado positivo, principalmente em situações ortopédicas", disse a veterinária. O tratamento em animais é realizado da mesma maneira dos humanos, com mapas que contém os pontos que devem ser estimulados e com agulhas finas, explica a veterinária. A única diferença é que o tamanho das agulhas é adaptado para o tamanho dos animais. A

terapia é indicada para problemas de paralisia, dores crônicas, em pacientes idosos e em pósoperatório ortopédico. "É uma terapia complementar. Com a técnica, conseguimos melhorar a qualidade de vida dos animais e até a diminuir o número e a quantidade de remédios que eles tomam para determinados problemas", explica Luciana. A duração do tratamento varia de acordo com a doença apresentada e com a receptividade do animal. Em geral, são feitas de 4 a 10 sessões. Nas primeiras 24, 48 horas, é comum que o quadro clínico do animal piore. "Isso é bem comum. Até explicamos para o proprietário. Esse tempo é o intervalo que o organismo precisa para se adequar à terapia", disse a veterinária. Cada sessão dura em média 20 minutos e custa entre R$ 35 e R$ 40 no hospital-escola da Universidade Anhembi Morumbi. "Os preços variam de acordo com a região", diz Luciana. (KF)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - LAZER

sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de agosto de 2007

BRASILEIRINHO

DOCUMENTO Popular, erudito? Nazareth é um elo. Acervo EN/IMS

Choro no cinema. Servido à moda carioca.

Arquivo DC

Acervo CG/IMS

J Arquivo DC

Arquivo DC

Edição do tango Brejeiro, vendida em Paris (c. 1909): Acervo Chiquinha Gonzaga SBAT/IMS. Pesquisadoras de Nazareth: pianistas Eudóxia de Barros e Clara Sverner e maestro Júlio Medaglia. (À esq., Nazareth aos 45 anos.)

á dura mais de uma década a atual onda de revitalização do choro. Aqui e ali têm surgido diversas novidades em discos, livros, sites e mostras sobre esse tradicionalíssimo gênero musical, que, agora, debuta nos cinemas com Brasileirinho, de Mika Kaurismäki. O documentário traça um panorama contemporâneo do choro, apoiado em depoimentos e números musicais de nomes importantes, como Joel Nascimento, Guinga, Maurício Carrilho e Ademilde Fonseca. É um panorama muito carioca, sem dúvida, preenchido quase completamente por personagens que habitam por lá. Além disso, tem

espanholismos incorporados à linguagem nas últimas três décadas. Mas essa diversidade não vai longe. A abordagem do filme tende a um viés conservador, não abrindo espaço para iniciativas mais ousadas, como as experimentações formais de um Hermeto Paschoal ou a fusão de choro com o rock proposta pelo conjunto Nó em Pingo D’Água. Ainda assim, os números musicais são os maiores destaques do filme, pois, mesmo limitados a certas vertentes, foram tão bem escolhidos e executados que valem o ingresso por si só. Parte dos músicos, também, um outro ponto de grande interesse de

Divulgação

VERVE, DO QUINTAL AO SALÃO. André Domingues Carlinhos e Yamandú: chorando com estilo.

quisador Cacá Machado como chave para a compreensão da obra de Ernesto Nazareth (1863-1934), pianista contemporâneo do escritor, que eternizou temas como Odeon,BrejeiroeApanhei-te, Cavaquinho, tornando-se absolutamente fundamental para a formação do choro brasileiro. O livro O Enigma do Homem Célebre – Ambição e Vocação de Ernesto Nazareth (Instituto Moreira Salles, 272 páginas, R$ 75), nascido da tese de doutorado de Cacá, explora muito a tensão entre o gosto de Nazareth pela música clássica e a sua habilidade para criar temas populares, enxergando aí a força motriz de sua verve criativa. O texto é bastante voltado para discussões musicológicas, o que traz certa dificuldade para lei-

escrita de seus famosos “tangos brasileiros” (na realidade, mais próximos do maxixe do que de qualquer outra dança da época). Sua atuação, portanto, se situava num meio-de-caminho, ao mesmo tempo fértil e de difícil classificação – característica bem notada por Mário de Andrade, outro interlocutor importante de Cacá. O debate do livro, como se pode perceber, se dá no cruzamento de “pesos-pesados” da cultura nacional – Ernesto Nazareth, Machado de Assis, Mário de Andrade... –, aos quais se somam intelectuais de qualidade dos nossos tempos, como Hermano Vianna e Carlos Sandroni. É preciso bastante atenção. A tarefa se adocica pela audição do bonito CD que vem no encarte, com Sonia Rubinsky interpretando as quatro peças de Nazareth analisadas mais minuciosamente: Cruz, Perigo!, Rayon d’Or, Batuque e Floreaux.

Brejeirice sincopada, técnica, poesia. Estilo!

É

difícil saber se Ernesto Nazareth partilhava da angústia de Pestana, do conto de Machado de Assis, dividido entre a sua ambição pela música erudita e a sua vocação para a música popular. Até porque os relatos que sugerem algo semelhante – como o da noite em que Nazareth saiu de um recital de Guiomar Novaes aos prantos, dizendo “Por quê é que eu não fui estudar na Europa? Por quê eu não sou como Guiomar Novaes?” – costumam vir dos últimos anos da sua vida, quando sua saúde mental já estava debilitada pela sífilis. De todo modo, é certo que o seu trato pianístico reunia de maneira maravilhosa elementos das duas

tradições, criando uma realidade musical bastante inovadora. “Ele trouxe o refinamento pianismo da música de salão para uma cultura mais popular com muita sensibilidade, assim como um Scott Joplin fez nos Estados Unidos”, diz o maestro Júlio Medaglia, admirador confesso de Nazareth. Para ele, a intensa relação de Nazareth com a música clássica não passava por uma negação do seu lado popular, mas, antes de tudo, por uma necessidade profissional: “Na cabeça dele, o que o preocupava era dominar o seu instrumento e as linguagens que estavam à disposição para poder colocar sua música num patamar superior, já

que todo músico quer ser ouvido com o respeito e a atenção de uma sala de concerto”, argumenta. No entanto, mais do que problemas, a histórica indefinição do lugar de Ernesto Nazareth entre populares ou eruditos trouxe ótimas soluções: as soluções musicais! E nas duas vertentes. Seja com um Jacob do Bandolim ou com uma Maria José Carrasqueira, sua memória costuma ser muito bem defendida. Intérpretes de Nazareth Dois na música popular: Carolina Cardoso de Menezes: Brejeiro; Tenebroso; Escorregando;

Garoto; Escovado e Odeon, no LP (as faixas Odeon, Brejeiro, Escovado e Tenebroso foram reproduzidas no CD Choros, Chorinhos e Chorões). E Jacob do Bandolim: Brejeiro; Fidalga; Floreaux e Vésper, no LP Vibrações (ou no CD Acervo: Jacob do Bandolim). Dois no meio do caminho: Ernesto Nazareth: Escovado, na caixa Memórias da Casa Edson; e Radamés Gnatalli: Expansiva, Tenebroso, Ameno Resedá, Odeon, Fon-Fon, Apanhei-te Cavaquinho, Confidências, Batuque, no LP Ernesto Nazareth, indisponíveis em CD, mas podem ser ouvidos no site www.ims.com.br. (AD)

ares bastante nostálgicos, a começar por sua busca obsessiva por cenários que remetam ao Rio de outrora, dos bondes, sobrados e escarradeiras. Mas, tais recortes, embora um pouco limitados e parciais, são compreensíveis, se considerarmos que o choro teve sua história muito atrelada à antiga capital federal. O fio condutor de Brasileirinho é a organização de um show com o competente Trio Madeira Brasil, a ser realizado no dia nacional do choro (23 de abril, aniversário de Pixinguinha), para o qual são convidados grandes artistas que, por diferentes caminhos, construíram carreiras identificadas com o gênero. O veterano Paulo Moura, por exemplo, traz a contribuição de seu choro jazzístico, enquanto os mais jovens Yamandú Costa e Marcello Gonçalves (brilhante como violonista do Trio Madeira Brasil e como diretor musical do filme) mostram certos

Brasileirinho (Brasil/ Finlândia/ Suíça, 2005, 90 minutos). Direção: Mika Kaurismäki.

Arquivo DC

Obras de Nazareth em gravações antológicas: com Arthur Moreira Lima (selo Marcus Pereira): Sempre Nazareth, com Maria Teresa Madeira (piano) e Pedro Amorim (bandolim), selo Kuarup; Ernesto Nazareth - Tangos, Waltzes and Polkas, com Iara Behs (piano, selo Naxos); Especial Tânia Cançado (piano, selo Karmim).

ção

Fotos: Reprodu

Brasileirinho: as valiosas lições sobre as funções e possibilidades dos instrumentos no choro. Dentre estas, os méritos maiores vão para a apresentação de Yamandú do violão de sete cordas, a explicação dos contrapontos de trombone de Zé da Velha e o diálogo percussivo de Jorginho do Pandeiro e Marcos Suzano. Contudo, também nessa parte o documentário é incompleto. Alguns instrumentos fundamentais ficaram em segundo plano, a começar pela flauta e o cavaquinho. O piano, então, sequer foi aberto. Pobre Chiquinha Gonzaga, pobre Radamés Gnatalli. E Ernesto Nazareth, o homem célebre de Cacá Machado, só não ficou esquecido graças à inclusão de uma versão de Brejeiro – para o violão. (AD)

ORATÓRIO

O

atormentado pianista Pestana, personagem do conto O Homem Célebre, de Machado de Assis, sonhava com a glória de figurar entre os gênios da música erudita – Bach, Mozart, Beethoven –, cujos retratos ficavam pendurados na parede da sua sala como imagens de santos numa igreja. Mas, na hora de compor, entretanto, só lhe saíam com inspiração umas polcas (gênero de dança popularíssimo no final do século XIX) muito brejeiras, que, para o seu desespero íntimo, faziam um enorme sucesso na cidade, como que alardeando a sua incapacidade para a arte profunda. A grande diferença entre a sua ambição e a sua vocação ecoou renitentemente pela cultura nacional – Caetano Veloso até citou uma frase do conto na contracapa de Ci rc ul ad ô, “mas as polcas não quiseram ir tão fundo...” – e, agora, serve ao músico e pes-

tores não especializados, mas recompensa os que nele se aventuram com uma descrição sóbria e cuidadosa da produção do pianista. Conforme argumenta Cacá, Nazareth foi um desenvolto intermediário entre os requebros da musicalidade popular, transbordante dos cortiços, quintais ou festas de rua, e a sofisticação dos salões onde a antiga elite carioca ia se divertir. Sua obra reflete, dessa maneira, a progressiva assimilação do sincopado brasileiro à música européia (ou europeizada) consumida nesses ambientes mais nobres. Por outro lado, graças à posição de mediador que assumia, o movimento inverso também se dava, com a sua adoção de procedimentos técnicos eruditos para a

Elias, de Mendelssohn.

A

Orquestra do Teatro Municipal e o Coral Lírico interpretam Elias, do alemão Felix Mendelssohn (1809-1847, na foto). Esse oratório, considerado uma das obras mais importantes do repertório coral do século XIX, envolve quatro vozes solistas: soprano, mezzo, tenor e baixo, além de coro e grande efetivo sinfônico. Regente: Mário Zaccaro. Teatro Municipal. Praça Ramos de Azevedo, s/nº. Tel.: 3222-8698. Sexta (24). 21h. R$ 10 a R$ 15.

RADAMÉS GNATALLI

A arte de ser contemporâneo Aquiles Rique Reis

E

m 2006 comemoramos o centenário de nascimento de Radamés Gnattali. Pianista, compositor e arranjador, ele trouxe para a música brasileira viço e personalidade nunca vistos. Radamés sempre esteve à frente de seu tempo. Camerístico, erudito, popular, ele é a verdadeira escola da pluralidade musical na qual outros grandes músicos se inspiram. Profícuo criador, Gnattali deixounos um legado de obras-primas. Seu quinteto foi responsável por alguns dos grandes momentos desse pianista e compositor. Para integrar o Radamés Gnattali Quinteto, logo o mestre buscou o

baterista Luciano Perrone e o contrabaixista Pedro Vidal. Depois, a eles se reuniram Zé Menezes, com seu violão e sua guitarra e Chiquinho do Acordeom. Nascia o lendário Radamés Gnattali Quinteto. Para sossego da memória musical brasileira, todas as partituras de sua autoria ficaram sob a responsabilidade de Chiquinho do Acordeom. Até que, em 1993, este repassou o tesouro que lhe coube cuidar para Henrique Cazes. Estudioso e admirador da obra de Radamés, Cazes passou a imaginar a melhor maneira de trazer novamente à luz aquilo que tanto cativara os que tiveram a regalia de ouvir.

Com outros quatro músicos, tão virtuosos e competentes como ele, dedicou-se à tarefa de reeditar a formação original do Radamés Gnattali Quinteto. A Cazes e sua guitarra juntaram-se a pianista Maria Teresa Madeira, o acordeonista Marcos Nimrichter, o contrabaixista Omar Cavalheiro e o baterista Oscar Bolão. Estava formado o quinteto que tem como objetivo tocar os arranjos originais de Radamés Gnattali.

Nascia assim o magnífico CD Radamés Gnattali – Novo Quinteto (Rob Digital). Obra de referência, o álbum traz oito composições de Radamés, duas de Jacob do Bandolim e duas de Pixinguinha. Seguindo fielmente as partituras deixadas pelo mestre, o Novo Quinteto brilha intensamente ao reproduzir com vivaz autoridade o som que marcou uma época. A sensibilidade dos

cinco instrumentistas permitiu que transparecesse uma reverente humildade para tocar exatamente o que há na partitura de cada obra orquestrada por Radamés. É arrepiante imaginar que os ouvintes do CD, se não souberem que ali estão os arranjos originais, escritos em meados do século passado, poderão pensar que o Novo Quinteto criou arranjos modernos para músicas antigas. Não! Os músicos ali tocam com prazer para reverenciar a contemporaneidade de quem criou tanta beleza em música. Radamés foi um mestre na arte de escrever para piano. Os solos, e

não só os do seu instrumento, são singulares. Quase sempre seguidos de duos e trios com linhas melódicas abertas, os arranjos de Gnattali representam, ainda hoje, um avanço em direção à perfeição dos instrumentistas brasileiros. Graças a ele, a modernidade continua a perpetuar o som que vem do Brasil de Gnattali. Aquiles Rique Reis, vocalista do MPB4, é produtor e apresentador do programa O Gogó de Aquiles, na Rádio Roquete Pinto FM do Rio de Janeiro, às segundas-feiras, das 15h às 16h: www.fm94.rj.gov.br


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de agosto de 2007

TEATRO No palco, poemas de Quintana.

LAZER - 3

CONCERTO Céline Imbert: 20 anos de carreira Bob Wolfenson/Divulgação

Fátima de Souza/Divulgação

Um universo de ternura e delicadeza Sérgio Roveri

“A

infância é sempre importante na formação de um poeta. É bom ser poeta, é bom ser criança, porque o poeta consegue conservar durante toda a vida aquela franqueza, a sinceridade e a disponibilidade das crianças. E se alguém consegue conservar por toda a vida a criança que tem em si, esse

alguém será realizado e nunca envelhecerá. Por isso eu costumo dizer que o poeta não tem idade”. Ao ler este trecho em uma entrevista de Mario Quintana, a atriz gaúcha Deborah Finocchiaro decidiu que estava ali, no universo de extrema ternura e delicadeza lapidado durante décadas pelo poeta gaúcho, a inspiração para um trabalho autoral

Sobre Anjos e Grilos – O Universo de Mario Quintana, estréia hoje, sexta (24), no auditório do Sesc Pinheiros, Rua Paes Leme, 195, tel.: 30959400. Sexta às 20h e sábado às 19h. Ingressos a R$ 10.

Do que é feito um cidadão

C

idadão de Papel, livro do jornalista Gilberto Dimenstein, recebeu o Prêmio Jabuti de 1994 como melhor título de não-ficção e, em pouco tempo, tornou-se uma obra de referência sobre cidadania e direitos das crianças. Depois de ter sido adotado por centenas de escolas em todo o País, o livro agora serviu de matéria-prima para a peça Cidadão de Papel, escrita pelo jornalista e dramaturgo Sérgio Roveri, colaborador deste caderno, cuja estréia inaugura neste sábado (25) uma nova sala na cidade, o Teatro da Vila, com 99 lugares, dentro da Escola Estadual Carlos Maximiliano Pereira dos Santos, ao lado do Fórum de Pinheiros. Livro e peça trilham caminhos distintos para tentar defender um ponto de vista comum: a importância da cidadania para a consolidação do conceito de nação. Enquanto Dimenstein, num trabalho eminentemente jornalístico, lança mão de dados, estatísticas e depoimentos para compor um panorama abrangente (e desolador) sobre desnutrição, meio ambiente,

Fotos: Divulgação

Cidadão de Papel: adaptação de Roveri para texto de Dimenstein.

mortalidade infantil e violência no Brasil, entre outros temas, Roveri recorre a cenas curtas de ficção para tentar demonstrar que muitos dos princípios básicos de cidadania não são levados a sério no País. “Em nenhum momento Dimenstein exigiu que a peça fosse uma reprodução fiel do livro”, diz Roveri. “Ele permitiu que eu e o diretor Ivam Cabral trabalhássemos apenas com o conceito da obra, e não com os exemplos e casos que ele enumera. Ele queria apenas que o espetáculo não resultasse didático nem tivesse o clima de uma aula convencional”. Destinada ao público jovem,

Cidadão de Papel procura adotar a linguagem de um videoclipe, em que cenas de rápida resolução e figurino colorido são intercaladas com música e coreografia. Embora o tema seja espinhoso, o espetáculo é uma comédia que adota, bem ao gosto do público jovem, um humor que não tem medo de ser politicamente incorreto. Cidadão de Papel, estréia sábado (25), no Teatro da Vila, Rua Jericó, 256, Vila Madalena, tel.: 3258-6345. Sexta e sábado às 20h, domingo às 18h. Ingressos a R$ 20.

O livro de Dimenstein

Cidadania, violência, ética, mortalidade infantil, cultura e educação são alguns dos temas abordados no livro O Cidadão de Papel - A infância, a Adolescência e os Direitos Humanos no Brasil (Editora Ática, 136 páginas, R$ 26,90), escrito por Gilberto Dimenstein. Em sua quarta versão, é possível constatar que a cidadania no Brasil, citada pelo autor, continua frágil como o papel, e quase sempre com seus direitos assegurados apenas no papel. "Apesar de todos os avanços, a regra é a exclusão social, a incapacidade de oferecer um mínimo

de igualdade de oportunidades às pessoas. Essa é a raiz da violência que vemos por todos os lados e que nos faz sentir como reféns", escreve Dimenstein. Em uma linguagem acessível, o livro traz informações e conceitos importantes sobre cidadania, descritos de maneira apropriada para o público jovem. Não faltam exemplos de situações do dia-a-dia e registros de fatos reais, que demonstram como a falta de cidadania reflete na sociedade. Quem nunca assistiu a meninos fazendo exibição de malabarismo nas ruas da cidade? O caso dos mendigos assassinados no centro de São Paulo, em agosto de 2004, também é lembrado pelo escritor. Dimenstein ainda propõe ao final

de cada capítulo um roteiro para discussão. Em alguns casos, o autor sugere filmes, como O Invasor, dirigido por Beto Brant. O filme é um retrato de como funciona a corrupção no Brasil. O mundo virtual também não ficou de fora das sugestões do jornalista. Ele dá dicas de páginas sobre direitos humanos, direitos da criança, proteção ao meio ambiente e muito mais. Segundo Agop Kayayan, representante do Unicef no Brasil, Cidadão de Papel é uma surpresa agradável para a juventude. "Muito raramente um autor se dirige de maneira adequada aos jovens para se comunicar, na linguagem deles, sobre assuntos sérios que afetam seus direitos", diz.

Classificada de soprano, mezzo-soprano e até contralto, Céline Imbert interpreta de Bizet a Arrigo Barnabé.

À FLOR DA PELE

A

lguns meses atrás, após o término de um ensaio, um regente chamou de lado a cantora Céline Imbert, soprano para uns, mezzo-soprano para outros e até contralto para um grupo mais restrito, e lhe lançou o seguinte diagnóstico: “Céline, você ainda está preocupada com o registro de sua voz? Esqueça isso. Você é uma cantora de papéis e deve cantar tudo aquilo que fica bem para você”. Quando subir ao palco do Teatro Municipal às 11h deste domingo (26), em um grande concerto comemorativo aos seus 20 anos de carreira, Céline Imbert, de uma vez por todas soprano dramático com habilidade e extensão para atuar em outros registros, vai provar que de Bizet a Carlos Gomes, de Giordano a Mascagni, são inúmeras as obras que ficam muito bem em sua voz de cantora de papéis. O repertório do concerto que traz, entre outras, as árias Habanera, de Carmen, e La Mamma Morta, da ópera Andréa Chenier, foi escolhido pela própria cantora por se tratar de uma apresentação festiva, dessas

capazes de provocar uma identificação imediata na platéia. “Penso que não teria muito sentido mostrar trechos das óperas de Wagner neste tipo de espetáculo”, diz a cantora. “São óperas de poucas árias, recheadas de diálogos e momentos muito pesados. Optei por aquelas árias que estão sempre no ouvido das pessoas. E, claro, que também se adaptam mais facilmente à minha voz”. Acompanhada pela Orquestra Experimental de Repertório, regida por Jamil Maluf, Céline Imbert vai mostrar apenas uma ária inédita em sua voz, Mon Coeur s'Ouvre a Ta Voix, de C, Saint-Sëns, da ópera Sansão e Dalila. “Esta entrou porque eu acho linda e vai ser uma alegria interpretá-la pela primeira vez”. Céline Imbert, paulistana formada em psicologia, teve um início de carreira inusitado para uma estrela lírica: começou cantando MPB pelos bares da cidade. Foi ali que aprendeu, segundo ela, a não ter medo de expor os sentimentos e a se entregar de maneira mais passional às heroínas que pouco tempo depois iria interpretar. “Cé-

Récita no São Pedro, por R$ 20. ÓPERA

Sobre Anjos e Grilos: monólogo traz cotidiano, infância, morte, amor.

que teria o palco como seu destino último. Começavam a brotar ali, em dezembro de 2004, as bases do monólogo multimídia Sobre Anjos e Grilos – O Universo de Mario Quintana, que entra hoje em temporada regular no auditório do Sesc Pinheiros depois de ter colhido ótimas críticas no circuito de festivais de teatro de todo País. O espetáculo se propõe a radiografar a vastíssima produção poética de Quintana, mas evitando a fórmula de um sarau ou de um tradicional recital de poesia. Contribuem para a dinâmica do monólogo uma série de projeções feitas a partir de ilustrações da artista plástica gaúcha Zoravia Bettiole e uma trilha sonora que investe tanto no rock quanto nas composições eruditas. “Como a obra de Mario Quintana é muito extensa, foi necessário criar uma didática para que os poemas chegassem ao palco”, diz a atriz. “O material escolhido foi dividido em temas como cotidiano, lua, infância, progresso, reuniões sociais, morte, amor, auto-ajuda, críticos, Deus e religião”. Grande parte do recheio da peça veio, no entanto, das entrevistas que o autor de “todos estes que aí estão/atravancando o meu caminho/Eles passarão, eu passarinho...” concedeu a diversos veículos de comunicação. “Meu profundo interesse pela obra do poeta surgiu antes de suas entrevistas, ocasiões nas quais ele conseguia revelar sua humanidade e clareza, e sua saudação à vida, à simplicidade e à sinceridade”. A atriz acredita que em nenhum momento o espetáculo pretende remoçar a obra de Quintana, pelo fato de ela em si já ser atemporal e eternamente remoçada. “Mas a peça não deixa de ser um incentivo à poesia”, diz. “Muitas pessoas me procuram ao final do espetáculo para dizer que não conheciam determinados trechos da vida do poeta que eu trouxe à tona. E que, a partir de agora, pretendem voltar a ler sua obra”.

S

ob direção musical e regência de João Maurício Galindo, o Teatro São Pedro continua sua temporada lírica de 2007, com a apresentação da ópera Il Matrimonio Segreto (acima), do italiano Domenico Cimarosa (1749-1801, na foto ao lado). Solistas: Manuela Freua e Caroline de Comi (sopranos); Carlos Eduardo Marcos

line é um animal de palco, e acho que a intensidade com que ela se entrega a cada papel é o que mais impressiona”, diz o jornalista Irineu Franco Perpétuo, crítico de música erudita do jornal Folha de S. Paulo. “Já vi performances melhores e piores de Céline, coisas de que gostei mais, de que gostei menos, e até de que não gostei; contudo, jamais assisti a uma performance dela que fosse monótona, justamente porque ela dá a impressão de estar cantando cada récita como se aquilo fosse uma questão de vida ou morte”. Após o concerto de domingo, Céline Imbert dá início à turnê de lançamento do recém-gravado CD Berio +, em que interpreta canções folclóricas do italiano Luciano Berio, além de composições de Arrigo Barnabé e Eduardo Guimarães Alves. É a estrela erudita estendendo o banquinho para a cantora popular. (SR) Céline Imbert e Orquestra Experimental de Repertório no Teatro Municipal, praça Ramos de Azevendo, s/nº, tel.: 3222-8698. Domingo, 26, às 11h. Ingressos de R$ 10 a R$ 15.

(baixo) e Márcio Marangon (barítono). Direção cênica de Lívia Sabag e direção de produção de Eddyno Rossetto. Realização: Associação Paulista dos Amigos da Arte (APAA). Teatro São Pedro. Rua Barra Funda, 171. Tel.: 3667-0499. Domingo (26),17h. R$ 20. Até dia 28 (terça).


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - LAZER

sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de agosto de 2007

GASTRONOMIA Os pratos prediletos de Maria Callas Fotos: Euler Paixão

Nova luz no 'casillero'

Reprodução

José Guilherme R. Ferreira

O

Bruno Tosi, autor do livro sobre Callas; e Joana Trombetti Fiora, que servia à diva massas e doces no La Bologna (acima).

Receitas e paixões de uma diva

S

alada de folhas e peito de frango grelhado definitivamente não faziam parte dos pratos pedidos por Maria Callas. A diva, que chegou a pesar 108 quilos, gostava mesmo era de um suculento ossobuco, acompanhado de rigatone ou lasanha. E tinha loucura por doces: torta de chocolate, ovos nevados e pavês estavam entre seus preferidos. Para contar um pouco de sua faceta comilona e cozinheira, e também prestar homenagem aos 30 anos de sua morte – a serem completados em setembro – , acaba de ser lançado o livro A Paixão Secreta de Maria Callas Histórias, Receitas e Sabores (Editora Mercuryo - Novo Tempo, 208 páginas, R$ 43), organizado pelo italiano Bruno Tosi, presidente da Associação Cultural Maria Callas. Depois de uma apresentação lírica na qual deixava o público maravilhado com sua exuberância no palco, a soprano saía para jantar. E quando gostava da comida, pedia ao cozinheiro a receita. Anotava tudo em folhas, blocos, cadernos, guardanapos, ou qualquer papel que tivesse à mão. Costumava passar as anotações a Elena Pozzan, sua camareira e cozinheira pessoal. Quando o sabor deixava impressões par ticularmente boas em seu paladar, adicionava ao pacote de papéis o bilhete "Don’ t Reprodução forget" ("Não esqueça"). É dessa reunião de notas diligentemente armazenadas que saiu o conteúdo da obra agora editada. Amores - Filha de imigrantes gregos, Maria Anna Sofia Cecília Kalogeropoulos nasceu em Nova York, em 1923. Seu casamento com o empresário italiano Giovanni Battista Meneghini durou apenas dez anos, terminando em 1959, e a união com Aristóteles Onassis acabou quando o milionário grego a abandonou para ficar com Jacqueline Kennedy. "Na carreira, ela não cometeu erros. Deixou todos os enganos para a vida amorosa, apegando-se a

Lúcia Helena de Camargo Reprodução

Callas na cozinha: para Onassis, preparava ostras, como afrodisíaco.

relacionamentos com homens que não a valorizavam", analisa Tosi, que acompanhou a trajetória de Callas desde os anos de 1950 e já escreveu três livros sobre a diva. "Ela foi a maior cantora de ópera de todos os tempos e jamais será superada, porque era única", diz o autor, que não esconde ser 100% fã da estrela. Seu temperamento forte era conhecido. Para alguns, isso dava vigor às interpre-tações. E apesar de freqüentemente desentender-se com maestros e colegas em nome da música, estudiosos concordam que

manteve a integridade artística até sua precoce morte, aos 53 anos e solitária, em Paris. Brigas - Entre uma receita e outra, A Paixão Secreta de Maria Callas conta algumas das histórias que ajudaram a construir sua reputação de briguenta. Uma delas ocorreu aqui mesmo, em São Paulo. Em 1951, aos 28 anos, a diva desembarca no País, para apresentar-se em La Traviata, de Verdi. No grupo de cantores que acompanhava a então soprano com carreira em ascensão estava Renata Tebaldi, que alternava com Callas o papel principal na ópera. Em uma noite cantava uma, e na noite seguinte, a outra. Em texto do jornal O Estado de S. Paulo reproduzido no livro a performance de ambas é elogiada. O público estava satisfeito e o Teatro Municipal seguia lotado. Ocorreu, porém, o estopim do

Lasanha do Villa Fiora: entre os pratos preferidos da soprano.

desentendimento entre ambas que passaria para a história. O combinado é que nenhuma delas concederia o "bis" ao final da apresentação. Mas certa noite, Tebaldi, entusiasmada, voltou ao palco e cantou, provocando a ira de Callas e uma rivalidade que jamais terminou. Furiosa ou faminta, Maria Callas mantinha a vivacidade. Nessa fase tinha emagrecido 40 quilos, para viver de maneira mais realista a personagem Violetta, que – inspirada no romance A Dama das Camélias –, de Alexandre Dumas, morre tuberculosa. Mas ao final do dia, era voraz. E assim é lembrada por Joana Trombetti Fiora, que na época tinha 24 anos e ajudava no restaurante do pai, La Bologna, então instalado ao lado do teatro, no Vale do Anhangabaú. Era ali que a diva fazia as refeições quando estava na Cidade. "Ela chegava e perguntava qual era a melhor massa feita à mão que tínhamos no dia", lembra Joana, hoje com 80 anos. O herdeiro da cozinha do La Bologna é o restaurante Villa Fiora, localizado na Avenida Rio Branco. A casa mantém no cardápio a lasanha, apreciada por Callas e a sobremesa sempre solicitada pela soprano: Zuppa Inglese (sopa inglesa), uma espécie de pavê que leva creme e bolacha champanhe. A receita do doce está no livro. Comida grega - "Reunir as receitas preferidas de Callas foi muito prazeroso, porque posso mostrar um lado sensual pouco conhecido dessa grande artista", diz Tosi. Curiosamente, entre os pratos prediletos não aparecem influências de sua ascendência. Iguarias como Arnaki Fricassee Me Araka (carneiro e ervilha fricassê) e Bacaliaros Skordalia (bacalhau frito com pasta de alho), da cozinha grega, talvez fossem comidos por Callas quando criança. E estão no livro Toque da Grécia – Cozinha do Sol, de Ali Fakhri (Editora Record, 152 páginas, R$ 25). O autor das receitas gregas avisa que todos os ingredientes dos pratos, como azeitonas gregas ou queijo feta (foto) são achados no Brasil. E as receitas de Callas contém um tempero a mais: as histórias de sua conturbada vida, sempre acompanhadas de fotos e dos pratos preferidos, como as Ostras à Veneziana que ela preparava – ou mandava preparar – para Onassis, por considerá-las afrodisíacas.

Verdi, uma das forças da estrela.

C

allas estudou canto no Conservatório de Atenas, com a soprano Elvira Hidalgo. Há diversas versões a respeito de sua estréia. Consta que teria sido em 1937, como Santuza em uma montagem de Cavalleria Rusticana, de Mascagni. Há, no entanto, historiadores que consideram sua atuação (1941) em Tosca, de Puccini, na Ópera de Atenas. O primeiro papel de Callas na Itália (Arena de Verona) foi na ópera La Gioconda, de Ponchielli, sob a direção de Tullio Serafin, que se tornaria o seu mentor, tanto quanto o maestro francês Georges Prêtre. Mas foi em 1948 que Callas começou a brilhar e impor a sua exuberância. Naquele ano, foi protagonista - com aplausos de

Grandes momentos em ciclos de CDs

E público e crítica - da ópera Norma, de Bellini, em Florença. A partir da década de 1950, Callas apresentouse regularmente no Convent Garden (Londres), Metropolitan (Nova York) e La Scala (Milão). Entre

suas gravações célebres está La Forza Del Destino (acima), de Verdi, com Orquestra e Coro do Teatro Alla Scala, sob a direção de Serafin. Selo EMI. Original de 1955. Remasterização: 1997.

ntre numerosas antologias que reúnem performances de Callas está a série La Divina, editada pela EMI. Na série 3 desse ciclo, destacam-se La Mamma Morta, Ato III, de Andrea Chénier, ópera de Giordano, sob a direção de Tulio Serafin; e Vogliatemi Bene, un Bene Piccolino, Atto I, de Madama Butterfly, de Puccini, em registro histórico de 1955 no La Scala, com Herbert von Karajan.

Casillero del Diablo Reserva Privada 2005, que acaba de ser lançado no Brasil pela multinacional francesa Pernod Ricard, é um desses vinhos que certamente Don Melchior de Concha y Toro trataria de proteger com unhas e dentes na sua adega "assombrada". Diz a conhecida lenda que o fundador da vinícola chilena, cansado dos larápios que levavam preciosas garrafas de sua propriedade, espalhou que no escuro do seu úmido casillero vivia o diabo. E bastou a história noir para que nada mais fosse tirado de lá. O novo vinho da Casillero del Diablo, vinícola do grupo Concha y Toro, é uma mescla de Cabernet Sauvignon (65%) e Syrah (35%), amadurecida durante 14 meses em barrica de carvalho francês. Trata-se de uma bem cuidada versão latinoamericana do agora clássico blend australiano ShirazCabernet Sauvignon (Shiraz como prefere a Austrália). A parte de Cabernet do Casillero é de Pirque, no Vale

do Maipo, terroir de origem do Casillero de Diablo, onde Don Melchior e sua mulher plantaram em 1883 seus primeiros vinhedos, com variedades trazidas de Bordeaux. As uvas Syrah são de Peumo, das encostas do Vale do Rapel. O jovem enólogo Marcelo Papa, que comandou a degustação desse premium em São Paulo, usa uma imagem bonita para defender a mescla: "o Syrah entrega a fruta ao Cabernet, despertando-o". Papa diz que eles cuidaram também para que a madeira não fosse protagonista. Resultado de uma safra extraordinária, esta edição do Casillero Reserva terá apenas 500 mil garrafas.

http://www.casillerodeldiablo.com/ http://www.conchaytoro.com

ADEGA

Na Argentina Sergio de Paula Santos

A

Uco. Em Agrelo e Vistalba (Luján de queda do dólar anima o Cuyo), seus vinhos alcançam uma brasileiro a viajar. Como o ótima acidês, corpo e longevidade. euro não caiu e a vida na Provamos dois Malbec, um Europa é cara, as Américas são Mendocino e um de San Juan. opções mais favoráveis. Nestas, sem dúvida, a Argentina se destaca. Graffigna, Malbec Destino turístico tradicional de 2005 - San Juan brasileiros, Buenos Aires, Bariloche e San Juan é a segunda maior região Mendoza, com um câmbio favorável, vitivinícola do pais (89.651 km²), após recebem batalhões de patrícios. Mendoza. Seus vinhedos situam-se Se os apreciadores de vinhos buscam Mendoza, cabe lembrar, que entre 600 e 1200 metros de altura. As Bodegas Graffigna pertencem hoje ao além desta, existem mais nove grupo Pernod Ricard, como a saltenha, regiões vitivinícolas no país, da que elaboram vinhos medianos e fronteira com a Bolívia (Salta), à corretos, para o dia-a-dia, apreciados Patagônia. Assim para poder pelo consumidor por seu bom preço. O degustar todos esses vinhos, o mais vinho provado, vermelho escuro, de prático mesmo é fazê-lo na capital, onde não faltam ótimos restaurantes copo e estrutura médios é agradável e correto, próprio para o dia-a-dia e e hotéis, além do comércio em geral. ótimo custo-benefício. Adquirido no O único aspecto negativo para o Pão de Açúcar ao preço de R$ 27. viajante, em qualquer destino, é a Avaliação 78/100. condução aérea, gerida por autoridades incompetentes e Latitud 33º Malbec 2006 empresas aéreas gananciosas e Mendocino, da maior região relapsas. Em nosso recente passeio vinícola do país (148.827 km²), tivemos aviões com poltronas produzido quebradas pelas Bodegas (Gol) e Chandon, filial companhia argentina da suspensa na glamourosa Argentina Maison Moêt & ( Varig). Chandon Com relação francesa, aos vinhos, situada em sem contar os Agrelo, Luján de mesa, de Cuyo, faz correntes, o grandes Guia dos Graffigna, próprio vinhos e Vinhos para o dia-a-dia e espumantes Argentinos, de ótimo custona Argentina. Elisabeth benefício. E Latitud Elabora Checa e Martin acompanha também Cuccorese, bem carnes vinhos deste ano, condimentadas. medianos reúne, entre corretos, brancos, tintos apreciados igualmente pelo e espumantes, 441 rótulos. E não é consumidor por seus bons preços. O completo. Latitud 33º provém de um vinhedo No país preferimos as situado exatamente nessa latitude. especialidades nacionais, os das variedades Malbec entre os tintos e a Seu Malbec é de coloração rubi bem escura, de aromas de frutas vermelhas Torrontés entre os tintos. (amora, framboesa), encorpado, A Torrontés (não confundir com a complexo e redondo, apesar da pouca Terrantes da Madeira) é uma idade. Acompanha bem carnes variedade autóctone da Argentina, condimentadas e massas. Adquirido resultante do cruzamento na rede Pão de Açúcar. Ótima relação espontâneo da Moscatel de Alexandria (italiana) e a Criolla Chica, custo-benefício. Preço: R$ 28. Avaliação 80/100. variedade antiga, trazida pelos colonizadores espanhóis no século Critérios XVI. Difundida por todo país, Regular - De 50 a 60 pontos, sobre encontrou seus melhores terrenos no noroeste argentino, nas províncias de 100 possíveis Bom - De 60 a 70 pontos Salta e La Rioja. Tem aromas florais Muito Bom - De 70 a 80 pontos intensos e eventualmente lembra a Ótimo - De 80 a 90 pontos Moscatel. Nunca passa pela madeira. Excepcional - Acima de 90 pontos A Malbec, como sabemos, é de origem francesa, tendo várias denominações na França. Côt em Sergio de Paula Santos Bordeaux, Auxerrois em Cahors, é médico e crítico de vinhos. Malbeck no Medoc etc. Foi muito Membro-Fundador da Federação difundida no país até a infestação da Internacional dos Jornalistas e Phyloxera no final do século XIX. Em Escritores do Vinho (Fijev), é autor Mendoza a Malbec desenvolveu todo de livros sobre vinhos, o último dos seu potencial, principalmente na quais, O Vinho e suas Características, zona alta de Mendoza e no Vale do Senac, São Paulo, 2003.


Distritais DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

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ACSP

Fotos: Andrei Bonamin/Luz

Parque do Jaraguá passou por conservação e ganhou segurança

GIr

PIRITUBA: META É MELHORAR SISTEMA VIÁRIO

Agendas da Associação e das distritais

Hoje I Plenária – O presidente da

ACSP, Alencar Burti, coordena plenária com palestra do presidente do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral, sobre Mitos e verdade sobre a CPMF. Às 17h, rua Boa Vista, 51/9º andar.

Amanhã I Centro – Reunião do

Bairro, que cresce por causa da incorporação imobiliária, terá novos acessos, viadutos e pontes. O investimento em turismo local também está previsto.

Complexo Anhanguera (acima e abaixo) beneficiará 100 mil usuários

ser beneficiados com o empreendimento. Segundo o projeto, três pontes serão erguidas no região de Pirituba, entroncamento da via Anhanna zona oeste da ci- guera com a marginal Tietê. Uma delas sairá da marginal dade, é uma das que mais crescem direto para a rodovia. Outra atualmente em São Paulo. A permitirá o acesso direto da grande quantidade de áreas li- Lapa à via Anhanguera, envres está sendo rapidamente quanto que uma terceira dará incorporadas pelo setor imobi- acesso da rodovia para a marliário. Um dos motivos que ginal Tietê, no sentido Penha. atraem os empresários do se- O projeto ainda inclui o protor é o Parque do Jaraguá, que, longamento e a recuperação guardadas as devidas propor- da ponte Atílio Fontana, além ções, transmite um pouco da da construção de novas alças e tranquilidade de uma cidade dois novos viadutos. No total, o complexo terá 15 interiorana. Outro ponto favorável é a proximidade do bair- novas pontes e viadutos, cinco ro com importantes rodovias ampliações de obras existentes que ligam São Paulo ao interior para a implantação de faixas adicionais, 14 quilômetros de do estado. A p e s a r d o c re s c i m e n t o pistas marginais, oito quilômetros de faixas acentuado, a readicionais, seis gião enfrenta sénovas passarerios problemas las, recolocação com a escassez de de 24 pontos de acessos viários, ônibus ao longo q u e a c a r re t a m da via e a consgrandes congestrução de um notionamentos nos vo posto de atenhorários de pico. dimento aos Com a colaborausuários. A conção de diversas cessionária Auentidades locais, toban é a responvários projetos sável pela execuestão começando ção das obras, a sair do papel que devem estar para melhorar a concluídas no circulação viária. Nossa meta é atrair ano de 2010. Uma dessas investimentos para a De acordo com entidades é a Disregião, que ainda o superintendentrital Pirituba da tem um grande te da Distrital PiAssociação Copotencial de rituba, a construmercial de São crescimento. ção do viaduto Paulo (ACSP), André de Souza Peixoto, do Jaraguá, uma que tem como superintendente da reivindicação anum de seus prinDistrital Pirituba tiga da populacipais objetivos ção, deve estar fomentar políticas de desenvolvimento para a concluída em 2008. Atualmenregião. A distrital e três sub- te, o bairro é cortado por uma prefeituras (Freguesia do Ó, linha de trem cuja porteira é fePerus e Pirituba/Jaraguá) es- chada ou aberta conforme a tão realizando projetos que vi- passagem das composições, o sam melhorar a problemática que acarreta um grande condos acessos viários, como a gestionamento no local. Turismo - Outro ponto imconstrução do Complexo Anhanguera e do viaduto do portante em que a Distrital PiJaraguá. Além disso, a entida- rituba vai começar a se engajar de luta pela preservação da é o fortalecimento do turismo memória e pelo crescimento local. "O Parque do Jaraguá está muito bem conservado e do turismo locais. "Nossa meta é atrair investi- com ótima segurança. Tratamentos para a região, que tem se de uma região turística que um grande potencial de cresci- precisa ser melhor explorada. mento", afirma André de Sou- Em outubro, promoveremos za Peixoto, superintendente um festival de música no local. da Distrital Pirituba. Os bair- Também pretendemos exploros mais afetados pela falta de rar o potencial gastronômico acessos viários, todos localiza- que existe no bairro da Fredos dentro da área de jurisdi- guesia do Ó". Quanto ao comércio na reção da Distrital Pirituba, são Pirituba, Freguesia do Ó, Par- gião, Peixoto garante que tem que São Domingos, Jaraguá, registrado um crescimento Parada de Taipas, Perus e tam- acentuado, assim como o setor imobiliário, principalmente bém Jaguara. Anhanguera - O Complexo nas avenidas Benedito de AnAnhanguera é uma das obras drade e Mutinga. "Não temos mais esperadas pelos morado- muitos problemas com ambures dos bairros da região. A es- lantes. Na nossa região só tratimativa é de que aproximada- b a l h a m a q u e l e s q u e t ê m mente 100 mil usuários devem TPUs", conclui.

André Alves

A

André de Souza Peixoto no Pico do Jaraguá: "é uma região turística que precisa ser melhor explorada"

Comitê Técnico de Política Urbana. Às 9h, rua Galvão Bueno, 83, Liberdade. I Exportação– O conselheiro José Candido Senna coordena o workshop A importância do design para a exportação. Às 9h30, rua Boa Vista, 51/9º a. I Feira– O superintendente da distrital Santana, João de Favari, participa da exposição Escolar Paperbrasil. Às 13h, Parque Anhembi. I Artesanato– O conselheiro José Candido Senna, coordena o workshop Identidade visual e design para artesanato. Às 14h30, rua Boa Vista, 51/9º andar. I Centro – Palestra Como lidar com as emoções no mercado de trabalho, promovida pelo Creci. Às 18h, rua Galvão Bueno, 83. I São Miguel – Reunião do Comitê Técnico de Política Urbana. Às 18h, avenida Marechal Tito, 1042. I São Miguel – 8ª reunião ordinária e a palestra Bovespa e o Mercado de Ações - Bovespa Mais: Abertura de Capital – Quais as vantagens para sua empresa?Às 19h, avenida Marechal Tito, 1042. I Penha – Palestra Nova sistemática do processo de execução. Às 19h, avenida Gabriela Mistral, 199, Penha.

Quarta I Pirituba – Almoço de

Vista da cidade a partir do Pico do Jaraguá: festival de música no parque pretende atrair visitantes

SUPERSIMPLES NA PENHA

COMUNICAÇÃO EM SANTANA

ELETROPAULO NO TATUAPÉ

Distrital Penha realizou liar uma boa oradores, A uma palestra sobre o A comunicação com ações M comerciantes, supersimples, ministrada relacionadas ao produto imprensa local, líderes por Jaerson Cavalcante, do Instituto Jurídico da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Para dezenas de participantes, o palestrante esclareceu dúvidas sobre a lei complementar que estabelece normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte, no âmbito dos poderes federal, estadual e municipal. As pessoas presentes receberam uma cartilha com a lei complementar 123, de 14 de dezembro de 2006, e também tabelas que auxiliarão no entendimento dos cálculos necessários para o supersimples. A palestra contou com a presença de inúmeros contadores que puderam esclarecer todas as dúvidas sobre o assunto.

pode ser a chave para conquistar e fidelizar novos clientes. Pelo menos foi isso que ensinou Martha Rios Guimarães, diretora da RG Comunicação, especialista em comunicação e marketing, durante encontro com empresários realizado na Distrital Santana. "As instalações físicas, atmosfera, produtos, serviços, preços e equipe da empresa devem estar bem agrupados para atender as expectativas do público consumidor", disse a especialista. Para Martha, uma empresa se comunica por todos os seus lados: da cor da parede ao atendimento ao público. O empresário deve olhar sua organização "do lado de fora", como se fosse o cliente. A reunião na distrital foi coordenada pelo diretor superintendente, João de Favari.

comunitários e representantes de autoridades disputaram os 106 lugares do auditório da Distrital Tatuapé para participar do evento Isso É da Sua Conta, promovido pela AES Eletropaulo. O objetivo do encontro é de estreitar o relacionamento da empresa com a comunidade. "Nosso objetivo não é apenas fornecer energia, mas também colaborar para o crescimento dos municípios onde atuamos", disse o diretor de Clientes Corporativos, Max Xavier Lins. O diretor regional William Fernandes explicou que dos 5,5 milhões de clientes da distribuidora, 1,5 milhão estão na área atendida pela Regional Leste. "Para atender ao crescimento da região, planejamos investir R$ 100,6 milhões ainda neste ano", afirmou Fernandes.

Negócios. Às 12h, Buffet Athenas, avenida Cristo Rei, 289, Pirituba. I Transporte – O vicepresidente da ACSP Luiz Roberto Gonçalves coordena o seminário China: oportunidades para negócios, . Às 14h30, r. Boa Vista, 51/9ºa. I Socioambiental– Reunião da comissão socioambiental da ACSP. Às 17h, rua Boa Vista, 51/11º andar. I FJE– O conselheiro da ACSP Gênys Alves Júnior coordena reunião do FJE. Às 17h, rua Boa Vista, 51/9º andar. I Sudeste – A distrital e a AES Eletropaulo realizam a palestra Isso é da sua conta. Ás 19h30, rua Afonso Celso, 1659. I Butantã – A distrital e o Sebrae promovem a palestra Tecnologia da Informação – Uma necessidade nos negócios. Às 19h30, rua Alvarenga, 591. I São Miguel – Reunião com núcleo de móveis do Projeto Empreender. Às 20h, avenida Marechal Tito, 1042.

Quinta I São Miguel – Reunião com

núcleo de escolas particulares do Projeto Empreender. Às 9h, Avenida Marechal Tito, 1042. I Centro – Reunião com o núcleo setorial de óticas do Projeto Empreender. Às 19h30, rua Galvão Bueno, 83. I Tatuapé – Reunião do FJE com o tema NetworkBR – EPBR – Empresa de Participação dos Empreendedores do Brasil. Às 19h30, praça Silvio Romero, 29. I São Miguel – Reunião com o núcleo de mecânicas do Projeto Empreender. Às 20h, avenida Marechal Tito, 1042.

Sábado I Jabaquara – Jantar de

confraternização. Ás 20h, avenida Santa Catarina, 639.

Domingo I Jabaquara – XIX Desfile

Cívico do Jabaquara. Das 9h30 às 12h30, avenida Engenheiro Armando de Arruda Pereira, entre as ruas Waldomiro de Lima e a Farjalla Koraicho.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

LEITURA O horror pelo medíocre, em Pesadelo Refrigerado.

LAZER - 5 Fotos: Reprodução

Boas surpresas em lançamentos de livros ESTANTE

sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de agosto de 2007

Amor e maldades infantis Rita Alves olhar mais apurado do jornalista Antonio Penteado U mMendonça sobre São Paulo fez com que ele descobrisse algo que poucos enxergam: a poesia da cidade. O resultado está no livro O Toque do Verde, a Natureza na Cidade de São Paulo (Book Mix, 171 páginas, R$ 40) que reúne crônicas que mostram a interação da natureza com a cidade. Quem prefere suspense e mistério pode optar pelo romance Cinco Crianças - A Infância Oculta Maldades e Segredos que Podem nos Surpreender (Editora Landscape, 144 páginas, R$ 19,90), escrito por Walther Alvarenga. O jornalista, que já deu aulas de literatura para garotos da periferia em uma ONG, escreveu a ficção inspirado nessa experiência. "Observei que há os que perdoam, são dóceis; mas existem os que se vingam em pensamento, são ardilosos e profetizam a morte sem escrúpulos", conta Alvarenga. Joana Dalva é outra adolescente, só que esta tem poderes especiais. Sua história está em Poderosa 3 - Diário de Uma Garota que Tinha o Mundo na Mão (Editora Fundamento, 187 páginas, R$ 28,60), escrito por Sérgio Klein. No livro, poesia e bom humor circulam pelo mundo virtual e real. Já os fãs de histórias de amor vão gostar de Amor de Ocasião (Editora Arx, 288 páginas, R$ 36,90). Donna Kauffman fala de um casal apaixonado, mas assombrado pelo passado.

Miller, um aristocrata de origem popular. Renato Pompeu conforto meramente físico e o qual não consegue reconhecer a grande arte e a grande espiritualidade quando com elas se depara. A partir do seu requintado bom gosto, o escritor critica impiedosamente a esmagadora maioria das coisas que vê, ouve, come e cheira nos Estados Unidos, fundamentalmente por causa do seu mau gosto, e também a esmagadora maioria das pessoas cujo comportamento observa nas ruas e nos bares e restaurantes. Miller com certeza ficaria particularmente surpreso, nos dias de hoje, se soubesse que a culinária americana, tipo McDonald's, faz sucesso na Europa, particularmente na França, onde ameaça as tão caras tradições culinárias seculares e milenares, e que bebidas tipo Coca-Cola estão superando o vinho no gosto dos jovens franceses mais informados sobre os males provocados pelas bebidas alcoólicas. Também ficaria surpreso ao saber que o cinema americano, com suas tramas tidas por simplórias pelos intelectuais, seus tiroteios em que a munição das armas parece inesgotável, seus carros se destruindo espetacularmente, seus incêndios e explosões, sua violência

física e moral, seus rompantes sentimentalóides, tem mais adeptos entre franceses e europeus em geral do que seus próprios cinemas nacionais. Ficaria ainda mais surpreso ao constatar que a cada ano aumenta o número de filmes europeus de gosto plebeu e popularesco. Mas seu choque maior seria verificar o que aconteceu com as artes plásticas no Velho Continente e no mundo em geral, em que nas grandes galerias as instalações com objetos do cotidiano e mesmo com dejetos até orgânicos têm substituído as técnicas tradicionais da pintura e da escultura. Seu senso artístico aristocrático ficaria certamente horrorizado com o fato de que as artes plásticas de hoje não requerem, como diziam os camelôs, nem prática nem habilidade. É que Miller não se deu conta, neste livro revelador e importante, de que a democracia do livre mercado impõe o triunfo do gosto das pessoas comuns, ignoradas pelas antigas belas-artes favorecidas pelo mecenato das poucas pessoas muito ricas que tinham dinheiro suficiente para bancar artistas. Antes eram poucas pessoas, muito ricas e

muito bem educadas, que podiam sustentar poucos artistas, e faziam exigências requintadas, a que os poucos artistas tinham de atender. Agora são centenas de milhões de pessoas, cada uma com pouco dinheiro, mas no conjunto com muito mais dinheiro do que o conjunto dos mecenas à moda antiga, que fazem suas exigências a dezenas de milhares de artistas. A revista Time há décadas assinalou que, só em Nova York, se formam a cada ano mais diplomados em artes plásticas do que todos os que atuaram em Florença no século 16, mas com resultados pífios, do ponto de vista da grande arte, em relação àqueles grandes mestres da Itália. Por isso mesmo, nos Estados Unidos, Miller se sentia melhor no Sul, entre os descendentes dos patriarcas sustentados pelos antigos escravos, patriarcas que formaram a única aristocracia de "bom gosto" em território americano, com suas belas mansões e suas belas obras de arte que decoravam os seus salões. Isso apesar de Miller se revoltar com a precária situação em seu país dos pobres em geral e dos negros em particular. Renato Pompeu é jornalista e escritor, autor do romance-ensaio O mundo como obra de arte criada pelo Brasil, Editora Casa Amarela.

ENCONTRO

Arroz, filosofia, vinho e globalização.

E

ncontro intelectual que alimenta, regado a inteligência e divertimento. Esse é o prato principal oferecido no Almoço Filosófico aos convivas, gourmets e enólogos das mais finas iguarias, servidas ao tempero do conhecimento. O caldo cultural – devido à variedade do cardápio – é degustado antes e depois da refeição propriamente dita, através dos renomados palestrantes, experts nos diferentes e instigantes assuntos que apresentam. “A idéia é reunir as pessoas em torno de temas atuais, com especialistas carismáticos e bem humorados, para reflexões inteligentes de um público seleto”, avalia a psicóloga Olinda Nunes, idealizadora do projeto. Criado em 2005, nesses encontros gastro-intelectuais já foram debatidos assuntos como As Grandes Questões da Humanidade, por intermédio de Clóvis de Barros Filho, professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e da Fundação Cásper Líbero; O Islã, por Leandro Karnal, chefe do departamento de história da Unicamp, Rússia – uma Visão Política e Econômica, pelo jornalista Jaime Spitzcovisk, correspondente da Folha de S. Paulo neste país – que começa nova-

Armando Serra Negra mente a chacoalhar o mundo em confrontos sucessivos com Inglaterra e EUA – entre 1990 e 1994. Nesta sexta (24), a partir das 12h30, ele entrará novamente em cena, versando sobre o futuro geopolítico internacional, debatendo o tema BRICs – Os Países Emergentes do Século XXI. “BRICs é a sigla cunhada em 2003 pelo Banco de Investimento Goldman Sachs, designando os quatro principais países emergentes do mundo: Brasil, Rússia, Índia e China. Usando as

últimas projeções demográficas e modelos de acumulação de capital e crescimento de produtividade, esse grupo mapeou as possibilidades econômicas desses países até 2050, levando em conta o potencial de tornarem-se a maior força econômica mundial”, adianta o repórter, que após a temporada russa foi correspondente em Pequim também, por mais três anos. A maior parte desses almoços – mais de 20 até agora – foi servida na residência de Ana Maria Monteiro de

Carvalho (ex-Garnero), mas o próximo será na casa de Lucinha Mauro: “O menu será caprichado, com quatro diferentes pratos, típicos de cada um dos países BRICs”, revela a anfitriã. A informalidade é a tônica dominante, os assuntos não se arrastam, apresentados de forma pontual num ambiente atraente e charmoso, longe da frieza de uma sala de aula. A decoração ficará a cargo das telas alegres e vivazes de Felipe Senatore, artista paulistano de extenso currículo internacional. “Não intitulo meus quadros para não interferir na imaginação dos observadores”, diz ele. Nessas reuniões divulga-se, além da cultura, também a arte, aliadas ao prazer e divertimento proporcionados por um bom prato e um bom vinho. “É uma fórmula que deu certo, criando forte interação entre os participantes, promovendo novas amizades, contatos sociais e profissionais”, bate o sino Olinda, a refeição está servida... Bon apetit! Almoço Filosófico www.almocofilosofico.com. Telefone: (11) 3088-2808. Celular: (11) 8444-1314. Preço por pessoa: R$ 150.

Pecados de família

deste mês, um de seus livros N o(Oinício Dono do Mar) foi adaptado para a

Arquivo DC

U

m grande artista tem sempre a alma aristocrática, mesmo que seja de origem popular, como o escritor americano Henry Miller (1891-1980), que foi telegrafista na juventude, mas introduziu requintadas descrições sexuais na narrativa modernista, durante sua vivência na França, em romances como Sexus, Plexus, Nexus; Trópico de Câncer e Trópico de Capricórnio. Este aristocratismo fica bem claro no seu livro Pesadelo Refrigerado, cujo original em inglês foi publicado em 1945 e que foi lançado agora no Brasil pela Editora Francis. Trata-se do relato de uma viagem pelos Estados Unidos, que Miller iniciou em 1939, após ter ficado dez anos na Europa, principalmente na França. Com sua alma de artista refinada pela década em que respirou a milenar cultura européia, Miller observa com horror a paisagem cultural de seu próprio país, em que o avanço tecnológico do "refrigerado" se combina com o "pesadelo" do plebeísmo e do popularesco na paisagem urbana modernosa dos arranha-céus, na indústria cultural e particularmente no cinema, no desconhecimento em massa a respeito da alta estética nas artes plásticas. Mais ainda, Miller sente "horror" pelo chamado ser humano americano médio, este sempre em busca do sucesso material e do

tela grande, com Odorico Mendes assinando a direção. Agora o expresidente José Sarney (foto) lança o romance A Duquesa Vale um Missa, editado pela Editora Arx (176 páginas, 29,90). No centro da história está o misterioso retrato da Duquesa de Villars, uma obra-prima da pintura universal. Leonardo é o protagonista do romance, um homem dominado por uma paixão. O livro mescla lutas familiares, segredos de alcova, movimentos políticos clandestinos, mesquinharias e pecados de uma família.

TELEVISÃO

Fernandas, boa música. E ação. Regina Ricca

O

Estúdio 66 é um programa na linha ‘biscoito fino’ musical que às vezes passa batido na TV. É comandado pelo guitarrista carioca Ricardo Silveira no Canal Brasil, músico que já trabalhou com pesos-pesados da MPB como Elis Regina, Milton Nascimento, Hermeto Pascoal e Gilberto Gil, entre outros. Aí então vai um conselho: fique atento a essa atração televisiva, que estréia nova temporada neste domingo, dia 26, às 20h15, e traz o melhor da música instrumental feita na ‘cozinha Brasil’. O convidado da vez é Egberto Gismonti, que, além de falar sobre música, fará uma jam session para mostrar a quantas anda a sua produção. Ainda no Canal Brasil, uma estréia bacana do cinema nacional entra no ar na segunda, dia 27, às 22h. Trata-se do filme Casa de Areia (2005), dirigido por Andrucha Waddington, que traz as Fernandas – Montenegro e Torres, mãe e filha – vivendo um drama no lindo cenário dos Lençóis Maranhenses. A história é Torres centrada na figura de uma mulher ao longo de três gerações: Maria, interpretada por Fernanda Torres (1910 e 1919) e Fernanda Montenegro (1942 e 1969). Ela chega naquele imenso areal deserto ao lado do marido, Vasco (Ruy Guerra), que comprara terras ali acreditando que fossem férteis. A angústia dessa mulher, porém, é saber que de lá ela nunca mais sairá. Montenegro Para dose extra de adrenalina no cinema em casa, confira domingo, dia 26, às 20h15, o filme Missão: Impossível 3, de Brian de Palma e John Woo, que custou mais de 180 milhões de dólares para o produtor Tom Cruise, o intérprete do agente Ethan Hunt. Nesta nova missão, ele tem de salvar Lindsey (Keri Russel), capturada por um bandidão que negocia Woo armas (o ótimo Philip Seymour Hoffman). E no canal Film&Arts, que vai ao ar às terças, às 22h, confira a temporada 2007 de entrevistas que James Lipton faz com seus estrelados entrevistados no programa Direto do Actors Studio. Nesta semana, quem estará sentado ali é Matt Damon, o astro do eletrizante O Ultimato Bourne, o terceiro da série de ação protagonizada pelo ator, em cartaz nos cinemas da cidade.


Nº 183

O Citroën C5 Airscape será uma das atrações no Salão de Frankfurt, que abre suas portas ao público no próximo dia 13. Na página 23.

São Paulo, 27 de agosto de 2007

DCARR

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Divulgação


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DCARRO

São Paulo, segunda-feira, 27 de agosto de 2007

índice REPARAÇÃO LIMPA - 4 e 5 Oficinas passam a valorizar mais limpeza, organização e qualificação de funcionários.

PREÇOS - 6 e 7 Conheça os modelos que podem proporcionar um reparo fácil e barato para as oficinas.

LUBRIFICANTE - 10 e 11 Veja porque nem sempre vale a pena tentar economizar na hora da troca de óleo e filtro.

ACESSÓRIOS - 12 a 17 Troca e reparo de vidros, películas automotivas e mais, rodas, pneus e som para o carro.

TUNING - 24 O mundo das personalizações continua inovando e criando novas tendências, seja nas ruas ou na TV.

Trate bem dele. Quem ganha é você.

É

indiscutível o avanço tecnológico e administrativo do setor de reparação automotiva no Brasil nos últimos anos. Mas ainda há muito a ser feito. A própria entidade que o representa, o Sindirepa, reconhece que apenas 1/3 das oficinas mecânicas de São Paulo já alcançou "padrão de modernidade". Ou seja, ainda há muitas que não estão enquadradas, em termos tecnológicos e administrativos, às necessidades atuais. Os veículos mudaram e muito desde os anos 90, exigindo um aparelhamento das oficinas num nível compatível à sua mecânica e, principalmente, à tecnologia embarcada. Por isso, é fundamental que o consumidor saiba onde está levando o seu automóvel na hora de um conserto ou de fazer uma manutenção. Não importa o tamanho da oficina. O fundamental é a qualidade, tanto do serviço prestado como das peças que eventualmente venham a ser necessárias. Afinal, a segurança tem de vir sempre em primeiro lugar e qualquer reparo em um veículo, do mais simples ao mais complexo, pode envolver riscos se não for feito corretamente. Como mostramos nesta edição especial do DCarro sobre serviços e acessórios automotivos, há várias entidades

hoje envolvidas com a qualidade do setor de reparação. Entre elas, o IQA, que concede certificação às oficinas, uma importante referência aos usuários. Tem também o Cesvi, que realiza testes de reparabilidade e de itens que envolvem a segurança do veículo. O Sindirepa-SP, por sua vez, está promovendo estudo para definir uma sistemática para qualificação e certificação do mecânico. Cuidar bem do carro não é apenas um capricho. É segurança. E nunca é demais reforçar a importância de se fazer revisões periódicas no veículo, de não deixar passar o prazo de trocar o óleo e o filtro, de lembrar de limpar o ar-condicionado etc. São cuidados essenciais que têm de ser priorizados. Mas não é preciso deixar a beleza de lado. Cada vez mais as empresas têm investido em produtos e serviços para deixar o automóvel não só mais seguro como também mais bonito e até mesmo confortável. Afinal, brasileiro, como se diz, é apaixonado por carro. Nada melhor, então, do que oferecer a ele cuidados extras, como cristalização e higienização. Ou então personalizá-lo com acessórios que lhe dêem a sua cara. Trate bem dele. Quem vai sair ganhando é você. Alzira Rodrigues

aGenDa 31 de agosto

A AEA promove curso sobre lubrificação automotiva no Anfiteatro da UNIP, rua Dr. Bacelar, 1.212, em São Paulo, das 8h às 18h.

3 de setembro

A SAE Brasil realiza, no Hotel WTC, o Simpósio Tendência e Inovação no Setor Automotivo.

25 de setembro

O IQA – Instituto da Qualidade Automotiva realiza, às 19h, o 1º Encontro de Reparadores da Baixada Santista e Região, no auditório do Senai Santos.

Presidente Alencar Burti Diretor de Redação Moisés Rabinovici Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira Editor chicolelis chicolelis@dcomercio.com.br Repórteres Alzira Rodrigues alzira@dcomercio.com.br Anderson Cavalcante acavalcante@dcomercio.com.br

Chefe de reportagem Arthur Rosa Editor de Fotografia Alex Ribeiro Editor de Arte José Coelho Diagramação Lino Fernandes Ilustração Abê / Céllus / Jair Soares Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122 Impressão S/A O Estado de S. Paulo www.dcomercio.com.br/dcarro


São Paulo, segunda-feira, 27 de agosto de 2007

DCARRO

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REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

Mudança radical É preciso investir pelo menos R$ 100 mil só em equipamentos para abrir uma oficina tecnologicamente atualizada

A

Qualificação - Fiola acrescenta que para abrir uma oficina tecnologicamente atualizada, atualmente, é necessário investir no mínimo R$ 100 mil só em equipamentos. Qualificar permanentemente o pessoal também se tornou indispensável. Hoje o mecânico tem que ter no mínimo segundo grau completo e se atualizar tecnicamente em cursos, promovidos, por exemplo, pela indústria de autopeças e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). São cursos que colocam os

Pablo de Sousa

s oficinas mecânicas mudaram e muito ao longo dos últimos 15 anos no Brasil. No início dos anos 90, a abertura econômica afetou especialmente o segmento automotivo. Ele teve de passar por um verdadeiro choque de modernização tecnológica e de competitividade para sobreviver. "As oficinas que prestam serviços de reparação de veículos não ficaram na contramão deste movimento e tiveram também de aprimorar seus processos, equipamentos e pessoal", diz Antonio Fiola, presidente do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo (Sindirepa-SP). A mudança de cenário foi radical. E não apenas tecnológica. "Antes havia quatro grandes montadoras. Hoje são várias, que produzem uma grande diversidade de modelos de veículos. Com isso, ou as oficinas adaptavam-se à nova realidade ou não conseguiriam mais prestar de forma adequada os serviços de reparação", diz Fiola. A mudança também terminou por reduzir em cerca de 50% o número de oficinas. "O mercado se enxugou porque as oficinas tiveram de ficar maiores para poder justificar o investimento. Hoje temos cerca de 20 mil estabelecimentos e perto de um terço deles já estão num padrão de modernidade", afirma.

Para agilizar o atendimento ao cliente, a Mecânica Ninim, na Vila Prudente, criou um box para cada tipo de serviço

mecânicos em dia com as novidades tecnológicas e aprimoram sua capacidade de lidar com os processos que são cada vez mais computadorizados. A introdução da injeção eletrônica de combustíveis é um bom exemplo de como tudo mudou na mecânica dos automóveis, passando a exigir dos profissionais que fazem reparos um perfil bem diferente daquele quase artesanal que predominava antes da década de 90. Também mudaram o atendimento e a organização interna dos estabelecimentos. Assim como tem acontecido nas concessionárias autorizadas, as oficinas independentes têm criado boxes diferenciados para cada tipo de conserto e agendado o atendimento para facilitar a vida do cliente. São práticas adotadas, por exemplo, na Oficina Ninim Reparação Automobilística, na Vila Prudente, que vem investindo constantemente em modernização e aprimoramento dos seus serviços (veja matéria sobre oficinas de São Paulo nas páginas 4 e 5). Além da reestruturação da reparação automotiva, também cresceu nos últimos anos o número de empresas atuando com serviços específicos (como o de pneus e rodas) ou a venda de acessórios, principalmente na área de som (nas páginas 12 a 17).


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LUBRIFICANTE Divulgação

Não economize na hora da troca O óleo é fundamental para garantir o bom funcionamento do motor. E não se esqueça de também substituir o filtro. ANTÔNIO FRAGA

A

s oficinas nunca receberam tantos carros com motores fundidos. São problemas dos mais diversos tipos, mas com uma causa em comum: o óleo virou uma graxa incapaz de lubrificar o motor, causando o travamento. É a popular "borra". E o conserto pode chegar a custar metade do valor do carro. Três informações são preciosas para o motorista: trocar o óleo antes mesmo da recomendação expressa pelo fabricante; aprender a ver o nível e a qualidade do produto que está consumindo (consulte a revenda autorizada ou o mecânico de confiança) e ver a qualidade da gasolina, evitando preços milagrosos e postos com credibilidade duvidosa. Enfim, não economize no lubrificante. A economia pode sair cara. Afinal, o óleo tem como função lubrificar as partes móveis do motor para reduzir ao máximo o atrito entre estas peças e, dessa forma, contribuir para diminuir o calor gerado com o seu funcionamento.

Cuidados - O que muitos não sabem é que a troca de óleo não é tão simples quanto se imagina. Ao completar o nível

do lubrificante deve-se considerar a marca, tipo e viscosidade. Ao adicionar óleo com aditivos diferentes ele se deteriora imediatamente. Misturar lubrificante sintético com mineral é ainda mais prejudicial para o motor. Geralmente, em postos de gasolina, os frentistas não perguntam qual a marca e tipo do óleo que já existe no carro. Eles medem o nível e, se estiver baixo, completam com o óleo que possuem no estoque. Vale lembrar ainda que, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), metade dos lubrificantes comercializados internamente apresentam problemas com adulteração. É um volume expressivo, considerando que este mercado movimenta cerca de R$ 4,5 bilhões/ano. As diferenças - Uma dúvida muito comum na hora da troca de óleo é escolher entre as opções disponíveis: minerais, semi-sintéticos e sintéticos. O primeiro é feito por meio do refinamento do petróleo, enquanto o sintético é produzido em laboratório. Por isso, mantém suas características inalteradas durante sua vida útil e é indicado para os veículos com motores

mais potentes ou que são muito exigidos nos congestionamentos. A sua desvantagem está no preço, superior ao dos demais óleos. O semi-sintético, que é intermediário entre os outros dois, pode ser uma boa opção por causa do preço inferior ao do sintético. Para entender as informações contidas na embalagem, é importante saber que a viscosidade do óleo é marcada pelos números separados pela letra W, que vem do inglês Winter e

significa inverno. O primeiro, à esquerda da letra (por exemplo 5W30) mostra sua viscosidade no momento da partida a frio do veículo. Quanto menor for o número, menor é o esforço para girar o motor. Já o número à direita significa a viscosidade do óleo a 100ºC, que corresponde à temperatura média do motor em funcionamento. A entidade responsável pelo controle dessas normas é a Society of Automotive Engineers (SAE). Outra


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O AVANÇO DAS OFICINAS

Limpeza e organização Visual mais moderno, atendimento programado. Tudo para agradar um consumidor cada vez mais exigente.

Fotos: Pablo de Sousa

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entro do novo cenário da reparação automotiva no Brasil, uma das mudanças mais significativas foi no visual das oficinas. Estão mais limpas e organizadas tanto fisicamente como nos seus processos administrativos. E junto com toda esta transformação também avançam as iniciativas para qualificar e certificar tanto as oficinas como os mecânicos, ainda que não na velocidade desejada por algumas entidades do setor. O Instituto da Qualidade Automotiva (IQA) certificou desde 1997 cerca de 260 oficinas no Brasil. Para conceder a certificação, o IQA impõe uma bateria de requisitos. A certificação tem validade de dois anos, com acompanhamento semestral ou anual. "O número de oficinas certificadas ainda é baixo, porque elas ainda estão se conscientizando da necessidade de certificação", avalia Mário S. Guitti, executivo sênior do IQA. Ele afirma que

A Box-5, na foto acima e, à direita, Marcelo Tegon, da MHT.

certificação é positiva para a imagem da oficina porque comprova que ela está apoiada num sistema de qualidade. Já o Sindirepa-SP solicitou este ano à Associação Brasileira de Normas Téc-

nicas (ABNT) o estudo de uma norma para estabelecer os requisitos e a sistemática para qualificação e certificação do mecânico de manutenção e reparação de veículos automotores e definir as atribuições e atividades da ocupação. Segundo Salvador Parisi, diretor de qualificação e certificação do Sindirepa-SP, o fórum que debate a questão reúne representantes dos vários segmentos do setor automotivo e já está na sua sexta reunião. Parisi afirma que, entre outros aspectos, a certificação do mecânico irá ao encontro da proteção do consumidor ao estabelecer uma norma técnica de qualidade. Nesse sentido, vale lembrar que, se os automóveis e as oficinas mudaram, o consumidor também mudou. Ele quer

o carro para locomover e se preocupa cada vez menos com manutenção. Por isso mesmo, exige cada vez mais qualidade das oficinas. Exemplos de sucesso - Instalada na Vila Prudente há 37 anos, a Oficina Ninim Reparação Automobilística é um bom exemplo da mudança que ocorreu no setor. Ela continua a funcionar no mesmo local, à Rua Fidelis Papini, mas o espaço ampliou-se. No início de seu funcionamento, cabiam quatro carros, hoje tem vaga para 22, segundo Márcio Moreira Campani, gerente da oficina. "A oficina conta, também, com 13 elevadores elétricos, três hidráulicos e um pantográfico", conta Campani. Ele lembra que foi no início dos anos 90 que acon-


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DCARRO

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O AVANÇO DAS OFICINAS

Marcelo Henrique Tegon. "Todo mês, por rodízio, há funcionários fazendo curso", afirma Tegon. Ele acrescenta que hoje também são fundamentais aspectos como limpeza e bom atendimento ao cliente. Tegon conta ainda que o padrão de qualidade é mandamento na MHT. "Normalmente sou mais exigente que os clientes. Não aceito trabalhar com peça de qualidade inferior, porque se der problema a cobrança sobra pra gente. Entre a economia e a qualidade, fico com a qualidade", afirma.

teceu a introdução da eletrônica embarcada nos veículos, o que significou a grande virada nas oficinas mecânicas. Desde então, os investimentos em equipamentos têm sido constantes, numa média de R$ 30 mil por ano no caso da Ninim, que conta com 17 funcionários e quatro sócios. Os investimentos na formação e atualização de seus profissionais também são permanentes. "É preciso reciclar os profissionais porque a tecnologia dos carros é cada vez mais complexa e muda em alta velocidade", afirma Campani. Alta tensão - Para ilustrar esta mudança, ele conta que recentemente surgiu na oficina um cliente reclamando de um defeito no veículo que aparecia

sempre que ele passava por determinado local. "Fomos com o cliente ao local e descobrimos que o motivo era uma rede elétrica de alta tensão que interferia na eletrônica embarcada do automóvel. Há 30 anos, não aconteceria um defeito desse tipo", comenta. A organização da oficina também passou por mudanças. Há boxes específicos para cada tipo de conserto e busca-se cada vez mais trabalhar com agendamento: hora marcada para receber e liberar o veículo. "São procedimentos que melhoram o fluxo de atendimento e deixam o cliente mais satisfeito", avalia Campani. Pequeno porte - De porte pequeno, a MHT, com quatro funcionários e quatro

anos de existência, também é um exemplo de modernidade. Instalada na Lapa, seus mecânicos estão sempre atualizando-se em matéria elétrica, hidráulica e funilaria, segundo seu proprietário,

Formação profissional - Fundada há 45 anos e contando com 14 funcionários, a Box-5 Autotécnica, que funciona em Congonhas, também investe alto na formação de seu pessoal. Os mecânicos têm no mínimo segundo grau completo, segundo seu proprietário, Alessandro Sdei. "E três de nossos funcionários têm nível superior", acrescenta. Ele conta que os funcionários fazem pelo menos dois cursos por ano. Além disso, a Box-5 investe cerca de R$ 30 mil por ano em equipamentos. Para dar uma idéia do alto valor dos equipamentos de uma moderna oficina, Sdei lembra que elas têm até sido alvo de roubo. "O ladrão chega com o carro, faz o serviço, observa a oficina, paga e depois volta para roubar. E não leva dinheiro nem cheque, só equipamento", conclui.


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OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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LENTE DE

AUMENTO

GREENSPAN VERSUS BERNANKE

G Greenspan

injetava dólares na economia para estabilizar o mercado financeiro. Bernanke nunca foi monetarista.

clos econômicos é a quantidade de moeda. Em seu livro Uma História Monetária dos Estados Unidos, 1867-1960, escrito em conjunto com Anna Schwartz, ele argumenta que o crash da bolsa em 1929 somente se transformou numa crise econômica aguda e prolongada por um erro de política monetária. Seguindo à risca a lição ensinada por Friedman, ao menor sinal de turbulência financeira Greenspan injetava grandes quantidades de dólares na economia norteamericana, fornecendo liquidez suficiente para estabilizar o mercado financeiro, restabelecendo a confiança e estancando, com isso, qualquer possível crise econômica. Ben Bernanke, por sua vez, nunca foi partidário da escola monetarista e sim dos chamados Novos Keynesianos. Seguindo essa linha de pensamento, o atual presidente do Federal Reserve publicou no começo de sua carreira aca-

dêmica um interessante artigo intitulado Efeitos Não Monetários da Crise Financeira na Propagação da Grande Depressão, onde ofereceu uma explicação totalmente oposta a de Friedman. Segundo ele, não houve um problema de falta de liquidez durante o crash da bolsa em 1929 e sim uma contração do crédito por parte dos bancos, devido à maior dificuldade de diferenciar "bons" e "maus" pagadores. Essa contração teria sido crucial para explicar a longa duração da recessão na década de trinta, pois o financiamento era dirigido somente às grandes empresas, ficando as pequenas e médias empresas com dificuldade para recuperar-se da crise. Ou seja, os fatores financeiros seriam mais determinantes que os monetários na propagação de uma crise financeira, como a atual. Efetivamente, nos últimos dias Bernanke foi totalmente conseqüente com suas concepções, sendo muito cauteloso em injetar moeda na economia, preferindo a redução da taxa interbancária, uma via mais indireta, o que tem provocado várias críticas e inevitáveis comparações com seu predecessor.

Q

ual das duas visões seria a mais acertada? Difícil dizer pois, por um lado, poderíamos afirmar que os bancos centrais não podem manter uma política monetária demasiado passiva, frente a uma crise financeira que ninguém sabe ainda que proporção pode alcançar. Nesse sentido, qualquer banco central está obrigado a manter sua função de emprestador de última instância. Mas, por outro lado, a autoridade monetária não pode dar a impressão de que sempre estará disposta a dividir os riscos assumidos pelo sistema financeiro, sob pena de alentar "exuberâncias irracionais" próprias de períodos de excessiva liquidez.

ULISSES RUIZ DE GAMBOA, ECONOMISTA DO INSTITUTO GASTÃO VIDIGAL, DA ACSP

O crash de 29 é explicado de duas maneiras

JOÃO DE SCANTIMBURGO

CONTRA OS Céllus

A

atual turbulência financeira internacional, que se iniciou com o estouro da bolha dos créditos de maior risco (subprimes) do mercado imobiliário norte-americano, marcou uma diferença fundamental de estilo de condução da política monetária entre o atual presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, e seu antecessor, Alan Greenspan. O interessante é que por trás dessa diferença existem duas maneiras distintas de entender a atual crise e a flutuação da atividade econômica. Greenspan foi muito influenciado pelos ensinamentos de Milton Friedman, fundador da escola monetarista, que acreditava que o principal fator determinante dos ci-

Em algum lugar do passado ROBERTO FENDT

A

blindagem advinda de nossos fundamentos macroeconômicos e de nossas reservas internacionais não é absoluta. Ela não garantiria necessariamente que passaríamos de todo à margem da crise, caso ela viesse a se aprofundar. Os riscos para os demais países da América Latina são ainda maiores. Em recente artigo publicado no Latin American Ecomonitor, Tom Trebat lembra recente estudo do FMI sobre os impactos da economia global sobre a América Latina. Esse estudo (Regional Economic Outlook: Western Hemisphere, abril de 2007, disponível no site do FMI) procura avaliar os impactos sobre o crescimento dos países latino-americanos de diferentes tipos de choques externos. De acordo com o estudo do FMI, a maior influência sobre a taxa de crescimento dos países latino-americanos decorre de mudanças nas condições de financiamento externo aos países da área. Somente esse fator explicaria 35% da variância nas taxas de crescimento. O segundo fator, por ordem de importância, é o impacto do crescimento do mundo desenvolvido sobre o crescimento de nossos países. Esse fator explicaria de 10% a 15% da variância nas taxas de crescimento. Finalmente, mudanças nos preços das commodities explicam de 5% a 6% da variância das taxas de crescimento. Tivemos recentemente um exemplo claro do que significa uma mudança nas condições de financiamento externo sobre o mercado financeiro brasileiro. Necessitando de recursos para fazer face aos saques de quotas de seus fundos, investidores de todas as partes do mundo – com ênfase nos investidores americanos – venderam suas posições no Brasil e repatriaram os recursos aqui investidos. A conseqüência dessa decisão provocou simultaneamente a queda nos preços das ações de empresas brasileiras cotadas em bolsa e a desvalorização do real, já que os investidores venderam ações e compraram dólares. No exterior, os efeitos foram na mesma direção quando os investidores venderam títulos brasileiros para fazer caixa, aumentando o prê-

mio de risco de nossos papéis negociados no mercado internacional. Em decorrência desses fatos já tivemos uma primeira onda de volatilidade, por enquanto restrita aqui também ao mercado financeiro. Uma possível segunda onda de volatilidade pode advir dos impactos da primeira sobre as taxas de crescimento dos países desenvolvidos. Por esse lado, o impacto se daria tanto sobre os volumes de produtos exportados pelo Brasil para o mundo desenvolvido, como pela queda dos preços desses produtos. A possível perda de receita de exportações se daria pelos dois canais. O pior que pode ocorrer é a contaminação da economia chinesa por uma desaceleração do crescimento americano, o que nos afetaria indiretamente. Esperemos que o cenário não venha a ser adverso para o Brasil; se o cenário se tornar adverso, será ainda mais adverso para os demais países da América Latina.

V

enezuela, Bolívia, Equador e Argentina vêm imediatamente à mente como exemplos de países que desperdiçaram a bonança do crescimento mundial e deixaram para trás as necessárias reformas, tanto macroeconômicas como microeconômicas. Alguns desses países retroagiram a um estágio anterior ao que já haviam atingido em termos de reformas. As mudanças em curso no cenário externo podem não aprofundar a crise com que já convivemos. É possível que os EUA e a China não sejam muito atingidos, ambos reduzindo moderadamente suas taxas de crescimento e aguardando a reacomodação dos preços dos ativos, antes de retomar um crescimento mais vigoroso. Ainda que isso ocorra, contudo, a fase da bonança já ficou para trás. Diferentemente de nós, quem não fez o dever de casa na época das vacas gordas terá que implementá-las em um ambiente externo mais hostil – ou experimentará o retorno a um passado que se julgava sepultado na região, com mais inflação, menos emprego e mais empobrecimento.

O ciclo de empobrecimento pode estar voltando à América Latina.

Os crimes da minoria e o dever da maioria MÁRIO CÉSAR DE CAMARGO

A Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)

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maior virtude do regime democrático é o fato de garantir a prevalência da vontade da maioria, expressa no voto livre e soberano dos cidadãos. As minorias, é óbvio, devem ser respeitadas, ter seus direitos assegurados e jamais ser vítimas de discriminação. No entanto — e não poderia ser diferente —, todos, indistintamente, devem sujeitar-se às leis, normas e procedimentos estabelecidos pela maioria como parâmetros de interação social, conduta de pessoas físicas e jurídicas, balizamento da política e da economia e enquadramento jurídico. O respeito a esse conjunto de regras delimita, a diferença entre democracia e anarquia. No contexto da economia, o processo democrático manifesta-se, de maneira legítima e ampla, no universo das entidades de classe, às quais cabe a representatividade e a defesa dos distintos setores de atividade. Assim, não é sem razão que os dirigentes classistas estatutários sejam eleitos pelo voto direto dos associados. Cabe a eles, portanto, realizar governança consentânea com a vontade da maioria votante, buscando, obviamente, na medida do possível, atender às questões inerentes aos segmentos minoritários. Contudo, não é viável e muito menos lícito qualquer gesto de defesa ou conivência com práticas de uma minoria que atentem de

modo predatório contra os interesses da maioria e, de modo ainda mais agudo, contra o marco legal estabelecido pelo conjunto de toda a sociedade, por meio dos representantes eleitos ao Poder Legislativo. Em outras palavras: nenhuma entidade de classe deve compactuar e sequer ficar omissa ante práticas que firam a ética do mercado e/ou o conjunto de leis do País.

É

exatamente com base nesses pressupostos que a Associação Brasileira da Indústria Gráfica posicionou-se, de modo muito claro e transparente, contra o uso indevido do Papel Imune. Ao adotar tal postura, a entidade tem plena consciência de estar exercitando da melhor forma suas responsabilidades e prerrogativas democráticas, pois entende estar defendendo a grande maioria do setor, que se pauta pela ética na concorrência e respeito às leis brasileiras, incluindo a que limita o benefício da isenção fiscal do papel à impressão de livros, jornais, revistas e periódicos. Deve prevalecer a vontade majoritária, buscando-se atender a questões específicas inerentes às minorias, desde que não afrontem a legalidade e os preceitos éticos. MÁRIO CÉSAR DE CAMARGO É PRESIDENTE DA ABIGRAF

A s entidades de classe devem defender a ética do mercado

MENSALEIROS

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eio que a tendência dominante no Supremo Tribunal Federal é a de abrir ação contra os mensaleiros. Não basta a tendência, a decisão é necessária. O que são os mensaleiros? São corruptos que aproveitaram brechas fáceis para obter dinheiro, ainda que esse malabarismo recaia sobre a difícil conquista da democracia plena no Brasil. Os mensaleiros vieram agora, na última vaga de corrupção. Os mensaleiros são abusivos, inimigos da democracia que estamos construindo a duras penas no Brasil. Para esse tipo de corrupção, não interessa a democracia plena, por isso são contra quaisquer melhorias político-administrativas que beneficiem o povo brasileiro. Não é fácil construir uma democracia. Consulte-se, por exemplo, a potência americana, que somente teve democracia depois de muitos sacrifícios de sua classe política, de seus juristas e de seus empresários, para chegarem a esse ponto admirável em que se encontram. O STF tem poderes constitucionais para se erigir contra os mensaleiros, condenando-os por atuarem contra os interesses populares e contra as classes menos favorecidas, principalmente, e contra as liberdades que vêm constando das Cartas que temos tido e que nos têm conduzido no tempo e no espaço.

O

s mensaleiros foram lançados por maus políticos, que desejaram fazer o que presumiam que lhes interessasse nas votações no Congresso Nacional. Não tendo dado certo, devido às comissões parlamentares de inquérito, agora cabe ao STF julgar a ação contra os mensaleiros e o destino desses políticos sem bandeira e sem convicção de princípios éticos. O STF tem em mãos, agora, uma ação patriótica, que protege a democracia, tal como ela se encontra em nosso País e tal como ela promete desenvolver-se; uma democracia plena, digna de figurar entre os grandes exemplos de um povo pacífico e amoroso de sua terra. É isso o que pensamos a respeito dos mensaleiros, do Supremo Tribunal Federal e da democracia. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR

G O STF tem em mãos uma ação patriótica, que protege a democracia.


segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Comércio Exterior Finanças Negócios Nacional

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3 Chego a lucrar o dobro do investimento nessas feiras. Enilza Marques

EVENTO NOS JARDINS SERÁ ANUAL

FESTA DE LUXO NA RUA OSCAR FREIRE Fotos: Thiago Bernardes/Luz

Neide Martingo

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Lojas de grife abriram as portas para apresentar produtos e conquistar novos clientes

Feira é oportunidade para pequenos

Edição deste ano da feira, que faz 30 anos, atraiu 70 mil visitantes

dora da feira, Vângela Velozo. "Nesta edição não conseguimos patrocinadores e muitas marcas perderam a oportunidade de se promover em meio a um público selecionado", afirma. A rede de lojas Fnac participou como colaboradora, organizando a "rua das Crianças". Os salões de beleza Soho ofereceram cortes de cabelos gratuitos.

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Artesanato — De cada dez barraquinhas que se espalhavam pelas ruas Fradique Coutinho e Wisard oito eram de artesanato. "Os artesãos nos enviam portfólios para avaliação antes de selecionarmos quem vai participar", conta Vângela. "Fazemos isso para manter a qualidade garantir que não serão expostos produtos industrializados nas barracas", diz.

Taxas limitam eventos

rganizadores de feiras de artes que acontecem na capital paulista afirmam que as taxas cada vez mais altas cobradas pela Prefeitura podem atrapalhar a realização desses eventos. Esse foi o principal motivo da extinção de um dos eventos mais tradicionais da cidade, a Feira de Artes da Vila Mariana.

"Não conseguimos bancar as taxas cobradas pela Prefeitura municipal e tivemos de cancelar as próximas edições da feira", diz o criador do evento, Jorge Novais. Ele não é o único a reclamar. Segundo o organizador da Feira de Artes da Vila Pompéia, Cleber Falcão, as taxas ultrapassam R$ 20 mil em cada edição. (SSP)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Fundos DI voltam a atrair pós-crise dos mercados

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A TÉ LOGO

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s feiras de artes que se espalham pelas ruas da cidade de São Paulo podem ser boas vitrines para pequenos empresários divulgarem seus produtos e serviços e atingir novos públicos. É o caso da Feira da Vila Madalena, que aconteceu ontem, com a participação de 450 expositores, estandes de famosas redes de lojas e um público estimado em 70 mil pessoas, segundo a organização. O evento, que acontece há 30 anos sempre no último domingo de agosto, chega a movimentar R$ 500 mil em um único dia e a dobrar os lucros dos comerciantes da região. Feirinhas de artes são a principal fonte de renda da cozinheira Enilza Marques, que há cinco anos monta sua barraca de receitas baianas na feira da Vila Madalena. "Chego a lucrar o dobro do investimento nessas feiras", afirma. Barraquinhas de artesanato e de alimentos espalhadas por ruas interditadas, palcos com música e muita gente circulando montam o cenário. Para participar, o empreendedor tem de desembolsar de R$ 200 a R$ 300 de taxa de inscrição, valor destinado às despesas de organização da feira. "Se temos patrocinadores, as taxas para os participantes são menores, já que o objetivo do evento não é lucrar, mas promover os negócios desses empreendedores", diz a organiza-

A artista Rosa Maria Dias foi uma das selecionadas. "Desde 1986 participo dessas feiras, que são uma ótima oportunidade para divulgar meu trabalho e fazer novos contatos", afirma. "Em agosto, exponho na Vila Madalena e, em maio, participo da feirinha da Pompéia", diz, referindo-se à Feira de Artes da Vila Pompéia, que há duas décadas acontece em todo terceiro domingo de maio nas imediações das ruas Tucuna e Caraibas. "Cerca de 750 expositores participaram da edição de 2007 e 130 mil pessoas vieram comprar", informa o organizador da feira, Cleber Falcão. Segundo ele, o evento permite a venda de produtos industrializados, desde que tenham "conotação cultural". Com isso, barracas de CDs, livros e poemas impressos se misturam às de artesanato. De olho em boas oportunidades, a organização da feira vende cotas de patrocínio para pequenas e médias empresas, a preços que variam de R$ 10 mil a R$ 150 mil. Outro evento que acontece na capital é a Feira de Artes de Pirituba. Os organizadores da feira, que acontece no dia 11 de novembro em um trecho da Avenida Elíseo Cordeiro de Siqueira, esperam receber 80 mil pessoas. "Além dos 280 artesãos selecionados, participam pequenas empresas que querem divulgar suas marcas, com faixas, sorteios promocionais e distribuição de brindes", afirma o coordenador do evento, Jair do Amaral.

Crise freia a onda de abertura de capital na Bovespa

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Sonaira San Pedro

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A patrocinadora Chandon usou verde na decoração da Oscar Freire (acima). Rosângela e Sueli (esq.) saíram da zona norte para comprar. Patrícia, da Emporio Armani (ao lado) aprovou o movimento.

champanhe combinou com produtos de grife nas vitrines de algumas lojas na Rua Oscar Freire, nos Jardins, ontem à noite. Lingerie, roupa feminina, jóias e sapatos dividiram o espaço com as garrafas de Chandon em um evento da marca francesa da bebida, batizado de Promenade. O local foi todo decorado com carpete verde, balões, cata-ventos e gelo seco. Para animar a festa, música francesa. "Há sete anos o evento não era realizado. A partir de agora, a festa vai acontecer todo último domingo de agosto", afirmou o presidente da Chandon para a América Latina, Davide Marcovitch. De acordo com a gerente de comunicação da empresa, Karina Guarita, o investimento para organização do evento foi de R$ 2 milhões.

Os comerciantes não reclamaram. A Emporio Armani ficou lotada. "A loja não abre aos domingos, mas deveria", disse a diretora executiva do grupo Armani, Patrícia Gaia. A gerente da Arezzo, Tamara di Maio, afirmou que o movimento foi igual ao de um sábado, quando o fluxo aumenta 40% em relação a um dia de semana. "A vantagem da festa é divulgar a marca para novos clientes e tornar fiéis os que já a conhecem", disse. Segundo a presidente da Associação dos Lojistas da Oscar Freire, Rosângela Lyra, 24 grifes deixaram as portas abertas. As irmãs Rosângela Kezam e Sueli Moraes saíram da zona norte para participar da festa. Rosângela não resistiu e comprou um sapato. O empresário Kurt Oberhuber escolheu o local para passear com o filho Nicolas, de cinco anos. "Vim para me divertir, mas o evento é um convite às compras."

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

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Política Newton Santos/Hype-19/03/2007

É um julgamento extenso e complexo, não apenas pela relevância, mas pelo número de acusados, 40 no total. Não temos muita coisa para inventar. Ellen Gracie, presidente do Supremo Tribunal Federal

Isso é pouco (o boicote que estamos fazendo) diante do que o presidente da Philips disse do Piauí. João Vicente Claudino (PTB-PI), vice-líder do governo no Senado

O governo lança, lança, mas o problema não é lançar, é concretizar, aterrissar. Ex-presidente Fernando Henrique, comparando o governo Lula ao Cabo Canaveral

Com algema ou sem algema? Renan Calheiros (PMDB), presidente do Senado, ironizando sobre uma possível acareação com o suposto sócio e usineiro João Lyra Evaristo Sá/AFP

Antonio Cruz/ABr

É relevante destacar que todas as imputações feitas pelo exdeputado Roberto Jefferson ficaram comprovadas. Joaquim Barbosa, ministro do STF, na leitura da denúncia do mensalão

Planejamento é o que tem faltado no Brasil, especialmente, para a administração federal. José Serra, governador de São Paulo

Não me passa pela cabeça que um juiz possa julgar se não for pelo aspecto jurídico, mas entendo que fica a suspeita de que o juiz é a favor disso ou daquilo. É inevitável. Sydney Sanches, ex-presidente do STF

Antonio Cruz/Abr-08/02/2006

(Em 2010, depois que deixar a Presidência da República) vou fazer meu coelhinho assado, que faz uns cinco anos que eu não faço. Presidente Luiz Inácio Lula da Silva Adriano Machado/AE-16/07/2007

HOJE É O DIA 'D' DO JULGAMENTO NO STF

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pesar da denúncia contra 19 acusados já ter sido aceita, só a partir de hoje é que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciarão o julgamento da parte central do processo do mensalão, apresentada pela Procuradoria-Geral da República. Será decidido se houve compra de votos dos partidos da base aliada ou apenas caixa dois. A sessão de hoje pode ser a mais complexa desde o início da análise da denúncia. Isso porque, segundo a assessoria de imprensa do tribunal, o item seis – que pede a instauração do processo por corrupção ativa, passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro para integrantes do PT, ex-membros do governo e políticos que atuavam na época do escândalo – pode ser votado pelos ministros do Supremo (veja quadro acima).

Eu poderia dizer que a denúncia é um panfleto partidário, que foi seduzida pelos holofotes da mídia. José Luis Oliveira Lima, advogado de defesa de José Dirceu no Supremo Tribunal Federal

Em entrevista publicada no os ex-ministros Luiz Gushiken jornal "Folha de S.Paulo" de (da Secretaria de Comunicaontem, o relator do processo ção da Presidência) e Anderno STF, ministro Joaquim Bar- son Adauto (Transportes), os bosa, afirmou que colocará o deputados federais João Paulo Cunha (PT-SP) e item polêmico Paulo Rocha (PTem votação. "A PA), o publicitário parte mais trabaMarcos Valério e lhosa vai ser a de A parte mais segunda-feira, o trabalhosa vai ser a os ex-deputados Professor Luiziitem seis, porque de segunda-feira, nho (PT-SP) e João é a parte mais Magno (PT-MG). complexa, envol- porque é a parte O Tribunal está ve um grande nú- mais complexa, mero de pessoas, envolve um grande analisando a departidos. É a par- número de pessoas, núncia por tipos de crime e não por te mais robusta partidos. cada suspeito. Já da denúncia." Joaquim Barbosa foram avaliados Desde a última os itens da denúnquarta-feira (dia 22), o STF avalia se aceita o pe- cia que tratam dos crimes de dido para abrir processo crimi- gestão fraudulenta, desvio de nal contra 40 acusados de en- recursos públicos e lavagem de dinheiro. volvimento no mensalão. Trâmite – Na prática, depois Balanço parcial – Após três dias de julgamento, o Supremo de concluído o julgamento de transformou em réus 19 dos 40 denúncia, as pessoas citadas denunciados. Entre eles estão deverão figurar como réus em

Núcleo políticopartidário se livra de peculato O

É uma decisão importante (a renúncia da diretora Denise Abreu) porque começa a fazer com que a Anac reduza seu grau de atrito e seu grau de tensão com a sociedade. Nelson Jobim, ministro da Defesa Ocultar dinheiro no exterior é sonegação fiscal, mas não lavagem de dinheiro. Tales Castelo Branco, advogado de defesa do publicitário Duda Mendonça, ao justificar as "operações" do cliente

Os relatores são senadores. Se nós temos de revelar o nosso voto, por que os outros integrantes do conselho não têm? Marisa Serrano

e x - m i n i s t ro chefe da Casa Civil José Dirceu, o deputado federal (PT-SP) José Genoino, o ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares foram excluídos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) da acusação de peculato na sexta-feira. Ainda pesam contra eles as denúncias de corrupção ativa e formação de quadrilha, que serão analisadas hoje. Peculato ocorre quando um funcionário público se apropria de dinheiro ou bem móvel pertencente ao Poder Público

ou se aproveita da facilidade que dispõe do cargo para tomar posse. Não importa se foi para proveito próprio ou de terceiros. A pena é de reclusão de 2 a 12 anos. Na modalidade de peculato culposo, o funcionário público, por desatenção ou desleixo, permite que haja apropriação ou desvio do bem por outro funcionário. A pena é de três meses a um ano. Neste caso, o acusado pode ficar livre da sentença se efetuar o ressarcimento antes. Se efetuar depois da sentença, pode ter a pena diminuída pela metade. (DC)

de Etiqueta criado pela MiEtiqueta para go crosoft e disponível no website ww.microsoft.com). laptop evitaria (wDicas: "Manter o laptop fechado durante reuniões depolêmica monstra respeito com quem

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polêmica criada após a publicação de conversa online entre os ministros do STF Carmen Lúcia e Ricardo Lewandowski, captada pelo fotógrafo do jornal "O Globo" Roberto Stuckert Filho, poderia ser evitada se todos os envolvidos tivessem lido o Códi-

está falando, principalmente se a discussão em questão é delicada". Se estiver aberto, a empresa aconselha que "o áudio seja desligado e que os usuários não aproveitem a ocasião para ver emails ou manter conversas online. Até porque sempre há o risco de que suas telas sejam vistas."

ação penal, fase do processo em que se instala o contraditório. Isso significa que tanto a defesa quanto a acusação, feita pelo Ministério Público Federal, vão arrolar testemunhas, solicitar diligências, perícias e outras medidas que considerarem convenientes. Será por ocasião do julgamento da ação penal que os ministros decidirão sobre a condenação ou a absolvição dos réus. Na denúncia, o procurador narra quantas vezes cada um dos crimes citados teria sido cometido e quem os cometeu. Por ocasião de uma condenação, isso servirá para agravar a pena. (Confira no quadro o resultado parcial do julgamento da denúncia do mensalão e quantas vezes os réus são acusados em cada crime). O STF reservou suas sessões até amanhã para o caso. Todos os acusados já apresentaram suas defesas. (Agências)

RENAN Voto aberto ou secreto? Fabio Pozzebom/ ABr

Às vésperas da votação da primeira representação contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no Conselho de Ética, dois dos três relatores do Renan: dois relatores querem voto aberto processo disseram que vão trabalhar para que o voto no Quintanilha (PMDB-TO), colegiado seja aberto. que tem defendido o voto A previsão é que o fechado sob alegação de que Conselho de Ética julgue na o colegiado tem de seguir o quinta-feira a primeira plenário. "Os relatores são representação contra Renan. senadores. Se nós temos de O presidente do Senado é revelar o nosso voto, por que acusado de ter suas os outros integrantes do despesas pessoais pagas por conselho não têm?", um lobista da empreiteira questionou a senadora Mendes Júnior. Marisa Serrano. Os relatores Renato "O voto tem de ser aberto Casagrande (PSB-ES) e no conselho. Vou trabalhar Marisa Serrano (PSDB-MS) para que isso aconteça, mas afirmaram ontem que não estou buscando base jurídica concordam com os para batalhar para que a argumentos apresentados apreciação dos relatórios pelo presidente do Conselho não seja fechada", avisou de Ética, Leomar Casagrande. (AE)


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Nacional Tr i b u t o s Empresas Comércio Exterior

DIÁRIO DO COMÉRCIO

ANSIEDADE COM A DIVULGAÇÃO DA PESQUISA FOCUS

Divulgação

A previsão para o ano é de crescimento entre 18% e 19% sobre 2006, o que também seria mais confortável para o mercado Sérgio Antonio Reze, presidente da Fenabrave

Carro: parcela mais cara Mário Tonocchi

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recente turbulência nos mercados financeiros mundiais, detonada pela crise imobiliária dos Estados Unidos, poderá refletir na taxa de juro praticada nos financiamentos de veículos no Brasil. A previsão é do presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Sérgio Antonio Reze. "Poderá ser um aumento, por exemplo, dos atuais 2,01% para 2,03% ao mês, variação que o comprador final nem deverá perceber", disse Reze, na abertura do 17º Congresso Fenabrave, realizado em Curitiba (PR), na última sexta-feira. Segundo Reze, o reajuste nos planos de financiamento – que já chegam a 84 meses – vai depender do tamanho que a confusão norte-americana

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

causar nos mercados pelo mundo. De qualquer forma, ele disse que um possível aumento deverá ajudar a colocar o pé no freio de um mercado que todos os meses tem batido recordes de vendas. Expectativas – Na opinião do presidente da Fenabrave, o segundo semestre deverá apresentar uma expansão menor nas vendas do setor em relação ao primeiro, até por um ajuste no mercado. "Por isso, a previsão para o ano é de crescimento entre 18% e 19%, o que também seria mais confortável para o mercado", analisou. Na primeira quinzena de agosto, considerando 11 dias úteis, houve alta de 2,89% no comércio de automóveis na comparação com igual período do mês anterior. Traduzindo em números, foram 81.604 emplacamentos em julho, ante 83.962 este mês. Já na comparação com a primeira quinzena de agosto do ano passado,

quando foram emplacados 65.530 veículos, a expansão foi de 28,13%. "Esses números mostram que ainda não tivemos nenhum sinal de que a turbulência nos mercados mundiais tenha afetado os negócios. Não esperamos nenhuma reação ao problema nos Estados Unidos pelo menos este mês", afirmou Reze. Leves – Em relação ao emplacamento nacional de veículos comerciais leves, houve um crescimento de 9,17% na primeira quinzena de agosto sobre o mesmo período de julho. Já na comparação anual, o aumento nas vendas foi de 35,72%. Na primeira quinzena de agosto de 2006, foram emplacados 11.712 veículos leves. E nos primeiros 15 dias deste mês, 15.895. Já a venda de caminhões teve queda de 4,7% entre julho e agosto deste ano, mas aumento de 33,28% de agosto de 2006 e ao mesmo mês deste ano,

sempre na comparação quinzenal. Motocicletas venderam 0,1% mais na mesma base de comparação: 71.241 em julho e 71.309 em agosto, e 33,32% (de 53.489 para 71.309) na comparação anual. O vice-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale, disse que os fabricantes estão otimistas. "Desde 2004 verificamos crescimento constante no setor, especialmente este ano." Em 2007, deverão entrar no mercado 2,3 milhões de veículos, 22% acima do que foi registrado em 2006. Congresso – Além de executivos do setor, o Congresso da Fenabrave teve a presença do vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo e secretário do Emprego e Relações do Trabalho do Estado de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, que representou o governador José Serra (PSDB).

Especialistas estão atentos aos índices de inflação que serão divulgados esta semana.

Chineses fora do mercado de veículos

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sentirem que estão tão conhecida confortáveis, passem a competição voraz produzir neste país. Isso das marcas aconteceu com os japoneses." chinesas deve De acordo com Chotai, demorar um pouco para entretanto, apesar do interesse chegar efetivamente ao da indústria chinesa em países mercado brasileiro de emergentes como o Brasil, os veículos. A análise é do testes de mercado e as diretor de pesquisa análises de automotiva possibilidade asiática da As marcas de Global implantação Insight, Ashin de veículos de fábricas Chotai, chinesas ainda chinesas no exposta no 17º deverão demorar exterior ainda Congresso da para chegar ao se concentram Federação Brasil e acirrar a nos Estados Nacional da Unidos e Distribuição competição no alguns países de Veículos mercado nacional. da Europa. Automotores Em 2007, a (Fenabrave), China em Curitiba responderá por praticamente (PR), no final de semana. Segundo o diretor, "as taxas a metade do crescimento global da produção de de importação e as barreiras veículos, com 3,2 milhões de alfandegárias" são os unidades. A previsão, principais empecilhos para o segundo Chotai, é de que a avanço das vendas no Brasil. produção total até 2012 "Mas isso não impede que os chegue a 14,3 milhões de fabricantes chineses realizem unidades de veículos. (MT) testes no mercado e, se

MERCADOS Expectativa para Copom

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agenda da última se- tados os efeitos da redução de mana de agosto tem 12,66% na tarifa de energia elépoucos indicadores trica, anunciada pela Eletroeconômicos, mas os investido- paulo no início de julho. No mesmo dia, o Tesouro res devem ficar bastante atentos aos números que serão di- Nacional divulga o resultado vulgados. Após a turbulência fiscal primário do governo vinda do exterior – com a crise central, que inclui os esforços das hipotecas de alto risco nos fiscais do próprio Tesouro, do Estados Unidos – e a confirma- Banco Central e da Previdênção de que a inflação está, em cia, referente ao mês de julho. agosto, um pouco mais eleva- Na quarta-feira será a vez de o da que o previsto no Brasil, os BC informar os dados do setor especialistas agora concen- público consolidado, também tram-se nas apostas para a reu- de julho, que inclui os números nião do Comitê de Política Mo- do governo central, mais os danetária (Copom) do Banco dos dos Estados, municípios e Central (BC), agendada para estatais federais. Atacado – No mesmo dia, a os dias 4 e 5 de setembro. Para esta segunda-feira, Fundação Getúlio Vargas existe grande ansiedade no (FGV) divulga o Índice Geral mercado em relação à pesquisa de Preços ao Mercado (IGP-M) Focus do BC. A expectativa é de agosto. Da mesma maneira de que o documento já mostre que os indicadores de preços alterações nas projeções do ao consumidor, os IGPs surmercado financeiro para o Ín- preenderam o mercado em dice de Preços ao Consumidor agosto, por conta da ampliaAmplo (IPCA) de agosto e de ção da alta dos preços agrícolas no atacado. A es2007, depois de o timativa média IPCA-15 deste dos analistas é de mês (0,42%) sutaxa de 0,5%. perar bastante as A semana tamestimativas. bém será rica em Com a turbuindicadores e lência internaciopor cento deve eventos econônal e o IPCA-15 ser a inflação micos nos EUA, a "mais salgado", começar pelos por causa do precaptada pelo dados de vendas ço dos alimentos, IGP-M em de imóveis resia n a l i s t a s t a mdenciais usados, bém já cogitam agosto, segundo hoje. Amanhã seredução na magprevisão de rá divulgada a nitude dos cortes analistas. ata da última da taxa básica de reunião do Cojuros, inclusive mitê de Mercado em setembro, e não descartam uma interrup- Aberto do Federal Reserve ção nas quedas nos próximos (Fed, o banco central dos Estados Unidos). Na sexta-feira, o encontros do Copom. Amanhã a Fundação Insti- presidente do banco vai falar tuto de Pesquisas Econômicas sobre a relação entre a situação (Fipe) anuncia o Índice de Pre- do setor de moradias e a políços ao Consumidor (IPC) da tica monetária do Fed – discurterceira quadrissemana de so bastante aguardados por agosto na capital paulista. Na analistas em todo o mundo. Outro indicador importante segunda medição do mês, o indicador subiu 0,17%, ante é o índice de confiança do con0,21% do primeiro levanta- sumidor de agosto, que a Conmento. De maneira diferente ference Board anuncia amados demais índices, o IPC da nhã. Na quarta-feira, o DeparFipe está passando por um tamento do Comércio divulga processo de alívio retardado a primeira revisão do Produto na inflação, já que, por conta da Interno Bruto dos Estados Unimetodologia da instituição, dos referente ao segundo triapenas agora estão sendo cap- mestre deste ano. (AE)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

ECONOMIA - 5


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Nacional Tr i b u t o s Empresas Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Empresas especializadas em licitação criam pacotes com explicações dos processos e seus resultados

NOVAS OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS PARA OS PEQUENOS

COM A NOVA LEGISLAÇÃO, EMPRESAS DE PEQUENO PORTE TÊM PREFERÊNCIA NOS PROCESSOS.

LEI GERAL: MAIS ACESSO ÀS LICITAÇÕES Fotos: Thiago Bernardes/Luz

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aprovação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (MPE) tende a ampliar as possibilidades de os empresários de menor porte fornecerem produtos ou serviços aos governos, nas esferas federal, estadual e municipal. É um mercado e tanto, mas é preciso se preparar para ganhar dinheiro com ele, afirmam os especialistas. Entre janeiro e julho deste ano houve 315.078 licitações em todo o País, segundo o Consórcio Nacional de Licitação (ConLicitação), especializado em recolher essas informações e retransmiti-las para mais de 6 mil assinantes do serviço. E o número pode ser maior, já que e x i s t e m o u t r a s e m p re s a s atuando no mesmo ramo. As três esferas de governo reúnem milhares de possibilidades para as MPEs. Só prefeituras são mais de 5,5 mil. E ainda há a União, estados, empresas estatais e autarquias. "Todos os órgãos públicos são obrigados a fazer licitação", lembra o criador da Marketing Consultoria, Nilton César dos Santos, que explora esse potencial há 20 anos. Ele percebeu a demanda das empresas por informações quando ainda atuava como empregado de grandes corporações. "Empresas de todos os portes têm necessidade de conhecer mais sobre o assunto", afirma.

Sonia: serviço de informações para dar suporte às licitações

C o m p l e x i da d e – Um dos equívocos das empresas, opina, é direcionar esses processos ao departamento comercial, pelo fato de a licitação redundar em vendas. "A licitação exige conhecimento de legislação. O vendedor tem outras preocupações, esquece de ler as muitas páginas de um edital (documento com as regras da licitação), concentrando-se apenas no que poderá vender. E só vai pensar na documentação na última hora", diz. Muitas vezes, exemplifica, a legalidade de um edital é passível de questionamento, e a empresa não percebe. "Quem trabalha com licitação deve ter um departamento comercial-jurídico." Há casos, como os de alguns grandes clientes de Santos, em que as empresas terceirizam totalmente o serviço. Existe, no

entanto, a possibilidade de a empresa buscar ajuda pontual. Ele atende cerca de 40 casos desses por mês. O importante, ressalta, é não improvisar. Uma consultoria pontual custa, em média, de R$ 1,5 mil a R$ 2 mil, conforme a licitação. Grandes contratos têm custos mensais entre R$ 5 mil e R$ 6 mil. A complexidade do assunto não impossibilita a participação das MPEs nesses processos. O importante é se preparar. Algumas das recomendações dependem exclusivamente da empresa e são exigidas em todas as modalidades de licitação, definidas na Lei 8.666/93, como convite, tomada de preço, concorrência e "dispensa de licitação". Uma modalidade mais nova, o pregão, presencial ou pela internet, pode ser conferida

na Lei 10.520/2002. Orientações – Uma das exigências é contratar empresa legalmente constituída no Brasil. Além disso, é preciso ter condições de provar que ela está habilitada técnica e operacionalmente para cumprir o objeto da licitação – demonstração possível com atestados dos clientes. A demonstração da capacidade financeira é outra das condições. "O governo confere isso analisando as certidões de falências e concordatas e por meio dos balanços e demonstrações contábeis", explica Santos. O balanço, ressalta, é solicitado em 99% das licitações e tem de ser transcrito no livro-diário. Entre os pontos analisados, a regularidade jurídico-fiscal (débitos com o INSS e FGTS, entre outros) representa, segundo Santos, 60% dos problemas. "O débito fiscal, às vezes, é uma questão de interpretação. É preciso estudar cada caso", alerta o consultor. Os avisos de abertura de licitação são publicados obrigatoriamente no Diário Oficial e em jornais de grande circulação, exceto na modalidade convite, a mais simples delas, cuja publicidade obrigatória pode ser suprida por veiculação em um quadro de aviso, detalha o consultor. Há prazos distintos, conforme a licitação, entre a publicação e a entrega das propostas, que, em geral, é feita em dois envelopes, um com a documentação e outro com as propostas de preços.

ConLicitação fornece dados para mais de 6 mil assinantes

Serviço online facilita negócios

S

erviços como o oferecido pela ConLicitação podem ser uma opção para aqueles que planejam prospectar clientes no governo. Os assinantes recebem três e-mails diários (ou conferem as informações no site) com opções de informação por ramo de atividade ou abrangência territorial. O cliente recebe o aviso de licitação, o arquivo do respectivo edital e o resultado do processo, além de chamadas para leilões (quando o governo quer vender) e o respectivo resultado. A assinatura anual custa R$ 715 à vista (ou em cinco prestações de R$ 154, com descontos para pagamentos em dia); e a semestral, R$ 430 (ou três de R$ 150), diz a criadora da empresa, Sonia Lúcia Pereira de Moura. A assinatura, segundo Sonia, dá direito a um serviço básico de consultoria jurídica. "Não é uma assessoria. É só para tirar dúvidas, na base de perguntas e respostas que são enviadas ao conjunto de assinantes", afirma. As principais dúvidas estão relacionadas à documentação exigida pelos editais e às questões tributárias. Os serviços complementares da empresa incluem uma revista eletrônica de notícias, espaço para uma bolsa de empregos e acessos aos cerca de 40 órgãos públicos que permitem obtenção de certidões negativas online, entre outros servi-

ços e parcerias (para cursos, seminários e consultorias) com direito a desconto. Internet – Sonia lembra que as licitações sempre estiveram abertas à participação das micros e pequenas empresas. A aprovação da Lei Geral acrescenta preferências aos empreendimentos desse porte, mas ainda faltam regulamentações, ressalta. Independentemente disso, ela destaca que as oportunidades já aumentaram, com a possibilidade de compras eletrônicas, "um facilitador para o pequeno empresário". Há três grandes portais do governo, lembra (referindo-se ao comprasnet.gov, do Ministério do Planejamento; ao l ic it a çõ es e.com.br, do Banco do Brasil; e ao cef.gov.br, da Caixa Econômica Federal), que publicam licitações de prefeituras. Vários governos estaduais também oferecem essa possibilidade. Em São Paulo, o bec.sp.gov.br realizou, segundo dados do ConLicitação, 25.011 licitações entre janeiro e julho deste ano. Há até cidades com portais exclusivos para compras eletrônicas. É o caso de Jundiaí (SP), com 2.047 licitações no mesmo período. "Isso abre portas para todas as pequenas empresas. Na modalidade 'dispensa de licitação', elas podem fornecer um pequeno contrato e se inserir no mundo da licitação", afirma. (FL)

Fátima Lourenço

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Fotos: Divulgação

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Facesp nterior ORQUÍDEA É ATRAÇÃO TURÍSTICA EM GUARAREMA A produção de uma das mais belas plantas da flora brasileira atrai centenas de turistas e colecionadores à cidade nos fins de semana. A produção de orquídeas, que cresce em torno de 20% ao ano nos cem orquidários, mudou o perfil econômico do município. A idéia agora é investir cada vez mais, mirando a exportação. André Alves

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cidade de Guararema, localizada a 75 quilômetros de São Paulo, é uma das maiores produtoras de orquídeas do País. A planta, uma das mais exuberantes da flora brasileira e que tem uma legião de fãs e colecionadores, está mudando o perfil econômico do município. Nos finais de semana, uma grande quantidade de turistas e orquidófilos visitam orquidários da região, que somam cerca de cem. Consequentemente, muitos negócios são concretizados, beneficiando produtores, comerciantes e o turismo locais, que crescem anualmente em decorrência de feiras e festivais dedicados à flor. O cultivo de orquídeas em Guararema começou há 27 anos. Um dos principais motivos dos produtores para a escolha da cidade foi o seu clima, considerado propício para esse tipo de prática, devido à ausência de geadas e chuvas de granizo. "Trata-se de um segmento alavancador do turismo no município", afirma Laerte Moreira Júnior, secretário municipal da Indústria, Comércio, Turismo e Agricultura da cidade. Nos dias 21, 22 e 23 de setembro acontecerá em Guararema o segundo Festival das Orquídeas. "Esperamos a presença de mais de cinco mil visitantes, que poderão comprar suas espécies favoritas. Para os produtores, trata-se de uma excelente oportunidade, já que eles recebem a visitação de lojistas de todas as regiões do País e até mesmo do exterior", diz. Turismo - O Festival das Orquídeas, na opinião do presi-

Giorchino (foto maior) no seu orquidário. Acima, o secretário Laerte e Hanney Moraes, presidente da ACE

dente da Associação Comercial, Industrial, Agropastoril e de Serviços de Guararema (ACE), Hanney Martins de Moraes, trará muitos benefícios para os comerciantes da cidade. "Temos no município aproximadamente 15 hotéis e pousadas, que ficam com suas taxas de ocupação máximas durante o festival". Uma das metas da ACE é, justamente, estimular o turismo em Guararema. Para isso, já está em funcionamento um núcleo do segmento dentro do Projeto Empreender, promovido pela entidade. Referência - Um dos principais orquidários da cidade é o

SÃO CAETANO

Notícias das associações comerciais e industriais do interior do Estado

Núcleo dos Contabilistas O do Projeto Empreender, desenvolvido na Associação

Comercial e Industrial de São Caetano do Sul (Aciscs), ganhará uma nova ferramenta para otimizar suas reuniões: o site da entidade passará terá uma sala de batepapo exclusiva. "Os encontros realizados por meio do chat contribuirão muito para adiantar os assuntos que serão tratados em nossas reuniões quinzenais", disse Maurício Potente, diretor do Empreender. O desenvolvimento da ferramenta já foi solicitado e, em breve, estará disponível no www.aciscs.com.br. Para participar das reuniões na sala de bate-papo, o contabilista deverá informar seu número de associado e contará com uma senha exclusiva.

Pérola do Vale, conhecido nacionalmente como Orquidácea. Fundado em 1979 por Roberto Giorchino, o estabelecimento produz, em média, 150 mil mudas por ano. "Produzimos e comercializamos somente a espécie Cattleya. Nossa produção cresce anualmente a uma taxa de 20%, devido a uma série de medidas que começamos a adotar, como a visitação pública", diz Giorchino. O orquidário recebe perto de 500 visitantes todos os meses. Entre os planos futuros do empresário está a exportação de suas plantas. "A orquídea está deixando de ser um produto exótico e de alto valor agregado. Com o aumento na produção, um número maior de pessoas passaram a comprar as espécies, já que os custos baixaram". Até o início de 2008, a prefeitura de Guararema espera inaugurar o Centro de Atendimento ao Turista (CAT), composto por um grupo de monitores que informarão os principais pontos turísticos do município e também a localização dos orquidários da cidade. Arujá - Até o dia 9 de setembro, será realizada, na cidade de Arujá, a 16 ª Expo Aflord, uma feira de flores com 77 produtores instalados na região da Via Dutra. A exposição contará com mais de mil variedades de plantas com vendas destinadas ao varejo. O evento contará também com uma competição de decoração entre os expositores, cursos gratuitos sobre cultivo e arranjo, além de apresentações culturais de grupos de dança e música.

SÃO JOSÉ

AMERICANA

Associação Comercial e projeto de lei do Plano A Industrial (ACI) de São O Diretor de José dos Campos quer que a Desenvolvimento Integrado

prefeitura crie um departamento do comércio. O objetivo da ACI é disponibilizar um canal específico de atendimento dos comerciantes na prefeitura e na secretaria de Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia. Um projeto de lei já está em análise e deve entrar em votação nos próximos dias. O departamento trataria de assuntos como: demandas dos comerciantes, mudanças viárias, estacionamento, parquímetros e transporte público, banco de dados, além de política de segurança.

(PDDI), objeto de estudo de uma comissão da Associação Comercial e Industrial de Americana (Acia) e diversas entidades de classe, deve ser incluso, dia 30, na sessão ordinária da Câmara. A comissão de estudos, visando colaborar e aprimorar o projeto de planejamento que estabelece diretrizes de desenvolvimento para todos os setores municipais, continua reunindo-se semanalmente para analisar e sugerir alterações e inclusões que serão protocoladas como emendas.

Divulgação

A estação ferroviária restaurada (ao lado), a Igreja Nossa Senhora da Escada (abaixo) e o parque da Ilha Grande (foto menor) são outras atrações da cidade

Não se perca. Cidade tem São Longuinho.

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lém das orquídeas e da beleza natural, Guararema, que fica a cerca de uma hora da capital, tem outros pontos interessantes para visitação. Única igreja do Brasil que possui a imagem de São Longuinho, conhecido popularmente como o santo dos objetos perdidos, a Igreja Nossa Senhora da Escada foi construída em 1732. Situada no bairro da Freguesia da Escada, a 3,5 quilômetros do centro da cidade, a igreja resistiu à ação do tempo e passou por reformas e ampliações, até ser tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional em 1941. No momento, a igreja está em processo de restauração.

ITATIBA

A revitalização teve início no primeiro semestre deste ano e está sendo executada com recursos da Lei Rouanet. Os visitantes podem também conhecer o parque municipal da Pedra Montada, o parque da Ilha Grande, a antiga estação ferroviária e o Recanto do Américo, que fica à beira do rio Páraíba do Sul, onde é possível alimentar os peixes, ainda abundantes na região. (AA)

Dia dos Pais: vendas crescem

balanço do Serviço Dia dos Pais registrou o efeito desejado e contribuíO Central de Proteção ao O aumento de vendas no ram para que a data superasse Crédito (SCPS) da Associação Industrial e Comercial de Itatiba (Aicita) referente a julho, mostra que o consumidor local reduziu suas compras e quitou dívidas, recuperando crédito. Foram 21.816 consultas ao serviço em julho, contra 22.956 em junho. O item sinaliza uma leve queda no consumo. Os registros de débito junto ao SCPC sofreram queda na comparação de junho e julho: de 1.112 para 1.094. Os cancelamentos de débitos – registrados quando o inadimplente reabilita-se – somaram 814 em julho, valor superior ao registrado em junho de 2007 (683) e em julho de 2006 (713). Na Aicita, os inadimplentes podem optar por negociação amigável de sua dívida, restabelecendo-se como consumidores.

interior do Estado. Em Fernandópolis, lojistas comemoram o aumento de 5% a 10% nas vendas na semana de 6 a 11 de agosto, na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo a Associação Comercial e Industrial de Fernandópolis (Acif), todos os segmentos do comércio foram prestigiados. "Os comerciantes se prepararam em julho, participando de palestras e cursos para observar melhor os detalhes e evitar a inadimplência, " explicou o gerente da Acif, Geraldo Pedro Paschoalini. Ourinhos – O resultado das vendas do Dia dos Pais também foi comemorado em Ourinhos. Os bons índices registrados no período comprovam que as ações promocionais realizadas pelos lojistas surtiram

consideravelmente os números de anos anteriores. O gerente do Ponto Frio, Natal Valdir de Souza, informou que a loja registrou um crescimento de 25% no faturamento em relação ao ano passado. No setor de confecções, o aumento ficou em torno de 30%. I ta t ib a – A Associação Industrial e Comercial de Itatiba (Aicita) já realizou o sorteio da promoção de Dia dos Pais da ação Itatiba, eu Compro Aqui. Seis consumidores que prestigiaram o comércio local foram premiados. Entre os mais de 90 mil cupons distribuídos, o de Teresinha Fumachi Tafarello, que comprou no Itatiba Shopping Center, foi sorteado com o prêmio principal: uma TV LCD de 32 polegadas. Além dela, outras cinco pessoas ganharam aparelhos de DVD.


segunda-feira, 27 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Indicadores Econômicos

24/8/2007

COMÉRCIO

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8,72

por cento é a queda média dos fundos atrelados ao dólar neste ano até julho, de acordo com a Anbid.


Trocar idéias com Silvio Santos é assim: você entra com as suas e sai com as dele.

Hype - 14/05/07

Da apresentadora do SBT, emissora de Silvio Santos, Adriane Galisteu, em entrevista a Marcelo Tas.

sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de agosto de 2007

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www.dcomercio.com.br/logo/

AGOSTO

Logo Logo DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - LOGO

Nascimento do escritor argentino Jorge Luis Borges (1899-1986)

P ERU

Sacrifício dos emergentes Mais de dois terços dos cortes na emissão dos gases causadores do efeito estufa necessários até 2030 na luta pela melhora do clima terão de vir dos países em desenvolvimento, disse relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado ontem. Até 2030 o mundo vai precisar gastar bilhões de dólares anualmente para lutar contra a mudança climática, diz a ONU sobre "resposta internacional apropriada para mudança climática". "Não é apenas uma questão de jogar mais dinheiro no problema", disse o chefe de

mudança climática da ONU, Yvo de Boer. "É importante colocar em prática medidas e políticas que guiem esses investimentos na direção correta". As emissões devem cair nos próximos 25 anos para os níveis de 2004. Cerca de 68% dos cortes nas emissões devem acontecer nos países em desenvolvimento. A luta contra o aquecimento global tem duas partes: cortar a emissão de gases causadores do efeito estufa que estão causando o problema e a preparação para a mudança climática que agora é inevitável.

T RADIÇÃO Miguel Vidal/Reuters

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Pisco da gratidão

s maiores vitivinícolas do Peru, que sofreram sérios danos em suas instalações por um terremoto na semana passada, lançaram uma garrafa de pisco especial, com o nome inspirado na magnitude do tremor, informou ontem o ministro da Produção do país. O "Pisco 7,9. De agradecimento" será lançado em edição limitada de 500 ou 1.000 garrafas numeradas que não serão comercializadas, e sim presenteadas pelo governo a representantes de países e instituições que ajudaram a região de Ica, cerca de 300 quilômetros

AFP

M EIO AMBIENTE

ao sul de Lima. "A milenária cidade de Pisco em manifestação de eterna gratidão por sua solidariedade

A MÉRICA LATINA

e ajuda após o terremoto de 15 de agosto de 2007. Com afeto. O povo de Pisco, o povo do Peru", diz a etiqueta da garrafa. A cidade de Pisco, que foi a mais afetada pelo terremoto, dá nome ao licor feito à base de uva que é considerado a bebida nacional do Peru, embora sua procedência também seja reivindicada pelo Chile. O terremoto no Peru, cuja primeira medição segundo o serviço geológico dos Estados Unidos foi de magnitude 7,9 mas logo corrigido para 8,0, causou a morte de mais de 500 pessoas e a destruição de mais de 32.000 moradias, de acordo com dados oficiais.

Daniel Garcia/AFP

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A LIMENTOS

A fome espreita a China

B RAZIL COM Z

O mensalão vai à Corte

F UTEBOL

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E M

de alguns cereais, e suas sementes não terão tempo suficiente para amadurecer", explicou Zheng. Na China, que em 2004 se transformou em importador líquido de alimentos, somente 13% do solo é cultivável. O governo disse que, em 2010, os cultivos não devem ocupar menos de 12 milhões de hectares. No entanto, o limite está perto de ser atingido. O aumento da temperatura ainda acelerará a evaporação de água subterrânea em 7%, o que também afetará a produção de cereais.

Uma em cada seis crianças com menos de 5 anos não tem registro na América Latina e no Caribe, o que facilita o tráfico de menores. Segundo a Unicef, cerca de 2 milhões dos 11 milhões de nascimentos anuais na região não são registrados oficialmente. O registro é fundamental para dar às crianças seus direitos garantidos pela ONU: nome, nacionalidade, acesso a serviços públicos de saúde e educação e cidadania.

O jornal espanhol El Pais publicou ontem uma reportagem sobre as expectativas dos brasileiros em relação às decisões de dez magistrados do Supremo Tribunal Federal (STF, a instância máxima da Justiça no Brasil) sobre a abertura de julgamento dos 40 acusados de integrar uma rede de corrupção para subornar deputados. O jornal comenta as implicações políticas da decisão do STF recairão diretamente sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, diz o jornal. Se o processo for aberto, caberá questionar se Lula sabia das manobras.

Crianças do vilarejo espanhol de Pontevedra, no norte da Espanha, brincam de perseguir um homem vestido de diabo durante a "Festa do Demônio", uma das tradições locais.

O aquecimento global reduzirá em até 10% a colheita de cereais chinesa até 2030, quando o país terá 1,5 bilhão de habitantes, a Administração Estatal Meteorológica chinêsa ontem. A queda obrigará o esgotado solo chinês – atingido pela desertificação e pelo crescimento urbano – a produzir cerca de cem milhões de toneladas extras de cereais para alimentar a população, disse o especialista Zheng Guoguang. "O aquecimento global reduzirá o período de crescimento

Infância apagada

DRAMA EM MOVIMENTO - Os casais David Pineda e Laura Posada, da Colômbia, (à esquerda) e William Torres e Kathya Najaro, de El Salvador (à direita) participam das semifinais do concurso mundial de Tango de Buenos Aires. H ISTÓRIA

América revelada Reprodução

Mapa mostra os contornos do mundo conhecido pelos europeus antes de 1492

C A R T A Z

MASP

Palestinos: na trave A Grã-Bretanha recusou vistos de entrada a jovens jogadores de futebol palestinos justificando que eles não podem oferecer garantias a Israel de que retornariam para casa, na Faixa de Gaza, ao fim da viagem. O time é formado por jogadores com idades abaixo de 19 anos. Os jogadores iriam permanecer na Inglaterra por três semanas e jogar partidas nas cidades de Chester e Blackburn como preparação para um torneio classificatório para um campeonato asiático que será realizado no Uzbequistão em novembro. G RÃ-BRETANHA

Big Brother chega à escola

DA BAUHAUS A (AGORA!), da Coleção DaimlerChrysler, reúne no MASP destaques da arte internacional contemporânea e do século XX. Av. Paulista, 1578, tel.: 3251 5644, das 11h às 18h. Ingresso: R$ 15. G @DGET DU JOUR

F AVORITOS

Sensor de qualidade As várias formas da carne da vida no Brasil

www.biodiversidadebrasil.com.br

L OTERIAS Concurso 248 da LOTOFÁCIL

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Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Experiência de realidade virtual induzem sensação de que a consciência está fora do corpo TJ-MG determina que Orkut exclua comunidade contra um morador de Belo Horizonte

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browse/-/1055398

www.amazon.com/exec/

http://www.loc.gov/exhibits/1492/

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obidos/tg/

Um banco de informações sobre a biodiversidade brasileira pode ser encontrado na internet. O site Biodiversidade Brasil traz informações sobre a variedade de espécies do País, sua procura como produtos no mercado internacional, o caminho mais sustentável para a exploração de recursos como madeiras e plantas, informações sobre a floresta Amazônica, dados e dicas de ecoturismo, notícias e muito mais. Mantido pela Natura e pela Rádio e Televisão Cultura, o site também traz um glossário sobre o tema.

C

omo era a vida na Europa e nesse continente que se chamou América? Como foi a viagem de Cristóvão Colombo? Esses e outros detalhes da história são contados por uma série de ilustrações de época dos dois lados do Atlântico na exposição virtual "1492".

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O SensorFreshQ da FqSI "cheira" a carne crua para determinar se ela está fresca ou não. Basta segurá-lo a alguns centímetros da carne e apertar o botão que o sensor do aparelho avalia a quantidade de bactérias no alimento. Luz verde indica que a carne está boa. Amarelo, aceitável, e vermelho, estragada. Por US$ 90.

O jornal britânico The Guardian divulgou que a empresa inglesa de uniformes escolares Trutex poderá adicionar aparelhos de monitoramento via satélite em suas roupas, para que os pais saibam sempre onde estão seus filhos. A idéia veio de uma pesquisa feita pela internet com mais de 800 pais e 400 crianças de idades entre nove e 16 anos. Os resultados mostraram que 59% estariam interessados em uniformes com sistema de monitoramento. Entre as crianças, mais da metade dos que tinham até 12 anos diziam estar preparados para usar as roupas, mas os adolescentes não gostaram da idéia.

Cientistas da USP desenvolvem transplante de medula aumenta sobrevida de pacientes

Concurso 1792 da QUINA 14

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Nacional Empresas Comércio Exterior Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

AS VENDAS DE SOJA SÃO DESTAQUE

Paulo Liebert/AE

Tiago Queiroz/AE

Açúcar e álcool de cana foram os mais exportados

As vendas de soja saltaram de US$ 277 milhões para US$ 374 milhões

O volume de exportações realizadas por essa modalidade de associativismo cresceu mais do que o total de vendas externas do País no primeiro semestre deste ano Renato Carbonari Ibelli

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Açúcar e álcool foram os produtos mais exportados pelo setor no primeiro semestre. Eles totalizaram US$ 548,3 milhões, o que significou 43,8% Compras a vista desc. de 10% Aceitamos Cartões de Crédito: Visa, Master Card, Hipercard, American Express, Sorocred, Rede Shop, Diners Club Parcelamos em até 6x

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O Brasil já é líder mundial em exportações de carne

Jonas Oliveira/Folha Imagem

COOPERATIVAS SÃO CAMPEÃS NO EXTERIOR

s exportações das cooperativas brasileiras cresceram mais do que o total das vendas externas do País no primeiro semestre deste ano. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), consolidados pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), mostram que, nesse período, os embarques do setor saltaram de US$ 1,029 bilhão para US$ 1,447 bilhão, o que representou aumento de 33,8% em relação aos seis primeiros meses de 2006. Nessa mesma comparação, as vendas do Brasil saltaram de um total de US$ 60,9 bilhões para US$ 73,2 bilhões, com expansão de 20,22%. O bom desempenho das cooperativas é o resultado da consolidação brasileira no fornecimento de commodities. O Brasil está próximo de se tornar o primeiro exportador mundial de soja e de álcool combustível e já lidera as exportações de carne. Esses produtos também estão entre os mais vendidos pelas cooperativas, que dedicam 98% da produção ao agronegócio.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Lopes Martins/AE

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de crescimento em relação ao mesmo período de 2006, quando as vendas desses itens alcançaram US$ 381,4 milhões. As exportações de soja foram destaque, passando de US$ 277 milhões para US$ 374 milhões. "O aumento da procura por biocombustível teve

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N gócios

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oportunidades

impacto em nossas exportações de soja. Além disso, a União Européia (UE) reduziu a produção de açúcar para regular o mercado interno, e o Brasil ocupou essa lacuna", diz Patrícia Medeiros Moreira, técnica de mercado da OCB. A China aparece como o principal mercado de destino das cooperativas brasileiras. Nos seis primeiros meses do ano, foram exportados para esse país US$ 156 milhões, ou 24% a mais do que as vendas no mesmo período do ano passado. O principal produto desembarcado no mercado chinês foi o grão de soja, que atingiu o montante de US$ 147 milhões. Esse valor representou 12% das exportações brasileiras dessa commodity para a China, que somaram US$ 1,8 bilhão no semestre. Os estados de São Paulo e do Paraná respondem por quase 70% de tudo o que é exportado pelas cooperativas do País. No semestre, os desembarques paulistas chegaram a um total de US$ 567,3 milhões e se concentraram em açúcar de cana (empacotado e em bruto) e álcool etílico. O município de Santos é o mais representativo dentro do estado, participando com US$ 502,2 milhões do total exportado. As cooperativas devem fechar o ano exportando US$ 3,5 bilhões, 25% a mais do que no ano passado.

Cada produtor paga sua parcela de imposto ooperativa é uma associação autônoma de pessoas que se unem para satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais comuns. Essa estrutura só pode ser constituída a partir de um número mínimo de 20 pessoas físicas, de acordo com a lei 5.764, de 16 de dezembro de 1971. A principal vantagem dessa forma de associativismo está no aumento do poder de negociação com fornecedores, uma vez que a soma da produção dos associados permite fazer barganhas em maior escala. Não há vantagens tributárias explícitas para as cooperativas, mas, segundo o coordenador jurídico da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Marco Kaluf, elas desoneram os membros associados. Ele explica que, como não exploram interesses de compra e de venda, as cooperativas não têm acúmulos de vanta-

A China é o principal destino para os grãos de soja brasileiros

gens lucrativas. Sem gerar lucro, elas também deixam de criar base para cálculos tributários. "Não há incidência de tributos sobre as cooperativas, somente sobre as pessoas físicas que as compõem. Dessa forma, tributos da União, como o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) não têm peso no custo operacional das cooperativas", diz. Como exemplo, cada cooperativado arca apenas com os tributos incidentes em sua área específica de produção. No caso de um produtor de açúcar bruto, ele paga os impostos incidentes nesse tipo de mercadoria. Quem refinar, também paga a tributação pertinente, e assim por diante. O lucro do produto acabado, que tem maior valor agregado no final da fabricação, é dividido proporcionalmente entre os cooperados. (RCI)

São Paulo terá feira de utilidades

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cidade de São Paulo será sede, pela primeira vez, de 20 a 22 de setembro, da South America House & Garden Show, feira de negócios que reúne empresas da Ásia do setor de utilidades para casa, jardim e lazer. Serão cerca de 200 expositores. O evento vai apresentar ferramentas, material para reforma, bricolagem, artigos para churrasco, camping, esportes, acabamentos para cozinha e eletroeletrônicos. A expectativa dos organizadores é de que a feira receba aproximadamente 5 mil visi-

tantes do Brasil e de países da América do Sul. Organizado em parceria com a Köelnmesse e a Secretaria de Desenvolvimento de Comércio do Ministério do Comércio da China, o evento vai apresentar, no Expo Center Norte, as novidades do segmento para varejistas, atacadistas, empresas de importação e exportação, arquitetos, construtoras, empreiteiras e incorporadores. A exposição de produtos também é voltada para prestadores de serviços de engenharia e designers, promotores e compradores de lojas especializadas.

Campanha mostra a Polônia

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onhecer melhor o panorama econômico da Polônia e mostrar as oportunidades de importação de produtos poloneses para o Brasil, além de investimentos no país europeu, foram os objetivos da campanha "Descubra o coração da Europa – Pense Polônia". Esse foi o tema da publicidade realizada pela Vendere Propaganda & Marketing junto com o Departamento de Promoção Comercial e Investimen-

tos da Embaixada da Polônia. A campanha publicitária está no hot site www.poloniatrade.org.br/campanha07. O portal www.estadao.com.br, na seção de Economia, também direciona os internautas para aquele endereço. Lá, os interessados têm a chance de fazer contato com o Departamento de Promoção da Polônia por meio de formulários. Como resultado, 400 mil pessoas acessaram os anúncios da Polônia.

Consulado promove artigos da Índia

O

Consulado Geral da Índia em São Paulo reunirá, no próximo dia 3 de setembro, 20 fabricantes e exportadores indianos de produtos químicos. As empresas visitantes são produtoras de agroquímicos, inorgânicos e orgânicos. Elas oferecerão itens para a indústria de cosméticos e toalete, como pigmentos e corantes, detergentes, óleo de rícino, tinturas, perfumes e farmacêuticos.

Também serão expostos artigos para a indústria de alimentos, além de produtos têxteis, couros, plásticos, borrachas, tintas, papéis e bebidas. O evento será no Hotel Caesar Business Brasil, das 9h às 19h, na Avenida Paulista, 2.181, sala Paulista 1. A mostra é gratuita. É preciso apenas que os interessados confirmem presença pelo telefone (11) 3241-1977 ou pelo e-mail india@3-sale.com.br.

PAÍSES QUE DESEJAM IMPORTAR PAQUISTÃO 101 - Açúcar, óleo de soja, carne; equipamentos agrícolas; artigos médico-hospitalares EGITO 102 - Equipamentos de comunicação, materiais de construção, computadores e periféricos, ferramentas manuais, relógios, joalheria, produtos farmacêuticos, jogos, brinquedos TOGO 103 - Roupas de cama, toalhas de

banho, roupas esportivas, camisetas e calçados esportivos PORTUGAL 104 - Fios de algodão das classificações 52.05, 52.06 e 52.07; Tecidos de algodão "denim" 105 - Calçados com sola exterior de borracha, plástico, couro natural 106 - Camarões e crustáceos, posições 03.06 e caranguejos da posição 1605.10.00 TURQUIA 107 - Couros e peles inteiras de bovino

Departamento de Comércio Exterior da Associação Comercial Gerente: Sidnei Docal R. Boa Vista, 51— Telefones: 3244-3500 e 3244-3397


DIÁRIO DO COMÉRCIO O foco é o São Paulo. Estamos acompanhando o grupo da frente e não podemos desgarrar.” Caio Júnior Antônio Carneiro/AE

almanaque Celso Unzelte

93 ANOS DE PALESTRA/PALMEIRAS Arquivo Celso Unzelte

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Esporte QUEM VAI QUERER?

Estamos felizes pela goleada contra o Náutico, mas não dá para não pensar no Palmeiras.” Rogério Ceni

Djalma Vassão/AE

Filipe Araújo/AE

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LC Moreira/AE

Nelsinho Baptista, da Ponte Preta, e Mário Sérgio, atualmente no Figueirense, são os favoritos para assumir o cargo de técnico do Corinthians, no lugar do demitido Paulo César Carpegiani

A Sociedade Esportiva Palmeiras completou ontem 93 anos. O clube foi fundado no dia 26 de agosto de 1914, ainda com o nome de Società Sportiva Palestra Itália, por 46 pessoas presentes ao salão Alhambra, na Rua Marechal Deodoro, número 2. Elas atendiam a um convite publicado no jornal Fanfulla, da colônia italiana, recrutando todos que desejassem participar da fundação de um clube de italianos e descendentes para a prática do futebol. Acima, uma reprodução do primeiro estatuto palestrino, em italiano.

DE PALESTRA ITÁLIA A S. E. PALMEIRAS Em 1942, com o Brasil prestes a entrar na Segunda Guerra Mundial ao lado dos Aliados — e, conseqüentemente, contra o Eixo, formado por Itália, Alemanha e Japão —, o Palestra Itália foi forçado a trocar de nome. Entre março e outubro daqule ano, o clube passou a se chamar Palestra de São Paulo, mas nem assim a pressão diminuiu. O jeito foi mudar a denominação completamente, para Sociedade Esportiva Palmeiras, a partir da vitória por 3 a 1 sobre o São Paulo que deu aos palmeirenses o título de campeões paulistas.

Felipe Christ/AE

go na sexta-feira. Ele é um velho amigo de Mário Sérgio, mas no sábado declarou que ainda não havia pensado “no Mário Sérgio nem no Gallo” (técnico ressentemente substituído por Abel Braga no Internacional). “Senti que estava faltando garra, o time estava embolado, não rendia. Era hora de trocar de técnico e troquei”, declarou Gebran. “Foi decisão minha. Nem o presidente e o vice estão sabendo. O presidente me deu autonomia e eu a utilizei para o bem do Corinthians.” Na mesma noite de sábado, porém, o presidente Clodomil Orsi colocou uma nota oficial no site do clube dizendo que antes da demissão de Carpegiani havia sido informado pelo vice Wilson Bento. “Trabalhei como pude. Dei o máximo. Tentei tudo. Mas os resultados não vieram. Quero agradecer ao Corinthians e aos

“Morreu líder, nasceu campeão.” (Slogan da campanha que levou o Palmeiras à conquista do título de campeão paulista de 1942. Na partida decisiva contra o São Paulo, a equipe, que até então liderava o campeonato, venceu por 3 a 1 e garantiu a conquista, já com o novo nome de Palmeiras.) Também no dia 26 de agosto, mas há 34 anos, em 1973, o árbitro Armando Marques errava na conta dos pênaltis na decisão do Campeonato Paulista, entre Santos e Portuguesa, após o empate por 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação. O título acabou sendo dividido entre as duas equipes. A queda de Carpegiani após a derrota de sábado para o Cruzeiro, por 3 a 0, provocará a 117ª troca de treinador do Corinthians em 97 anos de história, a serem completados no próximo dia 1º de setembro. Até hoje, o Corinthians teve 109 técnicos diferentes. Vinte e três deles tiveram a oportunidade de voltar a dirigir a equipe duas ou mais vezes. O recordista é Oswaldo Brandão, com cinco passagens: 1954 a 1957, 1964 a 1966, 1968, 1977/78 e 1980/81.

Porto Alegre), de Tite e de Márcio Bittencourt. De concreto, houve o telefonema para o treinador dos juvenis, Zé Augusto, assumir interinamente a equipe contra o Atlético Mineiro, próximo adversário, quarta-feira, no Mineirão. “Eu passei a madrugada do domingo vendo o jogo contra o Cruzeiro e fiquei impressionado com o que assisti. O time não tinha meio de campo. Os mineiros fizeram o que quiseram. Vou conversar com os atletas e vou mudar muita coisa”, avisa Zé Augusto. Só Carpegiani foi demitido: o preparador físico Toninho Oliveira continua no clube. Gebran prometeu que contrataria o novo técnico o mais rápido possível. Sabe que depois do Atlético, na quarta, o time terá o clássico contra o Santos, domingo. Não há chance de Zé Augusto ser efetivado.

Próximo duelo Filipe Araújo/AE

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O MAIOR CAMPEÃO DO BRASIL O Palmeiras é o único time brasileiro que, ao longo de sua história, conquistou pelo menos uma vez todos os títulos colocados em disputa no país. Foi campeão paulista (21 vezes, em 1920, 1926/27, 1932/33/34, 1936, 1940, 1942, 1944, 1947, 1950, 1959, 1963, 1966, 1972, 1974, 1976, 1993/94 e 1996), do Rio-São Paulo (cinco vezes), brasileiro (quatro), do Robertão (duas), da Taça Brasil (duas), da Copa do Brasil (uma), da Copa dos Campeões (uma), da Série B (uma), da Mercosul (uma), da Libertadores (uma) e da Copa Rio.

seus torcedores”, disse Carpegiani depois de comunicado da demissão. No Corinthians, Paulo César Carpegiani ganhava cerca de R$ 120 mil mensais. No Figueirense, Mário Sérgio ganha cerca de R$ 70 mil. A diretoria do clube catarinense não costuma colocar multa nos contratos que faz com seus técnicos. Foi assim, por exemplo, que Muricy Ramalho saiu para trabalhar no Internacional, logo depois de ter renovado seu contrato, em 2002. Nelsinho Baptista, também cogitado, tem um grande inimigo: ele brigou com o afastado presidente Alberto Dualib, de quem Clodomil Orsi é amigo há décadas. Foram também lembrados os nomes de Mano Menezes (logo descartado, tanto por ganhar muito, cerca de R$ 130 mil, no Grêmio, quanto por não querer sair de

Daniel Augusto Jr./AE

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e para o Corinthians o técnico Paulo César Carpegiani já é passado (ele foi demitido no sábado, logo após a derrota para o Cruzeiro por 3 a 0, no Pacaembu), cabe agora decidir o futuro. E o nome do novo técnico corintiano pode estar entre dois que já passaram pelo Parque São Jorge. Mário Sérgio, atualmente no Figueirense, já treinou a equipe em 1993 e em 1995. Além disso, exerceu a função de executivo dentro do clube nos tempos da parceria com o Banco Excel, em 1997. Nelsinho Baptista foi campeão brasileiro pelo Corinthians em 1990, campeão paulista em 1997 e também trabalhou no clube entre 1992 e 1993. Carpegiani foi dispensado pelo novo vice-presidente de futebol do Corinthians, Antoine Gebran, que assumiu o car-

Palmeiras de Valdivia e Edmundo derruba o Figueirense em Florianópolis, São Paulo de Dagoberto e Hernanes goleia o Náutico em casa. Agora, eles se encontram na quarta-feira

D

e um lado, o São Paulo, líder do Brasileiro com 44 pontos. De outro, o Palmeiras, que com a vitória de ontem sobre o Figueirense, por 2 a 1, em Santa Catarina, chegou a 36 e alcançou a zona de classificação para a Libertadores. Na próxima quarta-feira, o Parque Antártica receberá um clássico decisivo para as pretensões dos dois times. Ontem, ambos venceram. Em Florianópolis, o Palmeiras

CORINTHIANS 0 Felipe, Fábio Ferreira, Zelão e Betão; Édson (Moradei), Vampeta, Ricardinho e Gustavo Nery; Arce (Éverton Santos), Finazzi e Wilson (Dentinho). Técnico: Paulo César Carpegiani.

CRUZEIRO 3 Fábio, Jonathan, Émerson, Thiago Heleno e Fernandinho; Charles, Ramires, Maicossuel (Marcinho) e Leandro Domingues (Aldo); Alecsandro e Marcelo Moreno (Nenê). Técnico: Dorival Júnior. G ols: Alecsandro, 28/1; Jonathan, 17/2; Alecsandro, 35/2. Local: Pacaembu. Árbitro: Carlos Eugênio Simon (RS). Cartões amarelos: Betão (COR), Emerson (CRU), Ricardinho (COR) e Thiago Heleno (CRU).

manteve o bom aproveitamento fora de casa, ao alcançar sua sexta vitória em onze jogos. “O Palmeiras começou a crescer agora. Tomara que continue assim até o final do campeonato”, disse o meia chileno Valdivia, autor do primeiro gol. “Foi uma partida muito dura e disputada. Mas conseguimos a vitória.” Para o atacante Edmundo, que não foi bem no jogo em Santa Catarina, mas é uma das referências da equipe, é hora de não derra-

par, como aconteceu no primeiro turno: “A gente está crescendo. Começamos bem o campeonato e depois caímos. Agora, estamos bem novamente. Temos que aproveitar esse momento, conquistar os pontos e lutar pelo título.” Enquanto isso, no Morumbi, o São Paulo encontrava certa dificuldade para passar pelo Náutico. Mas no segundo tempo, principalmente depois da expulsão de Acosta, do time pernambucano, o Tricolor en-

Cabeças no clássico D epois dos jogos de ontem, tanto palmeirenses quanto são-paulinos já pensavam no clássico de quarta-feira. “Vamos jogar na nossa casa e temos que mostrar nossa força, com o apoio da torcida”, dizia, por exemplo, o técnico Caio Júnior. Ele prepara seu time para o que avalia como uma “seqüência decisiva” para o futuro no Brasileiro. Depois do São Paulo, a equipe terá outra pedreira pela frente: o vice-líder Cruzeiro, domingo, em Belo Horizonte. Em seguida, Botafogo, fora, e Goiás, em casa, outros times que lutam no pelotão da frente. Para o clássico de quarta-feira, Caio Júnior terá à disposição o volante Pierre, que ontem cumpriu suspen-

são pelo terceiro cartão amarelo, assim como o zagueiro Dininho, que levou um jogo a mais de gancho pela expulsão no jogo contra o Paraná. No São Paulo, a preocupação com o jogo de quarta era tanta que Alex Silva teria condições de enfrentar o Náutico, mas ficou nas tribunas. “Eu e o André Dias tínhamos dois cartões amarelos. O Muricy resolveu não correr o risco de nós dois tomarmos cartões e ficarmos de fora contra o Palmeiras”, revelou o zagueiro. O atacante Aloísio também já estava com a cabeça no clássico. E avisava: “Nós vencemos o Náutico, mas sabemos que com o Palmeiras será tudo diferente. Eles estão embalados”.

controu o caminho do gol, e chegou fácil aos 5 a 0. Depois da partida, o árbitro Wagner Tardelli explicou de forma singela a expulsão do jogador do Náutico, que agrediu Souza no início do segundo tempo, quando o jogo ainda estava 0 a 0: “Se eu não o expulsasse pelo empurrão, iriam me chamar de banana”. Apesar de tem marcado um gol, Dagoberto assumiu claramente que não passa por uma boa fase. O jogador disse que

SÃO PAULO 5

não estava feliz: “Sei que posso render muito mais do que estou fazendo. Mas eu tenho de ficar calmo. Pelo menos marquei um gol e dediquei ao meu filho. Minha mulher está grávida. Isso é motivo de grande alegria para mim”. O goleiro Rogério Ceni lembrou uma estatística importante: “Foi a primeira vez no Brasileiro que o time marca mais de três gols”. Uma ótima perspectiva para quem tem um clássico pela frente.

FIGUEIRENSE 1

Rogério Ceni, André Dias, Breno e Miranda (Júnior); Souza, Hernanes, Richarlyson, Leandro (Hugo) e Jorge Wagner; Borges (Aloísio) e Dagoberto. Técnico: Muricy Ramalho.

Wilson, Asprilla, Felipe Santana e Chicão; César Prates (Alexandre), Carlinhos, Fernandes (Frontini), Peter e Édson (Ânderson Luís); Otacílio Neto e Jean Carlos. Técnico: Mário Sérgio.

NÁUTICO 0

PALMEIRAS 2

Eduardo, Sidny (Marcelo Silva), Toninho, Onildo, Daniel e Hamílton (Geraldo); Vágner, Elicarlos, Everaldo e Acosta; Maurício (Marcelinho). Técnico: Roberto Fernandes. Gols: Dagoberto, 11/2; Rogério Ceni (pênalti), 20/2; Hugo, 27/2; Aloísio, 29/2; Hugo, 45/2. Local: Morumbi. Árbitro: Wagner Tardelli Azevedo (SC). Cartões amarelos: Toninho (N), Hamílton (N) e Sidny (N). Cartão vermelho: Acosta (N).

Diego Cavalieri, Wendel, Gustavo, Nen e Leandro; Francis, Makelele, Martinez e Valdivia; Edmundo (Max) e Luiz Henrique (Caio). Técnico: Caio Júnior. Gols: Valdivia, 18/1; Jean Carlos, 19/2; Max, 38/2. Local: Orlando Scarpelli. Árbitro: Wilson Souza de Mendonça (PE). Cartões amarelos: Valdivia (P), Asprilla (F).


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Ambiente Urbanismo Polícia Saúde

ROUBO FRUSTRADO Passageiros de um ônibus na zona sul espancaram ontem um ladrão que queria assaltá-los.

AMBULANTE A Polícia Militar apreendeu um saco cheio de relógios com um camelô, ontem, no Brás.

Ó RBITA

Arlino Silva/Reuters

FOGO MATA 25 PRESOS EM MINAS

U

m tumulto seguido de incêndio causou a morte de 25 presos na cadeia de Ponte Nova (MG), na madrugada de ontem. Segundo a polícia, o motim foi provocado por uma briga entre os presos. Até ontem à noite, as vítimas, que foram carbonizadas, ainda estavam sendo identificadas por meio de exames da arcada dentária e DNA. A confusão na cadeia começou por volta de 1h. Segundo a polícia, um grupo de presos ateou fogo em colchões de rivais e impediu a saída de um outro grupo da cela. Policiais civis e militares cercaram a unidade ainda durante o tumulto e o fogo foi controlado por volta das 2h. Os corpos dos presos foram levados para o Instituto Médico Legal de Belo Horizonte (MG). A cadeia de Ponte Nova estava superlotada. Cerca de 170 presos ocupavam a unidade, que tem capacidade para 87. No fim do dia, os presos começaram a ser transferidos para outras

cidades mineiras. Vereadores de Ponte Nova afirmaram que, em abril, a polícia soube que havia uma lista de presos marcados para morrer. A subsecretaria de Administração Prisional de Minas informou que não recebeu a denúncia. O Departamento Penitenciário Nacional, vinculado ao Ministério da Justiça, afirmou que vai acompanhar as investigações sobre o incêndio na cadeia. A Justiça de Minas Gerais já havia solicitado, em março, a remoção de presos da cadeia de Ponte Nova, devido à superlotação. Em nota, o governo de Minas Gerais afirmou que tem feito investimentos para reduzir o déficit no número de vagas no sistema prisional. O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), convocou o secretário da Defesa Social do Estado, Maurício Campos, para dar explicações sobre as mortes. (Agências)

TIROTEIO

SECRETÁRIO

U

m tiroteio entre policiais e traficantes no Morro da Mangueira, no Rio de Janeiro, deixou em pânico mães, professores e crianças de uma creche no interior da favela. Policiais militares subiram o morro para reprimir o tráfico de drogas com a ajuda de um carro blindado, o caveirão. O veículo se tornou alvo dos traficantes bem em frente à creche. Ninguém ficou ferido. Segundo a PM, os policiais foram checar uma denúncia de que moradores estavam sendo torturados.(AE)

O

secretário de Cultura, Esportes e Turismo de Arujá, na Grande São Paulo, Jairo Antônio Gebrin (PSDB), 43 anos, está desaparecido desde o início da tarde da quarta-feira. De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura de Arujá, o desaparecimento foi percebido pela mulher de Gebrin por volta das 14h. Ao longo da tarde, o secretário não compareceu a compromissos oficiais. Na madrugada de ontem, o carro de Gebrin foi encontrado abandonado na Penha, zona leste. (Agências)

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de agosto de 2007

A dor de perder duas filhas é sofrida demais. Marco Bassoti, pai das meninas intoxicadas

SEGUNDA VÍTIMA MORREU ONTEM

Rio: gás mata duas irmãs Meninas foram intoxicadas por aquecimento a gás enquanto tomavam banho na casa do padrasto, no sábado

A

garota Keilua Baisotti, de 5 anos, que estava internada em coma há cinco dias na UTI pediátrica do Hospital da Lagoa, no Rio de Janeiro, morreu ontem. Ela havia sido intoxicada por gás no sábado, quando tomava banho ao lado da irmã, Kawai Baisotti, de 12 anos, no condomínio Barra Beach, na zona oeste do Rio de Janeiro. Kawai morreu no próprio sábado. Segundo a Polícia Civil do Rio, o padrasto das meninas, Antônio José Dutra Corrêa, disse que, enquanto as duas to-

mavam banho, estranhou o silêncio e gritou por elas. Como não obteve resposta, ele arrombou a porta do banheiro e encontrou as meninas desmaiadas no chão. O caso está sendo investigado pela polícia. Um laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML) aponta que Kawai morreu por causa de uma intoxicação por gás. O aquecimento do banheiro da casa do padrasto das meninas é a gás. As irmãs Kawai e Keilua eram brasileiras, mas moravam na Itália. Elas estavam passando as férias no Rio. O caso está sen-

do investigado pela 16ª delegacia de polícia (Barra da Tijuca). O delegado Carlos Augusto Nogueira afirma que os responsáveis responderão pelos dois crimes. "A morte de Keilua é grave. Isso é um novo crime, um novo homicídio", declarou. A mãe das meninas, Conceição Gonçalves, não se conforma com a tragédia. “Não sei o que ainda pode ser pior”, desabafou a mãe, que mora na Itália e não pretende voltar para o Brasil. “Minhas filhas eram o norte da minha vida. Cada minuto era vivido para elas”, disse Conceição. Ela quer punição

para os responsáveis com o mesmo rigor da polícia que, por pouco, não indiciou Antônio, seu namorado, por homicídio culposo. "Tive de provar que ele não tinha motivos para matar as meninas. O rigor com que agiram com ele tem de ser repetido com os verdadeiros culpados”, completou. O pai das meninas, o empresário italiano Marco Bassoti, disse que vai buscar os responsáveis pela morte de suas filhas. "A dor de perder duas filhas numa mesma semana é sofrida demais”, lamentou o empresário. (Agências)


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OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 24, 25 e 26 de agosto de 2007

LENTE DE

AUMENTO A VITÓRIA NO BOLSO DOS KIRCHNER

G Os Kirchner

não querem ver no palanque as bravatas e demonstrações de apoio de Chávez. senvolvem importantes programas conjuntos de energia, cuja escassez vem castigando a Argentina. Finalmente, a aliança também tem o objetivo geoestratégico de enfraquecer a liderança do Brasil na América do Sul. Preocupado com os possíveis efeitos do escândalo sobre a candidatura de Cristina Kirchner, o governo argentino pressionou os venezuelanos a assumirem a culpa pelo incidente. Os apelos foram ignorados e eles preferiram acusar a mídia de fazer campanha contra Chávez. Não foi a primeira vez que o governo Kirchner se viu envolvido com maletas cheias de dólares. Em julho, a ex-ministra da Economia, Felisa Miceli, renunciou ao cargo quando uma maleta com US$ 65 mil foi encontrada no banheiro privativo do seu gabinete. Miceli alegou que tratava-se de um empréstimo de seu irmão para a

compra de um imóvel. Esses episódios abalaram a popularidade de Kirchner. A avaliação positiva de seu governo caiu de 68% para 49% entre o final de 2006 e julho deste ano. Como ocorre com o presidente Lula, os eleitores de classe média são os que pior avaliam Kirchner. Seu governo também vem se desgastando devido à crise de energia que paralisou boa parte do parque fabril do país em junho. Em adição a isso, há sinais de esgotamento do ciclo de prosperidade. Os gargalos da infra-estrutura vêm sendo agravados pelo congelamento das tarifas públicas e pela atitude hostil de Kirchner frente aos investimentos privados. A inflação também ameaça recrudescer. A taxa acumulada em 12 meses (IPC) alcançou 8,6% em julho. É pouco comparado aos 41% registrados em dezembro de 2002, três meses antes de Kirchner assumir o poder. Mas é quatro vezes maior do que a taxa mais baixa registrada desde então - 2,3% em março de 2004. Há forte desconfiança sobre a inflação oficial e vários economistas vêm acusando o governo de maquiar os índices que, segundo eles, estariam em patamar bem superior.

É

neste contexto que as maletas com dólares podem somar-se à iniciativa do presidente Chávez de propor a reeleição permanente no bojo de nova reforma constitucional. É tudo que o casal Kirchner não quer ouvir às vésperas da eleição presidencial, sobretudo depois que as bravatas e demonstrações de apoio de Chávez afundaram as candidaturas de Ollanta Humala, no Peru, e de López Obrador, no México. A sorte do casal Kirchner é que a eleição presidencial ocorrerá terça-feira e a oposição não tem um candidato à altura de Cristina.

JOÃO DE SCANTIMBURGO Céllus

A

família Kirchner prepara-se para a reeleição na Argentina - sai Nestor e entra Cristina. A economia aquecida faz crer que a vitória sorrirá ao casal. Isto é, exceto se as malas com dólares que vêm da Venezuela não afundarem sua candidatura. A história tem lances rocambolescos e pode resultar em nova tentativa frustrada do presidente Hugo Chávez de interferir na política de um país vizinho. O episódio também abalou as relações e maquinações entre os governos da Argentina e da Venezuela. Como se sabe, a Venezuela adquiriu, nos últimos dois anos, US$ 5,147 bilhões em títulos da dívida pública da Argentina, tornando-se o seu maior credor. Além disso, os dois países de-

Ler e reler (para entender tudo) PAULO SAAB

L

eia, se ainda não leu, caro leitor, as notícias abaixo. E depois releia e releia novamente. Entenda, por favor, o real conteúdo de cada uma delas, para compreender melhor como de fato vão as coisas em nosso País. Carga tributária: "Apesar da promessa do governo Lula de não elevar a carga tributária, os brasileiros pagaram no ano passado o equivalente a 34,23% do PIB (soma das riquezas produzidas no país) em impostos, contribuições e taxas. Foi o terceiro aumento seguido e o maior percentual da história do país. Empresários e economistas apontam os impostos altos e a desorganização tributária do país como um dos maiores entraves ao crescimento. Em 2005, a carga tributária ficou em 33,38% do PIB. O aumento de 0,85 ponto percentual de um ano para outro se concentra principalmente nos tributos federais." (Folha de São Paulo) Bolsa-família "Um em cada quatro brasileiros recebe o Bolsa-Família, um dos principais programas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo levantamento divulgado ontem pelo Ministério do Desenvolvimento Social. O País conta com uma população estimada em 190 milhões de brasileiros, segundo o IBGE. O "Perfil das Famílias Beneficiárias do Programa Bolsa-Família" revelou que cerca de 45,8 milhões de pessoas estão sendo atendidas e beneficiadas pelo programa. Junto ao programa Fome Zero, o Bolsa-Família é um dos principais responsáveis pelo alto índice de popularidade do presidente Lula, especialmente no Nordeste." (Diário do Comércio)".

S

ão dois exemplos de como andam as coisas no Brasil. As análises cabíveis indicam que, fruto de política oficial adotada, em nome do social, há duas categorias de brasileiros felizes hoje em dia (à exceção dos integrantes do poder público, sempre de bem coma vida e o caixa pessoal).

Estão felizes, os ricos e os pobres. Se bem que dizer que os pobres estão felizes pode render uma boa quantidade de críticas dos vigilantes da pobreza. Os ricos estão felizes porque nunca ganharam tanto dinheiro como agora, no governo Lula, justamente o governo (em tese) dos pobres. E os pobres estão felizes porque com as bolsas que ganham do governo, conseguem se manter sobreviventes com consumo mínimo, para lhes manter a vida de pobreza. No meio, achatada, decadente, infeliz, vai a classe média, que paga impostos na fonte, que não tem como fugir da sanha arrecadadora e das injustiças que lhe cometem governantes, políticos e engajados; em suma, todos os que, confortavelmente instalados em sua felicidade, a sugam, a ofendem com palavras de ordem anacrônicas (pequenos burgueses, etc.), a manipulam e a exploram. E olhe, leitor, que são só duas notícias... Dois exemplos!

Q

uem tiver paciência de ler e reler vai entender que o excesso de arrecadação, extraída de forma impositiva (sem retorno na forma de serviços públicos decentes) da classe média, sustenta os programas que "favorecem" os pobres (mantendo-os eternamente dependentes e nessa mesma pobreza). O contingente numérico dos beneficiados, somados aos ricos que nadam de braçadas nos ganhos propiciados pelas ações oficiais, é aproximado do número de votos que deram a vitória aos atuais ocupantes do poder público na esfera federal. Vale acrescentar para meditação: o caudilho Chaves, aprendiz de ditador, aprovou na Venezuela sua proposta de reforma constitucional que vai lhe permitindo, cada vez mais, se tornar perpétuo e incontestável no comando do país vizinho. Pelo menos, desse mal, parece que estamos livres nas bandas tupiniquins. Todavia...

D uas notícias da semana retratam porque ricos e pobres estão felizes

O trem-bala na terra da Maria Fumaça

TRECHOS DO COMENTÁRIO POLÍTICO DA MCM CONSULTORES WWW.MCMCONSULTORES.COM.BR

A classe média é a que pior avalia Kirchner

DOMINGOS JOSÉ MINICUCCI

E

Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)

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m época de apagão aéreo, nos perguntamos quais são as opções do brasileiro para o transporte de média ou longa distância. Infelizmente não achamos a resposta, pois a malha rodoviária está em condições precárias e em alguns pontos saturada. E a ferrovia de passageiros não existe há pelo menos 30 anos. A situação desse meio de transporte no Brasil é tão anormal que os últimos investimentos nesta área remontam os anos 60. Assim, os trens de alta velocidade voltaram às manchetes dos jornais como solução milagrosa e rápida ao caos instalado. Porém, cabe neste momento uma reflexão sobre o tipo de trem que precisamos. Os trens de alta velocidade demandam um investimento inicial muito alto, pois as linhas são totalmente isoladas contra animais e pessoas, eletrificadas e têm custo de manutenção elevado. Para termos uma idéia, a ligação Rio – São Paulo em alta velocidade está orçada em US$ 9 bilhões para 403 km. Analisando o perfil das linhas de alta velocidade na Europa, notamos que todas essas linhas têm subsídios do Estado para cobrir parte dos custos de manutenção e, desta forma, oferecer bilhetes a preços competitivos com o setor aéreo. Nos Estados Unidos, o único trem de alta velocidade é o Acela, operado pela Amtrak (estatal), mas o projeto ainda não decolou.

Não temos tradição nem mão-de-obra qualificada para absorver esta tecnologia em curto prazo, salvo algumas multinacionais que terão que trazer tudo da matriz, pois o País também não tem indústria de componentes para este tipo de trem. A mão-de-obra ferroviária também é um problema sério. Com o sucateamento da ferrovia, grandes centros de excelência na formação ferroviária fecharam. O problema da ferrovia passa, ainda, pela área de cargas, onde apenas as concessionárias investem a exemplo da rodovia. A carga não reclama e nem gera vítimas, mas o problema existe, embora silencioso que aumenta o Custo Brasil.

E

nfatizo, portanto, que o uso da malha ferroviária existente, para o transporte de carga ou de passageiros, ainda é uma alternativa bastante interessante para o Brasil, apesar de necessitar, sim, de novos investimentos. O que justifica tais investimentos é, talvez, o enorme potencial de alavancar a economia que o transporte sobre trilhos pode trazer para o País, com geração de empregos e, ao mesmo tempo, oferta de meio de transporte seguro, rápido e eficiente à população e às empresas que necessitam escoar a produção com agilidade e baixo custo. DOMINGOS JOSÉ MINICUCCI É DIRETOR DO COMITÊ FERROVIÁRIO DO CONGRESSO SAE BRASIL

A ligação Rio – São Paulo em alta velocidade está orçada em US$ 9 bi

O AZAR DO PERU

G

rande nação, com passado rico e peso nas relações internacionais com outros países, o Peru sofreu agora um abalo tremendo, um terremoto de alto poder destruidor na escala Richter. Mais de quinhentos mortos, mais do que o dobro do trágico acidente aéreo em Congonhas. O Peru não tem economia para socorrer todas as vítimas e está esperando o socorro dos países vizinhos. Cabe a esses países, mesmo geograficamente distantes, socorrerem uma nação desprovida de recursos econômicos para atender às famílias dos mortos e os desabrigados. Ninguém faz idéia do que seja a cólera da natureza irrompendo num país pobre, como ocorreu nos países asiáticos com o Tsunami, ou mesmo num país rico como os EUA, quando New Orleans foi inundada, ou como está ocorrendo no México.

O

meio ambiente está sendo sacrificado terrivelmente por fenômenos naturais, que irrompem sem aviso e sem resistência a enfrentá-los, fazendo com que suas conseqüências - sempre enormes e fatais - sejam sofridas por milhares de pessoas. Manda a caridade cristã que se socorra essas nações com o possível auxílio material e moral, para que saiam tanto quanto possível da miséria em que se encontram. É o caso do Peru. Não nos lembramos de outro sismo da extensão do atual. Lembramo-nos apenas dos terremotos que devastaram cidades do Japão e da Turquia, com mortos, desabrigados e perdas materiais que abalaram o orçamento de todas as famílias, inclusive as ricas, pois a extensão do abalo foi enorme nos dois países. Infelizmente, nós só temos uma Terra para viver. As façanhas espaciais dos EUA não nos garantiram sobrevivência econômica. Devemos tratar bem a nossa Terra, defendendo nosso meio ambiente. É o que pensamos da tragédia peruana. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR

G Ninguém faz

idéia do que seja a cólera da natureza irrompendo em países pobres. Manda a caridade cristã que se socorra essas nações.


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DCARRO

São Paulo, segunda-feira, 27 de agosto de 2007

TESTES COM VEÍCULOS

Custo de reparação O Cesvi realiza testes para definir os modelos que têm reparo fácil e barato para as oficinas Divulgação

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ntre as entidades do setor automotivo envolvidas com o segmento de reparação de veículos, o Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi Brasil) estuda, avalia e oferece soluções para trabalhos de reparação automotiva, além de contribuir para a prevenção de acidentes. São atividades desenvolvidas por meio de pesquisas, treinamento e publicações técnicas. Um exemplo é o CAR Group. (Cesvi Automotive Rating), criado há três anos. Trata-se de um ranking que aponta, para cada categoria de veículo, os modelos que têm mais condições de proporcionar um reparo fácil e barato para as oficinas (ver tabela). Com essas informações, o consumidor pode comparar, na hora da compra, dois modelos de veículos que lhe interessam. A tendência é que os carros com melhor classificação no ranking também tenham valores de seguro mais vantajosos, já que o custo do reparo é utilizado como base para a tarifação de preços pelas seguradoras. Classificação - Segundo o Cesvi, cada grupo representa uma faixa de valores relacionados a seu custo ponderado de reparo. Em uma escala que vai de 10 a 60, quanto melhor a reparabilidade, menor será o número do grupo de classificação do veículo. Para chegar aos índices do CAR Group, o veículo passa por uma análise

Crash-test: análise individual das peças envolvidas num acidente

técnica. O Cesvi recebe o veículo antes de seu lançamento, realiza crash-tests dianteiro e traseiro, faz os reparos necessários e uma análise individual de todas as peças envolvidas. No trabalho realizado na oficina são identificados os part-numbers (peças dos

veículos), os valores e os tempos de sua substituição e de reparo. Também são levantados os custos de todos os materiais envolvidos no trabalho de reparação e dos insumos de pintura. O estudo se encerra com uma avaliação geral do dano, conclusões sobre os

reparos e substituições realizados e sugestões de modificação para as montadoras. O chamado índice de reparabilidade do Cesvi serve, inclusive, para as seguradoras de veículos definirem valores para o consumidor final. Quanto


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TESTES COM VEÍCULOS menor o custo, mais o dono do veículo é beneficiado na contratação do seguro.

Ecologia - O Centro de Experimentação e Segurança Viária também tem iniciativas na área de meio ambiente. Seu diretor de operações, José Aurélio Ramalho, afirma que há ações da entidade para que as oficinas também sejam "ecologicamente corretas", aplicando, por exemplo, técnicas de reparo que demandem o mínimo de solvente e água. A entidade também está desenvolvendo o guia "A Oficina e o Meio Ambiente". A publicação orientará os profissionais do setor em procedimentos de reparos de colisão menos agressivos ecologicamente. Dividido em três partes (funilaria,

pintura e mecânica), o encarte trará informações sobre os processos capazes de reduzir a produção de poluentes, dicas de equipamentos ecologicamente corretos, além de mostrar como a preocupação ambiental também pode ser economicamente interessante (veja matéria sobre oficina que já adota esta prática na página 21). Freios ABS - O Cesvi está sempre investindo em ações que visem melhorar os carros principalmente em termos de segurança. Recentemente, realizou testes em Interlagos com veículos equipados com freio ABS, a fim de verificar o grau de informação dos consumidores com relação a este item e mostrar a sua importância na segurança veicular.

Gasolina adulterada A sofisticação tecnológica dos automóveis modernos também os tornou mais sensíveis a alguns agentes causadores de danos. Um desses vilões é a gasolina adulterada, que é alterada com solvente, água e álcool. No caso do álcool, a mistura, que deveria ser de 22%, chega a 57%. O resultado é o travamento de peças e a corrosão da bomba de combustível e de bicos injetores, entre outros danos que acabam prejudicando o veículo e gerando gastos para o seu dono. Além de danificar o carro, a gasolina adulterada termina por trazer problemas para a oficina na sua relação com o cliente. Depois do reparo de um veículo, por exemplo, o proprietário sai da oficina e abastece com gasolina adulterada. O carro apresenta novamente defeito e o mecânico termina levando a culpa. Segundo o diretor de Treinamento do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos

e Acessórios do Estado de São Paulo (Sindirepa-SP), César Garcia Samos, a oficina não tem meios técnicos de avaliar se a gasolina é adulterada. São necessárias análises em laboratórios especializados. Em caso de suspeita, o que a oficina faz é tirar o combustível do tanque, reabastecer com gasolina de qualidade garantida e fazer a análise do desempenho do carro. "O problema é que às vezes o dano é irreversível", diz Samos. Por isso, se faz sentido cobrar dos órgãos de fiscalização maior rigor no combate aos postos que adulteram a gasolina, o consumidor também tem que fazer sua parte. Por exemplo, pedir nota fiscal sempre que abastecer. Em caso de problema com o combustível, ele tem pelo menos como saber de quem comprou se quiser fazer uma denúncia. Vale lembrar que a ANP (Agência Nacional de Petróleo) tem autuado muitos postos após vistorias surpresas nos estabelecimentos.

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D C A R R O 13

PEÇAS E ACESSÓRIOS

Pablo de Sousa

A película antivandalismo retarda a ação de arrombadores de carros e torna-se um "efeito surpresa" contra os marginais

As rodas e pneus do seu carro também merecem atenção e cuidados especiais

Em pequenas trincas o reparo, além de mais barato e ecológico, é feito em apenas 20 minutos

Enxergar bem para rodar melhor Os vidros garantem a visibilidade do motorista, películas protegem os olhos, embelezam e dão segurança. Rodas e pneus garantem o rodar perfeito. Então nunca é demais cuidar deles. ANDERSON CAVALCANTE

O

Já quando os serviços são feitos por uma questão estética, como nos casos do som ou de rodas, o "negócio" é pesquisar preços e depois cuidar bem para que não ocorram desgastes que podem ser evitados.

VIDROS s pára-brisas não são apenas para impedir a ação do vento e detritos no rosto de motoristas e passageiros dos automóveis. Esta peça é também responsável por mais de 30% da resistência estrutural do veículo e pode salvar os ocupantes de lesões graves em casos de capotagem, além de garantir o funcionamento dos air bags, que se apóiam neles quando

O

acionados. Mas o O polimento do tem custo de R$ 70, que fazer quando enquanto a troca de uma pedrinha vem vidro pode um vidro de um carro de encontro ao vidro acarretar popular, por exeme causa uma trinca? plo, tem o preço aproOpção pouco di- distorção óptica ximado de R$ 260. Esfundida no Brasil, o te valor sobe ainda serviço de reparos, em países como a mais para vidros blindados, que tamHolanda, chega a abranger 65% dos bém podem ser reparados. vidros que sofrem pequenos danos. Já Não deixe para depois! Os melhores por aqui, uma das poucas empresas resultados são obtidos quando usado especializadas, a Carglass, efetua re- um adesivo no local logo que a trinca paros em aproximadamente 40% dos acontece, protegendo contra oleosividros de veículos que chegam às suas dade e sujeiras. Cerca de 67% dos lojas com algum problema. A empresa vidros que sofrem pequenos danos mostra, aos proprietários, as vanta- podem ser reparados. Se o propriegens do serviço, que além de eco- tário esperar uma semana, esta poslógico, é feito em apenas 15 minutos, sibilidade cai para 38%, e a trinca mantém a originalidade do carro e tende a aumentar.

O reparo pode ser feito em trincas com até 10 cm (tamanho médio de um cartão de crédito) ou em fraturas circulares com diâmetro de até 4cm (uma moeda de R$ 1). Há ainda algumas zonas do vidro em que não é aconselhável o reparo e que a própria loja recomenda a troca do pára-brisas para não prejudicar a visibilidade. Cuidados - Na limpeza dos vidros pode ser usado qualquer material de limpeza, exceto ácidos. Em casos de riscos, não aconselha-se o polimento do vidros pois pode ocorrer distorção óptica. Já os carros blindados, que só este ano devem ser mais 4 mil em uma frota de cerca de 30 mil automóveis

com este tipo de segurança, devem ter alguns cuidados maiores. A seguir, algumas instruções para manutenção de vidros blindados passadas pelo PG Products. A limpeza deve ser feita com pano macio e limpo. Caso necessário umidecidos com água ou álcool. Utilize apenas serviços de lavagem que tenham prática em veículos blindados. Nunca feche as portas do veículo com as janelas abertas. Não passe em lombadas no sentido diagonal e não estacione com uma ou duas rodas em desnível, como em calçadas, por exemplo. Não deixe o veículo exposto por longos períodos ao sol. Estes cuidados podem evitar quebras ou trincas nos vidros.

PELÍCULAS

reto é Insulfilm, com letra maiúscula, já que este é o nome da marca e não do empresa Carglass trabalha tam- produto. A empresa que já teve mais de 3 mil bém com películas antivandalismo que dificultam o arrombamento revendedores no Brasil decidiu cortar das áreas envidraçadas do carro. Mes- todo trabalho de distribuição devido à mo sem ser considerada uma blin- proliferação de outras películas, sem a dagem, pois não retém tiros, a película mesma qualidade e muitas vezes conretarda a ação para um prazo de até trabandeadas, utilizando o nome da dois minutos, dependendo da fer- marca Insulfilm. Hoje com apenas ramenta utilizada, sendo que um vi- uma loja (na Av. Pacaembu, centro de dro automotivo leva em média três São Paulo), a marca se reestrutura e segundos para ser aratende em média 500 rombado. a 600 veículos por Na limpeza de Mas quando se fala mês. "Decidimos enem película adesiva películas use colher para fortalecer para carros, logo se apenas um pano a marca", explica o dipensa em insulfilm, retor de Franchicerto? Errado. O cor- úmido sing da empresa,

A

L

s serviços automotivos nem sempre estão voltados apenas para a parte mecânica do carro. Muitas vezes esquecemos que a troca ou o reparo de vidros, rodas, pneus e até mesmo do aparelho de som do carro fazem parte deste mesmo "mundo". Não existe uma estratégia para fugir dos gastos. Em algum momento sempre haverá a necessidade de trocar alguma destas peças, seja por necessidade ou apenas para dar um novo charme ao veículo. Mas há algumas técnicas e cuidados que nos ajudam a diminuir o desgaste dos equipamentos e ajudam a evitar a reposição de uma peça inteira, como a do vidro, por exemplo, gerando economia para o consumidor.


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MONTADORAS

Divulgação

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Muitas iniciativas para virar o jogo Para "segurar" o cliente após o término da garantia, os fabricantes investem cada vez mais no pós-venda

cliente em primeiro lugar. Apesar de ser frase batida, ela exprime postura indispensável para que qualquer organização alcance êxito. É notório: a satisfação dos clientes não é mais uma opção, mas questão de sobrevivência para qualquer empresa. E também nas montadoras e concessionárias de automóveis "carregar o consumidor no colo" representa fidelização e, conseqüentemente, maior participação de mercado. Pesquisas revelam que, após o término da

garantia dos veículos, independentemente da marca, apenas 20% dos proprietários voltam à rede de concessionárias para realizar as revisões, manutenções e reparos em geral. Entre os motivos apontados, e considerados como os principais geradores desse baixo índice, estão maior custo, atendimento extremamente burocrático, falta de transparência e má qualidade dos serviços executados. É certo, nada irrita mais um cliente do que precisar voltar várias vezes à con-

cessionária para solucionar o mesmo problema ou se locomover durante quase uma semana sem o seu veículo. Mas isso tudo tem sido seriamente reavaliado pelas montadoras e suas redes. O que se vê são diversas ações – desde campanhas, institucionais ou voltadas ao varejo, a promoções – para que o pós-venda funcione como uma ponte entre a venda passada e a futura. Reter esse consumidor "dentro de casa" é tarefa das mais difíceis, mas as fabricantes de veículos, parece, estão definitivamente em-

penhadas em virar esse jogo para se proteger dos principais concorrentes, os centros automotivos e oficinas independentes. É o caso, por exemplo, de Ford, General Motors e Volkswagen. Segundo dono - O foco da retenção são clientes com veículos até cinco anos, concordam os executivos entrevistados. Ou seja, desde o período de garantia até o segundo dono do veículo – pesquisas revelam que o brasileiro troca de carro, em média, a cada três anos. Também é visão comum entre eles que não há esforço que baste para tentar reter um automóvel com dez anos de uso dentro da revenda, pois com essa idade já está na mão do terceiro, quarto proprietário e aí a disputa com o independente fica muito desproporcional, principalmente pelos custos por conta de peças paralelas. As iniciativas não diferem muito umas das outras. Aliás, são bem parecidas e têm funcionado, de fato, como alavancadoras do negócio. Nas três montadoras a prática de serviço rápido, como troca de pastilhas, óleo, filtros, consolidou espaço nos últimos


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PEÇAS E ACESSÓRIOS

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Francisco Fino. A marca oferece diferentes tipos de película como o Insulfilm Design, em várias cores e com transparências permitidas pelo Contran (mínimo de 50%); Insulfilm Climatizado, com alto bloqueio do calor, com máxima proteção (65%) contra os raios infravermelhos e 99,5% contra os raios UVA e UVB, além de bloqueio parcial de poluição sonora em 25%; Insulfilm Privacidade, também em várias cores, apenas com transparência de 5% e 20%. Apesar de sua fabricação e comercialização permitidas, a utilização é proibida pelo Contran. "Fazemos um trabalho de esclarecimento, mas muitas pessoas ainda preferem ser multadas do que serem roubadas ou sequestradas", conta Fino. Na internet, fizemos uma simulação de preços utilizando a página da marca (www.insulfilm.com.br), usando como padrão o modelo Fiat Palio 4 portas. No Climatizado o preço do produto aplicado ficou em R$ 420, no Design, R$ 240 e no Privacidade, também R$ 240. Mais seguras - Duas películas diferenciadas da Insulfilm são voltadas para a segurança dos ocupantes do veículo. A Laminado é incolor e opcionalmente pode ser utilizada em conjunto com alguma das outras linhas, proporcionando uma opção maior de cores e transparências. Ela tem resistência até sete vezes maior que a de um vidro normal, suportando pequenas ações de vandalismo, como impactos com barras, marretas, correntes, pedras e garrafas. Já o Insulfilm Blindado, que também é incolor, aumenta a resistência do vidro

em dezoito vezes, oferecendo resistência contra cortes em caso de acidentes como colisões, explosões, vandalismo, ataques com tacos de madeira, coquetel molotov, ações marginais e eventualmente tiros com armas de fogo. Em testes realizados pela empresa, houve resistência a tiros de calibre 38. No entanto, a Insulfilm não oferece garantia contra tiros. Na simulação feita, a Laminado custaria R$ 680 e o Insulfilm Blindado não foi informado. Portanto, películas milagrosas que garantem todas as vantagens em um único produto podem não ser confiáveis. "O consumidor deve verificar se o revendedor e se o fabricante são idôneos. Deve-se também verificar a garantia, oferecemos de 5 até 50 anos (dependendo do produto), algo impossível para materiais que muitas vezes são contrabandeados", explica Francisco Fino.

Hankook H415: alta performance

PNEUS E RODAS ocê já deve estar "careca" de saber que alguns cuidados são primordiais para aumentar a durabilidade da suspensão e de rodas e pneus de seu carro. Mas não dá para evitar o assunto, a manutenção preventiva e programada são os melhores amigos do seu bolso e de sua segurança. Muitas pessoas têm até medo de parar em centros automotivos para verificar o alinhamento e balanceamento das rodas com medo de que lhe sejam "empurrados" serviços e trocas de peças desnecessárias. Para o analista técnico da Dpaschoal que oferece serviços nos sistemas de rodagem, freios e elétrico, entre outros, Leandro Mateus Vanni, isto não acontece com a frequência imaginada, mas mesmo assim o consumidor pode se proteger deste problema. "Procure locais que informem com clareza o que precisa ser feito com urgência e os serviços que você deve programar para o seu carro", e completa, "Faça sempre a manutenção preventiva do veículo e aproveite para solicitar uma verificação de equipamentos que já apresentem desgaste e que necessitarão de troca para que você se programe". Além disso, é bom não esquecer dos cuidados básicos que podem ser feitos facilmente e que são essenciais para o bom "rodar" do seu carro. A pressão de ar é um dos principais motivos de desgaste do pneu e, por conseqüência, responsável por sua vida útil. Com pressão baixa o pneu tem sua área de contato com o solo modificada, acelerando a corrosão e o desgaste irregular das laterais e da banda de rodagem. Já a pressão alta

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Pneu Michelin Energy XM1

Alinhamento: feito para ajustar os ângulos das rodas

Divulgação

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MONTADORAS anos, bem como o agendamento de visitas. Na Ford, por exemplo, 90% dos clientes marcam a ida ao distribuidor. Com um ou outro pequeno diferencial, basicamente todas incentivam o cliente a esperar no local quando se trata de pequenos reparos e trocas rápidas de peças, serviços de até 2 horas. Para tanto oferecem estrutura adequada com sala, café, tevê etc. Na Ford a quebra de paradigma aconteceu em 2004 com campanha que abordou "diretamente o consumidor" no que diz respeito ao pós-venda, explica Fernando Ribeiro, gerente de Marketing de Serviço ao Cliente da montadora no Brasil. "Mudamos a estratégia. Decidimos nos comunicar com o público não apenas por meio de nossa rede". Resultado: em três anos da chamada campanha Kits Preço Fechado as vendas de kits praticamente dobraram. Outras campanhas foram lançadas desde então – neste ano o consumidor conheceu a Lady Murf, a indesejável figura que sempre aparece quando o cliente Ford não leva o seu Ford numa das revendas da marca. Tanto trabalho e alguns milhões de reais em investimento têm representado retorno positivo. Nos primeiros seis meses de 2007 as passagens pelas oficinas Ford cresceram 22% quando comparado ao mesmo período de 2006. "O objetivo é fortalecer ainda mais o conceito de que nossos distribuidores são os lugares mais preparados para cuidar dos carros da marca".

Supertroca - Os kits instalados de manutenção preventiva também são foco na General Motors. "Queremos desmistificar essa máxima de que serviço na concessionária é caro. Tanto que já temos 128 postos de supertroca de óleo", salienta o diretor de Serviços da montadora no Brasil, Celso Navarro. Há dois anos começaram o Atendimento Premium Chevrolet - nas palavras de Na-

Fotos: Divulgação

varro preço competitivo = bom atendimento - e até o fim deste ano metade das revendas terá o processo. Para 2008 o índice deve subir para 80%. O diferencial dos distribuidores Chevrolet foi a eliminação do consultor técnico. "Pesquisas identificaram esse profissional como intermediário entre o cliente e o mecânico e mais propenso a vender do que tratar do propósito da visita. Percebemos que o consumidor se sente mais seguro em falar diretamente com o mecânico, que hoje é muito mais preparado até por conta dessa mudança de perfil". Assim, explica Navarro, a transparência é total. O mecânico é obrigado a dizer ao cliente qual é o problema do veículo, as peças a serem substituídas ou reparadas e, principalmente, o orçamento. Doutores - Na Volkswagen o lema é "o segundo carro é vendido pelo pós-venda", afirma Leonardo Soloaga, diretor de Operações Pós-vendas da empresa no Brasil. Com a campanha Doutores em Volkswagen, lançada em março deste ano, a montadora quer dar nova cara ao seu pós-venda. "Queremos passar aos nossos clientes o máximo de transparência, credibilidade e confiança". Por lá pesquisa realizada identificou que a evasão durante o período de garantia precisa ser contornada. E assim tem sido. Levantamento preliminar indica que antes da campanha o índice de retorno era de 65% e agora gira em torno de 75%. "O que for acima dos 90% no primeiro ano dos Doutores em VW estaremos satisfeitos". Foco total - Para Lélio Ramos, diretor comercial da Fiat, o intenso trabalho, iniciado há nove anos, de foco total no cliente foi absolutamente necessário e hoje demonstra que o caminho escolhido não poderia ter sido o mais acertado. As campanhas lançadas ao longo do

período, dentre as quais Revisão Programada, Fiat Auto Centro - oficina dentro da oficina para serviços rápidos e com preços tabelados no Brasil inteiro -, assegura o executivo, ajudaram, sem dúvida, a montadora a chegar onde chegou. "Enquanto o mercado cresceu 25% de

janeiro a julho, a Fiat registrou incremento de 33%, com participação de 26% das vendas totais. Para nós esse é o melhor retorno. E um índice que representa bem nosso sucesso no pós-venda é que o volume de peças comercializadas aumentou 15% no mesmo período."


São Paulo, segunda-feira, 27 de agosto de 2007 LUBRIFICANTE sigla que aparece nas embalagens é API (American Petroleum Institute), que identifica o grau de aditivação do óleo, que ajuda a refrigerar e limpar o motor. Borra, a vilã - Os problemas de presença de borra em motores são decorrentes principalmente dos seguintes fatores: uso do lubrificante incorreto, aditivação extra, combustíveis adulterados e extensão do período de troca. É importante ressaltar aqui a necessidade de o consumidor não colocar no lubrificante aditivos suplementares. Os produtos de qualidade (boa procedência) já possuem, de forma balanceada, toda a aditivação para que seja cumprido o nível de desempenho para o qual foi desenvolvido. Não há testes padronizados que avaliem o desempenho deste tipo de mistura, mas sabe-se que pode haver incompatibilidade com, conseqüente, formação de borra. Filtros - O consumidor também deve ficar atento às condições do filtro de óleo. Até as oficinas mecânicas às vezes atrapalham-se com essa questão. A maioria dos proprietários de veículos, reparadores e postos de gasolina afirma que este filtro deverá ser mudado uma troca de óleo sim outra não. Essa cultura não está errada se formos aplicá-la em meados dos anos 70, quando os lubrificantes duravam no máximo 3.000 km. O papel filtrante poderia durar mais tempo e, assim, ficar no motor sem ser substituído por outro. Só que estamos em outras épocas e os óleos evoluíram

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tanto que hoje chegam a durar 15 mil ou até mesmo 20 mil quilômetros sem precisar efetuar troca. Dá pra imaginar como fica o papel que faz a tarefa de filtrar as impurezas de um óleo quando ele já está com 10 mil quilômetros? Pois é... Fica muito sujo mesmo. Não compensa, portanto, fazer economia e não trocar o filtro, até porque essa prática poderá contaminar o óleo novo com o velho. E ainda se corre o risco de peças internas do filtro se desintegrarem e irem parar nas canaletas que levam o óleo até o motor, bloqueando a passagem e provocando até mesmo uma quebra que pode custar muito caro para o dono do carro. O ideal é fazer a troca como manda a montadora, seguindo o manual do proprietário. Geralmente a cada 5 mil quilômetros fazer o serviço completo. Isso dá margem de segurança. Para os lubrificantes sintéticos e semisintéticos, que podem chegar a 10 mil quilômetros, também é importante trocar o filtro toda vez que substituir o óleo. Já existem novas tecnologias de filtros com papéis sintéticos que duram bem mais no motor que os tradicionais. Algumas montadoras já estão exigindo isso nos seus veículos, como é o caso da alemã Audi. Um item que também não devemos esquecer é o filtro de ar, tão importante quanto o de óleo. O dispositivo impede que impurezas, como poeira, fuligem e areia, possam ser aspirados pelo motor. Ele também deve ser trocado de acordo com a recomendação da montadora. Nunca devemos limpar ou passar ar no papel filtrante para que as fibras que bloqueiam as impurezas não se rompam.


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REDE AUTORIZADA

Para fidelizar o cliente Divulgação

Concessionários oferecem pacotes de revisão e incrementam programas para melhorar o atendimento AGÊNCIA AUTOINFORME

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lém das iniciativas desenvolvidas em parceria com as montadoras, as concessionárias também têm investido em programas próprios para fidelizar os clientes. Muitas estão oferecendo pacotes de serviços de pósvenda para que eles se sintam tranqüilos e seguros da qualidade, durabilidade e apoio logístico que precisam. Uma falha no atendimento pode significar a perda do cliente. Pesquisas indicam que dificilmente os consumidores trocam de marca somente por causa do produto. Neste contexto, a agilidade é fundamental, pois ninguém quer ficar sem o carro durante muito tempo. Mas o uso de peças originais também é importante, na opinião dos concessionários, porque garante durabilidade para o veículo. Mas o mais significativo no pós-venda é a ligação que a marca cria com o consumidor, que vai trocar o carro em dois ou três anos. O afastamento do cliente após o término da garantia, segundo pesquisa feita por uma grande montadora, decorre, principalmente, da falta de transparência do atendente e da má qualidade dos serviços executados. Revisões - A rede de revendedores Ford oferece o Ford Assistence, que dá direito a carro reserva, despesas de

transporte e hospedagem em caso de interrupção da viagem. Também disponibiliza pacotes promocionais para realização das revisões. A de 30 mil km de um Fiesta 1.6, que inclui troca de filtro de óleo, filtro de ar, filtro de

combustível, jogo de velas e cinco litros de óleo, sai por R$ 220 com mão- deobra inclusa. Quem não faz a revisão na hora recomendada perde a garantia, mas paga R$ 160 pelo serviço. Seguindo os padrões do grupo Ford,

as concessionárias Volvo, para atrair os consumidores da marca, lançaram o programa Essential Service, que garante ao dono de um carro da marca, fabricado antes de 2002, a troca de óleo e filtro por R$ 230. O pacote ainda apresenta outras opções de revisões que vão até R$ 700 (com troca de filtros de óleo, ar e combustível, jogo de velas e cinco litros de óleo). Uma hora - A Fiat montou em algumas concessionárias o serviço Auto Centro. O cliente pode realizar e acompanhar diversos serviços em até uma hora. A montadora ainda pratica um programa de preço competitivo para peças. O consumidor da rede GM tem à sua disposição o "Serviço Rápido Chevrolet", que, além da manutenção, inclui reparos de suspensão, freios, injeção eletrônica, filtros e fluidos, lubrificação em geral, escapamento, componentes do motor, pneus e palhetas do pára-brisa. Tudo em 2 horas. No "Programa Super Troca de Óleo Chevrolet" o cliente também garante a checagem de 15 itens, tudo em até 29 minutos. A rede Volkswagen tem o sistema leva-e-traz, serviço que retira o carro da casa do cliente e devolve depois do serviço executado. A revisão de 30 mil quilômetros sai por três vezes de R$ 167,70.


acelera o desgaste no centro da banda de rodagem e reduz a resistência da carcaça a cortes e impactos. Por isso, semanalmente, aproveite a parada para abastecimento e solicite ao frentista uma verificação na pressão de ar dos pneus e também do estepe. O alinhamento é feito para ajustar os Goodyear ângulos das rodas. O balanceamento é Fortera para feito para equilibrar o conjunto pneus SUVs e e rodas e deve ser feito toda vez que for picapes desmontado o pneu da roda para conserto, na instalação de um novo pneu, ou quando houver vibrações no volante e preventivamente a cada 10 mil km. Para evitar o desgaste de outras partes do veículo não utilize pneus carecas. Hoje existem opções para todos os gostos e bolsos. A Pirelli oferece para veículos de média e alta potência, por exemplo, o modelo P7, com medida 205/55R16 e que garante ótima aderência em pisos secos e molhados. Destaque também para as linhas PZero Nero, destinada ao segmento de personalização de veículos, e Scorpion Zero, para os apaixonados pela personalização de picapes e SUV (Sport Utility Vehicle). A Michelin possui o pneu Energy com o pneu de alta performance H415, XM1 para veículos de passeio comque na medida 175/70 R13 tem preço pactos e médios e monovolumes de sugerido de R$ 147. baixa potência, em dez dimensões diferentes, cujas larguras variam de 165 a Tuneiros - O analista da Dpaschoal 185 milímetros, séries lembra que medidas 70, 65 e 60 e aros que de rodas e pneus divão de 13 a 15 poferentes das originais legadas, com preço podem ser utilizadas, sugerido de R$ 173 mas dentro de certos para a medida 175/70 limites. O uso irresR13. ponsável, além de A Goodyear conta perigoso, pode descom a família Fortera gastar peças e ser para o mercado dos desconfortável para veículos conhecidos o proprietário. "Tracomo SUV e picapes, balhamos com dium pneu que, segunversos tamanhos de do a marca, combina rodas, mas temos taRoda Mangels River nos o design arrojado, ótibelas que indicam o aros 14”, 15” e 17” mo desempenho em que pode ser utilipisos secos e molhazado em cada veídos, rodar macio e silencioso e ecoculo. Já houve casos de verificarmos os nomia nos aros que vão de 15" a 17". transtornos que a troca causaria ao cliente A empresa sul-coreana de pneus e por isso não efetuamos a troca", explica Hankook também está no mercado Leandro.

Fotos: Divulgação

Pablo de Sousa

Balanceamento: equilibra o conjunto pneus e rodas

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MECÂNICAS

Em defesa do meio ambiente Nada se perde, tudo se aproveita. Esse é o resultado da reciclagem, que ganha espaço em diferentes setores. SIMONE FANTINI/AUTOINFORME

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quela imagem de uma oficina limpinha, chão branco, funcionários uniformizados e ferramentas no seu devido lugar é coisa do passado caso ela não tenha um programa de reciclagem. Por consciência, por exigência do mercado ou porque a lei obriga, o fato é que grandes centros automotivos e também pequenas oficinas começam a se preocupar com o respeito à conservação do meio ambiente, recolhendo peças retiradas dos carros, separando material descartado e reciclando óleos, baterias e pneus. O setor é responsável por uma geração de lixo tóxico nocivo para o meio ambiente. Só a cidade de São Paulo, por exemplo, produz diariamente cerca de 12 mil toneladas de lixo doméstico e industrial, grande parte produzido por oficinas mecânicas. Umas poucas entre as 20 mil de São Paulo, fazem o trabalho de reciclagem. Somente uma delas, na Zona Norte da capital, recolheu em um ano uma tonelada em embalagens e peças usadas que foram substituídas dos carros dos seus clientes. Os óleos e outros materiais líquidos são uma ameaça quando jogados no esgoto. A legislação prevê a reciclagem de alguns produtos de oficinas mecânicas, como os óleos e os líquidos das baterias. Algumas oficinas ainda se prepararam para atender a legislação, enquanto outras se adiantaram às normas vigentes e foram além do que é

exigido, reciclando todos os materiais que antes eram descartados e acabavam parando nos aterros sanitários. Os resultados têm sido promissores. Além de criar uma imagem positiva junto à clientela, estas oficinas começam a perceber que a conscientização ecológica acaba gerando lucro extra para o estabelecimento. Economia - Um bom exemplo é o da oficina Scopino, de Pedro Luis Scopino, na Zona Norte de São Paulo. A mecânica é uma importante referência na área ambiental, pois mostra como é possível ter responsabilidade social e ainda gerar lucro. No estabelecimento de 340 metros quadrados, absolutamente nada é desperdiçado. De papéis a água da chuva, tudo tem algum destino.

Captada por calhas distribuídas no telhado, a água da chuva é armazenada numa caixa com capacidade para 2.500 litros. Os funcionários a utilizam para lavar peças e a própria oficina. Ela também abastece as descargas dos banheiros. "Com isso, a minha conta de água foi reduzida em cerca de 40%, informa Pedro.

Outra iniciativa do estabelecimento é separar o óleo que sai das peças lavadas da água que é utilizada para este serviço. Um decantador na pia faz este trabalho. O óleo é recolhido e a água é devolvida "limpa", sem qualquer resíduo, ao esgoto. O óleo retirado dos carros é depositado em um tanque e destinado ao re-refino. Em média são armazenados mil litros por mês e tudo é reaproveitado, vendido. O ambiente é iluminado pela luz do sol, já que tem várias entradas de luz no teto, o que evita a necessidade de acender as lâmpadas durante o período diurno. Os papéis são recolhidos pela Prefeitura semanalmente e os metais, peças de reposição, molas, baterias e escapamentos são revendidos pela própria, dando um lucro extra para o proprietário. Para realizar tais ajustes, Scopino teve gastos mínimos e, ao mesmo tempo, gerou lucros. Uma atitude nobre que enche, e com razão, o proprietário de orgulho. "Só quero mostrar a todos os colegas como é fácil e muito bom fazer tudo isso", finaliza.


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O som de ontem, hoje e do amanhã Desde os rádios AM/FM, toca-fitas, até os atuais CD Players. Tudo passa, mas "que sejam eternos enquanto durem"! ANDERSON CAVALCANTE

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á certo! Já é coisa do século passado, mas qualquer pessoa com idade próxima ou além dos 30 anos deve lembrar que os carros, há algum tempo, eram equipados com toca-fitas que não ofereciam nem a opção de ter a frente removível (que convenhamos, nem sempre é tão útil). Era comum entrar, por exemplo, em um restaurante e ver os proprietários de carros com o aparelho inteiro em cima da mesa. Mas estes toca-fitas eram o "máximo" quando ofereciam a função auto reverse que fazia com que, ao término dos primeiros 30 minutos de gravação, o próprio aparelho iniciasse a reprodução do outro lado da fita cassete. Para quem não viveu esta época, vale dizer que este ainda era um luxo, pois havia equipamentos que sintonizavam apenas emissoras AM ou outros que ofereciam a opção AM/FM, mas que não reproduziam nenhum outro tipo de mídia. Compact Disc - Mas no último mês de agosto o responsável por aposentar as fitas

O LG, LAD-9600, possui conexão USB e Bluetooth

CD Player Sony Xplod com entrada USB e imagens em 3D

O amplificador TH 2030 da Stetsom dispensa o uso de CD Player

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HATCH PEQUENO Divulgação

Vendas crescem 20,28% no semestre O segmento teve desempenho abaixo da média do mercado, mas alguns modelos, como Ka e Palio, surpreenderam

AGÊNCIA AUTOINFORME

aior segmento do mercado brasileiro, o hatch pequeno vem perdendo participação no País. Com 510.109 unidades comercializadas no primeiro semestre deste ano, esta categoria é responsável por 49,6% das vendas totais, mas é também um dos segmentos que menos cresceram este ano. Enquanto o setor contabilizou alta de 25,7% nos primeiros seis meses do ano, este tipo de veículo

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O modelo da Fiat vendeu 50,71% a mais neste ano e o da Ford teve o expressivo crescimento de 89,43%

registrou evolução de apenas 20,28%. Apesar deste resultado, eles ainda dominam as primeiras cinco posições no ranking nacional. E alguns modelos, inclusive, tiveram desempenho bem superior à média. O Gol, que está na liderança há anos, teve alta de 26,05%. Já o Palio, vice-líder, teve o expressivo crescimento de 55,71% no semestre. Também o Ka e o Volkswagen Polo registraram acréscimo de vendas acima da média. O modelo compacto da Ford, na verdade, foi o hatch com melhor

desempenho. Vendeu este ano 14.586 unidades, 89,43% a mais do que no primeiro semestre do ano passado, quando a montadora de origem norteamericana comercializou 7,7 mil carros. Detalhe: é o único hatch pequeno que não tem motor bicombustível. O Polo também teve resultado expressivo. Saltou de 5.459 unidades do primeiro semestre de 2006 para 9.959 este ano, uma evolução de 82,43%. O Celta, terceiro colocado no ranking, foi afetado pelas boas vendas do Prisma. Vendeu apenas 6,16% a mais do que nos seis primeiros meses do ano passado, um índice bem abaixo da média (25,7%). O Mille, que ocupa a quarta

posição entre os mais procurados, vendeu menos do que no ano passado. A falta de novidades é um dos motivos do crescimento dos hatchs em índice abaixo da média do mercado. O segmento que mais cresceu este ano foi o dos sedans pequenos, marcado por vários lançamentos de diferentes marcas. As vendas do sedan ampliaram-se em 52,23%, enquanto as das peruas cresceram 42,62% no primeiro semestre do ano. Os sedans médios e grandes, os hatchs médios, as picapes pequenas e os utilitários esportivos também tiveram desempenho acima da média. Os demais segmentos ficaram abaixo.


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Passe Livre Série B Camp. Brasileiro Série C

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

GOLEADA LEVA O SANTOS AO 6º LUGAR

OUTRO SALTO Júnior Santos/AE

oi como na rodada anterior: o Santos venceu e subiu mais uma posição na classificação do Brasileiro, agora do sétimo para o sexto lugar. A diferença é que, dessa vez, foi de goleada, 4 a 1 no lanterna América de Natal, jogando fora de casa. E Petkovic pela primeira vez deu o ar de seu bom futebol, marcando inclusive um dos gols da vitória. Com o resultado, o time da Vila Belmiro chegou aos 33 pontos, na sexta colocação, e mantém a diferença de onze pontos em relação ao líder São Paulo. Após a partida, o técnico do América, Marcelo Veiga, disse que estava entregando o cargo alegando falta de motivação para seguir trabalhando com a equipe. “Não temos mais o que fazer aqui”, disse o treinador. “O time jogou bola, apesar de que no segundo tempo eu achei que nós poderíamos ter sido um pouco mais agressivos”, avaliou no vestiário o técnico Vanderlei Luxemburgo. “Vamos voltar para casa com o sentimento de que precisamos melhorar muito e corrigir alguns erros. Na segunda etapa, não desmerecendo o América, se fosse uma equipe melhor, poderia ter nos complicado.” O treinador mostrou boas expectativas com relação ao andamento do campeonato. “O Santos ainda está um degrau abaixo, mas vai chegar para brigar. Basta alguns jogadores terem mais consciência de que o time entra em campo não para competir, mas sim para ganhar. Quando isso acontecer em plenitude, teremos grandes chances de chegar à frente. Cada partida tem que ser tratada como decisão.” Ao menos em relação ao poder ofensivo demonstrado ontem em Natal, os santistas não

Maurício de Souza/AE

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paSse livre Roberto Benevides

Acabou o problema

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problema do Corinthians era Paulo César Carpegiani. Não são poucos os fiéis corintianos que acham isso, ao arremedo de certa cartolagem do Parque São Jorge. Então, o Corinthians não tem mais problema. Seja quem for o incauto que tope a incumbência de levar à frente o fardo corintiano neste Campeonato Brasileiro, o time jogará o que ainda não jogou e conquistará vitórias com que não sonha nem o São Paulo de Muricy Ramalho. Lá vai, pois, o Corinthians rumo ao topo da tabela, embora sem lenço nem documento, mas levado apenas pela fé inquebrantável da torcida, ainda disposta a ampliar o crédito da nova/velha cartolagem aboletada no departamento de futebol. Antes de Carpegiani, o problema já foi Emerson Leão, Geninho, Ademar Braga, Antônio Lopes, Márcio Bittencourt, Daniel Passarella e Tite. Não é de todo improvável que, depois de Carpegiani, qualquer um deles se transforme em solução. Carlos Alberto foi embora, Marcelo Mattos foi embora, Roger foi embora, Eduardo Ratinho foi embora, Willian foi embora, Betão ia embora e o Corinthians resolve todos os seus problemas mandando o(s) técnico(s) também embora. Será mesmo esse o problema do Corinthians?

Com a goleada sobre o lanterna América, Santos sobe mais uma posição

têm do que reclamar. A dupla Petkovic e Kléber Pereira foi responsável por todos os gols da vitória por 4 a 1. O veterano meia, que completa 36 anos no próximo dia 10, fez um gol e deu duas assistências; o atacante marcou dois gols. No único gol não marcado por um deles, o passe foi de Petkovic para Rodrigo Tabata marcar. Até o sempre exigente Vanderlei Luxemburgo se encantou com a atuação dos dois: “O Kléber Pereira já chegou se adaptando bem ao clube e fazendo gols. Ele tem um aproveitamento muito bom na finalização. E o Pet também, que deu um toque de qualidade. O terceiro gol foi assim”. Para o treinador, o Santos ganha mais qualidade com a dupla. “Vi o Pet voltando para marcar, fazendo faltas e colocando sua qualidade à disposição. Isso vai ajudar a gente”, explicou, otimista. Apesar da ótima fase, Kléber

Pereira mantém os pés no chão e parece não se surpreender com o bom momento.“"Eu penso sempre no dia de amanhã. Quando voltei ao Brasil, após cinco anos no México, pensei na minha família. Agora, quero o título. Estamos um pouco distantes, mas vamos continuar lutando”, diz. O jogador também festejou o entrosamento com o meia sérvio Petkovic: “É um bom jogador. Tomara que possa nos ajudar e que a gente possa ajudá-lo”. Para o jogo do meio de semana contra o Atlético-PR, o treinador confirmou a volta de Pedrinho ao time no lugar de Vítor Júnior. A única dúvida é com relação a Rodrigo Souto. O jogador deixou o campo ontem contundido e foi substituído por Adoniram. O técnico o considera parte da espinha dorsal do time ao lado de Maldonado, e quer recuperá-lo para o jogo da próxima quinta, às 20h30, na Vila Belmiro.

AMÉRICA 1 Gléguer, Róbson Lopes (Ney Santos), Cris, Róbson e Berg; Luís Maranhão, Reinaldo, Adãozinho e Souza (Wesley Brasília); Arlon (Wendes) e Paulo Isidoro. Técnico: Marcelo Veiga.

SANTOS 4 Fábio Costa, Baiano, Domingos, Adaílton e Kléber; Maldonado, Rodrigo Souto (Adoniran), Vítor Júnior (Rodrigo Tabata) e Petkovic; Marcos Aurélio (Renatinho) e K léber Pereira. Técnico: Vanderlei Luxemburgo. Gols:Petkovic, 20/1; Kléber Pereira, 25/1; Kléber Pereira, 1/2; Ney Santos, 38/2; Rodrigo Tabata, 40/2. Local: Machadão. Árbitro: Cláudio Luciano Mercante Júnior (PE). Cartões amarelos: Adaílton (S), Reinaldo (A), Róbson (A), Paulo Isidoro (A), Ney Santos (A), Kléber (S).

COINCIDÊNCIA?

CULPA DA IMPRENSA

O futebol paulista vai se firmando neste Brasileirão. O São Paulo puxa a fila, o Palmeiras está no G-4, o Santos está chegando. Só o Corinthians patina, a quatro pontos da zona de rebaixamento. Será apenas coincidência que Muricy e Luxemburgo estejam na segunda temporada à frente de seus times e Caio Júnior tenha apoio dos dirigentes desde que chegou ao Palmeiras no começo do ano?

Em Istambul, enquanto assistia à vitória de Felipe Massa, o lateral Roberto Carlos contou a Livio Oricchio, da Agência Estado, que, depois do término do contrato de três anos com o Fenerbahce, vai encerrar a carreira para trabalhar como técnico na Turquia. A promessa de jogar um ano pelo Santos foi pro beleléu porque Roberto Carlos acha que a imprensa brasileira não gosta dele. A turca adora.

*Com Agência Estado e Reuters

SÉRIE B

Graças ao goleiro

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SÉRIE C

Em três jogos, nenhuma vitória paulista N

ão foi uma boa rodada para os times paulistas que disputam a Série C do Campeonato Brasileiro. Enquanto o Guarani apenas empatou em casa (0 a 0) com o CRAC, de Goiás, o Rio Claro perdia em Goiânia (4 a 3), para o Vila Nova, e o Bragantino caía jogando em casa, diante do Roma Apucarana (1 a 0).

Agora, o que importa é chegar no bloco dos quatro primeiros e depois pensaremos no título.” Kléber Pereira

Esses resultados complicaram demais a vida dos clubes do Estado. Principalmente no Grupo 22, em que o líder, agora, é o CRAC, com 8 pontos, e o vice-líder é o Vila Nova, com 6. Faltando duas partidas para o término dessa fase, em que apenas os dois primeiros de cada grupo classificam-se para a seguinte, o Guarani, de

Campinas, aparece perigosamente classificado em terceiro lugar, com seus cinco pontos. Situação ainda pior é a do também paulista Rio Claro: com apenas quatro pontos conquistados até aqui, é o quarto e último colocado, e só por um milagre conseguiria ficar com uma das vagas. No Grupo 23, o Bragantino tam-

bém corre grande risco de ficar de fora. Está em terceiro lugar, com seis pontos ganhos, atrás do líder Esportivo de Bento Gonçalves (RS), que tem dez pontos, e do vice-líder Roma Apucarana, que tem sete. A única equipe já eliminada neste grupo é o Democrata de Governador Valadares (MG), com zero ponto.

oi sofrido, mas a Portuguesa conseguiu vencer o Fortaleza por 1 a 0 no sábado, no Canindé, e aproximar-se um pouco mais da zona de classificação para a Série A do ano que vem. Agora, a Lusa é a quinta colocada, com o mesmo número de pontos (32) do Marília, porém com menos vitórias (nove contra doze). O gol da vitória da Portuguesa foi de pênalti, cobrado pelo goleiro Tiago, aos 44 minutos do segundo tempo. O Marília perdeu o jogo e a terceira posição para o Brasiliense. Na sexta-feira, os dois times enfrentavam-se em Marília, e o MAC vencia por 1 a 0, gol de Alex Afonso, até os 40 minutos do segundo tempo, quando Reinaldo Aleluia empatou. Em seguida, o mesmo Reinaldo Aleluia marcou o gol da vitória do Brasiliense. Também na sexta-feira, a Ponte Preta empatou com o Gama, no Distrito Federal (1 a 1). No sábado, o São Caetano, que estreava o técnico Giba, recebeu o líder Criciúma e ganhou por 1 a 0, gol de Tuto. O resultado, porém, pouco influiu na colocação do Azulão, que continua distante da zona de acesso, agora em 12º lugar. Os times do Estado de São Paulo que ocupam as colocações da parte de baixo da tabela não tiveram suas posições modificadas. Em Jundiaí, o Paulista fez 3 a 2 no vice-líder Coritiba, mas ainda assim segue em 16º. Entre os quatro que hoje seriam rebaixados estão o Santo André, apesar da vitória fora por 2 a 1 sobre o CRB, e o lanterna Ituano, que no sábado perdeu para o Ceará, em Fortaleza (3 a 0). Amanhã, a Série B tem rodada completa. Cinco jogos envolvem paulistas: Barueri x Santa Cruz, Vitória x São Caetano, Ponte Preta x Paulista, Santo André x Portuguesa e Ituano x Marília.

José Luís da Conceição/AE

Gol de pênalti de Tiago aos 44 do segundo dá a vitória (1 a 0) sobre o Fortaleza e o quinto lugar à Lusa, que volta a campo amanhã

20ª Rodada Avaí 1 x 0 Vitória Remo 1 x 2 Barueri Gama 1 x 1 Ponte Preta Marília 1 x 2 Brasiliense CRB 1 x 2 Santo André Ceará 3 x 0 Ituano Santa Cruz 2 x 1 Ipatinga Portuguesa 1 x 0 Fortaleza São Caetano 1 x 0 Criciúma Paulista 3 x 2 Coritiba Classificação

P

V

SG

1 Criciúma

37

11

16

40

2 Coritiba

35

11

6

29

3 Brasiliense

33

9

7

33

4 Marília*

32

12

6

38

GP

5 Portuguesa

32

9

7

30

6 Vitória

30

10

11

40

7 CRB

30

9

2

32

8 Barueri

30

8

0

32

9 Ponte Preta

29

8

6

37

10 Ceará

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8

-2

34

11 Ipatinga

28

8

-2

21

12 São Caetano

27

7

-1

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13 Fortaleza

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-4

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14 Gama

26

7

-6

28

15Avaí

22

7

-5

30

16 Paulista

25

7

-7

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17 Santa Cruz

24

6

-6

27

18 Santo André

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6

-3

27

19 Remo

18

5

-11

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20 Ituano

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5

-16

24

*Perdeu seis pontos no STJD.


Logo Logo DIÁRIO DO COMÉRCIO

Sofro porque busco e não encontro Cristo, por escutar sem ouvir. O sorriso é uma máscara ou um manto que cobre tudo.

Reprodução

www.dcomercio.com.br/logo/

De Madre Teresa de Calcutá em carta enviada a seus superiores, numa fase de crise de fé. Madre Teresa faria aniversário ontem.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

28

AGOSTO

2 - LOGO

Nascimento do ator brasileiro Raul Cortez (1932-2006)

A RQUEOLOGIA

O vôo de prata de Jadel em maio, em Belém. O paranaense, entretanto, considerou ter cumprido os objetivos da temporada. "Já havia falado a vocês que minhas metas principais para 2007 era ganhar o Pan e subir ao pódio no Mundial. Acho que cumpri os objetivos", afirmou o triplista, segundo o site da Confederação Brasileira de Atletismo (Cbat). Essa foi a quarta participação de Jadel em um Mundial, e pela primeira vez ele subiu ao pódio. Gabriel Bouys/AFP

Jadel Gregório conquistou a primeira medalha do Brasil no Mundial de Atletismo de Osaka, ontem, ao terminar em segundo lugar na final do salto triplo, atrás do português Nelson Évora. O brasileiro teve dificuldades no início da competição e só entrou na zona de medalhas em sua penúltima tentativa, quando saltou 17,59 metros. Jadel, de 26 anos, era o favorito ao ouro por ser o dono da melhor marca do mundo este ano, 17,90 metros, conquistada

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Atlântida na Ásia

geólogo marinho Masaaki Kimura que estudava formações rochosas submarinas na costa do Japão acredita que elas sejam remanescentes de uma equivalente asiática de Atlântida, civilização antiga engolida pelo oceano. Ele anunciou que identificou as ruínas de uma cidade na costa da ilha Yonaguni, na extremidade sudoeste do Japão. Kimura, professor da Universidade Ryukyu, diz que a cidade ti-

nha castelo, templo, arco, estátuas e um coliseu. Ele acredita que a cidade afundou em decorrência de um terremoto, há

3.000 anos. Mas muitos cientistas discordam, dizendo que as ruínas podem ser explicadas por fenômenos como a atividade vulcânica e das marés. Eles dizem, também, que foram encontrados poucos artefatos como potes de cerâmica ou armas, que pudessem provar que seres humanos viveram no local. Mas Kimura continua convicto e divulgou fotos de rochas com inscrições [foto] na internet. www.morien-institute.org/ inter view1_MK.html

Reinhard Krause/Reuters

A NIMAIS Muhammad Hamed/Reuters

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Cinco leões brancos - duas fêmeas e três machos foram apresentados ontem pelos veterinários do Zoológico da Jordânia. Os leões brancos são resultado de uma mutação genética dos leões-daÁfrica-do-Sul e são raríssimos, além de quase inexistentes na natureza. Os zoológicos os criam cruzando machos e fêmeas brancos.

S AÚDE

EUA, império da obesidade Os norte-americanos estão mais gordos do que nunca, as taxas de obesidade crescem na maioria dos Estados, e menos gente está se exercitando no país, segundo um estudo divulgado ontem. Em nível nacional, mais de 60% dos norte-americanos estão acima do peso. As taxas de obesidade variam de mais de 17% no Colorado para mais de 30% no Mississippi. "Nenhum Estado está indo bem. Vimos um aumento dramático em todo o país", disse Jeff Levi, diretor-executivo do Fundo para a Saúde das Américas. E M

A obesidade dos adultos cresceu em 31 Estados no ano passado, sem cair em nenhum deles, segundo o relatório. "As taxas de obesidade adulta agora superam 25% em 19 Estados, um aumento em relação aos 14 Estados no ano passado e dos 9 em 2005. Em 1991, nenhum dos (50) Estados excedia 20%", disse o Fundo. A entidade diz que as crianças estão especialmente ameaçadas. A taxa de obesidade infantil mais do que triplicou entre 1980 e 2004. Aproximadamente 25 milhões de crianças agora são obesas.

A RTE

REMBRANDT

Divulgação

Lenine é a atração do Carnaval Multicultural do Recife. No Citibank Hall, av. dos Jamaris, 213, tel.: 6846-6040, às 21h30. Ingresso: de R$ 40 a R$ 100.

Reproduções/site

Luzes e sombras

C A R T A Z

MUSICA

LIBERDADE VIGIADA Trabalhadores uniformizados prestam homenagem diante da estátua do líder fundador da Coréia do Norte, Kim Il-Sung, em Pyongyang, pelo dia da juventude, que será celebrado hoje no país.

A

Bibliothèque Nacionale de France (BnF) criou uma mostra virtual com algumas das mais de 300 gravuras que Rembrandt (1606-1669) produziu entre 1628 e 1665. Foi a singularidade dessas obras que o tornou famoso no século 17 e se hoje conhecemos sobretudo como pintor, para sua época o artista Auto-retrato foi sobrede 1634-1635 tudo um gravador dos mais detalhistas e talentosos.

Nem tudo que não serve é lixo

Lançado há alguns anos, o aspirador de pó robótico Roomba evoluiu e agora tem purificador de ar. As partes modulares facilitam a troca de componentes e a criação de "paredes virtuais" delimitam sua área de ação. De US$ 250 a US$ 400.

Muitas pessoas vivem da coleta e comercialização de materiais recicláveis, uma atividade que, além de servir de trabalho, também ajuda a sociedade a reaproveitar seus resíduos e a cuidar do meio ambiente, com reflexos na economia e na qualidade de vida das grandes cidades. O site lixo.com.br traz informações sobre a organização desses trabalhadores e ainda tem uma série de dados e dicas sobre educação ambiental, coleta seletiva, reciclagem, pré-ciclagem e endereços úteis na rede.

www.irobot.com/sp.cfm?pageid=334

B RAZIL COM Z

A escravidão que persiste A agência Reuters divulgou ontem a notícia que foi reproduzida por vários jornais no mundo de que cerca de 12% das carvoarias existentes na Amazônia brasileira ainda utilizam mão-de-obra escrava, apesar da grande operação de combate a esse crime lançada em 2004. A estatística é do Instituto Carvão Cidadão (ICC), um órgão de fiscalização do setor. O carvão vegetal produzido na região é comprado por fabricantes locais de ferro-gusa, uma das matérias-primas usadas na produção de aço. Segundo o ICC, já foram fechadas 316 carvoarias que utilizavam mão-de-obra escrava.

Adão e Eva, de 1638: nas gravuras com personagens, a marca do artista é o contraste entre o claro e o escuro, luz e sombra

A Prefeitura de Argenteuil, cidade localizada nos arredores de Paris, anunciou ontem que desistiu de utilizar um produto comprado para espantar os moradores de rua da região central. O prefeito de Argenteuil, George Mothron, disse que desistiu porque o produto, chamado "Malodore", havia provocado polêmica. Três mil militantes de esquerda anunciaram que denunciariam o caso aos organismos de luta contra a discriminação. Mothron rejeitou as acusações de que seu objetivo era lançar uma "caça aos pobres". A polêmica surgiu na última sexta-feira, após o vazamento da informação de que a Prefeitura havia comprado em julho um produto para afastar as famílias sem-teto do centro da cidade. L OTERIAS Concurso 249 da LOTOFÁCIL

A TÉ LOGO

L

www.lixo.com.br

A Ponte de Six, de 1645, revela a opção por linhas simples com o predomínio da luz

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Roomba, o robô-aspirador

Na semana 10º aniversário da morte da princesa Diana, os britânicos não cansam de se lembrar de sua princesa favorita. Fotos, cartazes, mensagens, matérias de jornal, artigos de revistas, documentários de TV, tudo gira em torno da bela que abalou os alicerces da monarquia do Reino Unido com sua exibição na mídia e seus feitos grandiosos, como visitar um campo minado em Angola em 1997 [na foto, ela segura uma mina retirada em Luena]. Diana quase destruiu também a popularidade da rainha Elizabeth II depois de sua morte, na madrugada de 31 de agosto de 1997. O clima também é de novas revelações, como a de uma suposta declaração de amor – "sempre te amei e sempre te amarei" –, que ela teria feito ao príncipe Charles ao assinar o divórcio em 1996.

'Repelente de pobres' fracassa

http://expositions.bnf.fr/

L

F AVORITOS

A princesa que abalou o reino

F RANÇA

rembrandt/index.htm

G @DGET DU JOUR

C ELEBRIDADES

José Manuel Ribeiro/Reuters

A TLETISMO

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Mais da metade das vagas isentas de taxa de inscrição nos vestibulares não são preenchidas Controlados novos focos de incêndio em Itatiaia, mais de mil hectares foram queimados Matrícula na rede pública para alunos dos ensinos fundamental e médio começa hoje

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OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 28 de agosto de 2007

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A PAULO SAAB SÍMBOLOS NACIONAIS

No tabuleiro do dólar Alex Wong/AFP

V

Por John C. Edmunds

O reino do dólar como moeda dominante está chegando ao fim

A

s crianças adoram colocar as peças de dominó em fila para depois derrubar a primeira e observar com satisfação como caem uma a uma. Nos mercados financeiros há filas de supostos otimistas que justificam o preço alto de um ativo. Esse valor é como a última peça do dominó: fica de pé apenas enquanto os investidores confiam em toda a fila de pressupostos. Quando alguém derruba uma peça, rapidamente outra cai, e logo as pessoas se perguntam como puderam cair tão facilmente neste engano. Esse ciclo de criação e destruição se repete mais uma vez no mercado de valores. E tem efeitos muito mais profundo quando ele exalta uma moeda. Para o dólar, o ciclo tem sido especialmente longo e seus efeitos, penetrantes. Mas o reino do dólar como a moeda dominante está chegando ao fim. As peças estão caindo e logo toda a fila de pressuposições que o mantém pode não ser mais do que uma confusa sujeira no chão.

O

dólar levou seus privilégios longe demais e agora está tendo o que merece. O elemento desencadeador foi a revelação de que milhões de proprietários de casas nos Estados Unidos não podem pagar suas hipotecas. Isso provocou uma tempestade no mercado de dívida, levou ao medo da recessão e destruiu as esperanças de que o Federal Reserve aumentasse as taxas de juros. Enquanto o mercado mundial absorvia essa nova informação, o Congresso

norte-americano debatia e rapidamente rechaçava uma reforma migratória. Os Estados Unidos eram um país que se apoiava em imigrantes altamente qualificados para fazer suas tarefas. Os cientistas alemães que ajudaram a desenvolver a bomba atômica foram um exemplo notável entre muitos outros. Agora, uma onda de xenofobia tomou conta dos eleitores que vivem no centro do país. Sua desconfiança visceral dos estrangeiros derrubou a proposta. Os imigrantes altamente qualificados exercem um papel importante atraindo investimentos estrangeiros, especialmente os diretos.

prazos. A curto prazo, eles esperavam que o Congresso, controlado pelos democratas, chegasse a acordos com os republicanos em questões econômicas. Mas descartaram essa esperança, junto com a de que o Federal Reserve aumentasse as taxas de juros. O dilema de longo prazo é como financiar a aposentadoria da geração dos baby boomers enquanto o Orçamento financia todo o resto.

O

fracasso da reforma tirou o ânimo dos imigrantes potenciais, bem como os que já estão trabalhando nos Estados Unidos. Isso é sério porque agora outros países podem contratar esses imigrantes e assumir a liderança em muitos setores intensivos de mão-deobra capacitada. O fracasso do projeto de lei também deixa evidente as profundas rachaduras que dividem o eleitorado. Os EUA são um campo de batalha de grandes lutas para estabelecer as prioridades nacionais. Os investidores em moeda estrangeira subestimaram o efeito que essas disputas eram capazes de ter. O recente debate no Congresso, porém, mostrou-lhes que o país é incapaz de agir a favor de seus próprios interesses. Como conseqüência, os participantes dos mercados financeiros estão reconsiderando os EUA. Eles se dão conta de que a perspectiva é sombria no curto e longo

G Os EUA precisam atrair diariamente US$ 3 bilhões. A cada dia que isso não ocorre, o dólar se enfraquece. G O investidor dos mercados financeiros estão reconsiderando os EUA. Eles se dão conta de que a perspectiva é sombria no curto e longo prazos. G O dólar

levou seus privilégios longe demais e agora está tendo o que merece.

Q

uem negocia moeda estrangeira sabe há anos que o sistema de seguridade social está desfinanciado. Mas o passado não os importunava porque faltava muito para o dia no qual o Tesouro venderia os bônus. Agora essa data se aproxima rapidamente e há uma razão melhor para não ficar com esses títulos. A grande bomba-relógio está nos futuros custos de saúde da geração dos baby boomers que está envelhecendo. Os que negociam com moeda estrangeira agora vêem que não haverá progresso na legislação econômica até depois da eleição de novembro de 2008. Tampouco há garantias de que o novo governo, que assumirá em janeiro de 2009, comece a tratar desse tipo de assunto antes de março ou abril daquele ano.

E

nquanto isso, os EUA precisam atrair diariamente US$ 3 bilhões. A cada dia que isso não acontece, o dólar se enfraquece. E enquanto isso ocorre, o país está cada vez menos capaz de reter trabalhadores altamente qualificados. Se uma quantidade suficientemente grande deles for embora, o país poderá enfrentar um dilema realmente difícil. E se isso ocorrer, muitos estrangeiros, como o menino contente que vê o dominó cair, aplaudiriam com prazer enquanto uma nação arrogante, autoritária e segura de si mesma cairia na mediocridade e na irrelevância. JOHN C. EDMUNDS É PROFESSOR DE FINANÇAS DO

BABSON COLLEGE EM BOSTON (C)AMERICAECONOMIA

em aí, em breve, a Semana da Pátria e as comemorações da Independência, no dia 7 de setembro. Vai ser o tempo de evocar os símbolos nacionais e fazer referência à Pátria, numa das raras ocasiões, em nosso país, em que isso ocorre fora das competições esportivas. Dentro de um programa de educação para a cidadania e a formação de lideranças que tenho executado nas escolas da rede estadual e particular de ensino médio, onde me encontro com os jovens estudantes brasileiros duas vezes por semana em escolas da capital (notadamente periferia), uma questão que tem suscitado muito interesse é justamente a questão dos símbolos nacionais: o nosso Hino e a nossa Bandeira. Faz sucesso entre os estudantes editorial do jornal britânico The Guardian publicado na véspera do jogo Brasil e Inglaterra, pelas quartas-de-final da Copa do Mundo de 2002, que vencemos. Certamente, além da evocação nostálgica de uma Copa vitoriosa (escondida pelo vexame do salto alto da Copa de 2006), a manifestação do jornal inglês sobre nosso hino revela a admiração existente. Diz o editorial que o hino nacional brasileiro é o mais belo do mundo e em vez de invocar situações belicosas, como a Marselhesa (a França dos velhos e bons tempos já tinha sido eliminada naquela Copa) fala da natureza, de verdes campos e de coisas positivas, além da harmonia da música em si. Os jovens ficam cheios de orgulho. A nossa bandeira é, hoje, mundialmente conhecida graças aos esportes. Somos vencedores em futebol, Fórmula 1, voleibol, natação, judô, ginástica, etc.

grande questão é motivar os estudantes a entenderem que a Bandeira e o Hino são de todos. Não pertencem ao Estado e muito menos ao governo. São de cada brasileiro e o orgulho de ostentá-los deve ir além do esporte. Devemos nos preparar e estudar para termos também nossa bandeira hasteada e nosso hino executado em competições de matemática, física, tecnologia, ciências, economia, equilíbrio social e por aí afora. Existem razões históricas e culturais que explicam, apesar do orgulho, um certo distanciamento dos brasileiros de seus símbolos. Desde apropriação indébita por parte de governantes, até a ausência –felizmente - de conflitos em território nacional que obrigassem a defesa de nosso solo evocando o patriotismo em torno da bandeira e hino. Isso é tema para discussão à parte. Entendo como importante, na aproximação da Semana da Pátria, lembrar que os fatos de nossa história e a exaltação da nacionalidade não são atitudes cafonas, bregas, ou algo semelhante. Antes de tudo são o fortalecimento de valores que servem de fundamento para a construção de uma civilização brasileira. E essa civilização, pelo pouco tempo de existência do Brasil (507 anos à luz da História não são nada, ainda mais considerando que somente agora, em pleno Século XXI, estamos apurando nossos valores e construindo nossa nação) ainda está em processo de construção.

O

respeito que nos ensinam à Bandeira e ao Hino é válido. Além disso, todavia, o querer bem pelo que encerram em si - exatamente, a construção da nação -, esses símbolos devem receber a adesão natural de amor que cada brasileiro interessado no desenvolvimento justo de sua pátria possa dedicar espontaneamente. PAULO SAAB É JORNALISTA PSAAB@UOL.COM.BR

G Os fatos

da História e a exaltação da nacionalidade não são cafonas ou bregas. Fortalecem os valores que servem de fundamento para a construção de uma civilização brasileira.

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


Eleição Planalto Congresso CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Até agora não se falava em voto secreto. Agora, começa essa história. Qual é a razão? Sérgio Guerra

SENADORES DESCONFIAM DE VOTAÇÃO SECRETA Beto Barata/AE

4

Wilson Dias/ABr

PSol recorrerá contra 'gaveta' no caso Gim Argello

O

No aguardo: presidente do Senado espera decisão do Conselho sobre a declaração ou não do voto

RENAN: OPOSIÇÃO QUER VOTO ABERTO Partidos anunciam que pressionarão Conselho de Ética contra votação fechada

O

s partidos de oposição vão pressionar o Conselho de Ética para que o voto no colegiado seja aberto durante a sessão que analisará a situação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O líder do DEM, senador José Agripino Maia (RN), e o senador Sérgio Guerra (PE), que deverá assumir a presidência nacional do PSDB no fim do ano, defenderam ontem claramente a abertura dos votos em plenário. Ambos avaliam que a sessão secreta poderia funcionar como uma estratégia favorável à absolvição de Renan, acusado de supostamente permitir que a empreiteira Mendes Júnior pagasse suas despesas pessoais. E justamente no DEM está hoje a maior concentração de votos indefinidos do Conselho que podem pender a favor de Renan. São três no total: os senado-

res Heráclito Fortes (PI), Romeu Tuma (SP) e Adelmir Santana (DF). Os outros dois indefinidos do Conselho são do PT: Eduardo Suplicy (SP) e Augusto Botelho (RR). "Até agora não se falava em sessão com voto secreto. Agora, começa essa história. Qual é a razão? Tudo isso é muito suspeito", criticou Sérgio Guerra em relação a manobras que estariam sendo articuladas pela base em favor de Renan. "Esse é um caso rumoroso. Toda a opinião pública está observando. Impõe-se o voto aberto", faz coro José Agripino. Os senadores Renato Casagrande (PSB-ES) e Marisa Serrano (PSDB-MS), que são dois dos três relatores do caso Renan também defendem o sistema de voto aberto. O terceiro relator, Almeida Lima (PMDBSE), defende a absolvição de Renan, mas não declarou ainda sua posição sobre o sistema de votação da sessão.

"Há precedente no Senado de voto aberto e fechado. Portanto, nenhum impedimento para que a votação, na quintafeira, seja aberta", defende Casagrande. "A votação do caso de Luiz Estevão (DF) (único senador cassado na história) foi fechada. E a votação dos senadores Ney Suassuna (PMDBPB), Magno Malta (PR-ES) e Serys Slhessarenko (PT-MT), por conta do escândalo da máfia das sanguessugas, foi aberta", ilustrou Casagrande. Assim como ele, a também relatora Marisa Serrano (PSDB-MS) tem defendido a votação aberta. "Se os relatores vão expor os seus votos os outros senadores também podem tornar públicos os seus", argumentou. Na prática, a adoção do voto secreto resguardaria, diante da opinião pública, a posição dos senadores que votarem a favor de Renan, acham os oposicionistas. (AE)

PSol irá recorrer amanhã ao plenário do Senado contra decisão da Mesa Diretora de arquivar a representação contra o senador Gim Argello (PTB-DF) por quebra de decoro parlamentar. Autor da denúncia, o senador José Nery (PSol-AM) alega que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), contaminou a decisão da Mesa, ao dar seu voto pelo arquivamento da denúncia antes dos demais colegas. "No mínimo foi uma postura incorreta", alega. Mandado – O PSol decidiu ontem entrar com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão da Mesa. O líder do partido na Câmara, deputado Chico Alencar (RJ), afirmou que a ata da reunião só foi divulgada na noite de sexta-feira (24). "É uma ata que sequer menciona quem votou de que maneira, é uma vergonha" A secretária-geral do Senado, Cláudia Lyra, afirmou tratar-se de "uma ata resumida". "O que importa é a decisão", alegou. O texto ignora, por exemplo, a informação prestada por senadores de que Renan Calheiros defendeu abertamente o arquivamento da representação. Efraim Morais (DEM-PB) e Papaléo Paes (PSDB-AP) votaram pelo arquivamento da denúncia. Álvaro Dias (PSDBPR) e Tião Viana (PT-AC) foram favoráveis ao seu envio ao Conselho de Ética. Já os senadores Magno Malta (PT-ES) e César Borges (DEM-BA) se abstiveram. Os termos da denúncia contra Argello são os mesmos que levaram Joaquim Roriz (PMDB-DF), titular da vaga que ele ocupa, a renunciar após seis meses de mandato para não ser cassado e perder os direitos políticos. (AE)

Marcello Casal Jr/ABr

Anac: mudanças levarão 15 dias, diz Jobim

O

ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou que na reunião que manteria ontem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, iria discutir com ele questões ligadas à reestruturação da Agência nacional de Aviação Civil (Anac) e a substituição da diretora Denise Abreu, que pediu demissão na última sexta-feira. Segundo o ministro, a reestruturação da Anac vai demorar 15 dias. Jobim falou aos jornalistas no trajeto a pé entre o Ministério da Defesa e o Comando da Aeronáutica,

políticas desde o último mês de março. A entidade promoveu um encontro em parceria com o Instituto Fernando Henrique Cardoso (IFHC). Durante sua palestra, o ex-presidente defendeu a adoção do voto distrital puro nas eleições municipais de 2008. O evento de amanhã é gratuito. O público presente receberá uma cartilha detalhando o atual modelo e como ficaria com a adoção do distrital. Regras – Pelo sistema atual, as eleições para vereador, deputado estadual e federal são proporcionais. Os cargos são distribuídos entre os partidos na proporção dos votos recebidos por cada um. Para os defensores do distrital, o modelo em vigor enfraquece os víncu-

Mel na chupeta

J

osé Serra quer fechar no PSDB uma chapa "purosangue" para disputar a eleição presidencial em 2010. Seu objetivo é convencer Aécio Neves (MG) a sair como vice-presidente nessa formação. Até o momento, o governador mineiro dá sinais claros de que brigará para ser o "nome" principal dessa chapa "pura". Ele não quer esperar por 2014, como foi oferecido pelo próprio governador paulista. Aécio sabe que enfrentaria Lula nesse pleito, o que ele não deseja. Já Serra está convencido de que será o candidato do tucanato ao Planalto, sobretudo porque lidera as pesquisas de opinião. Serra quer reviver a política "café-com-leite"

MAR DE VOTOS São Paulo e Minas, juntos, contabilizam 35 milhões de votos. Os governadores José Serra e Aécio Neves estão convictos de que a próxima eleição presidencial será decidida pelos dois estados. Serra leva vantagem nas pesquisas por ter sido Ministro da Saúde no governo FHC. Ele é lembrado na maioria dos estados por onde passou.

CRESCIMENTO Aécio Neves diz que sua popularidade crescerá nos próximos meses com as peças publicitárias de seu governo que irão ao ar no rádio e televisão. O mineiro não aceita, por enquanto, sair como vice em 2010. Ele garante que lutará para ser o candidato do partido à sucessão de Lula.

MIGRAÇÃO Não está afastada a hipótese de um cenário com Serra e Aécio disputando o Planalto em 2010. Isso ocorrerá se o mineiro aceitar o convite para disputar a eleição pelo PMDB. O convite a ele foi feito várias vezes pelo presidente peemedebista, Michel Temer (SP), mas o tucano se recusa a discutir a possibilidade de mudar de partido.

APOIO Caso aceite a oferta do PMDB, Aécio Neves disputaria a eleição com o apoio do presidente Lula. Ele (Lula) já admitiu que pode apoiar um candidato de outro partido, caso o PT não disponha de alguém em condições de brigar pela vaga em Brasília.

seu candidato. Lula deseja que partidos de esquerda, como PDT, PSB e o PCdoB apóiem o seu "nome" no pleito de 2008. Mas essas legendas ainda não fecharam esse apoio.

INVESTIMENTO Virtual candidata à Prefeitura paulistana, Marta Suplicy anunciou uma série de investimentos do Ministério do Turismo em São Paulo. A ministra é considerada pelas pesquisas como a melhor opção do PT para disputar a eleição, mas ela garante que só disputará uma eleição em 2010.

FORÇA Petistas de São Paulo ainda acreditam que a exprefeita mudará de idéia e aceitará concorrer em 2008. Caso ela mantenha sua decisão, o PT tem uma alternativa: o senador Aloizio Mercadante (SP), que obteve 34% dos votos na capital como candidato a governador no ano passado. Mas ele perdeu para Serra, lembram alguns petistas.

DOBRADINHA O PT deseja formar uma chapa com Marta Suplicy e Michel Temer (PMDB) como seu vice. Mas a legenda também prepara mais alternativas para o caso da ministra e do senador não aceitaram o posto de candidato em 2008. Os nomes mais cotados são os deputados Arlindo Chinaglia, José Eduardo Martins Cardoso e Jilmar Tatto e o ministro Fernando Haddad.

CHAPA Pressa: Jobim quer definir logo o nome do substituto de Denise Abreu

disse que vai estudar uma série de opções. "Vamos ver alguém especialista em regulação e um outro especialista em aviação",

disse o ministro. "Nelson Jobim informou ainda que as decisões em relação a Anac só serão tomadas depois do feriado de 7 de setembro. (AE)

O voto proporcional em 'xeque'

Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) promoverá amanhã, a partir das 8h30min, no Crowne Plaza Hotel, um encontro para debater a adoção do voto distrital. Atendendo ao convite do presidente da entidade, Alencar Burti, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Mário Velloso estarão presentes no evento. Eles discutirão a adoção do modelo durante o seminário "Meu Voto é Distrital – A Reforma Política que Interessa". A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) colocou o tema no centro das discussões

A

onde foi condecorado num almoço com o Alto Comando. A reestruturação inclui a criação da Secretaria de Aviação Civil, que será também a secretariaexecutiva do Conselho de Aviação Civil (Conac) e que ficará encarregada de cobrar ações do setor aéreo. Na avaliação do ministro, não é possível esperar a reestruturação da Anac para fazer a substituição de Denise Abreu, porque ficaria um vácuo até a definição da nova estrutura. Sem deixar claro se estava pensando em outra substituição, na Anac, Jobim

Eymar Mascaro

los entre os representantes e seus eleitores. Grande parte do eleitorado esquece em que votou e não há como cobrar o prometido pelo parlamentar. Já na mudança proposta, estados e municípios são divididos em distritos eleitorais. Cada um elegerá um deputado ou um vereador pelo sistema majoritário, ou seja, ganha aquele quem receber a maioria dos votos. Dessa forma, acreditam os favoráveis, o legislador terá que que mostrar serviço ou poder ser derrotado na eleição seguinte. Debate e reuniões – Após as apresentações, os deputados federais Arnaldo Madeira (PSDB-SP), Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), Virgílio Guimarães (PT-MG), José Carlos Ale-

luia (DEM-BA) e Fernando Coruja (PPS-SC) debaterão sobre o tema proposto. Participarão da roda os jornalistas Denise Rothenburg (Correio Braziliense), Germano Oliveira (O Globo) e César Felício (Valor Econômico). À tarde ocorrerão duas mesas de debates: a primeira do Conselho Diretor da CACB, formado pelos presidentes das Associações Comerciais do Brasil, para discutir o próximo congresso, em novembro, e o acompanhamento do projeto; a segunda terá a participação dos presidentes de Federações e Associações Comerciais para debater os próximos passos da campanha pelo voto distrital. Saiba mais pelo portal: www.acsp.com.br. (SK)

Já no PMDB, o cenário futuro pode ser composto por uma chapa Aécio e Ciro Gomes (PSB-CE) como vice-presidente. Os socialistas preparam a candidatura de Ciro, seja para presidente ou vice. O PSB integra a base de sustentação do governo no Congresso, o que é visto como vantagem.

INTERESSE É pensando na candidatura de Ciro Gomes que o PSB alimenta o desejo de disputar a prefeitura de São Paulo em 2008. O nome escolhido para o pleito é o da deputada Luiza Erundina (SP). A candidatura da exprefeita é encarada como fundamental para ampliar o eleitorado da legenda no estado.

NÃO QUER O PT é contra a candidatura de Erundina em São Paulo. A legenda avalia que sua entrada na disputa pode acarretar na divisão de votos com o

ACORDO José Serra e Geraldo Alckmin começam a se entender. Os dois irão dividir os cargos na Comissão Executiva do Diretório Municipal do PSDB paulistano. Os tucanos ainda divergem no projeto eleitoral de 2008. O governador espera que sua legenda apoie a reeleição de Gilberto Kassab (DEM), mas Alckmin deseja ser candidato a prefeito.

COMO SERIA Caso os tucanos fiquem ao lado de Kassab em 2008, os democratas garantem o apoio aos tucanos na disputa presidencial de 2010. Serra defende a coligação do seu partido com o DEM, mas Alckmin avalia que pode ganhar a eleição, afinal ele lidera todas as pesquisas de intenção de voto.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 28 de agosto de 2007

5

Banco Bankpar S.A. (Nova denominação social do Banco American Express S.A.) Empresa da Organização Bradesco CNPJ 60.419.645/0001-95 - Sede: Av. Maria Coelho Aguiar, 215 - Bloco F - 8º Andar - Jardim São Luís - São Paulo - SP Demonstração do Resultado dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil

Relatório da Administração Senhores Acionistas, Apresentamos a V.Sas. as Demonstrações Financeiras do Banco Bankpar S.A., elaboradas na forma da Legislação Societária, referentes ao semestre findo em 30 de junho de 2007. No semestre, o Bankpar registrou Patrimônio Líquido de R$ 123,3 milhões. São Paulo, 20 de agosto de 2007. Diretoria

Balanços Patrimoniais em 30 de junho – Em Reais mil

RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ....................................... Resultado de operações de crédito ........................................................... Resultado de operações com títulos e valores mobiliários ...................... Resultados com instrumentos financeiros derivativos ............................. Resultado de operações de câmbio ..........................................................

2007 119.026 117.007 1.635 (3.589) 3.973

2006 16.679 – 12.599 424 3.656

DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ..................................... Despesas de captação no mercado .......................................................... Operações de empréstimos, cessões e repasses .................................... Provisão para créditos de liquidação duvidosa ........................................

(43.810) (21.335) (351) (22.124)

(5.013) (4.926) (291) 204

RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA .......................

75.216

11.666

OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS .............................. Receitas de prestação de serviços ........................................................... Despesas de pessoal ................................................................................ Outras despesas administrativas .............................................................. Despesas tributárias .................................................................................. Resultado de participações em controladas e coligadas ......................... Outras receitas operacionais ..................................................................... Outras despesas operacionais ..................................................................

(76.343) 5.030 (29.205) (47.919) (7.815) 1.187 59.903 (57.524)

(37.336) 4.919 (22.632) (39.720) (5.319) – 77.523 (52.107)

7.474 8.310 1.365 1.365 1.215.324 – 1.032

RESULTADO OPERACIONAL ..................................................................... Resultado não operacional ........................................................................

(1.127) (13)

(25.670) –

RESULTADO ANTES DATRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO E PARTICIPAÇÕES ........................................................................................................

(1.140)

(25.670)

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ................................... Provisão para imposto de renda ................................................................ Provisão para contribuição social .............................................................

(4.571) (3.358) (1.213)

– – –

PREJUÍZO DO SEMESTRE .......................................................................

(5.711)

(25.670)

8.122 1.428.881

1.468 1.212.824

Número de ações ....................................................................................... Prejuízo por lote de mil ações em R$ ........................................................

347.487.104 ( 0,02)

12.457.142 (2,06)

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ..................................................................... DEPÓSITOS .............................................................................................. Depósitos à prazo ..................................................................................... OUTRAS OBRIGAÇÕES ............................................................................

4 – – 4

100.592 100.592 100.592 –

Diversas ....................................................................................................

4

RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS .............................................

11.756

13.760

PATRIMÔNIO LÍQUIDO .............................................................................. Capital realizado

123.811

92.743

- De domiciliados no país ......................................................................... Reservas de capital ..................................................................................

318.000 260

218.000 206

Prejuízos acumulados ..............................................................................

(194.449)

(125.463)

ATIVO

2007

2006

PASSIVO

2007

2006

CIRCULANTE ............................................................................................ DISPONIBILIDADES ................................................................................. APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ ................................. Aplicações em depósitos interfinanceiros ............................................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS .......................................................................................... Carteira própria .......................................................................................... Instrumentos financeiros derivativos ........................................................ OPERAÇÕES DE CRÉDITO ...................................................................... Operações de crédito - setor privado ........................................................ Provisão para créditos de liquidação duvidosa ....................................... OUTROS CRÉDITOS ................................................................................. Carteira de câmbio .................................................................................... Diversos .................................................................................................... Provisão para outros créditos de liquidação duvidosa ............................ OUTROS VALORES E BENS .................................................................... Despesas antecipadas .............................................................................

1.941.119 36.093 – –

1.434.053 36.954 5.000 5.000

CIRCULANTE ............................................................................................ DEPÓSITOS ..............................................................................................

1.817.325 366.476

1.232.473 –

Depósitos interfinanceiros ........................................................................ OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS .......................................................

366.476 11.135

– 15.784

1.166 – 1.166 329.853 351.802 (21.949) 1.563.749 47 1.563.702 – 10.258 10.258

113.353 112.161 1.192 – – – 1.278.577 67 1.284.276 (5.766) 169 169

Empréstimos no país ................................................................................ Empréstimos no exterior ........................................................................... INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ...................................... Instrumentos financeiros derivativos ........................................................ OUTRAS OBRIGAÇÕES ............................................................................ Cobrança e arrecadação de tributos e assemelhados ............................. Carteira de câmbio ....................................................................................

– 11.135 1.619 1.619 1.438.095 70 1.022

Fiscais e previdenciárias .......................................................................... Diversas ....................................................................................................

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ............................................................... OPERAÇÕES DE CRÉDITO ...................................................................... Operações de crédito - setor privado ........................................................ Provisão para créditos de liquidação duvidosa ....................................... OUTROS CRÉDITOS ................................................................................. Diversos .................................................................................................... OUTROS VALORES E BENS .................................................................... Despesas antecipadas .............................................................................

322 149 152 (3) 4 4 169 169

316 – – – 2 2 314 314

PERMANENTE .......................................................................................... INVESTIMENTOS ...................................................................................... Participação em coligadas - no país ........................................................ Outros investimentos ................................................................................ IMOBILIZAÇÕES DE USO ......................................................................... Outras imobilizações de uso .................................................................... Depreciações acumuladas ....................................................................... DIFERIDO .................................................................................................. Gastos de organização e expansão ......................................................... Amortização acumulada ...........................................................................

11.455 1.424 1.133 291 7.895 19.517 (11.622) 2.136 3.969 (1.833)

5.199 237 – 237 2.468 4.178 (1.710) 2.494 3.584 (1.090)

TOTAL ........................................................................................................

1.952.896

1.439.568

TOTAL ........................................................................................................

1.952.896

1.439.568

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido em 30 de junho – Em Reais mil CAPITAL REALIZADO

RESERVAS DE CAPITAL

EM 31.12.2005 ....................................................................................................................................................................................... AUMENTO DE CAPITAL SOCIAL DELIBERADO EM A.G.E DE 30 DE MARÇO DE 2006 .................................................................... CONSTITUIÇÃO DE RESERVA DE ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ................................................................................ PREJUÍZO DO SEMESTRE ...................................................................................................................................................................

191.000 27.000 – –

170 – 36 –

(99.793) – – (25.670)

91.377 27.000 36 (25.670)

EM 30.6.2006 .........................................................................................................................................................................................

218.000

206

(125.463)

92.743

EM 31.12.2006 .......................................................................................................................................................................................

218.000

206

(188.738)

29.468

AUMENTO DE CAPITAL SOCIAL DELIBERADO EM A.G.E DE 28 DE FEVEREIRO DE 2007 ............................................................ CONSTITUIÇÃO DE RESERVA DE ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS ................................................................................ PREJUÍZO DO SEMESTRE ...................................................................................................................................................................

100.000 – –

– 54 –

– – (5.711)

100.000 54 (5.711)

EM 30.6.2007 .........................................................................................................................................................................................

318.000

260

(194.449)

123.811

EVENTOS

PREJUÍZOS ACUMULADOS

TOTAL

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil 2007 427.620 (1.696) 100.000 100.000 329.316 325.380 324.076 1.304 3.383 – – 3.383 –

2006 182.615 2.377 27.000 27.000 153.238 68.529 67.899 630 84.625 56.253 12.298 15.904 170

499 54

84 –

APLICAÇÕES DOS RECURSOS ............................................................... PREJUÍZO AJUSTADO ............................................................................... Prejuízo do semestre ................................................................................. Depreciações e amortizações ................................................................... Equivalência patrimonial ........................................................................... INVERSÕES EM ........................................................................................ Imobilizado de uso ..................................................................................... APLICAÇÕES NO DIFERIDO ..................................................................... AUMENTO DOS SUBGRUPOS DO ATIVO CIRCULANTE E REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ..................................................................................... Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos ....... Operações de crédito ................................................................................. Outros valores e bens ................................................................................ DIMINUIÇÃO DOS SUBGRUPOS DO PASSIVO CIRCULANTE E EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ...................................................................................... Obrigações por empréstimos e repasses .................................................. Outras obrigações ...................................................................................... DIMINUIÇÃO DAS DISPONIBILIDADES ....................................................

482.106 4.908 5.711 (1.990) 1.187 2.285 2.285 –

207.315 24.897 25.670 (773) – 553 553 140

341.036 1.025 330.002 10.009

– – – –

133.877 38.853 95.024 (54.486)

181.725 54.397 127.328 (24.700)

No início do semestre ............................................. No final do semestre ............................................... Diminuição das disponibilidades ...........................

90.579 36.093 (54.486)

61.654 36.954 (24.700)

ORIGENS DOS RECURSOS ...................................................................... VARIAÇÃO NOS RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS .................. RECURSOS DOS ACIONISTAS ................................................................. Aumento de capital social ......................................................................... RECURSOS DETERCEIROS ORIGINÁRIOS DE ....................................... - Aumento dos subgrupos do passivo circulante e exigível a longo prazo Depósitos ................................................................................................. Instrumentos financeiros derivativos ....................................................... - Diminuição dos subgrupos do ativo circulante e realizável a longo prazo Aplicações interfinanceiras de liquidez .................................................. Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos ..... Outros créditos ......................................................................................... Outros valores e bens .............................................................................. - Alienação de : Imobilizado em uso .................................................................................. - Dividendos recebidos de coligadas e controladas .................................

MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA

Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras 1)

2)

3)

CONTEXTO OPERACIONAL O Banco Bankpar S.A. integrante da Organização Bradesco, está organizado sob a forma de banco múltiplo, autorizado a operar com as carteiras de investimentos, de crédito, financiamento e investimento e também autorizado a operar no mercado de câmbio. As operações são conduzidas no contexto de um conjunto de instituições que atuam integradamente no mercado financeiro, e certas operações tem a co-participação ou a intermediação de instituições associadas, integrantes do sistema financeiro. Os benefícios dos serviços prestados entre essas instituições e os custos da estrutura operacional e administrativa são absorvidos, segundo a praticabilidade de lhes serem atribuídos, em conjunto ou individualmente. Em 28 de junho de 2006, o Bradesco comunicou aos seus acionistas, clientes e ao mercado em geral a aprovação pelo Banco Central do Brasil do Contrato de Compra e Venda realizado com a American Express Company, para assumir suas operações de cartões de crédito e atividades correlatas no Brasil, compreendendo a transferência para o Bradesco das subsidiárias da American Express no Brasil que atuam no ramo de cartões de crédito, corretagens de seguros, serviços de viagens, de câmbio no varejo e operações de crédito direto ao consumidor - CDC, bem como o direito de exclusividade do Bradesco para a emissão de cartões de crédito da linha Centurion no Brasil. A linha Centurion inclui os tradicionais cartões Green, Gold e Platinum que apresentam a logomarca American Express Centurion. O direito de exclusividade considera o prazo mínimo de 10 anos e permite ao Bradesco emitir cartões de crédito American Express para clientes pessoas físicas e jurídicas, oferecer o programa “Membership Rewards” relativo a esses cartões, e administrar a rede de estabelecimentos para a aceitação dos cartões American Express no Brasil. Em Assembléia Geral Extraordinária ocorrida em 30 de junho de 2006, os acionistas deliberam entre outros atos societários a alteração da razão social de Banco American Express S.A., para Banco Bankpar S.A. e reformulação do Estatuto Social, adaptando-o aos das demais empresas da Organização Bradesco. Estas alterações foram homologadas pelo Banco Central do Brasil (BACEN) em 27 de julho de 2006. A partir de 1o de janeiro de 2007, o Banco Bankpar S.A. deixou de atuar como mandatário dos associados aos cartões American Express para fins de obtenção de empréstimos e financiamentos junto a instituições financeiras do mercado. Desta forma, o Banco passou a conceder diretamente empréstimos e financiamentos aos associados e, neste contexto, os resultados financeiros dessas operações e os conseqüentes reflexos passaram a ser registrados no Banco.

4)

INFORMAÇÕES PARA EFEITO DE COMPARABILIDADE Não houve reclassificações significativas ou outras informações relevantes em períodos anteriores, que afetem a comparabilidade com as demonstrações financeiras em 30 de junho de 2006.

5)

APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ a) Vencimentos 2006 Total Aplicações em depósitos interfinanceiros ................................................................ 5.000 Total em 30 de junho .................................................................................................. 5.000 Em 30 de junho de 2006, representam Certificados de Depósitos Interbancários - CDI com entidades ligadas no valor de R$ 5.000 com vencimento em julho de 2006. b) Receitas de aplicações interfinanceiras de liquidez Classificadas na demonstração de resultado como resultado de operações com títulos e valores mobiliários.

APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras do Banco foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil emanadas da legislação societária e das normas e instruções do Conselho Monetário Nacional CMN e do Banco Central do Brasil - BACEN, consubstanciadas no Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro - COSIF. PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. As operações com taxas pré-fixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro são apresentadas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro rata” dia e calculadas pelo método exponencial. b) Aplicações interfinanceiras de liquidez As aplicações interfinanceiras de liquidez são registradas pelo valor de aplicação, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidos de provisão para desvalorização, quando aplicável. As aplicações interfinanceiras com empresas ligadas do mesmo grupo são efetuadas com base em taxas médias de mercado. c) Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos (ativo e passivo) O BACEN, por meio das Circulares nos. 3.068/02 e 3.082/02 estabeleceu os critérios de avaliação e classificação contábil de títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos, introduzindo o conceito de marcação pelo valor de mercado e de classificação de acordo com a intenção da administração em operar com determinado título e em instrumento financeiro derivativo para registro contábil. De acordo com esses critérios, os títulos e valores mobiliários são classificados e avaliados conforme abaixo: • Títulos para negociação. • Títulos disponíveis para venda. • Títulos mantidos até o vencimento. Os títulos do Banco Bankpar S.A. são classificados como para negociação e são avaliados, na data do balanço, pelo seu valor de mercado, em contrapartida à adequada conta de receita e despesa, na demonstração de resultados. As operações com instrumentos financeiros derivativos são classificados de acordo com a intenção da Administração, na data do início da operação, levando-se em consideração se sua finalidade é para proteção contra riscos (“hedge”) ou não. Os instrumentos financeiros derivativos que não atendem aos critérios de “hedge” contábil estabelecidos pelo BACEN, principalmente derivativos utilizados para administrar a exposição global de risco, são contabilizados pelo valor de mercado, com as valorizações ou desvalorizações reconhecidas diretamente no resultado. d) Operações de crédito e provisão para créditos de liquidação duvidosa As operações de crédito são classificadas nos respectivos níveis de risco, observando: (i) os parâmetros estabelecidos pela Resolução no. 2.682 do CMN, que requer a sua classificação em nove níveis, sendo “AA” (risco mínimo) e “H” (risco máximo) e (ii) a avaliação da Administração quanto ao nível de risco. Essa avaliação, realizada periodicamente, considera a conjuntura econômica, a experiência passada e os riscos específicos e globais em relação às operações, aos devedores e garantidores. Adicionalmente, também são considerados os períodos de atraso definidos na Resolução no. 2.682 do CMN, para atribuição dos níveis de classificação dos clientes da seguinte forma: Periodo de atraso

2007 Rendas de aplicações interfinanceiras de liquidez ........................... 6)

2006 460

2007 Movimentação Saldo inicial ............................................................................................................... – Constituição de provisão ........................................................................................... 22.124 Créditos baixados para prejuízo ................................................................................ (172) Saldo final .................................................................................................................. 21.952 No semestre findo em 30 de junho de 2007 foram recuperados créditos no montante de R$ 2. 8)

4.566

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS Apresentamos as informações relativas a títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos. a) Resumo da classificação dos títulos e valores mobiliários por segmentos de negócios e emissor 2007 Títulos para negociação Títulos públicos ................................................................................... Instrumentos financeiros derivativos - NDF ........................................

– 1.166 1.166

2007 Valor de mercado contábil

1 a 30 dias

112.161 1.192 113.353 2006 Valor de mercado contábil

– – 112.161 – – 83.210 – – 28.951 1.166 1.166 1.192 1.166 1.166 1.192 1.166 1.166 113.353 Os títulos públicos estão custodiados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELIC. c) Composição das carteiras distribuídas pelas rubricas de publicação

Total

Carteira própria Títulos de renda fixa .................................................. Letras Financeiras do Tesouro - LFT ......................... Letras do Tesouro Nacional - LTN .............................. Instrumentos financeiros derivativos ......................

– – – – – – 1.166 1.166 1.166 1.166 d) Resultado com títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos 2007 Títulos de renda fixa ............................................................................ Aplicações interfinanceiras de liquidez (Nota 5 (b)) ........................... Subtotal ............................................................................................... Resultado com instrumentos financeiros derivativos ........................ 7)

1.175 460 1.635 (3.589) (1.954)

Maior devedor .................................. Dez maiores devedores .................. Vinte maiores devedores ................ Cinqüenta maiores devedores ........ Cem maiores devedores ................. Demais devedores ..........................

112.161 83.210 28.951 1.192 113.353

2007 Dez maiores devedores ...................................................................... Cinqüenta maiores devedores ............................................................ Cem maiores devedores ..................................................................... Demais clientes/emitentes .................................................................

1.465 2.219 3.134 345.136 351.954

0,42% 0,63% 0,89% 98,06% 100,00%

c) Setor de atividade 2007 Setor privado - comércio ............................................................................................ Setor privado - indústria ............................................................................................. Setor privado - intermediários financeiros ................................................................. Setor privado - outros serviços .................................................................................. Setor privado - pessoas físicas .................................................................................

202 265 1 112 351.374 351.954 d) Composição das operações de crédito por nível de risco e da provisão para créditos de liquidação duvidosa 2007 Curso anormal Curso Nível de risco Vincendas Vencidas Total Normal Total AA .............................................. A ................................................ B ................................................ C ................................................ D ................................................ E ................................................ F ................................................. G ................................................ H ................................................ Total ...........................................

– – 476 156 19 3 1 5 13 673

– – 5.346 4.102 4.189 692 967 651 2.093 18.040

– – 5.822 4.258 4.208 695 968 656 2.106 18.713

283 281.795 5.908 23.059 6.974 2.057 1.760 1.305 10.100 333.241

283 281.795 11.730 27.317 11.182 2.752 2.728 1.961 12.206 351.954

1,03% 1,27% 1,52% 1,99% 2,13% 92,06% 100,00%

2006

Percentual

3.587 21.200 33.241 56.890 80.646 957.562 1.153.126

0,31% 1,84% 2,88% 4,93% 6,99% 83,05% 100,00%

2007

2006

2006 Saldo inicial ............................................................................................................... 5.970 Reversão de provisão ................................................................................................ (204) Saldo final .................................................................................................................. 5.766 Em decorrência da classificação das operações de cartões em títulos e créditos sem característica de concessão de crédito, não há constituição de provisão para títulos de crédito de liquidação duvidosa no semestre findo em 30 de junho de 2007.

Total

Percentual

Percentual

83.807 74.810 20.926 21.071 108.971 113.030 1.161.674 937.292 8.569 5.382 546 1.032 268 509 1.384.761 1.153.126 e) Movimentação da provisão para títulos de crédito de liquidação duvidosa do semestre

8.033 4.566 12.599 424 13.023

278.293 373 7.898 286.564 11.578 66 3.930 15.574 9.134 52 3.490 12.676 19.176 114 2.165 21.455 14.908 68 557 15.533 152 – – 152 333.241 673 18.040 351.954 Conforme descrito na Nota 1, o Banco passou a operar com operações de crédito a partir de 1º de janeiro de 2007. b) Concentração dos títulos de crédito

14.295 17.527 21.093 27.497 29.507 1.274.842 1.384.761

Setor privado - indústria ...................................................................... Setor privado - comércio ..................................................................... Setor privado - serviços ...................................................................... Setor privado - pessoas físicas .......................................................... Setor privado - intermediários financeiros .......................................... Setor privado - rural ............................................................................. Setor público - federal .........................................................................

2006

De 01 a 30 dias ............................... De 31 a 60 dias ............................... De 61 a 90 dias ............................... De 91 a 180 dias ............................. De 181 a 360 dias ........................... De 361 dias a 3 anos ......................

Custo normal 91 a 180 181 a 360 Acima de dias dias 360 dias Total

d) Setor de atividade

2007 Curso anormal Vincendas Vencidas

61 a 90 dias

2007

2006 Total

OPERAÇÕES DE CRÉDITO a) Modalidades e prazos em 30 de junho de 2007

Empréstimos e títulos descontados Curso normal

31 a 60 dias

Títulos e créditos a receber (*) ........... 711.797 247.610 141.434 216.074 67.842 4 1.384.761 Saldo em 30 de junho de 2007 .. 711.797 247.610 141.434 216.074 67.842 4 1.384.761 Títulos e créditos a receber (*) ........... 625.046 217.610 107.633 154.073 48.762 2 1.153.126 Saldo em 30 de junho de 2006 .. 625.046 217.610 107.633 154.073 48.762 2 1.153.126 (*) Referem-se a valores a receber dos titulares de cartões de crédito não vencidos ou não faturados. Esses valores têm como contrapartida contas a pagar a estabelecimentos afiliados, conforme Nota 17(c)(ii). A partir de setembro de 2006, em alinhamento com o critério adotado de classificação pelo novo controlador (Nota 1), os valores a receber dos titulares de cartões American Express, representados por compra à vista e valores não faturados, são apresentados em 30 de junho de 2007 em títulos e créditos a receber sem característica de concessão de crédito. b) Modalidade e níveis de risco Em decorrência da classificação das operações de cartões em títulos e créditos sem característica de concessão de crédito, não há classificação por nível de risco no semestre findo em 30 de junho de 2007 e 2006. c) Concentração dos títulos de crédito

2006

Títulos públicos ......................................................... Letras Financeiras do Tesouro - LFT ......................... Letras do Tesouro Nacional - LTN .............................. Títulos privados ........................................................ Instrumentos financeiros derivativos - NDF ..............

2007 1 a 30 dias

OUTROS CRÉDITOS - TÍTULOS E CRÉDITOS A RECEBER a) Modalidades e prazos 1 a 30 dias

b) Composição da carteira consolidada por emissor

Classificação do cliente

De 0 a 14 dias ................................................................................................ A B De 15 a 30 dias .............................................................................................. C De 31 a 60 dias .............................................................................................. D De 61 a 90 dias .............................................................................................. E De 91 a 120 dias ............................................................................................ F De 121 a 150 dias .......................................................................................... G De 151 a 180 dias .......................................................................................... H Superior a 180 dias ........................................................................................ A atualização (accrual) das operações de crédito vencidas até o 59o. dia é contabilizada em receitas de operações de crédito e, a partir do 60o dia, em rendas a apropriar. As operações em atraso classificadas como nível “H” permanecem nessa classificação por seis meses, quando então são baixadas contra a provisão existente e controladas, por até cinco anos, em contas de compensação, não mais figurando no balanço patrimonial. As operações renegociadas são mantidas no mesmo nível em que estavam classificadas. As renegociações de operações de crédito, que já haviam sido baixadas contra a provisão e que estavam em contas de compensação, são classificadas como nível “H” e os eventuais ganhos provenientes da renegociação somente são reconhecidos quando efetivamente recebidos. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é apurada em valor suficiente para cobrir prováveis perdas e leva em conta as normas e instruções do BACEN, associadas às avaliações procedidas pela administração, na determinação dos riscos de crédito. e) Outros créditos - títulos de crédito a receber Os outros créditos referem-se, basicamente, a títulos de créditos a receber sem característica de concessão de créditos sendo representados por operações de cartões de crédito a vencer sem juros e são apresentados em “Outros Créditos - Diversos”. f) Imposto de renda e contribuição social (ativo e passivo) A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10% sobre a parcela da base de cálculo que exceder R$ 20 mensais. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. A base de cálculo é o lucro contábil ajustado pelas adições e exclusões previstas na legislação. g) Investimentos O investimento em coligada foi avaliado pelo método de equivalência patrimonial. O título patrimonial da Câmara de Custódia e Liquidação - CETIP foi avaliado pelo valor patrimonial, não auditado, informado pela própria instituição. h) Ativo imobilizado É demonstrado ao custo de aquisição, líquido das respectivas depreciações acumuladas, calculadas pelo método linear de acordo com a vida útil econômica estimada dos bens, sendo: móveis e equipamentos de uso - 10% ao ano, instalações e benfeitorias em imóveis de terceiros - 20% ao ano e sistemas de processamento de dados - 30% ao ano. i) Ativo diferido Está registrado ao custo de aquisição ou formação. A amortização do diferido, composto por gastos com desenvolvimentos de programas de processamento de dados, é efetuada a taxa anual de 20%. j) Depósitos São demonstrados pelos valores das exigibilidades e consideram os encargos exigíveis até a data do balanço, reconhecidos em base “pro rata” dia. k) Outros ativos e passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias e cambiais (em base “pro rata” dia) auferidos e provisão para perda, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e das variações monetárias e cambiais (em base “pro rata” dia) incorridos.

Provisão mínima requerida Específica (1) Provisão Provisão Nível de risco Vincendas Genérica (2) Total excedente(3) existente Vencidas AA .................... – – – – – – A ...................... – – 1.409 1.409 – 1.409 B ...................... 53 5 59 117 – 117 C ...................... 123 5 692 820 1.578 2.398 D ...................... 419 2 697 1.118 1.143 2.261 1 617 826 – 826 E ...................... 208 F ....................... 484 – 880 1.364 – 1.364 G ...................... 455 3 913 1.371 – 1.371 13 10.100 12.206 – 12.206 H ...................... 2.093 3.835 29 15.367 19.231 2.721 21.952 (1) Para operações que apresentem parcelas vencidas há mais de 14 (dias); (2) Constituída em razão da classificação do cliente ou da operação e, portanto, não enquadrada no item anterior; (3) A provisão excedente é constituída considerando a experiência da Administração e a expectativa de realização da carteira de créditos, de modo a apurar a provisão total julgada adequada para cobrir os riscos específicos e globais dos créditos, associada à provisão calculada de acordo com a classificação pelo níveis de risco e os respectivos percentuais de provisão estabelecidos com mínimos na Resolução no 2682 do CMN. A provisão excedente por cliente foi classificada nos correspondentes níveis de riscos. e) Movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa

l) Ativos e passivos contingentes e obrigações legais - fiscais e previdenciárias O reconhecimento, a mensuração e a divulgação das contingências ativas e passivas e obrigações legais são efetuados de acordo com os critérios definidos na Deliberação CVM no. 489/05. Passivos contingentes: são constituídos levando em conta a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade; e no posicionamento de nossos tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável, o que ocasionaria uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes classificados como de perdas possíveis são reconhecidos contabilmente, com base em avaliação individual da administração, levando-se em consideração a experiência histórica de resultado, para processos de mesma natureza. Os casos classificados como remotos não requerem provisão e divulgação. As operações e as conseqüentes repercussões fiscais e trabalhistas realizadas até a mudança do controle acionário foram conduzidas sob a administração de outros acionistas que assumem a responsabilidade de seus reflexos patrimoniais, conforme previsto contratualmente.

9)

OUTROS CRÉDITOS a) Carteira de câmbio A carteira de câmbio é composta em 30 de junho de 2007 por operações de câmbio comprado a liquidar no valor de R$ 47 (2006 - R$ 67). b) Diversos 2007

2006

Títulos e créditos a receber ................................................................. Valores a receber dos titulares dos cartões (i) (nota 8) .................... Taxa de anuidade (ii) ......................................................................... Imposto e contribuições a compensar ................................................ Créditos a receber de bancos conveniados (iii) ................................. Créditos temporários concedidos (iv) ................................................. Rendas a apropriar cartões (v) ............................................................ Contas a receber EBTA (vi) ................................................................. Adiantamentos e antecipações salariais ........................................... Valores a receber com partes relacionadas (nota 24) ......................... Adiantamentos a fornecedores diversos ............................................ Valores a receber American Express Company (vii) .......................... Operações a processar com clientes (viii) ......................................... Outros ..................................................................................................

1.394.313 1.161.706 1.384.761 1.153.126 9.552 8.580 5.157 – 56.957 44.380 4.163 3.699 7.452 21.725 7.596 27.162 1.442 921 1.062 15.082 4.177 6.201 7.052 – 61.511 1.191 12.824 2.211 1.563.706 1.284.278 (i) Refere-se, a valores a receber dos titulares de cartões de crédito, conforme mencionado na Nota 8. Estes valores têm como contrapartida contas a pagar a estabelecimentos afiliados, conforme Nota 17(c)(ii). (ii) Estão representados por anuidades cobradas dos associados aos cartões American Express na data de aniversário dos respectivos cartões. (iii) Valores a receber de bancos conveniados, que utilizam a bandeira American Express. Estes valores têm como contrapartida contas a pagar a estabelecimentos afiliados, conforme Nota 17(c)(ii). (iv) Valores a receber dos associados aos cartões American Express que encontram-se em processo de pesquisa quanto à sua exigibilidade, pelo período máximo de 90 dias. (v) Valores a receber referentes a juros por atraso, faturados e não vencidos e juros de produtos parcelados, cujos valores não são financiados junto aos bancos conveniados. (vi) Valores a receber dos associados aos cartões American Express na compra de passagens aéreas através do produto EBTA. (vii) Estão representados, basicamente, por valores a receber da American Express Company, relativos a valores a receber de titulares estrangeiros de cartão de crédito que realizaram compras em estabelecimentos no Brasil. (viii) Referem-se a pagamentos feitos pelos associados aos cartões American Express no final de junho de 2007 e processados em julho de 2007.

CONTINUA


Trabalhamos sete dias por ano só para pagar CPMF

Taxímetro do Leão agora com muito mais detalhes

O tributarista Gilberto Amaral, com o presidente da ACSP, Alencar Burti, e o secretário Afif, pede combate à CPMF. E 1 Newton Santos/Hype

Economia 4 Ano 83 - Nº 22.448

RENANGATE

São Paulo, terça-feira, 28 de agosto de 2007

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição concluída às 23h55

Decisão na quinta Página 4

w w w. d co m e rc i o. co m . b r

José Dirceu

Supremo cansaço!

(ex-ministro da Casa Civil e deputado cassado) corrupção ativa

Delúbio Soares

agem

rques/Folha Im

Foto: Alan Ma

(ex-tesoureiro do PT) corrupção ativa

Ministra Ellen

Anderson Adauto

(ex-ministro dos Transportes) lavagem de dinheiro e corrupção ativa

Gracie

Valdemar Costa Neto

(deputado) corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha

José Genoino

r Peluso

Ministro Ceza

(ex-presidente do PT e deputado) corrupção ativa

Roberto Jefferson (deputado cassado) corrupção passiva e lavagem de dinheiro

Procurador Fernan

do de Souza

Celso Junior/AE

Ministro Joaquim Barbosa, no plenário do STF: leitura de relatório sobre denúncia contra os 40 mensaleiros.

E mais 31 Ministro Celso

O Supremo Tribunal Federal também aceitou denúncias da Procuradoria Geral da República contra mais 31 políticos, dirigentes partidários e empresários. Hoje será a vez do julgamento do publicitário Duda Mendonça e de sua sócia. E, mais uma vez, de Silvio Pereira, ex-dirigente do PT. Página 3.

Mello

Milton Mansilha/LUZ

Milton Mansilha/LUZ

HOJE Parcialmente nublado Máxima 23º C. Mínima 14º C.

AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 24º C. Mínima 14º C.

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Informática


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 28 de agosto de 2007

ECONOMIA/LEGAIS - 7

HP Financial Services Arrendamento Mercantil S.A. Sociedade Anônima de Capital Fechado CNPJ/MF nº 97.406.706/0001-90 Internet - http://www.hp.com.br Tel.: (11) 4197-8000 Fax: (11) 4197-8356 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores acionistas: Em cumprimento às disposições estatutárias e legislação em vigor, submetemos à apreciação de V.Sas., o Balanço Patrimonial, a Demonstração do Resultado, a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido e a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos relativas aos semestre findo em 30 de junho de 2007 e de 2006, juntamente com o Parecer dos Auditores Independentes. Carteira de Arrendamentos e Mercado Arrendador O mercado arrendador registrou aumento no volume de novos negócios no semestre findo em 30 de junho de 2007, segundo informações da ABEL – Associação Brasileira das Empresas de Leasing, com um crescimento de 59,09% se comparado ao volume de R$ 20.160 milhões contra R$ 12.672 milhões no mesmo período de 2005. A carteira de arrendamento financeiro da HP Financial Services Arrendamento Mercantil

S.A. alcançou o montante de R$ 413.581 mil, composta por contratos vinculados à variação cambial, certificados de depósitos interfinanceiros e taxas prefixadas, com prazos entre 24 e 60 meses. Fontes de Recursos A HP Financial Services Arrendamento Mercantil S.A. faz suas captações de recursos diretamente do exterior, tendo como política manter o casamento de prazos e indexadores entre as operações ativas e passivas se utilizando de instrumentos financeiros derivativos. A empresa está estruturada e capitalizada, acreditando no crescimento da economia brasileira. Capital Social e Patrimônio Líquido O Capital Social, no montante de R$ 267.251 mil, composto de 264.508.606 ações ordinárias, nominativas, e 1.001 ações preferenciais classe A nominativas, sem valor no-

BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 (Em milhares de reais)

Circulante Disponibilidades Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Carteira própria Instrumentos financeiros derivativos Operações de arrendamento mercantil Arrendamentos a receber – setor privado Rendas a apropriar de arrendamentos a receber Valores residuais a realizar Valores residuais a balancear Adiantamento a fornecedor Outros créditos Diversos Outros valores e bens Bens não de uso próprio Despesas antecipadas Realizável a longo prazo Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Instrumentos financeiros derivativos Operações de arrendamento mercantil Arrendamentos a receber – setor privado Rendas a apropriar de arrendamentos a receber Valores residuais a realizar Valores residuais a balancear Provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa Outros créditos Diversos Provisão para outros créditos de liquidação duvidosa Outros valores e bens Despesas antecipadas Permanente Imobilizado de arrendamento Bens arrendados Superveniência de depreciações Depreciações acumuladas Diferido Perdas em arrendamento a amortizar Amortizações acumuladas Total do Ativo

DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO Semestres findos em 30 de junho 2007 e 2006 (Em milhares de reais, exceto lucro por lote de mil ações)

PASSIVO

ATIVO 2007 59.968 1.349

2006 26.574 1.258

38.437 35.204 3.233 18.904 191.362 (189.794) 6.552 (6.552) 17.336 1.221 1.221 57 – 57

13.237 13.237 – 8.718 180.492 (178.812) 9.165 (9.165) 7.038 3.230 3.230 131 43 88

18.888

9.981

– – (3.565) 284.833 (284.833) 1.806 (1.806)

572 572 (3.699) 265.731 (265.731) 1.492 (1.492)

(3.565) 22.453 22.676 (223) – –

(3.699) 13.101 13.102 (1) 7 7

452.417 450.893 711.262 128.166 (388.535) 1.524 4.119 (2.595)

434.262 420.173 605.983 85.674 (271.484) 14.089 26.524 (12.435)

531.273

470.817

2007 60.757 29.448 29.448 4.945 4.945 26.364 3.806 511 – 22.047

Circulante Obrigações por empréstimos e repasses Empréstimos no exterior Instrumentos financeiros derivativos Instrumentos financeiros derivativos Outras obrigações Fiscais e previdenciárias Sociais e estatutárias Dívidas subordinadas Diversas

2006 55.189 30.213 30.213 7.617 7.617 17.359 2.328 1.434 1.549 12.048

Exigível a longo prazo Obrigações por empréstimos e repasses Empréstimos no exterior Instrumentos financeiros derivativos Instrumentos financeiros derivativos Outras obrigações Fiscais e previdenciárias Diversas

129.552 94.606 94.606 – – 34.946 32.041 2.905

90.604 64.141 64.141 1.792 1.792 24.671 21.418 3.253

Patrimônio líquido Capital social – de domiciliados no exterior Reserva de lucros Lucros acumulados

340.964 267.251 5.104 68.609

325.024 267.251 4.353 53.420

Total do Passivo

531.273

470.817

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 (Em milhares de reais)

Saldos em 31 de dezembro de 2005 Reversão de dividendos Lucro líquido do semestre Destinações: - Reserva legal - Dividendos propostos Saldos em 30 de junho de 2006 Saldos em 31 de dezembro de 2006 Reversão de dividendos Lucro líquido do semestre Destinações: - Reserva legal - Dividendos propostos Saldos em 30 de junho de 2007

Capital Social 267.251 – –

Reserva de lucros Legal 3.096 – –

Lucros acumulados 29.672 1.286 25.153

Total 300.019 1.286 25.153

– – 267.251 267.251 – –

1.257 – 4.353 4.656 – –

(1.257) (1.434) 53.420 58.829 1.779 8.960

– (1.434) 325.024 330.736 1.779 8.960

– – 267.251

448 – 5.104

(448) (511) 68.609

– (511) 340.964

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 (Em milhares de reais) 1. Contexto Operacional O objetivo principal da Sociedade é a prática de operações de arrendamento mercantil que são contratadas diretamente com os clientes corporativos da Hewlett-Packard Brasil Ltda., por meio do fornecimento de máquinas e equipamentos de informática e soluções tecnológicas e com clientes usuários de microcomputadores e periféricos por meio do canal de distribuição dos produtos HP. Os contratos de arrendamento mercantil são efetuados a taxas prefixadas ou pósfixadas. As operações com taxas prefixadas ou indexadas a variação dos certificados de depósitos interfinanceiros (CDI) são efetuadas com recursos próprios, e as operações vinculadas à variação cambial com recursos de empréstimos contraídos diretamente no exterior. 2. Base de Preparação e Apresentação das Demonstrações Financeiras As demonstrações financeiras são preparadas de acordo com as disposições da Lei das Sociedades por Ações e normas do Banco Central do Brasil e apresentadas em conformidade com o Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional – COSIF. 3. Resumo das Principais Práticas Contábeis a) Rendas de arrendamento mercantil e apuração do resultado As rendas de arrendamento são registradas quando dos vencimentos das parcelas contratuais, conforme determinado pela Portaria MF-140/84, não observando o regime de competência. As demais receitas e despesas são reconhecidas pelo regime de competência, sendo que as de natureza financeira são calculadas com base no método exponencial, exceto aquelas relativas a operações com o exterior, as quais são calculadas com base no método linear. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate e as receitas e despesas, correspondentes ao período futuro, são registradas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As operações com taxas pós-fixadas ou indexadas a moedas estrangeiras são atualizadas até a data do balanço. b) Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Os títulos e valores mobiliários são classificados de acordo com a intenção da Administração, nas seguintes categorias: - títulos para negociação; - títulos disponíveis para venda; - títulos mantidos até o vencimento. Os títulos classificados como para negociação e os disponíveis para venda são avaliados, na data do balanço, pelo seu valor de mercado e os classificados como títulos mantidos até o vencimento são avaliados pelo seu custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço. Os títulos para negociação estão classificados no ativo circulante, independente do prazo de vencimento. Os ajustes para o valor de mercado dos títulos classificados para negociação são reconhecidos no resultado do período. Os ajustes para o valor de mercado dos títulos classificados como disponíveis para venda são contabilizados em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários, sendo transferidos para o resultado do período quando da efetiva realização, através da venda definitiva dos respectivos títulos e valores mobiliários. Os instrumentos financeiros derivativos compostos pelas operações com opções, operações de futuro e operações de “swap” são contabilizados de acordo com os seguintes critérios: - Operações com opções – os prêmios pagos ou recebidos são contabilizados no ativo ou passivo, respectivamente, até o efetivo exercício da opção, e contabilizado como redução ou aumento do custo do direito, pelo efetivo exercício da opção, ou como receita ou despesa no caso de não-exercício; - Operações de futuro – o valor dos ajustes diários é contabilizado em conta de ativo ou passivo e apropriado diariamente como receita ou despesa; - Operações de swap – o diferencial a receber ou a pagar é contabilizado em conta de ativo ou passivo, respectivamente, apropriado como receita ou despesa “pro rata” até a data do balanço. As operações com instrumentos financeiros derivativos são avaliadas, na data do balanço, pelo valor de mercado, contabilizando a valorização ou a desvalorização conforme segue: - instrumentos financeiros derivativos não considerados como “hedge” – Em conta de receita ou despesa, no resultado do período; - instrumentos financeiros derivativos considerados como “hedge”– São classificados como “hedge” de risco de mercado ou “hedge” de fluxo de caixa. Os “hedges” de risco de mercado são destinados a compensar os riscos decorrentes da exposição à variação no valor de mercado do item objeto de “hedge” e a sua valorização ou desvalorização é contabilizada em contrapartida às contas de receita ou despesa, no resultado do período. Os “hedges” de fluxo de caixa são destinados a compensar a variação no fluxo de caixa futuro estimado e a sua valorização ou desvalorização é contabilizada em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido. Os respectivos itens objeto de “hedge” são ajustados pelo valor de mercado na data do balanço. c) Operações de arrendamento mercantil e provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa As operações de arrendamento mercantil são classificadas de acordo com o julgamento da administração quanto ao nível de risco, levando em consideração a conjuntura econômica, a experiência passada e os riscos específicos em relação à operação, aos devedores e garantias, observando os parâmetros estabelecidos pela

minal, está totalmente subscrito e integralizado, sendo seu acionista majoritário a HPFS Brazil Holdings B.V. O Patrimônio Líquido em 30 de junho de 2007 foi de R$ 340.964 mil. (2006 – R$ 325.024 mil). Agradecimentos Agradecemos aos senhores acionistas e clientes, o apoio, preferência, confiança e suportes recebidos. Aos colaboradores, que corresponderam aos desafios com dedicação e entusiasmo, nosso reconhecimento especial pelo compromisso de juntos termos construído uma empresa que excedeu as expectativas de Clientes e Acionistas. Barueri, 14 de agosto de 2007 A Administração

Resolução nº 2682, do Banco Central do Brasil, que requer a análise periódica da carteira e sua classificação em nove níveis distintos, sendo “AA” (risco mínimo) e “H” (risco máximo – perda). As rendas das operações vencidas há mais de 60 dias, independente de seu nível de risco, somente são reconhecidas como receita quando efetivamente recebidas. As operações classificadas como nível “H” permanecem nessa classificação por seis meses, quando então são baixadas contra a provisão existente e controladas, por cinco anos, em contas de compensação, não mais figurando no balanço patrimonial. As operações renegociadas são mantidas, no mínimo, no mesmo nível em que estavam classificadas. As renegociações de operações de arrendamento mercantil que já haviam sido baixadas contra a provisão, e que estavam em contas de compensação, são classificadas como nível “H” e os eventuais ganhos provenientes da renegociação somente são reconhecidos como receita, quando efetivamente recebidos. d) Imobilizado de arrendamento Substancialmente representado por equipamentos de informática. A depreciação é calculada pelo método linear, contabilizada mensalmente, com base nos respectivos prazos usuais de vida útil, prazos estes considerados com redução de 30% conforme previsto pela legislação fiscal. e) Imposto e contribuição sobre a renda A provisão para imposto de renda foi constituída à alíquota de 15%, acrescida de adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente a R$ 120 para o semestre (R$ 240 para o exercício), e a contribuição social foi constituída à alíquota de 9%, ambos calculados com base no lucro contábil ajustado pelas adições e exclusões de caráter permanente. O imposto de renda e a contribuição social diferidos, calculados sobre as adições temporárias, são registrados na rubrica “Outros créditos – diversos” e a provisão para o imposto de renda diferido sobre a superveniência de depreciação é registrado na rubrica “Outras obrigações – fiscais e previdenciárias”, respectivamente no realizável e exigível a longo prazo. f) Ativos e passivos contingentes e obrigações legais, fiscais e previdenciárias O reconhecimento, a mensuração e a divulgação dos ativos e passivos contingentes, e obrigações legais são efetuados de acordo com os critérios descritos abaixo: • Contingências ativas – não são reconhecidas nas demonstrações financeiras. Os direitos decorrentes são registrados somente quando da existência de evidências que propiciem a garantia de sua realização, sobre as quais não caibam mais recursos. • Contingências passivas – são reconhecidas nas demonstrações financeiras quando, baseado na opinião de assessores jurídicos e da Administração, for considerado provável o risco de perda de uma ação judicial ou administrativa, com uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes classificados como perdas possíveis pelos assessores jurídicos são apenas divulgados em notas explicativas, enquanto aquelas classificadas como perda remota não requerem provisão e divulgação. • As questões relacionadas às obrigações legais – fiscais e previdenciárias, onde estão sendo contestadas, através de demandas judiciais, a legalidade e a constitucionalidade de alguns tributos e contribuições, são tratadas como obrigações com efeito suspensivo. O montante discutido é quantificado, registrado e atualizado mensalmente. 4. Ajustes nas Operações de Arrendamento Mercantil Os registros contábeis da Sociedade são mantidos conforme exigências legais. Os procedimentos adotados e sumariados na nota explicativa nº 3, principalmente os ítens “a)” e “d)”, diferem das práticas contábeis emanadas da legislação societária brasileira, principalmente por não adotarem o regime de competência no registro das receitas e despesas relacionadas aos contratos de arrendamento mercantil. No sentido de considerar esses efeitos, de acordo com a Circular nº 1.429 do Banco Central do Brasil, foi calculado o valor atual das contraprestações em aberto, utilizando-se a taxa interna de retorno de cada contrato, registrando um ajuste contábil no resultado e o conseqüente aumento ou redução no ativo permanente (superveniência ou insuficiência de depreciação). Este ajuste gerou um crédito no resultado do semestre findo em 30 de junho de 2007 de R$ 10.783 (superveniência) (R$ 28.837 de superveniência em 2006). Em decorrência do registro contábil desse ajuste, o lucro líquido e o patrimônio líquido estão apresentados de acordo com as práticas contábeis emanadas da legislação societária brasileira, porém as rubricas de ativo e resultado de arrendamento permanecem inadequadamente apresentadas. 5. Títulos e Valores Mobiliários Em 30 de junho de 2007 e 2006, a carteira de títulos e valores mobiliários estava classificada como para negociação, sendo composta por aplicações em cotas de fundos de investimento, administrados pelo Banco Itaú S.A. As cotas de fundos de investimento são ajustadas a mercado pelo gestor do fundo de acordo com a composição da carteira. 6. Operações de Arrendamento Mercantil As operações de arrendamento mercantil são contratadas de acordo com a opção feita pelo arrendatário, com cláusulas de atualização pós-fixada ou com taxa de juros prefixada, tendo o arrendatário a opção contratual de compra do bem, renovação do arrendamento ou devolução ao final do contrato. A garantia dos arrendamentos a receber está suportada pelos próprios bens arrendados. O valor dos contratos de arrendamento mercantil financeiros é representado pelo seu respectivo valor presente, apurado com base na taxa interna de cada contrato. Esse valor, em atendimento às normas do Banco Central do Brasil, é apresentado em diversas rubricas patrimoniais, as quais são resumidas a seguir:

Receitas da intermediação financeira Operações de arrendamento mercantil Resultado com instrumentos financeiros derivativos Resultado de operações com títulos e valores mobiliários

Semestres 2007 2006 127.619 145.033 126.948 149.014 (171) 1.034 842 (5.015)

Despesas da intermediação financeira Operações de empréstimos e repasses Operações de arrendamento mercantil Provisão para créditos de liquidação duvidosa

(107.397) (6.259) (100.436) (702)

(122.441) (8.928) (114.515) 1.002

Resultado bruto da intermediação financeira

20.222

22.592

Outras receitas (despesas) operacionais Outras despesas administrativas Despesas tributárias Outras receitas operacionais Outras despesas operacionais

(5.417) (5.407) (1.442) 1.442 (10)

9.511 (6.178) (1.823) 18.007 (495)

Resultado operacional

14.805

32.103

Resultado não operacional

(270)

(23)

Resultado antes da tributação sobre o lucro

14.535

32.080

Imposto de renda e contribuição social Imposto de renda Contribuição social Ativo fiscal diferido

(5.575) (1.040) (1.512) (3.023)

(6.927) (5) (1.162) (5.760)

Lucro líquido do semestre

8.960

25.153

Lucro líquido por lote de mil ações – em R$

33,87

95,09

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS – Semestres findos em 30 de junho 2007 e 2006 (Em milhares de reais) Semestres 2007 2006 147.953 139.186 93.601 110.649 8.960 25.153 93.521 114.149 1.903 184 (10.783) (28.837) 1.779 1.286 1.779 1.286 52.573 27.251

Origens dos recursos Resultado ajustado: Lucro líquido do semestre Depreciações e amortizações Provisão para perdas do ativo permanente Superveniência de depreciação Recursos de acionistas Reversão de dividendos Recursos de terceiros originários de: Aumento dos subgrupos do passivo circulante e exigível a longo prazo: Obrigações por empréstimos Instrumentos financeiros derivativos Diminuição dos subgrupos do ativo circulante e realizável a longo prazo: Operações de arrendamento mercantil Outros créditos Alienação de bens: Investimentos Imobilizado de arrendamento Aplicações de recursos Dividendos propostos Inversões em: Imobilizado de arrendamento Aplicações no diferido Aumento dos subgrupos do ativo circulante e realizável a longo prazo: Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Operações de arrendamento mercantil Outros valores e bens Diminuição dos subgrupos do passivo circulante e exigível a longo prazo: Obrigações por empréstimos Instrumentos financeiros derivativos Outras obrigações Aumento das disponibilidades Modificações na posição financeira Disponibilidades Início do semestre Fim do semestre Aumento das disponibilidades

27.289 25.306 1.983

– – –

20.206 19.693 513 5.078 – 5.078

2.686 – 2.686 24.565 1 24.564

147.251 511 103.595 103.595 2.284

138.701 1.434 61.740 61.740 20.725

33.115

5.212

33.104 – 11

3.200 2.008 4

7.746 – – 7.746 702

49.590 28.044 4.220 17.326 485

647 1.349 702

773 1.258 485

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras 2007 Adianta- Arrendamento mento a forneoperaBalanço cedores cional Operações de arrendamentos a receber 493.531 Rendas a apropriar de arrendamento mercantil (474.627) Imobilizado de arrendamento 711.262 Depreciações acumuladas (388.535) Superveniência de depreciação 128.166 Perdas em arrendamentos a amortizar 1.524 Credores por antecipação do valor residual (Nota 11) (4.822) Valor presente 466.499

17.336

51.662

424.533

(199) – – – –

(51.229) 59.950 (24.602) – –

(423.199) 651.312 (363.933) 128.166 1.524

– 17.137

– 35.781

(4.822) 413.581

2006 Adianta- Arrendamento mento a forneoperaBalanço cedores cional

Arrendamento financeiro

Operações de arrendamentos a receber 453.261 Rendas a apropriar de arrendamento mercantil (444.543) Imobilizado de arrendamento 605.983 Depreciações acumuladas (271.484) Superveniência de depreciação 85.674 Perdas em arrendamentos a amortizar 14.089 Credores por antecipação do valor residual (Nota 11) (6.585) Valor presente 436.395 Outros créditos

Arrendamento financeiro

7.038

26.504

419.719

(35) – – – –

(26.124) 37.775 (15.405) – –

(418.384) 568.208 (256.079) 85.674 14.089

– 7.003

– 22.750

(6.585) 406.642 1 406.643

Abaixo encontram-se apresentadas algumas informações baseadas no valor presente dos contratos: a) Diversificação por vencimento 2007 2006 Vencidos Até 90 dias 398 1.004 De 91 a 180 dias 25 255 Acima de 180 dias 31 63 454 1.322 A vencer Até 90 dias 48.518 46.842 De 91 a 180 dias 44.381 39.445 De 181 até 360 dias 70.685 78.890 Acima de 360 dias 249.543 240.144 413.127 405.321 Total 413.581 406.643 b) Diversificação por segmento de mercado 2007 2006 % sobre % sobre Setor privado R$ Total R$ Total Rural 4 – 22 0,01 Indústria 34.747 8,40 41.036 10,09 Comércio 21.675 5,24 26.571 6,53 Instituição financeira 245.657 59,40 223.182 54,88 Outros serviços 111.498 26,96 115.832 28,49 Total 413.581 100,00 406.643 100,00 7. Provisão para Créditos de Arrendamento Mercantil de Liquidação Duvidosa Nos semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006, a provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa apresentou as seguintes movimentações e respectivos eventos: 2007 2006 Saldo inicial 3.835 6.503 Complemento (reversão) da provisão 702 (1.002) Baixas contra a provisão (972) (1.801) Saldo final 3.565 3.700 Nos semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006, com base no valor presente dos contratos, os níveis de risco da carteira estavam assim composto: continua na próxima página . . .


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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terça-feira, 28 de agosto de 2007

Divulgação/Nasa

Internacional

US$ 200 BILHÕES PARA SALVAR O MUNDO Representantes de 150 países reúnem-se em Viena, durante toda a semana, para costurar um novo acordo climático global que substituirá o combalido Protocolo de Kyoto em 2012

N

egociadores climáticos de mais de 150 países reuniram-se ontem em Viena no primeiro dos cinco dias de conversas para costurar um novo acordo climático global a partir de 2012, em substituição ao Protocolo de Kyoto, mas que inclua grandes poluidores atualmente excluídos, como EUA e China. "A mudança climática já é uma realidade dura, um enorme obstáculo ao desenvolvimento", disse o ministro austríaco do Meio Ambiente, Josef Proell, na cerimônia de abertura do evento, do qual participam mais de mil autoridades, ativistas e especialistas. A reunião, organizada pela ONU, deverá abrir caminho para um acordo entre os ministros de Meio Ambiente que vão se reunir em dezembro em Bali, na Indonésia, para iniciar os dois anos de discussões em

torno de um novo tratado contra o aquecimento global. Segundo a Agência de Mudanças Climáticas das Nações Unidas, o mundo precisa de investimentos de US$ 200 bilhões ao ano até 2030 para controlar o aquecimento global. O novo acordo substituiria o atual, chamado Protocolo de Kyoto, que obriga 35 países industrializados a reduzirem seus níveis de emissões de gases do efeito estufa, entre 2008 e 2012, para 5% abaixo dos níveis de 1990. Os EUA são os maiores emissores mundiais de gases do efeito estufa, mas abandonaram o tratado, alegando que ele lhe traria prejuízos econômicos e que excluía injustamente grandes países em desenvolvimento como a China e a Índia. Nos últimos meses, porém, o governo Bush demonstrou disposição em negociar um novo tratado. (Agências)

Aris Messinis/AFP

Peloponeso é a região mais afetada, com vilas inteiras dizimadas

Fogo devasta Grécia e mata 63 pessoas Incêndios se alastram e atravessam fronteiras da Albânia e Bulgária; governo fala em ação criminosa

M

oradores fugiam a pé de suas casas enquanto as chamas avançavam por florestas e plantações no quarto dia de um devastador incêndio que já destruiu boa parte do sul da Grécia, levou o país a decretar estado de emergência e causou a morte de 63 pessoas. Os bombeiros, com a ajuda do Exército, enviaram helicópteros na tentativa de resgatar pessoas presas pelas chamas em vilas da região de Peloponeso, em um dia em que mais de 30 focos de incêndio disseminaram-se sem controle pelo país, avançando pelas fronteiras da Bulgária e da Albânia. Enquanto o incêndio avançava, o procurador grego responsável por casos de terrorismo e crime organizado, Dimitris Papangelopoulos, pediu que seja investigado se os incêndios florestais podem ser considerados atos de terrorismo. O governo suspeita que parte dos incêndios seja criminosa e, caso consiga usar a lei antiterror do país, terá poderes mais amplos de investigação e detenção. Cerca de 32 pessoas

foram presas pela polícia e o governo grego ofereceu uma recompensa de US$ 1,5 milhão para quem der pistas sobre os responsáveis pela tragédia. O anúncio de Papangelopoulos é uma tentativa do governo de rebater as críticas sobre sua atuação numa das piores tragédias do país. Ontem, cerca de 2 mil manifestantes protestaram em Atenas, acu-

A destruição é tão extensa que ainda é impossível avaliar os danos materiais sando o governo de incompetência. Jornais gregos estamparam ontem manchetes como: "Incompetentes! Luto pelos mortos. Revolta com a ausência de Estado" e "Vergonha pelo colapso do Estado". Calor O fogo tem sido alimentado por ventos fortes e quentes e pela vegetação local. Povoados, florestas e campos de cultivo foram consumidos pelas

chamas nos últimos dias. No quarto dia de incêndios, milhares de gregos continuavam sendo forçados a abandonar suas casas para fugir das chamas que se espalhavam rapidamente. Várias cidades, no entanto, ficaram isoladas pelo fogo. "Estamos queimando! Onde estão os helicópteros?", gritou um homem desesperado em seu telefone celular no vilarejo de Frixa. "Está vindo, olhe!", disse uma mulher coberta de fuligem na vila de Skillountia, com o fogo a cerca de 500 metros de distância. As autoridades gregas enviaram helicópteros para resgatar pessoas cercadas pelo fog o e m v i l a re j o s i s o l a d o s . Aviões com ajuda chegaram ontem da França, da Espanha e da Itália. Bombeiros de Chipre, França e Israel foram enviados para a Grécia no domingo. Na Península do Peloponeso, a área mais atingida, o incêndio arrasou florestas, plantações de oliveiras e destruiu vilas. A destruição é tão extensa que ainda é impossível avaliar danos materiais, segundo as autoridades gregas. (AE) Robert Schmidt/AFP

REFORMA primeiro-ministro do O Japão, Shinzo Abe, indicou ontem nomes

familiares para uma reforma ministerial com a qual pretende recuperar sua bastante abalada popularidade, algo que os analistas duvidam. A entrega de pastas importantes a parlamentares veteranos deve atenuar as críticas a Abe dentro do seu Partido Liberal Democrático, mas as escolhas pouco tranquilizaram os que esperavam sinais de que o governo vai resolver a enorme dívida nacional e abrir a economia, segundo analistas. (Reuters)

Ó RBITA

VIOLÊNCIA

U

m suicida detonou o cinto de explosivos que carregava no meio de fiéis durante orações noturnas em mesquita de Faluja, no Iraque, matando nove pessoas, entre elas o clérigo Abdul Sattar alJumaili, um franco opositor da Al-Qaeda. Segundo a polícia, 10 pessoas ficaram feridas no ataque. (AE)

RENÚNCIA secretário da Justiça dos EUA, Alberto Gonzales, O renunciou depois de meses de

polêmica e pressões políticas. Primeiro hispânico a ocupar o cargo e fiel a George W. Bush, envolveu-se em controvérsias por causa da demissão de vários procuradores federais no ano passado. Ele abandona o cargo em 17 de setembro. (Reuters)

Sarkozy: Brasil no G-8 O Benoit Tessier/Reuters

presidente francês, N i c o l a s S a r k o z y, afirmou ontem que deseja a participação do Brasil tanto no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) como em uma ampliação do G-8 (grupo dos países industrializados). Ontem, em Paris, o recém-empossado líder francês apresentou a seu corpo diplomático suas idéias de política externa e deixou claro que o G-8 terá de se transformar em um G-13 em breve, com a participação de grandes países emergentes, como a China, a Índia e o México. Além, claro, do Brasil. O Brasil constantemente se queixa da forma pela qual é tratado no G-8 e acusa os países ricos de ditar a agenda dos encontros. Tanto a ampliação do G-8 como do Conselho de Segurança são pontos considerados prioritários na agenda externa brasileira. No caso do G-8, o Brasil vem sendo convidado às cúpulas do grupo, mas as reuniões são sempre curtas ou mesmo se limitam a um almoço ou foto com líderes mundiais. Discursando para seus embaixadores, Sarkozy explicou que a transformação do G-8 em G-13 serviria, principalmente, para lutar contra a degradação ambiental global. Para o francês, China, Índia, Brasil, México e África do Sul devem se consolidar como membros do grupo e o processo iniciado nas cúpulas anteriores precisa ser "institucionalizado". Segundo o francês, o motivo dessa institucionalização seria a necessidade de uma

Sarkozy: "O G-8 precisa seguir sua lenta transformação"

É preciso uma cooperação estreita entre os países mais industrializados e os grandes emergentes para lutar contra as mudanças climáticas Nicolas Sarkozy "cooperação estreita entre os países mais industrializados e os grandes países emergentes para lutar contra as mudanças climáticas". E acrescentou: "O G-8 precisa seguir sua lenta transformação". Segurança Sarkozy, tentando desenhar sua imagem do mundo, ainda defendeu a reforma do Conselho de Segurança da ONU para incluir Brasil, Japão, Índia, Alemanha e um país africano. "As reformas iniciadas em 2005 no sistema das Nações Unidas vão em uma boa direção. O que tem faltado até agora é a vontade

política de concluir (a reforma)", afirmou. Seu antecessor, Jacques Chirac, já havia indicado um apoio ao Brasil. Para Sarkozy, as reformas devem ocorrer para garantir uma "ordem mundial eficaz e justa", além de serem capazes de dar resposta às ameaças do novo século, entre elas as novas pandemias, questões de fornecimento de energia e mudanças climáticas. Preocupação Sarkozy deixou claro a seus embaixadores franceses que dois países o preocupam: Irã e Iraque. "Um Irã dotado da arma nuclear é inaceitável." Daí a França apoiar a iniciativa das grandes potências: "Sanções crescentes, mas também abertura se o Irã respeitar suas obrigações." Ao Iraque, Sarkozy enviou seu chanceler, Bernard Kouchner na semana passada. Quando voltou, Kouchner ficou mudo e Sarkozy falou: "Não haverá solução se não for política, o que implica a definição de um horizonte claro sobre a retirada das tropas estrangeiras." (AE)


Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Fotos de Milton Mansilha/Luz

1 Aos poucos, a leitura de textos substitui a simples observação de figuras.

Aos poucos, no alojamento de garis que trabalham no Centro da cidade, a leitura de livros e jornais começa a crescer. Biblioteca deixa de ser um depósito silencioso de obras literárias.

Garis: a poucos passos da cidadania ONG cria programa de alfabetização de garis e tenta reverter situação de constrangimento enfrentada por esses trabalhadores. Resultados já começam a aparecer. Fernando Vieira

D

a vassoura ao livro, a distância é de uns poucos passos: há quase dois anos, a primeira Biblioteca do Gari funciona em um alojamento de varredores de rua do Centro de São Paulo. Entre um turno e outro, um rico acervo de literatura brasileira e de informações do dia-a-dia está ao alcance das mãos dos garis. Mas a proximidade dos livros, jornais e revistas expôs uma realidade bastante dura: a maioria dos garis não sabe ler. Logo depois da inauguração da biblioteca, a ONG Educa São Paulo, responsável pelo projeto, realizou um levantamento nos alojamentos de varredores de rua da cidade para detectar a capacidade de leitura desses trabalhadores. O resultado apontou que 80% dos 12 mil garis da Capital são analfabetos ou semi-alfabetizados. “Aplicamos um questionário para determinar um índice de alfabetização. E percebemos que muitos que se diziam alfabetizados, apenas conseguiam escrever seus nomes”, conta o presidente da Educa São Paulo,

Devanir Amâncio. A curiosidade pela pesquisa surgiu da observação da própria biblioteca, onde grande parte dos garis pegava livros e os jornais apenas para ver figuras. Mutirão – Para reverter esse quadro, a entidade decidiu iniciar outro projeto, o Mutirão da Alfabetização, destinado à educação dos garis. As aulas começaram há quase seis meses, no mesmo espaço da biblioteca. Divididos em duas salas, os alunos têm à disposição um programa de alfabetização e outro de ensino fundamental. Um grupo de estudantes, ligados ao Núcleo de Trabalhos Comunitários da PUC, parceira do projeto, se reveza como professores. “Nosso objetivo não é transformar ninguém em doutor. Ler e escrever será uma transformação na auto-estima dessas pessoas”, diz Amâncio. A gari Antonia Maria Felippe, de 55 anos, é uma das mais entusiasmadas com a volta à escola. Tinha no currículo apenas “as primeiras séries”, porque começou a trabalhar aos sete anos e teve de abandonar o estudo. Sabia escrever seu nome e, com dificuldade, reconhecer algumas palavras. Ho-

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je, depois de quatro meses de aula, ela afirma não ter mais dúvidas na hora de pegar um ônibus. “Ler já não é o desafio. O problema agora é só a vista mesmo. Sem os óculos não consigo enxergar”, brinca. Até 6 – Sempre sorrindo, dona Antonia conta sua última descoberta: “Não sabia que a gente já estava no século 21. Acredita? Acho que eu estava atrasada, né?”. A felicidade da dona Antonia não é única e ela busca incentivar os colegas. “Falo para todo mundo o quanto é bom estudar. De tanto eu pegar no pé do pessoal, teve gente que decidiu participar e ficou muito feliz ao aprender um pouco de matemática”, diz a gari, ao se referir a seu Onofre, que depois dos 50 anos de idade, é capaz de contar até o número seis. “Até então, nem mesmo o telefone ele utilizava por não saber discar”, conta Antonia. Segundo a estudante de pe-

dagogia Rosa Miaguchiku de Oliveira, de 22 anos, uma das professoras do projeto, a maior parte dos alunos que chega à sala de aula dizendo que sabe escrever, consegue apenas “desenhar as letras, copiando”. Para ela, a maior dificuldade é vencer a barreira da vergonha. Muitos garis deixam de freqüentar as aulas, constrangidos com o fato de não saberem ler nem escrever. Resultado: dos 120 inscritos, pouco mais de 20% aparecem para as aulas. “É um desafio para todos. Afinal, há casos em que é preciso ensinar a segurar um lápis, pegando em suas mãos”, conta a professora. Segundo o presidente da Educa São Paulo, a entidade busca firmar um acordo com um serviço de psicologia. “Queremos oferecer ajuda para que eles superem essa situação traumática e, com isso, atrair mais alunos”, diz Amâncio.

Quebrando bloqueios

S

ituação parecida com a que ocorre na Biblioteca do Gari se repete em outras 41 bibliotecas em comunidades carentes, criadas pela ONG Educa São Paulo. Hoje, os espaços para leitura se resumem a “depósitos silenciosos de livros”, segundo o presidente da entidade, Devanir Amâncio. Para ele, é necessário que se reproduzam projetos de alfabetização em paralelo às bibliotecas. “De nada adianta a pessoa saber o que está escrito, mas não entender o que lê. E isso é o que mais acontece: o chamado analfabetismo funcional”. Amâncio diz que Estado e município devem participar ativamente do processo,

com um programa de agentes multiplicadores de leitura. “Há pessoas que não sabem ou nunca tiraram um livro da prateleira. Essa atividade, por ser solitária e sem orientação, bloqueia um potencial leitor logo no primeiro passo”. (FV)

SERVIÇO Tanto a Biblioteca do Gari quanto o Mutirão de Alfabetização funcionam apenas com base em doações de materiais e colaboradores voluntários. Endereço: rua do Ouvidor, número 56, sob a passarela de acesso ao Terminal das Bandeiras, no Centro. Telefone: 3107-5470.


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8 - ECONOMIA/LEGAIS

terça-feira, 28 de agosto de 2007

HP Financial Services Arrendamento Mercantil S.A. Sociedade Anônima de Capital Fechado CNPJ/MF nº 97.406.706/0001-90 Internet - http://www.hp.com.br Tel.: (11) 4197-8000 Fax: (11) 4197-8356 … continuação das Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras em 30 de junho de 2007 e 2006 (Em milhares de reais) 2007 Nível de risco AA A B C D E F G H Total

Curso normal 221.755 25.841 131.135 21.734 12.115 372 117 4 53 413.126

Vencidas 44 136 147 48 35 23 – 3 19 455

Total da carteira 221.799 25.977 131.282 21.782 12.150 395 117 7 72 413.581

Percentual de provisão – 0,5% 1,0% 3,0% 10,0% 30,0% 50,0% 70,0% 100,0%

Provisão – 130 1.313 653 1.215 119 58 5 72 3.565

2006 Total da carteira 193.223 9.193 187.426 12.115 2.056 1.507 616 185 322 406.643

Provisão – 46 1.874 363 206 452 308 129 322 3.700

8. Outros Créditos – Diversos 2007 2006 Créditos tributários 18.933 12.455 Imposto de renda a compensar 3.670 2.416 Devedores diversos – País 1.237 1.010 Outros devedores 57 450 Total 23.897 16.331 Parcela de curto prazo 1.221 3.230 Parcela de longo prazo 22.676 13.101 No semestre findo em 30 de junho de 2007, os créditos tributários apresentaram a seguinte movimentação: Saldo ConstiRealiSaldo inicial tuição zação final Imposto de renda sobre P.D.D. 5.535 – (454) 5.081 Crédito tributário sobre prejuízo fiscal 8.002 – (451) 7.551 Imposto de renda sobre BNDU 61 – – 61 Provisão para perdas com bens de arrendamento operacional 2.448 476 – 2.924 Imposto de renda sobre operações de liquidação futura – “swap” 272 – – 272 Imposto de renda sobre ajustes a valor de mercado de “swap” 62 – (37) 25 16.380 476 (942) 15.914 Contribuição social sobre P.D.D. 1.993 – (161) 1.832 Contribuição social sobre BNDU 22 – – 22 Provisão para perdas com bens de arrendamento operacional 882 171 – 1.053 Contribuição social sobre operações de liquidação futura – “swap” 98 – – 98 Contribuição social sobre ajustes a valor de mercado de “swap” 22 – (13) 9 3.017 171 (174) 3.014 Pis e Cofins sobre ajustes a valor de mercado de “swap” 11 – (6) 5 11 – (6) 5 644 (1.122) 18.933 19.408 Com base no atual nível de capitalização e operações da Sociedade, e considerando as expectativas de resultados futuros determinados com base em premissas que incorporam, entre outros fatores, a manutenção do nível de operações; o atual cenário econômico; e as expectativas futuras de taxas de juros, a Administração acredita que os créditos tributários registrados em 30 de junho de 2007 tenham a sua realização futura da seguinte forma: Expectativa de realização 2007 2008 2009 2010 2011 Total Créditos tributários de imposto de renda Prejuízo fiscal 3.016 2.239 1.497 580 219 7.551 Provisão para créditos de liquidação duvidosa 1.910 1.418 948 367 438 5.081 BNDU 61 – – – – 61 Provisão para perdas com bens de arrendamento operacional 1.053 798 1.073 – – 2.924 Operações de liquidação futura – Swap 272 – – – – 272 Ajustes a valor de mercado de “swap” – Circular 3.082 25 – – – – 25 6.337 4.455 3.518 947 657 15.914 Valor presente 5.681 3.995 3.155 849 589 14.269 Créditos tributários de contribuição social Provisão para créditos de liquidação duvidosa 691 511 341 132 157 1.832 BNDU 22 – – – – 22 Provisão para perdas com bens de arrendamento operacional 379 287 387 – – 1.053 Operações de liquidação futura – Swap 98 – – – – 98 Ajustes a valor de mercado de “swap” – Circular 3.082 9 – – – – 9 1.199 798 728 132 157 3.014 Valor presente 1.075 719 653 118 141 2.703 Pis e Cofins sobre ajustes a valor de mercado “swap” – Circular 3.082 5 – – – – 5 Valor presente 4 – – – – 4 Para fins de determinação do valor presente da realização futura estimada de créditos tributários em cada ano, foi adotada a taxa média de 11,351% ao ano, referente ao custo médio de captação da Sociedade. 9. Outras Obrigações – Fiscais e Previdenciárias 2007 2006 Provisão para imposto de renda 1.690 – Provisão para contribuição social 1.824 1.160 Imposto de renda retido na fonte a recolher 8 10 Pis e cofins 234 – Imposto sobre serviços a recolher 50 1.158 Provisão para imposto de renda diferido 32.041 21.418 Total 35.847 23.746 Parcela de curto prazo 3.806 2.328 Parcela de longo prazo 32.041 21.418 No semestre findo em 30 de junho de 2007, a provisão para imposto de renda diferido apresentou a seguinte movimentação: Saldo ConstiSaldo inicial tuição final Imposto de renda diferido sobre superveniência de depreciação 29.487 2.554 32.041

As obrigações fiscais diferidas terão sua realização com base na fluência dos prazos da carteira de arrendamento mercantil. Com base no atual nível de capitalização e operações da Sociedade, e considerando as expectativas de resultados futuros determinados com base em premissas que incorporam, entre outros fatores, a manutenção do nível de operações; o atual cenário econômico; e as expectativas futuras de taxas de juros, a Administração acredita que as obrigações fiscais diferidas, registradas em 30 de junho de 2007, tenham a sua realização futura da seguinte forma: 2007 2008 2009 2010 2011 Total Imposto de renda Superveniência de depreciação 12.799 9.502 6.350 2.461 929 32.041 Valor presente 11.474 8.521 5.694 2.207 833 28.729 10. Obrigações por empréstimos IndeJuros xador Vencimento Empréstimos no Exterior HP Isle of Man De 2,4% a 3,555% a.a. HPFS Funding BV De 5,0905% a.a. Hewlett-Packard De 96,5% do CDI a.a. Financial Services a 100,4% do CDI a.a. Company Total Parcela de curto prazo Parcela de longo prazo

Richard Kenneth Olson Membro

2006

US$ Até out/2006 – 13.495 US$ Nov/2008 8.532 9.121 CDI Até dez/2010 115.522 71.738

124.054 94.354 29.448 30.213 94.606 64.141

11. Outras Obrigações – Diversas 2007 2006 Credores por antecipação de valor residual 4.822 6.585 Obrigações por aquisição de bens e direitos 4.139 2.912 Provisão para pagamento a efetuar 15.683 5.736 Passivos contingentes 250 – Outros credores 58 68 Total 24.952 15.301 Parcela de curto prazo 22.047 12.048 Parcela de longo prazo 2.905 3.253 12. Contingências As provisões constituídas e as respectivas movimentações no período foram as seguintes: Trabalhistas Saldo no início do período – Constituição (i) 250 Saldo no final do período 250 (i) Representa o valor provável das obrigações a serem cumpridas, segundo avaliação dos advogados, decorrentes dos processos movidos contra a instituição. 13. Patrimônio Líquido a) Capital Social – Em 30 de junho de 2007 e 2006 o capital social totalmente subscrito e integralizado, estava representado por 264.509.607 ações, sendo 264.508.606 ações ordinárias e 1.001 ações preferenciais, nominativas, sem valor nominal. b) Dividendos – Aos acionistas é assegurado dividendo mínimo obrigatório de 6% do lucro líquido anual ajustado de acordo com a lei. 14. Outras Receitas (Despesas) Operacionais Outras receitas operacionais Variação monetária sobre antecipação de impostos Multas e juros de mora sobre recebimentos em atraso Variação cambial de contratos de empréstimos no exterior Reversão de provisões operacionais Recuperação de créditos baixados contra prejuízo Outras despesas operacionais Multas e juros sobre impostos Diversos

2007

2006

12 16 987 – 427 1.442

143 94 5.685 12.085 – 18.007

(7) (3) (10)

(480) (15) (495)

15. Transações com Partes Relacionadas As transações com partes relacionadas foram efetuadas em condições normais de mercado, no que se refere a prazos de vencimento e taxas de remuneração pactuadas. 2007 2006 Passivo Obrigações por empréstimos HP Isle of Man – 13.495 Hewlett-Packard Financial Services Company 115.522 71.738 HPFS Funding BV 8.532 9.121 Resultado Despesas com operações de empréstimos e repasses Hewlett-Packard Finance N.V. – 146 HP Isle of Man – 1.712 Hewlett-Packard Financial Services Company (4.709) (5.623) HPFS Funding BV 710 604 16. Imposto de Renda e Contribuição Social a) Demonstrativo do imposto de renda e contribuição social 2007 2006 Constituição do crédito tributário diferido sobre prejuízo fiscal e base negativa (Nota 8) (451) 4.185 Realização do crédito tributário diferido sobre P.D.D. (Nota 8) (615) (536) Constituição do crédito tributário diferido sobre BNDU (Nota 8) – 8 Constituição do crédito tributário diferido sobre provisão para perdas com bens de arrendamento operacional (Nota 8) 647 63 Realização do crédito tributário diferido sobre operações de liquidação futura (Nota 8) – (3.012) Constituição (realização) do imposto de renda e contribuição social diferidos passivos sobre ajustes a valor de mercado de “swap” (Nota 8) (50) 530 Constituição do imposto de renda diferido passivo sobre superveniência de depreciação (Nota 9) (2.554) (6.998) (3.023) (5.760) Apuração do imposto de renda – exercício anterior – (5) Apuração do imposto de renda – corrente (1.040) – (1.040) (5) Apuração da contribuição social – exercício anterior – (2) Apuração da contribuição social – corrente (1.512) (1.160) (1.512) (1.162) (5.575) (6.927)

Adições (Exclusões) Permanentes Despesas/provisões dedutíveis e outras

263 263

263 263

Temporárias (8.784) Provisão para créditos de liquidação duvidosa 236 Superveniência de depreciação (10.783) Provisão para perdas em BNDU – Operações de liquidação futura – Provisão para perdas em arrendamento operacional 1.902 Ajustes a valor de mercado – Circular 3082 (146) Outras adições/exclusões 7 Base de cálculo antes da compensação do prejuízo fiscal e base negativa 6.014 Compensação prejuízo fiscal (1.804) Base de cálculo após a compensação do prejuízo fiscal 4.210 Encargos às alíquotas de 25% (imposto de renda) e 9% (contribuição social) – vide Nota 3 item “e” 1.040

1.999

(38.771)

(9.145)

236 – – –

(1.002) (28.837) 24 (9.103)

(1.002) – 24 (8.314)

1.902 (146) 7

– (245) 392

– (245) 392

16.797 –

(16.739) –

12.887 –

1.512

(1.160)

George Daniel McCarthy Membro

José Antonio Borges Diretor

(10.048) (10.048) (10.048) (10.048)

17. Instrumentos Financeiros Derivativos As operações realizadas pela Sociedade envolvendo derivativos visam à redução dos riscos de mercado, de moeda e de taxas de juros. A administração desses riscos é efetivada através de definição de estratégias de operação, estabelecimento de sistemas de controle e determinação de limites de posições. A sociedade realiza operações envolvendo instrumentos derivativos, os quais são registrados e atualizados em contas patrimoniais ou de compensação, que se destinam a atender às suas necessidades próprias. A administração desses riscos é efetuada por meio de políticas de controles, estabelecimento de estratégias de operação, determinação de limites e diversas técnicas de acompanhamento das posições. Esses instrumentos financeiros representam compromissos futuros para trocar moedas ou indexadores, nos termos e datas especificados nos contratos, ou, ainda, compromissos para trocar pagamentos futuros de juros, tendo como finalidade reduzir a exposição a riscos nos respectivos mercados. Os contratos de “swap” são abaixo sumarizados: Valor de Valor de referência contrato Instrumentos Financeiros Derivativos Swap – Diferencial a receber: PRE x USD Swap – Diferencial a pagar: CDI x USD Swap – Diferencial a pagar: USD x PRE

Ajuste a mercado

Valor contábil

10.246

(3.139)

(232)

(3.371)

3.801

(1.573)

(1)

(1.574)

16.774 30.821

3.101 (1.611)

132 (101)

3.233 (1.712)

Os valores de mercado dos diferenciais a receber/a pagar de “swap”, representa o fluxo de caixa trazido a valor presente pelas taxas divulgadas pela ANDIMA ou pela BM&F. Os contratos de derivativos envolvendo operações de “swaps” encontram-se registrados na Câmara de Custódia e Liquidação (CETIP), envolvendo taxas prefixadas, mercado interfinanceiro, variação cambial. Composição por prazo de vencimento: 2007 Instrumentos financeiros derivativos Swap – Diferencial Swap – Diferencial a receber a pagar Total De 31 a 60 dias 388 (1.574) (1.186) De 121 a 150 dias 2.845 (3.371) (526) 3.233 (4.945) (1.712) 2006 Instrumentos financeiros derivativos Swap – Diferencial Swap – Diferencial a receber a pagar Total – (1.934) (1.934) – (1.856) (1.856) – (3.827) (3.827) 572 (1.792) (1.220) 572 (9.409) (8.837)

De 61 a 90 dias De 91 a 120 dias De 121 a 150 dias Acima de 360 dias

As operações com instrumentos financeiros derivativos, realizadas pela sociedade durante o semestre findo em 30 de junho de 2007 geraram ganhos de R$ 2.167 e perdas de R$ 2.338, registrados nas contas patrimoniais em contra partida ao resultado, na rubrica “resultado com instrumentos financeiros derivativos”. 18. Cobertura de Seguros (não auditado) O seguro dos bens arrendados está incluso no custo do imobilizado de arrendamento, com cláusula de benefício em favor da arrendadora. 19. Limites Operacionais (Acordo de Basiléia) De acordo com a Resolução nº 2.844/1998 do Banco Central do Brasil o limite individual de risco por cliente ou grupo econômico é de 25% do Patrimônio Líquido Ajustado. A HP Financial Services Arrendamento Mercantil S.A. realizou operações com um mesmo cliente cujo montante da dívida ultrapassou o limite permitido. No sentido de regularizar a situação, a sociedade vinculou parte dos empréstimos que mantém junto à sua matriz no exterior, equivalente ao valor do excesso de limite apresentado, conforme previsto na Resolução 2.921/04 do Banco Central do Brasil, mantendo, dessa forma, seu enquadramento de acordo com os limites operacionais estabelecidos pelo Banco Central do Brasil. A sociedade está enquadrada nos demais limites de risco estabelecidos pelo Banco Central do Brasil.

DIRETORIA

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Irving Harold Rothman Presidente

2007

b) Demonstrativo da base de cálculo do imposto de renda e contribuição social 2007 2006 Imposto Contrib. Imposto Contrib. de renda social de renda social Lucro do semestre findo em 30 de junho de 2007 (antes do imposto de renda e contribuição social) 14.535 14.535 32.080 32.080

CONTADOR Ismael Paes Gervásio Diretor

Ismael Paes Gervásio CRC 1SP130.437/O-0

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Ilmos Srs. Diretores e Acionistas da HP Financial Services Arrendamento Mercantil S.A. 1. Examinamos os balanços patrimoniais da HP Financial Services Arrendamento Mercantil S.A., levantados em 30 de junho de 2007 e 2006, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos semestres findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da Instituição; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que

suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Instituição, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. A Instituição registra as suas operações e elabora as suas demonstrações financeiras com observância das diretrizes contábeis estabelecidas pelo Banco Central do Brasil, que requerem o ajuste ao valor presente da carteira de arrendamento mercantil como provisão para insuficiência (ou superveniência) de depreciação, classificada no ativo permanente (Nota 4). Essas diretrizes não requerem a reclassificação das operações, que permanecem registradas de acordo com a disposição da Lei nº 6.099/74, para as rubricas do ativo circulante, realizável a longo prazo e rendas e despesas de arrendamento, mas resultam na adequada apresentação do resultado e do patrimônio líquido de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

4. Em nossa opinião, exceto quanto à não reclassificação mencionada no parágrafo anterior, as demonstrações financeiras referidas no primeiro parágrafo representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da HP Financial Services Arrendamento Mercantil S.A. em 30 de junho de 2007 e 2006, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos referentes aos semestres findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 13 de agosto de 2007.

Auditores Independentes S.S. CRC 2SP015199/O-6

Eduardo Wellichen Contador CRC 1SP184050/O-6 Flávio Serpejante Peppe Contador CRC 1SP172167/O-6

GOVERNO BRASILEIRO CONVOCA EMERGENTES PARA DISCUTIR PLANO DE NEGOCIAÇÕES COM OS RICOS

OMC: BRASIL QUER NOVA ESTRATÉGIA O 70

governo brasileiro convoca uma reunião de representantes de países emergentes nesta semana para começar a debater uma estratégia de como atuarão nas negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC) a partir de setembro, quando o processo será retomado. Nas principais capitais do mundo, no entanto, o entusiasmo já não é o mesmo em relação à conclusão do processo até o fim do ano. Americanos e asiáticos já começam a debater em setembro um plano B, com a criação de uma área de livre comércio no Pacífico, caso o processo na OMC fracasse. O bloco reuniria um grupo

de países que representam aproximadamente 70% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. No mês passado, a OMC apresentou propostas para a liberalização dos setores agrícola e industrial. Mas os países emergentes rejeitaram as exigências que teriam de fazer no setor de produtos manufaturados. Os Estados Unidos indicaram que não poderiam cortar seus subsídios nos níveis indicados pela OMC. Sem um acordo, a entidade aceitou retomar os trabalhos a partir do próximo dia 3 de setembro para tentar aproximar posições dos países envolvidos. O mediador das negociações agrícolas, Crawford Falconer, já informou que as reu-

niões ocorreO s r e p r erão todos os sentantes do dias por um governo braperíodo de três sileiro pretensemanas em dem convensetembro para cer o G-20 a por cento do PIB que um even"refinar" suas mundial é o que tual novo rasposições nas cunho do acornegociações. representam as do seja produO entusiasmo economias dos zido. A fim de em torno de enfrentar esse um acordo em países que poderiam processo, o 2007, como formar área de livre Brasil se reunitanto havia comércio no Pacífico. rá com Índia, prometido o Argentina e direto r-geral outros países da OMC, Pasemergentes (grupo conheci- cal Lamy, no entanto, dificildos como G-29) na próxima mente será atingido em um quinta-feira e com os exporta- curto período de quatro meses. dores agrícolas para estudar Os países asiáticos, por exemações conjuntas. plo, já intensificam os traba-

lhos para que acordos comerciais entre eles estejam concluídos nos próximos dois anos. Nos próximos dias 8 e 9 de setembro, a cúpula da Cooperação Econômica da Ásia e Pacífico (Apec) se reúne em Sidney, na Austrália, para debater como tornar realidade o projeto de uma área de livre comércio entre países como China, Índia, Austrália, Estados Unidos, Canadá, México e Chile. Juntos, esses países representam mais de 50% do comércio internacional. Ao contrário do que ocorre no caso nas negociações na OMC, os Estados Unidos são um dos grandes incentivadores desse projeto de livre comércio. Na avaliação de mui-

tos especialistas em comércio exterior, o acordo ainda seria um Plano B, caso as conversas entre os países na OMC de fato fracassem nos próximos meses. O encontro em Sidney será uma espécie de cúpula: terá a participação dos presidentes dos Estados Unidos George W. Bush, da China, Hu Jintao, e do primeiro-ministro da Austrália, John Howard, além de outros líderes regionais. Todos deverão pedir em seus discursos uma retomada do processo da OMC. Mas tanto diplomatas como representantes do setor privado admitem que já está na hora de trabalhar concretamente em alternativas que possam gerar resultados. (AE)


Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 28 de agosto de 2007

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bilhões de reais é quanto a União arrecadará com a cobrança da CPMF até o final deste ano

PRESIDENTE DO IBPT SUGERE MOBILIZAÇÃO POPULAR CONTRA A PRORROGAÇÃO DESSE TRIBUTO

CAMPANHA CONTRA A CPMF NAS RUAS Fotos: Newton Santos/Hype

Silvia Pimentel

O

Afif Domingos, Burti e Amaral: contra o mito de que a CPMF pesa mais no bolso de quem tem renda maior.

O Impostômetro remodelado discrimina o recolhimento de tributos da União, estados e municípios

presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), Gilberto Luiz do Amaral, conclamou ontem os empresários e líderes de entidades de classe que assistiram à reunião plenária da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) a levar às ruas a campanha contra a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). "Esse tributo é como uma célula cancerígena que invade o movimento bancário, está embutida no preço das mercadorias e serviços e consome, em média, sete dias de trabalho", calculou. Amaral disse que até ontem a União havia arrecadado R$ 22 bilhões só com essa contribuição, em 2007. Até o final do ano, serão R$ 35 bilhões, não divididos com estados nem municípios. Depois de assistir às simulações com o Impostômetro remodelado (leia mais sobre o assunto na pág. E 4), mostrando quanto cada brasileiro deverá recolher nos próximos anos, caso a prorrogação da cobrança seja aprovada no Congresso, o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Alencar Burti, reforçou o compromisso da entidade de levar à sociedade informações sobre quanto e o quê se paga de impostos no Brasil. "A

Burti reforçou o compromisso de informar quanto se paga de impostos

única virtude da CPMF é que é um tributo sem preconceitos, pois atinge a todos", brincou. Pelas projeções do novo painel que mede a arrecadação de tributos, apresentado ontem, a contribuição deverá render R$ 35 bilhões aos cofres da União até o final deste ano. Caso seja aprovada a prorrogação pelo Congresso, o governo arrecadará R$ 43 bilhões em 2009, e R$ 47 bilhões em 2010. Para o presidente do IBPT, também é preciso derrubar o mito de que a CPMF pesa mais no bolso de pessoas com maior poder aquisitivo. "Taxistas e caminhoneiros então entre as categorias profissionais mais taxadas", lembrou. Para Amaral, não há justificativa para se manter a cobrança desse tributo, até porque "nunca se cumpriu o que foi prometido quan-

Muitos não sabem quanto pagam Fotos: Andrei Bonamim/Luz

Vanessa Rosal

O

s profissionais listados no ranking do Instituto Brasileiro de P l a n e j a m e n t o Tr i b u t á r i o (IBPT) como maiores pagadores da Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF) estão indignados. Divulgada ontem pelo Diário do Comércio, a pesquisa revela que o brasileiro precisa trabalhar, em média, sete dias para arcar com esse gasto extra mensal. Uma das atividades mais atingidas, segundo o estudo, é a de cabeleireiros e manicures, que trabalham quatro dias para pagar R$ 93,98 ao ano. É exatamente o dobro da contribuição da classe em 1997, quando surgiu a CPMF (cuja alíquota passou de 0,2%, então, para 0,38%, hoje). De acordo com o presidente da Associação dos Profissionais dos Institutos de Beleza do Estado de São Paulo, Francisco Ferreira, a maioria dos clientes desses estabelecimentos não anda com dinheiro ou cartão por medo de assaltos. "Por isso, grande parte dos pagamentos é feita com cheques cruzados. Todos os dias o cabeleireiro precisa ir ao banco depositá-los", explica. Muitos institutos de beleza fecham pacotes de serviços, que são pagos em várias vezes no cheque. É o caso da proprietária da Depilage Depilação Clean, no centro da cidade, Simone Batista. "Recebo muito em cheque, mas é melhor que receber em cartão, que tem uma taxa maior que a CPMF. DC

Você já pode oferecer um importante benefício ao seu funcionário sem nenhum custo para sua empresa.

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Lúcia: "A CPMF é brincadeira".

Sandra paga acima da média

Não tem jeito, a gente perde em todos os lados", lamenta. Para diminuir o prejuízo, a cabeleireira Sandra Silva de Oliveira deposita parte do salário e procura pagar as contas do dia-a-dia em dinheiro. "Mesmo assim, paguei R$ 13 de CPMF no mês passado. Se eu somar mês a mês, dá mais que a média anual de R$ 94".

A esteticista Edineusa Meneses de Souza não sabia que pagava tanto para movimentar a conta no banco. "Nossa, com esse dinheirão todo dava para colocar gasolina, pagar o pedágio da viagem no final do ano e ainda comprar roupas", comenta. Já a manicure Lúcia Aparecida dos Santos, que tira dinheiro aos poucos no caixa eletrônico, acha um absurdo o valor debitado. "Essa tal da CPMF é brincadeira, mesmo. Esse dinheirinho extra no final do ano faz muita falta". "Um horror" – Advogados e contadores também reclamam. De acordo com a pesquisa do IBPT, eles ocupam o segundo lugar como maiores pagadores da CPMF, precisando trabalhar seis dias para arcar com R$ 161,10 anuais. O advogado André Troesch diz que geralmente recebe dos clientes em cheque. "Os custos com as papeladas também são pagos dessa forma, ou por transferência bancária. Preciso movimentar minha conta todos os dias, o tempo todo", afirma. O contador Reginaldo Alves Angelli, da Volpi & Contjet Assessoria Contábil, lembra que o tributo foi criado há dez anos para ajudar a área da saúde, mas diz que não viu nenhum resultado até hoje. "Toda a minha movimentação bancária é pela internet, que também gera uma CPMF gigantesca. Um horror". Segundo Angelli, sem a CPMF, seu dinheiro poderia ser aplicado num fundo de renda fixa. "Quando necessário, eu usaria esse dinheiro para despesas adicionais, como uma viagem".

do foi criado, ou seja, salvar a área da saúde". Amaral disse que, do início do ano até ontem, a arrecadação de tributos totalizava R$ 581 bilhões no Impostômetro. Até o final de 2007, serão R$ 905 bilhões. "Ou seja, na comparação com o ano passado, a arrecadação terá um crescimento de 12%", calculou. Presente à plenária, o secretário estadual do Emprego e Relações do Trabalho, Guilherme Afif Domingos, disse que a campanha deve atingir em especial os trabalhadores. "A ACSP e várias entidades de classe têm uma história de luta, com a derrubada da MP 232, e é possível popularizar uma campanha nos mesmos moldes", afirmou. Essa MP propunha o aumento da tributação sobre o setor de serviços. INFORME PUBLICITÁRIO

VOCÊ CONHECE O POP?

O

POP (Proteção do Investimento com Participação) é um novo produto de renda variável, negociado na BOVESPA, que proporciona uma determinada proteção contra a eventual desvalorização do investimento em ações em troca de uma participação nos potenciais ganhos desse investimento. Isso é possível por meio da combinação da aplicação em ações e seus respectivos derivativos. COMO FUNCIONA O investidor define o nível de proteção desejado ao escolher em que série de POP vai investir. Se a ação cair, ele recebe o valor do capital protegido, cobrindo assim o risco correspondente à desvalorização. Em contrapartida, se a ação subir, o aplicador abre mão de parte do lucro obtido

com a valorização do papel. A proteção do POP pode ser menor do que o investimento, mas é válida somente se mantida até o vencimento. VENCIMENTO No vencimento do POP, podem acontecer duas coisas: se o valor da ação for menor que o capital protegido, o investidor escolherá receber esse montante em vez de ficar com a própria ação. Essa escolha é o exercício da opção, que deverá ser comunicado à Corretora que o administra para ser executada no mercado. Se o valor da ação for maior que o capital protegido, o investidor deverá escolher se quer ficar com a ação sem qualquer proteção ou adquirir um novo POP, para continuar a ter uma determinada proteção ao seu capital. Essa escolha também deverá ser comunicada à Corretora.

RESGATE Caso o investidor precise resgatar o POP antes de seu vencimento, será realizada uma transação comum. O POP, assim como as ações, é um bem que pode ser comprado ou vendido a qualquer instante e em qualquer montante (obedecidos os lotes mínimos de negociação). Caso o investidor decida, basta dar à Corretora a ordem de vendê-lo e o valor correspondente será disponibilizado em sua conta. Nesse caso, ele receberá o valor de mercado do POP no momento da venda. É importante ressaltar que o valor do capital protegido é assegurado somente no vencimento do POP e a sua negociação antes do vencimento é efetuada aos preços do mercado. Para mais informações ligue para 0800 7710194 ou acesse o site www.bovespa.com.br.

COMO INVESTIR

COMO ACOMPANHAR

PROTEÇÃO

I O processo para investir no POP é o mesmo para comprar ações. O primeiro passo é procurar uma Corretora de Valores. Elas são as únicas instituições autorizadas a operar na BOVESPA. Acesse o site www.bovespa.com.br e veja a lista completa de Corretoras Membros.

I O investidor que deseja acompanhar suas aplicações no POP pode acessar o site da BOVESPA (www.bovespa.com.br), pela área "Cotação Rápida" ou a página da CBLC (www.cblc.com.br) e procurar pela seção CEI – Canal Eletrônico do Investidor.

I O funcionamento do POP e suas características de risco-retorno só valem se ele for mantido inalterado. Se o investidor vender ou comprar qualquer um dos três instrumentos do POP, a proteção de capital tornase inválida. Portanto, antes de "desmanchar" um POP, consulte sua Corretora.

Acompanhe quinzenalmente, nesta seção, mais informações sobre a importância do mercado de ações para a economia do país


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Transpor te Ciência Educação Tr â n s i t o

DIÁRIO DO COMÉRCIO

UM ESPAÇO EXCLUSIVO PARA O ENSINO DA MÚSICA

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Há 11 anos, o Instituto se dedica ao ensino de música para jovens.

O som do Natal Iluminado Orquestra e coral de jovens do Instituto Baccarelli farão abertura do Natal Iluminado. Convênio garante obras da nova sede do Instituto. Fotos de Paulo Pampolin/Hype

Ó RBITA

TREMOR edifício da Justiça Federal do Rio foi O esvaziado ontem à

tarde, depois que funcionários sentiram um forte tremor. Segundo relatos, os móveis chegaram a sair de seus lugares. Engenheiros da Defesa Civil municipal estiveram no local, mas não constataram nenhuma irregularidade. O prédio foi liberado no fim da tarde. O tremor foi sentido por volta das 16h, na avenida Venezuela, número 134, onde funciona a Justiça Federal. (AE)

PILOTOS cusados de homicídio culposo A pela morte de 154

pessoas que estavam no Boeing da Gol que caiu em setembro de 2006, os pilotos do jato que se chocou com o avião, Joseph Lepore e Jean Paul Paladino, não compareceram ontem à audiência na Justiça Federal de Sinop (MT). A defesa dos dois pilotos já havia pedido para que eles fossem ouvidos nos Estados Unidos, onde moram. Por causa da ausência, o processo deve continuar à revelia dos dois norteamericanos. (Agências)

EDUCAÇÃO secretaria estadual de Educação A começa hoje o programa

de matrícula antecipada para o ensino fundamental. Até o dia 28 de setembro, os pais ou responsáveis deverão se dirigir a qualquer escola pública estadual (ensino fundamental ou médio) para inscrever os alunos. A matrícula antecipada tem objetivo de auxiliar a secretaria no planejamento da demanda na rede para o ano letivo de 2008. A matrícula antecipada é válida para qualquer criança com mais de seis anos completos. (Agências)

Sergio Leopoldo Rodrigues

A

orquestra e coral de jovens do Instituto Baccarelli fará a abertura do Natal Iluminado deste ano, promovido pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e suas 15 Sedes Distritais, em frente ao Banespinha, o edifício-sede da Prefeitura paulistana, praticamente em pleno viaduto do Chá. O convite, feito pelo presidente da ACSP, Alencar Burti, foi confirmado ontem pelo presidente emérito do Instituto, o maestro Silvio Baccarelli. "Será um evento de grande significado para a cidade", disse, durante a cerimônia de assinatura do convênio entre a Prefeitura e a ONG Pró-Vida, que deu início à construção da primeira fase da nova sede do Instituto, em um terreno de três mil metros quadrados, cedido pela Cohab, em Heliópolis. A obra deverá estar concluída em, no máximo, 10 meses. Baccarelli informou que o projeto do arquiteto Frank Siciliano, orçado em R$ 3 milhões, terá 33 salas acústicas de música individuais e outras seis para grupos maiores. "É a primeira edificação construída especificamente para o ensino de música no Brasil", acrescentou Edílson Venturelli, diretor do Instituto. Quando toda a obra – que inclui mais dois prédios e uma sala de concertos para 500 pessoas, num total de seis mil metros quadrados construídos – estiver concluída, terá capacidade para 3,5 mil alunos/ano. A primeira fase terá capacidade para atender dois mil alunos. Orgulho – O prefeito Gilberto Kassab (DEM), junto com seus secretários, ao assinar o convênio de cessão do terreno, disse que o Instituto "é um orgulho para paulistanos, paulistas e brasileiros". Para ele, o trabalho do maes-

Em Heliópolis, músico infantil da orquestra do Instituto Baccarelli toca seu violino durante cerimônia de assinatura de convênio

tro Silvio Baccarelli, em Heliópolis, representa mais do que um processo de inclusão social: "É uma forma de dar acesso à educação". Guilherme Afif Domingos, secretário do Emprego e Relações do Trabalho, destacou que o mais importante "é a geração de oportunidades que o maestro Baccarelli, por meio da música, leva para os jovens dessa região". Segundo Afif, trata-se de uma iniciativa "que mostra como é possível mudar uma comunidade por meio da arte". O secretário municipal de Habitação, Orlando Almeida, adiantou que a presença da nova sede vai acelerar também os investimentos em habitação na região. O maestro Silvio Baccarelli lembrou que há 11 anos o Instituto se dedica ao ensino de música para jovens entre sete e 25 anos, na favela de Heliópolis.

Kassab, Afif e Baccarelli assistem a apresentação da orquestra


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 28 de agosto de 2007

ECONOMIA/LEGAIS - 9

EULER HERMES SEGUROS DE CRÉDITO À EXPORTAÇÃO S.A. CNPJ 05.809.815/0001-30 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO SENHORES ACIONISTAS: Em conformidade com as disposições legais, submetemos ao exame de V. Sas. as Demonstrações Financeiras da Euler Hermes Seguros de Crédito à Exportação S.A. relativas aos semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006, acompanhadas das notas explicativas e do parecer dos auditores independentes. O volume de negócios emitidos pela Seguradora no primeiro semestre de 2007 apresentou acréscimo de 108% em relação ao mesmo período do ano anterior. Tal fato, aliado ao conseqüente aumento nas receitas de comercialização e à diminuição de despesas administrativas, contribuiu para o resultado apurado no período. A Seguradora também permaneceu focada no alto nível de controle de sinistros, apurando diminuição

de 23% em comparação ao mesmo período em 2006, mesmo após maturação e incremento das apólices de nossa carteira. Esse cenário é fruto de nossos esforços no eficiente trabalho de monitoramento e prevenção de riscos, notadamente apreciado pelos segurados. Acreditamos que existe um vasto mercado potencial a ser explorado para o produto de seguro de crédito no Brasil, sendo assim, projetamos uma expansão para os próximos anos, focando o desenvolvimento e consolidação de parcerias com corretores. A seguradora permanece seguindo uma política conservadora e prudente de aceitação de riscos, assim como nos seus investimentos. A política de reinvestimento de lucros e política de distribuição de dividendos seguem as diretrizes advindas do

Balanços Patrimoniais em 30 de junho de 2007 e 2006 - Em milhares de reais ATIVO Circulante Disponível Caixa e bancos Aplicações Títulos de renda fixa Quotas de fundos de investimentos Provisão para desvalorização Créditos das operações com seguros e resseguros Prêmios a receber Operações com resseguradoras Títulos e créditos a receber Créditos tributários e previdenciários Outros créditos Despesas antecipadas Administrativas Ativo não circulante

2007 ______ 12.676 ______ 1.015 ______ 1.015 8.050 ______ 1.720 6.332 (2) 3.394 ______ 1.873 1.521 214 ______ 201 13 3 ______ 3 123 ______

2006 ______ 12.057 ______ 1.430 ______ 1.430 7.722 ______ 1.354 6.370 (2) 2.703 ______ 1.945 758 199 ______ 186 13 3 ______ 3 443 ______

Realizável a Longo Prazo Crédito das operações com seguros e resseguros Prêmios a receber Operações com resseguradoras

____________-

267 ______ 267 ______ 208 59

Permanente Imobilizado Bens móveis Depreciação Diferido Despesas de organização, implantação e instalação Amortizações

123 ______ 91 ______ 202 (111) 32 ______ 64 (32) ______

176 ______ 131 ______ 202 (71) 45 ______ 64 (19) ______

Total do ativo

12.799 ______ ______

12.500 ______ ______

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO Circulante Contas a pagar Obrigações a pagar Impostos e encargos sociais a recolher Encargos trabalhistas Impostos e contribuições Débitos de operações com seguros e resseguros Operações com resseguradoras Outros débitos operacionais Depósitos de terceiros Depósitos de terceiros Provisões técnicas - seguros e resseguros Ramos elementares e vida em grupo Provisão de prêmios não ganhos Provisão de insuficiência de prêmios Sinistros a liquidar Provisão de sinistros ocorridos mas não avisados Passivo não circulante Exigível a longo prazo Débitos de operações com seguros e resseguros Operações com resseguradoras Outros débitos operacionais Provisões técnicas - seguros e resseguros Ramos elementares e vida em grupo Provisão de prêmios não ganhos Patrimônio líquido Capital social Aumento de capital (em aprovação) Lucros (prejuízos) acumulados Total do passivo e patrimônio líquido

2007 ______ 4.966 ______ 333 ______ 174 12 73 74 3.150 ______ 2.438 712 28 ______ 28 1.455 ______ 1.455 ______ 361 443 350 301 ______________________________7.833 ______ 7.677 156 ______ 12.799 ______ ______

2006 ______ 4.753 ______ 361 ______ 256 13 62 30 3.285 ______ 2.658 627 142 ______ 142 965 ______ 965 ______ 113 566 180 106 276 ______ 276 ______ 264 ______ 197 67 12 ______ 12 ______ 12 7.471 ______ 7.227 450 (206) ______ 12.500 ______ ______

Em 31 de dezembro de 2005 Lucro líquido no semestre Em 30 de junho de 2006 Em 31 de dezembro de 2006 Lucro líquido no semestre Em 30 de junho de 2007

Aumento de capital (em aprovação) _________________ 450 _________________450 _________________ _________________ _________________ _________________

Lucros/(prejuízos) acumulados _______________ (228) 22 _______________ (206) _______________ _______________ (28) 184 156 _______________ _______________

Aos Administradores e Acionistas da Euler Hermes Seguros de Crédito à Exportação S.A. - São Paulo - SP. Examinamos o balanço patrimonial da Euler Hermes Seguros de Crédito à Exportação S.A. levantado em 30 de junho de 2007 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes ao semestre findo naquela data, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreendeu: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume das transações e os

A

TIM, segunda maior operadora celular do País, prepara o lançamento comercial de seu serviço de telefonia fixa "até o fim do ano", informou ontem o presidente da operadora, Mario Cesar Pereira de Araújo. Dizendo ser uma informação estratégica, ele não quis detalhar como a TIM pretende explorar sua licença, concedida em junho passado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O executivo revelou apenas que o lançamento será parcial, sem abranger todo o território nacional. Fontes dizem que a TIM utilizará a mesma infra-estrutura com a qual trabalha hoje, de estações radiobase. O aparelho

será o mesmo para os serviços fixos ou móveis, que precisarão de um chip especial para operar com números diferentes. Espera-se que a entrada da operadora na telefonia fixa local incentive a disputa hoje quase inexistente nesse mercado: há só 260 municípios com mais de uma prestadora fixa em atividade, o que inclui 52% da população brasileira. Para atrair os clientes da telefonia fixa, a TIM oferece, desde setembro do ano passado, o TIM Casa. Com esse plano, o assinante da operadora contrata um pacote de minutos e paga tarifas próximas às da telefonia fixa convencional quando está na área residencial. Araújo participou do seminário "Regulamentação das

Títulos para negociação Letras Financeiras do Tesouro - LFTs Letras do Tesouro Nacional - LTNs Quotas de fundos de investimentos Total

Total _______________ 7.449 22 _______________ 7.471 _______________ _______________ 7.649 184 7.833 _______________ _______________

2007 2006 __________________ __________________ Custo Valor de Custo Valor de atualizado ________ mercado _________ atualizado ________ mercado _________ 218 217 1.354 1.352 1.502 1.501 6.332 _______ 6.332 _________ 6.370 _______ 6.370 _________ 8.052 _______ 8.050 _________ 7.724 _______ 7.722 _________ _________ _______ _________ _______

O vencimento das LFTs é 19 de dezembro de 2007 e das LTNs ocorrá até janeiro de 2009. As provisões técnicas são garantidas por investimentos em LFTs, LTNs e quotas de fundos de investimentos, que na data do balanço encontravam-se vinculados à SUSEP aos valores de mercado de R$ 217 (2006 - R$ 1.352), R$ 1.501 e R$ 209, respectivamente. 5. Créditos tributários - Referem-se, substancialmente, às antecipações de imposto de renda e contribuição social devidas no semestre corrente e créditos originários de antecipações superiores aos impostos devidos em exercícios anteriores, totalizando R$ 201 (2006 - R$ 186). Os créditos tributários decorrentes de prejuízos fiscais e bases negativas de contribuição social, não registrados contabilmente, totalizam R$ 343 (2006 R$ 402). A seguradora efetuou até 30 de junho de 2007 compensação de prejuízo fiscal acumulado de 30% do lucro tributável, de acordo com legislação vigente. 6. Conciliação das despesas de imposto de renda e contribuição social 2007 2006 ______ ______ Lucro contábil antes dos impostos e após as participações 248 27 Encargos tributários às alíquotas nominais (IR - 25%, CS - 9%) (72) (6) Adições permanentes (5) (1) Adições temporárias (30) Exclusões temporárias 10 Compensação de prejuízos fiscais 33 2 ______ ______ Encargos tributários às alíquotas efetivas (64) (5) ______ ______ ______ ______ 7. Patrimônio líquido - (a) Capital social - O capital social está representado por 7.676.753 (7.226.753 em 2006) ações ordinárias, todas nominativas e sem valor nominal. Em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 27 de dezembro de 2005, os acionistas deliberaram pelo aumento de capital no valor de R$ 450, equivalente a 450.000 novas ações ordinárias. A ata dessa assembléia foi homologada pela SUSEP por meio da Portaria SUSEP/DECON nº 606/06. (b) Dividendos - Assegura-se aos acionistas um dividendo mínimo correspondente a 25% do lucro do exercício, deduzido da reserva legal e observando o disposto nos artigos 189 e 190 da Lei nº 6.404/76. 8. Detalhamento das contas de resultado (a) Despesas administrativas 2007 2006 ______ ______ Pessoal próprio e encargos sociais 487 661 Localização e funcionamento 169 264 Serviços de terceiros 77 84 Outras despesas administrativas 55 44 ______ ______ 788 1.053 ______ ______ ______ ______ (b) Despesas com tributos Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) Taxa de fiscalização SUSEP Programa de Integração Social (PIS) Outras despesas com tributos (c) Receitas financeiras Variação cambial sobre operações de seguros e resseguros Juros com títulos de renda fixa - privados Juros com títulos de renda fixa - públicos Outras receitas financeiras

2007 ______

2006 ______

73 36 12 13 ______ 134 ______ ______

97 29 16 6 ______ 148 ______ ______

2007 ______ 1.017 374 95 10 ______ 1.496 ______ ______

2006 ______ 1.749 464 98 11 ______ 2.322 ______ ______

(d) Despesas financeiras

2007 2006 ______ ______ 980 1.630 194 227 16 16 12 6 1 1 ______ ______ 1.203 1.880 ______ ______ ______ ______ 9. Transações com partes relacionadas - A Euler Hermes Seguros de Crédito S.A. e a Euler Hermes Seguros de Crédito à Exportação S.A. utilizam-se de uma estrutura administrativa-operacional comum. As despesas pagas e incorridas para cada uma das sociedades são rateadas conforme critérios estabelecidos em acordo operacional entre Variação cambial sobre operações de seguros e Resseguros Variação cambial sobre conta corrente em moeda estrangeira Serviço de custódia e liquidação CPMF Outras despesas financeiras

Parecer dos Auditores Independentes sistemas contábil e de controles internos da Seguradora; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Seguradora, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Euler Hermes Seguros de Crédito à Exportação S.A. em 30 de junho de 2007, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes

TIM entra na telefonia fixa Segunda maior operadora celular do País prepara lançamento de serviço até o final do ano Comunicações no Brasil", promovido pelo Projeto Brasil. Fusões — No mesmo evento, o presidente da Brasil Telecom, Ricardo Knoepfelmacher, classificou como "desproporcional" a atenção dedicada

Prêmios retidos Prêmios de seguros Prêmios diretos Prêmios cedidos em resseguros Variação das provisões técnicas Prêmios ganhos Sinistros retidos Sinistros diretos Serviços de assistência Recuperação de sinistros Salvados e ressarcimentos Variação da provisão de sinistros ocorridos mas não avisados Receitas (despesas) de comercialização Comissões Recuperação de comissões Variação das despesas de comercialização diferidas Outras despesas operacionais Outras despesas operacionais Despesas administrativas Despesas com tributos Resultado financeiro Receitas financeiras Despesas financeiras Resultado operacional Resultado antes dos impostos e participações Imposto de renda Contribuição social Participações sobre o resultado Lucro líquido do semestre Lucro líquido por ação - R$

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras em 30 de junho de 2007 e 2006 - Em milhares de reais 1. Contexto operacional - A Euler Hermes Seguros de Crédito à Exportação S.A. é integrante do grupo Allianz e foi constituída no Brasil em 6 de novembro de 2002, iniciando suas atividades operacionais em fevereiro de 2004. Atua exclusivamente no ramo de seguros de crédito à exportação, oferecendo aos seus clientes proteção ao risco de crédito da carteira de recebíveis de vendas a prazo provenientes de exportações. 2. Elaboração e apresentação das demonstrações financeiras - As demonstrações financeiras foram elaboradas em consonância com as práticas contábeis emanadas da legislação societária brasileira e normas do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) e estão sendo apresentadas segundo critérios estabelecidos pela Circular SUSEP nº 334/07, a qual introduziu alterações na classificação das contas e na forma da apresentação das demonstrações financeiras. As demonstrações financeiras relativas ao semestre findo em 30 de junho de 2006, anteriormente publicadas, foram reclassificadas segundo os novos critérios, para proporcionar melhores condições de comparabilidade. 3. Principais práticas contábeis - (a) Apuração do resultado - O resultado é apurado pelo regime de competência. Os prêmios de seguros, deduzidos dos prêmios cedidos em resseguros são apropriados ao resultado quando da emissão das respectivas apólices de seguros e diferidos para apropriação, em bases lineares, no decorrer do prazo de vigência pela constituição da provisão de prêmios não ganhos. As despesas de comercialização são diferidas e apropriadas ao resultado, no decorrer do prazo de vigência dos seguros, líquidas das receitas decorrentes das recuperações de comissões. As operações contratadas, mas cujas apólices ainda não foram emitidas, são registradas por estimativa conforme determina a Circular SUSEP nº 334/07 e apurada segundo critérios estabelecidos pela Circular SUSEP nº 282/05. (b) Estimativas contábeis A elaboração de demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil requer que a Administração use de julgamento na determinação e no registro de estimativas contábeis. Ativos e passivos significativos registrados com base em estimativas incluem os ajustes a valor de mercado das aplicações financeiras, provisões para riscos sobre créditos e para desvalorização, depreciações e as provisões técnicas. Os valores efetivos de liquidação das transações poderão ser diferentes dos estimados em razão de imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. A Administração da Seguradora revisa periodicamente as premissas utilizadas na determinação dessas estimativas. (c) Aplicações - Os títulos e valores mobiliários são classificados de acordo com a intenção da administração, e em 30 de junho de 2007 e de 2006 estão classificados na categoria “Títulos para negociação”. Dessa forma, na data do balanço, os títulos são ajustados pelo seu valor de mercado, contabilizados em contrapartida à conta de receita ou despesa, no período. As quotas de fundos de investimento são valorizadas pelo valor da quota informado pelos Administradores dos fundos na data de encerramento do balanço. Os ativos dos fundos de investimento são ajustados a valor de mercado, em consonância com a regulamentação específica aplicável a essas entidades. (d) Outros ativos - Demonstrados ao valor de custo acrescido, quando aplicável, dos rendimentos e das variações monetárias auferidos, até a data de balanço, em base pro rata dia e deduzindo, quando aplicável, de provisão ao valor de mercado ou de realização. (e) Ativo permanente - Demonstrado pelos valores de custo ou aquisição. As depreciações são calculadas pelo método linear sobre o custo de aquisição com base em taxas que levam em consideração a vida útil-econômica estimada dos bens, conforme as seguintes taxas anuais: bens móveis - 10%; veículos e sistemas de processamento de dados - 20%. O ativo diferido está demonstrado ao custo de aquisição, sendo composto por gastos com implantação de sistemas de computação e é amortizado à taxa de 20% ao ano. (f) Passivo circulante - Demonstrado pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridos, até a data do balanço. (g) Imposto de renda e contribuição social - A provisão para imposto de renda federal é constituída à alíquota - base de 15% do lucro real, acrescida de adicional de 10% acima de limites específicos. A provisão para contribuição social é constituída à alíquota de 9% do lucro antes do imposto de renda. A seguradora não constitui créditos tributários de imposto de renda e contribuição social sobre despesas temporariamente indedutíveis, à exceção dos ajustes com títulos e valores mobiliários, quando aplicável, bem como sobre créditos tributários oriundos de prejuízos fiscais e bases negativas. (h) Provisões técnicas As provisões técnicas são constituídas em conformidade com as determinações da Resolução CNSP nº 162/06 (Resolução CNSP 120/04 em 2006). A provisão de prêmios não ganhos é constituída pela parcela do prêmio retido correspondente ao período de risco a decorrer, calculado em bases pro rata dia e inclui estimativa dos riscos vigentes mas não emitidos, calculada considerando os percentuais definidos no Anexo à Circular SUSEP nº 282/05. A provisão de sinistros a liquidar foi calculada a partir dos valores reclamados pelos segurados até a data do balanço, líquido de recuperações. A provisão de sinistros ocorridos mas não avisados é constituída baseada no percentual estabelecido pela Circular SUSEP nº 283/05. A provisão para insuficiência de prêmios (PIP) é calculada de acordo com critérios atuariais, baseando-se em pressupostos e premissas que levam em consideração as características da Seguradora. 4. Aplicações - A classificação dos títulos e valores mobiliários é apresentada da seguinte forma em 30 de junho:

Demonstrações de Resultados - Semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 Em milhares de reais, exceto o lucro líquido por ação

Quantidade de ações

Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido - Semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 - Em milhares de reais

Capital social _____________ 7.227 _____________7.227 _____________ _____________ 7.677 7.677 _____________ _____________

acionista, que determina o reinvestimento do lucro no próprio negócio, sem a distribuição de dividendos. Agradecemos a confiança de nossos acionistas, a parceria estabelecida com corretores e prestadores e a dedicação, profissionalismo e comprometimento de nossos funcionários. Registramos também nossos elevados agradecimentos aos dirigentes e funcionários da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP e do IRB Brasil Resseguros S.A., pela orientação e atenção prestadas. Ficamos à disposição para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários. São Paulo, 10 de agosto de 2007. A ADMINISTRAÇÃO

às conversas em torno de uma eventual fusão entre Oi (ex-Telemar) e a operadora que dirige. "Acho que estão dando uma importância desproporcional a pequenas notícias que, na prática, têm a ver com a ne-

2007 _________ 660 _________ 4.648 _________ 4.648 (3.988) (461) _________ 199 _________ (206) _________ (2.881) (3) 2.699 6

2006 _________ 111 _________ 2.230 _________ 2.230 (2.119) 480 _________ 591 _________ (266) _________ (3.620) (2) 3.439 4

(27) 908 _________ (332) 1.300 (60) (11) _________ (11) (788) (134) 293 _________ 1.496 (1.203) 261 _________ 261 _________ (44) (20) (13) _________ 184 _________ _________

(87) 462 _________ (143) 636 (31) (1) _________ (1) (1.053) (148) 442 _________ 2.322 (1.880) 27 _________ 27 _________ (3) (2) _________22 _________ _________

7.676.753 _________ _________ 0,02 _________ _________

7.676.753 _________ _________ _________ _________-

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos Semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 - Em milhares de reais 2007 ________ 2006 ________ Atividades operacionais Lucro líquido do semestre 184 22 Depreciações e amortizações 26 ________ 26 ________ Lucro líquido ajustado 210 ________ 48 ________ Variação das aplicações (219) (299) Variação dos créditos das operações (880) 276 Variação de títulos e créditos a receber (56) (23) Variação das despesas antecipadas 4 4 Variação de contas a pagar (28) 96 Variação de débitos de operações com seguros e resseguros 501 (147) Variação de depósitos de terceiros (59) 142 Variação de provisões técnicas - seguros e resseguros 570 (228) Variação de outros débitos (3) Caixa líquido gerado (consumido) nas atividades operacionais 43 ________ (134) ________ Atividades de investimento Pagamento pela compra de ativo permanente (9) Caixa líquido consumido nas atividades de investimento ________- ________ (9) Aumento (diminuição) nas disponibilidades 43 ________ (143) ________ ________ ________ Disponibilidades no início do semestre Disponibilidades no final do semestre Aumento (diminuição) nas disponibilidades

972 1.015 ________ 43 ________ ________

1.573 1.430 ________ (143) ________ ________

as partes. As despesas reembolsadas por rateio totalizaram R$ 333 (2006 - R$ 632) e as despesas alocadas representaram R$ 49 (2006 - R$ 25) e foram registradas nas diversas contas de despesas segundo suas naturezas, permanecendo R$ 63 (2006 R$ 215) pendente de pagamento, classificado na rubrica “Obrigações a pagar”. 10. Patrimônio líquido ajustado e margem de solvência 2007 2006 ______ ______ Patrimônio líquido 7.833 7.471 Despesas antecipadas (3) (3) Ativo diferido (32) (45) ______ ______ Patrimônio líquido ajustado (a) 7.798 7.423 ______ ______ ______ ______ 20% do prêmio retido dos últimos 12 meses (b) 33% do sinistro retido anual médio dos últimos 36 meses (considerado o período operacional) (c) Margem de solvência (valor de (b) ou (c), o maior) (d) Suficiência ((a) - (d))

151

53

62 151 ______ 7.647 ______ ______

53 53 ______ 7.370 ______ ______

Nos termos do artigo 5º da Resolução CNSP 162/06, até 31 de dezembro de 2007 a Seguradora deverá constituir uma Provisão Complementar de Prêmios (“PCP”). Embora a Seguradora ainda esteja elaborando os cálculos da PCP, a Administração acredita que ela não deverá reduzir de forma significativa o valor atual do PLA. Em dezembro de 2006 foi publicada a Resolução CNSP nº 155 que dispõe sobre o capital mínimo requerido para funcionamento das sociedades seguradoras, o qual será composto por um capital base e parcelas adicionais para cobertura dos riscos de subscrição, de crédito, de mercado, legal e operacional. Na mesma data foi divulgada a Resolução CNSP nº 158 que estabelece critérios para a determinação do capital adicional baseado nos riscos de subscrição. Até que o CNSP regule o capital adicional pertinente aos demais riscos, a eventual insuficiência de patrimônio líquido ajustado deverá ser aferida em relação ao maior dos valores entre o capital mínimo requerido e a margem de solvência calculada na forma estabelecida pela Resolução CNSP nº 55/01. As seguradoras que apresentarem insuficiência de patrimônio líquido ajustado terão um prazo de três anos, a partir de 2008, para ajustamento. A Administração da Seguradora, em conjunto com seus controladores vem elaborando estudos visando aferir o impacto dessa regulamentação e as alternativas disponíveis. 11. Instrumentos financeiros derivativos - Durante os semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006, a Seguradora não realizou operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos. 12. Outras informações - a) Não existem reclamações judiciais (de natureza fiscal, trabalhista ou cível) levadas a efeito contra a Seguradora, bem como, por ela propostas em 30 de junho de 2007 e 2006. b) Os créditos das operações com seguros e resseguros representam: (i) os valores contratados que encontram-se pendentes de recebimento em razão do parcelamento do prêmio; e (ii) as parcelas de indenizações de sinistros à serem recuperadas junto à sociedade resseguradora. c) A rubrica “Outros débitos operacionais” é composta por comissões sobre prêmios emitidos e saldo credor da conta “Despesas de comercialização diferidas”, transferido para o passivo em atendimento ao disposto no item 15.1 da Circular SUSEP nº 334/07. Diretoria Gilson Bochernitsan Diretor Presidente Max Joaquin Ernesto Thiermann Weller Diretor Nilton Yuji Sugiyama - Contador - CRC 1SP145.155/O-8 Paulo Pereira Ferreira - Atuário - MIBA 507 ao semestre findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. As demonstrações financeiras da Euler Hermes Seguros de Crédito à Exportação S.A. relativas ao semestre findo em 30 de junho de 2006 foram examinadas por outros auditores independentes que, sobre elas, emitiram um parecer sem ressalvas, datado de 8 de agosto de 2006. 10 de agosto de 2007 Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6

cessidade de o Brasil entender o fenômeno mundial de consolidação", afirmou. Ele disse desconhecer qualquer detalhe sobre o grupo interministerial que o governo está formando para estudar os procedimentos que podem tornar viável uma fusão dessa natureza, hoje impedida por lei. A idéia de criar uma megatele foi anunciada pelo ministro das Comunicações, Hélio Costa. A regulamentação atual impede fusão entre quaisquer das quatro concessionárias de telefonia fixa (Oi, Brasil Telecom, Telefônica e Embratel). A partir de setembro, a Brasil Telecom se dedicará à expansão comercial de seus serviços de televisão pela internet (IPTV), afirmou Knoepfelma-

José Rubens Alonso Contador CRC 1SP104350/O-3

cher. No começo deste mês, o vice-presidente Financeiro e de Relações com Investidores da Brasil Telecom, Paulo Narcélio, havia dito que o produto estava em fase final de homologação pela Anatel e que o l a n ç a m e n t o c o m e rc i a l d o IPTV, na capital federal e em grandes cidades, ocorreria até o encerramento do semestre. A empresa hoje trabalha com projetos pilotos em aproximadamente 300 residências em Brasília. A Brasil Telecom oferecerá ao cliente duas maneiras de acesso ao IPTV. Uma delas será por meio de uma mensalidade, que dá direito a um pacote fixo de até 500 títulos. Outra opção para o cliente será o pagamento por evento. (AE)


2

Nacional Empresas Tr i b u t o s Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 28 de agosto de 2007

COMEÇA PRAZO PARA APRESENTAR DECLARAÇÃO DE ISENTO

30

por cento poderá ser o aumento da carga tributária para as escolas de educação infantil

ESCOLAS E PROVEDORES SE PREPARAM PARA AUMENTAR OS PREÇOS POR CAUSA DO SUPERSIMPLES

SERVIÇOS FICARÃO BEM MAIS CAROS Divulgação

ISENTOS Cuidado para não perder o CPF

A

partir da próxima segunda-feira (3 de setembro), quem recebeu menos de R$ 14.992,32 em 2006 deve entregar a Declaração Anual de Isento para a Receita Federal do Brasil. O prazo vai até o dia 30 de novembro Quem não fizer a declaração pode ter o seu Cadastro de Pessoa Física (CPF) suspenso. Sem o documento, a pessoa fica impedida de fazer compras a prestação em lojas, abrir conta em bancos, fazer concurso público ou seguro, tirar passaporte, participar de empresas e até mesmo receber prêmios de loterias. Atualmente, a base da Receita tem 165,3 milhões de CPFs. Destes, 16,881 milhões estão pendentes – ou seja, os contribuintes não apresentaram nenhum tipo de declaração no ano passado – e 37,563 milhões de pessoas estão com o CPF suspenso porque não terem feito o documento por dois anos consecutivos. O supervisor nacional do Imposto de Renda, Joaquim Adir, disse que a expectativa da Receita é receber

cerca de 64 milhões de declarações de isentos em 2007. No ano passado, foram entregues 62 milhões. Deixa levar – De acordo com Adir, o universo de pessoas que poderiam fazer a declaração de isento é de 90 milhões. "No entanto, muitas vão continuar sem entregá-la

37,5

milhões de contribuintes poderão ter seus CPFs suspensos por não terem apresentado declaração nos últimos dois anos e fazer a regularização do CPF depois", prevê o executivo. Para ele, entregar a declaração é mais simples do que ter que corrigir a situação. "Sem dúvi-

da, é mais fácil apresentar o documento do que ter de resolver o problema depois. Isso sem falar no constrangimento de precisar ir a uma instituição conveniada da Receita Federal para se identificar e regularizar a situação". A declaração de isento pode ser feita nas agências dos Correios, pagando-se uma tarifa de R$ 2,40; nas casas lotéricas; no Banco do Brasil; no Banco Popular do Brasil ou nos terminais do Caixa Aqui, pagando apenas R$ 1. Ela também pode ser feita pela internet, gratuitamente, na página da Receita Federal do Brasil no seguinte endereço eletrônico: www.receita.fazenda.gov.br . Quem tiver o CPF suspenso pode procurar regularizar a situação em uma agência do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal ou nos Correios. A taxa é de R$ 5, maior do que a necessária para entregar o documento. Segundo a Receita Federal, de fevereiro a julho, 3,7 milhões de pessoas com o CPF suspenso resolveram o problema.

Renato Carbonari Ibelli

O

s preços dos serviços de internet e das mensalidades escolares podem aumentar no próximo ano por conta do Supersimples, regime que mudou a forma de tributação do País ao unificar impostos federais, estaduais e municipais pagos pelas micros e pequenas empresas. Estes são alguns ramos de atividades prejudicados pelas mudanças e que dizem não ser possível sobreviver sem repassar para o consumidor a elevação do custo dos tributos. Os estabelecimentos escolares calculam que vão pagar entre 11% e 30% a mais de impostos. A elevação mais drástica (30%) afetará principalmente as creches e as pré-escolas, segundo o presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), José Augusto de Mattos Lourenço. Elas recolhiam 50% a menos em comparação aos outros segmentos da educação, graças a um benefício tributário baseado na lei 10.034/03. Ele foi extinto com a chegada do Supersimples. O aumento da carga tributária foi detectado por simulações feitas pelo escritório de contabilidade Meira Fernandes, especializado no segmento de educação. No extinto Simples Federal, uma escola infantil, com faturamento de R$ 420 mil ao ano e gasto de R$ 150 mil com folha de paga-

Edital de Assembléia Extraordinária Para deliberar sobre a alteração do Estatuto do Sindicato da Indústria da Cerâmica da Louça de Pó de Pedra da Porcelana e da Louça de Barro no Estado de São Paulo, perante a nova Legislação (Lei 11.127 de 2005), convocamos as empresas associadas a este sindicato, para comparecimento à assembléia extraordinária, a realizar-se no dia 31 de agosto de 2007, às 14h00 em primeira convocação e não havendo quórum às 14h30 em segunda convocação com os presentes conforme estabelece o estatuto da entidade sindical, referida assembléia discutirá a necessidade legal de adequação do Estatuto do Sindicato à nova Legislação Civil conforme convocação acima. São Paulo, 28 de agosto de 2007. Nelson Ferreira Dias - Presidente. PRELUDE MODAS S/A. - CNPJ nº 61.084.745/0001-70 EXTRATO DA ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA REALIZADA EM 10 DE JULHO DE 2007.

1) Data 10/07/2007 às 9:00 horas. 2) Local na sede social à Rua Rego Freitas, 508-SP. 3) Presença de Acionistas: Quorum Legal. 4) Mesa: Presidente MARCELO LUIZ LEVINZON; Secretário NELSON SCHARFF. 5) Ordem do Dia e Deliberações: 5.1) Preenchimento da vaga de Diretor por impedimento definitivo nos têrmos do art. 14º dos Estatutos Sociais; 5.2) Preenchimento da vaga de Diretor Comercial porque o cargo se encontra vago; 5.3) Outros assuntos de interesse social. Posto em votação ficou decidido que o cargo de Diretor ficará vago. Foi eleita para Diretora Comercial a Sra. GINA KHAFIF LEVINZON. Votação aprovada por unanimidade, tendo se abstido de votar os legalmente impedidos. SP 10/07/2007. a) MARCELO LUIZ LEVINZON, Presidente; NELSON SCHARFF, Secretário. Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania JUCESP - Certifico o registro sob o número 299.523/07-0 em 15 de agosto de 2007 - Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

Lourenço: aumentos de impostos.

mento, recolhia R$ 44,2 mil anualmente em tributos. No Supersimples, essa mesma escola recolherá R$ 59,5 mil ao ano, um aumento de R$ 15,3 mil. "É inevitável o aumento nas mensalidades, que vai prejudicar mais a classe média, o principal público das escolas privadas. Estamos tentando reverter isso em Brasília, mostrando a distorção a senadores e deputados federais", diz Lourenço. Estabelecimentos que estavam no Simples Federal também tiveram aumento do Imposto Sobre Serviço (ISS). Alguns municípios tinham alíquota de 2%. Esse percentual subiu para 5% quando o novo regime tributário entrou em vigor. Ainda há a possibilidade de as prefeituras reduzirem suas alíquotas – até o momento, segundo a Fenep, apenas Santos voltou a cobrar 2%. A entidade ainda briga para que

escolas do ensino médio e profissionalizante, além das faculdades, hoje impedidas de entrar no Supersimples, possam aderir a ele. Esses segmentos recolhem pelo lucro presumido ou seja, têm uma carga de impostos ainda maior do que a estabelecida por esse regime. Provedores - Os provedores de internet também se dizem prejudicados. Nesse caso, o fim do Simples Federal é o motivo do descontentamento. No extinto regime simplificado, eles recolhiam entre 6% e 6,5% de impostos. Agora, esse segmento foi impedido de entrar no Supersimples. Com isso, passaram a recolher pelo lucro presumido, com uma carga entre 12% até 17%. Segundo o presidente da Associação Internet Brasil de Provedores, Roque Abdo, nos próximos meses poderá haver aumento dos preços dos serviços prestados pelos provedores. Mas, provavelmente, não será suficiente para repor os prejuízos. "Hoje, a internet é como uma commodity e, por isso, é lastreada por preços internacionais", diz o presidente da entidade, que reúne cerca de 2 mil empresas. "Também não podemos reajustar de imediato nossos preços, pois os contratos são fechados a cada 12 meses e dependem de uma cesta de índices para serem alterados", explica Abdo. O setor briga na Justiça pela manutenção Simples Federal até o final do ano e pelo enquadramento dos serviços no Supersimples.

A ORTOPEDIA NUNEZONTA COM. DE AP. ORTOPÉDICOS LTDA-ME CNPJ nº 66.712.696/0001-97, comunica o extravio de NF Mod. 1 numeradas de 251 a 500, NF Venda ao Consumidor numeradas de 501 a 1000 e AIDF nºs 127 e 3056.

DECLARAÇÃO À PRAÇA SIEMENS LTDA, portadora do CNPJ/MF nº 44.013.159/0002-05 e Inscrição Estadual nº 100.050.435.118, estabelecida à Rua Werner Von Siemens, 111 - Lapa - São Paulo-SP, DECLARA À PRAÇA em geral, o extravio das Notas Fiscais emitidas contra Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica com a seguinte numeração: 258.179, 273.705, 279.382 e 280.175. (27, 28 e 29/08/2.007)

DECLARAÇÃO À PRAÇA SIEMENS LTDA, estabelecida à Av. Eng. João Fernandes Gimenes Molina, 1745 - Engordadouro - Jundiaí - SP, portadora do CNPJ/MF nº 44.013.159/0031-31 e I.E. nº 407.057.544.110, DECLARA à praça em geral, o extravio da Nota Fiscal nº 002587, valor total: R$ 6.080.975,27, emitida em 20/08/2007, contra Siemens AG - Duisburg Wolfgang - Reuter - Platz - 47053 - Duisburg. (28, 29 e 30/08/2007)

DECLARAÇÃO DE PROPÓSITO (Cancelamento da Autorização para Funcionamento)

A FORTE S/A CORRETORA DE CÂMBIO, TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS, inscrita no CNPJ sob nº 73.004.749/0001-80. I - DECLARA sua intenção de extinguir a sociedade. II - ESCLARECE que, nos termos da regulamentação em vigor, eventuais objeções à presente declaração devem ser comunicadas diretamente ao Banco Central do Brasil, no endereço abaixo, no prazo de trinta dias contados da data da publicação desta, por meio formal em que os autores estejam devidamente identificados, acompanhado da documentação comprobatória, observado que o declarante pode, na forma da legislação em vigor, ter direito a vistas do processo respectivo. BANCO CENTRAL DO BRASIL. Departamento de Organização do Sistema Financeiro - Gerência Técnica em São Paulo. Av. Paulista, nº 1804 - 5º andar - São Paulo-SP - CEP 01310-922. Processo nº 0701382596. São Paulo, 02 de agosto de 2007.

Itec S.A. - Grupo Itautec CNPJ 06.135.938/0001-03 NIRE 35300314131 EXTRATO DA ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DE 25.7.2007 Instalação: 25.7.2007, às 18 horas, na sede social e com presença total. Composição da Mesa: Presidente: Dr. Guilherme Archer de Castilho; Secretário: Dr. Ricardo Egydio Setubal. Deliberações: considerando a aquisição pelo Grupo Itautec de novas companhias no exterior, cujas atividades identificam-se com as desenvolvidas pela ITEC S.A. - GRUPO ITAUTEC, é de todo conveniente para o desenvolvimento dos negócios do Grupo que seja harmonizada a denominação dessas sociedades, criando-se uma identificação comum. Assim, foi aprovado: a) alterar a denominação social da ITEC S.A. - GRUPO ITAUTEC para TALLARD TECHNOLOGIES S.A. - GRUPO ITAUTEC; b) alterar a redação do artigo 1º do estatuto para registrar a nova denominação social e para delegar à Diretoria a competência para deliberar sobre a rede de dependências da sociedade, passando a assim se redigir o dispositivo: “Art. 1º - DENOMINAÇÃO, PRAZO E SEDE - A sociedade anônima regida por este estatuto, denominada TALLARD TECHNOLOGIES S.A. - GRUPO ITAUTEC, é empresa privada de capital nacional, com duração por tempo indeterminado, tem sede e foro na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, e poderá abrir filiais, dependências ou representações no território nacional ou no exterior, por deliberação da Diretoria.”. Quórum das Deliberações: unanimidade. Formalidades Legais: ata lavrada no livro próprio e arquivada conforme seguinte CERTIDÃO: “Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo: certifico o registro sob o nº 269.967/07-2, em 07.08.07(a) Cristiane da Silva F. Corrêa Secretária Geral". FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 27 de agosto de 2007, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

Requerente: MTM Factoring Fomento Mercantil Ltda. - Requerido: Têxtil Sessak Ltda. - Rua Cachoeira, 1.275 - 1ª Vara de Falências Requerente: A3-Eletro Comercial Ltda. - Requerido: J. Melo Construções e Assessoria

Ltda. - Rua Agostinho Gomes, 485 - 2ª Vara de Falências Requerente: Metrópolis Representações Comerciais Ltda. Requerido:Gigante Auto Serviço Ltda. - Av. Edu Chaves, 553 - 2ª Vara de Falências

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EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL PARA REGISTRO DE PREÇOS PREGÃO Nº 052/2007-FAMESP/HEB PROCESSO Nº 307/2007-FAMESP/HEB REGISTRO DE PREÇOS Nº 039/2007-FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 28 de agosto a 24 de setembro de 2007, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli, s/nº, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 38152680-ramal 111-FAX (0xx14)3882-1885-ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/ Hospital das Clínicas, o Edital de Pregão Presencial - Pregão nº 052/2007-Famesp/HEB, Processo nº 307/2007-Famesp/HEB, que tem como objetivo o Registro de Preços para Aquisição de Cateter, Kit Introdutor, Fio-Guia e Transdutor, para o Hospital Estadual Bauru, do tipo menor preço global por lote, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação, será realizada no dia 25 de setembro de 2007, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras do Hospital Estadual Bauru, localizado na Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, n.º 1-100, Jardim Santos Dumont, na Cidade de Bauru, no Estado de São Paulo, C.E.P. 17.033-360. Botucatu, 27 de agosto de 2007. Prof. Dr. Shoiti Kobayasi - Diretor Vice Presidente - FAMESP

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA: PREGÃO (PRESENCIAL) DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 57/0193/07/05 OBJETO: FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO DE SWITCHES A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação de Registro de Preços para o fornecimento e instalação de switches. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 28/08/2007, na sede da FDE, na Supervisão de Licitações na Rua Rodolfo Miranda, 636 - Bom Retiro - CEP 01121-900 - São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br. O credenciamento do representante das proponentes e o recebimento dos Envelopes “Proposta” e “Documentos de Habilitação” ocorrerão na sede da FDE, no endereço acima mencionado, às 09:30 horas do dia 11/09/2007. Todas as propostas deverão obedecer rigorosamente o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA Presidente

GLEP ENERGIAS RENOVÁVEIS E PARTICIPAÇÕES S/A CNPJ (MF) nº 08.356.724/0001-84 – NIRE nº 35.300.342.534 Ata da 2ª Assembléia Geral Extraordinária realizada em 10 de julho de 2007 Data, Hora e Local: 10/7/2007, 10 horas, sede social. Mesa: Carlos André Andrioni Salgueiro Lourenço, Presidente e Guilherme Andrioni Salgueiro Lourenço, Secretário. Convocação: Dispensada. Presença: 100%. Deliberações Unânimes: A) Após receberem dos Diretores da Cia. cópia da minuta da Escritura de Emissão, e obterem todos os esclarecimentos necessários os acionistas aprovaram a retificação das características atribuídas às debêntures a serem emitidas com base na aprovação realizada na 1ª Assembléia Geral Extraordinária, realizada em 27/6/2007, registrada na Jucesp sob nº 251.537/ 07-9. Face o exposto e conseqüentemente as debêntures possuirão as seguintes características: Valor da emissão: O valor total da emissão será de até R$ 20.000.000,00, dividido em 2 séries, sendo a 1ª de R$ 7.000.000,00 e a 2ª de R$ 13.000.000,00. Número de debêntures: Serão emitidas 20.000 debêntures, sendo 7.000 debêntures da 1ª série e 13.000 debêntures da 2ª série. Data da Emissão: Nos termos da Escritura de Emissão, a data de emissão de cada uma das séries será a data da subscrição e efetiva integralização das Debêntures pelo InfraBrasil – Fundo de Investimento em Participações (Data de Emissão).Valor nominal unitário: Cada debênture terá o valor nominal unitário de R$ 1.000,00, na data da emissão (Valor Nominal Unitário).Número de Séries: A emissão será realizada em 2 séries. Espécie: As debêntures serão da espécie sem garantia (quirografárias) e subordinadas. Tipo e Forma: As debêntures serão da forma nominativa, não-endossáveis, sem emissão de cautelas ou certificados. Conversibilidade: As debêntures serão conversíveis em ações ordinárias de emissão da Cia., na hipótese de declaração pelo InfraBrasil – Fundo de Investimento em Participações, do inadimplemento e conseqüente vencimento antecipado das obrigações da Cia., nas condições que vierem a ser pactuadas na respectiva Escritura de Emissão. Ações Resultantes da Conversão: O número de ações ordinárias no qual as debêntures poderão ser convertidas deverá ser equivalente a: (I) 75% do total de ações ordinárias de emissão da Cia. após o aumento do capital social decorrente da conversão das debêntures, caso ocorra a subscrição das debêntures da 1ª série e das debêntures da 2ª série, ou (II) 27% do total de ações ordinárias de emissão da Cia.após o aumento do capital social decorrente da conversão das debêntures, caso haja subscrição apenas das debêntures da 1ª série ou resgate antecipado das debêntures da 2ª série. Remuneração: As debêntures serão remuneradas a partir da Data de Emissão, pela variação do IGP-M – Índice Geral de Preços do Mercado, apurado e divulgado pela Fundação Getúlio Vargas, e farão jus a juros remuneratórios, pré-fixados à taxa de 12% ao ano, incidentes sobre o saldo não amortizado do Valor Nominal Unitário atualizado, calculados cumulativa e exponencialmente, por dias úteis, com base em 1 ano de 252 dias, desde a Data de Emissão, conforme previsto na Escritura de Emissão (Juros Remuneratórios). Os Juros Remuneratórios serão pagos juntamente com o valor principal, na data do vencimento. Prazo e Vencimento: O vencimento das debêntures ocorrerá no prazo de 2 anos, contados da data da sua emissão, e observará as demais condições estabelecidas na Escritura de Emissão, em especial as hipóteses de vencimento antecipado estabelecidas para a 1ª e 2ª séries. Resgate Antecipado Facultativo: As debêntures não estarão sujeitas ao resgate antecipado pela Cia.; Resgate Antecipado Obrigatório: Caso não seja obtida a outorga da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL de Autorização para exploração do potencial hidráulico da PCH Santa Luzia Alto até 31/12/07, a Cia. deverá imediatamente resgatar a totalidade das debêntures da 2ª série em circulação e deverá pagar no prazo de 60 dias do resgate o Valor Nominal Unitário Atualizado referente à totalidade das Debêntures da 2ª Série, acrescido dos Juros Remuneratórios devidos desde a Data da Emissão até a data do efetivo pagamento, calculados pro rata temporis, e demais encargos, nos termos e condições estabelecidas na Escritura de Emissão. Aquisição Antecipada Facultativa: Mediante consentimento do InfraBrasil, a Cia. poderá, a qualquer tempo, adquirir as debêntures em circulação, observados os termos e condições do § 2º, do art. 55, da Lei 6404/76. Condições de subscrição: As debêntures serão subscritas pelo preço do seu Valor Nominal Unitário, após o cumprimento, pela Cia., das condições previstas na Escritura de Emissão. Destinação dos Recursos: A Cia. deverá destinar os recursos captados por meio da emissão das debêntures exclusivamente para pagar os custos de desenvolvimento, construção, operação e manutenção da PCH Piedade e da PCH Santa Luzia Alto. B) Renúncia ao Direito de Preferência: Nos termos do § 1º, do art. 57 e do art. 171 da Lei 6404/76, os acionistas da Cia. expressamente renunciam ao seu direito de preferência para a subscrição das debêntures e concordaram com todos os termos e condições das mesmas, contidas na Escritura de Emissão. C) Por unanimidade, os acionistas autorizaram os diretores da Cia. a assinarem a Escritura de Debêntures e a praticarem todos os atos necessários à emissão das debêntures e à efetivação das transações aqui contempladas. São Paulo, 10/7/2007. (aa) Carlos André Andrioni Salgueiro Lourenço: Presidente e Guilherme Andrioni Salgueiro Lourenço: Secretário. Acionistas: (aa) José Salgueiro Lourenço, Alice Andreoni Lourenço, Carlos André Andrioni Salgueiro Lourenço, Guilherme Andrioni Salgueiro Lourenço e Ana Paula Lourenço de Toledo. Certidão Jucesp: nº 268.606/07-9 em 03/08/2007. Cristiane da Silva F. Corrêa: Secretária Geral.

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Saúde Educação Urbanismo Polícia

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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PROPAGANDA, SÓ DENTRO DAS LOJAS

Para Regina Monteiro, ideogramas deveriam seguir a idéia de época e não repetir o nome da loja.

Fotos de Masao Goto Filho/e-SIM

LIBERDADE

'Ninja de holograma não pode ter relógio nem beber Coca-Cola' A presidente da Comissão de Proteção à Paisagem Urbana, Regina Monteiro, elogiou a proposta hi-tech para a Liberdade, mas advertiu que recursos tecnológicos não poderão ser instrumentos de propaganda

Para a diretora de Meio Ambiente e Paisagem Urbana da Emurb e presidente da CPPU, Regina Monteiro, o bairro da Liberdade ficaria deslumbrante se realmente reproduzisse a arquitetura japonesa do século 17

Rejane Tamoto

A

s idéias para modernizar o bairro da Liberdade, com a mistura de elementos da arquitetura japonesa do século 17 e atrações tecnológicas e interativas ao estilo hi-tech do Japão atual, propostas pelo arquiteto da Kallipolis Arquitetura, Márcio Lupion, em conjunto com a agência One, foram recebidas positivamente e com poucas ressalvas pela diretora de Meio Ambiente e Paisagem Urbana da Emurb, Regina Monteiro, que também preside a Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU), que arbitra sobre os casos omissos à lei Cidade Limpa. Embora não conheça o projeto, Regina opinou a partir de reportagem publicada ontem pelo DC. Projetos – O projeto de Lupion, que visa devolver à Liberdade sua identidade oriental perdida, além de dois projetos do arquiteto Candi Hirano, com vistas ao centenário da imigração japonesa, a ser comemorado em junho de 2008, serão apresentados em detalhes e discutidos entre arquitetos, associações locais, comerciantes e representantes da Prefeitura até a próxima semana. "Minha observação sobre o projeto, a partir da reportagem, é que ele exerce a criatividade proposta pela lei Cidade Limpa. Os telhados orientais

O bairro hoje, sem ideogramas nas fachadas e longe de suas origens

Centenário da imigração japonesa será comemorado em junho de 2008

nas fachadas são bárbaros, as lanternas passam uma ambiência de um local diferente e seria deslumbrante que o bairro pudesse ter essa arquitetura oriental do século 17", disse. Para a presidente da CPPU, os ideogramas nas fachadas deveriam seguir a idéia de época e não repetir o nome da

loja, mas mensagens como "paz, amor, sorte", por exemplo. Em relação ao mobiliário urbano, Regina lembra que a concessão da Prefeitura deve ser estudada, principalmente em relação às contrapartidas. Outro aspecto importante é a aceitação formal do comércio. "A Prefeitura tem a responsa-

bilidade de fazer com que o projeto seja implantado como um todo, em todas as lojas dos trechos previstos", disse. Hi-tech – Embora considere o projeto de Lupion de qualidade, a presidente da CPPU fez ressalvas aos itens hi-tech propostos, como as telas para transmissões de informações e as projeções sobre muros, pisos e paredes do bairro. "Os hologramas em empenas cegas seriam liberados para eventos em dias de festa. Mas esse é um ponto que será avaliado pela comissão, a partir de critérios objetivos. Apresentações temáticas são bem-vindas, desde que, num holograma, um ninja não esteja com um relógio Seiko no pulso ou bebendo uma Coca-Cola, por exemplo. Porque isso se torna propaganda e abre um precedente enorme para os outros", disse. O projeto de Lupion deverá

ser concretizado a partir de investimentos de empresas, com base na lei Rouanet de incentivo à cultura. Segundo essa lei, a empresa patrocinadora poderá deduzir o valor do imposto de renda e terá como contrapartida a exposição de sua logomarca nos eventos que patrocinar. "A lei Rouanet dá uma regra para o Brasil, mas, nesse caso, o projeto terá de atender as normas urbanísticas do município. Então, no espaço público da cidade não poderá ter propaganda; só dentro das lojas e no mobiliário urbano, como na cabine telefônica", disse Regina. O projeto de um prédio de escritórios com a configuração de um tori (portal) sobre a ligação leste-oeste, que abrigaria espaços para shopping, estacionamento e teatro, do arquiteto Candi Hirano, também publicado pelo DC, não teve a

mesma aceitação. Para Regina, o projeto propõe um adensamento em uma região que é um pólo de tráfego violento. "Não conheço profundamente o projeto, mas acho que não se aplica àquele trecho, já que há outras áreas carentes e com mais espaço no Centro, como o Glicério, para um empreendimento desse porte", disse. Teatros – Durante reunião com representantes do setor de artes e espetáculos da cidade, na tarde de ontem, a diretora da Emurb definiu o que deve ser um dos primeiros temas de discussão da CPPU, cuja primeira reunião está marcada para a próxima semana. Os teatros, museus, cinemas e casas de espetáculos que tiverem uma fachada pequena, com até 15 metros lineares de frente, por exemplo, poderão passar por análise da comissão para que exponham peças de divulgação de espetáculos de tamanho superior a 10% em relação à fachada. "A regra geral é que as peças de divulgação, para todos, têm de corresponder a 10% da área da fachada. Nessa peça, o espaço para o patrocinador seria de 10%. Vamos analisar caso a caso os pequenos teatros, que ficam sob prédios e que têm uma frente muito pequena. Ainda vamos definir uma medida de fachada para que entre nessa avaliação. Estamos fazendo um levantamento do tamanho dos imóveis", disse Regina Monteiro.


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Nacional Finanças Empresas Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 28 de agosto de 2007

A Companhia do Natal tem 35 contratos fechados com shoppings

FORNECEDORES CONTRATAM TEMPORÁRIOS

PREPARATIVOS DA DECORAÇÃO DE NATAL JÁ ESTÃO À TODA

Fotos: Divulgação

Centros de compras antecipam a contratação de empresas especializadas Fernanda Pressinott

O

Bonecos de luz são os principais atrativos para os lojistas

DECORE

DC

s shoppings estão cada vez mais adiantados em relação aos preparativos para datas comemorativas, tanto que 90% deles – de acordo com os fornecedores – já contrataram as empresas que farão as decorações do próximo Natal. A montagem dos enfeites, que há alguns anos começava no final de novembro, deve ter início em meados de outubro. Uma das principais empresas de decoração natalina do País, a Cipolatti & Cipolatti, já enviou a decoração para os centros de compras que atende no exterior e, no próximo mês, deve mandar os enfeites dos shoppings da região Norte do Brasil. "Esse segmento está cada vez mais organizado e profissional. E crescendo muito, o que se reflete no nosso trabalho. Crescemos junto com eles", diz a proprietária da empresa Conceição Cipolatti. Além dos shoppings, bancos, grandes empresas e redes de magazine já contrataram um dos 300 temas oferecidos pela Cipolatti para 2007. O valor mínimo gasto com uma decoração da empresa é DE R$ 50 mil. A aposta para este ano são os temas ligados à ecologia e reciclagem. "Esse assunto tornou-se importante para as companhias e isso se reflete no

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Thais Antunes/Divulgação

Perto de 60% das vendas do Sam's Club são para comerciantes

Natal. Mas as decorações tradicionais, com muito verde e vermelho, ainda são as que fazem mais sucesso". A preocupação com o aquecimento global e com a ecologia também é o foco da Companhia do Natal, que já fechou 35 contratos com shoppings de todo o País, entre eles o Sorocaba, de Sorocaba (SP), e o Bonsucesso, em Guarulhos (SP). O preço médio das decorações da Companhia do Natal é de R$ 300 mil. "O valor varia muito dependendo do que é pedido, quantidade e material que será utilizado", diz a diretora de atendimento da empresa Joana Pires de Paula. Neste mês, a empresa está produzindo a parte aérea das decorações, como guirlandas, e, em setembro, deve fazer os testes de montagem. Além disso, deve iniciar a contratação de mão-de-obra temporária. Durante o ano, a Companhia do Natal mantém 80 funcionários efetivos e 50 famílias terceirizadas que trabalham em

casa. A Cipolatti & Cipolatti tem 200 pessoas efetivas. E m b o r a n ã o p ro d u z a , o Sam's Club, do grupo WalMart, também já está vendendo itens para decoração natalina. Segundo a diretora de marketing do grupo, Alessandra Giglio, 60% das vendas do Sam's são para comerciantes, principalmente de restaurantes e cantinas. Esses estabelecimentos compram os produtos de Natal agora. "Tem também lojas que aproveitam para revender." O consumidor, por sua vez, só pensa nisso em outubro ou novembro, quando o clima já invadiu as ruas. A expectativa da rede é vender 30% mais neste ano em comparação a 2006. "Temos um leque de produtos 35% maior do que tínhamos no ano passado. São coisas mais modernas, que devem fazer sucesso", afirma Alessandra. O anjo com fibra óptica, por exemplo, está sendo vendido a R$ 32,30 e a árvore de Natal com 1,52 metro a R$ 109,74.

A empresa Companhia do Natal já iniciou a produção deste ano. Preço médio da decoração é de R$ 300 mil. Thais Antunes/Divulgação

O Sam's Club deve ter vendas 30% maiores em 2007

Temas ecológicos são destaque

Papelarias tentam ganhar fôlego Paula Cunha

C

omeça hoje, em São Paulo, no Anhembi, a 21ª edição da Feira Internacional de Produtos, Serviços e Tecnologia para Escolas, Escritórios e Papelarias. O evento é uma oportunidade para aquecer o setor, formado por 26 mil papelarias em todo o País. O segmento começa a dar sinais de dificuldades, pois registrou queda de 20% na contratação de funcionários em 2006 em relação ao ano ante-

rior. Esse recuo ocorreu, segundo seus representantes, desde que os governos municipal e estadual passaram a distribuir os chamados kits escolares aos alunos. O setor é formado por pequenos estabelecimentos, segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório e Papelaria, Antonio Nogueira. Apesar de ter se profissionalizado e aumentado o mix de produtos oferecidos, o segmento foi fortemente afetado por essa iniciativa da rede pública de

ensino. "Não queremos que as crianças mais carentes e os pais sejam prejudicados. Mas sugerimos ao governo estadual (que está instituindo o kit neste ano em 6.165 escolas) que as famílias recebam um tíquete no valor do material para cada criança. Os produtos poderão ser comprados nas papelarias, que são 10 mil em todo o Estado de São Paulo", disse. O projeto foi apresentado na Assembléia Legislativa pela Comissão de Justiça e agora está sendo analisado pela Comissão de Educação.

O setor, que fatura anual- A Bic, que firmou parceria com mente cerca de R$ 4,5 bilhões, a Unilever, pretende lançar espera vender e fechar negó- produtos e divulgar para o secios na feira que equivalem de tor, com mais ênfase, a recente quatro a cinco meses da produ- aquisição da Pimaco, fabricanção anual. Para alcançar esse te de etiquetas. "A Pimaco está em 90% das objetivo, a Brasil Escolar, entidade que reúne 600 estabeleci- papelarias que vendem etimentos no País, apresentará na quetas, mas apenas 30% de tofeira a Papelaria Modelo, que das as 26 mil existentes no País oferecerá um mix de mercado- vendem esse artigo ao consum i d o r. A i nrias que podet e n ç ã o é a urá ser adquirimentar em do em pequecerca de 45% o nas quantidanúmero de des pelos pontos-devarejistas de venda que comenor porte. mil papelarias mercializam o Segundo o estão em produto", dispresidente da se o gerente da entidade, Said funcionamento categoria de Tayar, a feira atualmente papelaria da promoverá Bic Brasil, Autambém um no País. Boa parte gusto Moura. encontro nadelas são empresas O u t r a e mcional de pade pequeno porte. presa que pelarias para aposta no discutir os evento é a Asproblemas do setor. "O empresário adaptou- sociação Brasileira da Indússe à realidade desse segmento. tria Gráfica (Abigraf), que rePara a feira, criamos rodadas gistrou receita de US$ 960 mide negócios entre lojistas e fa- lhões em 2006. O presidente da bricantes para obter os melho- regional São Paulo, Alfried res preços e prazos. Nossos só- Plöger, afirmou que a presença cios economizam de 20% a de 80 expositores estrangeiros reforçará o intercâmbio entre 25%", disse. Oportunidades – A chance fabricantes. "Nossa expectatide estabelecer contato direto va é de que as vendas no mercom os varejistas faz com que cado interno, que têm nos caempresas de pequeno e grande dernos e blocos seus principais portes criem estratégias para produtos, cresçam pelo menos oferecer os produtos na feira. 6% neste ano", disse.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

ECONOMIA - 3


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Ambiente Educação Av i a ç ã o Urbanismo

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terça-feira, 28 de agosto de 2007 Evelson de Freitas/AE

Destroços do avião que se chocou estão guardados em um hangar.

AERONÁUTICA GUARDA PEDAÇOS DO AIRBUS

Galpão armazena restos da tragédia O

Raimundo Paccó/Folha Imagem

Integrantes da CPI do Apagão foram ao local onde estão destroços do Airbus A320 Evelson de Freitas/AE

s manetes do Airbus A320 da TAM, que bateu no dia 17 de julho matando 199 pessoas, podem estar em um hangar da TAM no Aeroporto de Congonhas, onde foram depositados os destroços do avião. No entanto, conforme o tenente-coronel Wagner Cyrillo Júnior, chefe do 4.º Centro Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Ceripa 4) de São Paulo, essa peça ainda não pode ser identificada por ter sido derretida com o calor do fogo que consumiu o Airbus. No hangar da TAM, que estava lacrado até ontem e é guardado pela Polícia Federal e pela Polícia Civil, o chefe do Ceripa 4 mostrou ontem a deputados da CPI do Apagão Aéreo os destroços do avião. Os deputados estavam preocupados com o fato de a própria TAM estar guardando os restos da aeronave, mas foram tranqüilizados por Cyrillo, que afirmou que a guarda é da Aeronáutica. "Existem partes encontradas que ainda precisam ser checadas para saber se são os manetes", explicou o chefe do Ceripa em São Paulo. O uso incorreto dos manetes pelos pilotos é apontado como uma das possíveis causas da tragédia. Um dos responsáveis pelo inventário dos destroços do avião da TAM, tenente-coronel Domingos Afonso Almeida de Deus, do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), disse que as peças mais relevantes para a apuração das causas do acidente já identificadas são os trens de pouso, os

Serra, durante o lançamento do programa: não existe convivência pacífica entre fumantes e não-fumantes

O novo inimigo do governo: o cigarro O

Evelson de Freitas/AE

Programa do governo do Estado estimula proibição do fumo em empresas e lojas

Deputados (acima) no hangar onde está o Airbus: manetes derreteram

motores e as asas com os "spoilers". Segundo ele, os restos da cabine do avião estão separados em um canto do hangar. "Estamos buscando as evidências. Esse é o nosso trabalho. É possível que encontremos aí alguma das peças dos manetes. Mas essa fase agora é

de coleta, um trabalho quase arqueológico", disse Almeida. Os deputados conversaram com o superintendente da Infraero, Willer Furtado. Segundo eles, Willer disse que 70% do grooving (ranhuras) da pista do Aeroporto de Congonhas já está pronto. (Agências)

chegada da Tropa de Choque da Polícia Militar, que usou gás de pimenta e disparou balas de borracha contra os manifestantes. Cinco moradores acusados de atirar pedras contra os policiais foram levados ao 2.º Distrito Policial (foto à direita). A garçonete Carmelina Lopes de Jesus, de 23 anos, grávida de dois meses, levou três tiros de borracha nas costas e foi levada para a Santa Casa. Os manifestantes querem que a secretaria da Habitação regularize a situação dos moradores. Segundo eles, dos 486 apartamentos do local, 150 foram revendidos

por seus proprietários originais ou alugados. A Prefeitura não confirmou a informação. Construído há quatro anos pela ex-prefeita Marta Suplicy (PT), o conjunto faz parte do projeto Locação Social, onde os moradores pagam um aluguel mensal do imóvel, no valor de 10% a 15% da renda familiar. Nesse caso, o morador nunca será dono. À tarde, representantes de moradores participaram de uma reunião na secretaria de Habitação. A assessoria da secretaria informou que, caso a Justiça determine, todos os imóveis irregulares serão desapropriados. (AE)

governo do Estado decidiu apertar o cerco aos fumantes. O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), afirmou ontem que vai endurecer as regras contra o consumo de cigarros. O primeiro passo foi o lançamento do selo Ambiente Livre do Tabaco, para as empresas que estimularem ambientes onde seja proibido o consumo de cigarro e que ofereçam tratamento médico para os funcionários fumantes. O programa também vai premiar edifícios e espaços públicos, como bares, restaurantes e lojas, que banirem totalmente o fumo. Segundo Serra,

em um mesmo ambiente não há convivência pacífica entre fumantes e não-fumantes. A adesão será voluntária. Para fazer parte do programa, o estabelecimento terá de seguir as regras previstas na cartilha do Comitê Estadual para Promoção de Ambientes Livres de Tabaco, formado por representantes da secretaria estadual de Saúde, em parceria com universidades e membros da sociedade civil. Será necessário proibir o fumo em todas as dependências, sem exceções, com placas informando sobre a medida, retirar todos os cinzeiros e garantir o cumprimento da proibição

por clientes e funcionários. A primeira empresa a receber o selo foi a multinacional Johnson & Johnson, que desde 2005 está eliminando o hábito de fumar em suas dependências. Na próxima semana, o selo será entregue à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Kassab - Na esteira do governo do Estado, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), também decidiu coibir o cigarro em órgãos municipais. A partir de amanhã, será proibido fumar em todas as instalações, prédios e equipamentos da secretaria municipal de Saúde. (Agências)

Odival Reis/AOG

Ó RBITA

PROTESTO erca de 500 moradores C do Conjunto Parque do Gato, no Bom Retiro, zona

norte, fecharam ontem as pistas da marginal Tietê, das 6h às 9h. O bloqueio foi um protesto contra ações de desapropriação do conjunto pela Prefeitura. A marginal só foi liberada após a

METRÔ s obras da estação Pinheiros do metrô, na A zona oeste, serão retomadas

em janeiro de 2008. A mudança no cronograma foi anunciada ontem pelo Consórcio Via Amarela, responsável pela construção da Linha 4 (Amarela). Um desabamento nas obras da estação matou sete pessoas em janeiro. O atraso na retomada das obras foi provocado pela instabilidade do terreno da estação. Segundo engenheiros, a instabilidade é maior do que eles calculavam no projeto. (Agências)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 28 de agosto de 2007

ECONOMIA/LEGAIS - 11

EULER HERMES SEGUROS DE CRÉDITO S.A. SENHORES ACIONISTAS: Em conformidade com as disposições legais, submetemos ao exame de V. Sas. as Demonstrações Financeiras da Euler Hermes Seguros de Crédito S.A. relativas aos semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006, acompanhadas das notas explicativas e do parecer dos auditores independentes. A Seguradora apresentou aumento nos sinistros avisados em decorrência de alguns casos pontuais ocorridos no primeiro semestre de 2007. Em função desse cenário, aferiu-se a necessidade de constituição de provisões técnicas específicas para suportar o referido incremento, fato este que contribuiu para o resultado do período. No entanto, amparado pelo serviço de cobrança

CNPJ 04.573.811/0001-32 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO desenvolvido pela Euler Hermes, temos expectativas de reduzir o montante de sinistros avisados. Existe um vasto mercado potencial a ser explorado para o produto de seguro de crédito no Brasil, sendo assim, projetamos uma expansão para os próximos anos, focando o desenvolvimento e consolidação de parcerias com corretores, mantendo nossos esforços no eficiente trabalho de monitoramento e prevenção de riscos, notadamente apreciado pelos segurados. A seguradora permanece seguindo uma política conservadora e prudente de aceitação de riscos e de seus investimentos. A política de reinvestimento de lucros e de distribuição de dividendos seguem as diretrizes advindas do acionista, que

Balanços Patrimoniais em 30 de junho de 2007 e 2006 - Em milhares de reais ATIVO Circulante Disponível Caixa e bancos Aplicações Títulos de renda fixa Quotas de fundos de investimentos Créditos das operações com seguros e resseguros Prêmios a receber Operações com resseguradoras Outros créditos operacionais Títulos e créditos a receber Títulos e créditos a receber Créditos tributários e previdenciários Outros créditos Despesas antecipadas Administrativas Ativo não circulante Realizável a longo prazo Créditos das operações com seguros e resseguros Prêmios a receber Operações com resseguradoras Permanente Imobilizado Bens móveis Depreciação Diferido Despesas de organização, implantação e instalação Amortizações Total do ativo

2007 ______ 19.428 ______ 638 ______ 638 10.601 ______ 2.710 7.891 7.961 ______ 4.265 3.612 84 228 ______ 64 125 39 ______255 ______ ____________255 ______ 164 ______ 474 (310) 91 ______ 721 (630) ______ 19.683 ______ ______

2006 ______ 19.751 ______ 81 ______ 81 10.251 ______ 1.135 9.116 9.008 ______ 6.053 2.933 22 409 ______ 219 154 36 2 ______ 2 825 ______ 68 ______ 68 ______ 54 14 757 ______ 234 ______ 545 (311) 523 ______ 1.085 (562) ______ 20.576 ______ ______

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO Circulante Contas a pagar Obrigações a pagar Impostos e encargos sociais a recolher Encargos trabalhistas Impostos e contribuições Débitos de operações com seguros e resseguros Operações com resseguradoras Corretores de seguros e resseguros Outros débitos operacionais Depósitos de terceiros Depósitos de terceiros Provisões técnicas - seguros e resseguros Ramos elementares e vida em grupo Provisão de prêmios não ganhos Provisão de insuficiência de prêmios Sinistros a liquidar Provisão de sinistros ocorridos mas não avisados Passivo não circulante Exigível a longo prazo Débitos de operações com seguros e resseguros Operações com resseguradoras Outros débitos operacionais Provisões técnicas - seguros e resseguros Ramos elementares e vida em grupo Provisão de prêmios não ganhos Patrimônio líquido Capital social Reservas de Lucros Prejuízos acumulados Total do passivo e patrimônio líquido

2007 ______ 10.262 ______ 616 ______ 118 334 155 9 6.630 ______ 5.549 56 1.025 106 ______ 106 2.910 ______ 2.910 ______ 655 977 833 445 ______ 13 ______ 13 ______ 9 ______ 9 4 4 4 ______ 9.408 ______ 9.948 404 (944) ______ 19.683 ______ ______

2006 ______ 10.828 ______ 1.652 ______ 901 464 119 168 8.251 ______ 7.218 1 1.032 63 ______ 63 862 ______ 862 ______ 204 361 122 175 ______ 65 ______ 65 ______ 62 ______ 48 14 3 3 3 ______ 9.683 ______ 9.948 (265) ______ 20.576 ______ ______

determina o reinvestimento do lucro no próprio negócio, sem a distribuição de dividendos. Agradecemos a confiança de nossos acionistas, a parceria estabelecida com corretores e prestadores e a dedicação, profissionalismo e comprometimento de nossos funcionários. Registramos também nossos elevados agradecimentos aos dirigentes e funcionários da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP e do IRB - Brasil Resseguros S.A., pela orientação e atenção prestadas. Ficamos à disposição para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários. São Paulo, 10 de agosto de 2007. A ADMINISTRAÇÃO Demonstrações de Resultados - Semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 Em milhares de reais, exceto o lucro líquido “prejuízo” por ação 2007 2006 _________ _________ Prêmios retidos 957 392 _________ _________ Prêmios de seguros 6.175 8.724 _________ _________ Prêmios diretos 6.175 8.724 Prêmios cedidos em resseguros (5.218) (8.332) Variação das provisões técnicas (1.235) (377) _________ _________ Prêmios ganhos (278) 15 _________ _________ Sinistros retidos (981) (168) _________ _________ Sinistros diretos (6.065) (1.416) Serviços de assistência (15) (20) Recuperação de sinistros 5.322 1.350 Salvados e ressarcimentos 12 7 Variação da provisão de sinistros ocorridos mas não avisados (235) (89) Receitas (despesas) de comercialização 1.057 1.244 _________ _________ Comissões (304) (593) Recuperação de comissões 1.537 2.324 Variação das despesas de comercialização diferidas (176) (487) Outras receitas operacionais 1 1 _________ _________ Outras receitas operacionais 1 1 Despesas administrativas (1.296) (1.060) Despesas com tributos (97) (80) Resultado financeiro 663 758 _________ _________ Receitas financeiras 741 802 Despesas financeiras (78) (44) Resultado operacional (931) 710 _________ _________ Resultado antes dos impostos e participações (931) 710 _________ _________ Imposto de renda (114) Contribuição social (45) Participações sobre o resultado (13) (2) _________ _________ Lucro líquido “prejuízo” do semestre (944) 549 _________ _________ _________ _________ Quantidade de ações

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - Semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 - Em milhares de reais

10.196.875 _________ _________ (0,09) _________ _________

Lucro líquido “prejuízo” por ação - R$

Em 31 de dezembro de 2005 Homologação de aumento de capital Lucro líquido no semestre Em 30 de junho de 2006

Capital social __________ 8.950 998 __________9.948 __________ __________

Aumento de capital (em aprovação) _______________ 998 (998) _____________________________________________

Reservas de Lucros __________________________ Reserva Retenção de Legal Lucros __________ ____________ ______________________________________________________ ____________

Prejuízos acumulados ______________ (814) 549 ______________ (265) ______________ ______________

Total __________ 9.134 549 __________ 9.683 __________ __________

Em 31 de dezembro de 2006 Prejuízo no semestre Em 30 de junho de 2007

9.948 __________9.948 __________ __________

______________________________ _______________-

61 __________61 __________ __________

(944) ______________ (944) ______________ ______________

10.352 (944) __________ 9.408 __________ __________

343 ____________343 ____________ ____________

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras em 30 de junho de 2007 e 2006 - Em milhares de reais 1. Contexto operacional - A Euler Hermes Seguros de Crédito S.A. é integrante do grupo Allianz e foi constituída no Brasil em 4 de dezembro de 2000, iniciando suas atividades operacionais em maio de 2003. Atua exclusivamente no ramo de seguros de crédito doméstico, oferecendo aos seus clientes proteção ao risco de crédito da carteira de recebíveis de vendas a prazo no mercado interno. 2. Elaboração e apresentação das demonstrações financeiras - As demonstrações financeiras foram elaboradas em consonância com as práticas contábeis emanadas da legislação societária brasileira e normas do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) e estão sendo apresentadas segundo critérios estabelecidos pela Circular SUSEP nº 334/07, a qual introduziu alterações na classificação das contas e na forma da apresentação das demonstrações financeiras. As demonstrações financeiras relativas ao semestre findo em 30 de junho de 2006, anteriormente publicadas, foram reclassificadas segundo os novos critérios, para proporcionar melhores condições de comparabilidade. 3. Principais práticas contábeis - (a) Apuração do resultado - O resultado é apurado pelo regime de competência. Os prêmios de seguros, deduzidos dos prêmios cedidos em resseguros são apropriados ao resultado quando da emissão das respectivas apólices de seguros e diferidos para apropriação, em bases lineares, no decorrer do prazo de vigência pela constituição da provisão de prêmios não ganhos. As despesas de comercialização são diferidas e apropriadas ao resultado, no decorrer do prazo de vigência dos seguros, líquidas das receitas decorrentes das recuperações de comissões. As operações contratadas, mas cujas apólices ainda não foram emitidas, são registradas por estimativa conforme determina a Circular SUSEP nº 334/07 e apurada segundo critérios estabelecidos pela Circular SUSEP nº 282/05. (b) Estimativas contábeis A elaboração de demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil requer que a Administração use de julgamento na determinação e no registro de estimativas contábeis. Ativos e passivos significativos registrados com base em estimativas incluem os ajustes a valor de mercado das aplicações financeiras, provisões para riscos sobre créditos e para desvalorização, depreciações e as provisões técnicas. Os valores efetivos de liquidação das transações poderão ser diferentes dos estimados em razão de imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. A Administração da Seguradora revisa periodicamente as premissas utilizadas na determinação dessas estimativas. (c) Aplicações - Os títulos e valores mobiliários são classificados de acordo com a intenção da administração, e em 30 de junho de 2007 e de 2006 estão classificados na categoria “Títulos para negociação”. Dessa forma, na data do balanço, os títulos são ajustados pelo seu valor de mercado, contabilizados em contrapartida à conta de receita ou despesa, no período. As quotas de fundos de investimento são valorizadas pelo valor da quota informado pelos Administradores dos fundos na data de encerramento do balanço. Os ativos dos fundos de investimento são ajustados a valor de mercado, em consonância com a regulamentação específica aplicável a essas entidades. (d) Outros ativos - Demonstrados ao valor de custo acrescido, quando aplicável, dos rendimentos e das variações monetárias auferidos, até a data de balanço, em base pro rata dia e deduzido, quando aplicável, de provisão ao valor de mercado ou de realização. (e) Ativo permanente - Demonstrado pelos valores de custo ou aquisição. As depreciações são calculadas pelo método linear sobre o custo de aquisição com base em taxas que levam em consideração a vida útil-econômica estimada dos bens, conforme as seguintes taxas anuais: bens móveis - 10%; sistemas de processamento de dados - 20%. O ativo diferido está demonstrado ao custo de aquisição, sendo composto por gastos com implantação de sistemas de computação e é amortizado à taxa de 20% ao ano. (f) Passivo circulante - Demonstrado pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridos, até a data do balanço. (g) Imposto de Renda e Contribuição Social - A provisão para imposto de renda federal é constituída à alíquota - base de 15% do lucro real, acrescida de adicional de 10% acima de limites específicos. A provisão para contribuição social é constituída à alíquota de 9% do lucro antes do imposto de renda. A seguradora não constitui créditos tributários de imposto de renda e contribuição social sobre despesas temporariamente indedutíveis, à exceção dos ajustes com títulos e valores mobiliários, quando aplicável, bem como sobre créditos tributários oriundos de prejuízos fiscais e bases negativas. (h) Provisões técnicas As provisões técnicas são constituídas em conformidade com as determinações da Resolução CNSP nº 162/06 (Resolução CNSP 120/04 em 2006). A provisão de prêmios não ganhos é constituída pela parcela do prêmio retido correspondente ao período de risco a decorrer, calculado em bases pro rata dia e inclui estimativa dos riscos vigentes mas não emitidos, calculada considerando os percentuais definidos no Anexo à Circular SUSEP nº 282/05. A provisão de sinistros a liquidar foi calculada a partir dos valores reclamados pelos segurados até a data do balanço, líquido de recuperações. A provisão de sinistros ocorridos mas não avisados é constituída baseada no percentual estabelecido pela Circular SUSEP nº 283/05. A provisão para insuficiência de prêmios (PIP) é calculada de acordo com critérios atuariais, baseando-se em pressupostos e premissas que levam em consideração as características da Seguradora.

4. Aplicações - A classificação dos títulos e valores mobiliários é apresentada da seguinte forma em 30 de junho: 2007 2006 __________________ __________________ Custo Valor de Custo Valor de Títulos para negociação atualizado mercado atualizado ________ mercado __________ ________ __________ Letras Financeiras do Tesouro - LFTs 996 996 1.132 1.135 Letras do Tesouro Nacional - LTNs 1.701 1.714 Quotas de fundos de investimentos __________ 7.891 ________ 7.891 __________ 9.116 ________ 9.116 Total 10.588 ________ 10.601 __________ 10.248 ________ 10.251 __________ ________ __________ ________ __________ Os vencimentos das LFTs ocorrerão até junho de 2008 e das LTNs até janeiro de 2009. As provisões técnicas são garantidas por investimentos em LFTs, LTNs e quotas de fundos de investimentos, que na data do balanço encontravam-se vinculados à SUSEP aos valores de mercado de R$ 996 (2006 - R$ 1.135), R$ 1.714 e R$ 209, respectivamente. 5. Créditos tributários - Referem-se, substancialmente, às antecipações de imposto de renda e contribuição social no valor de R$ 91 (2006 - R$ 154). Os créditos tributários decorrentes de prejuízos fiscais e bases negativas de contribuição social, não registrados contabilmente, montam em 30 de junho de 2007 R$ 360 (2006 - R$ 456). A Seguradora efetuou até 30 de junho de 2007 compensação de prejuízo fiscal acumulado de 30% do lucro tributável, de acordo com legislação vigente. 6. Conciliação das despesas de imposto de renda e contribuição social 2007 2006 ______ ______ Lucro contábil antes dos impostos e após as participações (944) 708 Encargos tributários às alíquotas nominais (IR - 25%, CS - 9%) (229) Adições permanentes (10) Adições temporárias (31) (3) Exclusões temporárias 12 Compensação de prejuízos fiscais 73 ____________ Encargos tributários às alíquotas efetivas (159) ______ ______ ____________ 7. Patrimônio líquido - (a) Capital social - O capital social no montante de R$ 9.948 está representado por 8.950.000 ações ordinárias e 1.246.875 ações preferenciais, todas nominativas e sem valor nominal. (b) Dividendos - Assegura-se aos acionistas um dividendo mínimo correspondente a 25% do lucro dos exercícios, deduzido da reserva legal e observando o disposto nos artigos 189 e 190 da Lei nº 6.404/76. 8. Detalhamento das contas de resultado - (a) Despesas administrativas 2007 2006 ______ ______ Pessoal próprio e encargos sociais 822 661 Localização e funcionamento 283 261 Serviços de terceiros 116 84 Despesas com publicações 28 25 Despesas com publicidade e propaganda 13 18 Outras despesas administrativas 34 11 ______ ______ 1.296 1.060 ______ ______ ______ ______ (b) Despesas com tributos 2007 2006 ______ ______ Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) 49 39 Taxa de fiscalização SUSEP 31 27 Programa de Integração Social (PIS) 8 6 Outras despesas com tributos 9 8 ______ ______ 97 80 ______ ______ ______ ______ (c) Receitas financeiras Juros com títulos de renda fixa - privados Juros com títulos de renda fixa - públicos Juros sobre recuperação de sinistros ressegurados Juros sobre créditos tributários Outras receitas financeiras (d) Despesas financeiras CPMF Serviços de custódia e liquidação de títulos Juros sobre tributos Outras despesas financeiras

2007 ______ 572 114 43 12 ______741 ______ ______

2006 ______ 662 89 39 10 2 ______ 802 ______ ______

2007 ______ 43 16 13 6 ______ 78 ______ ______

2006 ______ 27 16 1 ______ 44 ______ ______

9. Transações com partes relacionadas - A Euler Hermes Seguros de Crédito S.A. e a Euler Hermes Seguros de Crédito à Exportação S.A. utilizam-se de uma estrutura administrativa-operacional comum. As despesas pagas e incorridas para cada uma das sociedades são rateadas conforme critérios estabelecidos em acordo operacional entre as partes. As despesas reembolsadas por rateio totalizaram R$ 333 (2006 - R$ 632) e as despesas alocadas representaram R$ 49 (2006 - R$ 25) e foram registradas

10.196.875 _________ _________ 0,05 _________ _________

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos Semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 - Em milhares de reais 2007 _________ Atividades operacionais Lucro líquido (prejuízo) do semestre (944) Depreciações e amortizações 110 _________ Lucro líquido (prejuízo) ajustado (834) _________ Variação das aplicações 2.328 Variação dos créditos das operações (2.132) Variação de títulos e créditos a receber 289 Variação das despesas antecipadas Variação de contas a pagar (266) Variação de débitos de operações com seguros e resseguros (1.397) Variação de depósitos de terceiros (93) Variação de provisões técnicas - seguros e resseguros 2.134 Variação de outros débitos Caixa líquido gerado (consumido) nas _________ atividades operacionais 29 _________ Atividades de investimento Pagamento pela compra de ativo permanente (5) _________ Caixa líquido consumido nas atividades de investimento (5) _________ Aumento (diminuição) nas disponibilidades 24 _________ _________

2006 _________

(23) _________ (2.131) _________ _________

Disponibilidades no início do semestre Disponibilidades no final do semestre Aumento (diminuição) nas disponibilidades

2.212 81 _________ (2.131) _________ _________

549 160 _________ 709 _________ (640) (6.872) 235 (1) 328 3.676 (9) 471 (5) _________ (2.108) _________ (23) _________

614 638 _________ 24 _________ _________

nas diversas contas de despesas segundo suas naturezas, permanecendo R$ 63 (2006 - R$ 215) pendente de recebimento, classificado na rubrica “Títulos e créditos a receber”. 10. Contingências - A Seguradora avalia as possibilidades de eventuais perdas, ajustando a provisão para passivos contingentes conforme requerido. Em 30 de junho de 2007 a Seguradora possui contingência relacionada a processo judicial de ordem cível, cujo valor envolvido totaliza R$ 420. Baseada na opinião de consultores jurídicos externos, não foi registrada provisão por considerar possível o êxito de sucesso. 11. Patrimônio líquido ajustado e margem de solvência 2007 2006 ______ ______ Patrimônio líquido 9.408 9.683 Despesas antecipadas (2) Ativo diferido (91) ______ (523) ______ Patrimônio líquido ajustado (a) 9.317 9158 ______ ______ ______ ______ 20% do prêmio retido dos últimos 12 meses (b) 33% do sinistro retido anual médio dos últimos 36 meses (considerado o período operacional) (c) Margem de solvência (valor de (b) ou (c), o maior) (d) Suficiência ((a) - (d))

224

92

503 503 ______ 8.814 ______ ______

49 92 ______ 9.066 ______ ______

Nos termos do artigo 5º da Resolução CNSP 162/06, até 31 de dezembro de 2007 a Seguradora deverá constituir uma Provisão Complementar de Prêmios (“PCP”). Embora a Seguradora ainda esteja elaborando os cálculos da PCP, a Administração acredita que ela não deverá reduzir de forma significativa o valor atual do PLA. Em dezembro de 2006 foi publicada a Resolução CNSP nº 155 que dispõe sobre o capital mínimo requerido para funcionamento das sociedades seguradoras, o qual será composto por um capital base e parcelas adicionais para cobertura dos riscos de subscrição, de crédito, de mercado, legal e operacional. Na mesma data foi divulgada a Resolução CNSP nº 158 que estabelece critérios para a determinação do capital adicional baseado nos riscos de subscrição. Até que o CNSP regule o capital adicional pertinente aos demais riscos, a eventual insuficiência de patrimônio líquido ajustado deverá ser aferida em relação ao maior dos valores entre o capital mínimo requerido e a margem de solvência calculada na forma estabelecida pela Resolução CNSP nº 55/01. As seguradoras que apresentarem insuficiência de patrimônio líquido ajustado terão um prazo de três anos, a partir de 2008, para ajustamento. A Administração da Seguradora, em conjunto com seus controladores vem elaborando estudos visando aferir o impacto dessa regulamentação e as alternativas disponíveis. 12. Instrumentos financeiros derivativos - Durante os semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006, a Seguradora não realizou operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos. 13. Outras informações - a) Os créditos das operações com seguros e resseguros representam substancialmente: (i) os valores contratados que encontram-se pendentes de recebimento em razão do parcelamento do prêmio, acrescidos do Imposto sobre Operações Financeiras - IOF; e (ii) as parcelas de indenizações de sinistros à serem recuperadas junto à sociedade resseguradora. b) A rubrica “Outros débitos operacionais” é composta por comissões sobre prêmios emitidos e saldo credor da conta “Despesas de comercialização diferidas”, transferido para o passivo em atendimento ao disposto no item 15.1 da Circular SUSEP nº 334/07. Diretoria Gilson Bochernitsan Diretor Presidente Max Joaquin Ernesto Thiermann Weller Diretor Nilton Yuji Sugiyama - Contador - CRC 1SP145.155/O-8 Paulo Pereira Ferreira - Atuário - MIBA 507

Parecer dos Auditores Independentes Aos Administradores e Acionistas da Euler Hermes Seguros de Crédito S.A., São Paulo SP. Examinamos o balanço patrimonial da Euler Hermes Seguros de Crédito S.A. levantado em 30 de junho de 2007 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes ao semestre findo naquela data, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreendeu: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos,

o volume das transações e os sistemas contábil e de controles internos da Seguradora; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Seguradora, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Euler Hermes Seguros de Crédito S.A. em 30 de junho de 2007, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio

líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes ao semestre findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. As demonstrações financeiras da Euler Hermes Seguros de Crédito S.A. relativas ao semestre findo em 30 de junho de 2006 foram examinadas por outros auditores independentes que, sobre elas, emitiram um parecer sem ressalvas, datado de 8 de agosto de 2006. 10 de agosto de 2007 Auditores Independentes José Rubens Alonso CRC 2SP014428/O-6 Contador CRC 1SP104350/O-3

Gasoduto do Sul: decisão até dezembro Petrobras e a estatal venezuelana PDVSA avaliam até o fim do ano se vão prosseguir com os estudos para transporte de gás natural até o sul do continente

A

Petrobras e a estatal venezuelana PDVSA decidirão, até dezembro, se prosseguem com os estudos para a construção do Gasoduto do Sul, projeto capitaneado pelo governo Hugo Chávez com o objetivo de levar gás da Venezuela ao sul do continente, num percurso de 8 mil quilômetros. Segundo o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, é este o prazo final para a entrega do estudo de viabilidade do empreendimento.

"Há uma série de questões pendentes do ponto de vista técnico", afirmou o executivo. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo publicada no último domingo, o presidente Lula reafirmou o interesse do governo brasileiro em estudar o projeto, que parecia ter sido colocado em "banho-maria" pela Petrobras, atualmente em busca de gás natural fora do continente. "Se ficar comprovada toda a reserva de gás da faixa do rio Orinoco, temos um potencial extraordinário para desenvol-

ver a América do Sul", afirmou o presidente da República. Pendências — A certificação das reservas venezuelanas, por sinal, foi uma das "questões pendentes" citadas por Gabrielli ontem. A Venezuela estima ter 4,2 trilhões de metros cúbicos de gás natural (mais de 10 vezes as reservas brasileiras) mas há, no mercado, grande desconfiança com relação aos números divulgados por Chávez. O projeto inicial previa a interligação até Buenos Aires, com capacidade

para transportar 150 milhões de metros cúbicos por dia e investimentos totais superiores a US$ 20 bilhões. Segundo Gabrielli, é preciso decidir também questões como o traçado, as tarifas e a estrutura acionária do projeto. Na feira Rio Oil & Gas, no ano passado, a PDVSA apresentou em seu estande uma versão reduzida do empreendimento, ligando as reservas venezuelanas ao Maranhão. Dali, o gás seria inserido na malha brasileira de gasodutos.

Diretoria — A mudança na diretoria da Petrobras, alvo de constantes rumores desde fevereiro, deve se consolidar nesta semana, com a saída de pelo menos três diretores e uma dança de cadeiras para acomodar nomes indicados pela base aliada do governo em cumprimento do compromisso do presidente Lula com PP, PTB e PMDB. De acordo com uma fonte da estatal, devem deixar os cargos o diretor de Gás e Energia, Ildo Sauer, o diretor da Área Inter-

nacional, Nestor Cerveró, e o diretor de Exploração e Produção, Guilherme Estrella, este por razões pessoais. Segundo uma fonte do governo federal, em reunião convocada às pressas anteontem pela manhã em Brasília com o presidente da Petrobras, o presidente Lula teria "batido o martelo" a respeito dos nomes dos substitutos dos diretores e uma reunião do Conselho de Administração da Petrobras deve oficializar as mudanças na sexta-feira. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 28 de agosto de 2007

G Se ainda não der para comprar um notebook novo, é possível dar um upgrade no equipamento de dois ou três anos. E não sai tão caro assim. O consultor de TI, Flávio Xandó Baptista, lembra que é possível aumentar a memória RAM e o HD em algumas máquinas. "Às vezes, o notebook pode não ter slot livre para aumentar a memória (no caso de 512 MB, terá dois slots com pentes de 256 MB). Neste caso, terá de abrir mão de um pente e colocar ali, por exemplo, um de 512 MB aumentando para 768 MB a memória, ou dois pentes de 512, totalizando 1 GB."

Chegou a hora A oferta aumentou, os materiais estão mais leves e resistentes, a segurança também é maior. E os preços nunca estiveram tão baixos.Aproveite para comprar seu notebook.

G Um pente de 512 custa cerca de R$ 140 (US$ 70). A troca do HD por um de 120 GB sai por R$ 260 (US$ 130). É possível ainda comprar um "case"externo para montar o HD com o conteúdo do antigo disco rígido do notebook. Assim, o usuário terá a capacidade de HD ampliada, já que o novo disco roda na máquina e o externo pode ser conectado na USB do micro.

BARBARA OLIVEIRA

apresentações, dentro e fora do escritório - é ideal que o chip s notebooks nunca seja duplo (Intel ou AMD). Os preços para os modelos venderam tanto. Nunca houve tanta sofisticados já não são neoferta. E nunca esti- nhum exagero, levando-se em veram tão em conta como ago- conta os recursos embutidos. ra. Chegou a hora, portanto, de A linha corporativa da HP, considerar a compra de um lançada na semana passada, portátil – e de desfrutar das por exemplo, dá ênfase à seguvantagens de poder levar o es- rança. Os notebooks vêm com critório na pasta ou na mochi- tecnologia Drive Encryption, la. Os notebooks são uma gran- impedindo a leitura do disco de alternativa para quem não rígido por gente não autorizapára no escritório, em visita a da, em caso de perda ou rouclientes e fornecedores. E tam- bo. A ferramenta Protect Tools bém são uma boa opção para permite o uso de cartões intepoupar espaço na mesa de tra- ligentes e chaves de acesso por meio de impressões digitais balho. Considere a compra. Segundo a consultoria IT ou senhas escritas. A bateria Data, de cada 10 computado- de um dos modelos, o Business 6910p, res vendidos em 2007, dois tem autonoserão de mia testada n o t epara até 5 b ohoras e 45 oks, minutos e c u j o u m g a b ic re s c inete de mento magnésio, e s t i m ao que lhe do é de dá mais 2 1 1 % leveza neste ano (2,3 kg). s o b r e Acima, Nokia E61i, Notebook Os sete 2006. O cor-de-rosa? Esta é uma das novos ano deve novidades da Sony. la pto ps fechar com da HP a venda de começam com modelos bási2,1 milhões de unidades. Nada mal para um equipa- cos, a partir de R$ 2.399, e chemento que, até há pouco tem- gam a R$ 8.199, caso do mais po, era caro e pouco atraente portátil deles (o 2510p), de por causa de algumas limita- apenas 1,5 kg de peso. Saindo do forno também esções. Agora, com redução dos impostos (máquinas de até R$ tão os Vaio da Sony. A linha Co4 mil são isentas de PIS e Co- lors vem em azul, vermelho, fins), dólar baixo, materiais rosa, branco e preto, com câmais leves, maior duração das mera e microfone embutidos e baterias, recursos de seguran- teclado ergonômico. A memóça, e a possibilidade de am- ria é poderosa (2GB) e também pliar a vida útil com troca de traz vídeos e músicas pré-inscomponentes, os portáteis taladas. Há ainda o minúsculo VGN-TZ15AN/B, um nome chegam com tudo. Se você der uma olhada no complicado para o ultraportávarejo (online ou físico), verá til com tela de 11,1 polegadas, que ele está pleno de novida- câmera, microfone, com apedes de encher os olhos. É im- nas 3 cm de altura (fechado) e portante prestar atenção na peso de 1,2 Kg. (R$ 10.999). Mas há mais novidades, coduração da bateria (de seis ou oito células de energia já são mo você poderá conferir na pácomuns nos modelos novos), gina 6, na continuação desta com autonomia de duas a três reportagem. Lá você também horas. Se o uso for mais inten- confere algumas das "pechinsivo - com gráficos, imagens e chas" portáteis.

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Nunca é demais avisar: cuidado ao abrir seu e-mail. Conheça os riscos na página 7.

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Sinfonia em bit maior As trilhas sonoras de videogame ganham roupagem erudita. E muitos efeitos especiais. Veja na 8.

Seu celular Os smartphones avançam. Mas o grande mercado brasileiro ainda é dominado pelos celulares básicos. Pág. 4.


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 28 de agosto de 2007

CADA PAULISTANO JÁ CONTRIBUIU COM R$ 1.365

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é o tempo médio para o registro de uma empresa no Brasil. Custo pode chegar a R$ 300,06.

MAIS INFORMAÇÕES NO SITE DE CÁLCULO DE TRIBUTOS DOS CONTRIBUINTES BRASILEIROS

IMPOSTÔMETRO OFERECE MAIS OPÇÕES Newton Santos/Hype

André Alves*

J

á está funcionando, desde ontem, o site do Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) em versão ampliada. A partir de agora, q u e m a c e s s a r o e n d e re ç o www.impostometro.com.br pode ter novos detalhes da arrecadação de tributos pela sociedade – saber, por exemplo, que cada habitante da capital paulista já contribuiu com R$ 1.365 para o governo desde o começo do ano. E verificar que a cidade de São Paulo deve arrecadar cerca de R$ 20,3 bilhões em 2007 com impostos diretos, como o Predial eTerritorial Urbano (IPTU) e sobre Serviços (ISS), e indiretos – recebidos mediante as transferências da União e do estado. O projeto do Impostômetro foi lançado em abril de 2005 pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP). A ferramenta foi desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). As principais diferenças na versão ampliada do Impostômetro são as diversas possibilidades de consultas e os novos serviços. Antes, era possível saber apenas o total de tributos pa-

gos pelos brasileiros por ano, mês, dia, minuto e segundo. A única divisão era por estados. Agora, é possível conhecer, entre outras possibilidades, a arrecadação de cada tributo por municípios e pode-se, inclusive, levantar o valor pago por cada contribuinte. Também é possível estimar quanto será pago pelos brasileiros até 2010. O sistema conta ainda com um dicionário de termos econômicos para facilitar o entendimento de quem acessa a página virtual e permite estimar quanto será pago "As novidades farão com que o painel seja ainda mais conhecido. Ele servirá para auxiliar o trabalho de profissionais de diversas áreas de atuação, além de conscientizar a sociedade sobre a importância dos custos e impostos pagos, já que o Brasil é um dos países com a maior carga tributária do mundo", afirmou Alencar Burti, presidente da ACSP. O novo site também mostra o que seria possível fazer com os recursos arrecadados. Tanto o total de impostos, como o valor pago em determinado tributo, podem ser convertidos em casas populares, estradas, postos policiais, carros populares, cestas básicas, bolsas-família, medicamen-

tos e ambulâncias. Para o presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), Gilberto Luiz do Amaral, que desenvolveu a ferramenta para a ACSP, "todo cidadão tem que ter informações claras sobre a alta carga tributária brasileira. Só assim a sociedade poderá cobrar dos seus governantes a melhor utilização do dinheiro público". Antes, de acordo com Amaral, é preciso que todos tenham consciência do quanto pagam. "As informações no portal são renovadas constantemente, e o desenvolvimento do sistema ampliado durou aproximadamente um ano", disse. Metodologia – O Impostômetro considera todos os valores de tributos arrecadados pelas três esferas de governo (federal, estadual e municipal): impostos, taxas e contribuições, incluindo multas, juros e correção monetária. Para as estimativas dos valores ainda não divulgados pelos órgãos governamentais, o Impostômetro utiliza os dados de arrecadação de igual período do ano anterior, atualizados com o índice de crescimento médio de cada tributo nos três anos imediatamente anteriores. (*Com AE)

Gilberto Luiz do Amaral, presidente do IBPT, apresentou as novidades introduzidas no site.

Tela do Impostômetro mostra dados município a município. São Paulo arrecadará R$ 20,3 bilhões Neste ano.

PL dá novo prazo para abrir empresa

A

Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou na última quinta-feira, em caráter conclusivo, o Projeto de Lei 2055/03, do deputado J. Batista Giacobo (PR-PR), que estabelece prazo de até cinco dias para concessão de registro comercial de micros ou pequenas empresas. A votação seguiu o parecer do relator, deputado José Pimentel (PT-CE). O projeto segue agora para análise do Senado. Atualmente, o registro de uma empresa no Brasil leva entre seis e 73 dias, de acordo com o estado. O prazo de cinco dias fixado pelo projeto servirá para que a Junta Comercial analise os documentos apresentados pela pequena ou microempresa e se pronuncie sobre o pedido de registro. Em caso de

não efetivação do registro, as exigências complementares precisam ser efetivadas imediatamente. O não-cumprimento da medida acarretará abertura de processo administrativo disciplinar para apuração de responsabilidades. Dados preliminares de uma pesquisa que está sendo desenvolvida pelo Departamento Nacional de Registro de Comércio (DNRC), vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, mostram que a demora para registrar um empreendimento no Brasil pode levar até 73 dias – caso do Mato Grosso. Os dados iniciais ainda apontam Alagoas como o estado com melhor média para registro de empresas nas juntas comerciais. O empreendedor alagoano leva seis dias pa-

RIO MADEIRA Os bancos Santander e Banif lançam fundo para investir em usina hidrelétrica.

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CPFL Paulista assinou ontem o contrato de compra dos ativos elétricos da rede da Cooperativa de Eletrificação e Desenvolvimento da Região de Franca (Cerfra), por R$ 4,2 milhões. De acordo com a CPFL, a cooperativa atende 1.094 consumidores em oito cidades da região de Franca (AE)

VARIG

A

MEIO AMBIENTE: CRÍTICAS DA CNI

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Ministério do Meio Ambiente refutou ontem as críticas da Confederação Nacional da Indústria (CNI) ao radicalismo da política ambiental do órgão. De acordo com carta encaminhada pela CNI ao Grupo Estado, assinada pelo secretário de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental, Hamilton Pereira, o empresariado reclama da baixa representatividade que tem na Conferência Nacional do Meio Ambiente. Segundo Pereira, o setor empresarial A TÉ LOGO

tem representação de 30% do número total de delegados, o que representou em 2005 uma reserva de 340 assentos. Desse montante, entretanto, 86 vagas não foram utilizadas pela CNI, apesar de sua reivindicação por maior espaço. A entidade decidiu não participar da próxima edição da conferência, em 2008, alegando que "não há equilíbrio dos expositores" com pontos de vista diferentes, devido ao domínio das ONGs na seleção dos escalados. (AE)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

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Para dominicanos, aviões foram superfaturados

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Hidrelétrica diz cumprir prazo para indenizar

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ONU prepara substituto do protocolo de Kyoto

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Varig antiga, empresa que não opera mais no tráfego aéreo, mas permanece em recuperação judicial, conseguiu leiloar o aluguel de oito imóveis, de um total de 52 lotes. A empresa, que não pode vender seus ativos, conseguiu renda mensal de R$ 58 mil para os próximos 60 meses. (AE)

TÊXTEIS O consumo per capita de vestuário no Brasil cresceu 9,2% no ano passado.

Ó RBITA

CPFL

ra conseguir esse registro. A pesquisa do DNRC é feita em todas as juntas comerciais, com abrangência de 97% das empresas abertas no País. No que diz respeito aos custos na Junta Comercial para registro de empresas, o estudo revela que o Distrito Federal apresenta o menor valor: R$ 22,45. Rondônia é o estado onde essa despesa fica mais cara, custando R$ 300,06. Apesar de o prazo estar acima do estipulado pelo projeto, os dados indicam que o tempo médio de abertura de negócios no País está caindo. De acordo com levantamento de 2004 do Banco Mundial, levavam-se 152 dias para registrar um empreendimento no País. Na pesquisa, o Brasil ocupa o 73º lugar em uma lista de que constam 133 países. (Ag. Câmara)

MST invade fazenda na zona rural de Juazeiro

Aluguéis no litoral sobem para feriado de 7 de setembro Maristela Orlowski

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a hora de decidir onde passar o feriado da Proclamação da Independência, no próximo dia 7 de Setembro, o preço da locação diária de um imóvel pode fazer diferença. Quem optar pelo litoral paulista desembolsará até 13% a mais no aluguel de determinados imóveis neste ano em relação a 2006. Já aqueles que escolherem cidades de frio, como Campos do Jordão, encontrarão diárias até 40% mais em conta na comparação com os preços da alta temporada de inverno. Segundo levantamento do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP), a diária mais barata – de R$ 58 – é oferecida pelos proprietários de apartamentos e casas do tipo quitinete nos litorais sul e central. A mais cara – R$ 366 – é a de casas de quatro dormitórios no litoral norte. Apartamentos de um dormitório, localizados nos litorais norte e central, foram os que tiveram maiores valorizações este ano, na comparação com igual período de 2006: 12,74% e 12,32% respectivamente. Casas do mesmo tipo não ficaram atrás, com variação de 8,18% e 7,80%. No litoral sul, a pesquisa também mostrou alta na comparação dos valores deste ano com os do ano passado. Nos dez tipos de locação diária pesquisados – apartamentos e casas quitinete, de um, dois, três e quatro dormitórios –, somente três tiveram valores reduzidos este ano: casas do tipo quitinete (menos 5,26%), de quatro dormitórios (menos 3,69%) e apartamentos de um dormitório (baixa de 1,86%). Segundo o proprietário da Adelino Imóveis, de Praia Grande, Adelino Augusto de Andrade Júnior, a procura por

imóveis para o feriado de 7 de Setembro está baixa. "O tempo no litoral não está muito favorável, embora o sol tenha aparecido no fim de semana." Litoral norte – Já no litoral norte foi registrado o maior número de redução nos valores médios de locação diária. Segundo a pesquisa, o valor que mais baixou foi o de apartamentos de três dormitórios, que registrava aluguel diário de R$ 244 em setembro do ano passado e agora está cotado a R$ 233, o que representa uma queda de 4,37%. No litoral central praticamente não houve redução de preços. O levantamento mostrou também que as cidades do litoral central, como Guarujá e Santos, estão com valores de locação muito próximos aos do litoral norte, onde ficam Ubatuba e Ilhabela. Uma casa de três dormitórios no litoral central paulista, por exemplo, está cotada à média diária de R$ 221, praticamente o mesmo valor cobrado no litoral norte, que é de R$ 223. "O litoral central – que tem duas cidades importantíssimas, Santos e Guarujá – tornase mais atraente em razão de ter imóveis bem equipados e contar com boa infra-estrutura

urbanística", explicou o presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto. "Em Santos, há grande quantidade de restaurantes tradicionais, além de uma importante rede hospitalar, que dão ao município vida própria consolidada. Já o Guarujá é conhecido pelas casas noturnas mais badaladas do litoral paulista." Montanha – Quem optar por subir a serra no feriado pode encontrar preços mais convidativos em Campos do Jordão, na serra da Mantiqueira. De acordo com o proprietário da Genebra Imóveis, Wagner Sant'Anna, os preços das locações estão até 40% mais baixos em relação a julho, mês da alta temporada de inverno. "A diária de um apartamento de três dormitórios localizado no Alto do Capivari, região de ótimo padrão, está saindo por volta de R$ 450. Em julho, custava R$ 600", exemplificou o dono da imobiliária. Apesar do preço mais baixo, é pequena, no momento, a demanda por imóveis em Campos do Jordão. "Percebemos, nos últimos feriados, que as pessoas deixam para decidir tudo em cima da hora. Provavelmente, vai ocorrer a mesma coisa no próximo feriado."


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Finanças Empresas Nacional Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 28 de agosto de 2007 Divulgação

Na quarta semana de agosto, o saldo da balança comercial chegou a US$ 738 milhões.

PETROBRAS MANTÉM PROJETO EM PERNAMBUCO

PRESIDENTE DA PETROBRAS GARANTE QUE CRONOGRAMA DE INSTALAÇÃO SERÁ MANTIDO EM PERNAMBUCO

REFINARIA SIM, COM OU SEM A VENEZUELA

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presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse ontem que a estatal vai cumprir o cronograma para implementação da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, "mesmo sem a participação da PDVSA". Acordo assinado entre a Petrobras e a estatal venezuelana em maio prevê uma série de contrapartidas de investimentos, entre as quais a PDVSA teria 40% de participação nos aportes de US$ 4,5 bilhões na unidade de refino, que processaria parte de óleo venezuelano. "As negociações estão caminhando. Achamos importante a participação da Venezuela, queremos ter acesso às suas reservas, e só terá sentido fazer essa parceria se houver participação do óleo venezuelano na composição da refinaria. Queremos ter a unidade produzindo em 2010 e vamos levar isso adiante, mesmo sem a participação da Venezuela", disse. Gabrielli lembrou que o acordo com a PDVSA prevê "relação simétrica", com a participação da Petrobras em 40% da exploração e produção do campo de Carabobo, na Venezuela. "Temos interesse no projeto. A Venezuela tem hoje a maior reserva mundial de petróleo não convencional e temos interesse estratégico de ter parcerias nessa linha". Gasoduto do Sul – Ainda segundo Gabrielli, continuam avançando as avaliações sobre a construção do gasoduto do Sul, que ligaria a Venezuela à Argentina, passando pelo Brasil. (Leia mais na pág. E 11.)"Os estudos que indicarão a viabilidade de

Marcos D'Paula/AE

realização da obra serão concluídos em dezembro desse ano. Mas existe uma série de pendências para serem resolvidas, como as questões ambientais, participações acionárias, certificação de reservas entre outros pontos", considerou. E q u ip a m e n t os – Gabrielli disse que há uma sinalização da indústria mundial do petróleo que pode indicar uma tendência de queda nos preços de sondas e equipamentos do setor nos próximos anos. "Parece que o setor chegou a uma acomodação", comentou. Segundo ele, esse contexto pode ser interpretado pelo fato de as empresas responsáveis pelo afretamento de sondas e demais equipamentos estarem procurando as petrolíferas para antecipar a negociação sobre o fim dos contratos previstos para depois de 2009. "Essa antecipação pode sugerir dois movimentos: um deles é que esses equipamentos já estejam sendo procurados por outras empresas, ou ainda que os contratos sejam descontinuados após o término do prazo. Nós acreditamos mais nessa segunda hipótese, por conta de uma série de fatores, entre eles, a construção já colocada em prática de novas sondas no mercado internacional", disse. Hoje, segundo ele, a Petrobras possui 44 sondas contratadas e todos os seus projetos no custo e médio prazo já estariam com esses equipamentos garantidos e com preços negociados. "Houve um superaquecimento nos últimos anos. Essa não é uma escalada infinita e os preços tendem a se acomodar", disse. (AE)

China pode retaliar produtos argentinos

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Gabrielli: a participação da Venezuela é importante para o Brasil ter acesso às suas reservas de petróleo Alex Ribeiro/DC

Desde o início do ano, a balança comercial brasileira acumula saldo positivo de US$ 26,386 bilhões

Colômbia fará leilão, e Importações reduzem superávit Petrobras entra na disputa altando apenas uma se- tando num saldo comercial de relo de soja. Os manufatura-

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governo colombiano pré-selecionou 11 empresas petrolíferas para leilão de exploração de petróleo e gás em 13 áreas offshore, localizadas na costa caribenha, afirmou a Associação Nacional de Hidrocarbonetos (órgão responsável pelas licenças de petróleo na Colômbia) em comunicado feito ontem. A Petrobras está na lista das companhias pré-selecionadas, mas ainda precisa fornecer informações adicionais para ser plenamente aceita na disputa. Na mesma condição estão as petrolíferas BP, a Repsol YPF, a BHP Billiton, a Hess Corp, a Seep SA, a ONGC e Vinccler Oil & Gas. A estatal colombiana Ecopetrol, a norte-americana Chevron e a japonesa Teikoku Oil Co já estão aptas para participar do leilão, que acontecerá em 18 de setembro. O governo colombiano pla-

neja ceder os direitos de exploração na costa caribenha. Caso as companhias façam alguma descoberta comercial na região, deverão transferir participação majoritária para o governo. As empresas que vencerem a disputa terão dez anos para explorar a área e poderão produzir petróleo e gás até que os campos se esvaziem. Três anos depois de conquistarem os direitos de exploração, as companhias terão de devolver 50% da área para o governo, um procedimento padrão em leilões deste tipo. A Colômbia tem feito grandes esforços para atrair petrolíferas estrangeiras e, com isso, ampliar as reservas e a produção de petróleo para se manter auto-suficiente. Se as tendências de produção e consumo atuais forem mantidas, o País se tornará importador líquido de petróleo em 2014. (AE)

Rio cobra mais impostos

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governo do Rio de Janeiro decidiu taxar investimentos em exploração e produção de petróleo e gás natural, medida que vem causando grande polêmica no setor. Segundo o secretário estadual de Fazenda, Joaquim Levy, o objetivo é "botar ordem em uma situação que já vinha ocorrendo nos últimos anos", quando a Petrobras pagava impostos sobre plataformas para o governo Rosinha Garotinho. A proposta, porém, recebeu críticas do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP) e da própria estatal, para quem a taxação pode inviabilizar projetos. A idéia do governo do Rio é alterar o convênio 58/99 do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que isenta da cobrança de Imposto so-

bre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) os investimentos em equipamentos de exploração e produção de petróleo. Levy diz que as plataformas podem ser taxadas com alíquotas entre 16% e 19%, semelhantes às impostas, por meio de decreto estadual, durante o governo Rosinha. Para o presidente do IBP, João Carlos de Luca, as alíquotas propostas inviabilizam o desenvolvimento de reservas de pequeno porte, com menos de 100 milhões de barris. "A maior parte dos estados sobrevive de pequenos campos", destacou, afirmando que não há consenso no Confaz sobre a proposta fluminense. O IBP propõe uma alíquota de 5%, com direito a créditos posteriores. (AE)

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mana para o encerramento do mês, o superávit da balança comercial em agosto está 32,6% menor do que em agosto de 2006. A queda acumulada no ano é de 9,2%, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O resultado é explicado pelo ritmo de crescimento intenso das importações, que, no ano, já somam 27% a mais que no mesmo período de 2006, enquanto as exportações registram um aumento de 14,8%. O ministério informou que, na quarta semana de agosto, as exportações somaram US$ 3,232 bilhões e as importações, US$ 2,494 bilhões resul-

US$ 738 milhões. Com isso, as vendas externas acumulam em agosto US$ 11,618 bilhões e as compras, US$ 9,217 bilhões, com superávit de US$ 2,401 bilhões. Desde o início do ano, as exportações totalizam US$ 98,952 bilhões e as importações, US$ 72,566 bilhões, com saldo positivo de US$ 26,386 bilhões. Destaques – O aumento das exportações em agosto está ocorrendo sobretudo nos produtos básicos, cujas vendas subiram 17,5%, considerando a média diária de operações. Os principais foram milho em grão, algodão bruto, minério de cobre, carne de frango, soja em grão, fumo em folhas e fa-

dos tiveram alta de 5% em relação a agosto do ano passado, com aumentos mais significativos nas exportações de suco de laranja, pneumáticos, aviões, motores e geradores, bombas e compressores. Os embarques de semimanufaturados aumentaram 3,8%, puxados pelas vendas de catodos de cobre, ferro-ligas, óleo de soja em bruto, catodos de níquel, celulose e madeira serrada. Nas importações, aumentaram os gastos com cereais e itens de moagem, produtos siderúrgicos, automóveis e partes, químicos orgânicos e inorgânicos, aparelhos mecânicos e instrumentos de ótica e precisão. (AE)

Delfim prevê fusões de bancos

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crise no mercado subprime americano deverá levar a punições e fusões de bancos, disse ontem o ex-ministro da Fazenda e do Planejamento Antônio Delfim Netto. Ele acredita que a lei americana Sarbanes-Oxley (Sarbox), que diminui o risco de fraude contábil, deverá ser muito dura com os administradores dos títulos lastreados em hipotecas de alto risco. Segundo Delfim, as manobras dos bancos podem ter levado à crise atual. "Suspeito que uma boa parte da alavancagem desses mercados foi feita pelas próprias instituições por meio de organismos paralelos, intermediários", conhecidos como conduits. "É uma coisa mágica: você transforma a porcaria do subprime em AAA. De forma que o cidadão não sabe o que está comprando direito. O tamanho dessa patifaria contábil ainda não é conhecido, mas suspeito que seja grande". A nota AAA é dada pelas

Roberto Stuckert Filho/O Globo

Delfim: haverá punições severas.

agências de classificação de risco e significa grau de investimento. Nesse caso, os títulos lastreados em hipotecas do subprime eram de alto risco, mas tinham essa nota. "Uma coisa é certa: não vai haver nenhuma piedade pelos portadores desses papéis. Os bancos vão acabar manobrando e os que cometeram imprudência vão ser fundidos a ou-

tros bancos, mas seus administradores não vão se livrar das punições, principalmente nos Estados Unidos", disse. "Quem vai pagar no final e deve pagar porque aplicou mal são os que compraram os papéis", acredita o ex-ministro. Para ele, a festa dos bancos, que nos últimos quatro anos tem sido celebrada com lucros e crescimento recordes, só irá terminar com o Basiléia 2, que é um conjunto de regras para proteger as instituições do mundo de crises e que ainda está sendo implementado. Segundo o ex-ministro, o Basiléia 2 servirá de filtro e evitará casos como o do subprime. Segundo ele, a turbulência atual nada tem a ver com a gerada pela moratória do México, em 1982, também chamada de a crise da dívida externa por ter levado a um problema de liqüidez em toda América Latina. "Hoje, o problema é o crédito do setor privado, não tem crédito soberano envolvido nisso", esclareceu. (AE)

governo da China ameaçou revidar contra as medidas protecionistas anunciadas por Néstor Kirchner com o objetivo de dificultar a entrada de produtos chineses no mercado argentino. Segundo um comunicado de Pequim, é "irracional e inaceitável que a Argentina tome tais decisões sem avisar previamente". O documento também informa que o presidente Hu Jintao "planeja restrições similares". De acordo com o governo chinês, a Argentina, "um dos membros fundadores da Organização Mundial do Comércio (OMC), colocou barreiras à entrada legal de produtos chineses, ignorando as normas da OMC, fato que prejudica os direitos da China". O governo argentino retrucou por meio do diretor-geral de Alfândegas, Ricardo Etechegaray: "As medidas estão dentro do contexto da OMC. Nós só colocamos medidas de controles Não existe uma proibição para importar." A ameaça chinesa causou calafrios no setor empresarial de Buenos Aires, especialmente entre produtores e exportadores de soja. No ranking das vendas argentinas para o mercado chinês, a soja ocupa o primeiro lugar. O produto – entre janeiro e junho – foi responsável por quase 80% das exportações argentinas à China, somando US$ 2,1 bilhões no período. A expectativa, antes da ameaça de revide, era de vender US$ 3,5 bilhões em soja e derivados neste ano à China. Com as medidas protecionistas, anunciadas há 10 dias, o governo Kirchner pretende reduzir o volume das importações de produtos chineses de 11 setores, como pneus, bijuterias de plástico, têxteis, calçados, brinquedos, bicicletas e produtos de informática. As compras desses artigos cresceram 59% no primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado, alcançando US$ 2,04 bilhões. As vendas argentinas para a China só aumentaram 31%, alcançando US$ 2,14 bilhões nesse mesmo período. O temor do governo é que, pela primeira vez desde a desvalorização do peso, em janeiro de 2002, a Argentina tenha déficit comercial com a China. O argumento oficial para a aplicação das medidas é proteger a indústria nacional, além de resguardar o consumidor de produtos que supostamente não respeitam as normas locais de segurança, entre eles, brinquedos e pneus. As medidas consistem principalmente em licenças nãoautomáticas para importação. Outras estipulam que diversos produtos deverão contar com especificações técnicas estampadas. O governo argentino ainda aumentou a exigência de requisitos, levando em conta a qualidade do produto, um ponto que costumeiramente é a deficiência da mercadoria produzida na China. Analistas afirmam que as medidas foram tomadas por questões eleitorais. Kirchner está em plena campanha, na função de cabo eleitoral de sua mulher, a senadora Cristina Fernández de Kirchner, candidata à presidência da República. Segundo eles, as medidas têm a intenção de agradar ao empresariado. (AE)


Mouse esperto da Leadership

Especialmente desenvolvido para apresentações, o Mouse Presentation Leadership chega ao mercado. Com apontador laser de alta precisão, opera a até 5 metros de distância. Dois em um, funciona ainda como Mouse e trackball.Para alternar as funções, basta um clique. Ótico, conta com 800 dpi de resolução e dispensa a utilização de mouse pads e cuidados com manutenção. Acompanha ainda base para carregamento das pilhas. Encontrado pelo valor médio de R$ 129 no site www.leadershop.com.br.

Relógio compatível com iPod

Em parceria com a Apple, a Timex lançou o primeiro relógio que pode controlar o tocador iPod. O relógio vem com um plugue para ser conectado ao aparelho e possui todos os controladores de volume e reprodução. Por meio desta tecnologia, esportistas de todo o mundo poderão controlar seu iPod através do novo relógio Timex com muita facilidade.Os relógios estarão disponíveis na cor rosa, preto, azul, cinza, laranja e verde.

Deixe o micro refrigerado

Para evitar a queima ou o aquecimento do processador e acabar perdendo o componente mais importante e caro do computador, o cooler, que refrigera o processador, é o principal responsável. A CASEmall acaba de colocar no mercado dois novos modelos de coolers e a pasta térmica da Zalman.O Cooler Zalman CNPS9700 NT custa R$ 255, o modelo CNPS9700 LED sai por R$ 225 e a pasta térmica tem preço de R$ 37. Os novos coolers possuem um Sistema de Prevenção de Ruídos em Computadores, uma ventoinha de 110mm para maximizar o fluxo de ar, além de um controlador de velocidade que acompanha o ruído e desempenho da ventoinha.Já a pasta ajuda a dissipar o calor. www.casemall.com.br.

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Inter net Diversão E mais Te l e f o n i a

terça-feira, 28 de agosto de 2007

www.camisariacolombo.com.br é o site que inaugura a loja virtual da da Colombo, marca de moda masculina.

DE TUDO UM POUCO PARA SUA INFORMAÇÃO

PERIGO? ACIONE O NEXTEL. Nextel está lançando a aplicação P u s h t o Alarm, instalada nos aparelhos PTT da operadora, que emite alarmes por e-mail, por torpedos e pela Web para até dois endereços e números telefônicos. A aplicação é única e desenvolvida apenas no Brasil pela Nextel, avisa o gerente de dados da operadora, Tiago Galli. O funcionamento é simples. Se um usuário está em perigo, ele aperta o botão PTT do aparelho por três segundos para que os alarmes sejam enviados para algum familiar ou funcionário da empresa (pelo SMS ou e-mail), fornecendo a localização do assinante. O aplicativo Push to Alarm é baseado em Java e fica instalado no celular depois que o usuário se cadastra no site da Nextel e faz o download, gratuitamente, pelo menu Download Apps e diretamente nos aparelhos compatíveis. Feito isso, explica Galli, "o assinante configura os endereços de email e telefones (dois para cada caso) que receberão os avisos em caso de situação inespe-

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Captura de tela

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Sem alarme, o sistema localiza o paradeiro do assinante: a aplicação foi desenvolvida especialmente para o Brasil. rada ou de perigo". O botão PTT é acionado e, discretamente, sem alarme, luz ou som, o sistema envia as informações de onde se encontra o usuário. São três alternativas de localização que trabalham em paralelo. O primeiro tipo, e o mais rápido, é o Cell ID. Num raio de um quilômetro, ele localiza o usuário e envia as informações sobre onde ele está. "Neste caso, a pessoa é localizado num bairro ou numa

rua", observa Galli. Em paralelo ao Cell ID, corre o sistema de localização por GPS, bem mais exato, pois informa onde a pessoa está com precisão de cinco a trinta metros do endereço em questão. Só que o GPS tem suas limitações, pois só funciona em locais externos e não dentro de prédios. Por isso, há uma terceira opção de localização outdoor, feita por triangulação de antenas da Nextel espalhadas pelas cidades. Neste caso, o usuário pode ser encontrado

num bairro com precisão de 300 a 400 metros. Segundo Galli, cada alarme informa a hora do disparo e o endereço calculado do local onde o usuário se encontra, e é atualizado a cada minuto. Todas essas informações podem ser acessadas pelo interlocutor (empresa ou familiar do executivo ou motorista) também pela Web, com as posições dadas pelo sistema em um mapa. "A polícia também pode acompanhar essa situação e acionar a patrulha mais próxima", diz Galli. "É um sistema inédito e único no País, combinando GPS, mapas e rotas e localização de aparelhos por interface Web, já que esses serviços são tendência global na telefonia móvel". É importante notar que no momento em que o usuário está acionando o botão de pânico do celular, o serviço simula uma tela inativa, garantindo a discrição. O Push to Alarm é compatível com vários modelos da Nextel (ver no site www.nextel.com.br) e custa R$ 25 mensais por equipamento habilitado, além do plano de voz contratado na operadora. (B.O)

Nikon DCS, primeira digital popular.

1997 AGFA ePhoto

2000 Olympus C-2040, com zoom digital.

2002

2004

empresas, por meio de seus ão são só os empresários contadores, sejam usuárias N que estão com dúvidas da ferramenta desenvolvida sobre a migração para o

pela empresa."Para o contador, o Super Simples não simplificou nada. Este fato está gerando negócios para as empresas de tecnologia, que já estão prevendo o aumento na demanda por este tipo de software", avalia Ladmir Carvalho,sócio da Alterdata, que comercializa o sistema Escrita Fiscal (R$ 680), que foi adaptado para operar com o Super Simples.

1995

A Fuji lança a Fine Pix S602Z

Crescem as vendas de softwares contábeis com o Super Simples Simples Nacional. Os contadores também estão correndo contra o tempo para conseguir entender como o sistema que unifica o recolhimento de impostos vai funcionar.De olho nesse filão, as empresas de software contábil já disponibilizam ferramentas específicas para simplificar o processo. A Alterdata Tecnologia em Informática estima que até o fim do ano, mais de 100 mil

Elas não usam filme

Canon SD2000, de 3,2 MP.

Divulgação

2005 Modelo Sony DSC T9

O Escrita Fiscal, da Alterdata, já atende a nova legislação.

2007

ue g u l A -e F N uma

Se você emite pequenos volumes de documentos fiscais, talvez a solução seja procurar um serviço. Funciona assim: em lugar de adquirir todo o equipamento e as soluções de software, é só usar o que for ne-

Sergio Kulpas

cessário. É um aluguel, uma solução on-demand. A True Access Consulting acabou de lançar o serviço NFe on Demand, para volumes de 1.000 a 10.000 notas fiscais por mês. O produto oferece um pa-

cote sob medida e completo da solução da True Access, o que inclui software, um servidor internet, proteção por firewall, hardware de segurança (Net D-Fence) e unidades de armazenamento. (L.C.A)

sergiokulpas@gmail.com

Pagamento será via rádio

Nikon D300, de 12 MP. Em www.dcomercio.com.br, a evolução das analógicas.

Mochilas para o seu notebook

Divulgação

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partir de setembro, o comércio de Londres fará um teste em larga escala com o sistema de pagamentos sem contato físico (contactless), envolvendo mais de 2 mil varejistas da cidade. O cartão contactless usa um chip com transmissor de rádio (RFID), que estabelece a comunicação com o aparelho de leitura, que por sua vez debita o valor registrado no chip. A Europa está sendo mais rápida que os Estados Unidos na adoção de tecnologias de pagamento sem contato físico com o equipamento de leitura. Em muitas cidades européias, as pessoas já estão acostumadas a usar os cartões contactless no transporte público, em ônibus e trens. Para lançar um sistema comercial em larga escala de pagamentos com esse tipo de cartão, os desafios incluem os modelos de negócios, parcerias e sistemas de segurança para prevenir fraudes. Segundo Jonathan Collins, um analista de operações com RFIDs da

O cartão contactless usa um chip transmissor de rádio, que estabelece a comunicação com o aparelho de leitura.

ABI Research, antes que os varejistas europeus façam uma grande mudança em seus terminais de pontode-venda para aceitar os cartões contactless, eles precisam se convencer que o investimento vai valer a pena. Para isso, esse grande teste em Londres será essencial. O teste de Londres está sendo coordenado por oito grandes bancos britânicos, incluindo o Barclays e o Bank of Scotland. O número de varejistas participantes ainda não está to-

talmente definido, pois ainda dependendo de negociações com os comerciantes. Segundo dados da ABI Research, a demanda por equipamentos que lêem os cartões contactless está crescendo rapidamente. Deve saltar de US$ 260 milhões em 2007 para mais de US$ 1 bilhão em 2012. O atrativo principal dessa tecnologia para o varejo é a rapidez. Em teoria, com o uso dos cartões contactless será possível processar mais

vendas no mesmo período de tempo. Para os bancos, o objetivo é absorver as compras de pequenos valores, geralmente feitas em dinheiro, para seu sistema de cartões -- e cobrar tarifas em cada transação. O que será avaliado em Londres é justamente esse equilíbrio entre o aumento de faturamento e o acréscimo de tarifas cobradas pelo banco, com o investimento na tecnologia como fiel da balança. Será que isso vai valer a pena para o varejista? Outra questão que será avaliada no teste é a segurança. Neste caso, a preocupação maior é dos bancos e não dos comerciantes. Para o teste, os bancos concordaram em pagar todas as perdas com fraudes no uso de cartões contactless. Porém, as instituições financeiras estabeleceram o limite de 10 libras (cerca de US$ 19,87) nos cartões contacless. Dependendo do sucesso do teste, que ocupará os próximos três meses em Londres, a iniciativa pode ser expandida para o restante do país.

A Targus lançou as mochilas Voyager Backpack e a Urban Backpack, desenhadas para notebooks com telas de até 15,4 polegadas.Ideais para o dia-a-dia tanto de profissionais como de estudantes que precisam transportar seus portáteis, as mochilas são opções discretas, que não chamam atenção na rua. Confeccionadas em nylon, as mochilas comportam um micro portátil e todos seus acessórios com organização e espaço, facilitando, além do transporte, a instalação do equipamento na hora do uso. Elas custam R$ 209 cada.


terça-feira, 28 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

ECONOMIA/LEGAIS - 13

BANCO SUMITOMO MITSUI BRASILEIRO S.A. CNPJ 60.518.222/0001-22 Associado ao SUMITOMO MITSUI BANKING CORPORATION - Tokyo - Japão - Sede: Av. Paulista nº 37 - 11º e 12º andares - São Paulo - Fax nº 0xx11 - 3178-8194 - Tel: 0xx11 - 3178-8000 Relatório da Diretoria Senhores Acionistas: Em cumprimento às disposições legais e estatutárias apresentamos a V. Sas., as Demonstrações Financeiras, relativos aos semestres encerrados em 30 de junho de 2007 e 2006. Permanecemos à disposição de V. Sas., para quaisquer esclarecimentos que acharem necessários, informando ainda que todos os documentos contábeis se encontram na sede do estabelecimento. São Paulo, 25 de julho de 2007. A Diretoria Demonstrações do Resultado - Para os semestres findos Balanços Patrimoniais levantados em 30 de junho de 2007 e de 2006 - (Em milhares de reais) em 30/06/2007 e de 2006 (Em milhares de reais, exceto o lucro (prejuízo) por lote de mil ações) ATIVO 2007 2006 PASSIVO 2007 2006 2007 2006 CIRCULANTE 699.430 593.836 CIRCULANTE 609.118 482.272 43.340 56.634 Disponibilidades 10.104 3.655 Depósitos 300.036 270.636 RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA 542 14.053 Aplicações interfinanceiras de liquidez 354.670 83.771 Depósitos à vista 17.213 13.546 Operações de crédito 42.798 39.939 Aplicações no mercado aberto 323.047 41.938 Depósitos em moeda estrangeira 8 1.068 Resultado de operações com títulos e valores mobiliários 2.642 Aplicações em depósitos interfinanceiros 31.623 41.833 Depósitos a prazo 282.470 253.582 Resultado de operações de câmbio DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA (43.970) (32.103) Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos 91.516 218.182 Outros depósitos 345 2.440 Operações de captação no mercado (24.558) (23.744) Carteira própria 91.516 193.677 Captações no mercado aberto 70.718 19.776 (3.402) (7.574) Vinculados à prestação de garantias 24.505 Carteira de terceiros 70.718 19.776 Operações de empréstimos e repasses (12.019) (7) Relações interfinanceiras 481 861 Relações interfinanceiras 99 605 Resultado com instrumentos financeiros derivativos (4.176) Pagamentos e recebimentos a liquidar 10 11 Recebimentos e pagamentos a liquidar 99 605 Resultado de operações de câmbio Provisão para créditos de liquidação duvidosa 185 (778) Depósitos no Banco Central do Brasil 392 701 Relações interdependências 14.666 12.860 RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA (630) 24.531 Correspondentes no País 79 149 Recursos em trânsito de terceiros 14.666 12.860 12.123 (2.950) Operações de crédito 88.624 120.089 Obrigações por empréstimos e repasses 149.910 103.685 OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS Receitas de prestação de serviços 7.389 382 Setor privado 88.837 120.160 Empréstimos no exterior 120.085 69.120 Despesas de pessoal (6.993) (5.498) (-) Provisão para operações de crédito de liquidação duvidosa (213) (71) Repasses no País - FINAME 3.930 4.027 Outras despesas administrativas (3.845) (4.189) Outros créditos 153.795 167.053 Repasses do exterior 25.895 30.538 Despesas tributárias (1.530) (1.523) Carteira de câmbio 144.737 149.686 Instrumentos financeiros derivativos 2.035 115 Outras receitas operacionais 25.218 11.029 Rendas a receber 10 12 Instrumentos financeiros derivativos 2.035 115 Outras despesas operacionais (8.116) (3.151) Diversos 9.338 18.297 Outras obrigações 71.654 74.595 RESULTADO OPERACIONAL 11.493 21.581 (-) Provisão para outros créditos de liquidação duvidosa (290) (942) Cobrança e arrecadação de tributos e assemelhados 10 37 RESULTADO NÃO OPERACIONAL 198 44 Outros valores e bens 240 225 Carteira de câmbio 64.549 67.642 RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO E PARTICIPAÇÕES 11.691 21.625 Despesas antecipadas 193 185 Fiscais e previdenciárias 5.335 5.644 IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (2.958) (3.888) Material em estoque 47 40 Dívidas subordinadas elegíveis a capital 366 - Provisão para imposto de renda (2.176) (2.856) REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 271.194 299.481 Diversas 1.394 1.272 Provisão para contribuição social (782) (1.032) Aplicações interfinanceiras de liquidez 10.360 - EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 142.405 128.069 PARTICIPAÇÕES ESTATUTÁRIAS NOS LUCROS (85) Aplicações em depósitos interfinanceiros 10.360 - Depósitos 53.205 93.257 LUCRO LÍQUIDO DO SEMESTRE 8.648 17.737 Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos 256.119 290.219 Depósitos a prazo 53.205 93.257 LUCRO POR LOTE DE MIL AÇÕES - R$ 21,13 57,33 Carteira própria 207.127 289.199 Obrigações por repasses 4.227 8.307 As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras Vinculados à prestação de garantias 48.992 1.020 Repasses no País - FINAME 4.227 8.307 Operações de crédito 4.701 9.255 Outras obrigações 84.973 26.505 Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos Setor privado 4.701 9.255 Fiscais e previdenciárias 4.092 4.124 Para os semestres findos em 30 de junho de 2007 e de 2006 (Em milhares de reais) Outros valores e bens 14 7 Dívidas subordinadas elegíveis a capital 77.016 2007 2006 Despesas antecipadas 14 7 Diversas 3.865 22.381 ORIGENS DE RECURSOS 202.439 299.278 PERMANENTE 1.561 1.643 RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS 569 333 Lucro líquido do semestre 8.648 17.737 Investimentos 20 20 Resultados de exercícios futuros 569 333 Ajustes ao lucro líquido 243 1.963 Outros investimentos 20 20 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 220.093 284.286 Depreciação e amortização 310 327 Imobilizado de uso 1.081 957 Capital social 409.356 309.356 Ajuste ao valor de mercado - títulos e valores mobiliários (67) 1.636 Outras imobilizações de uso 4.093 3.605 De domiciliados no País 1 1 Variação nos resultados de exercícios futuros 57 48 Depreciações acumuladas (3.012) (2.648) De domiciliados no exterior 409.355 309.355 Recursos de terceiros originários de 193.491 279.530 Diferido 460 666 Reserva de capital 10.351 10.351 Aumento dos subgrupos do passivo 67.997 198.547 Gastos de organização e expansão 5.064 5.027 Ajuste ao valor de mercado - títulos e valores mobiliários 2.269 1.699 Depósitos 16.959 90.914 Amortizações acumuladas (4.604) (4.361) Prejuízos acumulados (201.883) (37.120) Obrigações por empréstimos e repasses 51.016 Instrumentos financeiros derivativos 204 111 TOTAL DO ATIVO 972.185 894.960 TOTAL DO PASSIVO 972.185 894.960 Outras obrigações 50.834 56.506 As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras Diminuição dos subgrupos do ativo 125.493 80.974 Carta-Circular nº 3.026, de 5 de julho de 2002, os instrumentos financeiros derivativos são avaliados pelos seus valores de Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos 78.341 44.187 mercado, e o registro da valorização ou da desvalorização é contabilizado no resultado do semestre conforme segue: • InstruSemestres findos em 30 de junho de 2007 e de 2006 (Em milhares de reais) Operações de crédito 21.807 31.706 mentos financeiros derivativos não considerados como “hedge” - em conta de receita ou despesa, no resultado do semestre. Res. Aj. /Valor Lucros Relações interfinanceiras e interdependências 427 5.081 • Instrumentos financeiros considerados como “hedge”: - De risco de mercado são destinados a compensar os riscos decorCapital de de Merc. - (prejuízos) Outros créditos 24.918 rentes da exposição à variação no valor de mercado do item objeto de “hedge” e a sua valorização ou desvalorização é social. Cap. TVM Acum. Total Alienação de bens e investimentos 1 9 SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 309.356 10.351 63 (54.857) 264.913 contabilizada em contrapartida às contas de receita ou despesa, no resultado do semestre. - De fluxo de caixa são destinados Imobilizado de uso 1 9 a compensar a variação no fluxo de caixa futuro estimado e a sua valorização ou desvalorização é contabilizada em APLICAÇÕES DE RECURSOS Ajustes ao valor de mercado203.250 301.234 Títulos e valores mobiliários 1.636 1.636 contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido. Os respectivos itens objeto de “hedge” são ajustados ao valor de mer- Inversões em 370 50 Lucro líquido do semestre 17.737 17.737 cado na data do balanço. d) Operações de crédito e provisão para operações de crédito de liquidação duvidosa - As Imobilizado de uso 370 50 SALDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 309.356 10.351 1.699 (37.120) 284.286 operações de crédito são classificadas de acordo com o julgamento da Administração quanto ao nível de risco, levando em Aplicações no diferido 6 19 97.943 277.675 SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 409.356 10.351 2.336 (210.531) 211.512 consideração a conjuntura econômica, a experiência passada e os riscos específicos em relação à operação e aos devedores Aumento dos subgrupos do ativo e garantidores, observando os parâmetros estabelecidos pela Resolução BACEN nº 2.682/99, que requer a análise periódica da Aplicações interfinanceiras de liquidez 97.865 Ajustes ao valor de mercadoTítulos e valores mobiliários 169.077 Títulos e valores mobiliários (67) (67) carteira e sua classificação em nove níveis, sendo “AA” (risco mínimo) e “H” (perda). As rendas das operações de crédito Outros créditos 108.561 Lucro líquido do semestre 8.648 8.648 vencidas há mais de 60 dias, independentemente de seu nível de risco, só são reconhecidas como receita quando efetivamenOutros valores e bens 78 37 SALDOS EM 30 DE JUNHO DE 2007 409.356 10.351 2.269 (201.883) 220.093 te recebidas. As operações classificadas como nível “H” (100% de provisão) permanecem nessa classificação por seis meses, 104.931 23.490 quando então são baixadas contra a provisão existente e controladas, por cinco anos, em contas de compensação, não mais Redução dos subgrupos do passivo As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras Obrigações por empréstimos e repasses 57.427 figurando no balanço patrimonial. As operações renegociadas são mantidas, no mínimo, no mesmo nível em que estavam classiNotas Explicativas às Demonstrações Financeiras Relações interfinanceiras e interdependências 12.273 13.490 ficadas. As renegociações de operações de crédito que já haviam sido baixadas contra a provisão e que estavam em contas de em 30 de junho de 2007 e de 2006 (Em milhares de reais) Captações no mercado aberto 35.231 10.000 compensação são classificadas como nível “H” e os eventuais ganhos provenientes da renegociação só são reconhecidos como (811) (1.956) 1. Contexto Operacional: O Banco Sumitomo Mitsui Brasileiro S.A. está constituído como banco múltiplo, operando as cartei- receita quando efetivamente recebidos. A provisão para operações de crédito de liquidação duvidosa atende aos requisitos míni- Redução das disponibilidades ras comerciais, inclusive operações de câmbio, e de investimento, nos termos da Resolução nº 1.524/88 do Banco Central do mos estabelecidos pela Resolução BACEN nº 2.682/99. e) Outros ativos circulante e realizável a longo prazo - São Modificações na posição financeira Início do semestre 10.915 5.611 Brasil - BACEN. O Banco é responsável pela administração de fundos de investimento cujos patrimônios líquidos, em 30 de demonstrados pelos valores de custo, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias auferidos, deduzidos Final do semestre 10.104 3.655 junho de 2007, somavam R$226.053 (R$154.713 em 2006). 2. Apresentação das Demonstrações Financeiras e Princi- das correspondentes provisões para perdas ou ajustes ao valor de realização. f) Ativo imobilizado - É demonstrado pelo (811) (1.956) pais Práticas Contábeis: As demonstrações financeiras são elaboradas e estão sendo divulgadas de acordo com as práticas custo de aquisição, deduzido das respectivas depreciações acumuladas, calculadas até a data de encerramento do se- Redução das disponibilidades As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras contábeis adotadas no Brasil e apresentadas de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo BACEN, através do Plano Contábil mestre, e corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995. A depreciação é calculada pelo método linear, de das Instituições do Sistema Financeiro Nacional - COSIF. Para melhor comparabilidade das demonstrações financeiras, foram acordo com taxas anuais que contemplam o prazo de vida útil-econômica estimada dos bens. As principais taxas anuais Quantidade de ações (mil) efetuadas reclassificações no balanço patrimonial levantado em 30 de junho de 2006, na rubrica de “outras obrigações - fis- de depreciação são 20% para veículos e equipamentos de processamento de dados e 10% para outros bens. g) Ativo Sumitomo Mitsui Banking Corporation (Japão) 409.355 cais e previdenciárias” e na demonstração de resultado relativa ao semestre findo em 30 de junho de 2006, nas rubricas de diferido - É demonstrado pelo custo de aquisição ou formação, deduzido da amortização acumulada calculada até a Acionistas domiciliados no país 1 “receitas de operações de crédito”, “despesas de operações de empréstimos e repasses”, “outras receitas operacionais” e data de encerramento do semestre e representado, basicamente, por “Benfeitorias em imóveis de terceiros”, amortiza409.356 “outras despesas operacionais”, respectivamente. a) Apuração do resultado - As receitas e despesas são apropriadas de das pelo prazo contratual de locação, e “Gastos com aquisição e desenvolvimento de softwares”, amortizados pelo b) Dividendos - Aos acionistas é assegurado um dividendo mínimo de 25% do lucro líquido do exercício, ajustado de acoracordo com o regime de competência, observando-se o critério “pro rata” dia para as de natureza financeira. As receitas e prazo de cinco anos. h) Atualização monetária de direitos e obrigações - Os direitos e as obrigações, legal ou contra- do com a lei societária e o estatuto. 14. Imposto de Renda e Contribuição Social: Em 2007, a base de cálculo do imposto despesas de natureza financeira são calculadas com base no método exponencial, exceto aquelas relativas a títulos desconta- tualmente sujeitos à variação cambial ou de índices, são atualizados até a data do balanço. As contrapartidas dessas de renda e da contribuição social foi assim apurada: dos ou relacionados com operações no exterior, as quais são calculadas com base no método linear. As operações com taxas atualizações são refletidas no resultado do semestre. i) Depósitos e captações no mercado aberto - Os depósitos e as Imposto Contribuição prefixadas são registradas pelo valor de resgate e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro são registradas captações no mercado aberto são demonstrados pelos valores das exigibilidades e consideram os encargos exigíveis de renda social em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As operações com taxas pós-fixadas ou indexadas a moedas estrangeiras até a data do balanço, reconhecidos em base “pro rata” dia. j) Imposto de renda e contribuição social - A provisão Resultado antes da tributação sobre o lucro deduzido das participações 11.606 11.606 imposto de renda é calculada à alíquota de 15%, com um adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente a para são atualizadas até a data do balanço. b) Aplicações interfinanceiras de liquidez - As aplicações interfinanceiras de liquidez Reversão de provisões operacionais (326) (326) são apresentadas pelo valor de aplicação, acrescidas dos rendimentos auferidos até a data do balanço. c) Títulos e valores R$120 para o semestre, ajustado pelas adições e exclusões previstas na legislação. A contribuição social apurada sobre Compensação de prejuízos fiscais anteriores (3.751) (3.725) mobiliários e instrumentos financeiros derivativos - De acordo com a Circular nº 3.068, de 8 de novembro de 2001, os o lucro ajustado na forma da legislação em vigor é calculada à alíquota de 9%. Os benefícios fiscais provenientes da Provisões temporárias 997 997 títulos e valores mobiliários são classificados de acordo com a intenção da Administração, nas seguintes categorias: • Títulos compensação de prejuízos fiscais e outras diferenças temporárias somente são reconhecidos quando efetivamente uti- Ajuste a valor de mercado de instrumentos financeiros derivativos 220 220 196 110 para negociação - títulos e valores mobiliários adquiridos com o propósito de ser ativa e freqüentemente negociados, são lizados, devido aos prejuízos apresentados nos últimos exercícios, conforme explicado na nota 14. 3. Aplicações no Despesas não dedutíveis (190) (190) ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do semestre. • Títulos disponíveis para venda - títulos e valores Mercado Aberto: As aplicações no mercado aberto, em 30 de junho de 2007 e de 2006, estão compostas como segue: Dividendos recebidos 2007 2006 Lucro tributável 8.752 8.692 mobiliários que não se enquadrem nas categorias de títulos para negociação nem mantidos até o vencimento, são ajustados Bancada Financiada Total Bancada Financiada Total Imposto de renda - 15% (veja nota explicativa nº 2.j) 1.313 pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, pelo valor líquido dos efeitos tributários. • Títulos 863 252.329 70.718 323.047 22.162 19.776 41.938 Adicional de imposto de renda - 10% (veja nota explicativa nº 2.j) Títulos mantidos até o vencimento - títulos e valores mobiliários para os quais há intenção e capacidade financeira para sua LTN 782 manutenção em carteira até o vencimento, são avaliados pelo custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos em 4. Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos: a) Títulos e valores mobiliários - O Banco Contribuição social - 9% (veja nota explicativa nº 2.j) 2.176 782 contrapartida ao resultado do semestre. Os instrumentos financeiros derivativos, compostos exclusivamente por operações de não adota como estratégia de atuação adquirir títulos e valores mobiliários com o propósito de negociá-los de forma ativa “swap”, têm seu diferencial a receber ou a pagar contabilizado em conta de ativo ou passivo, respectivamente, e apropriado e freqüente. Dessa forma, a carteira de títulos e valores mobiliários, em 30 de junho de 2007 e de 2006, foi classificada na O imposto de renda e a contribuição social diferidos, ativos e passivos, constituídos em 30 de junho de 2007, nos valores de R$348 e R$1.150, respectivamente, estão relacionados exclusivamente com os ajustes ao valor de mercado dos títulos e valores mobilicomo receita ou despesa “pro rata” até a data do balanço. De acordo com a Circular nº 3.082, de 30 de janeiro de 2002, e a categoria títulos disponíveis para venda e estava apresentada como segue: 2007 2006 ários classificados como disponíveis para venda e dos derivativos, cujos valores presentes são de R$333 e de R$1.052. Esses valores estão registrados nas rubricas “Outros créditos diversos” e “Outras obrigações - fiscais e previdenciárias”, respectivamenValor atualizado pelo mercado (contábil) Títulos disponíveis Até De 61 a De 91 a De 181 a Acima de Valor Valor te. Devido aos prejuízos apresentados nos últimos exercícios, o Banco não constitui crédito tributário sobre prejuízo fiscal, base para venda 60 dias 90 dias 180 dias 360 dias 360 dias Total da curva Contábil negativa de contribuição social e diferenças temporárias, sendo este somente reconhecido quando efetivamente utilizado. Em 30 de junho de 2007, o crédito tributário não registrado totaliza R$83.903 (R$36.554 em 2006). Carteira própria: LTN 24.310 160.327 184.637 181.119 290.885 15. Demonstração do Resultado 2007 2006 LFT 67.206 46.800 114.006 114.054 191.991 a) Operações de crédito Rendas de empréstimos 272 13.485 91.516 207.127 298.643 295.173 482.876 Rendas de financiamentos e repasses 270 568 Vinculados à prestação de garantias 542 14.053 LFT 48.992 48.992 49.044 23.547 2007 2006 LTN 1.978 b) Resultado de operações com títulos e valores mobiliários Rendas de aplicações interfinanceiras de liquidez 19.156 13.225 48.992 48.992 49.044 25.525 Rendas de operações com títulos e valores mobiliários 23.642 26.714 91.516 256.119 347.635 344.217 508.401 42.798 39.939 O valor de mercado representa o fluxo de caixa trazido a valor presente pelas taxas divulgadas pela Associação Nacional das do, sendo esses ajustes lançados em conta específica do patrimônio líquido. O valor de mercado dos títulos registrados na c) Resultado de operações de câmbio 2007 2006 Instituições do Mercado Financeiro - ANDIMA e/ou pela Bolsa de Mercadorias & Futuros - BM&F, ou agentes de mercado, quando categoria disponíveis para venda foi apurado com base nas informações divulgadas pela ANDIMA, resultando em um ajuste Rendas de câmbio 9.737 19.966 necessário. Os títulos classificados na categoria disponíveis para venda são aqueles que a Administração não tem intenção de positivo no semestre de R$3.470 e negativo de R$52, totalizando um ganho líquido no semestre de R$3.418 (ajuste positivo de Despesa de câmbio (13.913) (17.324) manter até o vencimento nem foram adquiridos com o objetivo de serem ativa e freqüentemente negociados. Esses títulos R$ 5.504 e negativo de R$ 3.868, totalizando um ganho líquido de R$ 1.636 em 2006). Os efeitos desses ajustes no patrimônio 4.176 2.642 apresentam seu valor de custo atualizado pelos rendimentos incorridos até a data do balanço e ajustado pelo valor de merca- líquido do Banco representam ganhos acumulados de R$2.269 (R$1.699 em 2006), líquidos dos efeitos tributários. d) Operações de captação no mercado 2007 2006 b) Instrumentos financeiros derivativos - A seguir, demonstrativo dos valores registrados em conta de ativo, passivo e As operações de crédito dos 20 maiores devedores em 30 de junho de 2007 representam 98,75% da carteira de crédito Despesas de depósitos a prazo (19.673) (21.263) compensação em 30 de junho de 2007 e de 2006, segregados nas categorias indexador, faixas de vencimento, valores de (94% em 2006), no montante de R$199.107 (R$228.548 em 2006). c)Por “rating” - Do total da carteira de operações de Despesas de operações compromissadas (4.617) (2.004) referência e contábil, cuja contraparte são clientes. crédito do Banco, 99,09% está classificado como rating “AA” e os 0,91% restantes em rating “A” e “C” (em 2006 89,89% Despesas de contribuição ao fundo garantidor de crédito (268) (477) 2007 Valor de mercado (contábil) como rating “AA” e 10,11% em rating “A” e “B”). (24.558) (23.744) Valor de Até Acima de Valor d) Por setor de atividade e) Operações de empréstimos e repasses 2007 2006 Indexador Local referência 90 dias 90 dias Total curva Setor privado: 2007 2006 Despesas de BNDES (213) (524) Posição ativa Dólar BM&F 77.580 76.101 76.101 77.171 Indústria 173.354 124.070 Despesas de empréstimos e repasses no exterior (3.189) (7.050) Posição passiva CDI BM&F 77.580 78.136 78.136 78.147 Comércio 28.251 71.928 (3.402) (7.574) Diferencial a pagar (2.035) (2.035) (976) Rural 38.603 f) Resultado com instrumentos financeiros derivativos 2007 2006 Pessoas físicas 30 28 Despesas em operações com derivativos (12.490) (90) 2006 Valor de mercado (contábil) 201.635 234.629 Receita em operações com derivativos 471 83 Valor de Até Acima de Valor (12.019) (7) Indexador Local referência 90 dias 90 dias Total curva e) Movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa 2007 2006 Posição ativa - Dólar BM&F 2.303 1.282 945 2.227 2.333 g) Receita de Prestação de Serviço 2007 2006 Saldo inicial 688 202 Posição passiva CDI BM&F 2.303 1.365 977 2.342 2.342 Receitas de Tarifas e Serviços 169 40 Complemento 811 Diferencial a pagar (83) (32) (115) (9) Receitas de Intermediação 6.693 71 Reversão (185) Rendas de Garantias Prestadas 522 270 Os resultados apurados com instrumentos financeiros derivativos referentes aos semestres findos em 30 de junho de 2007 Saldo final 503 1.013 Outros 5 1 e de 2006 estão assim compostos: No semestre findo em 30 de junho de 2006 houve a recuperação de créditos anteriormente baixados como prejuízo no 7.389 382 Resultado valor de R$6.467, registrados na rubrica de “outras receitas operacionais”. h) Despesas de pessoal 2007 2006 2007 2006 6. Carteira de Câmbio (Outros Créditos e Outras Obrigações): As operações de câmbio estão registradas em contas Proventos (4.074) (3.053) Instrumentos financeiros derivativos Receita Despesa Líquido Receita Despesa Líquido Encargos sociais (1.414) (1.298) “Swap” 471 (12.490) (12.019) 83 (90) (7) patrimoniais, conforme segue: Ativo: 2007 2006 Benefícios (778) (400) c) Valor e tipo de margem dados em garantia - O montante de margem depositado em garantia das operações envolCâmbio comprado a liquidar 126.012 123.853 Honorários (652) (698) vendo instrumentos financeiros derivativos na BM&F em 30 de junho de 2007 e de 2006 tem a seguinte composição: Direitos sobre venda de câmbio 38.804 45.352 Treinamento (11) (9) Valor de mercado Adiantamentos em moeda nacional recebidos (21.645) (21.054) Estagiários (64) (40) Títulos 2007 2006 Rendas a receber de adiantamentos concedidos (veja nota explicativa nº 5) 1.566 1.535 (6.993) (5.498) LFT 14.136 1.020 144.737 149.686 i) Outras despesas administrativas 5. Operações de Crédito 2007 2006 Passivo: 2007 2006 As informações da carteira de operações de crédito, em 30 de junho de 2007 e de 2006, estão assim sumariadas: Despesas com aluguel (994) (969) Câmbio vendido a liquidar 38.514 44.782 a) Por operação Despesas de processamento de dados (915) (868) Obrigações por compra de câmbio 132.518 125.407 Descrição: 2007 2006 Despesas com serviços técnicos especializados (120) (735) Adiantamento sobre contratos de câmbio (veja nota explicativa nº 5) (106.531) (102.550) Conta garantida 10.098 69.921 Despesas de comunicação (485) (480) Valores em moeda estrangeira a pagar 48 3 Resolução nº 2.770 (antiga Resolução nº 63) 25.997 28.250 Despesas com serviços do sistema financeiro (103) (145) 64.549 67.642 BNDES 8.159 12.338 Despesas de manutenção e conservação de bens (88) (85) Compror 6.405 8.345 7. Outros Créditos - Diversos Despesas com serviços de vigilância e segurança (99) (79) Estão representados pelos valores a seguir: 2007 2006 Capital de giro 3.324 7.195 Despesas de transporte (70) (46) Devedores por depósitos em garantia 2.175 11.611 Vendor 2.314 3.338 Despesas de material (34) (58) Antecipações de impostos 4.079 3.230 Pessoa física 30 28 Despesas de água, energia e gás (47) (48) Imposto de renda adicional - estadual a compensar 1.251 1.251 Financiamento em moeda estrangeira 37.211 Despesas com serviços de terceiros (60) (40) Títulos e créditos a receber (veja nota explicativa nº 5) 1.129 Operações de crédito 93.538 129.415 Despesas de propaganda e publicidade (66) (52) PIS a compensar 840 840 Adiantamento sobre contratos de câmbio (veja nota explicativa nº 6) 106.531 102.550 Despesas de seguros (28) (18) Créditos tributários sobre ajuste a valor de mercado - títulos Outros créditos - títulos e créditos a receber (veja nota explicativa nº 7) 1.129 Despesas de promoções e relações públicas (11) (16) e valores mobiliários (veja nota explicativa n.º 14) 348 26 Rendas a receber sobre adiantamentos (veja nota explicativa nº 6) 1.566 1.535 Despesas de contribuições filantrópicas (5) (4) Outros 899 210 201.635 234.629 Despesas de amortização e depreciação (310) (334) 9.592 18.297 Outras despesas administrativas (410) (212) Provisão para outros créditos de liquidação duvidosa 503 1.013 8. Imobilizado: Em 30 de junho de 2007 e de 2006, estão assim representados: (3.845) (4.189) b) Por vencimento Taxa 2007 2006 j) Despesas tributárias A vencer: 2007 2006 2007 2006 anual de Depreciação Valor Valor Até 30 dias 30.754 63.471 Descrição ISS (409) (46) depreciação - % Custo acumulada líquido líquido De 31 a 60 dias 38.326 10.985 COFINS (885) (1.195) Sistema de processamentos de dados 20 2.024 (1.569) 455 518 PIS (144) (194) De 61 a 90 dias 28.340 15.915 10 673 (442) 231 291 Outros (92) (88) De 91 a 180 dias 48.060 73.843 Móveis e equipamentos de uso 10 224 (177) 47 65 (1.530) (1.523) De 181 a 360 dias 51.454 60.576 Sistema de comunicação 10 259 (157) 102 128 k) Outras receitas operacionais: 2007 2006 Acima de 360 dias 4.701 9.255 Sistema de segurança 20 425 (303) 122 174 Variação cambial – dívida subordinada 8.472 Vencidas 584 Sistema de transporte 3.605 (2.648) 957 1.176 Variação cambial - recursos em trânsito de terceiros 13.084 7.819 201.635 234.629 Variação cambial em operações repasses do exterior 2.994 2.411 9. Depósitos 2007 2006 Taxa de administração de fundos de investimentos 458 412 Composição por vencimento em 30 de junho de 2007 e 2006 Depósitos Depósitos Recuperação de encargos e despesas 210 260 Depósitos Depósitos em moeda Outros Depósitos Depósitos em moeda Outros Rendas de compra de recebíveis 127 Descrição à vista a prazo estrangeira depósitos à vista a prazo estrangeira depósitos 25.218 11.029 Sem vencimento 17.213 8 345 13.546 1.068 2.440 l) Outras despesas operacionais: 2007 2006 Até 30 dias 24.109 17.699 Juros em operações com dívida subordinada (2.707) De 31 a 60 dias 3.305 3.286 Variação cambial - recursos em trânsito de terceiros (3.078) (2.602) De 61 a 90 dias 9.058 34.170 Variação cambial em operações de financiamentos (2.298) De 91 a 180 dias 46.844 35.970 Variação cambial repasses interfinanceiros (501) De 181 a 360 dias 199.154 162.456 Outras (33) (48) Acima de 360 dias 53.205 93.258 (8.116) (3.151) 17.213 335.675 8 345 13.546 346.839 1.068 2.440 16. Transações e Saldos com Partes Relacionadas: Os saldos referentes às transações com partes relacionadas e con10. Obrigações por Empréstimos e Repasses no Exterior: As captações de recursos do exterior são basicamente realiProvisão Depósitos judiciais troladas, efetuadas em condições normais de mercado, no que se refere a prazos de vencimento e taxas de remuneração zadas mediante utilização de linhas de crédito concedidas pelo acionista Sumitomo Mitsui Banking Corporation, como Descrição 2007 2006 2007 2006 pactuadas, são os seguintes: segue: a) Obrigações por empréstimos no exterior - O saldo em 30 de junho de 2007 é composto basicamente por Provisão para riscos fiscais: Ativo (passivo) Receitas (despesas) financiamentos às exportações, vencíveis até 30 de novembro de 2007, sujeitos às taxas normais de juros, acrescidos de ISS 1.150 1.150 2007 2006 2007 2006 variação cambial, para essas operações. b) Obrigações por repasses do exterior - Os repasses do exterior, em 30 de PIS 840 840 - Obrigações por empréstimos no exterior (120.085) (54.498) (2.299) (6.560) junho de 2007, correspondem a US$13.100. Tais obrigações, convertidas à taxa oficial de compra no fim do semestre, são CSLL 1.474 1.474 1.275 1.275 Obrigações por repasses no exterior (25.895) (30.516) 890 490 regidas pela Resolução BACEN nº 2.770/00 (antiga Resolução nº 63) e estão sujeitas às taxas normais de juros para essas Taxa CVM 628 660 286 281 Dívida subordinada elegível a capital (77.382) 10.377 operações, acrescidos de variação cambial, com prazos de liquidação entre 1 e 12 meses. 4.092 4.124 1.561 1.556 17. Garantias Prestadas e Responsabilidades por Créditos: Abertos para Importação: Em 30 de junho de 2007 e de 11. Outras Obrigações Provisão para passivos contingentes: 2006, as fianças prestadas pelo Banco totalizam: a) Fiscais e previdenciárias Provisão cível 906 20.367 9.283 2007 2006 Descrição: 2007 2006 Provisão trabalhista 2.959 2.014 545 772 No país 167.740 52.343 Provisão para imposto de renda e contribuição social (veja nota explicativa nº 14) 2.958 3.888 3.865 22.381 545 10.055 No exterior 3.051 973 ISS 70 9 Total 7.957 26.505 2.106 11.611 170.791 53.316 PIS 30 30 No que se refere aos processos fiscais, basicamente a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL e o Programa de Em 30 de junho de 2007, a responsabilidade por créditos abertos para importação não apresentava saldo em aberto Provisão para riscos fiscais (veja nota explicativa nº 12) 4.092 4.124 Integração Social - PIS, o Banco questiona a majoração de alíquotas e a determinação da base de cálculo da contribuição (R$5.749 em 2006). 18. Benefícios Pós-emprego Patrocinados: O Banco é patrocinador da Banco Sumitomo Mitsui BraIRRF sobre operações de renda fixa 360 196 social. Foi constituída contabilmente provisão relativa ao diferencial recolhido a menor em virtude das matérias em discus- sileiro Sociedade de Previdência Privada, constituída em 20 de abril de 1992 e que tem como finalidade básica a concessão COFINS 184 187 são judicial. No que se refere aos processos cíveis, basicamente relativos a processos de expurgos inflacionários sobre de benefícios de pecúlios e/ou rendas suplementares aos funcionários e diretores do patrocinador, através de um Plano de Imposto de renda e contribuição social diferidos (veja nota explicativa nº 14) 1.150 856 operações de depósitos a prazo, e processos trabalhistas, a Administração, consubstanciada na opinião dos seus consulto- Aposentadoria do tipo “benefício definido”, no qual os participantes (empregados) têm o direito a um benefício na data do CPMF 71 73 res jurídicos, entende que os encaminhamentos e providências legais cabíveis que já foram tomados em cada situação são término do vínculo empregatício, calculado de acordo com as disposições do regulamento e cujo valor dependerá do salário FGTS 52 42 suficientes para preservar o patrimônio do Banco. No dia 28 de setembro de 2006 o Banco firmou um acordo, devidamente e tempo de serviço do participante na data do desligamento. O valor do reconhecimento dos ganhos ou perdas atuariais a Impostos e contribuições - serviços de terceiros 5 3 homologado em juízo, no qual a administração do Banco e o Conselho de Administração do seu controlador, Sumitomo partir de 2002 está sendo amortizado conforme o item 53 da Normas e Práticas Contábeis - NPC nº 26 e a Instrução Outros 455 360 Mitsui Banking Corporation no Japão, decidiram pelo pagamento (o pagamento ocorreu efetivamente no dia 3 de outubro Normativa nº 371/01 da Comissão de Valores Mobiliários - CVM, que estabelecem que as parcelas de ganhos ou perdas que 9.427 9.768 de 2006) do principal processo relativo aos expurgos inflacionários decorrentes de planos econômicos, sobre operações de excedam o maior valor entre 10% do valor presente da obrigação atuarial e 10% do valor justo dos ativos do plano devem b) Diversas depósitos a prazo, no qual o Banco era envolvido. Este acordo montou em R$ 210 milhões, onde parte do valor provisionado ser amortizadas pelo serviço futuro médio dos participantes do plano. Em 30 de junho de 2007, a entidade tinha 78 (75 em 2007 2006 na rubrica “Provisão para passivos contingentes” até aquela data era de R$ 19,4 milhões, baseado no cálculo feito pelo 2006) participantes ativos no plano de benefício definido e 17 (16 em 2006) participantes em gozo de benefícios (aposenExigível a Exigível a perito designado pelo juiz e na opinião do consultor legal do Banco, e R$ 190,6 milhões foram debitados em resultado não tadoria e pensão). No semestre findo em 30 de junho de 2007, o Banco efetuou contribuições à sociedade de previdência Circulante longo prazo Circulante longo prazo operacional do exercício. 13. Patrimônio Líquido: a) Capital social - O capital social em 30 de junho de 2007 está repre- privada mencionada anteriormente, no valor de R$ 222. Provisão para passivos contingentes sentado por ações ordinárias, no valor de R$1,00 cada uma, assim distribuídas: A Diretoria JOSÉ MARIA DA CRUZ - Contador - CRC - TC1SP 144272/O-0 - CPF 041.300.778-21 (veja nota explicativa nº 12) 3.865 22.381 Provisão para despesas de pessoal 1.180 1.145 cas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração do Banco, bem como da apresentação Parecer dos Auditores Independentes Provisão para despesas gerais 203 109 - Aos Acionistas e Administradores do Banco Sumitomo Mitsui Brasileiro S.A. São Paulo - SP - 1. Examinamos o balanço das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no paDiversas 11 18 - patrimonial do Banco Sumitomo Mitsui Brasileiro S.A., levantado em 30 de junho de 2007 e de 2006, e as respectivas rágrafo 1 representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco 1.394 3865 1.272 22.381 demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes Sumitomo Mitsui Brasileiro S.A. em 30 de junho de 2007 e de 2006, o resultado de suas operações, as mutações de seu c) Dívidas subordinadas elegíveis a capital - O Banco obteve um empréstimo no valor de US$ 40 milhões com o acionis- aos semestres findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos correspondentes aos semestres findos naquelas datas, de ta controlador Sumitomo Mitsui Banking Corporation por um período de 15 anos, o qual foi autorizado pelo Banco Central do de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Brasil em 10 de novembro de 2006, a ser considerado como dívida subordinada, integrando o nível II do patrimônio de normas brasileiras de auditoria e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, São Paulo, 25 de julho de 2007 referência da instituição, nos termos da Resolução CMN nº 2.837/2001. 12. Contingências: Entre os processos judiciais o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do Banco; (b) a constatação, com base em testes, Clodomir Félix Fialho Cachem Junior que envolvem o Banco, há processos de natureza fiscal, cível e trabalhista. Os valores de provisão e respectivos depósitos das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práti- Auditores Independentes S.S. CRC nº 2 SP 011609/O-8 Contador - CRC nº 1 RJ 072947/O-2 “S” SP judiciais são demonstrados como segue:


terça-feira, 28 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Te l e f o n i a Opor tunidade Inter net Diversão

7 Antivirus atualizado e bom senso: as grandes armas para não cair em arapuca.

OS ATAQUES POR E-MAIL CRESCEM 50% MÊS A MÊS

Cuidado! O e-mail pode levar você para uma arapuca. As mensagens eletrônicas que chegam à sua caixa postal podem ser uma tentativa de fraude ou conter programas maliciosos, como vírus. Divulgação

m paralelo à sofisticação das técnicas de ataque e defesa, modalidades primárias de golpes continuam a explorar o descuido dos usuários. Conforme estudo do AntiP h i s h i n g Wo r k i n g G ro u p (APWG), o número de sites de phishing scam tem crescido aproximadamente 50% mês a mês. Entre os 20 web sites mais clonados, pelo menos 25% são de instituições financeiras, seguidas por empresas de comércio eletrônico. No mês passado, a F-Secure divulgou um estudo que revela que os falsos domínios com marcas de instituições financeiras aumentaram 60% em relação ao ano passado. Ainda assim, o canal internet continua a ser o meio mais seguro para transações financeiras, principalmente em cidades onde o risco de ir a uma agência ou caixa eletrônico é maior do que o simples prejuízo financeiro. Em termos de tecnologia, manter antivírus, firewall, atualizações de sistema operacional e outros aparatos de proteção exigem algum investimento e tempo. Mas isso resolve apenas parte do problema. "O desenvolvimento de técnicas de agressão e de defesa é um ciclo eterno. Ao mesmo tempo, temos que criar uma cultura de segurança, que te-

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nha efeitos mais perenes. Isso acontece no mundo presencial: uma pessoa com mais idade, acostumada a viajar e conhecedora da malícia humana, é mais difícil de ser envolvida por um estelionatário, por mais inovador que seja o golpe", compara Igor Rocha, coordenador do Movimento Internet Segura. Principais riscos - A forma mais automatizada de obter dados e senhas é instalar um programa no computador – conhecido como back orifice – que registra a digitação e envia ao criminoso. No caso dos bancos, recursos como o cartão de segurança (com números aletórios, que não funcionam em transações posteriores) bloqueiam uma tentativa de transferência fraudulenta. Mesmo assim, os dados (saldos, limites etc.) podem ser usados futuramente em outras ações criminosas. O seu login e senha também serviriam para acesso a sites menos protegidos. Além de manter o anitvírus permanentemente atualizado, a solução é ter extremo cuidado com os arquivos recebidos. E jamais faça operações que envolvam senhas em máquinas sobre as quais não se sabe as "condições de higiene". Caso seja necessário acessar da rua o e-mail ou um site restrito, troque a senha na primeira oportunidade.

Marcelo Lau, da Data Secure: desde 2002, as técnicas de fraude vêm se diversificando. Mensagem perigosa - O phishing é uma modalidade sem nenhuma sofisticação tecnológica. A idéia não é original: já na década de 60, os protagonistas de "O golpe de mestre" aplicavam o "golpe do telégrafo", em que reproduziam o ambiente de uma casa de apostas, para explorar a ganância do vilão. O phishing começa com um spam, que contém um link falso, para uma página semelhante à da instituição financeira. O golpe é tão grosseiro, que é facilmente perceptível com o mínimo de atenção: ao passar com o cursor, sem clicar, pelo link "www.nomedoban-

.bank, para os bancos. Divulgação

s bancos e outros provedores de serviços financeiros são os focos mais sensíveis de fraudes, até por trabalharem com um produto de alta liquidez – o dinheiro. Em outros setores, as empresas que mais investiram em sua própria reputação são vítimas freqüentes de apropriação da marca. "As 50 marcas mais famosas são também as mais expostas ao uso indevido. Muitas mensagens falsas são sobre promoções de grandes redes de varejo, ou notificações de órgãos de serviço público, como Receita Federal", observa Patrícia Peck Pinheiro, advogada especializada em Direito Digital. Seu escritório mantém um serviço de monitoração e recomendação de contra-medidas em relação a danos a marcas na internet. Embora exista uma legislação internacional de proteção ao uso de marcas, a advogada enfatiza a necessidade de ações de comunciação, para ajudar o

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Patrícia Peck consumidor a identificar mais claramente onde navega. "Saber o endereço certo do site, reconhecer facilmente a indentidade visual e o estilo de operação, e contar com canais seguros (como troca de mensagens no próprio site) torna o usuário menos vulnerável".

Uma das propostas colocadas no estudo da F-Secure é a criação de extensões especiais para setores mais sensíveis, como bancos e sites de comércio. Os bancos, por exemplo, teriam uma extensão .bank, que serviria como referência ao usuário. "Tecnicamente, pode ser interessante segregar o que é internet segura e internet aberta. Todavia, o usuário tem o hábito de navegar por domínios .com ou .com.br. Portanto, enquanto não houvesse uma conscientização plena, teríamos que continuar a monitorar o território aberto", constata. Hoje, a simples verificação do https:// (o "s" indica que o site é criptografado) no endereço que aparece no browser, ou a verificação do certificado do site (acessível por um clique no cadeado) já atenuam boa parte dos riscos. "As empresas têm que encontrar formas de explicar os cliente como reconhecer uma comunicação verdadeira", recomenda Patrícia.

Software calcula transfer pricing e atende a fiscalização Divulgação

programa gerador de dados do Sistema de Auditorias Internacionais (PGD Audin) já está disponível na internet no site da Receita Federal (www.receita.fazenda.gov.br) desde maio. Isso significa

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Easy-Transfer Pricing: solução que apura o preço de transferência maior abrangência na fiscalização com relação ao preço de transferência. Mas como as empresas podem fazer para que o cálculo do transfer pricing esteja correto e obedeçam todas as normas estipuladas pela Receita

Federal no que tange à entrega da DIPJ e, atualmente, para a geração dos dados que devem alimentar o Audin caso a empresa sofra fiscalização? A Easy-Way do Brasil está oferecendo no mercado o Easy-Transfer Pricing – uma solução que apura o preço de transferência. "Nosso produto auxilia as empresas a regularizar as questões de exportação e importação. Estamos atualizados com as eventuais mudanças da legislação, evitando autuação na malha fina do governo", diz Reinaldo Mendes, diretor da Easy-Way do Brasil. Mais informações no site: www.ewb.com.br

co.com.br", aparece um endereço como "http://www.nomedobanco.ath.cx", que, neste exemplo, indica um domínio registrado na Oceania. Ao contrário de vírus ou de tentativas de invasão, o phishing não tem características que o identifiquem, imediatamente, como ameaça pelos dispositivos de proteção da rede. Não há um executável extraindo sorrateiramente informações do sistema; é o próprio usuário que fornece os dados necessários à fraude. Por essa razão, de nada adianta ter antivírus atualizados ou firewall ativado, pois não sxe trata de um vírus ou alguma

tentativa de invasão. Novo golpe - Outra forma de obter dados sigilosos dos usuários, que começou a se disseminar no ano passado, é o pharming. Nesse caso, não se usa uma mensagem como vetor. A técncia consiste em interceptar a comunicação no meio do caminho – por meio de ataques aos servidores de DNS – e conduzir à página clonada, ainda que se tenha digitado o endereço certo. "Desde 2002, as técnicas de fraude vêm se diversificando rapidamente, até porque as instituições financeiras não ficam passivas e têm trabalhado mais no ponto mais fraco – os usuários", constata Marcelo Lau, mestre em Ciência Forense pela USP e diretor da empresa Data Secure. Com uma larga experiência em instituições financeiras, Lau constata que o combate ao "crime virtual" depende fortemente de ações paralelas ao ambiente da internet. "O dinheiro só perde o rastro quando é sacado em espécie", afirma. Entre as ações de prevenção, ele cita a Medida 3554, do Banco Central, que torna mais severo o procedimento de abertura de contas, o que impediria o ingresso dos chamados "laranjas" (pessoas que abrem contas para receber depósitos fraudulentos). Vanderlei Campos

Práticas simples de segurança Quanto menos melhor - Em uma manhã se segunda-feira, é comum ter umas 150 mensagens em sua caixa e só 3 relavantes. Se o provedor oferece um serviço de web mail, apague tudo que é spam ou sem interesse antes de baixar. Assim, elimina-se o risco de ter um vírus. Como verificar o emissor de uma mensagem - Em caso de dúvidas, em https://registro.br/cgibin/whois/#lresp podem-se encontrar os dados referentes a quem registrou determinado domínio, inclusive endereço físico e telefone. Botão direito do mouse - Não acredite simplesmente no que está na apresentação do emissor ou no texto dos hiperlinks, seja no e-mail ou em páginas web. Clique com o botão direito do mouse e abra "Propriedades". No caso das mensagens, aparece um cabeçalho com informações detalhadas. É aí que se deve ver o endereço. Quando se recebe arquivos anexos, o ideal é nem baixar. Se for inevitável, ou irresistível, não abra diretamente no e-mail. Salve o arquivo em uma pasta e, antes de abrir, veja as propriedades. Esse procedimento revela algumas surpresas, como arquivos com extensão .jpg.exe ou .zip.exe.


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Te l e f o n i a Inter net Diversão E mais

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Em setembro São Paulo recebe uma sinfônica. Para executar trilhas sonoras de videogames.

A MÚSICA DE VIDEOGAME VAI AO TEATRO

Sim, videogame tem trilha musical. E mais: interpretada por orquestra sinfônica! Fotos: divulgação.

VITRINE

RACHEL MELAMET té dois anos atrás, o produtor musical carioca Sergio Murilo Carvalho sequer sabia jogar videogames. Mas tudo mudou quando um antigo parceiro de trabalho trouxe dos Estados Unidos um DVD gravado na Califórnia, onde milhares de pessoas lotaram o estádio Hollywood Bowl para assistir a um concerto "clássico", com orquestra sinfônica, coral, maestro famoso, solista de piano e repertório de... trilhas sonoras de games! Sergio achou sensacional o projeto Vídeo Games Live (VGL), por permitir que jovens que torcem o nariz para a música clássica encarem um "concerto" como um entretenimento agradável. Saiu atrás de patrocínio. Resultado: a primeira edição brasileira do Vídeo Games Live, em 2006, ficou restrita a uma apresentação em São Paulo e uma no Rio de Janeiro, mas os dois shows lotaram, apesar de a divulgação ter sido basicamente feita boca-a-boca entre os gamemaníacos. Este ano, o

A

Eis a Kodak sem flash Acima, a foto da provável câmera sem flash que a Kodak anuncia para o início de 2008. A câmera conta com sensores ultra-sensíveis capazes de captar imagens em ambientes com baixa iluminação para substituir o flash convencional. O objetivo da Kodak é tornar o uso das câmeras digitais mais amigável.

Só para quem é profissional

Sergio Murilo, o promotor do espetáculo, ainda tem dificuldade de entender a linguagem dos maníacos por games. espetáculo conta com com patrocínio da Petrobrás, da Claro Idéias, Brasil Telecom e UOL. Jogatina e fantasias– Para que tudo saia a contento, a Conexão Cultural, produtora de Sergio Murilo, contratou uma força-tarefa de gamemaníacos para cuidar dos detalhes do evento. "Às vezes não entendo nada do que eles falam, porque o mundo dos games tem uma linguagem própria. Mas tenho certeza de que o público-alvo yai gostar", afirma Sergio, agora dono da representação do VGL para a América Latina. Além do concerto musical, o show tem projeções sincronizadas de cenas dos mais famosos games da história. A Orquestra Sinfônica Petrobras e o Coro Sinfônico do Rio de Janeiro interpretarão em SP e RJ as trilhas de games como "Mario Bros", "Zelda", "Halo" e "Sonic", entre outras. Embora os músicos estejam ensaiando sob a batuta do maestro Carlos Eduardo Prazeres, da Sinfônica Petrobrás, a regência do VGL será do maestro Jack Wall, que desenvolveu o Vídeo Games Live em parceria com o compositor Tommy Talarico. Uma das principais atrações do show é o pianista chinês Martin Leung, que toca de olhos vendados o tema do jogo "Mario Bros". Ele criou um número inédito especialmente para a turnê brasileira. O evento terá ainda concurso de Cosplay (gamers caracterizados como personagens dos jogos), lan house, torneio oficial de Guitar Hero 3 e será palco do lançamento do primeiro CD e DVD brasileiros de trilhas de games, produzidos pela Conexão Cultural a partir do VGL de 2006.

SERVIÇO Vídeo Games Live - setembro de 2007 Quando: dia 16 Horário: 20h Local: Via Funchal (www.viafunchal.com.br) Ingressos: entre R$ 50 e R$ 180.

Sinfonia em bits

A Panasonic acaba de lançar três câmeras profissionais (a AJHPX3000, a AG-HPX500 e a AK-HC3500), além do maior monitor de plasma do mundo, de 103 polegadas. A expectativa, diz Sergio Constantino, gerente de Broadcasting da empresa, é oferecer os produtos às emissoras de TV que se preparam para a transmissão digital.

As trilhas de videogames ganham tratamento sinfônico para atrair o jovem para a música clássica Divulgação

Onze clássicos

O homem das 300 trilhas de game ommy Tallarico é tão conhecido no mundo dos games quanto os personagens que sua música ajuda a eternizar. O compositor norte-americano de 39 anos dedica-se a trilhas sonoras de jogos há 17 anos. Já compôs mais de 300, entre elas Earthworm Jim, Advent Rising, Pac Man World, Homem Aranha, Aladdin, Mortal Kombat, Madden Football, Scooby-Doo, James Bond – O Amanhã Nunca Morre, Tony Hawk's Pro Skater, Robocop X Terminator, Global Gladiators, para os mais diferentes consoles (Nintendo, Playstation, XBox, Sega, GameCube, Mac, Game Gear). Somando-se as vendas mundiais de todos esses títulos cuja trilha foi composta por Tallarico, chega-se à espantosa quantia de cem milhões de unidades, o que provavelmente faz dele o

reg O'Connor-Read, editor do site americano www.music4games.net, relacionou a pedido do Informática as melhores trilhas sonoras de videogames de todos os tempos. São onze clássicos, segundo o especialista: Halo (Marty O'Donnell); Medal of Honor (Michael Giacchino); Metal Gear Solid (Harry Gregson-Williams); Hitman (Jesper Kyd); Freedom Fighters (Jesper Kyd); Silent Hill (Akira Yamaoka); Splinter Cell: Double Agent (Michael McCann); Headhunter (Richard Jacques); Uru: Ages Beyond Myst (Tim Larkin); Grim Fandango (Peter McConnell); e Bioshock (Garry Schyman). O site, criado em 1999 em Londres e hoje estabelecido em Las Vegas, nos Estados Unidos, é a principal referência em música de jogos de computador do mundo: é, segundo Greg, fonte de referência para publicações e estudiosos sobre o assunto.

G O maestro Carlos Eduardo Prazeres: ensaios de orquestra.

T

compositor contemporâneo mais ouvido do planeta. O Vídeo Embora os grandes mercados de games ainda sejam os Estados Unidos e o Japão, a Europa começa a se destacar e o Brasil é, segundo Talarico, uma grata surpresa: "Os brasileiros foram os que mais mandaram e-mails pedindo que o Vídeo Games Live fizesse uma turnê pelo país", revela ele, que vem acompanhar a turnê do priuncipal espetáculo de som do setor. Preservação – A música gamer já tem até uma

organização virtual, a OverClocked ReMix, dedicada à preservação e revitalização da memória das trilhas originais de jogos de computador e videogame e suas reinterpretações pelas novas tecnologias e softwares. Seus membros dizem ter o objetivo de mostrar que esse tipo de composição "não é descartável nem um mero fundo musical,.mas tão criativa e duradoura como qualquer outra forma de música". Saiba mais no site www.tallarico.com e também em www.ocremix.org. (R.M)

Ouça em www.dcomercio.com.br alguns trechos de trilhas sonoras de videogames

Games com som de primeira A Logitech anuncia para outubro nos Estados Unidos o lançamento de um kit de caixas de som exclusivo para videogames. O G51 Surround Sound Speaker System, reproduz efeitos de duplo surround a 360 graus para, segundo o fabricante, "transportar o jogador para dentro do cenário do game." A tecnologia vem da Matrix. Tem seis canais e caixas de som com sistema Frequency Directed Dual Driver (FDD2), que dá maior uniformidade ao som. O preço de lançamento é em torno de 200 dólares.


OPINIÃO

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LENTE DE

AUMENTO

E SE O MENSALÃO RESPINGAR?

G O ambiente é

favorável a Lula, mas ele pode enfrentar outra vez a ameaça de impeachment. As bruxas existem

respinga como já foi declarado pela Procuradoria-Geral da República que não respinga. Não tem qualquer alusão ao governo e ao presidente”. Não é uma observação correta. No pedido de abertura no STF de inquérito contra os 40 acusados, o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, afirmou que “não é possível imaginar que esquema de tamanho porte, que tinha entre os objetivos a obtenção de apoio parlamentar e político, tenha existido sem o envolvimento de algum membro do governo federal e do partido do governo”. O procurador-geral se referia ao ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, que ele próprio descreveu como o chefe de uma "sofisticada organização criminosa". Mas a abertura do processo ressuscita a polêmica sobre qual o grau de conhecimento que o presidente Lula tinha dessas atividades. Se o Supremo acatar o

pedido de abertura de processo criminal contra José Dirceu, terá chancelado, mesmo preliminarmente, a visão do procurador-geral. A principal dúvida na primeira etapa do julgamento envolve justamente o ex-ministro José Dirceu. Nas mais de 100 páginas do pedido do procurador-geral, não constam provas contundentes contra Dirceu. Ele não movimentou – pelo menos diretamente – os recursos providos por Marcos Valério, como o fizeram outros acusados. Mas os testemunhos sobre seu envolvimento - e o reconhecimento de que o esquema de corrupção dificilmente seria engendrado sem o assentimento de quem tinha tanto poder no governo e n o PT - deverão convencer a maioria dos ministros do STF a mantê-lo no rol dos incriminados. Isso recolocará o mensalão na antecâmara do gabinete presidencial. O ambiente político e econômico favorável não faz crer que o presidente Lula possa defrontar-se novamente com a ameaça de i mp ea ch me nt . Mas as bruxas existem, como mostrou o caso Watergate. Como assegurar que as investigações sob supervisão do STF não encontrarão provas insofismáveis contra o presidente? É provável? Não. Mas tampouco é impossível. É certo que novidades irão surgir. O próprio procurador-geral afirmou ter novas evidências sobre o mensalão, que apresentará tão logo o STF aceite sua denúncia. Até agora ele estava impedido de apresentar provas adicionais, além das arroladas nos documentos apresentados ao Supremo. Também pode ocorrer que o mensalão saia do foco da mídia durante o longo processo de investigação que sucederá a abertura do processo criminal contra os acusados. Mas, enquanto o caso não for definitivamente encerrado, o que pode levar anos, haverá uma espada pendente sobre as cabeças do presidente Lula e do PT. TRECHOS DO COMENTÁRIO POLÍTICO DA MCM CONSULTORES WWW.MCMCONSULTORES.COM.BR

O procurador-geral tem novas revelações

Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)

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JOÃO DE SCANTIMBURGO Céllus

O

m ensa lão voltou às manchetes. O início do julgamento no STF trouxe de volta o escândalo que quase derrubou o presidente Lula em 2005. Pode-se traçar um intrigante paralelo com o escândalo de Watergate. Como Lula, o presidente Nixon foi reeleito após a prisão dos envolvidos em espionagem contra o Partido Democrata. Mas só foi obrigado a renunciar no meio do segundo mandato, quando foram descobertas gravações que indicavam sua participação no esquema. O Planalto cuidou de passar imagem de olímpica indiferença para a opinião pública. O julgamento, pontificou o ministro da Justiça, Tarso Genro, “não respinga no Palácio do Planalto. Não só não

Escapando do cafundó BENEDICTO FERRI DE BARROS

S

omente os historiadores, sociólogos e economistas do futuro terão condições de ver em toda sua amplitude e profundidade, a gravidade da Era de Regressão que estamos vivendo e atinge em nossos dias seu ponto crucial. Mas, do fundo do poço em que estamos mergulhados dá par a ver que o enredo desse processo histórico atinge um climax que merece ser denominado de Apoteose da Indecência. O processo se iniciou com a elaboração da Constituição dos Miseráveis de 1988, um golpe de estado branco com o qual uma assembléia ordinária, violando todos os preceitos jurídicopolíticos se auto-outorgou poderes constitucionais, inaugurando o deslize para o despenhadeiro que caracteriza nossa vida política. A Era da Indecência se inicia com a eleição de Lula em 2002, na qual o PT e sua quadrilha de guerrilheiros marxistas e incompetentes foi derrotada, representando uma minoria eleitoral que não conferia ao partido condições de assumir o governo da Nação. Embora Lula aparelhasse o Executivo com gente de sua copa e cozinha, a maioria da Câmara e do Senado permanecia pulverizada entre os trinta e tantos partidecos em que foi fragmentada a estrutura do Congresso, pelas facilidades da Constituição dos Miseráveis. Daí o mensalão: o que não se consegue por eleições democráticas, compra-se com dinheiro de corrupção institucionalizada. Assim se abria o portal para a Era da Indecência, com a política convertida em pornografia civil escancarada. Segundo relatório anual do Banco Mundial (Bird) de julho de 2006, o Brasil atingia o pior nível de corrupção dos últimos dez anos, de 1996 para cá. Na economia, outro fundo de poço já fôra atingido, quando nosso desenvolvimento não alcançou metade da média mundial e entre os emergentes não ultrapassamos senão o Haiti, passando para a categoria dos submergentes. Esse processo de regressão e afundamento da Nação é comandado por Lula, o presidente que não governa porque não sabe de nada - como não se cansa de dizer -, mas, apesar disso, mantém uma popularidade inabalável. A explicação dessa anomalia foi dada em dois artigos magistrais, um de José Pastore, outro de Gilberto de Mello Kujawski. "Pai dos pobres e

amigo dos ricos" é seu primeiro trunfo, disse Pastore. O segundo, esclareceu Kujawski, são suas características de líder carismático, dotado de poderes encantatórios sobre a maioria eleitoral primitiva. Um terceiro elemento, que possibilita tudo isso, é a crescente apropriação pelo Estado de recursos produzidos pelo País e seu povo, o que lhe permite corromper a democracia: 45,8 milhões de pessoas no Bolsa Lula foi a manchete deste jornal em 22 de agosto. Na bolsa ou no bolso? É fácil e barato comprar votos por dois tostões com dinheiro do povo para o povo. Quem é contra a justiça social? Só uma instituição das sociedades livres parece não haver submergido entre nós: a imprensa - e olhe lá! Quem conheceu a rede subterrânea de esgotos que se implantou nos governos totalitários de esquerda e direita não tem dúvida que seus ramais já alcançam os recessos das mais altas cortes brasileiras ou da própria PF.

A

esse processo de política marxi-comunista sob sua forma gramsciana (como a classificam os especialistas), que consiste essencialmente em utilizar a anarquia jurídico-institucional de certas democracias, para substituí-las pela ordem dos oligarcas de partidos populistas, se acrescentam nos dias correntes os escândalos dominantes de um Senado impotente para livrar-se de uma de suas mais tristes figuras que o preside e o supremo desafio feito a um dos maiores órgãos de cúpula do Estado nacional: o de levar a julgamento os réus do mensalão. A capacidade do STF de restabelecer o império da lei, da verdade e da decência, levando à categoria de réus, condenando-os e punindo-os à altura de seus delitos os notórios criminosos do mensalão, será um fato hercúleo num Estado que há anos vive mais do que num processo gramsciano: uma pré-anarquia macunaímica. Isso representará um divisor na história brasileira dos próximos decênios. Rumo ao primeiro mundo a que merecemos pertencer por nosso povo e País ou, se falhar, aos cafundós em que nos vamos afundando, pelos delírios etílicos megalomaníacos e messiânicos de um presidente que reina mas não governa.

A capacidade do STF de restabelecer o império da lei é um fato hercúleo

CPMF garante a gastança JOÃO CARAMEZ

O

s defensores da prorrogação da CPMF até 2011 repetem à exaustão principalmente dois argumentos: o de que a União não pode prescindir dos recursos provenientes dessa contribuição compulsória e de que "pobre não tem conta em banco", portanto, não é atingido pelo confisco. Os fatos, porém, invalidam a argumentação: primeiro, embora a CPMF tenha o apelido de "imposto do cheque", ela não penaliza os brasileiros exclusivamente em suas transações bancárias: como todo tributo, seu custo é transferido para a sociedade embutido em tudo o que se consome, do arroz-feijão até o pãozinho nosso de cada dia. Pior: o impacto no bolso do cidadão é maior para aqueles que ganham menos. Estudos mostram que uma família com renda mensal de R$ 1 mil tem de trabalhar sete dias por ano só para pagar a CPMF. Quanto ao argumento de que a União não pode prescindir dos recursos gerados pela CPMF, um levantamento dos dados da Receita Federal demonstra que mesmo que a CPMF tivesse acabado no último dia do ano passado, a arrecadação tributária da União no primeiro semestre deste ano teria crescido em termos reais R$ 2,8 bilhões em comparação a igual período do ano passado. O que não parece passar pela cabeça do governo federal é a possibilidade de mexer no outro lado da equação receita-despesa. Defendendo não apenas a manutenção da CPMF até 2011, mas também rechaçando qualquer possibilidade de dividir sua arrecadação com Estados e

Municípios, Lula se esquece de que dificilmente o trabalhador consegue aumentar sua receita. O que faz a dona de casa, simplesmente usando de bom-senso, é apertar o cinto e diminuir as despesas. Uma solução simples e não simplista como sugere o comportamento do governo, achando que pode continuar aumentando a tributação. A carga tributária , que no ano passado chegava a 34,5% do PIB , neste ano vai para 36%. Nos EUA, a participação é de 26,8%, nos países do G-7 é de 34,7% e no México, de 19%.

N

a ânsia de aprovar a prorrogação da CPMF, o que se vê são atitudes cujo resultado será mais um brutal aumento nos gastos públicos. Um troca-troca que prevê uma farta distribuição de recursos para emendas parlamentares, anistia para desvios que vão desde a infidelidade partidária até outros comprometimentos bem mais sérios, além da tentativa de um novo trem da alegria, que ameaça dar estabilidade a 260 mil servidores não-concursados a um custo de R$ 20 bilhões anuais. É por tudo isso que criamos a Frente Parlamentar Contra CPMF e Pela Diminuição da Carga Tributária (www.contracpmf.com.br). Uma iniciativa suprapartidária que pretende pressionar a Câmara e o Senado a acabarem com uma contribuição injusta. JOÃO CARAMEZ É DEPUTADO ESTADUAL E COORDENADOR DA FRENTE PARLAMENTAR CONTRA A CPMF E PELA REDUÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA

O que não passa pela cabeça do governo é mexer no lado das despesas

A FALHA DA ANAC

L

eio, num dos jornais paulistanos, que a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) sabia do risco de jatos pousarem nas pistas de Congonhas. Assim, a agência é co-responsável pelos 199 mortos e pelos estragos produzidos pelo acidente do dia 17/07. As agências foram criadas exatamente para auxiliar a administração dos oficiais da Aeronáutica e das empresas de governo. No caso do acidente de Congonhas, seria fácil avisar aos pilotos sobre o perigo que corriam ao pousar em Congonhas com a pista molhada. Nada foi feito por parte da Anac e nós sabemos o resultado do terrível acidente. Evidentemente, não será a Anac culpada e nem nenhum de seus funcionários, ocupados com os avisos urgentes das agências aos aparelhos em vôo. O fato será esquecido, como sempre ocorre no Brasil. Não adianta vir agora a Anac justificar a sua ação no dia do acidente, que não teve eficácia necessária para impedir o desastre fatal. Lemos a ata e ficamos na mesma. As agências administrativas são necessárias para tornar mais viável e correntia a administração dos órgãos oficiais. Por esse motivo foram criadas e postas em funcionamento. A própria ata da reunião da Anac nos dá razão e justifica a manchete do jornal paulista, mas não ressuscita os mortos do acidente e nem compensa as perdas materiais.

A

aviação civil está agora nas mãos do ministro Nelson Jobim, que está tomando providências para atualizá-la e pô-la em conformidade com as exigências que transitamos. Isto não é tudo em face da calamidade do desastre, mas já é uma boa iniciativa, para compensar as perdas lamentáveis do referido acidente. A aviação civil do Brasil precisa voltar a atender às necessidades nacionais e ao desenvolvimento, para melhor repartição da renda que está pendendo do dinamismo aéreo. Ficamos por aqui, lamentando o silêncio da Anac na véspera do acidente e esperando que a agência satisfaça as exigências para a qual foi criada. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR

G A ANAC é

co-responsável pelos 199 mortos e pelos estragos produzidos no acidente de Congonhas


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Banco Bankpar S.A. (Nova denominação social do Banco American Express S.A.) Empresa da Organização Bradesco CNPJ 60.419.645/0001-95 - Sede: Av. Maria Coelho Aguiar, 215 - Bloco F - 8º andar - Jardim São Luís - São Paulo - SP Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras

CONTINUAÇÃO

10) OUTROS VALORES E BENS As despesas antecipadas referem-se, basicamente, a despesas de propaganda e publicidade, cujos benefícios ocorrerão em períodos futuros, conseqüentemente, são registrados no ativo considerando o princípio da competência. 11) INVESTIMENTO a) Participação em coligadas

Resultado de equivalência patrimonial

Capital Patrimônio Lucro líquido Ações Percentual de Valor contábil do social líquido ajustado no período possuídas participação investimento No país Serel Participações em Imóveis S/A (i) (ii) ...................................................................... 53.778 529.108 444.990 32.675 0,2262546% 1.009 1.200 Deságio na aquisição de investimento ........................................................................... – – – – – – (67) Serasa S.A. (i) .................................................................................................................. – – – – – 178 – 30 de junho de 2007 ......................................................................................................... 1.187 1.133 (i) Em virtude da reorganização societária ocorrida em empresas da Organização Bradesco, o Banco passou a ter participação no capital social da empresa Serel Participações em Imóveis S/A., a partir de 5 de junho de 2007. Este investimento foi adquirido mediante a transferência de participação do Banco na empresa Serasa S.A, que permaneceu como coligada no Banco no período de fevereiro a 5 de junho de 2007. (ii) Empresa submetida a procedimentos de auditoria pelos mesmos auditores da investida. 12) IMOBILIZADO DE USO Demonstrado ao custo de aquisição corrigido. As depreciações são calculadas pelo método linear, com base em taxas anuais que contemplam a vida útil econômica dos bens. Valor residual Taxa anual - % Móveis e equipamentos de uso ..... Instalações ..................................... Sistema de processamento de dados Total em 30 de junho de 2007 ......... Total em 30 de junho de 2006 .........

Custo

Depreciação

5.555 3.351 10.611 19.517 4.178

(3.063) (1.632) (6.927) (11.622) (1.710)

10 20 30

2007

2006

2.492 1.719 3.684 7.895

470 – 1.998 2.468

13) DIFERIDO

Custo Desenvolvimento de sistemas ....... Total em 30 de junho de 2007 ......... Total em 30 de junho de 2006 .........

Amortização

3.969 3.969 3.584

(1.833) (1.833) (1.090)

Valor residual 2007 2006 2.136 2.136 –

2.494 2.494

14) DEPÓSITOS a) Depósitos 2006 Depósitos à prazo ...................................................................................................... Total em 30 de junho de 2006 ....................................................................................

100.592 100.592

(iii)

Estão representadas por anuidades pagas antecipadamente pelos associados aos cartões American Express no momento da filiação ou renovação. O total dos saldos das taxas de anuidade são repassadas para a Tempo Serviços Ltda., empresa do grupo que efetua o processamento dos cartões. (iv) Estão representados, basicamente, por valores a pagar a American Express Company relativos aos gastos dos associados dos cartões American Express, feitos no exterior. (v) Refere-se a valores a pagar a clientes como restituição por pagamentos feitos a maior. (vi) Refere-se a contas a pagar a entidades parceiras que foram escolhidas pelos clientes associados aos cartões American Express, para resgate dos pontos vinculados ao programa de recompensas “Membership Rewards”. (vii) Trata-se de valores destinados a formação de provisão para pagamentos de encargos e despesas de competência do mês de junho de 2007. Estão representados, basicamente, por despesas de pessoal, tais como provisão de férias, 13o salário, encargos sociais e provisões para despesas administrativas. 18) PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Composição do capital social em ações O capital social de R$ 318.000 (2006 - R$ 218.000) está dividido em 347.487.104 (2006 - 12.457.142) ações sem valor nominal, representadas em sua totalidade por ações ordinárias. Em 28 de fevereiro de 2007, o Banco aumentou o capital em R$100.000 mediante a emissão de 335.029.962 novas ações. Esta alteração foi homologada pelo Banco Central do Brasil em 4 de abril de 2007. Em 30 de março de 2006, o Banco aumentou o capital social em R$ 27.000 mediante a emissão de 1.542.857 novas ações. Esta alteração foi homologada pelo Banco Central do Brasil em 24 de abril de 2006. b) Dividendos Aos acionistas estão assegurados dividendos mínimos de 25% do lucro líquido anual, ajustado de acordo com a legislação societária, sujeitos à aprovação da Assembléia Geral de Acionistas. Nos semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 não foram distribuídos dividendos. 19) RECEITAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

Em 30 de junho de 2007 o Banco não possuía operações de depósitos a prazo. 1 a 30 dias Depósitos interfinanceiros ..... Total em 30 de junho de 2007

31 a 60 dias

61 a 90 dias

91 a 180 dias

181 a 360 dias

Total

13.332

10.883

9.193

320.077

12.991

366.476

13.332

10.883

9.193

320.077

12.991

366.476

Receitas com comissões por distribuição de produtos de seguros ........ Outras receitas de comissão .................................................................... Tarifas saque ATM ..................................................................................... Outras ........................................................................................................

2007 4.069 352 468 141 5.030

2006 3.796 333 430 360 4.919

20) DESPESAS DE PESSOAL

b) Despesas com operações de captações do mercado 2007 Depósitos à prazo ............................................................................... Depósitos interfinanceiros .................................................................. Outras despesas de captação ............................................................

2006

– 21.335 – 21.335

4.646 184 96 4.926

15) OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS E REPASSES a) Obrigações por empréstimos e repasses 1 a 30 dias

(i) (ii)

– 11.135 11.135

2007

2006

– 11.135 11.135

7.474 8.310 15.784

As taxas das operações variam de 14,91% a 19,25% ao ano. Operações realizadas junto a instituições financeiras, localizadas no exterior, são convertidas pelas taxas praticadas no mercado de câmbio.

b) Despesas com operações de empréstimos e repasses 2007 No país e no exterior ...........................................................................

2006 351

291

16) PASSIVOS CONTINGENTES (i) Processos cíveis O Banco é parte em processos judiciais, de natureza cível, cujos pleitos são de indenização por dano moral e patrimonial, na maioria referentes a divergências comerciais. As provisões foram constituídas levando em conta a opinião de assessores jurídicos, a natureza das ações, similaridade com processos anteriores, complexidade e no posicionamento de nossos tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável e possível. A administração entende que a provisão constituída é suficiente para atender eventuais perdas decorrentes dos respectivos processos judiciais. Não existem em curso processos administrativos por descumprimento das normas do Sistema Financeiro Nacional ou de pagamento de multas, que coloquem em risco o resultado financeiro do Banco. (ii) Processos trabalhistas São ações ajuizadas por ex-empregados, visando obter indenizações, em especial o pagamento de “horas extras”. 2007 Processos cíveis ................................................................................ Processos trabalhistas .......................................................................

4.033 1.081 5.114

2006 2.047 – 2.047

17) OUTRAS OBRIGAÇÕES a) Carteira de câmbio 2007 Câmbio vendido a liquidar .................................................................. Obrigações por compras de câmbio ................................................... Adiantamento sobre contrato de câmbio ............................................ Obrigações por vendas realizadas .....................................................

– 46 (46) 1.022 1.022

2006 63 – (63) 1.032 1.032

b) Fiscais e previdenciárias 2007 Provisão para impostos e contribuições sobre lucros ....................... Impostos e contribuições sobre serviços de terceiros ....................... Impostos e contribuições sobre salários ............................................ PIS a recolher ...................................................................................... COFINS a recolher ............................................................................... ISS cartões .......................................................................................... Impostos sobre "royalties" a recolher .................................................. Outras contribuições ...........................................................................

4.571 – 1.364 144 885 27 1.068 63 8.122

2006 – 239 920 37 226 46 – – 1.468

Serviços de terceiros ................................................................................ Comunicação ............................................................................................ Depreciação e amortização ...................................................................... Transporte .................................................................................................. Serviços técnicos especializados ........................................................... Serviços do sistema financeiro ................................................................ Aluguéis .................................................................................................... Manutenção e conservação de bens ....................................................... Processamento de dados ......................................................................... Materiais ................................................................................................... Água, energia e gás .................................................................................. Viagens ..................................................................................................... Propaganda e publicidade ........................................................................ Despesas de promoções e relações públicas ......................................... Outras ........................................................................................................

2006

Programa de pontuação (i) .................................................................. Contas a pagar a estabelecimentos afiliados (ii) ............................... Taxas de anuidade (iii) (Nota 24) ......................................................... Provisão para passivos contingentes (Nota 16) ................................. Recebimentos de titulares de cartões de crédito a processar ........... Contas a pagar EBTA .......................................................................... Valores a pagar a partes relacionadas (Nota 24) ................................ Valores a pagar a American Express Company (iv) ........................... Valores a pagar para clientes (v) ......................................................... Contas a pagar a parceiros (vi) ........................................................... Provisão para pagamentos a efetuar (vii) ........................................... Outras .................................................................................................. (i) (ii)

2006 15.459 1.971 4.666 388 148 22.632

2007

2006

82.086 67.027 1.147.594 955.587 8.231 7.904 5.114 2.047 17.319 29.197 5.715 318 74.580 80.704 12.890 – 13.690 12.127 8.163 4.956 31.972 41.813 21.531 11.144 1.428.885 1.212.824 Refere-se a provisão para pagamento a parceiros que estão vinculados ao programa “Membership Rewards”, programa de recompensas aos associados pela utilização dos cartões American Express. Refere-se a contas a pagar aos estabelecimentos pela aceitação dos cartões American Express, cujos montantes têm vencimentos até 30 dias.

9.064 4.862 1.990 1.209 3.976 1.513 4.072 565 904 181 160 1.433 15.738 838 1.414 47.919

22.201 3.052 773 354 3.533 3.016 2.299 235 812 112 77 1.693 – – 1.563 39.720

(1.619) (1.619) – (82.811) (78.998) (8) (581) – – (3.211) (13)

2006 Ativos Receitas (passivos) (despesas) (31.092) (1.910) (2.442) (95)

(18.356) (18.356) – (1.182) – – (1.182) – – – –

(1.365) – (1.365) (88.608) (85.230) (588) (2.287) (477) (26) – –

(11.777) – (11.777) (6.717) – (4.873) (1.129) (715) – – –

As operações efetuadas com empresas do grupo foram realizadas com base em condições usualmente praticadas pelo mercado. (i) Valores a pagar a Tempo Serviços Ltda. decorrentes de remuneração das atividades não financeiras relativos à administração dos cartões American Express. (ii) Trata-se de comissões dos seguros oferecidos aos titulares de cartões American Express, recebidos pelo Banco e de direito da Bpar Corretagem de Seguros Ltda. 25) INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS a) Processo de gerenciamento de riscos O Banco aborda de modo abrangente e integrado o gerenciamento de todos os riscos inerentes às suas atividades, apoiado na sua estrutura de controles internos e compliance. Essa visão integrada proporciona o aprimoramento dos modelos de gestão de riscos e evita a existência de qualquer lacuna que venha a comprometer a correta identificação e mensuração dos riscos. O risco de crédito é minimizado por meio da aplicação de política e procedimentos aprovados pela administração, sendo utilizadas ferramentas de automação da decisão de crédito (score e filtros de crédito) acompanhadas por avaliação manual nos casos determinados pela política, com monitoramento do desempenho. Gerenciamento de risco de crédito Risco de crédito - o risco decorrente da possibilidade de perda, devido ao não-recebimento dos valores contratados, é minimizado por meio de acompanhamento e determinação de limites de crédito baseados na situação financeira e na diversificação das contrapartes. Gerenciamento de risco de mercado Risco de mercado - a exposição criada por flutuações nas taxas de juros, taxas de câmbio, preços cotados em mercados de ações e outros valores é gerenciada por meio de políticas de controle, determinação de limites, estratégias de risco consolidado por moedas e/ou indexador e procedimentos de monitoramento de exposições por moeda e indexadores, incluindo a utilização de derivativos para reduzir essas exposições, considerando a utilização da metodologia de “Value at Risk” - VaR e “Stress testing”. A administração optou por utilizar instrumentos financeiros derivativos destinados a proteger (“hedge”) as exposições de taxas de juros e de câmbio de forma global, no conceito macro “hedge”. Esse conceito de proteção envolve a troca regular dos instrumentos de forma a administrar os prazos e os valores a serem protegidos sem a identificação individual do instrumento derivativo correlacionado ao ativo ou passivo subjacente. Gerenciamento de risco de liquidez A gestão do risco de liquidez tem por objetivo controlar os diferentes descasamentos dos prazos de liquidação de direitos e obrigações do Banco, assim como a liquidez dos instrumentos financeiros utilizados na gestão das posições financeiras. O conhecimento e o acompanhamento desse risco são cruciais, sobretudo para habilitar o Banco a liquidar as operações em tempo hábil e de modo seguro. No Banco a administração do risco de liquidez envolve um conjunto de controles, principalmente no que diz respeito ao estabelecimento de limites técnicos, havendo permanente avaliação das posições assumidas e instrumentos financeiros utilizados. Risco de capital O gerenciamento de risco de capital no Banco busca otimizar a relação risco/retorno de modo a minimizar perdas, por meio de estratégias de negócios bem definidas, procurando maior eficiência na composição dos fatores que impactam no índice de solvabilidade (Basiléia). O índice de adequação do patrimônio aos ativos de riscos, definidos pela Resolução do CMN no 2.099/94 e legislação complementar, tem como relação entre patrimônio líquido ajustado consolidado e aos ativos ponderados 16,40% (2006 - 11,43%). O índice não é calculado isoladamente pela instituição, tendo em vista a opção de consolidação feita pelo Banco Bradesco S.A., líder do Conglomerado Financeiro da Organização Bradesco. b) Derivativos O Banco participa de operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos, registrados em contas patrimoniais e de compensação, que se destinam a atender as necessidades próprias. Os instrumentos financeiros derivativos, quando utilizados pelo Banco como instrumentos de “hedge”, destinam-se a protegê-lo contra variações cambiais e variações nas taxas de juros de ativos e passivos. Os derivativos geralmente representam compromissos futuros para trocar moedas ou indexadores, ou comprar ou vender outros instrumentos financeiros nos termos e datas especificados nos contratos. (i)

O quadro a seguir resume o valor referencial atualizado ao preço de mercado e as respectivas exposições líquidas no balanço patrimonial para os instrumentos financeiros derivativos classificados de acordo com a sua designação como instrumento de negociação.

22) OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS 2007 2006 Variação cambial ...................................................................................... 22.390 41.728 Multas sobre recebimentos em atraso ..................................................... – 10.752 Receitas de recuperação de encargos e despesas ................................. 336 412 Remuneração recebida de estabelecimentos (i) ...................................... 28.934 24.601 Reversão de provisões operacionais ....................................................... 7.468 – Outras ........................................................................................................ 775 30 59.903 77.523 (i) Refere-se a receita proveniente da remuneração dos juros descontados pela antecipação de pagamentos a estabelecimentos afiliados aos cartões American Express.

2007

(ii)

23) OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS 2007

Negociação

Valores referenciais dos contratos

Derivativos cambiais Contratos a termo de moedas “NDF” ................

186.358

2.487 25.004 2.861 2.364 26.088 20.117 1.294 – 760 275 2.756 – 537 – 20.741 4.347 57.524 52.107 (i) Inclui despesas com benefícios oferecidos a titulares de cartões American Express como seguro bagagem e assistência a clientes em viagens ao exterior. (ii) Refere-se a despesas relativas ao programa “Membership Rewards”, programa de recompensa aos associados, pela utilização dos cartões Amercan Express. (iii) Estão representados em 30 de junho de 2007, basicamente, por “royalties” pagos pelo Banco à American Express Company relativo ao direito de exclusividade de emitir cartões American Express para clientes pessoas físicas e jurídicas, oferecer o programa “Membership Rewards” relativo a esses cartões e administrar a rede de estabelecimentos para a aceitação dos cartões American Express no Brasil.

Ativo

Passivo

1.166

(1.619)

96.155

Derivativos cambiais Contratos a termo de moedas - “NDF” ..............

2007 Até 30 dias

5.736 – 5.736 – – – 1.166 1.166 – 1.062 503 13 457 89 – (366.476) (366.476) – –

Diretoria

Passivo

1.192

(1.365)

2006

(453)

(165)

2007 Contratos a termo de moedas - “NDF” ....................................... Total do resultado com instrumentos financeiros derivativos .

– _ – 460 460 – 14.767 14.767 – – – – – – – (21.335) (21.335) – –

Ativos (passivos)

Receitas (despesas)

3.218 375 2.843 5.000 – 5.000 1.192 – 1.192 15.082 13.990 688 322 77 5 – – (100.592) (67.058)

– – – 4.566 – 4.566 10.962 – 10.962 – – – – – – – – (4.646) (2.641)

(8)

(3.589) (3.589)

2006 424 424

26) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social em 30 de junho

2006 Receitas (despesas)

De 31 até 180 dias

Valores das receitas e despesas líquidas

2007

2007

Disponibilidades ................................... Bankpar Banco Múltiplo S.A. ............... Banco Bradesco S.A. ........................... Aplicações em depósitos interfinanceiros Banco Bradesco S.A. ........................... Bankpar Banco Múltiplo S.A. ............... Instrumentos financeiros derivativos -ativo Banco Bradesco S.A. ........................... Bankpar Banco Múltiplo S.A. ............... Valores a receber ................................ Tempo Serviços Ltda. ........................... Bankpar Brasil Ltda. ............................. America Travel Viagens e Turismo Ltda. Bpar Corretagem de Seguros Ltda. ....... Capital Promotora de Vendas Ltda. ...... Depósitos interfinanceiros ................... Banco Bradesco S.A. ........................... Depósitos à prazo ................................ Tempo Serviços Ltda. ...........................

Ativo

Até 30 dias

24) TRANSAÇÕES COM O CONTROLADOR E COLIGADAS

Ativos (passivos)

Exposição líquida no balanço patrimonial

O quadro a seguir resume o valor da exposição líquida dos instrumentos financeiros derivativos classificados de acordo com o prazo de vencimento e com a designação como instrumento de negociação:

Negociação

(iii)

2006 Valores referenciais dos contratos

Exposição líquida no balanço patrimonial

2006

Variação cambial ...................................................................................... Benefícios oferecidos a titulares de cartões American Express (i) ......... Programa de recompensa aos titulares de cartões American Express (ii) Despesas de provisões com passivos contingentes .............................. IOF sobre compras no exterior .................................................................. Provisão para contas a receber de clientes EBTA ................................... Despesas financeiras ............................................................................... Outras (iii) ..................................................................................................

c) Diversas 2007

2007 18.591 3.483 6.783 197 151 29.205

21) OUTRAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS

Total No país Outras instituições (i) ................................................ No exterior (ii) ............................................................ Total em 30 de junho de 2007 ................................... Total em 30 de junho de 2006 ...................................

Proventos .................................................................................................. Benefícios ................................................................................................. Encargos sociais ...................................................................................... Treinamentos ............................................................................................. Estagiários ................................................................................................

Bpar Corretagem de Seguros Ltda. ....... Bankpar Brasil Ltda. ............................. Instrumentos financeiros derivativos passivo ............................................... Banco Bradesco S.A. ........................... Bankpar Banco Múltiplo S.A. ............... Valores a pagar .................................... Tempo Serviços Ltda. (i) ....................... Bankpar Brasil Ltda. ............................. America Travel Viagens e Turismo Ltda. Bankpar Banco Múltiplo S.A. ............... Capital Promotora de Vendas Ltda. ...... Bpar Corretagem de Seguros Ltda.(ii) ... Embaúba Holdings ...............................

2007 Ativos Receitas (passivos) (despesas) – – – –

Imposto de Renda Resultado antes da tributação sobre o lucro e participações .................................................................. Diferenças permanentes ........................................... Diferenças temporárias (i) ......................................... Lucro antes das compensações .............................. Compensação de 30% - prejuízo fiscal .................... Base de cálculo ........................................................ Imposto de renda à alíquota de 15% ......................... Imposto de renda à alíquota de 10% (dedução de R$ 120) ................................................................... Total de provisão para imposto de renda ................. Contribuição social à alíquota de 9% .......................

2006

Contribuição social

Imposto de renda e contribuição social

(1.140) 1.460 18.937 19.257 (5.777) 13.480 2.022

(1.140) 1.460 18.937 19.257 (5.777) 13.480 –

(25.670) 1.986 5.875 (17.809)

1.336 3.358 –

– – 1.213

– – –

(17.809) –

(i) Refere-se, principalmente a provisão para devedores duvidosos. A administração decidiu pela não contabilização do crédito tributário sobre o prejuízo fiscal, base negativa de contribuição social e diferenças temporárias, considerando o estabelecido na Circular no 3.171 do Banco Central do Brasil. O total do crédito tributário não ativado em 30 de junho de 2007 é de R$ 81.797 (2006 - R$ 55.656) o qual será registrado quando apresentarem efetivas perspectivas de realização de acordo com estudos e análises elaboradas pela administração.

Parecer dos Auditores Independentes

Diretor-Presidente

Diretor-Gerente

Márcio Artur Laurelli Cypriano

Paulo Eduardo D’Avila Isola

DiretoresVice-Presidentes

Diretor Geral

Laércio Albino Cezar

Marcelo de Araújo Noronha

Arnaldo Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi

Diretores

Sérgio Socha Julio de S. Carvalho de Araujo

Cesário Narihito Nakamura Luiz Antonio Sacco

Milton Almicar Silva Vargas

Roberto de Souza Lopes

José Luiz Acar Pedro

Salvador Evangelista Junior

Norberto Pinto Barbedo Paulo Sérgio Odierna França Contador - CRC 1SP182495/O-0

Aos Administradores e Acionistas Banco Bankpar S.A.

1. Examinamos os balanços patrimoniais do Banco Bankpar S.A. em 30 de junho de 2007 e 2006 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade da sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras.

2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil que requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da instituição, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da instituição, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco Bankpar S.A. em 30 de junho de 2007 e 2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

São Paulo, 20 de agosto de 2007

Auditores Independentes CRC 2SP 000160/O-5

Washington Luiz Pereira Cavalcanti Contador CRC 1SP172940/O-6

.POLÍTICA Danilo Verpa/Folha Imagem

Marta abre o caixa para SP Recursos terão como destino a reforma do Anhembi, sinalização turística e capacitação profissional

A

ministra do Turismo, Marta Suplicy (PT), e o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), assinaram ontem uma série de convênios para incrementar o turismo na capital paulista. Os acordos incluem a revitalização do Parque Anhembi, por meio da reforma e ampliação da área do

Palácio das Convenções e do Pavilhão de Exposições. De acordo com informações divulgadas pela Prefeitura, o convênio para a revitalização receberá recursos federais de aproximadamente R$ 4 milhões, mais uma contrapartida municipal de R$ 830 mil. Um segundo projeto, destinado à modernização da sina-

lização turística da cidade, receberá mais R$ 1,2 milhão, sendo R$ 1 milhão do Programa de Orientação de Tráfego do Ministério do Turismo e R$ 200 mil dos cofres municipais. A ação de capacitação profissional, que pretende dar formação especial a quatro mil taxistas, 100 guias turísticos, 100 empresários do turismo recep-

tivo e 50 novos guias locais, terá um investimento de R$ 600 mil do caixa federal e R$ 152 mil de SP. Divulgado ontem pela própria ministra, o programa é "visto" como o início da corrida eleitoral de 2008. Kassab e Marta estão entre os principais protagonistas da disputa pela prefeitura paulistana. (AE)

Marta e o prefeito Gilberto Kassab (DEM-SP): 16 convênios fechados


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 28 de agosto de 2007

3

Política DOS 40 ACUSADOS, 37 AGORA SÃO RÉUS Celso Junior/AE

Dizer que a denúncia não apresenta fatos comprovados é pura especulação, com todo respeito ao ministro Lewandowski. Cezar Peluso, STF

Alan Marques/ Folha Imagem

Só falta ao STF decidir sobre a denúncia contra o publicitário Duda Mendonça, a sócia dele e a acusação de formação de quadrilha sobre o núcleo petista

O

s ministros do Sup re m o Tr i b u n a l Federal (STF) seguiram o relator, Joaquim Barbosa, e decidiram por unanimidade abrir ação penal por corrupção ativa contra José Dirceu – ex-ministro da Casa Civil, deputado cassado e à época homem forte do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva – o deputado federal (PT-SP) José Genoino e Delúbio Soares (ex-tesoureiro do PT). Procurado, Dirceu disse, por meio de sua assessoria, que não iria se pronunciar sobre a decisão. Somente o ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira foi excluído dessa parte da denúncia por falta de indícios de sua participação. Após quatro dias de julgamento, o Supremo recebeu a denúncia do esquema do mensalão contra 37 pessoas. O julgamento deve terminar hoje. A partir das 10 horas, os ministros se reunirão para analisar os dois últimos itens que faltam da denúncia. Uma trata da acusação de formação de quadrilha contra o núcleo políticopartidário do esquema. O outro item acusa o publicitário Duda Mendonça e sua sócia Zilmar Fernandes, bem como o núcleo coordenado por Marcos Valério, de evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Comemoração – Na noite de ontem, ministros saíram do plenário exultando com o resultado. "Nós não estamos no âmbito de uma pizzaria", disse

o ministro Marco Aurélio Mello, que em 17 anos de tribunal cansou de ouvir críticas à instituição. Otimista, ele avalia que o Supremo levará de dois a três anos para julgar os acusados. PL –Por maioria, os ministros decidiram abrir ação penal contra o deputado federal Valdemar Costa Neto (PR), o Bispo Rodrigues (ex-deputado) e os irmãos Jacinto Lamas (ex-tesoureiro do partido) e Antonio Lamas. Rodrigues responderá por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Costa Neto e Jacinto por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. E Antonio apenas por lavagem de dinheiro. O PL mudou de nome para PR no ano passado após fusão com o Prona. Com eles, chega a 30 o número de réus no mensalão. À época, Costa Neto era presidente nacional do PL e líder do partido na Câmara. Segundo a denúncia do procuradorgeral da República, Antonio Fernando de Souza, ele ocupava "o topo da estrutura" no PL, e designava os irmãos Lamas para receber os valores acertados com o PT no mensalão. E recebeu aproximadamente R$ 10,8 milhões a título de propina do esquema, seja por intermédio da empresa Guaranhuns, seja por intermédio da sistemática de saques. Os proprietários da Guaranhuns, Lúcio Funaro e José Carlos Batista, não são denunciados no inquérito mas, de

acordo com o documento, teriam montado "uma estrutura criminosa voltada para a prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro" para viabilizar o repasse de propina a políticos do antigo PL. A empresa era usada "para ocultar a origem, natureza delituosa e destinatários finais dos valores". Ainda de acordo com a denúncia, o Bispo Rodrigues também recebeu "vantagem indevida" do núcleo do publicitário Marcos Valério em troca de apoio político aos projetos de interesse do governo no Congresso. É apontado como beneficiário de R$ 150 mil, em dezembro de 2003. PP – Por 9 votos a um a denúncia contra membros do PP por crime de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha foi aceita. O tribunal entendeu que há indícios suficientes de recebimento ilícito de dinheiro em troca de apoio no Congresso. O deputado Pedro Henry, então presidente do partido, os ex-deputados José Janene e Pedro Corrêa, além do assessor da legenda João Claúdio Genu, responderão pelos três crimes. Enivaldo Quadrado, Breno Fischberg e Carlos Quaglia responderão por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. "Com os elementos que aí estão, eu absolveria, mas há base para apresentação da denúncia", disse o ministro Eros Grau. (AE)

Ministro do STF e relator do caso, Joaquim Barbosa: demais colegas acompanham posicionamento

Lewandowski defende mensaleiros

O

ministro do STF Ricardo Lewandowski ficou isolado ontem ao defender indiciados no caso do mensalão. Nem a ministra Cármen Lúcia, com quem trocou confidências na semana passada pela intranet, integrou a desqualificação da denúncia de crime de formação de quadrilha. Na semana passada, o grupo dos que votavam contra o relator do caso mensalão, Joaquim Barbosa, era formado também por Eros Grau e Gilmar Mendes.

Ontem, Lewandowski ficou sozinho. Foi assim ao examinar a denúncia de formação de quadrilha contra representantes do PP : "A expressão 'formação de quadrilha', empregada no sentido popular e veiculada à exaustão não está esclarecida na denúncia. Essa corte não pode se render ao óbvio." Joaquim Barbosa abriu a série de contra-ataques. "O seu voto é absolutamente formalista. Se isso (denúncia contra representantes do PP) não pode ser considerado crime de formação de

quadrilha, vamos ter muitas dificuldades pela frente. "Não, não, não", reagiu Lewandowski. O ministro Cezar Peluso ajudou a bater: "Dizer que a denúncia não apresenta fatos comprovados é pura especulação, com todo respeito ministro Lewandowski." Celso de Mello ironizou, com o inconfundível estilo formal. "Ele (procurador) poderia colocar 'associação de delinqüência' ou mesmo recorrer a um termo em latim". (AE)

Celso Junior/AE

Ellen Gracie, presidente do Supremo Tribunal Federal, durante a sessão

Roberto Jefferson vira réu em ação penal

O

s ministros do STF decidiram por unanimidade abrir ação penal contra o deputado cassado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que denunciou o esquema do mensalão – pagamento de uma suposta mesada a parlamentares para votarem a favor de projetos do governo –, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Também foi aceita a denúncia contra Emerson Palmieri (ex-tesoureiro do PTB) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro e contra o ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto por corrupção ativa (a denúncia de lavagem de dinheiro foi aceita na sexta-feira pelo STF). De acordo com a denúncia, o PTB teria recebido R$ 20 milhões do PT em troca de apoio político. "Os pagamentos foram viabilizados pelo núcleo publicitário-financeiro da organização criminosa", afirma o procurador-geral Antonio Fernando de Souza na denúncia. Já sobre o ex-ministro, foi dito que Adauto tinha todo o conhecimento do esquema de compra de votos em troca de apoio político. Divisão do bolo – Ainda segundo a denúncia, Jefferson assumiu os repasses do PT em 2004. O acordo estabelecido determinava que o repasse dos R$ 20 milhões se daria em cinco parcelas de R$ 4 milhões.

Jefferson e Palmieri receberam, de acordo com o documento, a primeira parcela de R$ 4 milhões das mãos do publicitário Marcos Valério. Também em janeiro de 2004, em mais um episódio envolvendo Palmieri, Jefferson também providenciou, em duas parcelas, o repasse de R$ 200 mil do grupo de Valério ao PTB. Emba rgo – Luiz Francisco Corrêa Barbosa, advogado de Roberto Jefferson (PTB-RJ), promete ser um dos primeiros a entrar com embargo declaratório contestando a abertura de processo penal contra seu cliente por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. "Vou aguardar o acórdão que será publicado pelo Supremo com a decisão do julgamento. Mas a denúncia não demonstra que ele (Jefferson) recebeu dinheiro na qualidade de funcionário público", disse o advogado. "Não vi os requisitos necessários à corrupção ativa", afirmou Luiz Francisco Corrêa Barbosa. Ele também disse que vai contestar o enquadramento de seu cliente em crime de lavagem de dinheiro. "Ele (Jefferson) não disse a destinação final do dinheiro que recebeu de Marcos Valério. Mas o ponto de partida para lavagem de dinheiro é a origem ilícita dos recursos", observou o advogado. (AE)

Futuro de Duda Mendonça será decidido hoje

O

Supremo Tribunal Federal (STF) decidirá hoje sobre a abertura de ação penal por lavagem de dinheiro e evasão de divisas contra o publicitário José Eduardo Cavalcanti de Mendonça, o Duda Mendonça, e sua sócia Zilmar Fernandes. Das 40 pessoas apontadas pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, de envolvimento com o esquema do mensalão, os dois publicitários são os únicos que ainda não passaram por nenhum julgamento do Tribunal. Os ministros do Supremo também vão decidir hoje se abrem ação penal por formação de quadrilha contra o exministro da Casa Civil José Dirceu e três integrantes da antiga cúpula do PT. Até agora, o ex-secretário-geral do PT Sílvio Pereira foi o único que con-

segui escapar da instauração de ação penal. Na semana passada, Sílvio livrou-se da acusação de peculato, junto com o ex-ministro Dirceu e os petistas José Genoino, ex-presidente do PT, e Delúbio Soares, ex-tesoureiro do partido. Ontem, ele também saiu ileso da acusação de corrupção ativa. Banco Rural – Os ministros do STF também vão decidir se abrem processo contra a cúpula do Banco Rural pela prática de evasão de divisas e de formação de quadrilha. A proprietária do Banco, Kátia Rabello, e os diretores da instituição financeira José Roberto Salgado, Vinícius Samarane e Ayanna Teonório Torres de Jesus já foram denunciados, na semana passada, por lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta. (AE)

Carlos Alberto Direito cotado para ministro

O

Planalto não confirmou oficialmente, mas o governo deve enviar ainda esta semana mensagem ao Senado indicando o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Carlos Alberto Menezes Direito, para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) com a aposentadoria de Sepúlveda Pertence. Menezes Direito é o mais cotado, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não validou a indicação. Com a nomeação dele, Lula atenderia ao pleito do ministro da Defesa, Nelson Jobim, do PMDB, e também agrada à Igreja Católica. Direito é

contra o aborto e se alinha ao clero conservador em temas comportamentais. A nomeação de Direito e sua aprovação pelo Senado, se confirmada a indicação, precisariam ocorrer até 6 de setembro, data limite para que ele não ultrapasse a idade de 65 anos para ser nomeado. Ele completa 65 anos no dia 8 de setembro. Diante das especulações sobre a participação do PMDB na indicação, assessores do governo voltaram a informar que Menezes Direito foi sugerido por Jobim, avalizado por juristas e setores da Igreja. Ele já ocupou diversos cargos no Executivo e no Judiciário, com ajuda do PMDB. (AOG)


terça-feira, 28 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

INFORMÁTICA - 3


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 28 de agosto de 2007

7

Bankpar Arrendamento Mercantil S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 27.098.060/0001-45 - Sede: Calçada dos Mirtilos, 33 - 1o Piso - Alphaville - Barueri - SP Relatório da Administração

Demonstração do Resultado dos Semestres findos em 30 de junho Em reais mil

Senhores Acionistas, 2007 Apresentamos a V.Sas. as Demonstrações Financeiras da Bankpar Arrendamento Mercantil S.A., elaboradas na forma da Legislação Societária, referentes ao semestre findo em 30 de junho de 2007. No semestre, o Bankpar registrou Lucro Líquido de R$ 300 mil, com rentabilidade de 2,30% sobre o Patrimônio Líquido. Barueri, 10 de agosto de 2007. Diretoria

Balanços Patrimoniais em 30 de junho – Em Reais mil 2007

ATIVO

2006

12.732

12.206

DISPONIBILIDADES .......................................................................................

40

APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ .......................................

12.479

11.923

Aplicações em depósitos interfinanceiros .....................................................

12.479

11.923

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ................................................................................................

82

2007

PASSIVO

CIRCULANTE ..................................................................................................

2006

Carteira própria ................................................................................................

82

131

283

Diversos ..........................................................................................................

131

283

(1.500) (51) (1.449) 813 (407) (265) (161) (48) 76 (9)

547

RESULTADO OPERACIONAL ....................................................................

431

406

559

547

RESULTADO NÃO OPERACIONAL ...........................................................

(1)

Fiscais e previdenciárias ................................................................................

559

547

RESULTADO ANTES DATRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO E PARTICIPAÇÕES .......................................................................................................

430

406

PATRIMÔNIO LÍQUIDO ....................................................................................

13.054

12.022

- De domiciliados no país ...............................................................................

7.000

7.000

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL .................................. Provisão para imposto de renda ............................................................... Provisão para contribuição social ............................................................

(130) (82) (48)

– 36 (36)

Reserva de capital ..........................................................................................

298

6

OUTRAS OBRIGAÇÕES ..................................................................................

249

453

Fiscais e previdenciárias ................................................................................

137

367

Diversas ..........................................................................................................

112

86

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ...........................................................................

559

OUTRAS OBRIGAÇÕES ..................................................................................

OUTROS CRÉDITOS .......................................................................................

832

805

Diversos ..........................................................................................................

832

805

PERMANENTE ................................................................................................

298

11

Reserva de lucros ...........................................................................................

457

436

INVESTIMENTO ..............................................................................................

291

Lucros acumulados .........................................................................................

5.299

4.580

Outros investimentos ......................................................................................

300

9

Provisão para perda ........................................................................................

(9)

(9)

IMOBILIZADO DE USO ....................................................................................

7

11

Outras imobilizações de uso ..........................................................................

65

64

Depreciações acumuladas .............................................................................

(58)

(53)

IMOBILIZADO DE ARRENDAMENTO .............................................................

Bens arrendados .............................................................................................

47

Depreciações acumuladas .............................................................................

(47)

Capital realizado

PARTICIPAÇÃO ESTATUTÁRIA NO LUCRO .............................................

(18)

LUCRO LÍQUIDO DO SEMESTRE .............................................................

300

388

Número de ações ...................................................................................... Lucro por lote de mil ações - R$ ...............................................................

14.000.000 21,43

14.000.000 27,71

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos dos Semestres findos em 30 de junho – Em Reais mil 2007

TOTAL ..............................................................................................................

13.862

13.022

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido em 30 de junho – Em Reais mil RESERVA DE LUCROS

RESERVAS DE CAPITAL CAPITAL REALIZADO

– – – 725

805

13.022

DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA .................................... Operações de empréstimos, cessões e repasses ................................... Operações de arrendamento mercantil .....................................................

(294) (60) (199) (35) – –

453

832

13.862

2.313 1.414 899

OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS ............................... Despesas de pessoal ............................................................................... Outras despesas administrativas ............................................................. Despesas tributárias ................................................................................. Outras receitas operacionais .................................................................... Outras despesas operacionais .................................................................

249

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO .....................................................................

TOTAL ..............................................................................................................

725 – 725

RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ......................

CIRCULANTE ..................................................................................................

OUTROS CRÉDITOS .......................................................................................

2006

RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ...................................... Operações de arrendamento mercantil ..................................................... Resultado de operações com títulos e valores mobiliários .....................

ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS

SUBVENÇÃO PARA INVESTIMENTOS

LUCROS ACUMULADOS

RESERVA LEGAL

TOTAL

EM 31.12.2005 ........................................................................................

7.000

6

416

4.212

11.634

LUCRO LÍQUIDO DO SEMESTRE ...........................................................

388

388

DESTINAÇÃO DO LUCRO LÍQUIDO DO SEMESTRE: RESERVA LEGAL ...................................................................................

20

(20)

EM 30.6.2006 ..........................................................................................

7.000

6

436

4.580

12.022

EM 31.12.2006 ........................................................................................

7.000

6

457

4.999

12.462

LUCRO LÍQUIDO DO SEMESTRE ...........................................................

300

300

ATUALIZAÇÃO DE TÍTULOS PATRIMONIAIS .........................................

292

292

EM 30.6.2007 ..........................................................................................

7.000

6

292

457

5.299

13.054

2006

ORIGENS DOS RECURSOS ................................................................... LUCRO LÍQUIDO AJUSTADO .................................................................. Lucro líquido do semestre ....................................................................... Depreciações e amortizações ................................................................ Insuficiência de depreciação ..................................................................

431 303 300 3

1.840 1.839 388 42 1.409

RECURSOS DE TERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: .................................. AUMENTO DOS SUBGRUPOS DO PASSIVO CIRCULANTE E EXIGÍVEL A LONGO PRAZO .................................................................................. Outras obrigações ................................................................................... REDUÇÃO DOS SUBGRUPOS DO ATIVO CIRCULANTE E REALIZÁVEL A LONGO PRAZO .................................................................................. Outros valores e bens .............................................................................

128

1

128 128

– –

– –

1 1

508

1.840

508 318 131 59

532 232 300 –

APLICAÇÕES DOS RECURSOS ............................................................ AUMENTO DOS SUBGRUPOS DO ATIVO CIRCULANTE E REALIZÁVEL A LONGO PRAZO .................................................................................. Aplicações interfinanceiras .................................................................... Outros créditos ........................................................................................ Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos .... REDUÇÃO DOS SUBGRUPOS DO PASSIVO CIRCULANTE E EXIGÍVEL A LONGO PRAZO .................................................................................. Obrigações por empréstimos .................................................................. Outras obrigações ...................................................................................

– – –

1.308 1.229 79

REDUÇÃO DAS DISPONIBILIDADES ....................................................

(77)

Início do semestre ..................................................... Fim do semestre ........................................................ Redução das disponibilidades .................................

117 40 (77)

– – –

MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA

Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras 1.

2.

3.

CONTEXTO OPERACIONAL A Bankpar Arrendamento Mercantil S.A. é uma instituição controlada pelo Bankpar Banco Múltiplo S.A. e tem por objeto a prática de todas as operações de arrendamento mercantil, permitidas pela legislação em vigor e pelas normas regulamentares aplicáveis. As operações são conduzidas no contexto de um conjunto de instituições que atuam integradamente no mercado financeiro, e certas operações tem a co-participação ou a intermediação de instituições associadas, integrantes do sistema financeiro. A partir de 28 de junho de 2006 o Bradesco assumiu as operações de cartões de crédito e atividades correlatas da American Express no Brasil, o que compreendeu a transferência para o Bradesco das subsidiárias da American Express no Brasil que atuam no ramo de cartões de crédito, corretagens de seguros, serviços de viagens, de câmbio no varejo e operações de crédito ao consumidor - CDC, bem como o direito de exclusividade do Bradesco para emissão de cartões de crédito da linha Centurion no Brasil. A linha Centurion inclui os tradicionais cartões Green, Gold e Platinum que apresentam a logomarca American Express Centurion. O direito de exclusividade tem como prazo mínimo de 10 anos e permite ao Bradesco emitir cartões de crédito American Express para clientes pessoas físicas e jurídicas, oferecer o programa “Membership Rewards” relativo a esses cartões, e administrar a rede de estabelecimentos para a aceitação dos cartões American Express no Brasil. Nesse contexto, a administração do Conglomerado Financeiro da Organização está revendo as estratégias operacionais da empresa. Em Assembléia Geral Extraordinária ocorrida em 30 de junho de 2006, os acionistas deliberam entre outros atos societários, a alteração da razão social de Inter American Express Arrendamento Mercantil S.A. para Bankpar Arrendamento Mercantil S.A. e a reformulação do Estatuto Social, adaptando-o ao das demais empresas da Organização. Estas alterações foram homologadas pelo Banco Central do Brasil em 27 de julho de 2006.

g) Passivos contingentes - fiscais e previdenciárias O reconhecimento, a mensuração e a divulgação das contingências ativas e passivas e obrigações legais são efetuados de acordo com os critérios definidos na Deliberação CVM 489/05. Obrigações legais: Decorrem de processos judiciais relacionados a obrigações tributárias de responsabilidade final da instituição, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou constitucionalidade, que independente da avaliação acerca da probabilidade de sucesso, têm os seus montantes reconhecidos integralmente nas demonstrações financeiras. As operações e as conseqüentes repercussões fiscais, tributárias e previdenciárias realizadas até a mudança do controle acionário foram conduzidas sob a administração de outros acionistas que assumem a responsabilidade de seus reflexos patrimoniais, de responsabilidade final da instituição, conforme previsto contratualmente. 4.

5.

Aplicações em depósitos interfinanceiros

12.479

2007 Aplicações interfinanceiras de liquidez ..................................... 6.

708

2006 Ativos (passivos)

2007 Receitas (despesas)

2006 Receitas (despesas)

23 23 12.479 – 12.479 – –

– – 11.923 11.923 – – –

– – 708 – 708 – –

– – 899 899 – (38) (38)

DESPESAS DE PESSOAL 2007 Proventos ........................................................................................... Benefícios .......................................................................................... Encargos sociais ...............................................................................

899

13.

2006 6 52 2

218 24 23

60

265

OUTRAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS 2007

7.

OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL As operações de arrendamento mercantil a receber foram totalmente liquidadas em junho de 2006.

8.

OUTROS CRÉDITOS - DIVERSOS 2007 Depósitos judiciais ............................................................................ Impostos e contribuições a compensar ............................................ Impostos e contribuições a recuperar ............................................... Devedores diversos ...........................................................................

Aluguéis ............................................................................................. Comunicações ................................................................................... Manutenção e conservação de bens ................................................ Processamento de dados .................................................................. Publicações ....................................................................................... Serviços técnicos especializados .................................................... Outras .................................................................................................

2006 607 337 18 1

590 197 300 1

963

1.088

9.

OUTRAS OBRIGAÇÕES

2006 9 7 7 6 129 27 14

9 3 7 24 21 72 25

199

161

14.

INDICE BASILÉIA O índice de adequação do patrimônio aos ativos de riscos, definidos pela Resolução do Conselho Monetário Nacional no 2.099/94, e legislação complementar, tem como relação entre patrimônio líquido ajustado consolidado e ativos ponderados 16,40 % (2006-11,43%). Esse índice não é calculado isoladamente pela instituição. Os limites operacionais consolidados, entre eles o Índice de Basiléia, são calculados dentro do Conglomerado Financeiro da Organização Bradesco e em 2006 consolidado pelo Bankpar Banco Multiplo S.A.

15.

DEMONSTRATIVO DA BASE DE CÁLCULO DE IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DO SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO

A administração decidiu pela não contabilização do crédito tributário sobre o prejuízo fiscal e diferenças temporárias, considerando o estabelecido na Circular no. 3.171 do Banco Central do Brasil. O total do crédito tributário não ativado em 30 de junho de 2007 é de R$ 6.044 (2006 - R$ 6.088), os quais serão registrados quando apresentarem efetivas perspectivas de realização de acordo com estudos técnicos e análises elaboradas pela administração.

a) Fiscais e previdenciárias 2007 Impostos e contribuições sobre lucros a pagar .......................... Impostos e contribuições a recolher ........................................... Provisão para riscos fiscais (i) ...................................................

2006 130 7 559

340 27 547

696

914

Imposto de renda Resultado antes da tributação sobre o lucro e participações .......................... Participação estatutária no lucro .............. Diferenças permanentes ........................... Diferenças temporárias ............................. Insuficiência de depreciação - ajuste a valor presente ....................................... Lucro antes das compensações .............. Compensação de 30% - prejuízo fiscal .... Base de cálculo ........................................ Imposto de renda à alíquota de 15% ........ Imposto de renda adicional à alíquota de 10% (dedução de R$ 120) ...................... Reversão do passivo fiscal diferido insuficiência de depreciação ........... Total de provisão para imposto de renda Contribuição social à alíquota de 9% ......

(i) Provisões para prováveis perdas decorrentes de processos fiscais foram constituídas com base na opinião de consultores legais e a administração considera as referidas provisões adequadas para cobrir os riscos de prováveis perdas nestas ações. As operações e as conseqüentes repercussões fiscais, tributárias e previdenciárias realizadas até a mudança do controle acionário foram conduzidas sob a administração de outros acionistas que assumem a responsabilidade de seus reflexos patrimoniais, de responsabilidade final da instituição, conforme previsto contratualmente.

d) Imposto de renda e contribuição social (ativo e passivo) A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%, sobre a parcela da base de cálculo que exceder a R$ 240 por ano (R$ 20 mensais). A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. A base de cálculo é o lucro contábil ajustado de acordo com a legislação fiscal. e) Ativo permanente É demonstrado ao custo de aquisição, líquido das respectivas depreciações acumuladas, calculadas pelo método linear de acordo com a vida útil econômica estimada dos bens, sendo: móveis e utensílios e equipamentos de uso -10% ao ano e sistema de comunicação e benfeitorias em imóveis de terceiros 20% ao ano.

12.

2006

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS Representam em 30 de junho de 2007, aplicações em fundo aberto de investimento Bradesco FI Referenciado DI União no valor de R$ 82.

2007 Ativos (passivos)

As operações efetuadas com empresas controladoras e coligadas foram realizadas em condições usualmente praticadas no mercado.

11.923

b) Receitas de aplicações interfinanceiras de liquidez Classificadas na demonstração de resultado como resultado de operações com títulos e valores mobiliários.

b) Aplicações interfinanceiras de liquidez As aplicações interfinanceiras de liquidez são registradas pelo valor de aplicação, acrescido dos rendimentos auferidos até a data dos balanços, deduzidos de provisão para desvalorização, quando aplicável.

f)

12.479

2006 Total

Total

TRANSAÇÕES COM O CONTROLADOR E COLIGADAS

Disponibilidades ....................................... • Banco Bradesco S.A .............................. Aplicações em depósitos interfinanceiros • Bankpar Banco Múltiplo S.A. ................. • Banco Bradesco S.A. ............................. Obrigações por empréstimos .................. • Imagra Overseas Ltd. ..............................

APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ

PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS

c) Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos (ativo e passivo) O BACEN, por meio das Circulares nos. 3.068/02 e 3.082/02 estabeleceu os critérios de avaliação e classificação contábil de títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos, introduzindo o conceito de marcação pelo valor de mercado e de classificação de acordo com a intenção da administração em operar com determinado título e em instrumento financeiro derivativo para registro contábil. De acordo com esses critérios, os títulos e valores mobiliários são classificados e avaliados conforme abaixo: • Títulos para negociação. • Títulos disponíveis para venda. • Títulos mantidos até o vencimento. Os títulos do Bankpar Arrendamento Mercantil S.A. são classificados como para negociação e são avaliados, na data do balanço, pelo seu valor de mercado, em contrapartida à adequada conta de receita e despesa, na demonstração de resultados. As operações com instrumentos financeiros derivativos são classificadas de acordo com a intenção da administração, na data do início da operação, levando-se em consideração se sua finalidade é para proteção contra riscos (“hedge”) ou não. Os instrumentos financeiros derivativos que não atendem aos critérios de “hedge” contábil estabelecidos pelo BACEN, principalmente derivativos utilizados para administrar a exposição global de risco, são contabilizados pelo valor de mercado, com as valorizações ou desvalorizações reconhecidas diretamente no resultado.

11.

INFORMAÇÕES PARA EFEITO DE COMPARABILIDADE Não houve reclassificações significativas ou outras informações relevantes em períodos anteriores, que afetem a comparabilidade com as demonstrações financeiras em 30 de junho de 2006.

2007 181 a 360 dias

PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Capital social O capital social está representado por 14.000.000 ações ordinárias sem valor nominal. b) Dividendos Aos acionistas estão assegurados dividendos mínimos de 25% do lucro líquido anual ajustado de acordo com a legislação societária, sujeito à aprovação da Assembléia Geral de Acionistas.

a) Vencimentos

APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras da Bankpar Arrendamento Mercantil S.A., foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, normas do Conselho Monetário Nacional - CMN e demais normas do Banco Central do Brasil, consubstanciadas no Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro - COSIF.

a) Apuração do resultado As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate, e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro são apresentadas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério “pro-rata” dia e calculadas com base no método exponencial. As rendas de arrendamento mercantil são registradas quando dos vencimentos das parcelas contratuais, conforme determinado pela Portaria MF-140/84.

10.

b) Diversas

Outros ativos e passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias e cambiais (em base “pro rata” dia) auferidos e provisão para perda, quando julgada necessária. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e das variações monetárias e cambiais (em base “pro-rata” dia) incorridos.

Diretoria

2007 Provisão para despesas de pessoal .......................................... Outras despesas administrativas ............................................... Provisão com despesa de publicação ....................................... Provisão com despesa de serviços técnicos especializados .. Provisão de aluguel ....................................................................

2006 2 1 65 41 3

23 3 20 40 –

112

86

16.

2007 Contribuição social

Imposto de renda

2006 Contribuição social

430 – – 106

430 – – 106

406 (18) 10 2

406 (18) 10 2

– 536 (161) 375 (56)

– 536 – 536 –

1.409 1.809 (543) 1.266 (190)

– 400 – 400 –

(26)

(115)

– (82) –

– – (48)

341 36 –

– – (36)

OUTRAS INFORMAÇÕES Em 30 de junho de 2007 e 2006 a instituição não possuía operações no mercado de derivativos em aberto.

Parecer dos Auditores Independentes Aos Administradores e Acionistas Bankpar Arrendamento Mercantil S.A.

Diretor-Presidente Márcio Artur Laurelli Cypriano

Diretores Vice-Presidentes

Diretor Gerente

Laércio Albino Cezar Arnaldo Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi Sérgio Socha Julio de S. Carvalho de Araújo Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro Norberto Pinto Barbedo

Paulo Eduardo D’Avila Isola

1.

Examinamos os balanços patrimoniais da Bankpar Arrendamento Mercantil S.A. em 30 de junho de 2007 e de 2006 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras.

2.

Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da instituição, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da instituição, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

3. Paulo Sérgio Odierna França Contador 1SP-182.495-O/0

Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Bankpar Arrendamento Mercantil S.A. em 30 de junho de 2007 e 2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

4.

Conforme mencionado na Nota 1, o controle acionário foi adquirido pelo Banco Bradesco S.A. e as operações e estratégias operacionais da instituição vem sendo desenvolvidas no contexto do Conglomerado Bradesco.

São Paulo, 10 de agosto de 2007

Auditores Independentes CRC 2SP 000160/O-5

Washington Luiz Pereira Cavalcanti Contador CRC 1SP172940/O-6


4

Diversão E mais Te l e f o n i a Opor tunidade

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 28 de agosto de 2007

O ator Rodrigo Bolzan: com seu Nokia 1100. Telefone para falar e para mandar torpedos.

O BÁSICO VENDE. O SMART DÁ PRESTÍGIO.

Você é smart ou básico? Marcelo Soares/Hype

Os telefones inteligentes avançam, mas o telefone barato vende mais BÁRBARA OLIVEIRA

Hoje, na América Latina, os vendidos, mas isso não impetelefones convergentes já re- de de os fabricantes inovarem, ocê é daqueles que presentam 6% do mercado to- lançando telefones com câmemanejam um smart- tal e com grande potencial de ras VGA e rádio FM na faixa de phone facilmente, de crescimento, segundo o analis- preço de até R$ 150/200, sem forma intuitiva, não ta Javier Marquez, da IDC. No esquecer que eles já trazem tem medo de errar, acessa e- Brasil, o ano deve fechar com acesso à internet (pelo Wap, mails, arquivos, fotos, música 300 mil aparelhos vendidos e, que é caro). "Apesar de o cone voz e utiliza todos os recursos em 2008, os fabricantes espe- sumidor de baixo poder aquidisponíveis no aparelho, ou é ram 800 mil unidades. "As pes- sitivo procurar preço, ele pode soas querem cada vez pagar um pouco mais (no creum usuário mais mom a i s c o m o d i d a d e , diário) por um aparelho com desto, receoso de usar carregar várias coisas alguns recursos, mesmo que tantos botões e que se num só equipamento não use toda a sua capacidacontenta apenas em e mobilidade. Estão de", diz Freitas, da Vivo. falar ao telefone ignoSeguindo essa tendência, o substituindo o celular rando o que ele oferemultimídia por um in- gerente de vendas da Nokia, ce? teligente, com inter- David Stewien, lembra que a São dois mundos net e telefonia", obser- fabricante não produz mais cebem reais no mercado va o gerente de Ofer- lulares com telas monocromáda telefonia móvel no tas Premium, da Vivo, ticas e seus telefones mais baBrasil. De um lado, o ratos já trazem telas coloridas, Fábio Freitas. crescimento expressiO preço em queda, viva-voz, câmera e música. "A vo de usuários de ce- Smartphone: 20% Nokia é a maior venas promoções lulares inteligentes, das vendas. dedora de câmeras das teles, a faque simulam as fundigitais do mundo, cilidade do ções de um laptop cocom 140 milhões de nectado à internet. De outro, a acesso à Web, e a conunidades em 2006, e sólida base de consumidores figuração mais intuiti70 milhões de tocadodos planos básicos de voz e de va dos aparelhos estires musicais no mescelulares simples, sem câmera, m u l a m o u s o d o s mo período, tudo emsmartphones. Na sem MP3 e sem firulas. butido no celular", Dos 106 milhões de usuários TIM, por exemplo, o destaca Stewien. de telefones móveis no País, pe- tráfego de dados cresSegundo Henrique lo menos 75% ainda usam pla- ceu 186% no primeiro de Freitas, gerente de nos pré-pagos em aparelhos semestre em relação produtos da Motoromais simples, só para falar ou ao mesmo período do Básico: preço é a la, 75% do público mandar SMS, segundo as ope- ano passado, conta o maior atração. compra aparelhos baradoras. Mas, aos poucos, os diretor territorial da ratos - até R$ 190 - ousmartphones vão ocupando es- o p e r a d o r a e m S ã o paço no seleto grupo do consu- Paulo, Carlos Cupo. Isso prova tros 15% a 20% compram celumo high end, gente atrás da que esse tipo de celular está em lares médios, com telas coloridas, música, câmeras e design, convergência – celular, e-mail, franca expansão. Vida longa ao básico - Os e o restante fica para os high internet, arquivos, câmera, múaparelhos básicos são os mais end e smartphones. sica, tudo num só dispositivo. Divulgação

V

SOMENTE PARA FALAR – O designer Duílio Ferronato só usa telefones celulares básicos, sem muita sofisticação. Está no quarto modelo, agora um LG Black Cristal, que custa R$ 299.

CONVERGÊNCIA DIGITAL – O executivo de contas de uma empresa de telecom, Aldo Rodrigues Teixeira, é um fã da convergência. Até o ano passado tinha um celular e um Palm, mas cansou de andar com os dois equipamentos e agora só tem um smartphone MotoQ para telefonar, agendar reuniões, acessar e-mails, baixar arquivos e navegar na internet. Tem, ainda, cartão de memória de 1 GB. “Ando na rua direto, acesso muita coisa do escritório a partir do telefone, recebo cerca de 30 emails por dia e posso respondê-los quando estou no trânsito”. Rodrigues gasta R$ 380 mensais em serviços móveis.

HP entra no mercado de celulares HP iPaq 510 Voice Messenger: vem com o sistema operacional Windows Mobile 6.0,da Microsoft.

Divulgação

sucesso de vendas de um PDA Phone lançado no ano passado animou a HP Brasil a entrar no mercado de telefonia celular do País. O HP iPaq 510 Voice Messenger, o novo smartphone da companhia, é bem leve e compacto e tem mais de 20 comandos de voz que ativam todas as funções do aparelho. Além da discagem por nome ou número, é possível usar o "voice commander" para ouvir

O

e-mails e mensagens de texto, respondê-las com mensagens de voz e comandar a abertura de aplicações. Não é preciso treinar a voz para que o equipamento a reconheça e o idioma do software é o português. O HP iPAQ 510 vem com o novo sistema operacional Windows Mobile 6.0, que tem funções avançadas de e-mail, agenda, contatos e calendário, além de aplicações familiares da Microsoft – como o Explo-

rer, Word e Excel. O aparelho tem bateria com capacidade para 6 horas e meia de conversação e 11 dias em standby. Entre os dispositivos de segurança, há a possibilidade de remover remotamente os dados armazenados, em caso de perda ou roubo. Ele conta ainda com tocador de MP3, vídeos e jogos, além de câmera integrada de 1,3 megapixels. Preço sugerido: R$ 1199. Rachel Melamet

3 perguntas para Renata Gaspar Crédito

Renata é diretora do Grupo de Sistemas Pessoais para Empresas da HP Brasil G Em 2006, a HP anunciou um PDA Phone, o hw6945, que já é responsável por 65% das vendas

da HP em iPAQs. Qual o objetivo da empresa ao entrar também no mercado de smartphones? Devido ao preço final para o consumidor bastante acessível (R$ 1.199), com o HP IPAQ 510 esperamos crescer nos próximos três meses mais de 30% neste mercado. Que tipo de consumidor a HP pretende atrair com o novo produto O iPAQ Voice Messenger é um smartphone poderoso e fácil de usar, que atende às

G

necessidades de profissionais e pessoas que precisam estar conectadas o dia todo. Um dos destaques é a bateria, com capacidade 40% maior que os similares de outras marcas: são 6 horas e meia de conversa e até 11 dias em standby. G Quais operadoras vão disponibilizar o lançamento? Ainda estamos em negociação com as operadoras de telefonia celular nacionais. O aparelho opera em padrão GSM e será vendido desbloqueado.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 28 de agosto de 2007

ECONOMIA/LEGAIS - 5 Avenida Paulista, 2.150 - São Paulo - SP

C.N.P.J. nº 03.017.677/0001-20 RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores acionistas, Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V. Sas. as Demonstrações Financeiras do Banco J. Safra S.A. relativas aos semestres findos em 30 de junho de 2007 e de 2006, elaboradas de acordo com a legislação em vigor e acompanhadas do relatório dos auditores independentes. Aprovado pela Diretoria - São Paulo, 31 de julho de 2007. A DIRETORIA BALANÇO PATRIMONIAL EM 30 DE JUNHO (Em Milhares de Reais)

ATIVO CIRCULANTE Disponibilidades Aplicações interfinanceiras de liquidez Aplicações no mercado aberto Aplicações em depósitos interfinanceiros Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Carteira própria Vinculados a compromissos de recompra Instrumentos financeiros derivativos Vinculados a prestação de garantias Relações interfinanceiras Pagamentos e recebimentos a liquidar Créditos vinculados: Depósitos no Banco Central Repasses interfinanceiros Correspondentes Operações de crédito Operações de crédito: Setor privado (Provisão para operações de crédito) Operações de arrendamento mercantil Operações de arrendamento a receber - Setor privado (Rendas a apropriar de arrendamento mercantil) (Provisão para créditos de arrendamento mercantil) Outros créditos Carteira de câmbio Negociação e intermediação de valores Diversos Outros valores e bens Outros valores e bens Despesas antecipadas REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Aplicações interfinanceiras de liquidez Aplicações em depósitos interfinanceiros Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Carteira própria Vinculados a compromissos de recompra Instrumentos financeiros derivativos Vinculados a prestação de garantias Operações de crédito Operações de crédito: Setor privado (Provisão para operações de crédito) Operações de arrendamento mercantil Arrendamentos a receber: Operações de arrendamento a receber - Setor privado (Rendas a apropriar de arrendamento mercantil) (Provisão para operações de arrendamento mercantil) Outros créditos Diversos Outros valores e bens Despesas antecipadas PERMANENTE Investimentos Participações em coligadas e controladas: No País Outros investimentos Imobilizado de uso Imóveis de uso Outras imobilizações de uso (Depreciações acumuladas) Imobilizado de arrendamento Bens arrendados (Depreciações acumuladas) Diferido Gastos de organização e expansão (Amortizações acumuladas) TOTAL DO ATIVO

2007 1.084.612 1.203 732.611 80.640 651.971

2006 7.788.585 425 159.451 159.451

99.998 4.647 17.104 78.247 24.116 214

4.970.698 86.300 4.872.383 6.683 5.332 103.743 2.157

2.739 17.265 3.898 184.463

91.498 10.088 2.502.172

189.265 2.520.284 (4.802) (18.112) (879) (2) 53.339 12.501 (52.377) (12.392) (1.841) (111) 8.486 44.866 2.206 18 1.338 8.468 41.322 34.614 7.232 980 677 33.634 6.555 653.895 803.440 10.023 10.023 643.930

455.345 271.402 135.756 3.227 44.960 329.626

660.387 (16.457) (3.260)

336.082 (6.456) (135)

88.320 (88.291) (3.289) 13.225 13.225 455.287 10.345

16.576 (16.576) (135) 108 108 8.473 8.473 131.151 35.489

35.449 10.345 40 31.373 34.607 14.405 14.405 23.437 23.222 (6.469) (3.020) 406.754 52.471 409.018 58.668 (2.264) (6.197) 6.815 8.584 11.267 10.766 (4.452) (2.182) 2.193.794 8.723.176

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO CIRCULANTE Depósitos Depósitos à vista Depósitos interfinanceiros Depósitos a prazo Outros depósitos Captações no mercado aberto Carteira própria Recursos de aceites e emissão de títulos Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior Relações interfinanceiras Recebimentos e pagamentos a liquidar Relações interdependências Recursos em trânsito de terceiros Obrigações por repasses no País - Instituições oficiais FINAME Instrumentos financeiros derivativos Instrumentos financeiros derivativos Outras obrigações Cobrança e arrecadação de tributos e assemelhados Carteira de câmbio Sociais e estatutárias Fiscais e previdenciárias Negociação e intermediação de valores Diversas

2007 1.030.092 461.427 27.803 23.248 409.360 1.016 167.967 167.967 235 235 80.912 80.912 261.588 261.588 57.963 107 8.500 4.612 196 44.548

DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO (Em Milhares de Reais)

2006 6.769.211 1.336.349 154.179 166.737 1.015.316 117 5.002.236 5.002.236 385 385 3.735 3.735 6.018 6.018 329.231 329.231 91.257 828 2.164 35.075 23.403 1.908 27.879

RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA Operações de crédito Operações de arrendamento mercantil Resultado de operações com títulos e valores mobiliários DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA Operações de captação no mercado Resultado com instrumentos financeiros derivativos Operações de empréstimos, cessões e repasses Operações de arrendamento mercantil Resultado de operações de câmbio Provisão para operações de crédito e arrendamento mercantil RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS Receitas de prestação de serviços Despesas de pessoal Outras despesas administrativas Despesas tributárias Resultado de participações em coligadas e controladas Outras receitas operacionais Outras despesas operacionais RESULTADO OPERACIONAL RESULTADO NÃO OPERACIONAL RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL LUCRO LÍQUIDO DO SEMESTRE Nº de ações integralizadas: 194.304.774 - Lucro por ação em R$

853.506 449.810 16.070 433.740 188.162 188.162 12.173 12.173 80.212 80.212 123.149 15.990 107.159

1.681.885 692.178 12.108 680.070 429.295 429.295 551.152 551.152 9.260 9.260

PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital: De domiciliados no país Capital realizado Reserva de capital Reserva de lucros Ajuste ao valor de mercado - Títulos disponíveis para venda Lucros acumulados

310.196

272.080

245.000 1.130 9.069 54.997

260.000 1.130 6.631 (14.346) 18.665

2.193.794

8.723.176

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

Reservas de lucros

SALDOS EM 1º DE JANEIRO DE 2006 Ajuste ao valor de mercado - TVM e derivativos Dividendos sobre lucros acumulados Lucro líquido do semestre Destinações: Reserva Legal Dividendos intermediários Remuneração do capital próprio - por ação R$ 0,06 SALDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 SALDOS EM 1º DE JANEIRO DE 2007 Redução de capital Lucro líquido do semestre Destinações: Reserva legal SALDOS EM 30 DE JUNHO DE 2007

Legal 4.901 -

Ajuste ao valor de mercado - Títulos disponíveis para venda (14.346) -

Lucros acumulados 20.795 (2.130) 34.600

Total 286.826 (14.346) (2.130) 34.600

1.130

1.730 6.631

(14.346)

(1.730) (20.870) (12.000) 18.665

(20.870) (12.000) 272.080

260.000 (15.000) -

1.130 -

7.960 -

-

33.916 22.190

303.006 (15.000) 22.190

245.000

1.130

1.109 9.069

-

(1.109) 54.997

310.196

Reserva de capital 1.130 -

260.000

0,11

0,18

DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS EM 30 DE JUNHO (Em Milhares de Reais)

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO (Em Milhares de Reais) Capital social realizado 260.000 -

2006 493.548 223.476 7.813 262.259 (404.139) (311.026) (75.305) (4.686) (3.477) (9.645) 89.409 (40.933) 4.074 (29.309) (20.250) (8.019) 4.950 8.519 (898) 48.476 203 48.679 (14.079) 34.600

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Depósitos Depósitos interfinanceiros Depósitos a prazo Recursos de aceites e emissão de títulos Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior Obrigações por repasses no País - Instituições oficiais FINAME Instrumentos financeiros derivativos Instrumentos financeiros derivativos Outras obrigações Fiscais e previdenciárias Diversas

TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

2007 243.351 149.134 63.219 30.998 (159.324) (27.401) (87.983) (7.738) (44.286) (33) 8.117 84.027 (51.848) 6.468 (30.034) (27.327) (5.720) 3.538 4.082 (2.855) 32.179 (2.322) 29.857 (7.667) 22.190

ORIGENS DOS RECURSOS Lucro líquido do semestre Depreciações e amortizações Resultado de participações em coligadas e controladas Superveniência de depreciação Lucro líquido ajustado do semestre Variação nos resultados de exercícios futuros Ajuste a valor de mercado - TVM e derivativos Aumento de disponibilidade por incorporação da controlada Recursos de terceiros originários de: Aumento dos subgrupos do passivo: Depósitos Captações no mercado aberto Relações interfinanceiras e interdependências Obrigações por empréstimos e repasses Instrumentos financeiros derivativos Outras obrigações Diminuição dos subgrupos do ativo: Relações interfinanceiras e interdependências Operações de crédito Operações de arrendamento mercantil Outros créditos Alienação de bens e investimentos: Bens não de uso próprio Investimentos Imobilizado Imobilizado de arrendamento Diferido APLICAÇÕES DOS RECURSOS Redução de capital Dividendos e remuneração do capital próprio propostos Inversões em: Bens não de uso próprio Investimentos Imobilizado Imobilizado de arrendamento Aplicações no diferido Aumento dos subgrupos do ativo: Aplicações interfinanceiras de liquidez Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Relações interfinanceiras e interdependências Operações de crédito Outros créditos Outros valores e bens Diminuição dos subgrupos do passivo: Depósitos Recursos de aceites e emissão de títulos Instrumentos financeiros derivativos AUMENTO (DIMINUIÇÃO) DAS DISPONIBILIDADES MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA Disponibilidades: Início do semestre Fim do semestre AUMENTO (DIMINUIÇÃO) DAS DISPONIBILIDADES

2007 2.376.820 22.190 47.203 (3.538) (42.357) 23.498 25 2.353.297 102.605 235 26.039 76.331 2.215.046 62.937 2.146.093 2.218 3.798 35.646 7.541 14.255 840 13.010 2.376.140 15.000 228.916 6.523 109 366 221.918 32 635.629 625.944

2006 1.575.428 34.600 6.783 (4.950) (3.506) 32.927 (1.896) (14.346) 1.558.743 1.557.810 709.201 525.100 9.473 278.567 35.469 23 23 910 171 356 383 1.576.883 35.000 42.872 848 11.844 30.180 1.426 1.476.854 76.585

2.341 7.344 1.496.563 1.076.040 52.574 367.949 680

351.791 61.832 963.484 13.334 9.828 20.731 20.731 (1.455)

523 1.203 680

1.880 425 (1.455)

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E DE 2006 (Em Milhares de Reais) 1. CONTEXTO OPERACIONAL - O Banco J. Safra S.A. tem como objeto social a prática de operações ativas, passivas e acessórias, inerentes às respectivas carteiras autorizadas (comercial, de investimentos, de crédito, financiamento e investimento, arrendamento mercantil e câmbio), de acordo com as disposições legais e regulamentares em vigor. O Banco obteve, em maio de 2006, seu credenciamento perante à Comissão de Valores Mobiliários - CVM, para atuar como administrador de recursos de terceiros e, em abril de 2006, credenciamento perante o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, como agente financeiro daquele órgão. Em 24 de novembro de 2006, o Banco deu início às atividades da agência nas Ilhas Grand Cayman, que figura de forma consolidada nas demonstrações financeiras do Banco, e seus saldos, excluídos os montantes das transações com a matriz, convertidos à taxa de câmbio vigente em 30 de junho de 2007 são: Ativo total R$ 19.494, Passivo total R$ 8 e Patrimônio líquido no montante de R$ 19.486. O resultado do primeiro semestre foi de R$ 475. O Banco J. Safra S.A. integra o Conglomerado Econômico-Financeiro Safra. O plano de negócios, aprovado pelo Banco Central do Brasil, está em curso e está sendo objeto de revisão pela administração, considerando-se a unificação do controle acionário ocorrida na instituição líder do conglomerado. 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - As demonstrações financeiras do Banco J. Safra S.A. foram elaboradas em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas e práticas contábeis do Banco Central do Brasil - BACEN, consubstanciadas no Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional - COSIF, que incluem práticas e estimativas contábeis adotadas pela administração no que se refere à constituição de provisões. 3. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS - a) Apuração do resultado - O resultado é apurado pelo regime de competência. b) Ativos circulante e realizável a longo prazo, exceto títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos - Demonstrados pelos valores de custo, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias e cambiais auferidos até a data do balanço. Quando aplicável, foram constituídas provisões para ajuste ao valor de realização. A provisão para operações de crédito e de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa é fundamentada na análise das operações em aberto, efetuada pela administração, para concluir quanto ao valor adequado, e leva em conta as garantias das operações, a atual conjuntura econômica e os riscos globais e específicos da carteira, bem como as normas estabelecidas pelo BACEN. c) Títulos e valores mobiliários - De acordo com a Circular BACEN nº 3.068, de 8 de novembro de 2001, e regulamentação complementar, os títulos e valores mobiliários são classificados de acordo com a intenção da administração em três categorias específicas: títulos para negociação, títulos disponíveis para venda e títulos mantidos até o vencimento. Os títulos classificados para negociação são apresentados no ativo circulante, independentemente do prazo de vencimento dos títulos, pelo valor de mercado, sendo os ganhos e as perdas realizados e não realizados reconhecidos na demonstração do resultado. Os títulos classificados como disponíveis para venda são contabilizados pelo valor de mercado, sendo os seus rendimentos intrínsecos reconhecidos na demonstração de resultado e os ganhos e as perdas decorrentes das variações do valor de mercado ainda não realizados reconhecidos em conta específica do patrimônio líquido, líquido dos correspondentes efeitos tributários. Os ganhos e as perdas, quando realizados, são reconhecidos na demonstração do resultado, em contrapartida de conta específica do patrimônio líquido, líquido dos correspondentes efeitos tributários. Os títulos classificados como mantidos até o vencimento são contabilizados ao custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos intrínsecos. d) Ativo permanente - Demonstrado pelo custo, combinado com os seguintes aspectos: (i) depreciação do imobilizado de uso, calculado pelo método linear, com base em taxas que contemplam a vida útil-econômica dos bens, sendo: imóveis de uso - 4%; sistemas de comunicação e segurança, instalações, aeronaves, móveis e utensílios - 10%; veículos e equipamentos de processamento de dados - 20%; (ii) avaliação dos investimentos em sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo método de equivalência patrimonial e em outro investimentos avaliados pelo custo; (iii) provisão para perdas consideradas permanentes em “outros investimentos”; e (iv) amortização do diferido, pelo método linear, à taxa de 20% ao ano para gastos com aquisição e desenvolvimento de sistemas, 10% ao ano para instalações e adaptações nas dependências, e com base no prazo estabelecido no contrato de locação, para benfeitorias em imóveis de terceiros. e) Operações de arrendamento mercantil - A carteira de arrendamento mercantil é constituída por contratos celebrados ao amparo da Portaria MF nº 140/84, do Ministério da Fazenda, contabilizados de acordo com as normas estabelecidas pelo BACEN, conforme descrito a seguir: (i) Arrendamentos a receber - Refletem o saldo das contraprestações a receber, atualizadas de acordo com índices e critérios estabelecidos contratualmente. (ii) Rendas a apropriar de arrendamento mercantil - Representam a contrapartida do valor das contraprestações a receber e são atualizadas na forma dos arrendamentos a receber, sendo apropriadas ao resultado quando dos vencimentos das parcelas contratuais.

(iii) Imobilizado de arrendamento - É registrado pelo custo de aquisição, deduzido das depreciações acumuladas. A depreciação é calculada pelo método linear, com os benefícios de redução de 30% na vida útil normal do bem para as operações de arrendamento realizadas com pessoas jurídicas, previstos na legislação vigente. As principais taxas anuais de depreciação utilizadas, base para esta redução, são as seguintes: (i) veículos e afins - 20% a 28,5% e (ii) máquinas e equipamentos e outros bens - 10% a 20%. (iv) Perdas em arrendamentos - Os prejuízos apurados na venda de bens arrendados, quando efetuados aos próprios arrendatários, são diferidos e amortizados pelo prazo remanescente de vida útil normal dos bens, sendo demonstrados juntamente com o imobilizado de arrendamento. (v) Superveniência (Insuficiência) de depreciação Os registros contábeis do Banco são mantidos conforme exigências legais, específicas para as operações de arrendamento mercantil. Os procedimentos adotados para Rendas a Apropriar de Arrendamento Mercantil e Perdas de Arrendamento, mencionados nos itens “II” a “IV”, diferem das práticas contábeis adotadas no Brasil, principalmente no que concerne ao regime de apropriação das receitas e despesas relacionadas aos contratos de arrendamento mercantil. Em conseqüência, de acordo com a Circular BACEN nº 1.429/ 89, foi calculado o valor atual das contraprestações em aberto, utilizando-se a taxa interna de retorno de cada contrato, registrando-se o valor do ajuste apurado em receita ou despesa de arrendamento mercantil, em contrapartida às rubricas de superveniência ou insuficiência de depreciação, respectivamente, no imobilizado de arrendamento, com o objetivo de adequar a apropriação das receitas e despesas das operações de arrendamento mercantil às práticas contábeis adotadas no Brasil. f) Passivos circulante e exigível a longo prazo - Os valores demonstrados incluem, quando aplicável, os encargos e as variações monetárias (em base “pro rata” dia) e cambiais incorridos. A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10% sobre determinados limites, e inclui incentivos fiscais, cuja opção é formalizada na declaração de rendimentos. A provisão para contribuição social é constituída à alíquota de 9% do lucro antes do imposto de renda. As provisões para contingências, de quaisquer natureza, são reavaliadas periodicamente pela administração, que leva em consideração, entre outros fatores, as possibilidades de êxito da ação e a opinião de seus consultores jurídicos e são consideradas suficientes para cobrir prováveis perdas que possam ser incorridas pelo Banco. g) Instrumentos financeiros derivativos - De acordo com a Circular BACEN nº 3.082, de 30 de janeiro de 2002, e regulamentação posterior, os instrumentos financeiros derivativos são classificados na data de sua aquisição de acordo com a intenção da administração para fins ou não de proteção (“hedge”). As operações destinadas a “hedge” são classificadas em: (i) “Hedge” de Risco de Mercado - onde os itens objeto de “hedge” e

os instrumentos financeiros relacionados são avaliados a valor de mercado, com efeito na demonstração do resultado; e (ii) "Hedge” de Fluxo de Caixa - onde os itens objeto de “hedge” e os instrumentos financeiros relacionados são contabilizados a mercado, com efeito diretamente em conta de reserva no patrimônio líquido. A parcela não efetiva do “hedge” é reconhecida na demonstração do resultado. As operações que utilizam instrumentos financeiros que não atendam o critério de proteção ("hedge") são contabilizados pelo valor de mercado, com os ganhos e as perdas realizados ou não realizados reconhecidos diretamente na demonstração do resultado. h) Mensuração do valor a mercado - A metodologia aplicada para mensuração do valor de mercado (valor provável de realização) dos títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos é baseada no cenário econômico e nos modelos de precificação desenvolvidos pela administração, que incluem a captura de preços médios praticados no mercado, dados divulgados pelas diversas associações de classe, bolsas de valores e bolsas de mercadorias e de futuros, aplicáveis para a data-base do balanço. Assim, quando da efetiva liquidação financeira destes itens, os resultados poderão vir a ser diferentes dos estimados. 4. APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ - Em 30 de junho de 2007, as aplicações interfinanceiras de liquidez eram compostas por: De 91 a Até 90 dias 360 dias Total Aplicações no mercado aberto Posição Bancada 80.640 80.640 Tesouro Nacional 80.640 80.640 Aplicações em depósitos interfinanceiros (*) 37.832 614.139 651.971 37.832 614.139 651.971 37.832 694.779 732.611 (*) As aplicações interfinanceiras de liquidez realizadas com o Banco Safra S.A. montam R$ 614.139 e vencem em até um ano. Em 30 de junho de 2006, as aplicações interfinanceiras de liquidez eram compostas por: De 91 a Acima de Até 90 dias 360 dias 360 dias Total Aplicações em depósitos interfinanceiros 8.702 33.438 10.023 52.163 Aplicações em moedas estrangeiras 117.311 117.311 126.013 33.438 10.023 169.474

5. CARTEIRA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS Em 30 de junho de 2007, a carteira de títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos era composta por: Valor de custo Valor de Mercado por prazos de vencimento atualizado Sem Vencimento Até 90 dias De 91 a 360 dias Títulos para negociação (*) Tesouro Nacional 82.138 82.136 Instituições privadas 758 758 82.896 82.894 Derivativos Swap - Valores a receber 16.645 10.820 6.284 16.645 10.820 6.284 99.541 82.894 10.820 6.284

Total

Ajuste ao valor de mercado

82.136 758 82.894

(2) (2)

17.104 17.104 99.998

459 459 457

(*) Estão apresentados pelo prazo máximo esperado para a realização dos títulos. Em 30 de junho de 2006, a carteira de títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos era composta por: Valor de Mercado por prazos de vencimento

Títulos para negociação (*) Tesouro Nacional Títulos disponíveis para venda Tesouro Nacional Derivativos Swap - valores a receber

Valor de custo atualizado

Sem Vencimento

4.963.307 4.963.307

4.964.015 4.964.015

-

473.854 473.854

-

9.910 9.910 5.447.071

4.964.015

(*) Estão apresentados pelo prazo máximo esperado para a realização dos títulos.

De 91 a 360 dias

Acima de 360 dias

-

-

4.964.015 4.964.015

708 708

-

-

452.118 452.118

452.118 452.118

(21.736) (21.736)

4.249 4.249 4.249

2.434 2.434 2.434

3.227 3.227 455.345

9.910 9.910 5.426.043

(21.028)

Até 90 dias

Total

Ajuste ao valor de mercado


Planalto Ministérios PA C Congresso

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 28 de agosto de 2007 Rafael Neddermeyer/AE

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META É REDUZIR A MORTALIDADE INFANTIL

Eles (José Serra e Aécio Neves) reuniriam as mesmas forças de antes da revolução de 30. Ciro Gomes

Uéslei Marcelino/Folha Imagem

LULA QUER PAC DA SAÚDE EM SETEMBRO Programa, em conjunto com a Funasa, investirá R$ 4 bilhões em cidades com maior mortalidade infantil

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presidente Luiz Inácio Lula da Silva antecipou ontem, no seu programa semanal de rádio, que vai anunciar no próximo dia 19 de setembro o Programa de Aceleramento da Economia (PAC) em conjunto com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa). O programa vai priorizar as cidades "com mais de 50 mil habitantes por índice de mortalidade infantil e as cidades do Norte e Nordeste com propensão de malária. E também a região Sul do País e cidades que tenham doença de Chagas", disse o presidente. O PAC Funasa terá R$ 4 bilhões para investimento, sendo que R$ 280 milhões serão aplicados para levar esgoto sanitário e água tratada a 90% das comunidades indígenas, e mais R$ 180 milhões para levar esgoto sanitário e água potável também nos quilombos já legalizados, anunciou Lula. Saneamento – O presidente também destacou o programa de infra-estrutura que cuida do saneamento básico, no qual serão aplicados R$ 40 bilhões, divididos entre os 27 Estados. "Envolve, na verdade, 394 municípios e vai atender o equivalente a 15 milhões de famílias, ou seja, 60 milhões de pessoas", disse Lula. "O grande problema do Bra-

sil era que o País tinha uma cultura pequena de investimento em saneamento básico. Têm determinados tipos de políticos que historicamente não gostam de fazer saneamento, porque você vai enterrar uma manilha e, portanto, você não tem como fazer propaganda depois", disse o presidente. Água potável – Lula explicou que o resultado de uma política como essa é que "a gente vai poder ver no Brasil uma redução na mortalidade infantil". O presidente concluiu que "o importante é que se tenha uma política combinada. Ou seja, para se aplicar essa política de saneamento básico, junto tem que entrar o posto médico, escola, tem que se pensar na área de lazer, entrar a política de segurança". Balanço – Lula realizará, na próxima quinta-feira, a terceira reunião ministerial deste segundo mandato. No encontro, o presidente quer aproveitar para integrar os novos ministros que assumiram o governo depois da reunião de abril deste ano, e apresentar um balanço do PAC. Além disso, Lula vai ouvir, do ministro da Fazenda, Guido Mantega, uma ampla avaliação da situação econômica do País, que o governo considera que vive um "momento muito positivo".(AE)

Ciro: Serra e Aécio seriam 'forças favoritas'

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deputado Ciro Gomes (PSB-CE), apontado como um dos presidenciáveis da base governista, afirmou ontem, no Recife, que se os governadores de São Paulo, José Serra (PSDB), e de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), se unirem, representarão forças "potencialmente favoritas às eleições de 2010". "Eles reuniriam as mesmas forças de antes da revolução de 30 (a chamada política do cafécom-leite, quando os dois Es-

tados se revezavam no poder)", afirmou Ciro, ao lado do governador e também presidente nacional do PSB, Eduardo Campos. "Dou valor a essas lições da história." Para o deputado, uma aliança entre Serra e Aécio é improvável, mas possível. Para compensar um potencial favoritismo "do outro lado", é preciso, na avaliação de Ciro, que, à época da eleição o presidente Lula "esteja pilotando um incontrastável sucesso". (AE)

Para Lula, o chamado PAC Funasa, a ser lançado em setembro, resultará em uma redução significativa da mortalidade infantil no País

Para CNI, candidato único em 2010 depende do PT

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presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), deputado Armando Monteiro Neto (PTB-PE) avalia que, apesar de possível, não será fácil para a base aliada do Governo formar uma candidatura única à presidência da República, em 2010. "Não é fácil, mas acho que é possível. Isso dependerá principalmente do desprendimento do próprio PT", afirmou o deputado. Em entrevista ao jornal "O Estado de S.Paulo", publicada no último domingo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não será candidato em 2010 "nem se o povo pedir" e defendeu que os partidos da atual base aliada do Governo construam uma candidatura única na corrida pelo Palácio do Planalto em 2010. Candidato Natural – O presidente da CNI, contudo, disse que não é fácil imaginar que o PT abra mão de uma candidatura própria, "até pelo peso que tem o partido". "Mas, ao mesmo tempo, sabemos que o PT não tem hoje um quadro que se coloque como um candidato natural à presidência", disse. O deputado petebista disse que viu com naturalidade a declaração do presidente Lula de que não disputará a eleição presidencial em 2010. "Sempre confiei que o presidente Lula respeitaria as regras, como ele sempre declarou", afirmou.

Blindagem – Com relação à crise financeira internacional – sobre a qual o presidente Lula disse estar tranqüilo –, Armando Monteiro Neto concorda que a economia brasileira tem fundamentos sólidos, que garantem uma certa blindagem, mas disse que o País também não está imune às turbulências iniciadas nos Estados Unidos. "Temos de estar atentos. Até pela importância da economia brasileira, por sua inserção no mercado externo, não temos como garantir que estamos imunes", enfatizou. Sintonia com Lula – Apesar de criticar "alguns excessos" praticados na condução da política monetária, Monteiro Neto concordou com os elogios feitos por Lula ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Na mesma entrevista do último domingo, o presidente chega a afirmar que Meirelles foi seu grande "achado" na administração da economia. Elogios a Palocci – O deputado petebista foi mais além nas considerações de Lula e teceu elogios a outro ex-ministro: "Meirelles teve um papel importante. Mas também destacaria o trabalho do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci", disse. Para o presidente da CNI, os dois contribuíram para se estabelecer o que ele classificou como "agenda do bom senso" na política econômica do governo. (AE)

Roosewelt Pinheiro/AE

Monteiro Neto: "PT não tem hoje um candidato natural à Presidência"

Berzoini nega tentação do terceiro mandato

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presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), rebateu ontem a tese de que o partido pedirá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que dispute um terceiro mandato em 2010, defendida no dia anterior pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Em resposta ao tucano, Berzoini afirmou que tanto o PT como Lula sempre deixaram claras suas posições sobre reeleição e disse que a alternância de poder é vista pela sigla como "fundamental para fortalecer a democracia". "O Lula e o PT já falaram diversas vezes que não existe a tentação de um terceiro mandato", afirmou Berzoini. "Da maneira como ele (FHC) fala, até parece que quer se filiar ao

PT para disputar uma vaga por nossos quadros", ironizou. Ao comentar a longa entrevista do presidente Lula ao jornal "O Estado de S. Paulo", publicada no último domingo, Fernando Henrique disse que não será o povo que pedirá a Lula para tentar se manter no poder por mais quatro anos, mas sim o PT. Na ocasião, o tucano também declarou que "o tom arrogante não é apropriado para um presidente", ao se referir às falas de Lula de que não haverá mais um mandato, mesmo que o povo peça. Ao devolver a crítica do ex-presidente, Berzoini afirmou: "No que se refere à questão da arrogância, eu nem vou contestar. Disso quem entende é ele" (AE)


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Empresas Nacional Finanças Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Penhor é uma das linhas de crédito mais populares da Caixa Econômica

ANALISTAS PREVÊEM ALTA DA INFLAÇÃO

TURBULÊNCIA ELEVOU CUSTOS DOS BANCOS, QUE DEIXARAM DE REDUZIR TAXAS PARA OS CLIENTES.

CRISE INTERROMPE QUEDA DE JUROS A Fotos: Marcelo Soares/Hype

crise financeira nos mercados internacionais interrompeu, em agosto, a trajetória de queda dos juros dos empréstimos bancários, que vinha ocorrendo de forma contínua desde fevereiro. Dados preliminares do Banco Central (BC) mostram que a taxa média cobrada pelos bancos nas operações de crédito com recursos livres (não dirigidos a nenhum segmento específico) permaneceu em 39,5% ao ano nos primeiros 15 dias do mês, a mesma que vigorava no final de julho. "Com a alta dos juros futuros provocada pela crise, o custo de captação pago pelos bancos aumentou", explicou o chefe do Departamento Econômico (Depec) do Banco Central (BC), Altamir Lopes. O custo médio aumentou 0,2 ponto percentual, de 10,8% do final de julho para 11% ao ano. A elevação do custo, de acordo com o chefe do Depec, ficou concentrada nos empréstimos às pessoas físicas, que são maciçamente referenciados em taxas de juros prefixadas. Nesse segmento, o custo de captação de recursos subiu de 10,7% ao ano no final de julho, para 11,1% ao ano no dia 15 de agosto — alta que não ocorria desde julho do ano passado. "No caso das empresas, o custo permaneceu em 10,9% ao ano, porque há maior uso de taxas de juros flutuantes."

Os bancos, porém, não repassaram a elevação do custo para as operações de crédito às pessoas físicas. "Ao contrário, os bancos promoveram uma queda do spread na mesma proporção da alta dos custos e evitaram uma elevação dos juros pagos pelo tomador final", disse Lopes. O spread é a diferença entre taxas de captação e de aplicação dos recursos. Com a redução, o spread mé-

32,7

por cento foi a participação dos empréstimos no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em julho, de acordo com o Banco Central. dio nas operações com pessoas físicas caiu de 36,3 pontos percentuais, no final de julho, para 35,9 pontos, batendo recorde de baixa na série captada pelo BC desde julho de 1994. Segundo Lopes, a redução do spread foi possível porque no segmento de pessoas físicas ainda há espaço para que= das. "No caso das empresas, o spread de 12,1 pontos percentuais já está ajustado e, por is-

so, tivemos estabilidade nestes primeiros 15 dias de agosto." Expansão — A interrupção da queda dos juros não impediu que o volume dos empréstimos bancários tivesse uma expansão de 2% nos primeiros 15 dias de agosto, quase igual à de todo o mês anterior (2,2%). Um dos destaques desse movimento de elevação do crédito foram as operações de leasing, que tiveram no período de 12 meses até julho uma expansão de 68,1% e chegaram a R$ 46 bilhões. Só para pessoas físicas, o total de operações, nesse período, passou de R$ 11,6 bilhões para R$ 20,3 bilhões — alta de 74,8%. Em contrapartida, os juros do crédito pessoal (excluindo empréstimos consignados) aumentaram de 64,7%, em junho, para 65 1% ao ano, em julho. Lopes explicou que a elevação foi provocada pela liquidação dos empréstimos para antecipação da restituição do Imposto de Renda. "Com taxas mais baixas, essas operações estavam ajudando a manter os juros do crédito pessoal, como um todo, em níveis menores." O juro do crédito consignado caiu pelo 13º mês seguido em julho, chegando a 31%. O estoque aumentou 2,5% e passou para US$ 58,712 bilhões. A participação dos empréstimos bancários no Produto Interno Bruto (PIB) subiu em julho para 32,7% — maior nível desde novembro de 1995. (AE)

Analistas de mercado revisam estimativas para IPCA e dólar

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dólar deverá chegar a R$ 1,95 no fim deste mês, de acordo com projeções do mercado financeiro divulgadas ontem na pesquisa Focus do Banco Central (BC). Na semana passada, a aposta para o câmbio era uma taxa de R$ 1,90. Para setembro, as previsões de cotações do dólar aumentaram de R$ 1,89 para R$ 1,90. As estimativas de câmbio para o final de ano, por sua vez, ficaram estáveis em R$ 1,90. Para o fim do próximo ano, as projeções dos analistas para a moeda continuaram inalteradas em R$ 1,95, pela quarta semana seguida. As projeções do mercado financeiro para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) deste ano aumentaram de 3,66% para 3,97%. Para 2008, as apostas de variação do índice permaneceram em 4%. As estimativas para o IGPDI de agosto de 2007 passaram de 0,37% para 0,64%.

1,90

reais deve ser a cotação do dólar comercial no fim de setembro, de acordo com projeções de analistas do mercado financeiro. Para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), usado como referência para preços de aluguéis, as estimativas passaram de 3,64% para 3,82%. As apostas de mercado para o IGP-M deste mês subiram na pesquisa do BC de 0,42% para 0 62%. De acordo com a pesquisa Focus, as previsões dos economistas consultados para o re-

sultado do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em 2007 ficaram estáveis em 3,95%, assim como para 2008 (4%). Já para o fim deste mês, as apostas passaram de 0,05% para 0,08%. Economia — O crescimento da economia brasileira poderá ser de 4,64% em 2007 segundo estimativas das 100 instituições financeiras consultadas na Focus. Na semana passada, a projeção para o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro era de 4,62%. As previsões de expansão da produção industrial neste ano aumentaram, no mesmo período, de 4,81% para 4,89%. Para 2008, as previsões de expansão do PIB aumentaram de 4,35% para 4,4%. As apostas de crescimento da produção industrial no próximo ano, por sua vez, continuaram estáveis em 4,5% pela oitava semana seguida. (AE)

Bovespa tem sétima alta seguida

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Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) descolou das bolsas americanas no fim da sessão de ontem e fechou em alta, a sétima seguida, depois de cair durante a maior parte da sessão. O Ibovespa, principal indicador do mercado brasileiro de ações, teve ganho de 0,15%, para 53.078 pontos. A bolsa paulista acumula valorização de 10,5% desde o último dia 17. O giro de negócios ontem somou R$ 2,8 bilhões, valor inferior à média de R$ 4,3 bilhões registrada desde o início do ano. Em Nova York, o índice Dow Jones caiu 0,42% no fechamento e o Nasdaq encerrou o pregão em baixa de 0,6%. Na Europa e na Ásia, a segundafeira foi de altas. Os operadores atribuíram as quedas das bolsas nos EUA ao fato de o número de moradias não vendidas no país ter atin-

Interessados observam jóias expostas pela Caixa: oportunidade de comprar peças valiosas com desconto.

Caixa leiloa 1,2 mil lotes de jóias penhoradas em São Paulo Sonaira San Pedro

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ermina hoje mais um leilão de jóias de penhor da Caixa Econômica Federal (CEF). As peças estão expostas na agência Iguatemi, em São Paulo. Para poder fazer lances, o interessado deve apresentar documentos pessoais e fazer um cadastro. O menor lote oferecido, composto por pequenas peças de ouro amarelo, tem lance mínimo de R$ 65. O lote mais caro do leilão está avaliado em R$ 73,4 mil — quem arrematálo levará para casa um colar de ouro com diamantes. Relógios de marcas tradicionais, peças finas à base de metais nobres e pedras preciosas compõem os 1,2 mil lotes disponíveis do leilão. O resultado das ofertas será divulgado amanhã. O penhor é uma das linhas de crédito mais populares do mercado, pela facilidade e rapidez de acesso ao dinheiro e pelos juros considerados baixos. Enquanto a taxa média cobrada pelos bancos nas modalidades tradicionais de empréstimos está em torno de 4% ao mês, no caso do penhor fica próxima a 2,5% mensais. Não há exigências de avalistas ou de ficha cadastral, já que a jóia é a garantia do crédito. Os valores de empréstimo variam entre R$ 50 e R$ 50 mil, por até 120 dias, e os recursos liberados

Roseli Lopes

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gido em julho o maior nível em mais de 15 anos. O dado aumentou a preocupação com o mercado imobiliário e os gastos dos consumidores. A cautela do mercado também se deve ao peso da agenda de indicadores econômicos desta semana, que inclui a revisão do Produto Interno Bru-

to (PIB) americano do segundo trimestre do ano e um discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central do país), Ben Bernanke. Dólar — No Brasil, o dólar comercial fechou com ganho de 0,46%, a R$ 1,952 para venda. O risco fechou em 200 pontos-base, com alta de 2%. (AE)

pelo banco correspondem a 80% do valor de avaliação do bem. No primeiro semestre deste ano, a linha de penhor da Caixa liberou R$ 2,4 bilhões, 11,6% a mais que no mesmo período do ano passado. As mulheres são maioria entre os clientes de penhor — representam 81,4% do total dos empréstimos. De acordo com o gerente regional de Canais da Caixa, Sílvio Gomes Diz, 23,8% dos clientes são autônomos, 21% são donas de casa e 18,5%, aposentados. Cerca de 80% deles já utilizaram esse tipo de empréstimo mais de uma vez e 32,4% têm curso superior. "De cada dez empréstimos liberados pelo banco, um é de pessoas que penhoram suas jóias apenas para guardálas com segurança nos cofres do banco", disse Diz. "Além das jóias, a Caixa já penhorou

A Real Tokio alcança seu melhor resultado

Liu Jin/AFP Photo

Painel em bolsa de valores na China: período de recuperação.

Caixa exige cadastro para leilão

também eletroeletrônicos, mas desistimos deles porque hoje esses produtos desvalorizam muito rapidamente", afirmou o executivo. Na avaliação dos itens penhorados, apenas o ouro e as pedras preciosas são levados em consideração. "Não se avalia o desenho ou o valor de família", afirmou Diz. Contratos vencidos — São leiloadas as peças cujos contratos de penhor estão vencidos há mais de 30 dias, mas os donos das jóias sempre são notificados antes. "Na verdade, para o banco, não compensa leiloar as jóias, já que o interesse maior é receber o dinheiro do empréstimo na data combinada", afirmou Diz. De acordo com ele, das jóias penhoradas, apenas 2% vão para leilão. Os proprietários das peças têm até o dia do evento para resgatá-las na agência. A revendedora de jóias Roberta Confort fica de olho nos leilões da Caixa para arrematar peças com preços até 30% inferiores aos de mercado. "Muita gente vem para comprar jóias para presentear alguém, mas a maioria é revendedor, gente especializada no negócio", disse. O curitibano Reinaldo Roda revende as peças compradas em leilões pelo País inteiro no site Mercado Livre. "Já fiz minhas ofertas e vou esperar para ver o que posso levar para casa", afirmou.

Real Tokio Marine Vida e Previdência anunciou ontem um lucro líquido de R$ 54,5 milhões no primeiro semestre de 2007, com alta de 108% sobre os primeiros seis meses de 2006, quando obteve R$ 26,2 milhões. A variação é a maior registrada pela empresa, uma joint venture com a Real Vida e Previdência, do banco ABN AMRO Real. O resultado, informou seu diretor-presidente, Edson Franco, foi sustentado principalmente pelo bom retorno da carteira de seguro de vida, cuja receita com prêmios somou R$ 88,5 milhões, valor 83% superior aos R$ 48,2 milhões de 2006. No resultado total da empresa, o ramo vida respondeu por 52% da receita. Segmentação – A boa performance do segmento vida, disse

Franco, deveu-se à segmentação dada à carteira, com o desenvolvimento de vários produtos diferenciados. "Montamos uma linha de artigos que se espelha no modelo de segmentação do Banco Real", contou Franco. Dentro dessa carteira, o seguro prestamista – contratado para garantir o pagamento de diversos financiamentos – registrou alta de 48% sobre o primeiro semestre de 2006. Reflexo, segundo o executivo, do aumento do volume de crédito concedido aos brasileiros. O lucro líquido também foi impulsionado pelo ganho extraordinário "gerado de operações não-recorrentes, resultado de estratégias de investimento", completou Franco. Esse ganho corresponde a 25% (cerca de R$ 14 milhões) da receita líquida total. Os prêmios e contribuições somaram R$ 474,7 milhões,

com crescimento de 42,2%. Os ramos de previdência complementar e de Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) fecharam com receita de R$ 94,3 milhões, expansão de 33% sobre o mesmo período de 2006. As reservas cresceram 44%, passando de R$ 3,1 bilhões em 30 de junho de 2006 para R$ 4,5 bilhões em 30 de junho último, puxadas pelo aumento dos recursos nas carteiras de previdência e VGBL. A incorporação da Sudameris Vida e Previdência, em setembro passado, gerou um impacto positivo de R$ 230 milhões no total das reservas da Real Tokio Marine. Para 2007, as expectativas são ainda mais animadoras. A empresa espera um crescimento de 40% no ramo vida, chegando a R$ 200 milhões. A meta de expansão para a carteira de previdência chega a 30%, o que representará R$ 1,2 milhão em vendas.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 28 de agosto de 2007

9

Avenida Paulista, 2100 - São Paulo - SP CNPJ 58.160.789/0001-28

67.429

Destaques:

3.726

425

22,8%

56.145

Banco Safra SA e Empresas Controladas (“Safra Consolidado”) Extrato do Balanço Patrimonial Consolidado em 30 de junho valores em milhares de reais

Ativo

Passivo

2007 Circulante e realizável a longo prazo 67.007.072 Disponibilidades 342.491 Aplicações interfinanceiras de liquidez 6.608.566 Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros e derivativos 30.819.613 Relações interfinanceiras/interdependências 2.121.145 Operações de crédito e arrendamento mercantil 23.754.281 Carteira de câmbio 1.920.297 Outros créditos e valores 1.440.679 Permanente Imobilizado Investimentos Diferido Total

2006 44.699.024 1.139.744 4.493.513 14.784.761 1.495.603 18.783.375 3.262.140 739.888

421.553 281.039 120.863 19.651

409.970 277.106 122.800 10.064

67.428.625

45.108.994

Circulante e exigível a longo prazo Depósitos Captações no mercado aberto Recursos de aceites e emissão de títulos Relações interfinanceiras/interdependências Obrigações por empréstimos Obrigações por repasses no País Instrumentos financeiros derivativos Dívida subordinada Carteira de câmbio Outras obrigações

2007 63.702.289 11.296.203 31.343.508 4.825.997 775.135 1.433.920 3.194.030 4.484.383 699.231 1.220.976 4.428.906

2006 41.200.896 7.632.943 14.067.919 3.738.500 524.846 1.047.679 2.429.100 4.545.701 2.674.686 4.539.522

Patrimônio líquido Capital Reservas

3.726.336 1.411.900 2.314.436

3.908.098 1.411.900 2.496.198

Total

67.428.625

45.108.994

Extrato da Demonstração Consolidada do Resultado dos Semestres Findos em 30 de junho pela Legislação Societária valores em milhares de reais

Receitas da intermediação financeira Despesas da intermediação financeira

2007 4.366.902 (3.327.173)

2006 2.995.477 (1.945.741)

Resultado bruto da intermediação financeira Outras receitas(despesas)operacionais

1.039.729 (454.463)

1.049.736 (512.607)

Resultado antes da tributação sobre o lucro Imposto de renda e contribuição social

585.266 (160.166)

537.129 (222.849)

Lucro líquido consolidado Acionistas minoritários

425.100 (1)

314.280 (1)

Lucro líquido do semestre Rentabilidade patrimonial (percentual)

425.099 22,8

314.279 16,1

Adeildo Paulino - Contador CRC nº 1SP129838/O-6 As demonstrações financeiras completas, com parecer dos auditores externos, foram publicadas na Gazeta Mercantil de 28 de agosto de 2007.

Total de Ativos

Operações de Arrendamento Mercantil

Recursos de Terceiros

base 30 de junho

(em R$ milhões)

base 30 de junho

(em R$ milhões)

67.429

base 30 de junho

(em R$ milhões)

56.145

4.496

4.093 3.266

45.109 37.032

33.206 1.997

35.776

30.333

2003

2004

2005

2006

2007

Operações de Crédito base 30 de junho

22.486

23.685

2003

2004

25.552

2005

1.227

2006

2007

base 30 de junho

2004

2005

(em R$ milhões)

base 30 de junho

22.234 18.493

20.582 17.730

14.434

314

16.095 275

12.236

2005

2006

2007

2003

13.520

277 10.226

259

2004

2007

(em R$ milhões)

425

25.860

2003

2006

Fundos Administrados

Evolução do Lucro Líquido (em R$ milhões)

2003

2004

2005

2006

2007

2003

2004

2005

2006

2007


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 - ECONOMIA/LEGAIS

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Avenida Paulista, 2.150 - São Paulo - SP

continuação NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E DE 2006 (Em Milhares de Reais) 6. CARTEIRA DE CRÉDITO E ARRENDAMENTO MERCANTIL a) Distribuição da carteira de crédito e arrendamento mercantil - As operações distribuem-se segundo as seguintes principais modalidades: 2007 2006 Empréstimos e Títulos Descontados 286.550 2.469.054 Financiamentos 563.102 387.312 Arrendamento Mercantil 273.005 43.320 1.122.657 2.899.686 b) Distribuição das carteiras por ramo de atividade - Em 30 de junho, as operações de crédito, de adiantamentos de contratos de câmbio com respectivas rendas e de arrendamento mercantil estavam distribuídas pelos seguintes segmentos econômicos: 2007 2006 Setor Privado Indústria 141.967 1.029.256 Comércio 57.187 574.170 Serviços 176.109 774.474 Pessoas Físicas 588.092 207.755 Instituições Financeiras 144.104 256.234 Outros 15.198 57.797 1.122.657 2.899.686 c) Distribuição das carteiras por prazo de vencimento das operações: 2007 Vencidos: Até 14 dias 5.445 De 15 a 90 dias 28.900 De 91 a 180 dias 1.453 Acima de 180 dias 720 36.518 A vencer: Até 90 dias 181.128 De 91 a 180 dias 136.341 De 181 a 360 dias 238.625 Acima de 360 dias 530.045 1.086.139 1.122.657

2006 13.269 14.570 2.973 475 31.287 1.697.249 424.698 387.630 358.822 2.868.399 2.899.686

d) Provisão para operações de crédito e arrendamento mercantil A classificação das operações de crédito e arrendamento segundo seus níveis de risco e valores de aprovisionamento, conforme os critérios mínimos estabelecidos na Resolução n° 2.682/99, em 30 de junho, era a seguinte: Carteira Provisão Nível de Risco 2007 2006 2007 2006 AA 176.905 752.076 442 1.880 A 730.862 1.762.562 6.385 9.809 B 136.701 298.546 1.367 2.985 C 42.732 71.346 1.282 2.140 D 14.075 3.740 1.408 374 E 4.911 4.103 1.473 1.231 F 3.687 1.731 1.843 866 G 1.985 177 1.390 124 H 10.799 5.405 10.799 5.405 1.122.657 2.899.686 26.389 24.814 O montante dos créditos compensados como prejuízo por débito à provisão para operações de crédito e arrendamento mercantil foi de R$ 1.818 no semestre (R$ 32 em 2006). As recuperações de crédito foram de R$ 664 no semestre. 7. CESSÃO DE CRÉDITO - No semestre foram transferidos para o Banco Safra, operações de crédito, no montante de R$ 1.249.859 pelos respectivos valores contábeis. 8. INVESTIMENTOS - Em 30 de junho de 2007, o Banco possuía títulos patrimoniais da Bolsa de Mercadorias e de Futuros - BM&F no montante de R$ 10.192 (R$ 5 em 2006) e

títulos patrimoniais da CETIP - Câmara de Custódia e Liquidação no montante de R$ 45 (R$ 35 em 2006), além de investimentos em certificados de investimentos (Finam) no montante de R$ 108. Em 30 de junho de 2006, a instituição possuía participação de 99,99% na J. Safra Corretora de Valores e Câmbio Ltda. no montante de R$ 35.449, a qual foi incorporada em maio de 2007 (Nota 16). 9. IMOBILIZADO DE ARRENDAMENTO - O Imobilizado de arrendamento é composto como segue: 2007 2006 Bens arrendados Imóveis 1.700 1.700 Veículos e afins 405.695 50.357 Máquinas e equipamentos 1.387 1.848 Outros 236 409.018 53.905 Depreciação acumulada de bens arrendados Depreciação acumulada de bens arrendados (66.225) (6.197) Superveniência de depreciação 63.961 4.763 (2.264) (1.434) Imobilizado de arrendamento 406.754 52.471 O Banco registrou no semestre findo em 30 de junho, superveniência de depreciação, no montante de R$ 42.357 (R$ 3.506 em 2006). 10. EMPRÉSTIMOS, REPASSES E TÍTULOS NO EXTERIOR - Os recursos captados em 2004, através de colocação de títulos no exterior (Euronotes) para repasse a clientes locais, vencem a partir de outubro de 2007, e sobre os quais incide variação cambial e encargos equivalentes a LIBOR BRITÂNICA mais “spread” de 0,35% a.a. Em 20 de abril de 2005, foi realizada uma alteração contratual, passando a incidir encargos equivalentes a LIBOR JAPONESA acrescida de “spread” de 0,35% a.a., mantendo-se inalterados os demais termos contratuais. Em dezembro de 2005, foram captados novos recursos no montante de R$ 218.225, através de colocações de títulos no exterior (Euronotes) para repasse a clientes locais, com vencimento em dezembro de 2008, sobre os quais incide variação cambial e encargos pré-fixados de 1,10% a.a. 11. PATRIMÔNIO LÍQUIDO - O capital social do Banco J. Safra S.A. está dividido em 194.304.774 ações ordinárias, sem valor nominal, todas nominativas, que asseguram dividendos anuais, não cumulativos, de 1% sobre o capital social. O estatuto social prevê a destinação dos lucros, em 31 de dezembro de cada ano, após as deduções e provisões legais, sendo para o fundo de reserva legal em 5%, deixando tal destinação de ser obrigatória assim que a referida reserva atingir 20% do capital social realizado. Durante o 1º semestre de 2006, a diretoria, “ad referendum”, da assembléia, aprovou a destinação aos acionistas, dividendos de forma proporcional ao número de ações representativas do capital social, no montante de R$ 23.000, sendo R$ 2.130 referente a lucros acumulados e R$ 20.870 referente ao lucro líquido do semestre. Em 29 de junho de 2007, em Ata de Assembléia Geral Extraordinária, foi aprovada a redução do capital social do Banco de R$ 260.000 para R$ 245.000, sem redução da quantidade de ações. Em decorrência dessa redução, o pagamento aos acionistas deu-se através da transferência da titularidade de 12 títulos patrimoniais da Bolsa de Valores de São Paulo BOVESPA no montante de R$ 14.673 e R$ 327 em dinheiro. A referida redução de capital encontra-se em fase de homologação junto ao Banco Central do Brasil. 12. REMUNERAÇÃO DO CAPITAL PRÓPRIO - Os juros creditados aos acionistas, no valor de R$ 12.000 em 2006 referentes à remuneração do capital próprio e registrados na forma da Circular nº 2.739, de 19 de fevereiro de 1997, do BACEN, reduziram a despesa de imposto de renda e contribuição social do semestre em, aproximadamente, R$ 4.080 em 2006. Os juros sobre capital próprio creditados aos acionistas, enquanto não pagos são atualizados pela variação acumulada dos Depósitos Interfinanceiros - DI, calculada e divulgada pela CETIP - Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos.

13. INSTRUMENTOS FINANCEIROS - A utilização de Instrumentos Financeiros pelo Banco J. Safra S.A. tem por objetivo principal proporcionar aos seus clientes produtos que possibilitem a proteção de seus ativos contra eventuais riscos provenientes de oscilações de moeda e de taxa de juros. Além disso, estes instrumentos são utilizados pelo Banco na administração diária dos riscos assumidos em suas operações. Os principais riscos relacionados aos instrumentos financeiros são: risco de crédito, risco de mercado e risco de liquidez, abaixo definidos: • Risco de crédito é o risco decorrente da possibilidade de perda devido ao não-recebimento de operações contratadas junto a clientes ou contrapartes. • Risco de mercado é a exposição criada pela potencial flutuação nas taxas de juros, taxas de câmbio, cotação de mercadorias, preços cotados em mercado de ações e outros valores, e em função do tipo de produto, do volume de operações, prazo e condições do contrato e da volatilidade subjacente. • Define-se como risco de liquidez a ocorrência de desequilíbrios entre ativos negociáveis e passivos exigíveis decorrentes de operações com instrumentos financeiros derivativos que possam afetar a capacidade de pagamento da instituição, levando-se em consideração as diferentes moedas e prazos de liquidação de seus direitos e obrigações. As posições do Banco J. Safra S.A. são monitoradas por área de controle independente, que utiliza sistema específico para administração de risco, com cálculo do VaR (valor em risco) com intervalo de confiança de 95%, testes de stress, back testing e demais recursos técnicos. O Banco possui Comitê de Risco de Mercado, composto por executivos do alto escalão, que se reúne semanalmente para análise de estratégias, cenários de stress e para examinar os limites de risco. Os valores dados em garantia para operações em bolsas em 30 de junho estavam compostos da seguinte forma: 2007 2006 Títulos do Tesouro Nacional 76.302 50.292 76.302 50.292 A carteira de instrumentos financeiros derivativos em 30 de junho de 2007 era composta como segue: Valor de mercado por prazos de vencimento Valor Valor de custo De 91 a Acima de referencial atualizado Até 90 dias 360 dias 360 dias Total Swap Taxa de juros Ativo 587.375 634.355 156.843 302.842 169.259 628.944 Passivo (960.975) (1.019.290) (107.861) (495.246) (416.088) (1.019.195) (373.600) (384.935) 48.982 (192.404) (246.829) (390.251) Moeda estrangeira Ativo 991.496 920.242 37.018 665.635 219.275 921.928 Passivo (617.896) (590.499) (75.342) (509.466) (5.534) (590.342) 373.600 329.743 (38.324) 156.169 213.741 331.586 Valores a receber 19.719 10.820 6.284 17.104 Valores a pagar (74.911) (162) (42.519) (31.978) (74.659) Opções Moeda estrangeira Vendas de: Opções de venda (246.768) (294.655) (9.910) (210.107) (47.124) (267.141) (246.768) (294.655) (9.910) (210.107) (47.124) (267.141) Mercado Futuro - BM&F Posições vendidas Cupom cambial - DDI (29.856) (15.403) (14.233) (29.636) Taxa de juros - DI1 (902.000) (186.417) (303.922) (332.193) (822.532) (931.856) (201.820) (381.155) (332.193) (852.168)

A carteira de instrumentos financeiros derivativos em 30 de junho de 2006 era composta como segue:

Swap Taxa de juros Ativo Passivo Moeda estrangeira Ativo Passivo

Valors a receber Valores a pagar Opções Moeda estrangeira Vendas de: Opções de compra Opções de vendas

Valor de mercado por prazos de vencimento De 91 a Acima de Até 90 dias 360 dias 360 dias

Valor referencial

Valor de custo atualizado

991.030 (1.093.710) (102.680)

1.028.451 (882.217) 146.234

277.645 (197.918) 79.727

221.915 (174.709) 47.206

526.652 (508.103) 18.549

1.026.212 (880.730) 145.482

1.258.230 (1.155.550) 102.680 -

448.480 (590.155) (141.675) 4.559 -

118.216 (195.118) (76.902) 4.248 (1.423)

59.574 (107.827) (48.253) 2.435 (3.482)

262.153 (293.127) (30.974) 3.227 (15.652)

439.943 (596.072) (156.129) 9.910 (20.557)

Total

(65.912) (1.231.013) (1.296.925)

(2.057) (857.770) (859.827)

(1.585) (155.508) (157.093)

(472) (166.761) (167.233)

(535.500) (535.500)

(2.057) (857.769) (859.826)

202.362 10.822 213.184

-

10.822 10.822

-

189.841 189.841

189.841 10.822 200.663

(81.161) (399.500) (126.612) (607.273)

-

(32.345) (127.700) (160.045)

(30.888) (105.863) (136.751)

(16.466) (223.769) (240.235)

(79.699) (329.632) (127.700) (537.031)

Mercado Futuro - BM&F Posições compradas Cupom cambial - DDI Dólar comercial - DOL Posições vendidas Cupom cambial - DDI Taxa de juros - DI1 Dólar comercial - DOL

Em 30 de junho, os locais de negociação dos instrumentos financeiros derivativos eram os seguintes: Local 2007 2006 BM&F 1.178.624 2.117.382 Outros 1.578.871 2.249.260 2.757.495 4.366.642 14. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - As conciliações do encargo de imposto de renda e contribuição social, nos semestres findos em 30 de junho, podem ser assim demonstradas: 2007 2006 Imposto Contribuição Imposto Contribuição de Renda Social de Renda Social Lucro antes da tributação 29.857 29.857 48.679 48.679 Imposto de renda e contribuição social às alíquotas vigentes 7.464 2.687 12.170 4.381 Remuneração do capital próprio (3.000) (1.080) Insuficiência (Superveniência) de depreciação (10.587) (877) Diferenças temporárias sem registro de ativo tributário (2.195) (790) 7.165 2.579 Diferenças temporárias com registro de ativo tributário (498) (179) (1.723) (620) Diferenças permanentes 474 170 (1.220) (439) Equivalência patrimonial (885) (318) Compensação de prejuízo fiscal 6.227 Outros (12) Sub-total 1.570 12.503 4.821 Reversão de crédito tributário 1.263 474 Realização de crédito tributário 1.723 620 Constituição de crédito tributário (6.227) (4.754) (1.711) Constituição de passivo tributário 10.587 877 5.623 2.044 10.349 3.730 A movimentação das rubricas de imposto de renda e contribuição social diferidos dos semestres encerrados em 30 de junho era a seguinte: 2007 2006 Ativo Passivo Ativo Passivo Tributário Tributário Tributário Tributário Saldo no início do semestre 4.515 5.403 19.128 5.259 Constituição de crédito tributário sobre prejuízo fiscal 6.227 Reversão de passivo tributário de títulos para negociação (4.945) Reversão de créditos tributários sobre ajustes decorrentes da Lei nº 11.051 (1.082) (2.343) Constituição de imposto de renda diferido sobre superveniência de depreciação 10.587 877 Constituição/(Realização) de ativo tributário sobre ajuste ao valor de mercado de derivativos (678) 1.520 Saldo no final do semestre 8.982 15.990 18.305 1.191 Em 30 de junho 2007, estão registrados no Banco, créditos tributários provenientes de diferenças temporárias decorrentes da aplicação do art. 32 da Lei nº 11.051/04 no montante de R$ 2.755 (R$ 16.785 em 2006), originadas de posições detidas em instrumentos financeiros derivativos, cuja realização está diretamente relacionada com o vencimento destes instrumentos ou, quando for o caso, sua liquidação financeira antecipada em condições de mercado, e sobre prejuízos fiscais no montante de R$ 6.227. O Banco apresenta diferenças temporárias, substancialmente de provisão para créditos de liquidação duvidosa, cujos créditos tributários montam a aproximadamente R$ 10.046 (R$ 8.437 em 2006) que não estão sendo reconhecidos contabilmente considerando-se as análises atuais da administração. 15. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS - As transações com partes relacionadas estão a seguir demonstradas: Ativo/(Passivo) Receitas/(Despesas) 2007 2006 2007 2006 Disponibilidades 134 4.281 Aplicações em Depósitos Interfinanceiros 614.139 472 12 Negociação e intermediação de valores 1.338 Depósitos à vista (22) (731) Depósitos interfinanceiros (23.348) (15.048) (4.688) (3.885) Outras obrigações sociais e estatutárias (8.500) (35.075) Negociação e intermediação de valores (1.908) 16. INCORPORAÇÃO DA J. SAFRA CORRETORA DE VALORES E CÂMBIO Conforme Ata da Assembléia Geral Extraordinária, de 29 de junho de 2007, foi deliberada a incorporação, em 29 de junho de 2007, do patrimônio líquido da controlada J. Safra Corretora de Valores e Câmbio Ltda., avaliado, a valores contábeis, na data base de 31 de maio de 2007 em R$ 40.994 e acréscimos posteriores entre 1 e 29 de junho de 2007 totalizando R$ 787, vertidos integralmente ao Banco J. Safra S.A., em vista da mesma ser controlada do Banco. A incorporação da J. Safra Corretora foi efetuada sem aumento de capital, tendo em vista que o Banco (acionista controlador) possuía 23.760 cotas de seu capital social e a cotista Sudafin Representações e Participações S.A., detentora das cotas restantes, recebeu o crédito correspondente à sua participação, no ato da incorporação. O processo de incorporação teve por objetivo maximizar a eficiência e lucratividade do Banco e se encontra em fase de homologação pelo Banco Central do Brasil. O patrimônio líquido da J. Safra Corretora incorporado em 29 de junho de 2007 era composto conforme demonstrado a seguir: ATIVO R$ ATIVO CIRCULANTE 17.136 Disponibilidades 25 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 15.571 Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos 1.509 Outros créditos 31 ATIVO PERMANENTE 24.869 Investimentos 24.869 TOTAL DO ATIVO 42.005 PASSIVO PASSIVO CIRCULANTE 224 Outras obrigações 224 TOTAL DO PASSIVO 224 PATRIMÔNIO LÍQUIDO TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

41.781 42.005

17. OUTRAS INFORMAÇÕES a) O saldo de disponibilidades refere-se, substancialmente, a saldos em conta corrente em bancos no exterior. b) Outros créditos - diversos - incluem, substancialmente, adiantamentos e antecipações salariais no montante de R$ 8.345 (R$ 7.308 em 2006); impostos e contribuições a compensar de R$ 3.864 (R$ 11.546 em 2006); créditos tributários no montante de R$ 8.982 (R$ 20.601 em 2006). c) Outras obrigações - “Fiscais e previdenciárias” - incluem impostos e contribuições a recolher R$ 2.923 (R$ 4.927 em 2006); bem como o imposto de renda diferido no montante de R$ 15.990; e provisão para impostos e contribuições sobre o lucro no valor de R$ 1.689 (R$ 19.752 em 2006). “Diversas” incluem, substancialmente, antecipação de valor residual R$ 134.741 (R$ 9.260 em 2006); provisão para pagamentos a efetuar de R$ 5.649 (R$ 10.933 em 2006); credores diversos no País de R$ 8.309 (R$ 12.806 em 2006). d) A responsabilidade por avais, fianças e outras garantias prestadas montava, em 30 de junho de 2007, a R$ 20.083 (R$ 7.328 em 2006).

DIRETORIA: ALBERTO JOSEPH SAFRA

JAYME SRUR

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Administradores e Acionistas do Banco J. Safra S.A. São Paulo - SP

1. Examinamos o balanço patrimonial do Banco J. Safra S.A., levantado em 30 de junho de 2007, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes ao semestre findo naquela data, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas brasileiras de auditoria e compreendeu: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do Banco, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores

JERONIMO VARALLA NETO

e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração do Banco, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. O Banco registra as suas operações e elabora as suas demonstrações financeiras com a observância das diretrizes estabelecidas pelo Banco Central do Brasil para as operações de arrendamento mercantil, que requerem o ajuste ao valor presente da carteira de arrendamento mercantil como superveniência/insuficiência de depreciação, classificada no ativo permanente. Essas diretrizes não requerem a reclassificação das operações para as rubricas do ativo circulante e realizável a longo prazo e das receitas e despesas de arrendamento mercantil, que permanecem registradas de acordo com a Lei no. 6.099/74, mas propiciam a apuração do lucro líquido e a apresentação do patrimônio líquido de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 4. Em nossa opinião, exceto pela não reclassificação mencionada no parágrafo anterior, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 representam adequadamente, em

Europa produz U etanol de vinho Concorrência com os produtores de Chile, Argentina, Califórnia e África do Sul gera cada vez mais excedentes

MARCELO BALAN

ma quantidade cada vez maior de etanol está sendo produzida na Europa a partir do excedente de vinhos do continente. Segundo a União Européia (UE), quase um quinto do etanol fabricado no bloco já vem dos litros de vinho que não são vendidos. As vinícolas européias vivem uma crise. Continuam recebendo subsídios para produzir, mas não conseguem mais controlar o mercado

mundial diante da concorrência dos vinhos do Chile, Argentina, Califórnia e África do Sul. O resultado é um excedente sem precedentes da bebida. Ao mesmo tempo em que o vinho começa a sobrar, a UE estabelece como meta que o consumo de 5,75% de todo seu combustível venha do etanol até 2010. Para 2007, a projeção indica produção de pelo menos 2,9 bilhões de litros de etanol só para uso em veículos, com alta de 70% sobre 2006.

MARCELO CURTI

CARLOS ALBERTO DE MOURA ROCHA TC CRC – 1SP105795/O-1

todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco J. Safra S.A. em 30 de junho de 2007, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos correspondentes ao semestre findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 5. As demonstrações financeiras relativas ao semestre findo em 30 de junho de 2006, apresentadas para fins de comparação, foram examinadas por outros auditores independentes, que emitiram parecer, em 22 de agosto de 2006, sem ressalvas. São Paulo, 31 de julho de 2007. Deloitte Touche Tohmatsu - Auditores Independentes CRC nº 2 SP 011609/O-8 Celso de Almeida Moraes Contador CRC nº 1 SP 124669/O-9

Consumo — Parte da produção do etanol é ainda destinada a motores de fábricas e mesmo para bebidas. No total, os investimentos no continente no setor do etanol permitirão a produção de 4 bilhões de litros até o final do ano. O consumo de etanol também explodiu, chegando a 3,5 bilhões de litros em 2007. A alta é de 65% em relação a 2006, mas inferior à capacidade de produção. Nos próximos 13 anos, a projeção da Organiza-

ção Internacional do Açúcar é de que o consumo europeu chegue a 18 bilhões de litros. Entre os exportadores, a França está se transformando no principal fornecedor da região. Em 2006, já exportou 320 milhões de litros de etanol. Três novas fábricas estão sendo construídas, e até o final do ano aumentarão a capacidade de produção do país em 750 milhões de litros. Até 2009, haverá 12 novas usinas de etanol em funcionamento. (AE)


terça-feira, 28 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

INFORMÁTICA - 5


terça-feira, 28 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Indicadores Econômicos

27/8/2007

COMÉRCIO

15

5,93

por cento foi a alta dos fundos vinculados a Petrobras e ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) em julho.


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E mais Te l e f o n i a Opor tunidade Inter net

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 28 de agosto de 2007

OS NOTEBOOKS NUNCA ESTIVERAM TÃO EM CONTA

Compare os preços dos notebooks nos sites de busca: sempre há uma boa pechincha.

Mobilidade, a vantagem. Milton Mansilha/Luz

Thiago Bernardes/Luz

Leva-se o notebook para qualquer parte. Na bolsa ou na mochila.

E TEM MAIS

BARBARA OLIVEIRA grande vantagem do notebook é a mobilidade: o equipamento permite que se transporte todo o material de trabalho em uma pasta (ou em uma mochila, prática cada vez mais comum entre os usuários). É o caso de Ulisses Damia, gerente-regional da Kaseya, especializada em soluções de TI. Damia adotou o notebook há 12 anos. Caros e pesados – "Naquela época, eram caros, pesados e eu carregava dois ao mesmo tempo", lembra o executivo, que nunca mais usou desktop na vida. "Como tenho de visitar muitos clientes, o portátil é meu escritório ambulante. Cheguei a levá-lo na minha lua-de-mel, há dois anos, para resolver um problema da empresa. Hoje, falo com a matriz da empresa, nos Estados Unidos, pelo telefone IP conectado à máquina". Damia usa um HP Pavillion, com 512 MB de memória e 100 GB de disco. "Passo muito tempo no computador, mas isso não é problema, porque com a mobilidade dá para trabalhar e qualquer lugar." Bateria poderosa – Ari Belone, diretor da Neobiz, cujo negócio é focado no mundo Web das empresas, é adepto dos portáteis desde 2000 e está na sua terceira máquina. "Aqui no escritório todos usam notebooks. Não usamos o desktop porque temos freqüentes apresentações fora da empresa, de duas a três vezes por semana." Hoje o que Belone mais preza em seu Dell D520 não é o chip Celeron de 1.7 GHz ou a memória de 500 MB, mas sim a bateria de seis células que permite o uso por até duas horas e meia. "Não preciso de um micro de primeira linha, mas sim que ele tenha uma boa bateria para não me deixar na mão."

A

Dell Latitude D630. Intel Core 2 Duo T7100, tela de 14.1", memória 512 MB e HD de 60 GB. Bateria de 6 células. Peso 2 Kg. R$ 4.399.

Sonyl VGN-TZ15AN/B,1,2 kg e tela de 11,1", altura de 3 cm (fechado). Gabinete em fibra de carbono. Bateria de 4 a 7 horas. Preço: R$ 10.999.

Ulisses Damia já chegou a carregar dois notes ao mesmo tempo

Ari Belone está no terceiro note desde 2000

Pesquise: sempre há uma pechincha. Toshiba IS 1451 Da Megaware, o Meganote C2W.

o varejo há algumas pechinchas e promoções para a compra de notebooks. O ponto de partida para se fazer uma comparação de preços são os sites comparadores Buscapé e Bondfaro. Um Acer, com chip Intel Core 2 Duo T5500 e tela de 15", podia ser encontrado pela menor cotação na semana passada: R$

N

2.479,90 na ZoomShop, e em três vezes sem juros, com desconto de R$ 520 em relação ao preço original. Melhor, o Positivo Mobile V85, voltado para o cliente corporativo, também com chip duplo Intel, tela de 14", trava de segurança e 2,2 kg, baixou para R$ 2.200 (só para empresas). A Toshiba está com dois produtos em promoção no

GB DDR2 e tela de 15,4 wide por R$ 3.999, na Fnac e no hipermercado Extra. (B.O)

varejo. Um Celeron M 430, com Windows Vista Home Basic, por R$ 2.299, e o Intel Core 2 Duo, com gravador de DVD e tela de 14,1" wide, por R$ 3.999 ou 10x sem juros, na Fast Shop. A Megaware - fabricante nacional de computadores - lançou o Meganote C2W Series, com processador duplo Intel na cor black piano (acabamento brilhante), memória de 1

DELL PARA EMPRESAS

Dell lança uma linha voltada para Pequenas e Médias Empresas e pequenos escritórios – a Vostro, do latin "vosso" é composta por desktops e notebooks sem trialware (software fornecido em base experimental) e equipada com ferramentas fáceis de serem utilizadas, tais como suporte especializado, via rede, para clientes que não dispõem de equipe de TI, entre outras. Dois modelos desenhados especificamente para redes simples e empresas com até 25 funcionários já estão à disposição no Brasil: o desktop Vostro 200s, vendido a partir de R$ 1 799 e o notebook Vostro 1000 (com preço promocional em setembro de R$ 1 699). A marca promete novos modelos da linha para breve. "A Vostro muda as regras do jogo para pequenas empresas e escritórios, capacitando-os para escolher uma solução de TI muito mais adequada às suas necessidades", diz Raymundo Peixoto, Diretor Geral da Dell Brasil. "Durante algum tempo, os pequenos empreendedores se viram obrigados a ajustar a seus ambientes soluções desenvolvidas para consumidores ou grandes empresas. A Dell assumiu o compromisso de modificar esta realidade."

Acer TM 3010-W06

Positivo Mobile V85,Intel Core Duo T2250, com 512 MB de RAM , expansível até 1 GB e HD de 60 GB, leitor de cartões, webcam, wireless. R$ 2.200.

Sony Vaio Colors , em cores vibrantes, com Intel Centrino Duo, tela LCD 14,1", câmera e microfone, bateria para três horas, Bluetooth. R$ 6.999 na FastShop.

SERVIÇO Mais informações: www.submarino.com.br www.fastshop.com.br www.buscape.com.br www.bondfaro.com.br www.americanas.com.br

MacBook, tela de 13", Intel Core 2 Duo, câmera para videoconferência, sistema operacional MAC OS X e aplicativos. R$ 3.999 a R$ 6.799.

Impressoras a laser para colorir seu negócio

Divulgação

A

Divulgação

Linha comercial da Lexmark, com preços a partir de R$ 3.749: impressões em qualquer superfície.

Notebook Vostro, com preço promocional. Os clientes Vostro, diz a Dell, têm acesso a ferramentas automáticas de suporte, sem custo adicional no primeiro ano. Entre elas, destaca-se o Dell Network Assistant, que simplifica a configuração, monitoramento, detecção e reparo de problemas na rede do cliente. Para empresas que requerem redes mais sofisticadas, a Dell também oferece os notebooks Latitude™ e desktops OptiPlex™, com ciclos de vida maiores.

Lexmark lançou três novas impressoras laser coloridas para ajudar clientes comerciais a economizar tempo na impressão de documentos coloridos de qualidade profissional, no próprio local de trabalho. As impressoras laser coloridas C780n, C782n e C935dn foram criadas para equipes de trabalho comerciais que precisam de acesso à tecnologia de impressão colorida de alta qualidade a preços acessíveis. As famílias de

A

Desktop com 1 GB de memória e placa de rede integrada: R$ 1 800, sem monitor.

impressoras Lexmark C780n, C782n e C935dn podem ser usadas para tudo, como impressão de logotipos coloridos em timbres comerciais e etiquetas para ajudar a aumentar a percepção da marca, além de aumentar a produtividade em lojas de varejo ao imprimir foto colorida de cada produto no planejamento de prateleiras. Os modelos Lexmark C780n, C782n e C935dn podem imprimir em materiais difíceis como cartões de alta gramatura

para documentos, convites e banners de grande formato para sinalização, ou usadas em aplicações diferenciadas como impressão de fotos coloridas de pacientes em pulseiras de hospital, que aumentam a segurança. A família de impressoras laser coloridas Lexmark C780n apresenta velocidades de impressão de até 31 páginas por minuto (ppm) em cores e até 35 ppm em preto, com preços a partir de R$ 3.749,00.


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Nacional Finanças Agronegócio Empresas

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Consumo de iogurte e requeijão pelas famílias cresceu 7% no primeiro semestre deste ano

PREÇO COMEÇA A RECUAR NO CAMPO

COM A ALTA DO PREÇO, PRODUTORES SE ANIMAM A RETOMAR ATIVIDADE E MERCADO SE NORMALIZA.

CALMA À VISTA NO PREÇO DO LEITE Valeria Gonçalves/AE

Classe C passou a comprar mais laticínios

Mário Tonocchi

A

O

s produtos lácteos ganharam grande espaço nos lares brasileiros por causa da alta do consumo da classe C. Essa é a análise do Instituto Latin Panel, de São Paulo, que avaliou o comportamento do consumidor no primeiro semestre deste ano em relação ao passado. O instituto acompanha semanalmente as compras de 8.200 domicílios. Neste ano, o iogurte está no topo da lista de aumento de consumo, com índice de 7 pontos percentuais, ao lado do requeijão, também com 7 pontos, do queijinho petit suisse (6), creme de leite (5) e molho de tomate (5). Do outro lado, registram os menores índices de crescimento do consumo em 2007, os pães (-15%), água mineral (-8%), deo colônia (7%), café solúvel (-6%) e o próprio leite, com -5%. O quadro de consumo tem forte influência das famílias com renda mensal entre quatro e dez salários mínimos, a classe C – que representa 33% da população e 35% do consumo. Esse grupo ampliou em 3% o volume médio de compras de janeiro a julho deste ano, em comparação a igual período de 2006. Já nas classes A-B e D-E, a expansão de gastos registrada no período foi de apenas 1%. (MT)

J.F. Diorio/AE

Fazendeiros do Vale do Paraíba retornaram ao mercado em junho

s altas nos preços ao produtor do leite – que chegaram a quase 40% em julho deste ano, pressionando toda a cadeia de laticínios –, começam a se retrair, tendendo para a estabilidade. A análise, de meados de agosto, é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da USP, em Piracicaba, interior paulista. O centro acompanha mensalmente a cadeia do leite, com foco no produtor. Segundo o IBGE, o preço do leite ao natural aumentou 44% para o consumidor no primeiro semestre. A alta do produto, entretanto, baixou do patamar de 8,42%, em julho, para 8,35%, em agosto, segundo o Cepea. Os preços do leite processado e dos derivados também passaram a subir menos – saindo de uma alta de 12,34%, em julho, para 7,01% em agosto. O valor final do leite pasteurizado desacelerou a alta de 12,91% para 8,69% nesse período de comparação. A estabilização de preços para o consumidor ocorreu só no grupo de coalhadas e iogurtes, que depois de ter registrado alta de 8,8%, teve deflação de 0,81%, do mês de julho para o atual. A disparada no custo do leite no Brasil começou há oito meses. Ela foi causada, de acordo com Gustavo Beduschi, pesquisador do Cepea,

Preço da vaca leiteira subiu

por fatores combinados: o aquecido consumo interno dos produtos (mesmo com preços mais caros), a estagnação da produção européia, a maior demanda mundial por leite em pó e a seca que quebrou a safra da Austrália. As altas tiveram seu lado positivo para o mercado e até para o consumidor – estimularam a retomada das atividades pelos produtores que tinham abandonado a atividade, como ocorreu com fazendeiros da região do Vale do Paraíba. Um dos mais tradicionais produtores da região, a Fazenda Nossa Senhora da Piedade, voltou à ativa dois meses atrás, depois de cinco anos paralisada por conta de prejuízos que chegaram a R$ 300 mil ao ano. Em cadeia – A reativação das fazendas acelerou os negócios dos fornecedores. As empresas de venda de sêmen bovino registram alta, em agosto, de 15% nos pedidos – sua produção deve chegar, neste ano,

a 1,6 milhão de doses, que custam até US$ 500 a unidade. Também subiu o preço da vaca leiteira, que passou de R$ 1,5 mil a R$ 2,5 mil a cabeça para a faixa entre R$ 4 mil e R$ 6 mil. Os interessados começam a sentir falta de oferta de animais para venda. Mesmo com as retrações identificadas agora, a analista do mercado do leite Aline Barrozo Ferreira, de Campinas, interior de São Paulo, recomenda a manutenção dos investimentos pelo produtor, especialmente neste período. Ela diz que o pecuarista deve ter um olho na produção e outro no comportamento do mercado. De acordo com ela, ainda não está claro se as quedas para o produtor vão continuar e de que intensidade serão. "Ninguém, no momento, está apostando em uma redução de preços significativa", ressalta. Estimativa – A produção de leite do Brasil deve crescer 4% neste ano em relação a 2006. A estimativa é da Confederação Brasileira das Cooperativas de Leite, que espera para 2007 oferta de 26,1 bilhões de litros. Há mais de 1,2 milhão de fazendas leiteiras no País, com produção pulverizada. No mesmo ritmo de crescimento, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), a fabricação de rações para o gado leiteiro deve aumentar 3,9% neste ano, em relação ao ano passado, totalizando 3,9 milhões de toneladas.


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Tr i b u t o s Nacional Empresas Estilo

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Pequenos apostam no atendimento e os grandes oferecem serviços como café, lavanderia e outros.

VENDAS AUMENTAM MAIS QUE A INFLAÇÃO

APESAR DA RECUPERAÇÃO, O SETOR ESPERA QUE A EXPANSÃO DIMINUA NESTE SEGUNDO SEMESTRE

SUPERMERCADOS: VENDAS CRESCEM Thiago Bernardes/Luz

Patrícia Büll

O

s supermercados venderam 4,21% mais em julho em comparação com igual período do ano passado. Em relação a junho, o aumento foi de 1,08%. Com esse desempenho, o setor registra expansão de 6,63% no acumulado de janeiro a julho ante igual período de 2006, de acordo com o Índice Nacional de Vendas, divulgado ontem pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Em todos os indicadores, o crescimento foi real – ou seja, foi descontada a inflação do período, medida pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores nominais (sem descontar a inflação), as vendas tiveram alta de 1,32% em relação ao mês de junho e de 8,11% na comparação com julho de 2006. No acumulado do ano, a expansão foi de 10,06%. Para o presidente da Abras, Sussumu Honda, o desempenho de julho confirma a recuperação do setor supermercadista. Por outro lado, aponta que o crescimento neste segundo semestre acontecerá em ritmo mais lento do que o verificado nos seis primeiros meses do ano. "Isso acontece porque a recuperação do setor teve início no segundo semestre do ano passado, o que vai elevar a base de comparação para os

6,63

por cento foi o aumento das vendas dos supermercados de janeiro a julho de 2007 em relação ao mesmo período do ano passado. próximos meses", explicou. Os preços também colaboraram para a melhora do resultado. No mês de julho, o índice AbrasMercado, que mede a variação de custos da cesta dos 35 produtos mais consumidos, teve alta nominal de 14,72% em relação ao mesmo período

de 2006, passando de R$ 187,78 para R$ 215,43. Em valores reais, o aumento foi de 10,59%. Na comparação com junho, a alta nominal foi de 3,39% e a real, de 3,15%. "A exemplo dos meses anteriores, o leite longa vida (14,52%) e os derivados, c o m o o q u e i j o m u s s a re l a (9,59%), são os itens que mais têm pressionado os preços do A b r a s M e rc a d o " , a f i r m o u Honda. Carrinho cheio – Apesar do aumento dos preços, os brasileiros estão consumindo mais. De acordo com pesquisa da Nielsen, houve alta de 3,2% no volume de vendas do primeiro semestre comparado com igual período do ano passado. A região que compreende Goiás, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal foi a que apresentou a maior expansão de compras: 14,9%.

As galerias das grandes redes de supermercados concentram vários tipos de serviços para atrair o cliente

Várias estratégias na disputa pela preferência do consumidor Mário Tonocchi

A

s grandes redes de super e hipermercados e o varejo tradicional (mercadinhos, cafés, restaurantes, mercearias, bares, padarias e confeitarias) utilizam armas diferentes na disputa pela preferência dos consumidores. Não é para menos. Em tempos de economia estável e de vida corrida, os clientes es-

tão cada vez menos fiéis a marcas e lojas e mais propensos a comprar nos locais mais próximos às suas casas. Por isso, os pequenos apostam no atendimento personalizado e na formação de centrais de compra para baratear os preços de seus produtos. As grandes redes, como Carrefour, Pão de Açúcar e WalMart, por sua vez, investem em pequenas unidades de vizinhança para disputar espaço com o varejo tradicional. Já para as grandes lojas, a estratégia é aumentar a oferta de serviços, uma tendência mundial. Na frente – Entre os gigantes, o Carrefour é um dos que mais oferecem serviços em seus hipermercados. "Procuramos atender ao maior número possível das necessidades de nossos clientes", disse o diretor de marketing corporativo da empresa, Rodrigo Lacerda. A galeria da unidade Limão, na zona norte de São Paulo, por exemplo, conta atualmente com 31 lojas e quiosques, que oferecem 13 tipos diferentes de serviços. Eles vão de alimentação a pet shop, exames laboratoriais, drogaria, chaveiro, banco, recarga de celular, passando por perfumarias, loterias e agência de turismo. A estratégia entre os varejistas tem dado resultados. Segundo pesquisa da LatinPanel, empresa especializada em levantamento de dados sobre consumo, o gasto médio mensal do consumidor no varejo de São Paulo – tradicional ou não – bateu em R$ 1.369 no ano passado. Na hora de fazer suas compras do dia-a-dia, 94,7% das famílias preferem os pontos tradicionais. Elas vão a esses estabelecimentos, em média, 11,6 vezes por mês. Ali gastam, em média, R$ 4,30 em cada uma delas. As grandes lojas, por sua vez, são visitadas pelos consumidores entre quatro e cinco

O

vezes ao mês. O mesmo trabalho aponta que "dos 100% que compram em supermercados, 93% também adquirem produtos no varejo tradicional. O porta-a-porta é usado por 72% dos clientes e 17% freqüentam as lojas de atacado", diz a gerente de atendimento da LatinPanel, Fátima Merlin. A disputa entre o varejo tradicional e o auto-serviço é feita de avanços e recuos dos dois lados, como demonstram os números. Em 2004, super e hipermercados respondiam por 61% das vendas do varejo. No ano seguinte, a participação caiu para 57%. Em 2006, passou para 58% e no primeiro trimestre deste ano, para 59%. Para reconquistar espaço, a oferta dos serviços nas lojas é uma das armas preferidas pelos super e hipermercados. Para o coordenador do Programa de Administração de Varejo (Provar), de São Paulo, Eduardo Terra, essa atitude vai levar todo mundo ao mesmo ponto. "O que se vê no mercado hoje é uma polarização de estratégias. A concentração de serviços em um mesmo local é um processo que já aconteceu e se mantém nos Estados Unidos e que está muito forte por aqui. A tendência é todos fazerem a mesma coisa", observa o especialista. Para Terra, este é um caminho sem volta, pois o consumidor prefere resolver o maior número de pendências em um único lugar. O comerciante aposentado Mauro e sua mulher Argentina Marques aprovam o crescimento da oferta dos serviços nos supermercados. "É muito mais fácil fazer as compras e resolver vários problemas no mesmo lugar", diz Mauro que, no entanto, não esconde uma ponta de mágoa. Afinal, o casal foi obrigado a fechar suas duas padarias em São Paulo por não conseguir acompanhar a concorrência do auto-serviço.

Lojas de conveniência

Carrefour abriu, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, cinco lojas de conveniência dentro dos postos de combustíveis da distribuidora Shell que arrendou no final do ano passado. É uma aposta da rede em mais um formato de ponto de venda da empresa no Brasil, que há anos mantém esse modelo na França, na Bélgica, na Grécia e na Itália. Denominados por aqui de "Carrefour Express", os novos espaços ainda estão em fase de testes.

Se o projeto der certo, a empresa já tem outros cinco postos (três em São Paulo e dois em Curitiba) prontos para receber as lojas de conveniência da marca. "Com essas inaugurações, fechamos todas as possibilidades, hoje, de formatos de lojas para chegar mais perto do consumidor", afirma o diretor de Marketing Corporativo do Carrefour Brasil, Rodrigo Lacerda. De acordo com ele, a expansão do conceito de conveniência no mercado nacional "é líquida e certa." (MT)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

PAC anda com contratações do BNDES

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Banco Nacional de carteira do BNDES. Desses, 14 Desenvolvimento são na área de energia, com créEconômico e Social dito estimado de R$ 13,97 bi(BNDES) já contra- lhões; 18, na área de logística, tou 43 operações de crédito pa- num total de R$ 14,4 bilhões e ra projetos ligados ao Progra- oito na área social e urbana, no ma de Aceleração do Cresci- valor de R$ 1,9 bilhão. O potenmento (PAC) e aprovou outras cial de operações de crédito do 20, que estão para ser contrata- BNDES no âmbito do PAC podas, no total de R$ 18,26 bi- derá chegar a R$ 58,2 bilhões. Durante o depoimento na lhões, informou ontem o presidente da instituição, Luciano CAE, Coutinho disse que o papel do BNDES é dar crédito paCoutinho. Outras 33 operações estão ra sustentar os investimentos em fase de análise ou de en- produtivos. "É de interesse do quadramento pela área técnica País alavancar ao máximo os do banco. Quando forem efeti- investimentos e é isso que estavamente contratadas, eleva- mos fazendo", afirmou. Ele tem a perspectiva de que rão o total das operações para 96, o que representará créditos a taxa de investimento nacional fique neste de R$ 27,9 biano em 16,8% lhões, disse do Produto InCoutinho, duterno Bruto r a n t e d e p o i(PIB), e suba pamento na CoÉ de interesse do País ra 17,6% em missão de As2008 e para suntos Econôalavancar ao máximo 21,1% em 2010. micos (CAE) os investimentos e é Coutinho do Senado. isso que estamos disse ainda que O setor mais fazendo. se o BNDES beneficiado é o de energia eléLuciano Coutinho, continuar contrica, com 36 presidente do BNDES tratando operações no ritmo operações de atual, terá de crédito contrabuscar recursos tadas e oito aprovadas, somando R$ 11,6 em outras fontes. "Teremos bilhões. Outras sete estão em que contar com o apoio dos análise, e 19 na fase de enqua- bancos multilaterais (Banco dramento, o que elevará o nú- Interamericano de Desenvolmero de projetos para 70 e o va- vimento e Banco Mundial, entre outros)." Ele informou lor para R$ 20,7 bilhões. A área de logística tem sete que já tem autorização do projetos na carteira do BNDES, conselho do BNDES para readas quais três operações já fo- l i z a r d e s e m b o l s o s d e a t é ram contratadas e quatro apro- R$ 65 bilhões neste ano. O banco já aprovou operavadas, num total de R$ 5,8 bilhões. Os créditos para a área ções de crédito de R$ 92,5 bisocial e urbana totalizam lhões até julho, e no período de R$ 1,3 bilhão, sendo que R$ 671 12 meses encerrado no mês milhões já estão contratados e passado liberou R$ 59,9 bilhões. "A diferença (R$ 32,6 biR$ 178 milhões, aprovados. Coutinho disse aos senado- lhões entre operações aprovares que a perspectiva é que ou- das e executadas) significa que tros 42 projetos do PAC pos- o valor do desembolso vai sam, no futuro, fazer parte da crescer", explicou. (AE)

"Se der um 'crisão' nos EUA, danou."

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Brasil está muito bem, ciclo de urbanização e indusmas se houver uma trialização pesada" e o Brasil já depressão nos Esta- é industrializado. Conceição acredita que o godos Unidos, nenhum país escapa, nem a China, acredita a verno está certo em tentar, com economista da Universidade o Programa de Aceleração do Federal do Rio de Janeiro Crescimento (PAC), articular (UFRJ) e ex-deputada federal as forças do Estado com os pelo PT do Rio, Maria da Con- agentes privados nacionais e ceição Tavares. "Uma 'crisinha' estrangeiros, formando um como esta, tudo bem. Se der tripé para melhorar os investium 'crisão', danou", disse on- mentos em infra-estrutura. tem em aula inaugural de cur- "Esse setor está atrasado. O so sobre o desenvolvimento PAC vai rastejando, assim como o Plano de brasileiro, proMetas do JK movido pelo (ex-presidente Centro InterJuscelino Kunacional Celso bitschek)". Furtado de PoEla elogiou a lítica para o O Brasil tem um ministra chefe D e s e n v o l v ida Casa Civil, mento, no Rio potencial de crescimento maior que o D i l m a R o u sde Janeiro. seff, pela "paP a r a a e c o- do México, Canadá e os ciência de cão" nomista, que países da África, mas à frente do seu se orgulha de menor que os da Ásia". cargo atual e no ser de esquerMaria da Conceição anterior, como da e de ter tido formação esTavares, economista. ministra de Minas e Energia. truturalista, "a "Com o PAC, a ú n i c a v a n t ap o b re d a m igem deste Banco Central conservador foi ter nistra vai ter que articular uma acumulado reservas". Ela ci- coisa desarticulada há 20 tou também a diminuição da anos", disse Conceição, que dívida externa pública como criticou muito o governo Ferponto positivo para o Brasil em nando Henrique Cardoso, inrelação às turbulências atuais. clusive pelos problemas na Lembrou, por outro lado, a área de energia. Segundo Conceição, o Brasil existência da dívida externa de não tem um modelo econômicurto prazo das empresas. Para Conceição, que foi de- co definido. "Não é volta ao putada federal pelo PT e tem passado", disse. Ela acredita diversos amigos no governo, que o futuro do Brasil não é entre os quais o presidente Lu- igual ao da Ásia e que o País la, o Brasil tem um potencial de também não passará por uma crescimento maior que o do transformação, voltando a um México, Canadá e os países da perfil de exportador de comÁfrica, mas não igual aos da modities, como o Chile. "ExÁsia. O motivo: os asiáticos portamos manufaturas desde "ainda estão passando por um a década de 70", disse. (AE)

ECONOMIA - 11 BANCO VR S.A.

CNPJ/MF nº 78.626.983/0001-63 – Alameda Rio Negro, 585 – 6º andar – CEP 06454-000 – Barueri-SP Relatório da Administração Senhores Acionistas: Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas., as demonstrações contábeis relativas aos semestres findos em 30 de junho de 2007 e de 2006. O Banco VR S.A., em 29 de dezembro de 2006 incorporou a Smart Net Brasil Ltda. pertencente ao Grupo VR (Grupo Szajman). A referida incorporação se encontra em fase de homologação pelo Banco Central do Brasil. A Administração Balanços Patrimoniais levantados em 30 de junho de 2007 e de 2006 (Valores em milhares de reais) 2007 2006 ATIVO 2007 2006 PASSIVO 388.043 350.096 Circulante 453.721 391.862 Circulante Depósitos 1.600 13.070 Disponibilidades 60 581 Depósitos à vista 1.391 5.724 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 110.123 32.214 Depósitos interfinanceiros – 2.881 Aplicações no mercado aberto 69.310 25.098 Depósitos a prazo 209 4.465 Aplicações em depósitos interfinanceiros 40.813 7.116 Títs. e Vals. Mobs. e Instrum. Financ. Derivativos 7.005 27.700 Captações no Mercado Aberto 5.130 – Carteira própria 18 13.305 Carteira de terceiros 5.130 – Vinculado a prestação de garantias 6.987 14.395 Relações Interfinanceiras 398 1.679 Recebimentos e pagamentos a liquidar 398 1.679 Relações Interfinanceiras 5.270 4.737 Relações Interdependências 38 60 Pagamentos e recebimentos a liquidar 864 912 Recursos em trânsito de terceiros 38 60 Créditos vinculados 127 253 Outras Obrigações 380.877 335.287 Correspondentes 4.279 3.572 Cobrança e arrecadação de tributos e assemelhados 18 23 Operações de Crédito 44.769 51.177 Fiscais e previdenciárias 3.081 2.140 Operações de crédito – Setor privado 53.760 55.412 Diversas 377.778 333.124 (Provisão para créditos de liquidação duvidosa) (8.991) (4.235) Outros Créditos 280.132 275.180 Exigível a Longo Prazo 38.598 25.890 Depósitos 9.327 2.624 Rendas a receber 1 – Diversos 292.797 286.999 Depósitos interfinanceiros 3.173 – Depósitos a prazo 6.154 2.624 (Provisão p/ outros créditos de liquidação duvidosa) (12.666) (11.819) Outras Obrigações 29.271 23.266 Outros Valores e Bens 6.362 273 Fiscais e previdenciárias 24.619 19.555 Outros valores e bens 5.954 14 Diversas 4.652 3.711 Despesas antecipadas 408 259 131.523 76.021 Realizável a Longo Prazo 35.303 28.128 Patrimônio Líquido Capital de domiciliados no país 84.467 51.973 Operações de Crédito 6.415 7.657 Reservas de capital 857 597 Operações de crédito – Setor privado 6.453 7.700 4.265 2.964 (Provisão para créditos de liquidação duvidosa) (38) (43) Reserva de lucros Ajuste ao valor de mercado de TVM e derivativos 12 230 Outros Créditos 28.870 20.456 Lucros acumulados 41.922 20.257 Diversos 28.870 20.456 558.164 452.007 Outros Valores e Bens 18 15 Total do Passivo Despesas antecipadas 18 15 Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido Permanente 69.140 32.017 para os semestres findos em 30 de junho de 2007 e de 2006 Investimentos 3.644 2.930 (Valores em milhares de reais) Participação em controlada no país 3.348 2.899 Ajuste Outros investimentos 296 31 Reser- valor de Imobilizado 42.351 13.270 va de mercado Outras imobilizações de uso 49.055 13.960 Capital Reser- lucros de TVM Lucros (Depreciação acumulada) (6.704) (690) reali- va de Res. e deri- acumuDiferido 23.145 15.817 zado capital legal vativos lados Total Gastos de organização e expansão 279.957 319.241 597 2.490 230 11.250 66.540 (Amortização acumulada) (256.812) (303.424) Saldos em 01/01/06 51.973 Lucro líq. do semestre – – – – 9.481 9.481 Total do Ativo 558.164 452.007 Destinação proposta: Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Reservas – – 474 – (474) – para os semestres findos em 30 de junho de 2007 e de 2006 Saldos em 30/06/06 51.973 597 2.964 230 20.257 76.021 (Valores expressos em milhares de reais) Saldos em 01/01/07 79.517 1.000 3.348 9 27.570 111.444 4.950 – – – – 4.950 1. Contexto Operacional – O Banco VR S.A. opera como banco múltiplo, na Aumento de capital – (143) – – – (143) forma da Resolução nº 1.524/88 do Banco Central do Brasil, autorizado a Atualiz. de títs. patrim. Ajuste ao valor de desenvolver suas operações através das carteiras comercial, de crédito, fi– – – 3 – 3 nanciamento e investimento. Por decisão de sua administração o Banco in- mercado – TVM – – – – 18.337 18.337 corporou, em 29 de dezembro de 2006, a totalidade do Patrimônio Líquido Lucro líq. do semestre da Smart Net Brasil Ltda. Essa incorporação foi deliberada pela Assembléia Destinação proposta: – – – – (3.068) (3.068) Geral Extraordinária, realizada em 31 de dezembro de 2006. Ambas as em- Dividendos – – 917 – (917) – presas pertencem ao Grupo VR (Grupo Szajman). A referida incorporação Reservas Saldos em 30/06/07 84.467 857 4.265 12 41.922 131.523 se encontra em fase de homologação pelo Banco Central do Brasil. 2. Base de Preparação e Apresentação das Demonstrações Contábeis – As demonstrações financeiras foram elaboradas e estão sendo apresentadas em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil, emanadas da Lei das Sociedades por Ações e adaptadas às normas do BACEN através dos critérios estabelecidos no Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional (COSIF). 3. Resumo das Principais Práticas Contábeis – As principais práticas contábeis adotadas pelo Banco na elaboração das demonstrações financeiras são: a) Apuração do resultado: As receitas e despesas são apropriadas pelo regime de competência. As operações com taxas pré-fixadas são registradas pelo valor de resgate e as receitas e despesas correspondentes a períodos futuros são registradas em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. As operações com taxas pós-fixadas e taxas flutuantes são atualizadas até a data do balanço. b) Aplicações interfinanceiras de liquidez: São avaliadas pelo montante aplicado acrescido dos rendimentos incorridos até a data dos balanços. É constituída provisão para ajuste a valor de mercado, quando aplicável. c) Títulos e valores mobiliários: Os títulos e valores mobiliários, conforme determinado pela Circular BACEN n° 3.068/2001, foram classificados nas seguintes categorias: I) Títulos disponíveis para venda: avaliados pelos seus valores de mercado, em contrapartida à destacada conta do patrimônio líquido denominada “Ajuste ao valor de mercado de títulos e valores mobiliários e derivativos”, líquido dos efeitos tributários; e II) Títulos mantidos até o vencimento: Títulos e valores mobiliários para os quais haja intenção e capacidade financeira de mantê-los em carteira até o vencimento. Esses títulos foram avaliados pelos valores de aplicação, acrescidos dos rendimentos auferidos até a data do balanço, os quais foram lançados no resultado do semestre. d) Operações de crédito e provisão para perdas com créditos: As operações de crédito são classificadas de acordo com julgamento da administração quanto ao nível de risco, levando em consideração a conjuntura econômica, a experiência passada e os riscos específicos em relação à operação, aos devedores e os garantidores, observando os parâmetros estabelecidos pela Resolução nº. 2.682, de 21 de dezembro de 1999, emitido pelo Banco Central do Brasil, que requer a análise periódica da carteira e sua classificação em nove níveis, sendo AA (risco mínimo) e H (risco máximo). As rendas das operações de crédito vencidas há mais de 60 dias, independentemente de seu nível de risco, somente são reconhecidas como receita, quando efetivamente recebidas. As operações classificadas como nível H permanecem nessa classificação por 6 meses, quando então são baixadas contra a provisão existente e controladas, em contas de compensação, não mais figurando no balanço patrimonial. As operações renegociadas são mantidas, no mínimo, no mesmo nível em que estavam classificadas. As renegociações de operações de crédito que já haviam sido baixadas contra a provisão e que estavam em contas de compensação são classificadas como nível H e os eventuais ganhos provenientes da renegociação somente são reconhecidas como receita quando efetivamente recebidos. A provisão para créditos de liquidação duvidosa, é considerada suficiente pela administração e atende aos requisitos estabelecidos pela Resolução anteriormente referida, conforme demonstrado na Nota 6. e) Outros créditos – títulos e créditos a receber: São representados por contas a receber de empresas conveniadas por aquisição de produtos de benefícios, sem características de crédito, e registrados ao valor de face em contrapartida à rubrica de Outras Obrigações – Vales em circulação. A administração adota como critério de provisão para devedores duvidosos o percentual de 50% para créditos vencidos acima de 91 dias de atraso e 100% acima de 181 dias de atraso. f) Investimentos: O investimento em controlada é registrado pelo método da equivalência patrimonial. Os demais investimentos são registrados pelo valor de custo, deduzidos de provisão para perdas, quando aplicável. g) Imobilizado de uso: A depreciação é calculada pelo método linear e as principais taxas anuais são: 20% para veículos e equipamentos de processamento de dados e 10% para outros bens. h) Diferido: Demonstrado pelo custo de aquisição, menos amortização acumulada e provisão de ágio. A amortização dos Gastos com Implantação de Sistemas é calculada pelo método linear, a taxa anual de 20% e a amortização do ágio na incorporação vem sendo calculada proporcionalmente aos resultados apurados em cada exercício. i) Passivo circulante e exigível a longo prazo: Demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo, quando aplicável, os encargos e as variações monetárias incorridos “pro-rata-temporis”. j) Contingências: Passivos Contingentes – Os passivos contingentes são reconhecidos nas demonstrações financeiras quando, baseado na opinião de assessores jurídicos e da administração, for considerado provável o risco de perda de uma ação judicial ou administrativa, com uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes relativos a causas trabalhistas e cíveis classificados como probabilidade de perda provável ou possível foram provisionados com base na expectativa de perda da administração, enquanto aqueles classificados como remoto não requerem provisão e divulgação. Obrigações legais – fiscais e previdenciárias - referem-se a demandas judiciais onde estão sendo contestadas a legalidade e a constitucionalidade de alguns tributos e contribuições. k) Imposto de renda e contribuição social: A provisão para imposto de renda foi constituída à razão de 15% sobre o lucro real, acrescido de adicional de 10% sobre a parte desse lucro que excedeu a R$ 240 no exercício, e a contribuição social calculada sobre o lucro líquido antes do imposto de renda, à alíquota de 9%. 4. Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 2007 69.310 300 69.010 40.813 40.189 624 110.123

Aplicações no mercado aberto Letras Financeiras do Tesouro Letras do Tesouro Nacional Aplicações em depósitos interfinanceiros CDI – Não Ligadas CDI – Não Ligadas – Vinculados ao Credito Rural

2006 25.098 9.999 15.099 7.116 5.289 1.827 32.214

5.Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos Classificação de títulos e valores mobiliários por categoria: 2007 2006 Títulos disponíveis para venda 18 17 Títulos mantidos até o vencimento 6.987 27.683 Total 7.005 27.700 2007 2006 Ajuste no Valor PL, líquido Valor de dos efeitos de Custo mercado tributários Custo mercado Títulos e Vals. Mobiliários Títls. disponíveis p/ venda Ações de Cias. abertas 3 Títls. mantidos até o vencto. Letras Financeiras do Tesouro – Letras do Tesouro Nacional 6.987 6.990

18

12

3

17

– 27.683

27.683

6.987 7.005

– – 12 27.686

– 27.700

Não existiam contratos em aberto de operação com derivativos em 30 de junho de 2007 e de 2006.

A vencer Até 180 dias De 181 a 360 dias Acima de 360 dias

2007 30.673 15.356 6.453 52.482

2006 33.913 17.094 8.018 59.025

Vencidas De 15 a 60 dias De 61 a 180 dias De 181 a 360 dias

1.895 1.238 3.697 1.721 2.139 1.128 7.731 4.087 Total 60.213 63.112 A provisão para créditos de liquidação duvidosa apresentou a seguinte movimentação: 2007 2006 Saldo em 1º de janeiro 5.049 3.705 Constituição 7.346 3.082 Baixas (3.366) (2.509) Saldo em 30 de junho 9.029 4.278

Em 30 de junho de 2007, o estoque de operações de crédito baixados, controladas em conta de compensação, apresentam um valor atualizado de R$ 15.267 (R$ 11.549 em 2006). No semestre findo em 30 de junho de 2007, houve recuperação de créditos anteriormente baixados no valor de R$ 412 (R$ 263 em 2006). 7. Outros Créditos 2007 2006 Créditos tributários 12.680 4.510 Devedores por depósitos em garantia 14.537 14.366 Imposto de renda a compensar 7.198 6.212 Títulos e créditos a receber 279.133 271.685 Outros 8.120 10.682 Provisão para outros créditos de liquidação duvidosa (12.666) (11.819) 309.002 295.636 Curto Prazo 280.132 275.180 Longo Prazo 28.870 20.456 Os títulos e créditos a receber, sem característica de concessão de crédito, referem-se a valores a receber de empresas conveniadas pela aquisição dos produtos (VR Refeição, VR Combustível e VR Alimentação e intermediação de vales transportes). A provisão para outros créditos de liquidação duvidosa apresentou a seguinte movimentação: 2007 2006 Saldo em 1º de janeiro 9.474 13.704 Constituição 4.449 1.141 Baixas (1.257) (3.026) Saldo em 30 de junho 12.666 11.819 8. Outros Valores e Bens – Composto por materiais e equipamentos de informática, em fase de elaboração, destinados a locação após sua reclassificação para Ativo Imobilizado. 9. Participação em Controlada no País – Refere-se ao investimento na VR Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda., cujos dados são os seguintes: 2007 2006 Capital social 2.897 2.685 Patrimônio líquido 3.507 3.037 Lucro líquido do exercício 105 130 % de participação 95,46 95,46 Valor contábil do investimento 3.348 2.899 Equivalência patrimonial: VR Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. 349 124 Em 30 de novembro de 2006, o Banco VR S.A. adquiriu da empresa Szajman Holdings Ltda. a participação de 99,9945 % na empresa Smart Net Brasil Ltda., pertencente à empresa do Grupo VR (Grupo Szajman), a valores contábeis no montante de R$ 32.544. Por decisão da Administração, em 29 de dezembro de 2006, a controlada Smart Net Brasil Ltda. foi incorporada pelo Banco VR S.A.. O acervo líquido incorporado foi avaliado ao valor contábil em 29 de dezembro de 2006 no montante de R$ 31.969, acarretando um aumento de capital referente à participação dos minoritários na Smart Net Brasil Ltda. no montante de R$ 2. Em 2006 foi reconhecido pelo Banco VR S.A. despesa com resultado de participação na Smart Net Brasil Ltda no montante de R$ 575, ocorrida entre a data de aquisição e a data da referida incorporação. Em 3 de agosto de 2006, o Banco VR S.A. e o Unibanco – União de Bancos Brasileiros S.A firmaram contrato que tem por objetivo estabelecer um investimento conjunto , através da criação de uma nova companhia, cuja participação no capital social será de 50% para cada um dos acionistas acima mencionados. Este investimento conjunto objetivará dentre outras atividades, propiciar o incremento das vendas dos produtos VR, bem como, de outros produtos ligados à área de benefícios. Os documentos correlatos para aprovação do referido contrato estão, conforme exigência da legislação vigente, sob análise do Bacen, permanecendo a transação em caráter suspensivo. Desta forma, o reconhecimento de equivalência patrimonial no valor de R$ 20.000 e demais ajustes decorrentes dos atos societários somente serão reconhecidos após a homologação do Banco Central. 10. Imobilizado Taxas 2007 2006 anuais Custo Deprec. Custo Deprec. de corri- acumu- Líqui- corri- acumu- Líquideprec. gido lada do gido lada do Instalações 10 45 (21) 24 31 (19) 12 Máqs. e equiptos. 10 332 (168) 164 118 (65) 53 Móveis e equiptos. 10 732 (184) 548 448 (101) 347 Equip. informática 20 11.254 (6.169) 5.085 725 (495) 230 Equip.comunicação 10 87 (26) 61 18 (10) 8 Aeronaves 10 7.881 (131) 7.750 Linhas telefônicas 51 (5) 46 Outras imobilizações em curso 28.673 – 28.673 12.620 – 12.620 49.055 (6.704) 42.351 13.960 (690) 13.270 11. Diferido Ágio na incorporação Provisão de ágio Amortização acumulada

2007 2006 291.288 291.288 (54.472) (82.589) (236.816) (208.699) – – Outros gastos diferidos 43.142 27.953 Amortização acumulada (19.997) (12.136) 23.145 15.817 O diferido está representado por ágio decorrente de incorporação de controlada a valor de mercado e gastos com implantação e aquisição de softwares. A amortização do ágio na incorporação vem sendo calculada proporcionalmente aos resultados apurados em cada exercício e dos softwares pelo prazo de 5 anos, a partir da data de aquisição. 12. Imposto de Renda e Contribuição Social – a) Segue a demonstração do imposto de renda e da contribuição social incidente sobre as operações do exercício: 2007 2006 Resultado antes do imposto de renda e contribuição social e após as participações 15.533 9.481 Encargos (imposto de renda e contribuição social) às alíquotas nominais de 25% e 9%, respectivamente (5.281) (3.224) Exclusões (adições): 8.085 4.561 Resultado de participação em controlada 118 42 Amortização de ágio de incorporação de participações societárias 9.281 5.306 Outras (1.314) (787) Crédito tributário não reconhecido sobre diferenças temporárias de exercícios anteriores – 1.337 Imposto de renda e contribuição social diferidos 2.804 –

6. Operações de Crédito – Em 30 de junho de 2007 e de 2006, as operações de crédito realizadas no setor privado com pessoas físicas e os respectivos níveis de risco e provisionamento são apresentados como segue: Níveis em 30/06/2007 A B C D E F G H Total Setor privado Pess. físicas 47.310 1.682 937 681 616 577 681 7.729 60.213 Total 47.310 1.682 937 681 616 577 681 7.729 60.213 b) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos Provisão % 0,5% 1% 3% 10% 30% 50% 70% 100% Constituição Valor 236 17 28 68 185 289 477 7.729 9.029 Saldos em (realização), Saldos em Circulante 8.991 31/12/2006 líquidas 30/06/2007 Realiz. a longo prazo 38 Descrição Imposto de renda diferido (ativo) – Níveis em Provisão para perdas em crédito 4.936 2.706 7.642 30/06/2006 A B C D E F G H Total Provisão para contingências 4.940 98 5.038 Setor privado Total 9.876 2.804 12.680 Pess. físicas 55.065 1.512 956 753 675 586 586 2.979 63.112 De acordo com os critérios estabelecidos pela Circular 2.746/97 e ResoluTotal 55.065 1.512 956 753 675 586 586 2.979 63.112 ção 3.059/02 ambas do Banco Central do Brasil, foi efetuado registro contáProvisão % 0,5% 1% 3% 10% 30% 50% 70% 100% bil de créditos tributários de imposto de renda e contribuição social sobre o Valor 275 15 29 75 202 293 410 2.979 4.278 montante das diferenças temporárias representadas pelas despesas aproCirculante 4.235 priadas e ainda não dedutíveis para fins de imposto de renda e contribuição Realiz. a longo prazo 43 social. c) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças A instituição adota como política não classificar operações com nível de temporárias do imposto de renda e contribuição social, com expectativa para risco AA. Em 30 de junho, as operações de crédito apresentam o seguinte 2009, é de R$ 12.680. O valor presente dos créditos tributários sobre as difeperfil por faixa de vencimento: renças temporárias, considerando a taxa média de captação é de R$ 9.522. A Diretoria Parecer dos Auditores Independentes Aos Acionistas e Diretores do Banco VR S.A. – São Paulo-SP 1. Examinamos os balanços patrimoniais do Banco VR S.A., levantados em 30 de junho de 2007 e de 2006, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos semestres findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas brasileiras de auditoria

e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos do Banco; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração do Banco, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimo-

Demonstrações do Resultado para os semestres findos em 30 de junho 2007 e de 2006 (Valores em milhares de reais, exceto lucro por ação) 2007 2006 Receitas da Intermediação Financeira 14.475 14.856 Operações de crédito 8.837 9.539 Resultado de operações com títulos e valores mobiliários 5.638 5.317 Despesas da Intermediação Financeira 12.481 4.945 Operações de captação no mercado 686 722 Provisão para créditos de liquidação duvidosa 11.795 4.223 Resultado Bruto da Intermediação Financeira 1.994 9.911 Outras Receitas/Despesas Operacionais 13.536 (435) Receitas de prestação de serviços 118.266 92.097 Despesas de pessoal (27.855) (11.712) Outras despesas administrativas (89.119) (90.569) Despesas tributárias (9.585) (6.309) Resultado de participação em controlada 349 124 Outras receitas operacionais 30.731 22.419 Outras despesas operacionais (9.251) (6.485) Resultado Operacional 15.530 9.476 Resultado não Operacional 3 5 Resultado antes da Tributação sobre o Lucro 15.533 9.481 Imposto de Renda e Contribuição Social 2.804 – Lucro Líquido do Semestre 18.337 9.481 Lucro Líquido por Ação em Reais 3,09 2,21 Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos para os semestres findos em 30 de junho de 2007 e de 2006 (Valores em milhares de reais) 2007 2006 Origem dos Recursos 55.684 39.547 Lucro líquido ajustado do semestre 22.030 10.891 Realização de acionistas: 4.950 – Aumento de capital 4.950 – Recursos de terceiros: 28.704 28.656 Aumento dos subgrupos do passivo: 20.672 5.366 Depósitos – 3.680 Captações em operações compromissadas 4.379 – Relações interfinanceiras e interdependências 392 1.686 Outras obrigações 15.901 – Diminuição dos subgrupos do ativo: 8.032 23.290 Aplicações interfinanceiras de liquidez – 22.343 Títs. e vals. mobiliários e instrum. financ. derivativos 332 – Relações interfinanceiras e interdependências 3.171 801 Operações de crédito 2.880 – Outros créditos 1.649 – Outros valores e bens – 146 Aplicação dos Recursos 55.787 39.309 Dividendos propostos 3.068 – Inversões em: 13.611 3.533 Imobilizado de uso 13.611 3.533 Aplicações no diferido 1.201 49 Aumento dos subgrupos do ativo: 32.689 30.987 Aplicações interfinanceiras de liquidez 32.584 – Títs. e vals. mobiliários e instrum. financ. derivativos – 2.053 Operações de crédito – 6.413 Outros créditos – 22.521 Outros valores e bens 105 – Redução dos subgrupos do passivo: 5.218 4.740 Depósitos 5.218 – Obrigações por empréstimos e repasses – 4.740 Aumento (Diminuição) das Disponibilidades (103) 238 Modificação na Posição Financeira Início do período 163 343 Fim do período 60 581 Aumento (Diminuição) das Disponibilidades (103) 238 Demonstração do Lucro Líquido Ajustado Lucro líquido do semestre 18.337 9.481 Despesas que não afetam o capital circulante 3.693 1.410 Resultado de participação em controlada (349) (124) Depreciações e amortizações 4.039 1.534 Ajuste ao valor de mercado TVM 3 – Provisão de ágio (27.297) (15.608) Amortizações ágio 27.297 15.608 Lucro líquido ajustado 22.030 10.891 13. Passivos Contingentes e Obrigações Legais – Fiscais e Previdenciárias – O Banco VR S.A. é parte em processos judiciais e administrativos de natureza tributária, cívil e trabalhista, decorrentes do curso normal de suas atividades. A Administração entende que as provisões constituídas são suficientes para atender eventuais perdas decorrentes de processos judiciais. a) Depósitos Judiciais Fiscais Trabalhistas Total Saldo em 01/01/2007 11.708 2.674 14.382 Constituição – 280 280 Baixas por Pagamento – (125) (125) Saldo em 30/06/2007 11.708 2.829 14.537 b) Passivos Contingentes e Obrigações Legais por Natureza 2007 2006 Provisão para Riscos Fiscais (1) 24.619 19.555 Provisão para Contingências Trabalhistas (2) 3.870 3.382 Provisão para Outros Passivos Contingentes – Cíveis (2) 781 329 Total 29.270 23.266 (1) Classificados na rubrica “Outras obrigações – Fiscais e Previdenciárias” no exegível a longo prazo, inclui, substancialmente, obrigações legais e encontram-se classificadas no exigível a longo prazo. (2) Classificados na rubrica de “Outras obrigações – Diversas”. c) Movimentação dos Passivos Contingentes e Obrigações Legais Fiscais Trabalhistas Cíveis Total Saldo em 01/01/2007 20.238 3.350 684 24.272 Constituição (1) 4.381 629 97 5.107 Baixas por Pagamento – (109) – (109) Saldo Final em 30/06/2007 24.619 3.870 781 29.270 (1) Riscos Fiscais contemplam as constituições de impostos contingenciados do período e contabilizados em “Despesas Tributárias”. Os principais processos são: • Diferença de Alíquota da CSLL – questiona o recolhimento da diferença de alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido aplicada às Instituições Financeiras nos anos-base de 96 a 98, em discordância ao princípio constitucional da isonomia. Autos conclusos no TRF. • URV – Mandado de Segurança com o objetivo de aproveitar imediatamente e integralmente a diferença resultante do não reconhecimento da variação dos preços em cruzeiros reais ocorrida no mês de junho de 1994 correspondente a 41,94% referente à correção monetária da expressão em URV no mesmo período. Os valores estão depositados judicialmente. Autos conclusos no TRF. • Plano Verão IRPJ/CSLL – Trata-se de Mandado de Segurança em que o Banco VR requer em juízo autorização para deduzir integralmente a parcela de correção monetária das suas demonstrações financeiras relativas ao período de 1990 entre a variação do IPC e a variação do BTNF, na determinação do lucro real, quando da apuração dos tributos incidentes sobre a renda, no exercício financeiro encerrado em 31/08/94. Contingências Trabalhistas: São ações movidas por ex-empregados pleiteando direitos trabalhistas que entendem devidos, em especial ao pagamento de “horas extras” e outros direitos trabalhistas. As ações são controladas individualmente e as provisões são constituídas com base na jurisprudência, no histórico de pagamentos realizados, inclusive nos acordos celebrados em ações trabalhistas e na fase processual de cada ação. Contingências Cíveis: São ações judiciais movidas de caráter indenizatórios e relativas a indenização por dano material e/ou moral, referentes à relação de consumo, versando, basicamente, com protesto indevido, inserção de informações sobre devedores no cadastro de restrições ao crédito. As ações são controladas individualmente e provisionadas de acordo com a avaliação de êxito e classificação de acordo com os assessores jurídicos e levando em consideração a situação de cada processo, a lei e a jurisprudência. 14. Outras Obrigações – Diversas – Credores diversos - país – Representam substancialmente as obrigações decorrentes dos vales em circulação (VR Refeição, VR Combustível e VR Alimentação), que se encontram em poder dos usuários e estabelecimentos credenciados no montante de R$ 348.907 (R$ 314.747 em 2006) e outras R$ 33.523 (R$ 22.088 em 2006). 15. Capital Social – O capital social está representado em 30 de junho de 2007 por 5.941.527 ações ordinárias, sem valor nominal (4.299.582 em 2006), totalmente subscritas e integralizadas por acionistas domiciliados no País. Em 27 de junho de 2007 foi efetivado aumento de capital de R$ 79.517 para R$ 84.467 através da integralização de recursos pelos acionistas, conforme ata de assembléia geral extraordinária. O referido aumento de capital encontra-se em fase de homologação pelo Banco Central do Brasil. O Estatuto Social prevê a destinação de 5% do lucro líquido como reserva legal e a distribuição de dividendos mínimos de 25% do lucro líquido, ajustado na forma da legislação societária e, quando for o caso, conforme as resoluções da Assembléia Geral. Foram propostos dividendos no montante R$ 3.068 pela administração, os quais serão objeto de deliberação em Assembléia Geral Ordinária. 16. Receitas de Prestação de Serviços – As receitas de prestação de serviços a terceiros referem-se substancialmente as comissões e tarifas de administração de benefícios, tais como: VR Refeição, VR Combustível e VR Alimentação etc. 17. Outras Despesas Administrativas 2007 2006 Despesas de aluguéis 1.983 1.964 Despesas de arrendamento de bens 391 997 Despesas de comunicações 4.703 1.095 Despesas de processamento de dados 13.304 15.884 Despesas de propaganda e publicidade 3.705 1.053 Despesas de seguros 109 144 Despesas de serviços de terceiros 14.873 39.735 Despesas de serviços de vigilância e segurança 7.040 4.072 Despesas de serviços de técnicos especializados 3.459 3.041 Despesas de transporte 5.146 3.754 Despesas de serviços do sistema financeiro 1.347 1.067 Despesas de amortização de ágio de incorporação 27.296 15.608 Outras 5.763 2.155 89.119 90.569 18. Outras Receitas Operacionais Reversão de provisão de ágio de incorporação Juros de mora sobre fatura de benefícios Vales vencidos não apresentados Outras

2007 27.296 1.785 – 1.650 30.731

2006 15.608 1.674 1.851 3.286 22.419

19. Outras Despesas Operacionais Bonificação comercial a empresas usuárias de benefícios Perdas com Clientes RH indedutíveis Perdas com Clientes RH dedutíveis Custo de confecção de cartão VR Outras

2007 5.035 – 555 1.326 2.335 9.251

2006 3.050 312 1.145 945 1.033 6.485

20.Transações entre Partes Relacionadas – As captações em depósitos a prazo e interfinanceiros de partes relacionadas são efetuadas pelas taxas normais de mercado, tomando como parâmetro às taxas médias praticadas com terceiros. 21. Limite Operacional – Acordo da Basiléia – O patrimônio líquido do Banco é compatível com a estrutura de seus ativos ponderados de acordo com os critérios de risco estabelecido pela Resolução 2.099, de 17 de agosto de 1994 e legislação complementar, do Banco Central do Brasil. Ativo ponderado pelo risco Fator de ponderação de risco 2007 2006 Risco reduzido: 20% 173 182 Risco reduzido: 50% 20.406 3.558 Risco normal: 100% 416.039 376.743 Créditos tributários – Circular 2.916 38.040 13.531 474.658 394.014 PLE – para cobertura de risco – taxa de juros PLE – em função do risco das operações ativas

352 52.565

689 44.030

Ademar Ripke Júnior – CRC 1SP217934/O-2 nial e financeira do Banco VR S.A. em 30 de junho de 2007 e de 2006, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos correspondentes aos semestres findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 20 de agosto de 2007. Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes CRC nº 2 SP 011609/O-8 Clodomir Félix Fialho Cachen Junior Contador CRC nº 1 RJ 072947/O-2 “S” SP


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Banco Itaú BBA S.A. CNPJ: 17.298.092/0001-30 MATRIZ: São Paulo - SP Av. Brigadeiro Faria Lima, 3.400 3º ao 8º andares 04538 132 t. 11 3708 8000 f. 11 3708 8172 www.itaubba.com.br

SUCURSAIS: Rio de Janeiro - RJ - Praia de Botafogo, 300 Sala 1201 22250 040 t. 21 2553 1400 f. 21 2553 0534 Campinas - SP - Av. Dr. José Bonifácio Coutinho Nogueira, 150 8º andar Sls. 804 / 806 / 808 / 810 Cond. Galleria Plaza 13091 611 t. 19 3707 5500 f. 19 3707 5599 Porto Alegre - RS - Rua Soledade, 550 cj 1201 Bairro Petrópolis 90470 340 t. 51 3025 4466 f. 51 3028 4462 Belo Horizonte - MG - Rua Paraíba, 1.000 13º andar 30130 141 t. 31 2101 1350 f. 31 2101 1399 Salvador - BA - Av. Tancredo Neves, 1.186 Ed. Catabas Center 41820 020 t. 71 3342 5944 f. 71 3342 5931

Curitiba - PR - Al. Dr. Carlos de Carvalho, 417 25º andar cj. 2501 80410 180 t. 41 3028 4450 f. 41 3028 4488 Montevidéu - Uruguai - Plaza Independencia, 831 Of. 706 C.P. 11.100 t. +59 82 901 3965 f. +59 82 908 5613 Nassau - Bahamas - West Bay Street P.O. Box 778 REPRESENTAÇÕES: Nova Iorque - EUA - 540 Madison Avenue, 24th Floor New York NY 10022 t. +1 212 838 4439 f. +1 212 838 4624 Buenos Aires - Argentina - Cerrito 740, piso 7 CP 1010AAP t. +54 11 5273 3501 f. +54 11 4372 8043 Xangai - Room 1009, 10/F, One Corporate Avenue, 222 Hu Bin Road, Luwan District, Shanghai 200021 P.R.China t. +86 21 3311 3466 f. +86 21 6340 6220

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E DE 2006 - Em milhares de reais

(continuação)

14. EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Está representado, principalmente, por: (a) depósitos interfinanceiros, depósitos a prazo e captações no mercado aberto com remuneração preponderante em taxa pós-fixada; (b) repasses de recursos de instituições oficiais no país (principalmente BNDES e Finame); e (c) obrigações por títulos emitidos e empréstimos, no exterior, com taxas que variam, de 3,88% a 11,31% ao ano mais imposto de renda, quando aplicável. As parcelas de longo prazo podem ser resumidas nos seguintes vencimentos: Repasses de recursos de instituições oficiais 2007 2006 463.079 242.777 391.131 215.427 521.174 356.899 409.198 280.796 293.143 175.586

Obrigações por títulos emitidos e empréstimos, no exterior 2007 2006 276.638 237.301 377.782 80.089 734.906 264.156 72.044 69.682 77.765 65.485

Depósitos Captações no interfinanceiros Depósitos a prazo mercado aberto Vencimentos até 2007 2006 2007 2006 2007 2006 31/12/2007 ............ - 567.840 - 189.135 - 1.037.643 30/06/2008 ............ - 920.411 - 221.465 - 1.862.388 31/12/2008 ............ 2.014.402 44.807 719.966 123.460 2.699.913 9.292 31/12/2009 ............ 3.820.917 1.408.711 375.441 166.014 1.888.441 33.216 31/12/2010 ............ 2.324.975 977.347 373.052 286.070 151.805 31/12/2011 ............ 1.438.894 65 202.101 108.479 31/12/2012 a 31/12/2013 ............ 432.539 65.854 235.425 48.096 5.917 5.231 302.737 205.250 419.377 7.373 Acima de 31/12/2013 ............ 9.081.751 2.537.311 184.955 114.301 19.113.478 6.522.346 1.905.985 1.142.719 4.746.076 2.947.770 2.102.338 2.054.115 1.681.874 1.000.724 15. PATRIMÔNIO LÍQUIDO

a) Capital social O capital social do Itaú BBA é representado por 10.569.052 (2006 - 10.315.908) ações nominativas, sem valor nominal, das espécies ordinária e preferencial, em igual número, e pertencentes a domiciliados no país. Em 30 de abril de 2007 o capital social do Itaú BBA foi elevado em R$ 1.345.879 mediante a capitalização de reservas e lucros sem emissão de ações, homologado pelo BACEN em 31 de julho de 2007. b) Dividendos e Juros sobre o capital próprio O estatuto social prevê a distribuição mínima obrigatória de 25% do lucro líquido do exercício através de dividendos ou de juros sobre o capital próprio, ajustado de acordo com as disposições da legislação societária. As ações preferenciais não têm direito a voto, possuem prioridade no reembolso de capital em caso de liquidação da sociedade e igualdade de direitos com as ações ordinárias nos demais aspectos. 16. GARANTIAS PRESTADAS A TERCEIROS As garantias prestadas a terceiros montavam a R$ 5.870.238 (2006 - R$ 4.157.881) representadas por avais, fianças e outras coobrigações. 17. OUTRAS INFORMAÇÕES a) Outros créditos - Diversos: Créditos tributários de impostos e contribuições (Nota 12b) ...................................... Depósitos em garantia de recursos (Nota 11c)(1) ................................................................................................... Impostos e contribuições a compensar ........................................................................ Valores a receber de sociedades ligadas ...................................................................... Outros ............................................................................................................................... (1)

POLÍTICA - 11

2007

2006

263.353 468.527 93.187 6.744 11.153 842.964

322.220 300.337 122.062 71.339 5.051 821.009

2.499 18.776 54.354 11.286 86.915

8.900 52.587 48.960 5.525 115.972

205.400 29.326 71.146 566.237 872.109

399.394 15.528 94.122 445.126 954.170

Substancialmente vinculados a processos fiscais.

b) Outras obrigações - Diversas: Assunção de dívidas ....................................................................................................... Provisão para pagamentos a efetuar ............................................................................. Provisão para passivos contingentes (Nota 11b) ......................................................... Outros ...............................................................................................................................

c) Obrigações fiscais e previdenciárias Impostos e contribuições sobre lucros ......................................................................... Impostos e contribuições a recolher ............................................................................. Provisão para impostos e contribuições diferidos ....................................................... Obrigações legais - fiscais e previdenciárias (Nota 11c) ..............................................

d) Despesas tributárias Contribuição ao COFINS ................................................................................................. Contribuição ao PIS/PASEP ............................................................................................ Imposto sobre serviços de qualquer natureza ISS ....................................................... CPMF ................................................................................................................................ Outras ...............................................................................................................................

e) Outras receitas operacionais: Variação cambial - agências no exterior ....................................................................... Reversão de provisão para volatilidade ........................................................................ Imposto de renda a recuperar das agências no exterior ............................................. Recuperação de encargos e despesas ........................................................................... Receitas oriundas de operações das agências no exterior .......................................... Outras ...............................................................................................................................

f) Outras despesas operacionais: Ágios amortizados .......................................................................................................... Despesas de comissão e intermediação ....................................................................... Provisão para contingências - ações cíveis (Nota 11b) ................................................ Despesas com operações de exportação, importação e outros relacionados a comércio exterior ............................................................................... Variação cambial - câmbio futuro .................................................................................. Outras ...............................................................................................................................

g) Os ativos dados em garantia totalizavam a R$ 2.518.361 (2006 - R$ 1.654.063) e estavam representados por: (i) títulos e valores mobiliários R$ 1.672.458 (2006 - R$ 1.436.105); (ii) aplicações no mercado aberto R$ 28.236 (2006 - nihil); (iii) depósitos em margem R$ 774.278 (2006 - R$ 121.638) e (iv) outros ativos R$ 43.389 (2006 - R$ 96.320). Deste montante, R$ 1.694.986 (2006 - R$ 1.270.393) destinavam-se a garantia de operações junto a BM&F e BOVESPA. h) Em garantia de recursos voluntários (artigo 32 da Lei 10.522/02), interposto nos processos administrativos estão arrolados bens do Ativo Permanente no montante de R$ 43.389 (2006 - R$ 96.320), representado por Imóveis R$ 5.967 (2006 - R$ 6.369) e Investimento (Ações) de R$ 37.422 (2006 - R$ 89.951). i) Em atendimento à Resolução nº 3.198, de 27 de maio de 2004, do CMN, o Itaú BBA aderiu ao Comitê de Auditoria único instituído pelo Conglomerado Financeiro Itaú, por intermédio da instituição líder Banco Itaú Holding Financeira S.A.. O resumo do relatório do referido comitê será divulgado em conjunto com as demonstrações contábeis da instituição líder em 07 de agosto de 2007. j) Acordos para compensação e liquidação de obrigações no âmbito do Sistema Financeiro Nacional Foram firmados alguns acordos para compensação e liquidação de obrigações ao amparo da Resolução no 3.263, de 24 de fevereiro de 2005, do CMN, por meio de instrumentos públicos cujo objetivo é permitir a compensação de créditos e débitos mantidos com uma mesma contraparte, onde os vencimentos dos direitos e obrigações podem ser antecipados para a data em que ocorrer o evento de inadimplência por uma das partes ou em caso de falência do devedor.

18. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS O Itaú BBA mantém transações com seus acionistas, empresas ligadas e entre si, efetuadas em condições normais de mercado, e podem ser assim resumidas:

Aplicações no mercado aberto ................................................... Aplicações em depósitos interfinanceiros ................................. Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos ............................................................. Relações interfinanceiras ............................................................ Outros créditos: Carteira de câmbio .................................................................... Rendas a receber ....................................................................... Negociação e intermediação de valores ................................. Valores a receber de sociedades ligadas ................................ Diversos ..................................................................................... Depósitos ...................................................................................... Captações no mercado aberto .................................................... Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior ............................................................. Relações interdependências ....................................................... Instrumentos financeiros derivativos ......................................... Outras obrigações: Carteira de câmbio .................................................................... Sociais e estatutárias ................................................................ Negociação e intermediação de valores ................................. Dívidas subordinadas ............................................................... Diversas .....................................................................................

Ativos/(passivos) 2007 2006 9.640.189 3.911.801 4.707.577 21.530.257

Receitas/(despesas) 2007 2006 520.195 279.156 1.018.349 313.995

1.677.315 20.818

1.162.995 28.241

1.251.020 -

2.348.966 -

1.999.614 7.409 14.362 6.744 322 (38.453.180) (699.437)

503.559 12 71.339 188 (14.800.787) (249.994)

136.052 8.923 80 (1.860.571) (33.535)

17.732 2.323 27 (1.046.415) (5.939)

(7.889) (298.792) (984.624)

(999) (1.074.240)

(42) (1.045.692)

(323) (2.287.052)

(2.075.768) (123.503) (14.357) (234)

(503.248) (132.234) (65.146) (261)

(156.727) (2.948) (17.375)

(21.014) (3.368) (16.939)

Mario Luiz Amabile Contador CRC 1SP129089/O-1

A DIRETORIA

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Administradores e Acionistas Banco Itaú BBA S.A.

(48.625 ) (7.925 ) (5.993 ) (7.465 ) (1.641 ) (71.649 )

(57.986) (9.432) (6.251) (3.185) (669) (77.523)

6.012 38.954 1.085 4.623 2.463 53.137

4.990 77.374 46.608 1.442 4.782 1.087 136.283

(465 ) (2.876 ) (2.728 )

(6.889) (2.903)

São Paulo, 6 de agosto de 2007.

(2.687 ) (353 ) (9.109 )

(7.200) (9.517) (2.005) (28.514)

PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5

1

Examinamos os balanços patrimoniais do Banco Itaú BBA S.A. em 30 de junho de 2007 e de 2006 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, dos semestres findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações contábeis.

2

Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações contábeis em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do Banco, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração do Banco, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

3

Somos de parecer que as referidas demonstrações contábeis apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco Itaú BBA S.A. em 30 de junho de 2007 e de 2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos, dos semestres findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Carlos Augusto da Silva Contador CRC 1SP197007/O-2

POLÍTICA

Lula indica Menezes Direito para o STF Fã de Machado de Assis e Michel de Montaigne, Carlos Alberto Menezes Direito é conhecido por seu temperamento inusitado, gosto por farmacologia e fé católica

O

ministro Carlos Alberto Menezes Direito, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir a vaga do ministro Sepúlveda Pertence no Supremo Tribunal Federal (STF), tem fama de conservador. Os amigos, como a escritora Nélida Piñon, dizem que isso é intriga da oposição. "Ele não é conservador. É um homem extremamente religioso, que defende certos princípios, mas é aberto a discussões", diz Nélida, amiga há 27 anos. A forte ligação de Direito com a Igreja Católica é notória. No Judiciário, comenta-se que figuras da alta hierarquia da Igreja procuraram o governo para reforçar o pedido pela indicação dele. Direito nasceu em Belém, mas mora no Rio desde os dois anos. É formado pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) e, há 19 anos, está na magistratura. São 11 anos no STJ e oito como desembargador do Tribunal de Justiça (TJ) do Rio. A vaga no TJ foi indicação do amigo Moreira Franco, então governador do Estado. O ministro do STJ foi secretário de Educação do Rio no mandato

Dida Sampaio/AE

de Franco (1987 a 1988). Não na em Brasília para ter aulas de foi a primeira experiência dele filosofia e lógica. Na disputa na política. A estréia foi em por uma vaga na mais alta cor1975, como chefe de gabinete te de Justiça do País, Direito tedo então ministro da Educa- ve o apoio de outro ministro do ção, Ney Braga, durante a ges- STF, Eros Grau, que sonha com tão do ex-presidente Ernesto uma vaga na Academia BrasiGeisel. Depois, ocupou o mes- leira de Letras (ABL) e, neste caso, conta com o mo cargo na prea p o i o d e l e , i nfeitura do Rio, na fluente entre os ad mini stra ção imortais. Israel Klabin. No E m 2 0 0 5 , D igoverno José reito teve um deSarney, foi presi- É intriga da oposição. dente da Casa da Ele não é conservador. se nte ndi men to com o então preMoeda. Antes de É um homem sidente do STJ, entrar no PMDB, extremamente ministro Edson foi do PDC. Bons amigos religioso, que defende Vidigal. Direito Franco, vice-pre- certos princípios, mas queria que fosse sidente de Lote- é aberto a discussões. colocado um crucifixo no plenárias da Caixa Nélida Piñon rio. Numa votaEconômica Feção secreta, a coderal (CEF), fez locação da imaparte da campanha para que Direito fosse in- gem de Cristo ganhou por um dicado ao STF. "Ajudo os meus voto. Vidigal, ainda assim, foi amigos sempre que posso. Já contra. Afirmava que, como o tinha feito a mesma coisa para Estado é laico, não poderia esque o Fernando Henrique o in- colher uma religião entre tandicasse para o STJ." Direito tas. Direito insistiu. O então presidente do STJ também é amigo do ministro enrolou um tempo, dizia que da Defesa, Nelson Jobim. O ministro do Superior Tri- faria uma licitação. Como a bunal e Jobim, junto com o mi- imagem de Cristo pregado na nistro Gilmar Mendes, do STF, cruz não foi posta, dizem que a reúnem-se uma vez por sema- relação foi abalada.

Morador de Copacabana, Direito tem três filhos – um juiz um advogado e uma promotora que mora em Londres, e seis netos. De vez em quando, vai à praia com os netos perto da sua casa, na Rua Dias da Rocha. Adora a literatura do escritor Machado de Assis, lê e relê as obras do pensador francês Michel de Montaigne. Também tem grande interesse por Farmacologia. O advogado Sérgio Bermudes, amigo há 30 anos, consulta Direito quando duvida de algum remédio receitado pelo médico. "Ele, às vezes, discorda. Diz que prefere outro. Direito poderia ser processado por exercício ilegal da medicina", brinca. O temperamento rendeulhe a fama de prepotente. "Ele é um homem intransigente com a disciplina. É do tipo caxias mesmo. Não tem constrangimento em reclamar", diz o exdesembargador Antônio Carlos Amorim, colega dele nos tempos de TJ. É famosa nos salões de Brasília uma atitude de Direito. Quando um jantar demora muito a ser servido, ele é capaz de, com toda a educação, pedir providências imediatas à dona da casa. Seja ela quem for. (AE)

Atitude mais famosa de Direito: pedir providências quando o jantar demora


12

Empresas Finanças Tr i b u t o s Nacional

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

O comércio irregular terá de se adequar para não perder clientes. Alencar Burti, presidente da ACSP

SESSENTA POR CENTO DO VAREJO SONEGA IMPOSTOS

NOVO DOCUMENTO CRIADO PELA FAZENDA SERÁ EMITIDO EM PRIMEIRO LUGAR POR RESTAURANTES

SAI EM OUTUBRO NOTA FISCAL PAULISTA Renato Carbonari Ibelli

Paulo Pampolin/Hype

F

oi sancionada ontem pelo governador José Serra a lei que possibilita a implantação da Nota Fiscal Paulista (PL 544/07), mecanismo que permitirá devolver aos consumidores 30% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) recolhido mensalmente pelos estabelecimentos comerciais do Estado de São Paulo. O benefício será dado ao contribuinte, ou à empresa enquadrada no Supersimples, que exigir a nota fiscal e informar CPF ou CNPJ. Os cerca de 20 mil restaurantes (veja quadro) do estado serão os primeiros obrigados a emitir. A partir de 1° de outubro próximo os estabelecimentos precisarão registrar na nota o CPF ou o CNPJ do consumidor que exigir o documento fiscal, e enviar pela internet as informações da nota à Secretaria da Fazenda (Sefaz-SP). Caso a nota não seja emitida, ou os dados não sejam enviados dentro do prazo, o varejo será multado em R$ 1.423,00 por cada procedimento irregular. O estabelecimento poderá registrar as informações enviando um arquivo de texto para a Sefaz-SP, o que é válido para as operações com cupons fiscais, notas fiscais de venda a consumidor e notas fiscais modelo 1. A outra maneira é digitar os dados diretamente no portal da Sefaz-SP, o que é vá-

Governador José Serra sanciona lei no Palácio dos Bandeirantes

lido só para as notas fiscais ao consumidor final. Ao exigir a nota, o contribuinte vai acumular créditos de ICMS, que poderão ser trocados por descontos no Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), entre outros benefícios (veja quadro). A proposta prevê sorteio de prêmios entre os que pedirem o documento fiscal. Segundo o secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, "a Nota Fiscal Paulista vai reduzir a carga tributária sobre o contribuinte, ao mesmo tempo em que combaterá a sonegação, já que estimulará compras em estabelecimentos legais". O governador do estado estima que 60% do varejo paulista sonega impostos. Com a proposta, a Sefaz-SP acredita que 750 mil estabelecimentos do varejo estarão operando com a Nota Fiscal Paulista até

meados do próximo ano. O presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Alencar Burti, vê como positivo o fato de o consumidor se transformar em fiscal. "A possibilidade de gerar créditos nas compras vai motivar o consumidor a buscar estabelecimentos que emitem nota. Com isso, o comércio irregular terá de se adequar para não perder clientes, o que vai reduzir o contrabando e a pirataria." As notas fiscais sem identificação do comprador poderão gerar créditos para entidades de assistência social cadastradas na Sefaz-SP. Não gerarão crédito entidades da administração pública, operações de energia elétrica, gás canalizado ou serviços de comunicação. Pessoas jurídicas que estão fora do Supersimples também não terão direito ao benefício.

Decisão é do juiz da 3ª Vara Federal de Bauru. Empresa informou que pretende recorrer a instância superior.

Speedy: Justiça derruba exigência de provedor.

O

juiz Marcelo Freiberger Zandavali, da 3ª Vara Federal de Bauru, determinou que a Telefônica deixe de exigir que os usuários do serviço de banda larga Speedy de todo o Estado de São Paulo contratem paralelamente um provedor de acesso. A empresa tem prazo de 30 dias para comunicar a mudança aos seus 1,8 milhão de assinantes do sistema de internet em banda larga. Também terá de ressarcir os gastos que eles tiveram com provedor, acrescidos de juros e correção monetária, a partir de setembro de 2003. Se a companhia não cumprir a determinação, deverá pagar multa de R$ 36 milhões relativa ao primeiro mês de desobediência e R$ 1,2 milhão por dia excedente. A sentença atende a uma postulação do Ministério Público Federal, que considera a CRECI 17731 J

exigência do provedor como venda de serviço em operação casada, o que é proibido pelo Código de Defesa do Consumidor. A alegação inicial era de que a Telefônica, como empresa de prestação de serviços de comunicação, não pode atuar como provedor, e que os equipamentos de conexão exigiam a presença desse agregado. Mas o procurador Pedro Antonio de Oliveira Machado acabou provando que o sistema funciona sem a participação do provedor e, em 2002, conseguiu uma primeira liminar que obrigava a empresa a dispensar a exigência. A Telefônica, no entanto, recorreu ao 3º Tribunal Federal Regional e reformou a liminar, ficando autorizada a cobrar R$ 54 de adicional à assinatura do Speedy. A Telefônica informou que vai recorrer à segunda instância. (AE)

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quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Empresas Nacional Finanças Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

13 A Caixa Econômica Federal alterou os prazos de financiamentos de 20 para 30 anos

CONGRESSO JÁ AUTORIZOU R$ 11,3 BILHÕES

APORTES DO GOVERNO FICAM AQUÉM DA META PARA PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO

INVESTIMENTOS ALCANÇAM R$ 8 BI

O

s gastos federais com investimento somaram R$ 8,7 bilhões de janeiro a julho deste ano, melhor resultado até agora no governo Lula, mas apenas um terço da meta prevista no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para 2007. O desempenho é pior no Projeto Piloto de Investimento (PPI), que reúne obras prioritárias, cujos custos podem ser descontados do cálculo do superávit primário: apenas R$ 1,5 bilhão foi concluído, de R$ 11,3 bilhões autorizados pelo Congresso. "O mais importante é o crescimento global dos investimentos. O PPI é apenas uma pequena parcela disso", disse o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, ao anunciar ontem o resultado primário do governo central. Entre janeiro e julho, de acordo com os dados da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), a economia realizada pela União para pagamento dos juros da dívida pública somou R$ 47,7 bilhões, ou 3,35% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse resultado é superior aos 3,19% do PIB obtidos em igual período do ano passado, mas Augustin refuta a tese de que o bom resultado fiscal reflita o baixo volume de investimentos. "A explicação para o aumento do superávit não está na redução dos investimentos, mas numa expansão das receitas acima das demais despesas", disse o secretário.

Marcello Casal/ABr

Valter Campanato/ABr

Arno Augustin, secretário do Tesouro: crescimento global

Enquanto a receita total cresceu 13,2% na comparação com o ano passado, as despesas totais aumentaram em média 12,9%. Os investimentos, entretanto, apresentam variação positiva de 22,9% até julho. Como o peso dos aportes no conjunto da despesa é desprezível (3,6%), essa expansão não chega a surtir efeito no resultado fiscal. Em valores, por exemplo, os investimentos aumentaram de R$ 7 bilhões em 2006 para R$ 8,7 bilhões em 2007, crescimento de R$ 1,7 bilhão. Em igual período, o aumento da receita chegou a R$ 40,3 bilhões. Desse total, R$ 6,9 bilhões foram gastos para cobrir o aumento de transferências a estados e municípios, R$ 8,1 bilhões para cobrir os reajustes salariais aos servidores públicos e R$ 10,6 bilhões para financiar o aumento das despesas da Previdência e Assistên-

cia Social. Os gastos com seguro-desemprego e abono salarial, por exemplo, cresceram 21,6% de janeiro a julho deste ano. As bolsas a idosos e deficientes também estão em rápida expansão (18,3%), acima do que se poderia esperar pelo aumento do salário mínimo. Apesar da expansão desse tipo de gasto, o governo teria margem para acelerar mais os investimentos, mas os números da execução orçamentária reforçam a impressão de que existem algumas dificuldades operacionais. Tanto que o governo não só não gastou, como sequer montou ainda projetos para usar cerca de R$ 3 bilhões do valor inicialmente previsto para o PPI. "Não tenho nenhuma dúvida de que os investimentos vão ocorrer. É só uma questão de tempo", afirmou Augustin. (AE)

Helmut Schwarzer, secretário de Políticas de Previdência: emprego formal e eficiência na gestão.

PREVIDÊNCIA Arrecadação atinge R$ 11 bi arrecadação líqüida do Regime Geral de Previdência Social em julho chegou a R$ 11,195 bilhões, a maior receita mensal da história, excetuando-se os meses de dezembro. De acordo com o secretário de Políticas de Previdência Helmut Schwarzer, o aumento do número de empregos formais e medidas de eficiência de gestão e fiscalização fizeram com que a arrecadação superasse, pela primeira vez, os R$ 11 bilhões. Embora as despesas com benefícios previdenciários continuem maiores que a receita, os gastos encerraram o mês de julho em R$ 14,407 bilhões, praticamente estáveis em relação a junho – alta de 0,3% –, enquanto a receita cresceu 2,1% em relação ao mês anterior. Em relação a julho de 2006, a receita elevou-se 10,4%, e as despesas, 5%. "O ano de 2007 é o primeiro em que as receitas crescem de forma mais intensa que as despesas", disse Schwarzer. O déficit da Previdência em julho ficou em R$ 3,212 bilhões. Já as despesas com benefícios assistenciais, bancadas pelo Ministério do Desenvol-

A

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bilhões era o déficit da Previdência no ano passado. Desse total, R$ 4 bilhões estavam relacionados às aposentadorias urbanas. vimento Social com recursos do Tesouro Nacional, atingiram R$ 1,224 bilhão, mantendo-se estáveis desde maio, quando houve o último reajuste do salário mínimo. O estoque de beneficiários de auxílio-doença também manteve-se estável em 1,5 milhão de pessoas, assim como as aposentadorias por invalidez, em 3 milhões. Entretanto, somados, significam 14% dos benefícios da Previdência, o dobro da média mundial, que é de 7%. "As medidas de combate às fraudes adotadas no passado estão dando resultado,

mas certamente a situação de saúde e segurança dos trabalhadores brasileiros ainda é precária", disse Schwarzer. O déficit das aposentadorias urbanas atingiu R$ 717 milhões em julho, excluídos recursos da CPMF e renúncias previdenciárias. Se incluídos, o superávit em julho é de R$ 182,1 milhões –o terceiro superávit mensal no ano. Já o déficit das aposentadorias rurais somou R$ 2,495 bilhões, se excluídos recursos da CPMF e renúncias, e R$ 1,482 bilhão, se incluídos os itens. Segundo Schwarzer, todos os países que pagam aposentadorias rurais apresentam déficit. Enquanto o subsídio brasileiro é de 85%, na Itália e na Espanha é de 50%, e na Polônia, 90%. "É possível fazer melhorias de gestão e de combate a fraudes para chegarmos mais próximos de Itália e Espanha, mas nunca deixaremos de ter déficit", garantiu. "Mas nosso objetivo é zerar o déficit urbano", acrescentou, citando que dos R$ 40 bilhões do déficit da Previdência em 2006, R$ 4 bilhões eram relacionados às aposentadorias urbanas. (AE)

Lucro da CEF aumenta 27,6%

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lucro da Caixa Econômica Federal aumentou 27,6% no primeiro semestre e passou de R$ 1,344 bilhão no mesmo período de 2006 para R$ 1,716 bilhão. A alta, segundo o vice-presidente de Controle e Risco da Caixa, Marcos Vasconcelos, foi puxado por um aumento de 6,2% nas receitas com operações de crédito e por uma captação da caderneta de poupança de R$ 4,3 bilhões no período. Do resultado, serão repassados ao Tesouro Nacional cerca de R$ 386 milhões a título de dividendos e juros sobre capital próprio que afetarão positivamente o resultado fiscal do governo. As receitas com operações de crédito da Caixa aumentaram, de acordo com Vasconcelos, de R$ 4,2 bilhões no primeiro semestre do ano passado para R$ 4,5 bilhões nos primeiros seis meses de 2007. O valor, entretanto, ainda é inferior aos ganhos obtidos com operações de tesouraria, que aumentaram de R$ 7,8 bilhões para R$ 8 bilhões no primeiro semestre deste ano. Isso

ocorre porque a CEF tem uma carteira de títulos públicos de R$ 1,23 bilhão, valor correspondente a cerca de 10% da dívida em títulos do governo federal. "A nossa carteira de títulos é grande em função do processo de reestruturação por que passamos nos anos 90." As receitas de prestação de serviços da Caixa subiram 22,1% na primeira metade do ano e passaram de R$ 2,746 bilhões do mesmo período de 2006 para R$ 3,353 bilhões. Vasconcelos disse que uma parte "razoável" dessas receitas é recebida do governo federal por causa do pagamento de programas de trabalho e renda, como o seguro desemprego e a bolsa família. O total transferido pela Caixa no primeiro semestre aumentou 24,8% e passou dos R$ 36,201 bilhões do primeiro semestre do ano passado para R$ 45,166 bilhões. Deste total, o pagamento dos benefícios do Bolsa-Família equivalia a R$ 4,204 bilhões na primeira metade do ano, valor 23% maior que os R$ 3,417 bilhões

do mesmo período de 2006. No primeiro semestre, os financiamentos para os setores de infra-estrutura e saneamento com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ficaram em R$ 910,5 milhões. O vice-presidente de Governo da Caixa, Jorge Hereda, destacou o crescimento R$ 1,3 bilhão dos empréstimos para o setor de saneamento nos meses de julho e agosto. "Esperamos chegar no dia 15 de setembro com R$ 2,8 bilhões em novos contratos de financiamento para este setor." Financiamentos – A Caixa anunciou também um conjunto de medidas para facilitar a concessão de financiamentos para a compra de imóveis novos e usados. A principal alteração foi o aumento dos prazos dos empréstimos de 20 para 30 anos. Outra medida foi a criação de uma terceira faixa de valor dos imóveis financiados pelas regras do Sistema Financeiro da Habitação (SFH). As mudanças entrarão em vigor em 3 de setembro e só vão beneficiar contratos novos. (AE)


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Empresas Nacional Negócios Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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DOIS RAMAIS DE ALCOOLDUTOS ATÉ O CONSUMIDOR

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

O álcool só vai se sobrepor aos alimentos se fizermos álcool de milho, disse ontem Marcos Jank, presidente da Unica.

LOJA EM SHOPPING CUSTA MAIS DO QUE O CONSIDERADO SUPORTÁVEL PARA MANTER O NEGÓCIO

CUSTOS ALTOS PARA AS FRANQUIAS

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ara que a relação comercial entre os representantes do franchising brasileiro, especialmente os do ramo de alimentação, e os proprietários de shopping centers seja satisfatória para os dois lados, ainda falta muita conversa. Hoje, as despesas mensais de quem aluga um ponto nesses centros de compra ultrapassam, na maioria dos casos, o limite que determina a saúde financeira do negócio – estabelecido pelos especialistas em no máximo 10% do faturamento bruto das lojas. O desequilíbrio fica patente em pesquisa da Associação Brasileira de Franchising (ABF), realizada em parceria com a ECD Consultoria em Food Service. O levantamento mostra que as despesas de ocupação nos shoppings (soma do aluguel, condomínio e fundo de promoção) chegam a representar até 26% do faturamento das franquias de alimentação. Entre as lojas que mais gastam no quesito ocupação em shopping center, segundo a pesquisa, o percentual médio s o b re o f a t u r a m e n t o é d e 14,69%. "O custo ideal deveria representar menos de 10%, para que o empresário pudesse desenvolver o negócio, ter retorno do capital e do trabalho", comenta o diretor da ABF e coordenador do grupo setorial de Fast Food da entidade, João

João Batista da Silva Junior, da ABF: gastar mais do que 10% do faturamento na ocupação é perigoso.

Batista da Silva Júnior. As franquias de alimentação com os menores custos de ocupação em shopping center têm percentual médio sobre o faturamento de 7,59% enquanto a média total entre os lojistas pesquisados é de 11,71%. De acordo com o executivo da associação de franchising, as participações percentuais acima do recomendado acontecem na maioria dos shoppings brasileiros, com valores mais altos nos centros de compra com maior faturamento. "Há diferentes tipos de atividades e tíquetes médios nos shoppings. No setor de alimentação, o custo pune o negócio", comenta Silva Junior. Ele argumenta que o consumidor já tem um valor de referência para a comida que

Paulo Liebert/AE

consome no shopping, enquanto em outros ramos de atividade, "roupas de grife, por exemplo", ele aceita pagar mais pelo produto. De acordo com o coordenador do grupo setorial de Fast Food da ABF, os custos com ocupação foram apontados na pesquisa como os mais pesados para as franquias, na frente mesmo dos gastos com logística e custos tributários. O trabalho da ECD deverá servir de referência nas negociações de ponto. "A indústria de shopping center é importante para o franchising e nós também somos importantes para eles. Queremos um ambiente saudável. Já há shoppings buscando alternativas para baixar os custos para o lojista", complementa Silva. Há, exemplifica, centros de compras que têm negociado a compra de energia elétrica, com esse objetivo. Na rua – A pesquisa ainda mostra que a média do custo de ocupação nas lojas de rua é de 7,83% sobre o faturamento das lojas. No caso de centros comerciais como galerias e hipermercados, a média geral fica em 6,19%. No trabalho da ECD foram ouvidas 3.068 franquias, uma amostragem que representa 56% do universo total de unidades do franchising de alimentação. Juntas, essas empresas contribuem com a parcela de 83% do faturamento do segmento, de R$ 4,8 bilhões em 2006, detalha Silva Júnior.

Estatal detalha projetos de produção e transporte de biocombustível para os mercados interno e externo

Petrobras anuncia cinco usinas de etanol em GO e MS Mário Tonocchi

A

Petrobras vai implantar cinco usinas piloto de produção própria de etanol, duas em Goiás e três no Mato Grosso do Sul. A informação foi apresentada, ontem, pelo gerente de novos negócios do abastecimento corporativo da empresa, Gilberto Ribeiro de Carvalho, no Congresso Brasileiro de Agribusiness, promovido pela Associação Brasileira de Agribusiness (Abag), em São Paulo. Os pilotos – até então sem anúncio dos locais de implantação – farão os testes de produção de etanol para as cerca de 40 usinas que a Petrobras pretende construir no Brasil, garantindo aos países estrangeiros que vai cumprir os contratos de venda de biocombustível. As usinas de produção de etanol da Petrobras, denominadas Complexos Bioenergéticos (C-Bios), serão instaladas em parceria com empreendedores brasileiros. A intenção é assinar contratos de 15 anos com os empresários nacionais, com participação limitada a 20% ou 30% da estatal no investimento. A Petrobras oferece, como contrapartida, garantia de estabilidade na demanda. Além do etanol, as usinas da Petrobras também vão produzir energia elétrica com bagaço de cana para o mercado interno e biodiesel para uso próprio e comercialização.

Dutos serão ampliados

A

malha atual de dutos da Petrobras permite o transporte de apenas 50 milhões de litros por mês de etanol.

Carvalho não adiantou detalhes a respeito de investimentos e parcerias nas usinas C-Bio aos aproximadamente 600 empresários do setor de agronegócios presentes. "Nossa participação na produção do etanol será minoritária", disse, repetindo o discurso padrão da estatal a respeito da sua participação no mercado de biocombustíveis. Sobre a construção de alcooldutos, o gerente disse que a Petrobras espera assinar contratos de longo prazo tanto com usineiros quanto com clientes estrangeiros para minimizar os riscos inerentes aos altos investimentos do sistema de transporte do combustível. O custo total do investimento da estatal será de US$ 2,6 bilhões para a construção de dois corredores principais para escoamento do álcool. (Leia matéria abaixo). O presidente da Abag, Carlo Lovatelli, disse no evento que o agronegócio no País precisa estabelecer "uma estratégia soberana e nacional. Traçar dicotomia na agricultura entre alimentar e energética, bem como familiar e empresarial, representa uma perda de objetivos. Nós defendemos que o agronegócio deve ter uma política coesa e convergente." O presidente da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica) Marcos Sawaya Jank, afirmou que não existe, hoje, competição entre o agronegócio e a agroenergia.

"E um mito opor energia e alimentos. A produção do álcool só vai se sobrepor aos alimentos se fizermos álcool de milho, o que não acontece no Brasil." Foram também debatidos no evento os entraves causados pela infra-estrutura logística e a situação desfavorável das relações cambiais. Livro – Um grupo de pesquisadores e estudiosos lançou, ontem, no congresso de Agribusiness, o livro "Sistema de qualidade nas cadeias agroindustriais", que compila praticamente todas as normalizações e regulamentações de qualidade para que o produto do agronegócio brasileiro tenha plena aceitação no mercado externo. O livro relaciona, por exemplo, informações para atravessar barreiras fitossanitárias, ambientais e econômicas impostas pelos países compradores. "Se o produtor brasileiro não se organizar, não vai conseguir vencer no mercado externo. O produtor não pode esperar nada do governo. Eu fui do governo e sei de toda a irresponsabilidade que tem lá dentro. O produtor tem que fazer sozinho", disse o engenheiro agrônomo Alysson Paulinelli, ministro da Agricultura no governo Ernesto Geisel, nos anos 70, durante o lançamento. Um dos principais problemas apontados pelo ex-ministro, hoje, é a falta de rastreabilidade dos produtos agrícolas nacionais.

Para chegar em 250 milhões de litros por mês, a companhia vai melhorar o poliduto São Paulo-Rio de Janeiro da Refinaria Duque de Caxias (Reduc) e o Terminal Marítimo Ilha D'Água (RJ). Está em

estudo final o alcoolduto que interligará Goiás a São Paulo, que terá condições de transportar 12 bilhões de litros por ano em 2020. Participam do projeto a japonesa Mitsui e a Camargo Corrêa. (AE)

DC

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Fátima Lourenço

ANTONIO SOUZA NETO JORNALISTA MTB 15.106

Av São João, 439 - Conjunto 221 CEP 01035-901 - Centro São Paulo - SP

Telefax: (11) 3223-8402 Celular: (11) 9983-4062 E-mail.: toninhodagaleria@terra.com.br


Eleição CPI Congresso Planalto

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

SENADO DISCUTE ABERTURA OU NÃO DE VOTO Paulo Pampolin

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CPI para desagravar Renan Calheiros porque uma revista foi a fundo nas investigações? Antonio Carlos Pannunzio

RENAN INSISTE EM VOTAÇÃO SECRETA Dida Sampaio/AE

Para o presidente do Senado, a declaração de voto é uma 'questão delicada'

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presidente do Senado, Renan Cal h e i ro s ( P M D B AL), afirmou ontem que uma eventual decisão do Conselho de Ética de utilizar voto aberto no julgamento do processo contra ele é "uma questão delicada". Calheiros fez a afirmação em resposta a uma pergunta sobre a sessão que vai analisar, possivelmente amanhã, o relatório sobre representação em que o PSol o acusa de pagar despesas pessoais com dinheiro do lobista de uma empreiteira. "Essa questão é delicada. Já houve quem tivesse de renunciar por causa da abertura de voto", afirmou Calheiros, referindose à renúncia, em 2001, dos então senadores Antônio Carlos Magalhães e Luiz Estevão. Antonio Carlos Magalhães e Luiz Estevão renunciaram na ocasião após terem sido acusados de violar o painel eletrônico do Senado para identificar

os votos dados pelos senadores, em 2000, na sessão do plenário que aprovara o pedido de cassação do mandato de Estevão. Magalhães e Arruda renunciaram para não serem submetidos a um processo de cassação que poderia tirarlhes os direitos políticos. A adoção do voto aberto na análise do processo contra Calheiros, no Conselho de Ética, está sendo reivindicada pelos partidos de oposição. Aliados do presidente do Senado defendem o voto secreto no Conselho argumentando que, se fosse aberto, as posições dos senadores do colegiado seriam conhecidas antes da votação do caso em plenário, que é secreta. A votação do pedido de cassação do mandato de Estevão foi secreta no Conselho e no plenário do Senado. Virando a casaca – A "virada" do presidente do Senado, Renan Calheiros em favor do voto fechado é recente. Em se-

tembro do ano passado, ele se deslocou de seu gabinete até a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para manifestar apoio à iniciativa da comissão de aprovar a adoção do voto aberto nos processos disciplinares contra parlamentares. Renan aparece na capa do 'Jornal do Senado' ao lado do então presidente da comissão, Antônio Carlos Magalhães (DEM-BA) e de Romeu Tuma (DEM-SP), comemorando a aprovação do voto aberto. No alvo da denúncia, Renan não só mudou de idéia, como adotou um esquema de pressão jamais visto no Senado para fabricar pareceres a seu favor. Senadores próximos afirmam que ele aposta em sua absolvição desde que seja adotado um voto que não possa ser identificado. No plenário, por exemplo, onde o voto é oculto, Renan afirma que conta com o apoio da maior parte dos petistas. (AE)

Relatores entregam pareceres

O

s relatores do processo contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), apresentaram ontem à tarde, os seus pareceres individuais sobre a representação contra o senador por quebra de decoro parlamentar e não foram unânimes em suas considerações. Renan é suspeito de ter suas despesas pessoais pagas por Cláudio Gontijo, lobista da empreiteira Mendes Júnior e

cada relator expõe suas recomendações. É provável, no entanto, que três relatórios diferentes sejam levados à votação no Conselho de Ética, amanhã. Dois dos três relatores – Renato Casagrande (PSB-ES) e Marisa Serrano (PSDB-MS) – acreditam haver elementos que justifiquem a recomendação pela cassação de Renan, mas por razões distintas. Casagrande entende que o presidente do Senado co-

meteu crime financeiro e fiscal, enquanto Marisa vê quebra de decoro por causa do envolvimento com o lobista. O terceiro relator, Almeida Lima (PMDBTO), aliado de Renan, já avisou que vai pedir a absolvição do presidente do Senado. Por causa da divergência, a votação do caso pode ser secreta. O critério tende a beneficiar Renan Calheiros, já que seus pares não serão constrangidos a expor o voto. (AE)

Evaristo Sá/AFP Photo

ENQUANTO ISSO, EM BRASÍLIA

Em discurso, o presidente prometeu que não faltará dinheiro para o Distrito Federal e Goiás

Para Lula, apenas os mais pobres precisam do Governo

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pós sobrevoar, de helicóptero, a região do Entorno do Distrito Federal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que o governo tem que trabalhar mais pelas pessoas mais pobres. "Tem gente que não precisa do governo. Tem casa, tem carro, tem plano de saúde. Agora tem uma parcela da população que não tem nada. É essa que precisamos ajudar", disse, em discurso na Ceilândia, cidade-satélite de Brasília. Lula sobrevoou a região acompanhado pelos governadores do Distrito Federal, José Roberto Arruda, do DEM, e de Goiás, Alcides Rodrigues, do PP. O presidente reconheceu que o entorno "é muito pobre e parece que sempre foi esquecido". Sem partidos – Lula disse que é preciso que os governos do DF e de Goiás e

o governo federal trabalhem juntos, independentemente dos partidos políticos, dos governantes. "É o único jeito de melhorar a vida do povo e não repetir os erros do passado. Não quero saber qual o partido do Arruda e é bom ele também não ficar preocupado com o partido que sou", afirmou. O presidente prometeu que não faltará dinheiro para Brasília e Goiás. E acrescentou: "A gente não pode ficar com eleição na cabeça; nossa obrigação é governar". Recursos – Na Ceilândia, Lula assinou convênios para a liberação de recursos para a duplicação de estradas, para a Força Nacional de Segurança e para as polícias locais. Determinou ainda a liberação de R$ 30 milhões para a conclusão das obras do metrô de Brasília. Clima de eleição – Num palanque no qual se reuniu

com um governador do DEM e outro do PP, o presidente Lula afirmou ontem que não se pode viver em clima de eleição e nem "repetir os erros do passado". "Não há possibilidade da pequenez política, da hipocrisia política para administrar um mandato de quatro anos de um governador, um prefeito ou de um presidente da República", discursou. Tanto Lula quanto Arruda foram recebidos com festa. Apenas o senador Gim Argello (PTB-DF) – que assumiu o mandato no lugar do ex-senador Joaquim Roriz (PMDB-DF) – foi vaiado em cada vez que foi citado. Envolvido no mesmo caso de corrupção que levou à cassação de Roriz, Argello foi considerado traidor por não ter renunciado. Na Ceilândia, Roriz é o político preferido. (AE)

Boca aberta: enfastiado, Renan boceja no Senado enquanto articula o voto fechado no julgamento

Chinaglia já admite CPI da TVA

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presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), sinalizou aos líderes partidários que há fato determinado para a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar a operação em que a Telefônica comprou a operadora de TV por assinatura TVA, do grupo Abril, e que, portanto, deverá assinar o ato de criação da comissão. Para criar a CPI, são necessárias no mínimo 171 assinaturas de deputados e a existência de um fato determinado para ser investigado. O requerimento

da CPI da TVA Telefônica foi assinado por 182 deputados. Na reunião de líderes, ontem, Chinaglia manifestou preocupação com a possibilidade de desmoralização da CPI caso ela seja usada como instrumento de disputa política e não funcione para valer. Deputados avaliam que o pedido de CPI seria uma operação montada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de retaliação à revista "Veja", editada pela Abril, que vem publicando reportagens sobre suposta prática de irregularidades pelo senador

que resultaram em processos contra ele no Conselho de Ética. O líder do PSol, deputado Chico Alencar (RJ), propôs que a CPI seja instalada assim que o julgamento de Renan Calheiros seja concluído no Senado. "Isso é para evitar interesses subalternos e evitar a contaminação dos assuntos", disse. O PSol apresentou duas das três representações que pedem a cassação do mandato de Renan Calheiros no Conselho de Ética do Senado. "É uma CPI como outra qualquer", arrematou Chico Alencar. (AE)

Oposição reage contra a idéia

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s l í d e re s d o D E M , Onyx Lorenzoni (RS), do PDT, Miro Teixeira (RJ), e do PSDB na Câmara, Antonio Carlos Pannunzio (SP), contestaram ontem a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) proposta para investigar a compra da operadora de TV a cabo TVA pela Telefônica. Lorenzoni, Miro e Pannunzio fizeram discursos no plenário da Casa e apresentaram questionamentos ao presidente, Arlindo Chinaglia (PT-SP), para evitar a criação da CPI. O líder do DEM na Câmara acusou o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), de "desafeto da revista 'Veja'", de usar a Casa para tratar de uma questão pessoal com o objetivo de "cercear e intimidar a liberdade de imprensa no País". Contra a criação da comissão de investi-

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gação, Lorenzoni argumentou que esse instrumento de fiscalização não pode "ser utilizado de modo leviano, iniciando-se por capricho ou perseguição política". O líder do PSDB na Câmara disse que a transferência de ações do Grupo Abril para a Telefônica não foi ainda concretizada porque a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ainda analisarão o negócio entre as empresas e que, portanto, não há objeto para a comissão de inquérito. I nt er es se s pessoais – "Vamos fazer CPI para quê? Para desagravar Renan Calheiros porque uma revista foi a fundo nas investigações? A Câmara não pode ser instrumentalizada para defender interesses que não são da Casa", discursou Pannunzio.

Com base nessa argumentação, o líder do PDT na Câmara questionou Chinaglia sobre a análise do fato determinado. "Não existe o anúncio de ilicitude do que se quer apurar", afirmou. O presidente da Câmara disse que analisaria os questionamentos antes de decidir. Além das assinaturas de apoio, é necessário apontar um fato determinado a ser investigado. Chinaglia sinalizou aos líderes partidários que criaria a CPI considerando as exigências cumpridas. Em meio às contestações, o deputado Wladimir Costa (PMDB-PA), autor do requerimento de CPI, defendeu a criação da comissão. "Qual o problema de se instalar essa comissão? Será que os 182 deputados que assinaram o requerimento são loucos e não respeitam os seus mandatos?", perguntou. (AE)

Livro reabre antigas chagas da ditadura militar

presidente Luiz Inácio Lula da Silva lança hoje, no Palácio do Planalto, o livro "Direito à memória e à verdade", a respeito dos crimes contra militantes políticos durante a ditadura militar, desde a preparação, em 1961, até 1988, quando o País estava em processo de redemocratização. Organizada pelo ministro especial dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, a publicação reabre feridas ao acusar, pela primeira vez em documento oficial, as forças de repressão por crimes contra a humanidade, como torturas, decapitações, esquartejamentos, estupros e ocultação de cadáveres de vítimas do regime. O livro propõe que sejam cobradas explicações das Forças Armadas, cujos comandos receberam a obra em silêncio. Alguns órgãos representativos

da categoria, como o Clube Militar, preparam nota de repúdio à publicação. Para Vannuchi, porém, não há razão para temores. "O livro tem objetivos humanitários, sinaliza a busca da concórdia e o sentimento da reconciliação nacional", disse. "Nenhum espírito de revanchismo ou nostalgia do passado será capaz de seduzir o espírito nacional, mas também o silêncio e a omissão não ajudam na superação de um passado que ninguém quer de volta", completou. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, que comanda a área militar, não quis se manifestar antes de conhecer o teor da publicação. O lançamento, segundo Vannuchi, marca os 28 anos da publicação da Lei de Anistia e os 12 anos de trabalho da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos, criada no governo do ex-presidente Fer-

nando Henrique Cardoso. Na época que foi criada a comissão, em 1995, Jobim era ministro da Justiça e coordenou a elaboração do texto. A obra recupera a história de mais de 400 militantes políticos atingidos nos anos de chumbo. "É um trabalho histórico onde o Estado reconhece os direitos dos familiares dos mortos e desaparecidos", disse o presidente da comissão, Marco Antônio Barbosa. Para ele, "o livro significa o resgate da memória, da verdade e, portanto, da justiça, sem revanchismo", completou. Contundente, o livro relata, textualmente, que a maioria das mortes de militantes se deu dentro de prisões, "sob intensas torturas". E alega que os depoimentos tomados nas Forças Armadas até agora não foram suficientes para a localização das vítimas. (AE)


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quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Banco Itaú BBA S.A. CNPJ: 17.298.092/0001-30

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SUCURSAIS: Rio de Janeiro - RJ - Praia de Botafogo, 300 Sala 1201 22250 040 t. 21 2553 1400 f. 21 2553 0534 Campinas - SP - Av. Dr. José Bonifácio Coutinho Nogueira, 150 8º andar Sls. 804 / 806 / 808 / 810 Cond. Galleria Plaza 13091 611 t. 19 3707 5500 f. 19 3707 5599 Porto Alegre - RS - Rua Soledade, 550 cj 1201 Bairro Petrópolis 90470 340 t. 51 3025 4466 f. 51 3028 4462 Belo Horizonte - MG - Rua Paraíba, 1.000 13º andar 30130 141 t. 31 2101 1350 f. 31 2101 1399 Salvador - BA - Av. Tancredo Neves, 1.186 Ed. Catabas Center 41820 020 t. 71 3342 5944 f. 71 3342 5931

MATRIZ: São Paulo - SP Av. Brigadeiro Faria Lima, 3.400 3º ao 8º andares 04538 132 t. 11 3708 8000 f. 11 3708 8172 www.itaubba.com.br

Curitiba - PR - Al. Dr. Carlos de Carvalho, 417 25º andar cj. 2501 80410 180 t. 41 3028 4450 f. 41 3028 4488 Montevidéu - Uruguai - Plaza Independencia, 831 Of. 706 C.P. 11.100 t. +59 82 901 3965 f. +59 82 908 5613 Nassau - Bahamas - West Bay Street P.O. Box 778 REPRESENTAÇÕES: Nova Iorque - EUA - 540 Madison Avenue, 24th Floor New York NY 10022 t. +1 212 838 4439 f. +1 212 838 4624 Buenos Aires - Argentina - Cerrito 740, piso 7 CP 1010AAP t. +54 11 5273 3501 f. +54 11 4372 8043 Xangai - Room 1009, 10/F, One Corporate Avenue, 222 Hu Bin Road, Luwan District, Shanghai 200021 P.R.China t. +86 21 3311 3466 f. +86 21 6340 6220

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Apresentamos as demonstrações contábeis do Banco Itaú BBA S.A. (“Itaú BBA”) relativas ao primeiro semestre de 2007. Em 30 de junho de 2007 os ativos totalizavam R$ 77,6 bilhões, o patrimônio líquido perfazia R$ 5,5 bilhões e o lucro líquido do semestre representou R$ 374 milhões. No primeiro semestre de 2007 o Itaú BBA deu destaque para as seguintes ações: foco na sustentabilidade e liderança das atividades de Investment banking, contínuo desenvolvimento de operações estruturadas de crédito e aumento no volume de captação de recursos junto a clientes e mercado. No segmento de investment banking, o Itaú BBA participou de operações de debêntures e notas promissórias que totalizaram R$ 3,2 bilhões e fundos de Investimentos em Direitos Creditórios - FIDC que totalizaram R$ 1,6 bilhão. No ranking ANBID (Associação Nacional dos Bancos de Investimento) de junho de 2007, o Itaú BBA manteve o primeiro lugar na originação de operações de renda fixa com uma participação de mercado de 35%. Em renda variável o Itaú BBA atuou como coordenador e bookrunner de ofertas públicas iniciais que totalizaram R$ 2,9 bilhões e de ofertas públicas subseqüentes no montante de R$ 2,2 bilhões. No ranking ANBID de originação de junho de 2007, o Itaú

BBA ocupava o quarto lugar, com uma participação de mercado de 11%. Em relação às operações de crédito, destacam-se as iniciativas do Itaú BBA na montagem de estruturas financeiras em regime de sindicatos, na intensificação de transações envolvendo organismos multilaterais de crédito e na conjugação de operações de crédito com instrumentos derivativos. Destaca-se ainda o crescimento de 22% no volume de recursos captados junto a clientes no mercado local ocorrido no 2º trimestre de 2007, e expressivo crescimento de 130% em relação ao volume médio das captações verificado no 1º semestre de 2007 se comparado a igual período de 2006. As demonstrações ora apresentadas encontram-se em linha com as normas do Banco Central que regulamentam a marcação a mercado de títulos e valores mobiliários e instrumentos derivativos. Os títulos classificados na categoria “mantidos até o vencimento” refletem a intenção da instituição e sua capacidade financeira em mantê-los até o vencimento. Agradecemos aos nossos acionistas, clientes e à comunidade financeira o indispensável apoio e a confiança depositada, assim como aos nossos colaboradores que tornaram possível tal desempenho. (Aprovado pelo Conselho de Administração)

BALANÇO PATRIMONIAL Em 30 de junho Em milhares de reais ATIVO CIRCULANTE ......................................................................................................................... Disponibilidades ................................................................................................................. Aplicações interfinanceiras de liquidez (Notas 3a e 4) .................................................... Aplicações no mercado aberto ...................................................................................... Aplicações em depósitos interfinanceiros .................................................................... Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos (Notas 3b, 3c, 5 e 6) ..................................................................................... Carteira própria ............................................................................................................... Vinculados a compromissos de recompra .................................................................... Vinculados a prestação de garantias ............................................................................. Instrumentos financeiros derivativos ............................................................................ Relações interfinanceiras .................................................................................................. Pagamentos e recebimentos a liquidar ......................................................................... Créditos vinculados - depósitos no Banco Central ....................................................... Repasses interfinanceiros ............................................................................................... Correspondentes ............................................................................................................. Operações de crédito e outros créditos (Nota 7) ............................................................. Operações com características de concessão de crédito (Nota 3d) ............................ Provisão para créditos de liquidação duvidosa (Nota 3e) ........................................... Outros créditos ................................................................................................................... Carteira de câmbio (Nota 8) ........................................................................................... Rendas a receber ............................................................................................................. Negociação e intermediação de valores (Nota 9) ......................................................... Diversos (Nota 17a) ......................................................................................................... Outros valores e bens ........................................................................................................ Outros valores e bens ..................................................................................................... Despesas antecipadas ..................................................................................................... REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ........................................................................................... Aplicações interfinanceiras de liquidez (Notas 3a e 4) .................................................... Aplicações no mercado aberto ...................................................................................... Aplicações em depósitos interfinanceiros .................................................................... Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos (Notas 3b, 3c, 5 e 6) ..................................................................................... Carteira própria ............................................................................................................... Vinculados a compromissos de recompra .................................................................... Vinculados a prestação de garantias ............................................................................. Instrumentos financeiros derivativos ............................................................................ Operações de crédito e outros créditos (Nota 7) ............................................................. Operações com características de concessão de crédito (Nota 3d) ............................ Provisão para créditos de liquidação duvidosa (Nota 3e) ........................................... Outros créditos ................................................................................................................... Rendas a receber ............................................................................................................. Diversos (Nota 17a) ......................................................................................................... Outros valores e bens - despesas antecipadas ............................................................... PERMANENTE ....................................................................................................................... Investimentos (Notas 3f e 10a) .......................................................................................... Participações em controladas - no país ......................................................................... Outros investimentos ...................................................................................................... Provisão para perdas ...................................................................................................... Imobilizado de uso (Notas 3g e 10b) ................................................................................ Imóveis de uso ................................................................................................................ Outras imobilizações de uso .......................................................................................... Depreciações acumuladas .............................................................................................. Diferido (Notas 3h e 10c). .................................................................................................. Ágio de incorporação ...................................................................................................... Amortização acumulada de ágio incorporado .............................................................. Gastos de organização e expansão ............................................................................... Amortizações acumuladas ............................................................................................. TOTAL DO ATIVO ..................................................................................................................

2007 51.424.918 442.956 20.876.184 795.733 20.080.451

2006 26.152.165 135.806 7.027.327 638.733 6.388.594

14.156.697 9.238.112 618.298 1.588.445 2.711.842 27.211 42 6.351 20.818 9.888.917 9.934.512 (45.595 ) 6.013.606 4.709.686 24.587 1.042.795 236.538 19.347 14.657 4.690 25.378.800 14.030.687 9.125.328 4.905.359

8.020.601 3.588.997 865.921 1.278.139 2.287.544 30.086 9 368 1.468 28.241 8.555.241 8.605.271 (50.030) 2.374.136 1.788.836 8.910 209.872 366.518 8.968 4.236 4.732 13.832.375 5.029.869 3.552.077 1.477.792

4.163.858 2.404.754 955.938 84.013 719.153 6.573.342 6.721.507 (148.165 ) 606.600 174 606.426 4.313 782.125 95.807 69.472 26.696 (361 ) 24.435 10.713 51.307 (37.585 ) 661.883 760.905 (103.659 ) 7.342 (2.705 ) 77.585.843

2.636.308 1.003.371 809.708 157.966 665.263 5.702.656 5.921.991 (219.335) 457.442 2.951 454.491 6.100 158.128 126.959 105.756 21.564 (361) 26.866 10.713 47.532 (31.379) 4.303 6.163 (1.860) 40.142.668

PASSIVO CIRCULANTE ......................................................................................................................... Depósitos (Nota 3a) ............................................................................................................ Depósitos à vista ............................................................................................................. Depósitos interfinanceiros .............................................................................................. Depósitos a prazo ............................................................................................................ Outros depósitos ............................................................................................................. Captações no mercado aberto (Nota 3a) ......................................................................... Carteira própria ............................................................................................................... Carteira de terceiros ........................................................................................................ Recursos de aceites e emissão de títulos - obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior (Nota 3a) ..................................................................... Relações interfinanceiras - recebimentos e pagamentos a liquidar .............................. Relações interdependências - recursos em trânsito de terceiros .................................. Obrigações por empréstimos e repasses (Nota 3a) ........................................................ Empréstimos no país - outras instituições .................................................................... Empréstimos no exterior ................................................................................................ Repasses do país - instituições oficiais - BNDES .......................................................... Repasses do país - instituições oficiais - FINAME ........................................................ Repasses do país - instituições oficiais - OUTRAS INSTITUIÇÕES OFICIAIS ............ Instrumentos financeiros derivativos (Notas 3c e 6) ....................................................... Outras obrigações .............................................................................................................. Cobrança e arrecadação de tributos e assemelhados ................................................. Carteira de câmbio (Nota 8) ........................................................................................... Sociais e estatutárias ...................................................................................................... Fiscais e previdenciárias (Nota 17c) .............................................................................. Negociação e intermediação de valores (Nota 9) ......................................................... Dívidas subordinadas elegíveis a capital ...................................................................... Diversas (Nota 17b) ......................................................................................................... EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ................................................................................................. Depósitos (Notas 3a e 14) .................................................................................................. Depósitos interfinanceiros .............................................................................................. Depósitos a prazo ............................................................................................................ Captações no mercado aberto (Notas 3a e 14) ................................................................ Carteira própria ............................................................................................................... Carteira de terceiros ........................................................................................................ Recursos de aceites e emissão de títulos - obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior (Notas 3a e 14) ............................................................ Obrigações por empréstimos e repasses (Notas 3a e 14) .............................................. Empréstimos no exterior ................................................................................................ Repasses do país - instituições oficiais - BNDES .......................................................... Repasses do país - instituições oficiais - FINAME ........................................................ Repasses do país - instituições oficiais - OUTRAS INSTITUIÇÕES OFICIAIS ............ Instrumentos financeiros derivativos (Notas 3c e 6) ....................................................... Outras obrigações .............................................................................................................. Fiscais e previdenciárias (Nota 17c) .............................................................................. Dívidas subordinadas elegíveis a capital ...................................................................... Diversas (Nota 17b) ......................................................................................................... RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS (Nota 3k) ........................................................ PATRIMÔNIO LÍQUIDO (Nota 15) ........................................................................................ Capital - de domiciliados no país ...................................................................................... Reservas de capital ............................................................................................................ Reservas de lucros ............................................................................................................. Ajustes ao valor de mercado - títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos (Notas 3b, 3c e 5) .............................................. Lucros acumulados ............................................................................................................

TOTAL DO PASSIVO .............................................................................................................

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO (Nota 3l)

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS

Semestres findos em 30 de junho Em milhares de reais

Semestres findos em 30 de junho Em milhares de reais

RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA .................................................................. Operações de crédito ......................................................................................................... Resultado de títulos e valores mobiliários ....................................................................... Resultado com instrumentos financeiros derivativos ..................................................... Resultado de câmbio (Nota 2) ...........................................................................................

2007 2.358.431 184.592 2.246.614 (98.547 ) 25.772

2006 2.223.157 540.714 1.149.934 532.509 -

DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ................................................................. Captação no mercado ........................................................................................................ Empréstimos, cessões e repasses .................................................................................... Resultado de câmbio (Nota 2) ........................................................................................... Provisão para créditos de liquidação duvidosa (Nota 7g) ..............................................

(1.576.857 ) (1.836.464 ) 211.389 48.218

(1.269.741) (1.185.749) (45.246) (9.734) (29.012)

RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ................................................

781.574

953.416

OUTRAS RECEITAS/(DESPESAS) OPERACIONAIS Receitas de prestação de serviços .................................................................................... Despesas de pessoal .......................................................................................................... Outras despesas administrativas ...................................................................................... Despesas tributárias (Notas 3j e 17d) ............................................................................... Resultado de participações em controladas (Nota 10a) ................................................. Outras receitas operacionais (Nota 17e) .......................................................................... Outras despesas operacionais (Nota 17f) ........................................................................

(151.662 ) 132.955 (100.383 ) (157.427 ) (71.649 ) 814 53.137 (9.109 )

(4.138) 122.505 (86.909) (75.223) (77.523) 5.243 136.283 (28.514)

RESULTADO OPERACIONAL ...............................................................................................

629.912

949.278

RESULTADO NÃO OPERACIONAL ......................................................................................

(68 )

2.233

RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO E PARTICIPAÇÕES NO LUCRO ............................................................................

629.844

951.511

IMPOSTO DE RENDA (Notas 3j e 12a) ................................................................................

(174.604 )

(248.760)

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (Notas 3j e 12a) ...........................................................................

(68.377 )

(93.589)

ATIVO/(PASSIVO) FISCAL DIFERIDO (Notas 3j e 12a) ......................................................

45.734

54.252

PARTICIPAÇÕES NO LUCRO ................................................................................................

(58.920 )

(83.563)

LUCRO LÍQUIDO ....................................................................................................................

373.677

579.851

LUCRO POR AÇÃO EM R$ ....................................................................................................

35,36

56,21

ORIGENS DOS RECURSOS .................................................................................................. Lucro líquido ajustado ....................................................................................................... Lucro líquido .................................................................................................................... Amortização e depreciação ............................................................................................ Amortização ágio de incorporação ................................................................................ Resultado de participações em controladas ................................................................. Ágios amortizados .......................................................................................................... Variação nos resultados de exercícios futuros ................................................................ Recursos de terceiros originários de: Aumento dos subgrupos dos passivos circulante e exigível a longo prazo .............. Depósitos ...................................................................................................................... Captações no mercado aberto .................................................................................... Recursos de aceites e emissão de títulos ................................................................... Relações interfinanceiras ............................................................................................. Relações interdependências ........................................................................................ Obrigações por empréstimos e repasses ................................................................... Instrumentos financeiros derivativos ......................................................................... Outras obrigações ........................................................................................................ Redução dos subgrupos dos ativos circulante e realizável a longo prazo ................. Aplicações interfinanceiras de liquidez ...................................................................... Relações interfinanceiras ............................................................................................. Operações de crédito e outros créditos ..................................................................... Outros créditos e outros valores e bens .................................................................... Redução em participações societárias .......................................................................... Outros ............................................................................................................................... APLICAÇÕES DOS RECURSOS ............................................................................................ Dividendos destacados/distribuídos ................................................................................. Juros sobre o capital próprio destacados/distribuídos ................................................... Inversões em: Participações societárias ................................................................................................ Ágio na aquisição de investimentos .............................................................................. Imobilizado de uso .......................................................................................................... Aplicações no diferido ....................................................................................................... Aumento dos subgrupos dos ativos circulante e realizável a longo prazo ................... Aplicações interfinanceiras de liquidez ......................................................................... Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos ........................ Outros créditos e outros valores e bens ....................................................................... Redução dos subgrupos dos passivos circulante e exigível a longo prazo .................. Depósitos ......................................................................................................................... Obrigações por empréstimos e repasses ...................................................................... Outras obrigações ........................................................................................................... AUMENTO DAS DISPONIBILIDADES .................................................................................. DISPONIBILIDADES No início do semestre ........................................................................................................ No final do semestre .......................................................................................................... AUMENTO DAS DISPONIBILIDADES ..................................................................................

2007 40.736.875 19.755.014 128.862 17.478.272 2.147.878 2 5.896.534 973.768 4.922.766

2006 20.374.791 9.731.406 66.085 6.729.864 2.935.457 2.038.428 1.015.252 1.023.176

261.734 5.370 973.883 5.634.009 1.499 4.625.521 505.421 450.328 51.240 2.557.491 5.652.840 28.254 4.808.764 252.255 286.510 190.142 86.915 31.321.022 21.019.463 19.113.478 1.905.985 4.746.076 587.237 4.158.839

149.681 829 451.684 2.885.514 1.470 1.934.753 630.166 317.660 1.465 2.293.448 2.823.801 3.686 1.861.982 224.775 445.216 175.151 62 112.929 14.884.963 7.665.065 6.522.346 1.142.719 2.947.770 564.616 2.383.154

754.651 3.029.561 927.223 1.445.883 609.883 46.572 1.185.672 585.599 585.599 16.728 5.511.218 4.223.086 13.321 1.049.757

429.840 2.624.999 570.884 1.438.994 595.164 19.957 597.248 620.041 508.954 108.044 3.043 11.344 4.871.570 2.755.795 99.314 1.761.472

21.791 203.263

9.710 245.279

77.585.843

40.142.668

2007 23.555.191 446.499 373.677 5.180 67.991 (814 ) 465 (4.903 )

2006 4.569.483 577.702 579.851 3.094 (5.243) (931)

22.560.770 13.987.656 807.432 533.288 5.370 675.061 2.235.023 1.558.143 2.758.797 382.136 2.839 379.297 170.600 89 23.202.211 44.442 123.502

1.621.392 957.431 141.743 829 190.528 330.861 2.362.494 1.291.563 45.107 495.234 530.590 8.036 790 4.550.182 100.393 132.234

3.325 4.548 3.223 98 23.023.073 14.747.317 4.222.103 4.053.653 352.980

2.532 2.609 1.313.700 1.313.700 2.998.714 1.164.488 1.260.221 574.005 19.301

89.976 442.956 352.980

116.505 135.806 19.301

Lucros acumulados 245.279 -

Total 4.540.149 1.966

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (Nota 15) Em milhares de reais

Saldos em 31 de dezembro de 2005 ...................................................... Atualização de títulos patrimoniais ........................................................ Ajustes ao valor de mercado - títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos ......................... Lucro líquido do semestre ....................................................................... Destinação à reserva legal ...................................................................... Dividendos destacados/distribuídos (R$ 9,732 por ação) ..................... Juros sobre o capital próprio destacados/distribuídos (R$ 12,818 por ação) ................................... Constituição de reservas estatutárias .................................................... Saldos em 30 de junho de 2006 .............................................................. Mutações no período ............................................................................... Saldos em 31 de dezembro de 2006 ...................................................... Capitalização de reservas e lucros .......................................................... Atualização de títulos patrimoniais ........................................................ Ajustes ao valor de mercado - títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos ......................... Lucro líquido do semestre ....................................................................... Destinação à reserva legal ...................................................................... Dividendos destacados/distribuídos (R$ 4,205 por ação) ..................... Juros sobre o capital próprio destacados/distribuídos (R$ 11,685 por ação) ................................... Constituição de reservas estatutárias .................................................... Saldos em 30 de junho de 2007 .............................................................. Mutações no período ...............................................................................

Capital 2.755.795 -

Aumento de capital -

Reservas de capital Incentivos fiscais e outras 97.348 1.966

Legal 187.864 -

Estatutárias 1.226.384 -

Ajustes ao valor de mercado - títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos 27.479 -

-

-

-

28.993 -

(100.393)

(17.769) -

579.851 (28.993) -

(17.769) 579.851 (100.393)

2.755.795 2.877.207 -

1.345.879 -

99.314 1.966 100.919 (90.356) 2.758

216.857 28.993 243.142 -

418.624 1.544.615 318.231 1.814.389 (1.213.506) -

9.710 (17.769) 37.187 -

(132.234) (418.624) 245.279 245.279 (42.017) -

(132.234) 4.871.570 331.421 5.318.123 2.758

-

-

-

18.684 -

(44.442)

(15.396) -

373.677 (18.684) -

(15.396) 373.677 (44.442)

2.877.207 -

1.345.879 1.345.879

13.321 (87.598)

261.826 18.684

231.490 787.931 (1.026.458)

21.791 (15.396)

(123.502) (231.490) 203.263 (42.016)

(123.502) 5.511.218 193.095

Reservas de lucros


DIÁRIO DO COMÉRCIO

8

Banco Itaú BBA S.A. CNPJ: 17.298.092/0001-30

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

SUCURSAIS: Rio de Janeiro - RJ - Praia de Botafogo, 300 Sala 1201 22250 040 t. 21 2553 1400 f. 21 2553 0534 Campinas - SP - Av. Dr. José Bonifácio Coutinho Nogueira, 150 8º andar Sls. 804 / 806 / 808 / 810 Cond. Galleria Plaza 13091 611 t. 19 3707 5500 f. 19 3707 5599 Porto Alegre - RS - Rua Soledade, 550 cj 1201 Bairro Petrópolis 90470 340 t. 51 3025 4466 f. 51 3028 4462 Belo Horizonte - MG - Rua Paraíba, 1.000 13º andar 30130 141 t. 31 2101 1350 f. 31 2101 1399 Salvador - BA - Av. Tancredo Neves, 1.186 Ed. Catabas Center 41820 020 t. 71 3342 5944 f. 71 3342 5931

MATRIZ: São Paulo - SP Av. Brigadeiro Faria Lima, 3.400 3º ao 8º andares 04538 132 t. 11 3708 8000 f. 11 3708 8172 www.itaubba.com.br

Curitiba - PR - Al. Dr. Carlos de Carvalho, 417 25º andar cj. 2501 80410 180 t. 41 3028 4450 f. 41 3028 4488 Montevidéu - Uruguai - Plaza Independencia, 831 Of. 706 C.P. 11.100 t. +59 82 901 3965 f. +59 82 908 5613 Nassau - Bahamas - West Bay Street P.O. Box 778 REPRESENTAÇÕES: Nova Iorque - EUA - 540 Madison Avenue, 24th Floor New York NY 10022 t. +1 212 838 4439 f. +1 212 838 4624 Buenos Aires - Argentina - Cerrito 740, piso 7 CP 1010AAP t. +54 11 5273 3501 f. +54 11 4372 8043 Xangai - Room 1009, 10/F, One Corporate Avenue, 222 Hu Bin Road, Luwan District, Shanghai 200021 P.R.China t. +86 21 3311 3466 f. +86 21 6340 6220

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E DE 2006 - Em milhares de reais 1. CONTEXTO OPERACIONAL O Banco Itaú BBA S.A. (“Itaú BBA”) desenvolve seus negócios dentro de diretriz de banco de atacado, vocacionado para o atendimento a clientes. 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS As demonstrações contábeis do Itaú BBA foram elaboradas em consonância com os princípios da Lei das Sociedades por Ações, associadas às normas e instruções do Banco Central do Brasil (“BACEN”), e do Conselho Monetário Nacional - CMN. Conforme o disposto na Circular no 2.804, de 11 de fevereiro de 1998, as demonstrações contábeis das agências no exterior estão sendo apresentadas consolidadas no Itaú BBA, traduzidas para reais às taxas de câmbio vigentes nas datas dos balanços. Conforme determina o parágrafo único do artigo 7o da Circular no 3.068, de 08 de novembro de 2001, do BACEN, os títulos e valores mobiliários classificados como títulos para negociação são apresentados no balanço patrimonial, no ativo circulante, independente de suas datas de vencimentos. As operações de adiantamentos sobre contratos de câmbio são reclassificadas de Outras obrigações - Carteira de câmbio. O resultado de câmbio é apresentado de forma ajustada, com a reclassificação de despesas e receitas, de maneira a representar exclusivamente a variação e diferenças de taxas incidentes sobre as contas patrimoniais representativas de moedas estrangeiras. 3. RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS a) Aplicações interfinanceiras de liquidez, Créditos vinculados no BACEN remunerados, Depósitos remunerados, Captações no mercado aberto, Recursos de aceites e emissão de títulos – obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior, Obrigações por empréstimos e repasses e demais operações ativas e passivas As operações com cláusula de atualização monetária/cambial e as operações com encargos prefixados estão registradas a valor presente, calculadas “pro rata die” com base na variação do indexador e na taxa de juros pactuados. b) Títulos e valores mobiliários De acordo com a Circular no 3.068, de 08 de novembro de 2001, do BACEN, e regulamentação complementar, os títulos e valores mobiliários são classificados em três categorias específicas, de acordo com a intenção da instituição de negociá-los. Desta forma, os títulos e valores mobiliários estão demonstrados pelos seguintes critérios de registros e avaliações contábeis, nas seguintes categorias: i - Títulos para negociação - títulos e valores mobiliários adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, avaliados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; ii - Títulos disponíveis para venda - títulos e valores mobiliários que poderão ser negociados, porém não são adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, avaliados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido; e iii - Títulos mantidos até o vencimento - títulos e valores mobiliários, exceto ações não resgatáveis, para os quais haja intenção ou obrigatoriedade e capacidade financeira da instituição para sua manutenção em carteira até o vencimento, registrados pelo custo de aquisição ou pelo valor de mercado quando da transferência de outra categoria. Os títulos são atualizados até a data de vencimento, não sendo avaliados pelo valor de mercado. Os ganhos e perdas de títulos disponíveis para venda, quando realizados, serão reconhecidos na data de negociação na demonstração do resultado, em contrapartida de conta específica do patrimônio líquido “Ajustes ao valor de mercado - títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos”. Os declínios no valor de mercado dos títulos e valores mobiliários disponíveis para venda e dos mantidos até o vencimento, abaixo dos seus respectivos custos atualizados, relacionados a razões consideradas não temporárias, são refletidos no resultado como perdas realizadas. c) Instrumentos financeiros derivativos Os instrumentos financeiros derivativos são classificados na data de sua aquisição de acordo com a intenção da instituição para fins ou não de proteção (“hedge”), conforme a Circular no 3.082, de 30 de janeiro de 2002, do BACEN. Os instrumentos financeiros derivativos que não atendam aos critérios de proteção, principalmente os utilizados para administrar a exposição global de risco, são contabilizados pelo valor de mercado, com os ganhos e as perdas realizados e não realizados, reconhecidos diretamente na demonstração do resultado. Os derivativos utilizados para proteger exposições a risco ou para modificar as características de ativos e passivos financeiros que sejam altamente correlacionados no que se refere às alterações no seu valor de mercado em relação ao valor de mercado do item que estiver sendo protegido, tanto no início quanto ao longo da vida do contrato e considerado efetivo na redução do risco associado à exposição a ser protegida, são classificados como hedge de acordo com sua natureza: i - “Hedge de risco de mercado” - Os ativos e passivos financeiros, bem como os respectivos instrumentos financeiros relacionados são contabilizados pelo valor de mercado com os ganhos e as perdas realizados e não realizados, reconhecidos diretamente na demonstração do resultado; ii - “Hedge de fluxo de caixa” - A parcela efetiva de “hedge” dos ativos e passivos financeiros, bem como os respectivos instrumentos financeiros relacionados, são contabilizados pelo valor de mercado com os ganhos e as perdas realizados e não realizados, deduzidos quando aplicável, dos efeitos tributários, reconhecidos em conta específica do patrimônio líquido. A parcela não efetiva do “hedge” é reconhecida diretamente na demonstração do resultado. iii - Entretanto, se o objeto da proteção for título e valor mobiliário classificado na categoria títulos mantidos até o vencimento, tanto o título como o instrumento financeiro derivativo serão contabilizados pelas condições intrínsecas contratadas, não sendo avaliados pelo valor de mercado. d) Operações de Crédito e Outros Créditos (Operações com Características de Concessão de Crédito) Registradas a valor presente, calculadas “pro rata die” com base na variação do indexador e na taxa de juros pactuados, sendo atualizadas até o 60º dia de atraso. Após o 60º dia, o reconhecimento no resultado ocorre quando do efetivo recebimento das prestações. e) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa Constituída com base na análise dos riscos de realização dos créditos, em montante considerado suficiente para cobertura de eventuais perdas atendidas as normas estabelecidas pela Resolução no 2.682, de 21 de dezembro de 1999, do CMN, dentre as quais se destacam: i - As provisões são constituídas a partir da concessão do crédito, baseadas na classificação de risco do cliente, em função da análise periódica da qualidade do cliente e dos setores de atividade e não apenas quando da ocorrência de inadimplência; ii - Considerando-se exclusivamente a inadimplência, as baixas de operações de crédito contra prejuízo (“write-offs”) podem ser efetuadas após 360 dias do vencimento do crédito ou após 540 dias, para as operações com prazo a decorrer superior a 36 meses. f) Investimentos Os investimentos em controladas estão avaliados pelo método de equivalência patrimonial, sendo as demonstrações contábeis das agências no exterior, consolidadas, adaptadas aos critérios contábeis vigentes em nosso País e convertidas para reais. Os demais estão registrados pelo valor de custo, corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995, e quando aplicável é constituída provisão para perda, de acordo com as normas vigentes. Os ágios são amortizados com base na expectativa de rentabilidade futura (até 10 anos) ou pela realização dos investimentos. g) Imobilizado de Uso Demonstrado ao custo de aquisição, menos depreciação acumulada, corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995. As depreciações são calculadas pelo método linear, sobre o custo corrigido, sendo que as instalações e equipamentos de uso com valores residuais até R$ 3 são integralmente depreciados. As depreciações são calculadas às seguintes taxas anuais: Imóveis de uso .......................................................................................................................................................... 4% Sistema de comunicações, instalações, móveis e utensílios ................................................................................ 10% Veículos e equipamentos de processamento de dados ........................................................................................ 20% h) Diferido O ágio de incorporação corresponde ao valor do ágio pago na aquisição de sociedade, transferido para o ativo diferido em razão da incorporação do patrimônio da sociedade, conforme determina a Lei no 9.532/97, amortizável em 64 meses. Os gastos diferidos de organização e expansão correspondem basicamente a benfeitorias em imóveis de terceiros e aquisição de softwares, amortizados linearmente com base nos prazos dos contratos, limitados a dez e cinco anos, respectivamente. i) Ativos e Passivos Contingentes e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias São avaliados, reconhecidos e divulgados de acordo com as determinações estabelecidas na Deliberação CVM nº 489, de 03 de outubro de 2005. i - Ativos e Passivos Contingentes: Referem-se a direitos e obrigações potenciais decorrentes de eventos passados e cuja ocorrência depende de eventos futuros. • Ativos Contingentes - não são reconhecidos, exceto quando da existência de evidências que assegurem elevado grau de confiabilidade de realização, usualmente representado pelo trânsito em julgado da ação e pela confirmação da capacidade de sua recuperação por recebimento ou compensação com outro exigível. • Passivos Contingentes - decorrem basicamente de processos judiciais e administrativos, inerentes ao curso normal dos negócios, movidos por terceiros, ex-funcionários e órgãos públicos, em ações cíveis, trabalhistas, de natureza fiscal e previdenciária e outros riscos. Essas contingências, coerentes com práticas conservadoras adotadas, são avaliadas por assessores legais e levam em consideração a probabilidade que recursos financeiros sejam exigidos para liquidar as obrigações e que o montante das obrigações possa ser estimado com suficiente segurança. As contingências são classificadas como prováveis, para as quais são constituídas provisões; possíveis, que somente são divulgadas sem que sejam provisionadas; e remotas, que não requerem provisão e divulgação. Os valores das contingências são quantificados utilizando-se modelos e critérios que permitam a sua mensuração de forma adequada, apesar da incerteza inerente ao prazo e valor. ii - Obrigações Legais – Fiscais e Previdenciárias: Representadas por exigíveis relativos às obrigações tributárias, cuja legalidade ou constitucionalidade é objeto de contestação judicial, constituídas pelo valor integral em discussão. Os exigíveis e os depósitos judiciais correspondentes são atualizados de acordo com a regulamentação vigente. j) Tributos Calculados às alíquotas abaixo demonstradas, consideram, para efeito das respectivas bases de cálculo, a legislação vigente pertinente a cada tributo. Imposto de renda ................................................................................................................................................ Adicional de imposto de renda .......................................................................................................................... Contribuição social .............................................................................................................................................. PIS ......................................................................................................................................................................... COFINS ................................................................................................................................................................. ISS ........................................................................................................................................................................ CPMF ....................................................................................................................................................................

15,00% 10,00% 9,00% 0,65% 4,00% até 5,00% 0,38%

O Itaú BBA reconhece os créditos tributários de imposto de renda e contribuição social sobre as indedutibilidades temporárias de provisões, prejuízos fiscais, base negativa e créditos tributários e obrigações tributárias diferidos sobre ajuste a valor de mercado das posições de títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos. k) Resultado de exercícios futuros Referem-se basicamente às rendas recebidas antes do cumprimento do prazo da obrigação que lhes deu origem, sobre as quais não haja quaisquer perspectivas de exigibilidade e cuja apropriação, como renda efetiva, depende apenas da fluência do prazo. l) Apuração do resultado O resultado é apurado pelo regime de competência. 4. APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ As aplicações estão assim resumidas: 2007 Acima de 12 meses

Até 3 De 3 a 6 De 6 a 12 Saldo meses meses meses Saldo Aplicações no mercado aberto Posição bancada Sem livre movimentação 161.730 78.128 83.602 211.606 Com livre movimentação(*) 86.342 86.342 100.901 248.072 78.128 86.342 83.602 312.507 Posição financiada 9.672.989 631.263 - 9.041.726 3.878.303 9.921.061 709.391 86.342 - 9.125.328 4.190.810 Aplicações em depósitos interfinanceiros . 24.985.810 13.180.462 4.596.376 2.303.613 4.905.359 7.866.386 Total ...........................

4.834.616 1.153.937 1.038.774 5.029.869

34.906.871 13.889.853 4.682.718 2.303.613 14.030.687 12.057.196

Até 3 meses

De 3 a 6 De 6 a 12 meses meses

2006 Acima de 12 meses

117.044

-

1.562

93.000

100.901 217.945 161.062 379.007

-

1.562 93.000 258.164 3.459.077 259.726 3.552.077

4.455.609 1.153.937

779.048 1.477.792

(*) Em 30 de junho de 2007, R$ 28.236 estavam dados em garantia de operações junto à Bolsa de Mercadorias e Futuros (“BM&F”).

5. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS 2007 Vencimentos De 3 a De 6 a Acima de 6 meses 12 meses 12 meses

Custo menos Mercado Valor de Valor Valor mercado(c) bruto líquido

Até 3 meses

1.948.669

1.977.575

28.906

3.993

49.762

159.605

157.097

(2.508)

2.165

-

-

154.932

58.475 231.054

58.431 246.674

(44) 15.620

7.400 246.674

-

6.637 -

44.394 -

102.681

110.701

8.020

-

16.534

-

94.167

59.418

59.551

133

35.729

23.822

-

-

1.039.043 463.271 4.062.216

1.048.521 463.271 4.121.821

9.478 59.605(d)

347.784 463.271 1.107.016

90.118

189.801

189.874

73

40

100.953

-

77.160

11.761

2.020.583

2.025.714

5.131

3.229

- 1.797.977

227.737

-

2.483.961 540.536

2.480.246 541.783

(3.715) 1.247

(2.335) 785

479.867 541.783

100.975 -

20.003

20.003

-

-

20.003

-

-

-

70.122

73.507

3.385

2.130

2.627

215

8.171

62.494

4.304.760 972.283 10.602.049

4.332.413 972.283 10.635.823

27.653 33.774

17.942 22.298 972.283 21.791(e) 2.139.814

105.453

132.285

10.937

1.394

11.576

81.546

18.321

21.003

521

-

-

17.800

8.142 131.916

8.139 161.427(f)

533 11.991

514 1.908

974 12.550

6.121 105.467

14.796.181

14.919.071

Custo de aquisição (b)

Custo menos Mercado Valor de Valor Valor mercado (c) bruto líquido

Custo de aquisição(b) (a)

Títulos para negociação: Títulos públicos federais do Brasil ........... Títulos públicos federais de outros países ............ Debêntures e commercial paper ......... Ações ................................... Certificado de recebíveis imobiliários .................... Certificado de termo de energia ...................... Eurobonds e assemelhados ................ Fundos ................................. Títulos disponíveis para venda: Títulos públicos federais do Brasil ........... Títulos públicos federais de outros países ............ Debêntures e commercial paper ......... Ações ................................... Certificado de depósito bancário ......................... Certificado de recebíveis imobiliários .................... Eurobonds e assemelhados ................ Fundos ................................. Títulos mantidos até o vencimento: Títulos públicos federais do Brasil ............. Títulos públicos federais de outros países ............... Debêntures e commercial paper ............

Total

....................................

Títulos para negociação: (a) Títulos públicos federais do Brasil ............. Títulos públicos federais de outros países ............... Ações ...................................... Certificado de depósito bancário ............................ Certificado de recebíveis imobiliários ....................... Certificado de termo de energia ......................... Eurobonds e assemelhados .................. Fundos .................................... Títulos disponíveis para venda: Títulos públicos federais do Brasil ............. Debêntures ............................. Ações ...................................... Certificado de recebíveis imobiliários ....................... Eurobonds e assemelhados .................. Fundos .................................... Títulos mantidos até o vencimento: Títulos públicos federais do Brasil ............. Títulos públicos federais de outros países ............... Debêntures .............................

Total

......................................

563.969 1.359.851

700.737 570.606 2.354.081

187.983 1.711.421 -

35.804 2.720.749 1.553.562 1.934.971 3.221.800 3.339.238

3.258.821 2.026.997 3.804.956 5.798.786

Até 3 meses

2006 Vencimentos De 3 a De 6 a Acima de 6 meses 12 meses 12 meses

877.169

878.787

1.618

28.308

-

298.604

551.875

171.812 36.967

172.329 38.791

517 1.824

460 38.791

519 -

-

171.350 -

233.012

233.012

-

52.636

-

180.376

-

105.513

102.676

(2.837)

-

16.224

-

86.452

29.145

30.362

1.217

5.372

5.365

10.715

8.910

134.665 395.197 1.983.480

136.603 395.197 1.987.757

1.938 4.277(d)

395.197 520.764

1.876 23.984

489.695

134.727 953.314

1.134.720 1.409.182 635.901

1.138.325 1.409.581 630.248

3.605 399 (5.653)

2.333 251 (3.909)

15.270 94.301 630.248

96.694 25.487 -

917.364 109.170 -

108.997 1.180.623 -

78.717

73.081

(5.636)

(3.547)

3.608

211

7.879

61.383

1.330.057 944.795 5.533.372

1.352.227 944.795 5.548.257

22.170 14.885

14.582 63.045 944.795 (e) 9.710 1.751.267

122.739 680.813 245.131 1.715.226

485.630 1.836.633

138.220

174.724

14.493

1.608

14.851

107.268

20.325 9.543 168.088

20.384 9.543 204.651(f)

580 565 15.638

545 2.153

1.034 15.885

19.745 7.399 134.412

7.684.940

7.740.665

2.287.669

271.268 2.220.806

2.924.359

(a)

Os títulos para negociação são apresentados no balanço patrimonial, no ativo circulante, independente de suas datas de vencimentos.

(b)

Custo de aquisição acrescido de rendimentos auferidos até a data do balanço.

(c)

O valor de mercado é apurado considerado o fluxo de caixa descontado a valor presente pelas taxas de juros ou preços considerados como representativos das condições de mercado por ocasião do encerramento do balanço, aplicáveis a cada tipo de título.

(d)

Reconhecido diretamente no resultado.

(e)

Ganhos e perdas não realizados são reconhecidos em conta especial do patrimônio líquido pelos seus valores líquidos de tributos.

(f)

Os títulos mantidos até o vencimento não são avaliados a valor de mercado para fins contábeis, assim os valores ora apresentados são apenas informativos.

Observação: Os títulos e valores mobiliários dados em garantia montavam a R$ 1.672.458 (2006 - R$ 1.436.105), basicamente nas operações de instrumentos financeiros derivativos junto à BM&F. 6. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS A globalização dos mercados nos últimos anos proporcionou um alto nível de sofisticação nos produtos financeiros utilizados. Como conseqüência deste processo, houve uma crescente demanda por instrumentos financeiros derivativos para administrar riscos de mercado resultantes basicamente de flutuações em taxas de juros, câmbio e preços de ativos e de crédito, visando à proteção de default de contraparte. Desta forma o Itaú BBA vem operando ativamente nos mercados derivativos, tanto no atendimento às crescentes necessidades de seus clientes, como na execução de sua política de gestão de riscos. Tal política baseia-se na utilização dos instrumentos derivativos como forma de minimização dos riscos resultantes das operações comerciais e financeiras. A maior parte dos contratos de derivativos, negociados pela instituição com clientes, no Brasil, é de operações de swap e futuros, todas registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) ou na Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos (CETIP). Os contratos futuros de DI e Dólar da BM&F são utilizados principalmente como instrumentos para trava de taxas de financiamentos oferecidos a clientes por prazos ou moedas descasados com os dos recursos utilizados para fundeálos. No exterior, realizam-se operações com contratos derivativos de futuros, termo, opções, swaps e créditos com registro principalmente nas Bolsas de Chicago, Nova York e Londres. Os principais fatores de risco dos derivativos assumidos em 30 de junho de 2007 eram relacionados à taxa de câmbio, taxa de juros, cupom de dólar e de TR, Libor e renda variável. O gerenciamento destes e de outros fatores de risco de mercado está apoiado em infra-estrutura de modelos determinísticos e estatísticos sofisticados. Com base neste modelo de gestão, a instituição tem conseguido, com a utilização de operações envolvendo derivativos, maximizar as relações risco e retorno, mesmo em situações de grande volatilidade. Os modelos de apreçamento utilizados são compatíveis com a complexidade das operações e adequados aos instrumentos financeiros negociados. As técnicas utilizadas se baseiam nos modelos de avaliação de direitos contingentes para as opções (família de modelos Black & Scholes) e modelos de não arbitragem para os contratos de futuros e swaps. A avaliação a valor de mercado dos instrumentos derivativos é feita utilizando-se as informações de mercado disponíveis, tais como as de corretoras, provedores externos de informações de mercado e mesmo comparação com taxas e preços de outros bancos, construindo assim uma consistente avaliação dos reais valores de mercado dos instrumentos apreçados. Quanto às operações envolvendo derivativos de crédito, a instituição realiza-os com o objetivo de otimizar a gestão de sua exposição ao risco de crédito de ativos de seu balanço. As operações realizadas para administração do portfolio de crédito mitigam os riscos específicos da contraparte devedora, transferindo-os, total ou parcialmente, para a instituição vendedora de proteção. Tais riscos são monitorados diariamente face aos limites de crédito estabelecidos para cada contraparte, garantindo assim um adequado gerenciamento dos mesmos. As posições desses instrumentos financeiros têm seus valores referenciais registrados em contas de compensação e os ajustes/prêmios, em contas patrimoniais.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Banco Itaú BBA S.A. CNPJ: 17.298.092/0001-30 MATRIZ: São Paulo - SP Av. Brigadeiro Faria Lima, 3.400 3º ao 8º andares 04538 132 t. 11 3708 8000 f. 11 3708 8172 www.itaubba.com.br

9

SUCURSAIS: Rio de Janeiro - RJ - Praia de Botafogo, 300 Sala 1201 22250 040 t. 21 2553 1400 f. 21 2553 0534 Campinas - SP - Av. Dr. José Bonifácio Coutinho Nogueira, 150 8º andar Sls. 804 / 806 / 808 / 810 Cond. Galleria Plaza 13091 611 t. 19 3707 5500 f. 19 3707 5599 Porto Alegre - RS - Rua Soledade, 550 cj 1201 Bairro Petrópolis 90470 340 t. 51 3025 4466 f. 51 3028 4462 Belo Horizonte - MG - Rua Paraíba, 1.000 13º andar 30130 141 t. 31 2101 1350 f. 31 2101 1399 Salvador - BA - Av. Tancredo Neves, 1.186 Ed. Catabas Center 41820 020 t. 71 3342 5944 f. 71 3342 5931

Curitiba - PR - Al. Dr. Carlos de Carvalho, 417 25º andar cj. 2501 80410 180 t. 41 3028 4450 f. 41 3028 4488 Montevidéu - Uruguai - Plaza Independencia, 831 Of. 706 C.P. 11.100 t. +59 82 901 3965 f. +59 82 908 5613 Nassau - Bahamas - West Bay Street P.O. Box 778 REPRESENTAÇÕES: Nova Iorque - EUA - 540 Madison Avenue, 24th Floor New York NY 10022 t. +1 212 838 4439 f. +1 212 838 4624 Buenos Aires - Argentina - Cerrito 740, piso 7 CP 1010AAP t. +54 11 5273 3501 f. +54 11 4372 8043 Xangai - Room 1009, 10/F, One Corporate Avenue, 222 Hu Bin Road, Luwan District, Shanghai 200021 P.R.China t. +86 21 3311 3466 f. +86 21 6340 6220

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E DE 2006 - Em milhares de reais

(continuação)

Os instrumentos financeiros derivativos podem ser assim resumidos: a) SWAP e arbitragens (*) 2007 Valor de mercado Posição líquida

Valores pelas taxas e indexadores contratados Posição Ativo Passivo líquida

i) Referenciados em: a) Moeda estrangeira ............. b) Pós-fixados ......................... c) Prefixados ........................... d) Mercado interfinanceiro .... e) Índices ................................. f) Outros .................................. ii) Contrapartes: a) Empresas ............................ b) BM&F .................................. c) Instituições financeiras ...... d) Partes relacionadas ........... iii) Vencimentos: a) Até 3 meses ........................ b) De 3 a 6 meses ................... c) De 6 a 12 meses ................. d) Acima de 12 meses ............ iv) Operações realizadas: a) Na BM&F ............................ b) No Balcão ...........................

(*)

Valores pelas taxas e indexadores contratados Posição Ativo Passivo líquida

2006 Valor de mercado Posição líquida

13.598.650 23.242.579 12.624.512 18.172.674 4.645.681 223.070 72.507.166

19.981.955 (6.383.305 ) (6.248.577 ) 16.715.642 18.261.455 (1.545.813) (4.805.192) 1.365.340 21.877.239 21.874.715 1.785.205 2.359.275 (574.070) (580.577) 15.519.473 (2.894.961 ) (2.972.484 ) 11.460.545 6.349.576 5.110.969 4.655.763 30.943.879 (12.771.205)(12.791.402) 16.032.827 18.325.961 (2.293.134) 1.447.747 4.578.840 66.841 52.277 3.889.616 4.593.064 (703.448) (685.931) 90.478 132.592 131.631 91.047 96.055 (5.008) (5.374) 72.479.965 27.201 46.160 49.974.882 49.985.386 (10.504) 26.436

11.181.148 7.465.061 8.801.486 45.059.471 72.507.166

10.962.586 7.443.003 9.041.917 45.032.459 72.479.965

218.562 22.058 (240.431 ) 27.012 27.201

214.221 8.845.929 8.383.607 22.862 12.203.843 12.199.588 (230.384 ) 7.043.996 6.974.160 39.461 21.881.114 22.428.031 46.160 49.974.882 49.985.386

462.322 4.255 69.836 (546.917) (10.504)

401.539 17.395 105.171 (497.669) 26.436

18.986.518 8.305.242 13.356.887 31.858.519 72.507.166

18.854.725 8.219.538 13.306.889 32.098.813 72.479.965

131.793 85.704 49.998 (240.294 ) 27.201

166.815 20.218.406 20.292.808 96.010 7.010.110 6.997.710 48.411 10.036.333 10.135.096 (265.076 ) 12.710.033 12.559.772 46.160 49.974.882 49.985.386

(74.402) 12.400 (98.763) 150.261 (10.504)

(46.289) 33.860 (80.022) 118.887 26.436

7.471.380 65.035.786 72.507.166

7.446.462 65.033.503 72.479.965

24.918 2.283 27.201

11.233 (21.737) (10.504)

24.354 2.082 26.436

25.703 20.457 46.160

12.223.244 12.212.011 37.751.638 37.773.375 49.974.882 49.985.386

f) Derivativos de crédito A instituição realiza operações envolvendo derivativos de crédito objetivando (i) reduzir ou eliminar sua exposição a riscos específicos de ativos de seu balanço, dentro do conceito de administração do portfolio de crédito e (ii) assumir posições de risco através de sua tesouraria, através de compras ou vendas de proteção, dentro do conceito de trading. As operações realizadas para administração do portfolio de crédito mitigam os riscos específicos da contraparte devedora, transferindo-os, total ou parcialmente, para a instituição vendedora de proteção. Tais riscos são monitorados diariamente face aos limites de crédito estabelecidos para cada contraparte, garantindo assim adequado gerenciamento dos mesmos. As operações realizadas pela tesouraria são controladas diariamente através de sofisticados modelos de apreçamento e de determinação do risco de mercado, sensibilizando os limites de VaR e VaR Stress estabelecidos para a mesma. As operações existentes podem ser assim resumidas: Valor do risco de crédito(*) 2007 2006 Transferidos: Swaps de créditos cujos ativos subjacentes são: Títulos e valores mobiliários .............................................. Derivativos com empresas ................................................. Swap de taxa de retorno total cujos ativos subjacentes são: Títulos e valores mobiliários .............................................. Derivativos com empresas ................................................. Recebidos: Swaps de créditos cujos ativos subjacentes são: Títulos e valores mobiliários .............................................. Derivativos com empresas ................................................. Total ............................................................................................

i) Direitos sobre: a) Moeda estrangeira ................................................................ b) Reais ...................................................................................... c) Títulos ..................................................................................... d) Índices .................................................................................... e) Ações ..................................................................................... f) Outros ..................................................................................... ii) Obrigações sobre: a) Moeda estrangeira ................................................................ b) Reais ...................................................................................... c) Títulos ..................................................................................... d) Índices .................................................................................... e) Outros .................................................................................... Total .............................................................................................. iii) Contrapartes: a) Empresas ............................................................................... b) Bolsas .................................................................................... c) Instituições financeiras ......................................................... d) Partes relacionadas .............................................................. iv) Vencimentos: a) Até 3 meses ........................................................................... b) De 3 a 6 meses ...................................................................... c) De 6 a 12 meses .................................................................... d) Acima de 12 meses ............................................................... v) Operações realizadas: a) Em Bolsas .............................................................................. b) No Balcão ..............................................................................

Prêmios pagos ou (recebidos) 2006 Valor de Valor de custo mercado

Valor de custo

2007 Valor de mercado

43.449 5.230 34.992 221.204 12.802 317.677

36.534 3.746 21.373 220.791 9.782 292.226

37.349 8.848 3.052 2.068 135.987 1.086 188.390

21.491 4.135 2.947 1.222 139.846 951 170.592

(36.187) (48.501) (31.455) (7.338) (123.481)

(38.318) (34.167) (18.050) (3.905) (94.440)

(28.976) (15.834) (3.052) (798) (48.660)

(25.693) (8.624) (923) (521) (35.761)

194.196

197.786

139.730

134.831

213.725 (10.199) (11.569) 2.239 194.196

204.421 (7.798) 400 763 197.786

135.987 (8.581) 14.244 (1.920) 139.730

139.976 (7.441) 2.588 (292) 134.831

(1.096) (5.265) 198.159 2.398 194.196

(6.132) (13.269) 213.222 3.965 197.786

14.667 (6.981) 131.228 816 139.730

2.746 (4.530) 135.990 625 134.831

(11.212) 205.408 194.196

(7.441) 205.227 197.786

(7.203) 146.933 139.730

(6.740) 141.571 134.831

c) Operações a termo - Balcão Valor de custo i) Referenciados em: a) Títulos Vendas a receber .................................................................. Obrigações por vendas a entregar ..................................... ii) Contrapartes: a) Instituições financeiras .......................................................... iii) Vencimentos: a) Até 3 meses ............................................................................

i) Referenciados em: a) Cupom cambial (DDI) Posição ativa ............. Posição passiva ......... b) Taxa de juros (DI1) Posição ativa ............. Posição passiva ......... c) Moeda estrangeira Posição ativa ............. Posição passiva ......... d) Índices Posição ativa ............. Posição passiva ......... e) Títulos Posição ativa ............. Posição passiva ......... f) Outros Posição ativa ............. Posição passiva .........

ii) Contrapartes: a) BM&F ............................... b) Instituições financeiras .. iii) Vencimentos: a) Até 3 meses .................... b) De 3 a 6 meses ............... c) De 6 a 12 meses .............. d) Acima de 12 meses ........ iv) Operações realizadas: a) Na BM&F ......................... b) No Balcão ........................

20.482.824 (17.444.949)

(301.883) (7.703)

-

(144.465) (8.148)

-

(15.891) (896)

-

3.601.640 140.000 774.620

119.500 119.500

128.189 15.400 (182.784)

13.145 13.145

O valor de mercado das operações de derivativos de crédito acima descritas, registrado no ativo montavam a R$ 40.972 e registrado no passivo R$ 96.528 (2006 - R$ 106). Durante o semestre não houve ocorrência de evento de crédito relativo a fatos geradores previstos nos contratos. g) Das garantias As garantias dadas nas operações de instrumentos financeiros derivativos montavam a R$ 1.524.176 (2006 - R$ 1.078.365), representadas por títulos e valores mobiliários. 7. OPERAÇÕES DE CRÉDITO E OUTROS CRÉDITOS E PROVISÃO PARA RISCOS DE CRÉDITO O Itaú BBA é um banco de atacado e, assim sendo, concentra seus negócios principalmente com clientes brasileiros e internacionais de grande porte; conseqüentemente, os créditos, individualmente, têm valor elevado (média de R$ 18 milhões (2006 - R$ 18 milhões) por cliente, aproximadamente). As recomendações de limites de créditos são submetidas a um rigoroso processo de aprovação formal, através de Comitê de Crédito, onde participam entre outros o Presidente, os Vice-Presidentes Comerciais, dois Conselheiros, o Diretor de Crédito e Diretores Comerciais, sendo que as decisões deste Comitê de Crédito, são comunicadas ao Comitê Executivo, do qual participam a Presidência e alguns Diretores do Itaú BBA. Os limites de crédito cujos valores superem determinados montantes (correlacionados ao risk rating do grupo econômico), são discutidos e avaliados pela Comissão Superior de Crédito (CSC) do Itaú. A CSC é a instância máxima responsável pelas políticas e decisões de crédito para o Conglomerado. As aprovações são válidas até um ano, dependendo da classificação de risco atribuída a cada empresa e/ou grupo econômico. Em conformidade à Resolução no 2.682, de 21 de dezembro de 1999, do CMN, o Itaú BBA procedeu à classificação das operações de crédito considerando o risco envolvido em cada devedor e/ou operação individualmente. A classificação considerou a qualidade do devedor e da operação, incluindo aspectos tais como: fluxo de caixa, situação econômico-financeira do devedor e setor, grau de endividamento, administração, histórico do devedor, garantias, eventuais atrasos, entre outros. A referida Resolução requer que seja constituída provisão para fazer face aos créditos de liquidação duvidosa em valor no mínimo equivalente ao somatório decorrente da aplicação de percentuais específicos, como apresentado no item “e” desta nota. A administração do Itaú BBA, dentro de sua postura prudente, tem, consistentemente, constituído provisão para riscos de crédito em montante superior ao mínimo exigido pela Resolução acima citada, tendo como objetivo a cobertura de riscos gerais de crédito, e fundamenta-se principalmente em: (i) características intrínsecas às operações do Itaú BBA, sobretudo em relação ao valor médio unitário dos riscos de crédito; (ii) tendência de alongamento nos prazos das operações, principalmente aquelas conjugadas com repasse de linhas de organismos multilaterais de desenvolvimento, o que representa elemento novo no ambiente de crédito; (iii) certo grau de incerteza quanto ao nível de atividade econômica mundial e de liquidez dos mercados, em função de possíveis eventos de caráter macroeconômico e sócio-político, tanto em países em desenvolvimento quanto nas economias desenvolvidas. a) Composição da carteira de crédito por tipo de operação Operações de crédito: Empréstimos e títulos descontados .............................................................................. Financiamentos ............................................................................................................... Financiamentos em moedas estrangeiras .................................................................... Financiamentos rurais e agroindustriais ....................................................................... Adiantamentos sobre contratos de câmbio (1) .................................................................... Outras operações(2) ...............................................................................................................

(1) (2)

343.899 (343.899)

343.924

343.899

b) Diversificação da carteira de crédito por ramo de atividade

343.924

343.899

Setor público ......................................................................................................................... Química e petroquímica .............................................................................................. Geração e distribuição de energia .............................................................................. Outros ............................................................................................................................ Setor privado ......................................................................................................................... Indústria .............................................................................................................................. Alimentícia e bebidas ................................................................................................... Siderurgia e metalurgia ............................................................................................... Química e petroquímica .............................................................................................. Eletroeletrônica ............................................................................................................ Papel e celulose ............................................................................................................ Veículos leves e pesados ............................................................................................. Vestuário ....................................................................................................................... Mecânica ....................................................................................................................... Fumo ............................................................................................................................. Fertilizantes, adubos, inseticidas e defensivos .......................................................... Autopeças e acessórios ............................................................................................... Material de construção ................................................................................................ Farmacêutica ................................................................................................................ Madeira e móveis ......................................................................................................... Tratores e máquinas agrícolas .................................................................................... Indústria - outros .......................................................................................................... Comércio ............................................................................................................................. Varejista ........................................................................................................................ Atacadista ..................................................................................................................... Comércio - outros ......................................................................................................... Serviços .............................................................................................................................. Telecomunicações ........................................................................................................ Geração e distribuição de energia .............................................................................. Financeiro ..................................................................................................................... Prestadoras de serviço ................................................................................................. Empreiteiras e imobiliárias .......................................................................................... Concessionárias de serviços públicos ........................................................................ Transportes ................................................................................................................... Comunicação ................................................................................................................ Serviços - outros .......................................................................................................... Primário .............................................................................................................................. Mineração ..................................................................................................................... Agropecuária ................................................................................................................ Primário - outros .......................................................................................................... Outros .................................................................................................................................

2006

Líquido

Valor de custo(*)

Valor de mercado

Líquido

20.489.430 (17.450.872)

6.606 (5.923)

3.548.135 (2.655.716)

3.546.838 (2.654.620)

(1.297) 1.096

27.354.980 (3.490.384)

27.356.480 (3.491.105)

1.500 (721)

62.978.899 (2.286.895)

62.978.603 (2.287.157)

(296) (262)

64.136.420 (18.705.857)

64.136.561 (18.706.748)

141 (891)

325.661 (670.482)

325.523 (670.461)

(138) 21

1.642.267 (195.770)

1.642.387 (195.770)

120 -

52.471.012 (6.538.338)

52.471.012 (6.538.416)

(78)

42.454 (82.626)

42.415 (82.638)

(39) (12)

89.962 -

90.089 -

127 -

186 (2.598) 73.736.947

186 (2.598) 73.737.728

781

107.262.238

107.261.411

(827)

24.111.401 49.625.546 73.736.947

24.112.182 49.625.546 73.737.728

781 781

61.309.883 45.952.355 107.262.238

61.309.056 45.952.355 107.261.411

(827) (827)

(30.126.106) 48.384.301 55.741.540 (262.788) 73.736.947

(30.130.843) 48.386.842 55.745.819 (264.090) 73.737.728

(4.737) 2.541 4.279 (1.302) 781

67.828.513 32.566.288 6.083.777 783.660 107.262.238

67.828.624 32.565.877 6.083.648 783.262 107.261.411

111 (411) (129) (398) (827)

24.111.401 49.625.546 73.736.947

24.112.182 49.625.546 73.737.728

781 781

61.309.883 45.952.355 107.262.238

61.309.056 45.952.355 107.261.411

(827) (827)

2007

2006

6.696.199 6.829.006 519.383 2.054.316 527.047 30.068 16.656.019

5.752.615 5.703.744 306.525 1.936.148 795.646 32.584 14.527.262

Adiantamentos sobre contratos de câmbio reclassificados de Outras obrigações - carteira de câmbio. Compostas por Rendas a receber de adiantamentos concedidos, Devedores por compra de valores e bens e títulos e créditos a receber reclassificados de Outros créditos.

343.924 (343.924)

2007 Valor de mercado

-

2007 Valor de mercado

d) Contratos de futuros Valor de custo(*)

(2.744.385) (70.022)

(*) Registrado em conta de compensação.

As arbitragens estão classificadas em Outros créditos e Outras obrigações - carteira de câmbio.

b) Opções

Efeito no cálculo do patrimônio exigido 2007 2006

2007 745.620 130.539 501.289 113.792 15.910.399 6.886.773 1.486.147 764.951 961.060 599.642 250.982 251.604 356.651 189.880 243.614 614.102 226.643 278.096 203.951 249.842 43.924 165.684 693.261 441.140 179.835 72.286 5.559.392 595.607 1.522.681 322.881 530.200 1.158.887 399.802 69.369 353.794 606.171 2.496.524 270.929 2.214.994 10.601 274.449 16.656.019

2006 1.183.358 179.425 922.412 81.521 13.343.904 6.223.720 1.074.491 682.422 1.034.862 417.832 137.030 360.018 175.779 190.348 371.395 587.388 207.709 296.458 189.494 284.377 50.692 163.425 684.215 502.081 56.528 125.606 4.203.608 1.030.344 1.268.167 309.819 251.444 399.867 366.858 45.443 8.570 523.096 2.153.577 229.704 1.911.099 12.774 78.784 14.527.262

2007 518.805 3,11% 4.946.369 29,70%

2006 517.372 3,56% 4.929.226 33,93%

2007 47.190 1 44.739 30.851 34.619 4.769.293 2.695.534 2.335.929 6.697.863 16.656.019

2006 62.032 26.394 15.041 23.228 4.111.828 2.087.277 2.288.261 5.913.201 14.527.262

(*) Registrado em conta de compensação. c) Concentração do risco de crédito e) Outros instrumentos financeiros derivativos

i) Referenciados em: a) Moeda estrangeira Posição ativa ................................................................... Posição passiva ............................................................... b) Real Posição ativa ................................................................... Posição passiva ............................................................... c) Prefixados Posição ativa ................................................................... Posição passiva ............................................................... d) Outros Posição ativa ................................................................... Posição passiva ............................................................... ii) Contrapartes: a) Empresas ............................................................................... b) BM&F ..................................................................................... c) Instituições financeiras ......................................................... d) Partes relacionadas .............................................................. iii) Vencimentos: a) Até 3 meses ........................................................................... b) De 3 a 6 meses ...................................................................... c) De 6 a 12 meses .................................................................... d) Acima de 12 meses ............................................................... iv) Operações realizadas: a) Na BM&F ............................................................................... b) No Balcão ..............................................................................

Valor de custo

2006 Valor de mercado

Principal devedor .................................................................................................................. Percentual sobre o total da carteira de crédito ................................................................... 20 maiores devedores .......................................................................................................... Percentual sobre o total da carteira de crédito ...................................................................

873.848 (1.234.361)

1.235.733 (1.298.217)

1.247.579 (1.383.353)

d) Composição da carteira de crédito por faixas de vencimento

53.125 (230.363)

53.125 (230.363)

43.256 (16.500)

43.256 (16.500)

13.056 (42.438)

41.219 (97.565)

1.942 (839)

13.636 (5.012)

39 (144) (544.480)

39 (766) (594.824)

(106) (34.731)

2.473 (106) (98.027)

(346.674) (215.993) 18.187 (544.480)

(369.443) (702) (242.849) 18.170 (594.824)

(68.091) (5.834) 39.194 (34.731)

(141.063) 1.369 41.667 (98.027)

(118.744) (132.916) (100.603) (192.217) (544.480)

(121.918) (157.691) (109.807) (205.408) (594.824)

33.934 (8.601) (22.720) (37.344) (34.731)

20.609 (25.118) (42.021) (51.497) (98.027)

(544.480) (544.480)

(702) (594.122) (594.824)

(34.731) (34.731)

(98.027) (98.027)

Valor de custo

2007 Valor de mercado

870.947 (1.208.702)

i) Parcelas vencidas até 14 dias de operações de curso normal ................................. ii) Parcelas vencidas até 14 dias de operações de curso anormal ............................... iii) Parcelas vencidas de 15 a 60 dias ............................................................................... iv) Parcelas vencidas acima de 60 dias ............................................................................ v) Parcelas vincendas de operações em atraso ............................................................. vi) Parcelas a vencer até 90 dias ...................................................................................... vii) Parcelas a vencer de 91 a 180 dias ............................................................................. viii) Parcelas a vencer de 181 dias a 1 ano ........................................................................ ix) Parcelas a vencer após 1 ano ...................................................................................... e) Provisão para riscos de crédito Créditos de curso normal Níveis de Parcelas a Parcelas risco vencer vencidas(1) AA 9.019.430 17.683 A 6.095.238 18.497 B 1.255.816 8.169 C 49.587 1.794 D 73.717 1.047 E F G H 4.831 16.498.619 47.190

2007 Créditos de Provisão para riscos Provisão curso anormal de crédito, com base para riscos Parcelas a Parcelas Total das Percentual nos percentuais de crédito vencer vencidas operações de provisão(2) exigidos(2) contabilizada - 9.037.113 (44.282) - 6.113.735 0,5% (30.568) (60.526) 11.282 37.415 1.312.682 1,0% (13.127) (39.249) 21.751 10.666 83.798 3,0% (2.514) (8.371) 1.354 1.327 77.445 10,0% (7.745) (23.226) 103 26.124 26.227 30,0% (7.868) (13.111) 52 27 79 50,0% (39) (55) 70,0% 77 32 4.940 100,0% (4.940) (4.940) 34.619 75.591 16.656.019 (66.801) (193.760)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

10

Banco Itaú BBA S.A. CNPJ: 17.298.092/0001-30

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Curitiba - PR - Al. Dr. Carlos de Carvalho, 417 25º andar cj. 2501 80410 180 t. 41 3028 4450 f. 41 3028 4488 Montevidéu - Uruguai - Plaza Independencia, 831 Of. 706 C.P. 11.100 t. +59 82 901 3965 f. +59 82 908 5613 Nassau - Bahamas - West Bay Street P.O. Box 778 REPRESENTAÇÕES: Nova Iorque - EUA - 540 Madison Avenue, 24th Floor New York NY 10022 t. +1 212 838 4439 f. +1 212 838 4624 Buenos Aires - Argentina - Cerrito 740, piso 7 CP 1010AAP t. +54 11 5273 3501 f. +54 11 4372 8043 Xangai - Room 1009, 10/F, One Corporate Avenue, 222 Hu Bin Road, Luwan District, Shanghai 200021 P.R.China t. +86 21 3311 3466 f. +86 21 6340 6220

SUCURSAIS: Rio de Janeiro - RJ - Praia de Botafogo, 300 Sala 1201 22250 040 t. 21 2553 1400 f. 21 2553 0534 Campinas - SP - Av. Dr. José Bonifácio Coutinho Nogueira, 150 8º andar Sls. 804 / 806 / 808 / 810 Cond. Galleria Plaza 13091 611 t. 19 3707 5500 f. 19 3707 5599 Porto Alegre - RS - Rua Soledade, 550 cj 1201 Bairro Petrópolis 90470 340 t. 51 3025 4466 f. 51 3028 4462 Belo Horizonte - MG - Rua Paraíba, 1.000 13º andar 30130 141 t. 31 2101 1350 f. 31 2101 1399 Salvador - BA - Av. Tancredo Neves, 1.186 Ed. Catabas Center 41820 020 t. 71 3342 5944 f. 71 3342 5931

MATRIZ: São Paulo - SP Av. Brigadeiro Faria Lima, 3.400 3º ao 8º andares 04538 132 t. 11 3708 8000 f. 11 3708 8172 www.itaubba.com.br

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E DE 2006 - Em milhares de reais

(continuação)

Créditos de curso normal Níveis de Parcelas a Parcelas risco vencer vencidas(1) AA 7.438.921 32.088 A 5.382.537 28.857 B 1.322.196 1.087 C 65.971 D 41.283 E 12.774 F 120.417 G H 16.468 14.400.567 62.032

2006 Créditos de Provisão para riscos Provisão curso anormal de crédito, com base para riscos Parcelas a Parcelas Total das Percentual de nos percentuais de crédito (2) (2) vencer vencidas operações provisão exigidos contabilizada - 7.471.009 (36.608) - 5.411.394 0,5% (27.057) (53.573) 2.027 11.376 1.336.686 1,0% (13.367) (39.967) 2.368 15.120 83.459 3,0% (2.504) (8.337) 17.755 14.249 73.287 10,0% (7.328) (21.979) (3.832) (6.386) 12.774 30,0% 120.417 50,0% (60.208) (84.279) 70,0% 1.078 690 18.236 100,0% (18.236) (18.236) 23.228 41.435 14.527.262 (132.532) (269.365)

11. ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES E OBRIGAÇÕES LEGAIS - FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS O Itaú BBA, na execução de suas atividades normais, encontra-se envolvido em contingências como segue: a) Ativos Contingentes: Não existe nenhum ativo contingente contabilizado. b) Passivos Contingentes classificados como: i - Prováveis: As movimentações das respectivas provisões para passivos contingentes, podem ser assim resumidas: Trabalhistas

2007 Total

Cíveis

Trabalhistas

2006 Total

44.316

6.848

51.164

38.394

8.466

46.860

2.728 2.728

556 5 561

3.284 5 3.289

2.852 51 2.903

243 50 (1.096) (803)

3.095 101 (1.096) 2.100

Baixas por pagamento ................

-

(99)

(99)

-

-

Saldo final (Nota 17b) .................

47.044

7.310

54.354

7.663

48.960

Saldo inicial .................................. Movimentação do período refletida no resultado: Atualização/encargos .............. Constituição .............................. Baixas por reversão .................

(1)

Créditos vencidos com atraso até 14 dias. Percentual de provisionamento mínimo exigido pela Resolução no 2.682, de 21 de dezembro de 1999, do CMN, por nível de risco. f) Operações de créditos vinculadas a captações As operações de créditos vinculadas a captações ao amparo da Resolução no 2.921, de 17 de janeiro de 2002, do CMN, podem ser assim resumidas: Ativo Passivo Receitas/(despesas) 2007 2006 2007 2006 2007 2006 (2)

Empréstimos ....................... Financiamentos .................. Financiamentos rurais e agroindustriais............ Depósitos a prazo ............... Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior....................... Empréstimos no exterior ... Total ....................................

Cíveis

41.297

313.949

183.236 233.855

-

-

(12.188) (23.809)

5.930 20.943

16.701 -

-

16.626

-

964 (1.479)

-

330.650

417.091

204.104 109.725 330.455

233.855 183.092 416.947

27.803 8.930 221

(20.708) (5.625) 540

Saldo inicial ...............................................................................................................

2007

2006

Movimentação do período refletida no resultado: Atualização/encargos ............................................................................................ Constituição ............................................................................................................ Baixa por reversão ................................................................................................

Saldo inicial ..................................................................................................................... Reversão/(Constituição) .................................................................................................. Variação cambial sobre a provisão da agência no exterior ......................................... Créditos baixados para prejuízo ....................................................................................

(278.883) 48.218 400 36.505

(240.186) (29.012) (182) 15

Saldo final ........................................................................................................................

(193.760)

(269.365)

h) Recuperação de créditos anteriormente baixados contra provisão ..........................

2007 215

2006 17.066

ii - Possíveis: Estão representadas por processos cíveis no montante de R$ 358 e trabalhistas no montante de R$ 6.541. c) Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias: Representadas por exigíveis relativos às obrigações tributárias, cuja legalidade ou constitucionalidade é objeto de contestação judicial, constituídas pelo valor integral em discussão. A movimentação pode ser assim resumida:

Em 30 de junho de 2007 não havia operações inadimplentes. g) Movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa

i) Cessão de crédito sem coobrigação No 1o semestre de 2007, foram realizadas operações de cessão de crédito, sem coobrigação, amparada no disposto na Resolução no 2.836, de 30 de maio de 2001, do CMN, no montante de R$ 154.096, cujo valor contábil dos créditos montavam a R$ 154.096. Não houve reflexos dessas operações no patrimônio líquido e no resultado. 8. CARTEIRA DE CÂMBIO A carteira de câmbio é representada por: Ativo - Outros créditos Câmbio comprado a liquidar .......................................................................................... Cambiais e documentos a prazo .................................................................................... Direitos sobre vendas de câmbio .................................................................................. (-) Adiantamentos recebidos .......................................................................................... Passivo - Outras obrigações Câmbio vendido a liquidar ............................................................................................. Obrigações por compras de câmbio ............................................................................. (-) Adiantamentos sobre contratos de câmbio - Instituições financeiras ................... Outras ...............................................................................................................................

2007

2006

2.364.055 209 2.452.217 (106.795 ) 4.709.686

1.341.401 5.145 499.548 (57.258) 1.788.836

2.354.966 2.527.677 (74.223 ) 344 4.808.764

492.296 1.369.515 171 1.861.982

117.592 58.635 176.227

16.850 15.405 32.255

Contas de Compensação Créditos abertos para importação ................................................................................. Créditos de exportação confirmados ............................................................................

9. NEGOCIAÇÃO E INTERMEDIAÇÃO DE VALORES Estão representadas por: Valores a liquidar por venda e compra de ativos ...................... Mútuo de títulos ........................................................................... Depósitos de margem ................................................................. Outras operações .........................................................................

2007 Passivo 46.288 129.497 14.357 190.142

Ativo 254.156 774.278 14.361 1.042.795

2006 Passivo 143.420 31.731 175.151

Ativo 88.234 121.638 209.872

10. PERMANENTE a) Investimentos avaliados pelo método de equivalência patrimonial As principais informações dos investimentos em controladas podem ser assim demonstradas: Capital - quantidade de Percentual de Lucro/(prejuízo) ações possuídas participação % nos semestres 2007 2006 2007 2006 2007 2006

Patrimônio líquido 2007 2006

Itaú BBA 724 1.413 37.422 Trading S.A.(i) . 3.078.040.844 3.078.040.844 100,00 100,00 Puerto Cia Securitizadora de Créditos Financeiros(i) .. 178.687.269 364.012.478 99,99 99,99 421 3.795 13.424 Itaú BBA Securitizadora S.A. (ii) ............ 1.999.994 - 99,99 35 Delle Holdings S.A. ................ 2.362.669 - 34,13 - (1.191) - 22.716

27.431

Valor contábil dos investimentos 2007 2006 37.422

27.431

Resultado de equivalência 2007 2006 724 1.413

Outras imobilizações de uso Instalações ...... Móveis e equipamentos de uso .......... Sistema de comunicação Sistema de processamento de dados ........... Sistema de segurança Sistema de transporte

c) Diferido Ágios de incorporação .... Gastos em imóveis de Terceiros e outros ............

Total - (b + c) ........ (i)

15.963 48.425 (2.628 ) 61.760

36.641 21.636 58.277

Saldo final (Nota 17c) ................................................................................................

566.237

445.126

Depósitos em garantia de recursos (Nota 17a) .......................................................

468.527

300.337

O Itaú BBA com base na opinião de seus assessores legais, não está envolvido em quaisquer outros processos administrativos ou judiciais, que possam afetar significativamente os resultados de suas operações. A avaliação conjunta do total de provisões existentes para todos os passivos contingentes e obrigações legais, constituídas mediante avaliação dos assessores legais internos e externos, mostra a suficiência dos montantes provisionados segundo as regras da Deliberação CVM nº 489, de 03 de outubro de 2005. 12. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social Resultado antes da tributação sobre o lucro e participações no lucro ............................ Imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente (Nota 3j) ................................................................................................. Efeitos das adições ou (exclusões) permanentes no cálculo dos tributos: (i) Variação cambial de investimentos no exterior ........................................................ (ii) Equivalência patrimonial de empresas controladas ................................................. (iii) Juros sobre o capital próprio ...................................................................................... (iv) Dividendos, juros e incentivos fiscais ........................................................................ (v) Outras exclusões líquidas de outras adições ............................................................. Imposto de renda e contribuição social no resultado ........................................................

76.290

13.424

76.290

421 3.795

2.035

-

2.035

76

-

2007 629.844

2006 951.511

214.147

323.514

98.247 (277 ) (41.991 ) (58.293 ) (14.586 )

44.322 (1.783) (44.960) (14.161) (18.835)

197.247

288.097

b) Origem e movimentação dos créditos tributários e obrigações fiscais diferidas

Provisão para créditos de liquidação duvidosa ............................... Outras provisões não dedutíveis temporariamente ......................................... Contribuição social a compensar (MP 2.158-35) ............................................... Ajuste a valor de mercado de títulos e valores mobiliários e dos instrumentos financeiros derivativos ................................ Total dos créditos tributários ......................... Obrigações fiscais diferidas ........................... Crédito tributário líquido das obrigações fiscais diferidas .................

Dez/2006

Realização /Reversão

Constituição

Jun/2007

Jun/2006

92.318

(80.084)

69.052

81.286

91.814

90.190

(14.358)

71.199

147.031

132.352

34.937

(139)

-

34.798

77.418

22.436 239.881 (60.222)

(22.436) (117.017) 48.888

238 140.489 (59.812)

238 263.353 (71.146)

20.636 322.220 (94.122)

179.659

(68.129)

80.677

192.207

228.098

c) Expectativa de realização dos créditos tributários A estimativa de realização e o valor presente dos créditos tributários e da contribuição social a compensar, decorrente da Medida Provisória nº 2.158-35, existentes em 30 de junho de 2007, de acordo com a expectativa de geração de lucros tributáveis futuros, com base em estudo técnico são: Créditos tributários Diferenças temporárias

Contribuição social a compensar (MP 2.158-35)

Total geral

2007 ......................................... 2008 ......................................... 2009 ......................................... 2010 ......................................... 2011 ......................................... 2012 a Jun/2017 ...................... Total ........................................

111.383 31.251 3.824 37.336 1.987 42.774 228.555

10.678 10.678 10.678 2.764 34.798

122.061 41.929 14.502 40.100 1.987 42.774 263.353

Valor Presente(*) ......................

193.758

31.078

224.836

Ano de realização

18.626 69.472

(iii)

105.756

35

(407) 814 5.243

O Banco Itausaga S.A. adquirido em outubro de 2006, foi incorporado em 31 de janeiro de 2007. O saldo do ágio no montante de R$ 725.237 foi transferido para Ativo Permanente Diferido (ver Nota 10c) o qual será amortizado em 64 meses.

b) Imobilizado de uso Imóveis de uso (i) Terrenos .......... Edificações ......

2006 386.849

Os créditos tributários e obrigações fiscais diferidas registrados são constituídos às alíquotas vigentes nas datas dos balanços.

As controladas indiretas do Itaú BBA, através da Itaú BBA Trading S.A., cujo resultado é representado substancialmente por equivalência patrimonial são as seguintes: Nevada Woods S.A., IF Participações Ltda., Karen International Ltd., Mundostar S.A. e Peroba Ltd. (i) Ver nota 17h. (ii) A empresa foi extinta, por dissolução, em 31 de maio de 2007. (iii) Inclui saldo de ágio na aquisição do investimento de R$ 10.873.

Movimentações Despesas Saldo residual depreciação em e 31/12/2006 Aquisições Baixas amortização

2007 504.477

2007

2006

Depreciação Depreciação Custo acumulada Residual Custo acumulada Residual

(*)

O valor presente dos créditos tributários foi calculado com base nas curvas de juros pré-fixados em reais, considerando as realizações no decorrer de cada período, com os respectivos efeitos tributários aplicáveis.

As projeções de lucros tributáveis futuros incluem estimativas referentes a variáveis macroeconômicas, taxas de câmbio, taxas de juros, entre outros que podem apresentar variações em relação aos dados e valores reais. O lucro líquido contábil não tem relação direta com o lucro tributável para fins de Imposto de Renda e Contribuição Social, em função das diferenças existentes entre os critérios contábeis e a legislação fiscal pertinente, além de aspectos societários. Portanto, recomendamos que a evolução da realização dos créditos tributários decorrentes das diferenças temporárias não sejam tomados como indicativo de lucros líquidos futuros. Não havia créditos tributários não contabilizados.

2.536 3.740 6.276

-

-

2.536 (204) 8.177 (204) 10.713

(4.641) (4.641)

2.536 2.536 3.536 8.177 6.072 10.713

(4.233 ) (4.233 )

2.536 3.944 6.480

7.158

378

(72)

(512) 10.449

(3.497)

6.952 9.972

(2.581 )

7.391

2.205

723

(11)

(859)

6.775

(4.717)

2.058 6.553

(4.183 )

2.370

4.069

856

(2)

(995)

7.901

(3.973)

3.928 7.351

(3.198 )

4.153

5.877

1.262

(4)

(2.101) 25.205

(20.171)

5.034 22.605

(16.685 )

5.920

441

4

-

(254 )

552

19.750 26.026

3.223 3.223

(89) (89)

(54)

732

(341)

245 (4.521) 51.307 (4.725) 62.020

(245) (32.944) (37.585)

391

806

245 18.363 47.532 24.435 58.245

(245 ) (27.146 ) 20.386 (31.379 ) 26.866

-

725.237

-

(67.991) 760.905

(103.659) 657.246

-

-

-

4.994 4.994

98 725.335

-

(455) 7.342 (68.446) 768.247

(2.705) 4.637 (106.364) 661.883

6.163 6.163

(1.860 ) (1.860 )

4.303 4.303

31.020

728.558

(89)

(73.171 ) 830.267

(143.949) 686.318 64.408

Inclui bens arrolados em recursos voluntários (Nota 17h).

(33.239 ) 31.169

13. DEPENDÊNCIAS NO EXTERIOR O Itaú BBA realiza operações através de suas agências em Nassau, Bahamas e Montevidéu, Uruguai. Os saldos das contas patrimoniais e de resultado das operações destas dependências, consolidados com as contas do Itaú BBA, após eliminações dos saldos dos ativos, passivos, receitas e despesas das transações entre o Itaú BBA e as agências, são os seguintes: Ativos circulante e realizável a longo prazo ....................................................................... Ativo Permanente ................................................................................................................. Passivos circulante e exigível a longo prazo ...................................................................... Resultados de exercícios futuros ......................................................................................... Resultado 1o semestre ..........................................................................................................

2007 8.018.223 70 10.702.145 3.440 (39.874 )

2006 6.206.600 93 8.092.434 2.594 (90.254)

As demonstrações contábeis das agências nas Bahamas e no Uruguai do Itaú BBA, originalmente preparadas em moeda local de acordo com os princípios internacionais de contabilidade, não apresentam diferenças com as práticas contábeis adotadas no Brasil. As referidas demonstrações contábeis foram convertidas para reais às taxas de câmbio vigentes nas datas dos encerramentos dos balanços. Os ganhos/perdas em reais na conversão destas demonstrações contábeis foram alocados, nas rubricas abaixo indicadas: Rubricas Operações de crédito ............................................................................................................ Resultado de títulos e valores mobiliários .......................................................................... Resultado com instrumentos financeiros derivativos ....................................................... Captação no mercado ........................................................................................................... Empréstimos, cessões e repasses ....................................................................................... Provisão para créditos de liquidação duvidosa .................................................................. Receitas de prestação de serviços ....................................................................................... Despesas de pessoal ............................................................................................................. Outras despesas administrativas ......................................................................................... Outras receitas operacionais ................................................................................................

2007 (291.779 ) (736.651 ) 15.700 442.856 272.409 2.643 (192 ) 3 37 6.012 (288.962 )

2006 (139.544) (235.112) 1.925 208.249 27.394 1.755 (47) 2 28 4.990 (130.360)


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

12

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

RESENHA

NACIONAL

OS PUNHOS DA REVOLUÇÃO

JOÃO DE SCANTIMBURGO

Aurélio Top-Top Garcia e os membros da cúpula do PT, de um modo geral, ajudaram a acelerar o processo de deportação dos dois cubanos, pois continuam acreditando que o marxismo é o que há de melhor para o Homem. Os dois cubanos, pressionados pelas famílias, foram obrigados a retornar e abandonar o sonho de liberdade.

UM NOBEL Céllus

O

Gastança permanente MARCEL SOLIMEO

A

É

incrível imaginar que quase 20 anos decorridos da queda do Muro de Berlim exista uma ditadura no mundo onde o cidadão não é dono de si mesmo. Ele pertence ao Estado. Estou curioso para ver quanto tempo vai demorar

Jeff J. Mitchell/Reuters

s pugilistas cubanos Rigondeaux e Erislandy, pressionados pelas autoridades cubanas e capturados pela polícia brasileira, estão em Cuba. Para sempre, pois jamais poderão sair do país enquanto o ditador Fidel Castro for, ele, a lei e a ordem. Hoje já sabemos que os dois pugilistas pediram vistos no consulado alemão no Rio para trabalhar naquele país. Os dois estavam sem passaporte, o que é hábito entre delegações que viajam ao exterior. O capataz os guarda para dificultar a movimentação de seus possuidores. A atitude de Fidel e seus sequazes

Rigondeaux (acima) e Erislandy abandonaram o sonho de liberdade

é conhecida; o que a gente estranha é que gente como Chico Buarque e outros artistas - que no Brasil são conhecidos como defensores dos direitos humanos não abram a boca. Tarso Genro, Marco

G O governo

brasileiro é muito mais preocupado em defender bandidos do que em resguardar a liberdade de escravos de um regime marxista

para atenderem o pedido de extradição para os EUA, (onde tem prisão decretada) do traficante Ramirez. O governo brasileiro é muito mais preocupado em defender bandidos do que em resguardar a liberdade de escravos de um regime marxista. Talvez porque a turma de Lulla simpatize muito mais com a Cuba Libre do que com a Justiça americana, país onde os cidadãos sofrem penas pesadas quando cometem crimes graves. Isto aí o Brasil não acha tão interessante? COMENTÁRIO DE ARTHUR CHAGAS DINIZ NO SITE DO INSTITUTO LIBERAL WWW.INSTITUTOLIBERAL.ORG.BR

O cidadão não é dono de si mesmo em Cuba

Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)

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Receita Federal divulgou os dados relativos à carga tributária em 2006, confirmando que aumentou o peso da tributação sobre a sociedade, informação já sabida por todos aqueles que acompanham o comportamento da arrecadação fiscal ao longo do ano. Segundo a Receita, a carga tributária atingiu o ano passado a 34,23% do PIB, mantendo a trajetória ascendente observada nos dois anos anteriores. Do aumento de 0,85% do PIB, a arrecadação do governo federal foi a que mais aumentou, 0,5%, contra 0,28% dos estados e 0,07 dos municípios. Também foram divulgados os dados referentes à arrecadação fiscal de janeiro a julho deste ano, revelando que a carga tributária aumentou 10,3%, o que significa que a participação dos tributos em relação ao PIB vai aumentar outra vez, o quarto ano consecutivo, colocando o Brasil entre os países de mais elevada tributação, muito acima das nações emergentes com as quais concorre no mercado internacional. Curiosamente, o governo federal alega não poder abrir mão da CPMF, cuja vigência expira em dezembro deste ano, após 11 anos de existência e de sucessivas prorrogações, o que tornaria o seu P, de "Provisória" em "Permanente", embora o crescimento de sua arrecadação tenha sido, nos anos anteriores - e continua sendo em 2007 - superior ao montante da receita dessa contribuição. A receita fiscal do governo federal em 2006 aumentou cerca de 56 bilhões de reais, para uma arrecadação da ordem de R$ 32 bilhões da CPMF, o que demonstra que, mesmo "abrindo mão" dessa contribuição haveria aumento de recursos para a União aplicar na Saúde e em outras áreas. O problema real não é a impossibilidade de o governo administrar sem contar com a receita da CPMF, mas sim a de que ele não quer abrir mão de qualquer centavo de arrecadação porque continua a aumentar seus gastos de forma descontrolada. Os argumentos de que os recursos da CPMF são indispensáveis para a área da Saúde são falsos, pois dinheiro não tem carimbo e o governo pode destinar verbas do Orçamento para a Saúde cortando outros gastos

Dizer que é preciso manter a CPMF porque é um imposto fácil de cobrar e que auxilia a fiscalizar o contribuinte também não é justificativa, pois a finalidade de um tributo não é a de atender aos interesses e conveniências do Fisco, mas sim a de propiciar receitas ao governo da forma mais racional e eqüitativa possível. Para usar o mecanismo da CPMF para fiscalização não seria necessário cobrar a contribuição. Bastaria manter os controles existentes, com alíquota zero do tributo, o que, seguramente, traria para a movimentação bancária muitas transações que hoje sofrem a desintermediação financeira por causa da tributação da CPMF.

A

s entidades de classe brasileiras no geral, e a Associação Comercial de São Paulo em particular, vêm defendendo há muito tempo a necessidade de racionalização e controle do gasto público para possibilitar a realização da reforma tributária e a redução do peso da tributação sobre a sociedade. Está mais do que comprovado, no entanto, que o governo (o atual como o anterior ) não tem compromisso com o corte de despesas mas, pelo contrário, vem aumentando o gasto público, inclusive como compromissos de caráter permanente, que vão comprometer o Orçamento nos próximos anos. O aumento sistemático da participação do gasto público na década - passando de 14,6% do PIB em 1997 para 17,2% em 2006 - significa que a parte do setor privado (que é quem efetivamente promove o desenvolvimento) vem caindo, como o agravante de a maior fatia apropriada pelo governo ser utilizada muito mais em despesas de custeio do que em investimentos. A única chance que os contribuintes têm para tentar forçar o governo a cortar gastos é procurando reduzir a receita, aproveitando-se da oportunidade oferecida pelo fim da CPMF, previsto na legislação vigente. É preciso que a sociedade se mobilize para impedir nova prorrogação, pois, caso contrário, vamos continuar a assistir o avanço do Estado na economia e aos contribuintes restará apenas pagar a conta.

A única chance de forçar o governo a cortar gastos é lutar pelo fim da CPMF

Veto ao vento

CHARLES W. MCNAUGHTON E JORGE PEDRO DA SILVA JR.

P

rimeiro foram as investigações sobre o presidente do Senado, Renan Calheiros, agora retomadas depois das discussões sobre o caos aéreo, potencializado depois da queda do Vôo 3054 da TAM. E, em meio a todos esses fatos, o veto à Emenda 3 foi relegado a segundo plano. Mas o assunto continua atual e importante. Para tanto, vale situála no contexto atual. O texto da Emenda 3 proibia os auditores fiscais da Receita Federal de autuarem ou fecharem empresas prestadoras de serviços formadas por uma só pessoa, quando entendessem que a relação de prestação de serviços com outra empresa era relação trabalhista, sem decisão judicial anterior. Ela foi vetada pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva, que cedeu às pressões de sindicatos, dos fiscais e de outros setores da sociedade. Não faltaram argumentos a respeito de tal dispositivo. De um lado, fez-se coro que ele prejudicaria o trabalhador ao conceder aos empregadores uma inapropriada liberalidade e repassar a fiscalização do trabalho ao Poder Judiciário. De outro, fez-se ouvir que ao Fisco não poderia ser concedido superpoderes. Porém, poucos atentaram e adentraram aos aspectos técnico-jurídicos que pairam sobre a questão. Assim, a atividade de desconsideração de atos dos contribuintes, mesmo que para a cobrança de impostos, envolve enorme gama de subjetividade. A linha divisória entre decisões arbitrárias e adequadas é muito tênue. E quando pensamos que no pagamento de tributos há transferência de propriedade do

particular ao Estado, nota-se o quão grave se torna essa circunstância. Eis, então, por que caberia ao Congresso Nacional regulamentar o tema, prevendo um procedimento a ser seguido pelos auditores fiscais para atos de tal calibre. Com isso, obterse-ia mais segurança jurídica, tanto para os contribuintes, como para o Fisco e os próprios trabalhadores.

O

que não se pode é admitir a desconsideração antes que essa Lei venha a ser instituída. Sobre isso, o artigo 116, parágrafo único, do Código Tributário Nacional determina que a desconsideração de negócios jurídicos feitos pelos contribuintes deve ser efetivada mediante procedimento previsto em lei. Daí porque, ante a inexistência da Lei em questão, verifica-se a impossibilidade de o Fisco assim proceder. O que leva à conclusão que a Emenda 3 pouco inovava, acrescentando uma proibição já implícita no sistema. Por isso o veto presidencial em si não trouxe conseqüência jurídica de peso. Quando muito, contribui para acarretar insegurança jurídica, o que se tornou ainda mais acentuado pelos tipos de discussões travadas em diversos diálogos da sociedade, gerando mais confusão do que esclarecimento. É hora de observar um pouco mais o que prevê nosso Direito Positivo. CHARLES W. MCNAUGHTON É ADVOGADO TRIBUTARISTA DA TREVISIOLI ADVOGADOS ASSOCIADOS E JORGE PEDRO DA SILVA JR. É ACADÊMICO DE DIREITO

A Emenda 3 pouco inovava. E o veto de Lula trouxe mais confusão ainda.

OPINA

O

p rê m i o N o b e l d e Economia 2006, Edmund Phelps, critica numa entrevista veiculada por toda a imprensa as agências de risco, acentuando que esse fato fará surgir uma nova instituição. Temos dito e repetido neste espaço que a classificação de risco das empresas é muito subjetiva, dependendo do criador do risco, de seu estado de espírito e de sua psicologia pessoal, numa sociedade dinâmica, intensamente trabalhada por vários fatores incontroláveis, levando-nos a opinar sobre riscos de cotação financeira que não se assentam sobre bases legítimas e experimentadas. O risco não é uma corrida contra a lua, mas uma ponderação sistemática, de acordo com os vários fatores que devem ser levados em conta na configuração geral da economia de um país. A velocidade dos meios de comunicação, divulgando boatos em lugar de notícias, pode se verificar com precisão matemática. Tudo contribui para o cálculo do risco, seguido pelos investidores que não têm seus próprios controles, como é o caso dos famosos capitalistas de alto bordo, cujos nomes pedimos licença para não mencionar, evitando esquecimentos.

A

entrevista de Edmund Phelps sobre o risco-país desperta uma atenção que já tardava, pois a classificação dos riscos havia ficado em letargia, subindo e descendo segundo as circunstâncias, para levar à ruína ou à glória os investidores que confiam cegamente nos indicadores sem ter a quem recorrer no momento preciso. Phelps aproveitou a oportunidade para fazer uma advertência severa aos investidores apressados das grandes bolsas do mundo. Com isso, terá prestado um grande serviço aos investidores, evitando um novo colapso, como o que está ocorrendo no sistema financeiro americano. Fica dito aqui o que se pensa a respeito dos riscos e das cautelas que é preciso ter nos investimentos que fazem a poupança e que empurram o desenvolvimento para frente. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR

G A entrevista

de Edmund Phelps sobre o risco-país desperta atenção: as classificações estavam em letargia.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

3

Política STF ACEITA

As desgraças, quando vêm, vêm em batalhões. William Shakespeare

Roosewelt Pinheiro/ ABr

AÇÃO PENAL CONTRA OS MENSALEIROS Os 40 denunciados no mensalão vão a julgamento

O

s ministros do STF dário da organização decord e c i d i r a m a b r i r rente da campanha eleitoral de ação penal contra 2002", Duda abriu uma conta os 40 denunciados offshore nas Bahamas, a Dusseldo mensalão – esquema de pa- dorf, que recebeu recursos na gamento de propina a políticos ordem de R$ 10 milhões. O publicitário sabia que os em troca de apoio político a projetos de interesse do Gover- recursos "tinham como origem no. Faltavam apenas o publici- organização criminosa voltatário Duda Mendonça e sua só- da para a prática de crimes cia Zilmar Fernandes, que res- contra a administração públiponderão pelos crimes de la- ca" e articulou "esquema para vagem de dinheiro e evasão de dissimular a natureza, origem, divisas, para completar o total localização, movimentação e a de denunciados pelo procura- propriedade dos valores, de dor-geral da República, Anto- acordo com a denúncia. O ministro relator Joaquim nio Fernando de Souza. Também será aberta ação pe- Barbosa leu ainda outros trenal por formação de quadrilha chos da denúncia que tratam contra o chamado núcleo polí- dos saques feitos pela sócia de tico do mensalão: José Dirceu Duda das contas de Valério no (deputado cassado e ex-minis- Banco Rural. "Zilmar Fernantro da Casa Civil), Delúbio des é o braço operacional fiSoares (ex-tesoureiro do PT), nanceiro de Duda", afirmou. José Genoino (deputado fede- Em fevereiro de 2003, ela teria ral) e Silvio Pereira (ex-secretá- sacado três parcelas de R$ 300 rio-geral do partido). O ex-mi- mil em espécie na agência do nistro, o ex-tesoureiro e Genoi- Banco Rural em São Paulo e, no responderão ainda por cor- em abril do mesmo ano, recebeu em espécie rupção ativa. duas parcelas de R$ Silvinho se livrou 250 mil. de duas outras acuDirceu e cia – sações: peculato e "Toda a estrutura corrupção ativa. O montada por DirSTF também entenceu, Delúbio, Gedeu que não havia Toda a estrutura noino e Silvio Peindícios suficientes montada por reira tinha entre para ação por pecu- Dirceu, Delúbio, seus objetivos anlato contra Dirceu e Genoino e Silvio gariar ilicitamente Genoino. Pereira tinha o apoio de outros O STF decidiu partidos políticos também abrir ação entre seus para formar a base penal por formação objetivos de sustentação do de quadrilha, lava- angariar governo federal. gem de dinheiro e ilicitamente o Nesse sentido, eles evasão de divisas ofereceram e, poscontra o publicitá- apoio de outros rio Marcos Valério e partidos políticos teriormente, pagaram vultosas quanseus sócios Ramon para formar a tias a diversos parHollerbach, Cris- base de lamentares fedetiano Paz, Simone sustentação do rais, principalVasconcellos, exmente os dirigendiretora da agência governo. SMPB, e Geiza Denúncia aceita pelos tes partidários, paDias, funcionária ministros do STF ra receber apoio político do PP, PL, da agência. ResPTB e parte do ponderão ainda por evasão de divisas o núcleo PMDB", dizia a denúncia. O procurador-geral aponta do Banco Rural, exceto Ayanna Teonório: a proprietária do Dirceu como quem autorizava Banco, Kátia Rabello, e os dire- Delúbio e Silvinho a selarem tores da instituição financeira acordos nas reuniões com lídeJosé Roberto Salgado e Viní- res dos partidos. Jefferson, em cius Samarane. Rogério Tolen- todos os depoimentos, apontino (advogado de Valério) res- tou Dirceu como criador do esponderá por formação de qua- quema do mensalão. Segundo o deputado cassado, Dirceu se drilha. Ontem pela manhã, a de- reunia com ele para discutir os núncia por falsidade ideológi- repasses. Ainda segundo deca contra Valério foi rejeitada. poimento de Sandra Cabral, A acusação do procurador-ge- assessora de Dirceu, era coral era de que ele teria usado mum que os líderes partidásua esposa Renilda para ocul- rios freqüentassem a Casa Citar sua participação na SMPB. vil para discussão de assuntos Contudo, na segunda-feira, políticos. Dirceu e os petistas estavam Valério se tornou réu por corapreensivos com a possível rupção ativa. Recursos – Com o fim do jul- abertura de processo por forgamento de admissibilidade mação de quadrilha. Eles conda ação penal contra os 40 do sideram o delito emblemático mensalão, deverá ser publica- e o termo "quadrilha" com do o acórdão (resumo do que mais peso no imaginário pofoi decidido nos últimos cinco pular do que peculato. Por meio de uma nota em dias pelos ministros) e começará a fase de processo que, se- seu site na internet, Dirceu volgundo avaliação de especialis- tou a dizer que acusações de tas na área de Direito, pode le- chefiar a "quadrilha" que opevar anos pois não há prazo pa- rava o esquema foram lançara as sentenças definitivas. das sobre ele sem nenhuma Cabem diversos recursos e, prova. "A decisão não me surpor conta do número elevado preende, diante das circunsde réus, os procedimentos po- tâncias que cercaram esse juldem ter uma duração muito gamento", afirmou. "Reitero o que sempre afirmei: tive o maior do que o previsto. Segundo a denúncia, para mandato cassado sem provas e receber um "débito milionário agora sou réu também sem junto ao núcleo político-parti- provas." (AE)

Celso Junior / AE

Glossário dos crimes deiros também incorre nesse crime. Pena: prisão de 3 a 10 anos e multa. CORRUPÇÃO ATIVA Oferecer e prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício. Pena: prisão de 2 a 12 anos e multa.

No alto da página, o dia D no STF. Da esquerda para a direita os ministros Carmen Lúcia, Eros Grau, Ayres Torres, Gilmar Mendes e Celso Mello. Acima, o relator do processo, ministro Joaquim Barbosa, cujo desempenho no processo foi considerado excelente. Maioria absoluta dos ministros seguiu o parecer dele.

LAVAGEM DE DINHEIRO Ou ocultação de bens, direitos e valores tem uma tipificação ampla e abrange recebimento, troca, negociação, movimentação ou a transferência deles e sua conversão em ativos lícitos. Em relação a funcionários públicos, engloba a exigência para si ou para outrem, direta ou indiretamente, de qualquer vantagem, como condição ou preço para a prática ou omissão de atos administrativos, sobretudo se praticado contra o sistema financeiro nacional ou organização criminosa. Quem importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos verda-

Dirceu, o 'ex-todo-poderoso'

M

andão por temperamento, batalhador por necessidade, o superministro José Dirceu certamente não imaginava, em junho de 2005, que o destino lhe reservava para os 26 meses seguintes uma descida de ladeira tão longa, tão pública e tão irrecorrível. Desde o primeiro sinal que lhe passou o inimigo Roberto Jefferson – "Sai daí, Zé, sai rapidinho..." – até a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de processá-lo por corrupção ativa e formação de quadrilha, o outrora temido braço direito do governo Luiz Inácio Lula da Silva viveu cada gota do

famoso verso de Shakespeare: "As desgraças, quando vêm, vêm em batalhões." Como diria seu antigo chefe, nunca ninguém antes, neste País, viu esfarinhar-se tão drasticamente seu capital político em tão pouco tempo. Em 1º de dezembro de 2005, por 293 votos a 192, foi cassado. Saiu do poder, mas o poder não lhe saiu da cabeça. Em jornais ou em seu blog, continuava referindo-se ao Governo na primeira pessoa: "Precisamos disto, faremos aquilo..." Certa vez, quando se preparava uma reforma ministerial e lhe perguntaram se iria perder influência,

avisou, meio sério, meio brincando: "Uma parte do poder vai ficar em nome do Zé e outra parte com o Dirceu." A primeira pessoa do plural se recolheu, nos últimos dias, à espera do STF. Ao blog Ancelmo.com, Dirceu lamentou que a decisão tenha se baseado no depoimento de Jefferson. "Lutarei para reaver meus direitos políticos", disse . José Dirceu deve dar uma entrevista coletiva à imprensa amanhã em São Paulo para comentar a decisão. O peso pesado dos bons tempos do PT vai ter de mostrar , daqui por diante, que sabe se defender no canto do ringue. (AE/AOG)

CORRUPÇÃO PASSIVA Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, vantagem indevida, ou aceitar promessa de vantagem. Pena: prisão de 2 a 12 anos e multa. PECULATO Quando funcionário público se apropria de dinheiro ou bem móvel pertencente ao Poder Público ou se aproveita da facilidade que dispõe do cargo para tomar posse. Pena: reclusão de 2 a 12 anos. FALSIDADE IDEOLÓGICA Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita. Pena: prisão de 1 a 5 anos e multa.

FORMAÇÃO DE QUADRILHA Grupo criminoso, com no mínimo três pessoas que possuam em comum o objetivo de praticar ato ilícito estabelecido em lei como crime. Pena: prisão de 1 a 3 anos.

EVASÃO DE DIVISAS Efetuar operação de câmbio não autorizada, atribuindo a si ou a terceiros, remeter divisas ou moeda para fora do país sem autorização legal, sonegar informação ou prestar informação falsa sobre a remessa. Pena: prisão de 2 a 6 anos e multa.


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A diferença entre disco e música ao vivo é como a diferença entre um filme e uma peça: o filme está ali, não muda, não importa o que aconteça. No teatro você tem a reação do público, que faz com que tudo mude a cada noite. A música tem que ser ao vivo para você entendê-la...

Reprodução

www.dcomercio.com.br/logo/

Da cantora Madeleine Peyroux, que se apresenta no Brasil em setembro, na Folha de S. Paulo.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

AGOSTO

2 - LOGO

29 25 anos da morte da atriz sueca Ingrid Bergman (1915-1982)

T URISMO E CONOMIA

L

O cineasta Francis Ford Coppola foi visto ontem em Canavieiras, Santa Catarina, em busca de um terreno na região. Os rumores são de que o diretor, que já investe em uma vinícola em Napa Valley, estaria interessado em construir um resort no sul do Brasil.

C INEMA

EUA, sociedade engatilhada

A

ex-colônia portuguesa Macau, considerada a meca mundial do jogo, ganhou ontem o maior cassino do mundo, The Venetian Macau. O projeto, da operadora norte-americana Las Vegas Sands Corp., é um complexo hoteleiro e de entretenimento que ocupa mais de um milhão de metros quadrados, uma superfície equivalente a cerca de 60 campos de futebol. Inspirado na Veneza do Renascimento e construído à imagem e semelhança do hotel-cassino homônimo de Las Vegas, o Venetian conta com um hotel de 3 mil quartos – todas elas suítes de um mínimo de 70 metros quadrados – e um cassino de mais de 50 mil metros quadrados com cerca de 900 mesas de jogo e 3.500 caça-níqueis. O custo total do projeto é de

Paul Yeung/Reuters

Daniel Conzi/Agência RBS/Folha Imagem

Façam suas apostas

A RMAMENTO

US$ 2,4 bilhões, mas os investimentos serão complementados com mais 14 hotéis que terão comunicação entre si e com o Venetian através de passarelas comerciais climatizadas. Para a inauguração foram convidadas 10 mil pessoas, entre eles mais de 1.200 jornalistas de 27 países.

Todos presenciaram a navegação da primeira gôndola pelos canais venezianos que atravessam o cassino e o espetáculo com que foi encerrada a inauguração, um show que contou com a participação da cantora americana Diana Ross e de membros do Cirque du Soleil, além de artistas locais.

Mustafa Ozer/AFP

Morteza Nikoubazi/Reuters

L

Um homem condenado por assassinato há 48 anos foi absolvido pela justiça canadense ontem, que concluiu ter cometido um "erro judicial". Em decisão unânime, os cinco juízes da Corte de Apelações de Ontário anularam a condenação de 1959 contra Steven Truscott – então com 14 anos – por estupro e assassinato de uma colega de escola de 12 anos em uma pequena cidade. Apesar de ainda ser menor de idade na época, Truscott foi condenado à pena capital por enforcamento, tornando-se o mais jovem condenado à morte na história do país. A pena foi transformada em prisão perpétua em 1960, e em 1969 ele obteve liberdade condicional.

Ciência ou biopirataria?

O

jornal norte-americano The New York Times contou ontem a história de Marc van Roosmalen, primatologista de renome internacional que descobriu cinco espécies de macacos e um novo gênero de primata na Amazônia. Recentemente, ele foi preso por biopirataria. A prisão se tornou um emblema da força das regras de proteção da biodiversidade no País e também das dificuldades para a pesquisa biológica. O transporte e a aquisição não autorizado de material genético ou flora e fauna viva, são considerados biopirataria no Brasil. Os cientistas reclamam que a regra os coloca sob a custódia de autoridades sem conhecimento científico.

Exposição relembra 34 anos de carreira de Elke Maravilha. Caixa Cultural, Edifício Sé, Praça da Sé, 111, das 9h às 21h, tel.: 3321-4400. Grátis.

Educação começa na internet

O Solaire Anywhere Portable Infrared Grill nada mais é que uma churrasqueira portátil que tem o dobro de capacidade de cozimento e que esquenta e esfria em muito menos tempo que uma churrasqueira normal graças a queimadores de cerâmica com infra-vermelho. Em promoção por US$ 304.

As matrículas para o ano letivo 2008 na rede pública estão abertas e, para saber qual o endereço e telefone mais próximo de casa basta acessar o site da Central de Atendimento da Secretaria da Educação de São Paulo. Além de localizar escolas, o site também permite acessar a legislação de ensino, estatísticas educacionais, informações gerais sobre a educação básica, além de encaminhar dúvidas e reclamações relativas à rede estadual de ensino. http://escola.edunet.sp.gov.br

As ilustrações são do livro de Johann Baptist von Spix, de 1823, sobre macacos e morcegos do Brasil. São mais de 40 ilustrações disponíveis no site.

Pesquisadores da Nasa testam um balão que poderá estudar o aquecimento global no inóspito planeta Vênus. Projetado para flutuar a uma altitude de 56 km na atmosfera venusiana, o balão contará com aparelhos que ajudarão a medir a formação de nuvens, os gases atmosféricos, as descargas elétricas etc. Com algumas dimensões e características físicas semelhantes às da Terra, Vênus hoje é um inferno de calor e pressão e uma sonda ou nave não conseguiria pousar lá. O estudo pode ajudar a descobrir novidades sobre o aquecimento global. L OTERIAS Concurso 586 da DUPLA SENA Primeiro Sorteio 10

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Segundo Sorteio

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Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo: 06

Morre, aos 69 anos, em Moscou, Galina Dzhugashvili, neta do ditador soviético Josef Stalin Mais de 51 pessoas morrem no Iraque em dois dias de violência entre milícias xiitas rivais

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www.patiofurniturecovers.com

Reproduções/site

Churrasco infra-vermelho

www.sil.si.edu/ImageGalaxy/

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Lições ambientais de Vênus

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PREVISÃO - Mulher turca passa em frente de um outdoor de chuveiro na avenida Taksim, a mais popular de Istanbul. A meteorologia prevê chuvas hoje na capital turca.

Nasa

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princípio, não tenho objeção", disse Ahmadinejad. Stone já realizou obras que manifestavam a frustração da sua geração com a Guerra do Vietnã, e em maio fez um anúncio político defendendo a desocupação norte-americana do Iraque, algo que Ahmadinejad também quer. Filho de um ferreiro, Ahmadinejad ascendeu nas fileiras da Guarda Revolucionária, uma força militar iraniana de grande empenho ideológico, tornou-se prefeito de Teerã e chegou a presidente em 2005, com promessas de distribuir de forma mais justa as riquezas petrolíferas do país.

C ANADÁ

Inocente, 48 anos depois

Na mira de Hollywood O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse ontem que, em princípio, não tem objeções a ser tema de um filme que o cineasta norte-americano Oliver Stone estaria interessado em realizar. A imprensa ocidental diz que o diretor, que já fez filmes sobre os ex-presidentes norteamericanos John Kennedy e Richard Nixon, deseja produzir um documentário sobre Ahmadinejad, que faz críticas contumazes à política dos EUA no Oriente Médio. "Não tenho objeção, falando em termos gerais, mas eles precisam fazer com que eu saiba quais são os moldes. Eles devem conversar com meus colegas. Falando em

Os EUA possuem 90 armas para cada 100 cidadãos, o que faz do país a sociedade mais fortemente armada do mundo. Os norte-americanos possuem 270 milhões dos 875 milhões de armas de fogo conhecidas no mundo, segundo pesquisa do Instituto de Pós-Graduação de Estudos Internacionais, com sede em Genebra. Cerca de 4,5 milhões dos 8 milhões de novas armas fabricadas anualmente no mundo são adquiridos nos EUA. O segundo maior arsenal civil de armas de fogo pertence à Índia, com quatro armas para cada 100 habitantes. A China ficou em terceiro, com 3 armas para cada cem pessoas. Em seguida vêm Alemanha, França, Paquistão, México, Brasil e Rússia.

Turquia elegeu ontem, com 61% dos votos, Abdullah Gul, seu primeiro presidente islamita

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Concurso 1794 da QUINA 01

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

ECONOMIA/LEGAIS - 5

FINANCEIRA ALFA S.A. - CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTOS C.N.P.J. 17.167.412/0001-13 CARTA AUTORIZAÇÃO Nº 40 DE 04/03/1955 SEDE: ALAMEDA SANTOS, 466 - SÃO PAULO - SP SOCIEDADE ANÔNIMA DE CAPITAL ABERTO RELATÓRIO DAADMINISTRAÇÃO Senhores Acionistas, Submetemos à sua apreciação as demonstrações financeiras da Financeira Alfa S.A. - Crédito, Financiamento e Investimentos correspondentes às atividades desenvolvidas no 1º semestre de 2007, acrescidas das notas explicativas e do Parecer dos Auditores Independentes. Cenário Econômico A economia brasileira encerrou o primeiro semestre de 2007 exibindo bons resultados fiscais, estabilidade nos principais indicadores econômicos e recuperação gradual da atividade econômica, impulsionada pelos investimentos e expansão da capacidade produtiva, consumo, estabilidade do nível de emprego com elevação da renda real e boa oferta de crédito. As contas externas continuaram apresentando resultados positivos e consistentes com o excelente resultado da balança comercial, que atingiu o superávit de US$ 20,66 bilhões no final do semestre, montante 5,7% superior ao registrado no mesmo período de 2006, mesmo sendo influenciado com a apreciação do Real e com o maior crescimento das importações (26,6%) em relação às exportações (19,9%). Esse cenário, somado aos contínuos sinais de controle da inflação, permitiu à equipe no comando do Banco Central do Brasil prosseguir com ações de flexibilização da sua política monetária ao longo do semestre, reduzindo a taxa básica de juros anual (Selic) de 13,25% no início do ano para 12,00% em junho. A inflação acumulada medida pelo Índice de Preços ao

Consumidor Ampliado - IPCA alcançou 3,69% nos últimos doze meses findos em junho 2007, índice abaixo do centro da meta inflacionária estabelecida e inferior ao índice acumulado de 4,03% em igual período em 2006. As expectativas para o término do ano são de resultados fiscais robustos e estabilidade nos principais indicadores domésticos, com queda gradual dos juros básicos para manter a inflação sob controle. Por outro lado a indefinição das reformas estruturais, além do atraso do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), vem impedindo uma retomada do crescimento da economia de forma mais sustentável e voltada para o longo prazo. A ameaça de maior volatilidade está nos mercados internacionais, que podem ser afetados pela intensidade da desaceleração da atividade econômica americana e medidas de aperto monetário na economia chinesa. Desempenho das Atividades Resultado do Semestre O lucro líquido da Companhia no semestre atingiu R$ 30,3 milhões, correspondendo à rentabilidade 7,54% (anualizada de 15,66%) sobre o patrimônio líquido inicial de R$ 401,6 milhões. A cada lote de mil ações do capital social da Companhia correspondeu o lucro líquido de R$ 287,13. Para o semestre findo está sendo proposto o pagamento de juros sobre o capital próprio no montante de R$ 8,4 milhões, correspondendo aos valores brutos de R$ 76,90 e R$ 84,59 por lote de mil ações ordinárias e preferenciais, respectivamente, conforme nota explicativa nº 07 letra “b”.

BALANÇO PATRIMONIAL EM 30 DE JUNHO - EM R$ MIL PASSIVO Circulante Depósitos Depósitos Interfinanceiros Captações no Mercado Aberto Carteira Própria Recursos de Aceites Cambiais Obrigações por Aceites de Títulos Cambiais Obrigações por Repasses do País Instituições Oficiais BNDES FINAME Instrumentos Financeiros Derivativos Instrumentos Financeiros Derivativos Outras Obrigações Cobr. e Arrecadação de Trib. e Assemelhados Sociais e Estatutárias Fiscais e Previdenciárias Diversas Exigível a Longo Prazo Depósitos Depósitos Interfinanceiros Recursos de Aceites Cambiais Obrigações por Aceites de Títulos Cambiais Obrigações por Repasses do País Instituições Oficiais BNDES FINAME Instrumentos Financeiros Derivativos Instrumentos Financeiros Derivativos Outras Obrigações Fiscais e Previdenciárias Diversas Resultados de Exercícios Futuros Resultados de Exercícios Futuros Patrimônio Líquido Capital: De Domiciliados no País De Domiciliados no Exterior Reservas de Capital Reservas de Lucros Total Geral do Passivo

ATIVO 2007 2006 Circulante 1.280.828 1.073.692 Disponibilidades 2.576 2.151 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 1.500 6.700 Aplicações em Depósitos Interfinanceiros 1.500 6.700 Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos 128.426 35.139 Carteira Própria 27.731 328 Vinculados a Compromissos de Recompra – 5.548 Vinculados à Prestação de Garantias 100.091 29.035 Instrumentos Financeiros Derivativos 604 228 Operações de Crédito 1.080.746 986.661 Carteira - Setor Privado 1.098.528 1.001.793 (Provisão para Créditos de Liq. Duvidosa) (17.782) (15.132) Outros Créditos 28.874 23.517 Rendas a Receber 34 27 Diversos 28.840 23.491 (Provisão p/Outros Créditos de Liq. Duvidosa) – (1) Outros Valores e Bens 38.706 19.524 Outros Valores e Bens 2.695 2.204 (Provisão para Desvalorização). (719) (545) Despesas Antecipadas 36.730 17.865 Realizável a Longo Prazo 1.207.732 856.223 Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos 55.495 49.603 Carteira Própria 106 137 Vinculados à Prestação de Garantias 54.411 47.853 Instrumentos Financeiros Derivativos 978 1.613 Operações de Crédito 1.013.816 700.061 Carteira - Setor Privado 1.041.837 719.111 (Provisão para Créditos de Liq. Duvidosa) (28.021) (19.050) Outros Créditos - Diversos 119.829 94.726 18.592 11.833 Outros Valores e Bens - Despesas Antecipadas Permanente 13.205 12.745 10.752 10.915 Investimentos- Outros Investimentos Imobilizado de Uso 1.555 1.355 Outras Imobilizações de Uso 4.294 3.808 (Depreciações Acumuladas) (2.739) (2.453) Diferido 898 475 Gastos de Organização e Expansão 1.259 1.240 (Amortização Acumulada) (361) (765) Total Geral do Ativo 2.501.765 1.942.660

2007 1.260.509 1.076.021 1.076.021 – – 49.434 49.434

2006 1.171.257 1.034.037 1.034.037 5.528 5.528 21.493 21.493

75.920 38.330 37.590 8.045 8.045 51.089 804 10.054 14.952 25.279 817.202 104.797 104.797 448.525 448.525

63.863 46.392 17.471 700 700 45.636 619 8.157 10.570 26.290 395.494 74.288 74.288 140.862 140.862

87.334 8.118 79.216 48.858 48.858 127.688 125.930 1.758 183 183 423.871

75.958 34.824 41.134 629 629 103.757 101.999 1.758 13 13 375.896

180.957 1.043 40.579 201.292 2.501.765

159.083 917 40.227 175.669 1.942.660

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - EM R$ MIL Eventos Saldos em 31/12/2005 Aumento de Capital - AGE 29/03/2006 Outros Eventos: Dividendos Prescritos Lucro Líquido do Semestre Destinações: Reservas Juros sobre o Capital Próprio Saldos em 30/06/2006 Mutações do Semestre Saldos em 31/12/2006 Aumento de Capital - AGE 24/04/2007 Outros Eventos: Dividendos Prescritos Lucro Líquido do Semestre Destinações: Reservas Juros sobre o Capital Próprio Propostos Saldos em 30/06/2007 Mutações do Semestre

Capital Realizado 142.000 18.000 – –

Reservas de Capital 39.917 – 310 –

Reservas de Lucros 176.594 (18.000) – –

Lucros Acumulados – – – 23.705

Total 358.511 – 310 23.705

– – 160.000 18.000 160.000 22.000 – –

– – 40.227 310 40.227 – 352 –

17.075 – 175.669 (925) 201.413 (22.000) – –

(17.075) (6.630) – – – – – 30.369

– (6.630) 375.896 17.385 401.640 – 352 30.369

– – 182.000 22.000

– – 40.579 352

21.879 – 201.292 (121)

(21.879) (8.490) – –

– (8.490) 423.871 22.231

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 - EM R$ MIL (01) APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS b) Composição da carteira de crédito por faixas de vencimento As demonstrações financeiras da Financeira Alfa S.A. - Crédito, Parcelas por 2007 Financiamento e Investimentos foram elaboradas em conformidade com Faixas de Vencimento A Vencer Vencidos Total % a Lei das Sociedades por Ações e normas e instruções do Banco Central A Vencer do Brasil (BACEN) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). - Até 180 dias 683.511 7.647 691.158 32,3 (02) PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS - De 181 a 360 dias 415.016 5.363 420.379 19,7 (a) Apuração do Resultado: As receitas e despesas foram apropriadas pelo regime de competência. (b) Ativos Circulante e Realizável a Longo - Acima de 360 dias 1.002.738 10.419 1.013.157 47,3 Prazo: Demonstrados pelos valores de realização e, quando aplicável, Total Vincendas 2.101.265 23.429 2.124.694 99,3 acrescidos dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidos de Vencidas provisão para perdas e ajustados pelos seus valores de mercado, - Até 60 dias – 5.324 5.324 0,2 especificamente em relação ao registro e a avaliação contábil dos títulos e - De 61 a 180 dias – 8.435 8.435 0,4 valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos estabelecidos pelas Circulares BACEN nºs 3068 e 3082 (vide notas nº 03 letra “b” e 09). A Provisão - Acima de 180 dias – 1.935 1.935 0,1 para Créditos de Liquidação Duvidosa foi constituída considerando a atual Total Vencidas – 15.694 15.694 0,7 conjuntura econômica, a experiência de anos anteriores e a expectativa de Total da Carteira 2.101.265 39.123 2.140.388 100,0 realização da carteira, de forma que apure a adequada provisão em montante Parcelas por 2006 suficiente para cobrir riscos específicos e globais, associada à provisão calculada de acordo com os níveis de risco e os respectivos percentuais Faixas de Vencimento A Vencer Vencidos Total % mínimos estabelecidos pela Resolução BACEN nº 2682 (vide nota nº 04 letra A Vencer “c”). (c) Ativo Permanente: Demonstrado ao custo corrigido - Até 180 dias 607.214 7.901 615.115 35,7 monetariamente até 31 de dezembro de 1995, combinado com os - De 181 a 360 dias 394.587 5.343 399.930 23,3 seguintes aspectos: (c.1) Depreciação do Imobilizado de Uso, calculada - Acima de 360 dias 685.064 8.520 693.584 40,3 pelo método linear, às seguintes taxas anuais: Veículos, Sistemas de Comunicação e de Processamento de Dados 20% e demais itens 10% Total Vincendas 1.686.865 21.764 1.708.629 99,3 e (c.2) Amortização, basicamente, de despesas com benfeitorias em Vencidas imóveis de terceiros e com programas de processamento de dados, - Até 60 dias – 4.706 4.706 0,3 calculada pelo método linear, pelo prazo máximo de 05 anos. - De 61 a 180 dias – 6.825 6.825 0,4 (d) Passivos Circulante e Exigível a Longo Prazo: São demonstrados Acima de 180 dias – 797 797 – por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo os encargos e as variações monetárias incorridos, deduzidos das correspondentes Total Vencidas – 12.328 12.328 0,7 despesas a apropriar. (e) Impostos e Contribuições: As provisões para Total da Carteira 1.686.865 34.092 1.720.957 100,0 Imposto de Renda, Contribuição Social, PIS e COFINS são calculadas às c) Classificação da carteira de crédito por níveis de risco: alíquotas de 15% mais adicional, 9%, 0,65% e 4%, respectivamente, A Resolução BACEN nº 2682 de 21/12/1999 introduziu os critérios para considerando para efeito das respectivas bases de cálculo, a legislação a classificação das operações de crédito e para a constituição da pertinente a cada encargo. Também é observada pela Companhia a provisão para créditos de liquidação duvidosa, os quais são baseados prática contábil de constituição de créditos tributários de imposto de renda e contribuição social sobre diferenças temporárias, às mesmas em sistemas de avaliação de risco de clientes/operações. A composição alíquotas vigentes utilizadas para a constituição das provisões fiscais da carteira de crédito e a constituição da provisão para créditos de (vide nota nº 05 letra “b”). (f) Estimativas contábeis: As demonstrações liquidação duvidosa nos correspondentes níveis de risco, conforme financeiras, de acordo com as práticas contábeis brasileiras, incluem estabelecido na referida Resolução, estão demonstrados a seguir: algumas contas cujos valores são determinados por estimativas 2007 baseadas na experiência passada, ambiente legal e de negócios, probabilidade de ocorrência de eventos sujeitos ou não ao controle da Saldo da Carteira de Crédito Provisão Administração, etc. Essas estimativas são revistas pelo menos Níveis (*) Mínima anualmente, buscando-se determinar valores que mais se aproximem de Risco A Vencer Vencidos Total Exigida Contábil dos futuros valores de liquidação dos ativos ou passivos considerados. AA 229.275 – 229.275 – – (03) TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS A 95.604 – 95.604 478 478 FINANCEIROS DERIVATIVOS a) Composição de Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos B 1.732.638 8.477 1.741.115 17.411 26.187 Financeiros Derivativos: C 33.656 7.267 40.923 1.228 1.228 Composta por: 2007 2006 D 4.638 4.551 9.189 919 919 • Carteira Própria 27.837 465 E 1.069 4.219 5.288 1.586 1.586 • Vinculados a Operações Compromissadas – 5.548 F 834 3.926 4.760 2.381 2.381 • Vinculados à Prestação de Garantias 154.502 76.888 Total - Títulos e Valores Mobiliários (1) 182.339 82.901 G 828 3.203 4.031 2.821 2.821 • Swaps - Diferencial a Receber (nota 09) 1.582 1.841 H 2.723 7.480 10.203 10.203 10.203 Total - Instrumentos Financeiros Derivativos 1.582 1.841 Total 2.101.265 39.123 2.140.388 37.027 45.803 Total Geral 183.921 84.742 2006 (1) Representados por Títulos emitidos pelo Tesouro Nacional. Saldo da Carteira de Crédito Provisão b) Classificação de Títulos e Valores Mobiliários por Categoria Até 3 1 ano a Acima Saldo Saldo Níveis (*) Mínima Títulos meses 3 anos 3 anos 2007 2006 de Risco A Vencer Vencidos Total Exigida Contábil • Negociação (1) 25.501 83.476 18.845 127.822 34.911 AA 156.522 – 156.522 – – • Mantidos até o A 62.594 – 62.594 313 313 Vencimento (2) – 54.517 – 54.517 47.990 B 1.437.654 9.008 1.446.662 14.467 20.474 Títulos e Valores Mobiliários 25.501 137.993 18.845 182.339 82.901 C 24.589 7.673 32.262 968 968 % Concentração D 1.842 4.302 6.144 614 614 por Prazo 14,0 75,7 10,3 100,0 – E 706 2.728 3.434 1.030 1.030 (1) “Títulos para Negociação”: o valor contábil corresponde ao valor de F 685 2.912 3.597 1.799 1.799 mercado desses títulos na data do balanço e foi obtido através de coletas G 416 2.111 2.527 1.769 1.769 de taxas junto ao mercado, quando aplicável e, validadas através de H 1.857 5.358 7.215 7.215 7.215 comparação com informações fornecidas pela Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto (Andima). O ajuste positivo dos Títulos Total 1.686.865 34.092 1.720.957 28.175 34.182 para Negociação no montante de R$ 48 (2006 R$ 96), obtido entre os (*) Inclui os créditos vencidos até 14 dias. valores de custo R$ 127.774 (2006 R$ 34.815) e de mercado R$ 127.822 d) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa: O saldo da (2006 R$ 34.911), foi registrado em conta adequada do resultado. provisão atingiu o montante de R$ 45.803 (2006 R$ 34.182), (2) “Títulos Mantidos até o Vencimento”: classificados em razão da intenção da Administração e da capacidade financeira da Companhia correspondente a 2,14% do total da carteira, acima do mínimo em mantê-los até o vencimento. A capacidade financeira está requerido pela Resolução BACEN nº 2.682. No semestre, os créditos comprovada com base em projeção de fluxo de caixa conforme amortizados para prejuízo totalizaram R$ 14.783 (2006 R$ 8.814), exigência do BACEN. Esses títulos foram mantidos pelo seu valor de sendo recuperados no mesmo período R$ 2.743 (2006 R$ 1.857). aquisição acrescido dos rendimentos auferidos, os quais foram O saldo das operações renegociadas era de R$ 33.048 (2006 R$ registrados no resultado do período. O valor de mercado destes títulos na data do balanço totalizava R$ 54.969 (2006 R$ 48.539). 7.152) na data do balanço. (04) OPERAÇÕES DE CRÉDITO (05) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Composição da carteira de crédito por setor de atividade (a) Demonstração do cálculo dos encargos 2007 2006 2007 2006 Lucro antes da Tributação, deduzido das Setores de Atividade Valor % Valor % Participações no Lucro 49.999 31.458 - Setor Privado - Rural 1.130 0,1 1.503 0,1 IR e CS às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente (17.000) (10.695) - Indústria 128.072 6,0 101.023 5,9 • Juros sobre o capital próprio 2.887 2.254 - Comércio 179.210 8,4 96.236 5,6 • Créditos Amortizados para Prejuízo (709) (392) - Intermediários Financeiros 262.448 12,2 250.317 14,5 • Provisão para Devedores Duvidosos (1.782) (3.339) - Outros Serviços 85.143 4,0 86.154 5,0 • Contingências Fiscais e Trabalhistas (2.138) (1.772) - Pessoas Físicas 1.484.385 69,3 1.185.724 68,9 Total da Carteira 2.140.388 100,0 1.720.957 100,0 • Resultado com Instrumentos Financeiros Derivativos 1.753 – - Empréstimos 1.032.024 48,2 848.014 49,3 • Outras Adições e Exclusões 446 285 - Financiamentos 1.108.341 51,8 872.890 50,7 Total dos encargos devidos no semestre (16.543) (13.659) - Outros Créditos 23 – 53 – Créditos Tributários de I. de Renda e Contrib. Social (999) 5.707 Total da Carteira 2.140.388 100,0 1.720.957 100,0 Obrigações Fiscais Diferidas (2.088) 199 Avais e Fianças Prestadas estão registrados em contas de Despesa de Imposto de Renda e Contribuição Social (19.630) (7.753) compensação R$ 18.292 (2006 R$ 17.274). CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

com crescimento de 28,8% em relação a junho de 2006. A carteira de crédito, incluindo fianças prestadas no montante de R$ 18,2 milhões, atingiu R$ 2.158,6 milhões, com crescimento de 24,2% em relação a junho de 2006. O volume de créditos vencidos acima de 15 dias totalizou R$ 39,1 milhões correspondente a 1,83% da carteira total. O saldo da provisão para créditos de liquidação duvidosa atingiu R$ 45,8 milhões, correspondente a 2,14 % do total da carteira de crédito e 123,70% do mínimo exigido pela Resolução nº 2.682 do Banco Central do Brasil. Declaração Sobre Serviços da Auditoria Independente Em atendimento à Instrução CVM nº 381 de 14/01/2003, informamos que a empresa contratada para auditoria das demonstrações financeiras da Financeira Alfa S.A. - Crédito, Financiamento e Investimentos, ou pessoas a ela ligadas, não prestou no período outros serviços que não sejam de auditoria externa. Agradecimentos É indispensável traduzir o reconhecimento da Financeira Alfa S.A. Crédito, Financiamento e Investimentos ao trabalho de seus funcionários e ao apoio de seus acionistas e, finalmente, a confiança de seus clientes e das instituições financeiras do mercado que continuaram a prestigiar a organização como sempre fizeram. São Paulo, 14 de agosto de 2007 Conselho de Administração e Diretoria

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO - EM R$ MIL

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO - EM R$ MIL

Descrição

2007

2006

Receitas da Intermediação Financeira

260.860

199.015

Operações de Crédito

251.051

192.858

Resultado com Títulos e Valores Mobiliários

9.809

6.157

Despesas da Intermediação Financeira

147.427

113.765

Operações de Captação no Mercado

98.730

87.358

Operações de Empréstimos e Repasses

6.797

7.262

Resultado com Instrumentos Financeiros Derivativos

22.474

821

Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa

19.426

18.324

Resultado Bruto da Intermediação Financeira

113.433

85.250

Outras Receitas/(Despesas) Operacionais

(62.435)

(52.896)

Receitas de Prestação de Serviços

9.358

7.726

Despesas de Pessoal

(18.871)

(15.961)

Outras Despesas Administrativas

(40.563)

(37.922)

Despesas Tributárias

(1.727)

(1.355)

Outras Receitas Operacionais

2.455

2.357

Outras Despesas Operacionais

(13.087)

(7.741)

Resultado Operacional

50.998

32.354

Resultado não Operacional Resultado antes da Tributação e Participações

181

43

51.179

32.397

Imposto de Renda e Contribuição Social

(19.630)

(7.753)

Provisão para Imposto de Renda

(13.562)

(9.868)

Provisão para Contribuição Social

(5.069)

(3.592)

Ativo Fiscal Diferido

(999)

5.707

Participações no Lucro

(1.180)

(939)

(577)

(336)

Empregados

(603)

(603)

Lucro Líquido do Período

Administradores - Estatutárias

30.369

23.705

Lucro Líquido por Lote de Mil Ações - R$

287,13

224,12

(b) Créditos Tributários de Imposto de Renda e Contribuição Social Saldos em Consti- Reali- Saldos em Origem 31/12/2006 tuição zação 30/06/2007 Conting. Fiscais e Trabalhistas 14.926 2.606 (5.862) 11.670 Prov. p/Devedores Duvidosos 13.791 11.327 (9.545) 15.573 Outros Créditos Tributários 665 1.107 (633) 1.139 Subtotal 29.382 15.040 (16.040) 28.382 Contribuição Social a Compensar 640 – (640) – Total 30.022 15.040 (16.680) 28.382 % Sobre Patrimônio Líquido 7,5% 6,7% A Administração da Companhia, fundamentada em estudo técnico, estima que a realização desses créditos tributários ocorrerá em 5 anos na seguinte proporção: 41,8% no primeiro ano, 15,4% no segundo ano, 12,7% no terceiro ano, 14,6% no quarto ano e 15,5% no quinto ano. Na data do balanço, o valor presente dos créditos tributários calculados com base na taxa Selic é de R$ 20.938. Os créditos tributários não ativados totalizavam R$ 12.558. (06) EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Os recursos captados no País para repasses a clientes, classificados no Longo Prazo, possuem as seguintes características: a) Depósitos Interfinanceiros com vencimentos até 07/07/2009; b) Aceites Cambiais com vencimentos até 18/03/2013 indexado a taxa do CDI; c) Operações de BNDES, com vencimentos até 15/05/2014 à taxa pós-fixada até 4,5% a.a. mais TJLP, garantidas por contratos e d) Operações FINAME com vencimentos até 15/06/2012 à taxa pós-fixada de 4,0% a.a. mais TJLP e prefixada de 11,8648% a.a., garantidas por contratos. Os aceites cambiais foram classificados de acordo com seus vencimentos contratuais e incluem o montante de R$ 497.959 referentes às captações com compromisso de liquidez que podem ser resgatados antecipadamente pelos clientes, todos registrados na Câmara de Custódia e Liquidação (CETIP). (07) PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Capital Social: Está dividido em 59.439.005 de ações ordinárias e 46.326.898 de ações preferenciais sem valor nominal. É assegurado às ações preferenciais, que não possuem direito de voto, um dividendo mínimo de 8% ao ano sobre a parte e respectivo valor do capital que essas ações representam. A Assembléia Geral Extraordinária realizada em 24/04/2007, homologada pelo BACEN em 18/06/2007, aprovou o aumento do capital social para R$ 182.000, mediante incorporação de reservas de lucros. (b) Dividendos: O Estatuto Social prevê dividendo mínimo de 25% do lucro líquido anual, ajustado conforme o disposto no art. 202 da Lei das Sociedades por Ações, podendo ser pago sob a forma de juros sobre capital próprio, conforme previsto no artigo 31 do Estatuto Social e artigo 9º da Lei nº 9.249 de 26/12/1995. Está sendo proposto o pagamento dos juros sobre capital próprio no montante de R$ 8.490, correspondente a R$ 76,90 e R$ 84,59 por lote de mil ações ordinárias e preferenciais, respectivamente, sujeitos à incidência de imposto de renda na fonte à alíquota de 15%, quando aplicável. A adoção do pagamento desses juros sobre o capital próprio aumentou o resultado da Companhia em aproximadamente R$ 2.887 face ao benefício fiscal obtido. Os juros foram contabilizados em conformidade com a Circular BACEN nº 2739/97, Deliberação CVM nº 207/96 e em atendimento às disposições fiscais. c) Reservas de Capital e Reservas de Lucros: As reservas de capital são representadas, pelas reservas de incentivos fiscais R$ 29.777 (2006 R$ 29.777), de correção monetária de Capital de Giro Decreto-Lei 1338/74 R$ 8.718 (2006 R$ 8.718), dividendos não reclamados R$ 1.688 (2006 R$ 1.336) e reserva de correção monetária especial da Lei nº 8200/91 R$ 396 (2006 R$ 396). As reservas de lucros são compostas pelas reservas legal R$ 30.463 (2006 R$ 27.158) e estatutárias R$ 170.829 (2006 R$ 148.511). A reserva estatutária é composta pelas reservas para aumento de capital R$ 140.464 (2006 R$ 122.578) e reserva especial para dividendos R$ 30.365 (2006 R$ 22.511). (08) TRANSAÇÕES ENTRE PARTES RELACIONADAS Sempre em concordância com os dispositivos legais vigentes e com as normas expedidas pelo Banco Central do Brasil, no 1º semestre, efetuaram-se as seguintes operações entre ligadas: 2007 2006 Ativos Receitas Ativos Receitas Operações (Passivos) (Despesas) (Passivos) (Despesas) • Disponibilidades 1.852 – 1.125 – • Operações Compromissadas (1) – – (5.528) 74 • Depósitos Interfinanceiros (1)(1.179.318) (73.355)(1.101.625) (76.437) • Operações SWAP (1) (643) (154) (22) (4) • Letra de Câmbio (1) (114.977) (5.099) (9.912) (540) • Ressarcimento de Custos (2) (394) – (498) – • Prestação de Serviços (3) (30) (2.535) (1.859) (2.998) (1) As aplicações e captações de recursos referem-se às operações envolvendo a Companhia e empresas ligadas, efetuadas a taxas compatíveis com as taxas médias praticadas no mercado, vigentes nas datas das operações. (2) Os ressarcimentos de custos referem-se basicamente, à sub-locação de imóvel com empresas ligadas de acordo com contrato mantido entre as partes. (3) Referem-se, basicamente aos serviços contratados junto às empresas Metro Tecnologia e Informática Ltda. (tecnologia R$ 1.032 e consultoria contábil R$ 141), Metro Sistemas de Informática Ltda. (tecnologia R$ 244, auditoria interna R$ 206 e segurança R$ 22), Metro Dados Ltda. (tecnologia R$ 350), Instituto Alfa de Cultura (divulgação da marca Alfa R$ 60) e Metro Táxi Aéreo Ltda. (transporte aéreo R$ 180). Inclui também, despesas no valor de R$ 300 com a C&C Casa e Construção Ltda. a título de direito de exclusividade e preferência para o exercício das atividades de crédito. (09) INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS A Companhia participa de operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos, representadas por contratos de troca de moedas ou indexadores - “Swap”, com a finalidade de reduzir a exposição a riscos de taxas de juros. O gerenciamento e monitoramento dos riscos envolvidos são realizados por área independente através de políticas de controles, estabelecimento de estratégias de operação, determinação de limites e do acompanhamento constante das posições assumidas através de técnicas específicas, consoante as diretrizes estabelecidas pela Administração. A estrutura de gerenciamento de riscos contempla os seguintes riscos segregados por natureza: Risco de Mercado, Risco de Liquidez, Risco de Crédito e Risco Operacional. a) Esses instrumentos financeiros derivativos são registrados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e na Câmara de Custódia e Liquidação (CETIP), envolvendo taxas préfixadas e mercado interfinanceiro (DI). A posição em 30 de junho desses instrumentos financeiros derivativos têm seus valores registrados em contas de compensação e os ajustes/diferenciais em contas patrimoniais. Para a apuração dos preços de mercado foram utilizadas as taxas médias praticadas para operações com prazo e indexadores similares na data do balanço conforme divulgações da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). 2007 Contratos Custo Referência Mercado • Pré 12.060 16.233 17.055 • Mercado Interfinanceiro 670.902 772.845 772.845 Posição Ativa 682.962 789.078 789.900 • Pré 670.902 783.618 829.296 • Mercado Interfinanceiro 12.060 15.926 15.926 Posição Passiva 682.962 799.544 845.222 Swaps - Exposição Líquida – (10.466) (55.322) 2006 Contratos Custo Referência Mercado • Pré 16.160 19.817 20.039 • Mercado Interfinanceiro 357.172 409.700 409.700 Posição Ativa 373.332 429.517 429.739 • Pré 357.172 409.277 409.322 • Mercado Interfinanceiro 16.160 19.905 19.905 Posição Passiva 373.332 429.182 429.227 Swaps - Exposição Líquida – 335 512

Contas 2007 A - Origem dos Recursos 243.905 Lucro Líquido do Período 30.369 Ajustes ao Lucro Líquido 304 - Depreciações e Amortizações 304 - Outros – Variação nos Resultados de Exercícios Futuros 132 Recursos de Acionistas - Dividendos Prescritos 352 Recursos de Terceiros Originários de: 212.748 - Aumento dos Subgrupos do Passivo 210.273 Depósitos – Operações Compromissadas – Recursos de Aceites Cambiais 185.325 Obrigações por Empréstimos e Repasses do País 4.526 Instrumentos Financeiros Derivativos 20.422 Outras Obrigações – - Diminuição dos Subgrupos do Ativo 100 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 100 - Alienação de Bens e Investimentos 2.375 Bens não de Uso Próprio 2.187 Imobilizado de Uso 25 Investimentos 163 B - Aplicação dos Recursos 243.602 Juros s/Capital Próprio Pagos e Propostos 8.490 Inversões em: 2.699 - Bens não de Uso Próprio 2.424 - Imobilizado de Uso 275 Aplicações no Diferido 314 Aumento dos Subgrupos do Ativo 210.637 - Aplicações Interfinanceiras de Liquidez – - Tít. e Vlrs. Mobiliários e Instr. Financ. Derivativos 52.967 - Operações de Crédito 136.897 - Outros Créditos 17.521 - Outros Valores e Bens 3.252 Redução dos Subgrupos do Passivo 21.462 - Depósitos 18.561 - Outras Obrigações 2.901 Aumento das Disponibilidades (A-B) 303 Modificações na Posição Financeira Início do Período 2.273 Fim do Período 2.576 Aumento das Disponibilidades 303

Paulo Guilherme Monteiro Lobato Ribeiro

741 2.151 1.410

CONTADORA

Paulo Guilherme Monteiro Lobato Ribeiro - Presidente Adilson Herrero

2006 295.343 23.705 88 252 (164) (21) 310 271.261 269.392 177.069 5.528 54.368 25.374 423 6.630 – – 1.869 1.430 3 436 293.933 6.630 2.303 1.946 357 228 284.772 5.699 7.915 234.957 27.309 8.892 – – – 1.410

Os valores dos diferenciais a receber e a pagar registrados em contas patrimoniais do ativo e do passivo sob o título “Instrumentos Financeiros Derivativos” correspondiam a R$ 1.582 (2006 R$ 1.841) e R$ 56.904 (2006 R$ 1.329) na data do balanço, respectivamente. O total do ajuste negativo registrado no resultado do semestre foi de R$ 13.913 (2006 R$ 10 positivo). Os contratos de swaps registrados pelos seus valores de mercado em contas de compensação possuíam os seguintes vencimentos: até 90 dias R$ 46.854, de 91 até 180 dias R$ 39.496, de 181 a 360 dias R$ 55.746 e acima de 360 dias R$ 647.804. b) Foi procedida avaliação a valor de mercado de parte das carteiras de crédito direto ao consumidor e de crédito pessoal com consignação salarial e das correspondentes operações de swaps contratadas, designadas instrumentos de “hedge”, em conformidade com a Circular BACEN nº 3.082 de 30/01/2002. A avaliação desses ativos e das operações de swaps na data do balanço gerou um ajuste positivo não realizado no montante de R$ 10.146, líquido de tributos, conforme demonstramos a seguir: Ativos de Crédito Operações de Swaps (b.3) Efeito do Valor de Valor Ajuste Valor Valor de Ajuste Ajuste a Mercado Contá- Positivo de Refe- Nega- Vr. Mercado (b.1) bil (b.2) Mercado rência tivo Bruto Líquido 684.951 624.798 60.153 737.973 782.113 44.140 16.013 10.146 b.1) O ajuste positivo no resultado do período dessa avaliação de “hedge” foi de R$ 4.140, líquido de tributos. b.2) para apuração do valor de mercado das parcelas dos ativos de crédito foram utilizadas as taxas médias praticadas para operações com prazo e indexador similar na data do balanço conforme divulgações da BM&F, acrescida dos custos de captação, de produção e operacionais, passíveis de verificação, necessários para a originação e manutenção até o vencimento dessas operações, de forma a refletir adequadamente os efeitos dessas taxas de juros no resultado. A avaliação dos ativos de crédito gerou ajuste positivo de R$ 60.153, o qual foi registrado na rubrica “Devedores Diversos” do grupo “Outros Créditos - Diversos”, em contrapartida de adequada conta no resultado do período. b.3) informações do valor de mercado das operações de swaps na nota explicativa nº 09 letra “a”. (10) PASSIVOS CONTINGENTES E OBRIGAÇÕES LEGAIS - FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS A Companhia, no curso normal de suas atividades, é parte em processos de natureza fiscal, previdenciária, trabalhista e cível. As respectivas provisões foram constituídas levando-se em conta a legislação em vigor, a opinião dos assessores legais, a natureza e complexidade dos processos, o posicionamento dos Tribunais, o histórico de perdas e outros critérios que permitam a sua estimativa da forma mais adequada possível. A Administração considera que as provisões existentes na data destas demonstrações são suficientes para fazer face aos riscos decorrentes destes processos. As provisões constituídas e respectivas variações no período, segregadas por natureza, estão demonstradas a seguir: Fiscais e Cíveis e Movimentação Previdenciárias Trabalhistas Total Saldo Início do Período 114.386 2.158 116.544 (+) Complemento e Atualização de Provisão 9.416 – 9.416 (–) Baixa por Pagamento (972) (313) (1.285) Saldo Final do Período 122.830 1.845 124.675 (a) As obrigações legais e as contingências fiscais e previdenciárias referem-se principalmente a obrigações tributárias cuja legalidade ou constitucionalidade é objeto de contestação nas esferas administrativa e judicial, com destaque para: (i) o alargamento da base de cálculo da COFINS determinado pela Lei nº 9.718/98, (ii) a cobrança da CSLL por alíquotas diferenciadas para o Sistema Financeiro (Isonomia), (iii) a cobrança do PIS pelas Emendas Constitucionais 01/94, 10/96 e 17/97 e (iv) a dedução dos valores da CSLL na base de cálculo do IRPJ. As provisões existentes amparam o risco decorrente das obrigações legais e das contingências fiscais e previdenciárias consideradas como de perda provável e encontram-se no exigível a longo prazo na rubrica “Provisão para Riscos Fiscais” do grupo “Outras Obrigações - Fiscais e Previdenciárias”. (b) A Companhia possui outras contingências fiscais e previdenciárias, avaliadas individualmente por nossos assessores como de risco de perda não provável, conforme Deliberação CVM nº 489, de 03/10/2005, com destaque para a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Essa contingência trata de cobranças efetuadas pela Receita Federal do Brasil relativas ao período de janeiro/92 a junho/94. A Companhia possui processos judiciais já transitados em julgado exonerando-a do pagamento dessa contribuição. Essas cobranças, no montante de R$ 92.713, estão sendo objeto de questionamento judicial. (c) As contingências trabalhistas originam-se de ações judiciais movidas por ex-empregados que buscam obter indenizações referentes a pretensos direitos trabalhistas. A provisão constituída encontra-se registrada na rubrica “Provisão para Passivos Contingentes” do grupo “Outras Obrigações - Diversas”. As contingências cíveis são originadas basicamente por ações judiciais movidas por terceiros, pleiteando indenização por danos materiais e morais, sendo em sua maior parte julgadas pelo Juizado Especial Cível. Não existem processos de valores significativos em curso e que sejam de conhecimento da Administração. (11) OUTRAS INFORMAÇÕES (a) Outros Créditos - Diversos: incluem, basicamente, Tributos Antecipados R$ 553 (2006 R$ 541), Depósitos Judiciais R$ 39.158 (2006 R$ 71.536), Opções por Incentivos Fiscais R$ 1.507 (2006 R$ 1.507), Créditos Tributários de Contribuição Social e Imposto de Renda conforme descrito na nota 5 letra “b” R$ 28.382 (2006 R$ 28.293) e Devedores Diversos R$ 78.628 (2006 R$ 15.932), com destaque para o ajuste positivo obtido na avaliação a valor de mercado dos ativos de crédito objeto de hedge conforme descrito na nota 09 letra “b”. (b) Despesas Antecipadas: refere-se substancialmente a valores pagos a título de intermediação de negócios às revendas de veículos e às lojas de departamento. Essas despesas são apropriadas ao resultado com base no prazo contratual da operação de crédito. (c) Outros Investimentos: composto basicamente por ações de companhias de capital fechado. (d) Outras Obrigações - Diversas: composta por provisões para despesas de pessoal e administrativa R$ 6.039 (2006 R$ 8.766), provisões para contingências cível e trabalhista conforme descrito na nota 10 R$ 1.845 (2006 R$ 1.758) e credores diversos R$ 19.153 (2006 R$ 17.524). (e) Os honorários da Administração totalizaram R$ 1.670 (2006 R$ 1.652) no semestre. (f) Outras Receitas Operacionais: composta basicamente por reversão de provisões operacionais R$ 241 (2006R$ zero), dividendos e juros sobre o capital próprio recebidos e declarados de investimentos avaliados pelo método de custo R$ 1.705 (2006 R$ 1.396), receitas de recuperação de encargos e receitas de garantias prestadas R$ 412 (2006 R$ 417), processos operacionais R$ zero (2006 R$ 318) e variações monetárias ativas sobre tributos a compensar e depósitos judiciais R$ 97 (2006 R$ 61). (g) Outras Despesas Operacionais: composta principalmente por complemento e atualização de provisão para riscos fiscais e de tributos a recolher R$ 8.967 (2006 R$ 6.628), despesas com a cobrança de créditos vencidos R$ 774 (2006 R$ 833) e perdas com processos operacionais R$ 3.346 (2006 R$ 246). (h) Resultado não Operacional: refere-se a lucros obtidos na venda de investimentos avaliados pelo método de custo e na alienação de valores e bens. (i) A Companhia tem como política segurar seus valores e bens a valores considerados adequados para coberturas de eventuais perdas. (j) Em atendimento à Deliberação CVM nº 371 informamos que a Companhia não mantém planos de remuneração em ações (stock options) e outros benefícios a seus empregados. (k) O resumo do relatório elaborado pelo Comitê de Auditoria, único instituído pelo Conglomerado Financeiro Alfa por intermédio da instituição líder Banco Alfa de Investimento S.A., está sendo publicado em conjunto com as demonstrações financeiras do Banco.

DIRETORIA

Humberto Mourão de Carvalho - Presidente Fernando Pinto de Moura

Patrimônio Líquido: O patrimônio líquido atingiu R$ 423,8 milhões ao final do semestre. O valor patrimonial para cada lote de mil ações alcançou R$ 4.007,63, com crescimento de 5,5% no semestre, índice superior à inflação de 2,08% medida pelo IPCA. A Assembléia Geral Extraordinária realizada em 24/04/2007, homologada pelo Banco Central do Brasil em 18/06/2007, aprovou o aumento do capital social para R$ 182,0 milhões mediante incorporação de reservas de lucros. O índice de solvabilidade instituído pelo Comitê da Basiléia e normatizado pelo Banco Central do Brasil atingiu 19,1% ao final do semestre, demonstrando a boa capacidade de solvência das instituições financeiras integrantes do Conglomerado Alfa, quando comparado tanto com o mínimo de 11% exigido pelo Banco Central do Brasil, quanto com o de 8% recomendado pelo Comitê da Basiléia. Recursos Captados O volume de recursos captados atingiu R$ 1.842,0 milhões na data do balanço com crescimento de 30,1% em relação a junho de 2006. Esses recursos estavam representados principalmente por R$ 1.180,8 milhões em depósitos interfinanceiros, R$ 497,9 milhões em letras de câmbio e R$ 163,3 milhões em repasses do BNDES. Ativos e Empréstimos O ativo total alcançou R$ 2.501,7 milhões ao final do semestre,

Rubens Bution

Aucilene Moisés Neves CRC 1SP 197638/O-1

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Ao Conselho de Administração e aos Acionistas da Financeira Alfa S.A. - Crédito, Financiamento e Investimentos São Paulo-SP Examinamos os balanços patrimoniais da Financeira Alfa S.A. - Crédito, Financiamento e Investimentos levantados em 30 de junho 2007 e 2006 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos,

correspondentes aos semestres findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume das transações e os sistemas contábil e de controles internos da Companhia; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que

suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Companhia, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Financeira Alfa S.A. - Crédito, Financiamento e Investimentos em 30 de junho 2007 e 2006, os resultados de suas

operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 14 de agosto de 2007 Auditores Independentes CRC 2SP 014428/O-6

Zenko Nakassato Contador CRC 1SP 160769/O-0


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

13

N

OLAVO DE CARVALHO

PALAVRAS DE UM INFIEL

A

Rupak De Chowdhuri/Reuters

Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br

A ÍNDIA FALA BAIXO SÃO AS PEQUENAS EMPRESAS QUE DÃO FÔLEGO (E DEMOCRACIA) AO DESENVOLVIMENTO Por Guy Sorman

H

á muito tempo a Índia desejava o socialismo e ficava imóvel. Desde a independência, em 1947, até os anos 90, a taxa de crescimento gravitava em torno dos 3% anuais, o equivalente de sua progressão demográfica: o aumento de renda real por habitante era nulo. Essa situação parecia tão natural que os economistas do país decretaram que 3% era a taxa a crescimento indiana. Os governantes indianos da época, Nehru e depois Indira Gandhi, ficavam satisfeitos. A economia era estatizada e concentrada, o que correspondia ao consenso dos anos 60 entre os economistas do desenvolvimento. Por sorte o pior foi evitado porque as terras não foram nacionalizadas. Graças a seus camponeses, ao contrário da China, a Índia não morreu de fome. Melhor ainda, a agricultura foi beneficiada nos anos 70 pela iniciativa de dois agrônomos, Norman Borlaugh (americano) e M. S. Swaminathan (indiano), com uma Revolução verde, que em dez anos dobrou a produção. Aquela Índia imóvel caiu em 1991. A decolagem da China e o naufrágio da União Soviética despertaram a Índia. Os russos eram os fornecedores dos indianos na base do escambo. Já os novos ricos exigiam dólares, que a Índia não dispunha. O país teve de se abrir aos investidores estrangeiros e permitir que seus próprios empresários exportassem para fazer entrar as divisas. A Índia tornou-se um universo de pequenas empresas: um progresso do capitalismo, espontâneo e diferente do

modelo chinês, no qual o Estado designa os vitoriosos. Estimulado pela rivalidade com a China, como uma taxa de crescimento que a acompanha (10% ante 11% em 2007), o desenvolvimento da Índia é bem diferente. O observador estrangeiro vê o desenvolvimento chinês, ele é percebido imediatamente. Na Índia, o desenvolvimento é invisível, ou quase: a infra-estrutura sempre arruinada. Essa diferença de visibilidade leva a se acreditar em um dinamismo chinês mais avançado do que o da Índia, mas se trata de uma percepção superficial.

N

a China, o Estado central e os governos das províncias são poderosos, a sociedade privada é quase inexistente. Então, a opção chinesa é a concentração de investimentos em alguns pólos de crescimento urbano e em algumas obras espetaculares de infra-estrutura. O que não é visto na China é a miséria rural. Na Índia, o Estado é relativamente fraco, ele não tem os meios financeiros nem políticos de concentrar os investimentos nos grandes projetos. O desenvolvimento indiano, portanto, é obra das pequenas empresas. Isso reflete a sociedade indiana e sua democracia. No futuro, a Índia deverá concorrer com as empresas chinesas e se mostrar tão capazes quanto elas em fabricar aparelhos eletrônicos, têxteis e carros para o mercado mundial. Não há alternativa conhecida para a industrialização e para o êxodo rural: é a lei de bronze do desenvolvimento.

A

democracia retarda essa industrialização da Índia. Qualquer projeto de indústria é emperrado em nome do meio ambiente, da paisagem, das culturas tribais. Na China, quando o governo chinês decide, passa a agir e ignora as reticências da população. Na Índia, discute-se. Os investidores estrangeiros, cujo papel é determinante para o desenvolvimento da Índia ou da China, sem nenhuma emoção, preferem a China. Pode ser uma boa escolha a curto prazo, mas não é uma boa estratégia a longo prazo. Pois se a lentidão democrática da Índia pesa na infra-estrutura e na industrialização, ela também garante a continuidade do desenvolvimento. Na Índia, como na China, o desenvolvimento transforma as paisagens, as cidades e os costumes: o mundo fica mais parecido. Deve-se ficar desolado?

G Na China, quando o governo chinês decide, passa a agir e ignora as reticências da população. Na Índia, discute-se. G Na Índia, o desenvolvimento é invisível. Ou quase. G A China pode ser uma boa escolha a curto prazo, mas a Índia é uma boa estratégia de longo prazo.

O desejo dos indianos não deve prevalecer sobre o dos turistas? Com Gandhi e depois Nehru, os indianos lutaram pela independência, mas também era o desenvolvimento que eles queriam, não vegetar na miséria em nome de diversidade das civilizações. Engana-se freqüentemente sobre a Índia imaginada por Mahatma Gandhi: ele não era contra o progresso, como se diz no Ocidente, mas temia pelas injustiças e desejava que o progresso econômico fosse julgado pela vara do mais pobre.

A

democracia e a economia de mercado são suficientes para satisfazer a ambição gandhiriana? Desde a Revolução verde, a Índia não sofre mais com a falta de recursos alimentares, entretanto alguns indianos continuam muito pobres para obtê-los. Mesmo assim, para eles, a economia de mercado ainda é a solução mais eficiente. Alguns obstáculos culturais ao desenvolvimento resistem apesar das soluções liberais, tais como defecação ao ar livre, principal problema de higiene na Índia. O que provoca mais debate na Índia é a rapidez ou não da distribuição das riquezas. Ninguém contesta a eficácia do mercado, nem mesmo suas capacidades de redistribuição, mas quantos anos serão necessários para que o mais pobre dos indianos tirem proveito do progresso econômico? A grande virtude da democracia indiana, ao contrário da China, é fazer essa pergunta sempre e tentar novas soluções. TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA

nos atrás, impressionado com a quantidade de autores nulos e desprezíveis a que Wilson Martins dera meticulosa atenção na sua História da Inteligência Brasileira, enviei a ele uma pilha de livros de Mário Ferreira dos Santos, sugerindo que remediasse, numa segunda edição, a falta de menções ao maior dos nossos filósofos. A resposta que recebi foi um atestado de leviandade: alegando que o assunto escapava à sua área de competência, Martins se eximia de cumprir o mais elementar dos seus deveres de historiador. Na edição aumentada do calhamaço, Mário continuou ausente. Melhor para ele, é claro: livrou-se de ser pesado na balança da inépcia. Já eu não tive a mesma sorte. Abjurando do seu voto de abstinência filosófica, mas confirmando plenamente a razão que alegou para emiti-lo, o crítico paranaense se mete a resenhador e juiz de meus livros A Dialética Simbólica e O Futuro do Pensamento Brasileiro (São Paulo, É-Realizações, 2007), com resultados que me levam a conjeturar, entre espasmos de terror, o que teria ele podido entender da Filosofia Concreta ou de Pitágoras e o Tema do Número, que tive a ingenuidade de lhe remeter naquela ocasião. Omitindo-se de tocar no conteúdo dos meus escritos, que lhe escapa por completo, Martins limita-se a condenar-lhes o tom “agressivo”, provando que a incapacidade de elevar-se à esfera das significações não imuniza contra a percepção das ênfases emocionais respectivas, como pode aliás confirmá-lo quem quer que já tenha gritado com um cãozinho doméstico ou mesmo com uma galinha.

o único ponto em que tenta discutir algo das minhas idéias, Martins não só escolhe um detalhe secundário, mas ainda lidando com tópico mais ao alcance do seu QI o melhor que ele consegue é produzir um formidável contra-senso: afetando desprezo pela distinção que faço entre verso e prosa, ele lhe opõe a de Gustave Lanson em L'Art de la Prose (1908) e, após citar esta última, assegura, com a cara mais bisonha do mundo, que “Olavo de Carvalho chega, por inesperado, a conclusões semelhantes” às do autor francês. O leitor jamais saberá se errei por discordar ou concordar e muito menos o que pode haver de tão inesperado no fato de duas opiniões concordantes concordarem. Na verdade, não importa. O que Martins tem sobretudo a objetar aos meus ensaios é que estão imersos na ilusão pueril de poder contestar erros filosóficos, quando ele, Martins, desde o alto do seu Olimpo de serenidade e isenção, sabe que “não há idéias erradas” (sic), frase que ele atribui a um juiz da Suprema Côrte americana mas que, independentemente da autoria, é com certeza a mais idiota que li nos últimos quarenta anos (levando mesmo a suspeitar que o crítico, em segredo, alimente ambições presidenciais). Não havendo diferença substantiva entre verdade e erro, só restam, como critérios aceitáveis de julgamento filosófico, o bom-mocismo e a polidez, aos quais, é certo, falho miseravelmente.

M

eses antes, eu já havia aqui condenado o primado das regras de polidez sobre a verdade, a moralidade, as leis -a apoteose do enfeite, em plena derrocada de tudo o mais. Martins não precisava, logo numa resenha dos meus livros, ter personificado tão bem o culto idolátrico à futilidade, que impera no Brasil de hoje. Mas, no fundo, estou felicíssimo de ter sido condenado como infiel a essa religião de socialites. Se para ser escritor neste país é preciso praticá-la, de bom grado deixo esse emprego para Wilson Martins e similares. Eu não o aceitaria por dinheiro nenhum deste mundo. OLAVO DE CARVALHO É JORNALISTA, ENSAISTA E PROFESSOR DE FILOSOFIA

G No fundo

estou felicíssimo de ter sido condenado como infiel a essa religião de socialites

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 - ECONOMIA/LEGAIS

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

IPC-Fipe sobe 0,11% na terceira prévia Taxa é a menor registrada desde junho do ano passado. Efeito defasado de redução de tarifas de energia explica variação menor que a esperada pelos analistas.

A

taxa de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), na terceira quadrissemana de agosto, de 0,11%, é a menor para o período desde junho de 2006, quando o indicador registrou deflação de 0,44%. No m e rc a d o , a s e x p e c t a t i v a s apontavam para uma inflação de 0,06% a 0,15% — ou seja, até

mesmo o teto mostrava uma desaceleração ante a variação de 0,17% na segunda quadrissemana de agosto. A explicação dos analistas para as previsões de taxas de inflação cada vez menores na cidade de São Paulo é o efeito defasado da redução da tarifa de energia elétrica sobre o indicador. No começo de julho, a Eletropaulo reduziu em 12,66% a tarifa. Nessa terceira parcial do índice, a conta de luz

para o consumidor ficou 7,36% mais barata. Na quadrissemana anterior, a luz havia sido reduzida em 5,3%. Em função, principalmente desse serviço, o grupo habitação, o de maior peso no índice, ampliou a queda de 0,63% para 0,81% na mesma comparação. A queda da tarifa de energia tem sido suficiente para fazer frente aos sucessivos aumentos dos preços no grupo alimentação, apesar de nesta ter-

ceira quadrissemana ele já ter mostrado uma aceleração mais discreta. Na terceira prévia a alta foi de 1,56%, ante 1,53% na medição anterior. O segmento leites apresentou uma alta de 5,06% ante elevação de 8,68% no levantamento anterior. Na contramão dessa desaceleração, os derivados do leite aceleraram a alta, de 4,54% para 5,06%. As carnes, outra fonte de pressão da inflação nos últi-

mos meses, já começam a dar algum alívio. Esses produtos subiram 2,99% na terceira quadrissemana de agosto, ante 4,04% na medição anterior. Os d e r i v a d o s a p ro f u n d a r a m mais a queda, de 0 39% na quadrissemana passada para 0,63% agora. O problema, segundo analistas, é que a inflação dos alimentos não é um fenômeno restrito ao mercado interno — é mundial e tende a se manter, especialmente no

BANCO ALFA S.A. C.N.P.J. 03.323.840/0001-83 SEDE: ALAMEDA SANTOS, 466 - SÃO PAULO - SP RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores Acionistas: Submetemos à sua apreciação, as demonstrações financeiras do Banco Alfa S.A., correspondentes às atividades desenvolvidas durante os semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006, pela legislação societária, acrescidas das notas explicativas e do Parecer dos Auditores Independentes. É indispensável traduzir o reconhecimento do

Banco Alfa S.A. ao trabalho de seus funcionários, ao apoio de seus acionistas e, finalmente, à confiança de seus clientes e instituições financeiras do mercado que, continuaram a prestigiar a organização como sempre fizeram. São Paulo, 14 de agosto de 2007

ATIVO Circulante Disponibilidades Aplicações Interfinanceiras de Liquidez Aplicações no Mercado Aberto Aplicações em Depósitos Interfinanceiros Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos Carteira Própria Vinculados à Prestação de Garantias Relações Interfinanceiras Pagamentos e Recebimentos a Liquidar Depósitos no Banco Central Correspondentes Operações de Crédito Carteira - Setor Privado (Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa) Outros Créditos Rendas a Receber Diversos Outros Valores e Bens - Despesas Antecipadas Realizável a Longo Prazo Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos Carteira Própria Vinculados à Compromissos de Recompra Vinculados à Prestação de Garantias Operações de Crédito Carteira - Setor Privado (Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa) Outros Créditos - Diversos Outros Valores e Bens - Despesas Antecipadas Permanente Investimentos - Outros Investimentos Imobilizado de Uso Outras Imobilizações de Uso (Depreciações Acumuladas) Diferido Gastos de Organização e Expansão (Amortização Acumulada) Total Geral do Ativo

2007 63.454 344 22.381 – 22.381

2006 191.119 444 100.698 100.698 –

261 – 261 4.470 1.387 2.928 155 33.831 35.606 (1.775) 2.154 – 2.154 13 85.989

13.870 1.801 12.069 45.281 44.402 856 23 29.844 30.871 (1.027) 980 163 817 2 83.445

71.538 53.324 17.592 622 7.222 8.236 (1.014) 7.198 31 667 373 200 419 (219) 94 146 (52) 150.110

62.947 62.947 – – 14.686 15.513 (827) 5.812 – 662 373 185 349 (164) 104 128 (24) 275.226

A DIRETORIA

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO - EM R$ MIL

BALANÇO PATRIMONIAL EM 30 DE JUNHO - EM R$ MIL PASSIVO Circulante Depósitos Depósitos à Vista Depósitos Interfinanceiros Outros Depósitos Captações no Mercado Aberto Carteira Própria Relações Interfinanceiras Recebimentos e Pagamentos a Liquidar Correspondentes Relações Interdependências Recursos em Trânsito de Terceiros Outras Obrigações Cobrança e Arrecadação de Tributos e Assemelhados Sociais e Estatutárias Fiscais e Previdenciárias Diversas Exigível a Longo Prazo Depósitos Depósitos Interfinanceiros Outras Obrigações Fiscais e Previdenciárias Diversas Patrimônio Líquido Capital De Domiciliados no País Reservas de Capital Reservas de Lucros Reserva Legal Reserva Estatutária Reserva para Aumento de Capital Reserva para Dividendos

2007 99.092 57.970 49.148 6.444 2.378 17.704 17.704 6.619 6.619 – 462 462 16.337 3.365 813 1.054 11.105 5.812 – – 5.812 5.722 90 45.206

2006 224.411 110.052 37.012 72.296 744 – – 106.158 5.765 100.393 108 108 8.093 105 814 745 6.429 9.115 4.059 4.059 5.056 4.966 90 41.700

24.499 420 20.287 1.586 18.701 16.818 1.883

24.123 420 17.157 1.371 15.786 14.195 1.591

Total Geral do Passivo

150.110

275.226

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - EM R$ MIL

Eventos

Capital

Reservas de Capital

Reservas de Lucros

Lucros Acumulados

Total

Saldos em 31/12/2005 Aumento de Capital - AGE - 28/04/2006 Lucro Líquido do Semestre Reservas Juros sobre Capital Próprio Saldos em 30/06/2006 Mutações do Período Saldos em 31/12/2006 Aumento de Capital - AGE - 24/04/2007 Lucro Líquido do Semestre Destinações: Reservas Juros sobre Capital Próprio Propostos Saldos em 30/06/2007 Mutações do Período

23.443 680 – – – 24.123 680 24.123 376 –

420 – – – – 420 – 420 – –

15.353 – – 1.804 – 17.157 1.804 18.401 – –

– – 2.544 (1.804) (740) – – – – 2.618

39.216 680 2.544 – (740) 41.700 2.484 42.944 376 2.618

– – 24.499 376

– – 420 –

1.886 – 20.287 1.886

(1.886) (732) – –

– (732) 45.206 2.262

Descrição Receitas da Intermediação Financeira Operações de Crédito Resultado com Títulos e Valores Mobiliários Despesas da Intermediação Financeira Operações de Captação no Mercado Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa Resultado Bruto da Intermediação Financeira Outras Receitas/(Despesas) Operacionais Receitas de Prestação de Serviços Despesas de Pessoal Outras Despesas Administrativas Despesas Tributárias Outras Receitas Operacionais Outras Despesas Operacionais Resultado Operacional Resultado não Operacional Resultado antes da Tributação e Participações Imposto de Renda e Contribuição Social Provisão para Imposto de Renda Provisão para Contribuição Social Ativo Fiscal Diferido Participações no Lucro Empregados Administradores - Estatutárias Lucro Líquido do Período Lucro por Lote de Mil Ações - R$

2007 12.143 6.769 5.374 3.849 2.877 972 8.294 (4.811) 574 (1.105) (3.806) (88) 21 (407) 3.483 2 3.485 (675) (924) (317) 566 (192) (38) (154) 2.618 111,50

2006 27.225 8.357 18.868 10.008 9.590 418 17.217 (13.009) 412 (1.225) (5.859) (111) 950 (7.176) 4.208 1 4.209 (1.486) (945) (376) (165) (179) (25) (154) 2.544 109,26

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO - EM R$ MIL Contas A - Origem dos Recursos Lucro Líquido do Período Ajustes ao Lucro Líquido - Depreciações e Amortizações Recursos de Acionistas: - Realização de Capital Social Recursos de Terceiros Originários de: - Aumento dos Subgrupos do Passivo Depósitos Operações Compromissadas Relações Interfinanceiras Outras Obrigações - Redução dos Subgrupos do Ativo Aplicações Interfinanceiras de Liquidez Títulos e Valores Mobiliários Relações Interfinanceiras Operações de Crédito Outros Valores e Bens B - Aplicação dos Recursos Juros sobre o Capital Próprio Pagos e Propostos Inversões em: - Imobilizado de Uso Aplicações no Diferido Aumento dos Subgrupos do Ativo - Aplicações Interfinanceiras de Liquidez - Títulos e Valores Mobiliários - Relações Interfinanceiras - Operações de Crédito - Outros Créditos Redução dos Subgrupos do Passivo - Depósitos - Captações no Mercado Aberto - Relações Interfinanceiras - Relações Interdependências Aumento/(Redução) das Disponibilidades (A-B) Modificações na Posição Financeira Início do Período Fim do Período Aumento/(Redução) das Disponibilidades

2007 35.757 2.618 45 45 376 376 32.718 31.862 – 17.704 6.617 7.541 856 – – 848 – 8 35.821 732 29 29 – 15.073 5.868 3.822 – 3.794 1.589 19.987 19.135 – – 852 (64)

2006 96.649 2.544 36 36 680 680 93.389 3.010 2.553 – – 457 90.379 64.690 2.443 – 23.241 5 96.530 740 19 19 18 45.542 – – 44.825 717 – 50.211 – 1.001 49.093 117 119

408 344 (64)

325 444 119

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 - EM R$ MIL (01) APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS: As demonstrações financeiras do Banco Alfa S.A. são elaboradas em conformidade com a Lei das Sociedades por Ações e normas e instruções do Banco Central do Brasil (BACEN). (02) PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS: (a) Apuração do Resultado: As receitas e despesas foram apropriadas pelo regime de competência. (b) Ativos Circulante e Realizável a Longo Prazo: Demonstrados pelos valores de realização e, quando aplicável, acrescidos dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidos de provisão para perdas e ajustados pelos seus valores de mercado, especificamente em relação ao registro e a avaliação contábil dos títulos e valores mobiliários estabelecidos pela Circular Bacen nº 3.068 (vide nota nº 03). A Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa foi constituída considerando a atual conjuntura econômica, a experiência de anos anteriores e a expectativa de realização da carteira, de forma que apure a adequada provisão em montante suficiente para cobrir riscos específicos e globais, associada à provisão calculada de acordo com os níveis de risco e os respectivos percentuais mínimos estabelecidos pela Resolução Bacen nº 2.682 (vide nota nº 04). (c) Ativo Permanente: Demonstrado ao custo, combinado com os seguintes aspectos: c.1) Depreciação do Imobilizado de Uso, representado por sistemas de processamento de dados, calculada pelo método linear à taxa anual de 20% e c.2) Amortização do Diferido, representado basicamente por gastos com aquisição e desenvolvimento de logiciais, calculada pelo método linear, pelo prazo máximo de 05 anos. (d) Passivo Circulante e Exigível a Longo Prazo: Demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo, quando aplicável, os encargos e as variações monetárias incorridos, deduzidos das correspondentes despesas a apropriar. (e) Impostos e Contribuições: As provisões para Imposto de Renda, Contribuição Social, PIS e COFINS são calculadas às alíquotas de 15% mais adicional, 9%, 0,65% e 4%, respectivamente, considerando para efeito das respectivas bases de cálculo, a legislação pertinente a cada encargo. Também é observado pelo Banco a prática contábil de constituição de créditos tributários de imposto de renda e contribuição social sobre diferenças temporárias, às mesmas alíquotas vigentes utilizadas para a constituição das provisões fiscais (vide nota nº 07).(f) Estimativas Contábeis: As demonstrações financeiras, de acordo com as práticas contábeis brasileiras, incluem algumas contas cujos valores são determinados por estimativas baseadas na experiência passada, ambiente legal e de negócios, probabilidade de ocorrência de eventos sujeitos ou não ao controle da Administração, etc. Essas estimativas são revistas pelo menos anualmente, buscando-se determinar valores que mais se aproximem dos futuros valores de liquidação dos ativos ou passivos considerados. (03) TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS: Representados por títulos de emissão do Tesouro Nacional R$ 71.799 (2006 R$ 76.817), vencíveis nos seguintes prazos: de 3 meses a 1 ano R$ zero (2006 R$ 13.869), de 1 a 3 anos R$ 71.799 (2006 R$ zero) e acima de 3 anos R$ zero (2006 R$ 62.948). Os títulos da carteira foram classificados nas seguintes categorias: a) “Títulos para Negociação”: o valor contábil corresponde ao valor de mercado desses títulos na data do balanço e foi obtido através de coletas de taxas junto ao mercado, quando aplicável e, validadas através de comparação com informações fornecidas pela Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto (ANDIMA). O ajuste positivo desses títulos no montante de R$ zero (2006 R$ 17), obtido entre os valores de custo R$ 261 (2006 R$ 13.852) e de mercado R$ 261 (2006 R$ 13.869), foi registrado em conta adequada do resultado. b) “Títulos Mantidos até o Vencimento”: R$ 71.538 (2006 R$ 62.947), foram classificados em razão da intenção da Administração e da capacidade financeira do Banco em mantê-los até o vencimento. Esses títulos foram mantidos pelo seu valor de aquisição acrescido dos rendimentos auferidos, os quais registrados em conta adequada do resultado. O valor de mercado desses títulos na data do balanço totalizava R$ 72.245 (2006 R$ 63.792). (04) OPERAÇÕES DE CRÉDITO: Demonstramos a seguir, o saldo da carteira de crédito e da provisão para créditos de liquidação duvidosa nos correspondentes níveis de risco, conforme estabelecido na Resolução Bacen nº 2.682 de 21/12/1999: 2007 Saldo da Carteira de Crédito Provisão Níveis de (*) Mínima Risco A Vencer Vencidos Total Exigida Contábil AA 659 – 659 – – A 4.760 – 4.760 24 24 B 36.223 81 36.304 362 2.127 C 1.317 113 1.430 43 43 D 3 39 42 4 4 E 1 10 11 3 3 F 2 55 57 28 28 G 20 45 65 46 46 H 67 447 514 514 514 Total 43.052 790 43.842 1.024 2.789

2006 Saldo da Carteira de Crédito Provisão Níveis de (*) Mínima Risco A Vencer Vencidas Total Exigida Contábil A 4.891 – 4.891 24 24 B 39.040 91 39.131 391 1.368 C 1.498 175 1.673 50 50 D 41 30 71 7 7 E 159 91 250 75 75 F 22 39 61 31 31 G – 26 26 18 18 H 71 210 281 281 281 Total 45.722 662 46.384 877 1.854 (*) Inclui os créditos vencidos até 14 dias. a) A carteira de crédito estava composta por operações de títulos descontados, crédito pessoal e cheque especial, realizadas junto a pessoas físicas R$ 23.383 (2006 R$ 39.321) e jurídicas R$ 20.459 (2006 R$ 7.063), estas concentradas basicamente na atividade de indústria. b) No semestre foram realizadas operações de cessão com coobrigação de contratos de crédito pessoal consignado com instituição integrante do sistema financeiro no montante de R$ 125.343 (2006 R$ 89.402), sendo que nas datas de suas realizações o valor presente desses contratos totalizava R$ 121.768 (2006 R$ 88.772). O resultado das cessões no montante de R$ 3.574 (2006 R$ 630) foi registrado na rubrica “Receitas da Intermediação Financeira - Operação de Crédito”. Na data do balanço, o saldo desses contratos cedidos totalizava R$ 176.072 (2006 R$ 94.311). c) O saldo da provisão atingiu o montante de R$ 2.789 (2006 R$ 1.854), correspondente a 6,36% do total da carteira, acima do mínimo requerido pela regulamentação do BACEN. No semestre, os créditos amortizados para prejuízo totalizaram R$ 362 (2006 R$ 315), sendo recuperado no mesmo período R$ 85 (2006 R$ 49). O saldo das operações renegociadas era de R$ 67 (2006 R$ 95) na data do balanço. (05) OUTROS CRÉDITOS - DIVERSOS: Composto basicamente por Devedores Diversos R$ 1.350 (2006 R$ 428), Depósitos Judiciais R$ 5.890 (2006 R$ 5.176), Opções por Incentivos Fiscais R$ 345 (2006 R$ 345) e Créditos Tributários de Imposto de Renda e Contribuição Social R$ 1.747 (2006 R$ 673), calculados basicamente sobre a provisão para créditos de liquidação duvidosa R$ 948 (2006 R$ 630) e riscos fiscais R$ 756 (2006 R$ 208). No semestre, o complemento e a realização dos créditos tributários totalizaram R$ 1.334 e R$ 785, respectivamente. AAdministração do Banco, fundamentada em estudo técnico, estima que a realização desses créditos tributários ocorrerá em 5 anos na seguinte proporção : 47,2 % no primeiro ano, 11,2 % no segundo ano, 10,6 % no terceiro ano, 14,6 % no quarto ano e 16,4 % no quinto ano. Na data do balanço, o valor presente desses créditos tributários, calculado com base na taxa Selic correspondia a R$ 1.298. Os créditos tributários não ativados totalizavam R$ 742. (06) PATRIMÔNIO LÍQUIDO: (a) Capital Social: O capital social está dividido em 23.482.068 ações ordinárias, sem valor nominal. A Assembléia Geral Extraordinária realizada em 24 de abril de 2007, homologada pelo Banco Central do Brasil em 19 de junho de 2007, aprovou a elevação do capital social para R$ 24.499 com a emissão de 198.642 ações ordinárias, nominativas, sem valor nominal. (b) Dividendos: O Estatuto prevê dividendo mínimo de 25% do lucro líquido anual, ajustado conforme o disposto no art. 202 da Lei das Sociedades por Ações, podendo ser pago sob a forma de juros sobre o capital próprio, conforme previsto no artigo 19 do Estatuto Social e artigo 9º da Lei nº 9.249 de 26/12/1995. Está sendo proposto o pagamento dos juros sobre capital próprio no montante de R$ 732, correspondente a R$ 31,16 por lote de mil ações ordinárias, sujeitos à incidência de imposto de renda na fonte à alíquota de 15%, quando aplicável. A adoção do pagamento desses juros sobre o capital próprio aumentou o resultado do Banco em R$ 249 face ao benefício fiscal obtido. Os juros foram contabilizados em conformidade com a Circular Bacen nº 2.739/97, Deliberação CVM nº 207/96 e em atendimento às disposições fiscais. (07) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Demonstração do cálculo dos encargos 2007 2006 Lucro antes da Tributação, Deduzido das Participações no Lucro 3.294 4.030 IR e CS às Alíquotas de 25% e 9%, respectivamente (1.120) (1.370) Efeito das Adições e Exclusões no Cálculo dos Tributos: • Juros sobre o Capital Próprio 249 252 • Provisão para Devedores Duvidosos (207) (36) • Contingências Fiscais e Trabalhistas (126) (71) • Outras Adições e Exclusões (37) (102) Total dos Encargos Devidos no Semestre (1.241) (1.327) Créditos Tributários de I. de Renda e Contrib. Social 566 (165) Obrigações Fiscais Diferidas – 6 Despesa de Imposto de Renda e Contribuição Social (675) (1.486)

(08) PASSIVOS CONTINGENTES E OBRIGAÇÕES LEGAIS - FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS: O Banco, no curso normal de suas atividades, é parte em processos de natureza fiscal, previdenciária, trabalhista e cível. As respectivas provisões foram constituídas levando–se em conta a legislação em vigor, a opinião dos assessores legais, a natureza e complexidade dos processos, o posicionamento dos Tribunais, o histórico de perdas e outros critérios que permitam a sua estimativa da forma mais adequada possível. A Administração considera que as provisões existentes na data destas demonstrações são suficientes para fazer face aos riscos decorrentes destes processos. As provisões constituídas e respectivas variações no período estão demonstradas a seguir: Previdenciária Cíveis e Movimentação e Fiscais Trabalhistas Total Saldo Início do Período 5.354 90 5.444 (+) Complemento e Atualização de Provisão 368 – 368 Saldo Final do Período 5.722 90 5.812 (a) As obrigações legais e as contingências fiscais referem-se principalmente a obrigações tributárias cuja legalidade ou constitucionalidade é objeto de contestação nas esferas administrativa e judicial, com destaque para o alargamento da base de cálculo da COFINS determinado pela Lei nº 9.718/98. As provisões existentes amparam o risco decorrente das obrigações legais e das contingências fiscais consideradas como de perda provável e encontram-se registradas no exigível a longo prazo na rubrica “Provisão para Riscos Fiscais” do grupo “Outras Obrigações - Fiscais e Previdenciárias”. O Banco possui outras contingências fiscais avaliadas individualmente por nossos assessores como de risco de perda não provável, com destaque para os autos de infração no montante de R$ 559, lavrados pela Prefeitura de São Paulo para a cobrança de ISS sobre valores registrados em diversas contas contábeis, sob a alegação de se tratar de receitas de prestação de serviços. (b) As contingências trabalhistas originam-se de ações judiciais movidas por ex-empregados que buscam obter indenizações referentes a pretensos direitos trabalhistas. A provisão constituída encontra-se registrada na rubrica “Provisão para Passivos Contingentes” do grupo “Outras Obrigações - Diversas”. (c) As contingências cíveis são originadas basicamente por ações judiciais movidas por terceiros, pleiteando indenização por danos materiais e morais, sendo em sua maior parte julgadas pelo Juizado Especial Cível. Não existem processos de valores significativos em curso e que sejam de conhecimento da Administração. (09) TRANSAÇÕES ENTRE PARTES RELACIONADAS: Em concordância com os dispositivos legais vigentes, efetuaram-se as seguintes principais transações entre o Banco e empresas ligadas. 2007 2006 Ativo Receita Ativo Receita Operações (Passivo)(Despesa)(Passivo) (Despesa) Depósitos à Vista (4.157) – (3.922) – Operações Compromissadas (1) (17.003) (1.687) 91.199 9.673 Depósitos Interfinanceiros (1) (6.444) (895) (76.355) (5.013) Ressarcimento Custos (2) (55) (858) (52) (863) (1) As aplicações e captações de recursos referem-se às operações envolvendo o Banco e empresas ligadas, efetuadas a taxas compatíveis com as taxas médias praticadas no mercado, vigentes nas datas das operações. (2) Referem-se a serviços contratados de tecnologia e informática, auditoria interna, divulgação da marca, transporte aéreo e consultoria contábil. (10) OUTRAS INFORMAÇÕES: a) Não há posições em aberto nos mercados de derivativos nas datas do balanço. b) Outros Investimentos: Representados por títulos patrimoniais da Câmara de Custódia e Liquidação (CETIP) e Câmara Interbancária de Pagamentos. c) Em 30 de junho de 2006 o saldo da rubrica “Correspondentes” do grupo “Passivo - Relações Interfinanceiras” correspondia aos valores a pagar a clientes resultantes dos serviços contratados de cobrança bancária. d) Outras Obrigações - Diversas: Composta por provisões para despesas de pessoal e administrativas R$ 199 (2006 R$ 321), provisões para serviços de cobrança R$ zero (2006 R$ 1.114), provisão para contingência trabalhista R$ 90 (2006 R$ 90) e credores diversos R$ 10.906 (2006 R$ 4.994). e) Outras Receitas Operacionais: Composta por reversão de provisão operacional. Outras Despesas Operacionais: composta basicamente por despesas com serviços de cobrança R$ zero (2006 R$ 6.281), provisão para riscos fiscais R$ 370 (2006 R$ 714), processos operacionais R$ 21 (2006 R$ 42) e atualização de tributos a recolher R$ 16 (2006 R$ 31). f) O Banco tem como política segurar seus valores e bens a valores considerados adequados para coberturas de eventuais perdas. g) O resumo do relatório elaborado pelo Comitê de Auditoria, único instituído pelo Conglomerado Financeiro Alfa por intermédio da instituição líder Banco Alfa de Investimento S.A., está sendo publicado em conjunto com as suas demonstrações financeiras.

DIRETORIA Paulo Guilherme Monteiro Lobato Ribeiro Presidente

Antonio César Santos Costa Diretor

CONTADOR Delmir Araújo Mineiro CRC 1SP 136.172/O-0

Christophe Y. François Cadier Diretor PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

À Administração e aos Acionistas do Banco Alfa S.A. São Paulo - SP Examinamos os balanços patrimoniais do Banco Alfa S.A. levantados em 30 de junho de 2007 e 2006 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.

Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do Banco; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração do Banco, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e

financeira do Banco Alfa S.A. em 30 de junho de 2007 e 2006, os resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 14 de agosto de 2007

Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6

Zenko Nakassato Contador CRC 1SP160769/O-0

segundo semestre, período em que os impulsos de consumo são mais intensos. Pressões — Em algum momento, os benefícios da redução da tarifa de energia elétrica vão desaparecer, deixando livres as pressões dos alimentos sobre o índice. Sem contar que o grupo vestuário já começa a reduzir a velocidade de queda em resposta à entrada no mercado das primeiras peças da coleção primavera-verão. Na terceira quadrissemana, os preços dos artigos de vestuário caíram 0,89%. Na parcial anterior do índice a queda tinha sido maior, de 1,24%. Os preços de produtos industrializados no atacado já passaram do terreno negativo para o positivo e, em algum momento, esse efeito poderá chegar ao varejo. Os alimentos industrializados subiram 1% nas segunda e terceira quadrissemanas de agosto. (AE)

Recall de botas chinesas nos Estados Unidos

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Comissão Americana de Proteção aos Consumidores fez ontem um recall de 9,5 mil pares de botas com bico de metal fabricadas na China, E advertiu sobre o risco de choque elétrico nos usuários dos produtos. "O recall se refere, sobretudo, a um modelo dos famosos calçados de cor amarela forte usados no grupo Caterpillar", destacou um comunicado publicado pelo fabricante americano de sapatos Wolverine World Wide. "As botas em questão podem ter sido inadequadamente consideradas resistentes à corrente elétrica. Os consumidores podem, com isso, levar choque caso entrem em contato com corrente elétrica", segundo o comunicado. As botas fabricadas na China envolvidas no recall anunciado ontem foram vendidas nos Estados Unidos, nos modelos masculino e feminino, entre os meses de setembro de 2006 e julho de 2007, por preços que variaram entre US$ 90 e US$ 130 cada par. O recall aumenta a lista dos vários produtos "made in China" criticados nas últimas semanas, como jogos, alimentos e pneus. (AG)

Vale perde recurso contra Cade no STJ

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m sua terceira apelação ao Poder Judiciário, a Comp a n h i a Va l e d o R i o D o c e (CVRD) perdeu ontem no Superior Tribunal de Justiça (STJ) um recurso contra a decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) de obrigá-la a vender a mineradora Ferteco ou abrir mão da preferência de aquisição do minério produzido na mina Casa de Pedra, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). O Cade é o órgão que cuida da defesa da concorrência. A decisão foi tomada de forma unânime pelos cinco ministros da Segunda Turma do STJ. Em nota, a mineradora antecipou que deverá recorrer assim que analisar detalhadamente a decisão. Cabe ainda recurso à Corte Especial do próprio tribunal. A disputa judicial entre a Vale e o Cade começou no ano passado. A CVRD apelou e perdeu na Justiça de primeira instância e, a seguir, no Tribunal Regional Federal (TRF) de Brasília. O principal argumento da companhia era o fato de as restrições terem sido impostas após um empate em três votos a três no julgamento do Cade, em agosto de 2005. Para chegar a uma decisão final, o Cade computou o voto de sua presidente, Elizabeth Farina, como desempate. (AE)


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Planalto Congresso Mensalão STF

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Ministros pretendem acelerar julgamento do mensalão com o envio de cartas de ordem para interrogatórios

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a abertura de processo penal depende apenas de indícios mínimos. Fez questão de deixar claro que o STF não estava culpando os denunciados, mas apenas aceitando um pedido de investigação. Celso de Mello, o mais antigo dos ministros em atividade, recorreu ao "juridiquês" para reforçar as palavras do relator. Sempre deixou claro que estava julgando apenas a admissibilidade da denúncia e não participava de um julgamento de mérito. (AE)

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MIGRAÇÃO

CONTRAPONTO

Por ora, Aécio Neves não pensa em deixar o PSDB e migrar para o PMDB, apesar dos convites que recebeu do presidente peemedebista Michel Temer. O mineiro não fala em trocar de legenda porque ainda confia que pode ser o candidato do partido ao Planalto.

Para enfrentar Marta, tucanos não ligados a Serra insistem em lançar Geraldo Alckmin. O ex-governador tem visitado os bairros da Capital nos fins de semana. Para curiosidade dos moradores, Alckmin tem assistido a missas em igrejas dos bairros. O exgovernador teima em não assumir já sua candidatura.

NA FRENTE

CONTRÁRIO

Diz-se no tucanato que Serra está em vantagem porque lidera as pesquisas de opinião. Aécio reconhece que está atrás de Serra, mas promete crescer nos próximos meses em função de campanha publicitária de seu governo no rádio e televisão.

José Serra quer assegurar o apoio dos democratas em 2010 à sua virtual candidatura presidencial. Por isso, o governador defende o apoio dos tucanos à reeleição de Gilberto Kassab (DEM). Serra e Kassab querem fechar acordo para que PSDB e DEM façam coligações nas eleições de 2008 e 2010.

SONHO O objetivo do PMDB é o de lançar Aécio Neves como candidato a presidente, tendo Ciro Gomes (PSB) como vice. O PSB vem preparando Ciro para ser candidato em 2010, seja candidato a presidente, seja a vice. Mas, Aécio, por enquanto, não deseja virar as costas para o PSDB.

DOIS EM UM

Réu em vários crimes, Marcos Valério garante que provará inocência Castelar Guimarães – que representa também o publicitário Cristiano de Mello Paz, o prefeito de Uberaba, no Triângulo Mineiro, Anderson Adauto, além do ex-assessor deste José Luiz Alves –, afirmou confiar na fase de instrução criminal para confrontar os argumentos do Ministério Público Federal (MPF). Prova indiciária – "O que se percebe é que o Supremo, voltado exclusivamente para o momento processual, agora, fez avaliação tão somente sobre os requisitos para o recebimento da denúncia. Para que esse requisito seja atendido, a prova pode ser inclusive indiciária – ser hoje não inteiramente clara", afirmou. "Na fase de instrução, que é o momento processual correto, nós vamos poder confrontar os argumentos do Ministério Público com as provas que já produzimos." O presidente do Centro Operacional de Desenvolvimento e Saneamento de Uberaba (Codau), José Luiz Alves, disse, por meio de uma nota, que recebeu com "serenidade" a abertura de ação por lavagem de dinheiro, mas considerou que o "STF fez uma avaliação superficial do processo, calcada em indícios e não fatos". Alves argumentou que a acusação "tem argumentos

Força da união

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Ellen Gracie foi criticada por um advogado por evitar polêmicas

nos pontos mais polêmicos. Eros Grau, que na troca de emails entre Lewandowski e Carmen foi chamado de "cupido", agiu com mais incoerência. Começou o julgamento deixando claro não concordar com a denúncia do procurador-geral da República para, dias depois, elogiá-lo. Coerência – O sempre polêmico Marco Aurélio Mello foi um dos que menos falaram. Concordou com o relator em todos os pontos da denúncia. Foi coerente na posição de que

Eymar Mascaro

om a declaração de Aécio Neves de que estará ao lado de José Serra na campanha presidencial de 2010, o governador paulista passou a ter mais confiança na formalização de uma chapa "puro-sangue" no PSDB, ou na chapa "café-com-leite". Serra está convencido de que pode ter Aécio como candidato a vice-presidente na sua chapa. Tucanos mineiros, no entanto, dizem que Aécio continua brigando pela legenda tucana para ser o cabeça de chapa. Portanto, a legenda do PSDB continua sendo cobiçada pelos dois governadores. Ambos, porém, fazem profissão de fé de que estarão no mesmo palanque em 2010.

Gustavo Miranda/AOG

ex-secretário-geral do PT Sílvio Pereira. Boneca de porcelana – O julgamento de ontem foi o primeiro de grande peso da ministra Ellen Gracie na presidência do Supremo. Votou de acordo com o relator em todos os casos. Na definição de um advogado que viu o cliente virar réu, ela é uma "boneca de porcelana", que prefere não entrar nas polêmicas. O relator Joaquim Barbosa foi incisivo ao pedir que todos os 40 denunciados pelo Ministério Público Federal virassem réus. Embora o julgamento servisse apenas para decidir pela abertura ou não de ações penais, ele foi enfático ao acusar o deputado cassado José Dirceu de "mentor supremo" do esquema. Sempre objetivo na leitura do voto e firme na sustentação dos argumentos, deixou furiosos e surpresos os advogados dos denunciados. Ricardo Lewandowski, o ministro de menor tempo na Corte, foi o único a rejeitar a denúncia de crime de formação de quadrilha contra José Dirceu. Foi "massacrado" por ministros mais antigos quando tentou desqualificar as denúncias contra os petistas. Chegou a ser classificado como "especulador" e "formalista" pelos colegas. Tentou até onde foi possível livrar aliados do governo que o nomeou. Só votou de acordo com o relator Joaquim Barbosa ao avaliar queDirceu deveria também responder por corrupção ativa. Cupido – A ministra Carmen Lúcia demonstrou não ter se recuperado do choque de ver revelado o conteúdo de mensagens trocadas pela intranet com Lewandowski. Sempre cabisbaixa, ela se limitou a dizer "sim" ao votar

Marcelo Sant'Anna/AE

empresário Marcos Valério Fernandes de Souza afirmou, em nota, que confia na Justiça e que responderá ao processo aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) "nas esferas competentes, sempre que for convocado como sempre o fez". Réu em vários crimes na ação do "mensalão", Valério afirma que provará "que não cometeu os atos ilícitos que ora lhe são imputados". O ex-deputado João Magno (PT-MG), que responderá por lavagem de dinheiro, também alegou inocência. "Vou apresentar toda a minha defesa e estou com a consciência tranqüila de que os recursos vieram do PT para mim e não lavei dinheiro." Magno foi acusado de receber R$ 426 mil das contas de Marcos Valério. Procurado, o ex-deputado Romeu Queiroz (PTB-MG) não foi encontrado para falar sobre a decisão do STF. Queiroz foi acusado de intermediar a transferência de recursos sem comprovação de origem entre a agência de publicidade SMP&B, do empresário, e o PTB. Sem reeleição – Os exdeputados do PT e do PTB de Minas Gerais foram absolvidos dos processos de cassação de mandato pelo plenário da Câmara dos Deputados em 2006, mas não conseguiram se reeleger. O advogado de Queiroz,

Celso Mello: julgando apenas a admissibilidade da denúncia e não fazendo julgamento de mérito.

MINISTROS CORREM CONTRA O TEMPO

STF QUER MAIS RAPIDEZ

s ministros do Sup re m o Tr i b u n a l Federal (STF) decidiram que, depois da publicação do acórdão que abre o processo contra os envolvidos no escândalo do mensalão, o relator do caso, ministro relator Joaquim Barbosa, poderá enviar cartas de ordem para fazer o interrogatório de todos os envolvidos. A proposta, feita pelo ministro Cezar Peluso e aprovada por unanimidade, visa a tornar mais rápido o processo. Nos cinco dias de julgamento, Peluso foi uma espécie de escudeiro do colega Joaquim Barbosa. Toda a vez que alguém contestava o relator, Peluso entrava em cena, às vezes taxativo, às vezes bravo, sempre na defesa do relatório de Joaquim Barbosa. Peluso ironizou e contestou com frases de efeito intervenções do ministro Ricardo Lewandowski, que votou contra o relator especialmente nos casos de crimes de formação de quadrilha. Anulou e irritou Lewandowski na questão da denúncia contra o "núcleo político". Contemporizadora – Cada um dos ministros teve um estilo. Ellen Gracie, presidente do STF, mostrou-se sempre contemporizadora. E sempre preocupada com a hora das refeições e do descanso dos ministros. Ontem, por exemplo, interrompeu o julgamento no meio da parte que tratava da aceitação da denúncia por formação de quadrilha. Os ministros foram almoçar tendo resolvido apenas a situação do ex-ministro José Dirceu e do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, cujo processo foi aberto. Só depois do almoço é que foi decidida a situação do deputado José Genoino e do

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

COESÃO Serra está convicto de que haverá uma perigosa divisão de votos entre Alckmin e Kassab, se ambos forem candidatos. A divisão pode beneficiar o PT. Em contrapartida, também o PT tem receio de que pode ser vítima de uma divisão se o PSB lançar a candidatura de Luiza Erundina.

O sonho de Serra é unir os estados de São Paulo e Minas, que somam 35 milhões de votos (de um total de 125 milhões em todo o País). Serra admite que a sucessão de Lula passará pelos dois estados, por isso, insiste em formalizar a chapa com Aécio na vice.

CAUTELA

Pivô do caso mensalão, Valério diz que não cometeu "atos ilícitos"

falhos" e que, "ao atender uma ordem do seu superior, para buscar um recurso no Banco Rural, o fez de forma transparente", apresentandose com documentos pessoais e assinando recibo, "o que não se esperaria de quem tem a intenção de lavar um dinheiro criminoso". "A Justiça está sendo desigual ao tratar os envolvidos de forma diferente", afirmou. Sem referência – O sócio de Valério na SMP&B Ramon Hollerbach Cardoso disse que não se pronunciaria. O advogado de Cardoso, Hermes Guerreiro, reiterou o argumento de que não há provas contra ele. "Não há nenhuma referência a qualquer conduta do Ramon, que não seja em dizer que ele era sócio da SMP&B. Quem nega isso?", observou. "Mesmo que sejam verdadeiros os fatos todos narrados na denúncia, o Ramon nunca foi descrito, nunca foi atribuído a ele entrega de dinheiro" Embargos – O advogado Paulo Sérgio Abreu e Silva, que representa o advogado Rogério Lanza Tolentino e a ex-funcionária da agência de

publicidade Geiza Dias dos Santos, disse que deverá entrar com um embargo declaratório contra a abertura de processo contra Tolentino por lavagem de dinheiro. Segundo Silva, o empréstimo ao Banco BMG de R$ 10 milhões, repassado para a 2S Participações "foi pago há muito tempo". Em relação a Geiza, Silva adiantou que também pretende entrar com embargos. "Com todo o respeito, acho que o relator não compreendeu a posição dela. Ela era do terceiro escalão da SMP&B A Geiza cumpria ordens." A ex-diretora-financeira da agência Simone Reis Lobo de Vasconcelos não foi localizada ontem, e nem o advogado dela, Marcelo Leonardo, que representa também Valério. Estratégia – Os dirigentes do Banco Rural - Kátia Rabello, José Roberto Salgado, Vinícius Samarane e Ayanna Tenório de Jesus discutem a estratégia de defesa com os advogados e, no momento, não pretendem falar sobre o processo, segundo a assessoria da instituição financeira. (AE)

Receoso de que pode haver a união de São Paulo e Minas em torno da candidatura de Serra, Lula acena com a hipótese de apoiar Aécio Neves, desde que o mineiro migre para o PMDB. O presidente já admitiu apoiar um candidato de outro partido, caso o PT não disponha de alguém com possibilidade de ganhar a eleição.

RECONQUISTA Lula não quer que Serra domine a maioria de votos no estado de São Paulo. O presidente apela para o PT reconquistar a prefeitura da Capital, que daqui a três anos, poderá centralizar 10 milhões de eleitores. Lula quer que o PT lance o seu candidato mais forte em São Paulo.

QUEM SERIA Se o apelo do presidente for ouvido, o PT deve lançar a candidatura de Marta Suplicy. A ministra do Turismo continua sendo a melhor opção no partido. Marta, no entanto, continua afirmando que pretende disputar eleição apenas em 2010, provavelmente ao governo do Estado.

JULGAMENTO O Conselho de Ética do Senado deve aprovar amanhã o pedido de cassação do mandato de Renan Calheiros, acusado da quebra de decoro parlamentar por uso de dinheiro de um lobista de empreiteira para pagamento de despesas pessoais. Renan nega a acusação.

CONTAGEM Os mais otimistas na oposição, como o senador Demóstenes Torres (DEM) admitem que Renan deve perder a votação no Conselho de Ética por 10 votos contra cinco. Os relatores Renato Casagrande (PSB) e Marisa Serrano (PSDB) são favoráveis à cassação, enquanto o terceiro relator, Almeida Lima (PMDB) é pela absolvição.

PLENÁRIO Se o Conselho de Ética aprovar o pedido de cassação do mandato de Renan, o processo será encaminhado para votação plenária. Detalhe: no plenário do Senado, a votação será secreta. Pelos levantamentos atuais, Renan pode salvar seu mandato devido à votação secreta.


quarta-feira, 29 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Indicadores Econômicos

28/8/2007

COMÉRCIO

15

7,64

por cento foi a queda das ações ordinárias da Cosan, no pregão de ontem da Bolsa de Valores de São Paulo.


Congresso CPI Política STF

DIÁRIO DO COMÉRCIO

5

PROPOSTAS PARA FORTALECER A DEMOCRACIA

Newton Santos

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

A discussão do voto distrital está muito verde no Congresso. Precisamos de um movimento de mídia e opinião pública. Arnaldo Madeira (PSDB)

LÍDERES DEBATEM VOTO DISTRITAL Agliberto Lima / DC

Evento aprofunda a discussão sobre como melhorar a qualidade da representação política brasileira e estimular o exercício da cidadania pelo voto Sergio Kapustan

A

raiz de todos os males da política brasileira está plantada na forma com que são eleitos os representantes para a Câmara dos Deputados e Assembléias Legislativas. Falta qualidade na representação. Quem defende a posição é a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) que reúne hoje, no Crowne Plaza Hotel, a partir das 8h30, empresários, políticos, juristas e jornalistas para debater a adoção do voto distrital no Brasil. O evento "Meu Voto é Distrital – A Reforma Política que Interessa" tem como palestrantes o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Mário Velloso. Após as palestras, haverá um debate com os deputados federais Arnaldo Madeira (PSDB-SP), Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), Virgílio Guimarães (PT-MG), José Carlos Aleluia (DEM-BA) e Fernando Coruja (PPS-SC). Prioridade – Para a CACB, "a reforma eleitoral deveria ser a prioridade da reforma política", que se arrasta há décadas no Congresso. O artigo 45 da Constituição prevê o sistema proporcional. Os votos são dados aos candidatos, mas as cadeiras são distribuídas aos

partidos políticos proporcionalmente ao total de votos que receberam. O modelo, implantado há mais de 70 anos, resultou numa salada de siglas e nomes, que distanciou o representante do eleitor. O voto distrital, que divide estados e municípios em distritos eleitorais, seria uma forma de melhorar a qualidade da representação. "É imprescindível a adoção do voto distrital. Ao aproximar eleitos e eleitores, opera-se uma transformação fundamental: os cidad ã o s p a s s a m a f i s c a l i z a r, cobrar e responsabilizar seus representantes, num claro exercício de cidadania. "O voto distrital pode alterar as relações de poder da sociedade brasileira", defende o presidente da CACB, Alencar Burti, que apresenta a cartilha que será distribuída aos participantes do evento. Prós e contras – O documento explica numa linguagem simples o que são os três sistemas: proporcional, distrital majoritário e distrital misto (veja o resumo ao lado). As justificativas contra o sistema proporcional são: grande números de candidatos, corrupção, abuso de poder econômico e memória fraca do voto. O voto distrital majoritário, é o adotado em democracias históricas como os Estados Unidos e Inglaterra. Cada distrito elege um deputado por maioria simples. O mesmo modelo de eleição para presi-

dente, governador, prefeito e senador é por maioria absoluta. Críticos dizem que essa modalidade sufoca as minorias. Arnaldo Madeira apresentou uma proposta de emenda à Constituição, que institui o voto distrital majoritário para a Câmara dos Deputados, Assembléias Legislativas e Câmara Municipais. O projeto foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). "A discussão do voto distrital está muito verde no Congresso. Precisamos de um movimento de mídia e opinião pública ", declara o tucano. No voto distrital misto, elege-se um representante pelo voto proporcional e outro pela maioria dos votos dos distritos eleitorais. O ex-ministro Carlos Velloso, defende o voto distrital de uma outra forma: um representante seria eleito pelo voto proporcional e outro em lista fechada partidária. A Alemanha adotou o modelo de forma pioneira. Políticos criticam a lista fechada porque fortaleceria as oligarquias partidárias. No caso de São Paulo, a bancada federal de 70 deputados seria renovada em 50% pelo voto proporcional e 50% pelo majoritário. "O voto distrital misto combate o abuso de poder econômico na eleição e, ao mesmo tempo, fortalece e qualifica os partidos ", defende Velloso. Confira o evento no portal www.acsp.com.br

Alencar Burti, presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) Leonardo Rodrigues/ Hype

Arnaldo Madeira é autor da proposta de emenda constitucional que propõe voto distrital majoritário

Alex Silva/ AE

À direita, ministro Carlos Velloso, que estará no evento. Abaixo, a cartilha que será distribuída gratuitamente aos participantes e interessados no assunto expondo todos os prós e contras envolvendo o voto distrital e suas modalidades.

Reprodução

Jobim: governo queria mais poder sobre a Anac

ministro da Defesa, Nelson Jobim, defendeu ontem a derrubada do veto que impede a abertura de processo administrativo contra a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Em depoimento à CPI do Apagão Aéreo da Câmara, o ministro afirmou que não vai interferir nas saída de diretores da agência reguladora. Questionado pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) se o ministro era favorável à retirada da diretoria da Anac, Jobim respondeu: "Deputado, cada dia com sua agonia", em uma declaração seguida de risos. Antes, Jobim havia defendido o fim do dispositivo da Lei 11.182/05, que criou a agência, e impede

O

a intervenção na Anac. De acordo com os regulamentos da criação da agência, os diretores e o presidente não podem ser demitidos. Só podem deixar o cargo em caso de renúncia, o que aconteceu duas vezes desde a sextafeira, 14. Na ocasião, a diretora Denise Abreu entregou carta de renúncia. Ela era criticada há 11 meses, desde o acidente com o avião da Gol, em 29 de setembro de 2006, quando 154 pessoas morreram. Ontem foi a vez do diretor de segurança operacional, investigação e prevenção de acidentes aéreos da Anac, coronel aviador Jorge Brito Velozo, entregar sua carta de renúncia ao ministro da Defesa. Sucessores – Jobim afirmou que a indicação política para o

preenchimento de cargos técnicos é incompatível com o funcionamento do sistema aéreo. Ele disse que não aceita esse tipo de indicação para os cargos técnicos do ministério nem dos demais órgãos

subordinados à sua pasta. "Indicação política. Essa é a grande preocupação na Anac e nas nossas empresas estatais", afirmou Jobim. O ministro disse também que tem dificuldades de

Ailton de Freitas / AOG

Nelson Jobim: pelo fim do impedimento de demitir diretoria

encontrar um substituto para Jorge Velozo. Jobim chegou a pedir ajuda aos deputados para encontrar uma pessoa com perfil adequado à diretoria, sem falar sobre os motivos que levaram Velozo a pedir demissão. Para o ministro, também é difícil encontrar um nome para a vaga de Denise Abreu. A idéia, segundo Jobim, é que a direção da Anac tenha um especialista em tráfego aéreo, uma pessoa que entenda de regulação e outra que conheça os setores de economia e mercado, para tratar da competitividade das empresas. Em resposta ao ministro, o deputado Beto Mansur (PP-SP) afirmou: "Não sou contra a indicação política, mas temos de ter indicação política de gente

que saiba do assunto, para indicar pessoas competentes. Me preocupo também com o tráfego aéreo". Na reunião, Jobim anunciou que deve ser criada a Secretaria de Aviação Civil no âmbito do Ministério da Defesa. A secretaria será o órgão executivo do Conselho Nacional de Aviação Civil (Conac). Segundo o ministro da Defesa, a secretaria-executiva do Conac, órgão ainda a ser criado, terá a responsabilidade de cobrar dos três órgãos envolvidos na aviação civil a execução de uma política conjunta para o setor aéreo. Segundo o ministro, a criação da secretaria, ligada ao Ministério, deve ser formalizada "logo". (AE)


Jorra boa notícia na Bacia de Santos

Ano 83 - Nº 22.449

São Paulo, quarta-feira, 29 de agosto de 2007

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição concluída às 23h50

Economia 2 w w w. d co m e rc i o. co m . b r

Por isso, meu voto é distrital Caminhos que levem à melhoria da qualidade da representação política do País, como o voto distrital, serão debatidos hoje, em São Paulo, por lideranças políticas e empresariais, juristas e jornalistas, a convite da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB). Página 5

Cai outro diretor da Anac Coronel Jorge Brito Velozo, diretor de segurança operacional, investigação e prevenção de acidentes aéreos, renuncia. Pág. 5

Corbis

Depois de 4 dias de julgamento, todos os 40 mensaleiros denunciados pelo procurador geral da República ao Supremo Tribunal Federal foram indiciados. O ex-ministro da Casa Civil e deputado cassado José Dirceu, o ex-presidente do PT, deputado José Genoino, Delúbio Soares, ex-tesoureiro do partido, e Silvio Pereira, ex-secretáriogeral, serão processados por formação de quadrilha. O publicitário Duda Mendonça e a sócia, Zilmar Fernandes, foram indiciados por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Páginas 3 e 4 Ailton de Freitas/AGO

MERCADOS TREMEM OUTRA VEZ Paulo Pampolin/Hype

Depois de uma trégua, a turbulência voltou ontem e derrubou bolsas no mundo todo. Bovespa fechou em baixa de 2,7%. Índice Nikkei abriu hoje em queda de 2,52%. E 1

Dia Nacional de Combate ao Fumo Cidades 1 HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 21º C. Mínima 12º C.

AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 21º C. Mínima 13º C.

Renan faz pressão pela votação secreta

Presidente do Senado (acima, com Arthur Virgílio) trama para que Conselho de Ética adote voto fechado no julgamento do processo contra ele. No plenário, onde o voto é secreto, diz que conta com o apoio da maior parte dos petistas. Página 6


16

Nacional Empresas Estilo Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

O ZéCar faz parte da família de 18 modelos de robôs criados pelo artista plástico Chico Bicalho

TÍQUETE MÉDIO NO MAMSP É DE R$ 80

LOJAS DE MUSEUS Fotos: Paulo Pampolin/Hype

Design e objetos de arte mais acessíveis Estabelecimentos do País ainda engatinham, mas destacam artistas brasileiros Kety Shapazian

Q

uando o assunto é loja de museu, estamos a anos-luz de exemplos no exterior. Um dos mais famosos museus do mundo, o Metropolitan Museum, em Nova York, tem 23 unidades em várias cidades norte-americanas (muitas em aeroportos) e 16 endereços ao redor do mundo, como Índia, Japão, México e Tailândia. Além de estabelecimentos reais, o Louvre, em Paris, o MoMA, em Nova York, o Museu de História Natural, em Londres, além do Met (como o Metropolitan é carinhosamente chamado), são alguns dos museus que têm canais online que vendem de tudo. Dá para comprar imã de geladeira que imita a própria sacola da loja do Metropolitan (U$ 18), uma simpática tarântula controlada por rádio (25 libras esterlinas, no Museu de História Natural) ou uma cadeira "Ravioli", do arquiteto Greg Lynn, no MoMA por U$ 3.995. Isso dito, não podemos negar que alguns dos nossos museus têm se empenhado em melhorar suas lojas. O Museu de Arte Moderna (MAM) criou o conceito Shopmam em 1995 e uma linha de produtos nasceu três anos mais tarde. Hoje, existem 40 produtos com a logomarca que são vendidos nas três lojas do museu – no Parque do Ibirapuera e nos shoppings Villa-Lobos (de 2000) e Iguatemi (a mais nova, aberta em 2006). Segundo Gisela Schmidt, diretora da área de negócios do museu, em 2006, o resultado das lojas representou 11% na receita total do MAMSP. O tíquete médio das compras é de R$ 85. "Tendo lojas em pontos fora do museu, estamos difundindo mostras e cursos, o que atrai o público para nosso espaço expositivo, além de oferecer

Peças da loja Escolhido a Dedo, do Mube, vêm de artistas dos mais diversos rincões brasileiros Fotos: Divulgação

Local oferece artigos em madeira, vidro, metal, tecido e reciclados

Variedade permite escolher artigos que têm preços de R$ 10 a R$ 2 mil

Jóias, bijuterias, echarpes, mantôs e livros estão à venda

produtos diferenciados a consumidores de gosto requintado", afirma Gisela. A diretora diz que o público tem perfis diferentes em cada endereço, como mostram as vendas. "Na loja que fica no museu, o forte são os produtos de artesanato brasileiro e souvenirs com a marca MAM. Já nas unidades dos shoppings, a procura é por produtos de design e jóias." A peça mais barata é a cartela de fósforos (R$ 1,50, cada). A mais cara é o colar em prata e ouro escovados por R$ 1,2 mil. São vendidos ainda livros infantis, brinquedos educativos em material reciclado, fruteiras e cachepôs de casca de eucalipto produzidos por artesãs do projeto Comunidade Produtiva e utensílios para bar da

Cut Design. Gisela diz que a procura por mobiliário de design existe, mas as lojas não têm espaço para comportá-lo. Brasilidade No Museu Brasileiro da Escultura (Mube), a loja é gerida pela oscip (organização da sociedade civil de interesse público) Ação, Ética & Cidadania. Segundo André SoejtoeryKiss, diretor de Marketing da oscip, o espaço estava sem uso e eles optaram por montar uma loja com foco de brasilidade muito forte. "São peças feitas em madeira, vidro, metal, tecido, vindas dos mais diferentes rincões do Brasil. Sempre tendo como foco o bom gosto. Todas as peças que estão aqui merecem estar numa loja", diz Soejtoery-Kiss.

Como muitas senhoras frequentam o lugar, a predileção é pelas jóias e bijuterias. Mas a Escolhido a Dedo (nome da loja) tem muito mais que isso. São vendidos, além de peças com o logotipo do Mube, abajures, cinzeiros, quadros, bolsas, echarpes, mantôs, pantufas com carinha de bichos para crianças, livros de arte, tudo deixado em regime de consignação. Segundo o diretor, os preços são "ligeiramente mais altos, mas existe a comodidade de poder comprar esse tipo de trabalho na Avenida Europa". As peças têm preços que variam de R$ 10 a R$ 2 mil. Clientes As oscips que produzem o que é vendido na Escolhido a Dedo são informadas, por meio de reuniões, sobre o perfil da loja e o que deve ser produzido para agradar não só aos brasileiros, mas também os holandeses, alemães, americanos e canadenses que passam por ali. "Não quero refugo, quero peças únicas." Para Soejtoery-Kiss, as parcerias com as oscips geram si-

Peças de artista brasileiro só fazem sucesso lá fora

O

escultor, fotógrafo e ambientalista Chico Bicalho faz sucesso em diversas lojas de museus no mundo inteiro – nem ele sabe ao certo quantas. O motivo são pequenas peças "sem definição" que ele inventa. "É um perdido entre inseto e robô", diverte-se. Bicalho morava em Nova York, onde trabalhava como fotógrafo, quando, em 1992, teve a idéia de colocar pernas num motorzinho de corda japonês que girava fora do centro e, portanto, "tremia e dava uns pulinhos". Batizou a invenção de Critter e foi a uma loja no bairro nova-iorquino de West Village perguntar ao dono se ele se interessava. O lojista gostou e pediu 12 peças. Três horas depois, tudo já tinha sido vendido e mais 24

Critters foram encomendados. Depois, mais 60. "Eu fazia um a um manualmente, era praticamente uma fábrica de um homem só. Tudo que eu produzia, ele vendia. Como as peças me custavam muito pouco, minha margem de lucro era enorme", diz Bicalho, que gastava US$ 0,55 com todo o material e vendia à loja por US$ 8. Por sua vez, a loja revendia por US$ 16. Logo, o Critter era vendido por US$ 18 na enorme loja que o museu Guggenheim mantinha numa das esquinas da Broadway. "Por muito tempo, foi o objeto mais vendido e o mais furtado." Bicalho fez quase 5 mil peças em cinco anos. "Era um dinheiro garantido. O trabalho era muito mecânico e repetitivo. Ficava o

dia inteiro trabalhando, mas não podia reclamar. Afinal, eu ga nha va US$ 300 por hora!" Quando o dono da loja que lhe vendia o motorzinho viu no Guggenheim o que Bicalho fazia com suas peças, quintuplicou o preço. O jeito foi mandar "laranjas" comprar os motorzinhos por ele, o que não dava muito certo porque eles sempre eram descobertos. Mas o destino colocou no caminho do carioca um holandês, dono de uma empresa de design chamada Kikkerland, e, em 1997, eles fizeram o se-

guinte acordo: o Critter seria fabricado numa das três únicas fábricas de brinquedo de corda no mundo, em Hong Kong, e seria distribuído pela companhia holandesa O acordo já dura dez anos, a "família" de robôs-insetos cresceu (hoje, são 18 modelos) e, a cada três meses, Bicalho recebe os royalties da peças que são produzidas por mês (de 40 a 50 mil, dependendo do mês). Suas criações estão nas lojas de três dos maiores museus de Nova York (MoMA, Guggenheim e Whitney), no Centre Pompi-

nergia. " É bacana saber que o seu produto está na Loja do Museu Brasileiro da Escultura". Resta avisar ao Mube isso. Em nenhum lugar de seu site, o museu menciona a existência de uma loja nas dependências. O estabelecimento não está escondido só no mundo virtual. "Não necessariamente quem vai ao museu vai à loja porque ela não está evidente", diz o diretor. Aos interessados, ela fica ao lado do restaurante, que não foi esquecido pelo museu (um banner enorme anuncia as delícias do local). Para Michel Brull, sócio-diretor da consultoria de varejo Gouvêa de Souza & MD Desenvolvimento Empresarial, ou os museus não enxergam a possibilidade de aumentar suas receitas ou não sabem como fazê-lo. "Tradicionalmente, os museus brasileiros sempre foram geridos por fundações ou órgãos governamentais sem qualquer mentalidade de negócio. Recentemente, temos visto algumas iniciativas, mas são incipientes", afirma. dou (em Paris) e na Tate Modern (em Londres). O Critter e sua família são vendidos em estabelecimentos de design. No Brasil, nenhuma revenda de museu comercializa o trabalho de Bicalho. Apenas a Otto Design e a Fina Estampa, endereços de design em São Paulo, têm as peças. Cada modelo é vendido por R$ 60, o que Bicalho considera "uma fortuna". "Gosto muito da loja do MAM do Rio. Mas eles só vendem design brasileiro fabricado aqui", afirma. Bicalho se denomina "rato de museu" e diz ter fascinação por eles. "Passei anos conhecendo museus no mundo todo. É uma pena o que acontece no Brasil. O mais triste é que não existe uma demanda por um serviço melhor. O Masp tem um acervo maravilhoso, mas os problemas são imensos. Pelo menos, as coisas não são roubadas, como acontece aqui no Rio", lamenta.

Os produtos vendidos na Escolhido a Dedo são selecionados pela organização da sociedade civil de interesse público Ação, Ética & Cidadania. Estabelecimento deixa de ganhar clientes porque a loja ainda é pouco divulgada pelo museu.

Objetos são deixados na loja em regime de consignação. Peças têm de ser exclusivas para merecerem um espaço na vitrine da Escolhido a Dedo. Alemães, canadenses, norte-americanos e holandeses costumam freqüentar o estabelecimento.


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Não se pode conceber uma roupa que vista todos os corpos Maria de Fátima Grave, estilista.

FORA DA MODA

Sílvia Pimentel

Newton Santos/Hype

E

m nome da acessibilidade, os portadores de deficiência já conquistaram vários espaços. Convivem com menos barreiras arquitetônicas e no campo do esporte ganharam até competições exclusivas (como o Parapan-americanos disputados mês passado no Rio de Janeiro ou como as Paraolimpíadas marcadas para 2008 em Pequim). Mas no mundo da moda, a exclusão ainda persiste. A opinião é da estilista Maria de Fátima Grave, que pesquisa há oito anos as seqüelas envolvidas na limitação física de portadores de hemiplegia (como é chamada a paralisia de um lado do corpo). Conforto e praticidade – O intuito de Maria de Fátima é desenhar roupas confortáveis, que mexem com o auto-estima e, sobretudo, vestimentas práticas para esse público. Detalhista, ela chegou a cronometrar o tempo que um portador de deficiência leva para se vestir. Para levantar informações, também freqüentou clínicas de ortopedia durante vários meses. "Não se pode conceber uma roupa que atenda a todos os corpos. Hoje, o estudo da modelagem deve contar com o apoio científico", defende. Autora do livro "A Moda e o Vestuário para o Portador de Hemiplegia", a estilista iniciou o trabalho inusitado depois de ser convidada para desenvolver uma roupa para uma criança portadora de hidrocefalia,

Os portadores de deficiência conquistaram vários espaços. Mas ainda estão excluídos do mundo da moda. problema neurológico que pode levar ao alargamento do crânio. A partir daí, não parou mais

na defesa de sua tese de mestrado sobre a importância de adaptar o vestuário à linguagem do corpo dos deficientes.

Medo de investir – Ela diz que já foi procurada por empresários, inclusive de outros países, como Chile e Portugal,

mas a sua idéia ainda não saiu do papel. "Os empresários brasileiros têm receio de investir, o que é um equívoco, pois é

grande o número de portadores de deficiência no Brasil", diz, ao lembrar das estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o instituto, há 26,6 milhões de brasileiros (14,5% da população) com algum tipo de deficiência. Um dado que põe em xeque o mito de que esse universo de pessoas é, em geral, de classes menos abastadas é que o mercado de reabilitação movimenta atualmente R$ 1,5 bilhão por ano, puxado, principalmente, pela venda de carros adaptados e cadeiras de rodas. Apesar de não ter despertado, ainda, o interesse da indústria de confecção, a atual professora de design de moda na Faculdade Belas Artes mostra, há cinco anos, o resultado da sua pesquisa em roupas adaptadas nos aplaudidos desfiles de portadores de deficiência na maior feira de reabilitação da América Latina, a Reatech (Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade. Hoje só um grupo de pacientes da Fundação Selma – instituição privada sem fins lucrativos, voltada à reabilitação de portadores de deficiências físicas e motoras – tem o privilégio de vestir algumas peças produzidas pela estilista, graças à doação de tecidos de empresas como Santista e Vicunha para a realização dos desfiles. "Guio o meu trabalho com base em informações como o lado em que o corpo pende, características da cervical, rotação do corpo e a sensibilidade da pele", diz a estilista.

Roupa sob medida. Mas só para desfile. Paulo Pampolin/Hype

O

portador de hemiplegia Paulo José Terrezza Liciard, 39 anos, é um dos pacientes da Fundação Selma que usa algumas peças plenamente adaptadas às suas limitações motoras. O vestuário foi desenvolvido exclusivamente para os desfiles na passarela da Reatech. Ele serviu de modelo, também, para o levantamento de dados da estilista na defesa de sua tese. Com o braço esquerdo comprometido, botões tanto nas camisas como nas calças são dispensáveis no dia-a-dia de Liciard. "Primo pela praticidade em me vestir e me despir. O ideal é que as calças tenham elástico e velcro, pois facilitam a minha ida ao banheiro", explica. O tecido da roupa, ressalta, também é importante, já que algumas deficiências provocam falta de sensibilidade na pele e os atritos podem piorar a funcionalidade do membro

T

Camisa com velcro no lugar dos botões: só assim Paulo José pode se vestir sem depender da ajuda de ninguém.

afetado. "Procurei, mas até hoje não consegui encontrar uma confecção apropriada para o meu filho", lamenta a mãe, Maria Terrezza Liciard.

Enquanto o trabalho da estilista não for viabilizado, Liciard terá de se contentar com a participação nos desfiles da Reatech. Pelo menos isso. (S.P)

INCLUSÃO EM DEBATE

rês palestras, programadas para amanhã a partir das 14 horas na sede da Fiesp (av. Paulista, 1313) pretendem debater o Estatuto da Pessoa com Deficiência. O ciclo é promovido pelo Instituto Democrata Social (ISD), entidade criada em 1999 com o objetivo de formular políticas públicas para alguns segmentos da sociedade. A primeira palestra abordará "Ajudas Técnicas" e será proferida pela médica Lina Mara Rizzo Battistella, diretora de Reabilitação do Hospital das Clínicas e

membra do Comitê de Ajudas Técnicas da Sec. Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República. Em seguida será discutida a inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Apesar de o número de contratações de pessoas com deficiência ter aumentado de 601 vagas em 2001 para 60.506 em 2006 (DRT-SP), apenas 53% das vagas estão preenchidas. Quem fala sobre o tema é Ricardo Tadeu Marques Fonseca, procurador Regional do Trabalho-PR.

A terceira palestra será sobre o desenvolvimento inclusivo das pessoas com deficiência. Patrícia Moreira, gerente de Projetos da Escola de GenteLocal, falará sobre o tema e lembrará há no mundo 630 milhões de pessoas com deficiência (uma proporção de 1 a cada 10 pessoas, equivalente à realidade do Brasil, com seus 14,5% de deficientes segundo o IBGE) As palestras estão abertas a todos os interessados. Informações pelo site www.isd.org.br/forum ou pelo fone (11) 3057-3950.


Fotos de Paulo Pampolin/Hype

A

pesar de mais homens ainda morrerem de câncer no p u l m ã o , b r ô nquios e traquéia, foi entre as mulheres que a taxa de mortalidade por causa dessas doenças, muito relacionadas ao hábito de fumar, mais cresceu nos últimos anos no Estado de São Paulo. Levantamento realizado pela Fundação Seade revela o aumento de 41,3% de incidência dos males relacionados ao cigarro entre as mulheres, entre 1996 e 2005. Em 1996, ocorriam 5,6 mortes por 100 mil mulheres em conseqüência dessas doenças. Há dois anos, o número saltou para 7,9 óbitos. Entre os homens o aumento foi de 3,7%, saltando de 15,6 para 16,2 óbitos por 100 mil homens. No mesmo período, o número total de mortes resultantes dessas causas passou de 3.623, em 1996, para 4.770, em 2005. A participação da população feminina aumentou de 27% para 34%. O câncer de traquéia, brônquios e pulmões é a principal neoplasia (processo que resulta no desenvolvimento de um tumor) detectada entre homens e a terceira entre mulheres. Campanhas - O médico pneumologista da Faculdade Medicina da Universidade de São Paulo (USP) José Eduardo Delfini Cançado defende o financiamento de campanhas educativas com o dinheiro arrecadado pelo governo com os impostos sobre a venda de cigarros. "Para mudarmos esse perfil, temos de investir em educação", diz o médico. A boa notícia do estudo é que o número de fumantes no Brasil tem diminuído ao longo dos anos. Em todo o País, o número de fumantes diminuiu de 30 milhões, em 1989, para 23 milhões, em 2003. Cerco -O governo do Estado e a Prefeitura de São Paulo estão fechando o cerco aos fumantes. Por determinação do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), desde ontem está proibido fumar em todas as instalações, prédios e equipamentos públicos da secretaria municipal de Saúde. Todos os fumódromos instalados na rede municipal de saúde, inclusive nas áreas externas, foram desativados.

CONGONHAS O Aeroporto de Congonhas registrou uma falha no radar, ontem de manhã.

Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu ontem habeas-corpus a Felippe de Macedo Nery Neto, um dos cinco jovens acusados de agredir a empregada doméstica Sirlei Dias de Carvalho Pinto, no Rio, em junho. A decisão do ministro Nilson Naves foi tomada em caráter liminar e vale até que o mérito do habeas-

Apesar do número de fumantes em todo o País estar diminuindo, o estudo da Seade mostra que a situação ainda é preocupante e que o número de mortes cresceu nos últimos anos

O combate ao fumo integra a campanha "SMS [Secretaria Municipal de Saúde] Livre do Tabaco". De acordo com a Prefeitura, a campanha contra o fumo prevê medidas de atenção à saúde dos funcionários municipais fumantes. O governador José Serra também quer limitar o consumo de tabaco em locais fechados no Estado. Anteontem, Serra lançou um selo destinado a empresas e entidades, incluindo bares e restaurantes, que proibirem totalmente o fumo de suas dependências. Hoje, acontece o Dia Nacional de Combate ao Tabaco. Estão previstas campanhas de conscientização em todo o País. (Agências)

PRISÃO Juiz nega pedido de revogação de prisão a controladores de vôo de Manaus.

corpus seja julgado pelo plenário do tribunal. Ainda não há prazo para que isso ocorra e até lá ele poderá responder ao processo em liberdade. Neves concedeu esse direito a Felippe pelo fato de, durante os interrogatórios, ter ficado provado que ele não saiu do carro que os jovens ocupavam e tampouco agrediu Sirlei. (AE)

RIO: ALERTA NO SANTOS DUMONT s companhias aéreas TAM e Gol começaram na semana passada a restringir suas operações de vôo, em dias de chuva, no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. No caso da TAM, estão restritos apenas os pousos. A Gol proibiu também as decolagens. A determinação aos pilotos ocorreu depois que o Departamento de Controle do Espaço Aéreo

Em todo o País, o número de fumantes diminuiu de 30 milhões, em 1989, para 23 milhões, em 2003.

Pesquisa da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), divulgada ontem, mostra que o número de mulheres que morreram em decorrência de câncer de traquéia, brônquios e pulmões (doenças ligadas ao uso do cigarro) aumentou 41,3% entre 1996 e 2005, no Estado de São Paulo. Hoje é o Dia Nacional de Combate ao Fumo.

Ó RBITA

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Cigarro mata mais mulheres em SP

HABEAS PARA ACUSADO NO RIO

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Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

expediu um aviso, na semana passada, informando que as cabeceiras das duas pistas do aeroporto ficam escorregadias quando estão molhadas. O documento não sugere transferência ou cancelamento de vôos. A Infraero reconhece que os coeficientes de atrito das pistas estão abaixo do ideal, mas não são alarmantes. (Agências)


Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

1

2,003

reais foi a cotação do dólar comercial para venda ontem

Brendan McDermid/Reuters

FIM DA TRÉGUA NOS MERCADOS: BOVESPA FECHA EM BAIXA DE 2,7%. D 3,2 Com quedas nas bolsas mundiais, dólar voltou a operar acima do nível de R$ 2

por cento foi a queda dos preços dos imóveis nos EUA no segundo trimestre ante igual período de 2006, maior redução desde 1987.

ra a turbulência nos mercados (leia sobre o Fed nesta página). "A ata criou a expectativa de que o Fed manterá o juro na reunião de setembro, o que desagradou aos investidores", disse o analista da Corretora Coinvalores Carlos Nunes. Grande parte da melhora do mercado nos últimos dias deveu-se justamente à expectativa de que o Fed cortaria a taxa básica de juros dos atuais 5,25% para 5% ao ano. Na avaliação de Zeina, o pessimismo com que o texto do Fed foi recebido deve ser relativizado. "A ata já é notícia velha", observou, lembrando que a reunião do BC americano ocorreu no início da crise. A primeira forte queda dos mer-

cados ocorreu em 26 de julho. Imóveis — Outra informação negativa surgiu de um pesquisa realizada pela agência de classificação de risco Standard & Poor's em conjunto com a MacroMarkets. O levantamento mostrou que os preços dos imóveis nos Estados Unidos recuaram 3,2% no segundo trimestre em relação a igual período de 2006, maior queda desde 1987. Além disso, o Índice de Confiança do Consumidor de agosto nos EUA atingiu o nível mais baixo desde a passagem do furacão Katrina pelo país, em agosto de 2005. Esses indicadores de confiança têm sido acompanhados com atenção pelos analistas porque devem ser os primeiros a captar o potencial efeito da turbulência financeira na economia real. "A volatilidade dos mercados e a turbulência no mercado hipotecário podem ter contribuído para o espírito mais comedido dos consumidores", disse Lyn Franco, responsável pelo levantamento. Para os próximos dias, a única certeza entre os analistas é a manutenção da volatilidade. "O mercado ficará de olho nos indicadores da economia americana", disse Nunes. (AE)

Fed continua de olho na inflação

D

ez dias antes de reduzir a taxa de redesconto, em 17 de agosto, os dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) estavam suficientemente preocupados com a deterioração das condições dos mercados financeiros para estudar a possibilidade de reduzir a taxa dos Fed Funds. É o que diz a ata da reunião do Comitê de Mercado Aberto do Fed (Fomc), realizada em 7 de agosto. "Uma deterioração adicional nas condições financeiras não pode ser descartada", disse a ata, acrescentando que isso "pode requerer uma resposta da política monetária", caso o crescimento da economia seja afetado. Mas, como a extensão da fragilidade dos mercados não era conhecida por ocasião da reunião, os participantes ainda consideraram a inflação como sua preocupação "predominante", embora tenham

reconhecido que a debilidade do mercado de moradias "poderá ser mais profunda e prolongada" do que o previsto. A decisão de manter a taxa dos Fed Funds inalterada em 5,25%, pela nona vez consecutiva, foi tomada por unanimidade, assim como a manutenção do viés antiinflação. A ata do Fomc disse que os gastos dos consumidores devem continuar a crescer a um ritmo "moderado", enquanto os investimentos das empresas "serão apoiados por fundamentos sólidos". O documento acrescentou que o crescimento econômico forte fora dos EUA também contribuirá para a expansão da economia norteamericana, apesar das condições do mercado imobiliário. A ata de agosto destacou o dilema vivido pelos dirigentes do Fed: reconheceram que as condições mais "apertadas" dos mercados financeiros po-

dem afetar a economia. Isso foi levado em conta na redução da projeção do crescimento do PIB dos EUA em 2007 e 2008. Os técnicos do Fed também rebaixaram suas estimativas para o crescimento da produtividade, indicando que mesmo a desaceleração da economia poderá não pressionar muito a inflação para baixo. Segundo a ata, os dados do núcleo da inflação (que exclui os preços de energia e alimentos) eram "favoráveis". Mas os técnicos advertiram que isso era, em parte, resultante de fatores "transitórios". Portanto, as informações "não forneciam evidência confiável de que esses níveis serão sustentados". Por isso, e diante da desvalorização do dólar, do alto nível da utilização dos recursos e de um crescimento mais lento da produtividade, a inflação continuou a ser a preocupação "predominante" do Fed. (AE)

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Queda dos preços dos imóveis nos Estados Unidos afetou pregão da Bolsa de Valores de Nova York ontem

Apesar da crise, fundos de ações têm captação positiva Neide Martingo*

A

pesar do tombo da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) nas últimas semanas, a captação líqüida (aplicações menos resgates) dos fundos de ações no mês de agosto até o dia 22 ficou positiva em R$ 312 milhões, de acordo com balanço divulgado ontem pela Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid). No ano, a entrada de recursos somou R$ 15 bilhões. Neste mês até o último dia 22, a captação em toda a indústria brasileira de fundos de investimento ficou negativa em R$ 273,9 milhões, o que é considerado muito pouco diante de um patrimônio de mais de R$ 1 trilhão. Segundo o vice-presidente da entidade, Marcelo Giufrida, houve uma realocação dos recursos entre categorias de fundos. Enquanto os de renda fixa e multimercados registraram saídas de R$ 3,2 bilhões e R$ 2,6 bilhões, respectivamente, os fundos de curto prazo e os DI receberam R$ 1,3 bilhão e R$ 4,2 bilhões no período. "Os números indicam uma mudança no comportamento do investidor, que está menos volátil em comparação com o que

312

milhões de reais foi a captação líqüida (aplicações menos resgates) nos fundos de ações entre os dias 1º e 22 de agosto. acontecia há alguns anos." No caso dos fundos de ações, analistas garantem que muitos investidores aproveitaram a queda dos preços das ações para comprar. O vicepresidente da Sul América Investimentos, Marcelo Mello, afirmou que a depreciação dos ativos abriu boas oportunidades de negócios para os investidores mais especializados. "Com a queda dos preços das ações, esses aplicadores tendem a elevar sua exposição no mercado. O contrário acontece entre os investidores do varejo que se desfazem de posições mais arrojadas e se refugiam em produtos mais conservadores", disse, explicando a alta das captações dos fundos DI.

Rendimento — I n d ep e ndentemente do cenário econômico, havia nas últimas semanas sinais de que a rentabilidade dos fundos de investimento não seria significativamente afetada pela crise dos mercados, na avaliação de Giufrida. O balanço divulgado ontem comprovou que os fundos, à exceção dos lastreados em ações e dos multimercados, encerraram o período com ganhos (veja quadro). De acordo com o vice-presidente da Anbid, movimento semelhante já foi registrado em outros períodos de crise. "No passado, houve oscilações mais intensas do que as que têm sido verificadas agora." Em termos de rentabilidade, os fundos DI foram os campeões nos 22 primeiros dias de agosto, com alta de 0,59%. Em seguida, vieram os fundos de renda fixa (0,31%). Na ponta oposta, encerraram o período com perdas os multimercados (queda de 1,74%). A baixa foi maior, no entanto, no caso dos fundos de ações indexados ao Ibovespa (-10,79%). (*Com AE)

DECORE

DC

epois da trégua dos últimos dias, a turbulência financeira voltou com força ontem e derrubou bolsas de valores no mundo todo. A nova rodada de quedas foi liderada pelo mercado dos Estados Unidos. O Índice Dow Jones recuou 2,1% e a bolsa eletrônica Nasdaq, 2,37%. Hoje, logo após o início da sessão, a Bolsa de Valores do Japão abriu em forte queda com o índice Nikkei em perda de 2,52% No Brasil, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) perdeu 2,7% e o dólar avançou 2,67%, para R$ 2,003. O risco Brasil disparou 5,5%, para 211 pontos. Segundo analistas, nenhum fato específico desencadeou o mau humor. "O mercado continua sensível, a escassez de crédito persiste e não houve nenhuma notícia boa que justificasse alta das bolsas", resumiu a economista-chefe do Banco ABN Amro Real, Zeina Latif. As notícias do dia fomentaram o nervosismo. A ata da reunião de 7 de agosto do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), revelou que, naquele momento, a inflação ainda era a maior preocupação — embora os diretores tenham chamado a atenção pa-

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Transpor te Saúde Urbanismo Polícia

TRÂNSITO A CET registrou ontem à noite congestionamento de 111 quilômetros na cidade.

DIÁRIO DO COMÉRCIO

PREFEITURA JÁ LAVROU 1.161 MULTAS, NUM TOTAL DE R$ 38,7 MI

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Ainda estão em vigor 24 liminares que dão a empresas garantias contra a nova lei.

Lei Cidade Limpa ainda enfrenta briga na Justiça

EXPLOSIVOS Sete quilos e meio de explosivos e 25 metros de pavio foram apreendidos em Caraguatatuba.

Vivi Zanatta/AE

Ó RBITA

Empresa de frontlights obtém decisão favorável na 3ª Câmara do Tribunal de Justiça. Prefeitura vai recorrer. Márcio Fernandes/AE - 30/01/2007

Rejane Tamoto

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POLÍCIA ESTOURA CASSINO

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gentes do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (GARRA), da Polícia Civil, fecharam um cassino que funcionava na Vila Primavera, na zona sul da cidade (foto). Cerca de 30 pessoas, entre funcionários, clientes e o responsável pela casa de jogos, foram detidas e encaminhadas ao 15º DP. Com exceção do acusado de ser o dono do cassino, as

demais pessoas assinaram um termo circunstanciado, foram liberadas e responderão processo em liberdade. No imóvel foram apreendidas muitas máquinas, entre elas de caça-níqueis e de videopôquer. A polícia crê que exista um esquema criminoso por trás do cassino e que seu dono seja parente do banqueiro do jogo do bicho e contraventor Ivo Noal. (AE)

GÁS

EX-BBB

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companhada por advogados, a intérprete Conceição Gonçalves anunciou ontem que processará a Prefeitura do Rio, a Companhia Estadual de Gás, o Condomínio Barra Beach, o engenheiro que projetou o prédio e a síndica Sônia Malaquias pela morte de suas duas filhas (Kawai, de 12 anos, e Keilua, de 5 anos), intoxicadas por gás durante o banho, no dia 19. Kawai morreu no mesmo dia e Keilua no dia 24, depois de cinco dias em coma. (AE)

ex-vencedor do "Big Brother Brasil", da TV Globo, de 2002, Rodrigo Leonel, foi libertado ontem, em Barretos. O caubói, como é conhecido, foi preso em flagrante durante a Festa do Peão de Boiadeiro e autuado por estelionato e tentativa de homicídio. Ele tentou entrar com um carro, com adesivo já usado em outro veículo, e passou por cima do pé de um segurança. A fiança foi arbitrada pela Justiça de Barretos em R$ 30 mil. (AE)

PIT BULL - 1

PIT BULL - 2

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evantamento realizado pelo Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo, responsável pelo controle de animais domésticos na Capital, demonstra que, cada vez mais, cães da raça pit bull estão sendo abandonados por seus donos. O número de cães dessa raça deixados na rua cresceu 95 % entre 2006 e 2007. Os principais motivos do crescente abandono dos animais seriam as recentes notícias de ataques. Em muitos casos, as vítimas são os próprios donos. (Agências)

A

menina Luana Cristina Vizignani, de 6 anos, atacada em casa por um cão da raça pit bull, apresentou ontem sinais de melhoras. Os médicos do Centro Hospitalar de Santo André, no ABC, informaram que os aparelhos que auxiliam na respiração da criança poderão ser desligados hoje. Luana chegou ao hospital em estado de choque hemorrágico, correndo sério risco de morte. Ela precisou receber transfusão de sangue, soro, e plasma. (Agências)

lei Cidade Limpa completa um ano no próximo mês e, embora tenha se consolidado nesse período, pelo apoio da população, ainda enfrenta ações na Justiça por parte de empresas do setor de mídia exterior. Na manhã de ontem, a Lumitotem, empresa de frontlights (painéis luminosos), obteve decisão favorável da 3ª Câmara do Tribunal de Justiça de São Paulo, que lhe permite comercializar publicidade em 20 painéis espalhados pela cidade. Segundo o advogado da empresa, René Vieira, os juízes acataram a alegação de inconstitucionalidade da lei Cidade Limpa e esse precedente pode ser utilizado pelas demais empresas do segmento. "Essa é a uma decisão definitiva e a Prefeitura terá de apelar em Brasília", disse Vieira. O argumento utilizado no processo é o de que a Prefeitura não tem competência de legislar sobre uma atividade empresarial, só a União. O proprietário da Lumitotem, Luiz de Souza Filho, disse que espera recuperar seus clientes. A Prefeitura informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que vai recorrer da decisão. Desde a aprovação da Cidade Limpa, cerca de 187 ações individuais e coletivas foram movidas contra a lei que combate a poluição visual. A Prefeitura derrubou 143 dessas ações, que incluíam liminares individuais e ações judiciais coletivas. Segundo informações da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, estão em vigor 24 liminares que garantem às empresas o direito de serem fiscalizadas pela legislação anterior. Outras 15 ações protegem empresas em relação a pontos específicos da lei. Além disso, cinco entidades ganharam ações coletivas, entre elas o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes, a Associação Brasileira da Indústria Gráfica, Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas NãoAlcoólicas, Associação dos Lojistas do Shopping Jardim Anália Franco e do Shopping Morumbi. Desde janeiro, a Prefeitura lavrou 1.161 multas por desrespeito à lei, num total de R$ 38,7 milhões.

Apesar de consolidada por apoio popular, Prefeitura discute ações contra a lei de combate à poluição visual


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Tr i b u t o s Empresas Energia Estilo

ÁREA TEM PETRÓLEO DE BOA QUALIDADE

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

11,97

por cento é a redução proposta pela Aneel para a Bandeirante

PETROBRAS DEVE ANUNCIAR A DESCOBERTA DO RESERVATÓRIO DE TUPI, UM DOS MAIORES DO PAÍS;

UM CAMPO DE PETRÓLEO GIGANTE A 1,7 Petrobras está perto de confirmar a descoberta de uma nova área petrolífera no Brasil, na porção fluminense da Bacia de Santos. A empresa está finalizando os trabalhos de avaliação no reservatório de Tupi, encontrado no ano passado, com expectativa de grandes volumes de petróleo de boa qualidade. O clima é de otimismo e, segundo relatório distribuído ontem pelo banco Crédit Suisse, a área técnica encontrou novos poços na região. Tupi está localizado em um bloco arrematado pela Petrobras, BG e Petrogal na segunda rodada de licitações da Agênc i a N a c i o n a l d o P e t ró l e o (ANP), em 2000. Sua descoberta foi anunciada em 2006 como um "fato histórico", que poderia indicar novas fronteiras exploratórias no Brasil, abaixo de uma camada de sal de 2 mil metros de espessura. No início do ano, a estatal iniciou a perfuração de um segundo poço, a oito quilômetros do primeiro, com o objetivo de medir a real extensão do reservatório. Em conversa com analistas do Crédit Suisse, o gerente de estratégia e portfólio de exploração e produção da Petrobrás,

bilhão de barris de óleo equivalente é o mínimo que o novo reservatório pode conter. O máximo pode chegar a 10 bilhões de barris. Eduardo Molinar, informa que o segundo poço vem apresentando bons resultados. Segundo o executivo, foram encontrados reservatórios de óleo leve. Mas informações adicionais só serão possíveis após o teste de produção. Na avaliação do analista Emerson Leite, porém, a Petrobrás demonstra um "otimismo nunca visto antes" com o projeto. Embora evitem falar sobre o assunto, BG e Petrogal compartilham as expectativas da estatal: as duas fizeram apresentações públicas indicando que o reservatório pode conter entre 1,7 bilhão e 10 bilhões de barris de óleo equivalente (somado ao gás), dos quais, segundo geólogos, entre 20% e

30% podem ser recuperados. Uma fonte próxima acredita que Tupi pode tornar-se uma das maiores descobertas de petróleo já feitas no Brasil, comparada ao campo de Marlim, na Bacia de Campos, encontrado na década de 80, com reservas superiores a 2 bilhões de barris recuperáveis. "Nós acreditamos que a Petrobras vai atrasar o lançamento de qualquer material de informação sobre Tupi até a conclusão da rodada da ANP, por razões estratégicas", comentou Leite em seu relatório. Marcado para novembro, o leilão vai incluir pelo menos cinco blocos colados a essa área e um total de 17 na região. A aposta do grupo em uma nova área exploratória motivou Petrobras e Petrogal a comprarem, em janeiro, metade da fatia da Shell em outro bloco, na mesma região, ampliando suas participações no projeto para 64% e 16%, respectivamente. As duas parceiras dividem com a BG ainda um terceiro bloco, a cerca de 50 quilômetros de Tupi. Executivos do setor acreditam que a região vai ser objeto das maiores disputas no leilão deste ano. Uma opinião compartilhada pela direção da ANP. (AE)

TARIFAS LUZ MAIS BARATA EM 54 CIDADES

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conta de luz deverá cair, a partir de 23 de outubro, em 54 municípios paulistas que recebem sua energia das distribuidoras Bandeirante e CPFL Piratininga. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apresentou ontem suas propostas preliminares de revisão tarifária periódica para as duas empresas. No caso da Bandeirante, que atende cerca de 1,3 milhão de unidades de consumo, em 28 municípios, principalmente nas regiões do Alto Tietê e do Vale do Paraíba, a proposta da agência é de que seja aplicada uma redução média de 11,97% nas tarifas. Já para a CPFL Piratininga, que abastece 1,2 milhão de unidades de consumo, em 26 municípios na Baixada Santista e no Oeste do Estado, a Aneel sugeriu um desconto médio de 16,11% na contas. Esses percentuais ainda se-

5 empresas distribuidoras de energia elétrica já revisaram, para baixo, suas tarifas neste ano. Mais duas deverão fazer isso em outubro. rão discutidos em audiência pública com os interessados consumidores, investidores e representantes das empresas antes de a Aneel calcular os índices definitivos de reajuste. A revisão tarifária periódica é diferente do reajuste anual calculado pela Aneel. Na revisão, que acontece em média a cada quatro anos, a agência faz

uma ampla radiografia da situação financeira e operacional das empresas para reequilibrar as tarifas. Se forem confirmadas as reduções das tarifas da Bandeirante e da CPFL Piratininga, a Aneel terá, neste ano, promovido reduções significativas nas tarifas de todas as sete empresas que passaram por revisão tarifária em 2007. As outras cinco empresas que passaram pelo processo já tiveram suas revisões concluídas, todas com reduções. Entre elas está a Eletropaulo, que baixou as contas residenciais em 12,66% em julho passado. O motivo é a estabilidade da economia, que levou a Aneel a reduzir o percentual de custo de capital no cálculo da tarifa – de 11,26% para 9,95%. Outro fator foi a redução de 36,6% da arrecadação da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) neste ano. (AE)

NPG – ADMINISTRAÇÃO E PARTICIPAÇÃO LTDA.

Bradesco Capitalização S.A.

C.N.P.J./M.F. nº 52.839.842/0001-35 — N.I.R.E. nº 35.218.810.309 3ª ALTERAÇÃO DE CONTRATO SOCIAL

CNPJ no 33.010.851/0001-74 - NIRE 35.300.331.354 Grupo Bradesco de Seguros e Previdência Ata da 75a Assembléia Geral Extraordinária realizada em 28.12.2006.

Pelo presente instrumento particular, os abaixo assinados, a saber: Eugênio Emílio Staub e Maria Thereza Staub, na qualidade de sócios representando a totalidade do capital social da NPG – Administração e Participação Ltda., sociedade empresária limitada, com sede na cidade de São Paulo-SP, na Av. Chedid Jafet, nº 222, Vila Olímpia, CEP 04551-065, inscrita no C.N.P.J./M.F. sob n.º 52.839.842/0001-35 e com seu Contrato Social devidamente arquivado na Jucesp sob N.I.R.E. 35.218.810.309, em sessão de 02.02.2004 (“Sociedade”), resolvem de mútuo, perfeito e comum acordo, alterar o referido Contrato Social, procedendo, para tanto, da seguinte forma: 1. O sócio Eugênio Emílio Staub, cede e transfere, como de fato cedido e transferido tem, 1 quota, subscrita e integralizada, que possui na Sociedade, com tudo que ela representa, livre e desembaraçada de quaisquer ônus, dívidas, encargos ou gravames de qualquer natureza à Maria Thereza Staub, sócia acima qualificada. 2. O cedente, a cessionária e a Sociedade dão-se, neste ato, a mais plena, geral, irrevogável e irretratável quitação com relação à cessão e transferência da quota acima efetuada, para nada mais reclamarem uns dos outros a qualquer título. 3. Diante das deliberações acima tomadas, a Cláusula 5ª do Contrato Social, passa a vigorar, na íntegra, com a seguinte nova redação: “5. - O capital da Sociedade, totalmente integralizado em moeda corrente nacional, é de R$ 5.000,00, dividido em 5.000 quotas, no valor de R$ 1,00 cada, assim distribuídas entre os sócios: (a) Eugênio Emílio Staub possui 4.998 quotas, no valor total de R$ 4.498,00; (b) Maria Thereza Staub possui 2 quotas, no valor total de R$ 2,00. § 1º - A responsabilidade dos sócios é restrita ao valor de suas respectivas quotas; todos os sócios respondem solidariamente pela integralização do capital social; e os sócios não respondem de maneira subsidiária, pelas obrigações sociais. § 2º - A cada quota corresponderá um voto nas reuniões de sócios. 4. Efetivada a cessão e transferência da quota acima, deliberam os sócios, ainda, unanimemente e sem quaisquer restrições, cindir parcialmente a Sociedade, com versão de seu patrimônio a uma nova sociedade empresária limitada a ser constituída especificamente para este fim, que será denominada “MIS - Administração e Participação Ltda.” Para tanto, os sócios, no melhor interesse da Sociedade, após criterioso exame, aprovam sem ressalvas: o “Protocolo e Justificação de Cisão Parcial da NPG Administração e Participação Ltda. com versão da Parcela Cindida a uma nova sociedade a ser constituída especificamente para este fim”, datado de 12.7.2007 e apresentado aos sócios na mesma data (o “Protocolo”, Anexo I); a nomeação da empresa especializada Lério e Sanches Auditores Independentes Ltda., para avaliar os ativos da Sociedade que serão vertidos para a nova sociedade a ser constituída especificamente para este fim; e,o Laudo de Avaliação emitido por Lério e Sanches Auditores Independentes Ltda. em 17.6.2007 (“Laudo”, Anexo II), relativamente à parcela do patrimônio líquido da Sociedade a ser vertido à referida nova sociedade. 5. Em razão da cisão parcial ora aprovada e, em observância às disposições contidas no Protocolo, deliberam os sócios, de comum acordo, constituir a referida nova sociedade, cujo Contrato Social será devidamente arquivado na Junta Comercial competente, e cuja minuta do Instrumento Particular de Constituição se encontra anexa (Anexo III). 6. Os sócios outorgam poderes e autorizam, desde já, os administradores da Sociedade a tomarem todas as providências e a firmarem todos os documentos necessários e convenientes à conclusão desta operação de cisão, nos moldes previstos no Protocolo e neste Instrumento de Alteração Contratual, inclusive quaisquer documentos necessários para a devida transferência à nova sociedade, dos seguintes imóveis que compõem o acervo cindido: (i) matrícula nº 53.199, no valor de R$ 1.150.000,00 (um milhão, cento e cinqüenta mil reais); e, (ii) matrícula nº 183.769, no valor de R$ 1.240.000,00 (um milhão, duzentos e quarenta mil reais), ambos do 18º Oficial de Registro de Imóveis da Capital. 6.1. - A Sociedade apresenta neste ato a Certidão Negativa de INSS e às de Terceiros expedida em 2.8.2007 pelo Ministério da Fazenda, Secretaria da Receita Federal do Brasil, sob o n° 4926522007-21003030, com validade até 29.1.2008, bem como a Certidão Conjunta Negativa de Débitos Relativos aos Tributos Federais e Dívida Ativa da União expedida em 30.7.2007 pelo Ministério da Fazenda, Secretaria da Receita Federal do Brasil, sob o n° A43A.1955.B61C.3C1C, com validade até 26.1.2008. 6.2. - Os sócios e a Sociedade declaram, sob as responsabilidades civil e criminal, que não existe contra eles nenhum feito ajuizado por ações reais e/ou pessoais relativas aos imóveis aqui objetivados, ou que os envolvam, ou por outros ônus reais incidentes sobre eles, tudo nos termos do Decreto Federal nº 93.240/86, sendo certo que os demais documentos exigidos pelo citado Decreto nº 93.240/ 86, já foram entregues pela Companhia à adquirente, os quais se responsabilizam solidariamente por eventuais débitos fiscais que recaírem sobre os imóveis. 6.3. - Os sócios e a Sociedade declaram, mais, para todos os fins e efeitos de direito, e sob as penas da Lei, que não existem dívidas sobre os imóveis, referentes a multas ou autuações impostas pelos órgãos municipais, estaduais ou federais, bem como que os imóveis não fazem parte

Quiksilver Ind. e Com. de Art. Esp. Ltda., Rua Solon, 945/969 CEP.: 01127-010 Bom Retiro São Paulo/SP, CNPJ.: 07. 230.513/0001-38, comunica extravio das 2ª vias da NFF 0073225 e 0074764 e todas as vias, sendo 1ª à 5ª via da NFF 0073068.

integrante de condomínio edilício. 6.4. – Os sócios e a Sociedade declaram que aceitam o presente instrumento em todos os seus termos, obrigando-se a recolher o ITBI, no prazo legal. 6.5. - Os sócios e a Sociedade aproveitam esse ato para requerer e autorizar ao Senhor Oficial do Cartório de Registro de Imóveis competente a proceder todos os registros, cancelamentos e averbações necessários ou convenientes, à luz deste instrumento. 7. - Tendo em vista que a cisão parcial da Sociedade atingirá todos os seus sócios, na proporção de suas respectivas participações no capital social, as quotas do capital social da nova sociedade, resultantes de sua capitalização com os ativos e passivos a serem vertidos da Sociedade, serão subscritas pelos sócios desta Sociedade. Assim sendo, fica reduzido o capital social da Sociedade DE R$ 5.000,00, dividido em 5.000 quotas PARA R$ 4.928,00, uma redução, portanto, de R$ 72,00.” 8. – Resolvem os sócios, ainda, por unanimidade, gravar a totalidade das quotas da Sociedade com cláusula de impenhorabilidade absoluta. 9. - Diante do acima, a Cláusula 5ª do Contrato Social da Sociedade passa a vigorar com a seguinte nova redação: “5. - O capital da Sociedade, totalmente integralizado em moeda corrente nacional, é de R$ 4.928,00, dividido em 4.928 quotas, no valor de R$ 1,00 cada, assim distribuídas entre os sócios: (a) Eugênio Emílio Staub possui 4.927 quotas, no valor total de R$ 4.927,00; (b) Maria Thereza Staub possui 1 quota, no valor total de R$ 1,00. § 1º - A responsabilidade dos sócios é restrita ao valor de suas respectivas quotas; todos os sócios respondem solidariamente pela integralização do capital social; e os sócios não respondem de maneira subsidiária, pelas obrigações sociais. § 2º - A cada quota corresponderá um voto nas reuniões de sócios. § 3º - As quotas da Sociedade encontram-se gravadas com cláusula de impenhorabilidade absoluta.” 10. Deliberam os sócios, de comum acordo (i) alterar a cláusula de administração da Sociedade para prever, além de outros ajustes, que, na ausência permanente do Diretor Presidente, a sociedade será administrada pelo Diretor Eugênio Emílio Staub Filho, que doravante será designado Diretor Vice-Presidente; (ii) excluir o § 4º da Cláusula 11 do Contrato Social da Sociedade. 11. – Em decorrência dos ajustes acima previstos, as Cláusulas 10 e 11 do Contrato Social da Sociedade passam a vigorar com a seguinte nova redação: “10. – Nos termos do Art. 1.064 do Código Civil, a administração da sociedade caberá privativamente aos administradores ou aos procuradores constituídos em nome da sociedade. § 1º - A administração será exercida por uma Diretoria composta por um Diretor-Presidente, um Diretor Vice-Presidente e um Diretor sem designação específica, que permanecerão em seus cargos por prazo indeterminado, podendo ser destituídos a qualquer tempo por deliberação de sócio ou sócios representando, pelo menos, 2/3 (dois terços) do capital social. § 2º - Ocupará o cargo de Diretor-Presidente o sócio Eugênio Emílio Staub, acima qualificado; o cargo de Diretor Vice-Presidente será ocupado por Eugênio Emílio Staub Filho, acima qualificado; e o cargo de Diretora sem designação específica será ocupado pela sócia Maria Thereza Staub, também acima qualificada. § 3º - Os diretores farão jus ao recebimento de “pro labore” mensal, em montante a ser estabelecido mediante deliberação dos sócios representando a maioria do capital social, e será levada à conta de despesas gerais da sociedade. 11 – Os administradores e os procuradores constituídos em nome da sociedade poderão (a) representar a sociedade em Juízo e fora dele, ativa ou passivamente, perante terceiros, quaisquer repartições públicas, autoridades federais, estaduais ou municipais, bem como autarquias, sociedades de economia mista e entidades paraestatais; (b) administrar, orientar e dirigir os negócios sociais, respeitadas as deliberações tomadas nas reuniões de sócios; (c) assinar duplicatas e suas respectivas faturas; e (d) receber pagamentos efetuados em nome da sociedade por meio de cheques nominais. § 1º - Todo e qualquer documento que importe em qualquer responsabilidade ou obrigação da sociedade, incluindo escrituras, contratos, notas promissórias, contratos de câmbio, cheques, ordens de pagamento e outros documentos não especificados, serão obrigatoriamente assinados: (a) pelo Diretor-Presidente isoladamente; ou (b) pelo Diretor Vice-Presidente em conjunto com a Diretora sem designação específica; ou (c) na ausência permanente do Diretor-Presidente, e somente neste caso, pelo Diretor Vice-Presidente, isoladamente. § 2º - Em casos específicos, os documentos mencionados no § 1º acima, poderão ser assinados individualmente por um procurador da sociedade, desde que investido de poderes especiais para a prática de tal ato. § 3º - Respeitado o disposto no § 1º acima, as procurações outorgadas em nome da sociedade o serão exclusivamente pelo Diretor-Presidente, isoladamente, ou pelo Diretor Vice-Presidente em conjunto com a Diretora sem designação específica e, além de mencionarem expressamente os poderes conferidos, deverão, com exceção daquelas para fins judiciais, conter um período de validade limitado a 1 (um) ano.” 12. - Por fim, resolvem os sócios, de comum acordo, não apenas alterar a redação das Cláusulas 5ª, 10 e 11 do Contrato Social da Sociedade, mas também consolidá-lo.” Ato registrado perante a JUCESP sob o nº 304.190/07-0, em sessão de 22.8.2007.

DECLARAÇÃO À PRAÇA SIEMENS LTDA, portadora do CNPJ/MF nº 44.013.159/0002-05 e Inscrição Estadual nº 100.050.435.118, estabelecida à Rua Werner Von Siemens, 111 - Lapa - São Paulo-SP, DECLARA À PRAÇA em geral, o extravio das Notas Fiscais emitidas contra Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica com a seguinte numeração: 258.179, 273.705, 279.382 e 280.175. (27, 28 e 29/08/2.007)

DECLARAÇÃO À PRAÇA

A ORTOPEDIA NUNEZONTA COM. DE AP. ORTOPÉDICOS LTDA-ME CNPJ nº 66.712.696/0001-97, comunica o extravio de NF Mod. 1 numeradas de 251 a 500, NF Venda ao Consumidor numeradas de 501 a 1000 e AIDF nºs 127 e 3056.

SIEMENS LTDA, estabelecida à Av. Eng. João Fernandes Gimenes Molina, 1745 - Engordadouro - Jundiaí - SP, portadora do CNPJ/MF nº 44.013.159/0031-31 e I.E. nº 407.057.544.110, DECLARA à praça em geral, o extravio da Nota Fiscal nº 002587, valor total: R$ 6.080.975,27, emitida em 20/08/2007, contra Siemens AG - Duisburg Wolfgang - Reuter - Platz - 47053 - Duisburg. (28, 29 e 30/08/2007)

SEAC-SP - Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação no Estado de São Paulo C.N.P.J. nº 62.812.524/0001-34 Edital de Convocação Será realizada no dia 01 de outubro de 2007, no período de 10:00 às 18:00 horas, na sede desta Entidade situada à Av. República do Líbano, 1.204 - Jd. Paulista/SP, eleição para composição da Diretoria, Conselho Fiscal e Conselho Consultivo devendo o registro ser apresentado à Secretaria, no horário de 10 (dez) às 17 (dezessete) horas, no período de 10 dias, a contar desta data. São Paulo, 28 de agosto de 2007 Aldo de Avila Junior - Presidente

Sindicato da Indústria do Papel, Celulose e Pasta de Madeira para Papel, no Estado de São Paulo C.N.P.J. n° 60.976.487/0001-74 Edital De Convocação - Assembléia Geral Extraordinária Pelo presente Edital, ficam convocados todos os Associados desta Entidade, quites e em pleno gozo de seus direitos, para participarem da Assembléia Geral Extraordinária, a ser realizada dia 04 de setembro de 2007, às 15:00 horas, à Rua Afonso de Freitas, 499 - Paraíso, nesta Capital, a fim de deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: a) Alteração do Estatuto Social. Não havendo, no horário acima indicado, número legal de associados para a instalação dos trabalhos em primeira convocação, a Assembléia será realizada uma hora após, no mesmo dia e local, em segunda convocação, com qualquer número de associados presentes. São Paulo, 29 de agosto de 2007 Marco Fábio Ramenzoni Presidente

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, no dia 28 de agosto de 2007, não houve pedido de falência na Comarca da Capital-SP.

Data, Hora e Local: Aos 28 dias do mês de dezembro de 2006, às 10h, na sede social, Avenida Paulista, 1.415, parte, Bela Vista, São Paulo, SP. Quorum: Compareceram, identificaram-se e assinaram o Livro de Presença os representantes da Bradesco Seguros S.A., única acionista da Sociedade. Mesa: Presidente: Norton Glabes Labes; Secretário: Marcos Suryan Neto. Convocação: dispensada a convocação por Edital, de conformidade com o disposto no Parágrafo Quarto do Artigo 124 da Lei no 6.404, de 1976. Ordem do Dia: I) examinar proposta da Diretoria para alterar o Estatuto Social no Artigo 7o, elevando de 6 (seis) para 7 (sete) o número máximo de cargos na Diretoria; II) eleger novo membro para compor a Diretoria da Sociedade; III) designar, de conformidade com o disposto na Resolução no 118, de 22.12.2004, do Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP, o responsável pelo acompanhamento, supervisão e cumprimento das normas e procedimentos de contabilidade; IV) aprovar a adesão da Bradesco Saúde S.A. à Convenção do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência, como Sociedade Filiada, com a conseqüente alteração da Cláusula Primeira da referida Convenção. Deliberações: I) aprovada sem qualquer alteração ou ressalva, a proposta da Diretoria, registrada na Reunião daquele Órgão, de 26.12.2006, a seguir transcrita: “alterar o Estatuto Social no Artigo 7o, elevando de 6 (seis) para 7 (sete) o número máximo de cargos na Diretoria. Se aprovada esta proposta, o Artigo 7o do Estatuto Social passará a vigorar com a seguinte redação: “Art. 7o) A Sociedade será administrada por uma Diretoria, eleita pela Assembléia Geral, com mandato de 1 (um) ano, composta de 3 (três) a 7 (sete) membros, sendo 1 (um) Diretor-Presidente, 1 (um) Diretor Geral de Capitalização e de 1 (um) a 5 (cinco) Diretores sem designação especial.”; II) eleito Diretor, com mandato coincidente com o dos demais membros da Diretoria, até 29.3.2007, o senhor Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa, brasileiro, casado, contador, CRC RJ-075823/0-9, CPF 756.039.427/20, com domicílio na Avenida Paulista, 1.415, parte, Bela Vista, São Paulo, SP, cujo nome será levado à aprovação da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, após o que tomará posse de seu cargo, sendo que permanecerá em suas funções até que a Diretoria a ser eleita no ano de 2007 receba a homologação da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP e seja a Ata arquivada na Junta Comercial e publicada. O Diretor eleito preenche as condições previstas na Resolução CNSP no 136, de 7.11.2005, da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, e declarou, sob as penas da lei, que não está impedido de exercer a administração de sociedade mercantil em virtude de condenação criminal. Em conseqüência, a Diretoria da Sociedade fica assim composta: Diretor-Presidente: Luiz Carlos Trabuco Cappi; Diretor Geral de Capitalização: Norton Glabes Labes; Diretores: Samuel Monteiro dos Santos Júnior, Marcos Suryan Neto, Ivan Luiz Gontijo Júnior, Ricardo Alahmar e Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa; III) designar, de conformidade com o disposto na Resolução no 118, de 22.12.2004, do Conselho de Nacional de Seguros Privados - CNSP, o senhor Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa, Diretor, como responsável pelo acompanhamento, supervisão e cumprimento das normas e procedimentos de contabilidade; IV) aprovar a adesão da Bradesco Saúde S.A. à Convenção do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência, como Sociedade Filiada, com a conseqüente alteração da Cláusula Primeira da referida Convenção, que passa a ter a seguinte redação: “Cláusula Primeira - O “Grupo Bradesco de Seguros e Previdência” é constituído pelas seguintes Sociedades: Bradesco Seguros S.A., Alvorada Vida S.A., Atlântica Capitalização S.A., Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros, Bradesco Capitalização S.A., Bradesco Saúde S.A., Bradesco Vida e Previdência S.A., Finasa Seguradora S.A. e Indiana Seguros S.A.”. Em seguida, disse o senhor Presidente que a Convenção do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência, consolidada, passa a fazer parte integrante desta Ata, como Anexo. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente esclareceu que para as deliberações tomadas, o Conselho Fiscal da Companhia não foi ouvido por não se encontrar instalado no período e encerrou os trabalhos, lavrando-se a presente Ata, que lida e achada conforme, foi aprovada por todos os presentes, que a subscrevem. Assinaturas: Presidente: Norton Glabes Labes; Secretário: Marcos Suryan Neto; Acionista: Bradesco Seguros S.A., representada por seus Diretores, senhores Luiz Tavares Pereira Filho e Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa. Declaração: Declaramos para os devidos fins que a presente é cópia fiel da Ata lavrada no livro próprio e que são autênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. aa) Norton Glabes Labes e Ricardo Alahmar. Certidão - Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob no 299.492/07-2, em 15.8.2007. a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE EDITAL DE CONVOCAÇÃO PÚBLICA DE ORGANIZAÇÕES SOCIAIS PROCESSO ADMINISTRATIVO N° 14.214/07 Faço público de ordem do Senhor Prefeito Municipal de São Carlos que se encontra aberto edital de convocação pública de pessoas jurídicas de fins não econômicos, qualificadas como Organização Social, nos termos da Lei Municipal nº 14.060/07, regulamentada pelo Decreto Municipal nº 163/07, visando a celebração de contrato de gestão, conforme o seguinte extrato: - Objeto: operacionalização da gestão e execução das atividades e serviços de saúde no Hospital-Escola Municipal “Prof. Dr. Horacio Carlos Panepucci”. - Vigência: 05 (cinco) anos, podendo ser renovado, depois de demonstrada a consecução dos objetivos estratégicos e das metas estabelecidas e havendo concordância de ambas as partes, e após apreciação pelo Conselho Municipal de Saúde. - Valor inicialmente estimado: R$ 503.260,43 (quinhentos e três mil, duzentos e sessenta reais e quarenta e três centavos) por mês. - O edital na íntegra poderá ser retirado na Sala de Licitações da Prefeitura Municipal de São Carlos, situada à Rua Major José Inácio, nº 1973, Centro, São Carlos, fone (16) 3307-4272, a partir do dia 29 de agosto de 2007 até o dia 13 de setembro de 2007, no horário das 09h00min às 12h00 e das 14h00min às 16h30min, mediante o recolhimento de emolumentos no valor de R$ 50,00 (cinqüenta reais). Os envelopes das entidades interessadas contendo a documentação e o plano de trabalho serão recebidos na Sala de Licitações até às 09h00min do dia 13 de setembro de 2007, quando após o recebimento, iniciar-se-á sessão de abertura. - São Carlos, 28 de agosto de 2007. Arthur Goderico Forghieri Pereira Secretário Municipal de Saúde Presidente da Comissão nomeada pela Portaria n° 420/07

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO PREGÃO (presencial), para Registro de Preço DSE nº 57/07. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 4519/5900/2007. OBJETO: Mistura para o Preparo de Creme Sabor Doce de Leite com Flocos de Frutas. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 09:30h do dia 10 de setembro de 2007. PREGÃO (presencial), para Registro de Preço DSE nº 58/07. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 4521/5900/2007. OBJETO: Mistura para o Preparo de Pudim de Frutas. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 14:30h do dia 10 de setembro de 2007. PREGÃO (presencial), para Registro de Preço DSE nº 59/07. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 4522/5900/2007. OBJETO: Mistura para o Preparo de Pudim de Leite com Ovos e Leite Condensado. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 09:30h do dia 11 de setembro de 2007. PREGÃO (presencial), para Registro de Preço DSE nº 60/07. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 4523/5900/2007. OBJETO: Mistura para o Preparo de Creme de Leite Condensado com Limão. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 14:30h do dia 11 de setembro de 2007. PREGÃO (presencial), para Registro de Preço DSE nº 61/07. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 3050/5900/2007. OBJETO: Mistura para o Preparo de Arroz com Legumes. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 09:30h do dia 12 de setembro de 2007. PREGÃO (presencial), para Registro de Preço DSE nº 62/07. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 3058/5900/2007. OBJETO: Mistura para o Preparo de Creme sabor Caramelo com Coco Queimado. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 14:30h do dia 12 de setembro de 2007. Edital completo à disposição dos interessados, via Internet, pelo Site www.e-negociospublicos.com.br. INFORMAÇÕES: fones: (11) 3866-1615/1616, de 2ª a 6ª feira, no horário das 8h às 17h.

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quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Ambiente Saúde Urbanismo Educação

SAÚDE A catadora Nadir de Souza morreu após tentar atendimento em dois hospitais em São Carlos (SP).

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Kassab rejeita poder de decidir tombamentos

BAHAMAS A Justiça manteve a interdição do Oscar's Hotel, do empresário Oscar Maroni Filho.

COCAÍNA EM PINGÜINS DE GELADEIRA

Contra vontade da Câmara, prefeito mantém regras para a preservação do patrimônio histórico paulistano Evelson de Freitas/AE

A

havia 400 gramas de cocaína. Para despistar os funcionários do correio, algumas peças eram recheadas de massa corrida. Outras, levavam a droga. Além dos pingüins, a quadrilha usava outras peças de vários formatos e tamanhos, como elefantes e gatos. (Agências)

MORTE NA FUGA

BOTULISMO

Vivi Zanatta/AE

Polícia Civil prendeu ontem uma quadrilha que exportava cocaína em pingüins de geladeira. As pequenas estátuas eram despachadas principalmente para a Inglaterra, pelo correio. Quatro pessoas foram detidas durante a madrugada nas regiões de Parelheiros e Interlagos, ambas na zona sul. O grupo também é acusado de clonar cartões de crédito e falsificar cheques. Junto com a quadrilha foram apreendidos 20 cartões de crédito clonados. Os policiais encontraram seis pingüins prontos para serem enviados para o exterior. Em uma das estátuas, já embalada,

rês presos morreram menino Luís Alberto T ontem ao tentarem fugir O Nicolussi, de 12 anos, por um túnel do Hospital que contraiu botulismo,

teve alta na segunda-feira depois de 76 dias de internação na Santa Casa de Santos. A secretaria de Saúde suspeita que outras duas pessoas também estejam com a doença: uma moça de 27 anos e um rapaz de 28, colegas de trabalho, estão internados no hospital Guilherme Álvaro. Material de análise foi encaminhado ao Instituto Adolfo Lutz. (Agências)

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Penitenciário do Carandiru. Os três tentavam escapar em um buraco cavado a partir da ala B do complexo hospitalar, quando houve uma explosão, possivelmente provocada por vazamento de gás. Marcos Roberto Borges e Reginaldo Correia de Carvalho morreram na hora. Edson Carlos Silva foi socorrido, mas não resistiu às queimaduras. (Agências)

SEGURANÇA ELETRÔNICA

Nova lei afrouxa as regras para preservação do patrimônio histórico.

CÂMARA MUDA REGRAS PARA PRESERVAÇÃO

Ó RBITA

FÊNIX

3

Ivan Ventura

A

inda sob a intensa polêmica criada após a aprovação do projeto de lei que diminui os poderes do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico de São Paulo (Conpresp), os novos conselheiros do órgão foram empossados ontem, na secretaria municipal de Cultura. O prefeito Gilberto Kassab esteve na posse e confirmou que vai vetar a lei aprovada na semana passada pelos vereadores, que transfere o poder de tombamento de imóveis para o prefeito. No discurso de posse dos nove conselheiros, Kassab pediu coragem para os membros do Conpresp. “Coragem para resistir aos ataques. Olhe para frente, mas com atenção para o passado”, afirmou o prefeito, que acredita que a crise entre vereadores e o Conselho será superada nos próximos dias. Após a cerimônia, Kassab confirmou a intenção de vetar a emenda ao projeto de lei e afirmou que apóia as ações do Conpresp. Mas ele não descartou mudanças no órgão. “Se necessário, o órgão poderá ser aperfeiçoado por meio de um novo projeto de lei”, afirmou. O acirramento dos ânimos entre alguns vereadores e os conselheiros do patrimônio histórico da cidade começou após o Conpresp vetar a construção de novos imóveis no

Gilberto Kassab: se for necessário, órgão de preservação será aperfeiçoado com um novo projeto de lei

terreno onde hoje existe o Moinho Santo Antonio, na Mooca, zona leste, e nos arredores do Parque da Independência, que abriga o Museu do Ipiranga, na zona sul. Construtoras não gostaram da decisão do órgão e afirmaram que a decisão pela construção de novos empreendimentos na cidade é competência exclusiva dos vereadores de São Paulo. Assim nasceu o projeto de lei 497/07, que limita os poderes do Conpresp. Pelo texto da nova lei, o órgão tem 180 dias para aprovar o tombamento de um bem ou imóvel na Capital. Após esse prazo e sem uma de-

cisão do conselho, o processo de tombamento é arquivado e o imóvel poderá ser modificado à revelia. O que torna o conselho de patrimônio histórico meramente consultivo é que, em caso de uma manifestação de uma pessoa jurídica ou física contrária ao tombamento, o prefeito é quem dará a palavra final sobre a questão, com poder para decidir a favor ou contra a preservação do imóvel. Área envoltória - Outro artigo que chamou a atenção na proposta é sobre o destino da área envoltória – o entorno do local que será declarado prote-

gido pelo órgão do patrimônio histórico – durante o processo de tombamento. De acordo com o texto, não caberá ao Conpresp decidir sobre a utilização dos imóveis no entorno do bem em processo de tombamento. O órgão deverá comunicar à Prefeitura a intenção da abertura de um processo em até 30 dias. Em seguida, a Prefeitura tem 60 dias para apresentar um projeto de lei à Câmara Municipal de São Paulo e os vereadores mais 90 dias para realizarem duas audiências públicas para, em seguida, aprovarem a proposta, em duas votações.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

ECONOMIA/LEGAIS - 3

BANCO ALFADE INVESTIMENTO S.A. C.N.P.J. 60.770.336/0001-65 CARTA PATENTE Nº 1461/1966 SEDE: ALAMEDA SANTOS, 466 - SÃO PAULO-SP SOCIEDADE ANÔNIMA DE CAPITAL ABERTO RELATÓRIO DAADMINISTRAÇÃO Senhores Acionistas, Submetemos à sua apreciação as demonstrações financeiras do Banco Alfa de Investimento S.A. correspondentes às atividades desenvolvidas no 1º semestre de 2007, acrescidas das notas explicativas, do Parecer dos Auditores Independentes e do Resumo do Relatório do Comitê de Auditoria. Cenário Econômico A economia brasileira encerrou o primeiro semestre de 2007 exibindo bons resultados fiscais, estabilidade nos principais indicadores econômicos e recuperação gradual da atividade econômica, impulsionada pelos investimentos e expansão da capacidade produtiva, consumo, estabilidade do nível de emprego com elevação da renda real e boa oferta de crédito. As contas externas continuaram apresentando resultados positivos e consistentes com o excelente resultado da balança comercial, que atingiu o superávit de US$ 20,66 bilhões no final do semestre, montante 5,7% superior ao registrado no mesmo período de 2006, mesmo sendo influenciado com a apreciação do Real e com o maior crescimento das importações (26,6%) em relação às exportações (19,9%). Esse cenário, somado aos contínuos sinais de controle da inflação, permitiu à equipe no comando do Banco Central do Brasil prosseguir com ações de flexibilização da sua política monetária ao longo do semestre, reduzindo a taxa básica de juros anual (Selic) de 13,25% no início do ano para 12,00% em junho. A inflação acumulada medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Ampliado - IPCA alcançou 3,69% nos últimos doze meses findos em junho de 2007, índice abaixo do centro da meta inflacionária estabelecida e inferior ao índice acumulado de 4,03% em igual período em 2006. As expectativas para o término do ano são de resultados fiscais robustos e estabilidade nos principais indicadores domésticos, com queda gradual dos juros básicos para manter a inflação sob controle. Por outro lado a indefinição das reformas estruturais, além do atraso do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), vem impedindo uma retomada do crescimento da economia de forma mais sustentável e voltada para o longo prazo. A ameaça de maior volatilidade está nos mercados internacionais, que podem ser afetados pela intensidade da desaceleração da atividade econômica americana e medidas de aperto monetário na economia chinesa. Desempenho das Atividades Resultado do Semestre O lucro líquido do Banco atingiu R$ 44,9 milhões no semestre, correspondendo à rentabilidade de 5,9% (anualizada de 12,2%) sobre o patrimônio líquido inicial de R$ 755,5 milhões. A cada lote de mil ações do capital social do Banco correspondeu o lucro líquido de R$ 497,32.

Para o semestre findo está sendo proposto o pagamento de juros sobre o capital próprio, no montante de R$ 12,5 milhões, conforme nota explicativa nº 9 letra "b", correspondendo aos valores brutos de R$ 133,60 e R$ 146,96 por lote de mil ações ordinárias e preferenciais, respectivamente. Patrimônio Líquido O patrimônio líquido atingiu o valor de R$ 788,7 milhões ao final do semestre. O valor patrimonial para cada lote de mil ações alcançou R$ 8.741,47, com crescimento de 4,39% no semestre, índice superior à inflação de 2,08% medida pelo IPCA no mesmo período. AAssembléia Geral Extraordinária realizada em 24/04/2007, homologada pelo Banco Central do Brasil em 18/06/2007, aprovou o aumento do capital social para R$ 335,0 milhões mediante incorporação de reservas de lucros. O índice de solvabilidade instituído pelo Comitê da Basiléia e normatizado pelo Banco Central do Brasil atingiu 19,11% ao final do semestre, demonstrando a boa capacidade de solvência das instituições financeiras do Conglomerado Financeiro Alfa, quando comparado tanto com o mínimo de 11% exigido pelo Banco Central do Brasil, quanto com o de 8% recomendado pelo Comitê da Basiléia. Rating O Banco Alfa de Investimento S.A. e demais instituições integrantes do Conglomerado Financeiro Alfa, mantiveram suas boas avaliações de risco de crédito em nível nacional junto às seguintes empresas: • Austin Rating: classificação “AA+”. • Fitch Ratings: “F1 (bra)” para crédito de curto prazo, “A+ (bra)” para crédito de longo prazo e “5” para suporte legal. • LF Rating (Lopes Filho & Associados): classificação “AA” . Recursos Captados e Administrados O volume de recursos captados e administrados pelo Banco atingiu R$ 13.186,7 milhões na data do balanço, com crescimento de 10,5% em relação a junho 2006. Esses recursos estavam representados por R$ 3.546,1 milhões incluindo depósitos à vista, interfinanceiros e a prazo, R$ 3.286,1 milhões em captações no mercado aberto, R$ 729,2 milhões em repasses do BNDES, R$ 853,0 milhões em box de opções flexíveis, R$ 331,5 milhões em empréstimos e repasses interfinanceiros obtidos no país e no exterior e R$ 4.440,8 milhões em fundos de investimento e carteiras administradas.

Ativos e Empréstimos O ativo total alcançou R$ 10.132,6 milhões ao final do semestre, com crescimento de 9,8% em relação a junho de 2006. Desse montante, R$ 6.745,4 milhões estão representados por aplicações interfinanceiras de liquidez, títulos e valores mobiliários e derivativos representando 66,6% desse ativo total. A carteira de títulos e valores mobiliários atingiu R$ 5.161,8 milhões na data do balanço, com crescimento de 21,3% em relação a junho de 2006, sendo representada principalmente por 94,9% em títulos de emissão do Tesouro Nacional e 3,1% em debêntures. O Banco manteve seu posicionamento de alta liquidez encerrando o semestre com uma carteira de títulos livres da ordem de R$ 1.564,9 milhões, montante 17,4% superior em relação a dezembro de 2006. Conforme descrito na nota explicativa nº 3 letra “b”, o Banco classificou 48,6% dos títulos e valores mobiliários na categoria “títulos mantidos até o vencimento”. A carteira de crédito, incluindo fianças prestadas no montante de R$ 734,6 milhões, alcançou R$ 3.170,0 milhões, montante ligeiramente inferior em relação a junho de 2006 devido a pagamentos antecipados de algumas operações com grandes empresas, aproveitando-se da queda da taxa de juros. O volume de créditos vencidos acima de 15 dias totalizou R$ 16,4 milhões correspondente a 0,7% da carteira total. O saldo da provisão para créditos de liquidação duvidosa atingiu R$ 37,8 milhões, correspondente a 1,6% da carteira de crédito e 143,6% do mínimo exigido pela Resolução nº 2682 do Banco Central do Brasil. Os investimentos em sociedades controladas não sofreram alterações no decorrer do semestre. Declaração sobre Serviços da Auditoria Independente Em atendimento à Instrução CVM nº 381 de 14/01/2003, informamos que a empresa contratada para auditoria das demonstrações financeiras do Banco Alfa de Investimento S.A., ou pessoas a ela ligada, não prestou no período outros serviços que não sejam de auditoria externa. Agradecimentos É indispensável traduzir o reconhecimento do Banco Alfa de Investimento S.A. ao trabalho de seus funcionários e ao apoio de seus acionistas e, finalmente, a confiança de seus clientes e das instituições financeiras do mercado que continuaram a prestigiar a organização como sempre fizeram. São Paulo, 14 de agosto de 2007 Conselho de Administração e Diretoria DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO - EM R$ MIL

BALANÇO PATRIMONIAL EM 30 DE JUNHO - EM R$ MIL ATIVO Circulante Disponibilidades Aplicações Interfinanceiras de Liquidez Aplicações no Mercado Aberto Aplicações em Depósitos Interfinanceiros Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos Carteira Própria Vinculados a Compromissos de Recompra Vinculados ao Banco Central Vinculados à Prestação de Garantias Instrumentos Financeiros Derivativos Relações Interfinanceiras Créditos Vinculados: Banco Central - Outros Depósitos Operações de Crédito Carteira - Setor Público Carteira - Setor Privado (Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa) Outros Créditos Carteira de Câmbio Rendas a Receber Negociação e Intermediação de Valores Diversos (Provisão p/Outros Créditos de Liquidação Duvidosa) Outros Valores e Bens Outros Valores e Bens Despesas Antecipadas Realizável a Longo Prazo Aplicações Interfinanceiras de Liquidez Aplicações em Depósitos Interfinanceiros Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos Carteira Própria Vinculados a Compromissos de Recompra Vinculados ao Banco Central Vinculados à Prestação de Garantias Instrumentos Financeiros Derivativos Operações de Crédito Carteira - Setor Público Carteira - Setor Privado (Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa) Outros Créditos Diversos (Provisão p/Outros Créditos de Liquidação Duvidosa) Outros Valores e Bens - Despesas Antecipadas Permanente Investimentos Participações em Controladas - No País Outros Investimentos Imobilizado de Uso Imóveis de Uso Outras Imobilizações de Uso (Depreciação Acumulada) Diferido Gastos de Organização e Expansão (Amortização Acumulada) Total Geral do Ativo

2007 6.413.716 6.192 1.231.928 24.004 1.207.924

2006 6.366.997 989 1.386.091 136.705 1.249.386

2.862.218 1.125.023 1.371.766 135.936 14.118 215.375 171.864

2.581.443 765.809 1.606.895 68.664 691 139.384 187.534

171.864 1.617.106 18.942 1.616.134 (17.970) 524.013 510.817 2.447 1.663 11.539 (2.453) 395 68 327 3.309.443 133.400 133.400

187.534 2.005.330 21.362 2.006.816 (22.848) 205.081 186.792 1.950 360 19.043 (3.064) 529 74 455 2.486.213 83.420 83.420

2.517.905 439.903 1.916.946 70.418 87.730 2.908 596.059 49.697 554.301 (7.939) 62.047 71.448 (9.401) 32 409.433 403.789 398.401 5.388 5.012 2.897 13.049 (10.934) 632 1.238 (606) 10.132.592

1.818.446 491.261 1.088.915 185.945 48.481 3.844 488.676 62.920 431.695 (5.939) 95.671 95.729 (58) – 374.529 367.858 362.470 5.388 5.982 2.897 12.947 (9.862) 689 1.006 (317) 9.227.739

PASSIVO Circulante Depósitos Depósitos à Vista Depósitos Interfinanceiros Depósitos a Prazo Captações no Mercado Aberto Carteira Própria Recursos de Aceites e Emissão de Títulos Obrigações por Títulos e Valores Mobiliários no Exterior Relações Interfinanceiras Repasses Interfinanceiros Relações Interdependências Recursos em Trânsito de Terceiros Obrigações por Empréstimos Empréstimos no Exterior Obrigações por Repasses do País - Instituições Oficiais BNDES FINAME Instrumentos Financeiros Derivativos Instrumentos Financeiros Derivativos Outras Obrigações Cobrança e Arrecadação de Tributos e Assemelhados Carteira de Câmbio Sociais e Estatutárias Fiscais e Previdenciárias Negociação e Intermediação de Valores Diversas Exigível a Longo Prazo Depósitos Depósitos Interfinanceiros Depósitos a Prazo Recursos de Aceites e Emissão de Títulos Obrigações por Títulos e Valores Mobiliários no Exterior Obrigações por Empréstimos Empréstimos no Exterior Obrigações por Repasses do País - Instituições Oficiais BNDES FINAME Instrumentos Financeiros Derivativos Instrumentos Financeiros Derivativos Outras Obrigações Fiscais e Previdenciárias Diversas Resultados de Exercícios Futuros Resultados de Exercícios Futuros Patrimônio Líquido Capital: De Domiciliados no País De Domiciliados no Exterior Reservas de Capital Reservas de Lucros Ajuste ao Valor de Mercado

2007 7.163.809 2.360.611 26 189.760 2.170.825 3.286.131 3.286.131 20.226 20.226 34.887 34.887 5.293 5.293 257.124 257.124 322.238 264.693 57.545 461.825 461.825 415.474 590 353.491 16.317 14.654 16.602 13.820 2.179.504 1.185.510 7.788 1.177.722 19.262 19.262 – – 406.945 274.054 132.891 437.680 437.680 130.107 127.560 2.547 584 584 788.695

2006 6.261.570 2.320.371 26 170.919 2.149.426 2.687.881 2.687.881 116.000 116.000 73.897 73.897 7.217 7.217 206.413 206.413 354.393 305.604 48.789 393.776 393.776 101.622 578 39.411 15.935 19.019 11.824 14.855 2.241.103 1.486.913 25.426 1.461.487 44.785 44.785 3.267 3.267 423.775 301.047 122.728 169.707 169.707 112.656 110.109 2.547 884 884 724.182

334.777 223 55.043 398.649 3

302.799 201 54.174 366.995 13

Total Geral do Passivo

10.132.592

9.227.739

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - EM R$ MIL

Eventos Saldos em 31/12/2005 Aumento de Capital - AGE de 29/03/2006 Outros Eventos: Dividendos Prescritos Ajuste ao Valor de Mercado de TVM e Derivativos Lucro Líquido do Semestre Destinações: Reservas Juros sobre Capital Próprio Saldos em 30/06/2006 Mutações do Período Saldos em 31/12/2006 Aumento de Capital - AGE de 24/04/2007 Outros Eventos: Dividendos Prescritos Ajuste ao Valor de Mercado de TVM e Derivativos Lucro Líquido do Semestre Destinações: Reservas Juros sobre Capital Próprio Propostos Saldos em 30/06/2007 Mutações do Período

Capital 275.000 28.000

Reservas de Capital 53.285 –

Reservas de Lucros 363.409 (28.000)

Ajuste de TVM e Derivativo ao Valor de Mercado 15 –

Lucros Acumulados – –

Total 691.709 –

– – –

889 – –

– – –

– (2) –

– – 43.834

889 (2) 43.834

– – 303.000 28.000 303.000 32.000

– – 54.174 889 54.174 –

31.586 – 366.995 3.586 398.318 (32.000)

– – 13 (2) 8 –

(31.586) (12.248) – – – –

– (12.248) 724.182 32.473 755.500 –

– – –

869 – –

– – –

– (5) –

– – 44.870

869 (5) 44.870

– – 335.000 32.000

– – 55.043 869

32.331 – 398.649 331

– 3 (5)

(32.331) (12.539) – –

– (12.539) 788.695 33.195

Descrição Receitas da Intermediação Financeira Operações de Crédito Resultado com Títulos e Valores Mobiliários Resultado de Operações de Câmbio Resultado de Aplicações Compulsórias Despesas da Intermediação Financeira Operações de Captação no Mercado Operações de Empréstimos e Repasses Resultado com Instrumentos Financeiros Derivativos Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa Resultado Bruto da Intermediação Financeira Outras Receitas/(Despesas) Operacionais Receitas de Prestação de Serviços Despesas de Pessoal Outras Despesas Administrativas Despesas Tributárias Resultado de Participações em Controladas Outras Receitas Operacionais Outras Despesas Operacionais Resultado Operacional Resultado não Operacional Resultado antes da Tributação e Participações Imposto de Renda e Contribuição Social Provisão para Imposto de Renda Provisão para Contribuição Social Ativo Fiscal Diferido Participações no Lucro Empregados Administradores - Estatutárias Lucro Líquido Lucro por Lote de Mil Ações - R$

2007 521.434 126.791 378.820 5.216 10.607 464.389 378.188 32.911 48.130 5.160 57.045 (11.944) 11.911 (20.926) (16.278) (1.180) 18.821 1.617 (5.909) 45.101 179 45.280 2.517 (4.313) (1.472) 8.302 (2.927) (1.274) (1.653) 44.870 497,32

2006 580.444 167.647 395.894 4.810 12.093 511.301 446.121 34.757 30.912 (489) 69.143 (13.689) 10.198 (20.147) (14.951) (1.345) 16.287 1.007 (4.738) 55.454 376 55.830 (9.503) (7.748) (2.988) 1.233 (2.493) (840) (1.653) 43.834 485,83

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO - EM R$ MIL Contas A - Origem dos Recursos Lucro Líquido do Período Ajustes ao Lucro Líquido - Depreciações e Amortizações - Resultado de Equivalência Patrimonial Variação nos Resultados de Exercícios Futuros Recursos de Acionistas: - Dividendos Prescritos Reserva de Ajuste de TVM ao Valor de Mercado Recursos de Terceiros Originários de: - Aumento dos Subgrupos do Passivo Depósitos Captações no Mercado Aberto Relações Interfinanceiras Relações Interdependências Obrigações por Empréstimos e Repasses Instrumentos Financeiros Derivativos Outras Obrigações - Diminuição dos Subgrupos do Ativo Aplicações Interfinanceiras de Liquidez Relações Interfinanceiras Operações de Crédito Outros Créditos Outros Valores e Bens - Alienação de Bens e Investimentos Participações Societárias Imobilizado de Uso Investimentos - Juros sobre o Capital Próprio Pagos e/ou Propostos de Controladas B - Aplicação dos Recursos Juros sobre o Capital Próprio Pagos e/ou Propostos Inversões em: - Participações Societárias - Imobilizado de Uso Aplicações no Diferido Aumento dos Subgrupos do Ativo - Aplicações Interfinanceiras de Liquidez - Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos - Relações Interfinanceiras - Operações de Crédito - Outros Créditos - Outros Valores e Bens Redução dos Subgrupos do Passivo - Depósitos - Recursos de Aceites e Emissão de Títulos - Obrigações por Empréstimos e Repasses - Outras Obrigações Aumento/(Redução) das Disponibilidades (A-B) Modificações na Posição Financeira Início do Período Fim do Período Aumento/(Redução) das Disponibilidades

2007 1.223.587 44.870 (17.960) 861 (18.821) (179) 869 869 (5) 1.195.992 795.525 – 406.027 24.171 2.976 – 164.250 198.101 399.630 61.540 3.247 334.843 – – 5 5 – – 832 1.218.627 12.539 214 – 214 54 808.816 – 647.516 – – 161.159 141 397.004 299.202 23.175 74.627 – 4.960

2006 1.410.227 43.834 (15.516) 771 (16.287) 173 889 889 (2) 1.380.849 1.171.650 370.440 545.402 45.787 3.754 61.283 144.984 – 207.021 – – – 206.912 109 1.085 – 5 1.080 1.093 1.410.901 12.248 56.373 56.049 324 497 1.078.149 279.189 716.557 40.356 42.047 – – 263.634 – 26.926 – 236.708 (674)

1.232 6.192 4.960

1.663 989 (674)

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 - EM R$ MIL (01) APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras do Banco Alfa de Investimento S.A. foram elaboradas em conformidade com a Lei das Sociedades por Ações e normas e instruções do Banco Central do Brasil (BACEN) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). (02) PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS (a) Apuração do Resultado: As receitas e despesas foram apropriadas pelo regime de competência. (b) Ativos Circulante e Realizável a Longo Prazo: Demonstrados pelos valores de realização e, quando aplicável, acrescidos dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidos de provisão para perdas e ajustados pelos seus valores de mercado, especificamente em relação ao registro e a avaliação contábil dos títulos e valores mobiliários estabelecido pela Circular BACEN nº 3068 (vide nota explicativa nº 03 “b” e 11). A Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa foi constituída considerando a atual conjuntura econômica, a experiência de anos anteriores e a expectativa de realização da carteira, de forma que apure a adequada provisão em montante suficiente para cobrir riscos específicos e globais, associada à provisão calculada de acordo com os níveis de risco e os respectivos percentuais mínimos estabelecidos pela Resolução BACEN nº 2682 (vide nota explicativa nº 04 “d”). (c) Ativo Permanente: Demonstrado ao custo corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995, combinado com os seguintes aspectos: • Participações em Controladas, avaliadas pelo método de equivalência patrimonial (vide nota explicativa nº 14). • Depreciação do Imobilizado de Uso, calculada pelo método linear, às seguintes taxas anuais: Imóveis 2,5%; Veículos e Sistemas de Comunicação e de Processamento de Dados 20% e demais itens 10%. • Amortização, basicamente, de despesas com benfeitorias em imóveis de terceiros e com programas de processamento de dados, calculada pelo método linear, pelo prazo máximo de 05 anos. (d) Passivos Circulante e Exigível a Longo Prazo: Demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo, quando aplicável, os encargos e as variações monetárias ou cambiais incorridos, deduzidos das correspondentes despesas a apropriar. (e) Impostos e Contribuições: As provisões para Imposto de Renda, Contribuição Social, PIS e COFINS são calculadas às alíquotas de 15% mais adicional, 9%, 0,65% e 4%, respectivamente, considerando para efeito das respectivas bases de cálculo, a legislação pertinente a cada encargo. Também é observada pelo Banco a prática contábil de constituição de créditos tributários de imposto de renda e contribuição social sobre diferenças temporárias, às mesmas alíquotas vigentes utilizadas para a constituição das provisões fiscais (vide nota explicativa nº 07 “b”). (f) Estimativas Contábeis: As demonstrações financeiras, de acordo com as práticas contábeis brasileiras, incluem algumas contas cujos valores são determinados por estimativas baseadas na experiência passada, ambiente legal e de negócios, probabilidade de ocorrência de eventos sujeitos ou não ao controle da Administração, etc. Essas estimativas são revistas pelos menos anualmente, buscando-se determinar valores que mais se aproximem dos futuros valores de liquidação dos ativos ou passivos considerados. (03) TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS a) Composição de Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos Composta por: 2007 2006 • Títulos do Tesouro Nacional 1.299.639 1.018.782 • Debêntures 160.244 169.050 • Certificados de Depósitos Bancários 61.105 24.937 • Cotas de Fundos de Investimento de Direitos Creditórios 12.087 27.003 • Títulos da Dívida Agrária 31.851 17.298 Títulos Livres 1.564.926 1.257.070 • Títulos do Tesouro Nacional 3.596.914 2.932.463 • Títulos do Banco Central – 67.128 Títulos Vinculados 3.596.914 2.999.591 Total - Títulos e Valores Mobiliários 5.161.840 4.256.661 • Swaps - Diferencial a Receber 9.099 60.704 • Vendas a Termo a Receber - Ações 209.184 82.524 Total - Instrumentos Financeiros Derivativos (*) 218.283 143.228 Total Geral 5.380.123 4.399.889 (*) Vide detalhes na nota explicativa nº 11 b) Classificação de Títulos e Valores Mobiliários por Categoria Até 3 Meses 1 Ano a Acima de Saldo em Saldo em Títulos 3 Meses a 1 Ano 3 Anos 3 Anos 30/06/2007 30/06/2006 • Títulos do Tesouro Nacional 200.734 752.268 1.448.121 20.310 2.421.433 2.201.370 • Cotas de Fundos de Investimento de Direitos Creditórios 817 3.430 7.840 – 12.087 27.003 • Debêntures 31.090 – 24.327 69.331 124.748 125.167 • Certificados de Depósitos Bancários – 2.030 – – 2.030 114 • Títulos da Dívida Agrária 407 6.269 17.538 7.637 31.851 17.297 Títulos para Negociação 233.048 763.997 1.497.826 97.278 2.592.149 2.370.951 • Certificados de Depósitos Bancários 38.946 15.748 4.381 – 59.075 24.823 Títulos Disponíveis para Venda 38.946 15.748 4.381 – 59.075 24.823 • Títulos do Tesouro Nacional – – 1.743.026 732.094 2.475.120 1.749.876 • Títulos do Banco Central – – – – – 67.128 • Debêntures – – – 35.496 35.496 43.883 Títulos Mantidos até o Vencimento – – 1.743.026 767.590 2.510.616 1.860.887 Títulos e Valores Mobiliários 271.994 779.745 3.245.233 864.868 5.161.840 4.256.661 % Concentração por Prazo 5,3 15,1 62,8 16,8 100,0 –

Os títulos foram classificados nas categorias: - “Títulos para Negociação” e “Títulos Disponíveis para Venda”: o valor contábil corresponde ao valor de mercado desses títulos na data do balanço e foi obtido através de coletas de taxas junto ao mercado, quando aplicável e, validadas através de comparação com informações fornecidas pela Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto (ANDIMA): a) O ajuste positivo dos Títulos para Negociação no montante de R$ 25.350 (2006 R$ 23.995), obtido entre os valores de custo R$ 2.566.799 (2006 R$ 2.346.956) e de mercado R$ 2.592.149 (2006 R$ 2.370.951), foi registrado em conta adequada do resultado. b) Os valores de custo e de mercado dos títulos classificados na categoria Disponíveis para Venda correspondiam a R$ 59.075 (2006 R$ 24.823). - “Títulos Mantidos até o Vencimento”: classificados em razão da intenção da Administração e da capacidade financeira do Banco em mantê-los até o vencimento, comprovada com base em projeção de fluxo de caixa conforme exigência do BACEN. Esses títulos foram mantidos pelo seu valor de aquisição acrescido dos rendimentos auferidos, os quais foram registrados no resultado do período. O valor de mercado desses títulos na data do balanço totalizava R$ 2.532.740 (2006 R$ 1.860.794). No semestre, o Banco alienou títulos públicos federais no montante de R$ 703.148 e, para recomposição desta carteira, adquiriu títulos públicos federais da mesma natureza com prazos de vencimentos mais longos. Esta operação gerou um lucro de R$ 5.555, líquido de tributos. (04) OPERAÇÕES DE CRÉDITO a) Composição da Carteira de Crédito Composição 2007 2006 - Empréstimos 1.431.687 1.588.274 - Financiamentos 802.312 928.960 - Financiamentos Rurais 5.075 5.559 - Adiantamentos s/Contratos de Câmbio (1) 178.972 155.936 - Outros Créditos (2) 17.293 7.087 Total da Carteira 2.435.339 2.685.816 - Avais e Fianças Prestadas (3) 651.953 533.715 - Outras Coobrigações (4) 82.703 – Total Global 3.169.995 3.219.531 (1) Os adiantamentos sobre contratos de câmbio estão classificados no balanço como redução de “Outras Obrigações - Carteira de Câmbio”. (2) Outros Créditos incluem rendas a receber sobre contratos de câmbio, devedores por compra de valores e bens e créditos a receber com características de crédito. (3) Avais e Fianças Prestadas estão registrados em contas de compensação. (4) Coobrigação assumida pela emissão e colocação privada de debêntures efetuada pela controlada Alfa Arrendamento Mercantil S.A. b) Composição da Carteira de Crédito por Setor de Atividade 2007 2006 Setores de Atividade Valor % Valor % - Setor Público 68.639 2,8 84.282 3,1 - Setor Privado - Rural 26.714 1,1 5.559 0,2 - Indústria 1.565.096 64,2 1.800.612 67,1 - Comércio 359.912 14,8 303.767 11,3 - Intermediários Financeiros 189.472 7,8 104.234 3,9 - Outros Serviços 223.769 9,2 387.318 14,4 - Pessoas Físicas 1.737 0,1 44 – Total da Carteira 2.435.339 100,0 2.685.816 100,0 c) Composição da Carteira de Crédito por Faixas de Vencimento Parcelas 2007 2006 por Faixas VenVende Vencimento A Vencer cidos Total % A Vencer cidos Total % - A vencer: até 180 dias 1.481.375 603 1.481.978 60,8 1.762.711 703 1.763.414 65,7 de 181 a 360 dias 336.830 485 337.315 13,9 427.825 24 427.849 15,9 acima de 360 dias 600.754 615 601.369 24,7 492.755 – 492.755 18,3 Total Vincendas 2.418.959 1.703 2.420.662 99,4 2.683.291 727 2.684.018 99,9 - Vencidos: até 60 dias – 150 150 – – 321 321 – de 61 a 180 dias – 14.151 14.151 0,6 – 1.360 1.360 0,1 acima de 180 dias – 376 376 – – 117 117 – Total Vencidas – 14.677 14.677 0,6 – 1.798 1.798 0,1 Total da Carteira 2.418.959 16.380 2.435.339 100,0 2.683.291 2.525 2.685.816 100,0 d) Classificação da Carteira de Crédito por Níveis de Risco A Resolução BACEN nº 2682 de 21/12/1999 introduziu os critérios para a classificação das operações de crédito e para a constituição da provisão para créditos de liquidação duvidosa, os quais são baseados em sistemas de avaliação de risco de clientes/operações. A composição da carteira de crédito e a constituição da provisão para créditos de liquidação duvidosa nos correspondentes níveis de risco, conforme estabelecido na referida Resolução, estão demonstrados a seguir:

2007 2006 Saldo da Saldo da Carteira de Crédito Provisão Carteira de Crédito Provisão Níveis de (*) A VenMínima Con(*) A VenMínima ConRisco Vencer cidos Total Exigida tábil Vencer cidos Total Exigida tábil AA 1.088.871 – 1.088.871 – – 841.274 – 841.274 – – A 432.966 – 432.966 2.165 2.165 962.323 – 962.323 4.811 4.811 B 768.771 7 768.778 7.688 19.116 694.267 – 694.267 6.942 19.141 C 114.043 63 114.106 3.423 3.423 162.587 151 162.738 4.882 4.882 D 13.003 485 13.488 1.349 1.349 22.398 1.989 24.387 2.439 2.439 E 831 282 1.113 334 334 258 5 263 79 79 F – 523 523 261 261 – – – – – G 372 14.226 14.598 10.219 10.219 – 24 24 17 17 H 102 794 896 896 896 184 356 540 540 540 Total 2.418.959 16.380 2.435.339 26.335 37.763 2.683.291 2.525 2.685.816 19.710 31.909 (*) Inclui os créditos vencidos até 14 dias e) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa A provisão atingiu o saldo de R$ 37.763 (2006 R$ 31.909), correspondente a 1,6% do total da carteira, montante superior ao mínimo requerido pela Resolução BACEN nº 2682. No decorrer do semestre foram amortizados créditos para prejuízo no montante de R$ 115 (2006 R$ 148) e ocorreram recuperações no montante de R$ 278 (2006 R$ 85). O saldo das operações renegociadas totalizou R$ 1.580 (2006 R$ 260). (05) CARTEIRA DE CÂMBIO Outros Créditos Outras Obrigações Composição 2007 2006 2007 2006 • Câmbio Comprado a Liquidar 351.851 179.587 – – • Câmbio Vendido a Liquidar – – 170.600 14.216 • Direitos sobre Vendas de Câmbio 170.543 14.468 – – • Obrigações por Compras de Câmbio – – 361.863 181.028 • Adiantamentos Recebidos (14.675) (9.610) – – • Adiantamentos s/Contratos de Câmbio – – (178.972) (155.936) • Deságio Antecipado – – – 103 • Rendas a Receber 3.098 2.347 – – Total Global 510.817 186.792 353.491 39.411 As responsabilidades por Créditos Abertos para Importação no valor de R$ 19.579 (2006 R$ 15.800) e por Créditos de Exportação Confirmados R$ 533 (2006 R$ zero) estão registradas em contas de compensação. (06) OUTROS CRÉDITOS - DIVERSOS Composto por: 2007 2006 • Devedores para Compra de Bens 765 4.740 • Créditos Tributários (nota nº 7 “b”) 41.904 28.284 • Opções por Incentivos Fiscais 2.829 2.829 • Depósitos Judiciais 15.095 46.158 • Tributos Antecipados 3.573 4.447 • Créditos a Receber 17.248 4.025 • Devedores Diversos e Adiantamentos 1.573 24.289 Total 82.987 114.772 (07) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (a) Demonstração do Cálculo dos Encargos 2007 2006 Lucro antes da Tributação, Deduzido das Participações no Lucro 42.353 53.337 IR e CS às Alíquotas de 25% e 9%, Respectivamente (14.400) (18.135) Efeito das Adições e Exclusões no Cálculo dos Tributos: • Juros sobre o Capital Próprio 4.263 4.164 • Resultado Obtido com Derivativos não Liquidados 2.167 3.105 • Ajuste ao Valor de Mercado de Títulos e Derivativos 1.846 1.694 • Dividendos Recebidos em Investimentos 178 55 • Equivalência Patrimonial 6.116 5.166 • Provisão para Devedores Duvidosos (1.723) 216 • Provisões Operacionais (1.991) (1.594) • Outras Adições e Exclusões (396) (608) Total dos Encargos Devidos no Semestre (3.940) (5.937) Créditos Tributários de Imposto de Renda e Contribuição Social 8.302 1.233 Obrigações Fiscais Diferidas (1.845) (4.799) Despesa de Imposto de Renda e Contribuição Social 2.517 (9.503) (b) Créditos Tributários de Imposto de Renda e Contribuição Social Saldos Origem 31/12/2006 Constituição Realização 30/06/2007 Contingências Fiscais e Trabalhistas 16.052 8.186 (50) 24.188 Provisão para Devedores Duvidosos 11.116 16.336 (14.613) 12.839 Participação no Lucro - Administradores 314 117 (266) 165 Res. de Operações com Derivativos não Liquidados 5.513 – (2.167) 3.346 Outros Créditos Tributários 442 1.006 (246) 1.202 Subtotal 33.437 25.645 (17.342) 41.740 • Contribuição Social a Compensar 1.995 – (1.831) 164 Total 35.432 25.645 (19.173) 41.904 % sobre Patrimônio Líquido 4,69% 5,31% A Administração do Banco, fundamentada em estudo técnico, estima que a realização destes créditos tributários ocorrerá em 5 anos na seguinte proporção: 32,8% no primeiro ano, 14,1% no segundo ano, 14,4% no terceiro ano, 18,2% no quarto ano e 20,5% no quinto ano. Na data do balanço, o valor presente dos créditos tributários, calculados com base na taxa SELIC é de R$ 29.650. Na data do balanço não existiam créditos tributários não ativados (2006 R$ 5.344).


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quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Fotos: Alex Ribeiro/DC

Internacional

Ópio afegão supera coca dos latinos

O

fortalecimento da milícia Talebã, que governava o Afeganistão até a invasão americana em 2001, em resposta aos ataques de 11 de setembro, já trouxe outros resultados além do aumento da violência no país. O cultivo do ópio aumentou 17% em 2007, para nove mil toneladas, batendo recorde pelo segundo ano seguido, conforme pesquisa da ONU. Pior: a quantidade de terra no Afeganistão utilizada para a produção do ópio — retirado da papoula e base para a produção da heroína — é hoje maior do que a utilizada para o cultivo da coca em toda a América Latina. No sul, os militantes do Talebã controlam várias áreas e têm encorajado os agricultores a produzir ópio. "A terra é pobre e a plantação de papoula é a subsistência de grande parte dos agricultores", descreve Alex Ribeiro, editor de Fotografia do Diário do Comércio que esteve no Afeganistão em 2001 e 2002. "Mostre-me outro caminho e não plantarei mais papoula", confirma o agricultor Ghulam Muhaidin.

Afeganistão: 3.800 mortos no ano

Yiorgos Karahalis/Reuters

Plantações de papoula como a do agricultor Ghulam Muhaidin elevaram o cultivo de ópio, a base da heróina, para um total de nove mil toneladas ao ano no Afeganistão, segundo a ONU

Apenas ontem, ataque da Otan a Talebãs e outros atentados mataram 109

P

elo menos 109 pessoas morreram em mais um dia de intensa violência no Afeganistão, informaram autoridades e militares estrangeiros. A maioria dos mortos — cerca de 100 — é de supostos rebeldes Talebã que foram bombardeados por aviões da Otan. O episódio de ontem ratifica a onda crescente de violência no país, que já alcançou o pior nível desde que forças estrangeiras lideradas pelos EUA invadiram o país em 2001 em resposta aos ataques de 11 de setembro daquele ano. Mais de 3.800 pessoas já perderam a vida em incidentes relacionados à insurgência desde o início de 2007, segundo dados fornecidos por fontes locais e ocidentais compilados pela Associated Press. O fortalecimento da milícia Talebã explica, em parte, o crescimento da violência. Na batalha travada no sul do país, tropas americanas e afegãs foram emboscadas por rebeldes supostamente do Tale-

Shah Marai/AFP

g a rh a r, t a mbém no leste, a explosão de uma bomba atingiu um veículo militar e causou a morte de quatro soldados. Libertação R e p r e s e ntantes do Talebã e do goverLíderes Talebãs anunciam libertação de coreanos no da Coréia do Sul chegabã e solicitaram um ataque aé- ram a um acordo para a liberreo em resposta. Segundo os tação de 19 religiosos sul-comilitares, além dos 100 rebel- reanos seqüestrados há mais des mortos, um soldado afe- de um mês no Afeganistão. Os gão foi morto e outros três fica- negociadores aceitaram soltar ram feridos. A batalha ocorreu os reféns depois de a Coréia do no distrito de Shah Wali Kot, Sul comprometer-se a retirar suas tropas do Afeganistão até província de Kandahar. Em outros incidentes acon- o fim do ano e a proibir as viatecidos ontem, um homem- gens de missionários sul-cobomba atacou um grupo de reanos ao território afegão. Qari Yousef Ahmadi, portasoldados da Otan engajados no apoio à construção de uma voz do Talebã, disse que "um ponte no leste do país, suici- acordo foi alcançado e que os dando-se, matando três milita- sul-coreanos serão libertados res e ferindo seis. Já em Nan- nos próximos dias." (AE)

FOGO – Bombeiros vindos do exterior começaram a ajudar no combate aos incêndios florestais que há cinco dias devastam a Grécia e já mataram 64 pessoas. De segunda para terça-feira, 56 novos focos de incêndio surgiram no país. O governo aventou a possibilidade de que o incêndio seja criminoso

Uma greve contra Evo D

ezenas de lojas foram destruídas e três pessoas ficaram feridas em atos de violência que acompanharam uma greve de 24 horas de impacto parcial convocada por líderes de oposição em seis dos nove departamentos (estados) bolivianos. O protesto contra supostos "atos ditatoriais" do

Carlos Hugo Vaca/Reuters

presidente Evo Morales foi mais forte no departamento de Santa Cruz, reduto da

direita, e no departamento de Chuquisaca, cuja capital, Sucre, reivindica ser a sede do governo nacional. Prevendo que os pedidos de Sucre possam prejudicar o desempenho da Constituinte, o governo determinou que o assunto fosse eliminado da agenda, decisão que provocou a greve. (Reuters)


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4 - ECONOMIA/LEGAIS

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

BANCO ALFA DE INVESTIMENTO S.A. C.N.P.J. 60.770.336/0001-65 CARTA PATENTE Nº 1461/1966 SEDE: ALAMEDA SANTOS, 466 - SÃO PAULO-SP SOCIEDADE ANÔNIMA DE CAPITAL ABERTO NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 - EM R$ MIL (08) EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Em 30 de junho de 2007, os recursos captados no País e no Exterior para repasses a clientes, classificados no Longo Prazo, possuíam as seguintes características: a) Depósitos Interfinanceiros com vencimentos até 22/08/2011; b) Depósitos a Prazo: com vencimentos até 04/06/2012 indexado à taxa do CDI; c) Emissões de títulos no mercado internacional (Resolução 2770), com vencimentos até 15/01/2009 à taxa pré-fixada de 4,75% a.a.; d) Recursos captados junto ao BNDES, com vencimentos até 15/05/2014 à taxa pré-fixada até 9,148% a.a. e pós-fixada até 4,5% a.a. mais TJLP. Os depósitos a prazo foram classificados de acordo com seus vencimentos contratuais e incluem o montante de R$ 1.724.560 referentes às captações com compromisso de liquidez que podem ser resgatados antecipadamente pelos clientes, todos registrados na Câmara de Custódia e Liquidação (CETIP). (09) PATRIMÔNIO LÍQUIDO (a) Capital Social: Dividido em 53.948.999 ações ordinárias e 36.275.493 ações preferenciais, sem valor nominal. É assegurado às ações preferenciais, que não possuem direito de voto, um dividendo mínimo de 6% a.a. sobre a parte e respectivo valor do capital que essas ações representam. A Assembléia Geral Extraordinária realizada em 24/04/2007, homologada pelo Banco Central do Brasil em 18/06/2007, aprovou o aumento do capital social para R$ 335.000 mediante incorporação de reservas de lucros. (b) Dividendos: O Estatuto Social prevê dividendo mínimo de 25% do lucro líquido anual, ajustado conforme o disposto no artigo 202 da Lei das Sociedades por Ações, podendo ser pago sob a forma de juros sobre capital próprio, conforme previsto no artigo 35 do Estatuto Social e artigo 9º da Lei nº 9249 de 26/12/1995. Está sendo proposto o pagamento de juros sobre o capital próprio no valor bruto de R$ 12.539, correspondendo aos valores brutos de R$ 133,60 e R$ 146,96 por lote de mil ações ordinárias e preferenciais, respectivamente, sujeitos à incidência de imposto de renda na fonte à alíquota de 15%, quando aplicável. A adoção do pagamento desses juros sobre capital próprio aumentou o resultado do Banco em aproximadamente R$ 4.263 (2006 R$ 4.164), face ao benefício fiscal obtido. Os juros foram contabilizados em conformidade com a Circular BACEN nº 2739/97, Deliberação CVM nº 207/96 e em atendimento às disposições fiscais. (c) Reserva de Capital e Reserva de Lucros: A reserva de capital é representada pelas reservas de incentivos fiscais R$ 29.752 (2006 R$ 29.752), de atualização de títulos patrimoniais R$ 4.255 (2006 R$ 4.255), de correção monetária especial da Lei nº 8200/91 R$ 14.764 (2006 R$ 14.764) e dividendos não reclamados R$ 6.272 (2006 R$ 5.403). A reserva de lucros é composta pelas reservas legal R$ 47.277 (2006 R$ 42.860), estatutárias R$ 316.929 (2006 R$ 289.692) e lucros a realizar R$ 34.443 (2006 R$ 34.443). A reserva estatutária é composta pelas reservas para aumento de capital R$ 249.026 (2006 R$ 227.713) e especial para dividendos R$ 67.903 (2006 R$ 61.979). A realização da Reserva de Lucros a Realizar, ocorre na medida em que as reservas de lucros nas controladas forem efetivamente realizadas ou distribuídas. No semestre não foi realizada a parcela de reserva de lucros a realizar em conformidade com a Lei nº 6404/76, com alterações introduzidas pela Lei nº 10303/01, tendo em vista que sua controlada BRI Participações Ltda. não distribuiu efetivamente parcela de seus lucros. (10) TRANSAÇÕES ENTRE PARTES RELACIONADAS Sempre em concordância com os dispositivos legais vigentes e com as normas expedidas pelo Banco Central do Brasil, são efetuadas operações com empresas controladas e ligadas a taxas e valores médios praticados com terceiros. 2007 2006 Ativos Receitas Ativos Receitas Operações (Passivos) (Despesas) (Passivos) (Despesas) • Disponibilidades 368 – 462 – • Operações Compromissadas (1) 17.003 1.544 (85.671) (9.770) • Depósitos Interfinanceiros (1) 1.261.729 78.271 1.230.736 84.770 • Certificado de Depósito Bancário (1) (4.935) (1.732) (98.412) (7.305) • Operações SWAP (1) 643 154 22 4 • Juros sobre o Capital Próprio 832 832 1.093 1.093 • Ressarcimento de Custos (2) 529 4 809 24 • Prestação de Serviços (3) – (3.806) – (4.001) (1) As aplicações e captações de recursos referem-se às operações envolvendo o Banco e empresas ligadas, efetuadas a taxas compatíveis com as taxas médias praticadas pelo mercado, vigentes nas datas das operações. (2) Os ressarcimentos de custos referem-se basicamente, à sub-locação de imóvel com empresas ligadas de acordo com contrato mantido entre as partes. (3) Referem-se basicamente aos serviços contratados junto às empresas Metro Tecnologia e Informática Ltda., sendo: tecnologia R$ 1.798 (2006 R$ 1.803) e consultoria contábil R$ 303 (2006 R$ 290), Metro Sistemas de Informática Ltda., sendo: tecnologia R$ 585 (2006 R$ 744) e auditoria interna R$ 39 (2006 R$ 159), Metro Dados Ltda., sendo: tecnologia R$ 494 (2006 R$ 485), Instituto Alfa de Cultura, sendo: divulgação da marca Alfa R$ 55 (2006 R$ 140) e Metro Táxi Aéreo Ltda., sendo: transporte aéreo R$ 380 (2006 R$ 380). (11) INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS O Banco participa de operações envolvendo instrumentos financeiros que se destinam a atender necessidades próprias e dos seus clientes, bem como, reduzir a exposição a riscos de mercado, de moeda e de taxas de juros. O gerenciamento e monitoramento dos riscos envolvidos são realizados por área independente através de políticas de controles, estabelecimento de estratégias de operação, determinação de limites e do acompanhamento constante das posições assumidas através de técnicas específicas, consoante às diretrizes estabelecidas pela Administração. a) Riscos e Gerenciamento de Riscos: A estrutura de gerenciamento de riscos contempla os seguintes riscos segregados por natureza: Risco de Mercado - O risco de mercado está relacionado à probabilidade de perda decorrente dos impactos de flutuações dos preços e taxas de mercado sobre as posições ativas e passivas da carteira própria do Banco. A política global em termos de exposição a riscos de mercado é conservadora, sendo a estratégia e os limites de VaR (Value at Risk) definidos pelo Comitê Estratégico de Gestão de Risco de Mercado e seu cumprimento acompanhado diariamente por área independente à gestão das carteiras, através de métodos e modelos estatísticos e financeiros desenvolvidos de forma consistente com a realidade de mercado. A metodologia para apuração do VaR é baseada no modelo paramétrico, com intervalo de confiança de 99% para o horizonte de tempo de um dia e as volatilidades são calculadas pela metodologia EWMA com a utilização de lâmbda de 0,94. Além do VaR, são adotados os parâmetros risco acumulado mensal e cenários de stress em que são elaborados cenários históricos e hipotéticos para as taxas de mercado e verificados os possíveis impactos nas posições. As informações para elaboração das curvas de mercado são obtidas através da tabela de taxas médias divulgada diariamente pela Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). Complementando a estrutura de acompanhamento,

controle e gestão de riscos de mercado, são calculados diariamente a exigência de capital para cobertura do risco de exposição cambial e de exposição em operações contratadas com taxas pré-fixadas em conformidade com a regulamentação do Banco Central do Brasil. Risco de Liquidez - O controle e estratégia de liquidez são decididos pelo Comitê de Caixa que reúne-se diariamente antes do início das operações, com o objetivo de avaliar o comportamento dos diversos mercados de juros, dólar e bolsas, domésticos e internacionais, bem como, definir as estratégias do dia e avaliar o fluxo de caixa das empresas financeiras. O Comitê de Caixa gerencia o risco de liquidez concentrando sua carteira em ativos de alta qualidade e de grande liquidez, cujas posições são monitoradas on-line e casadas cuidadosamente quanto a moedas e prazos. Adicionalmente, os controles do risco de liquidez utilizam-se de fluxo de caixa projetado diariamente para atendimento à Resolução nº 2804, adotando-se as premissas de fluxo de vencimento das operações financeiras, fluxo de caixa de despesas, o nível de atraso nas carteiras e antecipação de passivos. Risco de Crédito - O risco de crédito é o risco decorrente da possibilidade de perda devido ao não recebimento de contrapartes ou de credores de valores contratados. O gerenciamento de riscos de crédito exige alto grau de disciplina e controle das análises e das operações efetuadas, preservando a integridade e a independência dos processos. A política de crédito objetiva a segurança, qualidade e liquidez na aplicação dos ativos, agilidade e rentabilidade dos negócios, minimizando os riscos inerentes a qualquer operação de crédito, bem como orienta sobre a fixação de limites operacionais e/ou concessão de crédito. Para a execução da política de crédito, assumem papel importante o Departamento de Análise de Crédito e o Comitê de Crédito que deliberam negócios acima das alçadas dos Superintendentes Regionais e, com isso, acompanham com segurança essa atividade essencial. A análise das operações de menor valor é realizada de forma sistemática e automatizada por atribuição de rating e perfil na modelagem de score. Risco Operacional - A área de Gestão de Riscos é responsável pela atividade de gerenciamento do risco operacional do Banco e de cada uma das demais instituições integrantes do Conglomerado Financeiro Alfa. Com as definições da estrutura organizacional, da política institucional, dos processos, dos procedimentos e dos sistemas necessários para a implementação da estrutura de gerenciamento de risco operacional, a Gerência estará apta a identificar, avaliar, monitorar e controlar os riscos associados de cada uma das instituições do Conglomerado Financeiro Alfa dentro do prazo estabelecido na Resolução BACEN nº 3380 de 29/06/2006. b) Derivativos: Os instrumentos financeiros derivativos são representados por operações de contratos futuros, a termo e de swap, registrados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) ou na Câmara de Custódia e Liquidação (CETIP) e na Central Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), envolvendo taxas pré-fixadas, mercado interfinanceiro (DI), variação cambial ou índice de preços. A posição em 30 de junho de 2007 desses instrumentos financeiros derivativos têm seus valores registrados em contas de compensação e os ajustes/diferenciais em contas patrimoniais, conforme demonstrado abaixo. Para apuração dos preços de mercado destes contratos foram utilizadas as taxas médias praticadas para operações com prazo e indexadores similares na data do balanço, conforme divulgações da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). 2007 2006 Contratos Custo Referência Mercado Custo Referência Mercado • Pré 758.837 795.029 796.301 457.162 478.655 478.822 • Mercado Interfinanceiro 314.770 374.786 374.786 368.799 448.523 448.523 • Moeda Estrangeira 81.847 81.037 80.049 28.701 26.154 26.267 Posição Ativa 1.155.454 1.250.852 1.251.136 854.662 953.332 953.612 • Pré 178.615 232.071 232.506 177.400 199.433 199.609 • Mercado Interfinanceiro 840.684 882.352 882.352 485.863 522.185 522.185 • Moeda Estrangeira 115.516 112.783 111.735 169.986 167.328 167.322 • Índices 20.639 25.840 26.987 21.413 23.701 23.292 Posição Passiva 1.155.454 1.253.046 1.253.580 854.662 912.647 912.408 Swaps - Exposição Líquida – (2.194) (2.444) – 40.685 41.204 Contratos a Termo a Receber - Vendas de Ações 207.286 209.158 209.184 81.686 82.552 82.524 Box de Opções Flexíveis - Prêmios Recebidos (814.432) (853.017) (853.017) (491.750) (513.898) (513.898) Non Deliverable Forward - NDF Posições Ativas 105.703 86.824 82.856 125.754 108.082 102.703 Posições Passivas 105.703 123.145 121.450 125.754 140.993 135.783 Exposição Líquida - NDF – (36.321) (38.594) – (32.911) (33.080) Contratos Futuros Compromissos de: Compra - DDI – – – 11.356 11.356 11.356 Venda - DDI (65.752) (65.752) (65.752) (11.400) (11.400) (11.400) Compra - DI 42.927 42.927 42.927 80.314 80.314 80.314 Venda - DI (1.449.827) (1.449.827) (1.449.827) (1.002.366) (1.002.366) (1.002.366) Compra - Dólar 34.672 34.672 34.672 – – – Venda - Dólar (40.200) (40.200) (40.200) (40.272) (40.272) (40.272) Contratos Futuros (1.478.180) (1.478.180) (1.478.180) (962.368) (962.368) (962.368) Os seguintes valores a receber (ativo) e a pagar (passivo) foram registrados em contas patrimoniais sob o título “Instrumentos Financeiros Derivativos”: swaps: diferencial a receber R$ 9.099 (2006 R$ 60.704) e a pagar R$ 11.543 (2006 R$ 19.500); a termo: valores a receber R$ 209.184 (2006 R$ 82.524); box de opções flexíveis: prêmios recebidos R$ 853.017 (2006 R$ 513.898) e Non Deliverable Forwards (NDF): valores a pagar R$ 34.945 (2006 R$ 30.085), já reduzido do efeito positivo de marcação a mercado dos itens objeto de hedge, no montante de R$ 3.649 (2006 R$ 2.995). O total do ajuste positivo, de marcação a mercado, registrado no resultado do semestre foi de R$ 88 (2006 ajuste negativo de R$ 980). Os instrumentos financeiros derivativos registrados em contas de compensação possuíam os seguintes vencimentos: 2007 2006 Prazos de Vencimento Prazos de Vencimento Até De 91 De 181 Acima Até De 91 De 181 Acima 90 a 180 a 360 de 360 90 a 180 a 360 de 360 Dias Dias Dias Dias Total Dias Dias Dias Dias Total Swap 281.146 277.654 15.159 677.177 1.251.136 331.607 172.989 84.908 364.108 953.612 Termo 209.184 – – – 209.184 79.396 3.128 – – 82.524 Box de Opções (273.853) (111.286) (56.255)(411.623) (853.017)(251.413) (73.191) (40.154)(149.140)(513.898) NDF 30.032 4.692 10.089 38.043 82.856 27.031 8.663 22.596 44.413 102.703 Futuros (903.344)(215.824)(333.272) (25.740)(1.478.180)(410.566)(144.767)(178.881)(228.154)(962.368)

(12) PASSIVOS CONTINGENTES E OBRIGAÇÕES LEGAIS - FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS O Banco, no curso normal de suas atividades, é parte em processos de natureza fiscal, previdenciária, trabalhista e cível. As respectivas provisões foram constituídas levando-se em conta a legislação em vigor, a opinião dos assessores legais, a natureza e complexidade dos processos, o posicionamento dos Tribunais, o histórico de perdas e outros critérios que permitam a sua estimativa da forma mais adequada possível. A Administração considera que as provisões existentes na data destas demonstrações são suficientes para fazer face aos riscos decorrentes destes processos. As provisões constituídas e respectivas variações no período estão demonstradas a seguir: Movimentação Fiscais Trabalhistas Total Saldo Início do Período 122.001 2.547 124.548 (+) Complemento de Provisão 5.559 – 5.559 Saldo Final do Período 127.560 2.547 130.107 (a) As obrigações legais e as contingências fiscais e previdenciárias referem-se principalmente a obrigações tributárias cuja legalidade ou constitucionalidade é objeto de contestação nas esferas administrativa e judicial, com destaque para: (i) o alargamento da base de cálculo da COFINS determinado pela Lei nº 9718/98, (ii) a cobrança da CSLL por alíquotas diferenciadas para o Sistema Financeiro (Isonomia), (iii) a cobrança do PIS pelas Emendas Constitucionais 01/94, 10/96 e 17/97 e (iv) a dedução dos valores da CSLL na base de cálculo do IRPJ. As provisões existentes amparam o risco decorrente das obrigações legais e das contingências fiscais e previdenciárias consideradas como de perda provável e encontra-se registradas no exigível a longo prazo na rubrica “Provisão para Riscos Fiscais” do grupo “Outras Obrigações - Fiscais e Previdenciárias”. O Banco possui outras contingências fiscais e previdenciárias, avaliadas individualmente por nossos assessores como de risco de perda não provável, conforme Deliberação CVM nº 489, de 03/10/2005, com destaque para: (i) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL): Trata-se de cobranças efetuadas pela Receita Federal do Brasil relativas ao período de janeiro/92 a junho/94. O Banco possui processos judiciais já transitados em julgado exonerando-o do pagamento dessa contribuição. Essas cobranças, no montante de R$ 113.958, estão sendo objeto de questionamento judicial. (ii) ISS - Instituições Bancárias: Trata-se de autos de infração no montante de R$ 8.791, lavrados pela Prefeitura de São Paulo para a cobrança de ISS sobre valores registrados em diversas contas contábeis, sob a alegação de se tratar de receitas de prestação de serviços. (b) As contingências trabalhistas originam-se de ações judiciais movidas por ex-empregados que buscam obter indenizações referentes a pretensos direitos trabalhistas. A provisão constituída encontra-se registrada na rubrica “Provisão para Passivos Contingentes” do grupo “Outras Obrigações - Diversas”. (c) As contingências cíveis são originadas basicamente por ações judiciais movidas por terceiros, pleiteando indenização por danos materiais e morais, sendo em sua maior parte julgadas pelo Juizado Especial Cível. Não existem processos de valores significativos em curso e que sejam de conhecimento da Administração. (13) OUTRAS INFORMAÇÕES (a) Outros Investimentos: composta principalmente por ações de companhias de capital aberto e fechado e por títulos patrimoniais da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e da Câmara de Custódia e Liquidação (CETIP). (b) Outras Obrigações - Diversas: composta basicamente por provisões para despesas administrativas e contingência trabalhista e credores diversos. (c) No semestre, os honorários da Administração do Banco totalizaram R$ 3.260 (2006 R$ 3.107). (d) Outras Receitas Operacionais: composta basicamente por dividendos e juros sobre o capital recebidos ou declarados de investimentos avaliados pelo método de custo R$ 657 (2006 R$ 320), reversão de provisões R$ 675 (2006 R$ 105) e receitas obtidas com vendas de ações R$ 258 (2006 R$ 130). (e) Outras Despesas Operacionais: composta basicamente por despesas com atualizações de tributos R$ 1.236 (2006 R$ 1. 233) e complemento da provisão para contingências fiscais R$ 4.285 (2006 R$ 3.273). (f) Resultado não Operacional: refere-se a lucros obtidos na alienação de bens R$ 40 (2006 R$ 10) e receitas obtidas com alienação a prazo de bens não de uso próprio R$ 101 (2006 R$ 326). (g) O Banco administra Fundos de Investimentos de Renda Fixa, de Ações, de Ações-Carteira Livre, Clubes de Investimentos e Carteiras de Particulares, cujos patrimônios líquidos na data do balanço totalizavam R$ 4.440.811 (2006 R$ 3.699.546). (h) O Banco tem como política segurar seus valores e bens a valores considerados adequados para coberturas de eventuais perdas. (i) Em atendimento à Deliberação CVM nº 371 informamos que o Banco e suas controladas não mantêm planos de remuneração em ações (stock options) e outros benefícios a seus empregados. (14) PARTICIPAÇÕES EM CONTROLADAS Alfa Alfa Corretora BRI Uvale S.A. Arrenda- de Câmbio ParticiUvas mento e Valores pações Vale do Mercantil Mobiliários Ltda. Gorutuba Total • Capital Social 178.300 30.000 26.868 • Patrimônio Líquido Ajustado 217.352 82.451 228.744 • Lucro do Período 11.243 2.789 9.601 • Quantidade de Ações Ordinárias 10.416.839 5.651.072 – • Quantidade de Ações Preferênciais 985.392 3.998.045 – • Quantidade de Cotas Possuídas – – 26.744.827 • % de Participação 55,661 60,307 99,543 • Resultado da Avaliação 1º Semestre/2007 5.342 3.677 9.802 18.821 1º Semestre/2006 3.830 3.239 8.817 401 16.287 • Valor Contábil do Investimento Em 30/06/2007 120.980 49.724 227.697 398.401 Em 30/06/2006 113.195 45.166 204.109 362.470

DIRETORIA

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

CONTADOR

Paulo Guilherme Monteiro Lobato Ribeiro - Presidente

Humberto Mourão de Carvalho - Presidente Paulo Guilherme Monteiro Lobato Ribeiro Rubens Garcia Nunes

Adilson Herrero Fábio Alberto Amorosino

Ailton Carlos Canette Ivan Dumont Silva

Carlos Romano Filho CRC 1SP 207844/O-0

Benedito Carlos de Pádua Roberto Musto

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Ao Conselho de Administração e aos Acionistas do Banco Alfa de Investimento S.A. São Paulo - SP Examinamos os balanços patrimoniais do Banco Alfa de Investimento S.A. levantados em 30 de junho de 2007 e 2006 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.

Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume das transações e os sistemas contábil e de controles internos do Banco; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração do Banco, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco Alfa de Investimento S.A. em 30 de junho de 2007 e 2006, os resultados de suas operações, as mutações do seu patrimônio

O Comitê de Auditoria, constituído no Banco Alfa de Investimento S.A. , instituição líder do Conglomerado Financeiro Alfa., exerce as atribuições e responsabilidades previstas em seu regulamento e dispositivos legais vigentes, desenvolvendo suas atividades no referido Banco, no Banco Alfa S.A., na Financeira Alfa S.A. Crédito, Financiamento e Investimentos, na Alfa Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários S.A.. e na Alfa Arrendamento Mercantil S.A., empresas integrantes do Conglomerado. No primeiro semestre de 2007 o Comitê de Auditoria, sempre voltado ao estrito cumprimento de suas atribuições, responsabilidades e competências, continuou focando seus trabalhos nas áreas mais representativas e mais expostas a riscos. Para tanto, teve como suporte as Auditorias Interna e Externa, as áreas de Controles Internos, Controladoria e Contabilidade, além de manter estreito contato com os principais diretores e executivos das empresas do Conglomerado visando o acompanhamento de suas atividades e negócios. O Comitê também vem acompanhando os procedimentos para a implantação do gerenciamento de risco operacional dentro do prazo determinado junto à área de Gestão de Riscos. Destaca-se ainda o constante relacionamento com a Diretoria Administrativa, notando-se sua permanente preocupação

em aprimorar os controles existentes e sua disposição em implementar as recomendações emanadas do Comitê. Na área de Controles Internos deu seqüência a revisão de pontos e controles, normas e técnicas de monitoramento, recomendou o incremento do programa de visitas as áreas controladas e dedicou especial atenção ao cumprimento das normas internas e legais vigentes. Ressalte-se, ainda, os aprimoramentos implantados, e os projetos em andamento no monitoramento do processo de prevenção a lavagem de dinheiro. Quanto à efetividade dos controles internos, o Comitê avalia que os mesmos estão adequados e atendem as necessidades das empresas do Conglomerado. Com relação a Auditoria Interna e a Auditoria Externa KPMG Auditores Independentes, responsável pela auditoria das demonstrações financeiras das empresas do Conglomerado, o Comitê acompanhou, analisou, discutiu e avaliou os resultados de suas atividades desenvolvidas no período. Ressalte-se que nestas oportunidades o Comitê em nenhum momento foi acionado e também não deparou com nenhuma situação que viesse a prejudicar a atuação das mesmas ou sua independência na condução de seus trabalhos. Nenhuma falha relevante foi constatada e/ou apontada em seus trabalhos, o que

líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondente aos semestres findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 14 de agosto de 2007

Auditores Independentes CRC 2SP 014428/O-6

Zenko Nakassato Contador CRC 1SP 160769/O-0

RESUMO DO RELATÓRIO DO COMITÊ DE AUDITORIA vem reforçar os quesitos de integridade e qualidade das demonstrações financeiras, das empresas do Conglomerado. O Comitê avalia como satisfatórios os trabalhos realizados pelas mesmas. Considerando as avaliações satisfatórias das atuações das áreas de Controles Internos e Auditorias Interna e Externa, e ainda os inúmeros contatos mantidos com as áreas de Controladoria e Contabilidade responsáveis pela elaboração das demonstrações financeiras e também as constantes análises procedidas em relatórios, posições, mapas de uso interno utilizados pelas mencionadas áreas para comprovação e confirmação dos dados das mesmas, conclui o Comitê que as demonstrações financeiras das empresas integrantes do Conglomerado Financeiro Alfa, encerradas em 30/06/2007, atendem satisfatoriamente aos requisitos de integridade, qualidade, transparência e visibilidade, e inclusive quanto a aplicação das práticas contábeis geralmente aceitas e exigidas pelas normas legais vigentes. São Paulo, 14 de agosto de 2007 Rogério Rey Betti Eurico Ferreira Rangel José Carlos Guimarães

RESULTADO DE PARCERIA COM SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE, UNIDADE VAI VENDER ÚLTIMOS LANÇAMENTOS

REEBOK INAUGURA LOJA EM ESTÁDIO Marcelo Soares/Hype

Marcas concedidas pelo INPI podem ser ilegais

André Alves

A

Reebok e o São Paulo Futebol Clube inauguraram ontem, no Estádio Cícero Pompeu de Toledo — o Morumbi — a Rbk Concept Store, a maior loja localizada dentro de um estádio da América Latina. A iniciativa é o primeiro passo do projeto Morumbi Concept Hall, que tem o objetivo de oferecer o espaço do setor térreo para empresários que desejam investir em serviços, entretenimento e lazer. A idéia também pretende atrair público ao local em todos os dias da semana, e não apenas em dias de jogos. Nos 700 metros quadrados, os torcedores encontram na Rbk Concept Store toda a coleção do São Paulo produzida pela Reebok, os últimos lançamentos da marca esportiva em vestuário e calçados e produtos licenciados do time paulista, além dos lançamentos da parceria com a Warner Bros. Consumer Products (WBCP), incluindo produtos exclusivos para a megaloja. Na parceria com o São Paulo, a Reebok bancou a construção — esti-

A Da receita com os artigos vendidos na nova loja da Reebok no estádio do Morumbi o São Paulo Futebol Clube ficará com 10%.

mada em cerca de U$ 3,5 milhões. Da receita da loja, 10% vão para o clube do Morumbi. Camarotes — Além de vender artigos esportivos, o novo espaço tem um camarote com 101 poltronas para convidados da empresa e do São Paulo, com visão privilegiada do campo. "Planejamos a construção de outras unidades de negócios, entretenimento, serviços e lazer no estádio. Já começamos as obras para a instalação de um bar temático, por meio de uma parceria com a Coca-Cola Femsa, que admi-

nistrará o bar e venderá seus produtos. Também construiremos a Sala do Raí, um camarote especial para personalidades são-paulinas", afirmou Júlio Casares, diretor de marketing do São Paulo. De acordo com o presidente do clube do Morumbi, Juvenal Juvêncio, a loja inaugurada ontem tem o conceito multiuso, com a realização de lançamentos de livros, produtos, além de ser aberta para visitação de turistas e escolas. "O estádio precisa se viabilizar economicamente. A loja é apenas

o primeiro passo desse processo. Vamos fazer do anel térreo um grande complexo cultural, com livrarias, academias, bufê infantil, restaurantes e lojas de grifes. Futuramente não descartamos a construção de uma sala de cinema." De acordo com o diretor de marketing da Reebok, Túlio Formicola Filho, esta é a primeira vez que a empresa trabalha com o conceito de uma grande loja dentro de um estádio de futebol. "Estamos muito felizes com este relacionamento", concluiu o executivo.

s marcas que estão sendo concedidas pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) poderão ser consideradas ilegais, segundo a Associação Brasileira de Propriedade Intelectual (ABPI). De acordo com a associação, o motivo seria a adoção de um exame simplificado, que começou a ser utilizado pelo INPI em abril do ano passado. Ao todo, cerca de 200 mil marcas já teriam sido concedidas por meio do exame simplificado, cujo objetivo seria apressar o processo de concessão de marcas, que a ABPI considerava "lento". O prazo para a concessão, que antes era de seis anos, já teria caído para quatro. Segundo o presidente da ABPI, Gustavo Leonardos, o exame simplificado foi criado por uma instrução de serviço interna (ordem por escrito passada para funcionários). E ela não foi publicada na Revista do INPI, que corresponde ao Diário Oficial, e sequer foi comunicada a órgãos como a

própria associação. Leonardos disse que, ao "simplificar" alguns procedimentos, parte dos trâmites para análise de processos estaria deixando de ser feita, e isso "ameaça a segurança jurídica dos titulares do direito, que passam a ficar expostos à violação de suas marcas". A ABPI defendeu "a contratação de mais funcionários para dar rapidez ao processo de concessão de marcas" e pediu a anulação do exame simplificado durante o 27º Seminário Nacional de Propriedade Intelectual, que terminou ontem no Rio de Janeiro Segundo o procurador-chefe do INPI, Mauro Maia, "não existe nenhuma possibilidade de ameaça sobre as marcas concedidas". De acordo com ele, o chamado exame simplificado não descumpre nenhum aspecto da legislação sobre a concessão de marcas. Antes da adoção do exame simplificado, existiam 600 mil pedidos de marcas atrasados, à espera de análise. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

O

Indicador do Nível de Atividade (INA) da indústria paulista, elaborado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), teve alta pelo sétimo mês consecutivo em julho, confirmando que o ritmo de crescimento industrial no estado avançou. De janeiro a julho, o INA subiu 5% em comparação ao mesmo período do ano passado. Em 2006, o indicador subiu apenas 2,9%. Ao mesmo tempo em que comemoram o crescimento, os empresários temem uma mudança no comportamento do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

ECONOMIA/LEGAIS - 7

Atividade na indústria paulista aumenta 5% De acordo com a Fiesp e o Ciesp, alta em julho foi a sétima expansão consecutiva do indicador "Uma interrupção no corte de juros poderia minar o ânimo dos empresários", disse Paulo Francini, diretor da Fiesp, sobre os riscos de redução no ritmo de corte da taxa básica (Selic), hoje em 11,5% ao ano. P a r a B o r i s Ta b a c o f , d o Ciesp, o resultado do INA em julho confirma que o aumento da atividade industrial apre-

senta sinais de sustentabilidade. Por isso, já é possível pensar em uma aceleração da indústria em 2007 na casa dos 5%, "muito acima do que imaginávamos no início do ano (entre 2% e 2,5%)", disse. Sinais — Tabacof demonstrou preocupação com o fato de esses números virem a ser interpretados pela autoridade

monetária como sinal de aquecimento da economia. "Seria contraproducente a interrupção da queda no custo do dinheiro e do crédito", completou o empresário, referindo-se ao impacto positivo que a queda ininterrupta da Selic desde setembro de 2005 tem tido na formação positiva de expectativas dos empresários e do con-

sumidor, que tem comprado à base de crédito. Os empresários destacaram que investimentos em produção crescem de forma a evitar redução na oferta e conseqüente inflação. Isso é comprovado pelo comportamento do nível de utilização da capacidade instalada, estável em relação a junho (82,9%), e do setor de má-

quinas e equipamentos. No ano até julho, o INA setorial cresceu 11,7% sobre o mesmo período do ano passado. Em relação à crise motivada pelos créditos imobiliários de alto risco nos EUA, Fiesp e Ciesp acreditam que o sistema financeiro brasileiro mostra resiliência significativa. Porém, o fator preocupante é a possibilidade de a turbulência gerar um esfriamento global do consumo, jogando para baixo os preços das commodities exportadas pelo Brasil. A Fiesp divulgou ontem, junto com o INA, o Sensor Fiesp, um indicador coincidente que antecipa o desempenho do atual mês. O indicador mostrou que a indústria continua positiva em agosto. (AE)

ALFAARRENDAMENTO MERCANTIL S.A. C.N.P.J. 46.570.800/0001-49 SEDE: ALAMEDA ARAGUAIA, 933 - CONJUNTO 32 BARUERI - SP

RELATÓRIO DA DIRETORIA

É indispensável traduzir o reconhecimento da Alfa Arrendamento Mercantil S.A. ao trabalho de seus funcionários, ao apoio de seus acionistas e, finalmente, Senhores Acionistas: Submetemos à sua apreciação, as demonstrações financeiras da Alfa Arrendamento Mercantil S.A., correspondentes às atividades desenvolvidas durante os à confiança de seus clientes e instituições financeiras do mercado que continuaram a prestigiar a organização como sempre fizeram. Barueri, 14 de agosto de 2007 A DIRETORIA semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006, acrescidas das Notas Explicativas e do Parecer dos Auditores Independentes. BALANÇO PATRIMONIAL EM 30 DE JUNHO - EM R$ MIL ATIVO Circulante Disponibilidades Aplicações Interfinanceiras de Liquidez Aplicações em Depósitos Interfinanceiros Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos Carteira Própria Vinculados à Prestação de Garantias Operações de Arrendamento Mercantil Carteira - Setor Público Carteira - Setor Privado (Rendas a Apropriar de Arrendamento Mercantil) Valores Residuais a Realizar (Valores Residuais a Balancear) (Provisão p/Créd. de Arrend. Mercantil de Liq. Duvidosa) Outros Créditos - Diversos Outros Valores e Bens Outros Valores e Bens (Provisões para Desvalorizações) Despesas Antecipadas Realizável a Longo Prazo Aplicações Interfinanceiras de Liquidez Aplicações em Depósitos Interfinanceiros Operações de Arrendamento Mercantil Carteira - Setor Público Carteira - Setor Privado (Rendas a Apropriar de Arrendamento Mercantil) Valores Residuais a Realizar (Valores Residuais a Balancear) (Provisão p/Créd. de Arrend. Mercantil de Liq. Duvidosa) Outros Créditos - Diversos Outros Valores e Bens - Despesas Antecipadas Permanente Imobilizado de Uso Outras Imobilizações de Uso (Depreciações Acumuladas) Imobilizado de Arrendamento Bens Arrendados (Depreciações Acumuladas) Diferido Gastos de Organização e Expansão Amortização Acumulada Total Geral do Ativo

2007 32.894 2.128 – –

2006 22.396 2.099 967 967

23.026 9.407 14.834 2.189 8.192 7.218 2.944 6.602 1.876 2.430 183.378 184.504 (179.061) (178.089) 38.576 13.210 (38.576) (13.210) (3.249) (2.243) 3.648 2.678 1.148 643 978 727 (228) (147) 398 63 31.708 42.651 3.418 22.003 3.418 22.003 (3.343) (2.081) 222 2.031 141.191 120.521 (141.413) (122.552) 260.266 97.499 (260.266) (97.499) (3.343) (2.081) 26.963 21.713 4.670 1.016 557.236 374.538 87 156 715 855 (628) (699) 557.136 374.360 841.511 618.533 (284.375) (244.173) 13 22 25 111 (12) (89) 621.838 439.585

PASSIVO Circulante Depósitos Depósitos Interfinanceiros Outras Obrigações Sociais e Estatutárias Fiscais e Previdenciárias Diversas Exigível a Longo Prazo Depósitos Depósitos Interfinanceiros Recursos Aceites em Títulos Recursos de Debêntures Outras Obrigações Fiscais e Previdenciárias Diversas Resultados de Exercícios Futuros Resultados de Exercícios Futuros Patrimônio Líquido Capital: De Domiciliados no País Reservas de Capital Reservas de Lucros Reserva Legal Reservas Estatutárias Reserva para Aumento de Capital Reserva Especial para Dividendos

2007 144.627 111.497 111.497 33.130 2.813 893 29.424 259.814 28.603 28.603 82.703 82.703 148.508 39.303 109.205 45 45 217.352

2006 140.349 125.374 125.374 14.975 2.186 657 12.132 95.871 5.073 5.073 19.315 19.315 71.483 32.751 38.732 – – 203.365

178.300 – 39.052 13.565 25.487 6.797 18.690

93.700 9.837 99.828 12.551 87.277 69.884 17.393

Eventos Saldos em 31/12/2005 Aumento de Capital - AGE 29/03/2006 Lucro Líquido do Semestre Destinação: Reservas – Juros sobre o Capital Próprio Saldos em 30/06/2006 Mutações do Semestre Saldos em 31/12/2006 Aumento de Capital AGO/E de 24/04/2007 Lucro Líquido do Semestre Destinação: Reservas – Juros sobre o Capital Próprio Propostos Saldos em 30/06/2007 Mutações do Semestre

2007

2006

Receitas da Intermediação Financeira

Descrição

130.120

99.648

Operações de Arrendamento Mercantil

128.025

97.551

Resultado com Títulos e Valores Mobiliários

2.095

2.097

Despesas da Intermediação Financeira

106.536

78.699

Operações de Captação no Mercado

13.655

9.327

Operações de Arrendamento Mercantil

91.559

68.287

Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa

1.322

1.085

Resultado Bruto da Intermediação Financeira

23.584

20.949

Outras Receitas/Despesas Operacionais

(9.720)

(9.068)

Despesas de Pessoal

(3.122)

(3.328)

Outras Despesas Administrativas

(3.448)

(2.842)

Despesas Tributárias

(2.248)

(2.034)

Outras Receitas Operacionais

891

638

Outras Despesas Operacionais

(1.793)

(1.502)

Resultado Operacional

13.864

11.881

(31)

12

Resultado não Operacional Resultado antes da Tributação s/o Lucro e Participações

13.833

11.893

Imposto de Renda e Contribuição Social

(2.403)

(3.066)

Provisão para Imposto de Renda

(3.045)

(2.624)

Provisão para Contribuição Social

(1.040)

(917)

Ativo Fiscal Diferido

1.682

475

Participações no Lucro

(187)

(166)

Empregados

Total Geral do Passivo

621.838

439.585

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - EM R$ MIL Capital 90.000 3.700 –

Reservas de Capital 9.837 – –

Reservas de Lucros 97.292 (3.700) –

Lucros Acumulados – – 8.661

Total 197.129 – 8.661

– – 93.700 3.700 158.700 19.600 –

6.236 – 9.837 – 9.837 (9.837) –

(6.236) – 99.828 2.536 40.713 (9.763) –

– (2.425) – – – – 11.243

(2.425) 203.365 6.236 209.250 – 11.243

– – 178.300 19.600

8.102 – – (9.837)

(8.102) – 39.052 (1.661)

– (3.141) – –

(3.141) 217.352 8.102

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 - EM R$ MIL (01) APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS (04) OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL A carteira está representada pelas operações de leasing pelo As demonstrações financeiras da Alfa Arrendamento Mercantil S.A. foram método financeiro, demonstradas pelo valor presente dos contratos, elaboradas em conformidade com a Lei das Sociedades por Ações e cujo saldo totalizava R$ 417.003 (2006 R$ 315.845) na data do balanço. normas e instruções do Banco Central do Brasil (BACEN). Esse saldo não considera os adiantamentos a fornecedores (02) PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS R$ 4.453 (2006 R$ 8.498) e as operações de leasing operacional (a) Apuração do Resultado: As receitas e despesas foram apropriadas R$ 6.779 (2006 R$ 12.320), demonstradas pelo valor residual dos bens. pelo regime de competência. (b) Ativos Circulante e Realizável a a) Composição da Carteira por Faixas de Vencimento Longo Prazo: Demonstrados pelos valores de realização e, quando Parcelas por Faixas 2007 aplicável, acrescidos dos rendimentos auferidos até a data do balanço, de Vencimento A Vencer Vencidos Total % deduzidos de provisão para perdas e ajustados pelos seus valores de A Vencer mercado, especificamente em relação ao registro e a avaliação contábil Até 180 dias 125.407 793 126.200 30,3 dos títulos e valores mobiliários estabelecidos pela Circular Bacen - De 181 a 360 dias 96.977 526 97.503 23,4 nº 3068 (vide nota nº 03). Os contratos de arrendamento mercantil estão - Acima de 360 dias 191.341 1.606 192.947 46,3 registrados pelo valor contratual, em contrapartida à conta retificadora de Total Vincendas 413.725 2.925 416.650 100,0 rendas a apropriar de arrendamento, corrigidos de acordo com as Vencidos condições determinadas nos contratos de arrendamento, cujo efeito de - Até 60 dias – 163 163 – correção é nulo no resultado. A Provisão para Créditos de Liquidação - De 61 a 180 dias – 137 137 – Duvidosa foi constituída considerando a atual conjuntura econômica, Acima de 180 dias – 53 53 – a experiência de anos anteriores e a expectativa de realização da Total Vencidas – 353 353 – carteira, de forma que apure a adequada provisão em montante suficiente Total da Carteira 413.725 3.278 417.003 100,0 para cobrir riscos específicos e globais, associada à provisão calculada de acordo com os níveis de risco e os respectivos percentuais mínimos Parcelas por Faixas 2006 estabelecidos pela Resolução Bacen nº 2.682 (vide nota nº 04 “c”). de Vencimento A Vencer Vencidos Total % A Vencer (c) Ativo Permanente: Demonstrado ao custo corrigido monetariamente - Até 180 dias 95.789 256 96.045 30,4 até 31 de dezembro de 1995, considerando os seguintes aspectos: - De 181 a 360 dias 81.505 138 81.643 25,8 • Depreciação dos Bens Arrendados, calculada pelo método linear, às - Acima de 360 dias 137.884 179 138.063 43,7 taxas permitidas pela Legislação Fiscal com redução de 30% na vida útil Total Vincendas 315.178 573 315.751 99,9 do bem e obedecem às Portarias nº 431 de 23/12/1987 e nº 113 de Vencidos 23/02/1988. As taxas anuais de depreciação, sem consideração da referida dedução, são: máquinas e equipamentos de 10% a 30%, - Até 60 dias – 56 56 – veículos e afins de 20% a 25% e outros bens de 4% a 20%. Quando do - De 61 a 180 dias – 27 27 – exercício da opção de compra caso a diferença entre o Custo de - Acima de 180 dias – 11 11 – Aquisição e o valor da Depreciação Acumulada for maior que o valor Total Vencidas – 94 94 0,1 Total da Carteira 315.178 667 315.845 100,0 residual pago pelo arrendatário, tal excesso é transferido para a conta Perdas de Arrendamento a Amortizar, para amortização pelo restante do b) Composição da Carteira por Setor de Atividade prazo da vida útil normal do bem; se entretanto for menor, será 2007 2006 reconhecido como receita de acordo com a Portaria nº 564 do Ministério Setores de Atividade Valor % Valor % da Fazenda. • Depreciação do Imobilizado de Uso, calculada pelo método Setor Público - Comércio 1.995 0,5 3.936 1,3 linear, às seguintes taxas anuais: Veículos e Equipamentos de - Indústria 95.685 22,9 89.465 28,3 Processamento de Dados 20% e demais itens 10%. • Amortização do - Comércio 76.675 18,4 52.969 16,8 Diferido, basicamente, representado por benfeitorias em imóveis de - Intermediários Financeiros 833 0,2 378 0,1 terceiros e programas de processamento de dados, calculada pelo - Outros Serviços 134.758 32,3 138.032 43,7 método linear pelo prazo máximo de 05 anos. (d) Passivos Circulante e - Pessoas Físicas 107.057 25,7 31.065 9,8 Exigível a Longo Prazo: Demonstrados por valores conhecidos ou Setor Privado 415.008 99,5 311.909 98,7 Total da Carteira 417.003 100,00 315.845 100,00 calculáveis, incluindo, quando aplicável, os encargos e as variações monetárias e cambiais incorridos, deduzidos das correspondentes c) Classificação da Carteira por Níveis de Risco despesas a apropriar. (e) Impostos e Contribuições: As provisões para A composição da carteira e a constituição da provisão para créditos de Imposto de Renda, Contribuição Social, Pis e Cofins são calculadas às liquidação duvidosa nos correspondentes níveis de risco, conforme alíquotas de 15% mais adicional, 9%, 0,65% e 4%, respectivamente, estabelecido na Resolução BACEN nº 2.682 de 21/12/1999, estão considerando para efeito das respectivas bases de cálculo, a legislação demonstrados a seguir: pertinente a cada encargo. Também, é observado pela Companhia, a 2007 prática contábil de constituição de créditos tributários de imposto de Saldo da Carteira de Crédito Provisão renda e contribuição social sobre diferenças temporárias, às mesmas Níveis de (*) Mínima alíquotas vigentes utilizadas para a constituição das provisões fiscais Risco A Vencer Vencidos Total Exigida Contábil (vide nota nº 07 “b”). (f) Estimativas contábeis: As demonstrações AA 47.636 – 47.636 – – A 80.102 – 80.102 400 400 financeiras, de acordo com as práticas contábeis brasileiras, incluem B 232.532 702 233.234 2.331 3.505 algumas contas cujos valores são determinados por estimativas C 50.849 1.137 51.986 1.560 1.560 baseadas na experiência passada, ambiente legal e de negócios, probabilidade de ocorrência de eventos sujeitos ou não ao controle da D 2.196 449 2.645 265 265 Administração, etc. Essas estimativas são revistas pelo menos E 228 299 527 158 158 F 82 185 267 133 133 anualmente, buscando-se determinar valores que mais se aproximem G 37 81 118 83 83 dos futuros valores de liquidação dos ativos ou passivos considerados. H 63 425 488 488 488 (03) TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS Total 413.725 3.278 417.003 5.418 6.592 A carteira de títulos e valores mobiliários está composta por títulos de 2006 emissão do Tesouro Nacional R$ 23.026 (2006 R$ 9.407), vencíveis nos Saldo da Carteira de Crédito Provisão seguintes prazos: de 3 meses a 1 ano R$ zero (2006 R$ 8.569), de 1 ano a Níveis de (*) Mínima 3 anos R$ 10.463 (2006 R$ 838) e de 3 a 5 anos R$ 12.563 Risco A Vencer Vencidos Total Exigida Contábil (2006 R$ zero). Os referidos títulos foram classificados na categoria AA 74.321 – 74.321 – – Títulos para Negociação e o seu valor contábil corresponde ao valor de A 30.893 – 30.893 154 154 mercado desses títulos na data do balanço. O valor de mercado foi obtido B 150.238 307 150.545 1.506 2.112 através de coletas de taxas junto ao mercado, quando aplicável e, C 58.127 92 58.219 1.747 1.747 validadas através de comparação com informações fornecidas pela D 1.560 149 1.709 171 171 Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto (Andima). E 25 – 25 7 7 O ajuste positivo desses títulos no montante de R$ 1 (2006 R$ 60), H 14 119 133 133 133 obtido entre os valores de custo R$ 23.025 (2006 R$ 9.347) e de mercado Total 315.178 667 315.845 3.718 4.324 R$ 23.026 (2006 R$ 9.407), foi registrado em conta adequada do (*) Inclui os créditos vencidos até 14 dias. resultado.

(187)

(166)

Resultado do Período

11.243

8.661

Resultado por Lote de Mil Ações - R$

548,84

422,80

Contas A - Origem dos Recursos Lucro Líquido do Semestre Ajustes ao Lucro Líquido - Depreciações e Amortizações - Superveniência de Depreciações - Outros Variação nos Resultados de Exercícios Futuros Recursos de Terceiros Originários de: - Aumento dos Subgrupos do Passivo Depósitos Debêntures Outras Obrigações - Diminuição dos Subgrupos do Ativo Aplicações Interfinanceiras de Liquidez Operações de Arrendamento Mercantil - Alienação de Bens e Investimentos Bens Não de Uso Próprio Imobilizado de Uso Imobilizado de Arrendamento Investimentos B - Aplicação dos Recursos Juros Sobre o Capital Próprio Inversões em: - Bens Não de Uso Próprio - Imobilizado de Uso - Imobilizado de Arrendamento Aplicações no Diferido Aumento dos Subgrupos do Ativo - Aplicações Interfinanceiras de Liquidez - Títulos e Valores Mobiliários - Outros Créditos - Outros Valores e Bens Aumento das Disponibilidades (A-B) Modificações na Posição Financeira Início do Período Fim do Período Aumento das Disponibilidades

2007 210.866 11.243 81.458 91.251 (9.793) – 45 118.120 54.118 2.117 2.818 49.183 35.058 27.760 7.298 28.944 360 13 28.571 – 210.506 3.141 177.106 585 14 176.507 14.877 15.382 – 11.327 2.499 1.556 360

2006 173.588 8.661 67.628 67.945 (239) (78) – 97.299 79.677 40.230 19.315 20.132 1.426 – 1.426 16.196 552 – 15.436 208 172.847 2.425 142.183 180 21 141.982 7.535 20.704 16.358 1.044 2.741 561 741

1.768 2.128 360

1.358 2.099 741

O saldo da provisão atingiu o montante de R$ 6.592 (2006 R$ 4.324) (09) TRANSAÇÕES ENTRE PARTES RELACIONADAS As operações entre partes relacionadas são efetuadas às taxas e valores correspondente a 1,58% do total da carteira. No semestre, os créditos médios praticados com terceiros. Os ressarcimentos de custos amortizados para prejuízo totalizaram R$ 179 (2006 R$ 10), referem-se a agenciamentos de operações, prestação de serviços e sendo recuperados no mesmo período R$ 693 (2006 R$ 1.018). rateio de despesas. Em 30 de junho de 2007, o saldo das operações renegociadas era de 2007 2006 R$ 2.922 (2006 R$ 1.143). Ativo Receita Ativo Receita (05) IMOBILIZADO DE ARRENDAMENTO Operações (Passivo) (Despesa) (Passivo) (Despesa) 2007 2006 Disponibilidades 1.893 – 2.002 – Máquinas e Equipamentos 257.404 226.936 Depósitos Interfinanceiros (1) (136.682) (7.661) (107.477) (7.591) Máquinas e Equipamentos - Leasing Operacional 9.039 27.122 Juros sobre o Capital Próprio (3.141) (3.141) (2.425) (2.425) Veículos e Afins 547.989 347.550 Ressarcimento Custos (2) (48) (4) (59) (24) Veículos e Afins - Leasing Operacional 90 344 Prestação de Serviços (3) (11) (395) – (538) Aeronaves 2.135 2.646 (1) As aplicações e captações de recursos referem-se às operações Outros Bens Arrendados 4.017 3.072 envolvendo a Companhia e empresas ligadas, efetuadas a taxas Perdas em Arrendamentos a Amortizar 30.957 21.397 compatíveis com as taxas médias praticadas no mercado, vigentes nas Amortização Acumulada (10.120) (10.534) datas das operações. Total Bens Arrendados 841.511 618.533 (2) Os ressarcimentos de custos referem-se basicamente, à sub-locação Depreciações Acumuladas (302.299) (236.725) de imóvel com empresas ligadas, de acordo com contrato mantido Depreciações Acumuladas - Leasing Operacional (2.350) (15.146) entre as partes. Superveniência de Depreciações 20.274 7.698 (3) Referem-se a serviços contratados de tecnologia e informática, Total Depreciação Acumulada (284.375) (244.173) auditoria interna, divulgação da marca, transporte aéreo e consultoria contábil. Total Geral 557.136 374.360 (10) PASSIVOS CONTINGENTES E OBRIGAÇÕES LEGAIS - FISCAIS Em atendimento às diretrizes contábeis estabelecidas pela Circular E PREVIDENCIÁRIAS Bacen nº 1.429/1989 e Instrução CVM nº 58/1986, e objetivando A Companhia, no curso normal de suas atividades, é parte em processos compatibilizar práticas contábeis específicas (vide nota 02) com o valor de natureza fiscal, previdenciária, trabalhista e cível. As respectivas presente dos fluxos futuros das carteiras de arrendamento, foi calculado o provisões foram constituídas levando-se em conta a legislação em vigor, valor atual dos Arrendamentos a Receber utilizando-se à taxa interna de a opinião dos assessores legais, a natureza e complexidade dos retorno de cada contrato. O valor assim apurado foi comparado com o processos, o posicionamento dos Tribunais, o histórico de perdas e valor residual contábil dos bens arrendados, registrando-se a diferença outros critérios que permitam a sua estimativa da forma mais adequada em Insuficiência ou Superveniência de Depreciação, em contrapartida do possível. A Administração considera que as provisões existentes na data resultado. Em conseqüência, a Companhia registrou um ajuste positivo destas demonstrações são suficientes para fazer face aos riscos decorrentes destes processos. no semestre deR$ 9.793 (2006 R$ 239). As provisões constituídas e respectivas variações no período estão (06) EXIGÍVEL A LONGO PRAZO demonstradas a seguir: Em 30 de junho de 2007, os recursos captados no País para repasses a Previdenciárias Cíveis e clientes, classificados no Longo Prazo, possuem as seguintes Movimentação e Fiscais Trabalhistas Total características: a) Depósitos Interfinanceiros com vencimentos até Saldo Início do Período 32.779 981 33.760 11/05/2009 e b) Debêntures simples para colocação privada, não (+) Complemento e conversíveis em ações, no valor nominal de R$ 77.000 (2006 R$ 19.000), Atualização de Provisão 1.456 – 1.456 com vencimento até 02/05/2011 e indexadas à variação do CDI. Saldo Final do Período 34.235 981 35.216 (07) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (a) Demonstração do Cálculo dos Encargos Lucro antes da Tributação, Deduzido das Participações no Lucro IR e CS às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos: • Juros sobre o Capital Próprio • Créditos Amortizados para Prejuízo • Provisão para Devedores Duvidosos • Superveniência de Depreciação • Contingências Fiscais e Trabalhistas • Outras Adições e Exclusões Total dos Encargos Devidos no Semestre Obrigações Fiscais Diferidas sobre ajuste ao valor de mercado de títulos e derivativos Imposto de Renda Diferido sobre o ajuste financeiro das operações de leasing Créditos Tributários de Imposto de Renda e Contribuição Social Despesa de I. de Renda e Contrib. Social

2007

2006

13.646

11.727

(4.640)

(3.987)

1.068 (1) (399) 2.448 (179) 56 (1.647)

825 21 (364) 60 (166) 122 (3.489)

10

8

(2.448)

(60)

1.682 (2.403)

475 (3.066)

(b) Créditos Tributários de Imposto de Renda e Contribuição Social Saldos em Consti- Reali- Saldos em Origem 31/12/2006 tuição zação 30/06/2007 Devedores Duvidosos 1.842 1.058 (659) 2.241 Créd. Amortizados p/Prejuízo 1.076 11 (10) 1.077 Contingências Fiscais e Trabalhistas 3.666 1.327 – 4.993 Outros Créditos Tributários 300 208 (254) 254 Subtotal 6.884 2.604 (923) 8.565 • Contrib. Social a Compensar 4.199 – (350) 3.849 Total 11.083 2.604 (1.273) 12.414 % sobre Patrimônio Líquido 5,2% 5,7% A administração da Companhia, fundamentada em estudo técnico, estima que a realização desses créditos tributários ocorrerá em 6 anos na seguinte proporção: 17,0% no primeiro ano, 17,4% no segundo ano, 17,9% no terceiro ano, 21,4% no quarto ano, 24,7% no quinto ano e 1,6 % no sexto ano. Na data do balanço, o valor presente dos créditos tributários, calculado com base na taxa Selic é de R$ 8.268. Os créditos tributários foram integralmente ativados. (08) PATRIMÔNIO LÍQUIDO (a) Capital Social: Está dividido em 20.485.056 de ações nominativas, sendo 12.291.033 de ações ordinárias e 8.194.023 de ações preferenciais, sem valor nominal. A Assembléia Geral Extraordinária realizada em 24 de abril de 2007, homologada em 28 de maio de 2007 pelo Banco Central do Brasil, aprovou o aumento do capital social para R$ 178.300 mediante incorporação de reservas de lucros. (b) Dividendos: O Estatuto prevê dividendos mínimos de 25% do lucro líquido anual, ajustado conforme o disposto no art. 202 da Lei das Sociedades por Ações, cabendo às ações preferenciais, prioridade na percepção de um dividendo anual de 6% a.a. sobre o valor nominal do capital correspondente a essas ações. O pagamento desses dividendos está vinculado à deliberação da Assembléia Geral. Está sendo proposto o pagamento de juros sobre o capital próprio no valor bruto de R$ 3.141 correspondente a R$ 50,79 e R$ 307,20 por lote de mil ações ordinárias e preferenciais, respectivamente, sujeito à incidência de imposto de renda à alíquota de 15%. A adoção do pagamento desses juros sobre o capital próprio, aumentou o resultado da Companhia em R$ 1.068 (2006 R$ 825) face ao benefício fiscal obtido. Os juros foram contabilizados em conformidade com a Circular Bacen nº 2.739/97, Deliberação CVM nº 207/96 e em atendimento às disposições fiscais.

DIRETORIA Paulo Guilherme Monteiro Lobato Ribeiro - Presidente

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO - EM R$ MIL

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO - EM R$ MIL

(a) As obrigações legais e as contingências fiscais e previdenciárias referem-se principalmente a obrigações tributárias cuja legalidade ou constitucionalidade é objeto de contestação nas esferas administrativa e judicial, com destaque para: (i) a cobrança da CSLL por alíquotas diferenciadas para o Sistema Financeiro (Isonomia), (ii) a cobrança do PIS pelas Emendas Constitucionais 10/96 e 17/97, (iii) a dedução dos valores da CSLL na base de cálculo do IRPJ e (iv) a aplicação da alíquota zero da CPMF nas operações que constituem o objeto social da empresa. As provisões existentes amparam o risco decorrente das obrigações legais e das contingências fiscais e previdenciárias consideradas como de perda provável e encontram-se registradas no exigível a longo prazo na rubrica “Provisão para Riscos Fiscais” do grupo “Outras Obrigações Fiscais e Previdenciárias”. A Companhia possui outras contingências fiscais e previdenciárias, avaliadas individualmente por nossos assessores como de risco de perda não provável, com destaque para: (i) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL): Trata-se de cobranças efetuadas pela Receita Federal do Brasil relativas ao período de janeiro/90 a junho/94. A Companhia possui processos judiciais já transitados em julgado exonerando-a do pagamento dessa contribuição. Essas cobranças, no montante de R$ 87.689, estão sendo objeto de questionamento judicial. (ii) ISS sobre as operações de leasing: Trata-se de autos de infração no montante de R$ 25.563, lavrados por diversos Municípios para a cobrança de ISS sobre as operações de leasing onde o bem é adquirido, ao passo que o tributo é recolhido ao Município onde se encontra a sede da Companhia, nos termos do artigo 12 “a” do Decreto-Lei nº 406/68 e artigo 3º da Lei Complementar nº 116/03. (b) As contingências trabalhistas originam-se de ações judiciais movidas por ex-empregados que buscam obter indenizações referentes a pretensos direitos trabalhistas. A provisão constituída encontra-se registrada na rubrica “Provisão para Passivos Contingentes” do grupo “Outras Obrigações - Diversas”. (c) As contingências cíveis são originadas basicamente por ações judiciais movidas por terceiros, pleiteando indenização por danos materiais e morais, sendo em sua maior parte julgadas pelo Juizado Especial Cível. Não existem processos de valores significativos em curso e que sejam de conhecimento da Administração. (11) OUTRAS INFORMAÇÕES a) Em 30 de junho de 2007 a Companhia não possuía operações em aberto no mercado de derivativos. b) Outros Créditos - Diversos: composto por Depósitos Judiciais R$ 14.079 (2006 R$ 10.205), Opções por Incentivos Fiscais R$ 979 (2006 R$ 979), Tributos Antecipados R$ 2.451 (2006 R$ 1.377), Créditos Tributários R$ 12.414 (2006 R$ 10.753) e Adiantamentos e Devedores Diversos R$ 688 (2006 R$ 1.077). c) Despesas Antecipadas: referem-se substancialmente às despesas pagas antecipadamente às revendas de veículos por serviços prestados na colocação de operações de leasing. Essas despesas são apropriadas ao resultado com base no prazo contratual da operação de leasing. d) Outras Obrigações - Diversas: composta por Credores por Antecipação de Valor Residual R$ 134.975 (2006 R$ 46.652), Obrigações por Aquisição de Bens e Direitos R$ 1.068 (2006 R$ 785), provisões para despesas administrativas e de pessoal R$ 966 (2006 R$ 1.061), provisão para contingência trabalhista R$ 981 (2006 R$ 981) e credores diversos R$ 639 (2006 R$ 1.385). d) Outras Receitas Operacionais: incluem, principalmente, recuperações de encargos e despesas, juros de mora cobrados sobre créditos vencidos e atualização de tributos a compensar. Outras Despesas Operacionais: incluem, principalmente, atualização de tributos R$ 660 (2006 R$ 885), despesas decorrentes de créditos inadimplentes R$ 392 (2006 R$ 407) e processos operacionais R$ 587 (2006 R$ 186). f) Resultado não Operacional: representado basicamente por lucros obtidos na venda de bens não de uso. g) A Companhia tem como política segurar seus bens a valores considerados adequados para coberturas de eventuais perdas. h) O resumo do relatório elaborado pelo Comitê de Auditoria, único instituído pelo Conglomerado Financeiro Alfa por intermédio da instituição líder Banco Alfa de Investimento S.A., está sendo publicado em conjunto com as demonstrações financeiras do Banco. CONTADOR

Rubens Bution

Julio Simões Neves Neto - CRC 1SP 198731/O-0

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, Banco Central do Brasil que requerem o ajuste ao valor presente da carteira 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria Aos a posição patrimonial e financeira da Alfa Arrendamento Mercantil S.A. de arrendamento mercantil como provisão para “superveniência ou aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, Administradores e Acionistas da em 30 de junho de 2007 e 2006, os resultados de suas operações, insuficiência” de depreciação, classificada no ativo permanente, conforme considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os Alfa Arrendamento Mercantil S.A. as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações mencionado na Nota Explicativa nº 5. Essas diretrizes não requerem a sistemas contábil e de controles internos da Sociedade; (b) a constatação, Barueri - SP de seus recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, reclassificação das operações, que permanecem registradas de acordo com com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores 1. Examinamos os balanços patrimoniais da Alfa Arrendamento Mercantil de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. as disposições da Lei nº 6.099/74, para as rubricas do ativo circulante e e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das S.A., levantados em 30 de junho de 2007 e 2006 e as respectivas realizável a longo prazo e rendas e despesas de arrendamento, mas estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das 14 de agosto de 2007 resultam na apresentação do resultado do semestre e do patrimônio líquido, Sociedade, bem como da apresentação das demonstrações financeiras origens e aplicações de recursos, correspondentes aos semestres findos de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. tomadas em conjunto. naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Zenko Nakassato Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas 3. A Sociedade registra as suas operações e elabora as suas demonstrações 4. Em nossa opinião, exceto quanto à não-reclassificação mencionada no Auditores Independentes Contador CRC 1SP160769/O-0 parágrafo anterior, as demonstrações financeiras acima referidas CRC 2SP014428/O-6 financeiras com a observância das diretrizes contábeis estabelecidas pelo demonstrações financeiras.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

8 - ECONOMIA/LEGAIS

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

EMPRESA CONTRATOU CONSULTORIA JAPONESA PARA APRIMORAR MEIOS DE PRODUÇÃO E EVITAR ATRASOS

EMBRAER GARANTE ENTREGAS CORREIOS O vi ce - pres i de nt e Executivo Corpor a t i v o d a E mbraer, Antonio Pizarro Manso, afirmou ontem que a empresa está acelerando a implantação de melhorias no processo de produção para cumprir a meta de entregas para 2007, estimada entre 165 e 170 aviões. "Cumprir a meta é a prioridade, porque nos últimos dois anos não conseguimos, o que tira nossa credibilidade", disse. Segundo o executivo, não há atualmente nenhum indicativo de que a empresa não chegue aos números projetados para o ano. A revisão dos processos industriais será mais um passo nesse sentido e terá suporte de consultoria externa. Para tanto, a Embraer contratou a japonesa Shingijutsu, empresa que já trabalha para a Boeing e a GE. Manso ressaltou que a empresa fez uma revisão geral nos métodos e processos e cada vice-presidente, diretor e gerente tem um objetivo defi-

nido para o ano. "As ações implementadas trarão uma correção do lucro e do ebitda da empresa", disse. Os dois indicadores caíram significativamente no segundo trimestre, o lucro operacional passou de positivo no primeiro trimestre em R$ 44 milhões para negativo em R$ 7 milhões. Já o ebitda caiu para R$ 79 milhões, ante R$ 114 milhões do primeiro trimestre. "É hora de dar uma sacudidela para voltar à lucratividade". Manso acrescentou que as 1,2 mil contratações que estavam previstas para serem realizadas ainda neste ano estão congeladas. Ele explicou que a empresa admitiu 4,5 mil trabalhadores desde o início do ano, os quais vêm passando por treinamento. Com esse contingente de funcionários já foi possível implantar o terceiro turno, devendo proporcionar melhor fluxo de produção. O objetivo da Embraer é reduzir em 10% o pagamento de horas extras com essas contratações. (AE)

Lucas Lacaz Ruiz/AE

Em estudos a criação de empresa aérea

A

Furo: a Embraer não cumpre suas metas de produção e entrega há dois anos e teme perda de credibilidade.

ALFA CORRETORA DE CÂMBIO E VALORES MOBILIÁRIOS S.A. C.N.P.J. 62.178.421/0001-64 SEDE: ALAMEDA SANTOS, 466 - SÃO PAULO - SP RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores Acionistas: Submetemos à sua apreciação, as demonstrações financeiras da Alfa Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários S.A., correspondentes às atividades desenvolvidas durante os semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006, acrescidas das notas explicativas e do Parecer dos Auditores Independentes. É indispensável traduzir o reconhecimento da

Alfa Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários S.A. ao trabalho de seus funcionários, ao apoio de seus acionistas e, finalmente, à confiança de seus clientes e instituições financeiras do mercado que continuaram a prestigiar a organização como sempre fizeram. A DIRETORIA São Paulo, 14 de agosto de 2007

BALANÇO PATRIMONIAL EM 30 DE JUNHO - EM R$ MIL ATIVO Circulante Disponibilidades Aplicações Interfinanceiras de Liquidez Aplicações em Depósitos Interfinanceiros Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos Carteira Própria Vinculados à Prestação de Garantias Outros Créditos Rendas a Receber Negociação e Intermediação de Valores Diversos Outros Valores e Bens Outros Valores e Bens Despesas Antecipadas Realizável a Longo Prazo Títulos e Valores Mobiliários Carteira Própria Vinculados à Prestação de Garantias Outros Créditos - Diversos Outros Valores e Bens - Despesas Antecipadas Permanente Investimentos Participações em Controladas: No País Outros Investimentos Imobilizado de Uso Outras Imobilizações de Uso (Depreciação Acumulada) Diferido Gastos de Organização e Expansão (Amortização Acumulada) Total Geral do Ativo

2007 73.907 112 60.715 60.715

2006 60.987 399 54.720 54.720

7.123 1.504 5.619 5.925 101 5.764 60 32 – 32 4.309 – – – 4.293 16 31.176 30.969 2.069 28.900 151 958 (807) 56 153 (97) 109.392

– – – 5.847 115 5.681 51 21 21 – 13.164 6.291 1.262 5.029 6.873 – 25.896 25.528 1.891 23.637 311 1.059 (748) 57 140 (83) 100.047

PASSIVO Circulante Outras Obrigações Fiscais e Previdenciárias Negociação e Intermediação de Valores Diversas Exigível a Longo Prazo Outras Obrigações Fiscais e Previdenciárias Diversas Patrimônio Líquido Capital: De Domiciliados no País Reservas de Capital Reservas de Lucros Ajuste ao Valor de Mercado Lucros ou Prejuízos Acumulados

2007 8.554 8.554 1.193 6.929 432 18.387 18.387 18.349 38 82.451

2006 8.313 8.313 1.292 6.700 321 16.841 16.841 16.803 38 74.893

30.000 31.917 4.939 4 15.591

24.000 26.654 4.730 21 19.488

Descrição Receitas da Intermediação Financeira Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários Despesas da Intermediação Financeira Operações de Captação no Mercado Resultado Bruto da Intermediação Financeira Outras Receitas/(Despesas) Operacionais Receitas de Prestação de Serviços Despesas de Pessoal Outras Despesas Administrativas Despesas Tributárias Resultado de Participações em Controladas Outras Receitas Operacionais Outras Despesas Operacionais Resultado Operacional Resultado não Operacional Resultado antes da Tributação e Participações Imposto de Renda e Contribuição Social Provisão para Imposto de Renda Provisão para Contribuição Social Ativo Fiscal Diferido Lucro Líquido do Período Lucro por Lote de Mil Ações - R$

2007 4.191 4.191 144 144 4.047 141 2.177 (490) (1.132) (235) 87 323 (589) 4.188 142 4.330 (1.541) (1.128) (413) – 2.789 174,31

2006 4.763 4.763 15 15 4.748 (153) 1.693 (453) (1.074) (208) 66 378 (555) 4.595 121 4.716 (1.760) (1.210) (446) (104) 2.956 184,73

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO - EM R$ MIL

Capital 24.000

Reservas de Capital 24.240

Reservas de Lucros 4.730

Ajuste de TVM e Derivativo 25

Lucros Acumulados 16.532

Total 69.527

– – – 24.000 – 24.000 6.000

2.414 – – 26.654 2.414 28.609 –

– – – 4.730 – 4.800 –

– (4) – 21 (4) 13 –

– – 2.956 19.488 2.956 18.941 (6.000)

2.414 (4) 2.956 74.893 5.366 76.363 –

– – –

3.308 – –

– – –

– (9) –

– – 2.789

3.308 (9) 2.789

Contas A - Origem dos Recursos Lucro Líquido do Período Ajustes ao Lucro Líquido - Depreciações e Amortizações - Resultado de Equivalência Patrimonial Atualização de Títulos Patrimoniais Ajuste de TVM ao Valor de Mercado Recursos de Terceiros Originários de: - Diminuição dos Subgrupos do Ativo - Aplicações Interfinanceiras de Liquidez B - Aplicação dos Recursos Inversões em: - Participações Societárias - Imobilizado de Uso - Investimentos Aplicações no Diferido Aumento dos Subgrupos do Ativo - Títulos e Valores Mobiliários - Outros Créditos - Outros Valores e Bens Redução dos Subgrupos do Passivo - Outras Obrigações Aumento das Disponibilidades (A-B)

– 30.000 6.000

– 31.917 3.308

139 4.939 139

– 4 (9)

(139) 15.591 (3.350)

– 82.451 6.088

Modificações na Posição Financeira Início do Período Fim do Período Aumento das Disponibilidades

Total Geral do Passivo

109.392

100.047

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - EM R$ MIL Eventos Saldos em 31/12/2005 Outros Eventos: Atualização de Títulos Patrimoniais Ajuste ao Valor de Mercado de TVM e Derivativos Lucro Líquido do Semestre Saldos em 30/06/2006 Mutações do Período Saldos em 31/12/2006 Aumento de Capital - AGE 24/04/2007 Outros Eventos: Atualização de Títulos Patrimoniais Ajuste ao Valor de Mercado de TVM e Derivativos Lucro Líquido do Semestre Destinações: Reservas Saldos em 30/06/2007 Mutações do Período

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO - EM R$ MIL

2007 9.226 2.789 (39) 48 (87) 3.308 (9) 3.177 3.177 3.177 9.196 3.316 – 8 3.308 21 3.911 405 3.496 10 1.948 1.948 30

2006 9.888 2.956 (16) 50 (66) 2.414 (4) 4.538 4.538 4.538 9.567 4.175 1.741 20 2.414 8 2.506 457 2.037 12 2.878 2.878 321

82 112 30

78 399 321

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 - EM R$ MIL (01) APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras da Alfa Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários S.A. foram elaboradas em conformidade com a Lei das Sociedades por Ações e normas e instruções do Banco Central do Brasil. (02) PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS (a) Apuração do Resultado: as receitas e despesas foram apropriadas pelo regime de competência. (b) Ativos Circulante e Realizável a Longo Prazo: demonstrados pelos valores de realização e, quando aplicável, acrescidos dos rendimentos auferidos até a data do balanço, deduzidos de provisão para perdas e ajustados pelos seus valores de mercado, especificamente em relação ao registro e a avaliação contábil da carteira de títulos e valores mobiliários estabelecido pela Circular BACEN nº 3068 (vide nota nº 03). (c) Ativo Permanente: demonstrado ao custo corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995, considerando os seguintes aspectos: c.1) Participações em Controladas no País: avaliadas pelo método de equivalência patrimonial; c.2) Outros Investimentos: basicamente, composta por títulos patrimoniais da BOVESPA e da BM&F, os quais são registrados pelo custo de aquisição e ajustados mensalmente pelo valor patrimonial fornecido pelas respectivas bolsas, sendo esse ajuste contabilizado em contrapartida a conta de reserva de capital; c.3) Depreciação dos bens do Ativo Imobilizado é calculada pelo método linear, às seguintes taxas anuais: Processamento de Dados e Veículos 20%, Móveis e Utensílios e Instalações 10%; e c.4) Amortização de gastos com benfeitorias em imóveis de terceiros e com programas de processamento de dados, calculada pelo método linear pelo prazo máximo de cinco anos. (d) Passivos Circulante e Exigível a Longo Prazo: demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo, quando aplicável, os encargos e as variações monetárias incorridos. (e) Impostos e Contribuições: as provisões para Imposto de Renda, Contribuição Social, PIS e COFINS são calculadas às alíquotas de 15% mais adicionais, 9%, 0,65% e 4%, respectivamente, considerando para efeito das respectivas bases de cálculo, a legislação pertinente a cada encargo. Também é observada pela Companhia a prática contábil de constituição de créditos tributários de imposto de renda e contribuição social, às mesmas alíquotas vigentes utilizadas para a constituição de provisões fiscais (vide nota nº 04). (f) Estimativas contábeis: As demonstrações financeiras, de acordo com as práticas contábeis brasileiras, incluem algumas contas cujos valores são determinados por estimativas baseadas na experiência passada, ambiente legal e de negócios, probabilidade de ocorrência de eventos sujeitos ou não ao controle da Administração, etc. Essas estimativas são revistas pelo menos anualmente, buscando-se determinar valores que mais se aproximem dos futuros valores de liquidação dos ativos ou passivos considerados. (03) TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS Em 30 de junho de 2007, a carteira de títulos e valores mobiliários estava composta por títulos de emissão do Tesouro Nacional R$ 7.123 (2006 R$ 6.291), vencíveis no prazo de até três meses. Esses títulos foram classificados na categoria “Disponíveis para Venda” cujo valor contábil corresponde ao seu valor de mercado na data do balanço. O valor de mercado desses títulos foi obtido através de coletas de taxas junto ao mercado, quando aplicável, e validadas através de comparação com informações fornecidas pela Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto (Andima). O ajuste positivo dos títulos no montante de R$ 6 (2006 R$ 33), obtido entre os valores de custo R$ 7.117 (2006 R$ 6.258) e de mercado R$ 7.123 (2006 R$ 6.291), foi registrado em conta adequada de patrimônio líquido pelo valor líquido dos efeitos tributários. (04) OUTROS CRÉDITOS - DIVERSOS Composta, principalmente, por Tributos Antecipados R$ 40 (2006 R$ 42), depósitos judiciais R$ 3.533 (2006 R$ 6.372), opções por incentivos fiscais

R$ 97 (2006 R$ 97) e créditos tributários de imposto de renda e contribuição social R$ 663 (2006 R$ 404). Esses créditos tributários foram calculados sobre adições temporárias, representadas por provisões para riscos fiscais. No semestre, não houve movimentação no saldo de créditos tributários. A Administração da Companhia, fundamentada em estudo técnico, estima que a realização desses créditos tributários ocorrerá em 5 anos na seguinte proporção: R$ 99 no segundo ano, R$ 133 no terceiro ano, R$ 199 no quarto ano e R$ 232 no quinto ano. Na data do balanço, o valor presente dos créditos tributários, calculado com base na taxa Selic, é de R$ 404. Os créditos tributários não ativados totalizavam R$ 1.125. (05) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Demonstração do cálculo dos encargos 2007 2006 Lucro antes da Tributação, deduzido das Participações no Lucro 4.330 4.716 IR e CS às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente (1.472) (1.603) Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos: • Contingências Fiscais e Trabalhistas (119) (92) • Outras Adições e Exclusões 50 39 Total dos Encargos Devidos no Semestre (1.541) (1.656) Créditos Tributários de I. de Renda e Contrib. Social – (104) Despesa de Imposto de Renda e Contribuição Social (1.541) (1.760) (06) PATRIMÔNIO LÍQUIDO (a) Capital Social: está dividido em 16.000.000 de ações nominativas, sendo 8.000.000 de ações ordinárias e 8.000.000 de ações preferenciais, sem valor nominal. A Assembléia Geral Extraordinária realizada em 24 de abril de 2007, homologada em 18 de junho de 2007 pelo Banco Central do Brasil, aprovou o aumento do capital social para R$ 30.000 mediante incorporação lucros acumulados. (b) Dividendos: O Estatuto prevê dividendos mínimos de 25% do lucro líquido anual, ajustado conforme o disposto no art. 202 da Lei das Sociedades por Ações. O pagamento desses dividendos está vinculado à deliberação da Assembléia Geral. (07) PASSIVOS CONTINGENTES E OBRIGAÇÕES LEGAIS - FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS A Companhia, no curso normal de suas atividades, é parte em processos de natureza fiscal, previdenciária, trabalhista e cível. As respectivas provisões foram constituídas levando-se em conta a legislação em vigor, a opinião dos assessores legais, a natureza e complexidade dos processos, o posicionamento dos Tribunais, o histórico de perdas e outros critérios que permitam a sua estimativa da forma mais adequada possível. A Administração considera que as provisões existentes na data destas demonstrações são suficientes para fazer face aos riscos decorrentes destes processos. As provisões constituídas e respectivas variações no período estão demonstradas a seguir: Previdenciárias Cíveis e Movimentação e Fiscais Trabalhistas Total Saldo Início do Período 17.682 38 17.720 (+) Complemento e Atualização Provisão 659 – 659 Saldo Final do Período 18.341 38 18.379 (a) As obrigações legais e as contingências fiscais referem-se principalmente a obrigações tributárias cuja legalidade ou constitucionalidade é objeto de contestação nas esferas administrativa e judicial, com destaque para (i) o alargamento da base de cálculo da COFINS determinado pela Lei nº 9.718/98, (ii) a cobrança da CSLL por alíquotas diferenciadas para o Sistema Financeiro (Isonomia), (iii) a cobrança do PIS pelas Emendas Constitucionais 01/94, 10/96 e 17/97 e (iv) a dedução dos valores da CSLL na base de cálculo do IRPJ. As provisões existentes amparam o risco decorrente das obrigações legais e das contingências fiscais consideradas como de perda provável e encontram-se

registradas no exigível a longo prazo na rubrica “Provisão para Riscos Fiscais” do grupo “Outras Obrigações - Fiscais e Previdenciárias”. (b) A Companhia possui outras contingências fiscais avaliadas individualmente por nossos assessores como de risco de perda não provável, com destaque para a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Essa contingência trata de cobranças efetuadas pela Receita Federal relativas ao período de janeiro/92 a junho/94. A Companhia possui processos judiciais já transitados em julgado exonerando-a do pagamento dessa contribuição. Essas cobranças, no montante de R$ 8.417, estão sendo objeto de questionamento judicial. (c) As contingências trabalhistas originam-se de ações judiciais movidas por ex-empregados que buscam obter indenizações referentes a pretensos direitos trabalhistas. A provisão constituída encontra-se registrada na rubrica “Provisão para Passivos Contingentes” do grupo “Outras Obrigações - Diversas”. (d) As contingências cíveis são originadas basicamente por ações judiciais movidas por terceiros, pleiteando indenização por danos materiais e morais, sendo em sua maior parte julgadas pelo Juizado Especial Cível. Não existem processos de valores significativos em curso e que sejam de conhecimento da Administração. (08) OUTRAS INFORMAÇÕES (a) A Companhia não possuía operações no mercado de derivativos na data do balanço. (b) Negociação e Intermediação de Valores: basicamente, os saldos são compostos por operações com valores mobiliários por conta de clientes a liquidar, a saber: Ativo - Caixa de registro e liquidação R$ 529 (2006 R$ 158) e Devedores por conta de liquidações pendentes R$ 5.235 (2006 R$ 5.523) e Passivo - Caixas de registro e liquidação R$ 3.677 (2006 R$ 1.399), Credores por conta de liquidações pendentes R$ 3.155 (2006 R$ 3.394) e Operações com Ativos Financeiros e Mercadorias a Liquidar R$ 97 (2006 R$ 1.907). (c) Participações em Controladas no País: a Companhia possui 35.856.794 ações ON, 721.399 ações PNA, 7.509.480 ações PNB e 4.293.186 ações PNC, as quais representam 71,26% do capital social da Uvale S.A. - Uvas do Vale do Gorutuba. O lucro líquido e o patrimônio líquido da controlada correspondiam a R$ 123 mil e R$ 2.903 mil, respectivamente. (d) Outras Obrigações Diversas: composta basicamente por provisões para pagamento de despesas administrativas, de pessoal e para contingência trabalhista. (e) Outras Receitas Operacionais: incluem basicamente juros sobre o capital próprio recebidos R$ 195 (2006 R$ 272) e valores recebidos da BM&F e Bovespa R$ 128 (2006 R$ 106). Outras Despesas Operacionais: composta principalmente por complemento e atualização de provisão para riscos fiscais e de tributos a recolher R$ 589 (2006 R$ 555). (f) Em concordância com os dispositivos legais vigentes, efetuaram-se as seguintes principais transações entre a Companhia e empresas ligadas: f.1) aplicações em depósitos interfinanceiros e correspondentes receitas do semestre totalizaram R$ 60.715 (2006 R$ 54.720) e R$ 3.784 (2006 R$ 4.295), respectivamente, sendo realizadas a taxas compatíveis com as taxas médias praticadas pelo mercado vigentes nas datas das operações; f.2) ressarcimento de custos e despesas R$ 32 (2006 R$ 31); f.3) Serviços contratados de tecnologia e informática, auditoria interna, divulgação da marca, transporte aéreo e consultoria contábil correspondiam ao saldo de R$ zero (2006 R$ 48) na data do balanço e R$ 276 (2006 R$ 312) de despesas no semestre. (g) A Companhia tem como política segurar seus bens a valores considerados adequados para coberturas de eventuais perdas. (h) O resumo do relatório elaborado pelo Comitê de Auditoria, único instituído pelo Conglomerado Financeiro Alfa por intermédio da instituição líder Banco Alfa de Investimento S.A., está sendo publicado em conjunto com as demonstrações financeiras do Banco.

DIRETORIA

CONTADOR

Antonio César Santos Costa

José Elanir de Lima

À Administração e aos Acionistas da Alfa Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários S.A. São Paulo - SP Examinamos os balanços patrimoniais da Alfa Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários S.A. levantados em 30 de junho de 2007 e 2006 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.

Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Corretora; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Corretora, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial

Julio Simões Neves Neto - CRC 1SP 198731/O-0

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES e financeira da Alfa Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários S.A. em 30 de junho de 2007 e 2006, os resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 14 de agosto de 2007

Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6

Zenko Nakassato Contador CRC 1SP160769/O-0

Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) estuda a criação de uma companhia aérea para transporte de encomendas. O ministro das Comunicações, Hélio Costa, disse ontem que levará a proposta, provavelmente nesta semana, ao presidente Lula. Segundo o presidente dos Correios, Carlos Henrique Almeida Custódio, se a sugestão for aprovada, o modelo de operação da nova empresa será concluído até o fim do ano. A idéia é buscar um parceiro na iniciativa privada, mas o governo seria o controlador da nova companhia. "O que pretendemos é que esse modelo seja de controle da empresa dos Correios, mas de gestão privada", afirmou. A ECT faria uma chamada pública para a escolha de um sócio estratégico. "Vamos abrir para todas as empresas do ramo com conhecimento em logística e transporte aeronáutico." Segundo Custódio, a empresa já nasceria com um faturamento de R$ 500 milhões, que é o custo que os Correios têm anualmente com o transporte de 1,2 milhão de encomendas por dia, feito por companhias aéreas comerciais. Ele não quis revelar qual seria o investimento necessário para a criação da subsidiária. Nova aeronave – O executivo disse ainda que está negociando com a Embraer a fabricação de um avião cargueiro, que teria a vantagem de ser menor que os aviões comerciais e, portanto, poderia pousar em aeroportos pequenos. O cargueiro, batizado de C390, seria construído da plataforma de outro avião, o E190, destinado a transporte de passageiros. O ministro Costa disse que os Correios chegaram a pensar na possibilidade de a Embraer ser o sócio estratégico da nova empresa. A idéia, no entanto, foi descartada. "O negócio da Embraer não é logística, é fazer aviões", afirmou. A proposta de criação da subsidiária surgiu com a CPI dos Correios, em 2005, e com as determinações de órgãos de controle do governo, como o Tribunal de Contas da União (TCU), para que a gestão da ECT fosse mais profissional. O presidente dos Correios disse que a demanda por transporte de encomendas aumentou com as compras pela internet. De acordo com ele, no ano passado, esse mercado cresceu 74% no Brasil. (AE)

Varig: vôos para a Europa

A

Gol inicia hoje a venda de passagens para a mais nova rota internacional da VRG, que opera a marca Varig: São Paulo-Paris-Roma. "A VRG já lançou dois vôos diários para a Alemanha e está ampliando suas operações na Europa", disse Lincoln Amano, diretor comercial da VRG. Os vôos, diários, partirão do aeroporto de Guarulhos às 23h59 (horário local) e chegarão a Paris às 16h20 (horário local) antes de seguirem para Roma às 17h30 (horário local), onde chegarão às 19h15 (horário local). No retorno, partirão do aeroporto de Fiumicino (Leonardo da Vinci) às 20h50 (horário local), aterrissarão no Charles de Gaulle, em Paris, às 22h45 (horário local), seguindo para São Paulo às 23h50 (horário local), onde chegarão às 6h50 (horário local). (AE)


quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Nacional Empresas Va r e j o Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

9 Negócios fechados na Paper Brasil representam cerca de quatro meses de produção dos expositores

VOLTA ÀS AULAS MOTIVA 70% DAS VENDAS DO SETOR

EMPRESÁRIOS DO SETOR INVESTIRAM EM FUNCIONALIDADE E INTERATIVIDADE PARA CONQUISTAR CLIENTES

MERCADO PREPARA VOLTA ÀS AULAS Fotos: Masao Goto Filho/e-SIM

Vanessa Rosal

C

Afif e Kassab: apoio para que pequenos e médios empreendedores "desatem os nós da burocracia"

Stephen Lu, gerente da Rincon Trading: problemas com a comunicação.

adernos, lápis, borrachas e mochilas deixaram de ser uma obrigação na vida dos jovens estudantes. A 21ª edição da Feira Internacional de Produtos, Serviços e Tecnologia para Escolas, Escritórios e Papelarias (Escolar PaperBrasil), que começou ontem e vai até sexta-feira no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, propõe o conceito "estudar com estilo e diversão" para aquecer o setor, que reúne 26 mil lojas em todo o País. Já é possível encontrar material escolar interativo e cada vez mais confortável no varejo brasileiro. Mochilas com bonecas, faróis de carros que acendem e porta-skate embutido e novos licenciamentos de personagens infantis são alguns dos destaques da feira. O "volta às aulas" representa 70% das vendas anuais de material escolar e livros didádicos. Segundo o presidente da Francal Feiras, organizadora do evento, Abdala Jamil Abdala, cerca de 25 mil compradores visitarão a feira. "Os negócios realizados aqui representarão quatro meses de produção dos expositores", disse. Para o diretor executivo da Sestini, que fabrica bolsas, mochilas e estojos, os novos pro-

Gabriela: força no licenciamento

dutos deverão resultar em um crescimento de 23% nas vendas sobre o ano anterior. Entre os principais lançamentos estão a mochila licenciada da boneca Barbie, que vem com espelho e escova, e a mochila do carro que acende o farol. A idéia é deixar os produtos cada vez mais interativos. Outra empresa que aposta no licenciamento para crescer é a Summit. Com 6.500 pontos de vendas pelo Brasil, a empresa aumentou, de oito para treze, o número de personagens estampados em seus produtos, que vão desde régua, caneta e lápis de cor até tesouras com desenhos em alto relevo. "Cerca de 30% das nossas vendas são de licenciados", disse a gerente de Produtos Infantis, Gabriele Maldonado.

Enquanto isso, a Yes investiu em três novos licenciamentos para 2008. Além do público infantil, a idéia é atrair adolescentes com Betty Boop e meninas super-poderosas, estampadas em pastas e estojos. Segundo o gerente comercial, Marcelo Tu, a empresa deverá aumentar as vendas em 20% em relação a 2006. A Bic investiu no design de canetas, fitas corretivas, lápis de cor, lapiseiras e marcadores de texto. "O objetivo é oferecer mais conforto, cores e funções para o cliente", disse o gerente da categoria Papelaria, Augusto Moura. Na lista de novidades estão os lápis triangulares que, segundo a gerente de Produtos Kids, Eliana Rodrigues, são mais fáceis de manusear e ajudam a criança no período de alfabetização. Emprego e renda – Estiveram presentes à abertura da Escolar 2007, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o secretário estadual de Emprego e Relações do Trabalho, Guilherme Afif Domingos, e o diretor superintendente da Distrital Santana da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), João de Favari. Segundo eles, o evento é importante para pequenas e médias empresas do setor. "Nosso objetivo é ajudar o empreendedor a desatar os nós da burocracia para gerar cada vez mais renda e emprego", disse Afif.

Chineses apresentam novidades

O

s asiáticos estão ganhando espaço no mercado brasileiro de material escolar. Pelo menos essa é a primeira impressão de quem visita a 21º edição da Feira Internacional de Produtos, Serviços e Tecnologia para Escolas, Escritórios e Papelarias (Escolar PaperBrasil), que termina na próxima sexta-feira. Aproximadamente 20 empresas chinesas trouxeram seus produtos para expor em um corredor reservado especialmente para elas no Pavilhão de Exposições do Anhembi, na zona norte de São Paulo. De acordo com o organizador da feira, Abdala Jamil Abdala, o número de asiáticos é reduzido no evento para que não haja concorrência desleal com os expositores brasileiros. A TÉ LOGO

Estande da chinesa Rincon Trading

"Se eu abrisse espaço para todos aqueles que me procuraram, a feira quase dobraria de tamanho", comentou. O diretor de Marketing da empresa chinesa Genvana, Joseph Zhou, participa pela segunda vez da Escolar PaperBrasil. "Investi US$ 4 mil para

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expor minhas canetas e lapiseiras aqui, já contando os gastos com a viagem. Mas no Brasil as negociações são muito lentas, ainda não consegui vender nada", afirmou o executivo. Para o gerente da Rincon International Trading, Stephen Lu, a principal dificuldade é a comunicação. "Não consigo conversar com os compradores. Amanhã (hoje) vou contratar um intérprete para não perder dinheiro", disse ele, que participa do evento pela primeira vez. Além da China, Índia, Taiwan, Espanha, Estados Unidos, Itália, Letônia, Peru, Equador e México fazem parte da lista de expositores internacionais que lançam produtos na feira brasileira do setor de papelaria. (VR) VR – Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. CNPJ/MF nº 64.835.226/0001-95 – Alameda Rio Negro, 585 – 6º andar – CEP 06454-000 – Barueri-SP

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Greve de fiscais agropecuários vai continuar

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Investidor poderá ser novo dono da Daslu

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Governo estuda financiar biomassa

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Exportação de álcool ficará abaixo da meta

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INSS notifica beneficiários não encontrados

Relatório da Administração A Administração Srs. Quotistas: Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas., as demonstrações contábeis relativas aos semestres findos em 30 de junho de 2007 e de 2006. Balanços Patrimoniais levantados em 30 de junho de 2007 e de 2006 (Valores expressos em milhares de reais) Demonstrações do Resultado para os semestres findos em 30 de junho de 2007 e de 2006 (Valores expressos em milhares de reais) Ativo 2007 2006 Passivo 2007 2006 2007 2006 Circulante 17 2.975 Circulante 38 42 Receita da Intermediação Financeira 176 207 Disponibilidades 12 89 Outras Obrigações 38 42 207 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez – 2.880 Fiscais e previdenciárias 37 42 Resultado de operações com títulos e valores mobiliários 176 176 207 Aplicações em depósitos interfinanceiros – 2.880 Diversas 1 – Resultado Bruto da Intermediação Financeira Outras Receitas/Despesas Operacionais (35) (37) Outros Créditos 5 6 Outras despesas administrativas (19) (18) Diversos 5 6 (15) (17) Realizável a Longo Prazo 3.236 72 Patrimônio Líquido 3.507 3.037 Despesas tributárias (1) (2) Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 3.173 – Capital de domiciliados no país 2.897 2.685 Outras despesas operacionais 170 Aplicações em depósitos interfinanceiros 3.173 – Reserva de capital 309 49 Resultado Operacional antes da Tributração s/ o Lucro 141 (23) (26) Outros Créditos 63 72 Reservas de lucros 206 186 Imposto de renda (13) (14) 95 117 Contribuição social Diversos 63 72 Lucros acumulados Lucro Líquido do Semestre 105 130 Permanente 292 32 Investimentos 292 32 Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos para os Outros investimentos 292 32 semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 Total do Ativo 3.545 3.079 Total do Passivo 3.545 3.079 (Valores expressos em milhares de reais) Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras 2007 2006 para os semestres findo em 30 de junho de 2007 e 2006 para os semestres findos em 30 de junho de 2007 e de 2006 Origem dos Recursos 112 138 (Valores expressos em milhares de reais) (Valores expressos em milhares de reais) Lucro líquido ajustado 105 130 Lucro líquido 105 130 Res. de lucros 1. Contexto Operacional – A VR – Distribuidora de Títulos e Valores MobiRecursos de terceiros 7 8 Capital Res. de Res. Res. Lucros liários Ltda. foi constituída tendo como objeto: (a) a subscrição, isolada7 8 realiz. capital legal especial acumul. Total Redução do subgrupo do ativo mente ou em consórcio com outras sociedades autorizadas, de emissões 7 8 49 86 87 233 2.907 Outros créditos de títulos e valores mobiliários para revenda; (b) a intermediação de ofertas Saldos em 01/01/2006 2.452 160 127 233 – – – (233) – Aplicação dos Recursos públicas e distribuição de títulos e valores mobiliários no mercado; (c) a Aumento de capital 107 65 – – – – 130 130 Aumento dos subgrupos do ativo compra e venda de títulos e valores mobiliários por conta própria ou de Lucro líq. do semestre Aplicações interfinanceiras de liquidez 107 65 terceiros, com a observância da regulamentação das agências reguladoras Destinação proposta: 53 62 – – 7 6 (13) – Redução do subgrupo do passivo envolvidas; (d) a administração de carteiras e custódia de títulos e valores Reservas Outras obrigações 53 62 49 93 93 117 3.037 mobiliários; (e) a execução de funções de agente fiduciário; (f) a constitui- Saldos em 30/06/2006 2.685 (48) 11 ção, a organização e a administração de fundos e clubes de investimento; Saldos em 01/01/2007 2.685 255 98 98 212 3.348 Aumento (Diminuição) das Disponibilidades (g) a constituição de sociedade de investimento – capital estrangeiro e a Aumento de capital 212 – – – (212) – Modificação na Posição Financeira 60 78 administração da respectiva carteira de títulos e valores mobiliários; (h) a Atualiz. de títulos patrim. – 54 – – – 54 Início do período 12 89 prestação de serviços de intermediação, assessoria e/ou assistência téc- Lucro líq. do semestre – – – – 105 105 Fim do período Aumento (Diminuição) das Disponibilidades (48) 11 nica em atividades relacionadas com o mercado financeiro e de capitais; Destinação proposta: e (i) a execução de outras atividades expressamente autorizadas por lei Reservas – – 5 5 (10) – 7. Imposto de Renda e Contribuição Social ou normativos expedidos por agências reguladoras. 2. Apresentação das Saldos em 30/06/2007 2.897 309 103 103 95 3.507 2007 2006 Demonstrações Financeiras – As demonstrações financeiras foram elaResultado antes do imp. de renda e da contribuição social 141 170 boradas e estão sendo apresentadas em conformidade com as práticas 5. Outros Créditos – Diversos 2007 2006 Imposto de renda à alíquota de 15% (23) (26) contábeis adotadas no Brasil, adaptadas às normas do Banco Central do Imposto de renda a compensar 66 69 Contribuição social à alíquota de 9% (13) (14) Brasil – BACEN, através dos critérios estabelecidos no Plano Contábil das Outros 2 9 Imposto de renda e contribuição social do semestre (36) (40) Instituições do Sistema Financeiro Nacional – COSIF. 3. Principais Práti68 78 8. Transações entre Partes Relacionadas – As aplicações em depósicas Contábeis – As principais práticas contábeis adotadas na elaboração 5 6 tos interfinanceiros e as demais transações entre partes relacionadas são das demonstrações financeiras são: a) O resultado é apurado com base Parcela de curto prazo 63 72 efetuadas pelas taxas normais de mercado, tomando como parâmetro no regime de competência. b) As aplicações interfinanceiras de liquidez Parcela de longo prazo são registradas pelo valor efetivamente pago acrescido dos rendimentos 6. Capital Social e Dividendos – O capital social subscrito e integralizado as taxas médias praticadas com terceiros. 9. Instrumentos Financeiros auferidos até as datas dos balanços. c) A provisão para imposto de renda é é de R$ 2.897 (R$ 2.685 em 2006), representado por 2.897.197 (2.685.718 Derivativos – Nos semestres findos em 30 de junho de 2007 e de 2006, constituída com base no lucro real (tributável) à alíquota de 15%, e a provi- em 2006) quotas sem valor nominal. As reservas de lucros são constituídas a Distribuidora não operou com instrumentos financeiros derivativos. 10. são para contribuição social à alíquota de 9% do lucro ajustado, conforme com base na previsão do contrato social: Reserva legal – 5% destinados à Limites Operacionais – A Distribuidora mantém patrimônio líquido comlegislação em vigor. 4. Aplicações Interfinanceiras de Liquidez – Em 30 formação do competente “fundo de reserva legal” que garanta a integridade patível com o grau de risco da estrutura de seus ativos, calculado de forma de junho de 2007 e de 2006, estavam representadas por aplicação em do capital social. Reserva especial – 5% destinados à formação do compe- consolidada com o Banco VR S.A. nos termos da Resolução nº 2.099/94 e normas posteriores. depósitos interfinanceiros, junto ao Banco VR S.A. tente “fundo de reserva especial”. A Diretoria Parecer dos Auditores Independentes Aos Cotistas e Diretores da VR – Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. – São Paulo-SP 1. Examinamos os balanços patrimoniais da VR – Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda., levantados em 30 de junho de 2007 e de 2006, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes ao semestres findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nossos exames foram conduzi-

dos de acordo com as normas brasileiras de auditoria e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Distribuidora; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Distribuidora, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patri-

Ademar Ripke Júnior – CRC 1SP217934/O-2 monial e financeira da VR – Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. em 30 de junho de 2007 e de 2006, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos correspondentes aos semestres findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 13 de agosto de 2007. Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes CRC nº 2 SP 011609/O-8 Clodomir Félix Fialho Cachen Junior Contador CRC nº 1 RJ 072947/O-2 “S” SP


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

3 Roosewelt Pinheiro / ABr

Política LULA: STF NÃO CULPOU

Evaristo SA / AFP

As únicas coisas que tenho na vida são sonhos, idéias e causas. Meu patrimônio é o mesmo há 24 anos. José Genoino

NEM INOCENTOU NINGUÉM Presidente diz que quem tiver culpa pagará o preço. Jefferson o chama de Ali Babá, 'o chefe dos 40 ladrões'.

V

Presidente Lula diz que resposta do povo sobre Governo veio das urnas Joedson Alves / AE

inte e quatro horas depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter aceito a denúncia do caso mensalão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva rebateu oposicionistas que viram condenação ao governo na decisão. Para Lula, "ninguém foi inocentado ou culpado" ainda. "Eles (a oposição) na verdade tentaram me atingir e 61% do povo deu a resposta na eleição do ano passado", disse Lula a jornalistas depois da solenidade de lançamento do relatório oficial do Governo sobre mortos e desaparecidos na ditadura militar (1964-1985). Na terça-feira, ao fim de um julgamento que durou cinco dias, o STF decidiu abrir ação penal por corrupção contra o ex-ministro José Dirceu e mais 39 envolvidos no caso, inclusive três ex-dirigentes do PT.

Antonio Fernando de Souza diz que provas atestam dinheiro público

FHC diz que decisão 'respinga' em presidente ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou ontem que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em abrir ação penal contra os denunciados do mensalão "respinga" diretamente no governo Lula. Para ele, embora o presidente não seja o responsável, o núcleo de seu governo foi atingido. "Não estou dizendo que ele seja responsável, mas enquanto ele não repudiar, dá a sensação que está conivente, ou leniente, para usar uma expressão mais branda", destacou, após dar palestra no encontro em favor do votos distrital da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB). Ao comentar a decisão do STF, FHC disse que o presidente Lula tem a obrigação de dar uma palavra à nação sobre o assunto. "Na entrevista que deu ao 'Estadão', o presidente Lula disse que só no final vai ter uma opinião. Ora, tenha paciência. Se ele foi traído, como disse, tem que dizer quem o traiu. Aí ficará numa posição mais limpa perante a nação.

Em entrevista à rádio CBN, Jefferson voltou a se referir ao presidente como "Ali Babá" e disse que o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, não tem coragem para investigar Lula. "Se ele (o procurador) está fazendo o marketing da denúncia, 40 é o número emblemático do Ali Babá. Se são 40 ladrões, tem um chefe que os lidera. Quem é o Ali Babá? É o Lula. Está faltando peito a ele (Souza) de fazer essa denúncia", atacou. Cassado em 2005 na esteira do escândalo, Jefferson disse que agora Souza deveria investigar até que ponto o presidente conhecia as ações do grupo caracterizado na denúncia como uma quadrilha. "Em relação ao mensalão, vi que ele (Lula) se surpreendeu. Mas e o resto das operações? Isso precisa ser investigado", disse Jefferson. (Reuters/AE)

Procurador diz ter novas provas contra acusados do mensalão

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O

Logo após a decisão, o presi- "Quem tiver culpa pagará o dente do PSDB, senador Tasso preço, quem não tiver culpa seJereissati (CE), disse que o re- rá inocentado e quem ganhará sultado do julgamento equiva- com isso é a democracia brasileira." le a deixar "todo o Ali Babá – O exgoverno no banco deputado Roberto dos réus". Jefferson defendeu "O que aconteontem a investigaceu é a demonstração do presidente, ção de que no Bra- 40 é o número a quem ele mesmo sil as instituições emblemático do havia poupado em estão funcionanAli Babá. Se são 2005 ao denunciar do e a democracia o esquema. Emboestá sólida", disse. 40 ladrões, tem ra mantenha a ver"Houve um pro- um chefe que os são de que o presicesso, houve um lidera. É o Lula. dente lhe pareceu pedido de indiciaRoberto Jefferson, surpreso quando mento, houve a deputado cassado informado por ele aceitação desse insobre o suborno de diciamento. Até parlamentares, Jefagora ninguém foi inocentado e ninguém foi cul- ferson levantou dúvidas sobre o desconhecimento de Lula em pado", afirmou o presidente. Para Lula, a ação penal do relação aos atos de corrupção mensalão entra agora "em sua atribuídos ao grupo liderado rotina normal", com exame de por ex-ministros e ex-dirigenprovas de acusação e defesa. tes do PT.

Caso contrário fica uma coisa nebulosa e dá a sensação que ele está passando a mão na cabeça (dos envolvidos)." Apesar da cobrança que fez a Lula, FHC disse que não quer prejulgar porque é a Justiça que fará este julgamento. Mas ponderou: "Os indícios são muito veementes de que houve o que o STF chamou de organização criminosa. Na versão do tribunal, essa organização estava incrustada no governo e usou dinheiro público". Para o ex-presidente tucano, Lula tem que ser contra tudo isso e dizer: "Essa gente não serve, embora tenham sido meus companheiros." Eleições – FHC acredita que o fato poderá enfraquecer uma eventual candidatura própria do PT nas próximas eleições presidenciais. "Mas independentemente dos reflexos eleitorais, temos que ver os reflexos de comportamento moral. Só do STF aceitar a denúncia, o País fica com a sensação de que existe justiça. A decisão do STF é um alívio, porque a população precisa acreditar que a lei vale neste País". (AE)

Veja também a mobilização de FHC pelo voto distrital na pág. 8

s 40 réus acusados no caso do mensalão que se prepare m . O p ro c u r ador-geral da República, Antônio Fernando Souza, afirmou que tem em mãos novas provas para reforçar as acusações. Segundo ele, vários laudos periciais, que estavam em fase final de elaboração no momento em que a denúncia foi apresentada, em 30 de março de 2006, estão prontos e serão incluídos no processo brevemente. Entre os novos documentos está um laudo que, segundo ele, atesta a presença de dinheiro público irrigando o esquema. Antônio Fernando afirma que os peritos conseguiram demonstrar com clareza a transferência de recursos do Banco do Brasil por intermédio da empresa Visanet, para a DNA, de propriedade de Marcos Valério. Antônio Fernando adianta que "em breve" denunciará o chamado "mensalão mineiro", que envolve o suposto desvio de recursos, também com a participação do empresário Marcos Valério, para financiar campanhas de políticos mineiros, entre elas a do sen a d o r e e x - p re s i d e n t e d o PSDB, Eduardo Azeredo Antônio Fernando está convicto de que o caso não vai virar piada de salão, como che-

gou a dizer o ex-tesoureiro do interrogatórios. A proposta, PT, Delubio Soares. "Se depen- feita pelo ministro Cezar Peluder de mim, não. A minha ex- so, e aprovada por unanimidapectativa é se obter a condena- de, visa tornar mais rápido o processo. Por enquanto, são 41 ção de todos", diz. "A preocupação do Ministé- testemunhas a serem ouvidas, rio Público é reforçar os dados sem contar os acusados e as oiprobatórios que já constam to testemunhas a que cada um dos autos relativamente a tudo tem direito. O número de pessoas a ouvir pode chegar a que foi afirmado", disse. Sobre a decisão do Supremo mais de 300. Ao fim dessa faTribunal Federal se, o ministro rela(STF), o procurador tor envia os autos afirmou que semao ministro revipre teve a expectasor, que analisa tiva de que a detoda a documennúncia iria ser rece- Os réus políticos tação e decide se b i d a . " O r e c e b i- acham que pede inclusão do mento da denúncia quanto mais processo na pauta é uma demonstrade julgamento do ção de que as infor- depressa a ação STF. mações lançadas penal andar, Previsão do exno seu corpo repre- melhor. presidente do STF sentavam, pelo meLuiz Fernando Carlos Velloso é nos para esse ato Pacheco, advogado de que "na melhor p r o c e s s u a l , e l edas hipóteses e mentos suficientes c o m m u i t o o t ide convencimenmismo", a ação se prolongue to", disse. A n d a me n t o – Na última por 5 anos. Mas ele calcula que quarta-feira, os ministros do esse prazo poderá esticar muiSTF decidiram que, depois da to dadas as peculiaridades publicação do acórdão – resu- desse tipo de ação. "A vocação do STF é para mo do julgamento de admissibilidade da ação penal – que apreciar questões jurídicas e abre o processo contra os en- constitucionais, não tem convolvidos no mensalão, o rela- dições de fazer papel de juiz de tor Joaquim Barbosa poderá primeiro grau", destacou Velenviar cartas de ordem para loso, que foi ministro entre juque outros juízes realizem os nho de 1990 e janeiro de 2006.

Ele também alerta para o fato de a demora levar à prescrição dos crimes. Pressa dos advogados – Transformados em réus no processo do mensalão, parlamentares governistas e petistas agora querem pressa. A ordem para seus advogados é não fazer manobras que atrasem o julgamento no STF. De olho nas eleições de 2010, boa parte espera poder se candidatar sem a pecha de estar respondendo a processo. José Luis de Oliveira e Lima, advogado de José Dirceu, pediu pressa e insistiu em sua inocência. "O julgamento para recebimento da denúncia foi técnico. É inegável que não estou satisfeito. Com um julgamento mais amplo e complexo será provada sua inocência." Arnaldo Malheiros, advogado do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, promete não atrasar a ação. "Não há esperanças de que os crimes prescrevam", disse. "Os réus políticos acham que quanto mais depressa a ação penal andar, melhor", resumiu Luiz Fernando Pacheco, advogado de José Genoino (PT-SP). "Não é o caso de enrolar para que os crimes prescrevam", disse Gustavo Badaró, que defende o ex-secretário do PT Silvio Pereira. (AE)

'Governo é maior que isso', afirma Virgílio deputado Virgílio Guimarães (PT-MG) afirmou ontem que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou melhor após a saída do exministro da Casa Civil José Dirceu (PT). O comentário foi uma referência à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de abrir ação penal contra os 40 denunciados no esquema do mensalão, incluindo Dirceu, os exministros Luiz Gushiken e Anderson Adauto, exdirigentes do PT, entre outros. Na avaliação do deputado petista, o governo Lula e o PT não devem ser afetados pela decisão do STF. "O governo é muito maior do que tudo isso", comentou. Guimarães disse que não gostaria de falar a respeito dos ex-dirigentes petistas envolvidos na ação

O

penal do STF – além de Dirceu, Delúbio Soares, José Genoino e Silvio Pereira – porque este grupo queria expulsá-lo do partido. Mesmo assim, alfinetou: "Eu acho até que depois deste acontecimento (que provocou) o afastamento de Dirceu, o governo se tornou mais plural, arejado, se tornou melhor". Virgílio Guimarães disse também que não se arrepende de ter apresentado o publicitário Marcos Valério para esses ex-dirigente petistas. "De jeito nenhum, eu apresentei o publicitário, porque somos da mesma cidade. Quanto à condição de operador dele, eu desconhecia e continuo desconhecendo". Genoino – Ontem, o deputado José Genoino (PT-SP) foi o único dos cinco deputados processados pelo STF a ir à

tribuna da Câmara se defender. "As únicas coisas que tenho na vida são sonhos, idéias e causas. Meu patrimônio é o mesmo há 24 anos. Minha família mora em situação de dificuldade. Não posso aceitar denúncia de corrupção ativa,

muito menos de integrar quadrilha", afirmou. Para o presidente do PT, Ricardo Berzoini, os ministros do STF escolheram o caminho "mais cômodo" de abrir os processos para depois verificar se há provas. (AE)

Nilton Fukuda / AE

Virgílio Guimarães (PT-MG) apresentou Valério a líderes petistas


quinta-feira, 30 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Indicadores Econômicos

29/8/2007

COMÉRCIO

13

0,98

por cento foi a alta do Índice Geral de Preços de Mercado (IGPM) em agosto, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas.


14

Nacional Legislação Empreendedores Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Se não estivéssemos no Brasil, já estaríamos disputando a Fórmula 1. Augusto Cesário

A EQUIPE GANHOU SETE TÍTULOS NA FÓRMULA 3

Marcelo Min/AFG

UMA CORRIDA EM BUSCA DE NOVOS TÍTULOS. DE CAMPEÃO, CLARO. A Cesário Fórmula garantiu os primeiros lugares da Fórmula 3 muito antes da final Kety Shapazian

O LETREIRO

C

DC

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esário acredita que usar seu nome na escuderia ajudou no reconhecimento da equipe. "Criou-se uma certa tradição e, rapidamente, a escuderia ganhou um bom conceito no meio automobilístico", afirma o expiloto. A Cesário Fórmula tem três veículos de Fórmula 3, dois de Fórmula 3 Light e dois de Fórmula Renault. Os últimos voltam às pistas em setembro, quando recomeça o campeonato, em Vitória, no Espírito Santo.

sétimo título sulamericano de equipe da escuderia Cesário Fórmula está garantido – e ainda faltam quatro etapas para o final do campeonato de Fórmula 3. Resta saber quem será o piloto campeão – Clemente Faria Junior ou Mario Romancini (que estão no primeiro e segundo lugares, respectivamente). Para Augusto Cesário, não importa muito, já que tanto Faria Junior como Romancini pertencem a sua escuderia. "Graças a Deus, temos tido ótimos resultados", afirma o empresário e ex-piloto. Fora das pistas desde 1992, hoje ele não dirige mais seus carros de corrida para evitar a saudade. "Fico com muito receio de voltar a sentir aquela enorme vontade de correr", revela. Essa "vontade" bateu pela primeira vez aos 12 anos. Ao contrário de outros garotos, que podiam ter a ajuda financeira dos pais para investir numa possível carreira automobilística, Cesário teve de procurar emprego cedo. Durante oito anos, foi vendedor. "Tra-

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balhava para correr. Quase tudo que conseguia ganhar, investia no kart. Foi por causa dessa paixão que consegui me aproximar do Ayrton." Intimidade Não são muitas as pessoas que podem tratar o falecido tricampeão brasileiro Ayrton Senna pelo primeiro nome. Os dois corredores moravam no mesmo bairro, na zona norte da capital paulista, e a diferença de idade, embora pequena, não os impediu de ficarem amigos. Aos 17 anos, Cesário ajudava Senna com seu kart, e eles andavam juntos em pistas da capital e do interior do estado. "O Ayrton já era uma estrela do esporte", fala, com carinho, do amigo morto em 1994, em Ímola, na Itália. Em 1977, Cesário finalmente conseguiu virar piloto. Começou no kart, passou para o superkart (com dois motores) e, por fim, foi para a Fórmula 3. "Na época do kart, realizei um grande sonho – correr ao lado de Emerson Fittipaldi. Meus ídolos eram, além dele, o Nelson Piquet e o Ayrton, meu amigo dos tempos de moleque. Tive o prazer de conviver muito de perto com as três feras do automobilismo brasileiro e internacional", conta. Cesário começou a pensar em montar uma equipe própria devido à grande dificuldade de conseguir patrocínios. "Por que não montar uma escuderia, na qual eu poderia ser o chefe e, além disso, continuar correndo?", questionou. "Graças a Deus, conseguim o s re s u l t a d o s m u i t o e xpressivos. No primeiro ano, fomos campeões brasileiros e vice sul-americano. Com esses resultados, obter patrocínio ficou um pouco mais fácil e pudemos contratar novos pilotos." Na Fórmula Renault, outra categoria do automobilismo, a Cesário Fórmula também é campeã. "O vencedor do campeonato leva um carro modelo Clio para casa. Já ganhamos sete carros", afirma. Em 2006, o empresário abriu uma filial da escuderia na In-

EMPREENDEDORES Augusto Cesário, da escuderia Cesário Fórmula, batalhou muito para realizar o sonho de correr nas pistas.

glaterra. "Infelizmente, por falta de patrocínio, não pudemos continuar. Mas pretendemos retomar o projeto à medida que conseguirmos apoio. A equipe tem potencial para vencer lá também. É um sonho que ainda vou realizar", diz. Sem reconhecimento Para o empresário, a tecnologia brasileira ainda não recebe o respeito merecido. "É muito importante mostrar o que conseguimos lá fora, onde o automobilismo é bem mais desenvolvido. Precisamos fazer tudo para o Brasil ser reconhecido tecnologicamente." Segundo Cesário, a Fórmula 3 sul-americana nada mais é que uma grande escola. Com preços, digamos, mais em conta. "A categoria oferece aos profissionais um aprendizado de altíssimo nível. Depois de participar dela, o piloto vai competir no exterior com outra postura. Nem vai precisar aprender lá fora, onde tudo é muito mais caro", diz.

A equipe dispõe de vários carros para os diferentes campeonatos

SEGREDO

P

ara Augusto Cesário, o segredo do sucesso é muito trabalho aliado à experiência. "Você tem que se dedicar de corpo e alma e manter o foco naquilo que deseja. O automobilismo tem esta aparência glamorosa de festas e mulheres bonitas. Mas, na verdade, o piloto precisa 'raspar a guia' e suar a camisa", afirma.

PEDRA

S

egundo o ex-piloto, a falta de apoio é uma das dificuldades enfrentadas pela escuderia. "As empresas preferem bancar os esportistas famosos e não dão espaço aos novos talentos. Se tivéssemos qualquer outra nacionalidade, com os nossos resultados estaríamos pleiteando uma vaga na Fórmula 1", afirma.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

TURISMO - 1 Divulgação

ALENTEJO

TRÊS DIAS PARA VIAJAR NO 7 DE SETEMBRO Aproveite o feriado para relaxar em hotéis-fazenda no interior ou em pousadas à beira-mar. Confira nossa seleção de pacotes, todos a até 400 km da capital. Pág. 4 Fotos: Divulgação

Delícia portuguesa, com certeza

Fernando Porto

Paisagem campestre (acima), feita de oliveiras, parreirais, pés de alecrim e plantações de trigo, atrai a cada quilômetro percorrido no Alentejo. Évora (abaixo, à esq.), capital da região, guarda preciosas ruínas romanas. Já na pequena Monsaraz (abaixo), pacatas ruelas esbanjam charme. Nos arredores, a vinícola Herdade do Esporão (fotos à esq.) recebe turistas para degustar e brindar a viagem Fernando Porto

C lima bucólico, cidades medievais e tesouros arqueológicos. Estes são os cenários para uma viagem regada a azeites, vinhos e farta gastronomia. No sul de Portugal, entre o Rio Tejo e o Algarve, a região convida ao mais puro deleite! Págs. 2 e 3

Veja mais imagens desta edição na nossa galeria de fotos virtual no site www.dcomercio.com.br/ galeria/boa viagem_index.htm


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - TURISMO

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Doce Alentejo Por Fernando Porto

A

zeites, vinhos e mesas fartas de pecados gastronômicos. Não há dúvida que a tradição portuguesa está fortemente representada nesses exemplos irresistíveis de desfrute para o paladar. Mas há uma região – no sul do país, entre o Tejo e o Algarve –, onde os frutos dessa eterna bonança são apreciados à primeira vista em seus campos, a cada quilômetro percorrido de carro ou a pé. Eis

o Alentejo, terra repleta de oliveiras, parreiras e pés de alecrim, que enchem os olhos dos viajantes pelo contraste de cores de seu solo cultivado. Além desses elementos, a tela ininterrupta de cenários bucólicos se completa com frondosos sobreiros, dos quais os produtores portugueses retiram cascas espessas para a cortiça – das rolhas de seus primorosos vinhos. Nota-se, enfim, que o Alentejo está fortemente ligado aos prazeres da boa mesa. Um

martírio para os mais espartanos em dietas. Como resistir então aos doces conventuais e aos queijos de Évora? Essa herança de bons gourmands dos alentejanos recebe influências de mouros e de seus vizinhos espanhóis – que ali dominaram o território – e também, durante os primeiros séculos da nossa era, dos conquistadores romanos, que influenciaram para sempre a cultura local. E é desse mesmo poderoso império romano que a região guarda

importantes tesouros arqueológicos em ruínas de templos, cisternas e fóruns. O turista também se depara com monumentos megalíticos e pinturas rupestres de civilizações desconhecidas e de tempos mais remotos. Essa mistura harmônica de pecados culinários, cenários bucólicos e preciosidades do passado fazem do Alentejo um destino obrigatório. Que digam os próprios irmãos portugueses. Para eles, o Sol no Alentejo é mais dourado.

Pequena Évora: a capital da região Fotos: Fernando Porto

A 150 quilômetros de Lisboa, a cidadezinha, cercada por muralhas romanas e classificada pela Unesco como Patrimônio da Humanidade, reúne construções medievais e charmosas ruelas de pedra

"N

ós, ossos que aqui estamos, pelos vossos esperamos”. A frase mórbida e, ao mesmo tempo divertida, está inscrita na entrada da Capela dos Ossos, uma das atrações principais da bela cidade de Évora, na região central do Alentejo e a cerca de 150 quilômetros de Lisboa. Incrivelmente revestida por ossos de mais de 4 mil pessoas, a capela é parte integrante da Igreja Real de São Francisco, construída no século 16. A idéia dos monges, com a decoração sinistra, era mostrar a inevitabilidade da morte e a importância de se dedicar ao espírito. Com cerca de 30 mil habitantes, Évora, a capital da província do Alentejo, encanta seus visitantes por suas muralhas romanas que a cercam, além das construções medievais, ruas de pedra e tradicionais casas brancas com faixas amarelas. Évora é famosa também

por sua universidade – o que explica as centenas de jovens que se apinham nos pequenos bares e discotecas nos fins de semana e nos palcos de música ao ar livre. Templo romano – Deve-se reservar pelo menos um dia para percorrer a pé calmamente as ruas estreitas e comprovar a razão da cidade ser classifica-

Divulgação

Imperdíveis: as ruínas do templo romano de Diana, datado do século I

Monsaraz é um museu a céu aberto

A

o avistar o conjunto de casinhas brancas e ruas estreitas no alto da planície, podese ter a impressão de ter chegado a algum vilarejo grego. Mas essa pequena aldeia próxima de Évora, conhecida como Monsaraz, é uma preciosidade histórica da cultura portuguesa e que hoje se candidata a Patrimônio Mundial da Unesco. O conjunto arquitetônico – que curiosamente forma, do alto, o desenho da quilha de um barco – é considerado pelos alentejanos um rico museu a céu aberto. Monsaraz é uma das mais antigas vilas de Portugal, tendo sido habitada desde o período pré-histórico, conforme comprovam os inúmeros

monumentos megalíticos na região circundante. Sob seus domínios, já estiveram romanos, visigodos, árabes e judeus – o que contribuiu para a sua mescla de elementos artístico-culturais. Em 1640 foi construída sua linha de fortificações que a tornou praticamente inexpugnável, com um papel decisivo no sistema defensivo contra os espanhóis. Seu imponente castelo, construído nos finais do século 13, é outro monumento nacional, com quatro torres pequenas, uma arena central e uma torre principal, dividida em três andares. Boa estrutura turística – Todas as suas construções, mantidas na aparência original a xisto e cal, são um verdadeiro retorno à Idade Média, e que

Presidente Alencar Burti

Chefe de reportagem Arthur Rosa Editor de Fotografia Alex Ribeiro Editor de Arte José Coelho Diagramação Hedilberto Monserrat Junior Ilustrações Roberto Alvarenga Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122

Diretor de Redação Moisés Rabinovici

Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira Editora Antonella Salem antonellasalem@uol.com.br Sub-editora Impressão Lygia Rebello Diário de S. Paulo lygiarebello@uol.com.br www.dcomercio.com.br

da pela Unesco como Patrimônio da Humanidade. Espere o sol baixar no fim da tarde para apreciar seus raios penetrando um belo monumento a céu aberto: as ruínas do templo romano de Diana, datado do século I. O templo é da época do imperador Augusto e foi praticamente destruído com as invasões bárbaras à Península Ibérica no século 5. A construção também serviu de casaforte ao Castelo de Évora. Sua recuperação das características romanas ocorreu apenas no século 19. Escavações recentes revelaram ter sido rodeado por um pórtico e um espelho d’água. A Sé de Évora é considerada

a maior catedral de Portugal e vale a visita por sua bela arquitetura gótica. No interior, a capela-mor é uma reconstrução de 1718, da época barroca. Na nave central, depara-se com o altar de Nossa Senhora do Ó, cuja imagem encontra o seu contraponto numa estátua do Arcanjo São Gabriel, em madeira estofada. Na visita ao claustro gótico, pode-se subir até ao terraço e ter uma das melhores vistas panorâmicas da cidade portuguesa. O passeio turístico pela bela Évora prossegue com mais atrações: visitas à Praça do Giraldo, ao Largo da Porta de Moura, ao Museu de Évora e, é claro, à Universidade. (F.P.)

Capela dos Ossos (detalhe à esq.) faz parte da Igreja Real de São Francisco (acima). Seu interior é revestido por ossos de mais de 4 mil pessoas. Tradicionais casas brancas com faixas amarelas (abaixo) marcam a arquitetura local

Fotos: Fernando Porto

Casario secular impressiona numa das vilas mais antigas de Portugal. O imponente castelo é monumento nacional. De suas muralhas tem-se a visão panorâmica para os campos verdejantes

hoje conta com a melhor estrutura turística além de pequenos restaurantes alentejanos irresistíveis. O tour prossegue pelo conjunto de ruas estreitas até o casario secular que conduz à Igreja da Misericórdia, erguida no século 16. Outras atrações imperdíveis da vila medieval são as Igrejas da Matriz e de Santiago e a cisterna quinhentista. Mais uma vantagem considerável de Monsaraz são as vistas panorâmicas das muralhas do castelo, onde se pode avistar os campos verdejantes, em contraste com o lençol azul da Barragem do Alqueva. Quem tiver a sorte de se hospedar em Monsaraz, poderá apreciar também os desenhos brilhantes das luzes das casas, que se formam à noite. (F.P.)


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quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Descubra as rotas do vinho e do azeite

TURISMO - 3

Fotos: Fernando Porto

Pelas paisagens alentejanas, que exibem parreirais e campos de oliveiras, o convite é degustar. Seja a bebida de Baco nas inúmeras vinícolas, seja o óleo de azeitona nas cooperativas. Vale conferir as técnicas de produção e a rica história da região Divulgação

B

asta cruzar a ponte sobre o Rio Tejo, saindo da efervescente Lisboa, e o turista se inicia nos caminhos dos bons vinhos do sul. A qualidade da produção da região do Alentejo é reconhecida mundialmente, com características diferentes de outras regiões portuguesas por causa da influência do sol escaldante sobre os vinhedos para amadurecer as uvas até o ponto ideal. Segundo os especialistas, há seis castas importantes na região. Dos brancos, destacamse Antão Vaz, Roupeiro e Rabo de Ovelha. Nos tintos, a qualidade impera nas castas Trincadeira, Aragonez e Periquita. Pela popularização da bebida no Brasil, os turistas brasileiros reconhecerão marcas como Herdade do Esporão e a Pêra-Manca, da Adega da Cartuxa. Os especialistas portugueses também destacam principalmente a marca Cortes de Cima, desenvolvida na região pelo dinamarquês Hans Kristian Jorgensen, que comprou a herdade em 1988. Especialistas explicam que, antes do sucesso mundial dos vinhos do Douro, o maior volume exportado provinha mesmo da região sul, por causa da qualidade do produto, de cor intensa e elevado grau alcoólico. A área atual de vinha no Alentejo compreende 13.500 hectares, o que corresponde a apenas cerca de 5% da área dedicada à cultura em todo o país europeu. Para os turistas, é possível visitar as principais vinícolas graças à institucionalização da chamada Rota dos Vinhos do Alentejo, oferecida pelo trade turístico local. Os locais de parada obrigatória da rota são a Fundação Eugénio de Almeida, em Évora; a Herdade dos Coelheiros, em Igrejinha (Arraiolos); Roquevale, Monte Branco, Redondo; e a Herdade do Esporão, em Reguengos de Monsaraz. Na sede oficial da Rota, em Évo-

Herdade do Esporão (fotos) é uma das vinícolas alentejanas mais importantes. Localizada em Reguengos de Monsaraz, é uma das paradas obrigatórias do roteiro etílico pela região

ra (Praça Joaquim António de Aguiar, 20), o visitante poderá apreciar uma mostra de todos os produtos vitivinícolas produzidos na região. Degustação de azeite – Poucos turistas podem se imaginar em uma prova de azeites – uma degustação das mais agradáveis, na qual se pode sentir realmente a diferença entre os melhores extra-virgens (de acidez inferior a 1%). O azeite alentejano se caracteriza por ser ligeiramente espesso, frutado, de cor dourada e, em alguns casos, com um ligeiro tom esverdeado. Os sabores se diferenciam em cada uma das regiões da chamada Denominação de Origem Protegida (DOP): Moura, Alentejo Interior e Norte Alentejano. Em Moura, vale a visita ao Museu do Azeite, com seu lagar de Varas do Fojo, do século 19, onde se aprende as técnicas tradicionais de produção. Continua-se a Rota do Azeite pela região do Alentejo Interior com percurso para Portel,

De carne de porco a doces conventuais

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Vidigueira, Cuba, Alvito, Viana do Alentejo, Ferreira do Alentejo e Beja. Em qualquer um destes distritos, é possível encontrar uma cooperativa de portas abertas para a prova de

um óleo de azeitona madura e, segundo os especialistas, com ligeiro "travo" de maçã ou de figo. Já o norte alentejano oferece um azeite perfumado e não menos sublime. (F.P.)

RAIO X COMO CHEGAR P e l a Ta p A i r P o r t u g a l , ( t e l . 0300/2106060, www.flytap.com), a passagem aérea ida-e-volta de São Pa u l o a L i s b o a s a i a p a r t i r d e US$ 1.310 até 18/9. Após esse período, há preços promocionais a partir de US$ 981. Na KLM (tel. 11/40031888, www.klm.com.br) há preço promocional para quem embarcar a partir de 1º/10: a partir de US$ 899. De Lisboa a Évora, no centro do Alentejo, são 150 km de distância – cerca de uma 1h15 de carro. ONDE DORMIR Horta da Moura: Apartado 64, Monsaraz, tel. (351266) 550108, email hortdamoura@hotmail.com. Trata-se de um hotel-fazenda, localizado próximo à represa do Lago Alqueva e a 2 km do castelo medieval de Monsaraz. Sua proposta é de convívio à moda alentejana do campo, mas com conforto. Oferece passeios a cavalo e quadra de tênis. Preços de diárias sob consulta. Hotel da Cartuxa: Travessa da Palmeira, 4/6, tel. (351266) 739300, email comercial@hoteldacar tuxa.com. Boa opção no centro histórico de Évora, o Cartuxa possui quartos aconchegantes e um belo jardim com piscina, resguardados por uma muralha do século 14. Diárias variam de 135 euros a 160 euros em quarto duplo, com café da manhã.

ONDE COMER R es ta urante Fialho: Travessa dos Mascarenhas, 16, Évora, tel. (351266) 703079. Muitos brasileiros e por tugueses veneram esse pequeno restaurante no centro de Évora, que começou como uma tasca, fundada por Manuel Fialho em 1948. Entre os destaques, a s o p a d e b e ldroegas, a poejada de bacalhau, cação de coentrada e o borrego assado no forno. Herdade do Esporão: Apartado 31, Reguengos de Monsaraz, tel. (351266) 509270. Em seu restaurante interno, o Galeria, o Esporão comprova sua fama, onde se pode provar todos os vinhos da marca, juntamente com pratos da gastronomia alentejana, concebidos por Júlia Vinagre, a proprietária do Restaurante

A Bolota Castanha, em Terrugem, perto de Elvas. Pode-se ainda visitar suas cobiçadas adegas. PACOTES C l a s s To u r : o f e r e c e p r ograma de dez dias por terras por tuguesas, com passagem por Évora e Estremoz. Preços a partir de US$ 1.571 por p e s s o a , i ncluindo café da manhã, nove jantares, visitas com guias e transporte em ônibus fretado. Passagens aéreas não incluídas e com preços sob co n s u l t a . Te l . ( 1 1 ) 3 0 4 0 5 0 6 0 , www.classtour.com.br. CVC: oferece o programa (dois dias) "Sul Português", a partir de 875 euros por pessoa. Inclui passagem aérea ida-e-volta, uma noite (apartamento duplo) com café da manhã, assistência de viagem internacional e passeios por Lisboa, Albufeira, La-

gos, Vila Moura, Faro, Tavira, Mertola e Évora. A operadora também tem um programa mais extenso, de oito dias, que passa pelo Alentejo e outras regiões, a partir de 1.405 euros, incluindo parte aérea, sete noites de hospedagem (uma em Évora) com café e passeios por mais de 20 cidades portuguesas. Tel. (11) 21918911, www.cvc.com.br. Flot: pacote Algarve-Alentejo, com preços a partir de US$ 1.909 por pessoa (saídas em 19/9). Inclui passagem aérea ida-e-volta, passaporte Pousadas de Portugal, seis noites de hospedagem com café da manhã, aluguel de carro tipo econômico e seguro-viagem. Tel. (11) 4504-4544, www.flot.com.br. FAÇA AS MALAS Fuso: quatro horas a mais em relação a Brasília. Moeda: euro. Na internet: site www.visitportugal.com. Aluguel de carro: pela Avis, a tarifa diária sai a US$ 48 e o período mínimo exigido de locação é de três dias. Entende-se por diária de locação o período de 24 horas a partir da abertura do contrato. Inclui quilometragem livre, proteção LDW e TP (dano, colisão, furto ou roubo do veículo locado) – com franquia de US$ 950 – e taxas. Tarifa válida até 30/9. Reservas pelo tel. (11) 3124-7515.

or já ter sido uma grande região de trigo e oliveiras, e de criação de porcos, produtos como pão, carne de porco e azeite são essenciais na culinária alentejana. O pão é elemento obrigatório para acompanhar as tradicionais sopas de cação, de bacalhau ou de tomate com lingüiça. E também presente no inefável ensopado de borrego (carneiro) ou na deliciosa açorda alentejana. Os melhores restaurantes desses pecados culinários estão nas cidades de Estremoz, Évora ou Beja. Por atingir também o litoral, no sudoeste alentejano, os frutos do mar merecem menção especial. O viajante nem deve pensar em dieta, principalmente para provar também dos famosos queijos de Nisa, Serpa e Évora, acompanhados de bons tintos de Borba, Redondo, Reguengos ou Vidigueira.

O grand finale está reservado para os doces conventuais produzidos há muitos séculos pelas freiras – todos à base de ovos, açúcar e amêndoa (ou adoçados algumas vezes com mel). Em Évora, o deleite está no toucinho do céu, na encharcada (do Convento de Santa Clara), nos morgados e nas queijadas. Em Beja é impossível não provar as trouxas de ovos e os pastéis de Santa Clara, além das queijadas de requeijão. Quem estiver de passagem por Elvas ou Vila Viçosa não pode perder a sericá (ou sericaia), que mistura harmonicamente ovos, leite, açúcar e canela, cozinhada em prato de estanho, como manda a tradição. E há muito mais... Nunca se poderia imaginar que os doces pecados da gula, que tentam os viajantes, tenham origem nesses simples conventos. Carpe Diem! (F.P.)


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quinta-feira, 30 de agosto de 2007

BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 (Em milhares de reais) ATIVO CIRCULANTE ............................................................................ Disponível .............................................................................. Caixa e bancos ...................................................................... Aplicações ............................................................................. Títulos de renda fixa .............................................................. Títulos de renda variável ....................................................... Quotas de fundos de investimentos ..................................... Outras aplicações ................................................................. Provisão para desvalorização .............................................. Créditos das operações com seguros e resseguros .... Prêmios a receber ................................................................. Operações com seguradoras ............................................... Operações com resseguradoras ......................................... Outros créditos operacionais ................................................ Provisão para riscos de créditos .......................................... Títulos e créditos a receber ............................................. Títulos e créditos a receber .................................................. Créditos tributários e previdenciários ................................... Outros créditos ...................................................................... Provisão para riscos de créditos .......................................... Outros valores e bens ....................................................... Bens à venda ........................................................................ Outros valores ....................................................................... Despesas antecipadas ....................................................... Administrativas ...................................................................... Despesas de comercialização diferidas ........................ Seguros e resseguros .......................................................... ATIVO NÃO CIRCULANTE ....................................................... REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ............................................. Aplicações ............................................................................. Títulos de renda fixa .............................................................. Quotas de fundos de investimentos ..................................... Outras aplicações ................................................................. Títulos e créditos a receber ............................................. Títulos e créditos a receber .................................................. Créditos tributários e previdenciários ................................... Depósitos judiciais e fiscais .................................................. Outros créditos a receber ..................................................... Despesas de comercialização diferidas - Seguros ........ Seguros e resseguros .......................................................... PERMANENTE ........................................................................... Investimentos ...................................................................... Participações societárias ...................................................... Imóveis destinados a renda .................................................. Outros investimentos ............................................................. Provisão para desvalorização .............................................. Depreciações ........................................................................ Imobilizado ............................................................................ Imóveis ................................................................................... Bens móveis .......................................................................... Outras imobilizações ............................................................. Provisão para desvalorização .............................................. Depreciação .......................................................................... Diferido .................................................................................. Despesas de organização, implantação e instalação .......... TOTAL .......................................................................................

Controladora 2007 2006 PASSIVO CIRCULANTE ............................................................................ 1.946.697 1.534.121 Contas a pagar ..................................................................... 1.905.069 1.335.014 Obrigações a pagar ............................................................... 1.876.304 1.313.278 Impostos e encargos sociais a recolher ............................... 4.955 3.754 Provisões trabalhistas ........................................................... 8.428 8.098 Impostos e contribuições ...................................................... 15.382 9.884 8.285 14.897 Débitos de operações com seguros e resseguros ... Prêmios a restituir .................................................................. 5 Operações com seguradoras ............................................... 6.389 4.507 Operações com resseguradoras ......................................... 733 9.750 Corretores de seguros e resseguros ................................... 1.082 85 Outros débitos operacionais ................................................. 76 555 Débitos das operações com previdência complementar .. Outros débitos operacionais ................................................. 1.808 15.925 Depósitos de terceiros ...................................................... 31.535 168.285 Provisões técnicas - Seguros .......................................... 31.535 168.285 Ramos elementares, saúde e vida em grupo ............ Provisão de prêmios não ganhos ....................................... 11 297 Provisão de insuficiência de prêmios ................................. Provisão de benefícios a conceder .................................... Provisão de benefícios concedidos .................................... Provisão de sinistros a liquidar ........................................... 21.341 24.807 Provisão de sinistros ocorridos mas não avisados ........... 10.183 143.181 Outras provisões ................................................................. Vida com cobertura de sobrevivência ......................... Provisão matemática de benefícios a conceder ................. Provisão matemática de benefícios concedidos ................ Provisão de riscos não expirados ...................................... Provisão de oscilação de riscos ......................................... Provisão de excedente financeiro ...................................... Provisão de eventos ocorridos mas não avisados ............ Provisão de benefícios a regularizar .................................. Outras provisões ................................................................. Provisões técnicas - Previdência complementar ....... Planos não bloqueados .................................................... Provisão matemática de benefícios a conceder ................. Provisão matemática de benefícios concedidos ................ Provisão de benefícios a regularizar .................................. Provisão de eventos ocorridos mas não avisados ............ Provisão de excedente financeiro ...................................... Outras provisões ................................................................. Provisões técnicas - Capitalização .................................. Provisão para resgate ......................................................... Provisão para sorteio .......................................................... Outras provisões ................................................................. 520.634 512.244 PASSIVO NÃO CIRCULANTE .................................................. 520.634 512.244 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ................................................... 28.636 37.750 Contas a pagar ..................................................................... Tributos diferidos ................................................................... 28.636 37.750 Outras contas a pagar .......................................................... Provisões técnicas - Seguros .......................................... Ramos elementares, saúde e vida em grupo ............ Provisão de prêmios não ganhos ....................................... Provisão de benefícios a conceder .................................... Provisão de insuficiência de prêmios ................................. Outras provisões ................................................................. Vida com cobertura de sobrevivência ......................... Provisão matemática de benefícios a conceder ................. Provisão de excedente financeiro ...................................... 8.484.617 5.562.010 1.059.821 1.072.890 Provisão de insuficiência de prêmios ................................. Outras provisões ................................................................. 8.428.772 5.479.981 805.530 909.363 Provisões técnicas - previdência complementar ....... 8.425.990 5.321.597 763.540 629.207 Planos não bloqueados .................................................... Provisão matemática de benefícios a conceder ................. 441 61.004 113.413 235.941 Provisão de riscos não expirados ...................................... 49.530 149.347 138.037 290.277 Provisão de oscilação de riscos ......................................... Provisão matemática de benefícios concedidos ................ (47.160) (43.910) (160.699) (186.322) Provisão de insuficiência de contribuição .......................... (29) (8.057) (48.761) (59.740) Outras provisões ................................................................. 55.616 81.809 200.064 122.742 491.998 474.494 Outros passivos contingentes ...................................... Provisões fiscais ................................................................. 474.181 451.627 9.522 54.688 185.704 91.532 Provisões trabalhistas ......................................................... 16.656 21.104 282.449 265.115 348.801 327.096 Provisões cíveis .................................................................. 1.161 1.763 PARTICIPAÇÃO DE ACIONISTAS MINORITÁRIOS ................ 402 39 PATRIMÔNIO LÍQUIDO ............................................................. 8.450.075 6.305.345 (525) (1.154) Capital social ........................................................................ 1.833.138 1.033.138 Aumento (Redução) de capital (em aprovação) ................ 2.165.239 2.965.239 (236.355) (237.994) (334.318) (294.771) Reserva de capital ............................................................... 8.407 8.407 229 220 54.227 40.785 Reserva de reavaliação ...................................................... 15.280 29.464 Reservas de lucros ............................................................. 1.759.370 1.328.293 229 220 54.227 40.785 Ajustes com títulos e valores mobiliários ............................ 1.441.926 200.548 740.256 Lucros acumulados ............................................................. 1.226.715 10.917.406 8.351.710 66.979.675 54.861.909 TOTAL ....................................................................................... 10.917.406 8.351.710 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis. Controladora Consolidado 2007 2006 2007 2006 1.967.560 2.301.960 46.937.888 32.234.597 14.374 1.181 100.884 99.773 14.374 1.181 100.884 99.773 1.813.524 2.094.468 44.829.690 30.259.154 94.002 10.898.407 702.090 441.392 193.815 2.201.506 1.330.780 1.380.099 1.829.553 31.744.579 28.280.918 1.929 3.333 7.248 (7.967) (24.831) (18.135) (61.882) 40.522 36.776 1.270.752 1.130.284 10.920 13.740 1.147.973 1.093.045 499 1.742 61.922 55.640 2.992 2.505 86.241 44.164 37.597 31.179 61.820 58.985 (11.486) (12.390) (87.204) (121.550) 96.670 166.413 411.477 445.530 26.898 85.744 202.990 239.746 84.608 98.155 242.065 244.393 1.640 2.240 15.228 9.973 (16.476) (19.726) (48.806) (48.582) 1.394 2.149 42.081 45.452 38 37.902 42.481 1.356 2.149 4.179 2.971 1.075 971 10.505 2.955 1.075 971 10.505 2.955 1 2 272.499 251.449 1 2 272.499 251.449 8.949.846 6.049.750 20.041.787 22.627.312 465.229 487.740 18.981.966 21.554.422 56.068 17.014.225 20.088.241 56.068 15.465.810 20.088.104 - 1.548.323 92 137 465.229 431.672 1.967.741 1.462.870 5.969 6.899 30.422 44.959 103.527 135.611 672.770 410.628 349.592 289.156 1.252.240 1.001.606 6.141 6 12.309 5.677 3.311 3.311

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 (Em milhares de reais)

Prêmios retidos .................................................................... Prêmios de seguros ............................................................ Prêmios diretos ........................................................................ Prêmios de co-seguros aceitos .............................................. Prêmios - riscos vigentes não emitidos .................................. Prêmios Convênio DPVAT ................................................... Prêmios cedidos em co-seguros ..................................... Prêmios cedidos a consórcios e fundos ........................ Prêmios cedidos em resseguros .................................... Prêmios de retrocessões .................................................. Resgates de seguro de vida individual/VGBL ................. Variação das provisões técnicas ....................................... Prêmios ganhos .................................................................... Rendas com taxas de gestão ............................................. Sinistros retidos ................................................................... Sinistros diretos ...................................................................... Sinistros de consórcios e fundos .......................................... Serviço de assistência ........................................................... Recuperação de sinistros ....................................................... Salvados e ressarcimentos .................................................... Variação da provisão de sinistros ocorridos mas não avisados ... Despesas com benefícios e resgates ............................. Despesas com benefícios ...................................................... Variação da provisão de eventos ocorridos mas não avisados . Despesas de comercialização ........................................... Comissões ............................................................................... Recuperação de comissões ................................................... Outras despesas de comercialização .................................... Variação das despesas de comercialização diferidas .......... Outras receitas e despesas operacionais ...................... Outras receitas operacionais ................................................. Outras despesas operacionais .............................................. OPERAÇÕES DE PREVIDÊNCIA Rendas de contribuições retidas .................................... Variação das provisões técnicas ..................................... Rendas com taxas de gestão ........................................... Despesas com benefícios e resgates ........................... Despesas com benefícios ..................................................... Despesas com resgates ....................................................... Variação da provisão de eventos ocorridos mas não avisados .. Despesas de comercialização ......................................... Outras receitas e despesas operacionais .................... Outras receitas operacionais ................................................ Outras despesas operacionais ............................................ OPERAÇÕES DE CAPITALIZAÇÃO Receitas líquidas com títulos de capitalização ............. Receita bruta com títulos de capitalização ........................... Deduções sobre a receita bruta ........................................... Variação das provisões técnicas ......................................... Despesas com títulos resgatados e sorteados .......... Despesas com resgates ....................................................... Despesas com sorteios ........................................................ Despesas de comercialização ......................................... Outras receitas e despesas operacionais .................... Outras receitas operacionais ................................................ Outras despesas operacionais ............................................ Despesas administrativas ................................................ Despesas com tributos ..................................................... Resultado financeiro .......................................................... Receitas financeiras .............................................................. Despesas financeiras ........................................................... Resultado patrimonial ........................................................ Receitas/despesas com imóveis de renda ........................... Ajustes de investimentos em controlada e coligadas .......... Outras receitas/despesas patrimoniais ................................ Resultado operacional ....................................................... Resultado não operacional ................................................ Resultado antes dos impostos e participações .......... Imposto de renda ................................................................... Contribuição social ................................................................ Participações sobre o lucro .................................................. Participação dos acionistas minoritários ...................... Lucro líquido do semestre ............................................... Quantidade de ações ............................................................ Lucro líquido por ação - R$ ..................................................

Controladora Consolidado 2007 2006 2007 2006 565 65.654 5.576.615 3.804.010 19.380 31.502 7.809.900 5.576.843 19.914 31.363 7.783.795 5.569.287 93 139 41.317 64.000 (627) (15.212) (56.444) 135.744 279.982 212.791 (18.130) (20.279) (106.362) (85.681) (70.898) (148.602) (149.170) (685) (10.415) (170.175) (170.828) 262 133 - (2.088.390) (1.580.078) 103 325 (2.479.828) (1.240.149) 668 65.979 3.096.787 2.563.861 232.002 179.224 2.887 77.672 2.929.474 1.947.932 14.944 21.835 2.986.677 1.924.955 44.354 91.418 93.010 61.851 52.913 (11.583) (15.018) (142.976) (126.017) (12) (76.071) (67.172) (462) 26.501 8.575 70.243 66.422 47.704 64.481 45.202 1.941 2.502 124 810 452.910 394.109 2.843 3.822 407.035 333.052 (2.721) (3.121) (47.227) (17.325) 1 1 80.752 56.760 1 108 12.350 21.622 13.238 (11.491) 39.408 (35.181) 1.292 6 71.732 44.269 11.946 (11.497) (32.324) (79.450) -

-

1.127.311 1.025.740 311.592 438.141 84.832 73.581 1.160.153 1.248.352 215.632 199.033 944.936 1.049.819 (415) (500) 60.987 65.549 (10.665) (92.179) 2.571 1.873 (13.236) (94.052)

766.433 659.824 749.578 669.365 (4.814) (3.797) 21.669 (5.744) 654.037 573.131 635.224 556.173 18.813 16.958 8.274 7.082 128 (19) 42 50 86 (69) 26.573 22.409 518.701 403.494 1.491 3.185 104.038 95.616 141.429 139.983 1.542.424 1.241.368 171.585 255.713 3.832.302 3.569.892 (30.156) (115.730) (2.289.878) (2.328.524) 1.143.907 977.568 140.533 218.860 10.154 15.193 27.260 20.643 1.087.929 1.001.834 67.441 81.905 45.824 (39.459) 45.832 116.312 1.268.167 1.067.963 1.374.716 1.470.129 806 17.018 393.141 25.057 1.268.973 1.084.981 1.767.857 1.495.186 (27.982) (30.111) (374.408) (320.773) (10.564) (10.794) (136.954) (115.469) (5.863) (4.326) (24.606) (15.898) (7.326) (3.296) 1.224.564 1.039.750 1.224.564 1.039.750 921.871 939.998 1.328,35 1.106,12 -

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis.

Consolidado 2007 2006 40.798.541 32.791.732 2.557.071 2.162.655 2.260.757 1.865.666 102.542 106.849 34.797 32.828 158.975 157.312 454.276 412.200 5.954 7.813 54.410 22.587 241.361 298.314 18.984 40.180 133.567 43.306 1.918 1.918 93.938 181.870 25.879.358 19.845.402 4.485.109 4.193.462 1.473.165 1.416.517 40 42 86.976 29.826 106.847 95.560 1.230.217 969.227 1.582.547 1.682.281 5.317 9 21.394.249 15.651.940 21.159.855 15.481.808 8.637 4.031 4.580 3.596 1.475 836 76 152 23.611 14.613 39.993 35.312 156.022 111.592 9.450.753 7.960.701 9.450.753 7.960.701 8.697.886 7.291.906 299.915 271.009 27.566 15.024 20.801 19.029 400.306 353.207 4.279 10.526 2.363.145 2.226.986 2.260.918 2.110.942 22.883 19.297 79.344 96.747 17.664.396 15.652.748 17.664.396 15.652.748 754.710 229.722 754.710 217.812 11.910 2.251.332 1.110.875 1.692.300 771.837 11.382 372.834 363.567 90.753 48.935 1.228.713 347.953 559.032 339.038 201.477 181.866 18 25 271.645 41.721 85.892 115.426 12.954.925 12.802.578 12.954.925 12.802.578 6.643.018 7.775.538 4.882 4.943 10.177 4.093 3.348.167 3.036.188 2.120.221 1.099.733 828.460 882.083 1.703.429 1.509.573 1.446.471 1.287.289 34.197 35.508 222.761 186.776 66.663 112.084 8.450.075 6.305.345 1.833.138 1.033.138 2.165.239 2.965.239 8.407 8.407 15.280 29.464 1.759.370 1.328.293 1.441.926 200.548 1.226.715 740.256 66.979.675 54.861.909

DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 (Em milhares de reais) Controladora 2007 2006 Lucro líquido do semestre ................................................. - Mais:

1.224.564 1.039.750

Consolidado 2007 2006 1.224.564

1.039.750

- Depreciações e Amortizações ................................

11.715

12.643

23.467

22.470

- Participação dos acionistas minoritários ................

-

-

7.326

3.296

1.089.070 1.003.203

- Menos: - Resultado Positivo de Equivalência Patrimonial ...... - Lucro na venda de Investimentos ou Imobilizado ..

34.022

83.576

377

5.922

10.032

6.132

124

-

39.483

88.942

- Reversão/Constituição da provisão para desvalorização de investimentos .......................... - Outros .....................................................................

-

-

(2.384)

1.616

a) Lucro líquido ajustado do semestre ...........................

146.708

43.268

1.174.204

885.250

Atividades operacionais - Aumento das Aplicações ......................................................

438.953

812.567

6.624.232

6.860.614

- Aumento (Redução) dos Créditos das Operações .............

1.812

(7.911)

134.047

282.769

- Aumento (Redução) dos Títulos e Créditos a Receber .......

(3.005) (233.046)

(56.649)

45.207

- Aumento (Redução) de Outros Valores e Bens ..................

(788)

293

11.453

7.773

- Aumento das Despesas Antecipadas ..................................

1.067

882

10.171

2.419

- Aumento das Despesas de Comercialização Diferidas .......

-

(108)

(12.742)

(3.603)

- Redução (Aumento) do Contas a Pagar ..............................

82.748

(60.888)

(34.213)

555.887 (16.374)

- Redução (Aumento) dos Débitos das Operações de Seguros e Resseguros ......................................................

1.620

3.727

(148.978)

- Redução dos Débitos das Operações de Previdência ........

-

-

1.039

31.642

- Redução (Aumento) de Dépósitos de Terceiros ..................

1.372

(10.728)

103.835

(17.426)

- Redução (Aumento) de Provisões Técnicas - Seguros e Resseguros .....................................................................

127.684

- Redução de Provisões Técnicas - Previdência Complementar

-

(37.500) (3.354.168) (4.021.612) -

(747.006)

(443.605)

- Redução de Provisões Técnicas - Capitalização ................

-

-

(55.971)

(88.077)

- Redução de Outros Débitos .................................................

-

-

(148)

-

- Redução de Outros Passivos Contingentes ........................

(8.053)

(89.537)

(68.672)

(489.178)

- Redução (Aumento) de Ajustes com Títulos e Valores Mobiliários ..........................................................

(9.989)

17.285

(1.167.330)

12.072

b) Caixa Líquido Aplicado nas Atividades Operacionais ....

633.421

395.036

1.238.900

2.718.508

567.700

-

9.846

9.739

- Recebimento pela venda de ativo permanente .....................

101.232

355.213

189.077

116.835

- Pagamento pela compra de ativo permanente ......................

(171.757)

(22.478)

(149.597)

(447.199)

497.175

332.735

49.326

(320.625)

- Aumento de Capital ...............................................................

-

-

1.502

2.165.239

- Distribuição de dividendos ....................................................

-

-

29.203

-

de Financiamento ............................................................

-

-

30.705

2.165.239

Aumento (Diminuição) nas disponibilidades (a-b+c+d) ..

10.462

(19.033)

15.335

11.356

Disponibilidades no Início do semestre ...................................

3.912

20.214

85.549

88.417

Disponibilidades no Final do semestre ....................................

14.374

1.181

100.884

99.773

Aumento (Diminuição) nas disponibilidades ..................

10.462

(19.033)

15.335

11.356

Atividades de Investimento - Dividendos recebidos ............................................................

c) Caixa Líquido Aplicado (Gerado) nas Atividades de Investimento ............................................................... Atividades de Financiamento

d) Caixa Líquido Aplicado nas Atividades

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis. CONTINUA


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - TURISMO

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

FERIADO Fotos: Divulgação

Para descansar pertinho de casa Selecionamos 15 pacotes para hotéis-fazenda, praias e resorts a até 400 km de São Paulo. Afinal, o 7 de Setembro terá apenas três dias e ninguém quer perder tempo da preciosa folga na estrada. Por casal, a partir de R$ 485

Águas de São Pedro (SP): oficinas gastronômicas, chá da tarde e apresentações musicais são alguns dos destaques da programação do Grande Hotel Senac. Situado nessa famosa estância hidromineral no interior paulista, a 184 km de São Paulo, o hotel oferece ainda completa infra-estrutura de lazer. Pacotes de 6 a 9/9 a partir de R$ 2.175 por casal, com pens ã o c o m p l e t a . Te l . 0 8 0 0 / 7700790, www.grandehotelsenac.com.br. Atibaia (SP): jantares e almoços temáticos, clínicas de tênis, aulas de dança e de arco-e-flecha são algumas das atividades programadas para o feriado no Bourbon Atibaia. A 52 km de São Paulo, o completo resort está com pacote de três diárias a partir de R$ 1.920 por casal, com pensão completa (almoço e jantar com bebidas não-alcoólicas incluídas). Cortesia para duas crianças de até 5 anos no mesmo quarto dos pais. Tels. 0800/7034041 (11) 4414-4700, www.bourbon.com.br. Avaré (SP): no interior de São Paulo, a 267 km da capital, o Ibiquá Eco Resort preparou um festival de comida brasileira para os três dias do feriado da Independência. À beira da Represa Jurumirim, o hotel convida à prática de ecoturismo e esportes aquáticos. O pacote de 6/9 a 9/9 custa R$ 1.215 por casal, com pensão completa. Tels. (14) 3733-2999 ou 37117777, www.ibiqua.com.br. Barra Bonita (SP): os hóspedes a Estância Barra Bonita, no interior do Estado, a 284 km de SP, serão recebidos com bandeirinhas verde-amarelas em homenagem à festividade nacional. O tema também será usado nas brincadeiras com os baixinhos e, para os adultos, haverá uma gincana sobre conhecimentos de história e cultura do Brasil e um jantar temático. O pacote de três diárias sai a partir de R$ 2.040 por casal, com pensão completa. Tel. (11) 0800/7021400, www.barrabonita.com.br. Campinas (SP): o luxuoso The Royal Palm Plaza Resort, a cerca de 80 km de São Paulo, preparou uma programação especial para quem quer descansar – com aulas de ioga e pilates – ou se exercitar de forma diferente – com aulas de dança, boxe, ballness e jump fit. O resort possui ainda um completo spa e o Kata Kuka – uma área reservada para um jogo inusitado que exige muita aventura. De 6 a 9/9, o pacote custa R$ 2.643, com pensão completa. Tels. (19) 3738-8002 ou 0800/129085, www.theroyal.com.br Ilhabela (SP): quem quiser aproveitar a folga à beira-mar, a Pousada do Capitão, com decoração toda em estilo náutico, está com pacote de três diárias a partir de R$ 690 por casal, com café da manhã incluído. Localizada na charmosa Ilhabela (litoral norte paulista), fica a 217 km da capital paulista. Tel. (12) 3896-1037, www.pousadadocapitao.com.br. Ilha Grande (RJ): o roteiro é de quatro dias para esse refúgio de natureza a cerca de 370 km de São Paulo. Na Pisa Trekking, o pacote inclui transporte, travessia Angra-Ilha Gran-

A Estância Barra Bonita (no alto, à esq.), o Itamambuca Eco Resort (no alto, à dir.) e o Bourbon Atibaia (ao lado) são boas opções para as famílias. Ideal para casais, a Pousada Tijupá (à esq.), em Mauá, oferece três diárias por R$ 750 por casal. Aos amantes de natureza, a Pisa Trekking tem roteiro para Ilha Grande (no alto, no centro), por R$ 819

de-Angra, hospedagem com café da manhã, acompanhamento de guia, passeios a oito pontos diferentes, entre eles várias das belas praias da região, e seguro-viagem. A partir de R$ 819 por pessoa. Tel. ( 11 ) 5 0 5 2 - 4 0 8 5 , w w w. p isa.tur.br. Itapira (SP): essa é a dica para casais que querem descansar no campo, na Fazenda Águas Claras, em meio a uma propriedade cafeeira do século 19. Inte-

Louveira (SP): com pacotes de três diárias a partir de R$ 485 por casal, o Hotel Lago Azul oferece, além de pensão completa, dois ingressos para o parque de diversão Hopi Hari, que é vizinho ao hotel. A cerca de 70 km de São Paulo, tem 50 apartamentos, piscina e lago para pesca. Tel. (19) 3848-1001, www.redelagoazul.com.br. Salesópolis (SP): a apenas 100 km de São Paulo, o Hotel

2562, www.spajardimdaserra.com.br. Sorocaba (SP): para as famílias que procuram ar puro e clima de fazenda, o Pitangueiras Hotel Fazenda & Resort, a 110 km da capital, oferece de passeios de charrete a paintball e arvorismo. Três diárias saem a partir de R$ 1.800 por casal, com pensão completa. Tel. (15) 3229-4300, www.hotelpitangueiras.com.br. Ubatuba (SP): oficinas de ar-

te, teatro e maquiagem, trilhas pela Mata Atlântica, ioga e passeios de barco e de caiaque estão entre as atividades que o Itamambuca Resort, a 234 km de São Paulo, promete incluir na programação de lazer durante o feriado. A partir de R$ 1.388 por casal, com café da manhã – cortesia para duas crianças com até 10 anos no mesmo quarto dos pais, além de passeio de caiaque pelo Rio Itamambuca. Tel. (12)

3834-3000, www.itamambuca.com.br. Visconde de Mauá (RJ): a 300 km de São Paulo, na charmosa Pousada Tijupá (da Associação de Hotéis Roteiros de Charme) três diárias saem a partir de R$ 750 por casal, com café da manhã. Romântica, possui apartamentos e chalés para apaixonados que buscam tranqüilidade na Serra da Mantiqueira. Tel. (24) 33871145, www.tijupa.com.br.

Número de vôos internacionais é 27% maior neste ano Relax no interior: dieta balanceada no Spa Jardim da Serra (acima), em São Pedro, e programação com aulas diferentes, como ballness, no The Royal Palm Plaza Resort, em Campinas. No primeiro, pacote de três diárias a partir de R$ 1.500 por casal pensão completa. No segundo, nas mesmas condições, o feriado sai a partir de R$ 2.643

grante da Associação de Hotéis Roteiros de Charme, fica a 195 km de São Paulo e possui apartamentos com móveis de época e banheira de hidromassagem. O pacote de 6/9 a 6/9 custa a partir de R$ 1.980 por casal, com pensão completa. Tel. (11) 5044-3301, www.fazendaambiental.com.br. Itu (SP): na histórica Fazenda Capoava, a 89 km de São Paulo, o tropeirismo será o tema durante o feriado prolongado e estará presente da culinária, com a galinhada e o mingau de milho verde, aos passeios. Três diárias com pensão completa saem a partir de R$ 2.937 por casal. Tel. (11) 4023-0903, www.fazendacapoava.com.br.

Fazenda Vale da Barra possui pacote de três diárias a partir de R$ 989 por casal, com pensão completa – incluindo chá da tarde. Entre os atrativos do empreendimento, lago para pesca, piscina aquecida e passeios a cavalo. Tel. (11) 4696-1524, www.hvb.com.br. São Pedro (SP): essa sugestão é para aqueles que querem aproveitar a folga para perder uns quilinhos. No Spa Jardim da Serra, a 180 km da capital, o pacote de 6 a 9/9 custa a partir de R$ 1.500 para duas pessoas e inclui seis refeições diárias, atividades esportivas e recreativas, acompanhamento nutricional e tratamentos hidroterápicos. Cortesia para crianças de até 3 anos. Tel. (19) 3461

D

e julho de 2006 a julho de 2007, o número de vôos internacionais cresceu 27% no País, mostrando que várias empresas, principalmente internacionais, ocuparam o lugar deixado pela antiga Varig, cujo auge da crise se deu há um ano. Em julho de 2006, segundo levantamento da equipe técnica da Panrotas, operavam no Brasil 648 vôos internacionais por semana, sendo 330 rumo aos países da América Latina, 160 para a Europa, 145 com destino à América do Norte, dez para a África e três para a Ásia. Em julho passado, esse número saltou para 822, sendo 437 vôos para a América Latina, 211 para a Europa, 154 rumo à América do Norte, 15 para a África e cinco com destino aos países asiáticos. No total, os números mostram 30.705 mais assentos oferecidos entre o Brasil e os outros países. Em junho do ano passado, eram 126.439 assentos e, no mês passado, 157.144. Em julho deste ano, o Brasil possuía vôos para 16 cidades latinoamericanas, dez européias, dez da América do Norte, duas cidades do continente asiático e três do africano. No mesmo mês no ano passado, eram 13 cidades latino-americanas, 11 européias, nove da América do Norte, uma asiática e três africanas. AMÉRICA LATINA–Em números absolutos, os vôos rumo aos países da América Latina foram os que apresentaram maior crescimento. As próprias companhias brasileiras foram as responsáveis por grande parte deste aumento. Essas empresas, em julho de 2006, operavam 173 vôos semanais para os países latinoamericanos e, no mês passado, tinham em sua malha 234 vôos por semana para a região, aumento de 61 freqüências semanais. A TAM e a Gol aumentaram exatamente o mesmo número de vôos para a América Latina. Ambas cresceram com 26 vôos semanais entre os períodos comparados. Já a Varig aumentou em sete vôos, sendo que em 2006 operava 41 vôos

por semana para os países vizinhos e, em julho deste ano, estava com 48 vôos. As aéreas latino-americanas, como Aerolineas Argentinas, Copa e Lan, também incrementaram sua presença no Brasil. EUROPA– Se os vôos internacionais para a América Latina cresceram com 61 freqüências adicionais, as operações rumo à Europa não ficaram para trás. No quadro semanal constam 51 vôos a mais entre o Brasil e o Velho Continente, comparando julho do ano passado com o deste ano. As companhias aéreas brasileiras aumentaram sua participação, que em 2006 era de 38 vôos e neste ano subiu para 64. A TAM foi uma das principais responsáveis pelo feito. AMÉRICA DO NORTE–A Varig deixou de operar seus vôos entre São Paulo e Nova York. Em julho de 2006, a companhia possuía sete freqüências semanais na rota. Mas a Tam não perdeu tempo e se apressou para ganhar o destino. Hoje, é a única brasileira a operar para os Estados Unidos. No ano passado, a TAM operava em julho 28 vôos por semana para os Estados Unidos, sendo 21 deles para Miami e sete para Nova York. Neste ano, são 35 vôos por semana, sendo 14 para Nova York e 21 para Miami. Sem contar aqueles que ainda opera em code-share com a American Airlines. Entre as estrangeiras, a American foi a que apresentou maior crescimento. Dos nove vôos semanais a mais que as empresas estrangeiras passaram a operar entre Brasil e a América do Norte, cinco são da AA. A Delta cresceu com os quatro vôos restantes. Para a África, os aeroportos brasileiros operaram 15 vôos semanais em julho último e cinco para a Ásia. Esses números, no mesmo período do ano passado, eram de dez para o continente africano e três para o asiático. Mais informações sobre o Panrotas Corporativo no site www.panrotas.com.br. Assinaturas pelo tel. (11) 5070-4816 ou 5070-4804, e-mail assinaturas@panrotas.com.br.


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2 - LOGO Não havia ligação entre a área econômica e os ministros militares. Nunca houve. Nunca um assunto desse foi trazido à baila nas reuniões com o presidente.

www.dcomercio.com.br/logo/

Do ex-ministro da fazenda de dois governo militares, Delfim Netto, afirmando que desconhecia o que acontecia nos "porões" da ditadura. Ontem, na Folha de S. Paulo.

AGOSTO

AE-17/12/06

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

30 Nascimento da revolucionária brasileira Anita Garibaldi (1821-1839), esposa de Giuseppe Garibaldi (1807-1882)

I NTERNET E SPORTE

China cria polícia virtual

Cuba adota medida antideserção Cuba estará ausente do Campeonato Mundial de Boxe de Chicago, em outubro, nos EUA, para evitar a deserção de lutadores. A decisão confirma declarações de Fidel Castro após a frustrada tentativa de deserção dos boxeadores Guillermo Rigondeaux e Eirslandy Lara durante os Jogos Pan-Americanos do Rio, em julho. "Não vamos expor novamente uma equipe cubana de boxe aos desmandos e provocações que aconteceriam em Chicago", disse a

Federação Cubana de Boxe no jornal oficial Granma. As tentativas de deserção do bicampeão olímpico Rigondeaux e do campeão mundial Lara teriam sido incentivadas por empresários alemães. A dupla foi detida pela polícia brasileira e repatriada. Autoridades cubanas disseram que Chicago é o lugar ideal para que "mercadores e traficantes" incentivem os boxeadores com "a total cumplicidade do governo norte-americano".

M ARKETING

Sistema de patrulha ajudará a combater conteúdos "ilícitos" em sites do país

A

China terá dois agentes de polícia virtuais para patrulhar a rede e combater "atividades ilícitas" online, informou ontem a imprensa estatal. Os agentes virtuais, um homem e uma mulher, "vão aparecer tanto de moto, de carro ou a pé na parte de baixo das telas dos computadores dos usuários a cada 30 minutos para lembrá-los da segurança na rede", disse o jornal China Daily.

H OMENAGEM

A dupla vai monitorar portais de notícias e todos os sites e fóruns online com sede em Pequim, a partir de sábado. Eles estarão de olho nos sites que incitam a separação, promovem superstição, apostas ou fraudes. O jornal não explicou como será o monitoramento dos sites ou a aplicação das leis, mas disse que os usuários que clicarem nos ícones dos dois agentes serão levados a uma central de vigilância na internet, onde as infrações poderão ser denunciadas.

A China já destaca especial atenção à internet e aos veículos de comunicação e corta o sinal de emissoras como CNN ou BBC caso um tema polêmico para o país, como Tibete, Taiwan ou liberdade de imprensa, sejam abordados. Em abril, o presidente da China, Hu Jintao, lançou uma campanha para livrar a internet de conteúdos "insalubres" e tornar a rede uma plataforma para a divulgação da doutrina do Partido Comunista.

Reuters

Para bebedores narcisistas A cervejaria Tuborg, da Dinamarca, entrou para a onda dos produtos personalizados e começou a oferecer a cerveja "Din Tuborg" (Sua Tuborg), que convida as pessoas a customizarem os rótulos com suas próprias fotos. O pedido mínimo é de 30 garrafas, que são entregues na casa do comprador (apenas na Dinamarca). www.dintuborg.dk

B RAZIL COM Z

Leon Neal/AFP

Só há espaço para o mensalão

L

Uma estátua de Nelson Mandela, prêmio Nobel da Paz, com 2,7 metros de altura foi inaugurada ontem em frente ao Parlamento de Londres, em uma cerimônia acompanhada pelo próprio ex-presidente sul-africano e pelo primeiro-ministro britânico, Gordon Brown.

T URISMO

As tempestades de areia ocorridas no noroeste da China estão transformando partes da Grande Muralha em montes de terra e podem fazer com que desapareçam dentro de cerca de 20 anos. A Grande Muralha, eleita no mês passado como uma das novas sete maravilhas do mundo, serpenteia pelo território chinês ao longo de mais de 6.400 quilômetros e recebe, segundo estimativas, 10 milhões de visitantes por ano. Mais de 60 quilômetros da muralha na região do condado de Minqin (Província de Gansu), construídos na E M

Dinastia Han (que durou de 206 a.C. a 220 d.C.), vêm "desaparecendo rapidamente", afirmou a agência de notícias Xinhua, citando como fonte de informação o chefe o museu local, Zhou Shengrui. A adoção de técnicas de agricultura intensiva nos anos 1950 esgotou os lençóis freáticos de Minqin e destruiu o meio ambiente na região, o que fez do condado uma grande fonte de tempestades de areia no noroeste da China, disse a agência. Mais de 40 quilômetros da muralha desapareceram nos últimos 20 anos.

C A R T A Z

VISUAIS

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Maravilha soterrada

TEMPO - Li Tao, de 26 anos, limpa um dos mais de 100 relógios de 11 países do museu que ele abriu em Shenyang, na China, com modelos que ele coleciona desde os 10 anos. A RQUITETURA

CASA ESFÉRICA F

eitas com duas lâminas sobrepostas de madeira para reforçar a estrutura, essas casas de madeira podem ser colocadas em árvores, rochas e outros pontos elevados graças a um suporte em forma de rede que permite adaptá-las a qualquer superfície ou elevação. A parte externa é coberta com fibra de vidro, o que torna a casa mais forte e impermeável. Uma vantagem é a facilidade de transporte: basta retirá-la do suporte e desmontá-lo que a mudança está pronta. Produzida pela canadense Free Spirit Spheres, a casa tem 3,2 metros de diâmetro, e pode ser dividida em até dois espaços: cozinha e sala/quarto. www.freespiritspheres.com

C ELEBRIDADES

Madonna adotará menina no Malauí

Mudança fácil: basta desmontar a estrutura que serve de suporte

A cantora norte-americana Madonna adotará uma menina de Malauí, de 13 meses, chamada Mercy, após receber o sinal verde das autoridades do país, informou ontem o tablóide britânico The Sun. A cantora já tem dois filhos biológicos e adotou um menino, David Banda, também do Malauí, em 2006. A artista, de 49 anos, teve dificuldades para concretizar a adoção de David e, desta vez, pediu que seu advogado no Malauí solucionasse todos os assuntos legais até abril, quando ela irá buscar Mercy.

Escadaria de acesso e interior "clean" completam o conceito de simplicidade da casa, resistente ao frio

C IÊNCIA

Arroz com Beethoven Cereais gostam de música clássica, alegam especialistas do Instituto Nacional de Biotecnologia Agrícola de Suwon, na Coréia do Sul. Segundo estudo publicado hoje na revista científica NewScientist, mudas de arroz foram expostas ao som de 14 composições clássicas. Eles descobriram dois genes que respondem aos sons de compositores como Ludwig van Beethoven. Até agora, só se conhecia a resposta positiva das plantas à luz e ao tato.

Exposição de toy art expõe 23 bonecos customizados por artistas convidados. Shopping Frei Caneca. Rua Frei Caneca, 569, Piso TS, de segunda a sábado das 10h às 22h; domingos e feriados das 14h às 20 h. Grátis.

Qual o remédio mais barato?

Que criança não vai querer um bandagem que vem com várias imagens de tatuagens clássicas? Cada latinha contém três tamanhos diferentes de bandagens de vinil e gaze esterilizada, e um brinquedo de brinde. Por US$ 3,99.

O site Consulta Remédio permite comparar medicamentos de mesma substância ativa, indicando quais os similares mais baratos. Para obter as comparações, basta indicar na página inicial o nome do medicamento procurado ou sua principal substância ativa e o estado em que será realizada a compra. O site traz ainda informações sobre os medicamentos genéricos, notícias e artigos, além de enquetes, cálculo do IMC, relação de fabricantes etc.

www.perpetualkid.com/index.asp? PageAction=VIEWPROD&ProdID=2296

A TÉ LOGO

Concurso 753 da LOTOMANIA 07

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Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Caetano Veloso, Daniela Mercury, Dominguinhos e Zé Renato concorrem ao Grammy Latino Se queimadas continuarem, floresta amazônica desaparecerá até 2080, afirma especialista

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www.consultaremedios.com.br

L OTERIAS

Reproduções/site

Bandagens com tatuagens

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F AVORITOS

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G @DGET DU JOUR

Centenas de jornais e websites, entre eles The New York Times, dos EUA, El País, da Espanha, e Financial Times, da Grã-Bretanha, destacaram ontem a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de apresentar acusações criminais contra os 40 envolvidos no caso do mensalão. O fato de o principal acusado ser José Dirceu, ex-ministro de Lula no primeiro mandato surpreendeu a mídia estrangeira que destacou o fato de seis dos dez juízes do STF terem sido indicados pelo presidente.

Cia. das Letras vence disputa de editoras e publica obra completa de Jorge Amado em 2008

Concurso 897 da MEGA-SENA 07

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

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DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 (Em milhares de reais) Reserva de reavaliaçãoImóveis Reserva próprios e de de capital controladas 8.407 29.993

Capital social 1.398.728

Aumento (redução) de capital (em aprovação) (365.590)

(365.590)

800.000 2.165.239 365.590

-

-

-

(800.000) -

-

-

2.165.239 -

1.033.138

2.965.239

8.407

(529) 29.464

293.799

(500.000) 1.034.494

(51.459) 200.548

513 (7) 1.039.750 (300.000) 740.256

(16) (51.466) 1.039.750 (500.000) (300.000) 6.305.345

Saldos em 1º de janeiro de 2007 ..................................................................... Aumento de capital: Portaria SUSEP nº 652 de 20/03/2007 ........................................................... Reservas de reavaliação: .................................................................................. Realização ....................................................................................................... Baixa ................................................................................................................ Ajustes com títulos e valores mobiliários .......................................................... Lucro líquido do semestre .................................................................................. Dividendos propostos (R$1.301,70) .................................................................

1.033.138

2.965.239

8.407

28.959

401.678

2.557.692

254.962

-

7.250.075

800.000 -

(800.000) -

-

(2.151) (11.528) -

-

(1.200.000)

1.186.964 -

2.151 1.224.564 -

(11.528) 1.186.964 1.224.564 (1.200.000)

Saldos em 30 de junho de 2007 .......................................................................

1.833.138

2.165.239

8.407

15.280

401.678

1.357.692

1.441.926

1.226.715

8.450.075

Saldos em 1º de janeiro de 2006 ..................................................................... Aumento (Redução) de capital: AGO/AGE de 28/03/2006 ................................................................................... AGE de 31/05/2006 ............................................................................................ Portaria SUSEP nº 2438 de 03/05/2006 ............................................................ Reservas de reavaliação: Realização ....................................................................................................... Ajustes com títulos e valores mobiliários .......................................................... Lucro líquido do semestre .................................................................................. Dividendos pagos (R$ 531,92 por ação) .......................................................... Dividendos antecipados (R$ 319,15 por ação) ................................................ Saldos em 30 de junho de 2006 .......................................................................

Reservas de lucros Reserva Reserva legal estatutária 293.799 2.334.494

Ajustes com títulos e valores mobiliários 252.007

Lucros acumulados -

Total 3.951.838

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis.

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 (Em milhares de reais) 1. Contexto operacional A Seguradora, como líder do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência, tem por objetivo social a exploração das operações de seguros e resseguros dos ramos elementares e vida, em qualquer das suas modalidades, tais como definidas na legislação em vigor, operando através de sucursais nos principais centros econômicos do país. Por intermédio de subsidiárias específicas, atua também nos segmentos de seguro saúde, ramos elementares, capitalização, seguro de vida e previdência complementar aberta. As operações são conduzidas no contexto do conjunto das empresas integrantes do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência, atuando de forma integrada no mercado, e os custos das estruturas operacional e administrativa comuns são absorvidos segundo a praticabilidade e a razoabilidade de lhes serem atribuídos, em conjunto ou individualmente. 2. Apresentação das demonstrações contábeis As demonstrações contábeis foram elaboradas com base nas práticas contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações e normas expedidas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP, pela Superintendência de Seguros Privados - SUSEP e pela Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS, e estão sendo apresentadas segundo critérios estabelecidos pelos planos de contas instituídos pela Circular SUSEP nº 334/2007 e Resolução Normativa nº 136/2006 da ANS. A Circular SUSEP nº 334/2007 introduziu alterações na classificação das contas do balanço patrimonial, da demonstração de resultados. Em decorrência, os saldos e valores do semestre findo em 30 de junho de 2006 foram reclassificados para fins de comparação. 3. Demonstrações contábeis consolidadas As práticas contábeis foram adotadas de forma uniforme em todas as empresas consolidadas e consistentes com aquelas utilizadas no mesmo semestre do ano anterior. As demonstrações contábeis consolidadas incluem as demonstrações contábeis da Bradesco Seguros S.A. e das suas controladas diretas e indiretas incluindo aquelas de controle compartilhado, bem como os fundos de investimento exclusivo. Destacamos as principais sociedades incluídas nas demonstrações contábeis consolidadas:

Empresas controladas/coligadas diretas Atlântica Capitalização S.A. ....................................................................... Átria Participações S.A. ............................................................................. Bradesco Argentina de Seguros S.A. ....................................................... Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros ............................................... Bradesco Capitalização S.A. ..................................................................... Bradesco SegPrev Investimentos Ltda. .................................................... Bradesco Vida e Previdência S.A. ............................................................ Elopart Participações Ltda. ......................................................................... Marília Reflorestamento e Agropecuária Ltda. .......................................... Empresas controladas indiretas Alvorada Vida S.A. ..................................................................................... Atlântica Capitalização S.A. ....................................................................... Átria Participações S.A. ............................................................................. BPS Participações e Serviços Ltda. .......................................................... Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros ............................................... Bradesco International Health Service ...................................................... Bradesco Saúde S.A. ................................................................................. Bradesco SegPrev Investimentos Ltda. .................................................... Danúbio Empreendimentos e Participações Ltda. ..................................... Atlântica Companhia de Seguros em aprovação (antiga Finasa Seguradora S.A.) ............................................................. Indiana Seguros S.A. (i) ............................................................................. Ipê Holding S.A. ........................................................................................... Marília Reflorestamento e Agropecuária Ltda. .......................................... Neon Holding S.A. ....................................................................................... Reno Holdings Ltda. .................................................................................... Selenium Holdings S.A. .............................................................................. Serel Participações em Imóveis Ltda. ........................................................ Tamisa Empreendimentos e Participações Ltda. ....................................... Torino Holdings Ltda. .................................................................................. Empresas de controle compartilhado Áurea Seguros S.A. ................................................................................... SBCE Seguradora Brasileira de Crédito à Exportação S.A. .................

Percentual de participação 2007 2006 99,90 15,90 100,00 100,00 100,00 68,58

100,00 100,00 99,90 100,00 100,00 100,00 68,58

100,00 100,00 100,00 98,00 84,10 100,00 100,00 100,00 100,00

100,00 98,00 100,00 100,00 100,00 -

100,00 40,00 100,00 30,91 100,00 100,00 100,00

40,00 100,00 30,91 60,60 60,65 100,00 -

27,50 12,09

27,50 12,09

(i) A Bradesco Auto/Re Companhia de Seguros detém 40% do capital total, mas detém 51% das ações ordinárias. Descrição dos principais procedimentos de consolidação: Eliminação dos saldos das contas de ativos e passivos entre as empresas consolidadas. Eliminação das participações no capital, reservas e lucros acumulados das empresas controladas. Eliminação dos saldos de receitas e despesas decorrentes de negócios entre as empresas. Destaque do valor da participação dos acionistas minoritários nas demonstrações contábeis consolidadas. Consolidação proporcional para as empresas de controle compartilhado. 4. Resumo das principais práticas contábeis (a) Apuração do resultado O resultado é apurado pelo regime de competência, observando-se o critério pro rata die e por estimativa para receitas de prêmios, nos casos em que o risco coberto só é conhecido após o decurso do período de cobertura. Os prêmios de seguros e co-seguros, e comissões, deduzidos dos prêmios cedidos em co-seguro e resseguro e comissões correspondentes, são apropriados ao resultado quando da emissão das respectivas apólices e faturas de seguro, e diferidos para apropriação, em bases lineares, no decorrer do prazo de vigência das apólices, por meio de constituição e reversão da provisão de prêmios não ganhos e das despesas de comercialização diferidas. As receitas e despesas decorrentes de operações de seguros do ramo DPVAT são contabilizadas com base nos informes recebidos da Federação Nacional de Seguros Privados FENASEG. As operações de cosseguros aceitos e de retrocessões são contabilizadas com base nas informações recebidas das congêneres e do IRB Brasil Resseguros S.A., respectivamente. As comissões de agenciamento de operações de seguros são diferidas e apropriadas ao resultado, de forma linear, pelo prazo de 12 meses. As contribuições de planos previdenciários e os prêmios de seguros de vida com cobertura de sobrevivência são reconhecidos no resultado quando do seu efetivo recebimento. As receitas dos planos de capitalização são reconhecidas contabilmente quando de seu efetivo recebimento. As correspondentes provisões técnicas são constituídas simultaneamente ao reconhecimento das receitas. As despesas com colocação de títulos, classificadas como Despesas de comercialização , são reconhecidas contabilmente quando incorridas. As despesas de corretagem são registradas quando do efetivo recebimento das contribuições aos planos de capitalização. Os pagamentos dos resgates por sorteios são considerados como despesas do mês em que os mesmos se realizam. A participação dos funcionários nos resultados da Seguradora, apurada com base na convenção coletiva firmada com o sindicato da categoria, é reconhecida no resultado de acordo com as metas estipuladas pela Administração do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência. A partir de 1º de janeiro de 2006, consoante regulamentação da SUSEP, as receitas de prêmios e correspondentes despesas de comercialização, relativos a riscos vigentes ainda sem emissão das respectivas apólices, passaram a ser reconhecidas no resultado do período de início de cobertura, em bases estimadas.

(b) Ativos circulante e realizável a longo prazo (i) Aplicações Conforme determinações da SUSEP e da ANS, as sociedades seguradoras, de capitalização e entidades abertas de previdência complementar devem classificar os títulos e valores mobiliários em três categorias: I - Títulos para negociação: adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados. II - Títulos disponíveis para venda: os títulos que não se enquadram nas categorias I e III. III - Títulos mantidos até o vencimento: adquiridos com a intenção de mantê-los em carteira até o vencimento. Os títulos classificados como para negociação e disponíveis para venda são registrados pelo valor de custo, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço, e ajustados pelo seu valor de mercado. Os títulos mantidos até o vencimento são avaliados pelo custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço. Os ajustes ao valor de mercado dos títulos classificados como para negociação são contabilizados em contrapartida ao resultado e os ajustes ao valor de mercado dos títulos classificados como disponíveis para venda são contabilizados em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, líquidos dos efeitos tributários, sendo transferidos para o resultado quando da efetiva realização pela venda dos respectivos títulos e valores mobiliários. (ii) Operações em moeda estrangeira Os saldos em moeda estrangeira, oriundos de operações com seguros realizadas com o IRB Brasil Resseguros S.A., foram convertidos para reais com base na taxa de câmbio vigente na data do balanço. (iii) Demais ativos Os demais ativos são demonstrados pelo valor de custo, acrescido, quando aplicável, dos rendimentos e das variações monetárias auferidos. A Seguradora e suas subsidiárias constituem provisão para créditos duvidosos em montante julgado suficiente para fazer face às eventuais perdas na realização de créditos e contas a receber. Os impostos ativos diferidos decorrentes de prejuízos fiscais, base negativa da contribuição social e diferenças temporárias foram constituídos de acordo com as alíquotas vigentes e são registrados considerando as expectativas da Administração quanto às perspectivas de sua realização. (c) Permanente (i) Investimentos Os investimentos em controladas e coligadas foram avaliados pelo método da equivalência patrimonial e os outros investimentos são avaliados pelo custo de aquisição, ajustado ao seu valor de provável realização mediante constituição de provisão para desvalorização. As demonstrações contábeis de controladas no exterior são adaptadas aos critérios contábeis vigentes no Brasil e convertidas para reais, sendo seus efeitos reconhecidos no resultado do período. Os imóveis destinados a renda estão demonstrados pelo custo de aquisição e deduzidos da depreciação acumulada, calculada pelo método linear à taxa anual de 4%. Os imóveis foram reavaliados de forma compulsória em 1998 por força das disposições das Circulares SUSEP nos 7/1997 e 50/1998, vigentes à época da reavaliação. A provisão para desvalorização refere-se, substancialmente, a valores referentes a incentivos fiscais. (ii) Imobilizado Demonstrado pelo custo de aquisição, líquido das respectivas depreciações acumuladas, calculadas pelo método linear de acordo com a vida útil-econômica estimada dos bens, sendo: imóveis 4% a.a., máquinas e equipamentos, móveis e utensílios 10% a.a. e equipamentos de informática e veículos 20% a.a.. Os imóveis foram reavaliados de forma compulsória em 1998 por força das disposições das Circulares SUSEP nos 7/1997 e 50/1998, vigentes à época da reavaliação. Conforme disposto na Circular SUSEP nº 260 de 8 de junho de 2004, estão desobrigadas de reavaliação periódica as sociedades que apresentam índice de imobilização inferior a 30% e 20%, respectivamente conforme disposto na RN nº 65 da diretoria colegiada da ANS de 16 de abril de 2001, portanto, em 2007 não foi necessária a reavaliação desses imóveis. (iii) Diferido As despesas de instalações e as despesas incorridas com desenvolvimento e implantação de novos sistemas são amortizadas à taxa anual de 20%. (d) Passivos circulante e exigível a longo prazo (i) Provisões técnicas seguros de ramos elementares e saúde A provisão de prêmios não ganhos é constituída pela parcela dos prêmios comerciais retidos de seguros, correspondentes aos períodos de riscos não decorridos dos contratos de seguros, de acordo com os critérios determinados pelas Resoluções CNSP nos 36/2000 e 162/2006, no que diz respeito às sociedades seguradoras que operam com seguro saúde e ramos elementares, respectivamente. As mencionadas resoluções também instituíram a Provisão para Insuficiência de Prêmios. As Seguradoras mantêm Notas Técnicas Atuariais devidamente aprovadas pela SUSEP. Os cálculos efetuados não indicaram necessidade de constituição nas datas de balanço, nos termos dos normativos vigentes. A provisão de prêmios não ganhos relativa às operações de retrocessão é constituída com base em informações recebidas do IRB - Brasil Resseguros S.A. Em conformidade com a Resolução CNSP nº 112, de 5 de outubro de 2004, e com base em informações fornecidas pela Administração do Convênio do Seguro DPVAT, é constituída provisão para fazer face a encargos futuros, conforme valores informados pela FENASEG. Outras provisões técnicas correspondem à Provisão de despesas administrativas PDA, decorrentes das operações de seguros do ramo DPVAT e contabilizada com base nos informes recebidos da FENASEG. A provisão para sinistros ocorridos mas não avisados (Provisão de IBNR) relativa às operações próprias foi apurada com base em cálculos atuariais, de acordo com Notas Técnicas Atuariais aprovadas pela SUSEP e ANS. A provisão de IBNR relativa a operações de retrocessão foi constituída com base nos valores informados pelo IRB - Brasil Resseguros S.A. O valor apresentado na rubrica Provisão de benefícios a conceder , das operações de Saúde, refere-se à cobertura de remissão por cinco anos para os dependentes do titular em caso de falecimento deste, adotando-se formulação constante de Nota Técnica Atuarial aprovada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS. A metodologia de cálculo desta provisão leva em conta a expectativa de permanência dos titulares no plano até a sua saída do grupo por falecimento. Essa provisão não deriva de ônus imposto pelos normativos ANS e seus montantes não serão considerados quando da avaliação técnica para pedidos de reajustes. A provisão de benefícios concedidos é constituída pelas obrigações decorrentes das cláusulas contratuais de remissão das contraprestações pecuniárias referentes à cobertura de assistência à saúde, e sua constituição obedece ao previsto na Resolução Normativa - RN nº 75/2004, da ANS, e pelos prêmios de remissão por pagamento dos segurados participantes do seguro Bradesco Saúde Plano GBS . O valor apresentado na rubrica Outras Provisões Técnicas refere-se à provisão para fazer frente às diferenças dos reajustes futuros de prêmios e aqueles necessários ao equilíbrio técnico da carteira de planos de saúde individuais, adotando-se formulação constante de Nota Técnica Atuarial aprovada pela ANS. Essa provisão, no primeiro semestre de 2007, passou a consolidar as seguintes provisões: (i) Provisão para os segurados com 59 anos ou mais dos planos de saúde individuais comercializados posteriormente à Lei nº 9656/98, e que considerava - baseada nessa Lei, no Estatuto do Idoso e nos normativos da ANS o risco de impossibilidade de reajuste dos planos para os segurados com 59 anos ou mais; e (ii) Provisão não técnica extraordinária para reajuste de prêmio, constituída no segundo semestre de 2006, para fazer face à diferença entre os valores resultantes da aplicação, às mensalidades do seguro-saúde individual, dos reajustes autorizados e aqueles calculados tendo como base o reajuste de preços do setor que onera o valor médio dos eventos indenizados. Essa provisão não deriva de norma obrigatória da ANS e seus montantes não serão considerados quando da avaliação técnica para pedidos de reajustes futuros. Conforme previsto em Nota Técnica Atuarial aprovada pela ANS, a provisão de sinistros a liquidar é complementar à provisão de sinistros ocorridos mas não avisados IBNR. A provisão de sinistros a liquidar considera todos os sinistros judiciais existentes na data do balanço. (ii) Provisões técnicas Vida em grupo, Previdência complementar e Seguro de vida com cobertura de sobrevivência Seguro de pessoas A provisão de prêmios não ganhos é constituída pela parcela dos prêmios retidos de seguros, correspondentes aos períodos de riscos não decorridos dos contratos de seguros, de acordo com os critérios determinados pelas normas da SUSEP. CONTINUA


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quinta-feira, 30 de agosto de 2007

A provisão para insuficiência de prêmios é constituída se for constatada insuficiência da provisão para

(i) Ativos contingentes não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui total

prêmios não ganhos para cobertura dos sinistros a ocorrer, considerando indenizações e despesas

controle da situação ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo. Os ativos contingentes com

relacionadas, sendo calculada de acordo com a Nota Técnica Atuarial. A provisão de sinistros a liquidar é constituída pela totalidade dos capitais segurados de sinistros avisados e ainda não pagos, líquidos de cosseguro e/ou resseguro, determinada com base nos avisos de sinistros

probabilidade de êxito provável são apenas divulgados nas demonstrações contábeis. (ii) Passivos contingentes são constituídos levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade e no posicionamento de nossos Tribunais,

recebidos até a data do balanço. A provisão de sinistros/eventos ocorridos mas não avisados é constituída com base no histórico de sinistros/eventos avisados até a data do balanço, conforme metodologia prevista na Nota Técnica Atuarial.

sempre que a perda for avaliada como provável, o que ocasionaria uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes classificados como de perdas possíveis não são reconhecidos contabilmente,

Operações de previdência complementar e de seguros de vida com cobertura de sobrevivência

devendo ser apenas divulgados nas demonstrações contábeis, e os classificados como remotos não

As provisões matemáticas relacionadas a planos de previdência conhecidos como tradicionais representam

requerem provisão e divulgação.

a diferença entre o valor atual dos benefícios futuros e o valor atual das contribuições futuras, correspondentes às obrigações assumidas sob a forma de planos de renda e de pensão e pecúlio, e são calculadas segundo metodologia e premissas estabelecidas em Notas Técnicas Atuariais.

(iii) Obrigações legais fiscais e previdenciárias decorrem de processos judiciais relacionados a obrigações tributárias, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou constitucionalidade, que independente da avaliação acerca da probabilidade de sucesso, têm os seus montantes reconhecidos integralmente nas

As provisões matemáticas de benefícios a conceder vinculadas a seguros de vida e planos de previdência da modalidade gerador de benefícios livres (VGBL e PGBL) representam o montante das contribuições efetuadas pelos participantes, líquidas de carregamento e outros encargos contratuais, acrescidas dos rendimentos financeiros gerados pela aplicação dos recursos em fundos de aplicação em cotas de fundo de investimento especialmente constituído (FICs). A provisão de benefícios a conceder refere-se aos participantes cuja percepção dos benefícios ainda não foi iniciada e a provisão de benefícios concedidos refere-se àqueles já em gozo de benefícios. A provisão de insuficiência de contribuições (PIC) é constituída para fazer face a eventual oscilação desfavorável nos riscos técnicos assumidos na provisão matemática de benefícios a conceder e na provisão matemática de benefícios concedidos, considerando tendência de maior sobrevida dos participantes, tomando por base a tábua de sobrevivência AT-2000 Male (suavizada) para homens e AT-2000 Female (suavizada) para mulheres, tábua de sobrevivência de inválidos AT-1949 Male, à taxa real de juros de 4,5% ao ano e improvement de 1,5% ao ano. Improvement é uma técnica que visa atualizar a tábua de sobrevivência

demonstrações contábeis. (f) Estimativas contábeis A elaboração de demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil requer que a Administração use de julgamento na determinação e no registro de estimativas contábeis. Ativos e passivos significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem ajustes a valor de mercado dos títulos e valores mobiliários, provisão para riscos sobre créditos, imposto de renda e contribuição social diferidos, provisão para desvalorização, provisões técnicas e provisões para contingências. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá ser efetuada por valores diferentes dos estimados em razão de imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. A Seguradora e suas controladas revisam essas estimativas e premissas periodicamente. 5. Aplicações (a) Resumo da classificação das aplicações financeiras

automaticamente, considerando o aumento esperado da sobrevida futura. 2007

A provisão de eventos ocorridos mas não avisados relativa às operações de previdência é constituída de

Controladora 2006 %

%

Títulos para negociação .........................................................

1.380.099

76,10

1.829.553

85,07

A provisão de excedente financeiro foi calculada de acordo com a Nota Técnica Atuarial aprovada pela

Títulos de renda fixa - fundos de investimentos ...............

1.199.243

66,13

1.821.334

84,69

SUSEP e corresponde aos resultados financeiros calculados sobre o valor do rendimento que exceda a

Títulos de renda variável - fundos de investimentos ........

180.856

9,97

8.219

0,38

Títulos disponíveis para venda ...............................................

433.425

23,90

319.054

14,84

acordo com as determinações da Circular SUSEP nº 288 de 1o de abril de 2005.

rentabilidade mínima dos planos de previdência com cláusula de participação de excedente financeiro.

Títulos de renda fixa - letras do tesouro nacional .............

-

-

150.070

6,98

na rubrica Outras provisões e é constituída para cobrir as despesas administrativas dos planos de

Títulos de renda variável - ações .......................................

433.425

23,90

168.984

7,86

benefício definido e contribuição definida, segundo metodologia estabelecida em Nota Técnica Atuarial.

Outras aplicações ...................................................................

1.813.524

100,00

A provisão para despesas administrativas em 2007 foi de R$ 264.812 e em 2006 de R$ 263.856 , apresentada

A provisão de oscilação financeira em 2007 foi de R$ 562.471 e em 2006 de R$ 617.079, registrada na rubrica Outras provisões , e é constituída de acordo com a metodologia prevista em Nota Técnica Atuarial

2007

até o limite de 15% sobre a provisão matemática de benefícios a conceder, conforme legislação em vigor. Para o cálculo dessa provisão é utilizada a taxa de juros real de 4% ao ano.

1.929 0,09 2.150.536 100,00 Consolidado 2006 %

%

Títulos para negociação .........................................................

41.787.554

67,57

33.368.829

66,28

Títulos de renda fixa certificado de depósito bancário ..

6.303.694

10,19

9.821.830

19,51

Títulos de renda fixa letras financeiras do tesouro .......

16.050.636

25,95

12.594.178

25,01

Títulos de renda fixa letras do tesouro nacional ............

7.579.277

12,26

8.434.730

16,75

Títulos de renda fixa notas do tesouro nacional ............

6.158.488

9,96

1.549.320

3,08

Técnicas Atuariais aprovadas pela SUSEP.

Títulos de renda fixa debêntures e letras hipotecárias ..

4.223.671

6,83

-

-

A provisão para resgates de títulos vencidos, incluída na provisão para resgates, é constituída pelos

Títulos de renda variável ações ......................................

942.879

1,52

394.756

0,78

Outras aplicações ................................................................

190.458

0,31

370.964

0,74

Cotas de fundos de investimento .......................................

338.451

0,55

203.051

0,41

Títulos disponíveis para venda ...............................................

12.757.722

20,63

2.022.891

4,02

Títulos de renda fixa debêntures e letras hipotecárias ..

117.448

0,19

101.426

0,20

Títulos de renda fixa letras financeiras do tesouro .......

444.205

0,72

622.469

1,24

Títulos de renda fixa notas do tesouro nacional ............

9.972.142

16,12

286

-

Títulos de renda fixa fundo de investimento imobiliário ..

44.563

0,07

26.770

0,05

Títulos de renda fixa certificado de depósito bancário ..

8.581

0,02

3.042

0,01

Títulos de renda variável ações ......................................

2.170.783

3,51

1.268.898

2,52

Outras aplicações ...................................................................

54

-

7.611

0,01

Títulos mantidos até o vencimento .........................................

7.295.214

11,79

14.948.064

29,69

Títulos de renda fixa fundos de investimento .................

-

-

11.251.982

22,35

Títulos de renda fixa notas do tesouro nacional ............

6.666.505

10,78

3.216.405

6,39

Títulos de renda fixa debêntures .....................................

464.244

0,75

479.677

0,95

Títulos de renda fixa letras do tesouro nacional ............

88.465

0,14

-

-

Títulos de renda fixa letras financeiras do tesouro .......

76.000

0,12

-

-

Outras aplicações ...................................................................

3.371 61.843.915

0,01 100,00

50.347.395 100,00

Os encargos financeiros creditados às provisões técnicas, bem como a constituição e/ou reversão da provisão de excedente financeiro e da provisão de oscilação financeira, são classificados como Despesas financeiras . (iii) Provisões técnicas capitalização Em relação às operações de capitalização, as provisões para resgates e para sorteios são calculadas sobre os valores nominais dos títulos e atualizadas monetariamente, quando aplicável, com base em Notas

valores de títulos já vencidos, porém não resgatados, sendo atualizada monetariamente com base nos indexadores previstos em cada plano. A provisão para resgates de títulos antecipados, incluída na provisão para resgates, é constituída pelos valores de títulos com resgate solicitado e que ainda estão cumprindo carência, ou serão pagos aos clientes no mês seguinte e títulos com resgate solicitado cujo valor não foi retirado pelos clientes, sendo atualizada monetariamente com base nos indexadores previstos em cada plano. A provisão para contingências, apresentada na rubrica Outras provisões , é calculada sobre o valor nominal de alguns planos com base em Notas Técnicas Atuariais aprovadas pela SUSEP, e sua constituição tem por objetivo garantir a manutenção das obrigações diante de imprevistos que possam vir a ocorrer em determinado plano. A provisão administrativa, também apresentada na rubrica Outras provisões , foi constituída para cobrir despesas administrativas dos planos. As provisões técnicas são apresentadas no passivo circulante em função do prazo de carência ser inferior a 12 meses. (iv) Demais passivos São demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridas até a data do balanço. Foram constituídas provisões para imposto de renda, à alíquota de 15% sobre o lucro tributável, acrescida de adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente a R$ 120 para o semestre, e para contribuição social sobre o lucro, à alíquota de 9% nos termos da legislação em vigor. (e) Ativos e passivos contingentes e obrigações legais fiscais e previdenciárias O reconhecimento, a mensuração e a divulgação das contingências ativas e passivas e obrigações legais são efetuados de acordo com os critérios definidos na Deliberação CVM nº 489/05:

(b) Composição das aplicações financeiras por prazo e por título Apresentamos a seguir a composição das aplicações financeiras por prazo e por título, incluindo os títulos que compõem as carteiras dos fundos de investimento. Os títulos classificados como para negociação estão apresentados no ativo circulante, independentemente dos prazos de vencimento. Os títulos que pertencem a fundos de investimento abertos foram considerados com base no percentual de participação da Seguradora no fundo. Controladora 1 a 30 Ajuste da dias ou sem 31 a 180 181 a 360 Acima de Valor Valor de avaliação Títulos vencimento dias dias 360 dias contábil referência (*) a mercado Títulos para negociação ..........................................................

755.886

20.653

116.424

487.136

1.380.099

1.380.099

-

Certificado de depósito bancário ........................................

43.127

20.332

10.017

74.975

148.451

148.451

-

Letras financeiras do tesouro .............................................

169.538

321

843

84.215

254.917

254.917

-

Letras do tesouro nacional ..................................................

137.970

-

90.121

53.256

281.347

281.347

-

Notas do tesouro nacional ...................................................

28.529

-

-

274.429

302.958

302.958

-

Debêntures ...........................................................................

66.111

-

15.443

261

81.815

81.815

-

Ações ...................................................................................

16.335

-

-

-

16.335

16.335

-

Quotas de fundos de investimentos ...................................

294.276

-

-

-

294.276

294.276

-

Títulos disponíveis para venda ...............................................

433.425

-

-

-

433.425

385.603

47.822

Ações ...................................................................................

433.425

-

-

-

433.425

385.603

47.822

Total em 2007 ........................................................................

1.189.311

20.653

116.424

487.136

1.813.524

1.765.702

47.822

Total em 2006 ........................................................................

218.345

150.681

448.616

1.332.894

2.150.536

2.170.940

(20.404)

(*) Representa o valor de mercado para os títulos classificados como para negociação e o valor de custo atualizado para os demais. CONTINUA


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

1 a 30 dias ou sem vencimento 9.415.142 1.210.392

31 a 180 dias 2.733.924 992.294

Letras financeiras do tesouro .............................................

1.282.327

Letras do tesouro nacional ..................................................

1.554.683

Notas do tesouro nacional ................................................... Ações ................................................................................... Debêntures ...........................................................................

13

Consolidado Ajuste da avaliação a mercado -

181 a 360 dias 4.144.536 1.168.829

Acima de 360 dias 25.493.952 2.932.179

Valor contábil 41.787.554 6.303.694

Valor de referência (*) 41.787.554 6.303.694

1.545.951

52.684

13.169.674

16.050.636

16.050.636

-

194.473

2.582.950

3.247.171

7.579.277

7.579.277

-

278.877

-

-

5.879.611

6.158.488

6.158.488

-

942.879

-

-

-

942.879

942.879

-

3.807.525

1.206

314.950

99.990

4.223.671

4.223.671

-

Outras aplicações ................................................................

8

-

25.123

165.327

190.458

190.458

-

Quotas de fundos de investimentos ...................................

338.451

-

-

-

338.451

338.451

-

Títulos disponíveis para venda ...............................................

2.428.236

62.307

47.487

10.219.692

12.757.722

10.584.882

2.172.840

Ações ...................................................................................

2.170.783

-

-

-

2.170.783

1.558.434

612.349

Certificado de depósito bancário ........................................

3.424

5.157

-

-

8.581

8.107

474

Debêntures ...........................................................................

28

-

-

117.420

117.448

105.931

11.517

Títulos Títulos para negociação .......................................................... Certificado de depósito bancário ........................................

Letras financeiras do tesouro .............................................

209.438

57.150

47.487

130.130

444.205

444.028

177

Notas do tesouro nacional ...................................................

-

-

-

9.972.142

9.972.142

8.423.819

1.548.323

Fundo de investimento imobiliário ........................................

44.563

-

-

-

44.563

44.563

-

Outras aplicações ...................................................................

54

-

-

-

54

-

54

Títulos mantidos até o vencimento .........................................

164.473

-

336.406

6.794.335

7.295.214

7.295.214

-

Notas do tesouro nacional ...................................................

-

-

336.406

6.330.099

6.666.505

6.666.505

-

Letras do tesouro nacional ..................................................

88.465

-

-

-

88.465

88.465

-

Letras financeiras do tesouro .............................................

76.000

-

-

-

76.000

76.000

-

Debêntures ...........................................................................

8

-

-

464.236

464.244

464.244

-

Outras aplicações ................................................................... Total em 2007 ........................................................................ Total em 2006 ........................................................................

3.279 12.011.184 13.361.117

2.796.231 7.176.649

4.528.429 9.721.388

92 42.508.071 20.088.241

3.371 61.843.915 50.347.395

3.371 59.671.021 49.926.011

2.172.894 421.384

(*) Representa o valor de mercado para os títulos classificados como para negociação e o valor de custo atualizado para os demais. Em relação aos títulos mantidos até o vencimento , o valor de mercado é superior ao valor de custo atualizado no montante de R$ 1.712.505 (R$ 749.329 em 2006). Os créditos tributários foram contabilizados levando em consideração o histórico de rentabilidade e sua previsão de realização, fundamentada por estudo técnico, pode ser assim demonstrada:

O valor das aplicações em fundos de investimento foi obtido a partir dos valores das quotas divulgadas pelas instituições financeiras administradoras desses fundos. Os títulos de renda fixa privados têm o seu valor atualizado de acordo com os índices pactuados com a instituição financeira, e que se aproximam ao seu valor de mercado. Os títulos de renda fixa públicos tiveram seus valores de mercado obtidos a partir das tabelas de referência divulgadas pela ANDIMA. Os títulos de renda variável tiveram seus valores de mercado obtidos a partir da cotação média do último dia útil em que foram negociadas no mês de levantamento do balancete ou balanço. c) Instrumentos financeiros derivativos Em 30 de junho de 2007, a Seguradora possuía em fundos de investimentos contratos futuros de DI, que totalizavam R$ 92.110 - posição vendida (R$ 138.318 - posição vendida em 2006), na controladora, e R$ 3.934.912 - posição vendida (R$ 7.232.153 - posição vendida em 2006), no consolidado, como valor de referência, sendo que os diferenciais a pagar ou a receber dos contratos futuros são liquidados diariamente. O objetivo de atuação no mercado de derivativos, seja através de posições ativas ou proteção (hedge), sempre visa minimizar a exposição a riscos de mercado, de moeda ou taxa de juros e proteção das posições detidas à vista. Os critérios de precificação dos instrumentos financeiros derivativos são definidos pelo administrador das carteiras e o custodiante, Banco Bradesco S.A., sendo utilizadas curvas e taxas divulgadas pela ANDIMA e BM&F para cálculos e apreçamento constantes no manual de precificação da instituição, em conformidade com o código de auto-regulação da ANBID. Todas as operações de derivativos são registradas e negociadas na Bolsa de Mercadorias e Futuros de São Paulo - BM&F, bem como na Câmara de Custódia e Liquidação - CETIP. O monitoramento das operações no mercado de derivativos é feito pelo gestor dos fundos, de forma ativa, através da mensuração do risco através do VaR - (Value at Risk), parâmetro de referência para os ajustes necessários de posições, em consonância com as políticas de controle previamente estabelecidas e adotadas pelo gestor. A área de Risco do gestor é responsável pela quantificação e avaliação diária das variáveis de risco de mercado, apurando o VaR para cada um dos portfólios.

2007 10,24

Previsão de realização - % ......................

2008 8,72

Controladora 2010 0,29

2009 80,75

O valor presente dos créditos tributários calculado à taxa média de captação da Organização Bradesco, líquido dos efeitos tributários, monta a R$ 101.127. Consolidado 2007 2008 2009 2010 Previsão de realização - % ...................... 11,52 14,53 50,20 23,75 O valor presente dos créditos tributários calculado à taxa média de captação da Organização Bradesco, líquido dos efeitos tributários, monta a R$ 678.236. (c) Passivo exigível a longo prazo Na Controladora referem-se ao imposto de renda e à contribuição social diferidos, registrados para refletir os efeitos fiscais futuros referentes a ajustes de títulos e valores mobiliários, reserva de reavaliação de imóveis e atualização monetária de depósito judicial, equivalentes a R$ 16.260 (R$ 10.956 em 2006), R$ 12.376 (R$ 26.794 em 2006), respectivamente. No Consolidado referem-se também, substancialmente, ao imposto de renda e à contribuição social diferidos, equivalentes a R$ 733.054 (R$ 165.864 em 2006), registrados para refletir os efeitos fiscais futuros referentes aos ajustes positivos dos títulos e valores mobiliários mantidos em carteira. 7.

Depósitos judiciais e fiscais 2007

Controladora 2006

2007

Consolidado 2006

FINSOCIAL .................................................

36.319

34.511

38.900

36.430

6. Créditos tributários e previdenciários e provisão para tributos diferidos

Fiscal e trabalhistas ..................................

12.994

9.421

66.238

43.138

(a) Ativo circulante Referem-se, basicamente, aos créditos tributários do imposto de renda, contribuição social e FINSOCIAL a compensar, nos valores de R$ 11.318 (R$ 15.542 em 2006), R$ 4.597 (R$ 5.933 em 2006) e R$ 68.438 (R$ 76.513 em 2006), na controladora, e R$ 111.608 (R$ 108.470 em 2006), R$ 23.915 (R$ 20.004 em 2006) e R$ 72.486, no consolidado, respectivamente.

ICMS ...........................................................

2.086

2.086

2.086

3.125

ILL ...............................................................

-

-

3.762

1.833

INSS ...........................................................

173.366

165.996

556.608

482.205

Cível ...........................................................

-

-

11.815

-

IR e CSLL ...................................................

72.109

55.879

261.650

202.106

PIS ..............................................................

13.864

-

16.660

3.981

(b) Ativo realizável a longo prazo Referem-se, basicamente, aos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos, equivalentes a R$ 81.911 (R$ 105.771 em 2006), R$ 15.168 (R$ 23.650 em 2006) na Controladora, e R$ 535.732 (R$ 314.458 em 2006), R$119.547 (R$ 79.359 em 2006) no Consolidado, respectivamente, registrados para refletir os efeitos fiscais futuros atribuíveis a diferenças temporárias, prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social.

Plano Verão ...............................................

-

-

2.270

2.060

Sinistros .....................................................

17.286

14.085

104.451

96.632

Outros ........................................................

21.568 349.592

7.178 289.156

187.800 1.252.240

130.096 1.001.606

8. Participações societárias As participações societárias estão assim representadas: 2007

Empresas Controladas e Coligadas Átria Participações S.A.

Quantidade de ações possuídas Percentual Capital ON/PN de Partisocial (em lote de Mil) cipação

Lucro líquido ajustado

Patrimônio líquido ajustado

Resultado da equivalência patrimonial Controladora 2007 2006

Resultado da equivalência patrimonial Consolidado 2007 2006

Saldos dos investimentos Controladora 2007 2006

Saldos dos investimentos Consolidado 2007 2006

(b) ....................................................

-

-

-

-

-

-

378

-

-

-

7.859

-

-

Bradesco Argentina de Seguros S.A. ....................................

10.417

9.007

99,90

2.132

11.409

2.130

(727)

-

-

11.397

12.615

-

-

- 329.742

-

-

- 3.024.687

-

-

Bradesco SegPrev Investimentos Ltda. (b) ............................ Bradesco Capitalização S.A. ....................................................

215.000

452

100,00

120.925

608.367

120.925 146.902

-

-

608.367

435.691

-

-

Bradesco Vida e Previdência S.A. ...........................................

603.252

182

100,00

672.084

3.250.718

672.085 510.713

-

- 3.250.719 1.794.140

-

-

Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros (c) ......................

861.821

20

15,90

58.122

1.022.966

1.525

-

-

-

162.608

-

-

-

Atlântica Capitalização S.A. (b) ...............................................

-

-

-

-

-

-

466

-

-

-

15.105

-

-

Elopart Participações Ltda. (a) ................................................. 3.590.038

3.590.038

100,00

281.026

4.128.775

281.026

-

-

- 4.128.775

-

-

-

31.207

-

-

Marília Reflorestamento e Agropecuária Ltda. (d) .................

23.506

16.120

68,58

1.892

43.712

1.297

15.729

-

-

29.977

IRB - Brasil Resseguros S.A. (e) ............................................

1.030.000

106

10,62

147.123

1.796.206

7.451

-

14.903

19.693

190.777

- 381.554 346.843

Tamisa Empreendimentos e Participações Ltda. (f) ................

40.446

40.446

100,00

2.632

43.077

2.632

-

-

-

43.077

-

Embaúba Holdings S.A. .............................................................

-

-

-

-

-

-

-

6.181

32.172

-

-

Reno Empreendimentos e Participações Ltda. (f) ...................

-

-

-

-

-

(1)

-

-

-

-

-

Nova Marilia Administração de Bens Móveis e Imóveis S.A. ......

-

-

-

-

-

-

-

4.040

24.792

-

- 113.100 103.754

Elba Holdings S.A. .....................................................................

-

-

-

-

-

-

-

9.407

-

-

- 190.571

Outras Participações em Coligadas .........................................

-

-

-

-

-

-

-

-

6.919

-

-

Outras Participações Societárias (g) .......................................

-

-

-

-

-

1.089.070 1.003.203

(509) 34.022

-

-

55.199 145.556 -

20.538

-

30.476

293 293 2.578 2.578 83.576 8.425.990 5.321.597 763.540 629.207

(a) Participação acionária adquirida em setembro de 2006. (b) Participações acionárias alienadas para a Elopart Participações Ltda. em setembro/2006. (c) Participação acionária adquirida em junho de 2007. (d) Participação acionária adquirida em abril de 2006. (e) Empresa cujos serviços de auditoria são efetuados por outros Auditores Independentes. As participações acionárias no IRB - Brasil Resseguros S.A. tiveram as seguintes movimentações em 2006: ( i ) em abril a Bradesco SegPrev Investimentos Ltda. adquiriu a participação de 21,24%. ( ii ) em junho essa participação foi entregue mediante redução de capital à Bradesco Seguros S.A. que alienou em seguida à Bradesco Saúde S.A.. ( iii ) em dezembro de 2006 a Bradesco Saúde S.A. alienou 10,62% da participação para a Bradesco Seguros S.A. (f) Participações acionárias adquiridas em abril de 2007. Em maio de 2007 foi aumentado o capital social através da conferência de bens imóveis classificados em Imóveis destinados à renda - Investimentos e Imóveis próprios - Imobilizado avaliados pelo critério do valor contábil, no montante de R$ 40.445 mil e R$ 36.636 mil, respectivamente. Conseqüentemente a reserva de realivaliação constante no Patrimônio Líquido no montante de R$ 11.528 mil foi revertida. Posteriormente a participação na empresa Reno Empreendimentos e Participações Ltda. foi integralizada como aumento de capital na empresa Elopart Participações Ltda. (g) Outras participações em coligadas, no Consolidado, correspondem a investimentos nas seguintes empresas: Marlim Participações S.A. R$ 8.144 (R$ 12.707 em 2006), Nova Marlim Participações S.A. R$ 12.394 (R$ 17.769 em 2006). CONTINUA


DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 - ECONOMIA/LEGAIS

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

INDIANA SEGUROS S.A. CNPJ nº 61.100.145/0001-59 Continuação >

7. Ramos de Atuação:

Prêmios Ganhos Sinistralidade - (%) Comercialização - (%) _________________ _________________ ___________________ Ramos 2007 _______ 2006 2007 _______ 2006 2007 2006 _______ _______ _______ _______ Automóveis/RCF 140.341 144.594 63,1 64,5 25,9 23,8 DPVAT 11.134 8.914 80,4 83,1 1,0 1,0 Compreensivo Empresarial 3.269 2.876 28,2 49,4 43,3 45,4 Compreensivo Residencial 3.452 2.597 39,4 37,5 41,8 43,1 Vida em Grupo 3.468 2.218 133,8 68,4 29,7 28,7 Prestamistas 1.393 1.590 26,5 9,3 32,2 44,6 Outros 3.057 _______ 3.073 38,3 _______ 26,5 26,8 27,1 _______ _______ _______ _______ Total 166.114 _______ 165.862 63,8 _______ 63,6 25,1 23,5 _______ _______ _______ _______ 8. Detalhamento de Contas da Demonstração de Resultado a. Despesas Administrativas 2007 2006 _________ _________ Despesas com pessoal 18.214 16.416 Despesas com serviços de terceiros 2.361 2.828 Despesas com localização e funcionamento 4.701 4.975 Despesas com Convênio DPVAT 1.001 Outras 1.098 347 _________ _________ Total 27.375 24.566 _________ _________ b. Despesas com Tributos COFINS 4.378 4.301 PIS 711 699 Taxa de fiscalização 216 213 Outros 497 230 _________ _________ Total 5.802 5.443 _________ _________ c. Despesas de Comercialização Comissões (líquidas) 26.803 28.175 Outras despesas de comercialização 12.793 13.098 Variação de despesas de comercialização diferidas 2.118 (2.223) _________ _________ Total 41.714 39.050 _________ _________ d. Receitas Financeiras Rendimento de aplicações de renda fixa 11.922 13.539 Juros sobre fracionamento de prêmios 12.185 7.791 Outras 1.096 248 _________ _________ Total 25.203 21.578 _________ _________ e. Despesas Financeiras Encargos financeiros sobre provisão IBNR-DPVAT 299 817 Encargos financeiros com operações de seguros 1.044 278 CPMF 1.031 955 Atualização de provisão para contingências 62 23 Atualização sobre Tributos (*) 1.573 Outras 41 28 _________ _________ Total 4.050 2.101 _________ _________ f. Outras Receitas Operacionais Receita com custo de apólices 8.320 8.740 Outras receitas 29 _________ _________Total 8.349 8.740 _________ _________ g. Outras Despesas Operacionais Despesas com incentivos a produção 2.360 2.165 Despesas com inspeções de riscos 1.842 1.994 Despesas com contingências(**) (3.005) 1.645 Despesas com material de expediente 761 1.062 Despesas com eventos 527 498 Despesas com cobrança 370 350 Despesas com proteção 139 363 Despesas FENASEG 302 264 Provisão para riscos de créditos 130 137 Despesas com administração de apólices 115 84 Despesas com encargos sociais 353 85 Outras despesas 352 474 _________ _________ Total 4.246 9.121 _________ _________ (*) Refere-se a encargos moratórios pagos no período em função de autuação fiscal recebida. (**)Esta composto por constituição de contingências no montante de R$ 312 e R$ 3.317, que se refere substancialmente a reclassificação de contingências anteriormente classificadas como “Provisões Cíveis”, para “Sinistros a Liquidar”.

DIRETORIA

a seguir: • Operações de Cosseguro Cedido - Os prêmios alcançaram no semestre R$ 1.465 (R$ 9. Provisões Técnicas e Despesas de Comercialização Diferidas 2.318 em 2006) e as comissões, R$ 378 (R$ 570 em 2006). Os saldos em 30 de junho de 2007, deSinistros Despesas de PPNG e Outras Sinistros a Ocorridos mas Comercialização corrente dessas operações, estão classificados nas contas “Cosseguro Cedido Emitido” no passivo (R$ 396 em 2007 e R$ 733 em 2006) e “Operações com Seguradoras” no ativo (R$ 103 em 2007 Provisões Liquidar não Avisados Diferidas ________________ ________________ _______________ _______________ 2007 _______ 2006 2007 _______ 2006 _______ 2007 _______ 2006 2007 _______ 2006 e R$ 188 em 2006). • Administração da carteira de investimentos e de fundos de investimentos ex_______ _______ _______ Patrimonial 7.360 7.022 1.305 1.283 195 219 2.988 2.686 clusivos pela BRAM - Bradesco Asset Management Ltda. Os custos com taxas de administração Automóveis 145.495 160.244 56.983 33.426 5.064 14.990 34.010 35.952 pagas no semestre somaram R$ 27 (R$ 23 em 2006), estando classificados na conta “Despesas Pessoas 5.972 4.247 6.363 1.736 1.646 1.270 2.131 1.570 Financeiras Eventuais”. O saldo a pagar é de R$ 5 (R$ 4 em 2006). • Os saldos bancários junto ao Demais 44 _______ 17 968 _______ 953 _______ 57 _______ 124 1 _______ 3 Banco Bradesco S.A. montam R$ 859 (R$ 826 em 2006) e estão registrados na rubrica “Caixa e _______ _______ _______ bancos”. • A Seguradora é patrocinadora de plano de aposentadoria complementar para os seus Total 158.871 _______ 171.530 65.619 _______ 37.398 _______ 6.962 _______ 16.603 39.130 _______ 40.211 _______ _______ _______ funcionários na modalidade de contribuição definida, no regime financeiro de capitalização, instituído 10. Contingências: em junho de 2004 e administrado pela Bradesco Vida e Previdência S.A. As contribuições no semesa. Movimentação das provisões para contingências tre totalizaram R$ 317 (R$ 191 em 2006). Saldo Adições Baixas Saldo ________________ _______________ 12. Reavaliação de Imóveis: A Seguradora, com base no laudo de avaliação elaborado pela Caixa em ConstiAtualiPagaem Depósitos Econômica Federal em 18 de maio de 2005, registrou reavaliação de 36 salas de sua propriedade 31/12/06 ________ tuição _______ zação ______ mento Reversão 30/06/07 _________ Judiciais ________ ________ ________ no imóvel sito a Rua Boa Vista, nº 254. A reavaliação foi realizada com base nos dispositivos da Fiscais 11.025 4.542 62 15.629 14.372 Circular SUSEP nº 260/2004. Os resultados da reavaliação foram contabilizados a crédito da conta Trabalhistas 160 6 (68) 98 41 “Reserva de Reavaliação” no patrimônio líquido, pelo valor líquido dos efeitos tributários, apurado Cíveis 3.454 ________ 223 _______ 83 ______ (7) (*) (3.249) ________ 504 _________ 764 conforme segue: ________ ________ Valor contábil (líquido das depreciações) R$ 1.412 Total 14.639 4.765 151 (7) (3.317) 16.231 15.177 R$ 4.020 Sinistros 1.286 (**) Valor total da avaliação ________ _________ Resultado positivo da reavaliação R$ 2.608 Total 16.463 _________ Realização acumulada (R$ 130) (*) Vide nota 8g. (**) Refere-se a processos judiciais de sinistros contabilizados na rubrica “Sinistros a Tributos provisionados (R$ 842) ________ liquidar”. Saldo líquido da reserva R$ 1.636 b. Detalhamento das contingências por probabilidade de perda A despesa de depreciação da reavaliação registrada a débito do resultado do semestre foi de Valor em risco Valor provisionado _____________________________________ ________________________________ R$ 33. Qde ________ Provável Possível Remota ______ Total Provável ________ Possível _______ Remota ______ Total _____ _______ _______ ________ 13. Patrimônio Líquido Ajustado e Margem de Solvência Fiscais 3 2.585 13.044 15.629 2.585 13.044 15.629 2007 2006 _________ _________ Trabalhistas 31 98 269 1.437 1.804 98 98 87.205 74.106 _________ _________ Cíveis 1.181 ________ 504 _______ 3.899 _______ 4.910 ______ 9.313 504 ________- _______- ______ 504 Patrimônio Líquido _____ ________ (108) (105) Total 1.215 ________ 602 _______ 6.753 _______ 19.391 ______ 26.746 602 ________ 2.585 _______ 13.044 ______ 16.231 Despesas Antecipadas _____ ________ Créditos Tributários-Prej.fiscal e base negativa (nota 6c) (1.403) c. Descrição resumida das principais ações: A Seguradora contesta judicialmente a exigibili- Ativo Diferido (82) (156) _________ _________ dade de certos tributos e contribuições. Até a obtenção de sentença final favorável, os processos Patrimônio Líquido Ajustado (1) 87.015 72.442 que encontram-se na esfera judicial estão sendo provisionados na forma da legislação que instia) 0,20 Prêmio Retido anual médio (últimos 12 meses) 64.241 67.550 tuiu a exigibilidade, levando em consideração o conceito de obrigação legal, apesar dos assesb) 0,33 Sinistro Retido anual médio (últimos 36 meses) 66.414 61.736 _________ _________ sores jurídicos avaliarem como possível e remota as chances de perda. As principais discussões 66.414 67.550 _________ _________ são: ICMS sobre salvados - estão provisionados os valores no montante de R$ 2.025 (R$ 1.661 Margem de Solvência (2) - maior entre (a) ou (b) 20.601 4.892 em 2006) e depositados judicialmente pelo valor de R$ 2.008 (R$ 1.647 em 2006); Contribuição Suficiência (1) - (2) _________ _________ Social sobre FGTS envolvendo a Lei Complementar nº 110 art. I e II, cujos valores estão provi- Em dezembro de 2006 foi publicada a Resolução CNSP nº 155 que dispõe sobre o capital mínimo sionados no montante de R$ 560 (R$ 501 em 2006). A Seguradora está discutindo a constitucio- requerido para funcionamento das sociedades seguradoras o qual será composto por um capital base nalidade da Lei nº 9.718/98 e obteve perante o Tribunal Regional Federal da 3ª região, em feve- e parcelas adicionais para cobertura dos riscos de subscrição, de crédito, de mercado, legal e opereiro de 2006, liminar para depositar em juízo o valor relativo a Cofins, cujos valores não racional. Na mesma data foi divulgada a Resolução CNSP nº 158 que estabelece critérios para a recolhidos estão provisionados na rubrica “Contingências Fiscais” no montante de R$ 13.044 (R$ determinação do capital adicional baseado nos riscos de subscrição. Até que o CNSP regule o capital 4.301 em 2006) e depositados em juízo no montante de R$ 12.364 (R$ 3.627 em 2006). As ações adicional pertinente aos demais riscos a eventual insuficiência de patrimônio líquido ajustado deverá trabalhistas referem-se a ações movidas por ex-funcionários e por ex-prestadores de serviços ser aferida em relação ao maior dos valores entre o capital mínimo requerido e a margem de solvência que pleiteiam o vínculo empregatício, enquanto que as ações cíveis referem-se a reclamações calculada na forma estabelecida pela Resolução CNSP nº 55/01. As seguradoras que apresentarem por danos morais oriundas das ações de sinistros. Essas ações (trabalhistas e cíveis) encon- insuficiência de patrimônio líquido ajustado terão um prazo de três anos, a partir de 2008, para ajustatram-se em diversas fases de tramitação motivo pelo qual a previsão de desembolso fica preju- mento. A Administração vem elaborando estudos visando aferir o impacto dessa regulamentação sobre dicada. O provisionamento é efetuado com base na classificação de risco de perda de cada a Companhia e suas operações. ação. 14. Ativos Vinculados: Os seguintes ativos, apresentados abaixo pelos seus valores contábeis, end. Contingências ativas: A Companhia é parte ativa em processos judiciais de natureza fiscal contram-se vinculados à SUSEP em garantia de provisões técnicas: em que pleiteia a devolução ou direito de compensação de certos tributos que, segundo entende, 2007 2006 _________ _________ recolheu indevidamente por força de exigências que carecem de legitimidade jurídica. Os pro- Letras Financeiras do Tesouro Nacional - LFTs 13.532 11.677 cessos encontram-se em fase inicial ou intermediária de tramitação e as chances de êxito, se- Certificados de Depósito Bancário - CDBs 2.117 15.782 gundo avaliação dos consultores jurídicos que assessoram a Companhia, são possíveis ou re- Quotas de Fundos de Investimentos - Renda Fixa 155.570 145.044 motas. Os valores envolvidos não são significativos e seu reconhecimento contábil se dará Imóveis 3.485 1.239 quando as correspondentes ações forem julgadas favoravelmente à Companhia em caráter defi- Direitos Creditórios 56.681 63.026 _________ _________ nitivo. Total 231.385 236.768 _________ _________ 11. Transações com partes Relacionadas: A Seguradora mantém com sua acionista, Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros e empresas a ela ligadas operações realizadas em condições de Para fins de cálculo do valor a vincular, direitos creditórios a vencer, no montante de R$ 56.681 (R$ 63.026 em 2006), foram considerados como dedução das provisões técnicas. mercado em termos de preços, prazos e outras condições. As principais operações estão resumidas

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO CLAUDIO AFIF DOMINGOS Diretor Vice-Presidente MARCOS MACHINI Diretor Superintendente

LUIZ CARLOS TRABUCO CAPPI - Conselheiro-Presidente CLAUDIO AFIF DOMINGOS - Conselheiro GUILHERME AFIF DOMINGOS - Conselheiro IVAN LUIZ GONTIJO JUNIOR - Conselheiro RICARDO SAAD AFFONSO - Conselheiro SAMUEL MONTEIRO DOS SANTOS JUNIOR - Conselheiro

HUMBERTO DAL ROVERE Contador - CRC-1SP 124.191/O-2 RICARDO CÉSAR PESSOA Atuário Miba - nº 1.076

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

Ao Conselho de Administração e aos Acionistas da Indiana Seguros S.A. São Paulo - SP

Examinamos o balanço patrimonial da Indiana Seguros S.A. levantado em 30 de junho de 2007 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes, ao semestre findo naquela data, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreendeu: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume das transações e

os sistemas contábil e de controles internos da Seguradora; (b) a constatação, com base em testes, parecer, sem ressalvas, datado de 07 de agosto de 2006 com menção de que nossa opinião, no que das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a se refere às provisões técnicas, foi fundamentada exclusivamente no parecer de atuário externo, em avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da consonância com as normas brasileiras de auditoria vigentes à época. Seguradora, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Indiana Seguros S.A. em 30 de junho 17 de agosto de 2007 de 2007, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes ao semestre findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. As demonstrações financeiras da Indiana Seguros S.A. relativas ao semestre findo em 30 de junho de Auditores Independentes José Rubens Alonso 2006, apresentadas para fins de comparabilidade, foram por nós auditadas e, sobre elas, emitimos nosso CRC 2SPOI4428/0-6 Contador CRC 1SP104350/O-3

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

BANCO ITAÚ BBA S.A. CNPJ 17.298.092/0001-30

NIRE 35300318951 EXTRATO DA ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA E EXTRAORDINÁRIA DE 30.4.2007 Instalação: 30.4.2007, às 18:00 horas, na sede social e com presença total. Presença legal: representantes da Conselho de Administração e da Diretoria; 5. elevado o capital social, de R$ 2.877.207.322,27 para R$ 4.223.086.203,85, PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes. Mesa: Presidente: Roberto Egydio Setubal; Secretário: Dr. Candido sem emissão de ações, mediante capitalização de R$ 1.345.878.881,58, consignados no balanço de 31.12.2006, nas Botelho Bracher. 1. aprovadas as contas dos administradores e as demonstrações financeiras do exercício de 2006 e seguintes reservas: Reservas de Capital - Outras Reservas: R$ 90.356.398,78; Reservas Estatutárias - Reserva para homologada a destinação do resultado do exercício; 2. referendados os pagamentos efetuados aos acionistas em Equalização de Dividendos - Lucros Apurados em 2004: R$ 194.641.780,76; Lucros Apurados em 2005: 11.10.2006, 28.2.2007 e 10.4.2007, de juros sobre o capital próprio e de dividendos por conta do exercício de 2006, R$ 355.358.219,24; Reserva Especial - Lucros Apurados em 2004: R$ 50.431.065,38; Reserva para Reforço do Capital de declarados pelo Conselho de Administração em reuniões de 11.10.2006, 29.12.2006, 28.2.2007 e 10.4.2007; 3. reeleito o Giro - Constituída nos Exercícios de 2003, 2005 e 2006: R$ 543.818.750,64; Reserva para Aumento de Capital de CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, com mandato anual que vigorará até a posse dos eleitos pela Assembléia Geral Empresas Participadas - Exercício de 2006: R$ 69.256.098,74; Lucros Acumulados 2002 (Efeitos - Circulares Bacen 3068 e Ordinária de 2008: Conselheiros indicados pelo acionista Banco Itaú Holding Financeira S.A.: ALFREDO EGYDIO 3082): R$ 42.016.568,04; 6. em decorrência do item precedente, alterado o “caput” do artigo 3º do estatuto social, para SETUBAL, RG-SSP/SP 6.045.777-6, CPF 014.414.218-07; ANTONIO CARLOS BARBOSA DE OLIVEIRA, RG-SSP/SP 4.518.457, registrar o novo valor do capital social, passando a assim se redigir o referido dispositivo: “Artigo 3º - CAPITAL E AÇÕES - O CPF 528.154.718-68; HENRI PENCHAS, RG-SSP/SP 2.957.281, CPF 061.738.378-20; ROBERTO EGYDIO SETUBAL, RG-SSP/SP capital social é de R$ 4.223.086.203,85 (quatro bilhões, duzentos e vinte e três milhões, oitenta e seis mil, duzentos e três 4.548.549, CPF 007.738.228-52; RODOLFO HENRIQUE FISCHER, RG-SSP/SP 5.228.587-X, CPF 073.561.718-05; e SÉRGIO reais e oitenta e cinco centavos), representado por 10.569.052 (dez milhões, quinhentas e sessenta e nove mil e RIBEIRO DA COSTA WERLANG, RG-IFP/RJ 04590754-0, CPF 506.666.577-34; Conselheiros indicados pela acionista cinqüenta e duas) ações nominativas, sem valor nominal, sendo 5.284.526 (cinco milhões, duzentas e oitenta e quatro Itaú-BBA Participações S.A.: ANTONIO BELTRAN MARTINEZ, RG-SSP/SP 1.199.990, CPF 004.638.098-15; CANDIDO mil, quinhentas e vinte e seis) ordinárias e igual quantidade de preferenciais, estas sem direito a voto, mas com BOTELHO BRACHER, RG-SSP/SP 10.266.958, CPF 039.690.188-38; EDMAR LISBOA BACHA, RG-SSP/RJ 02.641.842-6, CPF prioridade no reembolso do capital, sem prêmio, no caso de liquidação da sociedade.” Quórum das Deliberações: 095.698.717-68; EDUARDO MAZZILLI DE VASSIMON, RG-SSP/SP 9.539.448, CPF 033.540.748-09; FERNÃO CARLOS unanimidade. Formalidades Legais: ata lavrada no livro próprio, homologada pelo Banco Central do Brasil e arquivada BOTELHO BRACHER, RG-SSP/SP 1.309.953, CPF 004.286.808-44; e JEAN-MARC ROBERT NOGUEIRA BAPTISTA ETLIN, RG- conforme seguinte CERTIDÃO: “Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo: certifico o registro sob SSP/SP 5.569.852, CPF 051.036.138-24; 4. fixada a verba global e anual destinada à remuneração dos integrantes do o número 299.556/07-4, em 15.08.07. (a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral”. EXTRATO DA ATA DA REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DE 30.4.2007 Instalação: 30.4.2007, às 18:30 horas, na sede social e com presença total. Deliberações: 1. escolhidos para a 57; MARCELO NAIGEBORIN, RG-SSP/SP 17.423.633, CPF 074.921.658-11; MARIA CRISTINA LASS, RG-SSP/SP 8.985.808, Presidência e Vice-Presidência do Conselho de Administração: Presidente: Dr. ROBERTO EGYDIO SETUBAL e Vice- CPF 010.105.548-08; MÁRIO LÚCIO GURGEL PIRES, RG-SSP/MG M.2.550.239, CPF 486.885.176-49; MÁRIO LUÍS Presidentes: Dr. FERNÃO CARLOS BOTELHO BRACHER e Dr. HENRI PENCHAS; 2. decidido que o Presidente do Conselho BRUGNETTI, RG-SSP/SP 16.747.573, CPF 076.805.778-70; MARIO LUIZ AMABILE, RG-SSP/SP 11.460.083, CPF 843.210.248de Administração, Dr. Roberto Egydio Setubal, em suas ausências ou impedimentos temporários, será substituído pelo 20; ODAIR DIAS DA SILVA JUNIOR, RG-SSP/SP 18.718.210-3, CPF 635.045.539-87; PAOLO SERGIO PELLEGRINI, RG-SSP/RS Vice-Presidente Dr. Henri Penchas e, na ausência deste, pelo Vice-Presidente Dr. Fernão Carlos Botelho Bracher; 3. 1007397472, CPF 627.505.000-44; PAULO DE PAULA ABREU, RG-SSP/MG M-2.540.981, CPF 758.886.026-04; e PAULO decidido que o Comitê de Remuneração será composto pelo Presidente Dr. ROBERTO EGYDIO SETUBAL e pelo ROMAGNOLI, RG-SSP/SP 7.306.717, CPF 041.568.808-69; 5. em atendimento às disposições regulamentares do Conselho Conselheiro Dr. CANDIDO BOTELHO BRACHER; 4. eleita a DIRETORIA, com mandato anual que vigorará até a posse dos Monetário Nacional, do Banco Central do Brasil e da Comissão de Valores Mobiliários, designados: I - Diretor Responsável eleitos na primeira reunião do Conselho de Administração que suceder a Assembléia Geral Ordinária de 2008: Diretor pela Carteira de Investimentos: JEAN-MARC ROBERT NOGUEIRA BAPTISTA ETLIN; II - Diretor Responsável pelas Presidente: CANDIDO BOTELHO BRACHER, RG-SSP/SP 10.266.958, CPF 039.690.188-38; Diretores Vice-Presidentes, Operações de "SWAP”, pelas Operações de Câmbio e pelas Operações de Empréstimo e de Troca de Títulos: EDUARDO com atribuição de Executivo: ANTONIO CARLOS BARBOSA DE OLIVEIRA, RG-SSP/SP 4.518.457, CPF 528.154.718-68; MAZZILI DE VASSIMON; III - Diretor Responsável pela Área Contábil e pela Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro: EDUARDO MAZZILLI DE VASSIMON, RG-SSP/SP 9.539.448, CPF 033.540.748-09; JEAN-MARC ROBERT NOGUEIRA ANTONIO CARLOS BARBOSA DE OLIVEIRA; IV - Diretor Responsável pelas Carteiras Comercial, de Arrendamento BAPTISTA ETLIN, RG-SSP/SP 5.569.852, CPF 051.036.138-24; Diretor Vice-Presidente, com atribuição de Comercial: Mercantil, de Crédito, Financiamento e Investimento e de Crédito Imobiliário: ALBERTO FERNANDES; V - Diretor ALBERTO FERNANDES, RG-SSP/SP 13.030.798, CPF 053.207.088-74; Consultor Jurídico: EZEQUIEL GRIN, RG-SSP/SP Responsável pela Central de Risco de Crédito: JOÃO CARLOS DE GÊNOVA; VI - Diretor Responsável pelas Contas de 4.565.440, CPF 938.859.548-34; Diretores: ALEXANDRE ENRICO SILVA FIGLIOLINO, RG-SSP/SP 9.800.813, CPF Depósitos, pelo Cumprimento das Normas de Abertura, Manutenção e Movimentação de Contas-Correntes de Depósito 042.668.698-51; ANDRÉ EMILIO KOK NETO, RG-SSP/SP 15.789.068-5, CPF 086.803.238-70; ANDRÉ LUIS TEIXEIRA para Investimento e pelo Sistema de Pagamentos Brasileiro e pelo Atendimento das Denúncias, das Reclamações e pela RODRIGUES, RG-SSP/SP 35.318.961-3 e CPF 799.914.406-15; ANDRÉ LUIZ HELMEISTER, RG-SSP/SP 17.207.252, CPF Prestação de Informações no Sistema RDR: JOSÉ IRINEU NUNES BRAGA; VII - Diretor Responsável pelo Cadastro de 027.872.118-44; CAIO IBRAHIM DAVID, RG-SSP/SP 12.470.390-2, CPF 101.398.578-85; ELAINE CRISTINA ZANATTA Clientes do SFN - CCS: JOÃO RÉGIS DA CRUZ NETO; VIII - Diretor Responsável pelas Operações Compromissadas e RODRIGUES VASQUINHO, RG-SSP/SP 11.218.689, CPF 083.470.418-81; FÁBIO DE SOUZA QUEIROZ FERRAZ, RG/SSP-SP Operações de Bolsa (ICVM 387): LUÍS ALBERTO PIMENTA GARCIA; IX - Diretor Responsável por Risco de Liquidez, pelo 8.471.649-6, CPF 136.132.108-35; FÁBIO FRAJBLAT GORODICHT, RG-IFP/RJ 6.171.302-0, CPF 856.069.607-53; FERNANDO Risco Cambial, pelo Gerenciamento de Risco de Mercado e pelo Gerenciamento do Risco Operacional: CAIO IBRAHIM ALCÂNTARA DE FIGUEREDO BEDA, RG-SSP/SP 13.653.058, CPF 104.870.868-30; FERNANDO FONTES IUNES, RG-SSP/SP DAVID; X - Diretor Responsável pela Carteira de Crédito Rural: FERNANDO ALCÂNTARA DE FIGUEREDO BEDA; XI - Diretor 5.217.649, CPF 077.518.888-30; FRANCISCO PAULO COTE GIL, RG-SSP/SP 6.121.978, CPF 364.203.608-20; GILBERTO Responsável pela atualização dos dados no Sistema UNICAD e por Acordos para Compensação e Liquidação de FRUSSA, RG-SSP/SP 16.121.865, CPF 127.235.568-32; GUSTAVO HENRIQUE PENHA TAVARES, RG-SSP-SP 17.423.980, CPF Obrigações no âmbito do Sistema Financeiro Nacional: EZEQUIEL GRIN; XII - Diretor Responsável pela Administração de 073.994.228-00; JOÃO CARLOS DE GÊNOVA, RG-SSP/SP 7.459.200, CPF 790.939.068-87; JOÃO REGIS DA CRUZ NETO, RG- Recursos de Terceiros: FRANCISCO PAULO COTE GIL; XIII - Diretor Responsável pelas Operações de Derivativos de SSP/PR 685.757, CPF 139.417.809-30; JOSÉ CARLOS GIACHINI, RG-SSP/SP 7.909.204, CPF 033.950.568-05; JOSÉ IRINEU Crédito: LUIZ HENRIQUE CAMPIGLIA. Quórum das Deliberações: unanimidade. Formalidades Legais: ata lavrada no NUNES BRAGA, RG-SSP/MG M-559.350, CPF 087.958.356-87; LILIAN SALA PULZATTO KIEFER, RG-SSP/SP 25.254.239-3, livro próprio, homologada pelo Banco Central do Brasil e arquivada conforme seguinte CERTIDÃO: “Secretaria da CPF 478.741.989-72; LUÍS ALBERTO PIMENTA GARCIA, RG-IFP/RJ 067.138.776, CPF 703.198.987-68; LUIZ HENRIQUE Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo: certifico o registro sob o número 299.558/07-1, em 15.08.07. (a) CAMPÍGLIA, RG-SSP/SP 7.495.168-3, CPF 064.295.438-03; MARCELO MAZIERO, RG-SSP/SP 16.183.958, CPF 087.083.368- Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral”.

GEMALTO DO BRASIL CARTÕES E TERMINAIS LTDA torna público que recebeu da CETESB – OSASCO, a Licença Prévia Nº 32001725 e a Licença de Instalação Nº 32003238 e requereu a Licença de Operação para: Empresa de Impressão para terceiros de material de segurança. Sita à Rua Bahia, 277 - A - Bairro: Alphaville - Município: Barueri – SP. EXTRAVIO A empresa Gecon Processamento e Suporte para Informática Ltda., Rua Dr. Carlos Basto Aranha, 217, Sala 02 – Jaçanã/SP, IE: Isento, CNPJ: 59094425/0001-50, I.Municipal: 9525940-2, comunica o Extravio do talão de nota fiscal de Serviço Série A do Nº 501 a 550 AIDF: 045, parcialmente usados.

EDITAL DE CONVOCAÇÃO Aos Acionistas da Brasil Convenções S/A - Prezados Senhores - Na qualidade de Liquidante desta associação sirvo-me do presente, para convocar Vossas Senhorias a participarem da Assembléia Geral Ordinária, em conformidade com o Art. 124 da Lei nº 6.404/76, a realizar-se no próximo dia 06 de setembro de 2007 (quinta-feira), em nossa sede social sita a Rua Teixeira da Silva, nº 433, nesta Capital, às 10 h em primeira convocação, contando com a presença de pelo menos 50% (cinqüenta por cento) dos votos totais, ou às 10h30 min., em segunda convocação, no mesmo dia e local, com qualquer quorum, conforme rege nosso estatuto, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: Relatório e aprovação das contas e encerramento da liquidação e declaração de extinção da sociedade com o arquivamento da ata desta assembléia. São Paulo, 12 de agosto de 2007. Cordialmente, ÉCIO BARBOSA DE MORAIS - Liquidante.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA: PREGÃO (PRESENCIAL) Nº 36/1085/07/05 OBJETO: AQUISIÇÃO DE TELEVISORES 29” TELA PLANA - TV 04 A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação para aquisição de televisores 29” tela plana - TV 04. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 30/08/2007, na sede da FDE, na Supervisão de Licitações na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – CEP 01121-900 – São Paulo/ SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br. O credenciamento do representante das proponentes e o recebimento dos Envelopes “Proposta” e “Documentos de Habilitação” ocorrerão na sede da FDE, no endereço acima mencionado, às 09:30 horas do dia 13/09/2007. Todas as propostas deverão obedecer rigorosamente o estabelecido no edital. Fábio Bonini Simões de Lima - Presidente

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foi ajuizado no dia 29 de agosto de 2007, na Comarca da Capital, o seguinte pedido de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Requerente: Ricardo Machado de Siqueira e outro - Requerido: Rochetto Sinalização e Segurança Viária Ltda. - Rua Muniz de Souza, 620 - 1ª Vara de Falências

Menor preço pelo mesmo espaço, só no DC

O Jornal do Empreendedor

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

14

9. Imobilizado

Imóveis ................................. Equipamentos ...................... Móveis, máquinas e utensílios . Veículos ............................... Outras imobilizações ........... 10. Diferido

Custo Depreciação reavaliado acumulada 9.522 (2.643) 261.874 (215.288) 20.163 (18.086) 412 (338) 291.971 (236.355)

Despesas de instalações .................................................... Despesas com benfeitorias em imóveis de terceiros ........ Amortização .........................................................................

Controladora Líquido 2007 6.879 46.586 2.077 74 55.616

Recuperação Contas (encargos) a receber das despesas Receitas Empresas (pagar) administrativas (despesas) Banco Bradesco S.A. .......... (1.643.481) 9.192 Bradesco Capitalização S.A. 1.483 7.448 80 Atlântica Capitalização S.A. 1 Bradesco Vida e Previdência S.A. ................. 1.779 12.214 113 Bradesco Saúde S.A. .......... 9.137 40.741 1.542 Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros ......................... 6.481 37.906 2.910 Elopart Participações Ltda. .. 2.356 Marília Reflorestamento e Agropecuária Ltda. ............. 3.912 Indiana Seguradora S.A. ..... Reno Holdings Ltda. ............. (113) Tamisa Empreendimentos e Participações Ltda .............. (15) Torino Holdings Ltda. ............ (249) Em 2007 ............................... (1.618.332) 98.309 13.460 103.116

2007 137.458 54.759 6.402 1.043 402 200.064

2006 58.930 55.795 6.880 1.107 30 122.742

Controladora Consolidado 2007 2006 2007 2006 41 153.461 128.366 962 876 2.894 876 (774) (656) (102.128) (88.457) 229 220 54.227 40.785

11. Transações e saldos com partes relacionadas

Em 2006 ............................... (1.203.915)

2006 29.069 49.836 2.779 125 81.809

Consolidado Líquido

22.261

Controladora Valores a receber Despesas (pagar) com co-seguro co-seguro (1.764) -

(7.711) -

(5.242) -

(33) -

85 -

-

(6.921)

(7.744)

(2.489)

(4.287)

Todas as operações com partes relacionadas foram contratadas a taxas e prazos usualmente praticados no mercado para operações semelhantes, levando em consideração a ausência de riscos. O contas a receber e o contas a pagar são distribuídos nas diversas contas do balanço patrimonial de cada empresa de acordo com as características das operações. O rateio das despesas administrativas compartilhadas é efetuado através da aplicação de percentuais de alocação para cada Empresa, definidos com base em medidores de atividades e critérios estabelecidos na Convenção do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência. Em março de 2005, foi firmado Acordo de Compartilhamento de Infra-estrutura e Custos entre a Bradesco Seguros S.A. e a Bradesco Saúde S.A. com objetivo de compartilhar os serviços comuns. 12. Provisões técnicas e despesas de comercialização diferidas - seguros Controladora Provisões Provisão de Despesas de técnicas de Sinistros sinistros ocorridos comercialização 2007 seguros a liquidar mas não avisados diferidas Automóvel/RCF ................................. 52 Incêndio tradicional ........................... 40 Riscos diversos ................................ 16 Compreensivo empresarial ............... 4 9 Riscos nomeados e operacionais .... 22 37 DPVAT ............................................... 6.971 960 Transporte nacional/ internacional/RC cargas ................. 84 48 Marítimo/Aeronáutico ........................ 2 13 16 Responsabilidade civil geral ............. 6 45 Riscos de engenharia ....................... 37 Vida/AP ............................................. 3 14.247 8.914 1 Demais ............................................... 9 11 21.341 10.183 1 Controladora Provisões Provisão de Despesas de técnicas de Sinistros sinistros ocorridos comercialização 2006 seguros a liquidar mas não avisados diferidas Automóvel/RCF ................................. 9 52 Incêndio tradicional ........................... 73 40 Riscos diversos ................................ 16 Compreensivo empresarial ............... 4 9 Riscos nomeados e operacionais .... 267 8 37 DPVAT ............................................... 4.542 137.017 Transporte nacional/internacional/RC cargas ............................................. 25 48 Marítimo/Aeronáutico ........................ 1 13 16 Responsabilidade civil geral ............. 17 45 Riscos de engenharia ....................... 2 37 Vida/AP ............................................. 1 20.142 5.855 2 Demais ............................................... 9 297 24.807 143.181 2 Consolidado Provisões Provisão de Despesas de técnicas de Sinistros sinistros ocorridos comercialização 2007 seguros a liquidar mas não avisados diferidas Automóvel/RCF ................................. 1.046.650 347.090 360.350 185.008 Incêndio tradicional ........................... 112 26.120 2.791 Riscos diversos ................................ 15.676 14.387 15.758 2.093 Compreensivo residencial ................ 45.327 6.894 4.846 10.911 Compreensivo empresarial ............... 30.118 19.025 28.157 8.507 Riscos nomeados e operacionais .... 6.053 19.060 5.349 916 Crédito doméstico ............................. 26.030 4.527 6.093 33 DPVAT ............................................... 1.480 122.016 49.410 Transporte nacional/internacional/RC cargas ............................................. 8.840 45.942 21.903 12 Marítimo/Aeronáutico ........................ 9.099 15.606 16.162 2.041 Responsabilidade civil geral ............. 3.104 51.529 14.947 325 Riscos de engenharia ....................... 2.942 5.748 3.505 963 Vida/AP ............................................. 679.627 445.364 355.804 31.304 VGBL ................................................. 21.430.818 Saúde individual ................................ 1.737.724 46.526 292.894 51 Saúde coletivo .................................. 235.886 21.232 409.663 28.477 Demais ............................................... 14.830 39.151 18.526 1.858 25.294.316 1.230.217 1.606.158 272.499 Consolidado Provisões Provisão de Despesas de técnicas de Sinistros sinistros ocorridos comercialização 2006 seguros a liquidar mas não avisados diferidas Automóvel/RCF ................................. 1.026.937 267.456 382.258 175.849 Incêndio tradicional ........................... 179 30.477 2.488 (13) Riscos diversos ................................ 19.925 13.114 12.530 2.608 Compreensivo residencial ................ 55.836 5.229 4.740 11.537 Compreensivo empresarial ............... 20.769 25.334 27.419 5.176 Riscos nomeados e operacionais .... 9.617 12.123 4.322 1.667 Crédito doméstico ............................. 20.248 3.480 1.586 40 DPVAT ............................................... 4.613 249.604 Transporte nacional/internacional/RC cargas ............................................. 4.782 34.590 19.143 11 Marítimo/Aeronáutico ........................ 9.821 10.798 9.019 1.497 Responsabilidade civil geral ............. 4.551 50.095 14.853 410 Riscos de engenharia ....................... 6.957 4.968 4.564 1.789 Vida/AP ............................................. 521.538 419.076 237.977 34.398 VGBL ................................................. 15.557.787 Saúde individual ................................ 805.213 38.847 298.239 68 Saúde coletivo .................................. 215.727 19.363 418.276 18.153 Demais ............................................... 10.268 29.664 9.876 1.570 18.290.155 969.227 1.696.894 254.760 13. Provisões técnicas - previdência complementar Consolidado 2007 2006 No início do semestre .................................................................... 21.658.673 20.319.673 Contribuições .................................................................................... 1.127.311 1.025.740 Benefícios ......................................................................................... (215.632) (199.033) Resgates ........................................................................................... (944.936) (1.049.819) Atualização monetária e juros .......................................................... 1.052.669 980.931 Variação da provisão de eventos ocorridos mas não avisados .... (415) (500) Outras movimentações ..................................................................... (271.992) (313.713) No fim do semestre ........................................................................ 22.405.678 20.763.279

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

14. Provisões técnicas - capitalização (a) Composição Provisão para resgates Provisão matemática para resgate ................................................... Provisão para resgate de títulos vencidos ...................................... Provisão para resgate antecipado de títulos ................................... Provisão para sorteios Provisão para sorteio a realizar ....................................................... Provisão para sorteio a pagar .......................................................... Outras provisões Provisão para contingências ............................................................ Provisão administrativa ..................................................................... Saldos em 30 de junho ...................................................................

2007

Consolidado 2006

1.903.466 132.062 225.390 2.260.918

1.780.055 142.359 188.528 2.110.942

21.547 1.336 22.883

18.587 710 19.297

12.166 67.178 79.344 2.363.145

43.360 53.387 96.747 2.226.986

2007 2.307.173 631.259 (654.037) 78.750 2.363.145

Consolidado 2006 2.138.909 588.611 (573.131) 72.597 2.226.986

(b) Movimentação No início do semestre .................................................................... (+) Constituições ............................................................................... (-) Resgates/Sorteios ....................................................................... (+/-) Atualização monetária e juros .................................................. No fim do semestre ........................................................................

15. Ativos e passivos contingentes e obrigações legais - fiscais e previdenciárias (a) Ativos contingentes A Seguradora não tem ativos contingentes, que sejam relevantes, passíveis de registros contábeis ou de divulgação. (b) Passivos contingentes classificados como perdas prováveis e obrigações legais - fiscais e previdenciárias A Bradesco Seguros S.A. e suas controladas são parte em processos judiciais, de natureza trabalhista, cível e fiscal, decorrentes do curso normal de suas atividades. As provisões foram constituídas levando em conta a opinião dos assessores jurídicos, a natureza das ações, a similaridade com processos anteriores, a complexidade e o posicionamento de nossos Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável. A Administração da Seguradora e suas subsidiárias entendem que as provisões constituídas são suficientes para fazer face a eventuais perdas decorrentes dos respectivos processos. O passivo relacionado à obrigação legal em discussão judicial é mantido até o ganho definitivo da ação, representado por decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, ou a sua prescrição. (i) Obrigações legais - fiscais e previdenciárias A Bradesco Seguros S.A. e suas controladas vêm discutindo judicialmente a legalidade e constitucionalidade de alguns tributos e contribuições, os quais estão totalmente provisionados não obstante as boas chances de êxito a médio e longo prazo, de acordo com a opinião dos assessores jurídicos. As principais questões são: CSLL - Alíquota diferenciada - ECR nº 01/94 e EC nos 10/96 e 17/97 - R$ 146.924 (R$ 139.517 em 2006), na controladora, e R$ 358.313 (R$ 357.893 em 2006) no consolidado. Questionamento da CSLL exigida das companhias seguradoras, nos anos-base de 1995 a 1998 por alíquotas superiores às aplicadas às pessoas jurídicas em geral, em desrespeito ao princípio constitucional da isonomia. CSLL - Dedutibilidade da base de cálculo do IR - R$ 6.225(R$ 5.778 em 2006), na controladora, e R$ 163.234 (R$ 133.957 em 2006) no consolidado. Pleiteia calcular e recolher o imposto de renda devido, relativo ao anobase de 1997 e subseqüentes, sem efetuar a adição da CSLL na base de cálculo respectiva, determinada pelo artigo 1º da Lei nº 9.316/96, uma vez que essa contribuição representa uma despesa efetiva, necessária e obrigatória da Seguradora. CSLL - Empresas sem empregados - R$ 31.369 (R$ 29.377 em 2006), na controladora, e R$ 125.204 (R$ 118.805 em 2006) no consolidado. Pleiteia o não recolhimento da CSLL dos anos base de 1997 e 1998, anos nos quais a empresa não possuía empregados, uma vez que o artigo nº 195, I, da Constituição prevê que essa contribuição somente é devida pelos empregadores. INSS - Contribuição Previdenciária - Corretores de seguro e médicos referenciados (LC nº 84/96 e artigo 22, inciso I da Lei nº 8.212/91) - R$ 121.539 (R$ 119.322 em 2006) na controladora, e R$ 493.541 (R$ 432.677 em 2006) no consolidado. Discute a incidência da contribuição previdenciária sobre as remunerações pagas a corretores de seguro e médicos referenciados, instituída, inicialmente, pela LC nº 84/96, após, pela Lei nº 9.876/99 (nova redação dada ao artigo 22, inciso I da Lei nº 8.212/91), à alíquota de 20% e adicional de 2,5%, sob o argumento de que os serviços não são prestados às seguradoras, mas aos segurados, estando desta forma fora do campo de incidência da referida contribuição. PIS Irretroatividade/Anterioridade EC nos 10/96 e 17/97 R$ 33.452 (R$ 31.901 em 2006), na controladora, e R$ 58.593 (R$ 52.626 em 2006) no consolidado. Pleiteia, para os períodos de janeiro a junho de 1996 e julho de 1997 a fevereiro de 1998, calcular e recolher o PIS nos termos da LC nº 07/70 (PIS Repique) e não nos termos das EC nos 10/96 e 17/97 (PIS sobre a receita bruta operacional), as quais, para referidos períodos, desrespeitaram os princípios constitucionais da irretroatividade e da anterioridade. (ii) Processos trabalhistas Os passivos contingentes decorrentes de litígios trabalhistas são apurados com base no valor médio das perdas ocorridas nos últimos doze meses, aplicado sobre a quantidade de processos ativos e, quando aplicável, são complementados por provisões para causas específicas. (iii) Processos cíveis Referem-se à estimativa global de perdas com ações decorrentes do curso normal das operações, cujos valores estão sendo discutidos judicialmente pela Seguradora e suas controladas. As questões discutidas nas ações normalmente não constituem eventos capazes de causar impacto representativo no resultado do semestre. Não existem em curso passivos contingentes relevantes para os quais as chances de perdas sejam prováveis que não tenham sido razoavelmente estimados. (iv) Movimentação das provisões constituídas Controladora Consolidado Fiscais e pre- TrabaFiscais e pre- Trabavidenciárias lhistas Cíveis videnciárias lhistas Cíveis No início do semestre ............. 463.354 20.549 42 1.382.656 41.234 205.395 Constituições ............................. 215 3.863 1.170 30.792 8.026 27.689 Reversões ................................. - (7.756) (51) (592) (15.063) (10.323) Atualização monetária ............... 10.612 33.615 No fim do semestre de 2007 ....... 474.181 16.656 1.161 1.446.471 34.197 222.761 No fim do semestre de 2006 ....... 451.627 21.104 1.763 1.287.289 35.508 186.776 16. Patrimônio líquido (controladora) (a) Capital social e dividendos O capital social, totalmente subscrito e integralizado, já considerados os atos societários abaixo, é representado por 921.871 (939.998 em 2006) ações escriturais, ordinárias e nominativas, sem valor nominal. De acordo com as disposições estatutárias, a cada ação corresponde um voto nas Assembléias Gerais, sendo garantido aos acionistas um dividendo mínimo de 25% do lucro líquido de cada exercício, ajustado nos termos da legislação societária brasileira. Em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 28 de março de 2006, os acionistas da Seguradora deliberaram sobre o aumento de capital no montante de R$ 800.000 mediante a capitalização do saldo das contas Reserva de Lucros-Reserva Estatutária de 2002 R$ 248.083; Reserva de Lucros Reserva Estatutária de 2003 R$ 319.074 e de parte do saldo da conta de Reserva de Lucros Reserva Estatutária de 2004 R$ 232.843. Este ato societário foi aprovado pela Portaria SUSEP nº 652 de 20/03/2007. Em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 31 de maio de 2006, os acionistas da Seguradora deliberaram sobre o aumento de capital no montante de R$ 2.165.239 com a emissão de 312.468 novas ações ordinárias nominativas escriturais, sem valor nominal, com a integralização mediante a conferência de 2.165.239.000 cotas de emissão da Bradesco SegPrev Investimentos Ltda. Este ato societário foi aprovado pela Portaria SUSEP nº 689 de 25.07.2007. (b) Reserva de capital Corresponde à reserva de doações e subvenções de investimentos decorrentes de incentivos fiscais recebidos. (c) Reserva de reavaliação Nos termos da Circular SUSEP nº 15/1992, a reserva de reavaliação está apresentada líquida dos tributos incidentes, e é amortizada com base na depreciação dos ativos correspondentes. (d) Reserva legal Constituída, ao final do exercício, na forma prevista na legislação societária brasileira, podendo ser utilizada para a compensação de prejuízos ou para aumento do capital social. (e) Reserva estatutária Constituída por até 100% do lucro líquido remanescente após as deduções legais e a constituição de reserva legal, é efetuada ao final de cada exercício social, até atingir o limite de 95% do capital social, estando sujeita à deliberação em Assembléia Geral. 17. Garantia das provisões técnicas de seguros, previdência complementar aberta e de capitalização Os valores dos bens e direitos oferecidos em cobertura das provisões técnicas são os seguintes: Controladora Consolidado 2007 2006 2007 2006 Ações .................................................................................. 40.374 1.598.219 868.230 Títulos de renda fixa Privados ......................................... 41.026 138.819 21.192.851 20.035.147 Títulos de renda variável ..................................................... 87.560 62.209 Depósitos especiais no IRB - Brasil Resseguros S.A. ....... 6 6.054 5.574 Quotas e fundos especialmente constituídos .................... - 29.757.003 22.682.781 Imóveis ................................................................................. 21.967 29.233 Direitos creditórios (líquido dos prêmios vencidos e não pagos) ......................................................................... 481.774 440.175 41.026 179.199 53.145.428 44.123.349 18. Principais ramos de atuação Ramos Automóvel/RCF .................... Incêndio tradicional .............. Riscos diversos ................... Riscos nomeados e operacionais ....................... DPVAT .................................. Transporte nacional/ internacional/RC cargas ..... Marítimo/Aeronáutico ........... Responsabilidade civil geral Vida/AP ................................ Demais .................................

Controladora Comercialização % 2007 2006 10,00 10,45

Prêmios Ganhos 2007 2006 2 20 111 2 67

Sinistralidade % 2007 2006 800 90 4.700 -

148 -

598 64.846

13,51 -

115,57

-

16,72 1,03

3 4 399 1 668

78 4 81 272 11 65.979

345,11

38,46 250 2,47 954,41

31,08

5,13 2,47 10,66

CONTINUA


Paulo Pampolin/Hype

REFORMA POLÍTICA, JÁ!

Mobilização, conscientização e pressão pelo voto distrital foram pedidos por FHC, Alencar Burti (presidente da CACB e ACSP), secretário Afif Domingos, ex-ministro Veloso e ex-governador Alckmin. Pág. 8 Ano 83 - Nº 22.450

São Paulo, quinta-feira, 30 de agosto de 2007

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição concluída às 23h58

w w w. d co m e rc i o. co m . b r

Reações ao STF

RENAN QUER SEGREDO

Até agora ninguém foi inocentado ou culpado Arte de Céllus sobre foto de Celso Junior/AE

Presidente Lula

A hora do julgamento de Renan Calheiros no Conselho de Ética, hoje, foi precedida de uma polêmica: voto aberto ou secreto? Renan quer ficar por trás da fechadura. Página 4 Thiago Bernardes/LUZ

40 é o número do Ali Babá - o Lula Roberto Jefferson, deputado cassado

Respingou em Lula Fernando Henrique Cardoso

Página 3 e Opinião, página 6 Fernando Porto/DC

Está escuro? Pegue o ladrão! HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 20º C. Mínima 14º C.

AMANHÃ nublado com chuva Máxima 24º C. Mínima 14º C.

Uma rosa especial abre Holambra Multicolorida, ela chama para a Expoflora: investimento de R$ 3,5 milhões. E 7

Marcos Peron/Virtual Photo

Prefeitura monta brigada armada contra furto de fios nos túneis. Cidades 1

Circuito 25 de Março, Brás e Bom Retiro. Economia 1

Monsaraz e Esporão. Em charmoso roteiro do Alentejo. Boa Viagem


quinta-feira, 30 de agosto de 2007

C idades Contra furto de fios, brigada DIÁRIO DO COMÉRCIO

Em duas ou três semanas, agentes de segurança armados estarão de prontidão nos túneis.

Ó RBITA

ACIDENTES

armada nos túneis da cidade Prefeitura vai contratar seguranças armados para proteger cinco túneis de São Paulo de ladrões de cabos e fios de cobre e alumínio Thiago Bernardes/Luz

C

erca de 40% das mortes de crianças entre 1 e 14 anos na Capital são provocadas por acidentes, como atropelamentos, afogamentos e queimaduras, segundo pesquisa realizada pela secretaria estadual da Saúde. O levantamento analisou 10.351 mortes e 184.240 prontuários de internações de crianças, em 2005. A maior causa de mortes infantis e juvenis é o afogamento: 27,6% do total de óbitos. Em seguida estão os atropelamentos (25,7%), outros acidentes de trânsito (18,5%) e sufocamentos (16,8%). (Agências)

FUMO erca de 200 mil pessoas morrem por C ano no Brasil por causa do

fumo e 18,8% dos brasileiros com mais de 15 anos são fumantes. Esses são alguns dos dados divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), ontem, Dia Nacional de Combate ao Fumo. Segundo os números do Inca, o fumo é mais comum entre as pessoas de menor escolaridade, com menos de oito anos de estudo formal. Os dados também revelam que 90% das mortes provocadas por câncer de pulmão estão relacionadas ao fumo, assim como 85% das mortes por bronquite e enfisema. (Agências)

BICHEIROS niz Abrahão David, o Anísio, Antonio A Petrus Kalil, o Turcão, e

Ailton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães, foram presos novamente ontem, por suspeita de lavagem de dinheiro, pela Polícia Federal. Os três são da cúpula do jogo do bicho no Rio de Janeiro. Os três tinham sido presos no dia 13 de abril deste ano na Operação Furacão, que investigou uma quadrilha composta por bicheiros, magistrados e policiais suspeitos de participar da exploração de jogos ilegais no Rio, mas ganharam o direito de responder às acusações em liberdade. (Agências)

Fernando Vieira

Plano Regional tem plantão tira-dúvidas

C

inco túneis de São Paulo passarão a ter segurança armada 24 horas por dia. O objetivo da medida anunciada ontem pela Prefeitura é coibir o crescente número de furtos de fios e cabos de cobre e alumínio nessas vias de ligação. Nesta semana, a secretaria de Coordenação de Subprefeituras iniciou processo de cotação de preços para a contratação, em caráter emergencial, de um serviço de vigilância particular. A previsão é de que, dentro de duas ou três semanas, agentes de segurança armados já estejam de prontidão nas entradas e saídas dos túneis. De acordo com informações do Departamento de Iluminação Pública (Ilume), ligado à secretaria de Serviços, cerca de 150 quilômetros de cabos e fios de cobre e de alumínio desaparecem na cidade todos os meses. O material é furtado em túneis e ruas da Capital. O prejuízo, só com a reposição dos cabos, é estimado em R$ 4,2 milhões por ano. Bases – Os vigilantes particulares terão bases em ambas as bocas dos seguintes túneis: Ayrton Senna 1, entre as avenidas 23 de Maio e Antonio Joaquim de Moura Andrade; Ayrton Senna 2, entre as avenidas Antonio Joaquim de Moura Andrade e Sena Madureira; Sebastião Camargo, entre as avenidas Magnólia e Juscelino Kubitscheck; Tribunal de Justiça, na avenida Juscelino Kubitscheck; e Jânio Quadros, que liga a avenida Juscelino Kubitschek às avenidas Lineu de Paula Machado e Engenheiro Oscar Americano, no Morumbi. Ao todo, pelo menos 12 equipes de vigilantes estarão de prontidão diariamente junto aos túneis. Duas equipes ficarão em esquema de plantão, caso haja necessidade de substituições. Caberá à empresa contratada definir o revezamento de turnos. O custo mínimo dessa guarda especial é estimado em R$ 100 mil/mês. O contrato emergencial deve ter duração de seis meses. Nesse espaço de tempo, a secretaria de Coordenação de Subprefeituras deverá elaborar o estudo e o edital de licitação para uma nova contratação, em caráter definitivo, da empresa prestadora do serviço de vigilância. Detenção – De acordo com o Ilume, ainda hoje o Túnel Jânio Quadros terá seu sistema de energia restabelecido. A iluminação estava comprometida desde o último domingo,

O

Vivi Zanatta/AE

Na tarde de ontem, o túnel Jânio Quadros (no alto) ainda estava parcialmente sem energia elétrica. Equipes técnicas (à dir.) fizeram trabalho de reposição dos cabos roubados. Abaixo, suspeito (à direita na foto) de furto é detido.

Odival Reis/Agência O Globo

quando foram furtados 80% de sua fiação. Desde terça-feira, cinco equipes de manutenção estiveram no local para recolocar 600 metros de cabos. Durante os trabalhos, um homem foi visto de posse de dois metros de fios e acabou detido. O Ilume não sabe se esse material também foi furtado do túnel. Blecaute – Outra ação prevista para hoje na cidade é a 4ª

Operação Blecaute, que fiscalizará comércios de sucata e ferro-velho em Itaquera. A intenção, nesse caso, é impedir que fios e cabos furtados sejam comprados por esses estabelecimentos. A zona leste, segundo informações da Ilume, é recordista nesse tipo de crime: 34 quilômetros de fiação desaparecidas por mês. “Além do custo financeiro, há

outro custo embutido: o prejuízo aos serviços prestados à população. Por exemplo: quando fios de eletricidade são furtados, uma região inteira pode ficar sem luz”, disse o subprefeito de Itaquera, Laert de Lima Teixeira. Intimados – Nas últimas três operações, realizadas apenas nesta semana, foram fiscalizados 24 comércios de sucata e ferro-velho, sendo que seis foram interditados e 18 intimados a apresentar, em cinco dias, a licença de funcionamento, sob pena de autuação, em caso de descumprimento. A força-tarefa envolvida na operação é formada por 60 pessoas e reúne a subprefeitura de Itaquera, Ilume, Eletropaulo, Sabesp, Telefônica, CET, Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, Guarda Civil Metropolitana e polícias Civil, Militar e Ferroviária Federal.

s Planos Regionais Estratégicos (PRE) de cada subprefeitura de São Paulo estão em fase de revisão e as eventuais mudanças poderão integrar o novo Plano Diretor Estratégico (PDE), que define os rumos do desenvolvimento urbano da cidade e, especialmente, no caso das revisões, as restrições que disciplinam o uso e ocupação do solo. O prazo para apresentação das propostas de revisão vai até outubro. Em seguida, elas serão encaminhadas à Câmara, onde deverão ser analisadas e votadas até o fim do ano. Nas 31 subprefeituras estão sendo realizadas assembléias públicas com o objetivo de receber sugestões da população. A maior parte das alterações refere-se à correção de falhas nos textos da lei 13.885/04, que trata do PRE. “Existem erros de classificação de vias, por exemplo, que impedem a instalação de novos estabelecimentos comerciais em regiões onde funcionam tradicionais centros de comércio. É preciso rever a classificação dessas vias”, disse o assessor técnico da secretaria de Coordenação de Subprefeituras, Reinaldo Sacomã Correia. Para tirar dúvidas sobre propostas de revisão para a região central, o arquiteto do departamento de supervisão de planejamento urbano da s u b p re f e i t u r a d a S é , Marco Antonio Francischetti, estará de plantão até amanhã, das 14h às 16h, na praça de atendimento (avenida do Estado, 900). A assembléia pública do Centro está marcada para o dia 5 de setembro, na Pinacoteca do Estado, às 19h. (FV)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Consolidado Prêmios Ganhos Ramos Automóvel/RCF ...................................... Incêndio tradicional ................................ Riscos diversos .................................... Compreensivo residencial .................... Compreensivo empresarial ................... Riscos nomeados e operacionais ........ Crédito doméstico .................................. DPVAT .................................................... Transporte nacional/internacional/ RC cargas .............................................. Marítimo/Aeronáutico ............................ Responsabilidade civil geral ................. Seguros de pessoas ............................ Saúde individual .................................... Saúde coletivo ....................................... Demais ...................................................

2007 1.015.408 111 23.722 44.333 25.397 7.141 10.957 131.477

Sinistralidade % 2007 2006 75,02 74,32 4.700 44,72 49,69 15,24 19,21 25,76 65,12 64,63 60,52 37,38 89,69 81,55 101,09

2006 1.036.213 2 21.791 35.843 27.458 9.036 4.451 134.646

72.512 36.335 10.068 8.305 4.206 4.718 485.056 594.036 (368.522) 119.542 1.552.124 476.723 82.797 54.762 3.096.787 2.563.861

81,47 94,84 54,87 64,34 77,12 28,63

77,85 82,94 144,49 66,75 132,18 80,34 31,16

Comercialização % 2007 2006 19,19 18,12 9,66 16,40 24,00 24,22 34,52 30,65 17,03 20,33 0,86 1,03 20,39 22,77 14,50 30,91 3,91 5,68

16,83 17,19 16,00 25,91 0,46 3,66 4,89

19. Detalhamento das contas da demonstração de resultado (a) Despesas de comercialização - seguros Comissões sobre prêmios emitidos ............................... Comissões sobre prêmios cancelados ......................... Comissões sobre prêmios restituídos ........................... Comissões sobre prêmios de co-seguros cedidos ..... Comissões sobre prêmios de resseguros cedidos ..... Despesas com angariação de cartão proposta ........... Variação das despesas de comercialização diferidas ...

(b) Outras receitas e despesas operacionais - seguros Custo de apólices ........................................................... Despesas com DPVAT ................................................... Despesas com inspeção de riscos ............................... Despesas com administração de apólices .................... Despesas com encargos sociais .................................. Despesas de seguros ................................................... Reversão (constituição) de provisão para contingências cíveis e trabalhista ............................... Reversão (constituição) provisão para riscos sobre créditos duvidosos ............................................ Prejuízos atribuídos seguros e co-seguros .................. Outras receitas/despesas operacionais .......................

Controladora 2007 2006 2.843 3.994 (167) (5) (2.721) (3.126) 5 1 1 1 108 124 810

Consolidado 2007 2006 440.542 361.995 (27.373) (24.224) (6.134) (4.719) (42.002) (13.246) (5.225) (4.079) 80.752 56.760 12.350 21.622 452.910 394.109

Controladora 2007 2006 1 (2) (2.526) (9) (9) (331) (247) (4.978) (1.868)

Consolidado 2007 2006 37.129 33.797 (4.837) (3.971) (13.458) (12.290) (11.252) (5.116) (2.874) (1.884) 2.492 (49.966)

2.774

(7.999)

(664)

18.008

14.494 1.290 13.238

1.823 (666) (11.491)

35.247 (2.883) 508 39.408

2.344 (2.595) (13.508) (35.181)

(c) Outras receitas e despesas operacionais - Previdência

Despesas com pessoal próprio .....................................

Controladora 2007 2006 16.948 11.324

Consolidado 2007 2006 (10.610) (39.810) (51.604) (55) (765) (10.665) (92.179) Consolidado 2007 2006 236.322 193.720

Despesas com serviços de terceiros ............................

2.085

1.866

101.545

78.731

Despesas com localização e funcionamento ................

4.873

5.457

123.028

95.934

Despesas com publicidade e propaganda institucional ..

14

1.419

30.449

20.661

Despesas com donativos e contribuições .....................

1.826

372

4.348

4.139

Despesas administrativas do Convênio DPVAT ...........

-

1.355

11.800

8.227

Despesas administrativas diversas ..............................

827 26.573

616 22.409

11.209 518.701

2.082 403.494

Provisão para contingências .................................................................................... Provisão de despesas administrativas para resgates ........................................... Outras despesas operacionais ................................................................................ (d) Despesas administrativas

(e) Despesas com tributos Despesas com PIS .........................................................

Controladora 2007 2006 36 298

Consolidado 2007 2006 12.338 11.825

Despesas com COFINS ..................................................

224

1.834

75.879

Despesas com taxa de fiscalização .............................

220

160

3.328

1.772

Outras despesas com tributos ...................................... .........................................................................................

1.011 1.491

893 3.185

12.493 104.038

9.317 95.616

(f) Receitas financeiras Receitas com títulos de renda fixa - Privados ..............

Controladora 2007 2006 85.192 92.571

72.702

Consolidado 2007 2006 1.833.473 555.405

Receitas com títulos de renda fixa - Públicos ..............

28

11.480

4.501

1.081.669

Receitas com títulos de renda variável .........................

55.089

44.387

415.242

229.433

Receitas com operações de seguros e resseguros ...

185

430

57.862

37.535

constituídos garantidores de planos de benefícios ...

-

-

1.447.133

1.361.597

Atualização monetária de depósitos judiciais e fiscais

9.690

99.491

39.390

254.061

Outras receitas financeiras ...........................................

21.401 171.585

7.354 255.713

34.701 3.832.302

50.192 3.569.892

Receitas financeiras com quotas de fundos especialmente

(g) Despesas financeiras Despesas com operações com seguros e resseguros ..

Controladora Consolidado 2007 2006 2007 2006 1 (10.120) (1.014.731) (911.251)

Despesas com juros ...................................................... Tributação sobre operações financeiras .....................

(7.377)

(6.754)

(1.369) (29.694)

(2.079) (22.021)

Atualização monetária ................................................... Atualização monetária de operações de resseguro ..

(5.933) -

(2.549) -

(7.378) (4.351)

(2.985) (32.684)

Despesas financeiras com provisões técnicas de previdência ..............................................................

-

-

(1.052.669)

(980.931)

Despesas financeiras com títulos de capitalização ..... Atualização monetária de contingências passivas .....

(10.612)

(90.223)

(78.750) (33.615)

(72.597) (247.210)

Despesas com CPMF ..................................................... Outras despesas financeiras ........................................

(6.172) (63) (30.156)

(3.890) (59.068) (17.955) (2.194) (8.253) (38.811) (115.730) (2.289.878) (2.328.524)

15

(h) Resultado não operacional Lucro na alienação do ativo permanente ..................... Constituição (reversão) de provisão para perdas diversas . Recuperação de processo fiscal .................................. Resultado com títulos de capitalização ......................... Reversão da provisão reajuste de prêmios ................. Outras receitas não operacionais .................................

Controladora 2007 2006 377 5.922 429 11.096 806 17.018

Consolidado 2007 2006 10.032 6.132 9.164 14.821 9.978 (10.639) (5.988) 383.216 1.368 114 393.141 25.057

20. Imposto de renda e contribuição social A conciliação do imposto de renda e da contribuição social, calculada pela aplicação das alíquotas fiscais vigentes, e os impostos contabilizados em resultado são como seguem: Controladora Consolidado 2007 2006 2007 2006 Resultado antes de impostos e participações ............. 1.268.973 1.084.981 1.767.858 1.495.186 Imposto de renda e contribuição social às alíquotas básicas de 25% e 9%, respectivamente .................... (431.451) (368.894) (601.072) (508.363) Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Equivalência patrimonial tributada nas controladas e coligadas ............................................ 370.284 340.624 10.615 27.917 Participações no lucro ................................................. 1.993 1.470 8.366 5.405 Despesas indedutíveis líquidas das receitas não tributáveis ............................................................ 17.698 (11.725) 62.546 43.663 Outros valores ................................................................ 2.930 (2.380) 8.183 (4.864) Imposto de renda e contribuição social contabilizados no semestre ......................................... (38.546) (40.905) (511.362) (436.242) 21. Cálculo do patrimônio líquido ajustado e margem de solvência A seguir detalhamos o cálculo do patrimônio líquido ajustado e margem de solvência da Controladora em 30 de junho: 2007 2006 Patrimônio líquido contábil ............................................................................ 8.450.075 6.305.345 100% de participações diretas ou indiretas em sociedades seguradoras, capitalização e previdência, atualizadas pela efetiva equivalência patrimonial . (6.946.687) (4.834.534) 50% de participações diretas e indiretas em empresas de outras atividades .. (727.564) (294.614) Despesas antecipadas ........................................................................................ (1.075) (971) Ativo diferido ........................................................................................................ (229) (220) 774.520 1.175.006 Patrimônio líquido ajustado ................................................................................... Margem de solvência A - 0,20 prêmios retidos - últimos 12 meses ...................................................... 11.563 18.299 B - 0,33 sinistros retidos - média últimos 36 meses .......................................... 21.165 21.208 Patrimônio líquido ajustado ................................................................................... 774.520 1.175.006 Margem de solvência: (valor de A ou B = o maior) ............................................ 21.165 21.208 Suficiência ............................................................................................................ 753.355 1.153.798 22. Outras Informações (a) Benefícios a funcionários A Seguradora e suas controladas são patrocinadoras de um plano de previdência complementar para seus funcionários e administradores, na modalidade Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL). O PGBL é um plano de previdência do tipo de contribuição variável, que permite acumular recursos financeiros ao longo da carreira profissional do participante mediante contribuições pagas por ele mesmo e pela empresa patrocinadora, sendo os recursos investidos em um Fundo de Investimento Exclusivo - FIE. O PGBL é administrado pela Bradesco Vida e Previdência S.A., e a BRAM - Bradesco Asset Management S.A. DTVM é a responsável pela gestão financeira dos fundos FIEs. As contribuições dos funcionários e administradores da Seguradora e suas controladas são equivalentes a 4% do salário, exceto para os participantes que em 2001 optaram em migrar do plano de benefício definido para o plano de contribuição variável (PGBL), cujas contribuições foram mantidas nos níveis que vigoravam no plano de benefício definido quando da transferência de plano, observando-se sempre o mínimo de 4% do salário. As obrigações atuariais do plano de contribuição variável (PGBL) estão integralmente cobertas pelo patrimônio do FIE correspondente. Além do plano de contribuição variável (PGBL) anteriormente apresentado, está assegurado aos participantes transferidos do plano de benefício definido um benefício proporcional diferido, correspondente aos seus direitos acumulados nesse plano. Para os participantes do plano de benefício definido, transferidos ou não para o PGBL, participantes aposentados e pensionistas, o valor presente das obrigações atuariais do plano está integralmente coberto por ativos garantidores. A contribuição para os planos durante o semestre de 2007 montou a R$ 3.050 (R$ 3.126 em 2006) na controladora e, R$ 15.583 (R$ 15.214 em 2006), no consolidado, que estão integralmente cobertos por provisões técnicas, que totalizam R$ 225.006 (R$ 218.253 em 2006), na controladora, e R$ 592.774 (R$ 522.476 em 2006), no consolidado, sendo: benefícios concedidos - R$ 105.367 (R$ 98.257 em 2006) na controladora, e R$ 175.837 (R$ 167.681 em 2006), no consolidado; benefícios a conceder - R$ 119.639 (R$ 119.996 em 2006), na controladora e, R$ 416.937 (R$ 354.795 em 2006), no consolidado. Além desse benefício, a Seguradora e suas controladas oferecem aos seus funcionários e administradores também seguro saúde, assistência odontológica, seguro de vida e de acidentes pessoais e treinamento profissional. (b) Dividendos a receber e a pagar A rubrica Títulos e créditos a receber , no ativo circulante da controladora, inclui R$ 6.286 (R$ 4.082 em 2006) de dividendos a receber de participações societárias. A rubrica Obrigações a pagar , no passivo circulante da controladora, inclui R$ 1.853.320 (R$ 1.229.674 em 2006) referentes a dividendos a pagar. (c) Outras receitas/despesas patrimoniais A rubrica Outras receitas/despesas patrimoniais , na demonstração de resultado da controladora e consolidado, refere-se à provisão para desvalorização de investimentos, constituída ou revertida em função da expectativa do valor de realização. (d) Ajustes de investimento em controladas e coligadas A rubrica Ajustes de investimento em controladas e coligadas , na demonstração de resultados, refere-se ao resultado de equivalência patrimonial e outros valores, equivalentes a R$ 1.089.070 (R$ 1.003.203 em 2006) e R$ (1.141) (R$ (1.369) em 2006), respectivamente, na Controladora, e R$ 34.021 (R$ 83.779 em 2006) e R$ 33.420 (R$ (1.670) em 2006), no Consolidado, respectivamente. (e) A controlada Bradesco Saúde S.A., baseada nas decisões judiciais liminares estaduais existentes, passou a constituir provisão de prêmios a devolver, aplicável aos contratos individuais anteriores à Lei nº 9656/98, sendo calculada a partir da diferença entre os índices de reajuste aplicados e os reajustes concedidos para os seguros firmados após a Lei. Em 30 de junho de 2007, a provisão monta a R$ 56.703 (R$ 34.029 em 2006) e está registrada na rubrica Débitos diversos , do consolidado. (f) Comitê de Auditoria - Resolução CNSP nº 118/2004 O resumo do relatório do Comitê de Auditoria foi divulgado junto com as demonstrações contábeis do Banco Bradesco S.A. (acionista controlador) em 8 de agosto de 2007. (g) Circular SUSEP nº 334/2007 Em 2 de janeiro de 2007, a SUSEP emitiu a Circular SUSEP nº 334, instituindo um novo plano de contas para entrar em vigor a partir de 1º de janeiro de 2007. Além de diversas alterações introduzidas, o normativo também referenda para utilização pelas sociedades seguradoras, a partir de 2006, os critérios estabelecidos no pronunciamento NPC nº 27 de 29 de dezembro de 2005 do IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, que trata sobre Demonstrações Contábeis - Apresentação e divulgações. (h) Resolução Normativa - RN nº 136/2006 Em 31 de outubro de 2006, a ANS emitiu a Resolução Normativa nº 136 instituindo um novo plano de contas para as Operadoras de Planos de Saúde para entrada em vigor a partir de 1º de janeiro de 2007.

DIRETORIA Luiz Carlos Trabuco Cappi - Diretor-Presidente Aurélio Conrado Boni - Diretor-Geral de Tecnologia Samuel Monteiro dos Santos Júnior - Diretor-Geral Administrativo e Financeiro Luiz Tavares Pereira Filho - Diretor-Gerente Marcos Suryan Neto - Diretor-Gerente Ivan Luiz Gontijo Júnior - Diretor-Gerente Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa - Diretor

Luiz Henrique Cajado de Azeredo Coutinho Atuário MIBA nº 701 Getúlio Antônio Guidini Contador CRC-1RS034447/0-7S-SP

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Administradores e Acionistas Bradesco Seguros S.A. 1. Examinamos os balanços patrimoniais da Bradesco Seguros S.A. e da Bradesco Seguros S.A e empresas controladas (consolidado) em 30 de junho de 2007 e de 2006 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade da sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações contábeis. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações contábeis em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da seguradora, (b) a constatação, com

base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da seguradora, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3. Somos de parecer que as referidas demonstrações contábeis apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Bradesco Seguros S.A. e da Bradesco Seguros S.A. e empresas controladas (consolidado) em 30 de junho de 2007 e de 2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 17 de agosto de 2007 Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5

Edison Arisa Pereira Contador CRC 1SP127241/O-0


DIÁRIO DO COMÉRCIO

16

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quinta-feira, 30 de agosto de 2007

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

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OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

7

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O governo Robin Hood CLAUDIO WEBER ABRAMO

O Estado tira de uns para dar a outros, sem qualquer compromisso com o desenvolvimento

DIVISOR DE ÁGUAS

A

do crescente risco de um apagão no futuro; os desembolsos com Ciência e Te cn o l og i a , tão relevante para o desenvolvimento, somaram apenas 29%; com Gestão Ambiental, os gastos são ainda menores, da ordem de 16%. O pior de tudo está ocorrendo com os desembolsos com os programas da função S an e a me n t o , sob responsabilidade direta da União, em que foram desembolsados apenas 0,68% do orçado.

decisão do Supremo Tribunal Federal, de receber a denúncia contra os 40 do Mensalão, pode significar um divisor de águas quanto à forma como o Judiciário trata casos de corrupção. São dois os aspectos aos quais se deve prestar atenção no decorrer do processo. O primeiro é o tempo. Normalmente, os processos que correm no Judiciário levam um tempo desmesurado, decorrente da combinação entre, de um lado, a quantidade absurda de oportunidades para advogados interporem recursos de natureza meramente formal e, de outro, da morosidade nas decisões dos juízes. O segundo aspecto, diretamente ligado ao primeiro, é como o STF receberá as manobras formais dos advogados. Quanto mais dinheiro os réus têm à disposição para pagar advogados capazes de descobrir firulas recônditas que justifiquem recursos, mais os processos demoram. É por isso que raramente se condenam os ricos no Brasil – e corrupto de alto coturno é geralmente rico e pode sustentar tais advogados indefinidamente. Já a morosidade decisória é responsabilidade exclusiva das cortes, as quais não contam com mecanismos administrativos que controlem o desempenho dos seus integrantes e não aplicam a eles qualquer espécie de medida disciplinar por "contumácia protelatória" (nem por quaisquer outros motivos, com exceções tão raras quanto, por isso, notórias).

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A Energia fica com 24%, os Transportes com 12,6% e para o Saneamento vai apenas 0,68% do Orçamento Por Roberto Fendt

O

s dados da execução orçamentária da União entre primeiro de janeiro e 13 de agosto deste ano mostram que as funções do governo federal hoje se resumem praticamente a de um imenso agente distribuidor - um grande Robin Hood . É fácil ver porque. O orçamento aprovado para este ano impõe um teto de despesas de 1,545 bilhões de reais – um trilhão e meio de reais, em números redondos. Desse total, o Orçamento prevê despesas de 654 bilhões para o giro da dívida pública – isto é, para a colocação, em mercado, de novos títulos do Tesouro Nacional para substituir os que venceram ou vencerão no exercício de 2007. Portanto, o Orçamento da União prevê que as despesas com os demais programas orçamentários poderão chegar a 890 bilhões.

Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br

A

s despesas previstas com o programa Previdência Social Básica, que atende aos beneficiários do setor privado, têm orçados recursos da ordem de 177,8 bilhões. As despesas com o programa Previdência de Inativos e Pensionistas da União estão orçadas em 50,4 bilhões. São despesas obrigatórias e que correspondem, no orçamento, a 26% do total orçado (exclusive giro da dívida pública). Até o dia 13 de agosto já haviam sido desembolsados (pagos) 123,2 bilhões com essas duas rubricas, correspondendo a 54% do total orçado para todo o ano.

São também obrigatórias as despesas com transferências constitucionais a estados e municípios, as com pessoal e encargos, e as com o serviço da dívida pública. As transferências constitucionais correspondem a 12% do total orçado e foram até agora pagos 55% do total orçado (110,6 bilhões). Foram pagos até agora 70 bilhões do orçado em 128,1 bilhões com as despesas com pessoal e encargos sociais (55% do total). Finalmente, foram desembolsados 100 bilhões do total de 165,9 bilhões previstos com o pagamento do serviço da dívida pública (60% do total).

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omando apenas esses quatro programas – previdência s o c i a l , t r a n s f e rê n c i a s constitucionais a estados e municípios, salários e encargos dos servidores, e juros e encargos da dívida pública – chegamos a um total orçado de 466,9 bilhões (52% do total do orçamento). Até o dia 13 de agosto, a execução do orçamento com esses programas correspondia a cerca de 5560% do orçado, algo próximo do percentual de dias no total do ano (62%). Da mesma forma, os desembolsos do programa Transferência de Renda com Condicionalidades e Bolsa- Família, também acompanharam o transcorrer do ano. Com um valor global orçado de 8,8 bilhões, o programa desembolsou 5 bilhões com a concessão de bolsas até o dia 13 último (56% do orçado).

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problema não está com os gastos com os programas obrigatórios e com o BolsaF am í li a , mas com os pequenos gastos para os demais programas. Os gastos com a função Transportes, por exemplo, correspondem a somente 12,6% do orçado; com a função Energia, a 24%, a despeito

G O Orçamento

deste ano impõe um teto de despesas de um trilhão e meio de reais, em números redondos. Desse total, 654 bilhões para o giro da dívida pública. G As despesas

com os demais programas orçamentários poderão chegar a 890 bilhões. G Foram pagos até

agora 70 bilhões (do orçado em 128,1 bi) com as despesas de pessoal e encargos sociais. G Foram

desembolsados 100 bilhões (do total de 165,9 bilhões) com o pagamento do serviço da dívida pública.

endo o Orçamento por outra ótica - a dos elementos de despesa - também ressaltam alguns fatos. Por exemplo, foram gastos até agora apenas 19% com o elemento Obras e Instalações, cujo valor orçado para o ano é de 5,6 bilhões. Com o elemento Equipamentos e Material Permanente foram desembolsados apenas 23% dos 2,2 bilhões orçados. Esses elementos constituem parte importante dos investimentos da União, evidentemente contingenciados. E por aí, vai. Os problemas precisam se avolumar aos níveis dos que ocorrem nos hospitais no Nordeste para o governo se mexer. Enquanto isso, segue modorramente o Estado na sua grande função: a de tirar de uns, para dar a outros, sem qualquer envolvimento com o desenvolvimento do País. Os dados estão disponíveis no site Contas Abertas, no endereço (http://contasabe rtas.uo l.com.br /siaf i 2 0 0 7 / b a s i c a - p r o g r ama.asp). ROBERTO FENDT É ECONOMISTA

noticiário dos jornais já dá conta de que os advogados de alguns mensaleiros entrarão no STF com embargos declaratórios diversos contra partes da decisão de aceitar a denúncia contra eles. Por exemplo, a respeito da alegada transmissão pelo Banco Central ao Ministério Público de informações relativas a suas movimentações bancárias. O assunto foi objeto de bastante confusão quando da discussão no plenário do STF, tanto porque o relator não conseguia esclarecer a questão quanto porque o próprio procurador-geral da República não tinha a resposta na ponta da língua. Deua só no dia seguinte, no que, aparentemente, resultou o esclarecimento necessário.

ão obstante, haverá o tal embargo (um pedido de esclarecimentos sobre uma decisão). Quem o receber no STF poderá agir de duas maneiras diferentes: responder na lata que o assunto é vencido, tendo sido já discutido e esclarecido, não cabendo explicações adicionais; ou aceitálo, e dançar a dança protelatória – meses de considerações pretensamente eruditas sobre o óbvio. Não é inteiramente óbvio que, apesar de ter recebido a denúncia, o STF agirá com o mesmo senso de urgência. Alguns dos ministros que se manifestaram durante a sessão que apreciou a denúncia mostraram-se claramente obedientes ao princípio da interpretação gramatical da lei, perdendo de vista a materialidade dos fatos. A maioria dos demais ficou na moita. Quando o processo de fato passar a transcorrer, e forem necessárias decisões do plenário, veremos para onde o barco se dirigirá. Um pendor majoritariamente formalista levará água ao moinho dos réus, nada havendo, por enquanto, que permita prever que isso não se dará. É claro, por outro lado, que nada há também que justifique prever o contrário.

A

desgraça é que uma perspectiva mais precisa sobre o comportamento do STF no caso demorará anos para se cristalizar, dada a enorme quantidade de réus e, conseqüentemente, de testemunhas, implicando inquirições, reinquirições, recursos, embargos e tantos mais procedimentos infindáveis quantos o Código de Processo Criminal permitir. Isso sem falar na documentação probatória apresentada e a apresentar pelo MP, bem como nos contra-documentos com que, sem sombra de dúvida, os advogados dos réus procurarão afogar os magistrados. Ainda por cima, o STF não é um tribunal adequado para a condução de processos, o que exigirá adaptações. Decerto se cometerão equívocos, os quais serão aproveitados por aqueles réus e advogados interessados em protelar os trabalhos o quanto puderem. De toda forma, é esperar para ver. CLAUDIO WEBER ABRAMO É DIRETOR-EXECUTIVO DA TRANSPARÊNCIA BRASIL

G A decisão do

STF pode significar um divisor de águas quanto à forma como o Judiciário trata casos de corrupção

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Congresso Planalto Caso Renan CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 30 de agosto de 2007 Célio Azevedo

A denúncia de Santi dá a convicção de forças internas poderosas. Renato Casagrande (PSB)

MANOBRAS NO CONSELHO DE ÉTICA

Antonio Cruz/ABr

Eymar Mascaro

VOTO ABERTO: RENAN NEGA PRESSÃO

Na berlinda

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aso o Conselho de Ética do Senado acolha o pedido de cassação do mandato de Renan Calheiros, o processo será encaminhado à Comissão de Constituição e Justiça para receber parecer e, em seguida, ser votado em plenário. A votação do pedido de cassação no Conselho se dará por votação aberta, mas a do plenário será secreta. Tudo indica que Renan será condenado no Conselho, mas pode salvar o mandato e o cargo na votação secreta. Renan está sendo julgado por quebra de decoro parlamentar: teria usado dinheiro de lobista da Empreiteira Mendes Jr para pagamento de despesas pessoais. Renan nega.

Ainda assim, senador luta contra a intenção da oposição e torce para que a abertura do voto em seu julgamento no Conselho não aconteça.

NEGATIVA

RISCO

Líderes da oposição desmentem qualquer tipo de acordo com o presidente do Senado para salvar o seu mandato. Chegou-se a dizer que a oposição ficaria satisfeita apenas com a saída de Renan Calheiros da presidência. Se aceitasse a oferta, o senador salvaria o mandato.

O Governo, na opinião da oposição, ficou comprometido com o desfecho do julgamento dos mensaleiros no Supremo Tribunal Federal, pois o antigo núcleo político do PT foi condenado. O núcleo era formado pelos expresidentes do partido José Dirceu e José Genoíno, pelo ex-tesoureiro Delúbio Soares e pelo secretário Sílvio Pereira.

NÃO SAI Renan: "Também vejo virtudes no voto aberto, mas a única discussão aqui é se vamos seguir ou não o princípio constitucional."

V

isivelmente irritado, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDBAL), afirmou ontem que não pressionou o então secretáriogeral adjunto da Mesa, Marcos Santi, para que a consultoria da Casa emitisse – o que acabou acontecendo – parecer recomendando voto fechado no Conselho de Ética do primeiro processo contra o senador. Santi alega que pediu demissão do cargo por discordar da forma como os órgãos técnicos do Senado têm se posicionado em defesa de Renan (veja abaixo). "Quem me conhece sabe que jamais permitiria que alguém fosse pressionado", disse em plenário em resposta ao líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM). Renúncias – "Essa questão (do voto secreto) é delicada", havia dito o senador na terçafeira. "Já houve quem tivesse de renunciar por causa da abertura de voto", afirmou Ca-

lheiros, referindo-se à renúncia, em 2001, dos então senadores Antônio Carlos Magalhães e Luiz Estevão. Eles renunciaram na ocasião após terem sido acusados de violar o painel eletrônico do Senado. Magalhães e Estevão renunciaram para evitar a cassação. Bate-boca – A polêmica do voto secreto e do voto aberto chegou à sessão ontem à noite. Os senadores da oposição alertaram sobre a manobra para que o voto fosse fechado. O líder do DEM, José Agripino Maia (RN), avisou que os quatro integrantes de seu partido no Conselho revelariam o voto. Renan Calheiros, que presidia a sessão, deixou então a Mesa e afirmou não ver "necessidade de discutir, neste momento, se o melhor para o Brasil seria o voto secreto ou aberto". E completou: "Também vejo virtudes no voto aberto. Mas a única discussão aqui é se vamos seguir ou não o princípio constitucional".

Um dos principais críticos de Renan, o senador Jarbas Vasconcellos (PMDB-PE), foi categórico ao afirmar que tudo que acontecia no Senado "era responsabilidade exclusiva de Renan". Os senadores discutiram ainda a polêmica em torno da demissão do secretário-adjunto da Mesa Diretora, Marcos Santi. Acordos –A disputa pelo voto aberto deverá anteceder hoje a votação no Conselho de Ética do primeiro processo contra o presidente do Senado. Diante da tentativa dos aliados do peemedebista, e do próprio presidente do órgão, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), de fazer com que a votação seja secreta, dois dos três relatores do processo, os senadores Marisa Serrano (PSDB-MS) e Renato Casagrande (PSB-ES), fecharam acordo de que só revelam o parecer-conjunto deles se a votação for aberta. Consultores – A adoção do voto aberto ou fechado na ses-

são do Conselho de Ética dividiu a Consultoria Legislativa do Senado. Em resposta ao presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), quatro consultores assinaram um parecer defendendo a obrigatoriedade do voto fechado. Liberdade de voto – Disseram que o procedimento "é complemento indispensável à liberdade de voto dos congressistas". Os consultores prosseguiram na alegação, repetindo até o posicionamento de juristas, de que as comissões "devem ser entendidas como microcosmos do plenário". Na conversa com os relatores, na última terça-feira, os consultores Gustavo Ponce Lago e Gilberto Guerzoni defenderam igualmente que a adoção do voto secreto implica na necessidade de os relatores se limitarem a relatar ocorrências da denúncia, sem opinarem sobre a punição ou a absolvição de Renan. (AE)

Dida Sampaio/AE

Senado aprova sétima indicação de Lula

O Marcos Santi: problema aumentou com o relatório de Almeida Lima

Santi desabafa: 'Sofri pressão psicológica'

O

corregedor do Senado, Romeu Tuma, conversou ontem com o ex-secretário-geral adjunto da Mesa do Senado, Marcos Santi. Ele alegou estar sofrendo pressões desde que o processo contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), começou. Santi disse que as pressões aumentaram principalmente depois que o senador Almeida Lima (PMDB-SE) divulgou informações do relatório da Consultoria Legislativa da Casa, segundo o qual a votação do processo deve ser fechada. Recuo – O servidor não apresentou provas materiais e disse que não sofreu pressão direta, mas sim psicológica, recuando do que afirmou na última terça, de que estaria sendo pressionado em favor do voto secreto. Também participaram da reunião os relatores do primeiro caso contra Renan, Marisa Serrano (PSDB) e Renato Casa-

grande (PSB). Segundo o relator, a denúncia de Santi não entrará no processo. "A denúncia do servidor Marcos não faz parte da representação, mas ajuda a formar a convicção de que tivemos forças internas poderosas, vinculadas à Presidência da Casa, interferindo nesse processo", disse Casagrande. Santi foi ouvido pelo corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), e por Casagrande e Serrano. Segundo versão de Renato Casagrande e Marisa Serrano, em seu desbafo aos relatores, o funcionário do Senado afirmou que se tentou "plantar nulidade no processo e levar o processo a uma direção que pudesse colaborar na defesa de Renan". Sem comentários – Mais cedo, o senador peemedebista foi indagado sobre a denúncia, ao chegar ao Senado, e disse que a questão "não merece comentários". (AE)

Senado aprovou ontem por 61 votos a favor – dois contrários e uma abstenção – a indicação de Carlos Alberto Menezes Direito para o Supremo Tribunal Federal (STF). O nome de Direito foi aprovado em tempo recorde: um dia apenas depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter enviado sua indicação para o Senado. Católico praticante, é conselheiro da União dos Juristas Católicos do Rio de Janeiro. O ministro procurou afastar as resistências a seu nome ao afirmar aos senadores, em sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que "um juiz não discute sua fé no cumprimento da lei".

Conversador – Parte do governo não gostou da indicação de Direito por considerá-lo extremamente conservador em questões como o aborto e o uso de células-tronco. Nas quase quatro horas em que ficou na CCJ, o novo ministro do Supremo se emocionou e chegou a chorar, por três vezes, ao falar do imbróglio envolvendo seu filho Carlos Gustavo Direito, hoje juiz, mas que há 11 anos atuou como estagiário em uma causa analisada por Direito no Superior Tribunal de Justiça (CCJ). "Foi apenas um incidente processual. Foi feita a anulação do processo. Isso ocorreu quando era estagiário. Hoje ele é juiz, com muita honra e dignidade", disse. (Reuters)

Dida Sampaio/AE

Mas, Renan nega qualquer iniciativa para deixar a presidência da Casa. Ele confia no voto secreto. Segundo cálculos de senadores, o senador teria assegurado o mínimo de 44 dos 81 votos. Se a conta bater, o presidente do Senado salva o mandato e o cargo.

APOIO Renan tinha maioria de votos no Conselho de Ética, mas foi perdendo substância. Dos 15 membros que formam o Conselho, o senador teria conquistado apenas cinco votos. Portanto, teria 10 votos contra. Essa contagem contra o senador só é possível porque o voto é aberto, diz a oposição.

INTERESSE A permanência de Renan Calheiros na Casa, sobretudo na presidência, interessa ao Governo. O senador foi eleito presidente do Senado em um esquema sustentado pelo governo Lula. Embora tenha se escondido nesta fase do processo, Lula continua apoiando Renan.

CONTRÁRIO A crise provocada pela denúncia envolvendo Renan vem prejudicando a votação de projetos de interesse do governo. A oposição (DEM e PSDB) tem feito obstrução no plenário para forçar Renan a deixar o cargo. Uma das emendas que serão prejudicadas é a que prorroga até 2011 a polêmica CPMF.

COMO ESTÁ Por enquanto, é duvidosa a aprovação da emenda da CPMF no Senado, mas na Câmara dos Deputados a matéria deve ser sacramentada. O que pode ajudar o Governo no Senado é a posição dos senadores do PSDB, que não desejam acabar com a CPMF porque o partido tem perspectiva de poder.

PELOURINHO

Considerado conservador, Direito se emocionou ao falar do filho

MÁCULA O PT e o Governo vão esperar pelas próximas pesquisas para apurar se a condenação de antigos colaboradores no Planalto atingiu Lula. A condenação que mais foi sentida pelo presidente e que o preocupa mais foi a de José Dirceu, seu braço direito.

A campanha pela anistia do ex-deputado José Dirceu fez água, porque o ex-chefe da Casa Civil do governo Lula virou réu da pesada no julgamento dos mensaleiros no Supremo Tribunal. O ex-braço direito presidencial sonhava com a absolvição para tocar em frente a campanha. Dirceu queria reaver o mandato cassado pela maioria dos deputados.

IMAGEM As pesquisas que aterrisaram no Planalto ultimamente animaram o presidente, mas elas foram feitas antes do julgamento no STF. Lula confia na sua popularidade, que está acima da do partido. A condenação de petistas, contudo, será explorada pela oposição nas eleições de 2008 e 2010.

UNIÃO A ministra Marta Suplicy (PT) decidiu oficializar a política da boa vizinhança com o governador José Serra (PSDB) e prefeito Gilberto Kassab (DEM). Marta anuncia que vai investir pesado na área do turismo no Estado, especialmente na Capital, apesar de Kassab ser candidato à reeleição.

FORÇA Marta é considerada a melhor opção do PT para concorrer à Prefeitura de São Paulo no ano que vem. Embora negue que queira ser candidata, o nome de Marta vem sendo trabalhado nos bairros da periferia pelos petistas que não querem abrir mão de sua candidatura.

CONTRAPONTO Os dirigentes petistas acham que só a ministra teria condições de enfrentar o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) e também o prefeito Gilberto Kassab. Detalhe: o exgovernador tem sido flagrado nas suas andanças pelos bairros da Capital. Sobretudo por sua freqüência às missas aos domingos.


quinta-feira, 30 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Congresso Planalto Corr upção CPI

5

100

OPERAÇÃO ZEBRA FAZ APREENSÃO MILIONÁRIA

milhões era o valor movimentado pela quadrilha, mas só 6% eram declarados.

PF APREENDE MILHÕES EM OPERAÇÃO Além de prender 13 pessoas, agentes confiscaram um jatinho, um helicóptero, duas lanchas e muito dinheiro durante a Operação Zebra, em PE, RJ e SP

T

reze pessoas foram presas e um jatinho, um helicóptero, duas lanchas, e uma soma milionária foram apreendidos ontem pela Polícia Federal durante a chamada Operação Zebra, montada para desbaratar uma quadrilha que usaria loterias eletrônicas como fachada para lavagem de dinheiro e sonegação de impostos. Com centro em Pernambuco, a quadrilha movimentaria cerca de R$ 100 milhões por ano, mas só declarava 6% deste total ao Imposto de Renda, de acordo com a PF. Acompanhada pelo Ministério Público Federal e em cooperação com a Receita Federal, a operação foi realizada em Pernambuco, Rio e São Paulo, com a participação de 200 ho-

mens. Foram cumpridos 11 mandados de prisão – somente um fora de Pernambuco, no Rio – e outras duas pessoas foram presas em flagrante por porte ilegal de arma. Dono da rede de loterias Monte Carlo e apontado pela PF como o chefe do esquema, Carlos Alberto Ferreira da Silva, de 48 anos, foi preso na sua residência no bairro recifense de Boa Viagem. A ele pertence a maioria dos bens apreendidos e seqüestrados – que incluiu ainda 20 veículos e 10 imóveis. Os outros presos foram sócios, advogados, um gerente e a tesoureira da rede, além de parentes que funcionariam como laranjas. Os presos em flagrante foram um policial e um vigilante. As investigações tiveram

início há quatro meses quando foram apreendidos com Carlos Alberto Ferreira da Silva um notebook e R$ 753,2 mil em espécie, quando ele desembarcou no Aeroporto dos Guararapes, vindo de São Paulo. O grupo também tinha duas fábricas de caça-níqueis, uma em Pernambuco – voltada para o mercado do Nordeste – e uma em São Paulo – para atender o Sudeste Na operação também foram realizadas buscas em 35 residências e endereços comerciais. O dinheiro recolhido em vários pontos seria depositado em uma conta judicial na Caixa Econômica. Somente em uma das fábricas de caça-níqueis foram apreendidos R$ 800 mil, de acordo com a assessoria de comunicação da PF. (AE)

Marcia Mendes/AE

Voando baixo: jatinho confiscado pela PF, no Recife. Aeronave pertencia ao dono de lotérica de fachada

Lacerda sai da PF e assume a Abin

O

diretor-geral da Polícia Federal (PF), Paulo Lacerda, assumirá a direção-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Para o lugar de Lacerda, na PF, irá o secretário nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Luiz Fernando Corrêa. O diretor-geral da Abin, Márcio Buzzanelli, foi comunicado de que está fora pelo chefe do Gabinete da Segurança Institucional (GSI), general Jorge Armando Félix. As mudanças nas cúpulas da PF e da Abin foram decididas ontem à noite pelo presidente Luiz Inácio Lula da Sil-

va, em reunião com o ministro da Justiça, Tarso Genro. O ministro defendia a nomeação de Corrêa para a PF. Corrêa é ligado ao PT, foi indicado para a Secretaria Nacional de Segurança Pública pelo ex-deputado José Dirceu (PT-SP) e tem apoio das bases corporativas da PF. Mas não conta com o apoio da maioria dos delegados. Para o lugar de Corrêa, é cotado o nome do secretário nacional de Justiça, Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ); e, para esta secretaria, o nome mais forte é o do ex-deputado Sigmaringa Seixas (PT-DF). Lacerda, que havia manifes-

tado o desejo de sair da PF, aceitou o cargo que, por toda a vida, sempre disse querer distância. Em várias confidências feitas ao longo da carreira, ele sempre dizia que tudo estava errado na Abin. Diante disso, é bem provável que a Abin seja inteiramente reformulada. A saída de Lacerda desencadeará também uma reformulação na PF. Ao conversar com Lacerda, Lula agradeceu a atuação da PF nos últimos anos. Ele lembrou-se de que uma recente pesquisa apontou a PF como o órgão em que a sociedade mais acredita que combate a corrupção. (AE)

Ano II - Nº 112

Alan Marques/Folha Imagem

AULA DE CIDADANIA – Inconformados com os seus salários, professores e funcionários da área de educação dão 'aula de cidadania' para bonecos de deputados e senadores diante do Congresso.

30 de agosto de 2007

ESPAÇO SESCON-SP Empresas de contabilidade e de assessoramento: parceiras do seu negócio

máxima inspirou o SESCON-SP e as entidades do Fórum Permanente em Defesa do Empreendedor a criar o Placar da CPMF, onde já é possível pesquisar quais parlamentares são contra ou a favor da prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira.

ASSOCIAÇÃO DAS EMPRESAS DE SERVIÇOS CONTÁBEIS DO ESTADO DE SÃO PAULO Presidente: José Maria Chapina Alcazar - Gestão: 2007/2009 INICIATIVAS

www.sescon.org.br sesconsp@sescon.org.br

Ampliando os horizontes da juventude

CPMF: intenções de voto ganham placar na Internet A sociedade tem o direito de saber. Essa

SINDICATO DAS EMPRESAS DE SERVIÇOS CONTÁBEIS E DAS EMPRESAS DE ASSESSORAMENTO, PERÍCIAS, INFORMAÇÕES E PESQUISAS NO ESTADO DE SÃO PAULO

O

chamado “imposto do cheque”,

O

e nos meios de comunicação dos órgãos

que deveria ser extinto em 31 de

oficiais. “Criamos esse mecanismo para que

dezembro próximo, mas teve a

a população cobre de seus representantes a

sua prorrogação aprovada pela Comissão de

defesa de seus interesses, e não apenas os

Constituição e Justiça e Cidadania (CCJC),

do governo, que insiste em mais uma pror-

da Câmara dos Deputados, consome, em

rogação do imposto”, esclarece o presidente

média, sete dias de trabalho de cada brasi-

do SESCON-SP, José Maria Chapina Alcazar,

leiro que, juntos, já pagaram cerca de R$ 22

ao frisar a importância de que todos prestem

bilhões com a contribuição somente este ano.

muita atenção na forma como os deputados

O Placar, que está sendo abrigado no ende-

e senadores vão se comportar.

reço (www.forumdoempreendedor.com.br)

Prova do descontentamento dos cidadãos

e será atualizado diariamente, mostrará a

é o abaixo-assinado do movimento “Sou

opinião dos congressistas que, nas próximas

Contra a CPMF”, (www.contraacpmf.com.br)

semanas, darão continuidade à votação sobre

que já conta com mais de um milhão de

o tema. As intenções de voto serão colhidas

assinaturas e ganha novos adeptos a

diretamente junto aos próprios parlamentares

cada dia. Na tarde de ontem já registrava

e em notícias veiculadas na grande imprensa

1.023.200 adesões.

SESCON-SP e o Centro de Integração Empresa-Escola reforçaram ainda mais a parceria de sucesso entre ambas ao firmar protocolo de intenções, na semana passada, visando contribuir com a formação profissional e cidadã de jovens e sua inserção no mercado de trabalho. “Confiamos nas novas gerações e, com essa soma de forças, teremos mais condições de dar a nossa colaboração na construção de um País melhor e na formação de jovens que possam vir a ser líderes em seus segmentos, com reflexos diretos no desenvolvimento da nação”, afirma o presidente do SESCON-SP, José Maria Chapina Alcazar. A amplitude do intercâmbio entre os novos

parceiros também foi lembrada pelo presidente do CIEE, Paulo Nathanael Pereira de Souza. “Ao juntar nossas eficiências e expertises podemos obter muitos e melhores resultados em prol da sociedade”, destacou. Além de atuar no aprimoramento da formação dos jovens que estão na faixa etária que concentra o maior número de desempregados do País, as entidades ampliarão o foco de atuação unindo as experiências dos programas de capacitação de deficientes e alfabetização de adultos, desenvolvidos pelo CIEE, às do Sescon Solidário, que por meio da ação “Desenhando o Futuro” qualifica adolescentes e faz a intermediação entre eles e o seu primeiro emprego.

SESCON-SP já pode emitir e-CPFs e e-CNPJs

O

Sindicato conquistou, na semana passada, o selo de Autoridade de Registro (AR) de Certificados Digitais, que possibilitará à entidade ampliar os serviços prestados a seus associados. Com o novo status e a parceria com a Certisign, que é uma Autoridade Certificadora, o SESCON-SP poderá conceder novos benefícios à sua base, aprimorando o atendimento e garantindo a máxima segurança

nos certificados, além de oferecer preços ainda mais competitivos. “Essa nova conquista vem ao encontro de uma de nossas grandes missões, que é conscientizar os empresários contábeis de que a certificação digital é uma ferramenta fundamental para o seu exercício profissional”, afirma o presidente do SESCON-SP, José Maria Chapina Alcazar.

CIRCULAREMOS DIA 06, QUINTA-FEIRA

CURSOS - PQEC • Retenção na Fonte 3 de setembro, das 9h às 18h • Procedimentos para Abertura e Encerramento de Empresas – Informatizada 3 e 4 de setembro, das 9h às 18h • Contabilidade para Auxiliares 4 de setembro, das 9h às 18h

• A Arte de Aprender a Dar e Receber “Feedback Efetivo” 5 de setembro, das 9h às 18h • Relacionando-se com Qualidade no Ambiente de Trabalho 5 de setembro, das 9h às 18h

Educação Continuada Para crescer profissionalmente e estar em dia com os processos de modernização e mudanças do mercado é preciso se aperfeiçoar continuamente. Os cursos de Pós-Graduação Lato Sensu (MBA e Especialização) da Universidade Corporativa SESCON-SP foram construídos para oferecer os instrumentos necessários para a qualificação especializada dos profissionais de Ciências Contábeis, Administração de Empresas, Economia e áreas afins. Av. Tiradentes, 960 - Luz São Paulo - SP (a 50 m da estação Armênia do metrô) Tels.: (11) 3328-4911 / 3328-4950 universidade@sescon.org www.sescon.org.br


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Congresso Planalto Eleição CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

LIDERANÇAS SE MOBILIZAM POR VOTO DISTRITAL

Ou a sociedade se mobiliza (em torno da ação do voto distrital), ou nada se faz. Carlos Velloso

CRUZADA NACIONAL PELO VOTO DISTRITAL Articulação iniciada em São Paulo pela CACB arregimenta políticos e dirigentes de todo o País em torno de uma aproximação maior entre o eleitor e o eleito Fotos: Paulo Pampolin/Hype

Sergio Kapustan

A

adoção do voto distrital no Brasil – que divide estados e municípios em distritos eleitorais e aproxima o deputado ou vereador do eleitor – exigirá uma "cruzada nacional de conscientização e mobilização da população" para o Congresso Nacional fazer a alteração da Constituição. Sem pressão externa, nada mudará em Brasília. Esta foi a conclusão do seminário "Meu Voto é Distrital – A Reforma Política que Interessa", promovido ontem em São Paulo pela Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB). O evento reuniu o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Velloso, além de deputados federais.

A entidade distribuiu uma cartilha aos convidados que explica o funcionamento do sistema proporcional (as cadeiras são distribuídas entre os partidos na proporção dos votos recebidos por cada candidato) e distrital (confira a tabela abaixo). "Até hoje, nossa ação estava voltada para São Paulo. Ao reunir dirigentes de estados hoje (ontem), nossa cruzada se estende pelo País. Ela terá um programa e planejamento estratégico que vamos divulgar em breve", disse o presidente da CACB, Alencar Burti, ao anunciar a mobilização. O secretário do Emprego e Relações do Trabalho e presidente emérito da entidade, Guilherme Afif Domingos, acrescentou que para enfrentar os lobbies em favor da manutenção do atual sistema, só com pressão política. "A mobilização da Confederação devese ao fato de que o deputado está cada dia mais distante do

Ex-presidente FHC: "O Brasil já cansou de tanta transgressão"

eleitor. Ele recebe o voto difuso e não sabe quem ele vai representar na Câmara", declarou. Revisão – Em sua palestra, FHC foi direto: o atual sistema eleitoral perdeu a credibilidade e pode levar uma situação de crise e colapso político. Ele deu exemplos. A crise do mensalão mostrou que o sistema brasileiro precisa ser revisto. "O Brasil cansou de tanta transgressão", criticou o expresidente. Segundo ele, na Venezuela, o presidente Hugo Chávez surgiu com força porque as lideranças do País não conseguiram organizar as forças políticas. "É preciso agir no sentido de instituir o voto distrital. Ele deve ser o ponto de partida. Se é puro ou distrital misto, discute-se depois", afirmou. "Agora, nós temos que ganhar a batalha da opinião pública", completou. Na avaliação de FHC, o voto proporcional cria distorções graves. Regiões de grande concentração de eleitores ficam sem representantes porque os candidatos de fora não têm barreiras. "Aqui em São Paulo, há um universo de 28 milhões de eleitores. Com isso, ele muda de base a cada eleição". O ex-presidente lembrou que lobbies de corporações afastam o Congresso da população. Isso se inicia quando os candidatos percorrem regiões e municípios em busca de votos, sem criar nem estreitar vínculos com os eleitores. "Os interesses organizados vão pescar no Congresso qual é o deputado mais afinado".

Fernando Henrique Cardoso, Carlos Velloso e Alencar Burti: unidos em campanha nacional de cidadania

Defensor do voto distrital misto – em que o eleitor elegeria um deputado pelo sistema proporcional e outro em lista fechada partidária –, o ex-ministro Carlos Velloso justificou que é preciso "acabar com a indecência do troca-troca partidário". "A lista fechada fortalece os partidos e acaba com os candidatos que se colocam acima das siglas e do Congresso", declarou Velloso. E finalizou: "Ou a sociedade se mobiliza, ou nada se faz". O ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), que também vai se engajar na campanha nacional da CACB, lembrou que o sistema proporcional dificulta a renovação de quadros nos partidos. Ele citou a legislação eleitoral que impõe aos partidos um porcentual de 30% de candidaturas a serem destinadas às mulheres, mas sobram vagas. "Hoje, o que é mais difícil é achar candidatos nos partidos para disputar uma eleição", comentou o ex-governador. Corporativismo – Na linha de frente da Câmara, os deputados federais Arnaldo Madeira (PSDB-SP), Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), Virgílio Guimarães (PT-MG), José Carlos Aleluia (DEM-BA) e Fernando Coruja (PPS-SC) foram unânimes: sem uma opinião pública forte, o Congresso não anda. Aleluia citou como exemplo as resistências à reforma política discutida no primeiro semestre na Câmara – que se limitou a anistiar os parlamentares que trocaram de partido antes de ser aprovada a questão da fidelidade partidária. A proposta foi para o Senado, mas o democrata não es-

Alckmin: "Difícil é achar candidatos nos partidos para uma disputa"

Afif: "O eleito recebe um voto difuso e não sabe quem vai representar"

condeu o desânimo. "Só com mobilização de rua é que vamos avançar na reforma política, declarou Aleluia. Ex-presidente da Câmara, Ibsen Pinheiro, afirmou que o sistema proporcional criou um sistema no Legislativo em que "nem situação, nem a oposição, conseguem trabalhar com excelência". As minorias se unem de acordo com os interesses. "Há uma pulverização de partidos que dá condições a qualquer coisa, desde que não tenha importância. Se o projeto é impor-

tante para o País, não passa, ironizou Ibsen. O peemedebista lembrou que, além da reforma política, outra reforma, que interessa aos empresários, corre o risco de se esvaziar: a tributária, cujo projeto o Governo deve enviar ao Congresso nos próximos dias, por questões de corporativismo. Arnaldo Madeira explicou sua proposta de emenda à Constituição, que institui o voto distrital puro. Nela, é eleito o vereador ou deputado que tiver mais votos no distrito.


quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO

CIRCUITO

1 Juntas, as ruas de comércio recebem 650 mil pessoas por dia e geram R$ 50 bilhões por ano em negócios

Newton Santos/Hype - 28/7/2006

DE COMPRAS Brás, Bom Retiro e 25 de Março unidos para ganhar o consumidor Até março de 2008, uma rede de serviços facilitará o dia-a-dia dos clientes locais Vanessa Rosal

F

azer compras com segurança e conforto deixará de ser exclusividade de quem freqüenta shopping center. A partir de março de 2008, os visitantes das principais ruas comerciais de São Paulo poderão usufruir uma infra-estrutura formada por amplos estacionamentos e novos terminais de microônibus com trajetos específicos para o consumo. A proposta também apresenta um pacote especial de turismo. O projeto faz parte de uma parceria firmada entre as entidades oficiais das regiões do Brás, Bom Retiro e 25 de Março, que criaram na última sexta-feira a "União Brás, Bom Retiro, 25 de Março e Adjacências" (UBVV). Aproximadamente 650 mil pessoas circulam diariamente nos três pólos comerciais, que geram 160 mil empregos diretos e movimentam R$ 50 bilhões ao ano. De acordo com o presidente da Univinco, que representa a 25 de Março, Miguel Giorgi Júnior, algumas medidas iniciais já foram aprovadas. O primeiro passo foi dado ontem, após reunião com as subprefeituras do Centro e da Mooca . "De imediato, teremos ônibus circulares com novos trajetos para conduzir os consumidores de um pólo ao outro, além do início da construção de terminais para ônibus de outras cidades", disse. Uma das principais reclamações de quem freqüenta as ruas de comércio é sobre a falta

de lugar seguro para estacionar. Conforme o diretor de Relações Públicas da Associação dos Lojistas do Brás (Alobrás), Jean Makdissi Júnior, o atual estacionamento, com capacidade para 400 ônibus, será ampliado para receber até 1,2 mil veículos. "Tanto o município quanto o estado possuem terrenos interessantes para essa finalidade. Atualmente, precisamos pedir liberação especial da prefeitura para que os ônibus estacionem nas ruas. Isso vai mudar", disse. Além de proporcionar o bem-estar do público, a UBVV espera ter o apoio das três esferas governamentais na realização de projetos, como ações promocionais conjuntas em datas festivas e a criação de produtos turísticos no circuito das compras. A idéia é criar um pacote que inclua translado, almoço em restaurante tradicional do centro e um ingresso de teatro ou cinema. O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas do Bom Retiro (CDL), Ary Martorelli, acredita que as mudanças aumentarão o fluxo de turistas nos três locais. "O projeto visa,

principalmente, as pessoas que vêm de fora. Elas terão mais conforto e praticidade na hora de comprar." O cliente que ficar mais de um dia na cidade poderá se hospedar nos hotéis da região e usufruir as atrações culturais, por meio de um pacote turístico de compras e negócios. Os lojistas também serão beneficiados. Segundo o gerente da Map Calçados, no Brás, o projeto veio em boa hora. "Para nós, significa a conquista de novos clientes. Muita gente entra aqui reclamando da falta de segurança e de estacionamento. Com o projeto, espero que isso acabe." Os comerciantes da Rua 25 de Março, que recebe 400 mil pessoas por dia, também estão otimistas com as mudanças. O gerente geral da Armarinhos Fernando, Márcio Gavranic, disse que seus clientes possuem três prioridades na hora de comprar: preço baixo, qualidade e conforto. "Apoiamos todos os projetos voltados para a melhoria do bem-estar dos consumidores. A união desses pólos de consumo vai elevar as vendas de todos os lojistas", finalizou.

Comerciantes do Bom Retiro esperam ampliar número de clientes oferecendo novas facilidades Alex Ribeiro/DC - 23/3/2007

Maior rua brasileira de comércio popular, a 25 de Março recebe mais de 400 mil pessoas por dia Leonardo Rodrigues/Hype - 1/3/2007

Leonardo Rodrigues/Hype - 1/3/2007

Brás: mais espaço para os ônibus estacionarem.

Proposta inclui roteiros de lazer para os visitantes


Ambiente Educação Urbanismo Saúde

INDENIZAÇÕES TAM adianta R$ 3,4 milhões em indenizações para familiares de vítimas do Airbus.

DIÁRIO DO COMÉRCIO

LIVRARIAS AJUDAM A REVITALIZAÇÃO

Thiago Bernardes/Luz

Ó RBITA

U

ma grande estrutura de madeira, ferro e aço (foto) chama a atenção dos paulistanos que passam pela avenida Pedro Álvares Cabral, nas proximidades do Monumento às Bandeiras e do parque do Ibirapuera, na zona sul da cidade. Trata-se de uma passarela montada exclusivamente para a realização da 15ª Maratona Pão de Açúcar

de Revezamento, que acontecerá no dia 23 de setembro, a partir das 7h. Logo após o término do evento esportivo, toda a estrutura metálica será retirada da avenida. De acordo com informações fornecidas ontem pela subprefeitura da Vila Mariana, não existem projetos para a construção de uma passarela em caráter permanente naquele local.

PAIS DE ALUNO PEDEM INDENIZAÇÃO

A

família de um menino de 10 anos, de Jaú (SP), entrou na Justiça com pedido de indenização por danos morais contra a professora da criança, que estuda na 4ª série da Escola Municipal Professora Maria de Lourdes Camargo Mello, no Jardim Jorge Atalla. Ela teria castigado o garoto por mau comportamento, obrigando-o a chupar chupeta, tomar mamadeira e vestir trajes femininos. A identidade da professora é mantida em sigilo. Na ação,

a família pede R$ 100 mil a título de reparação. Assim que o castigo foi denunciado, em abril, a professora foi afastada. Segundo o secretário dos Negócios Jurídicos da Prefeitura, Adilson Roberto Batocchio, uma sindicância administrativa concluiu que não houve constrangimento do aluno, que é hiperativo. Sem a constatação de irregularidade, a professora voltou ao trabalho e a sindicância foi arquivada. (AE)

JAMELÃO

AMAZÔNIA

O

sambista José Bispo, o Jamelão, de 94 anos, deve enfrentar hoje uma cirurgia no quadril, depois de ter levado um tombo em casa e fraturou o fêmur direito. De acordo com os médicos que o atendem, Jamelão passa por "ajustes clínicos" para que possa ser operado, devido à idade avançada. O presidente da Mangueira, Percival Pires, disse que tem acompanhado seu tratamento e que o sambista está lúcido, mas que seu estado inspira cuidados. (AE)

O

coordenador de Pesquisas em Ecologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Philip Martin Fearnside, disse ontem, em evento no Congresso Nacional, que a floresta amazônica desaparecerá até 2080 se forem mantidos os atuais níveis de queimadas e desflorestamento. Ele citou estudos que apontam que a temperatura na Amazônia poderá aumentar 14°C caso a emissão de gases do efeito estufa na atmosfera seja duplicada. (AE)

Livraria da Editora Unesp trocou loja nos Jardins pela praça da Sé.

Novo capítulo na vida do Centro: as livrarias

CONGONHAS Fiscal da Infraero diz que não há treinamento para medição de chuva na pista.

PASSARELA TEMPORÁRIA

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Newton Santos/Hype

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Região atrai novas livrarias, principalmente as especializadas. Unesp inaugura loja hoje, na praça da Sé. Newton Santos/Hype

Rejane Tamoto

A

degradação do Centro de São Paulo é página virada. Pelo menos para os editores de livrarias que se instalaram na região no último ano. Hoje, a Fundação Editora da Universidade Estadual Paulista (Unesp) reforça essa virada com a inauguração da Livraria Unesp, no número 108 da praça da Sé, para convidados. Amanhã, a livraria abre ao público, das 9h às 19h (segunda a sexta-feira), e, aos sábados, das 9h às 13h, e quer se diferenciar das demais ao dar ênfase na oferta de livros de editoras universitárias brasileiras, dificilmente encontrados em megastores. Além disso, a loja da Unesp será sala de aula para cursos de formação voltados para quem quer abrir uma livraria ou ampliar uma que já existe. "O projeto de livraria-escola é pioneiro no Brasil e só existe em Tóquio e Frankfurt", disse o editor-executivo da Fundação Editora da Unesp, Jézio Hernani Gutierre. A Livraria Unesp se junta a outras livrarias abertas recentemente no Centro, como a Martins Livraria Editora, do grupo Martins Fontes, inaugurada há cinco meses na praça do Patriarca e especializada em livros de arte importados, dentre os 50 mil títulos do seu catálogo. A IO Livraria, reinaugurada há um ano na rua 15 de Novembro, tem como foco três mil títulos publicados pela Imprensa Oficial nas áreas universitária, social e sobre a história e formação de São Paulo. "O Centro tem de ter muitas livrarias, para que o paulistano possa redescobrilo", aposta o publisher da Martins Livraria Editora, Evandro Martins Fontes. As livrarias são um importante fator de revitalização do Centro, na opinião de Gutierre. Ao inaugurar a livraria na praça da Sé, a Unesp atrai o público que freqüentava a unidade anterior, que ficava na alameda Santos, nos Jardins. "A praça da Sé é um local vivo e o objetivo é quebrar o estigma de que o Centro é perigoso e marginal", disse Gutierre. Expansão - Segundo o edit o r- e x e c u t i v o , a L i v r a r i a Unesp, da praça da Sé, tem 25% mais títulos do que a unidade fechada nos Jardins. Ao todo, são 25 mil títulos, sendo

Ana Beatriz, da Imprensa Oficial: público inclui advogados, investidores da Bolsa e funcionários públicos Newton Santos/Hype

Jézio Gutierre, da Editora Unesp: nova loja na Sé terá livraria-escola

que três mil são exclusivamen- vraria Unesp ocupa 140 m² do te de editoras universitárias. andar térreo do edifício Pala"Há um público específico for- cete São Paulo, erguido em mado por estudantes e acadê- 1924 pelo engenheiro Nestor micos que procuram esse tipo Cauby, e que no ano seguinte de livro, que não chega às gran- foi endereço de uma editora do des livrarias, por problemas de escritor Monteiro Lobato. O investimento para distribuição. A a reforma do esidéia é que, aqui, paço, com a inesse público clusão de um possa encontrámezanino, foi de los", disse. Um O Centro tem de ter R$ 180 mil, que exemplo de obra muitas livrarias, para abriga um totem dificilmente enonde é possível c o n t r a d a e m que o paulistano encomendar limegastores, se- possa redescobri-lo gundo Gutierre, Evandro Martins vros esgotados. Há motivos é um livro sobre Fontes, publisher da para tudo dar uso racional de Martins Livraria e certo, se a expeenergia, da EdiEditora riência da Unesp tora Unesp. seguir os númeA expectativa ros de seus vizide Gutierre é que o movimento seja de 10 mil nhos. A Martins Editora Livrapessoas/mês na livraria, cinco ria, que funciona desde janeiro vezes o alcançado na ponta de no Edifício Lutétia, da FAAP, coestoque de livros da Editora memora o faturamento de R$ Unesp, que funciona no mes- 100 mil/mês. "A experiência mo prédio, com entrada na rua tem sido tão positiva que estuBenjamin Constant. "A ponta damos abrir um café Lutétia pade estoque foi um piloto que ra oferecer mais conforto aos deu certo", disse o editor. A Li- clientes", disse o publisher

Evandro Martins Fontes. O plano de abrir um café é compartilhado pela livraria da Imprensa Oficial, cujo movimento também é satisfatório. "Recebemos 60 pessoas/dia, um público cativo formado por advogados, universitários, investidores da Bolsa de Valores e funcionários públicos", disse a vendedora da IO Livraria, Ana Beatriz Souza, para quem as parcerias com descontos a entidades, como a Associação Comercial de São Paulo, visam aumentar ainda mais o movimento. Escola - A estratégia das livrarias do Centro de se especializarem em segmentos de livros, para atender nichos de mercado, é a recomendada pela superintendente de Formação e Cursos da Fundação Editora da Unesp, Miriam Goldfeder, que coordena os cursos de formação oferecidos na Universidade do Livro e os que serão criados na livraria-escola. "Vamos lançar o curso no final deste ano, com a proposta de ensinar, a partir de aulas teóricas e práticas, todas as fases de funcionamento de uma livraria", disse Miriam. O curso abordará desde a montagem de vitrines, iluminação e distribuição de estantes, até o atendimento ao cliente, marketing, administração e compra de livros. As aulas práticas ocorrerão na própria livraria, fora do horário de expediente. "Houve um crescimento do mercado editorial brasileiro no último ano e há uma procura grande de qualificação profissional por parte das livrarias", disse Miriam.


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OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

LENTE DE

AUMENTO A DESAGRADÁVEL SURPRESA DO IPCA-15

G Os preços de

serviços ligados ao transportes subiram 0,51%. A demanda beira a inflação?

nético de importações, traz à tona dois novos elementos. O primeiro tem a ver com o fato de que, pelo segundo mês consecutivo, o resultado da balança comercial, em valor, ficou abaixo do esperado. Em julho já houve certa frustração com o saldo comercial e os números de agosto exibem valores abaixo do previsto para as exportações, . Assim, o ingresso de divisas será menor. Combinado com o aumento da aversão a risco proporcionado pela crise financeira internacional, isto significa que ficará mais difícil equilibrar o descompasso entre o crescimento da oferta e da demanda domésticas via crescimento ad aeternum das importações. O segundo elemento relaciona-se com a desagradável surpresa proporcionada pela divulgação do IPCA-15 de agosto que, registrando va-

riação mensal de 0,42%, extrapolou as expectativas mais pessimistas. Vale ressaltar que os preços dos serviços, impulsionados pelas altas observadas em cursos superiores, serviços associados a transporte e veículos, subiram 0,51% e as medidas de núcleo por médias aparadas, com e sem suavização, atingiram desconfortáveis 0,34% e 0,36%, respectivamente. É claro que, considerados isoladamente, estes números não ensejariam tanta preocupação, dado que se referem a apenas uma apuração do índice. Contudo, num contexto de aquecimento do consumo doméstico, impulsionado por incremento da massa real de rendimentos e pelas facilidades do crédito, os novos números podem significar que a demanda já esteja batendo na inflação, a despeito da oferta de importados. O que a crise significa em termos dos rumos da política monetária no Brasil? Os seus efeitos (digamos, “isolados”) são única e exclusivamente na direção da interrupção da trajetória de queda dos juros. Se, de um lado, havia toda a questão do pa ss- th rou gh da pressão cambial sobre a inflação, de outro o encarecimento e encurtamento dos prazos das operações de crédito não podem ser desconsiderados. Diante, porém, de mercados externos mais calmos, o elemento crise perde importância, em termos de seu possível impacto sobre a condução da política monetária. E ganha proeminência o problema do ritmo de expansão da demanda e seus efeitos diretos sobre a trajetória de crescimento dos preços. Certa deterioração do panorama prospectivo da inflação já tinha sido motivo para alterarmos nosso cenário, de três para duas quedas consecutivas de 25 pontos da taxa básica de juro. Agora, diante dos novos dados, talvez não venhamos a ter a segunda queda de 25 pontos.

JOÃO DE SCANTIMBURGO

OS 40 EM Céllus

E

stamos quase de volta ao regime de volatilidade moderada em que nos achávamos antes desta crise financeira. A poeira está baixando e, ao menos no debate econômico doméstico, as atenções sobre os balanços dos riscos inflacionários, que nortearão as decisões do Copom no próximo dia 5, ganham relevância. E, neste sentido, certos elementos fundamentais merecem ser considerados. Um deles diz respeito ao aquecimento da demanda doméstica. Já mostramos que, por quaisquer medidas de hiato de produto, estamos, há algum tempo, operando com a demanda agregada acima da oferta potencial, em nível. Até aí nenhuma novidade. Tal situação, insustentável a longo prazo e temporariamente contornada mediante recurso a ingresso fre-

U

STF batalha em campo aberto BENEDICTO FERRI DE BARROS

Q

uando à ignorância se junta a presunção, à presunção se soma a megalomania, a esta se acresce o niilismo, e tudo se mescla e funde em caldo de fanatismo, tem-se um tipo de indivíduo para o qual Dostoiévski não encontrou designação apropriada nas variedades do gênero humano, denominando-os por isso de Os Demônios em uma de suas obras magnas. Quando indivíduos dessa espécie se articulam, formando uma quadrilha política que se apodera do Estado, tem-se algo mais perigoso e temível para qualquer povo do que as quadrilhas de ladrões, bandidos e criminosos comuns. Porque a grandeza dos fins a que se propõem os torna internamente invulneráveis e os blinda externamente como idealistas e benfeitores. Um mecanismo psicanalítico pelo qual humilhados e ofendidos desenvolvem um fraudulento complexo de superioridade, que compensa seus traumatismos e camufla seu sentimento de insignificância e o ódio pelo gênero humano. Há várias passagens históricas em que minúsculas mas decididas e patrióticas minorias salvaram seus povos de graves desastres. Passagens não apenas militares, mas de todas as espécies. Desde os 300 espartanos defensores do desfiladeiro das Termópilas ao legendário caso do menino que com seu dedinho tapou durante toda uma noite um buraco na muralha que, se alargando, poderia submergir a Holanda. Estamos sendo hiperbólicos? Alguém de cultura e experiência suficiente tem dúvidas de que, a prosseguir no caminho criminoso em que despencamos, o País entrará num despenhadeiro de imprevisíveis conseqüências? Os primeiros sinais dados pela turma do STF garantem que, felizmente, ainda temos reservas morais e patrióticas dispostas e capazes de evitar que o pior aconteça. O fato de que todos 40 indiciados do mensalão hajam sido "promovidos" a réus, significa que ninguém escapará ao julgamento de seus delitos e crimes. E tudo por unanimidade. Quando a isto se acrescentam os incisivos pronunciamentos já feitos pela maioria dos mi-

nistros do Supremo, temos uma clara demonstração de que, como qualquer brasileiro consciente, eles avaliam e julgarão com o maior rigor a gravidade dos delitos praticados com a maior desfaçatez. Obviamente, terão de fazê-lo dentro das formalidades legais, ou estariam abjurando do que mais prezam e os dignifica, que é o respeito à Lei e à Ética. E nisso, como já foi visto, antecipado e publicado pela imprensa, reside o risco do fracasso de sua missão. Pois essa não será apenas uma batalha em campo aberto contra o exército de caríssimos advogados pagos pelos réus (a propósito, de onde vem esse dinheiro se não dos crimes praticados?), mas, também, de uma luta corpo a corpo contra toda a chicana que a legislação brasileira confere à advocacia nacional. Se, com isso, os advogados conseguirem ultrapassar o período de três anos, mesmo que derrotados do ponto de vista da verdade e da justiça, serão vencedores - digamos, em linguagem leiga - por "decurso de prazo", apesar de a criminalidade dos réus ter se tornado mais clara e chocante. Se isto acontecer, salvo a ocorrência de fatos imprevisíveis, estaremos diante do pior. Teremos praticado um haraquiri legal. E daí?

O

mais provável é que, com isso, também essa quadrilha, seus membros, seu partido, seu chefe e o resto da bandidagem afundarão juntos. Ou não, pelas próprias razões que explicitamos no início deste artigo? Mas sua sobrevivência no território nacional se converterá num inferno de intermináveis ações, em virtude dos novos crimes e delitos que virão a furo no decorrer do processo atual. Se é que isso é processualmente possível. Paramos por aqui. Não dá para enxergar mais longe nem navegar avante no turbilhão de falcatruas em que estamos envolvidos. O melhor dos fins será que o processo siga seu curso sem que novas e imprevisíveis ocorrências de ordem política, econômica e social latentes interfiram em seu curso e possamos, saneados politica e eticamente, continuar a construir nosso país.

O s primeiros sinais do STF garantem que ainda temos reservas morais

TRECHOS DO COMENTÁRIO ECONÔMICO DA

MCM CONSULTORES WWW.MCMCONSULTORES.COM.BR

O Copom pode reduzir os juros só mais uma vez

Pedágio para o trecho sul do Rodoanel? MARCOS MARTINS

Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)

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A

construção do trecho sul do Rodoanel Mário Covas custará R$ 3,5 bilhões, dos quais mais de um terço (R$ 1,2 bilhão) virá do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O governo Lula só aportará o recurso sob a condição de tal trecho não ser concedido à iniciativa privada. Mas o governo estadual quer privatizar o Rodoanel, sob a justificativa de arrecadar parte do restante dos recursos para a construção do trecho sul. Ocorre que, além do dinheiro do PAC, o trecho sul terá R$ 1,084 bilhão do dinheiro sacado da Nossa Caixa em troca da folha de pagamento dos servidores públicos, conforme contrato de 27/03/07. Além disso, no Orçamento de 2007 constam R$ 279,8 milhões de recursos para a obra do trecho sul. Portanto, já existem R$ 2.563.800.000 reservados para a construção. Vale lembrar que: a) o custo de construção do trecho oeste, divulgado na época, foi de R$ 1,3 bilhão; b) o Tribunal de Contas constatou vários problemas na construção, entre eles superfaturamento da obra; c) foi o governo do estado, por meio dos tributos arrecadados dos cidadãos paulistas, que bancou quase integralmente o investimento. O Rodoanel no trecho oeste será pedagiado em 15 praças, em todos seus acessos vindos das

JULGAMENTO

rodovias e dos trechos locais. Um motorista que use diariamente o Rodoanel, no seu percurso inteiro, ida e volta, vai gastar no mês, no mínimo, R$ 200. No ano, pelo menos R$ 2.400 transferidos para concessionárias.

R

egistro, ainda, que na Assembléia Legislativa encontrei a Lei nº 2.481, de 1953, a qual reza que “não serão instalados postos de cobrança da taxa de pedágio dentro de um raio de 35 quilômetros, contados do Marco Zero, da Capital”. Já o Prefeito de Osasco, Emídio de Souza, em 2003, como Deputado Estadual, apresentou o projeto de lei nº 18, que “proíbe a instalação de praças de pedágio no Rodoanel Mário Covas”. Este projeto encontra-se pronto para ser votado na Assembléia. Para finalizar, lembro-me perfeitamente de que o ex-governador Mário Covas sempre afirmou que o Rodoanel não seria pedagiado, certamente porque o usuário já paga para transitar nas rodovias de acesso às cidades. Agora, triste ironia, pretende-se pedagiar o Rodoanel Mário Covas! MARCOS MARTINS É DEPUTADO ESTADUAL (PT)

O motorista que ande o Rodoanel inteiro vai gastar R$ 2.400 por ano

m dos grandes órgãos da imprensa paulista deu a seguinte manchete: STF vai julgar quadrilha que operou no 1º mandato de Lula". E acrescenta em corpo menor: "Supremo aceita denúncia sobre organização criminosa" É doloroso para todos os brasileiros - que não pertençam a política ou que na política não deixaram se contaminar pela miséria moral dos partidos políticos - tomarem conhecimento da ação que o Su premo Tribunal Federal vai julgar a quadrilha que operou no primeiro mandato do presidente da República reeleito para um segundo exercício. É uma pena que uma nação com tantos dados positivos em sua geografia, em sua geologia, sociologia ou antropologia, em todos os aspectos da sua civilização e cultura, se encontre nessa situação. O Supremo Tribunal Federal assume uma enorme responsabilidade histórica ao superar a situação pessoal de cada membro de seu colégio jurídico para julgar mandantes que atuaram no primeiro governo de Lula, em sua maioria afirmando que não são culpados "de tudo o que ocorreu", registrado e divulgado pelos meios de comunicação.

É

sabido que na penitenciária nenhum criminoso se confessa autor de crime, mas se entrega a derivativos que possam libertá-lo, pois o que todos querem é a liberdade. O problema do Brasil está circunscrito, neste momento, à limpeza ética dos costumes políticos, a fim de que as novas gerações creiam no país que lhes foi dado nascer e nele viver. O problema gira em torno da ética política. Essa é uma velha questão da filosofia, desde os pré-socráticos até os nossos dias, mas duvidamos que vá se desligar no futuro - a não ser com instituições rigorosamente policiadas pela opinião pública e pelos meios de comunicação, como tem ocorrido, em parte, nestes últimos tempos no País. Ficamos por aqui, desejando que o Brasil encontre o caminho da ética e com ele bafeje sempre as ações dos homens públicos escolhidos para governar a Nação. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR

G O problema

do Brasil está circunscrito, nesse momento, à limpeza ética dos costumes políticos.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - ECONOMIA/LEGAIS

quinta-feira, 30 de agosto de 2007 A ORTOPEDIA NUNEZONTA COM. DE AP. ORTOPÉDICOS LTDA-ME CNPJ nº 66.712.696/0001-97, comunica o extravio de NF Mod. 1 numeradas de 251 a 500, NF Venda ao Consumidor numeradas de 501 a 1000 e AIDF nºs 127 e 3056. Quiksilver Ind. e Com. de Art. Esp. Ltda., Rua Solon, 945/969 CEP.: 01127-010 Bom Retiro São Paulo/SP, CNPJ.: 07. 230.513/0001-38, comunica extravio das 2ª vias da NFF 0073225 e 0074764 e todas as vias, sendo 1ª à 5ª via da NFF 0073068.

DECLARAÇÃO À PRAÇA SIEMENS LTDA, estabelecida à Av. Eng. João Fernandes Gimenes Molina, 1745 - Engordadouro - Jundiaí - SP, portadora do CNPJ/MF nº 44.013.159/0031-31 e I.E. nº 407.057.544.110, DECLARA à praça em geral, o extravio da Nota Fiscal nº 002587, valor total: R$ 6.080.975,27, emitida em 20/08/2007, contra Siemens AG - Duisburg Wolfgang - Reuter - Platz - 47053 - Duisburg. (28, 29 e 30/08/2007)

FRATELLI VITA BEBIDAS S.A. CNPJ/MF nº 73.626.293/0001-90 - NIRE 35.300.328.213 CONVOCAÇÃO - ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA Ficam convocados os acionistas da Fratelli Vita Bebidas S.A. (“Companhia”) para se reunirem no dia 10 de setembro de 2007, às 16 horas, na sede da Companhia, localizada na Av. Antarctica, nº 1891 (parte), Fazenda Santa Úrsula, na Cidade de Jaguariúna, Estado de São Paulo, em Assembléia Geral Extraordinária, para deliberarem sobre a seguinte ORDEM DO DIA: (i) Mudança da sede da Companhia; (ii) Alteração do Foro de Eleição; e (iii) consolidação do estatuto social Jaguariúna, 28 de agosto de 2007. Luiz Fernando (30,31,01) Ziegler de Saint Edmond - Diretor Geral.

SEGURADORA DE CRÉDITO DO BRASIL S.A. - SECREB

CNPJ Nº 05.930.422/0001-80 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Em cumprimento às disposições legais e societárias, submetemos à apreciação de V.Sas. as demonstrações financeiras relativas ao semestre findo em 30 de junho de 2007 acompanhado do respectivo parecer dos auditores independentes. Em conformidade com o planejamento estratégico apresentado e aprovado em Reunião do Conselho de Administração e da Diretoria, em março de 2007, a Seguradora de Crédito do Brasil S.A. – SECREB alcançou ativos no total de R$ 17,7 milhões, com prêmios emitidos de R$ 4,1 milhões e encerramos o semestre com um prejuízo no montante de R$ 104 mil. Os principais fatos realizados no semestre foram a finalização dos produtos atrelados a financiamentos à exportação (ACE e EXIM pós embarque) junto ao Banco do Brasil e BNDES, participação em eventos com entidade de classe, divulgação da marca e intercâmbio com nossos acionistas para a transferência de tecnologia do negócio para o Brasil e finalização da negociação para a abertura da filial em Ribeirão Preto/SP. Para a SECREB, o 1º. Semestre de 2007 foi marcado pela alta competitividade entre as seguradoras do ramo, mas trabalhamos para o aperfeiçoamento de nossa subscrição, regulação e cobrança que resultou na redução em nosso índice de sinistralidade e em um alto índice de recupeação e negociação. A SECREB teve uma grande expansão na sua base de segurados, onde ampliamos a nossa atuação junto às médias e

pequenas empresas, principalmente, oferecendo a nossa apólice como cobertura para financiamentos à exportação. A ampliação de nossa base faz parte de nossa estratégia de diversificação dos nossos riscos, e a médio e longo prazo nos trará uma consolidação ainda maior na atividade e no ramo. A forma franca e transparente que transmitimos aos interessados sobre o funcionamento do produto seguro de crédito à exportação, suporte técnico sobre o funcionamento do sistema de comércio exterior brasileiro conjugado com um eficiente sistema de subscrição, cobrança e recuperação serão sempre os pontos de destaques na atuação da SECREB. Os projetos na área de informática com o nosso acionista, Compañia Española de Seguros de Crédito a La Exportación – CESCE continuam em andamento e com previsão de finalização para o final do exercício de 2007. Com a implantação desses sistemas, traremos uma das melhores ferramentas para o atendimento de nossos segurados (certificada com o ISSO 9001). Estamos avançando na melhoria da nossa estrutura de controles internos e procedimentos de compliance, de forma que mantenhamos a nossa gestão de controle dos riscos cada vez mais eficiente. Por fim, nossos agradecimentos às autoridades do mercado segurador e aos clientes, funcionários e colaboradores. São Paulo, 30 de julho de 2007. A Administração.

Balanços Patrimoniais levantados em 30 de junho de 2007 e de 2006 - (Valores Expressos em milhares de reais) Ativo 2007 2006 Passivo Circulante 14.398 13.185 Circulante Disponível 198 420 Contas a Pagar Caixa e Bancos 198 420 Obrigações a Pagar Aplicações 6.312 6.978 Impostos e Encargos Sociais a Recolher Títulos de Renda Fixa 4.807 5.324 Encargos Trabalhistas Cotas de Fundos de Investimentos 350 572 Impostos e Contribuições Outras Aplicações 1.155 1.082 Outras Contas a Pagar Créditos das Operações com Seguros e Resseguros 7.051 5.390 Débitos de Operações com Seguros e Resseguros Prêmios a Receber 6.620 5.117 Operações com Resseguradoras Operações com Resseguradoras 283 258 Provisões Técnicas - Seguros e Resseguros Outros Créditos Operacionais 154 15 Provisão de Prêmios Não Ganhos (-) Provisão para Riscos de Créditos (6) Sinistros a Liquidar Títulos e Créditos a Receber 634 347 Provisão de Sinistros Ocorridos mas não Avisados Títulos e Créditos a Receber 267 118 Créditos Tributários e Previdenciários 279 154 Outros Créditos 88 75 Patrimônio Líquido Despesas Antecipadas 4 Capital Social Administrativas 4 Aumento de Capital (Em Aprovação) Despesas de Comercialização Diferidas 203 46 Reservas de Lucros Seguros 203 46 Lucros Acumulados Ativo não Circulante 3.334 2.487 Permanente 3.334 2.487 Investimentos 594 77 Participações Societárias 594 77 Imobilizado 1.263 1.292 Bens Móveis 1.613 1.423 (-) Depreciação (350) (131) Diferido 1.477 1.118 Despesas de Organização, Implantação e Instalação 1.642 1.197 (-) Amortizações (165) (79) Total do Passivo Total do Ativo 17.732 15.672 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

2007 6.578 843 39 72 306 7 419 4.787 4.787 948 775 39 134

2006 5.160 592 10 68 256 41 217 3.687 3.687 881 813 68

11.154 10.268 50 836

10.512 9.011 1.257 7 237

17.732

15.672

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido para os semestres findos em 30 de junho de 2007 e de 2006 (Valores expressos em milhares de reais)

Saldos em 31 de dezembro de 2005 Lucro Líquido do Semestre Saldos em 30 de junho de 2006 Saldos em 31 de dezembro de 2006 Homologação de Aumento de Capital Portaria SUSEP/DECON Nº 650 de 19 de março de 2007 Prejuízo do Semestre Saldos em 30 de junho de 2007

Capital Social

Aumento de Capital

Reserva de lucros - legal

Lucros acumulados

Total

9.011 9.011 9.011

1.257 1.257 1.257

7 7 50

130 107 237 940

10.405 107 10.512 11.258

50

(104) 836

(104) 11.154

1.257 (1.257) 10.268 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras para os semestres findos em 30 de junho de 2007 e de 2006 - (Valores expressos em milhares de reais, exceto o valor patrimonial por ação) 1 Contexto Operacional - A Seguradora de Crédito do Brasil S.A., constituída em 8 de maio de 2003, foi autorizada a operar pela Portaria do Ministério da Fazenda nº 248, de 18 de setembro de 2003, e tem por objetivo social a exploração do seguro de crédito à exportação, tal como definido na legislação em vigor, atuando nos principais centros econômicos do País. Por força da Lei nº 6.704, Capítulo III, artigo 11, de 26 de outubro de 1979, regulamentada pelo Decreto nº 3.937, de 25 de setembro de 2001, a Sociedade operará somente no seguro de crédito à exportação, sendo-lhe expressamente vedada a comercialização de qualquer outro ramo de seguro. 2 Apresentação das Demonstrações Financeiras - As demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, com observância às normas expedidas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP e pela Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, e estão sendo apresentadas segundo critérios estabelecidos pela Circular SUSEP nº 334 de 1º de janeiro de 2007. 3 Principais Práticas Contábeis - A Sociedade adota as seguintes principais práticas contábeis na elaboração de suas demonstrações financeiras: a) Apuração do resultado - As receitas de prêmios de seguros são contabilizadas por ocasião da aceitação do risco de apólices emitidas, ou a serem emitidas, e diferidas pelo prazo de vigência dessas apólices por meio da constituição das provisões de prêmios não ganhos. As despesas de comercialização são diferidas e apropriadas aos resultados mensalmente, em bases lineares, no decorrer do prazo de vigência das apólices, nas contas de resultado. b) Aplicações - Os títulos da carteira de investimentos estão classificados na categoria de títulos para negociação e estão registrados ao custo de aquisição, acrescido dos rendimentos financeiros auferidos até a data dos balanços, e ajustados ao valor de mercado em contrapartida ao resultado do período. c) Créditos das operações de seguros e resseguros - Os saldos operacionais lastreados em moeda estrangeira, inclusive as operações de resseguro com o IRB-Brasil Resseguros S.A., foram convertidos para reais com base na taxa de câmbio vigente nas datas de encerramento dos balanços. d) Demais ativos circulante e realizável a longo prazo - Os demais itens do ativo circulante são demonstrados pelos valores de realização, incluindo os rendimentos e as variações monetárias auferidas e, quando aplicável, ajustados ao valor de mercado ou de realização. e) Investimentos - Os investimentos em participações societárias são avaliados pelo método de equivalência patrimonial. f) Imobilizado - É demonstrado ao custo de aquisição, deduzido da respectiva depreciação acumulada, calculada pelo método linear, aplicando-se as seguintes taxas anuais que levam em consideração a vida útil-econômica dos bens: 10% para móveis e utensílios e 20% para equipamentos, sistemas aplicativos e veículos. g) Diferido - É demonstrado ao custo de aquisição, deduzido da respectiva amortização acumulada, calculada à taxa anual de 20%. h) Provisão de prêmios não ganhos - A provisão de prêmios não ganhos é calculada com base nos prêmios retidos, de acordo com a Resolução CNSP nº 162, de 26 de dezembro de 2006, pelo regime de competência diária, e representa a parcela do prêmio correspondente ao período do risco ainda não decorrido. A provisão de prêmios não ganhos - riscos vigentes mas não emitidos é constituída com base em nota técnica atuarial e tem como objetivo estimar a parcela e prêmios não ganhos referentes aos riscos assumidos pela Sociedade e que estão em processo de emissão. i) Sinistros a liquidar - A provisão de sinistros a liquidar é constituída com base na estimativa dos valores a indenizar, efetuada por ocasião do recebimento dos avisos de sinistros até as datas dos balanços. j) Provisão de sinistros ocorridos mas não avisados - A provisão de sinistros ocorridos mas não avisados (“IBNR”), determinada pela Resolução CNSP nº 162/06, é constituída com base na Circular SUSEP nº 283, de 24 de janeiro de 2005. k) Provisão para insuficiência de prêmios - A provisão de insuficiência de prêmios é constituída de acordo com as normas e especificações estabelecidas em Nota Técnica Atuarial encaminhada à SUSEP. A aplicação dos critérios estabelecidos nessa Nota não resultou em provisão a constituir. l) Demais passivos circulante e exigível a longo prazo - São demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridos. m) Imposto de renda e contribuição social - A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10% sobre a parcela do lucro tributável anual que exceder R$240, e a provisão para contribuição social à alíquota de 9%. São constituídos créditos tributários sobre prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social considerando-se as alíquotas vigentes. 4 Aplicações: a) Composição da carteira de aplicações financeiras classificadas na categoria de títulos para negociação: Descrição 2007 2006 Letras do Tesouro Nacional - LTN 4.807 5.324 Cotas de fundos de investimento - DI 350 572 Aplicações em moeda estrangeira 1.155 1.082 Total 6.312 6.978

b) Composição das aplicações por prazo de vencimento e valor de mercado: Descrição

Valor de mercado 2007 2006 A vencer em até 3 meses 1.155 1.981 A vencer de 3 a 12 meses 4.807 4.425 Sem vencimento 350 572 Total 6.312 6.978 Em 30 de junho de 2007 e de 2006, os valores de custo atualizado das aplicações não apresentavam diferenças relevantes em relação ao valor de mercado e os títulos públicos integrantes da carteira encontravam-se custodiados no SELIC - Sistema Especial de Liquidação e de Custódia. Os valores dos ativos custodiados para a cobertura das provisões técnicas, montam a R$1.032 (R$901 em 2006) e estavam compostos por aplicações em títulos públicos de renda fixa. 5 Créditos das Operações com seguros e resseguros - prêmios a receber - Representam basicamente os valores contratados de risco comercial e risco político, que se encontram pendentes de recebimento em razão de parcelamento do prêmio. A provisão para riscos de créditos é calculada pela Administração para cobrir as perdas esperadas na realização desses créditos. Em 30 de junho de 2007, a Seguradora possuía prêmios vencidos a receber que, líquidos da parcela ressegurada, montavam em R$ 422 mil, e cujo pagamento, embora reconhecido pelo segurado, está sendo retido pelo mesmo no contexto de uma ação judicial promovida pelo segurado. A administração da Seguradora e seus assessores jurídicos, da mesma forma que o próprio segurado, consideram que os prêmios em referência são devidos e incontroversos. 6. Créditos Tributários e Previdenciais - A Sociedade registra, amparada nas projeções de geração de resultados tributáveis futuros preparados pela Administração, crédito fiscal diferido decorrente de prejuízo fiscal, no montante de R$248 (R$138 em 2006). Nessa rubrica também estão registrados Imposto de Renda Retido na Fonte IRRF sobre aplicações financeiras, contribuição social recolhida a maior e antecipação de impostos e contribuições, no montante de R$31 (R$16 em 2006), os quais serão compensados com impostos a pagar originados da tributação sobre lucros em períodos futuros. 7 Investimentos - Referem-se à participação societária na controlada SECREB - Serviços Técnicos de Análise de Crédito Ltda., conforme dados abaixo: Informações da controlada 2007 2006 Informações sobre o investimento 2007 2006 Capital social 5 5 Quantidade de cotas 4.999 4.999 Patrimônio Líquido 594 77 Participação 99,98% 99,98% Resultado 116 72 Valor do Investimento 594 77 Equivalência Patrimonial 116 72 8 Débitos das Operações com seguros e resseguros - Refere-se basicamente a valores de prêmios a serem repassados ao IRB - Brasil Resseguros S.A., líquidos das comissões retidas pela SECREB. Esses débitos são reconhecidos quando do registro da receita de prêmio. 9. Patrimônio Líquido: a) Capital Social - O capital social, totalmente subscrito e integralizado, está composto por 10.268.606 ações ordinárias e nominativas, no valor nominal de R$ 1,00 cada uma. As Assembléias Gerais Extraordinárias - AGEs realizadas em 31 de outubro e 16 de dezembro de 2005, deliberaram o aumento de capital da Sociedade, que passou de R$ 9.011 para R$ 10.268, com emissão de 1.257.070 ações ordinárias, no valor nominal de R$ 1,00 cada uma. Os atos societários foram homologados pela SUSEP, através da Portaria SUSEP/DECON nº 650, datada de 19 de março de 2007. b) Dividendos - De acordo com as disposições estatutárias, é assegurado aos acionistas um dividendo mínimo de 10% do lucro líquido de cada exercício, ajustado nos termos da legislação societária. Em virtude de a Sociedade estar em fase de expansão de seus negócios, não será feita a proposição de distribuição de dividendos. 10. Detalhamento de Contas da Demonstração do Resultado: a) Despesas administrativas Descrição 2007 2006 Despesas com pessoal próprio 1.369 805 Localização e funcionamento 586 425 Honorários com serviços de terceiros 126 73 Outras despesas administrativas 128 107 Total 2.209 1.410 b)Receitas e despesas financeiras Descrição 2007 2006 Receitas financeiras: Receitas com títulos de renda fixa 285 518 Receitas com operações de seguros - variação cambial 336 925 Outras receitas 26 5 Total 647 1.448

DIRETORIA Werner August Sönksen Diretor Presidente

CONTADOR Valmir F. Forni Diretor - Atuário - MIBA 1379

Paulo Eduardo da Silva Mello Contador - CRC nº 1SP213695/O-3

Demonstração do Resultado dos semestres findos em 30 de junho de 2007 e de 2006 (Valores Expressos em milhares de reais, exceto o Lucro (Prejuízo) por Ação) 2007 2006 Prêmios Retidos 374 1.241 Prêmios de Seguros 4.061 4.762 Prêmios Diretos 4.061 4.762 Prêmios Cedidos em Resseguros (3.687) (3.521) Variação das Provisões Técnicas (73) (523) Prêmios Ganhos 301 718 Sinistros Retidos 1 (60) Sinistros Diretos (529) (281) Recuperação de Sinistros 476 256 Variação da Provisão de Sinistros Ocorridos mas não Avisados 54 (35) Despesas de Comercialização 1.265 1.218 Comissões (18) (4) Recuperação de Comissões 1.283 1.222 Outras Receitas e Despesas Operacionais 272 (203) Despesas Administrativas (2.209) (1.410) Despesas com Tributos (72) (126) Resultado Financeiro 33 212 Receitas Financeiras 647 1.448 Despesas Financeiras (614) (1.236) Resultado Patrimonial 116 72 Ajustes de Investimentos em Controladas 116 72 Resultado Operacional (293) 421 Resultado não Operacional (3) Resultado antes dos Impostos e Participações (296) 421 Impostos e Contribuições 194 (104) Imposto de Renda 143 (67) Contribuição Social 51 (37) Participações sobre o Resultado (2) (210) Lucro Líquido (Prejuízo) do Semestre (104) 107 Quantidade de Ações 10.268.606 10.268.606 Lucro Líquido (Prejuízo) por mil ações - R$ (0,01) 0,01 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos para os semestres findos em 30 de junho de 2007 e de 2006 (Valores expressos em milhares de reais) 2007 Lucro Líquido (Prejuízo) do Semestre (104) Mais: Depreciações e amortizações 198 Prejuízo na venda de Imobilizado 3 Menos: Resultado positivo de equivalência patrimonial (116) Lucro líquido (prejuízo) ajustado do semestre (19) Atividades Operacionais Variação das aplicações (499) Variação dos créditos das operações 310 Variação de títulos e créditos a receber 254 Variação das despesas antecipadas (3) Variação das despesas de comercialização diferidas 96 Variação de contas a pagar 443 Variação de débitos de operações com seguros e resseguros (231) Variação das provisões técnicas - seguros e resseguros (71) Caixa líquido gerado (consumido) nas atividades operacionais (318) Atividades de Investimentos Pagamento pela compra de ativo permanente (138) Caixa líquido consumido nas atividades de investimentos (138) Aumento (Diminuição) nas Disponibilidades (456) Disponibilidades no início do período 654 Disponibilidades no final do período 198 Aumento (Diminuição) nas Disponibilidades (456) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

2006 107 92 (72) 127 (821) 1.608 (213) 4 46 (77) (881) (550) 1.011 (865) (865) 146 274 420 146

Despesas financeiras: 2007 2006 Despesas com operações de seguros - variação cambial 364 1.218 Outras despesas financeiras 250 18 Total 614 1.236 11. Cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social - O imposto de renda e a contribuição social estão conciliados para os valores registrados como despesa do semestre, conforme segue: 2007 2006 Lucro líquido (prejuízo) antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social (296) 421 Alíquota vigente 34% 34% Expectativa de (crédito) despesa de IR e CS, de acordo com a alíquota vigente 101 (131) Efeito do IRPJ e da CSLL sobre as diferenças permanentes: Equivalência patrimonial 39 24 Outros 54 3 Crédito (despesa) contabilizado 194 (104) 12. Partes Relacionadas Passivo 2007 2006 Outras contas a pagar - SECREB - Serviços Técnicos de Análise de Crédito Ltda. (*) 205 79 (*) O saldo a pagar refere-se a repasses a serem efetuados à SECREB - Serviços Técnicos de Análise de Crédito Ltda. por conta de recebimento de faturas de prestação de serviços emitidas pela Companhia a seus segurados. 13. Patrimônio Líquido Ajustado e Margem de Solvência - Conforme previsto na Resolução CNSP nº 55, de 3 de setembro de 2001, que dispõe sobre os critérios para o cálculo da margem de solvência, e Resolução CNSP nº 85, de 19 de agosto de 2002, os valores apurados são os seguintes: Descrição 2007 2006 Patrimônio líquido 11.154 10.512 Participação em controlada (50%) (297) (39) Despesas antecipadas (4) Créditos tributários (248) (138) Ativo diferido (1.477) (1.118) Patrimônio líquido ajustado 9.132 9.213 Margem de solvência 337 335 Suficiência 8.795 8.878 Margem de solvência 2007 2006 a) 20% do prêmio retido anual dos últimos 12 meses 337 335 b) 33% do sinistro retido anual médio dos últimos 36 meses 38 11 c) Margem de solvência - maior valor entre a) e b) 337 335 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO José Américo Peón de Sá - Presidente Maria Carmem Vara Mártin - Conselheira Victor-Manuel Cabezas López - Conselheiro Henar Pinilla Nieto - Conselheira Kurt Ernst Muller - Conselheiro

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Acionistas e Administradores da Seguradora de Crédito do Brasil S.A. - São Paulo - SP. 1. Examinamos os balanços patrimoniais da Seguradoção patrimonial e financeira da Seguradora de Crédito do Brasil S.A. em 30 de junho de 2007 e de 2006, o resultado de suas operações, as mutara de Crédito do Brasil S.A., levantados em 30 de junho de 2007 e de 2006, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do ções do seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos correspondentes aos semestres findos naquelas datas, de acordo com patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos semestres findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidaas práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 30 de julho de 2007 de de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nossos exames foram Deloitte Douche Tohmatsu - Auditores Independentes conduzidos de acordo com as normas brasileiras de auditoria e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos CRC nº 2SP 011609/O-8 saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Sociedade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais Osmar Aurélio Lujan representativas adotadas pela Administração da Sociedade, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. Contador Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posiCRC nº 1SP 160203/O-1


quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Ambiente Urbanismo Polícia Saúde

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3 Ex-estagiária de uma empresa em Cubatão (SP), Carolina Santos é acusada de ordenar três mortes.

PROMOTOR CONSEGUE MANTER CARGO

Fotos de Robson Fernandjes/AE

Ó RBITA

PROMOTOR

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órgão especial do Colégio de Procuradores do Ministério Público de São Paulo decidiu ontem que o promotor Thales Ferri Schoedl, acusado de homicídio, permanecerá no cargo. A manutenção do cargo foi definida pela diferença de um voto. O promotor é acusado de ter matado Diego Mendes Modanez, de 20 anos, e atirado em Felipe Siqueira Cunha de Souza, de 21 anos, na Riviera de São Lourenço, no Litoral Norte, no dia 30 de dezembro de 2004. O motivo do crime é que os rapazes teriam mexido com sua namorada. O acusado alega legítima defesa, mas testemunhas teriam visto ele começar a discussão com os rapazes. Schoedl está afastado das funções desde o crime, mas mantém o cargo e, por isso, recebe mensalmente R$ 10.500 de salário. O processo corre sob sigilo. Em agosto de 2005, Schoedl chegou a ser exonerado. Em janeiro de 2006, porém, uma liminar concedida pelo desembargador Canguçu de Almeida, vice-presidente do Tribunal de Justiça, reconduziu o promotor ao cargo. (Agências)

ESTAGIÁRIA É CONDENADA A 30 ANOS

O

Tribunal do Júri de Santos (SP) condenou a ex-estagiária Carolina de Paula Farias dos Santos, de 24 anos, a 30 anos e quatro meses de prisão por ter tramado a morte de três pessoas: duas colegas da empresa onde trabalhava e a ex-mulher de um colega com quem tinha um caso. Uma das mulheres foi executada e as outras duas sobreviveram. O julgamento terminou na madrugada de ontem.

Segundo a denúncia, a exestagiária encomendou, em 2005, o assassinato de Monica Tamer de Almeida, morta a tiros, e de R.B., que sobreviveu a um ataque em São Bernardo do Campo (SP). Nos dois crimes, o objetivo de Carolina seria ficar com a vaga das colegas na empresa. Ela também foi condenada por ter tentado seqüestrar e matar a mulher de outro colega, com quem tinha um caso. (Agências)

BAHAMAS: MARONI QUER ASILO POLÍTICO

O

empresário Oscar Maroni Filho, dono do Oscar’s Hotel e da boate Bahamas, pediu asilo político a oito países. Segundo o advogado de Maroni, Daniel Majzoub, os pedidos foram encaminhados para a Noruega, Dinamarca, Suécia, Holanda, Alemanha, Canadá, Estados Unidos e Uruguai. O advogado afirmou que Maroni se considera um preso político. “Desde que ele foi preso ainda não foi

interrogado. A prisão preventiva é descabida. Ele não representa risco”, justificou Majzoub. Ele afirmou, porém, que o objetivo de Maroni não é sair do País, mas ser candidato a prefeito de São Paulo e enfrentar o prefeito Gilberto Kassab em um debate. Oscar Maroni está preso desde o dia 14 de agosto, acusado de exploração da prostituição, formação de quadrilha e tráfico de pessoas. (Agências)


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

ECONOMIA - 3


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Ricardo Santellan/AFP

Internacional

URUGUAI X ARGENTINA

Manifestantes exigiram ontem a paralisação da construção da fábrica de celulose Botnia, que será inaugurada na segunda quinzena de setembro

PROTESTOS ACIRRAM "GUERRA DA CELULOSE" Manifestantes argentinos pedem fechamento da papeleira no Uruguai, que teme terrorismo e fala em intervenção do Exército

U

ma "frota" composta por 25 lanchas e pequenos barcos carregados de ambientalistas e moradores argentinos da área da fronteira invadiram ontem as águas territoriais do Uruguai com o objetivo de tumultuar e impedir a inauguração do terminal portuário Ontur, que escoará a produção da fábrica de celulose da empresa finlandesa Botnia. O incidente foi mais um capítulo da polêmica que se transformou a inauguração da papeleira, localizada 80 quilômetros ao norte pelo rio Uruguai, que divide a Argentina do Uruguai e pertence aos dois países. Maior investimento privado da história do Uruguai, avaliado em US$ 1,2 bilhão, o projeto é uma grande aposta do presidente uruguaio Tabaré Vasquez, mas não conta com o aval do colega argentino Néstor Kirchner, o que já provocou diversas acusações mútuas e uma grande polêmica bilateral que já dura dois anos. A chamada "Guerra da Celulose". Os manifestantes exigiram a paralisação da construção da fábrica da Botnia, que será inaugurada na segunda quinzena de setembro. Eles alegam que a fábrica provocará um "apocalipse ambiental" que levará ao colapso econômico na

região da fronteira. Vázquez rejeita as acusações e defende que a fábrica foi construída de acordo com rigorosas especificações ambientalistas européias. Os líderes dos manifestantes afirmam que continuarão com as manifestações "até as últimas conseqüências". Do lado uruguaio da fronteira existe o temor de que os manifestantes argentinos realizem alguma espécie de "ataque terrorista" ou "sabotagem" contra o porto e as instalações da fábrica. Tanto que o vice-presidente uruguaio, Rodolfo Nin Novoa, anunciou que seu governo não hesitará em utilizar tropas do Exército para garantir a segurança da fábrica. "Nosso governo é partidário de solucionar o conflito pela via pacífica, mas nas atuais circunstâncias, temos necessidade de tomar algumas precauções", afirmou. Ontem, horas antes da inauguração do terminal, o governo do presidente Néstor Kirchner elevou a tensão entre os dois países ao voltar a pressionar o governo Vázquez. Segundo um comunicado emitido pela chancelaria argentina, o governo Kirchner observa com "grande preocupação e desconsolo" a inauguração do porto com a presença de Vázquez dentro do

próprio território uruguaio. Segundo o governo argentino, o Uruguai é culpado do "agravamento" da controvérsia bilateral. Kirchner, em sintonia com os manifestantes, também exige a paralisação da construção da Botnia. No discurso que realizou na inauguração do porto, Vázquez enviou um recado aos argentinos: "não deixaremos que nos intimidem!". Os manifestantes, que ontem também bloquearam algumas estradas, integram a Assembléia Popular de Gualeguaychú, poderosa ONG que organizou piquetes nas três pontes que ligam os dois países. Em março do ano passado, a Assembléia reuniu 100 mil pessoas para protestar na cabeceira da ponte de Gualeguaychú, cidade que possui 90 mil habitantes. O bloqueio às pontes — com a conseqüente redução do fluxo de mercadorias e turistas — causou, em 2006, um prejuízo estimado em US$ 400 milhões ao Uruguai. Um dos líderes da Assembléia Popular, Alfredo de Angelis, criticou a inauguração do porto de Nueva Palmira, definindo-o como "clandestino", já que não conta com o aval do governo da Argentina. "É uma nova violação ao Tratado do rio Uruguai. O governo uruguaio continua provocando a Argentina." (AE)

Qassem Zein/AFP

Iraque: vítimas anônimas Cresce o número de pessoas enterradas sem serem identificadas entenas de iraquianos mortos desde 2003 foram enterrados sem serem identificados por suas famílias, apontou um relatório da Comitê Internacional da Cruz Vermelha divulgado ontem. Citando fontes iraquianas públicas, a organização humanitária sediada em Genebra estima que de 375 mil a 1 milhão de iraquianos permanecem sem serem contabilizados desde os conflitos que começaram com a guerra Irã-Iraque de 1980-1988. "Pessoas desaparecidas podem ter sido capturadas, seqüestradas, talvez mortas e en-

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Enterros "formais" são raridade no Iraque: 4 mil vítimas foram enterradas sem identificação desde 2003

terradas em sepulturas sem identificação, ou podem estar em hospitais em condições críticas ou definhando em um local de detenção escondido", mostra o relatório divulgado um dia antes do Dia Internacional dos Desaparecidos. O diretor de operações do Comitê, Pierre Kraehenbuehl, disse que não há cifras sobre desaparecidos desde a invasão liderada pelos EUA há quatro anos, apesar de pessoas desapareceram diariamente e os necrotérios lutarem para identificar diversos corpos que não são reivindicados. Cerca de 10 mil corpos trazidos para o Ins-

tituto Médico Legal de Bagdá no último ano nunca foram identificados e 4 mil vítimas anônimas foram enterradas em cemitérios especiais em Najaf e Kerbala desde 2003, disse ele em coletiva. Financiamento O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, deverá pedir ao Congresso mais US$ 50 bilhões em fundos adicionais para a guerra do Iraque, informou ontem o jornal Washington Post, citando uma fonte da Casa Branca. Os fundos se somariam aos cerca de US$ 460 bilhões do orçamento da Defesa de 2008. (Reuters) Carlos Vera/Reuters

NOCAUTE

aior força do boxe ama- des cubanas foram claras ao M dor no planeta, Cuba justificar a ausência no Munconfirmou ontem que não en- dial. Em nota divulgada no jor-

viará atletas ao Mundial que acontecerá em outubro, em Chicago, nos EUA, decisão motivada pelo medo de novas deserções de seus famosos pugilistas. O boxe cubano ficou abalado com o sumiço de dois de seus principais atletas durante os Jogos Pan-Americanos do Rio, em julho. Na ocasião, o bicampeão olímpico Guillermo Rigondeaux e o campeão mundial Erislandy Lara abandonaram a delegação no meio da disputa, após sofrerem assédio de empresários alemães, mas foram encontrados dias depois pela polícia brasileira e mandados de volta para Cuba. As autorida-

nal oficial Granma, disseram que não irão expor seus atletas à tentação em território norteamericano. "Não iremos expor uma equipe cubana de boxe às provocações que iriam acontecer em Chicago, território norteamericano, local ideal para que mercadores e traficantes a t u e m l i v re m e n t e com total cumplicidade das autoridades", diz a nota oficial do governo de Cuba. Apesar da desistência do Mundial, que garante vagas na Olimpíada de Pequim, a Federação Cubana de Boxe revelou que a equipe do país irá competir no evento que acontece no próximo ano. (AE)

AFEGANISTÃO A milícia Talebã libertou 12 dos 19 reféns sul-coreanos seqüestrados em meados de julho

NOVA ORLEANS Cerimônias lembraram ontem dois anos da passagem do furacão Katrina

Ó RBITA Aris Messinis/AFP

LUTO estindo preto em sinal de luto, milhares de gregos V protestaram contra a reação

dos políticos aos incêndios florestais que mataram 64 pessoas e destruíram florestas e cidades nos últimos dias. A passeata reuniu 8 mil pessoas em uma praça da capital Atenas. Os incêndios começaram a recuar ontem, mas já deixaram milhares de desabrigados, destruíram aldeias e transformaram enormes trechos de floresta em cinzas. (Reuters)

VIOLÊNCIA rês crianças palestinas T foram mortas após soldados israelenses terem

atirado na direção de lançadores de foguetes, ontem, no norte da Faixa de Gaza, na Palestina. Residentes locais acharam os corpos de dois garotos, com idades de 10 e 12 anos, em uma área perto de onde militantes atiravam os foguetes contra o território israelense. Os moradores disseram que os garotos morreram pelos ferimentos causados por estilhaços. Uma garota de 10 anos encontrada perto das vítimas estava gravemente ferida, também por causa de estilhaços, e morreu no hospital horas depois, segundo médicos. As três vítimas eram da mesma família. (Reuters)

PROTESTO – A polícia usou gás lacrimogêneo, canhões d'água e cassetetes e teve de se defender de bombas vindas de manifestantes que participaram de um protesto nacional convocado pela maior central sindical do Chile contra a falta de políticas sociais abrangentes. Cerca de 350 pessoas foram detidas


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Finanças Tr i b u t o s Nacional Empreendedores

DIÁRIO DO COMÉRCIO

MULHERES GANHAM MENOS QUE HOMENS

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por cento dos gastos com saúde das famílias mais pobres vão para a compra de remédios, mostra IBGE.

SEGUNDO PESQUISA DO IBGE, GASTOS DOS RICOS NO BRASIL EQUIVALEM A DEZ VEZES OS DOS MAIS POBRES

O RETRATO DA DESIGUALDADE NO PAÍS

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s gastos dos ricos no Brasil equivalem a dez vezes os dos mais pobres. A conclusão é da pesquisa Perfil das Despesas no Brasil, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados mostram que os 10% das famílias mais abastadas têm despesas médias mensais de R$ 1,8 mil por pessoa e os 40% mais pobres, de apenas R$ 180. Com base nesses números, um cálculo mostra que os 17,8 milhões de pessoas das famílias mais ricas gastam R$ 388,5 bilhões ao ano, bem acima dos R$ 145,3 bilhões do consumo pelos 67,5 milhões dos mais pobres. A faixa considerada mais rica pelo IBGE é a das famílias que têm renda do conjunto de seus integrantes igual ou superior a R$ 3.875,78, enquanto os 40% mais pobres têm renda média mensal de até R$ 758,25. "Os dados refletem a desigualdade brasileira", diz o anal i s t a d o I B G E J o s é M a u ro de Freitas Junior. O Perfil das Despesas foi feito com base na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2002/2003. Nos últimos anos, entretanto, levantamentos mais recentes já constataram que a desigualdade de renda recuou e isso deverá, também, jogar para baixo a desigualdade de despesas. Embora não A TÉ LOGO

sejam iguais, as diferenças de renda e de gastos andam praticamente juntas. Alagoas — Em algumas regiões do País, a desigualdade nas despesas é ainda maior, conforme a pesquisa. No Nordeste, por exemplo, os mais ricos têm gastos per capita 11,8 vezes maiores do que os mais pobres. Nesse caso, o destaque é Alagoas, onde os gastos são 15,6 vezes maiores. Embora tenha 22% da população total estimada para o País, São Paulo concentra 37% das pessoas que compõem o grupo dos 10% de famílias mais ricas do País. Estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nos últimos dois anos têm mostrado que a concentração da renda diminuiu no País entre 2002 e 2005. "Houve uma queda grande. O desafio é o Brasil manter isso por mais 20 ou 30 anos. Eu diria que a desigualdade nos gastos entre os mais pobres e ricos deve ter evoluído na mesma proporção", afirma o pesquisador do Ipea Serguei Soares, citando o mercado de trabalho e programas do governo. O levantamento do IBGE confirma a divisão dos gastos familiares por grandes grupos, divulgada anteriormente pela POF. Habitação, por exemplo, responde pela maior parte das despesas (29%, em média), independentemente de a família

ser composta por uma ou mais pessoas. Outros gastos importantes são alimentação (16,9%), transporte (15,1%), outras despesas correntes (11,2%), assistência saúde (5,7%), aumento de ativo, como compra de bens imóveis, (4,7%), educação (3,3%) e redução de passivo ou pagamento de dívidas (2%). Os dados do IBGE reforçam alguns fatos já conhecidos. As mulheres ganham e, conseqüentemente, gastam menos que os homens. Os brancos têm renda maior que os pretos e pardos. Os empregadores e funcionários públicos recebem mais que os trabalhadores do setor privado (considerando os formais e informais). Alimentação — Os brasileiros que moram sozinhos compram em um ano 560,68 quilos de comida cada um, mais de 250 quilos acima do que as mulheres sem cônjuge com filhos adquirem por pessoa da família (média de 309,4 quilos). Os solteiros que têm uma residência só para eles compram muito mais alimento também que a média dos casais com filhos, que é de 324,53 quilos. A quantidade adquirida pelos que moram sozinhos fica em mais de 1,5 quilo por dia e é bem superior à quantidade considerada "sempre suficiente" pela avaliação dos entrevistados na pesquisa. (AE)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

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IGP-M surpreende analistas de mercado e sobe para 0,98% em agosto

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Varig antiga pode voltar a voar em novembro, com a marca Flex

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Desemprego em São Paulo quase estável em julho, segundo Seade/Dieese

FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR

PREGÃO Nº 023/2007- FAMESP PROCESSO Nº 728/2007 - FAMESP Acha-se à disposição dos interessados do dia 29 de agosto de 2007 até o dia 11 de setembro de 2007, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli, s/nº, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680 - ramal 111 - FAX (0xx14) 3882-1885 ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/Hospital das Clínicas, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL Nº 23/2007- FAMESP, PROCESSO Nº 728/2007 - FAMESP, que tem como objetivo REGISTRO DE PREÇOS PARA AQUISIÇÃO DE ISOLADOR DE PRESSÃO (ARTERIAL E VENOSA) PARA MÁQUINA DE HEMODIÁLISE, PARA O HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU E HOSPITAL ESTADUAL BAURU, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação será realizada no dia 12 de setembro de 2007, com início às 14:00 horas, na Sala da Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar, no endereço supracitado. Botucatu, 29 de agosto de 2007. Prof. Dr. Shoiti Kobayasi - Diretor Vice Presidente - FAMESP.

Clayton de Souza/AE – 21/7/05

Gastos com alimentação representam 16,9% das despesas das famílias brasileiras, segundo o IBGE.

Pobres compram mais remédios

O

Perfil das Despesas no Brasil feito pelo IBGE mostra que as famílias mais ricas investem mais em planos de saúde e prevenção, enquanto os mais pobres destinam grande parte do que usam em assistência à saúde para a compra de remédios. Medicamentos comprometem 76% dos gastos com saúde das famílias mais pobres (renda até R$ 400), fatia que para as mais

ricas (renda acima de R$ 3 mil) representa 23,7%. O trabalho também informa que as despesas com planos e seguros de saúde entre as famílias com menos poder aquisitivo representam 7% do total destinado à saúde. Nas famílias com renda acima de R$ 6 mil, a fatia usada para pagamento desses planos chega a 37,19%. "Quem se previne e pode gastar com saúde no

País? Só os ricos. Os pobres ficam reféns da disponibilidade financeira, que não têm, e demandam serviço público", disse a técnica do IBGE Lilibeth Cardoso Ferreira. Em linhas gerais, a proporção de gastos com saúde é relativamente baixa no País. As despesas com assistência à saúde, nas diferentes classes de renda no País, se mantêm entre 4% e 6%. (AE)

Em educação, diferença de 1.920%

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s famílias chefiadas por pessoas com curso superior, concluído ou não, gastam com educação 1.920% a mais que as que têm como referência pessoas com apenas um ano de estudo. Enquanto o primeiro grupo gasta R$ 180,04 mensais, o segundo gasta R$ 8,91, de acordo com o estudo do IBGE Perfil das Despesas do Brasil.

Como proporção aos gastos totais da família, a diferença entre os recursos voltados para a educação cai, mas ainda é substancial. A proporção da faixa com mais estudo é de 4,9% das despesas totais do grupo (R$ 3.683,02), o que corresponde a pouco mais do que quatro vezes os 1,2% dos gastos totais das famílias na faixa com pessoas de referência com

menos de um ano de estudo (R$ 769,68). As despesas da primeira faixa são 379% superiores aos gastos do grupo de menor educação. As famílias que têm um integrante com curso superior ganham em média R$ 3.817,96, mais que o triplo das que não têm ninguém com esse nível de estudo — renda média de R$ 1.215,24. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quinta-feira, 30 de agosto de 2007

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Em reais) Senhores Acionistas, Submetemos à apreciação de V.Sas. as Demonstrações Contábeis da Bradesco Capitalização S.A., relativas ao semestre findo em 30 de junho de 2007, elaboradas na forma da legislação societária e das normas expedidas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP e pela Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, acompanhadas das respectivas Notas Explicativas e do Parecer elaborado pelos Auditores Independentes. Desempenho das Operações de Capitalização No semestre, a Bradesco Capitalização S.A. manteve a política de fortalecimento de sua participação no mercado, atingindo receita de R$ 744,764 milhões (R$ 665,554 milhões em 2006). Foram sorteados 1.680 títulos (1.633 títulos em 2006), atingindo o montante de R$ 18,813 milhões (R$ 16,958 milhões em 2006) de prêmios distribuídos aos clientes. Para oferecer o título que melhor se adapta ao perfil e ao orçamento dos clientes, foram desenvolvidos diversos produtos que variam de acordo com a forma de pagamento (único ou mensal), prazo de contribuição, periodicidade de sorteios e valor das premiações. Com isso, pautada por uma política de fidelização dos clientes voltada para a qualidade no atendimento e a oferta de produtos inovadores, a Bradesco Capitalização encerrou o semestre com 2,3 milhões de clientes e uma carteira de 14,4 milhões de títulos ativos. Dando continuidade ao processo de consolidação dos produtos tradicionais, foi lançado em março, o Produto Pé Quente Bradesco Sorte Dia&Noite. O novo produto de pagamento mensal tem como atrativo conjugar mensalidades de valor baixo (R$10,00) e oferecer chance de sorteio com prêmios brutos de R$ 25 mil todos os sábados e 1 prêmio especial de R$ 50 mil nos meses de julho e dezembro. A comercialização é feita exclusivamente pelos canais Bradesco Dia&Noite (Internet, Fone Fácil e Máquinas de Auto-Atendimento). Destaca-se também o desempenho relevante dos produtos socioambientais, entre eles o Pé Quente Bradesco SOS Mata Atlântica que, além de permitir a formação de uma reserva financeira, contribui para projetos de reflorestamento da Fundação SOS Mata Atlântica, o Pé Quente Bradesco GP Ayrton Senna, cujo grande diferencial é a destinação de um percentual do valor arrecadado com os títulos aos projetos sociais do Instituto Ayrton Senna, o Pé Quente Bradesco O Câncer de Mama no Alvo da Moda. Ao adquirir esse último produto, o cliente contribui com o desenvolvimento dos projetos de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento do câncer no Brasil, pois parte do valor arrecadado é revertida ao IBCC - Instituto Brasileiro de Controle do Câncer. Investimentos Os ativos financeiros estão avaliados a valor de mercado, em atendimento à Circular SUSEP nº 334, de 2 de janeiro de 2007. Os efeitos gerados pela avaliação estão detalhados em nota explicativa específica. De acordo com o disposto nessa mesma Circular, a Bradesco Capitalização S.A. declara possuir a capacidade financeira e intenção de manter até o vencimento os títulos classificados na categoria títulos mantidos até o vencimento . Resultado do Semestre A Bradesco Capitalização S.A. apresentou, no semestre, Lucro Líquido de R$ 120,925 milhões (R$ 146,902 milhões em 2006), representando rentabilidade de 19,88% (33,72% em 2006) sobre o Patrimônio Líquido no final do semestre e 43,71% (78,80% em 2006) anualizada.

Premiações A Bradesco Capitalização S.A. conquistou 5 importantes premiações, entre elas o prêmio Segurador Brasil 2007 , Top Social 2007 - ADVB/SP , Mercado de Seguros - Gaivota de Ouro 2007 , Top de Marketing 2007 - ADVB/SP e Top of Quality 2007 - Ordem Parlamentar do Brasil . A Bradesco Capitalização S.A. recebeu, no primeiro semestre de 2007, o prêmio Balanço Financeiro, como a melhor empresa na categoria Capitalização . A premiação, promovida pelo anuário Balanço Financeiro editado pelo jornal Gazeta Mercantil com base em estudo da Consultoria Austin Rating, considera o crescimento, o desempenho e os resultados conquistados em 2006. Rating Em maio de 2007, a Bradesco Capitalização S.A. teve sua classificação de rating elevada de brAA+/Positiva para brAAA/Estável pela conceituada agência de classificação de riscos Standard & Poor s. Foi destacado o sólido padrão de proteção financeira e patrimonial que a Empresa garante a seus clientes. Sistema de Gestão da Qualidade A Bradesco Capitalização S.A. foi a primeira empresa de capitalização do País a receber o Certificado ISO 9002. Em 2007, mantém o trabalho de manutenção do Certificado de Gestão da Qualidade, já na versão ISO 9001:2000 no escopo Gestão de Títulos de Capitalização Bradesco .O certificado, concedido pela Fundação Vanzolini, atesta a qualidade dos processos internos da Empresa e confirma o princípio que está na origem dos Títulos de Capitalização Bradesco: bons produtos, bons serviços e evolução permanente. Prevenção à Lavagem de Dinheiro A Bradesco Capitalização S.A., além do freqüente treinamento de seus funcionários, adota ferramentas tecnológicas, sujeitas a constante aprimoramento, objetivando suportar o processo de monitoramento das suas diversas operações, com vistas a detectar situações caracterizadas na legislação como de lavagem de dinheiro. Designou um Diretor Estatutário para a missão de desenvolver, implementar e acompanhar a consecução de políticas relativas ao assunto. Controles Internos Durante o semestre, visando a atender as determinações da legislação sobre o tema, a Bradesco Capitalização S.A. prosseguiu com a avaliação e aperfeiçoamento do seu Sistema de Controles Internos em conformidade com os princípios e sistemática adotados pela Organização Bradesco. O responsável pelos Controles Internos é um Diretor Estatutário designado para esta função, ao qual incumbe verificar a eficiência dos controles internos da Empresa. Agradecimentos A Bradesco Capitalização S.A. agradece à Superintendência de Seguros Privados - SUSEP pelo apoio recebido. Aos funcionários e colaboradores da Organização o reconhecimento pela dedicação e pelo trabalho, que foram fundamentais para o bom desempenho de nossas atividades. São Paulo, 17 de agosto de 2007. Diretoria

BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 (Em Reais) Ativo Circulante ............................................................................................... Disponível ............................................................................................ Caixa e bancos .................................................................................... Aplicações ........................................................................................... Títulos de renda fixa ............................................................................ Títulos de renda variável ..................................................................... Quotas de fundos de investimentos .................................................. Provisão para desvalorização ............................................................ Títulos e créditos a receber ........................................................... Títulos e créditos a receber ................................................................ Créditos tributários e previdenciários ................................................ Outros créditos .................................................................................... Provisão para riscos de créditos ....................................................... Despesas antecipadas ..................................................................... Administrativas .................................................................................... Ativo não circulante ............................................................................. Realizável a longo prazo .................................................................... Aplicações ........................................................................................... Títulos de renda fixa ............................................................................ Quotas de fundos de investimentos .................................................. Títulos e créditos a receber ........................................................... Títulos e créditos a receber ................................................................ Créditos tributários e previdenciários ................................................ Depósitos judiciais e fiscais ................................................................ Permanente ........................................................................................... Investimentos .................................................................................... Participações societárias .................................................................... Imóveis destinados a renda ................................................................ Outros investimentos .......................................................................... Provisão para desvalorização ............................................................ Depreciação ......................................................................................... Imobilizado .......................................................................................... Bens móveis ........................................................................................ Depreciação ......................................................................................... TOTAL ......................................................................................................

2007 2.740.324.411 3.560.604 3.560.604 2.692.865.019 3.243 259.608.288 2.443.400.247 (10.146.759) 41.511.968 4.488.820 38.500.944 2.167.963 (3.645.759) 2.386.820 2.386.820 581.251.939 569.556.300 462.948.086 117.419.819 345.528.267 106.608.214 31.710.969 74.897.245 11.695.639 11.332.703 954.154 16.720.188 56.500.009 (58.167.007) (4.674.641) 362.936 799.536 (436.600) 3.321.576.350

2006 2.518.633.644 4.096.284 4.096.284 2 . 482.464.829 17.274.466 177.698.501 2.324.542.074 (37.050.212) 31.925.608 17.045.606 30.101.415 1.338.918 (16.560.331) 146.923 146.923 438.248.672 417.512.999 324.059.327 324.059.327 93.453.672 298.517 34.730.127 58.425.028 20.735.673 20.436.855 954.154 16.720.188 56.500.009 (49.395.555) (4.341.941) 298.818 672.596 (373.778) 2.956.882.316

Passivo Circulante ..................................................................................................... Contas a pagar ......................................................................................... Obrigações a pagar ................................................................................... Impostos e encargos sociais a recolher .................................................. Encargos trabalhistas ............................................................................... Impostos e contribuições .......................................................................... Provisões técnicas - Capitalização ..................................................... Provisão para resgates ............................................................................. Provisão para sorteio ................................................................................ Outras provisões ....................................................................................... Passivo não circulante ............................................................................. Exigível a longo prazo ............................................................................... Contas a pagar ......................................................................................... Tributos diferidos ....................................................................................... Outros passivos contingentes ............................................................ Provisões fiscais ....................................................................................... Provisões trabalhistas ............................................................................... Provisões cíveis ........................................................................................ Patrimônio líquido ..................................................................................... Capital social .............................................................................................. Aumento de capital (em aprovação) ........................................................ Reserva de capital ..................................................................................... Reserva de reavaliação ............................................................................ Reservas de lucros ................................................................................... Ajustes com títulos e valores mobiliários ................................................. Lucros acumulados ................................................................................... TOTAL ............................................................................................................

2007 2.424.519.714 61. 421.526 14.062.322 947.663 424.249 45.987.292 2.363.098.188 2.260.871.537 22.882.922 79.343.729 288.689.865 288.689.865 33.271.176 33.271.176 255.418.689 253.778.298 608.964 1.031.427 608.366.771 137.896.921 77.103.079 7.138.319 1.032.784 202.974.078 61.275.646 120.945.944 3.321.576.350

2006 2 .288.438.146 61.510.595 7.136.527 720.784 364.438 53.288.846 2.226.927.551 2.110.883.494 19.296.999 96.747.058 232.753.450 232.753.450 5.737.471 5.737.471 227.015.979 225.507.855 360.037 1.148.087 435.690.720 135.000.000 2.896.920 7.138.319 1.075.375 133.573.278 9.083.515 146.923.313 2.956.882.316

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis.

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 (Em reais)

DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 (Em reais)

Receitas líquidas com títulos de capitalização ............................ Receita bruta com títulos de capitalização .......................................... Deduções sobre a receita bruta ........................................................... Variação das provisões técnicas ........................................................ Despesas com títulos resgatados e sorteados ......................... Despesas com resgates ....................................................................... Despesas com sorteios ........................................................................ Despesas de comercialização ......................................................... Outras receitas e despesas operacionais ................................... Outras receitas operacionais ............................................................... Outras despesas operacionais ............................................................ Despesas administrativas ................................................................ Despesas com tributos ..................................................................... Resultado financeiro ........................................................................... Receitas financeiras .............................................................................. Despesas financeiras ........................................................................... Resultado patrimonial ........................................................................ Receitas/despesas com imóveis de renda .......................................... Outras receitas/despesas patrimoniais ............................................... Resultado operacional ........................................................................ Resultado não operacional ................................................................ Resultado antes dos impostos e participações ......................... Imposto de renda ................................................................................ Contribuição social .............................................................................. Participações sobre o resultado ..................................................... Lucro líquido do semestre ...............................................................

2007 766.431.766 749.577.159 (4.813.564) 21.668.171 (654.036.703) (635.224.111) (18.812.592) (8.274.432) (22.448) 41.745 (64.193) (23.482.556) (6.977.701) 109.887.215 201.649.054 (91.761.839) 630.506 630.506 184.155.647 973.827 185.129.474 (47.001.587) (16.975.407) (227.832) 120.924.648

2006 659.809.194 669.350.624 (3.796.948) (5.744.482) (573.117.589) (556.159.636) (16.957.953) (7.081.927) (18.833) 50.212 (69.045) (21.388.773) (6.068.979) 156.607.523 257.611.750 (101.004.227) 5.288.191 563.893 4.724.298 214.028.807 7.480.030 221.508.837 (54.793.367) (19.661.195) (152.258) 146.902.017

Quantidade de ações .......................................................................... Lucro líquido por ação - R$ ................................................................

451.623 267,76

451.623 325,28

Lucro líquido do semestre ......................................................................

2007 120.924.648

2006 146.902.017

199.773

193.398

Mais:

- Depreciações e Amortizações .................................................

Menos:

- Reversão da provisão para desvalorização ...........................

-

4.724.299

- Lucro na venda de Investimentos ou Imobilizado ..................

418 121.124.003

142.371.116

118.838.976 7.141.032 2.386.820 34.621.711 (55.982.319) (15.569.980) (30.062.280) 61.373.960

57.681.149 46.891.654 117.450 (28.608.642) (88.061.989) (30.064.787) 24.618.479 (17.426.686)

3.939 (30.832) (26.893)

(39.851) (39.851)

Atividades de Financiamento - Distribuição de dividendos ......................................................................

(64.321.578)

(159.298.880)

d) Caixa Líquido Aplicado nas Atividades de Financiamento .........

(64.321.578)

(159.298.880)

Aumento (Diminuição) nas disponibilidades (a-b+c+d) ..................

(4.598.428) 8.159.032

459.071 3.637.213

Disponibilidades no Final do semestre .....................................................

3.560.604

4.096.284

Aumento (Diminuição) nas disponibilidades .....................................

(4.598.428)

459.071

a) Lucro líquido ajustado do semestre ............................................... Atividades operacionais - Aumento das Aplicações ........................................................................ - Aumento dos Títulos e Créditos a Receber ........................................... - Aumento das Despesas Antecipadas .................................................... - Redução (Aumento) do Contas a Pagar ................................................ - (Aumento) de Provisões Técnicas - Capitalização ............................... - (Aumento) de Outros Passivos Contingentes ....................................... - (Aumento) Redução de Ajustes com Títulos e Valores Mobiliários ..... b) Caixa Líquido Aplicado (Gerado) nas Atividades Operacionais .... Atividades de Investimento - Recebimento pela venda de ativo permanente ..................................... - Pagamento pela compra de ativo permanente ..................................... c) Caixa Líquido Gerado nas Atividades de Investimento ....................

Disponibilidades no Início do semestre .....................................................

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis.

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis.

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 (Em reais)

Saldos em 1º de janeiro de 2006 .........................................................................

Capital social 100.000.000

Aumento/ (redução) de capital (em aprovação) (82.103.080)

Reserva de Reserva reavaliação de capital Imóveis 7.138.319 1.096.671

Reservas de lucros Reserva Reserva legal estatutária 17.882.240 235.691.038

Ajustes com títulos e valores Lucros mobiliários acumulados 33.701.994 -

Total 313.407.182

Aumento de capital: Conforme aprovado pela Portaria SUSEP nº 539 de 27/03/2006 ..........................

35.000.000

(35.000.000)

-

-

-

-

-

-

-

Com reservas conforme AGO/AGE de 29/03/2006. ..............................................

-

120.000.000

-

-

-

(120.000.000)

-

-

-

Realização .................................................................................................................

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-

-

(21.296)

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-

-

21.296

-

Ajustes com títulos e valores mobiliários ..................................................................

-

-

-

-

-

-

(24.618.479)

-

(24.618.479)

Reserva de reavaliação:

Lucro líquido do semestre ........................................................................................

-

-

-

-

-

-

-

146.902.017

146.902.017

Saldos em 30 de junho de 2006 ...........................................................................

135.000.000

2.896.920

7.138.319

1.075.375

17.882.240

115.691.038

9.083.515

146.923.313

435.690.720

Saldos em 1º de janeiro de 2007 .........................................................................

17.896.921

120.000.000

7.138.319

1.054.080

31.421.383

248.655.774

31.213.366

-

457.379.843

Conforme aprovado pela Portaria SUSEP nº 623 de 09/01/2007 ..........................

120.000.000

(120.000.000)

-

-

-

-

-

-

-

Com reservas conforme AGO/AGE de 29/03/2007 ...............................................

-

77.103.079

-

-

(17.882.241)

(59.220.838)

-

-

-

Realização .................................................................................................................

-

-

-

(21.296)

-

-

-

21.296

-

Ajustes com títulos e valores mobiliários ..................................................................

-

-

-

-

-

-

30.062.280

-

30.062.280

Aumento de capital:

Reserva de reavaliação: ............................................................................................

Lucro líquido do semestre ..........................................................................................

-

-

-

-

-

-

-

120.924.648

120.924.648

Saldos em 30 de junho de 2007 ...........................................................................

137.896.921

77.103.079

7.138.319

1.032.784

13.539.142

189.434.936

61.275.646

120.945.944

608.366.771

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis. CONTINUA


quinta-feira, 30 de agosto de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

ECONOMIA - 5


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

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NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO CONTÁBEIS DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕESÀS DODEMONSTRAÇÕES PATRIMÔNIO LÍQUIDO EM 30 DE JUNHO DE E DEDE 2006 (Em reais)(Em reais) SEMESTRES FINDOS EM 30 DE2007 JUNHO 2006 E 2005 1. Contexto operacional A Empresa faz parte do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência e tem por objetivo social a exploração das operações de capitalização definidas na legislação vigente, operando em todo o território nacional. As operações são conduzidas no contexto do conjunto das empresas integrantes do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência, atuando de forma integrada no mercado, e os custos das estruturas operacional e administrativa comuns são absorvidas segundo a praticabilidade e a razoabilidade de lhes serem atribuídos, em conjunto ou individualmente. 2. Apresentação das demonstrações contábeis As demonstrações contábeis foram elaboradas com base nas práticas contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações e normas expedidas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP e pela Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, e estão sendo apresentadas segundo critérios estabelecidos pelo plano de contas instituído pela Circular SUSEP nº 334/2007, que introduziu alterações na classificação das contas do balanço patrimonial e da demonstração do resultado. Em decorrência, os saldos e valores do semestre findo em 30 de junho de 2006 foram reclassificados para fins de comparação. 3. Resumo das principais práticas contábeis (a) Apuração do resultado As receitas dos planos de capitalização são reconhecidas contabilmente quando de seu efetivo recebimento e as correspondentes provisões técnicas são constituídas simultaneamente ao reconhecimento das receitas. As despesas com colocação de títulos, classificadas como Despesas de comercialização , são reconhecidas contabilmente quando incorridas. As despesas de corretagem são registradas quando do efetivo recebimento das contribuições aos planos de capitalização. Os pagamentos dos resgates por sorteios são considerados como despesas do mês em que os mesmos se realizam. (b) Ativos circulante e realizável a longo prazo (i) Aplicações Conforme determinações da SUSEP, as sociedades de capitalização devem classificar os títulos e valores mobiliários em três categorias: I - Títulos para negociação - adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados. II - Títulos disponíveis para venda - os títulos que não se enquadram nas categorias I e III. III - Títulos mantidos até o vencimento - adquiridos com a intenção de mantê-los em carteira até o vencimento. Os títulos classificados como para negociação e disponíveis para venda são registrados pelo valor de custo, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço e ajustados pelo seu valor de mercado. Os títulos mantidos até o vencimento são avaliados pelo seu custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço. Os ajustes ao valor de mercado dos títulos classificados como para negociação são contabilizados em contrapartida ao resultado e os ajustes ao valor de mercado dos títulos classificados como disponíveis para venda são contabilizados em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, líquidos dos efeitos tributários, sendo transferidos para o resultado quando da efetiva realização pela venda dos respectivos títulos e valores mobiliários. (ii) Demais ativos Os demais ativos são demonstrados pelo valor de custo, acrescido, quando aplicável, dos rendimentos e das variações monetárias auferidas. Os impostos ativos diferidos decorrentes de diferenças temporárias foram constituídos de acordo com as alíquotas vigentes. (c) Permanente (i) Investimentos Apresentados pelo custo de aquisição, ajustado ao seu valor de provável realização mediante constituição de provisão para desvalorização. Os imóveis destinados a renda estão demonstrados pelo custo de aquisição e deduzidos da depreciação acumulada, calculada pelo método linear à taxa anual de 4%. Os imóveis foram reavaliados de forma compulsória em 1998 por força das disposições das Circulares SUSEP n OS 7/1997 e 50/1998, vigente à época da reavaliação. A provisão para desvalorização refere-se, substancialmente, a valores relativos a incentivos fiscais. (ii) Imobilizado Demonstrado pelo custo de aquisição líquido das respectivas depreciações acumuladas, que são calculadas pelo método linear, de acordo com a vida útil-econômica estimada dos bens, sendo: máquinas, móveis e utensílios - 10% a.a. e equipamentos de computação - 20% a.a. (d) Passivos circulante e exigível a longo prazo (i) Provisões técnicas As provisões para resgates e para sorteios são calculadas sobre os valores nominais dos títulos e atualizadas monetariamente, quando aplicável, com base em Notas Técnicas Atuariais aprovadas pela SUSEP.

A provisão para resgates de títulos vencidos, incluída na provisão para resgates, é constituída pelos valores de títulos já vencidos, porém não resgatados, sendo atualizada monetariamente com base nos indexadores previstos em cada plano. A provisão para resgates de títulos antecipados, incluída na provisão para resgates, é constituída pelos valores de títulos com resgate solicitado e que ainda estão cumprindo carência, ou serão pagos aos clientes no mês seguinte e títulos com resgate solicitado cujo valor não foi retirado pelos clientes, sendo atualizada monetariamente com base nos indexadores previstos em cada plano. A provisão para contingências, apresentada na rubrica Outras provisões , é calculada sobre o valor nominal de alguns planos com base em Notas Técnicas Atuariais aprovadas pela SUSEP, e sua constituição tem por objetivo garantir a manutenção das obrigações diante de imprevistos que possam vir a ocorrer em um determinado plano. A provisão administrativa, também apresentada na rubrica Outras provisões , foi constituída para cobrir despesas administrativas dos planos. As provisões técnicas são apresentadas no passivo circulante em função do prazo de carência ser inferior a 12 meses. (ii) Demais passivos São demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridos até a data do balanço. Foram constituídas provisões para imposto de renda, à alíquota de 15% sobre o lucro tributável, acrescida de adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente a R$ 120 mil para o semestre, e para contribuição social sobre o lucro, à alíquota de 9%, nos termos da legislação em vigor. (e) Ativos e passivos contingentes e obrigações legais - fiscais e previdenciárias O reconhecimento, a mensuração e a divulgação das contingências ativas e passivas e obrigações legais são efetuados de acordo com os critérios definidos na Deliberação CVM nº 489/05. (i) Ativos contingentes - não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui total controle da situação ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo. Os ativos contingentes com probabilidade de êxito provável são apenas divulgados nas demonstrações contábeis. (ii) Passivos contingentes - são constituídos levando-se em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade e no posicionamento de nossos Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável, o que ocasionaria uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes classificados como de perdas possíveis não são reconhecidos contabilmente, devendo ser apenas divulgados nas demonstrações contábeis, e os classificados como remotos não requerem provisão e divulgação. (iii) Obrigações legais - fiscais e previdenciárias - decorrem de processos judiciais relacionados e obrigações tributárias, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou constitucionalidade, que independente da avaliação acerca da probabilidade de sucesso, têm os seus montantes reconhecidos integralmente nas demonstrações contábeis. (f) Estimativas contábeis A elaboração de demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil requer que a Administração use de julgamento na determinação e registro de estimativas contábeis. Ativos e passivos significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem provisão para riscos sobre créditos, imposto de renda e contribuição social sobre o lucro diferido, provisão para desvalorização, depreciação, provisões técnicas e provisões para contingências. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá ser efetuada por valores diferentes dos estimados devido a imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. A Empresa revisa essas estimativas e premissas periodicamente. 4. Aplicações (a) Resumo da classificação das aplicações financeiras 2007 % 2006 % Títulos para negociação .................................................... 2.370.412.480 75,12 2.285.206.659 81,42 Títulos de renda fixa - fundos de investimento ............. 2.283.104.815 72,35 2.223.177.031 79,21 Títulos de renda variável - fundos de investimento ...... 87.307.665 2,77 62.029.628 2,21 Títulos disponíveis para venda ......................................... 411.448.073 13,03 286.092.042 10,20 Títulos de renda fixa - debêntures e letras hipotecárias . 117.423.062 3,72 101.402.479 3,61 Títulos de renda fixa - letras financeiras do tesouro .... 17.271.345 0,63 Títulos de renda variável - ações ................................... 249.461.529 7,90 140.648.289 5,01 Títulos de renda fixa - fundo de investimento imobiliário ... 44.563.482 1,41 26.769.929 0,95 Títulos mantidos até o vencimento .................................... 373.952.552 11,85 235.225.455 8,38 Títulos de renda fixa - fundos de investimento ............. 373.952.552 11,85 235.225.455 8,38 3.155.813.105 100,00 2.806.524.156 100,00

(b) Composição das aplicações financeiras por prazo e por título Apresentamos a seguir a composição das aplicações financeiras por prazo e por título, incluindo os títulos que compõem as carteiras dos fundos de investimento. Os títulos classificados como para negociação estão apresentados no ativo circulante, independentemente dos prazos de vencimento. Os títulos que pertencem a fundos de investimento abertos foram considerados com base no percentual de participação da Empresa no fundo. 1 a 30 Ajuste da dias ou sem 31 a 180 181 a 360 Acima de Valor Valor de avaliação Títulos vencimento dias dias 360 dias contábil referência (*) a mercado Títulos para negociação ..................................................... 986.987.009 78.779.621 122.086.440 1.182.559.410 2.370.412.480 2.370.412.480 Certificado de depósito bancário ........................................ 167.098.558 78.779.621 39.390.564 292.696.568 577.965.311 577.965.311 Letras financeiras do tesouro ............................................. 285.616.031 2.128.653 690.034.212 977.778.896 977.778.896 Notas do tesouro nacional ................................................... 272.056 71.962.945 72.235.001 72.235.001 Letras do tesouro nacional .................................................. 186.873.299 12.357.577 65.291.516 264.522.392 264.522.392 Debêntures ........................................................................... 261.504.270 59.835.267 1.124.662 322.464.199 322.464.199 Ações ................................................................................... 85.622.795 85.622.795 85.622.795 Outros ................................................................................... 8.374.379 61.449.507 69.823.886 69.823.886 Títulos disponíveis para venda ....................................... 294.028.254 117.419.819 411.448.073 318.606.186 92.841.887 Ações ................................................................................... 249.461.529 249.461.529 168.136.724 81.324.805 Fundo de Investimento Imobiliário Panamby ....................... 44.563.482 44.563.482 44.563.482 Debêntures ........................................................................... 3.243 117.419.819 117.423.062 105.905.980 11.517.082 Títulos mantidos até o vencimento ............................... 28.424.286 345.528.266 373.952.552 373.952.552 Letras do tesouro nacional .................................................. 28.424.286 28.424.286 28.424.286 Notas do tesouro nacional ................................................... 345.528.266 345.528.266 345.528.266 Total em 2007 ........................................................................ 1.309.439.549 78.779.621 122.086.440 1.645.507.495 3.155.813.105 3.062.971.218 92.841.887 Total em 2006 ........................................................................ 402.529.577 367.598.293 890.517.786 1.145.878.500 2.806.524.156 2.792.761.254 13.762.902 (*) Representa o valor de mercado para os títulos classificados como para negociação e o valor de custo atualizado para os demais. Em relação aos títulos mantidos até o vencimento , o valor de mercado é superior ao valor de custo atualizado no montante de R$ 35.532.841 (R$ (1.848.740) em 2006). O valor de mercado das aplicações em fundos de investimento foi obtido a partir dos valores das quotas divulgadas pelas instituições financeiras administradoras desses fundos. Os títulos de renda fixa privados têm o seu valor atualizado de acordo com os índices pactuados com a instituição financeira, e se aproxima do seu valor de mercado. Os títulos de renda fixa públicos tiveram seus valores de mercado obtidos a partir das tabelas de referência divulgadas pela Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto - ANDIMA. Os títulos de renda variável tiveram seus valores de mercado obtidos a partir da cotação média do último dia útil em que foram negociados no mês de levantamento do balanço. (c) Instrumentos financeiros derivativos Em 30 de junho de 2007, a empresa possuía em fundos de investimentos contratos futuros de DI, que totalizavam R$ 87.716.990 posição comprada (R$ 354.515.800 em 2006 posição vendida) como valor de referência, sendo que os diferenciais a pagar ou a receber dos contratos futuros são liquidados diariamente. O objetivo de atuação no mercado de derivativos, seja através de posições ativas ou proteção (hedge), sempre visa minimizar a exposição a riscos de mercado, de moeda ou taxa de juros e proteção das posições detidas à vista. Os critérios de precificação dos instrumentos financeiros derivativos são definidos pelo administrador das carteiras e o custodiante, Banco Bradesco S.A., sendo utilizadas curvas e taxas divulgadas pela ANDIMA e BM&F para cálculos e apreçamento constantes no manual de precificação da instituição, em conformidade com o código de auto-regulação da ANBID. Todas as operações de derivativos são registradas e negociadas na Bolsa de Mercadorias e Futuros de São Paulo - BM&F, bem como na Câmara de Custódia e Liquidação - CETIP. O monitoramento das operações no mercado de derivativos é feito pelo gestor dos fundos, de forma ativa, através da mensuração do risco através do VaR - (Value at Risk), parâmetro de referência para os ajustes necessários de posições, em consonância com as políticas de controle previamente estabelecidas e adotadas pelo gestor. A Área de Risco do gestor é responsável pela quantificação e avaliação diária das variáveis de risco de mercado, apurando o VaR para cada um dos portfólios. 5. Créditos tributários e previdenciários e provisão para tributos diferidos (a) Ativo circulante Referem-se, basicamente, aos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social sobre o lucro, nos valores de R$ 3.079.607 (R$ 2.896.464 em 2006) e R$ 7.529.577 (R$ 341.485 em 2006), FINSOCIAL a compensar no valor de R$ 4.006.577 em 2007 (R$ 3.846.701 em 2006), PIS a compensar sobre a receita operacional bruta, recolhido nos termos dos Decretos-Lei nOS 2.445 e 2.449/88 naquilo que excedeu ao valor devido nos termos da Lei Complementar nº 07/70, no valor de R$ 23.872.595, (R$ 23.005.128 em 2006), sendo R$ 7.504.038 de principal e R$ 16.368.557 (R$ 15.501.090 em 2006) de atualização monetária, em 30 de junho de 2007. (b) Ativo realizável a longo prazo Referem-se aos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social sobre o lucro diferido, equivalentes a R$ 26.660.067 (R$ 23.635.513 em 2006) e R$ 5.050.902 (R$ 11.094.614 em 2006), respectivamente, registrados para refletir os efeitos fiscais futuros atribuíveis a diferenças temporárias. Os créditos tributários foram contabilizados levando em consideração o histórico de rentabilidade e sua previsão de realização, fundamentada por estudo técnico, que pode ser assim demonstrada: Previsão de realização - % ..........................

2007 19,57

2008 2,21

2009 78,06

2010 0,16

O valor presente dos créditos tributários calculado à taxa média de captação da Organização Bradesco, líquido dos efeitos tributários, monta a R$ 37.014.865.

(c) Passivo exigível a longo prazo Referem-se, basicamente, ao imposto de renda e contribuição social sobre lucro diferidos, equivalentes a R$ 23.210.472 (R$ 3.440.726 em 2006) e R$ 8.355.770 (R$ 1.238.661 em 2006), respectivamente, registrados para refletir os efeitos fiscais futuros referentes aos ajustes positivos sobre os títulos e valores mobiliários mantidos em carteira. 6. Depósitos judiciais e fiscais 2007 2006 IR e CSLL .......................................................................................... 64.664.607 50.755.026 ILL ...................................................................................................... 4.716.996 1.833.163 Plano Verão ...................................................................................... 2.270.033 2.059.948 FINSOCIAL ........................................................................................ 2.036.363 1.918.882 Trabalhista ........................................................................................ 447.801 417.515 CPMF ................................................................................................. 512.171 407.341 ISS ..................................................................................................... 37.638 37.638 Outros ............................................................................................... 211.636 995.515 74.897.245 58.425.028 7. Imobilizado Equipamentos ............................................... Móveis, máquinas e utensílios .....................

Custo corrigido 639.953 159.583 799.536

Depreciação acumulada (369.291) (67.309) (436.600)

8. Transações e saldos com partes relacionadas Empresas Banco Bradesco S.A. ............................................................................... Bradesco Seguros S.A. ............................................................................ Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros ............................................. Reno Holdings Ltda. .................................................................................. Torino Holdings Ltda. ................................................................................. Em 2007 .................................................................................................... Em 2006 ....................................................................................................

2007

2006

Líquido 270.662 92.274 362.936

Líquido 275.599 23.219 298.818

Contas a Receitas receber/(pagar) (despesas) 3.280.181 670.659 (1.483.067) (7.527.799) (70.258) 367.599 (3.430) (19.440) 1.726.856 (6.512.411) (8.196.172) 1.448.895

Todas as operações com partes relacionadas foram contratadas a valores, taxas e prazos usualmente praticados no mercado para operações semelhantes, levando em consideração a ausência de riscos. O contas a receber e o contas a pagar são distribuídos nas diversas contas do balanço patrimonial de acordo com as características das operações. O saldo de despesas com a Bradesco Seguros S.A. inclui despesas administrativas que correspondem ao rateio dos custos da estrutura administrativa e operacional apurado através da aplicação de percentuais de alocação para cada Empresa, definidos como base em medidores de atividades e critérios estabelecidos na convenção do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência. CONTINUA


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Empresas Nacional Negócios Empreendedores

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

A Parmalat vai investir R$ 40 milhões até o final do ano em campanha publicitária

SÃO PAULO RECEBERÁ US$ 14,5 BI ATÉ 2012

A ESTATAL VAI DAR ÊNFASE AOS INVESTIMENTOS EM PETROQUÍMICA E PRODUÇÃO DE ENERGIA LIMPA

PETROBRAS ANUNCIA PRIORIDADES

A

Petrobras vai investir US$ 112,4 bilhões entre 2008 e 2012, dos quais US$ 14,5 bilhões serão aplicados em São Paulo. Mas, durante apresentação do plano de negócios da estatal, realizada na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, deixou claro: haverá um novo redirecionamento para as aplicações da empresa. Agora, as prioridades serão os setores petroquímicos e de produção de energia limpa. Para o executivo, a demanda por petróleo deve se manter nos próximos anos. No entanto, ao contrário do que ocorre hoje, o produto deve ser mais usado pela indústria petroquímica do que no abastecimento dos veículos, no qual a participação da gasolina na matriz energética brasileira deve passar dos atuais

Brenco

Divulgação

60% para 44% em 2008. Com essa redução, o "excesso" de gasolina será exportado. Entre os grandes – Com o crescimento da importância da petroquímica, os investimentos no setor são importantes para a Petrobras cumprir outro objetivo: figurar entre as cinco maiores empresas de produção integrada de energia do mundo. Gabrielli destacou que as compras da Ipiranga e da Suzano destinam-se a garantir dois pontos importantes no futuro do setor – a integração de processos e o tamanho da empresa. Segundo ele, o plano estratégico prevê o crescimento orgânico. Mas não descartou a possibilidade de novas "aquisições pontuais". Já o consumo interno de álcool está em crescimento por conta da expansão da frota de veículos flexíveis. Neste ano, com uma ampla oferta do produto, os preços ficaram relativamente baixos em relação à

gasolina. Embora a demanda interna continue em expansão, as metas de exportação estão sendo revistas. "O mercado internacional de etanol está aumento menos do que projetávamos", explicou o executivo. Segundo ele, em 2008, as vendas externas estavam estimadas em 1 bilhão de litros. Agora, espera-se vender 800 milhões de litros. "Isso deve-se a problemas de tancagens em alguns países e de indefinições regulatórias", afirmou. M a i s c e d o , o d i re t o r d e Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, justificou a queda à suspensão das exportações para a Venezuela e a Nigéria. Gabrielli ressaltou, no entanto, que a meta de embarque de 4,75 bilhões de litros em 2012 está mantida, assim como os investimentos da estatal em usinas e na construção de alcooldutos, em parceria com a iniciativa privada e como minoritária. (Agências)

Mamíferos da Parmalat estão de volta Carlos Franco

O

s mamíferos da Parmalat estão de volta. São os mesmos. Só que, dez anos depois, cresceram e representam o alvo dos lançamentos da empresa no segmento premium, no qual os produtos – com novas embalagens – custam, em média, de 15% a 70% mais que os tradicionais. Esse segmento responde por uma fatia de 10% das vendas da Parmalat, ante 4% do mercado. O investimento na campanha é de R$ 40 milhões até o fim do ano. As peças publicitárias voltam a ser assinadas por Nizan Guanaes, só que agora na agência Africa e não mais na DM9DDB, que também con-

BRENCO - Companhia Brasileira de Energia Renovável S.A.

CNPJ nº 08.070.566/0001-00 Relatório da Administração Senhores Acionistas: Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas. as Demonstrações Financeiras relativas ao semestre findo em 30 de abril de 2007, acompanhadas das Notas A Administração Explicativas e do Parecer dos Auditores Independentes. São Paulo, 27 de agosto de 2007 Dem. das Orig. e Aplic. de Rec. - Per. Findo em 30/04/2007 (Em MR$) Balanço Patrimonial - 30/04/2007 (Em MR$) Ativo/Circulante: 103.707 Passivo/Circulante 14.388 Origens de recursos Disponibilidades e valores equivalentes (Nota 4) 103.555 Fornecedores (Nota 7) 117.335 1.734 Dos acionistas: Aumento do capital social Adiantamentos a fornecedores 152 Provisões fiscais e previdenciárias 117.335 46 Total das origens Realizável a LP: Disponibilidades e valores equivalentes (Nota 4) 368 Salários e encargos a pagar (391) 282 Aplicações de recursos: Aumento do realizável a LP Impostos a recuperar 23 Obrigações por aquisições de bens e direitos (Nota 8) Adições ao imobilizado (24.461) 12.317 Permanente: Imobilizado (Nota 5) 24.461 Obrigações por instrumentos derivativos (Nota 9) Adições ao diferido (3.164) 9 Diferido (Nota 6) 3.164 Patrimônio líquido (Nota 11): Capital social (28.016) 117.335 Total das aplicações Total do ativo não circulante 28.016 Total do patrimônio líquido 89.319 117.335 Aumento do capital circulante líquido Total do ativo 131.723 Total do passivo 131.723 Demonstrativo da variação do capital circulante líquido: 103.707 Dem. das Mut. do Patrim. Líq. - Per. Findo em 30/04/2007 (Em MR$) e serão amortizados em 5 anos, após o início das operações. d) Diferido: Ativo circulante: 103.707 Cap. social Total Os valores contabilizados no ativo diferido foram registrados ao custo No fim do exercício – histórico de formação. Os gastos incorridos durante a fase de constituição e No início do exercício Constituição da Cia. em 13/01/2006 14.388 estruturação da Companhia foram apropriados ao diferido e serão Passivo circulante: Aumento de Capital 117.335 117.335 No fim do exercício 14.388 amortizados pelo prazo estimado de cinco anos, pela taxa de 20% a.a. após – Saldos em 30 de abril de 2007 117.335 117.335 o início das operações. e) Demais ativos circulantes e não circulantes - No início do exercício 89.319 Notas Explicativas às Dem. Financeiras - 30/04/2007 realizáveis a longo prazo: São apresentados pelo valor de realização, Aumento do capital circulante líquido (Em MR$, exceto quando indicado de outra forma) incluindo, quando aplicável, os rendimentos, as variações monetárias e 11. Patrimônio Líquido 1. Contexto Operacional: A Brenco - Companhia Brasileira de Energia cambiais incorridos até a data do balanço. f) Passivos: Reconhecidos no a) Capital social: A Companhia efetuou aumentos de capital durante Renovável S.A. (“Companhia”) é controlada pela Brenco - Brazilian balanço quando a Companhia tem uma obrigação legal ou constituída como o período de 2007, no montante de R$ 117.335, representado Renewable Energy Ltd. (“Controladora”), empresa sediada nas Ilhas resultado de um evento passado, sendo provável que um recurso conforme segue: Bermudas. Em 07 de Março de 2007, a Controladora realizou captação de econômico seja requerido para liquidá-la. Alguns passivos envolvem Data Quantidade de ações Valor do aumento de capital recursos junto a investidores privados no montante de US$ 200 milhões incertezas quanto ao prazo e valor, sendo estimados na medida em que são 12/02/2007 2.113.600 2.114 para realizar investimentos na produção, desenvolvimento logístico, incorridos e registrados por meio de provisão. As provisões são registradas 19/03/2007 1.044.250 1.044 distribuição e comercialização de etanol e energia elétrica a partir da cana- tendo como base as melhores estimativas do risco envolvido. g) Imposto de 20/03/2007 3.134.250 3.134 de-açúcar, conforme plano de negócios definido em seu Acordo de renda e contribuição social sobre o lucro: A tributação sobre o lucro 30/03/2007 41.490.000 41.490 Acionistas (“Plano de Negócios”). A Companhia, com sede em São Paulo, compreende o imposto de renda e a contribuição social. O imposto de renda 03/04/2007 41.090.000 41.090 será o veículo da Controladora para a implementação do Plano de será computado sobre o lucro tributável pela alíquota de 15%, acrescido do 13/04/2007 20.315.000 20.315 Negócios, o qual prevê a construção de 10 unidades para o processamento adicional de 10% para os lucros que excederem R$ 240, enquanto que a 20/04/2007 8.147.760 8.148 de cana-de-açúcar, cada uma com capacidade prevista de 4 milhões de contribuição social é computada pela alíquota de 9% sobre o lucro tributável, 117.334.860 117.335 toneladas por safra. O cronograma de entrada em operação de cada uma reconhecidos pelo regime de competência. h) Provisão para A composição acionária em 30 de abril de 2007 é como segue: das unidades, sua localização geográfica, bem como sua capacidade contingências: Quando aplicável, é constituída com base nas estimativas Quantidade Valor integralizado efetiva de moagem serão definidos à medida que a Companhia avance nos da Administração, amparada na opinião dos assessores jurídicos internos e Acionistas de ações em reais estudos e trabalhos que vem desenvolvendo e poderão ser alterados externos, por montantes suficientes para cobrir perdas e riscos Brenco - Brazilian Renewable conforme as oportunidades que se apresentarem. A Companhia considerados prováveis. i) Instrumentos financeiros derivativos: Os Energy Company Ltd. 117.334.957 117.334.957 permanecerá em fase pré-operacional até 30 de abril de 2009, tendo, até instrumentos financeiros que a Companhia possui referem-se à proteção da Henri Philippe Reichstul 1 1 esta data, seu foco voltado exclusivamente para a estruturação de seu indexação ao IGP-M das parcelas remanescentes para o pagamento da 1 1 corpo administrativo e técnico, à procura de áreas para implantação de aquisição da Fazenda Morro Vermelho. 4. Disponibilidades e Valores Ricardo Framk Semler William Gerald McConnell 1 1 unidades de processamento de cana-de-açúcar, o plantio de viveiros de Equivalentes: 117.334.960 117.334.960 cana-de-açúcar para a fundação do canavial de suas primeiras unidades, e Caixa 100 b) Dividendos: De acordo com o Estatuto da Companhia, é assegurado aos a construção de suas 2 primeiras plantas industriais. Para a realização de Fundo de Investimento Multimercado Portifolio Plus 83.090 acionistas um dividendo mínimo obrigatório de 25% sobre o lucro líquido do suas atividades, a Companhia recebeu capitalizações da Controladora que Fundo de Investimento Multimercado Portifolio Gaia 20.365 exercício, ajustado na forma da Lei 6.404/1976. A Companhia não efetuou totalizavam, em 30 de abril de 2007, R$ 117.335,3, conforme decrito na Nota Certificado de Depósito Bancário HSBC (vencimento 01/04/2010) 337 pagamentos de dividendos, pois não possuía saldo nas contas de reserva 11. Os primeiros investimentos da Companhia foram realizados no Certificado de Depósito Bancário HSBC (vencimento 08/04/2009) 31 legal ou lucros acumulados. 12. Remuneração dos Administradores: Os Município de Alto Taquari - Mato Grosso - MT e no Município de Mineiros 103.923 administradores são remunerados unicamente através de pro-labore, sendo Goiás - GO, os quais receberão as duas primeiras unidades de Parcela classificada no circulante (103.555) que não foi estipulada nenhuma limitação à remuneração dos processamento de cana-de-açúcar, com início de operação previsto para Ativo não circulante 368 maio de 2009. Para a realização desses investimentos, a Companhia Os fundos estão alocados e considerados como disponibilidade devido o administradores e conselheiros. Tal limitação poderá ser fixada livremente organizou estrutura de apoio local em Alto Taquari - MT, a partir da qual estatuto dos mesmos conferirem resgate na data da sua solicitação (D+0). pelo Conselho de Administração da Companhia, conforme definido em iniciou o processo de captura de áreas para plantio dos viveiros de cana-de- Os Certificados de Depósito Bancário HSBC (“CDBs”) estão vinculados Assembléia Geral Extraordinária realizada em 29 de janeiro de 2007. Até 30 açúcar necessários para a fundação do canavial da usina de Alto Taquari - como caução para fiança concedida pelo Banco HSBC para o contrato de de abril de 2007, a remuneração paga aos administradores foi de R$ 1.655. 13. Gerenciamento de Riscos e Instrumentos Financeiros: MT. Até 30 de abril de 2007, a Companhia havia arrendado as seguintes locação da sede administrativa da Companhia em São Paulo. A a) Gerenciamento de risco: As atividades de gerenciamento de risco e áreas: remuneração do CDB está fixada em 100,3% da variação do CDI. Os CDBs administração dos instrumentos financeiros são realizadas por meio de Fazenda Área agricultável (hectares) Prazo estão alocados de acordo com os prazos de vencimento, os quais não Adriana 1.200 2 ciclos definição de estratégias, estabelecimento de sistemas de controle e superam 365 dias da contratação. Pirapitanga, Campestre e Pontal 1.680 1 ciclo determinação de limites de exposição cambial, de juros e de preços. 5. Imobilizado: Tx. médias HGW, Poderosa e Cerragro 327 2 ciclos anuais de Depreciação Valor b) Instrumentos financeiros: Os instrumentos financeiros são contratados Total 3.207 depreciação (%) Custo acumulada líquido exclusivamente com a finalidade de hedge, para garantir os compromissos Os contratos de arrendamento firmados pela Companhia têm seu prazo Terrenos e propriedades 20.000 – 20.000 assumidos pela Companhia. 14. Cobertura de Seguros (não auditada): fixado em ciclos de cana-de-açúcar. Cada ciclo de cana-de-açúcar é Viveiros de cana em formação 4.062 – 4.062 Em 30 de abril de 2007 a Companhia não mantinha cobertura de seguros definido em contrato como um período de 6 anos, com opção de acréscimo Móveis e utensílios 10 13 – 13 para riscos operacionais e outros para resguardar seus ativos imobilizados de mais 1 ano a exclusivo critério da Companhia. A Companhia e a Máquinas e equipamentos 10 364 (2) 362 e estoques. 15. Eventos Subseqüentes: a) Capital social: A Controladora BrasilAgro estão em negociação para definir a divisão proporcional da Computadores e periféricos 20 25 (1) 24 efetuou, em 14 de maio de 2007, aumento de capital no montante de Fazenda Morro Vermelho e suas benfeitorias. O contrato de Compromisso 24.464 (3) 24.461 R$ 270.612 com a emissão de 270.610.960 novas ações ordinárias com de Compra e Venda do imóvel determinou a liberação de área de 1.100 Os Gastos com implantação de viveiros estão diretamente relacionados à valor nominal de R$ 1,00 cada. Após este aporte o capital social da hectares para a Companhia a partir da data de assinatura do contrato. Esta estruturação da atividade-fim da Companhia. Estes desembolsos serão Companhia passou a ser de R$ 387.946. b) Criação de subsidiária: área foi destinada à implantação dos viveiros de cana-de-açúcar depreciados à taxa de 20% a.a. quando do início das operações, o qual é Em 07 de maio de 2007, foi constituída a sociedade limitada BRENCO necessários para a fundação do canavial da usina de Mineiros - GO. Para a previsto para maio de 2009, não podendo exceder o prazo de 5 anos. A Goiás Indústria e Comércio de Etanol Ltda., com a finalidade de concentrar fundação do canavial necessário para alimentar suas primeiras usinas, a composição dos custos incorridos dos viveiros, por localidade está todas as operações relacionadas à implantação de unidades de Companhia estabeleceu a meta de plantar um viveiro de 2.652 hectares até processamento de cana-de-açúcar na região dos Municípios de Alto Taquari 15 de Junho de 2007. Até 30 de abril de 2007, haviam sido plantados 459 demonstrada a seguir: - MT e Mineiros - GO. A subsidiária terá como atividade principal a produção Localidade hectares de cana-de-açúcar, com a seguinte distribuição: e comercialização de produtos derivados da cana-de-açúcar. Em 17 de julho Alto Taquari 3.253 Meta Total (hectares Realizado (hectares de 2007, a Sociedade BRENCO Goiás Indústria e Comércio de Etanol Ltda., 809 Fazenda até 15/06/2007) até 30/04/2007) Mineiros alterou sua denominação social para BRENCO Centro Oeste Indústria e 4.062 Adriana 300 232 Comércio de Etanol Ltda. (“Brenco Centro-Oeste”). c) Associação com o 6. Diferido: Pirapitanga 857 170 Grupo Andrela: Em 08 de maio de 2007, a Companhia firmou Contrato de Despesas administrativas 1.553 HGW 395 – Associação com o Grupo Andrela, um grupo empresarial com mais de Despesas de pessoal 2.106 Morro Vermelho 1.100 57 (952) 30 anos de experiência na prestação de serviços agrícolas, para a Total 2.652 459 Receitas financeiras Despesas financeiras 451 implantação de uma segunda unidade de processamento de cana-de-açúcar A Administração estima que não haverá atrasos na implantação das áreas 6 no Município de Mineiros. Para a implantação desta unidade, foi constituída planejadas. Em paralelo aos trabalhos de captura de área e plantio dos Outros 3.164 pela Companhia, em 03 de agosto de 2007, a sociedade limitada viveiros de cana-de-açúcar, a Companhia também destinou recursos à elaboração de seus projetos industriais, os quais deverão ser concluídos até Os gastos com despesas pré-operacionais foram alocados de acordo com a Companhia Energética Água Emendada Ltda. (“Água Emendada”). O Grupo finalidade de cada desembolso, os quais objetivavam a estruturação Andrela terá participação na Água Emendada de 30% do capital da dezembro de 2007. As obras para construção das unidades de Alto Taquari - MT e Mineiros - GO deverão ser iniciadas em fevereiro de 2008. Além do administrativa da Companhia. Estes gastos se referem a despesas com a sociedade, ficando os 70% restantes sob controle da Companhia. implantação e custeio dos escritórios administrativos da Companhia e de d) Localização de futuras unidades industriais: Além da unidade de Alto sucesso na conclusão das atividades de captura de área, plantio dos viveiros e construção das unidades industriais, a Companhia entende que o despesas com a contratação e remuneração de administradores e Taquari e das duas unidades de Mineiros, a Companhia já identificou áreas efetivo início das operações, seu posterior desenvolvimento, e a obtenção funcionários. A Companhia diferiu os resultados financeiros por encontrar- para a implantação de outras duas unidades industriais, uma no Município de lucros e fluxos de caixa positivos, dependem de outros diversos fatores se em fase pré-operacional, e por entender que tal resultado está de Perolândia - GO, e outra no Município de Costa Rica - MS. Estas cinco incluindo, mas não limitado à obtenção das licenças ambientais necessárias relacionado aos rendimentos auferidos com a aplicação do caixa da unidades formam, em conjunto, o Pólo Energético Alto Taquari-Mineiros, conforme a legislação em vigor, a obtenção de fontes de financiamento em Companhia, o qual será integralmente destinado à implantação do Plano de e sua entrada em operação se dará conforme a tabela abaixo: Capacidade de Ano da volume e custo adequados, seja por meio de emissão de ações ou Negócios. 7. Fornecedores: 1.074 moagem (milhões de entrada em empréstimos, a estruturação de uma equipe gerencial qualificada, e a Prestação de serviços 613 identificação de oportunidades com o rendimento esperado e um custo Produtos e insumos Unidade Localização toneladas por safra) operação 47 adequado considerando os preços dos produtos a serem comercializados. Outros Alto Taquari Alto Taquari 3 2009 1.734 2. Base de Preparação e Apresentação das Demonstrações Morro Vermelho Mineiros 3 2010 8. Obrigações por Aquisições de Bens e Direitos: Financeiras: As demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo Água Emendada Mineiros 3 2009 12.000 com as práticas contábeis adotadas no Brasil, observando as diretrizes Fazenda Morro Vermelho Perolândia Perolândia 3 2010 317 contábeis emanadas da legislação societária. O processo de elaboração Equipamentos agrícolas Costa Rica Costa Rica 3 2011 12.317 das demonstrações financeiras envolve a utilização de estimativas 15 O Compromisso de Compra e Venda da Fazenda Morro Vermelho prevê o Para o cumprimento das metas estabelecidas no Plano de Negócios, a contábeis pelo regime de competência. Essas estimativas foram baseadas em fatores objetivos e subjetivos, com base no julgamento da Administração pagamento de duas parcelas de R$ 6.000, a primeira vencendo em Companhia deverá implantar outras unidades, cuja localização, capacidade para determinação do valor adequado a ser registrado nas demonstrações 22 de outubro de 2007, e a segunda vencendo em 22 de abril de 2008. e ano de entrada em operação ainda não foram definidos. e) Contratos de financeiras. Itens significativos sujeitos a essas estimativas e premissas Ambas serão atualizadas com base na variação do IGP-M apurado pela parceria agrícola: Foram firmados pela Companhia dois contratos de incluem a seleção de vida útil do ativo imobilizado e de sua recuperabilidade Fundação Getúlio Vargas (FGV), pro rata até a data de seu pagamento. parceria agrícola com produtores rurais para a realização de plantio de nas operações, assim como análise dos riscos para determinação de 9. Obrigações por Instrumentos Derivativos: Foi contratado instrumento cana-de-açúcar conforme tabela a seguir: provisões, inclusive para contingências e avaliação dos instrumentos financeiro vinculando a variação do IGP-M com à variação do CDI, visando Área Agricultável financeiros e demais ativos e passivos na data do balanço. A liquidação das proteger os compromissos assumidos com relação A aquisição da Fazenda Fazenda Localização (hectares) transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores Morro Vermelho, conforme detalhado na Nota 8. 10. Contingências e Flores Portelândia - GO 125 significativamente divergentes dos registrados nas demonstrações Compromissos: a) Contingências: Até o encerramento deste período a Perdizes Portelândia GO 140 financeiras devido às imprecisões inerentes ao processo de estimativa. Os Companhia não registrou provisões decorrentes de contingências jurídicas, 265 cíveis, criminais, trabalhistas ou societárias. b) Compromissos: ativos e passivos são classificados como circulantes quando sua realização Os desembolsos decorrentes destes contratos ocorrerão quando do início da ou liquidação é provável que ocorra nos próximos doze meses. Caso i) Contratos de arrendamentos: A Companhia mantinha, em 30 de abril de exploração das áreas contratadas, sendo que, na data de assinatura destes 2007, três contratos de arrendamento de terras de terceiros para plantio de contrário, são demonstrados como não circulantes. A Companhia não contratos, foi pago adiantamento no montante de R$ 76 ao parceiro mantinha até 30 de abril de 2007 quaisquer ativos ou passivos em moeda cana-de-açúcar, com vencimentos variáveis até novembro de 2020. proprietário a título de compra antecipada de safra futura de cana-de-açúcar. estrangeira que necessitassem de conversão para reais pela taxa de Os compromissos futuros relacionados a estes contratos, estão fixados em câmbio da data de fechamento do balanço de forma que não há diferenças toneladas de cana-de-açúcar, portanto as estimativas ora apresentadas Os preços são definidos em toneladas de cana-de-açúcar por hectare, e liquidados com base no preço do ATR médio da cana-de-açúcar divulgado decorrentes de conversões de moedas que tenham sido reconhecidas na sofrerão variações de acordo com os índices definidos nos contratos. pelo CONSECANA-SP para cada safra. Foram firmados outros contratos de demonstração do resultado. A provisão para imposto de renda e Vencimento parceria pela Brenco Centro-Oeste que totalizam uma área agricultável 971 contribuição social não foi computada devido ao fato de a Companhia estar 2008 971 adicional de 6.219 hectares distribuídos da seguinte forma: Estado de Goiás, em fase pré-operacional, na data do balanço. 3. Sumário das Principais 2009 5 contratos no Município de Mineiros com área total cultivável de 3.460 971 Práticas Contábeis: a) Apuração do resultado: Por encontrar-se em fase 2010 971 hectares, 2 contratos no Município de Perolândia com área total cultivável de pré-operacional, a Companhia não apurou resultado. Todos os gastos e 2011 4.825 235 hectares, 4 contratos no Município de Portelândia com área total receitas incorridos e auferidos no período foram registrados no ativo De 2012 a 2020 8.709 cultivável de 499 hectares, e 01 no Estado de Mato Grosso, no Município de diferido. b) Disponibilidade e valores equivalentes: Incluem-se os saldos em conta movimento e aplicações financeiras resgatáveis no prazo de até ii) Assinatura de contratos de compra e venda: Em 20 de abril de 2007, a Alto Taquari, com área total cultivável de 2.025 hectares. Os desembolsos 90 dias da data da aplicação, registradas ao custo, acrescido dos Companhia assinou, em conjunto com a BrasilAgro - Companhia Brasileira de decorrentes destes contratos ocorrerão quando do início da exploração das rendimentos auferidos até a data do balanço, que não supera o valor de Propriedades Agrícolas (“BrasilAgro”), Compromisso de Compra e Venda áreas contratadas, sendo que, na data de assinatura destes contratos, foi mercado. c) Imobilizado: O ativo imobilizado está registrado ao custo de para aquisição da propriedade rural denominada Fazenda Morro Vermelho, pago adiantamento no montante de R$ 2.153 ao parceiro proprietário a título aquisição, formação ou construção. As depreciações são calculadas pelo no montante de R$ 80.000 localizada no município de Mineiros - GO, e que de compra antecipada de safra futura de cana-de-açúcar. Os preços são método linear, com base em taxas anuais que levam em consideração a tem uma área total de 15.543 hectares. Os direitos e obrigações decorrentes definidos em toneladas de cana-de-açúcar por hectare, e liquidados com vida útil-econômica remanescente dos bens, demonstrada na Nota 5. do Compromisso de Compra e Venda caberão à Companhia na razão de 25% base no preço do ATR médio da cana-de-açúcar divulgado pelo CONSECANA-SP para cada safra. Os gastos com formação de viveiros estão registrados pelo custo histórico do total, e à BrasilAgro na razão de 75% do total. A Diretoria

Aos Administradores e Acionistas da BRENCO - Companhia Brasileira de Energia Renovável S.A. - Examinamos o balanço patrimonial da BRENCO - Companhia Brasileira de Energia Renovável S.A., levantado em 30 de abril de 2007, e as respectivas demonstrações das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes ao período findo naquela data, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreendeu: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos,

Parecer dos Auditores Independentes o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Companhia; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Companhia, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da BRENCO - Companhia Brasileira de Energia Renovável S.A., levantado em 30 de abril de 2007, as mutações de seu patrimônio

Maurício Araújo Contador - CRC 1SP215426/O-4

líquido e as origens e aplicações de seus recursos referentes ao período findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 27 de agosto de 2007

Auditores Independentes S.S. CRC-2SP015199/O-6

Paulo Sérgio Dortas Contador CRC-1BA015250/O-8-S-SP

Eles cresceram e agora anunciam leites especiais da marca líder

trola. O volume expressivo de recursos está à altura das pretensões dos executivos da empresa: abrir o capital e atrair acionistas para o negócio que há três anos quase foi ao chão. O presidente da Parmalat, Marcos Elias, disse que o pedido de abertura de capital já foi feito. Assim, está impedido de divulgar projeções e números, mas revelou que, em junho, a marca já detinha 11,3% do mercado de leite longa vida – liderando as vendas do segmento

com 60 milhões de litros por mês, processados em 12 unidades, das quais sete próprias e as demais arrendadas. Com o capital obtido no mercado, a intenção de Elias é investir mais na Integralat, a holding da qual a Parmalat é a estrela. O objetivo é ampliar o plantel de vacas mais produtivas – elas dão de 15 a 18 litros diários ante a média nacional de três a quatro litros – com as quais trabalham os produtores integrados à empresa.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA:

TOMADAS DE PREÇOS A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Obras: TOMADA DE PREÇOS - OBJETO - N.º - PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO - PRAZO - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR - GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/1393/07/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio(s) escolar(es) - EE Ernesto Masselani - Av. Sebastião Veríssimo, 938 - Jardim Popular - Matão/SP 90; EE Simão da Silva - Praça da Matriz, 469 - Centro - São Simão/SP - 120 - R$ 40.326,00 - R$ 4.032,00 - 09:30 - 18/09/2007. 05/1394/07/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio(s) escolar(es) - EE Dr. Joaquim Guilherme Moreira Porto - Rua São Vicente de Paulo, 453 - Vila Cantizani - Piraju/SP - Adequação (Cobertura de Quadra) = 90; Reforma = 120; EE Prof. Amaury Pacheco - Rua Izauro Pigozzi, s/nº - Jardim Bandeirantes - Marília/SP - 90 - R$ 53.716,00 - R$ 5.371,00 - 10:30 - 18/09/2007. 05/1395/07/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio(s) escolar(es) - EE Sta. Albertina - Praça 31 de Março, 655 - Centro - Santa Albertina/SP - 120; EE Othaydes Luiz Arantes - Rua Faustino Moreira Gonçalves, 1273 - Indiaporã/SP - 90 - R$ 42.841,00 - R$ 4.284,00 - 11:30 - 18/09/2007. 05/1397/07/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista - EE Hiroshi Kosuge - Rua B. Kantian, s/nº - Estrada Municipal Kantian - Ribeirão Branco/SP (Reg. Adm. Sorocaba) - 90 - R$ 17.594,00 - R$ 1.759,00 - 14:00 - 18/09/2007. 05/1398/07/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista - EE República da Venezuela II - Rua Campo Alegre, 48 - Jardim Araponga - Guarulhos/SP - 90 - R$ 17.594,00 - R$ 1.759,00 - 15:00 - 18/09/2007. 05/1407/07/02 - Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio(s) escolar(es) - EE Profª Ita Fortes - Rua Romualdo Canevari, 181 - Jardim São José - Cruzeiro/SP Reforma = 60; Adequação (Cobertura de Quadra) = 120 - R$ 23.623,00 - R$ 2.362,00 - 16:00 - 18/ 09/2007. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 31/08/2007, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 17/09/2007, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Fábio Bonini Simões de Lima Presidente


quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Nacional Empresas Agronegócio Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

7 Festa deve movimentar em torno de R$ 15 milhões em Holambra até o dia 23 de setembro

DÍVIDAS PODEM CHEGAR A R$ 6 BILHÕES

A CIDADE DE HOLAMBRA ABRIGA A EXPOFLORA, PRINCIPAL VITRINE DOS PRODUTORES DE FLORES DO PAÍS.

O SEGREDO DA FLOR MULTICOLORIDA Marcos Peron/Virtual Photo

que cada pétala assuma uma cor é o grande segredo dele. Na Europa, é patenteada como rosa multicolorida Rosas Alegres ou Rosas Arcodeve ser o principal Íris. Aqui, os organizadores da d e s t a q u e d a 2 6 ª Expoflora promoverão uma edição da Expoflo- consulta aos visitantes para ra, evento considerado a vitrine eleger o nome nacional. O mercado brasileiro, sedos produtores de flores do País. A exposição será realizada gundo estimativas do Instituto de hoje até o dia 23 de setembro Brasileiro de Floristas (Ibrana cidade de Holambra, inte- f l o r ) , d e v e m o v i m e n t a r rior de São Paulo, e terá ainda a US$ 1,7 bilhão entre produção e varejo, neste ano. Na apresentação de 17 novas média, isso variedades. co rre spon de A organização ao consumo da feira invesper capita de tiu R$ 3,5 miUS$ 7 por ano lhões em inpor habitante. f r a - e s t ruNa Europa, o tura. A exvalor sobe papectativa é ra US$ 70. Na de que peNoruega, chelo menos ga a US$ 143 e, 310 mil turisna Suíça, a tas – 5% a mais US$ 170. "O que na última edimercado de ção – visitem o flores e planevento e movimentem R$ 15 t a s o r n amilhões na economia local. mentais Entre as novidades nacioestá em nais deste ano estão cinco vac o n s t a nriedades de rosas – uma delas de cor creme, lançamento te desenvolvimento para oferem u n d i a l e m H o l a m b r a – , cer novidades e promover o duas variações coloridas de consumo ainda muito pequeno lírio e oito novos tons e textu- no Brasil", disse o coordenador ras de hibiscos. Também são da Expoflora, Paulo Fernandes. A exposição de flores e plann o v i d a d e s a s e m p re - v i v a c o m p o n t a s d o u r a d a s , a tas é montada em um pavilhão Ad’oro, e uma coleção de co- de 720 metros quadrados. Neste res de minirrosas da varieda- ano, a preocupação da mostra é essencialmente com o ambiende Terraza. A rosa multicolorida che- te, segundo o coordenador da gou ao Brasil com a importa- montagem, Jan Willem van der dora Hozilia Flores, de Ho- Boon. O tema "Flores, essência e lambra. De acordo com o em- sonhos" faz ainda alegorias à lipresário Michel de Graaff, o berdade. A exposição utiliza produto já está em fase de tes- 250 mil hastes de flores de corte tes de produção nacional e de- e 1.035 espécies de plantas para ve chegar ao mercado, no má- montar 23 cenários. Além da exposição, a Expoximo, em meados do ano que vem. Para a Explofora, serão flora também abriga a mostra de paisagismo importadas 20 Minha casa & mil unidades. Meu jardim, Cada uma cuscom idéias e tará R$ 15. "A sugestões para logística da decoração de importação é diversos espamuito complemilhões de reais ços da casa. xa e cara. Essa foram os A Expoflora variedade, se é a maior mosbem aceita peinvestimentos em tra brasileira lo brasileiro, o de flores e que acredita- infra-estrutura para a plantas ornamos que vai realização da 26ª mentais. Hoacontecer, só edição da Expoflora, lambra é resdeve se tornar em Holambra. ponsável por comum por cerca de 40% aqui com a do comércio produção nanacional do segmento e por cional", disse o empresário. A flor multicolorida foi lan- 80% das exportações do País. çada em novembro do ano pas- No primeiro quadrimestre sado na Hortifair, em Amster- do ano, o Brasil exportou dam, na Holanda. Até agora já US$ 10,15 milhões em flores e vendeu pelo menos 1,5 milhão plantas ornamentais, uma exde unidades na Europa. A ro- pansão de 9,64% em relação sa, que tem cada pétala com ao mesmo período de 2006. uma cor diferente, foi desen- As importações aumentavolvida pelo produtor holan- ram, chegando a US$ 3,38 midês Peter van de Werken. Ele lhões. Com isso, a balança cocriou uma forma de colocar co- mercial da floricultura regisrantes naturais na água absor- trou saldo positivo de US$ vida pela planta. Como fazer 6,77 milhões.

Mário Tonocchi

A

3,5

Feira apresentará 17 novas variedades

Público poderá visitar exposições de paisagismo para ambientes domésticos

Agricultor poderá prorrogar dívidas Conselho Monetário Nacional ( C M N ) r e g u l amentou ontem a concessão de bônus e a prorrogação das dívidas de investimento dos produtores rurais que vencem neste ano. O benefício havia sido anunciado pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, em julho e desde então a área econômica estudava a criação de um instrumento legal para a concessão do desconto. As dívidas de investimento que vencem ainda neste ano somam entre R$ 5 bilhões e R$ 6 bilhões, mas o secretário

O

adjunto de Microfinanças e Política Agrícola da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, avaliou que um montante inferior a esse poderá ser prorrogado. Ele explicou que o desconto depende do programa, da taxa de juro no momento da contratação do crédito e do tipo de atividade exercida pelo produtor. Cafeicultores e agricultores de cana-de-açúcar, por exemplo, terão direito a desconto de 10% na parcela da dívida que vence neste ano, mas não serão beneficiados por prorrogações. O cenário para a venda

desses produtos é bom, o que favorece o pagamento dos débitos, avaliou o governo. Já os produtores de algodão, arroz, milho, soja, sorgo e trigo que tenham financiamentos do Prodecoop (modernização das cooperativas), Moderfrota e Finame Agrícola Especial (programas para a renovação da frota agrícola) terão direito a um desconto de 15%, desde que 15% do valor devido seja pago até a data de vencimento do contrato. Quem se enquadrar nessa categoria vai pagar 15% do que deve e ganhará um bônus de 15% e o restante da dívida, 70%, será prorrogado pa-

ra até um ano após o vencimento da última parcela. Segundo o secretário, os problemas enfrentados pelos agricultores nos últimos anos – seca na região Sul e ferrugem asiática no Centro-Oeste – justificam o tratamento diferenciado. O produtor poderá prorrogar um percentual inferior ao estabelecido pelo CMN, que também abriu a possibilidade de prazo maior de quitação de 100% dos débitos, desde que os produtores comprovem que não têm condições de pagar o mínimo exigido. O prazo vai depender também das instituições financeiras. (AE)


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9. Provisões técnicas (a) Composição Provisão para resgates ...................................................................... Provisão matemática para resgates .................................................... Provisão para resgate de títulos vencidos .......................................... Provisão para resgate antecipado de títulos ....................................... Provisão para sorteios ....................................................................... Provisão para sorteio a realizar ........................................................... Provisão para sorteio a pagar .............................................................. Outras provisões ................................................................................. Provisão para contingências ................................................................ Provisão administrativa ......................................................................... Saldo em 30 de junho ..........................................................................

2007 2.260.871.537 1.903.421.454 132.060.171 225.389.912 22.882.922 21.546.642 1.336.280 79.343.729 12.165.618 67.178.111 2.363.098.188

2006 2.110.883.494 1.779.996.593 142.358.986 188.527.915 19.296.999 18.586.728 710.271 96.747.058 43.360.187 53.386.871 2.226.927.551

(b) Movimentação Saldo em 1º de janeiro ........................................................................ (+) Constituições ................................................................................... (-) Resgates/Sorteios ........................................................................... (+/-) Atualização monetária e juros ...................................................... Saldo em 30 de junho ..........................................................................

2007 2006 2.307.115.869 2.138.865.562 631.268.585 588.583.065 (654.036.703) (573.117.589) 78.750.437 72.596.513 2.363.098.188 2.226.927.551

10. Garantia das provisões técnicas Os valores dos bens e direitos oferecidos em cobertura das provisões técnicas são os seguintes: Ações ........................................................................................................ Títulos de renda fixa ................................................................................. Títulos de renda variável ......................................................................... Imóveis ......................................................................................................

2007 158.964.081 2.166.095.588 87.307.665 10.730.855 2.423.098.189

2006 140.648.289 2.075.999.798 62.029.628 10.995.956 2.289.673.671

11. Ativos e passivos contingentes e obrigações legais - fiscais e previdenciárias (a) Ativos contingentes No primeiro semestre de 2007, a Empresa não reconheceu contabilmente ativos contingentes, porém, existem processos cuja perspectiva de êxito é provável no qual pleiteia a devolução, mediante compensação ou restituição dos valores recolhidos a título de Imposto sobre o Lucro Líquido - ILL, instituído pelo artigo nº 35 da Lei nº 7713/88, uma vez que referido tributo foi julgado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal em processo similar, no montante de R$ 39.571.137. (b) Passivos contingentes classificados como perdas prováveis e obrigações legais - fiscais e previdenciárias A Empresa é parte em processos judiciais, de natureza trabalhista, cível e fiscal, decorrentes do curso normal de suas atividades. As provisões foram constituídas levando em conta a opinião dos assessores jurídicos, a natureza das ações, a similaridade com processos anteriores, a complexidade e o posicionamento de nossos Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável. A Administração da Empresa entende que as provisões constituídas são suficientes para fazer face a eventuais perdas decorrentes dos respectivos processos. O passivo relacionado à obrigação legal em discussão judicial é mantido até o ganho definitivo da ação, representado por decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, ou a sua prescrição. (i) Obrigações legais - fiscais e previdenciárias A Empresa está discutindo judicialmente a legalidade e constitucionalidade de alguns tributos e contribuições, os quais estão totalmente provisionados não obstante as boas chances de êxito a médio e longo prazo, de acordo com a opinião dos assessores jurídicos. As principais questões são: CSLL - alíquotas diferenciadas - ECR nº 01/94 e EC nº 10/96 - R$ 77.955.924 (R$ 74.668.876 em 2006) - questionamento da CSLL exigida das companhias seguradoras, nos anos-base de 1995 e 1996 por alíquotas superiores às aplicadas às pessoas jurídicas em geral, em desrespeito ao princípio constitucional da isonomia. CSLL - empresas sem empregados - R$ 93.047.994 (R$ 88.636.362 em 2006) - pleiteia o não recolhimento da CSLL dos anos-base de 1996 a 1998 - anos nos quais a empresa não possuía empregados, uma vez que o artigo nº 195 da Constituição prevê que essa contribuição somente é devida pelos empregadores. CSLL - dedutibilidade da base de cálculo do IR - R$ 60.681.911 (R$ 47.066.570 em 2006) - pleiteia calcular e recolher o imposto de renda devido, relativo ao ano-base de 1997 e subseqüentes, sem efetuar a adição da CSLL na base de cálculo respectiva, determinada pelo artigo 1º da Lei nº 9.316/96, uma vez que essa contribuição representa uma despesa efetiva, necessária e obrigatória da Empresa. (ii) Processos trabalhistas Os passivos contingentes decorrentes de litígios trabalhistas são apurados com base no valor médio das perdas ocorridas nos últimos doze meses, aplicado sobre a quantidade de processos ativos e, quando aplicável, são complementados por provisões para causas específicas. (iii) Processos cíveis Referem-se à estimativa global de perdas decorrentes de curso normal das operações, cujos valores estão sendo discutidos judicialmente. As questões discutidas nas ações normalmente não constituem eventos capazes de causar impacto representativo no resultado do semestre. Não existem em curso passivos contingentes relevantes para os quais as chances de perdas sejam prováveis que não tenham sido razoavelmente estimados. (iv) Movimentação das provisões constituídas No início do semestre ........................................... Constituições ............................................................ Reversões ................................................................ Atualização monetária ............................................. No final do semestre de 2007 .............................. No final do semestre de 2006 ..............................

Fiscais e previdenciárias 238.242.220 9.179.046 6.357.032 253.778.298 225.507.855

Trabalhistas 458.402 150.562 608.964 360.037

Cíveis 1.148.087 25.817 (142.477) 1.031.427 1.148.087

12. Patrimônio líquido (a) Capital social e dividendos O capital social, totalmente subscrito e integralizado, é representado por 451.623 em ações ordinárias, nominativas e escriturais, sem valor nominal. De acordo com as disposições estatutárias, a cada ação corresponde um voto nas Assembléias Gerais, sendo garantido aos acionistas um dividendo mínimo de 25% do lucro líquido de cada exercício, ajustado nos termos da legislação societária brasileira. (b) Atos societários Em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 29 de março de 2007, o acionista da Empresa deliberou, entre outros assuntos, o aumento de capital no montante de R$ 77.103.079, mediante a capitalização do saldo das contas Reserva de Lucros Reserva Legal de 2004 - R$ 1.393.232; Reserva de Lucros Reserva Legal de 2005 - R$ 16.489.009; Reserva de Lucros Reserva Estatutária de 2005 - R$ 55.691.037 e de parte do saldo de Reserva de Lucros Reserva Estatutária de 2006 - R$ 3.529.800, sem emissão de ações. Este ato societário encontra-se em aprovação pela Superintendência de Seguros Privados SUSEP. (c) Reserva de capital Corresponde à reserva de doações e subvenções de investimentos decorrentes de incentivos fiscais recebidos. (d) Reserva de reavaliação Nos termos da Circular SUSEP nº 15/1992, a reserva de reavaliação está apresentada líquida dos impostos incidentes, e é amortizada com base na depreciação dos ativos correspondentes. (e) Reserva legal Constituída ao final de cada exercício, na forma prevista na legislação societária brasileira, podendo ser utilizada para a compensação de prejuízos ou para aumento do capital social.

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(f) Reserva estatutária Constituída por até 100% do lucro líquido remanescente, após as deduções legais e a constituição de reserva legal, é efetuada ao final de cada exercício social, até atingir o limite de 95% do capital social, estando sujeita à deliberação em Assembléia Geral. 13. Detalhamento das contas da demonstração de resultado (a) Despesas administrativas Despesas com pessoal próprio .............................................................. Despesas com serviços de terceiros ..................................................... Despesas com localização e funcionamento ......................................... Despesas com publicidade e propaganda institucional ......................... Despesas com publicações .................................................................... Despesas com depreciação e amortização ........................................... Despesas com donativos e contribuições ............................................. Despesas administrativas diversas ........................................................

2007 (5.939.627) (5.056.076) (6.814.259) (4.188.249) (647.436) (33.423) (580.986) (222.500) (23.482.556)

2006 (6.169.238) (3.769.685) (6.106.454) (4.464.929) (577.035) (27.048) (77.543) (196.841) (21.388.773)

(933.331) (5.782.224) (214.673) (47.473) (6.977.701)

(796.728) (4.902.942) (213.473) (155.836) (6.068.979)

176.632.965 21.740.188 570.649 2.438.939 266.313 201.649.054

178.717.619 3.055.179 42.570.934 15.663.391 17.214.209 390.418 257.611.750

(1.368.968) (1.192.444) (6.357.032) (78.750.437) (4.064.739) (1) (28.218) (91.761.839)

(2.059.517) (1.750.161) (20.619.468) (72.596.513) (3.858.691) (48.595) (71.282) (101.004.227)

(1.925) 418 975.334 973.827

7.504.038 (57.549) 33.541 7.480.030

(b) Despesas com tributos Despesas com PIS ................................................................................... Despesas com COFINS ............................................................................ Taxa de fiscalização ................................................................................ Outras despesas com tributos ................................................................ (c) Receitas financeiras Receitas com títulos de renda fixa - privados ........................................ Receitas com títulos de renda fixa - públicos ........................................ Receitas com títulos de renda variável ................................................... Receita com créditos tributários .............................................................. Atualização monetária de depósitos judiciais ........................................ Outras receitas financeiras ..................................................................... (d) Despesas financeiras Despesas financeiras eventuais - juros ................................................ Tributação sobre operações financeiras ............................................... Atualização monetária contingências passivas ..................................... Despesas financeiras com títulos de capitalização ............................... Despesas com CPMF ............................................................................... Prejuízo na venda de títulos e valores mobiliários ................................. Outras despesas ..................................................................................... (e) Resultado não operacional Recuperação processo fiscal ................................................................. Constituições de provisões ..................................................................... Lucro na alienação do permanente ......................................................... Outras receitas não operacionais ..........................................................

14. Imposto de renda e contribuição social A conciliação da despesa de imposto de renda e contribuição social sobre o lucro, calculada pela aplicação das alíquotas fiscais vigentes, e a despesa contabilizada em resultado são como seguem: Resultado antes de impostos e participações ....................................... Imposto de renda e contribuição social às alíquotas básicas de 25% e 9%, respectivamente ......................................................................... Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos ....................... Participação no lucro ............................................................................ Despesas indedutíveis líquidas das receitas não tributáveis ............ Ajustes efetuados na declaração de rendimentos ................................ Outros valores .......................................................................................... Imposto de renda e contribuição social no semestre ............................

2007 185.129.474

2006 221.508.837

(62.944.021)

(75.313.005)

77.463 (830.825) (279.611) (63.976.994)

51.768 911.372 (141.374) 36.677 (74.454.562)

15. Cálculo do patrimônio líquido ajustado A seguir detalhamos o cálculo do patrimônio líquido ajustado em 30 de junho: Patrimônio líquido contábil ........................................................................ Despesas antecipadas ............................................................................ Patrimônio líquido ajustado em 30 de junho ............................................

2007 608.366.771 (2.386.820) 605.979.951

2006 435.690.720 (146.923) 435.543.797

16. Outras informações (a) Benefícios a funcionários A Empresa é patrocinadora de um plano de previdência complementar para seus funcionários e administradores, na modalidade Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL). O PGBL é um plano de previdência do tipo de contribuição variável, que permite acumular recursos financeiros ao longo da carreira profissional do participante mediante contribuições pagas por ele mesmo e pela empresa patrocinadora, sendo os recursos investidos em um Fundo de Investimento Exclusivo - FIE. O PGBL é administrado pela Bradesco Vida e Previdência S.A., e a BRAM - Bradesco Asset Management S.A. DTVM é a responsável pela gestão financeira dos fundos FIEs. As contribuições dos funcionários e administradores da Empresa são equivalentes a 4% do salário, exceto para os participantes que em 2001 optaram em migrar do plano de benefício definido para o plano de contribuição variável (PGBL), cujas contribuições foram mantidas nos níveis que vigoravam no plano de benefício definido quando da transferência de plano, observando-se sempre o mínimo de 4% do salário. As obrigações atuariais do plano de contribuição variável (PGBL) estão integralmente cobertas pelo patrimônio do FIE correspondente. Além do plano de contribuição variável (PGBL) anteriormente apresentado, está assegurado aos participantes transferidos do plano de benefício definido um benefício proporcional diferido, correspondente aos seus direitos acumulados nesse plano. Para os participantes do plano de benefício definido, transferidos ou não para o PGBL, participantes aposentados e pensionistas, o valor presente das obrigações atuariais do plano está integralmente coberto por ativos garantidores. A contribuição para o plano durante o semestre de 2007 montou a R$ 747.488 (R$ 744.705 em 2006), que estão integralmente cobertos por provisões técnicas, que totalizam R$ 31.657.200 (R$ 27.552.090 em 2006), sendo: benefícios concedidos - R$ 12.151.071 (R$ 12.007.381em 2006); benefícios a conceder R$ 19.506.129 (R$ 15.544.709 em 2006). Além desse benefício, a Empresa oferece aos seus funcionários e administradores também seguro saúde, assistência odontológica, seguro de vida e de acidentes pessoais e treinamento profissional. (b) Comitê de auditoria - Resolução CNSP nº 118/2004 O resumo do relatório do Comitê de Auditoria foi divulgado junto com as demonstrações contábeis do Banco Bradesco S.A. (controlador indireto) em 08 de agosto de 2007. (c) Outras despesas patrimoniais Refere-se à provisão para desvalorização de investimentos - incentivos fiscais, constituída em função de expectativa do valor de realização dos mesmos. (d) Circular SUSEP nº 334/2007 Em 2 de janeiro de 2007, a SUSEP emitiu a Circular SUSEP nº 334 instituindo um novo plano de contas para entrar em vigor a partir de 1º de janeiro de 2007. Além de diversas alterações introduzidas, o normativo também referenda para utilização pelas sociedades de capitalização os critérios estabelecidos no pronunciamento NPC nº 27, de 29 de dezembro de 2005, do IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil que trata sobre Demonstrações Contábeis - Apresentação e Divulgações. (e) Divulgação das demonstrações contábeis consolidadas Nos termos do artigo 275, parágrafo 3º da Lei nº 6.404/76, informamos que as demonstrações contábeis consolidadas de 30 de junho de 2007 da Bradesco Seguros S.A., empresa líder do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência, foram publicadas nesta mesma data na Gazeta Mercantil, Jornal do Commercio, Diário do Comércio e no Diário Oficial do Estado de São Paulo.

DIRETORIA Luiz Carlos Trabuco Cappi Norton Glabes Labes Samuel Monteiro dos Santos Júnior Marcos Suryan Neto Ivan Luiz Gontijo Júnior Ricardo Alahmar Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa

- Diretor-Presidente - Diretor-Geral de Capitalização - Diretor - Diretor - Diretor - Diretor - Diretor

Luiz Henrique Cajado de Azeredo Coutinho Atuário MIBA nº 701 Getúlio Antônio Guidini Contador CRC-1RS034447/O-7S-SP PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

Aos Administradores e Acionistas Bradesco Capitalização S.A. 1. Examinamos os balanços patrimoniais da Bradesco Capitalização S.A. em 30 de junho de 2007 e de 2006 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade da sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações contábeis. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações contábeis em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da companhia, (b) a constatação, com

base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da companhia, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3. Somos de parecer que as referidas demonstrações contábeis apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Bradesco Capitalização S.A. em 30 de junho de 2007 e de 2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 17 de agosto de 2007 Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5

Edison Arisa Pereira Contador CRC 1SP127241/O-0


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Nacional Finanças Empresas Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Hoje, de 80% a 90% do nosso esforço está voltado à internacionalização. Jae Ho Lee, Grupo Ornatus

PREÇO DO PRODUTO VIRÁ ESTAMPADO NA CAPA

Fotos: Divulgação

NOVA TECNOLOGIA PERMITIRÁ A VENDA DE CDs POR R$ 5 Baixo custo de produção do Semi Metalic Disc reduz preço final dos discos Paula Cunha

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riblar a pirataria oferecendo um produto com a mesma tecnologia do CD ao preço de R$ 5 a unidade. Parece uma missão impossível, mas é isso que o cantor sertanejo Ralf e a Microservice, líder na fabricação de CDs, DVDs e games na América Latina, pretendem com o fechamento de um acordo exclusivo de 20 anos para uso da patente Semi Metalic Disc (SMD), que pertence à empresa Ralf Produções. O anúncio da parceria foi feito ontem na sede da Microservice, em Barueri, São Paulo. A expectativa é de utilizar a tecnologia também na fabricação de DVDs, que teriam preço de R$ 8, e de games, que custariam de R$ 12 a R$ 15. O SMD foi concebido por Ralf Richardson da Silva, da dupla sertaneja Christian & Ralf. Depois de ver as vendas de seus CDs e de outros artistas despencar com a expansão da pirataria, cantor buscou especialistas para desenvolver uma tecnologia mais barata e adquiriu a patente.

15

reais deverá ser o preço de DVDs e discos para jogos em razão da economia com embalagens e redução de banda metálica. Ralf argumenta que ele e outros artistas têm o direito de viver da venda dos CDs, e não aceita que sua sobrevivência esteja restrita à realização de shows em função do crescimento da pirataria. "Os preços do SMDs não subirão. Eles já saem da fábrica com o valor de R$ 5 estampado na capa", diz. Outro fator que garante esse preço é a embalagem, elaborada em papel-cartão especial. Ela assegura a integridade da mídia e facilita o transporte e o armazenamento. Para os representantes da Microservice, a tecnologia utilizada na fabricação do SMD reduz o preço do produto tam-

bém, por ele ter apenas uma pequena banda metálica. Além disso, para alcançar uma margem maior de escala na produção, os artistas abrem mão de parte do lucro, que conseguem reaver com o aumento das vendas dos discos com preço final mais baixo para o consumidor. Vida longa – O diretor da Microservice, Isaac Hemsi, afirma que o SMD utiliza a base de configuração do CD. Segundo ele, sua empresa apostou na tecnologia por acreditar que "não haverá substituto para o CD. porque ele abriga todas as tecnologias que ainda virão". O executivo diz que o MP3 não possui a mesma qualidade do CD e que o download pela internet representa hoje apenas 2% da produção musical mundial. Ralf acrescenta que a tecnologia contribuirá para lançar novos artistas no mercado. "Espero que as grandes gravadoras adotem o projeto", afirma. Quanto à distribuição, ela ficará a cargo do próprio artista, que poderá utilizar canais alternativos, como bancas de jornal, vendas em shows e em outros eventos, além da oferta pela internet.

A internacionalização da marca de bijuterias Morana vai começar por Estados Unidos e Portugal

Marca Balonè será voltada para meninas

Rede Jin Jin muda conceito para atrair o público

Redes Jin Jin e Morana mudam para ganhar mercado externo Fátima Lourenço

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empresário Jae Ho Lee, conhecido pela atuação à frente das redes Jin Jin, de comida chinesa, e Morana, de acessórios fe-

mininos, anunciou nesta semana a criação do Grupo Ornatus, que abrigará essas marcas e será comandado em parceria com o irmão Marcos Lee. O novo formato administrativo contempla demandas dos projetos de internacionalização e expansão local dos negócios da família. O grupo estréia, ainda neste ano, nova rede franquias, a Balonè, de acessórios e bijuterias para meninas entre oito e 16 anos. A expectativa de Lee é quintuplicar a receita das redes com o impulso esperado pela internacionalização. Em 2006, Jin Jin e Morana faturaram, respectivamente, R$ 25 milhões e R$ 40 milhões. A restruturação dos negócios do Grupo Ornatus começou há cerca de dois anos, com mudanças na Jin Jin. Criada em 1992, a franquia de comida chinesa "estava muito associada ao fast-food", segundo Lee. No novo formato, já implantado na loja do Shopping Villa Lobos, outros tipos de pratos asiáticos foram incorporadas ao cardápio, e as refeições passaram a ser preparadas na hora (em vez do consumo por quilo). A loja ganhou layout novo e o logotipo incorporou o nome da panela onde se prepara o alimento – Jin Jin Wok. As 41 franquias da rede, em sete estados brasileiros, adotarão o modelo. Segundo Lee, a mudança na unidade do Villa Lobos resultou em crescimento de 90% no faturamento. Até o final do ano, a Jin Jin abre pelo menos mais nove lojas. Excluído o ponto, uma franquia da marca exige investimento entre R$ 180 mil e R$ 200 mil. O Grupo Ornatus prepara a internacionalização da empresa. Ela ocorrerá por meio de parceria com dois franqueados brasileiros. Eles ficarão à

frente da operação (em Portugal ou Estados Unidos), como sócios da companhia. "Hoje, de 80% a 90% do nosso esforço está voltado à internacionalização", afirma o empresário. Tanto que o irmão de Jae, Marcos, diretor-presidente do Ornatus, está de mudança para a Califórnia, Estados Unidos, de onde comandará a expansão internacional da Morana. A marca terá lojas em Los Angeles, Nova York, além da cidade do Porto, em Portugal. As primeiras três lojas serão abertas em 2007. No Brasil, onde existe há cinco anos, a Morana está presente em 16 estados, com 72 unidades. Segundo o diretor de marketing e expansão, Eduardo Morita, a rede fecha 2007 com pelo menos mais 20 lojas (entre aberturas e novos contratos). A Morana contabiliza 20 consultas diárias de empreendedores interessados em entrar no negócio. Adolescentes – A nova bandeira do grupo, a Balonè, pretende conquistar o público jovem. A primeira unidade própria será inaugurada em outub ro , e m S ã o P a u l o , e f u n cionará como um piloto, para ajustes da operação. Franqueados da Morana terão prioridade inicial para fazer dela uma opção de expansão dos negócios. Para seduzir meninas e adolescentes, os acessórios da marca terão personagens licenciados, sobretudo, da Disney. A experiência acumulada por Lee e sua equipe, no varejo, já desperta interesse de empresários estrangeiros, interessados em parcerias estratégicas para expandir negócios no Brasil. Ele afirma que tem sido procurado e tem interesse em acordos do gênero, para otimizar os recursos.

As peças da Morana já são vendidas em 72 lojas em 16 estados


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

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quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Empresas Tr i b u t o s Finanças Nacional

DIÁRIO DO COMÉRCIO

11

1

SUPERÁVIT PRIMÁRIO TEVE QUEDA

bilhão de reais é quanto o governo emprestará às empresas mais afetadas pelo dólar fraco

JUROS PAGOS PELA UNIÃO E DÓLAR FRACO CONTRIBUÍRAM PARA O MAU RESULTADO DE JULHO

DÍVIDA PÚBLICA CHEGA A 44,4% DO PIB A 1,104

dívida líqüida do setor público aumentou R$ 9,664 bilhões no mês passado e atingiu R$ 1,104 trilhão, o equivalente a 44,4% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma das riquezas produzidas no País ao longo dos últimos 12 meses, calculada em R$ 2,489 trilhões. Houve, portanto, um aumento de 0,1 ponto percentual na relação dívida/PIB, ante os 44,3% verificados na equivalência do mês de junho. As informações constam do relatório de Política Fiscal divulgado ontem pelo chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Altamir Lopes. Ele disse que o comprometimento do PIB com a dívida líquida é menor, porém, que

trilhão de reais foi quanto somou a dívida líqüida do setor público no mês passado, um acréscimo de R$ 9,664 bilhões em relação a junho.

os 44,9% de dezembro de 2006, e que o BC mantém a expectativa de chegar ao final do ano com uma relação de 44,2%. As maiores contribuições para essa redução, segundo

Lopes, vieram do superávit primário de janeiro a julho, da economia para o pagamento da dívida, e da própria valorização do PIB. Em sentido contrário, pesaram os juros acumulados de R$ 92,941 bilhões no ano, mais o ajuste decorrente da valorização de 12,2% do real frente ao dólar, e o ajuste de paridade da cesta de moedas que compõem a dívida externa líquida. Quanto à dívida bruta do governo geral, que inclui estados e municípios, houve redução de R$ 37,751 bilhões em razão, principalmente, dos resgates líquidos de títulos da dívida mobiliária. A dívida total, que em junho era de R$ 1,655 trilhão (66,9% do PIB), caiu para R$ 1,617 trilhão (65%) em julho, informou Lopes. (AE)

Superávit primário diminuiu

O

superávit primário consolidado – economia que União, estados, municípios e empresas estatais fazem para pagar a dívida pública – foi de R$ 7,904 bilhões em julho, de acordo com o relatório de Política Fiscal do Banco Central (BC). O resultado foi 32,13% menor que os R$ 11,647 bilhões de junho, mas ultrapassou em 40,76% a economia registrada em julho de 2006, de R$ 5,615 bilhões. A economia maior ficou por conta do governo federal, com superávit de R$ 4,952 bilhões,

enquanto os governos regionais contribuíram com R$ 2,224 bilhões, e as empresas estatais, com R$ 728 milhões. No período de janeiro a julho, o superávit soma R$ 79,578 bilhões, o que corresponde a 5,58% do Produto Interno Bruto (PIB). Ele melhorou 0,76 ponto percentual em relação aos R$ 62,769 bilhões (4,83% do PIB) economizados no mesmo período do ano passado. O esforço não é suficiente para cobrir as despesas com os juros da dívida, que no mês passado somaram R$ 14,087

bilhões, 78,2% a mais que a economia para o pagamento deles. No ano, os juros somam R$ 92,941 bilhões, um déficit de R$ 13,363 bilhões. O relatório do BC ressalta, porém, que a situação da dívida pública está menos pesada que no ano passado. De janeiro a julho de 2006 os juros somaram R$ 95,096 bilhões e representavam 7,31% do PIB, ante a equivalência atual de 6,52% do Produto Interno Bruto. A necessidade de financiamento atual, de R$ 13,363 bilhões, corresponde a 0,94% do PIB. (AE)

Crédito para 'órfãos do câmbio'

A

Caixa Econômica Federal (CEF) e o Banco do Brasil (BB) foram autorizados pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) a liberar até R$ 1 bilhão em empréstimos às empresas de calçados, artefatos de couro, têxteis e móveis de madeira, dentro do programa Revitaliza. Com juros subsidiados, o programa foi lançado em junho pelo governo para ajudar as empresas que enfrentam dificuldades por causa da valorização do real ante o dólar – os "órfãos do câmbio". A linha de financiamento

terá recursos do Fundo de Amparo do Trabalhador (FAT). A Caixa poderá liberar até R$ 330 mil, e o BB, até R$ 670 mil. Os empréstimos só poderão ser usados para capital de giro. Segundo o assessor do Tesouro Sérgio Jurandir Machado, a expectativa é de que em setembro os dois bancos já estejam operando com a nova linha. No mês passado, o CMN regulamentou um crédito de R$ 2 bilhões do programa Revitaliza com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para os mesmos setores. Mas,

neste último caso, o dinheiro poderá ser utilizado tanto para capital de giro quanto para investimentos. O programa Revitaliza prevê um total de R$ 3 bilhões em financiamentos com juros de 8,5% ao ano, prazo de reembolso de 36 meses e carência de 18 meses. As empresas adimplentes terão direito a um bônus de 20% dos juros devidos. Para garantir o subsídio nos empréstimos, bancado pelo Tesouro Nacional, o governo editou em julho uma medida provisória estabelecendo as linhas de financiamento. (AE)

DC

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HABITAÇÃO CEF financiará imóvel comercial Sonaira San Pedro e Maristela Orlowski

A

lém de aumentar o prazo de financiamento de imóveis de 20 para 30 anos, terça-feira, a Caixa Econômica Federal (CEF) lançou o financiamento de imóvel comercial. Vale para a compra de terreno, construção do prédio e reforma, com até 120 meses para pagar e juros de 12,28% ao ano, acrescidos da Taxa Referencial (TR). O valor mínimo de crédito é de R$ 50 mil, e o máximo é analisado de acordo com a capacidade de endividamento da empresa. A nova linha é nacional, mas de acordo com o gerente geral da CEF em São Paulo, Elimar Oliveira, o lançamento do produto foi motivado principalmente pela necessidade de empresas paulistanas adaptarem as fachadas por conta da Lei Cidade Limpa, e também pela demanda da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) em auxiliar os empreendedores associados no desenvolvi-

BC perde R$ 30,3 bi no semestre

A

valorização do real frente ao dólar levou o Banco Central (BC) a registrar prejuízo de R$ 30,3 bilhões no primeiro semestre. A maior parte desse resultado, R$ 29,21 bilhões, deveu-se à queda de 9,9% do dólar em relação ao real, que diminuiu o valor dos ativos do banco vinculados à moeda americana, como as reservas internacionais. O balanço do BC foi aprovado ontem pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Na mesma reunião, o Conselho determinou que a partir de 1º de julho de 2008, os bancos

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mento dos negócios. "Com a a nova legislação, muitas empresas tiveram de remover os luminosos e chamadas da fachada e não obtinham recursos imediatos para reformar", disse Oliveira. "O problema pode ser resolvido com a nova linha de crédito." Regras específicas ainda não foram definidas, como a idade mínima da empresa para obter o dinheiro. O gerente lembrou que a CEF tem uma linha para empreendimentos que acabam de nascer. É o Aporte Cai-

xa, com prazo de pagamento de até 60 meses. Dívida maior – A ampliação, pela CEF, do prazo para pagamento da casa própria, de 20 para 30 anos, e a redução da taxa de juros nominal para até 10,02% anuais podem não ser tão vantajosas, segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). "O alongamento do prazo de financiamento possibilita prestações mensais mais baixas. Mas essa facilidade trará ao consumidor um custo final muito mais alto, por conta dos juros maiores a serem pagos", disse Miguel de Oliveira, vicepresidente da entidade. Ele deu o exemplo da compra de um imóvel de R$ 130 mil, com financiamento de R$ 91 mil. No prazo de 20 anos, a primeira prestação seria de R$ 1.138,44, e a última, de R$ 487,60, somando R$ 205.631,38. Em 30 anos, a p r i m e i r a p a rc e l a s e r i a d e R$ 1.012,05 e a última de R$ 373,71, totalizando R$ 245.130,81. Isto representaria um acréscimo de 19,21%.

terão de obedecer a novas exigências de capital para cobrir riscos de exposição. O dólar fraco fez o BC perder nos contratos de swap cam-

bial. Nessas operações, o governo paga juros ao investidor e, em troca, recebe a variação da moeda norte-americana, negativa no período. (AE)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quinta-feira, 30 de agosto de 2007

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores Acionistas,

Controles Internos

Submetemos à apreciação de V.Sas. as Demonstrações Contábeis da Atlântica Capitalização S.A., relativas ao semestre findo em 30 de junho de 2007, elaboradas na forma da legislação societária e das normas expedidas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP e pela Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, acompanhadas das respectivas Notas Explicativas e do Parecer elaborado pelos Auditores Independentes.

Durante o semestre, visando a atender as determinações da legislação sobre o tema, a Atlântica Capitalização S.A. prosseguiu com a avaliação e aperfeiçoamento do seu sistema de Controles Internos em conformidade com os princípios e sistemática adotados pela Organização Bradesco. O responsável pelos Controles Internos é um Diretor Estatutário designado para esta função, ao qual incumbe verificar a eficiência dos controles internos da Empresa, reafirmando o objetivo permanente da Organização em estar compromissada com as Melhores Práticas.

Resultado do Semestre A Atlântica Capitalização S.A. apresentou, no semestre, Lucro Líquido de R$ 435 mil (R$ 466 mil em 2006), representando rentabilidade de 2,77% sobre o Patrimônio Líquido no final do semestre. Prevenção à Lavagem de Dinheiro A Atlântica Capitalização S.A., além do freqüente treinamento de seus funcionários, adota ferramentas tecnológicas, sujeitas a constante aprimoramento, objetivando suportar o processo de monitoramento das suas diversas operações, com vistas a detectar situações caracterizadas na legislação como de lavagem de dinheiro. Designou um Diretor Estatutário para a missão de desenvolver, implementar e acompanhar a consecução de políticas relativas ao assunto.

Agradecimentos A Atlântica Capitalização S.A. agradece à Superintendência de Seguros Privados - SUSEP pelo apoio recebido. Aos colaboradores da Organização o reconhecimento pela dedicação e pelo trabalho, que foram fundamentais para o bom desempenho de nossas atividades. São Paulo, 17 de agosto de 2007. Diretoria

BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 (Em reais) Ativo Circulante ............................................................................................... Disponível ............................................................................................ Caixa e bancos .................................................................................... Aplicações ........................................................................................... Títulos de renda fixa ............................................................................ Quotas de fundos de investimentos .................................................. Títulos e créditos a receber ........................................................... Créditos tributários e previdenciários ................................................ Outros créditos .................................................................................... Despesas antecipadas ..................................................................... Administrativas .................................................................................... Ativo não circulante ............................................................................. Realizável a longo prazo .................................................................... Aplicações ........................................................................................... Títulos de renda fixa ............................................................................ Títulos e créditos a receber ........................................................... Créditos tributários e previdenciários ................................................ Depósitos judiciais e fiscais ............................................................... Permanente ........................................................................................... Investimentos .................................................................................... Outros investimentos .......................................................................... Provisão para desvalorização ............................................................ TOTAL ......................................................................................................

2007 15.985.905 14.830 14.830 15.943.053 7.041.051 8.902.002 1.827 1.827 26.195 26.195 1.439.152 1.439.152 56.530 56.530 1.382.622 299.571 1.083.051 801.724 (801.724) 17.425.057

2006 15.266.574 447 447 15.236.759 15.052.842 183.917 4.483 4.483 24.885 24.885 1.285.887 1.285.887 1.285.887 310.676 975.211 801.724 (801.724) 16.552.461

Passivo Circulante ............................................................................................... Contas a pagar .................................................................................... Obrigações a pagar ............................................................................. Impostos e encargos sociais a recolher ........................................... Impostos e contribuições .................................................................... Provisões técnicas - Capitalização ............................................... Provisão para resgates ...................................................................... Provisão para sorteio .......................................................................... Outras provisões ................................................................................. Passivo não circulante ....................................................................... Exigível a longo prazo ......................................................................... Contas a pagar .................................................................................... Tributos diferidos ................................................................................. Outros passivos contingentes ...................................................... Provisões fiscais ................................................................................. Patrimônio líquido ............................................................................... Capital social ........................................................................................ Reserva de capital ............................................................................... Reservas de lucros ............................................................................. Ajustes com títulos e valores mobiliários ........................................... Lucros acumulados ............................................................................. TOTAL ......................................................................................................

2007 591.332 545.036 376.283 67 168.686 46.296 46.252 6 38 1.106.254 1.106.254 18 18 1.106.236 1.106.236 15.727.471 10.800.000 473.391 4.018.791 35 435.254 17.425.057

2006 445.561 387.556 172.633 90 214.833 58.005 57.935 10 60 1.001.623 1.001.623 3.227 3.227 998.396 998.396 15.105.277 10.800.000 473.391 3.359.300 6.264 466.322 16.552.461

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis. DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 (Em reais)

DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 (Em reais)

Receitas líquidas com títulos de capitalização ............................ Receita bruta com títulos de capitalização .......................................... Variações das Provisões Técnicas ...................................................... Despesas com títulos resgatados e sorteados ......................... Despesas com resgates ....................................................................... Despesas administrativas ................................................................ Despesas com tributos ..................................................................... Resultado das operações de capitalização ................................... Resultado financeiro ........................................................................... Receitas financeiras .............................................................................. Despesas financeiras ........................................................................... Resultado operacional ........................................................................ Resultado não operacional ................................................................ Resultado antes dos impostos ....................................................... Imposto de renda ................................................................................... Contribuição social ................................................................................ Lucro líquido do semestre ...............................................................

2007 1.019 1.000 19 496 496 (201.938) (70.363) (270.786) 912.039 966.303 (54.264) 641.253 41 641.294 (148.324) (57.716) 435.254

2006 14.421 14.438 (17) (13.242) (13.242) (396.874) (82.970) (478.665) 1.167.032 1.590.392 (423.360) 688.367 688.367 (160.092) (61.953) 466.322

Quantidade de ações .......................................................................... Lucro líquido por lote de mil ações - R$ ........................................

10.322.564 42,17

10.322.564 45,18

a) Lucro líquido do semestre .......................................................... Lucro líquido ajustado ........................................................................ Atividades operacionais - Aumento (Redução) das Aplicações ................................................ - Aumento dos Títulos e Créditos a Receber ...................................... - Aumento das Despesas Antecipadas ............................................... - Redução do Contas a Pagar .............................................................. - Redução (Aumento) de Provisões Técnicas - Capitalização .......... - (Aumento) de Outros Passivos Contingentes .................................. - (Aumento) Redução de Ajustes com Títulos e Valores Mobiliários . b) Caixa Líquido Aplicado nas Atividades Operacionais ........... Atividades de Financiamento - Distribuição de Dividendos ................................................................ c) Caixa Líquido Aplicado nas Atividades de Financiamento ... Aumento (Diminuição) nas disponibilidades (a-b+c) ................. Disponibilidades no Início do semestre ................................................. Disponibilidades no Final do semestre ................................................. Aumento (Diminuição) nas disponibilidades ...............................

2007 435.254 435.254

2006 466.322 466.322

246.696 56.040 26.195 149.691 10.826 (68.614) (164) 420.670

(189.945) 475.517 24.885 277.038 (14.716) (445.394) 19.344 146.729

14.584 246 14.830 14.584

(326.376) (326.376) (6.783) 7.230 447 (6.783)

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis.

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis.

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 (Em reais)

Saldos em 1º de janeiro de 2006 ......................................................... Ajustes com títulos e valores mobiliários .................................................. Lucro líquido do semestre .......................................................................... Saldos em 30 de junho de 2006 ...........................................................

Capital social 10.800.000 10.800.000

Reserva de capital 473.391 473.391

Saldos em 1º de janeiro de 2007 ......................................................... Ajustes com títulos e valores mobiliários .................................................. Lucro líquido do semestre .......................................................................... Saldos em 30 de junho de 2007 ...........................................................

10.800.000 10.800.000

473.391 473.391

Reservas de lucros Reserva Reserva legal estatutária 222.527 3.136.773 222.527 3.136.773 265.772 265.772

3.753.019 3.753.019

Ajustes com títulos e valores mobiliários 25.608 (19.344) 6.264

Lucros acumulados 466.322 466.322

Total 14.658.299 (19.344) 466.322 15.105.277

(129) 164 35

435.254 435.254

15.292.053 164 435.254 15.727.471

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis. NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E DE 2006 (Em reais) 1. Contexto operacional A empresa faz parte do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência e tem por objetivo social a exploração das operações de capitalização definidas na legislação vigente, operando em todo o território nacional. As operações são conduzidas no contexto do conjunto das empresas integrantes do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência, atuando de forma integrada no mercado, e os custos das estruturas operacional e administrativa comuns são absorvidos segundo a praticabilidade e a razoabilidade de lhes serem atribuídos, em conjunto ou individualmente. 2. Apresentação das demonstrações contábeis As demonstrações contábeis foram elaboradas com base nas práticas contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações e normas expedidas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP e pela Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, e estão sendo apresentadas segundo critérios estabelecidos pelo plano de contas instituído pela Circular SUSEP nº 334/2007, que introduziu alterações na classificação das contas do balanço patrimonial e da demonstração de resultados. Em decorrência, os saldos e valores do semestre findo em 30 de junho de 2006 foram reclassificados para fins de comparação. 3. Resumo das principais práticas contábeis (a) Apuração do resultado As receitas dos planos de capitalização são reconhecidas contabilmente quando de seu efetivo recebimento e as correspondentes provisões técnicas são constituídas simultaneamente ao reconhecimento das receitas. As despesas com colocação de títulos, classificadas como Despesas de comercialização , são reconhecidas contabilmente quando incorridas. As despesas de corretagem são registradas quando do efetivo recebimento das contribuições aos planos de capitalização. Os pagamentos dos resgates por sorteios são considerados como despesas do mês em que estes se realizam. (b) Ativos circulante e realizável a longo prazo (i) Aplicações Conforme determinações da SUSEP, as sociedades de capitalização devem classificar os títulos e valores mobiliários em três categorias: I - Títulos para negociação - adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados. II - Títulos disponíveis para venda - os títulos que não se enquadram nas categorias I e III. III - Títulos mantidos até o vencimento - adquiridos com a intenção de mantê-los em carteira até o vencimento. Os títulos classificados como para negociação e disponíveis para venda são registrados pelo valor de custo, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço e ajustados pelo seu valor de mercado. Os títulos mantidos até o vencimento são avaliados pelo seu custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço. Os ajustes ao valor de mercado dos títulos classificados como para negociação são contabilizados em contrapartida ao resultado e os ajustes ao valor de mercado dos títulos classificados como disponíveis para venda são contabilizados em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, líquidos dos efeitos tributários, sendo transferidos para o resultado quando da efetiva realização pela venda dos respectivos títulos e valores mobiliários. (ii) Demais ativos Os demais ativos são demonstrados pelo valor de custo, acrescido, quando aplicável, dos rendimentos e das variações monetárias auferidas. Os impostos ativos diferidos decorrentes de diferenças temporárias foram constituídos de acordo com as alíquotas vigentes.

(c) Permanente Os investimentos são apresentados pelo custo de aquisição, ajustado ao seu valor de provável realização mediante constituição de provisão para desvalorização. (d) Passivos circulante e exigível a longo prazo (i) Provisões técnicas As provisões técnicas para resgates e para sorteios são calculadas sobre os valores nominais dos títulos e atualizadas monetariamente, quando aplicável, com base em Notas Técnicas Atuariais aprovadas pela SUSEP. As provisões técnicas são apresentadas no passivo circulante em função do prazo de carência ser inferior a 12 meses. A provisão administrativa, apresentada na rubrica Outras provisões , foi constituída para cobrir despesas administrativas dos planos. (ii) Demais passivos São demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridos até a data do balanço. Foram constituídas provisões para imposto de renda, à alíquota de 15% sobre o lucro tributável, acrescida de adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente a R$ 120 mil para o semestre, e para contribuição social sobre o lucro, à alíquota de 9%, nos termos da legislação em vigor. (e) Ativos e passivos contingentes e obrigações legais - fiscais e previdenciárias O reconhecimento, a mensuração e a divulgação das contingências ativas e passivas e obrigações legais são efetuados de acordo com os critérios definidos na Deliberação CVM nº 489/05. (i) Ativos contingentes - não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui total controle da situação ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, caracterizando o ganho como praticamente certo. Os ativos contingentes com probabilidade de êxito provável são apenas divulgados nas demonstrações contábeis. (ii) Passivos contingentes - são constituídos levando em conta: a opinião dos assessores jurídicos; a natureza das ações; similaridade com processos anteriores; complexidade e no posicionamento de nossos Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável, o que ocasionaria uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes classificados como de perdas possíveis não são reconhecidos contabilmente, devendo ser apenas divulgados nas demonstrações contábeis, e os classificados como remotos não requerem provisão e divulgação. (iii) Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias - decorrem de processos judiciais relacionados a obrigações tributárias, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou constitucionalidade, que independente da avaliação acerca da probabilidade de sucesso, têm os seus montantes reconhecidos integralmente nas demonstrações contábeis. (f) Estimativas contábeis A elaboração de demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil requer que a Administração use de julgamento na determinação e registro de estimativas contábeis. Ativos e passivos significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem imposto de renda e contribuição social sobre o lucro diferido e provisões técnicas. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá ser efetuada por valores diferentes dos estimados devido a imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. A Empresa revisa essas estimativas e premissas periodicamente. CONTINUA


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Empresas Nacional Finanças Empreendedores

DIÁRIO DO COMÉRCIO

O DÓLAR VOLTOU A FICAR ABAIXO DE R$ 2

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

2,67

por cento é a queda que o principal indicador da Bovespa acumula no mês. Mas está reagindo.

"O FED ESTÁ PREPARADO", GARANTIU O PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL AMERICANO EM CARTA A SENADOR.

BERNANKE LEVANTA OS MERCADOS

A

s B o l s a s n o r t e - esperado, sobre os juros de a m e r i c a n a s a m- curto prazo na Bolsa de Mercapliaram os ganhos dorias e Futuros (BM&F) acana última hora de bou sendo aliviada e todas as sessão, impulsionadas pelos taxas recuaram. O risco Brasil papéis de tecnologia, menos estava na mínima no fim da vulneráveis ao aperto no setor tarde, em 195 pontos-base. Em Nova York, o Dow Jones de crédito, e pela divulgação de uma carta do presidente do avançou 1,90%, aos 13.289,3 Federal Reserve (Fed, o banco p o n t o s e o S & P 5 0 0 s u b i u central dos Estados Unidos), 2,19%. Também em alta encerBen Bernanke, endereçada ao rou o Nasdaq, a 2.563,16 ponsenador Chuck Schumer. Na tos e avanço de 2,5%. Ata – Álvaro Bandeira, da carta, Bernanke diz que o Fed está "preparado para agir Ágora Corretora, diz que a carquando necessário", se a de- ta conhecida ontem nada mais sordem no mercado financeiro é do que um complemento do começar a prejudicar a econo- que já estava contido na ata divulgada na terça-feira. As mia fora das bolsas. O presidente do Fed tam- ações, desta forma, tiveram bém indicou que as agências uma puxada porque os invesoficiais de crédito hipotecário tidores haviam exagerado na – Fannie Mae e Freddie Mac – mão com as notícias ruins do subprime. "Os devem ajudar i n v e s t i d o re s os devedores amanh eceram de hipotecas de humor mesubprime (de lhor e repercus e g u n d a l itiram a ata da nha). A carta última reunião sugeriu conpor cento foi a alta do Fed. A motenção dos esregistrada ontem no vimentação tragos do subdeixa claro que prime. índice Ibovespa. No o Fed vai mexer A Bovespa ano, a alta da bolsa nos juros." pegou carona Analistas inna forte alta expaulista chega a t e rpretaram terna e subiu 18,57%. que isso pode mais de 2%, resignificar uma cup erando -se solução muito p a rc i a l m e n t e em breve para a do tombo da véspera. O dólar voltou a ficar turbulência, que pode termiabaixo de R$ 2 e terminou per- nar sem que seja conhecido seu to das mínimas. O Ibovespa, real tamanho. O bom humor nos EUA teve principal índice da bolsa paulista, fechou em alta de 2,11%, um empurrãozinho do setor aos 52.734,6 pontos, depois de corporativo: a Altria anunciou oscilar entre a estabilidade a cisão de sua divisão Philip (52.647 pontos) e a máxima de Morris International e há expectativas de que Apple lance 2,25% (52.810 pontos). No mês, a bolsa de São Paulo novo modelo para o iPod no a i n d a a c u m u l a q u e d a d e começo de setembro. Para ho2,67%, mas, no ano, a alta che- je, o principal destaque da ga a 18,57%. O volume finan- agenda é a divulgação da priceiro vem melhorando dia a meira revisão do Produto India e ontem somou R$ 3,838 bi- terno Bruto (PIB) americano lhões. Já a pressão inicial do Ín- do segundo trimestre. É possídice Geral de Preços mensal vel que esta quinta-feira seja (IGP-M) de agosto, acima do mais um dia de ganhos. (AE)

2,11

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Kim Kyung-Hoon/Reuters

CRÉDITO Cadastro positivo pode manter volume de empréstimos Roseli Lopes

D

Painel na Bolsa de Tóquio. Mercados em todo o mundo se animaram com carta do presidente do Fed.

Professor da USP diz que a crise não vai acabar tão cedo Patrícia Büll

O

sobe-e-desce das bolsas de valores mundiais deve durar ainda por um certo período. E no Brasil não será diferente. A opinião é do professor de macroeconomia da Faculdade de Economia e Administração (FEA/USP), Carlos Eduardo Soares Gonçalves. "Para quem achava que a turbulência havia acabado, vale lembrar que a bonança da última semana foi resultado da ação dos bancos centrais, especialmente dos Estados Unidos e países da Europa, que injetaram dinheiro no mercado para garantir liquidez aos bancos", explica o professor. Mas o "mico", que é a falta de crédito decorrente da inadimplência dos emprésti-

mos para o setor imobiliário norte-americano, estopim da crise, não foi solucionado. "Em decorrência disso, os mercados globais ainda vão passar por um período de volatilidade. Mas sua duração, ninguém pode prever". Apesar disso, Gonçalves descarta que a turbulência afete mais fortemente a economia brasileira em um primeiro momento. "Além de mais liquidez, as instituições brasileiras têm pouca – ou nenhuma – ligação com os títulos subprime (de segunda linha) norte-americanos, o que nos dá um pouco mais de tranqüilidade", afirma. A liquidez, segundo Gonçalves, se deve ao fato de os países emergentes em geral, e o Brasil especificamente, terem priorizado o acúmulo de reservas justamente para se

garantir em uma possível crise – as do Brasil estão em cerca de US$ 160 bilhões. Ameaça – De acordo com Gonçalves, o que pode ameaçar a estabilidade brasileira é a eventualidade de outros setores dos EUA serem afetados em decorrência da falta de crédito, causando desaceleração da atividade econômica americana. Muito ligada ao comércio internacional, essa desaceleração poderia afetar as exportações brasileiras e, aí sim, causar uma desestabilização do setor produtivo. Mas ele salienta que se não forem modificadas, não há porque temer reflexos na inflação, prever queda de produção ou mesmo especular sobre mudanças na atual trajetória da Selic (a taxa básica de juros), por exemplo.

Bovespa ofertará ações próprias

A

Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) informou ontem que a assembléia geral extraordinária (AGE) realizada na última terça-feira aprovou o processo de desmutualização da instituição. A Bovespa deixou de ser uma instituição sem fins lu-

crativos para se tornar uma sociedade por ações (S.A.). A bolsa promoveu reestruturação societária que resultou na criação da Bovespa Holding, que terá como subsidiárias integrais a Bolsa de Valores de São Paulo (BVSP) e a Companhia Brasileira de Li-

FAIRFAX PARTICIPAÇÕES S.A. - NIRE 35.300.339.410 - CNPJ/MF nº 08.563.326/0001-39 Extrato - Ata de AGE em 21/01/2007 às 19hs - Data, hora e local: Aos 21/01/2007, às 19h, na sede social. Convocação: Dispensada, tendo em vista a totalidade dos acionistas. Mesa: Marcio da Rocha Camargo - Pres. e Marcelo Faria de Lima - Secr.. Deliberações por unanimidade: (i) ratificação da escolha da empresa avaliadora Veneziani Auditores Independentes, indicada no Protocolo, para elaboração do competente Laudo de Avaliação; (ii) aprovação do Protocolo, que passa a fazer parte integrante desta ata para todos os fins de direito; (iii) aprovação do Laudo de Avaliação, elaborado pela Empresa Avaliadora, em 20/01/2007, a qual, por seu representante presente à Assembléia, apresentou documento ratificando o aludido Laudo de Avaliação em seu inteiro teor, justificando o valor fixado para as parcelas cindidas do acervo patrimonial da Serra do Acaraí Empreendimentos e Participações S.A., (“Serra do Acaraí”); (iv) aprovação da versão e incorporação da parcela cindida do patrimônio líquido da Serra do Acaraí pela Cia, nos termos do Protocolo; (v) em virtude da versão e incorporação da parcela cindida ora aprovada, correspondente a 58.578 ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal de emissão da Metalfrio e demais itens constantes do Protocolo, o capital social da Companhia passa de R$ 500,00 para R$ 205.235,00, mediante a enissão de 204.735 ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal pela Cia, totalmente integralizadas e subscritas, nesta data, pelo acionista Marcio da Rocha Camargo, com a expressa anuência da Exeter Investimentos e Assessoria Financeira S.A., que ora renuncia a quaisquer direitos de preferência que poderia ter em virtude da emissão ora deliberada; (vi) alterar o art. 5º do Estatuto Social da Cia, que passa a vigorar com a seguinte redação: “O capital social da Companhia, totalmente subscrito e integralizado, é de R$ 205.235,00, dividido em 205.235 ações ordinárias, todas nominativas e sem valor nominal.”; e (vii) os acionistas autorizam a Diretoria a tomar todas as medidas necessárias para a implementação das deliberações. Encerramento: Lavrada, lida e achada conforme e por todos assinada. SP, 21/01/2007. Jucesp - Reg. 45.732/07-3 em 09/02/07. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

quidação e Custódia (CBLC), ambas sociedades de capital fechado. A BVSP será responsável pelas operações dos mercados de bolsa e de balcão organizado. A CBLC prestará serviços de liquidação, compensação e custódia. Com a desmutualização, as corretoras deixam de ter títulos patrimoniais e passam a possuir ações da Bovespa Holding. A criação da holding é o principal passo rumo à abertura de capital e ao lançamento de ações da própria Bolsa. A AGE aprovou ainda a formação do Instituto Bovespa de Responsabilidade Social e Ambiental, uma associação civil sem fins de lucro, que será vinculada à holding. (AE)

epois de incluírem em suas carteiras de crédito os consumidores com menor poder aquisitivo – presentes nas classes C, D e E – , e com isso contribuírem para a elevação do volume de financiamento ao consumo a um nível jamais visto nos últimos anos, os bancos e as financeiras têm um desafio: manter a sustentabilidade desse crescimento sem aumentar a inadimplência. Se quem concede crédito tivesse um conhecimento maior dos hábitos de consumo e de pagamento do tomador do dinheiro, conseguidos por meio do cadastro positivo, o volume de empréstimos poderia se manter, disse o presidente da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), Érico Sodré durante a abertura do 3º Congresso de Cartões e Crédito ao consumidor (C4), ontem, em São Paulo. "O cadastro é uma longa batalha que temos travado com o governo. Sua implantação traria uma melhora extraordinária na precificação do crédito, na medida em que quem está emprestando poderia cobrar taxas de acordo com o perfil do consumidor", disse Sodré. Mas o impacto que o cadastro positivo traria não está limitado ao crédito tradicional. A indústria de cartões seria beneficiada com o compartilhamento de informações, na avaliação do diretor-geral da Visa no Brasil, Eduardo Gentil. "O cadastro é importante especialmente neste momento, em que os cartões de crédito estão chegando às classes mais baixas da população que não tinham acesso ao crédito oficial", disse Gentil. A falta de informações sobre os hábitos de consumo e o histórico de pagamento dificulta a avaliação do risco, lembra o diretor-executivo do Bradesco, Paulo Isola. "Não conseguimos hoje diferenciar a taxa de risco e nisso o cadastro positivo poderia ajudar". Aprovado neste mês na Câmara, o projeto do governo que cria o benefício, elaborado com a participação da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), da Febraban e outras entidades, está parado no Senado. Extensão – O superintendente-geral da ACSP, Marcio Aranha, disse que, se aprovado, o impacto do cadastro será muito grande quando puder ser usado por todo o varejo. "Hoje, grandes lojas varejistas e bancos compartilham informações sobre seus consumidores, ainda que de forma informal, por meio das parcerias para financiamento ao consumo. O que queremos é que a troca de dados chegue ao pequeno varejo", diz Marcio Aranha. O prejuízo com a falta de um cadastro positivo se dá no volume do crédito, que ainda está aquém de seu potencial, se comparado ao Produto Interno Bruto (PIB), disse Aranha. Também põe o País atrás de muitos outros: "O cadastro positivo já é usado em quase 120 países", disse o analista de crédito do International Finance Corporation (IFC) para a América Latina, Oscar Madeddu.


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quinta-feira, 30 de agosto de 2007

4. Aplicações (a) Resumo da classificação das aplicações financeiras Títulos para negociação ........................................ Títulos de renda fixa - fundos de investimentos .. Títulos disponíveis para venda ............................. Títulos de renda fixa - letras financeiras do tesouro .........................................................

2007 8.902.002 8.902.002 7.097.581

% 55,64 55,64 44,36

2006 183.917 183.917 15.052.842

% 1,21 1,21 98,79

7.097.581 15.999.583

44,36 100,00

15.052.842 15.236.759

98,79 100,00

(b) Composição das aplicações financeiras por prazo e por título Apresentamos a seguir a composição das aplicações financeiras por prazo e por título, incluindo os títulos que compõem as carteiras dos fundos de investimento. Os títulos que pertencem a fundos de investimento abertos foram considerados com base no percentual de participação da Empresa no fundo. 1 a 30 dias ou sem vencimento

Ajuste da avaliação a mercado

Acima de 360 dias

Valor contábil

Valor de referência (*)

119.173 6.539.087

8.902.002

8.902.002

-

17.512 5.473.930

6.739.776

6.739.776

-

101.661

473.143

1.570.212

1.570.212

-

-

592.014

592.014

592.014

-

-

56.530

7.097.581

7.097.528

53

56.530 7.097.581 7.097.528 119.173 6.595.617 15.999.583 15.999.530

53 53

31 a Títulos 180 dias Títulos para negociação .............. 2.243.742 Letras financeiras do tesouro ............ 1.248.334 Letras do tesouro nacional ................. 995.408 Notas do tesouro nacional ................. Títulos disponíveis - 7.041.051 para venda .............. Letras financeiras - 7.041.051 do tesouro ............ Total em 2007 ......... 2.243.742 7.041.051

181 a 360 dias

Total em 2006 ......... 5.643.766 9.363.428

94.298

135.267 15.236.759 15.227.268

9.491

(*) Representa o valor de mercado para os títulos classificados como para negociação e o valor de custo atualizado para os demais. O valor de mercado das aplicações em fundos de investimento foi obtido a partir dos valores das quotas divulgadas pelas instituições financeiras administradoras desses fundos. Os títulos de renda fixa públicos tiveram seus valores de mercado obtidos a partir das tabelas de referência divulgadas pela Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto - ANDIMA. (c) Instrumentos financeiros derivativos Em 30 de junho de 2007, a Empresa possuía em fundos de investimentos contratos futuros de DI, que totalizavam R$ 721.617 - posição comprada como valor de referência, sendo que os diferenciais a pagar ou a receber dos contratos futuros são liquidados diariamente. O objetivo de atuação no mercado de derivativos, seja através de posições ativas ou proteção (hedge), sempre visa minimizar a exposição a riscos de mercado, de moeda ou taxa de juros e proteção das posições detidas à vista. Os critérios de precificação dos instrumentos financeiros derivativos são definidos pelo administrador das carteiras e o custodiante, Banco Bradesco S.A., sendo utilizadas curvas e taxas divulgadas pela ANDIMA e BM&F para cálculos e apreçamento constantes no manual de precificação da instituição, em conformidade com o código de autoregulação da ANBID. Todas as operações de derivativos são registradas e negociadas na Bolsa de Mercadorias e Futuros de São Paulo - BM&F, bem como na Câmara de Custódia e Liquidação - CETIP. O monitoramento das operações no mercado de derivativos é feito pelo gestor dos fundos, de forma ativa, através da mensuração do risco através do VaR - (Value at Risk), parâmetro de referência para os ajustes necessários de posições, em consonância com as políticas de controle previamente estabelecidas e adotadas pelo gestor. A Área de Risco do gestor é responsável pela quantificação e avaliação diária das variáveis de risco de mercado, apurando o VaR para cada um dos portfólios. 5. Créditos tributários (a) Ativo circulante Referem-se aos créditos tributários do imposto de renda e contribuição social diferidos, equivalentes a R$ 1.344 e R$ 483, respectivamente. (b) Realizável a longo prazo Referem-se aos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos, equivalentes a R$ 226.538 (R$ 234.704 em 2006) e R$ 73.033 (R$ 75.972 em 2006), respectivamente, registrados para refletir os efeitos fiscais futuros atribuíveis a diferenças temporárias. Os créditos tributários foram contabilizados levando em consideração o histórico de rentabilidade e sua previsão de realização, fundamentada por estudo técnico, pode ser assim demonstrada: 2007 0,60

Previsão de realização - % ............................................

2008 4,76

2009 94,64

O valor presente dos créditos tributários calculado à taxa média de captação da Organização Bradesco, líquido dos efeitos tributários, monta a R$ 279.590. 6. Depósitos judiciais e fiscais Refere-se a depósitos judiciais e fiscais de imposto de renda e contribuição social sobre o lucro, no valor de R$ 1.083.051 (R$ 975.211 em 2006). 7. Transações e saldos com partes relacionadas Empresas Banco Bradesco S.A. .................................................................... Bradesco Seguros S.A. ................................................................ Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros ................................. Elopart Participações Ltda. ........................................................... Em 2007 ........................................................................................

Contas a receber (pagar) 15.900 (1.267) (705) (205.415) (191.487)

Despesas (6.738) (6.738)

Em 2006 ........................................................................................

(706)

(6.722)

Todas as operações com partes relacionadas foram contratadas a valores, taxas e prazos usualmente praticados no mercado para operações semelhantes, levando em consideração a ausência de riscos. O contas a receber e o contas a pagar são distribuídos nas diversas contas do balanço patrimonial, de acordo com as características das operações. 8. Provisões técnicas (a) Composição 2007 2006 Provisão para resgates ............................................................... 46.252 57.935 Provisão matemática para resgate ................................................ 44.126 57.935 Provisão para resgate de títulos vencidos .................................... 2.126 6 10 Provisão para sorteios ................................................................ Provisão para sorteio a realizar ..................................................... 6 10 38 60 Outras provisões .......................................................................... Provisão administrativa ................................................................... 38 60 46.296 58.005 (b) Movimentação No início do semestre .................................................................. (+/-) Constituições/Resgates/Sorteio ............................................. (+/-) Atualização monetária e juros ................................................ No final do semestre ....................................................................

2007 57.122 (10.392) (434) 46.296

2006 43.289 13.242 1.474 58.005

9. Garantia das provisões técnicas Em 2007, os valores dos bens e direitos oferecidos em cobertura das provisões técnicas correspondem a R$ 147.210 em títulos de renda fixa.

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10. Ativos e passivos contingentes e obrigações legais - fiscais e previdenciárias (a) Ativos contingentes A Empresa não tem ativos contingentes, passíveis de registros contábeis ou de divulgação. (b) Passivos contingentes classificados como perdas prováveis e obrigações legais - fiscais e previdenciárias A Empresa é parte em processos judiciais, de natureza fiscal, decorrentes do curso normal de suas atividades. As provisões foram constituídas levando em conta a opinião dos assessores jurídicos, a natureza das ações, a similaridade com processos anteriores, a complexidade e o posicionamento de nossos Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável. A Administração da Empresa entende que as provisões constituídas são suficientes para fazer face a eventuais perdas decorrentes dos respectivos processos. O passivo relacionado à obrigação legal em discussão judicial é mantido até o ganho definitivo da ação, representado por decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, ou a sua prescrição. As questões discutidas nas ações normalmente não constituem eventos capazes de causar impacto representativo no resultado financeiro. Não existem em curso passivos contingentes relevantes para os quais as chances de perdas sejam prováveis que não tenham sido razoavelmente estimados. (i) Obrigações legais - fiscais e previdenciárias A Empresa está discutindo judicialmente a legalidade e constitucionalidade de alguns tributos e contribuições, os quais estão totalmente provisionados não obstante as boas chances de êxito a médio e longo prazo, de acordo com a opinião dos assessores jurídicos. A principal questão é: CSLL - dedutibilidade da base de cálculo do IR - R$ 1.083.051 - pleiteia calcular e recolher o imposto de renda devido, relativo ao ano-base de 1997 e subseqüentes, sem efetuar a adição da CSLL na base de cálculo respectiva, determinada pelo artigo 1º, da Lei nº 9.316/96, uma vez que essa contribuição representa uma despesa efetiva, necessária e obrigatória da Empresa. (ii) Movimentação das provisões fiscais constituídas 2007 2006 No início do semestre .................................................................. 1.037.622 553.002 Constituições ................................................................................... 31.149 48.753 37.465 396.641 Atualização monetária .................................................................... No final do semestre .................................................................... 1.106.236 998.396 11. Patrimônio líquido (a) Capital social e dividendos O capital social, totalmente subscrito e integralizado, é representado por 10.322.564 ações ordinárias, nominativas e escriturais, sem valor nominal. De acordo com as disposições estatutárias, a cada ação corresponde um voto nas Assembléias Gerais, sendo garantido aos acionistas um dividendo mínimo obrigatório de 25% do lucro líquido de cada exercício, ajustado nos termos da legislação societária brasileira. (b) Reserva de capital Corresponde à reserva de doações e subvenções de investimentos decorrentes de incentivos fiscais recebidos. (c) Reserva legal Constituída, ao final de cada exercício, na forma prevista na legislação societária brasileira, podendo ser utilizada para a compensação de prejuízos ou para aumento do capital social. (d) Reserva estatutária Constituída por até 100% do lucro líquido remanescente após as deduções legais e a constituição de reserva legal, é efetuada no final de cada exercício social, até atingir o limite de 95% do capital social, estando sujeita à deliberação em Assembléia Geral. 12. Detalhamento das contas da demonstração de resultado (a) Despesas administrativas 2007 2006 Despesas com serviços de terceiros .............................................. (28.157) (33.405) Despesas com localização e funcionamento .................................. (2.427) (6.313) Despesas com donativos e contribuições ...................................... (1.700) (7.580) Despesas com publicações ............................................................. (142.612) (349.101) Despesas administrativas diversas ................................................. (27.042) (475) (201.938) (396.874) (b) Despesas com tributos Despesas com PIS ............................................................................ Despesas com COFINS ..................................................................... Taxa de fiscalização ......................................................................... Outras despesas com tributos ......................................................... (c) Receitas financeiras Receitas com títulos de renda fixa - Privados ................................. Receitas com títulos de renda fixa - Públicos ................................. Atualização monetária de depósitos judiciais fiscais ..................... (d) Despesas financeiras Atualização monetária de contingências fiscais ............................. Despesas com CPMF ........................................................................ Despesas financeiras com títulos de capitalização ........................ Despesa financeira com encargos sobre tributos ......................... Despesas com taxa de custódia ......................................................

2007 (6.048) (37.216) (26.767) (332) (70.363)

2006 (14.467) (41.097) (26.684) (722) (82.970)

2007 194.013 734.825 37.465 966.303

2006 11.183 1.182.568 396.641 1.590.392

2007 (37.465) (2.683) 434 (5.938) (8.612) (54.264)

2006 (396.641) (5.029) (1.474) (11.617) (8.599) (423.360)

13. Imposto de renda e contribuição social A conciliação da despesa de imposto de renda e contribuição social, calculada pela aplicação das alíquotas fiscais vigentes, e a despesa contabilizada em resultado são como seguem: 2007 2006 Resultado antes de impostos e participações ................................ 641.294 688.367 Imposto de renda e contribuição social às alíquotas básicas de 25% e 9%, respectivamente .......................................................... (218.040) (234.045) 12.000 12.000 Outros valores ................................................................................... Imposto de renda e contribuição social do semestre ..................... (206.040) (222.045) 14. Cálculo do patrimônio líquido ajustado A seguir detalhamos o cálculo do patrimônio líquido ajustado em 30 de junho de 2007. 2007 Patrimônio líquido contábil ................................................................. 15.727.471 Despesas antecipadas ..................................................................... (26.195) Patrimônio líquido ajustado ................................................................ 15.701.276

2006 15.105.277 (24.885) 15.080.392

15. Outras informações (a) Comitê de Auditoria - Resolução CNSP nº 118/2004 O resumo do relatório do Comitê de Auditoria foi divulgado junto com as demonstrações contábeis do Banco Bradesco S.A. (controlador indireto) em 08 de agosto de 2007. (b) Circular SUSEP nº 334/2007 Em 2 de janeiro de 2007, a SUSEP emitiu a Circular SUSEP nº 334 instituindo um novo plano de contas que entrou em vigor em 1º de janeiro de 2007. Além de diversas alterações introduzidas, o normativo também referenda para utilização pelas sociedades de capitalização os critérios estabelecidos no pronunciamento NPC nº 27 de 29 de dezembro de 2005 do IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, que trata sobre Demonstrações Contábeis - Apresentação e Divulgações. (c) Divulgação das demonstrações contábeis consolidadas Nos termos do artigo 275, parágrafo 3º da Lei nº 6.404/76, informamos que as demonstrações contábeis consolidadas de 30 de junho de 2007 da Bradesco Seguros S.A., empresa líder do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência, foram publicadas nesta mesma data na Gazeta Mercantil, Jornal do Commercio, Diário do Comércio e no Diário Oficial do Estado de São Paulo.

DIRETORIA Luiz Carlos Trabuco Cappi Samuel Monteiro dos Santos Júnior Marcos Suryan Neto Norton Glabes Labes Ricardo Alahmar Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa

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Diretor-Presidente Diretor Diretor Diretor Diretor Diretor

Luiz Henrique Cajado de Azeredo Coutinho Atuário MIBA nº 701 Getúlio Antônio Guidini Contador CRC-RS 1RS034447/O-7S-SP

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Administradores e Acionistas Atlântica Capitalização S.A. 1. Examinamos os balanços patrimoniais da Atlântica Capitalização S.A. em 30 de junho de 2007 e de 2006 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade da sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações contábeis. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações contábeis em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da companhia, (b) a constatação, com

base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da companhia, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3. Somos de parecer que as referidas demonstrações contábeis apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Atlântica Capitalização S.A. em 30 de junho de 2007 e de 2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 17 de agosto de 2007 Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5

Edison Arisa Pereira Contador CRC 1SP127241/O-0


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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores Acionistas, Submetemos à apreciação de V.Sas. as Demonstrações Contábeis da Bradesco Seguros S.A., bem como as Demonstrações Contábeis consolidadas com suas controladas, relativas ao semestre findo em 30 de junho de 2007, elaboradas na forma da legislação societária e das normas expedidas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados CNSP, Superintendência de Seguros Privados SUSEP, Agência Nacional de Saúde Suplementar ANS, acompanhadas das respectivas Notas Explicativas e do Parecer elaborado pelos Auditores Independentes. O Mercado de Seguros O mercado de seguros, previdência complementar aberta e capitalização registrou até maio crescimento de 13,76%, em comparação ao mesmo período do ano passado. Nos dados divulgados pela SUSEP acumulados até maio, o setor arrecadou R$ 33,182 bilhões, contra R$ 29,168 bilhões em 2006. O segmento Seguro registrou R$ 26,890 bilhões em arrecadação de prêmios, incluindo o Ramo Saúde estimado até maio de 2007, representando expansão de 14,57% em relação ao mesmo período do ano passado, quando alcançou R$ 23,470 bilhões. O setor de capitalização também cresceu 9,69% e registrou arrecadação de R$ 3,056 bilhões, ante os R$ 2,786 bilhões no semestre de 2006. O segmento de previdência complementar aberta registrou crescimento de 11,09%. As contribuições atingiram R$ 3,235 bilhões, contra R$ 2,912 bilhões arrecadados em 2006. O mercado de seguros, previdência complementar aberta e de capitalização apresentou ao final do mês de maio volume de provisões técnicas equivalente a R$ 143,402 bilhões, crescimento de 23,58% em relação ao mesmo período do ano passado, quando atingiu R$ 116,038 bilhões. As provisões de seguro somaram R$ 74,285 bilhões; as de capitalização, R$ 11,423 bilhões; e as de previdência complementar aberta, R$ 57,694 bilhões. O Congresso Nacional promulgou a Lei Complementar n° 126/07, que extinguiu o monopólio exercido pelo IRB-Brasil Resseguros S.A., ao instituir o mercado de resseguros aberto à competição no Brasil. Em 17 de julho de 2007, o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP, por meio da Resolução nº 164, estabeleceu disposições transitórias para contratação de resseguro em moeda estrangeira, até que sejam expedidas regulamentações específicas. Desempenho das Operações de Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização A Bradesco Seguros e suas controladas, considerando as operações de Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização, ocupam a primeira posição do ranking do mercado. Destaquem-se os níveis de solvência mantidos pelas Empresas, que excedem às exigências regulamentares e constituem sólido lastro para as suas operações. Investimentos Os investimentos em Títulos de Renda Fixa, Títulos de Renda Variável, Ações de Coligadas e Controladas e Outros Investimentos Permanentes alcançaram, ao final do semestre, o montante de R$ 62,649 bilhões (R$ 51,257 bilhões em 2006). Os ativos financeiros estão avaliados a valor de mercado, em atendimento à Circular SUSEP nº 334, de 2 janeiro de 2007. Os efeitos gerados pela avaliação estão detalhados em nota explicativa específica. Provisões Técnicas O valor contabilizado das Provisões Técnicas, ao final do semestre, era de R$ 52,900 bilhões (R$ 43,947 bilhões no primeiro semestre de 2006), com a seguinte composição: Provisões Técnicas de Seguros ..................................................................... R$ 28,131 bilhões Provisões Técnicas de Previdência Complementar Aberta .......................... R$ 22,406 bilhões Provisões Técnicas de Capitalização ............................................................. R$ 2,363 bilhões Os Ativos garantidores das Provisões Técnicas atingiram, em 30 de junho, o valor de mercado de R$ 53,145 bilhões (R$ 44,123 bilhões no primeiro semestre de 2006). Receita do Semestre No faturamento composto por Prêmios de Seguro, Rendas de Contribuições de Previdência e Receitas com Títulos de Capitalização, as Empresas alcançaram a arrecadação de R$ 9,871 bilhões (R$ 7,312 bilhões em 2006). As receitas tiveram a seguinte composição: Receitas de Prêmios de Seguros .................................................................. R$ 4,456 bilhões Receitas de Contribuições de Previdência Complementar Aberta e Prêmios de Seguro de Vida Gerador de Benefício Livre VGBL ................. R$ 4,670 bilhões Receitas com Títulos de Capitalização .......................................................... R$ 745 milhões Resultado do Semestre A Bradesco Seguros e suas controladas apresentaram Lucro Líquido de R$ 1,225 bilhão (R$ 1,040 bilhão no primeiro semestre de 2006), representando aumento de 17,79% e rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido Médio de 36,14% anualizada. A Bradesco Seguros S.A. destinou R$ 1,200 bilhão a título de dividendos, provenientes de reserva estatutária. Empresas Controladas e Coligadas Em 30 de junho, o Grupo Bradesco de Seguros e Previdência, além da controladora Bradesco Seguros S.A., era constituído pelas sociedades controladas Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros, Bradesco Saúde S.A., Atlântica Companhia de Seguros (nova denominação da Finasa Seguradora S.A. - em aprovação), Bradesco Argentina de Seguros S.A., Indiana Seguros S.A., Bradesco Vida e Previdência S.A., Bradesco Capitalização S.A. e Atlântica Capitalização S.A., e pelas coligadas Áurea Seguros S.A. e SBCE Seguradora Brasileira de Crédito à Exportação S.A., que atuam nos segmentos de Seguro, Previdência Complementar Aberta e Capitalização. A Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros mantém acordo de acionistas com a Itaberaba Participações S.C. Ltda., para o controle da Indiana Seguros S.A. Por esse acordo, a Bradesco Auto/RE, que detém a maioria do capital votante, e os demais acionistas signatários estabeleceram critérios de eleição de administradores, política de dividendos e direito de preferência na aquisição de ações, entre outras disposições típicas de acordos da espécie. Eventos Societários Em Assembléias Gerais Extraordinárias realizadas no primeiro semestre, os acionistas do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência deliberaram, entre outros assuntos, o que segue: - Aumento de capital social em espécie, realizado pela controladora Bradesco Seguros S.A. e suas controladas Bradesco SegPrev Investimentos Ltda. e Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros, no montante de R$ 214,821 milhões, em suas subsidiárias; - Aumento de capital mediante a conferência de bens imóveis, avaliado pelo critério do valor contábil, realizado pela controladora Bradesco Seguros S.A. e suas controladas Bradesco Vida e Previdência S.A., Bradesco Saúde S.A. e Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros, no montante de R$ 144,818 milhões, em suas subsidiárias; Mais informações sobre esses eventos constam das Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis das respectivas envolvidas. Em Assembléias Gerais Extraordinárias na Finasa Seguradora S.A., realizadas em 18 de julho e 13 de agosto de 2007, foram deliberados, respectivamente: - Alteração de denominação social da Finasa Seguradora S.A., para Atlântica Companhia de Seguros e a transferência de sua sede para a cidade do Rio de Janeiro; - Aumento de capital em espécie, realizado pela Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros, no montante de R$ 40 milhões. Margem de Solvência O Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP, em 26 de dezembro de 2006, editou as Resoluções números 155, 156, 157 e 158, que dispõem sobre as regras de definição do capital mínimo e do capital adicional baseado nos riscos das operações de seguros, requeridos para autorização e funcionamento das sociedades seguradoras. As novas regras englobarão os riscos de subscrição, de mercado, legal, de crédito e operacional. Na primeira fase, essas Resoluções contemplarão somente o risco de subscrição, e as seguradoras deverão se adequar no prazo de 3 anos, a partir de 1º de janeiro de 2008, data em que entrarão em vigor os normativos. Antecipandose a essa exigência, os acionistas da Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros promoveram no primeiro semestre o aumento do capital social no montante de R$ 189,821 milhões, o que atende plenamente ao modelo de solvência baseado no risco de subscrição. Tecnologia da Informação No semestre, a Tecnologia da Informação da Bradesco Seguros e Previdência continuou priorizando processos para atender com agilidade e eficiência às demandas do negócio. O foco foi investir na melhoria contínua dos sistemas e na criação de diferenciais no atendimento aos Clientes e Corretores; apoiar o desenvolvimento de novos produtos, reduzindo o tempo de implantação dos mesmos; aperfeiçoar os processos vinculados ao pagamento de sinistros; promover a integração de sistemas e, conseqüentemente, a eficiência de custos. Em fevereiro de 2007, a Bradesco Seguros e Previdência consolidou a implantação do Escritório de Projetos e Métricas, divulgando a metodologia de gerenciamento de projetos adotada pela TI. Baseada nas melhores práticas de mercado, a metodologia visa a melhoria de qualidade na entrega dos produtos e melhor controle de prazos, custos e performance. Foi também disseminada a adoção da Análise de Pontos de Função para dimensionamento do escopo dos projetos de desenvolvimento de sistemas. Um aspecto importante foi a intensificação do processo de capacitação e treinamento, visto que mais de 100 funcionários foram treinados nas melhores práticas de gestão de projetos. Diversos projetos foram consolidados no primeiro semestre. O PRD - Plano de Recuperação de Desastres enfatiza a preocupação do Grupo Bradesco Seguros e Previdência com a disponibilidade e continuidade das aplicações e serviços de TI. O plano prevê rápido restabelecimento de sistemas e das operações de TI que dão suporte aos principais negócios do Grupo, caso ocorra algum desastre no Centro de Tecnologia da Seguradora.

Outras iniciativas ocorreram visando a melhor qualidade de atendimento aos Clientes e Corretores, tais como o Bradesco Auto Center. A maior vantagem para o usuário é ter acesso a um atendimento ágil, completo e integrado, em um único local podendo realizar vistorias, instalação de rastreadores e regulação de sinistros com encaminhamento para oficinas, carro reserva e reparo de vidros. A tecnologia wireless (sem fio) confere agilidade ao serviço. O técnico realiza a vistoria prévia utilizando um PDA ( computador de bolso ), possibilitando atendimento diferenciado e moderno. Marketing e Cultura Diversas ações são adotadas a cada ano para fortalecer a Marca Bradesco Seguros e Previdência no mercado e junto ao público. Como parte das ações estão os diversos lançamentos realizados pelas empresas do Grupo nos seis primeiros meses de 2007. A Bradesco Auto/RE inaugurou o Bradesco Auto Center, centro automotivo que visa proporcionar conforto, agilidade, além de diversos benefícios aos segurados. A Bradesco Saúde lançou uma nova linha de produtos do Bradesco Saúde Dental, dirigida para o mercado empresarial, agora com maior flexibilidade de contratação. Já a Bradesco Capitalização lançou o título Pé Quente Bradesco Sorte Dia&Noite. Ações de relacionamento com os corretores foram realizadas pelo Grupo Bradesco de Seguros e Previdência em todo o País. Entre as ações destaca-se o evento de premiação da Campanha Talento de Seguros 2006 Uma História de Conquistas, realizado na Costa do Sauípe. A Campanha, que envolveu mais de oito mil corretores cadastrados no Grupo, teve como ponto máximo da premiação a entrega do Troféu Talento de Seguros Bradesco Seguros e Previdência. Diversas premiações, que honram a excelência dos produtos e serviços da Marca Bradesco Seguros e Previdência, também foram conquistadas pelo Grupo no primeiro semestre de 2007. Entre os reconhecimentos obtidos destaca-se a premiação As Melhores Seguradoras do Brasil , promovida pela revista Conjuntura Econômica, do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (IBRE/FGV). O Grupo Bradesco de Seguros e Previdência foi premiado na categoria Maior Grupo Segurador do País por Prêmios Ganhos, Lucro Líquido, Patrimônio Líquido e Ativo Total . A Bradesco Vida e Previdência foi apontada como a melhor na categoria Previdência Privada . No anuário Valor Financeiro, publicado pelo jornal Valor Econômico , a Bradesco Vida e Previdência foi eleita também a melhor empresa no segmento Vida e Previdência . ISO 9001: 2000 A Bradesco Capitalização S.A. foi a primeira empresa de capitalização do País a receber o Certificado ISO 9002. Em 2007, manteve o trabalho de manutenção do Certificado de Gestão da Qualidade, já na versão ISO 9001:2000 no escopo Gestão de Títulos de Capitalização Bradesco . O certificado, concedido pela Fundação Vanzolini, atesta a qualidade dos processos internos da Empresa e confirma o princípio que está na origem dos Títulos de Capitalização da Bradesco: bons produtos, bons serviços e evolução permanente. A Bradesco Vida e Previdência também intensificou seus investimentos no controle de qualidade, com foco no atendimento e no relacionamento, resultando na Certificação ISO 9001:2000, na área de Pagamento de Sinistros, e na renovação dos Certificados de Pagamentos de Benefícios, Rendas Programadas e Resgates, pela Fundação Vanzolini. Recursos Humanos O UniverSeg completou 3 anos em maio de 2007. É um amplo programa de gestão do conhecimento, voltado para funcionários, corretores e parceiros do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência, constituído de cursos virtuais e presenciais, além de diversas ações e iniciativas, voltadas para a capacitação nos produtos comercializados, bem como para o desenvolvimento de habilidades pessoais nas áreas de vendas, negociação, comunicação, gerenciamento e planejamento, entre outras. Possui de forma dinâmica e diversificada um site para os Corretores e Intranet do Grupo para o público interno. Registramos, no primeiro semestre, cerca de 44.126 participações, sendo 37.899 em ações presenciais e 6.227 em ações virtuais. O ciclo de palestras De corretor para corretor , que se iniciou no final de 2005, continua percorrendo as principais capitais do País, oferecendo conteúdo direcionado para consultores e corretores de vendas dos produtos Automóvel, Seguro Residencial / Bilhete e Ramos Elementares. O processo de Certificação Técnica, iniciado em 2005, por meio do Departamento de Treinamento do Banco Bradesco, continua e tem por objetivo cumprir as novas exigências estabelecidas pela SUSEP. Esta certificação é destinada a todos os colaboradores que atuam na área de regulação e liquidação de sinistros, nos sistemas de controles internos, no atendimento ao público e na venda direta dos produtos. Rating A Bradesco Seguros obteve novos ratings de conceituadas firmas de classificação de risco. A Fitch Ratings aumentou o Rating Internacional de Força Financeira de Seguradora (FFS) de BBB (BBB menos) para BBB e o Rating Nacional de Força Financeira de AA+ (bra) para AAA (bra). A agência de classificação de risco Standard & Poor s aumentou o rating Internacional de Força Financeira e o rating Nacional da Bradesco Seguros de brAA+/ Positiva para brAAA/ Estável. A Bradesco Capitalização também teve sua nota elevada de brAA+/ Positiva para brAAA/ Estável, sendo a única empresa do segmento de capitalização com esse rating. Em ambos os casos, destacou-se o sólido padrão de proteção financeira e patrimonial que essas empresas garantem a seus clientes. Risco Operacional O Grupo Bradesco de Seguros, integrante da Organização Bradesco, no compromisso permanente de obtenção de conformidade às leis e regulamentos, tem adequado os seus processos e atividades, por meio da utilização de metodologias e recursos alinhados com as melhores práticas de mercado, sobretudo aquelas relacionadas à gestão de riscos. Nesse aspecto, para adequação às orientações emanadas pelo Novo Acordo de Capitais de Basiléia (Basiléia II), disposições da autoridade monetária e alinhamento a futuras definições ligadas à Solvência II, realizamos o levantamento e análise dos eventos relacionados ao risco operacional, possibilitando a melhoria na gestão e conhecimento das perdas e suas causas. Estão inseridas, nesse contexto, as disseminações da cultura de gestão de riscos operacionais em vários níveis, a divulgação de políticas corporativas e estabelecimento de procedimento de monitoramento contínuo dos graus de exposição. Prevenção à Lavagem de Dinheiro A Bradesco Seguros e suas Controladas, além do freqüente treinamento de seus funcionários, adotam ferramentas tecnológicas, sujeitas a constante aprimoramento, objetivando suportar o processo de monitoramento das suas diversas operações, com vistas a detectar situações caracterizadas na legislação como de lavagem de dinheiro. Designou um Diretor Estatutário para a missão de desenvolver, implementar e acompanhar a consecução de políticas relativas ao assunto. Ouvidoria A Ouvidoria do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência completa quatro anos de atuação em setembro de 2007, consolidando-se como importante sistema de relacionamento com Clientes e Corretores. No modelo adotado pela Ouvidoria do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência, cada reclamação deve ser vista como oportunidade para aprimorar o atendimento a Clientes e Corretores. A Ouvidoria do Grupo está alicerçada sobre três fundamentos básicos. O primeiro deles é a amplitude de alcance (toda reclamação, sugestão ou elogio em qualquer das empresas do Grupo é acompanhado pela Ouvidoria). O segundo fundamento é a celeridade das respostas (o cliente deve receber uma resposta adequada e fundamentada no prazo máximo de cinco dias úteis). O outro é o comprometimento dos funcionários, que reflete o empenho constante de cada um em oferecer o melhor atendimento. A segunda edição do Prêmio Ouvidoria de Excelência no Atendimento ocorrerá em setembro de 2007 quando da comemoração do 4º aniversário da Ouvidoria. A iniciativa tem por objetivo incentivar ainda mais o quadro funcional a priorizar o bom atendimento, já que esse é um diferencial da maior importância e constitui uma das chaves do sucesso das empresas do Grupo. Controles Internos Durante o semestre, visando a atender as determinações da legislação sobre o tema, a Bradesco Seguros S.A. prosseguiu com a avaliação e aperfeiçoamento do seu Sistema de Controles Internos em todas as suas controladas, em conformidade com os princípios e sistemática adotados pela Organização Bradesco. O responsável pelos Controles Internos é um Diretor Estatutário designado para esta função, ao qual incumbe verificar a eficiência dos controles internos da Bradesco Seguros S.A. e de suas controladas, reafirmando o objetivo permanente da Organização em estar compromissada com as Melhores Práticas. Agradecimentos A Bradesco Seguros e suas Controladas agradecem aos segurados e corretores a preferência e a confiança, que propiciaram mais um semestre de expressivas realizações. À Superintendência de Seguros Privados SUSEP, Agência Nacional de Saúde Suplementar ANS e ao IRB - Brasil Resseguros S.A., os agradecimentos pelo apoio recebido. Aos funcionários e colaboradores da Organização, o reconhecimento pela dedicação e pelo trabalho, que foram fundamentais para o bom desempenho nas atividades de Seguro, de Previdência Complementar Aberta e de Capitalização. São Paulo, 17 de agosto de 2007. Diretoria CONTINUA


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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO ATLÂNTICA COMPANHIA DE SEGUROS em aprovação ( antiga Finasa Seguradora S.A.) Senhores Acionistas, Submetemos à apreciação de V.Sas. as Demonstrações Contábeis da Atlântica Companhia de Seguros em aprovação (antiga Finasa Seguradora S.A.), relativas ao semestre findo em 30 de junho de 2007, elaboradas na forma da legislação societária e das normas expedidas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados CNSP e pela Superintendência de Seguros Privados SUSEP, acompanhadas das respectivas Notas Explicativas e do Parecer elaborado pelos Auditores Independentes. Eventos Societários Em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 18 de julho de 2007, foi deliberada a alteração da denominação da Finasa Seguradora S.A. para Atlântica Companhia de Seguros e a transferência de sua sede para a cidade do Rio de Janeiro. Mais informações sobre esses eventos constam das Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis das respectivas envolvidas. Desempenho das Operações de Seguros A Atlântica Companhia de Seguros apresentou, no semestre, faturamento de R$ 238,119 milhões. Resultado do Semestre A Atlântica Companhia de Seguros apresentou, no semestre, Lucro Líquido de R$ 3,426 milhões (R$ 231 mil em 2006), representando rentabilidade de 8,80% sobre o Patrimônio Líquido no final do semestre.

Prevenção à Lavagem de Dinheiro A Atlântica Companhia de Seguros, além do freqüente treinamento de seus funcionários, adota ferramentas tecnológicas, sujeitas a constante aprimoramento, objetivando suportar o processo de monitoramento das suas diversas operações, com vistas a detectar situações caracterizadas na legislação como de lavagem de dinheiro. Designou um Diretor Estatutário para a missão de desenvolver, implementar e acompanhar a consecução de políticas relativas ao assunto. Controles Internos Durante o semestre, visando a atender as determinações da legislação sobre o tema, a Atlântica Companhia de Seguros prosseguiu com a avaliação e aperfeiçoamento do seu Sistema de Controles Internos em conformidade com os princípios e sistemática adotados pela Organização Bradesco. O responsável pelos Controles Internos é um Diretor Estatutário designado para esta função, ao qual incumbe verificar a eficiência dos controles internos da Seguradora. Agradecimentos A Atlântica Companhia de Seguros agradece à Superintendência de Seguros Privados - SUSEP e ao IRB - Brasil Resseguros S.A. pelo apoio recebido. Aos colaboradores da Organização o reconhecimento pela dedicação e pelo trabalho, que foram fundamentais para o bom desempenho de nossas atividades. São Paulo, 17 de agosto de 2007. Diretoria

BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 (Em reais) ATIVO Circulante ........................................................................................ Disponível ...................................................................................... Caixa e bancos ............................................................................ Aplicações .................................................................................... Títulos de renda fixa .................................................................... Quotas de fundos de investimentos ........................................... Outras aplicações ....................................................................... Créditos das operações com seguros e resseguros ............... Prêmios a receber ....................................................................... Operações com seguradoras ..................................................... Outros créditos operacionais ...................................................... Título e créditos a receber ........................................................... Créditos tributários e previdenciários ......................................... Despesas antecipadas ................................................................ Administrativas ............................................................................ Despesas de comercialização diferidas .................................... Seguros e resseguros ................................................................ Ativo não circulante ....................................................................... Realizável a longo prazo ................................................................ Aplicações .................................................................................... Títulos de renda fixa .................................................................... Título e créditos a receber ........................................................... Créditos tributários e previdenciários ......................................... Depósitos judiciais e fiscais ....................................................... TOTAL ..............................................................................................

2007 294.715.283 53.197 53.197 56.436.599 19.735.154 36.588.763 112.682 208.183.460 177.413.407 30.373.406 396.647 1.800 1.800 26.195 26.195 30.014.032 30.014.032 13.938.002 13.938.002 13.269.210 13.269.210 668.792 28.684 640.108 308.653.285

2006 11.268.288 55.952 55.952 11.175.009 2.149.557 9.025.452 37.327 37.327 39.877 39.877 39.877 39.877 11.308.165

PASSIVO Circulante ........................................................................................ Contas a pagar ............................................................................. Obrigações a pagar ..................................................................... Impostos e encargos sociais a recolher .................................... Impostos e contribuições ............................................................ Débitos de operações com seguros e resseguros ................... Outros débitos operacionais ....................................................... Provisões técnicas de seguros e resseguros ............................. Ramos elementares e vida em grupo ......................................... Provisão de prêmios não ganhos ............................................... Provisão de sinistros a liquidar .................................................. Provisão de sinistros ocorridos mas não avisados ................... Outras provisões ......................................................................... Passivo não circulante .................................................................. Exigível a longo prazo .................................................................... Contas a pagar ............................................................................. Tributos diferidos ......................................................................... Patrimônio líquido .......................................................................... Capital social ................................................................................. Aumento de capital (em aprovação) ............................................. Reserva de capital ......................................................................... Reservas de lucros ....................................................................... Ajustes com títulos e valores mobiliários ..................................... Lucros acumulados ...................................................................... TOTAL .............................................................................................

2007 2006 269.731.590 910.280 2.128.895 910.280 556.461 801.257 266 165 1.572.168 108.858 24.195.386 24.195.386 243.407.309 243.407.309 202.436.938 9.334.134 31.532.693 103.544 806 48 806 48 806 48 806 48 38.920.889 10.397.837 8.000.000 8.000.000 25.000.000 612.537 612.537 1.880.956 1.554.254 1.565 81 3.425.831 230.965 308.653.285 11.308.165

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis. DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 (Em Reais)

DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 (Em reais) 2007

2006

a) Lucro líquido do semestre ....................................................

3.425.831

230.965

Lucro líquido ajustado ................................................................

3.425.831

230.965

- Aumento das Aplicações .......................................................

62.808.061

591.869

- Aumento dos Créditos das Operações ................................

208.183.460

-

- (Redução) Aumento dos Títulos e Créditos a Receber .......

(2.972.059)

26.720

- Aumento das Despesas Antecipadas ..................................

26.195

37.327

- Aumento das Despesas de Comercialização Diferidas ......

30.014.032

-

- (Aumento) do Contas a Pagar ..............................................

(1.757.772)

(508.866)

Resseguros ...........................................................................

(24.195.386)

-

- (Aumento) de Provisões Técnicas - Seguros e Resseguros

(243.407.309)

-

Mobiliários ..............................................................................

(1.592)

624

b) Caixa Líquido Aplicado nas Atividades Operacionais ........

28.697.630

147.674

- Aumento de Capital ...............................................................

25.000.000

-

- Distribuição de Dividendos ...................................................

-

(183.464)

Financiamento .......................................................................

25.000.000

(183.464)

Diminuição nas disponibilidades (a-b+c) ..................................

(271.799)

(100.173)

Disponibilidades no Início do semestre .................................

324.996

156.125

30.163.044

Disponibilidades no Final do semestre .................................

53.197

55.952

7,66

Diminuição nas disponibilidades ..............................................

(271.799)

(100.173)

Prêmios retidos .............................................................................. Prêmios de seguros ....................................................................... Prêmios co-seguros aceitos ........................................................ Prêmios - Riscos vigentes não emitidos ..................................... Prêmios Convênio DPVAT .............................................................. Prêmios cedidos a consórcios e fundos ...................................... Variação das provisões técnicas .................................................. Prêmios ganhos ............................................................................. Sinistros retidos ............................................................................. Sinistros diretos ............................................................................ Sinistros de consórcios e fundos ................................................. Variação da provisão de sinistros ocorridos mas não avisados ..... Despesas de comercialização ...................................................... Comissões .................................................................................... Variação das despesas de comercialização diferidas ................ Outras receitas e despesas operacionais ................................... Outras despesas operacionais .................................................... Despesas administrativas ............................................................. Despesas com tributos ................................................................. Resultado financeiro ...................................................................... Receitas financeiras ..................................................................... Despesas financeiras ................................................................... Resultado operacional ................................................................... Resultado não operacional ............................................................ Resultado antes dos impostos ..................................................... Imposto de renda .......................................................................... Contribuição social ....................................................................... Lucro líquido do semestre .............................................................

2007 228.938.654 220.547.255 169.460.525 51.086.730 17.571.351 (9.179.952) (202.538.078) 26.400.576 18.745.596 1.154.489 5.349.487 12.241.620 2.557.157 32.571.189 (30.014.032) (273.822) (273.822) 931.835 1.033.289 2.313.769 4.088.089 (1.774.320) 5.172.646 5.172.646 (1.281.246) (465.569) 3.425.831

2006 385.952 73.338 790.873 816.816 (25.943) 331.583 (23) 331.560 (70.790) (29.805) 230.965

Quantidade de ações .....................................................................

100.875.934

Lucro líquido por lote de mil ações - R$ .......................................

33,96

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis.

Atividades operacionais

- (Aumento) dos Débitos das Operações de Seguros e

- (Aumento) Redução de Ajustes com Títulos e Valores

Atividades de Financiamento

c) Caixa Líquido Gerado (Aplicado) nas Atividades de

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis.

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 (Em reais)

Saldos em 1º de janeiro de 2006 ............................. Ajustes com títulos e valores mobiliários ................ Lucro líquido do semestre ........................................ Saldos em 30 de junho de 2006 .............................. Saldos em 1º de janeiro de 2007 ............................. Aumento de capital: Em espécie conforme AGE 30 de maio de 2007 ... Ajustes com títulos e valores mobiliários ................ Lucro líquido do semestre ........................................ Saldos em 30 de junho de 2007 ..............................

Capital social 8.000.000 8.000.000

Aumento de capital (em aprovação) -

Reserva de capital 612.537 612.537

8.000.000

-

612.537

123.340

8.000.000

25.000.000 25.000.000

612.537

123.340

Reservas de lucros Reserva Reserva legal estatutária 101.917 1.452.337 101.917 1.452.337

Ajustes com títulos e valores mobiliários 705 (624) 81

Lucros acumulados 230.965 230.965

Total 10.167.496 (624) 230.965 10.397.837

1.757.616

(27)

-

10.493.466

1.757.616

1.592 1.565

3.425.831 3.425.831

25.000.000 1.592 3.425.831 38.920.889

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis. CONTINUA


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

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NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E DE 2006 (Em reais) 1. Contexto operacional A Seguradora faz parte do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência e tem por objetivo social a exploração das operações de seguros dos ramos elementares, em qualquer das suas modalidades, tais como definidos na legislação em vigor, operando através de sucursais nos principais centros econômicos do país. As operações são conduzidas no contexto do conjunto das empresas integrantes do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência, atuando de forma integrada no mercado, e os custos das estruturas operacional e administrativa comuns são absorvidos segundo a praticabilidade e a razoabilidade de lhes serem atribuídos, em conjunto ou individualmente. A partir do 1º semestre de 2007, a Seguradora incrementou suas operações, principalmente, em decorrência de co-seguros aceitos da Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros no ramo de automóveis. Em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 18 de julho de 2007, foi deliberada a alteração de denominação social para Atlântica Companhia de Seguros e a transferência da sede para a cidade do Rio de Janeiro. O referido ato societário encontra-se para aprovação na SUSEP - Superintendência de Seguros Privados. 2. Apresentação das demonstrações contábeis As demonstrações contábeis foram elaboradas com base nas práticas contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações e normas expedidas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP e pela Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, e estão sendo apresentadas segundo critérios estabelecidos pelo plano de contas instituído pela Circular SUSEP nº 334/2007, que introduziu alterações na classificação das contas do balanço patrimonial e da demonstração de resultado. Em decorrência, os saldos e valores do semestre findo em 30 de junho de 2006 foram reclassificados para fins de comparação. 3. Resumo das principais práticas contábeis (a) Apuração do resultado O resultado é apurado pelo regime de competência, observando-se o critério pro rata die e por estimativa para receitas de prêmios, nos casos em que o risco coberto só é conhecido após o decurso do período de cobertura. Os prêmios de seguros, de co-seguros e comissões, deduzidos dos prêmios cedidos em co-seguro e resseguro e comissões correspondentes, são apropriados ao resultado quando da emissão das respectivas apólices de seguro, e diferidos para apropriação, em bases lineares, no decorrer do prazo de vigência das apólices, por meio de constituição e reversão da provisão de prêmios não ganhos e da despesa de comercialização diferida. As receitas e despesas decorrentes de operações de seguros do ramo DPVAT são contabilizadas com base nos informes recebidos da Federação Nacional de Seguros Privados - FENASEG. (b) Ativos circulante e realizável a longo prazo ( i ) Aplicações Conforme determinações da SUSEP, as sociedades seguradoras devem classificar os títulos e valores mobiliários em três categorias: I - Títulos para negociação - adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados. II - Títulos disponíveis para venda - os títulos que não se enquadram nas categorias I e III. III - Títulos mantidos até o vencimento - adquiridos com a intenção de mantê-los em carteira até o vencimento. Os títulos classificados como para negociação e disponíveis para venda são registrados pelo valor de custo, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço e ajustados pelo seu valor de mercado. Os títulos mantidos até o vencimento são avaliados pelo seu custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço. Os ajustes ao valor de mercado dos títulos classificados como para negociação são contabilizados em contrapartida ao resultado e os ajustes ao valor de mercado dos títulos classificados como disponíveis para venda são contabilizados em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, líquidos dos efeitos tributários, sendo transferidos para o resultado quando da efetiva realização pela venda dos respectivos títulos e valores mobiliários. (ii) Demais ativos Os demais ativos são demonstrados pelo valor de custo, acrescido, quando aplicável, dos rendimentos e das variações monetárias auferidas. Os impostos ativos diferidos decorrentes de diferenças temporárias foram constituídos de acordo com as alíquotas vigentes. (c) Passivo circulante ( i ) Provisões técnicas A provisão de prêmios não ganhos é constituída pela parcela dos prêmios comerciais retidos de seguros correspondentes aos períodos de riscos não decorridos dos contratos de seguros, de acordo com os critérios determinados pela Resolução CNSP nº 162/2006. A mencionada Resolução também instituiu a provisão para insuficiência de prêmios. A Seguradora mantém Nota Técnica Atuarial devidamente aprovada junto à SUSEP. Os cálculos efetuados não indicaram necessidade de constituição de provisão em 30 de junho de 2007 e de 2006. A provisão de sinistros a liquidar do ramo de Automóvel foi constituída para fazer face a todos os sinistros existentes na data do balanço. Conforme previsto em Nota Técnica Atuarial aprovada pela SUSEP, todos os demais sinistros referentes ao ramo de Automóvel que não envolvam discussões judiciais estão contemplados na provisão de sinistros ocorridos mas não avisados, considerando a experiência de sinistralidade. A provisão para sinistros ocorridos mas não avisados ( Provisão de IBNR ), relativa às operações próprias, foi apurada com base em cálculos atuariais, efetuados por atuário interno, de acordo com Nota Técnica Atuarial aprovada pela SUSEP. Outras provisões técnicas correspondem à Provisão de despesas administrativas PDA, decorrentes das operações de seguros do ramo DPVAT e contabilizado com base nos informes recebidos da FENASEG. (ii) Demais passivos Demonstrado por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridos até a data do balanço. Foram constituídas provisões para imposto de renda, à alíquota de 15% sobre o lucro tributável, acrescida de adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente a R$ 120 mil para o semestre, e para contribuição social sobre o lucro, à alíquota de 9% nos termos da legislação em vigor. 4. Aplicações (a) Resumo da classificação das aplicações financeiras 2007 % 2006 % Títulos para negociação 36.588.763 52,49 9.025.452 80,76 Títulos de renda fixa - fundos de investimentos . Títulos disponíveis para venda 33.004.364 47,35 2.149.557 19,24 Letras financeiras do tesouro ........................ 112.682 0,16 Outras aplicações ............................................ 69.705.809 100,00 11.175.009 100,00 (b) Composição das aplicações financeiras por prazo e por título Apresentamos a seguir a composição das aplicações financeiras por prazo e por título, incluindo os títulos que compõem as carteiras dos fundos de investimento. Os títulos classificados como para negociação estão apresentados no ativo circulante, independentemente dos prazos de vencimento. Os títulos que pertencem a fundos de investimento abertos foram considerados com base no percentual de participação da Seguradora no fundo. Ajuste 1 a 30 da avadias ou Valor liação sem ven31 a 181 a Acima de Valor de refe- a mercimento 180 dias 360 dias 360 dias contábil rência (*) cado 34.444 9.755.544 16.109.741 36.588.763 36.588.763 Títulos para negociação ..... 10.689.034 Letras financeiras do tesouro 34.444 90.394 9.031.737 9.156.575 9.156.575 Letras do tesouro nacional 7.629.390 - 9.665.150 5.711.481 23.006.021 23.006.021 - 1.366.523 4.426.167 4.426.167 Notas do tesouro nacional . 3.059.644 Títulos disponíveis - 10.850.344 8.884.810 13.269.210 33.004.364 33.001.992 2.372 para venda ....................... - 10.850.344 8.884.810 13.269.210 33.004.364 33.001.992 2.372 Letras financeiras do tesouro .. 112.682 112.682 112.682 Outras aplicações .............. Total em 2007 ................... 10.801.716 10.884.788 18.640.354 29.378.951 69.705.809 69.703.437 2.372 Total em 2006 ...................

3.943.031

241.232 3.158.092

3.832.654 11.175.009 11.174.881

128

(*) Representa o valor de mercado para os títulos classificados como para negociação e o valor de custo atualizado para os demais. O valor de mercado das aplicações em fundos de investimento foi obtido a partir dos valores das quotas divulgadas pelas instituições financeiras administradoras desses fundos. Os títulos de renda fixa públicos tiveram seus valores de mercado obtidos a partir das tabelas de referência divulgadas pela Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto - ANDIMA. (c) Instrumentos financeiros derivativos Em 30 de junho, a Seguradora possuía em fundos de investimentos contratos futuros de DI, que totalizavam R$ 8.521.718 - posição vendida (2006 R$ 6.310.895 posição vendida) como valor de referência, sendo que os diferenciais a pagar ou a receber dos contratos futuros são liquidados diariamente. O objetivo de atuação no mercado de derivativos, seja através de posições ativas ou proteção ( hedge ), sempre visa minimizar a exposição a riscos de mercado, de moeda ou taxa de juros e proteção das posições detidas a vista. Os critérios de precificação dos instrumentos financeiros derivativos são definidos pelo administrador das carteiras e o custodiante, Banco Bradesco S.A., sendo utilizadas curvas e taxas divulgadas pela ANDIMA e BM&F para cálculos e apreçamento constantes no manual de precificação da instituição, em conformidade com o código de auto-regulação da ANBID. Todas as operações de derivativos são registradas e negociadas na Bolsa de Mercadorias e Futuros de São Paulo - BM&F, bem como na Câmara de Custódia e Liquidação - CETIP. O monitoramento das operações no mercado de derivativos é feito pelo gestor dos fundos, de forma ativa, através da mensuração do risco através do VaR - (Value at Risk), parâmetro de referência para os ajustes necessários de posições, em consonância com as políticas de controle previamente estabelecidas e adotadas pelo gestor. A Área de Risco do gestor é responsável pela quantificação e avaliação diária das variáveis de risco de mercado, apurando o VaR para cada um dos portfólios. 5. Créditos tributários e previdenciários (a) Realizável a longo prazo Referem-se aos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos, equivalentes a R$ 21.091 (R$ 29.321 em 2006) e R$ 7.593 (R$ 10.556 em 2006), respectivamente, registrados para refletir os efeitos fiscais futuros atribuíveis a diferenças temporárias. Os créditos tributários foram contabilizados levando em consideração o histórico de rentabilidade e sua previsão de realização, fundamentada por estudo técnico, pode ser assim demonstrada: 2007 2008 2009 2010 Previsão de realização - % ................................. 5,90 47,03 47,02 0,05 O valor presente dos créditos tributários calculado à taxa média de captação da Organização Bradesco, líquido dos efeitos tributários, monta a R$ 28.827. 6. Transações e saldos com partes relacionadas Valores a Contas a receber Receita receber Receitas (pagar) (despesa) Empresas (pagar) (despesas) co-seguros com co-seguros Banco Bradesco S.A. ................................ 21.334 (3.724) Bradesco SegPrev Investimentos Ltda ...... (101.759) 133.373.171 137.757.810 Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros .. Em 2007 ...................................................... (80.425) (3.724) 133.373.171 137.757.810 Em 2006 ......................................................

10.000

DIRETORIA Luiz Carlos Trabuco Cappi Ricardo Saad Affonso Marcos Suryan Neto Carlos Eduardo Corrêa do Lago Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa

(6.386) -

-

-

As operações com partes relacionadas foram contratadas a valores, taxas e prazos usualmente praticados no mercado para operações semelhantes, levando em consideração a ausência de riscos. O contas a receber e o contas a pagar são distribuídos nas diversas contas do balanço patrimonial de acordo com as características das operações. 7. Provisões técnicas e despesas de comercialização diferidas Provisão Provisões de sinistros Despesas de técnicas de Sinistros ocorridos mas comercialização 2007 seguros a liquidar não avisados diferidas Automóvel/RCF ............ 202.436.938 537.568 10.964.886 30.014.032 DPVAT .......................... 103.544 8.796.566 20.567.807 202.540.482 9.334.134 31.532.693 30.014.032 8. Patrimônio líquido (a) Capital social e dividendos O capital social, totalmente subscrito e integralizado, é representado por 100.875.934 (30.163.044 em 2006) ações escriturais, ordinárias e nominativas, sem valor nominal. De acordo com as disposições estatutárias, a cada ação corresponde um voto nas Assembléias Gerais, sendo garantido aos acionistas um dividendo mínimo obrigatório de 25% do lucro líquido de cada exercício, ajustado nos termos da legislação societária brasileira. Em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 30 de maio de 2007, o acionista da Seguradora deliberou, entre outros assuntos, sobre o aumento de capital elevando-o de R$ 8.000.000 para R$ 33.000.000, mediante a emissão de 70.712.890 ações ordinárias nominativas - escriturais. Este ato societário encontra-se em fase de aprovação pela Superintendência de Seguros Privados SUSEP. (b) Reserva de capital Corresponde à reserva de doações e subvenções de investimentos decorrentes de incentivos fiscais recebidos. (c) Reserva legal Constituída, ao final do exercício, na forma prevista na legislação societária brasileira, podendo ser utilizada para a compensação de prejuízos ou para aumento do capital social. (d) Reserva estatutária Constituída por até 100% do lucro líquido remanescente após as deduções legais e a constituição de reserva legal, é efetuada ao final de cada exercício social, até atingir o limite de 95% do capital social, estando sujeita à deliberação em Assembléia Geral. 9. Garantia das provisões técnicas de seguros Os valores dos bens e direitos oferecidos em cobertura das provisões técnicas são os seguintes: 2007 Títulos de renda fixa ........................................................................................................... 69.548.182 165.334.181 Direitos creditórios (líquidos dos prêmios vencidos e não pagos) ................................... 234.882.363 10. Principais ramos de atuação 2007 Automóvel/RCF .................................................. DPVAT ...........................................................

Prêmios ganhos 18.110.318 8.290.258 26.400.576

Sinistralidade % 66,92 79,93

11. Detalhamento das contas da demonstração de resultado (a) Despesas de comercialização

2007 (32.580.125) 7.068 1.868 30.014.032 (2.557.157)

Comissões sobre prêmios emitidos .................................................... Comissões sobre prêmios cancelados ............................................... Comissões sobre prêmios restituídos ................................................. Variação das despesas de comercialização diferidas ...................... (b) Outras receitas e despesas operacionais

2007 (273.822) (273.822)

Despesas com DPVAT (c) Despesas administrativas Despesas com serviços de terceiros ................................................. Despesas com localização e funcionamento ..................................... Despesas com donativos e contribuições ......................................... Despesas com publicações ................................................................ Despesas administrativas do Convênio DPVAT ................................. Despesas administrativas diversas .................................................... (d) Despesas com tributos Despesas com PIS ............................................................................... Despesas com COFINS ....................................................................... Taxa de fiscalização ........................................................................... Outras despesas com tributos ........................................................... (e) Receitas financeiras Receitas com títulos de renda fixa privados ................................... Receitas com títulos de renda fixa públicos .................................... Receitas com títulos de renda variável ............................................... Receitas com operações de seguros ................................................. (f) Despesas financeiras Despesas financeiras seguros ....................................................... Despesas com impostos e contribuições ............................................... Despesas com taxa de custódia ........................................................

Comercialização % 13,74 0,84

2007 28.158 7.742 7.116 147.837 740.635 347 931.835

2006 37.327 8.771 13.815 325.576 463 385.952

2007 139.564 858.866 34.805 54 1.033.289

2006 5.302 32.630 34.805 601 73.338

2007 713.347 1.597.004 1.777.738 4.088.089

2006 660.417 156.299 100 816.816

2007 (1.414.513) (353.130) (6.677) (1.774.320)

2006 (7.058) (10.943) (7.942) (25.943)

12. Imposto de renda e contribuição social A conciliação da despesa de imposto de renda e contribuição social, calculada pela aplicação das alíquotas fiscais vigentes, e a despesa contabilizada em resultado são como seguem: 2007 2006 5.172.646 331.560 Resultado antes de impostos Imposto de renda e contribuição social às alíquotas básicas de 25% e 9%, respectivamente ............................................................ (1.758.699) (112.730) Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos Receitas não tributáveis, despesas e provisões Indedutíveis ........... 34 11.884 12.101 Outros valores ...................................................................................... Imposto de renda e contribuição social no semestre (1.746.815) (100.595) 13. Cálculo do patrimônio líquido ajustado e da margem de solvência A seguir detalhamos o cálculo do patrimônio líquido ajustado e margem de solvência em 30 de junho: 2007 2006 Patrimônio líquido contábil .................................................................... 38.920.889 10.397.837 (26.195) (37.327) Despesas antecipadas ....................................................................... Patrimônio líquido ajustado .................................................................. 38.894.694 10.360.510 40.000.000 Aumento de capital (nota explicativa 14 (a)) ...................................... Patrimônio líquido ajustado após aumento de capital ......................... 78.894.694 Margem de solvência A - 0,20 prêmio retido - últimos12 meses ........................................... 45.787.731 2.062.016 B - 0,33 sinistro retido - média últimos 36 meses ............................... 78.894.694 10.360.510 Patrimônio líquido ajustado após aumento de capital ......................... Margem de solvência (valor de A ou B = o maior) .............................. 45.787.731 Suficiência ........................................................................................... 33.106.963 10.360.510 14. Outras informações (a) Em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 13 de agosto de 2007, foi deliberado o aumento de capital pela Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros elevando-o de R$ 33.000.000 para R$ 73.000.000, mediante a emissão de 97.417.713 ações ordinárias nominativas - escriturais. (b) Comitê de auditoria - Resolução CNSP nº 118/2004 O resumo do relatório do Comitê de Auditoria foi divulgado junto com as demonstrações contábeis do Banco Bradesco S.A. (controlador indireto) em 08 de agosto de 2007. (c) Circular SUSEP nº 334/2007 Em 2 de janeiro de 2007, a SUSEP emitiu a Circular SUSEP nº 334 instituindo um novo plano de contas que entrou em vigor em 1º de janeiro de 2007. Além de diversas alterações introduzidas, o normativo também referenda para utilização pelas sociedades seguradoras os critérios estabelecidos no pronunciamento NPC nº 27 de 29 de dezembro de 2005 do IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, que trata sobre Demonstrações Contábeis - Apresentação e Divulgações. (d) Divulgação das demonstrações contábeis consolidadas Nos termos do artigo 275, parágrafo 3º da Lei nº 6.404/76, informamos que as demonstrações contábeis consolidadas de 30 de junho de 2007 da Bradesco Seguros S.A., empresa líder do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência, foram publicadas nesta mesma data na Gazeta Mercantil, Jornal do Commercio, Diário do Comércio e Diário Oficial do Estado de São Paulo. Saint Clair Pereira Lima Atuário MIBA nº 943

Diretor-Presidente Diretor Diretor Diretor Diretor

Getúlio Antônio Guidini Contador CRC - 1RS034447/O-7S - SP

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Administradores e Acionistas Atlântica Companhia de Seguros em aprovação (antiga Finasa Seguradora S.A.) 1. Examinamos os balanços patrimoniais da Atlântica Companhia de Seguros em 30 de junho de 2007 e de 2006 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade da sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações contábeis. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações contábeis em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da seguradora, (b) a constatação, com

base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da seguradora, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3. Somos de parecer que as referidas demonstrações contábeis apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Atlântica Companhia de Seguros em 30 de junho de 2007 e de 2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 17 de agosto de 2007 Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5

Edison Arisa Pereira Contador CRC 1SP127241/O-0


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 30 de agosto de 2007


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

ECONOMIA/LEGAIS - 9

INDIANA SEGUROS S.A. CNPJ nº 61.100.145/0001-59

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Prezados Senhores: Submetemos à apreciação de V.Sas. as demonstrações financeiras com o parecer dos auditores independentes referentes ao primeiro semestre de 2007, bem como o Relatório da Administração contendo informações relevantes para auxiliar no entendimento do desempenho da Indiana Seguros S/A. Mercado O bom desempenho do mercado automotivo em 2006 aponta para um crescimento expressivo em 2007. Em 2006, houve um acréscimo de 13% nas vendas de veículos no país, totalizando 1,8 milhões de unidades. A estimativa para 2007 é um aumento nas vendas de 7,7%. Já no primeiro semestre, o crescimento foi de 25,9%. Contudo, o aumento da frota nacional segurada não tem acompanhado esse desempenho. Por esse motivo, desde junho de 2006, a prática do mercado segurador foi de abaixar suas taxas, inclusive de forma linear, provocando sensível perda do prêmio médio de todo o mercado. Considerando este cenário e visando otimizar nossos negócios, conseguimos consolidar as reformulações iniciadas há dois anos, notadamente nos ramos de Auto e RCF, nossas principais carteiras. Investimentos Somos uma seguradora com perfil conservador, desta forma, buscando sempre segurança em nossas operações e aos nossos clientes, direcionamos os investimentos para papéis de renda Prêmio Retido (R$ Mil)

319.922

fixa, concentrando 90% em títulos públicos e em outros papéis também lastreados em títulos públicos. Provisão de Sinistros a Liquidar Nos últimos 4 anos, seguindo orientações da Susep, aprimoramos nossos procedimentos e controles internos referentes à constituição de provisões de sinistros a liquidar, principalmente, no tocante aos sinistros judiciais e com isso a nossa provisão teve um aumento neste período de 187%. Em 2007, no montante de R$ 65.619 mil estão inclusos R$ 12.019 mil referentes ao Convênio DPVAT. Resultado do Exercício A Indiana Seguros S/A, apresentou no primeiro semestre de 2007 um lucro líquido de R$ 6.235 mil, representando no primeiro semestre uma rentabilidade de 7,8% sobre o patrimônio líquido de dezembro/2006. Controles Internos No decorrer do primeiro semestre de 2007, visando atender a legislação referente ao tema e o alcance das metas estabelecidas para a seguradora, demos continuidade aos trabalhos de avaliação e monitoramento dos procedimentos e controles internos, buscando sempre identificar oportunidades de melhorias e conseqüentemente, implantação das melhores práticas do mercado segurador. No que se refere à prevenção de Lavagem de Dinheiro, exercemos atividades específicas de monitoramento com objetivo de identificar situações com essas características.

Prêmio Ganho (R$ Mil)

Sinistro Retido (R$ Mil)

333.629

340.186

198.184

296.138

268.822

Sinistralidade

Provisão de Sinistros a Liquidar (R$ Mil) 65.619

210.632 67,5%

66,9%

174.814

258.909

Tecnologia A Indiana Seguros S/A, tem o compromisso de ser a seguradora com menor custo na operação para os corretores, por isso, a tecnologia sempre foi observada como assunto estratégico, razão pela qual investimos nos últimos 4 anos um montante de R$ 16.879 mil. Projetos Sociais O Projeto Aprendiz Indiana Sincor integra as ações de responsabilidade social da seguradora e nos anos de 2004 a 2007 recebeu um investimento de R$ 385 mil e tem como objetivo profissionalizar adolescentes com treinamento teórico e prático para que possam atuar como profissionais capacitados no mercado segurador. Além do Projeto Aprendiz são desenvolvidas atividades assistenciais, como a campanha do agasalho cuja arrecadação no período de junho/07 foi 23.649 itens doados. Adicionalmente, destacamos que além de beneficiar várias instituições com as doações arrecadadas, a campanha ainda beneficiou a ADEVA – Associação dos Deficientes Visuais e Amigos através da doação de sistemas para formatação de impressão em Braille. Agradecimentos Agradecemos aos nossos colaboradores, corretores, parceiros, SUSEP, IRB e principalmente aos clientes pelo apoio recebido. São Paulo, 17 de agosto de 2007. Conselho de Administração e Diretoria

44.547

106.035

166.114

152.517

63,8%

63,1%

31.235 22.854

2004

2005

2006

1º sem 07

2004

Aplicações Financeiras (R$ Mil) 208.135

2005

2006

2004

1º sem 07

2005

2006

1º sem 07

2004

2005

Lucro Líquido (R$ Mil)

Investimentos em Tecnologia (R$ Mil)

2006

1º sem 07

4.945

4.763

169.246

69.095 14,4%

58.481 6.235

2.321

8,5%

4.647

2006

2004

1º sem 07

2005

2006

1º sem 07

2004

2005

2006

1º sem 07

2004

2005

BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 (Em Milhares de Reais) ATIVO Circulante Disponível Caixa e Bancos Aplicações Títulos de Renda Fixa Quotas de Fundos de Investimentos Outras Aplicações Créditos das Operações com Seguros e Resseguros Prêmios a Receber Operações com Seguradoras Operações com Resseguradoras Outros Créditos Operacionais (-) Provisão para Riscos de Créditos Títulos e Créditos a Receber Títulos e Créditos a Receber Créditos Tributários e Previdenciários Outros Créditos (-) Provisão para Riscos de Créditos Outros Valores e Bens Bens a Venda Outros Valores Despesas Antecipadas Administrativas Despesas de Comercialização Diferidas Seguros e Resseguros Ativo Não Circulante Realizável a Longo Prazo Aplicações Títulos de Renda Fixa Créditos das Operações com Seguros e Resseguros Outros Créditos Operacionais Títulos e Créditos a Receber Créditos Tributários e Previdenciários Depósitos Judiciais e Fiscais Despesas de Comercialização Diferidas Seguros e Resseguros Permanente Investimentos Outros Investimentos (-) Provisão para Desvalorização Imobilizado Imóveis Bens Móveis Outras Imobilizações (-) Provisão para Desvalorização (-) Depreciação Diferido Despesas de Organização, Implantação e Instalação (-) Amortizações TOTAL

2007 _________ 339.073 _________ 994 _________ 994 211.978 _________ 17.219 194.693 66 78.276 _________ 76.819 263 878 561 (245) 3.421 _________ 795 2.165 848 (387) 7.776 _________ 7.225 551 108 _________ 108 36.520 _________ 36.520 44.431 _________ 37.046 _________ 6.484 _________ 6.484 112 _________ 112 27.840 _________ 11.377 16.463 2.610 _________ 2.610 7.385 _________ 29 _________ 193 (164) 7.274 _________ 4.190 6.835 382 (371) (3.762) 82 _________ 1.060 (978) _________ 383.504 _________

2006 _________ 322.981 _________ 940 _________ 940 184.229 _________ 21.459 162.720 50 85.718 _________ 84.032 224 923 785 (246) 5.170 _________ 786 4.151 686 (453) 9.919 _________ 9.556 363 105 _________ 105 36.900 _________ 36.900 34.086 _________ 26.381 _________ 7.337 _________ 7.337 103 _________ 103 15.630 _________ 8.585 7.045 3.311 _________ 3.311 7.705 _________ 29 _________ 210 (181) 7.520 _________ 4.190 6.743 381 (371) (3.423) 156 _________ 1.060 (904) _________ 357.067 _________

PASSIVO Circulante Contas a Pagar Obrigações a Pagar Impostos e Encargos Sociais a Recolher Encargos Trabalhistas Impostos e Contribuições Outras contas a Pagar Débitos de Operações com Seguros e Resseguros Prêmios a Restituir Operações com Seguradoras Operações com Resseguradoras Corretores de Seguros e Resseguros Outros Débitos Operacionais Depósitos de Terceiros Provisões Técnicas - Seguros e Resseguros Ramos Elementares e Vida em Grupo Provisão de Prêmios não Ganhos Sinistros a Liquidar Provisão de Sinistros Ocorridos mas não Avisados Outras Provisões Passivo Não Circulante Exigível a Longo Prazo Contas a Pagar Tributos Diferidos Provisões Técnicas - Seguros e Resseguros Ramos Elementares e Vida em Grupo Provisão de Prêmios não Ganhos Outros Passivos Contingentes Provisões Fiscais Provisões Trabalhistas Provisões Cíveis Patrimônio Líquido Capital Social Aumento de Capital (em Aprovação) Reservas de Capital Reservas de Reavaliação Reservas de Lucros Ajustes com Títulos e Valores Mobiliários Lucros Acumulados

2007 _________ 270.731 _________ 28.633 _________ 13.914 6.140 3.519 2.759 2.301 15.169 _________ 33 398 3.206 615 10.917 3.971 _________ 222.958 _________ 222.958 _________ 150.043 65.619 6.962 334 112.773 _________ 25.568 _________ 843 _________ 843 8.494 _________ 8.494 _________ 8.494 16.231 _________ 15.629 98 504 87.205 _________ 34.000 16.000 12.100 1.636 17.536 (11) 5.944

2006 _________ 261.767 _________ 28.315 _________ 12.498 6.178 3.008 3.417 3.214 15.307 _________ 60 668 3.023 854 10.702 3.996 _________ 214.149 _________ 214.149 _________ 160.148 37.398 16.603 95.300 _________ 21.194 _________ 851 _________ 851 11.382 _________ 11.382 _________ 11.382 8.961 _________ 6.463 267 2.231 74.106 _________ 34.000 12.100 1.652 21.605 (9) 4.758

2006

1º sem 07

2004

7,8%

2005

2006

1º sem 07

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 (Em Milhares de Reais) 2007 2006 _________ _________ 152.517 171.497 Prêmios Retidos _________ _________ Prêmios de Seguros 146.417 167.979 _________ _________ Prêmios Diretos 147.155 164.182 Prêmios Co-Seguros Aceitos 920 754 Prêmios - Riscos Vigentes Não Emitidos (1.658) 3.043 Prêmios Convênio DPVAT 23.754 18.669 Prêmios Cedidos em Co-Seguros (1.474) (2.327) Prêmios Cedidos em Resseguros (3.934) (3.144) Prêmios de Retrocessões 161 67 Prêmios Cedidos a Consórcios e Fundos (12.407) (9.747) Variação das Provisões Técnicas 13.597 (5.635) _________ _________ Prêmios Ganhos 166.114 165.862 _________ _________ Sinistros Retidos (106.035) _________ (105.551) _________ Sinistros Diretos (109.799) (106.997) Sinistros de Consórcios e Fundos (7.241) (5.740) Serviços de Assistência (499) (4.938) Recuperação de Sinistros 2.451 3.056 Salvados e Ressarcimentos 10.809 10.469 Variação da Provisão de Sinistros Ocorridos mas não Avisados (1.756) (1.401) Despesas de Comercialização (41.714) _________ (39.050) _________ Comissões (27.839) (28.900) Recuperação de Comissões 1.036 725 Outras Despesas de Comercialização (12.793) (13.098) Variação das Despesas de Comercialização Diferidas (2.118) 2.223 Outras Receitas e Despesas Operacionais 4.103 (381) _________ _________ Outras Receitas Operacionais 8.349 8.740 Outras Despesas Operacionais (4.246) (9.121) Despesas Administrativas (27.375) _________ (24.566) _________ Despesas com Tributos (5.802) _________ (5.443) _________ Resultado Financeiro 21.153 19.477 _________ _________ Receitas Financeiras 25.203 21.578 Despesas Financeiras (4.050) (2.101) Resultado Operacional 10.444 10.348 _________ _________ Resultado Não Operacional 287 257 _________ _________ Resultado antes dos Impostos e Participações 10.731 10.605 _________ _________ Imposto de Renda (2.744) (1.851) Contribuição Social (1.043) (692) Participações sobre o Resultado (709) (1.492) Lucro Líquido do Semestre 6.235 6.570 _________ _________ Quantidade de Ações 13.750 13.750 Lucro Líquido por Ação 0,45 0,48 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras

DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 (Em Milhares de Reais) _________ 383.504 _________

TOTAL

_________ 357.067 _________

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 (Em Milhares de Reais)

Descrição _______ _ Saldos em 31 de dezembro de 2005 Reserva de Reavaliação Realização Títulos e Valores Mobiliários Resultado Líquido do Semestre Distribuição do Resultado Reserva Legal Juros sobre o Capital Próprio (0,109 por ação) Saldos em 30 de junho de 2006 Saldos em 31 de dezembro de 2006 Aumento de Capital AGO/AGE de 30/03/2007 Reserva de Reavaliação Realização Títulos e Valores Mobiliários Resultado Líquido do Semestre Proposta p/Distribuição do Resultado Reserva Legal Saldos em 30 de junho de 2007

1º sem 07

21,8%

87.205

8.450.922

2005

2006

80.122

4.850

142.385

2004

2005

Retorno sobre o Patrimônio Líquido

Patrimônio Líquido (R$ Mil)

15.086

218.462

2004

Capital Social ________ 34.000

Aumento de Capital em Aprovação ___________ -

Reservas de ______________________________________________________ Lucros ________________________ Capital Reavaliação Estatutária Legal _________ _____________ ____________ ________ 12.100 1.711 18.754 2.522

Ajustes com Títulos e Valores Mobiliários ______________ 8

Lucros Acumulados _____________ -

Total __________ 69.095

-

-

-

(59) -

-

-

(17) -

17 6.570

(42) (17) 6.570

________34.000 ________ 34.000

______________________-

_________12.100 _________ 12.100

_____________1.652 _____________ 1.657

____________18.754 ____________ 29.098

329 ________2.851 ________ 3.276

______________(9) ______________ (9)

(329) (1.500) _____________ 4.758 _____________ -

(1.500) __________ 74.106 __________ 80.122

-

16.000

-

-

(15.150)

-

-

-

850

-

-

-

(21) -

-

-

(2) -

21 6.235

(2) 6.235

312 _____________________________________________________________ 34.000 16.000 12.100 1.636 13.948 3.588 ________ ___________ _________ _____________ ____________ ________ As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras

______________(11) ______________

(312) _____________ 5.944 _____________

__________87.205 __________

2007 2006 _________ _________ Lucro Líquido do Semestre 6.235 6.570 _________ _________ Depreciações e Amortizações 584 589 Lucro na Venda de Imobilizado (171) (188) Lucro Líquido Ajustado 6.648 6.971 _________ _________ Atividades Operacionais Variação Aplicações (10.327) (22.320) Variação dos Créditos das Operações 12.862 (786) Variação de Títulos e Créditos a Receber (2.146) (5.361) Variação de Outros Valores e Bens 263 (1.159) Variação das Despesas Antecipadas (48) (54) Variação das Despesas de Comercialização Diferidas 2.117 (2.223) Variação de Contas a Pagar (6.322) 8.811 Variação de Débitos de Operações com Seguros e Resseguros (2.374) (1.431) Variação de Depósitos de Terceiros (2.658) (159) Variação de Provisões Técnicas - Seguros e Resseguros (978) 14.014 Variação de Outros Passivos 1.592 6.127 Variação de Ajustes de TVM (PL) (2) (16) Variação da Reserva de Reavaliação (42) Caixa Líquido Consumido nas Atividades Operacionais (8.021) _________ (4.599) _________ Atividades de Investimento Recebimento pela venda de ativo permanente 317 288 Pagamento pela compra de ativo permanente (407) (813) Caixa Líquido Consumido nas Atividades de Investimento (90) _________ (525) _________ Atividades de Financiamento Aumento de capital 850 Juros sobre o capital próprio (1.500) Caixa Líquido Gerado (Consumido) nas Atividades de Financiamento _________ 850 (1.500) _________ Diminuição/Aumento nas Disponibilidades (613) _________ 347 _________ Disponibilidades no Início do Período 1.607 593 Disponibilidades no Final do Período 994 940 Diminuição/Aumento nas Disponibilidades (613) 347 _________ _________ As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 (Em Milhares de Reais) 1. Contexto Operacional: A Seguradora tem por objetivo a exploração de seguros dos ramos elementares e de vida. 2. Apresentação e elaboração das demonstrações financeiras: As Demonstrações Financeiras foram elaboradas em consonância com as práticas contábeis emanadas da legislação societária brasileira e normas do Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP e da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP e estão sendo apresentadas segundo critérios estabelecidos pelo plano de contas instituído pela Circular SUSEP nº 334/07, que introduziu alterações na classificação das contas contábeis. Em decorrência, alguns dos saldos e valores do semestre findo em 30 de junho de 2006, anteriormente publicados, foram reclassificados com o objetivo de proporcionar melhores condições de comparabilidade. 3. Resumo das principais práticas contábeis: a) Apuração do resultado: O resultado é apurado pelo regime contábil de competência e os prêmios de seguros e suas correspondentes despesas de comercialização são reconhecidos no resultado de acordo com o período decorrido de vigência do risco coberto. As operações de cosseguro aceito, retrocessão e do convênio DPVAT são contabilizadas com base nas informações recebidas das congêneres, do IRB-Brasil Resseguros S.A. e da Federação Nacional de Seguros Privados - FENASEG, respectivamente. A provisão para imposto de renda é calculada à alíquota de 15% sobre o lucro tributável, acrescida de adicional de 10% sobre a parcela do lucro tributável anual excedente a R$ 240, e a provisão para contribuição social, à alíquota de 9%. As participações sobre o resultado do exercício são contabilizadas com base em estimativas e ajustadas quando do efetivo pagamento. b) Estimativas contábeis: A elaboração de demonstrações financeiras, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, requer o registro de certos valores por estimativa. Essas estimativas são estabelecidas com base em premissas e pressupostos estabelecidos pela Administração. Ativos e passivos significativos registrados em bases estimadas incluem: o valor de mercado dos títulos mobiliários, as provisões técnicas, as provisões para ajuste dos ativos ao seu valor de realização ou recuperação, provisões para contingências e as receitas de prêmios e custos de comercialização com conhecimento do risco após o decurso do período de cobertura. A liquidação das transações envolvendo estimativas poderá resultar em valores diferentes dos estimados, devido à subjetividade inerente ao processo de sua determinação. A Administração revisa os pressupostos e premissas, pelo menos, semestralmente. c) Apresentação dos ativos e passivos: Os ativos são demonstrados pelos valores de realização. Os passivos são demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridos. d) Aplicações Financeiras: São classificados segundo a intenção da Administração em mantê-los até o seu vencimento ou negociá-los antes dessa data. Os títulos a serem mantidos até o vencimento são valorizados pelo valor investido acrescido dos rendimentos incorridos. Os títulos sujeitos à negociação antes de seu vencimento têm o seu valor contábil ajustado ao valor de mercado. Os ajustes ao valor de mercado dos títulos classificados na categoria “para negociação” são contabilizados em contrapartida à conta de receita ou despesa do período. Os ajustes ao valor de mercado dos títulos classificados na categoria “disponíveis para venda” são contabilizados em contrapartida a conta destacada do patrimônio, pelo valor líquido dos efeitos tributários, sendo transferidos para o resultado do período quando da efetiva realização pela venda dos respectivos títulos e valores mobiliários. Os títulos que compõem a carteira dos fundos de investimento exclusivos, em consonância com o que dispõe a regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários, são classificados segundo instruções emitidas pelo cotista exclusivo para o Administrador do fundo, nas categorias “para negociação” ou “mantidos até o vencimento”. As quotas de fundos de investimentos abertos são valorizadas pelo valor unitário da quota divulgado pelos Administradores dos fundos.O valor de mercado dos títulos públicos é apurado 4. Aplicações Financeiras Categorias Para Negociação Quotas de fundos de investimentos exclusivos Letras do Tesouro Nacional Letras Financeira do Tesouro Notas do Tesouro Nacional Certificado de depósito bancário Disponível para venda Letras financeiras do tesouro Total das aplicações

com base nos preços unitários do mercado secundário divulgados pela ANDIMA, e os certificados de depósitos bancários são mantidos ao custo acrescido dos rendimentos incorridos o qual se aproxima ao valor de mercado. Os títulos classificados como “para negociação” são apresentados no ativo circulante, independentemente do seu vencimento. Os títulos classificados como “disponíveis para venda” e “mantidos até o vencimento” são apresentados no ativo circulante e realizável a longo prazo de acordo com o seu vencimento. e) Créditos de Operações de Seguros e Outras Contas a Receber: Representam os valores contratados pendentes de recebimento, em razão do parcelamento do prêmio, acrescidos dos respectivos juros, custo de apólice, e do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Os juros cobrados sobre o parcelamento de prêmios de seguros são diferidos para apropriação no resultado no mesmo prazo do parcelamento dos correspondentes prêmios de seguros. A provisão para riscos sobre créditos é constituída para cobrir eventuais perdas na realização dos créditos, sendo constituída para os valores de prêmios vencidos por mais de 60 dias. f) Permanente: Demonstrado ao valor de aplicação ou custo de aquisição, combinado com os seguintes aspectos: • As depreciações do imobilizado são calculadas pelo método linear, com base na vida útil estimada dos bens, às taxas anuais de 10% para móveis e utensílios e 20% para equipamentos e veículos; e • As amortizações do diferido, que se referem aos gastos com instalações, estão sendo calculadas à taxa de 10% ao ano, pelo método linear, e reconhecidas a partir do momento em que os benefícios começaram a ser gerados. • Os imóveis foram reavaliados em junho de 2005, nos termos da legislação vigente. A mais valia apurada no processo de reavaliação foi registrada na forma determinada em regulamentação da SUSEP (vide nota 12) e a depreciação passou a ser calculada à taxa de 2,5% ao ano, considerando a vida útil remanescente dos imóveis apurada com base no laudo de reavaliação. • O saldo a depreciar da reavaliação, em 30 de junho de 2007, é de R$ 2.478. g) Provisões Técnicas: As provisões técnicas são constituídas e calculadas em consonância com as determinações e os critérios estabelecidos na Resolução CNSP nº 162/06 (Resolução CNSP nº 120/04 em 2006). A provisão de prêmios não ganhos é constituída pela parcela de prêmio do seguro retido correspondente ao período de risco ainda não decorrido. A provisão de prêmios não ganhos relativa às operações de retrocessão é constituída com base em informações recebidas do IRB Brasil Resseguros S.A. A provisão de sinistros a liquidar é constituída por estimativa de pagamentos prováveis, líquidos de recuperações, determinada com base nos avisos de sinistros recebidos até a data do balanço e atualizada monetariamente nos termos da legislação. As provisões para riscos vigentes e não emitidos, para insuficiência de prêmios e para sinistros ocorridos mas não avisados são calculadas com base em cálculos atuariais realizados por atuário externo, os quais levam em conta a experiência histórica e metodologias previstas em Notas Técnicas Atuariais. O resultado do cálculo da provisão para insuficiência de prêmios não indicou a necessidade de sua constituição nos semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006. É constituída provisão para fazer face à encargos futuros com o Consórcio DPVAT, com base em informes emitidos pela Administração do Consórcio. Essa provisão é apresentada, no passivo circulante, na rubrica “Provisão de Sinistros Ocorridos mas não Avisados”. Sobre os valores constituídos, são calculados e provisionados juros à razão de 6% a.a., a débito da conta de “Despesas Financeiras”. h) Contingências: As contingências ativas e passivas são constituídas mediante avaliação individualizada das probabilidades de perda por parte da assessoria jurídica interna e externa da Seguradora. Eventuais contingências ativas não são reconhecidas até que as ações forem julgadas favoravelmente à Companhia em caráter definitivo. As contingências passivas são provisionadas quando a probabilidade de perda é avaliada como provável, e seja mensurável, conforme critérios estabelecidos no pronunciamento NPC nº 22 do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil - IBRACON.

2007 ___________________________________________________________________________________________________ FAIXAS DE VENCIMENTOS (EM DIAS) __________________________________ Até 180 _________ 181 a 365 Acima de 365 _______________________ Valor Investido Atualizado ________________ Valor de Mercado Perdas não realizadas _______ ____________ ___________________

2006 _______________ Valor de mercado _______________

20.076 20.076 8.107

-

174.462 22.219 150.872 1.371 -

194.538 42.295 150.872 1.371 8.107

194.693 42.389 150.908 1.397 8.107

-

162.720 50.324 88.825 23.571 15.885

5.735 _______ 33.918 _______ _______

3.382 _________ 3.382 _________ _________

6.494 ____________ 180.956 ____________ ____________

15.611 _______________________ 218.256 _______________________ _______________________

15.596 ________________ 218.396 ________________ ________________

(15) ___________________ (15) ___________________ ___________________

12.911 _______________ 191.516 _______________ _______________

5. Patrimônio Líquido: a) Capital Social: É composto por 13.750.000 ações, sendo 6.875.000 ações ordinárias divididas em 3.368.750 da classe A e 3.506.250 da classe B; e 6.875.000 ações preferenciais divididas em 4.881.250 da classe A e 1.993.750 da classe B. As ações preferenciais não têm direito a voto, mas têm prioridade no reembolso do capital. As diferentes classes de ações ordinárias conferem aos seus detentores poder diferenciado de escolha de membros do Conselho de Administração. É assegurado aos acionistas um dividendo mínimo correspondente a 25% do lucro líquido de cada exercício

social, ajustado de acordo com a legislação societária. Os dividendos são refletidos nas demonstrações financeiras quando sua distribuição é deliberada pelos acionistas. b) Reservas: As reservas de lucros são compostas por reservas estatutárias para futuro aumento de capital e reserva legal constituída por valor correspondente a 5% do lucro do exercício. A reserva de capital está representada por ágio na subscrição de ações. A reserva de reavaliação está apresentada líquida dos encargos tributários sendo realizada na proporção em que os ativos que lhe deram origem são depreciados.

6. Créditos Tributários e Provisões para Tributos: a. Imposto de Renda e Contribuição Social Lucro antes dos impostos e participações Participações Juros sobre capital próprio Resultado ajustado

Imposto de renda _________________ 2007 2006 _______ _______ 10.731 10.605 (709) (1.492) (1.500) 10.022 7.613 _______ _______

Contribuição social _________________ 2007 2006 _______ _______ 10.731 10.605 (709) (1.492) (1.500) 10.022 7.613 _______ _______

Adições: Temporárias 824 6.458 824 6.458 Permanentes 1.519 (*) 140 1.519 (*) 140 Exclusões: (12) (12) Base de cálculo antes das compensações 12.365 14.199 12.365 14.199 _______ _______ _______ _______ Compensação de prejuízo fiscal/base negativa (4.260) (4.260) Lucro tributável do semestre 12.365 9.939 12.365 9.939 _______ _______ _______ _______ Impostos correntes 3.079 (**) 2.473 1.113 (**) 895 (-) Incentivos fiscais (PAT) (38) (60) Créditos fiscais sobre adições temporárias (206) (1.614) (74) (581) Reversão s/ prejuízo fiscal e base negativa 1.065 383 Outros (91) (13) 4 (5) _______ _______ _______ _______ Encargos tributário líquido 2.744 1.851 1.043 692 _______ _______ _______ _______ (*) Inclui multa não dedutível no montante de R$ 846 em função de autuação fiscal. (**) Inclui parcela de R$ 1.024 de Imposto de Renda e R$ 406 de Contribuição Social já pagos em função de autuação fiscal. b. Provisões passivas: (i) Provisão para impostos e contribuições - circulante 2007 2006 _________ _________ Imposto de renda 1.934 2.413 Contribuição social 714 895 PIS/COFINS 111 109 _________ _________ Total 2.759 3.417 (ii) Provisão para tributos diferidos - longo prazo: Corresponde aos tributos devidos sobre a reserva de reavaliação (vide nota 12) cujo efeito fiscal se materializa quando realizada por depreciação ou baixa dos bens reavaliados. c. Créditos Tributários: 2007 2006 ________________________ ________________________ Circulante ____________ Longo prazo Circulante ____________ Longo prazo __________ __________ Antecipações Imposto de renda 1.559 1.978 Contribuição social 576 732 Previdência social 31 Outros 30 7 Sobre prejuízos fiscais Imposto de renda 1.025 Contribuição social 378 Sobre adições temporárias (1) Imposto de renda 4.706 2.761 Contribuição social 1.694 994 Créditos tributários a recuperar (2) __________- ____________ 4.977 4.830 __________- ____________ 2.165 ____________ 11.377 4.151 ____________ 8.585 __________ __________ (1) Créditos fiscais sobre provisões para contingências, para riscos de crédito entre outras que serão dedutíveis somente quando realizadas ou revertidas. (2) Corresponde a tributos e contribuições recolhidos, cuja exigibilidade foi questionada judicialmente tendo-se obtido decisões favoráveis em última instância com trânsito em julgado. Em algumas das ações, os valores pleiteados pela Seguradora estão sendo questionados pela parte contrária. Nesses casos, os valores ativados correspondem ao valor mínimo reconhecido judicialmente pela parte contrária. Do saldo total, R$ 3.291 (R$ 3.176 em 2006) refere-se a contribuições ao PIS e Finsocial e R$ 1.333 (R$ 1.287 em 2006) a INSS. Continua >


Fotos: Agliberto Lima/DC

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rais" dos governos passados que, segundo ele, ajudaram a enfraquecer a força de trabalho no País, principalmente a partir do processo de privatização, que ocasionou "a perda de 500 mil empregos nas estatais". Para o professor da Unicamp, há hoje um déficit de mão-de-obra no setor público, que necessita ser reposto, mesmo após a constatação de inoperância ou incompetência de alguns gestores, como no recente caso da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Sobre esse caso específico, das trapalhadas do setor aéreo, ele diz ser "fundamental ter gente com capacidade técnica, se queremos fazer uma sociedade com um mínimo de planejamento." E acrescenta: "Precisamos realmente ter uma valorização do ponto de vista do setor público. Não tenho dúvida que é necessário recuperar a capacidade de intervenção do Estado. E isso passa necessariamente por pessoas que tenham condições, com preparação para o setor público." O economista nega que defenda uma reestatização pura e simples, como pregam algumas teses mais retrógradas de socialismo . E rechaça o execrável "cabidão" de empregos. "Quando ocorrem esses problemas (Anac), fica a visão de que o governo está inchado, com muitos funcionários públicos – o que não é verdade. Em 1980, o Brasil tinha 12% do total de ocupados como funcionários públicos. Em 2005, eles representam menos de 8% da população ocupada. O País perdeu 2,5 milhões de funcionários públicos nos últimos 25 anos", defende Pochmann. O presidente do Ipea acrescenta que, nos Estados Unidos, quase 18% dos empregos são do setor público, e que esse número chega a 25% nos países europeus. "Até nos países escandinavos, exemplos de democracia social e competição econômica, 40% dos ocupados são funcionários públicos", completa. Pochmann acredita que o problema do funcionalismo público não é o perigo do inchaço da máquina estatal, mas sim a falta de gente capacitada para fazer o processo de licitação. "O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que é importantíssimo para organizar a convergência de investimentos, tem grande dificuldade de comprometer o recurso por causa do processo licitatório. Essa é uma realidade que está plugada à baixa capacitação e à reduzida quantidade de funcionários para operar. É nosso desafio atual pois nunca, como hoje, a capacidade de planejamento foi tão fundamental em respeito à reorganização do País", analisa.

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Desafios a serem enfrentados

E

m uma entrevista exclusiva para a revista Digesto Econômico, o economista Marcio Pochmann fala sobre como o Brasil deve enfrentar o desemprego, o futuro do trabalho, investimento em qualificação e flexibilização do trabalho. Acompanhe.

O Brasil tem melhores condições de enfrentar o desemprego

Exporta-se mão-de-obra qualificada, com 2,5 milhões fora do País. (...) Estamos construindo um país pior que o de hoje.

Digesto Econômico - Como o senhor vê o futuro do mercado de trabalho no Brasil nos próximos anos? Marcio Pochmann: O mercado de trabalho é algo determinado pela forma como o Brasil se coloca na divisão internacional de trabalho. Somos um país em construção, falta muita coisa aqui. Temos, do ponto de vista técnico, melhores condições de enfrentar as mazelas do desemprego do que os países desenvolvidos – porque são países que já têm tudo praticamente. Imagine um plano habitacional de grandes proporções. Segundo os especialistas, temos um déficit de sete milhões de moradias. Logo, um programa habitacional abriria muitos empregos, principalmente para pessoas de baixa escolaridade. DE - Então há esperança de um futuro melhor? MP - Por ser um país em construção, o Brasil tem melhores condições de enfrentar o problema do desemprego. Agora, isso é uma possibilidade técnica, não necessariamente política. Essa possibilidade política precisa ser construída em nome de uma convergência diferente da que temos hoje. DE - O senhor mostra uma visão semelhante a do ativista norte-americano Jeremy Rifkin, que alertou, em sua obra O Fim dos Empregos, para um caminho inverso ao que o mundo tecnológico proporcionaria ao trabalhador moderno. Ao invés da lógica de redução de jornadas de trabalho e mais tempo de lazer para as pessoas, os empregos de fábrica estão acabando sem uma


ENTREVISTA DE - E quando tem estrada, não tem porto. GA – O processo não foi conectado e hoje a própria agricultura brasileira tem dificuldade e não consegue competir. Na fazenda é a maior produtividade do mundo, até a porta. A partir de lá já começa a perder a competitividade, as perdas começam no transporte rodoviário até chegar no porto. A agricultura precisa enfrentar todos os gargalos ou todos os nós que prendem o sistema. E assim mesmo ela concorre, apesar de ter de pagar mais e mais impostos. DE – A falta de investimento em infra-estrutura é um fato que vem de muito tempo, o senhor concorda? GA – Sim, não estou falando que é deste governo, eu estou dizendo que é dos últimos governos. Até porque, antes você tinha um processo inflacionário corrosivo. Veja você, a prioridade de um deles era a de combater a inflação, para ter a verdade na mão. A verdade na mão apareceu, ela estava escondida com a inflação, ela apareceu primeiro nas empresas. As empresas tinham uma fórmula infalível para formar preços, que era "preço = custo + lucro". Apura o custo, põe-se a margem de lucro, faz-se o preço, põe no mercado. Inflação 50% ao mês, ninguém tem memória de preço, então compre agora senão você perde no futuro. Neste cenário você vive escondendo a falta de produtividade da empresa. E no governo é a mesma coisa. No governo, a inflação escondia, camuflava a ineficiência, porque com uma inflação de 50% ao mês, você fazia um orçamento de mentira, programava um gasto de mão-de-obra que era corroído e você ajustava menos e no fim, ainda sobrava, então você ia jogando a sujeira para debaixo do tapete. DE - Com a inflação controlada, o que passou a valer foi a eficiência. GA - Com o processo inflacionário caindo drasticamente, criou-se a memória de preços; o consumidor sabia que custava isso, ele vai pesquisar no outro e depois no outro. Aquela fórmula mudou. Agora é: "lucro = preço de mercado – custo". As empresas foram buscando eficiência para poder concorrer. E o setor público deveria também fazer a mesma coisa, agora que apareceu a verdade. A atitude deveria ser "vamos cortar os gastos para poder controlar a carga tributária, que saltou de 23% para 40% de hoje". Como o setor privado e os cidadãos resolveram o problema da ineficiência? Cortando despesas. Como é que o governo fez para resolver o problema da sua ineficiência? Aumentando a carga tributária, que é o retrato que está ai hoje. DE - Marcio Pochmann, pesquisador da Unicamp e presidente do Ipea, diz que o baixo crescimento está por trás também da dificuldade de os jovens encontrarem espaço no mercado de trabalho. Essa opinião também coincide com os dados da Organização Mundial do Trabalho – o desemprego entre os jovens tem crescido. Isso tudo está ligado à desqualificação? GA – São três pontos convergentes: primeiro, a questão do jovem no mercado de trabalho. Para poder absorver o volume de jovens e adolescentes que chegam ao mercado de trabalho, nós tínhamos que estar crescendo no mínimo 5% ao ano. O bai-

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Para absorver o volume de jovens e adolescentes que chegam ao mercado de trabalho, nós tínhamos que estar crescendo no mínimo 5% ao ano. xo crescimento da economia fez com que você tenha um crescimento da procura de emprego maior do que a capacidade de oferta. Soma-se a isso as políticas de combate ao trabalho infantil, mas que na verdade esticava essa idade até os 18 anos – diz-se que o lugar do jovem é na escola e não no trabalho. Num país desenvolvido, perfeitamente, mas num país como o nosso, que a partir dos 14 nos ele tem que ajudar na renda familiar, este combate e a proibição da idade mínima do trabalho para 16 anos foi fatal para isso; porque como num mercado de trabalho sem oferta de emprego, entre contratar um jovem despreparado, sem nenhuma experiência – e os sindicatos forçando que o salário piso tinha de ser igual para todo mundo, o empregador tinha de pagar todos os encargos salariais e todos os custos para contratar um jovem sem experiência – ou contratar alguém com mais experiência, advinhe quem tem mais chances de ser contratado? Daí jogou-se esses jovens na marginalidade. Então, você tem o fator da estagnação do desemprego, o fator da discriminação do jovem no mercado de trabalho, e você tem o problema do não investimento em qualificação. Estes três fatores se cruzaram. Agora, o principal fator é, sem dúvida, a oferta de oportunidades. Tem mais pessoas procurando emprego do que oferta de emprego e hoje com o crescimento, a oferta de emprego é qualificada e quem não está qualificado não tem oportunidade. DE - O crescimento social não vem acompanhando o crescimento da economia? GA - O nosso modelo de desenvolvimento está trazendo hoje uma balança comercial extremamente favorável. Apesar de o real estar supervalorizado perante o dólar, a nossa balança comercial está positiva. O Brasil é um exportador de commodities e se transformou em um importador de manufaturas. É isso que está consumindo as oportunidades de emprego, especialmente no setor industrial. Você pode ver que o crescimento industrial não acompanha o próprio crescimento, os indicadores ai estão, e isso significa que a balança econômica positiva gera uma balança social negativa e isso são fatores que agravam o processo. DE - Há opiniões de que o Brasil deveria escolher alguns setores para direcionar investimentos e qualificar mão-de-obra. Ser bom em alguns setores. Qual a sua opinião?


contrapartida benéfica, como a ocupação no terceiro setor. Trabalhadores do mundo inteiro não conseguem controlar seu tempo e trabalham bem mais. Afinal o que deu errado na lógica tecnológica de um futuro melhor para todos? MP - Não acredito que estejamos condenados ao determinismo tecnológico. Inclusive nos países desenvolvidos, o desemprego é importante, mas não vem crescendo como o próprio Rifkin vem chamando atenção, sobre um desemprego estrutural, com mais pessoas desempregadas. Percebe-se hoje que o desemprego é um fenômeno dos países pobres. O Brasil tem mais desempregados que os Estados Unidos – um país mais populoso do que o nosso. Eu pergunto: onde está hoje o desemprego no mundo? Nos países pobres, América Latina, África e parte da Ásia. A Europa tem desemprego, mas a taxa atual não é maior do que foi nos anos 80, nos anos 90. DE - O senhor cita que temos um grande número de doutores no País, mas a maior parte está em salas de aula e não em projetos de desenvolvimento. Essa é uma das áreas subestimadas? A tecnologia ajudou o desenvolvimento da Índia, da China... MP - Sim, e também da Coréia, da Irlanda... A tecnologia dá uma oportunidade de se dar um salto de qualidade. Acho que esse é o caminho para o Brasil. Ou seja, o Brasil tem escolhas, como outros países. Tem oportunidades.

rização do ponto de vista do setor público. DE - O trabalhador assalariado, de carteira assinada, está fadado a deixar de existir? MP - O PJ (trabalhador como pessoa jurídica) representa ainda muito pouco para o índice total de ocupação. Pode ser um sentido de onde vão evoluir as relações de trabalho. Por essa razão, particularmente defendo uma reforma trabalhista inclusiva, que vislumbre todas as formas de ocupação que temos hoje. Não é justificativa que somente os assalariados tenham a CLT, como proteção que garanta férias, 13º salário. Por que os 37% dos ocupados hoje, que não são assalariados, não têm praticamente nada? Deve haver um ponto de vista mais amplo, uma vez que para as empresas é fundamental que haja uma regulação pública. DE - Por que? MP - Quandonãotemosisso,porexemplona questão do álcool, há condições isonômicas não competitivas. Uma empresa que contrata alguém com trabalho assalariado, está submetida a um determinado custo, que uma outra empresa que venha a funcionar porventura só com estagiários não têm. Então isso gera uma competição desigual, a regulação pública é necessária para isso. Assim, a competição será em função da inovação, da reorganização do trabalho, com relação aos fornecedores.

DE - Qual o grau de importância da corrupção nesses desvios de focos e de escolhas certas? MP - A corrupção é questão de ordem estrutural. Ela se tornou mais visível justamente pela transparência que a democracia opera. Em um governo autoritário, a corrupção existe, mas não a conhecemos do ponto de vista público. Não me parece ser esse o elemento que constrange as melhores opções que poderiam ser feitas.

Marcio Pochmann é professor do Instituto de Economia (IE) e pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (CESIT) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Foi eleito recentemente presidente do Ipea - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.

DE - Está faltando então foco de investimento no setor produtivo, na qualificação, nos segmentos que deveriam ser incentivados? No próprio governo, o senhor diz que falta investimento para criar oportunidades à mão-de-obra qualificada. MP - Certamente. Uma parte importante do orçamento é executado hoje por Estados e municípios. Com a Constituição de 88, tentamos uma descentralização do gasto com saúde e assistência social. Começamos a olhar os municípios brasileiros e ver quais têm capacidade de gestão. Precisamos realmente ter uma valoPaulo Pampolin/Digna Imagem

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GA – Não concordo! Você tem que qualificar tudo, isso é aquela idéia do planejamento central. Você tem que qualificar o que tiver demandando no mercado. Eu estou fazendo, frente à Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho, um megadiagnóstico da necessidade de qualificação no Estado de São Paulo. Estou no meio da Caravana do Trabalho, que está cobrindo 645 municípios. Eu estou em contato direto com os prefeitos em 21 regiões. Faço a aplicação do diagnóstico junto com a Fundação Seade para nós identificarmos nos municípios o que está acontecendo de demanda. Estamos juntando os dados empíricos da Fundação Seade, mais os dados objetivos das prefeituras. DE – Que histórias o senhor conta das suas 'andanças' pelo interior do Estado? GA – Eu cheguei numa cidade lá nas barrancas do Rio Grande, perto de Votuporanga, e o prefeito me falou, que a necessidade dele era curso de amansador de cavalos. Eu perguntei quantos, e ele me disse uns 30; o mercado demanda 30. Um amansador de cavalos é um cara que vai viver daquela profissão. O que eu quero dizer é que você tem de ouvir, sentir o que está acontecendo em cada município, de acordo com a realidade. Isso nunca foi feito, nem em São Paulo, nem no Brasil. Não existe esse diagnóstico. O plano de qualificação era feito pelo interesse do aplicador, não do interessado. Existem várias entidades, ONGs; dinheiro para qualificar tem. Mas nunca alguém mediu a eficiência daquele plano. DE - Se o senhor ficasse trancado em seu gabinete, não teria essa visão. GA - Por isso que eu te falo: se você fizer esse trabalho no gabinete, irá comer pela mão de setores organizados. Daí o usineiro vai vir aqui falar que precisa de tal coisa, o empresário vai reclamar por recursos. E o resto? A Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho se sustenta hoje em um tripé – qualificação, que eu chamo de educação voltada ao trabalho, empreendedorismo e desburocratização. Empreendedorismo porque a grande maioria da população hoje está na informalidade e dentro da informalidade está o auto-emprego. Não é um empreendedorismo de vocação, é um empreendedorismo de necessidade. Tem muita vocação que pode ser aproveitada, que brota daí, então este é o manancial fundamental para esta carência do emprego formal, ou do emprego em carteira tradicional, você ter ocupações e permitir a liberdade do indivíduo de ir buscando caminhos naquilo que você não está enxergando. Depois a desburocratização, que tem tudo a ver com o empreendedorismo. Então, na seqüência: o primeiro passo é a qualificação do trabalhador, que é um fator-chave. O mercado de trabalho precisa do diagnóstico, que é o que estamos fazendo. Para fazer esse diagnóstico, eu tenho que perguntar quais as ocupações, em que quantidade e onde. Por que saber a quantidade? Para não formar mais profissionais do que o mercado precisa. Eu tenho que ter

a idéia de quantidade, para eu poder dosar o curso, para eu formar até um pouco a menos da própria demanda, exatamente para valorizar quem está sendo formado. DE - Explique melhor como esse processo vem ocorrendo. GA - Para poder fazer esse diagnóstico, o primeiro passo nosso foi convocar a Fundação Seade. Ela tem a habilidade de transformar dados em informações. Em uma analogia, ela toca com partitura, não de ouvido. Eu não estou atrás de dados, eu estou atrás de informações que os dados possam me trazer, para me dar a conclusão. Agora, não é suficiente, por isso que nós estamos fazendo a Caravana do Trabalho, um questionário para ouvir quem toca de ouvido. A Fundação Seade toca com partitura, o prefeito toca de ouvido. Esse caso do amansador de cavalos, a Seade nunca iria descobrir, mas o prefeito sabe, então eu estou juntando os dois lados, eu tenho condição de ter bem próximo um diagnóstico da realidade para organizar os planos. Além disso, nós vamos trabalhar em cima de tendências, o diagnóstico vai dar tendências também. Hoje, você tem fatos no interior que estão sendo frontalmente agredidos pela revolução do biocombustível. O Brasil está no centro do mundo nesta questão e São Paulo está no centro do Brasil. Só que essa pressão da produção do biocombustível é gerada em função do meio ambiente, por causa do aquecimento global, a necessidade de fontes alternativas. Essa questão do meio ambiente também vai forçar uma mudança no processo de produção tradicional, que é o problema da queima da cana, que embora o governo do Estado tenha protocolos firmados com os usineiros, isso vai ser atropelado, porque há exigências externas. Quando alguém de fora for comprar o nosso etanol, ele quer selo de produção não poluente, selo de não exploração de mão-de-obra infantil. Se você não tiver esse selo, não vende o produto. Então haverá um processo abrupto de meca-

Eu não estou atrás de dados, eu estou atrás de informações que os dados possam me trazer, para me dar a conclusão.

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nização. Só para ter uma idéia, uma colheitadeira libera 80 pessoas. Se você não se preocupar agora em preparar e requalificar essa gente, elas vão engrossar o cordão de sem-terras e de semtetos no cinturão e na periferia das cidades do interior. DE - Por outro lado, o aproveitamento do bagaço da cana gera outros empregos. GA - Toda esta produção será absolutamente incorporada com tecnologia, ela será economizadora com mais mão-deobra, ela vai ter escala de produção, esse é o processo. Então fica aqui o alerta, você tem que fazer isso antes, porque os atuais planos de qualificação, sem dúvida, vão ter muito dinheiro para poder treinar o operador da colheitadeira, mas treinar o cara que está sendo marginalizado, aí ninguém se preocupou e essa é a nossa preocupação. Nós estamos fazendo esse trabalho já incorporando as possibilidades de mudança e trazendo os prefeitos para essa preocupação, para que a gente possa, juntos, encontrar soluções. DE - Esta é uma visão inteiramente nova de abordar a questão do desemprego, não é mesmo? GA - Estamos elaborando o diagnóstico da situação atual e o diagnóstico com as perspectivas de mudanças, e isto vai encerrar o plano plurianual de qualificação. Esse plano será uma somatória de recursos do FAT, do orçamento do Estado e de outros recursos. É dinheiro público, então nós temos que começar a atirar na mesma direção, trabalhar em conjunto, não que eu vá perder a autonomia do que eu esteja fazendo, mas não fazer a mesma coisa do que já se está fazendo no mesmo município é um desperdício. Temos que procurar ocupar os espaços, só que com a missão de reduzir custos, porque a qualificação tem que ser gratuita, pois ela é uma extensão da escola. DE - Havia a preocupação de aplicar os recursos do FAT neste tipo de demanda? GA - O que eu estou vendo é que o dinheiro do FAT se preocupava com gastos e depois anotar: gastamos tanto em qualificação. DE - Não tinha comprovação? GA – Não! E nos planos setoriais tinha, por exemplo, a Petrobras. Agora eu pergunto: a Petrobras, com lucro de R$ 14 bilhões, precisava recorrer a recursos básicos para fazer treinamento na sua mão-de-obra? Ou esse treinamento de mão-de-obra é para aqueles que hoje não têm condições, não têm acesso a nenhum plano de qualificação efetivo? DE - Além da Fundação Seade, quem mais participa desse projeto? GA - Um outro grande aliado é o Centro Paula Souza, que tem 134 escolas e 30 Fatecs, é uma rede espalhada pelo Estado, e ela vai ter a missão de aplicar cursos de qualificação básica; é

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diferente do que ela faz hoje, com ensino técnico, que é o segundo grau profissionalizante. Aqui é qualificação básica, curso rápido pois o desempregado não tem tempo para fazer curso. Serão cursos de carga horária de 100 a 200 horas. Um Mobral profissional mesmo! São cursos rápidos, porque quem está desempregado tem pressa de qualificação. Ela poderá também credenciar outras entidades para trabalhar dentro do mesmo padrão. Então, o Centro Paula Souza terá essa função estratégica, é uma instituição do Estado. A terceira instituição do Estado que nós estamos convocando é a Fundação Padre Anchieta, que vai criar a metodologia, que junto com a Paula Souza vai desenvolver a visualização, a didática. Nós detectamos que a carência do ensino básico faz com que as pessoas, hoje, tenham dificuldades em entender o que lêem, elas podem até ler, mas têm dificuldade de entender o que estão lendo. Então, você precisa usar um recurso para que ela possa entender melhor o que está sendo transmitido por escrito. A visualização e a simplificação são importantes e a Fundação Padre Anchieta tem know-how, porque "papagaio come o milho e o periquito leva a fama". A Globo e a Fundação Roberto Marinho levaram a fama do Telecurso, mas quem sempre fez o Telecurso foi a Fundação Padre Anchieta, aqui em São Paulo. Então, é feito o diagnóstico, você aplica, usa as metodologias mais modernas, mas falta a ultima parte, que é a mais importante, que é a avaliação. Neste ponto entra a Fundap avaliando aquilo que foi feito nos cursos, o que aconteceu, se foi bem ministrado, se a pessoa conseguiu um emprego, se conseguiu uma colocação, se tem algo errado, ou foi a escolha do curso que não foi boa, ou foi a forma do curso. É preciso medir para saber o que aconteceu, para saber se teve eficácia.


Congresso Planalto Par tidos CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 31 de agosto, sábado e domingo, 1 e 2 de setembro de 2007

PETISTAS DISCUTEM ERROS EM CONGRESSO Dudu Cavalcanti

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O PT não é juízo final nem delegacia. Vamos deixar quem errou se acertar com Deus. Jilmar Tatto

PT BUSCA JUSTIFICAR O MENSALÃO Congresso do partido, que começa hoje, atribuirá boa parte do escândalo a deficiências do sistema político e à falta de financiamento público das campanhas

Lula: articulação para que os problemas não predominem discussões

Proposta do MST: reestatizar a Vale do Rio Doce

rês dias depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) despachar para o banco dos réus o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e poderosos dirigentes da antiga cúpula petista, o PT inicia hoje o seu 3º Congresso, em São Paulo, com um acordo tácito entre a maioria de suas correntes para evitar o suicídio político. A resolução que será aprovada no encontro vai abordar a crise do mensalão e admitir "erros" do partido, mas um bom pedaço do escândalo será debitado na conta das deficiências do sistema político e à falta de financiamento público das campanhas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva atuou nos bastidores para impedir que o estoque de mazelas petistas domine a pauta do 3º Congresso, de amanhã a domingo, e exponha irremediavelmente o governo. Até ontem à noite, as articulações do ex-Campo Majoritário – grupo de Lula e Dirceu que detinha a hegemonia no partido até 2005 –, eram feitas para evitar embate fratricida entre as tendências. "Estamos todos no mesmo barco e, se esse barco afundar, afundaremos todos", disse Francisco Rocha, um dos coordenadores do encontro, em plenária com delegados da chapa Construindo um Novo Brasil.

Partidos anunciam e amanhã até o dia 7, versidade de São Paulo (USP), cerca de 100 mil mili- também convidado para a co- o 'bloco de tantes de movimentos letiva, afirmou que a Vale foi sociais, organizações sindicais vendida por um preço 30 vezes esquerda

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e pastorais sociais da Igreja Católica devem ser mobilizados em todo o País para promover um plebiscito popular sobre a privatização da Companhia Vale do Rio Doce – ocorrida há dez anos, durante o primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso. O lançamento oficial do plebiscito ocorreu ontem, em São Paulo, durante uma entrevista coletiva que reuniu os representantes do movimento. No ocasião, João Paulo Rodrigues, líder do Movimento dos Sem-Terra (MST), classificou como fraudulento o leilão organizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a venda da Vale – a segunda maior empresa de mineração e metais do mundo, avaliada em torno de US$ 100 bilhões. Rodrigues também prometeu guerra sem trégua pela reestatização da empresa, nos próximos meses: "A Vale que se prepare. Vamos fazer tudo que for necessário para que seu controle volte às mãos da sociedade brasileira". O jurista e professor Fábio Konder Comparato, da Uni-

inferior ao seu valor patrimonial: "A lei diz claramente que um negócio desse tipo é criminoso", argumentou. Segundo d. Demétrio Valentini, ligado às pastorais sociais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o plebiscito também tem como objetivo pressionar o Judiciário: "Urge que se manifeste a respeito das ações populares que questionam a privatização". Este é o terceiro plebiscito realizado pelos movimentos sociais e pastorais. O primeiro, no ano 2000, foi sobre o pagamento da dívida externa. Segundo os organizadores, mais de 6 milhões de pessoas votaram – a maioria a favor da interrupção do pagamento. O segundo foi em 2002 e tratou da Área de Livre Comércio para América Latina (Alca), proposta pelo governo americano. Ainda segundo os organizadores, foram 10 milhões de votantes, quase todos contrários à Alca. No plebiscito proposto, a cédula oferecida tem quatro perguntas. A primeira diz: A Vale deve continuar nas mãos do capital privado?" (AE)

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irigentes e militantes dos seis partidos (PDT, PCdoB, PSB, PHS, PMN e PRB) oficializam, na próxima segunda-feira, em São Paulo, a criação do bloco de esquerda, em ato a ser realizado no Palácio do Trabalhador, às 14h30. Criado em janeiro deste ano no Congresso Nacional, a frente reúne hoje mais de 80 parlamentares, o que representa a terceira maior força política da Câmara, "com peso decisivo nas votações", segundo o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT-SP), um dos articuladores do movimento. O bloco defende "um projeto nacional de desenvolvimento orientado para o fortalecimento da soberania do País, a ampliação da democracia, a justiça social e a integração continental. Os partidos já possuem programa comum de atuação, divulgado em junho deste ano", acrescenta. O lançamento do bloco contará com a presença dos presidentes dos partidos, lideranças políticas, ministros, prefeitos, sindicalistas e militantes das legendas. (AOG)

Na tentativa de construir o do PT para ajudar financeiraacordo, a chapa – que reúne os mente as campanha dos aliapetistas acusados de envolvi- dos, sem admitir a compra de mento com o mensalão –, in- apoio de parlamentares, em cluiu em sua proposta, antes troca de votos no Congresso "Mensalão pode ser uma demesmo do julgamento do STF, trechos nos quais admite que a finição que cada um aplica a crise vivida pelo PT também é seu gosto e eu não entro nessa "decorrente de opções feitas terminologia", disse o presipelo partido". Diz que os erros, dente da Câmara Arlindo Chi"previsíveis", começaram no naglia (SP), um dos principais primeiro mandato de Lula, em nomes da corrente Movimento PT. A resolução 2003, quando o ainda receberá PT excluiu o emendas em PMDB da base plenário, mas a aliada e ficou saída para ten"refém" dos pe- Vamos tratar os q u e n o s p a r t i- problemas de maneira tar curar as feridas sem expurdos. política e institucional, go ético nem Embora não e não com visão de ajuste de contas mencione a pa– o único punilavra "fisiolo- ajuste de contas e caça do até agora foi gismo", o texto às bruxas. afirma que as Ricardo Berzoini, o ex-tesoureiro alianças do pripresidente do partido. Delúbio Soares, expulso do PT meiro mandato parece ter agraforam firmadas sem a referência de um progra- dado à maioria das facções. Mandato – A idéia é gastar ma mínimo "e muito marcadas p o r i n t e re s s e s e m c a rg o s mais tempo na discussão de emendas orçamentárias" - si- outros temas polêmicos, como tuação que se repete agora, a candidatura própria à sucesmas, segundo o partido, não são de Lula, em 2010, a Assembléia Constituinte para a reforestá ocorrendo. Com 51% dos 931 delegados ma política e a convocação de do 3º Congresso, o ex-Campo eleições, com voto dos filiados, Majoritário deve contar com o para escolher outra diretoria apoio de outras correntes nes- do PT. O tamanho do mandato sa tese, fazendo uma votação da cúpula petista, porém, é alem torno de 75%. O grupo ten- vo de divergências. A chapa Mensagem ao Partita resumir o escândalo do mensalão a um "esforço temerário" do, que abriga integrantes da

Democracia Socialista e dissidentes do antigo Campo Majoritário, vai marcar posição na defesa de um código de ética e de uma corregedoria. Também não aceita que o novo mandato da direção do PT seja ampliado de três para quatro anos, como querem os moderados. O grupo da Mensagem é capitaneado pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, rival de Dirceu. Seus discípulos disputarão o comando do partido, provavelmente no fim do ano. A proposta de uma corregedoria para receber denúncias de infração ao código de ética e fazer apurações futuras já foi rejeitada na etapa paulista do congresso, há um mês. "Vamos tratar os problemas de maneira política e institucional, e não com visão de ajuste de contas e caça às bruxas", insistiu o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP). O deputado José Eduardo Martins Cardozo (SP) avalia que a corregedoria deveria ser uma "questão central" no debate. Ele ressaltou que o pacote para antecipar a eleição da cúpula petista não pode consumir energias no encontro. O deputado Jilmar Tatto (SP) apela até aos céus para explicar por que não é conveniente uma corregedoria. "O PT não é juízo final nem delegacia. Vamos deixar quem errou se acertar com Deus". (AE)

'Cansei' define suas prioridades

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ducação, gestão pública e segurança pública. Estes são três temas a serem priorizados como bandeiras de luta do Movimento Cívico pelo Direito dos Brasileiros, conhecido como "Cansei". A segunda fase de mobilização foi definida ontem por representantes de entidades apoiadoras, reunidos na sede da Ordem dos Advogados do Brasil, de São Paulo (OAB-SP). A partir dos debates, serão definidas propostas para serem encaminhadas aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. "Vamos, por ora, trabalhar sobre esses temas", afirmou o presidente da OAB-SP, Luiz Flávio Borges D´Urso. Segundo o advogado, a questão da segurança pública, por exemplo, é sentida por todos no seu cotidiano. "O combate à violência e à criminalidade passa, certamente, pelo combate à impunidade. Na educação, a deficiência na qualidade do ensino em todos os níveis é grave. O IPEA registra que 50%

Alex Ribeiro/DC

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Ed Ferreira/AE

D´Urso: educação, gestão e segurança pública no foco

dos adultos brasileiros são analfabetos funcionais", explicou. D'Urso acrescentou que a segunda bandeira de luta, a gestão pública, permeia a maioria das questões políticas, como corrupção, nepotismo, qualidade do serviço público, justiça etc. "Não basta definir recursos, mas saber como aplicá-los com eficiência", lembra o presidente da OAB-SP. Especialistas – A dinâmica de trabalho nessa segunda

fase, definida na reunião de ontem, engloba mesas de debates com especialistas para buscar diagnósticos e soluções pontuais. Estas serão debatidas com as entidades participantes do Movimento para encaminhamento posterior às autoridades . "A idéia é aprofundar o debate sobre estes três temas e não ficar apenas na crítica’, ressalta D´Urso. Participantes – Além de Luiz Flávio Borges D´Urso, da OAB-SP, estiveram representando as entidades apoiadoras: Rogério Matarazzo, assessor da Presidência da Associação Comercial de SP; João Dória Júnior (Lide); José Maria Chapina Alcazar e Marcelo Zetune (Sescon); José Maria Dias Neto (Grande Oriente Paulista – Maçonaria); Virgilio Carvalho (ADVB); Marcus Hadade (Fiesp); Ricardo Scalise ( Federação de Serviços Estado de São Paulo); Rafael de Sá (Instituto de Estudos Empresariais); João Batista Oliveira (API); Walter Cardoso Henrique (Comissão Assuntos Tributários).


DE - Até quando o senhor estará na estrada com a Caravana? GA – Eu encerro o giro em setembro, em outubro já devo ter os primeiros dados do diagnóstico, para que eu já possa inserir no orçamento do ano que vem a aplicação desse projeto. Logicamente, vamos iniciar em velocidade reduzida, porque eu chamo isso de primeira, segunda, terceira e quarta marchas. A primeira é reduzida, é o arranque, depois a gente vai resolvendo os problemas, mudando as marchas e a velocidade. Agora eu estou arrancando, mas a formatação do processo segue rigorosamente essa linha. DE - Mesmo sem esse plano estar ainda em operação, a Sert obteve bons resultados este ano. De abril a junho, vocês intermediaram 35 mil empregos, dos quais 12 mil somente em junho. Estes são números respeitáveis. GA - Nós temos 204 Postos de Atendimento ao Trabalhador (PAT). Esses postos têm um convênio com o Sistema Nacional de Emprego, do Ministério do Trabalho. Assim, temos um cadastro de quem está procurando emprego e de quem está oferecendo vaga. Daí eu bato tambor, solto fumaça, aviso as partes interessadas e faço a intermediação, comunicando a área de estatística. É ainda um sistema primário, quando, na verdade, eu entendo que um sistema desses tem que aproveitar melhor os recursos do mundo digital e da internet, tem que botar a boca no mundo para dizer que tem um cara aqui procurando emprego. Na outra ponta estarão as empresas entrando no sistema e oferecendo vagas; faremos então um cruzamento. Isso ainda não tem! Com a fortuna que tem o FAT, não temos um sistema assim. Eu quero ver se até o final do ano eu vou ter isso aqui. Juntos, empresas, universidades, PATs e outras fontes. A universidade, por exemplo, está formando os mais novos de-

sempregados no Brasil. O sistema tem que ser alimentado, o universitário que está saindo da escola e está procurando emprego, ele já viria automaticamente para o sistema. E a escola informaria as suas notas, os cursos, o curriculum etc. Dessa forma eu estou passando a informação para o mercado. Com este sistema eu não vou usar somente o computador, eu vou usar inteligência. Qualquer computador em rede poderá entrar no sistema, basta ter a senha. Se hoje eu tenho 204 PATs, eu posso ter 645 no sistema. E ai eu já "viajei na maionese" e já apelidei isso de "Google do Emprego", um sistema de busca do emprego. Aqui você tem um termômetro imediato, porque através do sistema, na mesma hora em que você tem oferta de emprego, está tendo procura. Se inicialmente fiz um diagnóstico, agora eu posso aferir esse diagnóstico todo dia e regular oferta e procura imediatamente e detectar a procura de um tipo de vaga que eu não estou conseguindo suprir, que está faltando qualificação. Isso passa a ser um termômetro ao vivo do dia-a-dia. DE - Em relação aos jovens, principalmente os mais carentes, como o senhor vê esta situação? GA - Nunca em nossa história tivemos um contingente tão significativo, tanto potencial, quanto desses jovens; só que eles estão chegando no mercado de trabalho quando este está encolhendo. Além disso, pela comunicação de massa, esse contingente está sendo bombardeado por uma sociedade de consumo, que o convida a possuir os bens e serviços, mas sem lhe dar perspectivas de como ganhá-los. Os jovens, de todos os níveis sociais, sabem tudo sobre consumir e quase nada de como ganhar, pois não têm perspectivas; cria-se a frustração. A frustração é matéria-prima para a violência. Como a expectativa de emprego nos setores organizados é nula, há um desemprego de 50% nesse segmento.

Divulgação

Caravana do Trabalho: prefeitos de 645 municípios preenchem um formulário, onde explicam as suas necessidades locais de mão-de-obra e qualificação. Esses dados serão cruzados com os da Fundação Sead.

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BANCO PSA FINANCE BRASIL S.A. CNPJ 03.502.961/0001-92 Rua Miguel Yunes, 351 - Cep 04444-000 - São Paulo - SP

4GNCVxTKQ FC FOKPKUVTCnlQ Senhores Acionistas:Em cumprimento as disposições legais e estatutárias, submetemos a apreciação de V.Sas. o Balanço Patrimonial e as Demonstrações do Resultado, das Mutações do Patrimônio Líquido e das Origens e Aplicações de Recursos relativo aos semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006. São Paulo, 14 de agosto de 2007. A Administração

CNCPnQU 2CVTKOQPKCKU GO FG LWPJQ FG

Em milhares de reais Ativo

G

Banco 2007 2006 862.211 690.000 19.705 9.586 9.501 – 9.501 – 178 – 178 – 830.176 669.589 842.976 682.464 (12.800) (12.875) – – – – – –

&GOQPUVTCn|GU FQ 4GUWNVCFQ Em milhares de reais

Consolidado operacional 2007 2006 863.080 690.442 20.226 9.874 9.501 – 9.501 – 178 – 178 – 830.176 669.589 842.976 682.464 (12.800) (12.875) 17 (47) 3.450 4.507 (3.326) (4.413)

Circulante .......................................................................... Disponibilidades ................................................................ Aplicações interfinanceira de liquidez .............................. Aplicações em depósitos interfinanceiros ....................... Títulos, valores mobiliários e instrumentos fin.derivativos Instrumentos financeiros derivativos ............................... Operações de crédito ........................................................ Setor privado ................................................................... Provisão para créditos de liquidação duvidosa ............... Operações de arrendamento mercantil ............................ Setor privado ................................................................... Rendas a apropriar de arrendamento mercantil ............. Provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa ...................................................... – – (107) (141) Outros créditos ................................................................. 196 10.750 527 10.951 Diversos .......................................................................... 196 10.750 527 10.951 Outros valores e bens ....................................................... 2.455 75 2.455 75 Outros valores e bens ..................................................... 27 26 27 26 Despesas antecipadas .................................................... 2.428 49 2.428 49 Realizável a longo prazo .................................................. 529.197 324.414 529.129 324.371 Operações de crédito ........................................................ 512.686 320.515 512.686 320.515 Setor privado ................................................................... 519.407 325.786 519.407 325.786 Provisão para créditos de liquidação duvidosa ............... (6.721) (5.271) (6.721) (5.271) Operações de arrendamento mercantil ............................ – – (68) (106) Setor privado ................................................................... – – 2.199 3.402 Rendas a apropriar de arrendamento mercantil ............. – – (2.199) (3.402) Provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa ...................................................... – – (68) (106) Outros créditos ................................................................. 15.911 3.899 15.911 3.962 Diversos .......................................................................... 15.911 3.899 15.911 3.962 Outros valores e bens ....................................................... 600 – 600 – Despesas antecipadas .................................................... 600 – 600 – Permanente ........................................................................ 1.667 1.701 13.278 12.054 Investimentos .................................................................... 291 237 291 237 Outros investimentos ...................................................... 291 237 291 237 Imobilizado de uso ............................................................ 1.376 1.464 1.376 1.464 Outras imobilizações de uso ........................................... 2.140 2.011 2.140 2.011 Depreciações acumuladas .............................................. (764) (547) (764) (547) Imobilizado de arrendamento ........................................... – – 11.611 10.353 Bens arrendados ............................................................. – – 15.458 13.526 Depreciações acumuladas .............................................. – – (3.847) (3.173) Diferido .............................................................................. – – – – Gastos de organização e expansão ................................ 170 169 171 170 Amortizações acumuladas .............................................. (170) (169) (171) (170) Total do Ativo .................................................................... 1.393.075 1.016.115 1.405.487 1.026.867

Circulante .......................................................................... Depósitos .......................................................................... Depósitos interfinanceiros ............................................... Depósitos a prazo ........................................................... Obrigações por empréstimos e repasses ......................... Empréstimos no exterior ................................................. Instrumentos financeiros derivativos ................................. Instrumentos financeiros derivativos ............................... Outras obrigações ............................................................ Cobrança e arrecadação de tributos e assemelhados ... Fiscais e previdenciárias ................................................. Diversas ..........................................................................

Banco 2007 2006 674.551 580.230 584.015 459.036 549.758 451.341 34.257 7.695 39.464 46.530 39.464 46.530 – 3.045 – 3.045 51.072 71.619 808 609 3.354 8.505 46.910 62.505

Consolidado operacional 2007 2006 675.294 579.673 582.076 456.274 547.819 448.579 34.257 7.695 39.464 46.530 39.464 46.530 – 3.045 – 3.045 53.754 73.824 808 609 4.209 9.272 48.737 63.943

Exigível a longo prazo ..................................................... Depósitos .......................................................................... Depósitos interfinanceiros ............................................... Depósito a prazo ............................................................. Outras obrigações ............................................................ Diversas ..........................................................................

577.315 576.007 425.624 150.383 1.308 1.308

333.953 332.583 242.919 89.664 1.370 1.370

565.516 561.998 411.615 150.383 3.518 3.518

323.721 320.522 230.858 89.664 3.199 3.199

Patrimônio líquido ............................................................ 141.209 Capital De domiciliados no país .................................................. 2 De domiciliados no exterior ............................................. 100.653 Reserva de capital ............................................................ 265 Reserva de lucros ............................................................. 2.882 Lucros acumulados ........................................................... 37.407

101.932

164.677

123.473

2 75.653 211 2.171 23.895

4 113.014 265 3.708 47.686

4 88.014 211 2.901 32.343

Passivo

2007

2006

2007

2006

123.370 95.081 129.496 106.474 – – 283 120 (6.409) (11.513) (77.013) (66.750) (68.400) (54.054) (1.695) (1.549) – – (6.918) (11.147) 46.357 28.331 (32.655) (18.622) 9.227 6.400 (2.066) (2.011) (11.253) (8.209) (4.421) (3.203) 8.034 8.311 (32.176) (19.910) 13.702 9.709 (268) (124)

126.412 97.638 129.496 106.474 3.042 2.557 283 120 (6.409) (11.513) (78.132) (67.453) (67.283) (52.892) (1.695) (1.549) (2.138) (1.709) (7.016) (11.303) 48.280 30.185 (33.160) (18.889) 9.227 6.400 (2.066) (2.011) (11.717) (8.572) (4.584) (3.387) 8.189 8.643 (32.209) (19.962) 15.120 11.296 (324) (224)

13.434 (2.429) (2.924) (250) 7.831

9.585 (7.863) 4.094 (13) 5.803

14.796 (2.918) (2.886) (250) 8.742

77,80

76,70

11.072 (8.376) 4.113 (13) 6.796

&GOQPUVTCn|GU FCU 1TKIGPU G RNKECn|GU FG 4GEWTUQU Em milhares de reais

Consolidado operacional

Banco

Semestres findos Semestres findos em 30 de junho de em 30 de junho de

Total do Passivo ............................................................... 1.393.075 1.016.115 1.405.487 1.026.867

G

Em milhares de reais

Capital social

Reserva de capital

Capital realizado

Aumento de capital

Outras

Em 31 de dezembro de 2005 ................................................................................ Aumento de capital ............................................................................................... Atualização títulos patrimoniais ............................................................................. Lucro líquido do semestre .................................................................................... Destinação do lucro Constituição da reserva legal .............................................................................. Em 30 de junho de 2006 .......................................................................................

70.983 – – –

– 4.672 – –

176 – 35 –

– 70.983

– 4.672

Em 31 de dezembro de 2006 ................................................................................ Aumento de capital ............................................................................................... Atualização títulos patrimoniais ............................................................................. Lucro líquido do semestre .................................................................................... Destinação do lucro Constituição da reserva legal .............................................................................. Em 30 de junho de 2007 .......................................................................................

75.655 25.000 – –

Em 31 de dezembro de 2006 ................................................................................ Aumento de capital ............................................................................................... Atualização de títulos patrimoniais ....................................................................... Lucro líquido do semestre .................................................................................... Destinação do lucro Constituição da reserva legal .............................................................................. Em 30 de junho de 2007 .......................................................................................

......................................................................................... Receitas da intermediação financeira ................................ Operações de crédito ........................................................... Operações de arrendamento mercantil ............................... Resultado de operações com títulos e valores mobiliários .. Resultado com instrumentos financeiros derivativos ........... Despesas da intermediação financeira .............................. Operações de captação no mercado ................................... Operações de empréstimos,cessões e repasses ................ Operações de arrendamento mercantil ............................... Provisão para créditos de liquidação duvidosa .................... Resultado bruto da intermediação financeira ................... Outras receitas (despesas) operacionais .......................... Receitas de prestação de serviços ...................................... Despesas de pessoal .......................................................... Despesas administrativas .................................................... Despesas tributárias ............................................................ Outras receitas operacionais ............................................... Outras despesas operacionais ............................................ Resultado operacional ........................................................ Resultado não operacional .................................................... Resultado antes da tributação sobre o lucro e participações ...................................................................... Provisão para imposto de renda e contribuição social .......... Ativo fiscal diferido ................................................................. Participações ......................................................................... Lucro líquido do semestre ..................................................

As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

&GOQPUVTCn|GU FCU /WVCn|GU FQ 2CVTKOzPKQ .sSWKFQ GO FG LWPJQ FG

Consolidado operacional Em 31 de dezembro de 2005 ................................................................................ Aumento de capital ............................................................................................... Atualização de títulos patrimoniais ....................................................................... Lucro líquido do semestre .................................................................................... Destinação do lucro Constituição da reserva legal .............................................................................. Em 30 de junho de 2006 .......................................................................................

Semestres findos Semestres findos em 30 de junho de em 30 de junho de

Lucro líquido por ação do capital social - R$ ...................

As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

Banco

Consolidado operacional

Banco

Reserva de lucro Legal

Lucros acumulados

Total

1.881 – – –

18.382 – – 5.803

91.422 4.672 35 5.803

– 211

290 2.171

(290) 23.895

– 101.932

25.000 (25.000) – –

211 – 54 –

2.490 – – –

29.968 – – 7.831

133.324 – 54 7.831

– 100.655

– –

– 265

392 2.882

(392) 37.407

– 141.209

81.974 – – –

– 6.044 – –

176 – 35 –

2.561 – – –

25.887 – – 6.796

110.598 6.044 35 6.796

– 81.974

– 6.044

– 211

340 2.901

(340) 32.343

– 123.473

88.018 25.000 – –

25.000 (25.000) – –

211 – 54 –

3.271 – – –

39.381 – – 8.742

155.881 – 54 8.742

– 113.018

– –

– 265

437 3.708

(437) 47.686

– 164.677

As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

0QVCU 'ZRNKECVKXCU FC FOKPKUVTCnlQ iU &GOQPUVTCn|GU (KPCPEGKTCU GO FG LWPJQ FG

G

2007

2006

221.270 8.031 7.831 200 – – – 213.042

238.031 5.999 5.803 196 – 4.672 4.672 226.800

225.819 240.846 10.447 8.420 8.742 6.796 2.337 1.882 (632) (258) – 6.044 – 6.044 212.922 225.582

185.043 185.043 – –

209.560 189.548 662 19.350

184.740 208.026 184.740 189.389 – 662 – 17.975

27.999

17.240

28.182

17.556

25.003 – 2.996 197 197 –

1.834 – 15.406 560 560 –

25.003 81 3.098 2.450 197 2.253

1.834 131 15.591 800 560 240

Aplicações dos recursos .................................................... 221.820 Inversões em ........................................................................ – Imobilizado de uso ............................................................. – Imobilizado de arrendamento ............................................ – Aumento dos subgrupos do ativo circulante e realizável a longo prazo ........................................................................ 110.598 Aplicações interfinanceira de liquidez ................................ 9.501 Operações de crédito ......................................................... 101.068 Outros valores e bens ........................................................ 29 Diminuição dos subgrupos do passivo circulante e realizável a longo prazo ..................................................................... 111.222 Obrigações por empréstimos e repasses .......................... 13.025 Instrumentos financeiros derivativos .................................. 1.198 Outras obrigações .............................................................. 96.999

234.613 730 730 –

226.052 237.526 4.352 3.643 – 730 4.352 2.913

184.777 – 184.735 42

110.598 184.777 9.501 – 101.068 184.735 29 42

49.106 49.106 – –

111.102 13.025 1.198 96.879

49.106 49.106 – –

3.418

(233)

3.320

Origens de recursos ............................................................ Lucro líquido ajustado ......................................................... Lucro líquido ...................................................................... Depreciações e amortizações ............................................ Superveniência de depreciação ......................................... Recursos de acionistas ........................................................ Aumento de capital social .................................................. Recursos de terceiros originários de ................................... Aumento dos subgrupos do passivo circulante e exigível a longo prazo ...................................................................... Depósitos ........................................................................... Instrumentos financeiros derivativos .................................. Outras obrigações .............................................................. Diminuição dos subgrupos do ativo circulante e realizável a longo prazo ...................................................................... Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos ........................................................................ Operações de arrendamento mercantil ............................. Outros créditos ................................................................... Alienação de bens e investimentos ..................................... Imobilizado de uso ............................................................. Imobilizado de arrendamento ............................................

2007

2006

Aumento ( redução ) das disponibilidades .......................

(550)

Modificações na posição financeira No início do semestre ........................................................ No fim do semestre ............................................................

20.255 19.705

6.168 9.586

20.459 20.226

6.554 9.874

Aumento ( redução ) das disponibilidades .......................

(550)

3.418

(233)

3.320

As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

Em milhares de reais 1. Contexto operacional O Banco PSA Finance Brasil S.A. e a PSA Finance Arrendamento Mercantil S.A. operam como banco múltiplo com as carteiras de investimento; crédito, financiamento e investimento e empresa de leasing. Foram realizados e assinados contratos com o Grupo ABN-Amro, nos quais este se compromete com a prestação de serviços relacionados à gestão/controle operacional das operações de crédito e arrendamento a serem realizadas através do Banco e da Leasing. Além disso, foi firmado acordo operacional entre as partes, pelo qual, mensalmente, os resultados das operações são rateados proporcionalmente, 50% para cada instituição, baseado no resultado econômico de cada carteira, com base em fórmula de cálculo específica definida no referido acordo operacional. 2. Principais práticas contábeis As práticas contábeis adotadas para a contabilização das operações e para a elaboração das demonstrações financeiras emanam das disposições da Lei das Sociedades por Ações, associada às normas e instruções do BACEN. (a) Apuração do resultado É apurado pelo regime de competência de exercícios e segundo a Portaria MF nº 140/84, que considera: • As receitas de arrendamento mercantil, calculadas e apropriadas mensalmente pela exigibilidade das contraprestações no período; • O ajuste ao valor presente das operações de arrendamento mercantil; • Os rendimentos, encargos e variações monetárias, a índices e taxas oficiais incidentes sobre ativos e passivos circulantes e a longo prazo. (b) Ativos circulante e realizável a longo prazo Demonstrados pelos valores de aquisição, incluindo, os rendimentos calculados em base “pro rata temporis” e as variações cambiais auferidas, e ajustado ao valor de mercado ou de realização, quando aplicável. Os créditos tributários são reconhecidos considerando a expectativa de geração de lucros tributáveis futuros no prazo de até 5 anos, baseado em estudo técnico que considera as expectativas da administração quanto a realização dos referidos créditos, projeções orçamentárias da instituição e indicadores econômicos financeiros. (c) Ativo permanente O imobilizado de arrendamento, demonstrado ao custo, é reduzido pela depreciação acumulada, quando aplicável calculada de forma acelerada e segundo determinação da Portaria MF nº 140/84 com redução de 30% da vida útil. Conseqüentemente, a instituição, visando atender ao regime de competência, constituiu, nos semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006, superveniência de depreciação, no montante de R$ 632 (2006 - R$ 258) classificada em “Rendas de arrendamento mercantil”, equivalente ao ajuste ao efetivo valor presente dos fluxos futuros da carteira de arrendamento mercantil, com base nas taxas implícitas de retorno de cada operação, conforme Circular nº 1.429/89 do BACEN. (d) Passivos circulante e exigível a longo prazo Demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, inclusive, encargos. As provisões para imposto de renda e contribuição social foram constituídos às alíquotas vigentes à época, ambas sobre o lucro tributável. Incluindo-se, no consolidado operacional, a provisão para imposto de renda diferido sobre

superveniência de depreciação, apresentado na rubrica “Outras obrigações fiscais e previdenciárias”, no passivo circulante. (e) Instrumentos financeiros derivativos De acordo com a Circular nº 3.082, de 30 de janeiro de 2002, e regulamentações posteriores, os instrumentos financeiros derivativos são classificados na data de sua aquisição de acordo com a intenção da administração para fins ou não de proteção (hedge). As operações que utilizam instrumentos financeiros, efetuadas por conta própria, ou que não atendam aos critérios de proteção (principalmente derivativos utilizados para administrar a exposição global de risco), são contabilizadas pelo valor de mercado, com os ganhos e as perdas realizados e não realizados, reconhecidos diretamente na demonstração do resultado. Os derivativos utilizados para proteger exposições a risco ou para modificar as características de ativos e passivos financeiros e que sejam (i) altamente correlacionados no que se refere às alterações no seu valor de mercado em relação ao valor de mercado do item que estiver sendo protegido, tanto no início quanto ao longo da vida do contrato e (ii) considerados efetivos na redução do risco associado à exposição a ser protegida, são classificados como “hedge” de acordo com sua natureza: (i) “Hedge” de risco de mercado - os ativos e passivos financeiros, bem como os respectivos instrumentos financeiros relacionados são contabilizados pelo valor de mercado com os ganhos e as perdas realizadas e não realizadas, reconhecidos diretamente na demonstração do resultado. (ii) “Hedge” de fluxo de caixa - a parcela efetiva de “hedge” dos ativos e passivos financeiros, bem como os respectivos instrumentos financeiros relacionados, são contabilizados pelo valor de mercado com os ganhos e as perdas realizadas e não realizadas, deduzidos quando aplicável, dos efeitos tributários, reconhecidos em conta específica de reserva no patrimônio líquido. A parcela não efetiva do “hedge” é reconhecida diretamente na demonstração do resultado. 3. Demonstrações financeiras combinadas (consolidado operacional) As demonstrações financeiras combinadas foram elaboradas em consonância com os princípios de consolidação normatizados pelo BACEN, por intermédio das Resoluções nºs 2.723, de 31 de maio e 2.743 de 28 de junho de 2000, as quais requerem a consolidação das demonstrações financeiras das instituições financeiras integrantes de um mesmo grupo financeiro, independente de haver participação acionária entre as mesmas, e abrangem as demonstrações financeiras do Banco PSA Finance Brasil S.A. e da PSA Finance Arrendamento Mercantil S.A., que não possuem participação direta uma na outra. O processo de consolidação operacional das contas patrimoniais e de resultado corresponde à soma horizontal dos saldos das contas do ativo, do passivo, das receitas e despesas, segundo a sua natureza, complementada com a eliminação dos saldos de contas correntes e outras contas integrantes do ativo, passivo ou resultado, mantidas entre as instituições cujos balanços patrimoniais foram consolidados. A conciliação do patrimônio líquido e do lucro líquido do Banco PSA Finance Brasil S.A. com aqueles do consolidado operacional pode ser assim demonstrada : Patrimônio líquido Lucro líquido 2007 2006 2007 2006 Banco PSA Finance Brasil S.A. ............................ 141.209 101.932 7.831 5.803 PSA Finance Arrendamento Mercantil S.A. .......... 23.468 21.541 911 993 Consolidado operacional ................................... 164.677 123.473 8.742 6.796

4. Instrumentos financeiros derivativos De acordo com a Circular nº 3.082, de 30 de janeiro de 2002, e regulamentações posteriores, o banco vem registrando sua operação de “swap”, como negociação. O quadro a seguir resume o valor referencial atualizado ao preço de mercado e as respectivas exposições líquidas no balanço patrimonial. Valores a mercado Data do Data do Valor referencial Valor referencial Diferencial a Indexador início vencimento dos contratos em R$ dos contratos em US$ Ativo Passivo receber / (pagar) ativo 04/06/2007 03/12/2007 38.874 20.400 39.414 39.236 178 US$ + 6,0380% 5. Operações de crédito e arrendamento mercantil e provisão para créditos de liquidação duvidosa Banco Mediante a Resolução nº 2.682 de 21 de dezembro de 1999 do Conselho Monetário Nacional - CMN Total das Provisão Total das e o BACEN, os parâmetros para a classificação das operações de crédito e de arrendamento mercanNível de risco operações constituída operações til e constituição da provisão para créditos de liquidação duvidosa são os seguintes: A .................................................... 1.292.356 6.462 1.299.703 • As operações de crédito e de arrendamento mercantil são classificadas em nove níveis. B .................................................... 24.588 246 24.730 • A provisão para créditos de liquidação duvidosa é efetuada com base na classificação do cliente C .................................................... 18.420 552 18.495 nos níveis de riscos definidos pela Resolução. Essa classificação leva em consideração, entre D .................................................... 9.753 975 9.818 outras, uma análise periódica da operação, dos atrasos, do histórico do cliente e das garantias E .................................................... 4.834 1.450 4.834 obtidas, quando aplicável. F .................................................... 4.076 2.038 4.109 Os valores nos quadros a seguir demonstrados pelo valor presente das operações. G ................................................... 1.860 1.302 1.860 H .................................................... 6.496 6.496 6.608 (a) Composição da carteira de crédito e arrendamento mercantil por tipo de operação Total .............................................. 1.362.383 19.521 1.370.157 2007 2006 Descrição Pessoa física ..................................... Indústria ............................................ Comércio ........................................... Intermediários financeiros ................. Outros serviços ................................. Total ..................................................

Banco

Consolidado

Banco

Consolidado

908.110 – 454.273 – – 1.362.383

908.410 537 457.200 20 3.990 1.370.157

629.822 – 378.428 – – 1.008.250

630.036 445 380.673 60 4.268 1.015.482

(b) Composição da carteira de crédito e arrendamento mercantil por faixa de vencimento das parcelas 2007 2006 Descrição Banco Consolidado Banco Consolidado Vencidas ............................................ De 1 a 14 dias ................................. Mais de 14 dias ............................... A vencer ............................................ De 0 a 30 dias ................................. De 31 a 60 dias ............................... De 61 a 90 dias ............................... De 91 a 180 dias ............................. De 181 a 360 dias ........................... Mais de 360 dias ............................. Total ..................................................

38.898 3.907 34.991 1.323.485 175.338 167.598 164.661 109.206 187.275 519.407 1.362.383

39.500 3.964 35.536 1.330.657 175.744 167.978 165.037 110.341 189.170 522.387 1.370.157

25.628 3.128 22.500 982.622 142.520 139.953 136.590 88.344 149.429 325.786 1.008.250

26.146 3.172 22.974 989.336 142.968 140.399 137.035 89.162 150.875 328.897 1.015.482

Principal devedor .................................................................................. Percentual do total da carteira de operações de crédito - % ................ 20 maiores devedores ........................................................................... Percentual do total da carteira de operações de crédito - % ................

Banco Provisão constituída 4.676 229 769 754 1.341 1.181 2.031 7.165 18.146

Total das operações 942.112 22.992 25.697 7.562 4.470 2.387 2.901 7.361 1.015.482

2006 Consolidado Provisão constituída 4.710 230 771 756 1.341 1.193 2.031 7.361 18.393

Saldo inicial ...................................................................................................... Constituições ................................................................................................. Reversões ...................................................................................................... Créditos baixados para prejuízo .................................................................... Saldo final .......................................................................................................

2007 19.076 13.276 (6.358) (6.473) 19.521

2006 10.056 16.977 (5.830) (3.057) 18.146

2007

Banco 2006

16.259 1,19 199.087 14,61

27.013 2,68 194.323 19,27

(d) Composição da carteira de operações de crédito e arrendamento mercantil e correspondente provisão para devedores duvidosos nos prazos e níveis de risco estabelecidos pela Resolução nº 2.682 em 30 de junho de 2007 e 2006

2007

2006

15.458 2.058 (5.905) 11.611

13.526 1.171 (4.344) 10.353

As operações de arrendamento têm cláusulas de opção de compra, de taxas de juros prefixadas ou pós-fixadas e de seguros dos bens objetos de arrendamento, a favor do arrendador. Os valores residuais de opção de compra antecipados pelos clientes, são de R$ 1.751 (2006 R$ 1.386), registrado em “Outras obrigações - diversas” no passivo circulante e R$ 2.210 (2006 - R$ 1.829), registrado em “Outras obrigações - diversas” no exigível a longo prazo.

(668) 141 (3.769)

(668) 141 (4.263)

(b) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos

Provisão para créditos de liquidação duvidosa ............................................... Outros .................................................... Total dos créditos tributários ..............

No semestre findo em 30 de junho de 2007 foram recuperados créditos baixados para prejuízos, no montante de R$ 2.119 (2006 - R$ 785).

Veículos e afins (taxa de depreciação - 20% a.a.) ........................................... Superveniência de depreciação ....................................................................... Depreciação acumulada .................................................................................. Total .................................................................................................................

2006 Banco Consolidado 9.585 11.072 (13) (13) 9.572 11.059 (3.242) (3.736) (1.436) (1.659) (945) (1.082) (861) (995)

Resultado antes do imposto de renda e contribuição social .................... Participações estatutárias nos lucros ........................................................ Base de cálculo ......................................................................................... Total dos encargos .................................................................................... Imposto de renda à alíquota de 15% ........................................................ Imposto de renda adicional à alíquota de 10% (dedução de R$ 120 mil) Contribuição social à alíquota de 9% ........................................................ Acréscimos/decréscimos aos encargos de imposto de renda e contribuição social decorrentes de: (Adições) / exclusões permanentes ........................................................ Outras ..................................................................................................... Total do encargo de imposto de renda e contribuição social devidos

(e) Movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa - Banco

6. Imobilizado de arrendamento - consolidado operacional

(c) Concentração do risco de crédito Descrição

Nível de risco A .................................................... B .................................................... C .................................................... D .................................................... E .................................................... F .................................................... G ................................................... H .................................................... Total ..............................................

Total das operações 935.300 22.886 25.625 7.540 4.470 2.363 2.901 7.165 1.008.250

Indexador passivo 102,26% CDI 2007 Consolidado Provisão constituída 6.499 247 554 981 1.450 2.055 1.302 6.608 19.696

7. Obrigações por empréstimos e repasses O saldo é composto por captações para as operações de “floor plan” no montante de R$ 39.464. O quadro a seguir resume os valores e condições contratuais: Valor Valor Receita/ referencial referencial (Despesa) dos dos Valor Encargos Variação Encargos Data do Data do contratos contratos contábil Juros Cambial dos início vencimento em R$ em US$ R$ R$ R$ contratos 04/06/2007 04/12/2007 38.874 20.400 39.464 169 421 5,96688%a.a + variação US$ Receita/(despesa) Ativo Receita semestre findo em (passivo) (despesa) 30 de junho de 2007 Operações ativas vinculadas ( 1 ) Financiamentos floor plan - SHC ................... 39.464 2.251 2.251 Banque PSA finance S.A. - Holanda ( 2 ) Empréstimos no exterior ................................. (39.464) 3.361 3.361 ( 1 ) Operações classificadas conforme circular nº 3.233 de 8 de abril de 2004. ( 2 ) Juros: (R$ 1.275) e variação cambial: R$ 4.636. 8. Outras obrigações - Diversas O saldo de outras obrigações - diversas é composto, principalmente, por saldo a pagar à montadora no montante de R$ 41.947 (2006 - R$ 58.857) relativo a operações de “floor plan” em 30 de junho de 2007 e 2006. 9. Transações com partes relacionadas 2007 2006 Banco (Passivo) (Despesa) (Passivo) (Despesa) PSA Finance Arrendamento Mercantil S.A. Depósitos interfinanceiros .......................... (15.948) (1.117) (14.823) (1.162) Peugeot do Brasil Automóveis Ltda. Outras obrigações diversas (nota 8) .......... (41.947) – (58.857) – Despesas com ressarcimento .................... – (150) – (6) Banque PSA Finance S.A. - França Empréstimos no exterior ............................. – – – – Banque PSA Finance S.A. - Holanda Empréstimos no exterior ............................. (39.464) 3.361 (46.530) 6.108 As transações com partes relacionadas foram contratadas as taxas compatíveis com as praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações levando-se em consideração a redução de risco. 10. Patrimônio líquido O capital social do banco está dividido em 100.654 (2006 - 75.654) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal. Aos acionistas está assegurado um dividendo anual mínimo de 5% do lucro deduzido de reserva legal. 11. Imposto de renda e contribuição social Os créditos tributários são reconhecidos considerando a expectativa de geração de lucros tributáveis futuros, baseado em estudo técnico que considera as expectativas da administração quanto à realização dos referidos créditos, projeções orçamentárias da instituição e indicadores econômicos financeiros, a valores presentes com base em taxas médias de captação e/ou custo de capital para os períodos projetados. (a) Os encargos com imposto de renda e contribuição social incidentes sobre as operações do semestre são demonstrados a seguir: 2007 Banco Consolidado Resultado antes do imposto de renda e contribuição social .................... 13.434 14.796 Participações estatutárias nos lucros ........................................................ (250) (250) Base de cálculo ......................................................................................... 13.184 14.546 Total dos encargos .................................................................................... (4.472) (4.923) Imposto de renda à alíquota de 15% ........................................................ (1.978) (2.182) Imposto de renda adicional à alíquota de 10% (dedução de R$ 120 mil) (1.306) (1.430) Contribuição social à alíquota de 9% ........................................................ (1.188) (1.311) Acréscimos/decréscimos aos encargos de imposto de renda e contribuição social decorrentes de: (Adições) / exclusões permanentes ........................................................ (911) (911) Outras ..................................................................................................... 30 30 Total do encargo de imposto de renda e contribuição social devidos ... (5.353) (5.804)

Provisão para créditos de liquidação duvidosa ............................................... Outros .................................................... Total dos créditos tributários ..............

Saldo em 31/12/2006

Constituição

Reversão

Banco Saldo em 30/06/2007

11.178 2.481 13.659

6.715 61 6.776

(9.055) (645) (9.700)

8.838 1.897 10.735

Saldo em 31/12/2006

Constituição

11.209 2.502 13.711

6.760 65 6.825

Consolidado Saldo em Reversão 30/06/2007 (9.066) (645) (9.711)

8.903 1.922 10.825

(c) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias Banco

1 ano ................. 2 anos ............... 3 anos ............... Total ..................

Diferenças temporárias Imposto de renda Contribuição social 5.290 1.904 1.868 672 736 265 7.894 2.841

Total 7.194 2.540 1.001 10.735

Valor presente(*) 6.364 1.987 693 9.044

continua . . .


DIÁRIO DO COMÉRCIO

8

sexta-feira, 31 de agosto, sábado e domingo, 1 e 2 de setembro de 2007

. . . continuação

BANCO PSA FINANCE BRASIL S.A. 0QVCU 'ZRNKECVKXCU FC FOKPKUVTCnlQ iU &GOQPUVTCn|GU (KPCPEGKTCU GO FG LWPJQ FG

G

Em milhares de reais Consolidado Diferenças temporárias Imposto de renda Contribuição social Total Valor presente(*) 1 ano ................. 5.337 1.920 7.257 6.420 2 anos ............... 1.879 674 2.553 1.997 3 anos ............... 746 269 1.015 703 Total .................. 7.962 2.863 10.825 9.120 (*) O valor presente dos créditos tributários, calculados considerando a taxa média de captação (16,21% a.a.). (d) Consolidado: O imposto de renda diferido passivo relativo a superveniência de depreciação é de R$ 502 em 30 de junho de 2007 (2006 - R$ 344). 12. Outras informações (a) Outras despesas administrativas Banco Consolidado 2007 2006 2007 2006 Serviços prestados - ABN Amro-(Nota 1) .......... 3.716 2.930 4.122 3.237 Serviços técnico especializado ......................... 496 241 505 244 Processamento de dados ................................. 704 345 704 345 Publicações ....................................................... 92 205 92 238 Serviços do sistema financeiro .......................... 309 229 309 232 Serviços de terceiros ......................................... 107 92 107 95

Viagem .............................................................. Promoções e relações públicas ........................ Comunicações ................................................... Despesas com cartório ...................................... Depreciação e amortização ............................... Outras despesas administrativas ...................... Total ..................................................................

2007 558 2.938 936 470 200 727 11.253

Banco 2006 407 1.769 769 608 196 418 8.209

2007

Banco 2006

2007

5.057 – 241 – 5 2.445 149 137 8.034

7.657 – 409 – 33 – 68 144 8.311

5.057 40 329 – 5 2.445 149 164 8.189

(b) Outras receitas operacionais Variação cambial positiva das obrigações por empréstimos e repasses ................................ Juros de mora sobre contratos de arrendamento Divisão resultados - Grupo ABN – Amro ........... Reversão PDD - contingência ........................... Reversão provisões despesas administrativas .. Taxa de antecipação de quitação ...................... Recuperação de encargos e despesas ............. Outras ............................................................... Total ..................................................................

Consolidado 2007 2006 558 407 2.938 1.769 936 772 470 608 200 196 776 429 11.717 8.572 Consolidado 2006 7.657 27 588 100 33 – 68 170 8.643

(c) Outras despesas operacionais Comissões por obtenção de operações crédito Divisão de resultados - Grupo ABN – Amro ...... Ressarcimento Peugeot do Brasil .................... Total ..................................................................

2007 28.835 3.191 150 32.176

Banco 2006 18.440 1.464 6 19.910

(d) Outros créditos - diversos Créditos tributários .................................................................................. Antecipações de imposto de renda e contribuição social ....................... Outros créditos ........................................................................................ Total ........................................................................................................

2007 28.868 3.191 150 32.209 Banco 10.735 5.176 196 16.107

Consolidado 2006 18.492 1.464 6 19.962

Consolidado 10.825 5.416 197 16.438

(e) Previdência privada O Banco é participante do PGBL do HSBC Vida e Previdência (Brasil) S.A, que tem por objetivos principais a suplementação da aposentadoria dos empregados. Durante o semestre, o Banco contribuiu com R$ 27. 13. Passivos contingentes O Banco PSA Finance Brasil S.A. possui registrado em 30 de junho de 2007 uma provisão de R$ 1.308 referente a passivos contingentes (2006 – R$ 1.370). A provisão para contingência é avaliada pela administração, com base nas opiniões dos consultores jurídicos da instituição e é considerada suficiente para cobrir eventuais perdas.

&KTGVQTKC

QPVCFQT

Bernard Raymond Léon Darrieutort - Diretor Geral

Joelcyr Carmello Filho - Diretor Financeiro

Julio Takechi Katsuda - CRC 1SP 162781/O-4

2CTGEGT FQU WFKVQTGU +PFGRGPFGPVGU administração das instituições, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. A PSA Finance Arrendamento Mercantil S.A. registra suas operações e elabora suas demonstrações financeiras com a observância das práticas contábeis estabelecidas pelo Banco Central do Brasil BACEN, que requerem o ajuste ao valor presente da carteira de arrendamento mercantil, como superveniência de depreciação, classificado no ativo permanente (Nota 2(c)). Essas práticas não requerem a reclassificação das operações, que permanecem registradas de acordo com a Lei no. 6.099/74, para as rubricas de ativo permanente e realizável a longo prazo e receitas (despesas) de operações de arrendamento mercantil, mas resultam na apresentação do lucro líquido e do patrimônio líquido, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 4. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras do Banco PSA Finance Brasil S.A. apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco PSA Finance Brasil S.A. em 30 de junho de 2007 e 2006 e o resultado das operações, as mutações do

Aos Administradores e Acionistas Banco PSA Finance Brasil S.A. 1. Examinamos as demonstrações financeiras do Banco PSA Finance Brasil S.A. em 30 de junho de 2007 e 2006, e as demonstrações financeiras combinadas (consolidado operacional - Nota 3) do Banco PSA Finance Brasil S.A. e da PSA Finance Arrendamento Mercantil S.A. nessas mesmas datas. Essas demonstrações foram elaboradas sob a responsabilidade da administração das instituições. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos das instituições, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela

patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 5. Em nossa opinião, também, exceto pela não reclassificação mencionada no parágrafo 3, as demonstrações financeiras combinadas (consolidado operacional) apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira combinada do Banco PSA Finance Brasil S.A. e da PSA Finance Arrendamento Mercantil S.A. em 30 de junho de 2007 e 2006 e os resultados combinados das operações, as mutações combinadas do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos combinadas dos semestres findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e normas específicas do BACEN (Nota 3). São Paulo, 14 de agosto de 2007 Mazars & Guérard Aristeu Tsutomu Shimabukuro Auditores Independentes Contador CRC 2SP011901/O–6 CRC 1SP130458/O–0

PSA FINANCE ARRENDAMENTO MERCANTIL S.A. CNPJ 03.502.968/0001-04 Rua Miguel Yunes, 351 - Cep 04444-000 - São Paulo - SP 4GNCVxTKQ FC FOKPKUVTCnlQ Senhores Acionistas: Em cumprimento as disposições legais e estatutárias, submetemos a apreciação de V.Sas. o Balanço Patrimonial e as Demonstrações do Resultado, das Mutações do Patrimônio Líquido e das Origens e Aplicações de Recursos relativo aos semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006. São Paulo, 14 de agosto de 2007. A Administração

CNCPnQU 2CVTKOQPKCKU GO FG LWPJQ FG Em milhares de reais Ativo Circulante ........................................................................ Disponibilidades .............................................................. Aplicações interfinanceiras de liquidez ........................... Aplicações interfinanceiras de liquidez ......................... Operações de arrendamento mercantil .......................... Setor privado ................................................................. Rendas a apropriar de arrendamento mercantil ........... Provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa .................................................... Outros créditos ............................................................... Diversos ........................................................................ Realizável a longo prazo ................................................ Aplicações interfinanceiras de liquidez ........................... Aplicações interfinanceiras de liquidez ......................... Operações de arrendamento mercantil .......................... Setor privado ................................................................. Rendas a apropriar de arrendamento mercantil ........... Provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa ................................................... Outros créditos ............................................................... Diversos ........................................................................ Permanente ...................................................................... Imobilizado de arrendamento ......................................... Bens arrendados ........................................................... Depreciações acumuladas ............................................ Diferido ............................................................................ Gastos de organização e expansão .............................. Amortizações acumuladas ............................................ Total do Ativo ..................................................................

G

2007 2.808 521 1.939 1.939 17 3.450 (3.326)

2006 3.204 288 2.762 2.762 (47) 4.507 (4.413)

(107) 331 331 13.941 14.009 14.009 (68) 2.199 (2.199)

(141) 201 201 12.018 12.061 12.061 (106) 3.402 (3.402)

(68) – – 11.611 11.611 15.458 (3.847) – 1 (1) 28.360

(106) 63 63 10.353 10.353 13.526 (3.173) – 1 (1) 25.575

Passi vo Circulante ........................................................................ Outras obrigações .......................................................... Fiscais e previdenciárias ............................................... Diversas ........................................................................

2007 2.682 2.682 855 1.827

2006 2.205 2.205 767 1.438

Exigível a longo prazo ................................................... Outras obrigações .......................................................... Diversas ........................................................................

2.210 2.210 2.210

1.829 1.829 1.829

Patrimônio líquido .......................................................... 23.468 Capital De domiciliados no país ................................................ 2 De domiciliados no exterior ........................................... 12.361 Reserva de lucros ........................................................... 826 Lucros acumulados ......................................................... 10.279

21.541

Total do Passivo ............................................................. 28.360

2 12.361 730 8.448

25.575

As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

&GOQPUVTCn|GU FCU /WVCn|GU FQ 2CVTKOzPKQ .sSWKFQ GO FG LWPJQ FG

G

Reserva de lucros

Capital realizado 10.991 – –

Aumento de capital – 1.372 –

Legal 680 – –

Lucros acumulados 7.505 – 993

Total 19.176 1.372 993

– 10.991

– 1.372

50 730

(50) 8.448

– 21.541

Em 31 de dezembro de 2006

12.363

781

9.413

22.557

Lucro líquido do semestre Destinação do lucro Constituição da reserva legal Em 30 de junho de 2007

911

911

– 12.363

– –

45 826

(45) 10.279

– 23.468

Em 31 de dezembro de 2005 Aumento de capital Lucro líquido do semestre Destinação do lucro Constituição da reserva legal Em 30 de junho de 2006

As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

0QVCU 'ZRNKECVKXCU FC FOKPKUVTCnlQ iU &GOQPUVTCn|GU (KPCPEGKTCU GO FG LWPJQ FG

G

Em milhares de reais 1. Contexto operacional A PSA Finance Arrendamento Mercantil S.A. tem como objetivo a realização de operações de arrendamento mercantil, principalmente de veículos das marcas Peugeot e Citröen. Foram realizados e assinados contratos com o Grupo ABN Amro, nos quais esse se compromete com a prestação de serviços relacionados à gestão/controle operacional das operações de arrendamento mercantil realizadas através da PSA Finance Arrendamento Mercantil S.A. Além disso, também foi firmado acordo operacional entre as partes pelo qual, mensalmente, os resultados das operações são rateados proporcionalmente, 50% para cada empresa, baseado no resultado econômico de cada carteira, com base em fórmula de cálculo específica definida no referido acordo operacional. 2. Apresentação das demonstrações financeiras e principais práticas contábeis Para a elaboração das demonstrações financeiras foram adotadas as práticas contábeis adotadas no Brasil, que emanam das disposições da Lei das Sociedades por Ações, associada às normas e instruções do BACEN. (a) Apuração do resultado É apurado pelo regime de competência de exercícios e segundo a Portaria MF no. 140/84, que considera: • As receitas de arrendamento mercantil, calculadas e apropriadas mensalmente pela exigibilidade das contraprestações no período; • O ajuste ao valor presente das operações de arrendamento mercantil; • Os rendimentos, encargos e variações monetárias, a índices e taxas oficiais incidentes sobre ativos e passivos circulantes e a longo prazo. (b) Ativos circulante e realizável a longo prazo Demonstrados pelos valores de aquisição, incluindo, os rendimentos calculados em base “pro rata temporis” e as variações cambiais auferidas, e ajustado ao valor de mercado ou de realização, quando aplicável. Os créditos tributários são reconhecidos considerando a expectativa de geração de lucros tributáveis futuros no prazo de até 5 anos, baseado em estudo técnico que considera as expectativas da administração quanto a realização dos referidos créditos, projeções orçamentárias da instituição e indicadores econômicos financeiros. (c) Ativo permanente O imobilizado de arrendamento, demonstrado ao custo, é reduzido pela depreciação acumulada, quando aplicável calculada de forma acelerada e segundo determinação da Portaria MF no. 140/84 com redução de 30% da vida útil. Conseqüentemente, a instituição, visando atender ao regime de competência, constituiu, nos semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006, superveniência de depreciação, no montante de R$ 632 (2006 – R$ 258) classificada em “Rendas de arrendamento mercantil”, equivalente ao ajuste ao efetivo valor presente dos fluxos futuros da carteira de arrendamento mercantil, com base nas taxas implícitas de retorno de cada operação, conforme Circular no. 1.429/89 do BACEN.

&GOQPUVTCn|GU FCU 1TKIGPU G RNKECn|GU FG 4GEWTUQU

Em milhares de reais

Em milhares de reais

Semestres findos em 30 de junho 2007 2006 Receitas da intermediação financeira ............................. 4.159 3.719 Operações de arrendamento mercantil ............................ Resultado de operações com títulos e valores mobiliários

3.042 1.117

2.557 1.162

Despesas da intermediação financeira ........................... Operações de arrendamento mercantil ............................ Provisão para créditos de liquidação duvidosa .................

(2.236) (2.138) (98)

(1.865) (1.709) (156)

Resultado bruto da intermediação financeira ................

1.923

1.854

Outras receitas (despesas) operacionais .......................

(505)

(267)

Outras despesas administrativas ...................................... Despesas tributárias ......................................................... Outras receitas operacionais ............................................ Outras despesas operacionais .........................................

(464) (163) 155 (33)

(363) (184) 332 (52)

Resultado operacional .....................................................

1.418

1.587

Resultado não operacional .................................................

(56)

(100)

Resultado antes da tributação sobre o lucro e participações ...................................................................

1.362

1.487

Provisão para imposto de renda e contribuição social ....... Ativo fiscal diferido ..............................................................

(489) 38

(513) 19

Lucro líquido do semestre ...............................................

911

993

Lucro líquido por ação do capital social - R$ ................

73,69

80,33

As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

(d) Passivos circulante e exigível a longo prazo Demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, inclusive, encargos. As provisões para imposto de renda e contribuição social foram constituídos às alíquotas vigentes à época, ambas sobre o lucro tributável, incluindo-se a provisão para imposto de renda diferido sobre superveniência de depreciação, apresentado na rubrica “Outras obrigações fiscais e previdenciárias”, no passivo circulante. 3. Aplicações interfinanceiras de liquidez Representam, Certificados de Depósitos Interfinanceiros - CDI com a entidades ligadas, no valor de R$ 15.948 com vencimento até maio de 2010. 4. Operações de arrendamento mercantil e provisão para créditos de liquidação duvidosa Mediante a Resolução no. 2.682 de 21 de dezembro de 1999 do Conselho Monetário Nacional - CMN e o BACEN, os parâmetros para a classificação das operações de arrendamento mercantil e constituição da provisão para créditos de liquidação duvidosa são os seguintes: • As operações de arrendamento mercantil são classificadas em nove níveis. • A provisão para créditos de liquidação duvidosa é efetuada com base na classificação do cliente nos níveis de riscos definidos pela resolução. Essa classificação leva em consideração, entre outras, uma análise periódica da operação, dos atrasos, do histórico do cliente e das garantias obtidas, quando aplicável. Os valores demonstrados nos quadros a seguir estão apresentados pelo valor presente das operações. (a) Composição da carteira de arrendamentos a receber por tipo de operação Descrição 2007 2006 Pessoa física .................................................................... 300 214 Indústria ........................................................................... 537 445 Comércio .......................................................................... 2.927 2.245 Intermediários financeiros ................................................ 20 60 Outros serviços ................................................................ 3.990 4.268 Total ................................................................................. 7.774 7.232 (b) Composição da carteira de arrendamentos a receber por faixa de vencimento das parcelas Descrição 2007 2006 Vencidas .......................................................................... 602 518 De 1 a 14 dias ................................................................ 57 44 Mais de 14 dias .............................................................. 545 474 A vencer .......................................................................... 7.172 6.714 De 0 a 30 dias ................................................................ 406 448 De 31 a 60 dias .............................................................. 380 446 De 61 a 90 dias .............................................................. 376 445 De 91 a 180 dias ............................................................ 1.135 818 De 181 a 360 dias .......................................................... 1.895 1.446 Mais de 360 dias ............................................................ 2.980 3.111 Total ................................................................................. 7.774 7.232

Descrição 2007 2006 Principal devedor ............................................................. 324 492 Percentual do total da carteira de operações de crédito-% 4,17 6,80 20 maiores devedores ...................................................... 2.526 2.827 Percentual do total da carteira de operações de crédito-% 32,49 39,09 (d) Composição da carteira de arrendamentos a receber e correspondente provisão para devedores duvidosos nos prazos e níveis de risco estabelecidos pela Resolução nº 2.682 em 30 de junho de 2007 e 2006 2007 2006 Total das Provisão Total das Provisão Nível de risco operações constituída operações constituída A ........................ B ........................ C ........................ D ........................ F ........................ H ........................ Total ..................

7.347 142 75 65 33 112 7.774

37 1 2 6 17 112 175

6.812 106 72 22 24 196 7.232

34 1 2 2 12 196 247

(e) Movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa Semestres findos em 30 de junho 2007 2006 Saldo inicial ............................................................ 83 91 Constituições .......................................................... 98 182 Reversões .............................................................. – (26) Créditos baixados para prejuízos ........................... (6) – Saldo final ............................................................. 175 247 No semestre findo em 30 de junho de 2007 foram recuperados créditos baixados para prejuízos, no montante de R$ 43 (2006 – R$ 7). 5. Imobilizado de arrendamento Veículos e afins (taxa de depreciação - 20% a.a.) .. Superveniência de depreciação .............................. Depreciação acumulada ......................................... Total ........................................................................

2007 2006 15.458 13.526 2.058 1.171 (5.905) (4.344) 11.611 10.353

As operações de arrendamento têm cláusulas de opção de compra, de taxas de juros prefixadas ou pós-fixadas e de seguros dos bens objetos de arrendamento, a favor do arrendador. Os valores residuais de opção de compra antecipados pelos clientes, no semestre somam R$ 1.751 (2006 - R$ 1.386), registrado em “Outras obrigações - diversas” no passivo circulante e R$ 2.210 (2006 - R$ 1.829), registrado em “Outras obrigações – diversas” no exigível a longo prazo. 6. Patrimônio líquido O capital social está dividido em 12.363 (2006 –-12.361) ações ordinárias nominativas e sem valor nominal. Aos acionistas está assegurado um dividendo anual mínimo de 5% do lucro deduzido da reserva legal. 7. Transações com partes relacionadas 2007 2006 Ativo Receita Ativo Receita Banco PSA Finance Brasil S.A. Aplicações em depósitos interfinanceiros 15.948

1.117 14.823

1.162

As transações com partes relacionadas foram contratadas as taxas compatíveis com as praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações levando-se em consideração a redução de risco. 8. Imposto de renda e contribuição social Os créditos tributários são reconhecidos considerando a expectativa de geração de lucros tributáveis futuros, baseados em estudo técnico que considera as expectativas da administração quanto à realização dos referidos créditos, projeções orçamentárias da instituição e indicadores econômicos financeiros, a valores presentes com base em taxas médias de captação e/ ou custo de capital para os períodos projetados.

&KTGVQTKC Bernard Raymond Léon Darrieutort - Diretor Geral

Origens de recursos ..................................................... Lucro líquido ajustado .................................................. Lucro líquido ............................................................... Depreciações e amortizações ..................................... Superveniência de depreciação .................................. Recursos de acionistas ................................................. Aumento de capital social ........................................... Aumento dos subgrupos do passivo ............................ Outras obrigações ....................................................... Diminuição dos subgrupos do ativo .............................. Operações de arrendamento mercantil ...................... Outros créditos ............................................................ Alienação de bens e investimentos .............................. Imobilizado de arrendamento ..................................... Aplicações de recursos ................................................ Inversões em ................................................................. Imobilizado de arrendamento ..................................... Aumento dos subgrupos do ativo ................................. Aplicações interfinanceiras de liquidez ....................... Diminuição dos subgrupos do passivo ......................... Outras obrigações ....................................................... Aumento ou Diminuição das disponibilidades ......... Modificações na posição financeira No início do semestre ................................................. No fim do semestre ..................................................... Aumento ou Diminuição das disponibilidades .........

Semestres findos em 30 de junho 2007 2006 4.972 4.349 2.416 2.421 911 993 2.137 1.686 (632) (258) – 1.372 – 1.372 120 – 120 – 183 316 81 131 102 185 2.253 240 2.253 240 4.655 4.447 4.352 2.913 4.352 2.913 303 159 303 159 – 1.375 – 1.375 317 (98) 204 521 317

386 288 (98)

As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

c) Concentração do risco de crédito

Em milhares de reais Capital social

&GOQPUVTCn|GU FQ 4GUWNVCFQ

(a) Os encargos com imposto de renda e contribuição social incidentes sobre as operações do semestre estão demonstrados a seguir: 2007 2006 Resultado antes do imposto de renda e contribuição social 1.362 1.487 Total dos encargos ............................................................... (451) (494) Imposto de renda à alíquota de 15% ................................... (204) (223) Imposto de renda adicional à alíquota de 10% (dedução de R$ 120 mil) ......................................................................... (124) (137) Contribuição social à alíquota de 9% ................................... (123) (134) Total do encargo de imposto de renda e contribuição social devidos .................................................................. (451) (494) (b) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos Saldo em Saldo em 31/12/2006 Constituição Reversão 30/06/2007 Provisão para créditos de liquidação duvidosa 31 45 (11) 65 Outros .......................... 21 4 – 25 Total dos créditos tributários .................. 52 49 (11) 90 (c) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias Diferenças temporárias Imposto de Contribuição Valor renda social Total presente(*) 1 ano ................. 47 16 63 56 2 anos ............... 11 2 13 10 3 anos ............... 10 4 14 10 Total .................. 68 22 90 76 (*) O valor presente dos créditos tributários, calculados considerando a taxa média de captação (13,05% a.a.). (d) Imposto de renda passivo O imposto de renda diferido passivo relativo a superviniência de depreciação é de R$ 502 em 30 de junho de 2007 (2006 - R$ 344). 9. Outras informações (a) Outras despesas administrativas 2007 2006 Serviços prestados - ABN Amro-(Nota 1) ............................. 406 307 Despesas de publicações .................................................... – 33 Serviços técnicos especializados ......................................... 9 – Outras despesas administrativas ......................................... 49 23 Total ..................................................................................... 464 363 (b) Outras receitas operacionais Juros de mora sobre contratos de arrendamento ................ Divisão de resultados – Grupo ABN - Amro ......................... Reversão PDD - contingência .............................................. Taxa de abertura de crédito ................................................. Total .....................................................................................

2007 2006 40 27 88 179 – 100 27 26 155 332

(c) Outras despesas operacionais referem-se a comissões por obtenção de operações de arrendamento mercantil. (d) Resultado não operacional refere-se ao resultado da alienação de bens recuperados de contratos de arrendamento mercantil. (e) Outros créditos - diversos 2007 2006 Créditos tributários ............................................................... 90 101 Antecipações de imposto de renda e contribuição social .... 240 163 Outros créditos ..................................................................... 1 – Total ..................................................................................... 331 264 (f) Não existiam instrumentos financeiros registrados em 30 de junho de 2007, cuja divulgação seria requerida pelo BACEN. 10. Passivos contingentes A provisão para contingência é avaliada pela administração, com base nas opiniões dos consultores jurídicos da instituição. Em 30 de junho de 2007 e 2006, não haviam saldos de passivos contingentes provisionados nos balanços.

QPVCFQT Joelcyr Carmello Filho - Diretor Financeiro

Julio Takechi Katsuda - CRC 1SP 162781/O-4

2CTGEGT FQU WFKVQTGU +PFGRGPFGPVGU Aos Administradores e Acionistas PSA Finance Arrendamento Mercantil S.A. 1. Examinamos os balanços patrimoniais da PSA Finance Arrendamento Mercantil S.A. em 30 de junho de 2007 e 2006, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, elaboradas sob a responsabilidade da sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos,

considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos das instituições, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da instituição, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. A instituição registra suas operações e elabora suas demonstrações financeiras com a observância das práticas contábeis estabelecidas pelo Banco Central do Brasil - BACEN, que requerem o ajuste ao valor presente da

carteira de arrendamento mercantil, como superveniência de depreciação, classificado no ativo permanente (Nota 2(c)). Essas práticas não requerem a reclassificação das operações, que permanecem registradas em 30 de junho de 2007 e 2006 de acordo com a Lei no. 6.099/74, para as rubricas de ativo permanente e realizável a longo prazo e receitas (despesas) de operações de arrendamento mercantil, mas resultam na apresentação do lucro líquido e do patrimônio líquido, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 4. Em nossa opinião, exceto pela não reclassificação mencionada no parágrafo 3, as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente,

Maior cobertura pelo menor

em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da PSA Finance Arrendamento Mercantil S.A. em 30 de junho de 2007 e 2006 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos semestres findos nessas datas, de acordo com práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 14 de agosto de 2007 Mazars & Guérard Auditores Independentes CRC 2SP011901/O–6

Aristeu Tsutomu Shimabukuro Contador CRC 1SP130458/O–0

PUBLICIDADE Fone: 11 3244-3344 Fax: 11 3244-3894


Congresso Planalto Obras CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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SERRA E LULA ANUNCIAM LIBERAÇÃO DE VERBA Ed Ferreira/AE

sexta-feira, 31 de agosto, sábado e domingo, 1 e 2 de setembro de 2007

Dilma Rousseff: obras do PAC são "resultados significativos de gestão"

Divulgação

AS NOVE LOMBADAS DO TRÁFICO

N

AH, ESTE MUNDO GLOBALIZADO!

A

Academia de Polícia está preparando cursos para formar policiais especializados em crimes ambientais. Não confundir com mera repressão. Há dados preocupantes. Bom exemplo são as águas estrangeiras usadas como lastro de navio e lançadas em nossos portos. Microorganismos "alienígenas" identificados no estuário de Santos já foram encontrados em rios do Mato Grosso.

a terça-feira passada, Felipe Sigullo, 30 anos, subprefeito de Vila Prudente, teve seu dia de xerife. Com cobertura de seis viaturas da Polícia Militar, comandou trabalhadores que removeram três lombadas (foto) na Favela do Jardim Elba, divisa com Santo André. Sim, trata-se daquela favela que ganhou fama por concentrar intensa distribuição de drogas. A propósito, as lombadas de cimento foram levantadas pelos traficantes para dificultar a movimentação da polícia. Acresce que os obstáculos, além de bloquearem pontos estratégicos de acesso, contavam com ranhuras para enganchar o escapamento dos carros — recurso que funcionava como

alarme pela barulheira provocada. Embora não tenha havido incidentes, os soldados estavam preparados para uma guerra. Passaram todo o tempo de armas embaladas, postura, aliás, que tranqüilizou os operários. Em princípio, eles estavam temerosos de encarar a parada. Ontem, Felipe

voltou lá para preparar a demolição de mais seis lombadas, marcada para a semana que vem. Cumpre lembrar que a favela, devido à geografia sobre a qual se assenta, tornou-se uma fortaleza muito bem defendida. Ali vivem cerca de 50 mil pessoas.

Newton Santos/Hype

A PÁTRIA AGRADECE

UM MILAGRE NO TEATRO

N

A

partir de hoje, o Parque da Independência, que abriga o Museu do Ipiranga, ganhará um perímetro de segurança ao seu redor, que abrange as avenidas Dom Pedro I e Nazaré e as ruas Tereza Cristina e Dom Lucas Moreira. A área terá cuidados especiais permanentes da Subprefeitura do Ipiranga, leia-se, tapa-buraco, poda de árvores e limpeza, além de maior rigor na fiscalização de estacionamentos e na venda de bebidas alcoólicas devido à alta concentração de escolas por ali. Convém lembrar que Estado e Prefeitura têm grandes projetos para o parque a serem disparados no início de 2008. Serão mais de 20 mil metros quadrados de área verde provenientes de terreno vizinho, recentemente desapropriado. Uma ala a ser construída no subsolo aumentará em seis mil metros quadrados o espaço de exposição do

museu, que hoje exibe apenas 20% do seu acervo. A rua dos Patriotas, que acabou dividindo o parque ao meio, será fechada para recuperar sua unidade. A propósito, até o fim do ano teremos o ingresso único

para os museus do Ipiranga e o de Biologia logo atrás — medida que completará a integração do espaço. É uma bela notícia para festejar o 7 de setembro que se aproxima. E também para ser cobrada.

Ed Ferreira/AE

Lula e Serra: verba de R$ 31milhões liberada para garantir a conclusão da obra, incluída no PAC

SERRA ASSINA CONVÊNIO PARA CONCLUIR PONTE

O

governador paulista José Serra assinou ontem, em Brasília, no Palácio do Planalto, um convênio para garantir a liberação dos R$ 31 milhões necessários à conclusão de uma ponte de 1.700 metros de extensão, sobre o rio Paraná, ligando os Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. A ponte unirá os municípios de Paulicéia (SP) e Brasilândia (MS). A ponte está 70% concluída e a previsão é de que seja inaugurada pelo governador José Serra no segundo semestre de 2008. Já foram investidos na obra mais de R$ 110 milhões, sendo R$ 69,6 milhões de rec u r s o s p ró p r i o s d a C E S P (Companhia Energética de São Paulo), R$ 5,28 milhões da Secretaria de Saneamento e Energia e o restante pelo governo federal. Outros R$ 2,9 milhões já foram liberados pelo governo de São Paulo para encerrar o anti-

go convênio. O novo convênio a ser assinado com o Ministério dos Transportes permitirá o investimento de R$ 24,74 milhões federais, previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Em andamento – Pela manhã, durante a terceira reunião ministerial promovida pelo presidente Lula, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, fez um amplo balanço do andamento das obras previstas no Programa. A ministra não deu entrevista sobre o assunto, mas segundo a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto Dilma enfatizou que o porcentual de obras em execução subiu de 20% no final do primeiro quadrimestre, para mais de 32% agora – um aumento que agrada ao governo. A ministra também destacou o que chamou de "resultados significativos de gestão". Citou, como exemplo, o lança-

mento do edital de concessão para sete rodovias federais, cujo leilão deve ocorrer em outubro próximo. Ela também mencionou a concessão de licenças ambientais para a construção das usinas do Rio Madeira, além do PAC saneamento, lançado semana passada. A assessoria de imprensa informou ainda que discursaram o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, e em seguida o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Franklin Martins. Na seqüência, foi aberto um espaço para debates. Antes da ministra Dilma, discursaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que fez a abertura da reunião ministerial, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Após a reunião, Lula e os ministros posaram para a foto oficial, na área externa da Granja do Torto. (AE)

Museu do Ipiranga: cuidados especiais da subprefeitura

esta peça você pode chegar lampeiro e folgazão digamos meia hora antes do espetáculo e comprar ingressos na primeira ou segunda fila, para assistir a um espetáculo que mereceu quatro estrelas da crítica. Esta inacreditável possibilidade está acontecendo no Teatro Cultura Inglesa, na rua deputado Lacerda Franco, Pinheiros, que leva desde o início de agosto a comédia "A Festa de Abigaiu", do cineasta inglês Mike Leigh. Não há mistérios camuflados, você está apenas sendo beneficiado, caso não se importe com tabaco, pela globalizada campanha antifumo. Na peça, que dura 90 minutos, os

cinco atores consomem oito cigarros e dois charutos. Sem contar as seguidas doses de gim ou scotch, pois não podemos esquecer que estamos lidando com personagens inglesas. "Foram tantas as reclamações que colocamos este cartaz, já que não era possível mudar a trama", explica o rapaz da bilheteria apontando para o cartaz que sugere aos inimigos do fumacê procurarem lugares mais pelo meio ou fundo da platéia. O efeito é avassalador: as duas primeiras fileiras em verde, apontando lugares vazios, cercadas por um mar de quadradinhos brancos. Se você gosta de dar suas baforadas, melhor!


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 31 de agosto, sábado e domingo, 1 e 2 de setembro de 2007

ECONOMIA - 5

ORIENTAÇÃO LEGAL

LEGISLAÇÃO • DOUTRINA • JURISPRUDÊNCIA INSTITUTO JURÍDICO DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO PAULO

COORDENAÇÃO: CARLOS CELSO ORCESI DA COSTA

AGENDA TRIBUTÁRIA – MÊS DE SETEMBRO DE 2007 DATA DE VENCIMENTO: DATA EM QUE SE ENCERRA O PRAZO LEGAL PARA PAGAMENTO DOS TRIBUTOS ADMINISTRADOS PELA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL

(Continuação da página anterior) Data de Vencimento

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Tributos

Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) Pagamento Unificado - Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias (IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins) Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias Simples - CNPJ Empresas optantes pelo Simples - CNPJ - recolhimento sobre aquisição de produto rural do produtor rural pessoa física. Empresas optantes pelo Simples - CNPJ - recolhimento sobre contratação de transportador rodoviário autônomo. Empresas em geral - CNPJ Empresas em geral - CNPJ - pagamento exclusivo para outras entidades (Sesc, Sesi, Senai, etc.) Empresas em geral - CNPJ - pagamento exclusivo de empresas conveniadas com o FNDE para competências anteriores a 01/2007 Empresas em geral - CEI Empresas em geral - CEI - pagamento exclusivo para outras entidades (Sesc, Sesi, Senai, etc.) Empresas em geral - CEI - pagamento exclusivo de empresas conveniadas com o FNDE para competências anteriores a 01/2007 Filantrópicas com isenção - CNPJ Filantrópicas com isenção - CEI Órgãos do poder público - CNPJ Órgãos do poder público - CEI Órgãos do poder público - CNPJ - recolhimento sobre aquisição de produto rural do produtor rural pessoa física Órgão do Poder Público - CNPJ - recolhimento sobre contratação de transporte rodoviário autônomo Associação Desportiva que mantém Equipe de Futebol Profissional Receita Bruta a Título de Patrocínio, Licenciamento de Uso de Marcas e Símbolos, Publicidade, Propaganda e Transmissão de Espetáculos - CNPJ - retenção e recolhimento efetuado por empresa patrocinadora em seu próprio nome. Comercialização da produção rural -CNPJ Comercialização da produção rural - CNPJ- pagamento exclusivo para outras entidades (Senar) Contribuição retida sobre a NF/Fatura da empresa prestadora de serviço - CNPJ Contribuição retida sobre NF/Fatura da prestadora de serviço CNPJ (uso exclusivo do órgão do poder público - administração direta, autarquia e fundação federal, estadual, do distrito federal ou municipal) Contribuição retida sobre a NF/Fatura da empresa prestadora de serviço - CEI Contribuição retida sobre NF/Fatura da prestadora de serviço CEI (uso exclusivo do órgão do poder público - administração direta, autarquia e fundação federal, estadual, do distrito federal ou municipal) Comercialização da produção rural - CEI Comercialização da produção rural - CEI - pagamento exclusivo para outras entidades (Senar) Acordo Perante Comissão de Conciliação Prévia Dissídio ou Acordo Coletivo e Convenção Coletiva - CEI Acordo Perante Comissão de Conciliação Prévia Dissídio ou Acordo Coletivo e Convenção Coletiva - CEI - pagamento exclusivo para outras entidades (Sesc, Sesi, Senai, etc) Acordo Perante Comissão de Conciliação Prévia Dissídio ou Acordo Coletivo e Convenção Coletiva - CNPJ Acordo Perante Comissão de Conciliação Prévia Dissídio ou Acordo Coletivo e Convenção Coletiva - CNPJ - pagamento exclusivo para outras entidades (Sesc, Sesi, Senai, etc) Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Rendimentos de Capital Títulos de renda fixa - Pessoa Física Títulos de renda fixa - Pessoa Jurídica Fundo de Investimento - Renda Fixa Fundo de Investimento em Ações Operações de swap Day-Trade - Operações em Bolsas Ganhos líquidos em operações em bolsas e assemelhados Juros remuneratórios do capital próprio (art. 9º da Lei nº 9.249/95) Fundos de Investimento Imobiliário - Resgate de quotas Demais rendimentos de capital Rendimentos de Residentes ou Domiciliados no Exterior Aplicações Financeiras - Fundos/Entidades de Investimento Coletivo Aplicações em Fundos de Conversão de Débitos Externos/Lucros/ Bonificações/Dividendos Juros remuneratórios de capital próprio Outros Rendimentos Prêmios obtidos em concursos e sorteios Prêmios obtidos em bingos Multas e vantagens Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) Operações de Crédito - Pessoa Jurídica Operações de Crédito - Pessoa Física Operações de Câmbio - Entrada de moeda Operações de Câmbio - Saída de moeda Aplicações Financeiras Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) Factoring (art. 58 da Lei nº 9.532/97) Seguros Ouro, Ativo Financeiro Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Cigarros do código 2402.20.00 da Tipi Bebidas do capítulo 22 da Tipi Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Cigarros do código 2402.90.00 da Tipi Todos os produtos, com exceção de: bebidas (Capítulo 22), cigarros (códigos 2402.20.00 e 2402.90.00) e os das posições 84.29, 84.32, 84.33, 87.01 a 87.06 e 87.11 da Tipi Simples Nacional - Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte

Contribuição para o PIS/Pasep Retenção de contribuições - pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL) Retenção - pagamentos de PJ a PJ de direito privado Retenção - Aquisição de autopeças Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) Retenção de contribuições - pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL) Retenção - pagamentos de PJ a PJ de direito privado Retenção - Aquisição de autopeças Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) Retenção de contribuições - pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL) Retenção - pagamentos de PJ a PJ de direito privado Cide - Combustíveis - Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural, exceto sob a forma liquefeita, e seus derivados, e álcool etílico combustível. Cide - Remessas ao Exterior - Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a remessa de importâncias ao exterior nas hipóteses tratadas no art. 2º da Lei nº 10.168/2000, alterado pelo art. 6º da Lei nº 10.332/2001. Contribuinte Individual - Recolhimento Mensal NIT/PIS/Pasep Contribuinte Individual - Recolhimento Mensal - com dedução de 45% (Lei nº 9.876/99) - NIT/PIS/Pasep Contribuinte Individual - Opção: aposentadoria apenas por idade Recolhimento Mensal - NIT/PIS/Pasep Segurado Facultativo - recolhimento mensal - NIT /PIS /Pasep Facultativo - Opção: aposentadoria apenas por idade Recolhimento Mensal - NIT/PIS/Pasep Segurado Especial - recolhimento mensal - NIT /PIS/Pasep Empregado Doméstico - recolhimento mensal - NIT/PIS/Pasep

Código Código Darf GPS

4138

Período de Apuração do Fato Gerador (FG)

Data de Vencimento

” 17

4095

Agosto/2007

4166 2003

” 1º a 31/agosto/2007

2011

2020 2100

” “

2119

2143 2208

“ “

2216

2240 2305 2321 2402 2429

“ “ “ “ “

2437

2445

2500 2607

“ “

2615

20

20 2631

2640

1º a 31/agosto/2007

2658

“ 20

2682 2704

“ “

2712

2852

Diversos

2879

2950

2976

8053 3426 6800 6813 5273 8468 5557 5706 5232 0924

1º a 10/setembro/2007 “ “ “ “ “ “ ” “ “

5286

1º a 10/setembro/2007

0490 9453

” “

0916 8673 9385

1º a 10/setembro/2007 “ “

1150 7893 4290 5220 6854

1º a 10/setembro/2007 “ “ “ “

6895 3467 4028

1º a 10/setembro/2007 “ “

1020 0668

1º a 10/setembro/2007 “

5110

Agosto/2007

5123

20

25

25

25

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28

28

” DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional)

28

Agosto/2007

5952 5979 3770

16 a 31/agosto/2007 “ “

5952 5960 3746

16 a 31/agosto/2007 “ “

5952 5987

16 a 31/agosto/2007 “

9331

Agosto/2007

8741 1007

Agosto/2007 1º a 31/agosto/2007

1120

1163 1406

“ 1º a 31/agosto/2007

1473 1503 1600

“ “ “

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Tributos

Cooperativa de Trabalho - CNPJ - contribuição descontada do cooperado - Lei nº 10.666/2003. Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) Operações de lançamento a débito em conta Operações de liquidação ou pagamento sem crédito em conta Devida pela instituição financeira na condição de contribuinte Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Posição na Tipi Produto 87.03 Automóveis de passageiros e outros veículos automóveis principalmente concebidos para transporte de pessoas (exceto os da posição 87.02), incluídos os veículos de uso misto (“station wagons”) e os automóveis de corrida; 87.06 Chassis com motor para os veículos automóveis das posições 87.01 a 87.05; 84.29 “Bulldozers”, “angledozers”, niveladores, raspo-transportadores (“scrapers”), pás mecânicas, escavadores, carregadoras e pás carregadoras, compactadores e rolos ou cilindros compressores, autopropulsados; 84.32 Máquinas e aparelhos de uso agrícola, hortícola ou florestal, para preparação ou trabalho do solo ou para cultura; rolos para gramados (relvados), ou para campos de esporte; 84.33 Máquinas e aparelhos para colheita ou debulha de produtos agrícolas, incluídas as enfardadeiras de palha ou forragem; cortadores de grama (relva) e ceifeiras; máquinas para limpar ou selecionar ovos, frutas ou outros produtos agrícolas, exceto as da posição 84.37; 87.01 Tratores (exceto os carros-tratores da posição 87.09); 87.02 Veículos automóveis para transporte de 10 pessoas ou mais, incluindo o motorista; 87.04 Veículos automóveis para transporte de mercadorias; 87.05 Veículos automóveis para usos especiais (por exemplo: auto-socorros, caminhões-guindastes, veículos de combate a incêndios, caminhões-betoneiras, veículos para varrer, veículos para espalhar, veículos-oficinas, veículos radiológicos), exceto os concebidos principalmente para transporte de pessoas ou de mercadorias; 87.11 Motocicletas (incluídos os ciclomotores) e outros ciclos equipados com motor auxiliar, mesmo com carro lateral; carros laterais. Contribuição para o PIS/Pasep Faturamento Folha de salários Pessoa jurídica de direito público Entidades financeiras e equiparadas Fabricantes/Importadores de veículos em substituição tributária Combustíveis Não-cumulativa Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) Entidades financeiras e equiparadas Demais Entidades Fabricantes/Importadores de veículos em substituição tributária Combustíveis Não-cumulativa Pagamento de parcelamento administrativo - número do título de cobrança (preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) Pagamento de dívida ativa parcelamento - referência (preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) Comprev - pagamento de dívida ativa - parcelamento de regime próprio de previdência social RPPS - órgão do poder público - referência Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Rendimentos de Capital Títulos de renda fixa - Pessoa Física Títulos de renda fixa - Pessoa Jurídica Fundo de Investimento - Renda Fixa Fundo de Investimento em Ações Operações de swap Day-Trade - Operações em Bolsas Ganhos líquidos em operações em bolsas e assemelhados Juros remuneratórios do capital próprio (art. 9º da Lei nº 9.249/95) Fundos de Investimento Imobiliário - Resgate de quotas Demais rendimentos de capital Rendimentos de Residentes ou Domiciliados no Exterior Aplicações Financeiras - Fundos/Entidades de Investimento Coletivo Aplicações em Fundos de Conversão de Débitos Externos/ Lucros/Bonificações/Dividendos Juros remuneratórios de capital próprio Outros Rendimentos Prêmios obtidos em concursos e sorteios Prêmios obtidos em bingos Multas e vantagens Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Cigarros do código 2402.20.00 da Tipi Bebidas do capítulo 22 da Tipi Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) Operações de Crédito - Pessoa Jurídica Operações de Crédito - Pessoa Física Operações de Câmbio - Entrada de moeda Operações de Câmbio - Saída de moeda Aplicações Financeiras Factoring (art. 58 da Lei nº 9.532/97) Seguros Ouro, Ativo Financeiro Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) Operações de lançamento a débito em conta Operações de liquidação ou pagamento sem crédito em conta Devida pela instituição financeira na condição de contribuinte Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Rendimentos de Capital Fundos de Investimento Imobiliário - Rendimentos e Ganhos de Capital Distribuídos Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) Recolhimento mensal (Carnê Leão) Ganhos de capital na alienação de bens e direitos Ganhos de capital na alienação de bens e direitos e nas liquidações e resgates de aplicações financeiras, adquiridos em moeda estrangeira Ganhos líquidos em operações em bolsa 6ª quota do imposto apurado na Declaração de Ajuste Anual Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) PJ obrigadas à apuração com base no lucro real Entidades Financeiras Balanço Trimestral (3ª quota) Estimativa Mensal PJ obrigadas à apuração com base no lucro real Demais Entidades Balanço Trimestral (3ª quota) Estimativa Mensal PJ não obrigadas à apuração com base no lucro real Optantes pela apuração com base no lucro real Balanço Trimestral (3ª quota) Estimativa Mensal Lucro Presumido (3ª quota) Lucro Arbitrado (3ª quota) Renda Variável FINOR/Balanço Trimestral - Opção art. 9º da Lei nº 8.167/91 (3ª quota) FINOR/Estimativa - Opção art. 9º da Lei nº 8.167/91 FINAM/Balanço Trimestral - Opção art. 9º da Lei nº 8.167/91 (3ª quota) FINAM/Estimativa - Opção art. 9º da Lei nº 8.167/91 FUNRES/Balanço Trimestral - Opção art. 9º da Lei nº 8.167/91 (3ª quota) FUNRES/Estimativa - Opção art. 9º da Lei nº 8.167/91 Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Posição na Tipi Produto 87.03 Automóveis de passageiros e outros veículos automóveis principalmente concebidos para transporte de pessoas (exceto os da posição 87.02), incluídos os veículos de uso misto (“station wagons”) e os automóveis de corrida; 87.06 Chassis com motor para os veículos automóveis das posições 87.01 a 87.05; 84.29 “Bulldozers”, “angledozers”, niveladores, raspo-transportadores (“scrapers”), pás mecânicas, escavadores, carregadoras e pás carregadoras, compactadores e rolos ou cilindros compressores, autopropulsados;

Código Código Darf GPS

Período de Apuração do Fato Gerador (FG)

2127

5869 5871 5884

1º a 10/setembro/2007 “ “

0676

1º a 10/setembro/2007

0676

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1º a 10/setembro/2007

1097

1097 1097

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1097

1097

8109 8301 3703 4574 8496 6824 6912

Agosto/2007 “ “ “ “ “ “

7987 2172 8645 6840 5856

Agosto/2007 “ “ “ “ 4308

Diversos

6106

6505

8053 3426 6800 6813 5273 8468 5557 5706 5232 0924

11 a 20/setembro/2007 “ “ “ “ “ “ ” “ “

5286

11 a 20/setembro/2007

0490 9453

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0916 8673 9385

11 a 20/setembro/2007 “ “

1020 0668

11 a 20/setembro/2007 “

1150 7893 4290 5220 6854 6895 3467 4028

11 a 20/setembro/2007 “ “ “ “ “ “ “

5869 5871 5884

11 a 20/setembro/2007 “ “

5232

Agosto/2007

0190 4600

Agosto/2007 “

8523 6015 0211

” “ Ano-calendário de 2006

1599 2319

Abril a Junho/2007 Agosto/2007

0220 2362

Abril a Junho/2007 Agosto/2007

3373 5993 2089 5625 3317

Abril a Junho/2007 Agosto/2007 Abril a Junho/2007 “ Agosto/2007

9004 9017

Abril a Junho/2007 Agosto/2007

9020 9032

Abril a Junho/2007 Agosto/2007

9045 9058

Abril a Junho/2007 Agosto/2007

0676

11 a 20/setembro/2007

0676

1097

11 a 20/setembro/2007

(Continua na página seguinte)



Suplemento Especial/São Paulo, 31 de agosto, 1 e 2 de setembro de 2007 Masao Goto Filho/e-SIM

O ESCRITÓRIO MODERNO

Bem-vindo ao futuro

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os escritórios altamente informatizados de hoje as mudanças são muito rápidas, há necessidade de meios de armazenamento de documentos e mais suprimentos. Administrar tudo isso não é a tarefa simples que os sonhos de futuro faziam prever quando vieram os primeiros computadores: se por um lado aposentou a máquina de escrever, de outro aumentou consideravelmente o consumo de papel. Nunca se imprimiu tanto. Confira neste suplemento especial como anda este mercado de material para escritório e suas novidades, como montar uma loja ou fazer da compra uma ferramenta de lucro e ainda conheça a Escolar Paper Brasil, feira de pura tecnologia que termina hoje no Anhembi


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 - ESPECIAL

sexta-feira, 31 de agosto, sábado e domingo, 1 e 2 de setembro de 2007

Masao Goto Filho/e-SIM

O escritório da Designing, empresa que atua há mais de seis anos em São Paulo, de Alexandre Wagner da Silva Andrade e Nívia Carla Barbosa. Às vezes compram suprimentos pela Internet. É muito prático, principalmente quando falta de tempo. Mas preferem ir à loja, porque apesar de dar mais trabalho só lá conhecem as novidades, os novos lançamentos

O escritório mudou, mas continua cheio de papel Escritório sem papel é uma lenda, mas ao longo dos anos passou da máquina de escrever e da caneta para o computador. Aqueles altamente informatizados podem gerar ganhos compensadores quando bem administrados

Q

uando o computador surgiu, na década de 1980, os melhores sonhos apontavam um futuro no qual o escritório seria todo automatizado. No teclado do computador documentos gerados ali mesmo, com um

simples clique, seriam enviados, armazenados ou catalogados. Tudo eletronicamente. Empregados em escritório viam a possibilidade de cumprir seu trabalho em poucas horas e sair para aproveitar a vida. Não se falava em insumos de escritório, porque eles não existiriam. Bem-vindo ao futuro, no qual se trabalha as oito horas regulamentares (e às vezes se leva trabalho para casa), o computador é uma máquina de escrever e calculadora com mais funções e

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nem papel nem insumos deixaram de existir. Mas é certo que, com a chegada do futuro, o escritório mudou. O escritório de hoje é altamente informatizado, sem dúvida. E isso produziu mais necessidade de meios de armazenamento de documentos e mais suprimentos - do papel ao cartucho de tinta, do CD e DVD ao toner. Produziu também mais trabalho para todos, porque administrar tudo isso não é a tarefa simples que os sonhos de futuro faziam prever. Quando se consegue uma boa administração, os ganhos podem ser compensadores. Empresas como a Bunge, uma das maiores do mundo em produtos alimentícios, em sua unidade em Santa Catarina já adota um recurso chamado de "impressão virtual": o funcionário envia um documento para impressão que gera um arquivo virtual em formato PDF, que pode ser lido em qualquer micro e arquivado para futuras leituras, sem qualquer papel. Segundo a gerência de TI (tecnologia da informação) da Bunge, a economia é de R$ 80 mil por mês. Usando o mesmo sistema, a Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), de São Paulo, economiza mais de 400 mil impressões só no processo de renovação de matrículas.

de Softwares Asian Legalização em sua empresa

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Consumo alto Os bons exemplos de administração de escritórios, porém, não são a regra. Gasta-se muito insumo para fazer funcionar as empresas. No ano passado, segundo a Associação Brasileira de Celulose e Papel - Bracelpa, o Brasil produziu 2,5 milhões de toneladas de papel para imprimir e escrever. Isso quer dizer que cada brasileiro consumiu, sozinho, 10,9 quilos. São 2.300 folhas de

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papel tamanho A4. No ano anterior, foram 9,6 quilos, portanto um aumento de 13%. Por falta de dados oficiais, pode-se basear a produção de cartuchos de tinta no número de venda de impressoras no Brasil. Como cada impressora usa de 4 a 5 cartuchos por ano, e no ano passado foram vendidas 3,4 milhões impressoras no Brasil, segundo a consultoria IDC, e estimando (conservadoramente) mais 1,5 milhão de impressoras existentes, são praticamente 2 milhões de cartuchos de tinta consumidos a cada mês. Isso quer dizer que cada grupo de dez brasileiros (homens, mulheres, crianças, idosos) consome um cartucho por ano. O mercado de CDs e DVDs tem consumo de 50 milhões de unidades mensais (60% de CDs, 40% de DVDs), o que dá três discos per capita. Os acessórios de informática movimentam R$ 350 milhões por ano. Não é à-toa. As vendas de computadores cresceram 19% no segundo trimestre deste ano, em relação a igual período do ano passado, para 2,34 milhões de unidades. A comercialização de notebooks registrou alta de 156%, chegando a 365 mil unidades. Os dados fo-

ram apurados pela consultoria IT Data, a pedido da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). No acumulado do ano até junho a venda de computadores fixos chegou a 4,334 milhões de unidades, crescimento de 20% em relação a igual período do ano passado. A consultoria espera que as vendas de PCs cheguem a 10,1 milhões este ano, aumento de 23%. Todo o mercado relacionado à informática está em crescimento em função das ações de incentivo do governo ao setor. Muita gente está tendo acesso ao primeiro computador. E essa popularização do computador no Brasil foi possível porque o governo reduziu PIS e Cofins, o BNDES abriu linhas de crédito, fora os financiamentos de longo prazo. As máquinas baixaram de preço e chegaram a uma camada maior da população. E, claro, também às empresas, mesmo as menores. É o que faz aumentar a venda de insumos. Quem compra o primeiro computador, diz Adelaide Anzolin, da Maxprint, que produz cartuchos, CDs e outros suprimentos, logo compra uma impressora e tinta, compra também midias

Presidente Alencar Burti

Editor de Fotografia Alex Ribeiro

Diretor de Redação Moisés Rabinovici

Editor de Arte José Coelho

Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira

Diagramação Hedilberto Monserrat Junior Ilustrações Abê

Editor Luciano Ornelas Chefe de reportagem Arthur Rosa

Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122

Repórter Luiz Carlos de Assis

Impressão Diário de S. Paulo

www.dcomercio.com.br

de gravação e outros periféricos. "O computador básico, mais barato, vem com acessórios básicos", diz ela. Em outras palavras, falta quase tudo para fazer o computador realmente funcionar e mostrar sua utilidade. Gosto pela impressão No escritório, os insumos são necessários até para tarefas obrigatórias pela legislação, como é o caso da impressão de notas fiscais. Mário Guedes, superintendente da Extralife, acredita em uma vida longa para esse mercado: "No Brasil, o sistema de notas fiscais, com cópias carbonadas, exige o uso de impressoras matriciais". E, fora as exigências oficiais, o brasileiro gosta de imprimir. Com meios eletrônicos para gerenciar dados, pessoas e empresas estabelecem naturalmente processos que aumentam o consumo de papel. Quem compra computador, ao adquiri-lo passa a consumir papel, simplesmente por ter também comprado uma impressora. No âmbito das empresas, elas passam a gerenciar mais informações, como pedidos e relatórios. Ivone Souza, gerente da Megadata, acredita que uma redução da cultura de impressão só acontecerá a muito longo prazo. "O mercado ainda tem muito gás". E o mercado de suprimentos de escritório só não cresce mais em razão da queda do poder aquisitivo - os consumidores estão com seus orçamentos comprometidos, segundo acredita Carlos Aquino, gerente nacional da Microservice, que vende suprimentos desde a década de 1970: "Se a economia do País não cresce, nenhum setor cresce. E isso não acontece só com o segmento de suprimentos".


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Departamento de Compras pode virar um centro de lucros

ESPECIAL - 3

“Comprar, qualquer um consegue. Comprar com qualidade e com o melhor custo/benefício já é mais difícil”, diz o presidente do Conselho Brasileiro de Executivos de Compra. É um ponto estratégico para qualquer empresa

o m p r a r m a t erial de escritório parece ser a tarefa mais fácil em uma empresa. Simples: há necessidade de papel, clipes, borracha, lápis, caneta, CDs e DVDs virgens, cartuchos para impressoras. É só procurar um fornecedor, fazer o pedido e esperar a entrega e o boleto de pagamento. Nem é preciso ter um profissional especializado, porque a função de comprador é uma das poucas que não precisa ter registro em nenhum órgão do governo ou conselho profissional. Nem existia um curso especializado até três anos atrás, quando surgiu o Conselho Brasileiro de Executivos de Compras, CBEC. No entanto, não há empresa que não considere o departamento de compras como um dos mais estratégicos. Não só na compra de matéria-prima ou de mercadorias, mas até nos insumos, como é o caso do material de escritório. Nas multinacionais, o cargo em geral é do nível de vice-presidência. Só nas pequenas empresas é que o próprio dono ou sua secretária fazem o serviço. “É preciso uma mudança de visão nesse campo”, diz João Paulo Monetti, presidente do CBEC: “Comprar, qualquer um consegue. Comprar com qualidade e com o melhor custo/benefício já é mais difícil”. Ele sabe do que fala. Tem

Milton Manslha/LUZ

Gustavo Lourenço/e-SIM

mais de vinte anos de experiência na área, e entre outros cargos foi diretor corporativo de Suprimentos, Segurança e Meio Ambiente da General Electric para a América Latina. Hoje, dirige uma empresa, Backroom Services Provider, que oferece backoffice nas áreas de suprimentos, compras, suporte administrativo e de marketing. O que falta, segundo Monetti, é informação. Curso Na CBEC (associação sem fins lucrativos de abrangência nacional) se juntaram pelo menos 60 diretores de compras de empresas médias e grandes do País, com muita experiência a oferecer. Quase 40 deles trabalham em multinacionais. Os executivos estão preocupados em disseminar as melhores práticas do segmento, além de promover a ética e a capacitação. A diretoria de melhores práticas, que recentemente foi assumida por Marco Antônio Gonçalves, vice-presidente de Supply Management da Unilever, visa capturar o conhecimento das empresas globais e locais para compartilhar entre os associados. Por enquanto, há um curso para compradores, que dura um ano e meio, baseado no modelo da Federação Britânica de Compradores (que existe há 68 anos). Mais para a frente, explica Monetti, haverá cursos para supervisores e para diretores de compras. No curso atual, ensina-se ao comprador da área que o departamento de

João Paulo Monetti: sempre que se economiza um real em qualquer compra, isso influi no lucro da empresa. Acima, produtos e galpões da Maxprint

compras não é só um centro de despesas para a empresa, mas um centro de lucros. Sempre que se economiza um real em qualquer compra, isso influi no lucro da empresa, diz Monetti. Comprar mais barato e, principalmente melhor, deve ser o objetivo do profissional. Pesquisa Para entender melhor essa área, a CBEC fez uma pesquisa com 111 empresas pequenas, médias e grandes para definir as melhores práticas de mercado. É o primeiro trabalho do gênero no Brasil. A pesquisa revelou que, como nos Estados Unidos e na Europa, também no Brasil um número significativo dos executivos de com-

pras - 57% - se reporta ao primeiro escalão da liderança da empresa. No Brasil, porém, os cargos dos executivos da área ainda não refletem essa situação. Grande parte dos pesquisados entende que a liderança da empresa percebe o caráter estratégico da área, porém poucos participam das decisões estratégicas das empresas, de forma consistente. A maioria das empresas, 68%, adotam o modelo centralizado de compras (12% das corporações descentralizam as compras; 20% têm um modelo misto). Porém apenas 34% delas asseguram o envolvimento da área em mais de 85% do valor total comprado. "Ou seja, as empresas têm in-

vestido na implantação de política e na centralização das compras", explica a pesquisa. Os custos de compras no Brasil, tanto em relação ao faturamento das empresas como em relação ao total dos gastos, são bem maiores do que os reportados por empresas globais em estudos internacionais. Parte disso deve-se ao fato de que no Brasil a maioria das áreas de compras das empresas encontra-se no início da curva de maturidade, no qual investimentos em treinamento, processos e tecnologia são necessários. Também, devido ao estágio inicial das compras no Brasil, as reduções de custos declaradas estão muito acima dos níveis internacionais,

já que os mercados americano e europeu são muito mais maduros e os preços já foram exaustivamente negociados. Para cada real investido/gasto com a área de compras, quanto de redução ela obtém para a empresa? Os resultados da pesquisa revelam que, no Brasil, o ROI (return of investment, ou retorno sobre investimento) das áreas de compras pode variar entre três a vinte vezes o investimento. Novamente, este resultado depende do ponto na curva de maturidade na qual a área ou empresa se encontra. Como a própria CBEC esperava, a pesquisa apontou que os profissionais de compras estão bem preparados. Na média de todas as empresas consultadas, 82% dos profissionais da área têm, no mínimo, curso de graduação; 28% têm especialização, MBA ou mestrado. Os cursos de Administração e Engenharia são os que mais contribuem com pessoal para a área. (LCA)


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4 - ESPECIAL

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Masao Goto Filho/e-SIM

Almoxarifado virtual, economia de tempo e dinheiro Quem não quer gastar tempo cuidando de insumos de escritório pode contratar um terceirizado ou entrar em uma comunidade business-to-business. Isto garante o fornecimento de materiais e economiza tempo dos profissionais

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e todos os tipos d e t e rc e i r i z aç ã o - o u o u tsourcing -, que hoje são quase a norma para serviços às empresas, a do almoxarifado de materiais de escritório é um dos mais fáceis de implantar e pode trazer benefícios reais. O conceito de almoxarifado terceirizado acelera o fornecimento de materiais de escritório e suprimentos de informática com segurança e rapidez. Economiza tempo dos profissionais da empresa. O outsourcing de impressão, por exemplo, é muito comum. As empresas que prestam esse tipo de serviço montam toda a infra-estrutura - impressoras, multifuncionais, servidores - na empresa do cliente. Também fazem a ma-

nutenção das máquinas e a reposição programada de cartuchos de toner por um valor fixo mensal. Mário Guedes, da Extralife, fornece regularmente produtos para terceirizados que cuidam do almoxarifado de outras empresas. Devido ao crescimento desenfreado das terceirizações, é inevitável encontrar empresas que podem oferecer grandes riscos. Por isso, é importante analisar o contrato cuidadosamente com um especialista. Facilidade Além de facilitar e desenvolver a atividade, o outsourcing de produtos de escritório pode reduzir significativamente os custos das empresas e ainda diminuir o tempo gasto pelos funcionários nos orçamentos com a terceirização, os funcionários não precisam mais fazer cotações. Por meio de um contrato com um único fornecedor, pode-se, ainda, conseguir

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Fotos: Divulgação

no local designado, mesmo que em locais diferentes da cidade. O pagamento é feito diretamente ao fornecedor escolhido, e quem define a forma é o cliente (boleto bancário, depósito identificado, fatura ou cartão de crédito). Como vantagem adicional, o Websupply permite integração a sistemas de gestão como SAP, Oracle, Datasul, Peoplesoft, J. D. Edards e outros sistemas por meio de uma interface padrão. De acordo com o diretor Oswaldo Pacheco, a Websupply registrou crescimento de 46% ao ano na receita e de 200% nas transações com os clientes. O volume transacionado expandiu-se tanto porque, além das compras tradicionais de material de consumo, os clientes passaram a utilizar o sistema também para compra de materiais produtivos. A maior dificuldade enfrentada pela Websupply foram as mudanças de paradigma para a equipe de compras das empresas. "Os gerentes e diretores das empresas que têm visão mais estratégica procuram nossa solução, depois temos de fazer um trabalho de treinamento e reeducação da equipe, em que são ainda muito arraigados os processos tradicionais de negociação - visitas, telefonemas, papelada", diz Oswaldo Pacheco. De fato, nem todos usam a tecnologia para facilitar o trabalho de controlar estoques e manter os escritórios fornecidos. Na pesquisa feita pelo Conselho Brasileiro de Executivos de Compras (CBEC), revelou-se que só metade das empresas consultadas operacionaliza mais de 70% de suas compras com integração ao sistema de gestão da empresa. E 59% não utilizam nenhuma ferramenta de leilão reverso; metade não tem ferramenta

eletrônica para solicitação de cotações; 40% não utilizam catálogo eletrônico - mostra, na pesquisa, o presidente do CBEC, João Paulo Monetti. Apesar de toda a informatização, ainda há um longo caminho para as empresas. (LCA)

As empresas podem participar de uma comunidade B2B e garantir produtos de escritório em diversos módulos: compra, contrato de fornecimento, cotação e leilão

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Compra virtual Pode-se também participar de uma comunidade B2B (business-to-business). Essa solução coloca em contato compradores e vendedores de produtos de escritório em diversos módulos: compra, contrato de fornecimento, cotação e leilão. Para participar basta procurar um site especializado - um deles é a Websupply - e se cadastrar. O Websupply tem catálogos personalizados de seus fornecedores aos quais são enviados pedidos de cotação na medida das necessidades dos clientes. O sistema permite também compra e venda por sistema de leilão, o que faz cair os preços. O pedido é entregue exatamente

Mário Guedes: Extralife fornece produtos para terceirizados que cuidam do almoxarifado de outras empresas

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bons descontos. Ele é que faz as negociações com os fabricantes e, em geral, repassa os ganhos. Os valores são negociados previamente por um consumo estimado. O próprio terceirizado faz o controle do estoque e faz entregas programadas, graças a programas de gestão. Organiza o almoxarifado interno do cliente, que só tem o trabalho de usar os insumos. Para quem quiser entregas fora da programação, a maioria dos terceirizados garante prazo máximo de 48 horas. Em alguns casos, pode fazer entregas de emergência, na hora. A divisão Korporate da Kalunga, distribuidora e atacadista de material de escritório (e outros), utiliza um programa desenvolvido por uma subsidiária da própria kalunga, a Ka Solutions, para prestar esse tipo de serviço a clientes corporativos. O programa permite, por exemplo, que a rede controle o estoque da empresa compradora, defina quem pode comprar, estipula o que e quanto cada divisão consome e também quem vai autorizar a compra. Os dados são passados automaticamente ao sistema da Kalunga, que os repassa ao seu Centro de Distribuição. Os produtos selecionados são separados no Centro e enviados diretamente ao departamento do cliente. O software criado pela Ka Solution também estabelece condições de pagamento, de acordo com os acertos feitos com o usuário.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

ESPECIAL - 5

Abra sua própria loja. Confira as dicas do Sebrae

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odo manual da Sebrae para novos em pree nd ed ores começa com um alerta para procurar informações. Não é diferente para quem quer entrar no ramo da papelaria e venda de suprimentos de informática. Os novatos têm de se informar, visitar outros estabelecimentos, procurar amigos que saibam sobre o assunto e pesquisar muito. Pode ser compensador. De acordo com o Sebrae, o empreendedor tem de se fazer uma série de perguntas e definir itens como localização, como conseguir clientes, ocupação de mercado, trato com fornecedores, equipe de funcionários, métodos de estabelecer metas e apurar resultados. E, acima de tudo, se no caso da papelaria existe a chance real de se fazer um bom negócio. Quanto a isto, pelo menos, ninguém precisa se preocupar. Segundo o Observatório das MPEs do Sebrae-SP, na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) existem 20.290 micro e pequenas empresas (MPEs) no segmento do varejo de materiais e equipamentos de escritório e informática (dados de 2004). Em 2000, existiam 12.827 MPEs nesse segmento, na região. Portanto, o número de MPEs dessa atividade cresceu 58% entre 2000 e 2004. No mesmo período, a taxa de crescimento do número de MPEs do comércio na RMSP foi de 19,7%. No período, o varejo de materiais e equipamentos de escritório e informática foi o segmento do comércio com maior taxa de crescimento no número de MPEs. Carlos Aquino, gerente nacional de vendas da Microservice, fabricante do ramo, queixa-se de que há poucas estatísticas do segmento de suprimentos de escritório, o que dificulta o trabalho na área. Mas sabe que a pesquisa mais recente foi feita pelo instituto Nielsen, que apurou crescimento de 2,8% em 2005. O levantamento vai na direção do pequeno empreendedor: só levou em conta as pequenas lojas, não incluiu os atacados como Kalunga ou Gimba. A estimativa feita foi de que o ramo cresceria de 2% a 3% ao ano daqui até 2009 ou 2010: "Acredito

O ramo de suprimentos cresce de 2% a 3% ao ano e, como qualquer empresa, dá trabalho. O Sebrae ensina, por exemplo, que o segredo do sucesso do seu negócio está principalmente em encontrar um número adequado de clientes

que possa crescer até 5% ao ano, basta que se acelere o crescimento do País". Há de fato alguns fatores que impulsionam o mercado: queda do preço ao consumidor final dos produtos; maior oferta de programas acessíveis a usuários inexperientes; maior divulgação e diversificação na aplicação da informática; associação da informática à ima-

gem de modernidade e eficiência e a abertura à importação. A necessidade de insumos - como papel, cartuchos, tinta, CDs e DVDs, entre outros - é uma decorrência natural. Seu estoque Os produtos comercializados neste empreendimento podem variar de acordo com a tendência do consumidor, mas

pode-se iniciar com produtos como mídias magnéticas (disquetes e pendrives), mídia ótica (CD-ROM e DVD gravável), formulários contínuos, etiquetas, papéis especiais (fotográfico, por exemplo), fitas, cartuchos para impressoras, vídeos didáticos, mobiliário, softwares, acessórios, equipamentos e periféricos de informática, entre outros. De acordo com o

Sebrae, deve-se iniciar o negócio com estoque reduzido e diversificado. Uma pequena quantidade dos suprimentos mais consumidos deverá estar sempre presente e, a partir da definição da clientela, serão determinados os produtos de maior procura. É fundamental que o empreendedor mantenha-se informado sobre as novidades da área.

De acordo com o Sebrae, há um trabalho de cerca de três meses antes de abrir a loja. E, naturalmente, um gasto em investimentos. Só como exemplo, um negócio pode exigir algo como R$ 31 mil, divididos assim: R$ 4.500 para instalações, R$ 6.500 para equipamentos, R$ 5 mil para serviços, R$ 2 mil para abertura da empresa e inauguração, R$ 2 mil para estoques, mais R$ 5 mil para capital de giro e outros R$ 5 mil como reserva para gastos não previstos. Tome esses números apenas como proporção de investimento. Sua loja pode custar R$ 50 mil ou R$ 100 mil, mas as proporções serão mais ou menos essas. Para essa empresa fictícia, imagine um lucro mensal de 10% sobre o capital, cerca de R$ 3.100. E jamais se deve deixar "contaminar" o dinheiro da empresa com o da família. Micro e pequenas empresas em geral são empresas familiares. É normal que a renda venha exclusivamente dessa empresa. "E é aí que mora o perigo", dizem consultores do Sebrae. Mas nem sempre o fato de a família se dedicar à operação da empresa significa que a empresa conseguirá sustentar a família. Segredos O segredo do sucesso do seu negócio está principalmente em encontrar um número adequado de clientes. Como é um tipo de estabelecimento que não é novo no mercado, o empreendedor vai precisar fazer com que as pessoas que já freqüentam papelarias e lojas de suprimentos passem a freqüentar o seu estabelecimento. Onde estão essas pessoas? Diz o Sebrae que, aqui, você precisa de uma estratégia de mercado: primeiro, informar aos interessados que sua empresa existe; depois, fazer algo que desperte a atenção deles. Em outras palavras, será preciso oferecer alguma vantagem aos clientes. São pequenos detalhes como comodidade e beleza do ambiente, bom atendimento, confiança e credibilidade, higiene, serviços adicionais, flexibilidade, atualização, garantias, facilidade de pagamento e - claro preço. (LCA)

Administrar o tempo, uma ferramenta de vida

Q

u e m j á s e a c o s t umou a chamar de espaço de trabalho aquela coisa que existe sob montanhas de papel precisa urgentemente se reorganizar. Os sintomas de má organização são variados. Convém verificar se é comum revirar arquivos para encontrar o que se procura. É um sintoma, assim como quando há documentos demais, muitos deles inúteis. Quem trabalha em escritório ou se organiza ou vai perder tempo e dinheiro. Todos os recursos tecnológicos e toda a parafernália

computacional ainda não resolveram esse que é um dos maiores problemas de um escritório: tempo para fazer o trabalho. Tempo, diga-se, sem estresses e sem correrias. É o único insumo que não se pode comprar. Mas é possível organizá-lo. Para isso, é preciso mudar de vida, alterar o comportamento, segundo Sérgio Guimarães, formado em publicidade, que dá aulas de marketing na Universidade São Judas e treina funcionários de clientes do Idort - Instituto de Organização Racional do Trabalho. Ele diz que não há fórmula mágica para administrar o tempo. Não adianta acertar a agenda, definir me-

tas, estabelecer uma receita: "Faço uma regra e, se não consigo aplicá-la, desisto". Assim, a única saída efetiva é mudar de vida. Ou seja, administrar bem o tempo é como uma ferramenta de vida, não só do trabalho, segundo o especialista. É como fazer dieta: ao se restringir certos tipos de alimentos, podese até perder peso, mas quando a dieta (a regra) é suspensa, o que acontece? Todos os quilos voltam. No caso de quem acha que nunca tem tempo para nada, depois de uma vida regrada por algum tempo, volta-se à confusão no dia-a-dia e nada se resolve. Para organizar o escritório, o ideal é começar pela mesa

de trabalho. Deve-se colocar papéis e arquivos de acordo com um sistema intuitivo, administrável - e pessoal. Especialistas concordam em que se deve pensar como a pessoa gostaria de procurar documentos no futuro e organizar a mesa e o arquivo desse modo. Pode ser alfabético, cronológico, por importância. O que vale é o sistema no qual a pessoa se ache mais confortável. De acordo com a Help Personal Assistant, uma empresa de consultoria especializada em resolver questões como organizar escritórios, o melhor é tirar tudo que existir sobre a mesa e dentro das gavetas e iniciar um detalhado exa-

me de todos os papéis, CDs, DVDs, pendrives e disquetes (sim, eles ainda existem). Eliminam-se as canetas que não funcionam e os tocos de lápis. Manuais de computador devem ficar em uma prateleira. Disquetes e CDs em compartimentos ao alcance da mão. O site Secretaria Moderna dá orientação inestimável. Aconselha-se padronizar os arquivos, com pastas e etiquetas nas mesmas cores para assuntos do mesmo tempo. Os títulos devem ser claros e as etiquetas, de boa qualidade. Deve-se dar preferência às pastas tipo caixa, que podem ser melhor arrumados em prateleiras, mas não se descarta o uso de

pastas suspensas. Em nenhum caso se deve sobrecarregar uma pasta. Para organizar, é bom planejar antes: separar a papelada e a documentação previamente. O restante é manter a regularidade. O acúmulo de papéis e disquetes aumenta a possibilidade de perdas. A cada dia, portanto, é bom refazer a organização, para não se perder depois. Um sistema de atualização deve permitir que se faça periodicamente uma limpeza de modo a não sobrecarregar o arquivo. Se há papéis cujo conteúdo está no computador, dependendo do caso, ele é desnecessário. (LCA)


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6 - ESPECIAL

sexta-feira, 31 de agosto, sábado e domingo, 1 e 2 de setembro de 2007

Quem diria, computador aumenta o consumo de papel A informatização dos escritórios e das escolas não diminuiu o consumo de papel, como se esperava. Ao contrário, a produção só aumenta e não apenas no Brasil. Ironia: os computadores são um dos principais responsáveis pelo consumo Fotos: Gustavo Lourenção/e-SIM

Adelaide Anzolin, da Maxprint: "Todos têm hoje maior consciência de que é preciso imprimir menos”. Ivone Souza, da Megadata: "O brasileiro é muito apegado ao papel, quer ver tudo escrito no papel"

o açã ulg Div

N

No dia 12 de agosto de 1981, a IBM lançou o primeiro computador pessoal, com os então incríveis 16 Kb de memória (que hoje não dão para mais do que dois e-mails) e a promessa de que o papel, por inútil, seria definitivamente erradicado dos escritórios. Naquele ano, de acordo com a Associação Brasileira de Celulose e Papel - Bracelpa, o Brasil produziu 875 mil toneladas de papel para imprimir e escrever. Passados 26 anos, o que ocorreu? No ano passado, foram produzidos 2,5 milhões de toneladas. Isto é, a produção de papel para imprimir e escrever foi quase multiplicada por três. E um grande responsável por esse aumento é exatamente o computador. Basta entrar em qualquer escritório para verificar que o computador fez aumentar o consumo de papel. Isso pode ter ocorrido porque, com os computadores, o acesso à informação aumentou muito aumentando a oferta de informações, aumenta também a demanda. E porque, pela facilidade do uso de computadores e impressoras, permite-se que o uso do papel seja menos racional. Antigamente, escrever à mão ou à máquina de escrever exigia muito mais esforço, o que diminuía o ímpeto de gastar papel com materiais inúteis. Hoje, a porcentagem de papéis impressos que nunca serão lidos é bastante alta na maior parte dos escritórios, especialmente os que dispõem de impressoras a laser, que imprimem numerosas páginas

por minuto. "A cultura do papel impresso é muito arraigada", diz Ivone Souza, gerente comercial da Megadata, que fornece papel entre os vários insumos que comercializa. "O brasileiro é muito apegado ao papel, quer ver tudo escrito no papel." Não só no Brasil. Nos países em desenvolvimento em geral a substituição eletrônica não inibiu o consumo de papel, ao contrário, estimulou, segundo declarou o diretor de marketing Antônio Gimenez, da fa-

bricante Chamex, à Xplor Brasil, associação mundial de usuários e fornecedores de produtos e serviços para documentos. A partir do momento que as pessoas e empresas passam a ter meios eletrônicos para gerenciar sua base de informação de dados, começam a estabelecer processos que aumentam o consumo. Quem não tinha computador, ao adquiri-lo passa a consumir papel, simplesmente por ter também uma impressora. No âmbito das empresas, elas passam a gerenciar mais informações, como pedidos e relatórios. Ecologia A introdução do e-mail, há cerca de dez anos, foi saudada pelos consumidores e vista com apreensão pelos produto-

res como o fim do papel cortado, que é como se chama, na indústria, o papel usado em impressoras de escritório. Nada disso aconteceu. O consumo de papel continuou aumentando e hoje a produção e a venda crescem de 3% a 5% ao ano, segundo a Bracelpa. "Certamente, todos têm hoje maior consciência de que é preciso imprimir menos. Mas o fim do papel nos escritórios ainda está muito distante", diz Adelaide Anzolin, diretora comercial da Maxprint, que fabrica suprimentos para escritórios. Essa consciência ecológica cresceu nos últimos anos. É comum, hoje, e-mails que aconselham, no rodapé, a evitar imprimir para preservar florestas. Mas esse cuidado é relativo. No Brasil não se derrubam árvores de florestas naturais para fabricar papel. Isso ainda acontece em algumas regiões, como Indonésia ou Rússia. No Brasil, todo o papel vem de árvores de reflorestamento, com certificado. A indústria escolheu o reflorestamento, ao longo dos anos, por uma razão menos ecológica e mais econômica: a árvore plantada (em geral, eucalipto) homogeneiza produção e custos, tem maior produtividade. O Brasil tem o melhor custo de fibra, logo, de produção do papel. Aqui o eucalipto cresce mais rapidamente e há maior produtividade por hectare plantado. A preocupação com o papel, que ainda não se refletiu na produção no Brasil, é um fato nos Estados Unidos, onde em 2005 foi registrada a primeira queda de mercado, de 2% a 4%, dependendo da categoria do produto. Mesmo assim, a tendência é que o consumo ainda cresça 1% ao ano nos próximos cinco anos. Não será tão cedo que o papel vai deixar de freqüentar os escritórios. (LCA)

Disquete, peça de museu na armazenagem de dados Meios de armazenamento são os substitutos dos móveis que guardavam papéis e pastas. O disquete não serve mais como arquivo, para o seu lugar vieram o pendrive, os cartões de memória, CDs e DVDs graváveis e regraváveis

D

isquetes já foram o melhor meio de armazenamento de dados, o que era verdade quando os tamanhos dos arquivos também eram pequenos. Hoje, devido ao tamanho a cada dia maior dos arquivos, ninguém mais usa disquete, que abriga 1,44 megabyte. Tomaram o seu lugar o pendrive - com grande capacidade, de vários gigabytes, em embalagem mínima -, os cartões de memória (memory stick), CDs e DVDs graváveis e regraváveis, além do armazenamento em rede ou em discos virtuais. Na área de periféricos, a Extralife entrou há pouco mais de dois anos. Trouxe para o Brasil os cartões de memória da Sony: memory sticks, cartões SD, miniSD e microSD. O que desenvolveu esse mercado foram os computadores de mão (Palm) e, principalmente, as câmeras digitais. Hoje, até os celulares aceitam expansão com cartões de memória. Junto com os cartões, vieram os pendrives, primeiro com leitor próprio e, hoje, com conexão USB (Universal Serial Bus), que são mais rápidos e se utilizam como se fosse um disco adicional do computador. Para Carlos Aquino, gerente nacional de vendas da Microservice, os negócios na

área de suprimentos hoje dependem muito de inovação. Segundo ele, a tecnologia muda muito, e muito rapidamente. As empresas precisam ser muito ágeis e fazer um constante reposicionamento dentro de sua área de atuação, de acordo com as novas tendências de mercado. É o caso da Microservice, que começou em 1972, no ramo de suprimentos para escritório e foi criando novas divisões. Uma das divisões criadas foi a de mídias ópticas, além da produção e distribuição de CDs e DVDs. Nesta, em especial, a Microservice tem grande experiência: por ter começado com prestação de serviços, foi a primeira a gravar CDs para gravadoras de música, quando o CD entrou no mercado. Em 1987, foi a primeira fábrica da América Latina e uma das primeiras do mundo, quando os CDs ainda eram novidade na Europa e nos Estados Unidos. Na feira Escolar Paper, a Microservice apresenta suas linhas de mídias ópticas, imaging, printing e a linha Office, com material de escritório propriamente dito, como os grampeadores suecos Rapid, e mídia para armazenamento. Fôlego para o CD Nos últimos meses, segundo Mário Guedes, da Extralife, os preços das memórias flash (cartões e pendrives) parou de cair. O motivo foi o lançamento

de celulares sofisticados como o iPhone. Com o sucesso do novo celular da Apple, a indústria não deu conta de produzir para este e outros segmentos. Assim, com alta demanda e falta de mercadoria, os preços subiram ou, no mínimo, não caíram mais. De acordo com Ivone Souza, gerente comercial da Megadata, o mercado das mídias de armazenamento cresce porque cada vez mais as corporações se preocupam em fazer backups. A mobilidade também incentiva esse mercado - as pessoas se deslocam muito e precisam levar consigo seus arquivos. E há também o mercado de malas diretas - muitas delas já são feitas em pendrives. O mercado de CDs e DVDs graváveis, em pino ou embalagem individual, ainda tem muito fôlego, segundo Mário Guedes, da Extralife, por conta do preço dos pendrives. Um pendrive de 1 gigabyte custa cerca de R$ 90. Um CD armazena quase a mesma quantidade de dados, cerca de 650 Kb por R$ 1,50. Um DVD abriga bem mais, 4,7 Gb, por algo entre R$ 2 e R$ 5. Hoje, são fabricados cerca de 80 milhões de CDs e DVDs por mês, segmento no qual a maior fabricante brasileira é a Videolar. "Essas diferenças de preços - diz Guedes - ainda são muito grandes para os consumidores comuns, mesmo para empresas". (LCA)


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Originais x compatíveis, a eterna briga dos cartuchos Em um mercado estimado de 24 milhões de cartuchos de tinta por ano, fabricantes de impressoras e produtores de cartuchos compatíveis brigam para ganhar o consumidor. E compatível não é falsificado ou remanufaturado

H

á três ou quat ro a n o s , u m cartucho origin a l p a r a i mpressora jato de tinta custava em torno de R$ 100 e seu compatível, R$ 30. Os cartuchos compatíveis incomodaram a indústria e fizeram com que, hoje, os originais baixassem para algo em torno de R$ 25. Os compatíveis acompanharam e baixaram para R$ 15. E a briga continua. Como o Brasil é muito carente de informações nesse setor, Adelaide Anzolin, da Maxprint, baseia-se no número de vendas de impressoras no Brasil para calcular o mercado de cartuchos de impressão. Segundo ela, cada impressora usa de quatro a cinco cartuchos por ano, o que leva ao consumo total de dois milhões de cartuchos

por mês, de todos os tipos, 24 milhões por ano. Desse total, 30% são cartuchos compatíveis, dos quais, diz Adelaide, a Maxprint tem 20%. Para o toner de impressoras laser, ela calculou que são consumidos 300 mil cartuchos por mês, dos quais 30% são compatíveis (e a Maxprint tem 15% deste total). De acordo com o estudo Brazil Quarterly Hardcopy Peripherals Tracker, da consultoria IDC Brasil, nos três primeiros meses deste ano foram vendidos no País 23,3% mais equipamentos, entre lasers e jato de tinta, do que no mesmo período de 2006: "Chegou-se a quase 900 mil unidades comercializadas neste primeiro trimestre", indica Luciano Crippa, analista da consultoria. Seguindo as previsões da consultoria, até o final deste ano serão comercializados cerca de quatro milhões de impressoras, levando o setor a um crescimento de 16% sobre as vendas do ano passado.

A entrada de novos fabricantes no setor brasileiro de impressão, como Positivo e Olivetti, por exemplo, confirmam a expectativa otimista para o segmento nos próximos anos. Do mesmo modo, crescem as vendas de insumos para o segmento. Matricial, laser, jato de tinta A Memphis, com 37 anos no mercado, criada para representar os produtos da Verbatim (especializada em armazenamento de dados), hoje é conhecida pela produção de fitas e cartuchos para impressão com a marca Extralife. Já chegou a produzir 300 mil a 400 mil fitas por mês. Hoje, fabrica cerca de 200 mil mensais na unidade que mantém em Osasco. As fitas têm o maior volume de vendas, embora estejam equilibradas em faturamento com os cartuchos. E Mário Guedes, superintendente da Extralife, acredita em vida longa para o mercado

ESPECIAL - 7

Divulgação

Gustavo Lourenção/e-SIM

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Pressionadas pelos compatíveis, as fabricantes de impressoras - produtoras dos cartuchos originais - tentam recuperar o mercado com novos modelos e preços mais baixos

de fitas e impressoras matriciais. "O motivo é simples, no Brasil o sistema de notas fiscais, com cópias carbonadas, exige o uso de impressoras matriciais." Segundo Mário Guedes, as empresas não vão deixar de usar as matriciais, mesmo que a legislação (com a nota fiscal eletrônica) mude o uso da tecnologia de impressão. É que as matriciais têm custo por caractere impresso baixíssimo. Uma fita imprime seis milhões de caracteres e custa de R$ 5 a R$ 6 para o consumidor final, ou R$ 0,004 por página impressa. Uma impressora jato de tinta nem chega perto: o custo mais baixo é dez vezes maior, R$ 0,04, e na média é 20 vezes acima, R$ 0,08. É claro que a qualidade não se compara, mas para o trabalho pesado do dia-a-dia são imbatíveis na economia. E são máquinas muito duráveis, ao contrário das lasers e inkjets cuja cabeça de impressão tem tempo de vida limitado e a reposição dela é tão cara que não vale a pena. "Melhor é comprar nova", diz Guedes: "Com as matriciais isso não acontece e a manutenção ainda vale a pena". Custo/benefício Também a Megadata tem uma marca própria, Printlife, cujo foco sempre foram os

cartuchos de impressoras jato de tinta compatíveis, toner para máquinas laser, além de fitas para matriciais e filmes para fax. Na feira Escolar Paper Brasil, a empresa reforçou a marca acrescentando acessórios de informática. O mercado de cartuchos para impressoras jato de tinta permanece estável. É verdade que as fabricantes de impressoras criam, a cada dia, modelos mais modernos. Mas os cartuchos, mesmo os compatíveis, são todos fabricados fora do Brasil, por empresas com grande capacidade de produção, que assim conseguem acompanhar as novidades da indústria. A Extralife importa e coloca aqui a sua marca. Todos os que vendem cartuchos compatíveis fazem isso, segundo Guedes: "Ninguém fabrica os cartuchos aqui". E como, em geral, os lançamentos de novas impressoras demoram um certo tempo para chegar ao Brasil, já vêm no rastro os cartuchos compatíveis. Por conta da relação custo/benefício, o mercado corporativo está todo migrando para as impressoras laser, enquanto o mercado doméstico vai para as jato de tinta, de acordo com Adelaide Anzolin, da Maxprint. Praticamente sem exceção, as indústrias de impressoras usam a estratégia de vender máquinas baratas para ganhar na venda dos cartuchos. Estes, em geral, são muito caros. Explica-se, assim, porque o cartucho compatível pode ser barato: não leva embutido o prejuí-

zo da impressora. Concorrência Os compatíveis ganharam tanto espaço entre os consumidores que as fabricantes de impressoras - produtoras dos cartuchos originais - mobilizamse para recuperar o mercado. De duas formas: lançam novos modelos de impressoras com enorme velocidade e reduzem ao máximo os preços dos seus cartuchos. Ivone Souza, da Megadata, acredita que o mercado ainda é grande, devido principalmente à cultura de impressão dos brasileiros: "A prova disso é que a Printlife ainda vende muito cartucho para impressoras que já têm mais de dez anos de idade". Adelaide Anzolin, diretora comercial da Maxprint, revela que sua empresa investe muito na embalagem, que precisa ser sempre atraente: 80% da decisão de compra ocorre no ponto de venda. Por isso, a Maxprint faz ações nos grandes varejistas e atacadistas, arrumando as gôndolas e até dando treinamento aos balconistas para transmitir o conceito de qualidade e segurança da marca. Do mesmo modo, diz Mário Guedes, a Extralife destaca muito nas embalagens e nos pontos de venda que seu cartucho compatível é 100% novo e não remanufaturado. "Na verdade, quem mais incomoda as fábricas de impressoras e cartuchos originais são os falsificados e os remanufaturados", diz Guedes. (LCA)


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Masao Goto/e-SIM

A informática dominou a feira Escolar, que termina hoje no Anhembi. Mas ela também mostrou artigos de papelaria, material didático e pedagógico, artigos para escolas e escritórios

Grampeador Freeze Vedete da nova coleção da Microservice na linha Freeze. Segue tendência de design iniciada pela Apple Computer: cores translúcidas e vibrantes, inspirados e criados nos moles do iPod, o MP3 da Apple. Distribuidor: Microservice.

Grampeador Alicate Soon O novo modelo de grampeador da Soon é composto por produtos coloridos, com design clean e preço acessível. Distribuidor: Microservice.

Papéis para impressão A nova linha de pap éis da PrintLife (A4, A3 e Ofício) vêm da Celulose Argentina, com a marc a B o r e a l . S egundo a PrintLife, é um papel mais branco, de alta opacidade, que pode ser impresso dos dois lados, em impressoras jato-detinta, laser ou térmica. Distribuidor: Printlife

Minimouse óptico sem fio Tecnologia óptica, ideal para notebook. Tem três botões, inclusive rolamento central de tela. Resolução de 800 dpi (dots per inch, pontos por polegada). Co m p a t í v e l c o m W i n d o w s 98/00/ME/NT/XP. Usa duas pilhas palito (AAA). Distribuição: Maxprint

Fotos: Divulgação

Cartuchos de toners Printlife (compatíveis) São toners 100% novos, compatíveis com várias marcas, entre elas HP, Canon e Lexmark. Esses compatíveis, segundo a Printlife, garantem o mesmo desempenho dos suprimentos oferecidos pelos fabricantes das impressoras, com preço 30% a 40% menor. Distribuidor: Printlife

Teclado e mouse sem fio O teclado, padrão ABNT2 (Português do Brasil) tem 15 teclas de atalho para internet, vídeo e áudio. O mouse tem base ligada via USB (Universal Serial Bus); usa duas pilhas palito (AAA) recarregáveis. Distribuição: Maxprint

Cartucho de tinta Maxprint (compatível) O cartucho de tinta tem cabeça de impressão original da Maxprint e é compatível com a impressoras HP C8727 e C8727A (cor preta, 20 ml). Distribuição: Maxprint

Toner Maxprint (compatível) Os cartuchos de toner para impressoras laser Lexmark ser-

Escolar Paper Brasil, feira de pura tecnologia A Escolar - segunda maior feira do mundo - reuniu 500 expositores e milhares de produtos durante quatro dias no Pavilhão do Anhembi. Exibiu um show de tecnologia, mas o caderno e outros produtos tradicionais não perderam seu lugar. Confira nesta página algumas novidades da feira Patricia Stavis/e-SIM

papéis reciclados, laboratórios escolares, móveis para escolas e escritórios, playgrounds, produtos de pueric u l t u r a e m u i t o s o u t ro s itens.

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uem foi à Escolar Paper Brasil (começou no dia 28 e se encerra hoje no Pavilhão do Anhembi, em São Paulo), só ficaria mais impressionado pelo tamanho e variedade, importância e geração de negócios da feira se visitasse a PaperWorld, que se realiza todos os anos, no mês de janeiro, em Frankfurt, na Alemanha. Na Paper Brasil, em 70 mil metros quadrados do pavilhão, metade dos quais ocupados por estandes de cerca de 500 expositores, a segunda maior feira do setor no mundo ocidental mostrou as tendências e as novidades para o próximo ano. Essa foi a 21ª edição da Escolar Paper Brasil. Não se parece quase nada com as primeiras edições, quando ocupava em torno de 1.200 m2 do Pavilhão da Bienal e seu maior expositor era a Kalunga, um distribuidor de material de escritório e escolar. Hoje, diz com evidente orgulho Abdala Jamil Abdala, a grande maioria dos 500 expositores é de fabricantes. Abdala é o presidente da Francal Feiras, que organiza e promove a feira. A Escolar é sua menina dos olhos. Os fabricantes estiveram de olho nas dezenas de milhares de papelarias de pequeno e médio porte. Segundo Abdala, cerca de 70% dos comerciantes do segmento no Brasil enviam representantes ou compradores para visitar a feira. Só na Grande São Paulo, segundo o Sebrae, existem 22 mil desses estabelecimentos. Esses visitantes cerca de 45 mil pessoas - garantem o crescimento ano a ano da feira e, nesta edição, estimava-se negócios em torno de R$ 960 milhões. E o que provocou o crescimento nos últimos três anos não foi o caderno, o papel, lápis ou canetas: mas a tecnologia. Tecnologia mudou a feira Abdala explica a mudança pelo fato de a informática ter se tornado acessível a todos.

Abdala Jamil: "A informática se generalizou - está em todas as áreas, em qualquer supermercado"

Há dez ou quinze anos informática era para poucos - no Brasil havia duas feiras anuais do setor, Fenasoft e Comdex, que estouravam de gente. Hoje não existem mais, pois "a informática se generalizou - está em todas as áreas, em qualquer supermercado tem produtos de informática. Tudo isso foi resultado da globalização e do avanço tecnológico do mundo". Assim ocorreu na Escolar. Há vinte anos o caderno era de fato o principal produto. Hoje, embora ainda importante, não é mais o produto principal. Estudantes, escolas e escritórios usam produtos tecnológicos no dia a dia suprimentos de impressão, discos para armazenamento, papéis especiais. O pavilhão de tecnologia da feira, segundo seu presidente, não pára de crescer. Mesmo assim, a Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf) Regional São Paulo ainda considera a feira uma excelente oportunidade para multiplicar a interação entre todos os inte-

grantes de uma das mais importantes cadeias de suprimentos ligadas ao setor do ensino. Alfried Plöger, presidente da Abigraf SP, destacou que a feira também é "um ótimo termômetro para aferir o desempenho do segmento de cadernos no mercado nacional". Há de tudo, além de cadernos. Na feira, o visitante encontrou um número tão grande de itens que os próprios organizadores não tinham idéia da quantidade exposta. Os cerca de 500 expositores mostraram artigos de papelaria em geral, material didático e pedagógico, artigos para escolas e escritórios, equipamentos e acessórios de informática, hardwares, softwares, toners, agendas, álbuns fotográficos, cartões de expressão social, artigos para artesanato, decoração, pintura, festas e presentes, calculadoras, brinquedos educativos, caixas e embalagens, brindes, mochilas, uniformes e lancheiras escolares, cursos de idiomas, modelismo, livros, produtos com

Material da moda Hoje a feira é realmente internacional. Este ano abrigou 99 expositores - cerca de 20% dos 500 expositores - de 13 países estrangeiros. Há empresas dos Estados Unidos, de Canadá, México, Coréia do Sul, China, Argentina, Espanha, Inglaterra, entre outros. Segundo Abdala, eles vêm não só em busca de vendas, mas em busca de parceiros, representantes e distribuidores: "Vêm apresentar seus produtos no nosso mercado de país emergente. E na feira encontram compradores ou parceiros não só do Brasil, mas de quase todos os países da América Latina". Como Abdala visita todos os anos a PaperWorld, traz de lá idéias para aplicar na sua feira. Neste ano, a Escolar Paper Brasil teve um concurso para empresas do setor, em três categorias: produto, ação promocional e ações de responsabilidade social, julgados por especialistas em design, marketing e atividade empresarial. A Escolar também oferece espaço para que os expositores recebam clientes, mostrem as novidades, negociem, troquem idéias. Enfim, promove uma forma de interação mais direta entre fabricante e seus clientes. Os compradores conhecem as novas tendências. No espaço Escolar Mais foram mostradas as novas tendências de cores e design - tudo que vai estar nas lojas a partir do início do ano. Tendências? Moda? "Sim, existe uma tendência de moda nessa indústria", diz Abdala Jamil Abdala. Estava bem à vista nos estandes da Escolar deste ano: as coleções determinadas pelo que está em alta na televisão, nos jornais e nas revistas. São capas de cadernos, pastas, papéis, com imagens ligadas a artistas, cartoons e filmes. (LCA)

vem para máquinas T640, T642 e T644. Distribuição: Maxprint

Cartuchos de tinta Printlife (compatíveis) Linha de cartuchos compatíveis com HP, Epson, Canon e Lexmark. São 100% novos, isto é, todos os componentes são novos, diferente de um suprimento remanufaturado. Vantagem do preço menor em relação suprimento original. Distribuidor: Printlife Recarregador USB de pilhas Adaptador multifuncional, pilhas recarregáveis (palito de 1000 mAh e pequena, de 2500 mAh) que suportam até 500 ciclos de recarga sem efeito memória. Os recarregadores têm conexão USB, direto no comp u t a d o r. Distribuição: Extralife Pendrive Jump Pendrive com velocidade de leitura de 11,1 MBps (megabytes por segundo) e de gravação, 2,2 MBps. Conexão USB. Ideal para usar a função ReadyBoost do Windows Vista, que amplia a memória RAM (Random Access Memory, memória de acesso aleatória) do computador. Distribuição: Extralife

Mídias Printlife (CDs e DVDs) CDs (CD-R e CD-RW) e DVDs (DVD-R e DVD-RW) graváveis e regraváveis, com capacidade de armazenamento de 700 MB a 4,7 GB. Distribuidor: Printlife CD-R e DVD-R Os CDs e DVDs graváveis são um dos meios mais baratos de armazenamento de dados, segundo a Ex tralife. Um DVD abriga 4,7 Gb por algo entre R$ 2 e R$ 5. Distribuição: Extralife Fitas para impressoras matriciais Por conta das notas fiscais com cópias, as matriciais ainda são muito usadas. A Extralife diz ter fitas para todos os modelos de máquinas, mesmo as que já saíram de produção. Distribuição: Extralife



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6 - ECONOMIA

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O R I E NT A Ç Ã O L E G A L

LEGISLAÇÃO • DOUTRINA • JURISPRUDÊNCIA INSTITUTO JURÍDICO

DA

ASSOCIAÇÃO COMERCIAL

DE

SÃO PAULO

COORDENAÇÃO: CARLOS CELSO ORCESI DA COSTA

AGENDA TRIBUTÁRIA – MÊS DE SETEMBRO DE 2007 DATA DE VENCIMENTO: DATA EM QUE SE ENCERRA O PRAZO LEGAL PARA PAGAMENTO DOS TRIBUTOS ADMINISTRADOS PELA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL

(Continuação da página anterior) Data de Vencimento

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Tributos

Código Código Darf GPS

84.32 Máquinas e aparelhos de uso agrícola, hortícola ou florestal, para preparação ou trabalho do solo ou para cultura; rolos para gramados (relvados), ou para campos de esporte; 84.33 Máquinas e aparelhos para colheita ou debulha de produtos agrícolas, incluídas as enfardadeiras de palha ou forragem; cortadores de grama (relva) e ceifeiras; máquinas para limpar ou selecionar ovos, frutas ou outros produtos agrícolas, exceto as da posição 84.37; 87.01 Tratores (exceto os carros-tratores da posição 87.09); 87.02 Veículos automóveis para transporte de 10 pessoas ou mais, incluindo o motorista; 87.04 Veículos automóveis para transporte de mercadorias; 87.05 Veículos automóveis para usos especiais (por exemplo: auto-socorros, caminhões-guindastes, veículos de combate a incêndios, caminhões-betoneiras, veículos para varrer, veículos para espalhar, veículos-oficinas, veículos radiológicos), exceto os concebidos principalmente para transporte de pessoas ou de mercadorias; 87.11 Motocicletas (incluídos os ciclomotores) e outros ciclos equipados com motor auxiliar, mesmo com carro lateral; carros laterais. Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Devido pelas microempresas (ME) e pelas empresas de pequeno porte (EPP) não optantes pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições (Simples): Bebidas do capítulo 22 da Tipi Cigarros dos códigos 2402.20.00 e 2402.90.00 da Tipi. Todos os produtos, com exceção de: bebidas do Capítulo 22 e cigarros dos códigos 2402.20.00 e 2402.90.00 da Tipi Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) PJ que apuram o IRPJ com base no lucro real Entidades Financeiras Balanço Trimestral (3ª quota) Estimativa Mensal Demais Entidades Balanço Trimestral (3ª quota) Estimativa Mensal PJ que apuram o IRPJ com base no lucro presumido ou arbitrado (3ª quota) Contribuição para o PIS/Pasep Retenção de contribuições - pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL) Retenção - pagamentos de PJ a PJ de direito privado Retenção - Aquisição de autopeças Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) Retenção de contribuições - pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL) Retenção - pagamentos de PJ a PJ de direito privado Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) Retenção de contribuições - pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL) Retenção - pagamentos de PJ a PJ de direito privado Retenção - Aquisição de autopeças

Período de Apuração do Fato Gerador (FG)

Data de Vencimento 28

1097

28

” “

1097 1097

” “

28

28 28 1097

1097

28

28

28 0668 1020

Agosto/2007 “

1097

2030 2469

Abril a Junho/2007 Agosto/2007

6012 2484

Abril a Junho/2007 Agosto/2007

2372

Abril a Junho/2007

5952 5979 3770

1º a 15/setembro/2007 “ “

5952 5987

1º a 15/setembro/2007 “

5952 5960 3746

1º a 15/setembro/2007 “ “

Código Código Darf GPS

Programa de Recuperação Fiscal (Refis) Parcelamento vinculado à receita bruta Parcelamento alternativo ITR/Exercícios até 1996 ITR/Exercícios a partir de 1997 Parcelamento Especial (Paes) Pessoa física Microempresa Empresa de pequeno porte Demais pessoas jurídicas Paes ITR Parcelamento Excepcional (Paex) Art. 1º MP nº 303/2006 Pessoa jurídica optante pelo Simples Demais pessoas jurídicas Parcelamento Excepcional (Paex) Art. 8º MP nº 303/2006 Pessoa jurídica optante pelo Simples Parcelamento Excepcional (Paex) Art. 9º MP nº 303/2006 Pessoa jurídica optante pelo Simples Parcelamento Especial - Simples Nacional Art. 7º § 3º IN/RFB nº 767/2007 Pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional Parcelamento Especial - Simples Nacional Art. 7º § 4º IN/RFB nº 767/2007 Pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional Imposto Territorial Rural (ITR) 1ª quota ou quota única do ITR relativo ao exercício de 2007 Acréscimos Legais de Contribuinte Individual, Doméstico, Facultativo e Segurado Especial - Lei nº 8.212/91 NIT/PIS/Pasep GRC Trabalhador Pessoa Física (Contribuinte Individual, Facultativo, Empregado Doméstico, Segurado Especial) DEBCAD (preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) ACAL - CNPJ ACAL - CEI GRC Contribuição de empresa normal - DEBCAD (preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) Pagamento de débito - DEBCAD (preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) Pagamento de débito - CNPJ (preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) Pagamento de débito administrativo - Número do título de cobrança (preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) Depósito Recursal Extrajudicial - Número do Título de Cobrança Pagamento exclusivo na Caixa Econômica Federal (CDC=104) Pagamento de Dívida Ativa Débito - Referência (Preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) Pagamento de Dívida Ativa Ação Judicial - Referência (Preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) Pagamento de Dívida Ativa Cobrança Amigável - Referência (Preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) Pagamento de Dívida Ativa Parcelamento - Referência (Preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) Comprev - pagamento de dívida ativa - não parcelada de regime próprio de previdência social RPPS - órgão do poder público - referência

1097 1097

Tributos

28

Período de Apuração do Fato Gerador (FG)

9100 9222 9113 9126

Diversos “ “ “

7042 7093 7114 7122 7288

Diversos “ “ “ “

0830 0842

Diversos “

1927

Diversos

1919

Diversos

0285

Diversos

4324

Diversos 1º /janeiro/2007

1759

Diversos

1201 3000 3107

” “ “

3204

4006

4103

4200

4995

6009

6203

6300

6408

6513

1070

AGENDA TRIBUTÁRIA – MÊS DE SETEMBRO DE 2007 Data de apresentação: data em que se encerra o prazo legal para apresentação das principais declarações, demonstrativos e documentos exigidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil sem a incidência de multa. Data de Apresentação

Declarações, Demonstrativos e Documentos

Período de Apuração

Data de Apresentação

25

28

28 28

Período de Apuração

De Interesse Principal das Pessoas Jurídicas

De Interesse Principal das Pessoas Jurídicas 6 10 10 10

Declarações, Demonstrativos e Documentos

GFIP - Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia e Informações à Previdência Social 1º a 31/agosto/2007 Dacon Mensal - Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais Mensal Julho/2007 DCTF Mensal - Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais -Mensal Julho/2007 Envio, pelo Município, da relação de todos os alvarás para construção civil e documentos de habite-se concedidos. 1º a 31/agosto/2007 DCide - Combustíveis - Declaração de Dedução de Parcela da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico Incidente sobre a Importação e Comercialização de Combustíveis das Contribuições para o PIS/Pasep e Cofins Setembro/2007 CPMF - DIC - Declaração de Informações Consolidadas da Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira Agosto/2007 CPMF - Medidas Judiciais Agosto/2007 DIF Bebidas - Declaração Especial de Informações Fiscais relativa à Tributação das Bebidas Agosto/2007

28 28

DIF Cigarros - Declaração Especial de Informações Fiscais relativa à Tributação de Cigarros DIPI - TIPI 33 - produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumaria

28 28 28

DNF - Demonstrativo de Notas Fiscais DOI - Declaração de Operações Imobiliárias PERC - Pedido de Revisão de Ordem de Emissão de Incentivos Fiscais

28

DITR – Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural

Agosto/2007 Julho e Agosto/2007 Agosto/2007 Agosto/2007 Exercício – 2005 Ano – Calendário - 2004

De Interesse Principal do Proprietário de Imóvel Rural Exercício - 2007

De Interesse Principal das Pessoas Físicas 6

GFIP - Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia e Informações à Previdência Social

1º a 31/agosto/2007 DOU - 24/08/2007

PREÇO MÉDIO DO COMBUSTÍVEL VEGETAL É DE R$ 1,361 O LITRO, E O DO M³ DO GÁS VEICULAR É DE R$ 1,337

PREÇO DO ÁLCOOL ENCOSTA NO GNV

O

s preços do álcool combustível estão equiparados aos do gás natural veicular (GNV) nos postos de abastecimento, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Desde o final do ano passado, a Petrobras está reajustando os preços do gás para as distribuidoras, que agora estão repassando aos consumidores. O preço médio do litro do álcool em agosto está em R$ 1,361, queda de 15,94% em relação ao do mesmo mês do ano passado. O metro cúbico do GNV, por sua vez, está em R$ 1,337, um aumento de 6,7% sobre a média apurada pela ANP em agosto de 2006. Mas em termos de consumo, o GNV continua mais vantajoso. Enquanto um metro cúbico de GNV é suficiente para o veículo rodar, em média, 12 quilômetros, com álcool a média é de sete quilômetros. Esta é a primeira vez que os

Milton Mansilha/Luz

preços dos dois combustíveis ficam praticamente nos mesmos níveis para o consumidor final. Em agosto do ano passado, o litro do álcool era comercializado por R$ 1,619, enquanto o metro cúbico do GNV estava em R$ 1,266. Em março último, antes do início da colheita da safra de cana-de-açúcar, o álcool estava em R$ 1,581, e o metro cúbico do GNV era vendido por R$ 1,253. A queda nos preços neste ano reflete o aumento da safra. Segundo a ANP, o Rio de Janeiro é uma das poucas cidades do País em que o GNV continua custando menos que o álcool. O metro cúbico é vendido por R$ 1,268, enquanto o litro do álcool é vendido por R$ 1,506. Em São Paulo, o litro do álcool caiu para R$ 1,138 (queda de 16,14% sobre a média de agosto de 2006), enquanto o GNV custa R$ 1,146. Em Ribeirão Preto, que passou a ter postos de GNV no final do primeiro semestre, o álcool está sendo comercializa-

do a R$ 1,047 o litro, e o gás tem preço médio de R$ 1,39. Em São Paulo, o preço médio do álcool está em R$ 1,138, ou seja 6,4% abaixo da média nacional, e no Rio de Janeiro, em R$ 1,506, ou 10,6% acima . O preço mais alto está em Recife, R$ 1,58 o litro. Gasolina– A cidade de Goiânia tem os menores preços médios de gasolina entre as grandes cidades brasileiras. O litro está sendo vendido por R$ 2,253, 9,5% abaixo da média nacional de R$ 2,487. Belo Horizonte vem a seguir. Lá, a gasolina é comercializada por R$ 2,345 o litro, 6,7% abaixo da média nacional. Na outra ponta estão Recife e Brasília. Na capital de Pernambuco, o preço da gasolina está em R$ 2,648, ou 6,5% acima da média brasileira. Na capital federal, o combustível está sendo vendido por R$ 2,582, ou 3,8% a mais. Na capital paulista, o litro da gasolina custa R$ 2,384, e no Rio, R$ 2,487. (AG)

Palha de cana, uma energia extra.

O

presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe hoje, em Brasília, a cúpula do setor sucroalcooleiro do Centro-Sul para discutir o abastecimento de energia elétrica co-gerada a partir da queima da palha da cana-deaçúcar. Eles informarão que o setor tem capacidade para contribuir com o aumento de geração de energia elétrica, até

o início da próxima década, a partir de um fornecimento de 3 mil MW a 6 mil MW, dependendo da estimativa, menos ou mais conservadora. O potencial mínimo de energia co-gerada que pode ser adicionada ao sistema corresponde ao de uma das duas usinas hidrelétricas previstas para o Rio Madeira. Em contrapartida, os empresários pedirão

uma garantia mínima de preço para a compra dessa energia excedente, e que seja criada uma nova forma de aquisição, hoje feita por meio de leilões. Com o preço do MW entre R$ 130 e R$ 140 nas usinas, os usineiros pedirão, no mínimo, R$ 200 ao presidente. O governo estuda financiar o uso da biomassa como fonte alternativa de energia. (AE)

Promotor Mário Antônio Gomes: usinas são multadas.

Cortador terá condição avaliada Mário Tonocchi

A

Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa deve criar uma subcomissão especial para analisar as condições de trabalho no corte da canade-açúcar em São Paulo. A proposta foi apresentada ontem, na segunda audiência pú-

Produção será recorde

A

produção nacional de cana-de-açúcar somará 547,2 milhões de toneladas, resultado recorde e 15,2%

blica a respeito do tema. Em São Paulo, trabalham 120 mil pessoas no corte manual da cana. Metade do contingente é formada por trabalhadores do Norte e Nordeste que aqui vêm só no período da safra, de maio a setembro. O Ministério Público do Trabalho da 15ª Região, com sede em Campinas, já aplicou 1,2 mil multas por irregularida-

des na relação de emprego entre as usinas e os trabalhadores. Segundo o promotor Mário Antônio Gomes, a fiscalização começou em 2006. "Encontrar irregularidades é uma realidade que temos toda semana", disse. Para a próxima reunião, a Comissão vai convocar o secretário de Emprego e Relações do Trabalho, Guilherme Afif Domingos.

superior à colheita do ciclo anterior, de 474,8 milhões. Os números fazem parte da segunda estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), para a safra de cana. A área cultivada com

cana-de-açúcar cresceu 12,3% na safra 2007/2008 na comparação com a anterior. A área plantada cresceu de 6,2 milhões de hectares para 6,9 milhões na safra atual, que começou a ser processada em abril. (AG)


DIGESTO ECONÔMICO - JULHO/AGOSTO 2007 - ANO LXII - Nº 444

JULHO/AGOSTO 2007 ANO LXII Nº 444 - R$ 4,50

EMPREGO SOB MEDIDA Demitir a CLT Supersimples trabalhista O trabalho também é feminino Futuro e passado do emprego Um Degrau no mercado

Com a foto desta capa começa o ensaio fotográfico de Masao Goto Filho


8

Finanças Imóveis Empresas Nacional

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 31 de agosto, sábado e domingo, 1 e 2 de setembro de 2007

Susana Vera/Reuters

O Cohiba, a Triumph, a Harley-Davidson e até a arquitetura viraram ícones do luxo.

PROJETO TÊXTIL TEM INVESTIMENTO DE R$ 52 MILHÕES

Fotos: Divulgação

CAPITAL E REVOLUÇÃO

A

marca de charuto cubano mais cobiçada por milionários de todo o mundo, o Cohiba, é um luxo que nasceu da revolução de 1959, quando Fidel Castro derrotou as forças de Fulgêncio Batista, o ditador e preposto dos EUA nessa ilha caribenha. Lançado em 1966, foi o primeiro charuto produzido pelo regime comunista após a estatização das fábricas. Virou clássico porque se tornou o presente com o qual Fidel Castro cortejava – e ainda corteja – autoridades e admiradores de seu regime. O nome dessa preciosidade artesanal, enrolada folha por folha, é originário da linguagem dos índios cubanos e quer dizer tabaco. O segredo do Cohiba está na seleção da folha (as melhores da ilha, da região de Pinar Del Rio) e no processo de fermentação tríplice da matéria-prima. Essa condição faz com que o charuto tenha aroma e sabor inconfundíveis, envelhecido sem perder o frescor. Mas o produto que nasceu da revolução hoje está associado ao capital. E põe capital nisso. Uma simples caixa do Siglo VI, com 25 charutos, é vendida, em média, por US$ 5 mil. O produto é passaporte de poder. Não à toa, em vez de raro, é comum ver endinheirados e afins o baforarem nas mesas de restaurantes como o Fasano e o Parigi, onde se gasta num almoço bem mais do que um salário mínimo por cabeça. De contradições em contradições, o capital tem, ao longo dos anos, transformado em mercadoria – e de luxo – produtos que seriam símbolos de ideais revolucionários e de rebeldia vendidos pela publicidade. Os exemplos são vários e, na arquitetura,

chegaram a irritar o jornalista e escritor Tom Wolf, que cunhou o livro da "Da Bauhaus ao nosso caos", criticando o império da arquitetura moderna em Nova York. A arquitetura moderna tem no edifício-sede da ONU, assinado pela dupla Le Corbusier e Niemeyer, um dos seus ícones, com influência de Walter Gropius, ao qual Le Corbusier emprestou as pilastras, e Oscar Niemeyer, as curvas. No salão principal, o destaque é o painel Guerra e Paz, de Candido Portinari . Essa arquitetura nasceu para romper com a estética burguesa. Virou o espelho de Nova York. Outro exemplo é o da Harley-Davidson, a moto que o mundo conheceu no cinema, em 1969, no clássico Easy Rider, pilotadas por Dennis Hopper e Peter Fonda. Hoje, "um rebelde" precisaria desembolsar mais de R$ 100 mil por um modelo simples da máquina, enquanto essa clássica pode custar aquilo que o dinheiro nem sempre compra, pois quem a tem não vende por dinheiro nenhum no mundo. É um rebelde com uma única causa: a Harley. A inglesa Triumph, que Marlon Brando pilota em O Selvagem (The Wild One, 1954), é outro ícone que vende o ideal de juventude e rebeldia. Hoje, o selvagem teria de desembolsar R$ 80 mil pelo modelo mais simples. Coisas do capital. Envie informações para essa coluna para o e-mail: carlosfranco@revista publicitta. com.br

O RÁDIO agora virou poste

TERRITÓRIO

A

EASY RIDER: o ronco das motos Harley-Davidson expressaram a falta de rumo de uma geração off-road.

Loducca recorre ao bomhumor para anunciar a rádio VMB 107,3, da MTV, que tem no destaque a tatuada apresentadora Penélope. Um cachorrinho faz do rádio seu poste quando este não está sintonizado na emissora, que faz sucesso entre os moderninhos.

Paulo Pampolin/Sigma

JULIANA Silveira e a caixa

BELA

M

O SELVAGEM: Marlon Brando e uma rebeldia sem causa nas telas.

COHIBA: O primeiro charuto produzido pela Habanos, após a revolução comandada por Fidel Castro e Che Guevara, garante as vendas em alta da estatal, que faturou US$ 370 milhões no ano passado. A revolução colhe os frutos do capital.

esmo encaixotada, na primeira campanha que faz para a Datelli como garotapropaganda da marca, a atriz Juliana Silveira exibe sua beleza. Com criação de Fabiana Kherlakian, a atriz mostra que as cores da coleção da fabricante de calçados e acessórios para a moda primavera-verão são fortes e vibrantes. A temporada de sedução está no ar.

Tecnologia vai deixar os têxteis mais competitivos ção de nanofiltros para remover os pigmentos da água utilizada para o tingimento dos presidente do Sindi- tecidos. Livres desses resícato da Indústria Têx- duos, os líquidos (efluentes) til do Estado de São poderão ser reutilizados pela Paulo (Sinditêxtil-SP), Rafael própria indústria em serviços Cervone Netto, fechou um de jardinagem ou nos sanitáacordo de cooperação com o rios, por exemplo. "Esse tipo Instituto de Investigação Têxtil de tecnologia é muito impore Cooperação Industrial (In- tante para preservação do texter), da Universidade Poli- m e i o a m b i e n t e , j á q u e o s técnica da Catalunha, Espa- efluentes deixarão de ser desnha, um dos mais importantes pejados nos rios", disse o presicentros têxteis do mundo. A dente do Sinditêxtil-SP. Entraves – O setor têxtil braparceria prevê troca de informações e prestação de serviço sileiro, a exemplo do calçadisnas áreas de nanotecnologia, ta, sente os efeitos da baixa do meio ambiente e inovação tec- dólar e da concorrência com os países asiátinológica. "A cos. Por esse i d é i a é q u e o Divulgação motivo, na opiinstituto catanião de Cervolão seja nosso ne Netto, a parcentro de inoceria com o insvação na Eurotituto espanhol pa", disse Cervem em boa vone Netto. hora. "Nossas O acordo foi empresas são firmado pelo compet itivas, Texbrasil, prodesde que teg r a m a d e f on h a m c o n d im e n t o à s e xções mínimas portações da de isonomia", Associação explica. Brasileira da Por isso, é coIndústria Têxmemorado o til (Abit) e da aumento de Agência de 20% para 35% Promoção das Exportações e Cervone Netto defende inovação da Tarifa Externa Comum Investimentos (Apex-Brasil), que destinou (TEC) na importação de teciR$ 52 milhões para dois anos dos e confecções da Ásia pelos países do Mercosul. Mas, para de projetos no setor. "Uma das metas do progra- Cervone Netto, é pouco. Para ma é justamente a inovação, avançar na "busca pela isonopara que possamos agregar mia mínima", o sindicato nevalor aos nossos produtos e, gocia com o governo estadual assim, melhorar nossas expor- a redução do Imposto sobre tações", disse Cervone Netto. Circulação de Mercadorias e Ele citou como exemplo o uso Serviços (ICMS) de toda a cada nanotecnologia na produ- deia têxtil. O setor pleiteia alíção de tecidos inteligentes mi- quota de 7% para os segmentos croencapsulados com insuli- da produção de fibras às conna, vitamina A e roupa íntima fecções e de 12% para as vencom tecido antibacteriano, que das ao consumidor. Hoje, elas são de 12% para a fabricação de já são realidade na Europa. Cervone Netto disse haver fibras e tecidos e de 18% para as interesse também na utiliza- confecções e o varejo.

Patrícia Büll

O


´ ENSAIOFOTOGRAFICO

No decorrer desta edição da Digesto Econômico, o leitor poderá apreciar imagens capturadas pelo fotógrafo Masao Goto Filho em um ensaio fotográfico realizado nas ruas de São Paulo. Cada clic registra sentimentos diversos de trabalhadores em busca de emprego e o vai-e-vem de pessoas na cidade que nunca pára.



DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 31 de agosto, sábado e domingo, 1 e 2 de setembro de 2007

ECONOMIA/LEGAIS - 9

ALFA SEGURADORA S.A. C.N.P.J. 02.713.529/0001-88 ALAMEDASANTOS, 466 - SÃO PAULO - SP RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores Acionistas Em cumprimento às disposições estatutárias, submetemos à apreciação dos Senhores Acionistas as demonstrações financeiras relativas aos semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006, acompanhadas do parecer dos auditores independentes. Comentários sobre nossas operações Desconsiderando os efeitos da contabilização dos prêmios de riscos vigentes mas não emitidos, conforme normativo da SUSEP, os prêmios emitidos tiveram um crescimento de 13% se comparado com o mesmo período do ano anterior.

O índice combinado (sinistros, comissões e outras receitas e despesas operacionais) apresentou um aumento de um patamar de 80% no mesmo semestre do ano anterior para 83% do prêmio ganho no semestre atual, em razão do pequeno aumento no percentual da sinistralidade e no custo relativo da proteção da carteira de auto com rastreadores. Houve redução do indicador das despesas administrativas (sobre prêmio ganho) que compensou a queda do resultado financeiro (sobre prêmio ganho). O retorno sobre o patrimônio líquido inicial no semestre foi de 22% (taxa anualizada) contra 28% verificada no mesmo período do ano anterior, bastante satisfatória se comparada às taxas de juros praticadas no mercado financeiro.

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 (EM MILHARES DE REAIS, EXCETO O LUCRO LÍQUIDO POR LOTE DE MIL AÇÕES DO CAPITAL SOCIAL)

BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 (EM MILHARES DE REAIS) ATIVO Circulante Disponível Caixa e bancos Aplicações Títulos de renda fixa - Públicos Cotas de fundos de investimentos Outras aplicações Créditos de operações com seguros e resseguros Prêmios a receber Operações com seguradoras Operações com resseguradoras Outros créditos operacionais Provisão para riscos sobre créditos Títulos e créditos a receber Títulos e créditos a receber Créditos tributários e previdenciários Depósitos judiciais e fiscais Outros créditos Provisão para riscos sobre créditos Outros valores e bens Bens à venda Despesas antecipadas Despesas operacionais Despesas administrativas Despesas de comercialização diferidas Despesas de comercialização diferidas - Seguros e resseguros Ativo não circulante Realizável a longo prazo Aplicações Outras aplicações Títulos e créditos a receber Créditos tributários e previdenciários Depósitos judiciais e fiscais Despesas de comercialização diferidas Despesas de comercialização diferidas - Seguros e resseguros Permanente Investimentos Outros investimentos (IRB) Imobilizado Bens móveis Outras imobilizações Depreciação Intangível Marcas e Patentes Diferido Despesas de organização, implantação e instalação Amortizações

PASSIVO 2007 206.799 906 906 123.622 390 123.204 28 56.188 50.743 10 4.960 3.285 (2.810) 4.584 96 3.804 186 784 (286) 1.962 1.962 5.256 5.219 37 14.281 14.281 27.756 23.776 66 66 23.680 7.244 16.436 30 30 3.980 1.321 1.321 2.197 10.436 5 (8.244) 14 14 448 4.018 (3.570) 234.555

2006 183.512 1.518 1.518 104.508 442 104.044 22 57.950 53.115 1 2.576 2.834 (576) 2.863 48 2.755 37 309 (286) 1.283 1.283 1.486 1.449 37 13.904 13.904 27.376 22.567 66 66 22.500 6.460 16.040 1 1 4.809 1.321 1.321 2.835 8.013 13 (5.191) 13 13 640 3.944 (3.304) 210.888

2007 158.034 13.876 781 3.214 1.139 2.673 6.069 19.008 113 9.410 1.985 7.500 3.606 3.606 121.544 121.544 84.751 31.262 5.531 21.590 21.590 173 173 173 21.417 20.746 671 54.931 42.131 6.743 66 939 5.052

Circulante Contas a pagar Obrigações a pagar Impostos e encargos sociais a recolher Encargos trabalhistas Impostos e contribuições Outras contas a pagar Débitos de operações com seguros e resseguros Prêmios a restituir Operações com resseguradoras Corretores de seguros e resseguros Outros débitos operacionais Depósitos de terceiros Depósitos de terceiros Provisões técnicas - Seguros e resseguros Ramos elementares e vida em grupo Provisão de prêmios não ganhos Sinistros a liquidar Provisão de sinistros ocorridos mas não avisados Passivo não circulante Exigível a longo prazo Provisões técnicas - Seguros e resseguros Ramos elementares e vida em grupo Provisão de prêmios não ganhos Outros passivos contingentes Provisões fiscais Provisões trabalhistas Patrimônio líquido Capital social - Nacional Aumento de capital (em aprovação) Reservas de capital Reservas de lucro Lucros acumulados

2006 145.763 10.469 538 3.112 1.062 3.248 2.509 17.226 38 7.569 2.193 7.426 4.804 4.804 113.264 113.264 83.845 25.296 4.123 19.662 19.662 6 6 6 19.656 18.998 658 45.463 42.131 – 66 – 3.266

Saldos em 31 de dezembro de 2005 Lucro líquido do semestre Saldos em 30 de junho de 2006 Saldos em 31 de dezembro de 2006 Aumento de capital em aprovação, conforme AGE de 12/02/2007 Aumento de capital em aprovação, conforme AGO de 30/03/2007 Lucro líquido do semestre Saldos em 30 de junho de 2007

234.555

Aumento de capital em aprovação – – – – 1.904 4.839 – 6.743

210.888

Reservas de capital 66 – 66 66 – – – 66

Reservas de lucros – – – 5.778 – (4.839) – 939

Lucros/ (prejuízos) acumulados (2.021) 5.287 3.266 – – – 5.052 5.052

Total 40.176 5.287 45.463 47.975 1.904 – 5.052 54.931

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 (EM MILHARES DE REAIS) 1. Contexto operacional A Seguradora é uma empresa do Grupo Alfa, constituída em 26 de agosto de 1998, suas operações atuais objetivam a administração de operações em seguros dos ramos elementares e vida. 2. Apresentação e elaboração das demonstrações financeiras As demonstrações financeiras foram elaboradas em consonância com as práticas contábeis emanadas da legislação societária brasileira, das normas do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) e estão sendo apresentadas segundo critérios estabelecidos pelo novo plano de contas instituído pela Circular SUSEP nº 334/07, que introduziu alterações na classificação das contas na forma de apresentação das demonstrações financeiras. As demonstrações financeiras relativas ao semestre findo em 30 de junho de 2006, anteriormente publicadas, foram reclassificadas segundo os novos critérios definidos pela SUSEP, para proporcionar melhores condições de comparabilidade. 3. Descrição das principais práticas contábeis a. Apuração do resultado operacional O regime de apuração do resultado é o de competência. Os prêmios de seguros, deduzidos dos prêmios cedidos em cosseguro e resseguro e os respectivos custos de comercialização são registrados quando da emissão das respectivas apólices e notas de seguros e reconhecidos no resultado, em bases lineares, no decorrer do prazo de vigência das apólices, por meio da constituição da provisão de prêmios não ganhos e do diferimento das despesas de comercialização. As operações contratadas, mas cujas apólices ainda não foram emitidas, são registradas por estimativa. As operações de co-seguro aceito e de retrocessão são contabilizadas com base nas informações recebidas das congêneres e do IRB - Brasil Resseguros S.A., respectivamente. b. Estimativas As demonstrações financeiras, de acordo com as práticas contábeis brasileiras, incluem algumas contas cujos valores são determinados por estimativas baseadas na experiência passada, no ambiente legal e de negócios, na probabilidade de ocorrência de eventos sujeitos ou não ao controle da Administração etc.. Itens significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem as provisões para ajuste dos ativos ao valor de realização, as provisões para contingências, as provisões para sinistros a liquidar, as provisões técnicas calculadas atuarialmente e as receitas de prêmios com conhecimento de risco após o decurso do período de cobertura. Essas estimativas são revistas pelo menos semestralmente, buscando-se determinar valores que mais se aproximem dos futuros valores de liquidação dos ativos ou dos passivos considerados. c. Aplicações financeiras Os títulos são classificados segundo a intenção da Administração em mantê-los até o seu vencimento ou de negociá-los antes dessa data. Os títulos a serem mantidos até o vencimento são valorizados pelo valor investido, acrescido dos rendimentos incorridos. Os títulos sujeitos à negociação antes de seu vencimento têm o seu valor contábil ajustado ao valor de mercado. O ajuste ao valor de mercado, para mais ou para menos, é reconhecido no resultado do período (títulos classificados na categoria para “Negociação”) ou em conta específica do patrimônio líquido (títulos classificados na categoria “Disponíveis para venda”), líquida de efeitos tributários. d. Prêmios de seguros fracionados Estão reduzidos dos juros a apropriar, que são calculados pelo valor presente das parcelas vincendas, com base nos juros contratados quando da emissão da apólice. Os juros apropriados ao resultado estão registrados na rubrica “Receitas financeiras”. e. Provisão para riscos sobre créditos A Seguradora adota como política o provisionamento do montante equivalente às apólices com prêmios vencidos e não pagos acima de 60 dias, descontados os efeitos de valores que serão pagos ou recebidos caso o recebimento das apólices venha a se realizar. f. Permanente Demonstrado ao custo de aquisição, combinando com os seguintes aspectos: • Imobilizado - Depreciado pelo método linear, com base na vida útil estimada dos bens, às seguintes taxas anuais: móveis e utensílios 10%; equipamentos e veículos 20% e equipamento dispositivo de rastreamento de veículos 50% (depreciação acelerada). • Diferido - Refere-se ao desenvolvimento de sistemas de processamento de dados no montante de R$ 3.154 (R$ 3.080 em 2006) e benfeitorias em imóveis de terceiros no montante de R$ 864 (R$ 864 em 2006), e está sendo amortizado pelo método linear, à taxa de 20% ao ano. g. Encargos/créditos tributários São apurados com base nas seguintes alíquotas aplicadas sobre as respectivas bases de cálculo de cada encargo: • Imposto de renda : 15% mais adicional de 10% do lucro tributável excedente a R$ 20 mil por mês • Contribuição social : 9% • PIS : 0,65% • COFINS : 4% Os créditos tributários sobre prejuízo fiscal do imposto de renda, base negativa da contribuição social e diferenças temporárias entre o resultado fiscal e o contábil são calculados com base nas alíquotas vigentes. h. Provisões técnicas As provisões técnicas foram constituídas de acordo com os critérios determinados pela Resolução CNSP nº 162/06 (Resolução CNSP nº 120/2004). A provisão de prêmios não ganhos é constituída pela parcela dos prêmios emitidos retidos de seguros correspondentes aos períodos de riscos não decorridos dos contratos de seguros. A provisão de prêmios não ganhos para riscos vigentes, mas não emitidos, foi contabilizada no passivo no montante de R$ 8.506 em 2007 (R$ 11.959 em 2006). A Provisão para Insuficiência de Prêmios (PIP) é calculada atuarialmente, de acordo com metodologia própria submetida à SUSEP, que verifica se o saldo da PPNG é suficiente ou não para cobrir os sinistros e as despesas administrativas referentes aos riscos vigentes nas datas-base. Nos semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006, os cálculos demonstraram não haver necessidade de constituição da PIP. A provisão de prêmios não ganhos relativa às operações de retrocessão é constituída com base em informações recebidas do IRB - Brasil Resseguros S.A.. A provisão de sinistros a liquidar é constituída por estimativa de pagamentos prováveis, líquidos de recuperações, determinada com base nos avisos de sinistros recebidos até a data do balanço e atualizada monetariamente quando cabível. A provisão para sinistros ocorridos mas não avisados foi apurada com base no histórico de sinistros avisados até a data do balanço, conforme conceitos atuariais determinados por atuário registrado no Instituto Brasileiro de Atuária. Em 30 de junho de 2007, a provisão relativa às operações de aceitação direta e co-seguro aceito totaliza R$ 5.528 (R$ 4.117 em 2006), e a relativa às operações de retrocessão, registrada com base em informações recebidas do IRB, totaliza R$ 3 (R$ 6 em 2006). i. Contingências As contingências ativas e passivas são avaliadas individualmente quanto às probabilidades de êxito e perda, pelas assessorias jurídicas interna e externa. Eventuais contingências ativas somente são reconhecidas quando a realização é considerada líquida e certa, já as passivas são provisionadas quando a probabilidade de perda é avaliada como sendo provável, e se possa mensurar com razoável segurança, conforme critérios estabelecidos no pronunciamento técnico NPC nº 22 do IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil e Cartas-circulares SUSEP/DECON/GAB nºs 13, 15 e 17/06. j. Demais ativos e passivos São demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e das variações monetárias incorridas até a data do balanço. 4. Aplicações Composição e classificação das aplicações 2007 2006 Títulos para negociação Cotas de fundos de investimentos exclusivos - Renda fixa (i) (iii) 123.204 94.169 Cotas de fundos de investimentos abertos - Renda fixa (i) – 9.875 Letras financeiras do tesouro (ii) 390 442 Outras aplicações Retenções - IRB Brasil Resseguros S.A. 24 22 Letras financeiras do tesouro - bloqueadas (ii) 4 – FINAM 66 66 123.688 104.574 (i) Refere-se a aplicações em fundos de investimentos de renda fixa com liquidez diária, que estão ajustadas pelo valor de cota do último dia útil do mês de levantamento do balanço, divulgadas pelas instituições financeiras administradoras, Banco Alfa de Investimentos S.A.. (ii) LFT - São títulos pós-fixados valorizados pela taxa Selic com vencimento em setembro de 2007 e setembro de 2008. O valor de mercado foi determinado com base no PU secundário - ANDIMA.

Prêmios retidos Prêmios de seguros Prêmios diretos Prêmios de co-seguros aceitos Prêmios - riscos vigentes não emitidos Prêmios de resseguros cedidos Variações das provisões técnicas Prêmios ganhos Sinistros retidos Sinistros diretos Sinistros de co-seguro aceito e retrocessão Serviços de assistência Recuperações de sinistros Salvados e ressarcimentos Variação da provisão de sinistros ocorridos mas não avisados Despesas de comercialização Comissões Recuperação de comissões Variação das despesas de comercialização diferidas Outras receitas e despesas operacionais Outras receitas operacionais Outras despesas operacionais Despesas administrativas Despesas com tributos Resultado financeiro Receitas financeiras Despesas financeiras Resultado das operações de seguros Resultado não operacional Resultado antes de impostos e participações Imposto de renda Contribuição social Participações sobre o resultado Lucro líquido do semestre Quantidade de ações Lucro líquido por lote de mil ações do capital social - R$

2007 2006 82.274 88.472 92.127 94.902 92.794 82.427 9 1 (676) 12.474 (9.853) (6.430) 701 (17.274) 82.975 71.198 (47.613) (39.137) (55.125) (45.054) (16) 16 (636) (573) 4.474 3.865 4.160 3.036 (470) (427) (11.826) (11.628) (16.270) (16.182) 4.301 1.461 143 3.093 (9.480) (6.074) 4.079 4.431 (13.559) (10.505) (12.464) (11.687) (2.974) (2.733) 8.748 8.257 10.446 9.923 (1.698) (1.666) 7.366 8.196 33 2 7.399 8.198 (1.743) (2.034) (426) (755) (178) (122) 5.052 5.287 47.687.619 45.874.000 105,94 115,25

DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 (EM MILHARES DE REAIS)

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 (EM MILHARES DE REAIS) Capital social 42.131 – 42.131 42.131 – – – 42.131

Perspectivas e planos futuros Com a estabilização inflacionária e também com a queda gradual da taxa de juros de mercado, nosso lucro dependerá cada vez mais dos ganhos operacionais. Nesse sentido, os nossos esforços estão concentrados na busca de ganhos de produtividade, através do investimento em tecnologia e no constante aperfeiçoamento de nossos processos, sem perder de vista a eficiência na gestão dos riscos assumidos. Agradecemos aos Senhores Acionistas a confiança em nós depositada; aos órgãos reguladores e fiscalizadores do mercado pela orientação; aos nossos funcionários pelo trabalho e pela competência no desempenho de suas funções; e aos nossos corretores e segurados pelo prestígio concedido. A Diretoria

(iii) A composição da carteira de aplicações dos fundos de investimentos exclusivos, que inclui títulos para negociação, está demonstrada a seguir: 2007 2006 Valor de mercado - Contábil Sem Até Acima de Custo vencimento 360 dias 360 dias Total atualizado Contábil Operações compromissadas (*) – 111.599 – 111.599 111.599 – Letras financeiras do tesouro - LFT – – 11.620 11.620 11.620 73.313 Letras do tesouro nacional - LTN – – – – – 20.867 Contas a receber/pagar e tesouraria (15) – – (15) (15) (11) Total (15) 111.599 11.620 123.204 123.204 94.169 (*) Refere-se as operações lastreadas em Letras Financeiras do Tesouro - LFT. No semestre findo em 30 de junho de 2007 as aplicações em cotas de fundos de investimentos exclusivos geraram um resultado de R$ 7.565 (R$ 6.932 em 2006) registrados na rubrica de “Receitas/despesas financeiras”. 5. Provisões técnicas e despesas de comercialização diferidas Apresentamos os saldos das provisões técnicas e despesas de comercialização diferidas: 2007 2006 Despesas Despesas Provisões de coml. Provisões de coml. Ramo técnicas diferidas técnicas diferidas Automóvel 88.399 10.436 84.361 10.389 R.C.F. - Veículos 27.083 2.311 23.098 2.166 Acidentes pessoais 2.056 240 2.024 257 Compreensivo empresarial 1.924 753 2.283 745 Demais ramos 2.255 571 1.504 348 Total 121.717 14.311 113.270 13.905 6. Imposto de renda e contribuição social a. Crédito tributário Saldo em Saldo em Natureza do crédito tributário 31/12/06 Adições Baixas 30/06/07 Base negativa 251 71 184 138 Diferenças temporárias 7.317 313 – 7.630 7.568 384 184 7.768 A manutenção dos créditos tributários está fundamentada em estudos e projeções, preparados pela Administração da Seguradora, que levam em consideração o crescimento e a maturação das suas operações. Nesse contexto, estima-se que a Seguradora permanecerá apresentando lucros tributáveis e, assim, realizará os créditos tributários da contribuição social sobre base negativa ao longo dos próximos exercícios até 2008. b. Imposto de renda e contribuição social sobre as operações do semestre Imposto de Contribuição renda social 2007 2006 2007 2006 Lucro antes dos impostos e participações 7.399 8.198 7.399 8.198 Participações (178) (122) (178) (122) Lucro antes dos impostos 7.221 8.076 7.221 8.076 Adições/(exclusões) permanentes Outras 246 101 164 310 Adições/(exclusões) temporárias Provisão para contingência 2.534 2.346 485 (27) Provisão para riscos sobre créditos 242 (27) 242 (27) Provisão para pagamento de despesas e outras (1.299) 2.142 (1.299) 2.142 Base de cálculo antes das compensações 8.944 12.638 6.813 10.474 Compensação de base 30% – (2.290) (2.044) (3.142) Base de cálculo dos tributos 8.944 10.348 4.769 7.332 Valores dos tributos a pagar de IR e CS 2.224 2.575 429 660 Ajuste da provisão do exercício anterior 118 – 166 – Créditos tributários: Sobre prejuízo fiscal e base negativa - Reversão – (573) (184) (282) Sobre diferenças temporárias - Constituição (reversão) 363 1.114 (50) 187 Ajuste sobre base negativa – – 71 – Total registrado no resultado do semestre 1.743 2.034 426 755 7. Patrimônio líquido a. Capital social O capital social, totalmente subscrito e integralizado, está representado por 47.687.619 (45.874.000 em 2006) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal. b. Dividendos e juros sobre o capital próprio Aos acionistas são assegurados dividendos mínimos de 25% sobre o lucro líquido ajustado do exercício, os quais são refletidos nas demonstrações financeiras quando sua distribuição é deliberada pelos acionistas. c. Reservas de capital Está composta por reserva de doações e subvenções no montante de R$ 66 (R$ 66 em 2006). d. Reservas de lucros Está composta por reserva legal no montante de R$ 401 e reserva especial para dividendos no montante de R$ 538. e. Deliberações do semestre Em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 12 de fevereiro de 2007 foi deliberado o aumento do capital no valor de R$ 1.904, com a emissão de 1.813.619 novas ações, através de compensação de juros de capital próprio dos acionistas. O capital social passou a ser representado por 47.687.619 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal. O processo está em aprovação na SUSEP. Em Assembléia Geral Ordinária realizada em 30 de março de 2007 foi deliberada a destinação da reserva de retenção de lucros, sendo R$ 538 para reserva especial de dividendos e R$ 4.839 para aumento de capital. O processo de aumento de capital está em aprovação na SUSEP. 8. Detalhamento de contas da demonstração do resultado a. Principais ramos de atuação % Prêmios Índice de Índice de ganhos sinistralidade comissionamento Ramo 2007 2006 2007 2006 2007 2006 Automóveis 65.050 56.181 57,72 53,88 12,62 15,26 RCF - Veículos 13.154 10.940 68,56 69,40 16,59 16,29 Acidentes pessoais 1.379 1.281 19,14 13,97 17,55 17,17 Compreensivo empresarial 1.777 1.764 15,25 42,69 42,26 41,95 Demais ramos 1.615 1.032 31,76 33,33 27,24 30,52 82.975 71.198 57,38 54,97 14,25 16,33 b. Despesas administrativas 2007 2006 Despesas com pessoal próprio e encargos sociais 6.844 6.055 Despesas com localização e funcionamento 3.174 3.177 Despesas com serviços de terceiros 1.185 1.360 Outras 1.261 1.095 12.464 11.687 c. Despesas financeiras 2007 2006 Despesas com operações de seguros 1.035 1.212 Despesas com CPMF 363 359 Despesas das aplicações 31 – Outras 269 95 1.698 1.666 d. Receitas financeiras 2007 2006 Rendimento das aplicações 7.744 7.579 Receitas com operações de seguros 2.689 2.343 Outras 13 1 10.446 9.923

Atividades operacionais Lucro líquido do semestre Depreciações e amortizações Lucro na venda de imobilizado Outros Lucro líquido ajustado Variação das aplicações Variação dos créditos das operações com seguros e resseguros Variação de títulos e créditos a receber Variação de outros valores e bens Variação de despesas antecipadas Variação das despesas de comercialização diferidas Variação das contas a pagar Variação de débitos de operações com seguros e resseguros Variação de depósitos de terceiros Variação de provisões técnicas - Seguros e resseguros Variação de outros passivos contingentes Caixa líquido gerado/consumido nas atividades operacionais Atividades de investimentos Recebimento pela venda de ativo permanente Pagamento pela compra de ativo permanente Caixa líquido consumido nas atividades de investimentos Atividades de financiamentos Aumento de capital Caixa líquido gerado nas atividades de financiamentos Aumento (redução) nas disponibilidades Variação nas disponibilidades Disponibilidades no início do semestre Disponibilidades no final do semestre Aumento (redução) nas disponibilidades

2007

2006

5.052 1.027 (33) (46) 6.000 (4.688) (5.186) 2.303 (731) (2.357) (142) (3.702) 668 155 3.988 2.270 (1.422)

5.287 1.217 (2) 336 6.838 (12.113) (17.639) (348) 435 (810) (3.094) 935 1.886 836 21.517 2.441 884

47 (1.133) (1.086)

20 (120) (100)

1.904 1.904 (604)

– – 784

1.510 906 (604)

734 1.518 784

e. Outras receitas e despesas operacionais 2007 2006 Outras receitas: Receitas com custo de apólice 3.253 3.282 Outras receitas 826 1.149 Total 4.079 4.431 Outras despesas: Manutenção e rastreamento de veículos (5.698) (2.628) Despesas com assistência ao segurado (*) (4.911) (3.972) Despesas com cobrança (343) (275) Despesas com administração de apólice (201) (123) Despesas com inspeção de risco (184) (834) Outras despesas (2.222) (2.673) Total (13.559) (10.505) Total de outras receitas e despesas operacionais (9.480) (6.074) (*) Serviços terceirizados de Call Center, assistência a pane seca, pane elétrica e assemelhados. Os serviços de assistência 24 horas prestados ao segurado, inerentes à ocorrência de sinistro coberto, neste semestre de 2007 no valor de R$ 636 (R$ 573 em 2006), estão classificados no grupo de sinistros como “Serviços de assistência”, conforme informações fornecidas pelo prestador de serviços. f. Receitas e despesas não operacionais Refere-se a resultado na alienação de bens móveis, no montante de R$ 33 (R$ 2 em 2006). 9. Contingências passivas - Demandas judiciais A Seguradora, no curso normal de suas atividades, é parte em processos de natureza fiscal, previdenciária, trabalhista e cível. As respectivas provisões foram constituídas levando-se em conta a legislação em vigor, a opinião dos assessores legais, a natureza e complexidade dos processos, o posicionamento dos Tribunais, o histórico de perdas e outros critérios que permitam a sua estimativa da forma mais adequada possível. A Administração considera que as provisões existentes na data dessas demonstrações são suficientes para fazer face aos riscos decorrentes desses processos. As provisões constituídas e respectivas variações no período estão demonstradas a seguir: Adições Depósito Saldo em AtuaSaldo em judicial em Natureza 31/12/06 Principal lizações Baixas 30/06/07 30/06/07 1 - Fiscal e Previdenciárias 18.470 2.084 232 40 20.746 15.975 2 - Trabalhista 677 – 45 51 671 186 Total 19.147 2.084 277 91 21.417 16.161 3 - Sinistros - Ações cíveis 7.566 620 625 854 7.957 461 Total 26.713 2.704 902 945 29.374 16.622 Descrição resumida dos processos • As obrigações legais e as contingências fiscais e previdenciárias referem-se principalmente as obrigações tributárias cuja legalidade ou constitucionalidade é objeto de contestação nas esferas administrativa e judicial, com destaque para: (i) COFINS - Está sendo discutido o alargamento da base de cálculo do COFINS determinado pela Lei nº 9.718/98. Os assessores jurídicos classificam o processo com chances de perda remota. O valor provisionado em 30 de junho de 2007 é de R$ 19.802 (R$ 15.296 em 2006). A ação está coberta por depósitos judiciais registradas no realizável a longo prazo; (ii) ICMS - A Seguradora, através do Sindicato das Seguradoras, Previdência e Capitalização do Estado de São Paulo, está contestando judicialmente a exigibilidade deste tributo sobre a venda de salvado de sinistro. O valor provisionado em 30 de junho de 2007 de R$ 609 (R$ 452 em 2006) é suficiente para fazer face ao insucesso da ação judicial. AAdministração considera a possibilidade de perda remota; (iii) CPMF - A Seguradora vem contestando, judicialmente, a legalidade da CPMF incidente sobre a transferência de carteira de planos previdenciários, conforme determinações contidas na Lei Complementar nº 109, de 10 de maio de 2001.A Administração, com base na opinião de seus consultores jurídicos, considera a probabilidade de perda possível. O valor provisionado em 30 de junho de 2007 é de R$ 335 (R$ 305 em 2006). • PIS - Estava sendo discutido o alargamento da base de cálculo do PIS determinado pela Lei nº 9.718/98. A Seguradora obteve trânsito em julgado da ação, no entanto, com base na opinião de seus consultores jurídicos, resolveu manter provisão residual no montante de R$ 2.450 no grupo de outras contas a pagar. Os depósitos judiciais decorrentes da ação estão registrados no realizável a longo prazo, aguardando o retorno dos autos para o levantamento. • Ações trabalhistas - As contingências trabalhistas originam-se de ações judiciais movidas por ex-empregados que buscam obter indenizações referentes a pretensos direitos trabalhistas. A Administração realiza acompanhamentos periódicos para cada ação bem como a avaliação por parte de assessoria jurídica sobre os valores envolvidos e probabilidade de perda de causas, sendo: remota no montante provisionado de R$ 49 (três processos), possível no montante provisionado de R$ 379 (cinco processos) e provável no montante provisionado de R$ 243 (quatro processos) e com depósitos judiciais no montante de R$ 186 (R$ 37 em 2006) registrado no circulante. • Ações cíveis - A Seguradora responde a processos de natureza cível, impetradas por segurados, relacionadas, na sua maioria, a reclamações por danos morais oriundas de sinistros que estão sob discussão judicial ou que foram negados pela Seguradora que estão em diversas fases de tramitação. Para fazer face a eventuais perdas que possam resultar da resolução desses processos foi constituída provisão, classificada em Sinistros a liquidar e em Outros débitos, no montante de R$ 7.957. De acordo com nossos assessores jurídicos, a classificação da probabilidade de perda é a seguinte: remota no montante reclamado de R$ 4.764 (89 processos), possível no montante reclamado de R$ 21.202 (493 processos) e provável no montante reclamado de R$ 3.997 (121 processos), e com depósitos judiciais no montante de R$ 460 (R$ 65 em 2006) registrados no realizável a longo prazo. 10. Cobertura das reservas técnicas Os valores dos bens e direitos vinculados à SUSEP, em cobertura das reservas técnicas, são os seguintes: 2007 2006 Cotas de fundo de investimentos 97.730 85.281 Direitos creditórios por fracionamento: De prêmios (líquidos das parcelas cedidas) 37.260 36.432 134.990 121.713 11. Transações com partes relacionadas As operações com partes relacionadas são realizadas em condições usuais de mercado e as principais operações referem-se à administração da carteira de fundos de investimentos pelo Banco Alfa de Investimentos S.A. e à operação relacionada a serviços de processamento de dados que resultaram em uma despesa de R$ 234 (R$ 218 em 2006). 12. Instrumentos financeiros derivativos Em 30 de junho de 2007 e 2006, a Seguradora não possuía operações em aberto com instrumentos financeiros no mercado de derivativos. 13. Patrimônio líquido ajustado (PLA) e margem de solvência a. Patrimônio líquido ajustado 2007 2006 Patrimônio líquido 54.931 45.463 Despesas antecipadas (5.256) (1.486) Créditos tributários - Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social (138) (553) Marcas e patentes (14) (13) Ativo diferido (448) (640) Patrimônio líquido ajustado 49.075 42.771 b. Margem de solvência 2007 2006 a. Patrimônio líquido ajustado 49.075 42.771 b. 0,2 Prêmio retido anual médio - Últimos 12 meses 32.518 32.293 c. 0,33 Sinistro retido anual médio - Últimos 36 meses 28.753 28.562 d. Margem de solvência (maior valor entre “b” e “c”) 32.518 32.293 Suficiência (valor de “a” menos valor de “d”) 16.557 10.478 Nos termos do artigo 5º da Resolução CNSP 162/06, até 31 de dezembro de 2007 a Seguradora deverá constituir uma Provisão Complementar de Prêmio (PCP) a qual deverá ser utilizada somente como fator de redução no cálculo do patrimônio líquido ajustado (PLA) e para fins de cobertura por ativos garantidores. Embora a Seguradora ainda esteja elaborando os cálculos da PCP, as avaliações preliminares indicaram não haver necessidade da constituição da referida provisão. Em dezembro de 2006 foi publicada a Resolução CNSP nº 155 que dispõe sobre o capital mínimo requerido para funcionamento das sociedades seguradoras o qual será composto por um capital base e parcelas adicionais para cobertura dos riscos de subscrição, de crédito, de mercado, legal e operacional. Na mesma data foi divulgada a Resolução CNSP nº 158 que estabelece critérios para a determinação do capital adicional baseado nos riscos de subscrição. Até que o CNSP regule o capital adicional pertinente aos demais riscos a eventual insuficiência de patrimônio líquido ajustado deverá ser aferida em relação ao maior dos valores entre o capital mínimo requerido e a margem de solvência calculada na forma estabelecida pela Resolução CNSP nº 55/2001. As seguradoras que apresentarem insuficiência de patrimônio liquido ajustado terão um prazo de três anos, a partir de 2008, para ajustamento. A Administração da Seguradora contratou uma consultoria externa para elaboração dos estudos visando aferir o impacto dessa regulamentação nas operações e, eventuais insuficiências serão ajustadas mediante aporte de capital.

DIRETORIA Luiz Henrique Souza Lima de Vasconcellos Diretor

Carlos dos Santos Diretor

Farid Eid Filho Diretor Gerente

Celso Luiz Dobarrio de Paiva Diretor Gerente

Mitsuto Okayama Contador CRC 1SP095128/O-6

Ismael Garcia Atuário MIBA nº 1010 continua



DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 31 de agosto, sábado e domingo, 1 e 2 de setembro de 2007

ECONOMIA/LEGAIS - 11

ALFA PREVIDÊNCIA E VIDA S.A. C.N.P.J. 02.713.530/0001-02 ALAMEDA SANTOS, 466 - SÃO PAULO - SP RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores Acionistas Em cumprimento às disposições estatutárias, submetemos à apreciação dos Senhores Acionistas as demonstrações financeiras relativas aos semestres encerrados em 30 de junho de 2007 e 2006, acompanhadas do parecer dos auditores independentes. Das operações No segmento de previdência privada, iniciamos a comercialização dos planos denominados VGBL em outubro de 2006, cujas contribuições estão reconhecidas na rubrica de prêmios emitidos. No semestre atual, a produção de VGBL atingiu a cifra de R$ 7.562. Somadas, as contribuições de VGBL e PGBL apresentaram um crescimento de 197% se comparadas com o mesmo período do semestre anterior. Com o resultado desse crescimento, aliado à rentabilidade financeira, os ativos administrados da carteira previdenciária passaram de um patamar de R$ 96.715 em junho de 2006 para R$ 138.842

em junho 2007, representando um crescimento de 44%. Os prêmios dos seguros de pessoas (excluído o VGBL) cresceram 9% em relação ao mesmo período do semestre anterior, e houve um decréscimo de 94% na rubrica “prêmios de riscos vigentes não emitidos” (em 2006 foi a primeira constituição e em 2007 somente a variação) e 29% corresponde ao crescimento nos prêmios emitidos. O índice combinado (Sinistros, Comissões, Outras Receitas e Despesas Operacionais) caiu de 74% para 72%, refletindo uma melhora no resultado da carteira. A rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido inicial foi de 26% contra 15% do mesmo semestre do ano anterior, resultado do aumento de produção a níveis condizentes com nossa estrutura operacional. Perspectivas futuras Dentro de um ambiente macroeconômico estável, a Administração acredita que o segmento de

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 (EM MILHARES DE REAIS, EXCETO O LUCRO LÍQUIDO POR LOTE DE MIL AÇÕES DO CAPITAL SOCIAL)

BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 (EM MILHARES DE REAIS) ATIVO Circulante Disponível Caixa e bancos Aplicações Cotas de fundos de investimentos Créditos de operações com seguros e resseguros Prêmios a receber Operações com seguradoras Operações com resseguradoras Provisão para riscos sobre créditos Créditos das operações com previdência complementar Valores a receber Títulos e créditos a receber Títulos e créditos a receber Créditos tributários e previdenciários Depósitos judiciais e fiscais Outros créditos Despesas de comercialização diferidas Seguros e resseguros Ativo não circulante Realizável a longo prazo Títulos e créditos a receber Créditos tributários e previdenciários Depósitos judiciais e fiscais Despesas de comercialização diferidas Seguros e resseguros Permanente Imobilizado Bens móveis Depreciação Intangível Marcas e patentes Diferido Despesas de organização, implantação e instalação Amortizações

PASSIVO 2007 169.050 671 671 161.484 161.484 2.529 2.544 1 289 (305) 1 1 868 140 602 13 113 3.497 3.497 2.468 2.433 438 198 240 1.995 1.995 35 24 31 (7) 2 2 9 15 (6)

2006 121.054 565 565 113.919 113.919 2.943 2.983 1 291 (332) 1 1 521 123 340 – 58 3.105 3.105 1.433 1.401 374 179 195 1.027 1.027 32 18 20 (2) 2 2 12 15 (3)

171.518

122.487

2007 154.238 1.158 98 111 204 646 99 1.293 123 751 419 412 412 23.735 11.790 7.255 2.221 2.314 11.945 11.940 5 127.640 127.640 126.902 3 148 3 118 466 5.562 5.562 5.092 5.092 5.092 470 470 11.718 7.663 2.397 418 1.240 171.518

Circulante Contas a pagar Obrigações a pagar Impostos e encargos sociais a recolher Encargos trabalhistas Impostos e contribuições Outras contas a pagar Débitos de operações com seguros e resseguros Operações com resseguradoras Corretores de seguros e resseguros Outros débitos operacionais Depósitos de terceiros Depósitos de terceiros Provisões técnicas - Seguros e resseguros Ramos elementares e vida em grupo Provisão de prêmios não ganhos Sinistros a liquidar Provisão de sinistros ocorridos mas não avisados Vida individual e vida com cobertura de sobrevivência Provisão matemática de benefícios a conceder Provisão de despesas administrativas Provisões técnicas - Previdência complementar Planos não bloqueados Provisão matemática de benefícios a conceder Provisão de riscos não expirados Provisão de oscilação de riscos Provisão de eventos ocorridos mas não avisados Provisão de resgates e outros valores a regularizar Provisão de despesas administrativas Passivo não circulante Exigível a longo prazo Provisões técnicas - Seguros e resseguros Ramos elementares e vida em grupo Provisão de prêmios não ganhos Outros passivos contingentes Provisões fiscais Patrimônio líquido Capital social Aumento de capital (em aprovação) Reservas de lucros Lucros acumulados

2006 109.783 969 42 195 147 458 127 1.335 46 921 368 486 486 9.921 9.921 6.398 1.627 1.896 – – – 97.072 97.072 96.715 3 127 2 76 149 3.370 3.370 3.065 3.065 3.065 305 305 9.334 7.663 – 108 1.563 122.487

Saldos em 31 de dezembro de 2005 Lucro líquido do semestre Saldos em 30 de junho de 2006 Saldos em 31 de dezembro de 2006 Aumento de capital em aprovação conforme AGE 12/02/2007 Aumento de capital em aprovação conforme AGO 30/03/2007 Lucro líquido do semestre Saldos em 30 de junho de 2007

Aumento de capital – – – – 441 1.956 – 2.397

Reservas de lucros 108 – 108 2.374 – (1.956) – 418

Lucros acumulados 927 636 1.563 – – – 1.240 1.240

Total 8.698 636 9.334 10.037 441 – 1.240 11.718

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 (EM MILHARES DE REAIS) 1. Contexto operacional A Companhia é uma empresa do Grupo Alfa constituída em 1º de junho de 1999. Suas operações atuais objetivam a administração da atividade de seguros de pessoas e de planos de previdência privada. Em outubro de 2006, a Companhia iniciou a comercialização dos planos denominados Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL), conforme aprovação pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), através de processos aprovados em setembro de 2006. 2. Apresentação e elaboração das demonstrações financeiras As demonstrações financeiras foram elaboradas em consonância com as práticas contábeis emanadas da legislação societária brasileira e normas do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) e estão sendo apresentadas segundo critérios estabelecidos pelo novo plano de contas instituído pela Circular SUSEP nº 334/07, que introduziu alterações na classificação das contas na forma de apresentação das demonstrações financeiras. As demonstrações financeiras relativos ao semestre findo em 30 de junho de 2006, anteriormente publicadas, foram reclassificadas segundo os novos critérios definidos pela SUSEP, para proporcionar melhores condições de comparabilidade. 3. Descrição das principais práticas contábeis a. Apuração do resultado O regime de apuração do resultado é o de competência, e por estimativa para receitas de prêmios nos casos em que o risco coberto só é conhecido após o período de cobertura. Os prêmios de seguros, deduzidos dos prêmios cedidos em co-seguro e resseguro, e os respectivos custos de comercialização são registrados quando da emissão das respectivas apólices e notas de seguros e reconhecidos no resultado, em bases lineares, no decorrer do prazo de vigência das apólices, por meio da constituição da provisão de prêmios não ganhos e do diferimento das despesas de comercialização. As operações de co-seguro aceito são contabilizadas com base nas informações recebidas das congêneres. As contribuições para o plano de previdência (PGBL) e os seguros de vida com cobertura de sobrevivência (VGBL) são registradas na aceitação da proposta pelo valor recebido. Nesse momento é constituída reserva correspondente ao valor recebido, deduzido do carregamento. b. Estimativas As demonstrações financeiras, de acordo com as práticas contábeis brasileiras, incluem algumas contas cujos valores são determinados por estimativas baseadas em experiência passada, ambiente legal e de negócios, probabilidade de ocorrência de eventos sujeitos ou não ao controle da Administração etc.. Itens significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem as provisões para ajuste dos ativos ao valor de realização, as provisões para contingências, as provisões para sinistros a liquidar, as provisões técnicas calculadas atuarialmente e as receitas de prêmios com conhecimento de risco após o decurso do período de cobertura. Essas estimativas são revistas pelos menos semestralmente, buscando-se determinar os valores que mais se aproximem dos futuros valores de liquidação dos ativos ou passivos considerados. c. Aplicações financeiras Os títulos são classificados segundo a intenção da Administração em mantê-los até o seu vencimento ou negociá-los antes dessa data. Os títulos a serem mantidos até o vencimento são valorizados pelo valor investido, acrescido dos rendimentos incorridos, e os sujeitos à negociação antes de seu vencimento têm o seu valor contábil ajustado ao valor de mercado. O ajuste ao valor de mercado, para mais ou para menos, é reconhecido no resultado do período (títulos classificados na categoria para “Negociação”) ou em conta específica do patrimônio líquido (títulos classificados na categoria “Disponíveis para venda”) líquida de efeitos tributários. d. Provisão para riscos sobre créditos A Companhia adota como política o provisionamento do montante equivalente às apólices com prêmios vencidos e não pagos acima de 60 dias, descontados os efeitos de valores que serão pagos ou recebidos caso o recebimento das apólices venha a se realizar. e. Permanente • Imobilizado - Está composto por equipamentos de informática, móveis e utensílios no montante de R$ 23 e R$ 1, respectivamente. É depreciado pelo método linear, com base na vida útil estimada dos bens, às seguintes taxas anuais: móveis e utensílios 10% e equipamentos 20%. • Diferido - É composto por despesa de organização e implantação, e está sendo amortizado pelo método linear, à taxa de 20% ao ano. f. Encargos tributários São apurados com base na aplicação das seguintes alíquotas sobre as respectivas bases de cálculo de cada encargo: • Imposto de renda: 15% mais adicional de 10% do lucro tributável excedente a R$ 20 mil por mês • Contribuição social: 9% • PIS: 0,65% • COFINS: 4% g. Provisões técnicas As provisões técnicas foram constituídas de acordo com os critérios determinados pela Resolução CNSP nº 162/06 (Resolução CNSP nº 120/2004). A provisão de prêmios não ganhos é constituída pela parcela dos prêmios emitidos retidos de seguros correspondentes aos períodos de riscos não decorridos dos contratos de seguros. A provisão de prêmios não ganhos para riscos vigentes, mas não emitidos, foi contabilizada no passivo no montante de R$ 1.103 (R$ 1.567 em 2006). A Provisão para Insuficiência de Prêmios (PIP) é calculada atuarialmente, de acordo com metodologia própria submetida à SUSEP, que verifica se o saldo da PPNG é suficiente ou não para cobrir os sinistros e as despesas administrativas a ocorrer referentes aos riscos vigentes nas datasbase. Nos semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006, os cálculos demonstraram não haver necessidade de constituição da PIP. A provisão de sinistros a liquidar é constituída por estimativa de pagamentos prováveis, líquidos de recuperações, determinada com base nos avisos de sinistros recebidos até a data do balanço e atualizada monetariamente quando cabível. A provisão para sinistros ocorridos e não avisados foi apurada com base no histórico de sinistros avisados até a data do balanço, conforme conceitos atuariais determinados por atuário registrado no Instituto Brasileiro de Atuária. Em 30 de junho de 2007, a provisão relativa às operações de aceitação direta e co-seguro aceito totaliza R$ 2.314 (R$ 1.896 em 2006). A provisão de eventos ocorridos, mas não avisados, relativa às operações de previdência, é constituída de acordo com as determinações da Circular SUSEP nº 288 de 1º de abril de 2005. As provisões matemáticas de benefícios a conceder vinculadas a seguros de vida e planos de previdência da modalidade “gerador de benefícios livres” (PGBL e VGBL) representam o montante das contribuições efetuadas pelos participantes, líquidas de carregamento e outros encargos contratuais, acrescidas dos rendimentos financeiros gerados pela aplicação dos recursos em fundos de investimento especialmente constituídos (FIEs). A Provisão de Insuficiência de Contribuições (PIC) é constituída para fazer face a eventual oscilação desfavorável nos riscos técnicos assumidos na provisão matemática de benefícios a conceder, considerando tendência de maior sobrevida dos participantes, tomando por base a tábua de mortalidade (AT-83 Male). Nos semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006, os cálculos demonstraram não haver necessidade de constituição da PIC em razão do resultado da avaliação atuarial para a PIC (pois a tábua utilizada na comercialização dos planos projeta sobrevida maior que a tábua AT-83 Male), e para o POF é o critério previsto na estruturação dos planos que estabelece a constituição somente em caso de existência de benefícios concedidos. Não constituímos Provisão de Oscilações Financeiras (POF), pois não temos benefícios concedidos, em todo caso, nossos planos prevêem taxa de juros de 0,00% (zero por cento). h. Contingências Para as contingências ativas e passivas são feitas avaliações individualizadas das probabilidades de êxito e perda, por parte das assessorias jurídicas interna e externa. Eventuais contingências ativas somente são reconhecidas quando a realização é considerada líquida e certa; já as passivas são provisionadas quando a probabilidade de perda é avaliada como sendo provável e se possa mensurar com razoável segurança, conforme critérios estabelecidos no Pronunciamento Técnico NPC nº 22 do IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil e nas Cartas-circulares SUSEP/DECON/GAB nºs 13, 15 e 17/06. i. Demais ativos e passivos São demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e das variações monetárias incorridas até a data do balanço. 4. Aplicações financeiras Composição e classificação das aplicações Títulos para negociação 2007 2006 Cotas de fundos de investimentos - Renda fixa 22.642 17.204 Cotas de fundos de investimentos - PGBL e VGBL 138.842 96.715 Total das aplicações 161.484 113.919 São fundos de investimentos exclusivos de renda fixa com liquidez diária, estando ajustados pela cota do último dia útil do mês de levantamento do balanço, divulgada pela instituição financeira administradora, Banco Alfa de Investimentos S.A.. Acomposição da carteira de aplicações dos fundos de investimentos exclusivos está demonstrada a seguir: Títulos para negociação - Cotas de fundos de investimentos - Renda fixa 2007 2006 Valor de mercado - Contábil Sem Até Acima venci360 de 360 Custo mento dias dias Total atualizado Contábil Operações compromissadas (*) – 22.331 – 22.331 22.331 – Letras financeiras do tesouro – – 314 314 314 12.539 Letras do tesouro nacional – – – – – 4.668 Contas a receber/pagar e tesouraria (3) – – (3) (3) (3) Total (3) 22.331 314 22.642 22.642 17.204

2007 2006 2.346 1.577 17.685 9.413 18.068 9.621 18.068 9.621 (373) (208) (10) – (9.334) (3.234) 8.351 6.179 (2.886) (2.096) (2.614) (1.791) (14) (9) 52 155 (310) (451) (2.954) (2.223) (3.955) (3.562) 1.001 1.339 (165) (283) 435 55 (600) (338) 771 664 3.685 3.480 3.685 3.480 (1.581) (1.503) (1.581) (1.503) 817 708 817 708 (2.150) (2.021) (2.150) (2.021) (1.763) (1.676) (454) (397) 1.174 800 10.287 7.477 (9.113) (6.677) 2.074 968 (463) (228) (170) (90) (201) (14) 1.240 636 6.806.469 6.520.000 182,18 97,55

Operações de seguros Prêmios retidos Prêmio de seguros Prêmios de seguros Prêmios cedidos em resseguros Resgates de seguros de vida individual/VGBL Variações das provisões técnicas Prêmios ganhos Sinistros retidos Sinistros diretos Serviços de assistência Recuperação de sinistros Variação da provisão de sinistros ocorridos mas não avisados Despesas de comercialização Comissões Variação das despesas de comercialização diferidas Outras receitas e despesas operacionais Outras receitas operacionais Outras despesas operacionais Operações de previdência Rendas de contribuições retidas Rendas de contribuições Variações das provisões técnicas Variação das provisões técnicas Rendas com taxa de gestão Rendas com taxa de gestão Despesas com benefícios e resgates Despesas com resgates Despesas administrativas Despesas com tributos Resultado financeiro Receitas financeiras Despesas financeiras Resultado antes de impostos e participações Imposto de renda Contribuição social Participações sobre o resultado Lucro líquido do semestre Quantidade de ações Lucro líquido por lote de mil ações do capital social - R$

DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 (EM MILHARES DE REAIS)

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2007 E 2006 (EM MILHARES DE REAIS) Capital social 7.663 – 7.663 7.663 – – – 7.663

previdência privada continuará apresentando um crescimento bastante significativo, tendo em vista as dificuldades apresentadas pela previdência pública, bem como uma maior demanda por poupanças com características de longo prazo. No segmento de seguro de pessoas a Administração pretende focar sua atuação em nichos específicos e aproveitar a sinergia com as empresas do grupo. Dentro desse contexto, espera-se continuar apresentando um crescimento gradativo e consistente da produção, dentro de parâmetros de subscrição com baixa exposição ao risco. Agradecimentos Agradecemos aos Senhores Acionistas pela confiança depositada, aos Órgãos Reguladores e Fiscalizadores do mercado pela orientação e aos nossos Funcionários pelo trabalho e competência. A Diretoria

Títulos para negociação - Cotas de fundos de investimentos - PGBL e VGBL 2007 2006 Valor de mercado - Contábil Sem Até Acima venci360 de 360 Custo mento dias dias Total atualizado Contábil Cotas de fundos de investimento de renda fixa 86.039 – – 86.039 81.833 5.809 Operações compromissadas (*) – 32.676 – 32.676 32.676 – Ações de companhias abertas 8.993 – – 8.993 7.458 8.253 Letras financeiras do tesouro – – 7.537 7.537 7.462 24.156 Notas do tesouro nacional – 772 2.612 3.384 3.464 2.796 Debêntures – – 598 598 600 1.381 Letras do tesouro nacional – – – – – 53.796 Operações com derivativos – – – – – (108) Contas a receber/pagar e tesouraria (385) – – (385) (385) 632 Total 94.647 33.448 10.747 138.842 133.108 96.715 (*) Refere-se a operações lastreadas em Letras Financeiras do Tesouro - LFT. No semestre findo em 30 de junho de 2007 as aplicações em cotas de fundos de investimentos exclusivos geraram um resultado de R$ 10.284 (R$ 7.476 em 2006) registrados na rubrica de “Receitas/despesas financeiras”. 5. Movimentação de contas patrimoniais a. Provisões técnicas - Previdência complementar 2007 2006 Saldo no início do semestre 113.095 88.567 Transferências aceitas/cedidas PGBL 4.225 310 Adições decorrentes de contribuições 3.685 3.480 Rendimento das cotas do PGBL 8.631 6.304 Resgates (2.150) (2.021) Outras movimentações 154 430 Provisão de eventos ocorridos mas não avisados – 2 Saldo no final do semestre 127.640 97.072 b. Provisões técnicas e despesas de comercialização diferidas Apresentamos os saldos das provisões técnicas e despesas de comercialização diferidas (seguros e resseguros): 2007 2006 Despesas Despesas Provisões de coml. Provisões de coml. Ramo técnicas diferidas técnicas diferidas Acidentes pessoais 4.360 135 2.981 112 Vida em grupo 3.516 86 2.356 53 Prestamistas 8.989 5.270 7.624 3.966 VGBL 11.945 – – – Demais ramos 17 1 25 1 Total 28.827 5.492 12.986 4.132 6. Imposto de renda e contribuição social a. Crédito tributário Saldo em Saldo em Natureza do crédito tributário 31/12/06 Adições Baixas 30/06/07 Diferenças temporárias 244 7 – 251 244 7 – 251 b. Imposto de renda e contribuição social Imposto Contribuição de renda social 2007 2006 2007 2006 Lucro antes dos impostos e participações 2.074 968 2.074 968 Participações (201) (14) (201) (14) Lucro antes dos impostos 1.873 954 1.873 954 Adições e exclusões permanentes Outras 28 8 18 43 Adições e exclusões temporárias Provisão para contingências 134 244 – – Provisão para riscos sobre créditos (88) 51 (88) 51 Provisão para pagamento de despesas 11 14 11 14 Base de cálculo dos tributos 1.958 1.271 1.814 1.062 Valores dos tributos a pagar de IR e CS 477 305 163 96 Créditos tributários: Sobre diferenças temporárias - Constituição 14 77 (7) 6 Total registrado no resultado do semestre 463 228 170 90 7. Patrimônio líquido a. Capital social O capital social, subscrito e integralizado, está representado por 6.806.469 (6.520.000 em 2006) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal. b. Dividendos e juros sobre o capital próprio De acordo com o estatuto, os acionistas têm direito a um dividendo mínimo de 25% do lucro líquido do exercício, ajustado na forma prevista pelo art. 202 da Lei das Sociedades por Ações. Os dividendos são reconhecidos contabilmente quando sua distribuição é deliberada pelos acionistas. c. Reservas de lucros Está composta por reserva legal no montante de R$ 156 (R$ 63 em 2006), reserva estatutária no montante de R$ 45 (R$ 45 em 2006) e reserva especial para dividendos no montante de R$ 217. d. Deliberações Em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 12 de fevereiro de 2007 foi deliberado o aumento do capital no valor de R$ 441, com a emissão de 286.469 novas ações, através de compensação de juros de capital próprio dos acionistas. O capital social passou a ser representado por 6.806.469 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal. O processo está em aprovação na SUSEP. Em Assembléia Geral Ordinária realizada em 30 de março de 2007 foi deliberada a destinação da reserva de retenção de lucros, sendo R$ 217 para reserva especial de dividendos e R$ 1.956 para aumento de capital. O processo de aumento de capital está em aprovação na SUSEP. 8. Detalhamento de contas das demonstrações de resultados a. Principais ramos de atuação % Prêmios Índice de Índice de ganhos sinistralidade comissionamento Ramo 2007 2006 2007 2006 2007 2006 Acidentes pessoais 1.524 971 7,94 23,48 15,35 16,99 Prestamistas 3.915 3.565 32,95 27,77 52,92 48,02 Vida em grupo 2.892 1.606 50,66 53,42 22,30 21,17 Demais ramos 20 37 50,00 54,05 15,00 16,22 8.351 6.179 34,56 33,92 35,37 35,99 A Companhia comercializa, principalmente, planos de previdência privada. As contribuições aos planos totalizaram R$ 3.685 (R$ 3.480 em 2006) e foram transformadas em cotas de fundos denominados “Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL)”, que possuem, segundo os seus regulamentos, regras específicas para resgate, transferência e transformação das cotas em plano de renda. A Companhia iniciou a comercialização do VGBL em outubro de 2006. As contribuições aos planos, que totalizam R$ 7.563 em 2007, foram transformadas em cotas de fundos denominados “Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL)” que possuem, segundo seus regulamentos, regras específicas. b. Despesas administrativas 2007 2006 Despesas com pessoal próprio 1.222 1.214 Despesas com serviços de terceiros 220 209 Despesas participadas (Nota Explicativa nº 9) 118 64 Despesas com localização e funcionamento 79 57 Despesas com publicação 2 34 Outras despesas 122 98 1.763 1.676 c. Despesas financeiras 2007 2006 Despesas dos planos de previdência (PGBL/VGBL) 8.980 6.304 Despesas com CPMF 102 299 Despesas com operações de seguros 6 7 Outros 25 67 9.113 6.677 d. Receitas financeiras 2007 2006 Rendimentos dos planos de previdência (PGBL/VGBL) 8.980 6.304 Rendimentos das aplicações 1.304 1.172 Outros 3 1 10.287 7.477

Atividades operacionais Lucro líquido do semestre Depreciações e amortizações Lucro líquido ajustado Variação das aplicações Variação dos créditos das operações com seguros e resseguros Variação de títulos e créditos a receber Variação das despesas de comercialização diferidas Variação de contas a pagar Variação de débitos de operações com seguros e resseguros Variação de depósitos de terceiros Variação de provisões técnicas - Seguros e resseguros Variação de provisões técnicas - Previdência complementar Variação de outros passivos contingentes Caixa líquido consumido nas atividades operacionais Atividades de investimentos Pagamento pela compra de ativo permanente Caixa líquido consumido nas atividades de investimentos Atividades de financiamentos Aumento de capital Caixa líquido gerado nas atividades de financiamentos Redução nas disponibilidades Variação nas disponibilidades Disponibilidades no início do semestre Disponibilidades no final do semestre Redução nas disponibilidades

2007

2006

1.240 5 1.245 (26.909) (378) 178 (1.001) (562) 259 (763) 12.222 14.545 45 (1.119)

636 4 640 (11.527) (1.992) (347) (1.339) 398 972 (297) 4.188 8.505 305 (494)

(4) (4)

(8) (8)

441 441 (682)

– – (502)

1.353 671 (682)

1.067 565 (502)

e. Outras receitas e despesas operacionais - Seguros e resseguros 2007 2006 Outras receitas: Receitas com custo de apólice 43 48 Outras receitas 392 7 Total 435 55 Outras despesas: Despesas com cobrança (28) (20) Despesas com administração de apólices e/ou contratos (160) (43) Despesas com provisão de riscos sobre créditos 89 (51) Despesas de prestação de serviços diversos (74) (97) Despesas com lucros atribuídos (124) – Outras despesas (303) (127) Total (600) (338) Total de outras receitas e despesas operacionais (165) (283) f. Outras receitas operacionais - Previdência Conforme previsto no contrato de administração do fundo de investimento dos planos de previdência, PGBL, parte da taxa de administração cobrada nos fundos é revertida como receita da Alfa Previdência e Vida S.A.. 9. Transações com partes relacionadas As operações com partes relacionadas são realizadas em condições usuais de mercado, e as principais operações referem-se à administração da carteira de fundos de investimentos pelo Banco Alfa de Investimentos S.A. e ao rateio de parte das despesas administrativas com a Alfa Seguradora S.A., resultando em uma despesa de R$ 118 (R$ 64 em 2006). 10. Cobertura das reservas técnicas Os valores dos bens e direitos vinculados à SUSEP, em cobertura das reservas técnicas, estão representados por cotas de fundos de investimentos, no montante de R$ 17.280 (R$ 14.029 em 2006). 11. Instrumentos financeiros derivativos Em 30 de junho de 2007 e 2006, a Companhia não possuía operações em aberto com instrumentos financeiros no mercado de derivativos. 12. Contingências passivas - Demandas judiciais Depósito Saldo em Adições Saldo em judicial em Natureza 31/12/2006 Principal Atualizações Baixas 30/06/2007 30/06/2007 1 - Fiscal e Previdenciárias 425 134 15 104 470 53 Total 425 134 15 104 470 53 2 - Sinistros - Ações cíveis 730 – 58 – 788 187 Total 1.155 134 73 104 1.258 240 A Companhia, no curso normal de suas atividades, é parte em processos de naturezas fiscal, previdenciária e cível. As respectivas provisões foram constituídas levando-se em conta a legislação em vigor, a opinião dos assessores legais, a natureza e complexidade dos processos, o posicionamento dos Tribunais, o histórico de perdas e outros critérios que permitam a sua estimativa da forma mais adequada possível. A Administração considera que as provisões existentes na data dessas demonstrações são suficientes para fazer face aos riscos decorrentes desses processos. As provisões constituídas estão demonstradas a seguir: Fiscais As obrigações legais e as contingências fiscais e previdenciárias referem-se principalmente as obrigações tributárias cuja legalidade ou constitucionalidade é objeto de contestação nas esferas administrativa e judicial, com destaque para: (i) CPMF - A Companhia vem contestando, judicialmente, a legalidade da CPMF incidente sobre a transferência de carteira de planos previdenciários, conforme determinações contidas na Lei Complementar nº 109, de 10 de maio de 2001. A Administração, com base na opinião de seus consultores jurídicos, considera a probabilidade de perda possível, e que a provisão de R$ 335 (R$ 305 em 2006), registrada no balanço no exigível a longo prazo, é suficiente para cobrir eventuais perdas decorrentes do julgamento final do processo judicial; (ii) COFINS e PIS Está sendo discutido o alargamento da base de cálculo do PIS e da COFINS determinado pela Lei nº 9.718/98. Os assessores jurídicos classificam, em 30 de junho de 2007, o processo com chances de perda possível, e a provisão é de R$ 135. As ações estão parcialmente cobertas por depósitos judiciais registradas no realizável a longo prazo; (iii) INSS - A Companhia recolheu o montante de R$ 104 referente ao processo do INSS sobre pagamento de programa de incentivo de vendas que estava sendo objeto de questionamento pelasAutoridades Fiscais. Cíveis A Companhia responde a processos de natureza cível, impetrados por segurados, relacionados, na sua maioria, a reclamações por danos morais oriundas de sinistros que estão sob discussão judicial ou que foram negados pela Companhia e que estão em diversas fases de tramitação. Para fazer face a eventuais perdas que possam resultar da resolução desses processos, foi constituída provisão, classificada em sinistros a liquidar e débito de sinistro, no montante de R$ 788 em 2007. De acordo com nossos assessores jurídicos, a classificação da probabilidade de perda é a seguinte: remota no montante reclamado de R$ 1.016 (15 processos), possível no montante reclamado de R$ 1.210 (55 processos) e provável no montante reclamado de R$ 63 (6 processos), e com depósitos judiciais no montante de R$ 187 registrado no realizável a longo prazo. Trabalhista A Companhia não possui em 30 de junho de 2007 e 2006 processos em andamento na esfera judicial trabalhista. 13. Patrimônio líquido ajustado (PLA) e margem de solvência a. Patrimônio líquido ajustado 2007 2006 Patrimônio líquido 11.718 9.334 Marcas e patentes (2) (2) Ativo diferido (9) (12) Patrimônio líquido ajustado 11.707 9.320 b. Margem de solvência 2007 2006 a. Patrimônio líquido ajustado 11.707 9.320 b. 0,2 Prêmio retido anual médio - Últimos 12 meses 5.655 3.233 c. 0,33 Sinistro retido anual médio - Últimos 36 meses 1.162 575 d. Margem de solvência (maior valor entre “b” e “c”) 5.655 3.233 Suficiência (valor de “a” menos valor de “d”) 6.052 6.087 Nos termos do artigo 5º da Resolução CNSP 162/06, até 31 de dezembro de 2007 a Seguradora deverá constituir uma Provisão Complementar de Prêmio (PCP) a qual deverá ser utilizada somente como fator de redução no cálculo do patrimônio líquido ajustado (PLA) e para fins de cobertura por ativos garantidores. Embora a Seguradora ainda esteja elaborando os cálculos da PCP, as avaliações preliminares indicaram não haver necessidade da constituição da referida provisão. Em dezembro de 2006 foi publicada a Resolução CNSP nº 155 que dispõe sobre o capital mínimo requerido para funcionamento das sociedades seguradoras o qual será composto por um capital base e parcelas adicionais para cobertura dos riscos de subscrição, de crédito, de mercado, legal e operacional. Na mesma data foi divulgada a Resolução CNSP nº 158 que estabelece critérios para a determinação do capital adicional baseado nos riscos de subscrição. Até que o CNSP regule o capital adicional pertinente aos demais riscos a eventual insuficiência de patrimônio líquido ajustado deverá ser aferida em relação ao maior dos valores entre o capital mínimo requerido e a margem de solvência calculada na forma estabelecida pela Resolução CNSP nº 55/2001. As seguradoras que apresentarem insuficiência de patrimônio líquido ajustado terão um prazo de três anos, a partir de 2008, para ajustamento. A Administração da Seguradora contratou uma consultoria externa para elaboração dos estudos visando aferir o impacto dessa regulamentação nas operações e, eventuais insuficiências serão ajustadas mediante aporte de capital.

DIRETORIA Luiz Henrique Souza Lima de Vasconcellos Diretor

Carlos dos Santos Diretor

Farid Eid Filho Diretor Gerente

Celso Luiz Dobarrio de Paiva Diretor Gerente

Mitsuto Okayama Contador CRC 1SP095128/O-6

Ismael Garcia Atuário MIBA nº 1010

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Diretores eAcionistas da Alfa Previdência e Vida S.A. São Paulo - SP Examinamos os balanços patrimoniais da Alfa Previdência e Vida S.A. levantados em 30 de junho de 2007 e 2006 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas

demonstrações financeiras. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Companhia; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgadas; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Companhia, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira

da Alfa Previdência e Vida S.A. em 30 de junho de 2007 e 2006, os resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 10 de agosto de 2007 Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6

Zenko Nakassato Contador CRC 1SP160769/O-0


Tradução: Rodrigo Garcia 1. Visão geral

D

urante os anos 80 e 90, a participação das mulheres no mercado de trabalho cresceu substancialmente no mundo todo. Isso cria expectativas que mais oportunidades de trabalho e autonomia econômica para as mulheres pudessem levar a uma maior igualdade entre os gêneros. Para ajudar a determinar o quanto essas esperanças estão sendo realizadas, é necessário analisar a força das tendências do mercado de trabalho para mulheres com mais detalhe. Com esse objetivo, o estudo "Tendências Globais de Emprego para Mulheres", da OIT, questiona se a tendência de uma participação maior das mulheres no mercado de trabalho permanece e se elas encontraram bons e produtivos empregos, capazes de capacitá-las de fato a usar seu potencial e conquistar a independência econômica. A abordagem é baseada em atualizações e análises de números dos principais indicadores dos mercados de trabalho. Eles incluem: participação na força de trabalho, desemprego, setor e status do emprego, salário/vencimentos e nível de educação e habilidades. Considerados juntos, eles mostram se quem quer trabalhar o faz de fato, se para uma mulher encontrar um emprego é mais difícil do que para um homem, as diferenças do tipo de trabalho feito por mulheres e por homens e a igualdade de tratamento em setores que vão de salários a educação e treinamento. As principais conclusões são: - Em números absolutos, mais mulheres do que nunca estão participando do mercado de trabalho no mundo todo. Elas estão tanto empregadas quanto ativamente procurando por um emprego. - Esse retrato geral, porém, conta apenas parte da história. Nos últimos dez anos, a taxa de participação na força de trabalho (a proporção de mulheres em idade de trabalhar que têm emprego ou estão procurando) parou de crescer, com muitas regiões registrando quedas. A inversão é marcante, mesmo que ela reflita, em parte, a maior participação das mulheres jovens na educação. - Mais mulheres do que nunca estão de fato trabalhando. A proporção feminina do total de empregos permaneceu praticamente inal-

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DIGESTO ECONÔMICO JULHO/AGOSTO 2007

Masao Goto Filho/e-SIM

As diferenças salariais persistem. Na grande maioria das regiões e em muitos empregos, as mulheres ganham menos pelo mesmo trabalho.

terada em 40% no ano passado (de 39,7% há dez anos). A expressão “trabalhando” resume todas as pessoas empregadas, de acordo com a definição da OIT, que inclui autônomos, empregado, empregadores, bem como membros da família que não são pagos. - Ao mesmo tempo, mais mulheres do que nunca estão desempregadas, com o índice de desemprego das mulheres (6,6%) maior do que o dos homens (6,1%). - As mulheres têm mais probabilidade de trabalhar em empregos com pouca produtividade na agricultura e nos serviços. A participação das mulheres nos empregos industriais é muito menor do que a dos homens e diminuiu nos últimos dez anos. - Quanto mais pobre a região, maior a probabilidade de que as mulheres trabalhem como membro colaborador da família sem pagamento ou autônomas com baixa renda. As mulheres que trabalham ajudando a família, em particular, provavelmente não serão independentes economicamente. A passagem de membro colaborador da família sem pagamento ou de autônoma de baixa renda para um emprego com salário é um grande passo rumo à liberdade e a autodeterminação para muitas mulheres. A participação de mulheres com trabalho assalariado cresceu nos últimos dez anos de 42,9% em 1996 para 47,9% em 2006. Porém, especialmente nas regiões mais pobres do mundo, essa participação ainda é menor para as mulheres do que para os homens. - Há evidências de que as diferenças salariais persistem. Na grande maioria das regiões e em muitos empregos, as mulheres ganham menos pelo mesmo trabalho. Mas também há algumas evidências de que a globalização pode ajudar a diminuir as diferenças salariais em diversas profissões. - As mulheres jovens têm mais probabilidade de aprender a ler e escrever do que há dez anos. Mas ainda há uma diferença entre os níveis de educação das mulheres e dos homens. E há uma grande incerteza se as mulheres têm a mesma chance dos homens em desenvolver suas habilidades durante a vida profissional. Essas tendências mostram que, apesar de algum progresso, não há motivos para tranqüilidade. Políticas para aumentar as chances de uma participação igualitária nos mercados de trabalho estão começando a dar resultados, mas o ritmo no qual as diferenças estão sendo diminuídas é muito lenta. Como resultado, as mulheres têm mais probabilidade do que os homens em ficarem desencorajadas e desistirem de serem economicamente ativas. E para as mu-


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Imóveis Empresas Negócios Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

CARTÃO FACILITA ACESSO AO CONSUMO

sexta-feira, 31 de agosto, sábado e domingo, 1 e 2 de setembro de 2007

118

milhões de cartões de crédito de marca própria (private labels) circulam no mercado brasileiro

ATÉ O FINAL DE 2007, TRANSAÇÕES COM CARTÕES DE CRÉDITO SUPERARÃO AS COM CHEQUES EM 52%.

CARTÃO TOMA O LUGAR DO CHEQUE Paulo Pampolin/Hype

Sonaira San Pedro

A

té o final do ano, o número de transações com cartões de crédito deverá superar o das com cheques compensados em 52%, e com tendência de distanciamento, de acordo com o estudo "O cartão de crédito na economia", realizado pela Itaucard. Em 1994, os portadores de dinheiro eletrônico realizaram 200 milhões de transações, número que deverá subir para R$ 2,4 bilhões no final de 2007. Enquanto isso, o número de cheques compensados diminuiu de 4,1 bilhões para 1,5 bilhão no mesmo período. "Nos últimos 14 anos, com a estabilidade econômica que se conquistou por meio do Plano Real, os consumidores enxergaram o plástico como um importante canal de acesso ao consumo", disse o diretor de marketing de cartões do Itaú, Fernando Chacon. "Nessa época, registrou-se um aumento da participação do cartão de crédito no consumo privado no País de 2,7%, em 1994, para 14,4%", acrescentou. O parcelamento sem juros e as facilidades de obtenção de crédito que o plástico oferece ajudaram a impulsionar o mercado. No primeiro semestre de 2007, as compras parceladas sem encargos já representam 50,1% do total do consumo com cartão, enquanto as compras à vista, 49,9%. "E a preferência pelas prestações

sem juros deve crescer cada vez mais, e fechar 2007 com 51,9% de representatividade", disse Chacon. "Essa facilidade permite maior volume de consumo e também melhor controle financeiro, já que o uso consciente do cartão faz deste um instrumento importante de acesso ao consumo." F a t ur a m e n to – O estudo também aponta a utilização do cartão de crédito nos diversos segmentos da economia no primeiro semestre de 2007. No período, foi registrado um faturamento 19,8% maior que na mesma época do ano passado, o equivalente a R$ 82,9 bilhões. "Tamanho crescimento foi impulsionado pelo forte incremento nas transações de vestuário, eletrônicos e turismo e entretenimento, que responderam por 55% da variação no período", afirmou Chacon. O volume transacionado com dinheiro eletrônico em

compras no setor de vestuário cresceu 23,2%, para R$ 15,8 bilhões, na comparação do primeiro semestre de 2006 com o mesmo período deste ano. Já as compras de produtos eletrônicos pagas com cartão de crédito aumentaram 23,5%, e atingiram R$ 13 bilhões. Gastos com companhias aéreas, agências de viagem, restaurantes e entretenimento em geral cresceram 27,4%, para R$ 9,7 bilhões. De acordo com o estudo, 68% das compras realizadas online são pagas com cartão de crédito. "Estima-se que até o final de 2007 o comércio eletrônico movimente R$ 6,4 bilhões, dos quais R$ 4,35 bilhões em compras serão pagos por meio do plástico", disse Chacon. A projeção para o final de 2007 é que o faturamento da indústria de cartões cresça 20% e atinja os R$ 181,6 bilhões, com 2,3 bilhões de transações.

É baixa a oferta de cartões para os pequenos empresários Roseli Lopes

A

falta de um maior conhecimento por parte dos bancos brasileiros das necessidades de micros e pequenas empresas, um dos segmentos que mais cresceram nos últimos anos, limita a expansão do mercado de crédito, em especial da indústria de cartões. Para o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), ainda é pequena a oferta de produtos financeiros a esse público, quando comparada à oferecida à pessoa física. O principal motivo para a pequena atuação dos bancos no segmento está na desinformação das instituições quanto à demanda pelo cartão. "As micros e pequenas empresas são clientes que podem oferecer elevada margem de ganho para os emissores e administradores de cartões, pois podem ser facilmente fidelizados. Mas, para isso, é preciso ter tecnologia e plataforma adequadas de atendimento, com serviços e produtos voltados para o setor", disse o gerente da Unidade de Acesso a Serviços Financeiros do Sebrae Nacional, Alexandre Guerra de Araújo. Hoje, de acordo com o Sebrae e com base em números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 80% das micros e peque-

A TÉ LOGO

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Marcopolo começa a montar ônibus na Rússia

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Fazenda cria grupo para inserir o Brasil na OCDE

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Morre presidente das empresas Dedini

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Exportadoras crescem mais do que produtos

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Democratas (DEM) entrou com Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal contra cobrança da CPMF.

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CPMF

nas empresas do País não têm 2006 pela Mastercard, com 600 cartão de crédito. Ou porque pequenos e médios empresádesconhecem o produto ou rios do País, ratifica que o poporque a oferta por parte dos tencial para o crescimento do emissores é precária. Entre os cartão de crédito entre esse pú20% que têm o plástico, o per- blico é elevado. De acordo com centual dos que utilizam o car- o levantamento, o dinheiro tão como meio de pagamento ainda é o meio de pagamento não chega a 10%. O alto custo e mais usado. Um dos motivos é a falta de limites diferenciados o custo elevado do plástico. para a pessoa jurídica (inferior "Os cartões, tanto o de débito ao da física) também são fato- quanto o de crédito, são algo res inibidores da adesão dos novo para as micros e pequepequenos empreendedores ao nas empresas", explica a vicepresidente da cartão de crédiMastercard do to, na visão do Brasil, Regina Sebrae. Rocha. Chegar Em pe nha da a esse público em mudar esse para crescer é quadro, a entipor cento das micros um dos desadade quer senfios da indússibilizar bane pequenas tria de cartões, cos, emissores empresas do País reconhece Ree administragina. "Ela predores dos carnão têm cartão de cisa descobrir tões quanto ao crédito por formas de inpotencial das desconhecimento ou cluir esse segm i c r o s e p emento em suas quenas. "As baixa oferta. carteiras". instituições O segmento trabalham de forma muito competente com concentra quase 60% dos emo mercado consumidor. Mas pregos com carteira assinada e ainda têm muito a caminhar, 26% da massa salarial. Tamtêm o desafio de incluir as jurí- bém participa com 2% do voludicas, em especial as peque- me de produtos embarcados nas, ainda distantes desse mer- ao exterior. De tudo o que o gocado. O Sebrae quer mostrar verno compra no mercado, aos bancos o ganho que teriam 13% têm por fornecedores micom esse cliente, que conhece- cros e pequenos empresários. mos profundamente", expli- A participação do segmento na composição do Produto Intercou Alexandre Araújo. Pesquisa feita no final de no Bruto (PIB) chega a 20%.

Embraer terá ganho extra de US$ 75 milhões

Maria Tereza Haidar, Roseli Garcia, da ACSP, e Álvaro Musa, da Partner, participaram do evento ontem.

Congresso faz homenagem a profissionais de destaque Sergio Leopoldo Rodrigues

U

m reconhecimento ao trabalho das pessoas que contribuíram para o desenvolvimento do setor de cartões e de crédito ao consumidor no Brasil. "E um reconhecimento aos que se destacaram em seus negócios nesses dois setores", disse ontem Álvaro Musa, diretor da Partner Conhecimento, ao anunciar os 10 homenageados do C4 – 2007 (Congresso de Cartões e Crédito ao Consumidor). A superintendente de Serviços da Associação Comercial

de São Paulo (ACSP), Roseli Garcia, entregou os prêmios. Ela destacou que "aqui estão os líderes e executivos que batalham no dia-a-dia pelo aprimoramento do setor". E anunciou a homenagem póstuma ao ex-superintendente da ACSP, Roberto Haidar, recebida por sua sobrinha, Maria Tereza Haidar. "Ele era um homem querido e um profissional que marcou todos nós profundamente", disse Roseli. Flávio Rocha, que também é vice-presidente da ACSP, recebeu o troféu em nome de seu pai, Nevaldo Rocha, fundador do Grupo Guararapes e Lojas

Riachuelo. Flávio afirmou que o prêmio "é o reconhecimento da obra de um homem que devotou 60 anos à ciência e arte do comércio e ao trabalho de seus 28 mil colaboradores". Foram ainda homenageados, Samuel Klein, fundador das Casas Bahia; Deib Otoch, fundador das Lojas Esplanada; Luiz Acosta, executivo da Visa do Brasil; Sergio Darcy, ex-diretor do BC; Élcio de Lucca, presidente da Serasa; Francisco Pio, fundador das Lojas Visão; Agnaldo Calbucci, presidente da Atento; e também Hélio Mattar, presidente do Instituto Akatu.

Segmento de private label cresce no mercado nacional

C

ada vez mais lojas emitem cartão de crédito com marca própria para serem usados nos estabelecimentos de sua rede, os chamados private label (do inglês, etiqueta particular). O mercado brasileiro do segmento já acumula 118 milhões de plásticos, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). Nos cinco primeiros meses de 2007, o número de transações com esses cartões alcançou 284 milhões, 13% a mais que no mesmo período do ano passado. Os valores movimentados em compras com os cartões de lojas e redes foram de R$ 11,1 bilhões, contra R$ 9,7 bilhões entre janeiro de maio de 2006. "As lojas que adotam cartões de crédito com marca própria reduzem custos por conta da cobrança de menores taxas de administração em relação a financeiras ou bancos, oferecem crédito e maior poder de compra para os clientes de menor renda", diz o co-autor do livro Cartão de Crédito Private Label, a arma de crédito na mão do varejo, André Alexandre Alves. "Além do mais, quando se dá um cartão de crédito com a marca da empresa para o cliente, todas as vezes que ele abrir a carteira, vai se lembrar da empresa." De acordo com Alves, nas lojas de vestuário que adotaram o cartão de marca própria, as vendas com esse tipo de pagamento representam 72% do total. Já nos supermercados, elas alcançam 30% das vendas. "Isso por-

que esses cartões costumam oferecer condições diferenciadas de pagamento e descontos em determinados itens", afirma Alves. "Assim, é possível tornar o cliente fiel", afirma Alves. E foi mesmo de olho na fidelidade dos clientes que a Dicico, rede varejista de material de construção, lançou seu cartão de crédito com marca própria em novembro do ano passado. Já foram distribuídos 60 mil plásticos em parceria com o Banco do Brasil, que cuida da parte administrativa e banca a possível inadimplência. O investimento foi de R$ 2 milhões e, hoje, do total de vendas da empresa, 30% vêm de pagamentos com cartão próprio. "Só quem tem esse cartão tem direito a descontos especiais e parcelamento em até 11 vezes, sem juros e sem entrada", informa o diretor de Marketing da empresa, Carlos Corazzin. Já o Atacadista Roldão, que tinha parceria com a financeira Fininvest na emissão dos cartões private label desde 2005, começa a administrar por conta própria a produção, emissão e o financiamento dos cartões. O investimento inicial para a implantação do uso do plástico na rede foi de R$ 400 mil. "Conhecemos nossos clientes e podemos avaliar o crédito que liberamos", diz o diretor Administrativo e Financeiro, Luiz Carlos Lopes. Parceria – A Associação C o m e rc i a l d e S ã o P a u l o (ACSP) também oferece a seus associados um cartão private label, o "Nosso Vare-

jo". Financiado pela Losango, ele não leva marca própria – mas os logos da ACSP e da Losango – e foi criado para atender a pequenos comerciantes que ainda não têm condições de assumir os custos de emissão de um cartão de crédito próprio. "A vantagem é que esse tipo de cartão tem taxas de administração mais baixas que a média e ajuda na concessão de crédito", diz a consultora de negócios da ACSP, Jacira Barros. "Com esses cartões, os clientes das empresas têm acesso a uma rede credenciada da administradora que abrange desde supermercados a farmácias, além de poder realizar saques na rede Banco 24Horas, de acordo com o crédito concedido." A primeira rede de lojas a adotar o cartão desenvolvido pela ACSP foi a Darco Artefatos de Couro, em abril do ano passado. "A demanda dos clientes pelo produto foi tamanha que, em oito meses, emitimos 7 mil cartões", conta a gerente da unidade Moema, Izildinha Batista. "E como não esperávamos tanta procura dos fregueses pelo benefício, em dezembro do ano passado tivemos de adiar a emissão de mais plásticos por falta de infra-estrutura apropriada", afirma a gerente da loja. Mas, diante da grande cobrança dos clientes, a Darco já está se preparando para voltar a emitir os cartões. "Em poucos dias, estaremos prontos para distribuir o benefício novamente", afirma. "É grande a demanda pelo produto." (SSP)


lheres que trabalham há uma grande possibilidade de estarem entre os trabalhadores pobres – elas trabalham, mas não ganham o suficiente para tirá-las, e suas famílias, da pobreza. Considerando por fim a persistente falta de uma responsabilidade sócio-econômica para as mulheres e uma distribuição desigual das responsabilidades do lar, ainda há algumas formas para se obter a igualdade entre homens e mulheres. No momento em que o mundo cada vez mais percebe que um trabalho bom e produtivo é a única forma sustentável de sair da pobreza, analisar o papel da mulher no mundo do trabalho é particularmente importante. Progresso completo, emprego decente e produtivo, um novo alvo dentre os dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, só serão possíveis se as necessidades específicas das mulheres no mercado de trabalho sejam discutidas. Participação feminina nos mercados de trabalho A crescente proporção de mulheres na força de trabalho e a diminuição cada vez mais intensa das diferenças entre os índices de participação dos homens e mulheres têm sido uma das tendências do mercado de trabalho mais destacadas nos tempos recentes. Nos últimos dez anos, porém, surgiu um retrato mais detalhado em relação à participação feminina, com consideráveis diferenças entre as faixas etárias e regiões. No geral, nunca houve tantas mulheres economicamente ativas. O total da força de trabalho feminina, formada tanto por mulheres em-

pregadas quanto desempregadas, era de 1,2 bilhão em 2006, acima de 1,1 bilhão em 1996. A diferença entre os índices de participação na força de trabalho de homens e mulheres (força de trabalho como parte da população com idade de trabalhar) diminuiu um pouco durante o período de dez anos. Já que nesta época havia 66 mulheres na ativa para cada 100 homens na ativa. Em 2006, esse número estava quase no mesmo nível, com 67 mulheres para cada 100 homens. No mesmo período, o índice de participação na força de trabalho feminina caiu ligeiramente para 52,4%, frente a 53% em 1996. Porém, mais do que ser um sinal de estagnação, é o resultado de duas tendências positivas que se neutralizam. À medida que a educação entre as mulheres jovens se espalha mais rapidamente, a participação das mulheres jovens na força de trabalho diminui. Ao mesmo tempo, o índice de participação das mulheres adultas era um pouco maior em 2006 do que há dez anos. Enquanto isso, as tendências em níveis regionais variam muito. Aumentos nas atividades econômicas das mulheres foram particularmente altos na América Latina, Oriente Médio e Norte da África, e nas economias desenvolvidas e na União Européia (UE). Nos três casos, isso levou a uma diferença um pouco menor entre os índices de participação feminina e masculina na força de trabalho. Por outro lado, também há regiões onde a diferença aumentou. Na África Subsaariana era 0,3 ponto percentual maior em 2006 do que dez anos antes, e no Leste da Ásia, ela aumentou quase um ponto percentual (veja gráfico 1).

JULHO/AGOSTO 2007 DIGESTO ECONÔMICO

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 31 de agosto, sábado e domingo, 1 e 2 de setembro de 2007

ECONOMIA/LEGAIS - 13

Roberto Stuckert Filho/Agência O Globo

American Life Companhia de Seguros CNPJ/MF nº 67.865.360/0001-27 Relatório da Administração A American Life, neste primeiro semestre de 2007, ao tempo em que ampliou sua base de clientes, registrou lucro líquido superior ao do ano de 2006 (R$ 2.109). Tal resultado foi obtido graças à criteriosa aceitação de riscos e rígido controle sobre as despesas administrativas, que possibilitaram atingir uma taxa combinada de 89% (excluídos os tributos). São Paulo, 29 de agosto de 2007. A Diretoria

Guido Mantega, José Alencar e Lula, na reunião ministerial de ontem

Mantega: inflação fica abaixo da meta

M

esmo com a alta dos preços em agosto, medida pelo Índice Geral de Preços de Mercado (IGPM), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem que a inflação neste ano fechará abaixo da meta de 4,5%. Em entrevista após uma reunião ministerial, Mantega disse não haver repique inflacionário e previu que os preços voltarão a um nível mais baixo nos próximos meses. Segundo ele, a alta do IGP-M em agosto foi "sazonal", provocada pela entressafra de alimentos. Mantega disse ainda que não há a "mais remota possibilidade de o governo precisar utilizar a banda superior da meta de inflação", que vai até 6,5%. Na última quarta-feira, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que a inflação medida pelo IGP-M subiu 0,98% em agosto, ante 0,28% em julho. O resultado ficou acima das estimativas dos analistas do mercado. Mas, para o ministro, o avanço do indicador ainda está dentro das previsões do mercado, que projeta uma inflação para este ano de 3,7% a 3,8%. "Todo ano tem entressafra e alguns meses oscilam mais ou menos. São fatores sazonais. Até o momento, não preocupa", completou. Sem déficit – Na reunião com o presidente Lula, Mantega projetou também que o País vai zerar em dois anos o déficit público (receitas menos despesas, incluindo pagamento de

juros da dívida), segundo relato da assessoria do Palácio do Planalto. Mas depois, na entrevista coletiva, o ministro foi mais cauteloso e disse que esse desempenho poderia ocorrer "em dois ou três anos". "A rigor, minha previsão sempre foi a de alcançar o déficit nominal zero até o final deste governo, mas não posso prometer que será em dois anos. O fato é que o ritmo é muito bom", disse. "Com crescimento da arrecadação, as despesas crescendo menos e o País crescendo a taxas maiores, vemos vários fatores conspirando para acelerar a chegada do déficit zero", acrescentou. O ministro também titubeou ao falar sobre o impacto das turbulências internacionais no crescimento da economia. Primeiro Mantega afirmou que "na pior das hipóteses" a crise nos mercados poderia afetar negativamente a atividade econômica em 2008. Depois recuou, e disse que se referia às projeções feitas por analistas de mercados, que estimariam perda 0,1 a 0,3 ponto percentual no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2008. Na reunião ministerial, Mantega afirmou que o País está preparado para enfrentar as turbulências internacionais e alcançou um novo patamar de desenvolvimento que classificou de "social-desenvolvimentista". Segundo ele, esse novo modelo combina crescimento econômico com distribuição de renda. (AE)

Devolução de imposto está nas mãos de Serra

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André Alves

projeto de lei número 272/2005, que prevê a restituição do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) a donos de carros furtados ou roubados, foi aprovado na última terça-feira por unanimidade na Assembléia Legislativa de São Paulo. De autoria do deputado estadual Jonas Donizette (PSB), ele será enviado ao governador José Serra (PSDB), para sanção ou veto. Caso seja sancionado, o projeto poderá entrar em vigor no começo de 2008. A proposta consiste na devolução proporcional do IPVA aos proprietários de veículos furtados ou roubados. "O contribuinte quita o IPVA pelo ano todo. De acordo com o projeto, o motorista só pagará pelos meses em que efetivamente teve a posse do automóvel. O resto, será devolvido", explicou o deputado. Dessa forma, quem teve o carro furtado em abril, por exemplo, só pagará o imposto referente aos três primeiros meses do ano. Justiça – A idéia do projeto de lei, segundo Donizette, surgiu a partir de reclamações de motoristas que enfrentaram o problema. "Daí, em 2005, resolvi apresentá-lo. Trata-se de uma proposta que obedece a um senso de justiça. Não é justo o motorista pagar imposto por um bem que ele não possui

mais. No Rio Grande do Sul, uma lei semelhante já está em vigor desde 1996". Conforme lembrou o deputado, "o IPVA é um tributo que compõe as receitas do estado. Ele deve custear, entre outras coisas, a segurança pública. Porém, além de não oferecer esse serviço ao cidadão que paga seus impostos, o estado não devolve o IPVA relativo ao período no qual a vítima não tem mais o carro. Alguma coisa precisava ser feita." A compensação aos contribuintes, conforme determina o projeto, poderá ser feita de duas maneiras: o cidadão pode receber o valor em dinheiro ou pode obter um crédito, a ser abatido do custo do IPVA de um novo automóvel que venha a adquirir. "Levei em consideração dois pilares para formular o projeto: o direito do cidadão e a segurança, que é um dever do estado. Agora é só aguardar a decisão final do governo. Estou muito otimista", ressaltou o deputado. Em 2006, de acordo com levantamento da Secretaria de Segurança Pública, cerca de 190 mil veículos foram roubados ou furtados no Estado de São Paulo. Segundo informações da assessoria de imprensa do Governo do Estado de São Paulo, assim que o projeto de lei chegar da Assembléia Legislativa, o governador José Serra terá 15 dias úteis para vetar ou sancionar a medida.

Balanços Patrimoniais semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 (Em milhares de reais) Ativo 2007 2006 Passivo Circulante 25.683 13.629 Circulante Disponível 21 30 Contas a pagar Caixa e bancos 21 30 Obrigações a pagar Aplicações 15.887 10.104 Impostos e encargos sociais a recolher Títulos de renda fixa 12.495 5.969 Encargos trabalhistas Quotas de fundo de investimentos 3.392 4.135 Impostos e contribuições Créditos das operações c/ seguros e resseguros 7.820 2.777 Outras contas a pagar Prêmios a receber 6.347 2.706 Débitos de operações com seguros e resseguros Operação com resseguradoras 1.616 141 Operação com resseguradoras Outros créditos operacionais 378 342 Corretores de seguros e resseguros (-) Provisão para riscos de créditos (521) (412) Outros débitos operacionais Títulos e créditos a receber 1.075 503 Depósitos de Terceiros Títulos e créditos a receber 343 133 Provisões técnicas-seguros e resseguros Créditos tributários e previdenciários 656 339 Ramos elementares e vida em grupo Outros créditos 76 31 Provisão de prêmios não ganhos Despesas antecipadas – 7 Sinistros a liquidar Administrativas – 7 Provisão de sinistros ocorridos mas não avisados Despesas de comercialização diferida 880 208 Outras provisões Seguros e resseguros 880 208 Ativo não circulante 2.335 3.088 Realizável a longo prazo 1.214 1.831 Passivo não circulante Aplicações 1 1 Exigível a longo prazo Outras aplicações 1 1 Contas a pagar Títulos e créditos a receber 1.213 1.830 Obrigações a pagar Créditos tributários e previdenciários 472 641 Tributos diferidos Depósitos judiciais 56 56 Outros créditos a receber 685 1.133 Permanente 1.121 1.257 Patrimônio líquido Investimentos 101 101 Capital social Participações societárias 101 101 Aumento de capital (em aprovação) Imobilizado 722 703 Reservas de reavaliação Imóveis 1.094 1.094 Lucros ou prejuízos acumulados Bens móveis 300 187 Outras imobilizações 6 6 (-) Depreciação (678) (584) Intangível 8 8 Marcas e patentes 8 8 Diferido 290 445 Despesas de organização, implantação e instalação 1.196 1.300 (-) Amortização (906) (855) Total do Ativo 28.018 16.717 Total do Passivo As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 (Em milhares de reais) 1. Contexto Operacional – A Companhia tem por objetivo a comercialização de seguros de pessoas e previdência, podendo ainda participar de outras sociedades. Conforme aprovado em AGO/E realizada em 31 de março de 2006 o acionista Pedro Pereira de Freitas adquiriu 34,42% das ações ordinárias da Seguradora, correspondente a 6.565.266.198 ações, anteriormente pertencentes à Assistência Médica São Paulo S.A. Os atos societários aprovados na referida AGO/E se encontram em fase de aprovação pela SUSEP. 2. Apresentação das Demonstrações Financeiras – As demonstrações financeiras são preparadas de acordo com a legislação societária, sendo observadas as normas regulamentares do Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP e Superintendência de Seguros Privados – SUSEP. A Circular SUSEP nº 334/2007 instituiu o novo modelo de plano de contas para as Sociedades Seguradoras, de Capitalização e Entidades Abertas de Previdência Complementar, que passou a ser adotado a partir de 1 de janeiro de 2007. A principal alteração foi no modelo de divulgação da “Demonstração de resultado”. 3. Descrição das Principais Práticas Contábeis – a) Prêmios de seguros e despesas de comercialização: Os prêmios de seguros e cosseguros, os prêmios cedidos e os respectivos custos de comercialização são registrados quando da emissão da apólice ou fatura e reconhecidos no resultado segundo o transcorrer da vigência do risco. Os prêmios de retrocessão são contabilizados com base nos informes recebidos do IRB – Brasil Resseguros S/A. As receitas e os custos relacionados às apólices com faturamento mensal, cuja emissão da fatura ocorre no mês subseqüente ao período de cobertura, são reconhecidas por estimativa, calculadas com base no histórico de emissão. Os valores estimados são ajustados e revertidos quando da emissão da fatura. b) Títulos e valores mobiliários: Os títulos e valores mobiliários são classificados de acordo com a intenção da Administração, nas seguintes categorias: • títulos para negociação; • títulos disponíveis para venda; • títulos mantidos até o vencimento. Os títulos classificados como para negociação e disponíveis para venda são ajustados ao seu valor de mercado e os classificados como títulos mantidos até o vencimento são avaliados pelo seu custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos até a data do balanço. Os ajustes ao valor de mercado dos títulos classificados para negociação são apropriados ao resultado do período. Os ajustes ao valor de mercado dos títulos classificados como disponíveis para venda são contabilizados em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido “Ajuste com Títulos e Valores Mobiliários”, líquido dos efeitos tributários, sendo transferidos para o resultado do período quando da efetiva realização pela venda definitiva dos respectivos títulos e valores mobiliários. O valor de mercado dos títulos públicos foi calculado com base no “Preço Unitário da Resolução 550” em 30 de junho de 2007 e 2006, informado pela Associação Nacional das Instituições de Mercado Aberto – Andima. Os fundos de investimentos financeiros são avaliados pelo valor da quota, informado pelos Administradores dos fundos, na data do balanço. c) Provisão para riscos sobre créditos: A provisão para riscos sobre créditos é calculada sobre a totalidade das parcelas vencidas acima de 90 dias, em bases consideradas suficientes para fazer face às eventuais perdas na realização de contas a receber. d) Imobilizado: O imobilizado está demonstrado ao custo de aquisição, acrescido da reavaliação e líquido de depreciação acumulada. As depreciações são calculadas pelo método linear, com base no prazo estimado de vida útil dos bens, sendo utilizadas as taxas de 10% ao ano para os bens móveis, 20% ao ano para veículos e 4% ao ano para imóveis. e) Diferido: Demonstrado pelo custo de aquisição dos softwares. A amortização é apurada pelo método linear pelo prazo de 5 anos. f) Provisão para tributos sobre lucros: A contribuição social foi constituída pela alíquota de 9% e o imposto de renda foi constituído pela alíquota de 15%, acrescido de adicional de 10% para lucros que excedem a R$ 240 no exercício, quando aplicável. Os créditos tributários foram constituídos em consonância com as normas instituídas pelo CNSP e SUSEP, às alíquotas de 25% para imposto de renda e 9% para a contribuição social, líquido da provisão para perdas. g) Provisões técnicas: As provisões técnicas são constituídas e calculadas em consonância com as determinações e os critérios estabelecidos pelo CNSP e pela SUSEP, assim resumidas: A provisão de prêmios não ganhos é constituída pelas parcelas de prêmios retidos correspondente ao período de risco a decorrer, calculado pelo método pro rata-dia. As provisões técnicas de retrocessão são constituídas com base nas informações recebidas do IRB – Brasil Resseguro S.A. A “Provisão de insuficiência de prêmios” – PIP é calculada com base em nota técnica atuarial. A aplicação das premissas estabelecidas na referida nota técnica não resultou em provisão a constituir em 30 de junho de 2007 e 2006. A provisão de sinistros a liquidar é constituída por estimativa de pagamentos prováveis determinada com base nos avisos de sinistros recebidos até a data do balanço. A provisão de sinistros ocorridos mas não avisados é calculada segundo estudos técnicos atuariais efetuados por atuário externo, com base no histórico de sinistros avisados até a data das demonstrações financeiras e de acordo com as Resoluções CNSP e Circulares SUSEP aplicáveis. 4. Aplicações 2007 2006 Valor Valor Títulos para Venci- investido Valor investido Valor negociação mento atualizado contábil atualizado contábil a) Títulos de renda fixa Certificados de Dep. Bancário 17/08/2009 2.759 2.759 Certificados de Dep. Bancário 28/05/2008 1.790 1.790 Certificados de Dep. Bancário 19/01/2009 317 317 Certificados de Dep. Bancário 23/05/2008 707 707 Certificados de Dep. Bancário 12/06/2009 404 404 Certificados de Dep. Bancário 04/05/2009 102 102 Certificados de Dep. Bancário 28/05/2007 – – 1.568 1.568 LFT 15/08/2007 53 53 LFT 19/09/2007 9 9 LFT 17/10/2007 6 6 LFT 19/12/2007 465 465 LFT 19/03/2008 499 499 LFT 18/06/2008 35 35 LFT 17/09/2008 552 552 LFT 15/10/2008 630 630 LFT 17/12/2008 486 486 LFT 18/03/2009 9 9 LFT 17/06/2009 91 91 LFT 16/09/2009 38 38 LFT 15/11/2006 – – 308 308 LFT 20/12/2006 – – 277 277 LFT 20/06/2007 – – 23 23 LFT 15/08/2007 – – 47 47 LFT 19/09/2007 – – 183 183 LFT 17/10/2007 – – 6 6 LFT 19/12/2007 – – 393 393 LFT 19/03/2008 – – 41 41 LFT 17/09/2008 2.142 2.142 1.888 1.888 LFT 17/12/2008 1.401 1.401 1.235 1.235 Total 12.495 12.495 5.969 5.969 b) Cotas de fundos de investimento Total

3.392 15.887

3.392 15.887

4.135 10.104

4.135 10.104

5. Títulos e Créditos a Receber 2007 2006 Conta gráfica 328 130 Depósito caucionado 12 Outros 3 3 Títulos e créditos a receber – ativo circulante 343 133 Depósito judicial 377 377 Conta gráfica 308 756 Outros créditos a receber – ativo realiz. a longo prazo 685 1.133 Conta gráfica: Refere-se a valores a receber junto ao acionista Assistência Médica São Paulo S.A., decorrente do contrato de venda de parte da participação societária firmado em 23 de novembro de 2002, no qual a Assistência Médica São Paulo S.A. se compromete a ressarcir à American Life todos os desembolsos que esta venha a efetuar, proveniente de fatos ocorridos anteriormente à data de 30 de setembro de 2002. Os créditos decorrentes de valores já pagos pela American Life, no montante de R$ 328 (R$ 130 em 2006), estão contabilizados no ativo circulante. Os

2007 15.402 1.613 393 59 74 902 185 3.503 1.240 2.220 43 782 9.504 9.504 606 5.841 2.884 173

2006 7.109 955 220 107 89 383 156 865 204 661 – 26 5.263 5.263 421 2.575 2.267 –

746 746 746 646 100

1.063 1.063 1.063 955 108

11.870 11.467 – 195 208

8.545 10.467 1.000 208 (3.130)

28.018

16.717

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 (Em milhares de reais) Pela legislação societária Aumento Reser- Lucros/ de capital vas de (Prej.) Capital (em reava- acumusocial aprovação) liação lados Total Saldos em 31/12/2005 9.117 2.350 244 (4.051) 7.660 Aumento de capital 1.350 (1.350) – – – homologado Reversão de tributos sobre reserva de reavaliação – – 18 – 18 Realização da reserva de reavaliação (baixa) – – (54) 54 – Lucro líquido do semestre – – – 867 867 Saldos em 30/06/2006 10.467 1.000 208 (3.130) 8.545 Saldos em 31/12/2006 11.467 – 202 (1.912) 9.757 Reversão de tributos sobre reserva de reavaliação – – 4 – 4 Realização da reserva de reavaliação (baixa) – – (11) 11 – Lucro líquido do semestre – – – 2.109 2.109 Saldos em 30/06/2007 11.467 – 195 208 11.870 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras créditos decorrentes de valores ainda não pagos, mas cuja despesa tenha sido reconhecida por meio de provisão, no montante de R$ 308 (R$ 756 em 2006), estão contabilizados no Realizável à longo prazo na conta “Outros créditos a receber”. 6. Créditos Tributários Imposto renda 2007 2006 67 13

Adições temporárias Sobre prejuízos fiscais e bases negativas 560 Sub-total 627 (-) Provisão para perdas (280) Total 347

916 929 (458) 471

Contribuição social 2007 2006 24 5

2007 91

202 226 (101) 125

762 1.246 853 1.264 (381) (623) 472 641

330 335 (165) 170

Total 2006 18

A Administração decidiu manter a provisão em 50% do saldo de créditos tributários decorrentes de prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social até que as expectativas de lucratividade se confirmem por pelo menos 3 anos. A expectativa, com base em orçamentos plurianuais, é que esses créditos serão realizados no prazo máximo de 2 anos. 7. Investimentos e Imobilizado 2007 2006 Participações societárias 101 101 Total de investimentos 101 101 Imóveis de uso próprio 1.094 1.094 Equipamentos de informática 152 121 Móveis, máquinas e utensílios 64 39 Telecomunicações e arrendamento mercantil 84 27 Outras imobilizações 6 6 Depreciação acumulada (678) (584) Total do imobilizado 722 703 Em 30 de junho de 2005 o saldo de edificações no montante de R$ 687, líquido de depreciação, estava classificado como investimentos em “imóveis destinados a renda”. Em 2006 o referido imóvel passou a ser utilizado pela Companhia e foi reclassificado para o imobilizado. 8. Diferido – O ativo diferido estava assim composto em 30 de junho: 2007 2006 Prazo de AmorAmortiz. Custo tização Total Total Despesas de Organização 5 anos 22 – 22 40 Despesas de Instalações 5 e 10 anos 236 (65) 171 335 Benfeitorias em imóveis de terceiros 5 anos 37 (10) 27 34 Softwares 5 anos 901 (831) 70 36 Total 1.196 (906) 290 445 9. Leasing – A Seguradora arrendou máquina copiadora, impressora, equipamentos de ar condicionado, equipamento de informática e veículos através de contratos com duração até 36 meses. As despesas incorridas com os arrendamentos no semestre totalizaram R$ 76 (R$ 39 em 2006). Os compromissos assumidos em virtude destes contratos com vencimentos até o mês de junho de 2010 representam: Ano 2007 2006 2006 – 88 2007 81 92 2008 138 66 2009 66 6 2010 3 – Total 288 252 10. Detalhamento por Ramo das Provisões Técnicas Provisão de Provisão de prêmios Sinistros a sinistros ocorridos não ganhos liquidar e não avisados Ramos 2007 2006 2007 2006 2007 2006 Vida em grupo 66 74 2.463 1.613 2.258 1.201 Acidentes pessoais 532 347 826 439 – – Rendas de eventos aleatórios – – 5 25 – – Prestamista – – 419 475 – – DPVAT (categorias 1, 2, 3, 4, 9 e 10) – – 2.074 – 626 1.066 Outros 8 – 54 23 – – Total 606 421 5.841 2.575 2.884 2.267 11. Exigível a Longo Prazo – Tributos diferidos: Corresponde aos encargos tributários incidentes sobre a parcela não realizada da reserva de reavaliação de imóveis, no montante de R$ 100 (R$ 108 em 2006). Obrigações a pagar: Refere-se ao parcelamento de multas no montante de R$ 214 (R$ 472 em 2006) e pela opção realizada para o Parcelamento Especial – PAES, de acordo com a Lei nº 10.684/03, referentes aos débitos de impostos e contribuições juntos à Secretaria da Receita Federal, no montante de R$ 432 (R$ 483 em 2006), que serão liquidados no prazo de 73 meses. 12. Cobertura das Provisões Técnicas – Em 30 de junho de 2007, estava vinculado em garantia das provisões técnicas o montante de R$ 14.980 (R$ 7.305 em 2006), composto por títulos públicos e quotas de fundos de investimentos. 13. Contingências – A Seguradora tem processos de sinistros em demanda judicial registrados na conta “Sinistros a Liquidar”, no montante de R$ 461 (R$ 494 em 2006), líquidos de cosseguros e resseguros. A Seguradora tem ainda processos trabalhistas no montante reclamado de R$ 2, cuja possibilidade de perda foi avaliada como remota pelos advogados, motivo pelo qual não foi constituída provisão. Conforme requerido pela SUSEP, o quadro dos processos em curso, pela avaliação do advogado externo, é assim sumariado: 30 de junho de 2007 Sinistros Judiciais Processos Trabalhistas QuantiValor QuantiValor Êxito dade provisionado dade provisionado Perda provável 14 92 – – Perda possível 42 345 – – Perda remota 48 24 2 – Totais 104 461 2 – 30 de junho de 2006 Sinistros Judiciais Processos Trabalhistas QuantiValor QuantiValor Êxito dade provisionado dade provisionado Perda provável 2 26 – – Perda possível 57 467 – – Perda remota 60 1 2 – Totais 119 494 2 – A provisão para contingência é considerada suficiente pela Administração para cobrir eventuais perdas com desfechos desfavoráveis. 14. Patrimônio Líquido – O capital social, totalmente subscrito e integralizado, está representado por 19.074.080.612 ações ordinárias nominativas,

Demonstrações de Resultados semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 (Em milhares de reais) 2007 2006 Prêmio retido 29.469 17.813 Prêmios de seguros 22.000 11.353 Prêmios diretos 20.502 10.363 Prêmios de cosseguros aceitos 58 62 Prêmios – riscos vigentes não emitidos 1.440 928 Prêmios convênio DPVAT 17.289 14.190 Prêmios cedidos em resseguros (790) (321) Prêmios cedidos a consórcio e fundos (9.030) (7.409) Variação das provisões técnicas (369) (99) Prêmios ganhos 29.100 17.714 Sinistros retidos (12.514) (8.172) Sinistros diretos (6.059) (3.377) Sinistros de consórcios e fundos (5.077) (4.343) Recuperação de sinistros 349 451 Variação da provisão de sinistros ocorridos mas não avisados (1.727) (903) Despesas de comercialização (9.686) (4.978) Comissões (10.237) (5.049) Variação das desp. de comercializ. diferidas 551 71 Outras receitas e despesas operacionais (422) (361) Outras receitas operacionais 4 2 Outras despesas operacionais (426) (363) Despesas administrativas (3.250) (2.754) Despesas com tributos (957) (604) Resultado financeiro 630 502 Receitas financeiras 926 760 Despesas financeiras (296) (258) Resultado operacional 2.901 1.347 Resultado não operacional 77 (103) Resultado antes dos imp. e particip. 2.978 1.244 Imposto de renda (607) (273) Contribuição social (223) (104) Participações sobre resultado (39) – Lucro líquido do semestre 2.109 867 Quantidade de ações 19.074.080.612 19.074.080.612 Lucro líquido por lote de mil ações (em reais) 0,11 0,05 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis Demonstração das Origens e Aplicação dos Recursos dos semestres findos em 30 de junho de 2007 e 2006 (Em milhares de reais) 2007 2006 Lucro líquido do semestre 2.109 867 Mais: 162 125 Depreciações e amortizações Realização da reserva de reavaliação 4 18 Lucro líquido ajustado 2.275 1.010 Atividades operacionais Variação aplicações (4.774) (2.804) Variação dos créditos das operações com seguros e resseguros (3.492) (1.619) Variação de títulos e créditos a receber (418) 346 Variação das despesas antecipadas 3 (7) Variação das despesas de comercialização diferidas (459) (154) Variação de contas a pagar 1.107 349 Variação de déb. de operações c/ seguros e resseguros 1.645 639 Variação de depósitos de terceiros 762 (105) Variação de provisões técnicas – seguros e resseguros 3.474 1.652 Caixa líquido gerado (consumido) nas ativid. operac. 123 (693) Atividades de investimento Recebimento pela venda de ativo permanente – 8 Pagamento pela compra de ativo permanente (151) (204) Caixa líquido gerado (consumido) nas atividades de investimento (151) (196) Diminuição/aumento nas disponibilidades (28) (889) Disponibilidades no início do período 49 919 Disponibilidades no final do período 21 30 Diminuição nas disponibilidades (28) (889) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras sem valor nominal. Aos acionistas, são assegurados dividendos mínimos de 25% sobre o lucro líquido ajustado, apurados ao final de cada exercício social. Não foram propostos dividendos sobre o lucro líquido por não haver intenção de distribuir. 15. Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social – Conciliação entre as alíquotas nominais e efetivas apuradas no exercício findo em 30 de junho: Imposto Contribuição de renda social 2007 2006 2007 2006 Lucro antes dos impostos 2.939 1.244 2.939 1.244 Efeitos das adições / exclusões Adições permanentes 12 11 12 11 Adições temporais 175 – 175 – Exclusões temporais – (13) – (13) Base de cálculo antes das compensações de prejuízo fiscal e base negativa (30%) 3.126 1.242 (-) Compensação de prejuízos fiscais e base negativa (938) (398) Base de cálculo 2.188 844 Alíquotas efetivas: Imposto de renda corrente – 15% 328 139 Imposto de renda adicional – 10% 207 81 Contribuição social corrente – 9% – – Programa alimentação trabalhador – PAT (1) – Créditos tributários diferidos 73 53 Resultado de imposto de renda e contribuição social 607 273

3.126 1.242 (938) (398) 2.188 844 – – 197 – 26

– – 76 – 28

223

104

16. Detalhamento de Contas das Demonstrações do Resultado a) Ramos de atuação Prêmios SinistraComerciaganhos lidade % lização % Ramos 2007 2006 2007 2006 2007 2006 DPVAT (cat. 1,2,3,4,9 e 10) 8.085 6.775 78 74 1 1 Vida em grupo 14.370 4.844 33 50 44 43 Acidentes pessoais 4.413 3.652 20 10 34 30 Prestamista 2.172 2.290 25 18 68 75 PCHV 29 121 111 – 6 21 Renda de eventos aleatórios 31 32 (14) (31) 14 16 Total geral 29.100 17.714 43 46 33 28 b) Despesas administrativas Pessoal Serviços de terceiros Localização e funcionamento Publicidade e propaganda Donativos e contribuições Outras c) Despesas com tributos Taxa de fiscalização COFINS PIS Outras d) Outras receitas (despesas) operacionais Receita com outras operações de seguros Provisão para riscos sobre créditos Despesas com cobrança Despesas com administração de apólices Despesas com apólices Outras despesas e) Receitas financeiras Títulos de renda fixa – privados Títulos de renda fixa – públicos Títulos de renda variável Outras

2007 678 1.947 519 12 28 66 3.250

2006 607 1.390 646 71 24 16 2.754

46 784 121 6 957

29 492 80 3 604

4 (99) (290) – (30) (7) (422)

2 (18) (276) (2) (31) (36) (361)

553 318 50 5 926

436 286 37 1 760

f) Despesas financeiras Despesas financeiras operações de seguros CPMF Despesas financeiras de encargos sobre tributos

114 76 142 112 40 70 296 258 17. Resultado não Operacional – Em 30 de junho de 2007, o montante de R$77 refere-se à receita referente à conta gráfica com administração anterior. O saldo em 30 de junho de 2006 é composto, substancialmente do lucro na alienação de veículo R$10 e despesas referentes à conta gráfica com administração anterior, no montante de R$111. 18. Instrumentos Financeiros – Em 30 de junho de 2007 e 2006 não havia instrumentos financeiros relativos a contratos de swap, opções ou outros derivativos em aberto. 19. Outras Informações – a) A conta “Outros créditos operacionais” é composta por adiantamentos a corretores de seguros no montante de R$ 37 (R$ 125 em 2006); valores a receber do Convênio DPVAT, no montante de R$ 248 (R$ 172 em 2006); e outros créditos diversos, no montante de R$ 93 (R$ 45 em 2006). b) O saldo “Outras contas a pagar“ no passivo circulante refere-se a cheques não compensados. 20. Patrimônio Líquido Ajustado e Margem de Solvência – O patrimônio líquido ajustado e a margem de solvência estão assim apresentados em 30 de junho: 2007 2006 Patrimônio líquido 11.870 8.545 Despesas antecipadas – (7) Créditos tributários s/ prejuízos fiscais e base negativa (359) (624) Marcas e patentes (8) (8) Ativo diferido (290) (445) Patrimônio líquido ajustado (a) 11.213 7.461 Prêmio retido anual – últimos 12 meses 9.551 5.691 Sinistro retido anual médio dos últimos 36 meses 4.533 2.840 Margem de solvência 9.551 5.691 Suficiência 1.662 1.770 (a) para apuração da Margem de Solvência, considera-se o valor entre o Patrimônio Líquido ajustado menos Patrimônio Líquido necessário entre 0,20 vezes do total da Receita Líquida de prêmios emitidos dos últimos 12 meses, ou 0,33 vezes a média anual do total dos sinistros retidos dos últimos 36 meses, dos dois o maior. DIRETORIA Pedro Pereira de Freitas – Presidente Francisco de Assis Fernandes – Diretor Paulo de Oliveira Medeiros – Diretor Benedito Yukihide Tamashiro – Contador CRC - 1SP196180/O-3 Sérgio J. Leonardi – Atuário MIBA 0411

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Administradores e Acionistas da American Life Companhia de Seguros São Paulo – SP 1. Examinamos o balanço patrimonial da American Life Companhia de Seguros levantado em 30 de junho de 2007, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes ao semestre findo naquela data, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreendeu: a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da Companhia; b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as

informações contábeis divulgados; e c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Companhia, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da American Life Companhia de Seguros em 30 de junho de 2007, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos referentes ao semestre findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 4. As demonstrações financeiras referentes ao semestre findo em 30 de junho de 2006, apresentadas para fins de comparação, foram por nós examinadas, sobre as quais emitimos parecer com data de 29 de agosto de 2006, contendo uma ressalva referente ao reconhecimento de receitas de compe-

tência de exercícios anteriores que foram registradas no resultado do semestre findo naquela data que, consequentemente, estava aumentado em R$275 mil, líquido dos efeitos tributários. Em nosso parecer sobre as demonstrações financeiras referente ao semestre findo em 30 de junho de 2006 foi feita referência sobre o saldo da provisão de sinistros ocorridos mas não avisados, o qual foi determinado com base em cálculos atuariais, efetuados por atuário externo. Nossa opinião, no que se refere ao saldo da provisão de sinistros ocorridos mas não avisados, foi baseada no parecer do atuário externo, com base nas normas brasileiras de auditoria vigentes na época. São Paulo, 30 de agosto de 2007 Auditores Independentes S.S. CRC 2SP015199/O-6

Eduardo Wellichen Contador CRC-1SP184050/O-6


Porém, apesar dessas variações regionais, as diferenças entre atividades econômicas dos homens e mulheres continuam visíveis em todo o mundo. Nas economias desenvolvidas e na UE, na Europa Central, na do Leste (que não fazem parte da UE) e na Comunidade de Estados Independentes (CEI) e no Leste da Ásia, cerca de 80 mulheres para 100 homens estão economicamente ativas. Na África Subsaariana, a proporção é 75 mulheres para 100 homens; no Sudeste Asiático e Pacífico é de 73 para 100; e na América Latina e Caribe, 69 para 100. As maiores diferenças são encontradas no Sul da Ásia, com 42 para 100, e no Oriente Médio e Norte da África, com 37 para 100. Por si só, os índices, altos ou crescentes, de participação na força de trabalho não significam necessariamente que os mercados de trabalho estão se desenvolvendo de forma positiva para as mulheres. O índice de participação na força de trabalho não fornece informações sobre a probabilidade de ser empregado nem indica a qualidade dos empregos. Ele também não mostra quantas pessoas estão indo à escola, o que é uma boa razão para ficar fora do mercado de trabalho. 3. Desemprego entre as mulheres Em 2006, globalmente, as mulheres ainda tinham uma probabilidade maior de estarem desempregadas em comparação aos homens. A taxa de desemprego feminino ficou em 6,6% e a dos homens, 6,1% (veja gráfico 2a). Além disso, a taxa de desemprego das mulheres cresceu no período de dez anos, era 6,3% em 1996. No total, 81,8 milhões de mulheres que desejavam trabalhar e procuravam ativamen-

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DIGESTO ECONÔMICO JULHO/AGOSTO 2007

te um emprego estavam sem trabalho. Esse número era 22,7% maior do que há dez anos. A dificuldade em encontrar emprego é ainda mais pronunciada para as mulheres jovens (de 15 a 24 anos), como 35,6 milhões de mulheres jovens procurando uma oportunidade de trabalho em 2006. As taxas de desemprego entre os jovens, tanto homens quanto mulheres, são mais altas do que as taxas de desemprego entre adultos em todas as regiões. Em cinco, o taxa de desemprego das mulheres jovens ultrapassa a dos homens. Não é o caso no Leste da Ásia, economias desenvolvidas e UE e África Subsaariana (veja gráfico 2b). Os indicadores de desemprego fornecem um retrato limitado das condições dos mercados de trabalho. Para uma imagem mais nítida, eles devem ser vistos com índices de emprego da população, dados sobre empregos com status e setor, bem como indicadores de salários e vencimentos. No ideal, eles também deveriam ser interpretados juntos com os números dos trabalhadores pobres, já que isso daria uma boa indicação se esses empregos criados são bons o suficiente para dar às mulheres uma possibilidade tirarem elas mesmas e suas famílias da pobreza. Porém, como é discutido no box 1, ainda não é possível calcular a pobreza das mulheres trabalhadoras em nível regional. Por fim, as pesquisas de desemprego excluem as pessoas que desejam trabalhar, mas talvez não estejam “procurando” emprego ativamente, porque sentem que não há nenhum disponível, têm mobilidade de trabalho restrita ou enfrentam discriminação ou barreiras culturais, sociais ou estruturais. Elas são conhecidas como trabalhadores desencorajados.


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Empresas Finanças Nacional Imóveis

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 31 de agosto, sábado e domingo, 1 e 2 de setembro de 2007

SETOR DE FOOD SERVICE TEM NOVO EVENTO EM SP

Empresa alemã fornece mistura pronta para pães orgânicos

PIZZA A DELÍCIA QUE MOVIMENTA US$ 10 BILHÕES EM TODO O PAÍS

Paulo Pampolin/ Hype

Evento reúne restaurantes e fornecedores do alimento típico da capital paulista Paula Cunha

U

m m e rc a d o que movimenta US$ 400 milhões mensalmente em São Paulo e cerca de US$ 10 bilhões por ano no País, com crescimento anual de 5%, merecia uma feira específica. Reunindo todos os interessados do segmento, foi lançada nesta quarta-feira, em São Paulo, a capital brasileira das "redondas", a primeira edição da Fizpizza 2007. Os organizadores esperam que o evento movimente R$ 80 milhões até domingo e receba 10 mil visitantes. No ITM Expo, na zona oeste, o diretor da feira, Luís Antônio de Alcântara Machado, explicou que ela cumpre o papel de interação entre os fabricantes de matérias-primas, os fornecedores de equipamentos e os responsáveis pelas pizzarias (veja quadro). No final de semana, o encontro também será aberto ao público em geral, que poderá conferir as novidades. "Esta é uma característica que diferencia a feira de outros eventos do setor. Há produtos que podem ser adquiridos por consumidores finais. Este é um dos nossos objetivos: conquistar os públicos interessados em gastronomia", disse Alcântara Machado. A Di Volpi Forno Forte, empresa de São Paulo, apresen-

tou o equipamento que lhe dá nome. Com dimensões reduzidas, o Forno Forte é adequado para pequenas lanchonetes, hotéis, padarias, unidades de delivery e consumidores individuais. Custa R$ 6,5 mil e, segundo o diretor da empresa, Lauri Volpi Júnior, pode garantir o retorno em um mês, se o empreendedor vender mil pizzas a R$ 10. Cerca de 90% dos compradores, diz o empresário, são empresas e 10%, pessoas físicas. Em ba la ge ns – A Meiwa criou uma embalagem térmica especial para pizzas. A criação veio depois que foi procurada por pizzarias demandando um produto onde o alimento não ficasse "suado" e murchas-

se. Exibindo o modelo ao custo de R$ 1,60 a unidade, atraiu interessados durante a feira. "É totalmente reciclável", disse Luciana Tanabe, representante da Meiwa. Para atiçar o paladar dos visitantes, a empresa italiana Pizzacono apresentou uma máquina de fazer pizzas na forma de cone. Semelhante a um sorvete de casquinha em tamanho maior, o produto atrai pelo formato inusitado. A máquina foi concebida pelo empreendedor italiano e está sendo comercializada no Brasil por Sr. Pizza, empresa especializada no treinamento de mão-de-obra para o setor de gastronomia. "Não estamos vendendo apenas a máquina. Oferecemos uma franquia no valor de R$ 20 mil, incluindo assistência contínua", disse Ronaldo Aires, representante da Sr. Pizza. A rede de pizzarias Babbo Giovanni decidiu se expandir através de franquias. Oferece dois formatos – restaurante e unidade delivery, aos custos de R$ 400 mil e R$ 100 mil, respectivamente. Seu representante, Pedro Paulo Couto, disse que "a feira é uma oportunidade de oferecer este formato de negócios." A Control B Sistemas exibe um software de gestão especial para pizzarias, restaurantes e bares, que permite conhecer o perfil dos clientes e administrar o negócio. O produto é oferecido por R$ 700, com assistência e orientação.

Pizzaiolo faz malabarismo na Fizpizza 2007. São Paulo consome 43 milhões de unidades mensais.

Lauro Volpi Junior: forno para pequenos

Embalagens térmicas para o produto não ficar "suado"

Massa especial orgânica para um nicho de mercado que se desenvolve em ritmo crescente no País

Pão orgânico começa a ganhar espaço nas padarias Maristela Orlowski

A

comercialização de produtos orgânicos é uma tendência mundial que está chegando às padarias brasileiras. Na Europa, a venda de pão orgânico já é realidade há alguns anos. Por aqui, a Associação Brasileira de Panificação e Confeitaria (Abip), acreditando no potencial desse nicho de mercado, fechou parceria com a Ireks do Brasil para o fornecimento da primeira mistura pronta para pães orgânicos do País. A empresa de origem alemã, além de tornar disponível o produto, está prestando consultoria às padarias que querem implantar o processo. De acordo com o presidente da Abip, Alexandre Pereira Silva, para comercializar os pães orgânicos, as padarias brasileiras – assim como as empresas que fabricam a matériaprima – precisam obter certificação do Instituto Biodinâmico, o que exige cumprimento de uma série de normas. "Os estabelecimentos que prezam por boas normas de fabricação não devem ter maiores preocupações, pois a certificação é simples e exige principalmente controles de produção, armazenagem, embalagem, identificação e venda do produto." Na avaliação de Silva, a introdução do pão orgânico na alimentação do brasileiro, assim como a transformação do conceito do pão como alimento saudável e funcional, deve ocorrer de forma gradual. "Há dez anos, quando se lançou o pão integral, não se imaginava que atualmente ele seria mais vendido que o produto tradicional", lembrou o presidente da entidade. "O projeto está nascendo agora, mas acredito que a ampliação do conceito e a mudança de hábito dos consumidores brasileiros ocorrerão mais rapidamente", disse. O presidente da Abip lembrou ainda que o consumo de

pão no Brasil é baixo quando comparado ao de outros países: 33 quilos per capita ao ano. No Chile, por exemplo, são 80 quilos anuais, enquanto na Argentina o volume chega a 90 quilos por habitante a cada ano. "A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo mínimo de 60 quilos de pão por ano", afirmou Silva. "Hoje, existem vários tipos de pães no mercado. Para diabéticos, hipertensos e atletas. O pão orgânico veio para complementar o nicho e trazer mais saúde ao brasileiro."

Produção exige certificação

Aproximadamente 25 padarias de todo o Brasil já estão em processo de certificação. Os primeiros 100 estabelecimentos ganharão abatimento de 50% do custo para conseguir o selo, que chega a R$ 2 mil. Na cidade de São Paulo, a Galeria dos Pães, localizada nos Jardins, e a Saint German, no Itaim Bibi, ambas na zona sul, receberão o certificado para dar início à fabricação de pão orgânico nesta semana. O proprietário da Galeria dos Pães, Oswaldo Guedes de Oliveira, afirmou que há seis meses está se preparando para a obtenção do selo. "Toda produção, assim como armazenamento, são separados", informou. O dono do estabelecimento disse ainda que a intenção é produzir inicialmente cerca de 200 pães orgânicos de três ou quatro tipos diferentes

diariamente. "Com o tempo, vamos ampliar esse número. Nossa equipe de nutricionistas acompanhará o desenvolvimento e a aceitação dos produtos", acrescentou. Novo mercado – O potencial do mercado brasileiro gera boas expectativas para empresários do setor. Empresa tradicional da região da Baviera, há 150 anos no mercado e com faturamento anual de 300 milhões de euros, a Ireks investiu R$ 10 milhões na construção de uma unidade fabril em Guarapuava, no interior do Paraná. "A fábrica é voltada aos segmentos de pré-misturas e insumos para panificação e confeitaria, maltes e produtos para sorveteria", disse o gerente de Marketing e Vendas Darcy Holanda Mendes. Segundo ele, a Ireks trabalha há mais de cinco anos com mistura para pão orgânico na Europa. No Brasil, a linha de produtos orgânicos foi lançada em julho, na Fipan, principal feira do segmento de panificação. "O mercado de orgânicos é um dos que mais crescem no mundo. Na Alemanha, no ano passado, o mercado geral de orgânicos movimentou 4,5 bilhões de euros. Apenas o de panificação orgânica respondeu por 183 milhões de euros, 6% do faturamento total do setor de pães. No Brasil, o faturamento do segmento de orgânicos em 2006 foi de US$ 250 milhões, com crescimento na ordem de 30%", afirmou. A atuação da Ireks no Brasil está em plena ascensão. Segundo o executivo, o crescimento está na ordem de 200% ao ano. "Fornecemos matériaprima para qualquer estabelecimento que fabrica pão, além das grandes redes do varejo, como Carrefour, Pão de Açúcar e Wal-Mart. Já estamos estudando a possibilidade de fornecer nossos produtos também para indústrias", afirmou Mendes. São cinco tipos de misturas para pães orgânicos: rústico, multigrãos, alemão, especiais e baguete.


As mulheres e a pobreza

A

pobreza é um fenômeno multidimensional. Os pobres podem sofrer com privação material, falta de dinheiro, dependência de benefícios, exclusão social ou desigualdade. Apesar desses muitos aspectos, a maioria dos cálculos comuns de pobreza se foca na renda monetária. Geralmente a pobreza é medida como a proporção de pessoas num país vivendo com menos de US$ 1 ou US$ 2 por dia. As principais fontes para as estatísticas de pobreza são informações sobre renda e gastos coletados em pesquisas feitas em residências por todo o país. Infelizmente, esses dados são inadequados para medir as diferenças entre os gêneros, porque consideram as residências como um todo mais do que os indivíduos. Além disso, o resultado dá uma fotografia da pobreza da casa em um determinado momento e não captura as mudanças com o tempo. Como resultado, os dados sobre a pobreza não são separados por sexo, tornando impossível calcular a pobreza entre as mulheres que trabalham. Porém, evidências por meio de estatísticas e de análises de casos levam a uma percepção crescente que a pobreza está se tornando feminina, com as mulheres tendo uma presença cada vez maior entre os pobres e os trabalhadores pobres no mundo. As conclusões deste estudo embasam essa idéia. Enquanto houver desigualdades nos mercados de trabalho, será mais difícil para as mulheres do que para os homens escapar da pobreza.

BOX 1 Leonardo Rodrigues/Digna Imagem

Fonte: Spicker, Paul, “The idea of poverty (A idéia da pobreza), Bristol, 2007; UNIFEM, “Reporter on Progress of the Word's Women, 2005” (Relatório sobre o Avanço das Mulheres no Mundo, 2005), Nova York, 2005, http://www.un-ngls.org/women-2005.pdf; UNIFEM, “The Word's Women 2005: Progress in Statistics” (As Mulheres no Mundo em 2005: Avanços nas Estatísticas), Nova York, 2005, http://unstats. un.org/unsd/demographic/ products/indwm/ wwpub.htm

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Apesar de haver uma falta de informações sobre trabalhadores desencorajados, uma análise dos dados disponíveis sobre as economias industrializadas revelou que as mulheres representam aproximadamente dois terços dos trabalhadores desencorajados na Austrália, Áustria, Bélgica, Alemanha, Grécia, Holanda, Noruega e Portugal, com a participação feminina no total dos trabalhadores desencorajados perto dos 90% na Suíça. Como as mulheres enfrentam taxas de desemprego maiores, possuem bem menos oportunidades no mercado de trabalho do que os homens e freqüentemente enfrentarem barreiras sociais para entrar no mercado de trabalho. É bastante provável que o desencorajamento entre as mulheres seja maior do que entre os homens na maioria dos países do mundo em desenvolvimento. Uma observação mais atenta da situação do emprego para as mulheres também não é animadora. As relações emprego-população – que indicam o quanto de eficiência com que as economias estão usando o potencial produtivo da população em idade de trabalhar – são em todas as regiões do mundo menores para as mulheres do que para os homens. Só metade das mulheres com idade de trabalhar (mais de 15 anos) de fato trabalham. Para os homens, a proporção é mais do que 7 em 10. A situação é apenas ligeiramente melhor na Sul da Ásia. A diferença entre as taxas de população-emprego de homens e as de mulheres caiu no mundo como um todo na última década, Porém, no Leste da Ásia ela aumentou e na África Subsaariana não se modificou. Enquanto nem todas as mulheres em idade de trabalhar talvez desejem trabalhar, a existência de um desemprego significativo indica que há muitas mulheres que querem um emprego, mas são incapazes de encontrar um. Parte das diferenças no emprego continuam nas economias industrializadas podem ser atribuídas ao fato que algumas mulheres escolhem ficar em casa, porque têm condições para não entrar no mercado de trabalho. Mas em outras regiões do mundo, é mais provável que as mulheres prefiram trabalhar se tiverem essa oportunidade. Atrair mais mulheres para a força de trabalho também exige como primeiro passo acesso à educação e oportunidades iguais para obter a capacitação necessária para competir no mercado de trabalho. Como é discutido no box 2, essa igualdade na educação ainda está bem longe do alcance na maioria das regiões.

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Agência Brasil

As mulheres e a educação

A

Como as mulheres enfrentam taxas de desemprego maiores, têm bem menos oportunidades no mercado de trabalho do que os homens (...)

BOX 2

educação é um direito básico. Ela é essencial para o desenvolvimento, já que a educação pode ajudar as pessoas a encontrarem soluções para seus problemas e fornecer novas oportunidades. Ela amplia a chance de participar dos mercados de trabalho ou de procurar melhores possibilidades de emprego. Porém quase 800 milhões de adultos não tiveram a oportunidade de aprender a ler e escrever, dos quais cerca de dois terços são mulheres. Além disso, 60% da evasão escolar é de garotas, pois muitas vezes têm de deixar a escola ainda bem jovens para ajudar no serviço de casa ou trabalhar. E também há freqüentes restrições culturais que evitam que as garotas concluam até a educação básica, limitando bastante suas possibilidades de determinar o próprio futuro. Os índices mais baixos de alfabetismo podem ser encontrados no Sul e no Oeste da Ásia, na África Subsaariana e nos países árabes. Ainda que eles tenham aumentando nos últimos tempos, os níveis comparativamente baixos refletem as dificuldades enfrentadas pelas mulheres nessas regiões. Infelizmente, a educação básica nem sempre se traduz em melhores oportunidades de emprego. Essa é a razão pela qual é importante que as mulheres continuem a obter conhecimento e habilidades além das que são adquiridas na juventude. Um causa fundamental para a discrepância entre homens e mulheres em relação a boas oportunidades de trabalho pode bem ser a falta de oportunidades de aprendizado continuado para muitas mulheres.


Mulheres na agricultura

A

BOX 3

s trabalhadoras do setor agrícola são responsáveis por metade da produção mundial de alimentos. Elas são as principais produtoras das safras de gênero de primeira necessidade, como arroz, milho e trigo, que representam de 60% a 80% do alimento consumido na maioria dos países em desenvolvimento. É quase sempre as mulheres que são as responsáveis por garantir que as crianças tenham comida suficiente. Elas são primordiais nas tarefas agrícolas diárias, as incentivadoras de atividades que geram renda agrícola e não-agrícola e as guardiãs das fontes produtivas e naturais. Apesar de sua importância, as trabalhadoras agrícolas continuam a ser um grupo marginalizado. Quais os problemas específicos que elas têm de enfrentar? - As agricultoras geralmente não têm instrução, poder de decisão nem direitos trabalhistas. - As mulheres freqüentemente têm mais dificuldades do que os homens em conseguir boas terras, crédito, treinamento e acesso aos mercados. - Elas enfrentam mais dificuldades em conseguir os equipamentos para a produção de alimentos em larga escala. - As agricultoras nos países em desenvolvimento também enfrentam grandes desafios com o avanço da Aids. Cerca de 95% das pessoas com HIV estão nos países em desenvolvimento. A maioria é de pobres nas zonas rurais, com as mulheres ultrapassando os homens. - Guerras, êxodo de homens para empregos com salário maiores e uma crescente taxa de mortalidade por causa do Aids têm levado a um aumento das mulheres como chefes de casa, especialmente nas zonas rurais do mundo em desenvolvimento. Isso deixas as mulheres ainda com mais obrigações. - Um número crescente de mulheres trabalha informalmente no setor agrícola, em grande parte como vendedoras de ruas em mercados de comida locais. - Muitas mulheres possuem um segundo emprego para sobreviver. São geralmente empregos em indústrias fora do campo, incluindo serviços que podem ser feitos em casa, mas ganham por peça produzida, que geram um ganho adicional muito pequeno.

José Maria Tomazela/AE

4. Condições de trabalho das mulheres Não há um único indicador definido para avaliar as condições de um trabalho bom e produtivo. Porém algumas conclusões podem ser obtidas ao se analisar três indicadores: empregos por setor, status do emprego (ver box 3) e salários/vencimentos. 4.1 Setores do emprego Pela primeira vez, em 2005, a agricultura não foi mais o principal setor de emprego para mulheres. E essa tendência continuou em 2006. O setor de serviços agora fornece o maioria dos empregos femininos. Do total de mulheres empregadas em 2006, 40,4% trabalhavam na agricultura e 42,4% nos serviços. Enquanto isso, 17,2% das mulheres trabalhando estavam na indústria. (Os mesmos índices para os homens eram 37,5% na agricultura, 38,4% nos serviços e 24% na indústria). As mulheres têm uma participação maior nos empregos agrícolas do que os homens no Leste da Ásia, no Sul da Ásia, na África Subsaariana e no Oriente Médio e no Norte da África. Nas outras regiões, são geralmente os países mais pobres que mostram uma fatia maior dos empregos femininos na agricultura. Em todas as regiões, a participação das mulheres nos empregos nas indústrias é menor do que a dos homens. A diferença é particularmente notada nas economias desenvolvidas e na UE, onde apenas 12,4% das trabalhadoras estão nesse setor, comparadas com 33,6% dos homens empregados. Dentro das regiões em desenvolvimento, as diferenças são consideráveis na Europa Central e na do Leste (que não fazem parte da UE) e a CEI, bem como no Oriente Médio e Norte da África e, numa extensão menor, na América Latina e África Subsaariana. Nas regiões asiáticas, as divisões são mais equilibradas entre homens e mulheres. O setor de serviços ultrapassou a agricultura no trabalho para mulheres em quatro das oito regiões: economias desenvolvidas e UE, Europa Central e a do Leste (que não fazem parte da UE) e a CEI, América Latina e Caribe e Oriente Médio e Norte da África. Por outro lado, no Leste e no Sul da Ásia e na África Subsaariana, a agricultura é de longe o setor mais importante para o trabalho das mulheres. Dentro dos serviços, as mulheres ainda estão concentradas nas áreas tradicionalmente associadas ao papéis relacionados ao gênero, em particular nos serviços públicos, sociais e pessoais. Os homens predominam nos empregos

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mais bem pagos dos serviços financeiros, empresariais e imobiliários. A segregação por sexo nas ocupações está mudando, mas o avanço é lento. Os estereótipos de empregos femininos, como babás/enfermeiras e empregadas domésticas, ainda são reforçados. Eles podem ser perpetuados para a próxima geração se as oportunidades de trabalho feminino, que são restritas e inferiores, continuarem a levar poucos investimentos na educação, capacitação e experiências das mulheres. É notável que essas tendências permaneçam mesmo quando as mulheres migram. No país anfitrião, elas ocupam os mesmos tipos de emprego que tinham em sua terra natal e freqüentemente enfrentam os mesmos modelos de discriminação. 4.2 Status da atividade econômica das mulheres Apesar de ter havido um avanço rumo à divisão das responsabilidades familiares em alguns países economicamente desenvolvidos, elas ainda são muito atribuídas às mulheres. Quando as mulheres trabalham, é comum que encontrem soluções para equilibrar a educação dos filhos com o emprego. Provavelmente isso é um desafio maior para mulheres assalariadas mais do que para as autônomas e menos ainda para as que trabalham ajudando a família e que não recebem (mas ainda são consideradas com emprego, de acordo com a definição padrão de emprego). Ao mesmo tempo, a independência econômica, ou pelo menos a co-participação na distribuição de renda dentro da família, é maior entre as mulheres que recebem salários, menor quando são autônomas e menor ainda quando trabalham para a família. A mudança de ser uma trabalhadora familiar sem pagamento ou de ser uma autônoma com baixa renda para um emprego com salários é um grande passo rumo à liberdade e autodeterminação para muitas mulheres, mesmo que nem sempre isso acarrete conseguir um bom emprego imediatamente. A importância desse passo para se conseguir a igualdade entre os sexos é reconhecida pelos Objetivo 3 da ONU para o Desenvolvimento do Milênio, “Promover a igualdade entre os sexos e fortalecer as mulheres”. Um dos indicadores para medir o progresso é a participação das mulheres em empregos assalariados em setores não-agrícolas. Esse indicador foi desenvolvido pela OIT e mostra claramente que quanto mais os países ou regiões forem pobres, menor é a participação.

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A segregação por sexo nas ocupações está mudando, mas o avanço é lento. Os estereótipos de empregos femininos, como babás/enfermeiras e empregadas domésticas ainda são reforçados.

Quando se avalia os avanços das mulheres no mundo do trabalho, as tendências sobre o status do emprego ajudam a fornecer mais informações detalhadas. Pela primeira vez, a OIT divulgou análises a nível regional sobre o status dos empregos de homens e mulheres, registrando mudanças no decorrer dos anos. Elas mostram que a proporção de mulheres assalariadas aumentou nos últimos dez anos. Em 2006, 47,9% das mulheres que trabalhavam estavam em empregos com salário, frente os 42,9% de dez anos antes. A proporção de autônomas cresceu de 22,4% em 1996 para 25,7% em 2006, e a de mulheres que trabalham para a família sem receber caiu de 33,2% para 25,1% no mesmo período. Porém, nas regiões mais pobres do mundo, a proporção de mulheres que trabalham para a família sem receber no total de empregadas ainda é muito maior do que a dos homens, com elas tendo menos probabilidades de serem assalariadas. Na África Subsaariana, bem como no Sudeste Asiático, quatro entre dez trabalhadoras são classificadas como colaboradoras da família, enquanto que entre os homens a relação é de dois para dez. No Sul da Ásia, seis em dez trabalhadoras são consideradas colaboradoras, mas entre os homens só dois entre dez têm esse status. No Oriente Médio e no Norte da África, a proporção é três em dez mulheres e um entre dez homens.

Quando as mulheres trabalham, é comum que encontrem soluções para equilibrar a educação dos filhos com o emprego. Reprodução


nomias com grande setor agrícola, as mulheres trabalham com mais freqüência nesse setor do que os homens. A porção feminina nos empregos no setor de serviços também é maior do que a masculina. Adicionalmente, elas têm mais chances de ganhar menos do que os homens pelo mesmo trabalho, mesmo em profissões tradicionalmente femininas. Todas essas conclusões apontam para uma vulnerabilidade maior das mulheres no mundo do trabalho. Portanto é muito provável que as mulheres sejam afetadas desproporcionalmente pela pobreza no trabalho – trabalham, mas não ganham o suficiente para sair e tirar suas famílias da linha de pobreza de menos de US$ 1 por dia. Os resultados são consistentes com as avaliações feitas pelo último Tendências Globais de Empregos para Mulheres (2004) de que as mulheres representam pelo menos 60% dos trabalhadores pobres do mun-

do. Não há nenhuma razão para acreditar que essa situação mudou consideravelmente. Criar empregos produtivos, bons e adequados para as mulheres é possível, como foi demonstrado por alguns dos avanços já detalhados. Mas os governantes não apenas precisam pôr o emprego no centro das políticas econômicas e sociais, mas também têm de reconhecer que os desafios enfrentados pelas mulheres no mundo do trabalho exigem intervenções projetadas para necessidades específicas. Devem ser dadas às mulheres a possibilidade de trabalharem para tirar da pobreza elas mesmas e suas famílias com a criação de oportunidades de bons empregos que as ajudem a conseguir trabalho renumerado e produtivo em condições de liberdade, segurança e dignidade humana. Caso contrário, o processo de feminização da pobreza vai continuar e será transferido à próxima geração.

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Paulo Pampolin/Digna Imagem 17/05/05

Oportunidades ainda são menores

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o Brasil, um estudo recente divulgado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), entitulado "As Mulheres e o Salário Mínimo nos Mercados de Trabalho Metropolitanos", revela um quadro muito parecido com o estudo realizado pela Organização Mundial do Trabalho. O Dieese afirma que a situação das trabalhadoras brasileiras apresentou um pequeno avanço, mas elas continuam recebendo salários menores do que os homens e enfrentam uma nítida desigualdade de oportunidades ocupacionais. O estudo se baseou nos dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) divulgado mensalmente pela entidade e abrangeu o Distrito Federal e mais cinco regiões metropolitanas (São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Salvador).

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Entre 1999 e 2006, as mulheres das regiões pesquisadas pelo sistema PED continuaram a se destacar pela intensa entrada no mercado de trabalho, chegando a representar quase a metade da PEA (População Economicamente Ativa) metropolitana (46,7%). No total, a força de trabalho feminina contabilizou, no último ano, 8,878 milhões de mulheres. Embora tenham presença cada vez mais expressiva no mundo produtivo e venham se deparando com uma conjuntura mais favorável à geração de empregos, as trabalhadoras ainda enfrentam uma nítida desigualdade de oportunidades ocupacionais em relação aos homens: o desemprego continua sendo maior para o segmento feminino e seus rendimentos não superam o patamar de 81,8% dos ganhos masculinos. Neste estudo, viu-se que as mulheres concentram-se em ocupações fundamentais para a organização social que, no entanto, são pouco valorizadas e têm seu padrão de remuneração regulado pelo poder estatal. Tal situação fez com que as mulheres fossem relativamente mais beneficiadas com a política de valorização do salário mínimo, o que, por sua vez, explica a melhor sustentação das remunerações femininas diante do ajuste de renda empreendido no âmbito do mercado de trabalho nos últimos anos. Entre as mulheres que recebem as menores remunerações, destaca-se a escassez de alternativas, denunciadas pelo perfil etário mais elevado, pelas grandes responsabilidades familiares enfrentadas pelas chefes e cônjuges que contribuem com o orçamento doméstico e pelo estigma da baixa escolarização. Nos primeiros anos desta década, acompanhando a queda das taxas de desemprego, os rendimentos recebidos pela população metropolitana ocupada tiveram trajetória declinante, independentemente do sexo. Este movimento, no entanto, diferente do ocorrido em relação ao desemprego, foi mais ameno para as mulheres. Essa situação fez com que a histórica diferença nas remunerações do trabalho de homens e mulheres fosse diminuída. Assim, a proporção dos rendimentos reais auferidos por hora pelas mulheres alcançou, em 2006, o melhor desempenho em Porto Alegre (81,7%) e em Recife (81,8%). No Distrito Federal, onde foram registrados os mais elevados patamares das remunerações do trabalho entre as áreas pesquisadas, este percentual ficou limitado a apenas 75,4% (Tabela 1). De modo geral, sabe-se que a simultaneidade entre a melhora das condições de emprego e queda nos rendimentos dos trabalhadores em curso no mercado de trabalho metropolitano nacional está relacionada, de algum modo, ao uso de estratégias empresariais que associam queda dos custos laborais à rotatividade da força de trabalho. A melhor sustentação dos rendimentos femininos neste cenário, entretanto, necessita de outras hipóteses explicativas. Entre estas, por sua vez, ganha cada vez mais espaço a análise da política de valorização do salário mínimo nacional, remuneração visivelmente mais freqüente entre as mulheres. Salário mínimo Em 2006, o número de trabalhadoras que receberam remunerações equivalentes até um salário mínimo somava 2,208 milhões de mulheres, correspondendo a 31,0% das ocupadas no


Tendências globais de

emprego para mulheres



Um clássico de filosofia econômica brasileira sobre o trabalho Domingos Zamagna Jornalista e professor de Filosofia

Arte sobre foto de Masao Goto Filho/e-SIM


Masao Goto Filho/e-SIM

Ainda que a flexibilidade que têm quando são autônomas permita às mulheres combinarem o trabalho e as obrigações familiares, a proporção delas no total dos empregos femininos é menor do que a proporção dos homens em todas as regiões. Mas em duas das áreas mais pobres do mundo, mais mulheres trabalham como autônomas do que como assalariadas. Na África Subsaariana, em dez trabalhadoras quatro são autônomas e apenas duas são assalariadas. No Sul da Ásia, duas em dez são autônomas em 1,5 em dez pertence ao grupo de assalariadas. Em todas as outras regiões, mais mulheres trabalham como assalariadas do que como autônomas. Um resultado esperado do desenvolvimento econômico para as pessoas poderia ser elas passaram de trabalhadores que ajudam a família sem receber e de autônomos para empregados assalariados. Teoricamente, as mulheres deveriam aproveitar essa tendência tanto quanto os homens. Uma olhada em uma das regiões que se desenvolvem mais rapidamente – o Leste da Ásia, mostra que as mulheres estão aproveitando, com a proporção de mulheres trabalhando como colaboradoras de família caindo 18 pontos percentuais, de 38,8% em 1996 a 20,9% em 2006. Aos mesmo tempo, a participação no emprego assalariado cresceu 9,5 pontos percentuais e a fatia das autônomas aumentou 8,7 pontos percentuais. Em paralelo, houve uma queda substancial na proporção de mulheres empregadas na agricultura e um aumento no percentual nos empregos industriais e de serviços. Os homens seguiram o mesmo modelo, mas o aumento dos empregos assalariados foi menor, como também foi o de autônomos. Enquanto o status por si só não necessariamente lança luz sobre a qualidade dos empregos, colaboradores familiares e autônomos têm menos probabilidades de trabalhar em boas condições. Pesquisas comparando dados sobre os trabalhadores pobres e o status dos empregos mostraram uma correlação muito forte entre o número total de pessoas considerada como colaboradores familiares e autônomos e o número de trabalhadores pobres com menos de US$ 2 por dia. Quanto mais pobre era a região, mais era essa correlação. Isso ressalta as condições de trabalho inadequadas desses grupos de status nos países pobres. Em resumo, o status das mulheres no mundo do trabalho melhorou, mas os ganhos tem sido poucos. Enquanto elas diminuíram um pouco as diferenças de status com os homens,

o ritmo lento das mudanças significa que as disparidades continuam significantes. 4.3 A contínua diferença salarial

O status das mulheres no mundo do trabalho melhorou, mas os ganhos têm sido poucos.

No último Tendências Globais de Empregos para Mulheres, em 2004, argumentou-se que os dados inadequados sobre os salários de homens e mulheres dificultava chegar-se a conclusões sobre desigualdades. Não era fácil fazer comparações entre países e regiões, porque os indicadores de salários tendiam a ser baseados em critérios específicos do país que nem sempre eram comparáveis. Por exemplo, havia diferenças referentes sobre a definição de taxa salarial, métodos de paga-

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Paulo Pampolin/Digna Imagem

que não estão satisfeitas com o velho código do trabalho poderiam optar por sair da CLT, caminhando de uma regulação que enfatiza os direitos individuais para uma outra, que enfatiza o interesse coletivo e a eficiência. Sugestões para algumas regras de demissão - A reforma trabalhista poderia criar incentivos para a negociação entre trabalhadores e empresas. Essa escolha se justifica pelo fato de que ninguém melhor do que as próprias partes sabe o que é melhor para elas. Mas não é simples estabelecer uma relação de negociação e, conseqüentemente, é muito difícil que o livre jogo das forças de mercado produza os resultados mais eficientes no mercado de trabalho. A reforma trabalhista optaria então por um caminho que reduzisse o custo da negociação. Isso significa de um lado, reduzir o custo da organização dos trabalhadores e da representação de seus interesses. De outro, significa abrir para a empresa a possibilidade de chegar a um conjunto de regras diferentes do status quo, que

é o conjunto CLT-Justiça do Trabalho. A reforma trabalhista criaria então algumas regras de demissão e as empresas poderiam escolher aquela de sua preferência. Ao abandonar o status quo da CLT-Justiça do Trabalho, a empresa pode ganhar flexibilidade dos direitos trabalhistas mas, ao mesmo tempo, precisa aceitar a representação coletiva dos trabalhadores. Nenhuma empresa seria obrigada a abandonar o status quo. Mas ao escolher abandonálo, a empresa voluntariamente se comprometeria a reconhecer a coletividade dos seus empregados e a legitimidade da representação coletiva de seus interesses. Esse lado da reforma trabalhista reduziria em muito o custo da organização coletiva dos interesses dos trabalhadores e, dessa forma, aumentaria a "quantidade" desse bem público. Devida e legitimamente representados, os trabalhadores poderiam então negociar com a empresa, e a negociação produziria resultados mais eficientes e

A reforma trabalhista poderia criar incentivos para a negociação entre trabalhadores e empresas.

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As mulheres têm mais dificuldades não apenas em participar nos mercados de trabalho, mas também em encontrar empregos bons e produtivos. Elas ainda têm menos probabilidade de ser assalariadas.

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mento, unidades de tempo (por hora, por semana), fontes de dados e métodos de coleta. Infelizmente, essa situação não mudou. Apesar de tudo, as poucas evidências que existem mostram que as diferenças salarias persistem. Uma análise dos dados disponíveis para seis grupos de profissões revela que na maioria das economias as mulheres ainda ganham 90% ou menos do que seus colegas recebem. Até em profissões “tipicamente femininas”, como enfermagem e magistério, não há igualdade salarial entre os sexos. Historicamente, havia uma isonomia salarial maior nas economias planejadas da Europa Central e do Leste e da CEI do que nas economias industrializadas ou em desenvolvimento. Isso permaneceu nos último anos. Por exemplo, os salários das contadoras, programadoras de computadores, professoras e enfermeiras nas economias em transição eram até maiores do que os dos homens nessas profissões nos últimos anos com dados disponíveis. Será interessante ver se essa tendência continua ou se reflete o fato de que umas poucas mulheres conseguiram administrar com êxito o processo de transição, mas após a aposentadoria delas, a diferença salarial reflete as tendências das economias industrializadas. A Comissão Européia recentemente publicou conclusões mostrando que a diferença salarial entre homens e mulheres permaneceu praticamente sem mudanças em 15% em todos os setores nos últimos anos. O fraco desempenho dos salários femininos tem sido atribuído ao lento crescimento econômico na UE e, em particular, à deterioração das condições de trabalho do mercado de trabalho nos novos países membros. Além disso, até em muitos países europeus, as mulheres ainda são desproporcionalmente empregadas em setores nos quais os salários são mais baixos e têm caído. Por exemplo, no Reino Unido, 60% das trabalhadoras estão em dez profissões, com a maioria concentrada em enfermagem, comércio, alimentação, faxina e serviço de escritório. Muitos desses empregos estão em pequenas empresas não formalizadas, onde as mulheres têm menos poder de negociação e menos possibilidades de melhorar sua situação econômica em comparação a seus colegas. Corley (2005, op. cit.) descobriu que a desigualdade salarial é encontrada até em profissões de grandes habilidades, mesmo que os candidatos em áreas como programação de computadores e contabilidade tenham formação e capacitação supostamente iguais. Até nessas profissões, a média do salário feminino ain-

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da é apenas 88% do masculino. Foi demonstrado que os países com uma diferença de salário entre os sexos relativamente maior em profissões que exigem pouca habilidade também tinham uma alta diferença nas profissões com muito habilidade. Não obstante, na maioria dos países a diferença salarial era maior nos profissões de pouca competência do que nas de grandes habilidades. Além disso, em um número de países a diferenças revelou-se estar aumentando. Essa pesquisa foi baseada principalmente em dados dos países industrializados. Um estudo de Oostendorp focaliza o impacto da globalização nos salários sob uma perspectiva dos sexos. Usando o banco de dados de outubro da OIT, ele descobriu que as profissões com pouca habilidade, nas quais as mulheres estão geralmente mais presentes, a globalização ajudou a melhorar os salários em comparação aos de seus colegas. Ao mesmo tempo, como há diferenças de sexo significativas no capital humanos nas profissões mais especializadas nos países em desenvolvimento, a crescente demanda por tais habilidades por causa da globalização favorece desproporcionalmente os trabalhadores homens, levando a um aumento das diferenças salariais nessa categoria de trabalhadores. Em resumo, as diferenças salariais entre os sexos ainda existem em todas as profissões e não há uma tendência clara de que elas estejam diminuindo. 5. Conclusões As descobertas do Tendências Globais de Empregos para Mulheres deste ano são apenas parcialmente animadoras. A hipótese de que, durante o processo de desenvolvimento econômico, as mulheres encontram cada vez mais empregos modernos, assalariados e de período integral não se sustenta, pelo menos não em todas as regiões. O aumento da participação na força de trabalho até agora não tem sido acompanhado por melhorias na qualidade do emprego e as condições de trabalho das mulheres não estão levaram a verdadeiros fortalecimentos econômicos e sociais, especialmente nas regiões mais pobres do mundo. As mulheres têm mais dificuldades não apenas em participar nos mercados de trabalho, mas também em encontrar empregos bons e produtivos. Elas ainda têm menos probabilidade de ser assalariadas. Além disso, a participação de mulheres que trabalham como colaboradoras de famílias ultrapassa a dos homens em todas as regiões do mundo. Em eco-


justos do que os produzidos no sistema atual. Essa estratégia tem uma outra qualidade muito interessante e desejável. Como o status quo é preservado e somente pode ser abandonado voluntariamente, a reforma trabalhista reduziria as incertezas jurídicas, pois ninguém seria forçado a renunciar aos atuais direitos. Para todas as regras de demissão valeria um conjunto de direitos básicos, que definiriam limites para a extensão da jornada de trabalho, as normas de saúde e segurança, a proibição de discriminação, a proibição ou limitação ao trabalho de menores de idade, entre outros. A seguir, uma sugestão preliminar de regras de demissão:

Algumas empresas gostariam que o contrato de trabalho de seus gerentes, seus diretores e seus empregados de alta qualificação não fossem regido pela CLT. Do ponto de vista social, é realmente discutível se este grupo de trabalhadores precisa efetivamente da proteção tão detalhada e abrangente da CLT.

Opção 1: O status quo (CLT, Justiça do Trabalho) Para a empresa que escolher esta regra, nada muda. Valem todos os direitos e todas as obrigações estabelecidos na velha legislação. Em particular, continuam a ser resolvidos apenas na Justiça do Trabalho os conflitos e as reclamações. A demissão por justa causa continuaria válida e sujeita aos pagamentos indenizatórios atuais. No que diz respeito à representação dos interesses dos trabalhadores, continuaria a existir apenas o sindicato da categoria, sem autorização para atividades permanentes e presença concreta no local de trabalho. Opção 2: Empregados auto-suficientes Algumas empresas gostariam que o contrato de trabalho de seus gerentes, seus diretores e seus empregados de alta qualificação não fosse regido pela CLT. Do ponto de vista social, é realmente discutível se este grupo de trabalhadores precisa efetivamente da proteção tão detalhada e tão abrangente da CLT. É até discutível se a relação de trabalho destes profissionais é semelhante à relação de trabalho dos demais trabalhadores, que a CLT se propõe proteger. Em suma, não haveria inconveniente para a sociedade se este grupo de empregados tivesse regras e contratos próprios, sem regulação de espécie alguma, a não ser a sujeição aos princípios básicos já mencionados. Eventuais conflitos resultantes desses contratos poderiam ser resolvidos por mediação, por arbitragem ou então por recurso à Justiça Comum, já que tais contratos se assemelham a contratos comerciais. Para escolher esta opção, haveria apenas

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uma restrição: a empresa não poderia escolher para os demais empregados a Opção 1, a do status quo. Teria que abandonar a situação atual e escolher mais uma opção, que se aplicaria aos demais empregados. Opção 3: Empregos de curta duração Muitas empresas, devido a especificidades da operação de seus mercados, contratam empregados para períodos curtos. Exemplos desse tipo de empresas são as que operam nas atividades da construção civil ou da agricultura. Na construção civil, os empregados são contratados para uma determinada fase da obra ou então para uma determinada tarefa. Na agricultura, as atividades têm um acentuado caráter sazonal. Em conseqüência, os empregos são caracteristicamente de curta duração. Nestas condições, não faz muito sentido encarecer ou dificultar os desligamentos, pois as demissões são inevitáveis, de qualquer maneira. Por outro lado, os trabalhadores precisam de alguma segurança. Os interesses das empresas e dos trabalhadores podem ser contemplados e conciliados por meio de um tipo de vínculo entre os empregados e um coletivo de empresas. Um embrião desse arranjo já é praticado no Brasil sob a denominação de consórcio de empregadores. As empresas que escolherem esta opção não são obrigadas a negociar garantias de emprego, mas precisam reconhecer a representação coletiva dos empregados e, além disso, devem negociar com o sindicato dos empregados um mecanismo de recrutamento, treinamento e credenciamento de mãode-obra. Dessa forma, a insegurança no emprego em uma empresa individual se transforma em maior segurança de emprego na atividade como um todo. O vínculo deixa de ser entre o empregado e a empresa e se transforma em vínculo entre o empregado e o coletivo de empresas. O coletivo de empresas é solidariamente responsável pelo "pool" de empregados. Ao terminar a tarefa em uma empresa, o empregado passa para outra e assim sucessivamente. Esta regra poderia ser aplicada numa outra situação, particularmente importante: o emprego de jovens. Seria um instrumento capaz de facilitar a inserção de jovens no mercado de trabalho. Uma das causas do elevado desemprego neste grupo de trabalhadores é a tendência à rotatividade nas primeiras experiências profissionais. O jovem não se conhece e não conhece o mercado. O processo de aprendizado somente pode ocorrer se o jovem "ex-


CARTA AO LEITOR O GRANDE DESAFIO DO EMPREGO A questão do emprego se constitui em um dos grandes desafios da economia brasileira, pois, apesar da melhora observada nos últimos dois anos é ainda muito grande o contingente da população que não encontra lugar no mercado de trabalho, ou, mesmo, algum tipo de ocupação que lhe permita obter uma renda mínima capaz de assegurar o sustento de sua família. Ao abordar este tema em toda sua amplitude, contando com a colaboração de especialistas do mais alto gabarito, a revista Digesto Econômico oferece importante contribuição ao debate dessa importante questão, cumprindo o objetivo para o qual foi criada pela Associação Comercial de São Paulo em 1945, de representar um canal de comunicação da entidade com a classe empresarial, o mundo acadêmico, a classe política e todos aqueles que se dedicam aos estudos dos problemas brasileiros. A entrevista exclusiva de Guilherme Afif Domingos, Secretário do Emprego e Relações do Trabalho e ex-presidente da ACSP, mostra as ações que vêm sendo desenvolvidas por sua Secretaria, com o enfoque especial na estratégia de procurar formar mão-de-obra de acordo com a necessidade do mercado em cada região, a partir de estudos e pesquisas que levam em conta as observações de cada comunidade. José Pastore coloca claramente a questão da inadequação da CLT para as atuais necessidades do mercado de trabalho, deixando sem qualquer proteção a maior parcela dos trabalhadores brasileiros, que sobrevive na informalidade; enquanto Almir Pazzianotto discute a Liberdade de Associação Sindical, a partir da Convenção nº 87 da OIT sobre liberdade sindical, à qual, após 58 anos de vigência, o Brasil ainda não aderiu. O professor Hélio Zylberstajn propõe a simplificação das relações trabalhistas, apresentando propostas viáveis para isso. A posição da mulher no mercado de trabalho é apresentada em estudo da OIT e do Dieese, mostrando que, apesar dos avanços, elas ainda continuam ganhando menos e ocupando posições menos qualificadas no mercado. Marcio Pochmann, novo presidente do Ipea, é o entrevistado em duas matérias, uma sobre a questão do futuro do trabalho, e outra a da sindicalização. Rogério Amato, Secretário Estadual da Assistência e Desenvolvimento Social, e vice presidente da ACSP, apresenta o Movimento Degrau, iniciativa da entidade para promover a integração do jovem nas empresas, mostrando o quanto avançamos, e o muito que falta fazer para oferecer à juventude oportunidades e esperanças. A História do Trabalho completa este número da revista Digesto, que deverá se tornar fonte de consulta e referência sobre o trabalho e o emprego, temas aos quais a Associação Comercial de São Paulo vem se dedicando ao longo de sua história.

Alencar Burti Presidente da Associação Comercial de São Paulo e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo

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IMPORTÂNCIA HISTÓRICA DA CLT Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

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os tempos do velho Instituto de Direito Social – como o mestre supremo Cesarino Júnior preferia chamar o Direito do Trabalho –, foi adotado pelo governo ou a ele submetido pelo douto professor estudos e teses sobre o Trabalho e o Emprego na legislação social brasileira. Interessouse o governo de Getúlio Vargas em propulsionar a legislação social brasileira do trabalho como forma digna de estar num emprego que satisfaça as exigências psicológicas do cidadão. Com efeito, na Consolidação das Leis do Trabalho - (CLT) foram introduzidos todos os ensinamentos do que na época se considerava a fórmula moral e técnica do trabalhismo, a Rerum Novarum, que abarcou, também, o emprego como forma de dignidade das relações patronais e empregatícias, na edificação de um desenvolvimento tecnicamente forte. Foram esses ensinamentos que edificaram o desenvolvimento humanístico capaz de impor o surto econômico das atividades fabris e comerciais da economia brasileira, promovendo uma mentalidade favorável ao sindicalismo pleno, que englobasse o trabalho e o emprego como dados fundamentais da política social nacional. Podemos dizer que entre a Lei Eloi Chaves, de 1924, até a CLT, de 1º de maio de 1942, o Brasil deu um arranco. Nem mesmo as velhas nações da Europa e da América do Norte tinham leis como as nossas, que eram glosadas pelos institutos mais ativos dos países limítrofes e outros com os quais mantínhamos relações. A CLT teve na sua formulação e direção Getúlio Vargas, presidente da República, Alexandre Marcondes Filho, ministro do Trabalho, Lindolfo Collor, iniciador da legislação social, Segadas Viana e outros. Todos colaboraram na criação da CLT, abarcando tudo que foi possível da legislação social do Trabalho aplicada aos trabalhadores e às grandes levas de população em migração. Em suma, temos uma legislação social adiantadíssima, sujeita a reformas e a atualizações que, certamente, serão postas em prática.

João de Scantimburgo é membro da Academia Brasileira de Letras E-mail: jscantimburgo@acsp.com.br

Presidente Alencar Burti Superintendente institucional Marcel Domingos Solimeo

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ÍNDICE Masao Goto Filho/e-SIM

Agliberto Lima/DC

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Masao Goto Filho/e-SIM

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Contra o apagão profissional Entrevista

Metamorfose do sindicalismo nacional Fernando Porto

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Consolidação das Leis do Trabalho ou do Emprego? José Pastore

Simplificando as relações trabalhistas Hélio Zylberstajn

22 Tendências globais de emprego para mulheres Tradução: Rodrigo Garcia

72

52

Movimento Degrau: a importância do trabalho em rede Rogério Amato Marcos Fernandes/LUZ

37 A via-crúcis do emprego Patrícia Büll

40 Apocalipse trabalhista Fernando Porto

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50 Liberdade de associação sindical Almir Pazzianotto Pinto

72 Reprodução

Paulo Liebert/AE

74 História do trabalho Renato Pompeu

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Um clássico de filosofia econômica brasileira sobre o trabalho Domingos Zamagna

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mercado de trabalho metropolitano. Este percentual, contudo, deve ser interpretado com cautela, pois encobre a disparidade no padrão distributivo dos rendimentos do trabalho entre as regiões estudadas. Enquanto que, em Porto Alegre, 20,9% das ocupadas alcançavam ganhos que se limitavam ao salário mínimo, na região metropolitana de Recife, esta era a situação de mais da metade das mulheres (53,9%). Proporção igualmente elevada foi identificada em Salvador, 49,2%. São também acentuadamente distintas as proporções de homens e mulheres que vivem do salário mínimo. Ainda que, também para eles, haja grande diferenciação regional, a proporção de homens remunerados em níveis mínimos se limitava a 34,9% em Recife e 9,2% em Porto Alegre (Gráfico 1). É comum afirmar-se que as trabalhadoras recebem menos do que os ho-

mens porque se inserem profissionalmente em ocupações de menor qualificação, produtividade e prestígio social. Estas reflexões são verdadeiras, porém permanecerão incompletas se a elas não se agregar a evidência de que os chamados guetos ocupacionais femininos resultam de uma construção cultural, que designa o lugar das mulheres no mundo produtivo. A inserção setorial das mulheres remete à dinâmica ocupacional do segmento dos serviços, no qual se encontram os subsetores de saúde e educação, além dos serviços pessoais, e, principalmente, do emprego doméstico. Embora fundamentais para a organização social e, portanto, garantidores dos processos de transformação produtiva e de circulação da riqueza, os segmentos que mais absorvem força de trabalho feminina são os mais desvalorizados no mercado de trabalho e os que tendem a propiciar remunerações mínimas reguladas pelo poder estatal.

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este ano comemoramos o 60º aniversário do lançamento de um livro do ensaísta Alceu Amoroso Lima (Tristão de Athayde), membro da Academia Brasileira de Letras desde 1935: A questão do trabalho. Rio de Janeiro: Agir, 1947. p. 287. Tempo de transformações

Foto reproduzida da capa do livro "Um Itinerário no Século - Mudança, disciplina e ação em Alceu Amoroso Lima", de Marcelo Timótheo da Costa, editado pela Edições Loyola.

Em 23 de dezembro de 1930, liderados por Armando de Sales Oliveira, um grupo de pioneiros paulistas, na linha de seus antepassados bandeirantes, naturalmente de outro estilo, lançou em São Paulo as bases do Idort - Instituto de Organização Racional do Trabalho. O instituto foi oficializado no ano seguinte e pode ser considerado um dos frutos do choque social e psicológico representado pela Revolução de 30. Essa revolução lançou o Brasil em cheio nos grandes problemas universais do século 20. Tratados de economia política dizem que a Convenção de Taubaté em 1906 foi o primeiro fenômeno de dirigismo econômico do século 20. Se a indústria cafeeira conseguira superar a crise de transição do trabalho escravo para o trabalho livre, agora pedia a proteção do Estado, mediante a manutenção dos preços altos. E o café sustentava mais da metade da economia nacional, garantidor da estabilidade material coletiva. Brasil próspero era o preço alto do café; o café de preço alto dava proteção a fazendeiros e industriais. Além de ressudar as conseqüências do craque da Bolsa de Valores de Nova York (1929), a década de 30 começou com a


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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sexta-feira, 31 de agosto, sábado e domingo, 1 e 2 de setembro de 2007

LENTE DE

AUMENTO

ENTRE O PIOR E O MENOS PIOR

G O menor

dos males é o FED não resgatar as instituições financeiras com dificuldades

correm para redução da inadimplência, que, por certo, se elevou fortemente no segmento subprime em decorrência da alta das taxas de juros. Mas, faz sentido voltar ao tema “soluções para a crise”, dado que o mercado se recuperou, pelo menos em parte? Sim, porque apesar de ser verdade que já operamos no modo de volatilidade média, é verdade também que novos pepinos poderão aparecer, a qualquer instante, trazendo a turbulência de volta. No pior dos casos, pode ser que estejamos passando por aquele breve interregno, onde as faces do grave enfermo se tornam coradas e, em seguida, sobrevém a morte. E o pior é que não se sabe quais instituições estariam prestes a receber a sinistra visita. A assimetria informacional sobre quem exatamente detém os micos significa que a tensão pode não cessar tão cedo, mesmo num cenário de corte de juros.

T

circular a idéia de que uma possível saída para os imbróglios financeiros nos EUA seria implementar em plena América do Norte um programa do tipo Proer. Esta seria de fato uma saída, extirpar a doença na origem. E o argumento a favor desta solução é que apenas este tipo de intervenção seria capaz de pôr fim da tensão atual. A outra expectativa que se forma é de que o FED – após atuar no redesconto - inicie processo de redução da taxa básica. Mas, implementar distensão monetária, apesar de gerar tranqüilidade nos depositantes e evitar corrida, talvez não seja a arma ideal no caso em questão simplesmente por não ir direto ao cerne do problema. Com efeito, os créditos de má qualidade não desaparecerão magicamente com queda da taxa de juro. O efeito benéfico seria apenas indireto, pois juros mais baixos con-

emos, então, que o problema não desapareceu e que a intervenção direta parece mais eficaz para lidar com um problema que atinge os mercados de capitais muito mais do que os bancos. Dado que os números referentes ao desempenho da economia real norte-americana não estão ruins, o menor dos males por enquanto é não resgatar as instituições com dificuldades. E manter a válvula do redesconto aberta para evitar crise sistêmica. Naturalmente, não podemos descartar redução da taxa básica de juros. Neste cenário, o ajuste patrimonial e a própria recuperação da saúde e da tranqüilidade financeira acontecerão de maneira mais gradual do que na hipótese de intervenção cirúrgica. A conseqüência prática para os participantes do mercado é que ainda não chegou a hora de afrouxar o cinto de segurança. TRECHOS DO COMENTÁRIO ECONÔMICO DA

MCM CONSULTORES WWW.MCMCONSULTORES.COM.BR

O s créditos ruins não morrem com o juro menor

Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Cláudio Vaz, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, Hélio Cerqueira Júnior, João de Almeida Sampaio Filho, José Fernandes Vasquez, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nilton Molina, Paulo Roberto Pisauro, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Valmir Madázio Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br)

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JOÃO DE SCANTIMBURGO

A REELEIÇÃO Céllus

N

a vida e na economia, as pessoas e os formuladores de política sempre se defrontam com escolhas que envolvem tradeoff: ganha-se de um lado, mas perde-se de outro. E muitas vezes a escolha se resume a optar pelo menor de dois males. O duro é que em certos cenários, como o caracterizado pelas incertezas globais correntes, é difícil saber qual dos males deve ser preterido: o risco de crise sistêmica e recessão nos EUA na esteira de um aperto de crédito, ou o famoso risco moral, que advém da percepção de que excessos serão corrigidos não via desagradável e instrutiva ressaca, mas através da famigerada socialização de perdas? Recentemente, começou a

Elogiar é preciso? PAULO SAAB

H

ouve (o verbo haver não flexiona no plural para se referir ao passado) aplausos em todo o País para a atitude do Supremo Tribunal Federal, ao enquadrar como réus - e, por conseqüência, abrir processo contra - os 40 denunciados pelo procurador-geral da República como criminosos. Os nomes são conhecidos, as reações também e o fato primeiro é o de serem nomes ligados à alta cúpula do governo federal, de seu principal partido de sustentação (o PT e seus canais na iniciativa privada), além dos detentores de mandato oficial que fizeram parte dos golpes perpetrados pelos agora réus contra o dinheiro e o patrimônio público. A pergunta sobre a necessidade de se elogiar a ação do STF é cabível, porque ela pode significar um primeiro e importante passo na reversão da cultura da impunidade que prevalece no Brasil, especialmente junto aos governantes, políticos e seus asseclas na iniciativa privada. Fosse outra a mentalidade vigente, e o acolhimento das denúncias por parte da mais alta Corte do País seria apenas um ato normal, fato de rotina e da prevalência dos fundamentos legais existentes no Brasil. Como por aqui se disseminou e se cultivou (no interesse dos criminosos) a falácia de que ninguém nunca é culpado, por mais grave que seja o crime, político ou não, a decisão do STF é um alento, uma brisa, um vento a favor de quem ainda acredita que é possível fundear a república brasileira nos princípios da igualdade, da justiça para todos e do respeito às normas e à população do País. Na pior das hipóteses, mesmo que muitos sejam absolvidos por não serem culpados (sem querer prejulgar, por intuição e tempo de estrada tenho minhas dúvidas sobre essa inocên-

cia...), a sinalização dada através do constrangimento e da desmoralização pública que os 40 réus estão passando (não se percam pelo número dos ladrões de Ali-Babá...), há um fio de esperança de que isso vá reprimir os impulsos criminosos de quem dilapida a República achando que vai ficar por isso mesmo. Não vai mais. Até que enfim! Por isso se deve, sim, aplaudir a atitude do STF, por ter cumprido seu dever. O normal seria esperar que não fosse cumprido, porque era a regra vigente no País. Agora também se mexe com tubarões, no sentido de figuras de relevo, e diretamente envolvidas com o governo do presidente Lula. Mesmo que a figura do presidente não tenha sido alcançada, essa lama toda chegou até a ante-sala do presidente da República. Mas todos nós sabemos que ele não sabe de nada, não é mesmo?... Disse a Folha de São Paulo. em editorial, parafraseando o presidente Lula que , "nunca antes na história desse país tanta gente que concentrou tanto poder na política federal –ministros, um presidente da Câmara dos Deputados, cúpulas de partidos aliados, detentores de generosas contas de publicidade e de outros contratos com o poder público, compartilhou o banco de réus." E José Dirceu foi chamado de "comandante supremo".

R

eacendeu-se a esperança de que os valores tão invertidos que norteiam ainda hoje o setor público brasileiro e, repito, seus asseclas na iniciativa privada, possam voltar ao trilho da moralidade pública, da ética, do respeito aos eleitores, consumidores e ao próprio País. Elogie-se, então, uma vez mais, o STF por ter cumprido até aqui o seu dever.

A decisão do STF é um alento, uma brisa, um vento a favor da República

Vacina antiapagão LUIZ GONZAGA BERTELLI

C

om a dificuldade da concessão das licenças ambientais para os projetos de geração de eletricidade e a pretendida possibilidade do País crescer mais de 5% ao ano, haverá necessidade da adoção de efetivas ações, a fim de afastarmos o desabastecimento energético. Alguns estudos acadêmicos defendem, ademais, a possibilidade de redução da demanda energética, especialmente na indústria, eis que o setor é o maior usuário. De acordo com o último balanço energético, o uso da energia no parque industrial foi da ordem de 41% do total consumido, enquanto os segmentos residencial, comércio e serviços, ficaram com 34% e 12%, respectivamente. O desperdício de energia elétrica entre nós é o equivalente à produção de cinco usinas nucleares, similares à Angra 3, que produzirá 1,4 mil MW. Outra esperança frustrada do governo era a transformação da biomassa em eletricidade. Contudo, os projetos não corresponderam às expectativas. Existe acentuado corporativismo no setor elétrico a fim de contemplar no planejamento energético a biomassa, principalmente do bagaço da cana. Hoje, todas as indústrias sucroalcooleiras geram energia para o consumo próprio, mas somente 10% delas, de um total de 350 unidades, vendem o excedente. Além da hipótese do desabastecimento elétrico, as empresas nacionais, mormente as eletrointensivas, já convivem com as tarifas mais altas, reajustadas em cerca de 150%, no período de 2001 a 2006. A tarifa subiu de R$ 82 por MWh para R$ 206/MWh. Foram criados no período dez novos encargos governamentais, além dos tributos normais, enquanto o IPCA variou apenas 50%. Com as usinas térmicas, a energia ficará mais cara e até viabilizam, economicamente, as nucleares. O Brasil já adquiriu US$ 750 milhões em equipamentos para a usina nuclear Angra 3 e eles estão armazenados há 21 anos,

com gastos de manutenção da ordem de US$ 20 milhões anuais. Energia é insumo fundamental, a fim de assegurar a competitividade de setores como a indústria siderúrgica e do alumínio. Enquanto isso, o preço do petróleo importado de melhor qualidade já supera US$ 75/barril, com a possibilidade de alcançar os US$ 100/barril. Apesar do esforço desenvolvido para alcançarmos a auto-suficiência, as importações do petróleo correspondem a cerca de 200 mil barris diários. Em compensação, nos primeiros dias de julho, o álcool hidratado é vendido nas usinas a R$ 0,57/litro, enquanto o anidro, misturado à gasolina (25%) a R$ 0,66. Em decorrência, o combustível da cana amplia, sensivelmente, a sua participação no mercado das energias, incentivando a venda de veículos multicombustíveis (flex).

A

s tarifas elétricas tendem ao crescimento, pois a eletricidade está ficando escassa. Persiste o risco de faltar eletricidade a partir de 2010, ou antes, na dependência das chuvas. Desde 2003, elas continuam generosas e os atuais reservatórios das usinas hidrelétricas permanecem cheios. É insofismável que a construção de novas usinas hídricas ou térmicas, movidas a gás natural ou derivados do petróleo, demorem em média 5/7 anos para sua conclusão, isto se forem concedidas as decantadas autorizações ambientais. Na última década, o tempo médio para a concessão de licença prévia para as novas usinas hídricas foi de mais de três anos. Saíram apenas dez licenças ambientais, no quatriênio passado. Enquanto a energia não vem, o melhor para as empresas brasileiras é racionalizar o seu emprego. LUIZ GONZAGA BERTELLI É DIRETOR DE ENERGIA DA FIESP E PRESIDENTE EXECUTIVO DO CIEE

O desperdício de energia elétrica equivale à produção de 5 usinas nucleares

DO PRESIDENTE

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p re s i d e n t e L u i z Inácio da Lula da Silva informou urbi et orbi que não será candidato à nova reeleição. Conhecemos de sobra declarações idênticas a essa. No lançamento da próxima eleição, o presidente da República deveria se lembrar de uma frase de efeito de nosso primeiro Imperador, Dom Pedro I, que, instado a ficar e não partir para Lisboa, proclamou: Como é para o bem de todos e a felicidade geral da Nação, diga ao povo que fico! Não será por insucesso que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva queira ficar no poder. O poder cativa, dando ao mandatário a ilusão de que está fazendo m a i s d o q u e o s o u t ro s , quando está fazendo menos ou o mesmo, segundo as circunstâncias e o momento em que deve decidir. De Deodoro da Fonseca a Luiz Inácio da Lula da Silva tivemos numerosos presidentes, uns bons e enérgicos, outros fracos e débeis, e a Nação não parou. Ao contrário, continuou a sua marcha histórica, chegando a 180 milhões de habitantes, segundo o IBGE. O Brasil é uma grande nação, com numerosos defeitos, inclusive desigualdades sociais gritantes em várias regiões do País. Ainda há dias publicamos comentário sobre o estado da saúde pública no Nordeste. No Centro-Oeste a febre aftosa ainda afeta o gado com prejuízos vultosos e no Norte a mortandade por falta de socorro médico ainda rouba vidas, tudo por gastarmos demais com o funcionalismo preguiçoso e numeroso.

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presidente, sendo oriundo de uma região pobre - o interior de Pernambuco -, e conseguindo um lugar para trabalhar em São Paulo, como torneiro mecânico, conhece bem a situação de miséria em que se encontra uma parte da população brasileira, cuja situação econômica já derivou para o nível da indigência, isso sem falarmos das favelas que se multiplicam de norte ao sul do País. Só alteraremos essa situação desabonadora se realizarmos grandes obras e grandes programas sociais, já conhecidos e lembrados numerosas vezes. JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR

G O poder cativa, dando ao mandatário a ilusão de que está fazendo mais do que os outros, quando está fazendo menos.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 31 de agosto, sábado e domingo, 1 e 2 de setembro de 2007

3 Roosewelt Pinheiro/ABr

Política VOTAÇÃO ABERTA PARA RENAN Evaristo Sá/AFP Photo

Cafeteira acusa advogado de Mônica de tentar extorqui-lo

A decisão do Conselho de Ética representa uma derrota para o o presidente do Senado e seus aliados

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m bate-boca, com frases chulas e agressivas, trejeitos e representação quase teatral, marcou a reunião do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado realizada ontem. No calor da discussão, para definir se a votação do processo contra o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), seria aberta ou fechada, os senadores Almeida Lima (PMDB-SE), um dos relatores da representação contra ele, e o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), trocaram insultos preconceituosos. "Calma, boneca", ironizou Jereissati, fazendo gestos afeminados, ao referir-se a Lima, que, exaltado, estava disposto a apresentar o relatório favorável a Renan. "Não ficam bem esses trejeitos no senhor", retrucou o senador do PMDB de Sergipe. Castração – "V.Excia. não vai, senador Tasso Jereissati, castrar a minha palavra e não permitir que eu leia um relatório de cinco laudas", acrescentou. A que o líder do PSDB na Casa, Arthur Virgílio (AM) respondeu: "Senador Almeida, ninguém quer castrar o senhor, de jeito nenhum. Nem na palavra, nem do outro jeito". O presidente nacional do PSDB não se intimidou e bateu com as mãos na mesa. "Força do Direito, sim. Direito da força, não. Se o senhor sabe bater na mesa, eu sei ficar de pé", reagiu, novamente, Lima,

execução orçamentária, sem comprovação da sua origem. 2) Pagamento a Mônica Veloso e patrimônio apresentado por Renan – Não foi comprovada a existência de renda para arcar com seu patrimônio, com suas despesas regulares e os pagamentos que foram efetuados à jornalista. 3) Irregularidades fiscais – A perícia da PF apontou a existência de uma série de irregularidades fiscais que resultaram na impossibilidade de verificação das alegações de Renan quanto ao seu patrimônio e recolhimentos. 4) Sigilo – Renan faltou com a verdade, quando afirmou que havia quebrado seu sigilo fiscal e bancário. 5) Verba indenizatória – Lembram que Renan Calheiros incluiu a verba indenizatória – destinada a custear gastos do mandato – entre seus bens. 6) Suposto saques em dinheiro – Desmentem a informação do presidente do Senado de que teria feito saques em dinheiro para pagar as despesas de Mônica Veloso. 7) O Mútuo Costa Dourada – Referem-se ao empréstimos não pagos, que Renan afirma ter feito na locadora Costa Dourada, registrada em nome de Tito Uchoa. 8) Faltou com a verdade – Afirmam que o resultado da avaliação do processo revelou que ele não obedeceu aos ditames ético-políticos do princípio da veracidade. (AE)

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Renan, supreendido com a derrota, que pode ser uma prévia da votação

senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA) afirmou ontem, no Conselho de Ética, que o advogado da jornalista Mônica Veloso tentou subornar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB). Segundo Cafeteira, o advogado foi até sua casa pedir que ele e um outro senador que estava lá convencessem Renan a pagar R$ 20 milhões à jornalista. Cafeteira acrescentou ainda que o advogado disse estar fazendo "um abatimento", uma vez que o primeiro pedido teria sido de R$ 30 milhões. O relator Almeida Lima (PMDB-SE) afirmou que já havia perguntado ao advogado de Mônica Veloso, Pedro Calmon, quando ele depôs no Conselho de Ética, se ele teria ido à casa de um senador antes da audiência para definir pensão alimentícia para a filha de Renan. Segundo Almeida Lima, o advogado respondeu que não. Criminal – Em resposta a Cafeteira, o senador Eduardo Suplicy (PT) afirmou que a apuração da suposta quebra de decoro parlamentar que pesa sobre Renan "nada tem a ver com a ameaça de extorsão". Também o senador José Nery (PSol-PA) afirmou que a denúncia de Cafeteira é da esfera criminal, e não cabe ao Conselho de Ética analisá-la. (AE)

– PALHAÇO! – CALMA, BONECA! (São os senadores da República em sessão)

agora com a intenção de ir até onde estava Jereissati. Pancadas na mesa – O debate começou quando o presidente nacional tucano cobrou uma posição do presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, Leomar Quintanilha (PMDBTO), em relação à definição do rito da votação – se aberta ou secreta – do processo contra o presidente do Congresso. Como o senador do PMDB sergipano resolveu responder em nome de Quintanilha, Jereissati deu pancadas na mesa e, dedo em riste, acusou o relator, que é aliado de Renan, "de estar vendido". "Deixe de palhaçada, você é um palhaço, você está vendido", afirmou. Clima quente – Visivelmente perdido, como quase todo o tempo da sessão de ontem, o presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado não sabia o que fazer. Levantou-se da cadeira, consultou os técnicos e decidiu suspender a reunião. Ainda assim o clima não esfriou. Coube ao corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEMSP), pedir calma para que a sala do órgão não se transformasse num ringue. "Calma, gente. Isso aqui vai dar problema de agressão", pediu, sem sucesso. No ringue – Lima e o presidente do PSDB continuaram a bater boca. "Seu caráter é altamente deficitário", disse Jereissati. De bate-pronto, o senador peemedebista afirmou: "Sua

Julgamentos na política acabam com cinismo, diz 'The Economist'

Dida Sampaio/AE

P

or dez votos a cinco, depois de oito horas de reunião, o Conselho de Ética decidiu ontem que a votação do primeiro processo contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), por quebra de decoro, será aberta. Os aliados de Renan passaram o tempo todo tentando fazer com que o voto fosse secreto. O presidente do Conselho, Leomar Quintanilha (PMDBTO), chegou a anunciar que o voto seria secreto. Foi enfrentado e perdeu. Decisões –Também ficou decidido que a votação do parecer dos relatores Renato Casagrande (PSB-ES) e Maria Serrano (PSDB-MS), favoráveis à perda de mandato, e o do relator Almeida Lima (PMDBSE), que inocenta Renan, ocorrerá na próxima quarta-feira, quando termina o prazo do pedido de vistas feito pelos senadores peemedebistas Valdir Raupp (RO), Wellington Salgado (MG) e Gilvan Borges (AP). (leia mais na pág. 4) Oito razões – Os relatores Renato Casagrande (PSB-ES) e Marisa Serrano (PSDB-MS), nas denúncias, apontam dados da perícia da PF para construir o parecer. São oito os pontos fundamentais: 1) Relação com o lobistaCláudio Gontijo, da empreiteirea Mendes Júnior – Indagam se um agente político pode fazer uso de funcionários de empresa que tem interesse na

Para a imagem do Senado, a cena foi uma beleza. Sérgio Guerra (PSDB-CE)

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Tasso Jereissati, um dos protagonistas da briga, fez até gestos afeminados para irritar Almeida Lima

estatura não me pressiona nem me impressiona". A turma do deixa-disso, então, entrou em cena. Os senadores Sérgio Guerra (PSDB-CE) e Demóstenes Torres (DEM-GO) e o deputado João Almeida (PSDB-BA) trataram de impedir que eles chegassem às vias de fato. "Nem na Câmara de Vereadores de Mossoró (RN) eu vi isso", lamentou o líder do DEM, senador José Agripino Maia (RN). "Para a imagem do Senado, a cena foi uma beleza", emendou Guerra. Depois de 20 minutos de sessão suspensa, a reunião do Conselho de Ética e Decoro foi retomada. Recuo – Lima, que encarnou a figura do relator

de defesa do presidente do Senado, papel que caberia apenas ao advogado dele, Eduardo Ferrão, foi aconselhado, até mesmo por aliados do senador do PMDB de Alagoas, a recuar na postura inflamada. O senador Wellington Salgado (PMDB-MG), da tropa de choque de Renan, repassou um telefone celular para o senador sergipano. Em seguida, sob nova orientação, Lima retrocedeu e deixou as chicanas de lado. Até então elogiado no papel de presidente do Conselho de Ética, Quintanilha parecia perdido. No meio dos trabalhos, entregou o comando ao vice-presidente do Conselho, Adelmir Santana (DEM-DF).

Novela – Outro momento novelesco do colegiado foi quando os senadores do DEM de Goiás e do PMDB de Minas Gerais se estranharam. A iniciativa foi de Torres, ao repreender Salgado por ignorar regras do regimento. "V. Excia. poderia aprender um pouco, estudar o regimento", sugeriu. O senador do PMDB mineiro respondeu: "V. Excia. foi maleducada comigo". Ao que o senador do DEM goiano replicou: "Isso é uma tentativa de chicana que temos de abortar agora. A forma do voto do conselho será feita pela maioria". Em seguida, trocaram desculpas, levantaram-se e, delicadamente, abraçaram-se, com tapinhas nas costas. (AE)

e o Senado punir o presidente da Casa, Renan Calheiros, e o Supremo Tribunal Federal (STF) fizer o mesmo com os culpados pelo mensalão, o "cinismo" em relação à política no Brasil terá menos razões para existir. A informação é da revista britânica "The Economist", em artigo publicado ontem. De acordo com a publicação, o povo brasileiro reclama há muito tempo que os políticos do País seguem uma lei própria."Se o senhor Calheiros partir e o Supremo punir aqueles considerados culpados, haverá finalmente menos razões para tal cinismo", diz o artigo, intitulado "Enter the Judges" ("Entrem os juízes", em tradução livre). Reformas em jogo – Para a revista, a crise política compromete a aprovação das reformas necessárias. "Seja ou não implicado pessoalmente, suas chances de aprovar as reformas tributária e da previdência no Congresso, podem ser reduzidas", diz o texto. Em relação ao julgamento dos 40 acusados no escândalo do mensalão, a "The Economist" conclui que o caso, ao envolver ex-membros da cúpula do PT, pode finalmente manchar a imagem à prova de escândalos do presidente da República. (DC)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Carlos Julio Martinez/AFP

LUTO NA COLÔMBIA Painel mostra imagens de alguns dos 11 deputados seqüestrados e mortos pelas Farc em junho. A guerrilha prometeu entregar amanhã os restos mortais

Internacional

Em Bogotá, Chávez negocia reféns com Uribe e Farcs

Ali Yussef/AFP

Em jogo estão 49 reféns políticos seqüestrados pela guerrilha colombiana

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presidente da Venezuela, Hugo Chávez, chega nesta sexta-feira à Colômbia com a difícil missão de facilitar o acordo entre o governo de Álvaro Uribe e a maior guerrilha esquerdista colombiana, as Farc, para conseguir a libertação de 49 reféns políticos. A interferência do venezuelano é uma incursão direta em um conflito interno colombiano, situação que já provocou tensões entre os países. Segundo informações da imprensa venezuelana, Chávez se encontrará também com algumas lideranças das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, em local não divulgado. O governo de Caracas não confirma a informação. Entre os reféns em poder das Farc estão a ex-candidata à presidência colombiana, Ingrid Betancourt, em cativeiro desde 2002, três norte-americanos, um ex-governador e vários militares, alguns há quase 10 anos em cativeiro. Chávez tratará formas de facilitar a troca de rebeldes mantidos em prisões colombianas por reféns seqüestrados pelos insurgentes. As Farc exigem a desmilitarização de 800 quilômetros quadrados para definir uma troca humanitária, mas

AFP

Relatório aponta fracasso dos EUA no Iraque Documento de órgão ligado ao Congresso, divulgado pelo Washington Post, será apresentado na próxima terça-feira, 4 de setembro Chávez se reúne com senadores colombianos um dia antes da viagem

Uribe insiste que não retirará as tropas "de nenhum centímetro" do território nacional. Chávez, marcado por sua retórica anti-EUA, e Uribe, o maior aliado latino-americano dos Estados Unidos, se reunirão na fazenda presidencial de Hato Grande, nos arredores de Bogotá. O venezuelano goza da simpatia da guerrilha esquerdista, embora negue manter ligações com o grupo. "Tomara que possamos conseguir que essas pessoas voltem sãs e salvas a seus lares e que se cumpra o acordo humanitário", afirmou Chávez. Indulto Como parte dos esforços em conseguir a libertação dos reféns, Chávez concedeu ontem perdão a 41 paramilitares co-

lombianos presos na Venezuela sob acusação de envolvimento num suposto complô em 2004 contra seu governo. O líder venezuelano havia anunciado na semana passada que decidira libertar os prisioneiros como "gesto de boavontade" em meio a seus esforços para mediar a troca de reféns entre Bogotá e as Farc. Na França O esforço pela libertação já envolveu até o presidente da França, Nicolas Sarkozy, preocupado com a libertação de Ingrid Betancourt, que tem cidadania francesa. Sarkozy deu ontem seu "pleno apoio" aos esforços de Chávez e disse que os dois presidentes concordaram em "se manter em estreito contato". (Agências)

U

m importante documento pode causar reviravolta na estratégia do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, em relação à sua impopular guerra no Iraque. O jornal The Washington Post publicou ontem matéria mostrando que, segundo relatório a ser entregue ao Congresso na próxima semana pelo Departamento de Prestação de Contas do Governo (GAO, na sigla em inglês), o Iraque cumpriu apenas 3 das 18 metas fixadas pelo governo dos Estados Unidos. As conclusões do GAO, o braço investigativo do Congresso norte-americano, contradizem uma avaliação

mais positiva divulgada por autoridades dos EUA em julho, que mostrava que o Iraque cumprira 8 de 18 metas. O relatório do GAO, que o jornal descreveu como "marcadamente negativo", deve ser repassado ao Congresso na terça-feira. Uma semana depois — nos dias 11 e 12 de setembro — o comandante das forças americanas no Iraque, general David Petraeus, e o embaixador dos EUA no país, Ryan Crocker, prestarão depoimentos diante do Congresso. O relato dos dois a respeito da situação política e militar do Iraque pode provocar, em meio às pressões dos democratas e

de alguns republicanos, a retirada das tropas americanas do Iraque. "A respeito do plano de segurança para Bagdá, cujo objetivo era reduzir a violência sectária, as agências norte-americanas discordam sobre se tal violência diminuiu ou não", afirma o esboço do relatório divulgado ontem pelo Post. Mas, ao contrário da conclusão mostrada pelo GAO, o general David Petraeus deve apresentar um cenário de progressos na segurança e de promessa de reconciliação entre diferentes facções no Iraque, para justificar a manutenção das tropas por mais tempo em Bagdá. (Agências)

LIBERTAÇÃO

ALARME FALSO

Jose Luis Quintana/Reuters

PODER A premiê alemã Angela Merkel é a mulher mais poderosa do mundo segundo a Forbes

Ó RBITA

AMEAÇA Uma bomba no estacionamento fez a polícia esvaziar o prédio mais alto do México

PROTESTOS ma jornada de protesto contra políticas do governo U terminou com saques noturnos, confrontos entre manifestantes e policiais e 750 detidos no Chile. Um

LUTA – Mesmo acorrentado a um poste de luz, o boliviano Roderick Eloy Qolque lutava contra policiais. Ele protestava contra o tratamento que a Embaixada boliviana dá aos seus compatriotas no Brasil

supermercado, uma farmácia e um posto de gasolina foram atacados e saqueados por grupos de manifestantes em alguns bairros da capital Santiago. A jornada foi convocada pela Central Única dos Trabalhadores para protestar contra "o modelo econômico neoliberal" de Michelle Bachelet. (AE)

s insurgentes do Talebã utoridades das Nações libertaram ontem os sete Unidas encontraram O A reféns sul-coreanos que ainda frascos de produtos químicos

estavam em cativeiro no Afeganistão. O seqüestro durou mais de um mês e foi encerrado com um acordo que, segundo as autoridades afegãs, incluiu o pagamento de resgate pelo governo da Coréia do Sul. O governo sulcoreano não confirmou a informação. Dos 23 voluntários cristãos seqüestrados em 19 de julho, dois foram mortos pela milícia. (Reuters)

perigosos, que foram removidos do Iraque há uma década, dentro de uma caixa fechada em um prédio da ONU em Nova York. A ONU disse que não havia perigo de contaminação, e o FBI foi acionado para ajudar a remover as substâncias. O material encontrado era composto por fosgênio, um agente de armas químicas, disse a porta-voz da ONU Marie Okabe. (Reuters)


Logo Logo DIÁRIO DO COMÉRCIO

Giuseppe Cacace/AFP

Seis palavras estúpidas. Errei, mas Zidane também se equivocou ao reagir daquela maneira. Do zagueiro italiano Marco Materazzi, sobre a frase que provocou a cabeçada de Zinedine Zidane na final da Copa de 2006. As seis palavras eram uma referência pouco honrosa à irmã de Zidane e constam da autobiografia que Materazzi lançou ontem na Itália.

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sexta-feira, 31 de agosto, sábado e domingo, 1 e 2 de setembro de 2007

AGOSTO

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31 10 anos da morte de Diana, Princesa de Gales (1961-1997)

C ULTURA C IÊNCIA

Acordes de paz

Divisão celular portátil A exposição aos sinais de telefones móveis durante apenas cinco minutos poderia estimular o processo de divisão celular. A revelação alarmante é de um novo estudo sobre o uso do aparelho realizado no Instituto Weizmann de Rehovot, em Israel. A divisão celular ocorre de forma natural no crescimento ou rejuvenescimento do tecido humano, mas ocupa também um papel central no desenvolvimento do câncer. Uma equipe de pesquisadores israelenses expôs células humanas e de ratos à radiação

eletromagnética com uma freqüência semelhante à emitida pelos celulares, mas a um décimo de sua potência. Após apenas cinco minutos, os pesquisadores identificaram a produção de substâncias que estimulam a divisão e o crescimento celulares. Outros cientistas, como Simon Cook, bioquímico do Instituto Babraham (Reino Unido) mostram-se mais céticos e afirmam que, embora os resultados do estudo sejam interessantes, não demonstram que há uma divisão celular suficiente para provocar câncer.

R ECORDE Tengku Bahar/AFP

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Raja Gigi (rei dos dentes) puxa trem de 297,1 toneladas e 2,8 metros com os dentes em Kuala Lumpur. Ele bateu seu próprio recorde que era de 260,8 toneladas.

B RAZIL COM Z

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primeira orquestra ocidental de música clássica a visitar o Irã desde a Revolução Islâmica de 1979 recebeu aplausos calorosos em Teerã, na noite de quarta-feira, no primeiro dos dois concertos que fez no país. A Orquestra Sinfônica de Osnabrueck, da Alemanha, tocou peças de Beethoven, Brahms e Elgar no lotado Vahdat Hall, em Teerã, com capacidade para 850 pessoas. Uma segunda apresentação ocorreu ontem. Obedecendo ao rígido código islâmico de vestimentas que vigora no Irã, as instrumentistas da orquestra usaram o véu muçulmano durante o concerto de duas horas. O local em que a orquestra se apresentou tem capacidade para 850 pessoas. A conservadora República Islâmica costuma ver com desconfiança a cultura ocidental, que considera decadente, mas as restrições diminuíram na última década e a música clássica é encarada com bons olhos entre alguns setores da sociedade. A visita da orquestra acontece em um momento de cres-

A esperada fuga de Zeu

Behrouz Mehri/AFP

Mulheres da orquestra usaram véu em respeito ao rígido código islâmico de vestimentas que vigora no Irã

O jornal francês Le Figaro destacou ontem a fuga de Elizeu Felício de Souza, o Zeu, um dos sete condenados pela morte do jornalista Tim Lopes, em junho de 2002. Zeu estava preso desde 2002 por ter torturado e executado Tim Lopes. Em julho deste ano, ele obteve o direito de cumprir pena em regime semi-aberto, saindo durante o dia para trabalhar e voltando à noite para dormir na cadeia. No primeiro dia do benefício, 10 de julho, ele não voltou ao presídio. A polícia do Rio trabalha na captura, fazendo buscas no Complexo do Alemão, no Rio. H ISTÓRIA Reprodução/LDC

centes tensões entre o Irã e potências ocidentais em virtude do programa nuclear iraniano, que, segundo essas potências,

teria por objetivo o desenvolvimento de bombas atômicas. O governo iraniano afirma que o programa é pacífico.

Hannibal Hanschke/Reuters

M UNDO

Arsênico na torneira

E M

práticas agrícolas e industriais. A Organização Mundial de Saúde (OMS) determina o limite máximo de dez partes de arsênico por bilhão nos reservatórios de água. Entretanto, 137 milhões de pessoas consomem água com níveis de arsênico superiores aos considerados seguros. Dessas, 57 milhões consomem água com 50 partes de arsênico por bilhão, diz a pesquisa. O arsênico "supera qualquer outro potencial agente de contaminação da água", diz outra pesquisa, realizada por Allan Smith, da Universidade da Califórnia em Berkeley.

O primeiro homofóbico

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A presença do arsênico na água potável representa um risco global à saúde, afetando mais de 70 países e cerca de 137 milhões de pessoas, revela uma pesquisa divulgada ontem pelo Departamento de Geografia da Universidade de Cambridge. O país mais afetado é Bangladesh, onde é provável que centenas de milhares de pessoas morram por causa de cânceres de pulmão, vesícula e pele provocados pelo arsênico, revela a pesquisa. A denúncia é do pesquisador Peter Ravenscroft. O arsênico é inodoro e insípido. Ele dilui-se na água a partir de depósitos naturais na terra e de C A R T A Z

MUSICA

Divulgação

Vanessa da Mata estréia a turnê SIM, homônima ao seu último CD. Citibank Hall, av. dos Jamaris, 213, Moema. Tel.: 68466040, às 22h. Ingressos: de R$ 60 a R$ 150.

Musculosos de corda

Amigos da Terra e da Amazônia

A loja I Want One of Those tem esses sensacionais fisiculturistas de praia movidos à corda. Dumbbell Dwayne levanta pesos e Push-up Preston faz abdominais. Os bonequinhos, de 12 x 8 x 4 cm, fazem todo o esforço sorrindo, enquanto durar a corda. Custam £4.95 cada no site.

Informações sobre o uso sustentável dos produtos florestais, prevenção do fogo, atendimento a comunidades isoladas e formulação e acompanhamento de políticas públicas na área de meio ambiente podem ser encontradas no site Amigos da Terra. Há informações sobre a região amazônica para investidores, jornalistas, estudantes, viajantes e curiosos. Além disso, o site traz ainda notícias e uma área de audiovisual. www.amigosdaterra.org.br

C HINA

'Grande Irmão', livre do vício

colagem que compõe o A rosto do presidente norte-americano, George W.

Bush, é um retrato aparentemente inocente. Mas quem se aproxima da obra do artista britânico Jonathan Yeo, em exposição na Galeria Lazariedes, Londres, percebe que os vários pedaços da colagem são imagens pornográficas. A obra, divulgada ontem, veio a público no mesmo dia em que outra obra polêmica, a da australiana Priscilla Bracks se tornou finalista num concurso nacional. O retrato de Osama Bin Laden, líder da organização al-Qaeda, como uma Virgem Maria de véu com rosto de Jesus foi considerado ofensivo. Os artistas dizem questionar a glorificação dessas duas figuras e mostram que entre o bem e o mal os limites nem sempre são óbvios.

A TÉ LOGO

Mick Tsikas/Reuters

Bush na visão do artista Jonathan Yeo: pornográfico. Já o Bin Laden de Priscilla Bracks é uma Virgem Maria com traços de Jesus.

"Grande Irmão", um elefante ex-viciado em drogas, retornará à vida selvagem após ser curado do vício por meio de metadona e contínuo tratamento. Ele foi capturado por tratadores de seu bando perto da fronteira da China com Mianmar em 2005 e, para controlá-lo, os tratadores o alimentaram com drogas. O elefante desenvolveu uma forte dependência de heroína, fazia movimentos bruscos e babava sob abstinência e teve de receber tratamento com o corte gradual do suprimento de drogas. Agora, ele voltará para casa. Os tratadores estão presos. L OTERIAS Concurso 250 da LOTOFÁCIL

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Bactérias transferem seus genes para hospedeiros, mostra pesquisa da revista Science Telefone celular poderá ser proibido nas salas de aula de escolas públicas e particulares

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www.iwantoneofthose.com

Pinceladas incertas entre bem e mal

Divulgação/Laziedes Gallery

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F AVORITOS

A RTE

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G @DGET DU JOUR

OLHO NO OLHO - Uma visitante observa telas planas que exibem imagens de olhos na feira de eletrônica IFA 2007, em Berlim. A feira reúne 1.202 expositores de 40 países e traz as tecnologias mais recentes disponíveis para os consumidores.

O código de leis do imperador mongol Genghis Khan (1167-1226) foi o primeiro da história a proibir a homossexualidade. O artigo 48 do código condenava á morte os homossexuais. Os analistas do Instituto de Pesquisa da Antiga Mongólia interpretam a citação como a primeira proibição da homossexualidade da História e dizem que Genghis Khan queria incentivar o aumento da população de seu império, que então era de 1,5 milhão de pessoas. Muito pouco em comparação com os 100 milhões sob o comando da dinastia Song (960-1279), no centro da China. O código também condenava à morte quem fizesse escavações não autorizadas ou provocasse incêndio e proibia lavar as mãos nos rios.

Brasil divulgará inventário nacional sobre a emissão de gases do efeito estufa em 2009

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Concurso 1795 da QUINA 03

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Simplificando as re 1. AS IMPERFEIÇÕES DO MERCADO DE TRABALHO

Renata Jubran/AE

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Hélio Zylberstajn Economista e professor da Faculdade de Economia e Administração da USP

á basicamente duas visões opostas sobre o mercado de trabalho. Uma delas, defendida por muitos empresários, argumenta que o mercado deveria ser "livre" e desregulado. Para seus defensores mais extremados, não deveria haver legislação trabalhista nem sindicatos. Os salários deveriam ser determinados diretamente pelo jogo da oferta e da demanda de trabalho. Decorre desta visão a idéia da "flexibilização" das regras trabalhis-

tas e, mais recentemente, a proposta da prevalência do negociado sobre o legislado. Decorre também desta visão a idéia de que excessos de regulamentação no mercado de trabalho inibem a criação de empregos. A outra visão defende uma posição exatamente oposta: deve sim haver muita proteção ao trabalhador na forma de direitos garantidos em lei e também na forma de fortalecimento dos sindicatos. Para seus defensores, sem intervenção, o mercado de trabalho é favorável à demanda (ou seja, às empresas). O trabalhador precisa ser protegido da exploração inerente ao jogo do mercado. Nesta visão, o emprego depende muito mais do nível de

Este artigo faz parte do estudo "Simplificando o Brasil: Propostas de Reforma na Relação Econômica do Governo com o Setor Privado" patrocinado pela Fecomércio


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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NEIL eu vaio lulla FERREIRA PELÉ, DÁ LICENÇA, MAS NEGÃO AGORA É O JUIZ BARBOSA

O PREVISÕES Fabrice Coffrini/AFP

NÃO DÁ PEDAL! O AMBIENTALISTA BILL MCKIBBEN VÊ LIMITES PARA A EXPANSÃO DO CAPITAL E DAS EMPRESAS DEPOIS QUE A CIVILIZAÇÃO FOI APONTADA COMO RESPONSÁVEL PELAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS por Paulo Brito

H

á 210 anos Thomas Malthus publicou uma obra que deixou preocupados governos e estadistas: em An Essay on the Principle of Population, ele provava que a população da Inglaterra crescia em proporção geométrica (1, 2, 4, 8, 16, 32, 64...), enquanto a produção de alimentos rastejava em proporção aritmética (1, 2, 3, 4...). Numa época em que a educação era um privilégio e ao mesmo tempo um patrimônio das famílias burguesas, e em que o conhecimento da matemática era uma comprovação de genialidade, o trabalho de Malthus soava como as trombetas do apocalipse: caso nada fosse feito, o mundo estava condenado a transformar-se numa imensa favela, com um aumento escandaloso e irreversível da miséria. Embora muita gente ache que Malthus errou por pouco, o fato é que ele não contava com a possibilidade de que fosse possível desenvolver tecnologia para aumentar a produção de alimentos, o que acabou virando o jogo e arruinando seus cálculos. Isso transformou Malthus num ingênuo ou num romântico (conforme quem faça a crítica), mas ainda assim seu trabalho é relevante para a ciência econômica. Embora seu estudo tenha valor apenas histórico, Malthus abriu os olhos dos cientistas para a necessidade de fazer previsões.

jam "maiores" e ao mesmo tempo "melhores". Assim como Malthus via limites para o crescimento da população, McKibben vê limites para a expansão das empresas. O ponto de vista do autor é perfeitamente compreensível: agora, quando a ciência aponta a civilização como responsável pelo aquecimento global e pelas mudanças climáticas que estão em andamento, é mais do que natural que um ambientalista como ele enxergue limites para o crescimento das empresas ou, em última análise, para o crescimento do capital.

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preocupação é louvável: "O crescimento não está fazendo as pessoas mais ricas; está gerando desigualdade e insegurança. E o crescimento já está batendo tão profundamente nos limites físicos, tais como mudança de clima e esgotamento

Por outro lado, admito que é importante existirem pessoas que cultivem um mínimo de utopia, ainda que seja como contraponto aos exageros construídos pelo capital. Tal como me disse uma vez o professor Zeferino Vaz, fundador da Unicamp, ao explicar o conceito de universidade: há cursos pouco procurados, de habilitações consideradas até exóticas, mas absolutamente necessários para manter a universalidade do ensino e vivas as pesquisas que vão gerar novo conhecimento sobre aquele assunto. Desse ponto de vista, é inspirador ler o que McKibben escreve (Deep Economy: The Wealth of Communities and the Durable Future, Times Books, 272 páginas).

de reservas de petróleo, que continuar a expansão pode ser impossível ou mesmo perigoso", diz em seu último livro. Sua tese é de que a palavra "mais" se tornou inimiga da palavra "melhor", e de que a principal saída para a sobrevivência do planeta está no fortalecimento das comunidades – elas poderiam produzir grande quantidade de mercadorias para si, reduzindo as pressões mercadológicas sobre as manufaturas. Por um lado, é claro que essa é uma visão romântica sobre a sociedade de consumo – o mundo não se comporta como a afluente, equilibrada e bem educada comunidade do interior do Estado do Vermont, onde mora o autor, nem como as comunidades hippies dos arredores de San Francisco nos anos 70; o resto do mundo é muito, mas muito diferente, em especial nos países em desenvolvimento.

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Irshad Khan/AFP

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odos gostamos de previsões, sejam boas ou ruins (embora saibamos que contêm um elevado grau de incerteza), especialmente porque achamos que com elas poderemos fazer alguma economia – em tempo, em dinheiro ou em patrimônio. É assim com a previsão do tempo, com as previsões financeiras, com os orçamentos. O ambientalista Bill McKibben resolveu fazer previsões sobre o capitalismo, o que é um exercício tanto ousado quanto perigoso. Sua premissa básica é de que há um esgotamento do modelo de crescimento das empresas ou das organizações empresariais, as quais ele acha que estão batendo literalmente no fundo do poço – ele acha que não há mais espaço para que as empresas se-

G É ilusão acreditar que haverá uma união

mundial para que se abra mão do bem-estar. Os chineses não querem andar a pé, não querem tomar sol nem chuva. G Todos gostam de previsões, sejam boas

ou ruins, especialmente porque achamos que com elas poderemos fazer economia.

ingenuidade do autor está em exemplos do tipo "se os chineses possuíssem carros na mesma proporção dos americanos, teríamos 1,1 bilhão de carros a mais". O que acontece é que os chineses não querem andar a pé, não querem tomar sol nem chuva. Eles querem trabalhar para ter todos os carros e todo o conforto de que puderem dispor. Não só os chineses, mas também os indianos, os brasileiros, os tailandeses, os mexicanos, os russos... todos os povos querem desenvolver-se e chegar ao welfare state, o Estado do bem-estar que, de certo modo, os americanos estão alcançando e os países nórdicos já alcançaram. É uma ilusão acreditar que haverá uma união mundial para que se abra mão disso – nem as religiões, nem as crenças políticas, nada conseguiu unanimidade no mundo. A ambição dos capitalistas e a lei do menor esforço se encarregarão de alavancar a expansão da indústria, do comércio e dos capitais, ainda que McKibben acredite no contrário: os agricultores bras i l e i ro s n ã o v ã o s e g u i r o exemplo que ele cita, da cooperativa guatemalteca que produz implementos agrícolas a partir de bicicletas desmontadas. Porque o que eles querem mesmo é, um dia, ter tratores com ar-condicionado. Como os americanos. PAULO BRITO É JORNALISTA E CONSULTOR DE EMPRESAS

juiz Joaquim Barbosa, do Sup re mo Tribunal Federal (STF), é o meu novo herói nacional. Brecht disse "Infeliz do povo que precisa de heróis". O teatrólogo alemão e comunista, herói do seu povo durante o nazismo, tinha preparo para fazer tal afirmação. Como não o tenho, não me envergonho de admitir que preciso de heróis. Proclamo meus heróis os Cem Mil da Vaia Medalha de Ouro, na abertura do Pan, a vaia que mudou a nossa história. O juiz Barbosa também vai mudar a nossa história. Entrou em campo defendendo o time dos capaspretas do STF, sob desconfiança geral da torcida. O time, como os da Copa do Mundo, tem onze elementos. Um deles não quis disputar a partida contra o time do seu coração e pediu para sair. O STF jogou com dez mesmo. Eu ali na geralzona, roendo as unhas de nervosismo antes do jogo começar. A bandeira Cana Nelles desfraldada.

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onfesso que não tinha muita esperança. O que mais queria era endurecer o jogo. Nada da moleza que foi naquela sova que levamos dos mensaleiros no congresso, quando uma rebolativa bailarina dançou o imor(t)al clássico do ballet, a Dança da Pizza, em comemoração à vitória. Eu prendia a respiração e fazia figas, enchi a casa com incensos acesos – eu quero a revanche daquela noite negra no congresso. O pé do juiz Barbosa sobre a bola. Faria o lançamento definidor do tempo em que vivemos. (Fala-se na minha cidadezinha que "Nunca se sabe o que sai da urna e da cabeça de um juiz." Sairam das urnas quase sessenta milhões de votos, você sabe para quem...). O juiz, entre o meio de campo e a sua grande área, caído para a direita. No meu álbum de figurinhas da metade do século passado, poderia ser chamado de alfo (half) direito. Seria hoje o ala, se for mais defensivo, ou volante, como os caçadores de Lampião, se for mais atacante.

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lhei com os olhos que viram a sublime Seleção de 70. Vi ali Gerson, o canhotinha, reinando despoticamente naquela região, como um limpador de pára-brisas, da esquerda para a direita e da direita para a esquerda, parado com o pé sobre a bola, como está o juiz Barbosa neste momento, dando um tempo para o dream team respirar, organizar-se,

achar seu lugar no campo, à espera do passe milimétrico - agora é assistência, meio gol feito, para o atacante marcar. Coitado de mim, era querer demais. Olhei com olhos de sãopaulino, zelite que sou. Rogério Ceni! O juiz Barbosa seria Rogério Ceni! Marca gols e defende pênaltis. Organiza, lidera, faz lançamentos precisos de setenta metros, como contra o Figueirense. Saiu do gol como um líbero, cortou o ataque dos hunos e lançou a bola perfeita. O São Paulo, razão da infelicidade geral do povo córintchano, lulla inclusive, classificou-se para a Copa Sul Americana. Os Deuses dos Estádios, porém, não permitem que os nossos anseios interfiram com Seu Poder. Nem Gerson nem Rogério Ceni. Foram, sim, ao dream team de 70. Pegaram a C am is a 10, entregaram-na ao juiz Barbosa.

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u vi o N egão joga r. Possuído pela Camisa 10, tomado por aquele Exu divino e infernal, o juiz Barbosa detonou o fato mais importante do Século XXI neççepaíz. Mais importante até do que a eleição à Presidência do ex-pobre, ex-migrante, ex-metalúrgico e palanqueiro em tempo integral. A Quadrilha dos 40 prestará contas à Justiça. Os quadrilheiros zé eu nunca fiz nada que o lulla não soubesse dirceu, gushiken, nosso delúbio e genoino são réus, estão na marca do pênalti. Eu vi o Negão julgar. Oi zum zum zum zum zum zum... Tá faltando um... A lama lambe os pés do Chefe, que pode escapar ileso. Mas os capa-pretas vão indagar-se o tempo todo Quid Profitas?, quem os crimes beneficiam? Todo mundo sabe o nome da rosa. Então, por que não foi denunciado? Dizse que "não havia provas concretas". Diz-se, também, que não há crime perfeito, uma pegada ou digital sempre sobra e acaba aparecendo. Por muito menos Nixon renunciou, por muito menos collor caiu. NEGÃO, JULGAI POR NÓS. NEIL FERREIRA É PUBLICITÁRIO NEILFERREI@GMAIL.COM

G Os

quadrilheiros estão na marca do pênalti. Eu vi o Negão julgar.

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


lações trabalhistas atividade econômica do que do custo do trabalho. Sendo assim, a regulação do mercado de trabalho não tem maiores implicações sobre o nível de emprego. Talvez seja uma forma simplista de colocar o debate, mas, em linhas gerais, estes são os dois argumentos extremos. E é dentro deste debate que se insere a discussão da Reforma Trabalhista no Brasil. Neste trabalho é defendida uma idéia eqüidistante das duas posições extremas. O argumento é simples: o mercado de trabalho precisa de regulação, porque não é perfeito. Mas, a regulação deve ser inteligente e criativa, para que o mercado possa funcionar e sinalizar corretamente para os agentes econômicos. Quando se diz que o mercado de trabalho não é perfeito, remete-se à existência de pelo menos quatro imperfeições em qualquer

mercado de trabalho, que são: (a) assimetrias de informação; (b) tendência à competição predatória da mão-de-obra; (c) insuficiência de representação coletiva dos interesses dos trabalhadores; e (d) tributação. As três primeiras surgem do próprio funcionamento do mercado, enquanto a quarta, a tributação, decorre da intervenção governamental ao tributar o trabalho. Nos itens seguintes mostra-se a manifestação concreta dessas imperfeições e indica-se como o Brasil tem tentado corrigi-las. 1.1 ASSIMETRIAS INFORMACIONAIS Um dos pressupostos para o funcionamento de qualquer mercado é a "livre informação", ou seja, os agentes que participam do mercado precisam ter acesso completo à

O mercado de trabalho precisa de regulação, porque não é perfeito. Mas, a regulação deve ser inteligente e criativa.


Planalto CPI Conselho Gover no

DIÁRIO DO COMÉRCIO Celso Junior/AE

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ADVOGADO GARANTE INOCÊNCIA DE RENAN

sexta-feira, 31 de agosto, sábado e domingo, 1 e 2 de setembro de 2007

Quem tem que provar o uso do dinheiro da Mendes Júnior é o acusador. Eduardo Ferrão

Roosewelt Pinheiro/ABr

Pedido de vista de processo vira moeda de troca no Senado

Eymar Mascaro

Medo de ser réu

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condenação do antigo núcleo petista pelo STF – as acusações aceitas pelo tribunal vão de corrupção ativa e passiva à formação de quadrilha – servirá como munição para a oposição atacar os candidatos apoiados pelo governo Lula, durante as próximas eleições municipais. O objetivo é sangrar o presidente revelando as ligações dos acusados com o Palácio do Planalto nos primeiros anos da administração Lula. Entre os denunciados estão dois expresidentes da legenda: José Dirceu e José Genoino, além do ex-tesoureiro Delúbio Soares e o ex-secretáriogeral do partido, Silvio Pereira.

O

senador Gilvan Borges (PMDB-AP) anunciou ontem que pedirá vista do processo contra o presidente do S e n a d o , R e n a n C a l h e i ro s (PMDB-AL), no Conselho de Ética da Casa. Sua estratégia impediu a votação do relatório do senadores Renato Casagrande (PSB-ES) e Marisa Serrano (PSDB-MS), marcado para o final da tarde de ontem. Gilvan anunciou sua decisão na tribuna do Senado. Seu discurso foi irônico: "Vou pedir vista por 30 dias". O senador Heráclito Fortes (DEM-PI) o retrucou lembrado que "o regimento permite a ação por um prazo máximo de cinco dias". Negociação – Aliados do senador Renan Calheiros tentaram negociar o dia todo com a oposição um acordo suspendendo o pedido de vista em troca da votação for secreta, mas a oposição insistiu na escolha do modelo "aberto", alegando que o presidente da Casa é acusado de ter despesas pagas por um lobista da empreiteira Mendes Júnior, o que inviabiliza o pedido. Na sessão de ontem do Conselho de Ética, os relatores Renato Casagrande (PSB-ES) e Marisa Serrano (PSDB-MS) apresentaram seu relatório sobre o caso, cujo conteúdo pede a cassação do presidente do Senado. Segundo o documento, Renan teria mentido e não conseguiu explicar a origem dos recursos apresentados. No texto apresentado, os dois senadores informa que "o conjunto das irregularidades encontradas na conduta do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) aponta cabalmente no sentido da quebra de decoro, o que impede a manutenção do parlamentar no cargo de presidente do Congresso Nacional". (AE)

Senadores conversam durante durante sessão do Conselho de Ética da Casa que analisa o caso Calheiros

INIMIGOS QUEREM ACABAR COM A IMAGEM DE RENAN, DIZ ADVOGADO

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duardo Ferrão, advogado do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), no processo por quebra de decoro parlamentar por ter supostamente utilizado recursos da construtora Mendes Júnior para pagar a pensão alimentícia da filha, afirmou ontem, no Conselho de Ética, que seu cliente é vítima de um processo para "desconstruir" sua imagem política, construída durante anos no Congresso. Segundo Ferrão, nunca, na história da República, alguém foi objeto de um massacre de tamanha envergadura. Para o advogado , o último ato do "massacre" foi a denúncia apresentada pelo ex-secretário-geral adjunto da Mesa do Senado, Marcos Santi, às vésperas da sessão do Conselho de Ética destinada a apreciar o relatório final do processo. Ele avaliou o episódio como o "pano de fundo para que se des-

qualificasse o discurso solitário da defesa do senador" – na última terça-feira (28), Santi pediu afastamento de seu cargo, alegando que o corpo técnico do Senado foi pressionado a "plantar nulidades" no processo de investigação. Em relação às evidências citadas pela acusação para fundamentar a cassação do mandato de Renan Calheiros, Ferrão argumentou que a perícia da Polícia Federal (PF) atestou que todos os documentos apresentados pela defesa eram autênticos. Quanto às inconsistências referentes às notas fiscais e guias de transporte animal (GTA), ele justificou que é natural que tenham sido verificadas, já que as notas fiscais são emitidas pelo produtor, ao passo que as GTAs são emitidas pelo governo do estado, e sempre por aproximação, ou seja, raramente correspondem ao número exato de reses

vendidas, o que justifica os números conflitantes. Já sobre o empréstimo que teria sido obtido junto à locadora de veículos Costa Dourada, Eduardo Ferrão disse que a operação não foi mencionada na declaração de Imposto de Renda do senador pela necessidade de discrição, já "essa situação integrava o espectro das relações com a jornalista". No entanto, ele frisou que, embora também não tenha sido registrada em cartório, a ação foi documentada no livro-diário da contabilidade da Costa. O advogado do senador também atribuiu aos acusadores de seu cliente a responsabilidade de apresentar provas reais de todas as acusações contra seu cliente. "É tolice dizer que Renan não consegue provar que possuia os recursos. Quem tem que provar o uso do dinheiro da Mendes Júnior é o acusador ". (Agências)

Leopoldo Silva/Agência Senado

Euclides Mello livra Collor da votação

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transmissão da reunião da Comissão de Ética do Senado que decide sobre o futuro do presidente do Senado, Renan Calheiros, foi interrompida ontem à tarde, porque teve início uma sessão plenária, para dar posse do senador Euclides de Mello (PTB-AL), primo e substituto de Fernando Collor de Mello, de Alagoas – a mesma terra do parlamentar julgado na Comissão de Ética, e que presidia a sessão plenária. A tática do ex-presidente da República, ao se afastar do Senado, foi a de evitar sua parti-

cipação no processo de cassação de Renan Calheiros. Quem assistia a sessão do Conselho de Ética foi avisado que ela seria interrompida pela sessão plenária, e de imediato as imagens da TV Senado, que estavam na Comissão, passaram a ser as do Plenário. A sessão que se iniciou pela manhã sofreu, assim, sua segunda interrupção. A primeira foi por causa do bate-boca entre parlamentares, para definir se o voto seria secreto ou não; ou ainda se valeriam dois relatórios ou não. Até senadores se estranharam. (AE)

Euclides de Mello, mais um aliado de Renan na luta contra a cassação

'Quero saber como meu representante vota'

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cartazes vermelhos com a inscrição "Voto aberto já". Além dos políticos do PSol, a manifestação ganhou o apoio do deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), que seguia os demais manifestantes com uma faixa pedindo "Ética e "transparência na votação". Relatoria – Ainda na tarde de ontem, um dos relatores do caso, senador Renato Casagrande (PSB-ES), afirmou que só apresentaria seu relatório caso a votação fosse aberta. "Se nós não tivermos a votação aberta amanhã (hoje), vamos mudar a data da votação dessa matéria", declarou o senador. O relatório de Casagrande e Marisa Serrano (PSDBMS) pediu a cassação de Renan Calheiros. O documento mostrou que a

ÂNIMO Ainda ecoa nos corredores do Palácio dos Bandeirantes a declaração de Aécio Neves garantindo que estará ao lado de Serra em 2010. Os aliados do governador paulista admitem que o tucano mineiro abriu uma porta e pode aceitar ser o candidato a vicepresidente na chapa encabeçada por Serra.

DESGASTE Enquanto a disputa municipal não começa efetivamente, os líderes oposicionistas utilizarão seus discursos na Câmara, no Senado e nas Assembléias Legislativas para relacionar o governo com os nomes envolvidos no caso, principalmente pela denúncia de formação de quadrilha acolhida pelo Supremo.

PREOCUPAÇÃO O governo está preocupado com a condenação do núcleo político do PT. Já há quem defenda uma rodada de pesquisas para apurar a extensão do prejuízo pelo desfecho no STF. Lula está irritado com os primeiros discursos vindos do Senado, após a conclusão do julgamento no STF.

IMAGEM Pesquisas encomendadas nas últimas semanas não indicam o impacto do escândalo, pois foram concluídas antes da condenação dos mensaleiros. O caso Renan, por exemplo, não afetou a imagem do presidente, mas a repercussão da decisão do STF pode ter atingido o governo, avaliam os líderes da oposição.

FINAL

Dida Sampaio/AE

protesto que os parlamentares do PSol realizaram na manhã de ontem, no Senado, contra a adoção do voto secreto durante o julgamento do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL, no Conselho de Ética, por quebra de decoro parlamentar, parece ter funcionado. O líder da legenda na Câmara, deputado Chico Alencar (PSol-RJ), e o senador do partido José Nery (PA) exibiram faixas e cartazes em defesa do voto aberto. Uma delas com a seguinte mensagem: "Fim do voto secreto. Quero saber como meu representante vota". Outros parlamentares do partido, como os deputados Luciana Genro (RS) e Ivan Valente (SP), carregavam

MUNICIPAL A campanha contra os candidatos do governo começará em 2008. A oposição acredita que poderá eleger seus prefeitos nas principais cidades, com destaque às capitais. A meta é bater pesado nos candidatos petistas e seus aliados.

Por enquanto, o PT argumenta que o acatamento da denúncia pelo Supremo não representa a condenação final. Os processos só serão encerrados num prazo que vai de dois a cinco anos. Alguns ministros do STF avaliam que o julgamento final pode ocorrer em 2010, ano da eleição presidencial.

SILÊNCIO

Parlamentares do PSol pediram ética e transparência no julgamento

evolução patrimonial do senador é incompatível com sua renda e que as informações apresentadas por ele ao Conselho de Ética para justificar a pensão paga à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha fora do casamento, não foram confirmadas. Cassação já – Além disso, os recibos apresentados por Renan, segundo o parecer

lido pelos dois relatores, podem não expressar a verdade. Os documentos são a base de sustentação da defesa de Renan, para justificar que o lobista Cláudio Gontijo, da empreiteira Mendes Júnior, não fazia os pagamentos da pensão à filha de Renan com Mônica, conforme denúncia publicada pela revista "Veja". (Agências)

A ordem no Palácio do Planalto é a de não comentar o caso em público. O que mais chocou o governo foi o enquadramento de petistas no capítulo da formação de quadrilha. Em conversas reservadas, Lula afirmou que os culpados pagarão pelos atos cometidos.

RECUO Apesar da fase ruim que ronda o PT, José Serra (PSDB-SP) continua na moita e não deseja se exibir como précandidato do PSDB ao Planalto. O governador é discreto e diz que só pensa em administrar o Estado de São Paulo.

IMPORTÂNCIA Serra continuará defendendo a tese de que São Paulo e Minas devem se unir em 2010, formalizando a chapa "café-com-leite". Os tucanos lembram que dos 125 milhões eleitores brasileiros, 35 milhões residem nos dois estados. A eleição, para os tucanos, passará por São Paulo e Minas Gerais.

CONTRAPONTO Os tucanos ainda procuram um caminho para desarticular a força de Lula no Nordeste, reduto que contabiliza 33 milhões de votos. A região recebe o grosso de verbas aplicadas nos programas sociais do governo, especialmente o Bolsa-Família.

REFORMA O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), não consegue convencer as lideranças partidárias de que é preciso votar o projeto de reforma política. A principal barreira é a votação de temas como o voto distrital e a fidelidade partidária.

DEBATE A importância do voto distrital para o Brasil foi discutida em São Paulo, por iniciativa da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil, presidida pelo empresário Alencar Burti. O evento contou a presença de líderes políticos e da sociedade civil.

REELEIÇÃO A Câmara também pretende discutir o fim da reeleição para prefeito, governador e presidente da República. A mudança interessa aos dois précandidatos tucanos à presidência, José Serra e Aécio Neves e também ao presidente Lula. Mas os deputados sabem que o tema dificilmente será votado neste ano.


informação sobre os preços e as condições das trocas, a custo zero. Este pressuposto é necessário para garantir que as decisões dos agentes econômicos sejam tomadas com conhecimento completo das condições do mercado e conduzam cada agente a maximizar seus benefícios. Trata-se de um pressuposto muito forte, que evidentemente não ocorre em nenhum mercado. O fato de o pressuposto da informação completa não se verificar implica que os mercados operam aquém do seu ponto ótimo. No caso do mercado de trabalho, nem os trabalhadores conhecem todas as ofertas de vagas, nem as empresas conhecem todos os candidatos a emprego. Para reduzir essa deficiência, os governos criam serviços de emprego, que têm a finalidade de facilitar os processos de busca de emprego e de procura de candidatos. Mas a assimetria informacional não se limita à fase anterior à contratação. Pelo contrário, continua mesmo depois que a empresa já contratou o novo empregado. Quando o empregado começa a trabalhar na empresa, esta ainda desconhece seu verdadeiro potencial, ou para ficar na linguagem econômica, a empresa não conhece a verdadeira produtividade do trabalhador. E este vai resistir e dificultar que a empresa conheça sua verdadeira produtividade, para não ser exigido no seu limite de esforço. A empresa precisa de algum tempo para conhecer seu novo colaborador. Por sua vez, o novo empregado não conhece a empresa onde está começando a trabalhar e também precisa de algum tempo para saber se vai se adaptar ao novo ambiente. Para mitigar essa deficiência informacional, os sistemas de regulação prevêem o assim chamado período de experiência, durante o qual algumas normas e exigências são relaxadas. Por exemplo, tanto a empresa quanto o trabalhador podem desfazer o vínculo sem incorrer em custos de rescisão: no Brasil, o contrato de experiência pode se estender por até 90 dias. A assimetria informacional prossegue mesmo depois do período de experiência. Quando o vínculo de emprego se torna permanente, persiste uma incerteza: o trabalhador nunca sabe se ou quando vai ser demitido. A empresa também não sabe se o trabalhador vai deixar o emprego e trocar de empregador. Evidentemente, em geral essa nova assimetria é muito mais ameaçadora para o trabalhador do que para a empresa. Por essa razão, os sistemas de regulação tendem a restringir o poder da empresa na demissão, ou então tendem a impor custos para a demissão. A regulação da demis-

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DIGESTO ECONÔMICO JULHO/AGOSTO 2007

Em muitos países, as empresas não podem demitir, a não ser que justifiquem a demissão. Curiosamente, o Brasil é um país extremamente liberal na regulação da demissão. As empresas brasileiras são livres para demitir, mesmo sem justa causa.

são é talvez a questão mais delicada da regulação do mercado de trabalho. Se as restrições forem muito severas, podem afetar até a decisão de investir. Se não houver nenhuma restrição à demissão, o mercado de trabalho pode se tornar muito conflituoso. Nos dois casos, o nível de atividade e a produtividade são negativamente afetados. Em muitos países, as empresas não podem demitir, a não ser que justifiquem a demissão. Curiosamente, o Brasil é um país extremamente liberal na regulação da demissão. As empresas brasileiras são livres para demitir, mesmo sem uma justa causa. A demissão sem justa causa implica, porém, em dois tipos de indenização: (a) o aviso prévio de 30 dias, e (b) a multa do FGTS. O aviso prévio pode ser cumprido, mas as empresas brasileiras preferem indenizar o funcionário, ou seja, preferem pagar um salário e antecipar a demissão em um mês. A multa do FGTS corresponde a 50% do valor acumulado dos depósitos feitos na conta do empregado durante a existência do respectivo vínculo de emprego. A cada mês, a empresa deposita o equivalente a 8,5% do salário na conta vinculada do empregado no FGTS. Ao demiti-lo, vai pagar uma multa equivalente 4,25% de cada salário pago ao mesmo empregado. Essa multa é, portanto, proporcional ao valor do salário e à duração do vínculo. Quanto maior o salário e quanto mais antigo o vínculo, tanto maior o valor da multa. Cada ano de vínculo implica em uma multa de 51% do salário na demissão (desconsiderando os depósitos referentes ao décimo terceiro salário). Se a iniciativa da demissão for do empregado, não há multa para a empresa. Se a demissão ocorrer durante o período de experiência, a empresa não precisa dar o aviso prévio nem pagar a multa do FGTS. Muitos empresários se queixam do custo da demissão no Brasil. Eles gostariam de continuar a ter a liberdade de demitir e de não ter que pagar as duas indenizações. Afinal, a demissão é cara ou é barata no Brasil? Como este aspecto é polêmico, vale a pena analisá-lo com mais detalhe. Para examinar a questão, imagine-se uma empresa que contrata um empregado por um salário igual a 100 e o demite depois de cinco anos. A indenização total será a soma de um salário de aviso prévio e 2,55 salários referentes à multa do FGTS. No total, a empresa terá que desembolsar 3,55 salários para demitir. Se esta empresa tivesse contratado cinco empregados sucessivamente e cada


Congresso Planalto STF CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

5 Fabio Pozzebom/ ABr

sexta-feira, 31 de agosto, sábado e domingo, 1 e 2 de setembro de 2007

PRESSÃO SOBRE OS MINISTROS

Espero que ele (Lewandowski) não tenha nos julgado por ele próprio. Marco Aurélio Mello

DIRCEU SE DIZ 'QUASE EM PÂNICO' Maurício Lima / AFP

José Dirceu afirma que teme não ter um julgamento justo e diz que conversa de Lewandowski sobre 'faca no pescoço' torna suspeito o julgamento do Supremo

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ex-ministro José Dirceu colocou ontem sob de suspeição o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que abriu ação penal contra os 40 denunciados no esquema do mensalão. Em entrevista coletiva, na qual se defendeu das acusações, Dirceu disse que a divulgação da conversa telefônica do ministro do Supremo, Ricardo Lewandowski, afirmando que os ministros do Tribunal votaram com a "faca no pescoço" por conta da pressão da imprensa coloca "no mínimo o julgamento do STF sob suspeição". S e g u n d o o e x - m i n i s t ro , além da divulgação da conversa telefônica de Lewandowski, existe também um outro fato grave, que foi a divulgação de conversas por e-mail entre Lewandowski e Carmen Lúcia. "Estou perplexo, estupefato e quase entrando em pânico", destacou Dirceu, a respeito desses episódios. Ele disse que tudo isso não pode simplesmente passar em branco, questionando que precisa da garantia de que terá um julgamento justo. O ex-ministro da Casa Civil disse que espera um pronunciamento do STF a esse respeito. "Este caso é muito grave", disse ele, numa referência específica à divulgação da conversa telefônica do ministro. Na avaliação de Dirceu, essas situações devem ser esclareci-

das. "Eu temo pelo meu futuro, quero um julgamento justo. No mínimo, o julgamento do STF está sob suspeição", voltou a dizer. Na entrevista coletiva, Dirceu voltou a dizer que é inocente das acusações que lhe foram feitas. "Não roubei, não deixei roubar e nem cometi nenhuma irregularidade", argumentou. Ates tado – O ex-ministro disse estar com a consciência tranqüila e acredita que será absolvido nesse processo. " A aceitação da denúncia não é julgamento", emendou ele, destacando que deseja que o julgamento aconteça o mais rápido possível. Em sua defesa, Dirceu citou que já sofreu uma devassa. " A Receita Federal, inclusive, já me entregou um atestado de honestidade em abril deste ano." Na sua avaliação, não existem provas de participação em atos ilícitos. Durante a entrevista, Dirceu voltou a criticar a mídia, dizendo que o País vive uma ditadura dos meios de comunicação. E voltou a pregar uma regulação e concorrência para o setor. Preço político – José Dirceu disse que não quer o apoio do PT e do governo nesse seu processo. "Eu posso responder voto a voto de cada ministro do Supremo com os elementos que estão nos autos", observou. Ele disse que o PT já pagou um preço político por esse episódio. E o partido dos tuca-

Em nota, Ellen Gracie nega 'pressões externas'

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presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ellen Gracie, divulgou nota oficial ontem negando que "pressões externas" tenham interferido no julgamento da denúncia do mensalão. Segundo uma reportagem publicada pelo jornal "Folha de S. Paulo" de ontem, o ministro Ricardo Lewandowski teria dito que a "imprensa acuou o Supremo" e que "todo mundo votou com a faca no pescoço". Além disso, o ministro teria dito que "a tendência era amaciar para o Dirceu (ex-ministro da Casa Civil, acusado de corrupção ativa e formação de quadrilha)". Em nota, a ministra Ellen Gracie disse que "o Supremo Tribunal Federal não permite, nem tolera que pressões externas inferfiram em suas decisões". "O STF vem reafirmar o que testemunham sua longa história e a opinião pública nacional, que são a dignidade da

Corte, a honorabilidade de seus ministros e a absoluta independência e transparência dos seus julgamentos. Os fatos, sobretudo os mais recentes, falam por si e dispensam maiores explicações". Ellen Gracie, contudo, recusou-se a conceder entrevista aos jornalistas no intervalo da sessão desta quinta no Supremo. Já o ministro Ricardo Lewandowski deixou o plenário antes do intervalo. Advogado ataca – O advogado Marcelo Leonardo, que representa o empresário Marcos Valério de Souza, afirmou ontem que a divulgação de conversas por meio de correio eletrônico entre os ministros do Supremo Tribunal Federal Carmen Lúcia e Ricardo Lewandowski durante o julgamento causa "surpresa e constrangimento ao próprio tribunal". Nos diálogos, ambos trocaram impressões a respeito do processo, sendo que

Genro diz que declaração é manifestação natural

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ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou ontem que o Supremo Tribunal Federal (STF) não recebeu pressões nem agiu sob influência política no julgamento em que decidiu transformar em réus os 40 acusados de envolvimento no esquema do "mensalão". No entender dele, a afirmação do ministro Ricardo Lewandowski, do STF, publicada pelo jornal "Folha de S. Paulo", de que os ministros do órgão votaram "com a faca no pescoço" é uma expressão normal, que se usa em momentos de tensão política. "Ele (Lewandowski) quis dizer o óbvio, mas a expressão não quer dizer que tenha havido alguma influência sobre os ministros e sobre o mérito da decisão do STF. É uma expres-

são normal em casos de grande repercussão", disse. O ministro da Justiça afirmou também que a decisão "foi soberana, independente e dentro do Estado de direito". "Não creio em pressão política para condenar ou absolver, nem que o STF se submeta a pressões de qualquer tipo." Mas Genro reconheceu que o Supremo sofre o efeito da opinião pública, "da pressão que se forma na sociedade". Outro episódio – uma troca de e-mails entre Lewandowski e a ministra Carmen Lúcia, flagrada e publicada pelo jornal "O Globo" – não teve, na opinião do ministro da Justiça, "influência na decisão do STF porque, se assim fosse, a vontade dos ministros seria uma vontade frágil".

José Dirceu, em coletiva: "Estou perplexo, estupefato e quase entrando em pânico (sobre o julgamento do STF e a atuação da imprensa)." Alan Marques/ Folha Imagem

nos, o PSDB, também já esteve envolvido em denúncias de corrupção no passado. "Talvez mais graves do que essa", fez questão de registrrar. O ex-ministro disse ainda que continuará lutando para que o PT faça maioria na Câmara e no Senado nas próximas eleições. E disse confiar num candidato combativo. "Defendo que o PT se renove, incluindo suas direções". Ao se referir ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dirceu comentou: "Felizmente o Lula é maior do que o PT."

O advogado do ex-ministro, José Luiz Oliveira Lima, também presente à entrevista coletiva, disse que no momento adequado a matéria do jornal "Folha de S.Paulo ", publicada ontem, sobre o teor da convers a t e l e f ô n i c a d o m i n i s t ro Lewandowski poderá ser anexada à defesa de Dirceu. Segundo Dirceu, se fatos como estes (divulgação de e-mails e da conversa telefônica do ministro Lewandowski) tivessem ocorrido em outro país, o julgamento poderia até mesmo ter sido suspenso. (AE) Ricardo Lewandowski confirma conversa, mas não 'os fatos'

Celso Junior/AE

Lewandowski tenta se explicar Eros Grau ameaça processar o ministro

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Presidente do STF, Ellen Gracie, manda recado à Dirceu e à "Folha"

Lewandowski chegou a levantar a suspeita de que o ministro Eros Grau poderia rejeitar a denúncia contra os integrantes do esquema em troca da indicação do jurista Carlos Alberto Direito para a vaga de Sepúlveda Pertence no STF. Contudo, o advogado de Valério e de Simone Vasconcelos, e x - d i re t o r a f i n a n c e i r a d a SMPB, evitou fazer considerações sobre a entrevista coletiva concedida pelo ex-ministro José Dirceu, que colocou sob suspeição o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) –

que decidiu pela abertura de ação penal contra os 40 denunciados no esquema do mensalão. Dirceu baseou sua opinião na publicação de uma conversa telefônica na "Folha de S. Paulo" do ministro Lewandowski, afirmando a um interlocutor que os ministros do Tribunal votaram com a faca no pescoço por conta da pressão da imprensa após a divulgação das conversas online entre os dois ministros comentando e sinalizando a postura que adotariam logo no primeiro dia de julgamento. (Agências)

ministro Ricardo Lewandowski procurou ontem todos os outros nove integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) para explicar a declaração de que todos os ministros votaram "com a faca no pescoço no julgamento da denúncia do mensalão". "Ele (Lewandowski) está muito aborrecido, muito constrangido", relatou o ministro Marco Aurélio Mello. "O ministro Lewandowski disse ter falado com o jornal 'Folha de S.Paulo' (que divulgou as declarações) e confirmou mesmo a conversa feita com um amigo de nome Marcelo, conforme descrito na reportagem, mas disse que os fatos não são como foram estampados. Ele esclareceu que nem todos os ministros estavam com a faca no pescoço".

Marco Aurélio avaliou que, caso seja verdadeira, a declaração dita numa conversa por telefone é um "pecadilho lamentável". "Espero que ele não tenha nos julgado por ele próprio", ironizou. A uma pergunta sobre o comportamento de Lewandowski, Marco Aurélio brincou. "Ainda não ocupo a cadeira de psicanalista". E ainda comentou a possibilidade de Lewandowski ser interpelado judicialmente pelo ministro Eros Grau, acusado por ele de "trocar voto" no julgamento da denúncia do mensalão, depois que o jornal "O Globo" exibiu o conteúdo de uma conversa online entre Lewandowski e a ministra Carmen Lúcia durante o julgamento. "Isso seria uma autofagia, desgastaria o perfil do Supremo". (AE)

Antonio Cruz / ABr

Jefferson quer arrolar Lula como testemunha

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Genro: "Dimensão desse choque será conhecida no Congresso do PT."

Segundo Genro, ao decidir pela abertura de processo criminal contra os 40 denunciados, o Supremo demonstrou autonomia. "Ao final, o STF vai julgar, absolver ou condenar." O processo em que são réus importantes ex-membros do governo, segundo o ele, "não atinge nem o governo nem o presidente Lula, como deixou claro o procurador (Antonio

Fernando de Souza) ao dizer que nada existe nas investigações que implique o presidente ou o governo, nem politicamente, nem juridicamente". Tarso Genro admitiu, porém, que as denúncias têm impacto no PT e a dimensão desse choque só será conhecida no Congresso que o partido realizará em São Paulo a partir de hoje. (AE)

ex-deputado federal Roberto Jefferson disse que vai arrolar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como sua testemunha quando apresentar defesa no processo aberto pelo Supremo Tribunal Federal para julgar os envolvidos com o mensalão, no qual é réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A intenção foi tornada pública em entrevista ontem à "Rádio Gaúcha". "Eu vou arrolar como testemunha para mim o presidente Lula. Se o procurador não teve peito para denunciar o Lula, eu vou relembrar a ele do diálogo que nós tivemos", anunciou, referindo-se a uma conversa que teve com o presidente da

República em 2005, antes do escândalo eclodir, na qual informou a Lula da existência do mensalão. "Tem coisas que eu não disse", informou Jefferson, que passou a criticar o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, autor da denúncia, por tê-lo incluído entre os réus. "Como ele foi nomeado pelo Lula duas vezes, me envolveu nisso para eu me calar", acusou. "Mas eu não vou parar", prometeu. A atual postura de Jefferson é diferente daquela adotada em 2005, quando acusava o ex-ministro José Dirceu de comandar o esquema e pedia que ele saísse do governo para não prejudicar um inocente, no caso Lula. (AE)


um deles tivesse permanecido no emprego durante um ano, ela teria que desembolsar 1,51 salários em cada demissão, totalizando 7,55 salários. Se contratasse sucessivamente 10 empregados e cada um permanecesse seis meses no emprego, teria que fazer dez demissões ao custo de 1,255 salários cada vez, totalizando 12,55 salários. O exemplo hipotético mostra que a legislação brasileira penaliza as empresas que demitem com freqüência. Curiosamente, se fosse possível para a empresa reter seus empregados apenas durante 90 dias, as 20 sucessivas demissões não custariam nada, pois estariam ocorrendo ao final dos respectivos períodos de experiência. Este exemplo hipotético está representado na tabela 1. Diversas são as mensagens desse exemplo hipotético. Primeiro, a legislação brasileira produz incentivos na direção desejada, pois aumenta o custo da demissão para empresas que demitem com freqüência. Admitindo-se que as grandes empresas retêm seus empregados por mais tempo e as menores por menos tempo, a conclusão é que o custo das demissões é maior nas pequenas empresas. Provavelmente os empresários que mais se queixam do custo da demissão são os pequenos. É isso mesmo que o mercado de trabalho precisa? Há algumas empresas que precisam que seus empregados fiquem muito tempo, porque o aprendizado das funções assim exige. Para estas empresas, a legislação produz um incentivo, pois quanto mais tempo o empregado ficar, menor o custo relativo do aviso prévio. Em outras empresas, o aprendizado é rápido, e nestes casos, a permanência da mãode-obra não é uma necessidade importante. Elas podem reter a mão-de-obra e podem não reter, sem que isso signifique alguma vantagem ou desvantagem no seu mercado. Para estas empresas, a legislação também está produzindo incentivos na direção correta, pois as incentiva a reter para reduzir os custos das

demissões. Mas existem alguns casos em que a duração do vínculo é curta e isso independe da vontade das empresas, pois é uma característica da própria atividade. Exemplos típicos são: agricultura e construção civil. A legislação brasileira não leva em conta as diferenças entre atividades e impõe a mesma regra para todas as empresas. Esse defeito precisaria ser corrigido. Quando um trabalhador é demitido, pode ficar desempregado. O desemprego afeta não apenas o indivíduo privadamente, mas também é um custo social. Desempregados não produzem e deixam de contribuir para a sociedade. Por essa razão são impostos custos e restrições para empresas que demitem. Além disso, o Estado procura proteger o desempregado, amenizando os efeitos do desemprego. Isso é feito por meio de apoio à procura de novo emprego, de programas de reciclagem e treinamento profissional e principalmente por meio de programas de manutenção da renda, o chamado Seguro-Desemprego. Na ótica do Seguro-Desemprego, o evento desemprego é um risco e precisa ser "segurado". Uma vez desempregado, o trabalhador recebe uma renda durante certo número de meses. A renda assegurada guarda alguma proporção com o salário do trabalhador quando estava empregado. O custo do "sinistro" depende de duas coisas: do salário do trabalhador e da probabilidade de ficar desempregado. O "prêmio de seguro" é uma proporção da folha de pagamento da empresa. Empresas com taxas pequenas de rotatividade pagam "prêmios" menores; empresas com taxas grandes pagam "prêmios" maiores. Esta é a lógica do Seguro-Desemprego em todo o mundo. No Brasil, porém, a lógica não é seguida: o Seguro-Desemprego no Brasil é financiado por um imposto, o PISPASEP, que até recentemente incidia sobre o faturamento. Hoje incide sobre o valor adicionado nas empresas industriais, mas con-

O desemprego afeta não apenas o indivíduo privadamente, mas também é um custo social. Desempregados não produzem e deixam de contribuir para a sociedade.

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Economia DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 31 de agosto, sábado e domingo, 1 e 2 de setembro de 2007

1 Setor de varejo de vestuário diz que tem a menor inflação do comércio brasileiro

Masao Goto Filho/e-SIM

PAULISTANO VAI GASTAR ATÉ 10% MAIS COM A MODA PRIMAVERA-VERÃO Roupas da nova estação chegam mais caras, mas concorrência freia alta maior.

O

paulistano gastará até 10% a mais para comprar roupas da moda primaveraverão que chega às lojas. Segundo o Sindicato das Indústrias do Vestuário de São Paulo (Sindivest), as roupas de verão expostas nas vitrines estão com preços 6% maiores do que no mesmo período do ano passado, mas não devem pesar demais no bolso do consumidor, já que a inflação em outros setores é mais visível. Entre lojistas, o sentimento geral é de estabilidade com "ligeira alta" nos preços da coleção da próxima estação. São citados até casos de baixa em algumas peças específicas. "O vestuário é a âncora da inflação. Não existe mercado de consumo capaz de aumentar demais o seu custo para o consumidor final", diz o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Márcio Nakane. O IPC teve alta de 0,11% na terceira semana de agosto, com variação negativa no vestuário de 0,89%. Embora esteja em baixa, o percentual é menor do que o da segunda semana do mês, quando o índice foi de menos 1,24%. Os números são reflexo do final da temporada de liqüidações de outono-inverno. A expectativa do coordenador é de que em setembro os preços aumentem mais, seguindo a tendência do ano passado, quando a prévia registrou alta

Alguns vestidos mantêm os preços de 2006, dizem lojistas.

de 0,66% no mesmo período. Concorrência – Das cerca de 6 bilhões de peças de roupas confeccionadas por ano no País, 5,2 bilhões são da moda primavera-verão, de acordo com o presidente da Associação Brasileira do Vestuário (Abravest), Roberto Chadad. Ele diz que a variação de preços de um ano para o outro é muito pequena. "Um dos motivos é a concorrência com os produtos chineses, que são mais baratos". Para o economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) Emílio Alfieri, outro motivo é o tempo irregular no País. "O preço das roupas fica estabilizado, geralmente, por causa das liqüidações. Neste ano fez calor no inverno, e os preços caíram mais cedo. O setor está em apuros. Foi o que menos reajustou preços nos últimos 13 anos," lembrou. Segundo o secretário-executivo do Sindicato das Indús-

trias do Vestuário de São Paulo (Sindivest), Pedro Eduardo Fortes, as roupas da primavera-verão ficaram 6% mais caras sobre o mesmo período do ano passado. "Se comparada a outros setores, não chega a ser uma alta significativa. Mas será preocupante se o governo aprovar o aumento da alíquota de importação de matériaprima de 20% para 26%", diz, referindo-se à elevação dessas tarifas, ainda em discussão no Mercosul. "Caso saia a aprovação, o setor de vestuário terá a maior alta de preços desde a criação do Plano Real. Isso pode ocorrer na próxima troca de estação." No Shopping Center Norte, a gerente da Erva Doce, Marilene Aparecida Borges, diz que o preço da nova coleção é praticamente o mesmo de 2006, com uma peça ou outra mais cara. Um vestido da marca, por exemplo, custa, em média, R$ 140, diz ela. Já na loja de moda feminina Akássia, as roupas de primavera-verão estão 10% mais caras do que na mesma época do ano passado. "Mudamos nossa vitrine há 15 dias. Mas esfriou de novo, e colocamos alguns casacos de volta para atrair a consumidora", diz a gerente Sileide Santos. Já na loja masculina Yachtsman alguns preços despencaram. De acordo com a gerente Sílvia Alves dos Santos, as camisas que custavam R$ 89 em 2006, neste ano custam R$ 69. "Mas, no geral, os preços se mantiveram", afirma. Ainda há peças de inverno na vitrine, com descontos de até 60%.

Comércio festeja as boas vendas

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ulho trouxe bons resultados para o varejo da região metropolitana de São Paulo. Segundo Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), apurada pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), houve crescimento real (descontada a inflação) no faturamento de 2,9% em relação ao mesmo mês de 2006. No acumulado dos primeiros sete meses, a expansão foi de 3,8%. Na avaliação da Fecomercio, este semestre está mantendo a trajetória do anterior, com vendas aquecidas, estimuladas

principalmente pela grande oferta de crédito. Os melhores desempenhos de julho ficaram com as lojas de eletrodomésticos e eletroeletrônicos, material de construção e de vestuário, tecidos e calçados. Esses três segmentos registraram incremento no faturamento superior a 12% – eles tiveram altas de 14,9%, 14,8% e 12,1%, respectivamente. Os resultados mais modestos ficaram com as lojas de departamento (1,6%) e os supermercados (0,1%). Na outra ponta, o único grupo que registrou queda nas

vendas foi o comércio de autopeças e acessórios. Em julho, a retração no faturamento foi de 19,4%. No acumulado do ano, o setor registra baixa de 23,5%. De acordo com a Fecomercio, o desempenho é resultado da deflação nos preços dos produtos, agravada pelo câmbio e pela "excepcional" venda de automóveis novos. A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista é apurada mensalmente pela Fecomercio desde 1970. Os dados são coletados junto a cerca de 1,8 mil estabelecimentos comerciais na região metropolitana de São Paulo. (AE)

Moda de verão ainda concorre com vestuário de inverno nas vitrines. Lojistas esperam tempo quente.

Grande maioria das confecções brasileiras fabrica apenas roupas para primavera e verão

FGV: indústria continua aquecida

A

indústria de transformação continua aquecida, com perspectivas muito favoráveis para produção, vendas e contratação neste fim de ano, apesar da crise financeira internacional. Metade das 1.095 indústrias consultadas neste mês pela Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) prevê aumento da produção para os próximos três meses, ante apenas 4% que acreditam numa redução. Em agosto do ano passado, 39% delas apostavam em aumento da produção para o fim ano e 13% em queda. Em 12 meses até agosto, o indicador da produção prevista é 15,9% maior – mais que o dobro da taxa de crescimento acumulada em 12 meses até julho. "Não captamos influência da crise financeira nas expectativas de produção da indústria de transformação", afirma o coordenador da sondagem, Aloisio Campelo. Ele reforça sua afirmação com o dado do emprego, que é um bom sinalizador das expectativas dos empresários. Neste mês, 34% das indústrias informaram que vão ampliar contratações até novembro, e só 6% disseram que pretendem

demitir. Em agosto do ano passado, esses indicadores eram 30% e 13%, respectivamente. Por conta desses bons indicadores, o índice de expectativas da indústria atingiu neste mês 120,3 pontos, praticamente o mesmo nível de julho (120 pontos) e a maior marca da série histórica iniciada em abril de 1995. Na comparação com agosto de 2006, a alta é 11,9%.

Além da sinalização favorável para os próximos três meses, a indústria mantém o ritmo da produção em alta em julho e agosto, puxado pela demanda doméstica. (AE)

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tinua incidindo sobre o faturamento nas empresas prestadoras de serviços. Portanto, o Brasil é um caso raro em que o Seguro-Desemprego é financiado por um tributo que não tem nada a ver com o risco que o seguro cobre. Empresas que demitem com freqüência pagam a mesma taxa de empresas que raramente demitem. Enfim, a questão da demissão é delicada e sua regulação deve ser feita com muito cuidado. Haveria muito a aperfeiçoar nesta área no Brasil.

equilíbrio do mercado, torna-se inócuo, pois as empresas já pagam mais. Quando fixado em níveis acima do ponto de equilíbrio, produz desemprego. No Brasil estamos numa situação muito curiosa. De um lado, a legislação trabalhista é extensa, detalhada e generosa. De outro lado, o Salário Mínimo é muito pequeno. Para completar, o alcance da regulação do mercado de trabalho é muito pequeno, pois nada menos que 60% dos trabalhadores estão no chamado mercado informal. Há muito a aperfeiçoar nesta área da regulação.

1.2 TENDÊNCIA À COMPETIÇÃO PREDATÓRIA

1.3 INSUFICIÊNCIA DA REPRESENTAÇÃO COLETIVA DOS TRABALHADORES

Para reduzir custos, as empresas tendem a depreciar os preços dos insumos e dos fatores de produção, quando os respectivos mercados permitem. Quando a empresa tem mais poder econômico do que seu fornecedor de insumos ou de fatores, tentará impor preços e condições vantajosos para ela, em detrimento dos interesses do seu fornecedor. Isso é particularmente verdadeiro para o fator trabalho. O trabalhador individual tem menos poder que a empresa e é por essa razão que algumas normas regulando as condições de trabalho são necessárias. Exemplos das normas mais comuns são: legislação sobre a segurança e a saúde nos locais de trabalho; limitações para a jornada de trabalho e imposição de adicionais para horas extraordinárias e para regimes de trabalho contínuo e/ou noturno; limitações e/ou proibição de trabalho infantil e juvenil; proteção especial ao trabalho da mulher etc. Na ausência dessa legislação, a competição criaria condições de trabalho degradantes. O mercado criaria o que os economistas chamam de "externalidades negativas". As empresas operariam com custos reduzidos, transferindo para a sociedade os custos criados com a exploração excessiva da força de trabalho. Um fenômeno semelhante ocorre com as questões ambientais: se não houver regulação, as empresas destruiriam e/ou poluiriam o meio ambiente. A regulação ambiental, assim como a regulação trabalhista, tenta privatizar os custos da atividade econômica. Assim como a regulação é necessária e socialmente desejável para evitar a tendência à competição predatória, é também inegável que é muito difícil calibrar com exatidão até onde deve ir uma regulação. O exemplo mais claro para este ponto é o do Salário Mínimo. Quando fixado em níveis abaixo do ponto de

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Além de direitos individuais básicos, a legislação costuma oferecer outro recurso para a proteção dos trabalhadores: a representação coletiva expressa no direito de organizar sindicatos e de negociar coletivamente com as empresas. Nos países onde é reconhecida e protegida, a representação coletiva de interesses produz dois tipos de resultados. Um deles é a regulação por meio da negociação coletiva. Este resultado é muito interessante, pois tende a produzir regras mais flexíveis que a legislação. Ninguém melhor que trabalhadores e empresas para construir soluções para seus próprios problemas. Uma lei nunca pode descer aos detalhes da realidade de cada local de trabalho e de cada tipo de situação. O outro resultado interessante é que a representação coletiva, quando reconhecida no próprio local de trabalho, produz mecanismos autônomos e negociados de administração de conflitos e solução de impasses. O formato desses mecanismos varia de país para país e varia até mesmo segundo o tipo de atividade. O importante é que a representação coletiva coloca a empresa e os seus trabalhadores em contacto permanente, e essa relação contínua acaba produzindo uma ética na atitude recíproca. Os problemas são encarados com responsabilidade e reconhecimento de parte a parte e a qualidade da relação de trabalho se aprimora. No Brasil, infelizmente, ainda não se atingiu este estágio. A legislação sindical brasileira, extremamente atrasada, cristalizou interesses das burocracias sem representatividade, extremamente dependentes da continuidade do atual modelo. Os sindicatos são únicos nas suas respectivas bases territoriais. Recebem receitas compulsoriamente recolhidas do conjunto de trabalhadores, cujos inte-


resses supostamente deveriam representar. O resultado é um incentivo à criação de sindicatos, mas não à representação coletiva dos interesses. A atual tentativa do governo de produzir uma proposta de reforma sindical mostra como será difícil desalojar os interesses das burocracias sindicais e substituí-las por organizações mais legítimas. Mas é preciso avançar nesta área, porque a negociação coletiva pode ser uma fonte muito interessante de regulação do mercado de trabalho. Para isso, porém, é preciso que os interesses sejam representados legitimamente e os sindicatos atuais são incapazes dessa tarefa. A legítima representação coletiva dos interesses dos trabalhadores e dos empregadores é desejável e necessária. Pode contribuir para aprimorar as instituições do mercado de trabalho, desde que os sindicatos sejam realmente representativos. Para tanto, é preciso que seja apoiada pela regulamentação. A representação coletiva é uma espécie de bem público. Quando uma empresa negocia um aumento salarial com um sindicato, não pode aplicar o aumento apenas para

os empregados que são filiados ao sindicato. Para manter a coesão interna, o aumento obtido pelo sindicato precisa ser estendido a todos os empregados, mesmo para os que não são filiados. Se os que não são filiados conseguissem o benefício da representação coletiva sem ter que pagar por isso, haveria um incentivo ao "caronismo". É uma situação muito parecida com os bens públicos produzidos pelo Estado, como a segurança pública e a justiça. Se os cidadãos não forem compelidos a pagar os impostos, tentarão pegar "carona" e se beneficiar sem pagar. Por essa razão, a idéia de compelir os trabalhadores a contribuírem para os sindicatos é defensável, desde que a maioria dos trabalhadores queira ser representada por sindicatos. Essa manifestação de vontade coletiva deveria ser garantida e até incentivada pela regulação. A obrigatoriedade de pagar pelos serviços prestados pelos sindicatos seria conseqüência dessa manifestação. A representação coletiva dos interesses dos trabalhadores deveria ter os seguintes elementos: (a) liberdade de manifestação da vontade

A legítima representação coletiva dos interesses dos trabalhadores e dos empregadores é desejável e necessária.

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O Brasil tributa excessivamente o trabalho. De cada R$ 100 de custo do trabalho para a empresa, o trabalhador leva para casa apenas R$ 65,30. O resto vai para o governo, na forma de diversos impostos e principalmente de contribuições.

para os trabalhadores poderem se manifestar se desejam ou não ter um sindicato; (b) garantia do direito de ser representado e de negociar coletivamente; (c) garantia do direito de algum tipo de representação no local de trabalho. Estes três pontos parecem simples e até banais, mas para transformá-los em lei, o Brasil precisaria alterar sua Constituição e revogar muitos dispositivos legais. O processo político necessário para promover estas mudanças não é uma manobra trivial. Feitas as mudanças aqui sugeridas, o país poderia finalmente ratificar a Convenção 87 da OIT. O Brasil é um dos poucos países do mundo que não ratificou esta que é considerada por muitos como a mais importante das Convenções da OIT. Um subproduto dessa mudança seria a emergência de sistemas de solução de conflitos dentro das empresas e/ou de conjuntos de empresas, que tornariam a Justiça do Trabalho simplesmente desnecessária. A corte trabalhista poderia ser incorporada à Justiça Comum, aumentando a capacidade da sociedade de solucionar seus conflitos. Os conflitos trabalhistas teriam mecanismos próprios e avançados para serem tratados e a Justiça Comum poderia aumentar sua capacidade praticamente sem custo adicional. 1.4 TRIBUTAÇÃO O Brasil tributa excessivamente o trabalho. De cada R$ 100 de custo do trabalho para a empresa, o trabalhador leva para casa apenas R$ 65,30. O resto vai para o governo, na forma de diversos impostos e principalmente de contribuições. A tributação sobre a folha de salários representa um adicional no custo do trabalho

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de 53%. Nestes cálculos não está incluído o Imposto sobre a Renda, que incide a partir de R$ 1.058. Também não estão incluídos outros encargos compulsórios, como Vale Transporte, e benefícios não compulsórios, como cesta básica e seguro saúde. Se é verdade que os salários no Brasil são baixos, não é menos verdade que a existência de tantos encargos sobre a folha comprime para baixo os salários nominais. Segundo, é preciso reconhecer que não é apenas a tributação que causa a informalidade. Entre 1992 e 2003, a carga tributária no Brasil aumentou de 23% para 36% do PIB. Se a informalidade no mercado de trabalho fosse causada exclusivamente pela tributação, deveria ter havido um aumento apreciável na proporção de empregos informais. No entanto, neste período, a estrutura do emprego – vista segundo a posição na ocupação – permaneceu praticamente a mesma. Considerando-se como empregos formais apenas os que são ocupados por assalariados com carteira assinada e por funcionários públicos, conclui-se que o número de trabalhadores informais aumentou em termos absolutos, mas o tamanho do setor informal como proporção do mercado total de trabalho permaneceu o mesmo. Isso significa que a tributação não é suficiente para explicar a informalidade. Deve haver outras causas associadas a este fenômeno perverso e estas causas também precisam ser atacadas. Acesso à tecnologia, tamanho da operação, e principalmente dificuldades institucionais e burocráticas devem ter uma relação muito direta e importante com a informalidade. Provavelmente não basta simplificar a regulação e reduzir impostos so-


bre o trabalho e o capital: é preciso simplificar as exigências legais sobre as empresas para reduzir a informalidade do trabalho. 2. PROPOSTAS PARA A REFORMA TRABALHISTA Do que foi exposto, talvez o mais importante seja a idéia de que desregular completamente o mercado de trabalho seria um engano. Não há nenhum país ocidental onde o mercado de trabalho seja desregulado, simplesmente porque ele é imperfeito e precisa de alguma intervenção para ser corrigido. Há três fontes de regulação: a lei, a negociação e a auto-regulação (quando a própria empresa estabelece algumas regras). No Brasil, a regulação pela lei é exagerada e a negociação coletiva é pouco explorada. A direção da reforma trabalhista deve ser, portanto, a de reduzir a legislação e aumentar o espaço da negociação. A legislação teria que ser não apenas reduzida, mas precisaria ter como objetivo criar os incentivos nas direções mais desejáveis. A seguir está apresentada a lista de sugestões para compor uma reforma trabalhista: (a) Eliminar todos os impostos e contribuições sobre a folha de salário, deixando apenas o Imposto sobre a Renda com uma única alíquota sobre todos os rendimentos. (b) Manter o FGTS transformando-o em Seguro-Desemprego e Fundo de Aposentadoria capitalizado. O FGTS seria estendido para os funcionários públicos e constituiria uma pou-

pança individual de cada trabalhador. Haveria apenas duas situações em que o trabalhador poderia sacar: desemprego e aposentadoria. No desemprego, o trabalhador poderia sacar até seis parcelas mensais, cada uma limitada a 5/6 da RPC (renda per capita). Na aposentadoria, o montante acumulado se transformaria em um pecúlio, cujo valor mensal seria determinado em função da expectativa de vida do depositante e do cônjuge. (c) Garantir a representação coletiva de interesses dos trabalhadores. Para tanto, seria necessário garantir a manifestação da vontade de ser representado por um sindicato. Em cada empresa poderia haver uma espécie de plebiscito periódico para aferir a vontade dos trabalhadores. Os sindicatos teriam direito de fazer suas campanhas em todas as empresas. Se a maioria dos trabalhadores quisesse ser representada por sindicatos, a empresa não poderia impedir e teria que negociar com tantos sindicatos quantos os trabalhadores desejassem. Os sindicatos escolhidos poderiam cobrar taxas de todos os trabalhadores cobertos pelas negociações das quais participassem. Os sindicatos atuais perderiam a exclusividade e teriam que competir pela preferência dos trabalhadores. (d) Substituir a extensa legislação de direitos individuais por uma lista enxuta de direitos básicos. Estes direitos básicos teriam como objetivo evitar a imperfeição que aqui se denominou de "tendência à competição predatória no mercado de trabalho". Incluiriam limites à extensão da jornada, segurança e saúde no local de trabalho, proteção à mulher e ao menor,

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proibição de discriminação e de trabalho infantil, e salário mínimo. (e) Regras para a demissão. Além dos direitos básicos, haveria regras para regular a questão da demissão. Estas regras procurariam reduzir as imperfeições causadas pelo que aqui se denominou "assimetria informacional". As empresas poderiam optar pelo conjunto de regras mais conveniente para o seu negócio. 2.1 OFERECER OPÇÕES PARA DEMITIR Um estratégia criativa e democrática para a reforma trabalhista seria a de oferecer às empresas opções – regulamentadas - para a demissão de funcionários. O mercado de trabalho está longe de ser um espaço homogêneo. Quer do ponto de vista da demanda (as empresas), quer do ponto de vista da oferta (os trabalhadores), há uma variedade muito grande de situações. Há microempresas, há empresas pequenas, médias e grandes. Há empresas que usam tecnologias intensivas em capital e demandam trabalhadores muito qualificados. Há empresas que usam ainda basicamente trabalho de pouca qualificação. Há empresas pré-fordistas, empresas fordistas, empresas "lean production", e empresas virtuais. Há a agricultura, a construção civil, a indústria, o comércio e os serviços. Há trabalhadores de todos os tipos: jovens, maduros e idosos, homens e mulheres, analfabetos e pós-graduados. Apesar de tanta heterogeneidade, a legislação trabalhista brasileira é uma só. A maioria dos dispositivos da CLT e das demais leis trabalhistas se aplica indistintamente a todas as situações. As situações concretas são muito heterogêneas, mas as regras são sempre as mesmas. Isso cria dificuldades e ineficiências, pois não há flexibilidade na aplicação das regras. Para reformar a legislação trabalhista, é preciso levar em conta essa questão. Não é o caso de simplificar toda a legislação. Mas também não é o caso de deixá-la como está, exageradamente detalhista e impossível de ser cumprida em muitas situações. Por essas razões, propõese a seguinte estratégia para reformar a legislação trabalhista: - Direitos básicos: em qualquer situação, os direitos básicos dos trabalhadores estariam assegurados (jornada, salário mínimo, saúde e segurança no ambiente de trabalho, proibição de discriminação, proteção à mulher e à criança, salário mínimo). - Representação coletiva de interesses: em

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As situações concretas são muito heterogêneas, mas as regras são sempre as mesmas. Isso cria dificuldades e ineficiência, pois não há flexibilidade na aplicação das regras.

todas as relações de emprego, os trabalhadores teriam assegurados o direito à representação dos seus interesses coletivos, a partir do próprio local de trabalho. - Trabalhadores auto-suficientes: Há trabalhadores que, em função de sua situação no mercado, prescindem da proteção da lei e também prescindem da defesa coletiva de seus interesses. Fazem parte deste grupo, entre outros, os executivos e gerentes de alto nível, os artistas e esportistas mais famosos, assim como os trabalhadores altamente qualificados em geral. Estes trabalhadores ocupam uma posição privilegiada no mercado de trabalho e podem abrir mão da proteção excessiva da CLT. Eles talvez prefiram negociar as condições de trabalho diretamente com a empresa. As empresas poderiam escolher essa possibilidade mas, neste caso, teriam que escolher também uma das outras regras de demissão para os demais trabalhadores. Nas empresas que assim escolhessem, a relação com um trabalhador auto-suficiente seria considerada como um contrato comercial, não sendo regulado pela legislação trabalhista. - Regras de demissão. Para os trabalhadores que não podem ser considerados como auto-suficientes, a empresa teria que escolher a regra que regularia a demissão. Essa estratégia (criar opções regulamentadas para a demissão) teria muitas vantagens. Primeiro criaria uma correspondência entre a regulamentação e a situação concreta do mercado de trabalho, pois reconheceria a heterogeneidade das situações e abriria espaços para abrigar todas elas. Segundo, não abandonaria os trabalhadores menos capazes de defender seus interesses e de sobreviver com dignidade. Para estes, garantiria os direitos básicos trabalhistas, fazendo-os equivaler a direitos humanos. Claro que essa lista de direitos básicos não pode conter muitos itens, mas apenas os realmente essenciais. Terceiro, a estratégia reconhece que para alguns trabalhadores a proteção legal não é necessária. Para outros, o direito coletivo é suficiente. Para muitos, o direito individual previsto em lei é indispensável. Todas essas situações seriam contempladas e legalizadas. A estratégia mudaria o enfoque da atual legislação. Ao invés de obrigar todos a cumprir uma única legislação, ela criaria opções, incentivos e espaços para escolhas individuais e coletivas. A atual CLT poderia até permanecer como uma espécie de default. A empresa que não fizesse nenhuma opção de regra de demissão continuaria sendo regulada pela CLT. As


jornada pode resultar em arranjos capazes de conciliar o interesse das empresas e dos trabalhadores nesta questão.

perimentar" diferentes situações e diferentes empresas. Mas como a cada troca de emprego a CLT se aplica integralmente, as empresas são desestimuladas a empregá-lo. Empresas poderiam formar consórcios especificamente voltados para a contratação de jovens. Não incorreriam em custos de rescisão ao desligá-los, pois os jovens se encaminhariam para outra empresa do consórcio, e assim por diante, até se fixarem em um posto de trabalho.

Outras opções Além destas cinco, poderiam ser criadas outras opções de regras de demissão capazes de atender a situações específicas que ocorram com alguma freqüência no mercado de trabalho. O importante é que em cada opção se criem incentivos suficientes para que as partes fiquem melhor do que ficariam se permanecessem no status quo. Exemplos de outras opções poderiam ser: regras específicas para empresas estatais, regras para a administração pública, regras para atividades essenciais, e assim por diante.

Opção 4: Empregos contínuos Empresas onde os vínculos de trabalho são mais duradouros e de longo prazo podem escolher essa opção, na qual a negociação de garantias de emprego é obrigatória; para este tipo de vínculo deixa de existir a demissão sem justa causa. As empresas que optarem por este arranjo têm a vantagem de poder abandonar a CLT e a Justiça do Trabalho; poderão negociar regras diferentes para suas relações trabalhistas e poderão resolver os conflitos de forma definitiva, sem o recurso à Justiça do Trabalho. Nesta opção, os trabalhadores trocariam a proteção de seus direitos individuais garantida pela CLT, pela proteção oferecida pela representação coletiva do sindicato. A este ficaria assegurada a presença no local de trabalho. Esta opção levaria à montagem de mecanismos próprios para solucionar conflitos. Enfim, nesta opção (assim como nas demais), há ganhos para os dois lados e estes ganhos podem se constituir em incentivos para que a empresa faça esta opção. Opção 5: Pequenas e microempresas O emprego nas micro e pequenas empresas também é de longa duração. Mas estas empresas não dispõem de recursos técnicos para conduzir a negociação com os sindicatos de trabalhadores. Estes, por seu lado, não dispõem de recursos materiais suficientes para atender os trabalhadores que representam e que trabalham nestes estabelecimentos. São muitos estabelecimentos e em cada um há poucos trabalhadores. As micro e pequenas empresas podem escolher serem representadas pelo sindicato patronal, que negociará regras diferentes das previstas na CLT, mas são obrigadas a negociar a garantia de emprego, sendo reconhecida a demissão sem justa acusa. Para esta opção, seria também obrigatório negociar a jornada de trabalho, especialmente para as empresas comerciais, que precisam operar à noite e nos fins de semana. A obrigatoriedade da negociação da

A maior autonomia forçará as partes a assumirem atitudes mais responsáveis e conseqüentes, desestimulando o oportunismo nas disputas trabalhistas.

2.2 RESULTADOS ESPERADOS Ao oferecer às empresas opções de regras de demissão, o governo transformaria a regulamentação do mercado de trabalho que prevaleceu no Brasil até hoje. Ao invés de privilegiar os direitos individuais e relegar a representação coletiva a segundo plano, a criação das opções inverteria essa ênfase, dando mais atenção à representação coletiva dos interesses dos trabalhadores. Outra alteração importante introduzida por essa estratégia seria a de privilegiar a negociação e não mais a legislação. A vantagem dessa mudança seria a de atender as especificidades de situações concretas, ao invés de obrigar empresas e trabalhadores a obedecer a uma legislação uniforme como a CLT, que deve se aplicar independentemente das situações concretas do mercado. Finalmente, a nova estratégia oferece a possibilidade de solucionar os conflitos trabalhistas sem a intervenção da Justiça do Trabalho, tornando as relações de trabalho mais autônomas. A maior autonomia forçará as partes a assumirem atitudes mais responsáveis e conseqüentes, desestimulando o oportunismo nas disputas trabalhistas. Com essas qualidades potenciais, a estratégia das opções poderia resolver o dilema da escolha entre legislar e negociar; adicionalmente, proporcionaria aos trabalhadores e às empresas regras mais eficientes e democráticas para governar suas relações. Naturalmente, tudo isso precisaria ser acompanhado de uma reformulação da legislação sindical, que permita a liberdade de organização, conforme preconizado na Convenção 87 da OIT.

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Corbis

Consolidação das Leis do

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Trabalho ou do Emprego?

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Renata Jubran/AE

José Pastore é professor da Faculdade de Economia e Administração da USP. www.josepastore.com.br

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om o avanço das tecnologias e com a globalização dos negócios e do próprio mercado de trabalho, tornou-se mais fácil fazer crescer o PIB do que expandir o emprego. Muitos falam na agonia do emprego. Outros antecipam a sua morte. São expressões fortes, que provocam uma profunda angústia. No entanto, são propaladas com uma inusitada frieza. É verdade que os tempos mudaram. Há 50 anos, predominavam empresas gigantescas, verticalizadas e que abrigavam dezenas de milhares de empregados. Hoje, as novas tecnologias permitem às unidades menores produzirem com eficiência e de forma descentralizada. Em torno das empresas, circulam como satélites outras empresas e profissionais de todos os tipos. Muitas das atuais formas de trabalhar eram inexistentes há 50 anos – os autônomos, os prestadores de serviços na condição de pessoa jurídica (PJs), os associados de uma cooperativa de trabalho, os que executam projetos, os que trabalham a distância (teletrabalhadores) e tantas outras. A produção de hoje é realizada por uma constelação de empresas e profissionais muito bem articulados entre si e que formam redes de colaboradores. São as redes – e não as empresas – que competem no mercado. Vence a melhor rede. Nessa nova divisão do trabalho, não se pode querer enquadrar todos os trabalhadores como empregados. Já foi o tempo em que o mundo do trabalho se dividia entre empregados e empregadores. Hoje, as novas modalidades de trabalho crescem numa velocidade meteórica. Infelizmente, para tais modalidades não há proteções, porque a nossa CLT protege apenas os empregados. A Constituição Federal, no seu artigo 7º, pretende proteger a todos ao dizer: "São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais..." – ao que segue uma lista de 34 incisos (direitos). A CLT, com seus 922 artigos, é mais realista e promete proteção apenas aos empregados. No frigir dos ovos, a Constituição e a CLT acabam protegendo uma minoria (35 milhões de empregados) e desprotegendo a

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maioria (46,5 milhões de trabalhadores) que estão no mercado informal. A informalidade tornou-se sistêmica. Embora a Constituição Federal se refira a trabalhadores (como gênero), como aplicar os direitos trabalhistas aos trabalhadores que não têm vínculo empregatício? Como garantir o FGTS para quem trabalha por conta própria e não tem empregador? Como cumprir a jornada de 44 horas por semana por quem não tem patrão? A velha CLT, que foi feita para proteger os empregados, deveria se chamar Consolidação das Leis do Emprego - CLE. É por isso que se vê essa confusão em torno dos PJs, da Emenda 3, das cooperativas de trabalho, dos que trabalham para várias pessoas – todos sem vínculo empregatício. Sobre a questão da Emenda 3, vale uma digressão. Na discussão do veto do presidente Lula à Emenda 3 da Lei da Super Receita, abordou-se pouco a razão do grande aumento dos profissionais especializados, que trabalham como pessoa jurídica. No mundo inteiro, as empresas que mais crescem são as que não têm empregados. Nos Estados Unidos, por exemplo, entre 2003 e 2004, houve um aumento de quase um milhão de empresas desse tipo. Das 27 milhões de empresas existentes, 19,5 milhões (72%) são sem empregados. No Brasil, segundo os dados do Cadastro Central de Empresas (IBGE, 2003), das 4,9 milhões de empresas existentes, 3,4 milhões (69%) estão nessa categoria (em 1997 era 65%). Cerca de 17% do pessoal ocupado do Brasil trabalham em empresas sem empregados. As áreas de atuação são as mais variadas, desde a lanchonete até o consultor. Segundo os dados da Pesquisa Anual de Serviços (IBGE, 2002), cerca de 22% dessas empresas dedicam-se à prestação de serviços a outras empresas. Tais empresas respondem por 34% dos postos de trabalho do setor. Dentre elas, as que prestam serviços técnico-profissionais respondem por 50% dos estabelecimentos e 52% da receita líquida (Pesquisa Anual de Serviços, IBGE, 2002). Uma parcela crescente estão nas atividades técnico-profissionais. Todas elas contribuem de forma expressiva


para o trabalho e para a receita de impostos e contribuições sociais. Os serviços que mais se expandem por meio de pessoas jurídicas – no mundo inteiro – são os que se relacionam com a chamada economia intangível e que dependem muito mais do talento intelectual do que da força física. Nos Estados Unidos, das 19,5 milhões de empresas sem empregados, 14% são de profissões liberais, técnicos e cientistas; 8,2% de serviços de saúde; 7% de apoio administrativo; 4,8% do campo das artes, entretenimento e recreação; 3,6% dos seguros e finanças; 2,1% dos serviços educacionais; 1,4% dos serviços de informação e comunicação. Ou seja, 41% caem na área dos intangíveis. No Brasil dá-se o mesmo em termos de distribuição: quase a metade é constituída de empresas cujos profissionais desempenham atividades especializadas como pessoas jurídicas da economia intangível. A tendência de crescimento desse tipo de atividade é mundial e reflete uma nova divisão do trabalho. Nos dias atuais, são muitas as formas de trabalhar: tempo parcial; por projeto (que tem começo, meio e fim); trabalho a distância; trabalho casual, intermitente, cooperado, compartilhado etc. No passado, era tecnologicamente avançada apenas a grande empresa. Hoje, um pequeno escritório de contabilidade é moderníssimo por estar ligado a todas as informações do mundo por meio da internet e por processar as contas com base em softwares pré-montados. Há 50 anos, as empresas eram eficientes quando faziam tudo. Hoje são eficientes as que fazem o que sabem e compram o que é feito com mais eficiência e no tempo certo por outra pessoa ou empresa, otimizando os recursos humanos dentro das mencionadas redes de produção, onde cada um entra com sua especialidade, no tempo certo e pelo preço adequado. Já foi o tempo em que as empresas contratavam pelo menor preço. Hoje, elas buscam o melhor preço, onde a qualidade dos serviços contratados é absolutamente crucial. Juntamente com esse aumento de profissionais que trabalham como pessoa

Há 50 anos, as empresas eram eficientes quando faziam tudo. Hoje, são eficientes as que fazem o que sabem e compram o que é feito com mais eficiência e no tempo certo por outra pessoa ou empresa, otimizando os recursos humanos dentro das mencionadas redes de produção.

Fiscalizar é necessário. Punir os que burlam a lei é essencial. Mas não se pode punir um profissional que trabalha por conta própria só porque não é empregado. E nem se pode admitir que esse profissional trabalhe sem proteção.

jurídica, nota-se um incremento do trabalho em horários variados, combinando-se, muitas vezes, a tarefa realizada na empresa com o trabalho feito em casa, no transporte, no hotel e outros locais. Tais mudanças vêm ocorrendo de forma acelerada e até mesmo nos países de maior rigidez trabalhista, como é o caso dos Estados membros da União Européia. Não adianta gritar "parem o mundo porque eu quero descer". Essa tendência é irreversível. O mundo do trabalho é outro. Há muitas formas de trabalhar além da exercida pelos empregados e empregadores. A sociedade moderna precisa aperfeiçoar suas leis e instituições para proteger os que trabalham e não apenas os empregados e parar de perseguir os que contribuem legalmente como pessoas jurídicas. Pior para o Brasil é a brutal informalidade que atinge quase 60% dos que trabalham. Em suma, precisamos de uma verdadeira Consolidação das Leis do Trabalho. Longe de mim advogar a elaboração de um cipoal tão complexo quanto a CLT atual para o trabalho sem vínculo empregatício. Mas, parece urgente estabelecer-se de modo claro que esses dois mundos – o do emprego e o do trabalho – precisam ser protegidos por leis diferentes. O que não pode continuar é a tentativa infrutífera de muitas autoridades que tentam enquadrar todas as modalidades de trabalho na situação de emprego. Isso é irreal. Fiscalizar é necessário. Punir os que burlam a lei é essencial. Mas não se pode punir um profissional que trabalha por conta própria só porque não é empregado. E nem se pode admitir que esse profissional trabalhe sem proteções. Em muitos casos, esse profissional foi empregado até ontem. Se ele for penalizado por não ser empregado ou se a empresa for punida pelo fiscal por utilizá-lo como prestador de serviços na forma de PJ, esse profissional será forçado a entrar no pior dos mundos. Não podendo ser empregado e não sendo aceito como PJ, ele vai trabalhar na informalidade, sem nenhuma proteção e com grandes prejuízos às finanças públicas, em especial, à Previdência Social.

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Ângela Oliveira de Jesus 31 anos I Casada I 2 filhos I Ensino médio completo I Desempregada há quatro meses I Cargo que procura: auxiliar de produção

Masao Goto Filho/e-SIM

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Fotos: Masao Goto Filho/e-SIM

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A via-crúcis do Ângela se prepara para sair de casa em busca de emprego. Despedese do filho Douglas, caminha até o ponto de ônibus. São duas conduções até a primeira tentativa do dia: uma fábrica de cintos de segurança. É preciso pegar mais dois ônibus para chegar a Santo Amaro para um nova tentativa...

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ngela Oliveira de Jesus, 31 anos, casada, dois filhos, faz parte do contingente de mulheres que nos últimos anos ingressou no mercado de trabalho. Desempregada há quatro meses, atualmente ela repete a mesma rotina: acorda cedo e elege uma região da cidade para entregar currículos. Desconfiada da eficácia das agências de emprego, prefere ir pessoalmente até as firmas onde gostaria de trabalhar. Com ensino médio completo, a única experiência que ela tem é como vendedora, profissão que quer deixar de lado "por trabalhar muito, especialmente no final de semana, e depender de comissões".

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São 6h30 de uma quarta-feira de agosto. Ângela se prepara para sair. Toma banho e coloca a roupa, separada na noite anterior. Depois de passar um creme de pentear, ela prende os cabelos crespos em um rabo de cavalo, toma seu café da manhã, que se resume a um copo de leite com chocolate, despede-se de Douglas, o caçula de dez anos, e sai em direção ao ponto de ônibus com a pasta, onde leva sua esperança em formato de folhas A4 com seu perfil profissional, pelas quais pagou 2 reais a digitação na papelaria e mais 20 centavos por cópia. Do bairro Nakamura, no Jardim que leva seu nome, toma um ônibus em direção ao Largo do Socorro. Cerca de 45 minutos depois, faz uma baldeação para a Avenida Robert Kennedy, destino da primeira tentativa de emprego do dia: uma fábrica de cintos de segurança. Pelo interfone é orientada a colo-

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EMPREGO Por Patrícia Büll car uma das dez folhas que leva na pasta verde através da abertura do vidro com insulfilme, que, de tão escuro, a impede de ver se do outro lado há um homem ou uma mulher. Mais dois ônibus e chega em Santo Amaro para uma nova tentativa. A caixinha de correio da fábrica de embalagens de metal recebe mais um de seus currículos. Dali, Ângela resolve andar um pouco em busca de outras empresas. Encontra uma, de alimentos, e deixa seu perfil nas mãos do segurança. Nova caminhada, mais um ônibus e volta para o bairro do Socorro, onde o marido, cobrador de ônibus, disse haver muitas firmas. Lá, nas proximidades do Shopping Fiesta, decide caminhar sem rumo, na tentativa de encontrar o lugar onde finalmente será contratada. Acredita que a sorte está a seu lado: diversas metalúrgicas alinham-se uma após a

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outra. Mas em três delas, sequer consegue ser atendida. A resposta: "não estamos ajustando". Ela agradece com um sorriso tímido. Em outras, tem um pouco mais de sorte e consegue entregar a folha impressa com o resumo de sua experiência profissional: três lojas onde foi registrada, um curso inacabado de informática e sua ambição atual: trabalhar na produção. Após quatro horas andando e com três currículos que sobraram, a mãe de Cristian e Douglas decide que já é hora de voltar para casa. São cinqüenta minutos no ônibus e outros dez de caminhada para chegar à sua inacabada construção no Nakamura e sentar por alguns segundos em frente à TV, ao lado do caçula, que faltou à aula porque se machucou nas obras da casa. Tira o casaco de lã, lava as mãos e se dirige ao fogão para aquecer a refeição que deixou pronta no dia anterior. Depois, vai cuidar da pequena casa, que um dia terá as divisórias de dois quartos, sala e cozinha. Vai lavar e passar as roupas. Amanhã será outro dia e, quem sabe, com Ângela finalmente empregada.

... Ângela caminha sem rumo na região do bairro do Socorro, que concentra muitas fábricas. Diversas metalúrgicas alinham-se uma após a outra. Ela deixa seu currículo em algumas delas. Após quatro horas andando, ela decide voltar para casa, o que demora mais uma hora. Senta-se no sofá ao lado do filho, descansa um pouco e dirige-se para o fogão para esquentar a refeição, que deixou pronta na noite anterior.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Tr i b u t o s Empresas Negócios Finanças

Empresa começa, até a próxima semana, a produzir cerveja em unidade comprada da Cintra em Mogi-Mirim

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AMBEV PRETENDE IMPORTAR MARCAS

AMBEV OPERA NOVA FÁBRICA

AmBev iniciará, até o final da próxima semana, a produção de cerveja na unidade que comprou da Cintra em Mogi-Mirim, interior de São Paulo. Segundo o diretor de relações com investidores da empresa, Milton Seligman, o produto será oferecido com a marca Antarctica. Na unidade adquirida da Cintra em Piraí, no Rio de Janeiro, a produção foi iniciada em julho, com a água gaseificada H2OH! e a cerveja Brahma. A Cintra tem até outubro para vender sua marca para outra

sexta-feira, 31 de agosto, sábado e domingo, 1 e 2 de setembro de 2007

empresa, caso contrário será assumida pela controladora. De acordo com o presidente da AmBev, Luiz Fernando Edmond, será mais fácil para a companhia se a marca Cintra for vendida para terceiros. "Pagar por uma marca não faz sentido para nós", disse. Nas últimas semanas, a AmBev iniciou negociações com governos da região Norte do País para a instalação de uma nova fábrica. O projeto deve ser anunciado até o final do ano e atenderá à demanda do verão de 2010. A unidade deve ficar na região entre Amazo-

nas e Maranhão, em local ainda a ser escolhido. Também é possível que a AmBev opte por expandir suas fábricas do Piauí ou do Maranhão, para evitar que seus custos fixos sejam ampliados e para garantir um crescimento mais rápido da produção. "A expansão é mais ágil, mas a construção de uma unidade nos aproximará de mais mercados consumidores, reduzindo custos com logística", afirmou Edmond. Mão-de-obra — Atualmente, a companhia está concluindo estudos de viabilidade para

a nova fábrica, o que inclui avaliações sobre oferta de mão-de-obra, logística, água e incentivos fiscais. Segundo o presidente da empresa, a nova unidade produzirá, a princípio, apenas cerveja. A iniciativa fará parte dos investimentos anuais de R$ 1 bilhão programados pela AmBev para os próximos cinco anos. Edmond informou também que a companhia pretende iniciar a importação de quatro ou cinco marcas européias pertencentes à sua controladora InBev, a partir do próximo mês de outubro. (AE)

HAZ GRÁFICA RÁPIDA LTDA - ME torna público que solicitou junto à CETESB a Licença Prévia, de Instalação e de Operação para a atividade de “Produtos Gráficos; edição e impressão de” localizada à Rua Luis Góis, 1168 - Mirandópolis município de São Paulo. MUSICAL SOM E ACESSÓRIOS PARA VEÍCULOS LTDA - ME torna público que recebeu da CETESB a Licença Prévia, de Instalação e de Operação nº 31000194, válida até 28.08.2011, para Aparelhos de Som conjugados (qualquer combinação entre amplificadores), à Rua Vergueiro, nº 7339, Subsolo, Vila Firmiano Pinto, São Paulo. EXTRAVIO A empresa Gecon Processamento e Suporte para Informática Ltda., Rua Dr. Carlos Basto Aranha, 217, Sala 02 – Jaçanã/SP, IE: Isento, CNPJ: 59094425/0001-50, I.Municipal: 9525940-2, comunica o Extravio do talão de nota fiscal de Serviço Série A do Nº 501 a 550 AIDF: 045, parcialmente usados.

Quiksilver Ind. e Com. de Art. Esp. Ltda., Rua Solon, 945/969 CEP.: 01127-010 Bom Retiro São Paulo/SP, CNPJ.: 07. 230.513/0001-38, comunica extravio das 2ª vias da NFF 0073225 e 0074764 e todas as vias, sendo 1ª à 5ª via da NFF 0073068.

bilhões de reais deve ser o investimento da Ambev até 2012.

Esso pode deixar Argentina, diz jornal

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empresa de combustíveis Esso estaria preparando sua saída da Argentina. A informação, publicada ontem pelo principal jornal do país, o Clarín, não foi desmentida nem confirmada pela empresa, que controla 12% do mercado argentino de combustíveis. O plano envolveria a venda de todos os ativos da empresa no país, o que inclui uma refinaria e 90 postos de combustíveis (outros 500 postos são franquias). Por trás dos rumores da partida da Esso estão os confrontos que o governo do presidente Néstor Kirchner mantém com as companhias do setor. A

Argentina, afirmam analistas, teria se transformado em um lugar com várias incertezas para essas companhias, que foram alvos de freqüentes pressões do governo federal. O temor é de que as pressões poderiam continuar nos próximos quatro anos, caso a primeira-dama e senadora Cristina Fernández de Kirchner vença em outubro as eleições presidenciais no país. Os boatos indicam que a Exxon Mobil, dona da Esso, encarregou o banco JP Morgan de realizar a venda dos ativos na Argentina a empresários nacionais. O custo da operação seria de US$ 200 milhões. (AE)

CLUB ATHLETICO PAULISTANO

FRATELLI VITA BEBIDAS S.A.

EDITAL O Club Athletico Paulistano, com sede na Rua Honduras, nº 1.400, nesta capital, faz público que foi cientificado pelo associado Denver Pedro Franco do extravio do título social nº 5000, da série “A”, emitido de acordo com o Estatuto Social, razão pela qual expedirá uma 2ª via desde que, dentro do prazo de 10 dias, não haja qualquer reclamação de terceiros relativamente ao referido título. São Paulo, 29 de agosto de 2007. CLUB ATHLETICO PAULISTANO

CNPJ/MF nº 73.626.293/0001-90 - NIRE 35.300.328.213 CONVOCAÇÃO - ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA Ficam convocados os acionistas da Fratelli Vita Bebidas S.A. (“Companhia”) para se reunirem no dia 10 de setembro de 2007, às 16 horas, na sede da Companhia, localizada na Av. Antarctica, nº 1891 (parte), Fazenda Santa Úrsula, na Cidade de Jaguariúna, Estado de São Paulo, em Assembléia Geral Extraordinária, para deliberarem sobre a seguinte ORDEM DO DIA: (i) Mudança da sede da Companhia; (ii) Alteração do Foro de Eleição; e (iii) consolidação do estatuto social Jaguariúna, 28 de agosto de 2007. Luiz Fernando Ziegler de Saint Edmond - Diretor Geral. (30,31,03) SINDICATO DOS SERVIDORES DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO.

INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA ODONTOLÓGICA LTDA CNPJ nº 00.856.424/0001-52 Demonstração do Resultado para os Exercícios findos em Balanço Patrimonial em 31 de dezembro de 2001 e de 2000 31 de dezembro de 2001 e de 2000 Ativo Passivo valores expressos em Reais 2001 2000 2001 2000 2001 2000 Circulante Provisões Técnicas Disponível Provisões Técnicas - Contraprestações Efetivas de Opers. 1.467.141,78 849.383,41 Caixa 936,26 698,59 Total das Provisões Técnicas - de Assist. à Saúde (453.612,25) (140.066,12) Banco Conta Movimento 22.523,10 72.348,02 Débitos Diversos 45.903,48 38.162,10 Eventos Indenizáveis Líquidos 1.013.529,53 709.317,29 Aplicações no Mercado Aberto 95.000,00 70.000,00 Total do Circulante 45.903,48 38.162,10 Resultado Operacional Básico Despesas de Comercialização Créditos Patrimônio Líquido (126.907,72) (86.307,51) Créds. de Op. c/ Planos de Assist. à Saúde 6.581,55 68.495,80 Capital Social 153.000,00 153.000,00 Outras Recs. e Desps. Operacionais 886.621,81 623.009,78 Total do Circulante 125.040,91 211.542,41 Lucros Acumulados 86.050,23 - Resultado Operacional (486.848,97) (296.159,26) Permanente Lucros de Exercício 290.556,47 86.050,23 Despesas Administrativas 399.772,84 326.850,52 Imobilizado Total do Patrimônio Líquido 529.606,70 239.050,23 Res. antes dos Imp. e Participações Imps. e Participações no Resultado (109.216,37) (240.800,29) Móveis e Utensílios 297.818,49 46.618,52 Resultado Líquido 290.556,47 86.050,23 Direitos de uso 4.600,00 4.600,00 Veículos 11.550,00 11.550,00 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos para os Benfeitorias em Imóveis de Terceiros 136.500,78 2.901,40 Exercícios findos em 31 de dezembro de 2001 e de 2000 Total do Ativo Permanente 450.469,27 65.669,92 Valores Expressos em Reais Total do Ativo 575.510,18 277.212,33 Total do Passivo 575.510,18 277.212,33 2001 2000 com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os Origem dos Recursos Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido dos valores e as informações contábeis divulgados, e c) a avaliação das Das Operações Exercícios findos em 31 de dezembro de 2001 e 2000 práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Valores Expressos em Reais Resultado líquido do exercício 290.556,47 86.050,23 administração da empresa, bem como da apresentação das Lucros Aumento de capital em numerário - 143.000,00 Capital Acumulados Total demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3- Em nossa opinião, Aumento de patrimônio líquido - 81.806,61 Saldos em 31/12/2000 153.000,00 86.050,23 239.050,23 as demonstrações contábeis acima referidas representan Total das Origens 290.556,47 310.856,84 Lucro Líq. do Exercícios 290.556,47 290.556,47 adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial Aplicações de Recursos Saldos em 31/12/2001 153.000,00 376.606,70 529.606,70 e financeira do Instituto de Previdência e Assistência Odontológica Aquisição de Direitos do Imobilizado 384.799,35 Ltda., em 31 de dezembro de 2001, o resultado de suas operações, as Total das Aplicações 384.799,35 Parecer dos Auditores Independentes (94.242,88) 310.856,84 Ilms.Srs.Diretores do Instituto de Previdência e Assistência Odontológica mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus Aumento do Capital Circ. Líquido Saldos Ltda. São Paulo-SP 1- Examinamos o balanço patrimonial do Instituto recursos referentes ao exercício findo naquela data, de acordo com as 2001 2000 de Previdência e Assistência Odontológica Ltda, levantado em 31 práticas contábeis adotadas no Brasil. 4 - Não examinamos, nem foram Variação do Capital Circulante Líquido de dezembro de 2001, e as respectivas demonstrações do resultado, examinadas por outros auditores independes, as demonstrações Ativo Circulante 125.040,91 211.542,41 das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de contábeis do exercício findo em 31 de dezembro de 2000, cujos valores No final do exercício 211.542,41 1.142,77 recursos, correspondente ao exercício findo naquela data, elaborados são apresentados para fins comparativos e, conseqüentemente, não No início do exercício (86.501,50) 210.399,64 sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade emitimos opinião sobre elas. São Paulo, 20 de janeiro de 2006. Passivo Circulante é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. Franco Associados Auditores Independentes No final do exercício 45.903,48 38.162,10 2- Os exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria CRC-2SP 013.848/O-6 No início do exercício 38.162,10 138.619,30 aplicáveis no Brasil e compreenderam: a) o planejamento dos trabalhos, Ademar Franco Júnior 7.741,38 (100.457,20) considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o Contador CRC-1SP 114.787/O-9 Capital Circulante Líquido (94.242,88) 310.856,84 sistema contábil e de controles internos da empresa; b) a constatação,

BANCO DE LA NACIÓN ARGENTINA (SUCURSAL BRASIL)

CNPJ 33.042.151/0001-61

Balanços Patrimoniais em 30 de Junho de 2007 e 2006 (Em milhares de reais) Ativo 2007 2006 Ativo Circulante 61.766 60.090 Disponibilidades 1.821 7.741 Aplicações interfinancs de liquidez 31.202 17.163 Aplics em opers compromissadas 30.499 12.901 Aplics em depósitos interfinanceiros 703 Aplicações em moeda estrangeira - 4.262 Relações Interfinanceiras 200 299 Pagtos e recebimentos a liquidar 5 4 Depósitos no Banco Central 195 295 Operações de Crédito 9.208 22.911 Operações de crédito - setor privado 9.901 23.681 (Prov. p/créditos de liq. duvidosa) (693) (770) Outros Créditos 19.329 11.966 Carteira de câmbio 18.106 11.006 Diversos 1.584 960 (Provisão para outros créditos) (361) Outros Valores e Bens 6 10 Despesas antecipadas 6 10 Ativo Permanente 18.138 18.090 Investimentos 238 238 Outros investimentos 238 238 Imobilizado de Uso 17.694 17.852 Imóveis de uso 24.478 24.478 Outras imobilizações de uso 1.557 1.513 (Depreciações acumuladas) (8.341) (8.139) Diferido 206 Gastos com organiz. e expansão 206 Total 79.904 78.180

Passivo e Patrimônio Líquido Passivo Circulante Depósitos Depósitos à vista Depósitos à prazo Obrigações por Operações Compromissadas Carteira de terceiros Relações Interfinanceiras Recebimentos e pagtos a liquidar Relações Interdependências Recursos em trânsito de terceiros Transferência Internas de Recursos Obrigações por Empréstimos e Repasses Empréstimos no exterior Outras Obrigações Carteira de câmbio Fiscais e previdenciárias Diversas Patrimônio Líquido Capital: De domiciliados no exterior Reservas de Capital Reserva de reavaliação Reserva para contigências Prejuízos acumulados

2007 2006 37.913 34.087 6.934 5.501 3.705 4.381 3.229 1.120

36.858 36.858 122 122 14.078 14.185 523 523 (9.590) (7.595)

Total

79.904 78.180

201 201 37 37 879 879 -

39 39 2.150 2.141 9

27.285 23.962 27.285 23.962 2.577 2.435 134 309 1.638 1.679 805 447 41.991 44.093

Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido - (Em milhares de reais) Capital Reservas Reservas de Reservas para Prejuízos Social de Capital Reavaliação Contingências Acumulados Saldos em 1º de janeiro de 2007 36.858 122 14.125 523 (7.980) Realização de reserva especial (47) 70 Prejuízo do semestre (1.680) Saldos em 30 de junho de 2007 36.858 122 14.078 523 (9.590) Mutações do Período (47) (1.610) Saldos em 1º de janeiro de 2006 36.858 14.243 523 (6.477) Reservas de Atualização de Títulos 122 Realização de reserva especial (57) 70 Prejuízo do semestre (1.189) Saldos em 30 de junho de 2006 36.858 122 14.186 523 (7.596) Mutações do Período 122 (57) (1.119)

Total 43.648 23 (1.680) 41.991 (1.657) 45.147 122 13 (1.189) 44.093 (1.054)

Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis em 30 de junho de 2007 e 2006 - (Em milhares de reais) 1. Contexto Operacional: O Banco é uma filial do Banco rendas a apropriar, em razão da fluência dos prazos das de La Nación Argentina, Instituição Oficial da República operações, quando prefixadas. As operações em atraso Argentina, autorizada a funcionar no Brasil, de acordo classificadas no nível H permanecem nesta classificação com o Decreto Nr. 46.186, de 11 de junho de 1959. por seis meses, quando então são baixadas contra 2. Apresentação das Demonstrações Contábeis: As provisão existente e controladas por até cinco anos, em demonstrações contábeis foram elaboradas de acordo contas de compensação, não mais figurando no balanço com as práticas contábeis adotadas no Brasil e patrimonial. As renegociações de operações de crédito, normativas do Banco Central do Brasil (BACEN). A que já haviam sido baixadas contra provisão e que elaboração das demonstrações contábeis de acordo com estavam em contas de compensação, são classificadas as práticas contábeis adotadas no Brasil requer que a como nível C e E, os eventuais ganhos provenientes de Administração use de julgamento na determinação e renegociação somente são reconhecidos quando registro de estimativas contábeis. Ativos e passivos efetivamente recebidos. d. Provisão para créditos de significativos sujeitos a essas estimativas e premissas liquidação duvidosa - A provisão para créditos de incluem o valor residual do ativo imobilizado, provisão liquidação duvidosa é fundamentada na análise das para imposto de renda diferido ativo, créditos de operações efetuadas pela administração para concluir liquidação duvidosa, provisão para desvalorização de quanto ao valor necessário para créditos de liquidação certos ativos e provisão para contingências e valorização duvidosa, caso a caso, e leva em conta a conjuntura de instrumentos derivativos. A liquidação das transações econômica, a experiência passada e os riscos envolvendo essa estimativa poderá resultar em valores específicos e globais das carteiras, bem como as diferentes dos estimados, devido a imprecisões inerentes diretrizes estabelecidas pela Resolução n° 2.682/99, de ao processo de sua determinação. O Banco revisa as 21 de dezembro de 1999 e de acordo com a determinação estimativas e premissas periodicamente. 3. Principais contida na Circular n° 2.974/00, de 24 de março de 2000, Critérios Contábeis: a. Apuração do resultado - As do Banco Central do Brasil. e. Obrigações por receitas e despesas são apropriadas pelo regime de empréstimo - As obrigações em moeda estrangeira estão competência mensal. Os valores sujeitos à variação registradas a valor presente, incorporando os encargos monetária ou cambial são atualizados até a última incorridos até a data do balanço e atualizadas às taxas variação ocorrida no período. b. Aplicações oficiais de câmbio, vigentes nas datas dos balanços. interfinanceiras de liquidez - As aplicações f. Ativo imobilizado - O ativo imobilizado está registrado interfinanceiras de liquidez são registradas ao custo, a custo corrigido monetariamente até 31 de dezembro acrescidos dos rendimentos auferidos até a data do de 1995 e acrescido, para imóveis de uso próprio, de balanço. c. Operações de crédito - As operações de reavaliação. A depreciação é calculada pelo método crédito nas suas diversas modalidades são registradas linear às taxas de 4% para edificações, 20% para veículos a valor presente, incorporando os rendimentos auferidos e sistemas de processamento de dados e 10% para os até a data do balanço, quando pós-fixados, e líquido das demais itens. 4. Composição da Carteira de Operações de Crédito: a. Distribuição das operações por faixa de vencimento Operações de Crédito Até 360 dias Acima de 360 dias Total - R$ mil Empréstimos e títulos descontados 493 806 1.299 Financiamentos em moeda estrangeira 7.336 1.266 8.602 Outras operações de crédito 258 36 294 Provisões para operações de créditos (710) (344) (1.054) Adiantamentos s/ contrato de câmbio (1) 18.789 18.789 Rendas a receber (2) 6 6 Subtotal 26.172 1.764 27.936 Avais e Fianças 4.247 9.057 13.304 Total em 30 de junho de 2007 30.419 10.821 41.240 Total em 30 de junho de 2006 36.791 2.257 38.748 (1) Os adiantamentos sobre contrato de câmbio estão classificados como redução de outras obrigações. (2) Referente a rendas a receber de adiantamento concedido e títulos de créditos a receber.

Demonstracões de Resultados Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos Semestres findos em 30/06/2007 e 2006 (Em MR$) Semestres findos em 30/06/2007 e 2006 (Em MR$) 2007 2006 2007 2006 Receitas da Intermediação Financeira 2.645 2.625 Origens dos Recursos 15.588 29.016 Operações de crédito 703 1.411 Var. nos Results de Exercs Futuros (1) 1 Rendas de aplics interfins de liquidez 1.373 956 Recursos de Tercs Originários de: 15.589 16.249 Resultado de títulos e valrs mobiliários 52 258 Aum. dos Subgrupos do Passivo 15.177 10.681 Resultado de câmbio 517 Depósitos 1.135 3.962 Despesas da Intermediação Financeira (1.847) (1.610) Obrigs por opers compromissadas 201 Operações de captação no mercado (160) (98) Rel. interfinancs e interdependências 246 1.521 Opers de emprést., cessões e repasses (655) (841) Obrigs por emprést. e repasses 13.595 5.101 Prov. p/créditos de liq. duvidosa (1.032) (442) Outras obrigações 97 Resultado de câmbio (229) Redução dos Subgrupos do Ativo 412 5.568 Resultado Bruto da Intermed. Financeira 798 1.015 Títulos e valores mobiliários 3.353 Outras Receitas (Desps) Operacionais (2.621) (2.344) Rel. interfinancs e interdependências 405 Receitas de prestação de serviços 14 24 Outros créditos 2.212 Despesas de pessoal (1.554) (1.516) Outros valores e bens 7 3 Outras despesas administrativas (931) (930) Capital - 12.766 Despesas tributárias (153) (164) Aumento de capital - 12.644 Outras receitas operacionais 35 255 Reserva de atualização de títulos 122 Outras despesas operacionais (32) (13) Aplicações dos Recursos 16.602 22.712 Resultado Operacional (1.823) (1.329) Prejuízo Ajustado do Período 1.524 973 Resultado não operacional 143 140 Prejuízo do semestre 1.680 1.189 Prejuízo do Semestre (1.680) (1.189) Realização de Reserva Especial (23) (13) Depreciação e Amortização (133) (203) b. Classificação das operações nos níveis de risco Inversões em 22 153 Nível de Total das Operações Provisão p/ Créditos Imobilizado de uso 22 153 Risco R$ mil de Liq. Duvidosa Aumento dos Subgrupos do Ativo 14.643 21.586 AA 27.224 Aplicações interfinancs de liquidez 8.676 16.710 A 178 1 Operações de crédito 1.827 4.860 B 2 Rel. interfinancs e interdependências 4.140 16 C 44 1 Redução dos subgrupos do passivo D circulante e exigível a longo Prazo: 413 E 691 207 Outras obrigações 413 F Red. (Aum.) das Disponibilidades (1.014) 6.304 G Modificações na Posição Financeira H 845 845 Disponibilidades: Total 28.984 1.054 Início do período 2.835 1.436 c. Distribuição das operações por atividade econômica Fim do período 1.821 7.740 Atividade Econômica Total das Operações Red. (Aum.) das Disponibilidades (1.014) 6.304 Indústria 28.330 Comércio 462 R$ 13.304 mil, em 30 de junho de 2007 (em 30 de junho de Outros Serviços - 2006 foram R$ 4.995 mil). 10. Contas de Compensação: O Pessoas Físicas 192 Banco manteve em sua contabilidade, dentre outras, as Total 28.984 contas de compensação relativas à carteira de câmbio, 5. Carteira de Câmbio cujos saldos são os seguintes: Ativo 30/06/2007 30/06/2006 Descrição 30/06/2007 30/06/2006 Câmbio comprado a liquidar 17.774 10.835 Responsabilidade por créditos Direitos sobre vendas de câmbio 120 62 abertos p/ importação 1.301 3.871 Adiantamento em moeda nacional 121 - Responsabilidades por créditos Outros 91 109 abertos p/ exportação confirmados 2.882 363 Total 18.106 11.006 11. Contingências Fiscais: As ações e processos judiciais Passivo ou administrativos movidos contra o Banco de La Nación Câmbio vendido a liquidar 120 309 Argentina (Sucursal Brasil), informados pela Assessoria Outros 14 - Legal da Instituição, pendentes de solução e existentes Total 134 309 em 30 de junho 2007, estão estimados no total de Possibilidade 6. Outras Obrigações - Diversas 30/06/2007 30/06/2006 R$ 1.189 mil, a saber: R$ mil de Perda Provisão p/pagtos a efetuar 390 376 Provisão p/passivos contingentes 412 69 a. Ações, reclamações trabalhistas 412 Possível Credores Diversos – país 3 2 805 447 b. Ações, processos judiciais, administrativos e fiscais 27 Possível 7. Capital Social: As instituições financeiras estrangeiras 750 Possível devem registrar o capital estrangeiro investido e os lucros c. Processos fiscais – ISS capitalizados no Banco Central do Brasil, para que possam A administração e seus assessores jurídicos apresentaram defesa e esperam que o desfecho das lides sejam parcialremeter dividendos sobre esse capital ao exterior, bem como para a repatriação de capital. O Banco tem mente favoráveis ao Banco. 12. Limites Operacionais: De acordo com a Resolução 2.099/94 do BACEN é exigida a investimentos registrados em capital estrangeiro no valor de US$ 20.714 mil. O capital social do Banco de La Nación manutenção de patrimônio líquido mínimo, correspondente a 11% do montante das operações ativas ponderadas por Argentina no Brasil monta R$ 36.858. 8. Reavaliação de Imóveis: O Banco procedeu à reavaliação de bens imóveis graus de risco, que variam de 0% a 300%. O Banco, em 30 de uso no exercício de 2004, com base em laudo emitido de julho 2007, atingiu o índice de 44,83%. O índice de imopor peritos avaliadores credenciados, aprovados pela bilização em 30 de junho de 2007, ativo permanente/ diretoria. A reavaliação foi registrada na forma requerida patrimônio líquido (excluindo-se a reserva de reavaliação) pela Circular n° 2.824/98 do BACEN. 9. Garantias Prestadas: era de 64,98%. A administração do Banco vem estudando As garantias por fianças e avais prestados montam medidas para ajustar esta relação. JORGE LUIZ DO ESPÍRITO SANTO ESTEBAN SALVADOR AIRA Contador - 1RJ067982/T-9 Diretor PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Administradores do Banco de La Nación Argentina (Sucursal Brasil) São Paulo - SP. 1. Examinamos o balanço patrimonial do Banco de La Nación Argentina (Sucursal Brasil) em 30 de junho de 2007, e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes ao semestre findo naquela data, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos do Banco; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração do Banco, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis referidas no parágrafo 1 representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco de La Nación Argentina (Sucursal Brasil), em 30 de junho de 2007, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos correspondentes ao semestre findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 4. O Banco em 30 de junho de 2007, conforme descrito na nota explicativa n° 12, apresenta saldo de Imobilizado de Uso em valores que excedem os limites operacionais previstos na legislação do Conselho Monetário Nacional. A administração do Banco, iniciou estudos e entendimentos com o Banco Central do Brasil para a regularização deste descumprimento de limite operacional. 5. As demonstrações contábeis relativas ao semestre findo em 30 de junho de 2006 apresentadas para fins de comparação, foram examinados por outros auditores independentes, com parecer emitido em 25 de agosto de 2006, contendo parágrafos de ênfase. 6. Em meados de 2000, o Banco de La Nación Argentina (Sucursal Brasil), iniciou uma reestruturação com a implantação de um sistema de informatização cujo objetivo é a melhoria dos controles internos de suas áreas operacionais. A administração do Banco vem obtendo sucesso e avanços significativos na implantação destes controles, permitindo mais confiabilidade sobre os saldos e informações contábeis. 27 de agosto de 2007. Horwath Tufani, Reis & Soares Auditores Independentes - CRC 2SP015165/O-8. Jairo da Rocha Soares - Contador - CRC 1SP120458/O-6

CONVOCAÇÃO Jacira Costa Silva, Presidente do SINDICATO DOS SERVIDORES DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO – SINDMINP, no uso de suas atribuições que lhe são conferidas, conforme parágrafo 2º ART.24 Seção I do Estatuto Sindical, convoca toda a categoria para participar de Assembléia Geral a realizar-se no dia 15/09/2007, às 10h00 em primeira convocação e às 10h30 min. em segunda convocação, na sede do SINDMINP, sita à Av. Brig. Luiz Antonio, nº 54, 1º andar, salas B/ C, para discussão e deliberação dos seguintes temas: 1- Alteração do período de mandato. 2- Reajuste da mensalidade sindical. São Paulo, 31 de agosto de 2007. JACIRA COSTA SILVA - Presidente

FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL PREGÃO Nº 032/2007- FAMESP PROCESSO Nº 895/2007 - FAMESP Acha-se à disposição dos interessados do dia 03 a 21 de setembro de 2007, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli, s/nº, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680-ramal 111-FAX (0xx14)3882-1885-ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/Hospital dasClínicas, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL Nº 032/2007 - FAMESP, PROCESSO Nº 895/2007 - FAMESP, que tem como objetivo a contratação de empresa especializada para a execução de serviço de manutenção corretiva e preventiva, nos equipamentos: Gama Câmara CGR e Osteodensitômetro modelo sophos L-XRA, por um período de 12 meses, para o HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU, do tipo menor preço total mensal, em conformidade com o disposto no Anexo II. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação, será realizada no dia 02 de outubro de 2007, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar, no endereço supra citado. Botucatu, 27 de agosto de 2007. Prof. Dr. Shoiti Kobayasi - Diretor Vice-Presidente - FAMESP

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA: TOMADA DE PREÇOS

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que achase aberta licitação para execução de Construção de ambientes complementares com fornecimento, instalação, licenciamento e manutenção de elevador e Reforma de prédio escolar: TOMADA DE PREÇOS N.º - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – ÁREA - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/1536/07/02 - EE Arcangelo Sforcim - Rua Serra da Moeda, 61 - Vila Jacui - São Paulo/SP – 180 - 181,44 - R$ 66.361,00 – R$ 6.636,00 – 10:30 – 19/09/2007. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 31/08/2007, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 18/09/2007, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA Presidente

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA: TOMADA DE PREÇOS A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que achase aberta licitação para execução de Construção de cobertura de quadra em estrutura mista e Reforma de prédio(s) escolar(es): TOMADA DE PREÇOS N.º - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/1491/07/02 - EE Profª Herminia Lopes Lobo - Av. Dr. Erasmo, 679 - Vila Assunção - Santo André/SP; EE Profª Cristina Fittipaldi - Rua Guarani, 237 - Vila Valparaiso - Santo André/SP – 90 - R$ 47.387,00 – R$ 4.738,00 – 09:30 – 19/09/ 2007. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 31/08/2007, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 18/09/2007, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. FÁBIO BONINI SIMÕES DE LIMA Presidente

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, informamos que no dia 30 de agosto de 2007, não houve pedido de falência na Comarca da Capital-SP.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 31 de agosto, sábado e domingo, 1 e 2 de setembro de 2007

ECONOMIA - 3

ORIENTAÇÃO LEGAL LEGISLAÇÃO • DOUTRINA • JURISPRUDÊNCIA INSTITUTO JURÍDICO DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO PAULO

COORDENAÇÃO: CARLOS CELSO ORCESI DA COSTA

Agenda Tributária Paulista – Setembro/2007 COORDENADORIA DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA COMUNICADO CAT-39, DE 29-08-2007 O coordenador da Administração Tributária declara que as datas fixadas para cumprimento das Obrigações Principais e Acessórias, do mês de setembro de 2007, são as constantes da Agenda Tributária Paulista anexa. AGENDA TRIBUTÁRIA PAULISTA Nº 217 MÊS: SETEMBRO DE 2007 DATAS PARA RECOLHIMENTO DO ICMS E OUTRAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS Classificação de Atividade Econômica

Código de Prazo de Recolhimento

CNAE

CPR

10333, 11119, 11127, 11135, 11216, 11224, 17109, 17214, 17222, 17311, 17320, 17338, 17419, 17427, 17494, 19101, 19217, 19225, 19322; 20118, 20126, 20134, 20142, 20193, 20215, 20223, 20291, 20312, 20321, 20339, 20401, 20517, 20525, 20614, 20622, 20631, 20711, 20720, 20738, 20916, 20924, 20932, 20941, 20991, 21106, 21211, 21220, 21238, 22218, 22226, 22234, 22293, 23206, 24113, 24121, 24211, 24229, 24237, 24245, 24318, 24393, 24415, 24431, 24491, 24512, 24521, 25110, 25128, 25136, 25217, 25314, 25322, 25390, 25411, 25420, 25438, 25501, 25918, 25926, 25934, 25993, 26108, 26213, 26221, 26311, 26329, 26400, 26515, 26523, 26604, 26701, 26809, 27104, 27210, 27317, 27325, 27333, 27511, 27597, 27902, 28135, 28151, 28232, 28241, 28518, 28526, 28534, 28542, 29107, 29204, 29506; 30113, 30121, 30318, 30504, 30911, 32124, 32205, 32302, 32400, 32507, 32914, 33112, 33121, 33139, 33147, 33155, 33198, 33210, 35115, 35123, 35131, 35140, 35204, 35301; 46214, 46222, 46231, 46311, 46320, 46338, 46346, 46354, 46362, 46371, 46397, 46419, 46427, 46435, 46443, 46451, 46460, 46478, 46494, 46516, 46524, 46613, 46621, 46630, 46648, 46656, 46699, 46711, 46729, 46737, 46745, 46796, 46818, 46826, 46834, 46842, 46851, 46869, 46877, 46893, 46915, 46923, 46931, 49302, 49507; 50114, 50122, 50211, 50220, 50912, 50998, 51111, 51129, 51200, 51307, 53105, 53202; 60217, 60225, 63917. 01113, 01121, 01130, 01148, 01156, 01164, 01199, 01211, 01229, 01318, 01326, 01334, 01342, 01351, 01393, 01415, 01423, 01512, 01521, 01539, 01547, 01555, 01598, 01610, 01628, 01636, 01709; 02101, 02209, 02306; 03116, 03124, 03213, 03221; 05003; 06000; 07103, 07219, 07227, 07235; 07243, 07251, 07294; 08100, 08916, 08924, 08932, 08991; 09106, 09904; 12107, 12204; 23915, 23923; 33163, 33171; 41204, 42111, 42120, 42138, 42219, 42227, 42235, 42910, 42928, 42995, 43118, 43126, 43134, 43193, 43215, 43223, 43291, 43304, 43916, 43991, 45111, 45129, 45200, 46117, 46125, 46133, 46141, 46150, 46168, 46176, 46184, 46192, 47318, 47326, 49400; 50301, 52117, 52125, 52214, 52222, 52231, 52290, 52311, 52320, 52397, 52401, 52508, 55108, 55906; 62015, 62023, 62031, 62040, 62091, 63119, 63194, 63992, 64107, 64212, 64221, 64239, 64247, 64310, 64328, 64336, 64344, 64352, 64361, 64379, 64409, 64506, 64611, 64620, 64638, 64701, 64913, 64921, 64930, 64999, 66134, 69117, 69125, 69206; 70204, 71111, 71120, 71197, 71201, 73114, 73122, 73190, 73203, 74102, 74200, 74901, 75001, 77403, 78108, 78205, 78302, 79112, 79121; 80111, 80129, 80200, 80307, 81214, 81222, 81290, 81303, 82113, 82199, 82202, 82300, 82911, 82920, 85503, 86101, 86216, 86224, 86305, 86402, 86500, 86607, 86909, 87115, 87123, 87204, 87301, 88006; 95118; 60101, 61108, 61205, 61302, 61418, 61426, 61434, 61906; 10538; 36006, 37011, 37029, 38114, 38122, 38211, 38220, 39005; 41107, 45307, 45412, 45421, 45439, 47113, 47121, 47130, 47229, 47237, 47245, 47296, 47415, 47423, 47431, 47440, 47512, 47521, 47539, 47547, 47555, 47563, 47571, 47598, 47610, 47628, 47636, 47717, 47725, 47733, 47741, 47814, 47822, 47831, 47849, 47857, 47890, 49116, 49124; 56112, 56121, 56201, 59111, 59120, 59138, 59146; 65111, 65120, 65201, 65308, 65413, 65421, 65502, 66118, 66126, 66193, 66215, 66223, 66291, 66304, 68102, 68218, 68226; 72100, 72207, 77110, 77195, 77217, 77225, 77233, 77292, 77314, 77322, 77331, 77390, 79902; 81117, 81125, 82997, 84116, 84124, 84132, 84213, 84221, 84230, 84248, 84256, 84302, 85112, 85121, 85139, 85201, 85317, 85325, 85333, 85414, 85422, 85911, 85929, 85937, 85996; 90019, 90027, 90035, 91015, 91023, 91031, 92003, 93115, 93123, 93131, 93191, 93212, 93298, 94111, 94120, 94201, 94308, 94910, 94928, 94936, 94995, 95126, 95215, 95291, 96017, 96025, 96033, 96092, 97005, 99008; 25225, 28119, 28127, 28143, 28216, 28224, 28259, 28291, 28313, 28321, 28330, 28402, 28615, 28623, 28631, 28640, 28658, 28666, 28691; 10112, 10121, 10139, 10201, 10317, 10325, 10414, 10422, 10431, 10511, 10520, 10619, 10627, 10635, 10643, 10651, 10660, 10694, 10716, 10724, 10813, 10821, 10911, 10929, 10937, 10945, 10953, 10961, 10996, 15106, 15211, 15297, 16102, 16218, 16226, 16234, 16293, 18113, 18121, 18130, 18211, 18229, 18300, 19314; 22111, 22129, 22196, 23117, 23125, 23192, 23303, 23494, 23991, 24423, 27228, 27406, 29301, 29417, 29425, 29433, 29441, 29450, 29492; 30326, 30920, 30997, 31012, 31021, 31039, 31047, 32116, 33295, 38319, 38327, 38394; 47211, 49213, 49221, 49230, 49248, 49299; 58115, 58123, 58131, 58191, 58212, 58221, 58239, 58298, 59201; 13111, 13120, 13138, 13146, 13219, 13227, 13235, 13308, 13405, 13511, 13529, 13537, 13545, 13596, 14118, 14126, 14134, 14142, 14215, 14223, 15319, 15327, 15335, 15394, 15408; 23419, 23427; 30415, 30423, 32922, 32990;

Observações: O Decreto 45.490, de 30/ 11/2000 - DOE de 1°/12/2000, que aprovou o RICMS, estabeleceu em seu Anexo IV os prazos do recolhimento do imposto em relação às Classificações de Atividades Econômicas ali indicadas. O não recolhimento do imposto até o dia indicado sujeitará o contribuinte ao seu pagamento com juros estabelecidos pela Lei n° 10.175, de 30/ 12/98 - DOE de 31/12/98, e demais acréscimos legais. Informações Adicionais do Imposto Retido Antecipadamente por Substituição Tributária: Os contribuintes, em relação ao imposto retido ante-

Regime Periódico de Apuração Recolhimento do ICMS FATO GERADOR 08/2007 07/2007 DIA DIA

1031

5

-

1100 1150

10 17

-

1200

20

-

1220

24

-

1250

25

-

2100

-

10

cipadamente por substituição tributária, estão classificados nos códigos de prazo de recolhimento abaixo indicados e deverão efetuar o recolhimento até os seguintes dias (Anexo IV, art. 3°, § 1° do RICMS aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE de 1°/12/00, com alteração do Decreto 45.644, de 26/1/01): Dia 05 - cimento - 1031; refrigerante, cerveja, chope e água - 1031; álcool anidro, demais combustíveis e lubrificantes derivados de petróleo - 1031; Dia 10 - veículo novo 1090; veículo novo motorizado classificado na posição 8711 da NBM/SH - 1090;

pneumáticos, câmaras-de-ar e protetores de borracha 1090; fumo e seus sucedâneos manufaturados - 1090; tintas, vernizes e outros produtos químicos - 1090; energia elétrica - 1090; Dia 17 - sorvete, acessório como cobertura, xarope, casquinha, copo, copinho, taça e pazinha - 1150. Observações em Relação ao ICMS devido por ST: a) O contribuinte enquadrado em código de CNAE que não identifique a mercadoria a que se refere a sujeição passiva por substituição, observado o disposto no artigo 566, deverá recolher o imposto retido antecipadamente por sujeição passiva por subs-

tituição até o dia 9 do mês subseqüente ao da retenção, correspondente ao CPR 1090 (Anexo IV, art. 3°, § 2° do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE de 1°/12/00; com alteração do Decreto 46.295, de 23/ 11/01, DOE de 24/11/01). b) Em relação ao estabelecimento refinador de petróleo e suas bases, observar-se-á o que segue: 1) no que se refere ao imposto retido, na qualidade de sujeito passivo por substituição tributária, 80% (oitenta por cento) do seu montante será recolhido até o 3º dia útil do mês subseqüente ao da ocorrência do fato gerador CPR 1031 e o restante, até o dia 10 (dez) do correspondente mês - CPR 1100; 2) no que se refere ao imposto decorrente das operações próprias, 95% (noventa e cinco por cento) será recolhido até o 3º dia útil do mês subseqüente ao da ocorrência do fato gerador - CPR 1031 e o restante, até o dia 10 (dez) do correspondente mês - CPR 1100. 3) no que se refere ao imposto repassado a este Estado por estabelecimento localizado em outra unidade federada, o recolhimento deverá ser efetuado até o dia 10 de cada mês subseqüente ao da ocorrência do fato gerador – CPR 1100 (Anexo IV, art. 3º, § 5º do RICMS, acrescentado pelo Decreto nº 47.278, de 29/ 10/02). Microempresas e Empresas de Pequeno porte optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições (Simples Nacional): Dia 14 – Os contribuintes sujeitos a este regime deverão efetuar o recolhimento do imposto apurado no mês de agosto de 2007 até esta data (art. 16 da Resolução CGSN nº 005, de 30 de maio de 2007 e Inciso III do art. 21 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006). A Agenda do Simples Nacional encontra-se disponível no portal do Simples Nacional no seguinte endereço: http:// www8.receita.fazenda.gov.br/ SimplesNacional/avisos/ AgendaSimplesNacional.doc Fabricantes de Celular, Latas de Chapa de Alumínio ou Painéis de Madeira MDF – CPR 2100 Dia 10 – O estabelecimento com atividade preponderante de fabricação de telefone celular, de latas de chapa de alumínio ou de painéis de madeira MDF, independente do código CNAE em que estiver enquadrado, deverá efetuar o recolhimento do imposto apurado no mês de julho de 2007 até esta data. Feira Abióptica 2007 Conforme estabelecido pelo Decreto nº 51.999 de 24/ 07/2007, DOE 25/07/2007, ficou prorrogado para o dia 3 (três) de setembro de 2007 o prazo para o recolhimento do ICMS incidente nas saídas de mercadorias decorrentes

de negócios firmados durante a realização do evento “FEIRA ABIÓPTICA 2007”, a ser realizada entre os dias 18 e 21 de julho de 2007, no Transamérica Expo-Center, Avenida Dr. Mário Villas Boas Rodrigues, 387, na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo. IPVA O recolhimento dos valores correspondentes ao IPVA deverá seguir o calendário previsto no Decreto 51.230 de 30/10/06 – DOE de 31/10/06; Comunicado CAT.51, de 10/ 11/06 – DOE 11/11/06; Resolução SF. 34, de 30/10/06 – DOE de 31/10/06. Outras Obrigações Acessórias 1) Guia de Informação e Apuração do ICMS – GIA A GIA, mediante transmissão eletrônica, deverá ser apresentada até os dias a seguir indicados de acordo com o último dígito do número de inscrição estadual do estabelecimento. (art. 254 do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00 – DOE de 1º/12/00 – Portaria CAT 92, de 23/12/98, Anexo IV, artigo 20 com alteração da Portaria CAT 49, de 26/06/01 – DOE de 27/06/01). Final Dia 0e1 16 2, 3 e 4 17 5, 6 e 7 18 8e9 19 Caso o dia do vencimento para apresentação indicado recair em dia não útil, a transmissão poderá ser efetuada por meio da Internet no endereço http://www.fazenda.sp.gov.br ou http://pfe.fazenda.sp.gov.br 2) Dia 10 - Guia Nacional de Informação e Apuração do ICMS – Substituição Tributária: O contribuinte de outra unidade federada obrigado à entrega das informações na GIA-ST, em relação ao imposto apurado no mês de agosto de 2007, deverá apresentá-la até essa data, na forma prevista no Anexo V da Portaria CAT 92, de 23/12/98 acrescentado pela Portaria CAT 89, de 22/11/00, DOE de 23/11/00 (art. 254, parágrafo único do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/ 11/00, DOE de 1°/12/00). 3) Dia 17 - Demonstrativos do Crédito Acumulado: O contribuinte deverá entregar até essa data, no Posto Fiscal do seu domicílio os respectivos demonstrativos referentes aos fatos geradores do mês de agosto de 2007 (art. 72 do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/ 11/00, DOE de 1°/12/00 e art. 1º, inciso IV da Portaria CAT 53/96, de 12/8/96 - DOE de 27/8/96 - Retificada em 31/8/ 96, na redação dada pelas Portarias CAT 68/96, 15/97, 38/97, 71/97, 71/98; 37/2000, 94/01 e 35/02). 4) Dia 17 - Relação das Entradas e Saídas de Mercadorias em Estabelecimento de Produtor: O produtor não equiparado a comerciante ou a in-

dustrial que se utilizar do crédito do ICMS deverá entregar até essa data, no Posto Fiscal a que estiver vinculado, a respectiva relação referente ao mês de agosto de 2007 (art.70 do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE de 1°/12/00 e art. 18 da Portaria CAT 17/03). 5) Dia 17 - Arquivo com Registro Fiscal: Os seguintes contribuintes deverão enviar até essa data à Secretaria da Fazenda através do correio eletrônico http://pfe.fazenda.sp.gov.br , com registro fiscal de todas as suas operações e prestações com combustíveis derivados de petróleo, gás natural veicular e álcool etílico hidratado combustível efetuadas a qualquer título no mês de agosto de 2007: a) Os fabricantes e os importadores de combustíveis derivados de petróleo, inclusive de solventes, as usinas e destilarias de açúcar e álcool, as distribuidoras de combustíveis, inclusive de solventes, como definidas e autorizadas por órgão federal competente, e os Transportadores Revendedores Retalhistas TRR (art. 424-B do RICMS, aprovado pelo Decreto 48.139 de 8/10/2003, DOE de 9/10/03, normatizada pela Portaria CAT-95 de 17/11/ 2003, DOE de 19/11/2003). b) Os revendedores varejistas de combustíveis e os contribuintes do ICMS que adquirirem combustíveis para consumo (art. 424-C do RICMS, aprovado pelo Decreto 48.139 de 8/10/03, DOE de 9/10/03 e normatizada pela Portaria CAT-95 de 17/11/2003, DOE de 19/11/2003). Notas Gerais: 1. Unidade Fiscal do Estado de São Paulo - Ufesp Por meio de comunicado, a Diretoria de Arrecadação divulgou o valor da Ufesp que, para o período de 1°/1/2007 a 31/12/2007, será de R$ 14,23 (Comunicado DA 51, de 20/12/06 – DOE 21/12/06). 2. Nota Fiscal de Venda a Consumidor: À vista do disposto no art. 134 do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE de 1°/12/00, será facultada a emissão da nota fiscal, desde que não exigida pelo consumidor, quando o valor da operação for inferior a R$ 7,00, no período de 1°/1/2007 a 31/ 12/2007 (Comunicado DA 52, de 20/12/06 – DOE 21/ 12/06). 3. Esta Agenda Tributária foi elaborada com base na legislação vigente em 28/08/ 2007. 4. A Agenda Tributária em formato permamente encontra-se disponível no site da Secretaria da Fazenda (www.fazenda.sp.gov.br) no módulo Legislação Tributária – Agendas, Pautas e Tabelas. (DOE - 30/08/2007)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - ECONOMIA

sexta-feira, 31 de agosto, sábado e domingo, 1 e 2 de setembro de 2007

ORIENTAÇÃO LEGAL LEGISLAÇÃO • DOUTRINA • JURISPRUDÊNCIA INSTITUTO JURÍDICO DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO PAULO

COORDENAÇÃO: CARLOS CELSO ORCESI DA COSTA

Agenda Tributária Federal – Setembro/2007 MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO CODAC Nº 62, DE 24 DE AGOSTO DE 2007

Parágrafo único. A Dirf, de que trata o caput, deverá ser entregue até o último dia útil do mês de março quando o evento ocorrer no mês de janeiro do respectivo ano-calendário. Divulga a Agenda Tributária do mês de setembro de 2007. Art. 6º Na hipótese de saída definitiva do País ou de encerramento de espólio, a Dirf de fonte pagadora pessoa física, relativa ao respectivo ano-calendário, deverá ser apresentada: A coordenadora-geral de Arrecadação e Cobrança, no uso de suas atribuições, declara: I - no caso de saída definitiva do Brasil, até: Art. 1º As datas fixadas para pagamento dos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal a) a data da saída do País, em caráter permanente; e do Brasil (RFB) e para apresentação das principais declarações, demonstrativos e documentos exigidos por b) trinta dias contados da data em que a pessoa física declarante completar doze meses consecutivos de esse órgão, definidas em legislação específica, no mês de setembro de 2007, são as constantes do Anexo ausência, no caso de saída do País em caráter temporário; Único a este Ato Declaratório Executivo (ADE). II - no caso de encerramento de espólio, no mesmo prazo previsto para a entrega, pelos demais § 1º O pagamento referido no caput deverá ser efetuado por meio de: I - Guia da Previdência Social (GPS), no caso das contribuições sociais previstas nas alíneas “a”, “b” e “c” declarantes, da Dirf relativa ao ano-calendário. Art. 7º A Declaração Final de Espólio deverá ser apresentada até: do parágrafo único do art. 11 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, das contribuições instituídas a título de I - o último dia útil do mês de abril do ano-calendário a que se refere a declaração, caso o trânsito em substituição e das contribuições devidas, por lei, a terceiros; ou julgado da decisão judicial da partilha, sobrepartilha ou adjudicação dos bens inventariados tenha ocorrido II - Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf), no caso dos demais tributos administrados até o último dia do mês de fevereiro do referido ano-calendário; pela RFB. II sessenta dias contados da data do trânsito em julgado da decisão judicial da partilha, sobrepartilha ou § 2º A Agenda Tributária será disponibilizada na página da RFB na Internet no endereço eletrônico <http:/ adjudicação dos bens inventariados, nas demais hipóteses. /www.receita.fazenda.gov.br>. A Declaração de Saída Definitiva do País, relativa ao período em que tenha permanecido na Art. 8º Art. 2º As referências a “Entidades financeiras e equiparadas”, contidas nas discriminações da Contribuicondição de residente no Brasil: ção para o PIS/Pasep e da Cofins, dizem respeito às pessoas jurídicas de que trata o § 1º do art. 22 da Lei nº I - no ano-calendário da saída, bem como as declarações correspondentes a anos-calendário anteriores, 8.212, de 24 de julho de 1991. se obrigatórias e ainda não entregues, deverão ser apresentadas: Art. 3º No caso de extinção, incorporação, fusão ou cisão, a pessoa jurídica extinta, incorporadora, a) até o último dia útil do mês de abril do ano-calendário da saída definitiva, caso esta ocorra até esta data; incorporada, fusionada ou cindida deverá apresentar: b) na data da saída definitiva, nas demais hipóteses; I - até o último dia útil do mês subseqüente ao do evento, o Demonstrativo de Apuração de Contribuições II no ano-calendário da caracterização da condição de não-residente, deverá ser apresentada: Sociais (Dacon); a) até o último dia útil do mês de abril do ano-calendário da caracterização da condição de não-residente, II - até o quinto dia útil do segundo mês subseqüente ao do evento: caso esta ocorra até 31 de março do referido ano-calendário; a) a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais Mensal (DCTF Mensal); ou b) até trinta dias contados da data em que completar doze meses consecutivos de ausência, nas demais b) a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais Semestral (DCTF Semestral); hipóteses. III - a Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ) até o último dia útil: Art. 9º No caso de incorporação, fusão, cisão parcial ou total, extinção decorrente de liquidação, a pessoa a) do mês de maio, para eventos ocorridos nos meses de janeiro, fevereiro e março do respectivo anojurídica deverá apresentar a Declaração sobre a Opção de Tributação de Planos Previdenciários (DPREV), calendário; ou contendo os dados do próprio ano-calendário e do ano-calendário anterior, até o último dia útil do mês b) do mês subseqüente ao do evento, para eventos ocorridos no período de 1º de abril a 31 de dezembro; subseqüente ao de ocorrência do evento. IV - a Declaração Simplificada das Pessoas Jurídicas – Simples e o Demonstrativo do Crédito Presumido Art. 10. Nos casos de extinção, fusão, incorporação e cisão total da pessoa jurídica, a Declaração de do IPI (DCP) até o último dia útil: Informações sobre Atividades Imobiliárias (Dimob) de Situação Especial deverá ser apresentada até o último a) do mês de março, para eventos ocorridos no mês de janeiro do respectivo ano-calendário; ou dia útil do mês subseqüente à ocorrência do evento. b) do mês subseqüente ao do evento, para eventos ocorridos no período de 1º de fevereiro a 31 de dezembro. Art. 11. No recolhimento das contribuições previdenciárias decorrentes de Reclamatória Trabalhista sob Parágrafo único. A obrigatoriedade de apresentação da DIPJ, da DCTF Mensal e Semestral, da os códigos 1708, 2801, 2810, 2909 e 2917, deve-se considerar, como mês de apuração, o mês da prestação Declaração Simplificada das Pessoas Jurídicas - Simples e do Dacon, na forma prevista no caput, não se aplica à incorporadora nos casos em que as pessoas jurídicas, incorporadora e incorporada, estejam sob o do serviço, havendo sempre a incidência de acréscimos legais. Parágrafo único. Na hipótese de não reconhecimento de vínculo, e quando não fizer parte do acordo mesmo controle societário desde o ano-calendário anterior ao do evento. Art. 4º No caso de extinção, incorporação, fusão ou cisão, a pessoa jurídica extinta, incorporada, homologado a indicação do período em que foram prestados os serviços, deve ser considerado como mês fusionada ou cindida deverá apresentar a Declaração Simplificada da Pessoa Jurídica (DSPJ) - Inativa até o de apuração o mês da homologação do acordo, ou o mês do pagamento, se este anteceder aquela, e como vencimento o dia dois do mês subseqüente. último dia útil do mês subseqüente ao do evento. Art. 12. Este ADE entra em vigor na data de sua publicação. Art. 5º No caso de extinção, decorrente de liquidação, incorporação, fusão ou cisão total, a pessoa jurídica Alexandra Weirich Gruginski extinta deverá apresentar a Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (Dirf), relativa ao respectivo (Fl. 1 do Anexo Único ao Ato Declaratório Executivo Codac nº 62, de 24 de agosto de 2007.) ano-calendário, até o último dia útil do mês subseqüente ao da ocorrência do evento.

ANEXO ÚNICO AGENDA TRIBUTÁRIA – MÊS DE SETEMBRO DE 2007 DATA DE VENCIMENTO: DATA EM QUE SE ENCERRA O PRAZO LEGAL PARA PAGAMENTO DOS TRIBUTOS ADMINISTRADOS PELA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL Data de Vencimento

Tributos

Diária

Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Rendimentos do Trabalho Tributação exclusiva sobre remuneração indireta Rendimentos de Residentes ou Domiciliados no Exterior Royalties e pagamentos de assistência técnica Renda e proventos de qualquer natureza Juros e comissões em geral Obras audiovisuais, cinematográficas e videofônicas Fretes internacionais Remuneração de direitos Previdência privada e Fapi Aluguel e arrendamento Outros Rendimentos Pagamento a beneficiário não identificado Imposto sobre a Exportação (IE)

Diária

Cide - Combustíveis - Importação - Lei nº 10.336/01 Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a importação de petróleo e seus derivados, gás natural, exceto sob a forma liquefeita, e seus derivados, e álcool etílico combustível. Diária Contribuição para o PIS/Pasep Importação de serviços (Lei nº 10.865/04) Diária Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) Importação de serviços (Lei nº 10.865/04) Diário (até 2 Associação Desportiva que mantém Equipe de Futebol dias úteis após Profissional - Receita Bruta de Espetáculos Desportivos - CNPJ a realização Retenção e recolhimento efetuado por entidade promotora do do evento) espetáculo (federação ou confederação), em seu próprio nome.

Código Código Darf GPS

Período de Apuração do Fato Gerador (FG)

Data de Vencimento

10 2063

FG ocorrido no mesmo dia

0422 0473 0481 5192 9412 9427 9466 9478

FG ocorrido no mesmo dia “ “ “ “ “ “ “

5217 0107

FG ocorrido no mesmo dia Exportação, cujo registro da declaração para despacho aduaneiro tenha se verificado 15 dias antes.

10

10

Diária

Diário (até 2 Pagamento de parcelamento de clube de futebol - CNPJ - (5% dias úteis após da receita bruta destinada ao clube de futebol) a realização do evento) 5 Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Cigarros do código 2402.20.00 da Tipi Bebidas do capítulo 22 da Tipi 5 Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Rendimentos de Capital Títulos de renda fixa - Pessoa Física Títulos de renda fixa - Pessoa Jurídica Fundo de Investimento - Renda Fixa Fundo de Investimento em Ações Operações de swap Day-Trade - Operações em Bolsas Ganhos líquidos em operações em bolsas e assemelhados Juros remuneratórios do capital próprio (art. 9º da Lei nº 9.249/95) Fundos de Investimento Imobiliário - Resgate de quotas Demais rendimentos de capital Rendimentos de Residentes ou Domiciliados no Exterior Aplicações Financeiras - Fundos/Entidades de Investimento Coletivo Aplicações em Fundos de Conversão de Débitos Externos Lucros/Bonificações/Dividendos Juros remuneratórios de capital próprio Outros Rendimentos Prêmios obtidos em concursos e sorteios Prêmios obtidos em bingos Multas e vantagens 5 Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) Operações de Crédito - Pessoa Jurídica Operações de Crédito - Pessoa Física Operações de Câmbio - Entrada de moeda Operações de Câmbio - Saída de moeda Aplicações Financeiras Factoring (art. 58 da Lei nº 9.532/97) Seguros Ouro, Ativo Financeiro 10 Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) Operações de lançamento a débito em conta Operações de liquidação ou pagamento sem crédito em conta

9438

Importação, cujo registro da declaração tenha se verificado no mesmo dia

5434

FG ocorrido no mesmo dia

5442

FG ocorrido no mesmo dia

2550

4316

10

Data da realização do evento (2 dias úteis anteriores ao vencimento) Data da realização do evento (2 dias úteis anteriores aoo vencimento)

1020 0668

21 a 31/agosto/2007 “

8053 3426 6800 6813 5273 8468 5557 5706 5232 0924

21 a 31/agosto/2007 “ “ “ “ “ “ ” “ “

5286

21 a 31/agosto/2007

0490 9453

” “

0916 8673 9385

21 a 31/agosto/2007 “ “

1150 7893 4290 5220 6854 6895 3467 4028

21 a 31/agosto/2007 “ “ “ “ “ “ “

5869 5871

21 a 31/agosto/2007 “

10

10

10

Tributos

Devida pela instituição financeira na condição de contribuinte Comprev - recolhimento efetuado por RPPS - órgão do poder público - CNPJ Comprev - recolhimento efetuado por RPPS - órgão do poder público - CNPJ – estoque Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Rendimentos de Capital Aluguéis e royalties pagos a pessoa física Rendimentos de partes beneficiárias ou de fundador Rendimentos do Trabalho Trabalho assalariado Trabalho sem vínculo empregatício Resgate previdência privada e Fapi Benefício ou resgate de previdência privada e Fapi Rendimentos decorrentes de decisão da Justiça do Trabalho Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) Outros Rendimentos Remuneração de serviços prestados por pessoa jurídica Pagamentos de PJ a PJ por serviços de factoring Pagamento PJ a cooperativa de trabalho Juros e indenizações de lucros cessantes Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) Indenização por danos morais Rendimentos decorrentes de decisão da Justiça Federal Juros de empréstimos externos Demais rendimentos Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Posição na Tipi Produto 87.03 Automóveis de passageiros e outros veículos automóveis principalmente concebidos para transporte de pessoas (exceto os da posição 87.02), incluídos os veículos de uso misto (“station wagons”) e os automóveis de corrida; 87.06 Chassis com motor para os veículos automóveis das posições 87.01 a 87.05; 84.29 “Bulldozers”, “angledozers”, niveladores, raspo-transportadores (“scrapers”), pás mecânicas, escavadores, carregadoras e pás carregadoras, compactadores e rolos ou cilindros compressores, autopropulsados; 84.32 Máquinas e aparelhos de uso agrícola, hortícola ou florestal, para preparação ou trabalho do solo ou para cultura; rolos para gramados (relvados), ou para campos de esporte; 84.33 Máquinas e aparelhos para colheita ou debulha de produtos agrícolas, incluídas as enfardadeiras de palha ou forragem; cortadores de grama (relva) e ceifeiras; máquinas para limpar ou selecionar ovos, frutas ou outros produtos agrícolas, exceto as da posição 84.37; 87.01 Tratores (exceto os carros-tratores da posição 87.09); 87.02 Veículos automóveis para transporte de 10 pessoas ou mais, incluindo o motorista; 87.04 Veículos automóveis para transporte de mercadorias; 87.05 Veículos automóveis para usos especiais (por exemplo: auto-socorros, caminhões-guindastes, veículos de combate a incêndios, caminhões-betoneiras, veículos para varrer, veículos para espalhar, veículos-oficinas, veículos radiológicos), exceto os concebidos principalmente para transporte de pessoas ou de mercadorias; 87.11 Motocicletas (incluídos os ciclomotores) e outros ciclos equipados com motor auxiliar, mesmo com carro lateral; carros laterais. Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) Pagamento Unificado - Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias (IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins) Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) Pagamento Unificado - Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias (IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins) Regime Especial de Tributação Aplic.às Incorporações Imobiliárias Contribuição para o PIS/Pasep Pagamento Unificado - Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias (IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins)

Código Código Darf GPS 5884

Período de Apuração do Fato Gerador (FG) “

7307

1º a 31/agosto/2007

7315

3208 3277

Agosto/2007 “

0561 0588 3223 5565 5936

Agosto/2007 “ “ “ “

1708 5944 3280 5204 6891 6904 5928 5299 8045

Agosto/2007 “ “ “ “ “ “ “ “

0676

21 a 31/agosto/2007

0676

1097

21 a 31/agosto/2007

1097

1097 1097

” “

1097 1097

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1097

1097

4095

Agosto/2007

4112

4095 4153

Agosto/2007 ”

4095

Agosto/2007

(Continua na página seguinte)


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

ECONOMIA - 7


DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 - ECONOMIA/LEGAIS

sexta-feira, 31 de agosto, sábado e domingo, 1 e 2 de setembro de 2007

continuação

ALFA SEGURADORA S.A. C.N.P.J. 02.713.529/0001-88 ALAMEDA SANTOS, 466 - SÃO PAULO - SP

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Diretores e Acionistas da Alfa Seguradora S.A. São Paulo - SP Examinamos os balanços patrimoniais da Alfa Seguradora S.A. levantados em 30 de junho de 2007 e 2006 e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.

Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume das transações e os sistemas contábil e de controles internos da Seguradora; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgadas; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Seguradora, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Alfa Seguradora S.A.

em 30 de junho de 2007 e 2006, os resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos semestres findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 10 de agosto de 2007

Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6

Zenko Nakassato Contador CRC 1SP160769/O-0

INVESTIDORES AGUARDAM PRONUNCIAMENTO, HOJE, DO PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL AMERICANO.

DIA DE CAUTELA NOS MERCADOS A 0,23

revisão, para cima, d o re s u l t a d o d o Produto Interno Bruto (PIB) americano no segundo trimestre deste ano (de 3,4% para 4%) não foi suficiente para manter as bolsas de valores em vigorosa alta. Com os investidores ainda preocupados com os efeitos da crise no setor imobiliário de alto risco nos Estados Unidos e a expectativa em torno de um discurso, hoje, do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central do país), Ben Bernanke, os mercados tiveram ontem um dia de cautela e volatilidade. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) operou sem uma tendência firme, acompanhando as bolsas em Wall Street, mas conseguiu evitar queda no fechamento. O Ibovespa, principal referência do mercado brasileiro de ações, encerrou o pregão com alta de 0,23%, em 52.858 pontos. Em Nova York, o índice Dow Jones caiu 0,38% e a Nasdaq terminou em alta de 0,08%. No mercado brasileiro de câmbio, a quinta-feira foi de alta. A moeda americana encerrou os negócios com valorização de 0,36%, cotada a R$ 1,972 para compra e a R$ 1,974 para venda. A taxa de risco do Brasil estava em alta de 3,59% no fim da tarde, em 202 pontos-base.

Thiago Bernardes/Luz

por cento foi a alta do Ibovespa no fechamento de ontem. O dólar comercial fechou com ganho de 0,36%, cotado a R$ 1,974.

4

por cento foi a expansão da economia dos Estados Unidos no segundo trimestre, mostrou a revisão do indicador. Esta sexta-feira promete ser bastante movimentada nos mercados, afirmaram operadores. Os investidores esperam ouvir de Bernanke uma sinalização de que a taxa de juros dos Estados Unidos vai ser re-

duzida na reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) marcada para o próximo dia 18 de setembro. Se ele não der pistas a respeito da política monetária, nova turbulência pode prejudicar os mercados mundiais. Os investidores devem fechar operações considerando que os mercados americanos não funcionam na próxima segunda-feira, quando será comemorado o Dia do Trabalho nos EUA. Economia — Gastos das empresas e exportações mais fortes do que anteriormente calculados levaram à revisão, para cima, do PIB americano do período de abril a junho, de acordo com o Departamento do Comércio do país. As despesas das companhias cresceram 11,1% no segundo trimestre, ante a expansão de 8,1% que constava na primeira prévia do PIB. De janeiro a março, os gastos das empresas haviam aumentado 2,1%. Os investimentos em estrutura das companhias no segundo trimestre dispararam 27,7%, enquanto os gastos com equipamento e software tiveram alta de 4,3%. O relatório também mostrou que as empresas elevaram seus estoques no segundo trimestre em US$ 5,4 bilhões, acrescentando 0,21 ponto percentual ao PIB. (AE)

Burti (à esq.), da ACSP, e Silva (à dir.), da Anefac: premiação incentiva trabalho das empresas brasileiras.

Anefac premia transparência contábil das empresas Sergio Leopoldo Rodrigues

O

Brasil melhorou muito nos últimos 11 anos em relação à transparência contábil das companhias instaladas no País. "Infe-

lizmente, o número de empre- gundo ele, "o prêmio ajuda as sas (que adotam a transparên- empresas a trabalhar cada vez cia) ainda é muito pequeno", melhor e a dar mais consistêndisse ontem Ariovaldo dos cia nas suas demonstrações Santos, da Fundação Instituto contábeis". Durante o evento, a de Pesquisas Contábeis, Atua- diretora da agência internacioriais e Financeiras (Fipecafi), nal de rating Standard & Podurante anúncio das 14 empre- or's, Regina Nunes, avaliou a sas vencedoras do 11º Troféu economia brasileira. "De quatro a cinco anos para cá temos Transparência 2007. O prêmio — oferecido pela realmente um novo Brasil." Para Regina, a política ecoAssociação Nacional dos Executivos de Finanças, Adminis- nômica conservadora do governo "foi bastração e Contatante eficienbilidade (Anete". E, ao comfac), em uma binar isso com parceria com a as políticas orFipecafi e SeraO prêmio ajuda as todoxas pratisa — mostrou empresas a trabalhar cadas pelo que das 584 cada vez melhor e a Banco Central, empresas aberdar mais consistência "salvou o Brasil tas, apenas 131 de grandes chegaram à finas suas perdas, para os nal. "Esse aindemonstrações próximos 20 da é um númecontábeis. anos". Ela saro muito preoAlencar Burti, da ACSP lientou que o cupante, para País está bem um País que menos sensível pretende melhorar transparência e respon- às crises mundiais. Isso deverá sabilidade social das empre- garantir, em breve, o grau de investimento. "Mas ainda não sas", observou Ariovaldo. O presidente da Anefac, Ru- é possível precisar quando." As 10 premiadas na categobens Lopes da Silva, acrescentou que o prêmio tem sido um ria Empresas de Capital Aberestímulo para o engajamento to foram Arcelor Brasil AS, das empresas que apostam na Brasil Telecom AS, Braskem prática da transparência para o Petroquímica, Vale do Rio Domercado. "Fazer isso é uma ce, Cemig, Copesul, Embraer, prova de cidadania e traz re- Gerdau AS, Petrobras e Tractetorno para as próprias empre- bel Energia AS. Na categoria Empresas de Capital Fechado, sas e para o mercado." Credibilidade — A le n ca r foram quatro as vencedoras: Burti, presidente da Associa- Refap AS, Cooperativa Regioção Comercial de São Paulo nal de Cafeicultores em Gua(ACSP), salientou que no mer- xupé Ltda, Eletronorte e TBG cado "transparência também (Trasportadora Brasileira Garepresenta credibilidade". Se- soduto Bolívia-Brasil S.A.).


sexta-feira, 31 de agosto, sábado e domingo, 1 e 2 de setembro de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Indicadores Econômicos

30/8/2007

COMÉRCIO

15

0,36

por cento foi a alta do dólar comercial ontem. A divisa norteamericana fechou cotada a R$ 1,974 para venda.


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Nacional Finanças Imóveis Empresas

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 31 de agosto, sábado e domingo, 1 e 2 de setembro de 2007

CORREÇÃO DE VALORES ESTÁ ABAIXO DA INFLAÇÃO

A segunda maior despesas dos condomínios é a conta de água.

Marcelo Soares/Hype

OS VILÕES DAS CONTAS DOS CONDOMÍNIOS Especialistas indicam os gargalos que encarecem o orçamento dos prédios

variação dos custos de condomínios em São Paulo vem se mantendo abaixo da inflação. Entre junho de 2006 e junho deste ano, o Índice Periódico de Variação de Custos Condominiais (Ipevecon), calculado pela Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios (Aabic), ficou em 2,76%, ante 3,89% de alta do Índice Geral de Preços de Mercado (IGPM). Condomínios com imóveis de um dormitório foram os que registraram maior alta no valor médio das despesas no período: 5,77%. Em segundo lugar, ficaram os de quatro dormitórios, com 4,6%. Os de dois dormitórios tiveram redução de 5,28%. Conforme o diretor de Condomínios da Aabic, Omar Anauate, o que mais onera a cota do condomínio é a folha de pagamento dos funcionários, responsável por 50% a 60% das despesas. "Se o quadro de funcionários não for otimizado ou se o condomínio tiver mais de uma portaria ou serviços adicionais, como manobrista e segurança, por exemplo, o custo será ainda mais alto", diz. O segundo vilão do condomínio é a conta de água, que responde por até 15% da cota

de despesas. No entanto, a presença de piscina não significa que a conta seja muito maior, já que ela não é esvaziada e cheia constantemente. "Nesse caso, o que pesa é a manutenção e a compra de produtos para limpeza e conservação da água, e não o volume gasto." No ranking dos custos, a conta de energia elétrica ocupa o terceiro lugar, com até 10% de peso. A percentagem restante é destinada às despesas gerais, taxas administrativas, conservação, manutenção e reformas. "O custo fixo para manter um prédio com 20 ou 60 unidades é idêntico, considerando que tenham a mesma estrutura de serviços-padrão, como zelador, portaria e faxina, por exemplo. O que difere, no entanto, é a diluição desses custos: quanto maior o número de

apartamentos, maior o rateio das despesas." Anauate lembra ainda que, quanto menos unidades, maior será o impacto para o condomínio em caso de inadimplência. Geralmente, o condomínio já faz uma provisão orçamentária para cobrir inadimplência crônica na Assembléia Ordinária no início de cada ano. "No entanto, em caso emergencial, se a inadimplência ocorrer no meio do ano e prejudicar o pagamento das contas do condomínio, o síndico ou o gerente administrativo podem autorizar o rateio extra", orienta o especialista. P ro je to s – A previsão dos custos do condomínio é realizada antes mesmo do início das obras. As administradoras do segmento trabalham em conjunto com construtoras e incorporadoras na análise de projetos e na projeção orçamentária dos gastos ordinários do futuro prédio. "Avaliamos toda a infra-estrutura do condomínio, assim como a inclusão de hidrômetros individualizados e de sistemas de coleta seletiva de lixo, além de investimentos em equipamentos e segurança. Fazemos a projeção dos custos com margem de erro de 5%", diz o vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Hubert Gebara.

valor médio dos aluguéis em São Paulo caiu 0,51% entre junho e julho, segundo o Índice Periódico de Valores Médios dos Aluguéis Residenciais (Ipevemar), da Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios (Aabic). No período, a inflação pelo IGP-M subiu 0,28%. Essa é a segunda queda consecutiva do Ipevemar. Em junho, o índice já havia registrado queda de 1,15% em comparação com maio. Segundo a diretora de locação da Aabic, Ana Paula Pelegrino, há uma tendência histórica de baixa em junho e julho, época de férias escolares. "Nesses meses, as famílias estão viajando e

deixam para realizar negócios de agosto em diante", afirma. Oportunidade – Mesmo com essas baixas, o Ipevemar mostra que investir em imóveis para alugar continua sendo um bom negócio. No ano, o índice acumula alta de 4,49%, ante 1,75% do IGP-M. Nos últimos 12 meses, a diferença é ainda maior: 14,48% de valorização do aluguel, ante apenas 4% da inflação. "Investir no mercado para locação é um bom negócio, pois o setor está aquecido. Muitas vezes, a renda com locação supera investimentos financeiros conservadores", destaca a especialista. Ana Paula afirma que continua alta a demanda por imóveis para locação, principal-

mente de quitinetes e apartamentos de um e dois dormitórios. Segundo o Ipevemar, aqueles com maior alta nos aluguéis em julho foram apartamentos de quatro dormitórios (8,08%), seguidos pelos de três dormitórios (6,6%). Casas de dois quartos tiveram valorização de 5,49% no período. Outro fator que contribui para melhorar o mercado de locação é a queda na falta de pagamento. De acordo com o Índice Periódico de Mora e Inadimplência, também da Aabic, junho fechou com uma média de 8,5% de mora (valores emitidos com vencimento no mês e não pagos dentro do próprio mês), abaixo dos 9,3% de maio. (MO)

Maristela Orlowski

A

Para Rosely Benevides de Oliveira Schwartz, é preciso atenção ao quadro de funcionários e horas extras.

Livro ajuda a manter controle

P Aluguel cai 0,51% em São Paulo O

ara a consultora de condomínios e autora do livro "Revolucionando o condomínio", Rosely Benevides de Oliveira Schwartz, síndico, subsíndico e conselheiros devem ficar atentos às despesas. Segundo ela, o controle mais importante que se deve fazer com relação aos funcionários é verificar se o quadro está adequado à realidade do condomínio e se há excesso de horas extras. "Às vezes, vale mais a pena contratar um novo funcionário", afirma. Quanto ao consumo de água, é possível empreender medidas de curto e longo prazos, como a verificação de vazamentos, o controle do consumo médio mensal e até a implantação de medidores individuais de água. "O trabalho de prevenção e correção de pequenos problemas pode reduzir consideravelmente o gasto

do condomínio. Além disso, também é importante conscientizar os moradores quanto ao uso racional da água", diz. A especialista ressalta que, reduzindo o uso da água, automaticamente diminui-se a conta de energia elétrica, pois as bombas d'água são menos acionadas. No entanto, outras medidas simples podem contribuir para baixar a conta de luz, como implantação de minuteiras, sensores de presença e lâmpadas frias adequadas no lugar das incandescentes. "Desligar um dos elevadores nos horários de pouco movimento também ajuda", diz Rosely. O item elevador, aliás, merece atenção especial. "O controle deve ser feito diariamente pelo zelador, observando irregularidades como barulho, desnivelamento e fechamento das portas. Tudo deve ser anotado em um diário e mostrado

ao técnico na hora da manutenção. Essa medida racionaliza as visitas técnicas e evita que pequenos problemas se tornem grandes e onerosos", afirma a especialista. Rosely destaca ainda que todas as despesas mencionadas são classificadas como ordinárias, de manutenção, que devem ser pagas pelo inquilino no caso de imóveis alugados. As despesas extraordinárias, por sua vez, são referentes a obras de benfeitorias do prédio e de responsabilidade do proprietário. O fundo de reserva, que equivale a entre 5% e 10% da cota condominial, também é extraordinária. "No entanto, existe a possibilidade de abrir um fundo de reserva para rateio de despesas ordinárias. Mas isso deve ser claramente especificado no extrato dos custos do condomínio", afirma. (MO)


sexta-feira, 31 de agosto, sábado e domingo, 1 e 2 de setembro de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

LAZER - 1

CLÁSSICOS DE BERGMAN

Cinemateca Brasileira traz chance de conhecer ou recordar obra de Ingmar Bergman. Saraband (esq.) será exibido sábado (18h); Morangos Silvestres (dir.), domingo (21h). Tel.: 5081-2954. R$ 8. Filmes em DVD com entrada franca.

POESIA CONCRETA PARA OS OLHOS – No Instituto Tomie Ohtake o público pode ver o resultado da junção da poesia concreta com a tecnologia. A mostra exibe em cinco ambientes obras dos poetas Augusto de Campos, Décio Pignatari, Haroldo de Campos, José Lino Grünewald e Ronaldo Azeredo. Av. Faria Lima, 201 (entrada pela Rua Coropés), tel.: 2245-1900. De terça a domingo, das 11h às 20h. Grátis.

MÚSICA NOVA NA CIDADE UNIVERSITÁRIA

Obra de Stravinsky, sexta (4), no Anfiteatro Camargo Guarnieiri, na USP.

Com sessões gratuitas, o Festival de Música Nova chega à 42ª edição. Criado e ainda dirigido pelo compositor Gilberto Mendes, desenvolve atividades simultâneas em Santos e em São Paulo. Neste fim de semana, estão previstos eventos no Auditório do Masp (tel.: 32515644); no Centro Universitário Maria Antônia (tel.: 3255-7182). O destaque fica para um concerto nesta sexta (31), no Anfiteatro Camargo Guarnieri, que programou apresentação da Orquestra de Câmara da USP, sob regência de Gil Jardim. No repertório, a peça Danças Concertantes para Orquestra de Câmara, de Igor Stravinsky. Rua do Anfiteatro, 109. Cidade Universitária. Tel.: 3091-4330. Às 20h30.

Poesia de João Cabral. Na pauta.

VERSOS E NOTAS

Show Poesia em Partitura, dirigido por André Domingues. Novos compositores da MPB. Ito Moreno, Reynaldo Bessa e Trio Axial musicaram versos de poetas como João Cabral de Melo Neto. Biblioteca Alceu Amoroso Lima. Av. Henrique Schaumann, 777. Sábado (1º). 19h. Grátis.

BRINCANDO DE APRENDER HISTÓRIA – Moedas, medalhas e condecorações lusobrasileiras são algumas das atrações que divertem a garotada no Itaú Numismática – Museu Herculano Pires. Os pequenos ainda podem participar de diversas atividades e jogos. Av. Paulista, 149, 9º andar, tel.: 21681876. Terça, quinta, sexta e sábado, das 10h às 19h; Quartas-feiras das 11h `as 21h. Grátis.

Fotos: Divulgação

A BANDA TOCA PARA O CISNE

TEATRO: QUASE UM FILME.

T

ráfico de órgãos, acidentes de carro, perseguições policiais, caça a uma prostituta, casal sufocado em uma sauna e um ritmo alucinante que proíbe cada cena de ter mais de dois minutos de duração. Quem imaginou que este cardápio pudesse fazer parte de alguma trama do cineasta americano Quentin Tarantino não está totalmente enganado – afinal, ele é uma das principais referências do diretor teatral carioca Fernando Ceylão. Mas os elementos desta história, batizada de Mãos ao Alto, São Paulo, saíram há 26 anos das mãos do ator Paulo Goulart, em uma de suas raras incursões pela dramaturgia. Coube a Ceylão, que assina a montagem da peça que estréia neste sábado, 1º de setembro, no Teatro de Cultura Artística, rechegar a trama de uma linguagem assumidamente cinematográfica, quadruplicar o número de personagens e compor um resultado que oscila entre o thriller e os filmes noir. "Sempre que leio uma peça, imagino como ela ficaria no cinema, com seus cortes e mudanças bruscas de clima", diz o diretor. "Mãos ao Alto chegou a mim como uma peça de dois atos que se passava inteiramente dentro de uma sala de estar. O que o público verá, no entanto, é uma infinidade de situações e cenários que exigem grande versatilidade dos atores. O resultado é quase um filme". Mãos ao Alto, São Paulo é composta de três histórias distintas que se intercalam e rumam juntas para um final surpreendente. A primeira delas reúne dois traficantes de órgãos encarregados do transporte de um coração humano. No meio da operação, batem o carro e, para fugir das temíveis represálias do chefe, buscam refúgio em uma mansão do outro lado da rua. É nesta mansão que, momentos depois, chegam os protagonistas da segunda história, dois policiais abilolados em perseguição a uma prostituta. A terceira história envolve os próprios moradores da mansão –

um casal e seu filho mimado, a empregada e uma velha tia que contratou os serviços da tal prostituta para apimentar a noite do sobrinho. Com o caos estabelecido, a ação do espetáculo se distribui por praticamente todas as dependências da mansão – salas, quartos, jardins e até na sauna, cenário para uma intrincada seqüência em flashback em que desfilam mais de 20 personagens – momento de maior desafio para o elenco da montagem, formado pelos atores Rosi Campos, Regiane Alves, Ary França, Marcos Mion, Nellise Minelle e Julio César Moraez. "O grande desafio para os atores é que num instante eles estão em uma cena romântica e, no momento seguinte, numa seqüência de ação", diz o diretor. "No cinema, isso é feito por meio de cortes. Aqui, vai ser na raça mesmo". Além de Tarantino, boa parte da inspiração do diretor veio do clássico Matar ou Morrer, de 1952, que reuniu Grace Kelly e Gary Cooper. "Naquele filme, a passagem das horas era fundamental para o desenrolar da trama. Na peça também, prova disso é que existem seis relógios no palco, um em cima de cada porta do cenário". A cereja deste bolo de receita complicada fica por conta da trilha sonora, um amontoado de canções bizarras que podiam muito bem ser ouvidas nos filmes dos Trapalhões ou em produções B do estilo kung-fu. Para justificar o nome de São Paulo no título da peça, há referências à praça Benedito Calixto, em Pinheiros, e a alguns inferninhos do centro da cidade. Sérgio Roveri Mãos ao Alto, São Paulo, estréia amanhã, sábado (1º de setembro), no Teatro de Cultura Artística, Rua Nestor Pestana, 196, tel.: 3258-3616. Sexta e sábado às 21h, domingo às 18h. Ingressos de R$ 50 a R$ 70.

O

s bailarinos da Cia. Cisne Negro sobem ao palco do Auditório Ibirapuera de forma diferente. Dessa vez quem comanda a trilha musical do grupo é Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, sob a regência do maestro Abel Rocha. O programa traz Atmosferas, coreografia de Dany Bittencourt, musicada por André Mehmari e Danses Concertantes, criada por Mark Baldwin. Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, portão 2 do Parque do Ibirapuera, sexta (31), às 21h e sábado (1º), às 20h30 e domingo (2), às 18h. R$ 30.

PEDRO E O LOBO, BRINCADEIRA SONORA PARA A CRIANÇADA.

E

m cenário mágico, sustentado por efeitos de luz negra produzidos pela Imago Cia. de Animação, reestréia Pedro e o Lobo, espetáculo com bonecos para crianças que encanta também os adultos. Baseado na fábula composta pelo russo Sergei Prokofiev (1891-1953), conta a história de um menino que deseja capturar um lobo na floresta. O divertimento musical, concebido como um exercício por Prokofiev, é uma aula alegre sobre os timbres de vários instrumentos (fagote, flauta, contrabaixo), e foi pré-gravada pela Orquestra Experimental de Repertório, com narração do maestro Jamil Maluf, titular do conjunto sinfônico. Direção de Fernando Anhê (50 minutos).

Teatro Folha - Shopping Pátio Higienópolis. Tel.: 3823-2323. Sábado (1° de setembro), domingo (2), 17h40. R$ 10 (crianças até 12 anos) e R$ 20.

BEETHOVEN NO PARQUE

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Fábula encanta adultos e crianças

Quarteto de Brasília e a pianista Alda Mattos unem seus talentos no Auditório da Fundação Maria Luisa e Oscar Americano no domingo (2), às 11h30 . A apresentação começa com o Quarteto Op. 18 Nº 2 em Sol Maior, de Beethoven. Na segunda parte é a vez de a pianista tocar com o quarteto o Quinteto em Fá Menor, de César Franck. Tel. 3742-0077. Ingresso: R$ 8.

ARTE MODERNISTA NO PALÁCIO DOS BANDEIRANTES. GRÁTIS. 50 pinturas e esculturas. Obras de Portinari, Volpi e Clóvis Graciano, entre outras. Av. Morumbi, 4500, portão 2. Tel.: 2193-8282. Sábado e domingo, das 11h às 16h.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

BEETHOVEN

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Fotos: Arquivo DC

TELEVISÃO

CHICO Ao vivo, em DVD e CD duplo

Fotos: Divulgação

Orquestra no Municipal e Quarteto Hagen pela Sociedade de Cultura Artística CONCERTO

2 - LAZER

Domingo no Municipal

Nicole Poá: atração do Retrato Celular

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ígia Amadio (foto) rege a Sinfônica do Teatro Municipal, em espetáculo que privilegia compositores nacionais. No programa, obras de Francisco Mignone, Marlos Nobre e Alberto Nepomuceno. Solista: pianista Clélia Iruzun. Teatro Municipal. Praça Ramos de Azevedo, s/n. Tel.:3222-8698. Domingo (2). 11h. R$ 10 a R$ 15.

Alô? Estou na TV! Regina Ricca

M O

O

Música de câmara importância dos cameristas. Nesse contexto, sublinha Mehta, estão grupos como o Hagen. É este quarteto que se apresenta segunda (3) e terça (4) no Teatro Cultura Artística. Formado por Lukas Hagen e Rainer Schmidt (violinos), Veronika Hagen (viola) e Clemens Hagen (cello), o conjunto interpreta obras de Shostakovitch, Haydn e Schubert. Teatro Cultura Artística. Rua Nestor Pestana, 196. Tel.: 32583344. De R$ 70 a R$ 150. E R$ 10 (estudantes até 30 anos, meia hora antes dos recitais).

American Guide, uma das mais importantes publicações especializadas do mundo, define assim o Quarteto Hagen (foto), da Áustria: "Seu modo de tocar é tecnicamente imaculado, musicalmente preciso, e sua tonalidade, adorável. Interpretação e sonoridade maravilhosas". Os adjetivos não são gratuitos. "Fazer música de câmara é exercer o mais difícil, sutil e profundo envolvimento com o universo da música", comenta o maestro Zubin Mehta, ao ressaltar a

O álbum Beethoven - Diabelli Variations é um trabalho audacioso, concebido e produzido pelo pianista brasileiro Marco Alcântara e gravado no Estúdio Santa Marcelina/Faculdade Santa Marcelina/SP. Editado em SACD, lança mão do fidelíssimo superáudio para nos oferecer, de forma consistente e sensível, uma das mais inspiradas realizações de Beethoven como compositor e pianista. O álbum (bilíngüe) analisa Diabelli de forma sucinta e objetiva, atuando como um precioso guia de audição. Explica, por exemplo, como o compositor e editor austríaco Anton Diabelli (1781-1858) instigou Beethoven a escrevê-las (com evidente prazer). A partir de informações historiográficas e de indicações precisas sobre a obra, o disco em si já representa magnífica contribuição à cultura. (MMJ)

Em imagens e sons

espetáculo Carioca ao Vivo, que trouxe de volta Chico Buarque ao palco depois de sete anos de jejum, foi visto por cerca de 200 mil pessoas em doze cidades brasileiras. Agora, mais preocupado em documentar a sua trajetória, Chico não só permitiu o registro desse seu retorno em DVD, como supervisionou a produção e edição das imagens. O DVD, realizado pela Biscoito Fino, foi gravado ao vivo em outubro de 2006 no Tom Brasil, em São Paulo. Chico abre o espetáculo de forma emblemática, com a canção Voltei a Cantar, de Lamartine Babo. Desfila, na seqüência, 32 músicas, que compõem um painel de clássicos (entre eles, Mil Perdões, Quem Te Viu, Quem Te Vê e Bye Bye Brasil). O lançamento do DVD, que chegou às lojas no começo deste mês, antecedeu o CD duplo, com o mesmo título, mas com uma concepção um pouco diferente. Este é resultado do mesmo show no Tom Brasil combinado a registro feito mais tarde no Canecão do Rio (fevereiro de 2007). Saiba mais: www.biscoitofino.com.br e www.chicobuarque.com.br.

SHOW

J

Malandragem sincopada

R

eferências do samba paulista, o bem-humorado Germano Mathias e o ritmista Osvaldinho da Cuíca reúnem-se com o cubano Fernando Ferrer para realizar o espetáculo Conexão Latina. Mathias revive sua "malandragem sincopada" com sucessos como Minha Nega na Janela. Já Ferrer, que entra na seqüência, esquenta a platéia com Chan Chan, um de seus hits. Memorial da América Latina. Av. Áuro Soares de Moura Andrade, 664. Tel.: 3823-4600. Sexta (31). 20h30. R$ 10.

Durante duas semanas, 24 jovens, de posse de telefones com alta qualidade na captação de som e imagem tiveram como incumbência filmar o que lhes desse na telha, abordando assuntos variados como fidelidade, paternidade, beleza e independência. Um dos participantes, o maratonista mineiro Camilo Geraldi, por exemplo, levou seu aparelho ao norte da Noruega e de lá captou imagens no mínimo exóticas para seu programa. A equipe de produção, segundo Andrucha, preocupou-se apenas em buscar jovens que tivessem carisma. "As pessoas ficaram livres para filmar o que quisessem das próprias vidas, mas muitas vezes você percebe que, no ínício, elas estavam meio tímidas, mas com o passar dos dias foram se soltando e produziram coisas comoventes, como as imagens que o músico carioca Leandro Sapucahy captou de seu filho Leonardo." Outra sequência destacada pelo diretor é a que foi feita pela gaúcha Nicole, 20, que no episódio Beleza e Estética, exibe seus cuidados diários com a aparência e se deixa ver até de trajes íntimos. Para ficar totalmente na onda 2.0, a música de abertura do programa – que vai ao ar todas as terças, às 21h45 – foi enviada da Europa por seu autor, Gilberto Gil, via Youtube.

ais cedo ou tarde o caldo extraído da cultura ‘Youtube, blogs e big brother’ iria chegar à televisão via celular. Nessa onda acabam de embarcar dois canais de TV, que abrem espaço para programas com imagens e sons gravados em telefones portáteis e webcans. O primeiro a aderir a onda foi o canal Abril, que estreou dia 30 de julho o Fiz TV, programa que transmite vídeos enviados pelos telespectadores, iguais aos que nos acostumamos a ver no Youtube. Na próxima terça (4), a TV 2.0 ganha mais uma atração do gênero, desta vez abrigada no Multishow. Trata-se de Retrato Celular, programa que vai revelar auto-retratos e dilemas de jovens de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte. A idéia permitiu que o telespectador filmasse livremente seu dia-a-dia, mas, ao contrário da internet, onde os conteúdos entram sem qualquer ‘filtro’, na TV eles passaram por uma triagem, até para garantir a qualidade mínima de exibição. Retrato Celular é uma produção feita sob encomenda do Multishow pela badalada Conspiração Filmes, e ganhou direção de um de seus mais graduados profissionais, Andrucha Waddington, diretor premiado de filmes como Eu, Tu, Eles e Casa de Areia.

Sandy e Junior na MTV canta com a dupla As Quatro Estações. E para quem curte música italiana, mas acha que a última estrela que apareceu por lá foi Laura Pausini (abaixo), o Eurochannel põe no ar neste domingo (2), às 22h, o especial Nova Música Italiana. Durante uma hora, o programa vai exibir videoclipes de cantores como Zucchero, atual megastar italiano e o mais famoso do momento. Além dele, confira as performances de outros intérpretes como Jovanoti, Fabri Fibra, Pier Cortese, Gianna Nannini, Alex Britti e Gianluca Grignani. (RR)

á que o clima é de despedida, a MTV vai mostrar neste domingo (2), às 21h, a gravação do Acústico MTV Sandy e Junior. Gravado no início de junho em São Paulo, o especial põe ponto final em 17 anos de carreira da dupla, que revisitou hits que ganharam novos arranjos e exibe três músicas inéditas: Segue em Frente, Alguém como Você e Abri os Olhos. Sandy e Junior recebem ainda três convidados especiais: Ivete Sangalo, que canta com Junior Enrosca; Lulu Santos (acima), que toca slide guitar em Você pra Sempre (Inveja); e Marcelo Camelo, que

SAMBA

De como encantar sem medo de limites

S

Aquiles Rique Reis

amba sem repique, pode? E samba sem tamborim, sem cuíca ou sem pandeiro, será que pode? A resposta a tantas dúvidas está no CD lançado pela gravadora Zambo O Violão e o Samba: pode! Mas só pode porque os sambas escolhidos para Dorina docemente cantar contam com o violão de seis cordas de Cláudio Jorge e o violão de sete cordas de Carlinhos. São 13 cordas de dois violões, mais as cordas vocais de Dorina, tudo para dar ao samba um novo jeito de balançar. E aí está o segredo deste trabalho: mostrar que não há limite para fazer do samba algo até

então insuspeitável. O samba é música em aberto. Assim, cabe sempre um jeito novo para mostrá-lo; há sempre uma boa surpresa esperando para tocá-lo num acorde perfeito maior, ou numa dissonância. O tocar samba definitivo ainda está para ser descoberto – talvez nunca se chegue a isso. Mil e uma formas de fazê-lo ainda estão para ser trazidas à luz do tocar e do cantar. Cabe aos sambistas de ofício, ou aos sambistas de ocasião (tudo certo, desde que bambas) partirem para dentro do repertório disponível e consolidá-lo, cada qual a seu jeito e formosura, como a manifestação

musical mais próxima da alma brasileira. E foi exatamente o que realizaram Dorina, Cláudio Jorge e Reprodução Carlinhos Sete Cordas. Partindo de uma boa idéia, demonstraram que samba é samba, independentemente do ritmo que o acompanhe. O suingue deste ritmo nasce com quem o cria. A ginga dele tem em qualquer instrumento o seu digno representante. Mas o violão é quem, junto com o cavaquinho,

dentre todos, pode representá-lo; pois está para o samba como para este está o surdo. E cada qual tem seu justo valor. Juntos ou separados, cabe a quem os toca dar o brilho que o samba precisa para traduzir o que sente a gente brasileira. Justamente por isso o trio correu atrás de músicas que têm o violão como tema. E tome Nei Lopes, Baden, Paulinho Pinheiro, Martinho da Vila, Moacyr Luz, Luis Carlos da Vila, Cartola, Candeia, Arlindo Cruz,

Sombrinha, Bide e Marçal na veia. Sambas conhecidos, entre outros nem tanto, compõem o repertório dessa formação até aqui "inusitada" de tocar samba. Assim sobressai-se a capacidade do trio de intérpretes de O Violão e o Samba: criar dinâmicas próprias, com nuances de fraco e forte, sem que seja obrigatoriamente necessária a presença da cozinha rítmica. Dorina é perfeita para dar ao samba um novo jeitinho de cantálo sem que sintamos falta do surdo. Cláudio Jorge é o refinamento exalando categoria pelas seis cordas do instrumento que é quase

parte de seu braço. Carlinhos Sete Cordas é o samba em frases de notas graves tiradas no bordão, a corda extra acrescentada ao violão tradicional. Juntos, embalados pela voz de Dorina cantando os versos de Candeia "Enquanto houver samba na veia/ Empunharei meu violão", o samba se faz novo. Aquiles Rique Reis, vocalista do MPB4, é produtor e apresentador do programa O Gogó de Aquiles na Rádio Roquete Pinto FM do Rio de Janeiro, às segundas-feiras, das 15h às 16h: www.fm94.rj.gov.br

SINFÔNICA DO ESTADO E CORO DA OSESP Concerto com obras de Ravel, De Falla e Rachmaninov. Regência: Josep Pons. Sala São Paulo. Praça Júlio Prestes, s/n. Sexta (31), 21h. Sábado (1º), 16h30. R$ 25 a R$ 89.


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LAZER - 3

Fox Film/Divulgação

Acerola com seu filho Clayton, com Laranjinha: discussão sobre pais e filhos

O Rio, visto do morro. Lúcia Helena de Camargo

M

adrugadão e Nefasto, traficantes. Laranjinha e Acerola, moradores da favela. Esses bandidos e mocinhos estão em Cidade dos Homens, filme que estréia nesta sexta (31) nos cinemas brasileiros, trazendo os mesmos personagens já conhecidos de quem costumava acompanhar a série Cidade dos Homens, exibida pela TV Globo entre 2002 e 2005. Esta, por sua vez, nasceu do impactante longa Cidade de Deus, dirigido por Fernando Meirelles em 2002. A diferença básica é que agora a trama leva duas horas para se resolver. Os meninos acabam de completar 18 anos e sentem necessidade de entender a paternidade, de todos os ângulos possíveis. Darlan Cunha (Laranjinha) precisa encontrar o pai para não passar mais a vergonha de que a linha "pai desco-

P

nhecido" seja transferida de sua certidão de nascimento para a carteira de identidade, que ele terá que tirar em breve. Acerola (Douglas Silva) já é pai do menino Clayton, de cerca de um ano de idade. Mas nada será fácil para esses dois, que insistem em manter retidão de caráter em meio à bandidagem que os cerca. Cigarro de maconha? Recusam. Metralhadoras para eliminar quem incomoda? Não querem. Mas talvez não resistam às armadilhas que colocam em risco a amizade entre eles. Ambientado na mais bela cidade do continente, o Rio de Janeiro insiste em aparecer bem na tela, mesmo quando em primeiro plano há somente barracos que se agarram ao morro e meninos que empunham revólveres e escopetas. Um banho de mar chega a ser empreitada arriscada para aqueles que se enredam

no mercado alimentado pelos "bacanas da zona sul", que galgam as escadarias em busca de substâncias químicas sem as quais já não sabem viver. "Boladão, furadão, tipo Afeganistão" é o refrão repetido no baile funk para o qual acorrem todos. Pobreza extrema e questões de honra apenas justificáveis dentro da obtusa lógica interna do tráfico movem a ação. Este filme dirigido por Paulo Morelli é um retrato menos drástico do que aquele feito por Meirelles, mas também a lembrança de que pouco mudou nos morros do Rio, que continua lindo. Cidade dos Homens (Brasil, 2007, 110 minutos). Direção: Paulo Morelli. Com Darlan Cunha, Douglas Silva, Jona than Haagensen, Eduardo Br.

O suspense adolescente Paranóia baseia sua trama em Janela Indiscreta. Ashley Judd em Encontros ao Acaso. E o curioso casal de Licença para Casar.

Dançarinos pintados de branco transitam em sete cenas construídas com areia e água, cinzas e sangue.

CINEMA Mas a cidade continua linda

DANÇA

Fotos: Divulgação

Brincando de imitar Rita Alves

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os últimos tempos, viajar tem sido sinônimo de transtorno para muitos. Mas existe alguém na cidade que não tem do que reclamar. É o viajante do espetáculo De um Lugar para o Outro, da Cia. Cênica Nau de Ícaros. Na bagagem do personagem há apenas o indispensável para o seu passeio: esperteza e bom humor. E é em cima do palco que ele segue seu rumo, ora participando das cenas, ora somente observando. Com seu olhar atento, o brincalhão logo vai incorporando e imitando o que vê pela frente. De um Lugar para o Outro é dirigido e roteirizado por José Possi Neto e mistura elementos contemporâneos a ícones, entidades e lendas da cultura popular brasileira, e tem como figura central Exu, o orixá do movimento e da comunicação. A história do

A

aranóia (Disturbia, EUA, 2007, 105 minutos). Direção: D.J. Caruso (Tudo por Dinheiro). Suspense adolescente que usa o clássico Janela Indiscreta, de Alfred Hitchcock, como inspiração para a trama. Kale (Shia LaBeouf, de Transformers) passa os dias jogando videogame, navegando na internet, comendo besteiras e assistindo à TV. Ele ganha como vizinha a bela Ashley (Sarah Roemer), mas não pode sair de casa, pois está sob prisão domiciliar. Então arranja um equipamento de vigilância para bisbilhotar a vizinhança.

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ncontros ao Acaso (Come Early Morning, EUA, 2006, 97 minutos). Direção: de Joey Lauren Adams. Ashley Judd (Possuídos, em cartaz) é Lucy, que tenta encontrar razões em meio ao vazio de sua vida amorosa e familiar, no interior do Arkansas. Todos os dias vai a um bar, embebeda-se, para esquecer a falta de sentido do mundo. Quando conhece Cal (Jeffrey Donovan), sente-se atraída, mas, como sempre, não quer envolver-se seriamente. Porém, é o momento de começar a mudar os conceitos.

L

icença para Casar (License to Wed, EUA, 2007, 90 minutos). Direção: Ken Kwapis. O casal Ben Murphy (John Krasinski, de O Amor Não Tira Férias) e Sadie Jones (Mandy Moore, de Minha Mãe Quer Que Eu Case) decide casar. E terá que passar pelo curso de preparação para noivos do Reverendo Frank (Robin Williams) para realizar o sonho de se casar na igreja. Frank submete os noivos a inusitados desafios e, em bizarras aulas e estranhos deveres de casa, Ben e Sadie descobrirão se realmente foram feitos um para o outro. (LHC)

Teatro Tuca. Rua Monte Alegre. 1024. Tel.: 3188-8455. Sexta e sábado, às 21h, e domingo, às 20h. Ingresso: R$ 30. Até 21 de outubro.

Celebração da vida

Temporada de Dança 2007 do Teatro Alfa segue em frente e traz nos próximos dias 4 e 5 de setembro o espetáculo Kagemi – Além das Metáforas de Espelho, da Cia. Sankai Juku. O grupo, criado em 1975 por Ushio Amagatsu, é formado por sete bailarinos que apresentam sua dança como rituais contemporâneos de celebração do ciclo da vida em seu paciente e infinito renascer. No palco, os dançarinos aparecem pintados de branco em sete cenas construídas com areia e água, cinzas e sangue, vida e morte. Com essa coreografia peculiar, o diretor Amagatsu procurou fugir do movimento butô (conhecido como a dança das trevas), famoso no Japão dos anos 1960 e deu seu toque de mestre à companhia. O resultado faz de Kagemi um espetáculo de beleza e intensidade hipnóticas, onde cada movi-

Bisbilhotice e casais em ataques de nervos

viajante mistura diversas linguagens: dança, circo, teatro e vídeo. E para enriquecer essa mescla são usados recursos multimídia que encantam ainda mais o olhar atento da platéia. Com isso a Cia. Nau de Ícaros tem a intenção de possibilitar ao público, por meio de uma experiência sensorial e poética, uma nova visão para o universo dos ritos e símbolos de algumas festas e danças da cultura popular brasileira, especialmente em seus aspectos fantásticos e contemporâneos.

mento é uma obra de arte. São seqüências que misturam sombra e luz, loucura e serenidade tudo exibido em um palco, que aos olhos do diretor se assemelha ao curso de um rio, repleto de água fluente densa e volumosa. As criações de Sankai Juku são todas preparadas no Japão, onde vivem os integrantes da companhia. Kagemi – Além das Metáforas de Espelho estreou em 2000 no Théâtre de la Ville. Em São Paulo, o público terá apenas duas oportunidades para entrar no embalo exótico dos japoneses. (RA) Teatro Alfa. Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722, Santo Amaro, tel.: 5693-4000. Dia 4 (terça) e 5 (quarta), às 21h. Ingressos: de R$ 40 a R$ 100.


Marcos Fernandes/LUZ

Movimento

DEGRAU

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Milton Mansilha/LUZ

Rogério Amato Secretário Estadual da Assistência e Desenvolvimento Social - São Paulo

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A importância do trabalho em rede

Movimento Degrau - Desenvolvimento e Geração de Redes já completou cinco anos de implantação na cidade e no Estado de São Paulo. Com grande satisfação, podemos afirmar que ele tem sido um sucesso. Constituído formalmente em 1º de dezembro de 2001 na capital paulista, o Degrau foi lançado no dia 21 de março de 2002. Muitos dos que presenciaram aquele acontecimento estão convencidos que naquela tarde deu-se um fato novo na nossa sociedade. Começou um trabalho de qualidade promissora, envolvendo os empreendedores econômicos e os empreendedores sociais, ou seja: as empresas, que obviamente precisam do lucro para prosseguir e prosperar, e as entidades assistenciais ou filantrópicas, que não têm fins lucrativos. Cada qual com a sua modalidade específica de procedimento pode completar e completar-se com a visão e atuação do outro. Não existe pai ou mãe de família, não existe empresário, não existe autoridade pública que não se impressione com a penúria de perspectivas em que vive a nossa juventude. Quando um

DIGESTO ECONÔMICO JULHO/AGOSTO 2007

adulto, um profissional perde um emprego, é claro que ele passa por muitos problemas, mas ele ao menos tem uma identidade, condições de competir por uma nova colocação, reconstituir sua vida. O adolescente e o jovem, ao contrário, têm contra si a inexperiência. E por isso, quase sempre, as portas lhes são fechadas. Eles procuram, mas dificilmente têm sua primeira chance. Os empreendedores econômicos estão cada vez mais cônscios de que devem ser agentes positivos na busca de solução para o problema do desemprego e da qualificação profissional dos jovens. Não podemos deixar tudo nas mãos do poder público. Devemos ser exigentes com o poder público, ele precisa ser fiscalizado. Ele subtrai vultosos recursos em forma de impostos exatamente para promover o bem-estar da população e criar oportunidades. Ele é quem mais tem os meios de formular uma política de formação e emprego para a juventude. Mas sejamos realistas, não estamos no primeiro mundo! Os jovens são inexperientes, sem uma profissão definida, muitos oriundos de famílias


Paulo Liebert/AE

Profissionais já aposentados disputam emprego com aqueles que já estão no mercado.

APOCALIPSE TRABALHISTA Por Fernando Porto

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posentados trabalhando quando deveriam estar usufruindo de seu merecido descanso. Crianças e adolescentes no mercado de trabalho ilegalmente e sem tempo ou oportunidade para o estudo. Trabalhadores adultos com jornadas acima de 44 horas semanais. Esse é o Brasil do século 21, marcado pelo desemprego em massa, mesmo com uma economia estável e sem grandes sustos de instabilidade. Um país que necessita urgentemente de reformas econômica e política caso não queira agravar seu quadro social nos próximos anos. A análise e a previsão é de um dos nomes mais respeitados da atualidade no estudo do trabalho: o economista Marcio Pochmann, que assumiu a presidência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Seu histórico ligado ao governo petista – foi secretário de Desenvolvimento da prefei-


desestruturadas, daí precisarem de atenção especial. Essa é uma resposta satisfatória à oportunidade que lhes oferecemos. uma tarefa de todos, de toda a sociedade. Mas os empreendeComeçaram a trabalhar, rapazes e moças, no dia 19 de março de dores econômicos têm uma responsabilidade especial na bus2003, na sede e nas distritais. Não tivemos nenhum fato negaca de solução para esse problema. tivo. Pelo contrário, depois destes anos de aprendizado, temos Basta que nos recordemos de nossa própria história. Quancerteza que estamos no caminho certo. tos de nós, que hoje somos empreendedores bem-sucedidos, A legislação permite que as micro e pequenas empresas connão começamos a vida profissional através de uma oportunitratem um aprendiz. Imaginemos o benefício que pode advir à dade que nos foi dada por um parente, um conhecido ou amigo juventude brasileira se cada micro e pequena empresa se dispuser da família? Quando essa oportunidade é negada, os caminhos a contratar um jovem, com o compromisso de transmitir-lhe os são imprevisíveis. Sem querer dramatizar demais, podem resvalores do trabalho! Para alguns, isso pode parecer muito simvalar até para a criminalidade. ples, até muito pequeno em face dos imensos problemas nacioNão queremos mais ver nossa juventude ser cooptada pelo nais. De minha parte, estou cada vez mais convencido que as verfantasma do quarto setor, que é o do crime organizado. Fantasdadeiras transformações se fazem sem estardalhaço. Elas depenma? Nem tanto assim: hoje ele tem nomes, sobrenomes, e se endem menos de figuras extraordinárias, e mais, muito mais, das castelou solidamente em todos os âmbitos da vida nacional: no combinações de pessoas e grupos que trabalham juntas, que saiLegislativo, no Judiciário, no Executivo, no sistema produtivo e bam trabalhar em rede, para além da competição, fazendo da coaté em ONGs e entidades filantrópicas. operação a coluna central da cidade e do país de nossos sonhos. O Movimento Degrau desde a sua criação desejou colaborar Aprendemos uma lição com muita clareza: quando a sociepara estancar essa sangria social. dade se organiza e o poder público não oferece barreiras inSabemos que o lugar das crianças é na família e na escola. transponíveis, os resultados são os melhores possíveis. No caTrabalho infantil é crime e deve ser combatido severamente. so que apresentamos, o que vimos foram os empreendedores Mas os jovens, a partir de 14 anos, além do convívio familiar e econômicos, ao lado dos empreendedores sociais, tornarem-se da escola formal, já podem se innão somente empregadores, torDivulgação serir no mundo dos valores do tranaram-se também educadores, balho. Trabalho adequado, comtransferindo para os mais jovens patível com sua condição. Trabaconhecimentos que aprenderam lho consentido pela legislação. no mundo do trabalho, de uma Trabalho que os faça amadurecer experiência advinda a partir das física e moralmente. primeiras oportunidades que O Movimento Degrau consislhes foram oferecidas. tiu, portanto, na união de três entidades (ACSP - Associação CoA Rede Social São Paulo mercial de São Paulo, FACESP Aprendizes do Degrau, no quinto aniversário, com Federação das Associações CoO Movimento Degrau tornouAlencar Burti, presidente da ACSP e Facesp. merciais do Estado de São Paulo e se conhecido e despertou a atenção REBRAF - Rede Brasileira de Endos responsáveis pelas políticas tidades Assistenciais Filantrópicas), direcionando suas sinersociais do governo paulista. O poder público desejou tornar-se gias para compartilhar conhecimentos e recursos em vista da parceiro dos empreendedores econômicos e sociais nessa luta inclusão social de adolescentes e jovens sobretudo em situação pela inclusão. Através da SEADS - Secretaria Estadual da Assisde risco pessoal ou social. A meta assumida por estas entidatência e Desenvolvimento Social, ampliou-se a rede de entidades des foi atrair 100.000 adolescentes e jovens para o mundo dos participantes (atualmente mais de 100). Para tanto, as 40 maiores valores do trabalho. Em três anos essa meta foi atingida Fundações do Estado de São Paulo aderiram ao trabalho em rede Mas, quem são esses aprendizes? e ainda o ampliaram, sem ônus para o poder público, lançandose com sua competência no diagnóstico dos principais probleA Lei dos Aprendizes mas que afetam o mundo da infância e da juventude nos municípios mais carentes do estado. Decidiu-se assim pela criação de Desde dezembro de 2000 existe a Lei Federal nº 10.097 coum sistema de aprimoramento para a garantia dos direitos de nhecida como "Lei dos Aprendizes", que obriga a contratação nossas crianças e jovens, já então com apoio das principais forças de aprendizes pelas grandes empresas. Compete ao Ministévivas dos municípios. Esse é o desafio que estamos enfrentando, rio do Trabalho fiscalizar o cumprimento da lei. com todos os recursos disponíveis de cada entidade, procurando O Movimento Degrau, entretanto, estende a sua iniciativa dar uma resposta realista e eficiente para provocar um salto quafazendo um convite às micro e pequenas empresas, que não eslitativo na inclusão social. Podemos afirmar que a Rede Social tão obrigadas por lei, mas que têm deveres de cidadania, a conSão Paulo é excelente oportunidade para, com projetos criativos tratar aprendizes e lhes dar a oportunidade que precisam para, e recursos bem aplicados, superar o improviso, o individualismo se não se efetivarem na própria empresa, ao menos poder come o desperdício que caracterizam muitas sociedades subdesenpetir no mercado de trabalho em igualdade de condições. volvidas. Articulando governo, entidades sociais e iniciativa priSó a ACSP acolheu mais de cem aprendizes. Eles têm dado vada, todos estão convocados para a ampliação dessa rede.

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Celso Junior/AE

Futuro incerto: crianças e adolescentes trabalham ao invés de estudar.

tura paulistana na gestão de Marta Suplicy – não impede que suas teses sejam respeitadas por outros partidos políticos e que também seja assediado por empresários e economistas para palestras sobre o futuro do trabalho no País. E qual seria esse futuro, na ótica de Pochmann? No mínimo sombrio, incerto. Na sua ótica, se não houver uma reforma tributária e outra política consistentes, o País continuará com índices de crescimento econômicos pífios. Consequentemente, emprego de carteira assinada e estudo serão privilégios de menos brasileiros ainda. Como um profeta do apocalipse trabalhista, o economista prega a urgência de investimentos em áreas de infra-estrutura, como a construção civil – que pode gerar milhares de novos empregos. Ele também lamenta o grande contingente de doutores que se formam a cada ano e que estão fadados ao ensino pelo

resto da vida, diante da falta de investimentos em pesquisa tecnológica, ou migrando para outros países. "Nove em cada dez doutores – dos 10 mil que formamos anualmente – estão ensinando e não atuando. Hoje, exporta-se mão-de-obra qualificada, com 2,5 milhões fora do País. É um paradoxo", explica o economista, antes de setenciar: "Estamos construindo um país pior que o de hoje." Cultura das horas extras Fazendo um comparativo histórico de 100 anos de trabalho no País, Pochmann observa que, diante dos avanços tecnológicos, mudou-se o conceito de produtividade. "Os ganhos não são mais físicos, mas sim financeiros. Portanto, não há razão para se trabalhar hoje mais que quatro horas diárias." Ele enfatiza também que, assim como a expectati-

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História do trabalho

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história mundial do trabalho só começa com o surgimento do trabalho livre, remunerado, na Europa Ocidental, na passagem da Alta para a Baixa Idade Média, diz o juiz Gerson Lacerda Pistori, juiz titular do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, com sede em Campinas e que abrange todo o Estado de São Paulo, com exceção da capital e da Baixada Santista. Pistori é autor do livro História do direito do trabalho – um breve olhar sobre a Idade Média, recém-lançado pela LTr. Podemos presumir que antes, com a escravidão e a servidão, o que havia era a pré-história do trabalho. Antes ainda disso, nas primeiras comunidades humanas, havia o trabalho de caça e coleta, e depois as primeiras aldeias agrícolas, em que o trabalho e os produtos do trabalho eram compartilhados en-

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Fotos: Reprodução

A escravidão e a servidão podem ser consideradas a pré-história do trabalho. Em 1844, na Inglaterra, surgiram as primeiras cooperativas de trabalhadores no ramo de tecelagem. No início do séc. 20 ocorrem as primeiras greves em massa.

Newton Santos/Hype

Renato Pompeu É jornalista e escritor, autor do romanceensaio 'O mundo como obra de arte criada pelo Brasil', Editora Casa Amarela.

tre todos os habitantes. Esse trabalho era livre, mas não remunerado. Na medida em que se foram organizando federações de aldeias, para fins de evitar conflitos referentes à irrigação e a ataques de aldeias vizinhas, foi surgindo o Estado, na forma de reinos ou impérios, arrecadando impostos para em troca administrar e proteger os habitantes. Na maior parte do mundo, o Estado, na figura do rei ou do imperador, era o proprietário de tudo, outorgando a posse de terras e de empresas nas cidades a verdadeiros funcionários públicos, que tinham de produzir segundo cotas estabelecidas pelas autoridades, as quais arrecadavam parte da produção. Só havia escravos domésticos, no Exército e na construção civil, mas os pequenos produtores agrícolas e grandes comerciantes não eram livres, pois tinham de cumprir as cotas, em particular as cotas destinadas aos tributos ao Estado, e só um pequeno excedente circulava pelo mercado. No Ocidente, no entanto, em Grécia e Roma, surgiram as propriedades privadas baseadas na escravidão agrícola, cuja produção era na sua maior parte destinada à subsistência e ao luxo dos senhores e suas famílias e agregados, com apenas um pequeno excedente destinado ao limitado mercado de então. Em todo o mundo, o trabalho praticamente não tinha história, pois o desenvolvimento tecnológico era lento e as formas de contrapartida, a garantia da posse na maior parte do mundo, e a garantia de abrigo, roupas e alimentação para os escravos, na Grécia e Roma, não mudavam. Na maior parte do mundo, ocorriam periodicamente revoltas dos pequenos produtores quando os impostos aumentavam muito, e a revolta continua-

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va até que, com ou sem mudança dos governantes, os impostos baixavam. No Ocidente greco-romano, houve revoltas de escravos, mas na melhor das hipóteses os escravos revoltosos vitoriosos só conseguiam se tornar eles próprios senhores de escravos, mas a história do trabalho não mudava. Com a dissolução do Império Romano Ocidental, a partir do século 5º, cidadãos romanos fugiram das cidades devastadas para se estabelecerem como agricultores nos confins da Europa Ocidental. Não podiam ser escravos, porque eram cidadãos. Foi surgindo o feudalismo. Diz o juiz Pistori: "O homem não é livre, mas não pertence a um senhor e sim à terra; deve vassalagem ao senhor da terra, em troca de proteção militar. A parentela do servo tem título de posse sobre a casa e uma porção de terra; trabalha durante a semana três dias para o senhor, três dias para si, e folga no domingo, além de nos feriados, de modo que não trabalha durante 150 dias ao ano" Quanto às cidades na Europa Ocidental, foram esvaziadas, do século 5º ao 9º; seus poucos habitantes, os vilões, viviam ao deus-dará; trabalhavam como lavradores "soltos", ou como artesãos, mas não recebiam pagamento em dinheiro e sim víveres e outros bens. Só havia trabalho mais organizado nos mosteiros e em seus arredores; a partir do século 9º os mosteiros lançam novidades como o aperfeiçoamento Reprodução dos vinhos e das castas de uva e os moinhos que produziam cerveja em grande quantidade. Também desde o século 9º ocorrem melhoras por causa das mudanças do clima, contato com outras civilizações, como a muçulmana – de onde chegam a ervilha, a lentilha, a cevada e outros cultivos; se intensificam a circulação de moeda e a concentração de riquezas entre os comerciantes das cidades. Com dinheiro na mão, os mercadores e a Igreja passam a construir prédios maiores, como igrejas (passa-se da pequena igreja românica para a grande igreja gótica), e surge nas cidades o trabalho livre, remunerado, para essa construção, e vão se desenvolvendo outras especializações. Surgem as corporações de cada ofício, em que o mestre, detentor dos conhecimentos artesanais, compra as matérias-primas, as entrega para o trabalho dos oficiais, ou companheiros, ou jornaleiros (que recebem por dia de trabalho), vende as peças e paga os oficiais; havia ainda os aprendizes, não remunerados, mas sustentados pelo mestre. Um oficial, que provasse num exame ter a habilidade de mestre, podia ser promovido a mestre e iniciar o seu próprio negócio.

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A partir do século 13, no entanto, os mestres passam a bloquear a ascensão de oficiais que não fossem seus filhos ou parentes, enquanto proíbem os oficiais de continuar na mesma corporação por mais de dez anos. Por outro lado, os comerciantes são autônomos, mas tanto mestres como comerciantes enriquecem muito e se tornam verdadeiros burgueses, chegando a arrendar extensas terras dos senhores feudais, mantendo porém no campo as relações de servidão, que resistirão até os séculos 17 e 18. Burguesia em ascensão Nas cidades, porém, há mudanças. A partir do século 15, o predomínio dos burgueses, ou empresários, e as tentativas da Igreja de impor seu poder temporal, levam à retomada do Direito Romano, com sua contratualidade e leis por escrito. Surgem contratos entre as cidades e as corporações de ofício, com normas sobre a qualidade e os preços dos produtos e termos de adesão dos membros. A burguesia se alia aos reis, os quais lançam éditos sobre a remuneração máxima dos oficiais. Surgem em volta das cidades e das corporações de ofício bolsões de mão-de-obra remunerada abaixo dos padrões das corporações. Nesses bolsões prevalecem condições semelhantes às atuais periferias das grandes cidades, ou aos atuais "bóias frias". Esse "esquema corporativo com periferia" se mantém nas cidades até fins do século 17, na Inglaterra, e até a Revolução de 1789, na França, quando então são proibidas as corporações e o associativismo entre os trabalhadores, para flexibilizar a contratação de mão-deobra em massa necessária para a Revolução Industrial. Ao mesmo tempo, é abolida a servidão no campo, com a introdução das pequenas propriedades autônomas, com a maior parte da produção para subsistência, e das propriedades empresariais com assalariados agrícolas, com a produção destinada ao mercado. Nas colônias americanas, se estabelece a escravidão, mas, ao contrário da escravidão antiga, a quase totalidade da produção visa o mercado e o lucro. É que nesse período os empresários das cidades foram obtendo mais ganhos, inclusive dos lucros coloniais, e tendo mais condições de investir na utilização do trabalho manual e na alteração das tecnologias. O desenvolvimento da tecnologia agrícola nas propriedades arrendadas pelos burgueses leva ao êxodo rural, tornando disponível mão-de-obra em massa para



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origem remota da Organização Internacional do Trabalho, os empreendimentos nas cidades que já são industriais e prevista no artigo 13 do Tratado de Versalhes em 1919, resulcom máquinas, surgindo, pela primeira vez na história, o tado da Primeira Guerra Mundial e da Revolução Russa. desemprego em massa. Nessa época, nos inícios do século 20, após greves de massa, Em 1780, na Inglaterra, um cidadão chamado Ludd, desesmuitas vezes com violência (a situação no comércio foi sempre perado com as condições de trabalho, que chegam à jornada de mais amena do que na indústria), surgem os moder20 horas por dia, se põe a martelar as máquinas. No nos direitos trabalhistas em geral, como férias reinício do século 19, surgem "luddistas" em granmuneradas, aposentadoria, assistência médide número, que destroem as máquinas a seu ca, normalmente regulamentadas pelo Esalcance, com o fim de reduzir o desempretado, e a limitação das horas de trabalho go, pois sem máquinas haveria necessidaem particular – o juiz Pistori nota que já de de mais mão-de-obra. Uma lei ingleem 1600, em Portugal e no Brasil, as Orsa de 1810 impõe a pena de morte não denações Filipinas limitavam a oito só para o luddismo, como também pahoras as jornadas diárias nas fortalera o associativismo entre os trabalhazas e nas casas de pólvora; enquanto dores; na Inglaterra o associativismo nas Missões jesuíticas do Sul do Brasó foi liberado e regulamentado em sil o trabalho dos índios guaranis era 1868; na França, em 1884. limitado a seis horas por dia. Para esse reconhecimento dos diNos fins do século 20 surgem tenreitos dos trabalhadores contribuídências para a flexibilização e a desreram duas situações: de um lado, a gulamentação pelo Estado das condipreocupação dos próprios empresáções de trabalho e para a sua regulação rios com a situação de seus empregapelo mercado, por meio de contratos endos, de outro lado a crescente mobilizatre as partes e de esquemas privados de ção dos operários, com greves de massa e previdência, aposentadoria e assistência conflitos sangrentos, que culminou com a médica. O emprego assalariado por tempo fundação em 1864 da Associação Internacioindeterminado é em grande parte substituído nal dos Trabalhadores, em que teve papel relepor contratos de trabalho específicos, por tempo vante o teórico comunista Karl Marx. Desde 1844, determinado. na Inglaterra, na localidade de RochFundada em 1864 a Associação Internacional Também, na visão do juiz Pistori, dale, surgiram as primeiras cooperatidos Trabalhadores, cuja principal figura era ressurgem condições semelhantes vas de trabalhadores, no ramo de teceKarl Marx. Em 1889 foi estabelecido o 1º de ao regime corporativo medieval, lagem. Em 1886, em Chicago, nos Esmaio como Dia Mundial dos Trabalhadores. através do controle do trabalho não tados Unidos, a partir de 1º de maio, mais só por relações hierárquicas enhouve manifestações para reduzir a tre empresários, gerentes e trabalhajornada de trabalho de treze para oito dores, mas por equipes de trabalhahoras, e houve confrontos entre manidores, regime introduzido pela emfestantes e policiais, com mortes em presa japonesa Toyota. São os próambos os lados. Alguns manifestantes prios trabalhadores que recebem em foram julgados responsáveis pelos conjunto uma tarefa e decidem livredistúrbios e condenados ao enforcamente como cumpri-la, respondenmento. Em 1889, a Associação Internado cada um deles perante o seu prócional dos Trabalhadores estabeleceu prio coletivo. o 1° de maio como Dia Mundial dos Ao mesmo tempo, surgem formas Trabalhadores, e a data só não é recode trabalho domiciliar (com o comnhecida nos próprios Estados Unidos, putador) e em tempo parcial, exataonde só tem sido comemorada por mente como as mulheres trabalhaimigrantes. vam na Idade Média, por não podeDiante do descontentamento dos rem ser integrantes das corporações. trabalhadores, em 1890, na AlemaDo mesmo modo, finaliza o juiz Pisnha, surge a primeira conferência intori, surge agora em volta dos agloternacional sobre Direito do Trabamerados urbanos de empregados relho; no ano seguinte, o papa Leão 13 gulares uma periferia de gente com lança a encíclica Rerum Novarum, condições mais irregulares de empreimportante marco na instituição das gabilidade, tal como acontecia na Idaleis trabalhistas. Em 1890, também de Média, repetindo-se o "esquema havia surgido em Berna, na Suíça, a corporativo com periferia". Associação de Defesa do Trabalho, Reprodução

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J. Freitas/Agência Senado

Liberdade de associação sindical 50

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ogo após o encerramento da Segunda Guerra Mundial, em 1945, além de medidas destinadas à recuperação de regiões devastadas pelo conflito, como a criação do Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento – BIRD e do Fundo Monetário Internacional – FMI, cuidaram os países aliados de eliminar o que restara da doutrina nazi-fascista. As assembléias anuais da OIT, tradicionalmente convocadas para se reunirem em Genebra, haviam sido temporariamente transferidas para os Estados Unidos da América. Em junho de 1948, no decorrer da 30ª reunião realizada em São Francisco, atendendo à solicitação formulada pela Organização das Nações Unidas – ONU, a OIT aprovou a Convenção nº 87 sobre a liberdade sindical e proteção do direito de sindicalização, destinada a impedir o domínio exclusivo de associações sindicais de trabalhadores e empregadores por regimes ditatoriais, pelo crime organizado, pela corrupção e partidos políticos. O núcleo da Convenção nº 87 localiza-se nos artigos 2 e 3, os quais determinam, respectiva-


Exceção feita ao PT, que criou a CUT como braço sindical, os partidos políticos não se ocupam, salvo esporádica e superficialmente, dos problemas atinentes às relações de trabalho.

Ichiro Guerra/Folha Imagem

Almir Pazzianotto Pinto é advogado, foi Ministro do Trabalho e presidente do Tribunal Superior do Trabalho.

mente, que "Os trabalhadores e os empregadores, sem distinção e sem autorização prévia, têm o direito de constituir as organizações que julguem convenientes, assim como o de se filiarem a essas organizações, sob a única condição de respeitarem os respectivos estatutos", e que "As organizações de trabalhadores e de empregadores têm o direito de redigir seus estatutos e regulamentos administrativos, o de eleger livremente os representantes, o de organizar sua administração e suas atividades, e de formular seu programa de ação. As autoridades públicas deverão abster-se de toda intervenção que procure limitar este direito ou impedir seus exercício legal". O primeiro país a ratificar a Convenção foi o Reino Unido, em junho de 1949. Seguiram-se Noruega e Suécia, no mesmo ano; Finlândia, Holanda, México, Islândia, Áustria, em 1950; Paquistão, Dinamarca, França, Bélgica, Guatemala e Cuba, em 1951. A Itália em 1958. Portugal e Espanha, depois de redemocratizados, em 1977. Atualmente, 147 dos 180 países filiados à Organização aderiram à Convenção 87. Os últimos a adotarem essa salutar providência foram Armênia, em 2 de janeiro de 2006, El Salvador, em 6 de setembro, e Vanuatu, ilha de 12.189 km², com 186 mil habitantes, localizada na Polinésia, em 28 de agosto do mesmo ano. Entre os poucos países que não a adotam, quatro têm destaque mundial: Estados Unidos da América, China, Índia e Brasil. O caso norteamericano explica-se pelo fato de a União não interferir na prerrogativa assegurada aos Estados, pela Constituição de 1787, de aprovarem legislações próprias. A liberdade sindical é, contudo, preservada, e as relações individuais de trabalho são disciplinadas em contratos coletivos periodicamente renovados. As situações chinesa e indiana são atípicas, pois permaneceram séculos à margem do desenvolvimento, presos ao passado e vítimas de regimes totalitários e somente há pouco descobriram a rota do crescimento econômico. Participando da minoria, lembro, além dos quatro mencionados, Guiné-Bissau, Quênia, Afeganistão, Qatar, República Islâmica do Irã e Venezuela. A posição do Brasil na OIT é injustificável e vexatória. Passaram-se 58 anos desde a remessa, pelo presidente Gaspar Dutra, da Mensagem 256, de 1949, em que solicitava ao Congresso Nacional a autorização para ratificar a Convenção nº 87, e até agora o Poder Legislativo não se decidiu. Como disse o senador Eduardo Dutra, no parecer que ofereceu à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, na sessão do dia 11 de dezembro de 2002, o Congresso permanece "dividido entre o cons-

trangimento de rejeitá-la por inconstitucionalidade, cedendo a pressões de entidades constituídas sob a égide do modelo corporativista, e as cobranças internas e externas pela adoção de uma das diretrizes fundamentais da Organização Internacional do Trabalho". Não há como desconhecer que a estrutura sindical conserva traços característicos e inconfundíveis do corporativismo-fascista, que os redatores da Carta Constitucional de 1937 e os autores da Consolidação das Leis do Trabalho foram buscar na desaparecida Carta del Lavoro da Itália de Mussolini. Representação exclusiva de categoria profissional ou econômica e pagamentos obrigatórios de associados e não associados, são privilégios incompatíveis com o Estado democrático de direito, que tem, como pressupostos essenciais, a autonomia de organização e liberdade de associação civil, sindical, partidária e religiosa. Os adversários da Convenção nº 87 acusamna de estimular a pluralidade sindical. Não é verdade. Pluralidade ou pulverização é o que hoje temos, conforme demonstram dados do Ministério do Trabalho e Emprego. A Convenção assegura autonomia de organização aos trabalhadores e empregadores perante o Estado. A eles caberá decidir se possuirão entidades diversas, à semelhança das centrais sindicais, ou se optarão por número mínimo de sindicatos legítimos e representativos, como acontece, por exemplo, na Alemanha, onde são ao todo onze. A Convenção garante, também, que não serão impostas contribuições compulsórias. As entidades passarão a depender de pagamentos voluntários, e representarão os associados, com o desaparecimento da artificial divisão em categorias profissionais e econômicas pré-estabelecidas, compartimentadas e estanques. Exceção feita ao PT, que criou a CUT como braço sindical, os partidos políticos não se ocupam, salvo esporádica e superficialmente, dos problemas atinentes às relações de trabalho. Após conquistar o poder, o PT esqueceu-se dos compromissos de campanha, abandonou a promessa da criação de 10 milhões de empregos e partiu para medidas assistencialistas, que tentam esconder a miséria. Em meio a partidos à procura de programas de ação e de perfil doutrinário, aquele que souber apresentar, com objetividade e clareza, proposta de reforma sindical, fundada na ratificação da Convenção 87, e de modernização das leis trabalhistas baseada no respeito aos contratos individuais e coletivos, certamente terá chance de angariar o apoio da população e ser bem-sucedido nas eleições de 2010.

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Metamorfose Masao Goto Filho/e-SIM

Por Fernando Porto

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chamado Novo Sindicalismo no Brasil está com seus dias contados? À primeira vista, uma análise do atual cenário mundial comprova que sim. Pelo menos em seu formato tradicional, da massa assalariada em grandes corporações, liderada por sindicatos influentes e de grande adesão. Essa fase sindicalista, que teve seu auge nas décadas de 70 e 80, está em queda vertiginosa desde o final do século 20 até início deste século, como aponta o estudo mais recente do economista e professor da Unicamp e do Instituto de Economia (IE), Marcio Pochmann. A pesquisa foi encomendada pelo Sindeepres (Sindicato dos Empregados em Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros) e baseada a partir do cruzamento de dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Pochmann avaliou a trajetória de longo prazo da sindicalização no Brasil, durante os 100 anos da institucionalização das relações trabalhistas (da década de 1900 a 2000). A pesquisa não mostra apenas a retração da taxa de sindicalização brasileira de 17,8% entre 1992 e 2002 – a maior entre 12 países analisados –, mas revela também a emergente transmutação do perfil sindicalista para um novo modelo híbrido, no qual impera o associativismo do inevitável trabalho terceirizado, assim como outras formas de contratação – cooperativas e autônomos etc. Em uma visão mais sintetizada, o emprego terceirizado tende a ganhar maior espaço no total de empregos formais. No outro extremo, os sindicatos de empregados de carteira assinada se esvaziaram de filiações diante da queda no nível das ocupações e remunerações. "Nesse contexto desfavorável à atuação sindical, percebe-se que a recuperação da sindicalização, a partir de 1999, já não mais parece ocorrer na base tradicional do novo sindicalismo", analisa Pochmann. Ele lembra que o novo sindicalismo se iniciou no Brasil na década de 50, mas teve seu auge entre os anos 70 e 80, em pleno regime militar. "Até o final dos anos 80, somente três países tiveram efervescência sindical, porque foi um movimento tardio: a África do Sul com Nelson Mandela, o Brasil, com Lula, e a Polônia, com Lech Walesa. No final dos anos 80, houve um esgotamento do processo por causa da privatização, com o comprometimento de 500 mil empregos, além de fortes políticas anti-sindicais", avalia. Outra constatação importante é que um declínio maior do sindicalismo brasileiro do século 21 foi evitado por haver maior filiação de mulheres e de trabalhadores ocupados em atividades rurais. "No caso das mulheres, a sindicalização pode estar associada ao maior crescimento do emprego feminino, especialmente nas atividades terciárias. Em relação ao campo, talvez tenha importância redobrada a política de apoio à agricultura familiar", acredita o economista.

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Se em âmbito nacional não há expansão do sindicalismo, o regionalismo é ainda dominado pelo Estado de São Paulo que, entre 1993 e 2006, teve a quantidade de trabalhadores sindicalizados multiplicada por 9,6 vezes. Ressalva-se que a baixa histórica na taxa de sindicalização do emprego formal não significou inexistência de recuperação na última década. Entre 1999 e 2005, constatou-se uma elevação de 14% no número de brasileiros empregados sindicalizados – 4,2 milhões a mais de filiados para um contingente de 13,7 milhões de pessoas ocupadas. É um alento, mas longe do ideal, já que os 17,8% na taxa, entre 1992 e 2002, colocaram o País em último lugar entre os 12 países pesquisados, abaixo de Japão (-14,6%) e Coréia do Sul (9,6%). No sentido inverso, Cingapura foi o país que registrou a maior elevação na taxa de sindicalização (77%), seguida de China (29,8%) e Turquia (20,8%) e Noruega (13,8%).


do sindicalismo nacional Estudo mostra que, mesmo com a recuperação da sindicalização nos últimos anos, o setor no Brasil está bem abaixo do auge do novo sindicalismo da década de 70.

Enquanto a sindicalização do trabalho na indústria caiu 11,6% de 1999 a 2004, o setor terciário apresentou um salto, principalmente no setor de comércio e reparação (69,8%).

Perfil em transformação O economista lembra que a taxa atual de sindicalização (18,4%) não chega a dois terços do final da década de 80, período de prosperidade econômica. Entre as oscilações, o sindicalismo vai mudando seu perfil a cada ano. Pochmann acredita que não foram apenas as mudanças na economia mundial que impactaram no movimento, mas também as políticas recessivas dos últimos governos. "Ademais desses eventos desfavoráveis à ação sindical, transcorreu também a implementação de políticas governamentais anti-labor sobre o novo sindicalismo." Mais especificamente no cenário nacional, o economista atribui essa mudança ao avanço da privatização do setor produtivo estatal e da terceirização no interior do setor público, principalmente no período de 1992 e 2002 – fatores que, segundo ele, terminaram por abalar uma das bases da sindicalização dos ocu-

pados no País". Já no setor privado, exemplifica, a estabilidade no emprego dos envolvidos em ações sindicais passou a ser ameaçada diante do enxugamento da grande empresa e da expansão dos micro e pequenos negócios. Aliado a esses fatores, cresceu o movimento de internacionalização de parcela significativa das atividades produtivas – estatais e privadas. Serviços em evolução Enquanto a sindicalização do trabalho na indústria entrou em declínio (11,6% de decréscimo entre 1999 e 2004), o setor terciário apresentou um salto significativo, principalmente no setor de comércio e reparação (69,8%), na administração pública (1,6%), entre outros. "Apesar da boa participação do setor de serviços sindicalizado, com quase 70% dos postos de trabalho, está ainda aquém de outros países, como os Estados Unidos,

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 - LAZER

sexta-feira, 31 de agosto, sábado e domingo, 1 e 2 de setembro de 2007

Tradição de 50 anos em frutos do mar no restaurante Don Curro

GASTRONOMIA

Fotos: Newton Santos/Hype

Muito além dos 'Zins' José Guilherme R. Ferreira

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Lagostas, mariscos, ostras e outros frutos do mar da casa, um clássico da gastronomia na cidade.

Paella, lagostas... Uma celebração à mesa.

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ualidade impecável dos pratos, ambiente amplo, familiar e aten- Calamares Rellenos a Dona Carmen (R$ 88), que são lulas recheadas com dimento gentil e discreto. A tradição de cinco décadas na cidade camarões, polvos, tentáculos de lulas e vieiras, tudo refogado no vinho do restaurante Don Curro talvez explique a excelência. E quem branco, cebola e tomate. Os preços não são populares, diga-se. Mas o saaprecia frutos do mar provavelmente já o conhece. Aos que nunca lá sen- bor vale cada centavo. Atração à parte é o viveiro de lagostas, instalado no centro do salão, em taram à mesa, a temporada de lagostas pode ser um bom motivo. No feriado de Sete de Setembro, na semana que vem, a casa abre as um tanque de água salgada. Pode-se apenas ficar observando os crustáceos nadarem de lá para cá ou escolher uma delas portas do meio-dia à uma da manhã, para servir os para ser trazida à mesa. As crianças ficam em volta, adpaulistanos que emendarem o feriadão na cidade. mirando-as. Mas há quem goste de chegar perto, olhar Sugestão para começar: tapas espanholas, que bem e apontar uma como a próxima a ser degustada. consistem em pequenas porções que podem ser conEm um almoço de sábado ao qual o Diário do Comércio sumidas já no bar, enquanto se espera a companhia. esteve presente, um rapaz particularmente interessado Entre as opções, mariscos, embutidos curados e queina técnica acompanhou o trajeto de sua lagosta do tanjos. Entre as obrigatórias está a deliciosa porção de caque à cozinha, fazendo questão de presenciar o molamares fritos (lulas cortadas em rodelas, fritas à doré) mento em que o bicho é morto e levado às panelas. "As e de ostras gratinadas (também servidas frescas). Não pessoas apreciam a brincadeira", relata o maitre Edilson perca também Gambitas al ajillo (camarões pequeMelo, que sugere as várias formas em que ela pode ser nos, fritos com alho, pimenta vermelha, azeite e salservida: na chapa, ensopada, grelhada com molho de sinha). Há ainda mariscos e polvo ao vinagrete; Boalho e manteiga, entre outras formas de preparo. querones fritos (manjubas); Jamón (presunto espaNa sobremesa, prove o Sorvete de Turron de Jijona, nhol); Tortilla; Calamares en Su Tinta (lulas limpas, corcom massa feita à base de amêndoas ou a Natilla (R$ tadas em rodelas, preparadas no molho de sua 17), doce conhecido também como Crema Catalana própria tinta); Pinchito de Pescados (pedaços de caou, nos franceses, Crème Brullée. ção ou merluza mergulhados no leite com orégano e Ambiente é Quem preferir ficar em casa pode pedir a comida do um pouco de vinagre), o ótimo Queso Manchego elegante, arejado Don Curro pelo sistema de entregas, que no feriado (queijo de cabra, da região de La Mancha), entre oue familiar. funciona das 11h à meia noite. tros tapas. Para acompanhar, mande vir uma sangria O restaurante abre todos os dias (exceto segunda-feira) ao meio-dia. ou um vinho da adega. Para prato principal, pode-se ficar com a lendária paella. A porção para De terça a quinta, fecha as portas à meia-noite. Sexta e sábado, vai até uma duas pessoas custa R$ 198 (e serve três pessoas, com folga). Se levar la- hora da madrugada. E aos domingos, abre apenas para almoço, encergosta, sobe para R$ 238. E quando a idéia for provar algo com diversas rando as atividades às 17h. nuances, a boa pedida é o Plato Hemingway Don Curro (R$ 118, individual), que traz à mesa um grelhado de lagosta, camarão e filé de pargo Don Curro - Rua Alves Guimarães, 230 (travessa da Rebouças), com molho bechamel e alcaparras. Outra opção realmente interessante é Pinheiros, tel.: 3062-4712. Divulgação

Paella acompanhada de sangria é pedida do feriado.

O balcão que armazena os frios para compor os tapas.

VOZEIRÃO

A

Decoração: Espanha está presente em todos os detalhes.

prestigioso Wine Institute, apegam-se à história da cepa, "espinha dorsal" dessa indústria durante 100 anos, desde que foi plantada na Califórnia, nos anos 1850, tempos da Corrida do Ouro. E apelam para a importância desse vinho na mesa do imigrante italiano que ajudou a construir o Estado. Ainda hoje a uva Zinfandel ocupa a quarta posição no ranking das mais cultivadas, com cerca de 21 mil hectares. O apelo tem perdido força depois que exames de DNA revelaram que a Zinfandel é geneticamente idêntica à uva Primitivo, cultivada na Puglia, Itália. Pesquisa mais recente mostrou que a Zinfandel nasceu na Cróacia.

http://www.napavintners.com/ http://www.zinfandel.org/about_zin/zindev.htm

ADEGA

Mais bons argentinos

Lúcia Helena de Camargo

Divulgação

rnold Schwarzenegger, governador da Califórnia e ator de Hollywood, conhecido "exterminador", tem se saído bem diante das pressões de viticultores que defendem esta ou aquela varietal como a mais emblemática do Estado (quando não dos Estados Unidos) e correm atrás de apoio oficial. Usando de diplomacia, Schwarzenegger declarou setembro de 2007 como o mês do vinho da Califórnia, com uma série de atividades para a promoção do enoturismo – distinção que se repete há três anos consecutivos e uma homenagem aos 4.600 agricultores e 2.400 vinícolas do Estado, de onde saem 90% de todo vinho produzido no país. O governador defende a diversidade de cepas que, segundo ele, faz o sucesso da indústria de vinhos local, "seja o Cabernet de Napa ou Sonoma, o delicado Pinot Noir da Costa Central, ou o Zinfandel do Vale San Joaquin ou das encostas de Sierra". O "exterminador" vetou um projeto de lei que decretava o Zinfandel como "o" vinho da Califórnia. Os defensores da idéia, encabeçados pelo

empresária Lilian Gonçalves, que tem cinco casas na rua Canuto do Val, inaugurou esta semana o Bar do Nelson - O Bar do Boêmio, que homenageia seu pai, Nelson Gonçalves (foto). As mesas têm formato de LPs e o mezanino é decorado com fotos do boêmio. O cantor Ventura Ramirez vai protagonizar, todas as noites, o "Momento Nelson". Rua Canuto do Val, 83, Santa Cecília, tel.: 3338-2525.

Sergio de Paula Santos

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omentamos na coluna anterior os prazeres do viajante patrício atualmente, entre os quais os da mesa com os bons vinhos argentinos. Destes lembramos alguns, absolutamente corretos, vinhos correntes e de muito bom preço. Coincidentemente, tivemos em seguida a visita a São Paulo dos representantes de uma das mais reputadas vinícolas argentinas, a Catena Zapata. Nicolás Catena é um dos artífices da renovação do vinho argentino. Seus vinhos são reconhecidos tanto pela crítica americana, como pela européia. A adega mendocina situa-se em Agrelo, onde estão os vinhedos Uxmal e em outros pontos da região. Seu enóloge José (Pepe) Galante, que nos visita regularmente, também tem reconhecimento internacional. Pepe Galante, há 29 anos na empresa é segundo a revista Wine Spectator "de facto winemaker emeritus da Argentina". Colaborou com Nicolás na primeira seleção clonal da uva Malbec e sem plantio em diferentes altitudes e temperaturas. Seus trabalhos sobre as características desses vários vinhos, de altitudes diversas, é não apenas pioneiro, mas o único na vitivinicultura mundial. Os vinhos de Catena receberam igualmente as mais elogiosas referências de Robert Parker e Jacis Robinson. De modo sucinto e simples, podese dizer que a altitude confere elegância e complexidade aos Malbec. Para essa conclusão, foram utilizados 145 tipos de Malbec experimentados por cerca de 20 anos em diferentes terroirs, microclimas e altitudes. Desta vez degustamos "apenas" sete vinhos, bem acompanhados pelas carnes de Marcos Guardabassi. Como aperitivo foram servidos dois Chardonnay. E depois, vinhos tintos, agora acompanhados das entradas e do prato de resistência. Todos os vinhos provados são da Mistral. Tel.: 3372-3400. Catena Chardonnay 2005 Leve, fresco e frutado, provém de uvas de vinhedos de altitude e passa quatro meses em barricas de carvalho. Preço R$ 49. Avaliação 82/100. Catena Alta Chardonnay 2004 Para alguns especialistas, o melhor vinho branco da América do Sul. Complexidade e estrutura comparáveis aos grandes brancos da Borgonha. Preço R$ 90. Avaliação 86/100. DV Catena Syra-Syrah 2004 Da linha DV, mostra bem as características da cepa, com fruta madura e elegantes notas de carvalho.

Os taninos são redondos e macios, em um conjunto equilibrado. Preço R$ 60. Avaliação 82/100. DV Catena Cabernet Cabernet 2002 Provém de dois vinhedos de altitudes diferentes, da mesma variedade. Do corte resulta um vinho complexo e fino, com notas de cassis do vinhedo mais baixo, e mineral do mais alto. O tempo certamente beneficiará esse vinho, agradável e fácil de beber. Preço R$ 87. Avaliação 84/100. Catena Alta Malbec 2004 Para nós o máximo da empresa. Um vinho extraordinário, intenso e concentrado, mas elegante e complexo. É um corte de 5 clones da variedade, dos mais altos vinhedos de Mendoza. Muito bom custo-benefício. Preço R$ 126. Avaliação 90/100. Catena Zapata Estiva Reservada 2002 É um vinho cultuado, produzido apenas nas melhores safras, de Cabernet - Sauvignon. Para muitos é o ícone dos vinhos argentinos. Macio e redondo, não é fácil ser encontrado em seu país. Preço R$ 148. Avaliação 88/100. Nicolás Catena Zapata 2003 Para alguns o vinho maior da empresa. Tem recebido louvores da imprensa internacional. Constituído de 75% da CabernetSauvignon e 25% de Malbec, de vinhedos de altura. Sua primeira prova nivelou-o aos cinco Premiers Grand Crus Bordaleces, superando-os em degustações as cegas. O maravilhoso do mundo do vinho é que os paladares também variam. Preço R$ 302. Avaliação 89/100. A refeição encerrou-se com as sobremesas acompanhadas por um magnífico Tokay, Oremus, Late Harvest 2003. Comeu-se e bebeu-se "como Diós manda", lembrando-se que todos esses vinhos estão no mercado. Critérios Regular - De 50 a 60 pontos, sobre 100 possíveis Bom - De 60 a 70 pontos Muito Bom - De 70 a 80 pontos Ótimo - De 80 a 90 pontos Excepcional - Acima de 90 pontos Sergio de Paula Santos é médico e crítico de vinhos. Membro-Fundador da Federação Internacional dos Jornalistas e Escritores do Vinho (Fijev), é autor de livros sobre vinhos, o último dos quais, O Vinho e suas Características, Senac, São Paulo, 2003.


sexta-feira, 31 de agosto, sábado e domingo, 1 e 2 de setembro de 2007

DIÁRIO DO COMÉRCIO

LAZER - 5

LEITURA Livro é obra sobre o conflito escrita e pesquisada de um modo isento.

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Reprodução

As várias guerras da Guerra Civil Espanhola Renato Pompeu República e da democracia, os operários e camponeses reformistas, anarquistas e revolucionários no sentido marxista, estes divididos entre os comunistas, que queriam a "democracia burguesa" como etapa da tomada do poder, e os radicais, que queriam a "ditadura do proletariado" para logo; entre os progressistas se incluíam ainda os anticlericais e os autonomistas das várias etnias não castelhanas da Espanha. Durante todas as três primeiras décadas do século XX, essa multiplicidade de agentes, separados em dois campos fundamentais, estes porém cheios de conflitos internos,

gerou uma série de conflitos às vezes sangrentos, com assassínios políticos, massacres, torturas, golpes, governos autoritários e repressores, greves de massa. Mesmo parcialmente consolidada a República, em 1934 houve uma revolta esquerdista, da qual muitos líderes compuseram a coalizão que ia do centro liberal à esquerda ultra-radical que venceu as eleições seguintes e passou a governar legalmente o país, numa situação precária e conflituosa. Foi então que, em 1936, comandando o campo conservador, o general Francisco Franco, que já havia participado da repressão a movimentos populares, tentou um

golpe de Estado, que falhou e, diante da resistência republicana, executada por diferentes facções (milícias de trabalhadores anarquistas e marxistas radicais, tropas regulares do Exército legalista, aparelhos para-estatais dos comunistas, combatentes estrangeiros, etc., etc.), se transformou numa guerra civil. A guerra civil, por sua vez, logo se internacionalizou, com as ajudas dos governos fascista e nazista, praticamente incondicional, ao lado nacionalista, e do governo soviético, com muitas condições e paga com superfaturamento pelos republicanos, segundo Beevor. As democracias ocidentais, que temiam

a República porque esta tinha suas bases principais entre trabalhadores partidários da revolução social, fossem anarquistas, comunistas ortodoxos ou radicais, permaneceram numa neutralidade que, na prática, foi favorável aos nacionalistas. Franco logo conseguiu unificar as correntes contraditórias que o apoiavam, enquanto do lado republicano os comunistas ortodoxos pró-soviéticos, orientados por assessores enviados por Stalin, tentaram igualmente centralizar e unificar as forças também contraditórias a que em princípio eram aliados, por meio da infiltração e aparelhamento do Estado, para manter uma fachada democrática e uma estrutura subterrânea unitária, a que tinham de se submeter principalmente os anarquistas e os comunistas heterodoxos ultraradicais, além dos autonomistas regionais. Segundo Beevor, os comunistas pró-soviéticos não hesitaram recorrer às chacinas, às torturas e aos campos de concentração contra os seus adversários dentro do campo republicano. Franco teve menos problemas com a unificação de suas forças. O conflito internacionalizado logo se tornou uma "guerra mundial por procuração", nas palavras de Beevor, entre a Alemanha de Hitler e a União Soviética de Stalin. Mas o livro é uma das primeiras grandes obras sobre a Guerra Civil Espanhola escrita e pesquisada de um modo mais isento. Desmentem-se, por exemplo, as acusações nacionalistas de estupros de freiras, e as acusações soviéticas contra os "trotskistas fascistas". E a obra é também circunstanciada e detalhada, a ponto de contar que aviões nacionalistas sobrevoavam um mosteiro ocupado por seus correligionários cercado por tropas e milícias republicanas e jogavam pacotes de armas a seus companheiros, com perus vivos como pára-quedas amarrados aos pacotes de armas, para assim também proporcionar, além de armas, também alimentos aos sitiados. Com detalhes assim, Beevor compõe um quadro definitivo e isento de um conflito que gerou tantas paixões. Renato Pompeu é jornalista e escritor, autor do romance-ensaio O mundo como obra de arte criada pelo Brasil, Editora Casa Amarela.

Reprodução

inguém resiste a um gostoso bate-papo. Com a jornalista Patricia Palumbo não é diferente. E se o tema é música, a conversa pode até acabar nas páginas de um livro, como aconteceu em 2002 com Vozes do Brasil. O tempo passou, mas o assunto não. Agora a jornalista lança o segundo volume da série (Vozes do Brasil 2, DBA Editora, 204 páginas, R$ 69), que traz uma diversidade de artistas ainda mais evidente. Os convidados da vez? Adriana Calcanhoto, Pato Fu, Rita Lee (foto), Mônica Salmaso, Elba Ramalho, Jussara Silveira, Tom Zé (foto), Nando Reis, Fernanda Abreu, Zizi Possi e Ana Carolina. A obra traz belíssimas fotos, em preto e branco, de Lenise Pinheiro, Marie Hippenmeyer e Ricardo Koctus (baixista do Pato Fu). O cantor Lenine, presente no primeiro volume, aparece novamente, mas como autor do prefácio. "Sou fã de Lenine. Na entrevista que ele me deu no primeiro volume já percebi essa identificação com o projeto. Ele sempre foi generoso, presente e solidário e tem uma história como artista que acho genial. Ele é um dos nossos inventores", diz a jornalista. O livro foi inspirado pelo programa Vozes do Brasil, exibido pela Rádio Eldorado FM e apresentado por Patricia há quase dez anos. "Foi onde começou esse meu trabalho de entrevistas, onde desenvolvi mais traquejo, e é onde exercito meu

Vozes para ler. Ao som do Brasil. Rita Alves repertório. É ao vivo, tem que estar com a cabeça afiada. No livro, a gente tem mais tempo, pensa mais nas perguntas e respostas, pode ir mais longe e com muito mais tempo". Ela conta que na rádio o programa mantém uma média boa de

audiência, independente do convidado. "Se a gente está ao vivo e abre pra participação online, por exemplo, dá muita resposta quando é um nome mais conhecido, claro. Especialmente os que têm fã-clube organizado. Pato Fu é sempre um sucesso imediato. Tom Zé repercute

por muito tempo". O tempo também tende a ser duradouro para o leitor de Vozes do Brasil2. A descontração das entrevistas, feitas especialmente para o livro, prende a atenção de quem lê, funcionando quase como uma conversa a três. Entre os

convidados, o primeiro que conversou com Patricia foi o cantor Nando Reis, o mais surpreendente da turma, segundo a autora. "Foi maravilhoso perceber que o que eu imaginava a respeito dele foi confirmado. Nossa conversa foi estimulante, inspirada, cheia de citações interessantes à literatura e música e ao mesmo tempo descobri coisas divertidas como a influência da viola caipira na sua formação musical". Descobertas como essas estimulam Patricia desde a adolescência, época em que comprava discos de um vendedor ambulante em sua cidade natal. "Ele chegava de Kombi e meu pai me deixava entrar dentro daquele mundo cheio de capas incríveis. Eu fazia fitas cassete onde já colocava toda a ficha técnica de cada canção escolhida", relembra. Até hoje o gosto pela garimpagem dentro do universo musical continua instigando a jornalista. "É bom descobrir coisas novas e tantas coisas boas. Gosto da renovação, do original, gosto da nossa belíssima tradição. Sou uma admiradora dessa nova musicodiversidade impressionante". E a afinidade de Patricia com a MPB também teve reflexo em suas entrevistas. Ela conta que não passou por dificuldades com ninguém. "Depois da primeira pergunta, tudo fica mais fácil. Eles estavam todos envolvidos com a proposta. Mas fazer Rita Lee, ao vivo, sem ser uma entrevista virtual – que é como ela costuma fazer ultimamente, foi uma honra e um prazer. Rita é um ícone, afinal de contas..."

Diretora francesa traz a SP seu teatro do efêmero. Em outubro. Lúcia Helena de Camargo

A

diretora de teatro francesa Ariane Mnouchkine (foto) pisou esta semana pela primeira vez na América Latina para falar sobre a montagem na América Latina do espetáculo Les Ephémères (Os Efêmeros), pelo Théâtre du Soleil, sediado em Paris, do qual está à frente há 40 anos. A companhia é composta por 61 artistas e técnicos e todos virão para as apresentações no País. A trupe subirá ao palco entre 12 e 23 de outubro, na unidade Belenzinho do Sesc São Paulo. A peça, que trata de desventuras do cotidiano, memórias e problemas familiares, começa com a venda de uma casa, por uma filha cuja mãe acabou de morrer, e segue partindose em diversas tramas. Conhecida por seu teatro político, Ariane diz que agora quer apenas "falar do que é humano". E

Thiago Bernardes/LUZ

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s dois lados da Guerra Civil Espanhola dos anos 1930, os nacionalistas ao fim vitoriosos e os republicanos derrotados, estavam ao mesmo tempo lutando contra o inimigo e, internamente, contra seus próprios aliados, enquanto o conflito foi também tornado internacional pela ajuda de potências estrangeiras e de voluntários de outros países. Em suma, foi um imbróglio políticomilitar em que os nacionalistas foram vitoriosos porque eram mais unificados e receberam ajuda sem problemas da Itália fascista e da Alemanha nazista, enquanto os republicanos eram mais desunidos e receberam ajuda bastante problemática da União Soviética e praticamente nenhuma das democracias ocidentais, que pelo contrário os atrapalharam. É o que se pode depreender do livro A Batalha pela Espanha – A Guerra Civil Espanhola (1936-1939), do pesquisador britânico Antony Beevor, que enriqueceu seu livro anterior sobre o assunto depois da abertura dos arquivos de Moscou, o que levou a uma nova visão do conflito como uma multiplicidade de conflitos menores, mas mais cruéis, nesta obra recém-publicada no Brasil pela Record. Contrariamente a grande parte dos historiadores da Guerra Civil Espanhola, Beevor não começa com o ataque nacionalista caindo de repente como um raio no céu azul duma feliz República. Pelo contrário, ele nota como o campo político espanhol manteve uma continuidade de conflitos pelo menos desde o século XIX, com os mesmos personagens principais: os conservadores e os progressistas, ambos divididos entre os seus vários subcampos. Os conservadores incluíam as classes abastadas, os grandes senhores de terras e os donos das indústrias nascentes, setores da classe média, uma Igreja Católica onipresente e sufocante para os que não seguiam estritamente sua religião, os monarquistas (divididos em duas correntes, os isabelistas mais constitucionalistas e os carlistas mais autoritários), os tradicionalistas em geral, inclusive pobres fiéis ao catolicismo. Os progressistas incluíam alguns industriais partidários da reforma agrária para ampliar o mercado interna, setores da classe média partidários da

o efêmero do título da peça seria um retrato da "brevidade de nossa trajetória no planeta". Sua maior luta, relata, é para "manter a cultura viva, com alcance popular". Por esse motivo aliou-se ao Sesc, que tem o caráter de popularização da cultura. E cobrará ingressos que custarão entre R$ 10 e R$ 40, mesmo servindo um jantar a todos os espectadores, antes do início. Ela não abre mão da refeição, adotada nas apresentações na França. "A comida é feita com amor para receber o público." A mulher é respeitada por seus pares no Velho e no Novo Mundo, já foi premiada em diversos continentes. Os brasileiros Antunes Filho, Cacá Carvalho e Gabriel Villela participaram da entrevista que ela concedeu aqui como ouvintes e não como estrelas. Mas ela diz que gostou mesmo foi de ver uma citação sobre sua companhia em um livro didático francês. "Fiquei tão orgulhosa que não passava na porta".

"O PULO DO GATO 2", DE MÁRCIO COTRIM, DECIFRA IDIOMA POP. Livro revela origem e significado de mais 280 palavras e expressões populares. Geração Editorial, 128 páginas, R$ 29,90.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 - LAZER

sexta-feira, 31 de agosto, sábado e domingo, 1 e 2 de setembro de 2007 Paulo Pampolin/Hype

ABRA OS OLHOS PARA O MODERNISMO Lúcia Helena de Camargo O Instituto de Estudos Brasileiros, na USP: reforma tornou o espaço expositivo elegante, com ar condicionado e iluminação adequados.

Fotos: IEB/Divulgação

Retrato de Mário de Andrade, por Cândido Portinari

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a conferência inaugural da Semana de Arte Moderna, em 13 de fevereiro de 1922, Graça Aranha disse ao público que lotava o Teatro Municipal de São Paulo: "Da libertação do nosso espírito sairá a arte vitoriosa. E os primeiros anúncios da nossa esperança são os que oferecemos aqui à vossa curiosidade. São estas pinturas extravagantes, estas esculturas absurdas, esta música alucinada, esta poesia aérea e desarticulada." E 37 dessas obras de arte que inauguraram o moderno no Brasil estão expostas na mostra A Arte Moderna pelo Olhar de Mário de Andrade, em cartaz por tempo indeterminado no Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (IEB-USP). Estão expostas preciosidades como as esculturas A Vitória e Cabeça de Cristo, de Victor Brecheret, pinturas como O Homem Amarelo, de Anita Malfatti, emblemáticas do período, além de pinturas de Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral, Alberto da Veiga Guignard, Francisco Rebollo, Alfredo Volpi, entre outras. Os trabalhos formam um recorte

O Homem Amarelo, polêmica obra de Anita Malfatti

dentro da vasta coleção amealhada ao longo da vida pelo escritor, e integralmente doada por sua família ao IEB em 1968. A escolha atual oferece um roteiro significativo da produção das duas primeiras gerações de artistas modernos do País. A exposição, iniciada em agosto, joga luz sobre a coleção de artes visuais do instituto, que passou por uma reforma e reabriu as portas com boa iluminação, ar condicionado e espaço expositivo elegante. Lamentavelmente, é visitado praticamente só por pessoas que freqüentam a USP, já que fica dentro da Cidade Universitária, local pouco prático para grande parte dos paulistanos. Mas quem se aventurar pode encontrar lá também material para consulta, dentro do conjunto com mais de 3 mil peças de valor artístico, histórico e antropológico. Criterioso tanto ao reunir arte como amigos, o músico, professor e

poeta paulistano possuía olho de águia e sensibilidade que possibilitou formar um magnífico acervo. No catálogo Coleção Mário de Andrade Artes Plásticas (IEB, 1998, R$ 92), a professora Gilda de Mello e Souza (1919-2005) oferece pistas para decifrar a mente do colecionador, que "com indiscrição de voyeur, entregase à pesquisa artística". Outras mostras virão, com critérios diferentes, mas ao contato com as obras agora exibidas, somos tomados pelo sentido do citado discurso de Graça Aranha na abertura da Semana: "Que a arte seja fiel a si mesma, renuncie ao particular e faça cessar por instantes a dolorosa tragédia do espírito humano desvairado no grande exílio da separação do Todo, e nos transporte pelos sentimentos vagos das formas, das cores, dos sons, dos tatos e dos sabores à nossa gloriosa fusão no Universo."

Vitória (foto maior), de Victor Brecheret, foi um dos destaques da Semana de Arte Moderna de 1922. Ao lado, xilogravura Feriado, de Lasar Segall. De cima para baixo: Duas Irmãs, de Ismael Neri; Chegada de Muratori, de Cícero Dias; Mulatas de Di Cavalcanti; e auto-retrato de Pancetti.

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Amizade à prova de fogo

e a arte modernista não é motivo para ir até a Cidade Universitária, talvez a história da música possa incentivar. Na sala ao lado, dentro do IEB, a exibição Vida de Artista comemora o centenário de nascimento do compositor Camargo Guarnieri, nascido em Tietê, interior de São Paulo, trazendo fotografias, documentos, artigos de jornal, programas musicais e muitas cartas. Pode-se ver imagens de concertos compartilhadas com o maestro Eleazar de Carvalho, Guiomar Novaes, Villa-Lobos, Magdalena Tagliaferro, entre outros. Todo o material foi igualmente doado pela família ao IEB, depois de sua morte. A primeira composição de Mozart Camargo Guarnieri – que aos dez anos de idade fez Sonho de Artista– foi a inspiração para o nome da exposição, da-

do pela professora Flávia Toni, do Departamento de Música da Escola de Comunicações e Artes (ECA), responsável pelo acervo Camargo Guarnieri e curadoria.

A mostra permanece em cartaz até o dia 19 de setembro, seguindo depois para montagem no saguão da Sala São Paulo, onde encontrará o público da música erudita.

Mário de Andrade, Lamberto Baldi e Camargo Guarnieri.

Onipresente nas manifestações artísticas da Paulicéia – Desvairada, como ele a concebia – na primeira metade do século passado, Mário de Andrade é figura conhecida até hoje.

Isso lembrado, é bom reparar que as duas exposições agora em cartaz no IEB se entrelaçam não apenas pelo espaço contíguo, mas também em razão da amizade entre os protagonis-

O maestro chamado Mozart: exposição vai para a Sala São Paulo.

tas. E talvez esses laços – evidenciados em uma fotografia – tenham ajudado na manutenção do acervo do maestro. A curadora Flávia Toni costuma contar o episódio que ilustra o fato, ocorrido durante o incêndio no acervo Camargo Guarnieri, há sete anos. Com o local em chamas, o primeiro bombeiro entrou para avaliar a melhor forma de combater o fogo. Ele nada sabia sobre Camargo Guarnieri, mas avistou uma foto do escritor modernista. E gritou aos demais: "Vamos com cuidado! Porque aqui tem coisas importantes: acabo de ver uma fotografia do Mário de Andrade".(LHC) IEB - Avenida Professor Mello Morais, Travessa 8, nº 140, Cidade Universitária, tels.: 3818-3199 e 3815-3199. Aberto de segunda a sexta, das 9h às 17h30. Grátis.

"MEMÓRIAS DE SÃO PAULO" TRAZ PAINÉIS DE EDUARDO KOBRA Mostra exibe cenas paulistanas. Praça Benedito Calixto, 179, Pinheiros. Segunda a sexta das 8h às 16h; sábado, das 8h às 20h. Até 28 de outubro. Grátis.


Ano 83 - Nº 22.451

Sexta-feira, 31 de agosto, sábado e domingo, 1 e 2 de setembro de 2007

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

w w w. d co m e rc i o. co m . b r

Edição concluída às 23h50

Vivi Zanatta/AE

O cessar-fogo foi rompido de vez com o disparo na foto ao lado. Agora acabou a feirinha da madrugada no Brás. Camelôs ilegais atearam fogo em loja e fecharam o comércio. A PM foi recebida a pedradas. Aí chegou a tropa de Choque. A Prefeitura impôs tolerância zero: os 580 camelôs legais só voltam em 5 dias. C 1

Protestos agora serão encarados como questão de desordem pública Eduardo Odloak, subprefeito da Mooca

JF Diorio/AE

Presidente do Senado será julgado em votação aberta. As 8 razões, na página 3.

Réu Dirceu avista uma ditadura da imprensa

Leopoldo Silva/Ag. Senado

Oito motivos para cassar Renan

André Az/Ag. O Dia/AE

Revelações de jornais, para Dirceu, põem o STF sob suspeição. 'Estou em pânico'. Pág. 5

Fotos: Divulgação

Dicas para o fim de semana Masao Goto/e-SIM

HOJE Parcialmente nublado Máxima 23º C. Mínima 14º C.

AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 26º C. Mínima 14º C.

Choque de trens mata 8 e deixa 101 feridos no Rio Acidente foi a 200 metros da estação de Austin, em Nova Iguaçu. "Escutei aquele estrondo, a poeira levantando e um clima de desespero", conta passageira. Cidades 3

No escritório do futuro ESPECIAL

Dança do Japão (esq.) e Cia. Nau de Ícaros (acima) estão entre os melhores programas. Mais: arte modernista na USP; superdicas grátis; vozes do Brasil em livro; cozinha espanhola; Adega e Roda do Vinho.


Cidades DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 31 de agosto, sábado e domingo, 1 e 2 de setembro de 2007

Vivi Zanatta/AE

1 Apu Gomes/Folha Imagem

Mais uma vez, camelôs e policiais entraram em choque nas ruas do Brás.

Soldado da Tropa de Choque da Polícia Militar atira com bala de borracha contra camelôs, em mais um confronto nas ruas do Brás. Agora, a fiscalização na região será feita 24 horas por dia.

Prefeitura endurece e anuncia tolerância zero com camelô ilegal Depois de novo confronto no Brás, subprefeito da Mooca afirma que protestos que geram conflito e bloqueio de ruas serão tratados como "problemas criminais" Andrei Bonamim/Luz

Fernando Vieira *

A

madrugada de ontem foi, mais uma vez, de tensão na região da rua Oriente, onde é realizada parte da "feirinha da madrugada", no bairro do Brás. Cerca de 800 camelôs entraram em confronto com soldados da Polícia Militar. Os policiais usaram bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar os manifestantes. Embora ninguém tenha ficado ferido, portas de duas lojas na rua Oriente foram arrombadas. Uma loja foi incendiada. Lixeiras, lâmpadas de rua e orelhões foram danificados. A guerra entre camelôs do Brás e a fiscalização municipal, com apoio da polícia, já dura meses e se acirra a cada semana. "Desordem" – Diante desse cenário, no final da tarde de ontem os comandos das polícias Militar e Civil e da Guarda Civil Metropolitana (GCM) reuniram-se com o subprefeito da Mooca, Eduardo Odloak, para redefinir as ações da força-tarefa no Brás. A decisão foi endurecer. Assim, os comandos policiais passarão a coordenar as ações nas madrugadas. “A partir de agora, os protestos diários, que interditam as ruas do bairro e geram conflitos, passarão a ser encarados como questão de desordem pública e serão tratados como problemas criminais”, disse o subprefeito Odloak. O subprefeito determinou ainda a publicação de uma portaria, suspendendo, por cinco dias, a contar de amanhã, os 580 Termos de Permissão de Uso (TPU) de ambulantes da região. O objetivo, segundo Odloak, é facilitar a fiscalização. “É uma medida para evitar que o problema da madrugada invada a manhã. Além disso, é uma questão de segurança para o próprio ambulante com TPU, que vem sendo

Loja da rua Oriente teve a porta arrebentada durante os conflitos na madrugada de ontem. Comerciantes estão intimidados e lamentam quedas de até 50% em suas vendas.

ameaçado pelo ilegal”, afirmou o subprefeito da Mooca. A mudança de postura da Prefeitura e o reforço das medidas repressivas é razão direta dos confrontos ocorridos na madrugada de ontem. O embate foi uma espécie de gota d'água numa situação de impasse. Ontem, por volta das 3h, a rua Oriente e adjacências voltaram a ser praça de guerra, quando cerca de 800 camelôs que ocupavam a área tentaram montar suas barracas. Fogo – A força-tarefa que atua no local impediu a montagem. Em protesto, os camelôs atearam fogo em alguns cavaletes, bloqueando a rua Oriente. Ao serem recebidos com pe-

dradas, policiais militares tentaram controlar a situação até a chegada do reforço da Tropa de Choque. Houve confronto e, durante a confusão, 14 lojas foram danificadas. Em uma delas, localizada na rua Oriente com Maria Marcolino, os camelôs atearam fogo à porta e quebraram a vitrine. As roupas que estavam expostas foram queimadas. Sete pessoas foram detidas para averiguação. A situação só foi normalizada no início da manhã. E, mais uma vez, os prejudicados foram os comerciantes do bairro, que arcaram com os prejuízos. Ameaça – Intimidados, eles perguntaram: “Até onde essa

situação pode chegar?” O subprefeito da Mooca reconhece que o “processo de reconquista do espaço público enfrenta sua fase mais crítica”, com a proibição da feirinha da madrugada. Em tom de desafio, a posição dos camelôs é de ameaça. “Se não pudermos voltar ao trabalho daqui para o final do ano, a melhor época para vendas, a situação vai piorar”, afirmou um ambulante que não se identificou, mas que traduziu o estado de ânimo dos camelôs. Prejuízos – “Nosso horário de abertura das lojas é 4h. Mas a região ficou interditada até as 6h30”, disse um comerciante que, com medo de represálias,

pediu para não ser identificado. “Começamos hoje (ontem), mais uma vez, às 7h30 e com as portas pela metade. Apenas às 9h, sentimos segurança para abrirmos totalmente as portas”, contou o gerente Nelson Cardoso, de 40 anos. Em média, os comerciantes afirmam que a queda no movimento, acumulada nos últimos dez dias, chega a 50%. “Nunca vi tamanho policiamento por aqui. O problema é que policial e GCM não compram. Do jeito que a loja abre, fecha. Sem a saída de mercadorias”, queixou-se um lojista. Em comunicado, a Associação dos Lojistas do Brás (Alobrás) informou que, “apesar dos

conflitos na madrugada, a entidade vem fazendo o possível para garantir que lojistas e consumidores circulem sem preocupações pela região”, com a segurança reforçada. Histórico -A ofensiva contra o comércio ilegal nas ruas do Brás teve início há mais de 90 dias. A fiscalização começou durante o dia, tendo como alvo a ação de ambulantes sem TPU. No dia 20, uma força-tarefa entrou em operação com o objetivo de pôr um fim à feirinha da madrugada, com fiscalização diária da 1h às 18h. A partir de hoje, a Prefeitura e a Polícia Militar farão operações de combate aos camelôs irregulares 24 horas por dia. (* Com agências)


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Ambiente Urbanismo Transpor te Saúde

RÁDIO-PIRATA Em 3 meses, as rádios-piratas prejudicaram a comunicação de pilotos 571 vezes.

Ó RBITA

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 31 de agosto, sábado e domingo, 1 e 2 de setembro de 2007

É preciso solucionar esse problema agora. Sérgio Cabral, governador do Rio

PASSAGEM CUSTARÁ CERCA DE R$ 130

CONGONHAS O Aeroporto de Congonhas foi fechado ontem de manhã por causa da chuva fraca.

Vania Delpoio/AOG

Serra e Cabral embarcam no projeto do trem-bala Governadores criam grupo de estudo do trem que vai ligar São Paulo ao Rio de Janeiro em 85 minutos Kelly Ferreira

Márcio Fernandes/AE

P

CET VAI TER MOTOS COM CÂMERAS observar em tempo real o Companhia de que está acontecendo em Engenharia de Tráfego A locais onde não há câmeras (CET) testou ontem um novo equipamento para monitorar o trânsito. É uma motocicleta que vai circular pelas ruas da Capital com uma câmera acoplada. O equipamento vai registrar imagens e enviálas no mesmo instante à central por sinal de telefone celular. Os técnicos vão

fixas. Segundo a empresa que desenvolveu o sistema, a operação vai custar cerca de R$ 1,5 mil por moto. O teste foi na região da avenida Paulista, mas a idéia é que a moto também circule pelas marginais e periferia. Não há data para o serviço começar. (Agências)

Marcos Bezerra/Futura Press

ROUBO DE FIOS: ITAQUERA É CAMPEÃ região de Itaquera, na zona leste, é campeã A em roubos de cabos e fios. Ontem, uma força-tarefa com representantes da Prefeitura, polícias Civil e Militar, Sabesp e Eletropaulo percorreu a região. O objetivo é acabar com o furto de fios e cabos. Apenas em Itaquera são roubados, todos os meses,

34 quilômetros de fios. Em São Paulo, são 150 quilômetros por mês, provocando um prejuízo de R$ 350 mil. O material, geralmente cobre, tem alto valor no mercado de sucata. A força-tarefa fiscalizou 12 locais. Em um ferro-velho havia 300 quilos de cobre, mas não havia provas de que era roubado. (Agências)

COCAÍNA EM URSO DE PELÚCIA ais de 20 papelotes de cocaína foram M encontrados pela Polícia

Militar dentro de um urso de pelúcia, ontem, em Juiz de Fora (MG). Segundo a Polícia Militar, o urso estava no banco traseiro de um carro, um Mondeo, com

placas de Niterói (RJ). O motorista foi parado quando passava pela avenida Nossa Senhora do Líbano. Os policiais também encontraram no carro três celulares, R$ 205 e US$ 30. O motorista foi preso em flagrante. (Agências)

ara vir de avião a São Paulo discutir com o governador José Serra o projeto de um trembala para ligar a Capital ao Rio de Janeiro, o governador do Rio, Sérgio Cabral, demorou cerca de três horas. Se o trem-bala já existisse, a viagem duraria pouco mais de uma hora. "A minha saga de hoje (ontem) ilustra bem a necessidade de termos uma opção ferroviária que ligue essas duas grandes cidades", disse Cabral. A saga do governador começou quando o seu avião não conseguiu pousar no Aeroporto de Congonhas, por causa do mau tempo. O vôo foi desviado para Cumbica, em Guarulhos, e depois para Viracopos, em Campinas, por falta de teto. A viagem do governador a São Paulo foi para assinar, junto com Serra, a criação de um grupo de estudo para acompanhar o desenvolvimento, pelo governo federal, de um trembala que ligará São Paulo ao Rio a 300 km/h. O estudo do Ministério dos Transportes e da empresa italiana Italplan prevê um investimento de R$ 18 bilhões. O projeto deve sair do papel em oito anos. A expectativa é que até março de 2008 seja apresentado o primeiro esboço da proposta. "Não tem cabimento duas cidades tão importantes não terem uma ligação ferroviária. O estudo que será feito é importante para a viabilização do projeto. Daqui a 10 anos, as rodovias estarão mais cheias e os aeroportos mais congestionados. É preciso solucionar esse problema agora", Cabral. A estimativa é de que, no primeiro ano de funcionamento, 32 milhões de pessoas utilizem o transporte. Pelos planos do grupo italiano, o trem-bala terá capacidade para transportar 855 passageiros por viagem, além de carga leve. O tempo entre o centro de São Paulo e o centro do Rio será de 85 minutos e o valor da passagem será em torno de R$ 130. "Temos de ver o volume da demanda e se o trem fará paradas intermediárias ou não. Talvez teremos um trem 'meio bala', com paradas", disse Serra. Cabral foi além. "Podemos ter um trem-bala 'no stop' e outro 20 minutos depois com paradas." Durante a assinatura do convênio, Serra fez uma brincadeira. "Espero que isso aconteça no

Governadores Sérgio Cabral (à esq.) e José Serra durante assinatura do convênio: vôo do governador do Rio de Janeiro levou três horas para chegar a São Paulo. De trembala, seriam apenas 85 minutos

primeiro mandato, mas pode acontecer no segundo", disse, admitindo a possibilidade de se candidatar à reeleição em 2010. De acordo com os governadores, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco Europeu de Investimentos (BEI) estudam o financiamento da obra, mas a

participação da iniciativa privada não está descartada. Os estudos e intenções para construir o trem-bala entre São Paulo e o Rio de Janeiro começaram há 20 anos, quando um grupo alemão apresentou a primeira proposta. Há dois anos, o Ministério dos Transportes e a Italplan passaram a

desenvolver um estudo técnico sobre a linha. Europa – Os trens de alta velocidade são usados em vários países. Na Europa há mais de 4.700 km de linhas, em países como a França, Espanha e Itália. Portugal já começou a construção do primeiro expresso, que ligará o Porto à Lisboa.


sexta-feira, 31 de agosto, sábado e domingo, 1 e 2 de setembro de 2007

Urbanismo Saúde Acidente Educação

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Marcelo Carnaval/AOG

Escutei aquele estrondo enorme e um clima de desespero. Diana Gonçalves

TRAGÉDIA FOI EM NOVA IGUAÇU

Choque de trens mata 8 e fere 101 * Ó RBITA

GRANADA

A

Polícia Militar encontrou ontem de manhã uma granada em um carro usado por quatro homens que invadiram uma casa no Planalto Paulista, na zona sul. A PM chegou no momento em que os homens ainda estavam na casa. Segundo os policiais, durante a ação um assaltante apontou a arma para dois soldados e o dono da casa aproveitou para bater no braço do ladrão. Os policiais reagiram e atingiram o ladrão. Os outros três conseguiram fugir. Ao vasculhar o carro usado pelo grupo, que era roubado, foi encontrada uma granada. (Agências)

ORKUT

A

Polícia Civil prendeu ontem um universitário de 27 anos acusado de vender remédios para emagrecimento com venda controlada. O comércio ilegal era feito pelo site Orkut. Segundo a secretaria de Segurança Pública, o universitário negociava e vendia os medicamentos usando o nome falso de Leandro e a foto de uma modelo. O principal remédio vendido era o Desobesi, usado para pacientes obesos e com venda controlada. De acordo com a secretaria, foram apreendidos com o estudante talões de receitas e carimbos de médicos. (Agências)

ABANDONO

D

uas irmãs de 9 e 13 anos de idade encontraram uma menina com cerca de dois dias de vida abandonada em um terreno baldio, terça-feira, em Chapecó (SC). O bebê, que estava em uma caixa de sapatos, passa bem. Segundo a polícia, as irmãs estavam indo para a escola quando ouviram ruídos feitos pela menina. Ela estava enrolada em roupas de adulto, dentro da caixa de sapatos. Em casa, o pai das duas irmãs acionou a Polícia Militar. O bebê foi levado a um hospital e está sob cuidados do Conselho Tutelar. A mãe ainda não foi descoberta.(Agências)

ESPADA

A

Polícia Militar apreendeu anteontem um fuzil, duas metralhadoras e uma espada do Exército durante uma operação na favela Paraisópolis, na zona sul. Os objetos foram encontrados em um sobrado na favela. Também foram apreendidas uma carabina, uma pistola e cinco coletes à prova de balas, além de jóias e aparelhos eletrônicos. A PM chegou ao local após denúncia de que a casa era usada como cativeiro, onde havia uma vítima de seqüestro. O casal que mora no local fugiu. (Agências)

Tragédia ocorreu em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. No momento da colisão, um dos trens transportava cerca de 400 passageiros da Central do Brasil.

U

m choque entre dois trens da Central do Brasil deixou 8 mortos e 101 feridos, ontem, em Nova Iguaçu (RJ). Um dos trens tinha cerca de 400 passageiros e o outro estava vazio. De acordo com informações da Supervia, concessionária que administra a via, o trem WP-908 atravessava da linha 1 para a linha 2, quando foi atingido pelo trem de passageiros, prefixo UP-171. O acidente é considerado o mais grave dos últimos seis anos, segundo a Supervia. O trem de passageiros partiu às 15h10 da Central do Brasil com destino a Japeri. O acidente ocorreu a cerca de 200 metros da estação de Austin, distrito de Nova Iguaçu, às 16h09. O choque foi tão forte que o último vagão do WP-908 descarrilou. Os dois primeiros vagões do trem de passageiros também saíram dos trilhos. Muitas pessoas ficaram presas entre as ferragens. Moradores das redondezas, ao ouvirem o estrondo, correram para o local e socorreram as vítimas menos graves. Elas foram levadas de carro para hospitais da região. Estrondo - "Eu estava dormindo, mas, de repente, escutei aquele estrondo enorme, a poeira levantando e um clima de desespero. Depois que o trem parou, muita gente saiu correndo", contou Diana Gonçalves, de 53 anos passageira do terceiro vagão. O instrutor de equitação Robson de Oliveira, de 44 anos, também estava no mesmo vagão e tentou ajudar os outros passageiros. "Tinha muita gente presa nas ferragens. Eu vi pelo menos um morto. Foi horrível. Tinha muita gente desesperada, com crise nervosa", contou. Bombeiros de 15 quartéis seguiram para o local do acidente. Cerca de 60 bombeiros e 100 homens da Defesa Civil de Nova Iguaçu trabalharam no resgate dos passageiros. Uma equipe da coordenação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) fazia a triagem dos feridos. Os considerados mais graves foram levados para o Hospital da Posse. Os demais foram divididos pelos hospitais de Saracuruna e Duque, ambos em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e unidades de atendimento em Nova Iguaçu. Um passageiro gravemente ferido foi socorrido de helicóptero e levado para o Hospital Miguel Couto, no Rio. "As vítimas chegaram com fraturas nos membros, lesões de face e hemorragia abdominal. São ferimentos típicos da desaceleração do trem por causa da batida", afirmou o diretor-geral do Hospital da Posse, Marcos de Sousa. O secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, chegou ao local do acidente por volta das 18h. De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Pedro Machado, as dificuldades de resgate foram grandes. "Anoiteceu rápido e foi preciso trazer geradores para iluminar o local. Acidentes na via férrea são complicados porque o local é de difícil acesso", explicou. O diretor de Operações da Supervia, João Gouvêa, disse que só após a perícia será possível saber as causas do acidente. "Os dois maquinistas sobreviveram e serão úteis para esclarecer o que houve. O laudo deve sair em 10 dias. Aí saberemos detalhes, como a velocidade das composições", afirmou. Apesar do acidente, os trens da Central do Brasil continuaram a trafegar normalmente. (AE)

André Az/Agência O Dia

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Foi o mais grave acidente ferroviário dos últimos seis anos. Sobreviventes e moradores das redondezas relataram momentos de desespero entre os passageiros. Marcelo Carnaval/AOG

Marcelo Carnaval/AOG

Bombeiros fazem o resgate de vítimas do choque entre as duas composições da Central do Brasil, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Após o acidente, muitos passageiros saíram correndo em meio à confusão e a poeira que foi levantada por causa da colisão. O resgate foi difícil, pois muitas pessoas ficaram presas em meio as ferragens. De acordo com o diretor da concessionária que administra a ferrovia, apenas depois da realização da perícia é que será possível identificar as causas do acidente e a velocidade em que os trens estavam no momento do choque.


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Transpor te Saúde Memória Urbanismo

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 31 de agosto, sábado e domingo, 1 e 2 de setembro de 2007

FOTOS DE B.J. DUARTE TESTEMUNHAM MUTAÇÕES

Foto mostra a construção do Hospital das Clínicas, centro de referência em saúde no continente.

São Paulo, anos 30

QUANDO O FUTURO COMEÇOU Livro com fotos de B.J. Duarte revela o momento em que São Paulo abdica de sua condição de vila e adere ao moderno, ao vertical e à sua vocação de metrópole Fotos de B.J. Duarte/Divulgação

Carlos de Oliveira

S

e fosse possível precisar datas ou mesmo períodos de tempo numa cidade-monstro e mutante, a década de 30 marcaria o momento em que o futuro brotou em São Paulo. A vila provinciana e modorrenta documentada pelo fotógrafo Militão Augusto de Azevedo, entre 1862 e 1887, foi revisitada pelo olhar documentarista de outro fotógrafo, Benedito Junqueira Duarte (19101995), e revelou-se ousada, pretensiosa, magalômana. De fato, a São Paulo que conhecemos hoje, em que pesem todos os seus problemas e defeitos, tem a virtude de ter nascido numa época marcada pela boa vontade de visionários. Se houve desvios ao longo do caminho ao século 21... coisas da vida. A verdade é que numa terra onde o passado sempre foi tratado sem a devida reverência, quase como sucata, as fotos de B.J. Duarte emergem da mera nostalgia e entram para a história como documento obrigatório para a compreensão da transformação urbana. É o que mostra o livro "B.J. Duarte: Caçador de Imagens", lançado esta semana na Galeria Olido. A obra, com 214 imagens, é um pequeno extrato de um acervo composto por 2.691 fotografias tiradas por Duarte, graças a um escritor com faro apurado para o moderno. Em 1935, Mário de Andrade, então chefe do Departamento de Cultura da Prefeitura de São Paulo, convidou Duarte para organizar o arquivo iconográfico do município e documentar as ações do departamento de obras públicas. A pauta foi cumprida com o raro talento dos bons repórteres.

Na foto ao alto, feita em 1939, o Edifício Matarazzo, hoje sede da Prefeitura paulistana (acima, em foto atual), alterava radicalmente a paisagem junto ao viaduto do Chá. O mesmo ocorreu na praça da Sé, com a Catedral Metropolitana em construção, em 1939 (foto à esquerda). Coração da cidade, a praça é, hoje, espaço-síntese não apenas da cidade, mas do País, um ponto de encontro privilegiado para comemorações e eventos cívicos.

As obras de retificação do rio Tietê, em 1939

A Sé, hoje, com a Catedral concluída. A praça, contudo, continua mutante.

A 9 de Julho ainda em chão batido e o início de construção do túnel, emoldurado pelo espigão da Paulista

Avenida Rebouças, em 1939, apenas um caminho

Reproduções

Mário de Andrade, em 1937: idéia de gravar a evolução da cidade

Profeta iconográfico

O

B.J. Duarte, em foto de autor desconhecido

fotógrafo B.J. Duarte cometeu um único erro em relação a suas fotografias. O de ter dito a seguinte frase, numa entrevista concedida em 1986: "Dadas as gigantescas proporções da mutação verificada em sua fisionomia urbana... São Paulo de ontem, para as gerações de hoje, tornouse uma cidade fantasma e perdida em bruma, apenas reconhecível nas dimensões dessas fotos envelhecidas, mudas e inertes". Injusto consigo mesmo, Duarte foi, não um mero retratista do passado, mas um profeta iconográfico, um arauto do futuro.(CO)

O livro "B.J. Duarte: Caçador de Imagens" (Cosac Naify, 208 páginas, R$ 42)


onde o terciário chega a 85% dos sindicalizados", ressalva. Para Pochmann, vários fatores contribuíram para o quadro de declínio da sindicalização nas grandes metrópoles: o forte crescimento do desemprego, as novas formas de gestão da mão-de-obra pelas empresas, o deslocamento geográfico de empresas, a perda de importância relativa no emprego da indústria e o avanço da terceirização. Apesar disso, as entidades sindicais voltaram a recuperar parcialmente a taxa de sindicalização a partir do começo da década de

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2000. Entre 1999 e 2005, por exemplo, a taxa geral no Brasil cresceu 14,3%. "Isso permite considerar, entre outros aspectos já mencionados, que a força dos associados não mais se sustenta no que outrora se fundamentou como sendo novo sindicalismo", observa. Força no campo Enquanto a sindicalização dos trabalhadores urbanos se recuperou timidamente em 2005 (3,1% maior que em 1999), o sin-


dicalismo rural ganhou espaço – especificamente no segmento agrícola – com a proporção de um sindicalizado para cada quatro postos ocupados. A taxa de sincalização no campo saltou de 13,9% em 1995 para 24,7% em 2005. Terceirizados e sindicalizados O estudo focou também a relação dos trabalhadores terceirizados de São Paulo com os sindicatos. No período entre 1993 e 2006, houve redução no número de empregados terceirizados – de 155 mil para 148,5 mil. Entretanto, Pochmann observa

que, nos últimos três anos, cerca de 27 mil trabalhadores se sindicalizam anualmente no Sindeepres e, no ano passado, a entidade constatou que um em cada três trabalhadores terceirizados era sindicalizado. No País, os terceirizados sindicalizados representam 19% do total, enquanto o Estado de São Paulo é responsável por quase 32% desse segmento. "O terceirizado tem permitido constituir as bases de uma nova fase de atuação no sindicalismo brasileiro", explica Pochmann. "Mas falta estabilidade nesse setor, porque a taxa de rotatividade fica acima de 80%. De cada dez trabalhadores, oito mudam de emprego", conclui.

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va de vida no século 21 é de 70 anos – enquanto em 1907 o homem vivia em média 34 anos – não há justificativa para se entrar no mercado de trabalho antes dos 25 anos. Para ele, é inconcebível que se trabalhe muito mais hoje no Brasil do que no início do século 20. "O trabalho hoje é insustentável em termos de natureza humana – 16 a 17 horas por dia. O homem do século 19 tinha, pelo menos, o controle sobre o trabalho, porque sua produção agrícola era para garantir apenas sua sobrevivência." A preocupação de Pochmann é também com os menores de idade, que são obrigados a largar os estudos para trabalhar e ajudar a família a obter mais renda. "Temos 4,5 milhões de jovens com menos de 16 anos de idade trabalhando, mesmo sendo algo ilegal." Segundo o economista, esse problema também contribui para que se ocupe postos de trabalho de adultos. "Temos hoje muitas pessoas que deveriam estar no mercado de trabalho e outras que não deveriam estar. Um terço dos aposentados e pensionistas, por exemplo, estão nesse mercado de trabalho. Ora, aposentadoria e pensão é uma conquista para justamente tirar essas pessoas do mercado de trabalho! Se eles se aposentam e precisam continuar trabalhando é porque alguma coisa está errada", enfatiza. Outro fator que contribui para comprometer ainda mais a escassa oferta de trabalho é a chamada "cultura de horas extras" do trabalhador brasileiro. "Temos 32 milhões de pessoas com jornada de trabalho acima de 44 horas semanais. Pelos meus cálculos, essas jornadas extras equivalem a 4,5 milhões de empregos que não são gerados", explica. O presidente do Ipea conclui que há uma má divisão do tempo de trabalho. "Tem alguns que trabalham muito, jornadas em torno de 70 a 80 horas por semana. E outros com jornada zero, desempregados. É preciso uma regulação pública que dê um controle adequado para essa discrepância", salienta o economista. Desemprego vs Crescimento Pochmann acha que houve avanços sociais a partir da Constituição de 1988, mas adverte que o País está atualmente longe do modelo idealizado, principalmente por causa dos baixos índices de crescimento econômico, que geram desemprego em massa. "O País está hoje com quase 19 milhões de desempregados – que representam cerca de 20% da População Economicamente Ativa (PEA)." Para ele, a

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questão se torna mais ampla ao se constatar que os ocupados brasileiros representam em torno de 3,5% da PEA mundial. "Logo, representamos quase 6% do desemprego do mundo", calcula o presidente do Ipea. Para o economista, algumas questões precisam ser consideradas para se entender o atual período recessivo. Em primeiro lugar, o País não registra crescimento econômico significativo há mais de um quarto de século. "Até 1980, havia um crescimento de 6% a 7% por ano. Nos últimos seis anos, passamos a conviver com um crescimento anual medíocre, abaixo de 3%. E, sem esse crescimento, não tem milagre, porque ainda somos um país em construção", lamenta o economista. "São apagões simultâneos, tudo é resultado da ausência de investimentos." Sem educação, sem trabalho Prosseguindo com seu raciocínio sobre escassez de empregos, Pochmann toca fundo na ferida mais profunda do País: a precariedade da educação. Para poucas vagas de mercado, estão sendo formados profissionais mal preparados ou até mesmo sem estudos. Em relação à falta de escolas para a população jovem, o economista cita o exemplo do Chile, onde 85% de seus adolescentes de 15 a 17 anos estudam no ensino médio, enquanto o Brasil apenas um terço dessa faixa etária está em salas de aula. "E sem escolas, não há retorno futuro. Para seguirmos o exemplo chileno, precisaríamos incorporar 5 milhões de jovens – que representam 50 mil salas de aula e 500 mil professores a mais. Não existe orçamento para isso e, portanto, não haverá essa inclusão no mercado", pondera o presidente do Ipea. Para o jovem indeciso sobre seu estudo para uma carreira, Pochmann aconselha, em primeiro lugar, que ele lute por uma educação para a vida, utilitarista, e não pensar necessariamente no mercado de trabalho atual, em processo de mutação. "Não adianta se preparar para uma situação que hoje está relativamente favorável e amanhã muda de sentido. É fundamental que o jovem considere a educação como um elemento-chave de sua cidadania, uma opção de vida", filosofa o economista. "Em segundo lugar, o jovem deve compreender que os problemas que estamos vivendo hoje, no caso do desemprego ou da falta de oportunidades, não são de ordem individual. Temos de olhar nossos problemas presentes como uma decorrência de decisões to-


Paulo Pampolin/Digna Imagem

O País está hoje com quase 19 milhões de desempregados – que juntos representam cerca de 20% da População Economicamente Ativa (PEA). A questão se torna mais ampla se colocada no âmbito internacional: representamos quase 6% do desemprego no mundo.

madas no passado que, de certa maneira, não são de responsabilidade do próprio desempregado", acrescenta. Para ter uma idéia da dimensão do problema da preparação desses jovens candidatos ao mercado de trabalho, ele lembra que se trata da quinta maior juventude do mundo, com 35 milhões de brasileiros na faixa etária de 15 a 24 anos de idade. "Somente a metade desses jovens, 17,5 milhões, estudam. E destes, quase dois terços estão atrasados no ensino. E toda vez que a gente perde alguém na escola é muito mais difícil de recuperar", afirma o economista, ao lembrar também que 6 milhões de jovens brasileiros não estudam e nem trabalham. "Quem estiver concluindo o ensino médio, ingressando na universidade, deve reconhecer isso como um privilégio." Na questão de estágio dos que estudam, ele cita também a ausência de condições adequadas para se poder trabalhar e estudar. "Falar de estágio é algo a se considerar nesse País. Basta constatar que um jovem que trabalha oito horas por dia, deve cumprir mais quatro horas de freqüência escolar, além de duas a três horas de deslocamento diário. Estamos falando de um jovem submetido a 16 horas de atividade por dia, o que é

muito difícil de se obter um bom resultado nessas condições", lamenta. Sem crescimento econômico Pochmann disse que um passo fundamental foi a reforma social, a partir da Constituição de 88, que propôs uma série de avanços. "Se o Brasil tivesse crescido uma média de 5 a 6% dos anos 80 aos dias de hoje, poderíamos ter a mesma carga tributária dos anos 80, de 22% do PIB, e não 35%, 36% atuais. E o recurso manipulado pelo governo seria três vezes maior do que é hoje. Evidentemente daria para sustentar a Previdência e um plano social muito mais avantajado do que temos hoje", diz. Seguindo esse raciocínio, o economista conclui que tal situação sonhada manteria pensões justas aos aposentados e, consequentemente, um mercado de trabalho com mais empregos, além de jornadas menores e mais justas para quem realmente necessitasse trabalhar. Reestatização? Apesar de sua análise global, apartidária, Pochmann deixa escapar alguns vestígios ideológicos, ao atacar as políticas "neo-libe-

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inesperada vitória das forças revolucionárias do Rio Grande do Sul, do Norte e de Minas Gerais sobre São Paulo. Serviu, contudo, para despertar o gigante paulista de suas preocupações quase exclusivamente cafeeiras. Se houvesse questões sociais, e havia, eram questão de polícia. São Paulo saiu da revolução marginalizado e ultrapassado pelos acontecimentos. A economia sobrepujou a política do liberalismo agrícola e dos bacharéis. É verdade que a capital paulista fora agitada pela Semana de Arte Moderna de 1922. Mas, apesar dos textos antiburgueses da "Paulicéia Desvairada" de Mário de Andrade, a revolução estética não surtira ainda efeitos sociais. Foi exatamente em 1931 que Alceu Amoroso Lima esteve na capital paulista a fim de pronunciar uma série de conferências no Teatro Municipal, depois reunidas no volume "O problema da burguesia" (1932). Encontrou a cidade mergulhada numa atmosfera sombria, angustiante e expectante, mas ao mesmo tempo convencida que chegara o time for change, para fazer uma comparação com os republicanos norteamericanos. E, de fato, Armando Sales entendeu que o Estado não podia ficar mais à margem dos acontecimentos, razão pela qual foi um dos articuladores da Frente Única Paulista que deflagrou a Revolução de 32. A fundação do Idort trazia para o Brasil um movimento já em curso na Europa e nos Estados Unidos e consagrado, depois da guerra de 14, pelo setor social da Liga das Nações. Pena que tanto as massas quanto as elites sociais brasileiras deram pouca importância à iniciativa, preferindo dedicar o melhor de suas atenções aos movimentos extremistas da Europa, o comunismo de 1917 e o fascismo de 1921. De fato, foi entre 1922 e 1932 que se fundaram no Brasil o Partido Comunista e a Ação Integralista, reflexos tropicais do espírito revolucionário do século 20. Alceu Amoroso Lima apoiou decididamente o Idort convencido, a exemplo de Péguy, da inanidade das revoluções e dos golpes de violência. Questão de princípio: a absoluta necessidade de introduzir na relatividade cega dos acontecimentos históricos uma ordenação racional à luz dos princípios da lei natural e, acima de tudo, da justiça e solidariedade como base do bem comum. O Idort foi, na sua visão, um movimento de racionalização do

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Para o resto da vida, por mais de meio século, Alceu Amoroso Lima foi um paladino da defesa dos valores do trabalho e dos trabalhadores (...) Quando, em 1947, publica o seu livro "A questão do trabalho", é um homem maduro, inclusive com 30 anos de contato estreito com operários (...).

trabalho, uma ponta de lança orientada no melhor dos rumos. Desejava refugar tanto a demagogia improvisada como a rotina conservadora; quis enveredar por um caminho alternativo, sem o fulgor das grandes avenidas, que são sempre as da revolução ou da reação, mas que pudesse ser a percuciente renovação de um status quo, sem se perder no vazio e nem afogar-se no sangue: o discreto revigoramento das raízes, o único que redunda em benefícios reais, profundos, orgânicos e não apenas superficiais. É sabido que Dr. Alceu, quando jovem, apreciava o integralismo e chegou a pensar em suicídio durante uma visita a Veneza. Mas, a partir de 1928, aos 35 anos de idade, converteu-se ao catolicismo e adotou uma corrente de pensamento progressista, fiel discípulo de pensadores como Chesterton, Sertillanges, Jacques Maritain, Leonel Franca, Sebastien Tauzin. Foram estes que o levaram a conhecer profundamente o pensamento de Tomás de Aquino e a doutrina social cristã, expressa pelo papa Leão XIII na encíclica Rerum Novarum, de 1891, sobre a condição dos operários. Tornouse, daí em diante, ardente defensor das liberdades e do solidarismo, embora cioso de sua condição laica, sem subserviência a quem quer que seja. O problema do trabalho Para o resto da vida, por mais de meio século, Alceu Amoroso Lima foi um paladino da defesa dos valores do trabalho e dos trabalhadores. Estudou longamente a economia e a política, como se pode ver em sua obra "Introdução à economia moderna" (1930). Refletiu profundamente sobre o significado de duas conflagrações mundiais e seu séqüito de calamitosas conseqüências. Quando, em 1947, publica o seu livro "A questão do trabalho", é um homem maduro, inclusive com 30 anos de contato estreito com operários, por causa dos estudos na Universidade do Brasil e no Centro Dom Vital, no Rio de Janeiro, e através do empreendedorismo da Ação Católica, de dimensões nacionais. O momento era propício para que ele pudesse começar a elaborar uma síntese. As mortes violentas de Hitler e de Mussolini apressaram o desmoronamento dos dois regimes típicos de extremismo de direita na Alemanha e na Itália. Getúlio Vargas já tinha


sido deposto. Havia, porém, uma ingente obra a realizar, como dizia Joseph de Maistre (apesar de seu ultramontanismo: o mais difícil não é matar os monstros, é remover os seus cadáveres. Restava ainda um outro monstro a ser removido, pois a União Soviética vivia em plena era de stalinismo. Já começava a dar mostras de decomposição, mas o processo demorou ainda quase meio século. Pairava sobre todos os pensadores os temores e as incertezas acerca dos anos vindouros. Era preciso combinar realismo com ousadia. Ele o faz abordando o tema em três partes principais. A primeira parte do livro analisa o trabalho como problema, aliás, o maior problema de nosso tempo; é uma controvérsia entre dados esparsos e soluções divergentes. Em torno da sua solução giram os destinos da nova fase da civilização que se abriu para a humanidade após as duas grandes guerras. O resultado mais apreciável dessa controvérsia foi o aparecimento de uma nova classe social, o proletariado, e uma nova concepção geral da vida, o socialismo. Dr. Alceu não fez um julgamento de valor, fez uma apreciação de fato. O grande dado concreto do após-guerra foi a vitória do proletariado e do socialismo, como sucessores da burguesia e do liberalismo. Tudo passou a ser problemático, isto é, sujeito a revisão: discutível, instável, hipotético, confuso. A pergunta passa a ser – e é do que trata a segunda parte do livro – como resolver adequadamente tal problema? Ora, não há solução integralmente satisfatória para os problemas, como os sociais, em que entra como elemento essencial a liberdade humana. A solução da questão do trabalho vai depender da solução do próprio problema geral da vida e da colocação do ser humano no conjunto das forças existenciais. A terceira parte do livro propõe uma filosofia-axiologia do trabalho, considerando-o como valor em si, sua dignidade como realidade e não como mito, as contradições do trabalho como a servidão e a escravidão, os princípios para a realização do trabalho livre e em comunidade, ideais característicos, se bem que não exclusivos, da doutrina social oriunda da Rerum Novarum: o sentido geral do trabalho, seu fim último, nos dá o segredo de uma civilização. Dr. Alceu não viu a realização desse ideal na civilização primitiva (que deixava o trabalho para os mais fracos e as mulheres). Nem na

civilização estética (como a grega ou militar, com a hipertrofia do trabalho intelectual e a subestimação do trabalho manual). Nem na civilização capitalista (subordinando o trabalho ao êxito, destinado aos párias, dos quais as classes superiores se aproximam por favor ou piedade). Nem na civilização socialista (o trabalho como um fim em si mesmo, em que o ser humano passa a não ter realidade fora da comunidade). Se levarmos em conta o clima de avanço de ideologias materialistas e totalitárias e os inícios da guerra fria, é compreensível que Dr. Alceu proponha, finalmente, a civilização baseada no humanismo judeu-cristão, pois este não se limita a qualquer dos ideais elencados. E cita S. Tomás de Aquino, já superando a ética aristotélica: quem não trabalha não tem senão a vida "potencial" do homem adormecido. O trabalhador é, de modo particular, a imagem do Deus-criador. Entre todos os modos pelos quais a criatura humana procura se assemelhar a Deus, o mais alto é trabalhar, isto é, ser no mundo causa de novos efeitos. "Quod omnium divinius est Dei cooperatorem fieri?" (Que há de mais divino na terra que ser operário com Deus?). Mas a conclusão da obra não é confessional. O que significa afirmar que Deus é a medida do trabalho humano? Não é preciso ter a consciência disso para o realizar. Basta que se trabalhe com amor e alegria. Trabalhar não é uma penalidade, é uma expressão de vida. E não pode haver atividade mais nobre do que propiciar aos seres humanos que permeiem a sua vida com um trabalho feliz.

Semana de Arte Moderna de 1922: a revolução estética não surtira ainda efeitos sociais. Na foto, "Operários", de Tarsila do Amaral.

Reprodução

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Quem está ensinando o adolescente a abrir o seu caminho? O quarto setor, o crime organizado. Esse fato é ainda mais agravado por equívocos do setor público, que gera muita confusão e dúvidas, não só para as entidades assistenciais, como também para os empreendedores e empregadores. Uma emenda constitucional elevou a idade mínima para 16 anos, permitiu também o aprendizado para 14 anos. DE - O que o governo do Estado vem fazendo em favor da juventude? GA - Esse processo do adolescente está merecendo, da nossa parte, uma atenção especial. Quando falo nossa parte é a Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho e a Secretaria do Desenvolvimento Social. Estamos nos preparando para investir pesado em um programa. Eu vou fazer o que chamam de pré-qualificação desse jovem. Pré-qualificação é para o jovem de 14 anos, que está numa entidade assistencial. Ele tem que sofrer um processo de pré-qualificação de cinco a seis meses para receber uma preparação, por exemplo, noção de computação e outras coisas. Ele é preparado para ser colocado no mercado de trabalho. Nós temos que cooperar com essas entidades para fazer a pré-qualificação. Hoje, várias já fazem isso, mas elas acabam colocando o custo da qualificação no preço da contratação do serviço com as

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empresas, que acabam pagando esse custo. Isso não é um incentivo para contratação. Acho que o nosso papel é ajudar na pré-qualificação. Na hora em que o jovem é colocado numa empresa, a entidade tem que assisti-lo, porque a lei é assim, a entidade tem que assisti-lo pelo menos por dois anos. Quando ele for trabalhar, quatro dias por semana ele tem aulas práticas e um dia terá aulas teóricas na entidade. Nós vamos sustentar essas entidades para fazer isso: aí entra o link do programa com a Secretaria do Desenvolvimento Social. Todo jovem da escola pública da rede estadual recebe 60 reais por mês, para ele não sair da escola. Se ele tiver freqüência de 100%, pode chegar até 80 reais por mês. O que nós vamos fazer se ele entrar no programa e for contratado? Ele já vai receber 325 ou 330 reais, que é o salário; então aqueles 60 reais pagos para ele passarão automaticamente para a entidade, para separar do custo de contratação desse jovem. Para a empresa fazer o aprendizado a gente acelerou muito o programa aqui no Estado. É o Movimento Degrau (veja na pág. 72), subindo mais um degrau. DE - Qual a sua opinião sobre a atual CLT? É uma lei que precisa ser reformulada? GA - É uma lei fascista, feita pelo social nacionalismo de Hitler e Mussolini, de quem Getúlio e Perón eram discípu-


los. O social nacionalismo foi a matriz de geração da nossa legislação trabalhista. Ela já serviu e era importante para sua época, mas hoje ela é totalmente ultrapassada, totalmente inadequada para a nova geração de emprego e de trabalho. Por exemplo: lá no Japão tem estabilidade no emprego, mas em contrapartida, o salário flutua de acordo com a maré, ou seja, eu tenho um salário-base, o mínimo, e o resto vem em forma de produtividade. Se a empresa teve um encolhimento no mercado, o rendimento do empregado encolhe, mas ele não vai para a rua. Esta é uma das formas que alguns países que estão crescendo encontraram para enfrentar as oscilações violentas do mercado. Nós temos que buscar as formas mais flexíveis para podermos enfrentar a nossa realidade. Os países que têm terremotos constroem alicerces de borracha , pois sabem que não adianta endurecer, você têm que se adaptar, ser flexível. A Constituinte de 1988 foi feita um ano antes da queda do muro de Berlim, ela consagrou uma visão ultrapassada, e o pior, colocou-se na letra constitucional o "dissídio coletivo", o que seria um "acordo coletivo", por exemplo, entre Petrobras e seus funcionários e outras grandes multinacionais. O que servia para esse pessoal foi colocado na letra constitucional como um princípio básico, só que isso não se adapta à realidade, ao restante dos trabalhadores. Aliás, com muito orgulho (pode até destacar isso) eu fui deputado constituinte nota zero, nota dada pelo DIAP; com orgulho, porque eu me insurgi contra a pressão. E o DIAP fazia esta pressão. Dizia-se que quem não votasse pelo direito do trabalhador iria contra o direito da maioria, mas a maioria ficou sem direito nenhum, isto daqui é para uma minoria e o resultado está aí. Hoje, quando reúno aqui na Secretaria centrais sindicais, eu falo "bem-vindos os líderes da minoria", pois a maioria está sem o controle de vocês e a nossa missão é alcançar essa maioria. Mas como alcançar? Eu, como deputado constituinte, fui o autor do artigo 179 da Constituição, que manda dar um tratamento diferenciado à micro e pequena empresa nos campos tributários, e lá eu coloquei tratamento diferenciado nos campos tributários, previdenciário, creditício, administrativo e, no meu projeto original, coloquei também o trabalhista. Você tem a lei e os direitos, só que no campo trabalhista, é preciso tratar os desiguais, desigualmente, de acordo com as suas desigualdades. Fui massacrado! Mas deixa passar uns anos para ver o que vai acontecer... DE - Como seria essa reforma trabalhista? GA – Hoje, mais do que nunca, nós temos que reproduzir a palavra trabalhista que está no artigo 179, que é o comando constitucional, e aí fazer o Simples Trabalhista, que é para poder formalizar. Porque hoje quem está gerando emprego é a microempresa, só que está gerando emprego na informalidade. Como é que ela vai seguir as regras e os direitos "imexíveis" do processo trabalhista? Eu acho que é aí

que começa a grande reforma trabalhista no Brasil. Não quero mexer com os direitos trabalhistas já acertados das elites, mas quero incorporar direitos às massas, que estão sempre na mesma. Eu acho que é aí que começa a grande reforma. Uma palavrinha introduzida na Constituição nos dá condição de começar a mexer e não acredito que hoje tenha uma oposição tão cerrada, porque eu não estou querendo tirar o direito de ninguém, eu estou querendo dar. Quero simplificar o contrato trabalhista. Na minha campanha presidencial, eu tentei explicar didaticamente como se faz a lei no Brasil. Gravei um programa na porta da Volkswagem, num dia frio, e eu vestindo uma malha dizia: vocês estão me vendo aqui com uma malha, estou na porta de uma grande empresa multinacional e toda legislação que se faz é em função dessa grande empresa, e querem que o Brasil inteiro se equipare a ela. Vocês estão me vendo aqui de malha, está frio aqui. Então, vamos fazer uma lei que todo mundo vai usar malha no Brasil inteiro, porque eu estou passando frio aqui. Outro dia, eu encontrei um italiano consertando uma romiseta. Eu disse: escuta seu fulano, como é a sua vida? Ele respondeu: é difícil parar em emprego, é muita burocracia, a legislação não dá e a minha oficina é pequena, consertando romisetas." Eu disse: aqui no Brasil é assim, você faz lei para jamanta e quer que a romiseta siga. Na minha campanha fui jogando este tipo de informação e hoje essa realidade está ai. DE - E qual a sua opinião sobre estabilidade no funcionalismo público? O senhor é contra ou a favor? GA - As funções do Estado têm que ter estabilidade, têm que ter segurança. Até na educação, ela tem que ter uma carreira com estabilidade; a mesma coisa na saúde e em outros setores. Em compensação, funções de Estado não podem ter greve, você não pode usar a população como refém do seu interesse pessoal. Vamos definir a função de Estado, dar estabilidade. Mas greve não, você não pode parar, pois atenta contra o direito do cidadão. Não se pode ficar sem polícia, a população não pode ficar sem segurança.

Com muito orgulho eu fui deputado constituinte nota zero, nota dada pelo Diap; com muito orgulho porque eu me insurgi contra a pressão.

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ENTREVISTA

Contra o apagão profissional Guilherme Afif Domingos, ex-presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), atualmente está no comando da Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho (Sert). Em entrevista exclusiva para a revista Digesto Econômico, o secretário revela como vem conduzindo um importante projeto, que é o de criar uma rede inteligente de empregos, com sistemas cruzando dados entre candidatos com seus currículos e ofertas de empregos. A primeira fase deste projeto está em andamento e vem sendo realizado um amplo diagnóstico. O próprio secretário colocou o pé na estrada com a sua "Caravana do Trabalho", que estará cobrindo 645 municípios. O objetivo é entrar em contato direto com os prefeitos em 21 regiões para saber sobre as necessidades locais de emprego. Enquanto este projeto vem sendo lapidado, a Sert já vem conquistando bons resultados: de abril a junho os Postos de Atendimento ao Trabalhador (PAT) intermediaram 35 mil empregos, 12 mil somente em junho.

Digesto Econômico - Como o senhor analisa o atual cenário brasileiro? Guilherme Afif - O Brasil passa hoje por um grande apagão, esta que é a verdade. DE - Qual tipo de apagão? Apagão aéreo... apagão de energia, de infra-estrutura... GA - Recentemente, o presidente da GM, Ray Young, em uma palestra na Associação Comercial de São Paulo, fez um alerta: o mercado brasileiro tem uma capacidade de reação bem mais rápida do que o governo, que tentou se adaptar e acompanhar o ritmo. O crescimento do Brasil é incompatível, absolutamente incompatível, com a demanda do mercado. Não tem estrada de ferro, não tem rodovia, não tem aeroporto, é tudo precário, o País está no limite. Daí você vai olhando os outros setores... não tem mão-de-obra. DE - Falta emprego ou mão-de-obra especializada? GA - O que temos observado nos nossos postos de atendimento é que emprego tem, só que exige qualificação; desemprego tem, mas desqualificado. E o investimento em qualificação? Só aconteceu como gasto social e não como investimento social. Gasto social seria: vou gastar tanto em qualificação. Aí aparece um monte de gente fazendo qualificação, mas só que é qualificação desqualificada, ela não está conectada com a real necessidade do mercado. O investimento correu solto, como está correndo solto a maioria dos gastos públicos no Brasil voltados para a área social. Isto gera um problema sé-

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rio: a falta de investimento em infra-estrutura há muitos anos provocou, por exemplo, uma fuga de profissionais na área de engenharia. Hoje, os nossos melhores engenheiros estão fora do País, porque não tinham oportunidade aqui. Quando eu falo que existe um apagão profissional, acompanhando um apagão de infra-estrutura, é verdade, é completamente verdade! DE - O presidente Lula vai ficar com estigma de "apagador", porque está tudo acontecendo no governo dele... GA - É uma seqüência de processos, que levaram o Brasil, a estar muito atrasado no seu governo, para acompanhar o ciclo que a própria sociedade está seguindo. Você pega o setor de agricultura: tem produção, mas não tem estrada.

À esq., relógio de ponto antigo, uma raridade que faz parte do acervo da Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho. À dir., o secretário Guilherme Afif Domingos, que até outubro estará percorrendo 645 municípios do Estado, de forma a fazer um amplo diagnóstico sobre a demanda de emprego.


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